Enciclopédia de Mateus 5:1-48

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Índice

Perícope

mt 5: 1

Versão Versículo
ARA Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos;
ARC E JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
TB Vendo Jesus a multidão, subiu ao monte; depois de se ter sentado, aproximaram-se seus discípulos,
BGB Ἰδὼν δὲ τοὺς ὄχλους ἀνέβη εἰς τὸ ὄρος· καὶ καθίσαντος αὐτοῦ προσῆλθαν αὐτῷ οἱ μαθηταὶ αὐτοῦ·
HD Vendo as turbas, subiu ao monte. Após assentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos
BKJ E vendo as multidões, ele subiu a um monte; e quando ele estava sentado, aproximaram-se dele os seus discípulos.
LTT Havendo Jesus, porém, visto as multidões, subiu ao monte 250. E, havendo Ele Se assentado, se aproximaram dEle os Seus discípulos;
BJ2 Vendo ele as multidões, subiu à montanha.[e] Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos.
VULG Videns autem Jesus turbas, ascendit in montem, et cum sedisset, accesserunt ad eum discipuli ejus,

mt 5: 2

Versão Versículo
ARA e ele passou a ensiná-los, dizendo:
ARC E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
TB e ele começou a ensiná-los, dizendo:
BGB καὶ ἀνοίξας τὸ στόμα αὐτοῦ ἐδίδασκεν αὐτοὺς λέγων·
HD e, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
BKJ e ele abrindo a sua boca, ensinava-os, dizendo:
LTT E, havendo Ele aberto a Sua boca, os ensinava, dizendo:
BJ2 E pôs-se a falar e os ensinava, dizendo:
VULG et aperiens os suum docebat eos dicens :

mt 5: 3

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
ARC Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
TB Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
BGB Μακάριοι οἱ πτωχοὶ τῷ πνεύματι, ὅτι αὐτῶν ἐστιν ἡ βασιλεία τῶν οὐρανῶν.
HD Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
BKJ Abençoados são os pobres em espírito, porque deles é o reino do céu.
LTT "Bem-aventurados 251 são os pobres em espírito, porque (somente) de eles é o reinar dos céuS;
BJ2 "Bem-aventurados[f] os pobres em espírito,[g] porque deles é o Reino dos Céus.
VULG Beati pauperes spiritu : quoniam ipsorum est regnum cælorum.

mt 5: 4

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
ARC Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
TB Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
BGB μακάριοι οἱ πενθοῦντες, ὅτι αὐτοὶ παρακληθήσονται.
HD Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados.
BKJ Abençoados são os que choram, porque eles serão consolados.
LTT Bem-aventurados são os que choram 252, porque (somente) eles serão consolados;
BJ2 Bem-aventurados os mansos,[h] porque herdarão a terra.
VULG Beati mites : quoniam ipsi possidebunt terram.

mt 5: 5

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
ARC Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
TB Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
BGB μακάριοι οἱ πραεῖς, ὅτι αὐτοὶ κληρονομήσουσι τὴν γῆν.
HD Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
BKJ Abençoados são os mansos, porque eles herdarão a terra.
LTT Bem-aventurados são os mansos, porque (somente) eles herdarão a terra; Sl 37:11
BJ2 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
VULG Beati qui lugent : quoniam ipsi consolabuntur.

mt 5: 6

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
ARC Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
TB Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.
BGB μακάριοι οἱ πεινῶντες καὶ διψῶντες τὴν δικαιοσύνην, ὅτι αὐτοὶ χορτασθήσονται.
HD Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados.
BKJ Abençoados são os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados.
LTT Bem-aventurados são aqueles sofrendo- fome agora ① e agora ① tendo sede pela retidão 253, porque (somente) eles serão fartos;
BJ2 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
VULG Beati qui esuriunt et sitiunt justitiam : quoniam ipsi saturabuntur.

mt 5: 7

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
ARC Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
TB Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
BGB μακάριοι οἱ ἐλεήμονες, ὅτι αὐτοὶ ἐλεηθήσονται.
HD Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles receberão misericórdia.
BKJ Abençoados são os misericordiosos, porque eles obterão misericórdia.
LTT Bem-aventurados são os misericordiosos, porque (somente) eles alcançarão misericórdia;
BJ2 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
VULG Beati misericordes : quoniam ipsi misericordiam consequentur.

mt 5: 8

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
ARC Bem-aventurados os limpos de coração; porque eles verão a Deus;
TB Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
BGB μακάριοι οἱ καθαροὶ τῇ καρδίᾳ, ὅτι αὐτοὶ τὸν θεὸν ὄψονται.
HD Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. 
BKJ Abençoados são os puros de coração, porque eles verão a Deus.
LTT Bem-aventurados são os limpos no coração, porque (somente) eles verão a Deus;
BJ2 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
VULG Beati mundo corde : quoniam ipsi Deum videbunt.

mt 5: 9

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
ARC Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
TB Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
BGB μακάριοι οἱ εἰρηνοποιοί, ὅτι αὐτοὶ υἱοὶ θεοῦ κληθήσονται.
HD Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
BKJ Abençoados são os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
LTT Bem-aventurados são os fazedores- de- paz, porque (somente) eles serão chamados de filhos de Deus;
BJ2 Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
VULG Beati pacifici : quoniam filii Dei vocabuntur.

mt 5: 10

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
ARC Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
TB Bem-aventurados os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
BGB μακάριοι οἱ δεδιωγμένοι ἕνεκεν δικαιοσύνης, ὅτι αὐτῶν ἐστιν ἡ βασιλεία τῶν οὐρανῶν.
HD Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
BKJ Abençoados são os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino do céu.
LTT Bem-aventurados são aqueles tendo sido perseguidos por causa de (o amor deles a) a justiça, porque (somente) de eles é o reinar dos céuS;
BJ2 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
VULG Beati qui persecutionem patiuntur propter justitiam : quoniam ipsorum est regnum cælorum.

mt 5: 11

Versão Versículo
ARA Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
ARC Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
TB Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa.
BGB μακάριοί ἐστε ὅταν ὀνειδίσωσιν ὑμᾶς καὶ διώξωσιν καὶ εἴπωσιν πᾶν ⸀πονηρὸν καθ’ ὑμῶν ψευδόμενοι ἕνεκεν ἐμοῦ.
HD Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e {mentindo} disserem todo mal contra vós, por causa de mim.
BKJ Abençoados sois vós, quando homens vos insultarem e vos perseguirem, e falsamente disserem toda espécie de mal contra vós, por minha causa.
LTT Bem-aventurados sois vós quando vos insultarem, e perseguirem, e (mentindo) disserem todo tipo de má coisa contra vós outros, por Minha causa.
BJ2 Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim.
VULG Beati estis cum maledixerint vobis, et persecuti vos fuerint, et dixerint omne malum adversum vos mentientes, propter me :

mt 5: 12

Versão Versículo
ARA Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.
ARC Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
TB Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que existiram antes de vós.
BGB χαίρετε καὶ ἀγαλλιᾶσθε, ὅτι ὁ μισθὸς ὑμῶν πολὺς ἐν τοῖς οὐρανοῖς· οὕτως γὰρ ἐδίωξαν τοὺς προφήτας τοὺς πρὸ ὑμῶν.
HD Alegrai-vos e regozijai-vos, porque é grande a vossa recompensa nos Céus, pois assim perseguiram os Profetas anteriores a vós.
BKJ Alegrai-vos e sejam imensamente felizes, porque grande é a vossa recompensa no céu; pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.
LTT Exultai e alegrai-vos, porque grande é o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que houve antes de vós.
BJ2 Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.[i]
VULG gaudete, et exsultate, quoniam merces vestra copiosa est in cælis. Sic enim persecuti sunt prophetas, qui fuerunt ante vos.

mt 5: 13

Versão Versículo
ARA Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
ARC Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
TB Vós sois o sal da terra; se o sal se tiver tornado insípido, como se poderá restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
BGB Ὑμεῖς ἐστε τὸ ἅλας τῆς γῆς· ἐὰν δὲ τὸ ἅλας μωρανθῇ, ἐν τίνι ἁλισθήσεται; εἰς οὐδὲν ἰσχύει ἔτι εἰ μὴ ⸂βληθὲν ἔξω⸃ καταπατεῖσθαι ὑπὸ τῶν ἀνθρώπων.
HD Vós sois o sal da terra. Se, porém, o sal tornar-se insosso, com que se salgará? Para mais nada presta, senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
BKJ Vós sois o sal da terra; mas se o sal perder seu sabor, com que se há de salgar? Para nada mais é bom senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
LTT Vós sois o sal da terra; se, porém, o sal for esvaído- de- seu- forte- sabor, com que será ele salgado? Para nada presta doravante, exceto para se lançar fora e ser pisado pelos homens 254.
BJ2 Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
VULG Vos estis sal terræ. Quod si sal evanuerit, in quo salietur ? ad nihilum valet ultra, nisi ut mittatur foras, et conculcetur ab hominibus.

mt 5: 14

Versão Versículo
ARA Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
ARC Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
TB Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
BGB Ὑμεῖς ἐστε τὸ φῶς τοῦ κόσμου. οὐ δύναται πόλις κρυβῆναι ἐπάνω ὄρους κειμένη·
HD Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte;
BKJ Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade estabelecida sobre um monte;
LTT Vós sois a luz do mundo: não pode ser escondida uma cidade edificada sobre um monte,
BJ2 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte.
VULG Vos estis lux mundi. Non potest civitas abscondi supra montem posita,

mt 5: 15

Versão Versículo
ARA nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
ARC Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
TB ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo do módio , mas no velador, e assim alumia a todos os que estão na casa.
BGB οὐδὲ καίουσιν λύχνον καὶ τιθέασιν αὐτὸν ὑπὸ τὸν μόδιον ἀλλ’ ἐπὶ τὴν λυχνίαν, καὶ λάμπει πᾶσιν τοῖς ἐν τῇ οἰκίᾳ.
HD nem se acende uma candeia colocando-a debaixo do módio, mas sobre o candeeiro, assim ilumina todos que estão na casa. 
BKJ nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas sobre um castiçal, e dá luz a todos que estão na casa.
LTT Nem (os homens) acendem uma candeia e a colocam debaixo do alqueire ①, mas sobre o candelabro, e dá luz a todos que estão na casa;
BJ2 Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire,[j] mas no candelabro, e assim ela brilha para todos os que estão na casa.
VULG neque accendunt lucernam, et ponunt eam sub modio, sed super candelabrum, ut luceat omnibus qui in domo sunt.

mt 5: 16

Versão Versículo
ARA Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
ARC Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
TB De tal modo brilhe a vossa luz diante dos homens, que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
BGB οὕτως λαμψάτω τὸ φῶς ὑμῶν ἔμπροσθεν τῶν ἀνθρώπων, ὅπως ἴδωσιν ὑμῶν τὰ καλὰ ἔργα καὶ δοξάσωσιν τὸν πατέρα ὑμῶν τὸν ἐν τοῖς οὐρανοῖς.
HD Da mesma forma, brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.
BKJ Deixai a vossa luz brilhar diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está no céu.
LTT Da mesma maneira, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, Aquele que está nos céuS.
BJ2 Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus.
VULG Sic luceat lux vestra coram hominibus : ut videant opera vestra bona, et glorificent Patrem vestrum, qui in cælis est.

mt 5: 17

Versão Versículo
ARA Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
ARC Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
TB Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, mas cumprir.
BGB Μὴ νομίσητε ὅτι ἦλθον καταλῦσαι τὸν νόμον ἢ τοὺς προφήτας· οὐκ ἦλθον καταλῦσαι ἀλλὰ πληρῶσαι·
HD Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas, não vim destruir mas cumprir,
BKJ Não penseis que eu vim destruir a lei ou os profetas; eu não vim para destruir, mas para cumprir.
LTT Não suponhais que Eu vim abolir a Lei ou os Profetas: Eu não os vim abolir, mas cumprir;
BJ2 Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento,[l]
VULG Nolite putare quoniam veni solvere legem aut prophetas : non veni solvere, sed adimplere.

mt 5: 18

Versão Versículo
ARA Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
ARC Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
TB Porque em verdade vos digo: Enquanto não passar o céu e a terra, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, sem que tudo se cumpra.
BGB ἀμὴν γὰρ λέγω ὑμῖν, ἕως ἂν παρέλθῃ ὁ οὐρανὸς καὶ ἡ γῆ, ἰῶτα ἓν ἢ μία κεραία οὐ μὴ παρέλθῃ ἀπὸ τοῦ νόμου, ἕως ἂν πάντα γένηται.
HD pois amém vos digo: até que passem o céu e a terra, não passará um iota ou traço da Lei, até que tudo se realize.
BKJ Porque na verdade eu vos digo: Até que passem o céu e a terra, um iota ou um traço de letra, não passará da lei, até que tudo seja cumprido.
LTT Porque em verdade vos digo que, até que passe o céu e a terra, nem um jota ou um til de modo algum passará para longe da lei, até que toda- e- qualquer- letra haja sido cumprida.
BJ2 porque em verdade[m] vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula[n] da Lei, sem que tudo seja realizado.
VULG Amen quippe dico vobis, donec transeat cælum et terra, jota unum aut unus apex non præteribit a lege, donec omnia fiant.

mt 5: 19

Versão Versículo
ARA Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
ARC Qualquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
TB Aquele, pois, que violar um destes mínimos mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado mínimo no reino dos céus; mas aquele que os observar e ensinar, esse será chamado grande no reino dos céus.
BGB ὃς ἐὰν οὖν λύσῃ μίαν τῶν ἐντολῶν τούτων τῶν ἐλαχίστων καὶ διδάξῃ οὕτως τοὺς ἀνθρώπους, ἐλάχιστος κληθήσεται ἐν τῇ βασιλείᾳ τῶν οὐρανῶν· ὃς δ’ ἂν ποιήσῃ καὶ διδάξῃ, οὗτος μέγας κληθήσεται ἐν τῇ βασιλείᾳ τῶν οὐρανῶν.
HD Quem, portanto, violar um desses mínimos mandamentos e, dessa maneira, ensinar os homens, será chamado mínimo no Reino dos Céus; quem, porém, praticar e ensinar, este será chamado grande no Reino dos Céus. 
BKJ Portanto, qualquer que quebrar um destes mínimos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino do céu; aquele, porém, que os praticar e ensinar, será chamado grande no reino do céu.
LTT Todo- e- qualquer- homem, pois, que viole exatamente um destes mandamentos – o menor deles – e assim ensine aos homens, será ele chamado de o menor no reinar dos céuS; todo- e- qualquer- homem, porém, que os ponha- em- prática e ensine, será este (homem) chamado de grande no reinar dos céuS.
BJ2 Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.
VULG Qui ergo solverit unum de mandatis istis minimis, et docuerit sic homines, minimus vocabitur in regno cælorum : qui autem fecerit et docuerit, hic magnus vocabitur in regno cælorum.

mt 5: 20

Versão Versículo
ARA Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
ARC Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
TB Pois vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
BGB λέγω γὰρ ὑμῖν ὅτι ἐὰν μὴ περισσεύσῃ ⸂ὑμῶν ἡ δικαιοσύνη⸃ πλεῖον τῶν γραμματέων καὶ Φαρισαίων, οὐ μὴ εἰσέλθητε εἰς τὴν βασιλείαν τῶν οὐρανῶν.
HD Por isso vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.
BKJ Porque eu vos digo que se a vossa justiça não exceder a justiça dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino do céu.
LTT Digo-vos, pois, que, se a vossa justiça não exceder à dos escribas e (que também são) ① fariseus, de modo nenhum entrareis para o reinar dos céuS.
BJ2 Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.
VULG Dico enim vobis, quia nisi abundaverit justitia vestra plus quam scribarum et pharisæorum, non intrabitis in regnum cælorum.

mt 5: 21

Versão Versículo
ARA Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.
ARC Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
TB Tendes ouvido que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.
BGB Ἠκούσατε ὅτι ἐρρέθη τοῖς ἀρχαίοις· Οὐ φονεύσεις· ὃς δ’ ἂν φονεύσῃ, ἔνοχος ἔσται τῇ κρίσει.
HD Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não matarás" e "aquele que matar estará sujeito a julgamento".
BKJ Ouvistes o que foi dito pelos antigos: Não assassinarás; mas qualquer que assassinar estará sujeito a julgamento.
LTT Ouvistes que foi dito 255 pelos antigos: 'Não matarás; todo- e- qualquer- homem, porém, que mate, culpado será para o julgamento ①;' Ex 20:13; Dt 5:17
BJ2 Ouvistes[o] que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal.
VULG Audistis quia dictum est antiquis : Non occides : qui autem occiderit, reus erit judicio.

mt 5: 22

Versão Versículo
ARA Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
ARC Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo, e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
TB Mas eu vos digo que todo aquele que se ira contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem chamar a seu irmão: Raca estará sujeito ao julgamento do Sinédrio; e quem lhe chamar: Tolo estará sujeito à Geena de fogo.
BGB ἐγὼ δὲ λέγω ὑμῖν ὅτι πᾶς ὁ ὀργιζόμενος τῷ ἀδελφῷ ⸀αὐτοῦ ἔνοχος ἔσται τῇ κρίσει· ὃς δ’ ἂν εἴπῃ τῷ ἀδελφῷ αὐτοῦ· Ῥακά, ἔνοχος ἔσται τῷ συνεδρίῳ· ὃς δ’ ἂν εἴπῃ· Μωρέ, ἔνοχος ἔσται εἰς τὴν γέενναν τοῦ πυρός.
HD Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encoleriza com seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem disser ao seu irmão "Raca" estará sujeito ao Sinédrio; e quem disser "louco" estará sujeito ao Geena do fogo.
BKJ Eu, porém, vos digo: Quem quer que, sem motivo, se irar contra seu irmão, estará sujeito a julgamento; e qualquer que disser a seu irmão: Raca!, estará sujeito ao concílio, e qualquer que lhe disser: És tolo!, estará sujeito ao fogo do inferno.
LTT Eu, em clarificação a isso 256, vos digo que quem quer que, sem motivo 257, está sendo encolerizado 258 contra o seu irmão, culpado será para o julgamento ①; e todo- e- qualquer- homem que disser ao seu irmão: 'Raca' ②, culpado será para o Sinédrio ③; e todo- e- qualquer- homem que lhe disser: 'Ó inútil- estúpido (de mente e de impiedade)', culpado será para o Inferno 259 de fogo.
BJ2 Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão "Cretino!"[p] estará sujeito ao julgamento do Sinédrio;[q] aquele que lhe chamar "Louco"[r] terá de responder na geena de fogo.
VULG Ego autem dico vobis : quia omnis qui irascitur fratri suo, reus erit judicio. Qui autem dixerit fratri suo, raca : reus erit concilio. Qui autem dixerit, fatue : reus erit gehennæ ignis.

mt 5: 23

Versão Versículo
ARA Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
ARC Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
TB Se estiveres, pois, apresentando a tua oferta no altar e aí te lembrares que teu irmão tem contra ti alguma coisa,
BGB ἐὰν οὖν προσφέρῃς τὸ δῶρόν σου ἐπὶ τὸ θυσιαστήριον κἀκεῖ μνησθῇς ὅτι ὁ ἀδελφός σου ἔχει τι κατὰ σοῦ,
HD Portanto, se estiveres oferecendo tua oferta sobre o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti,
BKJ Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
LTT Se, pois, tu trouxeres a tua oferta ao altar, e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma (sincera) reclamação contra ti 260,
BJ2 Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
VULG Si ergo offers munus tuum ad altare, et ibi recordatus fueris quia frater tuus habet aliquid adversum te :

mt 5: 24

Versão Versículo
ARA deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.
ARC Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta.
TB deixa ali a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão e, depois, vem apresentar a tua oferta.
BGB ἄφες ἐκεῖ τὸ δῶρόν σου ἔμπροσθεν τοῦ θυσιαστηρίου καὶ ὕπαγε πρῶτον διαλλάγηθι τῷ ἀδελφῷ σου, καὶ τότε ἐλθὼν πρόσφερε τὸ δῶρόν σου.
HD deixa ali tua oferta, diante do altar, vai e reconcilia-te primeiramente com teu irmão; então, vem e oferece tua oferta. 
BKJ deixa ali diante do altar a tua oferta, e segue teu caminho: primeiro reconcilie-te com teu irmão, e então vem, e oferece a tua oferta.
LTT Deixa ali a tua oferta, diante do altar, e vai: primeiramente sê tu reconciliado com o teu irmão e, depois, havendo tu vindo, apresenta a tua oferta;
BJ2 deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta.
VULG relinque ibi munus tuum ante altare, et vade prius reconciliari fratri tuo : et tunc veniens offeres munus tuum.

mt 5: 25

Versão Versículo
ARA Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
ARC Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
TB Harmoniza-te sem demora com o teu adversário, enquanto está no caminho com ele; para que não suceda que o adversário te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
BGB ἴσθι εὐνοῶν τῷ ἀντιδίκῳ σου ταχὺ ἕως ὅτου εἶ ⸂μετ’ αὐτοῦ ἐν τῇ ὁδῷ⸃, μήποτέ σε παραδῷ ὁ ἀντίδικος τῷ κριτῇ, καὶ ὁ ⸀κριτὴς τῷ ὑπηρέτῃ, καὶ εἰς φυλακὴν βληθήσῃ·
HD Sê benevolente depressa com teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que o adversário não te entregue ao Juiz, e o Juiz te entregue ao Oficial, e sejas lançado na prisão. 
BKJ Entra em acordo rapidamente com o teu adversário, enquanto tu estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e tu sejas lançado na prisão.
LTT Sê tu depressa bem- sentindo em relação ao teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que o adversário não te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial- de- justiça, e tu sejas lançado para dentro da prisão;
BJ2 Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão.
VULG Esto consentiens adversario tuo cito dum es in via cum eo : ne forte tradat te adversarius judici, et judex tradat te ministro : et in carcerem mittaris.

mt 5: 26

Versão Versículo
ARA Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.
ARC Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.
TB Em verdade te digo que não sairás dali, até pagares o último ceitil.
BGB ἀμὴν λέγω σοι, οὐ μὴ ἐξέλθῃς ἐκεῖθεν ἕως ἂν ἀποδῷς τὸν ἔσχατον κοδράντην.
HD Amém vos digos que de modo nenhum sairás dali até que restituas o último quadrante. 
BKJ Na verdade eu te digo que de nenhuma forma sairás de lá enquanto não pagares o último quadrante.
LTT Em verdade, digo-te que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último quadrante ①.
BJ2 Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.
VULG Amen dico tibi, non exies inde, donec reddas novissimum quadrantem.

mt 5: 27

Versão Versículo
ARA Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.
ARC Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
TB Tendes ouvido que foi dito: Não adulterarás.
BGB Ἠκούσατε ὅτι ἐρρέθη· Οὐ μοιχεύσεις.
HD Ouvistes que foi dito: "Não adulterarás".
BKJ Ouvistes o que foi dito pelos antigos: Não cometerás adultério.
LTT Ouvistes que foi dito ① pelos antigos: 'Não cometerás adultério'; Ex 20:14; Dt 5:18
BJ2 Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério.
VULG Audistis quia dictum est antiquis : Non mœchaberis.

mt 5: 28

Versão Versículo
ARA Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.
ARC Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
TB Eu, porém, vos digo que todo o que põe seus olhos em uma mulher, para a cobiçar, já no seu coração adulterou com ela.
BGB ἐγὼ δὲ λέγω ὑμῖν ὅτι πᾶς ὁ βλέπων γυναῖκα πρὸς τὸ ἐπιθυμῆσαι αὐτὴν ἤδη ἐμοίχευσεν αὐτὴν ἐν τῇ καρδίᾳ αὐτοῦ.
HD Eu, porém, vos digo que todo aquele que olha uma mulher para desejá-la, já adulterou com ela em seu coração. 
BKJ Mas, eu vos digo que qualquer que olhar para uma mulher e cobiçá-la, já cometeu adultério com ela em seu coração.
LTT Eu, em clarificação a isso ①, vos digo que quem quer que está atentando numa mulher para a cobiçar, já cometeu adultério com ela no coração dele;
BJ2 Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração.
VULG Ego autem dico vobis : quia omnis qui viderit mulierem ad concupiscendum eam, jam mœchatus est eam in corde suo.

mt 5: 29

Versão Versículo
ARA Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
ARC Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
TB Se o teu olho direito te serve de pedra de tropeço, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém mais que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na Geena.
BGB εἰ δὲ ὁ ὀφθαλμός σου ὁ δεξιὸς σκανδαλίζει σε, ἔξελε αὐτὸν καὶ βάλε ἀπὸ σοῦ, συμφέρει γάρ σοι ἵνα ἀπόληται ἓν τῶν μελῶν σου καὶ μὴ ὅλον τὸ σῶμά σου βληθῇ εἰς γέενναν.
HD Portanto, se teu olho direito te escandaliza, arranca-o e lança-o de ti, pois é melhor que se perca um dos teus membros do que seja lançado o teu corpo inteiro na Geena. 
BKJ E, se o teu olho direito te ofender, arranca-o e lança-o para longe de ti; pois é melhor perderes um dos teus membros, do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
LTT Se, porém, o teu olho, o direito, te é gatilho- para- tropeçar- para- armadilha, arranca-o e atira-o para longe de ti; porque te é proveitoso que se faça perecer exatamente um dos teus membros, e não que todo o teu corpo seja lançado para dentro do Inferno ①;
BJ2 Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena.
VULG Quod si oculus tuus dexter scandalizat te, erue eum, et projice abs te : expedit enim tibi ut pereat unum membrorum tuorum, quam totum corpus tuum mittatur in gehennam.

mt 5: 30

Versão Versículo
ARA E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.
ARC E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
TB Se a tua mão direita te serve de pedra de tropeço, corta-a e lança-a de ti; pois te convém mais que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a Geena.
BGB καὶ εἰ ἡ δεξιά σου χεὶρ σκανδαλίζει σε, ἔκκοψον αὐτὴν καὶ βάλε ἀπὸ σοῦ, συμφέρει γάρ σοι ἵνα ἀπόληται ἓν τῶν μελῶν σου καὶ μὴ ὅλον τὸ σῶμά σου ⸂εἰς γέενναν ἀπέλθῃ⸃.
HD Se tua mão direita te escandaliza , corta-a e lança-a de ti, pois é melhor que se perca um dos teus membros do que vá o teu corpo inteiro para o Geena.
BKJ E, se a tua mão direita te ofender, corta-a, e lança-a para longe de ti, porque é preferível para ti perderes um dos teus membros, do que ser todo o teu corpo lançado no inferno.
LTT E se a tua mão direita te é gatilho- para- tropeçar- para- armadilha, amputa-a e atira-a para longe de ti, porque te é proveitoso que se faça perecer exatamente um dos teus membros, e não que todo o teu corpo seja lançado para dentro do Inferno ①.
BJ2 Caso a tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena.
VULG Et si dextra manus tua scandalizat te, abscide eam, et projice abs te : expedit enim tibi ut pereat unum membrorum tuorum, quam totum corpus tuum eat in gehennam.

mt 5: 31

Versão Versículo
ARA Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
ARC Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.
TB Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
BGB Ἐρρέθη ⸀δέ· Ὃς ἂν ἀπολύσῃ τὴν γυναῖκα αὐτοῦ, δότω αὐτῇ ἀποστάσιον.
HD Foi dito: “Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio”.
BKJ Isto foi dito: Quem repudiar sua esposa, dê-lhe carta de divórcio.
LTT Também foi dito 261 que 'todo- e- qualquer- homem que mandar- embora ② a sua esposa, lhe dê carta de divórcio' ③; ①
BJ2 Foi dito: Aquele que repudiar a sua mulher, dê-lhe uma carta de divórcio.
VULG Dictum est autem : Quicumque dimiserit uxorem suam, det ei libellum repudii.

mt 5: 32

Versão Versículo
ARA Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
ARC Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
TB Eu, porém, vos digo que todo o que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz ser adúltera; e qualquer que se casar com a repudiada comete adultério.
BGB ἐγὼ δὲ λέγω ὑμῖν ὅτι ⸂πᾶς ὁ ἀπολύων⸃ τὴν γυναῖκα αὐτοῦ παρεκτὸς λόγου πορνείας ποιεῖ αὐτὴν ⸀μοιχευθῆναι, καὶ ὃς ἐὰν ἀπολελυμένην γαμήσῃ μοιχᾶται.
HD Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, exceto em razão de infidelidade , a faz adulterar e quem se casa com a repudiada comete adultério.
BKJ Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudiar a sua esposa, a não ser por causa de fornicação, a faz cometer adultério, e qualquer que casar com a divorciada comete adultério.
LTT Eu, em clarificação a isso ①, vos digo que todo- e- qualquer- homem que mandar- embora ② a sua esposa (a não ser por causa de fornicação 262 (dela)) a faz cometer- adultério; e todo- e- qualquer- homem que casar com aquela tendo sido mandada- embora ②, comete adultério. 263
BJ2 Eu, porém, vos digo: todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de "fornicação", faz com que ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.
VULG Ego autem dico vobis : quia omnis qui dimiserit uxorem suam, excepta fornicationis causa, facit eam mœchari : et qui dimissam duxerit, adulterat.

mt 5: 33

Versão Versículo
ARA Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
ARC Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor.
TB Também tendes ouvido que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos.
BGB Πάλιν ἠκούσατε ὅτι ἐρρέθη τοῖς ἀρχαίοις· Οὐκ ἐπιορκήσεις, ἀποδώσεις δὲ τῷ κυρίῳ τοὺς ὅρκους σου.
HD Outra vez, ouvistes que foi dito aos antigos: “Não perjurarás” e “pagarás ao Senhor teus juramentos”.
BKJ Igualmente, ouvistes o que foi dito pelos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás ao Senhor os teus juramentos.
LTT Outrossim, ouvistes que foi dito ① pelos antigos: 'Não jurarás falsamente; pagarás, porém, os teus juramentos a o Senhor '; Lv 19:12; Nu 30:2
BJ2 Ouvistes também que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor.
VULG Iterum audistis quia dictum est antiquis : Non perjurabis : reddes autem Domino juramenta tua.

mt 5: 34

Versão Versículo
ARA Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;
ARC Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
TB Eu, porém, vos digo que absolutamente não jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
BGB ἐγὼ δὲ λέγω ὑμῖν μὴ ὀμόσαι ὅλως· μήτε ἐν τῷ οὐρανῷ, ὅτι θρόνος ἐστὶν τοῦ θεοῦ·
HD Eu, porém, vos digo para não jurar de modo algum, nem pelo céu porque é o trono de Deus,
BKJ Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum; nem pelo céu, porque é o trono de Deus.
LTT Eu, em clarificação a isso ①, vos digo que não jureis, de maneira nenhuma ②: nem pelo céu, porque o trono ele é de Deus; Is 66:1
BJ2 Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese nenhuma; nem pelo Céu, porque é o trono de Deus,
VULG Ego autem dico vobis, non jurare omnino, neque per cælum, quia thronus Dei est :

mt 5: 35

Versão Versículo
ARA nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei;
ARC Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
TB nem pela terra, porque é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
BGB μήτε ἐν τῇ γῇ, ὅτι ὑποπόδιόν ἐστιν τῶν ποδῶν αὐτοῦ· μήτε εἰς Ἱεροσόλυμα, ὅτι πόλις ἐστὶν τοῦ μεγάλου βασιλέως·
HD nem pela terra porque é o estrado dos seus pés, nem por Jerusalém porque é a cidade do grande rei;
BKJ Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.
LTT Nem pela terra, porque o estrado- para- os- pés é, dos Seus pés; nem por Jerusalém, porque a cidade ela é do grande Rei; Is 66:1;Sl 48:2
BJ2 nem pela Terra, porque é o escabelo dos seus pés, nem por Jerusalém, porque é a Cidade do Grande Rei,
VULG neque per terram, quia scabellum est pedum ejus : neque per Jerosolymam, quia civitas est magni regis :

mt 5: 36

Versão Versículo
ARA nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
ARC Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
TB nem jures pela tua cabeça, porque nem um só cabelo podes tornar branco ou preto.
BGB μήτε ἐν τῇ κεφαλῇ σου ὀμόσῃς, ὅτι οὐ δύνασαι μίαν τρίχα λευκὴν ⸂ποιῆσαι ἢ μέλαιναν⸃.
HD nem jures pela tua cabeça porque não podes tornar branco ou preto nem um fio de cabelo.
BKJ Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
LTT Nem pela tua cabeça jurarás, porque não podes a exatamente um cabelo tornar branco ou preto;
BJ2 nem jures pela tua cabeça, porque tu não tens o poder de tornar um só cabelo branco ou preto.
VULG neque per caput tuum juraveris, quia non potes unum capillum album facere, aut nigrum.

mt 5: 37

Versão Versículo
ARA Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.
ARC Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim, Não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna.
TB Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não; pois tudo que passa disso vem do Maligno.
BGB ἔστω δὲ ὁ λόγος ὑμῶν ναὶ ναί, οὒ οὔ· τὸ δὲ περισσὸν τούτων ἐκ τοῦ πονηροῦ ἐστιν.
HD Seja, porém, a vossa palavra sim, sim; não, não; o que excede disso é do mal .
BKJ Mas seja o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disto vem do maligno.
LTT Seja, porém, a vossa palavra: 'Sim, sim; Não, não'; aquilo, porém, que é mais que estas (palavras), é proveniente- de- dentro- do mal.
BJ2 Seja o vosso "sim", sim, e o vosso "não", não.[s] O que passa disso vem do Maligno.
VULG Sit autem sermo vester, est, est : non, non : quod autem his abundantius est, a malo est.

mt 5: 38

Versão Versículo
ARA Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
ARC Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
TB Tendes ouvido que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
BGB Ἠκούσατε ὅτι ἐρρέθη· Ὀφθαλμὸν ἀντὶ ὀφθαλμοῦ καὶ ὀδόντα ἀντὶ ὀδόντος.
HD Ouvistes que foi dito: “Olho por olho e dente por dente” .
BKJ Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
LTT Ouvistes que foi dito ①: 'Olho em lugar de olho, e dente em lugar de dente'; Ex 21:24; Lv 24:20; Dt 19:21
BJ2 Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
VULG Audistis quia dictum est : Oculum pro oculo, et dentem pro dente.

mt 5: 39

Versão Versículo
ARA Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;
ARC Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
TB Eu, porém, vos digo: Não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te dá na face direita, volta-lhe também a outra;
BGB ἐγὼ δὲ λέγω ὑμῖν μὴ ἀντιστῆναι τῷ πονηρῷ· ἀλλ’ ὅστις σε ⸀ῥαπίζει ⸀εἰς τὴν δεξιὰν ⸀σιαγόνα, στρέψον αὐτῷ καὶ τὴν ἄλλην·
HD Eu, porém, vos digo para não se opor ao malvado. Pelo contrário, ao que te bater na face direita, vira-lhe também a outra.
BKJ Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
LTT Eu, em clarificação a isso ①, vos digo que não resistais ao mal 264; mas, a quem quer que te bater sobre a tua face direita, volta-lhe também a outra;
BJ2 Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau;[t] antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe também a esquerda;
VULG Ego autem dico vobis, non resistere malo : sed si quis te percusserit in dexteram maxillam tuam, præbe illi et alteram :

mt 5: 40

Versão Versículo
ARA e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa.
ARC E ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa;
TB ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;
BGB καὶ τῷ θέλοντί σοι κριθῆναι καὶ τὸν χιτῶνά σου λαβεῖν, ἄφες αὐτῷ καὶ τὸ ἱμάτιον·
HD E ao que deseja levar-te a juízo, para tomar-te a túnica , deixa-lhe também o manto.
BKJ E, se algum homem te processar na lei, e tomar a tua túnica, permite-lhe levar também a tua capa.
LTT E, àquele desejando contigo ir a julgamento, e à tua túnica- interior tirar, larga-lhe também a tua capa;
BJ2 e àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica,[u] deixa-lhe também a veste;
VULG et ei, qui vult tecum judicio contendere, et tunicam tuam tollere, dimitte ei et pallium :

mt 5: 41

Versão Versículo
ARA Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.
ARC E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
TB e quem te obriga a andar mil passos, vai com ele dois mil.
BGB καὶ ὅστις σε ἀγγαρεύσει μίλιον ἕν, ὕπαγε μετ’ αὐτοῦ δύο.
HD E quem te compelir a caminhar uma milha, vai com ele duas.
BKJ E, quem quer que te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
LTT E, quem quer que te obrigará a caminhar (como carregador) exatamente uma milha, vai com ele duas,
BJ2 e se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ele duas.
VULG et quicumque te angariaverit mille passus, vade cum illo et alia duo.

mt 5: 42

Versão Versículo
ARA Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
ARC Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
TB Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
BGB τῷ αἰτοῦντί σε ⸀δός, καὶ τὸν θέλοντα ἀπὸ σοῦ δανίσασθαι μὴ ἀποστραφῇς.
HD Dá ao que te pede e não dês as costas ao que deseja tomar-te um empréstimo.
BKJ Dá a quem te pede, e ao que quiser tomar de ti emprestado, não lhe vires as costas.
LTT A quem te está pedindo, dá-lhe; e não voltes- as- costas- e- te desvies- para- longe daquele querendo tomar emprestado proveniente- de- junto- de ti.
BJ2 Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado.
VULG Qui petit a te, da ei : et volenti mutuari a te, ne avertaris.

mt 5: 43

Versão Versículo
ARA Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
ARC Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo.
TB Tendes ouvido que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo.
BGB Ἠκούσατε ὅτι ἐρρέθη· Ἀγαπήσεις τὸν πλησίον σου καὶ μισήσεις τὸν ἐχθρόν σου.
HD Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo” e “Odiarás o teu inimigo”.
BKJ Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
LTT Ouvistes que foi dito 265: 'Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo'; Lv. 19:18
BJ2 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.[v]
VULG Audistis quia dictum est : Diliges proximum tuum, et odio habebis inimicum tuum.

mt 5: 44

Versão Versículo
ARA Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
ARC Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem;
TB Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem,
BGB ἐγὼ δὲ λέγω ὑμῖν, ἀγαπᾶτε τοὺς ἐχθροὺς ⸀ὑμῶν καὶ προσεύχεσθε ὑπὲρ ⸀τῶν διωκόντων ὑμᾶς·
HD Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem,
BKJ Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, abençoai os que vos amaldiçoam, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos tratam com maldade, e vos perseguem;
LTT  ① Eu, em oposição a isso, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei aqueles que estão vos maldizendo 266, fazei bem àqueles que estão vos odiando, e orai por aqueles que estão vos fazendo- falsas- acusações- com- ódio e que estão vos perseguindo; para que sejais filhos do vosso Pai, Aquele que está nos céuS;
BJ2 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos[x] e orai pelos que vos perseguem;[z]
VULG Ego autem dico vobis : diligite inimicos vestros, benefacite his qui oderunt vos, et orate pro persequentibus et calumniantibus vos :

mt 5: 45

Versão Versículo
ARA para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
ARC Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
TB para que vos torneis filhos de vosso Pai, que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
BGB ὅπως γένησθε υἱοὶ τοῦ πατρὸς ὑμῶν τοῦ ⸀ἐν οὐρανοῖς, ὅτι τὸν ἥλιον αὐτοῦ ἀνατέλλει ἐπὶ πονηροὺς καὶ ἀγαθοὺς καὶ βρέχει ἐπὶ δικαίους καὶ ἀδίκους.
HD para que vos torneis filhos do vosso Pai, {que está} nos céus, já que seu sol desponta sobre maus e bons, e cai chuva sobre justos e injustos.
BKJ para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
LTT Porque Ele faz o Seu sol se levantar sobre maus e bons, e envia a chuva sobre justos e injustos.
BJ2 desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos.
VULG ut sitis filii Patris vestri, qui in cælis est : qui solem suum oriri facit super bonos et malos : et pluit super justos et injustos.

mt 5: 46

Versão Versículo
ARA Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
ARC Pois, se amardes os que vos amam, que galardão havereis? não fazem os publicanos também o mesmo?
TB Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
BGB ἐὰν γὰρ ἀγαπήσητε τοὺς ἀγαπῶντας ὑμᾶς, τίνα μισθὸν ἔχετε; οὐχὶ καὶ οἱ τελῶναι ⸂τὸ αὐτὸ⸃ ποιοῦσιν;
HD Pois, se amais os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem o mesmo os publicanos .
BKJ Pois, se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos o mesmo?
LTT Porque, se amardes (somente) aqueles que estão vos amando, que galardão tereis? Porventura até mesmo os publicanos não fazem o mesmo?
BJ2 Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos[a] a mesma coisa?
VULG Si enim diligitis eos qui vos diligunt, quam mercedem habebitis ? nonne et publicani hoc faciunt ?

mt 5: 47

Versão Versículo
ARA E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?
ARC E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? não fazem os publicanos também assim?
TB Se saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem os gentios também o mesmo?
BGB καὶ ἐὰν ἀσπάσησθε τοὺς ⸀ἀδελφοὺς ὑμῶν μόνον, τί περισσὸν ποιεῖτε; οὐχὶ καὶ οἱ ⸀ἐθνικοὶ ⸂τὸ αὐτὸ⸃ ποιοῦσιν;
HD E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário ? Não fazem também os gentios o mesmo?
BKJ E, se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis mais que os outros? Os publicanos não fazem assim?
LTT E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Porventura até mesmo os publicanos não fazem assim?
BJ2 E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa?
VULG Et si salutaveritis fratres vestros tantum, quid amplius facitis ? nonne et ethnici hoc faciunt ?

mt 5: 48

Versão Versículo
ARA Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
ARC Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
TB Sede vós, pois, perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito.
BGB Ἔσεσθε οὖν ὑμεῖς τέλειοι ⸀ὡς ὁ πατὴρ ὑμῶν ὁ ⸀οὐράνιος τέλειός ἐστιν.
HD Portanto, sede vós perfeitos , como é perfeito vosso Pai Celestial.
BKJ Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está no céu.
LTT Sereis vós, pois, completos- em- desenvolvimento, como o vosso Pai, Aquele que está nos céuS, perfeito é.
BJ2 Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.
VULG Estote ergo vos perfecti, sicut et Pater vester cælestis perfectus est.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:1

Mateus 4:18 E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
Mateus 4:25 E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordão.
Mateus 10:2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
Mateus 13:2 E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.
Mateus 15:29 Partindo Jesus dali, chegou ao pé do mar da Galileia e, subindo a um monte, assentou-se lá.
Marcos 3:13 E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele.
Marcos 3:20 E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão.
Marcos 4:1 E outra vez começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar.
Lucas 6:13 E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
João 6:2 E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:2

Jó 3:1 Depois disto, abriu Jó a boca e amaldiçoou o seu dia.
Salmos 78:1 Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca.
Provérbios 8:6 Ouvi, porque proferirei coisas excelentes; os meus lábios se abrirão para a equidade.
Provérbios 31:8 Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham em desolação.
Mateus 13:35 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo.
Lucas 6:20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Atos 8:35 Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.
Atos 10:34 E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;
Atos 18:14 E, querendo Paulo abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime enorme, com razão vos sofreria;
Efésios 6:19 e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:3

Levítico 26:41 eu também andei com eles contrariamente e os fiz entrar na terra dos seus inimigos; se, então, o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem por bem o castigo da sua iniquidade,
Deuteronômio 8:2 E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não.
II Crônicas 7:14 e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
II Crônicas 33:12 E ele, angustiado, orou deveras ao Senhor, seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais,
II Crônicas 33:19 E a sua oração, como Deus se aplacou para com ele, e todo o seu pecado, e a sua transgressão, e os lugares onde edificou altos e pôs bosques e imagens de escultura, antes que se humilhasse, eis que está tudo escrito nos livros dos videntes.
II Crônicas 33:23 Mas não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara; antes, multiplicou Amom os seus delitos.
II Crônicas 34:27 Como o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te tenho ouvido, diz o Senhor.
Jó 42:6 Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
Salmos 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Salmos 2:12 Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.
Salmos 32:1 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
Salmos 34:18 Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito.
Salmos 41:1 Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal.
Salmos 51:17 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
Salmos 84:12 Senhor dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.
Salmos 112:1 Louvai ao Senhor! Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer.
Salmos 119:1 Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.
Salmos 128:1 Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
Salmos 146:5 Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no Senhor, seu Deus,
Provérbios 8:32 Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos.
Provérbios 16:19 Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com os soberbos.
Provérbios 29:23 A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.
Isaías 30:18 Por isso, o Senhor esperará para ter misericórdia de vós; e, por isso, será exalçado para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade. Bem-aventurados todos os que nele esperam.
Isaías 57:15 Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.
Isaías 61:1 O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;
Isaías 66:2 Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas estas coisas foram feitas, diz o Senhor; mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra.
Jeremias 31:18 Bem ouvi eu que Efraim se queixava, dizendo: Castigaste-me, e fui castigado como novilho ainda não domado; converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o Senhor, meu Deus.
Daniel 5:21 E foi tirado dentre os filhos dos homens, e o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; fizeram-no comer erva como os bois, e pelo orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre os reinos dos homens e a quem quer constitui sobre eles.
Miquéias 6:8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?
Mateus 3:2 e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
Mateus 8:11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus;
Mateus 11:6 E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.
Mateus 11:25 Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
Mateus 13:16 Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
Mateus 18:1 Naquela mesma hora, chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no Reino dos céus?
Mateus 24:46 Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim.
Mateus 25:34 Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Marcos 10:14 Jesus, porém, vendo isso, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus.
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
Lucas 6:20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Lucas 11:28 Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.
Lucas 18:14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
João 20:29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
Romanos 4:6 Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:
Tiago 1:10 e o rico, em seu abatimento, porque ele passará como a flor da erva.
Tiago 1:12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
Tiago 2:5 Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
Tiago 4:9 Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza.
Apocalipse 19:9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
Apocalipse 22:14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:4

Salmos 6:1 Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.
Salmos 13:1 Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
Salmos 30:7 Tu, Senhor, pelo teu favor fizeste forte a minha montanha; tu encobriste o teu rosto, e fiquei perturbado.
Salmos 32:3 Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.
Salmos 40:1 Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.
Salmos 69:29 Eu, porém, estou aflito e triste; ponha-me a tua salvação, ó Deus, num alto retiro.
Salmos 116:3 Cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza.
Salmos 126:5 Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Isaías 12:1 E dirás, naquele dia: Graças te dou, ó Senhor, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste.
Isaías 25:8 Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Jeová as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor o disse.
Isaías 30:19 Porque o povo habitará em Sião, em Jerusalém; não chorarás mais; certamente, se compadecerá de ti, à voz do teu clamor; e, ouvindo-a, te responderá.
Isaías 35:10 E os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com júbilo; e alegria eterna haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.
Isaías 38:14 Como o grou ou a andorinha, assim eu chilreava e gemia como a pomba; alçava os olhos ao alto; ó Senhor, ando oprimido! Fica por meu fiador.
Isaías 51:11 Assim, voltarão os resgatados do Senhor e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o gemido fugirão.
Isaías 57:18 Eu vejo os seus caminhos e os sararei; também os guiarei e lhes tornarei a dar consolações e aos seus pranteadores.
Isaías 61:2 a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
Isaías 66:10 Regozijai-vos com Jerusalém e alegrai-vos por ela, vós todos que a amais; enchei-vos por ela de alegria, todos que por ela pranteastes;
Jeremias 31:9 Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito, em que não tropeçarão; porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.
Jeremias 31:16 Assim diz o Senhor: Reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos, porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor; pois eles voltarão da terra do inimigo.
Ezequiel 7:16 E só escaparão os que deles se escaparem, mas estarão pelos montes, como pombas dos vales, todos gemendo, cada um por causa da sua maldade.
Ezequiel 9:4 E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
Zacarias 12:10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.
Lucas 6:21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
Lucas 6:25 Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome! Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis!
Lucas 7:38 E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento.
Lucas 7:50 E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
Lucas 16:25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado.
João 16:20 Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
II Coríntios 1:4 que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.
II Coríntios 7:9 agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma.
Tiago 1:12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
Apocalipse 7:14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Apocalipse 21:4 E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:5

Números 12:3 E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
Salmos 22:26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
Salmos 25:9 Guiará os mansos retamente; e aos mansos ensinará o seu caminho.
Salmos 25:13 A sua alma pousará no bem, e a sua descendência herdará a terra.
Salmos 37:9 Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra.
Salmos 37:11 Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.
Salmos 37:22 Porque aqueles que ele abençoa herdarão a terra, e aqueles que forem por ele amaldiçoados serão desarraigados.
Salmos 37:29 Os justos herdarão a terra e habitarão nela para sempre.
Salmos 37:34 Espera no Senhor e guarda o seu caminho, e te exaltará para herdares a terra; tu o verás quando os ímpios forem desarraigados.
Salmos 69:32 Os mansos verão isto e se agradarão; o vosso coração viverá, pois que buscais a Deus.
Salmos 147:6 O Senhor eleva os humildes e abate os ímpios até à terra.
Salmos 149:4 Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação.
Isaías 11:4 mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio.
Isaías 29:19 E os mansos terão regozijo sobre regozijo no Senhor; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel.
Isaías 60:21 E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado.
Isaías 61:1 O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;
Sofonias 2:3 Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que pondes por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.
Mateus 11:29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.
Mateus 21:5 Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, humilde e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
Romanos 4:13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.
Gálatas 5:23 Contra essas coisas não há lei.
Efésios 4:2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
Colossenses 3:12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade,
I Timóteo 6:11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
II Timóteo 2:25 instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade
Tito 3:2 que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda mansidão para com todos os homens.
Tiago 1:21 Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma.
Tiago 3:13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.
I Pedro 3:4 mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.
I Pedro 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:6

Salmos 4:6 Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Senhor, exalta sobre nós a luz do teu rosto.
Salmos 17:15 Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.
Salmos 42:1 Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
Salmos 63:1 Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água,
Salmos 63:5 A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louvará com alegres lábios,
Salmos 65:4 Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos satisfeitos da bondade da tua casa e do teu santo templo.
Salmos 84:2 A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.
Salmos 107:9 Pois fartou a alma sedenta e encheu de bens a alma faminta,
Salmos 145:19 Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor e os salvará.
Cântico dos Cânticos 5:1 Já vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite. Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.
Isaías 25:6 E o Senhor dos Exércitos dará, neste monte, a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa com vinhos puros, com tutanos gordos e com vinhos puros, bem purificados.
Isaías 41:17 Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, eu, o Deus de Israel os não desampararei.
Isaías 44:3 Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.
Isaías 49:9 para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e, em todos os lugares altos, terão o seu pasto.
Isaías 55:1 Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Isaías 65:13 Pelo que assim diz o Senhor Jeová: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede; eis que os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis;
Isaías 66:11 para que mameis e vos farteis dos peitos das suas consolações; para que sugueis e vos deleiteis com o resplendor da sua glória.
Amós 8:11 Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.
Lucas 1:53 encheu de bens os famintos, despediu vazios os ricos,
Lucas 6:21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
Lucas 6:25 Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome! Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis!
João 4:14 mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.
João 6:27 Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque a este o Pai, Deus, o selou.
João 6:48 Eu sou o pão da vida.
João 7:37 E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.
Apocalipse 7:16 Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:7

II Samuel 22:26 Com o benigno te mostras benigno, com o varão sincero te mostras sincero.
Jó 31:16 Se retive o que os pobres desejavam ou fiz desfalecer os olhos da viúva;
Salmos 18:25 Com o benigno te mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero;
Salmos 37:26 Compadece-se sempre, e empresta, e a sua descendência é abençoada.
Salmos 41:1 Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal.
Salmos 112:4 Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo.
Salmos 112:9 É liberal, dá aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.
Provérbios 11:17 O homem benigno faz bem à sua própria alma, mas o cruel perturba a sua própria carne.
Provérbios 14:21 O que despreza ao seu companheiro peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado.
Provérbios 19:17 Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício.
Isaías 57:1 Perece o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos são retirados, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal.
Isaías 58:6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo?
Daniel 4:27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres, e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
Oséias 1:6 E tornou ela a conceber e deu à luz uma filha; e ele disse: Põe-lhe o nome de Lo-Ruama; porque eu não me tornarei mais a compadecer da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei.
Oséias 2:1 Dizei a vossos irmãos: Ami; e a vossas irmãs: Ruama.
Oséias 2:23 E semeá-la-ei para mim na terra e compadecer-me-ei de Lo-Ruama; e a Lo-Ami direi: Tu és meu povo! E ele dirá: Tu és o meu Deus!
Miquéias 6:8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?
Mateus 6:14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.
Mateus 18:33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
Marcos 11:25 E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.
Lucas 6:35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.
Romanos 11:30 Porque assim como vós também, antigamente, fostes desobedientes a Deus, mas, agora, alcançastes misericórdia pela desobediência deles,
I Coríntios 7:25 Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel.
II Coríntios 4:1 Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
Efésios 4:32 Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.
Colossenses 3:12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade,
I Timóteo 1:13 a mim, que, dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.
I Timóteo 1:16 Mas, por isso, alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.
II Timóteo 1:16 O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou e não se envergonhou das minhas cadeias;
Hebreus 4:16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Hebreus 6:10 Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de amor que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.
Tiago 2:13 Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.
Tiago 3:17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.
I Pedro 2:10 vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:8

Gênesis 32:30 E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva.
I Crônicas 29:17 E bem sei eu, Deus meu, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, voluntariamente dei todas estas coisas; e agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui, voluntariamente te deu.
Jó 19:26 E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus.
Salmos 15:2 Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração;
Salmos 18:26 com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável.
Salmos 24:4 Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
Salmos 51:6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
Salmos 51:10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.
Salmos 73:1 Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.
Provérbios 22:11 O que ama a pureza do coração e tem graça nos seus lábios terá por seu amigo o rei.
Ezequiel 36:25 Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
Mateus 23:25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade.
Atos 15:9 e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o seu coração pela fé.
I Coríntios 13:12 Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido.
II Coríntios 7:1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
Tito 1:15 Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes, o seu entendimento e consciência estão contaminados.
Hebreus 9:14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
Hebreus 10:22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa,
Hebreus 12:14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
Tiago 3:17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.
Tiago 4:8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração.
I Pedro 1:22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;
I João 3:2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.
Apocalipse 22:4 E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:9

I Crônicas 12:17 E Davi lhes saiu ao encontro e lhes falou, dizendo: Se vós vindes a mim pacificamente e para me ajudar, o meu coração se unirá convosco; porém, se é para me entregardes aos meus inimigos, sem que haja deslealdade nas minhas mãos, o Deus de nossos pais o veja e o repreenda.
Salmos 34:12 Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem?
Salmos 82:6 Eu disse: Vós sois deuses, e vós outros sois todos filhos do Altíssimo.
Salmos 120:6 A minha alma bastante tempo habitou com os que detestam a paz.
Salmos 122:6 Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam.
Mateus 5:45 para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.
Mateus 5:48 Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.
Lucas 6:35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.
Lucas 20:36 porque já não podem mais morrer, pois são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.
Atos 7:26 E, no dia seguinte, pelejando eles, foi por eles visto e quis levá-los à paz, dizendo: Varões, sois irmãos; por que vos agravais um ao outro?
Romanos 8:14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
Romanos 12:18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
Romanos 14:1 Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
Romanos 14:17 porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
I Coríntios 6:6 Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isso perante infiéis.
II Coríntios 5:20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.
II Coríntios 13:11 Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Efésios 4:1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
Efésios 5:1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
Filipenses 2:1 Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
Filipenses 2:15 para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
Filipenses 4:2 Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor.
Colossenses 3:13 suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
II Timóteo 2:22 Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.
Hebreus 12:14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
Tiago 1:19 Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.
Tiago 3:16 Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.
I Pedro 1:14 como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:10

Salmos 37:12 O ímpio maquina contra o justo e contra ele range os dentes.
Mateus 5:3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;
Mateus 10:23 Quando, pois, vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem.
Mateus 25:34 Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Marcos 10:30 que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições, e, no século futuro, a vida eterna.
Lucas 6:20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Lucas 6:22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem.
Lucas 21:12 Mas, antes de todas essas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por amor do meu nome.
João 15:20 Lembrai-vos da palavra que vos disse: não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa.
Atos 5:40 E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus e os deixaram ir.
Atos 8:1 E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
Romanos 8:35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
I Coríntios 4:9 Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.
II Coríntios 4:8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;
II Coríntios 4:17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente,
Filipenses 1:28 E em nada vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas, para vós, de salvação, e isto de Deus.
II Tessalonicenses 1:4 de maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais,
II Timóteo 2:12 se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;
II Timóteo 3:11 perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou.
Tiago 1:2 Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações,
Tiago 1:12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
I Pedro 3:13 E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?
I Pedro 4:12 Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;
I João 3:12 Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.
Apocalipse 2:10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:11

Salmos 35:11 Falsas testemunhas se levantaram; depuseram contra mim coisas que eu não sabia.
Salmos 44:22 Sim, por amor de ti, somos mortos todo dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Isaías 66:5 Ouvi a palavra do Senhor, vós que tremeis diante da sua palavra. Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por amor do meu nome, dizem: O Senhor seja glorificado, para que vejamos a vossa alegria! Mas eles serão confundidos.
Mateus 10:18 e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
Mateus 10:22 E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
Mateus 10:25 Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo ser como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
Mateus 10:39 Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.
Mateus 19:29 E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna.
Mateus 24:9 Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome.
Mateus 27:39 E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça
Marcos 4:17 mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
Marcos 8:35 Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará.
Marcos 13:9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados ante governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
Marcos 13:13 E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.
Lucas 6:22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem.
Lucas 7:33 Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio.
Lucas 9:24 Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida a salvará.
Lucas 21:12 Mas, antes de todas essas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por amor do meu nome.
Lucas 21:17 E de todos sereis odiados por causa do meu nome.
João 9:28 Então, o injuriaram e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés.
João 15:21 Mas tudo isso vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.
Atos 9:16 E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
Romanos 8:36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro.
I Coríntios 4:10 Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, ilustres, e nós, vis.
II Coríntios 4:11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.
I Pedro 2:23 o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente,
I Pedro 4:14 Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus.
Apocalipse 2:3 e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:12

Gênesis 15:1 Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.
Rute 2:12 O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.
I Reis 18:4 porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água.)
I Reis 18:13 Porventura, não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do Senhor, como escondi a cem homens dos profetas do Senhor, de cinquenta em cinquenta, numas covas, e os sustentei com pão e água?
I Reis 19:2 Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
I Reis 19:10 E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.
I Reis 21:20 E disse Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? E ele disse: Achei-te; porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor.
I Reis 22:8 Então, disse o rei de Israel a Josafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim bem, mas só mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Josafá: Não fale o rei assim.
I Reis 22:26 Então, disse o rei de Israel: Tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom, o chefe da cidade, e a Joás, filho do rei,
II Reis 1:9 Então, lhe enviou um capitão de cinquenta; e, subindo a ele (porque eis que estava assentado no cume do monte), disse-lhe: Homem de Deus, o rei diz: Desce.
II Crônicas 16:10 Porém Asa se indignou contra o vidente e lançou-o na casa do tronco, porque disso grandemente se alterou contra ele; também Asa, no mesmo tempo, oprimiu alguns do povo.
II Crônicas 24:20 E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo e lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do Senhor? Portanto, não prosperareis; porque deixastes o Senhor, também ele vos deixará.
II Crônicas 36:16 Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do Senhor subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.
Neemias 9:26 Porém se obstinaram, e se revoltaram contra ti, e lançaram a tua lei para trás das suas costas, e mataram os teus profetas, que protestavam contra eles, para que voltassem para ti; assim fizeram grandes abominações.
Salmos 19:11 Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.
Salmos 58:11 Então, dirá o homem: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra.
Provérbios 11:18 O ímpio recebe um salário enganoso, mas, para o que semeia justiça, haverá galardão certo.
Isaías 3:10 Dizei aos justos que bem lhes irá, porque comerão do fruto das suas obras.
Jeremias 2:30 Em vão castiguei os vossos filhos; eles não aceitaram a correção; a vossa espada devorou os vossos profetas como um leão destruidor.
Jeremias 26:8 E sucedeu que, acabando Jeremias de dizer tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, dizendo: Certamente, morrerás.
Jeremias 26:21 E, ouvindo o rei Jeoaquim, e todos os seus valentes, e todos os príncipes as suas palavras, procurou o rei matá-lo. Mas, ouvindo isto Urias, temeu, e fugiu, e foi para o Egito.
Mateus 6:1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 6:4 para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
Mateus 6:16 E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mateus 10:41 Quem recebe um profeta na qualidade de profeta receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo.
Mateus 16:27 Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras.
Mateus 21:34 E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.
Mateus 23:31 Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
Lucas 6:23 Folgai nesse dia, exultai, porque é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.
Lucas 6:35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.
Lucas 11:47 Ai de vós que edificais os sepulcros dos profetas, e vossos pais os mataram!
Lucas 13:34 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?
Atos 5:41 Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.
Atos 7:51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim, vós sois como vossos pais.
Atos 16:25 Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
Romanos 5:3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;
I Coríntios 3:8 Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho.
II Coríntios 4:17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente,
Filipenses 2:17 E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
Colossenses 1:24 Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;
Colossenses 3:24 sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.
I Tessalonicenses 2:15 os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens.
Hebreus 11:6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
Hebreus 11:26 tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
Tiago 1:2 Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações,
I Pedro 4:13 mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:13

Levítico 2:13 E toda a oferta dos teus manjares salgarás com sal; e não deixarás faltar à tua oferta de manjares o sal do concerto do teu Deus; em toda a tua oferta oferecerás sal.
Marcos 9:49 Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
Lucas 14:34 Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará?
Colossenses 4:6 A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.
Hebreus 6:4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo,
II Pedro 2:20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:14

Gênesis 11:4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Provérbios 4:18 Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
João 5:35 Ele era a candeia que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.
João 8:12 Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
João 12:36 Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Essas coisas disse Jesus; e, retirando-se, escondeu-se deles.
Romanos 2:19 e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,
II Coríntios 6:14 Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
Efésios 5:8 Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz
Filipenses 2:15 para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
I Tessalonicenses 5:5 porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.
Apocalipse 1:20 O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.
Apocalipse 21:14 E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:15

Êxodo 25:37 Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para alumiar defronte dele.
Números 8:2 Fala a Arão e dize-lhe: Quando acenderes as lâmpadas, defronte do candeeiro alumiarão as sete lâmpadas.
Marcos 4:21 E disse-lhes: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do cesto ou debaixo da cama? Não vem, antes, para se colocar no velador?
Lucas 8:16 E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz.
Lucas 11:33 E ninguém, acendendo uma candeia, a põe em oculto, nem debaixo do alqueire, mas no velador, para que os que entram vejam a luz.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:16

Provérbios 4:18 Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
Isaías 58:8 Então, romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
Isaías 60:1 Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.
Isaías 61:3 a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Mateus 5:45 para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.
Mateus 6:1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 6:9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
Mateus 6:16 E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mateus 9:8 E a multidão, vendo isso, maravilhou-se e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.
Mateus 23:5 E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,
Mateus 23:9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
Lucas 11:2 E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
João 15:8 Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
Atos 9:36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
Romanos 13:11 E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.
I Coríntios 14:25 Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.
II Coríntios 9:13 visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos,
Gálatas 1:24 E glorificavam a Deus a respeito de mim.
Efésios 2:10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
Efésios 5:8 Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz
Filipenses 2:15 para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
I Tessalonicenses 2:12 para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
I Tessalonicenses 5:6 Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.
II Tessalonicenses 1:10 quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável, naquele Dia, em todos os que creem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).
I Timóteo 2:10 mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.
I Timóteo 5:10 tendo testemunho de boas obras, se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda boa obra.
I Timóteo 5:25 Assim mesmo também as boas obras são manifestas, e as que são doutra maneira não podem ocultar-se.
I Timóteo 6:18 que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis;
Tito 2:7 Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade,
Tito 2:14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Tito 3:4 Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,
Tito 3:7 para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.
Tito 3:14 E os nossos aprendam também a aplicar-se às boas obras, nas coisas necessárias, para que não sejam infrutuosos.
Hebreus 10:24 E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
I Pedro 2:9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
I Pedro 2:12 tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
I Pedro 3:1 Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,
I Pedro 3:16 tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom procedimento em Cristo,
I Pedro 4:11 Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!
I Pedro 4:14 Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus.
I João 1:5 E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:17

Salmos 40:6 Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.
Isaías 42:21 O Senhor se agradava dele por amor da sua justiça; engrandeceu-o pela lei e o fez glorioso.
Mateus 3:15 Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
Mateus 7:12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
Lucas 16:17 E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da Lei.
João 8:5 e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
Atos 6:13 Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
Atos 18:13 dizendo: Este persuade os homens a servir a Deus contra a lei.
Atos 21:28 clamando: Varões israelitas, acudi! Este é o homem que por todas as partes ensina a todos, contra o povo, e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos e profanou este santo lugar.
Romanos 3:31 anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.
Romanos 8:4 para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Romanos 10:4 Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Gálatas 3:17 Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa.
Gálatas 4:4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Colossenses 2:16 Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
Hebreus 10:3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:18

Salmos 102:26 Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.
Salmos 119:89 Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu.
Salmos 119:152 Acerca dos teus testemunhos eu soube, desde a antiguidade, que tu os fundaste para sempre. Rexe.
Isaías 40:8 Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.
Isaías 51:6 Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra de baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como uma veste, e os seus moradores morrerão como mosquitos; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será quebrantada.
Mateus 5:26 Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.
Mateus 6:2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mateus 6:16 E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mateus 8:10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.
Mateus 10:15 Em verdade vos digo que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
Mateus 10:23 Quando, pois, vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem.
Mateus 10:42 E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.
Mateus 11:11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele.
Mateus 13:17 Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.
Mateus 16:28 Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino.
Mateus 17:20 E Jesus lhes disse: Por causa da vossa pequena fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá ? e há de passar; e nada vos será impossível.
Mateus 18:3 e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.
Mateus 18:18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
Mateus 19:23 Disse, então, Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus.
Mateus 19:28 E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.
Mateus 21:21 Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito.
Mateus 21:31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.
Mateus 23:36 Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração.
Mateus 24:2 Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
Mateus 24:34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam.
Mateus 24:47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
Mateus 25:12 E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Mateus 25:40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Mateus 25:45 Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
Mateus 26:13 Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua.
Marcos 3:28 Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda sorte de blasfêmias, com que blasfemarem.
Marcos 6:11 E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do que para os daquela cidade.
Marcos 8:12 E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal algum.
Marcos 9:1 Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder.
Marcos 9:41 Porquanto qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão.
Marcos 10:15 Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
Marcos 10:29 E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho,
Marcos 11:23 porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.
Marcos 12:43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro;
Marcos 13:30 Na verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam.
Marcos 14:9 Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
Marcos 14:18 E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
Marcos 14:25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele Dia em que o beber novo, no Reino de Deus.
Marcos 14:30 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
Lucas 4:24 E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem-recebido na sua pátria.
Lucas 11:51 desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração.
Lucas 12:37 Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá.
Lucas 13:35 Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
Lucas 16:17 E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da Lei.
Lucas 18:17 Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele.
Lucas 18:29 E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo Reino de Deus
Lucas 21:32 Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça.
Lucas 23:43 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
João 1:51 E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que, daqui em diante, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
João 3:5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
João 3:11 Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.
João 5:19 Mas Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
João 5:24 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
João 6:26 Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.
João 6:32 Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
João 6:47 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.
João 6:53 Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
João 8:34 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.
João 8:51 Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.
João 8:58 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.
João 10:1 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
João 10:7 Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.
João 12:24 Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.
João 13:16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
João 13:20 Na verdade, na verdade vos digo que se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim recebe aquele que me enviou.
João 13:38 Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes.
João 14:12 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
João 16:20 Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
João 16:23 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
João 21:18 Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras.
Hebreus 1:11 eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão,
I Pedro 1:25 mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.
II Pedro 3:10 Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
Apocalipse 20:11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:19

Deuteronômio 12:32 Tudo o que eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás.
Deuteronômio 27:26 Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo! E todo o povo dirá: Amém!
I Samuel 2:30 Portanto, diz o Senhor, Deus de Israel: Na verdade, tinha dito eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos.
Salmos 119:6 Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.
Salmos 119:128 Por isso, tenho, em tudo, como retos todos os teus preceitos e aborreço toda falsa vereda. Pê.
Daniel 12:3 Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente.
Malaquias 2:8 Mas vós vos desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeçar na lei: corrompestes o concerto de Levi, diz o Senhor dos Exércitos.
Mateus 11:11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele.
Mateus 15:3 Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição?
Mateus 19:28 E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.
Mateus 20:26 Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal;
Mateus 23:16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
Mateus 28:20 ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Lucas 1:15 porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.
Lucas 9:48 e disse-lhes: Qualquer que receber esta criança em meu nome recebe-me a mim; e qualquer que me recebe a mim recebe o que me enviou; porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande.
Lucas 11:42 Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras.
Lucas 22:24 E houve também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior.
Atos 1:1 Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar,
Romanos 3:8 E por que não dizemos (como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos): Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa.
Romanos 6:1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?
Romanos 6:15 Pois quê? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum!
Romanos 13:8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
Gálatas 3:10 Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
Gálatas 5:14 Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Filipenses 3:17 Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
Filipenses 4:8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
I Tessalonicenses 2:10 Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes.
I Tessalonicenses 4:1 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;
I Timóteo 4:11 Manda estas coisas e ensina-as.
I Timóteo 6:3 Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade,
I Timóteo 6:11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
Tito 2:8 linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.
Tito 3:8 Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.
Tiago 2:10 Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
I Pedro 5:4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
Apocalipse 2:14 Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
Apocalipse 2:20 Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:20

Mateus 3:10 E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Mateus 7:21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Mateus 18:5 E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe.
Mateus 23:2 dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus.
Mateus 23:23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
Marcos 10:15 Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
Marcos 10:25 É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.
Lucas 11:39 E o Senhor lhe disse: Agora, vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade.
Lucas 11:44 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que sois como as sepulturas que não aparecem, e os homens que sobre elas andam não o sabem!
Lucas 12:1 Ajuntando-se, entretanto, muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos, primeiramente, do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Lucas 16:14 E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele.
Lucas 18:10 Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
Lucas 18:17 Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele.
Lucas 18:24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas!
Lucas 20:46 Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas e amam as saudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes;
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
Romanos 9:30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé.
Romanos 10:2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.
II Coríntios 5:17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
Filipenses 3:9 e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé;
Hebreus 12:14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
Apocalipse 21:27 E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:21

Gênesis 9:5 E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
Êxodo 20:13 Não matarás.
Êxodo 21:12 Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá;
Números 35:12 E estas cidades vos serão por refúgio do vingador do sangue; para que o homicida não morra, até que esteja perante a congregação no juízo.
Números 35:16 Porém, se a ferir com instrumento de ferro, e morrer, homicida é; certamente o homicida morrerá.
Números 35:30 Todo aquele que ferir a alguma pessoa, conforme o dito das testemunhas, matarão o homicida; mas uma só testemunha não testemunhará contra alguém para que morra,
Deuteronômio 5:17 Não matarás.
Deuteronômio 16:18 Juízes e oficiais porás em todas as tuas portas que o Senhor, teu Deus, te der entre as tuas tribos, para que julguem o povo com juízo de justiça.
Deuteronômio 21:7 e protestarão, e dirão: As nossas mãos não derramaram este sangue, e os nossos olhos o não viram.
II Samuel 20:18 Então, falou ela, dizendo: Antigamente, costumava-se falar, dizendo: Certamente, pediram conselho a Abel; e assim o cumpriam.
I Reis 2:5 E também tu sabes o que me fez Joabe, filho de Zeruia, e o que fez aos dois chefes do exército de Israel, a Abner, filho de Ner, e a Amasa, filho de Jéter, os quais matou, e em paz derramou o sangue de guerra, e pôs o sangue de guerra no seu cinto que tinha nos lombos e nos seus sapatos que trazia nos pés.
I Reis 2:31 E disse-lhe o rei: Faze como ele disse, e dá sobre ele, e sepulta-o, para que tires de mim e da casa de meu pai o sangue que Joabe sem causa derramou.
Jó 8:8 Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas e prepara-te para a inquirição de seus pais.
Mateus 5:27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Mateus 5:33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor.
Mateus 5:38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
Mateus 5:43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:22

Gênesis 4:5 Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.
Gênesis 37:4 Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.
Gênesis 37:8 Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras.
Deuteronômio 15:11 Pois nunca cessará o pobre do meio da terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado e para o teu pobre na tua terra.
Deuteronômio 18:18 Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
I Samuel 17:27 E o povo lhe tornou a falar conforme aquela palavra, dizendo: Assim farão ao homem que o ferir.
I Samuel 18:8 Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino?
I Samuel 20:30 Então, se acendeu a ira de Saul contra Jônatas, e disse-lhe: Filho da perversa em rebeldia; não sei eu que tens elegido o filho de Jessé, para vergonha tua e para vergonha da nudez de tua mãe?
I Samuel 22:12 E disse Saul: Ouve, peço-te, filho de Aitube. E ele disse: Eis-me aqui, senhor meu.
II Samuel 6:20 E, voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com Davi e disse: Quão honrado foi o rei de Israel, descobrindo-se hoje aos olhos das servas de seus servos, como sem vergonha se descobre qualquer dos vadios.
II Samuel 16:7 E, amaldiçoando-o Simei, assim dizia: Sai, sai, homem de sangue e homem de Belial!
I Reis 21:4 Então, Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe falara, dizendo: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão.
II Crônicas 16:10 Porém Asa se indignou contra o vidente e lançou-o na casa do tronco, porque disso grandemente se alterou contra ele; também Asa, no mesmo tempo, oprimiu alguns do povo.
Neemias 5:8 E disse-lhes: Nós resgatamos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às gentes, segundo nossas posses; e vós outra vez venderíeis vossos irmãos ou vender-se-iam a nós? Então, se calaram e não acharam que responder.
Ester 3:5 Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
Salmos 7:4 se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo (antes, livrei ao que me oprimia sem causa);
Salmos 14:1 Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.
Salmos 25:3 Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa.
Salmos 35:19 Não se alegrem de mim os meus inimigos sem razão, nem pisquem os olhos aqueles que me aborrecem sem causa.
Salmos 37:8 Deixa a ira e abandona o furor; não te indignes para fazer o mal.
Salmos 49:10 porque vê que os sábios morrem, que perecem igualmente o louco e o bruto e deixam a outros os seus bens.
Salmos 69:4 Aqueles que me aborrecem sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; aqueles que procuram destruir-me sendo injustamente meus inimigos, são poderosos; então, restituí o que não furtei.
Salmos 92:6 O homem brutal nada sabe, e o louco não entende isto.
Salmos 109:3 Eles me cercaram com palavras odiosas e pelejaram contra mim sem causa.
Provérbios 14:16 O sábio teme e desvia-se do mal, mas o tolo encoleriza-se e dá-se por seguro.
Provérbios 18:6 Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites.
Jeremias 17:11 Como a perdiz que ajunta ovos que não choca, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará e no seu fim se fará um insensato.
Lamentações de Jeremias 3:52 Como ave, me caçaram os que são meus inimigos sem causa.
Daniel 2:12 Então, o rei muito se irou e enfureceu; e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia.
Daniel 3:13 Então, Nabucodonosor, com ira e furor, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E trouxeram a esses homens perante o rei.
Daniel 3:19 Então, Nabucodonosor se encheu de furor, e se mudou o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; falou e ordenou que o forno se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer.
Obadias 1:10 Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre.
Obadias 1:12 Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia;
Mateus 3:17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Mateus 5:23 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
Mateus 5:28 Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Mateus 5:34 Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de Deus,
Mateus 5:44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,
Mateus 10:17 Acautelai-vos, porém, dos homens, porque eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas;
Mateus 10:28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
Mateus 11:18 Porquanto veio João, não comendo, nem bebendo, e dizem: Tem demônio.
Mateus 12:24 Mas os fariseus, ouvindo isso, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.
Mateus 17:5 E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.
Mateus 18:8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
Mateus 18:21 Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Mateus 18:35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Mateus 23:15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
Mateus 23:33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
Mateus 25:41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Mateus 26:59 Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte,
Marcos 9:43 E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
Marcos 14:55 E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.
Marcos 15:1 E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio tiveram conselho; e, amarrando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
Lucas 12:5 Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Lucas 16:23 E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
João 7:20 A multidão respondeu e disse: Tens demônio; quem procura matar-te?
João 8:48 Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano e que tens demônio?
João 11:47 Depois, os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho e diziam: Que faremos? Porquanto este homem faz muitos sinais.
João 15:25 Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Aborreceram-me sem causa.
Atos 3:20 E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado,
Atos 5:27 E, trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou, dizendo:
Atos 7:37 Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel: O Senhor, vosso Deus, vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a ele ouvireis.
Atos 17:18 E alguns dos filósofos epicureus e estoicos contendiam com ele. Uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos. Porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.
Romanos 12:10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
I Coríntios 6:6 Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isso perante infiéis.
I Coríntios 6:10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.
Efésios 4:26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
Efésios 4:31 Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós.
I Tessalonicenses 4:6 Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos.
Tito 3:2 que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda mansidão para com todos os homens.
Hebreus 5:9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem,
Hebreus 12:25 Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus,
Tiago 2:20 Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
Tiago 3:6 A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
I Pedro 2:23 o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente,
I Pedro 3:9 não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção.
I João 2:9 Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.
I João 3:10 Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: qualquer que não pratica a justiça e não ama a seu irmão não é de Deus.
I João 3:14 Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte.
I João 4:20 Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?
I João 5:16 Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.
Judas 1:9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.
Apocalipse 20:14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:23

Gênesis 41:9 Então, falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me lembro hoje.
Gênesis 42:21 Então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois vimos a angústia de sua alma, quando nos rogava; nós, porém, não ouvimos; por isso, vem sobre nós esta angústia.
Gênesis 50:15 Vendo, então, os irmãos de José que o seu pai já estava morto, disseram: Porventura, nos aborrecerá José e nos pagará certamente todo o mal que lhe fizemos.
Levítico 6:2 Quando alguma pessoa pecar, e transgredir contra o Senhor, e negar ao seu próximo o que se lhe deu em guarda, ou o que depôs na sua mão, ou o roubo, ou o que retém violentamente ao seu próximo;
Deuteronômio 16:16 Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante o Senhor;
I Samuel 15:22 Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
I Reis 2:44 Disse mais o rei a Simei: Bem sabes tu toda a maldade que o teu coração reconhece que fizeste a Davi, meu pai; pelo que o Senhor fez recair a tua maldade sobre a tua cabeça.
Isaías 1:10 Ouvi a palavra do Senhor, vós príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei de nosso Deus, vós, ó povo de Gomorra.
Lamentações de Jeremias 3:20 Minha alma, certamente, se lembra e se abate dentro de mim.
Ezequiel 16:63 para que te lembres, e te envergonhes, e nunca mais abras a tua boca, por causa da tua vergonha, quando me reconciliar contigo de tudo quanto fizeste, diz o Senhor Jeová.
Oséias 6:6 Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
Amós 5:21 Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me dão nenhum prazer.
Mateus 5:24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
Mateus 8:4 Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
Mateus 23:19 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar, que santifica a oferta?
Marcos 11:25 E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.
Lucas 19:8 E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:24

Jó 42:8 Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.
Provérbios 25:9 Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo e não descubras o segredo de outro;
Mateus 18:15 Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão.
Mateus 23:23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
Marcos 9:50 Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz, uns com os outros.
Romanos 12:17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas perante todos os homens.
I Coríntios 6:7 Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?
I Coríntios 11:28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice.
I Timóteo 2:8 Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.
Tiago 3:13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.
Tiago 5:16 Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
I Pedro 3:7 Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:25

Gênesis 32:3 E enviou Jacó mensageiros diante da sua face a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, território de Edom.
Gênesis 32:13 E passou ali aquela noite; e tomou, do que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão Esaú:
Gênesis 33:3 E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão.
I Samuel 25:17 Olha, pois, agora, e vê o que hás de fazer porque já de todo determinado está o mal contra o nosso amo e contra toda a sua casa, e ele é um tal filho de Belial, que não há quem lhe possa falar.
I Reis 22:26 Então, disse o rei de Israel: Tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom, o chefe da cidade, e a Joás, filho do rei,
Jó 22:21 Une-te, pois, a Deus, e tem paz, e, assim, te sobrevirá o bem.
Salmos 32:6 Pelo que todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas a ele não chegarão.
Provérbios 6:1 Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro, se deste a tua mão ao estranho,
Provérbios 25:8 Não te apresses a litigar, para depois, ao fim, não saberes o que hás de fazer, podendo-te confundir o teu próximo.
Isaías 55:6 Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Lucas 12:58 Quando, pois, vais com o teu adversário ao magistrado, procura livrar-te dele no caminho; para que não suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho, e o meirinho te encerre na prisão.
Lucas 13:24 Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.
Lucas 14:31 Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
II Coríntios 6:2 (Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.);
Hebreus 3:7 Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
Hebreus 3:13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.
Hebreus 12:17 Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:26

Mateus 18:34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
Mateus 25:41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Mateus 25:46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
Lucas 12:59 Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o derradeiro ceitil.
Lucas 16:26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.
II Tessalonicenses 1:9 os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,
Tiago 2:13 Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:27

Êxodo 20:14 Não adulterarás.
Levítico 20:10 Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.
Deuteronômio 5:18 E não adulterarás.
Deuteronômio 22:22 Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel.
Provérbios 6:32 O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz.
Mateus 5:21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:28

Gênesis 34:2 E Siquém, filho de Hamor, heveu, príncipe daquela terra, viu-a, e tomou-a, e deitou-se com ela, e humilhou-a.
Gênesis 39:7 E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo.
Êxodo 20:17 Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
II Samuel 11:2 E aconteceu, à hora da tarde, que Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista.
Jó 31:1 Fiz concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?
Jó 31:9 Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou se eu andei rondando à porta do meu próximo,
Salmos 119:96 A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é amplíssimo. Mem.
Provérbios 6:25 Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos.
Mateus 5:22 Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.
Mateus 5:39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
Mateus 7:28 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina,
Romanos 7:7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
Romanos 7:14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Tiago 1:14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
II Pedro 2:14 tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
I João 2:16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:29

Provérbios 5:8 Afasta dela o teu caminho e não te aproximes da porta da sua casa;
Mateus 5:22 Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.
Mateus 10:28 E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
Mateus 16:26 Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
Mateus 18:8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
Mateus 19:12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba.
Mateus 23:15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
Mateus 23:33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
Marcos 8:36 Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?
Marcos 9:43 E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
Lucas 9:24 Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida a salvará.
Lucas 12:5 Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Romanos 6:6 sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.
Romanos 8:13 porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
I Coríntios 9:27 Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.
Gálatas 5:24 E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Colossenses 3:5 Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria;
I Pedro 4:1 Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:30

Mateus 5:29 Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
Mateus 11:6 E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.
Mateus 13:21 mas não tem raiz em si mesmo; antes, é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende;
Mateus 16:23 Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.
Mateus 18:6 Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.
Mateus 22:13 Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 25:20 Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles.
Mateus 26:31 Então, Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
Marcos 9:43 E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
Lucas 12:5 Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Lucas 17:2 Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.
Romanos 9:33 como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será confundido.
Romanos 14:20 Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.
I Coríntios 8:13 Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.
Gálatas 5:11 Eu, porém, irmãos, se prego ainda a circuncisão, por que sou, pois, perseguido? Logo, o escândalo da cruz está aniquilado.
I Pedro 2:8 e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:31

Deuteronômio 24:1 Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.
Jeremias 3:1 Eles dizem: Se um homem despedir sua mulher, e ela se ausentar dele e se ajuntar a outro homem, porventura, tornará a ela mais? Não se poluiria de todo aquela terra? Ora, tu te maculaste com muitos amantes; mas, ainda assim, torna para mim, diz o Senhor.
Mateus 19:3 Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?
Mateus 19:7 Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?
Marcos 10:2 E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:32

Malaquias 2:14 E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.
Mateus 5:28 Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Mateus 19:8 Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim.
Marcos 10:5 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza do vosso coração vos deixou ele escrito esse mandamento;
Lucas 9:30 E eis que estavam falando com ele dois varões, que eram Moisés e Elias,
Lucas 9:35 E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado; a ele ouvi.
Lucas 16:18 Qualquer que deixa sua mulher e casa com outra adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também.
Romanos 7:3 De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido.
I Coríntios 7:4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
I Coríntios 7:10 Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:33

Êxodo 20:7 Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Levítico 19:12 nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.
Números 30:2 Quando um homem fizer voto ao Senhor ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que saiu da sua boca, fará.
Deuteronômio 5:11 Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente ao que tomar o seu nome em vão.
Deuteronômio 23:21 Quando votares algum voto ao Senhor, teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o Senhor, teu Deus, certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.
Deuteronômio 23:23 O que saiu da tua boca guardarás e o farás, mesmo a oferta voluntária, assim como votaste ao Senhor, teu Deus, e o declaraste pela tua boca.
Salmos 50:14 Oferece a Deus sacrifício de louvor e paga ao Altíssimo os teus votos.
Salmos 76:11 Fazei votos e pagai ao Senhor, vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dele, àquele que é tremendo.
Eclesiastes 5:4 Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.
Naum 1:15 Eis sobre os montes os pés do que traz boas-novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.
Mateus 5:27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Mateus 23:16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:34

Deuteronômio 23:21 Quando votares algum voto ao Senhor, teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o Senhor, teu Deus, certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.
Eclesiastes 9:2 Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
Isaías 57:15 Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.
Isaías 66:1 Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o escabelo dos meus pés. Que casa me edificaríeis vós? E que lugar seria o do meu descanso?
Mateus 23:16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
Tiago 5:12 Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:35

II Crônicas 6:6 Porém escolhi Jerusalém para que ali estivesse o meu nome; e escolhi Davi, para que tivesse cargo do meu povo de Israel.
Salmos 48:2 Formoso de sítio e alegria de toda a terra é o monte Sião sobre os lados do Norte, a cidade do grande Rei.
Salmos 87:2 O Senhor ama as portas de Sião mais do que todas as habitações de Jacó.
Salmos 99:5 Exaltai ao Senhor, nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés, porque ele é santo.
Malaquias 1:14 Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações.
Apocalipse 21:2 E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
Apocalipse 21:10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:36

Mateus 6:27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
Mateus 23:16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
Lucas 12:25 E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:37

Mateus 6:13 E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!
Mateus 13:19 Ouvindo alguém a palavra do Reino e não a entendendo, vem o maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho;
Mateus 13:38 o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno.
Mateus 15:19 Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
João 8:44 Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
João 17:15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
II Coríntios 1:17 E, deliberando isso, usei, porventura, de leviandade? Ou o que delibero, o delibero segundo a carne, para que haja em mim sim, sim e não, não?
Efésios 4:25 Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.
Colossenses 3:9 Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos
Colossenses 4:6 A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.
II Tessalonicenses 3:3 Mas fiel é o Senhor, que vos confortará e guardará do maligno.
Tiago 5:12 Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.
I João 2:13 Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
I João 3:12 Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.
I João 5:18 Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:38

Êxodo 21:22 Se alguns homens pelejarem, e ferirem uma mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém se não houver morte, certamente aquele que feriu será multado conforme o que lhe impuser o marido da mulher e pagará diante dos juízes.
Levítico 24:19 Quando também alguém desfigurar o seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito:
Deuteronômio 19:19 far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e, assim, tirarás o mal do meio de ti,
Deuteronômio 19:21 O teu olho não poupará: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
Mateus 5:27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:39

Levítico 19:18 Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.
I Samuel 24:10 Eis que este dia os teus olhos viram que o Senhor, hoje, te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que te matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do Senhor.
I Samuel 25:31 então, meu senhor, não te será por tropeço, nem por pesar no coração o sangue que sem causa derramaste, nem tampouco o haver-se salvado meu senhor a si mesmo; e, quando o Senhor fizer bem a meu senhor, lembra-te, então, da tua serva.
I Samuel 26:8 Então, disse Abisai a Davi: Deus te entregou, hoje, nas mãos a teu inimigo; deixa-mo, pois, agora, encravar com a lança de uma vez na terra, e não o ferirei segunda vez.
I Reis 22:24 Então, Zedequias, filho de Quenaana, chegou, e feriu a Micaías no queixo, e disse: Por onde passou de mim o Espírito do Senhor para falar a ti?
Jó 16:10 Abrem a boca contra mim; com desprezo me feriram nos queixos e contra mim se ajuntam todos.
Jó 31:29 Se me alegrei da desgraça do que me tem ódio, e se eu exultei quando o mal o achou
Provérbios 20:22 Não digas: Vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor, e ele te livrará.
Provérbios 24:29 Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.
Isaías 50:6 As costas dou aos que me ferem e a face, aos que me arrancam os cabelos; não escondo a face dos que me afrontam e me cospem.
Lamentações de Jeremias 3:30 Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta. Cafe.
Miquéias 5:1 Agora, ajunta-te em esquadrões, ó filha de esquadrões; pôr-se-á cerco contra nós; ferirão com a vara no queixo ao juiz de Israel.
Lucas 6:29 Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses.
Lucas 22:64 E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu?
Romanos 12:17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas perante todos os homens.
I Coríntios 6:7 Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?
I Tessalonicenses 5:15 Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui, sempre, o bem, tanto uns para com os outros como para com todos.
Hebreus 12:4 Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
Tiago 5:6 Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.
I Pedro 2:20 Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.
I Pedro 3:9 não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:40

Lucas 6:29 Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses.
I Coríntios 6:7 Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:41

Mateus 27:32 E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.
Marcos 15:21 E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.
Lucas 23:26 E, quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:42

Deuteronômio 15:7 Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na tua terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre;
Jó 31:16 Se retive o que os pobres desejavam ou fiz desfalecer os olhos da viúva;
Salmos 37:21 O ímpio toma emprestado e não paga; mas o justo se compadece e dá.
Salmos 37:25 Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.
Salmos 112:5 Bem irá ao homem que se compadece e empresta; disporá as suas coisas com juízo.
Provérbios 3:27 Não detenhas dos seus donos o bem, estando na tua mão poder fazê-lo.
Provérbios 11:24 Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas é para a sua perda.
Provérbios 19:17 Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício.
Eclesiastes 11:1 Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás.
Eclesiastes 11:6 Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.
Isaías 58:6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo?
Daniel 4:27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres, e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
Mateus 25:35 porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Lucas 6:30 E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.
Lucas 11:41 Dai, antes, esmola do que tiverdes, e eis que tudo vos será limpo.
Lucas 14:12 E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado.
Romanos 12:20 Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
II Coríntios 9:6 E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará.
I Timóteo 6:17 Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;
Hebreus 6:10 Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de amor que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.
Hebreus 13:16 E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada.
Tiago 1:27 A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.
Tiago 2:15 E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,
I João 3:16 Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:43

Êxodo 17:14 Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué: que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.
Levítico 19:18 Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.
Deuteronômio 23:6 Não lhes procurarás nem paz nem bem em todos os teus dias, para sempre.
Deuteronômio 25:17 Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saíeis do Egito;
Salmos 41:10 Mas tu, Senhor, tem piedade de mim, e levanta-me, para que eu lhes dê o pago.
Salmos 139:21 Não aborreço eu, ó Senhor, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
Mateus 5:21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
Mateus 19:19 honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 22:39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Marcos 12:31 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Lucas 10:27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.
Romanos 13:8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
Gálatas 5:13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.
Tiago 2:8 Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:44

Êxodo 23:4 Se encontrares o boi do teu inimigo ou o seu jumento, desgarrado, sem falta lho reconduzirás.
II Reis 6:22 Mas ele disse: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam e se vão para seu senhor.
II Crônicas 28:9 E estava ali um profeta do Senhor cujo nome era Obede, o qual saiu ao encontro do exército que vinha para Samaria e lhe disse: Eis que, irando-se o Senhor, Deus de vossos pais, contra Judá, os entregou nas vossas mãos, e vós os matastes com uma raiva tal, que chegou até aos céus.
Salmos 7:4 se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo (antes, livrei ao que me oprimia sem causa);
Salmos 35:13 Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, a minha veste era pano de saco; humilhava a minha alma com o jejum, e a minha oração voltava para o meu seio.
Provérbios 25:21 Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; e, se tiver sede, dá-lhe água para beber,
Lucas 6:27 Mas a vós, que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem,
Lucas 6:34 E, se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.
Lucas 23:34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
Atos 7:60 E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
Romanos 12:14 abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis.
Romanos 12:20 Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
I Coríntios 4:12 e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados e bendizemos; somos perseguidos e sofremos;
I Coríntios 13:4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,
I Pedro 2:23 o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente,
I Pedro 3:9 não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:45

Jó 25:3 Porventura, têm número os seus exércitos? E para quem não se levanta a sua luz?
Salmos 145:9 O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras.
Mateus 5:9 bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Lucas 6:35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.
João 13:35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Atos 14:17 contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração.
Efésios 5:1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
I João 3:9 Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:46

Mateus 6:1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 9:10 E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.
Mateus 11:19 Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos.
Mateus 18:17 E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
Mateus 21:31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.
Lucas 6:32 E, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam.
Lucas 15:1 E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
Lucas 18:13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Lucas 19:2 E eis que havia ali um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico.
Lucas 19:7 E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador.
I Pedro 2:20 Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:47

Mateus 5:20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
Mateus 10:12 E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;
Lucas 6:32 E, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam.
Lucas 10:4 E não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho.
I Pedro 2:20 Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 5:48

Gênesis 17:1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
Levítico 11:44 Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra.
Levítico 19:2 Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
Levítico 20:26 E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.
Deuteronômio 18:13 Perfeito serás, como o Senhor, teu Deus.
Jó 1:1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal.
Salmos 37:37 Nota o homem sincero e considera o que é reto, porque o futuro desse homem será de paz.
Mateus 5:16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 5:45 para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.
Lucas 6:36 Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.
Lucas 6:40 O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.
II Coríntios 7:1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
II Coríntios 13:9 Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.
II Coríntios 13:11 Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.
Efésios 3:1 Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios,
Efésios 5:1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
Filipenses 3:12 Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.
Colossenses 1:28 a quem anunciamos, admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo;
Colossenses 4:12 Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus.
Tiago 1:4 Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.
I Pedro 1:15 mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
I João 3:3 E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 5 : 1
assentar-se
Era a postura apropriada dos Sábios Hebreus quando desejavam transmitir ensinamentos aos seus discípulos.

Mateus 5 : 2
boca
Expressão idiomática semítica, utilizada para introduzir algum discurso formal, para indicar comunicação solene ou confidencial (Is 53:7; Ez 3:27; Sl 78:2).

Mateus 5 : 3
pobres
Lit. "mendicante, pedinte, pobre; oprimido". Expressa a situação de extrema penúria. Vocábulo derivado do verbo "mendigar; ser ou tornar-se pobre".

Mateus 5 : 3
em espírito
Expressão idiomática semítica rica em significados.

Mateus 5 : 4
5:4
Alguns manuscritos invertem a ordem dos versículos 4:5. A crítica textual aconselha a manutenção da ordem familiar, embora alguns especialistas defendam a ideia de que a inversão corresponde ao texto original. 

Mateus 5 : 4
os aflitos
Lit. "os que estão aflitos, que lamentam a morte de alguém, que estão de luto (enlutados)". 

Mateus 5 : 5
mansos
Lit. "manso, brando, pacífico; gentil, dócil, resignado".

Mateus 5 : 6
os que têm
Lit. "os que têm fome e os que têm sede".

Mateus 5 : 8
limpos
Lit. "limpo, purificado", do verbo "limpar, lavar, purificar".

Mateus 5 : 11
{mentindo}
Os especialistas em crítica textual não têm certeza se esta palavra deve ser incluída ou omitida do texto, tendo em vista a divergência encontrada nos manuscritos, razão pela qual optaram por mantê-laj entre parênteses.

Mateus 5 : 11
mal
Lit. "mal; mau, malvado, malevolente; maligno, malfeitor, perverso; criminoso, ímpio". No grego clássico, a expressão significava "sobrecarregado", "cheio de sofrimento", "desafortunado", "miserável", "indigno", como também "mau", "causador de infortúnio", "perigoso". No Novo Testamento refere-se tanto ao "mal" quanto ao "malvado", "mau", "maligno", sendo que em alguns casos substitui a palavra hebraica "satanás" (adversário).

Mateus 5 : 12
Alegrai-vos
Lit. "alegrar-se, regozijar-se, contentar-se (estar contente)"

Mateus 5 : 13
insosso
Lit. "enlouquecer, tornar-se tolo". Estudiosos acreditam que essa palavra, encontrada nas versões de Mateus e Lucas, mas ausente em Marcos, seja consequência de um erro de tradução da raiz semítica "tfl (tafel)" que apresenta duplo sentido: 1) "estar sem sal"; 2) "falar insensatamente, tornar-se tolo", reforçando as evidências de um evangelho aramaico, utilizado como fonte na produção dos evangelhos em grego. 

Mateus 5 : 13
presta
Lit. "ser forte, capaz, poderoso; ser válido; ser capaz; prestar, servir (utilidade)".

Mateus 5 : 14
situada
Lit. "deitar, reclinar; permanecer; ser colocado".

Mateus 5 : 15
candeia
Lâmpada de barro alimentada por óleo (azeite de oliva), utilizada nas residências e no templo.

Mateus 5 : 15
módio
Medida romana para coisas secas (aproximadamente 35 litros). O vocábulo também designava o vasilhame utilizado para guardar o azeite, cuja capacidade, em litros, era aproximadamente igual a da unidade de medida, ou seja, 35 litros. Na Palestina era costume guardar a candeia apagada debaixo dessa vasilha.

Mateus 5 : 17
destruir
Lit. "destruir, derrubar, demolir, derribar (lançar abaixo); dissolver; interromper, parar durante a noite, pernoitar (no sentido metafórico de interromper a viagem); anular, revogar (no sentido metafórico de interromper a vigência da lei.). 

Mateus 5 : 17
cumprir
Lit. "encher, tornar cheio; completar; realizar, cumprir". Visto que a exegese rabínica evita uma abordagem puramente abstrata das escrituras, era comum perguntar-se: "Quem cumpriu esse trecho da escritura" Essa indagação levava os intérpretes a citar os personagens, sobretudo os patriarcas, com o objetivo de demonstrar o cumprimento da escritura em suas vidas, e a escritura sendo cumprida (vivenciada) por suas vidas.

Mateus 5 : 18
amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.

Mateus 5 : 18
passem
Lit. "passar ao lado de; decorrer; desaparecer, perecer; ignorar, negligenciar". 

Mateus 5 : 18
iota
Menor letra do alfabeto grego, que corresponde ao Yud (menor letra do alfabeto hebraico).

Mateus 5 : 18
traço
Lit. "chifre; ponta, extremidade; ponto, traço, parte diminuta".

Mateus 5 : 19
Quem
Lit. : "quem quer que viole".

Mateus 5 : 19
quem
Lit. "quem quer que pratique e ensine".

Mateus 5 : 21
Não matarás

Mateus 5 : 21
sujeito
Lit. "submetido, sujeito; exposto; culpado, responsável".

Mateus 5 : 22
quem
Lit. "quem quer que diga".

Mateus 5 : 22
Raca
Palavra aramaica cognata do termo hebraico "rêq" (vazio). Expressão utilizada na linguagem coloquial para expressar desprezo, com o significado de "cabeça-oca, cabeça-de-vento, cabeça vazia, sem miolos, tolo, bobo.

Mateus 5 : 22
quem
Lit. "quem quer que diga".

Mateus 5 : 22
Geena
Transcrição do vocábulo aramaico "Gê Hinnam" (γέενναν) (Vale do Hinnom), local em que estava situado o altar de Moloch, onde eram queimadas vivas as crianças, em oferenda àquela divindade pagã. O Rei Josias destruiu o local do culto, transformando-o em depósito de lixo de Jerusalém e monturo onde se lançavam os cadáveres de animais, para ser tudo queimado. Após a morte do Rei Josias, o culto a Moloch foi restabelecido. Os apócrifos atribuem ao vale o símbolo do castigo dos maus, passando o local a representar o castigo que purifica os pecadores, também conhecido como "vale dos gemidos". Essa tradição popular estava viva na época de Jesus. 

Mateus 5 : 23
oferecendo
Lit. "levar perante, levar para, oferecer, apresentar".

Mateus 5 : 23
altar
Lit. "altar das ofertas queimadas".

Mateus 5 : 25
adversário
Lit. "parte oposta em um litígio judicial, litigante; adversário, inimigo". 

Mateus 5 : 25
Oficial
ὑπηρέτῃ (huperétai) - remador, marinheiro, navegador; servido; assistente, auxiliar - Sub (2-20), composto pela preposição νπηρ (hupér - em composição pode indicar ênfase, excesso) + substantivo εταιης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερετης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερεααω (erésso - remar). Trata-se de um humilde servidor, e não de um escravo, já que o indivíduo conserva sua autonomia, sua liberdade. A preposição νπηρ (hupér) sugere a ideia de alguém que está na fronteira que separa o servidor do servo. Em resumo, a palavra grega indica o servidor, na mais exata acepção do termo. O vocábulo foi empregado, no Novo Testamento, para designar diversos tipos de servidores: os assistentes do Rei, os oficiais do Sinédrio, os assistentes dos Magistrados, as sentinelas do Templo de Jerusalém. Na literatura grega, a palavra é empregada para designar remador, marujo, todos os homens sob as ordens de outro, um servidor comum, um servidor que acompanha o soldado de infantaria (na Grécia antiga), ajudante de um general; servidor de Deus.  

Mateus 5 : 26
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.

Mateus 5 : 26
quadrante
Moeda romana utilizada na época, valendo aproximadamente 1/4 (um quarto) de um centavo. 

Mateus 5 : 27
"Não adulterarás"

Mateus 5 : 29
escandaliza
lit. "fazer tropeçar; 

Mateus 5 : 30
escandaliza
Lit. “fazer tropeçar; fazer vacilar ou errar; ser ofendido; estar chocado”. O Substantivo “skandalon” significa armadilha de molas ou qualquer obstáculo que faça alguém tropeçar; um impedimento; algo que cause estrago, destruição, miséria.

Mateus 5 : 31
repudiar
Lit. “soltar, libertar; liberar de um vínculo ou encargo; divorciar, repudiar (liberar a mulher do vínculo conjugal); remir, perdoar, liberar a dívida; despedir, deixar partir”

Mateus 5 : 31
carta de divórcio
Lit. “carta de repúdio, termo de divórcio”.

Mateus 5 : 32
infidelidade
Lit. “fornicação, prostituição; infidelidade, adultério”. Termo genérico para práticas sexuais ilícitas.

Mateus 5 : 32
quem se casa
Lit. “quem quer que case”.

Mateus 5 : 37
mal
Lit. “mal; mau, malvado, malevolente; maligno, malfeitor, perverso; criminoso, ímpio”. No grego clássico, a expressão significava “sobrecarregado”, “cheio de sofrimento”, “desafortunado”, “miserável”, “indigno”, como também “mau”, “causador de infortúnio”, “perigoso”. No Novo Testamento refere-se tanto ao “mal” quanto ao “malvado”, “mau”, “maligno”, sendo que em alguns casos substitui a palavra hebraica “satanás” (adversário).

Mateus 5 : 39
opor
Lit. “levantar-se contra”, opor-se, resistir; colocar-se em oposição ou manter-se contra.

Mateus 5 : 39
malvado
Lit. “mal; mau, malvado, malevolente; maligno, malfeitor, perverso; criminoso, ímpio”. No grego clássico, a expressão significava “sobrecarregado”, “cheio de sofrimento”, “desafortunado”, “miserável”, “indigno”, como também “mau”, “causador de infortúnio”, “perigoso”. No Novo Testamento refere-se tanto ao “mal” quanto ao “malvado”, “mau”, “maligno”, sendo que em alguns casos substitui a palavra hebraica “satanás” (adversário).

Mateus 5 : 39
bater
Lit. “bater com bastão”, bater com vara, golpear com a palma da mão, esbofetear, esmurrar.

Mateus 5 : 40
túnica
Peça de vestuário interno, utilizada junto ao corpo, logo acima da pele, sobre a qual era costume colocar outra peça ou manto. Trata-se de uma espécie de veste interna, íntima.

Mateus 5 : 40
manto
Veste externa, manto, peça de vestuário utilizada sobre a peça interna. Pode ser utilizada como sinônimo do vestuário completo de uma pessoa.

Mateus 5 : 42
dês as costas
Lit. “dar as costas”, afastar-se, rejeitar, desprezar.

Mateus 5 : 46
publicanos
Coletores de impostos.

Mateus 5 : 47
extraordinário
Lit. “excedente, extraordinário (além do ordinário), que supera a medida costumeira; especial, digno de nota; importante, excelente, especial, magnífico.

Mateus 5 : 48
perfeitos
Completo, que chegou ao fim ou ao propósito, perfeito, maduro.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 250

Mt 5:1 não contradiz Lc 6:17,Lc 6:20. UM SERMÃO EM um MONTE, OUTRO EM um LUGAR PLANO.
- Acusação: "Ambos textos são seguidos pelas bem-aventuranças, embora com diferenças; depois, ambos são seguidos pela cura do escravo do centurião; portanto os versos têm que descrever o mesmo evento. Mas Mt 5:1 mostra Jesus em um monte, falando aos discípulos, enquanto Lc 6:17 mostra Jesus em um lugar plano, falando à multidão! Ademais, há algumas pequeninas diferenças entre os sermões nos dois evangelhos"

- Uma solução (Bouw): Lc 6:12-13 também se refere ao monte, e Lc 6:17 também se refere aos discípulos. Uma conciliação de tudo: Jesus, logo após escolher seus apóstolos, pregou o sermão só a eles, sobre um monte (Mt 5:1-7:27). Depois, todos desceram (Mt 8:1; Lc 6:17) à base plana, onde Jesus pregou quase o mesmo sermão à multidão (Mt 7:28-29; Lc 6:20-49).
Quanto aos atomozinhos do Sermão do Monte presentes em um evangelho mas não presentes em outro evangelho, ou presentes mas estando em palavras ou ordem algo diferentes: escaparemos de cair em algumas armadilhas se sempre lembrarmos que o propósito dos evangelhos não é sempre o de dar uma descrição completa e em rigorosa ordem cronológica da vida terrena de o Cristo, mas sim nos apresentar quatro maravilhosos retratos de o Senhor, às vezes sob ângulos ligeiramente diferentes ou complementares. Foi à medida que quis e determinou (por achar conveniente), que o Espírito Santo selecionou e incorporou eventos e cores e traços da vida do Salvador nestes retratos, e pintou Suas pinceladas em ordem não necessariamente completa e cronológica. Ademais, conflito é alguém dizer sim e outro dizer não. Se alguém silencia sobre um detalhe, isto não é conflito.


 251

Mt 5:3-12 AS BEM AVENTURANÇAS: Primariamente, referem-se ao tempo quando haverá a perfeita justiça de Sl 72. Seu cumprimento pleno e literal espera a chegada do Reinar Milenar.


 252

Mt 5:4 – "CHORAM" não se refere a qualquer choro (de chorão, de injustiçado, de doenças e dores, dos hipócritas Judas e Esaú (podem ter sentido remorso (mero desgosto porque nem tudo saiu como planejado) mas nunca se arrependeram biblicamente): Refere-se ao choro bíblico, primeiramente em real arrependimento e horror pelos próprios pecados, depois o choro sensível ao coração de Deus e às reais necessidades do próximo.


 253

Mt 5:6 Esta justiça ou RETIDÃO é interna, pois todas as condições para essas bem-aventuranças referem-se ao caráter desenvolvido em um crente, não às circunstâncias externas.


 ①

"agora": comp. Lc 6:21.


 254

Mt 5:13 "... O SAL FOR ESVAÍDO- DE- SEU- FORTE- SABOR... PARA NADA PRESTA DORAVANTE, EXCETO PARA SE LANÇAR FORA E SER PISADO PELOS HOMENS." À luz do contexto local (e de toda a Bíblia), nada afeta o verdadeiro salvo, pertencente à dispensação das assembleias locais, quanto à segurança da salvação, e há 2 soluções para esta passagem:

1) Este livro de Mateus não foi dirigido nem se refere sempre e somente aos crentes da dispensação das assembleias (ver nota preambular (antes do verso Mt 5:1 do cap. Mt 1:1) de Hebreus), e esta passagem se aplica ao grupo de JUDEUS do período de transição de antes da Diáspora do ano 70 (tendo alguns membros já salvos e pertencentes à dispensação das assembleias locais, e tendo outros membros ainda no vestíbulo da salvação, em parte crendo à maneira do Velho Testamento, já sendo atraídos para o Cristo mas ainda NÃO realmente estando nEle!) e/ou ao período de 7 anos de Tribulação, e/ou ao Milênio.

2) SE tivesse sido escrita e se aplicasse aos salvos da dispensação das assembleias locais, a passagem se referiria ao salvo FRUTIFICAR, testemunhar, ter maturidade cristã; "se lançar fora, e ser pisado pelos HOMENS" se refere ao salvo (que perdeu seu sabor) deixar de ser USADO por Deus e sofrer disciplina de Deus e desprezo dos homens. Não se refere a perca da salvação.


 ①

"alqueire": caixa com volume de cerca de 9 litros, usada para medir grãos.


 ①

nota 2Ts 1:12, regra de Sharp, correta extensão para plurais.


 255

Mt 5:21 "Ouviste que foi dito pelos antigos": Tudo deste "dito" realmente reflete palavras de Deus escritas no Velho Testamento.


 ①

"2920 krisis" pode se referir ao tribunal de 7 juízes que havia em cada cidade principal.


 256

Mt 5:22,Mt 5:28,Mt 5:32,Mt 5:34,Mt 5:39: "em clarificação a isso": aqui, a conjunção grega {1161 de} é uma conjunção complementar- cumulativa- explicativa, não adversativa. A primeira razão, já suficiente, é que a lei moral de Deus nunca é abolida para ser substituída por algo diferente, mesmo que pareça superior (Mt 5:17-18; Jo 10:35, Mt 5:28, Mt 5:32, Mt 5:34, Mt 5:39, Mt 5:44, "de" significa "explicando melhor o que Deus determinou originalmente e vocês estiveram adulterando ao longo dos séculos".


 258

Mt 5:22 (TR) e Sl 4:4 (Massorético Ben Chayyim) não contradizem Ef 4:26 (ver sua nota): PODEMOS NOS ENCOLERIZAR? COMO? PODEMOS CHAMAR ALGUÉM DE "RACA... TOLO... LOUCO"?
- Vejamos o contexto: No v. Mt 5:21 o Cristo começa a tratar do assunto de assassinato; no v. Mt 5:22 aborda a raiz do problema, que é o coração que alimenta ódio e que, SEM MOTIVO (santo), se encoleriza e insulta com insultos cheios de furor e ódio; nos v. Mt 5:23, Mt 5:24 o Cristo ensina a necessidade de perdão e reconciliação.
- RACA... TOLO... LOUCO: Não é todo uso dessas palavras que a Bíblia proíbe, mas sim seu uso como um insulto cheio de furor e ódio, desejo de ferir ou de ver morto. O próprio Cristo chamou de loucos: os fariseus (Mt 23:17,Mt 23:19; Lc 11:40), e os discípulos (quando descreram na Sua ressurreição Lc 24:25); Deus chama de louco quem age tola e impiamente (Sl 14:1; Sl 53:1; Lc 12:20); Paulo chama de louco quem questiona a ressurreição corporal (1Co 15:36).


 259

Mt 5:22 INFERNO {1067 Geenna}: Sempre traduziremos Geenna para "Inferno" (inicial maiúscula); sempre traduziremos {86 Hades} (quando referindo-se a descrentes) para "inferno" (inicial minúscula), e (quando referindo-se a crentes) para "sepultura". Geenna (Inferno) é o mesmo LAGO DE FOGO, aonde o Hades (inferno) será lançado ao final dos tempos (Ap 20:14). Notas Mt 11:23; 1Pe 3:18-20 e 2Pe 2:4 sobre inferno x Lago de Fogo x Tártaro. (Hades x Geenna x Tartaroô).


 ①

"2920 krisis": v. Mt 5:21.


 ②

"raca": insulto significando "cabeça oca", pessoa de mente vazia, portanto tola, ignorante.


 ③

 260

Mt 5:23 "... tem alguma (sincera) reclamação contra ti...": "[Isto é:] ele tem alguma coisa para te culpar justamente, tem alguma base legal para reclamar contra ti, tu fizeste contra ele alguma injúria ou ofensa (particularmente se alguma vez [sem motivo bíblico] o tiveres chamado de ‘raca' ou de ‘louco', pois estas palavras [v. Mt 5:23] referem-se ao que vem antes [v. Mt 5:22], e lhe são um corolário ou conclusão, como fica aparente pela partícula causal ‘portanto' " John Gill's Exposition of the Entire Bible.


 ①

moeda de cobre. 1 kodrantes = 1 denário / 64, onde 1 denário = 1 jornal, salário por 1 dia do trabalhador braçal.


 ①

 ①

nota Mt 5:22, etc.


 ①

Geenna: notas Mt 5:22; Mt 11:23.


 ①

Geenna: notas Mt 5:22; Mt 11:23.


 261

Mt 5:31 "Também foi dito": Este dito dos HOMENS não reflete fielmente o que está escrito na Bíblia, pois omite que o divórcio só foi tolerado por Deus quando o motivo foi "coisa indecente" (ver Dt 24:1-4 e sua nota). Este dito pecaminosamente passa a falsa ideia de que todo e qualquer pretexto é tolerado para um divórcio.


 ②

Notas Mt 1:19; Ml 2:16.


 ③

contraste Dt 24:1-4.


 262

Mt 5:32 Fornicação: "Porneia", aqui, tem o sentido lato, amplo, portanto inclui homossexualismo (masculino ou feminino, passivo ou ativo); adultério; prostituição (há pagamento); bestialismo; pedofilia; sexo anal ou oral; sadismo, masoquismo ou qualquer outra perversão; permanente e injustificadamente recusar-se a ter sexo com seu cônjuge; exigir pagamento ou impor pesadas condições para isto; exigir posições acrobáticas ou humilhantes; durante o ato conjugal, sussurrar palavras de amor a outra pessoa, ou exprimir repulsa/ zombaria/ insulto, ou gritar imoralidades a plenos pulmões; viver olhando e se excitando com imagens [fotos e vídeos] pornô, ouvindo ou falando pornofonia, etc.


 263

Mt 5:32; Dt 24:1,Dt 24:4 (ver sua nota); Ml 2:15-16; Mt 19:9; Mc 10:11-12; Lc 16:18; Rm 7:3; 1Co 7:10-16; 1Tm 3:2,1Tm 3:12; Tt 1:6. Estude e aceite, ensine e obedeça todos versos sobre DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO.


 ①

nota Mt 5:22, etc.


 ②

Notas Mt 1:19; Ml 2:16.


 ①

 ①

nota Mt 5:22, etc.



 ①

 264

Mt 5:39 NÃO RESISTAIS AO MAL... VOLTA-LHE TAMBÉM A OUTRA FACE... LARGA-LHE TAMBÉM A TUA CAPA... VAI COM ELE DUAS MILHAS... NÃO TE DESVIES DAQUELE QUE ESTÁ QUERENDO TOMAR EMPRESTADO DE TI (= Lc 6:29-30.): - Tudo isto parece significar nunca fugir da punição merecida (mesmo que severa) aplicada pela justiça do país. À luz do verso Mt 5:38 (o princípio de justiça que ordena que a pena seja proporcional ao delito), então a passagem 38-41 deve ser entendida como que, se eu pequei contra alguém, então devo me submeter até em dobro do "olho por olho e dente por dente": se eu merecer a pena de um tapa, devo submeter-me mesmo a dois tapas, etc. Esta interpretação de submissão à lei e à justiça harmoniza-se com toda a Bíblia. Já a interpretação que anula o princípio de infalível justiça proporcional, e que sempre me proíbe de resistir a qualquer mal e sempre me proíbe da legítima defesa da vida (ordenada por Deus em Et 8:11) e da integridade física (minha, da minha família e do meu próximo), não tem suporte de nenhuma outra ordem da Bíblia, e é desmentida por preceitos e por exemplos bem aprovados por Deus 1Sm 13:19; Ne 4:18; 40:19. Deus permite a LEGÍTIMA autodefesa, inclusive com armas.


 ①

nota Mt 5:22, etc.


 265

Mt 5:43 "Ouviste que foi dito": a metade final deste dito é dos HOMENS e não de Deus, pois em local nenhum o VT nos ordena odiar NOSSOS inimigos (quem NOS odeia). Contr. Ex 23:4-5; Pv 20:22.


 ①

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O MINISTÉRIO DE JESUS: SEGUNDO ANO

Março de 31 d.C. a abril de 32 d.C.
JESUS VOLTA A JERUSALÉM
De acordo com João 5.1, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Não há como dizer ao certo a qual festa o escritor está se referindo, mas muitos sugerem a Páscoa que, no ano 31 d.C., foi comemorada no dia 27 de março. Essa data é considerada, portanto, o início do segundo ano do ministério de Jesus. Em sua viagem a Jerusalém, Jesus curou um enfermo junto ao tanque de Betesda.

JESUS, O MESTRE
Os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) possuem seções extensas de ensinamentos atribuídos a Jesus. Para alguns estudiosos essas passagens foram, na melhor das hipóteses, redigidas pelos evangelistas e, na pior das hipóteses, por escritores desconhecidos de um período que poderia se estender até o século II. Descobertas recentes tornam asserções como essas praticamente insustentáveis. Tábuas de escrever feitas de madeira ou tabletes revestidos de cera, dos quais foram encontrados cerca de 1.900 num arquivo em Vindolanda (Chesterholm), junto ao muro de Adriano no norte da Inglaterra, eram usados para anotar informações de vários tipos. Alguns ouvintes talvez tivessem aptidão suficiente para registrar as palavras de Jesus literalmente, transferindo-as, depois, para materiais mais duráveis como papiro ou pergaminho, usados pelos evangelistas para compilar suas obras. No "sermão do monte", seu discurso mais longo, Jesus apresenta vários ensinamentos de cunho ético, enfatizando a importância do pensamento e das motivações, em contraste com a tradição judaica. No final, Jesus insta seus ouvintes a colocarem suas palavras em prática e serem como o homem sábio que construiu a casa sobre uma rocha. O local onde esse sermão foi proferido não é facilmente identificável, mas deve atender a dois critérios: ser um lugar plano na encosta de um monte.

OS MILAGRES DE JESUS NA GALILEIA
E difícil determinar a ordem dos acontecimentos relatados nos Evangelhos, mas pode-se deduzir que, ao voltar de Jerusalém, Jesus permaneceu o restante do segundo ano de seu ministério nas redondezas do lago da Galileia. Nesse ano, chamado por vezes de "ano da popularidade", Jesus foi seguido constantemente pelas multidões, tornando-se cada vez mais conhecido por seus milagres. Nesse período João Batista, um parente de Jesus, foi preso depois de censurar Herodes Antipas, "o tetrarca" (4a.C.-39 d.C.), filho de Herodes, o Grande, por ter se casado com Herodias, esposa de seu irmão, Filipe.? Quando João pediu a alguns de seus discípulos para averiguar os relatos que tinha ouvido acerca de Jesus, o próprio Jesus enviou a João uma mensagem que pode ser considerada uma síntese de seu ministério:
"Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho."
Mateus 11:4-5

Os evangelistas registram uma grande variedade de milagres:

AS PARÁBOLAS DE JESUS
Os evangelistas registram cerca de quarenta parábolas de Jesus. As parábolas eram histórias curtas sobre a vida diária usadas para ensinar verdades espirituais. Algumas, como a da ovelha perdida, do filho pródigo e do bom samaritano, são bem conhecidas. No entanto, o significado de várias parábolas nem sempre era evidente e, em diversas ocasiões, Jesus teve de explicá-las aos seus discípulos, como no caso da parábola do semeador

JOÃO BATISTA É DECAPITADO
João Batista permaneceu encarcerado na fortaleza de Maqueronte, no alto de um monte do lado leste do mar Morto, até o aniversário de Herodes Antipas. Nessa ocasião, a filha de Herodias, a nova esposa do rei, foi chamada para dançar. Herodes ficou tão impressionado que prometeu lhe dar o que desejasse e, seguindo a instrução da mãe, a jovem pediu a cabeça de João Batista num prato.

JESUS ALIMENTA CINCO MIL PESSOAS
Quando soube da morte de João, Jesus quis passar algum tempo sozinho, mas as multidões o seguiram. Jesus se compadeceu deles e curou os enfermos. A Páscoa, que no ano 32 d.C. foi comemorada em 13 de abril, se aproximava e faltava apenas um ano para a morte de Jesus. A multidão estava ficando faminta e, no lugar remoto onde se encontrava, não havia como - conseguir alimento. Através da multiplicação miraculosa de cinco pães de cevada e dois peixinhos, Jesus alimentou a multidão de cinco mil homens, mais as mulheres e crianças. O milagre foi realizado perto de Betsaida, na extremidade norte do lago da Galileia, uma região com muita relva. Convém observar que depois desse milagre Jesus passou a evitar as multidões, pois sabia que desejavam proclamá-lo rei à força.

JESUS DEIXA A GALILEIA
Percebendo que não teria privacidade na Galileia, Jesus viajou para o norte, deixando o reino de Herodes Antipas e se dirigindo a Tiro e Sidom, na costa do Mediterrâneo (atual Líbano). Quando regressou, encontrou tanta oposição que, por vezes, a etapa final de seu ministério é chamada de "o ano de oposição". Desse ponto em diante, os evangelistas se concentram cada vez mais no sofrimento e morte iminentes de Jesus.
O segundo ano do ministério de Jesus Os números referem-se os acontecimentos ocorridos nos arredores do mar da Galileia durante o segundo ano do ministério de Jesus.

 

Referências:

Mateus 5:1

Lucas 6:17

Mateus 14:3-4

Marcos 6:17-18

Mateus 8:23-27;

Marcos 4:35-41;

Lucas 8:22-25

Mateus 8:28-34

Mateus 13:58;

Marcos 6:5-6

Mateus 13:18-23

Marcos 4:13-20

Lucas 8:11-15

Mateus 14:3-12

Marcos 6:14-29

João 6.4

Marcos 6:39

Lucas 9:10

João 6.10

O segundo ano do ministério de Jesus
O segundo ano do ministério de Jesus
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

A DIVISÃO DO REINO

930 a.C.
O reinado de Salomão não foi uma era dourada" para todos os seus súditos. Os impostos cobrados para custear seus projetos de construção e manter sua corte luxuosa, juntamente com os trabalhos forçados,provocaram indignação. Muitos viram no efraimita Jeroboão, filho de Nabate, antigo supervisor do trabalho forçado, um defensor de sua causa,' por mais que a predição prematura do profeta Aías acerca da ascensão de Jeroboão ao trono tenha obrigado este último a se refugiar no Egito até a morte de Salomão.
Roboão, o sucessor de Salomão, rejeitou com insolência o conselho dos anciãos, preferindo seguir as instruções de um círculo de conselheiros mais jovens. Suas palavras: "Se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões" (1Rs 12:11) evidentemente não poderiam contribuir para torná-lo benquisto entre seus súditos. Quando Roboão se negou mais uma vez a atender às exigências do povo, as ez trios do norte apoiaram Jeroboão e deram as costas para o jovem rei e a casa de Davi.. "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! As vossas tendas, ó Israel! Cuida, agora, da tua casa, ó Davi! (IRs 12.16b).
As palavras das dez tribos do norte de Israel sinalizaram um acontecimento importante da história do Antigo Testamento: a divisão do reino, em 930 a.C.

CONSEQUÊNCIAS GEOGRÁFICAS
Com a separação das dez tribos do norte, restaram apenas Judá e Benjamim para dar continuidade à linhagem de Davi em Jerusalém. Simeão provavelmente deve ser incluído no reino do sul, pois seu território ficava no meio de Judá. Os israelitas voltaram à divisão do tempo de Davi, considerando "Israel" e "Judá" separadamente, talvez em função do encrave jebuseu de Jerusalém no centro do país antes de Davi tomar a cidade.

ISRAEL E JUDÁ SEGUE RUMOS DIFERENTES
Semaías, um profeta do Senhor, evitou a eclosão de uma guerra civil. As tribos do norte, sob Jeroboão, fundaram seu próprio reino, Israel, também chamado de "Efraim" (em função de sua tribo principal) pelo profeta Oséias e de "casa de José pelo profeta Amós (Am 5:6). Jeroboão se deu conta do poder e influência que o templo de Jerusalém poderia exercer sobre seu reino recém-formado. Se o povo tivesse de oferecer sacrifícios no santuário central, voltaria a se sujeitar ao rei Roboão de Judá e mataria Jeroboão. Sua solução para esse problema foi criar novos centros religiosos, colocando bezerros de ouro em Betel e Dã, nomeando sacerdotes não-levitas para ministrar nesses santuários e criando um novo calendário religioso. Esses foram os pecados de Jeroboão, filho de Nabate, lembrados pelas gerações subsequentes. De fato, do ponto de vista dos escritores bíblicos 1srael, o reino do norte, se viu sob a maldição de Deus desde que Jeroboão subiu ao trono. O exílio seria apenas uma questão de tempo. Israel não teve a estabilidade que, no geral, caracterizou Judá, seu vizinho ao sul. Ao contrário dos governantes das dez tribos de Israel, os descendentes de Davi governaram sobre Judá ininterruptamente. Baasa, Zinri, Onri, Jeú, Salum, Menaém, Peca e Oséias foram todos usurpadores. Além disso, o reino do norte teve mais de uma capital: primeiro Siquém, depois Tirza e, por fim, Samaria.

O ALTO EM DÁ
Resquícios dos centros religiosos de Jeroboão em Da (Iell el- Oadi) foram encontrados no nível IVA. A ausência de qualquer vestígio de um bezerro de ouro não surpreende. Porém, uma estrutura com 18 m de comprimento, construída sobre uma pedra lavrada, talvez fizesse parte do "alto". Três depósitos foram encontrados e, em um deles, dois potes grandes de mantimentos com capacidade para mais de 300 I, decorado com serpentes em relevo. Indícios de um altar e de um suporte para incenso foram descobertos num pátio. Também foi encontrada uma bacia embutida onde provavelmente era colocada a água para as libações.

A cronologia dos reinos divididos (930-586 a.C.)

UM ESCLARECIMENTO
O livro de Reis registra a história de Israel (o reino do norte) até o exílio na Assíria em 722 a.C.e a história de Judá (o reino do sul, centralizado em Jerusalém) até o exílio na Babilônia em 586 a.C. Enquanto o autor focaliza os dois reins alternadamente durante esse período, procuramos, à medida do possível, manter suas histórias separadas para minimizar a confusão. Essa tarefa é dificultada por nomes semelhantes como Jeorão de Judá e Jorão de Israel, Joás de Judá e Jeoás de Israel. Além do mais, o mesmo rei é chamado por nomes diferentes, como, por exemplo, Uzias ou Azarias de Judá. Felizmente, Acazias de Israel não foi contemporâneo de Acazias de Judá!

SINCRONISMO
Até mesmo uma leitura superficial do livro de Reis revela um grande número de informações que deveria facilitar a tarefa de elaborar uma cronologia detalhada. Os reis de Israel, por exemplo, costumam ser associados à cronologia dos reis de Judá e vice-versa: "No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel" (2Rs 14:23). Chamamos esse recurso de sincronismo. Infelizmente, porém, ao invés de ajudar a definir as duas cronologias, esse sincronismo parece realçar as diferenças e criar complicações.

UM PONTO DE REFERÊNCIA EXTERNO
Sem dúvida, um ponto de referência externo é extremamente útil. Esse ponto de referência pode ser encontrado na cronologia dos assírios. Na Assíria, costumava-se registrar os anos de forma padronizada, conforme o rei da época e seus oficiais, chamados de epônimos. O ponto fixo dessas listas é um eclipse solar ocorrido durante o mandato do epônimo Bur-sagale, no reinado de Ashurdan Ill, rei da Assíria, um acontecimento que pode ser datado astronomicamente de 15 de junho de 763 a.C. De posse dessa informação, podemos calcular as datas dos reis da Assíria de 910 a.C. em diante.

DIFERENÇAS NA MANEIRA DE CALCULAR
A Bíblia coloca os dois anos do reinado de Acazias e os doze anos do reinado de Jorão entre Acabe e Jeú, dando a impressão de que o total foi de quatorze anos. No entanto, se Acabe morreu em 853 a.C. depois de ter contato com o rei Salmaneser Ill da Assíria em seu sexto ano de reinado (853 a.C). e se Jeú consentiu em pagar tributo a Salmaneser no décimo oitavo ano de reinado deste último (841 a.C.), então só há espaço para doze anos. Essa aparente discrepância pode ser explicada pelo fato de que os povos da antiguidade contavam os anos de forma inclusiva, isto é, a parte de um ano era contada como um ano inteiro. Assim, temos um ano inteiro mais one anos inteiros, totalizando os doze anos registrados.
No entanto, não é tão simples quanto parece, pois 1srael e Judá usavam métodos diferentes para calcular os anos de reinado. Para começar, Israel adotava a prática dos egípcios e contava o primeiro ano do rei a partir da sua entronização. Judá, pelo contrário, seguia a prática assíria e contava o primeiro ano do rei somente a partir do ano novo após sua entronização. O período entre a posse do rei e o final do ano civil é, às vezes, chamado de "o ano da ascensão ao trono". Esta prática continuou até o começo do século VIll a.C, quando Judá adotou o outro método.
Como se isto não bastasse, parece que havia dois calendários em uso, um começando na primavera e outro no outono!

CO-REGÊNCIA
Esta é uma forma de governo sugerida no próprio livro de Reis: "No ano quinto do reinado de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. (2Rs 8:16). Aqui, Jeorão subiu ao trono enquanto seu pai ainda estava vivo, um fenômeno chamado de "co-regência". Quase todos os conflitos de dados restantes põem ser solucionados pela postulação de várias co-regências. Algumas fazem sentido em termos políticos, como no caso de Josafá, rei de Judá, que se tornou co-regente quando seu pai Asa estava sofrendo de uma enfermidade nos pés e também no caso de Jotão, rei de Juda, que se tornou co-regente em 752 a.C. quando seu pai Uzias (Azarias) foi acometido de uma doença de pele chamada de forma tradicional, porém anacrônica, de "lepra".

RESUMINDO
Quando todos os fatores acima são levados em consideração, surge uma estrutura cronológica 99% confiável. No caso dos problemas que não são solucionados pelas explicações acima, outros fatores podem ser considerados. Não devemos, por exemplo, desconsiderar emendas a texto (como em II Reis 17:1, onde "duodécimo" talvez deva ser lido como "quarto"). Tendo em vista o estado de preservação das informações, porém, este expediente deve ser usado apenas como último recurso.

O reino dividido:
Israel e Judá Depois da morte de Salomão em 930 a.C., seu reino se dividiu em duas partes. O reino de Israel, ao norte, era centralizado em Samaria e foi governado por uma sucessão de dinastias de curta duração. O reino de Judá, ao sul, era centralizado em Jerusalém e foi governado por uma dinastia ininterrupta de descendentes de Davi.
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O reino dividido: Israel e Judá
O reino dividido: Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá

JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO

JERUSALÉM E SEUS ARREDORES
Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.

UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.

PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"

A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.

OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.

TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.

FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.

A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.

Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.

 

Referências

Ezequiel 5:5-38.12

Salmos 122:4-125.2

Lucas 10:30

Mateus 17:24

João 19.13

João 9.7

João 5:2-9

Mateus 23:29

Marcos 11:11;

Mateus 21:17:

Lucas 24:50

Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Dinheiro e pesos

Dinheiro e pesos nas Escrituras Hebraicas

Gera (1⁄20 siclo)

0,57 g

10 geras = 1 beca

Beca

5,7 g

2 becas = 1 siclo

Pim

7,8 g

1 pim = 2⁄3 siclo

Um siclo, a unidade básica hebraica de peso

Peso de um siclo

Siclo

11,4 g

50 siclos = 1 mina

Mina

570 g

60 minas = 1 talento

Talento

34,2 kg

Um darico

Darico (moeda persa de ouro)

8,4 g

Esdras 8:27

Dinheiro e pesos nas Escrituras Gregas Cristãs
Um lépton

Lépton (moeda judaica de cobre ou de bronze)

1⁄2 quadrante

Lucas 21:2

Um quadrante

Quadrante (moeda romana de cobre ou de bronze)

2 léptons

Mateus 5:26

Um assário

Assário (moeda romana e provincial de cobre ou de bronze)

4 quadrantes

Mateus 10:29

Um denário

Denário (moeda romana de prata)

64 quadrantes

3,85 g

Mateus 20:10

= Salário de um dia (12 horas)

Uma dracma

Dracma (moeda grega de prata)

3,4 g

Lucas 15:8

= Salário de um dia (12 horas)

Uma didracma

Didracma (moeda grega de prata)

2 dracmas

6,8 g

Mateus 17:24

= Salário de dois dias

Uma tetradracma de Antioquia e uma tetradracma de Tiro

Tetradracma de Antioquia

Tetradracma de Tiro (siclo de prata de Tiro)

Tetradracma (moeda grega de prata, também chamada de estáter de prata)

4 dracmas

13,6 g

Mateus 17:27

= Salário de quatro dias

Algumas dracmas, 100 dracmas equivaliam a uma mina

Mina

100 dracmas

340 g

Lucas 19:13

= salário de cerca de cem dias de trabalho

Um monte de moedas de prata que juntas pesariam um talento

Talento

60 minas

20,4 kg

Mateus 18:24

Apocalipse 16:21

= salário de cerca de 20 anos de trabalho

Um frasco cujo conteúdo poderia pesar uma libra romana

Libra romana

327 g

João 12:3, nota

“Uma libra de óleo perfumado, nardo genuíno”


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

mt 5:1
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 104
Página: 241
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte…” — (Mt 5:1)


O procedimento dos homens cultos para com o povo experimentará elevação crescente à medida que o Evangelho se estenda nos corações.

Infelizmente, até agora, raramente a multidão tem encontrado, por parte das grandes personalidades humanas, o tratamento a que faz jus.

Muitos sobem ao monte da autoridade e da fortuna, da inteligência e do poder, mas simplesmente para humilhá-la ou esquecê-la depois.

Sacerdotes inúmeros enriquecem-se de saber e buscam subjugá-la a seu talante.

Políticos astuciosos exploram-lhe as paixões em proveito próprio.

Tiranos disfarçados em condutores envenenam-lhe a alma e arrojam-na ao despenhadeiro da destruição, à maneira dos algozes de rebanho que apartam as reses para o matadouro.

Juízes menos preparados para a dignidade das funções que exercem, confundem-lhe o raciocínio.

Administradores menos escrupulosos arregimentam-lhe as expressões numéricas para a criação de efeitos contrários ao progresso.

Em todos os tempos, vemos o trabalho dos legítimos missionários do bem prejudicado pela ignorância que estabelece perturbações e espantalhos para a massa popular.

Entretanto, para a comunidade dos aprendizes do Evangelho, em qualquer clima da fé, o padrão de Jesus brilha soberano. Vendo a multidão, o Mestre sobe a um monte e começa a ensinar…

É imprescindível empenhar as nossas energias, a serviço da educação. Ajudemos o povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se.

Auxiliar a todos para que todos se beneficiem e se elevem, tanto quanto nós desejamos melhoria e prosperidade para nós mesmos, constitui para nós a felicidade real e indiscutível.

Ao leste e ao oeste, ao norte e ao sul da nossa individualidade, movimentam-se milhares de criaturas, em posição inferior à nossa.

Estendamos os braços, alonguemos o coração e irradiemos entendimento, fraternidade e simpatia, ajudando-as sem condições.

Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai Nosso”, está reconhecendo não somente a Paternidade de Deus, mas aceitando também por sua família a Humanidade inteira.



mt 5:1
A Caminho da luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 25
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Um modesto escorço da História faz entrever os laços eternos que ligam todas as gerações nos surtos evolutivos do planeta.

Muita vez, o palco das civilizações foi modificado, sofrendo profundas renovações nos seus cenários, mas os atores são os mesmos, caminhando, nas lutas purificadoras, para a perfeição d’Aquele que é a Luz do princípio.

Nos primórdios da Humanidade, o homem terrestre foi naturalmente conduzido às atividades exteriores, desbravando o caminho da natureza para a solução do problema vital, mas houve um tempo em que a sua maioridade espiritual foi proclamada pela sabedoria da Grécia e pelas organizações romanas.

Nessa época, a vinda do Cristo ao planeta assinalaria o maior acontecimento para o mundo, de vez que o Evangelho seria a eterna mensagem do Céu, ligando a Terra ao reino luminoso de Jesus, na hipótese da assimilação do homem espiritual, com respeito aos ensinamentos divinos. Mas a pureza do Cristianismo não conseguiu manter-se intacta, tão logo regressaram ao Plano Invisível os auxiliares do Senhor, reencarnados no globo terrestre para a glorificação dos tempos apostólicos, o assédio das trevas avassalou o coração das criaturas.

Decorridos três séculos da lição santificante de Jesus, surgiram a falsidade e a má-fé adaptando-se às conveniências dos poderes políticos do mundo, desvirtuando-se-lhe todos os princípios, por favorecer doutrinas de violência oficializada.

Debalde enviou o Divino Mestre seus emissários e discípulos mais queridos ao ambiente das lutas planetárias. Quando não foram trucidados pelas multidões delinquentes ou pelos verdugos das consciências, foram obrigados a capitular diante da ignorância, esperando o juízo longínquo da posteridade.

Desde essa época, em que a mensagem evangélica dilatava a esfera da liberdade humana, em virtude da sua maturidade para o entendimento das grandes e consoladoras verdades da existência, estacionou o homem espiritual em seus surtos de progresso, impossibilitado de acompanhar o homem físico na sua marcha pelas estradas do conhecimento.

É por esse motivo que, ao lado dos aviões poderosos e da radiotelefonia, que ligam todos os continentes e países da atualidade, indicando os imperativos das leis da solidariedade humana, vemos o conceito de civilização insultado por todas as doutrinas de isolamento, enquanto os povos se preparam para o extermínio e para a destruição. É ainda por isso que, em nome do Evangelho, se perpetram todos os absurdos nos países ditos cristãos.

A realidade é que a civilização ocidental não chegou a se cristianizar. Na França temos a guilhotina, a forca na Inglaterra, o machado na Alemanha e a cadeira elétrica na própria América da fraternidade e da concórdia, isto para nos referirmos tão somente às nações supercivilizadas do planeta. A Itália não realizou a sua agressão à Abissínia, em nome da civilização cristã do Ocidente? Não foi em nome do Evangelho que os padres italianos abençoaram os canhões e as metralhadoras da conquista? Em nome do Cristo espalharam-se, nestes vinte séculos, todas as discórdias e todas as amarguras do mundo.

Mas é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos. Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos “ais” do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade.

O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos. No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era. São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios que pesam sobre o seu império perecível.

Ditadores, exércitos, hegemonias econômicas, massas versáteis e inconscientes, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um pesadelo.

A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício.

Toda a realidade é a do Espírito e toda a paz é a do entendimento do Reino de Deus e de sua justiça.

O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor.

. Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas.

Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade europeia desaparecerá para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.

Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá Mc 13:24 [Na Idade Média uma ]; e ao século XX compete a missão do . [Este livro foi escrito em 1938, bem antes da reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, ocorrida em 20 de julho de 1969, , adiando, portanto, esses acontecimentos espantosos para o século XXI. Vide também as respostas de Emmanuel aos itens 2 e 3 do primeiro capítulo do livro onde diz: “(…) não nos detenhamos na expressão física dos acontecimentos que se avizinham, para marcar maiores acontecimentos — — na transformação do Plano em que estamos estagiando, (…)”]

Todavia, os operários humildes do Cristo ouçamos a sua voz no âmago de nossa alma:

“Bem-aventurados os pobres, porque o reino de Deus lhes pertence! Bem-aventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os aflitos, porque chegará o dia da consolação! Bem-aventurados os pacíficos, porque irão a Deus!” (Mt 5:1)

Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. O homem espiritual estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no Ilimitado, e o Espiritismo terá retirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado.

Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências.

Todos somos dos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido.

Revendo os quadros da História do mundo, sentimos um frio cortante neste crepúsculo doloroso da civilização ocidental. Lembremos a misericórdia do Pai e façamos as nossas preces. A noite não tarda e, no bojo de suas sombras compactas, não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre, será a claridade imortal da alvorada futura, feita de paz, de fraternidade e de redenção.



mt 5:1
Antologia Mediúnica do Natal

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 37
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.

De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.

Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.

O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranquilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.

As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.

Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade. Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.

Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração. As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.

Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? Como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos d’Ele? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?

O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no Mt 7:15, que esclarece: — “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que veem até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” Em seguida, o peru recitou Mt 5:1, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.

Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.




Essa é a 37ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.


mt 5:1
Há dois mil anos...

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Parecia que o ano 58 estava destinado a assinalar os mais penosos incidentes para a vida do senador Lêntulus e de sua família.

A morte de Calpúrnia e o falecimento inesperado de Lívia, dolorosos acontecimentos que impuseram à casa um luto permanente, obrigaram Plínio Sevérus a conchegar-se um pouco mais ao ambiente doméstico, onde instituíra uma trégua aos seus desatinos de homem ainda novo, para viver em relativa calma ao lado da esposa.

Aurélia, contudo, na violência de suas pretensões, não descansava. Conseguindo introduzir uma serva astuta junto de Flávia, de conformidade com antigo projeto da sua mentalidade doentia, iniciou a sinistra execução de um plano diabólico, no sentido de envenenar, vagarosamente, a rival retraída e desditosa.

A princípio, observou a filha do senador que lhe surgiam algumas erupções cutâneas que, consideradas de somenos importância, foram tratadas tão somente à pasta de miolo de pão misturado ao leite de jumenta, medicamento havido na época, como específico dos mais eficazes para a conservação da pele. A esposa de Plínio, todavia, queixava-se incessantemente de fraqueza geral, apresentando o mais profundo desânimo.

 

Quanto a Plínio, o retomar a normalidade da vida pública e entregar-se, de novo, ao violento amor de Aurélia, foi questão de poucos dias, regressando à vida espetaculosa, com a amante e, agora, com a situação sentimental muito agravada pelas caluniosas denúncias de Saul, acerca das relações afetuosas de Agripa com a esposa.

Plínio Sevérus, embora generoso, era impulsivo: no regime familiar, seu espírito era o desses tiranos domésticos, que, adotando a conduta mais desregrada e incompreensível, não toleram a mínima falta no santuário da família. A despeito de sua orientação errônea e condenável, passou a vigiar constantemente o irmão e a esposa, com a feroz impulsividade do leão ofendido.

Saul de Gioras, por sua vez, despeitado com a sublime afeição fraternal entre Flávia e Agripa, o qual continuava com a dedicação silenciosa do seu amor de renúncia, não perdia ensejo para envenenar o coração impetuoso do oficial, levando-lhe as calúnias mais torpes e injustificáveis.

Agripa, na sua generosidade e no seu sentimentalismo, não podia adivinhar as ciladas que o enredavam na vida comum e prosseguia com a preciosa atenção de sua amizade, junto da mulher que não podia amá-lo senão com sublimado amor fraterno.

O ex-escravo dos Sevérus não perdia contudo as esperanças procurando frequentemente o velho Araxes, que aumentava de cupidez e ambição à medida que se lhe multiplicavam os anos, aguardava ansiosamente o instante de realizar sua apaixonada aspiração.

Observando que Flávia Lentúlia dispensava funda afeição a Agripa, não trepidou em ver sinceramente nos seus menores gestos uma prova de amor intenso e correspondido, procurando insinuar-se por todos os modos, a fim de captar-lhe, igualmente, o interesse e a atenção.

 

Uma noite, depois de mais de dois meses de expectativa ansiosa para atingir seus fins ignóbeis, conseguiu ficar só, absolutamente só, em companhia da jovem senhora, que se mantinha em breve repouso em largo divã do espaçoso terraço.

Do alto, contemplavam-se os mais belos panoramas da cidade, então clareada pelo brilho das primeiras estrelas, na languidez suave do crepúsculo. As brisas cariciosas da tarde tranquila traziam sons de alaúdes e harpas, tangidos nas vizinhanças, como se fossem vozes harmoniosas do seio imenso da noite.

Saul fixou a mulher cobiçada, contemplando-lhe o formoso e delicado semblante de madona, de uma palidez de neve, sob o domínio de um langor doentio e inexplicável!… Aquela criatura representava o objeto de todas as suas aspirações violentas e rudes, a meta da sua felicidade impossível e impetuosa. Na materialidade dos seus sentimentos, não a podia amar como se fora um irmão, e sim com a brutalidade dos seus impuros desejos.

— Senhora — disse resoluto, depois de fitar-lhe o rosto demoradamente —, há muitos anos espero um minuto como este, para poder confessar-vos a enorme afeição que vos dedico. Quero-vos acima de tudo, até da própria vida! Sei que para mim estais num plano inacessível, mas, que fazer, se não consigo dominar esta adoração, este intenso amor de minhalma?

 

Flávia abriu desmesuradamente os olhos serenos e tristonhos, tomada de penosa surpresa…

— Senhor Saul — revidou corajosamente, triunfando da sua emoção —, serenai vosso ânimo. Se me tendes tamanha afeição, deixai-me no caminho dos meus deveres, onde precisa conservar-se toda mulher ciosa da sua virtude e do seu nome! Calai, portanto, vossas emoções neste sentido, porque o amor que me confessais não pode passar de um desejo violento e impuro!…

— Impossível, senhora! — ajuntou o liberto, desesperado. — Já fiz tudo por esquecer-vos… Tenho feito tudo o que era possível para afastar-me definitivamente de Roma, desde o dia infausto em que vos vi pela primeira vez!… Regressei para Massília decidido a nunca mais voltar, porém, quanto mais me apartava da vossa presença, mais se me enchia a alma de tédio e de amargura! Fixei-me aqui, novamente, onde tenho vivido da minha desventura e das minhas tristes esperanças!… Por mais de dez anos, senhora, tenho esperado pacientemente. Sempre tributei respeito às vossas indiscutíveis virtudes, aguardando que um dia vos cansásseis do esposo infiel que o destino colocou, impiedosamente, no vosso caminho!…

Agora, pressinto que esgotastes o cálice das amarguras domésticas, porque não hesitastes em ceder ao afeto de Agripa… Desde que vos vi na companhia de um homem que não é o vosso marido, tremo de ciúmes, porque sinto que fostes talhada apenas para mim… Ardo em zelos, senhora, e todas as noites sonho intensamente com os vossos carinhos e com a doce ternura de vossas palavras, que me enchem a alma toda, como se de vós tão somente dependesse toda a felicidade da minha vida!…

Atendei aos apelos da minha afeição interminável! Não me façais esperar mais tempo, porque eu poderia morrer!…

 

Flávia Lentúlia ouvia-o, agora, entre surpreendida e aterrada. Quis levantar-se, mas, faltou-lhe o ânimo preciso. Mesmo assim, teve a coragem necessária para responder-lhe:

— Enganai-vos! — entre mim e Agripa existe apenas uma afeição santificada e pura, de irmãos que se identificam nas provações e nas lutas da vida.

Não aceito as vossas insinuações acrimoniosas à vida particular de meu marido, porque, tenha ele a conduta que lhe aprouver na existência, eu devo ser a sentinela do seu lar e a honra do seu nome…

Se puderdes compreender o respeito devido a uma mulher, retirai-vos daqui, porque os vossos propósitos de traição me causam a mais funda repugnância!

— Deixar-vos?! Nunca! … — exclamou Saul, com terrível entono. — Esperar tantos, anos e nada conseguir? Nunca, nunca!…

E avançando para a senhora indefesa, que se levantara num esforço supremo, abraçou-lhe o busto, em ânsias apaixonadas, retendo-a nos braços impulsivos, por um rápido minuto.

Saul, todavia, na sua excitação e terrível impulsividade, não teve ânimo para resistir à força sobre-humana com que a pobre senhora se defendeu naquele transe penoso para a sua alma sensível, e perdeu a presa que se lhe escapou inopinadamente das mãos criminosas, descendo imediatamente aos seus aposentos, onde se recolheu, chorando as lágrimas da sua dignidade ofendida, mas evitando qualquer nota escandalosa sobre o incidente.

 

Só no dia seguinte, à noite, Plínio Sevérus regressou a casa, encontrando a esposa desalentada e abatida.

Censurando-lhe a ausência, na intimidade conjugal, o esposo infiel respondeu-lhe secamente:

— Mais uma cena de ciúmes? Bem sabes que isso é inútil!

— Plínio, meu querido — esclareceu entre lágrimas —, não se trata de ciúme, mas da justa defesa de nossa casa!…

E, em rápidas palavras, a desventurada criatura o pôs ao corrente de todos os fatos; todavia, o oficial esboçou um sorriso de incredulidade, acentuando com certa indiferença:

— Se esta longa história é mais um artifício de mulher ciumenta, para me reter na insipidez do ambiente doméstico, todo o esforço é dispensável, porque Saul é o meu melhor amigo. Ainda ontem, quando me encontrava em sérias aperturas financeiras para resgatar algumas dívidas, foi ele quem me emprestou oitocentos mil sestércios. Seria melhor, portanto, que prezasses mais alto a honra do nosso nome, abandonando as tuas relações com Agripa, já excessivamente comentadas, para que eu alimente qualquer dúvida!

E, assim falando, retirou-se novamente para os prazeres da vida noturna, enquanto a consorte amargava, em silêncio, o seu inominável martírio moral, sentindo-se abandonada e incompreendida, sem qualquer esperança.

 

Alguns dias correram lentos, amargos, dolorosos…

Flávia, dado o seu natural retraimento feminino, não teve coragem de confiar ao pai, já de si tão acabrunhado pelos golpes da vida, a sua enorme amargura.

Agripa, observando-lhe o abatimento, buscava confortar-lhe o coração com generosas palavras, examinando as perspectivas de melhores dias no porvir.

A pobre senhora, todavia, definhava a olhos vistos, sob o domínio das moléstias inexplicáveis que lhe dominavam os centros de força e sob a tortura íntima dos seus penosos segredos.

Saul de Gioras, como se tivesse todos os seus instintos açulados por aquele minuto em que tivera entre os braços impetuosos a mulher dos seus desejos impulsivos, jurava, intimamente, possuí-la a qualquer preço, enchendo-se dos mais terríveis propósitos de vingança contra o filho mais velho de Flamínio. Foi assim que continuou a frequentar o palácio do Aventino, tomado das intenções mais sinistras.

 

Respeitando as antigas tradições da família Sevérus, que sempre fizera questão de proporcionar àquele liberto um perfeito tratamento de amigo íntimo, Públio Lêntulus, embora a pouca simpatia que lhe inspirava, concedia-lhe o máximo de liberdade na sua residência, sem de leve suspeitar dos seus propósitos condenáveis. Agora, Saul não buscava a intimidade da família nem procurava avistar-se, de modo algum, com a esposa de Plínio ou com o pai, conservando-se na companhia dos servos da casa ou permanecendo nos aposentos particulares de Agripa ou do irmão, que nunca lhe haviam negado a mais sincera confiança.

Da sua permanência nas sombras, todavia, procurava observar os mínimos gestos do irmão mais velho de Plínio, que, atendendo à situação de abatimento de Flávia Lentúlia, se conservava horas a fio, muitas vezes, em companhia do velho senador, nos seus apartamentos privados, ora prolongando as suas tristes esperanças no futuro, com a possíveis compreensão do irmão, ora dando-lhe a conhecer os versos mais admirados da cidade, comentando-se, fraternalmente, as bagatelas encantadoras da vida social.

 

Diariamente, contudo, o sicofanta  Saul procurava o marido de Flávia, para colocá-lo ao corrente de fatos injustificáveis e inverossímeis, a respeito da vida íntima de sua mulher.

Plínio Sevérus dava todo o crédito aos desarrazoamentos do falso amigo, afervorando cada vez mais sua dedicação a Aurélia, que lhe empolgava o coração, assediado e enceguecido pelas mais torpes tentações da vida material.

Envenenado pelas intrigas criminosas e reiteradas de Saul, licenciara-se o oficial, de modo a realizar uma viagem às Gálias, com a amante, por satisfazer-lhe caprichosos desejos há muito manifestados.

No dia da partida para Massília,  de onde pretendia demandar o interior da província, foi procurado por Saul na residência de Aurélia, a qual ficava próximo do Fórum,  ouvindo-lhe, em febre de ódio, as mais tremendas afirmativas, terminadas com esta aleivosa sugestão:

— Se quiseres verificar por ti mesmo a traição de Agripa e tua mulher, volta hoje à noite, furtivamente, à tua casa e busca penetrar inesperadamente no teu quarto. Não precisarás, então, dos zelos da minha dedicação amiga, porque encontrarás teu irmão em atitudes decisivas.

 

Naquele momento, Plínio Sevérus ultimava os preparativos de viagem, tendo mesmo, pela manhã, apresentado suas despedidas em casa, aos mais íntimos familiares; para justificar os imperativos de sua ausência, alegara determinações expressas da chefia de suas atividades militares, embora fossem muito diversos os verdadeiros e inconfessáveis motivos da partida.

Ouvindo, entretanto, as graves denúncias do liberto judeu, o oficial preparou-se para enfrentar qualquer eventualidade, dirigindo-se, à noite, para o palácio do Aventino, com o espírito atormentado por tigrinos sentimentos.

O liberto, porém, que planejava executar seus projetos criminosos, nas suas intenções impiedosas e terríveis, postou-se, à noitinha, com a cumplicidade natural de todos os servidores da casa, nos apartamentos particulares de Agripa, procedendo de tal modo que os próprios escravos não poderiam atinar com a sua permanência nos aposentos referidos.

 

À noite, Plínio Sevérus procurou a casa, inopinadamente, com surpresa para alguns criados, que tinham ciência de suas despedidas e, sem dizer palavra, enceguecido pelas calúnias injuriosas do falso amigo, penetrou cautelosamente no gabinete da esposa, ouvindo a voz despreocupada do irmão, embora não conseguisse identificar o que dizia.

Abrindo um pouco a cortina sedosa e delicada, viu Agripa nos seus gestos de carinho íntimo o fraterno, acariciando as mãos de Flávia, com um leve e doce sorriso.

Por muito tempo observou-lhes, ansioso, os menores gestos, surpreendendo-lhes as recíprocas demonstrações de suave estima fraternal, representados, agora, a seus olhos cegos de ódio e ciúme, como os mais francos indícios de prevaricação e adultério.

No auge da desesperação, abriu as cortinas num gesto brusco penetrando a câmara conjugal, como se fora um tigre atormentado.

— Infames! — acentuou em voz baixa e enérgica, procurando evitar a escandalosa assistência dos criados. — Então, é deste modo que manifestam o respeito devido à dignidade do nosso nome?

 

Flávia Lentúlia, com os seus padecimentos físicos fundamente agravados, fez-se pálida de neve, enquanto Agripa enfrentava o terrível olhar do irmão, singularmente surpreendido.

— Plínio, com que direito me insultas desta forma? — perguntou ele energicamente. — Saiamos daqui, imediatamente. Discutiremos as tuas injuriosas interpelações no meu quarto. Aqui permanece, uma nobre criatura enferma e abandonada pelo esposo, que lhe humilha o nome e os melindres com a vileza de um proceder criminoso e injustificável, uma senhora que requer o nosso amparo e o nosso respeito!…

Os olhos de Plínio Sevérus fuzilavam de ódio, enquanto o irmão se levantou serenamente, retirando-se para os seus aposentos, acompanhado do oficial que fremia de raiva, agravada pela humilhação que lhe infligia a calma superior do adversário.

Chegados, porém, aos aposentos de Agripa, o impulsivo oficial, depois de numerosas acusações e reprimendas, explodia em exclamações deste jaez:

— Vamos! Explica-te, traidor!… Então, lanças a lama da tua ignomínia sobre o meu nome e te acovardas nesta serenidade incompreensível?!

— Plínio — disse ponderadamente Agripa, obrigando o interlocutor a calar por alguns momentos —, é tempo de pores termo aos teus desatinos.

Como poderás provar semelhante calúnia contra mim, que sempre te desejei o maior bem? Qualquer comentário menos digno, acerca da conduta de tua mulher, é um crime imperdoável. Falo-te, nesta hora grave dos nossos destinos, invocando a memória irrepreensível de nossos pais e o nosso passado de sinceridade e confiança fraterna…

 

O impetuoso oficial quase se imobilizara, como um leão ferido, ouvindo essas ponderações superiores e calmas, enquanto Agripa continuava a externar suas impressões mais íntimas e mais sinceras:

— E agora — prosseguia com serenidade —, já que reclamas um direito que nunca cultivaste, em vista da sucessão interminável dos teus desatinos na vida social, devo afirmar-te que adorei tua mulher acima de tudo, em toda a vida!… Quando gastavas a tua mocidade junto do espírito turbulento de Aurélia, vimos Flávia, na sua juventude, pela primeira vez, logo após o seu regresso da Palestina e descobri nos seus olhos a claridade afetuosa e terna que deveria iluminar a placidez do lar que eu idealizei nos dias que se foram!… Mas descobriste, simultaneamente, a mesma luz e eu não hesitei em reconhecer os direitos que te cabiam ao coração, porque ela correspondeu à intensidade do teu afeto, parecendo-me unida a ti pelos laços indefiníveis de santificado mistério!… Flávia te amava, como sempre te amou, e a mim só competia esquecer, buscando ocultar as minhas ansiedades torturantes e angustiosas!…

Ao ensejo do teu casamento, não resisti vê-la partir nos teus braços e, depois de ouvir a palavra materna, amorosa e sábia, demandei outras terras com o coração esfacelado! Por dez anos amargurosos e tristes, peregrinei entre Massília e a nossa propriedade de Avênio, em aventuras loucas e criminosas. Nunca mais pude acarinhar a ideia da constituição de uma família, atormentado constantemente pelas recordações da minha desventura silenciosa e irremediável.

 

Ultimamente, voltei a Roma com os derradeiros resquícios da minha ilusão dolorosa e malograda…

Encontrei-te no abismo das afeições ilícitas e não te condenei os deslizes injustificáveis.

Sei que gastaste três quartas partes dos nossos bens comuns, satisfazendo a louca prodigalidade de tuas aventuras infelizes e degradantes, e não te censurei o procedimento insólito.

E aqui, nesta casa, sob este teto que constitui para nós ambos o prolongamento carinhoso do teto paternal, não tenho sido para a tua nobre mulher senão um irmão dedicado e amigo!…

Vendo-se acusado, claramente, por suas faltas e sentindo-se ferido nas suas vaidades de homem, Plínio Sevérus reagiu com mais ferocidade, exclamando exaltadamente na sua desesperação:

— Infame, é inútil aparentares esta superioridade inacreditável! Somos iguais, nos mesmos sentimentos, e não creio na tua dedicação desinteressada nesta casa. Há muito tempo vives com Flávia, ostensivamente, em aventuras criminosas, mas resolveremos, agora, toda a nossa questão pela espada, porque um de nós deve desaparecer!…

 

E, arrancando a arma de que fora munido para qualquer eventualidade, avançou decididamente para o irmão, que cruzou os braços, serenamente, esperando-lhe o golpe implacável.

— Então, onde se encontram os teus brios de homem? — exclamou Plínio, exasperado. — Esta serenidade expressa bem a tua covardia… Coloca-te em defesa da vida, porque quando dois irmãos disputam a mesma mulher, um deles deve morrer! Agripa Sevérus, porém, sorriu tristemente, retorquindo:

— Não retardes muito a consumação dos teus propósitos, porque me prestarás o bem supremo da sepultura, já que a minha vida, com as suas torturas de cada instante, nada mais representa que um caminho escabroso e longo para a morte.

Reconhecendo-lhe a nobreza e o heroísmo, mas acreditando na infidelidade da mulher, Plínio guardou novamente a espada, exclamando:

— Está bem! Eu podia eliminar-te, mas não o faço, em consideração à memória de nossos pais inesquecíveis; todavia, continuando a acreditar na tua infâmia, partirei daqui para sempre, levando no íntimo a certeza de que tenho em teu espírito de traidor o meu maior e pior inimigo.

Sem mais palavra, Plínio retirou-se a passos largos, enquanto o irmão, caminhando até a porta, lançava-lhe um derradeiro apelo afetuoso, para que não se fosse.

 

Alguém, todavia, acompanhara a cena, detalhe por detalhe. Esse alguém era Saul que, saindo do seu esconderijo e apagando inopinadamente a luz do quarto, alcançou Agripa num salto certeiro, pelas costas, vibrando-lhe violento golpe. O pobre rapaz caiu redondamente numa poça enorme de sangue, sem que lhe fosse possível articular uma palavra. Em seguida ao ato criminoso, fugiu o liberto, afetando despreocupação, sem que ninguém pudesse atinar com a dolorosa ocorrência.

No seu quarto, porém, Flávia Lentúlia se surpreendia com a demora da solução de um caso em que se via envolvida e também considerado, por ela, à primeira vista, como um acontecimento sem importância.

Levantou-se, depois de considerável esforço, dirigindo-se à porta que comunicava os apartamentos de Agripa com o peristilo, mas, surpreendida com a escuridão e silêncio reinantes, apenas escutou, vindo do interior, um leve rumor, semelhante aos sons roucos de uma respiração fatigada e opressa.

Dominada por dolorosos pressentimentos, a desventurada criatura sentiu bater-lhe o coração descompassadamente.

 

A ausência de luz, aquele ruído de respiração estertorosa e, sobretudo, o profundo e pavoroso silêncio, fizeram-na recuar, buscando o socorro e a experiência de Ana, que lhe conquistara igualmente o coração, pela dedicação e pela humildade, em todos os dias daquele amargurado período da sua existência.

Gozando do respeito e da estima de todos, a velha criada de Lívia era, agora, quase a governanta da casa, a quem, por determinação dos senhores, todas as escravas do palácio do Aventino deviam obediência.

Chamada por Flávia aos seus aposentos particulares, a velha servidora dos Lêntulus, depois de ouvir a apressada confidência da senhora, compartilhando-lhe dos receios, acompanhou-a ao quarto de Agripa, em cuja porta de entrada também parou, pensativa, embora já não mais se ouvisse a respiração opressa, observada minutos antes pela esposa de Plínio.

— Senhora — disse afetuosa —, estais abatida e ainda necessitais de repouso. Voltai ao quarto; se algo houver que justifique os vossos receios, procurarei resolver o assunto junto de vosso pai, a quem cientificarei do que houver, lá no seu gabinete particular.

— Agradecida, Ana — respondeu a senhora, visivelmente emocionada —, concordo contigo, mas esperarei aqui no peristilo o resultado de tuas providências.

 

Com uma prece, a antiga criada penetrou no aposento, fazendo um pouco de luz e parando o olhar, quase estarrecida.

No tapete, o cadáver de Agripa Sevérus, caído de borco, descansava numa poça de sangue, que ainda corria do profundo ferimento aberto pela arma homicida de Saul.

Ana precisou mobilizar todas as reservas de serenidade da sua fé, para não gritar escandalosamente, alarmando a casa inteira. Ela, porém, que tantos padecimentos havia já experimentado em todo o curso da vida, não tinha grande dificuldade em juntar mais uma nota angustiosa ao concerto de suas amarguras, sofridas sempre com resignação e serenidade. Todavia, sem poder dissimular a angústia e a profunda palidez, voltou novamente ao peristilo, exclamando algo inquieta, para Flávia Lentúlia, que lhe observava os mínimos gestos, ansiosamente.

— Senhora, não vos assusteis, mas o senhor Agripa está ferido…

E aos primeiros movimentos de curiosidade angustiosa da filha do senador, a qual se lembrava da profunda desesperação do esposo, momentos antes, Ana acalmou-a com estas palavras:

— Não temos tempo a perder! Procuremos o senador, para as primeiras providências; contudo, suponho que devo cuidar sozinha dessa tarefa, aconselhando-vos a buscar a tranquilidade do vosso quarto.

 

Mas, silenciosas e inquietas, dirigiram-se as duas apressadamente ao gabinete de Públio, absorvido em numerosos processos políticos, no seio tranquilo da noite.

— Agripa, ferido?! — perguntou altamente surpreendido o senador, depois de se inteirar da ocorrência pela palavra de Ana. — Mas, quem teria sido o autor de semelhante atentado nesta casa?

— Meu pai — respondeu Flávia, entre lágrimas —, ainda há pouco, Plínio e Agripa tiveram séria altercação no interior dos meus aposentos!…

Públio Lêntulus percebeu o perigo das palavras confidenciais da filha, em tais circunstâncias, e, como não podia acreditar que os filhos de Flamínio, sempre tão unidos e generosos, fossem ao extremo das armas, acentuou decisivamente:

— Minha filha, não acredito que Plínio e Agripa se abalançassem a tais extremos.

E como estivessem na presença de Ana, que por mais conceituada que fosse, agora, na sua confiança pessoal, não podia modificar a estrutura de suas rígidas tradições familiares, acrescentou, como se quisesse prevenir o espírito da filha contra qualquer revelação inconveniente que pudesse envolver o seu nome, nos escândalos sociais, irremediáveis:

— Além disso, não me pareces muito certa em tuas lembranças, porque Plínio se despediu de manhã, seguindo viagem para Massília. Não podemos esquecer esta circunstância.

 

Não se viu algum desconhecido nesta casa?

— Senhor — respondeu Ana, com humildade —, há alguns minutos vi que o senhor Saul se retirava apressado lá do quarto do ferido. De acordo com as minhas observações e atenta à sua familiaridade com os vossos amigos, suponho-o pessoa indicada para nos dar qualquer esclarecimento.

Os olhos do velho senador brilharam estranhamente, como se houvesse encontrado a chave do enigma.

Nesse instante, porém, enquanto organizava os seus papéis, apressadamente, a fim de prestar os primeiros socorros ao ferido, Flávia Lentúlia, como se as observações de Ana lhe suscitassem novas explicações, rompeu soluçante.

— Meu pai, meu pai, só agora me recordo de que vos deveria cientificar de coisas muito graves!…

— Filha — acudiu com decisão —, estás doente e fatigada. Recolhe-te ao quarto, procurarei a tudo remediar!… É muito tarde para qualquer ponderação. As coisas graves são sempre más e mal que não se corta pela raiz, com o esclarecimento necessário, é sempre uma semente de calamidade guardada em nosso coração, para rebentar em lágrimas de amarguras, nas horas inesperadas da vida!… Falaremos, pois, mais tarde. Cumpre, agora, providenciar o que seja mais urgente e oportuno.

 

Retirando-se apressado, com a serva, em demanda dos apartamentos do rapaz, notou que Flávia obedecia, sem discussão, às suas determinações, recolhendo-se ao quarto.

Penetrando nos aposentos de Agripa, em companhia da velha serva, Públio Lêntulus conseguiu medir toda a extensão da tragédia ali desenrolada, sob o seu teto respeitável.

Fechando a porta de acesso, o senador verificou que o filho mais velho do seu inesquecível Flamínio estava morto, restando saber os íntimos detalhes daquele drama doloroso, cujo fim angustiado era a única cena que ali se deparava.

Ajoelhando-se ao lado do cadáver, no que foi acompanhado pela serva e amiga leal, falou compungidamente:

— Ana, é muito tarde!… O meu pobre Agripa já não vive, nem haveria possibilidade de socorro para um ferimento desta natureza!… Parece haver expirado há poucos momentos!…

Alçando ao Alto o olhar marejado de lágrimas, exclamou amarguradamente:

— Ó manes de meu desventurado filho, acolhei as nossas súplicas pelo descanso perpétuo de sua alma!…

Todavia, aquela prece morrera-lhe no íntimo.

A voz tornara-se-lhe frouxa e oprimida. Aquele espetáculo hediondo abalara-o profundamente. Queria falar, sem o conseguir, porquanto tinha a garganta como que dilacerada e rebelde sob a força dos singultos do coração, que lhe morriam latentes na soledade da imperiosa fortaleza espiritual.

 

Ana o contemplou aflita, porque seus olhos nunca o haviam observado em atitudes tão íntimas, em todo o longo tempo de serviço naquela casa.

Públio Lêntulus, aos seus olhos, era sempre o homem frio e impiedoso, em cujo peito pulsava um coração de ferro, que não podia vibrar senão para as loucas vaidades mundanas.

Naquele instante, contudo, entre assustada e comovida, observava que também o senador tinha lágrimas para chorar. De seus olhos sempre altivos, caíam lágrimas ardentes, que rolavam, silenciosas e tristes, sobre a cabeça inerte do rapaz, também considerado por ele um filho, como se nada mais lhe restasse, além do consolo supremo de abraçar carinhosamente os seus despojos, através do véu escuro de suas dúvidas angustiosas.

Ana, profundamente tocada pela amargura daquela cena íntima, exclamou com humildade, desejosa de confortar a dor imensa daquele mal sem remédio:

— Senhor, tenhamos coragem e serenidade. Nas minhas orações obscuras, sempre peço ao profeta de Nazaret que vos ampare do Céu, confortando-vos o coração sofredor e desalentado!

 

O pensamento do senador vagava no dédalo das dúvidas tenebrosas. Cotejando as observações da filha e as palavras de Ana, buscava descobrir, no íntimo, a intuição sobre a culpabilidade do delito. A qual dos dois, Plínio ou Saul, deveria imputar a autoria do atentado nefando? Ele, que decidira tantos processos difíceis na sua vida, ele, que era senador e não perdia também ensejo de participar dos esforços da edilidade romana, sentia agora a dor suprema de exercer a justiça em sua própria casa, na perspectiva da destruição de toda a ventura dos seus filhos muito amados!…

Ouvindo, porém, as expressões consoladoras e carinhosas da serva, recordou a figura extraordinária de Jesus Nazareno, cuja doutrina de piedade e misericórdia a tantos fortalecia para afrontar as situações mais ríspidas da vida, ou para morrer, heroicamente, como sua própria mulher. Dirigindo-se, então, à criada, com intimidade imprevista, em gesto comovedor de simplicidade generosa, qual a serva jamais lhe observara, em qualquer circunstância da vida doméstica, disse:

— Ana — nunca deixei de ser um homem enérgico, em toda a vida, mas chega sempre um momento em que o nosso coração se sente acabrunhado diante da rudeza das lutas que o mundo nos oferece com as suas desilusões amargas e dolorosas! Se és tão somente uma serva, eu sei hoje apreciar-te o coração, embora tardiamente!…

 

Uma lágrima espontânea embargava-lhe a voz, porém o velho patrício continuava:

— Em toda a minha existência, tenho julgado uma imensidade de processos de várias naturezas, relativos à justiça do mundo; mas, de tempos a esta parte, parece-me que estou sendo julgado pela força incoercível de uma justiça suprema, cujos tribunais não se encontram na Terra!…

Desde a morte de Lívia, sinto o coração modificado, a caminho de uma sensibilidade, para mim, até então desconhecida.

A aproximação da velhice parece um prenúncio da morte de todos os nossos sonhos e esperanças!…

Diante deste cadáver, que, certamente, vai aumentar a sombra dos nossos segredos, de família, sinto quão dolorosa é a tarefa de justificar os nossos ente amados; e, já que te referes ao Mestre de Nazaret, cuja doutrina de paz e fraternidade a tantos tem ensinado a morrer com resignação e heroísmo supremos, pela vitória da cruz dos seus martírios terrestres, como procederia ele num caso destes, em que as mais tremendas dúvidas me pairam no coração, quanto à culpabilidade de um filho muito amado?

— Senhor — respondeu Ana, com humildade, fundamente comovida ante aquela prova de consideração e afeto —, muitas vezes Jesus nos ensinou que jamais devemos julgar, para não sermos também julgados.

 

O senador se surpreendia, ao receber, de uma criatura tão simples e tão inculta aos seus olhos, essa maravilhosa síntese da filosofia humana, repassando, no espírito, o seu doloroso pretérito.

— Mas — aventou, como se quisesse justificar-se a si mesmo dos erros profundos do seu passado de homem público — os que não julgam perdoam e esquecem; e, se mandam as leis da vida que sejamos agradecidos ao bem que se nos faça, não podemos perdoar ao mal que se nos atira no caminho!…

Ana, porém, não perdeu o ensejo de consolidar o ensinamento evangélico, acrescentando com doçura:

— Mesmo na minha terra, a Lei antiga mandava que se cobrasse olho por olho e dente por dente, mas Jesus de Nazaret, sem destruir a essência dos ensinos do Templo, esclareceu que os que mais erram no mundo são os mais infelizes e mais necessitados do nosso amparo espiritual, recomendando, na sua doutrina de amor e caridade, não perdoássemos uma vez só, mas setenta vezes sete vezes.

 

Públio Lêntulus admirava-se de aprender aqueles generosos conceitos da sua criada, dentro dos princípios do perdão irrestrito. Perdoar? Nunca o fizera em suas porfiadas lutas no mundo. Sua educação não admitia piedade ou comiseração para os inimigos, porque todo perdão e toda humildade significavam, para os de sua classe, traição ou covardia.

Lembrava-se, porém, agora, de que em numerosos processos políticos poderia haver perdoado e que, em muitas circunstâncias da sua vida, poderia ter fechado os olhos da sua severidade com amoroso esquecimento.

Sem saber a razão, como se uma energia ignorada lhe reconduzisse o pensamento aos tempos idos, suas lembranças se transportaram ao período remoto de sua viagem à Judeia, revendo com os olhos da imaginação em que, com o seu rigorismo, escravizara impiedosamente um mísero rapaz. Sim, também aquele jovem se chamava Saul e ele trazia agora o cérebro ralado por dúvidas amargosas, entre aquele Saul, liberto dos seus amigos, e a figura de Plínio, sempre guardada no seu conceito num halo de amor e generosidade.

Perdoar?

E o pensamento do senador se quedava em meditações amargas e penosíssimas, naqueles minutos angustiados e longos. Era, talvez, uma das poucas vezes na vida, em que o seu cérebro duvidava, receoso de fazer cair a austeridade do julgamento sobre a fronte de um filho muito querido.

 

Mas, saindo dessa apatia de alguns minutos, exclamou com resolução:

— Ana, o profeta Nazareno devia ser, de fato, uma figura divina aqui na Terra!… Eu, porém, sou humano e careço de forças novas para viver uma existência fora de minha época… Quero perdoar e não posso… Quero julgar neste caso e não sei como faze-lo… Mas, hei-de saber decidir, quanto à solução deste angustioso problema! Farei o possível por observar os preceitos do teu mestre, guardando uma atitude de silêncio, até que venha a conhecer o verdadeiro culpado, quando, então, buscarei não julgar como os homens, mas pedir a essa justiça divina que se manifeste, amparando meus pensamentos e esclarecendo os meus atos… E como se retomasse a sua energia usual para as lutas da vida, o velho patrício sentenciou:

— Agora, tratemos da vida nas suas realidades dolorosas.

Colocou o cadáver de Agripa no leito, e, recomendando à serva que preparasse o espírito da filha, amparando-lhe o coração no angustioso transe abriu as portas do aposento, requisitou a presença de todos os fâmulos da casa, levando a ocorrência ao conhecimento das autoridades e procedendo, simultaneamente, a rigoroso inquérito, a fim de apurar a procedência do crime, embora um episódio daquela natureza fosse considerado vulgaríssimo nos dias atribulados da Roma de Domício Nero.

 

Alguns criados alegavam ter visto Plínio Sevérus com o irmão, durante a noite; mas a palavra do senador anulava-lhes as informações, com a afirmativa de que o irmão da vítima havia partido, durante o dia, em demanda do porto de Massília.

Saul era, desse modo, a pessoa naturalmente indicada para prestar declarações e, antes que realizassem as cerimônias fúnebres, o senador supunha ter razões para crer na sua culpa, observando-lhe as evasivas e alusões descabidas, que não satisfaziam às exigências da sua perquirição psicológica. Suas afirmações e indiretas não coincidiam com asseverações incisivas de Ana, cuja retidão de palavra ele bem conhecia. Em alguns tópicos de suas informações, negou estivesse presente nos aposentos de Agripa e isso foi o bastante para que o Senador verificasse que mentia.

Quanto a Plínio, não fora de fato encontrado, obtendo-se tão somente a lacônica participação da sua partida para Massília, o que realmente ocorrera na mesma noite da tragédia, depois da altercação decisiva com o irmão, no palácio do Aventino.

E, assim, em companhia de Aurélia, demandava ele as Gálias, em suntuosa galera, singrando as águas calmas do antigo mar romano.

 

O senador, porém, apenas desejava ouvir melhor as confidências da filha, para arrancar a confissão suprema do mísero liberto de Flamínio, de cuja culpabilidade não tinha mais dúvida.

Procurou, dessarte, realizar com a maior descrição os funerais do filho do seu inesquecível amigo, aos quais Saul de Gioras teve a desfaçatez de assistir, com toda a serenidade venenosa do seu espírito mesquinho.

Sob o efeito pernicioso de tóxicos letais, que lhe haviam sido aplicados por Ateia, a serva traidora, paga por Aurélia, a qual, na sua inconsciência, havia envenenado todos os cosméticos de uso da sua ama, destinados ao tratamento da pele e dos cílios, Flávia Lentúlia tinha, agora, todos os padecimentos físicos singularmente agravados, além da terrível situação moral em face da penosa ocorrência e de seu acabrunhamento por força de angustiosas dúvidas.

Aquele mal da infância parecia reviver, porque o corpo novamente se abria em chagas dolorosas, enquanto os olhos pareciam seriamente atacados de moléstia implacável.

Três dias depois das exéquias de Agripa, Públio Lêntulus, fundamente penalizado, ouviu-lhe o depoimento íntimo e angustioso, com o máximo de atenção amorosa e interessada. Findo o relato minucioso da filha, cujas desventuras conjugais lhe tocavam o âmago do coração, o velho senador requereu novo interrogatório de Saul, com a sua presença, mas, enviando emissário à procura do liberto de Flamínio, ficara atônito com uma nova surpresa.

 

Saul de Gioras, depois de responder às arguições particulares de Públio Lêntulus, quando ainda não se haviam realizado os funerais de Agripa Sevérus, percebeu claramente a atitude mental daquele para consigo, concluindo que lhe não seria possível enganar o tato psicológico do velho senador.

Dois dias após as cerimônias fúnebres, o liberto procurou Araxes no seu miserável refúgio do Esquilino, com o espírito exacerbado e inquieto.

Crendo sinceramente nas intervenções maravilhosas do mago, à vista das suas faculdades divinatórias, aproveitadas, aliás, por forças tenebrosas do Plano invisível, ligadas às suas sinistras ambições de dinheiro, notou Saul que o adivinho o recebia com a misteriosa fleuma de sempre. Deixou bem visível a volumosa bolsa, recheada, como a demonstrar-lhe as ricas possibilidades financeiras, para aquisição do talismã de sua ventura.

O velho feiticeiro, encarquilhado pelos anos, reconhecendo-lhe as disposições generosas, desfazia-se em sorrisos de benevolência ambiciosa e enigmática, parecendo devassar-lhe o olhar assustadiço e inquieto, com seus olhos móveis e penetrantes.

— Araxes — exclamou Saul, com voz quase súplice —, estou cansado de esperar o amor da mulher que adoro! Estou aflito e preocupado… Preciso serenar minhas penosas aflições. Ouve-me! Quero de tuas mãos o talismã da felicidade para o meu amor desventurado!…

 

O velho adivinho guardou por minutos a cabeça entre as mãos, no gesto que lhe era peculiar e, depois, respondeu em voz quase sumida:

— Senhor, dizem-me as vozes do invisível que as vossas aflições não são resultantes de um amor incompreendido e desesperado…

Mas o liberto de Flamínio, que sofria o mais fundo desespero de consciência por haver eliminado um amigo e benfeitor, em plena floração de juventude, cortou-lhe a palavra, exclamando incisivamente:

— Como ousas contradizer-me, feiticeiro infame?

Araxes, todavia, com um brilho estranho nos olhos buliçosos, revidou com presteza:

— Julgais-me, então, um feiticeiro infame? Nem por isso, todavia, deixarei de falar a verdade, quando a verdade me convenha.

— Pois repito o que disse! Mas, a que verdades misteriosas aludes em tuas vagas afirmativas? — falou o liberto, fundamente exasperado.

— A verdade, meu amigo — dizia o mago com serenidade quase sinistra —, é que se estais tão perturbado é somente porque sois um criminoso. Assassinastes, friamente, um benfeitor e um amigo, e a consciência do celerado teme a implacável ação da justiça!

— Cala-te, miserável! Como o soubeste? exclamou Saul, excitadíssimo, ao mesmo tempo que arrancava o punhal de entre as dobras do manto.

 

E avançando para o velho indefeso, acrescentava com voz cavernosa:

— Já que as tuas ciências ocultas te proporcionam conhecimentos perniciosos à tranquilidade alheia, deves também desaparecer!…

Araxes compreendeu que o momento era decisivo. Aquele homem arrebatado era capaz de eliminá-lo de um só golpe. Medindo a situação num relance e movimentando toda a sua argúcia para conservar os bens da vida, esboçou um sorriso fingido e complacente, exclamando:

— Ora, ora, se falei a verdade foi somente para poderdes avaliar os meus poderes espirituais, porquanto, se é do vosso desejo, poderei integrar-vos, imediatamente, na posse do necessário talismã. Com ele, sereis profundamente amado pela mulher de vossas preferências… Com ele, modificareis os mais íntimos sentimentos dessa criatura que adorais e que vos fará, então, a felicidade de toda a vida. Quanto ao mais, não sois o primeiro a tirar a vida de um semelhante, porque todos os dias me aparecem fregueses nas vossas condições, batendo a estas portas. Além disso, entre nós deve existir grande confiança recíproca, porque sois meu cliente há mais de dez anos.

 

Ouvindo-lhe as palavras benevolentes e serenas, o liberto de Flamínio guardou novamente a arma, considerando novas perspectivas de felicidade e concordando em tudo com o adivinho, que, fazendo-o sentar-se, lhe ocupou a atenção por mais de uma hora com a descrição de fatos idênticos aos que lhe ocorriam, demonstrando teoricamente a eficiência dos seus amuletos miraculosos. Ia a palestra em boa forma, quando Saul lhe solicitou a entrega imediata do talismã, porquanto desejava experimentar-lhe o efeito naquele mesmo dia, ao que Araxes respondeu pressuroso:

— O vosso talismã está pronto. Posso entregar-vos essa preciosidade agora mesmo, dependendo tão somente de vós mesmo, porque precisareis beber um filtro mágico, que vos colocará na situação espiritual requerida pelo cometimento.

Saul não fez questão de submeter-se às imposições do velho egípcio, nas suas manobras estranhas e misteriosas, penetrando uma câmara, ornamentada de vários símbolos extravagantes, que lhe eram totalmente desconhecidos.

 

Araxes levava a efeito as encenações mais sugestivas. Vestiu-lhe, sobre a toga comum, larga túnica igual à sua e, depois de fingidas posições da magia incompreensível foi ao interior do pequeno laboratório, onde tomou de um tóxico violento, monologando intimamente de si para consigo: — “Vais receber o talismã que mais te convém neste mundo.”

Deitou algumas gotas do perigoso filtro numa taça de vinho e, com largos gestos espetaculosos, como se estivesse obedecendo a ritual ignorado, deu-lhe a beber o conteúdo, prosseguindo nos gestos exóticos, que eram bem as expressões pitorescas e sinistras de extravagante magia de morte.

Ingerindo o vinho na melhor intenção de guardar o amuleto da sua felicidade, o perigoso liberto sentiu que os membros se relaxavam sob o império de uma força desconhecida e destruidora, porquanto lhe faltava a própria voz para externar as emoções mais íntimas. Quis gritar, mas não o conseguiu, e inúteis foram todos os esforços para levantar-se. Aos poucos, os olhos turvaram-se lugubremente, como enevoados por sombra espessa e indefinível. Desejou manifestar seu ódio ao mago assassino, defender-se daquela angústia que lhe sufocava a garganta, mas a língua estava hirta e um frio penetrante invadia-lhe os centros vitais. Deixando pender a cabeça sobre os cotovelos apoiados ao longo da mesa ampla, compreendeu que a morte violenta lhe destruía todas as forças vivas do organismo.

 

Araxes fechou tranquilamente o quarto, como se nada houvesse acontecido, e voltou à loja, atendendo solícito à clientela numerosa, sem quebra da habitual serenidade.

Antes da noite, porém, penetrou na câmara mortuária e esvaziou a bolsa do cadáver, guardando as moedas silenciosamente entre as suas fartas reservas de avarento.

Depois das vinte e três horas, quando a cidade dormia, o velho feiticeiro do Esquilino  misturava-se aos escravos que faziam o serviço noturno dos transportes, conduzindo uma pequena carroça de mão, dentro da qual ia um grande volume.

Após longo trajeto, ganhava as cercanias do Fórum,  entre o Capitólio  e o Palatino,  onde descansou, esperando o derradeiro quarto da madrugada, quando, então, despejou a carga num ângulo escuro da via pública, voltando tranquilamente para o seu sono de cada noite.

 

De manhã, o cadáver de Saul foi facilmente identificado e, quando o senador buscava o liberto para declarações, recebeu a surpresa daquela notícia, inquirindo a si mesmo as razões daquela morte imprevista e estranha, aturdido com a entrosagem do mecanismo da justiça divina e perguntando intimamente, à própria consciência, se Saul não seria daqueles criminosos imediatamente justiçados pela lei das compensações, no caminho infinito dos destinos.

Seu coração, mais que nunca inclinado ao exame das profundas questões filosóficas, perdia-se num abismo de conjeturas, recordando a recomendação do espírito de Flamínio e as elevadas lições de Ana, calcadas no Evangelho; procurava, com a maior boa vontade resolver o problema do perdão e da piedade. Desejoso de satisfazer a própria consciência nas atividades da vida prática, buscou contrariar suas tradições e costumes em face do acontecimento, e, dirigindo-se à residência do algoz de seus filhos, tomou todas as providências para que não lhe faltassem a decência e o respeito nas cerimônias fúnebres. Alguns escravos e servos de confiança estavam habilitados a resolver todos os problemas atinentes aos negócios deixados pelo morto, mas, cooperando nas exéquias, Públio Lêntulus se sentia satisfeito por vencer a aversão pessoal, homenageando, ao mesmo tempo, a memória de Flamínio.

 

Localizando-se com a nova companheira em Avênio, Plínio Sevérus soube, por intermédio de amigos, da tragédia que se desenrolara em Roma na noite de sua ausência, sendo igualmente cientificado das dúvidas penosas que pairavam a seu respeito. Profundamente tocado nas suas fibras emotivas, lembrando-se do irmão que, tantas vezes, lhe testemunhara as mais altas provas de afeto desejou regressar, de maneira a esclarecer convenientemente o assunto, vingando-lhe a morte; todavia, amolecido nos braços de Aurélia e receoso do julgamento do velho senador, respeitado como um pai, além da suspeita que lhe causava a notícia da inexplicável enfermidade da esposa deixou-se ficar na sua vida incompreensível, através de Avênio,  Massília,  Arelate,  Antípolis  e Nice,  buscando esquecer no vinho dos prazeres as grandes responsabilidades que lhe cabiam.

Junto de Aurélia, a vida do oficial decorreu em tranquilidade condenável, por três longos anos, quando um dia teve a dolorosa surpresa de encontrar a companheira pérfida e insensível nos braços do músico e cantor Sérgio Acerrônius, chegado a Massília com as ruidosas alegrias da Capital do Império.

 

Nesse dia amargurado da sua existência, o filho de Flamínio investiu a mulher traidora, de arma na mão, disposto a tirar-lhe a vida criminosa e dissoluta. No instante, porém, da sua desforra, considerou intimamente que o assassínio de uma mulher, ainda que diabolicamente perversa, não deveria entrar nos trâmites da sua vida, supondo ainda que deixá-la viver no caminho escabroso de suas crueldades, seria a melhor vindita do seu coração traído e desventurado.

Abandonou, então, para sempre, aquela mísera criatura, que foi eliminada mais tarde, em Âncio,  pelo punhal implacável de Sérgio, que lhe não tolerou a infidelidade e a pervicácia no crime.

Sentindo-se só, Plínio Sevérus considerou, amarguradamente, os erros clamorosos da sua vida. Reviu o passado de futilidades condenáveis e atitudes loucas. Quase pobre, viu-se misérrimo para voltar ao ambiente romano, onde tantas vezes brilhara na mocidade, em aventuras pródigas e felizes. Debalde lhe enviara o senador apelos afetuosos. Chamado a brios pelas lições dolorosas do próprio destino, o oficial, amparado por alguns amigos de Roma, preferiu esforçar-se pela reabilitação nas cidades das Gálias,  onde permaneceria longos anos em trabalho silencioso e rude, pelo reerguimento do seu nome diante dos parentes e amigos mais íntimos.

Já entrado na idade madura, das profundas reflexões, grande lhe foi o esforço de reabilitação, distante dos entes mais caros.

 

Quanto ao velho senador, resistiu, decididamente, dentro da sua rígida estrutura espiritual, aos golpes aspérrimos do destino. Fazendo da luta de cada dia o melhor caminho de esclarecimento, viu passar os anos sem desânimo e sem ociosidade.

Desde os trágicos acontecimentos em que Agripa e Saul haviam perdido a vida misteriosamente, com o abandono definitivo do marido, Flávia Lentúlia tinha a saúde abalada para sempre. Na epiderme, os venenos de Ateia haviam sido anulados e vencidos pelas substâncias medicamentosas aplicadas, mas a luz dos seus olhos fora aniquilada para todo o sempre. Desalentada e cega, encontrou, porém, no coração generoso de Ana, o carinho materno que lhe faltava em tão penosas circunstâncias da vida.

A constituição física do senador, contudo, resistia a todos os embates e infortúnios.

Entre os esforços de carinhosa assistência à filha e as lides políticas que lhe tomavam o máximo de atenção, seus dias decorreram cheios de lutas acerbas, mas silenciosos e tristes, como sempre.

 

Em seu espírito, havia agora as melhores e mais sinceras disposições para apreender a essência sagrada dos ensinamentos do Cristianismo, e foi assim que o seu coração penetrou o crepúsculo da velhice, como se as sombras fossem clarificadas por estrelas cariciosas e suaves. No seu íntimo, permanecia uma serenidade imperturbável, mas, na vida do homem, corria o sopro inquieto do esforço pelas realizações do seu tempo. O coração estava resignado com as desilusões penosas e amargas do destino, mas no poder supremo do Império estava um tirano, que precisava cair, em benefício das construções do direito e da família; e por isso, junto de numerosos companheiros, entregou-se ao trabalho sutil da política interna, para a queda de Domício Nero,  que prosseguia avassalando a cidade com os espetáculos odiosos do seu nefando reinado.

Cáius Pisão,  Sêneca,  bem como outras figuras veneráveis da época, mais exaltadas no patriotismo e amor pela justiça, caíram sob as mãos criminosas do celerado que cingia a coroa, mas Públio Lêntulus, ao lado de outros irmãos de ideal que trabalharam no silêncio e na sombra da diplomacia secreta, junto dos militares e do povo, esperou pela morte ou pelo banimento do tirano, aguardando as claridades do futuro, surgidas com o efêmero reinado de Sérvio Sulpício Galba,  que, no dizer de Tácito,  era por todos considerado digno do governo supremo do Império, se não houvesse sido Imperador.



mt 5:1
Livro da Esperança

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Em verdade vos digo que o Céu e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto.” — JESUS (Mt 5:18)


“O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam.” — ()


A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas alusivos ao reconforto da Humanidade.

Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas.

Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu-lhe acesso às universidades e profissões.

Inventariou os desastres morais do analfabetismo e criou a grande imprensa.

Viu que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em atividade excessiva pela própria sustentação e deu-lhe a força motriz.

Examinou o insulamento dos cegos e administrou-lhes instrução adequada.

Catalogou os delinquentes por enfermos mentais e, tanto quanto possível, transformou as prisões em penitenciárias-escolas.

Comoveu-se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou a vacina.

Emocionou-se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia.

Anotou os prejuízos da solidão e construiu máquinas poderosas que interligassem os continentes.

Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceu-lhes o livro e o telégrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.

Entretanto, os vencidos da angústia aglomeram-se na Terra de hoje como enxameavam na Terra de ontem…

Articulam-se todas as formas e despontam de todas as direções.

Perderam o emprego que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-se abatidos, à procura de pão.

Foram despejados do teto, hipotecado à solução de constringentes necessidades, e vagueiam sem rumo.

Encontram-se despojados de esperança, pela deserção dos afetos mais caros, e abeiram-se do suicídio.

Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte.

Envelheceram sacrificados pelas exigências de filhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação, e amargam doloroso abandono.

Adoeceram gravemente e viram-se transferidos da equipe doméstica para os azares da mendicância.

Transviaram-se no pretérito e renasceram, trazendo no próprio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação.

Despediram-se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito.

Abraçaram tarefas de bondade e ternura e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas.

Gemem, discretos, e surgem na forma de crianças desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.

Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos. É por isso que Jesus, ao reuni-los em multidão, no tope do monte, (Mt 5:1) desfraldou a bandeira da caridade e, proclamando as bem-aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração…

Companheiro da Terra, quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que se derrama, sublime, da ciência de Deus.




Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, foi publicada em janeiro de 1963 pela FEB no Reformador e é também a 72ª lição do 1º volume do  livro “”


mt 5:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte…” — (Mt 5:1)


O procedimento dos homens cultos para com o povo experimentará elevação crescente à medida que o Evangelho se estenda nos corações.

Infelizmente, até agora, raramente a multidão tem encontrado, por parte das grandes personalidades humanas, o tratamento a que faz jus.

Muitos sobem ao monte da autoridade e da fortuna, da inteligência e do poder, mas simplesmente para humilhá-la ou esquecê-la depois.

Sacerdotes inúmeros enriquecem-se de saber e buscam subjugá-la a seu talante.

Políticos astuciosos exploram-lhe as paixões em proveito próprio.

Tiranos disfarçados em condutores envenenam-lhe a alma e arrojam-na ao despenhadeiro da destruição, à maneira dos algozes de rebanho que apartam as reses para o matadouro.

Juízes menos preparados para a dignidade das funções que exercem, confundem-lhe o raciocínio.

Administradores menos escrupulosos arregimentam-lhe as expressões numéricas para a criação de efeitos contrários ao progresso.

Em todos os tempos, vemos o trabalho dos legítimos missionários do bem prejudicado pela ignorância que estabelece perturbações e espantalhos para a massa popular.

Entretanto, para a comunidade dos aprendizes do Evangelho, em qualquer clima da fé, o padrão de Jesus brilha soberano. Vendo a multidão, o Mestre sobe a um monte e começa a ensinar…

É imprescindível empenhar as nossas energias, a serviço da educação. Ajudemos o povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se.

Auxiliar a todos para que todos se beneficiem e se elevem, tanto quanto nós desejamos melhoria e prosperidade para nós mesmos, constitui para nós a felicidade real e indiscutível.

Ao leste e ao oeste, ao norte e ao sul da nossa individualidade, movimentam-se milhares de criaturas, em posição inferior à nossa.

Estendamos os braços, alonguemos o coração e irradiemos entendimento, fraternidade e simpatia, ajudando-as sem condições.

Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai Nosso”, está reconhecendo não somente a Paternidade de Deus, mas aceitando também por sua família a Humanidade inteira.



mt 5:1
Religião dos espíritos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 59
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Reunião pública de 28 de Agosto de 1959

de “O Livro dos Espíritos”


Quem admite hoje o fenômeno magnético, por novidade, se esquece naturalmente de que, no Egito dos Ramsés, velho papiro trazido aos nossos dias já preceituava quanto ao magnetismo curativo: — “Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece.”

Séculos transcorreram, até que ele adquirisse extensa popularidade com as demonstrações de Mesmer e atravessasse, tímido, o pórtico da experimentação científica com personalidades marcantes, quais James Braid e Durand de Gross, Charcot e Liébeault.

E, nos tempos últimos, ei-lo em foco, desde os mais avançados gabinetes das ciências psicológicas até os espetáculos públicos nos quais a hipnose é conduzida, indiscriminadamente, para fins diversos.


Entretanto, importa considerar que é justamente em Nosso Senhor Jesus-Cristo que ele atinge o seu ponto mais alto na Humanidade.

Todavia, não se vale dele o Senhor para alardear os poderes que lhe exornam o Espírito.

Não lhe mobiliza os recursos para impressionar sem proveito.

Não lhe requisita os valores para discussões estéreis.

Não lhe concentra as possibilidades para a defesa de si próprio.

Jesus é o amor divino alongando os braços à angústia humana.

Estende a mão e cegos veem, e paralíticos se levantam, e feridentos se alimpam e obsidiados se recuperam.

Fita Madalena em casa de Simão e dá-lhe forças para que se liberte das entidades sombrias que a subjugam; contempla Zaqueu no sicômoro e modifica-lhe as noções da riqueza material; fixa Judas no cenáculo e o companheiro infeliz foge apressado, incapaz de suportar-lhe a presença, e endereça a Pedro um simples olhar das grades da prisão e o amigo que o negara pranteia amargamente.

Ainda assim, não se detém nos casos particulares.

Junto ao povo, tempera cada manifestação com autoridade e doçura, humildade e comando, respeito e compreensão.

De ninguém indaga a prática religiosa, para fazer o bem.

No ensinamento, utiliza parábolas para não ferir fosse a quem fosse.

A todos oferece o apaziguamento da alma, antes da cura física.

Não procura os poderosos da Terra para qualquer entendimento, e, sim, busca de preferência os que passam curvados sob o jugo das aflições.

Não se faz precedido de arautos e batedores.

Não demanda lugares especiais para a exibição dos fenômenos que lhe vertem das faculdades sublimes.

E, para imprimir o magnetismo divino da Boa-Nova na mente popular, traça no monte as bem-aventuranças da vida eterna, proclamando veemente: (Mt 5:1)

   “Felizes os humildes de espírito, porque a eles toca o reino dos Céus.

   “Felizes os que choram, porque serão consolados.

   “Felizes os afáveis, porque possuirão a Terra.

   “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

   “Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia.

   “Felizes os que trazem consigo o coração puro, porque sentirão a presença de Deus.

   “Felizes os pacíficos e os pacificadores, porque serão chamados filhos do Altíssimo.

   “Felizes os que forem perseguidos sem causa, porque o reino dos Céus lhes pertence.”


Se te afeiçoas, assim, ao fenômeno magnético, seja qual for o filão de tuas atividades, poderás estudá-lo e incrementá-lo, estendê-lo e defini-lo, mas, para que dele faças motivo de santidade e honra, somente em Jesus-Cristo encontrarás o luminoso e indiscutível padrão.



mt 5:1
Renúncia

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Estamos nos primeiros anos do século XVIII. Alcíone Vilamil, agora Irmã do Carmelo, é um exemplo vivo de amor cristão. Tendo passado dos quarenta anos, a fisionomia conservava a beleza da madona esculturada pela virtude. Muitas vezes, na solidão de si mesma, nos primeiros dias de reclusão, refletiu se não teria sido melhor acompanhar Beatriz à América. O amor de Carlos, porém, lhe falava mais alto à consciência. Tal como outrora a genitora, em seus padecimentos, absolutamente presa à lembrança do marido, a filha de Cirilo sentia-se em perene viuvez de coração. A seu ver, não poderia seguir para a América, onde seria naturalmente convocada ao espírito de novidade, quando sabia o eleito de sua alma ligado ao solo de Espanha. Em sua luminosa compreensão da vida, via em Clenaghan um fraco, não um criminoso; e no recôndito d’alma alimentava a esperança de aproximar-se um dia do seu lar, de maneira a lhe ser útil. Quando ele a visse envergando o hábito religioso, certo que a esposa lhe respeitaria a condição, abstendo-se de qualquer sentimento menos digno a seu respeito. Inconcebível, então, a tentativa de novas atividades na América, quando entrevia possibilidades de auxiliar o pupilo de Damiano em suas necessidades do coração.

Não obstante esse poderoso magnetismo do amor, também nutria o sincero propósito de visitar a irmã, no Connecticut,  plano esse que ainda não fora possível realizar, dado o nobre serviço a que se afeiçoara, para maior júbilo das companheiras.


Depois de pronunciar o voto definitivo, não esteve em França mais que um ano e transferiu-se para a Espanha, onde trabalhou primeiramente em Granada, por mais de um lustro, em favor das crianças desvalidas e dos desventurados da sorte. Por sua dedicação e humildade, convertera-se numa orientação viva para as irmãs de apostolado. Geralmente, não faltavam as intrigas, o esforço ingrato da inveja e da maledicência, tão comuns nos conventos da época; ela, porém, sem exorbitar da sua conduta evangélica, desconhecia todas as atividades da sombra, para cogitar somente da sua tarefa espiritual com o Cristo. Por isso mesmo, sua exemplificação constituía um símbolo precioso para a comunidade. Ao seu contato, inúmeras companheiras renovavam as concepções próprias. Sua dedicação ao serviço contagiava outros corações, que se sentiam seduzidos pela grandeza dos seus atos e ideais, dentro do Evangelho. Jamais conseguira efetivar o velho desejo de visitar Beatriz, mas, em compensação, criava, em torno da sua personalidade simples e poderosa, um verdadeiro colégio de irmãs pelo coração, que a admiravam e seguiam devotadamente. Depois de longo tempo, conseguiu fixar-se na comunidade carmelitana de Medina Del Campo. Antes, porém, obedecendo a secreta ansiedade do coração, visitou Ávila, lá se demorando mais de uma quinzena. No entanto, com grande surpresa, não mais encontrou Clenaghan, sendo informada de que o comerciante irlandês, após enorme infortúnio doméstico, retirara-se para a França, deixando a mulher, que lhe havia conspurcado o lar e o nome. Alguns amigos chegavam a declarar que o sobrinho de Damiano estava resolvido a retomar a batina, se conseguisse permissão das autoridades eclesiásticas. Outros opinavam que o ex-padre pretendia insular-se nalgum remoto convento, onde pudesse consagrar o tempo às meditações divinas.


Alcíone tudo ouviu, lamentando profundamente, mas, abstendo-se de qualquer comentário, com aquela discrição que lhe assinalava as atitudes. Entretanto, intimamente, examinava o assunto sem eximir-se a grande estranheza. Com que intenção viajaria Carlos para a França? Pretenderia revê-la? Essa hipótese não era plausível, pois ele estava mais que informado do seu plano de mudança para o Novo Mundo. Dolorosas considerações lhe vieram ao espírito sensível, mas, atendendo às advertências santas da fé, buscava entregar a Jesus as penas e anseios de cada dia, invocando-lhe o socorro divino.

Recolhida em Medina Del Campo, não nas sombras do claustro, mas nos trabalhos nobres do coração que se consagra a Jesus, nunca mais teve notícia de Carlos, embora os anos perpassantes lhe trouxessem renovadas esperanças em cada dia.

Na época em que nos encontramos, Maria de Jesus Crucificado desempenha no convento a tarefa de subpriora, por força da enfermidade rebelde e dolorosa que, de há muito, prende ao leito a madre-superiora. A instituição de Medina é realçada pelo seu espírito de atividade. Extensa porção de terra é aproveitada em trabalhos fecundos, que aproveitam aos desvalidos. A infância desamparada ali encontra escola ativa para a educação em seus prismas essenciais. Mães sofredoras recebem esforçada cooperação das Filhas do Carmelo. Alcíone é a alma de todas as tarefas, mas, por isso mesmo, começou a ser alvo do despeito e da perseguição gratuitos. Enquanto a velha superiora repousa em tratamento, sua atividade transformadora converte a casa num templo de trabalho e de alegria.


Quando sua ação benemérita começa a dilatar o círculo de trabalhos, eis que o Padre Geral da Ordem, falsamente informado, designa um capelão de Madrid para substituir o probo religioso que cooperava com a filha de Madalena em suas obras renovadoras, e a situação se modifica inteiramente.

Frei Osório chega a Medina Del Campo com a secreta recomendação de averiguar o que existe sobre a vigorosa atuação da carmelitana humilde. Seu ingresso na casa dá motivo a fortes preocupações. E com efeito, no curto espaço de dois meses, algumas companheiras de Alcíone levavam-lhe queixas bem amargas, a respeito da conduta do novo sacerdote. Osório ainda não havia atingido os cinquenta anos; mas, por suas atitudes exteriores, dir-se-ia um homem profundamente amadurecido nas experiências do mundo. Isso, porém, resultava tão só do velho hábito de afivelar ao rosto a máscara da santimônia. No íntimo, não passava de um ser viciado e perverso, para quem o prestígio da autoridade era válvula de escapamento para os próprios desvarios. A princípio, esforçou-se por obter algum testemunho menos digno, comprometedor da subpriora; todavia, em cada coração, Alcíone estava entronizada como em altar de amizade e gratidão puras. A instituição, porém, ao contrário de suas congêneres, dava-lhe a impressão de uma casa generosa do mundo, sem as características de monastério impenetrável, destinado ao recolhimento da piedade preguiçosa. O capelão inspetor começou a manifestar profundo desagrado por tudo quanto via. Aquele intercâmbio constante, com o mundo secular, tirava ao núcleo carmelita a feição freirática dos demais conventos da ordem. As religiosas eram mais ativas e por isso mais habilitadas para conhecer as fraquezas humanas e dar combate às tentações. Frei Osório achava-se num ambiente para ele desconhecido, até então. Outras visitas dessa natureza sempre lhe facultavam ensejo de numerosos regalos. A pobre freira afastada do mundo era, invariavelmente, um campo vasto de mesquinha exploração para os seus sentimentos lúbricos. Ali, no entanto, a coisa mudava de figura. A subpriora, nas reuniões internas, comentava os ensinamentos de Jesus, em desacordo com os teólogos; prodigalizava oportunidades de serviço a cada companheira, como lhe parecia melhor, distribuía equitativamente o trabalho, de acordo com as vocações. Era impossível desconhecer o caráter inteligente e precioso da comunidade, mas Frei Osório, não encontrando a esperada vasa para as suas aventuras indignas, prometeu a si próprio modificar o espírito fundamental da instituição.


Seu esforço caviloso começou no confessionário, onde empregou os mais baixos ardis para convencer uma que outra religiosa a lhe aceitar as indecorosas propostas. As pobres criaturas, aturdidas com as maquinações diabólicas do conquistador, procuravam a nobre amiga, ansiosas dos seus conselhos. Alcíone sentia-se amargurada. Não podia conservar, sem perigo, um lobo entre as ovelhas; por outro lado, qualquer reclamação aos superiores da Ordem poderia ser interpretada como rebeldia. Depois de longas semanas de meditação, resolveu submeter o caso ao critério da venerável madre-superiora. A bondosa velhinha, no seu leito de sofrimento e resignação, ouviu alarmada a confidência penosa da filha de Madalena.

— Que nos aconselhais? — dizia Alcíone comovida. — A vossa experiência, minha boa madre, é para nós outras um seguro roteiro!

A anciã doente endereçou-lhe um olhar triste e sentenciou:

— Ah! minha filha, por desejar o caminho reto, muito sofri neste mundo, desde os primeiros tempos de noviciado. O flagelo da Igreja continua sendo os sacerdotes indignos. Quem sabe poderemos chamar Frei Osório à senda do Cristo?

— Não considerais razoável pedir ao Geral que nos mande outro capelão?

— Não — respondeu a enferma —, se o fizéssemos, despertaríamos suspeita imerecida e, então, talvez tivéssemos este mau religioso em nossa companhia por muitos anos… Será preferível que o chames, em particular, e lhe peças, em nome de Jesus, que não minta aos compromissos assumidos.

A filha de Cirilo quis responder que não se sentia com autoridade para admoestar a ninguém, mas a noção de obediência fê-la calar-se, humilde. A priora, todavia, parecendo adivinhar-lhe os pensamentos secretos, acentuou:

— Naturalmente, minha filha, não vais exortar um sacerdote que deveria saber, muito bem, cumprir a rigor os seus deveres, mas apelar para um irmão, a fim de que nossa casa não seja perturbada. Sinto que as circunstâncias me indicam semelhante tarefa, mas, encontro-me bastante debilitada para argumentar como convém. Além disso, todas reconhecemos que o Senhor te favorece com luminosas inspirações nos ensinos evangélicos. Compreendo quanto essa prova te custa, mas não vejo outra irmã que possa substituir-te.


Maria de Jesus Crucificado calou-se, sem mais dizer.

Uma semana se passou, entre reclamações das freiras assustadas e preces fervorosas com que Alcíone rogava a Jesus o poderoso socorro de sua assistência, de molde a desempenhar a incumbência que lhe fora cometida.

Depois disso, valendo-se de um momento em que o sacerdote se encontrava só, na Capela, a filha de Madalena revestiu-se de coragem e lhe pediu licença para algumas palavras, em particular.

— Frei Osório — começou humildemente —, sei, de antemão, que não tenho capacidade para advertir a ninguém sou fraca e pecadora; entretanto, ouso vir à vossa presença, a fim de apelar para os vossos sentimentos de irmão.

— De que se trata? — perguntou o padre abruptamente.

Ela o fixou num olhar muito significativo e acrescentou:

— Venho pedir a vossa cooperação a favor das muitas jovens que aqui se encontram sob a nossa responsabilidade.

Percebendo a natureza do caso, o interlocutor assumiu uma atitude hipócrita, como soia fazer, e replicou:

— Sou acusado de alguma falta? Desejaria conhecer a caluniadora.

— Ninguém vos acusa — esclareceu a religiosa, nobremente —, temos bastante consciência de nossas próprias fraquezas, para nos arvorarmos, impensadamente, em censoras de nossos irmãos. Apenas solicitamos ao vosso coração, em nome de Jesus, que nos auxilie com o entendimento de um pai.

— Devo dizer-lhe, irmã, que considero a sua atitude como um atrevimento.

— Talvez seja — murmurou Alcíone, humilde —, mas sou a primeira a pedir-vos perdão, esperando me releveis pela intenção com que cometo esta ousadia.

— Este apelo deixa subentender graves injúrias — disse Osório, hipocritamente — e estranho muito que tivesse coragem para tanto.

— Já vos disse, padre, que não tenho autoridade para admoestar a ninguém. A vós me dirijo como irmã.


Contrariado em seus propósitos inferiores, o sacerdote contemplou-a irado e redarguiu:

— Não a reconheço como irmã do Carmelo, sim como inovadora, passível de severa punição. Suas interpretações do Evangelho constituem um atestado de desobediência. Esta casa mais se assemelha a um albergue mundano e creio que toda perturbação se deve à sua influência anárquica. Esta instituição, de há muito, não vive de conformidade com as regras, mas ao sabor de seus caprichos.

A interlocutora permanecia em silêncio, amargamente emocionada. Interpretando essa atitude como sinal de pusilanimidade, o sacerdote continuou:

— Onde já se viu semelhante liberdade, qual a vemos a dentro destes muros? Ainda não ouvi qualquer expressão de acatamento aos nossos teólogos; a comunidade, sempre interessada em atender ao mundo, não encontra tempo adequado ao serviço de adoração. O nosso compromisso é de obediência absoluta à autoridade!…

As observações eram feitas com tanta acrimônia que Alcíone se viu constrangida a tomar a defesa do Evangelho, pelo muito amor que consagrava ao seu conteúdo divino. Por si mesma, experimentava toda a extensão da fragilidade humana e jamais se animaria a discutir; entretanto, à luz da verdade cristã, outra deveria ser a sua atitude. Não podia considerar virtude a complacência com o mal. Osório invocava o próprio Cristo, no sentido de acobertar ações mesquinhas, e ela precisava defender a lição pura e simples do Mestre, sem perder a expressão de amor que lhe vibrava n’alma. Como tantas vezes lhe acontecera noutros tempos, Alcíone procurou encará-lo, como a um doente e necessitado de luz. Depois de o envolver num olhar quase maternal, falou serenamente:

— Toda autoridade humana, quando inspirada na justiça, deve ser venerável a nossos olhos; todavia, padre, é preciso não esquecer que o nosso primeiro compromisso é com Jesus.


O capelão inspetor experimentou grande surpresa com aquela nova atitude da interlocutora. Falando de si mesma, a religiosa apagava-se nas afirmações humildes, mas, tratando do Cristo, parecia tocada de misterioso poder. Preparando-se para ser ainda mais cruel, asseverou com certa dose de ironia:

— Obrigações com Jesus? Não me parece que a senhora as preze tanto assim. Noto aqui muito maior preocupação com o mundo. As filhas do Carmelo, em Medina, sob a sua atuação prejudicial, não encontram tempo para tratar da alma. O dia inteiro, grande confusão se verifica às portas desta casa. Uma falsa piedade vai estabelecendo a desordem. Será isso obrigação com Jesus?

Fitando-o com nobreza de ânimo, ela respondeu:

— Não nos consta que o Mestre se afastasse do mundo para servi-lo. O Evangelho não o apresenta enclausurado ou recolhido à ociosidade da sombra. Pelo contrário, Jesus atravessou a pé grandes extensões da Palestina, ensinando e praticando o bem. João Batista, nas anotações de Lc 3:17 no-lo revela como o trabalhador que tem a pá nas mãos. Seu apostolado foi integralmente de realização e movimento. Era impossível atender a salvação do mundo, afastando-se de suas necessidades. Por essa razão, vemos o Messias entre fariseus e publicanos, nas festividades domésticas e nos ajuntamentos da praça pública, dando cumprimento à sua missão de amor. Como poderemos servir à sua causa divina, inclinando-nos à preguiça, sob o pretexto de uma falsa adoração? Muitas de nós, religiosas, deixamos os afetos familiares para consagrar todas as energias ao serviço do Cristo. Mas, de que natureza serão esses trabalhos? Acreditais, frei Osório, que Jesus necessite de mulheres ociosas? Não admitais semelhante absurdo. A atividade do Mestre, a que fomos chamadas, é a de colaboração com o seu devotamento na causa da paz e da felicidade humana. Em torno de nossos conventos, há mães que choram sob o guante de necessidades cruéis, criancinhas abandonadas que requisitam socorros urgentes, velhos respeitáveis totalmente desamparados. Seria razoável a continuação das atitudes convencionais de falsa devoção, quando Jesus prossegue, pelos caminhos, animando e consolando? Por vezes, padre, em nossas missas solenes, quando o luxo dos altares impressiona os nossos olhos, julgo que o Mestre está às portas do Templo, confortando as viúvas descalças e rotas, que não puderam penetrar no santuário, pela deficiência das vestes. Por que manter o rigor das regras humanas, quando o ensinamento da caridade cristã é tão simples e tão puro? Por que repetirmos uma prece mil vezes, nas festas de Santa Cruz, e negarmos dois minutos de palestra carinhosa ao infortunado? Não seria essa nossa estranha atitude a perfeita personificação daquele sacerdote indiferente, da parábola do Bom Samaritano? Não considero a fé um meio de obter favores do Céu, ao sabor do nosso alvédrio pessoal, e, sim, um tesouro do Céu, que a Terra está esperando, por nosso intermédio.


Profundamente despeitado e surpreendido, Osório aproveitou pequena pausa e objetou:

— Suas ideias denotam exaltação doentia. No desempenho de deveres inerentes ao meu cargo, condeno-as em bloco.

— E que entendeis por vosso cargo? — perguntou Alcíone com intenso brilho no olhar. — Todos os homens dignos têm tarefas respeitáveis, por mais simples que pareçam; um sacerdote, porém, recebeu do Céu missão divina. Um padre deveria ser um pai. Entretanto, vede, os discípulos sinceros escasseiam em todas as comunidades. O mundo está cheio de eclesiásticos, mas só pode contar com raríssimos missionários.

— Isto é um insulto à autoridade da Igreja — acrescentou o interlocutor irritado.

— Estais enganado. Minhas afirmativas podem ser uma apreciação de nossa miserabilidade neste mundo, mas não podemos esquecer que a Igreja do Cristo é inviolável. Nossas fraquezas não a atingem.

— Vejo que sua opinião é a dos que trabalham atualmente pela destruição da fé.

— Grande é o vosso equívoco, frei Osório. Ninguém destruirá, na Terra, a Igreja de Jesus. Ainda que todos os homens se conluiassem contra ela, o instituto cristão continuaria puro e intangível. Devemos considerar, contudo, que todos os elementos humanos, colocados a seu serviço sobre a Terra, hão de ser necessariamente modificados. Nossos templos frios e impassíveis serão transformados mais tarde em casas de amor, como lares de Deus, onde as criaturas possam encontrar o verdadeiro culto da sua inspiração e do seu amor sublime. Os conventos deixarão de ser âmbitos de sombra, para que o Mestre neles identifique tabernáculos da fé e caridade puras. Nós, monjas, teremos interpretado o serviço divino de outro modo, escalonando pelos hospitais, creches, asilos, escolas.


O capelão contemplou-a assombrado e exclamou com ironia:

— Com toda essa veia profética, que nos prediz a nós outros, os sacerdotes?

A filha de Madalena fitou-o com serenidade e sem hesitação redarguiu:

— Vós, por certo, compreendereis, afinal, que os interesses pecuniários deverão desaparecer das casas consagradas ao Cristo. Por essa época, talvez, vós os padres, sereis como repartindo a tarefa entre o tear e a pregação, para que a Igreja não seja acusada por nossos irmãos de humanidade!… Sereis, talvez, como , fiel até ao fim, depois do período de negação!

Longe de esperar resposta decisiva e profunda como essa, o delegado do Geral arregalou os olhos e disse colérico:

— A senhora é uma herética!

— Se a sinceridade e a verdade são heresias, para o vosso critério pessoal, honro-me em servir ao Senhor com a minha consciência.

Tomando atitude terrível, qual se maquinasse odiosa vingança, Osório acentuou:

— Ignora que poderei processá-la e punir-lhe o atrevimento?

Sem qualquer vislumbre de receio, a filha de Cirilo respondeu:

— Estou certa de que poderão cair sobre mim todos os males do mundo; não o estou menos de que Jesus tem todos os bens para me dar.

E, como se iniciasse o sumário dos pontos essenciais da futura sentença, frei Osório continuou:

— Pela sua desconsideração aos nossos teólogos mais eminentes, poderá ser acusada como rebelde e traidora aos princípios da fé, partidária dos diabólicos luteranos, passíveis das mais fortes represálias.

— Deus conhece o meu íntimo e isso me basta — murmurou a filha de Madalena, com sincera humildade.

— Por suas interpretações audaciosas do Novo Testamento, a ponto de seduzir diversas companheiras para o seu cisma, a senhora deverá conhecer, naturalmente, uns tantos segredos da velha magia.

— O Mestre, por muito amar — acentuou Alcíone tranquila —, foi tido em conta de feiticeiro, por muitos religiosos do judaísmo.


O capelão inspetor dissimulava a grande surpresa que o invadia, de minuto a minuto, pela inesperada resistência, e prosseguiu:

— A senhora tem desviado, na qualidade de subpriora, inúmeras e preciosas dádivas feitas ao estabelecimento, graças a um serviço desordenado de falsa piedade pelo próximo, com descaso completo dos interesses de Deus.

— Não creio que os interesses de Nosso Pai Celestial — esclareceu a interlocutora — se adstrinjam e se agitem entre algumas paredes de pedra; e enquanto estiver a meu cargo qualquer função religiosa, o dinheiro recebido atenderá não somente às nossas necessidades, mas, também, às de quantos possam receber os benefícios desta instituição, convicta como estou de não haver obras sem fé, nem fé sem obras.

— Mas poderá pagar muito caro essa maneira de ver. Não são raros os religiosos condenados por latrocínio.

— Compreendo até onde desejais chegar com semelhantes alegações, mas a verdade é que nada possuo, além do meu hábito.

— Isso não impede que tenha comparsas fora destes muros.

Alcíone fixou nele um significativo olhar e acrescentou:

— Não posso impedir o vosso julgamento; todavia, posso afirmar que estou satisfeita com o juízo de Deus, em consciência.

Reconhecendo-lhe a inquebrantável firmeza, Osório acentuou rancorosamente:

— Denunciá-la-ei ao Santo Ofício. Disponho de poderoso amigo junto do Inquisidor-Mor de Madrid, que pode faze-la expiar tão grandes delitos.

A religiosa manteve-se impassível diante da raivosa e grave ameaça, murmurando muito tranquila:

— Podeis proceder como quiserdes. Quanto a mim, intercederei por vós em minhas orações e tenho em Jesus um amigo forte, que pode absolver-vos.

Em seguida, retirava-se para os serviços internos, deixando o capelão inspetor rilhando os dentes.


No dia seguinte ao incidente, que ficara ignorado para a própria superiora, em virtude do silêncio a que se recolhera a filha de Cirilo, frei Osório viajou para Madrid,  arquitetando os planos mais perversos. Depois de apresentar capcioso relatório ao Geral da Ordem, procurou o seu amigo frei José do Santíssimo, um dos auxiliares do Inquisidor-Mor, a quem denunciou a religiosa de Medina Del Campo, solicitando, com empenho, o emprego de sua influência para que Maria de Jesus Crucificado fosse punida por suas tendências luteranas, recebendo aprovação aos seus propósitos sinistros.

Frei José do Santíssimo era Carlos Clenaghan, transformado em jesuíta. Depois da tragédia conjugal em que sentira espezinhados os seus brios de homem, o pupilo de Damiano voltara à vida religiosa, como um derrotado da sorte, em supremo desespero. A princípio, lutara com certa dificuldade para conseguir seu intento, mas, a doação de todos os seus bens à Companhia de Jesus  lhe abrira as portas da famigerada comunidade dos inquisidores. Acreditava que Alcíone estivesse feliz na América, talvez casada com um homem digno de suas qualidades de santa e, deixando-se levar pela desesperação, procurou instalar-se no Santo Ofício, a fim de perseguir os que lhe haviam infelicitado o lar honesto. Coração amoroso embora, Clenaghan estava agora completamente enceguecido pelo ódio. Sentindo-se um náufrago nos planos da vida, não encontrava em sua fé forças para confiar plenamente em Cristo e dava pasto às mais venenosas disposições de vingança. Depois de alguns anos em que demonstrara hostilidade franca à sociedade humana, foi admitido à posição de relevo pelo Inquisidor-Mor da capital espanhola, num cargo de confiança, em cujo desempenho conseguira realizar seu intento, perseguindo o sedutor da mulher, fazendo-o recolher a sombrio cárcere em Córdova. Pouco a pouco, esquecia os nobres ideais do pretérito. As antigas palestras de Ávila, as observações do tutor, os conselhos e a exemplificação de Alcíone dormiam-lhe no coração, meio esquecidos. Por vezes, interpelava a si mesmo se não teria sido demasiadamente sentimental no passado distante. A atmosfera pesada e sufocante dos interesses mesquinhos do mundo entorpecia-lhe o espírito.


Recebendo a queixa de frei Osório, um de seus colaboradores fiéis na perseguição movida aos desafetos de Castela-a-Velha,  o auxiliar do Inquisidor prometeu-lhe integral apoio sem nenhuma hesitação.

E, por isso mesmo, o capelão inspetor, apossando-se de alguns documentos, voltou a Medina acompanhado por dois guardas incumbidos de efetuar a prisão da religiosa denunciada. Osório, entretanto, conhecendo o grau de estima que a filha de Cirilo desfrutava entre as companheiras, absteve-se de falar em medida tão grave, deliberando comunicar que a irmã do Carmelo seria levada a Madrid para algumas admoestações necessárias.

Para esse fim, determinou se realizasse uma assembleia interna, à feição das que se verificavam no Capítulo, e, logo que reuniu a congregação, começou a falar com acrimônia:

— Solicitei a reunião das dedicadas servas do Cristo, que se abrigam nesta casa, para comunicar que o nosso muito digno Padre Geral, de comum acordo com outras autoridades das virtuosas filhas do Carmelo, deliberou convidar a Subpriora Maria de Jesus Crucificado a comparecer a Madrid, para receber algumas instruções indispensáveis à administração deste convento. Como capelão inspetor, fui obrigado a expor perante os sapientíssimos diretores da Ordem as deficiências desta instituição, onde os serviços da fé têm sido grandemente sacrificados pelo contato quase incessante com o mundo profano. A longa enfermidade da superiora deu azo a que sua substituta ameaçasse esta obra por excesso de idealismo. O intercâmbio com os profanos resulta sempre em escândalo e nas cruéis tentações de contato com os impenitentes. Assumindo o compromisso de orientar as vossas atividades, tenho de agir com a prudência de um pai, a fim de que não percais a graça do Senhor. Nossa irmã, portanto, será devidamente admoestada e receberá, em breve tempo, as novas normas de serviço da instituição, esperando eu que compreendais a excelência desta medida, com o espírito de humildade que sempre foi o luminoso apanágio das servas do Carmelo. No entanto, sem trair a caridade da Igreja, a Subpriora tem a palavra para qualquer explicação que considere oportuna, perante esta assembleia.


Alcíone percebeu o véu da hipocrisia a ocultar a hediondez daquela atitude. As companheiras contemplavam-na, ansiosas. A maioria, conhecedora do condenável procedimento do sacerdote, aguardava com interesse a sua reação justa. Mas, num minuto, a filha de Madalena compreendeu que, abrir luta, seria atirar a comunidade de moças frágeis contra inimigos perversos e poderosos. A seu ver, devia caminhar sozinha para o sacrifício. Enquanto ouvia os conceitos fingidos do inspetor, lembrava o velho padre Damiano. À frente dos olhos da imaginação, rememorou as reuniões carinhosas do ambiente doméstico de Ávila e pareceu ouvir as respostas do religioso às suas perguntas infantis, quando lhe dissera que o circo do martírio para os cristãos sinceros era agora o mundo, e que as feras seriam os próprios homens. Deparava-se-lhe o ensejo de verificar a exatidão daquele asserto. Frei Osório, que dissimulava tão bem o verdadeiro móvel da sua animosidade mesquinha, certamente disfarçava, em admoestação, alguma pena mais dolorosa e mais cruel. Não desdenharia, porém, o testemunho que o Senhor lhe oferecia. Longe de envolver as amigas e irmãs num movimento geral de confusionismo religioso, levantou-se dignamente depois de interpelada, e murmurou:

— Para mim, frei Osório, todas as humilhações serão poucas, como todos os nossos testemunhos de amor e reconhecimento a Jesus nunca serão devidamente dilatados. Estou pronta a atender vossas ordens. Nada mais tenho a dizer.

Amarga expressão de desânimo abateu-se sobre as companheiras. Com ar de triunfo, o capelão voltou a dizer:

— Deverá, então, a Subpriora estar preparada para seguir amanhã, ao romper d’alva.


A assembleia dissolveu-se sob penosas impressões. Mais tarde, Alcíone dirigiu-se à cela da veneranda superiora e, confidencialmente, cientificou-a de todos os fatos. A velha amiga abanou a cabeça, desconsolada, e sentenciou:

— Prepara-te filha minha, para testemunhos amargurados! Assim te falo, não com o fim de intimidar teu espírito carinhoso e sensível. Falo-te na qualidade de mãe espiritual, prestes a partir deste mundo e cansada de espetáculos atrozes e de experiências ingratas…

— Ajudai-me, então, minha boa Madre — respondeu a filha de Cirilo com grande serenidade —, esclarecei-me para que corresponda à confiança do Senhor nos transes iminentes.

A respeitável religiosa contemplou-a enternecida, abraçou-a e beijou-a com afeto, suscitando-lhe profundas reminiscências da mãezinha inesquecível, e continuou:

— Quando os capelães inspetores falam de admoestação, isso significa fome no cárcere ou suplício nas escuras salas de tormento. É possível que Jesus te poupe o martírio perante os inquisidores cruéis. Para isso, filha, rogarei incessantemente a proteção de sua misericórdia, em favor da tua alma generosa, mas não creio que te possas eximir da prisão infamante. Todavia, morrer ao abandono nas celas imundas do Santo Ofício é mil vezes melhor que suportar os olhos despudorados dos maus eclesiásticos que inflige pesadas torturas às mulheres indefesas. Sei de irmãs nossas que morreram no segundo ou no terceiro grau de tormento, em completa nudez, por imposição de homens impiedosos.


A filha de Madalena não pôde dissimular sua admiração.

— Geralmente — prosseguiu a interlocutora veneranda — é muito difícil arranjarem um processo regular contra nós, as religiosas, por considerar a Inquisição que a nossa atitude representaria, no conceito público, um atestado de rebeldia tendente a desmoralizar os princípios da fé. Quase sempre, por essa razão, os religiosos presos apodrecem no fundo dos cárceres, sem que sejam visitados pela pretensa justiça da nefanda instituição, que mancha nossos caminhos neste mundo.

Alcíone meditou um momento e murmurou:

— Estou convencida de que Jesus não me abandonará, seja qual for o testemunho que me esteja reservado.

— Sim, minha boa filha — afiançou a superiora osculando-lhe as mãos com carinho, ele está conosco, segue-nos de perto, tal como nos primeiros dias de perseguição nas catacumbas. Lembremos as virgens que morreram nos circos, despojada de suas afeições, espostejadas pelas feras sanhudas; recordemos as crucificadas entre as fogueiras, servindo de pasto aos infames festins cesarianos. Tenhamos conforto em tais angústias, relembrando que o próprio Messias foi conduzido, seminu, ao madeiro de nossas crueldades. Lastimo que meu corpo alquebrado não me permita seguir-te no testemunho. Mas o Senhor me concederá forças para quebrar as algemas que me prendem ao leito da velhice e da enfermidade, a fim de louvar tua glória!…


A Subpriora, muitíssimo comovida com aquelas palavras sinceras e carinhosas, murmurou, enxugando os olhos:

— Não deveis falar assim, querida Madre! Sou uma simples pecadora e, nessa condição, todos os sofrimentos serão escassos às minhas necessidades de aperfeiçoamento espiritual.

A bondosa enferma abraçou-a com mais ternura, dizendo em seguida:

— Lembra sempre que deixas nesta casa uma velha amiga que te consagra maternal afeição!…

Alcíone Vilamil engolfou-se em graves pensamentos, e, após alguns minutos, sem trair a serenidade de sempre, pediu à interlocutora:

— Madre, caso não volte a Medina, como devo esperar, cientifico-vos, desde já, de que é possível chegue até aqui algum pedido de informações a meu respeito. Tenho ainda duas amizades muito fortes no mundo. Trata-se de minha irmã, residente na América e de um ex-sacerdote, a quem me sinto ligada por sacrossantos laços espirituais. Caso isso aconteça, peço-vos dar notícias minhas.

A bondosa superiora fez um gesto, como quem anotava mentalmente a solicitação afetuosa, e a filha de Madalena deu-lhe o último beijo.

No dia seguinte, pela manhã, a Subpriora, entre os dois emissários, punha-se a caminho de Madrid, levando tão somente o velho crucifixo da genitora e um volume do Novo Testamento. Era toda a sua bagagem. A viagem não foi muito fácil, atentos os percalços da época; entretanto, terminou sem incidente digno de menção. A religiosa de Medina Del Campo foi recolhida, sem mais nem menos, a uma cela escura e úmida dos cárceres da Inquisição, na capital espanhola.


No momento de ser deixada a sós, um dos verdugos que a conduziram ao interior sequestrou-lhe o Evangelho, explicando:

— A senhora pode ficar com o crucifixo, mas não pode aqui ficar com o Novo Testamento, de vez que é acusada de herética e luterana.

Ela apenas esboçou um gesto de conformação.

— Frei José do Santíssimo, digno assessor de nossas autoridades — continuou o algoz com acento hipócrita —, recomendou que a trouxéssemos até aqui, onde receberá diariamente as rações de pão, até que ele tenha tempo de ouvi-la.

Ela quis indagar o dia da audiência, mas, temendo reprimendas injustas, calou-se. O frade, porém, continuou loquaz:

— Naturalmente que lhe será concedido o tempo necessário para despertar a memória para a confissão geral de suas faltas. O Santo Ofício nunca faz admoestações sem caridade.

Ao clarão da lanterna, a prisioneira nada mais identificou no compartimento estreito e subterrâneo, além de um mísero colchão no solo úmido. E em seguida a fastidiosas considerações do verdugo, relativamente ao espírito de generosidade dos inquisidores, achou-se absolutamente só, em pesada escuridão, ajoelhada, conchegando o crucifixo ao peito opresso.

Desde então, nunca mais pôde saber quando começava o dia ou a noite, a não ser presumindo pelo canto de galos distantes. Envolvia-a uma atmosfera de sombras invariáveis. De quando em quando, o irmão carcereiro renovava, em silêncio, a provisão de pão e água, e mais nada. Algumas vezes, chegavam-lhe aos ouvidos os ecos amortecidos de gritos ou gemidos lancinantes. Não podia duvidar de que provinham das salas de tormento.


Entre a resignação e a humildade, passou a primeira semana, um, dois, seis meses.

Suas vestes estavam rotas, o corpo enfermo e mirrado. Dadas a deficiência de alimentação e a atmosfera úmida, a saúde não resistira às longas semanas de reclusão. A religiosa de Medina sentia-se rudemente atacada pela moléstia do peito. Relembrando os padecimentos de padre Damiano, reconheceu que a tísica vinha partilhar das sombras da cela. Quando seria julgada? Agora, mais que nunca, recordava as palavras da carinhosa Madre, sobre a crueldade que a Inquisição reservava às religiosas denunciadas como heréticas. Por certo, jamais seria ouvida. Sua atitude poderia ser levada à conta de desmoralização da Igreja, e o Santo Ofício preferia recolher o seu cadáver a exibi-la num auto-de-fé. Contudo, de outras vezes, a irmã do Carmelo experimentava amargurosos pesadelos, nos leves momentos de sono, entre as rudes vigílias, vendo-se à frente de algozes crudelíssimos, que a despojavam do hábito infligindo-lhe duras sevícias. Despertava aflita, banhada de álgido suor, abraçando-se à única recordação de sua mãe, em preces fervorosas. Febre alta começou a minar-lhe o organismo.


Dez meses correram sobre a crueldade de frei Osório. Entre preces cariciosas e árduas meditações, a filha de Cirilo definhava devagarinho, surpreendendo os próprios frades que montavam guarda ao cárcere, os quais, por vezes, contemplavam-na casualmente, nas visitas eventuais à sua gaiola de sombras.

Por essa época, a religiosa de Medina Del Campo experimentou o esgotamento quase total das energias orgânicas e, compreendendo que o fim deveria estar próximo, encomendava-se a Deus em sentidas orações. Longos dias passaram, dando-lhe a impressão de uma noite invariável… Depois da primeira grande hemoptise, Alcíone sentiu-se num Plano diverso. O aposento, ordinariamente escuro, pareceu-lhe banhado de clarões cariciosos. Tanta era a luminosidade, que enxergou o colchão e o crucifixo amado, tomando-se de profunda admiração. Seu assombro não ficou aí. Em poucos instantes, divisou no fundo da cela três figuras distintas. Eram seus pais e o velho Damiano, que voltavam das regiões da morte por confortá-la. A enferma, em estado pré-agônico, concluiu que estava prestes a partir. Emocionada, lembrou, na delicadeza de seus sentimentos, que lhe competia apresentar aos visitantes queridos uma atitude de carinhoso respeito e, não obstante a fraqueza, ajoelhou-se e ergueu as mãos, sentindo-se cumulada por bênçãos inefáveis. Jubilosa, observou que sua mãe estava bela como nunca, coroada por um halo de radiosa luz. Enquanto Cirilo e Damiano permaneciam a distância de alguns passos, Madalena Vilamil aproximou-se da filha, sorrindo ternamente e, pousando-lhe a destra na fronte de alabastro, murmurou:

— Alcíone, minha querida depois do calvário doloroso, gloriosa será a ressurreição!…


A interpelada inclinou-se osculando-lhe os pés e exclamando entre lágrimas:

— Não sou digna!… não sou digna!…

A entidade amorosa beijou-a num transporte de imensa ternura. Foi aí que a prisioneira, alongando os braços e, sob a forte impressão dos sofrimentos que percebia em torno do seu cárcere, implorou em tom angustiado:

— Minha mãe, sei que nada mereço de Deus, mas, se é possível, não me deixes morrer sob o desrespeito dos algozes impiedosos.

Em pranto convulsivo, notou que sua mãe enxugava uma lágrima. Todavia, Madalena enlaçou-a nos braços, ternamente, e asseverou:

— Não temas, minha filha! Partirás com o amparo dos anjos!…

Nesse instante, contudo, o frade carcereiro abriu subitamente a porta, a fim de ver com quem conversava a religiosa, em voz tão alta. Ao clarão avermelhado da lanterna, desfez-se a sublime visão. O vigilante fitou-a espantado. Genuflexa, mostrando impressionante olhar a perquirir o desconhecido, a irmã do Carmelo tinha no hábito roto largas manchas rubras. “A perda de sangue fá-la desvairar”, pensou o vigilante de si para si. E, assombrado com o que via, levou a notícia ao superior hierárquico, dizendo parecer-lhe que a prisioneira começava a experimentar os delírios da morte.


O Santo Ofício, por ironia, mantinha certo número de médicos a seu serviço, os quais muitas vezes opinavam sobre a natureza e grau de tortura a infligir aos condenados, a pretexto de que os réus deveriam ser punidos com muita caridade. Um médico foi chamado, incontinenti, para examinar e informar o estado geral da religiosa de Medina. Após o exame, o facultativo, de autoridade a autoridade, chegou até ao gabinete de frei José do Santíssimo. Feitas as saudações de praxe, afirmava solícito:

— A ré está irremediavelmente perdida.

— Não suportará, sequer, as disciplinas preliminares do potro? — indagou o representante do Inquisidor-Mor. — Trata-se de um caso ligado a reclamações de um amigo, a cuja bondade muito devo.

— Aquele corpo já não resiste à menor tortura. Creio que ela está nas últimas.

O interlocutor fez um gesto de contrariedade e voltou a dizer:

— É um processo que espera por mim há mais de dez meses; entretanto, tenho tido necessidade de atender a repressões de maior importância.

— Afirmo-vos — esclareceu o facultativo atencioso — que qualquer providência de ordem espiritual deve ser imediata visto que amanhã talvez seja tarde.

— Hoje estou cheio de compromissos para a noite — explicou o assessor. — Irei amanhã muito cedo tomar-lhe as declarações.


Com efeito, logo que amanheceu, José do Santíssimo, acolitado por dois outros religiosos, desceu às celas subterrâneas, a fim de estabelecer o primeiro e último contato com a freira carmelita de Medina Del Campo. Ao clarão da lanterna, aproximou-se da condenada que jazia na sórdida enxerga, abraçada ao crucifixo singular. Moribunda, apenas os olhos nela falavam, vivazes. Os membros e os traços fisionômicos estavam aniquilados, num conjunto de intraduzível abatimento. O eclesiástico experimentou estranha sensação e teve ímpetos de recuar, mas procurou manter-se firme e perguntou:

— Maria de Jesus Crucificado, porventura já estará resolvida a confessar o crime de heresia, para que possa receber os sacramentos da extrema-unção?

A interpelada demonstrou no olhar impressionante uma atitude mental de júbilo e murmurou:

— Carlos!… Carlos!…

O jesuíta cambaleou, num ricto de terror, o livro escapou-se-lhe das mãos trêmulas, e caiu, maquinalmente, de joelhos. Aproximou a lanterna do rosto da agonizante, exclamando com indefinível angústia:

— Alcíone! Alcíone!… tu? Sonho? Ou enlouqueço?


A agonizante pareceu concentrar todas as energias para o esforço daqueles supremos momentos e retrucou:

— Sim… O Pai Celestial atendeu aos meus rogos e eu não partirei sem o conforto do teu olhar.

— Que fazias em Medina? Que quer isso dizer, Deus meu?

— Não podendo aproximar-me do teu coração com os meus sentimentos de mulher, buscava-te com os pensamentos do Cristo… Nunca pude esquecer-te!… Tomei o hábito religioso, desejosa de te reencontrar, para ser irmã desvelada de tua mulher e segunda mãe de teus filhinhos… Em vão te busquei nos sítios prediletos… no entanto, tenho esperado confiantemente esta hora divina!… Agora, morrerei tranquila e feliz…

Sem qualquer preocupação pela atitude de espanto dos companheiros presentes, o eclesiástico entre soluços convulsivos falou amargurado:

— Sou um réprobo! Não tenho esposa, nem filhos, nem ninguém. Tudo perdi em te perdendo. Sou hoje um condenado a perambular numa estrada ignominiosa. Tua lembrança ainda é o meu único raio de luz. A esposa traiu-me, os falsos amigos conspurcaram meu lar e busquei os poderes do mundo para exercer a vingança cruel! Ah! Alcíone, mal poderia supor que te assassinaria, também, nestas masmorras infectas! Por que haveria de cair sobre mim este tremendo golpe da sorte? Sou, doravante, um miserável, um bandido execrando!…


A agonizante revelou no olhar, muito lúcido, grande e amorosa preocupação e perguntou:

— Que fizeste de Jesus?

— Sou réu que não merece perdão — redarguiu o jesuíta fora de si.

— Não te julgues assim — murmurou Alcíone, com esforço —, conheço tua alma, cheia de tesouros ocultos… Somente o desespero pôde cegar-te os olhos…

— Tudo me foi adverso na vida, o destino sempre me escarneceu! — soluçava Clenaghan, presa de intraduzível martírio.

— Esqueceste nossas crenças preciosas, meu querido Carlos, não mais te lembraste dos rostos pálidos daqueles meninos que nos procuravam na igreja de Ávila… Olvidaste nossos doentes, não mais refletiste na dor dos desamparados da sorte… Nunca mais atentaste para a nossa família de amigos simples e necessitados, a serviço de quem colocávamos, outrora, todo o nosso idealismo com Jesus!…

— Sinto que perdi, desgraçadamente, o meu sagrado ensejo de união com Deus! Tanto fizeste por mim, e, no entanto, esqueci os menores deveres de fraternidade, sem me lembrar de que nas trevas do ódio poderia aniquilar-te também a ti que tudo me deste! Que tremenda lição!

— Tranquiliza-te — disse a agonizante com profunda expressão de ternura —, confia no Senhor que nos renova as oportunidades de redenção… Sua misericórdia nos aproximará novamente, seremos felizes na observância do “amai-vos uns aos outros!” Fortaleçamos o espírito, sem desalento injustificável. Não nos cansemos de recordar que o Mestre foi à cruz do martírio por amor a nós, e está à nossa espera de há longos séculos!… É preciso não desanimar no bem…


O sobrinho de Damiano chorava amargamente, incapaz de responder. Mas, depois de longa pausa, Alcíone prosseguia:

— Sai dos círculos de revolta e vingança!… Jesus nos oferece irmãos e tutelados em toda parte… Não permaneças nos lugares onde haja perseguições ou separatividades em seu nome… Volta, Carlos!… Volta à pobreza, à simplicidade, ao esforço laborioso! Se for preciso, pede, de porta em porta, o pão do corpo, mas não odeies a ninguém… A desesperação te conservará algemado no lodaçal do mundo! Desperta novamente para o amor que o Mestre nos trouxe e perdoa o passado pelas dores que te deu…

O jesuíta não sabia como definir as emoções penosas.

— Mas sou culpado de tuas flagelações no cárcere! Sou vítima infeliz de mim próprio!…

— Não te acuses! Tu foste, com o Cristo, meu hóspede efetivo aqui, nesta casa, como em todos os outros lugares em que vivi depois de nossa separação… A confiança em teu amor ajudou-me a dissipar as sombras de cada dia, proporcionou-me bom ânimo nas situações mais difíceis!… Nunca te amei tanto como agora, ao nos separarmos novamente… Mas, eu creio, Carlos, que os mortos podem voltar aos trabalhos humanos… Logo que Deus me permita esse júbilo, voltarei outra vez… para ser-te fiel… Sofre com resignação, ama as tuas tarefas de redenção com desvelo, e então (quem sabe?) nos reencontraremos breve, para construir nosso lar de felicidade infinita, na Terra ou noutros planos da Eternidade!…


Enquanto o eclesiástico tremia soluçante, a agonizante continuava com visível esforço:

— Nunca te esquecerei… Jesus abençoará nosso ideal de sublime união…

Não pôde continuar. As sagradas emoções daqueles momentos inesquecíveis lhe haviam aniquilado as últimas energias. Gelado suor caía-lhe em bagas da fronte palidíssima. A respiração tornara-se angustiosa e abafada. Clenaghan percebeu a aproximação do minuto derradeiro e exclamou:

— Dize, Alcíone, dize ainda uma vez que me perdoas!

A sublime criatura fez uma tentativa suprema, mas os lábios, quase imóveis, nada mais fizeram que um movimento inexpressivo. Foi aí que a filha de Madalena, no estertor da morte, alçou o crucifixo e cravou nele os olhos lúcidos, dando a entender que chamava a atenção de Carlos para longínqua da igreja  de Ávila; em seguida, beijou longamente a imagem do Crucificado, e, num gesto inesquecível, levou-a aos lábios do homem amado, como a dizer-lhe que nunca lhe negaria o beijo do eterno amor e da eterna aliança.


Frei José do Santíssimo debruçou-se, a soluçar, sobre os despojos sagrados, com a dor inexcedível do coração afogado nos remorsos extremos.

E ninguém da Terra, naquele compartimento úmido e escuro, poderia contemplar o quadro celeste a se desenrolar, como tributo de veneração à discípula do Cristo, que soubera vencer em seu nome todas as dificuldades, vicissitudes e penas da vida humana. Hinos de beleza angélica vibravam nos ares, mensageiros generosos iam e vinham com expressão de júbilo infinito. Cirilo, Damiano e outros amigos de Alcíone, conservavam-se em atitudes de prece. Numerosos beneficiários de sua dedicação fraternal ali se prosternavam, ansiosos por lhe manifestar carinho e gratidão. Daí a instantes, sob a direção de Antênio, chegavam resplandecentes entidades do Grande Lar Celeste. Madalena Vilamil, guardando a filha ao colo, beijava-a com enternecimento. As orações dos redimidos uniram-se aos sublimes pensamentos da alma santificada que partia da Terra. E, enquanto melodias suavíssimas fluíam do Plano espiritual, o bondoso Antênio unia sua voz aos harpejos do Céu, repetindo as sagradas palavras do Sermão da Montanha. (Mt 5:1)

— Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os humildes, porque herdarão a Terra! Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor à justiça, porque deles é o Reino dos Céus!…




Lc 3:17. — Nota de Emmanuel.


mt 5:2
Vinha de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Página: 45
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E abrindo a sua boca os ensinava.” — (Mt 5:2)


O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.

Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.

Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.

Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.

E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.

A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.

O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.

O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.

De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.

Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo. Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.

Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam d’Ele, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.

Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.



mt 5:3
Construção do Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Louvando os “pobres de espírito”, (Mt 5:3) Jesus não exaltava a ignorância, a insuficiência, a boçalidade e a incultura. Encarecia a bênção da simplicidade, que nos permite encontrar os mais preciosos tesouros da vida.

Abençoava a humildade, que nos conduz à fonte da paz.

Salientava a sobriedade que nos garante o equilíbrio.

Destacava a paciência que nos dilata a oportunidade de aprender e servir.


Se procuras o Mestre do Evangelho, não admitas que a tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos eficiente.

Vale-te da lição de Jesus, à maneira do lavrador vigilante que sabe selecionar as melhores sementes a fim de enriquecer a colheita próxima ou à maneira do viajor que guarda consigo a lâmpada acesa para a vitória sobre as trevas.

Muita gente se alinha nos santuários da Boa Nova, procurando em Cristo um escravo suscetível de ser engajado a serviço de seus escusos desejos, buscando na proteção do Céu, favorável clima à infeliz materialização de seus próprios caprichos, enquanto milhões de aprendizes da Divina Revelação se aglomeram nos templos do Mestre em torneios verbalísticos nos quais entronizam a vaidade que lhes é própria, tentando posições de evidência nos conflitos e tricas da palavra, em que apenas efetuam a mal versão das riquezas do espírito.


Se a Doutrina Redentora do Bem Eterno é o caminho que te reclama a sublime aquisição da Vida Superior, simplifica a própria existência.

Evitemos complicações e exigências que nada realizam em torno de nós senão amargura, desencanto e inutilidade.

Recebamos o dom das horas, como quem sabe que o tempo é o mais valioso empréstimo do Senhor à nossa estrada e, convertendo os minutos em ação construtiva e salutar, faremos a descoberta de nosso próprio mundo íntimo, em cuja maravilhosa extensão, a paz e o trabalho são os favores mais altos da vida.

Contentemo-nos em estruturar com bondade e beleza o instante que passa, cedendo-lhe o melhor de nós mesmos, a favor dos que nos cercam, e descerraremos o novo horizonte, em que a plenitude da simplicidade com Jesus nos fará contemplar, infinitamente, a eterna e divina alegria.



mt 5:3
Dinheiro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Quem julga pelas aparências, quase sempre esbarra na areia móvel das transformações repentinas a lhe solaparem o edifício das errôneas conclusões.

Existem criaturas altamente tituladas nas convenções do mundo, que trazem consigo uma fonte viva de humildade no coração, enquanto que há mendigos, de rosto desfigurado, que carreiam no íntimo a névoa espessa do orgulho a empanar-lhes o entendimento.

Há ricos que são maravilhosamente pobres de avareza e encontramos pobres lamentavelmente ricos de sovinice.

Somos defrontados, em toda a parte, por grandes almas que se fazem humildes, a serviço do Senhor, na pessoa do próximo, e frequentemente, surpreendemos Espíritos rasteiros envergando túnicas de vaidade e dominação.


Jesus, louvando os “pobres de espírito”, (Mt 5:3) não tecia encômios à ignorância, à incultura, à insipiência ou à nulidade, e sim exaltava os corações simples que descobrem na vida, em qualquer ângulo da existência, um tesouro de bênçãos, com o qual é possível o enriquecimento efetivo da alma para as alegrias da elevação. “Pobres de espírito”, na plataforma evangélica, significa tão somente “pobres de fatuidade, de pretensos destaques intelectuais, de supostos cabedais da inteligência.”

É necessário nos acautelemos contra a interpretação exagerada do texto, em suas expressões literais, para penetrarmos o verdadeiro sentido da lição.

A pobreza e a pequenez não existem na obra divina. Constituem apenas posições transitórias criadas por nós mesmos, na jornada evolutiva em que aprenderemos, pouco a pouco, sob o patrocínio da luta e da experiência, que tudo é grande no Universo de Deus.


Todos os seres, todas as tarefas e todas as cousas são peças preciosas na estruturação da vida.

Onde estiveres, faze-te espontâneo para recolher a luz da compreensão.

Alijemos os farrapos dourados da ilusão, que nos obscurecem a alma, estabelecendo a necessária receptividade no coração, e entenderemos que todos somos infinitamente ricos de oportunidades de trabalhar e servir, de aprender e aperfeiçoar, infatigavelmente.


O ouro será, muitas vezes, difícil provação e os cimos sociais na Terra, quase sempre, são amargos purgatórios para a alma sensível, tanto quanto a carência de recursos materiais é bendita escola de sofrimento, mas a simplicidade e o amor fraterno, brilhando, por dentro de nosso Espírito, em qualquer situação no caminho da vida, são invariavelmente o nosso manancial de alegrias sem fim.



mt 5:3
Intervalos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A humildade é o ingrediente indefinível e oculto sem o qual o pão da vida amarga invariavelmente na boca.

Amealharás recursos amoedados a mancheias, entretanto, se te não dispões a usá-los, edificando o conforto e a alegria dos outros, na convicção de que todos os bens pertencem a Deus, em breve converter-te-ás em prisioneiro do ouro que amontoaste, erguido, assim, à feição de teu próprio cárcere.

Receberás precioso mandato de autoridade entre as criaturas terrestres, no entanto, se não procuras a inspiração do Senhor para distribuir os talentos da justa fraternidade, como quem está convencido de que todo o poder é de Deus, transformar-te-ás, pouco a pouco, no empreiteiro inconsciente do crime, por favoreceres a própria ilusão, buscando o incenso a ti mesmo na prática da injustiça.

Erguerás teu nome no pedestal da cultura, contudo, se te não inclinas à Sabedoria da Eternidade, acendendo a luz em benefício de todos, como quem não ignora que toda inteligência é de Deus, depressa te rojas ao chavascal da mentira, angariando em teu prejuízo a embriaguez da vaidade e a introdução à loucura.

Lembra-te de que a Bondade Celeste colocou a humildade por base de todo o equilíbrio da Natureza.

O sábio que honra a ciência ou o direito não prescinde da semente que lhe garante a bênção da mesa.

O campo mais belo não dispensa o fio d’água que lhe fecunda o seio em dádivas de verdura.

E o próprio sol, com toda a pompa de seu magnificente esplendor, embora fulcro de criação, converteria o mundo em pavoroso deserto, não fosse a chuva singela que lhe ambienta no solo a força divina.


Não desdenhes, pois, servir, aprendendo com o Mestre Sublime, que realizou o seu apostolado de amor entre a manjedoura desconhecida e a cruz da flagelação, e serás contado entre aqueles para os quais ele mesmo pronunciou as inesquecíveis palavras: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque a eles mais facilmente se descerrarão as portas do Céu”. (Mt 5:3)




Essa mensagem foi também publicada no Reformador em junho de 1959, p. 140.


mt 5:3
Mãos Unidas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 36
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Todos podemos realmente dialogar com Jesus, através dos seus ensinamentos, a fim de que se nos descortinem os caminhos da paz e da iluminação espiritual, desde que nos adaptemos ao Senhor, sem exigir que ele se adapte a nós.

As palavras do vocabulário serão as mesmas da experiência comum, no entanto, o sentido surgirá essencialmente diverso.


Exaltaremos os grandes vultos da Terra, que se caracterizam pelo elevado gabarito de inteligência ou de virtude…

O Cristo acrescentará que serão eles efetivamente bem-aventurados se forem humildes de Espírito. (Mt 5:3)


Falaremos acerca da liberação do mal…

Aditará, o Eterno Benfeitor que alcançaremos isso desculpando e esquecendo todas as ofensas que se nos façam, perdoando-as não sete vezes mas setenta vezes sete vezes. (Mt 18:21)


Reportar-nos-emos às lutas e problemas que a todos nos desafiam nas trilhas do aperfeiçoamento e da evolução…

Responderá ele que apenas no exercício constante da paciência é que conquistaremos as nossas próprias almas. (Lc 21:19)


Comentaremos a necessidade do poder…

Ele nos dirá que disporemos de semelhante recurso, através da cruz, ou mais claramente pela aceitação de nossos conflitos e obstáculos, edificando com eles o melhor ao nosso alcance.


Referir-nos-emos aos que nos perseguem e injuriam…

Acentuará o Excelso Amigo que nos compete colaborar em todo reajuste da harmonia e da segurança, orando pela tranquilidade e pelo progresso de todos eles.


Solicitaremos talvez posições destacadas nesse ou naquele setor da vida…

Observar-nos-á ele que o maior no Reino de Deus será sempre aquele que se fizer o servidor de todos. (Mc 9:35)


Não alegues desconhecer o que Jesus pretende de ti. Basta nos afinemos com os propósitos do Senhor, nas lições do Evangelho, e saberemos indubitavelmente tudo aquilo de justo e certo que nos cabe a cada um.



mt 5:3
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



mt 5:3
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



mt 5:3
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas Universais e ao Apocalipse

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 145
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



mt 5:3
Plantão da Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A humildade é o ingrediente oculto sem o qual o pão da vida amarga invariavelmente na boca.


Amealharás recursos amoedados a mancheias; entretanto, se não te dispões a usá-los, edificando o conforto e a alegria dos outros, na convicção de que todos os bens pertencem a Deus, em breve converter-te-ás em prisioneiro do ouro que amontoaste, erguido à feição de teu próprio cárcere.


Receberás precioso mandato de autoridade entre as criaturas terrestres; no entanto, se não procuras a inspiração do Senhor para distribuir os talentos da justa fraternidade, como quem está convencido de que todo o poder é de Deus, transformar-te-ás, pouco a pouco, no empreiteiro inconsciente da crueldade, por favoreceres a própria ilusão, buscando o incenso a ti mesmo na prática da injustiça.


Erguerás teu nome no pedestal da cultura; contudo, se não te inclinas à Sabedoria Divina, acendendo a luz em benefício de todos, como quem não ignora que toda inteligência é de Deus, depressa te arrojarás ao chavascal da mentira, angariando em teu prejuízo a embriaguez da vaidade e a introdução à loucura.


Lembra-te de que a Bondade Celeste colocou a humildade por base de todo o equilíbrio da Natureza.

O sábio que honra a ciência ou o direito não prescinde da semente que lhe garante a bênção da mesa.

O campo mais belo não dispensa o fio d’água que lhe fecunda as entranhas em dádivas de verdura.

E o próprio Sol, com toda a pompa de seu magnificente esplendor, embora fulcro de criação, converteria o mundo em pavoroso deserto, não fosse a chuva singela que lhe ambienta no solo a força criadora.


Não desdenhes servir, aprendendo com o Mestre Divino, que realizou o seu apostolado de amor entre a manjedoura desconhecida e a cruz da flagelação, e serás contado entre aqueles para os quais Ele mesmo pronunciou as inesquecíveis palavras: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque a eles mais facilmente se descerrarão as portas do Céu”. (Mt 5:3)




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1981 pela Editora O Clarim, e é a 5ª lição do livro


mt 5:3
Refúgio

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Bem-aventurados os pobres de espírito”, (Mt 5:3) proclamou o Senhor.

Nesse passo, porém, não vemos Jesus contra os tesouros culturais da Humanidade, mas, sim, exaltando a humildade do coração.

O Mestre recordava-nos, no capítulo das bem-aventuranças, que é preciso trazer a mente descerrada à luz da vida para que a sabedoria e o amor encontrem seguro aconchego em nossa alma.

Hoje, como antigamente, somos defrontados, em toda parte, pelas criaturas encarceradas nos museus acadêmicos, cristalizadas nos preconceitos ruinosos, mumificadas em pontos de vista que lhes sombreiam a visão e algemadas a inutilidades do raciocínio ou do sentimento, engrossando as extensas fileiras da opressão.

Imprescindível clarear o pensamento, diante da natureza, e aceitar a extrema insignificância em que ainda nos agitamos, perante o Universo.

Jesus induzia-nos à esquecer a paralisia mental, em que, muitas vezes, nos comprazemos, inclinando-nos à adoção da simplicidade por norma de ascensão espiritual.

Esvaziemos o coração de todos os detritos e de todos os fantasmas que experiências inferiores nos impuseram na peregrinação que nos trouxe ao presente.

Cada dia é nova revelação do Senhor para a existência.

Cada companheiro da estrada é campo vivo a que podemos arrojar as sementes abençoadas da renovação.

Cada dor é uma bênção para os que prosseguem acordados no conhecimento edificante.

Cada hora na marcha pode converter-se em plantação de beleza e alegria, se caminhamos obedecendo aos imperativos do trabalho constante no Infinito Bem.

Toda ciência do mundo, confrontada à sabedoria que nos espera, é menos que o ribeiro singelo ante o corpo ciclópico do oceano.

Toda a riqueza dos homens perante a herança de luz que o Pai Celestial nos reserva, é minúsculo grão de pó na química planetária.

Sejamos simples e espontâneos, na senda em que a atualidade nos situa, aprendendo com a vida e doando à vida o melhor que pudermos, para que, em nos candidatando à láurea dos bem-aventurados, possamos ser realmente discípulos felizes daquele Amigo Eterno que nos recomendou: — “Aprendei de mim que sou humilde de coração.” (Mt 11:29)



mt 5:4
Reconforto

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Amigo leitor.

Devotado companheiro e nós outros, em trânsito para os sítios que demandávamos, nos achamos, quase de inesperado, à frente de grande multidão, numa praça terrestre, quando um irmão de nossa viagem, nos questionou:

— Que escreverias para esta imensa aglomeração humana, constituída, aliás, por nossos irmãos da estrada evolutiva?

Centralizei a atenção nos circunstantes que renteavam conosco e em todos vi brilhar a chama da esperança, mas não me detive a destacar os chamados “felizes da Terra”.

Muitos ali traziam na face os estigmas da inquietação e do sofrimento.

Mulheres que ostentavam constelações de joias no peito, mostravam pesadas cruzes na intimidade da própria alma;

   cavalheiros corretamente apessoados, revelando a elevada posição que lhes assinalava a situação na hierarquia social, exibiam no cérebro densas nuvens de expectação;

   toda uma legião de homens patenteava no próprio aspecto, as tribulações que lhes atormentavam a vida íntima;

   esse escondia as lágrimas por um filho morto;

   aquele recordava a esposa internada num sanatório para toxicômanos;

   outro memorizava o montante das próprias dívidas;

   outros muitos ocultavam os sinais da moléstia grave de que se sabiam portadores;

   jovens aparentemente despreocupados, exteriorizavam mentalmente o desequilíbrio que lhes marcava os sentimentos;

   outros apresentavam o coração dilacerado pelos conflitos do lar em que haviam nascido;

   e muitos outros carregavam no próprio corpo as raízes da enfermidade que, mais tarde, os conduziria para a morte.


Sem qualquer pretensão, experimentei tremendo impulso de solidariedade, desejando permanecer ali, junto aos companheiros em provação e respondi ao nosso interlocutor:

— Sim, se me for permitido endereçar algumas páginas dedicadas aos irmãos que sofrem no mundo e que se acham entranhados nesta multidão enorme, espero que o Senhor Jesus Cristo me inspire a escrever sobre reconforto.


Aqui tens, leitor amigo, a origem deste volume desataviado e simples que te colocamos nas mãos.



Uberaba, 11 de março de 1986.


mt 5:4
Mais Perto

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Leitor Amigo:

  Problemas e dificuldades.

  Violência e provação.

  Conflitos e desajustes.

  Crises de insegurança e anseios de paz.


Na pauta desses temas, as requisições para encontros e debates amistosos continuam, concitando-nos a entendimentos pessoais.

Por motivos claramente compreensíveis, semelhantes contatos diretos não se nos fazem tão fáceis.

Entendemos, porém, que dialogar, de coração para coração, é falar de mais perto.

O desejo de satisfazer aos amigos nos impele a responder indiretamente a quantos possamos alcançar, com as nossas páginas de companheiro, psicografadas, à frente do público, ao qual tanto estimaríamos ser úteis.


Disso, leitor amigo, nasceu este volume despretensioso, sem qualquer atavio literário, com a finalidade de oferecer a nossa contribuição singela ao exame dos temas referidos.

Páginas de amigo, versando assuntos diversos entre si, elas não exteriorizam fórmulas mágicas para a solução aos desafios das indagações terrestres e, tão somente, nos expressam a cooperação e a boa vontade, no sentido de se buscar o caminho mais fácil para a aquisição da paz e da esperança, em meio às lutas que nos cercam. Significam unicamente que estamos entre os irmãos que nos procuram dialogando e aprendendo, agindo e tentando colaborar na edificação do bem comum.

Entregando-te, assim, neste volume simples as nossas conclusões e respostas de servidor, rogamos a Jesus, o nosso Divino Mestre, nos inspire e nos guie para que a compreensão e o amor nos façam mais profundamente irmãos uns dos outros, de modo a que sejamos, em verdade, uma só família, em paz, nos vários setores de evolução que nos caracterizam a vida, trabalhando e cooperando na construção da Terra Melhor e Mais Feliz.



Uberaba, 22 de março de 1983.


mt 5:4
Rumo Certo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Esforçando-te por superar dificuldades e contratempos, nas áreas da reencarnação, recorda o patrimônio das bênçãos de que dispões, a fim de que os dissabores e empeços educativos da existência não te sufoquem as possibilidades de trabalhar e de auxiliar.

Atravessas incompreensões e tribulações em família, entretanto possuis saúde relativa e recursos ainda que mínimos para vencê-las construtivamente até que se extingam de todo.

Sofres com os entraves do parente difícil, todavia guardas contigo a luz da compreensão de modo a ajudá-lo a solver os conflitos e inibições de que se sente objeto.

Trabalhas afanosamente na proteção econômica indispensável a vários entes queridos, mas não te escasseiam energias e oportunidades de serviço, a fim de ampará-los até que te possam dispensar o concurso mais intenso.

Respondes por determinadas tarefas de socorro material e espiritual, a benefício de muitos, e em muitas circunstâncias sentes a presença da exaustão; no entanto, aparecem providencialmente criaturas e acontecimentos que te refazem as forças para que a obra continue.

Assumiste pesadas obrigações que te compelem a enormes prejuízos a favor de outrem, e, por vezes, te supões na total impossibilidade de satisfazer aos compromissos próprios; contudo, novo alento te visita o espírito e pouco a pouco atinges a liquidação de todos os débitos que te oneram a responsabilidade.

Em todas as provas que te assaltem os dias, considera a quota das bênçãos que te rodeiam, e, escorando-te na fé e na paciência, reconhecerás que a Divina Providência está agindo contigo e por teu intermédio, sustentando-te, em meio dos problemas que te marcam a estrada, para doar-lhes a solução.



mt 5:4
Convivência

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Não é difícil encontrar, entre os nossos irmãos do mundo, aqueles que, embora sofredores, não se catalogam entre os bem-aventurados, aos quais Jesus se referiu.

São companheiros que se voltam contra os obstáculos suscetíveis de ofertar-lhes a precisa oportunidade de ascensão às mais altas experiências.

Muitos deles se acolhem à rebeldia sistemática, contraindo débitos que os afetam, de imediato.


No Plano Espiritual, vemo-los frequentemente:

   São amigos padecentes que, em verdade, passaram pelo crivo do sofrimento, entrando, porém, nas perturbações decorrentes da deserção dos deveres que lhes cabiam cumprir.

   São irmãos que conheciam o valor dos entraves que poderiam transpor, a benefício de si mesmos, e acabaram situados nas sombras da delinquência.

   São colaboradores das boas obras que as desfiguraram, estabelecendo dificuldades para si próprios pela intolerância para com os outros.

   São companheiros que articularam problemas e desafios para aqueles que lhes hipotecavam confiança e carinho e deles se afastaram deliberadamente, procurando escapar às responsabilidades que eles mesmos escolheram para observar e viver.

   São todos aqueles outros irmãos que preferiram o desespero diante das provações de que necessitavam para o próprio burilamento e se enveredaram, conscientemente, através dos resvaladouros da inconformação e da indisciplina, para as alucinações da angústia e do suicídio.


Realmente, afirmou-nos Jesus: “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados…” (Mt 5:4) Entretanto que Ele mesmo, Jesus, nosso Divino Mestre e Senhor, se compadeça de todos os nossos companheiros que conheciam semelhante promessa e não quiseram esperar.



mt 5:5
Escrínio de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Quando Jesus proclamou a felicidade dos mansos de coração, (Mt 5:5) não se propunha, de certo, exaltar a ociosidade, a hesitação e a fraqueza.

Muita gente, a pretexto de merecer o elogio evangélico, foge aos mais altos deveres da vida e abandona-se à preguiça ou à fé inoperante, acreditando cultivar a humildade.

O Mestre desejava destacar as almas equilibradas, os homens compreensivos e as criaturas de boa vontade que, alcançando o valor do tempo, sabem plantar o bem e esperar-lhe a colheita, sem desespero e sem violência.

A cortesia é o primeiro passo da caridade.

A gentileza é o princípio do amor.

Ninguém precisa, pois, aguardar o futuro, a fim de possuir a Terra. É possível orientá-la hoje mesmo, detendo-lhe os favores e talentos, entre os nossos semelhantes, cultuando a bondade fraternal.

As melhores oportunidades de cada dia no mundo pertencem àqueles que melhores se fazem para quantos lhes rodeiam os passos. E ninguém se faz melhor, arremessando pedras de irritação ou espinhos de amargura na senda dos companheiros.

A sabedoria é calma e operosa, humilde e confiante.

O espírito de quem ara a Terra com Jesus compreende que o pântano pede socorro, que a planta frágil espera defesa, que o mato inculto reclama cuidado e que os detritos do temporal podem ser convertidos em valioso adubo, no silêncio do chão.

Se pretendes, pois, a subida evangélica, aprende a auxiliar sem distinção.

A pretexto de venerar a verdade, não aniquiles as promessas do amor. Abraça o teu roteiro, com a alegria de quem trabalha por fidelidade ao Sumo Bem, estendendo a graça da esperança, a benefício de todos, e, um dia, todos os que te cercam e te acompanham entoarão o cântico da bem-aventurança que o teu coração escreveu e compôs nos teus atos, aparentemente pequeninos de fraternidade e sacrifício, em favor dos outros, em tua jornada de ascensão à Divina Luz.




[Reformador,  agosto de 1953, p. 180]


mt 5:5
Hoje

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Provações e problemas, habitualmente, são testes de resistência, necessários à evolução e aprimoramento da própria vida.

A paciência é a escora íntima que auxilia a criatura a atravessá-los com o proveito devido.

O desespero, entretanto, é a sobretaxa de sofrimento que a pessoa impõe a si mesma, complicando todos os processos de apoio que a conduziriam à tranquilidade e ao refazimento.


Provações e problemas, habitualmente, são testes de resistência, necessários à evolução e aprimoramento da própria vida.

A paciência é a escora íntima que auxilia a criatura a atravessá-los com o proveito devido.

O desespero, entretanto, é a sobretaxa de sofrimento que a pessoa impõe a si mesma, complicando todos os processos de apoio que a conduziriam à tranquilidade e ao refazimento.

O desespero é comparável a certo tipo de alucinação, estabelecendo as maiores dificuldades para aqueles que o hospedam na própria alma.

Em conflitos domésticos, inspira as vítimas dela a pronunciar frases inoportunas, muitas vezes separando os entes amados, ao invés de uni-los.

Nos eventos sociais que demandam prudência e serenidade, suscita a requisição de medidas que prejudicariam a vida comunitária se fossem postas em prática no imediatismo com que são exigidas.

Nas reivindicações justas, costuma antecipar declarações e provocar acontecimentos  que distanciam os beneficiários das vantagens que lhes caberiam atingir.

Nas moléstias do corpo físico, por vezes, encoraja o desrespeito pela dosagem dos medicamentos, no doente que precisa da disciplina, em favor da própria cura.


Disse Jesus: “Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados”, (Mt 5:5) mas urge reconhecer que os aflitos inconformados, sempre acomodados com o desespero, acima de tudo, são enfermos que se candidatam a socorro e medicação.




Houve omissão do texto a seguir no livro impresso: “que distanciam os beneficiários das vantagens”. Cópia do manuscrito encontra-se sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico.


mt 5:5
Instrumentos do Tempo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

(Mt 5:5)

()


Os aflitos classificam-se em variadas expressões.

Temos aqueles que choram por se sentirem inibidos para a extensão do mal…

Há quem se torture por não conseguir vingar-se.

Existem os que se declaram infelizes com a prosperidade do próximo e se enfurecem com a impossibilidade de lhes ultrapassar o progresso econômico ou espiritual.

Aparecem aqueles que se afirmam desditosos por não poderem competir com o luxo de quem se confia à extravagância e à loucura.

Surgem muitos em lágrimas de inveja e despeito, à frente dos vizinhos, interessados na educação e na melhoria da vida.

Há quem se revolte contra as bênçãos do trabalho e vocifera em desfavor da ordem que lhe assegura as vantagens da disciplina.

Muitos exibem chagas de inconformação, ante o sofrimento que eles próprios improvisaram.

Há infinitos gêneros de aflição no vasto caminho da vida. E, por isso, nem todos os aflitos podem ser aquinhoados com a glória da bem-aventurança.

A palavra do Cristo (Mt 5:5Mt 5:5) se dirige àqueles que fizeram da dor um instrumento para a elevação de si mesmos, assim como o artista se vale da pedra, a fim de burilar a obra prima de estatuária.

Acautela-te, se conservas alguma aflição particular. A angústia, muitas vezes, pode ser antecâmara do desequilíbrio.

Converte o teu problema ou a tua mágoa em motivo de superação das próprias fraquezas, à maneira do lidador que aproveita o obstáculo para atingir os seus mais altos objetivos, e então terás convertido as inquietações do mundo em bem-aventuranças para a felicidade sem fim.



mt 5:5
Joia

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Em muitas ocasiões, o excesso de prudências pode parecer egoísmo disfarçado.

Entretanto, é justo refletir que a precipitação cria os aflitos sem bem-aventuranças, ou melhor, os amigos super-apressados que suscitam complicações e tumultos, tais quais sejam:

   os que se dão urgência na transmissão de boatos infelizes, estabelecendo a perturbação e o desequilíbrio;

   os que atravessam à frente de veículos em movimento, alegando a necessidade de espaço;

   os que surgem ávidos pelo aperitivo, ao qual se habituaram e penetram recintos escuros, acendendo fósforos junto de elementos inflamáveis;

   os que improvisam discussões estéreis, com o objetivo de fazerem prevalecer os pontos de vista que lhes são próprios;

   e aqueles outros que assumem decisões de importância, sem ouvir os companheiros que lhes compartilham das responsabilidades, abraçando compromissos que passam a prejudicar centenas de pessoas.

Em verdade, proclamou o Cristo:

— “Bem-aventurados os aflitos!…” (Mt 5:5) mas não se deteve em qualquer louvor aos companheiros inquietos e apressados demais.



mt 5:7
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 69
Página: 155
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” — JESUS (Mt 5:7)


Deixa que a luz da compaixão te clareie a rota, para que a sombra te não envolva.


Sofres a presença dos que te pisam as esperanças?

Compaixão para eles.


Ouves a palavra dos que te ironizam?

Compaixão para eles.


Padeces o assalto moral dos que te perturbam?

Compaixão para eles.


Recebes a farpa dos que te perseguem?

Compaixão para eles.


A crueldade e o sarcasmo, a demência e a vileza são chagas que o tempo cura.

Rende graças a Deus, por lhes suportares o assédio sem que partam de ti.

No fundo são males que surgem da ignorância, como a cegueira nasce das trevas.

Não sanarás o desequilíbrio do louco, zurzindo-lhe a cabeça, nem expulsarás a criminalidade do malfeitor, cortando-lhe os braços.

Diante de todos os desajustamentos alheios, compadece-te e ampara sempre.

Perante todos os disparates do próximo, compadece-te e faze o melhor que possas.

Todos somos alunos do educandário da vida e todos somos suscetíveis de queda moral no erro.

Usa, pois, a misericórdia com os outros e acharás nos outros a misericórdia para contigo.




(Reformador,  fevereiro de 1960, p. 26)


mt 5:7
Tocando o Barco

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 22
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.” — Jesus (Mt 5:7)


Comumente referimo-nos à compaixão em termos que se reportem à semelhante bênção de nós para com os outros, entretanto, a fim de que o orgulho não se nos infiltre no coração sob o nome de virtude, vale recordar a compaixão que tantas vezes procede dos outros em socorro a nós.

De quando em quando, pelo menos, rememoremos as demonstrações de paciência e bondade dos irmãos que nos suportaram sem queixa a teimosia e a inconsequência nos dias de imaturidade ou irritação;

o apoio das criaturas que prosseguiram trabalhando em nosso favor, mesmo cientes de que as combatíamos sem apreender-lhes os elevados intuitos;

o amparo de benfeitores que continuaram a servir-nos ainda quando depois de se conscientizarem quanto aos gestos de frieza ou ingratidão com que lhes ferimos o espírito;

  a tolerância dos companheiros que, mesmo em nos sabendo desequilibrados nos dias de erro, não nos sonegaram a bênção da amizade e da confiança, aguardando-nos os reajustes espirituais;

e o auxílio dos irmãos que nos perdoaram ofensas e agravos, auxiliando-nos sem pausa, além das dificuldades e empeços com que lhes espancamos o carinho e a abnegação para conosco.


Reflitamos na imensidão da piedade que nos sustenta a vida até agora e observaremos que sem isso provavelmente a maioria de nós outros teria mergulhado indefinidamente nas correntes da prova criadas por nós mesmos, com a nossa própria negligência.

Meditemos nisso e saibamos exercer a compaixão para com todos, particularmente para com aqueles que nos firam e reconheceremos que unicamente assim conseguiremos resgatar os nossos débitos de amor para com o próximo, e perceber, por fim, que todos nós para viver, conviver e sobreviver, precisamos, em qualquer parte e em qualquer circunstância, da bondade e da compaixão de Deus.




Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, foi publicada em janeiro de 1973 pela no Reformador e é também a 35ª lição do 1º volume do  livro “”


mt 5:8
Deus Conosco

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 385
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

28/07/1952


, fixaremos na cicatriz do próximo a desventura respeitável do nosso irmão.

Quando a pureza morar em nossos ouvidos receberemos a calúnia e a maldade nelas sentindo o incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam sem o exato conhecimento de nossas intenções.

Quando a pureza demorar-se em nossa boca, a maledicência surgirá, junto de nós, por enfermidade lamentável do amigo que nos procura, veiculando-lhe o veneno, e saberemos fazer o silêncio bendito com que possamos impedir a extensão do mal.

Quando a pureza associar-se ao nosso raciocínio, identificaremos nos pensamentos infelizes a deplorável visitação da sombra, diante da qual acenderemos a luz de nossa fé para a justa resistência.

Quando a pureza respirar em nosso coração, o endurecimento espiritual jamais encontrará guarida em nossa alma, porque o calor de nosso carinho irradiar-se-á em todas as direções, estimulando a alegria dos bons e reduzindo a infelicidade dos nossos irmãos que ainda se confiam à ignorância.

Quando a pureza brilhar em nossas mãos, a preguiça não nos congelará a boa vontade e aproveitaremos as mínimas oportunidades do caminho para o abençoado serviço do amor que o Mestre nos legou.


Bem-aventurados os puros de coração”, (Mt 5:8) proclamou o divino Amigo. Sim, bem-aventurados os que esposam o bem para sempre, porque semelhantes trabalhadores da luz sabem converter a treva em claridade, os espinhos em flores, as pedras em pães e a própria derrota em vitória, criando, invariavelmente, o céu onde se encontram e apagando os variados infernos que a miséria e a crueldade inflamam na Terra para tormento da vida.




Nota da Organizadora: Mensagem psicografada por Chico Xavier no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo | MG.

Essa mensagem foi publicada na íntegra pelo Reformador em maio de 1955, p. 104 e, em 1986 pela editora GEEM, com modificações, na 6ª lição do livro: “”.


mt 5:8
Luz e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Quando a compreensão estiver em nossos olhos, fixaremos na cicatriz do próximo a dificuldade respeitável de nosso irmão.

Quando a compreensão morar em nossos ouvidos, receberemos a injúria e a maldade nelas sentindo o incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam, sem [o] exato conhecimento [de nossas intenções].

Quando a compreensão se nos aninhar no próprio verbo, o falso julgamento surgirá, junto de nós, por enfermidade lamentável de quem nos procura, [veiculando-lhe o veneno,] e saberemos fazer o silêncio bendito com que se possa, tanto quanto possível, impedir a extensão do mal.

Quando a compreensão se nos associar ao [nosso] raciocínio, identificaremos nos pensamentos infelizes a deplorável visitação da sombra, diante da qual acenderemos a luz da fé para a justa resistência.

Quando a compreensão clarear-nos o sentimento, a rigidez espiritual jamais encontrará guarida em nós outros, porque o calor da benevolência irradiar-se-nos-á do espírito [em todas as direções], estimulando a alegria dos bons e reduzindo a infelicidade dos companheiros que ainda se confiam à ignorância.

Quando a compreensão brilhar em nossas mãos, a preguiça não nos congelará a boa vontade e aproveitaremos as mínimas oportunidades do caminho para as tarefas do amor que o Mestre nos legou.


Bem-aventurados os limpos de coração”, (Mt 5:8) proclamou o divino Amigo.

Sim, bem-aventurados os que esposam o Bem para sempre, porque semelhantes trabalhadores da luz sabem converter a treva em claridade, os espinhos em flores, as pedras em pães e a própria derrota em vitória, criando invariavelmente o Céu onde se encontram e apagando os variados infernos que a ignorância inflama na Terra para tormento da vida.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi psicografado em 28/07/1952 e publicado em 2007 pela editora VL e é a 385ª lição do livro “”.


mt 5:9
Segue-me

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 68
Página: 173
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Mas uma só coisa é necessária.” — JESUS (Lc 10:42)


Terás muitos negócios próximos ou remotos, mas não poderás subtrair-lhes o caráter de lição, porque a morte te descerrará realidades com as quais nem sonhas de leve…

Administrarás interesses vários, entretanto, não poderás controlar todos os ângulos do serviço, de vez que a maldade e a indiferença se insinuam em todas as tarefas, prejudicando o raio de ação de todos os missionários da elevação.

Amealharás enorme fortuna, todavia, ignorarás, por muitos anos, a que região da vida te conduzirá o dinheiro.

Improvisarás preciosos discursos, contudo, desconheces as consequências de tuas palavras.

Organizarás grande movimento em derredor de teus passos, no entanto, se não construíres algo dentro dele para o bem legítimo, cansar-te-ás em vão.

Experimentarás muitas dores, mas, se não permaneceres vigilante no aproveitamento da luta, teus dissabores correrão inúteis.

Exaltarás o direito com o verbo indignado e ardoroso, todavia, é provável não estejas senão estimulando a indisciplina e a ociosidade de muitos.

“Uma só coisa é necessária”, asseverou o Mestre, em sua lição a Marta, cooperadora ativa e dedicada.

Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos guardar, dentro de nós mesmos, uma atitude adequada, ante os desígnios do Todo-Poderoso, avançando, segundo o roteiro que nos traçou a Divina Lei. Realizado esse “necessário”, cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustarão, a nossos olhos, no lugar que lhes é próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia com o Celeste Instrutor, é muito difícil agir alguém com proveito.




Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas, foi publicada originalmente em 1951 pela FEB e é a 3ª lição do livro “”


mt 5:9
Pão Nosso

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Página: 41
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem.” — JESUS (Jo 12:35)


O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro. Ver-se-á colocado entre duas eternidades — a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir.

Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas.

No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa, constituída de ruína e desencanto, compelindo-as a revalorizar os recursos em mão.

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.

Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele.

Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante.

Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento.

Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida.



mt 5:9
Fé, Paz e Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Muita gente escuta referência à paz, acalentando a volúpia da grande preguiça.

E semelhantes ouvintes, desavisados e inconsequentes, mentalizando alegria e consolação, imaginam fortunas fáceis e aposentadorias rendosas, heranças polpudas e gratificações vitalícias.

Aspirando, porém, o conforto da lesma, esquecem-se de que toda ociosidade quase sempre é calmaria da podridão.

Lembrando a palavra do Senhor nos ensinamentos do monte, (Mt 5:9) assinalamos que todos os corações pacíficos, associados ao seu ministério de redenção, em verdade, não conheceram a imobilidade na Terra.

Os companheiros diretos da Boa Nova, após testemunhos dilacerantes de fé, expiraram em postes de martírio ou lapidados na praça pública, entre zombaria e sarcasmo da multidão. E muitos daqueles mesmos que ouviram do Mestre a promessa de felicidade para o fim do trabalho rude partiram da Terra, sob escabrosas perseguições, sem contar que Ele próprio, o Cristo de Deus, depois de sacrifícios ingentes a benefício de todos, foi içado no madeiro, sem qualquer nota de tranquilidade exterior a asserenar-lhe a morte.

Não te esqueças, desse modo, de que a paz verdadeira verte da ação constante no Bem Eterno, sem reclamação e sem amargura, porque à feição do grande equilíbrio que mora no imo da esfera em movimento a sustentar o trabalho ou a vida, a paz brilhará no recesso de nossas almas sempre que nos consagremos a exaltar e servir à Bênção do Amor de Deus.



mt 5:9
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 140
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

23 Após marcarem com ele um dia, muitos vieram até ele, na hospedaria; aos quais expunha, dando um testemunho, o Reino de Deus, persuadindo-os a respeito de Jesus, a partir da Lei de Moisés e dos Profetas, desde o raiar do dia até o entardecer. 24 Uns eram persuadidos, mas outros não criam. 25 Havendo desacordo entre eles, despediram-se, tendo Paulo dito uma só palavra: bem falou o Espírito Santo a vossos Pais, através do Profeta Isaías, 26 dizendo: vai a este povo e lhe diz: ouvireis com os ouvidos, e não compreendereis; vendo, vereis e não enxergareis, 27 pois o coração deste povo se tornou cevado, com ouvidos pesadamente ouviram, seus olhos se fecharam para que não vejam com os olhos, não ouçam com os ouvidos, não compreendam com o coração e se voltem para eu os curar. 28 Portanto, seja do vosso conhecimento que esta salvação de Deus foi enviada às nações; e eles [a] ouvirão. 29 [Ditas essas palavras, partiram os judeus, tendo entre si grande contenda]. — (At 28:23)


[…] No dia aprazado, vasta aglomeração de israelitas comprimia-se e desbordava do quarto humilde onde o ex-rabino montara a nova tenda de trabalhos evangélicos. Ele pregou a lição da Boa Nova e explicou, pacientemente, a missão gloriosa de Jesus, desde a manhã até a tarde. Alguns raros irmãos de raça pareciam compreender os novos ensinamentos, enquanto que a maioria se entregava a interpelações ruidosas e a polêmicas estéreis. O Apóstolo recordou o tempo de suas viagens, vendo ali a repetição exata das cenas irritantes das sinagogas asiáticas, onde os judeus se empenhavam em combates acérrimos.

A noite avizinhava-se e as discussões prosseguiam acaloradas. O sol despedia-se da paisagem, dourando o cume das colinas distantes. Observando que o ex-rabino fizera uma pausa para ganhar algum fôlego, Lucas aproximou-se e confidenciou:

— Dói-me constatar quanto esforço despendes para vencer o espírito do judaísmo!…


Paulo de Tarso meditou alguns momentos e respondeu:

— Sim, verificar a rebeldia voluntária dá enfado ao coração; contudo, a experiência do mundo tem-me ensinado a discernir, de algum modo, a posição dos espíritos. Há duas classes de homens para as quais se torna mais difícil o contato renovador de Jesus. A primeira é a que vi em Atenas e se constitui dos homens envenenados pela falaciosa ciência da Terra; homens que se cristalizam numa superioridade imaginária e muito presumem de si mesmos. São estes, a meu ver, os mais infelizes. A segunda é a que conhecemos nos judeus recalcitrantes que, possuindo um patrimônio precioso do passado, não compreendem a fé sem lutas religiosas, petrificam-se no orgulho de raça e perseveram numa falsa interpretação de Deus. De tal arte, entendemos melhor a palavra do Cristo, que classificou os simples e pacíficos da Terra como criaturas bem-aventuradas. (Mt 5:9) Poucos gentios cultos e raros judeus crentes na Lei Antiga estão preparados para a escola bendita da perfeição com o Divino Mestre.


Lucas passou a considerar o justo conceito do Apóstolo; mas, a esse tempo, as palestras ruidosas e irritantes dos israelitas pareciam o fermento rápido de pugilatos inevitáveis. O ex-rabino, porém, desejoso de paz, subiu novamente à tribuna e exclamou:

— Irmãos, evitemos as contendas estéreis e ouçamos a voz da própria consciência! Continuai examinando a Lei e os Profetas, nos quais encontrareis sempre a promessa do Messias, que já veio… Desde Moisés, todos os mentores de Israel referiram-se ao Mestre, com caracteres de fogo… Não somos culpados da vossa surdez espiritual. Invocando as discussões ferinas de há pouco, recordo a lição de Isaías quando declara que muitos hão de ver sem enxergar, e ouvir sem entender. (Is 6:9) São os espíritos endurecidos que, agravando as próprias enfermidades, culminam em lutas desesperadoras para que Jesus possa, mais tarde, convertê-los e curá-los com o bálsamo do seu infinito amor. No entanto, podeis estar convictos de que esta mensagem será auspiciosamente recebida pelos gentios simples e infelizes, que são, na verdade, os bem-aventurados de Deus.


A declaração franca e veemente do Apóstolo caiu na assembleia como um raio, impondo absoluto silêncio. Mas, destoando dos sentimentos da maioria, um velhinho judeu aproximou-se do convertido de Damasco e disse:

— Reconheço o exato sentido da vossa palavra, mas desejaria pedir-vos que este Evangelho continuasse a ser ministrado à nossa gente. Há seguidores de Moisés bem-intencionados, que podem aproveitar o ensino de Jesus, enriquecendo-se com os seus valores eternos.

O apelo carinhoso e sincero era proferido em tom comovedor. Paulo abraçou o simpatizante da nova doutrina, fundamente sensibilizado, e acrescentou:

— Este aposento humilde é também vosso. Vinde conhecer o pensamento do Cristo, sempre que vos aprouver. Podereis copiar todas as anotações que possuo.

— E não ensinais na sinagoga?

— Por enquanto, preso como estou, não poderei fazê-lo, mas hei de escrever uma carta aos nossos irmãos de boa vontade.

Dentro de poucos minutos, a compacta reunião se dissolvia com as primeiras sombras da noite.

Daí por diante, aproveitando as últimas horas de cada dia, os companheiros de Paulo viram que ele escrevia um documento a que dedicava profunda atenção. Às vezes, era visto a escrever com lágrimas, como se desejasse fazer da mensagem um depósito de santas inspirações. Em dois meses entregava o trabalho a Aristarco para copiá-lo, dizendo:

— Esta e a epístola aos hebreus. Fiz questão de grafá-la, valendo-me dos próprios recursos, pois que a dedico aos meus irmãos de raça e procurei escrevê-la com o coração.

O amigo compreendeu o seu intuito e, antes de começar as cópias, destacou o estilo singular e as ideias grandiosas e incomuns.




(Paulo e Estêvão, FEB Editora., pp. 454 a 456. Indicadores 33 a 37)


mt 5:9
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

O navio de Adramítio  da Mísia,  em que viajavam o Apóstolo e os companheiros, no dia imediato tocou em Sídon, repetindo-se as cenas comovedoras da véspera. Júlio permitiu que o ex-rabino fosse ter com os amigos na praia, verificando-se as despedidas entre exortações de esperanças e muitas lágrimas. Paulo de Tarso ganhou ascendência moral sobre o comandante, marinheiros e guardas. Sua palavra vibrante conquistara as atenções gerais. Falava de Jesus, não como de uma personalidade inatingível, mas como de um mestre amoroso e amigo das criaturas, a seguir de perto a evolução e redenção da Humanidade terrena desde os seus primórdios. Todos desejavam ouvir-lhe os conceitos, relativamente ao Evangelho e quanto à sua projeção no futuro dos povos.


A embarcação frequentemente deixava divisar paisagens gratíssimas ao olhar do Apóstolo. Depois de costear a Fenícia, surgiram os contornos da Ilha de Chipre  — de cariciosas recordações. Nas proximidades de Panfília exultou de íntima alegria pelo dever cumprido, e assim chegou ao porto de Mira,  na Lícia.

Foi aí que Júlio resolveu tomar passagem com os companheiros numa embarcação alexandrina, que se dirigia para a Itália. Desse modo, a viagem continuou, mas com perspectivas desfavoráveis. O navio levava excesso de carga. Além de grande quantidade de trigo, tinha a bordo duzentas e setenta e seis pessoas. Aproximava-se o período difícil para os trabalhos de navegação. Os ventos sopravam de rijo, contrariando a rota. Depois de longos dias, ainda vogavam na região do Cnido. Vencendo dificuldades extremas, conseguiram tocar em alguns pontos de Creta. 


Observando os obstáculos da jornada e obedecendo à própria intuição, o Apóstolo, confiado na amizade de Júlio, chamou-o em particular e sugeriu o inverneio em Kaloi-Limenes.  O chefe da coorte tomou o alvitre em consideração e apresentou-o ao comandante e ao piloto, os quais o houveram por descabível.

— Que significa isso, centurião? — perguntou o capitão, enfático, com um sorriso algo irônico. — Dar crédito a esses prisioneiros? Pois estou a ver que se trata de algum plano de fuga, maquinado com sutileza e prudência… Mas, seja como for, o alvitre é inaceitável, não só pela confiança que devemos ter em nossos recursos profissionais, como porque precisamos atingir o porto de Fênix,  para o repouso necessário.


O centurião desculpou-se como pôde, retirando-se um tanto vexado. Desejaria protestar, esclarecendo que Paulo de Tarso não era um simples réu comum; que não falava por si só, mas também por , que igualmente fora marítimo dos mais competentes. Não lhe convinha, porém, comprometer sua brilhante situação militar e política, em antagonismo com as autoridades provincianas. Era melhor não insistir, sob pena de ser mal compreendido pelos homens de sua classe. Procurou o Apóstolo e fê-lo sabedor da resposta. Paulo, longe de magoar-se, murmurou calmamente:

— Não nos entristeçamos por isso! Estou certo de que os óbices hão de ser muito maiores do que possamos suspeitar. Haveremos, porém, de lograr algum proveito, porque, nas horas angustiosas, recordaremos o poder de Jesus, que nos avisou a tempo.


A viagem continuou entre receios e esperanças. O próprio centurião estava agora convencido da inoportunidade da arribada em Kaloi-Limenes, porque, nos dois dias que se seguiram ao conselho do Apóstolo, as condições atmosféricas melhoraram bastante. Logo, porém, que se fizeram ao mar alto, rumo a Fênix, um furacão imprevisto caiu de súbito. De nada valeram providências improvisadas. A embarcação não podia enfrentar a tempestade e forçoso foi deixá-la à mercê do vento impetuoso, que a arrebatou para muito longe, envolta em denso nevoeiro. Começaram, então, padecimentos angustiosos para aquelas criaturas insuladas no abismo revolto das ondas encapeladas. A tormenta parecia eternizar-se. Havia quase duas semanas que o vento rugia incessante, destruidor. Todo o carregamento de trigo foi alijado, tudo que representava excesso de peso sem utilidade imediata, foi tragado pelo monstro insaciável e rugidor!


A figura de Paulo foi encarada com veneração. A tripulação do navio não podia esquecer o seu alvitre. O piloto e o comandante estavam confundidos e o prisioneiro tornara-se alvo de respeito e consideração unânimes. O centurião, principalmente, permanecia constantemente junto dele, crente de que o ex-rabino dispunha de poderes sobrenaturais e salvadores. O abatimento moral e o enjoo espalharam o desânimo e o terror. O Apóstolo generoso, no entanto, acudia a todos, um por um, obrigando-os a se alimentarem e confortando-os moralmente. De quando a quando, soltava o verbo eloquente e, com a devida permissão de Júlio, falava aos companheiros da hora amarga, procurando identificar as questões espirituais com o espetáculo convulsivo da Natureza:


— Irmãos! — dizia em voz alta para a assembleia estranha, que o ouvia transida de angústia — eu creio que tocaremos breve a terra firme! Entretanto, assumamos o compromisso de jamais olvidar a lição terrível desta hora. Procuraremos caminhar no mundo qual marinheiro vigilante, que, ignorando o momento da tempestade, guarda a certeza da sua vinda. A passagem da existência humana para a vida espiritual assemelha-se ao instante amarguroso que estamos vivendo neste barco, há muitos dias. Não ignorais que fomos avisados de todos os perigos, no último porto que nos convidava a estagiar, livres de acidentes destruidores. Buscamos o mar alto, de própria conta. Também Cristo Jesus nos concede os celestes avisos no seu Evangelho de Luz, mas, frequentemente optamos pelo abismo das experiências dolorosas e trágicas. A ilusão, como o vento sul, parece desmentir as advertências do Salvador, e nós continuamos pelo caminho da nossa imaginação viciada; entretanto, a tempestade chega de repente. É preciso passar de uma vida para outra, a fim de retificarmos o rumo iniludível. Começamos por alijar o carregamento pesado dos nossos enganos cruéis, abandonamos os caprichos criminosos para aceitar plenamente a vontade augusta de Deus. Reconhecemos nossa insignificância e miséria, alcança-nos um tédio imenso dos erros que nos alimentavam o coração tal como sentimos o nada que representamos neste arcabouço de madeiras frágeis, flutuante no abismo, tomados de singular enjoo, que nos provoca náuseas extremas! O fim da existência humana é sempre uma tormenta como esta, nas regiões desconhecidas do mundo interior, porque nunca estamos apercebidos para ouvir as advertências divinas e procuramos a tempestade angustiosa e destruidora, pelo roteiro de nossa própria autoria.


A assembleia amedrontada ouvia-lhe os conceitos, empolgada de inominável pavor. Observando que todos se abraçavam, confraternizando-se na angústia comum, continuava:

— Contemplemos o quadro dos nossos sofrimentos. Vede como o perigo ensina a fraternidade imediata. Estamos aqui, patrícios romanos, negociantes de Alexandria, plutocratas de Fenícia, autoridades, soldados, prisioneiros, mulheres e crianças… Embora diferentes uns dos outros, perante Deus a dor nos irmana os sentimentos para o mesmo fim de salvação e restabelecimento da paz. Creio que a vida em terra firme seria muito diferente, se as criaturas lá se compreendessem tal como acontece aqui, agora, nas vastidões marinhas.

Alguns sopitavam o despeito, ouvindo a palavra apostolar, mas a grande maioria acercava-se, reconhecendo-lhe a inspiração superior e desejosa de confugir-se à sombra da sua virtude heroica.


Decorridos catorze dias de cerração e tormenta o barco alexandrino atingiu a Ilha de Malta.  Enorme, geral alegria; mas, o comandante, ao ver afastado o perigo e sentindo-se humilhado com a atitude do Apóstolo durante a viagem, sugeriu a dois soldados o assassínio dos prisioneiros de Cesareia, antes que pudessem evadir-se. Os prepostos do centurião assumiram a paternidade desse alvitre, mas Júlio se opôs, terminantemente, deixando perceber a transformação espiritual que o felicitava agora, à luz do Evangelho redentor. Os presos que sabiam nadar atiraram-se à água corajosamente; os demais agarravam-se aos botes improvisados, buscando a praia.


Os naturais da Ilha, bem como os poucos romanos que lá residiam a serviço da administração, acolheram os náufragos com simpatia; mas, por numerosos, não havia acomodação para todos. Frio intenso enregelava os mais resistentes. Paulo, todavia, dando mostras do seu valor e experiência no afrontar intempéries, tratou de dar o exemplo aos mais abatidos, para que se fizesse fogo, sem demora. Grandes fogueiras foram acesas rapidamente para aquecimento dos desabrigados; mas, quando o Apóstolo atirava um feixe de ramos secos à labareda crepitante, uma víbora cravou-lhe na mão os dentes venenosos. O ex-rabino susteve-a no ar com um gesto sereno, até que ela caísse nas chamas, com estupefação geral. e aproximaram-se aflitos. O chefe da coorte e alguns amigos estavam desolados. É que os naturais da Ilha, observando o fato, davam alarme, asseverando que o réptil era dos mais venenosos da região, e que as vítimas não sobreviviam mais que horas.


Os indígenas, impressionados, afastavam-se discretamente. Outros, assustadiços, afirmavam:

— Este homem deve ser um grande criminoso, pois, salvando-se das ondas bravias, veio encontrar aqui o castigo dos deuses.

Não eram poucos os que aguardavam a morte do Apóstolo, contando os minutos; Paulo, no entanto, aquecendo-se como lhe era possível, observava a expressão fisionômica de cada um e orava com fervor. Diante do prognóstico dos nativos da Ilha, Timóteo aproximou-se mais intimamente e buscou cientificá-lo do que diziam a seu respeito.

O ex-rabino sorriu e murmurou:

— Não te impressiones. As opiniões do vulgo são muito inconstantes, tenho disso experiência própria. Estejamos atentos aos nossos deveres, porque a ignorância sempre está pronta a transitar da maldição ao elogio e vice-versa. É bem possível que daqui a algumas horas me considerem um deus.


Com efeito, quando viram que ele não acusara nem mesmo a mais leve impressão de dor, os indígenas passaram a observá-lo como entidade sobrenatural. Já que se mantivera indene ao veneno da víbora, não poderia ser um homem comum, antes algum enviado do Olimpo,  a que todos deveriam obedecer.

A esse tempo, o mais alto funcionário de Malta, Públio Apiano, chegara ao local e ordenava as primeiras providências para socorrer os náufragos, sendo eles conduzidos a vastos galpões desabitados, próximo de sua residência, lá recebendo caldos quentes, remédio e roupas. O preposto imperial reservou os melhores cômodos da própria moradia para o comandante do navio e o centurião Júlio, atento ao prestígio dos respectivos cargos, até que pudessem obter novas acomodações na Ilha. O chefe da coorte, no entanto, sentindo-se agora extremamente ligado ao Apóstolo dos gentios, solicitou ao generoso funcionário romano acolhesse o ex-rabino com a deferência a que fazia jus, ao mesmo tempo que elogiava as suas virtudes heroicas.


Ciente da elevada condição espiritual do convertido de Damasco e ouvindo os fatos maravilhosos, que lhe atribuíam no capítulo das curas, lembrou comovidamente ao centurião:

— Ainda bem! Lembrança preciosa a vossa, mesmo porque, tenho aqui meu pai enfermo e desejaria experimentar as virtudes desse santo varão do povo de Israel!…

Convidado por Júlio, Paulo aquiesceu desassombrado e assim compareceu em casa de Públio. Levado à presença do ancião enfermo, impôs-lhe as mãos calosas e enrugadas, em prece comovedora e ardente. O velhinho que ardia e se consumia em febre letal, experimentou imediato alívio e rendeu graças aos deuses de sua crença. Tomado de surpresa, Públio Apiano viu-o levantar-se procurando a destra do benfeitor para um ósculo santo. O ex-rabino, no entanto, valeu-se da situação e, ali mesmo, exaltou o Divino Mestre, pregando as verdades eternas e esclarecendo que todos os bens provinham do seu coração misericordioso e justo e não de criaturas pobres e frágeis, quanto ele.


O preposto do Império quis conhecer o Evangelho imediatamente. Arrancando das dobras da túnica, em frangalhos, os pergaminhos da Boa Nova, único patrimônio que lhe ficara nas mãos, depois da tempestade, Paulo de Tarso passou a exibir os pensamentos e ensinos de Jesus, quase com orgulho. Públio ordenou que o documento fosse copiado e prometeu interessar-se pela situação do Apóstolo, utilizando suas relações em Roma, a fim de lhe conseguir a liberdade.

A notícia do feito espalhou-se em poucas horas. Não se falava de outra coisa, senão do homem providencial que os deuses haviam mandado à Ilha, para que os doentes fossem curados e o povo recebesse novas revelações.


Com a complacência de Júlio o ex-rabino e os companheiros obtiveram um velho salão do administrador, onde os serviços evangélicos funcionaram regularmente, durante os meses do inverno rigoroso. Multidões de enfermos foram curados. Velhos misérrimos, na claridade dos tesouros do Cristo alcançaram novas esperanças. Quando voltou a época da navegação, Paulo já havia criado em toda a Ilha uma vasta família cristã, cheia de paz e nobres realizações para o futuro.

Atento aos imperativos da sua comissão, Júlio resolveu partir com os prisioneiros no navio “Castor e Pólux”, que ali invernara e se destinava à Itália.


No dia do embarque, o Apóstolo teve a consolação de aferir o interesse afetuoso dos novos amigos do Evangelho, recebendo, sensibilizado, manifestações de fraternal carinho. A bandeira augusta do Cristo também ali ficara desfraldada, para sempre.

O navio demandou a costa italiana debaixo de ventos favoráveis.

Chegados a Siracusa,  na Sicília,  amparado pelo generoso centurião, agora devotado amigo, Paulo de Tarso aproveitou os três dias de permanência na cidade, em pregações do Reino de Deus, atraindo numerosas criaturas ao Evangelho.

Em seguida, a embarcação penetrou o estreito, tocou em Régio,  aproando daí a Pouzzoles (Putéoli),  não longe de Vesúvio. 


Antes do desembarque, o centurião aproximou-se do Apóstolo, respeitosamente, e falou:

— Meu amigo, até agora estiveste sob o amparo da minha amizade pessoal, direta; daqui por diante, porém, temos de viajar sob os olhares indagadores de quantos habitam nas proximidades da metrópole e há que considerar vossa condição de prisioneiro…

Notando-lhe o natural constrangimento, mescla de humildade e respeito, Paulo exclamou:

— Ora esta, Júlio, não te incomodes! Sei que tens necessidade de algemar-me os pulsos para a exata execução de teus deveres. Apressa-te a faze-lo, pois não me seria lícito comprometer uma afeição tão pura, qual a nossa.

O chefe da coorte tinha os olhos molhados, mas, retirando as algemas da pequena bolsa, acentuou:

— Disputo a alegria de ficar convosco. Quisera ser, como vós, um prisioneiro do Cristo!…


Paulo estendeu a mão, extremamente comovido, permanecendo ligado ao centurião, sob o olhar carinhoso dos três companheiros.

Júlio determinou que os prisioneiros comuns fossem instalados em prisões gradeadas e que Paulo, Timóteo, Aristarco e Lucas ficassem em sua companhia, numa pensão modesta. Em face da humildade do Apóstolo e de seus colaboradores, o chefe da coorte parecia mais generoso e fraternal. Desejoso de agradar ao velho discípulo de Jesus, mandou sindicar, imediatamente, se em Pouzzoles havia cristãos e, em caso afirmativo, que fossem à sua presença, para conhecerem os trabalhadores da semeadura santa. O soldado incumbido da missão, daí a poucas horas, trazia consigo um generoso velhinho de nome Sexto Flácus, cuja fisionomia transbordava a mais viva alegria. Logo à entrada, aproximou-se do velho Apóstolo e osculou-lhe as mãos, regou-as de lágrimas, em transportes de espontâneo carinho. Estabeleceu-se, imediatamente, consoladora palestra de que Paulo de Tarso participava comovido. Flácus informou que a cidade tinha há muito a sua igreja; que o Evangelho ganhava terreno nos corações; que as cartas do ex-rabino eram tema de meditação e estudo em todos os lares cristãos, que reconheciam em suas atividades a missão de um mensageiro do Messias salvador. Tomando a velha bolsa arrancou, ali mesmo, a cópia da epístola aos romanos, guardada pelos confrades de Pouzzoles com especial carinho.


Paulo tudo ouvia gratamente impressionado, parecendo-lhe que chegava a um mundo novo.

Júlio, por sua vez, não cabia em si de contente. E, dando largas ao seu entusiasmo natural, Sexto Flácus expediu recados aos companheiros. Aos poucos, a modesta estalagem enchia-se de caras novas. Eram padeiros, negociantes e artífices que vinham, ansiosos, apertar a mão do amigo da gentilidade. Todos queriam beber os conceitos do Apóstolo, vê-lo de perto, beijar-lhe as mãos. Paulo e companheiros foram convidados a falar na igreja aquela mesma noite e, cientes de que o centurião pretendia partir para Roma no dia imediato, os sinceros discípulos do Evangelho, em Pouzzoles, rogaram a Júlio permitisse a demora de Paulo entre eles, ao menos por sete dias, ao que o chefe da coorte atendeu de bom grado.

A comunidade viveu horas de júbilo imenso. Sexto Flácus e os companheiros expediram dois emissários a Roma, para que os amigos da cidade imperial tivessem conhecimento da vinda do Apóstolo dos gentios. E, cantando louvores no coração, os crentes passaram dias de ilimitada ventura.


Decorrida a semana de trabalhos frutuosos, felizes, o centurião fez ver a necessidade de partir.

A distância a vencer excedia de duzentos quilômetros, com sete dias de marcha consecutiva e fatigante.

O pequeno grupo partiu acompanhado de mais de cinquenta cristãos de Pouzzoles, que seguiram o ex-rabino até Fórum de Ápio,  em cavalos resistentes, montando carinhosa guarda aos carros dos guardas e prisioneiros. Nessa localidade, distante de Roma quarenta e poucas milhas, aguardava o Apóstolo dos gentios a primeira representação dos discípulos do Evangelho na cidade imperial. Eram anciães comovidos, cercados por alguns companheiros generosos, que, por pouco, carregavam o ex-rabino nos braços. Júlio não sabia como disfarçar a surpresa que lhe ia nalma. Jamais viajara com um prisioneiro de tamanho prestígio. De Fórum de Ápio a caravana demandou o sítio denominado “As Três Tavernas”,  acrescida agora do grande veículo que levava os anciães romanos, e sempre rodeada de cavaleiros fortes e bem dispostos. Nessa região, singularmente nomeada, em vista do grande conforto de suas hospedarias, outros carros e novos amigos esperavam Paulo de Tarso com sublimes demonstrações de alegria. O Apóstolo, agora, contemplava as regiões do Lácio  empolgado por emoções suaves e doces. Tinha a impressão de haver aportado a um mundo diferente da sua Ásia  cheia de combates acerbos.


Com permissão de Júlio, a figura mais representativa dos anciães romanos tomara assento junto de Paulo, naquele jubiloso fim de viagem. O velho Apolodoro, depois de certificar-se da simpatia do chefe da coorte pela doutrina de Jesus, tornou-se mais vivo e minucioso no seu noticiário verbal, atendendo às perguntas afetuosas do Apóstolo dos gentios.

— Vindes a Roma em boa época — acentuava o velhinho em tom resignado —; temos a impressão de que nossos sofrimentos por Jesus vão ser multiplicados. Estamos em 61, mas há três anos que os discípulos do Evangelho começaram a morrer nas arenas do circo pelo nome augusto do Salvador.

— Sim — disse Paulo de Tarso solicitamente. — Eu ainda não havia sido preso em Jerusalém,  quando ouvi referências às perseguições indiretas, movidas aos adeptos do Cristianismo pelas autoridades romanas.

— Não são poucos — acrescentou o ancião — os que têm dado seu sangue nos espetáculos homicidas. Nossos companheiros têm caído às centenas, aos apupos do povo inconsciente, estraçalhados pelas feras ou nos postes do martírio…


O centurião, muito pálido, interrogou:

— Mas como pode ser isso? Há medidas legais que justifiquem esses feitos criminosos?

— E quem poderá falar em justiça no governo de Nero?  — replicou Apolodoro com um sorriso de santa resignação. — Ainda agora, perdi um filho amado nessas horrorosas carnificinas.

— Mas, como? — tornou o chefe da coorte admirado.

— Muito simplesmente — esclareceu o velhinho —: os cristãos são conduzidos aos circos do martírio e da morte, como escravos faltosos e misérrimos. Como ainda não existe um fundamento legal que justifique semelhantes condenações, as vítimas são designadas como cativos que mereceram os suplícios extremos.


— Mas não existe um político, ao menos, que possa desmascarar o torpe sofisma?

— Quase todos os estadistas honestos e justos estão exilados, para não falar dos muitos induzidos ao suicídio pelos prepostos diretos do Imperador. Acreditamos que a perseguição declarada aos discípulos do Evangelho não tardará muito. A medida tem sido retardada somente pela intervenção de algumas senhoras convertidas a Jesus, que tudo têm feito pela defesa de nossos ideais. Não fora isso, talvez a situação se revelasse mais dolorosa.

— Precisamos negar a nós mesmos e tomar a cruz — exclamou Paulo de Tarso, compreendendo o rigor dos tempos.

— Tudo isso é muito estranho para nós outros — ponderou Júlio acertadamente —, pois não vemos razão para tamanha tirania. É um contrassenso a perseguição aos adeptos do Cristo, que trabalham pela formação de um mundo melhor, quando por aí medram tantas comunidades de malfeitores, a reclamarem repressão legal. Com que pretexto se promove esse movimento sorrateiro?


Apolodoro pareceu concentrar-se e replicou:

— Acusam-nos de inimigos do Estado, a solapar-lhe as bases políticas com ideias subversivas e destruidoras. A concepção de bondade, no Cristianismo, dá azo a que muitos interpretem mal os ensinamentos de Jesus. Os romanos abastados, os ilustres, não toleram a ideia de fraternidade humana. Para eles o inimigo é inimigo, o escravo é escravo, o miserável é miserável. Não lhes ocorre abandonar, por um momento sequer, o festim dos prazeres fáceis e criminosos, para cogitar da elevação do nível social. Raríssimos os que se preocupam com os problemas da plebe. Um patrício caridoso é apontado com ironias. Num tal ambiente, os desfavorecidos da sorte encontraram no Cristo Jesus um Salvador bem-amado, e os avarentos um adversário a eliminar, para que o povo não alimente esperanças. Examinada essa circunstância, podemos imaginar o progresso da doutrina cristã, entre os aflitos e pobres, tendo-se em vista que Roma sempre foi um enorme carro de triunfo mundano, que segue com os verdugos autoritários e tirânicos na boleia, cercado de multidões famintas, que vão apanhando as migalhas de sobejo. As primeiras pregações cristãs passaram despercebidas, mas, quando a massa popular demonstrou entender o elevado alcance da nova doutrina, começaram as lutas acerbas. De culto livre em suas manifestações, o Cristianismo passou a ser rigorosamente fiscalizado. Dizia-se que nossas células eram originárias de feitiçarias e sortilégios. Em seguida, como se verificaram pequenas rebeliões de escravos, nos palácios nobres da cidade, nossas reuniões de preces e benefícios espirituais foram proibidas. As agremiações foram dissolvidas à força. Em vista, porém, das garantias de que gozam as cooperativas funerárias, passamos a nos reunir alta noite no âmago das catacumbas. Ainda assim, descobertos pelos sequazes do Imperador, nossos núcleos de oração têm experimentado pesadas torturas.

— É horrível tudo isso! — exclamou o centurião compungido — e o que admira é haver funcionários dispostos a executar determinações tão injustas!…


Apolodoro sorriu e acentuou:

— A tirania contemporânea tudo justifica. Não levais, vós mesmo, um apóstolo prisioneiro? Entretanto, reconheço que sois dele um grande amigo.

A comparação do velho e arguto observador fez empalidecer ligeiramente o centurião.

— Sim, sim — murmurava ele, tentando explicar-se.

Paulo de Tarso, todavia, reconhecendo a posição e o embaraço do amigo, acudiu esclarecendo:

— Mas a verdade é que não fui encarcerado por malvadez ou inópia dos romanos, desconhecedores de Jesus-Cristo, mas por meus próprios irmãos de raça. Aliás, tanto em Jerusalém como em Cesareia, encontrei a mais sincera boa vontade dos prepostos do Império. Em tudo isso, amigos, preponderam as injunções do serviço do Mestre. Para o êxito indispensável dos seus esforços remissores, os discípulos não poderão caminhar no mundo sem as marcas da cruz.

Os interlocutores entreolharam-se satisfeitos. A explicação do Apóstolo vinha elucidar completamente o problema.


O grupo numeroso alcançou Alba Longa,  onde novo contingente de cavaleiros esperava o valoroso missionário. Daí até Roma,  a caravana moveu-se mais vagarosa, experimentando sublimadas sensações de alegria. Paulo de Tarso, muito sensibilizado, admirava a beleza singular das paisagens desdobradas ao longo da Via Ápia.  Mais alguns minutos e os viajores atingiam a Porta Capena,  onde centenas de mulheres e crianças aguardavam o Apóstolo. Era um quadro comovente!

O cortejo parou para que os amigos o abraçassem. Eminentemente emocionado, o centurião acompanhou a cena inesquecível, contemplando anciãs de cabelos nevados osculando as mãos de Paulo, com infinito carinho.


O Apóstolo, enlevado naquelas explosões de afeto, não sabia se havia de contemplar os panoramas prodigiosos da cidade das sete colinas, se paralisar o curso das emoções para prosternar-se em espírito, num preito justo de reconhecimento a Jesus.

Obedecendo às ponderações amigas de Apolodoro, o grupo dispersou-se.

Roma inteira banhava-se suavemente no crepúsculo de opalas. Brisas cariciosas sopravam, de longe, balsamizando a tarde quente. Considerando que Paulo precisava de repouso, o centurião resolveu passar a noite numa hospedaria e apresentar-se com os prisioneiros no dia imediato, ao Quartel dos Pretorianos, depois de refeitos da longa e exaustiva viagem.


Somente na manhã seguinte, compareceu perante as autoridades competentes, apresentando os acusados. Feliz expediente aquele, porque o ex-rabino sentia-se perfeitamente reconfortado. Na véspera, Lucas, Timóteo e Aristarco separaram-se dele, a fim de se instalarem na companhia dos irmãos de ideal, até poderem fixar a sua posição.

O centurião de Cesareia encontrou no Quartel da via Nomentana  altos funcionários que podiam perfeitamente atendê-lo, com referência ao assunto que o trazia à capital do Império; mas, fez questão de esperar o General Búrrus, amigo pessoal do Imperador e conhecido por suas tradições de honestidade, no intuito de esclarecer o caso do Apóstolo.

O General o atendeu com presteza e solicitude e ficou suficientemente informado da causa do ex-rabino, tanto quanto dos seus antecedentes pessoais e das lutas e sacrifícios que vinha amargurando. Prometeu estudar o caso com o maior interesse, depois de guardar, solícito, os pergaminhos remetidos pela Justiça de Cesareia. Na presença do Apóstolo, afirmou ao centurião que, caso os documentos provassem a cidadania romana do acusado, ele poderia gozar das vantagens da “custódia líbera”, passando a viver fora do cárcere, apenas acompanhado por um guarda, até que a magnanimidade de César decidisse o seu recurso.


Paulo foi recolhido à prisão com os demais companheiros, como medida preliminar ao exame da documentação trazida. Júlio despediu-se comovido, os guardas abraçaram o ex-rabino, contristados e respeitosos. Os altos funcionários do Quartel acompanharam a cena com indisfarçável surpresa. Prisioneiro algum havia ali entrado até então, com tamanhas manifestações de carinho e apreço.

Depois de uma semana, em que lhe fora permitido o contato permanente com Lucas, Aristarco e Timóteo, o Apóstolo recebia ordem para fixar residência nas proximidades da prisão — privilégio conferido pelos seus títulos, embora obrigado a permanecer sob as vistas de um guarda policial, até que o seu recurso fosse definitivamente julgado.

Auxiliado pelos confrades da cidade, Lucas alugou um aposento humilde na Via Nomentana, para lá se transferindo o valoroso pregador do Evangelho, cheio de coragem e confiança em Deus.


Longe de esmorecer diante dos obstáculos, continuou redigindo epístolas consoladoras e sábias às comunidades distantes. No segundo dia de sua nova instalação, recomendou aos três companheiros procurassem trabalho, para não serem pesados aos irmãos, explicando que ele, Paulo, viveria do pão dos encarcerados, como era justo, até que César pudesse atender ao seu apelo.

Assim o fez, de fato, e diariamente lá se ia às grades do calabouço, onde tomava a sua ração alimentar. Aproveitava, então, essas horas de convivência com os celerados ou com as vítimas da maldade humana para pregar as verdades confortadoras do Reino, ainda que algemados. Todos o ouviam em deslumbramento espiritual, jubilosos com a notícia de que não se encontravam desamparados pelo Salvador. Eram criminosos do Esquilino,  bandidos das regiões provincianas, malfeitores da Suburra,  servos ladrões entregues à justiça pelos senhores para a necessária regeneração, e pobres perseguidos pelo despotismo da época, que sofriam a terrível influência dos vícios da administração.

A palavra de Paulo de Tarso atuava como bálsamo de santas consolações. Os prisioneiros ganhavam novas esperanças e muitos se converteram ao Evangelho, como Onésimo,  o escravo regenerado, que passou à história do Cristianismo na carinhosa epístola a Filêmon. (Fm 1:10)


No terceiro dia da nova situação, Paulo de Tarso chamou os amigos para resolver determinados empreendimentos que julgava indispensáveis. Encareceu a diligência de um entendimento com os israelitas. Precisava transmitir-lhes as claridades da Boa Nova. No entanto, era impossível, no momento, uma visita à sinagoga. Sem paralisar, contudo, os impulsos dinâmicos da sua mentalidade vigorosa, pediu a Lucas convocasse os maiorais do judaísmo na capital do Império, a fim de lhes apresentar uma exposição de princípios, que supunha conveniente.

Na mesma tarde, grande número de anciães de Israel compareciam no seu aposento.

Paulo de Tarso expõe as notícias generosas do Reino de Deus, esclarece a sua posição, refere-se às preciosidades do Evangelho. Os ouvintes mostram-se algo interessados, mas, ciosos de suas tradições, acabam tomando atitude reservada e duvidosa.


Quando terminou a oração entusiástica, o rabi Menandro exclamou em nome dos demais:

— Vossa palavra merece nossa melhor consideração; entretanto, amigo, ainda não recebemos nenhuma notícia da Judeia, a vosso respeito. Temos, todavia, algum conhecimento desse Jesus a quem vos referis com ternura e veneração. Fala-se dele, em Roma, como de um revolucionário criminoso, que mereceu o suplício reservado aos ladrões e malfeitores, em Jerusalém.  Sua doutrina é havida por contrária à essência da . Sem embargo, desejamos sinceramente ouvir-vos sobre o novo profeta, com a calma necessária. Por outro lado é justo que não sejamos nós, apenas, os ouvintes dessas notícias singulares. Convém que vossos conceitos sejam dirigidos à maioria dos nossos irmãos, a fim de que os julgamentos isolados não prejudiquem os interesses do conjunto.


Paulo de Tarso percebeu a sutileza da observação e pediu que marcassem o dia da pregação a uma assembleia maior, alvitre esse que foi recebido pelos velhos judeus com justo interesse.

No dia aprazado, vasta aglomeração de israelitas comprimia-se e desbordava do quarto humilde onde o ex-rabino montara a nova tenda de trabalhos evangélicos. Ele pregou a lição da Boa Nova e explicou, pacientemente, a missão gloriosa de Jesus, desde a manhã até a tarde. Alguns raros irmãos de raça pareciam compreender os novos ensinamentos, enquanto que a maioria se entregava a interpelações ruidosas e a polêmicas estéreis. O Apóstolo recordou o tempo de suas viagens, vendo ali a repetição exata das cenas irritantes das sinagogas asiáticas, onde os judeus se empenhavam em combates acérrimos.

A noite avizinhava-se e as discussões prosseguiam acaloradas. O sol despedia-se da paisagem, dourando o cume das colinas distantes. Observando que o ex-rabino fizera uma pausa para ganhar algum fôlego, Lucas aproximou-se e confidenciou:

— Dói-me constatar quanto esforço despendes para vencer o espírito do judaísmo!…


Paulo de Tarso meditou alguns momentos e respondeu:

— Sim, verificar a rebeldia voluntária dá enfado ao coração; contudo, a experiência do mundo tem-me ensinado a discernir, de algum modo, a posição dos espíritos. Há duas classes de homens para as quais se torna mais difícil o contato renovador de Jesus. A primeira é a que vi em Atenas e se constitui dos homens envenenados pela falaciosa ciência da Terra; homens que se cristalizam numa superioridade imaginária e muito presumem de si mesmos. São estes, a meu ver, os mais infelizes. A segunda é a que conhecemos nos judeus recalcitrantes que, possuindo um patrimônio precioso do passado, não compreendem a fé sem lutas religiosas, petrificam-se no orgulho de raça e perseveram numa falsa interpretação de Deus. De tal arte, entendemos melhor a palavra do Cristo, que classificou os simples e pacíficos da Terra como criaturas bem-aventuradas. (Mt 5:9) Poucos gentios cultos e raros judeus crentes na Lei Antiga estão preparados para a escola bendita da perfeição com o Divino Mestre.


Lucas passou a considerar o justo conceito do Apóstolo; mas, a esse tempo, as palestras ruidosas e irritantes dos israelitas pareciam o fermento rápido de pugilatos inevitáveis. O ex-rabino, porém, desejoso de paz, subiu novamente à tribuna e exclamou:

— Irmãos, evitemos as contendas estéreis e ouçamos a voz da própria consciência! Continuai examinando a Lei e os Profetas, nos quais encontrareis sempre a promessa do Messias, que já veio… Desde Moisés, todos os mentores de Israel referiram-se ao Mestre, com caracteres de fogo… Não somos culpados da vossa surdez espiritual. Invocando as discussões ferinas de há pouco, recordo a lição de Isaías quando declara que muitos hão de ver sem enxergar, e ouvir sem entender. (Is 6:9) São os espíritos endurecidos que, agravando as próprias enfermidades, culminam em lutas desesperadoras para que Jesus possa, mais tarde, convertê-los e curá-los com o bálsamo do seu infinito amor. No entanto, podeis estar convictos de que esta mensagem será auspiciosamente recebida pelos gentios simples e infelizes, que são, na verdade, os bem-aventurados de Deus.


A declaração franca e veemente do Apóstolo caiu na assembleia como um raio, impondo absoluto silêncio. Mas, destoando dos sentimentos da maioria, um velhinho judeu aproximou-se do convertido de Damasco e disse:

— Reconheço o exato sentido da vossa palavra, mas desejaria pedir-vos que este Evangelho continuasse a ser ministrado à nossa gente. Há seguidores de Moisés bem-intencionados, que podem aproveitar o ensino de Jesus, enriquecendo-se com os seus valores eternos.

O apelo carinhoso e sincero era proferido em tom comovedor. Paulo abraçou o simpatizante da nova doutrina, fundamente sensibilizado, e acrescentou:

— Este aposento humilde é também vosso. Vinde conhecer o pensamento do Cristo, sempre que vos aprouver. Podereis copiar todas as anotações que possuo.

— E não ensinais na sinagoga?

— Por enquanto, preso como estou, não poderei fazê-lo, mas hei de escrever uma carta aos nossos irmãos de boa vontade.

Dentro de poucos minutos, a compacta reunião se dissolvia com as primeiras sombras da noite.

Daí por diante, aproveitando as últimas horas de cada dia, os companheiros de Paulo viram que ele escrevia um documento a que dedicava profunda atenção. Às vezes, era visto a escrever com lágrimas, como se desejasse fazer da mensagem um depósito de santas inspirações. Em dois meses entregava o trabalho a Aristarco para copiá-lo, dizendo:

— Esta e a epístola aos hebreus. Fiz questão de grafá-la, valendo-me dos próprios recursos, pois que a dedico aos meus irmãos de raça e procurei escrevê-la com o coração.

O amigo compreendeu o seu intuito e, antes de começar as cópias, destacou o estilo singular e as ideias grandiosas e incomuns.


E Paulo continuou trabalhando incessantemente a benefício de todos. A situação, como prisioneiro, era a mais confortadora possível. Fizera-se benfeitor desvelado de todos os guardas que lhe testemunhavam o esforço apostólico. A uns aliviara o coração com as alegrias da Boa Nova; a outros curara moléstias crônicas e dolorosas. Frequentemente, o benefício não se restringia ao interessado, porque os legionários romanos lhe traziam os parentes, os afeiçoados e os amigos, para se beneficiarem ao contato daquele homem dedicado aos interesses de Deus. Logo ao terceiro dia deixou de ser algemado, porque os soldados dispensavam a formalidade, apenas guardando-lhe a porta como simples amigos. Não poucas vezes, esses militares benévolos o convidavam a passear pela cidade, especialmente ao longo da Via Ápia,  que se havia tornado o local da sua predileção.

Sensibilizado, o Apóstolo agradecia essas provas de condescendência.


Os benefícios do seu convívio tornavam-se dia a dia mais evidentes. Impressionados com a sua palestra educativa e com as suas maneiras atenciosas, muitos legionários, antes relapsos e negligentes transformavam-se em elementos úteis à administração e à sociedade. Os guardas começaram a disputar o serviço de sentinela ao seu aposento, e isso lhe valia pelo melhor atestado de valor espiritual.

Visitado, incessantemente, por irmãos e emissários das suas igrejas queridas, da Macedônia  e da Ásia,  prosseguia desdobrando energias na tarefa de amorosa assistência aos amigos e colaboradores distantes, mediante cartas inspiradíssimas.


Havia quase dois anos que o seu recurso a César jazia esquecido nas mesas dos juízes displicentes, quando sobreveio um acontecimento de magna importância. Certo dia, um legionário amigo levou ao convertido de Damasco um homem de feições másculas e enérgicas, aparentando quarenta anos mais ou menos. Tratava-se de Acácio Domício, personalidade de grande influência política, e que de algum tempo tinha cegado em misteriosas circunstâncias.

Paulo de Tarso o acolheu com bondade e, depois de impor-lhe as mãos, esclarecendo-o sobre o que Jesus desejava de quantos lhe aproveitavam a munificência, exclamou comovidamente:

— Irmão, agora, convido-te a ver, em nome do Senhor Jesus-Cristo!

— Vejo! Vejo! — gritou o romano tomado de júbilo infinito; e logo, num movimento instintivo, ajoelhou-se em pranto e murmurou:

— Vosso Deus é verdadeiro!…


Profundamente reconhecido a Jesus, o Apóstolo deu-lhe o braço para que se levantasse e, ali mesmo, Domício procurou conhecer o conteúdo espiritual da nova doutrina, a fim de reformar-se e mudar de vida. Solícito, anotou logo as informações relativas ao processo do ex-rabino, acentuando ao despedir-se:

— Deus me ajudará para que possa retribuir o bem que me fizestes! Quanto à vossa situação, não duvideis do desfecho merecido, porque, na próxima semana, teremos resolvido o processo com a absolvição de César!


De fato, decorridos quatro dias, o velho servidor do Evangelho foi chamado a depor. De conformidade com as ordens legais, compareceu sozinho perante os juízes, respondendo com admirável presença de espírito às menores arguições que lhe foram desfechadas. Os magistrados patrícios verificaram a inconsistência do libelo, a infantilidade dos argumentos apresentados pelo Sinédrio e, não só atendendo à situação política de Acácio, que empenhara no feito os bons ofícios de que podia dispor, como pela profunda simpatia que a figura do Apóstolo despertava, instruíram o processo com os mais nobres pareceres, restituindo-o, por intermédio de Domício, para o veredicto do Imperador.

O generoso amigo de Paulo regozijou-se com a vitória inicial, convencido da próxima liberdade do seu benfeitor. Sem perda de tempo, mobilizou as melhores amizades, entre as quais contava Popeia Sabina,  conseguindo, afinal, a absolvição imperial.

Paulo de Tarso recebeu a notícia com votos de reconhecimento a Jesus. Mais que ele próprio, rejubilavam-se os amigos, que celebraram o acontecimento com expansões memoráveis.


O convertido de Damasco, entretanto, não viu nisso tão só um motivo para regozijo pessoal, mas a obrigação de intensificar a difusão do Evangelho de Jesus.

Durante um mês, no princípio do ano 63, visitou as comunidades cristãs de todos os bairros da capital do Império. Sua presença era disputada por todos os círculos, que o recebiam entre carinhosas manifestações de respeito e de amor pela sua autoridade moral. Organizando planos de serviço para todas as igrejas domésticas que funcionavam na cidade, e depois de inúmeras prédicas gerais nas catacumbas silenciosas, o incansável trabalhador resolveu partir para a Espanha.  Debalde intervieram os colaboradores, rogando-lhe que desistisse. Nada o demoveu. De há muito, alimentava o desejo de visitar o Extremo do Ocidente e, se fosse possível, desejaria morrer convicto de haver levado o Evangelho aos confins do mundo.



mt 5:13
Caminho, Verdade e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 169
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou.” — JESUS (Jo 17:14)


Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembleias do engano voluntário.

O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem.

O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É “sal da Terra”, (Mt 5:13) força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.

A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:

   “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (Mt 16:24)

   “Amai vossos inimigos. (Mt 5:44)

   “Orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Mt 5:44)

   “Bendizei os que vos maldizem. (Lc 6:28)

   “Emprestai sem nada esperardes. (Lc 6:35)

   “Não julgueis para não serdes julgados. (Lc 6:37)

   “Entre vós, o maior seja servo de todos. (Mt 23:11)

   “Buscai a porta estreita. (Lc 13:24)

   “Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos. (Mt 10:16)

   “No mundo, tereis tribulações.” (Jo 16:33)


Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime d’Ele sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.

Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.



mt 5:15
Trevo de Idéias

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Amigo leitor.

Foi um simpósio formado de amigos.

Cada qual sugerindo determinada abertura de caminhos espirituais, destinados a auxiliar a comunidade humana.

Comentou-se o trabalho da assistência social; de prevenção contra acidentes; do apoio de urgência à penúria desvalida; de proteção à infância; de auxílio a idosos desamparados; da extinção dos processos de violência; do socorro às vítimas das enfermidades contagiosas; de amparo aos doentes sanatorizados e de liberação e alívio dos obsidiados.

Ao termo das tarefas, um amigo me observou:

— A nossa reunião parece ter sido um trevo de ideias. Estradas abertas para diversos rumos, planos de ação, considerando diversos objetivos… Concordamos.

E tanta originalidade encontramos na imagem do companheiro, que neste nosso despretensioso livro de reflexões e de notas colocamos no frontispício: — Trevo de Ideias.



Uberaba, 28 de fevereiro de 1987.


mt 5:16
Pensamento e vida

Categoria: Livro Espírita
Ref: 8578
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Disse-nos o Cristo: “brilhe vossa luz…” (Mt 5:16)

E ele mesmo, o Mestre Divino, é a nossa divina luz na evolução planetária.

Admitia-se antigamente que a recomendação do Senhor fosse mero aviso de essência mística, conclamando profitentes do culto externo da escola religiosa a suposto relevo individual, depois da morte, na imaginária corte celeste.

Hoje, no entanto, reconhecemos que a lição de Jesus deve ser aplicada em todas as condições, todos os dias.

A própria ciência terrena atual reconhece a presença da luz em toda parte.

O corpo humano, devidamente estudado, revelou-se, não mais como matéria coesa, senão espécie de veículo energético, estruturado em partículas infinitesimais que se atraem e se repelem, reciprocamente, com o efeito de microscópicas explosões de luz.

A Química, a Física e a Astronomia demonstram que o homem terrestre mora num reino entrecortado de raios.

Na intimidade desse glorioso império da energia, temos os raios mentais condicionando os elementos em que a vida se expressa.

O pensamento é força criativa, a exteriorizar-se, da criatura que o gera, por intermédio de ondas sutis, em circuitos de ação e reação no tempo, sendo tão mensurável como o fotônio que, arrojado pelo fulcro luminescente que o produz, percorre o espaço com velocidade determinada, sustentando o hausto fulgurante da Criação.

A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os, repetimos.

Esse espelho, entretanto, jaz mais ou menos prisioneiro nas sombras espessas da ignorância, à maneira de pedra valiosa incrustada no cascalho da furna ou nas anfractuosidades do precipício. Para que retrate a irradiação celeste e lance de si mesmo o próprio brilho, é indispensável se desentrance das trevas, à custa do esmeril do trabalho.

Reparamos, assim, a necessidade imprescritível da educação para todos os seres.

Lembremo-nos de que o Eterno Benfeitor, em sua lição verbal, fixou na forma imperativa a advertência a que nos referimos: “Brilhe vossa luz.”

Isso quer dizer que o potencial de luz do nosso espírito deve fulgir em sua grandeza plena.

E semelhante feito somente poderá ser atingido pela educação que nos propicie o justo burilamento.

Mas a educação, com o cultivo da inteligência e com o aperfeiçoamento do campo íntimo, em exaltação de conhecimento e bondade, saber e virtude, não será conseguida tão só à força de instrução, que se imponha de fora para dentro, mas sim com a consciente adesão da vontade que, em se consagrando ao bem por si própria, sem constrangimento de qualquer natureza, pode libertar e polir o coração, nele plasmando a face cristalina da alma, capaz de refletir a Vida Gloriosa e transformar, consequentemente, o cérebro em preciosa usina de energia superior, projetando reflexos de beleza e sublimação.



mt 5:16
Abrigo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

O Mestre que nos recomendou não situar a lâmpada sobre o velador, também nos exortou, de modo incisivo: — “Brilhe a vossa luz diante dos homens!” (Mt 5:16)

Conhecimento evangélico é sol na alma.

Compreendendo a responsabilidade de que somos investidos, esposando a Boa Nova por ninho de nossos sentimentos e pensamentos, busquemos exteriorizar a flama renovadora que nos clareia por dentro, a fim de que a fé não seja uma palavra inoperante em nossas manifestações.

Onde repontem espinheiros da incompreensão, sê a bênção do entendimento fraterno.

Onde esbraveje a ofensa, sê o perdão que asserena e edifica.

Onde a revolta incendeie corações, sê a humildade que restaura a serenidade e a alegria.

Onde a discórdia ensombre o caminho, sê a paz que se revela no auxílio eficiente e oportuno.


Não olvidemos que a luz brilha dentro de nós. Não lhe ocultemos os raios vivificantes sob o espesso velador do comodismo, nas teias do interesse pessoal.

Entretanto, não nos esqueçamos igualmente de que o sol alimenta e equilibra o mundo inteiro sem ruído, amparando o verme e a flor, o delinquente e o santo, o idiota e o sábio em sublime silêncio.


Não suponhas que a lâmpada do Evangelho possa fulgurar através de acusações ou amarguras.

Enquanto a ventania compele o homem a ocultar-se, a claridade matinal, tépida e muda, o encoraja ao trabalho renovador.


Inflamando o coração no luzeiro do Cristo, saibamos entender e servir com Ele, sem azedume e sem crítica, sem reprovação e sem queixa, na certeza de que o amor é a garantia invulnerável da vitória imperecível.



mt 5:16
Confia e Segue

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Todos somos obreiros do progresso.

Todos estamos endereçados à perfeição.

Comumente, porém, declaramo-nos incapacitados para quaisquer realizações de natureza espiritual, que demandem elevação, e articulamos resposta negativa às requisições de serviço, demorando-nos, indefinidamente, em ponto morto.

Importante para nós, todavia, reconhecer que Jesus, a quem proclamamos obedecer, não pensava de modo semelhante.


Disse-nos o Senhor: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem o Pai que está nos Céus. (Mt 5:16)

   “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres. (Jo 8:32)

   “Identificareis a árvore pelo fruto. (Mt 12:33)

   “Buscai e achareis. (Mt 7:7)

   “Amai os vossos inimigos. (Lc 6:27)

   “Orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Mt 5:44)

   “Se alguém vos fere numa face, oferecei também a outra. (Mt 5:39)

   “Acumulai tesouros nos Céus. (Mt 6:20)

   “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” (Jo 13:34)


Meditemos nas afirmativas do Cristo a nosso respeito.

Justo ponderar que Ele de ninguém solicitou o impossível. E, se apelou para nós, conclamando-nos a acender a luz da fé viva, procurar a verdade, amealhar conquistas da alma, conservar a consciência tranquila e amar-nos fraternalmente, é que podemos empregar boa vontade e esforço constante, no próprio burilamento a fim de O atendermos.



mt 5:16
Roteiro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

(O Evangelho )


Não se reveste o ensinamento de Jesus de quaisquer fórmulas complicadas.

Guardando embora o devido respeito a todas as escolas de revelação da fé com os seus colégios iniciáticos, notamos que o Senhor desce da Altura, a fim de libertar o templo do coração humano para a sublimidade do amor e da luz, através da fraternidade, do amor e do conhecimento.

Para isso, o Mestre não exige que os homens se façam heróis ou santos de um dia para outro. Não pede que os seguidores pratiquem milagres, nem lhes reclama o impossível.

Dirige-se a palavra d’Ele à vida comum, aos campos mais simples do sentimento, à luta vulgar e às experiências de cada dia.

Contrariamente a todos os mentores da Humanidade, que viviam, até então, entre mistérios religiosos e dominações políticas, convive com a massa popular, convidando as criaturas a levantarem o santuário do Senhor nos próprios corações.

Ama a Deus, Nosso Pai — ensinava Ele —, com toda a tua alma, com todo o teu coração e com todo o teu entendimento. (Mt 22:37)

Ama o próximo como a ti mesmo. (Mt 22:39)

Perdoa ao companheiro quantas vezes se fizerem necessárias. (Mt 18:21)

Empresta sem aguardar retribuição. (Lc 6:35)

Ora pelos que te perseguem e caluniam. (Lc 6:28)

Ajuda aos adversários. (Mt 5:44)

Não condenes para que não sejas condenado. (Mt 7:1)

A quem te pedir a capa cede igualmente a túnica. (Mt 5:40)

Se alguém te solicita a jornada de mil passos, segue com ele dois mil. (Mt 5:41)

Não procures o primeiro lugar nas assembleias, para que a vaidade te não tente o coração. (Lc 14:10)

Quem se humilha será exaltado. (Lc 14:11)

Ao que te bater numa face, oferece também a outra. (Mt 5:39)

Bendize aquele que te amaldiçoa. (Lc 6:28)

Liberta e serás libertado. (Lc 12:58)

Dá e receberás. (At 20:35)

Sê misericordioso. (Lc 6:36)

Faze o bem ao que te odeia. (Lc 6:35)

Qualquer que perder a sua vida, por amor ao apostolado da redenção, ganhá-la-á mais perfeita, na glória da eternidade. (Mt 10:39)

Resplandeça a tua luz. (Mt 5:16)

Tem bom ânimo. (Mc 6:50)

Deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos. (Mt 8:22)

Se pretendes encontrar-me na luz da ressurreição, nega a ti mesmo, alegra-te sob o peso da cruz dos próprios deveres e segue-me os passos no calvário de suor e sacrifício que precede os júbilos da aurora divina! (Mt 16:24)


E, diante desses apelos, gradativamente, há vinte séculos, calam-se as vozes que mandam revidar e ferir!… E a palavra do Cristo, acima de editos e espadas, decretos e encíclicas, sobe sempre e cresce cada vez mais, na acústica do mundo, preparando os homens e a vida para a soberania do Amor Universal.



mt 5:16
Seara dos Médiuns

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 62
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Reunião pública de 26 de Agosto de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Encarecendo a prática do bem por base da cooperação com os instrutores desencarnados, no campo mediúnico, não será lícito esquecer o imperativo da educação.

Não somente ajudar, mas também discernir.

Não apenas derramar sentimentos como quem faz do peito cofre aberto, atirando preciosidades a esmo, mas articular raciocínios, aprendendo que a cabeça não é simples ornamento do corpo.

Coração e cérebro, sintonizados na criatura, assemelham-se de algum modo ao pêndulo e ao mostrador no relógio. O coração, à maneira do pêndulo, marca as pulsações da vida; entretanto, o cérebro, simbolizando o mostrador, estabelece as indicações. No trabalho em que se conjugam, um não vai sem o outro.

Tornemos ao domínio da imagem, para clareza do assunto.

Operário relapso não encontra chefe nobre.

Escrevente inculto não se laureia em provas de competência.

Enfermeiro bisonho complica a assistência médica.

Aluno vadio é problema para o professor.

Na mediunidade, quanto em qualquer outro gênero de serviço, é indispensável que o colaborador se interesse pela melhoria dos próprios conhecimentos, a fim de valorizar o amparo que o valoriza.


Tarefa mediúnica sustentada através do tempo não brota da personalidade. Exige burilamento, disciplina, renunciação e suor.

A educação confere discernimento. E o discernimento é a luz que nos ensina a fazer bem todo o bem que precisamos fazer.

É por isso que Jesus avisou no Evangelho: “Brilhe a vossa luz diante dos homens para que os homens vejam as vossas boas obras.” (Mt 5:16) É ainda pela mesma razão que o Espírito da Verdade recomendou a Allan Kardec gravasse na Codificação do Espiritismo a inolvidável advertência: “Espíritas, amai-vos! — eis o primeiro ensino. Instruí-vos! — eis o segundo.” ()



mt 5:17
Assim Vencerás

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 37
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Procura o bem, acima de tudo, para que te não falte luz ao caminho.

Todo mal é sombra e toda sombra obscurece.


A roseira espinhosa produz essências raras.

A pedra contundente garante a base firme.

Os detritos do solo são adubos que se fazem ingredientes do pão.

O remédio amargo, muitas vezes, é o grande fator da cura.

Caminha buscando o melhor para que o melhor te favoreça.

Por enquanto não existem na Terra santos e heróis sem defeitos, como não existem pecadores e réus sem virtudes.

Basta que invoques a bondade dos outros, usando a bondade que te é própria, para que a bondade se faça sentir onde estiveres.

Não te detenhas na censura ou na dissensão.

O vinagre da crítica conserva os pomos envenenados da discórdia e o atrito inútil é perda irreparável do tempo.

Vale-te do companheiro de ideal e trabalho, no nível de compreensão em que te possa ajudar.

Não exijas flores do pedregulho, nem reclames uvas do espinheiro, mas ajuda-os, quanto possas, com os recursos que a vida te oferta para que os teus dias não se façam poeira e desilusão.

Segue auxiliando e auxilia amando sempre.

O amor é a chave milagrosa que, talhada no ouro da humildade e da renúncia, pode abrir, em teu benefício, todas as portas, pela conjugação do verbo servir.

E, servindo com Jesus, compreender-lhe-ás os excelsos objetivos.

“Eu não vim destruir a lei” — disse-nos o Senhor. (Mt 5:17)

E, ouvindo-lhe a advertência, não precisaremos arrasar ou ferir, mas cooperar, incessantemente, para que a vida possa reconstruir a si mesma, em perene ressurreição.



mt 5:25
Encontro marcado

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 55
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

TEMA — Auto-exame.


É sempre muito fácil encastelar-nos na mágoa contra aqueles que interpretamos como sendo nossos ofensores, porque os melindres pessoais dispõem de capas multiformes para acobertar-nos o egoísmo com supostas razões. Se estamos, porém, atentos à recomendação de Jesus, que nos solicita a reconciliação com os nossos adversários enquanto nos achamos a caminho com eles, (Mt 5:25) é forçoso saber alistar não apenas os males que partiram deles para nós, mas igualmente aqueles outros que partiram de nós para eles:

   observar a gênese dos fatos que motivaram o desentendimento e positivar o tamanho de nossa participação na desarmonia em curso;

   anotar as nossas vantagens e reconhecer honestamente se não estamos sendo os empreiteiros do arrasamento de nossos opositores;

   estudar-lhes com sinceridade as atitudes para conosco e verificar se a dureza de coração é mais insistente de nosso lado;

   analisar o nosso modo de ser e, depois de profunda introspecção, concluir se estamos incorrendo em teimosia e violência, simplesmente para humilhá-los com demonstrações de pretensa superioridade;

   pesquisar do nosso próprio caráter se não seremos nós, em verdade, os turrões inveterados, incapazes de qualquer reconsideração de caminho, em favor da reorganização e da paz.


Em nos referindo a qualquer assunto de antagonismo ou desafeto, tenhamos a precisa coragem de comparecer diante de nossa própria consciência indagando, de nós mesmos, em que grau de culpa nos encontramos nas incompatibilidades de nós para com os outros, e, orando pelos que nos perseguem ou caluniam, segundo os preceitos de Jesus, oremos também por nós, a fim de que sejamos esclarecidos, em nosso próprio favor, de maneira a não nos constituirmos, na estrada alheia, em pedra de tropeço ou em veículo do mal.



mt 5:25
Pronto Socorro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Se alguém te ofendeu, perdoa sem delonga.

Se feriste a outrem, reconsidera o gesto impensado e solicita desculpas, de imediato.

Ressentimento e remorso são atitudes negativas gerando azedume e abatimento, suscetíveis de arrasar-nos o máximo de forças.

Deixa que a luz da compreensão te guie as palavras e não admitas que o desequilíbrio se te instale no mundo íntimo.

De alma contundida pela manifestação infeliz de alguém esquece para logo o choque sofrido e se houveres porventura, farpeado os sentimentos dessa ou daquela pessoa, pede-lhe perdão, com o reconhecimento da própria falta.

A desarmonia espiritual, quando não extinta no nascedouro, cria perturbações de resultados imprevisíveis, semelhante ao processo infeccioso que não debelado com a urgência devida, acaba intoxicando todas as forças corpóreas, muitas vezes, carreando a morte prematura.

É por este motivo, certamente, que Jesus, o Divino Mestre, não apenas nos recomendou: “reconcilia-te com o teu adversário,” mas nos esclareceu, de modo convincente, afirmando: “reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.” (Mt 5:25)



mt 5:40
Indulgência

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

O mundo é a materialização do pensamento divino e a natureza é o trono da sabedoria sem palavras em que as leis do Senhor se manifestam.

Nós, criaturas do Eterno Pai, filhos de sua inteligência e do seu amor, somos igualmente co-criadores, no princípio inalienável da herança, e, por isso mesmo, o pensamento que alimentamos é força viva e aglutinante a modelar-nos o destino.

Antes da energia sub-atômica, possuímos o mundo das unidades-força, em que as linhas imponderáveis da criação espiritual se movimentam, precedendo a química celular e tecendo os fios sublimes da origem de nossas experiências…

Até agora, considerando a atualidade do cristianismo, embora os quase vinte séculos que lhe assinalam o berço, pensávamos em termos de violência, na disputa dos bens transitórios de nossa temporária residência na Terra…

Até hoje, cultuamos o poder da astúcia, categorizando-o por exaltação do raciocínio e entronizamos a crueldade prestigiada de louros, interpretando os triunfos sanguinolentos do mundo, à conta de inarredável soberania…


Jesus, porém, veio renovar-nos a vida mental, oferecendo-nos o verdadeiro caminho de ascensão à imortalidade redentora.

“Auxilia a quem te persegue.” (Mt 5:44)

“Ora por aqueles que te caluniam.” (Lc 6:28)

“Dá sem esperar retribuição.” (Lc 6:30)

“Perdoa setenta vezes sete vezes.” (Mt 18:22)

“A quem te pedir a capa, oferece também a túnica.” (Mt 5:40)

“Segue dois mil passos com o irmão que te roga a caminhada de mil.” (Mt 5:41)


A mensagem do Evangelho não é apenas o alicerce da religião universal do amor, mas, também a base da ciência e da filosofia, suscetíveis de realizar-nos o soerguimento às Esferas Superiores.


Se procuras a luz para que te afastes da sombra, levanta-te do vale em que as ideias se te cristalizam, no círculo vicioso das concepções retardadas que nos encarceram a alma nas grades de perigosas ilusões…

Façamos de nossa indagação cultural, serviço incessante no bem, conduzamos o experimento científico na senda do aperfeiçoamento que nos cabe atingir e, elegendo no Pensamento do Cristo, o centro de nossa vida interior, estejamos convencidos de que construiremos adequado caminho no espaço e no tempo para alcançarmos, enfim, a alegria imperecível a que o Senhor nos destina em plena Imortalidade.



mt 5:41
Neste Instante

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Se aspiramos conquistar o Reino de Deus, recordemos Jesus que no-lo revelou, conjugando “dizer” e “fazer”.

Ensinou o Divino Mestre:


“Faze aos outros o que desejas que os outros te façam”. (Lc 6:31)

  E viveu para os outros, sem nada exigir.


“Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. (Mt 22:21)

  E, respeitando as autoridades constituídas no mundo, dedicou-se integralmente aos interesses do espírito.


“Quem se humilhar será exaltado”. (Mt 23:12)

  E ninguém se apagou até hoje quanto Ele para que a Infinita Bondade se destacasse.


“Quem procura ser o maior seja o servo de todos.” (Mt 20:26)

  E, nas mínimas circunstâncias, colocou-se invariavelmente no lugar de quem serve.


“Não saiba a tua mão esquerda o que dá a direita”. (Mt 6:3)

  E ouvido algum jamais lhe escutou qualquer expressão de elogio a si mesmo.


“Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que lhe sai do coração”. (Mt 15:18)

  E banqueteou-se com criaturas consideradas desprezíveis, acordando-lhes o sentimento para a realidade superior.


“Ao que te peça mil passos, caminha com ele dois mil”. (Mt 5:41)

  E fez-se entre os homens inimitável modelo de tolerância.


“A quem te rogue a capa, cede também a túnica”. (Lc 6:29)

  E deu-se constantemente ao próximo, consagrando-lhe a própria existência.


“Ama aos teus inimigos”. (Lc 6:35)

  E suportou, em silêncio, as forças das trevas que o situaram em aparente derrota.


“Ora pelos que te perseguem e caluniam”. (Mt 5:44)

  E aceitou a flagelação injusta, exorando perdão em favor dos próprios carrascos, no suplício da cruz.


Não precisas aguardar revelações estranhas e nem fenômenos espetaculares para surpreender as maravilhas do Reino de Deus.

Nem catástrofes cósmicas.

Nem convulsões da natureza.

Nem Terra fulminada.

Nem céus abertos.

Tudo pode alterar-se, a teus olhos, se tens a luz por dentro de ti.

E, além disso, a qualquer momento, a verdadeira vida pode trazer-te a Grande Mudança.

Nosso problema será sempre construir na própria alma a perfeição que reclamamos nos outros.

Não nos esqueçamos de que o Evangelho vem preparar no mundo o reino do bem que Jesus anunciou e o próprio Jesus foi suficientemente claro; asseverando que o Reino de Deus está dentro de nós. (Lc 17:20)



mt 5:41
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 168
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Se aspiramos conquistar o Reino de Deus, recordemos Jesus que no-lo revelou, conjugando “dizer” e “fazer”.

Ensinou o Divino Mestre:


“Faze aos outros o que desejas que os outros te façam”. (Lc 6:31)

  E viveu para os outros, sem nada exigir.


“Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. (Mt 22:21)

  E, respeitando as autoridades constituídas no mundo, dedicou-se integralmente aos interesses do espírito.


“Quem se humilhar será exaltado”. (Mt 23:12)

  E ninguém se apagou até hoje quanto Ele para que a Infinita Bondade se destacasse.


“Quem procura ser o maior seja o servo de todos.” (Mt 20:26)

  E, nas mínimas circunstâncias, colocou-se invariavelmente no lugar de quem serve.


“Não saiba a tua mão esquerda o que dá a direita”. (Mt 6:3)

  E ouvido algum jamais lhe escutou qualquer expressão de elogio a si mesmo.


“Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que lhe sai do coração”. (Mt 15:18)

  E banqueteou-se com criaturas consideradas desprezíveis, acordando-lhes o sentimento para a realidade superior.


“Ao que te peça mil passos, caminha com ele dois mil”. (Mt 5:41)

  E fez-se entre os homens inimitável modelo de tolerância.


“A quem te rogue a capa, cede também a túnica”. (Lc 6:29)

  E deu-se constantemente ao próximo, consagrando-lhe a própria existência.


“Ama aos teus inimigos”. (Lc 6:35)

  E suportou, em silêncio, as forças das trevas que o situaram em aparente derrota.


“Ora pelos que te perseguem e caluniam”. (Mt 5:44)

  E aceitou a flagelação injusta, exorando perdão em favor dos próprios carrascos, no suplício da cruz.


Não precisas aguardar revelações estranhas e nem fenômenos espetaculares para surpreender as maravilhas do Reino de Deus.

Nem catástrofes cósmicas.

Nem convulsões da natureza.

Nem Terra fulminada.

Nem céus abertos.

Tudo pode alterar-se, a teus olhos, se tens a luz por dentro de ti.

E, além disso, a qualquer momento, a verdadeira vida pode trazer-te a Grande Mudança.

Nosso problema será sempre construir na própria alma a perfeição que reclamamos nos outros.

Não nos esqueçamos de que o Evangelho vem preparar no mundo o reino do bem que Jesus anunciou e o próprio Jesus foi suficientemente claro; asseverando que o Reino de Deus está dentro de nós. (Lc 17:20)



mt 5:44
Hora Certa

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3868
Capítulo: 24
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Emmanuel


"Eu vos digo, porém, amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem". Jesus. (Mateus, 5:44).


Em muitas ocasiões, quem imaginas te haja ferido, não tem disso a mínima ideia, de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.


Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém, esse alguém terá dilapidado a tranquilidade própria, passando a carregar arrependimento e remorso, em posição de sofrimento que desconheces.


Perante os ofensores, dispões da oportunidade revelar compreensão e proveito, em matéria de aperfeiçoamento espiritual.


Aquele, a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã, o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.


Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém, coloca-te no lugar desse alguém, observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstâncias.


Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.


Revide de qualquer procedência, mesmo quando se enquiste unicamente na mágoa individual imanifesta, não resolve problema algum.


Quem fere o próximo efetivamente não sabe o que faz, porquanto ignora as responsabilidades que assume na lei de causa e efeito.


Ressentimento não adianta, de vez que todos somos espíritos eternos destinados a confraternizar-nos todos, algum dia, à frente da Bondade de Deus.


Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se de perturbação e doença, permanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida, razão por que, em nosso próprio benefício, advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta, não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.


mt 5:44
Amor e Luz

Categoria: Livro Espírita
Ref: 5874
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel


Em meados de setembro de 1973, Chico, em noite de autógrafos no Centro Espírita Perseverança, chegou no momento que mais necessitávamos de conforto.

Pessoa muito amiga e, conhecedora do nosso problema, sugeriu a Áxima, minha filha, que procurássemos Chico Xavier. Ouvia muita coisa boa e bonita a seu respeito. Ela, temerosa, não sabia como nos falar, pois católicos que éramos e sem conhecermos nada de Espiritismo, achou que não aceitaríamos a sugestão. Ao contrário, Jandira, minha esposa, numa ansiedade atroz, queria a todo custo encontrar algo que nos tirasse daquele sofrimento. Havíamos até combinado em por termo à nossa existência. Dentro do meu descontrole, cheguei a dormir dentro do jazigo com meu filho. 

À noite desculpava-me com os meus familiares e dizia ir à minha indústria e desviava-me ao cemitério. Ludibriava o vigia e sorrateiramente introduzia-me em sua sepultura, deitando-me na lápide superior. Ficava horas junto dele. Achava que Wadizinho tinha medo de dormir sozinho. Várias vezes fui surpreendido, traído pela fumaça dos cigarros que fumava durante o tempo em que ali ficava. Certa feita até a Rádio Patrulha foi solicitada, quando tive de justificar minha atitude.

No meu sofrimento não admitia e não aceitava nada. Além de que não tinha interesse em dialogar com ninguém. Devido à insistência dos meus familiares, cedi ao convite e fui ao referido centro.

Com a experiência adquirida na minha juventude e no transcorrer de minha vida, em vista de minha mãe ter estado doente por mais de 13 anos, vi-me obrigado a percorrer e procurar tudo que fosse possível para restabelecê-la. Fui a lugares inimagináveis. Coisas absurdas me apareceram.

Frequentei ano e meio o Círculo Esotérico, na comunhão de pensamentos. Fui congregado mariano, por demais devotado, e acima de tudo tenho um espírito muito observador. Quando na presença de Chico, vi naquela criatura a inocência de um ser puro. Tanto é que a impressão de Jandira, era de estar na presença de uma joia muito singela e rara para os nossos dias. Cumprimentou-nos, autografou seu livro e ofereceu um botão de rosa para minha esposa.

Não tivemos tempo para conversar. Compreendi que todos tinham os mesmos desejos de estar em sua presença. Passado algum tempo, nossa vizinha Sra. Esmeralda Cerboncini, em comentários com minha filha, mostrou-lhe a mensagem de seu filho Charles, psicografada por Chico Xavier e publicada no livro , edição CEC.

Orientou-nos. Caso fôssemos procurá-lo, não nos preocupássemos em querer notícias no mesmo dia, pois recebeu sua mensagem após inúmeras viagens.

Áxima trouxe-nos a mensagem e despertou-me o desejo de ir a Uberaba em busca de Francisco Cândido Xavier. Fomos em 23.11.1973, leigos totalmente do que se passava, ignorávamos como proceder.

Estranhamos sua maneira de psicografar, nunca havíamos visto. Nesse dia quando fomos ao encerramento dos trabalhos, Chico chamou pelo nome : Áxima, Áxima… Jandira adiantou-se a todos, respondeu: “Sr. Francisco, Áxima é minha filha. Viemos aqui porque perdi meu filho”. Carinhosamente Chico retrucou: — Não, a senhora não perdeu o filho. Seu filho é um apóstolo de Jesus.

Mesmo assim, fiquei no firme propósito que nenhum de nós falasse ou comentasse algum ponto sobre o desencarne de Wadizinho, com qualquer pessoa. Muito menos com Chico. Meus familiares, fiz questão de que ficassem junto a mim, para que pudesse fiscalizá-los. No hotel, coloquei o telefone perto da minha cama, sem que percebessem meu intento, pois achava que poderiam telefonar para alguém. Tomei todas as providências para que não houvesse o mínimo contato.

No dia seguinte lá estávamos novamente. Sentamos e aguardamos. Comentava-se o Evangelho. Chico psicografou. Quando terminou e leu a mensagem ficamos muito surpresos. Wadizinho trazia sua mensagem. Seu conteúdo era todo esperança, dissipava a saudade, mostrava-nos a realidade.

Pedia que transmitíssemos seus agradecimentos aos colegas do Colégio e do grupo da Comunidade Unida a Cristo, na qual era coordenador.

Incentivava-nos a construirmos um Natal Feliz, junto às criancinhas, pois sabíamos de sua programação no Orfanato Irmã Albertina.

Na qualidade de pai que sabe o que representa o amor a um filho, o incentivo para a vida me foi devolvido. Chico na sua mediunidade mostrou-me, apesar de toda a experiência e vivência que pensamos ter, que meu filho está entre nós mais do que nunca.

Nas suas mensagens, tenho-o constantemente em meus pensamentos. Busco na leitura satisfazer minha saudade. Converso e tranquilizo-me entendendo. Recebi várias mensagens de meu filho. Surpresas incontidas, alegrias sem conta. Às vezes penso, como é bom meu Deus, uma criatura como Chico; ele precisa ficar em nosso meio. Nós precisamos dele, ele representa a escora, a base sólida que suporta todos os corações em sofrimento. Descarregamos em suas benditas mãos, as necessidades, e de volta recebemos a alegria e a realidade dos ensinamentos e verdades de Deus, a Divina Sabedoria. Chico é e será sempre para aqueles que o compreendem e compreenderam, a luz que caminha a guiar nossos passos e corações, alimentando-os na certeza de que o amanhã virá na paz e alegria de Jesus.

Por onde eu passar quero agradecer sempre ao mestre Jesus e o seu enviado ao Plano terrestre, o nosso irmão Francisco Cândido Xavier.




Av. Álvaro Ramos, 2419. São Paulo — SP.


WADY ABRAHÃO FILHO — Nascimento: 16/02/1956 — Desencarnação: 06/07/1973.


mt 5:44
A Verdade Responde

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Quando o Mestre nos recomendou amor aos inimigos, (Mt 5:44) não nos induziu à genuflexão improdutiva à frente dos nossos adversários.

Ninguém precisa oscular o lodo escuro do pântano a fim de auxiliá-lo.

Ninguém necessita introduzir um espinho no próprio coração, a pretexto de aniquilar-lhe a expressão dilacerante.

O Senhor pede entendimento.

Imaginemo-nos na posição dos nossos inimigos, gratuitos ou não, e observemos como seria a nossa conduta se estivéssemos em lugar deles.

Permanecerá o nosso adversário em nossa posição de madureza espiritual quando conseguirmos examiná-lo com segurança moral?

Terá tido as mesmas oportunidades de que já dispomos para conhecer a verdade e semear o bem?

Guardaríamos o coração sem fel se nos demorássemos na posição onde se encontram, muitas vezes, dominados pela ignorância ou pelo desespero?

Assumiríamos conduta diferente daquela que lhes assinala as atividades, se fôssemos constrangidos a atravessar a zona empedrada em que jornadeiam?

Dificilmente chegaríamos a conclusões afirmativas.

Jesus, por isso, pede, acima de tudo, esquecimento do mal e disposição sincera para o bem, com atitudes positivas de boa vontade, a fim de que os nossos adversários nos identifiquem, com mais clareza, as boas intenções.

Recebamos o inimigo como instrutor e auxiliá-lo-emos a dilatar a visão que lhe é própria.

A compreensão é a raiz da verdadeira fraternidade.

Aprendamos, assim, a perceber a luz onde a luz se encontra, a fim de que nos armemos contra o poderio das trevas em nosso coração.

A boa vontade realiza milagres em nossa vida, se estamos realmente dispostos a caminhar para os cimos da vida.

Lembremo-nos de que Jesus, até hoje, está trabalhando no auxílio aos inimigos e o único caminho por Ele escolhido para esse apostolado de amor, é o caminho do sentimento, porque só aquele que sabe conquistar o coração dos adversários pela cooperação e pela boa vontade pode, efetivamente, inflamar-se ao Sol do Amor Eterno, com a vitória sobre si mesmo, na subida espinhosa e santificante para a Glória Imortal.



mt 5:44
Alma e Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Se soubesses quão venenoso é o conteúdo de fel a tisnar o cálice da aversão, decerto compreenderias que todo golpe de crueldade não é senão desafio à tua capacidade de entendimento.

Se soubesses a trama de sombra que freme, perturbadora, em torno da palavra infeliz que proferes, na crítica à luta alheia, preferirias amargar no silêncio as feridas de tua mágoa, esperando que o tempo lhes ofereça a necessária medicação.

Se soubesses a quantidade dos crimes, oriundos da revolta e da queixa, escolherias padecer toda sorte de sofrimento antes que reclamar consideração e justiça em seu próprio favor.

Se soubesses a multidão de males que a vingança provoca, esquecerias sem custo os braseiros de dor que a calúnia te arremessa à existência.


Lembra-te de que o ódio é o grande fornecedor das prisões e de que a cólera é responsável pela maior parte das moléstias que infelicitam a vida e guarda o coração na grande serenidade, se te propões conservar em ti mesmo o tesouro da paz e a bênção da segurança.

Ainda mesmo que alguém te ameace com o gláudio da morte, desculpa e segue adiante, porque as vítimas ajustadas aos marcos do Bem Eterno elevam-se de nível, enquanto que os ofensores, ainda mesmo os aparentemente mais dignos, descem aos precipícios do tempo, para o acerto reparador.

De qualquer modo, se a aflição te procura, cala e perdoa sempre, porque se o Mestre nos exortou ao amor pelos inimigos, (Mt 5:44) também nos advertiu que a mão erguida à delinquência da espada, agora, hoje ou amanhã, na espada fenecerá. (Mt 26:52)




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1969 pela CEC e é a 34ª lição do livro “”


mt 5:44
Amigo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Quando Jesus nos exortou ao amor pelos inimigos, (Mt 5:44) indicou-nos valioso trabalho imunológico em favor de nós mesmos.

Se trazes a consciência tranquila, diante da criatura que, acaso, te injurie, estarás na mira de uma pessoa evidentemente necessitada de compreensão e de auxílio espiritual.

O adversário gratuito pode estar desinformado a teu respeito e, por isso, reclama esclarecimento e não represália.

Talvez esteja experimentando certa inveja dos recursos de que dispões e, em vista disso, necessitará de caridade e silêncio para que não seja induzido ao desespero.

Sofrerá provavelmente de miopia espiritual, diante dos objetivos superiores pelos quais te orientas e, por essa razão, aguarda tolerância, até que o entendimento se lhe amadureça.

Será possivelmente um candidato à luta competitiva com os teus esforços em realização determinada e, por isso, reclama respeito para que não caia em perdas de vulto.

Repontará do cotidiano por alguém intentando fazer a tarefa de que te incumbes e, por semelhante motivo, merece vibrações de paz, a fim de que encontre encargos idênticos aos teus.

Por fim, talvez surja na condição de doente da alma, sob a influência de obsessões ocultas e, em vista disso, precisará de compaixão.

Jesus conhecia esses lances de desequilíbrio da personalidade humana e, naturalmente, nos impulsiona ao perdão e à prece, em auxílio de quantos se nos façam agressores.

É que não adianta passar recibos ao mal, de vez que estaríamos ambientando em nós mesmos, as dificuldades e deficiências dos nossos perseguidores.

Amar aos inimigos será abençoá-los, desejando-lhes a tranquilidade de que carecem, livrando-nos, antecipadamente, de quaisquer entraves com que nos desejem marcar o caminho.

Abençoar aos que nos insultem ou maltratem é o melhor processo de entregá-los ao mundo deles próprios, sustentando-nos em paz ante as bênçãos das Leis de Deus.



mt 5:44
Monte Acima

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Amar aos inimigos, na conceituação de Jesus, (Mt 5:44) não será praticar servilismo ou bajulação.

É compreender, acima de tudo, que as faltas daqueles que não se afinam conosco poderiam ter sido nossas e imaginar quão felizes nos sentiríamos se tivéssemos, porventura, os nossos erros desculpados e esquecidos, por aqueles aos quais tenhamos ofendido.

Efetivamente, ser-nos-á possível amar aos nossos adversários, cultivando atitudes diversas, quais sejam:

   orar pela felicidade deles, no silêncio do coração, a envolvê-los em vibrações de paz e encorajamento;

   destacar-lhes as qualidades nobres, quando em conversação com pessoas amigas, ao redor de ocorrências que lhes digam respeito;

   desembargar, quanto se nos faça possível, de maneira oculta e indireta, os caminhos para as realizações que demandem ;

   auxiliar-lhes os entes queridos, quando estejam à frente de problemas que lhes surjam no cotidiano, de modo a aliviar-lhes as provações;

   induzir companheiros a prestar-lhes apoio nas tarefas úteis a que se empenham;

   mentalizá-los sempre tranquilos e felizes; desencorajar quaisquer campanhas negativas, tendentes a suscitar-lhes desgostos e prejuízos;

   sobretudo, não nos referirmos, em tempo algum, a essa ou aquela dificuldade que nos hajam causado.


Não digas, portanto, que não podes amar aos inimigos, porque existem vários meios de endereçar-lhes compreensão e afeto, sem humilhá-los com a nossa possível benevolência.

Decerto Jesus, quando nos aconselhou amar aos ofensores, não desejava transformar-nos em carpideiras, junto daqueles que, acaso, não nos entendam ou nos firam e, sim, espera que os tratemos a todos, na condição de irmãos autênticos e, tanto quanto nós, amados filhos de Deus.



mt 5:44
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Ao chegarmos ao sexto volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição, pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.



mt 5:44
Viajor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Sem aproveitar o concurso daqueles que nos ferem, não conseguiríamos satisfazer aos impositivos da evolução.

O ensinamento do Mestre, no que tange à tolerância e ao amor para com os adversários, (Mt 5:44) é lição viva nas esferas mais simples da Natureza.

Vejamos, por exemplo, a história breve do pão que enriquece a vida.

Se a semente não suportasse a terra que a asfixia, não teríamos a germinação promissora.

Se a plantinha tenra não tolerasse a enxada que lhe garante a limpeza, embora, por vezes, dilacerando-lhe as folhas, não conseguiríamos a floração.

Sem a renúncia da flor a benefício da colheita, o celeiro seria relegado à secura.

Se o grão não perdoasse à mó que o desintegra, não obteríamos a cooperação da farinha.

Se a farinha convenientemente preparada não desculpasse o calor do forno que a sufoca, o pão não saciaria a fome das criaturas.

Indispensável recorrer às lições singelas do ambiente em que respiramos para entender a necessidade de nossa adaptação às Leis que nos regem.

Conflitos, discussões e contendas, simbolizam combustível no incêndio destruidor da discórdia.

Por isso mesmo a sustentação de antagonismos e disputas é indébita conservação do desequilíbrio arrojando-nos inevitavelmente à enfermidade e à morte.

Teimosia e rebelião, mágoa e azedume não atendem nas edificações do Cristo de Deus.

Procuremos o nosso lugar de servir, reconhecendo que a direção é prerrogativa do Divino Mestre.

Ouçamos-Lhe a voz que nos induz ao perdão incondicional e à compaixão sem limites, e, felizes seremos, em verdade, os trabalhadores fiéis do Evangelho, na estruturação da Terra melhor de amanhã.



mt 5:48
Canais da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Sede perfeitos!” (Mt 5:48) — conclamou o Divino Mestre — entretanto, sabemos que estamos presentemente mais distantes da perfeição que o verme da estrela.

Ainda assim, Jesus não formularia semelhante apelo se estivesse ele enquadrado no labirinto inextricável do “impossível”.

Podemos e devemos esposar a nossa iniciação no aprimoramento para a Vida Superior, começando a ser bons.

Entretanto, é necessário distinguir bondade da displicência com que muita vez nos rendemos à falsa virtude, de vez que, em toda parte, existem criaturas boas, emaranhadas na negação da verdadeira bondade.

Vemos pessoas de boas intenções acendendo a fogueira da discórdia, entronizando a astúcia no culto devido à inteligência, para consolidar a maldade; para empreender a separatividade; para os objetivos da desordem; para a conservação da ignorância e da penúria que amortalham grande parte da Humanidade.

Busquemos o padrão do Cristo e sejamos bons, quanto o Mestre nos ensinou.

É natural não possas ser apresentado, de imediato, em carros de triunfo, à frente da multidão, categorizado à conta de santo ou de herói, mas podes ser o irmão do próximo, estendendo-lhe as mãos fraternas.

Observa, em torno da mesa farta ou ao redor da saúde que te garante a harmonia orgânica e considera as tuas possibilidades de auxiliar.

Podes ser o irmão do companheiro infeliz, através de alguma frase de bom ânimo, o benfeitor do coração materno infortunado, o salvador da criança que luta com a enfermidade e com a morte, pela gota de remédio restaurador.

Podes ser o amigo dos animais e das árvores, o preservador das fontes e o defensor das sementes que sustentarão o celeiro de amanhã.

Desperta e faze algo que te impulsione para a frente na estrada de elevação.

Não te detenhas.

A vida não te reclama atitudes sensacionais, gestos impraticáveis, espetáculos de súbita grandeza…

Pede simplesmente sejas sempre melhor para aqueles que te cruzem os passos.

Esqueçamos o mal e procuremos o bem que nos esclareça e melhore.

Ainda agora e aqui mesmo, enquanto relemos o convite do Senhor, podemos formular no coração uma prece por todos aqueles que ainda não nos possam compreender e, através da oração, começar a obra de nosso aperfeiçoamento para a Vida Imortal.



mt 5:48
Irmão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Todos estamos ainda muito longe da perfeição, contudo, ninguém vive fora do constante aperfeiçoamento.

Aceita, em Jesus, o Mestre que te aprimora e aproveita a bênção do tempo, mobilizando sentimento e raciocínio, atenção e boa vontade, para que te faças melhor cada dia.

Não podes hoje ostentar a auréola da santidade, mas conseguirás estender, sem entraves, em teu benefício, os recursos da gentileza.

Não podes, sem dúvida, revelar de improviso, a resistência do mártir, ante os sofrimentos que te assaltam a vida; no entanto, é justo te consagres, em favor de ti mesmo, ao culto da disciplina.

Não sustentarás, de inopino, a atitude superior e espontânea da beneficência simples e pura diante daquele que te apunhala com a lâmina invisível da ofensa, mas podes sorrir, contendo os instintos de reação ao preço do esforço supremo de quem sabe que nada existe oculto para a verdadeira justiça.

Realmente, não te será possível a ascensão imediata ao Reino da Luz Eterna, onde a nossa presença decerto nublaria o semblante dos anjos, no entanto, podes ser o apoio firme do lar em que Deus te situa, exercendo aí a bondade e a renúncia, o carinho e o desvelo, o consolo e a paciência incessantes.

Não te creias capaz de trair o espírito de sequência que rege todas as forças e todas as tarefas da natureza. A semente de agora será flor no porvir e a flor de hoje será fruto amanhã.

Disse Jesus: “Sede perfeitos como o Pai Celestial”. (Mt 5:48) Isso não quer dizer que já estejamos habilitados para a Glória Divina, mas sim que, em matéria de aperfeiçoamento, é indispensável tenhamos todos a coragem de começar.




Essa mensagem, diferindo na palavra marcada, foi publicada em agosto de 1958 pela FEB no Reformador e é também a 121ª lição do 1º volume do  livro “”



Cairbar Schutel

mt 5:1
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3698
Capítulo: 48
Página: -
Cairbar Schutel

“Vendo Jesus a multidão, subiu ao monte; e depois de se ter sentado, aproximaram-se seus discípulos; e ele começou a ensiná-los, dizendo: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. “Bem-aventurados os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque grande é o vosso galardão nos Céus; pois assim perseguiram aos profetas que existiram antes de vós. "


(Mateus, V, 1-12.)


No mundo há alegrias, porém mais existem dores e tristezas. Já dizia que “o homem vive pouco tempo na Terra e a sua vida é cheia de tribulações" — Brevi vivens tempore repletur multis miseriis.


A Escritura chama à Terra um Vale de Lágrimas e compara a vida do homem à do operário que apenas à noite come o seu pão banhado de suor.


Sentimo-nos, neste mundo, vergados ao peso da dor; hoje, amanhã ou depois, ela não deixa de visitar-nos. O peso dos infortúnios acompanha a Humanidade em todos os séculos.


O homem vem ao mundo com um grito; um gemido de dor é o seu último suspiro!


Do berço ao túmulo, a estrada da vida está semeada de espinhos e banhada de lágrimas! Quantas ilusões, quantas amarguras, quantas dores passamos neste mundo!


A dor é uma lei semelhante à da morte; penetra no tugúrio do pobre como no palácio do rico. Neste mundo ainda atrasado, onde viemos progredir, a dor parece ser a sentinela avançada a nos despertar para a perfeição.


Max Nordau dizia: “Ide de cidade em cidade e batei de porta em porta;


perguntai se aí está a felicidade, e todos vos responderão. Não; ela está muito longe de nós!" Mas se é verdade que o Senhor permitiu que os sofrimentos nos assaltassem, não é menos verdade que também nos proporciona a Esperança, com que aguardamos dias melhores. “Bem-aventurados os que sofrem, pois serão consolados. " A Esperança é a estrela que norteia as nossas mais belas aspirações; é a estrela que ilumina a noite tenebrosa da vida, e nos faz vislumbrar a estância de salvamento. A vida na Terra é um caminho que nos conduz às paragens luminosas da Vida Eterna; não é um repouso, mas uma preparação para o repouso.


Paulo, o Apóstolo dos Gentios, recordando-nos numa das suas luminosas Epístolas a Vida Real, disse: “Dia virá em que despiremos a veste mortal para vestir a da imortalidade.


Atravessamos a existência na Terra como o soldado atravessa um campo de fogo e de sangue, e os bravos e os fortes de espírito cravam nas muralhas o seu estandarte e levantam o grito de vitória!


É isto o que nos ensina o Espiritismo com a sua consoladora Doutrina.


Tomado de compaixão pelo mundo, o Cristo desce das alturas, sentase sobre um alto monte, atrai a si multidões de desventurados e começa o seu monumental sermão com as consoladoras promessas: “Bem-aventurados os pobres, os aflitos, os que choram, porque deles é o Reino dos Céus!" A “palavra boa", a Esperança, proporciona sempre resignação, coragem e fé aos desiludidos das promessas do mundo.


O homem que confia e espera em Deus, vê nos sofrimentos o resgate de suas faltas, o meio de se purificar da corrupção! É preciso ter fé, é preciso ter Esperança. Dizei ao moribundo que, em verdade não morrerá, e ele, animado pela vossa palavra, enfrentará a morte e não sofrerá o seu aguilhão!


A Esperança é a consolação dos aflitos, a companheira do exilado, a amiga dos desventurados, a mensageira das promessas do Cristo!


Perca o homem tudo: bens, fortuna, saúde, parentes, amigos, mas se a Esperança, Filha do Céu, o envolve, ele prossegue em sua ascensão para o bem, para a vida, para a Imortalidade!


Do alto do monte, tomado de tristeza pelas desventuras humanas, o Senhor ensinava às multidões os meios de conquistar, com o trabalho por que passavam, o Reino dos Céus. E a todos recomendava resignação na adversidade, mansidão nas lutas da vida, misericórdia no meio da tirania, e higiene de coração para que pudessem ver Deus. Nessa autêntica oração, o Senhor já previa que seriam injuriados e perseguidos todos aqueles que, crendo na sua Palavra, encontrassem nela o arrimo para suas dores, o lenitivo para seus sofrimentos; mas recomenda, antecipadamente, não nos encolerizarmos com o mal que nos fizerem, para que seja grande o nosso galardão nos Céus. Disse mais: que exemplificássemos a nossa vida como os profetas que nos precederam, porque “bem-aventurados têm sido todos os que são perseguidos por causa da justiça".


Lutemos contra a dor, aproveitando essa prova que nos foi oferecida, para a vitória do Espírito, liberto dos liames terrenos!


Empunhemos a espada da Fé e o escudo da Caridade, com todos os seus atributos, e o Reino de Deus florescerá em nós, como rogamos diariamente no Pai nosso, a prece que Jesus nos legou.



Neio Lúcio

mt 5:1
Alvorada Cristã

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 43
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio

Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.

De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.

Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.

O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranquilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.

As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.

Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade. Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.

Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração. As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.

Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? Como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos d’Ele? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?

O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no Mt 7:15, que esclarece: — “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que veem até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” Em seguida, o peru recitou Mt 5:1, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.

Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.




Essa é a 37ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.



Irmão X

mt 5:1
Cartas e Crônicas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 39
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

E, respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte, (Mt 5:1) em linguagem moderna, o velhinho amigo deteve-se no capítulo cinco do Apóstolo Mateus e falou, com voz cheia e vibrante:

— Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

Bem-aventurados os que sabem esperar e chorar sem reclamação e sem gritaria, suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas circunstâncias que os ferem, abençoados aguilhões do socorro divino, a impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo, porém, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que se sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa e cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma, no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento do Senhor, através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente, um dia, serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxílio fraterno a todos, porque no dia de visitação da luta e da dificuldade receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.

Bem-aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a “parte melhor” da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.

Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, que nunca atiçam o incêndio da discórdia com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.

Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam, desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.


A essa altura, o iluminado pregador passeou o olhar percuciente e límpido sobre o nosso grupo e, finda a ligeira pausa, fixou nos lábios amplo e belo sorriso, rematando serenamente:

— Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus…

Em seguida, retomou o passo leve para a frente, deixando-nos na estranha quietude e na indagação imanifesta de quem se dispõe a pensar.


(.Humberto de Campos)


Essa mensagem foi publicada originalmente pela FEB em 1962 e é a 27ª lição do livro “”


mt 5:16
Lázaro Redivivo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 31
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

Pergunta você como iniciar um trabalho eficiente no Rio, em favor da confortadora doutrina que os Espíritos Consoladores semeiam na Terra.

Francamente, sua pergunta denuncia muita despreocupação do grandioso movimento que os espiritistas sinceros desenvolvem nos mais diversos ângulos do Brasil, mormente na Capital da República. 

Esclarece que deseja fazer uma obra de conformidade com os seus programas de ação, dando expansão aos seus propósitos e desejos, fundamentando-se nos princípios que você julga excelentes.

Depois da morte, porém, meu amigo, quando, de fato, nos desvencilhamos das ilusões maiores, é muito difícil acreditar nos possessivos singulares. Fala-me você de “seus pontos de vista”, mas acreditará, porventura, que todos estejam pensando de conformidade com você? Desejará matricular-se na escola de esgrimistas ou propõe-se ao serviço da fraternidade universal?

As lutas mais detestáveis da Terra são as que se efetuam em nome da religião. Os judeus que tramaram a crucificação de Jesus agiram na qualidade de fanáticos infelizes, mas os guerreiros das Cruzadas, que já conheciam a plataforma do Cristianismo, baseada em amor a Deus e ao próximo, foram conquistadores cruéis, a massacrarem multidões, disputando alguns palmos de solo em nome d’Aquele que não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.

Refiro-me a isso, considerando os termos de sua solicitação. Você pretende manejar o dardo, a fim de corrigir e compelir, golpear e vergastar. Assegura que organizará um empreendimento de vastas proporções, que fale bem alto de suas intenções regeneradoras, no capítulo da doutrinação. Entretanto, meu amigo, a verdadeira obra de Jesus não é essa.

Já pensou em auxiliar, antes de criticar? Analisou pessoas e situações com espírito fraternal? Refere-se muitas vezes ao Cristo em suas palavras, mas meditou bastante no Cristo? Não se declare sem programas de trabalho, não diga que lhe faltam diretrizes. Como discípulo fervoroso da verdade, que afirma ser, terá esquecido os ensinamentos do Mestre?

“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei!” (Jo 13:34)

“Quem quiser ser o maior no Reino dos Céus seja servo de todos!” (Mt 18:1)

“Brilhe a vossa luz diante dos homens!” (Mt 5:16)

Não estarão contidos somente nessas três enunciações vastíssimos projetos de realização espiritual? Medite, pois, antes de assumir as graves responsabilidades em que pretende envolver-se.

O Rio de Janeiro possui beneméritas organizações doutrinárias aguardando cooperadores dedicados e eficientes. Como vê, o problema não é o de criar novos arcabouços de associação, mas o de executar com fidelidade o planejamento levado a efeito. A inteligência já fez o debuxo precioso; agora, é imprescindível que o coração realize a sua obra.

No íntimo, talvez estranhe o que afirmo. Não fui aí no mundo um companheiro de lutas, no grande serviço que o Espiritismo cristão desenvolve no Brasil; todavia, cerrada a visão obscura do corpo, não me ausentei da cultura espiritualista, nem da realização espiritual necessária. E se você pede sugestões aos desencarnados, deve relevar as respostas cabíveis.

O que tenho aprendido, acima de tudo, depois da morte, é que, nas Esferas imediatas à existência humana, as entidades desencarnadas são, quase sempre, tão bem-intencionadas e tão imperfeitas como os homens. A evolução é obra paciente dos séculos e alguns dias de experiência, quais os que se verificam na carne, desde o berço risonho ao sepulcro sombrio, não bastam à iluminação efetiva da alma. Vocês vivem rodeados de pessoas desencarnadas, cheias de desejos inferiores, não obstante oriundos das boas intenções, votadas às disputas de toda espécie. Abra uma casa destinada a exclusivo movimento verbalístico de doutrinação combativa e não faltará o concurso das inteligências invisíveis discutidoras, viciadas nas polêmicas sem-fim, como o supercivilizado que se habituou ao uso do ópio ou como o caboclo ignorante que se acostumou à cachaça.

Se você deseja, de fato, servir na obra do Cristo, vá cooperar com os irmãos valorosos que bracejam no grande mar das fundações já feitas, auxiliando-os com espírito de amor. Não compareça diante deles com a fumaça dos críticos. Em todos os lugares você encontraria um convite para exercer esse terrível ofício. Aproxime-se com a sincera disposição de servir cristãmente. Ame os companheiros e ajude-os. Não perca tempo em disputas vãs. Cuide de realizar a Vontade do Senhor, dentro de si mesmo. Como último recurso, use a tribuna em seu ministério, mas, antes de faze-lo, distribua o valor dos bens imperecíveis da alma.

Não muito longe do seu lar, existem leprosos e loucos, tuberculosos e velhinhos sedentos de afeto, crianças e jovens desamparados. Não atente para a maneira através da qual aceitam as interpretações religiosas. Preocupe-se com as possibilidades de edificação, simplesmente. A prática do bem ainda é a maior escola de aperfeiçoamento individual, porque conjuga em seus cursos a experiência e a virtude, o raciocínio e o sentimento.

Não repita que lhe faltam roteiros. Cale os pruridos do cérebro, a fim de ouvir o coração.

Lembre-se de Jesus e colabore com os amigos. Acreditamos que o Espiritismo precisa agora, mais que nunca, dos que edifiquem nas próprias vidas o Reino Cristão que ensinam aos outros…

É provável que você não aceite o meu alvitre e funde uma nova organização separatista, consagrada às divergências religiosas. É natural. Você é humano, como ainda sou, mas consola-me a certeza de que, um dia, você chegará também às mesmas verdades a que eu cheguei.


(.Humberto de Campos)


O Rio de Janeiro foi capital da República antes da fundação de Brasília. — Nota da Editora.


mt 5:16
Relatos da Vida [FEB]

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

O mundo antigo, na opinião de eméritos escritores, conheceu sete maravilhas, nascidas de mãos humanas:

O túmulo de Mausolo, em Halicarnasso; a pirâmide de Quéops; o farol de Alexandria; o colosso de Rodes; os jardins suspensos de Semíramis, em Babilônia; a estátua de Zeus em Olímpia, e o templo de Diana, em Éfeso.

Mas o soberbo sepulcro que Artemísia II mandou erigir à memória do esposo ficou entregue à poeira, ao esquecimento e à destruição. A pirâmide do grande faraó é um monstro glorioso e frio no deserto. O orgulhoso farol de quatrocentos pés de altura eclipsou-se nas brumas do passado. O colosso de Rodes, todo de bronze, foi arrasado por tremores de terra e vendido aos pedaços a famoso usurário. Os magníficos jardins da rainha assíria confundiram-se com o pó. A estátua imponente de Olímpia jaz entre as ruínas que marginam as águas do Alfeu. E o templo suntuoso, consagrado a Diana, em Éfeso, foi incendiado e destruído.

O mundo de hoje possui também as suas maravilhas modernas:

Os arranha-céus de Nova Iorque; a torre Eifel de Paris; a catedral de Milão; o museu do Louvre; o palácio de Versalhes; a construção de Veneza e o canal de Suez, além de outras como o telégrafo, o transatlântico, o avião, o anestésico, o rádio, a televisão e a energia atômica…

Existe, no entanto, certa maravilha de sempre que, acessível a todos, é o tesouro mais vasto de todos os povos da Terra. Por ela, comungam entre si as civilizações de todos os tempos, no que possuem de mais valioso e mais belo. Exuma os ensinamentos dos séculos mortos e permite-nos ouvir ainda as palavras dos pensadores egípcios e hindus à distância de milênios… Faz chegar até nós a ideia viva de Sócrates, os conceitos de Platão, os versos de Vergílio, a filosofia de Sêneca, os poemas de Dante, as elucubrações de Tomás de Aquino, a obra de Shakespeare e as conclusões de Newton…

Alavanca da prosperidade, é o braço mágico do trabalho. Lâmpada que nunca se apaga, é o altar invisível da educação.

Através dela, os sábios de ontem e de hoje falam às gerações renascentes, instruindo e consolando com a chama intangível da experiência…

E é ainda por ela que, no ponto mais alto da Humanidade, comunica-se Jesus com a vida terrestre, exortando o coração humano.

— Procurai o Reino de Deus e sua justiça… (Mt 6:33) Perdoai setenta vezes sete… (Mt 18:22) Ajudai aos inimigos. Orai pelos que vos perseguem e caluniam… (Mt 5:44) Brilhe a vossa luz… (Mt 5:16) Amai-vos uns aos outros como eu vos amei… (Jo 13:34)

Essa maravilha de sempre é o LIVRO. Sem ela, ainda que haja Sol no Céu para a Terra, a noite do espírito invadiria o mundo, obscurecendo o pensamento e matando o progresso.


(.Humberto de Campos)

mt 5:40
Luz Acima

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

Movimentam-se os gênios da sombra, no fundo vale humano…

São os milenários polvos da guerra e do arrasamento a se reerguerem da cinza dos séculos, ameaçando a civilização.

Invadem países e dominam povos, devoram lares e templos, escarnecem dos ideais superiores que alimentam a humanidade e separam irmãos com o gládio da morte.

Todavia, dos círculos escuros em que persevera a gritaria do mal, emerge a voz do Pastor Divino:

   “Eu, porém, vos digo:

   Sede misericordiosos. (Lc 6:36)

   Amai os vossos inimigos. (Mt 5:44)

   Bendizei os que vos maldizem. (Mt 5:44)

   Auxiliai os que vos odeiam. (Mt 5:44)

   Orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Mt 5:44)

   Abençoai vossa cruz.

   Ao que vos obriga a seguir mil passos, marchai com ele dois mil. (Mt 5:41)

   Ao que pretenda contender convosco, por roubar-vos a túnica, dai-lhe também a capa.(Mt 5:40)

   Perseverai no bem até ao fim. (Mt 10:22)

   Tende bom ânimo!” (Jo 16:33)


Nos conflitos ideológicos da atualidade, as forças perturbadoras do ódio e da separatividade conclamam, enfurecidas, em todas as direções:

— Regressemos à barbárie! desçamos às trevas!…

Mas, atentos à celeste plataforma, os verdadeiros cristãos de todas as escolas e de todos os climas, de almas unidas em torno do Mestre, repetem, contemplando os clarões do mundo futuro:

Luz acima! Luz acima!…


(.Humberto de Campos)

Pedro Leopoldo, 14 de dezembro de 1947.



Diversos

mt 5:1
Dois Maiores Amores, Os

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 31
Francisco Cândido Xavier
Diversos

[Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.  — Jesus, Mt 5:1]


Empobreçamo-nos de vaidade e orgulho, de ambição e egoísmo e, certamente, a verdade nos impelirá aos Planos mais altos da vida.

Exigências e ilusões são adensamento de névoas, em torno de nossa visão espiritual.

Jesus, no ensinamento evangélico, não exaltava a indigência de educação; salientava a triste condição das almas que amontoam, ao redor dos próprios passos, ouro e títulos convencionais, no exclusivo propósito de dominação, entre os homens, acabando emparedadas em pergaminhos e moedas, à maneira de cadáveres em mausoléus de alto preço.

É justo usar os patrimônios de inteligência e reconforto que o mundo nos oferece à solução dos problemas evolutivos, mas é indispensável saber distribuir, com espontâneo amor, as facilidades que a Terra situa em nossas mãos, a fim de que a fé não brilhe debalde em nossa rota.

O Senhor, em surgindo na Manjedoura, estava pobre de bens materiais, mas sumamente rico de luz. Mais tarde, no madeiro infamante, encontrava-se pobre de garantias humanas, mas infinitamente rico de vida superior.

Empobreçamo-nos de exclusivismo e enriqueçamo-nos de fraternidade! Empobreçamo-nos de repouso indébito e enriqueçamo-nos de serviço edificante! Atendendo a semelhante programa de sintonia com o Alto, atingiremos, em breve tempo, os tesouros da Glória Eterna.



mt 5:1
Relicário de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Francisco Cândido Xavier
Diversos

E, respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte, (Mt 5:1) em linguagem moderna, o velhinho amigo deteve-se no capítulo cinco do Apóstolo Mateus e falou, com voz cheia e vibrante:

— Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

Bem-aventurados os que sabem esperar e chorar sem reclamação e sem gritaria, suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas circunstâncias que os ferem, abençoados aguilhões do socorro divino, a impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo, porém, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que se sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa e cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma, no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento do Senhor, através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente, um dia, serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxílio fraterno a todos, porque no dia de visitação da luta e da dificuldade receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.

Bem-aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a “parte melhor” da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.

Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, que nunca atiçam o incêndio da discórdia com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.

Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam, desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.


A essa altura, o iluminado pregador passeou o olhar percuciente e límpido sobre o nosso grupo e, finda a ligeira pausa, fixou nos lábios amplo e belo sorriso, rematando serenamente:

— Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus…

Em seguida, retomou o passo leve para a frente, deixando-nos na estranha quietude e na indagação imanifesta de quem se dispõe a pensar.


(.Humberto de Campos)

mt 5:4
Cura

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 23
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Orastes, comovendo-nos as fibras mais íntimas da alma, e, por nossa vez, imploramos também, junto de vós, a paz e a Luz Divina.

Nossas súplicas, nem sempre, tomam o caminho vertical das Alturas.

Por vezes, buscam a direção horizontal, onde os apelos são levados a efeito de irmãos para irmãos. Assim, permiti-me a alegria de rogar-vos também continuidade de amor e união fraternal em nossa Causa bendita.

Estejamos de mãos entrelaçadas no serviço do Mestre, que nos adquiriu para a safra da liberdade ao Sol da Vida Maior.

Empenhemo-nos no esforço de unificarmos aspirações e sentimentos da oficina que nos irmana.

Compreendamos as dificuldades uns dos outros.

Toleremo-nos reciprocamente.

Auxiliemo-nos em nossas fraquezas mútuas.

Jamais esqueçamos a renúncia pessoal como emissária de iluminação.

Seja o perdão fraternal nossa bênção de cada hora, de uns para com os outros, para que a nossa obra de continuação espiritual não sofra em seus fundamentos.

O Senhor, que nos confiou a lâmpada viva, em tempo algum se esquecerá de sustentar a chama de nossas possibilidades e de nossa fé vibrante, desde que o óleo da boa vontade seja encontrado nos círculos de nosso espírito de serviço.


Quando algum de vós outros, encarnados ou desencarnados, não oferecer condições satisfatórias para integral aproveitamento dos minutos terrestres na obra divina, olvidemos a leviandade que fere, semeando, ao invés dela, flores abençoadas de cooperação e de amor.

Quando estivermos em sombras temporárias, ó meus irmãos, nunca acentuemos a escuridão.

Acendamos o clarão do entendimento fraterno para que os germens do bem, por onde passarmos, não sejam crestados pelo calor desmedido de nossas paixões.

Quando a luta nos visite os corações, sejamos brandos e compassivos.

Fujamos de avivar o incêndio da discórdia, procurando recursos de paz a fim de que a fraternidade permaneça em nossas almas.

Se as pedradas chegam de longe ou de perto, unamo-nos para que o choque do coração nos atritos do mundo não nos desintegre as energias conjugadas no objetivo da elevação.

Jesus, muitas vezes, e em que distância de nós! nos tem desculpado as faltas e relevado as imperfeições! Quantos débitos tem liquidado a nosso favor, conferindo-nos novas oportunidades de restauração! Por que não nos tolerarmos uns aos outros, desculpando-nos infinitamente, para servi-lo e honrá-lo com o nosso concurso de servos frágeis?!…


Como suportaremos a tempestade, se meros golpes de vento, em muitas ocasiões, nos espantam o coração, chamado não só ao reconforto e à afabilidade, mas também à fortaleza e ao trabalho árduo?

Temos, perante nós, um grande setor da lavoura evangélica…

Que o Supremo Pai nos auxilie a cumprir os deveres que nos cabem, de vez que nós outros somos por enquanto herdeiros de ásperas obrigações, por havermos aniquilado muitos direitos no passado mal vivido! Nossas esperanças permanecem floridas, árvores generosas do nosso pomar de ação espiritualizante começam a frutescer.

Entrelacemos nossos braços, no serviço que o Jardineiro Celeste abençoa, amparando-nos mutuamente, com sinceridade e carinho.


Todos nós conhecemos, de sobejo, a justiça pelo nível intelectual que já atingimos.

Nossa inteligência sobe ao alto, perquire os abismos e, por isso, percorre particularizadamente as noções da justiça humana.

Entretanto, só o amor cobre a multidão dos nossos erros, e precisamos desenvolver o sentimento na intimidade do próprio ser.


Com a lei antiga sabíamos defender o mundo.

Mas, com Jesus, com a Lei Nova, podemos salvá-lo.


E em verdade, meus amigos, nunca nos redimiremos sem entendermos fraternalmente uns aos outros.

Por amor à nossa tarefa, oro aqui, endereçando-me ao Senhor e aos vossos corações, com o meu espírito inundado de lágrimas — lágrimas de confiança em vossa cooperação — de júbilo com o vosso auxílio de sempre.

Permiti que este vosso servidor e amigo repita: Subamos mais! Sigamos montanha acima!

Olvidemos nossos desejos para que a vontade Superior nos domine.

Conduzamos nossa bandeira de luz do vale de nossas necessidades para a culminância da colaboração fiel com o Cristo.

E permanecei na certeza de que, no cimo do monte, Ele nos espera de braços abertos, cheios de amor e abnegação, reportando-se aos séculos passados para reafirmar aos nossos ouvidos: “Bem-aventurados os mansos de coração, porque eles herdarão a Terra!” (Mt 5:4)



mt 5:5
Através do Tempo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 30
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Bem-aventurados os aflitos (Mt 5:5) que, chorando — não se desanimam,

   que, ofendidos — não revidam,

   que, esquecidos pelos outros — não olvidam os deveres que lhes são próprios,

   que, dilacerados — não ferem,

   que, caluniados — não caluniam,

   que, desamparados — não desamparam,

   que, açoitados — não praguejam,

   que, injustiçados — não se justificam,

   que, traídos — não atraiçoam,

   que, perseguidos — não perseguem,

   que, desprezados — não desprezam,

   que, ridiculizados — não ironizam,

   que, sofrendo — não fazem sofrer…


Até agora, raros aflitos da Terra conseguiram merecer as bem-aventuranças do Céu, porque, realmente, com amor puro, somente o Grande Aflito da Cruz se entregou ao sacrifício total pelos próprios verdugos, rogando perdão para a ignorância deles e voltando das trevas do túmulo para socorrer e salvar, com a sua ressurreição e com o seu devotamento à Humanidade inteira.




(Psicografada em 17/12/1951 no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, M. G.)


mt 5:5
Aulas da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Diante da orientação espírita que te esclarece, não te afastes da lógica, a fim de que não te gastes sem proveito, embaraçando o orçamento das próprias forças com aborrecimentos inúteis.

Diariamente, batem às portas do Além aqueles que abreviaram a quota do tempo que poderiam desfrutar na Terra, adquirindo problemas da desencarnação prematura.

É que, por toda parte, transitam portadores de aflições excedentes. Não satisfeitos com as responsabilidades que a existência lhes impõe, amontoam cargas de sofrimentos imaginários.


Há os que percebem salário compensador e desregram-se na revolta, porque determinado companheiro lhes tomou a frente no destaque convencional, muitas vezes para sofrer o peso de compromissos que seriam incapazes de suportar.

Há os que dispõem de excelente saúde, com atividades leves nos deveres comuns, arrepelando-se, desgostosos, por verem adiado o período de férias, quando, com isso, estão sendo desviados de experiências impróprias a que seriam fatalmente impelidos pelo repouso inoportuno.

Há os que possuem recursos materiais suficientes ao próprio conforto e se lastimam, insones, por haverem perdido certo negócio que lhes conferiria maiores vantagens, dentro das quais talvez viessem a conhecer a criminalidade e .a loucura.

Há os que colecionam gavetas superlotadas de adornos caros e caem no desespero com a perda de uma joia de uso pessoal, cujo desaparecimento é o meio de situá-los a cavaleiro de possíveis assaltos da cobiça e da violência.

E existem, ainda, aqueles outros que se abastecem no guarda-roupa recheado e gritam contra o costureiro que se desviou do modelo encomendado;

   os que são donos de casa sólida e adoecem por não conseguirem abatê-la, de pronto, afim de reconstruí-la segundo novos caprichos;

   os que se aboletam em automóvel acolhedor, mas inquietam-se por não poderem trocá-lo, de imediato, pelo carro de último tipo;

   e os que se sentam à mesa provida de cinco pratos diferentes e encolerizam-se por não encontrarem o quitute predileto.


“Bem-aventurados os aflitos!” — disse Jesus. (Mt 5:5)

Felizes, sim, de todos os que carregam seus fardos com diligência e serenidade, mas estejamos convictos de que toda aflição excedente complica o itinerário da vida e corre por nossa conta.



mt 5:5
Paz e Libertação

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Examina a própria aflição para que não se converta a tua inquietude em arrasadora tempestade emotiva.

Todas as aflições se caracterizam por tipos e nomes especiais.

   A aflição do egoísmo chama-se egolatria.

   A aflição do vício chama-se delinquência.

   A aflição da agressividade chama-se cólera.

   A aflição do crime chama-se remorso.

   A aflição do fanatismo chama-se intolerância.

   A aflição da fuga chama-se covardia.

   A aflição da inveja chama-se despeito.

   A aflição da leviandade chama-se insensatez.

   A aflição da indisciplina chama-se desordem.

   A aflição da brutalidade chama-se violência.

   A aflição da preguiça chama-se rebeldia.

   A aflição da vaidade chama-se loucura.

   A aflição do relaxamento chama-se evasiva.

   A aflição da indiferença chama-se desânimo.

   A aflição da inutilidade chama-se queixa.

   A aflição do ciúme chama-se desespero.

   A aflição da impaciência chama-se intemperança.

   A aflição da sovinice chama-se miséria.

   A aflição da injustiça chama-se crueldade.


Cada criatura tem a aflição que lhe é própria.

A aflição do reino doméstico e da esfera profissional, do raciocínio e do sentimento…

Os corações unidos ao Sumo Bem, contudo, sabem que suportar as aflições menores da estrada é evitar as aflições maiores da vida e, por isso, apenas eles, anônimos heróis da luta cotidiana, conseguem receber e acumular em si mesmos os talentos de amor e paz reservados por Jesus aos sofredores da Terra, quando pronunciou no monte a divina promessa: — “Bem-aventurados os aflitos!” (Mt 5:5)




Essa mensagem foi publicada originalmente em 1960 pela FEB e é a 10ª lição do livro “”


mt 5:5
Registros Imortais

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 28
Francisco Cândido Xavier
Diversos

28ª reunião | 9 de maio de 1957


: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Francisco Teixeira de Carvalho, Geraldo Benício Rocha, Edmundo Fontenele, Antônio Inácio de Melo, Áurea Gonçalves, , Zínia Orsine Pereira e Waldemar Silva.


Amigos, muita paz!

Ante o livro da natureza, que sempre recapitula os seus ensinamentos em nosso favor, para que aprendamos nas suas páginas a lei do amor, da renúncia e do sacrifício, cumpre-nos o dever de repetir, às vezes, as lições aqui aprendidas, em nosso benefício e de acordo com as necessidades dos nossos irmãos que nos visitam. E é por isso que os nossos apelos fraternais hoje são, com maior particularidade, destinados aos irmãozinhos desencarnados que aqui se reúnem. Eles vêm estudar conosco e adquirir a certeza de que somente com o trabalho construtivo na prática do devotamento e da abnegação alcançaremos a nossa paz espiritual, que mesmo sofrendo estamos amparados pelo amor que cobre a multidão de pecados (1Pe 4:8) e que por esse mesmo amor jamais seremos condenados a penas eternas e que por ele, ainda, é que nos foi revelada a grande lei da reencarnacão, base sublime de excelsa misericórdia do Pai.

Em razão disso, jamais nos poderemos revoltar contra as nossas provas, mas, antes, agradecer as oportunidades que, pelos Céus, nos são dadas.

Pergunte ao homem que sofre aonde está Deus que não lhe atenua o sofrimento. Para o seu coração atordoado pelas tempestades da vida, só há duas possibilidades: a de ser feliz, acreditando num Deus bom, ou sofrer duvidando da existência do Pai.

Ouvimos sempre criaturas rebeldes que afirmam que Deus criou a humanidade e relegou-a ao sofrimento e à dor, no entanto, aqui estamos, por mercê de Deus, para trazer o sol da esperança aos corações feridos e aparentemente abandonados. As nossas dores, resignadamente suportadas, são luzes acesas em nossos caminhos e, por isso, disse o Mestre: “Bem-aventurados os que sofrem, porque serão consolados”. (Mt 5:5)

Sim, meus amigos, eu, que nada havia feito aí na vida terrena, recebi dos homens morte idêntica à daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ao expirar numa cruz, eu rendia graças ao Pai por merecer aquela prova, achando-me indigno de seguir pela mesma trilha por que passou, um dia, o Amor dos amores no calvário. E não supunha eu que aquele gênero de morte expungia uma grande mancha que turvara a minha alma em outra vida, afogada na ilusão do poderio humano. E não supunha ainda que os homens que me torturavam eram instrumentos sagrados para a minha própria elevação.

Hoje, agradeço ao Pai, como todos os dias o faço, suplicando-Lhe possibilidades de ajudar àqueles que faliram como eu ante a glória do amor e da humildade. É o que sói acontecer na vida espiritual. Desejamos e pedimos sempre para auxiliar àqueles que caem vitimados pelas mesmas enfermidades morais que nos fizeram sucumbir.

Coragem, pois, amigos! A fé é o nosso baluarte. Deus é nosso pai. E Jesus é o doador da paz, abençoando-nos com o seu grande e infinito amor. Paz!




Comunicação recebida pela médium Zínia Orsine Pereira, do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


mt 5:7
À Luz da Oração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Senti-me ditoso e emocionado quando Alexandre me convidou a visitar, em companhia dele, o ambiente doméstico de Adelino e Raquel, onde se verificaria a reencarnação de Segismundo.

Profundo contentamento extravasava de meu espírito, porquanto era a primeira vez que iria tomar conhecimento direto com o fenômeno reencarnacionista. Desde os primeiros tempos de estudo no campo da Medicina, fascinavam-me as leis biogenéticas. Entretanto, nunca me fora dado intensificar observações e especializar experiências. Na colônia espiritual a que me conduziram a Providência de Deus e a generosa intercessão dos amigos, muita vez recebera lições referentemente ao assunto; todavia, até então, nunca vira, de mais perto, o processo de imersão da entidade desencarnada no campo da matéria densa.

Em razão disso, acompanhei o prestimoso orientador com agradável e ansiosa expectativa. Alexandre explicou-me, por excesso de gentileza, que, noutro tempo, recebera muitos favores das personagens envolvidas naquele caso de reencarnação e que se sentia feliz pela oportunidade de lhes ser útil. Comentou as dificuldades do serviço de libertação espiritual e exaltou a lei do bem, que chama todos os filhos da Criação ao concurso fraterno e aos serviços “intercessórios”.

Depois de confortadora e instrutiva conversação, alcançamos o lar de Adelino, deliciosamente colocado em pitoresco canto suburbano, qual ninho gracioso, rodeado de tufos de vegetação.

Eram dezoito horas, aproximadamente.

Com surpresa, verifiquei que Herculano nos esperava no limiar. O instrutor, porém, informou-me que havia notificado o amigo sobre a nossa visita, recomendando-lhe trouxesse Segismundo para o trabalho de aproximação.

Cumprimentou-nos o companheiro, afetuosamente, e dirigiu-se ao meu orientador, esclarecendo:

— Segismundo veio em minha companhia e espera-nos, lá dentro.

— Foi excelente medida, — falou Alexandre, bem-humorado, — consagrarei aos nossos amigos a minha noite próxima. Veremos o que é possível fazer.

Entramos.

O casal Adelino-Raquel tomava a refeição da tarde, junto de um pequenino, no qual adivinhei o primogênito da casa. Não longe, acomodado numa cadeira de descanso, repousava uma entidade que se levantou imediatamente, quando percebeu nossa presença, dirigindo-se particularmente ao encontro do meu orientador, que lhe abriu os braços carinhosos.

Herculano, perto de mim, explicou, em tom discreto:

— É Segismundo.

Notei que o desencarnado abraçara-se com Alexandre, chorando convulsivamente. O instrutor acolhia-o como pai, e, após ouvi-lo durante alguns minutos, falou-lhe compassivamente:

— Acalme-se, meu amigo! Quem não terá suas lutas, seus problemas, suas dores? E se todos somos devedores uns dos outros não será motivo de júbilo e glorificação receber as sublimes possibilidades de resgate e pagamento? Não chore! Nossos irmãos permanecem ao jantar. Não devemos perturbá-los, emitindo forças magnéticas de desalento.

E repondo-o na vasta cadeira de braços, como se Segismundo estivesse enfraquecido e enfermiço, continuou:

— Tenha coragem. O ensejo próximo é divino para o seu futuro espiritual. Organizaremos as coisas, não tenha receio.

— Entretanto, meu amigo, — falou o interlocutor, em lágrimas, — experimento grandes obstáculos.

E acentuava em tom humilde:

— Reconheço que fui um grande criminoso, mas pretendo redimir as velhas culpas. Adelino, porém, apesar das promessas na Esfera espiritual, esqueceu, na recapitulação presente, o perdão aos meus antigos erros…

Alexandre que ouvia, enternecido, sorriu paternalmente e redarguiu:

— Ora, Segismundo, porque envenenar o coração? porque não desculpa você, por sua vez?! Não complique a própria situação, abrigando injustificável desânimo. Levante as energias, meu amigo! Coloque-se na situação do ex-adversário, vítima noutro tempo de seu ato impensado! Não encontraria, talvez, as mesmas dificuldades? Tenha calma e prudência, não perca a bendita ocasião de tolerar alguma coisa desagradável ao seu sentimento, a fim de reparar o passado e atender às necessidades do presente. Vamos, equilibre-se! O momento é de gratidão a Deus e de harmonia com os semelhantes!…

Segismundo enxugou os olhos, sorriu com esforço e murmurou:

— Tem razão.

Herculano, que o contemplava, compadecido, entrou na palestra, acrescentando:

— Ele tem estado muito abatido, desanimado…

— É natural, — tornou Alexandre, decidido, porque, em tais circunstâncias, sofre a criatura certos desequilíbrios, em face das necessidades do regresso à carne, mas Segismundo tem levado muito longe o fenômeno, acentuando os próprios sofrimentos, com expectativas e inquietações injustificáveis.


Fixando, mais detidamente, a atenção no casal que se mantinha à mesa, falou, afetuoso:

— Observemos Adelino e Raquel.

Vejamos a cooperação que podem receber.

Acompanhamo-lo, em silêncio.

O chefe da casa permanecia taciturno, conversando com a esposa tão somente por monossílabos. Via-se que a companheira se esforçava; no entanto, ele continuava quase sombrio.

— Não se efetuou o negócio que você esperava? — Interrogou a senhora, tentando a palestra afetiva.

— Não, — respondeu ele secamente.

— Mas você continua interessado? — Sim.

— E viajará na semana próxima, caso não se realize o empreendimento até domingo?

— Talvez.

A esposa fez longa pausa, algo desapontada, arguindo em seguida:

— Que desculpa apresenta a Companhia, em vista de semelhante demora?

O marido fitou-a com frieza e respondeu, lacônico:

— Nenhuma.

A essa altura, Alexandre fez significativo gesto com a cabeça e falou-nos, preocupado:

— Em verdade, a condição espiritual de Adelino é das piores, porque o sublime amor do altar doméstico anda muito longe, quando os cônjuges perdem o gosto de conversar entre si. Em semelhante estado psíquico, não poderá ser útil, de modo algum, aos nossos propósitos.

Alexandre levantou-se, deu alguns passos em torno da reduzida família e dirigiu-se a nós outros, afirmando:

— Procurarei despertar-lhe as fibras sensíveis do coração, de modo a prepará-lo, convenientemente, a fim de ouvir-nos nesta noite.

Assim dizendo, o devotado orientador aproximou-se da criança, belo menino de três anos aproximadamente, e colocou-lhe a destra sobre o coração. Vi que o pequeno sorriu, mostrando novo brilho nos olhos azuis e falou, com inflexão de infinito carinho:

— Mamãe, porque papai está triste?

O dono da casa ergueu o rosto, com admiração, ao passo que a senhora respondia, comovida:

— Não sei, Joãozinho. Ele deve estar preocupado com os negócios, meu filho.

— E que são “negócios”, mamãe? — Tornou a criança ingênua.

O menino fitou a mãezinha, com atenção, e perguntou:

— Papai fica alegre nos negócios?

— Fica, sim, — respondeu a senhora, sorrindo.

— E porque fica triste em casa?

Enquanto o pai seguia o diálogo, sob forte impressão, a genitora carinhosa esclareceu a criança, com paciência:

— Nas lutas de cada dia, Joãozinho, teu pai deve estar contente com todos e não deve ofender a ninguém. Entretanto, o que te parece tristeza é o cansaço do trabalho. Quando ele volta ao lar traz consigo muitas preocupações. Se na rua deve teu pai mostrar cordialidade e alegria a todos, de modo a não ferir os demais, não acontece o mesmo aqui, onde se encontra à vontade para refletir nos problemas que o interessam de perto. Aqui, é o lar, meu filho, onde está com o direito de não esconder as preocupações mais íntimas…

A criança escutou, atenta, dividindo os olhares afetuosos entre pai e mãe, e tornou:

— Que pena, hein, mamãe?

O chefe da pequena família, tocado nas fibras recônditas da alma pela ternura do filhinho e pela humildade sincera da companheira, sentiu que a nuvem de sombra dos seus próprios pensamentos dava lugar a repousantes sensações de alívio confortador. Sorriu, repentinamente transformado, e dirigiu-se ao pequeno, com nova inflexão de voz:

— Que ideia é essa, Joãozinho? Não me sinto entristecido. Estou, aliás, satisfeitíssimo, como no último dia de nosso passeio à serra! Tua mãe explicou muito bem o que se passa. Quando teu pai estiver silencioso não quer dizer que se encontra desalentado. Por vezes, é preciso calar para pensar melhor.

A dona da casa mostrou largo sorriso de satisfação, observando a mudança brusca do companheiro. O menino, por sua vez, não disfarçava o júbilo no semblante infantil, e assim que o pai terminou as explicações afetuosas, sempre envolvido nas irradiações magnéticas do bondoso instrutor, dirigiu-se novamente ao chefe da casa, perguntando:

— Papai, porque você não vem rezar, de noite, comigo?

O genitor trocou expressivo olhar com a esposa e falou ao pequenino:

— Tenho tido sempre muito serviço à noite, mas voltarei hoje mais cedo para acompanhar tuas preces.

E sorrindo, com paternal alegria, acrescentou:

— Já sabes orar sozinho?

O pequeno redarguiu, satisfeito:

— Mamãe ensina-me todas as noites a rezar por você. Quer ver?

E, abandonando o talher, instintivamente olhou para o alto, de mãos postas, e recitou:

— “Meu Deus, guarda o papai nos caminhos da vida, dá-lhe saúde, tranquilidade e coragem nas lutas de cada dia! Assim seja!”

O genitor, que se apresentara tão impenetrável e rude a princípio, mostrou os olhos rasos d’água, sensibilizado nas fibras mais íntimas, e, fixando ternamente o filho, murmurou:

— Estás muito adiantado. Hoje, Joãozinho, rezarei também.

De alma desanuviada agora, Adelino contemplou a companheira, orgulhoso de possuir-lhe o devotamento, e acentuou:

— A palestra do João fez-me enorme bem. Trazia o coração desalentado, opresso. Eu mesmo não saberia definir meu estado dalma… Há muitos dias, minhas noites são agitadas, cheias de aflições e pesadelos! Tenho sonhado sistematicamente que alguém se aproxima de mim, na qualidade de vigoroso inimigo. Por vezes, rendo graças a Deus, ao despertar pela manhã, porque me sinto mais à vontade, enfrentando as máscaras humanas, que lutando, noite inteira, em sonhos cruéis…

A esposa, admirada, observou, carinhosa:

— Creio que deverias descansar um pouco…

Comovido, ante a delicadeza da mulher, Adelino continuou:

— Tenho tido receio de mim mesmo! Tão logo me acomodo no leito, sinto instintivamente que uma sombra se aproxima de mim. Adormeço sob incrível ansiedade e o pesadelo começa, sem que eu saiba explicar conscientemente coisa alguma.

— E os sonhos são sempre os mesmos? — Indagou a esposa, solícita.

— Sempre, — respondeu ele, com emoção, — vejo que um homem se aproxima de mim, estendendo as mãos, à maneira dum mendigo vulgar a implorar socorro, mas, ao lhe fixar a fisionomia, inexplicável terror invade-me o espírito… Tenho a impressão de que ele deseja assassinar-me pelas costas… Em certas ocasiões, tento estender-lhe as mãos, vencendo a impressão de pavor; entretanto, fujo sempre, num misto de ódio e repugnância! Oh! Que pesadelos terríveis e longos!

E, modificando o tom de voz, acrescentou:

— Admito esteja eu sob fortes desequilíbrios nervosos, sem atinar com o motivo…

— Porque não se submeter ao necessário tratamento médico? — Perguntou a esposa afetuosa. O marido pensou alguns momentos, como se o seu espírito vagueasse através de longínquas recordações. Em seguida, fixando na companheira os olhos muito brilhantes, acentuou:

— Talvez não precise recorrer a facultativos. É possível que o nosso filhinho esteja com a razão… As lutas grosseiras do mundo impuseram-me o esquecimento da fé em Deus. Há quantos anos terei abandonado a oração?

De olhos molhados e pensativos, prosseguiu:

— Quando menino, minha mãe me educava na ciência da prece. Ensinado a curvar-me diante da vontade do Altíssimo, sentia a Bondade Divina em todas as coisas e ajoelhava-me confiante ao pé de minha carinhosa genitora, implorando as bênçãos do Alto… Depois, vieram as emoções dos sentidos, o duelo com os maus, a experiência difícil na concorrência ao pão de cada dia… Desde então perdi a crença pura, que sinto necessidade de retomar…

A esposa enxugou os olhos, comovida. Há muitos anos não observava no companheiro semelhantes demonstrações emotivas. Ergueu-se, emocionada, e falou com ternura:

— Volte hoje mais cedo para orarmos juntos.

E procurando imprimir notas de alegria à conversação, chamou o filhinho a pronunciar-se, acrescentando:

— Hoje, Joãozinho, papai rezará conosco.

Iluminou-se o semblante do pequenino de intraduzível alacridade. Contemplou a mãezinha, enternecido, e observou:

— Então, mamãe, farei todas as orações que eu já sei.


Após o jantar, experimentando disposições diferentes, Adelino despediu-se com delicadeza que Herculano classificou de inabitual.

Alexandre, muito satisfeito, asseverou, depois de restituir a criança aos cuidados maternos:

— Felizmente, nossos serviços preparatórios desdobram-se com excelentes promessas. Conseguimos bastante em reduzidos minutos.

De minha parte, imensa era a surpresa que me invadia o espírito. Porque tamanhos cuidados? Alexandre e outros benfeitores espirituais, tão elevados quanto ele mesmo, não poderiam organizar todos os serviços atinentes à reencarnação de Segismundo? Não eram senhores de grande poder sobre todos os obstáculos?

Mas, dando-me a ideia de que desejava responder às minhas interrogações íntimas, o instrutor afavelmente falou a Herculano, nestes termos:

— Não devemos e nem podemos forçar a ninguém e precisamos das boas disposições de Adelino para o trabalho a fazer.

Em seguida, passou a orientar Segismundo, relativamente à conduta mental, aconselhando-o a preparar-se com todos os recursos ao seu alcance para o êxito na experiência próxima. Outros amigos espirituais das personagens daquele drama entre duas Esferas também chegaram ao ninho doméstico, acentuando-se a alegria da camaradagem fraternal. A presença do meu instrutor parecia incentivo a contentamento geral. Alexandre sabia conduzir a palestra elevada e comunicava seu valioso otimismo a todos os companheiros. Comentava-se a dificuldade da reencarnação em vista dos conflitos vibratórios causadas pela incompreensão das criaturas terrestres, quando o chefe da casa voltou ao lar, interessado em cultivar as doces emoções daquele dia.

Agradavelmente surpreendidos, a esposa e o filhinho fizeram-lhe muita festa, encetando nova conversação confortadora e educativa. Fez-se mais de uma hora de boa leitura e excelente troca de ideias, renovando Adelino os seus propósitos de reaver a serenidade íntima, através de maior comunhão espiritual com a pequena família.

Quando a mãezinha dedicada lembrou ao pequeno a necessidade de recolher-se, Joãozinho recordou a promessa paternal e indagou:

— Papai sabe o que devemos fazer antes da oração?

O chefe da casa sorriu e pediu-lhe explicações.

O menino, com assombrosa vivacidade, esclareceu:

— Diz mamãe que devemos chamar os mensageiros de Deus para que nos assistam.

— Pois bem, — tornou o genitor, bem-humorado, — chame por eles em nosso favor.

O pequeno pronunciou algumas palavras de convite, de mãos postas, e, em seguida, encaminharam-se os três, para o aposento íntimo.

Alexandre, que parecia muito satisfeito com a lembrança espontânea do pequenino, disse-nos então:

— Estamos convidados a participar das suas mais íntimas orações. Acompanhemo-los.

Naquele momento, nosso grupo estava acrescido de três entidades amigas de Raquel, que tinham vindo, até ali, igualmente convocadas pela dedicação de Herculano, a fim de cooperarem na solução do assunto.

O quadro interior era dos mais comoventes. O pequenino pusera-se de joelhos e fazia a oração dominical, com infantil emotividade. Adelino e a companheira seguiam-lhe a prece com grande atenção. Por nossa vez, continuamos, agora em silêncio, a observar e colaborar naquele serviço espiritual com as melhores forças do sentimento.

Notei que a esposa se achava rodeada de intensa luminosidade, que, partindo de seu coração, envolvia o esposo e o pequenino em suaves irradiações. Muito sensibilizado, Adelino deixou escapar uma lágrima furtiva, quando o filho, terminando as preces, curtas em palavras e grandiosas em espiritualidade, lhe beijou carinhosamente as mãos.

Mais alguns minutos e todos se recolhiam sob os cobertores, felizes e tranquilos.

Nesse instante, Alexandre falou:

— Agora, meus amigos, façamos o nosso serviço de oração cooperadora. Precisamos conversar seriamente com Adelino, relativamente à situação.

O orientador pediu a proteção divina para o casal, em voz alta, sendo acompanhado por nós, em profundo silêncio. As vibrações do nosso pensamento, em rogativa, congregaram-se, como parcelas de luminosas substâncias a se reunirem num todo, derramando-se sobre o leito conjugal, quais correntes sutis de forças magnéticas revigorantes e regeneradoras.

Foi então que vi Raquel abandonar o corpo físico, dentro de luminosas irradiações, parecendo-me alheia à situação. Despreocupada, feliz, abraçou-se com uma das entidades que nos acompanhavam, velha senhora que Alexandre nos apresentara pouco antes, declarando tratar-se da avó materna da dona da casa. A anciã desencarnada convidou a neta a permanecerem juntas em oração, ao que Raquel aquiesceu com visível contentamento.

A esposa de Adelino, entretanto, parecia identificar tão somente a presença da velhinha amorosa. Fixava em nós o olhar, indiferentemente, como se ali não estivéssemos. Estranhando o fato, dirigi-me ao instrutor, pedindo-lhe explicações. Alexandre não se fez rogado e, não obstante a delicadeza do serviço em curso, esclareceu-me delicadamente:

— Não se surpreenda. Cada um de nós deve ter a possibilidade de ver somente aquilo que nos proporcione proveito legítimo. Além do mais, não seria justo intensificar a percepção de nossa amiga para que nos acompanhe no trabalho desta noite. Ela nos auxiliará com o valor da oração, mas não precisará seguir, de perto, os esclarecimentos que a condição do esposo requisita. Quem faz o que pode, recebe o salário da paz. Raquel vem fazendo quanto lhe é possível para o êxito no desempenho das obrigações que a trouxeram ao mundo; por isso mesmo, não deve ser advertida e nem perturbada. Atendamos Segismundo e Adelino.

Satisfeito com as elucidações recebidas e admirando a Justiça Divina a manifestar-se nos mínimos pormenores de nossas atividades espirituais, observei que a companheira de Adelino se mantinha, não longe de nós, em fervorosa prece.

Nesse momento, o esposo de Raquel afastava-se do corpo físico, pesadamente. Não apresentava, tal qual a consorte, um halo radioso em derredor da personalidade, parecendo mover-se com extrema dificuldade. Enquanto seu olhar vagueava no quarto, angustiado e espantadiço, Alexandre se aproximou de mim e observou:

— Está examinando a lição? Repare as singularidades da vida espiritual. Adelino e Raquel são Espíritos associados de muitas existências em comum, partilham o mesmo cálice de dores e alegrias terrestres. Na atualidade, seus corpos repousam um ao lado do outro, no mesmo leito; entretanto, cada um vive em plano mental diferente. É muito difícil estarem reunidas nos laços domésticos as almas da mesma Esfera. Raquel, fora dos veículos de carne, pode ver a avozinha, com quem se encontra ligada no mesmo círculo de elevação. Adelino, porém, somente poderá ver Segismundo, com quem se encontra imantado pelas forças do ódio que ele deixou, imprudentemente, desenvolver-se, de novo, em seu coração…

A palavra do orientador, contudo, foi interrompida por um grito lancinante. Adelino, receoso, identificara a presença do antigo adversário e, espavorido, tentava correr, inutilmente. Movimentava-se, com dificuldade, ansioso de retomar o corpo físico, à maneira de criança medrosa procurando um refúgio, mas Alexandre, aproximando-se dele, com amorosa autoridade, estendeu-lhe as mãos, das quais saíam grandes chispas de luz. Contido pelos raios magnéticos, o esposo de Raquel pôs-se a tremer, sentindo-se que ele começava a ver alguma coisa além da figura do ex-inimigo. Aos poucos, em vista das vigorosas emissões magnéticas de Alexandre, ele pôde ver nosso venerável orientador, com quem passou a sintonizar diretamente e caiu de joelhos, em convulsivo pranto. Observei o pensamento de Adelino naquela hora comovedora e percebi que ele associava a visão radiosa às preces do filhinho. Ele via, ali, a estranha figura de Segismundo e a resplandecente presença de Alexandre e fazia intraduzível esforço para recordar-se de alguma coisa do passado distante que a sua memória não conseguia situar com exatidão. Supôs, naturalmente, que o nosso mentor devia ser um emissário do Céu para salvá-lo dos pesadelos cruéis e, ofuscado pela intensa luz, soluçava, genuflexo, entre o medo e o júbilo, suplicando paz e proteção.


O bondoso instrutor dirigiu-se para ele, com a serenidade de um pai carinhoso e experiente, e, levantando-o, exclamou:

— Adelino, guarda a paz que te trazemos em nome do Senhor!

E, abraçando-o de encontro ao peito amigo, continuou:

— Que temes, meu irmão?

Ergueu ele os olhos lacrimosos e indicando Segismundo, triste, alegou sentidamente:

— Mensageiro de Deus, livrai-me deste pesadelo infeliz! Se viestes, trazido pelas orações de meu filho inocente, ajudai-me por caridade!

E apontando o pobre amigo, continuava:

— Este fantasma enlouquece-me! Sinto-me doente, desventurado!…

Alexandre, porém, fixando-o firmemente, indagou:

— É assim que recebes os irmãos mais infelizes? é assim que te portas, ante os desígnios supremos? Onde puseste as noções de solidariedade humana? porque fugir aos mais infortunados da sorte? É sempre muito fácil amar os amigos, admirar os bons, compreender os inteligentes, defender os familiares, entronizar as afeições, conservar os que nos estimam, louvar os justos e exaltar os heróis conhecidos; mas, se somos respeitáveis em semelhantes posições íntimas, é preciso reconhecer que elas traduzem serviço realizado em nosso processo evolutivo. Nós, porém, meu amigo, ainda não alcançamos a redenção final. Por isso mesmo, a tempestade é nossa benfeitora; a dificuldade, nossa mestra; o adversário, instrutor eficiente. Modifica as vibrações de teus pensamentos! Recebe com caridade o mendigo que te bate à porta, quando não tenhas adquirido ainda bastante luz para recebê-lo com o amor que Jesus nos ensinou!

Impressionado com as palavras ouvidas, pronunciadas com inflexão de ternura paternal, Adelino, em lágrimas copiosas, voltou-se para Segismundo, encarando-o de frente. Alexandre, como se lhe aproveitasse a nova atitude, acentuou:

— Contempla o pobrezinho que te pede socorro! Observa-lhe o estado de humilhação e necessidade. Imagina-te na posição dele e reflete! Não te doeria a indiferença dos outros? não te dilaceraria a alma a crueldade alheia? Estimarias que alguém te classificasse de fantasma, tão só pelas tuas demonstrações de sofrimento? Adelino, meu amigo, abre as portas do coração aos que te procuram em nome do Poderoso Pai.

O interpelado voltou-se, qual criança medrosa, e, fixando o mentor generoso, falou:

— Oh! Mensageiro dos Céus, tenho medo, muito medo!… Algo existe entre este homem de sombra e eu, compelindo-me a profunda aversão! Creio que ele deseja roubar-me a vida, aniquilar a minha felicidade doméstica, envenenar-me o coração para sempre!…

Compreendi que a aproximação de Segismundo despertava em Adelino reencarnado as reminiscências do passado sombrio. Ele, a vítima de outro tempo, não conseguia localizar os fatos vividos, mas experimentava, no plano emotivo, as recordações imprecisas dos acontecimentos, cheias de ansiedades dolorosas.

Findo ligeiro intervalo, Alexandre objetou:

— Não deves permitir a intromissão de forças negativas e destruidoras no campo íntimo da alma. É sempre possível transformar o mal em bem, quando há firme disposição da criatura no serviço de fidelidade ao Senhor. Considera, meu amigo, as grandes verdades da vida eterna! Ainda que este irmão te procurasse na condição dum adversário, ainda que ele te buscasse como inimigo feroz, deverias abrir-lhe o espírito fraternal! Toda reconciliação é difícil quando somos ignorantes na prática do amor, mas sem a reconciliação humana jamais seria possível nossa integração gloriosa com a Divindade!

E porque o esposo de Raquel chorasse copiosamente, o orientador observou:

— Não chores! Equilibra o coração e aproveita a sagrada oportunidade!…

Adelino, então, enxugou as lágrimas e pediu, humilde:

— Auxiliai-me por amor de Deus!

Sentindo-lhe a sinceridade profunda, o instrutor convidou Segismundo a aproximar-se. Ele levantou-se, cambaleante, angustiado.

Amparando a ex-vítima, Alexandre indicou-lhe a figura do ex-assassino e apresentou:

— Este é o nosso amigo Segismundo que necessita de tua cooperação no serviço redentor. Estende-lhe as mãos fraternas e atende em nome de Jesus!

Adelino não hesitou e, embora o grande esforço íntimo, visível à nossa percepção espiritual, apertou a destra do ex-adversário, fundamente comovido.

— Perdoe-me, irmão! — Murmurou Segismundo, com infinita humildade. — O Senhor recompensá-lo-á pelo bem que me faz!…

O marido de Raquel fixou-o nos olhos, como a dissipar as derradeiras sombras do desentendimento, e redarguiu:

— Disponha de mim… serei seu amigo!…

O ex-homicida inclinou-se, respeitoso, e beijou-lhe as mãos.

O ato espontâneo de Segismundo conquistara-o. Não podia ser mau aquele Espírito angustiado e triste que lhe osculava as mãos com veneração e carinho. Foi então que vi um fenômeno singular. O organismo perispiritual de Adelino parecia desfazer-se de pesadas nuvens, que se rompiam de alto a baixo, revelando-lhe as características luminosas. Irradiações suavíssimas aureolavam-lhe agora a personalidade, deixando perceber a sua condição elevada e nobre.

Herculano, junto de mim, falou-me em tom discreto:

— O perdão de Adelino foi sincero. As sombras espessas do ódio foram efetivamente dissipadas. Louvado seja Deus!

Alexandre abraçou as duas almas reconciliadas e renovou-lhes fraternais observações, repassadas de sabedoria e ternura. Em seguida, recomendou ao esposo de Raquel que descansasse da luta, dispondo-se a sair em nossa companhia. Notei que marido e mulher, impulsionados pelos amigos espirituais ali presentes, voltavam ao corpo físico, a fim de permutarem impressões, referentemente aos fatos que classificariam de sonhos, dentro da coloração mental de cada um.


Ao se retirar, Alexandre, satisfeito, comentou paternalmente:

— Com o auxílio de Jesus, a tarefa foi executada com êxito.

E, fixando Segismundo, acrescentou:

— Creio que na próxima semana poderá iniciar o seu serviço definitivo de reencarnação. Acompanhá-lo-emos com carinho. Não receie coisa alguma.

Enquanto Segismundo sorria, resignado e confiante, o orientador dirigiu-se a Herculano, explicando-se:

— Já observei o gráfico referente ao organismo físico que o nosso amigo receberá de futuro, verificando, de perto, as imagens da moléstia do coração que ele sofrerá na idade madura, como consequência da falta cometida no passado. Segismundo experimentará grandes perturbações dos nervos cardíacos, mormente os nervos do tônus. Entretanto, — e nesse momento concentrou toda a sua atenção no interessado, — é necessário que você lhe faça ver que as provas de resgate legítimo inclinam a alma encarnada a situações periclitantes e difíceis na recapitulação das experiências; todavia, não obrigam a novas quedas espirituais, quando dispomos de verdadeira boa vontade no trabalho de elevação. O aprendiz aplicado pode ganhar muito tempo e conquistar imensos valores se, de fato, procura conhecer as lições e pô-las em prática. A justiça divina nunca foi exercida sem amor. E quando a fidelidade sincera ao Senhor permanece viva no coração dos homens, há sempre lugar para o “acréscimo de misericórdia” a que se referia Jesus em seu apostolado. (Mt 5:7)

Em seguida, convidando-me a acompanhá-lo, Alexandre despediu-se dos demais, frisando:

— Voltaremos a vê-los no dia da ligação inicial de Segismundo com a matéria física. Preciso cooperar, na ocasião, com os nossos amigos Construtores, aos quais pedi me apresentassem os mapas cromossômicos, referentemente aos serviços a serem encetados.

Separamo-nos.


E eu, torturado de curiosidade estranha, em vista daqueles cuidados extremos para que Adelino e Segismundo se reconciliassem, antes da reaproximação pelos laços da carne, não sopitei as interrogações que me atormentavam o espírito. Não seria lícito providenciar a reencarnação do necessitado, sem quaisquer delongas? porque tamanha demonstração de carinho para com o esposo de Raquel se ele deveria sentir-se satisfeito em poder cooperar na obra sublime de redenção? Não dispúnhamos de suficiente poder para quebrar todas as resistências?

Alexandre ouviu-me, pacientemente, mostrou um sorriso de pai e respondeu:

— Sua estranheza é natural. Não se habituou ainda aos trabalhos de socorro ou de organização neste lado da vida.

E, depois de pequena pausa, considerou:

— Cada homem, como cada Espírito, é um mundo por si mesmo e cada mente é como um céu… Do firmamento descem raios de sol e chuvas benéficas para a organização planetária, mas também, no instante do atrito de elementos atmosféricos, desse mesmo céu procedem faíscas destruidoras. Assim, a mente humana. Dela se originam as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico; mas, quando perturbada, emite raios magnéticos de alto poder destrutivo para as comunidades celulares que a servem. O pensamento envenenado de Adelino destruía a substância da hereditariedade, intoxicando a cromatina dentro da própria bolsa seminal. Ele poderia atender aos apelos da Natureza, entregando-se à união sexual, mas não atingiria os objetivos sagrados da criação, porque, pelas disposições lamentáveis de sua vida íntima, estava aniquilando as células criadoras, ao nascerem, e, quando não as aniquilasse por completo, intoxicava os genes do caráter, dificultando-nos a ação… Ora, no caso de Segismundo, unido a ele, em processo ativo de redenção, não podemos dispensar-lhe o concurso amoroso e fraterno. Daí a necessidade desse trabalho intenso para despertar-lhe os valores afetivos. Somente o amor proporciona vida, alegria e equilíbrio. Modificado em sua posição íntima, Adelino emitirá doravante forças magnéticas protetoras dos elementos destinados ao serviço elevado da procriação.

A palavra do orientador não podia ser mais lógica. Começava agora a compreender o sentido sublime do trabalho que se realizara para que o esposo de Raquel se fizesse mais humano e mais doce. Como não encontrasse expressões para definir meu assombro, Alexandre sorriu e acentuou, depois de longo intervalo:

— Segundo pode observar, não existem por aqui milagres para o culto do menor esforço. E quando ensinamos, em toda parte, a necessidade da prática do amor, não procedemos obedientes a meros princípios de essência religiosa, mas atendendo a imperativos reais da própria vida.


No curso de seus esclarecimentos, alusivos ao interessante caso de Segismundo, o bondoso instrutor ferira assuntos de grande relevância para mim. Mencionara a união sexual e designara o trabalho criador como seu objetivo sagrado. Não seria esse o momento oportuno de ouvi-lo, mais extensamente, respeito ao delicado assunto? Crivei-o de interrogações ansiosas. Alexandre não se mostrou surpreendido e ouviu-me as perguntas, com imperturbável serenidade. Quando me coloquei na atitude de expectativa, respondeu, amavelmente:

— O sexo tem sido tão aviltado pela maioria dos homens reencarnados na Crosta que é muito difícil para nós outros, por enquanto, elucidar o raciocínio humano, com referência ao assunto. Basta dizer que a união sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais. No capítulo de relações dessa espécie, há muita inconsciência criminosa e indiferença sistemática às leis divinas. Desse plano não seria razoável qualquer comentário de nossa parte. Trata-se dum domínio de semibrutos, onde muitas inteligências admiráveis preferem demorar em baixas correntes evolutivas. É inegável que também aí funcionam as tarefas de abnegados construtores espirituais, que colaboram na formação básica dos corpos, destinados a servirem às entidades que reencarnam nesses Círculos mais grosseiros. Entretanto, é preciso considerar que o serviço, em semelhante Esfera, é levado a efeito em massa, com características de mecanismo primitivo. O amor, nesses Planos mais baixos, é tal qual o ouro perdido em vasta quantidade de ganga, exigindo largo esforço e laboriosas experiências para revelar-se aos entendidos. Entre as criaturas, porém, que se encaminham, de fato, aos montes de elevação, a união sexual é muito diferente. Traduz a permuta sublime das energias perispirituais, simbolizando alimento divino para a inteligência e para o coração e força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna.

Alexandre fez ligeira pausa, sorriu paternalmente e continuou:

— Lembre-se, André, de que me referi a objetivos sagrados da Criação e não exclusivamente ao trabalho procriador. A procriação é um dos serviços que podem ser realizados por aquele que ama, sem ser o objeto exclusivo das uniões. O Espírito que odeia ou que se coloca em posição negativa, diante da Lei de Deus, não pode criar vida superior em parte alguma.

Compreendi que o problema era muito difícil de ser explanado, mas, como se quisesse desfazer todas as minhas dúvidas, o dedicado instrutor prosseguiu, após breve interrupção:

— É necessário deslocar a concepção do sexo, abstendo-nos de situá-la tão somente em determinados órgãos do corpo transitório das criaturas. Vejamos o sexo como qualidade positiva ou passiva, emissora ou receptora da alma. Chegados a esse entendimento, verificamos que toda manifestação sexual evolute com o ser. Enquanto nos mergulhamos no charco das vibrações pesadas e venenosas, experimentamos, nesse domínio, simplesmente sensações. À medida que nos dirigimos a caminho do equilíbrio, colhemos material de experiências proveitosas, oportunidades de retificação, força, conhecimento, alegria e poder. Em nos harmonizando com as leis supremas, encontramos a iluminação e a revelação, enquanto os Espíritos Superiores colhem os valores da Divindade. Substituamos as palavras “união sexual” por “união de qualidades” e observaremos que toda a vida universal se baseia nesse divino fenômeno, cuja causa reside no próprio Deus, Pai Criador de todas as coisas e de todos os seres.

As palavras de Alexandre abriam-me novos horizontes ao pensamento. As questões obscuras do tema tornavam-se claras ao meu campo mental. Fazendo-me sentir que os intervalos da conversação se destinavam a fornecer-me tempo de meditar, o benevolente orientador continuou, depois de longa pausa:

— Essa “união de qualidades”, entre os astros, chama-se magnetismo planetário da atração, entre as almas denomina-se amor, entre os elementos químicos é conhecida por afinidade. Não seria possível, portanto, reduzir semelhante fundamento da vida universal, circunscrevendo-o a meras atividades de certos órgãos do aparelho físico. A paternidade ou a maternidade são tarefas sublimes; não representam, porém, os únicos serviços divinos, no setor da Criação infinita. O apóstolo que produz no domínio da Virtude, da Ciência ou da Arte, vale-se dos mesmos princípios de troca, apenas com a diferença de Planos, porque, para ele, a permuta de qualidades se verifica em Esferas superiores. Há fecundações físicas e fecundações psíquicas. As primeiras exigem as disposições da forma, a fim de atenderem a exigências da vida, em caráter provisório, no campo das experiências necessárias. As segundas, porém, prescindem do cárcere de limitações e efetuam-se nos resplandecentes domínios da alma, em processo maravilhoso de eternidade. Quando nos referimos ao amor do Onipotente, quando sentimos sede da Divindade, nossos Espíritos não procuram outra coisa senão a troca de qualidades com as Esferas sublimes do Universo, sequiosos do Eterno Princípio Fecundante…

Alexandre fez longa pausa, como se ele mesmo permanecesse embevecido com semelhantes evocações. Por minha vez, achava-me deslumbrado. Nunca ouvira definições tão profundas, referentemente à posição do sexo na vida universal.

— É lamentável, — continuou o orientador gravemente, — que a maioria dos nossos irmãos encarnados na Crosta tenha menosprezado as faculdades criativas do sexo, desviando-as para o vórtice de prazeres inferiores. Todos pagarão, porém, ceitil por ceitil, o que devem ao altar santificado, através de cuja porta receberam a graça de trabalhar e aprender na superfície da Terra. Todo ato criador está cheio de sagradas comoções da Divindade e são essas comoções sublimes da participação da alma, nos poderes criadores da Natureza, que os homens conduzem, imprevidentemente, para a zona do abuso e da viciação. Tentam arrastar a luz para as trevas e convertem os atos sexuais, profundamente veneráveis em todas as suas características, numa paixão viciosa tão deplorável como a embriaguez ou a mania do ópio. Entretanto, André, sem que os olhos mortais lhes observem as angústias retificadoras, todos os infelizes, em semelhantes despenhadeiros, são punidos severamente pela Natureza divina.

A essa altura das luminosas elucidações, sentindo que o respeitável amigo entraria em nova pausa, ousei interrogar:

— Mas não é o uso do sexo uma lei natural na Esfera da Crosta?

Alexandre sorriu com benevolência e respondeu:

— Ninguém contesta esse caráter das manifestações sexuais nos Círculos da carne, mas todas as leis naturais na experiência humana devem ser exercidas, como em toda parte, sobre as bases da lei universal do bem e da ordem. Quem foge ao bem, é defrontado pelo crime; quem foge à ordem, cai no desequilíbrio. As uniões sexuais, portanto, que se efetuem a distância desses sublimes imperativos, transformam-se em causas geradoras de sofrimento e perturbação. Ao demais, não devemos esquecer que o sexo, na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja o sexo. Por isso mesmo, os homens e as mulheres, cuja alma se vai libertando dos cativeiros da forma física, escapam, gradativamente, do império absoluto das sensações carnais. Para eles, a união sexual orgânica vai deixando de ser uma imposição, porque aprendem a trocar os valores divinos da alma, entre si, alimentando-se reciprocamente, através de permutas magnéticas, não menos valiosas para os setores da Criação Infinita, gerando realizações espirituais para a eternidade gloriosa, sem qualquer exigência dos atritos celulares. Para esse gênero de criaturas, a união reconfortadora e sublime não se acha circunscrita à emotividade de alguns minutos, mas constitui a integração de alma com alma, através da vida inteira, no campo da Espiritualidade Superior. Diante dos fenômenos da presença física, bastam-lhes, na maioria das vezes, o olhar, a palavra, o simples gesto de carinho e compreensão, para que recebam o magnetismo criador do coração amado, impregnando-se de força e estímulo para as mais difíceis edificações.

Imprimiu Alexandre pequeno intervalo à palestra e, em seguida, abanando a cabeça, significativamente, observou:

— Não há criação sem fecundação. As formas físicas descendem das uniões físicas. As construções espirituais procedem das uniões espirituais. A obra do Universo é filha de Deus. O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos os Círculos evolutivos, até que venhamos a atingir o campo da Harmonia Perfeita, onde essas qualidades se equilibram no seio da Divindade.


Não ousei quebrar o silêncio que se seguiu. O venerando instrutor, engolfado em profundos pensamentos, não mais voltou ao assunto, compelindo-me, talvez, a meditações mais edificantes.

Esperei, ansioso, o instante de tornar às observações do caso Segismundo. O estudo que encetara era verdadeiramente fascinador. Foi por isso, com justificada alegria, que recebi o convite de Alexandre para o regresso ao lar de Adelino. O bondoso orientador alegava que era preciso visitar o casal e o amigo em processo reencarnacionista, na véspera da primeira ligação com a matéria orgânica.

Chegados à moradia nossa conhecida, encontramos Herculano e Segismundo em companhia de outras entidades. Alexandre informou-me tratar-se de Espíritos construtores, que iam cooperar na formação fetal do nosso amigo.

Como da outra vez, banhava-se o ninho doméstico na luz crepuscular, mantendo-se a pequena família no mesmo ato de refeição. Adelino, porém, demonstrava diferente posição espiritual. Cercava-o claro ambiente de otimismo, delicadeza e alegria. Meu amável instrutor, muito satisfeito com a nova situação, passou a examinar os mapas cromossômicos, com a assistência dos construtores presentes. Em vão procurava compreender aqueles caracteres singulares, semelhantes a pequeninos arabescos, francamente indecifráveis ao meu olhar.

Alexandre, porém, sempre gentil e benevolente, acentuou:

— Este não é um estudo que você possa entender, por enquanto. Estou examinando a geografia dos genes nas estrias cromossômicas, a fim de certificar-me até que ponto poderemos colaborar em favor de nosso amigo Segismundo, com recursos magnéticos para a organização das propriedades hereditárias.

Conformei-me e passei a observar Segismundo, que parecia extenuado, abatido. Não conseguia manter-se sentado. Assistido pela dedicação de Herculano, conversava dificilmente conosco, estirado numa cama, em grande prostração.

Demonstrava-se satisfeito com a minha simpatia fraternal e, enquanto os demais lhe estudavam a situação, entretive com ele conversação rápida, que me deu a conhecer, mais uma vez, a penosa impressão dos que se encontram no limiar de nova experiência terrestre.

— Já estive mais animado, — disse-me ele, triste; — entretanto, agora, falece-me a energia… Sinto-me fraco, incapacitado… Enquanto lutei por obter a transformação de meu futuro pai, experimentava mais confiança e serenidade… agora, porém, que consegui a dádiva do retorno à luta, tenho receio de novos fracassos…

— Tenha calma, — respondi, confortando-o; — a sua oportunidade de redenção é das melhores. Além disso, muitos companheiros seguí-lo-ão de perto, colaborando em seu êxito no porvir.

O interlocutor sorriu com dificuldade e observou:

— Sim, reconheço. Dentre todos os irmãos que me assistem agora, Herculano me acompanhará com desvelo e constância… Bem sei. No entanto, o renascimento na carne, com os valores espirituais que já possuímos, representa um fato gravíssimo em nosso processo de elevação… Ai de mim, se cair outra vez!…

Dirigia-lhe exortações de coragem e bom ânimo, quando o meu orientador, dando por findo o exame da documentação, se aproximou de nós ambos e falou-lhe com afetuosa autoridade:

— Segismundo, é incrível que desfaleça no momento culminante de suas atuais realizações. Restaure a sua fé, regenere a esperança, porque você não pode entrar na corrente material, à maneira dos nossos irmãos ignorantes e infelizes, que reclamam quase absoluto estado de inconsciência para penetrarem, de novo, o santuário maternal. Não deixe de cooperar com a sua confiança em nosso labor para o seu próprio benefício. Dê trabalho à sua imaginação criadora. Mentalize os primórdios da condição fetal, formando em sua mente o modelo adequado. Você encontrará na maternidade nobre de Raquel os mais eficientes auxílios e receberá, de nós outros a mais decidida colaboração; entretanto, lembre-se de que o seu trabalho individual será muito importante, no setor da adaptação e da recepção, para que triunfe na presente oportunidade. Não perca tempo em expectativas ansiosas, cheias de dores e apreensões. Levante o padrão de suas forças morais.

Segismundo ouviu, respeitoso, a advertência. Reconheci que as palavras reconfortantes de Alexandre se fizeram seguir de maravilhoso efeito. Segismundo melhorou repentinamente, esforçando-se por alijar a carga de preocupações inúteis.

Impressionado com o esclarecimento do prestimoso mentor, não hesitei em dirigir-lhe nova consulta.

— Existem, então, — perguntei sob forte interesse, — aqueles que reencarnam inconsciente do ato que realizam?

— Certamente, — respondeu ele, solícito, — assim também como desencarnam diariamente na Crosta milhares de pessoas sem a menor noção do ato que experimentam. Somente as almas educadas têm compreensão real da verdadeira situação que se lhes apresenta em frente da morte do corpo. Do mesmo modo, aqui. A maioria dos que retornam à existência corporal na Esfera do Globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras, e quantos recebem semelhante auxílio são conduzidos ao templo maternal de carne como crianças adormecidas. O trabalho inicial, que a rigor lhes compete na organização do feto, passa a ser executado pela mente materna e pelos amigos que os ajudam de nosso Plano. São inúmeros os que regressam à Crosta nessas condições, reconduzidos por autoridades superiores de nossa Esfera de ação, em vista das necessidades de certas almas encarnadas, de certos lares e determinados agrupamentos.

A explicação não podia ser mais lógica e, uma vez ainda, admirei no amoroso amigo o dom da clareza e da simplicidade.

Demoramo-nos, por mais algum tempo, naquele ninho acolhedor e, ao despedir-se, quase à meia-noite, após reconfortar o Espírito de Segismundo, Alexandre dirigiu-se a Herculano e aos construtores, nestes termos:

— Voltaremos na noite de amanhã, para a ligação inicial, fazendo a entrega de nosso irmão reencarnante aos nossos amigos.

Um dos Espíritos Construtores, que parecia o chefe do grupo em operações, abraçou-o, comovidamente, e falou:

— Contamos com o seu concurso para a divisão da cromatina no útero materno.

— Com muito prazer! — Redarguiu, bem-humorado.


Voltando a outras ocupações, não continha as ideias novas que a experiência de Segismundo despertava em mim. Como seria feito o auxílio naquelas circunstâncias? Raquel estaria consciente de nossa colaboração? Como interpretaria o casal as atividades de nosso Plano, caso viesse a conhecer a extensão de nossa tarefa? Alexandre, porém, incumbiu-se de interromper minhas indagações interiores, acrescentando, como se estivesse ouvindo os meus pensamentos:

— Em casos dessa natureza André, a nossa intervenção desenvolve-se com a mesma santidade que caracteriza o concurso de um médico responsável e honesto, ao praticar a intervenção no parto comum. A modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas naturais, qual ocorre na organização de formas em outros reinos da Natureza, mas, em todos esses fenômenos, os ascendentes de cooperação espiritual coexistem com as leis, de acordo com os planos de evolução ou resgate. Nosso concurso, portanto, em processos tais, é uma das tarefas mais comuns.

Compreendi a elevação do esclarecimento e pacifiquei a mente, esperando o dia seguinte.

Escoadas, porém, as horas do dia, a curiosidade voltou a espicaçar-me. Em que momento deveríamos buscar a moradia de Adelino? Sem qualquer intenção menos digna, preocupava-me o instante da primeira ligação de Segismundo à matéria. Agiria Alexandre no momento da união sexual ou o fenômeno obedeceria a diferentes determinações? Meu orientador sorria em silêncio, compreendendo-me a tortura mental. As horas sucediam-se umas às outras e, observando-me a impaciência, Alexandre esclareceu-me, bondoso:

— Não é necessária a nossa presença ao ato de união celular. Semelhantes momentos do tálamo conjugal são sublimes e invioláveis nos lares em bases retas. Você sabe que a fecundação do óvulo materno somente se verifica algumas horas depois da união genesíaca. O elemento masculino deve fazer extensa viagem, antes de atingir o seu objetivo.

E, sorrindo, acrescentou:

— Temos tempo.

Compreendi a delicadeza dos esclarecimentos e, sequioso de informações referentes ao assunto, interroguei:


— Com relação às uniões sexuais, de acordo com o seu parecer, todas elas são invioláveis?

— Isto não, — aduziu o instrutor, atencioso, — você não deve esquecer que aludi aos “lares em bases retas”. Todos os encarnados que edificam o ninho conjugal, sobre a retidão, conquistam a presença de testemunhas respeitosas, que lhes garantem a privatividade dos atos mais íntimos, consolidando-lhes as fronteiras vibratórias e defendendo-as contra as forças menos dignas, tomando, por base de seus trabalhos, os pensamentos elevados que encontram no ambiente doméstico dos amigos; não ocorre o mesmo, entretanto, nas moradias cujos proprietários escolhem baixas testemunhas espirituais, buscando-as em zonas inferiores. A esposa infiel aos princípios nobres da vida em comum e o esposo que põe sua casa em ligação com o meretrício, não devem esperar que seus atos afetivos permaneçam coroados de veneração e santidade. Suas relações mais íntimas são objeto de participação das desvairadas testemunhas que escolheram. Tornam-se vítimas inconscientes de grupos perversos, que lhes partilham as emoções de natureza fisiológica, induzindo-as à mais dolorosa viciação. Ainda que esses cônjuges infelizes estejam temporariamente catalogados no pináculo das posições sociais humanas, não poderão trair a miserável condição interior, sequiosos que vivem de prazeres criminosos, dominados de estranha e incoercível volúpia.

A resposta impressionante de Alexandre surpreendeu-me. Compreendi com mais intensidade que cada um de nós permanece com a própria escolha de situação, em todos os lugares. Todavia, nova questão surgia-me no cérebro e procurei movimentá-la, para melhor aclarar o raciocínio.

— Entendo a magnitude de suas elucidações, — afirmei, respeitoso. — Entretanto, considerando o perigo de certas atitudes inferiores dos que assumem o compromisso da fundação de um lar, que condição, por exemplo, é a da esposa fiel e devotada, ante um marido desleal e aventureiro, no campo sexual? Permanecerá a mulher nobre e santa à mercê das criminosas testemunhas que o homem escolheu? 

— Não! — Disse ele, veemente, — o mau não pode perturbar o que é genuinamente bom. Em casos dessa espécie, a esposa garantirá o ambiente doméstico, embora isto lhe custe as mais difíceis abnegações e pesados sacrifícios. Os atos que lhe exijam a presença enobrecedora são sagrados, ainda que o companheiro, na vida comum, se tenha colocado em nível inferior aos brutos. Em situações como essa, no entanto, o marido imprevidente torna-se paulatinamente cego à virtude e converte-se por vezes no escravo integral das entidades perversas que tomou por testemunhas habituais, presentes em todos os seus caminhos e atividades fora do santuário da família. Chegado a esse ponto, é muito difícil impedir-lhe a queda nos desfiladeiros fatais do crime e das trevas.

— Oh! Meu Deus! — Exclamei, — quanto trabalho esperando o concurso das almas corajosas: quanta ignorância a ser vencida!…

— Você diz bem, — acrescentou o orientador, gravemente, — porque, de fato, a maioria das tragédias conjugais se transferem para além-túmulo, criando pavorosos infernos para aqueles que as viveram na Crosta do Mundo. É muito doloroso observar a extensão dos crimes perpetrados na existência carnal e ai dos desprevenidos que não se esforçam, a tempo, no sentido de combater as paixões baixas! Angustioso lhes é aqui o despertar!…


Calei-me e Alexandre, pensativo, entrou também em silêncio profundo, dando-me a entender suas admiráveis faculdades de concentração.

Eram aproximadamente vinte e duas horas, quando nos pusemos a caminho da residência de Raquel.

A pequena família acabava de recolher-se.

Herculano e os demais receberam-nos com inequívocas demonstrações de carinho.

O chefe dos Construtores dirigiu-se ao meu instrutor, nestes termos:

— Esperávamos pela sua colaboração para iniciarmos o serviço magnético no paciente.

Passamos, em seguida, à pequena câmara, onde Segismundo repousava. Permanecia ele aflito, de olhar triste e vagueante.

Não pude sopitar uma interrogação:

— Por que motivo Segismundo sofre tanto? — Indaguei de Alexandre, em tom discreto.

— Desde muito, e, particularmente, desde a semana passada, está em processo de ligação fluídica direta com os futuros pais. Herculano está encarregado de ajudá-lo nesse trabalho. À medida que se intensifica semelhante aproximação, ele vai perdendo os pontos de contato com os veículos que consolidou em nossa Esfera, através da assimilação dos elementos de nosso Plano. Semelhante operação é necessária para que o organismo perispiritual possa retomar a plasticidade que lhe é característica e, no estágio em que ele se encontra, o serviço impõe-lhe sofrimentos.

A observação era muito nova para mim e continuei indagando:

— Mas o organismo perispirítico de Segismundo não é o mesmo que ele trouxe da Crosta, ao desencarnar pela última vez?

— Sim, — concordou o orientador, — tem a mesma identidade essencial; todavia, com o curso do tempo, em vista de nova alimentação e novos hábitos em meio muito diverso, incorporou determinados elementos de nossos Círculos de vida, dos quais é necessário se desfaça a fim de poder penetrar, com êxito, a corrente da vida carnal. Para isto, as lutas das ligações fluídicas primordiais com as emoções que lhes são consequentes desgastam-lhe as resistências dessa natureza, salientando-se que, nesta noite, faremos a parte restante do serviço, mobilizando, em seu auxílio, nossos recursos magnéticos.

— Oh! — Disse eu, — não teremos aqui um fato semelhante à morte física na Crosta?

Alexandre sorriu e aquiesceu:

— Sem dúvida, desde que consideremos a morte do corpo carnal como simples abandono de envoltórios atômicos terrestres.

Reconheci, porém, que a hora não comportava longas dissertações, e, vendo que o meu bondoso instrutor fixava a atenção nos Construtores, abstive-me de novas interrogações.


Seguido pelos amigos, Alexandre aproximou-se de Segismundo e falou-lhe, bem-humorado:

— Então? mais forte?

E, acariciando-lhe a face, acrescentou:

— Você deve estar satisfeito: é chegado o momento decisivo. Todas as nossas expressões de reconhecimento a Deus são insignificantes, diante da nova oportunidade recebida.

— Sim… — falou Segismundo, arquejante, — estou grato… não se esqueçam de mim… com o auxílio necessário.

E olhando angustiosamente para o meu orientador, observou, inquieto:

— Tenho receio… muito receio…

Alexandre sentou-se paternalmente ao lado dele e disse-lhe, com ternura:

— Não asile o monstro do medo no coração. A hora é de confiança e coragem. Ouça, Segismundo! Se você guarda alguma preocupação, divida conosco os seus pesares, fale de tudo o que constitua dificuldade em seu íntimo! Abra sua alma, querido amigo! Lembre-se de que o instante da passagem definitiva de Plano se aproxima. Torna-se indispensável manter o pensamento puro, lavado de todos os detritos!

O interlocutor deixou cair algumas lágrimas e conversou com esforço:

— Sabe que empreendi pequenina obra de socorro, nas cercanias de nossa colônia espiritual… A obra foi autorizada pelos nossos Maiores e… apesar do bom funcionamento… sinto que não está terminada e que tenho em sua estrutura grandes responsabilidades… não sei se fiz bem… pedindo agora o retorno à Crosta do Mundo, antes de consolidar meu trabalho… entretanto… reconheci que para seguir além… precisava reconciliar-me com a própria consciência, buscando os adversários de outro tempo… a fim de resgatar minhas faltas…

E enquanto o instrutor e os demais amigos o acompanhavam, em silêncio, Segismundo prosseguia:

— Foi por isto… que insisti tanto pela obtenção de minha volta… como poderia conduzir os outros à plena conversão espiritual… diante dos ensinamentos do Cristo… sem haver pago minhas próprias dívidas? como ensinar os irmãos sofredores… sofrendo eu mesmo… dolorosas chagas em virtude do passado cruel? Agora, porém… que se aproxima o recomeço difícil… tortura-me o receio de errar novamente… Quando Raquel e Adelino voltaram… prometeram-me amparo fraternal e estou certo… de que serão dois benfeitores para mim… no entanto… afligem-me receios e ansiedades ante o futuro desconhecido…

Valendo-se da pausa que se fizera naturalmente, Alexandre tomou a palavra, com franqueza e otimismo:

— Não adianta inquietar-se tanto, meu amigo! Desprenda-se de suas criações aqui. Todas as nossas obras, efetuadas de acordo com as leis divinas, sustentam-se por si mesmas e esperam-nos em qualquer tempo para a colheita de saborosos frutos de alegria eterna. Somente o mal está condenado à destruição e apenas o erro necessita laboriosos processos de retificação. Esteja, portanto, calmo e feliz. Sua insistência pelo regresso atual aos Círculos terrenos foi muito bem lembrada. O resgate do desvio de outra época concederá ao seu Espírito uma luz nova e mais brilhante. Persevere no seu propósito. Valer-se da escola, receber-lhe a orientação sublime, assenhorear-se-lhe dos benefícios, representa a maior felicidade do aluno fiel. Assim, pois, Segismundo, a sua felicidade de voltar agora à Esfera carnal é muito grande. Lave a sua mente na água viva da confiança em Deus, e caminhe. Para a nova experiência você não pode levar senão o patrimônio divino já adquirido com o seu esforço para a vida eterna, constituído pelas ideias enobrecedoras e pelas luzes íntimas que o seu Espírito já conquistou. Não se detenha, desse modo, em lembranças dos aspectos exteriores de nossas atividades neste Plano. Persistir em semelhantes estados dalma poderá trazer consequências muito graves, porquanto a sua inadaptação perturbaria o desenvolvimento fetal e determinaria a morte prematura de seu novo aparelho físico, no período infantil. Não se prenda a receios pueris. É verdade que você deve e precisa pagar, mas, em sã consciência, qual de nós não é devedor? Com tristeza e abatimento nunca resgataremos nossos débitos. É indispensável criar esperanças novas.

Segismundo fez um gesto significativo de afirmação e sorriu com dificuldade, mostrando-se menos triste.

— Não perturbe o seu trabalho valioso do momento. Recorde as graças que temos recebido e não tema!

Calando-se o mentor, notei que Segismundo, sob forte emoção, não conseguia recursos para manter a palestra. Vi-o, porém, tomar a destra de Alexandre, com infinito esforço, beijando-a, respeitoso, em sinal de reconhecimento.


Ponderei, então, no concurso enorme que todos recebemos ao regressar ao Círculo carnal. Aqueles devotados benfeitores auxiliavam Segismundo, desde o primeiro dia, e, ainda ali, diante do possível recuo do interessado, eles mesmos se mostravam dispostos a consolar-lhe todas as tristezas, levantando-lhe o ânimo para o êxito final.

Os Espíritos Construtores começaram o trabalho de magnetização do corpo perispirítico, no que eram amplamente secundados pelo esforço do abnegado orientador, que se mantinha dedicado e firme em todos os campos de serviço.

Sem que me possa fazer compreendido, de pronto, pelo leitor comum, devo dizer que “alguma coisa da forma de Segismundo estava sendo eliminada”. Quase que imperceptivelmente, à medida que se intensificavam as operações magnéticas, tornava-se ele mais pálido. Seu olhar parecia penetrar outros domínios. Tornava-se vago, menos lúcido.

A certa altura, Alexandre falou-lhe com autoridade:

— Segismundo, ajude-nos! Mantenha clareza de propósitos e pensamento firme!

Tive a impressão de que o reencarnante se esforçava por obedecer.

— Agora, — continuou o instrutor, — sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se pequenino! Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem!

Compreendi que o interessado precisava oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo. Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida.

A operação não foi curta, nem simples. Identificava o esforço geral para que se efetuasse a redução necessária.

Segismundo parecia cada vez menos consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas perguntas afetuosas não se revelavam completas.

Por fim, com grande assombro meu, verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma criança.

O fenômeno espantava-me e não pude conter as interrogações que se me represavam no íntimo. Observando que Alexandre e os Construtores se dispunham a alguns minutos de intervalo, antes da penetração na câmara conjugal, acerquei-me do prestimoso orientador, que me percebeu, num relance, a curiosidade.

Acolheu-me, cortês como sempre, e falou:

— Já sei. Você permanece torturado pelo espírito de pesquisa.

Sorri desapontado, mas cobrei ânimo e indaguei:

— Como pode ser o que vejo? Ignorava que o renascimento compelisse o Plano espiritual a serviços tão complexos!

— O trabalho enobrecedor está em toda parte, — acentuou Alexandre, intencionalmente. — O paraíso da ociosidade é talvez a maior ilusão dos princípios teológicos que obscureceram na Crosta o sentido divino da verdadeira Religião.

Fez uma pausa, fixou um gesto expressivo e continuou:

— Quanto à estranheza de que se sente possuído, não vemos razão para tanto. A desencarnação normal na Terra obriga o corpo denso de carne a não menores modificações. A enfermidade mortal, para o homem terreno, não deixa, em certo sentido, de ser prolongada operação redutiva, libertando por fim a alma, desembaraçando-a dos laços fisiológicos. Há pessoas que, depois de algumas semanas de leito, se tornam francamente irreconhecíveis. E devemos considerar que o aparelho físico permanece muito distante da plasticidade do corpo perispiritual, profundamente sensível à influenciação magnética.

A explicação não podia ser mais lógica.


— O que vimos, porém, com Segismundo perguntei, — é regra geral para todos os casos?

— De modo algum, — respondeu o instrutor, atencioso, — os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente iguais. As facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta ou na libertação dos veículos carnais. Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à Esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso. Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de cooperação muito mais complexa que a exercida no caso de Segismundo.

— Não deveriam renascer, porém, — interroguei, curioso, — tão somente aqueles que se revelassem preparados?

— Não podemos esquecer, no entanto, — refutou meu esclarecido interlocutor, — que a reencarnação é o curso repetido de lições necessárias. A Esfera da Crosta é uma escola divina. E o amor, por intermédio das atividades “intercessórias”, reconduz diariamente ao banco escolar da carne milhões de aprendizes.

O orientador amigo calou-se por alguns instantes, e prosseguiu:

— A reencarnação de Segismundo obedece às diretrizes mais comuns. Traduz expressão simbólica da maioria dos fatos dessa natureza, porquanto o nosso irmão pertence à enorme classe média dos Espíritos que habitam a Crosta, nem altamente bons, nem conscientemente maus. Acresce notar, todavia, que a volta de certas entidades das regiões mais baixas ocasiona laboriosos e pacientes esforços dos trabalhadores de nosso Plano. Semelhantes seres obrigam-nos a processos de serviço que você gastará ainda muito tempo para compreender.


As elucidações de Alexandre calavam-me fundo, satisfazendo-me a pesquisa intelectual; entretanto, novas indagações surgiam-me na mente sequiosa. Foi então que, premido por intensa e legítima curiosidade, perguntei, respeitoso:

— O auxílio que vemos atingirá, porventura, a todos? Aqui nos encontramos num lar em bases retas, segundo sua própria afirmação. Mas… se nos achássemos numa casa típica de deboche carnal? e se fôssemos aqui defrontados por paixões criminosas e desvarios desequilibrantes?

O instrutor meditou gravemente e redarguiu:

— André, o diamante perdido no lodo, por algum tempo, não deixa de ser diamante. Assim, também, a paternidade e a maternidade, em si mesmas, são sempre divinas. Em todo lugar desenvolve-se o auxílio da Esfera superior, desde que se encontre em jogo o trabalho da Vontade de Deus. Entretanto, devemos considerar que, em tais circunstâncias, as atividades de auxílio são verdadeiramente sacrificiais. As vibrações contraditórias e subversivas das paixões desvairadas da alma em desequilíbrio, comprometem os nossos melhores esforços, e, muitas vezes, nessas paisagens de irresponsabilidade e viciação, para ajudar, em obediência ao nosso ministério, devemos, antes de tudo, lutar contra entidades monstruosas, dominadoras dos Círculos de vida dos homens e das mulheres que, imprevidentemente, escolhem o perigoso caminho da perturbação emocional, onde tais entidades ignorantes e desequilibradas transitam. Nesses casos, nem sempre a nossa colaboração pode ser perfeita, porquanto são os próprios pais que, menosprezando a grandeza do mandato que lhes foi confiado, abrem as portas de suas potências sagradas aos impiedosos monstros da sombra que lhes perseguem os filhos nascituros. Certas almas heroicas escolhem semelhante entrada na existência carnal, a fim de se fortalecerem nas resistências supremas contra o mal, desde os primeiros dias de serviço uterino. Entretanto, devemos considerar que é preciso ser suficientemente forte na fé e na coragem para não sucumbir. Nos renascimentos dessa espécie, o maior número de criaturas, porém, cumpre o programa salutar das provações retificadoras. Muitas fracassam; todavia, há sempre grande quantidade das que retiram os melhores lucros espirituais no setor da experiência para a vida eterna.

Alexandre comentara o assunto com imponente beleza. Começava eu a compreender a procedência de certos fenômenos teratológicos e de determinadas moléstias congênitas que, no mundo, confrangem o coração. As asserções do momento levavam-me a novo e fascinante estudo — a questão das provas retificadoras e necessárias.


Em seguida Alexandre convidou os Construtores a examinarem os mapas cromossômicos, em companhia dele, junto de Herculano. Acompanhei o trabalho com interesse, embora absolutamente desprovido de competência para ajuizar com precisão, relativamente aos caprichosos desenhos sob nosso olhar.

Não me é dado transmitir determinadas definições daquela pequena assembleia de autoridades espirituais, por falta de elementos para a comparação analógica, mas posso dizer que, finda a parte propriamente técnica das conversações, o meu orientador acrescentava, satisfeito:

— Com exceção do tubo arterial, na parte a dilatar-se para o mecanismo do coração, tudo irá muito bem. Todos os genes poderão ser localizados com normalidade absoluta.

Depois de pequena pausa, acentuou:

— Os membros e os órgãos serão excelentes. E se o nosso amigo souber valorizar as oportunidades do futuro, possivelmente conquistará o equilíbrio do aparelho circulatório, mantendo-se em serviço de iluminação por abençoado tempo de trabalho terrestre. Depende dele o êxito preciso.

Voltando-se para os Construtores, falou-lhes, afável:

— Meus amigos, o nosso Herculano permanecerá em definitivo junto de Segismundo, na nova experiência, até que ele atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado. Depois desse período, a sua tarefa de amigo e orientador será amenizada, visto que seguirá o nosso irmão em sentido mais distante. Sei que o devotado companheiro tomará todas as providências indispensáveis à harmoniosa organização fetal, seja auxiliando o reencarnante, seja defendendo o templo maternal contra o assédio de forças menos dignas; entretanto, peço-lhes muita atenção nos primórdios de formação do timo, glândula, como sabem, de importância essencial para a vida infantil, desde o útero materno. Precisamos do equilíbrio perfeito desse departamento glandular, até que se forme a medula óssea e se habilite à produção dos corpúsculos vermelhos para o sangue. Os diversos gráficos das disposições cromossômicas facilitarão os serviços dessa natureza.


Alguns dos amigos presentes passaram a observar os mapas com maior atenção.

Enquanto se estendiam, sob meus olhos, aqueles microscópicos sinais, facultando amplo exame da célula-ovo, acerquei-me do instrutor e, sentindo-o mais acessível às minhas interrogações, perguntei:

— Temos, nestes mapas, a geografia dos genes da hereditariedade distribuídos nos cromossomos. A lei da herança, porém, será ilimitada? A criatura receberá, ao renascer, a total imposição dos característicos dos pais? As enfermidades ou as disposições criminosas serão transmissíveis de maneira integral?

— Não, André, — observou o orientador, com grave inflexão, — estamos diante dum fenômeno físico natural. O organismo dos nascituros, em sua expressão mais densa, provém do corpo dos pais, que lhes entretêm a vida e lhes criam os caracteres com o próprio sangue; todavia, em semelhante imperativo das leis divinas para o serviço de reprodução das formas, não devemos ver a subversão dos princípios de liberdade espiritual, imanente na ordem da Criação Infinita. Por isso mesmo, a criatura terrena herda tendências e não, qualidades. As primeiras cercam o homem que renasce, desde os primeiros dias de luta, não só em seu corpo transitório, mas também no ambiente geral a que foi chamado a viver, aprimorando-se; as segundas resultam do labor individual da alma encarnada, na defesa, educação e aperfeiçoamento de si mesma nos círculos benditos da experiência. Se o Espírito reencarnado estima as tendências inferiores, desenvolvê-las-á, ao reencontrá-las dentro do novo quadro de experiência humana, perdendo um tempo precioso e menosprezando o sublime ensejo de elevação. Todavia, se a alma que regressa ao mundo permanece disposta ao serviço de autoelevação, sobrepairará a quaisquer exigências menos nobres do corpo ou do ambiente, triunfando sobre as condições adversas e obtendo títulos de vitória da mais alta significação para a vida eterna. Em sã consciência, portanto, ninguém se pode queixar de forças destruidoras ou de circunstâncias asfixiantes, em se referindo ao círculo onde renasceu. Haverá sempre, dentro de nós, a luz da liberdade íntima indicando-nos a ascensão. Praticando a subida espiritual, melhoraremos sempre. Esta é a lei.


Em virtude das anteriores explicações do orientador, relativamente à importância da assistência de Herculano a Segismundo reencarnado, até aos sete anos, procurei obter do instrutor alguma elucidação a respeito. Pedi desculpas a Alexandre, todavia, não me pude furtar à delicada inquirição. Porque tamanho cuidado com o sangue do futuro recém-nascido? Somente aos sete anos iniciais de existência humana estaria terminado o serviço de reencarnação?

Como sempre acontecia, o nobre mentor ouviu-me, complacente, sorriu qual pai carinhoso e respondeu, solícito:

— Você não ignora que o corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez ainda não saiba que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. [Vide: Dt 12:23 e Lv 17:14] Na organização fetal, o patrimônio sanguíneo é uma dádiva do organismo materno. Logo após o renascimento, inicia-se o período de assimilação diferente das energias orgânicas, em que o “eu” reencarnado ensaia a consolidação de suas novas experiências e, somente aos sete anos de vida comum, começa a presidir, por si mesmo, ao processo de formação do sangue, elemento básico de equilíbrio ao corpo perispirítico ou forma preexistente, no novo serviço iniciado. O sangue, portanto, é como se fora o fluido divino que nos fixa as atividades no campo material e em seu fluxo e refluxo incessantes, na organização fisiológica, nos fornece o símbolo do eterno movimento das forças sublimes da Criação Infinita. Quando a sua circulação deixa de ser livre, surge o desequilíbrio ou enfermidade e, se surgem obstáculos que impedem o seu movimento, de maneira absoluta, então sobrevêm a extinção do tônus vital, no campo físico, ao qual se segue a morte com a retirada imediata da alma.


Fortemente impressionado com a revelação do respeitável amigo, observei:

— Oh! Como é grande a responsabilidade do homem, em frente ao corpo material!

— Diz bem, — acrescentou o orientador, — ao se referir com semelhante admiração a esse soberano dever da criatura reencarnada. Sem atender às pesadas responsabilidades que lhe competem na preservação do vaso físico, homem algum poderá realizar o progresso espiritual. O Espírito renasce na carne para a produção de valores divinos em sua natureza; mas como atender a semelhante imperativo, destruindo a máquina orgânica, base fundamental do serviço a fazer? Inda agora, referia-se você à lei da herança. O corpo terreno é também um patrimônio herdado há milênios e que a Humanidade vem aperfeiçoando, através dos séculos. O plasma, sublime construção efetuada ao influxo divino, com água do mar, nas épocas primitivas, é o fundamento primordial das organizações fisiológicas. Em voltando à Crosta, temos de aproveitar-lhe a herança, mais ou menos evolvida no corpo humano.

A essa altura das elucidações surpreendentes para mim, Alexandre, depois de ligeiro intervalo, continuou:

— Por isso mesmo, não desconhece você que, enquanto nos movimentamos na Esfera da carne, somos criaturas marinhas respirando em terra firme. No processo vulgar de alimentação, não podemos prescindir do sal; nosso mecanismo fisiológico, a rigor, se constitui de sessenta por cento de água salgada, cuja composição é quase idêntica à do mar, constante dos sais de sódio, de cálcio, de potássio. Encontra-se, na Esfera de atividade fisiológica do homem reencarnado, o sabor do sal no sangue, no suor, nas lágrimas, nas secreções. Os corpúsculos aclimatados nos mares mais quentes viveriam à vontade no líquido orgânico. Há verdadeiras surpresas de comparação analógica que poderíamos efetuar neste sentido.

Não soube o que responder, em vista das definições ouvidas, e, ante o meu silêncio, foi o próprio Alexandre que continuou, depois de significativa parada:

— Como vê, ao renascermos na Crosta do Mundo, recebemos com o corpo uma herança sagrada, cujos valores precisamos preservar, aperfeiçoando-o. As forças físicas devem evolutir como as nossas almas. Se nos oferecem o vaso de serviço para novas experiências de elevação, devemos retribuir, com o nosso esforço, auxiliando-as com a luz de nosso respeito e equilíbrio espiritual, no campo de trabalho e educação orgânica. O homem do futuro compreenderá que as suas células não representam apenas segmentos de carne, mas companheiras de evolução, credoras de seu reconhecimento e auxílio efetivo. Sem esse entendimento de harmonia no império orgânico, é inútil procurar a paz.

A conversação brilhante do orientador magnânimo e sábio sugeria sublimes questões. Entretanto, ele mesmo recordou-me o trabalho em curso e deu por findos os esclarecimentos daquela hora.


Estávamos a duas horas depois de meia-noite.

Permaneciam agora, ao nosso lado, não somente Alexandre e os Construtores, mas também diversos amigos espirituais da família.

Congregando todos os companheiros em torno de si, como figura máxima daquela reunião, Alexandre falou, gravemente:

— Agora, meus irmãos, penetremos a câmara de nossos dedicados colaboradores para que se efetue o júbilo da união espiritual.

E, depositando Segismundo nos braços da entidade que fora na Crosta Terrestre a carinhosa mãe de Raquel, acentuou:

— Seja você, minha irmã, a portadora do sagrado depósito. O coração filial que nos espera sentirá novas felicidades ao contato de sua ternura. Raquel bem merece semelhante alegria.

Voltando-se para a assembleia ali congregada, explicou:

— Faremos agora o ato de ligação inicial, em sentido direto, de Segismundo com a matéria orgânica. Espero, porém, caros companheiros, a visita reiterada de todos vocês ao nosso irmão reencarnante, principalmente no período de gestação do seu corpo futuro. Não ignoram o valor da colaboração afetuosa nesse serviço. Somente aqueles que semearam muitas afeições podem receber o concurso de muitos amigos e Segismundo deve receber esse prêmio pelos seus nobres sentimentos e elevados trabalhos a todos nós, nestes últimos anos em que se devotou a grandes obras de benemerência e fraternidade.

Logo após, penetrávamos o aposento conjugal, onde o espetáculo íntimo era divinamente belo. No leito de madeira, em macios lençóis de linho, repousavam dois corpos que a bênção do sono imobilizava, mas, ali mesmo, Adelino e Raquel nos esperavam em Espírito, conscientes da grandeza da hora em curso. Em despertando na Esfera densa de luta e aprendizado, seus cérebros carnais não conseguiriam fixar a reminiscência perfeita daquela cena espiritual, em que se destacavam como principais protagonistas; contudo, o fato gravar-se-ia para sempre em sua memória eterna.

Os amigos invisíveis do lar, companheiros de nosso Plano, haviam enchido a câmara de flores de luz. Desde a meia-noite, haviam obtido permissão para ingressar no futuro berço de Segismundo, com o amoroso propósito de adornar-lhe os caminhos do recomeço.

Mais de cem amigos se reuniam ali, prestando-lhe afetuosa homenagem.

Alexandre caminhou à nossa frente, cumprimentando carinhosamente o casal, temporariamente desligado dos veículos físicos.

Em seguida, com a melhor harmonia, os presentes passaram às saudações, enchendo de conforto celeste o coração dos cônjuges esperançosos.

O quadro era lindo e comovedor.

Duas entidades, ao meu lado, comentavam fraternalmente:

— É sempre penoso voltar à carne, depois de havermos conhecido as regiões de luz divina; entretanto, é tão sagrado o amor cristão que, mesmo em tal circunstância, sublime é a felicidade daqueles que o praticam.

— Sim, — respondeu a outra, — Segismundo tem lutado muito pela redenção e, nessa luta, vem sendo um servo devotado de todos nós. Bem merece as alegrias desta hora.

A esse tempo, observei que a entidade convidada a guardar o reencarnante se mantinha à pequena distância de Raquel, entre os Espíritos Construtores.

Refletia sobre esse fato, quando alguém me tocou levemente, despertando-me a atenção. Era Alexandre que sorria paternalmente, elucidando-me:

— Deixemos os nossos amigos, por alguns minutos, no suave contentamento das expansões afetivas. Iniciaremos o trabalho no momento oportuno.


Perplexo, diante dos fatos novos para mim, eu não acomodara o raciocínio em face dos múltiplos problemas daquela noite. Por isso mesmo, alucinantes interrogações vagueavam-me no cérebro. O orientador percebeu-me o estado dalma e, talvez por esse motivo, deu-me a impressão de mais paciente.

Valendo-me daquele instante, indiquei Segismundo, recolhido nos braços acolhedores que o guardavam, e perguntei:

— Nosso irmão reencarnante apresentar-se-á, mais tarde, entre os homens, tal qual vivia entre nós? Já que as suas instruções se baseiam na forma perispiritual preexistente, terá ele a mesma altura, bem como as mesmas expressões que o caracterizavam em nossa Esfera?

Alexandre respondeu sem titubear:

— Raciocine devagar, André! Falamos da forma preexistente, nela significando o modelo de configuração típica ou, mais propriamente, o “uniforme humano”. Os contornos e minúcias anatômicas vão desenvolver-se de acordo com os princípios de equilíbrio e com a lei da hereditariedade. A forma física futura de nosso amigo Segismundo dependerá dos cromossomos paternos e maternos; adicione, porém, a esse fator primordial, a influência dos moldes mentais de Raquel, a atuação do próprio interessado, o concurso dos Espíritos Construtores, que agirão como funcionários da natureza divina, invisíveis ao olhar terrestre, o auxílio afetuoso das entidades amigas que visitarão constantemente o reencarnante, nos meses de formação do novo corpo, e poderá fazer uma ideia do que vem a ser o templo físico que ele possuirá, por algum tempo, como dádiva da Superior Autoridade de Deus, a fim de que se valha da bendita oportunidade de redenção do passado e iluminação para o futuro, no tempo e no espaço. Alguns fisiologistas da Crosta concordam em asseverar que a vida humana é uma resultante de conflitos biológicos, esquecidos de que, muitas vezes, o conflito aparente das forças orgânicas não é senão a prática avançada da lei de cooperação espiritual.

— Segismundo terá então, — insisti, — uma forma física eventual, imprecisa, por enquanto, ao nosso conhecimento?

O instrutor esclareceu sem demora:

— Se estivéssemos diretamente ligados ao caso dele, estaríamos de posse de todas as informações referentes ao porvir, nesse particular, mas a nossa colaboração neste acontecimento é transitória e sem maior significação no tempo. Os orientadores de Segismundo, porém, nas Esferas mais altas, guardam o programa traçado para o bem do reencarnante. Note que me refiro ao bem e não ao destino. Muita gente confunde plano construtivo com fatalismo. O próprio Segismundo e o nosso irmão Herculano estão de posse dos informes a que nos reportamos, porque ninguém penetra num educandário, para estágio mais ou menos longo, sem finalidade específica e sem conhecimento dos estatutos a que deve obedecer.

Nesse ponto, o mentor generoso fez ligeiro intervalo e continuou em seguida:

— Os contornos anatômicos da forma física, disformes ou perfeitos, longilíneos ou brevilíneos, belos ou feios, fazem parte dos estatutos educativos. Em geral, a reencarnação sistemática é sempre um curso laborioso de trabalho contra os defeitos morais preexistentes nas lições e conflitos presentes. Pormenores anatômicos imperfeitos, circunstâncias adversas, ambientes hostis, constituem, na maioria das vezes, os melhores lugares de aprendizado e redenção para aqueles que renascem. Por isso, o mapa de provas úteis é organizado com antecedência, como o caderno de apontamentos dos aprendizes nas escolas comuns. Em vista disso, o mapa alusivo a Segismundo está devidamente traçado, levando-se em conta a cooperação fisiológica dos pais, a paisagem doméstica e o concurso fraterno que lhe será prestado por inúmeros amigos daqui. Imagine, pois, o nosso amigo voltando a uma escola, que é a Terra; assim procedendo, alimenta um propósito que é o da aquisição de valores novos. Ora, para realizá-lo terá de submeter-se às regras do educandário, renunciando, até certo ponto, à grande liberdade de que dispõe em nosso meio.

— Não poderíamos, porém, — indaguei, — intitular semelhante prova de — “destino fixado”?

O instrutor aduziu com paciência:

— Não incida no erro de muita gente. Isto implicaria obrigatoriedade de conduta espiritual. Naturalmente, a criatura renasce com independência relativa e, por vezes, subordinada a certas condições mais ásperas, em virtude das finalidades educativas, mas semelhante imperativo não suprime, em caso algum, o impulso livre da alma, no sentido de elevação, estacionamento ou queda em situações mais baixas. Existe um programa de tarefas edificantes a serem cumpridas por aquele que reencarna, onde os dirigentes da alma fixam a cota aproximada de valores eternos que o reencarnante é suscetível de adquirir na existência transitória. E o Espírito que torna à Esfera de carne pode melhorar essa cota de valores, ultrapassando a previsão superior, pelo esforço próprio intensivo, ou distanciar-se dela, enterrando-se ainda mais nos débitos para com o próximo, menosprezando as santas oportunidades que lhe foram conferidas.

A essa altura, Alexandre interrompeu-se, talvez ponderando o tempo gasto em nossa conversação, e, como quem sentia necessidade de pôr termo à palestra, observou:

— Todo plano traçado na Esfera Superior tem por objetivos fundamentais o bem e a ascensão, e toda alma que reencarna no Círculo da Crosta, ainda aquela que se encontre em condições aparentemente desesperadoras, tem recursos para melhorar sempre.


Logo após, convidou-me o orientador amigo a nos aproximarmos do casal.

Recordou Alexandre que a hora ia adiantada e devíamos entregar aos cônjuges felizes o sagrado depósito.

Os Construtores, por intermédio do mentor que os dirigia, pediram-lhe fizesse a prece daquele ato de confiança e observei que profundo silêncio se fizera entre todos.

Dispunha-se o instrutor ao serviço da oração, quando Raquel se lhe aproximou, e pediu, humilde:

— Boníssimo amigo, se é possível, desejaria receber meu novo filho, de joelhos!…

Alexandre aquiesceu sorrindo e, mantendo-se entre ela, genuflexa, e Adelino que se conservava, como nós outros, de pé, extremamente comovido, começou a orar, estendendo as mãos generosas para o alto:


— “Pai de Amor e Sabedoria, digna-Te abençoar os filhos de Tua Casa Terrestre, que vão partilhar contigo, neste momento, a divina faculdade criadora! Senhor, faze descer, por misericórdia, a Tua bênção neste ninho afetuoso, transformado em asilo de reconciliação. Aqui nos reunimos, companheiros de luta no passado, acompanhando o amigo que retorna ao testemunho de humildade e compreensão de Tua lei!

“Oh! Pai, fortifica-o para a travessia longa do rio do esquecimento temporário, permite que possamos manter sempre viva a sua esperança, ajuda-nos, ainda e sempre, para que possamos vencer todo o mal!

“Concede aos que recebem agora o novo ministério de orientação do lar, com o nascimento de um novo filho, a Tua luz generosa e santificada, que dissipa todas as sombras! Fortalece-lhes, Senhor, a noção de responsabilidade, abre-lhes a porta de Tua confiança sublime, conserva-os na bendita alegria de Teu amor desvelado! Restaura-lhes as energias para que recebam, jubilosos, a missão da renúncia até ao fim, santifica-lhes os prazeres para que não se percam nos despenhadeiros da fantasia!

“Este, Senhor, é um ato de confiança de Tua bondade infinita que desejamos honrar para sempre! Abençoa, pois, o nosso trabalho amoroso e, sobretudo, Pai, suplicamos Tua graça para a nossa irmã que se entrega, reverente, ao divino sacrifício da maternidade. Unge-lhe o coração com a Tua magnanimidade paternal, intensifica-lhe o bom ânimo, dilata-lhe a fé no futuro sem fim! Sejam para ela, em particular, os nossos melhores pensamentos, nossos votos de paz e esperanças mais puras!

“Acima de tudo, porém, Senhor, seja feita a Tua vontade em todos os recantos do Universo, e que nos caiba, a nós, humildes servos de Teu reino, a alegria incessante de reverenciar-Te e obedecer-Te para sempre!…”


Calara-se Alexandre, observando eu que todo o aposento se enchia de novas luzes. Reconheci que de todos nós, entidades espirituais que ali nos congregávamos, partiam raios luminosos que se derramavam sobre Raquel em pranto de emoção sublime, mas o fenômeno radioso não se circunscreveu a isto. Tão logo o meu orientador se calara, alguma coisa parecia responder à sua súplica. Leve rumor, que apenas encontrava eco em nossos ouvidos, se fazia sentir acima de nossas cabeças. Ergui-me, surpreso, e pude ver que uma coroa brilhante e infinitamente bela descia do alto sobre a fronte de Raquel, ajoelhada, em silêncio. Tive a impressão de que a auréola se compunha de turmalinas eterizadas, que miraculoso ourives houvera tornado resplandecentes. Seu brilho feria-nos o olhar e o próprio Alexandre, ao fixá-la, curvou-se, reverente. A coroa sublime, sustentada por Espíritos muito superiores a nós, que eu não podia ver, descansou sobre a fronte de Raquel.

Notei, embora a comoção do momento, que o meu instrutor fez um gesto à depositária de Segismundo, para que efetuasse a entrega do reencarnante aos braços maternais.

Raquel, dando-me a impressão de que não via a luminosa auréola, ergueu os olhos rasos de lágrimas e recebeu o depósito que o Céu lhe confiava. Alexandre estendeu-lhe a destra, ajudando-a a levantar-se, e vi que Adelino se aproximou da esposa, estreitando-a carinhosamente nos braços, beijando-lhe a fronte orvalhada de luz.

Foi então, — ó divino mistério da Criação Infinita de Deus! — Que a vi apertar a “forma infantil” de Segismundo de encontro ao coração, mas tão fortemente, tão amorosamente, que me pareceu uma sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema. Segismundo ligara-se a ela como a flor se une à haste. Então compreendi que, desde aquele momento, era alma de sua alma aquele que seria carne de sua carne.


Alexandre recomendou aos amigos presentes, com exceção dos Construtores, de Herculano e de mim, que se afastassem da câmara, conduzindo Adelino, confortado e feliz, a pequena excursão pelo exterior; e, guiando Raquel, com infinito cuidado, ao corpo físico, disse-nos:

— Agora, auxiliemos nosso amigo no primeiro contato com a matéria mais densa.

Raquel acordara, experimentando no coração estranha ventura. Abraçou-se, instintivamente, ao companheiro adormecido, como o navegante feliz, ao sentir-se em porto de tranquilidade e segurança. Havia atravessado o espesso véu de vibrações que separa o Plano espiritual da Esfera física e não conservava qualquer reminiscência precisa da sublime felicidade de momentos antes; todavia, seu sentimento de júbilo permanecia dilatado, suas esperanças transbordavam e uma confiança imensa no porvir acalentava-lhe, agora, o coração. Seria mãe pela segunda vez? — Pensava, contente. Essa ideia, que lhe não despontava no cérebro por acaso, balsamizava-lhe a alma com deliciosa alegria. Estava pronta para o serviço divino da maternidade, confiaria no Senhor como escrava de sua bondade infinita.

Não via a esposa de Adelino que Alexandre e os Construtores Espirituais lhe rodeavam a mente de sublime luz, banhando-lhe as ideias com a água viva do amor espiritual.


Observando que a forma de Segismundo se ligara a ela, por divino processo de união magnética, recebi a determinação do meu orientador para seguir-lhe, de perto, o trabalho de auxílio na ligação definitiva de Segismundo à matéria.

Indicando os órgãos geradores de Raquel e fazendo incidir sobre eles a sua luz, Alexandre preveniu-me, quanto à grandeza do quadro sob nossa observação, acentuando, respeitosamente:

— Temos aqui o altar sublime da maternidade humana. Perante o seu augusto tabernáculo, ao qual devemos a claridade divina de nossas experiências, devemos cooperar, na tarefa do amor, guardando a consciência voltada para a Majestade Suprema.

Inclinei-me para a organização feminina de nossa irmã reencarnada, dentro de uma veneração que nunca, até então, havia sentido.

Auxiliado pelo concurso magnético do mentor querençoso, passei a observar as minúcias do fenômeno da fecundação.

Através dos condutos naturais, corriam os elementos sexuais masculinos, em busca do óvulo, como se estivessem preparados de antemão para uma prova eliminatória, em corrida de três milímetros, aproximadamente, por minuto. Surpreendido, reconheci que o número deles se contava por milhões e que seguiam, em massa, para a frente, em impulso instintivo, na sagrada competição.

No silêncio sublime daqueles minutos, compreendi que Alexandre, em vista de ser o missionário mais elevado do grupo em operação de auxílio, dirigia os serviços graves da ligação primordial. Segundo depreendi, ele podia ver as disposições cromossômicas de todos os princípios masculinos em movimento, depois de haver observado, atentamente, o futuro óvulo materno, presidindo ao trabalho prévio de determinação do sexo do corpo a organizar-se.

Após acompanhar, profundamente absorto no serviço, a marcha dos minúsculos competidores que constituíam a substância fecundante, identificou o mais apto, fixando nele o seu potencial magnético, dando-me a ideia de que o ajudava a desembaraçar-se dos companheiros para que fosse o primeiro a penetrar a pequenina bolsa maternal. O elemento focalizado por ele ganhou nova energia sobre os demais e avançou rapidamente na direção do alvo. A célula feminina que, em face do microscópico projétil espermático, se assemelhava a um pequeno mundo arredondado de açúcar, amido e proteínas, aguardando o raio vitalizante, sofreu a dilaceração da cutícula, à maneira de pequenina embarcação torpedeada, e enrijeceu-se, de modo singular, cerrando os poros tenuíssimos, como se estivesse disposta a recolher-se às profundezas de si mesma, a fim de receber, face a face, o esperado visitante, e impedindo a intromissão de qualquer outro dos competidores, que haviam perdido a primeira posição na grande prova. Sempre sob o influxo luminoso-magnético de Alexandre, o elemento vitorioso prosseguiu a marcha, depois de atravessar a periferia do óvulo, gastando pouco mais de quatro minutos para alcançar o seu núcleo. Ambas as forças, masculina e feminina, formavam agora uma só, convertendo-se ao meu olhar em tenuíssimo foco de luz. O meu orientador, absolutamente entregue ao seu trabalho, tocou a pequenina forma com a destra, mantendo-se no serviço de divisão da cromatina, cujas particularidades são ainda inacessíveis à minha compreensão, conservando a atitude do cirurgião seguro de si, na técnica operatória. Em seguida Alexandre ajustou a forma reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispirítico de Raquel, sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida, e observei que essa vida latente começou a movimentar-se.

Havia decorrido precisamente um quarto de hora, a contar do instante em que o elemento ativo ganhara o núcleo do óvulo passivo.

Depois de prolongada aplicação magnética, que era secundada pelo esforço dos Espíritos Construtores, Alexandre aproximou-se de mim e falou:

— Está terminada a operação inicial de ligação. Que Deus nos proteja.


Sentindo a admiração com que eu seguia, agora, o processo da divisão celular, em que se formava rapidamente a vesícula de germinação, o orientador acentuou:

— O organismo maternal fornecerá todo o alimento para a organização básica do aparelho físico, enquanto a forma reduzida de Segismundo, como vigoroso modelo, atuará como ímã entre limalhas de ferro, dando forma consistente à sua futura manifestação no cenário da Crosta.

Estava boquiaberto, diante do que me fora dado observar. E, sentindo que o fenômeno da redução perispiritual de Segismundo era um fato espantoso aos meus olhos, acrescentou bondosamente o instrutor:

— Não se esqueça, André, de que a reencarnação significa recomeço nos processos de evolução ou de retificação. Lembre-se de que os organismos mais perfeitos da nossa Casa Planetária procedem inicialmente da ameba. Ora, recomeço significa “recapitulação” ou “volta ao princípio”. Por isso mesmo, em seu desenvolvimento embrionário, o futuro corpo de um homem não pode ser distinto da formação do réptil ou do pássaro. O que opera a diferenciação da forma é o valor evolutivo, contido no molde perispirítico do ser que toma os fluidos da carne. Assim pois, ao regressar à Esfera mais densa, como acontece a Segismundo, é indispensável recapitular todas as experiências vividas no longo drama de nosso aperfeiçoamento, ainda que seja por dias e horas breves, repetindo em curso rápido as etapas vencidas ou lições adquiridas, estacionando na posição em que devemos prosseguir no aprendizado. Logo depois da forma microscópica da ameba, surgirão no processo fetal de Segismundo os sinais da era aquática de nossa evolução e, assim por diante, todos os períodos de transição ou estações de progresso que a criatura já transpôs na jornada incessante do aperfeiçoamento, dentro da qual nos encontramos, agora, na condição de humanidade.

A hora ia muito avançada.

Sentindo que Alexandre não se demoraria, acerquei-me, ainda uma vez, do quadro de formação fetal. O óvulo fecundado animava-se de profunda vida, evolutindo para a vesícula germinal.

O orientador amigo convidou-me à retirada e falou:

— Meu trabalho está findo. Entretanto, André, considerando as suas necessidades de valores novos, poderei solicitar aos Construtores a aquiescência de sua cooperação fraterna nos serviços protetores, sempre que você conte com oportunidade de vir até aqui.

Rejubilei-me, encantado. Efetivamente, não desejava outra coisa. Aquele estudo de embriologia, sob novo prisma, era fascinante e maravilhoso.

Enquanto dava expansão à minha alegria íntima, o obsequioso mentor combinava providências, relativas ao meu concurso e aprendizado simultâneos, ouvindo os companheiros.

Daí a momentos, quando trocávamos saudações de despedida, Herculano, com muita simpatia e acolhimento, declarou que permaneceria à minha espera, sempre que eu pudesse voltar à residência de Adelino, para colaborar nos trabalhos de proteção.




[Vide no , um exemplo do que se passa quando um dos cônjuges, de reta conduta, consegue proteger o tálamo conjugal de ligações com entidades inferiores.]


mt 5:7
Cartas do Alto

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 38
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” — Jesus (Mt 5:7)


Certamente não te educarás e nem progredirás sem base nas ideias próprias, mas tão-somente a título de garantir as tuas opiniões nada lucrarás fazendo um inimigo.

Estimas a liberdade de cunhar em palavras os teus pensamentos originais. Não será justo que os outros usufruam direito idêntico?

Por muito estranhas ou intempestivas se façam as manifestações alheias, é impossível não encontres, através delas, um caminho para compreender e auxiliar.

Aqueles de quem hoje toleras, com paciência, insultos e irreflexões serão, provavelmente, amanhã os teus melhores amigos — os amigos a quem cativastes com os teus bons exemplos.

Se te decides efetivamente a cumprir tarefas de amor ao pé dos semelhantes, não angariarás os recursos de que necessitas para a tua própria sustentação, sem que aprendas a suportar.

Sabes que o ofensor geralmente não conhece toda a extensão do mal de que é vítima. Por que haverias de adquirir-lhe a perturbação, entrando, voluntariamente, na faixa de desequilíbrio da qual se faz ele mostra lamentável? Não ignoramos que a dor da pedrada recebida não se cura lançando outra pedra.

Observa o arrependimento em que te martirizas depois de uma discussão no clima do azedume e encontrarás suficientes motivos para não te agastares, seja pelo que for, a benefício da saúde própria.

A pretexto de não cultivares intolerância, não digas que é preciso defender os teus brios, quando podes, perfeitamente, fazer isso com paciência e serenidade. Recorda que a recomendação de se oferecer a face direita a quem nos ofenda a face esquerda veio diretamente de Jesus (Lc 6:29) e ao que sabemos até hoje ninguém surgiu na Terra com a grandeza e a dignidade do Cristo de Deus.


Emmanuel


Reformador — Maio de 1968.


mt 5:9
Amar e Servir

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 26
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Nada de realmente valioso e estável se constrói no Mundo sem a silenciosa e decisiva colaboração do tempo. O próprio Cristianismo levou séculos para difundir-se nas vastas regiões do planeta, e ainda reclama a cooperação de centenas de anos para ser realmente compreendido e sentido pelas multidões terrestres.


Todas as ideias novas precisaram de tempo para serem aceitas, geralmente após serem combatidas e renegadas pelas maiorias conservadoras.


A Doutrina Espírita não poderia excetuar-se a essa regra, muito mais quando significa profundas reformulações de velhíssimos conceitos, firmemente arraigados, em todos os campos do conhecimento científico, filosófico e religioso.


É até surpreendente que, em apenas pouco mais de cem anos de codificado, já tenha conquistado lugar de relevo na opinião geral, realizando, através de considerável legião de adeptos sinceros, um trabalho social digno de nota.


Depois da publicação das obras básicas de Kardec, milhões de livros, dos mais variados temas, foram publicados, lidos e esquecidos no Mundo. Mas a luz do Grande Consolador, a exemplo dos Evangelhos, torna-se cada dia mais viva e clara, admirada e inspiradora.


Claro está que tudo isso se deve ao planejamento divino, que sempre administrou os fastos planetários. Somente há pouco tempo os homens descobriram a indispensabilidade do planejamento, após milênios de improvisação e individualismo. Atualmente, todos os governos e instituições planejam a execução dos seus programas e estrutura equipes para as suas realizações, a fim de que os esforços construtivos não se percam; mas a Sabedoria Celeste sempre agiu assim, desde os primórdios da Terra.


Eis por que os esforços que agora se desenvolvem nos arraiais espíritas são de importância tão essencial para o futuro do Espiritismo Cristão no orbe. Eles se inserem, com relevo, no planejamento crístico para o porvir terrestre.


Importa que conscientizeis essa realidade, para que se fortaleça o vosso ânimo e se intensifique o vosso labor de cada dia. Afinal, não trabalhais numa plantação de hortaliças, para consumo imediato, e sim na semeadura de imensa floresta, que demanda o contributo do tempo para dar frutos de sustentação às gerações porvindouras.


Áureo


mt 5:13
Cartas do Coração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 24
Francisco Cândido Xavier
Diversos

   Nova luz!… O Universo fulgurando…

  Canópus, Altair, Antares, Lira…

  O espaço imenso, a glória que se estira…

  Nebulosas e sóis, fugindo em bando…


   Mas volvo à Terra, súplice, rezando

  Nas preces da saudade que me inspira!…

  Meu berço… O rio… a mata que suspira

  Ao mugido dos bois e ao vento brando…


   Meu velho lar contemplo triste e mudo…

  Tudo volta e revive… tudo… tudo…

  Ah! terrível saudade, duro açoite!…


   Além do Grande Além, resplende a vida…

  Mas prefiro a ventura indefinida

  De chorar o passado sob a noite…



mt 5:13
Chico Xavier - Coração Missionário

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Conquanto tenhamos de alijar certa parte do egoísmo em nossa comunidade, é preciso não perdermos o otimismo.

Quando o Senhor nos designou na pessoa dos discípulos, que seríamos os mensageiros da luz, (Mt 5:13) a Terra começou a sair do obscurantismo e da animalidade e deslumbrou para o progresso que nos caracteriza nestes dois mil anos, obrigando-nos a espalhar a luz em toda parte.

Dedicamo-nos a vidraçaria e a eletricidade e até hoje dedicamo-nos à formação e avanço da nossa civilização com a Cristandade.

Os nossos edifícios considerados arranha-céus são torres luminosas; os nossos navios são mansões iluminadas, devassando mares conhecidos e remotos; as nossas habitações são ninhos de higiene e claridade; os nossos instrumentos na engenharia e na Medicina, tanto quanto em outras ciências e os nossos sistemas de ensino, desde a escola primária às faculdades e preparação superior são centros de iluminação; entre as nossas leis extinguiram a escravidão e os processos de injustiça; as nossas atividades nos domínios da limpeza são triviais e constantes; as nossas organizações de beneficência são ativas em todas as modalidades do socorro ao gênero humano; a nossa preparação da infância e da mocidade prosperam em todas as atividades e, em suma, estamos nós em todas as regiões da necessidade de paz, de amparo e luz, atestando em nossos dias, a soma de dois mil anos de trabalho, ação e luz, que refletem a presença de Jesus.




Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na noite de 01.05.1999, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece em Uberaba - MG.


mt 5:13
Doutrina e Aplicação

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Não basta, meus amigos, converter o Espiritismo num aparelhamento complexo de afirmações doutrinárias para realizarmos a tarefa conferida às nossas mãos nos tempos que ocorrem.

Não basta enfileirar princípios e amontoar teses complicadas no campo da ciência, da filosofia, da religião. É indispensável viver a Espiritualidade Maior, portas adentro da luta a que fomos chamados.

Não nos encontramos, desencarnados e encarnados, a serviço de programas verbalísticos, de plataformas e promessas sem expressão substancial.

Lamentável seria se fôssemos convocados à mera criação de processos dogmáticos, organizando novos movimentos de separatividade.

O Espiritismo que nos reúne os corações e as energias é iniciativa libertadora de consciências.

Nosso lema, ainda e sempre, é aquele novo mandamento do “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 13:34)

A escola doutrinária está repleta de instrutores e servos, de mordomos e trabalhadores incontáveis, entretanto, Jesus é, acima de tudo, o nosso Mestre Divino.

Não temos, desse modo, outra fonte de lições, outro manancial de princípios fundamentais.

Compete-nos, tão somente, aliar sentimentos e raciocínios, movimentando as nossas mãos a serviço do Supremo Bem.

Descuidados e felizes no refúgio de vossas possibilidades individuais, limitados à esfera imediata onde situais vossas esperanças do momento, mal percebeis a onda renovadora que vos ameaça, tempestuosa e violenta.

O materialismo dissolve os mais sublimes sacrifícios que a Espiritualidade levantou na crosta do mundo.

Subterrânea guerra de ideologias eleva-se em todos os setores da evolução social e doméstica.

Atritos gigantescos, no domínio do pensamento, trazem perspectivas de soçobro, de angústia e crise.

De mãos sangrando ainda, da luta em que perdeu patrimônios sublimes da civilização, a humanidade não ensarilhou as armas do ódio, da vingança, do despotismo.

Nossas palavras permanecem aquém dos mínimos conceitos da realidade moderna.

Entretanto, é neste minuto atormentado que somos trazidos à arena dos princípios, para consagrar-nos à reconstrução do templo sagrado do Espírito.

Não vos iludais. Trabalho enorme aguarda-nos as mãos na sementeira de amor cristão, da fé viva e da concórdia. Não fomos convocados em vão ao movimento libertador.

E, enquanto o intelectualismo da Terra faz o serviço de inteligência dos partidos e da política simplesmente humano, levaremos a efeito o serviço do amor de Jesus, convictos, porém, de que semelhante tarefa exige esforço, sacrifício e renunciação.

Para a execução dessa tarefa salvadora unamo-nos em torno da paz espiritual que semeia com o Cristo para a eternidade.

Certamente seremos defrontados por pedra e lama, espinhos e trevas. A incompreensão sempre se mantém a postos para destruir os realizadores da Verdade Suprema e do Infinito Bem.

Todavia, irmanados, no templo da Revelação Nova, onde o nosso cântico de adoração é o hino do trabalho incessante, constituiremos com o Mestre Divino aquele “Sal da Terra” (Mt 5:13) destinado a condimentar a alegria de viver.

Não nos descuidemos no setor de luta onde fomos colocados pelos Supremos Desígnios e firmes no ideal de servir em nome do Senhor, esperemos em sua misericórdia, cooperando no bem e ensinando a verdade, acendendo a luz da esperança e destruindo as sombras do mal, enriquecendo o Céu do novo entendimento e esvaziando o inferno da ignorância, confiantes na Bondade do Supremo Senhor, para cuja Sabedoria Infinita até os cabelos de nossa cabeça estão contados.



mt 5:15
Seguindo Juntos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 24
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“Não situeis a candeia sob o velador”. (Mt 5:15) Semelhante apontamento do Divino Mestre não envolve o impositivo de nossa palavrosa adesão à verdade.

Sem dúvida, o verbo criador de luz é sempre o alicerce inamovível do bem; no entanto, a candeia do ensinamento evangélico reporta-se, essencialmente, à nossa atitude.

O exemplo será em todos os climas a linguagem mais convincente.

Por nossos passos revelamos o próprio rumo.

Pelos gestos, que nos sejam próprios, estabelecemos a propaganda real de nossos objetivos.

Não olvidemos que é imprescindível erguer o facho da compreensão com Jesus, através da vida prática, arrebatando-a ao velador de nossas conveniências.

   Para o orgulhoso, a candeia simbólica do Cristo é a humildade.

   Para o inimigo, é a desculpa sincera.

   Para o triste, é o consolo.

   Para o faminto, é a fatia de pão.

   Para o infeliz, é o amparo justo.

   Para o colérico, é a serenidade.

   Para o desertor, é a bênção da prece.

   Para o mau, é a lição do bem.

   Para o descrente, é a fé viva.

   Para o desanimado, é a esperança.

   Para o superior, é o respeito.

   Para o subalterno, é a benemerência.

   Para o lar, é o amor praticado.

   Para a instituição a que nos ajustamos, é a correção no dever.

   Para todos os que nos cercam, é a cordialidade e a gentileza, o entendimento e a boa vontade.


Não nos esqueçamos de que o Cristianismo não é simplesmente a estática da fraseologia e da adoração. É, acima de tudo, a dinâmica do trabalho para que o mundo receba por nosso intermédio a luminosa mensagem da imortalidade triunfante.

Jesus, o Mestre Inesquecível, não ocultou a candeia do próprio coração, sob o velador da grandeza celestial, mas desceu até nós e imolou-se na cruz para que lhe descobríssemos no exemplo o caminho para luminosa renovação.



mt 5:16
Caminhos de Volta

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Recebemos a visita de ilustre médico da capital paulista, que teve a gentileza de nos referir aspectos impressionantes das experiências de cientistas com a chamada câmara Kirlian através da qual obtiveram fotografias reveladoras de novos aspectos da natureza. Sua exposição nos comoveu, mostrando como a ciência de hoje, mesmo na zona em que imperam doutrinas materialistas, não pode fugir à busca da verdade na intimidade da matéria.

Falou-nos o visitante dos prodígios dessas fotos, que mostram as partes luminosas dos vegetais, discorrendo sobre as possíveis consequências dessa descoberta no campo da física. E a participação do mundo espiritual em nosso diálogo coube ao Espírito de nosso caro Dr. Bezerra de Menezes, que escreveu por nosso intermédio a página “Herdeiros da Luz”.


HERDEIROS DA LUZ

O homem está jornadeando num reino de luz.

A Terra é um agregado gigantesco de átomos luminosos, através do movimento a que se vê impulsionada pelos princípios da gravitação.

Todos os elementos conhecidos e aqueles outros ainda não catalogados na química tradicional se constituem na base da luz.

Cada átomo, em si, é um sistema de força em que núcleos de energia e recursos-satélites se aglutinam para a composição das formas em que a vida se manifesta.

Todos os minerais, plantas e animais, sejam quais forem, se organizam em agentes de luz.

Dos céus aos abismos, o clarão solar varre todos os recantos, fornecendo radioso alimento a tudo o que existe.

Das usinas do sol nas quais se nos entretecem as energias, emergem todos os ingredientes que asseguram a existência das criaturas, acalentando a vida que se eleva, em forma de inteligência, para os cimos da evolução.

Apresentamos semelhante quadro de modo a certificar-nos de que as bases de todas as revelações da Sabedoria Divina se alicerçam na luz.

Diz a Bíblia (Gn 1:3) que o Criador, antes de tudo, fez a luz por elemento básico do Universo.

Jesus nos adverte: (Mt 5:16) — “Deixai que a vossa luz brilhe diante dos homens”.

E, nos domínios da luz, os filhos de Deus — nós outros, os Espíritos eternos — vivemos imersos na luz, promovendo a construção de destino melhor, através do uso de nosso livre arbítrio.

Por isso mesmo, convém lembrar que os herdeiros da luz que somos todos — já que a luz é para cada um de nós aquilo que a corrente oceânica representa, em si, para o peixe que lhe atravessa os campos de força — temos conosco a faculdade de gerar a sombra.

Acordemos para a luz, aplicando-a na formação de novas bênçãos de luz.

Por muito que sejam sonegados pela inteligência interessada em domínio, os poderes espirituais que nos regem nunca receberam as dificuldades que assacamos contra eles, em forma de indiferença ou de injúria.

Os mestres na escola compreendem os impulsos de agressividade da criança e os médicos num hospital não consideram as reclamações indébitas dos doentes.

Urge avançar, melhorar, elevar, sublimar, e estamos convidados a isto.

Exercer a caridade e a benevolência é criar mais luz; disseminar a concórdia e o progresso é estender a luz e ampliá-la.

Perdão é sustentação da luz; esperança é a preservação dela.

E, sobre todas as forças da Vida Espiritual a que nos é possível recorrer, o Amor é o Sol Divino irradiando, onde esteja, tudo o que é belo e bom, grande e santo.

Esperamos o futuro, esforçando-nos para que a luz de Deus em nós venha a brilhar cada vez mais.

Muito próxima vemos a época em que as sombras de nossa própria alma — ou melhor, todas as sombras criadas por nós mesmos em nossas próprias almas serão capituladas na patologia comum.

Radiografaremos o novelo mortífero do ódio qual observamos a presença do carcinoma onde surja e se desenvolva.

Fotografaremos a tristeza e o desânimo, a inveja e o ressentimento, e concluiremos com segurança sobre as calamidades de nosso próprio mundo íntimo, quando os nossos desequilíbrios de espírito estabelecem, dentro de nós e conosco, a introdução às doenças.

E, por isso mesmo, a ciência curativa se baseará no amor, que o Cristo nos legou, isto é, no uso da luz de que dispomos para extinguir as trevas.

Perturbar é ensombrar e construir será iluminar sempre. Abençoemos a Vida, a fim de iluminá-la. Aceitemos os nossos obstáculos e provas a fim de revestir de luz o caminho a trilhar. Ajustemo-nos às Leis Divinas. Deus é Amor e o Amor é Luz Divina.

Todos somos chamados a multiplicar os Valores de Deus em nossas mãos, porque, onde estivermos, somos todos nós de Deus, dentro da Vida e do Universo, aprendendo, pouco a pouco, a refletir Deus, criando o bem que é a luz permanente da Vida, em favor de nós mesmos. Sigamos adiante. E conservemos a certeza de que unicamente pela Ação do Bem de Todos conseguiremos traçar a senda para o Mais Alto, onde a Luz Divina nos reunirá e abençoará para sempre.



mt 5:16
Instruções Psicofônicas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 36
Francisco Cândido Xavier
Diversos

A reunião da noite de 11 de novembro de 1954 trouxe-nos a confortadora visita do Espírito de Padre Eustáquio. 

Sacerdote extremamente consagrado ao bem, nosso amigo residiu, por alguns anos, em Belo Horizonte, onde, através de seu nobre coração e de sua mediunidade curadora, inúmeros sofredores encontraram alívio.

Sempre rodeado por verdadeira multidão de infelizes, Padre Eustáquio foi o apóstolo das curas, das quais se ocuparam largamente os jornais de nosso país. E, continuando, além-túmulo, o seu ministério sublime, conforme a observação dos médiuns clarividentes de nosso grupo, compareceu às nossas preces acompanhado por uma pequena multidão de Espíritos conturbados e infelizes a lhe pedirem socorro.

O prezado visitante senhoreou as faculdades psicofônicas do médium com todas as características de sua personalidade, inclusive a mímica oratória e a voz que lhe eram peculiares quando encarnado.

Sua alocução, de grande beleza para nós, em vista da simplicidade em que foi vazada, é portadora de expressivos apontamentos com respeito à oração.


Meus amigos.

Que a paz do Cristo permaneça em nossos corações, conduzindo-nos para a luz.

Fui padre católico romano, naturalmente limitado às concepções do meu ambiente, mas não tanto que não pudesse compreender todos os homens como tutelados de Nosso Senhor.

A morte do corpo veio dilatar os horizontes de meu entendimento e agora vejo com mais clareza a necessidade do esforço conjunto de todas as nossas escolas de interpretação do Evangelho, para que nos confraternizemos com fervor e sinceridade, à frente do Eterno Amigo.

Com esse novo discernimento, visito-vos o núcleo de ação cristianizante, tomando por tema a oração como poder curativo e definindo a nossa fé como dom providencial.

O mundo permanece coberto de males de toda a sorte. Há epidemias de ódio, desequilíbrio, perversidade e ignorância, como em outro tempo conhecíamos a infestação de peste bubônica e febre amarela.

Em toda parte, vemos enfermidades, aflições, descontentamentos, desarmonias…

Tudo é doença do corpo e da alma. Tudo é ausência do Espírito do Senhor.

Não ignoramos, porém, que todos temos a prece à nossa disposição como força de recuperação e de cura.

É necessário orientar as nossas atividades, no sentido de adaptar-nos à Lei do Bem, acalmando nossos sentimentos e sossegando nossos impulsos, para, em seguida, elevar o pensamento ao manancial de todas as bênçãos, colocando a nossa vida em ligação com a Divina Vontade.

Sabemos hoje que outras vibrações escapam à ciência terrestre, além do ultravioleta e aquém do infravermelho.

À medida que se desenvolve nos domínios da inteligência, compreende o homem com mais força que toda matéria é condensação de energia.

Disse o Senhor: — “Brilhe vossa luz” (Mt 5:16) — e, atualmente, a experimentação positiva revela que o próprio corpo humano é um gerador de forças dinâmicas, constituído assim como um feixe de energias radiantes, em que a consciência fragmentária da criatura evolui ao impacto dos mais diversos raios, a fim de entesourar a Luz Divina e crescer para a Consciência Cósmica.

Vibra, a luz em todos os lugares e, por ela, estamos informados de que o Universo é percorrido pelo fluxo divino do Amor Infinito, em frequência muitíssimo elevada, através de ondas ultracurtas que podem ser transmitidas de Espírito a Espírito, mais facilmente assimiláveis por intermédio da oração.

Cada aprendiz do Evangelho necessita, assim, afeiçoar-se ao culto da prece, no próprio mundo íntimo, valorizando a oportunidade que lhe é concedida para a comunhão com o Infinito Poder.

Para isso, contudo, é indispensável que a mente e o coração da criatura estejam em sintonia com o amor que domina todos os ângulos da vida, porque a lei do amor é tão matemática como a lei da gravitação.

Mentalizemos a eletricidade, por exemplo, na rede iluminativa. Caso apareça qualquer hiato na corrente, ninguém se lembrará de acusar a usina, como se o fluxo elétrico deixasse de existir. Certificar-nos-emos sem dificuldade de que há um defeito na lâmpada ou na tomada de força.

Derrama-se o amor de Nosso Senhor Jesus-Cristo para todos os corações, no entanto, é imprescindível que a lâmpada de nossa alma se mostre em condições de receber-lhe o Toque Sublime.

Os materiais que constituem a lâmpada são apetrechos de exteriorização da luz, mas a eletricidade é invisível.

Assim também, nós vemos o Amor de Deus em nossas vidas, por intermédio do Grande Mediador, Jesus-Cristo, em forma de alegria, paz, saúde, concórdia, progresso e felicidade; entretanto, acima de todas essas manifestações, abordáveis ao nosso exame, permanece o invisível manancial do Ilimitado Amor e da Ilimitada Sabedoria.

Usando imagens mais simples, recordemos o serviço da água no abrigo doméstico. Logicamente, as fontes são alimentadas por vivas reservas da Natureza, mas, para que a água atinja os recessos do lar, não prescindiremos da instalação adequada. A canalização deve estar bem disposta e bem limpa.

Em vista disso, é necessário que todas as atitudes em desacordo com a Lei do Amor sejam extirpadas de nossa existência, para que o Inesgotável Poder penetre através de nossos humildes recursos.

O canal de nossa mente e de nosso coração deve estar desimpedido de todos os raciocínios e sentimentos que não se harmonizem com os padrões de Nosso Senhor.

Alcançada essa fase preparatória, é possível utilizar a oração por medida de reajuste para nós e para os outros, incluindo quantos se encontram perto ou longe de nós.

Ninguém pode calcular no mundo o valor de uma prece nascida do coração humilde e sincero diante do Todo-Misericordioso.

Certamente as tinturas e os sais, as vitaminas e a radioatividade são elementos que a Providência Divina colocou a serviço dos homens na Terra.

É também compreensível que o médico seja indispensável, muitas vezes, à cabeceira dos doentes, porque, em muitas situações, assim como o professor precisa do discípulo e o discípulo do professor, o enfermo precisa do médico, tanto quanto o médico necessita do enfermo, na permuta de experiência.

Isso, porém, não nos impede usar os recursos de que dispomos em nós mesmos. E estejamos convictos de que, ligando o fio de nossa fé à usina do Infinito Bem, as fontes vivas do Amor Eterno derramar-se-ão através de nós, espalhando saúde e alegria.

Assim como há lâmpadas para voltagens diversas, cada criatura tem a sua capacidade própria nas tarefas do auxílio. Há quem receba mais, ou menos força.

Desse modo, conduzamos nossa boa vontade aos companheiros que sofrem, suplicando a Infinita Bondade em favor de nós mesmos.

É indispensável compreender que a oração opera uma verdadeira transfusão de plasma espiritual, no levantamento de nossas energias.

Se nos sentimos fracos, peçamos o concurso de um companheiro, de dois companheiros ou mais irmãos, porque as forças reunidas multiplicam as forças e, dessa forma, teremos maiores possibilidades para a eclosão do Amparo Divino que está, simplesmente esperando que a nossa capacidade de transmissão e de sintonia se amplie e se eleve, em nosso próprio favor.

Mentalizemos o órgão enfermo, a pessoa necessitada ou a situação difícil, à maneira de campos em que o Divino Amor se manifestará, oferecendo-lhes nosso coração e nossas mãos, por veículos de socorro, e veremos fluir, por nós, os mananciais da Vida Eterna, porque o Pai Todo-Compassivo e Jesus Nosso Senhor nunca se empobrecem de bondade. A indigência é sempre nossa.

Muitos dizem “não posso ajudar porque não sou bom”, mas, se já fôssemos senhores da virtude, estaríamos noutras condições e noutras Esferas.

Consola-nos saber que somos discípulos do bem e, nessa posição, devemos exercitá-lo. Movimentemos a boa vontade.

Não temos ainda as árvores da generosidade e da compreensão, da fé irrepreensível e da perfeita caridade, mas possuímos as sementes que lhes correspondem. E toda semente bem plantada recolhe do Alto a graça do crescimento.

Assim, pois, para que tenhamos assegurado o êxito da nossa plantação de qualidades superiores, é preciso nos disponhamos a fazer da própria vida um canal de manifestação do Constante Auxílio.

Todos temos provas, dificuldades, moléstias, aflições e impedimentos, contudo, dia a dia, colocando nosso espírito à disposição do Divino Amor que flui do centro do Universo para todos os recantos da vida, desenvolver-nos-emos em entendimento, elevação e santificação.

Trabalhemos, portanto, estendendo a oração curativa. A vossa assembleia de socorro aos irmãos conturbados na sombra é uma exaltação da prece desse teor, porque trazeis ao vosso círculo de serviço aquilo que guardais de melhor e contais simplesmente com o Divino Poder, já que nós, de nós mesmos, nada detemos ainda de bom senão a migalha de nossa confiança e de nossa boa vontade.

Em nome do Evangelho, sirvamos e ajudemos. E que Nosso Senhor Jesus-Cristo nos assista e abençoe.



mt 5:17
Família

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 23
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Declara o mandamento expresso da Lei Antiga:

— “Honrarás pai e mãe.” (Ex 20:12)

E Jesus, mais tarde, em complementação das verdades celestes, afirmou positivo:

— “Eu não vim destruir a Lei.” (Mt 5:17)

Entretanto, no decurso do apostolado divino, o Senhor chega a dizer:

— “Aquele que não renunciar ao seu pai e à sua mãe não é digno de ser meu discípulo.” (Lc 14:26)

Ao primeiro exame, surge aparente desarmonia nos textos da lição. Contudo, é preciso esclarecer que Jesus não nos endossaria qualquer indiferença para com os benfeitores terrenos que nos ofertam a bênção do santuário físico.

O Mestre exortava-nos simplesmente a desistir da exigência de sermos por eles lisonjeados ou mesmo compreendidos.

Prevenia-nos contra o narcisismo pelo qual, muitas vezes, no mundo, pretendemos converter nossos pais em satélites de nossos pontos de vista.

Devemos, sim, renunciar ao egoísmo de guardá-los por escravos de nossos caprichos, no cotidiano, a fim de que lhes possamos dignificar a presença, com a melhor devoção afetiva, perfumada de humildade pura e de carinho incessante.

Em tempo algum, pode um filho, por mais generoso, solver para com os pais a dívida de sacrifício e ternura a que se encontra empenhado.

A Terra não dispõe de recursos suficientes para resgatar os débitos do berço no qual retornamos em nome do Criador, para a regeneração ou elevação de nossos próprios destinos.

Lembra-te ainda do Mestre Incomparável confiando a divina guardiã de seus dias ao apóstolo fiel, diante da cruz e não te creias, em nome do Evangelho, exonerado da obrigação de honrar teus pais humanos, em todos os passos e caminhos do mundo, porque no devotamento incansável dos corações, que nos abrem na Terra as portas da vida, palpita, em verdade, o amor inconcebível do próprio Deus.



mt 5:17
Senda para Deus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Diversos

No lar dos apóstolos em Jerusalém, era Tiago, filho de Alfeu, o mais intransigente cultor dos princípios de Moisés, entre os seguidores da Boa Nova.

Passo a passo, referia-se à alegação do Cristo: “eu não vim destruir a Lei…” (Mt 5:17) e encastelava-se em severa defesa do moisaísmo, embora sustentasse fervorosa lealdade à prática do Evangelho.

Não vacilava em estender braços generosos aos irmãos infelizes que lhe recorressem aos préstimos; contudo, reclamava estrita obediência à pureza dos alimentos, às posturas do hábito, às festas tradicionais e à circuncisão.

Mas, de todos os preceitos, detinha-se particularmente na consagração do chamado “dia do Senhor”. Para isso, compelia todos os companheiros ao estudo e à meditação, à prece e ao silêncio, cada vez que o sábado nascesse, conquanto fossem adiados importantes serviços de assistência e socorro aos necessitados e enfermos que lhes batiam à porta.

Dominado de zelo, o apóstolo notara a ausência de Zorobatan ben Assef nas orações do culto, com manifesto pesar. Zorobatan, o vendedor de lentilhas, fora-lhe colega de infância na Galileia; no entanto, desde muito vivia nos arredores da grande cidade, viúvo e sem filhos, prestando desinteressado auxílio ao movimento apostólico. Amanhava pequeno campo e negociava os produtos colhidos, depondo a maior parte dos lucros na bolsa de Simão Pedro, para as garantias da casa; entretanto, se vinha à instituição, suarento e cansado nas horas de trabalho exaustivo, era ele, nos instantes da prece, o faltoso renitente.

Várias vezes Tiago mandara portadores adverti-lo, mas porque a situação se mostrasse inalterada por mais de seis meses, deliberou ele próprio repreendê-lo, em pessoa, no ambiente rural.

Sobraçando grande rolo com apontamentos do Pentateuco, junto de André, o fiel defensor da Lei, na ensolarada manhã de um sábado de estio, varava trilhas secas e poeirentas, em animada conversação.

A certo trecho, falou-lhe o companheiro, sensato:

— Consideras, então, que um crente sincero, qual Zorobatan, seja passível de reprimenda simplesmente porque não nos partilhe as assembleias?

— Não tanto por isso — volveu Tiago, dando ênfase aos conceitos. — Ele não apenas nos esquece o refúgio, mas também foge de respeitar o oitavo mandamento. (Ex 20:8) Empregados e vizinhos do seu campo avisam-lhe, cada semana, que ele passa os sábados inteiros em  atividade intensiva recebendo auxiliares adventícios, que lhe revolvem os celeiros e as terras.

E o diálogo continuou:

— Não se trata, porém, de abnegado amigo das boas obras?

— Sem dúvida. E creio igualmente que a fé sem obras é morta em si mesma; (Tg 2:26) contudo, a Lei determina que seja santificado o tempo do Senhor.

— E o próprio Jesus? Não curou nos dias de sábado?

— Não podemos discutir os desígnios do Mestre, de vez que a nós cabe reverenciá-lo tão somente… Se ele mesmo lia os Sagrados Escritos nas sinagogas, nos dias de repouso, ensinando-nos a orar, não vejo como desmerecer as veneráveis prescrições.

André solicitou alguns instantes e voltou a observar:

— Se uma de nossas crianças caísse no poço, em dia de sábado, não deveríamos salvá-la?

— Sim — concordou Tiago — mas nos sábados subsequentes, ser-nos-ia obrigação prender todas as crianças em recinto adequado, para que a impropriedade não se repetisse.

— E se fosse um animal de trabalho, um burro prestimoso, por exemplo, que viesse a tombar em cisterna profunda? Seria lícito deixá-lo morrer à míngua de todo amparo, porque o desastre ocorresse num dia determinado para o descanso?

— Não hesitaria em socorrer o burro disse o interlocutor, solene — mas vendê-lo-ia, de imediato, para que não voltasse a ocasionar transtorno semelhante.

Nesse ponto do entendimento, a pequena casa de Zorobatan surgiu à vista.

No átrio limpo e singelo, erguia-se mesa tosca e, junto à mesa, magras mulheres lavavam pratos de madeira. Velhos doentes arrastavam-se em torno, enquanto meninos esquálidos traziam frutos, do depósito de provisões.

Apesar da pobreza em derredor, todos os semblantes irradiavam alegria.

À curta distância, Tiago viu Zorobatan que vinha do interior, carregando enorme vasilha fumegante.

Surpreendido, escutou-lhe a palavra, chamando os presentes para a sopa que oferecia, gratuita, ao mesmo tempo que tornava à cozinha para buscar nova remessa.

Sentaram-se todos os circunstantes, nos quais o apóstolo anotou a presença de aleijados e enfermos, viúvas e órfãos, que ele próprio já conhecia desde muito.

Aproximou-se, no entanto, da porta e esperava que o amigo regressasse ao pátio, de modo a exprimir-lhe a desaprovação que lhe rugia nalma, quando viu Zorobatan sair da intimidade doméstica, arfando de fadiga, ao peso de recipiente maior. Desta vez, porém, um homem de olhar brando vinha, junto dele, apoiando-lhe as mãos calosas, para que o precioso conteúdo não se perdesse.

O visitante, irritado, dispunha-se a levantar a voz, quando reconheceu no ajudante desconhecido o próprio Cristo que ele, só ele Tiago, conseguia ver…

— Mestre!… — exclamou entre perplexo e constrangido.

— Sim, Tiago — respondeu Jesus sem se alterar —, agradeço as preces com que me honram, mas devo estar pessoalmente com todos aqueles que auxiliam os nossos irmãos por amor de meu nome…

Com grande assombro para André, o velho apóstolo, em pranto mudo, largou o rolo da Lei sobre um montão de calhaus superpostos, segurou também a panela e começou a servir.


(.Humberto de Campos)

mt 5:25
Vozes do Grande Além

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Na reunião de 25 de agosto de 1955, foi Valéria  abnegada amiga espiritual, que nos visitou, através do médium, contando-nos algo de sua romagem última pelos caminhos da Terra.

Em traços simples, mas profundamente humanos e expressivos, plasmou o formoso estudo da lei de causa e efeito que passamos a apresentar.


Amigos.

Trazida ao recinto por nossos Instrutores, ofereço-vos alguma coisa de minha história obscura.

É um episódio de dor, porque nascido da culpa, mas também de alegria, por erguer-me à redenção.

Observo que a verdade aqui se exprime, veloz, por intermédio de vossa boca; no entanto, para comigo, externou-se ela, devagarinho, pelas amargas lições da lepra.

Não obstante o anonimato de meu berço e a singeleza de minha existência, em minha última romagem na Terra guardava todos os títulos da mulher venturosa.

No entanto, quando mais me orgulhava do lar feliz, coroado pela presença de um esposo e quatro filhos, cujo amor supunha invulnerável, eis que a Justiça Divina delegou à morfeia o poder de expurgar-me o coração.

Nunca me esquecerei do pavor que vi desenhar-se no semblante daqueles que eu mais amava, quando regressei da cidade ao campo, com o diagnóstico terrível.

O desprezo de que me vi objeto doía muito mais que a própria enfermidade.

Meu companheiro e meus filhos, amedrontados, desfizeram-se do sítio florescente em que minhas mãos lhes afagavam a vida, e fugiram de mim, legando-me apenas desguarnecida palhoça, no seio da mata, onde me caberia morrer.

Narrar-vos o que foi meu drama expiatório, por mais de dez anos consecutivos, é tarefa impraticável, em meus recursos de expressão.

Conheci, de perto, o infortúnio e a necessidade.

O pão esmolado tinha gosto de fel.

O escárnio do próximo, jogado francamente ao meu rosto, era assim como um relho de brasas, revolvendo-me as chagas vivas.

Por agasalho, possuía o musgo com que me socorria a mãe Natureza e por únicas companhias, no mato agreste, além dos lobos que uivavam a pequena distância, encontrava somente a formiga e a varejeira, com o alívio das lágrimas e o conforto da oração.

O corpo apodreceu, pouco a pouco, guerreando-me o egoísmo e estraçalhando-me a vaidade.

E quando meus pés, por excesso de feridas, se recusaram ao movimento, confiei-me à inanição.

Suspirar pela morte no leito de palha era meu único sonho, entre a sede e a fome, a aflição e o delírio.

Sofri pavorosamente, até que numa noite de estio, dessas em que o orvalho do céu não consegue acalmar a secura escaldante da terra, perguntei a Deus, em pranto mudo, pela razão dos estranhos padecimentos a que o destino me precipitara, indefesa…

Foi, então, que a febre descerrou inesperados painéis ao meu olhar.

Não podia saber se o presente retornava ao passado ou se o passado me atingia o presente.

Vi-me, engrinaldada de fortuna e beleza, numa cidade espanhola de época recuada.

Nela, possuía um irmão consanguíneo para quem roguei ao Santo Ofício, com falsos testemunhos, a pena de prisão incomunicável, temendo-lhe a palavra, já que tivera a desventura de conhecer-me os crimes inconfessáveis.

Arranquei-o à esposa e aos filhinhos, impus-lhe a solidão e o desespero no calabouço, em que se demorou, por muito tempo, até que requisitei para ele o suplício do fogo, que lhe foi aplicado, por fim, na cela onde agonizava…

Via-lhe ainda as vísceras fumegantes e escutava-lhe os gritos aterradores, quando me senti de volta à carne torturada.

De novo, o silêncio, a angústia e a monotonia…

Experimentara um pesadelo ou havia conhecido a verdade? A Providência Divina teria dado resposta às minhas súplicas?

Formulava semelhantes indagações a mim mesma, quando assinalei os passos de dois homens que se aproximavam…

Mantinham conversação clara e ativa. Ouvia-lhes o diálogo, incapaz de qualquer reação.

— Tem visto você a megera leprosa? — indagou um deles.

— Creio terá morrido, pelo cheiro de peste reinante no ar — respondeu o outro.

— Não será conveniente uma verificação?

— Não me animo a enfrentar essa bruxa, que, a estas horas, não passará de um cadáver.

— Então — rematou o mais afoito —, ajudemo-la para que os corvos não lhe espalhem no campo os restos envenenados…

Anotei o ruído de um fósforo a inflamar-se ao compasso de risos estridentes. As chamas crepitaram rápidas.

Inutilmente procurei clamar por socorro. A garganta jazia semimorta e a boca cerrada não conseguia nem mesmo balbuciar uma prece.

As labaredas pareciam serpentes rubras a me enlaçarem para a morte.

Como descrever-vos a flagelação do momento final? Sei apenas que, por minutos, que se desdobraram para mim como séculos, vi-me na posição de tocha viva a estertorar-se…

Mas, reduzido o meu corpo a cinzas, ergui-me do pó, vestida em roupa leve e alva.

A gritar de júbilo, vi que meu rosto se reconstituíra, que minhas mãos estavam limpas, que meus cabelos estavam intactos… E, através das chamas que me libertavam, amigos de olhar brando me estendiam braços amorosos, em ósculos de luz.

Ajoelhei-me, feliz, e em lágrimas de ventura agradeci a Deus as úlceras salvadoras e a fogueira da redenção!…

Ah! meus amigos, a evolução do Direito concede-vos hoje sacerdotes e juízes respeitáveis na galeria dos povos mais cultos da Terra, a Inquisição é um fantasma no tempo e o mundo começa a acalentar, com segurança, preciosos institutos de benemerência e solidariedade humana, contudo, abstende-vos do crime, porque a culpa é assim como jaula a encarcerar-nos a consciência, da qual somente nos libertamos pela Bondade Inexaurível do Pai Celestial que, desse ou daquele modo, nos concede o ensejo de saldar nossos débitos, ceitil por ceitil. (Mt 5:25)




VALÉRIA — Entidade amiga não identificada.


mt 5:26
Visão Nova

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“Digo-te que dali não sairás enquanto não tiveres pago até o último ceitil!” (Mt 5:26)


O Mestre reportava-se a resgates dolorosos, a difíceis prestações de contas e a consequências desastrosas de atos irrefletidos quando assim falou.

Entretanto, essas mesmas palavras se aplicam também ao recebimento de verdadeiras recompensas pelos atos bons, à prestação de contas com juros, até no campo do bem e com vistas a prêmios concedidos a trabalhadores dignos.

É isso que faz com que os nossos corações exultem de alegria e felicidade em meditar que agora somos um pouquinho mais esclarecidos na faceta do amor que tempera a justiça.

Bem sabeis que, primitivamente, a palavra justiça inspirava temor, evocava castigo e até mesmo o inferno considerado sem fim.

Entretanto, agora que a luz da Terceira Revelação ilumina toda a Terra, quando não seja claramente em livros ou palestras, pelo menos no íntimo das consciências que aos poucos despertarão para a realidade da vida e da possibilidade da comunicação entre os dois Planos.

Em nossa época, repetimos, é imenso o nosso regozijo, porque vemos quão blasfema era a ideia de um castigo sem remissão e como a justiça se ocupava quase que exclusivamente em maltratar e punir.

Hoje, porém, temos os olhos mais abertos para o amor de Deus.

Como não cessa Ele de distribuir prêmios, bênçãos e alegria, vos pedimos que confieis nessa justiça imensa e nesse amor infinito, que não deixa passar a menor ação sem abençoar e sem conduzir para o caminho reto, quando, se trata de ação d’Ele desviada.

Elevemos o coração ao Pai com gratidão imensa e peçamos para que todos que não compreendem a Divina Justiça, venham a faze-lo em breve tempo.

Assim seja!



mt 5:30
Irmãos Unidos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Disse o Cristo: “Há muitas moradas na casa do Pai.” (Jo 14:2)

Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da ascensão espiritual.


Disse o Cristo: “Necessário é nascer de novo.” (Jo 3:7)

Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da reencarnação.


Disse o Cristo: “Se a tua mão te escandalizar, corta-a; ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o inferno.” (Mt 5:30)

Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre.


Disse o Cristo: (Lc 14:26) “Quem vier a mim e não deixar pai e mãe, filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo.”

Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os entes amados e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de compreendê-los e servi-los por nossa vez.


Disse o Cristo: “Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.” (Mt 18:22)

Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o Reino dos Céus tão somente para si próprios, e sim nos faz sentir que o perdão ê dever puro e simples, a fim de não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal.


Disse o Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.” (Jo 8:32)

Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu de fanatismo e superstição.


Cristo revela.

Kardec descortina.


Diante, assim, do Três de Outubro que nos recorda o natalício do Codificador, enderecemos a ele, onde estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o inolvidável paladino de nossa libertação.



mt 5:37
Astronautas do Além

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21
Francisco Cândido Xavier
Diversos
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.

Precedendo a nossa reunião pública, as opiniões em torno da palavra assumiam várias características. Principalmente no trato das criaturas que nos cercam, como seria melhor o nosso comportamento verbal? Assim diziam muitos dos nossos irmãos presentes. E as respostas diferenciadas iam surgindo.

Companheiros muitos afirmavam que é preciso destacar o mal a fim de extingui-lo, mostrando-lhe as cores agressivas. Outros asseveravam que é necessário dar ao palavrão liberdade completa para que a pessoa se desiniba. Outros diziam que a criatura deve alijar qualquer pensamento que lhe nasça no cérebro em forma de palavras, para descartar-se das impressões de que se veja objeto. E outros ainda optavam pelo controle de nossas possibilidades verbais a fim de nos educarmos para a vida.

Iniciada a reunião O Livro dos Espíritos nos deu para estudo a questão 918. () E o nosso amigo espiritual Albino Teixeira, na fase final, esteve presente com sua mensagem. 


Sempre que a nossa palavra:

  censura;

  justifica;

  levanta;

  rebaixa;

  deprecia;

  louva;

  depreda;

  restaura;

  complica;

  auxilia;

  apoia;

  fere;

  abençoa

  ou condena

  seja a quem for,

   estamos fazendo o nosso próprio retrato. E isso acontece porque sendo as atitudes, os pensamentos, as ideias, as emoções, os planos e as intenções dos outros, realidades dos outros — cujas origens autênticas não conseguimos penetrar — toda vez que nos referimos aos outros estamos sempre efetuando a projeção parcial ou total de nós mesmos.


Albino Teixeira


Albino Teixeira não perdeu tempo. Diante das confusões do diálogo humano sobre a palavra deu um aparte rápido, desfechou a martelada final. Nada mais disse nem lhe foi perguntado. A mensagem incisiva acertou no meio do alvo. A palavra é projeção da alma. A gente fala do que o coração está cheio, diz o provérbio. (Mt 12:34) Emmanuel, no seu livro Pensamento e Vida, explica a mecânica da palavra: que vai da percepção à sensação, desta à emoção e desta ao pensamento e à expressão verbal. Como se vê, a sabedoria popular está certa, pois a palavra nasce do coração. Pensamos o que sentimos e falamos o que pensamos.

Santo Agostinho diz, na sua resposta a Kardec, que Deus colocou os inimigos ao nosso lado como espelhos, pois eles dizem o que sentem a nosso respeito sem o disfarce piedoso dos amigos. () Albino Teixeira considerou a palavra como auto-retrato parcial ou total. Ambos mostram-nos a importância da palavra como forma de revelação do que somos. Os inimigos dão-nos o seu próprio retrato nas ofensas que nos dirigem, mas como refração do retrato pessoal que lhes demos em nossas palavras.

O palavrão empregado como catarse, como desabafo, não é apenas isso. É também confissão das sujeiras que trazemos por dentro. E confissão não basta para limpar a alma. Não podemos esquecer que as modernas teorias da desinibição partem de psicólogos materialistas que nada entendem dos problemas da alma, que consideram os problemas psíquicos em termos de reflexos orgânicos. A própria Parapsicologia atual condena essas psicologias sem alma que perderam o seu objeto, como lembrou o Prof. Rhine, classificando-as como simples ecologias, estudos da relação entre sujeito e meio.

No outro extremo do assunto temos o farisaísmo da palavra fingida, adocicada a ponto de dar enjoo. Nem tanto ao sal, nem tanto ao açúcar. No meio é que está o certo, a dosagem correta. Por isso ensinou Jesus: (Mt 5:37) “seja o teu falar sim, sim; não, não”. Nossa palavra tem de ser sincera, mas evitando os extremos. Mesmo porque a palavra tem força. Se nos habituarmos às más palavras elas nos arrastarão na enxurrada deixando-nos cada vez piores. Se nos habituarmos às palavras boas, sensatas e firmes, elas consolidarão o que temos de bom e nos ajudarão a melhorar.


Irmão Saulo

A pergunta 919 de O Livro dos Espíritos refere-se ao meio mais eficaz de nos melhorarmos. A resposta é dada por Santo Agostinho que encarece a importância de nosso exame diário de consciência sobre o que fizemos e dissemos durante o dia.


mt 5:41
Passos da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Em todos os males que nos assoberbam a vida, apliquemos as indicações curativas do Evangelho.


Conflitos e queixas à frente do próximo:

— Amemo-nos uns aos outros, qual o Divino Mestre nos amou. (Jo 15:12)


Desinteligências em casa:

— Lembremo-nos de que se não procuramos compreender e nem amparar os que nos partilham o círculo doméstico, estaremos negando a própria fé. (1tm 5:8)


Provocações e insultos:

— Exoremos a Divina Misericórdia para quantos nos perseguem ou injuriam. (Mt 5:43)


Incompreensões no campo da convivência:

— Com quem nos exija a jornada de mil passos, caminhemos mais dois mil. (Mt 5:41)


Calúnias e sarcasmos:

— O Senhor recomenda se perdoe cada ofensa setenta vezes sete. (Mt 18:21)


Provas e contratempos:

— Orar sempre e trabalhar sem desânimo, na edificação do bem de todos. (Lc 18:1)


Perturbações íntimas:

— Onde colocamos os nossos interesses, aí se nos vincula o coração. (Mt 6:21)


Ocasiões de críticas e reproches:

— Com a medida que julgamos os outros, seremos julgados também nós. (Mt 7:2)


Reivindicações e reclamações:

— Busquemos o Reino de Deus e sua justiça e tudo mais de que necessitemos ser-nos-á acrescentado. (Mt 6:33)


Adversários ferrenhos ou implacáveis:

— Amemos os nossos inimigos, observando que lições nos trazem eles, a fim de que possamos aproveitá-las, porque, se amamos tão somente os que nos amam que haverá nisso demais? (Mt 5:44)


Arrastamentos e paixões:

— Vigiemos a nós mesmos para que não venhamos a resvalar para as margens da senda que nos cabe trilhar. (Mt 26:41)


Anseio de orientação e conselho:

— Tudo o que quisermos que os outros nos façam, façamos nós igualmente a eles. (Mt 7:12)


Provavelmente, na arena das inquietações e tribulações terrestres, terás tentado as mais diversas receitas, traçadas por autoridades humanas, à busca de equilíbrio e paz, segurança e felicidade, sem atingir os resultados a que aspiras… Entretanto, não esmoreças. Uma fórmula existe que jamais falha, na garantia de nosso próprio bem: experimenta Jesus.



mt 5:44
Recados da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Basta leve reflexão sobre os processos da Natureza, para que se verifique o valor dos agentes contrários na formação de todos os recursos chamados a servir.

   A semente e a terra que a sufoca.

   A argila e o fogo.

   O minério bruto e o forno de alta tensão.

   O martelo e a pedra.

   O buril e a obra-prima.

   A chama e a vela.

   O metal e o cadinho.

   O grão e o triturador.

   O bisturi e a cirurgia.


Na experiência humana, por agora, são muito raras as pessoas que se empenham a reconhecer a importância dos agentes contrários na renovação e na melhoria de si mesmas.

Os companheiros que se fazem instrumentos de malícia ou de inveja, de escárnio e perseguição, constituem testes que nos inclinam à compreensão e ao amor, ao olvido de todo mal e à aquisição de mais luz.

Num Plano de imperfeições, qual o nosso, todos somos lições de uns para os outros.

Aconselhou-nos Jesus: “amai aos vossos inimigos”. (Mt 5:44)

Isso não quer dizer que eles, de imediato, se farão capazes de amar-nos; entretanto, mediante a nossa atitude construtiva, auxiliando a eles com serenidade e paciência, eles igualmente se reconhecerão beneficiados por nossos gestos de entendimento, desde que lhes saibamos aceitar os desafios sem azedume e agradecer-lhes o bem que nos façam, caminhando para diante no dever a cumprir.



mt 5:44
Retornaram Contando - Coleção Cartas Psicografadas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“Sorriso aberto e constante,

Sem parada, sem destino,

Quem não gostava de suas palavras?


Anoiteceu…

Era chegada a hora!

Clima de tristeza e dor anunciava.


Soluços inconformados…

Sorrisos se fechavam, lágrimas caíam,

Momentos de revolta retorciam os pensamentos.


Não tinha volta.


Foi-se, deixando em nós, o mais profundo carinho.

Foi-se, deixando em nós, as mais lindas recordações de alegria.

Foi-se, deixando em nós, sua música errada na flauta,

Seu jeito doido de sentar-se ao piano,

Sua voz afinada no coral…


Não pudemos segurá-la entre nós,

Outra missão a chamava…


Nossos estudos na música continuarão,

Pois em cada nota tocada, em cada nota cantada,

Você será lembrada com carinho e amor por todos nós.”


Esta página poética, intitulada “A Inesquecível Regina”, de autoria de Rose Mari Mestrinari e publicada no jornal Folha de Mirassol, revela-nos um perfil da personalidade da jovem Regina Elena Fernandes, recordando saudosos e bons tempos, época em que as duas jovens cursavam piano clássico no Conservatório Musical de Mirassol, SP.

Rose Mari aborda também a trágica desencarnação de sua colega, quando, na noite de 24 de outubro de 1981, na cidade de Mirassol, caiu baleada pelo seu namorado, que, a seguir, se suicidou, fato verificado na própria residência de Regina. Mas, dois anos após o triste fato, contrariando o texto poético, ela voltou! Sim, pela psicografia de Chico Xavier, Regina voltou contando detalhadamente as origens da tragédia e comunicando aos queridos progenitores que já está bem refeita, dedicando-se, presentemente, na área da enfermagem à mesma criatura que lhe tirou a vida física, ainda portadora de evidentes sinais de doença mental.

A pedido dela mesma, foi esta a primeira tarefa de Regina na Espiritualidade, mostrando-nos que, sob o amparo de Jesus, o amor vence sempre.

Em face deste trabalho assistencial, recentemente revelado, Rose Mari, por certo, estava bem inspirada quando escreveu, em fins de 1981: “Não pudemos segurá-la entre nós, / Outra missão a chamava…”

Eis, a elucidativa carta de Regina:


CARTA DE REGINA ELENA 


Querido papai José Roberto e querida mãezinha Sirlei,  peço-lhes me abençoem.

Sou eu mesma, a recordar os dois anos que se foram… Outubro passado foi a marca inesquecível.  Os dias se sobrepuseram sobre os dias e ressurgi do sofrimento para a consolação. De começo, foi o doloroso espanto da provação que se abateu sobre nós.

Pobre Pedro!  Ele me dissera que receava os compromissos do casamento. Transportava consigo dificuldades congênitas, segundo os pareceres de um médico amigo. Falei da união espiritual, em que o companheirismo é a beleza do amor entre as almas. Ele chorou inconformado. Como ser pai se a paternidade se lhe erguia no peito por ideal que não podia arredar do coração? Conquanto me sensibilizasse, tranquei as lágrimas no peito, para que as dele fossem enxugadas. Poderíamos nos encontrar numa existência linda, em que as crianças sofredoras e órfãos se asilassem em nossos sentimentos de pais adotivos. Deus nos daria forças, seríamos felizes, na comunhão de sonhos e esperanças.

Pedro me pareceu reconfortado, mas alguns dias depois, penetrou a nossa casa, exterminando-me o corpo a tiros que me despojaram da vida física, sem qualquer possibilidade de restauração e, por fim, ele próprio, à vista da mãezinha Sirlei, atirou contra si mesmo num suicídio que nunca mais esqueceremos.

Entretanto, embora soubesse que o papai José Roberto e a mamãe, com a Paula e com o Júnior,  sofriam uma dor sem limites, ao ver-me desembaraçada dos constrangimentos a que fui submetida nos primeiros socorros que recebi, em plena inconsciência de mim mesma, comecei a intensificar as minhas preces e os meus pensamentos positivos para que nos reerguêssemos espiritualmente da grande tribulação.

Sei que os pais queridos choravam comigo a extensão de minhas ilusões destruídas e peço-lhes me perdoem pelo trabalho que lhes causei.

Uma senhora que me recomendou chamá-la simplesmente por Maria,  me prestou desvelada assistência, qual se me fosse uma enfermeira maternal. Dizendo-me representar a vovó Amélia junto de mim, tudo fez por levantar-me o ânimo, e com o amparo de outros benfeitores nos foi possível ver a mãezinha Sirlei e a nossa Paula, o papai José Roberto e o nosso caro Júnior mais conformados.

E comunico aos pais queridos que pedi aos Mensageiros de Jesus me concedessem, por primeira tarefa na Espiritualidade, o serviço de proteção em auxílio ao quase companheiro da vida terrestre que me despojara do corpo físico, num momento de louca alucinação. Desse modo, o meu doente de hoje me obriga a estudar enfermagem  e me confere o privilégio de trabalhar e servir para, em futuro próximo, servir e trabalhar no serviço aos outros. 

Desculpem-me os pais queridos se me dedico presentemente ao mesmo irmão que me varou o veículo físico usando os projéteis que me prostraram. É que a lei do amor assim nos recomenda: amar aos que nos ferem e auxiliar aos que procuram destruir-nos. (Mt 5:44)

E acima de tudo isso o nosso pobre amigo não agiu em sã consciência, porquanto a condição de alienado mental, no cérebro dele, é ainda evidente.  Com a paciência da mãezinha Sirlei e com a dedicação do papai José Roberto sei que a bondade de Jesus me auxiliará a vencer no serviço a que me propus.

É com alegria que lhes faço a presente comunicação, mesmo porque tive a felicidade de nascer num lar que me ensinou a viver sem o ódio, procurando olvidar os meus caprichos e atender sempre aos Desígnios de Deus.

Querido papai, agradeço as suas vibrações de apoio em meu benefício, reconhecimento que torno extensivo à mãezinha Sirlei e aos meus avós Miguel e Rosa, José Mendonça e Amélia  que até hoje me lembram nas orações.

Peço a Jesus conceda ao Júnior e a nossa querida Paula uma vida nobre e feliz.

Acompanhei-os até aqui e, antes, recebi a recomendação de, se possível, trazer aos nossos amigos, senhor Carlos Alberto e a dona Haylet,  as notícias possíveis da jovem Simone,  a filhinha deles, recentemente desencarnada. Visitei-a antes de nosso ajuste para a viagem até aqui e posso dizer-lhe que, embora ainda hospitalizada, a menina Simone está muito melhor, numa convalescença encorajadora e brilhante. Ao abraçá-la, conheci ao lado dela um nobre amigo, que se me deu a conhecer sob o nome de Antônio Couceiro,  dedicado a ela, para quem se volta com as melhores atenções. Esse amigo, aliás, nos recomendou pedir aos pais de nossa querida amiga não chorarem com tanta dor e aceitar-lhe o regresso à Vida Espiritual, com espírito de calma e compreensão.

Simone é um amor de criatura, de quem me honrarei, se puder ser aqui, para ela, uma irmã devotada. Observei que ainda traz consigo algumas sequelas do aneurisma que lhe cortou o fio da existência, que naturalmente seria mesmo breve, de vez que nós todos, em todas as nossas provas, acatamos os Desígnios do Pai Misericordioso.

Querido papai José Roberto e querida mãezinha Sirlei, peço entregarem à Paula e ao Júnior as minhas lembranças de sempre, ao mesmo tempo que lhes rogo conservarem nos corações queridos, o coração reconhecido e saudoso da filha que os ama e respeita cada vez mais, sempre a filha reconhecida,


Regina Elena.
Regina Elena Fernandes. 

NOTAS E IDENTIFICAÇÕES


1 — Carta recebida por Francisco Cândido Xavier, em reunião pública do GEP, em Uberaba, Minas, na noite de 05/11/1983.


2 — Papai José Roberto e mãezinha Sirlei — Seus pais, José Roberto Fernandes e Sirlei Mendonça Fernandes, residem em Mirassol, SP, à Rua 13 de Maio, 2.353.


3 — Outubro passado foi a marca inesquecível. — Regina desencarnou no mês de outubro.


4 — Pedro (…) transportava consigo dificuldades congênitas — Foi o namorado de Regina. A família da jovem ouviu dizer que a doença de Pedro era epilepsia, que explica perfeitamente o surto psicótico que motivou a trágica ocorrência.


5 — Paula e Júnior — Ana Paula Fernandes e José Roberto Fernandes Júnior, irmãos.


6 — Maria — Benfeitora Espiritual.


O meu doente de hoje me obriga a estudar enfermagem — Ela sempre manifestava aos familiares o desejo de ser enfermeira ou fazer um curso para assistir deficientes.


8 — E me confere o privilégio de trabalhar e servir para, em futuro próximo, servir e trabalhar no serviço aos outros. — Regina era uma jovem prestativa e afável, principalmente com pessoas idosas e crianças.


9 — A condição de alienado mental, no cérebro dele, é ainda evidente. — Obviamente, ela se refere ao cérebro perispiritual, pois o perispírito (corpo espiritual ou psicossoma) é um “duplo”, possuindo todos os órgãos do corpo físico.


10 — Meus avós Miguel e Rosa, José Mendonça e Amélia — Miguel Fernandes e Rosa Machado Fernandes, avós paternos, residem em Santos, SP. E os avós maternos, José Mendonça e Amélia Almeida Mendonça, residem em Fernandópolis, SP.


11 — Nossos amigos, senhor Carlos Alberto e dona Haylet — Estavam presentes à reunião Carlos Alberto Horcel e Haylet Couceiro Horcel, casal amigo da família e residente em Santos. Eles ficaram surpresos com a exatidão do nome “Haylet”, dificilmente redigido corretamente.


12 — Simone, a filhinha deles, recentemente desencarnada. — Simone Couceiro Horcel partiu para o Além em 05/09/1981, com 13 anos de idade. Em vida material, Regina não a conheceu.


13 — Antônio Couceiro — Tio materno de Simone, desencarnado há 20 anos. A citação de seu nome na carta foi uma grande surpresa para o casal Horcel, que imaginava somente uma assistência dos avós desencarnados à filha querida.


14 — Regina Elena Fernandes — Nascida em Fernandópolis, SP, a 08/05/1963, mudou-se, em 1975, para Mirassol, onde prosseguiu seus estudos na Escola Estadual Genaro Domarco. Desencarnou 2 meses antes de receber o certificado de pianista do Conservatório Musical local. Suas colegas prestaram-lhe, na ocasião, bela homenagem, registrando no Convite de Formatura as expressivas palavras:

“À Regina Elena

Você sempre nos ensinou a transformar a tristeza em alegria.

Hoje, através deste recado, queremos homenageá-la pelo dia da nossa formatura e transmitir-lhe toda a felicidade que estamos sentindo.

De onde você estiver, que continue sorrindo, que fique perto de nós, como sempre esteve.

Formandas — 1981.”


Hércio Arantes

mt 5:48
Abençoa Sempre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Ao apelo do Divino Mestre, recomendando-nos “sede perfeitos”, (Mt 5:48) evitemos a indesejável resposta da aflição.

Ninguém pode trair os princípios de sequência que governam a Natureza e o tempo será sempre o patrimônio divino, em cujas bênçãos alcançaremos as realizações que a vida espera de nós.

Antes de cogitar da colheita, atendamos à sementeira.

Antecipando a construção do teto de nossa casa espiritual, no aprimoramento que nos cabe atingir, edifiquemos os alicerces no chão de nossas possibilidades humildes, erguendo sobre eles as paredes de nossa renovação, a fim de não nos perdermos no movimento vazio.

Iniciemos a perfeição de amanhã com a bondade de hoje.

Ninguém é tão deserdado no mundo que não possa começar com o êxito necessário.

Não intentes curar o enfermo de momento para outro. Cede-lhe algumas gotas de remédio salutar.

Não busques regenerar o delinquente a rudes golpes verbais. Auxilia-o, de algum modo, oferecendo-lhe algumas frases de fraternidade e compreensão.

Não procures estabelecer a verdade num gesto impetuoso de esclarecimento espetacular, acreditando desfazer as ilusões de muitos anos, em um só dia. Enceta a obra do reajustamento moral com os teus pequeninos gestos de sinceridade à frente de todos.

Não suponhas seja possível a milagrosa transformação de alguém, no caminho empedrado da crueldade ou da ignorância. Faze algo que possa servir de plantação inicial de luz no espírito que te propões reformar.

E ainda, em se tratando de nós, não julgues seja fácil converter nossa própria alma para Deus, num instante rápido. Trazemos conosco vasto acervo de sombras e precisamos serenidade e diligência para desintegrá-las, pouco a pouco, ao preço de nossa própria submissão à Lei do Senhor que nos rege os destinos.

Se realmente nos dispomos à aceitação do ensinamento do Divino Mestre, usemos a bondade, em todos os momentos da vida. Bondade para com o próximo, bondade para com os ausentes, bondade para com os nossos opositores, bondade para com todas as criaturas que nos cercam.

A bondade é a chave da simpatia e do conhecimento com que descerraremos a passagem para as Esferas superiores.

Com ela, seremos mais humanos, mais amigos e mais irmãos.

Avancemos, assim, com a bondade por norma de ação, retificando em nossa estrada os aspectos e experiências que nos desagradam na estrada dos outros e, desse modo, estejamos convencidos de que o sonho sublime de nosso aperfeiçoamento encontrará, em breve futuro, plena concretização na Vida Eterna.




Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas foi publicada em março de 1957 pela FEB no Reformador e é também a 122ª lição do 1º volume do  livro “”



Humberto de Campos

mt 5:1
Boa Nova

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

Difundidas as primeiras claridades da Boa Nova, todos os enfermos e derrotados da sorte, habitantes de Corazim, Magdala, Betsaida,  Dalmanuta  e outras aldeias importantes do lago  enchiam as ruas de Cafarnaum em turbas ansiosas.

Os discípulos eram os mais visados pela multidão, por motivo do permanente contato em que viviam com o seu Mestre. De vez em quando, era assaltado, em caminho, por uma onda de doentes; tinha a casa rodeada de criaturas desalentadas e tristes. Todos queriam o auxílio de Jesus, o benefício imediato de sua poderosa virtude.

Aos primeiros dias do apostolado, um pequeno grupo de infelizes procurou na sua confortável residência. Desejavam explicações sobre o , de modo a trabalharem com mais acerto na observância dos ensinamentos do Cristo. O coletor da cidade manifestou certa estranheza.

— Afinal — disse ele aos infortunados que o procuravam —, o novo Reino congregará todos os corações sinceros e de boa vontade, que desejem irmanar-se como filhos de Deus. Mas, que podeis fazer na situação em que vos encontrais?

E dirigindo-se a três deles, seus conhecidos pessoais, falou convicto:

— Que poderás realizar, Lisandro, aleijado como és?! E tu, Áquila, não foste abandonado pela própria família, sob o peso de sérias acusações? E tu, Pafos? Acaso edificarias alguma coisa com as tuas atuais aflições?

Os interpelados entreolharam-se cabisbaixos, humilhados. Somente então chegavam a reconhecer as suas penosas deficiências. A palavra rude de Levi os despertara. Tomara-os uma dor sem limites. Jesus dissera, nas suas pregações carinhosas, que seu amor viera buscar todos os que se encontrassem em tristeza e em angústias do coração. Quando o Mestre chegara, haviam experimentado a restauração de todas as energias. Jubilosos, guardavam as suas promessas, relativamente ao Pai justo e bom, que amava os filhos mais infelizes, renovando nos corações as esperanças mais puras. Achavam-se exaustos; mas, a lição de Jesus lhes trouxera novo consolo às almas desamparadas de qualquer conforto material. Queriam ser de Deus, vibrar com a exaltação das promessas do Cristo, porém, a palavra de Levi novamente os arrojara à condição desditosa.

O grupo de pobres e infortunados retirou-se em desalento; no entanto, o Mestre pregaria no monte, àquela tarde, e, quem sabe, ministraria os ensinamentos de que necessitavam?!…




Decorridos alguns instantes, Jesus, em companhia de , deu entrada em casa de Levi, onde se puseram os três em animada palestra. O coletor, a certa altura da conversação, a sorrir ingenuamente, relatou a ocorrência, terminando alegremente a sua exposição, com estas palavras:

— Que conseguiria o Evangelho do Reino, com esses aleijados e mendigos? — Mas, lembrando-se de súbito que os demais companheiros eram criaturas pobres e humildes, acrescentou: — É justo esperemos alguma coisa dos pescadores de Cafarnaum; são homens fortes e desassombrados e o bom trabalho lhes cabe. Não vejo, porém, como aceitar a contribuição desses desafortunados e vencidos que nos procuram.

Jesus fixou o olhar no discípulo com profundo desvelo e falou com bondade, batendo-lhe levemente no ombro:

— No entanto, Levi, precisamos amar e aceitar a preciosa colaboração dos vencidos do mundo!… Se o Evangelho é a Boa Nova, como não há de ser a mensagem divina para eles, tristes e deserdados na imensa família humana? Os vencedores da Terra não necessitam de boas notícias. Nas derrotas da sorte, as criaturas ouvem mais alto a voz de Deus. Buscando os oprimidos, os aflitos e os caluniados, sentimo-los tão unidos ao Céu, nas suas esperanças, que reconhecemos, na coragem tranquila que revelam, um sublime reflexo da presença de Nosso Pai em seus espíritos. Já observaste algum vencedor do mundo com mais alta preocupação do que a de defender o fruto de sua vitória material?

Levi sentia-se comovido e, aproveitando a pequena pausa que se fizera, exclamou, algo desapontado:

— Senhor, minhas observações partiram tão só do meu intenso desejo de apressar a supremacia do Evangelho entre os que governam no mundo!…

— Quem governa o mundo é Deus — afirmou o Mestre, convictamente — e o amor não age com inquietação. Agora, imaginemos, Levi, que os triunfadores da Terra viessem até nós, ensarilhando suas armas exteriores. Figuremos alguns generais romanos chegando a Cafarnaum, com os seus troféus numerosos e sangrentos, afirmando-se desejosos de aceitar o Evangelho do Reino de Deus e oferecendo-se para cooperar em nosso esforço. Certamente trariam consigo legiões de guardas e soldados, funcionários e escribas, carros de triunfos, espadas e prisioneiros… Começariam protestando contra as nossas pregações pelas estradas desataviadas da natureza. Por não estarem, no íntimo, desarmados das vaidades das vitórias, edificariam suntuosos templos de pedra, em cuja construção lutariam duramente por hegemonias inferiores; uns desejariam palácios soberbos, outros empreenderiam a construção de jardins maravilhosos. Recordando a ação das espadas mortíferas, talvez pretendessem disputar a ferro e fogo o estabelecimento do Reino de Deus, exterminando-se reciprocamente, por não cederem uns aos outros, em seus pontos de vista, desde que cada vencedor se julga, no mundo, com maior soma de direitos e de importância. A pretexto de lutarem em nome do Céu, espalhariam possivelmente incêndios e devastações em toda a Terra. E seria justo, Levi, trabalhássemos por cumprir a vontade do Nosso Pai, aniquilando seus filhos, nossos irmãos?

O apóstolo o ouvia assombrado, em face da profundeza de sua argumentação. O Mestre continuou:

— Até que a esponja do Tempo absorva as imperfeições terrestres, através de séculos de experiência necessária, os triunfadores do mundo são pobres seres que caminham por entre tenebrosos abismos. É imprescindível, pois, atentemos na alma branda e humilde dos vencidos. Para os seus corações Deus carreia bênçãos de infinita bondade. Esses quebraram os elos mais fortes que os acorrentavam às ilusões e marcham para o Infinito do amor e da sabedoria. O leito de dor, a exclusão de todas as facilidades da vida, a incompreensão dos mais amados, as chagas e as cicatrizes do espírito são luzes que Deus acende na noite sombria das criaturas. Levi, é necessário amemos intensamente os desafortunados do mundo. Suas almas são a terra fecundada pelo adubo das lágrimas e das esperanças mais ardentes, onde as sementes do Evangelho desabrocharão para a luz da vida. Eles saíram das convenções nefastas e dos enganos do caminho terrestre e bendizem do Nosso Pai, como sentenciados que experimentassem, no primeiro dia de liberdade, o clarão reconfortante do sol amigo e radioso que os seus corações haviam perdido! É também sobre os vencidos da sorte, sobre os que suspiram por um ideal mais santo e mais puro do que as vitórias fáceis da Terra, que o Evangelho assentará suas bases divinas!…

André e Levi escutavam de olhos úmidos os conceitos do Senhor, cheios de sublimada emoção. Nesse ínterim, chegaram , e e todo o grupo se dirigiu, alegre, para um dos montes próximos.




O crepúsculo descia num deslumbramento de ouro e brisas cariciosas. Ao longo de toda a encosta, acotovelava-se a turba imensa. Muitas centenas de criaturas se aglomeravam ali, a fim de ouvirem a palavra do Senhor, dentro da paisagem que se aureolava dos brilhos singulares de todo o horizonte pincelado de luz. Eram velhinhos trêmulos, lavradores simples e generosos, mulheres do povo agarradas aos filhinhos. Entre os mais fortes e sadios, viam-se cegos e crianças doentes, homens maltrapilhos, exibindo as verminas que lhes corroíam as mãos e os pés. Todos se comprimiam ofegantes. Ante os seus olhares felizes, a figura do Mestre surgiu na eminência enfeitada de verdura, onde perpassavam brandamente os ventos amigos da tarde. Deixando perceber que se dirigia aos vencidos e sofredores do mundo inteiro e como que esclarecendo o espírito de Levi, que representava a aristocracia intelectual entre os seus discípulos, na sua qualidade de cobrador dos tributos populares, Jesus, pela primeira vez, pregou as bem-aventuranças celestiais. Sua voz caía como bálsamo eterno, sobre os corações desditosos.

Bem-aventurados os pobres e os aflitos!

Bem-aventurados os sedentos de justiça e misericórdia!…

Bem-aventurados os pacíficos e os simples de coração!…

Por muito tempo falou do Reino de Deus, onde o amor edificaria maravilhas perenes e sublimadas. Suas promessas pareciam dirigidas ao incomensurável futuro humano. Do alto do monte, soprava um vento leve, em deliciosas vagas de perfume. As brisas da Galileia  se haviam impregnado da virtude poderosa e indestrutível daquelas palavras e, obedecendo a uma determinação superior, iam espalhar-se entre todos os aflitos da Terra.

Quando Jesus terminou a sua alocução, algumas estrelas já brilhavam no firmamento, como radiosas bênçãos divinas. Muitas mães sofredoras e oprimidas, com suave fulgor nos olhos, lhe trouxeram os filhinhos para que ele os abençoasse. Anciães de frontes nevadas pelos invernos da vida lhe beijavam as mãos. Cegos e leprosos rodeavam-no com semblante sorridente e diziam: — Bendito seja o filho de Deus! Jesus acolhia-os satisfeito, enviando a todos o sorriso de sua afeição.

Levi sentiu que, naquele crepúsculo inolvidável, uma emoção diferente lhe dominava a alma. Havia compreendido os que abandonam as ilusões do mundo para se elevarem a Deus. Observando as filas dos humildes populares que se retiravam, tomados de imenso conforto, o discípulo percebeu que os pobres amigos que o visitaram à tarde desciam o monte, abraçados, com uma expressão de grande ventura, como se os animasse um júbilo sem limite. O coletor de Cafarnaum aproximou-se e os saudou transbordante de alegria, compreendendo que o ensino do Mestre, em toda a sua luz, abrangia o porvir infinito do mundo. Grande esperança e indefinível paz lhe haviam penetrado o âmago do ser. No dia imediato, o ex-publicano abriu suas portas a todos os convivas daquele crepúsculo memorável. Jesus participou da festa, partiu o pão e se alegrou com eles. E quando Levi abraçou o aleijado Lisandro, com a sinceridade de sua alma fiel, o Mestre o contemplou enternecido e disse: — “Levi, meu coração se rejubila hoje contigo, porque são também bem-aventurados todos os que ouvem e compreendem a palavra de Deus!…”


(.Irmão X)


Léon Denis

mt 5:1
Cristianismo e Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Léon Denis

Qual a verdadeira doutrina do Cristo? Os seus princípios essenciais acham-se claramente enunciados no Evangelho. É a paternidade universal de Deus e a fraternidade dos homens, com as consequências morais que daí resultam; é a vida imortal a todos franqueada e que a cada um permite em si próprio realizar "o reino de Deus", isto é, a perfeição, pelo desprendimento dos bens materiais, pelo perdão das injúrias e o amor ao próximo.


Para Jesus, numa só palavra, toda a religião, toda a filosofia consiste no amor: "Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam; para serdes filhos de vosso Pai que está nos céus, o qual faz erguer-se o seu sol sobre bons e maus, e faz chover sobre justos e injustos. Porque, se não amais senão os que vos amam, que recompensa deveis ter por isso?" (Mateus, V, 44 e seguintes.) .


Desse amor o próprio Deus nos dá o exemplo, porque seus braços estão sempre abertos para o pecador: "Assim, vosso Pai que está nos céus não quer que pereça um só desses pequeninos. " O sermão da montanha resume, em traços indeléveis, o ensino popular de Jesus. Nele é expressa a lei moral sob uma forma que jamais foi igualada.


Os homens aí aprendem que não há mais seguros meios de elevação que as virtudes humildes e escondidas. "Bem-aventurados os pobres de espírito (isto é, os espíritos simples e retos), porque deles é o reino dos céus. - Bemaventurados os que choram, porque serão consolados. - Bemaventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. - Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. - Bem-aventurados os limpos de coração, porque esses verão a Deus. " (Mateus, V, 1 a 12; Lucas, VI, 20 a 25.) O que Jesus quer não é um culto faustoso, não é umas religiões sacerdotais, opulentas de cerimônias e práticas que sufocam o pensamento, não; é um culto simples e puro, todo de sentimento, consistindo na relação direta, sem intermediário, da consciência humana com Deus, que é seu Pai: "É chegado o tempo em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, porque tal quer, também, sejam os que o adorem. Deus é espírito, e em espírito e verdade é que devem adorar os que o adoram. " O ascetismo é coisa vã. Jesus limita-se a orar e a meditar, nos sítios solitários, nos templos naturais que têm por colunas as montanhas, por cúpula a abóbada dos céus, e de onde o pensamento mais livremente se eleva ao Criador.


Aos que imaginam salvar-se por meio do jejum e da abstinência, diz: "Não é o que entra pela boca o que macula o homem, mas o que por ela sai. " Aos rezadores de longas orações: "Vosso Pai sabe do que careceis, antes de lho pedirdes. " Ele não exige senão a caridade, a bondade, a simplicidade: "Não julgueis e não sereis julgados. Perdoai e sereis perdoados. Sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso. Dar é mais doce do que receber". "Aquele que se humilha será exaltado; o que se exalta será humilhado". "Que a tua mão esquerda ignore o que faz a direita, a fim de que tua esmola fique em segredo; e então teu Pai que vê no segredo, te retribuirá. " E tudo se resume nestas palavras de eloquente concisão: "Amai o vosso próximo como a vós mesmos e sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito. Nisso se encerram toda a lei e os profetas. " Sob a suave e meiga palavra de Jesus, toda impregnada do sentimento da natureza, essa doutrina se reveste de um encanto irresistível, penetrante. Ela é saturada de terna solicitude pelos fracos e pelos deserdados. É a glorificação, a exaltação da pobreza e da simplicidade. Os bens materiais nos tornam escravos; agrilhoam o homem à Terra. A riqueza é um estorvo; impede os velos da alma e a retém longe do "reino de Deus". A renúncia, a humildade, desatam esses laços e facilitam a ascensão para a luz.


Por isso é que a doutrina evangélica permaneceu através dos séculos como a expressão máxima do espiritualismo, o supremo remédio aos males terrestres, a consolação das almas aflitas nesta travessia da vida, semeada de tantas lágrimas e angústias. É ainda ela que faz, a despeito dos elementos estranhos que lhe vieram misturar, toda a grandeza, todo o poder moral do Cristianismo.


* * *

A doutrina secreta ia mais longe. Sob o véu das parábolas e das ficções, ocultava concepções profundas. No que se refere a essa imortalidade prometida a todos, definia-lhe as formas afirmando a sucessão das existências terrestres, nas quais a alma, reencarnada em novos corpos, sofreria as consequências de suas vidas anteriores e prepararia as condições do seu destino futuro. Ensinava a pluralidade dos mundos habitados, as alternações de vida de cada ser: no mundo terrestre, em que ele reaparece pelo nascimento, no mundo espiritual, ao qual regressa pela morte, colhendo em um e outro desses meios os frutos bons ou maus do seu passado.


Ensinava a íntima ligação e a solidariedade desses dois mundos e, por conseguinte, a comunicação possível do homem com os espíritos dos mortos que povoam o espaço ilimitado.


Daí o amor ativo, não somente pelos que sofrem na esfera da existência terrestre, mas também pelas almas que em torno de nós vagueiam atormentadas por dolorosas recordações. Daí a dedicação que se devem as duas humanidades, visível e invisível, a lei de fraternidade na vida e na morte e a celebração do que chamavam "os mistérios", a comunhão pelo pensamento e pelo coração com os que, Espíritos bons ou medíocres, inferiores ou elevados, compõem esse mundo invisível que nos rodeia, e sobre o qual se abrem esses dois pórticos por onde todos os seres alternativamente passam: o berço e o túmulo.


A lei da reencarnação acha-se indicada em muitas passagens do Evangelho e deve ser considerada sob dois aspectos diferentes: à volta à carne, para os Espíritos em via de aperfeiçoamento; a reencarnação dos Espíritos enviados em missão à Terra.


Em sua conversação com Nicodemos, Jesus assim se exprime: "Em verdade te digo que, se alguém não renascer de novo, não poderá ver o reino de Deus. " Objeta-lhe Nicodemos: "Como pode um homem nascer, sendo já velho?" Jesus responde: "Em verdade te digo que, se um homem não renasce da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes de te dizer: importa-vos nascer outra vez. O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito. " (João, III, 3 a 8.) Jesus acrescenta estas palavras significativas: "Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?" O que demonstra que não se tratava do batismo, que era conhecido pelos judeus e por Nicodemos, mas precisamente da reencarnação já ensinada no "Zohar", livro sagrado dos hebreus. (Nota xii: Ver nota complementar nº 5.) Esse vento, ou esse espírito que sopra onde lhe apraz, é a alma que escolhe novo corpo, nova morada, sem que os homens saibam de onde vem, nem para onde vai. É a única explicação satisfatória.


Na Cabala hebraica, a água era a matéria primordial, o elemento frutificado. Quanto à expressão Espírito Santo, que se acha no texto e que o torna incompreensível, é preciso notar que a palavra santo nele não se encontra em sua origem e que foi aí introduzida muito tempo depois, como se deu em vários outros casos. (Nota xiii: Ver Bellemare, "Espírita e Cristão", págs. 351 e seguintes.) É preciso, por conseguinte, ler: renascer da matéria e do espírito.


Noutra ocasião, a propósito de um cego de nascença, encontrado de passagem, os discípulos perguntam a Jesus: "Mestre, quem foi que pecou? Foi este homem, ou seu pai, ou sua mãe, para que ele tenha nascido cego?" (João, IX, 1 e 2).


A pergunta indica, antes de tudo, que os discípulos atribuíam a enfermidade do cego a uma expiação. Em seu pensamento, a falta precedera a punição; tinha sido a sua causa primordial. É a lei da consequência dos atos, fixando as condições do destino. Trata-se aí de um cego de nascença; a falta não se pode explicar senão por uma existência anterior.


Daí essa ideia da penitência, que reaparece a cada momento nas Escrituras: "Fazei penitência", dizem elas constantemente, isto é, praticai a reparação, que é o fim da vossa nova existência; retificai vosso passado, espiritualizai-vos, porque não saireis do domínio terrestre, do círculo das provações, senão depois de "haverdes pagado até o último ceitil. " (Mateus, V, 26).


Em vão têm procurado os teólogos explicar doutro modo, que não pela reencarnação, essa passagem do Evangelho. Chegaram a raciocínios, pelo menos, estranhos. Assim foi que o sínodo de Amsterdã não pôde sair-se da dificuldade senão com esta declaração: "o cego de nascença havia pecado no seio de sua mãe". (Nota xiv: Ver nota complementar n° 5.) Era também opinião corrente, nessa época, que Espíritos eminentes vinham, em novas encarnações, continuar, concluir missões interrompidas pela morte. Elias, por exemplo, voltara à Terra na pessoa de João Batista. Jesus o afirma nestes termos, dirigindo-se à multidão: "Que saíste a ver? Um profeta? Sim, eu vo-lo declaro, e mais que um profeta. E, se o quereis compreender, ele é o próprio Elias que devia vir. - O que tem ouvidos para ouvir, ouça. " (Mateus, XI, 9, 14 e 15) Mais tarde, depois da decapitação de João Batista, ele o repete aos discípulos: "E seus discípulos o interrogam, dizendo: Porque, pois, dizem os escribas que importa vir primeiramente Elias? - Ele, respondendo, lhes disse: " "Elias, certamente, devia vir e restabelecer todas as coisas. Mas eu vo-lo digo: Elias já veio e eles não o conheceram, antes lhe fizeram quanto quiseram. - Então, conheceram seus discípulos que de João Batista é que ele lhes falara. " (Mateus, XVII, 10, 11, 12 e 15).


Assim, para Jesus, como para os discípulos, Elias e João Batista eram a mesma e única individualidade. Ora, tendo essa individualidade revestido sucessivamente dois corpos, semelhante fato não se pode explicar senão pela lei da reencarnação.


Numa circunstância memorável, Jesus pergunta a seus discípulos: "Que dizem do filho do homem?" E eles lhe respondem: "Uns dizem: é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. " (Mateus, XVI, 13, 14; Marcos, VIII, 28) Jesus não protesta contra essa opinião como doutrina, do mesmo modo que não protestara no caso do cego de nascença. Ao demais, a ideia da pluralidade das vidas, dos sucessivos graus a percorrer para se elevar à perfeição, não se acha implicitamente contida nestas palavras memoráveis: "Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito. " Como poderia a alma humana alcançar esse estado de perfeição em uma única existência?


De novo encontramos a doutrina secreta, dissimulada sob véus mais ou menos transparentes, nas obras dos apóstolos e dos padres da Igreja dos primeiros séculos. Não podiam estes dela falar abertamente. Daí as obscuridades da sua linguagem.


Aos primeiros fiéis escrevia Barnabé: "Tanto quanto pude, acredito ter-me explicado com simplicidade e nada haver omitido do que pode contribuir para vossa instrução e salvação, no que se refere às coisas presentes, porque, se vos escrevesse relativamente às coisas futuras, não compreenderíeis, porque elas se acham expostas em parábolas. " (Epístola católica de São Barnabé, XVII, l, 5).


Em observância a esta regra é que um discípulo de São Paulo, Hermas, descreve a lei das reencarnações sob a figura de "pedras brancas, quadradas e lapidadas", tiradas da água para servirem na construção de um edifício espiritual. (Livro do Pastor, III, XVI, 3, 5). "Porque foram essas pedras tiradas de um lugar profundo e em seguida empregadas na estrutura dessa torre, pois que já estavam animadas pelo espírito? - Era necessário, diz-me o senhor, que, antes de serem admitidas no edifício, fossem trabalhadas por meio da água. Não poderiam entrar no reino de Deus por outro modo que não fosse despojando-se da imperfeição da sua primeira vida. " Evidentemente essas pedras são as almas dos homens; as águas (Nota xv: Essa parábola adquire maior relevo pelo fato de ser a água, para os judeus cabalista, a representação da matéria, o elemento primitivo, o que chamaríamos hoje o éter cósmico.) são as regiões obscuras, inferiores, as vidas materiais, vidas de dor e provação, durante as quais as almas são lapidadas, polidas, lentamente preparadas, a fim de tomarem lugar um dia no edifício da vida superior, da vida celeste. Há nisso um símbolo perfeito da reencarnação, cuja ideia era ainda admitida no século III e divulgada entre os cristãos.


Dentre os padres da Igreja, Orígenes é um dos que mais eloquentemente se pronunciaram a favor da pluralidade das existências. Respeitável a sua autoridade. São Jerônimo o considera, "depois dos apóstolos, o grande mestre da Igreja, verdade - diz ele - que só a ignorância poderia negar". S. Jerônimo vota tal admiração a Orígenes que assumiria, escreve, todas as calúnias de que ele foi alvo, uma vez que, por esse preço, ele, Jerônimo, pudesse ter a sua profunda ciência das Escrituras.


Em seu livro célebre, "Dos Princípios", Orígenes desenvolve os mais vigorosos argumentos que mostram, na preexistência e sobrevivência das almas noutros corpos, em uma palavra, na sucessão das vidas, o corretivo necessário à aparente desigualdade das condições humanas, uma compensação ao mal físico, como ao sofrimento moral que parece reinarem no mundo, se não se admite mais que uma única existência terrestre para cada alma. Orígenes erra, todavia, num ponto. É quando supõe que a união do espírito ao corpo é sempre uma punição. Ele perde de vista a necessidade da educação das almas e a laboriosa realização do progresso.


Errônea opinião se introduziu em muitos centros, a respeito das doutrinas de Orígenes, em geral, e da pluralidade das existências em particular, que pretendem ter sido condenadas, primeiro pelo concílio de Calcedônia e mais tarde pelo quinto concílio de Constantinopla. Ora, se remontamos às fontes, (Nota xvi: Ver Pezzani, "A pluralidade das existências", páginas 187 e 190.) reconhecemos que esses concílios repeliram, não a crença na pluralidade das existências, mas simplesmente a preexistência da alma, tal como a ensinava Orígenes, sob esta feição particular: que os homens eram anjos decaídos e que o ponto de partida tinha sido para todos a natureza angélica.


Na realidade, a questão da pluralidade das existências da alma jamais foi resolvida pelos concílios. Permaneceu aberta às resoluções da Igreja no futuro e é esse um ponto que se faz preciso estabelecer.


Como a lei dos renascimentos, a pluralidade dos mundos achase indicada no Evangelho, em forma de parábola: "Há muitas moradas na casa de meu Pai. Eu vou a preparar-vos o lugar e, depois que tiver ido e vos tiver preparado o lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver, vós estejais também. " (João, XIV, 2 e 3) A casa do Pai é o infinito céu; as moradas prometidas são os mundos que percorrem o espaço, esferas de luz ao pé das quais a nossa pobre Terra não é mais que mesquinho e obscuro planeta. É para esses mundos que Jesus guiará as almas que se ligarem a ele e à sua doutrina, mundos que lhe são familiares e onde nos saberá preparar um lugar, conforme os nossos méritos.


Orígenes comenta essas palavras em termos positivos: "O Senhor faz alusão às diferentes estações que devem as almas ocupar, depois que se houverem despojado dos seus corpos atuais e se tiverem revestido de outros novos. "



Honório Abreu

mt 5:1
O Caminho do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Wagner Gomes da Paixão
Honório Abreu

O jejum, representando a "abstenção", pode ser interpretado por dois prismas distintos, à luz da Revelação Espírita. Há o jejum imposto, fruto de expiação, que retira do indivíduo enquadrado pela Lei ("fora da lei") as prerrogativas do livre-arbítrio (escolha): "Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (MT 22:13).


Neste aspecto, o jejum é obra da Lei em favor da reeducação moral do Ser, quando ele é obrigado a experimentar, vivenciar o fruto de seu esforço, de sua escolha, como meio de "saber" o que tem feito da prerrogativa divina da imortalidade (a vida e o viver). Dentro dessa órbita de formação elementar do caráter, identificamos o Antigo Testamento, que é definido por Emmanuel como sendo a súplica do homem a Deus (Coletânea do Além, capítulo 46). Daí Jesus dizer que, até João (o Batista), o Reino dos Céus sofre violência e os violentos se apoderam dele (MT 11:12), mas também afirma, fazendo referência à evolução consciente: "A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele" (LC 16:16). Mas existe outro aspecto do jejum, no terreno das afirmações morais de vulto, quando, voluntariamente, a criatura convertida ao Bem, ao Evangelho, atravessa alguns trechos de experiência sem o arrimo objetivo, sem o apoio sonhado, ansiado, como se depreende do ensino de Jesus: "Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão" (LC 5:35).


Há tempo para todo tipo de realização, seja o tempo do contato primacial com as coisas que Deus criou para imantação da mente humana, despertando-a para o fenômeno da vida inteligente (primitividade), seja o tempo destinado a depurar os valores já somados pelas reencarnações, com o objetivo de iluminar a alma (expiações e provas), até que, por essa base intelecto-moral, o discernimento, reunindo razão e sentimento, opere a projeção do indivíduo aos territórios da angelitude (missionários do Pai, Filhos de Deus): "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu"(Eclesiastes 3:1).


Na trajetória de conquistas evolutivas, porém, o jejum tem papel preponderante, e é o que Jesus quis significar quando responde aos fariseus e seus escribas: "E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles?" (LC 5:34).


Quando renascemos, na condição infantil, somos conduzidos, pelo clã que nos acolhe em seu seio, para futura emancipação. Em termos psíquicos, Jesus passa a cuidar de nós, quando já dispostos a conhecer aspectos mais elevados da vida moral, da vida íntima com Deus, e, nesse sentido, Jesus nos fecunda, pois é Ele o elemento ativo, vigoroso, capaz, por sua autoridade espiritual ("guia e modelo"), de nos iniciar e nos nutrir de ideais para que surja o "Filho do Homem" - aquele tipo de perfeição e pureza a que aspiramos na Terra. É o iniciador de uma vida plena de graças: "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8:29).


Enquanto o aspirante à vida mais alta estuda e convive com os sublimes ideais (isso ocorre frequentemente com os que chegam às Casas Espíritas e se deparam com a opulência espiritual da Revelação dos Espíritos), permanece ele com o "esposo", ou seja, aquele que o inicia, que o conduz, que o fecunda psiquicamente de propósitos e aspirações morais, até que seja chamado às provas e testemunhos de aferição, e, nessa hora, é ele próprio quem deve aplicar tudo o que recebeu do Cristo, através da Doutrina Espírita codificada e desdobrada com o auxílio de grandes e nobres servidores encarnados e desencarnados.


Por isso, nas "bodas" ou "festa do casamento", em que a criatura se associa, de sentimento, ao Cristo, que passará a lhe conduzir as potências, as realizações, a evolução consciente, há abundância de "comida", de "bebida" e de alegria... Essa figura de linguagem ensina que, ao encontrarmos os grandes ideais, as respostas para a Vida infinita, o atendimento efetivo dos anseios da alma, conforme se registra nas "Bem-aventuranças" (MT 5:1-12), somos atendidos na fome e na sede de Justiça, de Amor, de Caridade, de Vida (os ensinos de Jesus perfazem o "corpo" doutrinário do Mestre, e seu amor, estampado na abnegação e ternura com que cuidou e cuida da Humanidade, representa o "vinho" - quando absorvido internamente - ou o "sangue" - quando o testemunho de Jesus ainda está, para quem observa, num estado de renúncia suprema e completa obediência a fatores de elevação, operando uma espécie de "choque" vibracional nos circunstantes, quebrando-lhes as resistências - que derramou em testemunho, para irrigar os territórios íntimos dos seres que habitam a Terra).


É nessa base de renovação, quando a humildade de coração opera o verdadeiro jejum (abstinência de orgulho e vaidade, presunção e domínio), que os males e vícios ancestrais (reencarnatórios) da criatura são desativados, e isso só é possível depois que o Cristo opera, através das "bodas" (casamento, união), o surgimento do "Filho do Homem". A partir desse entendimento, podemos compreender o que Jesus ensinou aos discípulos no episódio da cura de um lunático: "Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum"(MT 17:21).


E, se jejum é sinônimo de humildade, oração é caridade, pois implica comunhão com Deus, com Sua Vontade soberana e santa.



Eliseu Rigonatti

mt 5:1
O Evangelho dos Humildes

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Eliseu Rigonatti
(Mt 5:1-12; Lc 6:20-26)

1 E vendo Jesus a grande multidão do povo, subiu a um monte e depois de se ter sentado, se chegaram para o pé dele os seus discípulos.


2 E ele abrindo a sua boca os ensinava, dizendo:

3 Bem-aventurados os pobres de espírito; porque deles éo reino dos céus.


Não devemos ver na expressão pobres de espírito um designativo pejorativo. É a correta designação dos espíritos que já compreendem as leis divinas e se esforçam por obedecê-las.


Ricos de espírito para o mundo são os orgulhosos, os que se julgam melhores o que os outros e os que pensam que todos se devem dobrar a seus caprichos.


Pobres de espírito para o mundo são os humildes, os modestos, os bondosos, os quais colocam os deveres da fraternidade acima de tudo.


4 Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra.


Conquanto pareça que os violentos sejam senhores da terra, um dia a violência será banida da face de nosso planeta. À medida que os homens forem ficando esclarecidos à luz da fraternidade universal, irão também desaparecendo os atos violentos que as nações praticam contra nações e indivíduos contra indivíduos. Os rebeldes que não se submeterem às leis fraternas, serão desterrados para mundos inferiores. E a terra será possuída pelos mansos, isto é, pelos que não tentam violentar o próximo nem por palavras nem por atos.


5 Bem-aventurados os que choram; porque eles serão consolados.


O sofrimento é a moeda com a qual pagamos as faltas e os erros que, em nossa ignorância, cometemos em encarnações passadas; e com ele compramos nossa felicidade futura; porque os que sofrem têm contas a ajustar com a Justiça Divina.


As lágrimas do sofrimento, quando suportado resignadamente, lavam as manchas da consciência e purificam o espírito. Por isso Jesus diz que são felizes os que choram, porque já iniciaram o resgate dos débitos anteriores; e, embora a Terra lhes reserve lágrimas, suaves consolações os esperam no mundo espiritual, onde entrarão libertos de remorsos, originados pelos maus atos praticados no pretérito.


6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça; porque serão fartos.


A justiça da terra é falha; ignora as causas profundas que levaram alguém a cometer uma falta; por isso julga superficialmente. Além disso, quantos crimes não ficam impunes!


Qualquer um de nós pode observar diariamente uma quantidade enorme de erros que ferem nosso próximo, mas que a justiça da terra não castiga nem corrige.


Embora possamos iludir a justiça terrena, é impossível iludir a Justiça Divina. E Jesus, profundo conhecedor da lei de compensação que cada um movimenta pró ou contra si próprio, nos diz:

— Não te importes se sofreres injustiças ou se irmãos que te ofenderam, não foram alcançados pela justiça dos homens. No mundo espiritual para onde irás mais cedo ou mais tarde, pontifica um Juiz Incorruptível; ele te fartará de Justiça.


7 Bem-aventurados os misericordiosos; porque eles alcançarão misericórdia.


Misericordioso é aquele que se compadece da miséria alheia.


Ser misericordioso é sentir o coração pulsar de piedade para com os irmãos tocados pela necessidade e pelo sofrimento; é ser compassivo, amigo, tolerante.


A misericórdia, porém, deve ser uma virtude ativa; deve ir procurar os desafortunados e mitigar-lhes a situação dolorosa, dentro das possibilidades que o Senhor concede a cada um; deve saber estender a mão ao ofensor, num gesto resoluto de perdão e amizade.


Os misericordiosos alcançarão misericórdia; porque aquilo mesmo que fizermos aos outros, isso mesmo receberemos. Espíritos em começo de evolução que somos, ainda muito sujeitos a erros, de que maneira mereceríamos a misericórdia divina, senão pela misericórdia que usarmos para com nosso próximo?


8 Bem-aventurados os limpos de coração; porque eles verão a Deus.


Ser limpo de coração é não dar abrigo a paixões inferiores, tais como: o ódio, a inveja, a maledicência, o orgulho, a con cupiscência. As paixões inferiores turvam a visão espiritual.


9 Bem-aventurados os pacíficos; porque eles serão chamados filhos de Deus.


Os pacíficos são aqueles que obedecem a lei da fraternidade. Sabendo que todos somos irmãos, filhos de um único Pai, tratam a todos com brandura, moderação, mansuetude, afabilidade e paciência.


10 Bem-aventurados os que padecem perseguiçãO por amor da justiça; porque deles é o reino dos céus.


As nobres ideias que fazem com que a humanidade avance espiritual, moral, política e materialmente, encontram acérrimos opositores, que se esforçam por esmagá-las. E no mundo, formam-se castas que se aproveitam de suas prerrogativas, tiram o máximo proveito de seus poderes e não admitem a mais leve mudança no regime que as mantém e favorece.


Compreendendo a injustiça que semelhantes organizações espalham pela Terra, Jesus torna dignos da recompensa divina os homens esclarecidos e de boa vontade, que lutam para que a Justiça reine em todos os setores das atividades humanas.


11 Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e perseguirem e disserem todo o mal contra vós, mentindo por meu respeito.


12 Folgai e exultei, porque o vosso galardão é copioso nos céus; pois assim também perseguiram aos profetas que foram antes de vós.


A doutrina de Jesus veio estabelecer na Terra as bases em que as relações e as instituições humanas se apoiarão. Ë pois, natural que tenha de destruir tudo quanto não se conforme com ela. Acontece, porém, que os interessados em ofuscar a luz acendida por Jesus, são muitos e poderosos e, como não lhes convém seguir a lei divina, perseguem impiedosamente os colaboradores sinceros do Mestre. Desde o sacrifício que impuseram a Jesus, o espetáculo dos cristãos lançados às feras, ate a calunia e à mentira injuriosas, quanto amargor foi, é e ainda será vertido nos corações dos que se batem para o completo triunfo do verdadeiro Cristianismo!


Jesus conforta seus trabalhadores, prometendo-lhes que no mundo espiritual os esforços serão copiosamente recompensados e nos recomenda que não façamos caso das perseguições. As perseguições são dificuldades que também os profetas, trabalhadores do passado, encontraram.


OS DISCÍPULOS SÃO O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO


(Mt 5:13-16)

13 Vós sois o sal da terra. E se o sal perder sua força, com que outra coisa se há de salgar?


Para nenhuma coisa mais fica servindo, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.


A comparação que Jesus faz entre o sal e seus discípulos é bastante explícita. O bom sal salga, preservando da corrupção. Os modernos discípulos de Jesus são os espíritas e, particularmente, os médiuns, chamados a fazer brilhar novamente no mundo os preceitos do Evangelho, no momento em que desaparecem soterrados nas abominações dos altares. Cumpre-lhes lutar para que a corrupção não arruíne o corpo e a alma da humanidade.


14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade que está situada sobre um monte.


A luz destrói as trevas. A ignorância é treva da alma. Os discípulos de Jesus destroem a ignorância. Por conseguinte, os discípulos de Jesus são a luz espiritual do mundo.


Uma cidade, erguida no cabeço de um monte, é vista por todos, desde muito longe. Assim é o discípulo de Jesus: todos o observam a ver se não desmente com os atos o que prega com as palavras.


15 Nem os que acendem uma luzerna a metem debaixo do alqueire, mas põem-na sobre o candieiro a fim de que ela dê luz a todos os que estão em casa.


Os que tiveram a ventura de conhecer as leis divinas, deverão esforçar-se para que o maior número possível de criaturas as conheçam também. Não espalhar os conhecimentos espirituais é esconder egoisticamente a luz que deveria beneficiar a muitos. Tais médiuns que se afastam do trabalho mediúnico: apagam a luz que em si traziam para clarearem o caminho a irmãos menos evoluídos.


16 Assim luza a vossa luz diante dos homens; que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus.


Os modernos discípulos de Jesus trazem consigo uma luz que deve luzir diante dos homens. Essa luz é a mediunidade. Entretanto, para que a luz da mediunidade brilhe em todo o esplendor, o médium é obrigado a travar lutas, por vezes bem ásperas.


Há duas espécies de lutas que um médium trava para que sua luz luza diante dos homens: uma é a luta que se desenrola em seu próprio íntimo, luta contra si mesmo, para vencer o comodismo, a inércia, a rotina. Para vencer na luta íntima, o médium deverá saber sobrepor-se a seus gostos e a seus caprichos, sacrificando suas vaidades, colocando-se, assim, em todas as oportunidades, a serviço do Altíssimo, em socorro dos necessitados e esclarecimento dos ignorantes. A outra luta é contra os preconceitos sociais, entre os quais, ordinariamente, está incluída a incompreensão de seus familiares. O médium deverá possuir a força moral necessária para quebrar definitivamente as cadeias que o impedem de exercer o seu medianato.


Lembremo-nos de que a mediunidade bem praticada ainda se assemelha muito ao caminho do Gólgota. E a esse respeito, o generoso instrutor Emmanuel assim se expressa: A missão mediúnica, se tem os seus percalços e suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção, concedidas por Deus a seus filhos. Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é um atributo do espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no Capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos, na sua trajetória pela face do mundo.


Portanto, integrados em sua tarefa mediúnica, com amor e constância, concorrendo para a realização de curas, encaminhando espíritos obsessores, combatendo a ignorância espiritual em que se debatem os homens, servindo de instrumentos para a disseminação do Evangelho, os médiuns perfazem obras pelas quais os homens glorificam a Deus.


O CUMPRIMENTO DA LEI E DOS PROFETAS


(Mt 5:17-32; Lc 6:27-36, Lc 12:57-59)

17 Não julgueis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim a destruílos, mas sim a dar-lhes cumprimento.


A lei a que Jesus se refere é o Decálogo, transmitido à humanidade por Moisés.


Os profetas que vieram depois de Moisés, chamaram continuamente a atenção do povo para a observância dos dez mandamentos.


Jesus não veio invalidar o Decálogo ou o que disseram os profetas; veio simplesmente fazer com que os homens o cumprissem à risca.


Assim também o Espiritismo: não veio destruir ou combater religiões, mas veio ensinar-nos a viver de acordo com o Evangelho.


18 Porque em verdade vos afirmo que enquanto não passar o céu e a terra, não passará da lei um só i ou um til, sem que tudo seja cumprido.


Por afirmar que da lei não passará um único til sem que tudo seja cumprido, Jesus se refere ao progresso contínuo a que está sujeito o estudioso do Evangelho. À medida que formos estudando o Evangelho e esforçando-nos por viver de conformidade com ele, a lei divina se gravará em nosso perispírito, e chegará então o dia em que saberemos cumpri-la sem exceção de um i ou de um til.


19 Aquele pois que quebrar um destes mínimos mandamentos e que ensinar assim aos homens, será chamado mui pequeno no reino dos céus; mas o que os guardar e ensinar a guardá-los, esse será reputado grande no reino dos céus.


Jesus nos adverte aqui da grande responsabilidade dos que ensinam. Se seus ensinamentos não forem pautados pelo Evangelho, tremendas contas lhes serão tomadas, porque retardaram o progresso espiritual do mundo. E grandes recompensas aguardam os que ensinam os povos a se encaminharem para Deus. Notemos, entretanto, que não é só ensinar: é preciso ensinar e praticar o que se ensina; nunca desmentir com os atos o que se prega com as palavras.


20 Porque eu vos digo que se a vossa justiça, não for maior e mais perfeita do que a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.


Quanto mais evoluídos estivermos, tanto maiores serão nossas responsabilidades espirituais. Neste ponto, dada a grande soma de conhecimentos espirituais que os espíritas receberam, são eles os que mais obrigados estão para com o Pai. Ë fora de dúvida pois, que os espíritas. são os indicados neste versículo a praticarem com mais perfeição os ensinamentos evangélicos, do que seus irmãos de outras crenças menos evoluídas.


21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; e quem matar será réu no juízo.


22 Pois eu vos digo que todo o que se ira contra seu irmão será réu no juízo; e o que disser a seu irmão: Raca, será réu no conselho; e o que disser: és um tolo, será réu do fogo do inferno.


A vida de nossos semelhantes não nos pertence. Quem mata, conquanto não aniquile o espírito, fá-lo desencarnar violentamente acarretando-lhe sofrimentos indizíveis. E, sobretudo, corta-lhe as oportunidades de progresso, que a encarnação lhe proporcionaria. Ë bom notar que uma encarnação não se consegue facilmente; por vezes é conseguida à custa de muitos sacrifícios e trabalhos no mundo espiritual. Mas não é somente o progresso da vítima que o assassino interrompe: também o dos entes que dependiam dela, dado que o plano de trabalho pré-estabelecido no mundo espiritual fica sem um dos elementos, quem sabe se o principal, para sua realização.


A lei divina diz claramente: Não matarás, dando a entender que não se - deve matar nada. Agora o homem está aprendendo a não matar os seus semelhantes; mais tarde, aprenderá a não matar os animais, nossos irmãos inferiores na escala evolutiva.


Não somente a morte material não podemos causar ao próximo, mas também precisamos evitar causar mortes morais. Há indivíduos que são incapazes de matar uma mosca, como vulgarmente se diz; contudo, não trepidam em matar as reputações alheias; em matar a harmonia que reina num lar; em matar a fé que desponta numa alma; em matar a esperança que enxuga as lágrimas dos aflÍtos; em matar a doce fraternidade que existe entre irmãos; tudo isto são mortes morais e Jesus ensina que sofrerá rudes consequências quem as causar.


23 Portanto, se tu estás fazendo a tua oferta diante do altar e te lembrares aí que teu irmão tem contra ti alguma coisa.


24 Deixa ali tua oferta diante do altar e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e depois virás fazer a tua oferta.


Nós, que adoramos a Deus em espírito e verdade, temos por altar a consciência. E a oferta que fazemos ao Pai são nossas preces sinceras. Se quando estivermos orando a Deus, nossa consciência nos acusar de termos prejudicado a um irmão, quer por palavras, quer por atos, devemos, em primeiro lugar, ir procurar o irmão e perdoarmo-nos reciprocamente. E livres de rancores um do outro, teremos a consciência tranquila e o amor fraterno voltará a se instalar em nosso coração. Isso feito poderemos continuar nossa oferta ao Pai; em caso contrário, ele não a aceitará.


25 Concerta-te sem demora com teu adversário, enquanto estás posto a caminho com ele; para que não suceda que ele, o adversário, te entregue ao juiz e que o juiz te entregue ao seu ministro e seja mandado para a cadeia.


26 Em verdade te digo que não sairás de lá enquanto não pagares o último ceitil.


O caminho em que estamos postos com nosso adversário, é a vida presente, durante a qual houve o atrito entre nós e ele. Enquanto estamos juntos, isto é, todos encarnados, é que convém desfazer os agravos e transformar as inimizades, por menores que sejam, em estima. Convém, também, corrigir todo o mal que tivermos praticado; porque se não aproveitarmos a oportunidade que o Senhor nos concede e desencarnarmos odiando alguém e com ações malévolas pesando em nossa consciência, seremos colhidos pelo ciclo das reencarnações dolorosas. Então o sofrimento nos ensinará a mudar todo o ódio em amor e a corrigir até a mais pequenina falta que tivermos cometido contra nosso próximo.


27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não adulterarás.


28 Eu porém vos digo: que todo o que olhar para uma mulher, cobiçandoa, já no seu coração adulterou com ela.


O simples pensàr no mal revela inferioridade de uma pessoa. Se não realiza o seu mau pensamento, é porque não pe lhe apresentou ocasião favorável; tivesse tido oportunidade e o mal, que guardou consigo, se traduziria em ação.


Se alguém pensa no mal e, todavia, não o pratica nem por isøo se livra da responsabilidade de expurgar de seu coração os sentimentos ruins.


A lei antiga condenava o mal quando este se manifestava materialmente. A lei de Jesus não só condena a manifestação material do mal, como também o alimentá-lo com o pensamento. Onde há pensamentos malévolos, ainda não há pureza.


29 E se o teu olho direito te serve de escândalo, arranca-o e lança-o fora de ti; porque é melhor que se perca um dos teus membros, do que todo teu corpo vá para o inferno.


30 E se a tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti; porque é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para o inferno.


A palavra escândalo no significado aqui empregado, é tudo quanto é mal.


E as causas de escândalo são os meios pelos quais o homem pratica o mal.


Os olhos postos a serviço da cobiça e da inveja; a língua quando é maldizente; as mãos que usam do poder para esmagar os fracos; o cérebro que se serve da inteligência para desviar os homens de Deus; enfim todos os órgãos do corpo e os bens intelectuais e os materiais, quando usados para a satisfação de apetites inferiores, são causas de escândalo.


É necessário, pois, que tenhamos o máximo cuidado em bem empregar não só os órgãos do corpo, como também os bens materiais e os intelectuais, para que não se tornem causas de escândalo e não precipitem nosso espírito em séculos de sofrimentos expiatórios.


31 Também foi dito: Qualquer que se desquitar de sua mulher, dê-lhe carta de repúdio.


32 Mas eu vos digo: Que todo o que repudiar sua mulher, a não ser por causa da fornicação, a faz ser adúltera; e o que tomar a repudiada, comete adultério.


O casamento é uma instituição divina. Unem-se dois seres para evoluirem juntos e providenciarem corpos materiais para outros espíritos encarnarem e progredirem.


No ambiente do lar, o membro mais adiantado orienta a família, a fim de que do esforço de todos resulte o progresso de cada um.


Grande é a responsabilidade dos cônjuges; de seu bom ou mau comportamento podem advir consequências felizes ou dolorosas. É comum o mau procedimento dos cônjuges arrastar a família para caminhos de trevas já nesta vida e no futuro a reencarnação de sofrimentos; ao passo que os cônjuges procedendo bem, facilmente guiarão a família a planos felizes do universo.


O Espiritismo não pode concordar com a separação dos casais, porque quase toda separação é motivada pelo ódio. E a lei que o Senhor nos deu é: — Amai-vos uns aos outros. E além disso, a separação nada resolve de definitivo; bem sabemos que os espíritos que erram juntos, juntos terão de corrigir o erro.


A incompatibilidade de gênios, tão citada para justificar a separação, é o reflexo dos erros das encarnações passadas. E dois espíritos que se odeiam, frequentemente se unem pelos sacrossantos laços de família para, com menos repugnância, extinguirem o ódio que os separava. Por conseguinte, a separação é um recurso provisório apenas; porque nas encarnações futuras, terão de trilhar juntos os mesmos caminhos, até que se harmonizem com as leis divinas.


33 Igualmente ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás ao Senhor os teus juramentos.


34 Eu porém vos digo: Que absolutamente não jureis nem pelo céu, porque é o trono de Deus.


35 Nem pela terra, porque é o assento de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei.


36 Nem furarás pela tua cabeça, pois não podes fazer que um cabelo teu seja branco ou negro.


37 Mas seja o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque tudo o que daqui passa procede do mal.


Tomadas no sentido moral, estas palavras de Jesus nos ensinam a humildade perante Deus e a resignação plena àsua vontade.


Os juramentos que fazemos, traduzem, ordinariamente, presunção, vaidade e orgulho, porque não sabemos se os poderemos cumprir. Se nas mínimas coisas temos de nos sujeitar à vontade divina, quanto mais nas grandes? Procuremos unicamente ser sinceros em nossas afirmativas, certos de que se dá empenharmos com sinceridade e satisfação os nossos deveres a Providência Divina se encarregará do resto.


No tocante à parte religiosa, maior deverá ser a nossa sinceridade. Ou somos, ou não o somos. Se nós nos intitulamos espíritas, estudiosos do Evangelho, nossos pensamentos, nossas palavras e nossos atos, enfim, nosso comportamento deverá confirmar perante o mundo os mandamentos da religião que professamos.


38 Vós tendes ouvido o que se disse: Olho por olho e dente por dente.


Refere-se à lei de Moisés. No tempo em que Moisés legislou, teve de o fazer para povos rudes, primitivos e quase ferozes, os quais não tinham compreensão alguma da espiritualidade. Foi obrigado a recomendar-lhes que retribuíssem a violência pela violência, para que fossem contidos pelo medo de receberem o mesmo que fizessem aos outros.


39 Eu porém vos digo, que não resistais ao que vos fizer mal; mas se alguém te ferir na tua face direita, ofereça-lhe a outra 40 E ao que demandar-te em juízo e tirar-te a tua túnica, larga-lhe também a capa.


41 E se qualquer te obrigar a ir carregado mil passos, vai com ele mais outros dois mil.


Jesus aqui nos ensina que a lei divina proíbe rigorosa-mente a vingança.


Estando já os povos mais adiantados em compreensão espiritual, Jesus lhes demonstra com seus ensinamentos que o castigo deve sempre vir do Alto, o qual sabe melhor como obrigar ao que errou a corrigir o erro cometido contra o próximo.


Ao Senhor pertence punir os seus filhos rebeldes; pois, não afirmou Jesus que serão saciados os que clamam por justiça? Então por que cada um querer procurar fazer justiça por suas próprias mãos?


A vingança tem enchido prisões, arruinado lares e perdido existências preciosas. Nos tribunais se arrastam longos processos e demandas, litígios e querelas que, consumindo as posses de seus autores, os empobrecem e originam ódios seculares. Eis porque Jesus, que veio combater todas as causas das infelicidades materiais e espirituais da humanidade, recomendanos que procuremos harmonizar as situações sem recorrermos a vingança, mesmo que tenhamos de arcar com prejuízos materiais ou morais.


Aconselhando-nos a que andemos dois mil passos com quem nos obrigar a andar mil, Jesus nos aconselha a obediência para com nossos superiores.


Nos lugares subalternos nos quais a vida nos colocar, aprendamos a obedecer sem murmurar. A obediência é uma grande virtude. Se não soubermos obedecer aos homens, como poderemos obedecer a Deus e cumprir-lhe as ordens, vivendo conforme sua vontade?


Lembremo-nos que a Justiça Incorruptível de Deus, em tempo oportuno. ferirá quem nos feriu, restituir-nos-á o que nos tiraram e considerará nossa obediência.


42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.


Prestar auxilio a quem o solicita é uma lei divina. A quem nos pedir, quer sejam auxílios materiais, quer espirituais, precisamos socorrer na medida de nossas possibilidades. Recusar ajuda, seja por dar ou por emprestar, é agravar uma situação penosa em que se encontra um irmão.


É verdade que nem sempre estamos em condições de satisfazer os pedidos que nos fazem. Contudo, quando o pedido for justo, com um pouco de boa vontade e de bom coração, sempre encontraremos meios de atender à maior parte das solicitações que nos são dirigidas em nome do Senhor. Neste versículo, Jesus nos ensina a colocar o pouco ou o muito que possuímos, a serviço da fraternidade universal.


43 Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás a teu inimigo.


44 Mas eu vos digo: Amai a vossos inimigOS, fazei o bem ao que vos tem ódio; e orai pelos que vos perseguem e caluniam.


Incapazes de compreender que todos os homens, pertençam a que raça pertencerem, são irmãos, filhos de um único Pai, Moisés teve de ensinar a seus tutelados a amarem pelo menos os de sua tribo ou família. Jesus dilata o ensinamento de Moisés, ensinando-nos que até mesmo nosso próprio inimigo, é nosso próximo, pois é nosso irmão em Deus.


Este ensinamento de Jesus poderia ser um contrassenso, se não houvesse a lei da reencarnação. De fato, se vivêssemos apenas uma vez, e se depois da morte mergulhássemos no nada, ou fôssemos viver em beatitudes ou em tormentos eternos, por que haveríamos de forçar nosso coração a amar quem nos odeia? Por que teríamos de orar pelos que nos espezinham?


Porém, sabemos que existe a lei da reencarnação. Sabemos que nossa vida não termina pela morte. Sabemos que não iremos para lugares de beatitudes, nem de tormentos. E sabemos que o ódio liga pelos laços do sofrimento, ao passo que o amor une pelos laços da felicidade.


A morte não nos livra dos inimigos, como não nos separa dos amigos.


A lei da reencarnação faz com que os espíritos, que se odeiam, encarnem no mesmo grupo, a fim de que os trabalhos, os sofrimentOS e as alegrias que suportarem em comum, transformem em fraterna amizade a repulsa que os separava. sabedor disso, Jesus recomenda que procuremos extinguir as animosidades que nos dividem, quer lutando por transformar os inimigos em amigos, quer fazendo o bem a quem não nos estima, quer orando pelos que nos perseguem. Assim procedendo, afrouxaremos os dolorosos laços fluídicos do ódio, os quais facilmente serão rompidos no momento oportunO; e nosso espírito estará livre de pesado fardo e merecedor de um futuro risonho.


45 Para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus e vir chuva sobre justos e injustos.


Por que é que Deus, Nosso Pai, permite que também os maus gozem dos bens da Natureza, na mesma proporção que os bons?


Porque Deus sabe que seus filhos rebeldes de hoje, por força da lei do progresso, hão de ser bons no futuro, assim como os bons de hoje, já terão sido maus no passado.


O bem é a lei suprema do Universo. O mal é simplesmente a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz. Faça-se a luz e a escuridão deixará de existir. Logo que um espírito malévolo procura a luz, as trevas da ignorância, que o envolviam, dissipam-se e ele se torna luminoso. Portanto, sigamos o exemplo de Deus, não privando nossos inimigos de nosso amor, certos de que a lei da Evolução, à qual todos estamos submetidos, fará deles nossos irmãos bem amados.


46 Porque se vós não amais sendo os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo?


47 E se vós saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios?


O verdadeiro progresso espiritual se verifica quando o individuo combate seu excessivo amor próprio.


O amor próprio, uma das mais comuns manifestações do orgulho, é a causa principal, que impede se restabeleça a fraternidade entre os homens.


Sacrificando seu amor próprio, facilmente cada um encontrará os meios de se manter em harmonia com todos e de fazer com que desapareçam as inimizades, que, porventura se tenham gerado em seu ambiente.


Estes dois versículos visam particularmente os espíritas. Os espíritas, para serem alunos mais adiantados de Jesus, precisam amar aos que os aborrecem e saudar até os que os contrariam. De outra forma, onde estará o mérito de professarmos uma doutrina mais evoluída?


48 Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial éperfeito.


À primeira vista este preceito de Jesus parece impossível de ser praticado.


Todavia, se meditarmos um pouco sobre ele, veremos que é um mandamento lógico e cujo cumprimento está ao alcance de qualquer discípulo de boa vontade.


É fora de dúvida que o amor que o Pai consagra a seus filhos é igual para todos. O Pai celestial não ama mais um filho em detrimento de outro. O forte e o fraco, o rico e o pobre, o são e o doente, o sábio e o ignorante, o justo e o pecador, todos são amados por Deus, e a Divina Providência vela por eles, amparando-os e guiando-os para a Perfeição.


Pois bem, para sermos perfeitos como nosso Pai celestial é perfeito, precisamos amar com o mesmo amor a todos os nossos irmãos, a toda humanidade. Ricos e pobres, amigos e inimigos, fortes e fracos, sãos e doentes, sábios e ignorantes, justos e pecadores, todos merecem nosso carinho, nosso amor e nossa dedicação. Assim sendo, amando nossa imensa família humana, sem exceção de pessoas, estaremos sendo perfeitos como é perfeito nosso Pai, que está nos céus.



Amélia Rodrigues

mt 5:2
Primícias do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues
Aquele junho estava ardente, mais do que nos anos anteriores. [11]

O dia longo murchava lentamente, abafado, enquanto o Sol, semiescondido além dos picos altaneiros, incandescia as nuvens vaporosas, que o vento arrastava no seu carro pulverizado de púrpura e ouro.


A montanha, de suave aclive, terminava em largo platô salpicado de árvores de pequeno porte, que ofereciam, no entanto, abrigo e agasalho.


Desde cedo a multidão afluíra para ali, como atraída por fascinante expectativa. Eram galileus da região em redor: pescadores, agricultores, gente simples e sofredora, sobrecarregada e aflita. Eram judeus chegados d’além Jordão, de Jerusalém, estrangeiros da Decápole. Misturavam-se as vozes nos dialetos regionais e uniam-se todos na mesma imensa curiosidade feita de expectação e desejo.


Esmagada pelos poderosos, experimentava invariavelmente o desprezo da jactância e da presunção.


Amavam-se aquelas criaturas na sua dor e necessidade, interdependiam-se.


Aquele Rabi, que os alentava, era o Rei aguardado há séculos, carinhosamente esperado, que os libertaria do opróbrio e da servidão. . .


Ouviram-No e O viram mais de uma vez, e constataram que jamais alguém fizera o que Ele fazia ou falara como Ele falava.


Acorreram de toda parte: das redondezas do lago e dos campos, das cidades distantes e das aldeias para ouvi-Lo.


No ar pairava algo especial.


O azul doirado dos céus confraternizava com o verde queimado da terra, e a brisa cariciosa chegava do mar, das bandas e contrafortes do Hermon, que se alternavam, para espraiar-se pela imensa planície do Esdrelon, trazendo o acre-doce odor do solo crestado.


A montanha, em sua grandeza especial, é também um símbolo: o Filho do Homem que desce aos homens vencendo as dificuldades do mergulho no abismo, e do Homem que sobe e conduz os homens por sobre escarpas lacerantes até o seio de Deus.


A montanha também é destaque maravilhoso na paisagem.


Galgar, subir a montanha pode significar vencer os óbices que perturbam o avanço na jornada evolutiva. Descer, deixar o monte, é não considerar o empecilho e refazer o caminho, alongar as mãos em direção dos que ficaram tolhidos na retaguarda. . .


É muito áspera a descida aos homens para erguê-los a Deus.


Perder-se entre as querelas humanas para encontrar os Espíritos em perturbação na noite das necessidades aparentes e resplandecer em madrugada sublime, guiando-os por sobre os escombros da véspera, a fim de subirem até o planalto onde brilha, permanentemente, o Sol do claro e demorado Dia. . . .


Descer sem decair.


Os homens suscitam obstáculos onde existem opiniões e levantam cerros onde estão convenções.


Esquecer-se e vir até os que se debatem nas questiúnculas, que vitalizam com desconcerto emocional e sofreguidão.


Dar-se, integrar-se de tal modo que seja comum a todos, mas a nenhum igual.


Este o díptico: subir, descer.


Subir sem abandonar a baixada e descer sem esquecer os Cimos.


A montanha, era uma montanha qualquer.


E o poema que ali seria apresentado jamais foi ouvido, nunca mais será ouvido em qualquer época, equivalente. . .


O Evangelista Mateus assevera: "E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte. . . ", enquanto Lucas informa: "E descendo com eles, parou num lugar plano. . . " Subir ou descer! Não importa.


A verdade, porém, é que no plano do aclive Ele se deteve e, de pé. . .


(. . .) Vestiu-se de poente.


Auréola refulgente incendiou-lhe os cabelos que a leve brisa desnastrava, esfogueados.


As vestes abrasadas e a ansiedade do mundo em volta. No magote, homens, mulheres e crianças que levariam no cérebro e no coração a Mensagem, o Poema divisor das realidades diferentes.


A multidão era a sua paixão, a sua vida. Amá-la e atendê-la, o seu fanal.


Sentindo a multidão submissa, magnetizada, esquecida de si mesma, numa sublime comunhão em que extravasava toda a vida, Ele, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

— Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!


Os pobres, todos os conheciam. Eram maltrapilhos, malcheirosos, doentes. Distendiam a mão que a miséria estiola.


Eram pobres; no entanto, quantos deles portavam os tesouros da riqueza do espírito! Espírito rico de revolta, possuidor de paixões, dono de vasto cabedal de angústia e mágoa. . .


Quais seriam os "pobres de espírito"?


O vento perpassa em leve cantilena pela multidão pensante, a raciocinar, no silêncio que se fez espontâneo, na pausa que, natural, se alonga. . .


Os ricos possuem moedas e títulos, propriedades e espíritos ricos de ambições, de orgulho, de misoneísmo.


Os "pobres de espírito" são os livres de posses e ambições, amantes da liberdade, pugnadores dos direitos alheios, idealistas, cultores da verdade, preparados para a verdade.


Sem peias atadas à retaguarda, sem ímãs atraentes à frente.


Semelhantes aos simples, desataviados, e às crianças.


Inteiramente livres.


Candidatos ao Reino dos Céus e súditos dele, desde já.


Inocentes porque venceram com o tributo das lágrimas e o patrimônio dos suores. Ressarcido o débito, lavadas as mazelas, puros, portanto, sem a vacuidade do "eu", predispostos à autodeliberação, à autossublimação.


Livres dos resíduos do mundo, não consumidos, não afligentes.


Com todos, ao lado de todos, sem ninguém, não amarrados aos outros, às convenções dos outros. "Pobres de espírito!"


* * *

A multidão aguarda; pulsam os corações; os olhos de todos brilham com lampejos diferentes.


A voz do Rabi espraia o canto:

— Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados! "O olho é a candeia do corpo", e todos os olhos cindiam; lágrimas coroam-nos.


A figura do Rabi é ouro refletido contra o céu longínquo, muito claro.


Todos ali têm lágrimas acumuladas e muitos as vertem sem cessar, nas rudes provações, oculta ou publicamente.


Longa é a estrada do sofrimento; rudes e cruéis os dias em que se vive.


Espíritos ferreteados pelo desconforto e desassossego, corações despedaçados, enfermidades e expiações. . .


Todos choram e experimentam a paz refazente, que advém do pranto.


Creem muitos que o pranto é vergonha, esquecidos do pranto da vergonha.


Dizem outros que a lágrima é pequenez que retrata fraqueza e indignidade.


A chuva descarrega as nuvens e enriquece a terra; lava o lodo e vitaliza o pomar.


A lágrima é presença divina.


Quando alguém chora, a Lei está justiçando, abrindo rotas de paz nas províncias do espírito para o futuro.


O pranto, porém, não pode desatrelar os corcéis da rebeldia para as arrancadas da loucura, nem conduzir, em caudal, as ribanceiras do equilíbrio, qual riacho em tumulto semeando a destruição, esgalvando as searas.


Chorar é buscar Deus nas adustas regiões da soledade.


A sós e junto a Ele.


Ignorado por todos e por Ele lembrado.


Sofrido em toda parte, escutado pelos Seus ouvidos.


O pranto fala o que a boca não se atreve a sussurrar.


Alguém chorando está solicitando, aguardando.


Na impossibilidade de expressar por palavras, desnudar a alma, esvaziar-se de toda inquietação.


(. . .) "Serão consolados!"


* * *

Favônios espalham o pólen de miúdas flores no vale embaixo e os flancos da rocha canalizam o ar cantante.


A multidão estua de esperança.


O Mestre, como se se alongasse, penetrando em todas as mentes, exclama, vigoroso:

— Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra!


* * *

A terra sempre pertenceu aos poderosos que aliciam a impiedade à astúcia, e podem esmagar, tripudiando sobre os tímidos e brandos.


Os discípulos se entreolham. . .


Mas a brandura é a auréola da paz, a irmã do equilíbrio.


Os herdeiros da terra recebem-na ensanguentada, um oceano juncado de cadáveres; legatários também, todos eles, do ódio e da repulsa dos dominados.


Os brandos são os possuidores da terra que ninguém arrebata, do lar que ninguém corrompe, do país onde abundam bens e as messes são fecundas. "Herdarão a terra!"


* * *

A tarde serena e calma apresenta-se transparente.


Ignotas vibrações produzem musicalidade na tela imensa da paisagem colorida e ondulada.


A palavra do Mestre, expressiva, entoa mais um tema da Sinfonia Incomparável:

— Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos!


Fome e sede de justiça!


A caravana dos criminosos não julgados é infinita e inacabada.


Os carros dos guerreiros e vândalos passam velozes sobre cidades vencidas, órfãos e viúvas ao abandono.


A injustiça veste os corações, e a indiferença dos legisladores como dos governantes é quase conivência.


O mundo arde em sede de justiça.


O homem tomba esfaimado às portas da Justiça.


Todavia, os desvairados retornam aos antigos passos e reencarnam imolados à loucura e estigmatizados pela crueldade.


Felizes os que experimentaram suas atrocidades.


Há uma esperança que é vida, para sedentos e esfaimados.


Feridas à vista, feridas do coração, feridas ignoradas que clamam lenitivo à justiça do amor.


O homem amargurado às portas da Verdade.


A Verdade descendo ao homem, esclarecendo-o e pacificando-o.


Renascendo para resgatar, recomeçando para acertar, repetindo as experiências para aprender.


Justiçado pela consciência, corrigido pelo amor, preparado para a libertação. "Serão saciados!" Seguro equilíbrio asserena a multidão.


Jesus é o hífen de luz entre os mundos em litígio: o espiritual e o material - o lugar-comum.


As criaturas na montanha acercam-se umas das outras, entreolham-se, identificam-se.


Envolvendo todos num expressivo olhar de compaixão e entendimento, Jesus elucida:

— Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia!


A misericórdia que se doa é luz que se atira no próprio caminho;


amor que se dilata pela trilha onde todos seguem.


A Terra é um vulcão de ódios, e o crime parece um gás letal que envenena ou enlouquece.


A guerra é hidra cruenta sempre presente. "Viver cada um para si" é filosofia chã de expansão fácil.


No entanto, só a piedade redime o criminoso, assim como a reeducação o capacita para a vida.


A misericórdia é o antídoto do ódio, voz da inteligência que dialoga e vence o instinto.


A misericórdia do Pai concede a oportunidade do renascimento no reduto do crime para reabilitação do précito.


Perdão, que é ato de nobilitação, moeda de engrandecimento intransferível.


Misericórdia, que é amor, socorre e ajuda sem fastio. "Alcançarão misericórdia!" Alteram-se as expressões da Verdade.


Não se trata de uma litania.


A onda atinge o clímax.


Jesus exclama, com eloquente alegria:

— Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus!


Há um estado de quase êxtase.


Um delírio percorre a massa antes amorfa e desconexa.


Já não se podem reter as lágrimas.


Limpar o coração, nascente dos sentimentos, para ver a Deus.


Sob o fardo das iniquidades, despedaça-se a esperança.


Chafurdadas por imundícies, as origens lustrais do amor convertem-se em sorvedouro pestilencial.


Abrir os olhos do sentimento para ver o que a inteligência sonha e não alcança.


Alçar voo à inocência e sintonizar com a Verdade sem retórica, em harmonia, sem interrupção para haurir vida, fruir a visão de Deus.


Transcendência Inatingível, humanizá-lO para o órgão da vista registar, seria espezinhar a aspiração de perfeita identidade com Ele, quando, Imanente em todo lugar, é invisível em toda parte. . .


Causa Incausada não se pode condensar no raio luminoso que produz a imagem ilusória que os átomos apresentam.


Desejando o finito reter o Infinito, tem este finito pervertido e maculado o coração. . .


Mas amar a relva, o homem, o céu, o animal, o inseto, a vida em todas as manifestações, integrar-se na essência da substância divina, coração aberto ao amor, com pureza em tudo. "Verão a Deus!"


* * *

Logo prossegue o Mestre, como a completar o augusto ensino, antes que a incompreensão assole:

— Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus!


Esparzir a paz, enquanto o pensamento geral é tumultuar a tranquilidade.


Herdarão a Terra os filhos de Deus, porque estes, mansos e cordatos, serão brandos de coração.


Brandura, que é coragem de enfrentar o forte, sem o temer, submeter-se sem ceder ao império da força, dominar a ira e vencer-se para pacificar.


Quantas vezes o Mestre empregara energia sem limite ante a hipocrisia e a maldade, conservando austeridade sem violência, e firmeza de ação sem mesclas de ódio, vigor, não dureza, força moral, não desequilíbrio emocional!


Expor sem impor.


Clarear as mentes sem as subornar ou submeter, conduzir sem escravizar.


Todos os homens têm necessidade da brandura, amam e precisam de amor, identificam e não dispensam a bondade, conhecem e são ávidos de pacificação.


Os poderosos passam, e as sombras dos tempos envolvem-nos.


Ficarão com eles e conosco a paz que lhes outorgarmos, a cordura com que os recebermos, a benevolência com que os tratarmos, embora nos espezinhem e firam. . . "Herdarão a Terra", "filhos de Deus!. . . " E num átimo de minuto, eternidade além do tempo, infinito além do espaço, conclui, afetuoso, Jesus:

— Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da Justiça, porque deles é o Reino dos Céus!


A ventura não é doação gratuita, assim como a paz não se revela adorno vão.


O sofrimento consequente à perseguição é dádiva que recama o Espírito de paz e prodigaliza a ventura.


O perseguidor é infeliz infelicitador.


Enfermo, faz-se calceta.


Desvairado, alicia os sequazes do próprio primitivismo em que se enfurna e com que investe.


Em todas as épocas a honra sofre labéus e experimenta vitupérios.


Os heróis da verdade silenciam no potro a vibração do corpo que padece, enquanto o apupo ruge em ensurdecedora zombaria.


A Justiça tem seus mártires que fecundam a terra sáfara para a primícia da verdade. "Deles é o Reino dos Céus", que inocentes sofreram por fidelidade à Justiça Divina.


* * *

A túnica de luz solar é uma coroa nos cabeços elevados dos montes além, exuberantes no entardecer.


Lá embaixo, na campina ampla, a claridade baila nas sombras do arvoredo, e no Ocaso resplende o festival glorioso do crepúsculo em delineamento.


A respiração entrecortada em todos os peitos por surdas exclamações, e a pulsação arrítmica enregela os corpos em tensão.


Ele parece afagar a multidão e no gesto que imprime com os braços abertos e as mãos como asas de luz prestes a desferirem voo, clama:

— Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande é o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós!


O sacrifício como coroamento da fé, em testemunho à convicção.


Dar direito aos outros de errarem, não se permitir, porém, errar.


Ser puro, sem aparatos de externa pureza.


Mentindo, os agressores perseguem; tranquilo, o agredido permanece inatingível.


A lama da mentira não enodoa o alvinitente da pureza.


Mãos limpas de crimes; coração puro; Espírito reto.


Os vanguardeiros da verdade encontram-se tão empenhados na extensão do lídimo ideal, que não têm tempo para a desídia, nem a chicana. Não se lembram de defender a honra.


Não recordam de justificar os atos que as conveniências humanas, mordazes, apupam.


Estão a serviço da Causa do Cristo, estendendo as dimensões imensuráveis do amor. Sua abnegação e conduta falam mais expressivamente do que suas palavras.


Sua honra é o vero labor; sua defesa e argumentos, o silêncio, — resposta dos "perseguidos que foram antes". . .


Exultam na gleba da retidão, fazendo o que devem, e não o que lhes convém fazer.


A glória dos lutadores é a honra do serviço e sua auréola, o suor do dever.


— "Exultai! Alegria!" Já não há dúvidas, àquela hora.


Toda a epopeia da Humanidade canta no sermão do monte.


O amor em sua mais alta expressão aí tem sua fonte inexaurível e eterna.


* * *

Perpassam no ar os aromas da Natureza e o vento da tarde entoa solaus onomatopaicos.


A pausa se alonga.


As emoções explodem em festa de paz e esperança.


E Ele prossegue. . .


Novas hipérboles e hipálages expressam os exórdios candentes da Verdade como mil vozes em harmonia numa só voz nunca ouvida. ". . . Sois o sal da Terra. . . "Sois a luz do mundo. . . "Não cuideis que vim destruir a lei. . . "Ide reconciliar-vos com o vosso irmão. . . "Não cometais adultério, nem escandalizeis. . . "Não jureis. . . "Não resistais ao mal. . . "Amai ao vosso próximo, aos vossos inimigos. . . "Sede perfeitos. . . "Orai assim: Pai nosso, que estais nos Céus. . .


"Não ajunteis tesouros na Terra. . .


O céu resplandece no ouro do poente.


Miríades de sons se elevam na sinfonia do entardecer.


Aconchegados, tocam-se alguns da multidão como a se ampararem uns nas fraquezas dos outros, em união e identidade.


O poema prossegue vibrante.


Não há tempo a perder.


(. . .) "Ninguém pode servir a dois senhores. . . "Olhai os lírios dos campos e as aves do céu. . . "Buscai primeiro o Reino de Deus e sua Justiça. . . "Não julgueis. . . "Pedi, e dar-se-vos-á. . . "Buscai e encontrareis. . . "Batei, e abrir-se-vos-á. . . "Entrai pela porta estreita. . . "Acautelai-vos contra os falsos profetas. . . " Recama-se o infinito de astros.


Tremeluz o poente.


Um grande silêncio se abate sobre a montanha.


A multidão, abalada, se movimenta em dispersão.


Os corações estão em festa e em dor. . . . As mentes ardem em febre estranha.


O futuro os aguarda.


Não muito longe, o amanhã convidará todos aqueles ouvintes ao testemunho em postes e presídios, entre feras, nos campos de batalha do mundo, nos sórdidos pavimentos da aflição, como herdeiros legítimos do Reino de Deus.


Diante dos olhos do Rabi se desenham as cenas das lutas sangrentas pelos séculos afora, para a implantação daqueles ensinos no mundo.


Jesus desceu o monte, seguiu adiante, enquanto alguns murmuravam sobre a Sua autoridade.


E quase noite.


Os astros cintilam expressivamente, como testemunhas silenciosas sempre presentes.


* * *

A Carta Magna foi apresentada. As Boas-novas foram cantadas aos ouvidos dos séculos.


O sermão da montanha são o alfa e o ômega da Doutrina de Jesus.


Nenhum cristão poderá, por ignorância, cultivar o mal.


Jamais se repetirá.


O fasto ficará assinalado para todo o sempre.


A História concluirá o canto nos confins da eternidade, no reencontro futuro do homem redimido com o Filho do Homem, redentor.






mt 5:3
Mensagem do Amor Imortal (A)

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

A sinfonia de bênçãos pairava no ar, mesmo após encerrada a sua execução.


O Sermão da Montanha jamais silenciaria a sublime voz do Cantor Celeste, musicando a Humanidade e direcionando-lhe os passos no rumo da perfeição.


Jamais alguém dissera ditos indizíveis como aqueles. A ostentação e o vício sempre haviam elegido o poder e a dominação, a fim de permanecerem em triunfo, o que era comum e repetitivo.


A ilusão dourada, em todos os tempos, havia entorpecido o entendimento das pessoas de tal forma, que felicidade e ambição arrimavam-se uma à outra na façanha de conquistar o maior número de aficionados.


A inferioridade latente no ser humano permanecia em franco desenvolvimento, impedindo o surgimento das faculdades nobres, em face das concepções equivocadas em torno da existência terrestre.


As diretrizes religiosas que deveriam libertar as mentes e os sentimentos jaziam asfixiadas nas fórmulas e extravagâncias dos cultos externos que a hipocrisia dos sacerdotes sabia preservar.


As massas volumosas e sofredoras jornadeavam a esmo, sem roteiro nem conhecimento do próprio destino.


Submetiam-se, inermes, aos poderosos, assimilando-lhes as torpezas e mesquinharias, imitando-lhes as condutas reprocháveis.


O predomínio do instinto criara a ética do vitorioso sobre o vencido, do senhor sobre o escravo, mais confundindo a conduta moral subserviente e interesseira a serviço do dominador.


Jesus, porém, veio, e fez-se o Libertador.


Entoou o hino da fraternidade, unindo todos os seres humanos, enquanto abraçava o sofrimento em rudes triunfos em toda parte, esmagando uns, submetendo outros, vítimando a sociedade. . .


Arrebentou os grilhões da hipocrisia e desnudou a crueldade disfarçada como justiça infeliz, estabelecida pela cegueira da força.


Inspirou ternura e inaugurou o período desconhecido do amor.


Acostumadas à dureza da Lei antiga e do Decálogo, as pessoas estorcegavam sob as chibatadas da impiedade severa para os pobres e os fracos, benigna para os que se refestelavam na abundância e no poder de mentira.


Enquanto Ele, porém, sofria a suspeita dos maus e a desconfiança dos hipócritas, as Suas ações confirmavam-Lhe a ascendência moral e a procedência espiritual.


Esmagados pela miséria de toda sorte - moral, econômica, social, orgânica, espiritual — experimentaram a grandeza dos Seus recursos ante as enfermidades, as provações e expiações mais rudes que se Lhe submetiam ao comando, modificando-se totalmente.


Mesmo os Espíritos desditosos e perversos, ignorantes e déspotas, despertavam ante o Seu verbo sublime, obedecendo-Lhe as determinações libertadoras e felizes.


Apesar de todos esses valores, foi, porém, naquele inolvidável sermão que Ele reverteu a ordem vigente, quando estabeleceu o esquema dos reais significados que transcenderam ao estabelecido.


Propôs, então, a mudança das hierarquias poderosas e vigentes, qualificando os indivíduos pelo seu despojamento e não pelas cargas de coisas nenhumas, pela sua realidade moral e não em razão da posição social temporária, tendo em vista o interior desconhecido em detrimento do exterior tumultuado. . .


Naquele momento, que nunca mais voltaria a acontecer, no pentagrama que se fez sinfonia, as notas musicais foram diferentes: os pobres em espírito, os puros e simples de coração, os misericordiosos, os humildes e humilhados, os perseguidos por amor da Justiça, os esquecidos do mundo. . .


Foi uma explosão de bênçãos que aturdiu, logo cedendo lugar aos júbilos inefáveis do coração, que jamais haviam experimentado anteriormente.


Foi-se a nuvem pressaga de desgraças, surgindo a claridade da esperança em forma de incomparável alegria.


Jamais será esquecido aquele dia, nunca mais se repetirá o que aconteceu naquelas horas, fazendo que o mundo e as criaturas se tornassem diferentes, direcionando os destinos em outro rumo, modificando as expectativas em face das promessas dantes nunca apresentadas.


A multidão que a recebeu - a música penetrante que a invadiu -

saiu inebriada e somente no futuro, num futuro mais distante repetiria as estrofes, os cânticos imortais.


Reencarnar-se-iam muitas vezes, aquelas testemunhas, até que o alimento absorvido, nutriente, se exteriorizasse, ressurgindo nas eras sucessivas, felicitando os demais indivíduos que ali não estiveram presentes.


(. . .) E até hoje, aquela melodia balsâmica e reconfortante, vem alcançando os ouvidos cerrados dos homens e das mulheres fascinados pela mentira e pela ilusão, tentando despertá-los.


* * *

Em a noite, porém, daquele dia incomum, quando o zimbório celeste luzia de astros diamantinos e a brisa carreava os perfumes da Natureza em festa, fixando os ditos nos arcanos do tempo, num momento em que o Mestre apresentava-se aureolado pela incomum ternura e compaixão pelas criaturas, Simão Pedro, emocionado e hesitante, acercou-se-Lhe, e interrogou-O:
— Amigo, na minha modesta existência e pobreza moral de homem do mar, jamais imaginei quanto grandioso é o amor. "As necessidades do imediato e constante ganha-pão, a falta de conhecimento e de tempo para reflexões, faziam que me bastassem os usos legais e as ações sem vida pertencentes às recomendações da sinagoga, que raramente visito. . . "A criatura humana sempre significou para mim o seu próprio destino de poderosa ou desgraçada, conforme determinada pelo Pai Criador. "Avesso às tricas e às disputas, somente considerei importante o cumprimento dos deveres estabelecidos. . . No entanto, diante das lamentáveis maldades e traições, enfrentando competições perversas de outros companheiros ingratos e as calúnias de inimigos gratuitos, sou dominado pela inveja dos ricos e felizes enquanto a mágoa decorrente das perseguições sofridas me leva à animosidade e ao desejo de desforço. . . " Silenciou, por um pouco, como que envergonhado da própria confissão, da constatação da pequenez moral, logo prosseguindo:

-Desde quando surgiste na minha e na vida dos amigos — Sol em noite escura e tormentosa! — Alteraram-se-me os sentimentos, e hoje, ante a magnitude das Tuas lições, acontece-me uma revolução interior musicada pela felicidade que desconhecia, enquanto uma dor pungente também me invade, por não saber o que ou como fazer a partir de agora. "Ajuda-me, dizendo-me qual o primeiro passo que deverei dar na conquista do novo caminho";


O Amigo incomparável relanceou o dúlcido olhar pelo arquipelago de estrelas e deteve-o na face do pescador orvalhada por lágrimas e suores de emoção, logo lhe respondendo:
-Ama, Simão, em qualquer circunstância e situação, por mais adversas se te apresentem. O amor é o primeiro e o último passo de quem busca a perfeição e ruma na direção do Excelso Pai. "Nunca te detenhas no exame do mal de qualquer procedência que gera sombras, perturbando-te. Nem acuses a sombra, que é portadora de peculiar magia, porque a sombra é a luz oculta. Isto é: somente quando ela triunfa é que surge a claridade que estava escondida noutra claridade maior. . . . Observa as constelações cintilantes e constatarás que somente as vês por causa da sombra dominante, embora lá sempre estivessem mesmo durante o dia. "De forma equivalente, o mal é a ausência do bem, e a sua sombra é o próprio bem. Os maus, todos aqueles que aos outros crucificam, que aos demais caluniam e perseguem, estão enfermos e, em vez do ressentimento ou do ódio que inspiram, necessitam do remédio da compaixão, essa formosa filha do amor. "Ademais, guarda na mente e no coração que tudo quanto te acontecer tem uma razão de ser, embora não o saibas, não te exaltando no triunfo nem te desesperando na dor. . . "Preserva a tua paz no vasilhame da consciência honrada, mesmo quando erres e te excrucies, porque ela é a base para a tua felicidade futura, mediante a tranquilidade dos teus sentimentos nobres. "Nunca revides mal por mal, confiando em nosso Pai e entregando-te a Ele sem reservas nem receios, porque Ele cuidará de ti, investindo os mais preciosos recursos da inspiração e dando-te resistência para os enfrentamentos necessários ao teu processo de evolução. " No silêncio musicado pelas onomatopeias da noite festiva, que se fez natural, o discípulo, visivelmente emocionado e com a voz embargada, explicitou:

-Ensina-nos a amar, a mim e a todos aqueles que Te seguimos.


Com inefável ternura, Ele expôs:

-Perdoa sempre e sempre a tudo e a todos, até mesmo àquilo e àquele que aparentemente não mereçam perdão. O braço da Divina Justiça utiliza-se, às vezes, da aparente injustiça para corrigir e educar os infratores das Soberanas Leis. Ninguém vive no corpo apenas uma vez.


E os delitos que foram na carne praticados, hoje ou mais tarde nela serão resgatados. "Nunca te permitas dúvidas a respeito da Lei de Causa e Efeito.


Conforme a tua semeadura, assim se te apresentará a colheita.


Ninguém passa no mundo indene ao sofrimento no seu processo de depuração das tendências inferiores, lapidando as arestas morais e espirituais do ser humano. "Desse modo, tudo possui uma razão própria de ser. Quanto a ti, porém, faze sempre o bem, o melhor que estiver ao teu alcance, não esperando aplauso, nem temendo reproche. "(. . .) E já estarás amando. . . " O luar espraiava sobre os montes e toda a paisagem o seu delicado véu, realçando o brilho dos demais astros.


Rompendo o silêncio quase mágico do instante inolvidável, Jesus concluiu:

—Bem-aventurado sejas, Simão, filho de Jonas, quando passares a amar!


* * *

A excelsa orquestração daquele dia alcança estes dias, repetindo a eloquência do amor, ao convidar: Bem-aventurados, pois, sejam todos aqueles que se apequenam, que se humilham, que preservam puro o coração, que se tornam misericordiosos, para que Jesus ressurja e os tome nos braços conduzindo-os a Deus.


Paramirim-BA, em 23. 07. 2005.


AMÉLIA RODRIGUES


mt 5:9
Quando Voltar a Primavera

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

A azáfama do dia cedera lugar à terna e suave tranquilidade. As atividades fatigantes alongaram-se até as primeiras horas da noite, que se recamara de astros alvinitentes. Os últimos corações atendidos, à margem do lago, após a formosa pregação do entardecer, demandaram os seus sítios, facultando que eles, a seu turno, volvessem à casa de Simão.


Depois do repasto simples, o Mestre acercou-se da praia em companhia do apóstolo afeiçoado e, porque o percebesse tristonho, interrogou com amabilidade:

— Que aflição tisna a serenidade da tua face, Simão, encobrindo-a com o véu de singular tristeza?


Havia, na indagação, carinhoso interesse e bondade indisfarçável.


Convidado diretamente à conversação renovadora, o velho pescador contestou com expressiva entonação de voz, na qual se destacava a modulação da amargura:

— Cansaço, Senhor. Sinto-me muitas vezes descoroçoado, no ministério abraçado... Não fosse por Ti...


Não conseguiu concluir a frase. As lágrimas represadas irromperam, afogando o trabalhador devotado em penosa agonia.


E como o silêncio se fizesse espontâneo, ante o oscular da noite que os acalentava em festival de esperança, o companheiro, sentindo-se compreendido, e logo passado o volume inicial da emotividade descontrolada, prosseguiu:

— Não ignoro a própria inferioridade e sei que o Teu amor me convocou à Boa-nova a fim de que me renovasse para a luz e pudesse crescer na direção do amor de Nosso Pai. Todavia, deparo-me a cada instante com dificuldades que me dilaceram os sentimentos, inquietando-me a alma.


Ante o olhar dúlcido e interrogativo do Amigo discreto, adiu:

— É verdade que devemos perdoar todas as ofensas, no entanto, como suportar a agressividade que nos fere, quando pretende admoestar e humilhar, quando se promete ajudar?


— Guardando a paz no coração — redarguiu o Divino Benfeitor.


—Todavia — revidou o discípulo sensibilizado — como conservar a paz, estando sitiado pela hipocrisia de uns, pela suspeita pertinaz de outros, sob o olhar severo das pessoas que sabemos em pior situação do que a nossa?


— Mantendo a brandura no julgamento - respondeu o Senhor.


— Concordo que a mansuetude é medicamento eficaz — retrucou Pedro —, não obstante, não seria de esperarmos que os companheiros, afeiçoados à luz nova, também a exercitassem por sua vez? Quando a dúvida sobre nossas atitudes parte de estranhos, quando a suspeição vem de fora da grei, quando a agressividade nos chega dos inimigos da fé, podemos manter a brandura e a paz íntimas. Entretanto, sofrer as dificuldades apresentadas por aqueles que nos dizem amar, tomando parte no banquete do Evangelho, convém considerarmos ser muito mais difícil e grave cometimento...


Percebendo a angústia que se apossara do servo querido, o Mestre, paciente e judicioso, explicou:

— Antes de esperarmos atitudes salutares do próximo, cabe-nos o dever de oferecê-las. Porque alguém seja enfermo pertinaz e recalcitrante no erro, impedindo que a luz renovadora do bem o penetre e sare, não nos podemos permitir o seu contágio danoso, nem nos é lícito cercear-lhe a oportunidade de buscar a saúde.


Certamente, dói-nos mais a impiedade de julgamento que parte do amigo e fere mais a descortesia de quem nos é conhecido. Ignoramos, porém, o seu grau de padecimento interior e a sua situação tormentosa. Nem todos os que nos abraçam fazem-no por amor, bem o sabemos... Há os que, incapazes de amar, duvidam do amor do próximo; os que, mantendo vida e atitudes dúbias, descreem da retidão alheia; os que, tropeçando e tombando, descuram de melhorar a estrada para os que vêm atrás... Necessário compreendê-los todos e amá-los, sem exigir que sejam melhores ou piores, convivendo sob o bombardeio do azedume deles sem nos tornarmos displicentes para com os nossos deveres ou amargos em relação aos outros...


— Ante a impossibilidade de suportá-los - sindicou o pescador, com sinceridade —, sem correr o perigo de os detestar, não seria melhor que os evitássemos, distanciando-nos deles?


— Não, Simão — esclareceu Jesus. — Deixar o enfermo entregue a si mesmo, será condená-lo à morte; abandonar o revel, significa torná-lo pior... Antes de outra atitude é necessário que nos pacifiquemos intimamente, a fim de que a brandura se exteriorize do nosso coração em forma de bênção. "Na legislação da montanha foi estabelecido que são bem-aventurados os brandos e pacíficos... A bem-aventurança é o galardão maior. Para consegui-lo são indispensáveis o sacrifício, a renúncia, a vitória sobre o amor-próprio, o triunfo sobre as paixões.


"Amar os bons é dever de retribuição, mas servir e amar os que nos menosprezam e de nós duvidam é caridade para eles e felicidade para nós próprios. " Como o céu continuasse em cintilações incomparáveis e o canto do mar embalasse a noite em triunfo, o Mestre silenciou como a aspirar as blandícias da Natureza.


O discípulo, desanuviado e confiante, com os olhos em fulgurações, pensando nos júbilos futuros do Evangelho, repetiu quase num monólogo, recordando o Sermão da Montanha: "Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. " "Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. " E deixou-se penetrar pela tranquilidade, em clima de elevadas reflexões.


mt 5:43
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Durante alguns meses haviam estado ao Seu lado, participando das preleções na Galileia, pela Decápole, Jerusalém e além Jordão... Viram-No atender enfermos de variada espécie, demonstrando invulgar poder sobre os "espíritos imundos", que O obedeciam prontamente. Observaram-No em múltiplas situações e sentiam-se maravilhados com Ele. Embora alguns houvessem abandonado seus quefazeres para O seguirem, sentiam-se invadidos por dúvidas e suspeitas infundadas, é certo, porém acautelatórias.


Aquele Visionário falava de um Reino Novo que não conseguiam alcançar nem compreender.


"Por que não Israel?! — se perguntavam. — Longos foram os dias do cativeiro sob o impiedoso jugo de estrangeiros desalmados; terrível o ódio das raças vizinhas; e cruentas as batalhas que aquele povo travara para sobreviver. Novamente o grilhão da escravatura disfarçava as dilacerações nos seus corpos e nas suas almas... Por que não conferir a supremacia a Israel, no concerto das Nações?... "

Sem dúvida, o Seu poder era exercido sobre eles que estavam resolvidos, se necessário, a imolar-se até sob o Seu comando. Quando, porém, se ausentavam e a Sua presença diminuía o fascínio neles, sentiam-se fracos, saudosos da vida que levavam antes, receosos da empresa. Conquanto a Sua palavra rutilante e vigorosa lhes caísse como chuva contínua sobre terra sedenta, Ele não dizia tudo.


Ensimesmava-se longas horas, quando não desaparecia inúmeras vezes, a sós, retornando com a face pálida e os olhos que sempre brilhavam como duas gotas de luz, sombreados de dorida tristeza.


Relutavam interiormente.


João, por ser mais jovem, febricitado depois de cada discurso, sonhava com as estrelas e cantava entusiasmado a melodia da mocidade nas cordas da harpa do vento. Tiago, no entanto, seu irmão, amadurecido pelos anos de luta e experimentado em longos exercícios da vida, reflexionava, comparando Seus ditos aos escritos do Tora.


Simão e André deixaram as redes e seguiram-No ; Levi, que estava sentado na coletoria, convidado, levantou-se e O acompanhou. Depois, da multidão escolheu os demais, separando-os para a Sua seara: Felipe, Bartolomeu, Tomé, Tadeu, Simão, o Zelotes, Tiago, filho de Alfeu e Judas Iscariotes...


Escutaram-No há pouco, e a mensagem das bem-aventuranças ecoava docemente nas suas almas. Jamais alguém dissera o que Ele disse e como o disse.


Flutuavam no leve ar as nobres expressões e nos rostos aflitos dos ouvintes o contágio sublime da Sua voz realizara inesperadas transformações.


Todas aquelas gentes vieram ao monte para receberem o largo quinhão das Suas dádivas e estavam fartas: sorriam, e a esperança salmodiava hinos de paz nos seus corações sofridos. Retornavam, agora, aos lares, invadidos pela magia incomum do Seu verbo. Jamais deixariam de ecoar aquelas promessas de vida nas quebradas dos tempos e de repercutirem na acústica das almas.


Ali estavam eles, agora, a sós com Ele.


Chamara-os à parte e com o acento tocante da Sua poesia, reunira-os em torno da Sua pessoa.


As estrelas espiam do engaste sombreado em que tremeluzem no alto e vertem pranto argênteo.


O buliçoso sacudir das ramagens na aragem que perpassa mistura a Sua às vozes do anoitecer.


Flutuando sobre o lago, nele se refletindo, o disco solar no poente de fogo e ouro incendeia a Natureza.


O calor esmaece e um magnetismo envolvente domina, superando as manifestações exteriores.


O Estatuto da felicidade foi apresentado e novos artigos como corolários dos primeiros são aditados.


Por fim, embargado pela emoção, o Rabi, com as vestes claras bordadas pelo ouro da refulgência crepuscular, esclarece:

"Tendes ouvido que foi dito: "Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo".


Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos de vosso Pai que está nos céus, porque Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos. " (Mateus 5:43-48)


"Que ensinamento é este?!, — interrogam-se no âmago da alma surpresa. — E reflexionam: "A Lei é severa: "olho por olho, dente por dente". A alguém que prejudicou, tem o direito a eu a vítima de cobrar a sevícia com a mesma intensidade. Como se poderá unir o amigo e o inimigo no mesmo abraço? Ajudar o adversário qual se ele fosse companheiro? — eis algo impossivel... "

O Mestre os fita enternecido e os embriaga de docilidade.


O homem mau, parece dizer, está enfermo e o adversário infeliz caminha para a loucura. Será crível atirá-los no fosso de misérias maiores?


Descerrando os lábios, indiferente ao surdo clamor deles, prossegue:

"Pois se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? não fazem os publicanos também o mesmo? se saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis de especial? não fazem os Gentios também o mesmo? sede vós, pois, perfeitos, como vosso Pai Celestial é perfeito. " (Mateus 5:43-48)


É um desafio ousado aquele programa.


Esse Estatuto certamente regerá o Reino a que Ele se refere.


As lágrimas rebentam nos seus olhos e correm silenciosas pelas faces. As emoções mais sutis os dominam.


Amar para adquirir a perfeição.


Construir a diferença no íntimo para não serem iguais aos maus. Essa diferença é quase um nada e é tudo: o amor aos inimigos!


A "regra de ouro" para a Humanidade se impõe como o fundamento essencial do novo Reino que Ele vem instalar na Terra.


Já não há equívocos. Os outros eram reinos levantados sobre os despojos dos vencidos, que se transformavam em adubo fecundante, quando não se faziam veículos de pestes dizimadoras. O forte esmagava o fraco e se apresentava como se fora mais forte. A usura se armava de ambição e marchava sob o comando da impiedade para dominar.


Amar! Amar mesmo os inimigos para instaurar a Era da Misericórdia que precederia a do amor real.


Os primeiros artigos do Estatuto apresentado eram preceitos simples, temas de conversas das margens dos lagos e da boca das lavadeiras nos ribeirinhos cantantes.


Conviver e amar os adversários e não lhes resistir por meio da violência...


Ele viveria, durante todo o Seu ministério, aquela regra. Daria a vida. Cumpriria a Lei.


* * *

Eles quase pertenciam às mesmas famílias. Nascidos e crescidos ali às margens do lago, se conheciam.


André e Simão, com sobrenome Cephas ou Pedro, eram ambos filhos de Jonas, nascidos em Betsaida, residentes, porém, há muito em Cafarnaum.


João e Tiago, — os "filhos do trovão", como o Senhor os chamava — descendiam de Zebedeu e Salomé, que Lhe foi fiel até o Gólgota; Felipe era de Betsaida; Natanael ou Bartolomeu, filho de Ptolomeu, provinha de Cana; Simão, o Zelotes, viera de Canaã;


Tomé ou Dídimo, por ser gêmeo, era descendente de um pescador de Dalmanuta;


Tiago, o Moço, Judas Tadeu, seu irmão e Mateus Levi, o ex-publicano, eram filhos de Alfeu e Maria de Cleofas, parenta de Maria, Sua mãe, nazarenos todos, eram primos afetuosos e passavam como "seus irmãos"; e Judas, filho de Simão, originário de Kerioth, a pequena cidade da extremidade sul de Judá... Eis o grupo.


Todos galileus, menos Judas...


Eram os membros que participavam da fundação do Reino e recebiam as Leis que o deveriam reger Todos seriam irmãos, mensageiros, "apóstolos" — "que são enviados"!


O ar perfumado dos longes campos chega e a transparência colorida do céu em poente comove.


Eles se dobram sobre as próprias necessidades e raciocinam.


O Rabi silencia.


Reino de Amor!


Lançadas suas bases, deveria resistir até os confins dos séculos.


* * *

Preservando a regra áurea do amor, Tiago, o moço, foi arrojado do pináculo do Templo e apedrejado até a morte.


Bartolomeu, ouvindo n"alma a musicalidade do amor, sofreu o martírio e morreu na cruz de cabeça para baixo, após ser esfolado vivo.


Judas Tadeu, esparzindo aquele pólen de amor, doou a vida na Armênia, sob flechadas cruéis.


André, crucificado, e Felipe, martirizado, permaneceram amando.


Simão, o Zelotes, amando, deixou-se crucificar na Pérsia em singulares traves...


Tomé, o Dídimo, renovado, crente e amoroso, padeceu o golpe de uma lança, na índia, oferecendo-Lhe a vida...


Tiago teve decepada a cabeça, fiel ao amor, na Casa do Caminho...


Mateus, também, amoroso, consentiu em ser martirizado...


Pedro, esfuziante, dominado pelo milagre de amor, permitiu-se crucificar em Roma...


O tributo do amor — não resistir aos maus!


Do grupo híbrido sai a Nova Humanidade a renovar e modificar a Terra.


"Amai os vossos inimigos" e doai o bem a quem vos faça o mal — enunciara.


O Reino de Deus chegara à Terra dos homens e confraternizava com eles, em nome do Amor.


mt 5:43
Vivendo Com Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Ouvistes que foi dito: amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; (...) Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos...


Mateus 43:45 A História antiga está repleta de filósofos, legisladores e missionários, que contribuíram eficazmente para o progresso da Cultura, da Ética, da Arte e da Ciência.


Escolas de pensamento multiplicaram-se através dos tempos, discutindo a melhor técnica para a aquisição da felicidade, a superação do sofrimento, a coragem para o inevitável enfrentamento com as urdiduras das ocorrências infaustas.


Teses audaciosas e complexas foram apresentadas em todos os tempos, homens e mulheres notáveis procuraram ampliar os horizontes do mundo mediante exemplos, no estoicismo e na beleza, sem conseguirem apresentar uma fórmula universal que pudesse atender a todas as criaturas nas mais diversas épocas e oportunidades...


O ódio, a vingança, a predominância da força, o revide e a rebeldia sempre foram os espólios das gerações transatas, que passavam às sucessivas, tentando demonstrar que somente por meio do poder e do desforço o indivíduo podia realizar-se, desse modo, encontrando a plenitude.


Nada obstante, os fatos sempre demonstraram o equívoco lamentável desse comportamento insano, e as consequências inditosas da sua aplicação e vivência.


Veio Jesus, o Peregrino cantor da Galileia, e apresentou a chave da harmonia, da autor realização, em um conceito simples, numa linguagem destituída de atavios, numa lógica incomum, apresentando o Amor, puro e simples, como a única e eficaz solução para todos os enigmas e conflitos.


Enquanto vicejarem a força e o poder desmedido, sempre se apresentarão a desdita e o desespero, como resposta da vida a esses vassalos da inferioridade humana.


O vencedor sempre era aquele indivíduo que esmagava que erguia estátuas à sua grandeza sobre o cadáver dos vencidos em armadilhas covardes, fazendo silêncio para que a estupidez fosse coroada de louros e assinalasse sua época.


A partir de Jesus, o vencedor é aquele que supera a sua inferioridade moral, que se apequena para que outros cresçam e se desenvolvam.


Para tanto, outro método não existe além e fora do amor.


O Amor procede do hausto Divino, sendo a força dinâmica encarregada de manter a harmonia em toda parte.


O Pai faz chover sobre terras produtivas e estéreis com o mesmo carinho que distende a luz solar sobre a corola da flor e o cadáver em decomposição, que ajuda o ser bom quanto o mau, jamais se cansando de amar.


Seu Amor é igual para aquele que O respeita, assim como em relação àquele que O destrata, sem privilégio para o primeiro ou ressentimento em relação ao outro.


O amor é equânime e justo, simples e nobre, jamais se ensoberbecendo ou magoando-se, seja como for que se expresse.


A antiga recomendação de amar apenas a quem ama, tinha um caráter doentio de retribuição, de pagamento, a que não se submete o sentimento afetuoso. Por que odiar o inimigo, se ele perdeu o endereço de si mesmo, sendo um necessitado, alguém que está enfermo da alma? Quando se odeia a quem odeia, ambos encontram-se no abismo do desequilíbrio emocional, nutrindo-se dos miasmas mentais que produzem, em tormentosas conjunturas internas.


Amar, em qualquer circunstância, é comportamento que enriquece e liberta.


Todo aquele que ama é livre e feliz, semeando luz e esperança onde se encontra, por onde passa, porque exterioriza ternura e emoção elevada que a todos contagia.


O ódio é veneno que entorpece os sentimentos e convulsiona aquele que o carrega, intoxicando-o, inexoravelmente.


A mitologia grega refere-se à Circe (feiticeira), que transformava os heróis em animais somente pelo prazer de os ver sofrer.


Trata-se de um comportamento alienado, de inveja dos triunfadores, da ausência do respeito que se deve ter para com os demais.


Da mesma forma, as parcas teciam as indumentárias do infortúnio, da doença e da morte para aqueles que lhes caíam em desgraça, infelizes e atormentadas nas furnas em que se refugiavam.


Jesus é o "antissofrimento", é o caminho da felicidade e o Amor que recomenda; é a sustentação indispensável para o êxito em qualquer cometimento.


O ódio resulta dos sentimentos primários insatisfeitos, nos quais a criatura se debate, conspirando contra a paz que se anela, tornando-se remota a sua conquista.


O amor, no entanto, é o estímulo que nutre a vida e a favorece com energia e encantamento para prosseguir indefinidamente.


A sociedade daquele como destes difíceis tempos, parece satisfeita com a brutalidade, com o predomínio da fera em vez do cordeiro em sua natureza íntima, optando pela animosidade, na qual o instinto se realiza, em detrimento da fraternidade, em cuja satisfação o espírito se engrandece.


Do ponto de vista egoico, o amor aos inimigos parece loucura, enquanto que a loucura é o ódio em qualquer expressão em que se apresente.


O ser humano ainda não despertou realmente para a experiência fascinante do amor; especialmente aqueles que estorcegam nas paixões asselvajadas, à míngua de carinho que evitam receber e de compaixão que se escusam aceitar. Assina-lados por terrível egocentrismo e respirando a própria inferiori-dade, refugiam-se no ódio, porque deixam de pensar; perdem o contato com a realidade e centralizam-se unicamente no desvio de conduta que os leva a anelar pela infelicidade de outrem. Esse outrem é a projeção deles, que se detestam.


É inadiável a necessidade de amar-se o inimigo, não lhe devolvendo o Mal que faz, não sintonizando com a sua aberração temperamental, não descendo aos níveis inferiores do primitivismo de onde já se saiu.


Amar o inimigo e fazer-lhe todo o Bem que se pode, constitui a nova ordem emocional, o novo roteiro para o equilíbrio, o seguro meio para a aquisição da felicidade pessoal.


Quando se deseja conquistar alguém, investe-se tudo quanto está ao alcance. A vitória desse anseio torna-se meta inadiável, fixação, monoideia... Depois do êxito, de haver-se alcançado o desejo, descuida-se de preservar o sentimento, de sustentar a afetividade com a gentileza, acreditando-se erradamente que já se conseguiu o que se queria, sendo um grande e terrível engano, porque facilmente se perde o que não é mantido, deixando um imenso vazio no sentimento do outro e grave frustração no descuidado.


O amor-próprio, filho dileto da presunção e do egoísmo, cria barreiras impeditivas onde somente deveria haver pontes que facilitassem o trajeto; e a solidão, a amargura, tornam-se companheiras do aflito conflitado pela insensatez.


É normal viver-se armado contra todos e tudo, quando se deveria viver amando para também ser amado...


No que diz respeito ao inimigo, é justo ter-se em conta que ele odeia o outro, porque o não conhece; não se permite a consciência do quanto está perdendo em bem-estar e alegria.


Mais uma razão para que seja amado por quem detesta.


A sensibilidade do amor é tão grande e significativa que nem a si mesma, na maioria das vezes, a criatura ama, fugindo emocionalmente da auto análise, que a leva a encontrar-se carente, emulando-a ao esforço pela auto afeição.


Conseguida essa etapa, facilmente amará o seu próximo e, logo depois, àquele que a odeia...


Quando Jesus, no inesquecível Sermão da Montanha, propôs o poema de Amor aos inimigos, dilatou os horizontes da afetividade, dando-lhe um caráter universal.


Por que então se odiaria a outrem que enfermou, quando todos passam pelo mesmo fenômeno de distúrbio emocional, de transtorno de comportamento?


Jesus propôs o Amor aos inimigos, fazer-lhes todo o Bem que esteja ao alcance, e revolucionou o pensamento dos tempos futuros.


A semelhança, pois, do Pai, do Sol, da chuva, da seca, do calor e do frio que a todos atingem, o amor deve ser incondicional, generalizado e permanente.


Amai e orai pelos inimigos é a recomendação incontestável.


O recurso é esse, e o resultado é o Bem sem limite.



Joanna de Ângelis

mt 5:3
Florações Evangélicas

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3318
Capítulo: 8
Página: 36
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
Sutil quão traiçoeiro é miasma de fácil assimilação, que produz danos graves nos tecidos delicados da alma. Herança dos vícios pretéritos de que somente a pouco e pouco se liberta, o espírito que empreende a tarefa do aprimoramento não deve poupar esforços contra inimigo vigoroso e disfarçado qual esse. Apresenta-se multiface e sabe afivelar máscaras de hedionda feição, sorrindo nas situações em que se vê descoberto e chorando nos momentos de que se deveria utilizar para a libertação, adquirindo forças novas com inusitada selvageria para continuar os desmandos a que se afeiçoa. Reponta aqui na condição de melindre, em cuja exagerada suscetibilidade encontra campo para generalizar suas argumentações falsas, com graves danos para quem lhe enseja a penetração. Apresenta-se como ufania exacerbada e apropria-se dos requisitos morais daquele que se lhe faz vítima, conquistando láureas à própria incúria. Alma gêmea do orgulho, é filho especial do egoísmo, inimigo sórdido de toda construção moral do homem, comprazendo-se em desequilibrar e malsinar. Discreto, enreda mentes invigilantes, e, soez, maquina estranhos raciocínios que distraem os seus cultores. Imantado à própria natureza animal do homem, investe contra a natureza espiritual sob disfarces inesperados. Esse revel, atro e torvo inimigo do espírito, é a presunção.
* * *

Se alguém admoesta com carinho, objetivando ajudar, ele instila, malsão, odiosa irritabilidade no ouvinte, inspirando que ali se encontra um mau caráter desejando humilhar o indefeso lidador. . . Quando o amigo convida ao serviço com mansuetude o outro amigo, ei-lo a informar que alquile deseja deste fazer besta de carga. Se o patrão, por impositivo da ordem, observa o servidor descuidado, eis que a sua maléfica presença degenera o alvitre fazendo que o reprochável subalterno se transforme em inimigo silencioso. . . Quando o cooperador do serviço de elevação adverte o Irmão de trabalho, por esta ou aquela razão, sua voz brada, na acústica da alma: “Ele toma esta atitude porque é com você". . . E prossegue arregimentando vítimas que lhe dão guarida às Insinuações infelizes, até o desespero em que se verão a braços mais tarde.
* * *

Abstém-te do convívio da presunção e arrebenta-lhe o cerco nefando. Faze honesta fiscalização íntima à luz do Evangelho e descobri-la-á. Na tarefa de muitos, se te isolas; no agrupamento fraterno, se te supões desconsiderado; na atividade encetada, se reclamas falta de auxílio; na comunidade, se te tens na conta de humilhado; na realização do bem, se suspeitas de deslealdades sistemàticamente; e se te afirmas desamado, cuidado! —a presunção está corroendo- te por dentro. Examina Jesus e toma-O como modelo, situando-te no devido lugar, e se prossegues acreditando que necessitas lapidar a alma da incessante faina do bem, com otimismo e perseverança, estarás combatendo esse verdugo ominoso que tanto poderás chamar presunção como orgulho, melindre ou suscetibilidade, mas que em resumo é, sem dúvida, um dos piores Inimigos da tua evolução.


“Bem-aventurados os pobr es de espírito, porque deles é o reino dos céus".

(Mateus, 5:3)


“O orgulho me perdeu na Terra".

Uma Rainha de França - (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 2º — Item 8)


mt 5:3
Após a Tempestade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 22
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Característica basilar, a ausência de fantasias atemorizantes, na Doutrina de Jesus. Tendo como fundamento o amor, toda ela é estruturada na simplicidade que, inobstante a profundeza do conteúdo, não se reveste de qualquer exterioridade aberrante.


Vindo completar o ensino dos profetas antigos e dar cumprimento à Lei estatuída por Moisés e demais Emissários, o corpo doutrinário do Evangelho é constituído de esperança dulçurosa e paz lenificadora.


Nenhuma agressão, investida alguma apresenta contra causas ou homens, doutrinas ou éticas.


Ausculta o infeliz e o anima ao prosseguimento da jornada áspera da evolução.


Acompanha o combalido e o soergue para o avanço semdesânimo.


Ampara o desassisado e o estimula ao equilíbrio com que se poderá alçar à vitória sobre as paixões.


Todas as suas lições são feitas de imagens singelas com alto teor de comunicação. Os textos mais vigorosos não perdem a linha direcional da pujança do amor.


Quando verbera, investe contra o erro, mas ampara quem se deixou vítimar pelo engano.


Quando condena, se dirige ao egoísmo, auspiciando a reparação para o egoísta.


Quando chama, não invectiva com ameaças, antes, em voz imperativa, define as linhas de comportamento através das quais se faz possível a integridade moral do homem.


Não sistematiza técnicas nemsobrecarrega de exegeses.


Suas conotações se inspiramem lírios do campo, redes do mar, pássaros dos céus, sementes da terra... Varas, grãos de trigo e mostarda, peixes e pães, azeite, moedas e pérola inspiraram os poemas incomparáveis das parábolas que lhe conservam a grandeza... Mós e jumentos, candeia, portas e estradas, luz e trevas são as constantes enunciações que norteiam semmargem para equívocos... Dores e problemas, enfermidades cruéis e dramas tormentosos recebemcuidados especiais que logo se consubstanciam em alegrias, saúde, bom ânimo... Espíritos perturbados e lúcidos aparecem amiúde emtriunfal vitória da vida sobre a morte, sem celeuma verbalista nemdiscussão inoperante —comprovando a procedência do esforço individual a benefício de cada criatura.


São herdeiros de Deus os pacificadores, os pobres de espírito, os perseguidos, os aflitos, os que choram, os sedentos de justiça, os esfaimados, os limpos de coração, os insultados, injuriados e desprezados, em razão de seremfiéis à Verdade, bem-aventurados por triunfarem sobre as vicissitudes transitórias...


Substitui o temor pelo amor a Deus.


O Senhor dos Exércitos tornase Pai Amantíssimo.


Fenômeno consentâneo ocorre com a Doutrina Espírita, que restaura os postulados do Evangelho, dando-lhes atualidade.


Nenhuma imposição, constrangimento algum defluem das soberanas conceituações com que Allan Kardec estruturou a Codificação do Espiritismo.


Filosofia profunda e lógica, assenta os postulados na razão objetiva com que se afirma no consenso do pensamento universal.


Ciência experimental de largo porte, estabelece liames entre a fé e a razão, que se completam, emharmoniosa identificação.


Quem comprova crê, quemsabe crê e quem crê transforma-se para melhor.


Religião do amor e da caridade, estatui a legitimidade da renúncia e da abnegação como fundamentais para a vida perfeita.


Todo o contexto de doutrina é contrário à violência, ao temor, à imposição.


Encoraja o homem nas lutas, mas não lhe faculta o despotismo; ajuda o caído sem lhe justificar o desculpismo; atende o enfermo e o perseguido, sem lhes procrastinar a necessidade da reparação.


Lidando com os Espíritos, adverte os homens quanto ao Mundo da Erraticidade, cujos habitantes procedentes na sua grande massa, da Terra, prosseguemcom os hábitos e valores que lhes são próprios...


Não estimula fantasias mirabolantes nem profetismo aparvalhante.


As premonições que procedemdos seus textos fulgurantes são colimadas pela esperança da vitória do bem e estribadas na perfeita identificação com o ensino do Cristo sobre os fins dos tempos em que o mal desaparecerá, mas os maus serão resgatados pela redenção deles mesmos.


Não são Espíritos Superiores aqueles que se atribuem o direito de inquietar os homens comprognósticos tenebrosos em relação ao futuro ou com fantasias exageradas sobre o progresso da Terra e a celeridade com que tal se dará.


Acautelemo-nos dos exageros de qualquer procedência, aprofundando reflexões nas fulgentes páginas do Evangelho e da Doutrina Espírita, nas quais hauriremos valor e recursos para o êxito dos tentames evolutivos.


Jesus é Mestre e Kardec revelou-se-nos discípulo superior, modelo para todos nós, que desejamos alcançar a meta da perfeição.


O Espiritismo, à semelhança do Cristianismo, é claro como o Sol. Os erros que possam aparecer em seu nome correm por conta da invigilância de médiuns ociosos ou emocionalmente perturbados, mas que não alcançam o cerne da Doutrina. Pervagam pelo movimento tais profecias assustadiças, que agradam a uma faixa de mentes inquietas ou ociosas e marcham para o olvido.


Sem embargo, a Revelação, em toda a sua eloquência, permanecerá como o farol abençoado para os tempos porvindouros do amanhã, clareando rotas e iluminando consciências nos rumos da Vida Verdadeira.


mt 5:4
Conflitos Existenciais - Série Psicológica Vol. 13

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Psicogênese da ansiedade


São muitos os fatores predisponentes e preponderantes que desencadeiam a ansiedade.


Além das conjunturas ancestrais defluentes dos conflitos trazidos de existências transatas, a criança pode apresentar, desde cedo, os primeiros sintomas de ansiedade no medo inato do desconhecido - denominado por John Bowlby como vinculação - e do não familiar.


Em realidade, essa vinculação apresenta um lado positivo, que é o de oferecerlhe conforto e segurança, especialmente junto à mãe, com a qual interage em forma de prazer.


Desde o nascimento, havendo esse sentimento profundo, a criança prepara-se para uma sólida interação com a sociedade e demonstra-o, desde o princípio, quando qualquer alegria ou satisfação proporciona-lhe um amplo sorriso, apresentando-se calma e confiante.


Quando, porém, isso não ocorre, há uma possibilidade de a criança não sobreviver ou atravessar períodos difíceis, em face do medo inespecífico que seria originado pela ausência da mãe, que os psiquiatras identificam na condição de ansiedade livre flutuante.


O paciente apresenta um medo exagerado, e porque não sabe de quê, fica ainda com mais medo, formando um círculo vicioso.


Dessa ansiedade, as aparentes ameaças externas, mesmo que insignificantes, tornam-se-lhe demasiadamente grandes, culminando, na idade adulta, com uma dependência infantil.


Quando uma criança é severamente punida pelos pais - que se apresentam como predadores cruéis - há maior necessidade de apego, tornando-a mais dependente, buscando refúgio, neles mesmos, que são os fatores do seu medo.


Esse medo do desconhecido, ainda segundo Bowlby, impõe uma vinculação familiar que, ao ser desfeita, amplia a área da ansiedade.


Certamente, o fenômeno tem as suas raízes profundas na necessidade de reparação da afetividade conflitiva que vem de outras existências espirituais, quando houve desgoverno de conduta, gerando animosidade (nos atuais pais) e necessidade de apoio (no Espírito endividado, que ora se sente rejeitado).


A vinculação com o pai produz segurança, a separação proporciona angústia.


No período inicial, essa vinculação pode ser transferida para outrem, quando na ausência da mãe; mais tarde, porém, como a criança já sabe quem é a mãe, não a tendo, chora, perturba-se, inquieta-se, e transfere a insegurança para os outros períodos da existência.


Essa ansiedade básica ou fundamental representa a insegurança que resulta de sentir-se a sós, num mundo hostil, em total desamparo, levando-a a um tormento, no qual nunca está emocionalmente onde se encontra, desejando conseguir o que ainda não aconteceu.


Como decorrência da instabilidade que a caracteriza, anseia por situações proeminentes, destaques, conquistas de valores, especialmente realização pelo amor, em mecanismos espetaculares de fuga do conflito...


A busca do amor faz-se-lhe, então, tormentosa e desesperadora, como se pudesse, através desse recurso, amortecer a ansiedade.


No íntimo, porém, evita envolvimentos emocionais verdadeiros, por medo de os perder e vir a sofrer-lhes as consequências.


Existe uma necessidade de identificação de pensamentos irracionais que, não poucas vezes, são os responsáveis pelo desencadeamento da ansiedade.


Basta um simples encontro, algo que desperte um pensamento automático e irracional, e ei-la que se faz presente.


No inconsciente do indivíduo inseguro existe uma necessidade de autor realização que, não conseguida, favorece-lhe a fuga pela ansiedade, normalmente produzindo-lhe desgaste no sistema emocional, por efeito gerando estresse no comportamento.


Na problemática dos conflitos humanos surge o recalcamento que, segundo Freud, resultaria da ansiedade intensa, de um estado emocional muito semelhante ao medo.


Segundo ele, o medo da criança de perder o afeto dos pais leva à ansiedade, que a induz a atitudes de inquietação e agressividade.


Considerando-se, ainda, conforme o eminente mestre vienense, que a ansiedade é muito desagradável à criança, ela se esforçará para ver-se livre.


Não conseguindo, foge para dentro de si mesma, experiênciando a insegurança por sentir-se impossibilitada de reprimir o que a desperta - o ato interdito.


Processos enfermiços no organismo físico igualmente respondem pelo fenômeno da ansiedade, especialmente se o indivíduo não se encontra com estrutura emocional equilibrada para os enfrentamentos que qualquer enfermidade proporciona.


O medo de piorar, de não se libertar da doença, recuperando a saúde, o receio da falta de recursos para atender às necessidades defluentes da situação, o temor dos comentários maliciosos de pessoas insensatas em torno da questão, o pavor da morte favorecem o distúrbio de ansiedade, que se agrava na razão direta em que as dificuldades se apresentam.


A ansiedade é, na conjuntura social da atualidade, um grave fator de perturbação e de desequilíbrio, que merece cuidados especiais, observação profunda e terapia especializada.


Desdobramento dos fenômenos ansiosos


A ausência de serenidade para enfrentar os desafios da existência faz que o comportamento do indivíduo se torne doentio, cheio de expectativas, normalmente perturbadoras, gerando incapacidade de ação equilibrada e de desenvolvimento dos valores ético-morais corretos.


Ao mesmo tempo, avoluma-se na mente uma grande quantidade de ambições, de desejos de execução ou conquista de coisas simultaneamente, aturdindo, desorientando o paciente, que sempre se transfere de um estado psicológico para outro, muitas vezes alternando também o humor, ora risonho, ora sisudo.


A necessidade conflitiva de preencher os minutos com atividades, mesmo que desconexas, diminui-lhe a capacidade de observação, confunde-lhe o pensamento e, quando por motivo imperioso vê-se obrigado a parar, amolenta-se, deixando de prestar atenção ao que ocorre, para escorregar pelo sono no rumo da evasão da realidade.


Justifica que não está adormecido, mas de olhos fechados, realmente dominado por um estranho torpor, que é fruto do desinteresse pelo que acontece em volta, pelo que sucede em seu entorno, convocando-o a outras motivações que, não fazendo parte do seu tormento, infelizmente não despertam interesse.


O comportamento ansioso, não poucas vezes, é estimulado por descargas contínuas de adrenalina, o hormônio secretado pelas glândulas suprarrenais, que ativam a movimentação do indivíduo, parecendo vitalizá-lo de energias, que logo diminuem de intensidade.


Por essa razão, algumas vezes torna-se loquaz, ativo, alternando movimentações que o mantenham em intenso trabalho, nem sempre produtivo, por falta de coordenação e direcionamento.


Noutras ocasiões, sofreia a inquietação e atormenta-se em estado de mutismo, taciturno, mas interiormente ansioso, tumultuado.


Quanto mais se deixa arrastar pela insatisfação do que faz, mais deseja realizar, não se fixando na análise das operações concluídas, logo desejando outros desafios e labores que não tem capacidade para atender conforme seria de desejar.


Na sua turbulência comportamental, os indivíduos tornam-se, não raras vezes, exigentes e preconceituosos, agressivos e violentos, desejosos de impor a sua vontade contra a ordem estabelecida ou aquilo que consideram como errado e carente de reparação.


Os seus relacionamentos são turbulentos, porque se desejam impor, não admitindo restrições à forma de conduta, nem orientação que os invite a uma mudança de comportamento.


Quando são atraídos sexualmente, tornam-se quase sempre passionais, porque supõem que é amor aquilo que experimentam, desejando submeter a outra pessoa aos seus caprichos e exigências, como demonstração de fidelidade, o que, após algum tempo de convivência, torna-se insuportável, em razão das descargas contínuas de epinefrina, que respondem por essa necessidade de mudanças de conduta, pela instabilidade nas realizações.


O quadro da ansiedade varia de um para outro indivíduo, embora as características sintomatológicas sejam equivalentes.


Estresseando-se com facilidade, em razão da falta de autoconfiança e de harmonia interna, o paciente tende a padecer transtornos depressivos, quase sempre de natureza bipolar, com graves ressonâncias nos equipamentos neuroniais.


Passados os momentos de abstração da realidade, quando a melancolia profunda mergulhou-o no desinteresse pela vida e na tristeza sem par, o salto para a exaltação leva-o, com frequência, aos delírios visuais e auditivos, extrapolando as possibilidades, para assumir personificações místicas ou histriônicas, poderosas e invejadas, cujas existências enganosas encontram-se no seu inconsciente.


Terminado o período de excitação, no trânsito para o novo submergir na angústia, torna-se muito perigoso, porque a realidade perde os contornos, e o desejo de fuga, de libertação do mal-estar atira-o nos abismos do autocídio.


Desfilam em nossa comunidade social inúmeros indivíduos ansiosos que se negam ao reconhecimento do distúrbio que os atormenta, procurando disfarçar com o álcool, o tabaco, nos quais dizem dispor de um bastão psicológico para apoio e melhor reflexão, nas drogas aditivas ou no sexo desvairado, insaciável, o que mais lhes complica o quadro de insanidade emocional.


O reconhecimento da situação abre oportunidade para uma terapia de autoajuda, pelo menos, ensejando receber de imediato o apoio do especialista.


Terapia para a ansiedade


Inquestionavelmente, todas aflições e todos desapontamentos que aturdem o ser humano procedem-lhe do Espírito que é, atado aos conflitos que se derivam das malogradas experiências corporais transatas.


O Self, ao longo das vivências acumuladas, exterioriza as inquietações e culpas que necessitam de ser liberadas mediante a catarse pelo sofrimento reparador, a fim de harmonizar-se.


Quando isso não ocorre, o ego apresenta-se estremunhado, inquieto, ansioso...


Especificamente no distúrbio da ansiedade, esses fenômenos atormentadores sucedem-se, como liberação dos dramas íntimos que jazem no inconsciente profundo - arquivados nos recessos do períspirito - e afetam o sistema emocional.


A terapêutica libertadora há que iniciar-se na racionalização do tormento, trabalhando-o mediante a reflexão e a adoção do otimismo, de modo que lentamente a paciência e o equilíbrio possam instalar-se nas paisagens interiores.

Psicoterapeutas hábeis conseguirão detectar as causas atuais da ansiedade — remanescentes das causalidades anteriores liberando, a pouco e pouco, o paciente, através da confiança que lhe infundem, encorajando-o para os cometimentos saudáveis.


Em alguns casos, quando há problema da libido, o psicanalista poderá reconduzir o indivíduo à experiência da vida fetal, ou da perinatal, ou infantil no lar, destrinçando as teias retentivas em torno da perturbação que não conseguiu digerir no período da ocorrência.


Transferindo os medos e as incertezas para o inconsciente, eilos agora ressumando em forma de ansiedade, que poderá ser diluída após o trabalho de psicanálise nas suas origens.


O paciente, no entanto, como responsável pelo distúrbio psicológico, deve compreender a finalidade da sua atual existência corporal, instrumentalizando-se com segurança para trabalhar-se, adaptando-se ao esquema de saúde e de paz.


Nesse sentido, as leituras edificantes propiciadoras de renovação mental e emocional, as técnicas da Ioga, disciplinando a vontade e o sistema nervoso, constituem valiosos recursos psicoterapêuticos ao alcance de todos.


Nunca se esquecer, igualmente, de que a meditação, induzindo à calma e ao bem-estar, inspira à ação do bem, do amor, da compaixão e da caridade em relação a si mesmo e ao próximo, haurindo alegria de viver e satisfação de autorrealizar-se, entregando-se aos desígnios divinos, ao tempo em que realizará a tarefa de criatura lúcida e consciente das próprias responsabilidades, que descobriu o nobre sentido existencial.


A ansiedade natural, o desejo de que ocorra o que se aguarda, a normal expectativa em torno dos fenômenos existenciais compõem um quadro saudável na existência de todos os indivíduos equilibrados.


O tormento, porém, que produz distúrbios generalizados, tais: sudorese abundante, colapso periférico, arritmia cardíaca, inquietação exagerada, receio de insucesso, produz o estado patológico, que pode ser superado com o auxílio do especialista em psicoterapia e o desejo pessoal realizado com empenho para consegui-lo.


As aflições defluentes da ansiedade podem ser erradicadas, portanto, graças aos cuidados especializados, adicionados à aplicação da bioenergia por meio dos passes e da água fluidificada, que restauram o campo vibratório e revitalizam as células.


Outrossim, o hábito da oração e o cultivo dos pensamentos dignificadores são o coroamento do processo curativo para o encontro da saúde e da paz.

Jesus, o Psicoterapeuta por excelência, asseverou no Sermão da Montanha (Mateus, 5:4): Bem-aventurados os que choram recuperando-se das culpas e das mazelas -porque eles serão consolados.


mt 5:4
No Rumo da Felicidade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Conforme a Sua promessa, Jesus nunca nos abandona.


Na Sua condição de Pastor, vigia, socorre e acolhe todas as ovelhas do Seu rebanho de amor.


Na alegria como no sofrimento, na conquista bem como no prejuízo, Ele oferece apoio, inspira e conduz pelo melhor caminho.


Todo o Seu ministério prossegue centrado na compaixão e na misericórdia, nunca cessando de amparar.


Não obstante, vale a pena considerares os teus momentos comEle.


Quantas vezes fizeste silêncio interior, a fim de ouvi-lO?


Lograste, no desespero, abrir espaço para a oração, de modo a sintonizares com o Seu pensamento?


Quando se conhece a Sua mensagem, identificando-se com o seu conteúdo e permitindo-se impregnar, todos os momentos da existência podem ser de comunhão com Ele.


O infortúnio surpreendeu-te na marcha da evolução? Eis o teu momento de reflexionar na Sua palavra: Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.


A enfermidade tomou-te o organismo, ameaçando a tua estabilidade física, emocional ou psíquica? Este é o instante de insculpires na alma o Seu ensinamento: Aquele que crê emmim, ainda que esteja morto, viverá.


A pobreza te encarcera emnecessidades constritoras? Guarda a coragem, confiando na Sua afirmação: Ajuntai tesouros nos céus onde as traças não roem, nemos ladrões roubam.


Sentes o fel da solidão, acompanhando as multidões emalgaravia e desenfreio, aparentemente felizes, enquanto sofres? Reflexiona em torno da Sua promessa: Eu estarei convosco até o fim dos tempos.


Sucedem-te ocorrências desagradáveis e contínuas, sem que as possas evitar? Medita na Sua pergunta: Que adianta ao homemganhar o mundo e perder a alma?


Nem todo aparente insucesso é derrota.


O mundo encontra-se repleto de vitoriosos, que sucumbemvitimados em si mesmos.


Pululam pessoas sorridentes nos grupos sociais, amarguradas e a caminho de alucinações cruéis.


* * *

Faze de todas as tuas horas momentos com Jesus.


Se criares o hábito de examinar a consciência após cada ação, jamais perderás o ensejo de tê-l0 contigo e sentir-Lhe a presença.


O indivíduo fátuo, rebelde, egoísta, perturbador, cínico, anarquista, gostaria de fazer do mundo um lugar exclusivamente seu, onde pudesse desfrutar apenas de prazeres, sem qualquer contribuição superior para a alegria e o bem-estar dos demais seres.


Não conseguindo, desdenha da fé, menoscaba Jesus e nega-Lhe a presença.


Apesar disso, Ele o assiste, não sendo percebido, porque todo aquele que está cheio de si ou de presunção, de revolta ou de recriminação, não possui percepção para senti-lO, não tem espaço para nada mais.


Os momentos com Jesus não são somente os de paz, mas tambémos de refregas. A harmonia se estabelece no indivíduo só depois que Lhe haure a energia benéfica.


* * *

Aquieta, desse modo, as ansiedades íntimas, as reprovações descabidas e abre lugar para os teus momentos com Jesus.


Dilatar-se-á a visão da realidade; plenificar-se-á a mente e dulcificar-se-ão os sentimentos emcada momento com Ele.


Se, por acaso, parecer-te difícil o desafio do encontro, não desistas, recordando o que Ele asseverou: Todo aquele que perseverar até o fim, será salvo, isto é: desfrutará de paz, vivendo o momento perene de sintonia com o Seu amorável coração.


mt 5:6
Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)

Categoria: Livro Espírita
Ref: 9674
Capítulo: 6
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

(. . .) pois que serão saciados.


Mateus, 5:6


Desgraça é todo acontecimento funesto, desonroso, que aturde e desarticula os sentimentos, conduzindo a estados paroxísticos, desesperadores.


Não somente aqueles que se apresentam trágicos, mas também inúmeros outros que dilaceram o ser íntimo, conspirando contra as aspirações do ideal e do Bem, da fraternidade e da harmonia íntima.


Chegando de surpresa, estiola a alegria, conduzindo ao corredor escuro da aflição. Somente pode avaliar o peso de angústias aquele que lhes experimenta o guante cruel.


Há, no entanto, desgraças e desgraças. As primeiras são as que irrompem desarticulando a emoção e desestruturando a existência física e moral da criatura que, não raro, sucumbe ante a sua presença; e aqueloutras, que não são identificadas por se constituírem consequências de atos infelizes, arquitetados por quem ora lhes padece os efeitos danosos. Essas, sim, são as desgraças reais.


Há ocorrências que são enriquecedoras por um momento, trazendo alegrias e benesses, para logo depois se converterem em tormentos e sombras, escassez e loucura. No entanto, quando se é responsável pela infelicidade alheia, ao trair-se a confiança, ao caluniar-se, ao investir-se contra os valores éticos do próximo, semeando desconforto ou sofrimento, levando-o ao poste do sacrifício, ou à praça do ridículo, a isso chamaremos desgraça real, porque o seu autor não fugirá da própria nem da Consciência Cósmica.


Assim considerando, muitos infortúnios de hoje são bênçãos, pelo que resultarão mais tarde, favorecendo com paz e recuperação o déspota e infrator de ontem, em processo de reparação do mal praticado.


Sob outro aspecto, o prazer gerado na insensatez, os ganhos desonestos, as posições de relevo que se fixam no padecimento de outras vidas, o triunfo que resulta de circunstâncias más para outrem, os tesouros acumulados sobre a miséria alheia, os sorrisos da embriaguez dos sentidos, o desperdício e abuso ante tanta miséria, constituem fatores propiciadores de dolorosos efeitos, portanto, são desgraças inimagináveis, que um dia ressurgirão em copioso pranto, em angústias acerbas, em solidão e deformidade de toda ordem, pela necessidade de expungir-se e reeducar-se no respeito às Leis soberanas da Vida e aos valores humanos desrespeitados.


O Homem-Jesus não poucas vezes chamou a atenção para essa desgraça, não considerada, e para a felicidade, por enquanto envolta em problemas, mas única possibilidade de ser fruída por definitivo.


Todos os que choram os famintos e os sequiosos de justiça, os padecentes de perseguições, todos momentaneamente em angústia, logo mais receberão o quinhão do pão, da paz, davitória, se souberem sofrer com resignação, após haverem resgatado os compromissos infelizes a que se entregaram anteriormente, e geradores da situação atual aflitiva.


Aqueles, porém, que sorriem na loucura da posse, que se locupletam sobre os bens da infâmia e da cobiça, que são aplaudidos pelas massas e anatematizados pela consciência, oportunamente serão tomados pelas lágrimas, pela falta, pelo tormento. . .


São inderrogáveis as Leis da Vida, constituindo ordem e harmonia no Universo.


O Homem-Jesus, não poucas vezes, diante dos falsamente venturosos, dominadores de um dia, assim como dos amargurados e desditosos, chorou o pranto da compaixão e da misericórdia, por conhecer as causas desencadeadoras de uma como de outra conduta, no futuro chegando ou no presente agindo, inexoravelmente.


No Horto das Oliveiras misturou Suas lágrimas com a sudorese sanguinolenta pela dor experimentada e por compaixão pelos Seus algozes, que não sabiam o que estavam fazendo.


Não se tratava de um deicídio, como se vem tentando impor ao pensamento histórico, mas de um crime hediondo, e este é sempre cruel e perverso, quando praticado contra todo e qualquer indivíduo, pior ainda, quando desencadeado contra Quem somente amou, justo e pacífico, havendo vivido sob as tenazes da impiedade, do despeito e da vingança dos inimigos gratuitos. . .


Aquele homicídio traria, como ocorreu para Israel, consequências funestas, por haverem os seus filhos perdido a oportunidade rara, ademais por transformarem-na em hediondez por capricho de raça, orgulho de prestígio político, interesses comerciais do Templo.


O Homem-Jesus chorou, sim, várias vezes, o que, aparentemente, não é uma atitude masculina, a qual a chancela da tradição havia investido de frieza ante os acontecimentos, de insensibilidade diante das ocorrências.


Em muitas Academias de Medicina do mundo, por muito tempo se convencionou que o esculápio devia ser alguém que não participasse emocionalmente do drama do seu paciente, que nãose envolvesse com ele, para que se fizesse profissional, como se fosse possível dissociar o humano do social, o ser em si mesmo daquele que desempenha o papel de curador.


Resultaram consequências terríveis naqueles homens e mulheres que se viram obrigados a asfixiar as emoções, anular os sentimentos e parecer estátuas de sal diante da dor do seu próximo. Não poucos se neurotizaram, se debilitaram, se autodestruíram.


O médico é sacerdote do amor, que deve curar não apenas mediante os conhecimentos acadêmicos e as substâncias de laboratório, mas sobretudo através do sentimento de humanidade, de compaixão, de solidariedade, de convivência, de sorriso, de entendimento e fraternidade.


Quase todos os pacientes necessitam mais de uma palavra de consolação do que de um barbitúrico, de um antibiótico ou de um outro medicamento restritivo, mesmo porque, não poucas enfermidades resultam da somatização de conflitos, de problemas e aflições não extravasados. Um sorriso e uma palavra gentis são tão poderosos para acalmar uma dor quanto um anestésico.


Jesus-Terapeuta sabia-o, e por isso participava, sentia, compartilhava, convivia, discutia, escutava a dor de todos quantos d'Ele se acercavam. Nunca os impediu, nem mesmo às criancinhas bulhentas e irresponsáveis na sua infantilidade, abrindo os braços para recebê-las, por entender que muitas negativas e atitudes rudes para com elas transformam-se em vigorosos traumas que surgirão no futuro.


Há fome de amor e de compreensão, mais talvez do que de pão e de justiça, porque a sua presença na Terra é resultado da ausência desses sentimentos geradores das injustiças sociais, morais e econômicas.


Quando os sentimentos de solidariedade humana se tornarem ativos no organismo da sociedade, multiplicando os bens acumulados que serão distribuídos equanimemente, não haverá escassez de alimentos nem de paz, porque todos os homens se sentirão irmãos, protegendo-se e ajudando-se uns aos outros com o mesmo espírito de direitos e desincumbência de deveres.


A maneira providencial para vencer-se a desgraça de qualquer tipo é o comportamento no presente, mesmo que a preço de sacrifício e renúncia, construindo-se o futuro harmônico. O canto das Bem-aventuranças é o poema de maior destaque na constelação dos discursos de Jesus.


Nele começa a real proposta da Era Nova, quando os valores éticos serão realmente conhecidos e respeitados, facultando ao ser humano compreender a transitoriedade do carro físico a que se encontra atrelado momentaneamente e a perenidade da vida em outra faixa vibratória.


Jesus, que vivia as duas dimensões com naturalidade, transitando de uma para outra através do pensamento, testificou a necessidade de superação do invólucro carnal, convidando a que se acumulassem os tesouros morais, que nada consegue destruir, nem se oxidam ou se perdem.


Ele próprio, embora respeitasse os bens terrenos, nada amealhou para si, nem se preocupou com o dia de amanhã do ponto de vista econômico, material. Certamente não conclamava à imprevidência, induzindo ao parasitismo social, mas demonstrando a inutilidade de alguém afligir-se pela aquisição do que era secundário em detrimento do indispensável.


Por isso mesmo harmonizou as duas necessidades.


Durante o outono e o inverno trabalhou na carpintaria que herdara do genitor terrestre e, nos dourados e perfumados dias de primavera e verão, distribuiu os luminosos recursos que lhe foram legados pelo Pai Criador.


Não se permitiu a ociosidade nem se facultou o desperdício.


(. . .) E contemplando a multidão de famintos de pão, peixes e frutas secas, concluiu, que eles serão saciados no Reino da justiça plena e da harmonia perene.


mt 5:8
Convites da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 44
Página: 144
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Não importa quem foste, o que fizeste, quais os teus equívocos e erros.


O peso dos desregramentos constitui já punição para aqueles que o conduzem.


A condição de devedor representa marca indelével impressa na consciência a surgir hoje ou depois, não permanecendo, porém, oculta, por mais se deseje ignorá-la.


Face a isso, compreensível recomeçar com ardente desejo de aproveitar o capital do tempo no comércio da oportunidade, como investimento de bênção pela própria redenção.


Todos guardamos cicatrizes decorrentes de feridas morais, quando não as trazemos ainda purulentas sob disfarces bem cuidados.


Ninguém avança pelo caminho do progresso moral sem o contributo das experiências que decorrem do sofrimento, das lições dos erros, das matrizes muitas vezes dolorosas da criminalidade. . .


Pureza, portanto, hoje.


Mais do que aparência, legítima constituição íntima de propósitos materializando atos renovadores. Pureza na ação e no pensamento.


Há conspiração generalizada contra o estado de inocência que não significa ignorância do mal, porém superação dele.


Toda comunicação atual vazada na técnica corruptora se estriba nas torpezas morais, reduzindo o homem aos feixes dos instintos grosseiros e às sensações animalizantes, em detrimento dos dínamos poderosos da razão e da emoção superior. .


Todavia, mediante o culto vigoroso do Evangelho, faz-se imperioso o retorno à pureza para a conquista da paz.


Maria de Magdala, embora os equívocos sucessivos, após conhecer Jesus passou a cultivar a pureza e tornou-se um símbolo da vitória da razão sobre a paixão.


Saulo fanatizado, depois de ações cruéis, sintonizou com o Cristo e se purificou mediante a auto-doação total, ampliando na Terra os horizontes do Cristianismo.


Ninguém te exigirá documentação sobre o passado próximo.


Reinicia, agora, o teu programa de pureza e considera o conceito sublime do Mestre, no Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os que têm puro o coração, porque verão a Deus", deixando-te comover e conduzir pela pureza a fim de haurires plenitude de paz.


mt 5:13
Diretrizes Para o Êxito

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Renovam-se, periodicamente, no mundo, os métodos pedagógicos, em razão da conquista do conhecimento nas suas diferentes áreas.


Nos últimos anos, a valiosa contribuição da Psicologia infantil abriu espaços para mais profundo e claro entendimento em torno das possibilidades de aprendizagem da criança, ensejando novas técnicas para a educação.


Merecem especial destaque o Relatório Jacques Delors, encomendado pela UNESCO, que trata dos quatro pilares de uma educação para o século 21 e, posteriormente, a proposta do eminente educador francês Edgar Morin, através dos expressivos sete saberes necessários a educação do futuro.


Estruturada a técnica dos quatro pilares no autoconhecimento do aprendiz e nas lições que se lhe fazem ministradas, esses pilares são programas propostos da seguinte forma: Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a conviver, Aprender a ser.


Em uma análise cuidadosa, descobre-se que esses valores encontram-se na pedagogia de Jesus, porquanto a Sua preocupação constante era a da autoiluminação daqueles que O buscavam.


A Sua é uma mensagem incessantemente fundamentada no conhecimento que liberta e conduz, retirando o ser da ignorância e descortinandolhe os horizontes infinitos do progresso espiritual que lhe está destinado.


Jamais atendeu a quem quer que fosse, que lhe não oferecesse a diretriz para o conhecimento de si mesmo, para que depois pudesse entender o seu próximo, passando a amar a Deus.


Por outro lado, nunca tomou o fardo das aflições dos outros, ensinando cada qual a carregar a sua cruz, conforme Ele o faria mais tarde, até colocá-la no Gólgota.


Apontava diretrizes e induzia a criatura a segui-las fazendo a sua parte, porquanto, cada qual é responsável por tudo aquilo que se lhe torna necessário.


Estimulando ao progresso, dignificou o trabalho, informando que o Pai até hoje trabalha e que Ele mesmo também estava trabalhando.


Os Seus eram sempre relacionamentos edificantes, nos quais o Bem mantinha predominância, impossibilitando a distensão dos prejuízos da maledicência, do ódio, dos rancores, dos ciúmes, das disputas insensatas.


Com Ele a convivência é aprendida, mediante o resultado do exercício da tolerância que leva a fraternidade, do auxílio recíproco dignificador da espécie humana.


Jamais abriu espaço para a ociosidade, sugerindo que o Reino dos Céus fosse conquistado a esforço, iniciando-se o seu labor na busca interna, superando os impedimentos apresentados pelas paixões dissolventes.


Nunca deixou de valorizar a realidade espiritual de Si mesmo, induzindo os Seus discípulos e todos os aprendizes a descobrirem a realidade de que eram constituídos.


Afirmou, taxativo: Eu sou a luz do mundo, Eu sou a porta das ovelhas, Eu sou o pão da Vida, Eu sou o Caminho da Verdade e da Vida, Eu sou a luz do mundo...


Vós sois de baixo, eu sou de cima, vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.


Vós sois o sal da Terra...


Incessantemente convidava os Seus ouvintes ao auto-conhecimento, para que se tornassem cartas vivas do Evangelho.


As multidões, ávidas de amor, de paz, de pão, de saúde, sempre buscavam o Mestre na expectativa de terem as suas aflições resolvidas.


No tumulto, ao qual se entregavam, as suas eram aspirações imediatistas, necessidades consideradas básicas, porque referentes aos problemas que as afligiam naquele momento.


Portador de incomum sabedoria, Ele entendia que não se pode falar de paz a pessoas atormentadas pelo estômago vazio de pão, nem discorrer sobre felicidade enquanto elas estorcegavam em dores rudes...


Desse modo, sempre acendia a solicitação mais inquietadora, abrindo espaço emocional para ampliar a consciência e ensejar a realização do bem-estar.


Socorria a problemática e elucidava quanto ao impositivo de mudança de comportamento para melhor, de forma que depois não acontecesse nada mais grave.


Essa recomendação, que sempre coroava os atos de recuperação da saúde e do refazimento moral que tomam conta das paisagens humanas, objetivava demonstrar que os sofrimentos são resultado da ignorância das Divinas Leis, da sua má interpretação ou da sua aplicação indevida e perversa, portanto, do uso prejudicial que delas é feito.


A única maneira, portanto, de recuperar-se o faltoso é por meio do refazimento da experiência, da retificação dos erros, da saudável conduta mental e moral que se permita.


Assim sendo, tornou-se o Pedagogo por excelência, não apenas ensinando a conhecer, afazer, a conviver e a ser, mas, sobretudo, demonstrando que Ele o realizava.


Vivenciou tudo quanto ensinou, comportando-se como modelo imprescindível a lição ministrada.


Jamais desmentiu pelos atos o que lecionou por palavras.


O Seu é o ministério do exemplo, da ternura, do amor e da compaixão.


Comovendo-se com as criancinhas que O buscavam, usou de severidade com os fariseus, os doutores e os legistas, sem, no entanto, os ferir ou malsinar.


Era necessário usar de energia, a fim de que se libertassem da hipocrisia que se lhes tornara habitual e constatassem ser Ele o Messias esperado, embora não aceito.


O ser humano está destinado às estrelas, apesar de ainda fixar-se ao solo do planeta em que se encontra evoluindo, mergulhado mais em sombras do que banhado pela alvinitente luz da sabedoria.


Contempla os horizontes fulgentes, fascina-se, e não tem coragem de romper com os impedimentos que o detêm na retaguarda dos entardeceres melancólicos.


Ouve e lê os ensinamentos de Jesus, no entanto, aferra-se ao imediatismo da organização material, optando pela ilusão da carne, sem a coragem para desvencilhar-se dos seus elos retentores.


Lentamente, porém, a pedagogia de Jesus desperta-o para novo entendimento da Vida e dos objetivos existenciais, auxiliando-o a descobrir a felicidade que não se compadece com as sensações angustiantes do primarismo.


Como sábio mestre, Ele espera que os Seus aprendizes se resolvam por segui-lo, tomando da charrua e não mais olhando para trás, já que o campo íntimo a joeirar é muito grande e a sementeira faz-se desafiadora.


Conforme prometeu, enviou posteriormente os Seus mensageiros, a fim de que despertem as consciências e repitam Suas lições, porque toda aprendizagem exige exercício, repetência, de forma que se fixem por definitivo nos painéis da memória, transformando-se em conduta salutar.


Se já sentiste a mensagem de Jesus, ouvindo-a, lendo-a, auscultando-a no coração, não te detenhas.


Aproveita este momento importante e deixa-te penetrar por ela, a fim de que a tua seja uma aprendizagem valiosa, que te facultará a alegria de viver, liberando-te das causas das aflições e emulando-te ao crescimento interior incessante.


Melhor pedagogia do que a dEle não existe, pois que vem atravessando os dois milênios já transatos com superior qualidade de orientação.


Este é o teu momento de realmente aprenderes a viver, sofrimentos são resultado da ignorância das Divinas Leis, da sua má interpretação ou da sua aplicação indevida e perversa, portanto, do uso prejudicial que delas é feito.


mt 5:16
Encontro com a Paz e a Saúde

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Indubitavelmente, o espírito modela o corpo através do perispírito, conforme as necessidades da sua evolução.


Cada conquista granjeada, cada experiência adquirida, amplia-lhe as possibilidades de construção dos equipamentos orgânicos indispensáveis aos novos cometimentos, mediante os quais liberta-se dos limites em que se detém, adquirindo novas faculdades ilumi-nativas.


Assim, as experiências iniciais desenvolveram-lhe o Complexo R ou cérebro réptil, preparando as áreas para o futuro cérebro mamífero, mediante o qual melhor se expressariam os animais portadores de mais amplas complexidades, tanto para a sobrevivência do espécime mais forte, assim como para o desenvolvimento de aptidões significativas, que culminariam no surgimento do neocórtex e de toda a sua intrincada aparelhagem para a manifestação da inteligência, do discernimento, do sentimento, da emoção, da paranormalidade...


Dessa fase primária até o período em que se lhe inicia o processo de humanidade, todo um pego se faz de experiências no mundo espiritual como no físico, definindo os rumos necessários à verticalização do corpo e sua ascensão de natureza moral, que se manifesta nos pródromos da sensibilidade emocional, definidora de rumos futuros.


O pensamento arcaico vigente nesse estágio como homem primitivo, representava uma grosseira manifestação do psiquismo divino de que se fazia herdeiro natural, em face da sua origem, obnubilado, porém, pelos equipamentos cerebrais incapazes da decodificação das ideias e do entendimento dos fenômenos que defrontava no habitat terrestre agressivo e hostil.


Todo ele apresentando-se como um formidando aglomerado de automatismos que se expressavam através dos instintos primários - a reprodução, a alimentação e o repouso - a sua era uma experiência instintiva, contínua, sem qualquer contato com a realidade que o cercava.


Dispondo apenas da observação não-racional, feno-mênica pela repetição dos acontecimentos, experiênciava o sofrimento asselvajado através das sensações de dor, de frio, de calor, não conseguindo compreender a sua razão, e muito menos como comportar-se diante dele.


Nutrindo-se de raízes e de frutos como os demais animais, por onde transitara o seu psiquismo, esse condicionamento herdado das vivências antigas impulsionava-o a dar-se conta das diferentes manifestações da claridade e da sombra, da chuva e da seca, das nevascas e da sua ausência, dos seres que desapareciam ou que deixavam de mover-se como antes faziam, da sua decomposição orgânica, da agressividade dos animais ferozes e de outros seres seus semelhantes, diferentes apenas dos ancestrais pela forma de equilibrar-se em dois pés...


Vigia, no seu cérebro, incapaz de entender as ocorrências, o pensamento vago, não-concatenado, que se foi ampliando através das fixações dos acontecimentos que o induziam a compreender o tempo através do aparecimento do Sol e da Lua, das suas fases de presença e de ausência, das intempéries, dos fenômenos sísmicos, da hostilidade do meio ambiente em que se encontrava...


A ausência do pensamento lógico e as circunstâncias em que se movimentava, facultavam-lhe a manifestação muito primária do arquétipo primordial, em forma arcaica, imprimindo no cérebro as impressões repetitivas que desenvolveríam, a longas penas, o Se//encarregado de transferir para as existências futuras, graças aos inconscientes coletivo e individual, os recursos preser-vadores dessas experiências.


Esse automatismo, pensamento primitivo - o amor de Deus no cerne do ser em desabrochamento - repetia as façanhas do primarismo animal, quando, por exemplo, a fera lambendo e limpando o filho, expressaria no futuro, o ósculo materno na face do ser que lhe nasce do ventre.


Enquanto alguns desses animais ainda devoram a placenta e retiram os líquidos adesos ao corpo do recémnascido com a língua, a mulher-mãe hoje acompanha o asseio do ser amado com deslumbramento e recebe-o nos braços, quando não lhe é colocado sobre o corpo, a fim de que ele continue experimentando a segurança que desfrutava no reduto intrauterino em que se desenvolveu durante nove meses...


Todo um processo evolutivo se desencadeou através dos sucessivos milênios, desde as formas antropoides até o homo tecnologicus, no qual o pensamento racional amplia a sua capacidade e torna-se virtual, adquirindo recursos para alcançar os parâmetros cósmicos, numa abrangência de ser numinoso, conforme a visão profunda de Rudolf Otto, o admirável filósofo e teólogo alemão.


Processo antropossociopsicológico


O psiquismo humano lentamente desenvolveu-se através das sucessivas investiduras carnais, transferindo cada conquista realizada para a nova etapa, de modo que se transformasse em possibilidade de crescimento e de riqueza interior.


Vivendo na floresta, onde tudo se apresentava agressivo, automaticamente esse hominídeo que trazia da sua origem - o mundo espiritual - alguns registros em forma de condicionamentos psíquicos, estes dados impulsionavam, embora muito lentamente, o cérebro a criar componentes neuronais para as funções pertinentes, que deveríam ser utilizadas no futuro, nas etapas mais nobres do seguimento intelecto-moral.


Desse modo, o medo surgiu-lhe como a primeira emoção, acompanhando as sensações primárias do prazer alimentar, do repouso e do sexo, que se irá transferir, de geração em geração, até aos nossos dias, nas variantes de receio, pavor, fobias...


Em face do mesmo, resultado também do desconforto ante as intempéries, começou a copiar os animais, cobrindo-se de folhas, peles, nos climas frios, ou mantendo-se despido, nos quentes, logo refugiando-se na furna, onde experimentou segurança.


Esse fenômeno desenvolveu-lhe o pensamento arcaico ou prémágico, responsável pelo instinto de conservação da vida, com mais definição do que a soberania do mais forte, que permanecerá por longos pelagos até mesmo na atualidade.


A observação das árvores que se incendiavam, quando as descargas elétricas das tempestades as atingiam, ou graças à autocombustão das que eram resinosas, nos fortes períodos de estio, impeliu-o a atritar pedaços de madeira e de pedras, copiando a ocorrência natural, assim produzindo faíscas e descobrindo o fogo, de inestimável serventia.


Esse fogo o aqueceu no inverno, ajudou-o a espantar os elementos perturbadores - animais e outros semelhantes a ele - facilitandolhe mais tarde, na caça e na pesca, o assar e cozer dos alimentos.


Não poucas vezes, queimando-se nas chamas, com as fagulhas ou o calor intenso, começou a perceber pelo pensamento o significado das labaredas e a sua posterior utilidade.


O arquétipo primordial que nele jazia, proporcionou-lhe o sentimento de proteção à prole, também vigente nas faixas anteriores da evolução por onde transitara, desenhando a futura constituição do clã, da família biológica, ensaio natural para a organização daquela de natureza universal.


A furna era-lhe segurança, agasalho, porque o defendia dos inimigos: os animais ferozes e humanos outros, no entanto, vitimado uma que outra vez pelos mesmos, saiu do abrigo na furna para construir as primeiras habitações, ora no alto das árvores, ora no solo, apesar de rudimentares, que se foram tornando mais complexas, conforme as necessidades lhe impunham em forma de mais garantia e agrado, preservando-lhe a vida.


As sensações lentamente abriram-lhe espaço mental para as emoções elementares, iniciais, acompanhando o pensamento em formação, ainda arcaico, a mais amplo desenvolvimento.


Não tendo a capacidade de entender as ocorrências, especialmente aquelas de natureza destrutiva, expe-rienciou a estranha emoção do medo asselvajado, que o fazia fugir, tendo em vista que, nas vezes em que as enfrentou, foi, por elas, vitimado.


A repetição contínua produziu-lhe o que hoje se denomina como a experiência do centésimo macaco, conforme o Dr. Lyal Watson. A investigação consistiu em serem atiradas por cientistas observadores do comportamento dos símios, após a Segunda Guerra Mundial, batatas doces aos macacos que viviam na Ilha Koshima, e que, embora as recolhessem, não as podiam comer, mesmo tentando, porque ficavam sujas com areia.


Um porém, de nome Imo, designação que lhe foi atribuída, pela primeira vez as lavou e comeuas, sendo imitado pelos demais que, oportunamente, as lavaram também, proporcionando ao alimento um sabor especial.


Quando o centésimo macaco repetiu a façanha, todos os demais, de todas as ilhas do oceano pacífico, sem nenhum contato, passaram igualmente a lavá-las.


Esse fantástico fenômeno de transmissão de experiências, sem contato direto, certamente aconteceu com os homens primitivos que, diante do medo, vivenciaram o avançar-ou-recuar, optando pela fuga, exceto quando, em faixa mais adiantada em relação ao pensamento, reuniam-se para a caça de animais de muito maior porte, usando objetos agressivos, tais como pedras lascadas, polidas, lanças, armadilhas...


Nada obstante, o enfrentamento direto sempre impulsionou-os à fuga, à busca de proteção e de manutenção da vida.


O medo, decorrente do fenômeno da perda da sobrevivência, instalou-se-lhe em forma inconsciente, como a problemática da morte, que ainda constitui para a criatura contemporânea, enriquecida pela ciência e pela tecnologia, fator primacial de transtornos de conduta, especialmente no que se refere à depressão, quando se trata da desencarnação de alguém querido ou da própria pessoa.


Inconscientemente, muitas vezes, ressuma nos indivíduos esse pavor da morte, tornando-se patológico, desesperador, tendo a causa remota no inconsciente coletivo - o medo das devastadoras forças ignotas do passado - e a próxima, no individual, como reminiscência de fenômenos atormentantes relativos à existência anterior desencadeadora do conflito.


A evolução é lei inevitável, e entre uma e outra re-encarnação eram fomentadas experiências evolutivas na Erraticidade, preparando o perispírito para modelações neuronais e fisiológicas propiciadoras de conquistas na área desse pensamento pré-mágico, quando as ideias eram como fantasias do inconsciente, transformadas em realidade, dando lugar às construções das palafitas, das excursões pelos rios, pântanos e lagos, encontrando outros seres semelhantes e deixando-se arrastar pelos acontecimentos imprevisíveis.


As observações em torno da Natureza fizeram-se mais aguçadas, tendo lugar a imitação dos sons animais, que abriu espaço para as primeiras comunicações rupestres, grafadas nas rochas que os abrigavam ou não, iniciando-se a verbalização, mediante sinais e sons articulados, que se imprimiram nos refolhos da alma, transferindo-se de uma para outra geração até a formação das palavras, sua elaboração gráfica, o êxito gramatical e fonético.


Começando a saber como comportar-se diante das forças desconhecidas e temerárias que dominavam a Terra, esse homem agora sonhador desenvolveu o pensamento mitológico ou mágico, fascinado pela abundância de expressões vivas a sua volta, perturbadoras umas, abençoadas outras, podendo situar-se com equilíbrio no solo, passando às edificações trabalhadas com refinamento ou não, protetoras e seguras.


A pouco e pouco, vinha dominando o solo, ense-mentando-o e colhendo o resultado do esforço, compreendendo as estações felizes e as difíceis, aprendendo a armazenar para os períodos menos prósperos, equipando-se de instrumentos que o habilitavam para uma existência mais confortável e amena, descobrindo, a seguir, os metais, o cobre, o ferro, o bronze...


e modificando a estrutura externa do planeta.


Surgiram as trocas de mercadorias com outros grupos humanos, compatibilizando a produtividade com a procura, até quando foram transformadas essas permutas em objetos de valor, raros e preciosos, em moedas...


O pensamento mágico avançou para a conquista de um novo estágio, o egocêntrico, que nele jazia em forma de belicosidade, de ambição desmedida, de reivindicação de direitos, de propriedade, de poder...


Essa fase tormentosa incitou-o ao recrudescer da violência, sempre quando não conseguia obter o que desejava pela persuasão e reavivava-lhe os instintos agressivos, que o tomavam insensato, preparando-o para o avanço no ramo da razão que reflexiona, compreendendo que o mundo a todos pertence e a vida é patrimônio superior, que não pode nem deve ser malbaratada por questiúnculas de significado nulo ou pernicioso.


O pensamento racional, com mais dificuldade passou a dirigir-lhe os atos, a ampliar-lhe o conhecimento, a fazê-lo melhor entender os mecanismos existenciais e as infinitas possibilidades de realização que se lhe encontram à disposição, dando lugar à ciência, à tecnologia, à informática, às comunicações virtuais, às telecomunicações, diminuindo os espaços físicos do planeta, prolongando a existência orgânica e tornando-a menos aflitiva, e propondo a legítima fraternidade que a todos deve unir...


No entanto, ainda está longe do alcance desse objetivo impar, em razão da variedade imensa de biótipos que se encontram em processo de desenvolvimento espiritual e moral.


Enquanto alguns já podem pensar mediante concepções abstratas em torno da vida e dos seus valores éticos, outros homens e mulheres ainda caminham pesadamente na sociedade, vivenciando experiências primárias do seu processo evolutivo, gerando situações conflitivas, exigindo recursos severos e educativos para melhor entrosamento nos diferentes grupos sociais pelos quais transitam.


É certo que, não necessariamente houve uma evolução em períodos adrede fixados, ou em fases limítrofes, ocorrendo, sem dúvida, saltos quânticos na escala da conquista do pensamento, de modo que somente nos últimos dez mil anos, aproximadamente, é que o raciocínio, o discernimento, a consciência passaram a instalar-se no ser humano, ensejando-lhe melhores reflexões em torno da vida.


Compreensivelmente, após o longuíssimo trânsito pelos instintos e reflexos condicionados, o breve tempo em que foi conquistado o pensamento lógico, este ainda não facultou ao homo sapiens superar os automatismos a que se encontra fixado, para melhor agir, ao invés de sempre reagir.


Os seus arquétipos ainda permanecem agressivos e defensivos, a sua conduta é mais do ego do que do Self, impondo-lhe contínuo esforço para domar as más inclinações, conforme acentua com propriedade o nobre Codificador do Espiritismo, Allan Kardec.


A moderna psicologia propõe-lhe essa mesma formulação, mediante a superação dos atavismos perturbadores em benefício das aquisições de bemestar e harmonia, no equilíbrio psicofísico que lhe deve viger em forma de saúde integral.


... E porque a mente não tem limites, o pensamento avança em soberania na conquista da experiência cósmica ou transpessoal, ampliando ao infinito as possibilidades humanas durante a vilegiatura do espírito na Terra.


Certamente, já existem muitos conquistadores do pensamento cósmico, que se têm tornado, através dos milênios, avatares, gurus, mestres, artistas, filósofos, fundadores de religiões, guias da humanidade, santos e apóstolos, mártires da fé e dos ideais, enfim, também todos quantos têm feito das suas existências exemplos de dignificação e de amor, de sabedoria e de beleza, vexilários que são dos futuros dias felizes. (*)


Processo religioso e legislativo


O pavor vivenciado ante as forças brutais da Natureza, inspirou ao homem primitivo a ideia de que a vida mata para poder viver.


Em toda parte ele observava a destruição e o renascimento, embora não soubesse aquilatar ou denominar tais acontecimentos.


Mas o suceder intérmino do binômio movimento e paralisia, ou vida e morte, levou-o à percepção das Forças indomáveis que o agrediam ou beneficiavam-no, sem que as pudesse controlar.


Foi esse o seu primeiro sentimento religioso defluente do medo, nascendo a ideia de matar para estar bem, a fim de poder viver, tendo lugar as primeiras tentativas de holocaustos humanos, grosseiros, a princípio, e sofisticados depois, como maneira de entrar em contato com os fenômenos que ultrapassavam a sua capacidade de administração ou domínio.


Essa ocorrência, porém, além da brutalidade evolutiva do ser humano, resultava do intercâmbio que se iniciava, em forma de inspiração defluente de entidades espirituais ainda grosseiras, que o conduziam no processo de crescimento intelecto-moral, demonstrando-lhe que se acalmavam com o ato hediondo, vampirizando o sangue das vítimas ou comprazendo-se na trágica ocorrência.


Impuseram-se como os primeiros deuses, cujos cultos se apresentavam asselvajados, no mesmo nível daqueles que o praticavam.


Isto porque, no seu estado como espíritos também primitivos, necessitavam dessa energia, para que pudessem continuar como instrumentos dos venerandos cooperadores da evolução terrestre, que os utilizavam em razão de maior afinidade com os compares terrenos.


A Lei, então, era natural - a da sobrevivência do espécime mais forte.


Paleontólogos em estudos avançados, na sua grande maioria acreditam que desde há 60. anos o homem de Neanderthal já apresentava conduta religiosa, certamente primitiva, como pródromo dos aprimorados cultos que surgiríam no futuro...


Lentamente, à medida que se lhe foi desenvolvendo a capacidade de entender a vida, acompanhando os fenômenos do tempo, das circunstâncias do meio ambiente, das lutas encarniçadas que sempre eram travadas, o psiquismo captou as fórmulas mais compatíveis para a submissão e convivência menos agressiva.


Mediante a comunicação oral, continuando mais gestual que verbal, surgiram as formas que, repetidas, se transformariam nos rituais ainda vigentes em diversas religiões, como heranças incontestáveis daqueles períodos da evolução.


A descoberta do fogo tornou-se um avançado passo, no mecanismo da evolução hominal, ensejando punições aos agressores, inimigos do clã ou membros dele, que se não submetiam ao natural domínio do mais brutal.


O medo se expressou como a melhor forma de imposição em relação ao respeito tribal, à divisão da caça, à preservação do clã, à constituição da família.


Os deslocamentos dos grupos, em face das auste-ridades climáticas, exigiam obediência às lideranças, consequentemente, automatizando-se-lhes os hábitos de ordem primitiva, como ensaios de futuras atividades sociais.


O período agrário impôs-se como contingência alimentar, as comunicações fizeram-se mais espontâneas, os silvos e gritos transformaram-se em articulações verbais, dando lugar ao entendimento entre os diferentes membros da comunidade tribal.


Espontaneamente, surgiram os rudimentos da mediunidade em alguns paleantropídeos, tornando-se a interferência dos espíritos mais direta, de forma que o grupo étnico avançou para experiências mais socializadoras e tementes ao Criador...


Enquanto o pensamento desenvolveu-se, também alterou-se a prática religiosa, agora em expressão poli-teísta, refletindo-se na variedade dos seres que amparavam ou que prejudicavam as tribos.


O despertamento para as doenças e disfunções do organismo levou os sensitivos sob a inspiração dos espíritos, à prática ritual de processos favoráveis à saúde, à libertação das influências danosas, ou aos prejuízos contra os seus inimigos, através dos holocaustes animais, superada a fase dos sacrifícios humanos, como pródromo de respeito ao seu semelhante.


Esses intérpretes transformaram-se em shamãs ou feiticeiros, e, temidos, pelos poderes de que davam mostras, passaram a ser os primeiros chefes, confundindo-se os poderes administrativos e religiosos que permaneceríam por muitos milênios nas sociedades terrestres...


O processo cultural se foi sedimentando através das experiências repetitivas, das reminiscências de outras existências, do despertar do psiquismo divino nele ja-cente e foram expressos em forma rudimentar, inicialmente, nas referidas escritas rupestres, em as narrações imaginosas, pré-mágicas, gravando nas memórias as notícias que passaram de uma para outra geração, cada vez mais astuciosa e hábil...


O culto religioso expressou a necessidade de ser-se leal ao clã, obediente ao chefe, colocando a vida à disposição do grupo.


Opensamento racional, vinculado às heranças egocêntricas, facultou o surgimento do castigo relacionado à forma como foi cometido o ato de insubordinação, posteriormente denominado crime, para servir de exemplo aos demais indivíduos - Lei ou pena de talião, também chamada de antiga.


A inevitável evolução do ser humano favoreceu-o com a lenta compreensão dos fundamentos existenciais, também, em razão da chegada, à Terra, de seres de dimensões espirituais fora do Sistema Solar, em expiação moral, portadores, no entanto, de grande desenvolvimento intelectual, que trouxeram informações mais profundas e verdadeiras em torno da vida.


Surgiram as civilizações da antiguidade oriental, os cultos religiosos diferenciados, as leis necessárias, quais o Código de Hamurabi, posteriormente, o Decálogo Mosaico, a romana Lex Duodecimi Tabularum, a Lei de amor, de Jesus...


Nasceu o conceito revelado do Deus Único, de Israel, o Monoteísmo assumiu diferentes formas, nas deidades também da índia governadas por Brahma, no pensamento filosófico e mitológico da Grécia, de Roma, dos diferentes povos, graças aos seusarquétipos e às suas revelações contínuas provindas do mundo espiritual.


A mediunidade tornou-se mais ostensiva e as comunicações mais frequentes, mais lúcidas, fossem aquelas que tinham lugar nos santuários, como aqueloutras que ocorriam naturalmente conforme as circunstâncias, com o objetivo de guiar as criaturas humanas.


Automaticamente, a partir de Jesus, já não se tornaram mais necessários os holocaustes humanos ou animais, embora prevalecessem em muitos povos, primitivos uns, civilizados outros com variações de métodos, para chegar, na atualidade, à conclusão de que o sacrifício mais agradável a Deus éoda transformação moral do indivíduo.


As religiões multiplicaram-se de acordo com as necessidades dos grupos sociais, as faixas predominantes de pensamento, os estágios antropológicos, ainda existindo algumas de expressões primitivas e outras metafísicas, ensejando a visão cósmica da Divindade e dos Seus atributos.


É compreensível o viger no Self de todas essas heranças ancestrais, apresentando os biótipos humanos em condutas variadas, nas suas complexidades múltiplas, vivenciando experiências transatas de que não se libertaram, conflitos profundos ou superficiais remanescentes dos períodos pelos quais transitaram.


Nos arquivos do inconsciente coletivo encontram-se registradas todas essas experiências da evolução, mas cada indivíduo preserva as próprias memórias no seu inconsciente individual, avançando, sem dúvida, com as bengalas psicológicas de que necessita, sem as quais mais difícil se lhe tornaria o processo de autoconsciência.


À medida que ressumam os conflitos decorrentes de vivências doentias, que se manifestam como tormentos destrutivos, de sua existência ou da de outrem, as ocorrências do barbarismo não superadas retornam, necessitando de racionalização, de enfrentamento lógico ou de psicoterapia apropriada para a libertação, avançando no rumo de conquistas mais compatíveis com o nível de civilização contemporânea.


As leis tornaram-se mais equânimes, embora ainda predominem as injustiças sociais, a dominação do mais forte, como indivíduo ou como nação, a intimidação através dos poderes econômico, político ou bélico, como heranças infelizes de que a sociedade não se pôde liberar, o ser humano respira clima emocional de melhor segurança.


Como é muito lenta a evolução da inteligência e a conquista dos valores éticomorais, o egoísmo continua propelindo às conquistas da ciência e da tecnologia, que sem respeito à vida ameaçam-na de extinção, pelo abuso de alguns povos, mediante a poluição da atmosfera - através de gases venenosos e metais pesados

—dos mares, dos rios, dos lagos, da destruição das florestas e de muitas vidas vegetais e animais, pela agressão ao seu meio ambiente.


Indubitavelmente, esse efeito é fruto amargo da poluição mental e do atraso moral do ser humano, que ainda não atingiu o nível do pensamento cósmico, demorando-se no racional-egocêntrico.


Como efeito lamentável, o medo volta a perturbar o ser humano, a ansiedade, a solidão tomam-no por inteiro e os conflitos fazem-se epidêmicos, levando-o às fugas espetaculares na depressão, na esquizofrenia, no distúrbio do pânico, ou ao consumo exagerado do álcool, do tabaco, das drogas aditivas e mesmo dos medicamentos psicotrópicos, alguns dos quais mal-aplicados, resultando em efeitos não menos danosos do que as doenças e transtornos que deveríam recuperar...


Aumentam os suicídios diretos e os indiretos, bem como a agressividade que desborda em violência urbana, filha espúria de outras violências ocultas ou veladas socialmente, que são também responsáveis pela miséria social, econômica, educacional, da saúde, do repouso, da alimentação...


Vicejam, paralelamente, algumas doutrinas religiosas ainda vinculadas ao fanatismo, à discriminação de raças, contra a mulher, contra as demais crenças que não sejam as exaradas pelos seus líderes.


Ninguém pode deter o amanhecer, estabelece velho brocardo oriental.


Da mesma forma, o progresso não pode ser detido, porque os seres humanos, que, às vezes, o postergam, passam, retornando ao proscênio da matéria, a fim de crescerem emocional e espiritualmente, iluminando-se e iluminando o mundo que lhes serve de colo de mãe e de escola para a aquisição da sabedoria...


Encontro com a plenitude


O lento e seguro processo de desenvolvimento do Self, adquirindo as inestimáveis conquistas do pensamento e ampliando-lhe o campo das emoções, faculta-lhe a aquisição do nível cósmico, diluindo as exigências do ego, de forma que se lhe integra nos objetivos essenciais e inevitáveis para a autorealização em plenitude como ser humano.


Desde o homem de Cro-Magnon ao biótipo sapiens-sapiens todo o crescimento de valores psicológicos vem-lhe ocorrendo mediante experiências repetitivas, nas quais o erro e o acerto têm definido o caminho a ser trilhado com sabedoria, sem o impositivo do sofrimento.


Essa grandiosa marcha de sublimação opera-se no espírito, que desabrocha todo o divino potencial de que se encontra possuidor, avançando no rumo da cosmovisão, numinoso e feliz.


Os conflitos naturais que foram herdados em decorrência de anteriores comportamentos, nessa fase, encontram-se solucionados no seu próprio campo, mediante os impulsos do arquétipo primordial que os propeliram à visão global da humanidade como um todo, no qual a célula individual executa um papel fundamental, harmonizando-se com todas as outras que constituem o conjunto.


Nada obstante, até ser alcançado o estágio transpes-soal, muitos resíduos desses experimentos evolutivos permanecem nos períodos diversos do pensamento, assinalando a criatura com as marcas aflitivas, que se apresentam como transtornos de conduta emocional, perturbações psíquicas sutis ou profundas, complexos e repressões de vária ordem...


O fato de atingir-se o pensamento superior, não implica, de início, a ausência de dificuldades existenciais que são detectadas, especialmente em razão do entendimento dos significados da vida apresentarem-se mais amplos e expressivos, sem os limites estabelecidos pelo ego antes dominador.


Uma análise cuidadosa, porém, da individualidade, auxilia a reestruturação da psique, facultando o esforço para a libertação das dificuldades, das fugas psicológicas, da culpa, do medo, da ansiedade, da solidão, identificando o profundo bem-estar que se deriva da alegria de viver de maneira saudável e jovial, sem tormento nem aflição.


O pensamento harmônico propicia, então, o equilíbrio psicofísico, em face das infinitas possibilidades de que dispõe a mente, especialmente no que se refere ao dualismo saúde-doença, trabalhando pela conquista possível da plenitude, mesmo durante a jornada carnal.


Certamente que essa conquista não se trata de uma auto-realização que conduz ao egoísmo, a uma indiferença pelo que se passa em volta.


Antes, significa uma conscientização das próprias responsabilidades diante da vida em favor do Si e da sociedade, sem o que, a cos-movisão ainda se apresenta limitada, necessitando de amplitude e de realização.


Sem qualquer dúvida, o ser psicológico é também biossocial, devendo promover o grupo no qual se encontra, e vivenciando os efeitos desse meio, num saudável intercâmbio de vivências emocionais, culturais, profissionais, tecnológicas, religiosas...


Transforma-se, então, num dinâmico agente da evolução geral, tomando-se em exemplo de vitória sobre as vicissitudes durante o curso de suas grandiosas realizações, sem amarras com o passado de onde procede nem angústias em relação ao futuro para onde se dirige.


O seu é o tempo atual, rico de possibilidades de auto-iluminação e não o linear, em face da amplitude de entendimento da vida e das suas inestimáveis contribuições.


O ontem converteu-se-lhe em hoje e o amanhã estagia num incessante momento atual de compreensão do papel que lhe cabe desempenhar a benefício pessoal e social.


A conquista do pensamento cósmico apresenta-se, portanto, sob vários aspectos, sem limite nem fixação unívoca, ampliando-se pelas diversas áreas do conhecimento artístico, cultural, filosófico, religioso, científico, moral...


por serem facetas da mesma realidade eterna.


Ludwig Van Beethoven, nada obstante surdo, atingiu o pensamento cósmico no momento da composição da Nona Sinfonia, o mesmo acontecendo a Handel, ao escrever o Aleluia, no extraordinário Messias.


Não somente eles, porém, mas toda uma extensa galeria de homens e de mulheres que alcançaram o pensamento cósmico, logrando a plenitude e prosseguindo no trabalho ininterrupto, sem deixar-se dominar pelo estado pleno, diminuindo o esforço de edificação dos ideais, antes, pelo contrário, mais afadigando-se por alcançar patamar ainda mais grandioso na escala da evolução.


No caso em tópico, não desapareceram muitos dos conflitos existenciais que os tipificavam, em razão dos impositivos castradores da época em que viveram, dos atavismos ancestrais, das frustrações sexuais e afetivas que, de alguma forma impeliram-nos para os ideais que abraçaram como caminho de libertação, como processo psicoterapêutico salvador.


Não fossem esses os seus compromissos iluminativos e ter-se-iam alienado, mergulhando em transtornos de grave porte.


Muitos deles, conquistadores do infinito, apresentaram-se algo estranhos ao conceito convencional, por vivenciarem experiências pertinentes ao pensamento cósmico, embora sem libertação dos níveis anteriores.


Da mesma forma como um estágio do pensamento depende daquele que foi vencido, nem sempre dele liberado, o vislumbrar do cósmico pode apresentar-se com tintas próprias decorrentes das fixações ainda não diluídas e pertinentes ao curso de crescimento.


O pensamento cósmico é, sem dúvida, o mais alto nível a ser conquistado pelo ser humano enquanto na roupagem física, no entanto, outros mais significativos existem fora dos limites do corpo, aguardando o infinito.


Krishna, Buda, Akenaton, Sócrates, Paulo de Tarso, Agostinho de Hipona, Descartes, Allan Kardec, entre outros muitos vitoriosos são exemplos grandiosos da conquista da plenitude, da cosmovisão, em cujo período de realização, e logo após, abriram os braços à posteridade num grande convite para a integração de todos os indivíduos na família universal.


Jesus Cristo, porém, guia e modelo da humanidade, é o exemplo máximo da harmonia e da cosmo-re-alização, de tal modo que, superando todo e qualquer impulso egóico, doou-se em regime de totalidade ao amor, para que todos aqueles que O desejassem seguir, experimentassem vida em abundância.


É muito confortador poder-se perceber que a superação dos instintos, graças à evolução do pensamento e da razão, constitui fenômeno natural, ao alcance de todos os seres humanos que, após ultrapassadas as fases mais primárias do processo antropológico, aspiram à conquista das metas reservadas à angelitude.


Em uma imagem poética, o Self sai da escuridão no rumo da luz, qual o diamante que se liberta do envoltório grosseiro em que se esconde, a fim de poder refletir na sua face límpida, após a lapidação o brilho das estrelas.


Temas para reflexão: "540 - Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da natureza operam com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, ou por efeito de instintivo ou irrefletido impulso? "Uns sim, outros não... Primeiramente, executam.


Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as do mundo moral.


É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo.


Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!"


* "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. " Mateus: 15-16.


Utilizamo-nos do estudo realizado pelo Prof.


Dr. Emílio Mira y López, sobre O Pensamento, que tem por base o desenvolvimento intelectual infantil.


Fizemos uma ampliação da respeitável tese, relacionando-a com o processo da evolução humana em reflexões de nossa exclusiva responsabilidade.


Nota da Autora espiritual.


mt 5:25
Triunfo Pessoal

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Encontro Com O Self


A visão hedonista sobre a existência humana tem levado multidões às alucinações do prazer, numa interpretação totalmente equivocada sobre a realidade do ser. A descoberta do significado da vida é de relevante magnitude, porque dá sentido à luta e aos desafios que surgem frequentemente, convidando o indivíduo ao avanço e ao crescimento interior.


Esse sentido existencial é uma forma de religiosidade que deve possuir um alto significado motivador para que o indivíduo não desfaleça nos empreendimentos evolutivos.


Não raro acredita-se em significados meramente materiais como os objetivos de toda atividade humana. Por certo, a conquista de valores imediatos produz estímulos internos; concitando ao prosseguimento dos esforços e à sua manutenção otimista. No entanto, serão aqueles subjetivos, nem sempre identificados pela forma e característica do convencional, que despertam e induzem ao prosseguimento de todos os sacrifícios.


Há quem, de maneira pessimista, assinale que a vida humana é uma infrutuosa experiência, na qual a dor e as transformações perturbadoras desempenham papéis significativos. Outros creem que o tédio e o desfalecimento que tomam conta dos indivíduos são responsáveis pela falta de metas legítimas, porque o ser humano é somente "um animal que pensa." Nada obstante, a beleza, a arte, a cultura, a ciência, a solidariedade, os sentimentos humanitários, a fé religiosa demonstram que o ser humano é um incessante conquistador, que avança resoluto na busca do fim pelo qual anela.


Se não cultiva um ideal religioso, encontra-se desvinculado do Fulcro gerador de vida, e, desse modo, desfalece com mais facilidade, por encerrar na anóxia cerebral e, portanto, na morte orgânica, todos os objetivos existenciais, o que não deixa de ser um grande engano. Há, mesmo, nesse tópico, indivíduos que, em se vinculando aos ideais de engrandecimento humano, tornamnos sua religião, na qual se realizam e desenvolvem outros contingentes de forças físicas, morais e psíquicas que os auxiliam nos enfrentamentos,

" tornando-os heróis internos, em si mesmos; vencedores de alto significado.


O Espírito humano é o mais elevado clímax da evolução antropossociopsicológica na Terra. No entanto, não constitui a etapa final desse processo, porque novos investimentos lhe são oferecidos ou adquiridos, quando encerrando alguns ciclos de conquistas, abrem-se-lhe novas frentes para o próprio engrandecimento.


Encontrando-se no campo objetivo da vida, crê-se que tudo deve ser considerado através dos padrões físicos, fisiológicos; materiais.


O ser humano, todavia, é um feixe de emoções por deslindar e desenvolver, de forma que se facultem estados interiores de bemestar e de plenitude, que independem de coisas e de lugares, de circunstâncias e de posses.


Não se trata de uma questão filosófica ou teórica, mas de uma realidade existencial, na qual todo indivíduo experiência valores internos que lhe podem estimular ao autoconhecimento ou bloquear-lhe as percepções extrafísicas.


Inevitavelmente, vendo a vida como um amontoado de enigmas; certo aturdimento invade a pessoa, que parece desestruturada para os resolver, temendo ser vencida pela variedade dessas ocorrências inesperadas. Sem embargo, o largo passo da Cultura; da Ciência e da Tecnologia, desvendando sem parar o desconhecido, diminuindo as dores excruciantes que antes eliminavam milhões de seres, muito vem contribuindo para que outros, que jazem ocultos e desafiadores, sejam também ultrapassados, deles retirando-se os benefícios que são decorrentes da sua solução.


Os atavismos que remanescem no ser, mantendo-o na faixa primária das reações comportamentais, têm tornado a existência tumultuada e, às vezes, quase insuportável, com os estertores das guerras de toda natureza, que se multiplicam no ser e à sua volta. Igualmente, as propostas filosóficas, éticas, morais; religiosas e humanitárias vêm trabalhando para que se altere essa situação lamentável, provocada por alguns ignóbeis legisladores que, atormentados e insanos, fazem-se responsáveis pelos tenebrosos comportamentos que assaltam a sociedade; tornando-a, muitas vezes, mais perigosa do que as selvas...


O esforço para se encontrar o significado existencial deve ser contínuo, porquanto a sua falta, o seu não conhecimento podem produzir transtornos internos que dão surgimento a processos psiconeuróticos.


Pessoas inteligentes, lúcidas, estoicas, bem-situadas financeiramente, amadas, quando perdem o sentido da vida e tombam nesse vazio existencial, que a Religião sempre preenche oferecendo metas transpessoais, sentindo-se inúteis; desenvolvem transtornos neuróticos que necessitam ser superados, reencontrando a razão de ser da vida, a utilidade de viver, as imensas possibilidades que lhes estão ao alcance para se tornarem felizes e plenas.


São, portanto, valores subjetivos, como a oração, a meditação; a reflexão, a calma e o trabalho em favor da renovação pessoal; que conseguem preencher emocionalmente, reestruturando o indivíduo em relação à existência humana.


Essa viagem silenciosa é intemporal, não podendo ser realizada em determinado período de tempo, através de objetivos imediatos, mas por meio de experiências psíquicas e emocionais que transcendem a consciência atual, oferecendo-lhe. meta segura mais adiante.


A necessidade da Religião ressalta pelo significado profundo de que se reveste, oferecendo compensação e equilíbrio após a vilegiatura carnal. Então, o significado existencial incorpora-se ao consciente atual e estimula as funções do pensamento, que passarão a trabalhar pela qualidade de vida e não apenas pela conquista de coisas que poderiam pressupor a totalidade externa das aquisições.


Ambições Desmedidas


As imagens arquetípicas do prazer, que surgem e permanecem no imo de todo indivíduo, respondem pelo que se convencionou denominar a conquista dos valores objetivos.


A educação hedonista, desde cedo, trabalha o aprendiz para que ele desenvolva a capacidade de não se deixar enganar, para os objetivos que lhe ofereçam recursos para triunfar no concerto social. As suas aspirações são direcionadas pelos pais e educadores que estabelecem quais as atividades rendosas, os empreendimentos lucrativos, os mecanismos sociais para o poder e o destaque na comunidade, empurrando os educandos em formação para esse campeonato insensato. Não conhecendo o pretérito desses Espíritos, violentam-lhes os objetivos do renascimento corporal, impondo-lhes, pela cultura e comportamento programado, a conquista daquilo que pode preencher as necessidades temporais e acalmar os desejos esfogueados.


Concomitantemente, abrem-se-lhe, na atualidade, as portas da libido mediante a experiência sexual antes da maturidade psicológica, produzindo conflitos vários que se lhes insculpem nos refolhos do ser proporcionando transtornos e aflições.


Vivenciando apenas a expressão física, esses educadores inábeis desenvolvem, nos seus aprendizes, como necessidade preponderante a valorização da ambição para atingir as metas sociais a qualquer preço, mesmo quando isso desenvolva perturbação íntima e conflito de consciência. Crêem que podem anular o discernimento, orientando para um único roteiro, que é o poder, que os aturde, ou que os infelicita quando conquistado; encerrando, nessa fantasiosa proposta, o sentido e o significado existenciais.


Vinculados a essas ambições desmedidas, surgem os impositivos da moda, estabelecendo padrões de beleza física; mediante descabidos mecanismos, que variam de época para época, conforme a perda do sentido da vida e o tédio disso decorrente.


Violentando a constituição orgânica do homem e da mulher; que pretendem competir com os mitos ancestrais, na beleza, na aparência, na força, e atingirem o pódio da perfeição estabelecida, surgem os ditadores da elegância impondo alguns dos seus conflitos e arrastando multidões imaturas para os seguirem em revoada que termina, quase sempre, em quedas desastrosas nos transtornos neuróticos, tais a anorexia, a bulimia, o desprezo por si mesmo, quando não conseguem atingir as medidas estabelecidas, caindo em sórdidos poços de depressão. Outrossim, sob a desculpa de irrigar bem o organismo e estimular o coração, são apresentados programas exagerados de musculação e de ginástica, que terminam por levar jovens ambiciosos e desestruturados aos esportes radicais com gravíssimos prejuízos psicológicos e orgânicos.


O fenômeno biológico é irreversível, e todos aqueles que nascem, morrem, abandonando a carcaça que lhes atendeu os compromissos durante o prazo para o qual foi programada.


A alucinada ambição de manter a juventude mediante implantes, cirurgias, hormônios e métodos bizarros, somente levam à inutilidade da vida, que perde o seu significado quando não é conseguido o objetivo banal, que se transforma em algoz impiedoso. Mas não cessa aí a luta daqueles que se entregam exclusivamente ao fenômeno passageiro. A competição que se teme, em relação aos mais jovens, com melhores possibilidades de êxito, cada vez mais juvenis, sem qualquer sentido de discernimento e compreensão para as atribuladas situações a que são empurrados pela beleza física, pela perfeição de linhas; pela elegância, que logo cedem lugar às naturais enxúndias e celulites, que se apresentam em diferentes partes do corpo; exigindo-lhes mais malhação, mais alimentação específica, mais tormento íntimo, mais entrega ao sexo, ou às libações alcoólicas; ou às ingestões de drogas químicas, tornam-se-lhes mecanismos de fuga que os ajudam a suportar as tensões...


Os deuses de um dia logo tombam do trono, cedendo lugar a outros que os substituem, desaparecendo nas sombras dos tormentos que vencem alguns e os submetem a processos de desesperação incomparável.


Com a precipitação para que sejam amainadas as ambições desmedidas, a criança e o jovem hodiernos dispõem cada vez de menos tempo para a imaginação criativa, para esse período enriquecedor, para os folguedos saudáveis, interrompidos pelas imagens da violência e do sexo em desalinho, quando o Self nessa fase, desenvolve-se e amadurece, estabelecendo as diretrizes de segurança e equilíbrio para a própria existência.


Da mesma forma, os esportes que celebrizaram os gregos; especialmente os atenienses, tornando-se profissionalizados; facultam que gangues e máfias administrem a maioria deles; transformando os desportistas vítimas das suas maquinações e perversidades, viciando uns para os aniquilar, utilizando-se de outros para lucros exorbitantes, marginalizando os competidores que não se lhes submeteram, destruindo o idealismo, a competitividade saudável que sempre existiram, para que as rendas sejam cada vez mais altas e os grupos dominadores mais poderosos.


A semelhança dos antigos gladiadores, os indivíduos despersonalizam-se, vivendo sob os holofotes da ilusão, sem amor, mas sempre cercados de interesses servis, sem paz, no entanto obrigados a parecerem modelos de conduta após alçados ao estágio mitológico.


Entre aqueles que armazenam valores amoedados, ao atingirem o topo, não lhes bastam o volume incalculável de dinheiro que acumulam, mas é necessário tornar-se o homem mais rico do mundo, um dos dez mais, o melhor investidor da Bolsa...


Enquanto isso, o ser humano que é permanece em plano secundário, valendo, enquanto domina, e abandonado assim que começa a descida nas requisições para as movimentadas festas sociais, substituídos por outros não menos ambiciosos e neuróticos.


Sem dúvida, alguns indivíduos que não perderam o sentido da vida, embora mantendo as ambições desmedidas, olharam para trás ou para baixo, como se convencionou dizer, e reservam algumas das suas moedas para as obras humanitárias de benemerência, com as quais, isto sim, imortalizam-se no mundo.


Outros, que se destacam na mídia devoradora e perversa; recordando-se das suas dificuldades iniciais, quando lúcidos e ainda não intoxicados pelos vapores da alucinação momentânea do êxito, apresentam-se em espetáculos beneficentes para atraírem público, revertendo às dádivas da sua imagem para auxiliar obras meritórias e vidas em soçobro.


Uma identificação religiosa do indivíduo trabalhará em favor da mudança das ambições desmedidas para a conquista do necessário, daquilo que produz poder e prazer, mas que não se transforma em gozo neurotizante de funestas consequências.


O ser humano deve aprender a ser feliz conforme as circunstâncias, introjetando e vivendo a compreensão da sua transitoriedade física e da sua eternidade espiritual.


Na juventude, a visão, não poucas vezes, distorcida pela imaturidade psicológica, pelo deslumbramento e pujança dos hormônios, o sentido da vida apresenta-se sob um aspecto que não corresponde à realidade. Só mais tarde, quando a maturidade e a velhice dominam as estruturas emocionais e orgânicas, é que se adquire o conhecimento real do sentido existencial.


Será maravilhoso o dia, quando se possa difundir o significado da vida e estimular os começantes nas experiências humanas a descobrir, cada qual, conforme suas emoções, o que lhe será de melhor e de mais compensador proveito. Assim, serão evitadas muitas manifestações neuróticas, especialmente as que decorrem do vazio existencial ou da frustração pelas não conseguidas ambições desmedidas que não têm fim...


Aflições da posse e da não posse


Envolvida pela filosofia da posse, a criatura humana pensa que o significado existencial seja essa conquista.


Assim acreditando, pensadores variados, desde remotas épocas da civilização ocidental, estabeleceram critérios para a sobrevivência feliz do ser, no báratro das incertezas terrestres.


Propuseram que a finalidade da vida, o seu sentido existencial; é o gozo e somente através da posse de recursos amoedados e outros se torna possível atender a essa exigência, porque aquele que tem pode e quando pode adquire o que lhe apraz, o de que necessita, condição essencial para ser feliz.


No jogo dos interesses sociais, no entanto, pode-se perceber que nem sempre a posse é responsável pelo significado que conduz à felicidade, porque não poucos aquinhoados apegam-se de tal forma aos bens que pensam possuir, que terminam sendo por eles possuídos em tormentosos dramas emocionais.


Receiam os acontecimentos internacionais, que alteram a escala de valores das moedas e dos empreendimentos, dos juros e câmbios, o que lhes produz ansiedade incontrolada, pela ameaça de perderem altas somas nas variações da Bolsa, na qual investem expressivas somas, que os fazem ricos e inquietos.


Passam a esquecer a própria identidade, acreditando que não são capazes de gerar simpatia e amor, companheirismo, e afetividade, porque aqueles que se lhes acercam, talvez estejam interessados nas suas posses mais do que nos seus sentimentos.


Quando isso não ocorre, o inverso se manifesta, gerando a crença absurda de poderem comprar fidelidade, carinho, saúde e paz.


Certamente, em determinados momentos, as moedas auxiliam na aquisição de recursos outros que propiciam segurança, equilíbrio orgânico, acompanhamento. No entanto, iludem-se, na maioria das vezes, aqueles que se aferram às posses, porque os seus nomes célebres e os seus tesouros atraem aventureiros de todo porte que desejam ser vistos ao seu lado, que planejam conúbios sexuais para os explorarem depois, enquanto se entregam, esses usufrutuários, a outros enganadores que os dilapidam e os abandonam após o uso...


São tais paradoxos humanos que produzem as vidas vazias, as vidas ressequidas, a falta de sentido existencial e de significado para lutar-se e crescer-se interiormente, descobrindo-se a real felicidade de viver.


Se, de um lado, existem os escravos do que têm, enxameiam no mundo aqueloutros estranhos dependentes da não posse, cujas vidas somente adquiririam qualquer significação se possuíssem...


Quanto mais adquirem, mais esperam reunir, transferindo para o futuro as suas aspirações e vivendo do que falta, em tormentosa conjuntura neurótica.


A verdadeira libertação da posse enseja também a da não posse. O que não se tem, bem examinado, não faz falta, porque é possível viver com aquilo que está ao alcance, desde que se coloque a mente e o sentimento no padrão em que se encontra.


Quem tem dinheiro e poder, às vezes sofre carência de saúde e de paz, ou de amor e de ternura, ou de liberdade para fazer o que lhe interessa e não somente o que as circunstâncias lhe exigem.


Igualmente, quem não o tem, pode encontrar-se em alegria e confiança de melhores dias, ou em clima de resignação; experienciando a escassez que o auxiliará a administrar a abundância quando ou se chegar a alcançá-los.


Ultrapassada a questão da posse e da não posse, ocorreu a alguns filósofos que a existência é sempre assinalada pela dor, e em face dessa constatação, apresentaram a proposta estoica, que via o mundo apenas do ponto de vista material. O significado da vida deveria ser a luta travada para superar o sofrimento, vivendo de acordo com a Natureza e resignando-se aos impositivos do destino, à justiça, porque o mundo, em consequência, seria justo; em razão de ser racional. Através do eudemonismo, na visão estoica, a finalidade existencial consiste em exercitar a própria virtude, aprimorando-se sempre para alcançar a felicidade.


Embora a proposta eudemonista, os estoicos também se empenharam muito em favor de mudanças do conjunto, através de severas críticas sociais e políticas.


Iniciado por Zenão de Cítio e desdobrado o estoicismo em diferentes fases do desenvolvimento da cultura e do tempo, foi adotado por notáveis pensadores do pretérito remoto e próximo; que o levaram a Roma e o espalharam por toda a Europa, dando lugar, no período novo, quando adotado pelos romanos, a especulações de caráter religioso e moral, havendo-se destacado nessas fileiras, dentre outros, Sêneca, Marco Aurélio, Epícteto; que lhe ofereceram considerável contribuição.


Assim mesmo, a atitude estoica não deve ser encarada como a meta do significado existencial, porque, não raro, ao aceitarem-se as injunções do mundo material surgem situações morais e emocionais que não podem ser controladas, e que induzem ao desespero e ao desequilíbrio, tanto quanto o inverso é verdadeiro.


A busca do significado prosseguiu e encontrou no idealismo a primazia do mundo transcendente ou das ideias sobre o material; orgânico e único. O conceito é vasto e situa na consciência todas as coisas e o próprio mundo, convidando o ser à percepção dessa realidade. Iniciado na Escola de Eleia, na Grécia, vicejou largamente através dos tempos, tornando Descartes o pai do idealismo moderno, que propunha a busca da verdade legítima; que não pode ser encontrada nas coisas, seja como for que se apresentem. Dividindo-se, posteriormente, em duas correntes: o empírico e o absoluto, foi enriquecido por filósofos extraordinários, que tentaram demonstrar a necessidade da conquista interna relevante. Hegel, por exemplo, propôs que a verdade precede e gera o ser.


Nessa proposta, o pensamento de Platão ressurge, quando demonstra que o ser é o real, sobrevivente e precedente ao não ser, elucidando que o Espírito vem do mundo das ideias, ao qual retorna, assim estabelecendo conduta ético-moral expressiva e dedicação aos nobres objetivos existenciais.


A busca psicológica do significado existencial deve revestir-se; portanto, de uma visão idealista do mundo, sem os excessos que desprezam os valores materiais, mas também sem o apego a esses, pensando-se em assegurar o futuro para onde se marcha.


A saúde emocional e orgânica resulta, nessa tese, dos fatores que diluem a ansiedade e alteram as heranças do passado; oferecendo novos arquétipos que podem ser elaborados conforme as necessidades que surjam e as aspirações que o inconsciente pessoal libere, já que nele encontram-se armazenadas as propostas do progresso e da felicidade humana.


Consciente das naturais limitações impostas pelo não ser, que é o corpo, sempre em constantes alterações, o indivíduo dá-se conta que é necessário superar a clausura carnal e alcançar o Self, concedendo-lhe primazia no comportamento, de forma que os conteúdos psíquicos identifiquem-se com o ego, harmonizando aspirações e anseios que devem marchar juntos.


Alcançar o ser consciente, descobrindo os objetivos essenciais da existência, torna-se uma psicoterapia preventiva, trabalhada pelo autoconhecimento, ou de natureza curadora, quando estejam em processo de instalação os desafios e conflitos que resultam da busca equivocada da posse ou da não posse, até então tidas como objetivo essencial do indivíduo.


Encontro Com O Self


O notável psiquiatra Carl G. Jung definiu o Self como: "a totalidade da psique consciente e inconsciente", acrescentando que: "essa totalidade transcende a nossa visão porque, na medida em que o inconsciente existe, não é definível; sua existência é um mero postulado e não se pode dizer absolutamente nada a respeito de seus possíveis conteúdos?


Nada obstante a sua muito bem-elaborada conceituação, se o consideramos como o Espírito imortal que precede à concepção e sobrevive à dissolução carnal, teremos, nos depósitos profundos do seu envoltório semimaterial, que é o períspirito, o mero postulado que é o inconsciente pessoal, no qual estão arquivadas as experiências ancestrais resultantes de todas as reencarnações ao longo do processo evolutivo a que se encontra submetido. Esse arquétipo, imagem original ou imago Dei que vige no ser humano e concede-lhe a abrangência da consciência e da inconsciência; respondendo pela sua totalidade, procede do Arquétipo Primordial, Consciência Cósmica, Deus ou Causalidade Absoluta.


Toda atividade consciente ou não do ser humano deve dirigir-se para a perfeita identificação do Si-mesmo, integrando os conteúdos psíquicos remanescentes das memórias pretéritas -
extratos das reencarnações ínsitos no inconsciente pessoal —

com o ego, de maneira que a sua seja a busca desse Arquétipo Primordial, de modo a conseguir a harmonização de natureza cósmica, que deverá ser a fatalidade do processo evolutivo.


Nessa jornada de integração dos conteúdos psíquicos com a realidade do Eu, os valores éticos se destacam propondo o equilíbrio do ser, que se liberta das fixações perturbadoras que dão curso aos distúrbios neuróticos, assim como aos conflitos que procedem dos erros cometidos, e que se impõem como necessidades reparadoras em forma de transtornos de diferentes graus.


A autoconsciência se lhe afirma à medida que descobre o objetivo essencial da existência humana, que é a autoidentificação, percebendo todos os valores que se lhe encontram em latência aguardando o desenvolvimento das possibilidades para torná-los vibrantes e participantes da vida.


Os remanescentes conflitivos cedem, então, lugar à saúde emocional, a pouco e pouco, substituídos pela segurança de conduta, pelas realizações enobrecedoras, pela superação dos tormentos da consciência bem como da culpa, permitindo-se crescer sem fronteiras ou limites, desbravando todo o potencial inconsciente que jaz ignorado, não obstante seja portador de tesouros incalculáveis, e não somente de angústias e perturbações que ressumam periodicamente em forma de desequilíbrios.


O ser humano é o protótipo máximo do processo evolutivo até o momento, cabendo-lhe descortinar horizontes grandiosos e avançar com decisão para conquistá-los.


Para quem se empenha nessa luta, não existem limites que não possam ser conseguidos, desde que as dificuldades e os desafios sejam considerados como estímulos e possibilidades por alcançar.


O hábito da reflexão e o exame dos conteúdos espirituais que procedem das diferentes épocas do pensamento tornam-se valiosos contributos para a conscientização do Self, que supera os automatismos anteriores a que se vê compelido para agir com acerto e consciência nos variados cometimentos que lhe dizem respeito.


Se, por acaso, algum distúrbio lhe tisna, por momentos, a claridade do discernimento, compreende que se trata de uma herança perturbadora que deve ser ultrapassada, diluindo-a; mediante a autoconsciência, que permite encontrar o melhor recurso a ser utilizado. Ante as investidas neuróticas, defluentes de fatores endógenos ou exógenos, que fazem parte do processo evolutivo, aceita-as e enfrenta-as com lucidez mental e compreensão emocional, permitindo--se novas experiências saudáveis que se sobrepõem ao conflito, eliminando-o.


Ninguém atravessa a existência sem essas heranças perturbadoras, que se encontram na própria essência do ser.


Apesar disso, a consciência do Si ajuda-o a enfrentar os aparentes impedimentos, insculpindo novos valores que se desenvolverão lentamente, conquistando os espaços antes ocupados pelos temores injustificáveis ou culpas superáveis.


Fobias, ansiedades, amarguras, fixações torpes, encontram-se no inconsciente pessoal, resultantes das experiências variadas que não foram eliminadas por-catarses indispensáveis à sua eliminação. Para tanto, os processos psicoterapêuticos têm por meta, além de os sanar, integrar o ser nos valores profundos do Self, na sua consciência divina, onde pulsam as vibrações cósmicas do amor, encarregadas da sustentação da vida e de todos os seus atributos.


Quanto maior for a conscientização do Self, mais fáceis se lhe tornam os avanços no desdobramento dos inimagináveis tesouros de conhecimentos, belezas e harmonias, que estão adormecidos nos seus refolhos mais delicados e profundos.


A adoção de um comportamento rico de religiosidade, sem temor nem ansiedade, sem transferência da realidade objetiva para as fugas subjetivas, superados os mecanismos conflitivos que induzem à busca da fé religiosa somente para fugir dos desafios mundanos, constitui uma metodologia preciosa e saudável para o mister de integração plena e tranquila nos superiores objetivos existenciais.


Na condição de Psicoterapeuta por excelência, Jesus; analisando os conflitos que atormentam o ser humano, exarou com sabedoria, conforme as anotações de Mateus, no capítulo cinco do seu Evangelho, no versículo vinte e cinco: "Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão."

Inevitavelmente percebe-se que o adversário é interno, são as paixões dissolventes que aturdem o ser, e que, em desalinho; encarceram a consciência nos conflitos, gerando os tormentos a que se entregam todos aqueles que se deixam vencer pela culpa; transformada em fobia, ou em angústia, ou em ansiedade, ou em insegurança, ou em transtorno neurótico de outro porte qualquer.


Logo depois, no versículo vinte e seis do mesmo capítulo, Ele aduziu: "Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil."

A oportuna referência tem um caráter terapêutico, lecionando que se faz necessária para a paz íntima, a reconciliação com o adversário — os referidos hábitos mórbidos, perturbadores; transformando-os em agentes de progresso e de renovação; mediante os quais se instalam o equilíbrio, o bem-estar, a saúde; o Reino dos Céus na Terra transitória.


Essa salutar identificação dos valores do Self, a perfeita integração nele, constituem uma das bem-aventuranças, aquela que faculta ao homem a felicidade terrena, prelúdio da vida espiritual futura a que está destinado.


mt 5:25
Garimpo de Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 25
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

(Re)conciliação é momento de amor no desenvolvimento dos elevados valores da vida.


A existência física de todos os indivíduos é assinalada por sofrimentos e lutas que não cessam. Sai-se de um estágio difícil e inicia-se outro, defrontando-se novas formas de experiências, nas quais o desalento e a dificuldade parecem unir-se para obstaculizar a marcha do viandante.


Aqui é alguém que deserta da companhia, ali é a trama da ignorância travestida de perversidade, conspirando contra a paz, mais adiante é a infâmia urdindo dissabores sem conto. E o viajante do carreiro carnal, também desestruturado emocionalmente e sem os requisitos espirituais para compreender as ocorrências necessárias, acumula amarguras e decepções, que se transformam em ressentimentos e ódios perturbadores.


Ignorando a legitimidade do amor, por não o haver ainda vivenciado, acredita que qualquer tentativa de insculpi-lo no íntimo redundará inútil, senão perniciosa, em razão de, aparentemente, não haver campo para a sua vigência.


Acumulando fel e desar, quem assim se comporta recua ante as possibilidades de expressar afeto, desconfiando das manifestações dessa natureza que lhe são direcionadas.


Sem dar-se conta, torna-se pessimista em relação às demais pessoas, à sociedade, à vida, tornando-se amargo e desinteressado de relacionamentos mais profundos, receando experimentar sofrimentos mais graves.


O amor, no entanto, é poderoso elixir de longa vida, que restitui as energias gastas e as esperanças fanadas.


Os acontecimentos nefastos que são relacionados, de forma alguma defluem da sua natureza, sendo antes fruto do primarismo do sentimento humano que se apresenta em forma inicial de crescimento, direcionando-se no rumo da afetividade.


Porque ainda asselvajado, não possui uma ética de comportamento que estabeleça o código de como proceder em relação ao outro, àquele a quem se dirige, permanecendo instável, interesseiro, amorfo, não definido. À medida que conquista as paisagens do sentimento, altera a constituição e passa a expressar-se de maneira diferente, propiciadora de confiança, estabelecendo elos de legitimidade com que se aformoseia e se encanta.


O amor jamais causa dissabor, nunca decepciona nem se desaponta. Isso porque nada espera em resposta, evitando impor-se como manifestação egoísta ou tornando-se cediço em nome da afeição, quando a sua deva ser a atitude de coerência com a realidade.


Eis por que, no amor, uma das maneiras mais graves de manifestar-se será quando convidado a negar algo que não corresponde à legitimidade dos acontecimentos ou simplesmente não deva ser concedido. Pode chocar, jamais iludir, não temendo a reação daquele a quem se dirige e que, talvez, não lhe compreenda a atitude veraz, dignificadora.


O amor, também, mesmo nos momentos mais ásperos, jamais interrompe a sua ação, permanecendo integral, embora não manifesto de maneira objetiva, sensorial. Nessa atitude silenciosa e quase desconhecida emite energias de alta potência que vitalizam o ser amado, que lhe ignora a procedência.


O amor é conciliador, no entanto não se acumplicia com aquilo que é incorreto.


Possui o dom de perdoar, olvidando todo o mal apenas para recordar-se de todo o bem que pode vislumbrar em qualquer ação ou pessoa.


Reconcilia-se com o adversário, aquele que se fez inimigo e se comprazia em manter uma atitude hostil, responsável por situações desagradáveis e prejudiciais. Não cobra estipêndios morais, a fim de estabelecer a paz. Expressa a verdadeira conciliação, auxiliando o incompreendido ou malsinado a conviver em harmonia com aquele que o infelicitou ou lhe gerou problemas, não os recordando, tampouco solicitando esclarecimentos e justificações, aliás, muito do agrado do egoísmo doentio.


A conciliação, que é filha direta do perdão e da compaixão, faculta inusual júbilo do sentimento, que tudo apaga e esquece, compreendendo que aqueles comportamentos anteriores eram resultado da ignorância e das experiências iniciais do processo evolutivo.


Reconciliado no mundo interior, aquele que ama esparze jovialidade, modificando a aparência física que retrata o estado emocional interno, assim catalisando simpatia e saúde espiritual.


Essa conquista de reconciliação não espera, necessariamente, o ressarcimento, e porque nada aguarda, nunca se decepciona quando ainda permanece incompreendida ou não é aceita pelo outro, o seu opositor.


Não é importante que aquele a quem é dirigida agasalhe-a, considerandoa oportunidade adequada para o estabelecimento da paz. O seu valor consiste no que significa para quem a desenvolve, pouco lhe importando os resultados que disso advenham.


O amor é rico de conciliação, porque sabe que essa é a atitude melhor, que somente pode produzir frutos sazonados, e que um dia esplenderá em um hino de solidariedade e de paz entre todos os seres.


Por extensão, confia no poder dessa força intangível, mas que movimenta o Universo, sabendo inconscientemente que, cedo ou tarde, a sua doação retornará pelos movimentos especiais de fraternidade, entendimento e amizade.


Não seja estranhável se a pessoa que deseja realmente amar envolve-se em problemas e conflitos. Por não saber ainda os mecanismos sutis do amor, procura expressá-lo nas ocasiões inadequadas às pessoas imaturas e despreparadas, recebendo de volta complicações e dúvidas ultrajantes.


É compreensível que tal aconteça, se for considerado que o amor exterioriza-se no emaranhado dos relacionamentos, interligando pessoas de temperamentos diversos, de diferentes culturas e condutas, não as julgando ou as condenando, não concordando ou deixando de anuir com a sua forma de ser.


Aprende-se a amar. O sentimento surge espontâneo, porém desenvolvese pela experiência, mediante a sabedoria e convivência com os demais seres humanos.


Os relacionamentos não são muito fáceis, porque cada um tem a sua própria historiografia escrita na sua maneira de ser. Dificilmente dois indivíduos respondem da mesma forma aos apelos do amor, seguindo, não poucas vezes, veredas diferentes. O amor os entende e avança ao seu lado até onde é possível, prosseguindo não conforme agradaria, porém consoante lhe convém.


Esse é um dos momentos mágicos do amor e da conciliação: saber onde parar, quando prosseguir e como fazê-lo… O Mestre do amor referiu-se com imensa propriedade: Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele.


Para que haja essa (re)conciliação é necessário que o amor impere no país dos sentimentos, oferecendo paz e perdão ao ofensor, sem o que o gesto de busca e encontro perderia o seu significado, por manter apenas uma posição exterior. (Re)conciliação é momento de amor em pleno estágio de desenvolvimento dos elevados valores da vida.


mt 5:25
Dimensões da Verdade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 53
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Falsas noções de caráter insistem no culto à personalidade, estimulando o egoísmo e os males que dele decorrem.


Conceitos retrógrados repetidos maquinalmente prescrevem a manutenção do clima de ódios e mágoas, em nome da honra.


Considerações obsoletas, transmitidas de geração a geração, atentam contra a harmonia da família humana com funestas consequências.


Para uns, dignidade significa acendrada consideração ao próprio "eu". Para outros, representa valor que exige desforço pessoal em vindita despótica, quando se creem feridos...


No entanto, nem os primeiros nem os segundos interpretam com justeza a elevada posição da honradez.


Agir com brio ou reagir em nome dele são efeitos mui diversos de conduta social e humana.


A violência perde a força no choque com o não-revide.


O crime se entibia e desaparece diante do amor.


O desrespeito cessa quando desabrocham ás vergônteas vigorosas da saúde moral. E em razão disso, o caduco direito da força sucumbe ao imperativo da força da verdade e do direito.


* * *

Enquanto as suscetibilidades infestam o homem, este mantém nocivos compromissos com a inferioridade.


É necessário despojar-se de toda cultura perniciosa para que ensejem seminários de enobrecimento.


Em vista disso o perdão irrestrito e incondicional tem primazia no programa de renovação de todo homem que busca espiritualizar-se.


Uma fagulha de ira pode atear fogo num depósito de ódio Iatente.


Uma palavra de cólera oferece combustível para desmandos injuriosos.


Estremunhamento conservado — antipatia em elaboração.


Suspeita incensada — declive derrapante para a inimizade.


A animosidade vitalizada é semelhante a úlcera pútrida nos tecidos orgânicos. Suas emanações venenosas empestam aqueles que se acercam, ampliando o campo de virulência...


Somente o amor, nas bases em que o postulou Jesus, dispõe dos recursos para a conservação da honra no esmero do caráter.


Evita, pois, a maledicência que dilata o círculo das malsinadas suspeitas, buscando aquele que talvez ignore o mal de que te supões vítima, esclarecendo a dúvida e põe cobro e sementeira da aversão em começo...


* * *

No versículo vinte e cinco das anotações de Mateus, no capítulo cinco, (Mt 5:25) está registrado: "Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele"... para que a serenidade real te siga imperturbavelmente.


Hoje o ofensor está contigo. Amanhã, talvez, não o tenhas mais ao lado.


Agora é o momento de desculpar. Depois o tempo terá agravado o. mal.


Possivelmente quem te magoa carrega pesado tributo de desequilíbrio emocional sob tormentos que desconheces.


Perdoa hoje e já. Faze mais: ama o verdugo da tua harmonia íntima, da tua honra...


Há forças tirânicas a conspirarem contra o império do amor na Terra.


A Doutrina Espírita revelou-te que, na Erraticidade, deambulam, infelizes e sediciosos aqueles que desencarnaram vencidos pelo ódio, corroídos pela azedia do ciúme e dominados pela paixão.


Evoca o Mestre traído pelo companheiro obsidiado; Pilatos indiferente por cegueira moral obsidente; Pedro acovardado por hipnose obsessiva; os amigos distantes por obsessão coletiva e a turba desenfreada por momentânea subjugação, que a todos comandava para a execução do hediondo crime. Todavia, perdoando a todos, antes de morrer, enquanto os perseguidores estavam ali, o Mestre, exorando bênçãos ao Pai, clareou as mentes obnubiladas com o corretivo incorruptível do amor, em festa de luzes inapagáveis„
mt 5:28
Em Busca da Verdade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

O mundo objetivo, a realidade das sensações exercem um poderoso controle sobre a psique humana, em face das restrições e condicionamentos defluentes dos seus significados.


Encarcerado o Self nos condutos cerebrais pelos quais se expressa, na infância registra ocorrências que serão as matrizes do seu comportamento, dando lugar às manifestações de equilíbrio ou desarmonia que acompanharão o indivíduo por toda a existência.


Em razão da anterioridade ao corpo, traz, também, armazenados no perispírito os contributos das vivências passadas, que se manifestam desde cedo, como tendências, aptidões, anseios ou conflitos, inquietações, impulsos autodestrutivos, de sublimação e complexos de comportamentos que irão tipificar o ser humano.


Carregando, no entanto, ínsita no cerne das estruturas energéticas desse mesmo Self, a imago Dei, lentamente indu-lo às conquistas dos espaços, à ampliação do entendimento de si mesmo e dos outros, à saída dos contornos limitados da organização cerebral, às percepções de outras realidades, incluindo as de natureza paranormal, que muitas vezes encontram-se fixadas na superconsciência, facultando a descoberta do mundo da energia com as suas variações surpreendentes.


Fenômenos incomuns, inabituais surgem na infância, estados paroxísticos apresentam-se espontâneos, alucinações surpreendentes ocorrem, durante toda a existência, chamando a atenção para a vida em outras dimensões.


A força, porém, incoercível, da matéria e dos seus implementos, os condicionamentos orgânicos e os mecanismos convencionais da educação e do conhecido, criam embaraços a essas manifestações, produzindo recalques e castrações, quando não produzem os fenômenos do pavor e os conflitos psicológicos que empurram para alienações e desastres de conduta.


Ocorre, porém, que a mediunidade é uma faculdade orgânica inerente a todos os indivíduos, conforme a definiu com segurança o mestre Allan Kardec, estabelecendo metodologias e disciplinas de educação e aprofundamento das suas expressões.


A vida, em consequência, rompe a barreira do mundo físico e das suas manifestações para expressar-se em toda a sua plenitude como de natureza energética ou espiritual, constituindo a realidade pulsante de onde emerge a de formação material, por onde o Espírito transita muitas vezes, em períodos breves estabelecidos entre o berço e o túmulo.


A psicologia analítica não pode negar-se a uma investigação honesta em torno do tema, considerando as próprias experiências paranormais de que foi objeto o eminente neurologista e psiquiatra Jung, conforme as suas próprias narrações e todos os tumultos em que esteve envolvido, atraído pelo invisível e resistente ao seu apelo irrefreável.


Foi necessário que uma enfermidade fizesse-o diminuir o controle sobre a consciência, a própria resistência, a fim de, logo depois, escrever a sua Resposta a Jó, realizando a extraordinária façanha quase que de uma só vez, informando que se sentiu pegar o espírito pelo cangote (que) foi o modo pelo qual este livro nasceu.


Outras marcantes experiências levaram-no a interessar-se pela fenomenologia mediúnica, sendo ele próprio instrumento constante para a sua ocorrência, especialmente quando, na Inglaterra, passando fins de semana numa residência assombrada no ano de 1920, confessou o estado de ansiedade que o dominava à noite, quando ocorriam diversas manifestações estranhas, ruídos que se assemelhavam ao roçar da seda e ao gotejamento.


Entretanto, foi nessa ocasião que observou uma aparição, à distância de cinquenta centímetros, sobre um travesseiro, que era a cabeça de uma mulher, em constituição semissólida com um dos olhos semiaberto que nele se fixava.


Ao término do fenômeno, que se prolongou por alguns minutos, ele acendeu uma vela e ficou o resto da noite sentado em uma poltrona meditando.


Mas essa foi, somente, uma das muitas ocorrências parapsíquicas que lhe sucederam durante a existência desde a infância, devendo-se recordar que a sua genitora havia sido médium, e que o seu avô referia-se ao aparecimento da esposa desencarnada, que se sentava numa poltrona que mantinha no seu gabinete e lhe ditava alguns dos sermões.


Ainda, segundo informações de sua secretária Aniela Jaffé, o grande pesquisador participou, conforme fizera antes com sua prima, no começo da sua carreira, de experimentos com o extraordinário investigar Schrenck-Notzing, tendo como médium o famoso Rudi Schneider, que produzia fenômenos de materialização. Isso durante o ano de 1920. Mais tarde, em 1930, assistiu a outras experiências de materialização com o referido investigador e outros cientistas.


Em decorrência de muitas reflexões nesse campo, acentuou, oportunamente: Se, de um lado, nossas faculdades críticas duvidam de todo caso individual de aspecto espírita, somos, con tudo, incapazes de demonstrar um caso sequer da não-existência de Espíritos.


Devemos, por esse motivo, limitar-nos, a esse respeito, a julgamento non liquet, ou seja, não está claro, a coisa oferece dúvida, não está bem esclarecida, há necessidade de maiores informações.


Noutra oportunidade, escreveu: Embora eu nunca tenha feito qualquer notável pesquisa original nesse campo (psíquico), não hesito em declarar que observei uma quantidade suficiente de tais fenômenos (participando, então, das surpreendentes pesquisas do barão Albert Schrenck-Notzing), que me convenceram inteiramente de sua realidade.


Não pôde Jung dedicar-se a esse campo experimental porque a sua tarefa científica era outra, à qual deu toda a existência, abrindo horizontes quase infinitos para a psique, em favor da construção da psicologia analítica, muitas vezes combatida com vigor pelos adversários gratuitos de todas as ideias novas.


O espaço das pesquisas ficou em aberto para os seguidores e discípulos do valoroso mestre do estudo da realidade esmagadora, procedendo a pesquisas exaustivas, nele mesmo e nos seus pacientes, para mergulhar mais no contexto histórico e psicológico da vida.


A mediunidade, inerente a todos os seres humanos, em diferenciado grau de desenvolvimento, influi no comportamento do ser psicológico, dando lugar a conflitos parapsíquicos, muitas vezes interpretados como pertencentes à realidade objetiva.


O ser humano é, desse modo, muito mais complexo do que a dualidade psique-corpo, mente-matéria, nele se encontrando o Espírito imortal e o seu envoltório perispiritual encarregado da modelagem das formas físicas nas multifárias reencarnações.


Mediante a visão espiritual do ser, muitos conceitos junguianos encontram confirmação de alto significado, por estarem centrados na realidade subjetiva expressa por intermédio da vasta fenomenologia mediúnica e pela conjuntura de ser o indivíduo possuidor de recursos não próprios, que se lhe associam mediante o intercâmbio com outros seres desencarnados que o cercam e que fazem parte do seu comportamento psíquico, emocional e físico.


A busca interior não se pode deter na periferia da realidade física, mas penetrar no cerne do ser e das suas faculdades, ampliando o elenco de realizações com a visão do indivíduo indimensional, o Self com os seus atributos divinos.


Identificando o inconsciente


A nossa abordagem a respeito do inconsciente, no presente item, refere-se ao coletivo e não ao individual, onde se encontram os mais antigos arquétipos e se sediam inúmeras emoções, como o medo, a angústia, a ansiedade, a vida e a morte...


Esse inconsciente encontra-se nas camadas mais profundas da psique, constituindo-se os arquivos mais significativos e duradouros de que se têm notícias.


Abarcando o conhecimento geral dos acontecimentos do passado, responde por inúmeros conflitos que assaltam a criatura humana, revelando-se, especialmente, nos sonhos repetitivos, simbólicos e representativos de figuras ou fatos mitológicos, cuja interpretação, além de complexa, constitui um grande desafio.


A psicologia analítica, através do seu fundador, nele deposita a existência dos arquétipos, especialmente do Self animal us, ego, persona, psicóide, sendo, realmente desconhecido, tendo também um caráter de um constructu energético não localizado, sendo, em últimas palavras uma hipótese, pela imensa dificuldade de demonstrá-lo de maneira concreta...


O conceito do inconsciente, de alguma forma, nessa significação, é muito antigo, do ponto de vista filosófico desde Plotino, passando por Platão, na antiguidade, e prosseguindo com Leibnitz, Goethe e outros pensadores de ontem como da atualidade.


A sua observação não pode ser realizada de forma objetiva, mas somente penetrada nas suas estruturas, psiquicamente, quando se lhe detecta o essencial.


Não pode ser constatado, mas aceito por conclusão, o que também não tem como ser negado.


A sua concepção por Jung, foi resultado da lógica de que existindo uma consciência, haveria, por efeito, um inconsciente qual satélite girando em torno de um foco central...


É ele o responsável pelas imposições sobre a consciência, comandando-a quase, assim dando lugar à existência dos arquétipos, que são as suas seguras manifestações.


Enquanto a consciência é apenas uma pequena parte da realidade, ele é a quase totalidade na orientação do ser humano.


Numa análise moderna, tendo por alicerce os conceitos reencarnacionistas, pode-se afirmar que essas fixações, que pertenceriam aos tempos passados, também resultam de experiências que foram vividas pelo Self, nas épocas e situações, nos povos e culturas que têm arquivados e periodicamente expressa.


Como o Self

"tem sua realidade além do tempo, é mortal no corpo e imortal após ou antes do corpo, ei-lo que preserva os acontecimentos em que esteve envolvido, mantendo uma camada de olvido em cada renascimento, no entanto, portadora de recursos libertadores das impressões mais fortes, que nele se apresentam como conflitos e perplexidades, distúrbios de conduta, estados fóbicos, mas também afetividade, idealismo, significação...


Nos processos psicoterapêuticos de regressão de memória a existências passadas, por exemplo, ressumam desses arquivos as vivências perturbadoras, os fatos causadores de traumas e de sofrimentos que, após a catarse e o diálogo saudável entre o paciente e o especialista, se diluem, libertando a consciência do objeto de desequilíbrio.


O inverso também é verdadeiro, porque o arquivo, em si mesmo, é neutro.


Existem gráficos edificantes,

realizações enobrecedoras que ficaram interrompidas com a morte, anseios não realizados, porém, de vital importância para o ser e sua realidade.


Essas imagens primordiais, conforme as denominou Jung no começo das suas investigações, possuem grande força de expressão, porque umas são lembranças doridas recalcadas e impedidas de manifestar-se, por atentatórias aos valores éticos aceitos, dando lugar a inquietações e sofrimentos.


Outras, por sua vez, são também imperiosas pelas propostas de dignificação e de ações que constroem o bem interior e ajudam no desenvolvimento da comunidade humana.


Na abrangência do conceito reencarnacionista e todo o seu conteúdo de lembranças arquivadas, mas não mortas, a existência atual de cada indivíduo é sempre o somatório daquelas vivências que necessitam de liberação.


Não poucas reaparecem como tendências e aptidões guiando o Selfe o ego, que também lhes sofrem as influências, conforme a natureza de cada fato que representam.


Nos sonhos, e através da imaginação ativa, consegue-se encontrar os símbolos representativos que, em se tornando conscientes, liberam o indivíduo da sua incidência e da ação morbosa da representação onírica portadora de conflitos.


Examine-se, por exemplo, a questão da homossexualidade, que tem raízes em múltiplas vivências do Self, ora num como noutro corpo anatomicamente masculino ou feminino, preservando as emoções de um como do outro equipamento.


Por outro lado, a culpa, o pavor, a timidez, que têm raízes próximas a partir da vida intrauterina - consciente individual

—procedem, quase sempre, de atitudes indignas que foram praticadas em existências transatas, passando ignoradas por todas as pessoas menos por seu autor, que os transferiu, na condição de conflito, de uma para outra existência corporal.


As tendências para o bem, o bom, o belo, o santo, em pessoas de procedência humílima, nascidas em situações deploráveis, com ascendentes genéticos perniciosos ou incapazes de produzir seres bem-equipados para a vida, apresentando gênios, heróis e missionários de diversos tipos, que se tornam promotores da humanidade pelos seus exemplos, sua dedicação ao ideal que esposam, seus sacrifícios homéricos em clima de felicidade merecem reflexões mais profundas.


A proposta da reencarnação torna-se, pelo menos, uma possibilidade a considerar, qual ocorre nos fenômenos da simpatia, da antipatia, em muitos casos de sincronicidade, de premonição, nos sonhos proféticos...


Tenham-se em mente os indivíduos belicosos, que descendem de famílias pacíficas, assim como os privilegiados pela capacidade de adquirir e multiplicar conhecimentos, habilidades, expressões de sabedoria e de arte, de tecnologia e de pensamento, com antecedentes em indivíduos broncos, senão incapazes alguns e se verificarão evidências de vida-antes-da-vida...


Estudem-se em comparação sincrônica as vidas de Alexandre Magno, Júlio César e de Napoleão Bonaparte, e se encontrará o mesmo SELF ambicioso, conquistador, inquieto, modificando as estruturas geográficas e históricas da Humanidade.


Por outro lado, examinem-se as vidas de Hipócrates, de Paracelso e de Samuel Hahnemann, na luta sacrificial em favor da saúde e se poderá encontrar o SELF missionário, trabalhando a ciência médica, modernizando o conhecimento num processo progressista, com destino de abnegação e serviço proporcionadores do equilíbrio psicofísico e do bem-estar.


Graças aos seus contributos as doenças passaram a merecer cuidados e providências curativas, tornando a existência mais apetecível e menos sofrida.


Há um encadeamento intérmino em todos os fenômenos da Natureza, desde a formação das primeiras moléculas, suas aglutinações e complexidades até a transcendência do ser, da vida, de todas as ocorrências.


A visão do caos como caos é incorreta, em razão de nele haver algum tipo de ordem, de determinismo, de programação...


O ser humano é imanente e é transcendente.


À medida que o seu superconsciente mantém as ainda não detectadas possibilidades de sintonia com o divino, registrando o psiquismo da vida, o inconsciente individual preserva as experiências da atual jornada, enquanto o coletivo arquiva as lembranças de todas as vivências pretéritas.


Os exercícios de meditação, os treinamentos da yoga, as leituras edificantes com as consequentes fixações e reflexões, a oração bem-direcionada e frequente constituem mecanismos seguros de penetração no inconsciente, nele diluindo impressões infelizes, estimulando lembranças honoráveis, enquanto se abrem as comportas do superconsciente para a captação das forças sublimes da Paternidade divina.


Sem dúvida, vive-se mais sob a ação dos fenômenos automáticos, das imposições do inconsciente, em face da necessidade de liberação dos fatores de perturbação, que necessitam da catarse libertadora, a benefício da lucidez e plenitude do Self, da aceitação da sombra, da harmonia do anima-us, rumando-se em direção da felicidade.


Afirmava Séneca: O sofrimento faz mal, mas não é um mal.


A existência do sofrimento radica-se nas ações inescrupulosas praticadas pelo Espírito, dando lugar à culpa e, por consequência, aos efeitos morais dela defluentes, nos atentados aos códigos de harmonia que vigem no universo.


Na impossibilidade de se evitar o mal, porque é um efeito, por não se poder retroceder no tempo, a fim de impedir-lhe a causa, tem-se, pelo menos, o dever de utilizar-lhe a ocorrência em proveito da aprendizagem pessoal, a fim de mudar-se o comportamento, de selecionar-se o melhor método para a produção da harmonia e do bem-estar, portanto, da felicidade a que se aspira.


Todos anelam e lutam pela conquista da felicidade, quase desconhecida pelo inconsciente, mesmo quando se impondo sofrimentos na expectativa das sensações posteriores que representam alegria e serenidade.


Nessa visão, a felicidade tem um aspecto masoquista que deve ser evitado, porque o prazer não pode estruturar-se, primeiro, no desconforto como propiciatório àquela.


Em sánscrito, existe a palavra sukha, tendo como significado um estado de harmonia, de nirvana, que liberta da ignorância da verdade, abrindo espaço para a sabedoria, para o entendimento das leis geradoras de equilíbrio e de plenitude.


Enquanto o inconsciente permaneça ignorado pelo ego, que se atribua a capacidade de impôr-se ao Self, na tormentosa ambição do poder e do prazer, serão liberadas impressões destrutivas, porque tormentosas, insustentáveis.


É impositivo primordial para a saúde a penetração do ser consciente nos arquivos do inconsciente, equipado, no entanto, de entendimento e de valor moral, a fim de autoenfrentar-se, não se permitindo o surgimento de conflitos pelo descobrir-se como realmente se é e não conforme se pensa ou se projeta para o mundo exterior.


A psicologia espírita, utilizando-se do paradigma da imortalidade para explicar o ser real e todas as suas mazelas e grandezas, propõe o esforço bem-direcionado pelo bem-fazer, pelo fazer-se bem, na utilização do amor, da compaixão, da benevolência em relação a todos e a si mesmo, que são recursos valiosos para a integração do eixo ego-Self, a conquista de sukha.


« Não se trata aqui de fazer o bem para ganhar o céu, ou de praticar-se a caridade para lograr-se a salvação.


Céu e salvação encontram-se ínsitos no ato de realizar o melhor em favor de si mesmo e do seu próximo, isto porque, a satisfação com que se administram valores de bondade, de ternura, distribuindo-se alegria e generosidade, já constitui a almejada felicidade.


Feliz, portanto, é todo aquele que reparte com prazer, multiplicando os talentos com que foi enriquecido pelo Senhor da Vida, despertando do letargo para voltar para casa, retornando do país longínquo, mesmo que algo destroçado, abrindo-se à aceitação do amor do Pai, sempre generoso, e do irmão mais velho, que se encontra no inconsciente em forma de mágoas e reservas, desconfianças e insatisfações em relação ao herói de volta.


Desse modo, liberar o irmão mais velho do ressentimento e da insegurança que lhe são habituais em relação aos propósitos do outro filho de seu pai, que somente agora descobriu a ventura e está trabalhando para anular o passado - sublimar as lembranças do inconsciente - transferindo-o para a consciência e avançando na direção do superconsciente, onde foram depositados os talentos que se estão multiplicando.


Fé e religião


O ser humano é, na sua essência, um animal religioso.


A sua busca de religiosidade leva-o a vincular-se às diferentes correntes doutrinárias, procurando segurança e harmonia na trajetória física.


As suas experiências de fé religiosa concedem-lhe vigor e dão-lhe coragem nas situações difíceis e ante os desafios.


Pode-se afirmar que nesse indivíduo a fé é quase de natureza genética.


Há uma crença universal em Deus, não importando o nome que se Lhe dê, a forma como se O compreenda.


Atávicamente, o arquétipo divino que nele se expresse através do Selfé um fenômeno natural.


A crença religiosa, no entanto, é resultado de fatores educacionais, mesológicos, familiares.


Dessa forma, têm-se a crença natural e a religião que foi aprendida.


Na infância, no período lúdico, as fantasias em geral também se alargam em torno da religião, dando-lhe colorido especial ou criando terror de acordo com o conteúdo de cada uma delas.


À medida que a razão e o discernimento substituem a ignorância e a ingenuidade, os conflitos que surgem também entram em confronto com a conduta religiosa, especialmente se é castradora, imposta, ou se tem o caráter policialesco de vigiar todos os passos com ameaças de punição.


A racionalidade que tomou conta dos primeiros pensadores do século XVII, abrindo campo para os enfrentamentos entre as ciências nascentes e as doutrinas religiosas dominantes, atingiu o seu apogeu no fim do XIX e, particularmente na primeira metade do XX, quando, aparentemente, o ser humano afirmou estar distante de Deus, presumivelmente apoiando-se no arrogante conceito de Nietzsche, a respeito da Sua morte ou dos muitos outros filósofos niilistas e materialistas, ou mesmo de eminentes cientistas.


Apesar disso, quanto mais se realizavam avanços nas ciências e a tecnologia de ponta mais ampliava os horizontes da compreensão do mundo, curiosamente surgiu um paradoxo, facultando que inúmeros cientistas começassem a voltar a Deus e à crença no Espírito, como únicas maneiras de entenderem o Cosmo e a vida em si mesma.


Após a proposta darwiniana a respeito da evolução vegetal, animal e o surgimento do homem, mediante a seleção natural, facultando a negação dos conceitos criacionistas bíblicos, que reinaram soberanos por vários séculos, com o advento das moderníssimas conquistas a respeito da decodificação do genoma humano, uma ponte foi lançada entre uma teoria e outra, demonstrando que se encontram verdades em ambas e facultando entendimento de como Deus criou a vida.


Já não é blasfêmia um cientista confessar a sua crença em Deus, assim como na sobrevivência do Espírito à disjunção molecular do corpo.


As incontáveis investigações em torno da paranormalidade humana, realizadas nos séculos XIX e XX, por excelentes cientistas das diversas áreas do conhecimento, têm oferecido material exuberante e incontestável para confirmar que a morte não destrói a vida e que o Espírito não sucumbe, quando desaparece o seu envoltório material.


A mediunidade, após vencer os preconceitos e as superstições que a mistificavam, tornou-se objeto de estudos sérios e consagrados por homens e mulheres dos mais diversos segmentos da cultura e da civilização, que se renderam à sua legtimidade como instrumento probante da imortalidade do Espírito.


Ciências que se derivaram da Psicologia, como área experimental, no caso, a Parapsicologia, mais tarde, a Psicotrônica, a Psicobiofísica, ofereceram campo vasto para os estudos sérios em torno dessas questões, ensejando evidências e fatos que não podem ser contestados e merecem todo o respeito, em face daqueles investigadores sérios que se deram ao trabalho de pesquisar, de experimentar, de comparar...


A ruptura com as colocações extremistas de alguns cientistas em relação à religião e aos fenômenos dela defluentes, já não mais existe com a mesma firmeza de antes.


Neurocientistas e astrofísicos, matemáticos e biólogos, psicólogos e psiquiatras, assim como outros profissionais dos diferentes ramos do conhecimento científico têm defrontado a realidade transpessoal e adotado comportamento compatível com a filosofia imortalista, como a mais avançada conclusão das suas experiências nos campos de trabalho nos quais operam.


Chegou o momento em que as questões metafísicas podem ser discutidas nos laboratórios sem nenhum pejo para os estudiosos, em tentativas de grande validade para descobrirem o que se encontra escondido além das chamadas leis naturais, pelo menos aquelas que já estão detectadas.


Nesse sentido, Jung foi um dos primeiros acadêmicos a não valorizar em demasia o aspecto racionalista absoluto em torno do Universo, abrindo caminhos dantes não percorridos, para melhor entender-se a criatura humana em sua profundidade e a realidade na qual todos se encontram.


O ser humano não pode fugir do seu arquétipo psicóide, em razão do inconsciente coletivo, onde permanecem todos os constructos da sua existência, naturalmente, também, as exuberantes expressões da fé, no seu sentido mais amplo, da religião e de Deus...


Esse extraordinário inconsciente encontra-se fora do conhecido mundo consciente, sendo constituído por um campo-primordial-de-espaço-tempo.


A Psicologia, desse modo, tem por meta entender os fenômenos pertinentes à psique e às suas manifestações, não estando vinculada a qualquer compromisso com os comportamentos religiosos, sem que, no entanto, deles deva abdicar, especialmente quando estudando os diversos distúrbios que aturdem os seus pacientes, as suas alucinações e delírios também de natureza espiritual...


A fé religiosa, quando saudável, estruturada na filosofia da razão, que pode enfrentar a dúvida em todas as épocas do pensamento, contribui de forma significativa para a saúde mental e emocional do indivíduo, dando-lhe sustentação nos momentos de debilidade e coragem nos instantes de desafio.


* A fé apresenta-se natural, sem subterfúgio, em tudo que se acredita sem haver sido investigado, e ninguém vive sem essa experiência psicológica que se expressa como fidúcia, aceitação automática...


Também resulta das lutas entre a razão e o sentimento, o fato e outras explicações, passando pelo crivo da lógica, da observação, tornando-se racional, robusta.


Graças à fé natural, desenvolvem-se as aptidões humanas e os projetos desenhados para a existência transformam-se em realidade, porquanto os estímulos e a fortaleza que dela se derivam, proporcionam os meios para o prosseguimento nos tentames até quando concluídos.


A fé é portadora de força tão excepcional, que muitas vezes o indivíduo que tem um objetivo luta contra tudo que se lhe opõe, vence os impedimentos com a certeza de que é viável o que deseja e que conseguirá.


É a fé que tem sustentado os investigadores de todos os matizes, os cientistas que trabalham com hipóteses contrárias ao aceito e permitido, conseguindo demonstrar a sua validade após esforços hercúleos, assim confirmando que têm razão.


Ninguém pode atingir qualquer meta se não acredita na sua viabilidade, nessa possibilidade, mesmo que não a identifique conscientemente.


A perseverança numa ação e a constância em um trabalho são frutos da fé em torno dos mesmos.


A fé religiosa, no entanto, sustenta-se na probabilidade de que sejam reais os postulados transpessoais, espirituais, nos quais se acredita.


Felizmente, graças à mediunidade, a fé religiosa dispõe hoje de um arsenal de fatos que superam e eliminam todas as negações.


Curiosamente, afirmava-se durante a vitória da filosofia existencialista, que era necessário ver para crer, hoje totalmente ultrapassado o conceito em face das propostas da física quântica, que estabelecem a necessidade de antes crer para depois ver, mesmo porque nem tudo aquilo em que se crê nessa área somente se encontra dentro de probabilidades e jamais será visto...


A fé produz heróis e santos, mártires e pessoas de bem.


Durante o holocausto judeu, suas vítimas que mantiveram a fé de que sobreviveriam, de uma ou de outra forma conseguiram o objetivo.


Aquelas que se afirmavam necessária a vida a fim de denunciarem toda a crueldade, experimentaram todos os horrores e ficaram lúcidas para narrar ao mundo o poder da loucura, do extremismo, da solução final, meta dos infelizes psicopatas que tomaram o poder na Alemanha...


Quando se crê, todo o organismo atende aos impulsos da psique e responde de maneira eficaz, produzindo recursos propiciatórios à sua realização.


Mais facilmente entra em tormento emocional, o indivíduo em conflito pela dúvida, atormentado pela insegurança, desconfiado de tudo e de todos.


Mediante a fé em Deus, sem exaltação e com harmonia, a saúde emocional é mais duradoura, e, quando, por alguma razão, experimenta transtorno, mais rapidamente retorna.


Em muitas ocasiões, a fé demonstrada por cientistas e navegadores, como Cristóvão Colombo, que acreditava na existência de terras, caso viajasse na direção do oeste, saindo da Europa, conseguiu prová-lo, porque no inconsciente armazenavam-se os registros representativos de já haver estado naqueles lugares em existência anterior...


Quantas vezes, o pai da psicologia analítica em suas viagens de trem, partindo de Zurique (Suíça) com destino à Itália, antes de chegar às cidades a serem visitadas, via-as, conhecia-as, constatando a veracidade posteriormente, embora nunca ali estivesse estado, pelo menos na existência atual.


Surpreendido por esses eventos, assim como pelo sonho-visão que tivera, a respeito da grande onda que destruiria praticamente a Europa, se tornou real por ocasião da lamentável Grande Guerra que sacudiu todo o planeta, nunca se escusou a narrar tais ocorrências...


Esses fenômenos que transcendem a realidade psicológica, estão vinculados ao ser paranormal, espiritual e imortal, estando, desse modo, além das suas perspectivas, embora as possa penetrar.


Mme.


Curie, por sua vez, realizando as suas extraordinárias experiências com toneladas de pechblenda, tinha certeza, mantinha a fé segura de que encontraria expressão mais rarefeita da matéria, e insistindo, embora contra todas as opiniões, com o esposo conseguiu detectar a radioatividade.


Posteriormente, continuando nas pesquisas exaustivas com diversos tipos de pechblenda conseguiu detectar o polônio e o rádio...


Mesmo na viuvez, manteve a fé natural e racional em torno das imensas possibilidades que se lhe encontravam ao alcance e superou-se, conquistando o respeito internacional e o Prêmio Nobel de Química, tornando-se a única pessoa a receber duas vezes o referido Prêmio em áreas diferentes...


A fé sempre a sustentou, mesmo no período de dissabores e conflitos emocionais vividos após a desencarnação do marido...


Jesus afirmou com segurança e beleza: Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível. (Mateus: 17-20) Certamente, não se referia à montanha em si mesma, porém, aos graves problemas que se amontoam em torno da existência, criando dificuldades e produzindo embaraços. A fé, mesmo pequenina, pois que o grão de mostarda é uma das sementes menores que existem, consegue o resultado que se almeja, em razão das forças que facultam e da inspiração que propiciam.


A fé, em qualquer forma que se apresente, é estímulo de alto significado para uma existência feliz e saudável, portanto, para a contribuição eficaz para a individuação.


Pensamento e ação


Examinado sob o ponto de vista filosófico, o pensamento é uma atividade psíquica que responde pela ocorrência dos fenômenos cognitivos, independendo da vontade e dos sentimentos.


René Descartes afirmou: Eu sou uma coisa que pensa, dando ao pensamento um significado específico, afirmando que a essência do homem é pensar.


Através do pensamento cada ser humano eleva o seu estágio de evolução, caracterizando-se pela nobreza das ideias que formula ou pela vulgaridade em que se compraz.


O processo de evolução do pensamento fez-se lentamente através das multifárias experiências reencarnacionistas, desde quando surgiram as primeiras expressões arcaicas, passando pelas de natureza primitiva, mítica, egocêntrica até alcançar o estágio racional, avançando no rumo da sublime conquista cósmica

*.


Desenvolvendo a capacidade de pensar, ultrapassando as barreiras dos instintos que limitam, o Espírito vem ampliando a percepção do psiquismo divino que nele existe, adquirindo essa peculiar capacidade, base para todas as realizações existenciais.


Essa faculdade inata que se desdobra mediante as experiências contínuas é portadora de um poder para a ação, que a torna elemento vital no desenvolvimento do Espírito na sua incessante busca de felicidade.


A medida que o ser humano encontrou desafios e dificuldades na vilegiatura orgânica, nos primórdios da evolução, foi desenvolvendo a caixa craniana e aumentando o volume do cérebro, graças ao surgimento dos neurônios necessários às sinapses mais elevadas e às expressões que iriam caracterizar o pensamento.


Surgindo por ampliação do instinto, considerando-

— se que esse é uma forma primária de pensamento, as necessidades ambientais e a luta pela sobrevivência estimularam o Espírito a liberar as funções que se encontravam em latência, dando lugar ao surgimento das ideias, ao desenvolvimento das faculdades psíquicas.


Fatores, portanto, mesológicos e filogenéticos responsabilizaram-se ao largo dos milhões de anos em construir os equipamentos ultradelicados para decodificar o pensamento, que é de natureza transcendente e não de natureza eletroquímica do próprio cérebro, conforme asseveram alguns respeitáveis estudiosos.


Emanação do Espírito, é o instrumento hábil para o estabelecimento da razão, do discernimento, da consciência que se desenvolve através de níveis específicos até fundir-se na identifi cação cósmica, conforme sucede com o próprio pensamento.


Em cada etapa, o Espírito exercita em especial determinada faculdade, ora intelectiva, ora emocional, abrindo espaço para as aptidões culturais, artísticas, religiosas, sociais, políticas, que irão construir a sua plenitude.


O pensamento, portanto, em face das conquistas adquiridas pelas experiências agiganta-se e transforma-se em força criadora, que a consciência de si orienta sob as diretrizes ético-morais, indispensáveis à canalização das ideias e aspirações compatíveis com o estágio do desenvolvimento de valores elevados.


Foi, graças a esse esforço e direcionamento, que surgiram os conceitos filosóficos, as inabordáveis conquistas científicas, as maravilhas da arte em todas as suas expressões, as sublimes realizações espirituais e religiosas, o estabelecimento dos códigos dos direitos e dos deveres do ser humano em relação a si mesmo, ao próximo, à Natureza, à vida...


Esse incessante processo de crescimento experimentou, também, vários embates, quando as opções do pensamento se mantiveram nas heranças do primarismo, principalmente na agressividade e na violência, na pulsão do poder e do prazer, nos caprichos infantis malsuportados, dando lugar ao crime, à destruição, ao despautério, à crueldade não diluída no imo.


Na atualidade, quando se alcançou o máximo do progresso científico e tecnológico até então jamais logrado, lamentavelmente permanecem ainda as expressões grosseiras e perversas do pensamento primitivo, que não evoluiu no direcionamento ético e moral, gerador dos sentimentos de paz e de compaixão, de bondade e de compreensão da finalidade existencial na Terra.


Tudo, no ser humano, tem origem no pensamento, que logo se transforma em ideia, desenhando as possibilidades de realização, a fim de converter-se em ação.


Como efeito, asseverase com severidade que o fato de pensar-se em determinada ideia, que se fixa, já se está cometendo o ato.


Em o Evangelho de Jesus,
por exemplo, essa força de expressão está definida no capítulo de Mateus, versículo -

28, quando enuncia: Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.


Certamente, quando se olha algo ou alguém, logo surge a formulação da ideia, do desejo, da necessidade, e, no caso em tópico, o pensamento desregrado, indisciplinado, acostumado ao imediatismo da libido, logo passa a experiênciar a ação, desde o instante de emissão da onda mental.


No mesmo contexto, o oposto também é verdade, quando se fixa a atenção, e consequentemente o desejo mental em algo enobrecedor, já se inicia a vivência do anelado.


Essa força do pensamento também responde pela conduta emocional, pelas heranças positivas ou negativas do indivíduo, cabendo-lhe direcionar os seus anseios para as questões superiores da existência, as que dignificam e promovem o sentimento e a própria vida.


É nessa estrutura que o Self adquire resistência para compreender e aceitar a sombra, conviver com o ego sem luta nem conflito.


Quando vitimado por transtornos psicológicos, o indivíduo apresenta-se incapaz de fixar o pensamento na esperança e na expectativa de recuperação, normalmente, porque sempre cultivou as ideias negativas, pessimistas e perturbadoras, às quais se acostumou, que justifica, informando não ter forças para corrigir o velho hábito e passar a contribuir em favor da psicoterapia libertadora.


Em se esforçando, no entanto, e desejando a conquista da saúde física, emocional ou de algum transtorno mais profundo, desde que não estando afetado na função do pensamento, poderá fixar a mente nas perspectivas saudáveis do refazimento, auxiliando os neuropeptídeos na produção das substâncias especiais para o reequilíbrio.


Nesse campo, inscrevem-se as terapias placebo de excelente resultado em muitos processos psicoterapéuticos, mesmo objetivando enfermidades orgânicas.


Por outro lado, as experiências nocebo também resultam em agravamento dos quadros enfermiços, levando os pacientes a situações lamentáveis.


Ambas as ocorrências, portanto, em face da força do pensamento, que se fixa numa como noutra, de onde se originam os resultados positivos ou prejudiciais ao organismo físico, emocional e psíquico.


Por motivos óbvios, somente o ser humano pensa, é capaz de compreender abstrações, de conceber e antever o que lhe ocorre nos painéis da mente, e que pode materializar posteriormente através do empenho e da dedicação na construção das ideias.


Mediante o pensamento bem-ordenado, todo o constructo do ser humano avança pelas vias formosas da saúde e da edificação interior, alcançando o elevado patamar da individuação.


* Vide o livro Autodescobrimento, de nossa autoria, capítulo 2 - Equipamentos existenciais.


Editado pela LEAL.


Nota da autora espiritual.


mt 5:39
Atitudes Renovadas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Considerando-se o estágio moral em que transitam incontáveis criaturas humanas pelos caminhos do planeta terrestre, ainda vivenciando os instintos agressivos, é compreensível que os relacionamentos nem sempre se realizem de maneira pacífica.


Predominando a natureza animal em detrimento da espiritual, o orgulho se arma de mecanismos de defesa resultantes da prepotência e da argúcia para reagir ante os acontecimentos ameaçadores ou que sejam interpretados como tais...


A ação decorrente do raciocínio e da lógica cede lugar aos impulsos agressivos e estabelecem-se os conflitos quando deveriam vicejar entendimentos e compreensão.


Em razão da fase mais primitiva que racional, qualquer ocorrência desagradável assume proporções inadequadas, que não se justificam, porque os recursos morais da bondade sucumbem ante a cólera que se instala e leva à alucinação.


De certa maneira, remanescendo os comportamentos arbitrários de existências pregressas que não foram domados, facilmente a ira rompe o envoltório delicado da gentileza e acontecem os lamentáveis atritos que devem e podem ser evitados.


A educação equivocada, que estimula o forte à governança, ao destaque, contribui para que a mansidão e a humildade sejam deixadas à margem, catalogadas como fraqueza do caráter e debilidade moral.


O território, no qual cada indivíduo se movimenta, após apropriar-se, é defendido com violência, como se a posse tivesse duração infinita, o que se constitui lamentável equívoco.


Essa debilidade do sentimento se manifesta na conduta convencional do ser humano que opta por ser temido, quando a finalidade da sua existência é tornar-se amado.


Multiplicam-se, indefinidamente, as pugnas, que passam de uma para outra existência até que as Soberanas Leis imponham a submissão e o reequilíbrio através de expiações afligentes.


A lei é de progresso e, por consequência, a todos cabe o esforço de libertação das heranças enfermiças, dos hábitos primitivos, experiênciando conquistas íntimas que se irão acumulando na estrutura emocional que se apresentará em forma de paz e de concórdia.


O conhecimento espírita, porque iluminativo, é o mais eficiente para a edificação moral, defluente da conscientização de que o avanço é inevitável e a repetição das atitudes infelizes constitui estagnação e fracasso...


As dificuldades, portanto, as diferenças de opinião, os insultos e agravamentos devem ser considerados como experimentos, como testes ao aprimoramento espiritual, ao aprendizado das novas condutas exaradas no Evangelho de Jesus.


Quando isso não ocorre, fica-se sujeito à influência maléfica dos Espíritos inferiores que se comprazem em gerar situações embaraçosas, responsáveis por essas condutas lamentáveis.


Indispensável vigiar-se as nascentes do coração, a fim de dominarse a ira, essa fagulha elétrica responsável por incêndios emocionais de resultados danosos.


Considere-se, ademais, a ocorrência de uma parada cardíaca, de um acidente vascular cerebral de consequências irreversíveis, não programados, mas que sucedem quase sempre por falta de controle emocional, provocados pela raiva...


* * *

Aprende a dominar os impulsos da ira, porque a existência terrestre não é uma viagem deliciosa ao país róseo da alegria infinita...


Esforça-te por compreender o outro lado, a forma como os outros encaram as mesmas ocorrências...


Luta por vencer a arrogância, porque todos os Espíritos que anelam pela paz e pela vitória das paixões têm, como primeiro desafio, a superação dos sentimentos inferiores, aqueles que devem ser substituídos pelos de natureza dignificante.


Se alguém te aflige, é porque se encontra necessitado de ajuda e não de combate, é a sua forma de chamar a atenção para a sua solidão e angústia.


Fogo com fogo aumenta o incêndio devorador.


Treina colocar no braseiro a água da paz e se apagarão as labaredas ameaçadoras.


Não foi por outra razão que Jesus propôs: — Não resistais ao homem mau, mas a qualquer que vos bater na face direita, oferecei-lhe também a outra, conforme anotou Mateus, no capítulo 5, versículo 39 do seu Evangelho (Mt 5:39).


Esbordoado, no Pretório, Ele exemplificou o ensinamento verbal, sem reagir às agressões, quando os soldados tecendo uma coroa de espinhos, puseram-Lhe sobre a cabeça... mantendo-se em silêncio...


Oferecer a outra face é mais do que expor o lado contrário, a fim de sofrer nova investida da perversidade.


Trata-se da face moral, nobre, que se encontra oculta, aquela rica de sentimentos elevados que distingue uma de outra criatura.


Ninguém é o que apresenta exteriormente. Tanto existem conteúdos cruéis ocultos pela educação, pela dissimulação e hipocrisia, como sentimentos relevantes e bons.


Ao seres alcançado por qualquer ocorrência desagradável que te golpeie a emoção, ferindo a delicadeza das tuas reservas íntimas, ao invés de reagires, desvela a outra face, a do amor, da compaixão, da misericórdia, agindo com serenidade.


A outra face é o anjo adormecido nas paisagens luminescentes do teu mundo interior.


Ali possuis tesouros de amizade e de ternura que desconheces.


Com essa, a brutal, a reagente, a defensiva, já estás identificado, devendo encontrar-te cansado de vivenciá-la.


Imerge, desse modo, no rio de águas silenciosas do teu mundo íntimo e refresca-te com o seu contributo. Logo depois, deixa que os tesouros do amor do Pai que se encontram adormecidos fluam suavemente e se incorporem aos conteúdos habituais, substituindo-os ao longo do tempo e predominando por fim.


À medida que tal aconteça, renascerás dos escombros como a Fênix da mitologia, que se renovava e renascia das cinzas que a consumiam...


O bem é a meta que todos devemos alcançar.


Não te permitas, portanto, perturbar pelas emoções doentias e viciosas que te consomem, destruindo as tuas mais caras realizações espirituais.


Es responsável pelos teus atos, qual semeador que avança, seara dentro, atirando os grãos que irão germinar com o tempo.


Certamente muitos se perderão, outros, no entanto, produzirão multiplicadamente, ensejando colheita superior ao volume ensementado.


Necessário cuidar do tipo das sementes que serão distribuídas pelas tuas mãos.


Semeia bondade e colherás alegria de viver, nunca revidando mal por mal.


* * *

Uma faísca, um raio que atinja um depósito de combustível, e logo se apresentará a destruição.


Controla-os, na corrente das tuas reflexões, gerando a disciplina da contenção da sua carga poderosa de energia, canalizando-a para os labores enobrecidos que te exornam a luta, as conquistas já logradas que te honorificam.


A outra face encontra-se coberta por camadas de experiências desastrosas.


Retira esse lixo mental e permite que se apresente irisada de sol espiritual a outra face, para que o amor real seja a marca do teu comportamento em qualquer circunstância ou ocorrência difícil.


mt 5:44
Psicologia da Gratidão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Gratidão na família Gratidão na convivência social Gratidão pela vida No incomparável Sermão da Montanha, após o canto sublime das Bem-aventuranças, Jesus enunciou com sabedoria e vigor: Amai aos vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque Ele faz nascer o seu Sol sobre maus e bons e faz chover sobre justos e injustos. (Mateus 5:44-45) A recomendação incomum proposta pelo psicólogo incomparável surpreende, ainda hoje, a todo aquele que mergulha o pensamento na reflexão em torno dos textos escriturísticos evocativos da Sua palavra.


A recomendação tradicional impunha o revide ao mal com equivalente mal, e ainda permanece essa conduta enferma em muitas legislações ensandecidas, impondo punições assinaladas pela crueldade em relação àqueles que são surpreendidos em erro, distanciadas da justiça e da reeducação do criminoso, que são fundamentais.


Nos relacionamentos familiares e sociais, profissionais e artísticos, como nos demais, a conduta retributiva é firmada na injusta conduta ancestral de antes d"Ele, e essa conduta permanece no inconsciente individual e coletivo, gerando graves transtornos pessoais e sociais.


Certamente, não se espera que o tratamento concedido ao perverso seja negligente em referência aos seus atos ignóbeis; o que não se deve é proceder de maneira equivalente, aplicando-lhe penas que são compatíveis com o seu nível primitivo de evolução, sendo lícito ensejarlhe meios de reparar os danos causados, de recuperar-se perante as suas vítimas e a própria consciência, de reintegrar-se na sociedade...


Essa atitude, a de conceder-lhe oportunidade de agir com equilíbrio, é caracterizada pelo perdão às suas atitudes arbitrárias, sem conivência, porém, com o seu delito, mas também sem cerceamento da graça do amor que retira o criminoso da masmorra sem grades em que se encarcera, conduzindo-o à sociedade que foi ferida e aguarda-lhe a cooperação para ser cicatrizada, superando a sua hediondez.


De certa forma, a proposta de Jesus, no que concerne ao amor em retribuição ao mal, é também a maneira psicológica saudável da gratidão, pelo ensejar a vivência da abnegação e da caridade.


Não implica silenciar o deslize que foi praticado, porém reconhecer que este proporciona o surgir e expandir-se os sentimentos superiores da compaixão e da misericórdia que devem viger nos indivíduos e nos grupos sociais.


A gratidão é a mais sutil psicoterapia para os males que se instalam na sociedade, constituída esta, em grande parte, por Espíritos enfermos.


Quando alguém consegue ofertá-la com espontaneidade e sem alarde, produz um clima psíquico de harmonia que o beneficia e aos demais que o cercam, porque não ressuma o morbo da revolta ou da queixa sistemática...


A gratidão deve transformar-se em hábito natural no comportamento maduro de todos os seres humanos.


Para que seja conseguida, necessita de treinamento, de exercício diário, em razão da sombra vigilante que propele à conduta da distância, da indiferença ou mesmo da ingratidão.


O ingrato, além de imaturo psicológico, é vítima da inveja, da competitividade doentia, do primarismo evolutivo.


A ingratidão viceja nos grupamentos sociais onde predominam o egoísmo e a sordidez.


O grande desafio existencial é o de bem viver-se e não o do pressuposto viver-se bem, entulhado de coisas e ansioso por novas aquisições entre tormentos íntimos e desconfianças afligentes.


Nesse sentido, é muito grata a recomendação de Jesus, conclamando ao amor mesmo em relação aos adversários, porque eles, sim, são os doentes, pois que elegeram as atitudes agressivas e destrutivas, acumulando resíduos de inconformismo e de ira, que terminam produzindo-lhes lamentáveis somatizações.


Quando se consegue não devolver o mal na sua idêntica e morbífica moeda, o Self exulta, e o seu eixo com o ego torna-se menor em distância separativa, proporcionando-lhe a diluição lenta das suas fixações.


Entretanto, quando se consegue amar o adversário, recordá-lo sem ressentimento, compadecer-se da alienação a que se entrega, todo um contingente de arquétipos perturbadores cede lugar a emoções saudáveis, que proporcionam alegria de viver e de lutar, estimulando o crescimento interno e a sua contínua ascensão ideológica.


Não sendo vitalizado pelo rancor, o ódio auto consome-se, não encontrando revide, a ofensa perde o seu significado, e não se retribuindo o equivalente mal que lhe foi direcionado, este desaparece.


Opor-se e resistir ao mal fortalece a energia deletéria que é enviada, porque proporciona ressonância vibratória e, no revide, recebe a potência da resposta.


Não valorizar o mal nem lhe atribuir sentido é a maneira mais eficaz de culminar amando os agressores e os perversos.


Uma observação ligeira da natureza leciona a vigência da gratidão em toda parte.


A tempestade vergasta a terra e despedaça tudo quanto encontra ao alcance, semeando pavor e destruição.


Logo que passa, a vida renova a paisagem, recompõe a flora e a fauna, restitui a beleza, num ato de gratidão à ocorrência agressiva.


O solo sulcado pela enxada bem-acionada agradece ao lavrador que o feriu, reverdecendo, transformado e estuante de vida.


Mesmo a erva má que medra no lugar também agradece, coroando-se de flores na quadra primaveril.


Nem sempre, porém, o ser humano consegue viver a psicologia da gratidão.


Pode iniciar o dia em júbilo e gentileza, à medida, porém, que as horas passam e sucedem-se os incidentes no convívio familiar, no trânsito, no trabalho, passa a agir com impulsos agressivo-defensivos, seguindo a correnteza dos desesperados...


Noutras vezes, antes de dormir encontra-se disposto e grato, exteriorizando alegria de fluente das ocorrências.


Apesar disso, fenômenos oníricos perturbadores, episódios de insônia, distúrbios gástricos tomam-no e, ao despertar, o mau humor assinala-o, tornando o seu dia desagradável e o seu comportamento irreconhecível.


E natural que assim ocorra.


Passado, porém, o fenômeno perturbador, cumpre que se volva às atitudes gratula-tórias anteriores, insistindo-se sem desânimo para automatizá-las, a fim de que permaneçam mesmo nos momentos desafiadores e desconfortáveis.


Há um arraigado hábito no ser humano de recordar-se dos insucessos, dos maus momentos, das contrariedades, das tristezas e das agressões sofridas em detrimento das muitas alegrias e benesses que são deixadas em plano secundário nos painéis da memória.


Esse comportamento produz o ressumar do pessimismo, da queixa, do azedume, da depressão.


Uma reflexão rápida seria suficiente para transformar aqueles acontecimentos enfermiços, ricos de torpes evocações, em motivo de gratidão, pois que, inobstante as ocorrências desagradáveis, a existência modificou-se totalmente, sobreviveu-se a tudo, vieram êxitos, tiveram lugar experiências iluminativas, amizades gentis, sucederam fatos positivos dantes não esperados...


Gratidão, desse modo, por todos os acontecimentos, deve ser sempre a atitude mental e emocional de todos os seres humanos.


A estrada do êxito é pavimentada por equívocos e acertos, tropeços e corrigendas, sendo, no entanto, o mais importante a conquista do patamar almejado que cada qual tem em mente.


Perseverando-se e treinando-se gratidão, o sentido de liberdade e de infinito apossa-se do Self que se torna numinoso, portanto, pleno.


Gratidão na família


Acreditava-se que, em razão do grande desenvolvimento das ciências aliadas ao contributo tecnológico, o ser humano conseguiria, por fim, a harmonia e o crescimento moral.


Nunca houve tantas conquistas intelectuais e atividades de natureza cultural com ampla gama de recreação como acontece hodiernamente.


O conforto e as facilidades oferecidas pelos instrumentos eletroeletrônicos facilitam a vida de bilhões de seres humanos, embora, lamentavelmente, grande fatia da Humanidade ainda se encontre mergulhada na miséria, ou abaixo da linha da pobreza, conforme se estabeleceu, padecendo escassez de pão, de vestuário, de medicamento, de trabalho, de educação, de dignidade...


Jamais houve tantos divertimentos e técnicas de lazer, assim como facilidades para os relacionamentos, para a fraternidade, para a harmonia entre as pessoas.


No entanto, não é o que ocorre na sociedade terrestre, na qual campeiam a solidão, a ansiedade e o medo em caráter pandêmico.


As enfermidades, resultantes das somatizações dos distúrbios psicológicos, desgastam incontável número de vítimas que se lhes tombam inermes nas malhas constritoras.


É assustador o número dos transtornos de comportamento na área da afetividade, das doenças cardiovasculares, do câncer, apenas para citar algumas doenças mais assustadoras.


Desconfiado, em razão do medo que se lhe instala na emoção, o novo ser humano superconfortado refugia-se na solidão, mantendo comunicação com as demais pessoas por intermédio dos recursos virtuais, evitando o saudável contato corporal enriquecedor.


Os padrões ético-morais, em consequência, alteraram completamente as suas formulações e o vale-tudo assumiu-lhes o lugar, no qual têm prioridade o cinismo, o deboche, o despudor, a astúcia.


A ânsia pela aquisição da fama amesquinha esse indivíduo intelectualizado, mas não moralizado, e inspira-o à assunção de qualquer conduta que o leve ao estrelato, à posição top, conforme os infelizes conceitos estabelecidos por outros líderes não menos atormentados.


A moral, a dignidade, o bem proceder tornaram-se condutas esdrúxulas, ultrapassados pelos expertos das fantasias do erotismo e da insensatez.


É necessário destacar-se no grupo social, ser motivo de admiração e de inveja, planar nas alturas, ser inacessível, estar cercado de admiradores e uma corte de bajuladores que detestam os ídolos que parecem admirar, lamentando não estarem no lugar deles, que os tratam com desdém e enfado...


No início, submetem-se a todas as exigências da futilidade para chamarem a atenção, e quando se tornam conhecidos, ocultam-se atrás de óculos escuros, perucas, fogem pelas portas dos fundos dos hotéis, a fim de se livrarem dos fanáticos que os aplaudem até o momento em que surgem outros mais alucinados e exóticos...


A anorexia e a bulimia instalam-se na juventude ansiosa que se submete aos absurdos programas de emagrecimento para conquistar a beleza física, recorrendo aos anabolizantes, aos implantes, às cirurgias perigosas, numa luta intérmina para alcançar as metas estabelecidas.


Nesse báratro, a família esfacelou-se, a comunhão doméstica transtornou-se, a sombra coletiva passou a dominar o santuário do lar e a desagregação substituiu a união.


Mães emocionalmente enfermas e imaturas disputam com as filhas os namorados, repetindo a tragédia de Electra, e pais saturados de gozo entregam-se ao adultério como forma de destaque no grupo social que os elege como dignos de admiração.


O desrespeito campeia, originando-se nos genitores que consideram a prole uma carga que lhes dificulta a mobilidade nas áreas insensatas do prazer ou como forma narcisista de exibição, aguardando que dêem continuidade aos seus disparates ou expondo-a, desde muito cedo, em caricaturas de adultos nos programas de TV e de rádio, de teatro e de cinema, em lamentáveis processos de transferência frustrante dos próprios fracassos.


O ego destaca-se, perverso, em todos os cometimentos, e a ingratidão assinala a maneira de ser de cada um.


Pensa-se exclusivamente no interesse pessoal, embora a prejuízo dos outros, e a competição desleal esfacela os relacionamentos, que se assinalam, com raríssimas exceções, trabalhados pela hipocrisia e pela animosidade mal disfarçada.


Nesse comenos, a traição, o descaso por aqueles que auxiliaram no começo da jornada, a ingratidão manifestam-se em escala assustadora.


A ingratidão, porém, é doença da alma que necessita de urgente tratamento nas suas nascentes.


O ingrato é alguém que perdeu o endereço da felicidade e, aturdido, deambula por caminhos equivocados.


Ninguém nasce grato, nem consegue a gratidão de um salto.


Aprende-se gratidão mediante a sua prática, que deve ser iniciada na família, essa sociedade em miniatura, na qual a afetividade manifesta-se com naturalidade.


A família não é apenas o grupamento doméstico, mas a reunião de Espíritos reencarnados com programa de evolução espiritual adrede estabelecido.


Perante a condição imposta pelas leis da vida, quase sempre não se possui a família na qual muito se gostaria de estar incluso, aquela constituída por pessoas afáveis e generosas, mas o renascimento dá-se ao lado dos Espíritos que se necessitam uns aos outros para o mister da evolução.


Muitas vezes, alguns núcleos familiares transformam-se em praças de guerra em contínuos combates, nos quais cada um reage contra o outro ou detesta-o, longe do compromisso de reabilitação e de identificação pessoal.


Certamente, é nesse difícil reduto que o Espírito deverá desenvolverse, transformar os maus em bons sentimentos, exercitando a fraternidade e a gratidão.


Conseguir a prática da gratidão em relação aos familiares hostis constitui um desafio à sombra pessoal dominante no clã...


Nem sempre se conseguirá o melhor resultado, no entanto, criado o hábito de compreender o outro, tendo-o na condição de enfermo ou necessitado, transforma-se em método eficaz para o desiderato.


Quando se enfrentam obstáculos mais graves, mais amplas conquistas se assinalam, após vencidos.


No lar, essas dificuldades devem facultar o sentimento de gratidão pela oportunidade de ressarcir débitos anteriormente adquiridos, desenvolver a paciência, exercitar a tolerância e a compaixão, aprimorando o Self.


Do lar, os sentimentos de amizade e de compreensão distendem-se na direção da sociedade, que é a grande família na qual todos deverão utir-se para a construção da felicidade coletiva.


Quando, por acaso, os desafios apresentem-se quase insuportáveis, um poema de alegria deve ser entoado no íntimo daquele que se empenha pelo triunfo, aceitando as circunstâncias, às vezes perversas, alterando-as, uma a uma, para melhor.


Lutas desse porte elevam o ser humano à condição enobrecida de criatura integral, ajudando-a a desenvolver o deus interno, que necessita dos estímulos fortes, tanto interiores quanto externos para romper o casulo do ego e insculpir-se no Self.


Para o sucesso do empreendimento, o amor e a gratidão constituem as forças dinâmicas ao alcance do lutador.


Não existe ninguém que seja impermeável ao amor, a um gesto de bondade, à gratidão sincera.


Uma família gentil e harmônica, e existem incontáveis que o são, já é, em si mesma, um hino de louvor, de gratidão à vida.


Mas aquela que é turbulenta e trabalhosa transforma-se no teste de resistência ao mal e a porta que se abre ao bem, aproveitando os inestimáveis valores oferecidos pela ciência assim como as bênçãos da tecnologia para instaurar na Terra, desde hoje, os pródromos do mundo melhor de amanhã.


Nenhuma sombra individual e coletiva que foi construída ao longo do processo evolutivo sobrevive antes se integra mediante a gratidão no eixo do Self em equilíbrio.


Os resultados inevitáveis dessa conquista logo se manifestam: cura dos desajustes e das doenças, surgimento da saúde integral, da alegria de viver, do bem-estar, conquista do numinoso.


A gratidão no lar anula o individualismo egoico, preservando a individualidade que alcançará a individuação.


Gratidão na convivência social


O processo antropológico da evolução lentamente retirou o ser humano do individualismo egoico para a parceria sexual por impulso do instinto, a fim de que, depois, em razão dos pródromos da afetividade biológica, tivesse origem o sentimento do grupo familiar envolvendo a prole.


A partir daí surgiram os mecanismos gregários para a construção do grupo social, formando a tribo em convivência harmônica, para que, através dos milênios, o instinto pudesse deixar-se iluminar pela razão, ampliando as afinidades no conjunto que seria a sociedade.


Mesmo nesse período tribal, a animosidade contra os demais grupos assinalava-lhe o primitivismo agressivo-defensivo.


Foi muito lentamente que os interesses comuns uniram aqueles que mantinham as mesmas afinidades, dando lugar às primeiras experiências sociais.


A beligerância, no entanto, que lhe permanecia inata, desencadeava as guerras cruéis, qual sucede até hoje, demonstrando a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual.


A elaboração da sociedade resultou da necessidade de preservação de cada grupo, dos recursos e valores diversos, em tentativas de auxílios recíprocos, de sustentação dos seus membros, de crescimento econômico e cultural.


O Self em desenvolvimento foi superando a sombra coletiva, enquanto a individual começou a cristalizar-se, gerando a dualidade de comportamento: o eu opositor ao outro eu.


Animal gregário por excelência, a sua sobrevivência no planeta que o alberga depende do valioso contributo social, que o impulsiona ao desenvolvimento intelecto-moral, etapa a etapa através da esteira das reencarnações.


Alcançando o atual nível de cultura, de civilização e de tecnologia, o sentimento de gratidão pelas gerações passadas deve viger, ensejando a compreensão das conquistas do vir a ser.


A busca da sua plenitude propele-o à contínua luta pela superação dos vestígios do comportamento primitivo que ainda lhe remanescem no cerne, impedindo-lhe a au-torrealização.


Os sentimentos, substituindo ou modificando os instintos agressivos, ampliam-lhe os horizontes em torno do sentido e do significado existencial, a fim de que possa crescer no rumo da plenitude.


Adquirindo a consciência individual, a razão indu-lo para a contribuição digna em favor da coletiva, ao tempo que trabalha pela incessante renovação e abandono das paisagens mentais em clichês viciosos que se lhe insculpirão, gerando os hábitos propiciadores à harmonia de conduta e à alegria de viver.


Teimosamente, a sombra mantém-no no egoísmo, encarcera-o nas paixões grosseiras, enquanto o Self se lhe opõe, dando lugar a uma batalha perturbadora que se transforma em conflito.


O despertar para a perfeita vitória sobre tais amarras não deve constituir meta afligente, a fim de que se consiga a pureza espiritual, a conduta irreprochável, a vivência destituída de problemas.


É inevitável, conforme acentuam Kierkegaard, Paul Tillich, Rollo May e outros estudiosos da Psicologia Existencial assim como do socialismo religioso, que estejam presentes na psique e no comportamento do indivíduo a ansiedade, o medo, a culpa, a solidão...


Heranças ancestrais da jornada evolutiva, esses transtornos permanecerão por longo período ainda até a libertação paulatina e a conquista da individuação.


Nesse sentido, merece especial atenção o corpo emocional do indivíduo, que se apresenta enfermo como decorrência da sombra que o leva a negar tudo quanto lhe pode modificar os hábitos para melhor, influenciando-o a permanecer na angústia devastadora ou na ansiedade, mantendo a culpa, consciente ou não, em atitude autopunitiva arbitrária.


Da mesma forma como se reservam espaços para os cuidados com o corpo, torna-se indispensável que se cuide de preservar a serenidade do Self com silêncios interiores que propiciem a reflexão e a meditação, com diálogos salutares com a consciência, numa atitude de prece sem palavras, mantendo a vinculação com as fontes da vida.


Somente por meio desse hábito pessoal será possível superar as conjunturas negativas propiciadas pela sombra, sem entrar em luta renhida, assimilando as suas lições e diluindo aquelas que são perturbadoras para dar lugar ao bem-estar e à resistência para as atividades de auto iluminação e de convivência social nem sempre equilibrada.


Os interesses dos grupos humanos são muito variados, gerando constantes atritos e desgastes na área da emotividade, o que exige autocontrole, disciplina da vontade e espírito de paz, a fim de não entorpecer os valores éticos, os significados morais e objetivos da existência, deixando-se arrastar pelo aluvião de conflitos...


A saúde emocional é propiciadora da harmonia do Self, motivando à compreensão de que o processo de inserção na sociedade gera dificuldades e propõe desafios que melhor fazem o indivíduo crescer na direção da aspiração numinosa.


Mediante esse comportamento alteram-se as condições ambientais do planeta, tendo-se em vista que tudo quanto existe interage uma na outra expressão, formando a unidade.


O leve rociar da brisa num jardim liga-se a uma tormenta no lado oposto da Terra, assim como um pensamento de amor contribui para a sinfonia universal da harmonia cósmica.


Enquanto se estudam as melhores técnicas para deter e evitar-se os danos da devastação dos recursos planetários em extinção, a limitação da emissão de gases que contribuem para o lento aquecimento global, em razão também do envenenamento dos rios, das nascentes d"água, dos mares e dos oceanos, a morte e a ameaça de desaparecimento de vegetais e animais, que culminarão na do ser humano, merece reflexão a tenebrosa condição mental das criaturas humanas que se demoram nos descalabros morais e na crueldade.


As ambições desmedidas que têm conduzido a sociedade à conquista de contínuas tecnologias, sem pensar nos danos ocasionais que também causam à natureza, resultam nos milhares de fragmentos de satélites e de foguetes que se desintegram; e os que escapam do aniquilamento no contato com a atmosfera, atraídos pela gravidade do planeta, constituem na atualidade o terrível lixo espacial decorrente dos grandes engenhos do pensamento desarvorado sem as reflexões indispensáveis...


As providências que atualmente vêm sendo tomadas não têm efeito retroativo em relação ao que se encontra em volta da Terra e não é consumido na sua queda natural na superfície do planeta.


Imaginou-se ingenuamente que tais fragmentos cairiam sempre nos mares e oceanos, assim mesmo poluindo-os, o que não se pôde confirmar, porque têm tombado em organizações urbanas, no campo e em toda parte. .


Diante do quadro de sombra individual e coletiva que domina a sociedade moderna, a gratidão assume um papel relevante, porque iniciando na emoção superior no reduto doméstico, no próprio indivíduo e, por si mesmo, amplia-se na direção dos grupos sociais, considerando sempre tudo quanto a vida tem proporcionado gratuitamente sem nada pedir em volta, exceto que se mantenha o equilíbrio necessário para o prosseguimento do processo de evolução.


Desfrutam-se de mil favores e conquistas enquanto na vilegiatura carnal, sem nenhum sacrifício e sem nenhuma gratulação em torno do seu significado e das respostas oferecidas.


A gratidão social é a resposta do coração feliz pelas excelentes oportunidades de que frui durante toda a existência terrena.


Através dessa conduta, atenuam-se as competições malsãs entre os indivíduos e os grupos, as intrigas e as malquerenças, os ódios e os ressentimentos morbosos...


Reflexionando-se em torno do grupo social no qual se moureja, a gratidão enriquece o Self que absorve a sombra sem a antagonizar, e a plenitude se instala no ser humano.


Gratidão pela vida


A vida é um maravilhoso milagre do Universo.


ínsita em todas as expressões imagináveis, é Lei de Amor funcionando no seu mais profundo significado.


Não importando a designação que se dê à sua fonte geradora, constitui o maior desafio à inteligência, especialmente no que diz respeito à sua finalidade quando alcança o esplendor no ser humano.


Havendo adquirido discernimento e razão, a vida se lhe corporifica nos cem trilhões de células do organismo, em incomparável mecanismo de harmonia e de interdependência, sob o controle da psique, em última análise, do Self original, do qual procedem todas as manifestações físicas.


Conseguindo, nessa fase, a capacidade de logicar, faculta-lhe penetrar nos antes insondáveis mistérios do Cosmo, no macro ou no micro, culminando na ideação, na percepção do abstrato, sobretudo nos sentimentos de amor, de ternura, de compaixão, de esperança e de alegria.


As manifestações primárias lentamente são substituídas pela transcendência, e o Si mesmo participa da elaboração do próprio destino assim como das ocorrências que lhe facultarão a conquista do infinito, nunca lhe permitindo retroceder ou permanecer em postura parasitária, inadequada ao processo da evolução.


A busca da plenitude revela-se-lhe como a máxima aspiração que deve ser tornada realidade.


Nada obstante, a fim de consegui-la, fazemse indispensáveis os instrumentos da vontade consciente e das necessidades prementes, superando as injunções da sombra que segue ao lado da claridade mental.


A plenitude é a glória de ser-se o a que se está predestinado pela injunção da força criativa, independendo das coisas, e sim resultante da essência de que cada qual é único e deverá unir-se à inteligência cósmica, tornando-se realmente consciente da unidade universal.


A plenitude dilui e absorve a sombra, fazendo desaparecer todas as suas marcas ancestrais que dificultavam o processo de auto iluminação.


Ao lado disso, proporciona a cura real das mazelas antigas arquivadas no insondável do ser, no seu corpo perispiritual, encarregado de modelar as formas físicas e todos os equipamentos da sua fisiologia e da sua psicologia.


Recompondo o corpo emocional mediante a superação dos traumas, dos medos, da culpa, da ansiedade possível, traça novos mapas delineadores dos processos de desenvolvimento, expressando-se em harmonia e bem-estar, à medida que são alcançados os patamares elevados onde se encontra a sua destinação.


Dessa maneira, são vencidos os estresses, as desarmonias vibratórias, e facilitada a comunicação equilibrada de todas as células com as suas memórias ativadas, facultando a harmônica homeostase.


Embora desempenhando funções totalmente diversas, essas células, no seu circuito perfeito no organismo, trabalham em conjunto em favor do todo, sem exaltação ou timidez, em razão do controle da mente sobre o corpo.


Há sempre tentativas humanas para a boa vida, o que equivale a dizer o acúmulo de bens e de conforto, exigências do ego, em detrimento da vida boa e serena conforme anela o Self.


A busca, portanto, da transformação para melhor a cada instante é o hino de louvor e de gratidão à vida que se experiência em consonância com a harmonia cósmica.


Nesse cometimento não ocorrem imediatas alterações significativas do ser, mas na maneira como vive, cada qual se mantendo na sua estrutura superior em contínua ascensão espiritual.


Afirma-se que o mundo é o resultado de contrastes, o que não deixa de ser verdade, pelo menos aparentemente.


No entanto, são esses contrastes que promovem o raciocínio, impulsionam para as ações saudáveis, ajudam a desenvolver as faculdades sublimes do Self, pois que fosse ao contrário, tudo em ordem e igual, não haveria motivação nem razão para lutar pelo numinoso, alcançando-se um final degenerativo, sem significado, destituído de objetivo, por desconhecerse o outro lado da ocorrência evolutiva.


A responsável pelos desafios e seus múltiplos aspectos é sempre a natureza, que arranca o indivíduo do estado de entorpecimento para o conduzir ao de lucidez. Em tudo estão presentes as duas faces: o claro e o escuro, o alto e o baixo, o yang e o yin, a tristeza e a alegria, o bem e o mal...


A oposição das forças no Universo responde pela existência dele mesmo, assim ocorrendo de maneira equivalente no cosmo humano.


A sombra, muitas vezes, disfarça-se e dá a ilusão de que se pode ser essencialmente bom, nobremente generoso, completamente afetuoso, sem máculas nem problema emocional.


Essa façanha escraviza muitas pessoas desatentas, atraindo-as para o fanatismo religioso, racial, desportivo ou de qualquer outra natureza, gerando graves distúrbios de conduta e recalques de sentimentos.


E normal e saudável deixar-se vivenciar por uma raiva momentânea, por uma tristeza justificada, por uma reação ante a agressividade, não se permitindo, no entanto, transformar esses fenômenos emocionais em estado generalizado de comportamento.


Esses transtornos procedem da obscuridade ainda existente no ser que se vai libertando das injunções penosas para fruir o bem-estar, não importando a situação em que se encontre.


A sombra, dessa forma, não constitui um adversário perverso, mas um auxiliar no processo da autorrealização anelada, pois que a vitória sobre as circunstâncias, às vezes denominadas aziagas, faz-se responsável pelo equilíbrio emocional.


Muito se teme cair em erro, quando se trata de pessoa que aprendeu a discernir a verdade da impostura, a realidade da fantasia, a conquista em relação à perda...


Não houvesse essa dicotomia, essa possibilidade, e o sentido existencial perderia o seu significado, porque tudo estaria pronto, terminado, levando ao tédio, ao desinteresse pela vida.


É indispensável que o lado favorável de todas as ocorrências esteja à frente, após a sombra, em convite fascinante que será atendido no momento oportuno.


Quem não tropeça jamais avança, porque todo caminho apresenta dificuldade e somente isso acontece a quem se encontra de pé, prosseguindo adiante.


Nesse sentido, torna-se indispensável procurar a harmonia entre o que se é e o que se aspira a ser, evitando que a raiz dos acontecimentos se encontre demasiado profunda, distante da sua capacidade de arrancá-la quando necessário.


O organismo sabe que necessita estar vivo e, para tanto, os órgãos funcionam dentro dos vários segmentos que se interligam, demonstrando o que se deve fazer em relação ao existir e ao Universo, ao ter e ao ser...


Desse modo, a consciência experimenta um contínuo despertar, um natural estado de lucidez que capacita o indivíduo ao contínuo labor, ao enfrentamento das dificuldades, porque sabe da fatalidade evolutiva a que está vinculada.


Essa é a tarefa soberana do Self, que se expressa em gratidão.


Buscar, portanto, a transcendência constitui o móvel básico do despertar para a realidade e para a superação da sombra.


A sombra dificilmente será derrotada, como se estivesse num campo de batalha com o Self, mas conquistada por ele, formando um conjunto de apoio à individuação.


Embora se tenha conhecimento dessa necessária atitude de compaixão em relação à sombra, uma certa indiferença assalta muitos lutadores que temem o empreendimento por lhes parecer impossível conseguir o êxito.


Por outro lado, são acometidos por uma certa melancolia, em razão do hábito de viver o paradoxo do bem e do mal-estar, ao qual se está acostumado.


A dor, de certo modo, logra induzir o ser humano a essa atitude, com o objetivo de libertá-lo da sua pungente aflição, influenciando-o a lutar com destemor, sem pressa nem receio de perda.


Nunca se perde a batalha pela plenitude, porque toda conquista representa um tesouro que se acumula a tudo quanto já se possui emocionalmente.


Quando alguém percebe que necessita conscientizar a sombra em gratidão à vida, logo se esboroam os planos perversos de manutenção da ignorância de Si mesmo.


Nesse cometimento, muitas vezes equivoca-se o pretendente à vitória, experimentando momentaneamente a predominância do oposto, ao tempo em que, conseguida a primeira etapa, as demais se lhe tornam mais fáceis e edificantes, pelo imenso prazer que experimenta em cada conquista.


Todo indivíduo normal possui alguns conflitos básicos, como segurança e insegurança, amor e ódio, medo e coragem, aceitação e rejeição, alegria e tristeza.


Quando é vencido um deles, logo surgem as perspectivas para a conquista do outro em contínuo esforço de auto aprimoramento.


Vivendo-se num caldo de cultura de violência, de sexo desajustado, de drogadição, de transtornos psicológicos de alta gravidade, as incertezas a respeito de tudo se fazem naturais, constituindo a trilha que deverá ser vencida para a integração no conjunto daqueles que adquiriram a plenitude.


Assim sendo, a gratidão pela vida em todas as formas como se apresenta, em cada indivíduo, é o sublime desiderato a alcançar, pleno e feliz por viver.


A tempestade vergasta a terra e despedaça tudo quanto encontra ao alcance, semeando pavor e destruição.


Logo que passa, a vida renova a paisagem, recompõe a flora e a fauna, restitui a beleza, num ato de gratidão a ocorrência agressiva.


mt 5:44
TESOUROS LIBERTADORES

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Vigem, lamentavelmente, em alguns círculos da fé crista, a indevida informação de que Jesus veio à Terra, com especial compromisso para o sacrifício na cruz.


Noutras comunidades, de igual maneira desnorteadas, busca-se acomodação inj ustificável ao afirmar-se que a Regra de ouro apresentada na montanha, é para ser decodificada e adaptada às circunstâncias modernas, em conclusão aberrante, por eliminar os profundos conceitos morais nela estabelecidos.


Outros grupamentos, também equivocados, afirmam que Jesus suavizou a severidade da lei antiga mediante a proposta edificante do amor.


Em verdade, a cruz na qual se despediu da jornada humana, não foi uma fatalidade imposta, mas Sua escolha, que Ele poderia ou não ter elegido.


Toda a Sua vida foi um hino vivo de lições inesquecíveis que permanecem aguardando a coletiva aceitação da sociedade para a conquista inevitável da plenitude.


Ninguém, antes, conseguira sintetizar as lições libertadoras, em período tão breve da existência, como aquele dedicado por Ele ao ministério da palavra, acompanhadas pelos sublimes exemplos, qual o fez.


Nos memoráveis diálogos, Ele sempre exaltou os valores que não eram considerados, numa cultura preconceituosa e prepotente, com sede de poder e de tormentosas vinditas.


Opôs-se com segurança às ilusões do mundo temporal, desde o

momento em que optou por um berço de palha, quase em direto contato com a Natureza, que muito amou, e viveu de maneira compatível com cada palavra e conceito que emitiu.


Enfrentou o farisaísmo dos equivocados, cumpriu todos os deveres impostos aos cidadãos, sem reservar-se qualquer privilégio.


Não temeu a soberba farisaica, nem as injunções adversas que Lhe preparavam; manteve-se acima das misérias humanas.


Cultivou a simplicidade e a pureza, embora a condição de Messias, que preferiu servir a ser favorecido em todas as circunstâncias.


Todos os Seus, foram passos firmes na direção do porto da paz, o que culminou na crucificação, consequência natural da opção pelo amor aos infelizes e excluídos.


Ele não veio atenuar a severidade das leis nem dos profetas. Pelo contrário, submeteu-se-lhes jubilosamente, pois que pagou o tributo devido a César, mas também atendeu os deveres de referência a Deus.


Honrou as sinagogas e o Templo, levou-lhes a palavra libertadora enfocada na Divina Justiça, sem olvidar a Misericórdia e a Compaixão do Pai Todo Amor.


Não transgrediu nenhum dos mandamentos do Decálogo, enobreceu-os com a existência rica de dignidade.


Foi além das recomendações legalmente estatuídas, amando a todos. Enquanto a tradição mandava amar apenas àqueles que os amassem, Ele apontou o patamar elevado ao enunciar: — Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos de Deus...


Não há como servir-se a Deus e desrespeitar os códigos da humana legislação.


Ele dignificou a mulher e abençoou a infância, que não eram

tidas em alta consideração; não condenou a adúltera, embora não transigisse com o seu comportamento irregular.


A um jovem rico, desejoso de alcançar o Reino de Deus, estabeleceu como condição essencial a renúncia a todos os bens terrestres e a adoção de novo comportamento a partir daquele instante...


Jamais se permitiu qualquer desobediência, e, se trabalhou no sábado, violando o estabelecido código do repouso nesse dia, é porque o sábado foi feito para o homem servir e não para a sua inação.


Nunca houve alguém mais submisso aos códigos, alguns injustos, de Israel, que se Lhe semelhasse.


* * *

A incomparável mensagem das bem-aventuranças não tem nenhum caráter simbólico. Toda ela é vivida página de ação eloquente em relação aos deveres.


Trata-se de uma exaltação dos que eram rebaixados, de uma advertência aos poderosos quanto equivocados se encontravam e ainda permanecem no engodo.


As imagens fortes permanecem como vigoroso apelo à humildade real que dignifica, à compreensão que eleva, ao amor que sublima.


Na continuação dos conceitos confortadores, exprobou o adultério, a intemperança, os falsos juramentos, traçou linhas de austera conduta que complementam a Lei e a tradição.


Não somente, porém, enunciou as normativas, mas exemplificou-as, desde a compostura junto aos infelizes como diante dos indivíduos opulentos, assim como em relação aos rabinos honoráveis que O buscaram.


A Regra de ouro é para ser vivida em toda a sua musicalidade extraordinária, e o cristão legítimo não se pode permitir

interpretações benignas e complacentes com os vícios e licenças morais da atualidade.


Conhecer Jesus é o passo inicial para viver com Ele a trajetória seguida, a sexta-feira da paixão, o caminho do holocausto em serenidade.


Se te identificas com o Mestre galileu, não te permitas alterar as regras da Boa-nova, que suavizem a marcha, nem te enganes com interpretações benevolentes que anuem com os fugazes prazeres da ilusão corpórea.


Age sempre como Ele o faria, mantendo-te em sintonia com a Sua conduta incorruptível.


Quando alguma adversidade tentar nublar a claridade da tua fé rutilante, alenta-te na evocação de que também Ele foi testado de formas variadas, venceu-as todas com tranquilidade e harmonia interior.


Nunca te permitas concessões que violam as lições libertadoras que Ele te legou.


* * *

A cruz, na qual Ele expirou, foi o momento clímax para confirmar todos os ensinamentos, parábolas e curas realizadas, demonstrando que a conquista do Reino de Deus depende de alta quota de sacrifício e de abnegação. Entretanto, considera que sem a crucificação não teria havido a ressurreição triunfante para coroamento na vida imortal.


Também ressuscitarás após o testemunho.


Exulta, desde agora e vive Jesus integralmente no dia a dia da tua vilegiatura carnal.



Allan Kardec

mt 5:3
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Ref: 10074
Capítulo: 7
Página: 139
Allan Kardec
Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (Mateus 5:3)

Espíritos Diversos

mt 5:3
Vida e Caminho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Leitor amigo.

Caminho simbolicamente, neste mundo, significa a jornada de nossas existências inumeráveis em busca da Imortalidade.

Cada existência dentro da perenidade do Tempo e das Leis Evolutivas é um trecho da nossa longa estrada em que aprendemos, lutamos, erramos, acertamos, ou recomeçamos a aprender; encontramos alegria, seguimos adiante na base do sofrimento, passamos por dificuldades, tempestades, alegrias, esperanças, caímos, levantamo-nos, entramos em reajustes amargos quando necessário, choramos, consolamo-nos com a luz da esperança, ou detemo-nos em traumas lamentáveis da culpa; redimimo-nos sob os azorragues da dor, libertamo-nos de graves compromissos sob as lições da experiência, melhorando a nós mesmos sob as imposições do dever, mas de existência a existência estamos sempre sob o amparo de Nosso Pai de Infinita Misericórdia.

E, assim, através dos séculos encontraremos a vitória, enfim, da Vida Imperecível. Meditemos nisso e sigamos para diante sob a tutela de Jesus, o Nosso Divino Mestre, segundo as Supremas Diretrizes de Deus Nosso Pai.



Uberaba, 11 de Abril de 1994.


mt 5:4
Dádivas Espirituais

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Recomendou-nos Jesus: “Quando fizerdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos; e estareis felizes porque não terão meios para vo-lo retribuir; porque isso vos será retribuído na ressurreição dos justos.” — (Lc 14:12).

E em verdade, a beneficência hoje é uma iniciativa mundial de socorro aos que trazem os estigmas da fome e do sofrimento físico. Jesus, porém, não se esqueceu dos que choram espoliados e infelizes. Foi Ele mesmo que incluiu no Sermão da Montanha a promessa aos desventurados: — “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.” — (Mt 5:4).

Entre os aflitos, no entanto, registramos sobretudo, os corações sensíveis que perderam entes queridos, que lhes deixaram o convívio pelos impositivos da transferência desses mesmos entes queridos, para a Vida Espiritual.

Cada mensagem dos comunicantes, assinalada neste volume, reconfortando os familiares que ficaram no mundo físico, equivale a valioso conjunto de refeições aos companheiros em penúria, que tantas vezes, contemplam inutilmente as vitrines de uma panificadora comum.

Este volume é especialmente dedicado aos irmãos que choram a ausência de seres amados que os precederam na Grande Mudança.

Pais desalentados; mães agoniadas pela saudade e pela dor; filhos desajustados pela falta dos genitores que os amavam e defendiam; jovens golpeados pela angústia, perante a ausência de criaturas queridas que os orientavam nos tumultos da existência; viúvas que sofrem a separação dos companheiros dignos que lhes tutelavam a vida e viúvos que se sentem lesados nos mais íntimos sentimentos com a saudade das companheiras que os deixaram a sós nas dificuldades e vicissitudes do estágio terrestre, encontrarão nestas páginas a consolação e a fé na Imortalidade, capazes de lhes reconstruir a esperança e refazer as energias.

Agradeçamos a Jesus, nosso Divino Mestre e Senhor, as dádivas espirituais deste livro, e que Ele, Nosso Amado Companheiro, nos inspire e abençoe.



Uberaba, 12 de setembro de 1993.


mt 5:5
Taça de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 40
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Bem-aventurados os brandos de espírito por que possuirão a Terra.


Com está afirmação do Senhor, podemos reconhecer que há diferença fundamental entre "possuir" e "ser possuído".


* * *

Vemos conquistadores de nome célebre que julgam senhorear terras e haveres, acabando sob o domínio da perturbação e da morte.


Observamos caluniadores eminentes, presumindo-se detentores das maiores expressões de apreço público, caindo sob o império de amargosas desilusões.


Anotamos a presença de gozadores inveterados que, em se guindando ao ápice dos mais extravagantes prazeres, descem, apressados, aos precipícios da desesperação e do tédio.


Contemplamos usurários, aparentemente felizes, acreditando-se com direito exclusivo sobre cofres repletos, em que amontoam perigosos enganos, repentinamente despojados de todos os valores fictícios de que se supõem eternos depositários, arrojando-se, em desvario, às linhas abismais da loucura.


* * *

Convidou-nos o Divino Mestre ao equilíbrio, à candura e à humildade, para que aprendamos a possuir em nome do Pai Excelso, a Quem pertencem toda propriedade, todo poder e toda glória da vida.


* * *

Procuremos, desse modo, a clima de tolerância fraterna em que o Senhor exemplificou na Terra a sua lição sublime para que estejamos seguros nas construções imperecíveis da alma.


À frente da crueldade e da violência, da ignorância e da insensatez, mantenhamos acesa a chama do amor, à maneira da fonte límpida que, servindo e cantando, corrige os rigores da paisagem e fecunda o seio da Terra.


* * *

Não vale trocar golpe por golpe, injúria por injúria, mal por mal. . .


Convocados à edificação do Reino de Deus no mundo, a começar de nós mesmos, é imprescindível saibamos suportar para renovar, sofrer para soerguer, apoiar para levantar e renunciar para possuir.


Emmanuel


Psicografia em Reunião Pública. Data – 4-3-1957.


Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.


mt 5:7
Marcas do Caminho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 39
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Compadece-te de quantos se encarceram nas malhas esbraseadas da violência.

A fim de prestar-lhes auxílio, lembra-te de cultivar a paz, como quem se decide a socorrer as vítimas de um incêndio, usando compreensão e brandura.

Aqueles que largam a órbita da prudência, caindo na agressividade exagerada, entram para logo nos quadros patológicos da loucura. E já não sabem o que fazem.

Compadece-te sempre.

Por trás das palavras candentes que te magoam, comumente existe um coração avinagrado pela carência de amor, suplicando apoio afetivo.

Na retaguarda dessas faces contraídas, semelhantes a máscaras de ódio despejando condenação, muitas vezes se esconde a dor da criatura que se vê sem forças suficientes para suportar a moléstia que carrega no próprio corpo.

E movendo as mãos que espancam sem pensar, quase sempre, jazem sofrimentos ocultos ou influências obsessivas que as fazem desvairar.

Se te encontras em caminho com semelhantes doentes da alma, abençoa-os com a prece muda e segue adiante.

Se te gritam em rosto impropérios e insultos, continua orando por eles, nada repliques e confia-os em pensamento, à Providência Divina. Os agressores são irmãos enfermos, em cuja alma a revolta instalou perigosas tomadas de ligação com as trevas que lhes atormentam a vida.

Diante deles, recorda a paz que o Senhor te concede e entrega-os à farmácia do Bem Eterno.

Perante quaisquer problemas, o Céu tem soluções que desconhecemos.

É por isso que Jesus proclamou no Sermão do Monte: “Bem-aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia, diante das Leis de Deus”. (Mt 5:7)




(Grupo Espírita da Prece — Uberaba, MG, 04.09.1978)


mt 5:9
O Espírito da Verdade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO —


Imaginemos a língua como sendo a colher do sentimento.

Mentalizemos o ouvido por garganta da alma.

Tudo o que falamos é ingrediente para a digestão espiritual.

Bondade é pão invisível.

Gentileza é água pura.

Otimismo é reconstituinte.

Consolação é analgésico.

Esclarecimento construtivo é vitamina mental.

Paciência é antitóxico.

Perdão é cirurgia reajustante.

Queixa é vinagre.

Censura é pimenta.

Crueldade é veneno.

Calúnia é corrosivo.

Conversa inútil é excedente enfermiço.

Maledicência é comida deteriorada.

Falando, edificamos.

Falando, destruímos.

Falando, ferimos.

Falando, medicamos.

Falando, curamos.


Disse o Divino Mestre: “Bem-aventurados os pacificadores…” (Mt 5:9)

Usemos para com os outros o alimento da paz, porque, estendendo paz aos outros, asseguramos paz a nós mesmos. E, com a paz, conseguiremos possuir espaço e tempo terrestres, em dimensões maiores, para que aprendamos e possamos, realmente, servir.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)


mt 5:13
Chico Xavier: O Referencial...

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Vós sois o sal da Terra!… (Mt 5:13)

Com esta frase dirigida aos companheiros, o Senhor define a influência do Cristianismo, como fator preservativo da paz entre os homens.

Nestes dois mil anos de atividade, os cristãos tem sido a força que evitam o alastramento dos esquemas que surgiram no seio da Humanidade. E nos mais de quinhentos anos de vida organizada, o Brasil tem sido um exemplo de cordialidade e temperança, demonstrando paciência e tolerância nas crises de relacionamento internacional.

Nunca o país se dispôs a ameaçar os seus vizinhos, a afrontar dissensões e iniciar-se a guerra de conquista; e, em todos os séculos de nossa história, qualquer movimentação militar não agiu em detrimento dos povos vizinhos, a não ser em defesa de seus patrimônios, quando foi compelido a ir às armas para fazer valer os princípios da paz e do direito que lhe norteiam a vida.

Nunca menosprezou as nações limítrofes e nem as espezinhou em quaisquer circunstâncias.

Pairemos assim, irmãos e conservemos os nossos desígnios de tranquilidade, perante os povos vizinhos ou povos visitados por nossas embaixadas para acordo e ajustamento entre as comunidades que nos são fronteiriças.

Assim pois, em quaisquer momentos difíceis das relações com vizinhos estejamos atentos aos nossos ideais de paz e amor, respeito e luz, a fim de que a nossa civilização do coração determine e viva sempre sob a serena paz da influência de Jesus.




Mensagem recebida no Grupo Espírita da Prece em 29/05/1999


mt 5:15
Luz Bendita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos
Palavras também do coração

No cristão e principalmente no espírita há como que um “sentimento de urgência” quando se está diante do.imperioso dever de testemunhar.

“Calar a verdade é omissão”, diz um provérbio antigo. E o Evangelho do Cristo, cujas palavras são “espírito e vida”, propõe à reflexão de cada ser humano: “Porventura, toma-se uma lanterna para colocar debaixo do alqueire ou do leito? Por acaso não é para colocar sobre o candelabro? Porque nada se oculta senão para depois ser manifestado. Nem coisa alguma se esconde, senão para depois vir a lume. Se alguém tem ouvidos para entender, entenda.” (Mc 4:21)

E é imbuída desta necessidade profunda de “colocar a luz sobre o alqueire”, (Mt 5:15) que rememoro um dos dias mais comoventes para o meu coração no ano de 1974 — o inesquecível 5 (cinco) de agosto. E olhando demoradamente… exaustivamente… para os três anos passados-presentes, porque permanecem dentro de mim, relembro fatos que, aparentemente sem significação, dentro do contexto, ganham conotação extraordinária. Relembro, por exemplo, quando Chico, o nosso querido Chico Xavier, adiou por uns dias um encontro que havíamos combinado para o final de julho em Uberaba.

Encontro-necessidade, encontro-afeição, encontro-luz, encontro-paz.

Estes encontros já vêm sendo feitos há alguns julhos de cada ano, antes mesmo da partida do nosso Carlinhos. Acompanhavam-me sempre, além do meu esposo, Clóvis Tavares, as amigas Profª Ruth de Oliveira Monteiro e Gilda Duncan Tavares e minha filha Margarida.

Neste ano, o nosso Chico, por motivos de compromissos seus, telegrafou-nos, adiando o tão esperado encontro, para o dia 5 (cinco) de agosto. Dias antes toda a cidade de Campos havia sofrido o golpe da perda brusca, em acidente de automóvel, de um grande professor e amigo, o Prof. Osvaldo Peixoto Martins. Na véspera do acontecido estivemos juntos numa reunião do Conselho de Professores da Escola Técnica Federal de Campos e durante alguns minutos conversamos sobre a sua filha mais velha Luciana e também sobre sua viagem do dia seguinte — a viagem do acidente.

Ao tomar conhecimento de minha próxima ida a Uberaba, a sua então viúva, Profª Ruth Maria Chaves Martins, escreveu para Chico uma carta, narrando o triste fato. Nesta carta, a nossa irmã, tomada da dor, abre o seu coração a Chico, contando-lhe o acidente fatal, embora reconhecendo, numa prova de coragem e fé incomparáveis, a proteção que tivera do Senhor quando poupou seus três únicos filhos de penosa situação.

Nenhum detalhe a mais havia no relato de nossa querida Ruth Maria.

Na tarde do dia 5 (cinco) de agosto deveríamos encontrar-nos com o querido médium em sua casa acolhedora. Ninguém se lembrara do detalhe do meu aniversário nesse dia, exceto Margaridinha, minha filha; que prevenida por mim, não comentou sobre o assunto com ninguém, justamente para evitar constrangimentos.

Mais ou menos às 16 horas chegamos à casa do nosso Chico. Ao abrir-nos o portão fui recebida por ele, D. Zilda e Sr. Weaker que, juntos, cantaram “Parabéns para você.” Não é preciso dizer o quanto me comovi e esquecendo-me, por um momento, de quem se tratava, perguntei-lhe:

— Chico, quem lhe contou?

— Ora, Hilda, foi o Carlinhos.

Esta prova maravilhosa da mediunidade límpida, espontânea, a cada momento mais surpreendente, de nosso Chico me levou, pela inefável doçura ambiental, à sensação de Deus presente…

Sob aquela sensação interior, misto de alegria e afeto, tivemos Chico, eu e minhas companheiras de viagem: Ruth Monteiro, Gilda Duncan, Dinan Tavares e minha filha Margarida, alguns momentos de troca de palavras vivas…

Não percebi a hora exata em que leu a carta que levara de Ruth Maria. Apenas comentou comigo, mais tarde, que havia se comovido bastante com o sentimento de que estava impregnada.

Mais ou menos às 18 horas caminhamos para o Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo, de Peirópolis, a uns 20 km de Uberaba, um lugar humilde mas que toca de perto à sensibilidade religiosa de qualquer um. O presidente do Centro, Sr. Langerton, ficou surpreso com a nossa chegada. Não parecia esperar por nós, dada a sua admiração.

Entre pessoas humildes e sinceras, estudantes e praticantes do espiritismo cristão, velhos, jovens e crianças, iniciamos a reunião da noite, presidida pelo Sr. Langerton. Enquanto as palavras do Evangelho eram lidas e comentadas, o nosso Chico psicografava algumas páginas…

Ao final da sessão, como é de praxe, as mensagens foram lidas por ele, entre lágrimas e orações íntimas do grupo.

Uma era a do nosso Carlinhos (a sua segunda mensagem) “Palavras do Coração” e outra de Lenora, filha da Profª , que com poucos meses de vida havia desencarnado em meus braços, por uma dessas coincidências que só Deus explica, precisamente 8 (oito) anos antes do desastre.

Este fato era inteiramente desconhecido por Chico, pois a carta enviada por Ruth Maria foi um dos poucos contatos que mantivera até aí com o médium.

Não pude dominar minhas emoções. Afinal quem era Chico senão um mensageiro da Espiritualidade Maior, distribuindo provas de tal teor?

E as “Palavras do Coração” ditadas por Carlinhos ressoavam profundas dentro de mim como o seria para qualquer um que já tivesse tido um filho como Carlinhos, que jamais pudera em vida demonstrar perceber maiores detalhes que se passavam em seu derredor. Ressoavam como se fossem pérolas sonoras que o tempo não deveria consumir.


“Minha mãezinha querida,

Eis o seu filho de volta,

Trago hoje por escolta

Antigos votos em flor!…


Com eles, escrevo agora

Meu bilhete de alegria,

Comemorando o seu dia,

Abrilhantado de amor.


Aniversário feliz!…

Estranha força me invade,

É a presença da saudade,

Revendo o bolo de luz!…


Resguardando-me no colo,

Você dizia que eu era

Sua flor de primavera,

Seu presente de Jesus!…


A festa de nossa casa,

Em seu natalício lindo,

É sempre júbilo infindo

Que da memória não sai…


Margaridinha comigo,

Todos nós em seu carinho,

Flávio e Luís com Celsinho

E o coração de Papai!…


Meditando, agradecia

A nossa doce ventura.

Quantas lições de ternura!…

Benditos silêncios meus!…


Nosso lar foi minha escola,

Em que, de novo, criança,

Tive retorno à esperança,

Buscando a Bênção de Deus!…


Mãezinha, meus parabéns!…

Seja a fé, por luz sublime,

O apoio que nos arrime

Nas lutas que vêm e vão!…


Em seu lindo aniversário

— Dia feliz e dileto —

Nas flores de meu afeto,

Receba o meu coração!…

Carlinhos

Depois desta o nosso filhinho escreveu, através da dedicação abençoada de Chico, mais duas mensagens, repletas de provas e de autenticidade.

Detalhes descritos nos versos acima, Chico os desconhecia completamente.

Com Carlinhos ao meu colo quantas e quantas vezes repeti-lhe:

— Você, meu filho, é que é o meu maior presente!

— Você é para mim um presente do Céu!

— Carlinhos, você é primavera constante em minha vida. Que seria de nossa casa sem você?

Durante quase dezessete anos era habitual entre nós, em todos os nossos aniversários, saborear juntos, ele no meu colo, o “bolo de luz” a que se refere tão carinhosamente em sua mensagem.

Só mesmo uma pessoa que estivesse presente em nosso dia a dia com o nosso Carlinhos teria condições de descrever de modo tão real a nossa saudosa convivência. E Chico, é claro, nunca esteve presente nesses momentos marcantes de nosso lar.

Há um outro detalhe dessa minha viagem que não pode deixar de ser relatado. Ao terminar a reunião Chico, que ignorava que eu mantivera um diálogo com o Prof. Osvaldo na véspera de sua morte e em circunstâncias especiais, me disse:

— Hilda, Carlinhos está me pedindo que você avise a D. Ruth que ela fique tranquila, pois desde o dia 6, véspera do acidente, ele conduziu até a Escola Técnica, onde estava o Prof. Osvaldo, as suas duas filhinhas, Lenora e Analaura, para permanecerem com ele até a hora fatal.

Provas maiores não poderia ter. A abençoada mediunidade de Chico Xavier é dado indiscutível na história do fato espírita. Não só indiscutível, mas fundamental.

Esse é o nosso médium… Mais que isso: um discípulo do Senhor que vive o bem, doando de si amor, sabedoria, segurança e consolo.


Hilda Mussa Tavares

(Rua Benta Pereira, 112 - Campos, Rio de Janeiro)


Mãezinha Hilda, peço a bênção de Deus para nós.

Desculpe chamá-la assim…  Penso em mãezinha Ruth,  nestes dias de prova e compreendo que todas as mães aqui são minhas mães também. Especialmente a senhora que meus pais nos habituaram a considerar desse modo.

Rogo dizer à mãezinha Ruth que Deus não nos abandona. Ela se sente tão só depois do que sucedeu… Mas o papai não está morto.  Ele e a nossa companheira  estão hospitalizados. Muitos amigos estão velando por nós. Meu avô Martins que vim a conhecer-reconhecer  aqui e a nossa tia Maria nos tranquilizam.

Mãezinha Hilda, peça à nossa mãe para não chorar mais à noite chamando papai, porque isso vai até ele sem que nós possamos saber como evitar-lhe a dor de querer dar resposta sem as forças precisas. Tudo será renovado para o bem de nós todos. Analice, Luciana e André Luiz precisam de nossa mãezinha robustecida e mais forte. Nossa vovó também necessita amparar-se mais em mãezinha Ruth.

Nós estamos juntos, todos juntos. O lar maior que não admite separação é o amor com que nos amamos. Todas as sombras vão passar. Estávamos, muitos de nós, com o papai Oswaldo no dia 7.  Mamãe não precisa pensar que ele tenha sofrido dores. Aquilo que na terra foi choque, aqui foi sono aplicado.  Ele acordou com serenidade, mas ainda chora com as lágrimas dos nossos entes queridos, especialmente minha mãezinha Ruth e minha vovó em pranto.

Diga por favor à mãezinha Ruth que nós estamos crescendo, a Aninha e eu estamos aqui para lembrar isso.  Mãezinha Ruth terá forças para o trabalho e, pelo trabalho, teremos tudo o que for preciso para que nada nos falte. A vida não termina quando o corpo desaparece de nós. Tudo aqui é melhor, mas a saudade e a falta que sentimos uns dos outros não nos deixam pensar que assim seja. Mas os instrutores nos dizem que sem a luta e sem o sofrimento não aprenderíamos a seguir para Deus, em cujo amor todos nos reuniremos um dia.

Mãezinha Hilda, estamos gratas à senhora e a todos. Deus recompense a senhora e a todos os que puderem auxiliar a mãezinha Ruth a vencer a dor da separação, sustentando-se na fé.

Boa noite ao grupo fraterno.  Escrevi com o coração. É tudo o que pude fazer. Deus nos proteja e nos abençoe.


Lenora


(Mensagem recebida por Francisco Cândido Xavier no Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo, de Peirópolis, Minas Gerais, em 5 de agosto de 1974).


() A Mensagem é dirigida particularmente à Profª Hilda Mussa Tavares, Profª de Matemática no Liceu de Humanidades de Campos e na Escola Técnica Federal de nossa cidade, amiga da família de Lenora.

() Profª Ruth Maria Chaves Martins, tanto quanto a Prof.a Hilda, cooperadora da Escola Jesus Cristo.

() Prof. Oswaldo Martins, professor de Geometria Descritiva e Desenho Geométrico na Faculdade de Filosofia, na Escola Técnica Federal e no Liceu de Humanidades de Campos. Vítima de desastre automobilístico, na manhã do domingo 7 de julho deste ano, nas proximidades de Casimiro de Abreu, RJ., desencarnou, cerca de quatro horas após, no Hospital da cidade de Macaé.

() Referência à jovem Eliceia, ama das crianças, também desencarnada no desastre.

() O Vovô Martins, de que fala Lenora é Adamastor Martins, pai do Prof. Oswaldo, desencarnado em 31 de janeiro de 1973. Em carta dirigida ao médium Francisco Cândido Xavier, agradecendo-lhe a mensagem espontaneamente por ele psicografada, a Prof.a Ruth Maria testifica: “Não há nenhum detalhe contraditório ou inexplicável no texto da mensagem. É toda ela íntegra e autêntica da primeira à última linha.” E sobre o Vovô Martins declara que “ele só viu Analaura e Lenora uma vez”… Daí a expressão “conhecer-reconhecer” da gentil mensageira espiritual.

() “Estávamos com o papai Oswaldo no dia 7”. Esta afirmativa de Lenora se desdobra em um fato admirável que, após a recepção da mensagem, o médium Xavier relatou à destinatária da mesma, prof.a Hilda Tavares. Declarou o médium que Carlinhos (Carlos Vítor Mussa Tavares) que acabara de ditar para sua Mãezinha uma mensagem em versos, “Palavras do Coração”, lhe estava dizendo, no momento, que na véspera do desastre que vitimara o prof. Oswaldo, ele, Carlinhos, em companhia de outros Amigos Espirituais, conduzira as meninas Analaura e Lenora até junto de seu pai Oswaldo, que se encontrava em uma reunião de professores da Escola Técnica Federal. E ainda que as duas filhinhas ficaram em companhia de seu papai, desde a tarde de 6, a fim de ajudá-lo espiritualmente para a dolorosa provação da manhã de 7 de julho. Isso comprova a lição dos nossos Benfeitores Espirituais a respeito de uma relativa porcentagem de determinismo no quadro de nossos sofrimentos e provações terrestres.

() Na referida carta que a profª Ruth Maria escreveu ao médium Xavier, ela confirma esse estado de sonolência do Prof. Oswaldo, que, pela mensagem, ficamos a saber que era uma providência de ordem espiritual para evitar-lhe maiores sofrimentos: “Mas quando eu lhe perguntava o que sentia, ele dizia-me apenas que estava muito cansado e desejava interromper a viagem.”

() Aninha é Analaura, irmã de Lenora, desencarnada antes dela, em 3 de maio de 1964.

() O grupo fraterno é o das irmãs cooperadoras da Escola Jesus Cristo, em visita ao médium Xavier, nos primeiros dias de agosto deste ano— Profª Hilda Mussa Tavares, Profª Ruth Monteiro, estudante Margarida Maria M. Tavares, D. Dinan Polônio Tavares e Profª Gilda Duncan.


mt 5:16

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Se queres verdadeiramente encontrar-te, sai de ti mesmo.

Como poderias realizar o autoconhecimento no clima do egoísmo?

Como saber quem és, desconhecendo como reages diante dos outros?

Como será possível alguém entregar-se a demoradas introspecções, se não muito longe há fome e dor, lágrima e sofrimento?


Disse o Senhor: — “Que brilhe a tua luz!…” (Mt 5:16)

Ele mesmo, a Luz do mundo, não permaneceu nos páramos celestiais no êxtase dos bem-aventurados. Vindo até nós, proclamou:

— “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”. (Jo 10:10)

Se desejas conhecer-te, não feche os olhos para o mundo, trancando-te em tuas emoções.

Na ação do trabalho que estende socorro a todos, ver-te-ás como és.




(Médium: Carlos A. Baccelli)


mt 5:16
Palavras da Coragem

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

No vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.

A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções.

Mas, ainda mesmo no terreno das emoções, cada Espírito exige tipos especiais.

Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens densas, atendendo a propósito deliberado, às vezes, por séculos vários.

Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem.

Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se nutrem.

Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.

Anotamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.

Nos variados climas do mundo, há quem se alimente de tristeza, de insulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras…

O discípulo de Jesus, porém — aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitória — pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre…

Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade interior é que esta página foi escrita.

[Dentro dele, não há palavras de revelação sibilina.]

[Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade.]

Não é exortação, nem profecia. É apenas convite.

Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino.

Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.

O Evangelho é o Sol da Imortalidade com que se ilumina a sabedoria, para a atualidade do mundo.

Brilhe vossa luz! (Mt 5:16) — proclamou o Mestre.

Procuremos brilhar! — repetimos nós.




Psicografia de Francisco C. Xavier


O conteúdo acima, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi em relação à mensagem original publicada em 1951 pela FEB e é o prefácio do livro “”]


mt 5:39
Sementeira da Fraternidade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 35
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Esta é a face do egoísmo, que engendra paixões demolidoras da paz e promove a guerra, açulando os instintos primitivos que dormem na grande multidão humana.

 

Aquela é a face da ingratidão, que reflete os sentimentos inferiores em torno dos quais muitos gravitam entre alucinações e equívocos.

 

Essa é a face da ira, que fermenta a loucura encarregada de atear fogo devastador por onde passa, deixando escombros e desditas onde se agasalha.

 

Estoutra é a face do ódio, que envenena impiedosamente os que lhes caem nas malhas, vencendo-os inexoravelmente.

 

Aqueloutra é a face da vindita calculada e fria, encarregada de surpreender os que se lhe fazem vítimas, vítimando em justo tempo até mesmo os que se elegeram algozes.

 

Essoutra é a face da agressão inesperada, na variada manifestação do atentado físico, mental ou moral, buscando coarctar a nobreza do agredido, pela impossibilidade de elevar-se além e acima dele.

 

— "Se alguém te bater na face direita...— disse Jesus.

 

A outra é a face do amor que desculpa e ensina, perdoa e esclarece, esquece a ofensa e ajuda o ofensor.

 

Talvez se encontrem homens que oferecem o outro lado da face para receberem a estrídula bofetada do ofensor alucinado e envenenado pela própria desídia. E muitos o farão por cobardia, por timidez, por irreflexão... deixando-se consumir, desde então, pelo ácido desgastador do ódio surdo ou arrastando-se vencidos pela suprema revolta da desesperação interior.

 

Ferido — não ferir; agredido — não agredir; humilhado — não humilhar.


desprezado — não desprezar — eis a importante face do ensinamento: ... "apresenta, também, a outra face. **

No jogo violento dos interessés subalternos, ao qual se atiram os aficionados da ilusão, a vitória para eles representa dominação, jugo, prepotência; violência produzindo violência, ódio fomentando ódio. Para esses, o discípulo do Cristo é um fraco, vencido, inferior... Todavia, é muito fácil vencer, dominar, esmagar... os outros, quando se têm as rédeas da força nas mãos.

 

Assim considerando, e sob qualquer aspecto examinada, se avulta e agiganta a mensagem cristã — perfeitamente renascida na revelação dos Espíritos, que proclamam o período novo que se avizinha: o do homem integral! — por oferecer resistência ao mal através da força do bem, preservando a ética otimista do amor e do direito acima de toda conjuntura negativa e infeliz, estimulando a supremacia do espírito estoico que é capaz de se vencer a si mesmo, antes que disputar o triunfo sobre as demais criaturas.

 

* * *

 

... E Jesus apresentou, também, Ele mesmo, a outra face, não se permitindo o revide ao mal que lhe fizeram, depositando, porém, na estrada incomensurável dos tempos, as sementes da esperança e da caridade, que fulguram nos céus da hora presente quais estrelas de pujante beleza, norteando os rumos do porvir da humanidade melhor.

 

Joanna de Ângelis

 

mt 5:44
Alma e Coração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Companheiros difíceis não são as criaturas que ainda não nos atingiram a intimidade e sim aquelas outras que se fizeram amar por nós e que, de um momento para outro, modificaram pensamento e conduta, impondo-nos estranheza e inquietação.

Erigiam-se-nos por esteios à fé, soçobrando em pesada corrente de tentações… Brilhavam por balizas de luz, à frente da marcha, e apagaram-se na noite das conveniências humanas, impelindo-nos à sombra e à desorientação…

Examinado, porém, o assunto com discernimento e serenidade, seria justo albergarmos pessimismo ou desencanto, simplesmente porque esse ou aquele companheiro haja evidenciado fraquezas humanas, peculiares também a nós? Atentos às realidades do campo evolutivo, em que nos achamos carregando fardos de culpas e débitos, deficiências e necessidades que se nos encravaram nos ombros, em existências passadas. Como exigir dos entes amados, que respiram conosco o mesmo nível, a posição dos heróis ou o comportamento dos anjos?

Com isso, não queremos dizer que omissão ou deserção nas criaturas a quem empenhamos confiança e ternura sejam condições naturais para a ação espiritual que nos compete desenvolver, e sim, que, em lhes lastimando as resoluções menos felizes, é imperioso orar por elas na pauta da tolerância fraternal com que devemos abraçar todos aqueles que se nos associam às tarefas da jornada terrestre.

Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, (Mt 5:44) que diretriz adotar ante os companheiros que se fizeram difíceis, senão abençoá-los em mais alto grau de entendimento, carecedores como se encontram de mais ampla dedicação? Sem dúvida, eles não podem, em muitas ocasiões, compartilhar conosco, de imediato, as atividades cotidianas, à vista dos compromissos diferentes a que se entregam; entretanto, ser-nos-á possível, no clima do espírito, agradecer-lhes o bem que nos fizeram e o bem que nos possam fazer, endereçando-lhes a mensagem silenciosa de nosso respeito e afeto, encorajamento e gratidão.

Cumprindo semelhante dever, disporemos de suficiente paz interior para seguir adiante, na desincumbência dos encargos que a vida nos confiou. Compreenderemos que se o próprio Senhor nos aceita como somos, suportando-nos as imperfeições e aproveitando-nos em serviço, segundo a nossa capacidade de sermos úteis, é nossa obrigação aceitar os companheiros difíceis como são, esperando por eles, em matéria de elevação ou reajuste, tanto quanto o Senhor tem esperado por nós.



mt 5:44
Brilhe Vossa Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.

Por isso mesmo, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.

Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.

A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.

A propósito, meditemos:

O Senhor corrige a ignorância com a instrução;

   o ódio com o amor;

   a necessidade com o socorro;

   o desequilíbrio com o reajuste;

   a ferida com o bálsamo;

   a dor com o sedativo;

   a doença com o remédio;

   a sombra com a luz;

   a fome com o alimento;

   o fogo com a água;

   a ofensa com o perdão;

   o desânimo com a esperança;

   a maldição com a bênção.


Somente nós, as criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe. Simples ilusão. O mal não suprime o mal. Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos (Mt 5:44) e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.



(Psicografia de Francisco C. Xavier)

(Anuário Espírita 1968)


mt 5:44
Coragem

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Muita gente indaga com inquietação, sobre a maneira justa de se aplicar o ensinamento de Jesus, no que tange ao amor pelos inimigos. (Mt 5:44)

Aquele companheiro ter-nos-á ferido, impondo-nos prejuízos graves, outro nos terá deixado o espírito em chaga aberta, a golpes de ingratidão. De que modo expressar-lhes amor, segundo os princípios do Evangelho?

Urge, porém, observar que Jesus nos pede amor pelos adversários, mas não nos recomenda aceitar ou amar aquilo que eles fazem.

Determinada pessoa agiu contra nós e, claramente, não lhe aplaudiremos as diretrizes, no entanto, ser-nos-á possível acolhê-la no clima da fraternidade, compreendendo-lhe a posição de criatura que haverá adquirido, com isso, pesada carga de lutas íntimas, a detrimento de si própria. Podemos, além disso, amar perfeitamente os que erram contra nós, entendendo que as falhas deles hoje serão talvez nossas, amanhã, atentos que devemos estar à humanidade falível de nossa condição.

Por símile, imaginemos o enfermo e a enfermidade. Deixaremos de amar os nossos doentes, porque estejam doentes e, quando falamos em amar os doentes, estaremos ensinando o amor pelas enfermidades?

Amar os adversários será respeitar-lhes os pontos de vista e abençoá-los, sempre que tomem caminhos diferentes dos nossos.

E, toda vez que tombem conscientemente nas trevas de espírito, recordemos o próprio Cristo e entreguemo-los a Deus, rogando para eles paz e misericórdia, porque, realmente, não sabem o que fazem.



mt 5:44
Entre Irmãos de Outras Terras

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

O espírita, herdeiro de conhecimentos superiores, esbarra com ressentimentos e mágoas, nutrindo atitude perfeitamente nova quando posta em confronto com a de outros princípios religiosos.

Admitindo a continuidade da vida, além da morte, não recebe ofensores à maneira de inimigos ou irresponsáveis. Acolhe-os como sendo companheiros transviados que é preciso recuperar para o bem.

À face disso, assaltos morais apresentam para ele importância relativa, conquanto lhe doam nos brios.

Porque alimentar ódio a alguém, se está convicto, pela lei da reencarnação, de que esse alguém se lhe pode abrigar nos braços, na feição de um ente querido na equipe familiar?

Por outro lado, não pode ignorar o mal de que foi objeto, certo quanto se acha da lei de responsabilidade individual. Daí o comportamento equilibrado que as circunstâncias lhe sugerem: serenidade sem indiferença, dentro da qual reconhece que não lhe adianta perder tempo com pesares ocultos ou reclamações descabidas.

Com isso, recolhe todas as manifestações de injúria, maldade, agressividade ou incompreensão dos outros, com a tranquilidade do cultivador que recebe de um companheiro vastas coleções de frutos verdes, para os quais não há colocação na área de seus interesses.

E como sabe que o responsável pela produção se esmerará em fornecer-lhe frutos maduros, em tempo adequado, espera por eles com paciência.

Por essa razão, se o espírita lança mão de algum desforço perante ataques do caminho, essa desforra é sempre a resposta do serviço mais eficiente a todos os desafios de que foi alvo. Recordemos isso, à frente de agravos ou menosprezos.

Para nós, as palavras do Cristo (Mt 5:44) “amai os vossos inimigos” e “orai pelos que vos perseguem e caluniam”, não significam carta-branca aos irmãos que se chafurdaram no mal e nem nos determinam exibir suposta superioridade diante deles. Querem claramente dizer que não devemos cortar os fios de amor fraternal que nos identificam uns com os outros, conferindo-lhes o direito de serem responsáveis pelos erros que praticam e que nos cabe envolvê-los nas vibrações restauradoras da prece, prosseguindo, de nossa parte, na construção imperturbável do bem, que renderá sempre luz e verdade, alegrias e bênçãos para eles e para nós.




(Silver Spring, Maryland, EUA, 10, Junho, 1965.)

(Psicografado por Waldo Vieira.)



Vinícius

mt 5:3
Na Seara do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3383
Capítulo: 13
Vinícius
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus

(Mateus, 5:3)


— tal foi a sentença com que Jesus iniciou as suas prédicas.


Humildes de espírito — notemos bem — e não somente humildes. Se ele tivesse omitido aquele complemento, não se teria revelado o incomparável Mestre, o consumado pedagogo e o excelso psicólogo, cujas qualidades e méritos singulares jamais foram ou serão igualados neste mundo.


A despeito mesmo da clareza meridiana da beatitude em apreço, ainda assim, não tem sido compreendido em essência o relevante ensinamento que encerra em sua singeleza e simplicidade. Vamos, por isso, meditar, com os nossos benévolos leitores, a dita frase, que, como todas as lições do Mestre, é sempre oportuna em todas as épocas da Humanidade. E, por serem desta natureza, as palavras do Ungido de Deus nunca passarão, conforme Ele afirma, com aquela autoridade serena e calma que caracteriza a sua inconfundível personalidade. Realmente, sua palavra, sendo, como é, de perene atualidade, não pode passar como passa a dos homens, que, em dado tempo, assume foros de infalibilidade, para, logo depois, ser proscrita, caindo em caducidade.


O verbo messiânico é a fonte da água viva, manando sempre fresca e renovada; enquanto a palavra dos sátrapas terrenos é a água de cisterna, estagnada no personalismo que a polui e contamina.


Humildes de espírito ou de coração. Está perfeitamente clara e concisa a sentença. Não se trata, portanto, de humildes de posição social, nem de humildes em relação à posse de bens materiais; nem, ainda, de humildes de intelecto, isto é, de ignorantes e analfabetos; tampouco de humildes no que respeita à profissão que exercem e às vestimentas que usam. A assertiva ora comentada reporta-se a humildes de espírito, isto é, àqueles cujos corações estejam escoimados do orgulho sob suas múltiplas modalidades. Na classe dos humildes de intelecto, de posição, de fortuna, de profissão e de indumentária, viceja também o orgulho, tal como sói acontecer entre os demais componentes da sociedade humana. Aquele sentimento não escolhe nem distingue classes; vai-se aninhando onde encontra guarida, seja na alma do sábio como na do ignaro;


seja na alma do rico como na do mendigo que estende a mão à caridade pública; seja na alma do potentado que enfeixa poderes e exerce autoridades, que governa povos e dirige nações, seja na do pária que perambula pelas ruas;


seja na alma dos titulares e dos togados, seja na daqueles que cavam o solo ou que removem os detritos das cidades.


O orgulho assume formas diversas para cada classe, como para cada indivíduo. Ninguém escapa às suas arremetidas e à felonia das suas artimanhas e das suas esdrúxulas concepções. É o pecado original que o homem traz consigo ao nascer, como fruto que é do egoísmo, do apego ao "eu" cuja sensibilidade extremada gera todas as gamas e todas as mais variadas nuanças que o orgulho assume, desde a soberba arrogante e tirana, até as formas de petulância grotesca e ridícula. É o grande fator de discórdia entre os homens. É o elemento desaglutinador por excelência, semeando a cizânia em todos os campos de ação onde os homens exercem suas atividades. Medra e viça despejadamente no campo dos pobres como no dos argentarlos; no dos doutos e eruditos como no dos iletrados e incultos; nas academias como nas feiras livres; nos antros do vício como nos templos e nos altares. Não há terreno sáfaro ou estéril neste mundo, para esta planta daninha; não existe clima que lhe não seja propício, nem ambiência que seja refratária à sua proliferação.


Há orgulho de raça, de nacionalidade e de estirpe; há orgulho de profissão, de títulos e pergaminhos; de crença ou orgulho religioso, um dos aspectos mais terríveis daquele sentimento, de vez que gerou, outrora, o ódio entre os profitentes de vários credos que, mutuamente, se trucidaram numa luta fratricida e cruel, mantendo, ainda no presente, a separação e o dissídio no seio da família humana.


O orgulho não procura base para apoiar as suas pretensões. Manifesta-se com ou sem motivos que o justifiquem; com ou sem razão alguma que explique a sua existência. Nos ricos é a riqueza que o gera e sustenta. Nos que conhecem algo em qualquer ramo do que se convencionou denominar — ciência — é o pouco saber que o mantém; nos pobres é a inveja que o alimenta; nos inscientes e semianalfabetos é a própria ignorância que o conserva sempre vivo e palpitante; finalmente, nos tolos e fátuos, é a debilidade mental, a fraqueza de espírito que o provê do alimento necessário. Tudo, como se vê, pode ser causa de orgulho. Há facínoras que se envaidecem dos crimes bárbaros que cometem, vendo em suas sangrentas façanhas gestos de heroísmo e de valor.


Do orgulho procedem todas as megalomanias, das mais grotescas às mais perigosas, como aquela que tem por escopo o domínio do mundo. São incontáveis os malefícios que o orgulho engendra no coração humano, ocultando-se e disfarçando-se de todas as formas. É assim que vemos pessoas cujas palavras, escritas ou faladas, são amenas e cheias de doçura; ao sentirem-se, porém, melindradas no seu excessivo amor-próprio, ei-las transformadas em verdadeiras feras, insultando e agredindo, na defesa do que chamam — dignidade.


Neste particular, as vítimas do orgulho incidem num equívoco muito generalizado. A verdadeira defesa da nossa dignidade é uma operação toda de caráter íntimo. É no interior, no recesso das nossas almas que se deve processar a vigilância e a defesa de nosso brio, de nossa honra e de nossa dignidade. Quando, aí, nesse tribunal secreto de nada nos acuse a consciência — essa faculdade soberana e augusta, através da qual podemos ouvir e sentir a voz do Supremo Juiz —, devemos ficar tranquilos, mesmo que sejamos acusados dos maiores delitos e das mais graves culpas. Infelizmente, porém, os homens fazem o contrário: descuram da vigilância interna; fazem ouvidos moucos aos protestos da consciência própria, a despeito de suas reiteradas e constantes observações, para curarem, com excessivo zelo, da defesa exterior, isto é, do que dizem e pensam deles. É o orgulho que ofusca a razão humana, arrastando o homem à prática de semelhante insânia e de outros tantos despautérios e incongruências.


Vítima da obnubilação mental, o orgulhoso fecha-se como a ostra, dentro de si mesmo, isolando-se do convívio social e tornando-se impermeável às inspirações e sugestões dos bons elementos espirituais que, no desempenho de sua missão de amor, procuram auxiliar e conduzir os encarnados ao porto seguro da redenção. Daí a razão por que Jesus assim se exprimiu acerca desse fato por Ele observado: "Graças te dou, meu Pai, porque revelas as tuas coisas aos simples e pequenos, e as escondes dos sábios e dos grandes". (Mateus, 11: 25.) Deus nada esconde dos homens; estes, em sua vaidade e soberba, é que se tornam impermeáveis às revelações do Alto, como insensíveis aos reclamos da própria consciência.


O orgulho, como se vê, constitui a grande pedra de tropeço no caminho da nossa evolução, já no que respeita ao desenvolvimento da inteligência, como no que concerne à esfera do sentimento. Justifica-se, pois, plenamente, o esforço do Divino Mestre, procurando incutir no espírito do homem a necessidade de combater o grande e perigoso inimigo do seu progresso intelectual e do seu aperfeiçoamento moral. O meio de efetuar com êxito essa campanha consiste em cultivar o elemento ou a virtude que se opõe ao orgulho: a humildade. Assim como nos servimos da água para extinguir os incêndios, assim cumpre que conquistemos a humildade de espírito, para alijarmos o orgulho dos nossos corações. Todo veneno tem o seu antídoto. Todos os vícios e paixões que degradam o homem têm as virtudes que lhes são opostas, de cujo cultivo resulta a vitória sobre aquelas.


Quando não queiramos, de moto próprio, empreender essa luta, seremos forçados a fazê-lo, mediante o influxo da dor.


O batismo da água nada pode contra os senões e os males do nosso caráter; mas o do fogo age sempre com eficiência em todas as conjunturas e emergências da vida. Outro malefício produzido pelo orgulho consiste em criar nos indivíduos o que poderíamos denominar, talvez com acerto, de complexo de superioridade. Imbuídos dessa presunção, desferem voo, batendo as asas de ícaro, elevando-se às altas regiões das fantasias mórbidas, criadas pela imaginação, até que um dia se despenham, rolando no pó, para que se confirme a sabedoria da máxima evangélica: "Aquele que se exalta será humilhado. . . ". (Mateus, 23:12.) Recapitulando o exposto sobre a primeira beatitude do Sermão do Monte, verificamos que humildade não quer dizer pobreza ou miséria; não quer dizer desasseio nem farandolagem; não quer dizer ignorância nem analfabetismo; não quer dizer também inaptidão e imbecilidade — de vez que o homem pode ser pobre, miserável, desasseado, maltrapilho, gafeirento, néscio, inábil e bronco, sem possuir, todavia, a sublime virtude que Jesus, o Ungido de Deus, predicou pela palavra e pelo exemplo, nascendo num estábulo e morrendo numa cruz.


Cumpre ainda reportarmos a uma certa deturpação daquela excelsa virtude cristã, por parte daqueles que a pretendem confundir, seja por ignorância, seja de má-fé, visando a inconfessáveis interesses, com subserviência ou passividade. Segundo esse critério, bastante generalizado em certos meios, a pessoa humilde é aquela que se conserva impassível em todas as emergências em que se encontre; é aquela que não protesta nem reage contra as iniquidades de que seja vítima ou que se consumem aos seus olhos; é aquela que se submete, se agacha e se prosterna diante de toda manifestação de força, de prepotência e de poderes, por mais absurdos e iníquos que sejam; é aquela que se julga inferior, incapaz, impotente, sem prestígio e sem mérito, sem valor nenhum, em suma, que se supõe uma nulidade completa.


Semelhante juízo sobre a humildade é uma afronta atirada ao Cristianismo de Jesus. Não obstante, há muita gente, dentro e fora daquela doutrina, que pensa desse modo e incute nas massas ignaras semelhante absurdidade.


A humildade não se incompatibiliza com energia de ação, de vez que a energia é também uma virtude. Tampouco, ser humilde importa em nos desdenharmos, desmerecendo-nos e nos apoucando no conceito próprio. Aquele que descrê de si mesmo é um fracassado na vida. Em realidade, devemos considerar-nos como obras divinas, que de fato somos, e, portanto, de valor infinito. Devemos valorizar essa obra, na parte que nos toca, lutando incessantemente pela nossa espiritualização, libertando-nos das injunções inferiores da animalidade, a fim de que nos aproximemos, cada vez mais, da Suprema Perfeição — fonte eterna de onde promana a vida, debaixo de todas as suas formas e modalidades. Esta, a lição que aprendemos no Evangelho; esta é a verdadeira doutrina messiânica. Para o Divino Mestre, todo homem é filho de Deus, representando, por isso, valia incomparável. Haja vista como Ele tratou os leprosos, a mulher adúltera e a grande pecadora. Para Ele, o mais enfermo é o que mais precisa da sua medicina. A ninguém desprezava e a ninguém jamais ensinou que se desprezasse e se aviltasse a si mesmo, mas que se erguesse do pó e da lama, voltando-se para a frente e para o Alto. Tende bom ânim o — era a sua advertência predileta. Tudo é possivel àquele que crê — foi também o seu estribilho. Quanto à energia, Jesus deu, dessa virtude, os mais edificantes testemunhos em todas as conjunturas da sua vida terrena, culminando na expulsão dos vendilhões do templo, os quais apostrofou com estas candentes palavras: "Fizestes da casa de oração um covil de ladrões".


Francisco de Assis — o grande apóstolo da humildade —, quem ousará negar que foi ele enérgico na sustentação dos postulados que encarnara? Sua existência toda foi um exemplo de humildade, aliada ao combate franco e decidido ao reverso daquela virtude, isto é, ao luxo, às pompas, ao fausto e a todas as expressões de grandeza e de exterioridade fascinadoras dos sentidos.


Não precisamos, pois, incompatibilizar-nos com a energia, para que sejamos humildes; não precisamos, outrossim, amesquinharmo-nos e nos desmerecermos aos nossos próprios olhos, para engastarmos em nossos caracteres o magnífico diamante cristão: basta que reconheçamos, em Deus, o pai comum de toda a Humanidade; e nos homens — sem distinção de raças, classes e credos — nossos irmãos, procedentes da mesma origem, com os mesmos direitos, sujeitos à mesma lei de justiça, votados, todos, ao mesmo destino, sem exclusivismos, sem privilégios de espécie alguma, sem exceções odiosas, estas ou aquelas — porquanto, humildade significa ausência de orgulho dominando o espírito; significa coração simples, destituído de soberba, iluminado pelas claridades da justiça divina, justiça essa que desperta nas almas o verdadeiro senso de igualdade e o sagrado sentimento de fraternidade.


mt 5:13
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 84
Página: 190
Vinícius

Assim termina Jesus o Sermão Profético: "Quando vier o Filho do homem em glória e poder, acompanhado dos santos anjos, julgará todas as nações. Separará os justos dos iníquos como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À direita ficarão os escolhidos; à esquerda os rejeitados. Aos primeiros, direi: Vinde a mim, benditos de meu Pai, possuí como herança o reino que vos está destinado desde a fundação do mundo. Pois me achei faminto, sedento, nu, peregrino, enfermo e encarcerado, e vós me assististes. Mas quando te vimos em tais condições e te prestámos apoio? objetarão eles. Retrucarei, então: Em verdade vos digo que todas as vezes que assististes os pequeninos da Terra, foi a mim mesmo que o fizestes.


"Voltando-me à sinistra, prosseguirei: Apartai-vos de mim, réprobos para o fogo eterno, aparelhado para o diabo e seus anjos, porque me vi faminto, sedento, nu, peregrino, enfermo e encarcerado e jamais me valestes. Nunca, Senhor, te vimos sob tais necessidades, e te abandonámos, dirão eles.


Responderei abertamente: Em verdade vos asseguro que sempre que voltastes as costas aos pequeninos da Terra, foi a mim mesmo que o fizestes. "
Ao Consolador, personificado na Doutrina Espírita, coube a glória de interpretar a sublime parábola acima transcrita, com o gravar em seu estandarte a sapientíssima legenda: "Fora da caridade não há salvação. "

O planeta que habitamos, como o corpo onde se acha enclausurado nosso espírito, terá um fim. Os elementos de que se compõe se desagregarão um dia, como sói acontecer à nossa matéria após a morte. Eis, então, o momento da separação. Os que se acharem aptos, acudirão ao "vinde a mim" —, seguindo com o Mestre para novas Terras onde habita a justiça segundo o dizer de São Pedro. Os reprovados apartar-se-ão do Cristo, buscando mundos inferiores, compatíveis com suas tendências e paixões, onde os espera o fogo eterno das provações, aparelhado para vencer caracteres rebeldes e obstinados no mal, até que se habilitem, como filhos de Deus, à herança paterna que para todos está destinada desde o início dos tempos.


Como se vê, a grande dificuldade está em vencermos o nosso egoísmo. Ele é a causa da nossa perdição. Para o vencer, precisamos de cultivar o amor. O amor, que é a caridade compreendida em sua íntima essência, representa a escada de Jacob que nos há-de conduzir aos páramos celestiais.


Jesus nada pede para si; não quer catedrais suntuosas, nem hosanas, nem homenagens, nem vanilóquios. Ele tem em si mesmo a glória e o poder. De nós, da Terra, nada precisa, nada deseja. Quer, apenas, que nos amemos uns aos outros, vivendo como irmãos, sendo solidários com aqueles que ao nosso lado lutam e sofrem.


Tão-pouco lhe importarão as minudências de nossa fé, as particularidades de nosso credo; um quesito unicamente ele formulará, dependendo de sua resposta, negativa ou afirmativa, nossa ventura ou nossa desdita. Esse quesito é o quesito do amor. Como vivemos? sob o império do egoísmo, ou sob o influxo do amor? Se o egoísmo nos domina, nossas obras serão fatalmente más, porque ele é a origem de todos os males.


Se reina o amor em nossos corações, nossas obras serão naturalmente boas, porque o amor é a fonte de todo o bem. Não há, pois, necessidade de referências particulares e minúcias. Não nos iludamos: "Fora da caridade não há salvação" — tal é o lema do Consolador, encarregado de rememorar o que outrora ensinou o Filho de Deus.



Francisco Cândido Xavier

mt 5:3
Chico Xavier e suas Mensagens no Anuário Espírita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 74
Francisco Cândido Xavier

Quando Jesus reservou bem-aventuranças aos pobres de espírito, (Mt 5:3) não menosprezava a inteligência, nem categorizava o estudo e a habilidade por resíduos inúteis.

O Senhor, aliás, vinha enriquecer a Terra com Espírito e Vida.

O Divino Mestre, ante a dominação da iniquidade no mundo, honrava, acima de tudo, a humildade, a disciplina e a tolerância.

Louvando os corações sinceros e simples, exaltava Ele os que se empobrecem de ignorância,

   os que arrojam para longe de si mesmos o manto enganoso da vaidade,

   os que olvidam o orgulho cristalizado,

   os que se afastam de caprichos tirânicos,

   os que se ocultam para que os outros recebam a coroa do estímulo no imediatismo da luta material,

   os que renunciam à felicidade própria, a fim de que a verdadeira alegria reine entre as criaturas,

os que se sacrificam no altar da bondade, cultivando o silêncio e o carinho, a generosidade e a elevação, nos domínios da gentileza fraterna, para que o entendimento e a harmonia dirijam as relações comuns, no santuário doméstico ou na vida social e que se apagam, a fim de que a glória de Jesus e de seus mensageiros fulgure para os homens.

Aquele, assim, que souber fazer-se pequenino, embora seja grande pelo conhecimento e pela virtude, convertendo-se em instrumento vivo da Vontade do Senhor, em todos os instantes da jornada redentora, guardando-se pobre de preguiça e egoísmo, de astúcia e maldade, será realmente o detentor das bem-aventuranças Divinas, na Terra e no Reino Celestial, desde agora.




(Anuário Espírita 1994)


mt 5:4
Ceifa de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Página: 101
Francisco Cândido Xavier
“Bem-aventurados os que choram… — JESUS (Mt 5:5)

“Bem-aventurados os que choram”, — disse-nos o Senhor — contudo, é importante lembrar que, se existe aflição gerando tranquilidade, há muita tranquilidade gerando aflição.

No limiar do berço pede a alma dificuldades e chagas, amargores e cicatrizes, entretanto, recapitulando de novo as próprias experiências no Plano Físico, torna à concha obscura do egoísmo e da vaidade, enquistando-se na mentira e na delinquência.

Aprendiz recusando a lição ou doente abominando o remédio, em quase todas as circunstâncias, o homem persegue a fuga que lhe adiará indefinidamente as realizações planejadas.

É por isso que na escola da luta vulgar vemos tantas criaturas em trincheiras de ouro, cavando abismos de insânia e flagelação, nos quais se despenham, além do campo material, e tantas inteligências primorosas engodadas na auréola fugaz do poder humano, erguendo para si próprias masmorras de pranto e envilecimento, que as esperam, inflexíveis, transposto o limite traçado na morte.

E é ainda por essa razão que vemos tantos lares, fugindo à bênção do trabalho e do sacrifício, à feição de oásis sedutores de imaginária alegria para se converterem amanhã em cubículos de desespero e desilusão, aprisionando os descuidados companheiros que os povoam em teias de loucura e desequilíbrio, na Vida Espiritual.

Valoriza a aflição de hoje, aprendendo com ela a crescer para o bem, que nos burila para a união com Deus, porque o Mestre que te propões a escutar e seguir, ao invés de facilidades no imediatismo da Terra, preferiu, para ensinar-nos a verdadeira ascensão, a humildade da Manjedoura, o imposto constante do serviço aos necessitados, a incompreensão dos contemporâneos, a indiferença dos corações mais queridos e o supremo testemunho do amor em plena cruz da morte.



mt 5:5
Nascer e Renascer

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Francisco Cândido Xavier

Problema intrincado.

Muitos companheiros disseram isso, no impedimento que te aborrece.

No entanto, o Sublime Orientador te situou, à frente dele, para que lhe descubras a solução.


Serviço impraticável.

Outros proclamaram semelhante afirmativa, referindo-se ao encargo que te pesa nos ombros.

O Senhor, porém, te chamou a executá-lo, ciente da tua capacidade e da tua força.


Tentação invencível.

Vozes diferentes formularam a mesma observação, na crise interior que escalda o pensamento.

Todavia, o Eterno Amigo te permite experimentá-la para que lhe extingas o magnetismo calamitoso.


Parente difícil.

Opinião idêntica foi lançada por afeiçoados diversos, diante do coração querido que te incomoda no lar.

Entretanto, o Excelso Benfeitor te colocou na equipe doméstica, a fim de que o ampares, na provação que lhe agrava a existência.


Companheiro obsediado.

Conceituação análoga está sendo mantida por muita gente, perante o amigo que te propele a constantes desgostos.

O Mentor Infalível, contudo, te envolveu na luta, que desgasta o companheiro em perturbação, para que lhe sustentes a reabilitação.


Todas as dificuldades no mundo, sejam grandes inquietações ou dissabores pequenos, constituem lição e trabalho simultâneos a que nos convida o Divino Semeador, para que se intensifique na Terra a seara da libertação de todos os valores do espírito.

Bem-aventurados os aflitos — disse Jesus. (Mt 5:5) Os aflitos bem-aventurados, porém, não são simplesmente aqueles que choram e sofrem, deitando críticas e queixumes, e sim aqueles que recebem as tribulações e dores transitórias da vida, por benditas e honrosas oportunidades de servir, com o Cristo de Deus, agindo com bondade operosa e paciência incansável na vitória do bem.



mt 5:25
Benção de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Francisco Cândido Xavier

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos…” — JESUS (Mt 5:44)


Os inimigos, queiramos ou não, são filhos de Deus como nós e, consequentemente, nossos irmãos, para quem Deus providenciará recursos e caminhos dentro da mesma bondade com que age em nosso favor.

Temos muito a dever aos amigos pelos estímulos com que nos asseguram êxito na vida, mas não podemos esquecer que devemos bastante aos nossos inimigos pelas oportunidades que nos proporcionam no sentido de retificarmos os próprios erros.

O adversário é mais propriamente aquele que sulca a nossa alma, à feição do lavrador que cava na terra, a fim de que produzamos na seara do bem.

O amor pelos inimigos dar-nos-á excelentes recursos contra o desajuste circulatório, a neurose, a loucura ou a úlcera gástrica, sempre que estejamos em tarefa no corpo físico.

Orando em benefício dos que nos ferem, evitamos maiores perturbações em torno de nós mesmos.

Uma atitude respeitosa para com os adversários nunca nos rouba tempo ao serviço.

Amando os inimigos e entregando-nos sinceramente ao juízo de Deus, com as melhores vibrações de fraternidade, eliminamos noventa por cento dos motivos de aflição e aborrecimento.

Abençoando em silêncio os que nos criticam ou golpeiam, protegemos com mais segurança os interesses do trabalho que a Providência Divina nos concedeu.

A serenidade e o apreço para com os inimigos são os melhores antídotos para que as preocupações com eles não nos destruam.

O amor pelos inimigos não nos rouba a paz da consciência, na hipótese de serem malfeitores confessos, porque, quando Jesus nos diz ide e reconciliai-vos com o adversário, (Mt 5:25) [ele] nos ensina a fazer paz em nossas relações, como não é justo privar de tranquilidade uma criança ou um doente. Mas em trecho algum do Evangelho Jesus nos recomenda cooperar com eles.




[Reformador, junho de 1966, p. 122]



Grupo Emmanuel

mt 5:3
Luz Imperecível

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Grupo Emmanuel

Mt 5:3


Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.


BEM-AVENTURADOS" - Felizes sob o aspecto espiritual, felizes aos olhos de Jesus. Sob o ponto de vista material são tidos como venturosos os que contam vitórias sobre vitórias no conceito do mundo. São os que aparecem portando riquezas e bens, cujas origens nem sempre são caracterizadas como dignas. Afortunados do momento, quando não sabem conquistar e administrar com justiça, assegurando paz ao coração e bem ao semelhante.


Nestas condições, os valores materiais passam a ser valiosos instrumentos para extensão do trabalho e do Amor, sob as bênçãos do Criador.


No entanto, nem sempre temos sido felizes" na condução dos recursos que detemos por empréstimo, transformando-os, sob a sombra do egoísmo, em algemas que nos escravizam, retardando a marcha pela criação de elementos geradores de lágrimas e sofrimentos.


OS POBRES DE ESPÍRITO," - Ante a multidão, pobre de espírito, pode ser compreendido como a individualidade que adota posição de descrente e insensato, sendo excluído dos benefícios do reino dos céus por eleição pessoal, enquanto se mantiver nesta faixa vibratória. Definida tal posição, acionam-se os componentes da Lei de Causa e Efeito, quando o ser passa a colher dores e amarguras que se transformam em molas mestras de fatores indutores, levando-o a visualizar ângulos conscienciais superiores.


Na ótica evangélica, pobres de espírito são os humildes. Os que, examinando-se, sentem o peso e a extensão das próprias necessidades de renovação. São os que se reconhecem sempre necessitados dos valores espirituais.


A identificação desses padrões pessoais é necessária a cada um que se posicione dentro do versículo. Assim, poderá perceber se é ou não carente das orientações de que o Cristo é o Sublime Doador.


PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS;" - Este é estado de alma. Estará no reino dos céus aquele que usufruir de equilíbrio, verdade, Amor, trabalho e humildade acima de tudo.


Ora, o pobre de espírito nutre o princípio de que todos podem ser melhores, mais instruídos e mais experientes do que ele. Daí sua prudência, em todas as circunstâncias, e em qualquer lugar.


Fala baixo, porque admite que outros desfrutam de mais autoridade.


Ocupa os últimos assentos, porque aceita que há outros mais importantes.


Tem opiniões próprias, mas não as impõe, porque cada um pode ter suas ideias.


Sofre resignado, porque Deus é justo. Quando erra, constata mais uma vez a presença das próprias imperfeições. Perdoa sempre, porque constantemente carece de ser perdoado. Ajuda sempre, porque reconhece que não consegue viver sem a colaboração de terceiros. A todo momento dá graças a Deus, porque são muitas as expressões de misericórdia em sua existência.


Nem por isso, contudo, deixa de ser a luz do mundo, o sal da Terra.



Honório Onofre de Abreu

mt 5:3
O Evangelho por Dentro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 34
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

MT 18:4


PORTANTO, AQUELE QUE SE DIMINUIR COMO ESTA CRIANCINHA, ESSE É O MAIOR NO REINO DOS CÉUS.

PORTANTO, AQUELE QUE SE DIMINUIR COMO ESTA CRIANCINHA, - A humildade resume o poder da evolução consciente, que se patenteia por sabedoria incomum e por maleabilidade promotora da Luz.


Tomando a infância por emblema da simplicidade e da pureza de sentimentos, observamos Jesus dando-nos verdadeira aula sobre o mecanismo depurador da Lei Divina, através da reencarnação, que por sua vez, se assenta no princípio do RECOMEÇO, em bases novas (O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 7, itens 6 a 10; Hb 10:5) .


As recapitulações laboradas pelas vidas sucessivas respondem pela FIXAÇÃO de valores em ensaio e eclosão nos territórios íntimos do ser. Por isso, DIMINUIÇÃO significa AJUSTE, ADEQUAÇÃO a circunstâncias eminentemente educativas ou reeducativas - para si, como consolidação de talentos; para os outros, como sugestão ao seu processo evolucional (Lc 22:26; Rm 9:12; Jo 3:13; Pensamento e Vida, Capítulo 9).


A Natureza demonstra a riqueza divina em movimentos de expansão e recolhimento, como a semente que contém a árvore, como o movimento da seiva nas plantas segundo as estações do tempo, como as marés, 104 como o embrião que recapitula, na intimidade uterina, toda a evolução filogenética dos seres orgânicos no Planeta. interessante estudo sobre o tema encontramos no livro Missionários da Luz, no Capítulo 13, REENCARNAÇÃO: [. ] EM SEU DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO, O FUTURO CORPO DE UM HOMEM NÃO PODE SER DISTINTO DA FORMAÇÃO DO RÉPTIL OU DO PÁSSARO. O QUE OPERA A DIFERENCIAÇÃO DA FORMA É O VALOR EVOLUTIVO, CONTIDO NO MOLDE PERISPIRÍTICO DO SER QUE TOMA OS FLUIDOS DA CARNE.


O poder de um Espírito está relacionado com sua capacidade de DESCER SEM PERDER ALTURA, pois, estribado na própria evolução já conquistada, pode e deve se movimentar no contexto social em que se insere utilizando os seus dons, as suas virtudes (1Co 9:19-22).


ESSE É O MAIOR NO REINO DOS CÉUS. - Os reinos existem segundo os interesses alimentados. Há manifestações de poder e autoridade no plano relativo em que os homens se encontram.


Daí surgirem ditadores, criminosos, levianos, falsários, corruptos, sensualistas, negadores, alienados, hipócritas et cetera, com seu cortejo.


Cada um deles, tanto quanto cada qual de nós, forma o circuito de forças que atrai criaturas sintonizadas com o mesmo propósito, em acordo com desejos a atitudes (Lc 17:37) . se o REINO DE DEUS guarda um sentido absoluto, de perfeição plena, de pureza máxima, o REINO DOS CÉUS se caracteriza por ESTADO DE HARMONIA ÍNTIMA dentro do plano evolucional, dentro da movimentação pela conquista da condição de Espírito puro. Como exemplo, Bezerra de Menezes, Emmanuel, Bittencourt sampaio e tantos outros conquistaram o REINO DOS CÉUS em si próprios, mas caminham em serviço de amor para a conquista do REINO DE DEUS, a condição de Jesus: Espírito puro (O Livro dos Espíritos, questão 170).


Assim, os CÉUS assinalam as virtudes que descansam a alma e a situam num plano de espontaneidade do bem, sem os constrangimentos da Lei, em seu sentido impositivo, de corrigenda, disciplinador, julgador (Mt 5:3-20; Mt 7:21; Mt 13:3-11; Mt 23:13) .


É isso que significa o DESCANSO de Deus no sétimo dia, após sua obra, a Criação - simbologia do fluxo do trabalho redentor, em que Deus é a consciência desperta operando intimamente nossa evolução na Luz (Gn 2:1-3).


Obedecendo ao imperativo da Lei, disciplinamo-nos para assumir, em responsabilidade e consciência, a parte que nos toca na obra da Criação (O Livro dos Espíritos, questão 132). O domínio de nós mesmos torna-nos virtuosos e sábios - e é o que assegura esse DESCANSO ou a felicidade, o júbilo interior (Mt 16:26; Lc 9:24; Hb 12:5-8).


mt 5:8
Religião Cósmica

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 35
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu
(1 Coríntios 13:12, MT 5:8, JO 8:12, Romanos 8:18)

Como descrever, para os irmãos encarnados na Terra, os Espaços Siderais em que nos movemos, de onde colhemos informes e vibrações mais elevadas para a nutrição de nossos anseios e ideais de Espírito?... O pensamento humano na Crosta está viciado por um materialismo que não existe, que não é real, e permanece cristalizado numa racionalidade preconceituosa e horizontal que nada tem a ver com os movimentos de vida universal — movimentos que exigem, para serem registrados e incorporados, a maleabilidade moral da mente, entre razão e sentimento. Vista de cima, das Esferas Espirituais melhores, a vida física é um campo de batalha, com os homens e as mulheres vestidos das ilusões guerreiras e combativas. Geralmente, com exceções ainda reduzidas, sobrevivem por ações apenas defensivas, quase nunca daquelas atitudes que promovem a dissolução do mal, dos ódios e das incompreensões... As reações comuns e dominantes se dão por revolta e inconformação, poucas vezes se vendo aceitação e humildade, que solveriam as raízes dos males pessoais e coletivos... Esse quadro moral do mundo, agravado pela somatória de experiências reencarnatórias de grande parcela dos habitantes do globo, não mais diz respeito à barbárie e à primitividade, mas sim ao culto de vícios interpretativos e de posturas. É uma enfermidade coletiva, sem dúvida de natureza obsessiva, porque saímos de um bloco pouco habilitado em termos de evolução consciente e adentramos os círculos saturadores de vícios, de desvios, de adulterações, de corrupções morais...


Existe um peso específico no corpo espiritual, e o que define esse peso é a condição mental da individualidade que, nessas estruturas mais sutis, se projeta e se estampa. Não se trata de peso corporal, mas vibratório, gerando energias de teor específico, a impedirem percepções maiores e mais elevadas à mente, ou conduzindo essa mente, em sublimação de potenciais, a novos e promissores domínios da Casa Universal... O corpo material é apenas um sepulcro que guarda as sementes divinas numa letargia estranha, mas proveitosa, qual ocorre ao casulo da lagarta, desenvolvendo nela as asas e a nova forma alada da borboleta. Pensamentos vigorosos e conceitos bem fundamentados são a resultante desse condicionamento reencarnatório, pois representam para o Espírito em labor evolutivo, entre realidades internas e expressões mutantes de matéria constritora, asas que o deixam voar pelo Infinito ou mesmo raízes que asseguram seu vigor moral.


A expressão sublimada dos Espaços onde se situa o Instituto Celeste de Pitágoras foge à condição perceptiva e de imaginação dos encarnados, ainda tão materializados no plano mental. Poderíamos falar de luzes e cores, de peplos celestiais, de períspiritos diáfanos, de cavatinas desconhecidas, de transportes etéreos e de uma infinidade de descrições meramente exteriores, fomentando admiração e mesmo adoração religiosa, mas não se trata disso. Os efeitos não são as causas, e somente as causas nos interessam. Por exemplo, as imagens que os homens veem na atmosfera: nuvens dançantes, cintilações astrais, o vigor de um arco-íris... Tudo isso é efeito, não realidade, parecem, sugerem, porém não são reais. Quando dizemos da beleza dos Paços Celestiais, ultrapassando em tudo o que conhecemos na Terra, não desejamos salientar enfeites decorrentes da cocriação em plano maior e melhor, como o faz um turista em visita a regiões desconhecidas e diferenciadas de seus panoramas habituais. Desejamos dizer das aquisições íntimas, das vibrações que circulam, obviamente gerando imagens surpreendentes e inspirando sentimentos os mais belos, todavia reais, efetivas, promotoras...


À frente de Sócrates e ao lado do Benfeitor Gabriel, que ali nos ambientara por bondade e paciência — uma indiscutível autoridade vinculada à obra do Evangelho no planeta —, pude adentrar o que se me afigura o universo que me espera em esforço e abnegação pessoal. Surpreendi-me ao ser devassado pela força espiritual do grande expositor, que se valia do magnetismo sublimado já adquirido no tempo para tangernos, em diminuto e seleto grupo de aprendizes, as almas ainda vinculadas ao orbe terráqueo, com um ou outro visitante de círculos vizinhos à nossa casa...


Não tenho como sumariar, em linguagem tão reduzida, as forças que se movimentaram no ambiente e em mim... Foi uma espécie de enxertia do zambujeiro na oliveira divina, para que, de algum modo, esse zambujeiro, uma planta rude, assimilasse o que lhe espera em termos de evolução consciente e cósmica, sem a grosseria das formas e dos hábitos nocivos... O que sei é que mais uma vez a Misericórdia do Pai, através de Jesus, me colheu para novos e promissores investimentos vibracionais. Nada tem aqui de intelectualidade, falo de vida e vida sem as peias e os vícios da nossa sofrida família humana!


Pedi aos Benfeitores poder pinçar e divulgar, de algum modo, o que me projetou a alma a regiões e Seres nos quais a Verdade e o Amor já expressam consciência e trabalho essencial. A simplicidade de coração e a devoção ao Sumo Bem ali dominante funcionaram por "colírio" revelador aos meus olhos, e pude vislumbrar a cegueira espiritual que domina os sistemas de vida na Terra, onde cada indivíduo, submetido a escravizantes trabalhos de resgate e saturação de ilusões, julga ser modelo de virtude, com direitos inalienáveis na Criação... Entendi como nunca o papel da dor e do sofrimento — não são maldições e nem mesmo escolha de Deus para seus filhos, mas estado enfermiço de desagregação mental viciosa.


A todos os que elevam seus olhos e seus corações às estrelas, que fitam o heroísmo silencioso, humilde e caridoso de Jesus Cristo, que prestam atenção e consideram de alma os ensinos morais dos Bons Espíritos, que pelejam em si mesmos para se superarem nas angústias e tristezas, nas adversidades e provas, para quantos se esquecem e focam o serviço do Bem a fazer, renovando esperanças e acreditando no poder da Luz, em verdade e alegria, eu ofereço essas singelas notas de um coração que tem sede do infinito de Deus e se esforça por compreender a genuína Religião Cósmica da Vida: o Amor!






FIM



mt 5:16
As Chaves do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

A Luz resume o poder criador do Universo, e será pela busca dessa Luz Divina e eterna que todos os seres e também todos os Princípios Espirituais trabalharão nos domínios infinitos da Casa do Pai, com o objetivo de se iluminarem, e, com isso, se revelarem plenamente, pois somos todos herdeiros d’Aquele que é "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".


No limiar do primeiro livro da Bíblia, o texto da revelação já manifestava o significado desse poder do Criador: "E disse Deus: Haja luz. E houve luz" (Gênesis 1:3). Num primeiro momento do processo de emancipação, saindo do "sono" pesado do primitivismo natural quando a individualidade, simples e ignorante, é convocada a laborar seu despertamento, em contato com fatores externos da Natureza, o conhecimento é o passo imprescindível para se assegurar o fluxo da mente, que se expandirá em possibilidades, sempre de acordo com a interação da alma com o meio ambiente, e deste para as operações subjetivas, de natureza moral. Alcançará então, pelo esforço intrínseco na aplicação do que já depreende internamente, ou seja, as leis que as circunstâncias observadas e vividas em muitas reencarnações lhe revelaram à sensibilidade, a cota de luz dinâmica, que será capaz de deixar irradiar de si, em sintonia com o Altíssimo.


Essa busca de iluminação é o propósito divino da vida universal, e podemos, à luz da Codificação Espírita, realizar um breve escorço com o objetivo de identificarmos o mecanismo de revelação dessa Verdade, que é o alimento do Espírito e a expressão eterna de Deus.


No plano mineral, que é o berço de recepção da "onda criadora" - o Princípio Inteligente da Criação –, vamos observar a "mônada" (sinônimo de Princípio Espiritual) aglutinando, pelo poder da atração as moléculas que constituirão os corpos desse reino, definindo, por esse entrosamento energético, a chamada "quimiossíntese", em que essa mônada é bombardeada, de fora para dentro, a fim de revelar seus potenciais ainda dormentes. Nesse campo de possibilidades evolutivas, que inaugura a "subida vibratória" do Princípio Espiritual no rumo da consciência cósmica, observaremos a saturação dos elementos do átomo, e o elétron gravitante em torno do núcleo, uma vez saturado, será desonerado das cargas acumuladas, e liberará um fóton luminoso. Tem origem aí, no reino mineral, essa manifestação da aptidão da "criatura" em fixar ou revelar, no meio de matéria densa a prerrogativa divina do poder espiritual herdado de Deus.


A bactéria leptótrix, estudada na obra do Espírito André Luiz demonstra, pela sua habilidade de viver em meio ferruginoso, a possibilidade de aglutinação de elementos, mesmo quando perde a carapaça ferrosa, que era seu refúgio, tornando a constituí-la pela capacidade de assimilação dessas substâncias em ambiente aquoso.


No reino vegetal, essa conquista de liberação de um fóton e de aglutinação de elementos dispersos, para formar um corpo, se revelará nas algas verdes, que, por sua vez, inauguram uma nova e promissora etapa de evolução para o Princípio Inteligente oriundo do reino mineral, com suas aquisições na base da quimiossíntese. Através dos cloroplastos das células vegetais, a mônada já fixa os componentes disponíveis nos raios solares e converte-os em nutrientes na intimidade da planta - eis a "fotossíntese", pela qual se retém o gás carbônico e libera-se o oxigênio para o meio.


No reino animal, em que predomina o fenômeno da "biossíntese" identificaremos a tuatara, um réptil que existe ainda hoje na Nova Zelândia e que, estirado sobre uma pedra ao sol escaldante de uma ilha, apresenta um espécie de orifício escamoso na cabeça, pelo qual células fotorreceptoras captam a luz solar, que no lagarto é convertida em estímulo nervoso. Ainda aí a busca da luz, para manutenção da sobrevivência.


Mas é no homem que essa busca da Luz se revelará com toda a sua pujança e eternidade. Dotado da glândula pineal ou epífise, no diencéfalo do cérebro, esse corpo, que secreta a melatonina, é a sede da mente espiritual no organismo físico, e responde pela interação Espírito-corpo e vice-versa. É a glândula da mediunidade por excelência, e aí o fenômeno da iluminação se dará, não mais pela busca da luz material do sol, mas pela identificação dos valores morais da Criação, quando o Evangelho, que é o livro da "Vida Abundante", por representar a execução perfeita do Amor de Deus entre os homens através de Seu Filho puro e imaculado, passa a irradiar a verdadeira Luz aos homens.


Daí o chamado imperativo do Cristo aos que possuem "olhos de ver" e "ouvidos de ouvir": "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (MT 5:16).


Captação (conhecimento, sintonia) e aplicação (revelação, afinidade) - eis o mecanismo da evolução, que torna feliz a criatura.


Mas Jesus adverte em Lucas: "A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo será tenebroso" (LC 11:34).


Se entendemos a epífise como sendo esse olho, a vigilância determina que ele deve estar em sintonia com os propósitos divinos da Criação gerando a luminosidade de todo o corpo, que não se resume à saúde do organismo físico, mas principalmente às obras de consciência e amor que constituirão nosso Reino, onde e com quem estivermos. A nossa obra, em nos afinizando com o Evangelho de Jesus, é a conquista das próprias prerrogativas herdadas de Deus, vencendo "as ilusões que salteiam a inteligência" e nos desviam da felicidade real.



Hilário Silva

mt 5:4
A Vida Escreve

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Hilário Silva

João Neves, moço de muita fé, sempre recorria aos préstimos de benfeitor desencarnado que ajudava aos doentes por intermédio das faculdades psicofônicas de conhecida médium.

Por mais de cinco anos consecutivos, o Espírito amigo tratava da saúde de João, através de passes, com inexcedível paciência.

Certo dia, incorporado à médium, o caridoso amigo considerou:

— João, tudo temos feito por suas melhoras. Entretanto, o problema gástrico está renitente.

E ajuntou:

— Que comeu você hoje ao almoço?

O rapaz informou, presto:

— Comi feijão e arroz, cinco batatas, duas empadas grandes, um prato de saladas, dois pães com manteiga, dois bifes, quatro ovos e duas xícaras de café quente. É… — e relanceando o olhar pela sala, como se recorresse à memória, acrescentou: — Parece que foi só isso.

Notando que o Espírito silenciara, João indagou:

— Que acha o Irmão?

O benfeitor sorriu, através da médium, e respondeu:

— Eu, João? Que posso falar? Penso apenas que o único remédio em seu caso seria Deus conceder a você dois estômagos…



(Psicografia de Francisco C. Xavier)



Geraldo Lemos Neto

mt 5:4
Chico Xavier - Mandato de Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Autores Diversos
Geraldo Lemos Neto

“Estes quarenta anos de mediunidade passaram para o meu coração como se fossem um sonho bom. Foram quarenta anos de muita alegria, em cujos caminhos, feitos de minutos e de horas, de dias, só encontrei benefícios, felicidades, esperanças, otimismo, encorajamento da parte de todos aqueles que o Senhor me concedeu, dos familiares, irmãos, amigos e companheiros. Quarenta anos de felicidade que agradeço a Deus em vossos corações, porque sinto que Deus me concedeu nos vossos corações, que representam outros muitos corações que estão ausentes de nós. Agora, sinto que Deus me concedeu por vosso intermédio uma vida tocada de alegrias e bênçãos, como eu não poderia receber em nenhum outro setor de trabalho na Humanidade. Beijo-vos, assim, as mãos, os corações. Quanto ao livro, devo dizer que, certa feita, há muitos anos, procurando o contato com o espírito de nosso benfeitor Emmanuel, ao pé de uma velha represa, na terra que me deu berço na presente reencarna4ào, muitas vezes chegava ao sítio, pela manhã, antes do amanhecer. E quando o dia vinha de novo, fosse com sol, fosse com chuva, lá estava, não muito longe de mim, um pequeno charco. Esse charco, pouco a pouco se encheu de flores, pela misericórdia de Deus, naturalmente. E muitas almas boas, corações queridos, que passavam pelo mesmo caminho em que nós orávamos, colhiam essas flores, e as levavam consigo com transporte de alegria e encantamento. Enquanto que o charco era sempre o mesmo charco. Naturalmente, esperando também pela misericórdia de Deus, para se transformar em terra proveitosa e mais útil. Creio que nesses momentos, em que ouço as palavras desses corações maravilhosos, que usaram o verbo para comentar o aparecimento desses cem livros, agora cento e dois livros, lembro este quadro que nunca me saiu da memória, para declarar-vos que me sinto na condição do charco que, pela misericórdia de Deus, um dia recebeu essas flores que são os livros, e que pertencem muito mais a vós outros do que a mim. Rogo, assim, a todos os companheiros, que me ajudem através da oração, para que a luta natural da vida possa drenar a terra pantanosa que ainda sou, na intimidade do meu coração, para que eu possa um dia servir a Deus, de conformidade com os deveres que a Sua infinita misericórdia me traçou. E peço, então, permissão, em sinal de agradecimento, já que não tenho palavras para exprimir a minha gratidão. Peço-vos, a todos, licença para encerrar a minha palavra despretensiosa, com a oração que Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou.”



Proferidas essas palavras, Francisco Cândido Xavier, com voz embargada pela emoção, orou o “Pai Nosso”, acompanhado, em silêncio, por todos os presentes.



(Fonte: “O Espírita Mineiro”, número 137, abril, maio, junho de 1970)



André Luiz

mt 5:7
Missionários da Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Senti-me ditoso e emocionado quando Alexandre me convidou a visitar, em companhia dele, o ambiente doméstico de Adelino e Raquel, onde se verificaria a reencarnação de Segismundo.

Profundo contentamento extravasava de meu espírito, porquanto era a primeira vez que iria tomar conhecimento direto com o fenômeno reencarnacionista. Desde os primeiros tempos de estudo no campo da Medicina, fascinavam-me as leis biogenéticas. Entretanto, nunca me fora dado intensificar observações e especializar experiências. Na colônia espiritual a que me conduziram a Providência de Deus e a generosa intercessão dos amigos, muita vez recebera lições referentemente ao assunto; todavia, até então, nunca vira, de mais perto, o processo de imersão da entidade desencarnada no campo da matéria densa.

Em razão disso, acompanhei o prestimoso orientador com agradável e ansiosa expectativa. Alexandre explicou-me, por excesso de gentileza, que, noutro tempo, recebera muitos favores das personagens envolvidas naquele caso de reencarnação e que se sentia feliz pela oportunidade de lhes ser útil. Comentou as dificuldades do serviço de libertação espiritual e exaltou a lei do bem, que chama todos os filhos da Criação ao concurso fraterno e aos serviços “intercessórios”.

Depois de confortadora e instrutiva conversação, alcançamos o lar de Adelino, deliciosamente colocado em pitoresco canto suburbano, qual ninho gracioso, rodeado de tufos de vegetação.

Eram dezoito horas, aproximadamente.

Com surpresa, verifiquei que Herculano nos esperava no limiar. O instrutor, porém, informou-me que havia notificado o amigo sobre a nossa visita, recomendando-lhe trouxesse Segismundo para o trabalho de aproximação.

Cumprimentou-nos o companheiro, afetuosamente, e dirigiu-se ao meu orientador, esclarecendo:

— Segismundo veio em minha companhia e espera-nos, lá dentro.

— Foi excelente medida, — falou Alexandre, bem-humorado, — consagrarei aos nossos amigos a minha noite próxima. Veremos o que é possível fazer.

Entramos.

O casal Adelino-Raquel tomava a refeição da tarde, junto de um pequenino, no qual adivinhei o primogênito da casa. Não longe, acomodado numa cadeira de descanso, repousava uma entidade que se levantou imediatamente, quando percebeu nossa presença, dirigindo-se particularmente ao encontro do meu orientador, que lhe abriu os braços carinhosos.

Herculano, perto de mim, explicou, em tom discreto:

— É Segismundo.

Notei que o desencarnado abraçara-se com Alexandre, chorando convulsivamente. O instrutor acolhia-o como pai, e, após ouvi-lo durante alguns minutos, falou-lhe compassivamente:

— Acalme-se, meu amigo! Quem não terá suas lutas, seus problemas, suas dores? E se todos somos devedores uns dos outros não será motivo de júbilo e glorificação receber as sublimes possibilidades de resgate e pagamento? Não chore! Nossos irmãos permanecem ao jantar. Não devemos perturbá-los, emitindo forças magnéticas de desalento.

E repondo-o na vasta cadeira de braços, como se Segismundo estivesse enfraquecido e enfermiço, continuou:

— Tenha coragem. O ensejo próximo é divino para o seu futuro espiritual. Organizaremos as coisas, não tenha receio.

— Entretanto, meu amigo, — falou o interlocutor, em lágrimas, — experimento grandes obstáculos.

E acentuava em tom humilde:

— Reconheço que fui um grande criminoso, mas pretendo redimir as velhas culpas. Adelino, porém, apesar das promessas na Esfera espiritual, esqueceu, na recapitulação presente, o perdão aos meus antigos erros…

Alexandre que ouvia, enternecido, sorriu paternalmente e redarguiu:

— Ora, Segismundo, porque envenenar o coração? porque não desculpa você, por sua vez?! Não complique a própria situação, abrigando injustificável desânimo. Levante as energias, meu amigo! Coloque-se na situação do ex-adversário, vítima noutro tempo de seu ato impensado! Não encontraria, talvez, as mesmas dificuldades? Tenha calma e prudência, não perca a bendita ocasião de tolerar alguma coisa desagradável ao seu sentimento, a fim de reparar o passado e atender às necessidades do presente. Vamos, equilibre-se! O momento é de gratidão a Deus e de harmonia com os semelhantes!…

Segismundo enxugou os olhos, sorriu com esforço e murmurou:

— Tem razão.

Herculano, que o contemplava, compadecido, entrou na palestra, acrescentando:

— Ele tem estado muito abatido, desanimado…

— É natural, — tornou Alexandre, decidido, porque, em tais circunstâncias, sofre a criatura certos desequilíbrios, em face das necessidades do regresso à carne, mas Segismundo tem levado muito longe o fenômeno, acentuando os próprios sofrimentos, com expectativas e inquietações injustificáveis.


Fixando, mais detidamente, a atenção no casal que se mantinha à mesa, falou, afetuoso:

— Observemos Adelino e Raquel.

Vejamos a cooperação que podem receber.

Acompanhamo-lo, em silêncio.

O chefe da casa permanecia taciturno, conversando com a esposa tão somente por monossílabos. Via-se que a companheira se esforçava; no entanto, ele continuava quase sombrio.

— Não se efetuou o negócio que você esperava? — Interrogou a senhora, tentando a palestra afetiva.

— Não, — respondeu ele secamente.

— Mas você continua interessado? — Sim.

— E viajará na semana próxima, caso não se realize o empreendimento até domingo?

— Talvez.

A esposa fez longa pausa, algo desapontada, arguindo em seguida:

— Que desculpa apresenta a Companhia, em vista de semelhante demora?

O marido fitou-a com frieza e respondeu, lacônico:

— Nenhuma.

A essa altura, Alexandre fez significativo gesto com a cabeça e falou-nos, preocupado:

— Em verdade, a condição espiritual de Adelino é das piores, porque o sublime amor do altar doméstico anda muito longe, quando os cônjuges perdem o gosto de conversar entre si. Em semelhante estado psíquico, não poderá ser útil, de modo algum, aos nossos propósitos.

Alexandre levantou-se, deu alguns passos em torno da reduzida família e dirigiu-se a nós outros, afirmando:

— Procurarei despertar-lhe as fibras sensíveis do coração, de modo a prepará-lo, convenientemente, a fim de ouvir-nos nesta noite.

Assim dizendo, o devotado orientador aproximou-se da criança, belo menino de três anos aproximadamente, e colocou-lhe a destra sobre o coração. Vi que o pequeno sorriu, mostrando novo brilho nos olhos azuis e falou, com inflexão de infinito carinho:

— Mamãe, porque papai está triste?

O dono da casa ergueu o rosto, com admiração, ao passo que a senhora respondia, comovida:

— Não sei, Joãozinho. Ele deve estar preocupado com os negócios, meu filho.

— E que são “negócios”, mamãe? — Tornou a criança ingênua.

O menino fitou a mãezinha, com atenção, e perguntou:

— Papai fica alegre nos negócios?

— Fica, sim, — respondeu a senhora, sorrindo.

— E porque fica triste em casa?

Enquanto o pai seguia o diálogo, sob forte impressão, a genitora carinhosa esclareceu a criança, com paciência:

— Nas lutas de cada dia, Joãozinho, teu pai deve estar contente com todos e não deve ofender a ninguém. Entretanto, o que te parece tristeza é o cansaço do trabalho. Quando ele volta ao lar traz consigo muitas preocupações. Se na rua deve teu pai mostrar cordialidade e alegria a todos, de modo a não ferir os demais, não acontece o mesmo aqui, onde se encontra à vontade para refletir nos problemas que o interessam de perto. Aqui, é o lar, meu filho, onde está com o direito de não esconder as preocupações mais íntimas…

A criança escutou, atenta, dividindo os olhares afetuosos entre pai e mãe, e tornou:

— Que pena, hein, mamãe?

O chefe da pequena família, tocado nas fibras recônditas da alma pela ternura do filhinho e pela humildade sincera da companheira, sentiu que a nuvem de sombra dos seus próprios pensamentos dava lugar a repousantes sensações de alívio confortador. Sorriu, repentinamente transformado, e dirigiu-se ao pequeno, com nova inflexão de voz:

— Que ideia é essa, Joãozinho? Não me sinto entristecido. Estou, aliás, satisfeitíssimo, como no último dia de nosso passeio à serra! Tua mãe explicou muito bem o que se passa. Quando teu pai estiver silencioso não quer dizer que se encontra desalentado. Por vezes, é preciso calar para pensar melhor.

A dona da casa mostrou largo sorriso de satisfação, observando a mudança brusca do companheiro. O menino, por sua vez, não disfarçava o júbilo no semblante infantil, e assim que o pai terminou as explicações afetuosas, sempre envolvido nas irradiações magnéticas do bondoso instrutor, dirigiu-se novamente ao chefe da casa, perguntando:

— Papai, porque você não vem rezar, de noite, comigo?

O genitor trocou expressivo olhar com a esposa e falou ao pequenino:

— Tenho tido sempre muito serviço à noite, mas voltarei hoje mais cedo para acompanhar tuas preces.

E sorrindo, com paternal alegria, acrescentou:

— Já sabes orar sozinho?

O pequeno redarguiu, satisfeito:

— Mamãe ensina-me todas as noites a rezar por você. Quer ver?

E, abandonando o talher, instintivamente olhou para o alto, de mãos postas, e recitou:

— “Meu Deus, guarda o papai nos caminhos da vida, dá-lhe saúde, tranquilidade e coragem nas lutas de cada dia! Assim seja!”

O genitor, que se apresentara tão impenetrável e rude a princípio, mostrou os olhos rasos d’água, sensibilizado nas fibras mais íntimas, e, fixando ternamente o filho, murmurou:

— Estás muito adiantado. Hoje, Joãozinho, rezarei também.

De alma desanuviada agora, Adelino contemplou a companheira, orgulhoso de possuir-lhe o devotamento, e acentuou:

— A palestra do João fez-me enorme bem. Trazia o coração desalentado, opresso. Eu mesmo não saberia definir meu estado dalma… Há muitos dias, minhas noites são agitadas, cheias de aflições e pesadelos! Tenho sonhado sistematicamente que alguém se aproxima de mim, na qualidade de vigoroso inimigo. Por vezes, rendo graças a Deus, ao despertar pela manhã, porque me sinto mais à vontade, enfrentando as máscaras humanas, que lutando, noite inteira, em sonhos cruéis…

A esposa, admirada, observou, carinhosa:

— Creio que deverias descansar um pouco…

Comovido, ante a delicadeza da mulher, Adelino continuou:

— Tenho tido receio de mim mesmo! Tão logo me acomodo no leito, sinto instintivamente que uma sombra se aproxima de mim. Adormeço sob incrível ansiedade e o pesadelo começa, sem que eu saiba explicar conscientemente coisa alguma.

— E os sonhos são sempre os mesmos? — Indagou a esposa, solícita.

— Sempre, — respondeu ele, com emoção, — vejo que um homem se aproxima de mim, estendendo as mãos, à maneira dum mendigo vulgar a implorar socorro, mas, ao lhe fixar a fisionomia, inexplicável terror invade-me o espírito… Tenho a impressão de que ele deseja assassinar-me pelas costas… Em certas ocasiões, tento estender-lhe as mãos, vencendo a impressão de pavor; entretanto, fujo sempre, num misto de ódio e repugnância! Oh! Que pesadelos terríveis e longos!

E, modificando o tom de voz, acrescentou:

— Admito esteja eu sob fortes desequilíbrios nervosos, sem atinar com o motivo…

— Porque não se submeter ao necessário tratamento médico? — Perguntou a esposa afetuosa. O marido pensou alguns momentos, como se o seu espírito vagueasse através de longínquas recordações. Em seguida, fixando na companheira os olhos muito brilhantes, acentuou:

— Talvez não precise recorrer a facultativos. É possível que o nosso filhinho esteja com a razão… As lutas grosseiras do mundo impuseram-me o esquecimento da fé em Deus. Há quantos anos terei abandonado a oração?

De olhos molhados e pensativos, prosseguiu:

— Quando menino, minha mãe me educava na ciência da prece. Ensinado a curvar-me diante da vontade do Altíssimo, sentia a Bondade Divina em todas as coisas e ajoelhava-me confiante ao pé de minha carinhosa genitora, implorando as bênçãos do Alto… Depois, vieram as emoções dos sentidos, o duelo com os maus, a experiência difícil na concorrência ao pão de cada dia… Desde então perdi a crença pura, que sinto necessidade de retomar…

A esposa enxugou os olhos, comovida. Há muitos anos não observava no companheiro semelhantes demonstrações emotivas. Ergueu-se, emocionada, e falou com ternura:

— Volte hoje mais cedo para orarmos juntos.

E procurando imprimir notas de alegria à conversação, chamou o filhinho a pronunciar-se, acrescentando:

— Hoje, Joãozinho, papai rezará conosco.

Iluminou-se o semblante do pequenino de intraduzível alacridade. Contemplou a mãezinha, enternecido, e observou:

— Então, mamãe, farei todas as orações que eu já sei.


Após o jantar, experimentando disposições diferentes, Adelino despediu-se com delicadeza que Herculano classificou de inabitual.

Alexandre, muito satisfeito, asseverou, depois de restituir a criança aos cuidados maternos:

— Felizmente, nossos serviços preparatórios desdobram-se com excelentes promessas. Conseguimos bastante em reduzidos minutos.

De minha parte, imensa era a surpresa que me invadia o espírito. Porque tamanhos cuidados? Alexandre e outros benfeitores espirituais, tão elevados quanto ele mesmo, não poderiam organizar todos os serviços atinentes à reencarnação de Segismundo? Não eram senhores de grande poder sobre todos os obstáculos?

Mas, dando-me a ideia de que desejava responder às minhas interrogações íntimas, o instrutor afavelmente falou a Herculano, nestes termos:

— Não devemos e nem podemos forçar a ninguém e precisamos das boas disposições de Adelino para o trabalho a fazer.

Em seguida, passou a orientar Segismundo, relativamente à conduta mental, aconselhando-o a preparar-se com todos os recursos ao seu alcance para o êxito na experiência próxima. Outros amigos espirituais das personagens daquele drama entre duas Esferas também chegaram ao ninho doméstico, acentuando-se a alegria da camaradagem fraternal. A presença do meu instrutor parecia incentivo a contentamento geral. Alexandre sabia conduzir a palestra elevada e comunicava seu valioso otimismo a todos os companheiros. Comentava-se a dificuldade da reencarnação em vista dos conflitos vibratórios causadas pela incompreensão das criaturas terrestres, quando o chefe da casa voltou ao lar, interessado em cultivar as doces emoções daquele dia.

Agradavelmente surpreendidos, a esposa e o filhinho fizeram-lhe muita festa, encetando nova conversação confortadora e educativa. Fez-se mais de uma hora de boa leitura e excelente troca de ideias, renovando Adelino os seus propósitos de reaver a serenidade íntima, através de maior comunhão espiritual com a pequena família.

Quando a mãezinha dedicada lembrou ao pequeno a necessidade de recolher-se, Joãozinho recordou a promessa paternal e indagou:

— Papai sabe o que devemos fazer antes da oração?

O chefe da casa sorriu e pediu-lhe explicações.

O menino, com assombrosa vivacidade, esclareceu:

— Diz mamãe que devemos chamar os mensageiros de Deus para que nos assistam.

— Pois bem, — tornou o genitor, bem-humorado, — chame por eles em nosso favor.

O pequeno pronunciou algumas palavras de convite, de mãos postas, e, em seguida, encaminharam-se os três, para o aposento íntimo.

Alexandre, que parecia muito satisfeito com a lembrança espontânea do pequenino, disse-nos então:

— Estamos convidados a participar das suas mais íntimas orações. Acompanhemo-los.

Naquele momento, nosso grupo estava acrescido de três entidades amigas de Raquel, que tinham vindo, até ali, igualmente convocadas pela dedicação de Herculano, a fim de cooperarem na solução do assunto.

O quadro interior era dos mais comoventes. O pequenino pusera-se de joelhos e fazia a oração dominical, com infantil emotividade. Adelino e a companheira seguiam-lhe a prece com grande atenção. Por nossa vez, continuamos, agora em silêncio, a observar e colaborar naquele serviço espiritual com as melhores forças do sentimento.

Notei que a esposa se achava rodeada de intensa luminosidade, que, partindo de seu coração, envolvia o esposo e o pequenino em suaves irradiações. Muito sensibilizado, Adelino deixou escapar uma lágrima furtiva, quando o filho, terminando as preces, curtas em palavras e grandiosas em espiritualidade, lhe beijou carinhosamente as mãos.

Mais alguns minutos e todos se recolhiam sob os cobertores, felizes e tranquilos.

Nesse instante, Alexandre falou:

— Agora, meus amigos, façamos o nosso serviço de oração cooperadora. Precisamos conversar seriamente com Adelino, relativamente à situação.

O orientador pediu a proteção divina para o casal, em voz alta, sendo acompanhado por nós, em profundo silêncio. As vibrações do nosso pensamento, em rogativa, congregaram-se, como parcelas de luminosas substâncias a se reunirem num todo, derramando-se sobre o leito conjugal, quais correntes sutis de forças magnéticas revigorantes e regeneradoras.

Foi então que vi Raquel abandonar o corpo físico, dentro de luminosas irradiações, parecendo-me alheia à situação. Despreocupada, feliz, abraçou-se com uma das entidades que nos acompanhavam, velha senhora que Alexandre nos apresentara pouco antes, declarando tratar-se da avó materna da dona da casa. A anciã desencarnada convidou a neta a permanecerem juntas em oração, ao que Raquel aquiesceu com visível contentamento.

A esposa de Adelino, entretanto, parecia identificar tão somente a presença da velhinha amorosa. Fixava em nós o olhar, indiferentemente, como se ali não estivéssemos. Estranhando o fato, dirigi-me ao instrutor, pedindo-lhe explicações. Alexandre não se fez rogado e, não obstante a delicadeza do serviço em curso, esclareceu-me delicadamente:

— Não se surpreenda. Cada um de nós deve ter a possibilidade de ver somente aquilo que nos proporcione proveito legítimo. Além do mais, não seria justo intensificar a percepção de nossa amiga para que nos acompanhe no trabalho desta noite. Ela nos auxiliará com o valor da oração, mas não precisará seguir, de perto, os esclarecimentos que a condição do esposo requisita. Quem faz o que pode, recebe o salário da paz. Raquel vem fazendo quanto lhe é possível para o êxito no desempenho das obrigações que a trouxeram ao mundo; por isso mesmo, não deve ser advertida e nem perturbada. Atendamos Segismundo e Adelino.

Satisfeito com as elucidações recebidas e admirando a Justiça Divina a manifestar-se nos mínimos pormenores de nossas atividades espirituais, observei que a companheira de Adelino se mantinha, não longe de nós, em fervorosa prece.

Nesse momento, o esposo de Raquel afastava-se do corpo físico, pesadamente. Não apresentava, tal qual a consorte, um halo radioso em derredor da personalidade, parecendo mover-se com extrema dificuldade. Enquanto seu olhar vagueava no quarto, angustiado e espantadiço, Alexandre se aproximou de mim e observou:

— Está examinando a lição? Repare as singularidades da vida espiritual. Adelino e Raquel são Espíritos associados de muitas existências em comum, partilham o mesmo cálice de dores e alegrias terrestres. Na atualidade, seus corpos repousam um ao lado do outro, no mesmo leito; entretanto, cada um vive em plano mental diferente. É muito difícil estarem reunidas nos laços domésticos as almas da mesma Esfera. Raquel, fora dos veículos de carne, pode ver a avozinha, com quem se encontra ligada no mesmo círculo de elevação. Adelino, porém, somente poderá ver Segismundo, com quem se encontra imantado pelas forças do ódio que ele deixou, imprudentemente, desenvolver-se, de novo, em seu coração…

A palavra do orientador, contudo, foi interrompida por um grito lancinante. Adelino, receoso, identificara a presença do antigo adversário e, espavorido, tentava correr, inutilmente. Movimentava-se, com dificuldade, ansioso de retomar o corpo físico, à maneira de criança medrosa procurando um refúgio, mas Alexandre, aproximando-se dele, com amorosa autoridade, estendeu-lhe as mãos, das quais saíam grandes chispas de luz. Contido pelos raios magnéticos, o esposo de Raquel pôs-se a tremer, sentindo-se que ele começava a ver alguma coisa além da figura do ex-inimigo. Aos poucos, em vista das vigorosas emissões magnéticas de Alexandre, ele pôde ver nosso venerável orientador, com quem passou a sintonizar diretamente e caiu de joelhos, em convulsivo pranto. Observei o pensamento de Adelino naquela hora comovedora e percebi que ele associava a visão radiosa às preces do filhinho. Ele via, ali, a estranha figura de Segismundo e a resplandecente presença de Alexandre e fazia intraduzível esforço para recordar-se de alguma coisa do passado distante que a sua memória não conseguia situar com exatidão. Supôs, naturalmente, que o nosso mentor devia ser um emissário do Céu para salvá-lo dos pesadelos cruéis e, ofuscado pela intensa luz, soluçava, genuflexo, entre o medo e o júbilo, suplicando paz e proteção.


O bondoso instrutor dirigiu-se para ele, com a serenidade de um pai carinhoso e experiente, e, levantando-o, exclamou:

— Adelino, guarda a paz que te trazemos em nome do Senhor!

E, abraçando-o de encontro ao peito amigo, continuou:

— Que temes, meu irmão?

Ergueu ele os olhos lacrimosos e indicando Segismundo, triste, alegou sentidamente:

— Mensageiro de Deus, livrai-me deste pesadelo infeliz! Se viestes, trazido pelas orações de meu filho inocente, ajudai-me por caridade!

E apontando o pobre amigo, continuava:

— Este fantasma enlouquece-me! Sinto-me doente, desventurado!…

Alexandre, porém, fixando-o firmemente, indagou:

— É assim que recebes os irmãos mais infelizes? é assim que te portas, ante os desígnios supremos? Onde puseste as noções de solidariedade humana? porque fugir aos mais infortunados da sorte? É sempre muito fácil amar os amigos, admirar os bons, compreender os inteligentes, defender os familiares, entronizar as afeições, conservar os que nos estimam, louvar os justos e exaltar os heróis conhecidos; mas, se somos respeitáveis em semelhantes posições íntimas, é preciso reconhecer que elas traduzem serviço realizado em nosso processo evolutivo. Nós, porém, meu amigo, ainda não alcançamos a redenção final. Por isso mesmo, a tempestade é nossa benfeitora; a dificuldade, nossa mestra; o adversário, instrutor eficiente. Modifica as vibrações de teus pensamentos! Recebe com caridade o mendigo que te bate à porta, quando não tenhas adquirido ainda bastante luz para recebê-lo com o amor que Jesus nos ensinou!

Impressionado com as palavras ouvidas, pronunciadas com inflexão de ternura paternal, Adelino, em lágrimas copiosas, voltou-se para Segismundo, encarando-o de frente. Alexandre, como se lhe aproveitasse a nova atitude, acentuou:

— Contempla o pobrezinho que te pede socorro! Observa-lhe o estado de humilhação e necessidade. Imagina-te na posição dele e reflete! Não te doeria a indiferença dos outros? não te dilaceraria a alma a crueldade alheia? Estimarias que alguém te classificasse de fantasma, tão só pelas tuas demonstrações de sofrimento? Adelino, meu amigo, abre as portas do coração aos que te procuram em nome do Poderoso Pai.

O interpelado voltou-se, qual criança medrosa, e, fixando o mentor generoso, falou:

— Oh! Mensageiro dos Céus, tenho medo, muito medo!… Algo existe entre este homem de sombra e eu, compelindo-me a profunda aversão! Creio que ele deseja roubar-me a vida, aniquilar a minha felicidade doméstica, envenenar-me o coração para sempre!…

Compreendi que a aproximação de Segismundo despertava em Adelino reencarnado as reminiscências do passado sombrio. Ele, a vítima de outro tempo, não conseguia localizar os fatos vividos, mas experimentava, no plano emotivo, as recordações imprecisas dos acontecimentos, cheias de ansiedades dolorosas.

Findo ligeiro intervalo, Alexandre objetou:

— Não deves permitir a intromissão de forças negativas e destruidoras no campo íntimo da alma. É sempre possível transformar o mal em bem, quando há firme disposição da criatura no serviço de fidelidade ao Senhor. Considera, meu amigo, as grandes verdades da vida eterna! Ainda que este irmão te procurasse na condição dum adversário, ainda que ele te buscasse como inimigo feroz, deverias abrir-lhe o espírito fraternal! Toda reconciliação é difícil quando somos ignorantes na prática do amor, mas sem a reconciliação humana jamais seria possível nossa integração gloriosa com a Divindade!

E porque o esposo de Raquel chorasse copiosamente, o orientador observou:

— Não chores! Equilibra o coração e aproveita a sagrada oportunidade!…

Adelino, então, enxugou as lágrimas e pediu, humilde:

— Auxiliai-me por amor de Deus!

Sentindo-lhe a sinceridade profunda, o instrutor convidou Segismundo a aproximar-se. Ele levantou-se, cambaleante, angustiado.

Amparando a ex-vítima, Alexandre indicou-lhe a figura do ex-assassino e apresentou:

— Este é o nosso amigo Segismundo que necessita de tua cooperação no serviço redentor. Estende-lhe as mãos fraternas e atende em nome de Jesus!

Adelino não hesitou e, embora o grande esforço íntimo, visível à nossa percepção espiritual, apertou a destra do ex-adversário, fundamente comovido.

— Perdoe-me, irmão! — Murmurou Segismundo, com infinita humildade. — O Senhor recompensá-lo-á pelo bem que me faz!…

O marido de Raquel fixou-o nos olhos, como a dissipar as derradeiras sombras do desentendimento, e redarguiu:

— Disponha de mim… serei seu amigo!…

O ex-homicida inclinou-se, respeitoso, e beijou-lhe as mãos.

O ato espontâneo de Segismundo conquistara-o. Não podia ser mau aquele Espírito angustiado e triste que lhe osculava as mãos com veneração e carinho. Foi então que vi um fenômeno singular. O organismo perispiritual de Adelino parecia desfazer-se de pesadas nuvens, que se rompiam de alto a baixo, revelando-lhe as características luminosas. Irradiações suavíssimas aureolavam-lhe agora a personalidade, deixando perceber a sua condição elevada e nobre.

Herculano, junto de mim, falou-me em tom discreto:

— O perdão de Adelino foi sincero. As sombras espessas do ódio foram efetivamente dissipadas. Louvado seja Deus!

Alexandre abraçou as duas almas reconciliadas e renovou-lhes fraternais observações, repassadas de sabedoria e ternura. Em seguida, recomendou ao esposo de Raquel que descansasse da luta, dispondo-se a sair em nossa companhia. Notei que marido e mulher, impulsionados pelos amigos espirituais ali presentes, voltavam ao corpo físico, a fim de permutarem impressões, referentemente aos fatos que classificariam de sonhos, dentro da coloração mental de cada um.


Ao se retirar, Alexandre, satisfeito, comentou paternalmente:

— Com o auxílio de Jesus, a tarefa foi executada com êxito.

E, fixando Segismundo, acrescentou:

— Creio que na próxima semana poderá iniciar o seu serviço definitivo de reencarnação. Acompanhá-lo-emos com carinho. Não receie coisa alguma.

Enquanto Segismundo sorria, resignado e confiante, o orientador dirigiu-se a Herculano, explicando-se:

— Já observei o gráfico referente ao organismo físico que o nosso amigo receberá de futuro, verificando, de perto, as imagens da moléstia do coração que ele sofrerá na idade madura, como consequência da falta cometida no passado. Segismundo experimentará grandes perturbações dos nervos cardíacos, mormente os nervos do tônus. Entretanto, — e nesse momento concentrou toda a sua atenção no interessado, — é necessário que você lhe faça ver que as provas de resgate legítimo inclinam a alma encarnada a situações periclitantes e difíceis na recapitulação das experiências; todavia, não obrigam a novas quedas espirituais, quando dispomos de verdadeira boa vontade no trabalho de elevação. O aprendiz aplicado pode ganhar muito tempo e conquistar imensos valores se, de fato, procura conhecer as lições e pô-las em prática. A justiça divina nunca foi exercida sem amor. E quando a fidelidade sincera ao Senhor permanece viva no coração dos homens, há sempre lugar para o “acréscimo de misericórdia” a que se referia Jesus em seu apostolado. (Mt 5:7)

Em seguida, convidando-me a acompanhá-lo, Alexandre despediu-se dos demais, frisando:

— Voltaremos a vê-los no dia da ligação inicial de Segismundo com a matéria física. Preciso cooperar, na ocasião, com os nossos amigos Construtores, aos quais pedi me apresentassem os mapas cromossômicos, referentemente aos serviços a serem encetados.

Separamo-nos.


E eu, torturado de curiosidade estranha, em vista daqueles cuidados extremos para que Adelino e Segismundo se reconciliassem, antes da reaproximação pelos laços da carne, não sopitei as interrogações que me atormentavam o espírito. Não seria lícito providenciar a reencarnação do necessitado, sem quaisquer delongas? porque tamanha demonstração de carinho para com o esposo de Raquel se ele deveria sentir-se satisfeito em poder cooperar na obra sublime de redenção? Não dispúnhamos de suficiente poder para quebrar todas as resistências?

Alexandre ouviu-me, pacientemente, mostrou um sorriso de pai e respondeu:

— Sua estranheza é natural. Não se habituou ainda aos trabalhos de socorro ou de organização neste lado da vida.

E, depois de pequena pausa, considerou:

— Cada homem, como cada Espírito, é um mundo por si mesmo e cada mente é como um céu… Do firmamento descem raios de sol e chuvas benéficas para a organização planetária, mas também, no instante do atrito de elementos atmosféricos, desse mesmo céu procedem faíscas destruidoras. Assim, a mente humana. Dela se originam as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico; mas, quando perturbada, emite raios magnéticos de alto poder destrutivo para as comunidades celulares que a servem. O pensamento envenenado de Adelino destruía a substância da hereditariedade, intoxicando a cromatina dentro da própria bolsa seminal. Ele poderia atender aos apelos da Natureza, entregando-se à união sexual, mas não atingiria os objetivos sagrados da criação, porque, pelas disposições lamentáveis de sua vida íntima, estava aniquilando as células criadoras, ao nascerem, e, quando não as aniquilasse por completo, intoxicava os genes do caráter, dificultando-nos a ação… Ora, no caso de Segismundo, unido a ele, em processo ativo de redenção, não podemos dispensar-lhe o concurso amoroso e fraterno. Daí a necessidade desse trabalho intenso para despertar-lhe os valores afetivos. Somente o amor proporciona vida, alegria e equilíbrio. Modificado em sua posição íntima, Adelino emitirá doravante forças magnéticas protetoras dos elementos destinados ao serviço elevado da procriação.

A palavra do orientador não podia ser mais lógica. Começava agora a compreender o sentido sublime do trabalho que se realizara para que o esposo de Raquel se fizesse mais humano e mais doce. Como não encontrasse expressões para definir meu assombro, Alexandre sorriu e acentuou, depois de longo intervalo:

— Segundo pode observar, não existem por aqui milagres para o culto do menor esforço. E quando ensinamos, em toda parte, a necessidade da prática do amor, não procedemos obedientes a meros princípios de essência religiosa, mas atendendo a imperativos reais da própria vida.


No curso de seus esclarecimentos, alusivos ao interessante caso de Segismundo, o bondoso instrutor ferira assuntos de grande relevância para mim. Mencionara a união sexual e designara o trabalho criador como seu objetivo sagrado. Não seria esse o momento oportuno de ouvi-lo, mais extensamente, respeito ao delicado assunto? Crivei-o de interrogações ansiosas. Alexandre não se mostrou surpreendido e ouviu-me as perguntas, com imperturbável serenidade. Quando me coloquei na atitude de expectativa, respondeu, amavelmente:

— O sexo tem sido tão aviltado pela maioria dos homens reencarnados na Crosta que é muito difícil para nós outros, por enquanto, elucidar o raciocínio humano, com referência ao assunto. Basta dizer que a união sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais. No capítulo de relações dessa espécie, há muita inconsciência criminosa e indiferença sistemática às leis divinas. Desse plano não seria razoável qualquer comentário de nossa parte. Trata-se dum domínio de semibrutos, onde muitas inteligências admiráveis preferem demorar em baixas correntes evolutivas. É inegável que também aí funcionam as tarefas de abnegados construtores espirituais, que colaboram na formação básica dos corpos, destinados a servirem às entidades que reencarnam nesses Círculos mais grosseiros. Entretanto, é preciso considerar que o serviço, em semelhante Esfera, é levado a efeito em massa, com características de mecanismo primitivo. O amor, nesses Planos mais baixos, é tal qual o ouro perdido em vasta quantidade de ganga, exigindo largo esforço e laboriosas experiências para revelar-se aos entendidos. Entre as criaturas, porém, que se encaminham, de fato, aos montes de elevação, a união sexual é muito diferente. Traduz a permuta sublime das energias perispirituais, simbolizando alimento divino para a inteligência e para o coração e força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna.

Alexandre fez ligeira pausa, sorriu paternalmente e continuou:

— Lembre-se, André, de que me referi a objetivos sagrados da Criação e não exclusivamente ao trabalho procriador. A procriação é um dos serviços que podem ser realizados por aquele que ama, sem ser o objeto exclusivo das uniões. O Espírito que odeia ou que se coloca em posição negativa, diante da Lei de Deus, não pode criar vida superior em parte alguma.

Compreendi que o problema era muito difícil de ser explanado, mas, como se quisesse desfazer todas as minhas dúvidas, o dedicado instrutor prosseguiu, após breve interrupção:

— É necessário deslocar a concepção do sexo, abstendo-nos de situá-la tão somente em determinados órgãos do corpo transitório das criaturas. Vejamos o sexo como qualidade positiva ou passiva, emissora ou receptora da alma. Chegados a esse entendimento, verificamos que toda manifestação sexual evolute com o ser. Enquanto nos mergulhamos no charco das vibrações pesadas e venenosas, experimentamos, nesse domínio, simplesmente sensações. À medida que nos dirigimos a caminho do equilíbrio, colhemos material de experiências proveitosas, oportunidades de retificação, força, conhecimento, alegria e poder. Em nos harmonizando com as leis supremas, encontramos a iluminação e a revelação, enquanto os Espíritos Superiores colhem os valores da Divindade. Substituamos as palavras “união sexual” por “união de qualidades” e observaremos que toda a vida universal se baseia nesse divino fenômeno, cuja causa reside no próprio Deus, Pai Criador de todas as coisas e de todos os seres.

As palavras de Alexandre abriam-me novos horizontes ao pensamento. As questões obscuras do tema tornavam-se claras ao meu campo mental. Fazendo-me sentir que os intervalos da conversação se destinavam a fornecer-me tempo de meditar, o benevolente orientador continuou, depois de longa pausa:

— Essa “união de qualidades”, entre os astros, chama-se magnetismo planetário da atração, entre as almas denomina-se amor, entre os elementos químicos é conhecida por afinidade. Não seria possível, portanto, reduzir semelhante fundamento da vida universal, circunscrevendo-o a meras atividades de certos órgãos do aparelho físico. A paternidade ou a maternidade são tarefas sublimes; não representam, porém, os únicos serviços divinos, no setor da Criação infinita. O apóstolo que produz no domínio da Virtude, da Ciência ou da Arte, vale-se dos mesmos princípios de troca, apenas com a diferença de Planos, porque, para ele, a permuta de qualidades se verifica em Esferas superiores. Há fecundações físicas e fecundações psíquicas. As primeiras exigem as disposições da forma, a fim de atenderem a exigências da vida, em caráter provisório, no campo das experiências necessárias. As segundas, porém, prescindem do cárcere de limitações e efetuam-se nos resplandecentes domínios da alma, em processo maravilhoso de eternidade. Quando nos referimos ao amor do Onipotente, quando sentimos sede da Divindade, nossos Espíritos não procuram outra coisa senão a troca de qualidades com as Esferas sublimes do Universo, sequiosos do Eterno Princípio Fecundante…

Alexandre fez longa pausa, como se ele mesmo permanecesse embevecido com semelhantes evocações. Por minha vez, achava-me deslumbrado. Nunca ouvira definições tão profundas, referentemente à posição do sexo na vida universal.

— É lamentável, — continuou o orientador gravemente, — que a maioria dos nossos irmãos encarnados na Crosta tenha menosprezado as faculdades criativas do sexo, desviando-as para o vórtice de prazeres inferiores. Todos pagarão, porém, ceitil por ceitil, o que devem ao altar santificado, através de cuja porta receberam a graça de trabalhar e aprender na superfície da Terra. Todo ato criador está cheio de sagradas comoções da Divindade e são essas comoções sublimes da participação da alma, nos poderes criadores da Natureza, que os homens conduzem, imprevidentemente, para a zona do abuso e da viciação. Tentam arrastar a luz para as trevas e convertem os atos sexuais, profundamente veneráveis em todas as suas características, numa paixão viciosa tão deplorável como a embriaguez ou a mania do ópio. Entretanto, André, sem que os olhos mortais lhes observem as angústias retificadoras, todos os infelizes, em semelhantes despenhadeiros, são punidos severamente pela Natureza divina.

A essa altura das luminosas elucidações, sentindo que o respeitável amigo entraria em nova pausa, ousei interrogar:

— Mas não é o uso do sexo uma lei natural na Esfera da Crosta?

Alexandre sorriu com benevolência e respondeu:

— Ninguém contesta esse caráter das manifestações sexuais nos Círculos da carne, mas todas as leis naturais na experiência humana devem ser exercidas, como em toda parte, sobre as bases da lei universal do bem e da ordem. Quem foge ao bem, é defrontado pelo crime; quem foge à ordem, cai no desequilíbrio. As uniões sexuais, portanto, que se efetuem a distância desses sublimes imperativos, transformam-se em causas geradoras de sofrimento e perturbação. Ao demais, não devemos esquecer que o sexo, na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja o sexo. Por isso mesmo, os homens e as mulheres, cuja alma se vai libertando dos cativeiros da forma física, escapam, gradativamente, do império absoluto das sensações carnais. Para eles, a união sexual orgânica vai deixando de ser uma imposição, porque aprendem a trocar os valores divinos da alma, entre si, alimentando-se reciprocamente, através de permutas magnéticas, não menos valiosas para os setores da Criação Infinita, gerando realizações espirituais para a eternidade gloriosa, sem qualquer exigência dos atritos celulares. Para esse gênero de criaturas, a união reconfortadora e sublime não se acha circunscrita à emotividade de alguns minutos, mas constitui a integração de alma com alma, através da vida inteira, no campo da Espiritualidade Superior. Diante dos fenômenos da presença física, bastam-lhes, na maioria das vezes, o olhar, a palavra, o simples gesto de carinho e compreensão, para que recebam o magnetismo criador do coração amado, impregnando-se de força e estímulo para as mais difíceis edificações.

Imprimiu Alexandre pequeno intervalo à palestra e, em seguida, abanando a cabeça, significativamente, observou:

— Não há criação sem fecundação. As formas físicas descendem das uniões físicas. As construções espirituais procedem das uniões espirituais. A obra do Universo é filha de Deus. O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos os Círculos evolutivos, até que venhamos a atingir o campo da Harmonia Perfeita, onde essas qualidades se equilibram no seio da Divindade.


Não ousei quebrar o silêncio que se seguiu. O venerando instrutor, engolfado em profundos pensamentos, não mais voltou ao assunto, compelindo-me, talvez, a meditações mais edificantes.

Esperei, ansioso, o instante de tornar às observações do caso Segismundo. O estudo que encetara era verdadeiramente fascinador. Foi por isso, com justificada alegria, que recebi o convite de Alexandre para o regresso ao lar de Adelino. O bondoso orientador alegava que era preciso visitar o casal e o amigo em processo reencarnacionista, na véspera da primeira ligação com a matéria orgânica.

Chegados à moradia nossa conhecida, encontramos Herculano e Segismundo em companhia de outras entidades. Alexandre informou-me tratar-se de Espíritos construtores, que iam cooperar na formação fetal do nosso amigo.

Como da outra vez, banhava-se o ninho doméstico na luz crepuscular, mantendo-se a pequena família no mesmo ato de refeição. Adelino, porém, demonstrava diferente posição espiritual. Cercava-o claro ambiente de otimismo, delicadeza e alegria. Meu amável instrutor, muito satisfeito com a nova situação, passou a examinar os mapas cromossômicos, com a assistência dos construtores presentes. Em vão procurava compreender aqueles caracteres singulares, semelhantes a pequeninos arabescos, francamente indecifráveis ao meu olhar.

Alexandre, porém, sempre gentil e benevolente, acentuou:

— Este não é um estudo que você possa entender, por enquanto. Estou examinando a geografia dos genes nas estrias cromossômicas, a fim de certificar-me até que ponto poderemos colaborar em favor de nosso amigo Segismundo, com recursos magnéticos para a organização das propriedades hereditárias.

Conformei-me e passei a observar Segismundo, que parecia extenuado, abatido. Não conseguia manter-se sentado. Assistido pela dedicação de Herculano, conversava dificilmente conosco, estirado numa cama, em grande prostração.

Demonstrava-se satisfeito com a minha simpatia fraternal e, enquanto os demais lhe estudavam a situação, entretive com ele conversação rápida, que me deu a conhecer, mais uma vez, a penosa impressão dos que se encontram no limiar de nova experiência terrestre.

— Já estive mais animado, — disse-me ele, triste; — entretanto, agora, falece-me a energia… Sinto-me fraco, incapacitado… Enquanto lutei por obter a transformação de meu futuro pai, experimentava mais confiança e serenidade… agora, porém, que consegui a dádiva do retorno à luta, tenho receio de novos fracassos…

— Tenha calma, — respondi, confortando-o; — a sua oportunidade de redenção é das melhores. Além disso, muitos companheiros seguí-lo-ão de perto, colaborando em seu êxito no porvir.

O interlocutor sorriu com dificuldade e observou:

— Sim, reconheço. Dentre todos os irmãos que me assistem agora, Herculano me acompanhará com desvelo e constância… Bem sei. No entanto, o renascimento na carne, com os valores espirituais que já possuímos, representa um fato gravíssimo em nosso processo de elevação… Ai de mim, se cair outra vez!…

Dirigia-lhe exortações de coragem e bom ânimo, quando o meu orientador, dando por findo o exame da documentação, se aproximou de nós ambos e falou-lhe com afetuosa autoridade:

— Segismundo, é incrível que desfaleça no momento culminante de suas atuais realizações. Restaure a sua fé, regenere a esperança, porque você não pode entrar na corrente material, à maneira dos nossos irmãos ignorantes e infelizes, que reclamam quase absoluto estado de inconsciência para penetrarem, de novo, o santuário maternal. Não deixe de cooperar com a sua confiança em nosso labor para o seu próprio benefício. Dê trabalho à sua imaginação criadora. Mentalize os primórdios da condição fetal, formando em sua mente o modelo adequado. Você encontrará na maternidade nobre de Raquel os mais eficientes auxílios e receberá, de nós outros a mais decidida colaboração; entretanto, lembre-se de que o seu trabalho individual será muito importante, no setor da adaptação e da recepção, para que triunfe na presente oportunidade. Não perca tempo em expectativas ansiosas, cheias de dores e apreensões. Levante o padrão de suas forças morais.

Segismundo ouviu, respeitoso, a advertência. Reconheci que as palavras reconfortantes de Alexandre se fizeram seguir de maravilhoso efeito. Segismundo melhorou repentinamente, esforçando-se por alijar a carga de preocupações inúteis.

Impressionado com o esclarecimento do prestimoso mentor, não hesitei em dirigir-lhe nova consulta.

— Existem, então, — perguntei sob forte interesse, — aqueles que reencarnam inconsciente do ato que realizam?

— Certamente, — respondeu ele, solícito, — assim também como desencarnam diariamente na Crosta milhares de pessoas sem a menor noção do ato que experimentam. Somente as almas educadas têm compreensão real da verdadeira situação que se lhes apresenta em frente da morte do corpo. Do mesmo modo, aqui. A maioria dos que retornam à existência corporal na Esfera do Globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras, e quantos recebem semelhante auxílio são conduzidos ao templo maternal de carne como crianças adormecidas. O trabalho inicial, que a rigor lhes compete na organização do feto, passa a ser executado pela mente materna e pelos amigos que os ajudam de nosso Plano. São inúmeros os que regressam à Crosta nessas condições, reconduzidos por autoridades superiores de nossa Esfera de ação, em vista das necessidades de certas almas encarnadas, de certos lares e determinados agrupamentos.

A explicação não podia ser mais lógica e, uma vez ainda, admirei no amoroso amigo o dom da clareza e da simplicidade.

Demoramo-nos, por mais algum tempo, naquele ninho acolhedor e, ao despedir-se, quase à meia-noite, após reconfortar o Espírito de Segismundo, Alexandre dirigiu-se a Herculano e aos construtores, nestes termos:

— Voltaremos na noite de amanhã, para a ligação inicial, fazendo a entrega de nosso irmão reencarnante aos nossos amigos.

Um dos Espíritos Construtores, que parecia o chefe do grupo em operações, abraçou-o, comovidamente, e falou:

— Contamos com o seu concurso para a divisão da cromatina no útero materno.

— Com muito prazer! — Redarguiu, bem-humorado.


Voltando a outras ocupações, não continha as ideias novas que a experiência de Segismundo despertava em mim. Como seria feito o auxílio naquelas circunstâncias? Raquel estaria consciente de nossa colaboração? Como interpretaria o casal as atividades de nosso Plano, caso viesse a conhecer a extensão de nossa tarefa? Alexandre, porém, incumbiu-se de interromper minhas indagações interiores, acrescentando, como se estivesse ouvindo os meus pensamentos:

— Em casos dessa natureza André, a nossa intervenção desenvolve-se com a mesma santidade que caracteriza o concurso de um médico responsável e honesto, ao praticar a intervenção no parto comum. A modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas naturais, qual ocorre na organização de formas em outros reinos da Natureza, mas, em todos esses fenômenos, os ascendentes de cooperação espiritual coexistem com as leis, de acordo com os planos de evolução ou resgate. Nosso concurso, portanto, em processos tais, é uma das tarefas mais comuns.

Compreendi a elevação do esclarecimento e pacifiquei a mente, esperando o dia seguinte.

Escoadas, porém, as horas do dia, a curiosidade voltou a espicaçar-me. Em que momento deveríamos buscar a moradia de Adelino? Sem qualquer intenção menos digna, preocupava-me o instante da primeira ligação de Segismundo à matéria. Agiria Alexandre no momento da união sexual ou o fenômeno obedeceria a diferentes determinações? Meu orientador sorria em silêncio, compreendendo-me a tortura mental. As horas sucediam-se umas às outras e, observando-me a impaciência, Alexandre esclareceu-me, bondoso:

— Não é necessária a nossa presença ao ato de união celular. Semelhantes momentos do tálamo conjugal são sublimes e invioláveis nos lares em bases retas. Você sabe que a fecundação do óvulo materno somente se verifica algumas horas depois da união genesíaca. O elemento masculino deve fazer extensa viagem, antes de atingir o seu objetivo.

E, sorrindo, acrescentou:

— Temos tempo.

Compreendi a delicadeza dos esclarecimentos e, sequioso de informações referentes ao assunto, interroguei:


— Com relação às uniões sexuais, de acordo com o seu parecer, todas elas são invioláveis?

— Isto não, — aduziu o instrutor, atencioso, — você não deve esquecer que aludi aos “lares em bases retas”. Todos os encarnados que edificam o ninho conjugal, sobre a retidão, conquistam a presença de testemunhas respeitosas, que lhes garantem a privatividade dos atos mais íntimos, consolidando-lhes as fronteiras vibratórias e defendendo-as contra as forças menos dignas, tomando, por base de seus trabalhos, os pensamentos elevados que encontram no ambiente doméstico dos amigos; não ocorre o mesmo, entretanto, nas moradias cujos proprietários escolhem baixas testemunhas espirituais, buscando-as em zonas inferiores. A esposa infiel aos princípios nobres da vida em comum e o esposo que põe sua casa em ligação com o meretrício, não devem esperar que seus atos afetivos permaneçam coroados de veneração e santidade. Suas relações mais íntimas são objeto de participação das desvairadas testemunhas que escolheram. Tornam-se vítimas inconscientes de grupos perversos, que lhes partilham as emoções de natureza fisiológica, induzindo-as à mais dolorosa viciação. Ainda que esses cônjuges infelizes estejam temporariamente catalogados no pináculo das posições sociais humanas, não poderão trair a miserável condição interior, sequiosos que vivem de prazeres criminosos, dominados de estranha e incoercível volúpia.

A resposta impressionante de Alexandre surpreendeu-me. Compreendi com mais intensidade que cada um de nós permanece com a própria escolha de situação, em todos os lugares. Todavia, nova questão surgia-me no cérebro e procurei movimentá-la, para melhor aclarar o raciocínio.

— Entendo a magnitude de suas elucidações, — afirmei, respeitoso. — Entretanto, considerando o perigo de certas atitudes inferiores dos que assumem o compromisso da fundação de um lar, que condição, por exemplo, é a da esposa fiel e devotada, ante um marido desleal e aventureiro, no campo sexual? Permanecerá a mulher nobre e santa à mercê das criminosas testemunhas que o homem escolheu? 

— Não! — Disse ele, veemente, — o mau não pode perturbar o que é genuinamente bom. Em casos dessa espécie, a esposa garantirá o ambiente doméstico, embora isto lhe custe as mais difíceis abnegações e pesados sacrifícios. Os atos que lhe exijam a presença enobrecedora são sagrados, ainda que o companheiro, na vida comum, se tenha colocado em nível inferior aos brutos. Em situações como essa, no entanto, o marido imprevidente torna-se paulatinamente cego à virtude e converte-se por vezes no escravo integral das entidades perversas que tomou por testemunhas habituais, presentes em todos os seus caminhos e atividades fora do santuário da família. Chegado a esse ponto, é muito difícil impedir-lhe a queda nos desfiladeiros fatais do crime e das trevas.

— Oh! Meu Deus! — Exclamei, — quanto trabalho esperando o concurso das almas corajosas: quanta ignorância a ser vencida!…

— Você diz bem, — acrescentou o orientador, gravemente, — porque, de fato, a maioria das tragédias conjugais se transferem para além-túmulo, criando pavorosos infernos para aqueles que as viveram na Crosta do Mundo. É muito doloroso observar a extensão dos crimes perpetrados na existência carnal e ai dos desprevenidos que não se esforçam, a tempo, no sentido de combater as paixões baixas! Angustioso lhes é aqui o despertar!…


Calei-me e Alexandre, pensativo, entrou também em silêncio profundo, dando-me a entender suas admiráveis faculdades de concentração.

Eram aproximadamente vinte e duas horas, quando nos pusemos a caminho da residência de Raquel.

A pequena família acabava de recolher-se.

Herculano e os demais receberam-nos com inequívocas demonstrações de carinho.

O chefe dos Construtores dirigiu-se ao meu instrutor, nestes termos:

— Esperávamos pela sua colaboração para iniciarmos o serviço magnético no paciente.

Passamos, em seguida, à pequena câmara, onde Segismundo repousava. Permanecia ele aflito, de olhar triste e vagueante.

Não pude sopitar uma interrogação:

— Por que motivo Segismundo sofre tanto? — Indaguei de Alexandre, em tom discreto.

— Desde muito, e, particularmente, desde a semana passada, está em processo de ligação fluídica direta com os futuros pais. Herculano está encarregado de ajudá-lo nesse trabalho. À medida que se intensifica semelhante aproximação, ele vai perdendo os pontos de contato com os veículos que consolidou em nossa Esfera, através da assimilação dos elementos de nosso Plano. Semelhante operação é necessária para que o organismo perispiritual possa retomar a plasticidade que lhe é característica e, no estágio em que ele se encontra, o serviço impõe-lhe sofrimentos.

A observação era muito nova para mim e continuei indagando:

— Mas o organismo perispirítico de Segismundo não é o mesmo que ele trouxe da Crosta, ao desencarnar pela última vez?

— Sim, — concordou o orientador, — tem a mesma identidade essencial; todavia, com o curso do tempo, em vista de nova alimentação e novos hábitos em meio muito diverso, incorporou determinados elementos de nossos Círculos de vida, dos quais é necessário se desfaça a fim de poder penetrar, com êxito, a corrente da vida carnal. Para isto, as lutas das ligações fluídicas primordiais com as emoções que lhes são consequentes desgastam-lhe as resistências dessa natureza, salientando-se que, nesta noite, faremos a parte restante do serviço, mobilizando, em seu auxílio, nossos recursos magnéticos.

— Oh! — Disse eu, — não teremos aqui um fato semelhante à morte física na Crosta?

Alexandre sorriu e aquiesceu:

— Sem dúvida, desde que consideremos a morte do corpo carnal como simples abandono de envoltórios atômicos terrestres.

Reconheci, porém, que a hora não comportava longas dissertações, e, vendo que o meu bondoso instrutor fixava a atenção nos Construtores, abstive-me de novas interrogações.


Seguido pelos amigos, Alexandre aproximou-se de Segismundo e falou-lhe, bem-humorado:

— Então? mais forte?

E, acariciando-lhe a face, acrescentou:

— Você deve estar satisfeito: é chegado o momento decisivo. Todas as nossas expressões de reconhecimento a Deus são insignificantes, diante da nova oportunidade recebida.

— Sim… — falou Segismundo, arquejante, — estou grato… não se esqueçam de mim… com o auxílio necessário.

E olhando angustiosamente para o meu orientador, observou, inquieto:

— Tenho receio… muito receio…

Alexandre sentou-se paternalmente ao lado dele e disse-lhe, com ternura:

— Não asile o monstro do medo no coração. A hora é de confiança e coragem. Ouça, Segismundo! Se você guarda alguma preocupação, divida conosco os seus pesares, fale de tudo o que constitua dificuldade em seu íntimo! Abra sua alma, querido amigo! Lembre-se de que o instante da passagem definitiva de Plano se aproxima. Torna-se indispensável manter o pensamento puro, lavado de todos os detritos!

O interlocutor deixou cair algumas lágrimas e conversou com esforço:

— Sabe que empreendi pequenina obra de socorro, nas cercanias de nossa colônia espiritual… A obra foi autorizada pelos nossos Maiores e… apesar do bom funcionamento… sinto que não está terminada e que tenho em sua estrutura grandes responsabilidades… não sei se fiz bem… pedindo agora o retorno à Crosta do Mundo, antes de consolidar meu trabalho… entretanto… reconheci que para seguir além… precisava reconciliar-me com a própria consciência, buscando os adversários de outro tempo… a fim de resgatar minhas faltas…

E enquanto o instrutor e os demais amigos o acompanhavam, em silêncio, Segismundo prosseguia:

— Foi por isto… que insisti tanto pela obtenção de minha volta… como poderia conduzir os outros à plena conversão espiritual… diante dos ensinamentos do Cristo… sem haver pago minhas próprias dívidas? como ensinar os irmãos sofredores… sofrendo eu mesmo… dolorosas chagas em virtude do passado cruel? Agora, porém… que se aproxima o recomeço difícil… tortura-me o receio de errar novamente… Quando Raquel e Adelino voltaram… prometeram-me amparo fraternal e estou certo… de que serão dois benfeitores para mim… no entanto… afligem-me receios e ansiedades ante o futuro desconhecido…

Valendo-se da pausa que se fizera naturalmente, Alexandre tomou a palavra, com franqueza e otimismo:

— Não adianta inquietar-se tanto, meu amigo! Desprenda-se de suas criações aqui. Todas as nossas obras, efetuadas de acordo com as leis divinas, sustentam-se por si mesmas e esperam-nos em qualquer tempo para a colheita de saborosos frutos de alegria eterna. Somente o mal está condenado à destruição e apenas o erro necessita laboriosos processos de retificação. Esteja, portanto, calmo e feliz. Sua insistência pelo regresso atual aos Círculos terrenos foi muito bem lembrada. O resgate do desvio de outra época concederá ao seu Espírito uma luz nova e mais brilhante. Persevere no seu propósito. Valer-se da escola, receber-lhe a orientação sublime, assenhorear-se-lhe dos benefícios, representa a maior felicidade do aluno fiel. Assim, pois, Segismundo, a sua felicidade de voltar agora à Esfera carnal é muito grande. Lave a sua mente na água viva da confiança em Deus, e caminhe. Para a nova experiência você não pode levar senão o patrimônio divino já adquirido com o seu esforço para a vida eterna, constituído pelas ideias enobrecedoras e pelas luzes íntimas que o seu Espírito já conquistou. Não se detenha, desse modo, em lembranças dos aspectos exteriores de nossas atividades neste Plano. Persistir em semelhantes estados dalma poderá trazer consequências muito graves, porquanto a sua inadaptação perturbaria o desenvolvimento fetal e determinaria a morte prematura de seu novo aparelho físico, no período infantil. Não se prenda a receios pueris. É verdade que você deve e precisa pagar, mas, em sã consciência, qual de nós não é devedor? Com tristeza e abatimento nunca resgataremos nossos débitos. É indispensável criar esperanças novas.

Segismundo fez um gesto significativo de afirmação e sorriu com dificuldade, mostrando-se menos triste.

— Não perturbe o seu trabalho valioso do momento. Recorde as graças que temos recebido e não tema!

Calando-se o mentor, notei que Segismundo, sob forte emoção, não conseguia recursos para manter a palestra. Vi-o, porém, tomar a destra de Alexandre, com infinito esforço, beijando-a, respeitoso, em sinal de reconhecimento.


Ponderei, então, no concurso enorme que todos recebemos ao regressar ao Círculo carnal. Aqueles devotados benfeitores auxiliavam Segismundo, desde o primeiro dia, e, ainda ali, diante do possível recuo do interessado, eles mesmos se mostravam dispostos a consolar-lhe todas as tristezas, levantando-lhe o ânimo para o êxito final.

Os Espíritos Construtores começaram o trabalho de magnetização do corpo perispirítico, no que eram amplamente secundados pelo esforço do abnegado orientador, que se mantinha dedicado e firme em todos os campos de serviço.

Sem que me possa fazer compreendido, de pronto, pelo leitor comum, devo dizer que “alguma coisa da forma de Segismundo estava sendo eliminada”. Quase que imperceptivelmente, à medida que se intensificavam as operações magnéticas, tornava-se ele mais pálido. Seu olhar parecia penetrar outros domínios. Tornava-se vago, menos lúcido.

A certa altura, Alexandre falou-lhe com autoridade:

— Segismundo, ajude-nos! Mantenha clareza de propósitos e pensamento firme!

Tive a impressão de que o reencarnante se esforçava por obedecer.

— Agora, — continuou o instrutor, — sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se pequenino! Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem!

Compreendi que o interessado precisava oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo. Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida.

A operação não foi curta, nem simples. Identificava o esforço geral para que se efetuasse a redução necessária.

Segismundo parecia cada vez menos consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas perguntas afetuosas não se revelavam completas.

Por fim, com grande assombro meu, verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma criança.

O fenômeno espantava-me e não pude conter as interrogações que se me represavam no íntimo. Observando que Alexandre e os Construtores se dispunham a alguns minutos de intervalo, antes da penetração na câmara conjugal, acerquei-me do prestimoso orientador, que me percebeu, num relance, a curiosidade.

Acolheu-me, cortês como sempre, e falou:

— Já sei. Você permanece torturado pelo espírito de pesquisa.

Sorri desapontado, mas cobrei ânimo e indaguei:

— Como pode ser o que vejo? Ignorava que o renascimento compelisse o Plano espiritual a serviços tão complexos!

— O trabalho enobrecedor está em toda parte, — acentuou Alexandre, intencionalmente. — O paraíso da ociosidade é talvez a maior ilusão dos princípios teológicos que obscureceram na Crosta o sentido divino da verdadeira Religião.

Fez uma pausa, fixou um gesto expressivo e continuou:

— Quanto à estranheza de que se sente possuído, não vemos razão para tanto. A desencarnação normal na Terra obriga o corpo denso de carne a não menores modificações. A enfermidade mortal, para o homem terreno, não deixa, em certo sentido, de ser prolongada operação redutiva, libertando por fim a alma, desembaraçando-a dos laços fisiológicos. Há pessoas que, depois de algumas semanas de leito, se tornam francamente irreconhecíveis. E devemos considerar que o aparelho físico permanece muito distante da plasticidade do corpo perispiritual, profundamente sensível à influenciação magnética.

A explicação não podia ser mais lógica.


— O que vimos, porém, com Segismundo perguntei, — é regra geral para todos os casos?

— De modo algum, — respondeu o instrutor, atencioso, — os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente iguais. As facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta ou na libertação dos veículos carnais. Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à Esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso. Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de cooperação muito mais complexa que a exercida no caso de Segismundo.

— Não deveriam renascer, porém, — interroguei, curioso, — tão somente aqueles que se revelassem preparados?

— Não podemos esquecer, no entanto, — refutou meu esclarecido interlocutor, — que a reencarnação é o curso repetido de lições necessárias. A Esfera da Crosta é uma escola divina. E o amor, por intermédio das atividades “intercessórias”, reconduz diariamente ao banco escolar da carne milhões de aprendizes.

O orientador amigo calou-se por alguns instantes, e prosseguiu:

— A reencarnação de Segismundo obedece às diretrizes mais comuns. Traduz expressão simbólica da maioria dos fatos dessa natureza, porquanto o nosso irmão pertence à enorme classe média dos Espíritos que habitam a Crosta, nem altamente bons, nem conscientemente maus. Acresce notar, todavia, que a volta de certas entidades das regiões mais baixas ocasiona laboriosos e pacientes esforços dos trabalhadores de nosso Plano. Semelhantes seres obrigam-nos a processos de serviço que você gastará ainda muito tempo para compreender.


As elucidações de Alexandre calavam-me fundo, satisfazendo-me a pesquisa intelectual; entretanto, novas indagações surgiam-me na mente sequiosa. Foi então que, premido por intensa e legítima curiosidade, perguntei, respeitoso:

— O auxílio que vemos atingirá, porventura, a todos? Aqui nos encontramos num lar em bases retas, segundo sua própria afirmação. Mas… se nos achássemos numa casa típica de deboche carnal? e se fôssemos aqui defrontados por paixões criminosas e desvarios desequilibrantes?

O instrutor meditou gravemente e redarguiu:

— André, o diamante perdido no lodo, por algum tempo, não deixa de ser diamante. Assim, também, a paternidade e a maternidade, em si mesmas, são sempre divinas. Em todo lugar desenvolve-se o auxílio da Esfera superior, desde que se encontre em jogo o trabalho da Vontade de Deus. Entretanto, devemos considerar que, em tais circunstâncias, as atividades de auxílio são verdadeiramente sacrificiais. As vibrações contraditórias e subversivas das paixões desvairadas da alma em desequilíbrio, comprometem os nossos melhores esforços, e, muitas vezes, nessas paisagens de irresponsabilidade e viciação, para ajudar, em obediência ao nosso ministério, devemos, antes de tudo, lutar contra entidades monstruosas, dominadoras dos Círculos de vida dos homens e das mulheres que, imprevidentemente, escolhem o perigoso caminho da perturbação emocional, onde tais entidades ignorantes e desequilibradas transitam. Nesses casos, nem sempre a nossa colaboração pode ser perfeita, porquanto são os próprios pais que, menosprezando a grandeza do mandato que lhes foi confiado, abrem as portas de suas potências sagradas aos impiedosos monstros da sombra que lhes perseguem os filhos nascituros. Certas almas heroicas escolhem semelhante entrada na existência carnal, a fim de se fortalecerem nas resistências supremas contra o mal, desde os primeiros dias de serviço uterino. Entretanto, devemos considerar que é preciso ser suficientemente forte na fé e na coragem para não sucumbir. Nos renascimentos dessa espécie, o maior número de criaturas, porém, cumpre o programa salutar das provações retificadoras. Muitas fracassam; todavia, há sempre grande quantidade das que retiram os melhores lucros espirituais no setor da experiência para a vida eterna.

Alexandre comentara o assunto com imponente beleza. Começava eu a compreender a procedência de certos fenômenos teratológicos e de determinadas moléstias congênitas que, no mundo, confrangem o coração. As asserções do momento levavam-me a novo e fascinante estudo — a questão das provas retificadoras e necessárias.


Em seguida Alexandre convidou os Construtores a examinarem os mapas cromossômicos, em companhia dele, junto de Herculano. Acompanhei o trabalho com interesse, embora absolutamente desprovido de competência para ajuizar com precisão, relativamente aos caprichosos desenhos sob nosso olhar.

Não me é dado transmitir determinadas definições daquela pequena assembleia de autoridades espirituais, por falta de elementos para a comparação analógica, mas posso dizer que, finda a parte propriamente técnica das conversações, o meu orientador acrescentava, satisfeito:

— Com exceção do tubo arterial, na parte a dilatar-se para o mecanismo do coração, tudo irá muito bem. Todos os genes poderão ser localizados com normalidade absoluta.

Depois de pequena pausa, acentuou:

— Os membros e os órgãos serão excelentes. E se o nosso amigo souber valorizar as oportunidades do futuro, possivelmente conquistará o equilíbrio do aparelho circulatório, mantendo-se em serviço de iluminação por abençoado tempo de trabalho terrestre. Depende dele o êxito preciso.

Voltando-se para os Construtores, falou-lhes, afável:

— Meus amigos, o nosso Herculano permanecerá em definitivo junto de Segismundo, na nova experiência, até que ele atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado. Depois desse período, a sua tarefa de amigo e orientador será amenizada, visto que seguirá o nosso irmão em sentido mais distante. Sei que o devotado companheiro tomará todas as providências indispensáveis à harmoniosa organização fetal, seja auxiliando o reencarnante, seja defendendo o templo maternal contra o assédio de forças menos dignas; entretanto, peço-lhes muita atenção nos primórdios de formação do timo, glândula, como sabem, de importância essencial para a vida infantil, desde o útero materno. Precisamos do equilíbrio perfeito desse departamento glandular, até que se forme a medula óssea e se habilite à produção dos corpúsculos vermelhos para o sangue. Os diversos gráficos das disposições cromossômicas facilitarão os serviços dessa natureza.


Alguns dos amigos presentes passaram a observar os mapas com maior atenção.

Enquanto se estendiam, sob meus olhos, aqueles microscópicos sinais, facultando amplo exame da célula-ovo, acerquei-me do instrutor e, sentindo-o mais acessível às minhas interrogações, perguntei:

— Temos, nestes mapas, a geografia dos genes da hereditariedade distribuídos nos cromossomos. A lei da herança, porém, será ilimitada? A criatura receberá, ao renascer, a total imposição dos característicos dos pais? As enfermidades ou as disposições criminosas serão transmissíveis de maneira integral?

— Não, André, — observou o orientador, com grave inflexão, — estamos diante dum fenômeno físico natural. O organismo dos nascituros, em sua expressão mais densa, provém do corpo dos pais, que lhes entretêm a vida e lhes criam os caracteres com o próprio sangue; todavia, em semelhante imperativo das leis divinas para o serviço de reprodução das formas, não devemos ver a subversão dos princípios de liberdade espiritual, imanente na ordem da Criação Infinita. Por isso mesmo, a criatura terrena herda tendências e não, qualidades. As primeiras cercam o homem que renasce, desde os primeiros dias de luta, não só em seu corpo transitório, mas também no ambiente geral a que foi chamado a viver, aprimorando-se; as segundas resultam do labor individual da alma encarnada, na defesa, educação e aperfeiçoamento de si mesma nos círculos benditos da experiência. Se o Espírito reencarnado estima as tendências inferiores, desenvolvê-las-á, ao reencontrá-las dentro do novo quadro de experiência humana, perdendo um tempo precioso e menosprezando o sublime ensejo de elevação. Todavia, se a alma que regressa ao mundo permanece disposta ao serviço de autoelevação, sobrepairará a quaisquer exigências menos nobres do corpo ou do ambiente, triunfando sobre as condições adversas e obtendo títulos de vitória da mais alta significação para a vida eterna. Em sã consciência, portanto, ninguém se pode queixar de forças destruidoras ou de circunstâncias asfixiantes, em se referindo ao círculo onde renasceu. Haverá sempre, dentro de nós, a luz da liberdade íntima indicando-nos a ascensão. Praticando a subida espiritual, melhoraremos sempre. Esta é a lei.


Em virtude das anteriores explicações do orientador, relativamente à importância da assistência de Herculano a Segismundo reencarnado, até aos sete anos, procurei obter do instrutor alguma elucidação a respeito. Pedi desculpas a Alexandre, todavia, não me pude furtar à delicada inquirição. Porque tamanho cuidado com o sangue do futuro recém-nascido? Somente aos sete anos iniciais de existência humana estaria terminado o serviço de reencarnação?

Como sempre acontecia, o nobre mentor ouviu-me, complacente, sorriu qual pai carinhoso e respondeu, solícito:

— Você não ignora que o corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez ainda não saiba que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. [Vide: Dt 12:23 e Lv 17:14] Na organização fetal, o patrimônio sanguíneo é uma dádiva do organismo materno. Logo após o renascimento, inicia-se o período de assimilação diferente das energias orgânicas, em que o “eu” reencarnado ensaia a consolidação de suas novas experiências e, somente aos sete anos de vida comum, começa a presidir, por si mesmo, ao processo de formação do sangue, elemento básico de equilíbrio ao corpo perispirítico ou forma preexistente, no novo serviço iniciado. O sangue, portanto, é como se fora o fluido divino que nos fixa as atividades no campo material e em seu fluxo e refluxo incessantes, na organização fisiológica, nos fornece o símbolo do eterno movimento das forças sublimes da Criação Infinita. Quando a sua circulação deixa de ser livre, surge o desequilíbrio ou enfermidade e, se surgem obstáculos que impedem o seu movimento, de maneira absoluta, então sobrevêm a extinção do tônus vital, no campo físico, ao qual se segue a morte com a retirada imediata da alma.


Fortemente impressionado com a revelação do respeitável amigo, observei:

— Oh! Como é grande a responsabilidade do homem, em frente ao corpo material!

— Diz bem, — acrescentou o orientador, — ao se referir com semelhante admiração a esse soberano dever da criatura reencarnada. Sem atender às pesadas responsabilidades que lhe competem na preservação do vaso físico, homem algum poderá realizar o progresso espiritual. O Espírito renasce na carne para a produção de valores divinos em sua natureza; mas como atender a semelhante imperativo, destruindo a máquina orgânica, base fundamental do serviço a fazer? Inda agora, referia-se você à lei da herança. O corpo terreno é também um patrimônio herdado há milênios e que a Humanidade vem aperfeiçoando, através dos séculos. O plasma, sublime construção efetuada ao influxo divino, com água do mar, nas épocas primitivas, é o fundamento primordial das organizações fisiológicas. Em voltando à Crosta, temos de aproveitar-lhe a herança, mais ou menos evolvida no corpo humano.

A essa altura das elucidações surpreendentes para mim, Alexandre, depois de ligeiro intervalo, continuou:

— Por isso mesmo, não desconhece você que, enquanto nos movimentamos na Esfera da carne, somos criaturas marinhas respirando em terra firme. No processo vulgar de alimentação, não podemos prescindir do sal; nosso mecanismo fisiológico, a rigor, se constitui de sessenta por cento de água salgada, cuja composição é quase idêntica à do mar, constante dos sais de sódio, de cálcio, de potássio. Encontra-se, na Esfera de atividade fisiológica do homem reencarnado, o sabor do sal no sangue, no suor, nas lágrimas, nas secreções. Os corpúsculos aclimatados nos mares mais quentes viveriam à vontade no líquido orgânico. Há verdadeiras surpresas de comparação analógica que poderíamos efetuar neste sentido.

Não soube o que responder, em vista das definições ouvidas, e, ante o meu silêncio, foi o próprio Alexandre que continuou, depois de significativa parada:

— Como vê, ao renascermos na Crosta do Mundo, recebemos com o corpo uma herança sagrada, cujos valores precisamos preservar, aperfeiçoando-o. As forças físicas devem evolutir como as nossas almas. Se nos oferecem o vaso de serviço para novas experiências de elevação, devemos retribuir, com o nosso esforço, auxiliando-as com a luz de nosso respeito e equilíbrio espiritual, no campo de trabalho e educação orgânica. O homem do futuro compreenderá que as suas células não representam apenas segmentos de carne, mas companheiras de evolução, credoras de seu reconhecimento e auxílio efetivo. Sem esse entendimento de harmonia no império orgânico, é inútil procurar a paz.

A conversação brilhante do orientador magnânimo e sábio sugeria sublimes questões. Entretanto, ele mesmo recordou-me o trabalho em curso e deu por findos os esclarecimentos daquela hora.


Estávamos a duas horas depois de meia-noite.

Permaneciam agora, ao nosso lado, não somente Alexandre e os Construtores, mas também diversos amigos espirituais da família.

Congregando todos os companheiros em torno de si, como figura máxima daquela reunião, Alexandre falou, gravemente:

— Agora, meus irmãos, penetremos a câmara de nossos dedicados colaboradores para que se efetue o júbilo da união espiritual.

E, depositando Segismundo nos braços da entidade que fora na Crosta Terrestre a carinhosa mãe de Raquel, acentuou:

— Seja você, minha irmã, a portadora do sagrado depósito. O coração filial que nos espera sentirá novas felicidades ao contato de sua ternura. Raquel bem merece semelhante alegria.

Voltando-se para a assembleia ali congregada, explicou:

— Faremos agora o ato de ligação inicial, em sentido direto, de Segismundo com a matéria orgânica. Espero, porém, caros companheiros, a visita reiterada de todos vocês ao nosso irmão reencarnante, principalmente no período de gestação do seu corpo futuro. Não ignoram o valor da colaboração afetuosa nesse serviço. Somente aqueles que semearam muitas afeições podem receber o concurso de muitos amigos e Segismundo deve receber esse prêmio pelos seus nobres sentimentos e elevados trabalhos a todos nós, nestes últimos anos em que se devotou a grandes obras de benemerência e fraternidade.

Logo após, penetrávamos o aposento conjugal, onde o espetáculo íntimo era divinamente belo. No leito de madeira, em macios lençóis de linho, repousavam dois corpos que a bênção do sono imobilizava, mas, ali mesmo, Adelino e Raquel nos esperavam em Espírito, conscientes da grandeza da hora em curso. Em despertando na Esfera densa de luta e aprendizado, seus cérebros carnais não conseguiriam fixar a reminiscência perfeita daquela cena espiritual, em que se destacavam como principais protagonistas; contudo, o fato gravar-se-ia para sempre em sua memória eterna.

Os amigos invisíveis do lar, companheiros de nosso Plano, haviam enchido a câmara de flores de luz. Desde a meia-noite, haviam obtido permissão para ingressar no futuro berço de Segismundo, com o amoroso propósito de adornar-lhe os caminhos do recomeço.

Mais de cem amigos se reuniam ali, prestando-lhe afetuosa homenagem.

Alexandre caminhou à nossa frente, cumprimentando carinhosamente o casal, temporariamente desligado dos veículos físicos.

Em seguida, com a melhor harmonia, os presentes passaram às saudações, enchendo de conforto celeste o coração dos cônjuges esperançosos.

O quadro era lindo e comovedor.

Duas entidades, ao meu lado, comentavam fraternalmente:

— É sempre penoso voltar à carne, depois de havermos conhecido as regiões de luz divina; entretanto, é tão sagrado o amor cristão que, mesmo em tal circunstância, sublime é a felicidade daqueles que o praticam.

— Sim, — respondeu a outra, — Segismundo tem lutado muito pela redenção e, nessa luta, vem sendo um servo devotado de todos nós. Bem merece as alegrias desta hora.

A esse tempo, observei que a entidade convidada a guardar o reencarnante se mantinha à pequena distância de Raquel, entre os Espíritos Construtores.

Refletia sobre esse fato, quando alguém me tocou levemente, despertando-me a atenção. Era Alexandre que sorria paternalmente, elucidando-me:

— Deixemos os nossos amigos, por alguns minutos, no suave contentamento das expansões afetivas. Iniciaremos o trabalho no momento oportuno.


Perplexo, diante dos fatos novos para mim, eu não acomodara o raciocínio em face dos múltiplos problemas daquela noite. Por isso mesmo, alucinantes interrogações vagueavam-me no cérebro. O orientador percebeu-me o estado dalma e, talvez por esse motivo, deu-me a impressão de mais paciente.

Valendo-me daquele instante, indiquei Segismundo, recolhido nos braços acolhedores que o guardavam, e perguntei:

— Nosso irmão reencarnante apresentar-se-á, mais tarde, entre os homens, tal qual vivia entre nós? Já que as suas instruções se baseiam na forma perispiritual preexistente, terá ele a mesma altura, bem como as mesmas expressões que o caracterizavam em nossa Esfera?

Alexandre respondeu sem titubear:

— Raciocine devagar, André! Falamos da forma preexistente, nela significando o modelo de configuração típica ou, mais propriamente, o “uniforme humano”. Os contornos e minúcias anatômicas vão desenvolver-se de acordo com os princípios de equilíbrio e com a lei da hereditariedade. A forma física futura de nosso amigo Segismundo dependerá dos cromossomos paternos e maternos; adicione, porém, a esse fator primordial, a influência dos moldes mentais de Raquel, a atuação do próprio interessado, o concurso dos Espíritos Construtores, que agirão como funcionários da natureza divina, invisíveis ao olhar terrestre, o auxílio afetuoso das entidades amigas que visitarão constantemente o reencarnante, nos meses de formação do novo corpo, e poderá fazer uma ideia do que vem a ser o templo físico que ele possuirá, por algum tempo, como dádiva da Superior Autoridade de Deus, a fim de que se valha da bendita oportunidade de redenção do passado e iluminação para o futuro, no tempo e no espaço. Alguns fisiologistas da Crosta concordam em asseverar que a vida humana é uma resultante de conflitos biológicos, esquecidos de que, muitas vezes, o conflito aparente das forças orgânicas não é senão a prática avançada da lei de cooperação espiritual.

— Segismundo terá então, — insisti, — uma forma física eventual, imprecisa, por enquanto, ao nosso conhecimento?

O instrutor esclareceu sem demora:

— Se estivéssemos diretamente ligados ao caso dele, estaríamos de posse de todas as informações referentes ao porvir, nesse particular, mas a nossa colaboração neste acontecimento é transitória e sem maior significação no tempo. Os orientadores de Segismundo, porém, nas Esferas mais altas, guardam o programa traçado para o bem do reencarnante. Note que me refiro ao bem e não ao destino. Muita gente confunde plano construtivo com fatalismo. O próprio Segismundo e o nosso irmão Herculano estão de posse dos informes a que nos reportamos, porque ninguém penetra num educandário, para estágio mais ou menos longo, sem finalidade específica e sem conhecimento dos estatutos a que deve obedecer.

Nesse ponto, o mentor generoso fez ligeiro intervalo e continuou em seguida:

— Os contornos anatômicos da forma física, disformes ou perfeitos, longilíneos ou brevilíneos, belos ou feios, fazem parte dos estatutos educativos. Em geral, a reencarnação sistemática é sempre um curso laborioso de trabalho contra os defeitos morais preexistentes nas lições e conflitos presentes. Pormenores anatômicos imperfeitos, circunstâncias adversas, ambientes hostis, constituem, na maioria das vezes, os melhores lugares de aprendizado e redenção para aqueles que renascem. Por isso, o mapa de provas úteis é organizado com antecedência, como o caderno de apontamentos dos aprendizes nas escolas comuns. Em vista disso, o mapa alusivo a Segismundo está devidamente traçado, levando-se em conta a cooperação fisiológica dos pais, a paisagem doméstica e o concurso fraterno que lhe será prestado por inúmeros amigos daqui. Imagine, pois, o nosso amigo voltando a uma escola, que é a Terra; assim procedendo, alimenta um propósito que é o da aquisição de valores novos. Ora, para realizá-lo terá de submeter-se às regras do educandário, renunciando, até certo ponto, à grande liberdade de que dispõe em nosso meio.

— Não poderíamos, porém, — indaguei, — intitular semelhante prova de — “destino fixado”?

O instrutor aduziu com paciência:

— Não incida no erro de muita gente. Isto implicaria obrigatoriedade de conduta espiritual. Naturalmente, a criatura renasce com independência relativa e, por vezes, subordinada a certas condições mais ásperas, em virtude das finalidades educativas, mas semelhante imperativo não suprime, em caso algum, o impulso livre da alma, no sentido de elevação, estacionamento ou queda em situações mais baixas. Existe um programa de tarefas edificantes a serem cumpridas por aquele que reencarna, onde os dirigentes da alma fixam a cota aproximada de valores eternos que o reencarnante é suscetível de adquirir na existência transitória. E o Espírito que torna à Esfera de carne pode melhorar essa cota de valores, ultrapassando a previsão superior, pelo esforço próprio intensivo, ou distanciar-se dela, enterrando-se ainda mais nos débitos para com o próximo, menosprezando as santas oportunidades que lhe foram conferidas.

A essa altura, Alexandre interrompeu-se, talvez ponderando o tempo gasto em nossa conversação, e, como quem sentia necessidade de pôr termo à palestra, observou:

— Todo plano traçado na Esfera Superior tem por objetivos fundamentais o bem e a ascensão, e toda alma que reencarna no Círculo da Crosta, ainda aquela que se encontre em condições aparentemente desesperadoras, tem recursos para melhorar sempre.


Logo após, convidou-me o orientador amigo a nos aproximarmos do casal.

Recordou Alexandre que a hora ia adiantada e devíamos entregar aos cônjuges felizes o sagrado depósito.

Os Construtores, por intermédio do mentor que os dirigia, pediram-lhe fizesse a prece daquele ato de confiança e observei que profundo silêncio se fizera entre todos.

Dispunha-se o instrutor ao serviço da oração, quando Raquel se lhe aproximou, e pediu, humilde:

— Boníssimo amigo, se é possível, desejaria receber meu novo filho, de joelhos!…

Alexandre aquiesceu sorrindo e, mantendo-se entre ela, genuflexa, e Adelino que se conservava, como nós outros, de pé, extremamente comovido, começou a orar, estendendo as mãos generosas para o alto:


— “Pai de Amor e Sabedoria, digna-Te abençoar os filhos de Tua Casa Terrestre, que vão partilhar contigo, neste momento, a divina faculdade criadora! Senhor, faze descer, por misericórdia, a Tua bênção neste ninho afetuoso, transformado em asilo de reconciliação. Aqui nos reunimos, companheiros de luta no passado, acompanhando o amigo que retorna ao testemunho de humildade e compreensão de Tua lei!

“Oh! Pai, fortifica-o para a travessia longa do rio do esquecimento temporário, permite que possamos manter sempre viva a sua esperança, ajuda-nos, ainda e sempre, para que possamos vencer todo o mal!

“Concede aos que recebem agora o novo ministério de orientação do lar, com o nascimento de um novo filho, a Tua luz generosa e santificada, que dissipa todas as sombras! Fortalece-lhes, Senhor, a noção de responsabilidade, abre-lhes a porta de Tua confiança sublime, conserva-os na bendita alegria de Teu amor desvelado! Restaura-lhes as energias para que recebam, jubilosos, a missão da renúncia até ao fim, santifica-lhes os prazeres para que não se percam nos despenhadeiros da fantasia!

“Este, Senhor, é um ato de confiança de Tua bondade infinita que desejamos honrar para sempre! Abençoa, pois, o nosso trabalho amoroso e, sobretudo, Pai, suplicamos Tua graça para a nossa irmã que se entrega, reverente, ao divino sacrifício da maternidade. Unge-lhe o coração com a Tua magnanimidade paternal, intensifica-lhe o bom ânimo, dilata-lhe a fé no futuro sem fim! Sejam para ela, em particular, os nossos melhores pensamentos, nossos votos de paz e esperanças mais puras!

“Acima de tudo, porém, Senhor, seja feita a Tua vontade em todos os recantos do Universo, e que nos caiba, a nós, humildes servos de Teu reino, a alegria incessante de reverenciar-Te e obedecer-Te para sempre!…”


Calara-se Alexandre, observando eu que todo o aposento se enchia de novas luzes. Reconheci que de todos nós, entidades espirituais que ali nos congregávamos, partiam raios luminosos que se derramavam sobre Raquel em pranto de emoção sublime, mas o fenômeno radioso não se circunscreveu a isto. Tão logo o meu orientador se calara, alguma coisa parecia responder à sua súplica. Leve rumor, que apenas encontrava eco em nossos ouvidos, se fazia sentir acima de nossas cabeças. Ergui-me, surpreso, e pude ver que uma coroa brilhante e infinitamente bela descia do alto sobre a fronte de Raquel, ajoelhada, em silêncio. Tive a impressão de que a auréola se compunha de turmalinas eterizadas, que miraculoso ourives houvera tornado resplandecentes. Seu brilho feria-nos o olhar e o próprio Alexandre, ao fixá-la, curvou-se, reverente. A coroa sublime, sustentada por Espíritos muito superiores a nós, que eu não podia ver, descansou sobre a fronte de Raquel.

Notei, embora a comoção do momento, que o meu instrutor fez um gesto à depositária de Segismundo, para que efetuasse a entrega do reencarnante aos braços maternais.

Raquel, dando-me a impressão de que não via a luminosa auréola, ergueu os olhos rasos de lágrimas e recebeu o depósito que o Céu lhe confiava. Alexandre estendeu-lhe a destra, ajudando-a a levantar-se, e vi que Adelino se aproximou da esposa, estreitando-a carinhosamente nos braços, beijando-lhe a fronte orvalhada de luz.

Foi então, — ó divino mistério da Criação Infinita de Deus! — Que a vi apertar a “forma infantil” de Segismundo de encontro ao coração, mas tão fortemente, tão amorosamente, que me pareceu uma sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema. Segismundo ligara-se a ela como a flor se une à haste. Então compreendi que, desde aquele momento, era alma de sua alma aquele que seria carne de sua carne.


Alexandre recomendou aos amigos presentes, com exceção dos Construtores, de Herculano e de mim, que se afastassem da câmara, conduzindo Adelino, confortado e feliz, a pequena excursão pelo exterior; e, guiando Raquel, com infinito cuidado, ao corpo físico, disse-nos:

— Agora, auxiliemos nosso amigo no primeiro contato com a matéria mais densa.

Raquel acordara, experimentando no coração estranha ventura. Abraçou-se, instintivamente, ao companheiro adormecido, como o navegante feliz, ao sentir-se em porto de tranquilidade e segurança. Havia atravessado o espesso véu de vibrações que separa o Plano espiritual da Esfera física e não conservava qualquer reminiscência precisa da sublime felicidade de momentos antes; todavia, seu sentimento de júbilo permanecia dilatado, suas esperanças transbordavam e uma confiança imensa no porvir acalentava-lhe, agora, o coração. Seria mãe pela segunda vez? — Pensava, contente. Essa ideia, que lhe não despontava no cérebro por acaso, balsamizava-lhe a alma com deliciosa alegria. Estava pronta para o serviço divino da maternidade, confiaria no Senhor como escrava de sua bondade infinita.

Não via a esposa de Adelino que Alexandre e os Construtores Espirituais lhe rodeavam a mente de sublime luz, banhando-lhe as ideias com a água viva do amor espiritual.


Observando que a forma de Segismundo se ligara a ela, por divino processo de união magnética, recebi a determinação do meu orientador para seguir-lhe, de perto, o trabalho de auxílio na ligação definitiva de Segismundo à matéria.

Indicando os órgãos geradores de Raquel e fazendo incidir sobre eles a sua luz, Alexandre preveniu-me, quanto à grandeza do quadro sob nossa observação, acentuando, respeitosamente:

— Temos aqui o altar sublime da maternidade humana. Perante o seu augusto tabernáculo, ao qual devemos a claridade divina de nossas experiências, devemos cooperar, na tarefa do amor, guardando a consciência voltada para a Majestade Suprema.

Inclinei-me para a organização feminina de nossa irmã reencarnada, dentro de uma veneração que nunca, até então, havia sentido.

Auxiliado pelo concurso magnético do mentor querençoso, passei a observar as minúcias do fenômeno da fecundação.

Através dos condutos naturais, corriam os elementos sexuais masculinos, em busca do óvulo, como se estivessem preparados de antemão para uma prova eliminatória, em corrida de três milímetros, aproximadamente, por minuto. Surpreendido, reconheci que o número deles se contava por milhões e que seguiam, em massa, para a frente, em impulso instintivo, na sagrada competição.

No silêncio sublime daqueles minutos, compreendi que Alexandre, em vista de ser o missionário mais elevado do grupo em operação de auxílio, dirigia os serviços graves da ligação primordial. Segundo depreendi, ele podia ver as disposições cromossômicas de todos os princípios masculinos em movimento, depois de haver observado, atentamente, o futuro óvulo materno, presidindo ao trabalho prévio de determinação do sexo do corpo a organizar-se.

Após acompanhar, profundamente absorto no serviço, a marcha dos minúsculos competidores que constituíam a substância fecundante, identificou o mais apto, fixando nele o seu potencial magnético, dando-me a ideia de que o ajudava a desembaraçar-se dos companheiros para que fosse o primeiro a penetrar a pequenina bolsa maternal. O elemento focalizado por ele ganhou nova energia sobre os demais e avançou rapidamente na direção do alvo. A célula feminina que, em face do microscópico projétil espermático, se assemelhava a um pequeno mundo arredondado de açúcar, amido e proteínas, aguardando o raio vitalizante, sofreu a dilaceração da cutícula, à maneira de pequenina embarcação torpedeada, e enrijeceu-se, de modo singular, cerrando os poros tenuíssimos, como se estivesse disposta a recolher-se às profundezas de si mesma, a fim de receber, face a face, o esperado visitante, e impedindo a intromissão de qualquer outro dos competidores, que haviam perdido a primeira posição na grande prova. Sempre sob o influxo luminoso-magnético de Alexandre, o elemento vitorioso prosseguiu a marcha, depois de atravessar a periferia do óvulo, gastando pouco mais de quatro minutos para alcançar o seu núcleo. Ambas as forças, masculina e feminina, formavam agora uma só, convertendo-se ao meu olhar em tenuíssimo foco de luz. O meu orientador, absolutamente entregue ao seu trabalho, tocou a pequenina forma com a destra, mantendo-se no serviço de divisão da cromatina, cujas particularidades são ainda inacessíveis à minha compreensão, conservando a atitude do cirurgião seguro de si, na técnica operatória. Em seguida Alexandre ajustou a forma reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispirítico de Raquel, sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida, e observei que essa vida latente começou a movimentar-se.

Havia decorrido precisamente um quarto de hora, a contar do instante em que o elemento ativo ganhara o núcleo do óvulo passivo.

Depois de prolongada aplicação magnética, que era secundada pelo esforço dos Espíritos Construtores, Alexandre aproximou-se de mim e falou:

— Está terminada a operação inicial de ligação. Que Deus nos proteja.


Sentindo a admiração com que eu seguia, agora, o processo da divisão celular, em que se formava rapidamente a vesícula de germinação, o orientador acentuou:

— O organismo maternal fornecerá todo o alimento para a organização básica do aparelho físico, enquanto a forma reduzida de Segismundo, como vigoroso modelo, atuará como ímã entre limalhas de ferro, dando forma consistente à sua futura manifestação no cenário da Crosta.

Estava boquiaberto, diante do que me fora dado observar. E, sentindo que o fenômeno da redução perispiritual de Segismundo era um fato espantoso aos meus olhos, acrescentou bondosamente o instrutor:

— Não se esqueça, André, de que a reencarnação significa recomeço nos processos de evolução ou de retificação. Lembre-se de que os organismos mais perfeitos da nossa Casa Planetária procedem inicialmente da ameba. Ora, recomeço significa “recapitulação” ou “volta ao princípio”. Por isso mesmo, em seu desenvolvimento embrionário, o futuro corpo de um homem não pode ser distinto da formação do réptil ou do pássaro. O que opera a diferenciação da forma é o valor evolutivo, contido no molde perispirítico do ser que toma os fluidos da carne. Assim pois, ao regressar à Esfera mais densa, como acontece a Segismundo, é indispensável recapitular todas as experiências vividas no longo drama de nosso aperfeiçoamento, ainda que seja por dias e horas breves, repetindo em curso rápido as etapas vencidas ou lições adquiridas, estacionando na posição em que devemos prosseguir no aprendizado. Logo depois da forma microscópica da ameba, surgirão no processo fetal de Segismundo os sinais da era aquática de nossa evolução e, assim por diante, todos os períodos de transição ou estações de progresso que a criatura já transpôs na jornada incessante do aperfeiçoamento, dentro da qual nos encontramos, agora, na condição de humanidade.

A hora ia muito avançada.

Sentindo que Alexandre não se demoraria, acerquei-me, ainda uma vez, do quadro de formação fetal. O óvulo fecundado animava-se de profunda vida, evolutindo para a vesícula germinal.

O orientador amigo convidou-me à retirada e falou:

— Meu trabalho está findo. Entretanto, André, considerando as suas necessidades de valores novos, poderei solicitar aos Construtores a aquiescência de sua cooperação fraterna nos serviços protetores, sempre que você conte com oportunidade de vir até aqui.

Rejubilei-me, encantado. Efetivamente, não desejava outra coisa. Aquele estudo de embriologia, sob novo prisma, era fascinante e maravilhoso.

Enquanto dava expansão à minha alegria íntima, o obsequioso mentor combinava providências, relativas ao meu concurso e aprendizado simultâneos, ouvindo os companheiros.

Daí a momentos, quando trocávamos saudações de despedida, Herculano, com muita simpatia e acolhimento, declarou que permaneceria à minha espera, sempre que eu pudesse voltar à residência de Adelino, para colaborar nos trabalhos de proteção.




[Vide no , um exemplo do que se passa quando um dos cônjuges, de reta conduta, consegue proteger o tálamo conjugal de ligações com entidades inferiores.]


mt 5:16
Apostilas da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Corre, incessantemente, o caudaloso rio da vida…

Iniciam-se viagens longas, embarca-se e desembarca-se, entre esperanças renovadas e prantos de despedida. Viajores partem, viajores tornam.

Como é difícil atingir o porto de renovação! Quase sempre, a imprevidência e a inquietude precipitam-se nas profundezas sombrias!…

Para vencer a jornada laboriosa, é preciso aprender com alguém que foi o Caminho, a Verdade e a Vida. (Jo 14:6)

Ele não era conquistador e fundou o maior de todos os domínios,

   não era geógrafo e descortinou os sublimes continentes da imortalidade,

   não era legislador e iluminou os códigos do mundo,

   não era filósofo e resolveu os enigmas da alma,

   não era juiz e ensinou a justiça com misericórdia,

   não era teólogo e revelou a fé viva,

   não era sacerdote e fez o sermão inesquecível,

   não era diplomata e trouxe a fórmula da paz,

   não era médico e limpou leprosos, restaurou a visão dos cegos e levantou paralíticos do corpo e do espírito,

   não era cirurgião e extirpou a chaga da animalidade primitiva,

   não era sociólogo e estabeleceu a solidariedade humana,

   não era cientista e foi o sábio dos sábios,

   não era escritor e deixou ao planeta o maior dos livros,

   não era advogado e defendeu a causa da Humanidade inteira,

   não era engenheiro e traçou caminhos imperecíveis,

   não era economista e ensinou a distribuição dos bens da vida a cada um por suas obras,

   não era guerreiro e continua conquistando as almas há quase vinte séculos,

   não era químico e transformou a lama das paixões em ouro da espiritualidade superior,

   não era físico e edificou o equilíbrio da Terra,

   não era astrônomo e desvendou os mundos novos da imensidade, enriquecendo de luz o porvir humano,

   não era escultor e modelou corações, convertendo-os em poemas vivos de bondade e esperança…


Ele foi o Mestre, o Salvador, o Companheiro, o Amigo Certo, humilde na manjedoura, devotado no amor aos infelizes, sublime em todas as lições, forte, otimista e fiel ao Supremo Senhor até a cruz.

Bem aventurados os seus discípulos sinceros, que se transformam em servidores do mundo por amor ao seu amor!

Valiosa é a experiência do homem, bela é a ciência da Terra, nobre é a filosofia religiosa que ilumina os conhecimentos terrestres, admirável é a indústria das nações, vigorosa é a inteligência das criaturas, maravilhosos são os sistemas políticos dos povos mais cultos, entretanto, sem Cristo, a grandeza humana pode não passar de relâmpago, dentro da noite espessa.

“Brilhe a vossa luz”, (Mt 5:16) disse o Mestre Inesquecível. Acenda cada aprendiz do Evangelho a lâmpada do coração.

Não importa seja essa lâmpada pequena. A humilde chama da vela distante é irmã da claridade radiosa da estrela.

É indispensável, porém, que toda a luz do Senhor permaneça brilhando em nossa jornada sobre abismos, até a vitória final no porto da grande libertação.



mt 5:17
Opinião espírita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Asseverou o Cristo: Não vim destruir a lei, porém, cumpri-la. (Mt 5:17)

Isso, entretanto, não lhe tolheu a disposição de exumar o pensamento de Moisés e dos Profetas dos arquivos que o tempo lhe expôs à consideração, estruturando os princípios e plasmando os exemplos com que rearticulou estatutos e instruções.

O Espiritismo pela voz de Allan Kardec igualmente afirmou: Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução. ()

Isso, porém não impediu que o Codificador desentranhasse o ensinamento de Jesus e dos evangelistas das fórmulas que os séculos lhe submeteram a exame clareando as recomendações e definindo as normas, com que traçou a orientação espírita, desenvolvendo lições e constituindo diretrizes.

O Cristo não incomodou a quantos quisessem manter a própria vinculação ao judaísmo, sem contudo, adiar os ensinamentos do Evangelho.

Allan Kardec respeitou quantos se mostravam fiéis aos juízos teológicos do passado, mas não atrasou a mensagem renovadora do Espiritismo.


Oferecendo aos leitores amigos as páginas deste livro,  esclarecemos portanto, que nós, os espíritas encarnados e desencarnados, acatamos cultos e preconceitos, conceituações e interpretações dos outros, venham de onde vierem, como não pode deixar de ser, mas, nisso ou naquilo, possuímos opinião própria que não podemos esquecer, nem desprezar.



Uberaba, 2 de Julho de 1963.



(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier)

Pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Emmanuel e André Luiz, abnegados benfeitores espirituais, formaram os capítulos deste volume, responsabilizando-se o primeiro pelas mensagens de números e o segundo pelas de números , mensagens essas que foram psicografadas por ambos os médiuns, em reuniões públicas. Cabe-nos salientar ainda que os autores espirituais subordinaram todos os estudos a questões relacionadas ao Pentateuco Kardequiano — Nota da Editora.


mt 5:24
Nosso Lar

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 39
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

O caso Tobias impressionara-me profundamente.

Aquela casa, alicerçada em princípios novos de união fraterna, preocupava-me como assunto obsidente. Afinal de contas, também ainda me sentia senhor do lar terrestre e avaliava quão difícil para mim próprio seria semelhante situação. Teria coragem de proceder como Tobias, imitando-lhe a conduta? Admitia que não. A meu ver, não seria capaz de aborrecer tanto a minha querida Zélia e jamais aceitaria tal imposição por parte de minha esposa.

Aquelas observações da casa de Tobias torturavam-me o cérebro. Não conseguia encontrar esclarecimentos justos que pudessem satisfazer-me.

Tão preocupado me senti que, no dia imediato, deliberei visitar Lísias, num momento de folga, ansioso de explicações da senhora Laura, a quem votava confiança filial.

Recebido com enormes demonstrações de alegria, esperei o momento propício, em que pudesse ouvir a mãezinha de Lísias com calma e serenidade.

Depois de se ausentarem os jovens, a caminho de entretenimentos habituais, expus à generosa amiga o problema que me apoquentava, não sem natural acanhamento.

Ela sorriu, com a grande experiência da vida, e começou a dizer:

— Você fez bem em trazer a questão ao nosso estudo recíproco. Todo problema que torture a alma pede cooperação amiga para ser resolvido.

E depois de ligeira pausa, prosseguiu, atenciosa:

— O caso Tobias é apenas um dos inumeráveis que conhecemos aqui e noutros núcleos espirituais, que se caracterizam pelo pensamento elevado.

— Mas, choca-nos o sentimento, não é verdade? — Atalhei com interesse.

— Quando nos atemos aos pontos de vista propriamente humanos, essas coisas dão até para escandalizar; entretanto, meu amigo, é necessário, agora, sobrepormos a tudo os princípios de natureza espiritual. Nesse sentido, André, precisamos compreender o espírito de sequência que rege os quadros evolutivos da vida. Se atravessamos longa escala de animalidade, é justo que essa animalidade não desapareça de um dia para outro. Empregamos muitos séculos para emergir das camadas inferiores. O sexo participa do patrimônio de faculdades divinas, que demoramos a compreender. Não será fácil para você, presentemente, a penetração, no sentido elevado, da organização doméstica que visitou ontem; entretanto, a felicidade, ali, é muito grande, pela atmosfera de compreensão que se criou entre as personagens do drama terrestre. Nem todos conseguem substituir cadeias de sombra por laços de luz em tão pouco tempo.


— Mas temos nisso uma regra geral? — Indaguei. Todo homem e toda mulher, que se tenham casado mais de uma vez, restabelecem aqui o núcleo doméstico, fazendo-se acompanhar de todas as afeições que hajam conhecido?

Esboçando um gesto de grande paciência, a interlocutora explicou:

— Não seja tão radicalista. É indispensável seguir devagar. Muita gente pode ter afeição e não ter compreensão. Não esqueça que nossas construções vibratórias são muito mais importantes que as da Terra. O caso Tobias é o caso de vitória da fraternidade real, por parte das três almas interessadas na aquisição de justo entendimento. Quem não se adaptar à lei de fraternidade e compreensão, logicamente não atravessará essas fronteiras. As regiões obscuras do Umbral estão cheias de entidades que não resistiram a semelhantes provas. Enquanto odiarem, assemelham-se a agulhas magnéticas sob os mais antagônicos influxos; enquanto não entenderem a verdade, sofrerão o império da mentira e, consequentemente, não poderão penetrar as zonas de atividade superior. São incontáveis as criaturas que padecem longos anos, sem qualquer alívio espiritual, simplesmente porque se esquivam à fraternidade legítima.

— E que acontece, então? — Interroguei, valendo-me da pausa da interlocutora, — se não são admitidas aos núcleos espirituais de aprendizado nobre, onde se localizarão as pobres almas em experiências dessa ordem?

— Depois de padecimentos verdadeiramente infernais, pelas criações inferiores que inventam para si mesmas, — redarguiu a mãe de Lísias, — vão fazer na experiência carnal o que não conseguiram realizar em ambiente estranho ao corpo terrestre. Concede-lhes a Bondade Divina o esquecimento do passado, na organização física do planeta, e vão receber, nos laços da consanguinidade, aqueles de quem se afastaram deliberadamente pelo veneno do ódio ou da incompreensão. Daí se infere a oportunidade, cada vez mais viva da recomendação de Jesus, (Mt 5:25) quando nos aconselha imediata reconciliação com os adversários. O alvitre, antes de tudo, interessa a nós mesmos. Devemos observá-lo em proveito próprio. Quem sabe valer-se do tempo, finda a experiência terrena, ainda que precise voltar aos Círculos da carne, pode efetuar sublimes construções espirituais, com relação à paz da consciência, regressando à matéria grosseira, suportando menor bagagem de preocupações. Há muitos Espíritos que gastam séculos tentando desfazer animosidades e antipatias na existência terrestre e refazendo-as após a desencarnação. O problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente, precisa mover e remover pesados fardos de outras eras, dentro de si mesmo.

A essa altura, a senhora Laura silenciou, como quem precisava meditar na amplitude dos conceitos expendidos. Aproveitando o ensejo, aduzi:

— A experiência do casamento é muito sagrada aos meus olhos.

A interlocutora não se surpreendeu com a afirmativa e obtemperou:

— Aos Espíritos ainda em simples experiência animal, nossa conversação não interessa; mas, para nós, que compreendemos a necessidade da iluminação com o Cristo, é imprescindível destacar, não só a experiência do casamento, mas toda experiência de sexo, por afetar profundamente a vida da alma.

Ouvindo a observação, não deixei de corar, lembrando o meu passado de homem comum. Minha mulher fora para mim um objeto sagrado, que eu sobrepunha a todas as afeições; no entanto, ao ouvir a mãe de Lísias, ocorriam-me à mente as palavras antigas do Velho Testamento: (Dt 5:21) — “não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu jumento, nem o seu boi, nem coisa alguma que lhe pertença”. Num instante, senti-me incapaz de prosseguir, estranhando o caso Tobias. A interlocutora, porém, percebeu minha perturbação íntima e continuou:

— Onde o esforço de consertar é tarefa de quase todos, deve haver lugar para muita compreensão e muito respeito à misericórdia divina, que nos oferece tantos caminhos a retificações justas. Toda experiência sexual da criatura que já recebeu alguma luz do espírito, é acontecimento de enorme importância para si mesma. É por isso que o entendimento fraterno precede a qualquer trabalho verdadeiramente salvacionista. Ainda há pouco tempo ouvi um grande instrutor no Ministério da Elevação assegurar que, se pudesse, iria materializar-se nos Planos carnais, a fim de dizer aos religiosos, em geral, que toda caridade, para ser divina, precisa apoiar-se na fraternidade.

Nessa altura, a dona da casa convidou-me a visitar Eloísa, ainda recolhida ao interior doméstico, dando a entender que não desejava explanar outras minudências sobre o assunto; e depois de verificar as melhoras crescentes da jovem recém-chegada do planeta, voltei às Câmaras de Retificação, mergulhado em profundas cogitações.

Agora não mais me preocupava a situação de Tobias, nem as atitudes de Hilda e Luciana. Impressionava-me, sim, a imponente questão da fraternidade humana.



mt 5:25
Ação e Reação

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Na noite imediata, acompanhando o Assistente, eu e Hilário achamo-nos de novo na residência de Luís.

Os irmãos de Antônio Olímpio receberam-nos de bom grado.

Em larga copa da fazenda, reunia-se a família a dois agregados, em repasto ligeiro.

Marcava o relógio vinte e uma horas.

A fisionomia do dono da casa era quase a mesma da véspera, não obstante a diferença que a máscara física lhe impunha.

Enquanto Adélia acariciava as crianças, entontecidas de sono, o marido comentava o noticiário radiofônico, destacando tópicos alarmantes que assinalara nos setores da economia. E, falando para os amigos assombrados, salientou as dificuldades públicas, relacionou misérias imaginárias, criticou os políticos e os administradores e referiu-se às pragas do café e da mandioca, detendo-se, particularmente, sobre as epizootias.

Por fim, não satisfeito em enunciar as calamidades da Terra, falou, inconsequente, quanto à suposta ira do Céu, afirmando crer que o fim do mundo estava próximo e clamando contra o egoísmo dos ricos, que agravava o infortúnio dos pobres.

Silenciosos todos, ouvíamos-lhe a palavra, quando Leonel, mais confiado, dirigiu-se ao Assistente, observando:

— Estão vendo? Este homem — e apontou Luís, cujo verbo dominava a pequenina assembleia familiar é o derrotismo em pessoa. Enxerga tudo em termos de cinza e lama, ajuíza com firmeza sobre os desastres sociais e conhece as zonas mais tristes da indigência coletiva; entretanto, não sabe desfazer-se de um só centavo dos milhões que retém, a favor dos que sofrem nudez e fome…

E, depois de um sorriso irônico:

— Acreditam, acaso, possa ele continuar merecendo a felicidade da permanência num corpo carnal?

Silas contemplou as personagens da cena doméstica, mostrando imensa piedade no semblante amigo, e considerou:

— Leonel, todas as suas observações apresentam lógica e verdade, à primeira vista. Superficialmente, Luís é um exemplar consumado de pessimismo e de usura. Todavia, no fundo, ele é um doente necessitado de compaixão. Há moléstias da alma que arruínam a mente por tempo indeterminado. Quem seria ele, amparado por influências outras? Espiritualmente abafado entre as visões da fortuna terrestre com que lhe assediamos o pensamento, o infeliz perdeu o contato com os livros nobres e com as nobres companhias. Tem a socorrê-lo apenas a religião domingueira dos crentes que se julgam exonerados de qualquer obrigação para com a fé, contanto que participem do ofício de adoração a Deus, no fim de cada semana. Quem poderia prever-lhe as mudanças benéficas, desde que pudesse receber outro tipo de assistência?

Clarindo e Leonel registraram-lhe as ponderações como se se vissem apunhalados no âmago, tal a expressão de revolta que lhes assomou ao olhar coruscante.

— No entanto, ele e o pai são nossos devedores… Roubaram-nos, assassinaram-nos… — exclamou Leonel com a inflexão da criança voluntariosa e inteligente que se vê contrariada em seus caprichos.

— E que desejam vocês que eles façam? — acrescentou o Assistente, sem se perturbar.

— Hão de pagar!… Pagar!… — bramiu Clarindo, cerrando os punhos.

Silas sorriu e obtemperou:

— Sim, pagar é o verbo próprio… Contudo, como pode o devedor resgatar-se, quando o credor lhe subtrai todas as possibilidades de solver os débitos? Que a nós mesmos cabe sanar os males de que somos autores, não padece qualquer dúvida… Entretanto, se nos compete retificar hoje uma estrada que ontem desorganizamos, como proceder se nos decepam agora as mãos? O próprio Cristo aconselhou: — “Ajudai aos vossos inimigos.”  Muitas vezes, penso que semelhante afirmativa, corretamente interpretada, quer assim dizer: ajudai aos vossos inimigos para que possam pagar as dívidas em que se emaranharam, restaurando o equilíbrio da vida, no qual tanto eles quanto vós sereis beneficiados pela paz.

Via-se que o Assistente, com a simpatia conquistada na véspera e com a argumentação despretensiosa e límpida, lograra inequívoca superioridade moral sobre o ânimo dos obsessores de sentimento enrijecido. Ainda assim, Leonel perguntou a medo:

— Que considerações são essas? será você algum padre disfarçado? intentará, porventura, a nossa modificação?

— Engana-se, meu amigo — informou o Assistente —; se algo procuro, em nossa comunhão fraterna, é a minha própria renovação.

E talvez porque longa pausa se fez sentir em nosso grupo, Silas continuou:


— Pela sedução do dinheiro, também caí na última passagem pela Terra. A paixão da posse governava-me todos os ideais… A fascinação pelo ouro tomou-me o ser de tal modo que, apesar de ter recebido o título de médico numa universidade venerável, fugi ao exercício da profissão para vigiar os movimentos de meu velho pai, a fim de que nem ele mesmo viesse a dispor, com largueza, dos bens de nossa casa. O apego às nossas propriedades e aos nossos haveres transformou-me num réprobo do paraíso familiar, convertendo-me, ainda, num verdugo intratável, naturalmente odiado por todos os que viviam em subalternidade no vasto círculo de minha temporária dominação… Para amontoar moedas e multiplicar lucros fáceis, comecei pela crueldade e acabei nas malhas do crime… Abominei a amizade, desprezei os fracos e os pobres e, no temor de perder a fortuna cuja posse total ambicionava, não hesitei adotar a delinquência como sócia infernal de meu terrível caminho…

Ante as palavras do Assistente, enorme surpresa me tomara de improviso.

Estaria Silas reportando-se à verdade crua ou se utilizava naquela hora de recursos extremos, incriminando indevidamente a si próprio, para regenerar os carrascos que nos ouviam?

De qualquer modo, eu e Hilário havíamos prometido não lhe comprometer a tarefa e, por isso, tacitamente, nos limitávamos a escutá-lo com atenção.

Sentindo, decerto, que Leonel e Clarindo se mostravam um tanto comovidos, dando ensejo à assimilação de pensamentos novos, Silas convidou-nos a todos à retirada do ambiente.

Pretendia dizer-nos algo de sua experiência — falou ele —, mas preferia conversar conosco ante o altar abençoado da noite, a fim de que a sua memória pudesse evocar tranquilamente os fatos que buscaria relatar.

Lá fora, as constelações resplendiam, como lares pendentes da Criação, e o vento perfumado corria, célere, como quem se propunha transportar-nos a oração ou a palavra para a Glória do Céu.

Incapaz de penetrar o verdadeiro sentido da inesperada atitude que o Assistente vinha de assumir, notei-o efetivamente emocionado, qual se fixasse os olhos da alma em painéis distantes.

Clarindo e Leonel, naturalmente dominados pela simpatia a se lhe irradiar do semblante, observavam-no, submissos.

E Silas começou em voz pausada:

— Tanto quanto posso abranger com a minha memória presente, lembro-me de que, em minha última viagem pelos domínios da carne, desde a meninice, me entreguei à paixão pelo dinheiro, o que hoje me confere a certeza de que, por muitas e muitas vezes, fui usurário terrível entre os homens da Terra. Hoje sei, por informações de instrutores abnegados, que, como de outras ocasiões, renasci na derradeira existência, num lar bafejado por grande fortuna, a fim de sofrer a tentação do ouro farto e vencê-la, a golpes de vontade firme, na lavoura incessante do amor fraterno, caindo, porém, lamentavelmente, por minha infelicidade. Era eu o filho único de um homem probo que herdara dos avoengos consideráveis bens. Meu pai era um advogado correto que, por excesso de conforto, não se dedicava aos misteres da profissão, mas, profundamente estudioso, vivia rodeado de livros raros, entre obrigações sociais, que, de alguma sorte, lhe subtraíam a personalidade às cogitações da fé. Minha mãe, porém, era católica romana, de pensamento fervoroso e digno, e, embora sem descer conosco a qualquer disputa na esfera devocional, tentava incutir-nos o dever da beneficência. Recordo-me, com tardio arrependimento, dos reiterados convites que nos dirigia, bondosa, para que lhe palmilhássemos as tarefas de caridade cristã, convites esses que meu pai e eu recusávamos, sem discrepância, encastelados em nossa irreverência enfatuada e risonha. Minha genitora cedo percebeu que meu pobre espírito trazia consigo o azinhavre da usura e, reconhecendo que lhe seria extremamente difícil colaborar na renovação íntima de meu pai, homem já feito e desde a infância habituado à dominação financeira, concentrava em mim seus propósitos de elevação. Para isso, buscou estimular-me ao gosto pelos estudos de medicina, alegando que, ao lado do sofrimento humano, poderia eu encontrar as melhores oportunidades de auxílio ao próximo; tornando-me agradável a Deus, ainda mesmo que não me fosse possível entesourar os recursos da fé. Intimamente eu escarnecia das sagradas esperanças de quem me era a criatura mais cara ao espírito; contudo, sem poder resistir-lhe ao cerco afetivo, consagrei-me à carreira médica, muito mais interessado em explorar os enfermos ricos, cujos agravos do corpo, indiscutivelmente, me facultariam amplas vantagens materiais. Entretanto, em vésperas da vitória estudantil esperada, minha mãe, relativamente moça, despediu-se da experiência física, vitimada por um acidente de angina. Nossa dor foi enorme. Recebi meu diploma de medicina, qual se me fora ele detestada recordação, e, não obstante os estímulos da bondade paterna, não cheguei a ingressar na prática da profissão conquistada. Recolhi-me à intimidade doméstica, de que me ausentava tão somente para as estações de entretenimento e repouso, então mais que nunca chafurdado na sovinice, porquanto acompanhei o inventário de minha mãe, com vigilância tão rigorosa que as minhas estranhas atitudes chegaram a surpreender meu próprio pai, egoísta e displicente, mas nunca avarento quanto eu. Compreendi que a fortuna herdada me situava, para meu infortúnio moral, a cavaleiro de qualquer necessidade da vida física, por largos anos, desde que não me confiasse à dissipação… Ainda assim, quando vi meu genitor inclinado às segundas núpcias, quase aos sessenta de idade, fiz quanto pude, indiretamente, para dissuadi-lo, afastando-o de tal intento. Ele, todavia, era um homem resoluto nas decisões e desposou Aída, uma jovem da minha idade, que mal se avizinhava dos trinta anos… Recebi a madrasta como intrusa em nosso campo doméstico, e, tomando-a por aventureira comum, à caça de fortuna fácil, jurei vingar-me. Apesar das carinhosas requisições do casal e não obstante o tratamento gentil que a pobre moça me dispensava, exibia sempre um pretexto para fugir-lhe à convivência. O novo matrimônio, no entanto, passou a exigir do esposo mais dilatados sacrifícios no mundo social de que Aída não pretendia afastar-se, e foi assim que, ao término de alguns meses, meu genitor era obrigado a procurar o socorro médico, recolhendo-se, então, a necessário repouso. Acompanhava-lhe a decadência orgânica, tomado de vivas apreensões. Não era a saúde paterna que me feria a imaginação, mas sim a extensa reserva financeira de nossa casa. Na hipótese do súbito falecimento do homem que me trouxera à existência, de modo algum me resignaria a partilhar a herança com a mulher que, aos meus olhos, indebitamente ocupava o espaço de minha mãe.

O Assistente fez longa pausa, enquanto lhe fixávamos o semblante melancólico.

De mim mesmo, atônito, diante do que me era dado ouvir, indagava, no íntimo, se tudo aquilo de fato se passara… Fora Silas realmente o homem a quem se reportava ou compunha ele aquela história para alterar o ânimo dos perseguidores?

Contudo, não me foi possível desfechar qualquer interrogação, porquanto o nosso amigo, como que desejoso de castigar-se com a dolorosa confissão, prosseguiu, pormenorizando:

— Passei a arquitetar planos delituosos, quanto à melhor maneira de alijar Aída de qualquer possibilidade de ingresso futuro ao nosso patrimônio, sem melindrar meu pai doente… E nos projetos criminosos que me visitavam a cabeça, a própria morte da madrasta comparecia como solução. Entretanto, como suprimi-la sem causar maior sofrimento ao enfermo que eu desejava conservar?… Não seria aconselhável desmoralizá-la, antes de tudo, aos olhos dele, para que não padecesse qualquer saudade da mulher, condenada por mim à. desvalia? Tramava no silêncio e na sombra, quando a ocasião esperada veio ao meu encontro… Convidado a comparecer com a esposa numa festividade pública, meu pai chamou-me e insistiu para que eu acompanhasse Aída, representando-lhe a autoridade… Pela primeira vez, acedi com prazer… Pretendia conhecer-lhe agora, de mais perto, as afeições… Funestos propósitos nasciam-me no crânio… Desse modo, durante alegre ágape, tomei contato com Armando, primo de minha madrasta e que a cortejara em solteira. Armando era um rapaz pouco mais velho que eu, perdulário e fanfarrão, que dividia o tempo entre mulheres e taças espumantes, a quem contrariamente aos meus hábitos, ofereci premeditada comunhão afetiva… Tanto quanto possível, dominando moralmente o ânimo de meu pai, desde então o associei ao nosso campo doméstico, favorecendo-lhe o mais amplo retorno à intimidade com a criatura de quem se havia enamorado, anos antes. A praia, o teatro, o cinema, bem como passeios de variados matizes, eram agora os pontos costumeiros de nossa presença, nos quais intencionalmente eu atirava os dois primos nos braços um do outro… Aída não me percebeu a manobra e, embora resistisse, por mais de um ano, à galanteria do companheiro, acabou por ceder à constante ofensiva dele… Fingi desconhecer-lhes as relações até que eu pudesse conduzir meu pai ao testemunho direto dos acontecimentos… Inventava jogos e distrações para reter o sedutor em nossa casa… Captei-lhe a confiança absoluta, de modo a usá-lo como peça importante em meu criminoso ardil e, certa noite, em que, cauteloso, aparentei completa ausência de nosso templo familiar, sabendo os amantes segregados em determinado aposento contíguo ao meu, procurei meu pai em sua dependência de enfermo e, mascarando-me com intensa dignidade ofendida, chamei-o a brios, numa exposição sintética dos fatos… Lívido e trêmulo, o doente exigiu provas e nada mais fiz que conduzi-lo, cambaleante, até à porta do quarto, cujo fecho eu próprio deixara enfraquecido… Bastou um empurrão mais forte e meu genitor, desolado, encontrou o flagrante que eu desejava… Armando, cínico, não obstante o desapontamento, afastou-se, lépido, ciente de que não poderia esperar qualquer golpe grave de um sexagenário abatido… Minha madrasta, porém, profundamente ferida em seu amor próprio, dirigiu ao velho esposo acusações humilhantes, procurando os seus aposentos particulares, numa explosão de amargura. Completando a obra terrível a que me devotara, mostrei-me mais carinhoso para com o enfermo, intimamente aniquilado… Duas semanas arrastaram-se pesadas para a nossa equipe familiar… Enquanto Aída ocupava o leito, assistida por dois médicos de nossa confiança, que nem de longe nos conheciam a tragédia oculta, afagava meu pai com lamentações e sugestões indiretas para que os bens de nossa casa fossem, na maioria, guardados em meu nome, já que o segundo matrimônio não poderia desfazer-se, perante as autoridades legais. Prosseguia em minha faina delituosa, quando minha madrasta apareceu morta… Os clínicos de nossa amizade positivaram um envenenamento fulminante e, constrangidos, notificaram a meu pai tratar-se de um suicídio, decerto motivado pela insofreável neurastenia de que a doente se via objeto. Meu genitor estava mais sombrio nos aparatosos funerais, contudo, em meus destruidores propósitos, regozijei-me… Agora, sim… a fortuna total de nossa casa passaria a pertencer-me… Minha satânica alegria, porém, durou muito pouco… Desde a morte da segunda mulher, meu pai acamou-se para não mais se erguer… Debalde, médicos e padres amigos procuraram oferecer-lhe melhoras e consolações… Ao fim de dois meses, meu pai, que nunca mais sorriu, entrou em dolorosa agonia, na qual, através de confidência entrecortada de lágrimas, me confessou haver envenenado Aída, administrando-lhe violento tóxico no calmante habitual. Isso, no entanto — assegurava-me vencido —, impunha-lhe também a morte, de vez que não conseguia perdoar a si mesmo, passando a carregar consigo um fardo de remorso constante e intolerável… Pela primeira vez, minha consciência doeu, fundo. O apego aos bens da carne arrasava-me a vida… O velho querido morreu nos meus braços, crendo que os meus soluços de arrependimento fossem pranto de amor. Deixando-lhe o corpo fatigado na terra fria, tornei a nossa casa solarenga, sentindo-me o mais infortunado dos seres… O ouro integral do mundo não me garantiria agora o mais leve consolo. Achava-me sozinho, sozinho e… infinitamente desgraçado. Todos os recantos e pertences de nossa habitação falavam-me de crime e remorso… Muitas vezes, a sombra noturna pareceu-me povoada de fantasmas horripilantes a escarnecerem de minha dor, e, em meio da malta de insensíveis demônios, a investirem contra mim, tinha a ideia de escutar a voz inconfundível de meu pai, clamando para minhalma: — “Meu filho! meu filho! recua enquanto é tempo”. Fiz-me arredio, desconfiado… Em pavorosa crise moral, demandei à Europa, em longa viagem de recreio, mas o encanto das grandes cidades do Velho Mundo não conseguiu aliviar-me as chagas interiores. Em toda a parte, a refeição mais nobre amargava-me na boca e os mais belos espetáculos artísticos deixavam-me apenas ansiedade e desolação. Regressei ao Brasil, mas não tive coragem de retomar a intimidade com a nossa antiga residência. Amparado pela afeição de velho amigo de meu genitor, aceitei-lhe o acolhimento, por alguns dias, até que minha saúde orgânica me permitisse pensar numa transformação radical da existência… Embalado pelo carinho familiar daquele amigo, deixei que longos meses passassem, tentando imerecida fuga mental… até que, numa noite inolvidável para mim, na qual minha gastralgia se transformara num azorrague de dor, tomei de um frasco de arsênico na adega de meu anfitrião, acreditando usar o bicarbonato de sódio que ali deixara na véspera, e o veneno expulsou-me do corpo, impondo-me sofrimentos terríveis… Qual acontecera à minha madrasta, que desencarnara em padecimentos atrozes, eu também passei pela morte em condições análogas… E os amigos que me asilavam no templo doméstico, desconhecendo o equívoco de que eu fora vítima, admitiram, sem qualquer sombra de dúvida, que eu buscara no suicídio a extinção das penas morais que me castigavam a alma de “moço rico e entediado da vida”, segundo a versão a que deram curso.


Silas relanceou o olhar tristonho sobre nós, como quem procurava o efeito de suas palavras, e prosseguiu:

— Isso, porém, não bastou para ressarcir minhas tremendas culpas… Dementado, depois do sepulcro, atravessei meses cruéis de terror e desequilíbrio, entre os quadros vivos a se me exteriorizarem da mente algemada às criações de si própria, até que fui socorrido por amigos de meu pai, que se achava igualmente a caminho da sua recuperação, e, unindo-me a ele, passei a empenhar todas as minhas energias na preparação do futuro…

Transcorridos alguns instantes de pesado silêncio, concluiu:

— Como veem, a fascinação pelo ouro foi o motivo de minha perda. Tenho necessidade de grande esforço no bem e de fé vigorosa para não cair outra vez, porquanto é indispensável me consagre a nova experiência entre os homens…

Leonel e Clarindo não se achavam mais surpreendidos que eu e Hilário, habituados a encontrar, em Silas, um admirável companheiro, aparentemente sem aflição e sem problemas.

Foi Leonel quem rompeu a pausa, perguntando ao Assistente que emudecera, qual se fora subjugado pela força das próprias reminiscências:

— Voltará, então, para a carne, assim tão breve?

— Oh! quem me dera a ventura de regressar tão apressadamente quanto possível!… — suspirou o chefe de nossa expedição, algo ansioso. — O devedor está inelutavelmente ligado ao interesse dos credores… Assim, antes de tudo, é imprescindível venha a encontrar minha madrasta, no vasto país de sombra em que nos achamos, para encetar a difícil tarefa de minha liberação moral.

— Como assim? — perguntei, emocionado.

— Sim, meu amigo — falou Silas, abraçando-me —, meu caso não aproveita simplesmente a Clarindo e Leonel, que procuram a justiça pelas próprias mãos, o que, muitas vezes, apenas significa violência e crueldade, mas também a Hilário e a você que estudam presentemente a lei do carma, ou seja, da ação e reação… Aqui somos impelidos a recordar novamente a lição do Senhor: “ajudai aos vossos inimigos”, porque, sem que eu mesmo auxilie a mulher em cujo coração criei uma importante adversária de minha paz, não posso receber-lhe o auxílio fraterno, sem o qual não reconquistarei minha serenidade… Vali-me da fraqueza de Aída para arrojá-la ao despenhadeiro da perturbação, fazendo-a mais frágil do que já era em si mesma… Agora, eu e meu pai, que lhe complicamos o caminho, somos naturalmente constrangidos a buscá-la, soerguê-la, ampará-la e restituir-lhe o equilíbrio relativo na Terra, para que venhamos a solver, pelo menos em parte, a nossa imensa dívida…

— Seu pai? referiu-se a seu pai? — inquiriu Hilário, afoito.

— Sim, como não? — retrucou o Assistente — meu pai e eu, assistidos por minha mãe, hoje nossa benfeitora nas Esferas Mais Altas, estamos associados no mesmo empreendimento — nossa própria regeneração moral, em busca do levantamento de Aída —, sem o que não conseguiremos desintegrar o visco envenenado do remorso que nos aprisiona o campo mental nas faixas inferiores da vida terrestre. E assim que nos cabe reencontrá-la, a benefício de nós mesmos… Tão logo a Divina Misericórdia nos permita semelhante felicidade, meu genitor, envolvido no amor e na renúncia de minha mãe que, com ele, retornará às lides da carne, vestir-se-á de nova expressão corpórea no Plano das formas físicas e, ambos, na mocidade terrena, retomando os laços humanos do casamento, recolher-nos-ão por filhos abençoados… Aída e eu seremos irmãos nas teias consanguíneas… Consoante nossas aspirações que o Céu protegerá, à face da Magnanimidade Divina, serei novamente médico no futuro, ao preço de imenso esforço, para consagrar-me à beneficência, nela recuperando minhas valiosas oportunidades perdidas… Minha madrasta, que, por certo, viverá sofrendo deplorável intoxicação da alma, nos tenebrosos abismos, será socorrida em momento oportuno e, não obstante o tempo longo de assistência que nos reclamará neste plano, em necessário refazimento, sem dúvida renascerá em franzino corpo físico, junto de nós, de maneira a sanar as difíceis psicoses que estará adquirindo sob o domínio das trevas, psicoses que lhe marcarão a existência na carne, sob a forma de estranhas enfermidades mentais… Ser-lhe-ei, assim, não apenas o irmão do lar, mas também o enfermeiro e o amigo, o companheiro e o médico, pagando em sacrifício e boa vontade, afeto e carinho, o equilíbrio e a felicidade que lhe furtei…

A confissão do Assistente valia por todo um compêndio vivo de experiências preciosas, e, talvez por isso mesmo, entráramos todos em grave meditação.


Hilário, contudo, como quem não desejava perder o fio do ensinamento, dirigiu-se ao nosso amigo, considerando:

— Meu caro, disse você estar aguardando, em comunhão com o genitor, a alegria de reencontrar a madrasta… Como entender-lhe a alegação? porventura, com o seu grau de conhecimento, sofre alguma dificuldade para saber-lhe a moradia?

— Sim, sim… — confirmou o Assistente, tristonho.

— E os benfeitores espirituais que atualmente lhes guiam a senda? não conhecerão eles o paradeiro dela, orientando-lhes os movimentos no objetivo a alcançar?

— Inegavelmente — ponderou Silas, bondoso nossos instrutores não padecem a ignorância que me caracteriza no assunto… Entretanto, qual ocorre entre os homens, também aqui o professor não pode chamar a si os deveres do aluno, sob pena de subtrair-lhe o mérito da lição. Na Terra, por muito nos amem, nossas mães não nos substituem no cárcere, quando devamos expiar algum crime, e nossos melhores amigos não podem avocar para si, em nome da amizade, o direito de sofrer a mutilação que a nossa imprudência nos tenha infligido ao próprio corpo. Sem dúvida as bênçãos de amor dos nossos dirigentes hão trazido à minhalma inapreciáveis recursos… Conferem-me luz interior para que eu sinta e reconheça minhas fraquezas e auxiliam-me a renovação, a fim de que eu possa demandar, com mais decisão e facilidade, a meta que me proponho atingir… mas, em verdade, o serviço de meu próprio resgate é pessoal e intransferível…

Leonel e Clarindo ouviam-no, boquiabertos.

Falando de si mesmo, o Assistente, sem lhes ferir o amor-próprio, trabalhava indiretamente, para que se entregassem ao reajuste. E, pela expressão do olhar, via-se que os dois verdugos revelavam agora admirável mudança íntima.

Hilário refletiu alguns instantes e voltou a considerar:

— Mas todo esse drama deve estar vinculado a causas do pretérito…

— Sim, decerto — confirmou o Assistente —, mas, em nossa atormentada região, não há tempo mental para qualquer prodígio da memória. Achamo-nos presos à recordação das causas próximas de nossas angústias, dificultando-se-nos a possibilidade de penetrar o domínio das causas remotas, porquanto a situação de nosso espírito é a de um doente grave, necessitado de intervenção urgente, a favor do reajuste. O inferno, a exprimir-se nas zonas inferiores da Terra, está repleto de almas que, dilaceradas e sofredoras, se levantam, clamando pelo socorro da Providência Divina contra os males que geraram para si mesmas, e a Providência Divina lhes permite a ventura de trabalhar, com os dardos da culpa e do arrependimento a lhes castigarem o coração, em benefício das suas vítimas e dos irmãos, cujas faltas se afinem com os delitos que cometeram, para que se rearmonizem, tão apressadamente quanto possível, com o Infinito Amor e com a Perfeita Justiça da Lei… Paguemos nossas dívidas, que respondem por sombras espessas em nossas almas, e o espelho de nossa mente, onde estivermos, refletirá a luz do Céu, a pátria da Divina Lembrança!…

Compreendemos que Silas auxiliava Clarindo e Leonel, identificando-os como irmãos de luta e aprendizado, no que, indiscutivelmente, ampliaria os próprios méritos.

Muitas inquirições explodiam, em pensamento, no meu acanhado mundo íntimo… Quem lhe seria o pai amigo? onde viveria sua abnegada genitora? esperava despender, ainda, longo tempo na procura da madrasta infeliz?…

Entretanto, a grandeza espiritual do Assistente não nos favoreceria qualquer pergunta indiscreta.

Apenas tive coragem para considerar, respeitoso:

— Oh! meu Deus, quanto tempo gastamos para refazer, às vezes, a inconsequência de um simples minuto!

— Você tem razão, André — comentou Silas, generoso —, a lei é de ação e reação… A ação do mal pode ser rápida, mas ninguém sabe quanto tempo exigirá o serviço da reação, indispensável ao restabelecimento da harmonia soberana da vida, quebrada por nossas atitudes contrárias ao bem…

E, sorrindo:

— Por isso mesmo, recomendava Jesus às criaturas encarnadas: — “reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele…” (Mt 5:25) É que Espírito algum penetrará o Céu sem a paz de consciência, e, se é mais fácil apagar as nossas querelas e retificar nossos desacertos, enquanto estagiamos no mesmo caminho palmilhado por nossas vítimas na Terra, é muito difícil providenciar a solução de nossos criminosos enigmas, quando já nos achamos mergulhados nos nevoeiros infernais.

A ponderação era cabível e justa.

Não nos foi possível, porém, prosseguir a conversa. Leonel, cuja impassibilidade reconhecíamos, com grande surpresa para nós tinha os olhos umedecidos…

Silas ergueu os olhos para o Alto, agradecendo a bênção da transformação que se esboçava e recolheu-o em seus braços.

O desditoso irmão de Clarindo queria falar… Percebemos que tencionava referir-se à morte de Alzira, no lago, mas o Assistente prometeu-lhe que voltaríamos na noite seguinte.

Logo após, voltávamos, mas nem Hilário nem eu nos animamos a conversar com o denodado companheiro, que entrara, melancólico, em expressivo silêncio.




Silas utilizou-se da paráfrase do Lc 6:27, para ser mais facilmente compreendido por aqueles Espíritos cheios de ódio, aos quais repugnaria o verbo “amar”. Eles se rebelariam diante do texto completo. Seria inabilidade falar em “amar” naquele momento; mas “ajudar” a pagar foi bem aceito, porque eles queriam receber. (Nota da Editora.)


mt 5:25
Entre a Terra e o Céu

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 31
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

O pequeno Júlio desenvolvia-se como flor de esperança no jardim do lar, todavia, sempre mirrado, enfermiço.

Desvelavam-se os pais por assisti-lo convenientemente, contudo, por mais adequados se categorizassem os tratamentos recalcificantes, trazia doloroso estigma na garganta.

Extensa ferida na glote dificultava-lhe a nutrição.

Farinhas suculentas concorriam com o leite materno para robustecê-lo, mas em vão.

Entretanto, apesar dos cuidados que exigia, era uma bênção de felicidade para os genitores e para a irmãzinha, que sentiam em seu rostinho tenro um ponto vivo de entrelaçamento espiritual.

Muitas vezes, conchegamo-lo ao coração, rememorando os trabalhos que lhe haviam precedido o regresso ao mundo, assinalando a ternura otimista com que Odila, transformada em generosa protetora da família, lhe acompanhava o desabrochar.

O pequerrucho já começava a falar por monossílabos, em vésperas do primeiro ano de renascimento, quando nova luta surgiu.

O inverno chegara rigoroso e vasto surto de gripe espalhara-se ameaçador.

A tosse e a influenza compareciam pertinazes, em todos os recantos, quando, num dia de grande trabalho para nós, eis que a genitora de Evelina veio, novamente, ao nosso encontro.

Dantes, procurava assistência para Zulmira, agora demandava auxílio para Júlio.

O menino, assaltado por teimosa amidalite, jazia prostrado, febril.

Dirigimo-nos incontinenti para o lar do ferroviário.

Com efeito, o vento soprava, úmido, sobre o largo espelho da Guanabara. As ruas, pela vestimenta pesada dos transeuntes, davam ao Rio o aspecto de uma cidade fria.

Alcançamos, sem detença, o domicílio de Amaro.

O quadro, à nossa vista, era indubitavelmente constrangedor.

Penetramos o aposento em que a criança gemia semi-asfixiada, no instante preciso em que o médico da família efetuava meticuloso exame.

Clarêncio passou a reparar-lhe todos os movimentos.

A garganta minúscula apresentava extensa placa branquicenta e a respiração se fazia angustiada, sibilante.

O instrutor meneou a cabeça, como se fora defrontado por insolúvel enigma, e colocou a destra na fronte do facultativo, compelindo-o a refletir com a maior atenção.

Zulmira e Evelina, sem perceber-nos a presença, fitavam o médico, preocupadas.

Após longo silêncio, o clínico voltou-se para a dona da casa, afirmando:

— Creio devamos procurar um colega imediatamente. Enquanto a senhora telefona para o marido, chamando-o da oficina, trarei comigo um pediatra.

A torturada mãezinha conteve a custo as lágrimas que lhe borbulhavam dos olhos.

O médico tornou, cismarento, à via pública, e, enquanto Evelina, rápida, corria até o armazém próximo para dar ciência ao genitor de quanto ocorria, Zulmira, presumindo-se a sós, abraçou-se ao doentinho e, chorando livremente, ciciou:

— Ó meu Deus, com tanto amor recebi o filho que me enviaste!… Não me deixes agora sem ele, Senhor!…

O pranto que lhe corria na face queimava-me o coração.

Nada pude indagar, em vista da emotividade que me tomara o espírito, mas o nosso orientador, sereno como sempre, exclamou, compadecido:

— A difteria está perfeitamente caracterizada. A deficiência congenial da glote favoreceu a implantação dos bacilos. É imprescindível o socorro urgente.

O instrutor começou a mobilizar recursos assistenciais de maior expressão, quando o ferroviário, desolado, ingressou no aposento.

Conversando com a mulher, tentava reanimá-la, quando o pediatra, conduzido pelo colega, deu entrada na humilde residência.

Ambos os médicos submeteram o petiz a prolongado exame, permutando impressões em voz baixa.

O especialista, apreensivo, após manifestar a suspeita de crupe, reclamou a análise de laboratório, decidindo transportar consigo mesmo o material necessário à inspeção.

Ao sair, prometeu opinar, dentro de algumas horas. Notificou ao pai agoniado que tudo lhe fazia crer tratar-se de garrotilho. Entretanto, reservava o diagnóstico definitivo para depois. Se a hipótese se confirmasse, enviaria um enfermeiro de confiança para a aplicação do soro adequado.


Mantendo vigilância junto ao doentinho, o Ministro recomendou-nos, a Hilário e a mim, acompanhar o pediatra, de modo a prestar-lhe a colaboração possível ao nosso alcance.

Seguimo-lo sem hesitar.

O crepúsculo, encharcado de uma garoa fina, caía rápido.

Em minutos breves, atravessávamos o pórtico de vasto hospital, onde o nosso amigo procurou a sala em que certamente se recolhia para os trabalhos que lhe diziam respeito.

Chegados a estreito recinto, fomos defrontados por uma surpresa que nos impunha verdadeira estupefação.

Mário Silva, em seu traje branco, palestrava com dona Antonina que acomodava ao colo a pequena Lisbela, pálida e ofegante.

A jovem senhora, que não mais víramos, aguardava o especialista, trazendo a filhinha à consulta. Amparadas por Silva, francamente atraído para a simpática visitante, ambas tiveram acesso a gabinete particular, onde o facultativo diagnosticou uma pneumonia.

Antonina foi aconselhada a voltar, de imediato, ao ambiente doméstico, para a medicação da filha.

A penicilina devia ser administrada sem qualquer dilação.

Mário, demonstrando imenso carinho pela criança, prontificou-se a assisti-la.

Traria um automóvel e atenderia ao caso pessoalmente.

O chefe passeou o olhar pelo mostrador do relógio e aquiesceu, ressalvando:

— Bem, você pode cooperar com as nossas clientes, mas preciso de seu concurso em bairro distante, às vinte e duas horas.

O rapaz assumiu o compromisso de regressar a tempo e um táxi recolheu o trio, rolando na direção da casinha que visitáramos, certa vez.

Ante o inesperado daquele encontro, sentimos necessidade de um entendimento seguro com o nosso orientador.

Tornando ao quarto, onde o pequeno Júlio piorava sempre, fizemos breve relato do acontecido. Clarêncio escutou com interesse e ponderou, preocupado:

— Não podemos perder tempo. Dirijamo-nos à casa de Antonina. A lei está reaproximando os nossos amigos uns dos outros e Mário precisa fortalecer-se para exercitar o perdão. Os raios de ódio da parte dele podem apressar aqui o serviço inevitável da morte.


Corremos ao domicílio da valorosa mulher.

Com efeito, depois de haver iniciado o tratamento providencial da menina, agora acamada, Silva fixava a dona da casa, perguntando a si mesmo onde vira aquele torturado perfil de madona… Guardava a nítida impressão de haver conhecido Antonina em algum lugar…

Agradavelmente surpreendido, sentia-se ali como se fora em sua própria casa.

E a simpatia não se patenteava tão somente no coração dele. A senhora e os filhos cercavam-no de atenções.

Intimamente deslumbrado, o enfermeiro declarava de viva voz estar experimentando uma paz que há muito não conhecia, com o que Antonina se regozijava, sorrindo.

Percebendo que Haroldo e Henrique se mostravam apaixonados pelas disputas esportivas, deu curso a animada conversação em torno do futebol, conquistando-lhes o carinho.

A mãezinha, preparando o café, ingressava no alegre entendimento, de quando em quando, a fim de podar o entusiasmo dos meninos, quando a palavra deles se evidenciava menos construtiva.

Somente no decurso da afetuosa palestra, viemos a saber que nossa amiga se enviuvara. O esposo, segundo notícias recebidas de metrópole distante, havia falecido num desastre, vitimado pela própria imprudência.

Lemos no olhar de Silva o contentamento com que obtinha semelhante informe.

Começava a registrar insopitável interesse pela vida naquele ninho agasalhante que se lhe afigurava pertencer-lhe.

Às oito em ponto, Antonina, sem afetação, convidou com simplicidade:

— Sr. Mário, hoje temos nosso culto evangélico. Quer ter a bondade de partilhá-lo?

Incompreensivelmente feliz, o rapaz concordou, de pronto.

A reunião, nessa noite, foi efetuada ao redor do leito de Lisbela, que não desejava perder o benefício das orações.

Um copo de água pura foi colocado junto à cabeceira da pequenina.

E, de Novo Testamento em punho, acomodados os companheiros, Antonina recomendou a Henrique fizesse a rogativa inicial.

O menino recitou o “Pai Nosso” e, em seguida, pediu a Jesus a saúde da irmãzinha doente, com enternecedora súplica.

Vimos o nosso orientador acercar-se do recipiente de água cristalina, magnetizando-a, em favor da enferma que parecia expressivamente confortada, ante a oração ouvida, e, logo após, abeirar-se de Silva, que lhe recebeu as irradiações.

— Quem abrirá hoje o Livro? — Perguntou Haroldo, com graciosa malícia, fitando o hóspede inesperado.

— Certamente nosso amigo nos fará essa honra, — disse a genitora, indicando o enfermeiro.

Mário, ignorando como expressar a felicidade que lhe fluía do coração, acolheu o pequeno volume, sob a atenção de Clarêncio, que lhe tocava o busto e as mãos, influenciando-o para a descoberta do texto adequado.

O moço, algo trêmulo na participação de um serviço espiritual inteiramente novo para ele, sem perceber o amparo que o envolvia, abriu em determinada passagem, qual se agisse a esmo, passando o livro a Antonina, que leu em voz pausada o versículo vinte e cinco do capítulo cinco das anotações do Apóstolo Mateus: — “Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao oficial para que sejas encerrado na prisão.” (Mt 5:25)

A dirigente do culto, que, naquela noite, se revelava mais retraída, pediu a interpretação dos meninos que, de modo ingênuo, se reportaram às experiências da escola, afirmando que sempre adquiriam a paz, buscando desculpar as faltas dos companheiros. Haroldo asseverava que a professora sempre sorria contente, quando lhe via a boa vontade e Henrique salientou haver aprendido no culto do lar que era muito mais agradável o esforço de viver em harmonia com todos.

A palestra parecia ameaçada de esmorecimento, mas o nosso orientador aproximou-se de Antonina e, impondo-lhe a destra sobre a fronte, como que a impelia ao comentário justo.

— Haroldo, — indagou a genitora, de olhos brilhantes, — como devemos interpretar um inimigo em nossa vida?

O menino replicou, sem pestanejar:

— Mãezinha, a senhora nos ensinou que conservar um inimigo em nosso caminho é o mesmo que manter uma ferida perigosa em nosso corpo.

— A definição foi bem lembrada, — falou a viúva com espontaneidade encantadora; — sem a compreensão fraterna que nos garante o culto da gentileza, sem o perdão que olvida todo mal, a existência na Terra seria uma aventura intolerável. Além disso, quando Jesus nos ditou a lição que recordamos hoje, indubitavelmente considerava que a razão nunca vive inteira ao nosso lado. Se fomos ofendidos, em verdade também ofendemos por nossa vez. Precisamos desculpar os outros para que os outros nos desculpem. Quando abraçamos o ideal do bem, compete-nos tentar, por todos os meios ao nosso alcance, a justa conciliação com todos os que se encontrem conosco em desarmonia, prestando-lhes serviço para que renovem a conceituação a nosso respeito. Mais vale para nós o acordo pacífico que a demanda mais preciosa, porque a vida não termina neste mundo e é possível que, buscando a justiça em nosso favor, estejamos cristalizando a cegueira do egoísmo em nosso próprio coração, caminhando para a morte com aflitivos problemas. Coração que conserva rancor é coração doente. Alimentar ódio ou despeito é estender inomináveis padecimentos morais no próprio Espírito.

Silva estava pálido.

Aquelas conclusões feriam-lhe, fundo, o modo de ser.

Tão desajustado se revelou escutando aqueles apontamentos que Antonina, em lhe registrando a estranheza, ponderou, sorrindo:

— O senhor decerto nunca teve inimigos… Um enfermeiro diligente será, sem qualquer dúvida, o irmão de todos…

— Sim… sim, não tenho adversários… — gaguejou o moço, constrangido.

Mas, na tela mental, sem que ele pudesse controlar a eclosão das próprias reminiscências, apareceram Amaro e Zulmira, como os desafetos que ele, no âmago do espírito, não conseguia desculpar.

Odiava-os, sim, odiava-os, — pensou de si para consigo, — jamais suportaria um acordo com semelhantes adversários. Entretanto, a sinceridade da interlocutora encantava-o. Aquela viúva jovem, cercada de três filhinhos, superando talvez obstáculos dos mais inquietantes para viver, constituía um exemplo de quanto podia edificar o espírito de sacrifício. Em nenhum ambiente encontrara antes aquele calor de fé pura necessário às grandes construções de ordem moral. Além de tudo, laços de vigorosa afinidade impeliam-no para aquela mulher, com quem se simpatizara à primeira vista. Por mais vasculhasse as próprias lembranças, não conseguia recordar onde, como e quando a conhecera. Sentia, porém, que a palavra dela lhe impunha indefinível bem-estar…

Fitando-a, com enternecimento, perguntou:

— A senhora julga que devemos procurar a conciliação com qualquer espécie de inimigos?

— Sim! — Respondeu a interpelada sem hesitar.

— E quando os adversários são de tal modo inconvenientes que a simples aproximação deles nos causa angústia?

Antonina compreendeu que algo doloroso vinha à tona daquela consciência que lhe ouvira a dissertação, ocultando-se, e obtemperou:

— Entendo que há sofrimentos morais quase intoleráveis, entretanto, a oração é o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas. Se temos a infelicidade de possuir inimigos, cuja presença nos perturba, é importante recorrer à prece, rogando a Deus nos conceda forças para que o desequilíbrio desapareça, porque, então, um caminho de reajuste surgirá para nossa alma. Todos necessitamos da alheia tolerância em determinados aspectos de nossa vida.

Os olhos de Mário cintilaram.

— E quando o ódio nos avassala, ainda mesmo quando não desejemos? — Inquiriu, preocupado.

— Não há ódio que resista aos dissolventes da compreensão e da boa vontade. Quem procura conhecer a si mesmo, desculpa facilmente…

Silva empalidecera.

Antonina percebeu que o tema lhe fustigava o coração e, amparada por nosso instrutor que a enlaçava, paternal, rematou considerando:

— Um homem, porém, na sua tarefa, é um missionário do amor fraterno. Quem socorre os doentes, penetra a natureza humana e entra na posse da grande compaixão. As mãos que curam não podem ferir…

Em seguida, o primogênito da casa fez a prece de encerramento.

A viúva serviu o café reconfortante, acompanhado de um bolo humilde.

A conversação prosseguia animada, todavia, o hóspede consultou o relógio e reparou que o tempo lhe exigia a retirada.

Deu instruções a Antonina, quanto à medicação da doentinha, e pediu, respeitoso, para voltar no dia imediato, não somente para rever Lisbela, mas também para palestrar com os amigos.

A senhora e as crianças aquiesceram, felizes, afirmando-lhe que seria sempre bem-vindo, e Mário, com um sentimento novo a lhe brilhar nos olhos, seguiu dentro da noite, como quem caminhava tangido por abençoada esperança, ao encontro de novo destino.



mt 5:44
Obreiros da Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Reunidos em pequeno salão iluminado, observei que a atmosfera permanecia embalsamada de suave perfume.

Recomendou-nos Cornélio a oração fervorosa e o pensamento puro. Tomando-nos a dianteira, o Instrutor estacou à frente de reduzida câmara estruturada em substância análoga ao vidro puro e transparente.

Olhei-a, com atenção. Tratava-se dum gabinete cristalino, em cujo interior poderiam abrigar-se, à vontade, duas a três pessoas.

Destacando-se pela túnica muito alva, o diretor da casa estendeu a destra em nossa direção e exclamou com grave entono:

— Os emissários da Providência não devem semear a luz sem proveito; constituir-nos-ia falta grave receber, em vão, a Graça Divina. Colocando-se ao nosso encontro, os Mensageiros do Pai exercitam o sacrifício e a abnegação, sofrem os choques vibratórios de nossos Planos mais baixos, retomam a forma que abandonaram, desde muito, fazem-se humildes como nós, e, para que nos façamos tão elevados quanto eles, dignam-se ignorar-nos as fraquezas, a fim de que nos tornemos partícipes de suas gloriosas experiências…

Interrompeu o curso das palavras, fitou-nos em silêncio e prosseguiu noutro tom:

— Compreendemos que, lá fora, ante os laços morais que ainda nos prendem às Esferas da carne, é quase inevitável a recepção das reminiscências do pretérito, a distância. A lembrança tange as cordas da sensibilidade e sintonizamos com o passado inferior. Aqui, porém, no Santuário da Bênção, é imprescindível observar uma atitude firme de serenidade e respeito. O ambiente oferece bases à emissão de energias puras e, em razão disso, responsabilizaremos os companheiros presentes por qualquer minúcia desarmônica no trabalho a realizar. Formulemos, pois, os mais altos pensamentos ao nosso alcance, relativamente à veneração que devemos ao Pai Altíssimo!…

Para outra classe de observadores, o Instrutor Cornélio poderia parecer excessivamente metódico e rigorista; entretanto, não para nós, que lhe sentíamos a sinceridade profunda e o entranhado amor às coisas santas.

Após longo intervalo, destinado à nossa preparação mental, tornou ele, sem afetação:

— Projetemos nossas forças mentais sobre a tela cristalina. O quadro a formar-se constará de paisagem simbólica, em que águas mansas, personificando a paz, alimentem vigorosa árvore, a representar a vida. Assumirei a responsabilidade da criação do tronco, enquanto os chefes das missões entrelaçarão energias criadoras fixando o lago tranquilo.

E dirigindo-se especialmente a nós outros, os colaboradores mais humildes, acrescentou:

— Formarão vocês a veste da árvore e a vegetação que contornará as águas serenas, bem como as características do trecho de firmamento que deverá cobrir a pintura mental.

Após ligeira pausa, concluía:

— Este, o quadro que ofereceremos ao visitante excepcional que nos falará em breves minutos. Atendamos aos sinais.

Dois auxiliares postaram-se ao lado da pequena câmara, em posição de serviço, e, ao soar de harmonioso aviso, pusemo-nos todos em concentração profunda, emitindo o potencial de nossas forças mais íntimas.

Senti, à pressão do próprio esforço, que minha mente se deslocava na direção do gabinete de cristal, onde acreditei penetrar, colocando tufos de grama junto ao desenho do lago que deveria surgir… Utilizando as vigorosas energias da imaginação, recordei a espécie de planta que desejava naquela criação temporária, trazendo-a do passado terrestre para aquela hora sublime. Estruturei todas as minúcias das raízes, folhas e flores, e trabalhei, intensamente, na intimidade de mim mesmo, revivendo a lembrança e fixando-a no quadro, com a fidelidade possível…

Fornecido o sinal de interrupção, retomei a postura natural de quem observa, a fim de examinar os resultados da experiência, e contemplei, oh! Maravilha!… Jazia o gabinete fundamente transformado. Águas de indefinível beleza e admirável azul-celeste refletiam uma nesga de firmamento, banhando as raízes de venerável árvore, cujo tronco dizia, em silêncio, da própria grandiosidade. Miniaturas prodigiosas de cúmulos e nimbos estacionavam no céu, parecendo pairar muito longe de nós… As bordas do lago, contudo, figuravam-se quase nuas e os galhos do tronco apresentavam-se vestidos escassamente.

O Instrutor, célere, retomou a palavra e dirigiu-se a nós com firmeza:

— Meus amigos, a vossa obrigação não foi integralmente cumprida. Atentai para os detalhes incompletos e exteriorizai vosso poder dentro da eficiência necessária! Tendes, ainda, quinze minutos para terminar a obra.

Entendemos, sem maiores explicações, o que desejava ele dizer e concentramo-nos, de novo, para consolidar as minudências de que deveria revestir-se a paisagem.

Procurei imprimir mais energia à minha criação mental e, com mais presteza, busquei colocar as flores pequeninas nas ramagens humildes, recordando minhas funções de jardineiro, no amado lar que havia deixado na Terra. Orei, pedi a Jesus me ensinasse a cumprir o dever dos que desejavam a bênção do seu divino amor naquele Santuário e, quando a notificação soou novamente, confesso que chorei.

O desenho vivo da gramínea que minha esposa e os filhinhos tanto haviam estimado, em minha companhia no mundo, adornava as margens, com um verde maravilhoso, e as mimosas flores azuis, semelhando-se a miosótis silvestres, surgiam abundantes…

A árvore cobrira-se de folhagem farta e vegetação de singular formosura completava o quadro, que me pareceu digno de primoroso artista da Terra.

Cornélio sorriu, evidenciando grande satisfação, e determinou que os dois auxiliares conservassem a destra unida ao gabinete. Desde esse momento, como se uma operação magnética desconhecida fosse posta em ação, nossa pintura coletiva começou a dar sinais de vitalidade temporária. Algo de leve e imponderável, semelhante a caricioso sopro da Natureza, agitou brandamente a árvore respeitável, balouçando-se os arbustos e a minúscula erva, a se refletirem nas águas muito azuis, docemente encrespadas de instante a instante…

Minha gramínea estava, agora, tão viva e tão bela que o pensamento de angustiosa saudade do meu antigo lar ameaçou, de súbito, meu coração ainda frágil. Não eram aquelas as flores miúdas que a esposa colocava, diariamente, no quarto isolado, de estudo? Não eram as mesmas que integravam os delicados ramos que os filhos me ofereciam aos domingos pela manhã? Vigorosas reminiscências absorveram-me o ser, oprimindo-me inesperadamente a alma, e eu perguntava a mim mesmo por que mistério o Espírito enriquecido de observações e valores novos, respirando em campos mais altos da inteligência, tem necessidade de voltar ao pequenino círculo do coração, como a floresta luxuriante e imponente que não prescinde da singela e reduzida gota d’água para dessedentar-lhe as raízes… Senti o anseio mal disfarçado de arrebatá-los compulsoriamente da Crosta, transportando-os para junto de mim, desejoso de reuni-los, ao meu lado, em novo ninho, sem separação e sem morte, a fazer-lhes experimentar os júbilos da vida eterna… Minhas lágrimas estavam prestes a cair. Bastou, no entanto, um olhar de Jerônimo para que eu me reajustasse.

Arremessei para muito longe de mim toda a ideia angustiosa e consegui reaver a posição do cooperador decidido nas edificações do momento.


Cornélio, de pé, ante a paisagem viva, enquanto nos mantínhamos sentados, estendeu os braços na direção do Alto e suplicou:

— Pai da Criação Infinita, permite, ainda uma vez, por misericórdia, que os teus mensageiros excelsos sejam portadores de tua inspiração celeste para esta casa consagrada aos júbilos de tua bênção!… Senhor, fonte de toda a Sabedoria, dissipa as sombras que ainda persistem em nossos corações, impedindo-nos a gloriosa visão do porvir que nos reservaste; faze vibrar, entre nós, o pensamento augusto e soberano da confiança sem mescla e deixa-nos perceber a corrente benéfica de tua bondade infinita, que nos lava a mente mal desperta e ainda eivada de escuras recordações do mundo carnal!… Auxilia-nos a receber dignamente teus devotados emissários!…

Focalizando a mente em nossos trabalhos, o Instrutor prosseguiu, noutra inflexão de voz:

— Sobretudo, ó Pai, abençoa os teus filhos que partem, a caminho dos Círculos inferiores, semeando o bem. Reparte com eles, humildes representantes de tua grandeza, os teus dons de infinito amor e de inesgotável sabedoria, a fim de que se cumpram teus sagrados desígnios… Acima, porém, de todas as concessões, proporciona-lhes algo de tua divina tolerância, de tua complacência sublime, de tua ilimitada compreensão, para que satisfaçam, sem desesperação e sem desânimo, os deveres fraternais que lhes cabem, ante os que ignoram ainda as tuas leis e sofrem as consequências dos desvios cruéis!…

Calou-se o orientador do Santuário e, dentro da imponente quietude da câmara, vimos que a paisagem, formada de substância mental, começou a iluminar-se, inexplicavelmente, em seus mínimos contornos.

Guardava a ideia de que reduzido sol surgiria à nossa vista sob a nesga de céu, no quadro singular. Raios fulgurantes penetravam o fundo esmeraldino e vinham refletir-se nas águas.

Cornélio, de mãos erguidas para o alto, mas sem qualquer expressão ritualística, em vista da simplicidade espontânea de seus gestos, exclamou:

— Bem-vindo seja o portador de Nosso Pai Amantíssimo!

Nesse instante, sob nossos olhos atônitos, alguém apareceu no gabinete, entre a vegetação e o céu. Semelhava-se a um sacerdote de culto desconhecido, trajando túnica lirial. Fisionomia simpática de ancião, apresentava-se nimbado de luz indescritível e seu olhar nos mantinha extasiados e presos, num misto de veneração e encantamento, sem que nos fosse possível qualquer fuga mental de sua presença sublime.

Via-se-lhe apenas o busto cheio, parecendo-me que os seus membros inferiores se ocultavam naturalmente na folhagem abundante. Seus braços e mãos, todavia, revelavam-se com todas as minudências anatômicas, porque com a destra nos abençoava num gesto amplo, mantendo na outra mão pequeno rolo de pergaminhos brilhantes, deixando-nos perceber dourado cordão atado à cinta.

Visivelmente sensibilizado, o diretor da casa saudou, nominalmente:

— Venerável Asclépios,  sê conosco!

O emissário, em voz clara e sedutora, desejou-nos a Paz do Cristo e, em seguida, dirigiu-nos a palavra em tom inexprimível na linguagem humana (abstenho-me aqui de qualquer tradução incompleta e imperfeita, atendendo a imperativos de consciência).

Ouvimo-lo sob infinita emoção, sem que qualquer de nós contivesse as lágrimas. O verbo do admirável mensageiro que chegava de Esferas Superiores, trazendo-nos a bênção divina, caía-nos nalma de modo intraduzível e acordava-nos o espírito eterno para a infinita glória de Deus e da Vida Imortal.

Não conseguiria descrever o que se passava em mim próprio. Jamais escutara alguém com aquele misterioso e fascinante poder magnético de fixação dos ensinamentos de que se fizera emissário.

Ao abençoar-nos, ao término da maravilhosa alocução, irradiavam-se de sua destra muito alva pequeninos focos de luz, em forma de minúsculas estrelas que se projetavam sobre nós, invadindo-nos o tórax e a fronte e fazendo-nos experimentar o júbilo inenarrável de quem sorve, feliz, vigorosos e renovadores alentos da vida.

Quiséramos prolongar, indefinidamente, aqueles minutos divinos, mas tudo fazia acreditar que o mensageiro estava prestes a despedir-se.


Interpretando, contudo, o pensamento da maioria, Cornélio dirigiu-lhe a palavra e indagou, humilde, se os irmãos presentes poderiam endereçar-lhe algumas solicitações.

O arauto celeste aquiesceu, sorrindo, num gesto silencioso, colocando-nos à vontade, dando-me a impressão de que aguardava semelhante pedido.

A irmã Semprônia, que chefiava pela primeira vez a turma de socorro ao serviço de amparo aos órfãos, foi a primeira a consultá-lo:

— Venerável amigo, — disse com transparente sinceridade, — temos algumas cooperadoras na Crosta que esperam de nós uma palavra de ordem e reconforto para prosseguirem nos serviços a que se devotaram de coração fiel. Desde muito tempo, experimentam perseguições declaradas e toleram o sarcasmo contínuo de adversários gratuitos que lhes ferem o espírito sensível, atacando-lhes os melhores esforços, através de maldades sem conto. Inegavelmente, não cedem ante os fantasmas da sombra e mobilizam as energias no trabalho de resistência cristã… Exercendo funções de colaboradora, nesta expedição de socorro que agora chefio pela primeira vez, conheço, de perto, a dedicação que nossas amigas testemunham na obra sublime do bem, mas não ignoro que padecem, heroicas e leais, há quase trinta anos sucessivos, ante o assédio de inimigos implacáveis e cruéis.

Após curto silêncio, que ninguém se atreveu a interromper, a consulente concluiu, perguntando:

— Que devemos dizer a elas, respeitável amigo? Por que palavras esclarecedoras e reconfortantes sustentar-lhes o ânimo em tão longa batalha? De alma voltada para o nosso dever, aguardamos de vossa generosidade o alvitre oportuno.

Vimos, então, o inesperado. O mensageiro ouviu, paciente e bondoso, revelando grande interesse e carinho na expressão fisionômica e, depois que Semprônia deu por terminada a consulta, retirou uma folha dentre os pergaminhos alvinitentes que trazia, de modo intencional, e abriu-a à nossa vista, lendo todos nós o versículo quarenta e quatro do capítulo cinco do Mt 5:44:

— “Eu, porém, vos digo — amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam.”

O processo de esclarecimento e informação não podia ser mais direto, nem mais educativo.

Decorridos alguns instantes, Semprônia exclamou humildemente:

— Compreendo, venerável amigo!

O emissário, sem qualquer afetação dos que ensinam por amor-próprio, comentou:

— Os adversários, quando bem compreendidos e recebidos cristãmente, constituem precioso auxílio em nossa jornada para a União Divina.

A síntese verbal condensava explicações, que somente seriam razoáveis em compactos discursos.

A meu ver, não obstante a beleza e edificação do ensino recolhido, o método não recomendava extensão de perguntas de nosso lado, mas o Irmão Raimundo, do grupo socorrista dedicado à assistência aos loucos, tomou a iniciativa e interrogou:

— Tolerante amigo, que fazer ante as dificuldades que me defrontam nos serviços marginais da tarefa? Interessando a órbita de nossos deveres, junto dos desequilibrados mentais da Crosta Terrestre, venho assistindo certo agrupamento de irmãos encarnados que não estão interpretando as obrigações evangélicas como deviam. Em verdade, convocam-nos à colaboração espiritual, pronunciando belas palavras, mas no terreno prático se distanciam de todas as atitudes verbais da crença consoladora. Estimam as discussões injuriosas, fomentam o sectarismo, dão grande apreço ao individualismo inferior que desconsidera o esforço alheio, por mais nobilitante que seja esse. Quase sempre, entregam-se a rixas infindáveis e gastam o tempo estudando meios de fazerem valer as limitações que lhes são próprias. Por mais que lhes ensinemos a humildade, recorrendo, não a nós, mas ao exemplo eterno do Cristo, mais se arvoram em críticos impiedosos, não apenas uns dos outros, e, sim, de setores e situações, pessoas e coisas que lhes não dizem respeito, incentivando a malícia e a discórdia, o ciúme e o desleixo espiritual. No entanto, reúnem-se metodicamente e nos chamam à cooperação em seus trabalhos. Que fazer, todavia, respeitável orientador, para que maiores perturbações não se estabeleçam?

O mensageiro esperou que o consulente se desse por satisfeito em suas indagações e, em seguida, muito calmo, repetiu a operação anterior, e tivemos, ante os olhos, outro pergaminho, com a inscrição do versículo onze, do capítulo seis, da 1tm 6:11:

— “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão.”

Permaneceu Raimundo na expectativa, figurando-se-nos não haver interpretado a advertência, quanto devia, mas a explicação sintética do visitante não se fez esperar:

— O discípulo que segue as virtudes do Mestre, aplicando-as a si próprio, foge às inutilidades do plano exterior, acolhendo-se ao santuário de si mesmo, e auxilia os nossos irmãos imprevidentes e perturbados, rixosos e ingratos, sem contaminar-se.

Registrando as palavras sábias de Asclépios, Raimundo pareceu acordar para a verdade e murmurou, com algum desapontamento:

— Aproveitarei a lição.

Novo silêncio verificou-se entre nós.

A Irmã Luciana, porém, que nos integrava o pequeno grupo, tomou a palavra e perguntou:

— Esclarecido mentor, esta é a primeira vez que vou à Crosta em tarefa definida de socorro. Podereis fornecer-me, porventura, a orientação de que necessito?

O emissário, que parecia trazer respostas bíblicas preparadas de antemão, desdobrou nova folha e lemos, admirados, o versículo nove do capítulo quatro da 1ts 4:9:

— “Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros.”

Algo confundida, Luciana observou, reverente:

— Compreendo, compreendo…

— O Evangelho aplicado, — comentou o mensageiro, delicadamente, — ensina-nos a improvisar os recursos do bem, nas situações mais difíceis.

Fez-se, de novo, extrema quietude na câmara. Talvez pelo nosso péssimo hábito de longas conversações sem proveito, adquirido na Crosta Planetária, não encontrávamos grande encanto naquelas respostas francas e diretas, sem qualquer lisonja ao nosso personalismo dominante.

Rolavam instantes pesados, quando observamos a gentileza e a sensibilidade do diretor do Santuário da Bênção. Notando que Semprônia, Raimundo e Luciana eram alvos de nossa indiscreta curiosidade, Cornélio inquiriu de Asclépios, como se fora mero aprendiz:

— Que fazer para conservar alegria no trabalho, perseverança no bem, devotamento à verdade?

O mensageiro contemplou-o, num sorriso de aprovação e simpatia, identificando-lhe o ato de amor fraternal, e descerrou novo pergaminho, em que se lia o 1ts 5:16:

— “Regozijai-vos sempre.”

Em seguida, falou, jovial:

— A confiança no Poder Divino é a base do júbilo cristão, que jamais deveremos perder.

O Instrutor Cornélio meditou alguns momentos e rogou, humilde:

— Ensina-nos sempre, venerável irmão!…

Decorreram minutos sem que os demais utilizassem a palavra. Fazendo menção de despedir-se, o sublime visitante comentou, afável:

— À medida que nos integramos nas próprias responsabilidades, compreendemos que a sugestão direta nas dificuldades e realizações do caminho deve ser procurada com o Supremo Orientador da Terra. Cada Espírito, herdeiro e filho do Pai Altíssimo, é um mundo por si, com as suas leis e características próprias. Apenas o Mestre tem bastante poder para traçar diretrizes individuais aos discípulos.

Logo após, abençoou-nos, carinhoso, desejando-nos bom ânimo.

Reconfortados e felizes, vimos o mensageiro afastar-se, deixando-nos envoltos numa onda de olente e inexplicável perfume.

Ambos os auxiliares, que se mantinham a postos, retiraram as mãos do gabinete e, depois de várias operações magnéticas efetuadas por eles, desapareceu a pintura mental, voltando a peça de cristal ao aspecto primitivo.


Tornando à conversação livre, indagações enormes oprimiam-me o cérebro. Não me contive. Com a permissão de Jerônimo e liderando companheiros tão curiosos e pesquisadores quanto eu mesmo, acerquei-me de Cornélio e despejei-lhe aos ouvidos grande cópia de interrogações. Acolheu-me, benévolo, e informou:

— Pertence Asclépios a comunidades redimidas do Plano dos Imortais, nas regiões mais elevadas da zona espiritual da Terra. Vive muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis à nossa atual conceituação da vida. Já perdeu todo contato direto com a Crosta Terrestre e só poderia fazer-se sentir, por lá, através de enviados e missionários de grande poder. Apreciável é o sacrifício dele, vindo até nós, embora a melhoria de nossa posição, em relação aos homens encarnados. Vem aqui raramente. Não obstante, algumas vezes, outros mentores da mesma categoria visitam-nos por piedade fraternal.

— Não poderíamos, por nossa vez, demandar o Plano de Asclépios, a fim de conhecer-lhe a grandeza e sublimidade? — Perguntei.

— Muitos companheiros nossos, — assegurou-nos o Instrutor, — por merecimentos naturais no trabalho, alcançam admiráveis prêmios de viagens, não só às Esferas superiores do Planeta que nos serve de moradia, mas também aos Círculos de outros mundos…

Sorriu e acrescentou:

— Não devemos esquecer, porém, que a maioria efetua semelhantes excursões somente na qualidade de viajores, em processo estimulante do esforço pessoal, à maneira de jovens estudantes de passagem rápida pelos institutos técnicos e administrativos das grandes nações. Raros são ainda os filhos do Planeta em condições de representá-lo dignamente noutros orbes e Círculos de vida do nosso sistema.

Não me deixei impressionar e prossegui perguntando:

— Asclépios, todavia, não mais reencarnará na Crosta?

O Instrutor gesticulou, significativamente, e esclareceu:

— Poderá reencarnar em missão de grande benemerência, se quiser, mas a intervalos de cinco a oito séculos entre as reencarnações.

— Oh! Deus! — Exclamei, — como é grandioso semelhante estado de elevação!

— Constitui sagrado estímulo para todos nós, — ajuntou o mentor atenciosamente.

— Devemos acreditar, — interroguei, admirado, — seja esse o mais alto grau de desenvolvimento espiritual no Universo?

O diretor da casa sorriu, compassivo, em face de minha ingenuidade e considerou:

— De modo algum. Asclépios relaciona-se entre abnegados mentores da Humanidade Terrestre, partilha da soberana elevação da coletividade a que pertence, mas, efetivamente, é ainda entidade do nosso Planeta, funcionando, embora, em Círculos mais altos de vida. Compete-nos peregrinar muito tempo, no campo evolutivo, para lhe atingirmos as pegadas; no entanto, acreditamos que o nosso visitante sublime suspira por integrar-se no quadro de representantes do nosso orbe, junto às gloriosas comunidades que habitam, por exemplo, Júpiter e Saturno. Os componentes dessas, por sua vez, esperam, ansiosos, o instante de serem convocados às divinas assembleias que regem o nosso sistema solar. Entre essas últimas, estão os que aguardam, cuidadosos e vigilantes, o minuto em que serão chamados a colaborar com os que sustentam a constelação de Hércules, a cuja família pertencemos. Os que orientam nosso grupo de estrelas aspiram, naturalmente, a formar, um dia, na coroa de gênios celestiais que amparam a vida e dirigem-na, no sistema galáxico em que nos movimentamos. E sabe meu amigo que a nossa Via-Láctea, viveiro e fonte de milhões de mundos, é somente um detalhe da Criação Divina, uma nesga do Universo?!…

As noções de infinito encerraram a reunião encantadora no Santuário da Bênção. Cornélio estendeu-nos a mão, almejando-nos felicidade e paz, e despedimo-nos, sob enorme impressão, entre a saudade e o reconhecimento.




Asclépios — Vide origem desse nome na .


mt 5:44
Libertação

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Voltando a casa, algumas horas transcorreram tocadas para nós de singular expectativa; entretanto, à noitinha, Saldanha manifestou o propósito de visitar o filho hospitalizado.

Com espanto, reparei que o nosso Instrutor lhe pedia permissão para que o acompanhássemos.

O perseguidor de Margarida, algo surpreso, acedeu, indagando, porém, quanto ao móvel de semelhante solicitação:

— Quem sabe se poderemos ser úteis? — Respondeu Gúbio, otimista.

Não houve relutância.

Guardadas rigorosas precauções por parte de Saldanha, que se fez substituir, junto à doente, por Leôncio, um dos dois implacáveis hipnotizadores, rumamos para o hospício.

Entre variadas vítimas da demência, relegadas a reajuste cruel, a posição de Jorge era de lamentar. Encontramo-lo de bruços, no cimento gelado de cela primitiva. Mostrava as mãos feridas, coladas ao rosto imóvel.

O genitor, que até ali se nos afigurara impermeável e endurecido, contemplou o filho com visível angústia nos olhos velados de pranto e elucidou com infinita amargura na voz:

— Está, certamente, repousando depois de crise forte.

Não era, contudo, o rapaz tresloucado e abatido quem mais inspirava compaixão. Agarradas a ele, ligadas ao círculo vital que lhe era próprio, a mãezinha e a esposa desencarnadas absorviam-lhe os recursos orgânicos. Jaziam igualmente estiradas no chão, letárgicas quase, como se houvessem atravessado violento acesso de dor.

Irene, a suicida, trazia a destra jungida à garganta, apresentando o quadro perfeito de quem vivia sob dolorosa aflição de envenenamento, ao passo que a genitora enlaçava o enfermo, de olhos parados nele, exibindo ambas sinais iniludíveis de atormentada introversão. Fluidos semelhantes a massa viscosa cobriam-lhes todo o cérebro, desde a extremidade da medula espinhal até os lobos frontais, acentuando-se nas zonas motoras e sensitivas.

Concentradas nas forças do infeliz, como se a personalidade de Jorge representasse a única ponte de que dispunham para a comunicação com a forma de existência que vinham de abandonar, revelavam-se integralmente subjugadas pelos interesses primários da vida física.

— Estão loucas, — informou Saldanha, na intenção evidente de ser agradável, — não me compreendem, nem me reconhecem, embora me fixem. Guardam o comportamento de crianças, quando fustigadas pela dor. Corações de porcelana, quebrados facilmente.

E franzindo o sobrecenho, transtornado agora por insofreável rancor, acrescentou:

— Raras mulheres sabem conservar a fortaleza nas guerras de revide. Em geral, sucumbem rapidamente, vencidas pela ternura inoperante.

Nosso orientador, desejando anular as vibrações de cólera no companheiro, cortou-lhe o rumo das impressões destrutivas, confirmando, pesaroso:

— Demoram-se, efetivamente, em profunda hipnose. Nossas irmãs não conseguiram, por enquanto, ultrapassar o pesadelo do sofrimento, no transe da morte, qual acontece ao viajante que inicia a travessia de vasta corrente de águas turvas, sem recursos para alcançar a outra margem. Ligadas ao filho e esposo, objeto que lhes centralizou, nas horas finais do corpo denso, todas as preocupações afetivas, combinaram as próprias energias com as forças torturadas dele e aquietam-se, aflitivamente, no centro dos fluidos que lhes constituem criação individual, como acontece ao “Bombyx mori” imobilizado e dormente sob os fios, tecidos por ele mesmo.

O obsessor de Margarida registrou as observações, demonstrando indisfarçável surpresa no olhar e acentuou, mais calmo:

— Por mais que eu me procure insinuar, gritando-lhes meu nome aos ouvidos, não conseguem entender-me. Em verdade, movem-se e se lastimam, através de longas frases desconexas, mas a memória e a atenção parecem mortas. Se insisto, carregando-as, a custo, ansioso por infundir-lhes vida nova com que me possam auxiliar na vingança, vejo baldado todo esforço, porquanto regressam imediatamente para Jorge, logo que as suponho livres, num impulso análogo ao das agulhas que um ímã recolhe a distância.

— Sim, — corroborou o nosso diretor, — mostram-se temporariamente esmagadas de pavor, desânimo e sofrimento. Pela ausência de trabalho mental contínuo e bem coordenado, não expeliram as “forças coagulantes” do desalento, que elas mesmas produziram, inconformadas, ante os imperativos da luta normal na Terra e entregaram-se, com indiferença, a deplorável torpor, dentro do qual se alimentam das energias do enfermo. Drenado incessantemente nas reservas psíquicas, o doente, hipnotizado por ambas, vive entre alucinações e desesperos, naturalmente incompreensíveis para quantos o rodeiam.


Com sincera disposição de servir, Gúbio sentou-se no piso cimentado e, num gesto de extrema bondade, acomodou no regaço paternal as cabeças das três personagens daquela cena comovente de dor, e, endereçando olhar amigo ao algoz da mulher que pretendia salvar, que o observava espantadiço, indagou:

— Saldanha, permite-me algo fazer em benefício dos nossos?

A fisionomia do perseguidor modificou-se. Aquele gesto espontâneo do nosso orientador desarmava-lhe o coração, emocionando-o nas fibras mais íntimas, a julgar pelo sorriso que lhe inundou o semblante até então desagradável e sombrio.

— Como não? — Falou quase gentil… — É o que procuro realizar inutilmente.

Impressionado com a lição que recebíamos, contemplei a paisagem ao redor, cotejando-a com a da câmara em que Margarida experimentava aflição e tortura. Os impedimentos aqui eram muito mais difíceis de vencer. O cubículo transbordava imundície. Nas celas contíguas, entidades de repugnante aspecto se arrastavam a esmo. Mostravam algumas características animalescas, de pasmar. A atmosfera para nós se fizera sufocante, saturada de nuvens de substâncias escuras, formadas pelos pensamentos em desequilíbrio de encarnados e desencarnados que perambulavam no local, em deplorável posição.

Confrontando as situações, monologava mentalmente: por que motivo singular não operara nosso orientador no quarto da simpática senhora, que amava por filha espiritual, para entregar-se, ali, sem reservas, ao trabalho de assistência cristã? Vendo-lhe, porém, a solicitude na solução do problema afetivo que atormentava o adversário, entendi, pouco a pouco, através da ação do mentor magnânimo, a beleza emocionante e sublime do ensinamento evangélico: “Ama o teu inimigo, ora por aqueles que te perseguem e caluniam, (Mt 5:44) perdoa setenta vezes sete”. (Mt 18:21)

Gúbio, sob nosso olhar comovido, afagava a fronte das três entidades sofredoras, parecendo liberar cada uma dos fluidos pesados que as entorpeciam, em profundo abatimento. Decorrida meia hora na evidente operação magnética de estímulo, endereçou novo olhar ao verdugo de Margarida, que lhe analisava os mínimos gestos com dobrada atenção, e interrogou:

— Saldanha, não te agastarias se eu orasse em voz alta?

A pergunta obteve os efeitos de um choque.

— Oh! Oh!… — Fez o interpelado, surpreendido, — acreditas em semelhante panaceia?

Mas, sentindo-nos, de pronto, a infinita boa vontade, aduziu, confundido:

— Sim… sim… se querem…


Nosso Instrutor valeu-se daquele minuto de simpatia e, alçando o pensamento ao Alto, deprecou, humilde:


— Senhor Jesus!

Nosso Divino amigo…

Há sempre quem peça pelos perseguidos, mas raros se lembram de auxiliar os perseguidores!

Em toda parte, ouvimos rogativas em benefício dos que obedecem, entretanto, é difícil surpreendermos uma súplica em favor dos que administram.

Há muitos que rogam pelos fracos para que sejam, a tempo, socorridos; no entanto, raríssimos corações imploram concurso divino para os fortes, a fim de que sejam bem conduzidos.

Senhor, tua justiça não falha.

Conheces aquele que fere e aquele que é ferido.

Não julgas pelo padrão de nossos desejos caprichosos, porque o teu amor é perfeito e infinito…

Nunca te inclinas-te tão somente para os cegos, doentes e desalentados da sorte, porque amparas, na hora justa, os que causam a cegueira, a enfermidade e o desânimo…

Se salvas, em verdade, as vítimas do mal, buscas, igualmente, os pecadores, os infiéis e os injustos.


Não menoscabaste a jactância dos doutores e conversaste amorosamente com eles no templo de Jerusalém.

Não condenaste os afortunados e, sim, abençoaste-lhes as obras úteis.


Em casa de Simão, o fariseu orgulhoso, não desprezaste a mulher transviada, ajudaste-a com fraternas mãos.

Não desamparaste os malfeitores, aceitaste a companhia de dois ladrões, no dia da cruz.

Se Tu, Mestre, o Mensageiro Imaculado, assim procedeste na Terra, quem somos nós, Espíritos endividados, para amaldiçoarmo-nos, uns aos outros?


Acende em nós a claridade dum entendimento novo!

Auxilia-nos a interpretar as dores do próximo por nossas próprias dores.


Quando atormentados, faze-nos sentir as dificuldades daqueles que nos atormentam para que saibamos vencer os obstáculos em teu nome.

Misericordioso amigo, não nos deixes sem rumo, relegados à limitação dos nossos próprios sentimentos…

Acrescenta-nos a fé vacilante, descortina-nos as raízes comuns da vida, a fim de compreendermos, finalmente, que somos irmãos uns dos outros.

Ensina-nos que não existe outra lei, fora do sacrifício, que nos possa facultar o anelado crescimento para os mundos divinos.


Impele-nos à compreensão do drama redentor a que nos achamos vinculados.

Ajuda-nos a converter o ódio em amor, porque não sabemos, em nossa condição de inferioridade, senão transformar o amor em ódio, quando os teus desígnios se modificam, a nosso respeito.

Temos o coração chagado e os pés feridos na longa marcha, através das incompreensões que nos são próprias, e nossa mente, por isto, aspira ao clima da verdadeira paz, com a mesma aflição por que o viajor extenuado no deserto anseia por água pura.


Senhor, infunde-nos o Dom de nos ampararmos mutuamente.

Beneficiaste os que não creram em Ti, protegeste os que te não compreenderam, ressurgiste para os discípulos que te fugiram, legaste o tesouro do conhecimento divino aos que te crucificaram e esqueceram…


Por que razão, nós outros, míseros vermes do lodo ante uma estrela celeste, quando comparados contigo, recearíamos estender dadivosas mãos aos que nos não entendem ainda!!…


O Instrutor imprimira tocante inflexão aos últimos lances da rogativa.

Elói e eu tínhamos os olhos turvos de lágrimas, tanto quanto Saldanha que recuara, aterrado, para um dos ângulos escuros da cela triste.

Gúbio transformara-se, gradualmente. As vibrações vigorosas daquela súplica, que arrancara ao próprio coração, expulsaram as partículas obscuras de que se havia tocado, quando penetrávamos a colônia penal em que conhecêramos Gregório, e sublimada luz brilhava-lhe agora no semblante que o pranto de amor e compunção irisava com intraduzível beleza. Parecia ocultar desconhecido alampadário no peito e na fronte, que despediam raios luminosos de intenso azul, ao mesmo tempo que formoso fio de claridade incompreensível o ligava com o Alto, perante nosso aturdido olhar.

Findo o intervalo, fez incidir toda a luminosidade que o envolvia sobre as três criaturas que asilava no regaço e exorou:


— É para eles, Senhor, para os que repousam aqui em densas sombras, que te suplicamos a bênção!

Desata-os, Mestre da caridade e da compaixão, liberta-os para que se equilibrem e se reconheçam…

Ajuda-os a se aprimorarem nas emoções do amor santificante, olvidando as paixões inferiores para sempre.

Possam eles sentir-te o desvelado carinho, porque também te amam e te buscam, inconscientemente, embora permaneçam supliciados no vale fundo de sentimentos escuros e degradantes…


Nesse ponto, o orientador interrompeu-se. Intensos jorros de luz projetavam-se em torno dele, atirados por mãos invisíveis aos nossos olhos. Com perceptível emotividade, Gúbio aplicou passes magnéticos em cada um dos três infelizes e, em seguida, falou ao rapaz encarnado:

— Jorge, levanta-te! Estás livre para o necessário reajustamento.

O interpelado arregalou os órgãos visuais, parecendo acordar de pesadelo angustioso. Inquietação e tristeza desapareceram-lhe do rosto, celeremente. Num impulso maquinal, obedeceu à ordem recebida, erguendo-se com absoluto controle do raciocínio.

A interferência do benfeitor quebrara os elos que o prendiam às parentas desencarnadas, liberando-lhe a economia psíquica.

Presenciando o acontecimento, Saldanha gritou, em lágrimas:

— Meu filho! Meu filho!…

O doente não registrou as exclamações nascidas do entusiasmo paterno, mas procurou o leito singelo onde se aquietou com inesperada serenidade.


Vencido nos melhores sentimentos de que era detentor, o algoz de Margarida aproximou-se do nosso dirigente, com as maneiras de uma criança humilhada que reconhece a superioridade do mestre, mas antes que pudesse tomar-lhe as mãos, para osculá-las talvez, pediu-lhe Gúbio, sem afetação:

— Saldanha, acalma-te. Nossas amigas despertarão agora.

Afagou a cabeça de Iracema e a infortunada mãe de Jorge voltou a si, gemendo:

— Onde estou?!…

Reparando, no entanto, a presença do marido, ao lado, nomeou-o por apelido carinhoso de família e bradou, desvairada de emoção:

— Socorre-me! Onde está nosso filho? Nosso filho?

Passou, logo após, para a fraseologia particular de quem reencontra um ser amado, depois de ausência longa.

O obsessor da doente que nos interessava de mais perto, tangido nas fibras recônditas do ser, derramava agora abundantes lágrimas e buscava o olhar de Gúbio, instintivamente, rogando-lhe, sem palavras, medidas salvacionistas.

— Em que mau sonho me demorei? — Indagava a desventurada irmã, chorando convulsivamente, — que cela imunda é esta? Será verdade que já atravessamos o túmulo?

E, em crise de desespero, acrescentava:

— Temo o demônio! Temo o demônio! Ó Deus meu! Salva-me, salva-me!…

Nosso Instrutor dirigiu-lhe palavras encorajadoras e indicou-lhe o filho que descansava, bem ao nosso lado.

Recompondo-se, gradualmente, ela perguntou a Saldanha porque emudecera, faltando à palavra amorosa e confiante de outro tempo, ao que o verdugo de Margarida respondeu, significativamente:

— Iracema, eu ainda não aprendi a ser útil… Não sei confortar ninguém.


A essa altura, a sofredora mãe, então desperta, passou a interessar-se pela companheira de infortúnio, que fazia a mão direita movimentar-se sobre a garganta. Crendo a custo tratar-se da nora, que se lhe fizera irreconhecível, apelou aflita:

— Irene! Irene!

Interveio Gúbio com o poder de despertamento que lhe era peculiar, distribuindo vigorosas energias aos centros cerebrais da criatura que continuava abatida.

Transcorridos alguns instantes, a nora de Saldanha ergueu-se, num grito terrível.

Sentia dificuldade em articular a voz. Sufocava-se, ruidosamente, presa de angústia infinita.

Nosso orientador, vigilante, segurou-lhe ambas as mãos com a destra e com a mão esquerda ministrou-lhe recursos magnético-balsâmicos sobre a glote e, sobretudo, ao longo das papilas gustativas, acalmando-a, de alguma sorte.

Embora despertada, a suicida não mostrava a relativa consciência de si mesma. Não guardava a menor ideia de que seu corpo físico se desfizera no túmulo. Era o tipo da sonâmbula perfeita, acordando de súbito.

Adiantou-se na direção do esposo, reintegrado nas próprias faculdades e exclamou, estentórica:

— Jorge, Jorge! Ainda bem que o veneno não me matou! Perdoa-me o gesto impensado… Curar-me-ei para vingar-te! Assassinarei o juiz que te condenou a tão cruéis padecimentos!

Observando, ao contrário do que esperava, que o esposo não reagia, implorou:

— Ouve! Atende-me! Onde dormi tanto tempo? Nossa filha! Onde está?

O interpelado, todavia, que se lhe desligara da influência direta nos centros perispirituais, prosseguiu na mesma atitude fleumática e impassível de quem ajuizava com dificuldade a própria situação.

Foi ainda Gúbio quem se abeirou de Irene, elucidando:

— Aquieta-te, minha filha!

— Sossegar-me? Eu? — Protestou a infortunada, — não posso! Quero tornar a casa… Esta grade me asfixia… Cavalheiro, por quem é! Reconduza-me ao lar. Meu esposo permanece encarcerado injustamente… Estará por certo dementado… Não me escuta, não me atende. Por minha vez, sinto a garganta carcomida de veneno mortal… quero minha filha e um médico!

Nosso orientador, contudo, respondeu-lhe com voz triste, não obstante acariciar-lhe a fronte assustadiça:

— Filha, as portas de tua casa no mundo cerraram-se para tua alma com os olhos do corpo que perdeste. Teu esposo jaz liberado dos compromissos do matrimônio carnal e tua filha, desde muito, foi acolhida em outro lar. É indispensável, pois, que te refaças, de modo a prestar-lhes todo o serviço que desejas.

A desditosa criatura rojou-se de joelhos, soluçando.

— Então, morri? A morte é uma tragédia pior que a vida? — Clamou, desesperada.

— A morte é simples mudança de veste elucidou Gúbio, sereno, — somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.

E adoçando a voz para conversar na condição de um pai, prosseguiu, comovido:

— Porque atiraste fora o remédio salvador, esfacelando o vaso sagrado que o continha? Nunca ouviste o choro dos que padeciam mais que tu mesma? Jamais te inclinaste para registrar as aflições que vinham de mais fundo? Porque não auscultaste o silencioso martírio daqueles que não possuem mãos para reagir, pernas pare andar, voz para suplicar?

— A revolta consumiu-me… — explicou a desventurada.

— Sim, — confirmou o Instrutor, solícito, — um momento de rebeldia põe um destino em perigo, como diminuto erro de cálculo ameaça a estabilidade dum edifício inteiro.

— Infeliz de mim! — Suspirou Irene, aceitando a amargosa realidade, — onde estava Deus que me não socorreu a tempo?

— A pergunta é inoportuna, — esclareceu nosso dirigente bondosamente. — Procuraste saber, antes, onde te encontravas a ponto de te esqueceres tão profundamente de Deus? A bondade do Senhor nunca se ausenta de nós. Se transparecia da bendita oportunidade terrena que te conduzia à vitória espiritual, reside também agora nas lágrimas de contrição que te encaminham à regeneração salutar. Admito que possas, em breve, alcançar semelhante bênção; entretanto, cavaste enorme precipício entre a tua consciência e a harmonia divina, que precisarás transpor efetuando a própria recomposição. Por algum tempo, experimentarás a consequência do ato impensado. Colher fruto imaturo é praticar violência. Intoxicaste a matéria delicada sobre a qual se estruturam os tecidos da alma e poucas circunstâncias te atenuam a gravidade da falta. Não percas, porém, a esperança e dirige os passos na direção do bem. Se o horizonte, por vezes, se faz mais longínquo, nunca se torna inatingível.

E encorajando-a, paternalmente, acentuou:

— Vencerás, Irene; vencerás.

A interlocutora, entre o desapontamento e a rebelião, não parecia interessada em reter os elevados conceitos ouvidos. Desviando a atenção da verdade que a feria, fundo, identificou a presença de Saldanha, passando a gritar medrosamente.

Gúbio interferiu, acalmando-a.

A companheira de Jorge, todavia, dominado o temor infantil, regressou à intemperança mental, pousou no sogro os olhos atormentados e inquiriu:

— Sombra ou fantasma, que procuras aqui? Porque não vingaste o filho infeliz? Não te dói tanta infâmia inútil? Não disporás, acaso, de armas, com que possas ferir o juiz desalmado que nos conspurcou a vida? Cessa, então, com a morte o devotamento dos pais? Descansarás, porventura, em algum céu, contemplando Jorge, assim, reduzido a frangalhos? Ou ignoras a realidade cruel? Que razões te compelem à mudez das estátuas? Porque não buscaste, sem repouso, a justiça de Deus, que não se encontra na Terra?

As perguntas semelhavam-se a golpes de ferro em brasa.

O perseguidor de Margarida recebia-as por vergastadas no íntimo, porquanto extrema indignação lhe empalideceu o semblante. Hesitava, quanto à atitude a assumir, mas, reconhecendo-se diante de um condutor amoroso e sábio, procurou o olhar de Gúbio, rogando-lhe cooperação em silêncio, e o nosso Instrutor tomou, por ele, a palavra.

— Irene, — exclamou, melancólico, — a certeza da vida vitoriosa, acima da morte, não te infunde respeito ao coração? Supões estejamos subordinados a um poder que nos desconhece? Perante a verdade nova que te surpreende a alma, não percebes a infinita sabedoria de um Supremo Doador de todas as bênçãos? Onde se encontra a felicidade da vingança? O sangue e as lágrimas de nossos inimigos apenas aprofundam as chagas que nos abriram nos corações. Acreditas que a legítima consagração de um pai deva traduzir-se através da dilaceração ou do homicídio, da perseguição ou da cólera? Saldanha veio até este cárcere, por amor, e eu creio que as mais nobres conquistas dele lhe retornam à superfície da personalidade, triunfantes e renascentes!… Não lhe precipites a ternura paterna no abismo do desespero, de cujas trevas procuras inutilmente fugir.

A desditosa mulher silenciou, soluçante, enquanto o sogro enxugava as lágrimas que as observações generosas de Gúbio lhe haviam arrancado.

Foi então que Iracema se declarou exausta e suplicou a dádiva dum leito.

O nosso orientador convidou Saldanha a se pronunciar.

Se Jorge melhorara, ambas as senhoras desencarnadas exigiam socorro urgente. Não seria lícito abandoná-las àquele clima de desintegração das melhores energias morais.

— Perfeitamente, — concordou o obsessor de Margarida, sob intensa modificação, — conheço os celerados que aqui se reúnem, e agora que Iracema e Irene tornaram à consciência que lhes é própria, preocupa-me a gravidade do assunto.

Nosso dirigente explicou-lhe que poderíamos abrigá-las numa organização socorrista, não distante, mas, para levarmos a efeito semelhante medida, não poderíamos olvidar-lhe a permissão.

Saldanha aceitou contente e agradeceu, desapontado. Sentia-se estimulado ao bem, através da palavra cordial de nosso orientador e revelava-se disposto a não perder o mínimo ensejo de corresponder-lhe à dedicação fraterna.

Depois de alguns minutos, ausentávamo-nos do hospício conduzindo as irmãs enfermas a recolhimento adequado, onde Gúbio as internou com todo o prestígio de suas virtudes celestes, ante o visível espanto de Saldanha que não sabia como exprimir-se no reconhecimento a extravasar-lhe da alma.


Ao retornarmos, cabisbaixo e humilhado o perseguidor de Margarida perguntou, timidamente, quais eram as armas justas num serviço de salvação, ao que o nosso orientador retrucou atenciosamente:

— Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, arrebatando-a às culminâncias da vida.

Saldanha não voltou à palavra e fizemos a maior parte do caminho em significativo silêncio.



mt 5:44
No mundo maior

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Com a mão fraterna espalmada sobre a fronte do enfermo, como a transmitir-lhe vigorosos fluidos de vida renovadora, Calderaro esclareceu-me, bondoso:

— Há vinte anos, aproximadamente, este amigo pôs fim ao corpo físico do seu atual verdugo, num doloroso capítulo de sangue. Iniciei o serviço de assistência a ele, só há três dias; no entanto, já me inteirei da sua comovente história.

Dirigiu compassivo olhar ao algoz desencarnado e prosseguiu:

— Trabalhavam juntos, numa grande cidade, entregues ao comércio de quinquilharias. O homicida desempenhava funções de empregado da vítima, desde a infância, e, atingida a maioridade, exigiu do chefe, que passara a tutor, o pagamento de vários anos de serviço. Negou-se o patrão, terminantemente, a satisfaze-lo, alegando as fadigas que vivera para assisti-lo na infância e na juventude. Propiciar-lhe-ia vantajosa posição no campo dos negócios, conceder-lhe-ia interesses substanciais, mas não lhe pagaria vintém relativamente ao passado. Até ali, guardara-o à conta de um filho, que lhe reclamava contínua assistência. Estalou a contenda. Palavras rudes, trocadas entre vibrações de cólera, inflamaram o cérebro do rapaz, que, no auge da ira, o assassinou, dominado por selvagem fúria. Antes, porém, de fugir do local, o criminoso correu ao cofre, em que se amontoavam fartos pacotes de papel-moeda, retirou a importância vultosa a que se supunha com direito, deixando intacta regular fortuna que despistaria a polícia no dia imediato. Efetivamente, na manhã seguinte ele próprio veio à casa comercial, onde a vítima pernoitava enquanto a pequena família fazia longa estação no campo, e, fingindo preocupação ante as portas cerradas, convidou um guarda a segui-lo a fim de violarem ambos uma das fechaduras. Em poucos momentos, espalhava-se a notícia do crime; no entanto, a justiça humana, emalhada nas habilidades do delinquente, não conseguiu esclarecer o problema na origem. O assassino foi pródigo nos cuidados de salvaguardar os interesses do morto. Mandou selar cofres e livros. Providenciou arrolamentos laboriosos. Requisitou amparo das autoridades legais para minucioso exame da situação. Foi verdadeiro advogado da viúva e dos dois filhinhos do tutor falecido, os quais, mercê de seu devotamento, receberam substanciosa herança. Pranteou a ocorrência, como se o desencarnado lhe fosse pai. Terminada a questão, com a inanidade do aparelho judiciário diante do enigma, retirou-se, discreto, para grande centro industrial, onde aplicou os recursos econômicos em atividades lucrativas.

O mentor estampou diferente brilho no olhar, fez pequena pausa e acrescentou:

— Conseguiu ludibriar os homens, mas não pôde iludir a si mesmo. A entidade desencarnada, concentrando a mente na ideia de vingança, passou, perseverante, a segui-lo. Aferrou-se-lhe à organização psíquica, à maneira de hera sobre muro viscoso. Tudo fez o homicida para atenuar-lhe o assédio constante. Desdobrou-se nos empreendimentos materiais, ansiando esquecimento de si mesmo e pondo em prática iniciativas que lhe fizeram afluir ao cofre enormes quantias, valorizando-lhe os títulos bancários. Observando, entretanto, que os altos patrimônios econômicos não lhe arrefeciam a intranquilidade e o sofrimento inconfessáveis, deu-se pressa em casar, aflito por sossegar o próprio íntimo. Desposou uma jovem de alma extremamente elevada à zona superior da vida humana, a qual lhe deu cinco filhinhos encantadores. No clima espiritual da mulher escolhida, conseguiu de certo modo equilibrar-se, conquanto a vítima nunca o largasse. Ocasiões houve em que se engolfava nas mais cruéis depressões nervosas, assaltado por estranhos pesadelos aos olhos dos familiares; mas sempre resistia, amparado, até certo ponto, pelas afeições de que a esposa, desde muito, dispõe em nossos Planos. Se as leis humanas, todavia, correspondem à falibilidade dos homens encarnados, as leis divinas jamais falecem. Conservando as forças tenebrosas acumuladas em seu destino, desde a noite do assassínio, nosso desventurado amigo manteve enclausuradas, no porão da personalidade, todas as impressões destruidoras recolhidas no instante da queda. Repugnava-lhe uma confissão pública do crime, a qual, de certo modo, lhe mitigaria a angústia, libertando energias nefastas, que arquivara.

A essa altura da narrativa, Calderaro interrompeu-se.

Tocou a zona do córtex e prosseguiu:

— A mente criminosa, assediada pela presença invariável da vítima, a perturbar-lhe a memória, passou a fixar-se na região intermediária do cérebro, porque a dor do remorso não lhe permitia fácil acesso à esfera superior do organismo perispirítico, onde os princípios mais nobres do ser erguem o santuário de manifestações da Consciência Divina. Aterrorizado pelas recordações, transia-o irreprimível pavor em face dos juízos conscienciais. Por outra parte, cada vez mais interessado em assegurar a felicidade da família, seu único oásis no deserto escaldante das escabrosas reminiscências, o infeliz, então respeitado por força da posição social que o dinheiro lhe conferia, embrenhou-se em atividade febril e ininterrupta. Vivendo mentalmente na região intermediária do cérebro, em caráter quase exclusivo, só sentia alguma calma agindo e trabalhando, de qualquer maneira, mesmo desordenadamente. Intentava a fuga através de todos os meios ao seu alcance. Deitava-se, extenuado pela fadiga do corpo, levantando-se, no dia seguinte, abatido e cansado de inutilmente duelar com o perseguidor invisível, nas horas de sono. Em consequência, provocou o desequilíbrio da organização perispiritual, o que se refletiu na zona motora, implantando o caos orgânico.


Fez característico movimento com o indicador e acentuou:

— Repara os centros corticais.

Contemplei, admirado, aquele maravilhoso mundo microscópico. As células piramidais, distinguindo-se pelo tamanho, diziam da importância das funções que lhes impendiam no laboratório das energias nervosas. Observando atentamente o quadro, não me parecia que estivesse a examinar o tecido vivo da substância branco-cinzenta: tive a impressão de que o córtex fosse um robusto dínamo em funcionamento. Não estaríamos diante dalgum aparelho elétrico de complicada estrutura? Mau grado essas impressões, reparei que a matéria cerebral ameaçava amolecimento.

Continuava perplexo, sem saber como formular os comentários cabíveis, quando o Assistente me veio em socorro, esclarecendo:

— Estamos diante do órgão perispiritual do ser humano, adeso à duplicata física, da mesma forma que algumas partes do corpo carnal têm estreito contato com o indumento. Todo o campo nervoso da criatura constitui a representação das potências perispiríticas, vagarosamente conquistadas pelo ser, através de milênios e milênios. Em renascendo entre as formas perecíveis, nosso corpo sutil, que se caracteriza, em nossa Esfera menos densa, por extrema leveza e extraordinária plasticidade, submete-se, no Plano da Crosta, às leis de recapitulação, hereditariedade e desenvolvimento fisiológico, em conformidade com o mérito ou demérito que trazemos e com a missão ou o aprendizado necessários. O cérebro real é aparelho dos mais complexos, em que o nosso “eu” reflete a vida. Através dele, sentimos os fenômenos exteriores segundo a nossa capacidade receptiva, que é determinada pela experiência; por isto, varia ele de criatura a criatura, em virtude da multiplicidade das posições na escala evolutiva. Nem os símios ou os antropóides, a caminho da ligação com o gênero humano, apresentam cérebros absolutamente iguais entre si. Cada individualidade revela-o consoante o progresso efetivo realizado. O selvagem apresenta um cérebro perispiritual com vibrações muito diversas das do órgão do pensamento no homem civilizado. Sob este ponto de vista, o encéfalo de um santo emite ondas que se distinguem das que despede a fonte mental de um cientista. A escola acadêmica, na Crosta Planetária, prende-se à conceituação da forma tangível, em trânsito para as transformações da enfermidade, da velhice ou da morte. Aqui, porém, examinamos o organismo que modela as manifestações do campo físico, e reconhecemos que todo o aparelhamento nervoso é de ordem sublime. A célula nervosa é entidade de natureza elétrica, que diariamente se nutre de combustível adequado. Há neurônios sensitivos, motores, intermediários e reflexos. Existem os que recebem as sensações exteriores e os que recolhem as impressões da consciência. Em todo o cosmo celular agitam-se interruptores e condutores, elementos de emissão e de recepção. A mente é a orientadora desse universo microscópico, em que bilhões de corpúsculos e energias multiformes se consagram a seu serviço. Dela emanam as correntes da vontade, determinando vasta rede de estímulos, reagindo ante as exigências da paisagem externa, ou atendendo às sugestões das zonas interiores. Colocada entre o objetivo e o subjetivo, é obrigada pela Divina Lei a aprender, verificar, escolher, repelir, aceitar, recolher, guardar, enriquecer-se, iluminar-se, progredir sempre. Do plano objetivo, recebe-lhe os atritos e as influências da luta direta; da esfera subjetiva, absorve-lhe a inspiração, mais ou menos intensa, das inteligências desencarnadas ou encarnadas que lhe são afins, e os resultados das criações mentais que lhe são peculiares. Ainda que permaneça aparentemente estacionária, a mente prossegue seu caminho, sem recuos, sob a indefectível atuação das forças visíveis ou das invisíveis.


Verificando-se pausa natural nas elucidações, ocorreram-me inúmeras e ininterruptas associações de ideias.

Como interpretar todas as revelações de Calderaro? As células do acervo fisiológico não se revestiam de característicos próprios? Não eram personalidades infinitesimais, aglomeradas sob disciplina nos departamentos orgânicos, mas quase livres em suas manifestações? Seriam, acaso, duplicatas de células espirituais? Como conciliar tal teoria com a liberação dos microorganismos, em seguida à morte do corpo? E, se assim fora, não devera a memória do homem encarnado, eximir-se do transitório esquecimento do passado?

O instrutor percebeu minhas perquirições inarticuladas, porque prosseguiu, sereno, como a responder-me:

— Conheço-te as objeções e também as formulei noutro tempo, quando a novidade me feria a observação. Posso, contudo, dizer-te hoje, que, se existe a química fisiológica, temos também a química espiritual, como possuímos a orgânica e a inorgânica, existindo extrema dificuldade em definir-lhes os pontos de ação independente. Quase impossível é determinar-lhes a fronteira divisória, porquanto o espírito mais sábio não se animaria a localizar, com afirmações dogmáticas, o ponto onde termina a matéria e começa o espírito. No corpo físico, diferençam-se as células de maneira surpreendente. Apresentam determinada personalidade no fígado, outra nos rins e ainda outra no sangue. Modificam-se infinitamente, surgem e desaparecem, aos milhares, em todos os domínios da química orgânica, propriamente dita. No cérebro, porém, inicia-se o império da química espiritual. Os elementos celulares, aí, são dificilmente substituíveis. A paisagem delicada e superior é sempre a mesma, porque o trabalho da alma requer fixação, aproveitamento e continuidade. O estômago pode ser um alambique, em que o mundo infinitésimo se revele, em tumultuária animalidade, aproximando-se dos quadros inferiores da vida, porquanto o estômago não necessita recordar, compulsoriamente, que substância alimentícia lhe foi dada a elaborar na véspera. O órgão de expressão mental, contudo, reclama personalidades químicas de tipo sublimado, por alimentar-se de experiências que devem ser registradas, arquivadas e lembradas sempre que oportuno ou necessário. Intervém, então, a química superior, dotando o cérebro de material insubstituível em muitos departamentos de seu laboratório íntimo.

Interrompeu-se o Assistente por alguns segundos, como a dar-me tempo para refletir.

Em seguida, continuou, atencioso:

— Na verdade, não há nisso mistério algum. Voltemos aos ascendentes em evolução. O princípio espiritual acolheu-se no seio tépido das águas, através dos organismos celulares, que se mantinham e se multiplicavam por cissiparidade. Em milhares de anos, fez longa viagem na esponja, passando a dominar células autônomas, impondo-lhes o espírito de obediência e de coletividade, na organização primordial dos músculos. Experimentou longo tempo, antes de ensaiar os alicerces do aparelho nervoso, na medusa, no verme, no batráquio, arrastando-se para emergir do fundo escuro e lodoso das águas, de modo a encetar as experiências primeiras, ao sol meridiano. Quantos séculos consumiu, revestindo formas monstruosas, aprimorando-se, aqui e ali, ajudado pela interferência indireta das Inteligências superiores? Impossível responder, por enquanto. Sugou o seio farto da Terra, evolucionando sem parar, através de milênios, até conquistar a região mais alta, onde conseguiu elaborar o próprio alimento.

Calderaro fixou em mim significativo olhar e perguntou:

— Compreendeste suficientemente?

Ante o assombro das ideias novas que me fustigavam a imaginação, impedindo-me o minucioso exame do assunto, o esclarecido companheiro sorriu e continuou:

— Por mais esforços que envidemos por simplificar a exposição deste delicado tema, o retrospecto que a respeito fazemos sempre causa perplexidade. Quero dizer, André, que o princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha sem detença para frente. Afastou-se do leito oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu-se em direção à lama das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo, contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir, conquistou a inteligência… Viajou do simples impulso para a irritabilidade, da irritabilidade para a sensação, da sensação para o instinto, do instinto para a razão. Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós. Estamos, em todas as épocas, abandonando esferas inferiores, a fim de escalar as superiores. O cérebro é o órgão sagrado de manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana.

O orientador, interrompendo-se, acariciou-me de leve, como companheiro experimentado no estudo estimulando aprendiz humilde, e acrescentou:

— Em síntese, o homem das últimas dezenas de séculos representa a humanidade vitoriosa, emergindo da bestialidade primária. Desta condição participamos nós, os desencarnados, em número de muitos milhões de Espíritos ainda pesados, por não havermos, até o momento, alijado todo o conteúdo de qualidades inferiores de nossa organização perispiritual; tal circunstância nos compele a viver, após a morte física, em formações afins, em sociedades realmente avançadas, mas semelhantes aos agrupamentos terrestres. Oscilamos entre a liberação e a reencarnação, aperfeiçoando-nos, burilando-nos, progredindo, até conseguir, pelo refinamento próprio, o acesso a expressões sublimes da Vida Superior, que ainda não nos é dado compreender. Nos dois lados da existência, em que nos movimentamos e dentro dos quais se encontram o nascimento e a morte do corpo denso, como portas de comunicação, o trabalho construtivo é a nossa bênção, aparelhando-nos para o futuro divino. A atividade, na Esfera que ora ocupamos, é, para quantos se conservam quites com a Lei, mais rica de beleza e de felicidade, pois a matéria é mais rarefeita e mais obediente às nossas solicitações de índole superior. Atravessado, contudo, o rio do renascimento, somos surpreendidos pelo duro trabalho de recapitulação para a necessária aprendizagem. Por lá semearemos, para colher aqui, aprimorando, reajustando e embelezando, até atingir a messe perfeita, o celeiro farto de grãos sublimes, de modo a nos transferirmos, aptos e vitoriosos, para outras “terras do céu”. Não devemos acreditar, porém, quanto aos serviços de resgate e de expiação, que a Esfera carnal seja a única capaz de oferecer o bendito ensejo de sofrimento áspero, redentor. Em regiões sombrias, fora dela, quais não podes ignorar, há oportunidade de tratamento expiatório para os devedores mais infelizes, que voluntariamente contraíram perigosos débitos para com a Lei.

Verificou-se breve pausa, que não interrompi, considerando a inconveniência de qualquer indagação de minha parte.


Calderado, todavia, continuou, solícito:

— Perguntas por que motivo não conserva o homem encarnado a plenitude das recordações do longuíssimo pretérito; isto é natural, em virtude da tão grande ascendência do corpo perispiritual sobre o mecanismo fisiológico. Se a forma física evolutiu e se aperfeiçoou, o mesmo terá acontecido ao organismo perispirítico, através das idades. Nós mesmos, em nossa relativa condição de espiritualidade, ainda não possuímos o processo de reminiscência integral dos caminhos perlustrados. Não estamos, por enquanto, munidos de suficiente luz para descer com proveito a todos os ângulos do abismo das origens; tal faculdade, só mais tarde a adquiriremos, quando nossa alma estiver escoimada de todo e qualquer resquício de sombra. Comparando, entretanto, a nossa situação com o estado menos lúcido de nossos irmãos encarnados, importa não nos esqueça que os nervos, o córtex motor e os lobos frontais, que ora examinamos, constituem apenas regulares pontos de contato entre a organização perispiritual e o aparelho físico, indispensáveis, uma e outro, ao trabalho de enriquecimento e de crescimento do ser eterno. Em linguagem mais simples, são respiradouros dos impulsos, experiências e noções elevadas da personalidade real que não se extingue no túmulo, e que não suportariam a carga de uma dupla vida. Em razão disto, e atendendo aos deveres impostos à consciência de vigília para os serviços de cada dia, desempenham função amortecedora: são quebra-luzes, atuando beneficamente para que a alma encarnada trabalhe e evolva. Além disto, nascimento e morte, na Esfera carnal, para a generalidade das criaturas são choques biológicos, imprescindíveis à renovação. Em verdade, não há total esquecimento na Crosta Terrestre, nem restauração imediata da memória nas províncias de existência, que se seguem, naturais, ao campo da atividade física. Todos os homens conservam tendências e faculdades, que quase equivalem a efetiva lembrança do passado; e nem todos, ao atravessarem o sepulcro, podem readquirir, repentinamente, o patrimônio de suas reminiscências. Quem demasiado se materialize, demorando-se em baixo padrão vibratório, no campo de matéria densa, não pode reacender, de pronto, a luz da memória. Despenderá tempo a desfazer-se dos pesados envoltórios a que inadvertidamente se prendeu. Dentro da luta humana, também, é indispensável que os neurônios se façam de luvas, mais ou menos espessas, a fim de que o fluxo das recordações não modere o esforço edificante da alma encarnada, empenhada em nobres objetivos de evolução ou resgate, aprimoramento ou ministério sublime. Importa reconhecer, porém, que a nossa mente aqui age no organismo perispirítico, com poderes muito mais extensos, mercê da singular natureza e elasticidade da matéria que presentemente nos define a forma. Isto, contudo, em nossos círculos de ação, não nos evita as manifestações grosseiras, as quedas lastimáveis, as doenças complexas, porque a mente, o senhor do corpo, mesmo aqui, é acessível ao vício, ao relaxamento e às paixões arruinantes.


Nessa altura, das elucidações, arrisquei uma pergunta, no intervalo que se fez, espontâneo:

— Como interpretar, de maneira simples, as três regiões de vida cerebral a que nos referimos?

O companheiro não se fez rogado e redarguiu:

— Nervos, zona motora e lobos frontais, no corpo carnal, traduzindo impulsividade, experiência e noções superiores da alma, constituem campos de fixação da mente encarnada ou desencarnada. A demora excessiva num desses planos, com as ações que lhe são consequentes, determina a destinação do cosmo individual. A criatura estacionária na região dos impulsos perde-se num labirinto de causas e efeitos, desperdiçando tempo e energia; quem se entrega, de modo absoluto, ao esforço maquinal, sem consulta ao passado e sem organização de bases para o futuro, mecaniza a existência, destituindo-a de luz edificante; os que se refugiam exclusivamente no templo das noções superiores sofrem o perigo da contemplação sem as obras, da meditação sem trabalho, da renúncia sem proveito. Para que nossa mente prossiga na direção do alto, é indispensável se equilibre, valendo-se das conquistas passadas, para orientar os serviços presentes, e amparando-se, ao mesmo tempo, na esperança que flui, cristalina e bela, da fonte superior de idealismo elevado; através dessa fonte ela pode captar do Plano divino as energias restauradoras, assim construindo o futuro santificante. E, como nos encontramos indissoluvelmente ligados aos que se afinam conosco, em obediência a indefectíveis desígnios universais, quando nos desequilibramos, pelo excesso de fixação mental, num dos mencionados setores, entramos em contato com as inteligências encarnadas ou desencarnadas em condições análogas às nossas.

O instrutor, com ar fraternal, indagou:

— Entendeste?

Respondi afirmativamente, possuído de sincera alegria porque, afinal, assimilara a lição.


Calderaro fez aplicações magnéticas sobre o crânio do enfermo, envolvendo-o em fluidos benéficos, e disse-me, após longa pausa:

— Temos aqui dois amigos de mente fixada na região dos instintos primários. O encarnado, depois de reiteradas vibrações no campo do pensamento, em fuga da recordação e do remorso, arruinou os centros motores, desorganizando também o sistema endócrino e perturbando os órgãos vitais. O desencarnado converteu todas as energias em alimento da ideia de vingança, acolhendo-se ao ódio em que se mantém foragido da razão e do altruísmo. Outra seria a situação de ambos se houvessem esquecido a queda, reerguendo-se pelo trabalho construtivo e pelo entendimento fraternal, no santuário do perdão legítimo.

O Assistente deixou perceber novo brilho nos olhos percucientes e acrescentou:

— Segundo verificamos, Jesus-Cristo tinha sobradas razões recomendando-nos o amor aos inimigos e a oração pelos que nos perseguem e caluniam. (Mt 5:44) Não é isto mera virtude, senão princípio científico de libertação do ser, de progresso da alma, de amplitude espiritual: no pensamento residem as causas. Época virá, em que o amor, a fraternidade e a compreensão, definindo estados do espírito, serão tão importantes para a mente encarnada quanto o pão, a água, o remédio; é questão de tempo. Lícito é esperar sempre o bem, com o otimismo divino. A mente humana, de maneira geral, ascende para o conhecimento superior, apesar de, por vezes, parecer o contrário.

Em seguida, permaneceu Calderaro longos minutos em vigorosas irradiações magnéticas, que, envolvendo a cabeça e a espinha dorsal do enfermo, se me afiguraram fortemente repousantes, porque em breve o doente, antes torturado, se abandonava a sono tranquilo, como se sorvera suavíssimo anestésico. Dentro em pouco encontrava-se em nosso Círculo, temporariamente afastado do veículo denso, tomado de pavor perante o verdugo implacável, que se mantinha sentado, impassível, num dos ângulos do leito.

Verifiquei que o enfermo não nos notava a presença, qual acontecia com o algoz em muda expectativa.

Contava como certo que o Assistente os cumulasse de longas doutrinações; Calderaro, porém, guardou absoluto silêncio.

Não me contive: interroguei-o. Porque os não socorrer com palavras de esclarecimento? O doente parecia-me aflito, enquanto o perseguidor se erguia, agora, mais agressivo. Porque não sustar o braço cruel que ameaçava um infeliz? Não seria justo impedir o atrito, que acarretaria consequências imprevisíveis ao companheiro hospitalizado?

O instrutor ouviu-me, sereno, e respondeu:

— Falaríamos em vão, André, porque ainda não sabemos amá-los como se fossem nossos irmãos ou nossos filhos. Para nós ambos, Espíritos de raciocínio algo avançado, mas de sentimentos menos sublimes, são eles dois infortunados, e nada mais. Damos-lhes, no momento, o de que dispomos, isto é, intervenção benéfica no campo de seus sofrimentos exteriores, nos limites de nossas aquisições no domínio do conhecimento.

Olhou para grande porta próxima e acentuou:

— A providência não foi, porém, esquecida. A irmã Cipriana, orientadora dos serviços de socorro do grupo em que coopero, não pode tardar.

Mais alguns instantes, durante os quais o verdugo e a vítima reciprocavam palavras amargas, e o prestimoso mentor prosseguiu:

— Lembras-te de De Puysegur? ()

Sim, recordava-me de modo vago. Fez-se em meu cérebro uma livre associação de ideias, rememorando estudos que levara a efeito sobre certas realizações de Charcot. () Não podia, entretanto, especificar particularidades, porquanto a psiquiatria não fora meu campo direto de trabalho na medicina.

Tornou Calderaro, solícito:

— De Puysegur foi dos primeiros magnetistas que encontraram o sono revelador, em que era possível conversar com o paciente noutro estado consciencial que não o comum. Desde então, a descoberta impressionou os psicologistas; com ela, surgia nova terapêutica para tratamento das moléstias nervosas e mentais. Entretanto, para nós, “neste lado” da vida, o fenômeno é corriqueiro: diariamente milhões de pessoas adormecem sob a influência magnética de amigos espirituais, a fim de serem auxiliadas nas resoluções inadiáveis.

— E porque não tentarmos o esclarecimento verbal, agora, a estes nossos amigos? — Insisti, ansioso por minha vez, observando os infortunados contendores, que se trocavam insultos e acusações.

— Porque, se o conhecimento auxilia por fora, só o amor socorre por dentro, — acrescentou o instrutor tranquilamente. Com a nossa cultura retificamos os efeitos, quanto possível, e só os que amam conseguem atingir as causas profundas. Ora, os nossos desventurados amigos reclamam intervenção no íntimo, para modificar atitudes mentais em definitivo… E nós ambos, por enquanto, apenas conhecemos, sem saber amar…

Nesse momento, alguém assomou à porta de entrada.

Oh! Era uma sublime mulher, revelando idade madura; nos olhos esplendia-lhe brilho meigo e enternecedor. Curvei-me, comovido e respeitoso. Calderaro tocou-me o ombro de leve, e murmurou-me ao ouvido:

— É a irmã Cipriana, a portadora do divino amor fraternal, que ainda não adquirimos.



mt 5:47
Conduta Espírita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 46
Página: 150
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Apagar as discussões estéreis, esquivando-se à criação de embaraços que prejudiquem o desenvolvimento sadio da obra doutrinária.


O espírito da verdadeira fraternidade funde todas as divergências.


Não restringir a prática doutrinária exclusivamente ao lar, buscando contribuir, de igual modo, na seara espírita de expressão social, auxiliando ainda a criação e a manutenção de núcleos doutrinários no ambiente rural.


Todos estamos juntos nos débitos coletivos.


Orar por aqueles que não souberem ou não puderem respeitar a santidade dos postulados espíritas, furtando-se de apreciar-lhes a conduta menos feliz, para não favorecer a incursão da sombra.


O comentário em torno do mal, ainda e sempre, é o mal a multiplicar-se.


Desapegar-se da crença cega, exercitando o raciocínio nos princípios doutrinários, para não estagnar-se nas trevas do fanatismo.


Discernimento não é simples adorno.


Antes de criticar as instituições espíritas que julgue deficientes, contribuir, em pessoa, para que se ergam a nível mais elevado.


Quem ajuda, aprecia com mais segurança.


Auxiliar as organizações espiritualistas ou as correntes filosóficas que ainda não recebem orientação genuinamente espírita, compreendendo, porém, que a sua tarefa pessoal já está definida nas edificações da Doutrina que abraça.


O fruto não amadurece antes do tempo.


Recordar a realidade de que o Espiritismo não tem chefes humanos e de que nenhum dos seareiros do seu campo de multiformes atividades é imprescindível no cenário de suas realizações.


Cristo, nosso Divino Orientador, não vive ausente.



Fernando Worm e Francisco Cândido Xavier

mt 5:9
Janela Para a Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Fernando Worm e Francisco Cândido Xavier

Certa noite de novembro de 1971, de repente vi-me frente aos altos muros de Jerusalém. O núcleo cristão da cidade velha preparava-se para as festividades natalinas, iluminando feericamente alguns prédios e templos, as torres e o mercado.

Embora ali comparecesse com a credencial única de mero viajor daquelas eleitas regiões do Planeta, causou-me natural perplexidade a consciência de que a poucos passos de mim estavam a Porta de Damasco, a Porta de Santo Estêvão, a antiga pretoria de Pilatos, a Via Dolorosa, o Santo Sepulcro, os templos sagrados de judeus e muçulmanos, o Getsemane no Monte das Oliveiras e todos aqueles históricos locais cujos nomes, desde pequenino, eu me acostumara a ouvir intermitentemente.

Os registros históricos informam que a cidade murada foi tomada e destruída pelos romanos no ano 70 da nossa era. No rastro das hordas de Tito, a dramática Jerusalém prosseguiu sendo invadida e saqueada primeiramente pelos persas de Khosro, em 614; depois pelos árabes, em 637; pelos Cruzados de Godefroi de Bouillon, em 1099; por Saladino, em 1187; por Frederico II, em 1229; por tropas franco-inglesas, em 1917. Internacionalizada pela Organização das Nações Unidas em 1947, foi então dividida pela linha de armistício entre árabes e judeus em 1948; novamente invadida e anexada à Jerusalém nova após a “Guerra dos Seis Dias”, a estranha cidade murada dos Patriarcas prossegue na rota de seu dramático destino de marco de disputa entre povos irmãos, cultuando religiões que ali tiveram sua origem comum.

Dois dias após a chegada às semi-áridas terras da antiga Judeia e Samaria, desci a Jericó, visitando depois Belém, Hebron, a desembocadura do rio Jordão no mar Morto e a região adjacente no deserto de Neguef.

A enganosa calma que se observava na região só era quebrada pela passagem ruidosa de veículos militares, ou pela visão dos campos de refugiados, com cercas divisórias de arame farpado, além dos destroços de tanques de guerra ao longo da rodovia que desce em direção ao mar Morto.

Continuava a não existir ali a paz entre os homens. Não bastaram dois milênios de desencontros após a passagem do Nazareno sob o mesmo céu cintilantemente azul, pregando incessantemente a tolerância e o amor, a busca da perfeição e a necessidade de perdoar-nos uns aos outros.

Árabes viam com ressentimento seus irmãos judeus, enquanto cristãos peregrinavam pelos santuários do Cristianismo como quem pisa chão alheio.

A tensão dominante, visível no relacionamento das comunidades conterrâneas, inconscientemente fazia com que nos lembrássemos das vozes ressoantes do Cristo, desde aquelas terras de antanho: “Perdoai-vos setenta vezes sete vezes; (Mt 18:21) Sede misericordiosos;(Lc 6:36) Amai os vossos inimigos; (Mt 5:44) Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; (Mt 5:9) Não separeis o que Deus juntou; (Mt 19:6) Pedi e obtereis”. (Lc 11:9)

Não, ali não se achava o Cristo. Ou seu Espírito ali ainda não chegara, depois de tudo e de tanto tempo. Passaram-se anos.

Do regresso lembro apenas ter ouvido de alguém esta perene afirmativa: “É mais fácil encontrar o Cristo no coração de uma criatura animada pela fé do que no silencioso e subterrâneo tumulto de Jerusalém”.

Decorridos quatro anos dessa viagem, eis que um dia circunstâncias inesperadas me levam a tomar parte numa peregrinação a bairros humildes de Uberaba, no preparo de matéria jornalística.

Numa das moradas com paredes de barro e piso de chão batido, fomos encontrar uma senhora enferma, de aproximadamente 70 anos de idade, dividindo a casa com outra amiga, também anciã e de saúde abalada.

A paralisia atingira todo um lado de seu corpo, prejudicando a faculdade da fala de tal forma que ela, embora ouvindo perfeitamente, só respondia através de sinais mímicos.

Por meio desses sinais emitidos com dificuldade, ela inicialmente demonstrou júbilo pela presença da caravana de irmãos, que fraternalmente a visitava, para em seguida, enquanto um médium da comitiva fazia a prece de agradecimento e súplica a Deus, emitir através de seus olhos uma luminosidade estática, cuja transcedente descrição eu só poderia tentar se conhecesse a linguagem dos anjos. Era como uma antevisão celestial da presença irradiante do próprio Deus.

Naquele olhar vasado de amor sublimado, naquelas encarquilhadas e trêmulas mãos em prece, estava o Cristo redivivo dos Evangelhos de sempre.

Menos de um ano depois desse significativo episódio, quase ao fim de um dia de intenso trabalho, adentrei-me pelo paço de uma igreja a fim de desfrutar da paz, do reconfortante silêncio e das vibrações das preces ali existentes.

Quase ao meu lado, uma senhora de meia-idade orava com visível fervor e concentração.

De seus olhos, voltados para o Mais Alto, fulgia o mesmo luminescente olhar da enferma de Uberaba: pareciam verter lágrimas de iluminado amor.

Saímos do templo quase ao mesmo tempo, de forma que pude observar quando, deparando-se com um menino que descia a rua fronteira transido de frio, tirou de seus ombros a manta que a agasalhava, colocando-a sobre os ombros da criança.

Novamente, ali estava o Cristo redivivo.

Em outra ocasião, ainda em Uberaba, uma caravana de fiéis do “Grupo Espírita da Prece” com Chico Xavier à frente, lia o Evangelho sob uma densa chuva, pés imersos no barro campesino, antes de fazer a distribuição de gêneros para centenas de criaturas nas quais a subnutrição era visível, algumas comendo o alimento ali mesmo.

Pontos luminosos na Terra, propiciando a revivência daquele mesmo Jesus dos tempos primevos do Cristianismo.

A constatação se impunha desde logo: a presença viva do Cristo tanto pode estar na aparente solidão de um velho que tenha o coração aquecido pela fé em Deus, quanto no aconchego de uma catedral; tanto na prece de uma mãe aflita pelo seu rebento, quanto na súplica inocente de uma criança orando; no gesto de boa vontade de uma criatura para com outra menos favorecida ou na esperança convicta em Deus de um moribundo à míngua de recursos médicos num humilde tugúrio, embora assistido pelo consolo do Mundo Espiritual Maior.

“Onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração.” (Lc 6:45)

Preciosos ensinamentos hauridos ao correr de um caminho e de um tempo longo e frutífero, que não devo esquecer:

Um sábio me falou isto:

— “O Cristo em Jerusalém?…

Não vive lá! Jesus Cristo

Está, onde esteja o bem”.


Enquanto me concentrava na redação desta breve introdução, lia em horas disponíveis um compêndio tratando da Astronomia e do Universo em expansão. Recolho nas páginas admiráveis desse compêndio os seguintes dados científicos:

O observatório de Monte Palomar, nos Estados Unidos, consegue abranger, numa única chapa fotográfica, dez mil bilhões de sóis; a Via-Láctea, à qual pertencemos, é composta de 200 mil estrelas, sendo o nosso Sol uma dessas estrelas, de tamanho apenas mediano, embora 109 vezes maior do que a Terra — pelo Equador. Cada galáxia contém centenas, de milhares, ou milhões, ou bilhões de estrelas, sendo que o raio desse observatório permite entrever um bilhão de galáxias. A luz viaja a uma velocidade de 300.000 km/s e a luz do Sol, nessa velocidade, necessita de oito minutos para chegar à Terra; a Constelação Andrômeda, uma das mais próximas da nossa Via Láctea necessita de 680.000 anos-luz até tocar nosso planeta, existindo galáxias cujas distâncias são superiores a milhões de bilhões de anos-luz. Quase ao fim de uma longa existência de pesquisa debruçado sobre a imensidão cósmica, e sentindo a proximidade da morte, exclama Isaac Newton: “Ignoro o que o mundo pensa de mim, mas tenho a impressão de nunca haver sido, em toda a minha vida, senão um garotinho brincando à beira do mar e se divertindo com descobrir, aqui e ali, uma pedrinha mais polida ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o grande oceano da Verdade se estendia, pleno de mistérios, diante de meus olhos. Há um Ser Infinito que governa tudo, é Deus quem dirige o balé do Universo”. A Cosmologia comprovou que o Universo se move em contínua expansão, enquanto as galáxias se afastam rapidamente umas das outras em direção a rumos desconhecidos.

Uma única colher das de café, se contivesse massa dos chamados espaços ou “buracos negros”, onde a matéria fica concentrada ao extremo, pesaria em torno de um bilhão de toneladas.

Os “quasar” do espaço, ou nebulosas gasosas dotadas das luminosidades azul e ultravioleta, de intensidade espantosa e com cauda de luz saindo de um dos flancos, embora não sejam classificadas como cometa, estrela ou planeta, emitem sinais de radioeletricidade com frequência e potência desconcertantes.

Também numa colher das de café existem 50 quatrilhões de átomos, sem falar nos sub-átomos.

O macrocosmo e o microcosmo contêm enigmas de estonteante grandeza, harmonia e equilíbrio perfeitos! Observando tudo isso, analisando, medindo e comparando, os sábios e astrônomos que se debruçam sobre a mais ampla das ciências — a Cosmologia — após um esforço desesperado de compreensão abrangente, afirmam, entre perplexos e desiludidos: “Nada sabemos acerca da origem e da razão de ser do Universo e de tudo o que nele há”. Depois que os homens aprenderam a se orientar pelos astros, a Cosmologia, teoricamente, tornou-se uma ciência inútil!

A grande janela aberta para o Céu por Copérnico, Tycho Brahe, Kepler e Galileu, Newton é William Herschel, de repente se revela um espetáculo tão grandioso quanto vazio de sentido. “Por que tudo isso? Para que existem esses bilhões de mundos aparentemente estéreis, mudos e despovoados? Para onde vão as galáxias? Por que esses bilhões de astros anódinos — e conhecemos apenas uma fração deles — não respondem aos nossos sinais e interpelações?”

Renova-se, através das gerações, afirmativa de Jesus quando diz que Deus confunde os sábios com aquilo que revela aos simples pela graça da fé. “Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito.” (Jo 14:2)

Outro dia, numa reunião fraterna de amigos no Hospital Espírita de Porto Alegre, presentes o professor Cícero Marcos Teixeira, os doutores Nei da Silva Pinheiro e José Jorge da Silva, e este vosso servidor, considerava-se a grandiosidade de Deus relembrando a célebre frase de Santo Agostinho: “Que absurdo não crer!”

“Janela Para a Vida” constitui uma das tentativas de iluminar ao menos parte dos múltiplos problemas e indagações que fazem também perplexo o ser humano perquiridor das razões que teriam, determinado a origem do homem, sua presença e finalidade neste planeta.

Através das respostas do Benfeitor Emmanuel — a Mediunidade com Jesus — novas luzes para enfocar problemas emergentes descem até nós sempre por acréscimo da Misericórdia Divina do Pai.

Mudam os tempos e as circunstâncias e, com eles, às vezes sem o perceber, mudamos nós também.

Janela Para a Vida deseja fazer parte desse esforço de conscientização individual e coletiva que aproxima o homem de Deus, visando à autotransformação para melhor.

Através das luzes do Mundo Maior, tenta colocar frente à frente a involução e a evolução, a dúvida e a resposta, o amargor e a esperança, a obscuridade e a luminescência Divina, objetivando sintonizar a mente humana com os enigmas da vida, na busca do sentido real da existência.

Longa e difícil é a caminhada evolutiva, desde a mônada até o Arcanjo, desde o profundo sono da inconsciência nos reinos inferiores da Natureza até o cósmico despertar do Espírito para a essência de tudo o que existe nos Dois Planos da Vida: Deus.

Sabemos que é nas asas do amor e do conhecimento que a alma humana alça o voo definitivo para as cumeadas do Mundo Maior.

Num futuro não previsível, o Evangelho será a Lei Maior para a Humanidade inteira.

Isto pode parecer utopia de um escriba alienado das realidades da existência terrena. Entretanto, se formos considerar o progresso alcançado pelos seres humanos, principalmente a partir do século XIX até esta parte, nos campos filosóficos, científico e religioso, constataremos que há motivos para grandes esperanças quanto ao futuro da Humanidade.

Enquanto esse amanhecer do Espírito não chega, cabe-nos prosseguir na gradual conscientização da senda evolutiva que a todos, sem exceções, convoca e condiciona, sempre sob as luzes infinitas e misericordiosas do Alto.



Guaíba, 23 de julho de 1979.



Wesley Caldeira

mt 5:14
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11454
Capítulo: 14
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
A análise dos evangelhos revela que os seguidores de Jesus formavam quatro círculos em torno dele, ou quatro categorias: os adeptos, os discípulos, os apóstolos e os “três”, sendo os apóstolos e os “três” (Pedro, Tiago e João) os círculos mais próximos do Mestre.
Os adeptos eram aqueles que aplicavam ao comportamento as regras morais e espirituais ensinadas por Jesus. Prosseguiam normalmente com suas vidas privadas, ligados aos compromissos familiares e sociais, e compunham uma rede de apoio ao Nazareno. A maioria, simples e pobre; alguns, ricos e relacionados ao Poder, como Nicodemos e José de Arimateia. Entre os adeptos se encontravam amigos íntimos de Jesus, como Marta, Maria e Lázaro.
Os discípulos possuíam responsabilidades na difusão da Boa-Nova, na tarefa de ensinar o Evangelho. Discípulo, do latim, quer dizer aluno. Esse grupo teria sido designado após a convocação dos apóstolos. Jesus justificou-o (LUCAS, 10:2):
— “A colheita é grande, mas os operários são poucos”.
Lucas referiu-se a ele como os setenta e dois, enviados dois a dois à frente de Jesus, “a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir”. (LUCAS, 10:1.)

Jesus resumiu a tarefa dos discípulos em duas atividades primordiais (LUCAS, 10:9):
— “Curai os enfermos e dizei ao povo: o Reino de Deus está próximo de vós”.
A recomendação de curar constituía obra humanitária e, ao mesmo tempo, estratégia de aproximação das comunidades. A Medicina, no estágio em que se encontrava, não existia para os pobres nem atendia com eficácia os afortunados. Durante milênios, o caminho para a recuperação orgânica foi a cura pela fé. Jesus e os discípulos ofereciam curas. Isso abria as portas da hospitalidade e cativava ouvidos para a mensagem do reino de Deus.
“Jesus percorria toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando as enfermidades do povo. Sua fama se espalhou por toda a Síria, de modo que lhe traziam os acometidos de doenças diversas, bem como os obsidiados e os doentes mentais” (MATEUS, 4:23 e 24).
Quando Jesus enviou os discípulos, asseverou (LUCAS, 10:16):
— “Quem vos ouve a mim ouve, quem vos despreza a mim despreza, e quem me despreza, despreza aquele que me enviou”.
Ele se declarou a luz do mundo (JOÃO, 8:12), mas também disse que seus discípulos são a luz do mundo (MATEUS, 5:14).
Após a primeira experiência de peregrinação, os 72 regressaram exultantes (LUCAS, 10:17):
— “Senhor, até os demônios se nos submetem em teu nome!”
Ao que Jesus ponderou (LUCAS, 10:20):
— “[...] não vos alegreis porque os espíritos se vos submetem; alegrai-vos, antes, porque vossos nomes estão inscritos nos céus”.
Jacques Duquesne (2005, p. 110) sugeriu:

O número 72 não deve ser tomado literalmente, porque corresponde ao número de sábios anciães de Israel reunidos por Moisés no deserto para ajudá-lo a governar o povo e também ao número de nações do mundo, todas nascidas, segundo o Gênesis, de filhos de Noé. Mas significa que os discípulos eram bastante numerosos.
Num grupo mais seleto, estavam os reunidos pelo termo grego apostolos, de apostellein, enviar; chelilah, em hebraico, enviado, emissário. Esses receberam as mesmas atribuições dos discípulos, como se vê no Discurso Apostólico de Mateus (10:1 a 42); contudo, eram os cooperadores mais próximos de Jesus e, por isso, tiveram instrução mais profunda sobre a Boa-Nova. Formavam um colegiado de grande autoridade perante os discípulos e adeptos. Eram os intérpretes das ações e ensinos de Jesus.
Os critérios para a escolha desse grupo não foram revelados nos escritos evangélicos. Todavia, houve critérios, não há dúvidas. Lucas conta que Jesus se retirou de Cafarnaum e buscou uma colina próxima para orar, como Ele sempre fazia em momentos importantes. E só depois de orar uma noite inteira Ele entrou novamente na cidade e convocou doze.
O texto joanino não cita o nome de todos os apóstolos; não fala de Mateus ou de Simão, o Zelote. Já as narrativas sinópticas mencionam doze nomes. Pedro e André, Tiago e João, Tomé e Judas Iscariotes são os nomes comuns nos quatro evangelhos.
MATEUS, 10:2 a 4 apresenta os doze:
1) Shim’on (nome hebraico, aquele que ouve), Simão, que Jesus chamou de Pedro (Kepa, em aramaico, daí Cefas; em grego, Petros);
2) Andréas (nome grego, viril), André, irmão de Pedro, filhos de Giona, João ou Jonas;
3) Ja’akov (nome hebraico), Tiago, transliteração grega do nome Jacó
(Iacobos), dito o Maior, irmão de João, filho de Zebedeu e de Salomé;
4) Johanan ou Iokanan (nome hebraico), João; este e Tiago chamados por Jesus de Boanerges, filhos do trovão ou trovejantes (MARCOS, 3:17);

5) Filippos (nome grego, apreciador de cavalos), Filipe;
6) Bartholomaios (nome grego, originado do aramaico bar talmai, filho de Tolmai), Bartolomeu, também chamado Natanael (nome hebraico);
7) Mattai (nome hebraico, dom de Iahweh), Mateus ou Levi, o publicano;
8) Toma (nome aramaico), gêmeo, Tomé, ou Didymos, gêmeo em grego;
9) Ja’akov (nome hebraico), Tiago, dito o Menor, filho de Alfeu; 10) Shim’on, Simão, o nacionalista, o zelote, o cananeu; 11)Taddai (nome hebraico), Judas Tadeu;
12) Judas Iscariotes, filho de Simão.
O lago de Genesaré é uma das bacias hidrográficas mais piscosas do planeta, e assim era mais especialmente naquela época, nas áreas próximas a Betsaida e Cafarnaum. Muitas e numerosas famílias se dedicavam à pesca. “As famílias de pescadores formavam uma sociedade doce e cordata, estendendo-se em numerosos laços de parentesco por todo o cantão do lago”. (RENAN, 2003, p. 191.)
Onze dos escolhidos eram galileus e ligados à vida do mar da Galileia. Nasceram e se tornaram homens em suas margens, sendo vários deles conhecidos entre si, até por laços de parentesco.
Judas, a exceção, originava-se da Judeia. O apelido vem da cidade de Cariot ou Keriote, aldeia situada ao sul da Judeia, hoje chamada Kereitein. Judas se dedicava “ao pequeno comércio em Cafarnaum, no qual vendia peixes e quinquilharias”, quando conheceu Jesus. (XAVIER, 2013a, cap. 5, p. 36.)
André, Pedro, João, Tiago e Filipe eram de Betsaida (casa dos pescadores), localizada a noroeste do lago de Genesaré, próxima à foz do rio Jordão. Com terras férteis, clima agradável e bela flora, Betsaida foi o berço de cinco grandes personagens do Evangelho.

O Novo Testamento utilizou quatro nomes para se referir a Pedro: o nome hebraico Simeão (ATOS DOS APÓSTOLOS, 15:14), que pode significar ouvir; Simão, a forma grega de Simeão; Pedro, de origem grega, significa pedra ou rocha; Cefas, rocha em aramaico.
Simão Pedro é citado em primeiro lugar nas listas dos evangelhos sinópticos. Foi o apóstolo convocado à liderança dos demais. Pedro era casado, tinha filhos e sua sogra morava com ele. Conhecera Jesus quando os primeiros cabelos embranqueciam. Era pescador e, aparentemente, homem de alguma abastança material. Possuía uma boa moradia, onde Jesus era encontrado com frequência. Seu irmão André, também pescador, foi discípulo de João Batista: “André, o irmão de Simão Pedro, era um dos que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus”. (JOÃO, 1:40.)
Os evangelhos sinópticos propõem que André e Pedro foram os primeiros apóstolos, chamados depois que João Batista foi preso por Herodes Antipas. Narra MATEUS, 4:19 que Jesus caminhava pela orla do lago e viu os dois irmãos:
— “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens”.
Mas para o quarto evangelho (JOÃO, 1:35 a 39), André foi chamado quando estava com o apóstolo João, na companhia de João Batista. É André que informa a Pedro: “Encontramos o Messias”. (JOÃO, 1:41.) E em seguida o leva a Jesus. Os dois relatos parecem se completar.
Os dois irmãos, Pedro e André, residiam havia muito tempo em Cafarnaum (vila de Naum), uma das mais importantes vilas em torno do lago. Jesus fez dela sua cidade: “E entrando em um barco, ele atravessou e foi para a sua cidade”. (MATEUS, 9:1.)
Cafarnaum era um centro coletor de impostos, próspero centro comercial, localizado numa pequena enseada do lago, perto de onde o Jordão trazia suas águas. O casario era baixo, localizado entre árvores frondosas e muitos pomares. Possuía uma população de 15 mil habitantes, cujos sentimentos ternos e boa vontade faziam de Cafarnaum um lugar especial para Jesus. A cidade de Jesus seria destruída no século VII, jamais sendo restaurada. Suas ruínas foram adquiridas pelos franciscanos em 1894, o que preservou sua herança arqueológica até hoje. (SOTELO, 2003, p. 75-77.)
Tiago e João eram filhos de Zebedeu, um pescador bem-sucedido, dono de vários barcos. Trabalhavam como pescadores e eram companheiros/sócios de Simão Pedro, de acordo com LUCAS, 5:10. João, tudo indica, era o outro seguidor do Batista, ao lado de André. Salomé, mãe de Tiago e João, foi uma das destacadas discípulas de Jesus que tiveram a honra de servi-lo até o fim na tarde do Calvário. (MATEUS, 27:56.)
Filipe fora aquele que ouviu o segue-me e pediu a Jesus (LUCAS, 9:59 e 60):
— “Permite-me ir primeiro enterrar meu pai”.
Ao que Jesus replicou:
— “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus”.
Na despedida, no cenáculo, Jesus enchia de esperanças seus apóstolos entristecidos (JOÃO, 14:6 a 9):
— “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. Se me conheceis, também conhecereis a meu Pai”.
Filipe interrompe-o e pede:
— “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”.
Jesus o interpela:
— “Há tanto tempo estou convosco e tu não me conheces, Filipe?” Filipe era pai de quatro filhas profetisas.
Natanael, ou Bartolomeu, vinha de laboriosa família de Caná, distante 30 quilômetros de Nazaré. Ao ser procurado por Bartolomeu, Jesus disse a seu respeito: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude”. (JOÃO, 1:47.) Era um homem verdadeiro.

Simão, o Zelote, viera de Canaã para dedicar-se à pescaria.
Tomé também era descendente de um pescador. Seu nome próprio não foi preservado, sendo chamado gêmeo (Toma, em aramaico, e Didymos, em grego). A tradição propôs que ele se chamava Judas. Quando Jesus, recém-perseguido na Judeia, quis voltar a ela para acordar Lázaro de seu sono letárgico, Tomé disse, em tom de desagrado e resignação fatalista: “Vamos também nós, para morrermos com ele”. (JOÃO, 11:6 a 16.)
Símbolo do discípulo despreocupado e ausente, conforme opinião de Emmanuel (XAVIER, 2013e, cap. 100), Tomé não estava presente na primeira manifestação de Jesus ao grupo.
Era o aprendiz desconfiado (JOÃO, 20:25):
— “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não crerei”.
Jesus foi paciente com ele (JOÃO, 20:27):
— “Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê”.
A partir daí, Tomé se ergueria como um símbolo de dedicação a seu Mestre.
Amélia Rodrigues informa que “Tiago, o Moço, Judas Tadeu, seu irmão, e Mateus Levi, o ex-publicano, eram filhos de Alfeu e Maria de Cléofas, parenta de Maria, Sua mãe. Nazarenos todos, eram primos afetuosos e passavam como seus irmãos”. (FRANCO, 1991a, p. 29.)
Humberto de Campos também afirma isso. (XAVIER, 2013a, cap. 5, p. 35.)
Levi era coletor de impostos em Cafarnaum e, provavelmente, detinha a melhor formação cultural. Devia ser, entre os doze, o que melhor manejava o kalam — um caniço talhado para escrever e muito usado na época. Ainda que fosse um coletor de segunda classe, viveria em muito mais conforto financeiro do que a maioria dos seus concidadãos. LUCAS, 5:27 informou que Mateus deixou tudo para seguir seu Mestre.

Jesus causou grande escândalo quando, após convocar Mateus ao apostolado, aceitou o convite do novo aprendiz e ceou em sua casa, sentado à mesa com outros publicanos. Os publicanos, porque arrecadavam o imposto para o dominador estrangeiro, eram vistos como traidores malditos.
Nas sociedades formadas em torno do Mar Mediterrâneo, baseadas na honra e na vergonha, a mesa representava a miniatura do cosmo social dominante. A comensalidade (companheirismo da mesa) definia a hierarquia social. Só os afins sociais desfrutavam da mesma mesa: ela era um espelho das discriminações verticais da sociedade. Jesus defendia uma comensalidade igualitária, em que todos pudessem estar juntos, apesar das diferenças individuais momentâneas.
O grupo dos “três” (Pedro, Tiago e João) se distinguia entre os doze. Nos momentos importantes, eram os “três” as testemunhas prediletas e os auxiliares mais requisitados. Assim foi na cura da filha de Jairo, o chefe da sinagoga de Cafarnaum (MARCOS, 5:27), na transfiguração (MARCOS, 9:2) e no Getsêmani (MARCOS, 14:33).
A sociedade dos doze reunia homens com características pessoais muitos diferentes. Mas uma ambição comum parece ter criado variados momentos de tensão entre eles: trata-se das vantagens pessoais.
O relacionamento entre os apóstolos nunca se ajustou plenamente, tendo exigido um tempo além da vida física de Jesus para que moderassem as dissensões.
Diante da ideia do reino de Deus, a questão era saber quem estaria mais próximo de Jesus. A liderança de Pedro provocava ciúmes. Tiago e seu irmão João, por exemplo, desejavam o mesmo privilégio.
Narra MATEUS, 20:20 a 27:
Então a mãe dos filhos de Zebedeu, juntamente com os seus filhos, dirigiu-se a ele, prostrando-se, para fazer-lhe um pedido. Ele perguntou: “Que queres?” Ao que ela respondeu: “Dize que estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e outro à tua esquerda,

no teu Reino”. Jesus, respondendo, disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que estou para beber?” Eles responderam: “Podemos”. Então lhes disse: ‘Sim, bebereis de meu cálice. Todavia, sentar à minha direita e à minha esquerda, não cabe a mim concedê-lo; mas é para aqueles aos quais meu Pai preparou.
Ouvindo isso, os dez ficaram indignados com os dois irmãos. Mas Jesus, chamando-os, esclareceu:
— “Sabeis que os governadores das nações as dominam e os grandes as tiranizam. Entre vós não deverá ser assim. Ao contrário, aquele que quiser tornar-se grande entre vós seja aquele que serve, e o que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o vosso servo”.
Em outra ocasião, o grupo se aproximava de Cafarnaum, após extenuante viagem. Os apóstolos debatiam entre si. Conta MARCOS, 9:33 a 35 que, depois, na casa de Pedro, onde Jesus os aguardava, o Nazareno lhes perguntou em tom melancólico:
— “Sobre o que discutíeis no caminho?”
Os apóstolos ficaram em silêncio, tomados de surpresa, sem coragem de responder, pois eles estiveram discutindo qual deles seria o maior no conceito do Nazareno. E Ele falou aos doze:
— “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”.
Amélia Rodrigues (FRANCO, 2000, p. 98) observou que entre os apóstolos alguns “eram Espíritos nobres, que se emboscaram no corpo, que lhes amortecia a elevação [...]”.
Além dos reflexos da reencarnação sobre o psiquismo, restringindo a potência inerente, a beletrista espiritual salientou a influência do meio sobre aqueles Espíritos, submetendo-os longamente a um cotidiano simples, repetitivo, monótono. Convocados por Jesus ao apostolado, “a súbita mudança não conseguiu alçá-los de imediato à altura correspondente”. Só pouco a pouco isso aconteceria. Por essas razões, eles tatearam “nas sombras dos labirintos da insegurança até encontrarem o caminho que iriam percorrer com invulgar grandeza de alma”.
Lentamente, Jesus foi educando os seus a disputarem não mais as vantagens pessoais, mas o privilégio da dedicação aos outros.
Os apóstolos, tão frágeis no início, no curso do tempo alcançariam o apogeu na renúncia à própria vida, oferecendo-a como láurea final de devotamento.
A cristandade primitiva deixou para a posteridade tradições martirológicas sobre o destino de cada apóstolo.
André pregou nas regiões em torno do Mar Cáspio e Mar Negro, no sul da Rússia, talvez em Éfeso e Bizâncio, sendo crucificado em Patras (na Grécia). A localização dos restos mortais de André é a mais confiável. Eles estão numa igreja ortodoxa grega, em Patras, devolvidos pela Igreja Romana em 1964.
Pedro pregou na Judeia, na região norte da atual Turquia (Ponto, Capadócia, Galácia, Bitínia), na Babilônia, em Corinto, em Antioquia, e talvez nas Ilhas Britânicas e nas Gálias. Esteve em Roma, onde foi crucificado de cabeça para baixo, provavelmente no ano 67.
Filipe pregou na Frígia (Ásia Menor), nas Gálias, em Atenas, e morreu como mártir em Hierápolis (cidade da Frígia, hoje Pambuk- Kelessi, Turquia).
Tiago (dito o Maior, o filho de Zebedeu) pregou em Jerusalém e na Judeia; morreu degolado, por volta do ano 44, por ordem de Herodes Agripa (Agripa I), neto de Herodes, o Grande, durante uma das perseguições à igreja de Jerusalém. Foi o primeiro mártir entre os apóstolos. Enfim, ele bebeu o cálice que Jesus lhe anunciara.
Bartolomeu serviu como missionário na Ásia Menor, em Hierápolis e Liacônia, e num lugar chamado Índia, que pode não ser o país que hoje é assim conhecido. Ele também pregou na Armênia (primeira nação da história a proclamar-se oficialmente cristã, em meados do século IV) e lá,

na cidade de Albana, sofreu martírio; foi escalpelado vivo e crucificado de cabeça para baixo no ano 68 d.C.
Simão, o Zelote, com os ensinamentos de Jesus, compreendeu que o grande escravizador não era Roma, mas o “pecado”. Assim, desfez-se da adaga e da lança e se tornou pregador do Evangelho. Percorreu a Mauritânia, o Egito, a Cirinaica, a África Menor, a Líbia e depois as Ilhas Britânicas, onde teria sido crucificado no ano de 61 d.C., embora outra tradição defenda que Simão foi martirizado na Pérsia, depois de ter-se associado a Judas Tadeu na evangelização daquela região.
Tomé pregou na Babilônia, na Pérsia, na misteriosa Etiópia asiática, na China e, sobretudo, na Índia, sendo martirizado a golpe de lança no sul da Índia (talvez Malabar), região a que teria dedicado os últimos anos de seu ministério.
Tiago, o Menor, depois de dedicar sua vida à igreja de Jerusalém, foi atirado do pináculo do Templo e apedrejado, no ano 62.
Judas Tadeu pregou na Pérsia e na Armênia. Foi martirizado no sul da Armênia, em Ardaze.
Mateus pregou no Egito e foi martirizado na Etiópia (que não corresponde à localização geográfica atual).
Matias, um dos 72, escolhido para substituir Judas Iscariotes, pregou na Armênia, Síria, Macedônia e na imprecisa região da Etiópia oriental. Uma fonte diz que ele sofreu martírio na Etiópia, outra diz que foi apedrejado pelos judeus no ano 61, outra sugere que seu martírio ocorreu em 64 d.C., em Sebastopol, na Ucrânia.
Somente João, o discípulo amado, após longo trabalho de evangelização da Ásia, tendo passado por Roma, não sofreu morte por martírio. Desencarnou de forma natural, em Éfeso, próximo aos 100 anos, “poupado por amar demais”. (FRANCO, 1993, p. 140.)


Martins Peralva

mt 5:16
Estudando o Evangelho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 30
Martins Peralva
Mas eu vos digo a verdade: Convém a vós outros que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós; se, porém, eu for, eu o enviarei.
Tenho ainda muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora;
quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade.

JESUS.


As palavras de Jesus não passarão, porque serão verdadeiras em todos os tempos. Será eterno o seu código moral, porque consagra as condições do bem que conduz o homem ao seu destino eterno.

ALLAN KARDEC.


A passagem de Jesus pela Terra, os seus ensinamentos e exemplos deixaram traços indeléveis, e a sua influéncia se estenderá pelos séculos vindouros. Ainda hoje Ele preside aos destinos do globo em que viveu, amou, sofreu.

LEON DENIS.


Irradiemos os recursos do amor, através de quantos nos cruzam a senda, para que a nossa atitude se converta em testemunho do Cristo, distribuindo com os outros consolação e esperança, serenidade e fé.

BEZERRA DE MENEZES.


O Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todos os elementos transitórios do mundo.

EMMANUEL.


Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação de nossa vida com o seu Evangelho Redentor.

ANDRÉ LUIZ.


Batuíra

mt 5:16
Mais Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 103
Francisco Cândido Xavier
Batuíra

A tarefa na divulgação da Doutrina Espírita, explicando os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, deve merecer o nosso maior entendimento e o nosso melhor carinho.

É verdade que o pão material remove a fome agressiva do corpo, no entanto, que agente suprimirá a fome da alma, acalentada, muitas vezes, na sombra da inércia ou no fogo da prova, senão o esclarecimento espírita suscetível de asserenar as forças desgovernadas do coração?

Vemos, naturalmente sensibilizados, as multidões dos necessitados de recursos físicos agitando-se, em toda parte, a requisitarem medidas que o trabalho e a assistência podem promover com a segurança do comando administrativo orientado com o necessário equilíbrio no senso das responsabilidades triviais que conduzem a vida.

Contudo, amarga-nos o sentimento contemplar aquelas outras fileiras de necessitados da alma reunindo, muitas vezes, os que se verticalizam no traje distinto e na higidez orgânica impecável, mas que se estiram por dentro nas trevas da revolta e do desespero, da tristeza e da negação, absolutamente desprevenidos de qualquer imunização contra a criminalidade e a bancarrota do espírito nos domínios da saúde moral.

Divulguemos, sim, a instrução e o consolo, a paz e o aviso da Doutrina Espírita em favor dos que jazem fronteiriços à delinquência e à loucura, à enfermidade e à morte, sem razão de ser.

Em muitas circunstâncias a criatura não espera senão uma frase, um apontamento, uma elucidação ou uma bênção verbal de maneira a forrar-se contra a queda em precipícios fatais.

Trabalhemos pela distribuição organizada e metódica do conhecimento espírita-cristão com o mesmo devotamento com que se procura estabelecer um serviço de água e luz. Água viva das verdades eternas que refrigere o coração humano e lhe restaure as energias, luz da vida imperecível que arrebate a criatura humana do círculo de trevas em que tanta vez se compraz por ignorância ou desorientação.

Recordemos as palavras do Cristo de Deus: “Brilhe vossa luz diante dos homens para que os homens conheçam as vossas boas obras, glorificando o Pai que está nos Céus.” (Mt 5:16)

Capacitemo-nos de que ninguém consegue realizar algo de bom sem oferecer algo de si para que se faça o melhor ao nosso alcance e trabalhemos com Jesus constantemente.




Hércio Marcos C. Arantes

mt 5:25
Lealdade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Maurício Garcez Henrique
Hércio Marcos C. Arantes


“Acontece que a autoridade da Justiça considerou válido o meu depoimento e claramente fiquei muito feliz com isso”

Querido papai, querida mamãe e querida tia,  abençoem-me.

Aconteceu o inesperado. Quando lhes trouxe as minhas notícias de filho saudoso, desconhecia o futuro de minhas pobres palavras. Queria, de minha parte, unicamente abraçar os pais queridos e mostrar às queridas irmãs a intensidade de meu afeto e, com isso, contar a verdade em torno do meu afastamento do corpo físico. Sinceramente, propunha-me a falar o que sucedeu, sem fantasiar nenhuma circunstância, porque não era justo que eu largasse um amigo a quem estimo tanto, o nosso prezado José Divino, entregue a acusações que não merece. Eu seria muito ingrato se não descrevesse os fatos como estão em minha memória. O amigo não teve a mínima intenção de me ferir e fui eu mesmo, quem começou a lidar com a arma, talvez na ideia de mostrar conhecimento do assunto. O resultado é esse que conhecemos.

Fiz o que pude para fortalecer o companheiro, de modo a que a total ausência de culpa nele aparecesse no processo que se formou.

A princípio, conduzido para Anápolis por meu avô Henrique e acolhido no lar de nossa irmã Terezona,  encontrei tempo a fim de refletir sobre o desastre de que fui, involuntariamente, o provocador. Eu, que me dispunha a ensinar ao Divino a arte de atirar, fui vítima de minha própria leviandade.

Acontece que recebi muitas visitas em Anápolis. Não posso me alongar demasiadamente no assunto, mas resumo este tópico de minha experiência, esclarecendo que recebi a visita de dois amigos que eu não conhecia e que, por solidariedade, buscaram-me reconfortar. Ambos haviam voltado para a vida espiritual em acidentes qual me ocorreu. São eles os irmãos Henrique Gregoris  e Izídio da Silva. 

O Izídio me falou que perdera o corpo numa competição, na qual fora ele o responsável pelo volante, informando que fizera muita força para inocentar o amigo que se lhe fizera companheiro. Alegou que pairava muitas dúvidas sobre a culpabilidade no caso, quando fora ele que pusera o velocímetro fora de órbita. Disse-me que não tivera paz enquanto não conseguira dar a explicação necessária aos familiares queridos.

E o Henrique me comunicou que ele e outros amigos se achavam empenhados em uma campanha contra o ódio e me convidava a esclarecer, quando fosse possível, a minha participação na ocorrência infeliz com toda sinceridade do meu coração. Foi o que fiz.

Acontece que a autoridade da Justiça considerou válido o meu depoimento e claramente fiquei muito feliz com isso, porque tanto eu, quanto o José, falamos a verdade.

Depois da sentença, muitos amigos Espirituais passaram a me visitar e estou ignorando a extensão do assunto, mas pedindo a Jesus para que a liberdade do meu amigo, positivamente merecida por ele, seja mantida.

Há dias, em companhia do Henrique e do Izídio, compareci a uma reunião de instrutores responsáveis pela condução dos assuntos públicos e me senti tão pequenino, quanto uma criança num palácio, completamente deslocada quanto ao que se passava. Mas pensando em algum possível encontro nosso, tomei nota de alguns nomes com os amigos que mencionei, para dar a meu pai e à mamãe a importância do acontecimento. Disseram-me no salão que ali se reuniam missionários veneráveis da Justiça e do Progresso no Estado de Goiás, que pediam a bênção de Jesus para que o amor ao próximo reine sobre a Terra.

A grande reunião estava presidida por um senhor cuja bondade irradiava dele em forma de simpatia. Não posso chamá-los por irmãos porque conservo comigo o respeito que meu pai me ensinou a cultivar perante qualquer autoridade.

Esse senhor que orientava aquele encontro tem o nome de Dr. João Augusto de Pádua Fleury.  Um sacerdote de nome Monsenhor Joaquim Vicente de Azevedo  fez uma prece que nos comoveu a todos e, logo após, discorreu sobre a sentença justa do nobre Juiz que anotou o meu caso, dizendo-nos a todos que a deliberação assumida pela autoridade da Vara Cível em Campinas, junto à Goiânia, não interessava apenas aos espíritas que já se encontram habituados aos testemunhos de imortalidade da alma e sim a todas as faixas do Cristianismo, fazendo luz nos tempos de materialismo sombrio que se estendem sobre a Terra e rogou a Jesus para que a resolução judiciária seja abençoada, a fim de que as criaturas, hoje sofrendo tanto no mundo pela descrença, se capacitem de que a vida imperecível da alma, tão maravilhosamente atestada pela ressurreição de Jesus Cristo, não é uma ilusão e de que todos responderemos pelos nossos próprios atos perante as Leis de Deus, seja na existência humana, ou seja depois da morte.

No salão estavam pessoas muito respeitáveis e escrevi alguns nomes em documento comigo para recordar no instante oportuno, qual o faço agora. Achavam-se na reunião o Dr. Augusto Jungman,  o Dr. Francisco da Luz Bastos,  o Dr. Jovelino de Campos,  o Dr. Adalberto Pereira da Silva,  o Dr. Laudelino Gomes,  o Dr. João Bonifácio Gomes de Siqueira,  e tantos outros que se me faz difícil anotar. Todos eles se mostravam satisfeitos por haver nascido em Goiás uma luz da verdade contra os sentimentos negativos que separam os homens uns dos outros. O Dr. Augusto Jungman observou que mesmo havendo algum recurso da Promotoria contra a sentença justa, o exemplo estava patenteado em documento para que ninguém desconheça que a Justiça na Terra precisa ser um reflexo da Justiça Divina. Aí está a súmula das ocorrências.

O amigo Henrique está em minha companhia e me solicita dizer à sua mãe Dona Augustinha  que ele hoje se absteve de escrever para que eu tente explicar o que se passou e o que se passa conosco. Diz ele que os pais queridos desejam uma fórmula  de nossa parte, a fim de se conduzirem sensatamente no trato com jornalistas e interessados no caso e estamos solicitando aos queridos pais, ele também inclusive à sua mamãe presente, esclarecerem que se nós consideramos sem culpa os companheiros do Plano Físico que ficaram envolvidos conosco, que viemos para cá inesperadamente, nossos pais por amor a nós, efetivamente nos respeitam a sinceridade e o modo de pensar. Entendemos nós todos que os nossos familiares sofreram e sofrem ainda com a perda de nossa presença nas atividades de ordem material; entretanto, sabemos que nos amam suficientemente para não considerarem diferentes ou mentirosos, depois dos problemas da morte, da morte que não altera o coração e o caráter de ninguém. Rogamos aos familiares queridos abençoarem os nossos comunicados, sem fazerem causa comum com qualquer pessoa interessada em escândalo e sensacionalismo. Se fôssemos nós, os companheiros que permanecessem no mundo, dando motivo à desencarnação desse ou daquele companheiro, com que reconhecimento receberíamos a notícia de que estávamos sendo justificados! Por isso, contamos com a solidariedade de nossos parentes, declarando sempre que, se desculpamos ou se esclarecemos as questões afetas à luta em que vimos envolvidos, estamos por eles respeitados, já que não nos interessamos em agravar as provações e os sofrimentos de quem quer que seja.

Estes argumentos nesta longa carta que escrevo com o auxílio de meu avô e do amigo Henrique, representam o que desejaríamos esclarecer.

Que Jesus nos auxilie a todos a exemplificar a verdade e o bem, ainda mesmo quando sejamos ridicularizados.

Pedimos à Divina Providência iluminar sempre o espírito reto e nobre desse valoroso Juiz de nossa terra,  que sabe honrar o coração humano e entender quão necessário se faz o respeito aos sofrimentos alheios. Deus o abençoe e engrandeça na elevada missão que aceitou, no sentido de honorificar a Justiça com a verdade para evidenciar as nossas responsabilidades na vida.

Querido papai, em seu coração sempre encontrei o meu melhor amigo. Creia na sinceridade de seu filho e abençoe-me sempre.

Com a querida mamãe, com a querida tia e com a nossa irmã Dona Augustinha,  receba, querido pai, o respeito e toda gratidão de seu filho,


Maurício Garcez Henrique


“Não estamos cogitando de proselitismo e sim de renovação espiritual para aqueles de ânimo e raciocínio amadurecidos para a nova época”


Meu prezado Orimar:

Deus vos ilumine.

Não estranhe o posicionamento a que você se viu conduzido pelas circunstâncias. Por trás das ocorrências construtivas existem alavancas de luz manejadas por Mentores da Vida Comunitária, que objetivam o melhoramento do relacionamento entre os homens.

Quando forças inabordáveis determinaram a sua transferência para Goiânia,  de “nosso lado”, o julgamento do jovem Maurício está previsto, com o intuito de acordarmos através da Justiça os novos tempos para as verdades simples da vida.

O progresso tecnológico influenciou de tal modo a cultura cristã, impondo-lhe tantas deformidades pelo quase desapreço da Ciência pela Religião, que as mais nobres inteligências se deixam comandar por ilusões que depredam, de certo modo, todos os ingredientes para a edificação da Terra Melhor de Amanhã.

Poderes enormes são movimentados, em torno da civilização no sentido de se lhe reajustarem os valores e esperamos que as investigações chamadas parapsicológicas possam canalizar para a mente humana a reafirmação dos princípios simples e básicos do Cristianismo. Em verdade, conflitos gigantescos se travam em toda parte, nos quais o materialismo ousadamente se sobrepõe à fé para confundir-lhe os ensinamentos.

Os problemas das comunicações de massa estão exigindo episódios e tarefas que nos reabilitem, no mundo físico, a confiança em Deus e o imperativo da prática das lições de Jesus e por isso mesmo, o processo em que você atuou se elevou à condição de instrumento destinado a despertar milhares de criaturas, sob a hipnose de lamentáveis enganos.

Não se impressione quanto à carga de observações que, sem dúvida, lhe pesará mais intensivamente nos ombros, de vez que muitos companheiros temem a penetração da temática espiritual na Jurisprudência. Efetivamente, a sentença que você exarou com segurança dispensava o concurso da mensagem mediúnica, na qual a “vítima” inocenta o “acusado”.

Entretanto, amigos presentes  se detiveram a examinar as folhas 100 e 170 no julgado, induzindo seu espírito analítico e honesto a destacar a importância de ambos os textos para confirmação do seu natural ponto de vista e o resultado benéfico que surgirá de tudo é evidente. Unicamente aqui é que os nossos olhos conseguem divisar as dificuldades de múltiplas ações criminais, em que a penalogia dominante poderia apresentar agentes de misericórdia e compreensão que não comprometessem tanto as vias da comunidade, especialmente dos mais jovens, por vezes segregados indevidamente em longos períodos de isolamento carcerário, sem maiores razões.

Agradecemos a sua coragem, assumindo atitude, perante as declarações do “vivo” e do suposto “morto” a destacar-lhe a importância. Creia que não estamos cogitando de proselitismo e sim de renovação espiritual para aqueles de ânimo e raciocínio amadurecidos para a nova época, que aliás, ao que nos parece, ainda vem muito longe.

Continue estudando quanto possível todos os assuntos que se reportem à sobrevivência da criatura para além da experiência terrestre, porquanto pressionado cortesmente pelos próprios colegas, você será invejavelmente chamado a novos testemunhos de convicção cristã, porquanto é a Doutrina Cristã que se encontra em jogo, nos acontecimentos difíceis dos tempos que correm.

Uma penalogia mais completa se realiza no mundo sobre os alicerces da reencarnação e muitas provas sob nossa atenção na Terra não passam de sentenças cominadas por autoridades que não se domiciliam na Terra, e que conservam consigo o poder de organizar e deliberar sobre o destino e dor no caminho dos seres.

Agradecemos a honestidade com que você não desertou da verdade dos fatos, quando poderia claramente contorná-los.

Aqui se identificam conosco muitos amigos, no mesmo regozijo por seu destemor sem imprudência e pelo seu equilíbrio sem omissão, que lhe valem agora o apreço e o carinho de milhões de pessoas.

Prossigamos.

Em nossa companhia se acham amigos de elevado discernimento espiritual, quais sejam os nossos companheiros Dr. João Augusto de Pádua Fleury,  Eduardo Cunha de Bastos,  Luiz de Bastos,  Monsenhor Joaquim Vicente de Azevedo,  Basílio Martins Braga de Serradourada,  Dr. Manoel do Couto,  Dr. Joaquim Gomes Machado,  Gregório Braz Abrantes,  Padre Olímpio Pitaluga,  Dr. Laudelino, o médico,  Dr. João Nunes da Silva  e tantos outros amigos e familiares, incluindo o seu irmão Eno Omar,  o irmão Argenta,  o amigo Henrique Gregoris,  o próprio Maurício Garcez Henrique,  o irmão Antenor Amorim,  o Dr. Luiz do Couto  e muitos associados de ideal que se nos afinam com os propósitos de encorajá-lo em sua nova estrada para a frente. Decerto não lhe pedimos uma devoção crônica ao assunto, suscetível de parecer uma introdução ao fanatismo e sim a mente aberta para os horizontes das realidades espirituais, cuja luz, verdadeiras legiões de obreiros do bem tentam hoje acender no caminho das criaturas.

Persista em sua firmeza de caráter e sigamos em frente na certeza de que a revivescência dos ensinos de Jesus é na atualidade um tema a ser reexaminado e anatomizado com prudência e carinho, a fim de que não venhamos a perder tantas conquistas espirituais laboriosamente conquistadas pelo homem, de século a século.

O nosso mentor e amigo Dr. João Augusto de Pádua Fleury  foi o seu principal companheiro na apreciação do processo Maurício e nos recomenda-lhe seja dito que toda a sua argumentação em torno do artigo 150  do Código Penal está estruturada com absoluta segurança, para afastar qualquer intenção de culpabilidade ao acusado, pelo que deve o seu pensamento descansar sobre a base legal de sua declaração absolvendo o réu e cumprimenta em você um colega dedicado ao bem e digno por seu próprio caráter para receber o impacto das atuais atenções públicas, permanecendo em sua posição de defensor do bem e julgador de qualquer incidente ligado aos problemas da periculosidade no homem, e o espírito de equidade a iluminar-lhe as resoluções.

Todos rogamos ao Senhor — O Justo Juiz — por sua paz extensivamente à família querida e aos amigos dedicados, permanecendo todos nós a postos, nas lides edificantes em que nos reconhecemos engajados pelos Poderes Maiores que nos governam a vida, a fim de, analisando os processos do campo social, melhorem, quanto possível, os padrões da fé viva em Deus e na dignidade humana.

Que Deus o abençoe e fortaleça, conduza e inspire são os nossos votos.

Adalberto

Adalberto Pereira da Silva. 



“O amor vence a morte e vencerá sempre em qualquer ocorrência da vida, porque o amor traduz a presença de Deus.”


Veia”,  abençoe-me. Estamos aqui, firmes na fé.

Dias agitados os nossos de agora. Tantas questões por estudar, tantos apontamentos a fazer. E creia que o problema deslocou muita poeira nos dois Planos.

Refiro-me ao caso Maurício. Ninguém diria que o mocinho que visitei em Anápolis, se convertesse num ponto para tantas interrogações. Gostei do modo simples adotado por ele para descrever a realidade. Tudo espontâneo. Tudo claro.

O nosso respeitado Juiz agiu ao modo de alguém que se visse subitamente fascinado pela verdade pura. Incapaz de evitá-la, ante a nobreza da consciência, o nosso magistrado, num momento de abençoada luz, associou a verdade com a justiça e, sem nenhum propósito de parecer herói ou santo, lavrou a sentença incluindo nela a verdade sem atavios que o interessara.

O assunto, efetivamente, é cativante, mas não posso avançar nessa gleba. Tenho receio de temperar alguma frase com o molho do bom humor com que Deus me fez nascer, e prefiro que o nosso amigo Maurício e os amigos de sua causa se manifestem.

Não posso e nem devo desfigurar a seriedade, em cujo clima o diálogo dos companheiros se desdobra. Aguardemos. Posso, entretanto, dizer que estou contente com a campanha antiódio, na qual me alistei.

Mãe, se desvincularmos os nossos olhos da paisagem na vida física, orientando as nossas pesquisas para o Além, encontraremos uma vastidão de circunstâncias a espraiar-se em qualquer caso, facultando-nos novas interpretações de culpa e culpados.

Você, “Veia”, já pôde vislumbrar, em nossos diálogos, que atravessei doloroso período de luta e sofrimento, ao retomar certas reminiscências.

Aí, no Plano das formas da natureza material, a mente descansa na amnésia temporária e aqui, as terapêuticas para o trato real de nossas necessidades de paz, incluem atitudes que se devem tomar com certas dificuldades de nossa parte.

Eu nunca entendi tanto, quanto agora, aquele ensinamento do Cristo, quando declara o nosso Divino Mestre: (Mt 5:25) “Reconcilia-te com o teu inimigo, enquanto estás a caminho com ele”.

Parece que em minhas extravagâncias de rapaz não memorizava o que você dizia, em casa, a nosso favor, mas tudo o que aprendi de seus lábios e de seus exemplos está gravado na lembrança.

Você, querida “Veia”, por ilações sucessivas e nos registros de nossos diálogos, já reconheceu, há muito tempo, que fui constrangido a pacificar o meu relacionamento na Vida Espiritual com o querido papai Gastão.

A natureza é uma oficina de Deus em que todas as peças da experiência humana são refundidas quando necessário. A reencarnação me parece um macete nas mãos dos Orientadores de nossos caminhos.

O amor não é somente aquele poder citado no Evangelho que nos cobre todas as faltas; é igualmente o véu que nos esconde uns dos outros, a fim de que todos os nossos resgates se processem, com a tranquilidade precisa.

Bendita a hora em que a sua mão assinou o pedido de encerramento da apelação  da sentença em que, espiritualmente, me achava envolvido.

Agradeci tanto ao Mário Lúcio,  fiquei tão emocionado com a adesão do nosso amigo Dr. Wanderley,  que muita gente, inclusive corações dos mais nossos, ficaram sem perceber o motivo de minha euforia.

É que com a sua mão que amo tanto, eu mesmo assinei a solicitação que dissipava o grilhão no qual iríamos novamente perder muito tempo, adquirindo, talvez, neblina e cegueira para os nossos próprios olhos por longos dias.

Continuei o movimento e, quanto se me faz possível, com o apoio do meu amigo, o papai Gastão e de outros companheiros dos quais me fizera devedor em épocas passadas, procuro atuar na reconciliação possível de todos os ofendidos e ofensores.

Só com o esquecimento das falhas cometidas contra nós é que dissolveremos as pedras da estrada, suscetíveis de ferir-nos ainda. Quem quiser acalente espinhos no coração.

Você e eu não mais. Estamos num grande momento de nossa vida. Percebemos hoje que os sofredores e os infelizes são nossos irmãos verdadeiros. É preciso haver chorado muito para reconhecer essa verdade com o coração.

Conhecíamos noutro tempo os enfermos do corpo, os abandonados, os que se apresentassem certidão de infortúnio para terem direito à nossa esmola quase sempre arrogante e destrutiva, os últimos das filas nos interesses econômicos e sociais.

Hoje, porém, Dona Augustinha,  estamos com a visão interna funcionando. Mais tristes do que os mendigos mais tristes são os nossos companheiros do mundo, tantas vezes bem apessoados e altamente distintos, que carregam culpas e remorsos no coração!

Aquele que estende a mão para recolher migalha do que podemos distribuir dorme tranquilamente ante o céu estrelado, sob cobertores de papel ou descansa sobre uma calçada esquecida ao abandono; entretanto, os irmãos que se reconhecem atormentados por dúvidas e arrependimentos, unicamente a custa dos poderosos tranquilizantes que lhes prejudicam a saúde é que conseguem a fuga artificial de si mesmos, para despertarem no dia seguinte, mais agoniados e desditosos, até se precipitarem nas doenças de caráter obscuro que os matriculam em sanatórios e casa de repouso físico, que às vezes, lhes precedem a instalação nos gabinetes da morte prematura.

Lutei muito, querida mãe, para compreender isso, e hoje peço a Deus para que todas as criaturas se amem umas às outras, declarando perdoadas as faltas reais ou as imaginárias que se atribuem a muitos de nossos irmãos e irmãs da jornada terrestre.

Sei que a realização, por enquanto, na Terra, é muito difícil, mas sei também que a Divina Providência nos fará desmemoriados no mundo,  tantas vezes quantas se fizerem necessárias, até que aprendamos sinceramente, com teoria e prática, a lei divina do perdão das ofensas.

Ainda uma vez, agradeço o carinho com que a sua dedicação me ouviu, agindo publicamente, ao meu lado, para que eu pudesse voltar a ser o seu filho, sempre mais seu e mais livre para dedicar ao seu carinho todo o meu amor, diante do Pai Altíssimo.

Entendo que os agrupamentos sociais “por aí” por muito tempo ainda caminharão na base do “toma lá, dá cá”, numa espécie de maiorias, daquelas que as leis antigas criaram com os princípios do “olho por olho” e do “dente por dente”, (Ex 21:23) mas estamos agora descartados de semelhantes processos de vivência infeliz.

Os errados são irmãos que necessitam de apoio, os delinquentes são enfermos da alma, ingratos são paralíticos da memória e as inteligência perversas são criaturas enganadas por si próprias, de que as Leis de Deus se encarregarão.

Agradeço a você, mãe do coração, por me haver compreendido. Sabia, de minha parte, que não recorreria debalde à sua proteção. Estamos livres para obedecer a Jesus, estamos independentes para escravizar-nos ao Divino Mestre que nos ensinou a desculpar qualquer ofensa setenta vezes sete vezes. (Mt 18:21)

Isso tudo é raciocínio que me ocorre, diante do caso do nosso amigo Maurício que soube participar de nosso empreendimento.

Deus é amor para todos e, buscando agradecer a Deus pelo amor que recebemos, devemos de nossa parte cooperar sempre mais com o apoio aos infelizes que, um dia, devem ser felizes ou tão felizes quanto somos.

Peço dizer ao Luiz Antônio  que a nossa querida Toca  foi transportada para a Vida Maior na condição de uma criança de Deus, regressando ao lar que deixara iluminado e feliz na retaguarda.

Toca foi na Terra esse exemplo de flor oculta que preferia resguardar-se na singeleza e no serviço para conquistar a verdadeira paz.

Quanto ao nosso Rogério,  rogo a você, querida “Veia”, dizer aos nossos amigos Aziz e Walquíria que o irmão Alcides  tutelou-o na Vida Espiritual.

Lembro-me de sua emoção  na manhã de sete de agosto último, quando o seu coração percebeu conosco que o Rogério estava de partida. Eu mesmo pedi para que você voltasse a casa para não se recordar com tamanha intensidade do filho que era ali, eu mesmo, a preocupar-me com o seu estado de espírito.

A mãezinha de nossa estimada Walquíria  recebeu o pequenino e grande amigo nos braços carinhosos, e depois o amigo Alcides o retomou sob seus cuidados especiais.

O amor vence a morte e vencerá sempre em qualquer ocorrência da vida, porque o amor traduz a presença de Deus.

Comigo se encontram o Izídio,  que abraça a irmã Laudelina,  e o nosso amigo Alvicto,  que reafirma à irmã Lélia  a sua assistência constante.

O Oscar e o Guimarães  estão conosco e todos formamos uma corrente de preces rogando a Deus a paz em auxílio a todos.

E agora, Dona Augusta, é a hora do ponto final. Não direi pra você que será ele pontilhado de lágrimas, porque será hoje burilado com partículas de luz. Estamos ricos de paz e amor, e isso agora é tudo o que seu filho ansiava conquistar.

Abraços ao Eduardo,  a quem desejo sucesso nas tarefas escolhidas, e às irmãs e aos irmãos que as desposaram, todo o meu afetuoso agradecimento.

E agora, querida “Veia”, enquanto o Izídio pede à irmã Lau que faça a entrega da melodia do “João de Barro” () à sua querida mãe Dona Leila, peço ao seu carinho ouvir a canção do seu “Menino da Porteira” ()  que você me auxiliou a abrir para o lado das terras iluminadas de Jesus-Cristo, com a extinção de todo e qualquer ressentimento em meu coração.

Sou agora o Menino da Porteira Aberta para a Bênção de Deus. Graças a Deus e a você, esse hoje é o meu melhor título.

O nosso amigo Alvicto abraça a irmã Lélia e todos somos gratos a quantos aqui nos facultam a possibilidade de escrever esta carta.

Veia” querida, sou tão pobre de tudo que, se tenho alguma riqueza, essa é a sua dedicação para com seu filho. Sou um Espírito ainda empobrecido que adquiriu imensa fortuna no amor com que você me acolhe.

Receba assim seu filho que vive em seu coração e vem de tão longe, em me referindo ao passado, para agradecer tudo o que o seu carinho representa em meus passos.

Mãe, o filho pródigo da parábola foi recebido pelo devotado pai a que se referia Jesus, pois sou eu o filho pródigo que nunca se afastou de você.

Guarde-me na bênção de suas preces e Deus a recompensará por ser a esperança sempre viva e o amor cada vez mais belo e mais presente para o seu filho, sempre o seu filho do coração,


Henrique


“Muito grato pela imagem dos dois corações substituindo os pratos da balança no símbolo da Justiça.”

Querido papai e querida mãezinha Dejanira, abençoem-me. 

Venho agradecer a alegria que me deram, concordando comigo em tudo o que eu disse para esclarecer a minha situação. Parece-me que cresci em responsabilidade e estou orgulhoso de ter os pais a quem Deus me confiou, que souberam ouvir-me com o coração e não com as dúvidas e os tumultos do mundo.

Agradeço por todas as demonstrações de carinho e confiança com que me acompanharam nessa jornada luminosa da verdade. O nosso amigo Dr. Orimar de Bastos, será recompensado pelo bem que me fez, reconhecendo-me a palavra de rapaz honesto e leal à verdade. O tempo nos doará muitas alegrias.

Às irmãs queridas e a todos os nossos, os meus votos de felicidade. Entrei numa vida nova, na qual espero a possibilidade de lhes ser útil.

Papai e mamãe, graças a Deus, vencemos.

Muito grato pela imagem dos dois corações substituindo os pratos da balança no símbolo da Justiça. Fiquei muito feliz com as alegrias que colocaram em meu íntimo.

Os nossos amigos Lúcio Dallago  e Henrique,  e vovô Henrique e outros amigos estão em minha companhia e abraçam a todos os corações, aos quais nos sentimos vinculados.

Querido papai e querida mãezinha Dejanira, Deus os faça sempre felizes. Muitos beijos do filho sempre grato, sempre o filho do coração,


Maurício Garcez Henrique


Terceira Carta — psicografada pelo médium Francisco C. Xavier em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG, a 22/9/1979.


Quarta Carta — Psicografada por Francisco C. Xavier, em Uberaba, Minas, a 9/11/1979.


Hércio Arantes


Bezerra de Menezes

mt 5:43
Bezerra, Chico e Você

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21
Francisco Cândido Xavier
Bezerra de Menezes

Oremos pelos que nos perseguem e caluniam (Mt 5:43) e continuemos fiéis ao trabalho que nos foi confiado.



De mensagem recebida em 21.04. 1958.



Francisco Cândido Xavier e José Herculano Pires

mt 5:44
Na Hora do Testemunho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier e José Herculano Pires
Francisco Cândido Xavier e José Herculano Pires
Francisco Cândido Xavier

Em nossa reunião pública de ontem O Evangelho Segundo o Espiritismo nos deu o para estudos. Vários comentaristas discorreram sobre a nossa posição em face dos irmãos que não afinam espiritualmente conosco. Falaram sobre desavenças e antagonismos que se expressam em diversas formas.


Ao término das tarefas, o nosso caro Emmanuel escreveu a página que lhe envio, no desejo de tê-la, com os seus apontamentos doutrinários, em algum dos nossos lançamentos do “Diário de S. Paulo” aos domingos. Exprimindo ao caro amigo os nossos agradecimentos por sua valiosa cooperação de sempre, num grande abraço, sou o seu de sempre: — Chico Xavier.





Emmanuel

Solicitando o auxílio dos Mensageiros do Senhor para a garantia da paz entre nós e àqueles que ainda não nos entendem, é preciso construir o ambiente necessário para que semelhante auxílio se efetue.

Nesse sentido, se obstáculos e problemas te batem à porta, conserva a paciência por fator de receptividade ao socorro que a Divina Providência expedirá em teu favor.

Num painel de conflitos em que sejamos chamados a testemunhos de fé e compreensão, não nos será lícito esquecer que tanto somos filhos de Deus quanto aqueles que se fazem instrumentos de nossas dificuldades.

Aqueles que se nos erguem à frente na condição de adversários gratuitos, avançam em nossos próprios caminhos, frequentemente invocando a proteção de Deus tanto quanto a invocamos.

E os outros que se transformam em perseguidores são outros tantos irmãos nossos, de pensamento enfermo e rumo inadequado, a requisitarem apoio de urgência pelos fardos de tribulações que carregam, às vezes muito mais pesados que os nossos.


Não te inclines ao desequilíbrio, quando alguém te reclame reações de entendimento mais amplo.

Aceita as aulas de serenidade e tolerância que a vida te oferece, com a certeza de que não te faltará o amparo de Mais Alto.

De qualquer modo, porém, colabora na conservação da harmonia e da benevolência para que o auxílio do Senhor não se te faça obscuro no imediatismo das necessidades humanas.

Desespero é nuvem formada pelos ingredientes da aflição inútil, impedindo-te visão e discernimento.

Cólera é tumulto absolutamente desnecessário, incitando-nos à queda em alucinação ou delinquência.

Quando a tempestade da incompreensão esteja rugindo ao redor de teus passos, recordemos o Cristo de Deus que nos propomos a seguir e servir: “Ama aos inimigos e ora pelos que te perseguem e caluniam”. (Mt 5:44)

Jesus, decerto, em se expressando assim, não exonerava os agressores da obrigação de arcar com os resultados infelizes das próprias ações, e sim aconselhava-nos à prática da imunização de espírito, ensinando-nos que desculpa e benção em amparo a todos aqueles que não nos compreendam, sempre serão bases eficientes para a vitória do amor pelo sustento da paz.





Irmão Saulo

É difícil entendermos a atitude daqueles que, ombreando conosco em longas caminhadas no rumo da verdade e do bem, subitamente rompem a antiga ligação e passam a tratar-nos como adversários. Mais difícil, ainda, compreender agressões e calúnias proferidas pela boca de amigos e companheiros que ontem só tinham para conosco palavras de elogio e carinho. E tudo se confunde num temporal de incongruências e absurdos, quando o único motivo do rompimento foi o fato de não nos havermos afastado do caminho reto. Que razões teriam os companheiros revoltados para nos acusar, hoje, daquilo que ontem mesmo louvavam? Por que estranhos motivos não procuraram debater suas dúvidas conosco em pé de igualdade, à base do raciocínio fraterno? Por que fogem de nós e nos acusam por trás?


Jesus sofreu as negações de Pedro, a dúvida de Tomé, a traição de Judas. Não deixou de adverti-los com energia quando necessário, mas nunca se recusou a entender-se com eles e nunca deixou de amá-los. Quando precisou de um apóstolo capaz de tudo abandonar pela causa evangélica — de ser fiel à verdade, acima de tudo — foi buscar o seu inimigo mais feroz na estrada de Damasco e o arrebatou na sua luz e no seu amor. Paulo, por sua vez advertiu que ninguém devia dizer-se dele ou de Apolo, pois o fundamenta de ambos era um só: o Cristo. Resistindo a Pedro corajosamente, repreendendo com energia os transviados da Igreja de Corinto, denunciando os apóstolos judaizantes, Paulo permaneceu de braços abertos a todos eles, embora sem transigir no tocante à verdade doutrinária do Evangelho. Foi ele o teórico do “bom combate” (2tm 4:7) , exemplificando na prática a excelência da sua teoria. Kardec, por sua vez, rejeitou e criticou a absurda mistificação de , sem com isso fazer-se inimigo dos que o aceitavam. Há guerra e guerra, paz e paz. A guerra do bem utiliza-se das armas da verdade, que ferem a golpes de cirurgia, para curar o doente. Abençoada guerra. A paz da hipocrisia serve-se das armas da mentira e da calúnia, que envenenam, destroem e matam. É a paz enganosa do pântano, da deterioração moral.


É por isso que Emmanuel repete as palavras de Jesus: “Ama aos inimigos, ora pelos que perseguem e caluniam.” (Mt 5:44) Imunizar-nos contra a perfídia, a arrogância, a vaidade — sem trair nem aprovar a traição à verdade — é combater o “bom combate” (2tm 4:7) de Paulo, pela vitória do amor e pelo sustento da paz verdadeira, aquela em que os antagonismos se resolvem no plano da razão, do entendimento fraterno.



Referências em Outras Obras


Marival Veloso de Matos (organizador)

mt 5:1
Chico no Monte Carmelo

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
Marival Veloso de Matos (organizador)

Por que teria Jesus multiplicado os pães para a multidão que lhe ouvia a palavra? (Mt 14:13)

Decerto que se o maná da revelação pudesse atender, de maneira total às necessidades da alma no Plano físico, não se preocuparia o Senhor em movimentar as migalhas do mundo para satisfazer à turba faminta.

É que o estômago vazio e o corpo doente alucinam os olhos e perturbam os ouvidos, impedindo a função do entendimento.

O viajante perdido no deserto, atormentado de secura, não compreenderá, de pronto, qualquer referência à Justiça Divina e à imortalidade da alma, de vez que retém a visão encadeada à sede que lhe segrega o espírito em miragens asfixiantes. Ao portador da verdade compete o dever de mitigar-lhe a aflição com a gota d’água, capaz de libertá-lo, a fim de que se lhe reajustem a tranquilidade e o equilíbrio.

A obra Espírita-Cristã não se resume, assim, à predicação pura e simples.

Jesus descerrou sublimados horizontes ao êxtase da Humanidade, mas curou o cego de Jericó, (Mt 20:29) refazendo-lhe as pupilas.

Entendeu-se com os orientadores de Israel, (Lc 2:41) comentando a excelsitude das Leis Divinas, entretanto, consagrou-se à recuperação dos alienados mentais que jaziam perdidos nas trevas.

Indicava a conquista do Céu por meta divina ao voo das esperanças humanas, (Lc 12:31) contudo, devolveu a saúde aos paralíticos.

Referiu-se à pureza dos lírios do campo, (Mt 6:28) todavia, não olvidou o socorro aos leprosos, em sânie e chagas.

Transfigurou-se em nume celeste no Tabor, (Mt 17:1) mas não desprezou a experiência vulgar da praça pública.

É que o Evangelho define a restauração do homem total.

A sina humana é a crisálida do anjo, como a Terra é material para a edificação do Reino de Deus.

Desprezar a fraternidade, uns para com os outros, mantendo a flama do conhecimento superior, será o mesmo que encarcerar a lâmpada acesa numa torre admirável, relegando à sombra os que padecem, desesperados, ou que se imobilizam, inermes, em derredor.




Mensagem psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier, em reunião pública da noite de 23 de julho de 1956 no “Centro Espírita Humildade Amor e Luz”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais.


Essa lição foi publicada em 1994 pela editora GEEM e é a 1ª do livro “” e só posteriormente em 2002, com 40 anos de atraso, veio a lume no presente livro, editado pela UEM.



CARLOS TORRES PASTORINO

mt 5:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 31
CARLOS TORRES PASTORINO
AS BEM-AVENTURANÇAS

MT 5:1-12


31. Vendo Jesus a multidão, subiu ao monte; e depois de sentar-se, aproximaram-se dele seus discípulos,


32. e, abrindo a boca, ele lhes ensinava, dizendo:


33. felizes os mendigos do Espírito, porque deles é o reino dos céus;


34. felizes os que choram, porque serão consolados;


35. felizes os mansos, porque eles herdarão a Terra;


36. felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque eles serão satisfeitos;


37. felizes os misericordiosos, porque eles obterão misericórdia;


38. felizes os limpos de coração, porque eles verão Deus;


39. felizes os pacificadores, porque eles serão chamados Filhos de Deus.


40. Felizes os que forem perseguidos por causa da perfeição, porque deles é o reino dos céus.


41. Felizes sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós minha causa;


42. alegrai-vos e exultai, porque é grande vosso prêmio nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que existiram antes de vós.


Luc- 6:20-26

20. E tendo erguido os olhos para seus discípulos, disse: felizes os pobres, porque vosso é o reino de Deus


21. Felizes os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Felizes os que agora chorais, porque rireis.


22. Felizes sois, quando os homens vos odiarem e quando vos excomungarem, vos ultrajarem e rejeitarem vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem


23. alegrai-vos e exultai nesse dia, pois grande é vosso prêmio no céu, porque assim seus pais fizeram aos profetas.


24. Mas ai de vós que sois ricos, porque já recebestes vossa consolação.


25. Ai de vós os que agora estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque haveis de lamentar-vos e chorar,


26. Ai de vós quando vos louvarem os homens, porque assim seus pais fizeram aos falsos profetas.


Penetramos, agora, num capítulo da Boa Nova, que todo cristão deveria ler, de joelhos, diariamente, vivendo-o intensamente. Constitui um dos mais perfeitos, elevados e completos cursos de iniciação profunda. Se todos os livros de espiritualidade do mundo se perdessem, mas restasse apenas este trechos, bastaria ele para levar as criaturas à perfeição mais extremada, ao adeptado mais avançado, levandonos - se vivido integralmente - à libertação total dos ciclos reencarnatórios.


* * *

Diz-nos Mateus que Jesus "subiu ao monte" e lá falou: é a tradição de Jerusalém. Lucas, tradição de Antióquia, afirma que Jesus "desceu da montanha a um lugar plano" e aí ensinou o Contradição apenas aparente. Lucas dá-nos os pormenores, que Mateus resume. E absolutamente não se diz, no 3. º Evangelho, que Jesus desceu à planície mas apenas a "um lugar plano", provavelmente na encosta do monte ainda, onde deparou a multidão que o esperava. Atendeu-a, e depois falou.


O sentido profundo justifica plenamente as duas escrituras. Em Mateus, onde todo o discurso é dado seguidamente, Jesus fala no monte, elevadamente, para as individualidades, ao Espírito. Em Lucas, dirige-se Jesus às personalidades, facilita Seu ensino, DESCE a "um lugar plano". Observamos que as bem-aventuranças em Lucas se referem ao plano físico: os pobres, os que choram, os que têm fome, que sentem essas angústias na carne, no corpo denso, e o Mestre se refere exatamente à pobreza de dinheiro, às lágrimas das dores, à fome de comida. E logo a seguir, condena os ricos, os que estão fartos, os que riem, tudo na parte material, coisa que não vemos em Mateus. Este dá-nos a parte espiritual, com elevação (monte) extra-terrena: cada um interpreta o ensinamento segundo seu diferente ponto de vista: Mateus, segundo o Espírito, segundo a individualidade; Lucas segundo o corpo, a personalidade.


Daí ter escrito que Jesus DESCEU a um lugar plano.


Bastaria essa observação atenta, para convencer-nos, mesmo se não houvesse outras provas, que a linguagem dos Evangelhos tem profundo sentido simbólico e místico, embora os fatos narrados tenham realmente ocorrido no mundo físico; mas além da letra (que mata) temos que entender o Espírito (que vivifica).


Interpretemos, primeiro, o trecho de Lucas, subindo, em seguida, ao de Mateus.


LUCAS


Lucas apresenta-nos quatro bem-aventuranças e quatro condenações em paralelo, visando unicamente à personalidade humana em suas vidas sucessivas. Sabemos, com efeito, que, de modo geral, as encarna ções oferecem alternância de situações: os ricos renascem pobres, e vice-versa (cfr. 1SM 2:7-8), os caluniados renascem louvados e vice-versa. Essa ideia foi bem apreendida por Lucas, quando transcreveu em seu Evangelho o Cântico de Maria (Lc. 1:52-53).


Que não se referia a esta mesma vida de um só transcurso está claro, porque em uma mesma existência não se dão, absolutamente, tais transformações. E também não podia referir-se à vida "celestial" de um paraíso ou "céu" de espíritos, porque, uma vez lá, ninguém pensará em fartar-se de iguarias para vingarse da fome que aqui passou; e mesmo que aqui se tenha fartado, não ligará a menor importância à falta de alimentos físicos, desnecessários ao espírito. Logo, a única conclusão lógica aceitável racionalmente é a recompensa ou castigo que nos virão NESTA MESMA TERRA, numa vida posterior, com um corpo novo. E o ambiente antioqueno, todo ele reencarnacionista, compreenderia bem essas realidades.


As quatro oposições são as seguintes:

1) Felizes vós os mendigos, porque vosso é o reino de Deus.


Ai de vós os ricos, porque já fostes consolados.


2) Felizes vós que tendes fome sereis fartos. Ai de vós os fartos, porque tereis fome.


3) Felizes vós que chorais, porque rireis. Ai de vós que rides, porque chorareis.


4) Felizes quando fordes perseguidos, porque assim fizeram aos profetas Ai de vós quando vos louvarem porque assim fizeram aos falsos-profetas Se não entendêramos o sentido real da reencarnação, teríamos nesse resumo uma tirada demagógica, para conquistar simpatizantes e adeptos, pois são declarados felizes exatamente os da massa explorada e escravizada, enaltecendo-se como coisas ótimas a pobreza, a fome, a dor (doença) e a rejeição dos homens. E as ameaças atingem precisamente os elementos exploradores e gozadores: os ricos, os de mesa farta, os alegres (sadios) e os famosos.


De qualquer maneira, é uma versão personalística expressa para aqueles que ainda se apegam a seu eu pequenino e passageiro, julgando-o seu Eu real. É uma consolação interesseira, para aqueles que ainda dão valor ao que é externo a si mesmos: o consolo dos outros, a posse dos bens materiais ou não, uma boa mesa, e os elogios dos homens.


Para Lucas, neste passo, Deus é a Lei Justiceira que premia e pune, que dá e tira, tal como O concebem as personalidades presas ao transitório irreal de um mundo passageiro, do qual eles se acreditam "partes integrantes". Personalidades que ainda não se libertaram do apego à Terra, às condições exteriores de bem-estar financeiro, físico, emocional ou de apoio das outras criaturas.


Acredite ou não na reencarnação, a massa humana se encontra nesse estágio e busca ansiosamente essas mesmas coisas, por todos os meios, materiais e espirituais. Nada interessa ao rebanho senão, em primeiro lugar a saúde, depois o dinheiro para viver, a seguir a tranquilidade emocional (amores) e enfim a "boa cotação" na opinião pública. Esses são os pedidos mais frequentes e angustiosos, feitos nas preces dos crentes de todas as religiões.


MATEUS


Muito diferentes as palavras de Mateus. Transcrevendo os ensinamentos profundos de Jesus, relativos à individualidade - que não dá a menor importância a coisa alguma que venha de fora, que seja externo, quem presta a mínima atenção ao que dizem "os outros".


Os exegetas e hermeneutas buscam o número 7 nas bem-aventuranças, não conseguindo reduzi-las a esse número, nem mesmo reunindo duas em uma. Mas, realmente, as bem-aventuranças são apenas 7, já que as duas últimas vezes em que aparece a palavra "bem-aventurados" (felizes), estão fora da série, tratam de coisas externas, que não dependem da evolução interna da criatura. As sete primeiras referemse à evolução do homem, as duas últimas são acidentes que podem ocorrer e que também podem não ocorrer, o que nada tira nem acrescenta à evolução do indivíduo: representam elas provações exteriores, que experimentam e provam a legitimidade da evolução genuína.


PRIMEIRA - Uma variedade imensa de traduções tem sido dada às palavras de Mateus ptôchoi tôi pnéumati. Vamos analisá-las. O primeiro elemento, ptôchos, significa exatamente "aquele que caminha humilde a mendigar". Sua construção normal com acusativo de relação poderia significar o que costumam dar as traduções correntes: "mendigos (pobres, humildes) no (quanto ao) espírito".


Acontece, porém, que aí aparece construído com dativo, à semelhança de tapeinous tôi pnéumati (Salmo 34:18), "submissos ao Espírito"; ou zéôn tôi pneúmati (AT 18:25), "fervorosos para com Espírito"; ou hagía kai tôi sômati kai tôi pnéumati (1CO 7:34), "santos tanto para o corpo, como para com o espírito".


Após havermos considerado numerosas traduções, aceitamos a que propôs José de Oiticica. MENDIGOS DE ESPÍRITO, por ser mais conforme ao original grego, e por ser a mais lógica e racional; pois realmente são felizes aqueles que mendigam o Espírito; aqueles que, algemados ainda no cárcere da carne, buscam espiritualizar-se por todos os meios ao seu alcance, pedem, imploram, mendigam esse Espírito que neles reside, mas que tão oculto se acha.


SEGUNDA - Felizes os que choram, ansiosos em obter esse Espírito, embora presos às sensações. E choram porque sentem a dificuldade de libertar-se das provações e tentações a que os sentidos os arrastam.


Não se trata de chorar por chorar, que isso de nada adiantaria à evolução. Fora assim, os que vivem a lamentar-se da vida seriam os mais perfeitos... e aqueles que criam doenças e males imaginários, leva dos pela auto compaixão, para sobre si atraírem alheias atenções, palavras de conforto, estariam como elevados na linha evolutiva... Nada disso: as lágrimas enchem os olhos e sobretudo o coração diante do próprio atraso, diante da verificação de quanto ainda somos involuídos. E isso trar-nos-á a consolação de ver-nos finalmente libertados.


Não podemos admitir más interpretações em textos de tão alta espiritualidade, que trazem incontestável clareza na exposição de seu pensamento.


TERCEIRA - Salienta-se, a seguir, a mansidão ou humildade. a paciência ou doçura (pralís); e aos que assim forem é prometida, como herança, a Terra.


Já dizia Davi (Salmo 37:11) "os mansos herdarão a Terra e se deleitarão na abundância da paz". E mais tarde Isaías (Isaías 65:9) "meus escolhidos herdarão a Terra e meus servos nela habitarão". Também nos Provérbios 2:21-3 se diz: "porque os homens retos habitarão a Terra e os íntegros nela permanecer ão; mas os ímpios serão suprimidos da Terra e os pérfidos dela serão arrancados".


Há, pois, uma constante no pensamento do Antigo e do Novo Testamentos, nesse sentido: a Terra será o prêmio dos justos, que aí encontrarão a paz perfeita. Não se fala em herdar o "céu", no sentido moderno, mas A TERRA (tên gên), sem a menor possibilidade de interpretações malabaristas.


Que prêmio será esse? Será o apego à personalidade? ao corpo físico e às coisas físicas? Cremos que não.


Não é, evidentemente, nesta nossa vida atual, em pleno pólo negativo; mas num renascimento futuro ou, como disse Jesus textualmente, na reencarnação - en têi paliggenesía -, quando o Filho do Homem se sentar em seu trono de glória (MT 19-28).


A Terra, este mesmo planeta, transformado em planeta de paz (depois que dele tiverem sido expulsos todos os que buscam e causam guerras), conservará como seus habitantes, na evolução, aqueles que, com ela, tiverem também evoluído por meio da mansidão, da paciência, da doçura e da humildade.


QUARTA - Nesta bem-aventurança fala-se dos famintos e sequiosos de perfeição. Geralmente dikaios únê é traduzido por "justiça". Essa palavra, entretanto, permite uma incompreensão que falsearia o sentido original: como podem ser louvados os que exigem justiça, se logo após são ditos felizes os misericordiosos ? Uma coisa exclui a outra: ou justiça, ou misericórdia! Como teria podido Jesus contradizerse a tão curto intervalo ? Há de haver algum engano.


Ora, realmente o termo grego dikaiosúnê é derivado de dikaios, que exprime precisamente "o observador da regra, o justo, o reto, o honesto, ou, numa expressão mais exata ainda "o que se adapta às regras e conveniências", pois o termo primitivo dikê, donde todos os outros derivaram, significa REGRA.


Compreendemos, então, que o sentido (para coadunar-se com a bem-aventurança seguinte) só pode referir-se aos que aspiram ardente e sequiosamente à PERFEIÇÃO, ao AJUSTAMENTO de si mesmos às Leis divinas. Então é justiça no sentido de JUSTEZA (tal como o francês justice, no sentido de JUSTESSE).


Esses que são famintos desse ajustamento, hão de ser saciados em suas aspirações ardentes.


QUINTA - Nesta quinta, fala Jesus dos misericordiosos, daqueles que, segundo Paulo (CL 3:12) "se revestem das entranhas da misericórdia". É o oposto da "justiça". É o SERVIÇO no sentido mais amplo.


O serviço de quem se compadece daquele que erra, porque nele não vê maldade: vê apenas ignor ância e infantilidade.


Esses obterão misericórdia, porque sabem distribuir servindo sempre, sem jamais cogitar de merecimentos ou prêmios. É a misericórdia que tudo entrega à Vontade do Pai, e vai distribuindo bênção a mancheias sobre todos, indistintamente, incondicionalmente, ilimitadamente, amorosamente.


SEXTA - Fala-nos esta da limpeza do coração. Muitos interpretam-na como limpeza ou pureza no sentido de castidade, de não-contato sexual, atribuindo, a um acidente secundário, uma condição fundamental.


Não é isso: é pureza e limpeza no sentido de renúncia, de ausência total de apego, de nudez, porque nada possuímos de nosso: tudo pertence ao Pai, e nos é concedido por empréstimo temporário ("nada trouxemos para este mundo, e nada poderemos dele levar", 1TM 6:7); estamos limpos, estamos livres, estamos nus de posses, de apegos, e até mesmo de desejos, desligados inclusive de nossa própria personalidade.


A palavra Katharós tem um significado bem claro em grego: é tudo aquilo que é puro por não ter mistura, que é isento, desembaraçado, livre, limpo de qualquer agregação.


A expressão Katharoí têi Kardíai já aparece no Salmo 24:4 (que também traz o adjunto em dativo) e aí aparece no seguinte sentido: "quem subirá ao monte de YHVW e quem estará no santo lugar"? ou seja," quem obterá a realização elevada do encontro com o Cristo"? e a resposta diz: "aquele que é inocente (sem culpa) nas mãos (nos atos) e LIMPO DE CORAÇÃO", isto é, que em seus atos (mãos) e pensamentos (coração) não tem apego nem culpa, que não trai o amor de Deus (individualidades), desviandoo para amar as personalidades externas, passageiras e enganosas.


Essa mesma expressão é usada por Platão, no diálogo Crátilo (405 b), de que traduziremos o texto: "a purgação e a limpeza, seja da medicina seja da mediunidade, as fumigações de enxofre, seja por drogas medicinais ou por mediunismo, e também os banhos desse tipo e as aspersões, tudo isso tem um só e único poder: tornar o homem limpo, quer seja do corpo, quer seja de alma (Katharós katà sôma tò kai katà tên psuchén) ... Assim, esse espírito é o limpador, o lavador e libertador de semelhantes sujeiras (ou agregações que enfeiam)".


Nada se acena à castidade nem ao sexo, cuja união é uma ordem taxativa de Deus e da Natureza, sem o qual a obra divina não sobreviveria; logo é um ato SANTO e PURO.


Esses, que se libertaram até do eu pequenino, verão Deus (futuro de horáô), que é VER não só física, mas sobretudo espiritualmente: sentir, experimentar.


SÉTIMA - Ensina-nos a respeito dos pacificadores, ou, literalmente, dos "fazedores de paz", eirênopoi ós (substantivo que é um hapax na Bíblia); trata-se daquele que não somente TEM a paz, como também a distribui com suas vibrações de amor.


Esses serão chamados, porque realmente o são, Filhos de Deus, desse "Deus de Paz" de que nos fala Paulo (2CO 13:11), isto é, atingiram não apenas o encontro com o Cristo, mas a unificação permanente com Deus.


Passemos, agora, ao comentário esotérico, onde procuraremos penetrar não apenas o sentido profundo das palavras de Jesus, como também meditar a respeito de algumas das correspondências das bem-aventuranças com outros ensinamentos do próprio Jesus e de outros conhecimentos da realidade da vida. Será um resumo de estudo comparativo, que poderá ser multiplicado pelos leitores em suas meditações a respeito.


Vamos verificar que as sete bem-aventuranças dão os sete passos essenciais da evolução íntima de todas as criaturas, para atingir aquilo que Paulo afirma que TODOS DEVERÃO alcançar "até que todos cheguemos à unidade da convicção e do pleno conhecimento (pela vivência) do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo (EF 4:13), ou seja, até que consigamos que o Cristo viva plenamente em nós, e nossa vida seja UNIFICADA à Dele.


1. º PASSO Plano: físico (mineral) Lei: Amor (coesão-repulsão) - Efeito: Consciência única.


Estado de consciência: sono profundo.


Expansão: apenas vibração.


Forças: materiais Cor: marron - Efeito: dinheiro, bens materiais, pompas.


Bem-aventurança: "Felizes os mendigos de espírito, porque deles é o reino do céus".


Cristo em relação ao plano: "Eu sou o Pão vivo" (JO 6:51) Prece: "Liberta-nos do mal" (da matéria, que é o pólo negativo, o satanás, o adversário do Espírito.


Todos aqueles que, mesmo ainda presos à matéria, já atingiram um grau evolutivo que os faz compreender a necessidade de passar do negativo ao positivo, da matéria ao Espirito (5º plano), começam a aborrecer a materialidade, com todo o seu cortejo de bens materiais, sensações, emoções; e então, mendigam o Espírito ansiosa e insistentemente, sentindo que, para eles, o único Pão vivo que vem do céu é o Cristo Interno, o Deus que habita em nós.


Ainda estão sujeitos às forças materiais, mas pedem para delas ser libertados, pois constituem elas "mal" para eles, o maior adversário (satanás ou diabo) do desenvolvimento interior espiritual.


Esses, não há dúvida, são os candidatos mais sérios ao "reino dos céus", que é justamente o "reino espiritual" acima do reino mineral, do reino vegetal, do reino animal, do reino hominal. E o reino espiritual ou celestial ou reino dos céus, quando atingido conscientemente, mesmo na permanência da criatura na matéria, traz a realização do objetivo máximo da evolução passar de um reino ao outro, desenvolvendo em si as forças superiores, pelo domínio das inferiores. Todo ensinamento de Jesus visou e visa a ensinar aos homens como abandonar o reino hominal para atingir o reino espiritual (ou dos céus ou de Deus): lição de como dar um passo a mais na estrada evolutiva, que Ele nos ensinou com palavras e sobretudo com Seu exemplo.


2. º PASSO Plano: etérico (vegetal) Lei: Verdade. - Efeito: Existência única.


Estado de consciência: sono sem sonhos.


Expansão: sensibilidade, sensações.


Forças: etéricas.


Cor: vermelho. - Efeito: fascinação, propaganda-hipnotismo" elementais, obsessões.


Bem-aventurança: "Felizes os que choram, porque serão consolados".


Cristo no plano: "Eu sou a Luz do mundo" (JO 8:12).


Prece: "Não nos induzas às provações".


Além da prisão na matéria, o "espírito", que compreendeu sua necessidade imperiosa de evoluir, procura libertar-se, também, das sensações causadas por forças externas; e chora pelo fato de ver-se ainda prisioneiro dos cincos sentidos limitadores, cinco portas por onde entram as "tentações", as provações, os sofrimentos que ainda lhe ferem a sensibilidade.


Para todos, as tentações ou provações, as dores e sofrimentos "físicos", são causados pelas forças etéricas (no sistema nervoso). Ora, todo esse complexo de forças em choques violentos traz lágrimas de angústia, na verificação da dificuldade (ou até, por vezes, da impossibilidade) de libertação imediata.


Nesse plano etérico manifestam-se os elementais, as obsessões tenazes, os assédios do hipnotismo coletivo de forças que vivem a sugestionar a humanidade, quer pela propaganda, quer pelas ideiasmatrizes que procuram amoldar a elas nosso intelecto, provenientes de elementos encarnados ou desencarnados.


Toda a humanidade, atualmente, se acha hipnotizada ou pelo menos sugestionada pela leitura, pela audição (de rádios), pela visão de imagens nas TVs, que impõem ideias, produtos, "slogans", pontos de vista, buscando desviar a criatura (tentá-la) para fazê-la sair da estrada certa da interiorização que a levaria à felicidade do encontro com o Cristo Interno, ao mergulho na Consciência Cósmica. Sente-se o homem "em trevas", sem saber por onde fugir a esse impiedoso cerco de forças violentas. E para estes é que o Cristo se apresenta: "Eu sou a Luz do mundo", desse mundo conturbado.


Então a prece que mais natural se expande de nosso coração, consiste nas palavras "Não nos induzas às provações", não nos leves, Pai a uma permanência demasiadamente longa nesse plano; e ao proferir essas palavras, as lágrimas saltam do coração para os olhos.


Mas ainda felizes os que choram essas lágrimas, porque ao menos compreenderam seu estado e, com essa compreensão, tem os meios de sair dele: esses, pois, serão consolados com a libertação dessas angústias torturantes mas, ao mesmo tempo, purificadoras.


3. º PASSO Plano: astral (animal) Lei : Justiça - Efeito: Exação única Estado de consciência : sono com sonhos.


Expansão: emoções.


Forças: animais.


Cor: amarelo - Efeito: concretização da Lei de Causa e Efeito (Carma).


Bem-aventurança: "Felizes os mansos, porque herdarão a Terra".


Cristo no plano: "Eu sou a Porta das ovelhas" (JO 10:9).


Prece: "desliga-nos de nossos débitos (cármicos), assim como desligamos aqueles que nos devem".


Além do corpo, além das sensações, o aspirante sente - à proporção que evolui - o atraso que lhe causam as emoções, manifestação puramente animal da alma. As emoções são movimentos anímicos entre os dois pólos extremos, o positivo (amor) e o negativo (ódio), com todos os matizes intermediários.


O que mais prende o "espírito" ao ciclo reencarnatório é exatamente a faixa emocional, que os nãoevolu ídos confundem com evolução, quando a experimentam em relação ao pólo positivo.


Explicamo-nos. O devoto, que sente emoção e chora ao orar; aquele que se emociona ao ver a dor alheia, sentindo-a em si; o amoroso que vibra emocionalmente diante da pessoa ou das pessoas amadas; o orador que derrama lágrimas emotivas ao narrar os sofrimentos de Jesus, e que comove o audit ório, arrastando-o à reforma mental; todos esses estão agindo no plano puramente animal, que é o das emoções. O amor, a caridade, a prece que Jesus ensinou não são manifestações emotivas: são espirituais, e só poderão ser puras, elevadas, divinas, quando nada mais tiverem de emotividade.


A libertação dessa emotividade, que tanto mal causa à humanidade, é obtida quando a criatura conquista a mansidão, a paciência, a resignação ativa, a conformação com tudo o que com ela ocorre.


Cristo, em relação a este plano, é a Porta das ovelhas, porque só através Dele podemos sair do plano animal (das ovelhas) e penetrar no reino hominal, subindo daí até o reino celestial ou divino.


A prece coincide perfeitamente: a lei do plano é a da Justiça, portanto Lei do Carma, de Causa e Efeito, que só age, (e só pode agir) no plano emocional. E por isso, a prece que Jesus ensinou é esta: "desliga-nos de nossos débitos (cármicos), assim como nós desligamos os que nos devem". O termo grego exprime: "resgatar, soltar, desligar, libertar". Mas a condição de obtermos isso (crf. MT 6:15)


é que de nossa parte também nos desliguemos dos outros. A tradução comum é "perdoar", que ainda supõe a emoção; o perdão dá a entender que a pessoa se sentiu "ofendida" e, depois, reagindo, vencendose a si mesma superiormente, concede com generosidade o perdão. Tudo no campo emotivo.


Nada disso ensinou Jesus. Mas era natural que a humanidade, que tantos séculos viveu e ainda vive às expensas das emoções, só pudesse entender nesse plano. Vendo melhor hoje, compreendemos que não é isso. Trata-se do desligamento, como tão bem exprime a palavra original grega. Nem a criatura se sente ofendida (porque nada atinge nosso Eu real), nem precisa perdoar, porque não se julga magoada: simplesmente SE DESLIGA, como se as ocorrências se tivessem passado com pessoas totalmente estranhas. O perdão ainda supõe, da parte de quem o dá, o sentimento emocional da vaidade. Ora, de fato, qualquer coisa que atinja nosso "eu" pequeno, só fere exatamente uma criatura "estranha", passageira e ilusória: porque se importar com isso o Eu Real inatingível? O que tem que fazer é DESLIGAR-

SE totalmente, para subir de plano, e não ficar preso a emoções várias, que só trazem perturbação.


Aqueles que, vencidas as emoções (todas, boas e más), conseguirem a mansidão mais absoluta, a inalterabilidade, esses herdarão a Terra, após sua "reencarnação".


4. º PASSO Plano: intelectual (homem) Lei: Liberdade. - Efeito: Poder de condicionamento Estado de consciência: semi-vigília.


Expansão: oposição entre eu e "não-eu"

Força: humanas.


Cor: verde. - Efeito: ensino intelectual.


Bem-aventurança: "Felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque serão fartos".


Cristo no plano: "Eu sou o Bom Pastor" (JO 10:11).


Prece: "dá-nos hoje nosso pão supersubstancial".


No plano intelectual já a criatura começa a ter capacidade de raciocínio, de discernimento, de escolha, de condicionamento da própria vida. Já opõe, pela divisão "satânica", o eu contra todo o resto do mundo, que é o não-eu. Entra no intelectualismo cerebral, querendo provas de tudo, indagando o porquê de tudo, e só aceitando o que o próprio cérebro tenha capacidade de compreender. Uma coisa evidente a um cérebro desenvolvido, pode constituir insondável mistério para outro que ainda se não desenvolveu.


Uma integral luminosidade clara a um matemático, é um emaranhado de letras escuras para o cérebro virgem nesse ramo (e muita gente nem mesmo entende o que significa á palavra "integral" que escrevemos acima...) . Então, há infinidade de estágios também neste plano.


A bem-aventurança explica-se perfeitamente: "felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque serão saciados". No plano em que vige a lei da Liberdade, são felizes precisamente os que buscam a perfeição, do caminho, e não a tortuosidade dos enganos; os que se esforçam em conformar-se, em ajustar-se ao Espírito reto, e não à matéria sinuosa (observe-se que a natureza física tem horror à linha reta perfeita).


Cristo, nesse plano, diz: "Eu sou o Bom Pastor", aquele que pode guiar seu rebanho com segurança e amor.


A prece é a mais necessária: "dá-nos hoje nosso pão supersubstancial, ou seja, o alimento básico que está acima da substância, que está no Espírito: a iluminação do intelecto.


5. º PASSO Plano: "espírito" (super-homem) Lei: Serviço - Efeito: Aperfeiçoamento contínuo.


Estado de consciência: vigília.


Expansão: compreensão do Eu real.


Forças: super-humanas.


Cor: azul. - Efeito: dedicação a Deus e às criaturas.


Bem aventurança: "Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia".


Cristo no plano: "Eu sou a ressurreição da vida" (JO 11:25).


Prece: "seja feita a Tua vontade".


No quinto plano, a criatura já superou o intelecto, já ascendeu acima da personalidade dividida (egoísta), já compreendeu que seu Eu Real não é o quaternário inferior - pura manifestação temporária e ilusória de um Espírito eterno.


Logicamente, em vendo isso, percebe que só tem um caminho: o aperfeiçoamento contínuo, sem paradas, sem retrocessos.


Com essa percepção, dedica-se a Deus nas criaturas, e às criaturas de Deus, servindo-as com todas as suas forças.


Por isso a bem-aventurança diz: "felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia": quanto mais misericordioso na ajuda aos outros, mais as forças super-humanas o ajudarão.


A esse plano, Cristo revela-se: "Eu sou a ressurreição da vida". Por isso, os que estão nesse plano sabem que a vida não termina com o desfazimento da personalidade transitória; sabem que esta atual, sobre a Terra, não é vida, mas prisão, e que apenas estão manifestados temporariamente na matéria; sabem que no Cristo Interno eles têm o reerguimento da verdadeira vida, que temporariamente se encontra eclipsada pelo encarceramento no corpo denso. A vida real, que existe potencialmente em nós (embora abafada) se reerguerá porque o Cristo Interno, que somos Nós, é substancialmente o reerguimento, a ressurreição, o ressurgimento dessa vida.


A prece: "seja feita Tua vontade na Terra, tal como é feita nos céus" constitui uma aceitação plena e incondicional de nosso estágio terreno na cruz da carne. Pois a criatura já SABE qual seu Eu Real, e conhece a ilusão de seu eu terreno: pede, pois, que nesse eu terreno se realize em cheio, sem nenhuma limitação, tal como se realiza no plano espiritual (celeste).


6. º PASSO Plano: mental.


Lei: Perfeição. - Efeito: Harmonia integral.


Estado de consciência: visão direta.


Expansão: eu único em todos: fraternidade absoluta.


Forças: angélicas.


Cor: violeta. - Efeito: compreensão total, auto-sacrifício.


Bem-aventurança: "Felizes os limpos de coração, porque verão Deus".


Cristo no plano: "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida" (JO 14:6) Prece: "Venha a nós T eu reino".


Neste sexto plano, o mental, a criatura já está iluminada (daí chamarem os hindus a este plano, "búdico"). O homem conquistou a perfeita paz interna, a harmonia integral no corpo e no espírito.


E compreendeu que seu Eu Real é único em todas as criaturas, pouco importando a manifestação externa e transitória que esse Eu Real assuma. As forças angélicas estão "a serviço" e com elas sintonizam aqueles que o atingiram: os místicos, de qualquer corrente, os verdadeiros vedantas. A cor violeta, representativa da mistura entre o rosa (devoção) e o azul claro (espiritualização), assinala a aura dessas criaturas que superaram a personalidade e vivem na individualidade.


Aí a compreensão da Vida é total. A verdade é sentida em toda a Sua amplitude. E o homem entregase ao sacrifício de si mesmo em benefício da coletividade, na maior das harmonias internas.


"Felizes os limpos de coração" corresponde exatamente a esse plano, já que a criatura que atingiu esse ponto está desapegada de tudo, tem o coração totalmente "limpo" e vazio, para nele abrigar apenas o Cristo Interno. Superou as emoções e ama sem mistura de emoção: ama integralmente, sem distinções, a todos e a tudo, pois sabe, por experiência pessoal, que o Eu é o mesmo em todos e em tudo, e portanto, todas as criaturas são um único Espírito (cfr. Ef. 4:4): Disse Cristo aos desse plano: Eu sou o caminho da Verdade e da Vida. Indicou-nos, com Seu exemplo, o caminho que todos temos que seguir para atingir a Vida e a Verdade, que Ele conhece porque já percorreu todos os estágios vitoriosamente. E só Ele, que sobrepujou todos os planos, pode trazer-nos essas elucidações com toda a segurança, não apenas com Suas palavras, como com Sua vivência perfeita, sublinhada pelo sacrifício total em benefício da humanidade.


Por isso pode bem dizer ser Ele, o Cristo Interno, manifestado em toda a Sua plenitude em Jesus, o Caminho da Verdade e da Vida.


A prece, "venha a nós Teu reino", expressa bem a ânsia que temos de penetrar nesse plano do reino espiritual, que é o reino do Pai, o reino divino.


7. º PASSO Plano: divino (átmico) Lei: Beleza. - Efeito: Contemplação absoluta.


Estado de consciência: integração e unificação (transubstanciação).


Expansão: fusão total em Deus e em Suas criaturas.


Forças: divinas.


Cor: dourada. - Efeito: Vida.


Bem-aventurança: "Felizes os pacificadores, porque serão Filhos de Deus".


Cristo no plano: "Eu sou a Videira e vós os ramos" (JO 15:1).


Prece: "Santificado seja Teu Nome".


Neste sétimo plano, divino; a lei que vige é a beleza (daí tanto atrair a todos a Beleza, em qualquer de seus graus e planos).


Neste ponto, já a união não é mais intermitente, sendo superada mesmo a visão direta. Já existe a contempla ção absoluta, constante, numa integração perfeita: é a unificação ("Eu e o Pai somos um", João,

10:30) e a criatura, através da vivência em Cristo, unifica-se e funde-se em todas as criaturas de qualquer plano.


A cor dourada exprime o resplendor da beleza, (daí exercer o ouro tanta atração em todos), onde agem forças divinas, que atuam e são atuadas pelos seres cristificados do sétimo plano. O efeito de tudo é a Vida em Deus, porque Deus passa a viver plenamente na criatura "nele habita toda a plenitude da Divindade" (CL 2:9) e "já não sou mais eu que vivo: é Cristo que vive em mim" (GL 2:20).


A bem-aventurança enaltece esses, que são os pacificadores, os que com sua simples presença, com a ação benéfica de sua aura, irradiam a paz, pacificando corações e pessoas. Esses pacificadores serão os chamados Filhos de Deus, pois só os Filhos de Deus são capazes de pacificar realmente, não com a paz externa, mas com a paz de Cristo: "a minha paz vos deixo, a minha paz vos dou: não a dou como a dá o mundo. Não se perturbe vosso coração" (JO 14:27).


Diz-nos Cristo nesse plano: "Eu sou a Videira e vós os ramos". E afirma a seguir que só podem ter Vida os ramos, enquanto estiverem "unidos" à videira. O vinho exprime, no simbolismo esotérico, o Espírito. Cristo faz aqui a revelação total: que é a Videira, senão a reunião total do tronco e dos ramos?


Cristo só estará integralizado quando a humanidade, de que Ele é a cabeça (EF 4:15) estiver toda unida a Ele, na unidade total e fundamental.


O nome é a representação externa da substância. Quando a humanidade, em todas as suas partes - que são a manifestação externa no Cristo Cósmico - estiver "santificada", então poderá o Cristo dizer realmente: " completei a obra que me confiaste para realizar" (JO 17:4), pois "não perdi nenhum dos que me deste" (JO 18:9). Esse é portanto o pedido da prece deste plano: que Teu nome, que Tuas manifesta ções, sejam santificadas.


* * *

Após a enumeração dos diversos passos no Caminho da Perfeição, o texto continua no mesmo tom.


Nada exige, no entanto, que estas últimas bem-aventuranças tenham sido proferidas na mesma ocasião, e nessa ordem: podem ter sido ensinadas em outro momento e acrescentadas aqui pelo evangelista, para continuar a série. Mas também podem ter sido ditadas em seguida às outras, sem que isso influa nos sete passos que atrás estudamos.


Firmemos, todavia, que as duas vezes seguintes, em que se repete a palavra "felizes", não fazem parte dos Sete Passos do Caminho da Perfeição: representam, porém, um corolário, um resultado fatal, inexor ável, que advirá a todos os que seguirem por essa estrada.


Todos, sem exceção, todos os que perlustrarem, ainda que apenas os primeiros passos na senda, serão perseguidos por causa da retidão de vida que assumiram. Felizes, contudo, serão; pois embora perseguidos

—e até mesmo porque perseguidos - mais depressa atingirão a meta. E também serão felizes os que forem injuriados, perseguidos e caluniados, já que isso ocorreu sistematicamente a todos os profetas (médiuns) que passaram pela Terra. Portanto, é normal que, no pólo negativo em que nos encontramos, recebamos malevolência em troca do bem que pretendamos distribuir.


Interessante observar que o termo grego traduzido por "injuriar" é oneidísôsin, formado de ónos, "burro" e de eídos, "figura", ou seja, "chamar de burro" . Realmente na grafite encontrada no Monte Palatino (e hoje conservada no Museu Kirscher, em Roma), vemos pregada à cruz uma personagem com cabeça de burro...


A interpretação profunda não difere muito da comum. Realmente, todos os que entram ou procuram entrar, pela estrada do aperfeiçoamento em busca do Cristo interior, encontram grandes dificuldades de todos os lados: da parte de outras criaturas (externas) e da parte de seus próprios veículos físicos inferiores. As dificuldades parecem, por vezes, insuperáveis. Daí ser chamada de "estrada estreita", porque realmente difícil: todos os atropelos investem contra aqueles que buscam destacar-se da craveira comum da humanidade, que forcejam por sair do pólo negativo, onde estamos presos há milênios.


mt 5:3
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).


mt 5:3
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 9:27-31


27. Seguiram a Jesus que saía de lá, dois cegos, gritando e dizendo: "Compadece-te de nós, Filho de David".

28. E entrando em casa, vieram a ele os cegos; e Jesus disse-lhes: "Credes que posso fazer isso"? Responderam-lhe: "Sim, Senhor".

29. Então tocou-lhes nos olhos, dizendo: "Seja feito a vós, conforme vossa fé".

30. E abriram-se seus olhos. Jesus ameaçou-os, dizendo: "Vede, ninguém saiba!"

31. Eles, porém, saindo, fizeram-no conhecido em toda aquela terra.



O local geográfico do episódio não é citado. Alguns hermeneutas o situam em Cafarnaum, em vista de estar, em Mateus, logo a seguir à ressurreição da filha de Jairo, e se dividem quanto à "casa" a que se refere o narrador, que diz apenas "entrando em casa" (elthónti eis tên oikían). Loisy ("Les Êvangiles Synoptiques") supõe, como em geral, ser casa de Pedro, mas Lagrange ("Évangile selon St. Matthieu", pág. 189) acha que é a casa de Mateus, o que é aceito por Durand ("Évangile selon St. Matthieu", Paris,

1924) ; Pirot (o. c. vol. 9, pág. 122) opina que "Jesus alugara um apartamento para si, independente, para ter a liberdade de movimento indispensável a um ministério como o seu". E essa dedução é feita porque em MT 8:14 é dito "foi à casa de Pedro", e em MT 13:1 "saiu de casa" ou "voltou a casa" (MT 13:36 e MT 17:25) . Logo é a "sua casa". Não cremos haja Jesus abandonado a casa de Pedro, nem para trocá-la por uma mais rica (a de Mateus), nem para um apartamento próprio, onde teria o problema de quem lhe cuidasse das coisas, o que não faltava, com todo o amor, na casa de Pedro, com as esposas dele e de André, suas filhas e a própria sogra de Pedro, que fora curada por Jesus.


Pela cronologia geralmente aceita, a cura foi efetuada na Transjordânia, em sua estada depois da festa da dedicação.


Os cegos acompanham Jesus "que vai saindo de lá", e vão "gritando" (krázontes, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos). O título "Filho de David" designava o messias (cfs. Salmo 17:23, etc.) e já fora empregado pela Cananeia (vol. 4). Não é plausível que eles soubessem que se tratava do messias. Mais viável que, desejando um favor, atribuíssem interessadamente, um título que honrava a pessoa: ben David. É mais da psicologia humana, não só daquele tempo, como de hoje: elogiar aquele de quem esperamos um favor.


Jesus primeiro pergunta se eles acreditam que Ele tenha a força (dynamis) de fazer isso. A resposta é singela: "Sim, Senhor" (em grego, kyrie, em aramaico, mari, "meu senhor", cujo feminino é marta).


Em resposta, Jesus lhes diz: "faça-se (genêthêto) a vós segundo a vossa crença", e lhes toca os olhos, recuperando eles imediatamente a visão. Depois adverte-os (o verbo grego embrimaómai, só usado aqui e em JO 11:33 e JO 11:38, mas com outro sentido, é de difícil tradução: "roncar, fremir, zangar-se") que ninguém saiba. Mas bastava olharem para eles, para verificar que haviam recuperado a visão, e eles tornam Jesus conhecido (diephêmisan autón) em toda a região.


Este episódio abre também nossos olhos para revelações dignas de registro.


Notemos que os cegos são DOIS. Ora, já vimos (vol. 2 e vol 3) que o "dois" exprime a receptividade passiva feminina. Há, portanto, nessa súplica vibrante e veemente de luz ("gritando") um espírito pronto para a iluminação, com a receptividade perfeita.


Ora, esse espírito segue Jesus (a individualidade) quando "sai de lá" (parágonti ekeíthen) e quando" entra em casa" (elthónti eis tên oikían), isto é, quando peregrina partindo da Luz e faz seu caminho na "casa" de seus veículos físicos. Acompanha-a dentro da "casa" (coração) "gritando" por "misericórdia" (eléêson), para receber a iluminação.


O pedido é feito ao "Filho de David". Realmente, vimos que David significa "o Amado", e simboliza o Cristo Cósmico, o terceiro aspecto da Divindade. Ora, o espírito se dirige ao "filho" de David, ou seja, à Centelha Crística, que proveio (é filha) do Cristo Cósmico, e é essa Centelha ou Eu Profundo que ele segue até dentro de casa.


A persistência, essa ânsia em "mendigar o espírito" (tôchoí tôi pneúmati, MT 5:3; vol. 2), esse preparo comprovado pela receptividade perfeita ("dois") vão merecer resposta favorável. É quando o Cristo Interno indaga se ele tem fé (emoções) e se confia (intelecto) que Ele tenha a forca (dynamis) de realizar a iluminação. A resposta é "sim".


Diante dessa garantia, vem o deferimento ao pedido, com a ordem de que "seja feita" ou "ele evolua" (genêthêto, de gínomai) de acordo exatamente com a fidelidade (sintonia vibratória espiritual) que tiver. Isso porque ninguém recebeu nem receberá jamais por favoritismos nem privilégios: a única medida do que se recebe é a capacidade intrínseca do receptor, nem mais nem menos.


E isso é medido pela frequência vibratória do SER (não do "fazer", nem do" "saber", nem do "crer", nem do "falar").

E a luz flui da força potencial (dynamis) simbolizada pela "mão" que toca os "olhos", ou seja, os órgãos da compreensão, o intelecto, que se abre para deixar penetrar a flux os raios luminosos do Cristo. Com a força crística atuante, a luz é feita de imediato. Não mais necessidade de testemunhos alheios, de pesquisas, de estudos, de raciocínios: é a intuição instantânea que tudo clareia a visão objetiva que tudo vê, a mente aberta para o infinito, o Espírito que se incendeia no Cosmo, a Luz que tudo ilumina.


O Cristo "treme" ou "murmura" (aqui podemos entender o pleno sentido e o porquê do emprego de enebrimêthê, do verbo embrimáomai: "roncar" ou "fremir", isto é, fazer sentir vindo de dentro, sem palavras) que "ninguém tenha conhecimento" (ginôskétô) do que se passou.


No entanto, não houve desobediência como pensam os profanos. Como criaturas "preparadas", nada foi dito. O segredo foi mantido. Mas, assim como a própria presença de um cego conhecido que recupera a visão atesta o que com ele se passou, assim também a simples presença da criatura iluminada pelo Encontro, mesmo sem palavras, "torna o Cristo conhecido" a todos os que dela se aproximam. O Cristo transparece através daqueles que tiveram a felicidade indescritível de a Ele unificar-se.


mt 5:3
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 6
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 16:16-23


16. "Um pouco e já não me contemplareis, e de novo um pouco e me percebereis".

17. Perguntaram, então (alguns) de seus discípulos uns aos outros: "Que é isso que nos diz: um pouco e já não me contemplareis e de novo um pouco e me percebereis? E: "porque vou para o Pai"?

18. Diziam, pois: Que é isso "um pouco"? Não sabemos o que diz.

19. Percebeu Jesus que queriam interrogá-lo e disse-lhes: "Indagais sobre isso entre vós, porque eu disse: um pouco e não me contemplareis e de novo um pouco e me percebereis.

20. Em verdade, em verdade vos digo, que chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós vos entristecereis, mas vossa tristeza se tornará alegria.

21. A mulher, todas as vezes que pare, tem tristeza, porque vem a hora dela; mas todas as vezes que nasce a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria, porque nasceu um homem para o mundo.

22. E vós, então, agora, na verdade, tendes tristeza; mas de novo vos verei e vosso coração se alegrará, e ninguém arrebata de vós essa alegria".

23a Naquele dia nada me perguntareis".




Uma frase, lançada em meio à lição, perturba os discípulos; o Mestre dissera que iria para o Pai. Era o Cristo que falava, e eles estavam entendendo que era o Jesus humano. Agora diz que "brevemente não me contemplareis e de novo mais um pouco e me percebereis". Essa contradição os deixa atônitos.


* * *

Antes de prosseguir, porém, analisemos os verbos theôréô que, conforme vimos (vol. 3) é mais usado na acepção intelectual, de "ver mentalmente"; e horáô, que exprime sobretudo a visão física (vol. 1; vol. 3), mas também indica percepção (vol. 4), conforme lemos em Sófocles (Édipo em Colona, 138) onde Édipo, cego, diz: "vejo pela voz quem fala" (phônêi gàr hórô tò phatizómenon).


O emprego de horáô (74 vezes nos Evangelhos) é muito mais frequente que theôréô (35 vezes, menos da metade) e os significados dos dois não obedecem a uma distinção definida. Mesmo dentro do Evangelho de João, observamos que o sentido dos dois é praticamente igual, tanto um como outro referindose ora à visão com os olhos físicos, ora à percepção ou à intuição; e lembremo-nos de que a palavr "intuição" vem do verbo latino intuéri, que significa "ver" (1).


(1) Quanto à frequência no Evangelho de João, temos: theôréô (20 vezes) em 2:23:4, 19; 6:19, 40, 62; 7:3; 8:51; 9:8; 10:12; 12:19, 45; 14:17. 19; 16:10, 16, 17, 19; 17:24; 20:6, 12, 14. E horáô (31 vezes) em: 1:18, 34, 39, 50, 51; 3:11, 32, 36; 4:45; 5:37, 6:2, 36, 46 (2x); 8:38, 57; 9:37, 1:40; 14:7, 9 (2x); 15:24, 16:16, 17, 19, 22; 19:35, 37 e 20:18, 25, 29.


Estavam, pois, os discípulos sem entender a expressão "um pouco" (mikrón) que assinalaria o fato de eles novamente "O verem", com a assertiva da ida para o Pai, que parecia definitiva.


O Mestre percebe a dúvida e a explica com magnífico exemplo: o parto da mulher. Após sofrer durante meses o peso em seu ventre, chegam as dores que a fazem aguardar com apreensão "sua hora". Mas também isso passa. E logo que a criança surge à luz, a alegria de mulher supera todas as angústias anteriores.


Assim sucederá com eles.


Os comentadores, que em geral só percebem a materialidade, através da letra, interpretam o episódio como referindo-se ao fato da "ressurreição": um pouco de tempo, e serei sacrificado na cruz; mais um pouco de tempo e me vereis ressuscitado e voltará vossa alegria, pois comprovareis que não morri.


A lição é muito mais profunda do que possa parecer à primeira leitura. Não nos esqueçamos de que o Cristo ali estava a falar através de Jesus. Não interessava, pois, o fato de o corpo físico de Jesus aparecer de novo a eles ou não. Era algo mais profundo, mais maravilhoso, mais espiritual. Nem se compreenderia que se perdesse tempo com fatos banais e transitórios, que ocorreriam naquelas horas, quando a humanidade teria que aproveitar e absorver, pelo aprendizado, durante milênios, aqueles ensinamentos. Na hora do embarque de um filho para países distantes, um pai amoroso não se preocupará em dar avisos a respeito de como entrar no avião, nem de como sentar-se, mas aproveitará todos os minutos para elucidá-lo a respeito de sua vida nesses países desconhecidos, onde permanecerá durante anos. Por que suporíamos Jesus menos inteligente e menos prudente que nós? E por que atribuiríamos ao Cristo, naquela oportunidade maravilhosa, a mesquinha preocupação de dar avisos para as emoções dos discípulos, ao invés de aproveitar o ensejo para aprofundar Suas lições sublimes?


A tônica geral das últimas lições é constituída pelo ensino da manifestação que teriam do Cristo interno.


O assunto explanado era Seu regresso, por meio do Advogado (Espírito verdadeiro ou Eu profundo), que os conduziria pessoalmente a toda a verdade, que os esclareceria a respeito dos erros, do ajustamento individual indispensável e do discernimento da verdadeira Senda; e que por fim chegaria mesmo a transubstanciar o Eu, pois receberia tudo diretamente do Cristo e lhes comunicaria.


Chegando aí, explica por que dissera que convinha a eles que Ele voltasse ao Pai, pois se não fosse, eles não teriam possibilidade de receber o Espírito verdadeiro.


Agora diz-lhes que não transcorrerá muito tempo entre uma coisa e outra. Eis, portanto, que se trata do mesmo assunto: breve será minha ausência visível através de Jesus, pois breve vos verei de novo e vós me percebereis DENTRO DE VÓS MESMOS; nós nos encontraremos e nos reuniremos para todo o eon.


A materialidade humana e o materialismo típico das personagens dominava ainda os discípulos, como até hoje preside aos comentadores, que querem entender tudo dentro do limitado âmbito do corpo físico, de suas emoções, de seu intelectualismo horizontal e rasteiro. Daí a confusão e a dúvida que deles se apoderou.


O primeiro esclarecimento é dado por uma frase iniciada pela fórmula solene, a fim de ser memorizada: "Em verdade, em verdade vos digo". Depois é feita a comparação entre a Individualidade espiritual que busca o Cristo, e o "mundo" que se farta de prazeres: "vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará".


Não interpretemos isso como em geral se faz: o mundo se alegrará PORQUE nós sofremos. Não, o caminho natural é que o buscador do Cristo sofra, enquanto os gozadores do mundo se alegram, sem nem se preocuparem com os outros, que eles desprezam e ridiculizam. Essa e a posição normal de toda a humanidade em todas as épocas e em todos os climas. Em contraste com a alegria externa e esfuziante do carnaval da vida física, constitui uma sombra a mendicância do Espírito, acompanhada pelo choro ansioso do buscador do Cristo. Já fora isso dito: "Felizes os que mendigam o Espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que choram, porque serão consolados" (MT 5:3, MT 5:4). E aqui é repetida a lição: "vós vos entristecereis, durante a busca, mas vossa tristeza se tornará alegria".


E o exemplo dado da mulher que tem um filho, dentro de nossa interpretação é muito mais real e profundo do que a interpretação vulgar até hoje apresentada.


De fato, a busca do Cristo interno pode comparar-se às ocorrências normais da vida de toda criatura, mormente das mulheres, pois todo o transcorrer da vida no planeta, é um exercício de aprendizado para os planos superiores. Nada é inútil, tudo é necessário. A Vida, preparou para todas as criaturas, na existência física terrena, uma lição que deve ser vivida e praticada diariamente, e que servirá de ensino prático para todos os que têm olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de entender. Abramos os olhos, e o LIVRO DA VIDA nos preparará para a evolução total. Analisemos.


Inicialmente, quando "criança" (espírito novo), não há preocupações com a vida "íntima", buscandose apenas folguedos, brincadeiras, jogos, distrações, esportes, e preparo intelectual ou seja, a criança (o espírito recém-humanizado) só se ocupa com as sensações, as emoções e o intelecto, cultivandoos, o que também é indispensável a seu crescimento.


Ao começar o amadurecimento do Espírito, vêm chegando as angústias e ânsias, incompreensíveis de início, até que se descobre que se está dando o nascimento do AMOR, a vida íntima que desabrocha.


Sente a moça a necessidade de encontrar uma complementação íntima para a vida do coração, e começa a buscar alguém que a ela se una, a sua "metade" que lhe falta e que a completará. É o Espírito que aspira a encontrar seu Eu profundo, representado no Homem que deverá chegar, para nela colocar a semente do Cristo interno. Esse simbolismo belíssimo foi dado no nascimento de Jesus, numa lição imperecedora. Maria encontra e é fecundada por um homem, cujo nome é dado; mas como ele representava o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, o Espírito Santo, aboliu-se a união humana e apenas se fala na descida desse Espírito (Eu profundo) que envolveu Maria em Sua sombra. Por isso o evangelista deixa de lado José e só fala no Eu profundo que se une a Maria e produz o nascimento do Cristo.


Depois vem a fase do namoro e do noivado (assinalada no Evangelho em relação a Maria), quando o Espírito julga ter descoberto sua contraparte que o completará, reintegrando-se a unidade bipartida.


Ao atingir o matrimônio, dá-se o primeiro contato, a primeira união com o Eu profundo: a mulher, realmente penetrada, em profundidade, pelo Eu superior, sente a máxima felicidade: unificou sua personagem com sua Individualidade. Mas não se satisfaz: quer ir além. E essa comparação da união com o Eu pelo matrimônio, está nos textos de todos os místicos, de qualquer corrente, e até na Bíblia, que classifica de "adultério" o afastamento do eu pequeno ao buscar consolações exteriores ao Eu profundo.


Após haver conseguido vários "encontros" e bastantes "contatos", representados sempre pela união sexual, em que temos "dois corpos formando um só corpo", começa a surgir no imo do coração da mulher o desejo ardente de produzir o

"fruto" desses encontros: o FILHO, trazido a ela pela Individualidade, pelo Espírito verdadeiro: é o Cristo, que se vai plasmando lentamente em suas entranhas.


Durante todos os meses de gravidez, quando o buscador já sente em si a presença do Cristo, mas ainda não O encontrou, em Sua plenitude, a mulher sente dores, torturas, temores de toda espécie, mas passa a pensar exclusivamente no Cristo: no filho que vai nascer.


É o período de sofrimento que sempre antecede o nascimento do Cristo em nós, denominado pelos místicos como a "noite escura" (cfr. vol. 3). Ao aproximar-se a "hora" mística, aumentam as apreensões e as dores de parto chegam "como um ladrão à noite", de que fala o próprio Cristo (MT 24:8 e MC 13:8; vol. 7) e que Paulo glosou (1. ª Tess. 5:1-3).


No entanto, terminado o trabalho de parto, ao surgir a criança, a mulher experimenta esquecimento total das dores e aflições, pois tem diante de seus olhos o novo homem que produziu. Então se torna completamente MULHER, amadurecida, tal como o Espírito que fez nascer em si o Cristo, se torna ADEPTO. Assim também o buscador do Cristo esquece todas as angústias e ânsias, ao contemplar o Cristo que nele nasceu e que vem "morar", juntamente com o Pai, em seu âmago.


E se, naquele momento os discípulos estavam tristes, que tivessem a certeza de tratar-se de um estado passageiro, pois o Cristo voltaria a eles, de novo os veria, e eles O perceberiam, e então a alegria mais radiante encheria seus corações, alegria que ninguém, jamais e em nenhuma hipótese, teria capacidade de arrebatar deles.


mt 5:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 40
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 5:30-47


30. Não posso fazer nada por mim mesmo; conforme ouço, escolho, e minha escolha é justa, porque não procuro minha vontade, mas a vontade do que me enviou.


31. Se eu testifico a meu respeito, não é verdadeiro meu testemunho?


32. Há outro que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que ele testifica a meu respeito.


33. Vós enviastes a João e ele testificou a verdade.


34. Eu porém não recebo testemunho de homem, mas digo estas coisas para que vos salveis.


35. Ele era a lâmpada que ardia e brilhava: vós quisestes alegrar-vos por uma hora na luz dele.


36. Eu porém tenho um testemunho maior que o de João: pois as obras que o Pai me deu para que eu as termine, essas obras que produzo, testificam acerca de mim, que o Pai me enviou.


37. E o Pai que me enviou, esse testificou a meu respeito. Nem a voz dele nunca ouvistes, nem a forma dele vistes,


38. e não trazeis imanente em vós o seu ensino, porque não confiais em quem ele enviou.


39. Examinais as Escrituras, porque pensais ter nelas a vida imanente, e são elas que testificam a meu respeito.


40. E não quereis vir a mim, para que tenhais vida.


41. Não recebo doutrina de homens,


42. mas conheci-vos, e não tendes em vós o amor de Deus.


43. Eu vim por meu Pai e não me recebeis; se vier outro por si mesmo, esse recebereis.


44. Como podeis confiar, recebendo uns dos outros uma doutrina, e não procurais a doutrina que vem da parte do único Deus?


45. Não penseis que vos acusarei ao Pai: há quem vos acuse, Moisés, no qual esperastes.


46. Pois se tivésseis confiado em Moisés, teríeis confiado em mim, pois de mim escreveu ele.


47. Se porém não confiais em seus escritos, como confiareis em minhas palavras? Continuaremos a dar o texto, frase por frase, seguida logo pelo original grego.




30. Não posso fazer nada por mim mesmo (ou dúnamai egô poieín ap’emautou oudén): conforme ouço, escolho (kathôs akoúô krínô) e minha escolha é justa (kaì he krísis he emê dikaía estin) porque não procuro minha vontade (hóti ou zêtô tò thélêma tò emón) mas a vontade do que me enviou (allà tò thélêma tóu pémpsantós me).


31. Se eu testifico (eàn egô marturĉ) a respeito de mim mesmo (perì emautou) não é verdadeiro meu testemunho (he marturía mou ouk estin alêthês;)? A frase só pode ser interrogativa, já que em JO 8:14, o Cristo diz: "se eu testifico a meu respeito, meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou". E Cristo não podia contradizer-se.


32. Há outro que testifica a meu respeito (állos estin ho marturôn peri emou) e sei que é verdadeiro (kaì oida hóti alêthês estin) o testemunho (he marturía) que ele testifica (hèn martureí) a meu respeito (perì emou).


33. Vós enviastes a João (humeís apestálkate pròs Iôánnén) e ele testificou a verdade (kai memart úréken têi alêtheíai) 34. Eu porém (egô dè) não recebo testemunho de homem (ou parà anthrópou tèn marturían lambánô) mas digo-vos estas coisas (allà taúta legô) para que vos salveis (hína humeís sôthête) . O verbo sôzô, cuja tradução de "salvar" aqui aceitamos, embora não totalmente satisfeitos, exprime o "livrar de perigos", o "ajudar a escapar de um perigo", ou "conservar com saúde"; não resta dúvida de que o verbo que, em português, exprime essas coisas é "salvar"; se não ficamos satisfeitos, é porque esse verbo tomou o sentido de "ir para o céu", coisa de que aqui não se cogita em absoluto. Mas não conseguimos encontrar outro verbo que exprimisse a ideia do verbo sôzô, sem ser salvar. Pedimos, então, aos leitores, que não o interpretem como "ir para o céu".


35. Ele era a lâmpada (ekeínos hèn ho lúchnos) que ardia e brilhava (ho kaiómenos kaì phaínôn), vós porém quisestes alegrar-vos (huméis dè êthelésate agalliathénai) por uma hora (prós hôran) na luz dele (en tôi phôtì autóú).


36. Eu porém tenho um testemunho (egô dè échô tèn marturían) maior que o de João (meízô tou Iôannou): pois as obras que o Pai me deu (tà gàr érga há dédôken moi ho patêr) para que as termine (hína teleiôsô autà) essas obras que eu produzo (autà tà érga hà poiô) testificam acerca de mim (martureí perì emou) que o Pai me enviou (hóti ho patêr me apéstalken). O verbo teleióô significa exatamente "levar ao fim" ou "terminar, concluir" trabalho, e não apenas "executá-lo", como se lê nas traduções vulgares.


37. E o Pai que me enviou (kaì ho pémpsas me patêr) esse testificou a meu respeito (ekéínos memart úrêken perì emou). Nem a voz dele nunca ouvistes (oúte phônên autou pôpote akêkóate) nem a forma dele vistes (oúte eídos autou eôrákate).


38. E não trazeis imanente em vós seu ensino (kaì tòn lógon autou ouk échete en humín ménonta) porque vós não confiais naquele que ele enviou (hóti hòn apésteilen ekeínos toútôi humeís ou pisteúete).


39. Examinais as Escrituras (eraunãte tàs graphas) porque pensais ter nelas a vida imanente (hóti hum éis dokeíte en autoís zôên aiônion échein) e são elas que testificam a meu respeito (kaì ekeínai eisin hai marturoúsai peri emou).


40. E não quereis vir a mim (kaì ou thélete éltheín pròs me) para que tenhais a vida (hína zôên échete).


41. Não recebo doutrina de homens (dóxan parà anthrópôn ou lambánô). Aqui mais uma vez (cfr. vol. 1) não podemos traduzir dóxa por "glória", como nas versões correntes, mas seu sentido etimológico, derivado do verbo dokéô, "ensinar"; aquilo que se ensina é o ensinamento, é "a doutrina".


Caso aqui se tivesse que aceitar o sentido de "glória", que ocorreria? Tendo Cristo declarado que "não recebia glória dos homens", verificaríamos que, durante séculos, a ele teriam desobedecido todos os que o glorificaram e lhe renderam culto e veneração... Esses sentidos absurdos, é que não compreendemos como foram e são mantidos até hoje. Já o sentido exato: "não recebo DOUTRINA de homens" é perfeitamente lógico: o Cristo divino não vai receber imposições humanas e prescrições de leis criadas pelos homens, como a lei mosaica do sábado.


42. Mas conheci-vos (allà égnôka humãs) que não tendes em vós o amor de Deus (hóti tén agápén tou theoú ouk échete en heautois).


43. Eu vim por meu Pai (egô elélutha en tôi onómati tou patròs mou) e não me recebeis (kaì ou lamb ánete me); se vier outro por si mesmo (eàn állos élthêi en tôi onómati tôi idiôi) esse recebereis (ekeínon lêmpsesthe). Já vimos que "em nome de" significa "no lugar de", "por". 44. Como podeis confiar (pôs dúnasthe humeís pisteúsai) recebendo uns dos outros uma doutrina (dóxan parà allélôn lambánontes) e não procurais a doutrina que vem da parte do único Deus (kaì tên dóxan tên parà tou mónou theoú ou zêteite;)? Aqui mais uma vez se confirma que doxa não pode significar "glória". Qual é a glória que Deus dá aos homens? Mas "doutrina" ou ensinamento, sim, vem de Deus para os homens, por meio dos Emissários divinos, sobretudo por meio de quem falava, o Cristo de Deus. Trouxe-nos ele a doutrina de Deus, que os homens não recebem, preferindo cada um receber a doutrina que os outros homens lhe dão.


45. Não penseis (mê dokeíte) que eu vos acusarei (hóti egô kategorêsô humôn) ao Pai (pròs tòn patéra); há quem vos acuse (estin ho katêgorôn humôn) Moisés, no qual esperastes (Môusês, eis tòn humeís elpíkate).


46. Pois se tivésseis confiado em Moisés (ei gàr episteúete Môusés) teríeis confiado em mim (episteúete an emoì) pois de mim escreveu ele (perì gàr emou ekeínos égrapsen).


47. Se porém não confiais em seus escritos (ei dè toís ekeínou grámmasin ou pisteúete) como confiareis em minhas palavras (pôs toìs emoís rhêmasin pisteúesete;) ?


Nesta segunda parte da aula, o Cristo fala-nos da legitimidade dos mestres e das doutrinas que são trazidas aos homens. Muitos foram os que se intitularam "mestres" e ensinaram às criaturas as "suas" doutrinas, elaboradas por seu intelecto personalista, inventando teorias e impondo obrigações a seus sequazes, traindo a verdade que devia chegar límpida diretamente do Pai através do Cristo Interno.




30. Por isso, o primeiro cuidado do Cristo é declarar peremptoriamente que nem Ele mesmo pode fazer qualquer coisa por si. Na realidade, sendo "O Amado" passivo, toda ação provém do" Amante", que é ativo. Distinção que é apenas filosófica e didática, já que, na prática, ambos são Um só. Daí a sequência: "conforme ouço, escolho", isto é, de acordo com a inspiração ou sugest ão das vibrações que provêm do Pai Criador e Sustentador permanente de todas as coisas. Mas são as vibrações ativas do som, que moldam as ações realizadas pelo Filho: o livre-arbitrio do intelecto (personalidade) pode opor-se a elas, resolvendo por conta própria até em sentido contrário. Mas o Cristo, UM com o Pai, jamais se afasta das diretrizes deste. E sendo o Pai o Verbo, a Palavra, o SOM, o termo empregado OUÇO é tecnicamente o correto: "conforme OUÇO, escolho".


Ora, sendo sua escolha sempre de acordo com as vibrações sonoras emitidas pelo VERBO (Palavra), será logicamente sempre uma escolha justa. E a razão dada do acerto da escolha é exatamente a que nós demos, mas, como é óbvio, é apresentada com termos conformes à compreensão possível na época: "não procuro a minha vontade, mas a vontade de Quem me enviou". As palavras diferem, mas a ideia é a mesma: é a adaptação de suas vibrações às do Pai, é a sintonização, é o ajustamento perfeito, salientado na 4. ª bem-aventurança: "felizes os famintos e sequiosos de perfeição (de ajustamento ou sintonia perfeita) porque serão satisfeitos" MT 5:6; cfr. vol. 2).


31. A seguir, talvez respondendo a alguma pergunta formulada ou apenas mental, indaga por que não seria verdadeiro o testemunho que desse a seu próprio respeito, em sinal de garantia de seu ensino. Se Ele, o Cristo Unigênito, o FILHO AMADO, não tivesse consciência plena do que era e do que podia, quem dos homens poderia fazê-lo? Então, sendo Ele consciente eternamente desde o princípio sem princípio, conhecedor ab imo de tudo numa onisciência absoluta, seria incompetente para testificar a seu próprio respeito? não lemos suas palavras (JO 8:14): "se eu testifico a meu respeito, meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou"?


32. Concede, entretanto, a objeção, e afirma categoricamente: "não importa, há outro que testifica a meu respeito". Desde que o testemunho venha de alguém digno de crédito, pode e deve ser aceito de olhos fechados. No entanto Ele, o Cristo, dá sua garantia: "sei que seu testemunho é verdadeiro".


33. Alguns devem ter pensado no testemunho dado por João o Batista, a respeito da personalidade Jesus, que encarnara qual o Messias prometido (cfr. JO 1:29-42; vol. 1). E o Cristo não desauSABEDORIA DO EVANGELHO toriza seu testemunho. Ao contrário, confirma-o: "vós enviastes a perguntar a João, e ele testemunhou a verdade". Observe-se que o Cristo não diz "a meu respeito", pois na realidade João falou de JESUS, personalidade humana, e não do Cristo, terceiro aspecto da Divindade, que vive EM TODOS NÓS, aguardando a hora em que o deixemos manifestar-se plenamente, como Jesus o deixou.


34. Mas aquele que falava, o Cristo, era caso diferente. Por isso afirma solenemente: "mas eu não recebo testemunho de homem" ... Em sua posição de manifestação divina, qual o homem que poderia dar testemunho a seu respeito? Nenhum. O finito não pode testificar sobre o Infinito, nem o temporal sobre o Eterno, nem o transitório sobre o Permanente, nem o limitado sobre o Semlimite, nem o ignorante sobre o Onisciente, nem o homem sobre Deus.


Vem então a declaração da razão da sua lição: tudo o que diz tem um motivo sério, e é que os homens possam conservar-se ilesos (dos perigos). O significado preciso do verso sôzô é "salvar" no sentido de" conservar ileso, manter livre de perigos, conservar sadio, proteger", donde analogicamente "salvar".


Pena que o sentido atual desse verbo tenha adquirido uma nuança especial teológica, que suponha "fazer ir para o céti’, ou então "livrar do inferno". Ora, os perigos a evitar são neste planeta, e não depois da desencarnação. Dai a necessidade de encontrar outro sinônimo que exprima a mesma ideia, sem nenhum substrato teológico, já enquistado no verbo "salvar", distorcendo-lhe o sentido através dos séculos.


35. Depois do parêntese, explicando porque dava esses ensinamentos, volta a falar a respeito do Batista, dando belo testemunho dele: "era a lâmpada que ardia e brilhava", inflamado que estava de amor pelo Cristo, seu Mestre, e pelos homens, seus irmãos; de si lançava a luz que iluminava as inteligências e o calor que acalentava os corações. Depois declara que os "judeus" quiseram realmente alegrar-se por um instante na luz dele, mas logo em seguida o esqueceram, voltando-se para os interesses materiais.


36. Aproveitando esse assunto, que voltará à tona, afirma que o testemunho que tem para citar de si mesmo é maior que o do Batista: são as obras que o pai Lhe deu para que as termine. Aqui mais uma vez se prova que interpretamos corretamente o sentido das palavras do Mestre. Nas traduções correntes, o verbo teleíô é traduzido como "executar". Mas seu sentido verdadeiro é "levar ao fim, terminar, concluir" alguma coisa que foi começada por outrem (ou por si mesmo).


Temos, pois, exatamente o que dissemos. O Pai Criador e Sustentador cria e mantém em movimento constante os sistemas atômicos e estelares, mas o Cristo-que-em-todos-habita (Cristo Cósmico - Cristo Interno) é Quem leva todas as coisas, de dentro de cada coisa, ao término de seu aperfeiçoamento, à meta de sua evolução. Perfeita a expressão: o Pai deu ao Filho as obras que criou, para que o Filho AS TERMINE, levando-as de volta ao Sistema, ao pólo positivo.


Então conclui: "essas obras que eu produzo é que testificam a meu respeito, confirmando que o Pai me enviou". Não era, absolutamente, uma referência às curas e chamados "milagres", que tantos outros taumaturgos também já realizaram. Muito pouco para o Cristo.


Refletindo sobre essas palavras, percebemos a realidade do processo: DESCIDA VIBRATÓRIA - SUBIDA EVOLUTIVA. A Luz Incriada baixa sua frequência vibratória, transformando-se em Som; este, descendo sua frequência vibratória, solidifica-se em átomos que, dentro de si, contém a VIDA, a Centelha divina, o CRISTO. Do átomo até o arcanjo (cfr. Allan Kardec, "O Livro dos Espiritos", resposta 540) e além ainda, o Cristo Interno TERMINA a obra do Pai, levando os seres à evolução ilimitada para o reino dos céus, para o Espírito.


Então, realmente, esse trabalho hercúleo testemunha a divindade do Cristo, da Mônada divina que, no íntimo de todos e de tudo, reside essencialmente e integralmente.


37. Então, através dessas obras é que o próprio Pai dá testemunho do Cristo, pelo Amor que manifesta em relação a Ele, pela confiança (pístís, fé) que Nele depositou. Depois, ainda esclarecendo dúvidas, tácitas ou manifestadas, confessa que realmente o Pai não é percebido pelas criaturas humanas.


Sendo Ele o Verbo, a Palavra, o Som, é perfeitamente natural que empregue palavras próprias: "nunca lhe ouvistes a VOZ". Com efeito, a voz é, de fato, produto do Som. Mas, assim também como o Som não tem forma, assim pode acrescentar: "nem vistes sua forma".


Todas as palavras do Cristo confirmam plenamente nossa teoria que, aliás, foi exatamente deduzida destas palavras que comentamos. Não "criamos" uma teoria, para a ela aplicar o sentido do ensinamento do Cristo; ao contrário: meditando longamente sobre esses conceitos, chegamos à conclusão de que a origem e sustentação dos universos era a que o Cristo nos revelara. No fim deste capítulo, exporemos nossa teoria a respeito da origem da matéria e da formação dos universos.


38. Além de afirmar que nem a voz do Pai foi ouvida, nem sua forma percebida pelos olhos, acrescenta uma acusação séria: não trazeis imanente em vós seu ensino (muito mais lógico do que "não permanece em vós sua palavra" das traduções vulgares; como permaneceria uma palavra pendurada em alguém?); e logo a seguir dá a razão: "porque não confiais naquele que Ele enviou". Aqui já não é simples verificação de um fato, mas uma acusação verdadeira porque o ensino está sendo dado, mas os homens não estão entendendo nem aceitando, porque não confiam no Cristo, não acreditam no que está dizendo. Talvez não tenham compreendido plena e profundamente nessa hora. Mas, mesmo séculos após, ainda não compreendem. O essencial, portanto, não será apenas ouvir, nem somente aprender, mas TRAZER FIXO, IMANENTE EM SI esse ensino, vivendo-o dia a dia, hora a hora, quase que respirando-o à vida e permanentemente.


39. Depois, já que falava a israelitas que aceitavam as Escrituras como de inspiração divina, e nelas colocavam toda a sua fé, certos de que, obedecendo a elas, teriam garantida a vida imanente, ou seja, o encontro final com a Divindade "no seio de Abraão", o Cristo apela para o testemunho das Escrituras, declarando taxativamente que elas testificam a respeito dele.


40. Queixa-se então, num lamento amoroso, que é ao mesmo tempo um apelo ao coração dos homens: "e não quereis vir a mim, para que tenhais vida"! ...


Com todo o trabalho que o Cristo vem realizando desde miríades de milênios por nossa evolução, impulsionando todo o progresso, não encontra senão raros exemplares que a Ele se dirigem para o Encontro Místico no imo do coração. A grande maioria ainda corre atrás de riquezas, de prazeres de fama, de domínio, de glórias efêmeras, de celebridade intelectual e até mesmo de santidade religiosa, em nome de um Cristo externo, em corpo perecível; e não atinam com o Cristo Verdadeiro e Vivo, que habita em nós, silenciosamente, ávido de receber nosso amor, nossa adesão a Ele, nossa unificação com Ele (cfr. JO 17:21-24).


Nesse Encontro, nessa unificação com o Cristo Interno, é que encontraremos a Vida Real, e só assim teremos a Vida em nós.


41. Depois, numa frase rápida e incisiva declara que "não recebe doutrinas de homens". É a resposta à acusação de não respeitar a lei sabática, promulgada por Moisés. Todas as prescrições criadas pelos homens só atingem as personalidades transitórias, jamais alcançando o Cristo Interno, soberano divino que está acima de todas as leis inventadas pelos que ambicionam dominar as massas com a autoridade de legisladores de almas. O Cristo, e aqueles que com Ele já vivem unificados, não precisam mais sujeitar-se a essas injunções que, em muitos casos, chegam ao absurdo e ao ridículo.


42. E logo a seguir afirma tê-los conhecido a todos. Realmente, habitando no coração de cada um, nada Lhe escapa à visão e ao conhecimento. Ninguém melhor e mais que o Cristo pode declarar ter-nos conhecido e conhecer-nos. Ele, que perscruta o coração dos homens (cfr. 1CR 28:9,. Rom. 8:27 e 1CO 2:10).


Conhecendo-nos assim, podia afirmar com toda a segurança e verdade: "não tendes em vós o Amor de Deus". O que neles (e em tantos outros...) predominava e predomina, são os amores das coisas terrenas, de si mesmos, de suas vantagens pessoais, incluindo embora a conquista do "céu", totalmente egoística, pois se sentem felizes quando seus antagonistas vão para o inferno...


Não é o Amor de Deus que os move: é a ambição pessoal em todas as direções; é a vaidade de acreditarse melhores que os outros, superiores em seu orgulho e conhecimento. E por isso capacitam-se de que podem, do alto de suas falazes cátedras, julgar e condenar a todos os que com eles não concordam, ou se afastam de suas ordenações.


43. Faz então o Cristo uma declaração que mais uma vez confirma sua atuação: eu vim POR meu Pai, em lugar de meu Pai ou, literalmente: "em nome de meu Pai". É a materialização do Verbo Criador, a solidificação, o congelamento, do som e, portanto, representa-o plenamente.


E no entanto, não é recebido, apesar de apresentar credenciais tão valiosas e seguras.


Neste ponto, faz uma oposição, a fim de mostrar como gostam as criaturas de ser enganadas: "se vier outro em seu próprio nome, esse recebereis". Com frequência vemos isso ainda hoje. Não são ouvidos aqueles que trazem a doutrina lídima do Cristo, mas aqueles que inventam novos sistemas pessoais e lideram grupos de autoelogio; esses vivem rodeados de sequazes aduladores, que os julgam superhomens e missionários privilegiados, semi-deuses a viver no plano humano. A massa dá mais valor aos que se endeusam, do que aos que reproduzem a humildade e a simplicidade do Cristo. Daí todos os que pretendem angariar gloríolas humanas fazerem algo que possa atrair os humildes pequeninos: roupagens exóticas, cabelos e barbas compridas, sinais cabalísticos como emblemas, alimentação especial bem anunciada diante de todos, qualquer coisa, enfim, para que sua presença seja de imediato percebida e honrada.


44. Então pergunta-nos o Cristo como os homens confiam, se recebem uma doutrina "de outro homem", igual a eles; como pode uma personalidade transitória falar das realidades eternas, se não tem unificado a si o Cristo Eterno? Como pode o intelecto limitado, encarcerado dentro de uma caixa ossa craniana, dogmatizar sobre o infinito, se seu Espírito ainda não se "infinitizou" imergindo no Cristo Cósmico? Por que então, não procurar, no Esponsalício Místico, no mergulho interno, a doutrina que provém da parte do Deus único, que é o AMOR?


Só quando o Espírito expandir sua consciência pequena na imensidão da Consciência Cósmica; só quando deixar a criatura de viver a SUA vida, personalística e pequenina, permitindo que o cristo viva nela, é que terá capacidade para transmitir e interpretar os ensinos do Cristo Interno, que fala silenciosamente em seu próprio coração, como no coração de todas as criaturas.


Então, ao invés de procurar em livros, em ensinamentos externos, temos que, após compreender a fonte verdadeira que jorra incessantemente água viva em nosso íntimo, buscar a doutrina verdadeira que provém do único Deus que em nosso âmago habita.


45. A seguir, manifestando ainda sua bondade imensa, o Cristo diz que não acusará ninguém perante o Pai. Cada um dará conta de suas próprias obras, de seus atos, de suas palavras, de seus pensamentos. O Cristo convoca e impulsiona a todos, mas a ninguém acusa, a ninguém castiga, porque a ninguém julga. No entanto, há alguém, cujas palavras serão por si mesmas uma acusação a todos os que Neles não acreditam: é o próprio Moisés, em quem todos colocaram suas esperanças. 46. E isso, porque Moisés escreveu a respeito do Cristo, mas eles não confiam nas palavras que lêem.


47. E se não confiam nas palavras escritas por Moisés, como confiariam nas palavras proferidas por ele?


Com a tristeza de quem se vê incompreendido, encerra mais uma aula magistral em que, resumindo fatos extraordinários, nos dá lições sublimes de profundidade e elevação, dando-nos o roteiro que todos temos que seguir, para alcançar os cimos da evolução, onde o Cristo nos espera a todos de braços abertos.


HIPÓTESE COSMOGÔNICA


De tudo o que até agora vimos nos Evangelhos, chegamos a deduzir como se formaram os universos. E o mais impressionante é sua concordância com as recentes descobertas científicas. O que aqui publicamos é simples esboço, aguardando maior aprofundamento do assunto.


João, o discípulo que reproduz os ensinos mais profundos de Jesus, o Cristo, revela-nos o segredo dos três aspectos do DEUS ÚNICO.


Lemos em seu Evangelho (4:24), com palavras do Mestre de Sabedoria, que "DEUS É O ESPÍRITO", ou seja, o ABSOLUTO.


No prólogo desse mesmo Evangelho (1:1 e 14) é-nos ensinado o segundo aspecto desse Espírito, como o VERBO (a Palavra) ou LOGOS CRIADOR, a Quem Jesus chama o PAI; e aí mesmo se diz que esse Verbo baixou Suas vibrações até a matéria ("fez-se carne"), assumindo então o terceiro aspecto do Espírito, o FILHO. (Já nos ocupamos dessas relações no 1. º vol. da "Sabedoria do Evangelho").


Aí temos o tríplice aspecto do DEUS-UNO: Espírito, Pai, Filho.


No entanto, o próprio João revela-nos outro ângulo da questão, quando diz (l. ª JO 4:8 e JO 4:16): ho theòs agápé estin, DEUS É AMOR. Ainda o Absoluto, o "Espírito Santo", conforme escreve Gregório Magno: Ipse Spiritus Sanctus est AMOR, ou seja, "o próprio Espírito Santo é o Amor" (Hom. de Pentecostes, XXX, Patrol. Lat. vol. 76 col. 1220). Então, é o AMOR-CONCRETO e REAL.


Esse Amor, quando age (ativo), apresenta-nos o segundo aspecto, o AMOR-AÇÃO, isto é, o AMANTE.


Mas para que o Amante possa expandir-se, é indispensável haja o objeto de seu Amor, e então surge o terceiro aspecto, o AMOR-PRODUTO, ou o AMADO.


Novamente encontramos o tríplice aspecto do DEUS-UNO: o Amor, o Amante, o Amado.


Tomás de Aquino (Summ. Theol. I, q. 37, art. 1 ad 3um) compreendeu bem a questão, só tendo dificuldade de explicá-la a fundo, porque o ensino de Jesus sofrera má interpretação, e a "trindade" tivera seus aspectos invertidos para "Pai-Filho-Espírito Santo", ao invés do correto "Espírito-Pai-Filho". Eis a palavra do Angélico: "Diz-se que o Espírito-Santo é a união entre o Pai e o Filho, já que é o AMOR; porque como o Pai ama num único amor a si e ao Filho, e vice-versa, é expressada no Espírito-Santo, como AMOR, a relação do Pai ao Filho, e vice-versa, como do AMANTE ao AMADO.



spiritus Sanctus dicitur esse nexus Patris et Filii inquantum est AMOR: quia cum Pater amet única dilectione Se et Filium, et e converso, importatur in Spiritu Sancto, prout est AMOR, habitudo Patris ad Filium, et e converso, ut AMANTIS AD AMATUM. sed ex hoc ipso quod Pater et Filius se mutuo amant, oportet quod mutuus Amor, qui est Spiritus Sanctus, ab utroque procedat" (Summ. Theol. I, q. 37, art. 1, ad 3um).



Até aqui perfeito. Daí por diante, vemos a dificuldade de Tomás, por causa da inversão dos aspectos trinitários; continua ele: "Mas pelo fato mesmo de que o Pai e o Filho se amam reciprocamente, é necessário que o amor mútuo, que é o Espírito-Santo, proceda de um e de outro". Neste final está o equívoco.


Nas criaturas, sendo o amor abstrato (um acidente, não a substância), é ele a resultante das relações entre amante e amado. Mas em Deus, sendo o Amor substancial e concreto, é Dele, do Amor, que procedem o Pai e o Filho, gerados pelo próprio Amor-Concreto.


Escreve Agostinho: "Não deve compreender-se confusamente o que diz o Apóstolo: dele, por ele e nele" ("Non confuse accipiendum est quod ait Apostolus: ex ipso, et per ipsum, et in ipso" - Ag. De Trinit., 6,10; Patrol. Lat. vol. 42, col. 932); e mais adiante: "Diz Dele por causa do Pai; por Ele, por causa do Filho; e Nele, por causa do Espírito-Santo" ("Ex ipso dicens propter Patrem, per ipsum, propter Filium, et in ipso, propter spiritum Sanctum" - Ag. Contra Maxim., Patrol. Lat. vol. 42, col. 800).


E Tomás continua a completar a objeção ("Sed videtur inconvenienter. Quia per hoc quod dicit IN IPSO, videtur importari habitudo causae finalis, quae est prima causarum" - Summ. Theol. I, q. 39, art. 8, obj. 4. º): "Mas parece que incorretamente, porque nele parece implicar a relação de causa final, mas esta é a primeira das causas". Esta objeção contém grande verdade, pois tudo existe NELE, no Amor, no Espírito-Santo, que é realmente a Causa Primeira; tudo provém DELE, do Pai do Amante-

Criador; e tudo é feito por ELE, pelo Filho, pelo Amado, o Cristo. Realmente é assim, pois hoje já não mais pode admitir-se a criação INSTANTÂNEA, ex nihilo, aparecendo tudo pronto e feito de um golpe: o que a ciência prova, é que o PAI imergiu na matéria tomando a aparência de FILHO, penetrando na matéria para que ela EVOLUA POR SI MESMA, isto é, POR ELE, pelo Filho, que lhe constitui a essência última e profunda, sua alma, seu espírito.


Ainda em João temos uma terceira revelação (l. ª JO 1:5): DEUS É LUZ (ho theòs phôs estin).


E aqui chegamos à parte científica da Física de vibrações, já comprovada modernamente: tudo o que existe é produto de vibrações, e a vibração que dá origem a tudo é a LUZ. Mas, como se condensou a Luz?


Facilmente se comprova. que a Luz, sendo vibração, produz SOM. E quanto mais alta a frequência vibratória da luz, mais forte, (embora inaudível a nossos ouvidos físicos) o som. Que força não terá o som produzido pela Luz Infinita, eterna e incriada?


Então, temos o primeiro aspecto: o Absoluto, a LUZ, o Espírito. Essa LUZ produz o SOM, que é chamado A PALAVRA (em latim, VERBO, em grego, LOGOS). E esses nomes são bem característicos, de que o Pai-Criador é, realmente, SOM, pois que é PALAVRA.


Esse SOM produz as massas que se movimentam com rotação e translação constantes, enquanto perdura o som que as criou e as re-cria a cada instante (cfr. : "meu Pai trabalha até hoje, e eu também trabalho", JO 5:17); essas massas em movimento constante (se parasse o movimento, tudo cairia no nada) podem ser macroscópicas (sistemas estelares) ou microscópicas (sistemas atómicos): "o que há em cima, é como o que há em baixo" (Hermes). Essas massas, em que se tornou o Som Criador, são O FILHO, pois são animadas e constituídas pela essência do SOM-CRIADOR, mas existem EM SI, como FILHO, o terceiro aspecto.


Resta provar que o som produz sistemas estelares ou atômicos.


O Dr. Hans Jenny, médico em Dornak (Basiléia, Suíça), conhecido técnico em acústica experimental, ampliou de muito as experiências de Chladni, operando com diversos materiais. De suas pesquisas, as que vem em apoio de nossa terioria são as realizadas com pó de licopódio, colocado em finas camadas sobre membranas vibrante.


Espalhado o pó, foi produzido o SOM, controlado em suas vibrações em Hz; e as figuras formadas, foram filmadas durante todo o processo por Hans Peter Widmer. De seus filmes foram extraídas as gravuras que reproduzimos.


Uma das observações básicas, comprovadas pelo Dr. Jenny, foi de que as massas redondas de licopódio, aglutinadas do pó, pelo som, mantinham permanentemente um movimento de rotação sobre si mesmas e outro de translação, "parecendo, escreve ele, semelhantes a sistemas cósmicos, e dando a sensação de reproduzir as estruturas que unem entre si as várias partes da criação". Realmente, "as figuras pulsam e oscilam enquanto permanece o som, apresentando correntes e rotações regulares".


Nas quatro figuras, vemos: FIG. 1 - Na produção do som, o pó de licopódio se reúne em pequenas massas esféricas, que jamais se imobilizam; mas além do movimento de rotação sobre si mesmas, tem o movimento traslação, caminhando da periferia para o centro grudadas à membrana, emergindo no centro, e regressando à periferia por cima das outras, numa circulação contínua.


FIG. 2 - Aumentanda-se a amplitude da vibraçãa sonara, as massas esféricas se vão aglomerando umas às outras tendendo para o centro e aumentando de volume por aglutinação.


FIG. 3 - A aglomeração vai crescendo ao ampliar-se a frequência vibratória do som, até formar-se uma grande ESFERA, que prossegue em seu movimento regular de rotação sobre si mesma, o qual causa desenhos de altorelevo (montanhas e vales!) como manifestação desse movimento; mas além dele, continua sua rota constante de translação. O autor faz aqui uma observação: de que todo o processo aparece como uma tentativa de modelo das relações entre a parte e o todo num sistema unitário: cada parte, em seu próprio campo, se comporta como o todo, pois faz exatamente tudo o que o todo faz; ao passo que o todo-aparente, apesar de sua unidade, se divide em vários elementos.


FIG. 4 - Aumentando ainda mais a amplitude da vibração sonora, vemos que os movimentos se tornam mais violentos (Jenny os chama "dramáticos"), e as massas esféricas são atiradas "como o jato de uma fonte" para a periferia, enquanto os da periferia voltam em grande velocidade para o centro, sem jamais perder o movimento rotativo.


Resta esclarecer um ponto básico: o som atua na matéria (pó de licopódio) fazendo-a movimentar-se; mas a matéria já existe. Como se explicaria, porém, o fato do aparecimento da matéria? Já existiria ela antes de ser movimentada pelo Som Inaudível (talvez aquele a que alguns chamam a "música das esferas")?


Ou terá surgido como que criada pelo som? Neste último caso, esse surgimento daria a real impressão de ser verdadeira criação ex nihilo (do nada).


Acreditamos nesta segunda hipótese que, no entanto, ainda não podemos comprovar cientificamente, mas apenas expô-la teórica e racionalmente.


Já foi provado pelas experiências atômicas que, na desintegração do átomo, a matéria desaparecia totalmente, transformando-se em energia. Donde a dedução correta de que a matéria é simples congelamento ocasionado pelo baixamento de vibrações na degradação da energia.


Por outro lado, sabemos que a mais baixa frequência vibratória do som audível é de 16 ciclos por segundo.


Se descermos mais, entramos na vibração da matéria, que vai diminuindo até frações ínfimas da unidade, embora sem jamais atingir o zero (teoria dos limites), senão cairia no nada absoluto. Raciocinando ao revés, verificamos que se a matéria ativar suas vibrações, crescendo-as acima de 16, produzirse-á o som... São, pois, vizinhos na escala vibratória o som e a matéria, bastando uma fração de grau a mais ou a menos, para que de um estado se passe a outro.


Compreendemos então que, ao degradar-se ("Degradarse" no sentido de diminuir o grau, fisicamente, sem nenhuma influênda moral) o Som Infinito, suas vibrações baixaram a tal ponto que se tornaram "poeira cósmica": o som se transformou em matéria ("o Verbo se fez carne" ...), criando-a (Interessante observar que foi dito: "YHWH formou o homem do pó da terra" - GN 2:7). Ao continuar o som a agir sobre a poeira cósmica, começa ela a movimentar-se reunindo-se em pequenos agregados - elementos atômicos - que acabam formando os átomos; estes, as moléculas; estas, os agregados moleculares, que se vão complicando até possibilitar, pela reunião de H, O, C e N o surgimento da vida, impulso elétrico da eterna energia sonora, manifestação da Inteligência que atuará daí por diante, impelindo e dirigindo a evolução no processo inverso de regresso ao Espírito. Utilíssimo consultar, a propósito, "Grande Síntese", de Pietro Ubaldi (sobretudo o cap. 48).


Com essa hipótese, ficaria explicada cientificamente a discutida origem da matéria, que teria sido criada pela degradação da energia sonora, a qual provém da degradação da Luz (Einstein). A Luz lncriada baixou suas vibrações tornando-se SOM, e o Som degradando sua energia, solidificou-se, tornando-se

MATÉRIA.


Compreendemos, dessa forma, porque uma partícula ultra-microscópica, como o átomo, tem em si tão grande energia concentrada que, ao ser ele desintegrado, detona forças imensuráveis.


E é por isso que os antigos mestres denominavam a matéria Lúcifer (portador da luz), pois sua substância ultérrima é, realmente, a luz.


Por aí vemos a confirmação de nossa teoria: o SOM produz os sistemas estelares gigantescos e os sistemas atômicos ultra-microscópicos. O SOM é realmente o VERBO-CRIADOR, que se torna FILHO criando a matéria. E de dentro dessa mesma matéria, como elemento impulsionador, como ALMA, vai fazendo que a matéria evolua, até atingir novamente a espiritualização completa. Tudo se resume num baixamento de vibrações altíssimas, até o limite máximo que conhecemos no sopé da escala, a matéria.


E tudo tende a evoluir subindo novamente de vibração até o ponto máximo na elevação da vibração do Espírito ("até que todos cheguemos à medida da evolução de Cristo", EF 4:13). Compreendemos, pois, que a matéria, expressão e manifestação da Divindade, existe desde que a LUZ-INCRIADA produziu o SOM -CRIADOR.


Resumamos os três aspectos daquilo que costumamos chamar DEUS:




SISTEMAS
(atómicos e estelares)













FILHO UNIGÊNITO


AMADO (Passivo)







A - o Abosluto Imanifestado B - a Manifestação C - o Manifestado
1. Na Física de Vibrações:
LUZ INCRIADASOM CRIADOR
ESPÍRITOENERGIA MATÉRIA
2. Na Física dinâmica:
FORÇA POTENCIALFORÇA MOTORA MOVIMENTO
3. Na Biologia:
VIDA AMORFA FORMADOR DE VIDA
(Vivificante)
FORMAS VIVAS
4. Na Filosofia:

MENTE (Inteligência)
Pensamento absoluto
PENSAMENTO
PALAVRA CRIADORA
Verbo ou Lagos
VONTADE
CRISTO CÓSMICO
Alma dos Universos
AÇÃO
5. No Psiquismo:
ESPÍRITO SANTO PAI CRIADOR
6. Na Mística:
AMOR CONCRETO AMANTE (Ativo)
Esses três aspectos se refletem no HOMEM, quando a matéria já atingiu, em sua eterna evolução, um estágio superior, de forma a permitir a manifestação inteligente do CRISTO, através dele ("feito segundo a imagem e semelhança de Deus"):
CENTELHA DIVINA
Mente
ESPÍRITO
Individualidade
VEÍCULOS FÍSICOS
Personalidade (intelecto, astral, elétrico, corpo)
Allan Kardec chamou a esses três aspectos principais de :
ESPÍRITOPERISPÍRITO CORPO





FIM



mt 5:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 25:31-46


31. "Todas as vezes que vier o Filho do Homem em sua substância e todos os mensageiros com ele, então sentará sobre o trono de sua decisão.

32. E serão reunidos em torno dele todos os povos e separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelha dos bodes,

33. e porá as ovelhas à sua direita e os bodes à esquerda.

34. Então dirá o rei aos de sua direita: Vinde, escolhidos de meu Pai, participai do reino para vós preparado desde, a constituição do mundo;

35. pois tive fome e me alimentastes, sede e me fizestes beber, era estrangeiro e me recebestes,

36. estava nu e me vestistes, doente e me visitastes, estava preso e me viestes ver.

37. Então lhe perguntarão os justos, dizendo: Senhor, quando te vimos faminto e te alimentamos, ou sedento e te demos de beber?

38. quando te vimos estrangeiro e te recebemos ou nu e te vestimos?

39. E quando te vimos doente ou na prisão e te visitamos?

40. E respondendo, o rei lhes dirá: Em verdade vos digo, quanto fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.

41. Então dirá também aos da esquerda: Afastai-vos de mim, infelizes, para o fogo do eon, destinado ao adversário e seus mensageiros,

42. pois tive fome e não me alimentastes, tive sede e não me destes de beber,

43. era estrangeiro e não me recebestes, estava nu e não me vestistes, doente e preso e não me visitastes.

44. Então perguntarão também eles, dizendo: Senhor, quando te vimos faminto, ou sedento, ou estrangeiro, ou nu, ou doente, ou preso e não te servimos?

45. Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo, quanto não fizestes a um destes mais pequeninos, nem a mim fizestes.

46. E irão estes para o castigo do eon, mas os justos para a vida imanente".



Ainda prosseguem as previsões para o fim do ciclo. Anuncia o Mestre que "o Filho do Homem virá em sua substância". Neste versículo, o grego dóxa é traduzido como "glória" duas vezes nos textos vulgares.


Analisando-se o contexto, todavia, verificamos que poderia ser dado esse sentido apenas lato sensu; mas que ideia faríamos daquele que encarnou o Amor mais sublime com a maior humildade, se ao invés de chegar com a simplicidade característica dos Grandes Espíritos, pretendesse impor-se pelo aparato pomposo de uma glória ostentatória, para esmagar as pobres criaturas com sua presença? Os seres inferiores podem impressionar-se com isso - as fêmeas dos irracionais deixam-se levar pela belez "gloriosa" ou pela bela voz dos machos - mas repugna-nos admitir que um Espírito superior e divino aderisse a esse critério tão animalesco, tentando ofuscar pela emoção da forma majestosa. Daí termos traduzido dóxa por "SUBSTÂNCIA" neste passo.


Mas no mesmo versículo há pela segunda vez a mesma palavra, na expressão "ele se sentará sobre o trono de sua glória" (grego dóxa, hebraico, kissê hakkabôd). Ora, se no primeiro caso preferimos aquele sentido: "em sua substância", isto é, EM PESSOA, ELE MESMO, e não mais seus emissários e mensageiros (COM os quais se apresentará, metà aggélôn autoú), neste segundo passo, devendo ele presidir à separação de bons e maus, o sentido mais consentâneo é "trono de sua decisão", legítimo significado de dóxa (cfr. Parmênides, 1, 30 e 8, 51; Ésquilo, Persae, 28; Sófocles, Fragmenta 235; e Trachiniae, 718; Platão, Górgias, 472 e; Filebo, 41 b).


Ao assentar-se no "trono de sua decisão" (veremos o sentido mais profundo adiante), todos os povos (pánta tà éthnê) se Lhe reunirão em torno, conforme foi escrito também em Joel (Joel 4:29) e Zacarias (14:2).


Utilizará, então, o método empregado pelos pastores ("fará COMO"), o que oferece significado especial que procuraremos estudar, a fim de "separar uns dos outros" (aphorísei autoús ap"allêlois).

Vem a seguir o discurso dirigido aos da direita, em que é salientado o grande, o inestimável, o único valor que conta: a misericórdia em relação aos desgraçados de qualquer espécie: "felizes os misericordiosos porque eles obterão misericórdia" (MT 5:7).


E as "obras de misericórdia" são enumeradas uma a uma: alimentar os famintos abeberar os sedentos vestir os nus assistir os enfermos visitar os presos.


Conforme comprovamos, referem-se todas à matéria física, ao corpo e ao conforto moral; nenhuma se dirige à parte espiritual, reservada apenas aos "discípulos" da Escola. Trata-se de verdadeiro resumo dos objetivos da "Assistência Social" ou da Caridade.


A misericórdia, no ambiente israelita era sobretudo moral e corporal e vem citada como necessária em diversos passos (GN 21:23; JS 2:14 e JS 11:20; 2SM 10:2; 2SM 3:8 e 2SM 3:2SM 9:1; JÓ 31:18; EC 18:12; ZC 7:9, etc.) ; a misericórdia dá honra a quem na recebe (PV 14:31); mas deve ser acompanhada de constância e justiça (JS 2:14; PV 3:3; PV 14:22; PV 16:6 e PV 20:28). Numa frase citada por Jesus (MT 9:13 e 12:7) é dito que a misericórdia tem mais valor que os sacrifícios (Oséas, 6:6; EC 35:4; cfr. ainda: MT 15:5, MT 15:6 e MC 7:10-13). As parábolas do "bom samaritano" (LC 10:30-37) e do perdão (MT 18:23-35) são exemplos de misericórdia e da ausência dela. Paulo de Tarso e João recomendam que os cristãos tenham "vísceras de misericórdia" (Flp. 2:1; CL 3:12 e CL 3:1JO 3:17).


Os que praticaram e viveram essas "obras de misericórdia" são os chamados, porque "escolhidos pelo Pai " para tomar parte no reino "preparado desde a constituição do mundo". Admirados, perguntarão quando tiveram oportunidade de fazer tudo isso, se jamais O encontraram na Terra. E a resposta é que" tudo o que se faz a um desses meus irmãos pequeninos necessitados, é feito a Ele mesmo". Lição magnífica e oportuna.


Já aos "da esquerda", são eles convidados a afastar-se, infelizes que são, "para o fogo do eon, destinado ao adversário e seus mensageiros". Sentido algo enigmático, que tentaremos analisar. O que os tornou" infelizes" foi, exatamente, o contrário das obras de misericórdia: A avareza que não reparte de sua mesa com os famintos;


O egoísmo que, rodeado de bebidas finas, não pensa na sede dos desgraçados;


O orgulho mal entendido, que não abre sua porta a estranhos;


A vaidade que exige para si trajos luxuosos, deixando sem roupa os mendigos;


O comodismo que não sai de seu conforto para estender a mão e abrir seu coração aos enfermos; e A dureza de coração que não se apiada dos que sofrem nos cárceres, castigados por descontroles emocionais.


A resposta é o reverso da medalha da que foi dada aos primeiros.


E vemos sempre a referência "a estes meus irmãos (IRMÃOS!) mais pequeninos (enì toútôn tôn adélphôn mou tôn elachístôn). Repete-se, como um refrão, que os homens, por menores que sejam, por mais desgraçados, por mais atrasados, são SEUS IRMÃOS: "quem faz a vontade do Pai é meu irmão, minha irmã, minha mãe" (MT 12:50 e MC 3:35); "são meus irmãos os que fazem a vontade do Pai" (LC 8:21); "ide avisar a meus irmãos" (MT 28:10) e os humildes são seus irmãos pequeninos, Dele que "é o primogênito entre muitos irmãos" (RM 8:29); e mais: "quem vos recebe, me recebe" (MC 10:40); "quem recebe a uma destas criancinhas em meu nome é a mim mesmo que recebe" (MT 18:5).


Não vimos aí, em absoluto, um DEUS EM SUA GLÓRIA, como quiseram fazer-nos crer durante dois milênios, mas um irmão mais velho, cheio de carinho e ternura, de cuidados verdadeiramente maternais para com os IRMÃOZINHOS mais pequeninos! Vemos um amor aconchegante, que se preocupa com os sofrimentos até do físico e sente em si mesmo os efeitos dos benefícios recebidos por eles e a amargura das portas que se fecham diante deles; lembramo-nos do anexim popular: "quem meu filho beija, minha boca adoça". Mas o Mestre nem fala de filhos ("um só é vosso Pai, a ninguém na Terra chameis de Pai", MT 23:9) e sim, igualando-se a eles, em irmãos menores, ainda pequeninos, dignos de toda atenção e amor.


Os que desprezam "seus irmãos mais pequeninos" são ditos katêraménoi, isto é, "infelizes"; mas observamos que, enquanto os misericordiosos são "abençoados pelo PAI", os duros de coração se desgraçam a si mesmos. A estes está reservado o "fogo do eon" (tò pyr aiônion), que é a labareda do sofrimento no percurso lento e doloroso de mais um eon ou ciclo de evolução. Trata-se do fogo purificador, que faz a catarse dos espíritos, aquele "fogo inextinguível que queimará a palha" das imperfeições (MT 3:12) e que atinge a todos os que são "lançados na fornalha de fogo" (MT 13:42) das reencarnações cármicas dolorosas.


Esse fogo foi preparado para o adversário (diábolos) e seus mensageiros desde a criação do mundo, pois desde aí começou o funcionamento da grande lei de causa e efeito.


A consequência final é que os misericordiosos irão participar da "vida imanente" (eis zôên aiônion) enquanto os endurecidos irão para o "sofrimento imanente" (eis kólasin aiônion) em segura oposição de resultados. Também poder-se-iam traduzir as expressões por: "vida do eon" e "sofrimento do eon".


Muito temos que aprender nas sábias e profundas lições do Evangelho. Vejamos inicialmente as previsões exteriores.


Todas as vezes que o Filho do Homem aparece em Sua própria substância, e não através de intermediários, essa presença assinalará fundamental modificação na tônica vibratória do planeta: é como se Ele sentasse em seu "trono da decisão", para firmar o tom de seu diapasão na energia sonora (o Som, a Palavra criadora ou Verbo ou Logos do Pai), pelo qual será testada a sintoma intrínseca dos seres.


O fenômeno da separação "à direita e à esquerda" - como costumam fazer os pastores ao separar os bodes das ovelhas, nas épocas em que não deve haver procriação - não é religioso, nem místico, nem teológico: é CIENTÍFICO.


Desde que a chegada do Filho do Homem em Sua substância faça que o planeta evolua, elevando sua tônica vibratória, automaticamente ocorrerá que os espíritos que sintonizarem com esse diapasão elevado, nela permanecerão, enquanto os que tiverem tons mais baixos serão atraídos para planetas de tônica vibratória mais baixa, ou seja, de menor evolução, sendo, portanto, "deportados" da Terra (cfr. PV 2:21-22 "pois os justos habitarão a Terra e os perfeitos permanecerão nela, mas os sem misericórdia serão suprimidos da Terra e os perversos serão arrancados dela"; e mais adiante PV 10:30 "o justo não será removido no eon, mas o sem misericórdia não habitará a Terra").


Como vemos, o julgamento ou "juízo" no final do ciclo (ou separação dos bons dos maus) será uma ação automaticamente científica, de acordo com a lei física das sintonias vibratórias intrínsecas de cada ser não havendo, pois, nenhuma possibilidade de enganos, nem de privilégios, nem de valorizações por estar rotulado nesta ou naquela religião, com este ou aquele cargo.


Exemplificando grosseiramente: a Terra tem atualmente (suponhamos!) uma vibração de número 30, tal como grande parte (dois terços, segundo Zacarias 13:8) de seus moradores. Ao elevar-se a vibração da Terra para o número 50, só conseguirão permanecer nela aqueles espíritos cuja vibração intrínseca seja de número 50 (que são os que hoje se sentem tão mal neste ambiente de falsidades, ódios, guerras e violências); e todos os que tiverem vibração número 30, serão automaticamente atraídos por outro planeta que também tenha vibração número 30. Exatamente isso ocorreu quando para a Terra vieram tantos espíritos, ao ser vibratoriamente elevado seu planeta de origem na Constelação do Cocheiro (cfr. Francisco Cândido Xavier "A Caminho da Luz", FEB, 1941, 2. ª ed. pág. 27).


Podemos dar outro exemplo: suponhamos que o planeta seja um rádio-receptor, e o espírito uma estação transmissora. O planeta que esteja ligado na sintonia de 800 kilohertz, atrairá espíritos dessa mesma sintonia (tal como o rádio-receptor atrai as ondas da Rádio Ministério da Educação). Mas se esse planeta muda sua agulha para a sintonia de 1. 400 kilohertz, os espíritos de 800 não mais são ali recebidos: só os que possuem a sintonia de 1. 400 kilohertz o serão. No entanto, aqueles de 800 irão para outro planeta que tenha essa sintonia.


Prosseguindo na interpretação do trecho quanto à parte externa, vemos que a grande chave determinante da sintonia é a MISERICÓRDIA que tira de si para dar aos outros, ou seja, o AMOR em toda a extensão ampla de suas consequências. Como escreveu H. Rohden: "não é o saber, não é o ter, não é o falar nem o fazer: o que vale é o SER".


Achada conforme a sintonia dos "justos" e dos "perfeitos", estes terão sua recompensa numa evolução menos atribulada de dores, porque isenta de ódios e violências, ao passo que os sem misericórdia continuarão alhures a série de encarnações de resgate, de purificação, de aprendizado: "o fogo inextinguível do Amor que purifica e eleva".


Se, no entanto, trouxermos a análise para a vida espiritual interna, de acordo com a interpretação que vimos dando nos últimos capítulos, veremos que o sentido ainda aqui é perfeito.


Todas às vezes que o Filho do Homem nasce, com Sua própria substância, na criatura, acompanhado de todos os seus mensageiros, ou seja, de Suas características, para assumir o bastão de comando como regente supremo, ele decide a respeito de todos os atos dessa criatura.


Quando o Filho do Homem assume o comando ("senta em seu trono decisão"), já o eu pequeno personalístico desapareceu, aniquilando-se em sua nulidade temporária, e o Homem Novo, já então Filho do Homem (veja vols. 1, 5 e 6) é o Senhor absoluto do terreno. Esse é o significado da expressão "trono da decisão": o Eu supremo passa a governar o eu menor e a decidir realmente por ele; o Cristo se substitui à personagem transitória; o Pai age através do Filho (cfr. JO 14:11 "as obras que faço, é o Pai que as faz", etc. veja vol. 6).


Uma vez estabelecido em seu "trono de decisão" na criatura. o Filho do Homem terá a tarefa precípua, que não lhe é difícil, de discernir os espíritos, e o fará de acordo com rigorosa justiça por sua sintonia interna. O diapasão regulador será a bondade intrínseca que se exterioriza em favor dos menos aquinhoados, com esquecimento de si mesmo.


Aqueles que sintonizarem, serão acolhidos como irmãos, enquanto os dissintonizados serão afastados de seu círculo para a indispensável catarse de seus erros.


Também terá que agir assim o Filho do Homem em relação a seus veículos de revestimento temporário.


Se estes (físico, etérico, astral e intelectual) tiverem contribuído não só para a evolução da humanidade com a assistência carinhosa aos irmãos pequeninos, que estão abaixo de nós, mas também para a evolução do Eu profundo? cuidando de alimentá-lo, de saciar sua sede, (tanto física, quanto moral, intelectual, emotiva e espiritualmente); buscando recebê-lo quando ainda era considerad "estrangeiro" porque desconhecido; vestindo-o com as matérias dos diversos planos, quando ele ain da se mantinha "naquela condição nua de puro espírito", no dizer de Paul Brunton; e visitando-o periodicamente com os esforços continuados de encontrá-lo, quando ainda enfermo pelo "desejo" de unir-se, mas "preso" às contingências de não poder violar o livre-arbítrio, - nesses casos, os veículos" inferiores" terão sua recompensa, mantendo-se todos em contato íntimo e permanente até mesmo sem experimentar a morte (cfr. JO 11:25-26 "quem sintoniza comigo, mesmo se estiver morto, viverá, e quem vive e sintoniza comigo, não morrerá no eon"; e mais, JO 3:15 e JO 3:36; 5:24; 6:35, 40, 47; e 14:12) e sem ser sequer julgado (JO 3:18).


Se, ao contrário, tiver sido grande a oposição dos veículos em obter a sintonia com o Filho do Homem, resistindo a todos os apelos e chamados e egoisticamente debruçando-se para fora, sem mesmo praticar as "obras de misericórdia" em relação aos "irmãos pequeninos", os veículos serão destruídos pela morte, tendo que passar pelo fogo purificador do sofrimento, que não se extingue durante o eon até a catarse integral.


Digno de meditação o trecho. E quem o fizer, encontrará ainda mais pormenores para seu aprendizado e edificação.


mt 5:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 3:13-17

13. Depois veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser mergulhado por ele.


14. Mas João objetava-lhe: "Eu é que preciso ser mergulhado por ti e tu vens a mim"?


15. Respondeu-lhe Jesus: "Deixa por agora; porque assim nos convém cumprir toda justiça". Então ele anuiu.


16. E Jesus tendo mergulhado, saiu logo da água; e eis que se abriram os céus e viu o espírito de Deus descer como pomba sobre ele,


17. e uma voz dos céus disse: "Este é meu filho amado, com quem estou satisfeito".


MC 1:9-11

9. Naqueles dias veio Jesus de Nazaré da Galileia, e foi mergulhado por João no Jordão.


10. Logo ao sair da água, viu os céus se abrirem e o espírito, como pomba, descer sobre ele.


11. E ouviu-se uma voz dos céus: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo".


LC 3:21-22

21. Quando todo o povo havia sido mergulhado, tendo sido Jesus também mergulhado, e estando a orar, o céu abriu-se


22. e o espírito santo desceu como pomba sobre ele em forma corpórea, e veio uma voz do céu: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo. "


Pela cronologia que estudamos, o Mergulho de Jesus deve ter ocorrido cerca de dois a três meses antes da Páscoa do ano 29 (782 de Roma), tendo Jesus perto de 35 anos (Santo Irineu, Patrologia Graeca, vol. 7, col. 783 e seguintes, diz que "no batismo" tinha Jesus 30 anos; no início de sua missão, 40 anos; e à sua morte, 50 anos; baseia-se em motivos místicos e em JO 8:57). A expressão de Lucas "cerca de 30 anos" apenas serve para justificar que Jesus já tinha a idade legal (30 anos) para começar sua" vida pública".


As igrejas orientais celebram, desde o 4. º século, a data do mergulho a 6 de janeiro, no mesmo dia em que comemoram a visita dos magos ou epifania (Duchesne, Origines du culte chrétien, 4. ª edição, páginas 263 e 264).


Pela tradição, parece que o ato foi celebrado na margem direita (ou ocidental) do Jordão, nas cercanias de Jericó.


Os "Pais" da igreja buscam "razões" para o mergulho ou "batismo" de Jesus: para dar exemplo ao povo; por humildade; para autorizar o mergulho de João, aprovando-o: para provocar o testemunho do Espírito, revelando-se ao Batista; para santificar as águas do Jordão com sua presença e com os fluídos que saíam de seu corpo; para confirmar a abolição do rito judaico do "batismo"; para aprovar o rito joanino, etc. João procurou evitar o mergulho de Jesus. O verbo diekóluen está no imperfeito de repetição: "esforçava-se por evitá-lo", com várias razões, dizendo: "eu é que devo ser mergulhado por ti".


João conhecia Jesus perfeitamente. Com efeito, sendo Isabel e Maria "parentas" (primas?), tendo Maria" se apressado a visitar Isabel" em sua gravidez, e com ela morando durante três meses, é evidente que as relações entre as duas famílias eram de intimidade, e Jesus e João se hão de ter encontrado várias vezes, embora, pela prolongada ausência de Jesus (dos 12 aos 35 anos) e pela estada de João no deserto, talvez se não tivessem visto nos, últimos anos.


A resposta de Jesus é incisiva: "deixa por enquanto". A necessidade, salientada por Jesus, de "cumprir toda justiça", tem o sentido de "realizar tudo o que está previsto com justeza", ou "fazer tudo direito como convém".


E João anuiu, realizando o mergulho de Jesus, com o que demonstrou também verdadeira humildade (não a falsa humildade, que se recusa a ajudar um superior, dando-se "como indigno" ...) : houve a tentativa de recusa sincera, mas logo a seguir, dadas as razões, houve anuência, sem afetação.


Agora chegamos aos fatos, que enumeramos para facilitar o comentário: 1) Jesus mergulha e sai imediatamente (eythys) da água. Aqui chamamos a atenção do leitor para o mergulho (batismo) que não era por aspersão nem por derramamento de água na cabeça, mas era realmente mergulho, tanto que Jesus "sai da água", onde havia mergulhado totalmente (com cabeça e tudo), costume que se manteve na igreja católica até, pelo menos, o século XI, notando-se que só era conferido a pessoas adultas, acima da idade da razão. Cirilo de Jerusalém (Catecismo, 20,2) ao discursar aos recém "batizados", diz: "à vossa entrada (no batistério) tirastes a túnica, imagem do homem velho que despistes. Assim desnudados, imitáveis a nudez de Cristo na Cruz... coisa admirável: estáveis nus diante de todos e não tínheis acanhamento: éreis a imagem de nosso primeiro pai, Adão". E na vida de. João Crisóstomo (Patrologia Graeca, vol. 47, col. 10) Paládio escreve: " Era Sábado-santo. A cerimônia do batismo ia começar e os catecúmenos nus esperavam o momento de descer na água. Foi quando irrompeu um bando de soldados que invadiu a igreja para expulsar os fiéis. Corre o sangue e as mulheres fogem nuas, pois lhes não permitiram apanhar suas roupas".


Lucas acrescenta: "estando Jesus a orar", coisa que esse evangelista de modo geral registra (cfr.


LC 5:16; LC 6:12; LC 9:18; LC 11:1; LC 22:24), talvez compreendendo o grande valor da prece e demonstrando que, em todas as ocasiões mais graves, Jesus elevava seu pensamento em prece.


Figura "O MERGULHO DE JESUS" - Desenho de Bida, gravura de L. Massad 2) os céus se abriram - céus ou ar atmosférico. Como se abriram? Daria ideia de que algo tivesse sido visto por trás da abertura. O que? Ou seria apenas uma luz mais forte que tivesse aparecido, dando a impressão de abertura? Marcos usa a expressão "os céus se fenderam" ou "rasgaram" (mesmo termo que se emprega para roupa ou rede que se rompe), verbo que também hoje se diz: "um raio rasgou os céus". Por aqui se vê que céu ou céus exprime a atmosfera, e não um lugar de delícias. 3) é visto o Espírito (Marcos e João), o Espírito de Deus (Mateus), o Espírito o Santo (Lucas). Mas de que forma foi percebido o Espírito? 4) "com a forma (Lucas: corporalmente) de uma pomba". Os quatro evangelistas empregam a conjunção comparativa "COMO". Nenhum deles diz que ERA uma pomba, mas que era COMO uma pomba. O advérbio "corporalmente" (somatikó) empregado por Lucas indica a razão de haver sido comparado o Espírito a uma pomba: era a aparência do corpo de uma pomba. Trata-se da shekinah, luz que desce em forma de V muito aberto: tanto assim que todas as figurações artísticas, desde os mais remotos tempos, apresentam uma pomba de frente, e de asas abertas, e jamais pousada e de asas fechadas. Os artistas possuem forte intuição. 5) descer sobre ele ("e permanecer", João). Todas essas ocorrências narradas (que numeramos de 2 a 5) são fenômenos físicos de vidência. A luz não estava parada, mas se movimentava, descendo sobre Jesus. Essa descida é que empresta a forma maior profundidade ao centro e maior elevação dos lados fazendo que pareça (imagem óptica bem achada) uma pomba em voo. O Espírito desceu sobre Jesus, sem forma, como uma luz que descia. Nele penetrou e permaneceu. Mas parecia, ou era como uma pomba. 6) e ouviu-se uma voz do céu. A própria atmosfera vibrou noutro fenômeno físico de audiência, desta vez com rumor de voz humana, que emitiu um som e articulou palavras claras, audíveis e compreendidas:

"este é meu Filho amado, com quem estou satisfeito", isto é, que aprovei, que me agradou.


Tendo-o chamado "meu Filho", deve supor tratar-se de um Espírito Superior ao de Jesus, que O amava como um pai ama o filho.


A expressão é de carinho. Comum ser dado e recebido esse tratamento por parte de pessoas que não são pais e filhos: sacerdotes assim tratam os fiéis, professores a seus alunos, superiores a seus subordinados, mais velhos a mais moços. E nas reuniões mediúnicas, então, é quase de praxe que assim o "espíritos" tratem os encarnados. Não significa, em absoluto, que a voz tenha sido de DEUS-PAI, simplesmente porque DEUS ABSOLUTO não é antropomórfico, não possui atributos humanos (em que idioma falaria Deus?).


Todos os fenômenos narrados são manifestações de efeitos físicos (vidência e audiência) que frequentemente ocorrem em reuniões espiritistas, com as mesmas características, percebidas por médiuns videntes e clariaudientes: céu que se abre, luzes que descem, vozes que falam. Para quem está habituado a assistir a essas cenas, elas se tornam naturais e familiares, embora sempre impressionem profundamente, pelas revelações que trazem. Autores antigos gregos e romanos, são férteis em narrativas desse gênero.


Quem percebeu esses fenômenos? Apenas João ou todos os presentes? Mateus e Marcos dão-nos a impressão de que só João viu e ouviu. Lucas nada diz: apresenta o fato. O evangelista João coloca as palavras na boca do Batista, como única testemunha ocular, não acenando à voz.


JO 1:29-34

29. No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha a ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo!


30. Este é o mesmo de quem eu disse: Depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu ;


31. eu não o sabia, mas para que ele fosse manifestado a Israel, é que eu vim mergulhar na água".


32. E João deu testemunho, dizendo: "Vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele.


33. Eu não o sabia, mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me: "Aquele sobre quem vires descer o Espirito e ficar sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo".


34. E eu vi e testifiquei que ele é o Escolhido de Deus.


Mantivemos separado o texto de João, embora houvesse repetição de algumas cenas, porque a narrativa diverge dos sinópticos.


Em primeiro lugar, o evangelista que tanta importância dá à numerologia, assinala "no dia seguinte", reportando-se ao interrogatório do sinédrio, coisa de que os outros não cogitam. Não há necessidade, cremos, de interpretar ao pé da letra. Diríamos: "na segunda etapa". Mais adiante (versículo 35) ele repetirá a mesma expressão com o mesmo sentido, revelando então os três passos da evolução do caso: Primeiro, o interrogatório da personalidade (João), estabelecendo seus limites reais; segundo, o mergulho na individualidade, que passa a agir através da personalidade; terceiro, a transferência dos discípulos (de João) que abandonam também a personalidade, para aderirem à individualidade (Jesus).


Mas voltemos ao texto.


João viu Jesus vir até ele. Essa narrativa é posterior ao mergulho de Jesus, contado logo após, como fato já vivido anteriormente (vers’ 32, 33). E ele atesta diante dos discípulos: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo".


Que significará "Cordeiro de Deus"? Seria uma alusão ao cordeiro pascal? ou ao "Servo de Yahweh" (ebed YHWH) segundo Isaías: "como um cordeiro levado à matança e como uma ovelha diante do tosquiador" (IS 53:7) ?


Ao cordeiro se atribuía a qualidade de "expiar os pecados do mundo", coisa que jamais foi atribuída a Jesus (cfr. Strack-Billerbeck, Kommentar zum neuen Testament aus Talmud und Midrasch München, 1924, tomo 2, pág. 368). A semelhança com Isaías é mais aparente que real. Além disso, o verbo empregado por João "tirar o erro" (airein) para esclarecer a verdade, é bem diverso do utilizado por Isaías (pherein) "tomar sobre si o erro, para expiá-lo como vítima". Nem pode admitir-se que, nessa época, se cogitasse de um Messias sofredor. Não obstante, alguns hermeneutas explicam, pelo sentido interno, que no momento da teofania (manifestação divina) do mergulho, João tenha compreendido todo o alcance da missão sacrificial de Jesus, tendo-lhe então aplicado a expressão "Cordeiro de Deus" no sentido exato de Isaías (veja capítulo 52:13-15 e 53:1-12).
Recordemos, de passagem que o latim AGNUS (cordeiro), como símbolo de pureza, aproxima-se de IGNIS (fogo) que, em sânscrito, língua-máter do latim, é AGNÍ com o sentido de fogo purificador, fogo do holocausto. Logo a seguir, João repete a frase sibilina que costumava dizer a seus discípulos: "depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu". Analisemo-la. " Homem", no. sentido de macho, de varão (ανηρ) . "Vem depois de mim" (οπισω µου), com significado temporal, isto é, aparecerá entre vós depois de mim"; e segue "que começou antes de mim", quer dizer "nasceu na eternidade, tornou-se ser" (γεγονεν, no perfeito) antes de mim (εµπροσθεν µου) .
Alguns interpretam "que me superou", ou "que passou à minha frente". E dá a razão: "porque existia primeiro que eu " (οτι πρωτος µου ην) . Clara aqui a reencarnação, ou, pelo menos, a preexistência dos espíritos. Jesus, COMO HOMEM, existia antes de João: então, COMO HOMEM, tomou corpo. E a conclusão lógica é que, se ficar provado que UM SÓ homem existiu antes do nascimento, fica automaticamente provada a preexistência PARA TODOS. E se a preexistência de UM SÓ espírito for comprovada, ele só poderá nascer na Terra por meio da "encarnação". E se pode realizar esse feito uma vez, poderá realizá-lo quantas vezes quiser ou de que necessitar para sua evolução.

Depois, concedendo uma explicação aos discípulos, o Batista revela-lhes por que fez essas afirmativas.


"Eu não o sabia, mas vim mergulhar na água para que ele fosse manifestado a Israel".


As traduções vulgares trazem "eu não o conhecia". Mas o verbo ηδειν do texto (mais-que-perfeito do perfeito presente do indicativo οιδα do verbo ειδω e portanto com sentido de imperfeito do indicativo), tem o significado primordial de "saber", ou "estar informado".

Então o Batista confessa que não tinha informação ou conhecimento total da missão de seu parente Jesus, mas que tinha vindo à Terra (reencarnado) para que ele, o Messias, pudesse manifestar-se. O testemunho do mergulho de Jesus era imprescindível para que João o reconhecesse como Messias, e como tal o apresentasse ao povo. Com isso, compreendemos melhor a frase de Jesus em Mateus: "deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda justiça", isto é, ajustar-nos ao que está previsto.


E continuam os esclarecimentos, dando o motivo por que soube de que se tratava "vi o Espirito descer do céu COMO pomba e PERMANECER sobre ele" . O pormenor de que o Espírito (não "santo" nem de "Deus", concordando com Marcos) "permaneceu" sobre Jesus, parece ser valioso e será repisado adiante.


Repete: "eu não o sabia", e explica: "mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me". A notícia de que "alguém" enviou João Batista à Terra (logo preexistência e reencarnação) é de suma importância e confirma as palavras do evangelista JO 1:6. Quem será esse "alguém" que enviou João à Terra? Acreditamos que o próprio Jesus (Yahweh) antes de encarnar, firmando-lhe na memória um fato típico que não seria esquecido: aquele sobre quem vires descer o Espírito e permanecer sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo" (em grego sem artigo). O sinal foi cumprido no mergulho de Jesus, que o evangelista supõe conhecido e dele não fala.


E conclui: "eu vi e testifiquei que esse é o Escolhido de Deus". As traduções vulgares trazem "Filho de Deus", lição dos manuscritos Borgianus (T), século 5. º; Freerianus (W), século 5. º; Seidelianus II (H), Mosquensis (VI) e Campianus (M) do século 9. º. Mas preferimos a lição o "Escolhido de Deus" (О Εκλεκτος του Θεου), porque é atestada por mais antigos e importantes manuscritos: Papyrus Oxhirincus (Londres, do século 3. º), pelo sinaítico (séc. 4. º), Vercellensis (séc. 4. º), Veronensis (séc. 4. º), e pelas versões siríacas sinaítica (séc. 4. º) e curetoniana (séc. 5. º), pela sahídica, assim como pela Vetus Latina (codex Palatinus, séc. 4. º), bem como por Ambrósio, que foi bispo de Milão no século 4. º.

Além disso, a expressão "Escolhido de Deus" é muito empregada no grego dos LXX e em o Novo Testamento (cfr. IS 43:20; SL 105:4; Sap. 3:9; 2CR 8:15; MT 20:16; MT 22:14; MT 24:22, MT 24:24, MT 24:31; MC 13:20, MC 13:22, MC 13:27; LC 18:7; LC 23:35; JO 1:34 (este); RM 8:33 e RM 16:13; CL 3:12; 1TM 5:21; 2TM 2:10; TT 1:1; 1PE 1:1; 1PE 2:4, 1PE 2:6, 1PE 2:9; 2 JO 1, 13; AP 17:14).


Temos, pois, razões ponderáveis para aceitar nossa versão, que dá a medida das coisas nesse momento: João viu e deu testemunho, de que Ele, Jesus, era o "escolhido de Deus" para a missão de Messias, o Enviado Crístico.


No mergulho de Jesus, encontramos farto material de estudo.


Diz a Teosofia que, no momento do mergulho, o "espírito" de Jesus saiu do corpo, deixando-o para que nele entrasse, como entrou, o "espírito" do Cristo, que aí permaneceu até o momento da crucifica ção.


A ideia está expressa de maneira incompreensível. Mas assim mesmo, através dessas palavras, percebemos a realidade do que houve.


Jesus, como personalidade, manifestou tão grande humildade, que se aniquilou a si mesmo. E o aniquilamento da personalidade, pela renúncia a qualquer vaidade e orgulho, foi tão grande, que não mais agiu daí por diante. E isso fez que, através de Jesus, só aparecesse e só agisse o seu Cristo Interno, isto é, a Sua individualidade Crística, o Eu divino. Essa é a meta de todas as criaturas: "quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo" (MT 16:24), anule sua personalidade, com a humildade máxima, e então poderá seguir a mesma estrada que Jesus, que a viveu antes para dar-nos o exemplo vivo e palpitante de humildade e aniquilamento.


João Batista é o protótipo da personalidade já espiritualizada.


Nasce antes de Jesus, o que exprime que a evolução da personalidade se dá antes da individualidade.


João é "a voz que clama preparando o caminho para o Senhor", ou seja, para a individualidade. Daí dizer (JO 3:30): "é necessário que Ele (Jesus, a individualidade) cresça, e que eu (João, a personalidade) diminua". Não fora esse o sentido, haveria contradição com o que foi antes dito: "é tão grande, que não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias". Se já era tão superior a João, porque teria que CRESCER? E se João era tão pequeno, por que teria que DIMINUIR? Não seria o caso de João dever progredir, aperfeiçoar-se, CRESCER, para tornar-se grande como Jesus? A meta não é o crescimento espiritual? Mas aí se trata é da oposição entre a personalidade e a individualidade: para que a segunda CRESÇA só há um caminho: é fazer que a primeira DIMINUA até ANULARSE.


Só assim podemos compreender essa frase de João. O intelecto iluminado de João percebe a Luz da Verdade, a Bondade do Amor e o Fogo do Poder de Cristo, e o anuncia como o "Cordeiro de Deus", pregando a necessidade da metánoia, isto é, da "reforma mental", a fim de perceber o "reino de Deus" que, diz ele, "se aproxima de vós", ou melhor, porque estais prestes a penetrar os mistérios recônditos do Eu Supremo.


O conhecido "batismo" deve ser entendido no sentido real e pleno da palavra original grega: MERGULHO.


Com efeito, é o mergulho consciente na presença de Deus dentro de nós, em nosso coração, mergulho esse que dá o desenvolvimento pleno à individualidade, ao Espírito.


João, a personalidade, só realiza o "mergulho na água", isto é, o mergulho exterior; mas Jesus (a individualidade) veio exemplificar-nos o mergulho "no fogo" (AGNÍ) da Centelha de Deus em nosso coração - por isso, em nossos comentários acenamos à semelhança da raiz latina AGNUS (cordeiro), em grego "Amnós", com o sânscrito "agní" - e "no Espírito", ou seja, no Eu profundo, nosso verdadeiro Eu espiritual que é o Cristo Cósmico.


ESPÍRITO


Vamos aproveitar para esclarecer a distinção que fazemos das diversas acepções da palavra ESPÍRITO.


Ora o escrevemos entre aspas e com inicial minúscula: o "espírito", e queremos então referir-nos ao termo comum de espírito desencarnado, isto é, ao espírito da criatura que ainda está preso à personalidade, com um rótulo, ou seja, um NOME: por exemplo, o "espírito" de João, o "espírito" de Antônio, etc. Doutras vezes escrevemos a palavra com inicial maiúscula: o Espírito, e com isso significamos a individualidade, ou seja, o trio superior composto de Centelha Divina, Mente e Espírito, mas sem nome, não sujeito a tempo e espaço. Então, quando o Espírito se prende à personalidade, passa a ser o "espírito" de uma criatura humana, encarnada ou desencarnada. O Espírito é o que está em contato com o Eu Profundo, enquanto o "espírito" está em contato com o "eu" pequeno, que tem um nome. Somos forçados a fazer estas distinções para que as ideias fiquem bem claras. Além desses, temos o "Espírito" de Deus, ou o "Espírito" Santo, que é a manifestação cósmica da Divindade, também chamado o Cristo Cósmico, de que todos somos uma partícula, um reflexo; em nós, o Cristo é denominado "Cristo Interno" ou Centelha Divina, e é a manifestação divina em cada um de nós. Não se pense, entretanto, que a reunião de todas as Centelhas divinas ou "mônadas" das criaturas forme o Cristo Cósmico. Não! Ele está imanente (dentro de todos nós), mas é INFINITO e, portanto, é transcendente a todos, porque existe ALÉM de todos infinitamente. O mergulho de que falamos exprime, em primeiro lugar, o ENCONTRO do "espírito" (personalístico) com o seu próprio Esp írito (individualidade), e depois disso, em segundo lugar, a absorção do Espírito no mais recôndito de seu EU profundo, ou seja, a UNIFICAÇÃO do Espírito com o Cristo Interno, com sua consequente INTEGRAÇÃO com o Cristo Cósmico.


Quando a criatura dá esse mergulho profundo, o Espírito de Deus "desce sobre ele e nele permanece", porque a união é definitiva e absorvente. Para conseguir-se o mergulho, temos que ir ao encontro de Deus em nosso coração, mas também temos que aguardar que Deus desça a nós, ou seja, temos que esperar a "ação da graça", para então realizar-se o Encontro Sublime.


A forma de pomba, percebida pelo Batista e por ele salientada, simboliza a paz interior permanente, essa "paz que o mundo não dá" (JO 14:27). E a Voz divina o revela aos ouvidos internos do mensageiro, como o "Filho Amado", como o "escolhido", confessando-se satisfeito com ele.


Esse mergulho foi compreendido por Paulo de Tarso. Escreveu ele: "todos quantos fostes mergulhados em Cristo, vos revestistes de Cristo" (GL 3:27). Desde que o homem mergulha em seu íntimo, passa a ser revestido do Cristo Interno, como foi Jesus. Quase que o interior se torna exterior, e a personalidade, ao anular-se, cede lugar à individualidade que começa a manifestar-se externamente:

"não sou mais eu (personalidade) que vivo: é Cristo (individualidade) que vive em, mim" (GL 2:20).


E acrescenta: "agora Cristo será engrandecido em meu corpo (personalidade), quer pela vida, quer pela morte, pois para mim o viver é Cristo, e o morrer (a personalidade) é lucro" (FP 1:20-21) . E explica: "por isso nós, de agora em diante, não conhecemos a ninguém segundo a carne (a personalidade): ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, agora, contudo, não O conhecemos mais desse modo; se alguém está em Cristo, é nova criatura; passou o que era velho e se fez novo (2CO 5:16-17). Esclarece mais: "pois morrestes (na personalidade) e vossa vida está escondida com Cristo em Deus " (CL 3:3). E Pedro Apóstolo, localizando a Centelha divina no coração, aconselha: " santificai Cristo em vossos corações" (1PE 3:15).


Nesse estado, após o mergulho interno no coração, a criatura passa a ser o "escolhido" ou o "Filho de Deus", porque purificou (santificou) seu coração de todo apego personalístico ("bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus", MT 5:8), e estão com a "pomba" da paz divina permanente, pacificando-se e pacificando a todos ("bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados Filhos de Deus", MT 5:9). E assim perdem o apego a pai, mãe, esposa, filhos e a si mesmos, e seguem ao Cristo Interno em seus corações ("quem ama - ou se apega - a seu pai ou mãe ou filho ou filha mais do que a mim (Cristo), não é digno de mim... o que acha sua vida (personalística) perdê-laá (porque morrerá um dia), mas o que perde (renuncia) sua vida (personalística) por minha causa, achá-la-á, MT 10:37-39).


O homem que atingiu esse ápice sublime, no mergulho dentro de seu Espírito e do Fogo da Centelha,

"tira o erro do mundo"(liquidai seu carma) e, por seu exemplo de amor e de humildade, revela a todos o Caminho certo, o Caminho Crístico, que leva à Verdade e à Vida (João,14:6).


Paulo ainda explica: "ou ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, mergulhamos na morte dele"? (RM 6:3). Quer dizer, os que tomam contato com a Individualidade, fizeram a personalidade perecer "crucificada na carne" (a Cruz é o símbolo do corpo - de pernas juntas e braços abertos - e exprime o quaternário inferior da personalidade: corpo denso, duplo etérico, corpo astral e intelecto). Por isso: "num só Espírito (Cristo) fomos todos nós mergulhados num corpo" (1CO 12:13). A comparação do mergulho no Espírito é feita, exemplificando-se com o ato oposto, quando o "espírito" mergulha num corpo (reencarnação): assim como ao nascer o "espírito" mer gulha na carne, assim nós todos, embora ainda crucificados na carne, teremos que mergulhar a personalidade no Espírito e no Fogo, fazendo que essa personalidade se aniquile, se anule, pereça.


Com isso, com a anulação da personalidade, será tirado o "erro" do mundo, porque ninguém mais terá pruridos de vaidade, nem sentirá o amor-próprio ferido, nem se magoará, porque SABE que nada externo poderá atingir seu verdadeiro EU, que está em Cristo. Teremos o perdão em toda a sua amplitude, a ausência de raivas e ódios, reinando apenas o Amor e a Humildade em todos. O adversário será dominado. O adversário (diabo ou satanás) é a própria personalidade vaidosa e cheia de empáfia de cada um de nós. Liquidada a personalidade, acaba a separação e acaba o erro no mundo.


mt 5:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO

IV - LÁZARO ERGUE-SE


JO 11:38-44


38. Jesus, então, fremindo de novo em si mesmo, foi ao túmulo; era uma gruta, e uma pedra jazia sobre ela.

39. Disse Jesus: "Tirai a pedra". Disse-lhe Marta a irmã do finado: "Senhor, já fede, pois é de quatro dias".

40. Disse-lhe Jesus: "Não te disse que, se creres, verás a substância de Deus"?

41. Então retiraram a pedra. Jesus levantou os olhos e disse: "Pai, agradeço-te porque me ouviste.

42. Eu sabia que sempre me ouves; mas disse por causa do povo circundante, para que creiam que tu me enviaste"!

43. Tendo dito isto, clamou em grande voz: ""Lázaro, vem para fora"!

44. Saiu o morto, amarrados os pés e as mãos enfaixadas, e o rosto envolto num sudário.

Disse-lhe Jesus: "Desatai-o e deixai-o ir".




Novamente aparece o verbo embrimáomai, mas já não mais tói pneúmati (em espírito) e sim en heautôi (em si mesmo). E segue para o túmulo que, como de hábito, era uma gruta, fechada por grande pedra à entrada.


Marta avisa, à ordem de retirar a pedra, que o cadáver "já fede" (êdêózei) porque é "de quatro dias" (tetartaíos, "quatriduano"). Desta frase servem-se alguns exegetas para assegurar que o defunto já se achava em decomposição. No entanto, o simples bom-senso e a lógica mais medíocre verificam de imediato que se trata de mera suposição, pois Marta não viu pelo raciocínio normal do que costumava ocorrer, sem dúvida devia estar putrefato: quatro dias, naquele clima quente e úmido, davam para chegar a esse ponto.


Jesus não se altera: "não te disse que, se creres, verás a substância de Deus"? Aqui, realmente, não há melhor tradução para dóxa do que "substância" (Cfr. Odon Casel, ºS. B., "Le Mysteère du Chri, pág. 249). Porém no versículo 4 acima, não cabe essa tradução mas apenas "reconhecimento". Já vimos a razão lógica. Agora vemos a confirmação dessa nossa assertiva, quando Jesus diz, agradecendo ao Pai por ouví-Lo, como sempre, para que "o povo circundante creia que me enviaste": exatamente! Jesus não buscava "glória" alguma, mas apenas queria ser RECONHECIDO como o Enviado do Pai. O objetivo era esse, para que Sua missão não se perdesse no vácuo do "eu não sabia"! ... ou "se eu soubesse"!


... Dessa forma, com Suas demonstrações violentas (outros preferem "prodigiosas") não havia modo de duvidar, a não ser por cegueira do espírito ou dureza do coração. Ainda hoje os fenômenos espíritas só têm essa finalidade: provar a realidade da vida do Espírito. Quem não nas aceitar é o único responsável pela própria teimosia vaidosa.


Depois dessa prece, clama "em voz alta", tal como ocorrera com a filha de Jairo (MC 5:41) e com o filho da viúva de Naim (LC 7:14), talvez dando solenidade ao ritual do acontecimento. Mas usa apenas o nome do defunto e mais duas palavras "Lázare, dêuro éxô, "Lázaro, vem para fora. .


O defunto (tethnêkôs) saiu. Ainda estava ligado nos pés. A ligadura dos corpos, entre os judeus não era à maneira das múmias egípcias, que apertavam em numerosas voltas de uma faixa de linho todo o corpo; entre os israelitas o cadáver era envolto num simples lençol comprido, que era ligado aos pés por uma tira de pano, que servia apenas para segurar o lençol, mas deixaria livres os movimentos para que o morto pudesse erguer-se, em caso de catalepsia. As mãos estavam "amarradas" (keiríais, palavra que só aparece aqui e em PV 7:16) com uma tira de pano, para mantê-las unidas, a fim de que os braços não despencassem ao ser carregado o corpo. E no rosto havia um sudário (soudários), que era uma espécie de lenço grande, para evitar que as moscas ficassem a pousar no rosto. Como vemos, nada imposs ível que Lázaro se erguesse e saísse do sepulcro com seus próprios pés.


Jesus manda que o "desatem" (áphete autón) e o deixem caminhar livremente. E o evangelista nada diz a respeito da alegria do "morto" e dos familiares e amigos. Só lhe interessa o resultado externo, que veremos logo a seguir.


A narração, privativa de João - só ele seria capaz de fazê-la, por ser o único que atingira grau iniciático superior - traz largo acervo de conhecimentos profundos e de revelações dos "mistérios", embora de forma velada, para não ser percebida por ouvidos profanos, que deveriam permanecer na simples admiração por uma "ressurreição" maravilhosa, sem atentar para outros ensinos. Observemos.


Betânia (beth-hhananiâh) significa "casa do agraciado de YHWH". Nesse local, de nome tão apropriado para o ensino, é que se desenrola a cena.


As relações entre o Mestre e os três irmãos eram, como vimos, mais íntimas que as justificadas pela simples amizade. Entre eles havia amor: amavam-se mutuamente, não apenas com amizade (phílein) mas com predileção (agapáô), o que parece denotar, claramente, elevação espiritual sintonizada reciprocamente.


Os irmãos estavam a par dos rituais que se cumpriam nos graus superiores da iniciação.


Como confirmação desta assertiva, veremos Maria, durante um banquete em casa de "Simão o leproso", na própria cidade de Betânia, derramar sobre a cabeça de Jesus, seis dias antes de sua. crucificação uma libra (320 gramas) de nardo precioso e puríssimo, no valor de mais de trezentos denários" (salário de um trabalhador durante dez meses). E quando se levantam protestos acerca do "desperdício", o Mestre assume a defesa de Maria, afirmando que essa unção "é feita antecipadamente para seu sepultamento"; e o ato é de tal importância que, acrescenta Jesus, "onde quer que seja pregado este Evangelho, este fato será narrado" (cfr. MT 26:6-13; MC 14:3-9; JO 12:1-8). Tudo isso esclarece-nos que os irmãos possuíam os segredos de certos ritos iniciáticos. Ou pelo menos que eram de toda a confiança de Jesus, que lhes permitia agir inclusive consigo mesmo.


No caso de Lázaro, tudo - os dizeres claros e os implícitos - leva a crer que se tratava de algo ligado a esses rituais, que eram normalmente praticados nas Escolas Iniciáticas antigas: para atingir o quinto grau, o candidato devia submeter-se à morte, da qual regressaria à vida, após haver experimentado, por algum tempo, a vida do espírito fora da matéria.


PORFIRIO (Sententiae, 9) escreveu: " A morte é de duas espécies: uma, que todos conhecem, quando o corpo se destaca da alma; a outra, a dos filósofos, quando a alma se destaca do corpo".


PLATÃO (Phaedon, 67 d) faz SÓCRATES dizer: "o objetivo específico dos exercícios dos filósofos é exatamente libertar a alma, colocando-a fora do corpo". O Filósofo assevera ainda que o iniciado é aquele que se desembaraçou do corpo (do "órgão ostreico") e de suas influências, nada mais temendo," como imagino, de acordo com o que se passa em nossas iniciações (parádosis, Phaedon, 108 a).


De APULEIO, que descreve o máximo que lhe é permitido dos mistérios iniciáticos, a ponto de ter sido processado por isso (sabemo-lo pela autodefesa que fez em sua "Apologia") citaremos apenas três trechos de suas Metamorfoses: a) "Logo meus amigos e escravos domésticos e os que se me ligavam de perto pelos laços de sangue, deixando o lucro que haviam vestido pela falsa notícia de minha morte, alegres com súbito regozijo, cada um com vários presentes, se apressam à minha presença, novamente trazido dos infernos à luz do dia" (1).


(1) Confestim dénique familiares ac vérnulae quique mihi próximo nexu sánguinis cohaerebant, luctu depósito, quem de meae mortis falso nuntio susceperant, repentino laetati gaudio, varie munerabundi ad meum festinant ilico diurnum reducemque ab ínferis conspectum (Met. XI: 18).


b) "O próprio ato da iniciação é celebrado como uma morte voluntária e como uma salvação de mercê" (2).


(2) Ipsamque traditionem (apódosis) ad instar voluntariae mortis et precariae salutis (Met. XI: 21).


c) " Aproximei-me dos limites da morte e passei o limiar de Proserpina e de lá voltei, trazido através de todos os elementos" (3).


(3) Accessi confinium mortis et, calcato Proserpinae límine, per omnia vectus elementa remeavi (Met. XI: 23).


"Qualquer iniciação implica numa morte e numa ressurreição, com a renovação do corpo ou da alma", escreve Goblet d"Alviella ("Eleusina", pág 19; citado em Victor Magnien, "Les Mysteres d"Eleusis" pág. 75).


Os mesmos ritos eram celebrados também no Egito, conhecidos com a designação de "morte de Osíris", e todos eram figurados nos dramas sacros, que causavam distração aos profanos, mas continham ensinamentos para os iniciados. Por isso o drama (em latim denominado sacer ludus, "divertimento sagrado) dividia-se em dois grupos: a TRAGÉDIA, que apresentava o sofrimento violento (páthos), a lamentação (thrênos), a morte (teletê orl thánatos)" e a ressurreição (ou theophanía, "revelação do deus"); e a COMÉDIA, que comemorava a vitória (nikê) e o casamento (gámos, isto é, a "união mística").


Recordados esses fatos, vamos ao texto, para verificar se realmente é isso que aí é dito.


Começa o evangelista afirmando que "certo Lázaro de Betânia" adoecera. Fato corriqueiro da humanidade.


Esclarece quem era esse Lázaro: o irmão de Marta e de Maria. A primeira frase é estranha: "Lázaro de Betânia, da aldeia de Maria e de Marta sua irmã". Por que não diz logo que era irmão delas? Por que apenas assinala "da aldeia delas"? Por que Lucas quando fala da estada de Jesus em Betânia (10:40) se refere "à casa de Marta", e não à casa de Lázaro, que seria o homem da família?


Por que esse Lázaro só aparece aqui, neste episódio, nada mais se falando a respeito dele em todo o Novo Testamento (a não ser quando João diz que os judeus "queriam matar Lázaro", fato ainda ligado a este) ?


Depois surge uma anotação interessante, que parece trazer um pormenor que elucida a questão: "Maria, cujo irmão adoecera, era a que ungiria os pés (Mateus e Marcos trazem "a cabeça") do Senhor, e os enxugaria com seus cabelos". Por que essa anotação, que nada tem com o episódio narrado?


Seria para salientar que eles estavam numa mesma Escola Iniciática ou círculo, mas que, ao que tudo indica, não era a "Assembleia do Caminho"?


Realmente nenhum deles é jamais citado na Escola de Jesus. Lázaro não era nem será Seu "discípulo", não participará do "apostolado missionário" dos futuros discípulos. Dentre as mulheres que acompanhavam Jesus, e que estavam presentes à crucificação, nem Maria de Betânia nem Marta são citadas! E no entanto habitavam ali, tão pertinho: dois quilômetros e oitocentos metros...


Surge, então, nítida a impressão de que pertenciam a OUTRA ESCOLA, embora para a iniciação maior, por exigir a presença de um Hierofante, tenha sido convidado Jesus, na qualidade de Mestre inconteste, então encarnado na Palestina. São todas suposições, e não podemos trazer nenhuma PROVA desta hipótese. Mas uma coisa parece certa: Lázaro, Marta e Maria não pertenceram ao colégio apostólico de Jesus. Talvez fossem dirigentes de outra Escola, e Lázaro recebeu, algum tempo antes, num plano abaixo, a mesma iniciação que Jesus receberia em plano superior. Dizemos isso, porque a "morte " de Lázaro foi apenas o afastamento do espírito por efeito da cataepsia, enquanto a" morte" de Jesus foi violenta, com torturas físicas e derramamento de sangue.


Pela elevação espiritual como dirigente de outra Escola, era natural que eles e Jesus se amassem com predileção.


Toda a cerimônia foi cuidadosamente preparada na Escola para a iniciação de Lázaro e, quando chegou o momento de necessitarem da presença do Mestre, as irmãs mandam-No avisar, numa frase simples, semelhante até a uma "senha", dizendo apenas: "Senhor, olha, aquele que amas adoeceu".


O Mestre imediatamente compreendeu o de que se tratava, tanto que afirmou de pronto que "Essa doença não é para morte", ou seja, que dela não resultaria a morte definitiva. Antes, serviria "para reconhecimento de Deus, e para que o Filho de Deus fosse reconhecido por meio dela". Lembremonos de que "Filhos de Deus" são os Hierofantes, possuidores do último grau vibrando com o plano divino, cujo estado de consciência é de integração e unificação (ou transubstanciação) com Deus e com as criaturas (Ver vol 2). Jesus precisava ser reconhecido como estando nesse grau, anotando em Mateus (Mateus 5:9) "felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus".


João anota que Jesus permaneceu ainda dois dias no lugar em que estava. Ora, dando dois dias para a ida do mensageiro, dois dias para essa parada, "e só mais tarde, depois disso" partiu, e mais dois dias para a chegada a Betânia, temos a soma de seis a sete dias, para preparação da cerimônia. E a fim de que não fosse apressado o termo previsto nem antecipado o rito, nem atrasado, houve a demora bem calculada, para que se cumprisse tudo dentro das normas ritualísticas.


Mas onde estava Jesus? Pelos antecedentes e pela frase "vamos à Judeia", devia achar-se na Galileia.


Mas o "Jardim fechado" ou "horto interno" não era lugar próprio a um ritual iniciático. Daí ter ido à Judeia ("Adoração de Deus") para a cerimônia de Lázaro, tanto quanto para a Sua: "não convém a um profeta morrer fora de Jerusalém" (LC 13:33); e Lázaro estava a cerca de 2,8 Km de Jerusalém, dentro, pois, da aura astral da cidade "santa".


Os discípulos objetam contra a ida a um local, onde havia bem pouco correra o risco de ser lapidado.


Mas a resposta traz um ensino taxativo: "não são DOZE as horas do dia"? Sempre os números em João! Examinemos, porém, a questão das "luzes" que aqui vemos opostas: a luz deste mundo e a luz da própria criatura.


Lembremo-nos de que Jesus já falara duas vezes a esse respeito, dizendo: "Eu sou a luz do mundo" (JO 8:12) e "vós sois a luz do mundo" (MT 5:14). São, pois, os Espíritos evoluídos que são A LUZ DO MUNDO, a luz espiritual. Mas a oposição é entre a luz deste mundo, a luz física da Terra, que brilha durante as doze horas do dia, e a luz própria de cada um, que iluminará espiritualmente o mundo.


Durante o brilho da luz diurna, quando temos oportunidade de ver as "pedras de tropeço" na estrada da vida, é fácil evitá-las ou saltá-las. Mas a noite, se não temos a luz em nós, é quase inevitável tropeçar.


Por isso quando estamos ao lado do Mestre (Luz do mundo - e, não esqueçamos, o DOZE exprime no plano divino o MESSIAS!), Seu exemplo e Sua luz nos mostram os tropeços do caminho: é dia (feminino de "deus"!). Mas longe do Mestre, as sombras do mundo nos tolhem a nitidez da visão: é a noite da alma.


As DOZE horas do dia, quando o homem entra no caminho para percorrer a Senda em seus DOZE passos do círculo total (os 12 signos do zodíaco) conferem-lhe luz para conhecer as dificuldades do trânsito. Mas antes disso, na noite do anterior percurso, durante a subida lenta e triste, antes da conquista da luz própria, são fatais os tropeços. Digno de nota que os Evangelhos não falam nunca e "queda" (ptôsis), mas sempre em tropeço (skándalon). Queda parece ser algo definitivo e irremediável, paralisando a caminhada; enquanto tropeço dá sempre ideia de dificuldade superável e estrada prosseguida. Quase dando a entender que o pior que pode ocorrer à criatura é simples "tropeço", jamais "queda".


Depois dessa lição, o Mestre dirige-se aos discípulos de Sua Escola, certo de que, pelo que já sabiam, fácil lhes seria compreender o sentido de Suas palavras: "Lázaro adormeceu, mas vou para que o desperte". Lamentavelmente não foi entendido. Apesar de tudo o que haviam aprendido na longa convivência com o Mestre, e com os segredos do Reino, os discípulos não entenderam. Nem sequer raciocinaram que ninguém dormiria dois dias seguidos sem despertar; nem que, num sono normal, não haveria mister que o Mestre se abalasse da Galileia à Judeia só para despertá-lo, coisa que qualquer pessoa poderia fazer. Mas os melhores homens têm seus momentos de obnubilação mental: aliquando, bonus dormitat Homerus.


Diante da incompreensão absoluta dos discípulos, o Mestre vê que tinham que ser tratados como profanos. Então fala "abertamente": "Lázaro morreu" (apéthanen, do verbo apotnêskô, derivado de thnêskô, da mesma raiz que thánatos; essa raiz tomou o sentido, em grego, de "morrer", embora o significado original do sânscrito de onde provém, dhvantá, seja "coberto, velado, escuro" - cfr. Émile Boisacq," Dictionnaire Etimologique ele la Langue Grecque", Heidelberg, 1950, págs. 333; e Sir Monier Monier-Williams, "A Sanskrit-English Dictionary", Oxford, 1960, pág 252). Já Plutarco dizia que eram duas as "mortes": a primeira que é a separação da alma (psychê) e do corpo (Sôma), e a segunda, que é a separação dá mente (noús) e da alma (psychê) (Morales, 942. f).


E como Jesus percebe o espanto na fisionomia deles, acrescenta: "Alegra-me por não ter estado lá".


Assim, chegando e encontrando-o "morto" há vários dias, seria impossível que eles não cressem na força (dynamis) maravilhosa de Seus poderes (exousia), aceitando-o como Emissário do Pai e Manifestante divino.


Thomé, com o espírito jactancioso dos medrosos, propõe que todos sigam "para morrer com Ele", embora na hora do perigo real, tenham todos fugido, escondendo-se a tremer de medo...


Aqui encontramos mais dois números. Quando chegou a Betânia, é dito que o Mestre encontrou Lázar "há QUATRO dias no túmulo".


O QUATRO é, cabalisticamente, o tetragrama sagrado (YHWH), a palavra de força e de poder, de pronúncia secreta. Mas também exprime o quatemário físico do homem, o túmulo (sêma) ou corpo (sôma) em que está sepultado o Espírito durante a encarnação (ensômatósis). Nos arcanos (cfr. vol. 4 e vol. 5) o quatro significa REALIZAZÃO, sendo que no plano divino, é o Demiurgo, e no plano "humanoastral-nervoso" é o RESULTADO.


Logo a seguir o evangelista anota - sem que se veja normalmente razão para esse pormenor! - qu "Betânia distava de Jerusalém QUINZE estádios". Ora, o QUINZE exprime, ainda nos arcanos, a ENCRUZILHADA, onde a criatura terá que escolher o caminho que deve palmilhar. É o momento em que a Mônada já descobriu as cadeias que a prendem e reconheceu as dívidas do passado, e se encontra com o que a cábala denomina "Baphomet", isto é, o conjunto de emoções desencadeadas nas vidas anteriores, cujos resultados agora enfrenta, para vencer ou para perder. Daí, nesse momento, poder dar-se a "morte de Osíris", em que o candidato voluntariamente se submete à experiência, tentando dominar de golpe todo o somatório de suas emoções. Se sucumbir, terá que enfrentar, em numerosas vidas comuns, essas emoções, vencendo-as uma a uma, durante talvez séculos ou milênios. Se conseguir passar pela "morte", vencendo-a, dará um salto gigantesco à frente. Daí a importância desse passo iniciático, daí o risco que ele traz ao indivíduo se não estiver bem preparado, e daí a assistência indispensável de um Hierofante, pois ninguém pode realizá-lo a sós. Se o iniciado vence, matando, com sua morte, todas as suas emoções de vez, liquida o débito de seu passado, e renasce "nova criatura". Mas para isso é mister que o Hierofante (ou pelo menos um Mestre de alta categoria e poder espiritual) o desperte novamente para a vida deste plano, ou seja, o "ressuscite", isto é, faça o Espírito "ressurgir" nos veículos físicos que abandonara, e que agora se acham totalmente submetidos ao comando espiritual, sem mais possibilidade de rebelar-se para fazer cair o Espírito.


Como sempre, os números dizem muito na pena do evangelista João: o quaternário está no túmulo, como "morto", aguardando a REALIZAÇÃO do Espírito, que vai decidir, nessa ENCRUZILHADA vital para sua evolução, o caminho a seguir.


Para isso, então, chega o Hierofante à Escola irmã. Marta corre-Lhe ao encontro, desolada, pois embora sabendo da prova (e diante dos profanos não podia deixar transparecer que se tratava disso) contudo não esperava fosse tão longa a duração da "morte": agora, após quatro dias, já esmorecera.


Sabia que, se lá estivera o Grande Mestre, Lázaro não teria desencarnado, pois teria sido salvo a tempo, e reconduzido à saúde. Agora já não será tarde? No entanto, no âmago de seu espírito, ainda resta uma esperança: "sei que Deus te dará tudo o que Lhe pedires".


Acreditando o Mestre, mais uma vez, que se dirigia a pessoas cônscias dos rituais iniciáticos, assegura que "Lázaro se reerguerá" do túmulo, pois se trata de "morte" para renascimento em plano superior, e não de "separação definitiva" entre corpo e alma. Marta também não percebe: a perturbação lhe toldara a compreensão.


É quando o Cristo, o Hierofante Máximo encarnado então, abertamente se manifesta com a solene declaração, a quinta (correspondente ao quinto grau iniciático): EU SOU O RESSURGIMENTO DA VIDA!


O Cristo-Filho, onipotente e onipresente manifestação divina, terceiro aspecto da Trindade sacrossanta e invisível, que habita dentro de todas as coisas, se expressa através do corpo do homem Jesus, falando por Sua boca, na encarnação crística do Mahachoan Maitreya, e declara que, se o PAI é o Verbo-Criador, Ele, o Cristo é o RESSURGIMENTO DA VIDA em todos os seres.


A VIDA, que é o ESPÍRITO, é comunicada pelo PAI, que é o Verbo (Som-Criador) e é mantida e ressurgida cada vez que fenece, pelo CRISTO, o Filho-Vivo, ou Filho de Deus Vivo.


Por isso Ele acrescenta: "quem crê (pisteuô) em mim", isto é, quem me mantém absoluta fidelidade (pístis), ou se mantém fielmente unido a num, "mesmo se morreu, viverá; e todo o que já vive e crê em mim", permanecendo fiel à união comigo, "não morrerá para o eon" (eis ton aiônion), ou seja, por todo o ciclo evolutivo.


A pergunta, se Marta acreditava em Suas palavras, ela reproduz a "confissão de Pedro", dizendo: " creio que tu és o CRISTO, o FILHO DE DEUS, que veio ao mundo". Eis a prova irrefutável da elevação espiritual de Marta que, olhando para Jesus, nesse instante, Nele não vê mais o "filho de José", o homem de Nazaré, Aquele para o qual preparava carinhosamente os peixes no melhor azeite, as ervas mais bem condimentadas, os bolos de trigo mais saborosos, as castanhas com o mel mais puro, para Quem preparava à noite a cama fresca com lençóis impecavelmente limpos, e que lhe dissera certa vez: "Marta, Marta, estas ansiosa e te preocupas com muitas coisas" ... (LC 10:41). Mas através desse Homem maravilhoso, ela percebe com segurança, além da forma corpórea, o CRISTO que descera à forma física, mantendo-se UNO com o Pai e com o Espírito!


Essa visão dá-lhe um sobressalto: reconheceu com Quem estava lidando. Não! Não era o simples Jesus, Amigo e Mestre, que lhe falava com tanta sabedoria e profundo amor: viu ali, diante de seus olhos ofuscados, o CRISTO! E correu a chamar Maria, a contemplativa. Fala-lhe em segredo. E Maria ao saber da nova, salta de onde se achava sentada e corre para encontrá-Lo.


* * *

Quando a alma contemplativa sabe que o Amado se aproxima, por havê-Lo anteriormente chamado, deixa tudo e vai humilde prostrar-se a Seus pés. Os homens "religiosos" (judeus) a acompanham, mas sem compreender. Pensam em termos de "defunto" e de "sepultura" e de "choro", ao passo que ela se dirige para a Vida, para a Liberdade, para a Alegria!


O encontro provoca lágrimas em Maria. Nesse instante, já o CRISTO não apenas fala através de Jesus, mas passa a agir plenamente, eclipsando-Lhe a personagem. E a força cristônica, ao agir em toda a Sua plenitude, faz fremir a personagem física, tal como um motor forte demais para pequena embarcação, a faz vibrar com roncos surdos (embrimáomai significa literalmente "fremir roncando").


Chegou a hora do despertamento daquele que se submetera voluntariamente à prova dura e difícil d "morte" do físico, para o avanço do Espírito. O poder (exousia), a força (dynamis) e a ação (érgon) do CRISTO fazem que o homem mortal sinta comoção em sua psychê, de tal forma que os olhos ficam marejados de lágrimas; não era emoção, já totalmente dominada pelo Mestre, mas consequência da vibração sublime, poderosa e elevadíssima que sobre Ele adveio.


A pergunta é direta: "onde o pusestes"?


E todos se aproximam do túmulo, lentamente, enquanto os "religiosos", sempre com sua pequena fé, acham que Ele poderia ter salvo Lázaro, tal como curara o cego de nascença. Mas agora... é tarde demais, pensam eles, e nada pode ser feito contra a morte!


* * *

A ação potente e sobre-humana continuava a vibrar sobre Jesus: o CRISTO ATUA no Hierofante, na hora solene de realizar o ato iniciático sacrossanto de reintegrar no corpo físico o Espírito que fora colher experiências indescritíveis, por "todos os elementos". E o veículo físico de Jesus novamente" freme", enquanto se encaminha à gruta e ordena ser tirada a pedra.


A fé ainda não se firmara em Marta, que objeta ser o cadáver "de quatro dias". De acordo com o significado do número QUATRO, que já vimos atrás, temos diante dos olhos o resultado efetivo de uma realização do Hierofante, assistido pelo Demiurgo. Mas a objeção de Marta também tem sua razão de ser: os quatro dias podem expressar-nos o temor de Marta, sobre a incapacidade de os veículos físicos de Lázaro, já arruinados, poderem suportar a força violenta e repentina do regresso do espírito.


De qualquer forma, porém, é uma vacilação inexplicável, embora justificável em vista da fraqueza do espírito enquanto preso à matéria. Esse temor é revelado sob a forma do odorato" "já fede"; mas o CRISTO, seguro de Sua força e de Seu poder, retruca que "tudo é possível àquele que crê" (MC 9:22).


A pedra é retirada: a matéria física densa que obstaculiza a evolução é posta de lado. E dentro da gruta vê-se o corpo imóvel e cadaverizado do iniciado que se submete à prova, com as funções somáticas paralisadas pelo afastamento temporário do espírito em exercitação de aprendizado evolutivo.


A seguir o Cristo liga-se mentalmente ao Pai, o Ancião dos Dias, agradecendo, em comunhão eucarística, mais essa realização no campo da evolução espiritual. Salienta o fato de "ter sido ouvido", enquanto assevera que jamais falhou essa ligação de Suas vontades unificadas no trabalho em lavor da humanidade que lenta e penosamente avança ao longo dos milênios. E justifica essa declaração em voz alta, pela necessidade de conseguir dos circunstantes a certeza de que Ele é o Enviado do Pai, para ensinar o caminho, parei exemplificar as qualidades básicas do Super-Homem, traçando e desbastando a estrada que deve ser perlustrada pela Individualidade, qual Pastor divino que, em arrostando precipícios e tempestades, segue à frente do rebanho.


Passa, então, à ação (érgon). É o Sacerdote da ordem de Melquisedec - o Pai Amado e Amante - que celebra o rito, simples e solene. E, com, voz altissonante, que faz vibrar o éter dos espaços e despertar os espíritos, ordena o regresso de Lázaro a seu corpo, e sua apresentação fora da gruta, à multidão que o aguarda. "Lázaro, vem para fora"! é a ordem. Não apenas para fora da gruta em que estava seu corpo, mas sobretudo para fora de sua interiorização na "gruta do coração", onde havia mergulhado, para infinitizarse em contato com o Infinito, e iluminar-se em unificação com a Luz, absorvendo o aprendizado por intuição e preparando-se para espalhar na Terra as bênçãos de sua evolução.


A exteriorização é imediatamente realizada, embora o físico não tenha conseguido acompanhar a evolução do Espírito: os pés contituavam "amarrados", as mãos "enfaixadas", e o rosto envolto num "sudário". O Mestre ordena que o novo iniciado seja libertado: que os pés tenham o poder de caminhar pelo mundo, levando a salvação às criaturas; que as mãos sejam desenfaixadas de suas ataduras cármicas, e possam abrir-se em bênçãos de serviço; e que sobretudo o rosto seja exposto ao sol da vida, para que também brilhe com a sabedoria adquirida e, através dos olhos que observam as dores humanas, irradie as vibrações de amor de que a humanidade vive sequiosa e realmente necessitada.


Aí estava, diante da pequena multidão espantada, mais um sacerdote preparado para o serviço, mais um apóstolo do bem, acrescendo as fileiras de anônimos obreiros que fazem evoluir a humanidade!


* * *

Outra interpretação poderá ser dada, quando transpusermos todas essas ações externas, para o âmbito interno do Espírito: a consagração das criaturas por obra do Cristo-Interno, fazendo-as ressurgir depois da morte a todos os estímulos físicos e da destruição de todas as emoções. Mas essa aplicação cada um dos leitores poderá fazer por si mesmo, através da meditação.



Huberto Rohden

mt 5:3
Sabedoria das Parábolas

Categoria: Outras Obras
Ref: 7420
Capítulo: 1
Huberto Rohden

(Mt 5, 3-10) Bem-aventuranças. Bem-aventurados os pobres pelo espírito, porque deles é o reino dos céus.


Bem-aventurados os tristes, porque serão consolados.


Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.


Bem-aventurados os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados.


Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.


Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.


Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.


Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.


Quem é pobre pelo espírito?


Quem é bem-aventurado, feliz?


Que é o Reino dos Céus?


Durante quase 20 séculos têm-se discutido as palavras ptóchoi tô pnéumati, como está no original grego do primeiro século, ou pauperes spiritu, como lemos na tradução latina. E as interpretações dessas palavras têm sido as mais diversas. Alguns chegaram ao absurdo de traduzir "pobres de espírito", proclamando felizes os que têm pouco espírito, os que são pobres, deficientes de espírito, os imbecis e idiotas. Neste caso, o próprio Jesus não faria parte dos bem-aventurados, e dele não seria o Reino dos Céus, porque não era pobre de espírito nesse sentido, mas sim rico e riquíssimo, quer se entenda por espírito a faculdade espiritual, quer a faculdade intelectual.


Mas os que o Mestre chamou felizes são os que são pobres pela livre escolha do seu próprio espírito, do seu livre-arbítrio; não os que são compulsoriamente pobres, que são milhões, e talvez infelizes, mas os que, podendo possuir todas as riquezas da Terra, sentem-se tão ricos dos bens espirituais que voluntariamente se desapegaram dos bens materiais, usando apenas o necessário para sua manutenção física.


Também, que ia fazer um milionário espiritual com essas pobres riquezas materiais? Como ia um homem espiritualmente adulto ocupar-se com as bonecas de celuloide ou outra matéria com que se divertem as crianças num jardim de infância? O rico de espírito não sabe como brincar com essas bonecas dos ricos da matéria; a sua mentalidade espiritualmente adulta não acha suficiente ponto de contacto com esses brinquedos que encantam os espiritualmente infantes.


Disse alguém: "É tão difícil para um sábio adquirir riquezas como é difícil para um rico adquirir sabedoria".


Muitos pensam que, para não dar importância aos bens materiais, deva o homem ser muito virtuoso. Não é bem exato. Pode o homem virtuoso renunciar aos bens materiais e não ser sábio nem feliz. A verdadeira renúncia não vem da virtude, mas sim da sabedoria, da compreensão da verdade. Pode a virtude, em certos casos, ser um preliminar para a sabedoria, mas não é a própria sabedoria. Saber quer dizer saborear, tomar o sabor de um alimento e senti-lo como saboroso.


Mas para o homem meramente virtuoso pode a renúncia ter sabor amargo, pode ser "caminho estreito e porta apertada"; somente para o sábio, o sapiente, é a renúncia "jugo suave e peso leve".


Pode alguém renunciar por dever, e até por querer – e é um homem virtuoso.


Mas o verdadeiro sábio renuncia por compreender, por saber – e saboreia a verdadeira felicidade.


O dever e o querer do virtuoso são atos de boa vontade do homem-ego – mas o compreender do sábio é uma atitude da razão espiritual, do Eu divino no homem.


Virtude vem de virtus, que em latim quer dizer força; o virtuoso age em virtude de uma obrigação, de compulsão moral; ele se sente como um escravo, como um bom escravo – "eu devo renunciar". Ele renuncia sob a pressão de um doloroso e maldito tu deves. Age como um bom escravo – não age como um homem livre, porque não compreende a verdade, a verdade sobre si mesmo;


identifica-se ainda com o seu ego, com o seu ego virtuoso, de boa vontade. A verdade é o único poder libertador: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". A compreensão da verdade é a única força que realmente liberta o homem. Quem age sem compreender pode agir virtuosamente, mas não age sabiamente.


Sabedoria, ou sapiência, não é outra coisa senão a compreensão da verdade libertadora.


Quem se identifica ainda com o seu ego, mesmo com um ego virtuoso, age virtuosamente, mas não age livremente.


Somente quem, pelo autoconhecimento da mística, identifica-se com o seu Eu divino, esse compreende a verdade sobre si mesmo, esse age com sabedoria, age livremente – e este é realmente feliz. O sábio saboreia a deliciosa verdade sobre si mesmo, saboreia que "eu e o Pai somos um", que "eu sou a luz do mundo", que "o Reino de Deus está dentro de mim", e age livre e deliciosamente à luz desta compreensão da verdade que o libertou, inclusive da virtude. "Por Moisés foi dada a lei – pelo Cristo veio a verdade e veio a graça. " O homem virtuoso é um bom discípulo de Moisés, porque age sob o signo do dever – tu deves fazer isto, tu não deves fazer aquilo. Ele age como escravo do dever.


O homem sábio é discípulo do Cristo, age em nome da verdade e da graça, age à luz do compreender.


A lei escraviza.


A verdade e a graça libertam.


Feliz, realmente bem-aventurado, é somente aquele que renunciou aos bens materiais por sapiência, pelo saboreamento da verdade sobre si mesmo, e esta renúncia por compreensão nunca é dolorosa, mas indizivelmente deliciosa.


O homem virtuoso sofre a sua renúncia – o homem sábio saboreia a sua renúncia.


Renunciar é, para o sábio, para o compreendedor da verdade, para o autoconhecedor, uma afirmação de força e poder, de entusiasmo e plenitude, da "gloriosa liberdade dos filhos de Deus".


Por isto, o homem que renunciou por sabedoria e compreensão nunca se sente como se fosse um herói, algum super-homem, alguma exceção da regra; sente a sua renúncia como algo natural e evidente. O apego aos bens materiais seria para ele artificial. A Natureza toda age com leveza e facilidade; segue sempre o caminho de menor esforço, como diz Einstein. A Natureza não conhece virtude, compulsão – ela age sempre com silêncio e naturalidade, porque é inconscientemente sábia, regida pela suprema sabedoria cósmica, que nada sabe de esforço, de dificuldade ou sacrifício.


Enquanto o homem se acha na escola primária da lei, soletrando o abc do dever, pode ele ser vicioso ou virtuoso, não fazer ou fazer dificilmente o que deve; mas quando ingressa na universidade da verdade e da graça, entra ele na zona do compreender, da sapiência e do saboreamento da verdade.


Para os principiantes é necessário o "caminho estreito e a porta apertada" da virtude do dever.


Os finalizantes, porém, só conhecem "o jugo suave e peso leve" da sabedoria e compreensão.


Aqueles andam ainda "aflitos e sobrecarregados", com sua virtude – mas estes acharam "descanso para sua alma" na sabedoria da compreensão.


Os pobres pelo espírito são os que se desapegaram interiormente e, quanto possivel, também exteriormente, dos bens materiais, mentais e emocionais, de toda a bagagem do velho ego, não em virtude de um maldito dever, mas à luz de um bendito compreender. Estes são os felizardos, os realmente felizes – porque deles é o Reino dos Céus. "É" e não apenas "será". Esses saboreiam, aqui e agora, o Reino dos Céus que está conscientemente dentro deles. Não esperam um céu só depois da morte, mas vivem agora mesmo, aqui e agora, no céu da verdade, da liberdade e da felicidade. Superaram o inferno do ego vicioso, de má-vontade, e também o purgatório do ego virtuoso de boa vontade, e ingressaram no céu do Eu da sabedoria.


O jovem rico do Evangelho era um homem virtuoso, que havia cumprido todos os mandamentos, tudo que devia fazer – mas não era um homem sábio; era um perfeito discípulo de Moisés, pelo cumprimento da lei – mas não chegou a ser um discípulo do Cristo, pela verdade e pela graça. Formado na escola primária do dever, não ingressou na universidade do compreender.


Que me falta ainda? pergunta ele a Jesus, depois de ter feito tudo o que devia fazer. E o Mestre lhe responde: "Uma coisa te falta ainda". Nada lhe faltava naquilo que ele devia fazer – tudo lhe faltava no que devia ser. À pergunta "o que devo fazer" o Mestre responde "se queres ser". Não se trata mais de fazer algo, trata-se de ser alguém. Só é alguém quem está na verdade do ser, para além de todas as pseudoverdades do fazer. O fazer algo é necessário, mas somente o ser alguém é suficiente. Aquilo é dos virtuosos – isto é dos sábios.


A suprema sabedoria e felicidade consiste em ser alguém pela compreensão da verdade libertadora.


A auto-realização do reto-agir da ética supõe o autoconhecimento do reto-ser da mística.






mt 5:8
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 41
Huberto Rohden
Depois de eleger os seus doze discípulos, sentou-se Jesus numa pedra no meio do relvado e disse ao povo umas coisas tão belas e estranhas como nunca ninguém ouvira no mundo: chamou felizes a todos aqueles que trabalham, sofrem, choram, são injuriados, caluniados, perseguidos por causa de Deus, porque, se compreenderem o sofrimento receberão grande felicidade.
Desceu com eles e parou em uma esplanada. Grande número de seus discípulos e enorme multidão de povo de toda a Judeia, de Jerusalém e das regiões marítimas de Tiro e Sidon, tinham afluído para ouvi-lo e serem curados das suas enfermidades.
Foram curados os que estavam vexados de espíritos impuros. Todo o povo procurava tocá-lo, porque saía dele uma virtude que curava a todos.
E disse Jesus:
Bem-aventurados os pobres pelo espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os tristes, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra,
Bem-aventurados os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e caluniosamente disserem de vós todo o mal, por minha causa; alegrai-vos e exultai, porque grande é a vossa recompensa no céu. Pois do mesmo modo também perseguiram aos profetas que antes de vós existiram (Mt. 5, 3-12).

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JERUSALÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)
Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Mapa Bíblico de JERUSALÉM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48
SEÇÃO II

PRIMEIRO DISCURSO:

O SERMÃO DO MONTE
Mateus 5:1-7.29

Franzmann, em sua obra Follow Me: Discipleship According to Saint Matthew, fala a respeito do Sermão do Monte: "Ele se baseia na narrativa inicial (1:1-4.16), a genealogia e os sete cumprimentos".' A última frase se refere aos sete cumprimentos de profecia que ocorrem nos primeiros quatro capítulos de Mateus. São eles:

1) Emanuel, Mateus 1.23;
2) nasci-mento em Belém, Mateus 2.6;
3) o chamado do Egito, 2.15;

4) o choro de Raquel, 2.18;

5) chamado de Mateus nazareno, 2.23;
6) uma voz no deserto, 3.3;
7) uma grande luz, Mateus 4:14-16.

Segundo Franzmann cada um dos cinco grandes discursos de Mateus é precedido por uma narrativa que está relacionada ao discurso. Este, o primeiro, é introduzido por Mateus 4:17-25. Ele escreve: "O Sermão do Monte nesta estrutura deve ser entendido e estimado como o registro de como o chamado de Jesus, proferido por Ele com autoridade Messiânica, convocando homens para uma realidade escatológica do reino dos céus, é feito para de-terminar toda a existência do discípulo"? Isto é, "Jesus está, no Sermão do Monte, mol-dando messianicamente a vontade do seu discípulo".3

Esta idéia parece fornecer a chave adequada para se entender a natureza e o propó-sito desse grande discurso. O Mestre havia acabado de chamar os seus primeiros quatro discípulos. Agora Ele está lhes mostrando o que significa o verdadeiro discipulado. Ele está descrevendo o tipo de vida que seus discípulos devem viver.
Têm sido sugeridas muitas maneiras de interpretar e aplicar o Sermão do Monte. McArthur dedica um capítulo inteiro para descrever doze destas interpretações,' que ele chama de "Versões e Evasivas do Sermão do Monte".' Ele começa comentando que se "um visitante imaginário de Marte" fosse visitar "uma típica comunidade cristã", tendo lido o Sermão do Monte no caminho, ele ficaria perplexo pelo contraste. "O abismo entre o padrão do Sermão do Monte e o padrão da vida cristã convencional é tão grande que o visitante suspeitaria ter lido o Sermão errado ou visitado a comunidade errada."' A aná-lise e avaliação de McArthur sobre estas opiniões é excelente.'

  1. O CENÁRIO DO SERMÃO, Mateus 5:1-2

Alguém poderia deduzir do primeiro versículo do capítulo cinco que Jesus deixou a multidão (1) e entregou este "sermão" somente para os discípulos. Mas parece que a multidão se reuniu em torno da parte externa do círculo interno e ouviu o discurso (cf. Mateus 7.28).

A referência a um monte é provavelmente significativa. Assim como Moisés rece-beu a antiga Lei no monte Sinai, assim também Jesus, o novo Líder, pronunciou a lei do Reino na encosta de um monte.

Assentando-se. Enquanto os pregadores de hoje seguem o costume grego e romano de ficar em pé para falar, os mestres judeus sempre se sentavam enquanto ensinavam. Discípulos literalmente significa "aprendizes". A palavra só é encontrada nos Evange-lhos e Atos (Mateus, 74 vezes; Marcos, 45; Lucas, 38; João, 81; Atos, 30). Esta é a desig-nação mais antiga para os seguidores de Jesus.

  1. A NATUREZA DOS DISCÍPULOS 5:3-16 1. As Bem-aventuranças (Mateus 5:3-12)

a) Os Pobres de Espírito (Mateus 5.3). Cada beatitude começa com bem-aventurados, o que lembrava aos ouvintes o Salmo 1:1. Lenski comenta: " 'Bem-aventurado!' entoado repetidas vezes, soa como sinos do céu, tocando neste mundo amaldiçoado, do alto da catedral do reino, convidando todos os homens a entrar".8

A palavra grega makarios significa "feliz". Mas é óbvio que "... as bênçãos contem-pladas nas Beatitudes não podem de forma alguma ser expressas em nosso idioma pela palavra ou pelo conceito de 'felicidade' ".9 Elas se referem, antes, à bem-aventurança que só vêm para aqueles que desfrutam da salvação em Jesus Cristo. Hunter sugere: " 'Aben-çoado' significa 'Ah, a felicidade de', e a beatitude é a felicidade do homem que, em comu-nhão com Deus, vive a vida que é realmente a vida".10 Arndt e Gingrich escrevem: "A tradução Ó, a felicidade de ou saudação àqueles, preferida por alguns, pode ser exatamente correta para o original aramaico, mas ela escassamente exaure o conteúdo que makarios tinha nos lábios dos cristãos de fala grega".11 John Wesley tem sido seguido por vários tradutores atuais ao adotar "Feliz". Mas "Bem-aventurado" talvez seja uma tradução mais adequada.

Os pobres de espírito (3) são aqueles que reconhecem a sua pobreza espiritual. Lucas 6:20) diz: "Bem-aventurados vós, os pobres". Mas, após o cativeiro babilônico, a frase "os pobres" era freqüentemente usada para os piedosos, em contraste com os opressores ricos, ímpios e mundanos dos pobres. Assim, as afirmações em Mateus e Lucas significam a mesma coisa. Talvez a melhor tradução de 5.3a seja a de Goodspeed: "Bem-aventurados são aqueles que sentem a sua necessidade espiritual".

Por que estes pobres são bem-aventurados? Porque deles é o Reino dos céus. As Beatitudes estão na forma de paralelismo sintético, um tipo de poesia hebraica na qual a segunda linha completa o significado da primeira. Desse modo, aqui a segunda linha define mais especificamente a conotação de "bem-aventurado".

A primeira beatitude atinge diretamente o centro da necessidade do homem. Fitch declara: "A pobreza de espírito é essencialmente o destronamento do orgulho"." Depois de declarar que "o orgulho é a própria essência do pecado", ele continua dizendo: "O orgulho é o pecado de um individualismo exagerado, o pecado do usurpador reivindican-do um trono que não é seu, o pecado que enche o universo com apenas um ego, o pecado de destronar a Deus de sua soberania de direito"."

  1. Os que Choram (5.4). Quando alguém percebe que está falido de todos os bens espirituais que o tornariam aceitável a Deus, irá chorar (4) sobre o fato. Lloyd-Jones escreve: " 'Chorar' é algo que vem logo depois da necessidade de ser 'pobre de espírito' ", e acrescenta: "Quando eu confronto Deus e a sua santidade, e contemplo a vida que devo viver, vejo a mim mesmo, o meu total desamparo e falta de esperança"»

Este choro leva ao arrependimento e à conversão. Mas não pára aqui. Continua por toda a vida do cristão consciencioso. Os maiores santos percebem mais intensamente o quanto carecem da perfeita semelhança com Cristo, e choram acerca disso. Só o cristão néscio pode se sentir complacente.
A promessa para aqueles que choram é que eles serão consolados (cf. Is 57:18). Isto acontece primeiro na consolação do perdão, e depois na consolação da comunhão. Um Cristo compassivo está especialmente perto daqueles que choram.

  1. O Manso (Mateus 5.5). O significado da verdadeira mansidão, infelizmente, tem sido com freqüência mal-entendido. Por diversas vezes ele tem sido imaginado em termos de uma humildade modesta, negativa e quase falsa. Mas, na verdade, é algo muito diferente, mesmo quando se trata de alguém em relação ao seu companheiro. O arcebispo Trench escreve a esse respeito: "A mansidão é uma graça lavrada na alma; e o seu exercício está primeira e principalmente relacionado a Deus"." Ele acrescenta: "É aquele estado de espírito em que aceitamos os seus tratos conosco como bons e, portanto, sem discussão ou resistência".' De acordo com esta mesma opinião, Fitch diz: "A mansidão é a entrega a Deus, a submissão à sua vontade, o preparo para aceitar o que quer que Ele possa oferecer, e a prontidão para assumir a posição mais baixa"." Colocada em termos sim-ples, a mansidão é a submissão à vontade de Deus. E isto não é primariamente negativo, mas positivo. É um cumprir ativo da vontade de Deus na nossa vida diária. Jesus Cristo é o Exemplo supremo de tal mansidão (cf. Mateus 11.29). Esta realização da vontade de Deus inclui uma avaliação correta de si mesmo, uma avaliação que leva a pessoa a "não saber mais do que convém saber" (Rm 12:3).

Dos mansos é dito que eles herdarão a terra (5). O mundo acredita que o caminho para vencer é fazer valer os seus direitos. Mas Jesus disse que aqueles que aceitam a sua vontade, um dia reinarão com Ele.

  1. Os que têm Fome e Sede de Justiça (5.6). Um dos primeiros sinais de vida de um bebê normal é a fome. Assim sendo, aquele que verdadeiramente nasceu de novo sentirá fome e sede de justiça (6) — o que nas Escrituras freqüentemente significa "salvação" (cf. Is 51:6). Para estes, é dada a promessa: eles serão fartos. A palavra grega é chortazo, de chortos, que é geralmente traduzida como "relva" no Novo Testamento. O quadro é o do gado que se alimenta até estar satisfeito. O verbo também é traduzido como "satisfei-to", e isto se encaixa muito bem aqui. Fitch observa: "A plenitude é a resposta de Deus para o vazio do coração do homem"."
  2. Os Misericordiosos (Mateus 5.7). Aqueles que receberam a misericórdia de Deus devem demonstrar misericórdia aos seus companheiros. A ilustração mais vívida de como é irracional se recusar a perdoar os outros, é apresentada na parábola do credor incompassivo (Mateus 18:23-35). A parábola do Bom Samaritano (Lc 10:30-37) dá um excelente exemplo de misericórdia a alguém necessitado. A misericórdia tem sido definida como a "bondade em ação".

Bowman e Tapp sugerem que as Beatitudes aparentemente representam "um poe-ma aramaico original em duas estrofes de quatro versos cada"." As quatro primeiras beatitudes descrevem: "primeiro, um despertar do seu estado de inadequação...; segun-do, a determinação de 'se converter' a Deus com arrependimento...; terceiro, a adoção de uma atitude constante de confiança somente em Deus...; e finalmente, o profundo desejo de adquirir a 'justiça' completa que constitui a 'salvação' para o homem"." Fitch defende que a primeira estrofe descreve o nascimento do cristão, e que a segunda estrofe descre-ve a sua vida como cristão.'

  1. Os Limpos de Coração (Mateus 5.8). Sobre esta condição Whedon diz: "Aqui está um traço de caráter que só o Espírito de Deus pode produzir. Isto é a santificação".22 McLaughlin escreve: "Um coração puro é um coração que não tem, em si, nada que seja contrário ao amor de Deus"."

Jesus declarou que somente os limpos de coração verão a Deus (8). E isto se refere à vida aqui, bem como à vida futura. O pecado é como poeira nos olhos. Ele obscurece a visão e distorce a vista. Só podemos entrar em plena comunhão com o Senhor quando os nossos corações estão limpos de todo pecado (cf. I João 1:7).

Apureza de coração é a finalidade e a soma das beatitudes anteriores. A possibilidade de tal retidão interior está claramente implícita; mas também está aparente tanto nas Escri-turas quanto na experiência universal de que ninguém é puro por natureza (Jr 17:9) ; os corações só podem ser puros se forem purificados. Nem mesmo a cultura humana poderá purgar as profundezas da corrupção; deve necessariamente haver uma obra da graça divina.

O coração deve ser purificado de seu orgulho (Pv 16:5) ; se não, em vez de ser "pobre de espírito" ele será arrogante e auto-suficiente; em vez de estar arrependido (alguém que chora verdadeiramente) ele será autocomplacente; em vez de ser "manso", um ho-mem será obstinado e impetuoso. O coração também deve ser purificado do duplo ânimo (Tg 4:8), do egoísmo e da contenda (Tg 3:14), e da incredulidade (Hb 3:12).

  1. Os Pacificadores (5.9). Tiago diz em sua epístola que "a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica" (Tg 3:17). Esta é a ordem aqui. Somente os puros de coração, que foram limpos da natureza carnal (a causa de toda a luta interior), podem ter "a paz de Deus" plenamente em suas almas. Um coração dividido é um cora-ção perturbado, Somente a paz de Cristo, nos controlando, pode nos tornar pacificadores. Ninguém gosta de um provocador. Mas o desafio para o cristão é: Será que sou um pacificador — na comunidade, na igreja, em casa? Este último local é o teste mais difícil de todos.

Filhos de Deus (9) é, no grego, literalmente, "filhos de Deus". Quando o artigo definido é omitido no grego, ele enfatiza o tipo ou o caráter. Quando as pessoas promo-vem a paz, elas são chamadas de "filhos de Deus" porque agem como Deus. No pensa-mento oriental "filho de" significa "ter a natureza de".

h) Os que sofrem perseguição (Mateus 5:10-12). Alguns estudiosos classificam as Beatitudes em número de nove. Outros contam oito, considerando o versículo 11 como uma extensão adicional do versículo 10. Seguiremos este último método.

Não se deve falhar em observar que aqueles que sofrem perseguição por causa da justiça (10) são bem-aventurados. Alguns que se fizeram mártires a si mesmos ale-gam estar sendo perseguidos por causa da justiça, quando na verdade estão sofrendo por causa de sua própria ignorância. Quando criticados por agirem ou falarem de forma insensata, eles citam esta beatitude. Mas isto é "falsificar a palavra de Deus" (2 Co 4.2).

Quando perseguido, o cristão deve exultar e alegrar-se (12). Jesus cita o exemplo dos profetas que foram perseguidos nos tempos do Antigo Testamento. Mas, na verda-de, Ele mesmo é o Exemplo supremo daquilo que é descrito no versículo 11. Alguém já disse que as Beatitudes são uma autobiografia de Cristo.

As virtudes que Jesus exalta no Sermão do Monte são quase que exatamente o opos-to daquelas admiradas pelos gregos e romanos em seus dias. Ele disse: Bem-aventura-dos são os pobres de espírito, os limpos de coração, os pacificadores, os que sofrem perse-guição; os que choram, os mansos, os misericordiosos; e aqueles que têm fome e sede de justiça. Estas características também são contrárias ao espírito deste século. Bowman e Tapp se expressam assim: "Parece, então, que o nosso Senhor está esboçando uma perso-nalidade salva que é forçada a viver em um mundo perdido; a justiça cercada pela iniqüidade, com as conseqüentes tensões assim criadas"."

Um dos melhores resumos das oito Beatitudes é o apresentado por Fitch. Ele diz:

Elas se dividem naturalmente em quatro partes separadas. As três primeiras nos mostram um homem se convertendo dos seus pecados a Deus, e a quarta nos mostra Deus se voltando para o pecador e revestindo-o com a justiça de Cristo. As três seguintes... nos mostram o filho recém-nascido de Deus operando as obras de justiça entre os homens; e a Beatitude final mostra como os homens reagem... Há, primeiro, três graças de uma alma contrita, seguidas pela resposta de Deus em misericórdia, em justiça e em paz. Então seguem-se três graças de uma alma comissionada, seguidas pela resposta do mundo em perseguição e reprovação.'

2. A Influência Deles (Mateus 5:13-16)

Jesus usou dois símbolos para descrever a influência que os cristãos têm sobre uma sociedade não-cristã. O primeiro foi o sal, e o segundo, a luz.

  1. Como o Sal (Mateus 5.13). O sal possui dois usos — dar gosto e conservar.

    1) Alimentos como mingau de aveia ou molhos são muito desagradáveis ao paladar sem sal. Durante a Idade Média, na Europa, quando as pessoas preparavam a maior parte de seu próprio alimento, elas ainda tinham que viajar para os mercados anuais para comprar sal. O sal era considerado um ingrediente absolutamente essencial. Dessa mesma forma, a vida sem Cristo e sem o cristianismo é insuportavelmente insípida. Assim como Cristo revitalizou e deu gosto à vida do crente, cada discípulo, por sua vez, deve fazer o mesmo pela vida de outros.


2) O sal conserva. Antes do advento das caixas de gelo e dos modernos refrigerado-res, o sal era um dos principais meios de conservar os alimentos. Quando peixes eram transportados no lombo de burros por cento e sessenta quilômetros de Cafarnaum até Jerusalém, eles tinham que ser abundantemente salgados. Assim, o seguidor de Cristo deve agir como um conservante no mundo. Não se pode deixar de imaginar o que aconte-ceria com a sociedade moderna, com toda a sua podridão moral, se não fosse a presença da igreja cristã.

  1. Como Luz (Mateus 5:14-16). Jesus declarou certa vez: "Eu sou a luz do mundo" (Jo 8:12). Aqui Ele diz aos seus discípulos: Vós sois a luz do mundo (14). Assim como a lua reflete a luz do sol no lado escurecido da terra, a igreja deve refletir os raios do "Sol da Justiça" (Ml 4:2) em um mundo escurecido pelo pecado.

Os cristãos são como uma cidade edificada sobre um monte — uma imagem comum na Palestina. Gostem ou não, eles estão expostos perante o mundo o tempo todo. Não se pode mais escapar de sua influência, assim como ninguém é capaz de fugir de sua própria sombra.

O termo candeia (15) deve ser entendido como "lâmpada"; alqueire deve ser en-tendido como "medida de cereal" ou "cuba de farinha"; velador deve ser entendido como "castiçal". Não se usavam velas nos dias de Jesus, mas pequenas lâmpadas de barro do tamanho aproximado da palma da mão de um homem. Muitas lâmpadas do tempo de Cristo foram desenterradas na Palestina. Nas casas sem janelas daqueles dias, a lâmpa-da deveria ser colocada em um pedestal, ou mais provavelmente em um nicho na parede de barro; ela daria luz a todos aqueles que estivessem na casa. Isto seria literalmente verdadeiro nas casas de apenas um cômodo das pessoas pobres da Palestina. O azeite era o combustível usado nestas lâmpadas.

A luz dos discípulos deveria ser as suas boas obras (16). Se eles brilhassem de forma coerente com aquilo que professavam, ela iria glorificar a Deus. Louvar ao Se-nhor com a nossa vida é mais importante do que louvá-lo com os nossos lábios.

C. A JUSTIÇA DOS DISCÍPULOS, Mateus 5:17-48

1. Sua Natureza (Mateus 5:17-20)

Sem dúvida, alguns dos ouvintes de Jesus sentiram que Ele era revolucionário em seu ensino. Eles podem ter pensado que Ele pretendia destruir a lei ou os profetas (17). Isto Ele negou enfaticamente — não vim ab-rogar, mas cumprir. Nesta declara-ção muito significativa Ele indicou o seu relacionamento com o Antigo Testamento. Ele iria cumprir seus mandamentos e promessas, seus preceitos e profecias, seus símbolos e tipos. Isto Ele fez em sua vida e ministério, em sua morte e ressurreição. Jesus cumpriu totalmente os aspectos do Antigo Testamento. Quando lido à luz de sua pessoa e obra, ele brilha com um novo significado. Cristo é a Chave, a única Chave que abre as Escrituras.

O que acontecerá à Lei? O Mestre declarou solenemente: Em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido (18). O jota representa a menor letra do alfabeto hebraico, o yodh, que se parece muito com o apóstrofo. Ele também corresponderia à menor letra grega, iota. O til era o "chifre" (ou "acento") sobre algumas letras hebraicas que as dis-tinguiam de outras. Estas distinções são freqüentemente tão pequenas, que é necessário olhar bem de perto para se ter certeza de qual letra se trata. A contraparte moderna é muito bem expressa na tradução de Goodspeed: "Nem um pingo no i ou a linha que corta

  1. t serão removidos da Lei até que tudo seja observado".

De forma coerente com esta visão, Jesus advertiu que qualquer que violar (19; "remover, separar") um dos menores mandamentos e assim ensinar aos outros será cha-mado o menor no Reino dos céus. Aparentemente, a última parte desta afirmação parece surpreendente. Como alguém que violou a Lei poderia estar no Reino? A solução reside em traduzir a frase assim: "em relação ao reino do céus"; isto é, em relação ao Reino ele seria o menor, deixado de fora. Grande é aquele que cumprir e ensinar os mandamentos. A ação deve preceder o ensino.

O versículo 20 é geralmente considerado o versículo-chave do Sermão do Monte. A justiça dos discípulos de Cristo deve exceder a dos escribas e fariseus. Jesus estava se referindo a uma justiça interior, moral e espiritual, em vez da justiça exterior, cerimo-nial e legalista dos fariseus. "O problema com os fariseus", diz Martin Lloyd-Jones, "era que eles estavam interessados nos detalhes em vez de nos princípios, que eles estavam interessados nas ações em vez de nos motivos, e que eles estavam interessados em fazer em vez de ser"."

É correto para o cristão agradecer a Deus por não estar debaixo da Lei, mas debaixo da graça. Mas se ele pensa que as exigências sobre ele são menores por causa disso, não leu

  1. Sermão do Monte de forma a compreendê-lo. Jesus declarou enfaticamente que Ele exige uma justiça mais elevada do que a dos escribas e fariseus. No restante do capítulo, o Se-nhor fornece seis exemplos concretos daquilo que Ele quer dizer, exatamente, com isso. Ele basicamente se refere a uma justiça de atitude interior em vez de meramente uma ação exterior. Mas isto levanta a exigência. Deve-se não só guardar as suas ações, mas também as suas atitudes; não só as suas palavras, mas também os seus pensamentos. A lei de Cristo traz, para aqueles que a guardam, mais exigências do que a lei de Moisés.

2. Sua Aplicação (Mateus 5:21-48)

Cada um desses seis exemplos de justiça mais elevada é introduzido pela frase, Ouvistes que foi dito (21, 27, 33, 38, 43),27 exceto no versículo 31, onde há uma modifi-cação: "Também foi dito". Aos antigos (21; ou "para os antigos" — que no grego poderia significar qualquer um dos dois) refere-se em retrospecto a algum mandamento na lei de Moisés.

Nos seis exemplos Jesus acrescenta: eu, porém, vos digo (22, 28, 32, 34, 39, 44). O grego é ainda mais enfático do que o nosso idioma. Ele diz ego de lego hymin — "Eu, porém, vos digo". Em grego, como no latim, o pronome está incluído na forma do verbo. Ele só é expresso separadamente quando o que fala ou o escritor quer dar uma forte ênfase. Lego significa "Eu digo". O ego (Eu) não só é acrescentado aqui, mas também colocado em primeiro lugar na oração — a posição enfática em uma frase grega. Assim, a oração deveria ser lida: "Eu, porém, vos digo". Falando dessa forma, ou Jesus era a pes-soa que possuía o maior ego do mundo, ou era o que reivindicava ser — o eterno Filho de Deus, que falava com autoridade divina. Vinte séculos de história cristã têm validado a sua reivindicação. Blair corretamente observa: "O retrato de Jesus feito por Mateus se concentra na representação da autoridade de Jesus".' E Taylor disse bem: "Jesus sem-pre permanecerá como um desafio a ser alcançado em vez de um problema a ser resolvi-do".' É Ele que tem o direito de nos desafiar; nós não podemos desafiá-lo.

a) A Ira (Mateus 5:21-26). Não matarás é o sexto mandamento do Decálogo (Êx 20:13; Dt 5:17). Jesus não o anulou. Antes, Ele lhe deu uma interpretação mais elevada: Se você está irado com seu irmão, você tem o homicídio em seu coração.

Qualquer que matar alguém será réu de juízo (21). A referência é evidentemente ao tribunal local, ligado à sinagoga. Mas Jesus declarou que qualquer que se encolerizar contra seu irmão" será réu — um termo legal, "sujeito a" — de juízo (22). Isto é, ele estaria sujeito à ação do tribunal. Qualquer que dissesse a seu irmão, Raca — "uma pala-vra de contenda, considerada ser de uma raiz significando 'cuspir'" — estaria sujeito à ação do Sinédrio (synedrion),31 o Grande Sinédrio em Jerusalém. Arndt e Gingrich defi-nem Raca como "um termo de violência, loucura, leviandade".' Qualquer que dissesse, louco (grego, moron), estaria sujeito ao fogo do inferno (literalmente, "Geena de fogo").

Geena era o vale de Hinom, ao sul de Jerusalém. O refugo e o lixo da cidade eram levados para fora pela Porta do Monturo (Ne 3:14-12.
31) e jogado no que agora seria chamado de lixão da cidade. Já no século I a.C. os judeus usavam Geena em um sentido metafórico para indicar um lugar de tormento atroz. As chamas terríveis lambendo cons-tantemente a margem desse lixão formavam um símbolo adequado que Jesus usou aqui para as chamas do inferno.

A aplicação da advertência acima é feita em duas esferas — a de adoração (23-24) e a de processo legal (25-26). Se um judeu trouxesse uma oferta para o Templo para ser apresentada no altar — o altar das ofertas queimadas diante do santuário — e se lembras-se que seu irmão (23) tinha algo contra ele, ele deveria ir e se reconciliar com seu irmão antes de apresentar a sua oferta. A palavra grega para reconciliar-se (24; diallasso) no Novo Testamento, só é encontrada nesta passagem. Paulo usa katalasso, e o composto duplo apokatallasso, para a reconciliação unilateral que o homem deve ter com Deus. Isto é, o homem deve cessar a sua inimizade contra Deus, e reconciliar-se através de Cristo. Mas diallasso denota "concessão mútua depois de hostilidade mútua"."

O significado disso é claro. Quando alguém se reconcilia com Deus, tem que atender as condições divinas, porque o erro está todo de um único lado. Mas quando alguém se reconcilia com seu irmão, ambos têm que fazer concessões, porque em toda discussão humana há dois lados. O que Jesus quer dizer, porém, é que a adoração de uma pessoa na casa de Deus não é aceita enquanto houver qualquer sentimento ruim entre o que seria o adorador e um "irmão". O relacionamento com Deus não poderá estar correto, enquanto o relacionamento com um companheiro estiver errado.

A segunda aplicação (25-26) é um pouco diferente. O seu adversário está arrastando você até o juiz (25). Jesus disse que seria mais sábio resolver o assunto fora do tribunal. Do contrário a pessoa não sairá da prisão até que tenha pago o último ceitil (26) — "o último centavo" (Goodspeed). O quadrante (kodrantes) era a menor moeda de cobre ro-mana, valendo cerca de um quarto de um centavo. A questão é que os cristãos deveriam resolver as suas diferenças o mais rapidamente e o mais silenciosamente possível, e resolvê-las entre si mesmos. Os cristãos normalmente não precisam de um juiz ou um tribunal para decidir o que é certo e justo entre si (cf. 1 Co 6:1-8).

  1. Adultério (Mateus 5:27-30). Jesus citou o sétimo mandamento (Êx 20:14; Dt 5:18), e então passou a lhe dar uma interpretação mais elevada. Ele indicou que aos olhos de Deus a intenção errada é tão pecaminosa quanto a ação errada. E Deus está igualmente ciente de ambos.

Os versículos 29:30 mostram como a luxúria é algo sério. Jesus disse: Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti (29). A palavra grega para escandalizar é skandalizo ("escandalizar"). Ela vem do substantivo skandalon ("escândalo"), que era primeiro a isca de uma armadilha ou laço, e depois era usada como o próprio laço ou armadilha. Então o significado aqui é: Se olhar é uma armadilha ou laço para você, evite olhar de todas as maneiras. O verbo é traduzido como "tropeçar" na ARA e como "fizer pecar" na NVI. Lenski insiste no significado literal do verbo, e então traduz como "apanhar em armadilha". Back apresenta "fazer você pe-car"," o que é uma tradução interpretativa correta. Parece que o significado adequado é "colocar uma armadilha para" em vez de "colocar uma pedra de tropeço no caminho de"."

Cristo declarou que seria melhor que alguém perdesse o seu olho direito ou a sua mão direita do que ser lançado no inferno (Geena). Não podemos acreditar que Ele estivesse defendendo a mutilação física do corpo — embora no passado alguns tenham erroneamente tomado as suas palavras de forma literal. Ele estava falando metaforica-mente: Se um amigo íntimo ou urna associação favorita de qualquer tipo estiver se tor-nando um laço para você, corte-o! É melhor ser desprovido de qualquer coisa nessa vida do que estar perdido para sempre.

  1. Divórcio (5:31-32). Uma vez que o assunto do divórcio é discutido mais detalhadamente em um capítulo posterior (19:3-12), uma consideração mais extensa será adiada até então. É suficiente dizer aqui que enquanto a Lei permitia o divórcio (Dt 24:13), Jesus afirmou que isso freqüentemente significava nada menos que o adultério legalizado (32).
  2. Juramentos (5:33-37). A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv 19:12; Nm 30:2; Dt 23:21), isto é, "jurar falsamente" — no Novo Testamento, este verbo só é encon-trado aqui. Mas Jesus disse: De maneira nenhuma jureis (34). Ele proibiu especifica-mente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou pela nossa própria cabeça (34-36). Os judeus defendiam que jurar pelo nome de Deus vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar pelo céu não trazia nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de subterfúgio, para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: "Como o céu e a terra passarão, assim também o juramento passará, pois os conclamou como testemunhas"?' Jesus defendeu que Deus está sempre presente quando os homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente.

O mandamento de Cristo foi: Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não (37) — ou, como Beck apresenta: "Simplesmente diga: 'Sim, sim; não, não' ". A própria prática de jurar é um triste reflexo do caráter humano. Jesus exige honestidade o tempo todo, esteja um homem sob juramento ou não. Não há um padrão duplo para o cristão.

  1. Retaliação (5:38-42). O princípio básico de justiça refletido na lei de Moisés era: Olho por olho e dente por dente (38). Veja Êx 21:24; Lv 24:20; Dt 19:21. O propósito deste mandamento não era encorajar os homens a retribuir a agressão, mas proibi-los de executar uma penalidade maior que o crime.

Jesus apresentou uma lei mais elevada, a da não-retaliação. Seu mandamento foi: "Não retribua a agressão!" Ele aplicou este princípio de cinco maneiras específicas: ofere-ça a outra face (39), deixe levar a sua capa (40),37 acompanhe a pessoa em uma segunda milha (41), dê a quem lhe pedir, e não se desvie daquele que quiser que lhe empreste (42).

Muitas pessoas têm presumido que essas palavras de Jesus devem ser entendidas de forma totalmente literal. Mas pensar um pouco a respeito mostrará como esta posição é equivocada. Por exemplo, se um homem pedir algum dinheiro para comer — suponha que você lhe dê o que ele pede, e ele usar o dinheiro para se embriagar, será que você fez uma boa ação? Você agiu de acordo com um amor inteligente? Ou será que aquilo que você pretendia que fosse uma bênção se tornou uma maldição? O que Jesus estava orde-nando era um espírito generoso e compassivo em relação aos necessitados.

O que se deve sempre lembrar é que "a letra mata, e o Espírito vivifica" (2 Co 3.6). A nova lei de Jesus é primeiramente um novo espírito. O Mestre estava principalmente interessado nas atitudes. Deve ser reconhecido que "o Sermão do Monte trata, em toda a sua extensão, de princípios e não de regras".'

  1. Amar os 1nimigos (Mateus 5:43-48). Nesta sexta e última aplicação da justiça mais eleva-da exigida dos cristãos, Jesus fez uma mudança de procedimento. Nos exemplos anteri-ores Ele só havia citado uma passagem do Antigo Testamento, e então dado uma inter-pretação mais grandiosa. Desta vez, para o mandamento bíblico, Amarás o teu próxi-mo (43; Lv 19:18), Ele inseriu um acréscimo feito pelos mestres judeus, e aborrecerás o teu inimigo. Esta segunda parte não é encontrada em nenhuma passagem nas Escri-turas Sagradas. Henry expôs bem a sua opinião: "Deus disse: Amarás o teu próximo; e por próximo eles entenderam somente aqueles de seu próprio país, nação e religião...; des-te mandamento... eles quiseram inferir o que Deus nunca disse: Odiarás o teu inimigo"."

Jesus se opôs a este falso ensino através do incisivo mandamento: Amai a vossos inimigos (44). É natural amar os amigos; amar os inimigos é sobrenatural. Mas aqueles que assim o fazem demonstram que são filhos do Pai que está nos céus (45). Outra vez observe que a ausência do artigo denota o tipo ou a qualidade — mostrais que em caráter sois filhos de Deus. Pois Ele dá o sol e a chuva tanto para os maus como para os bons (45). Se mostrardes bondade somente aos amigos, não sereis melhores que os publicanos (46-47). Estes eram os cobradores de impostos para o governo romano, e eram desprezados pela maioria de seus compatriotas judeus como estando no patamar mais baixo da escala da iniqüidade.

Então vem o clímax deste capítulo: Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus (48). Este parece um conselho desesperador. Mas a inter-pretação correta é que na esfera humana devemos ser perfeitos, assim como Deus é perfeito na esfera divina. Este é o alvo e o objetivo da vida cristã.

O contexto imediato sugere que perfeito deva ser interpretado como perfeição em amor. Isto pode ser experimentado na vida, aqui e agora (1 Jo 2:5-4.12, 17-18). Filson escreve: "Perfeito enfatiza a medida de toda a vida pelo amor santo e perfeito do próprio Deus, e faz do versículo 48 uma conclusão e um resumo adequados de tudo o que os versículos 17:47 disseram"."

A perfeição transcendente do amor de Deus é vista em:

1) sua universalidade, pois todos os homens estão incluídos;

2) sua compaixão, pois ele a estende aos ímpios e indig-nos, incluindo aqueles que não o amam em retribuição;

3) sua praticidade, pois busca ativamente o bem-estar deles enviando a chuva e o sol — e acima de tudo enviando o seu Filho. Somente quando o nosso amor é assim perfeito, é que ele pode ser considerado sobrenatural e verdadeiramente cristão. Tal amor não é só o nosso dever atual, mas o nosso privilégio atual, através do poder do Espírito. Sem ele, "o que fazemos mais do que os outros?"

Deus graciosamente concede, a todos aqueles que buscam, um amor perfeito por Ele e por sua vontade. Depois disso, o cristão busca uma manifestação ainda mais perfeita desse amor em sua vida e conduta. Por sermos finitos, essa perfeita manifestação nunca será completamente alcançada neste mundo, mas cada seguidor consagrado de Cristo deve, constantemente, se esforçar para alcançá-la (cf. Fp 3:12-14).

O contexto imediato dos versículos 17:47 é importante, mas isso não é tudo. A perfei-ção aqui deve ser explicada em termos de um contexto maior — todo o capítulo cinco. O comentário de John Wesley sobre este versículo é: "Referindo-se a toda esta santidade que é descrita nos versículos anteriores, que o nosso Senhor no início do capítulo reco-menda como felicidade, e, na conclusão dele, como perfeição".41

Estes seis últimos parágrafos do capítulo sugerem seis "Características da Perfeição Cristã". Elas são:
1)
pacifismo (21-26) ;

2) pureza (27-30) ;

3) harmonia (31-32) ;

4) hones-tidade (33-37) ;

5) bondade (38-42) ;
6) amor (43-48).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 1
Primeiro discurso de Jesus; ver a Introdução e Mt 7:28. Tem o seu paralelo em Lc 6:20-49, que é muito mais curto. Mateus agrupa e sintetiza vários ensinamentos de Jesus; ver as passagens paralelas citadas nesses caps.Mt 5:1 Como se assentasse:
Atitude que costumavam adotar os rabinos ou mestres religiosos quando ensinavam. A localização no alto de um monte traz à lembrança a promulgação da lei de Moisés no monte Sinai (Êx 19:10-20.20).

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 3
Estes vs. empregam uma forma literária chamada “bem-aventurança”, freqüente nos Salmos e em outros livros do AT (Sl 1:1; conforme Sl 32:1-2; Pv 8:32,Pv 8:34; Is 56:2). Começam com a palavra bem-aventurados, que significa ditoso, feliz ou digno de ser felicitado. Várias bem-aventuranças nesta passagem são paradoxais, isto é, afirmações que parecem contradizer o sentido comum, porém aqui expressam os verdadeiros valores do Reino de Deus. Além de Lc 6:20-23, notam-se outras bem-aventuranças em Mt 11:6; Lc 11:28; Lc 12:37; Jo 20:29; Rm 4:7-8; Rm 14:22 e sete delas em Apocalipse (Ap 1:3,). Ver Bem-aventurança na Concordância Temática.Mt 5:3 Os humildes de espírito:
Os que não põem a sua esperança nem a sua confiança nos bens materiais, mas sim em Deus. Conforme Sl 22:24; Sl 69:32-33; Is 29:19; Is 61:1-2; Mt 11:5; Lc 4:18; Jc 2:5.Mt 5:3 Deles é o reino dos céus:
Ver Mt 3:2, A palavra portuguesa reino, como a palavra grega, pode se referir tanto ao território governado por um rei como à própria ação de governar; no NT é usada principalmente com esse segundo significado; assim, a frase quer dizer que eles são aqueles que se beneficiarão com o Reino de Deus. Ver Reino de Deus na Concordância Temática.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 4
Os que choram:
Ou os que sofrem; conforme Sl 126:5-6; Is 57:18; Is 61:2-3.Mt 5:4 Aqui e no v. 6, as expressões estão na forma passiva (serão consolados, serão fartos) e, assim, sugerem que será Deus quem realizará essas ações. Ver Mt 7:1,

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 5
Sl 37:11. No Salmo 37, repete-se várias vezes (vs. Mt 5:3,Mt 5:9,Mt 5:11,Mt 5:22,Mt 5:29) a idéia de que o prometido por Deus (concretamente, para os israelitas, a terra de Canaã) há de ser recebido com humildade, espírito de dependência e confiança (conforme Dt 7:7-8; Dt 8:11-20).

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 6
As imagens de fome e sede são usadas no sentido espiritual em Is 55:1-2; Am 8:11.Mt 5:6 De justiça:
Ver Mt 3:15,Mt 5:6 Conforme Pv 21:21.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 8
Os limpos de coração:
Isto é, os que são sinceros, sem malícia nem hipocrisia para com Deus e com o próximo. Conforme Sl 24:3-4.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 9
Sl 34:14; Pv 12:20.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 10
Conforme 1Pe 3:14. Os perseguidos por causa da justiça:
Ver Mt 3:15.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 11
Conforme 1Pe 4:14.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 12
Galardão:
A idéia de recompensa ou prêmio aparece várias vezes em Mateus (conforme Mt 5:46; Mt 6:1; Mt 10:42).Mt 5:12 2Cr 36:16; At 7:52.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 13
Mc 9:50; Lc 14:34-35. Este dito pressupõe o grande apreço que se dava ao sal, pois, além de servir para dar sabor (conforme 6:6) e conservar os alimentos, era usado em diversas cerimônias religiosas (conforme Lv 2:13; Nu 18:19). Quando não era puro, caso freqüente na antiguidade, podia perder o seu sabor.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 14
Jo 8:12; Jo 9:5; Fp 2:15. Segundo Is 49:6, Israel é “luz para os gentios”.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 15
Uma candeia:
Ou uma lâmpada daquelas que se acendiam com azeite.Mt 5:15 Alqueire:
Recipiente usado para medir grãos.Mt 5:15 Na casa:
As casas de pessoas pobres, que geralmente tinham somente um cômodo, podiam ser iluminadas com uma lâmpada só.Mt 5:15 Mc 4:21; Lc 8:16; Lc 11:33.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 16
Conforme 1Pe 2:12.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 17
A Lei ou os Profetas:
Maneira de se referir a todas as Escrituras do povo de Israel, o AT para os cristãos. Ver a Introdução ao NT.Mt 5:17 Conforme Rm 3:31.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 18
Lc 16:17; Lc 21:33. Nem um i ou um til:
Alusão à menor letra e aos traços que distinguiam uma letra da outra na escrita antiga. A expressão indica aqui as partes menores ou insignificantes da Lei.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 19
Aquele, pois, que violar:
Lit. o que desatar ou afrouxar; também pode se entender como o que declara como não obrigatório.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 20
Se a vossa justiça:
Referência ao fazer o que é justo diante de Deus. Ver Mt 3:15,Mt 5:20 Fariseus:
Eram, na realidade, os mais cuidadosos em cumprir a Lei. Ver a Introdução ao NT.Mt 5:21-26 Em Mt 5:21-48, são apresentados seis contrastes, quase na mesma forma, sobre o tema da justiça introduzido em Mt 5:20.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 21
Ex 20:13; Dt 5:17.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 22
Quem proferir um insulto a seu irmão:
Gr. quem chamar a seu irmão de néscio.Mt 5:22 Tribunal:
O Sinédrio ou tribunal supremo dos judeus; ver a Concordância Temática.Mt 5:22 Tolo:
Extremo insulto, com a idéia de abominado ou ímpio. Esta expressão é um insulto grave.Mt 5:22 Inferno de fogo:
Significa aqui lugar de castigo máximo; ver Mc 9:43,Mt 5:22 Conforme 1Jo 3:15.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 26
Centavo:
Refere-se à moeda de menor valor no sistema romano. Ver a Tabela de Pesos, Moedas e Medidas.Mt 5:25-26.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 27
Ex 20:14; Dt 5:18.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 30
Mt 18:8-9; Mc 9:43-47. Exagero intencional, chamado hipérbole, para expressar a necessidade de sacrificar algo valioso, quando o retê-lo dá ocasião ao pecado.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 31
Dt 24:1-4; conforme Mt 19:7; Mc 10:4.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 32
Relações sexuais ilícitas:
Provavelmente, esta palavra designe, tanto aqui como em Mt 19:9 e em At 15:20,At 15:29; At 21:25, o caso dos matrimônios proibidos pela Lei (conforme Lv 18:6-18; Nu 25:1). Também tem sido interpretada como equivalente a adultério. Ver At 15:20,Mt 5:31-32.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 33
Conforme Lv 19:12; Nu 30:2; Dt 23:22.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 35
Sl 48:2. O grande Rei:
Deus.Mt 5:34-35; conforme Is 66:1; Jc 5:12. Alguns ensinavam que certos juramentos obrigavam mais que outros, pois, para evitar maiores responsabilidades, juravam por coisas menores. Jesus ensina que todos sempre devem ser fiéis à sua própria palavra, para que não tenham necessidade de jurar.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 37
Vem do maligno:
Outra tradução possível:
procede do mal, isto é, do diabo.Mt 5:37 Jc 5:12.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 38
Ex 21:24; Lv 24:20; Dt 19:21. Esta “lei de talião” (Ex 21:23-25), que, de fato, limitava o castigo a uma pena correspondente à ofensa, serviu, no princípio, para reprimir as contendas causadas por vinganças desproporcionais e sangrentas.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 39
Lm 3:30. Um tapa na face direita se considerava um insulto muito grave.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 40
Túnica:
Espécie de camisa comprida; a capa era colocada por cima dela.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 41
Os soldados romanos que ocupavam o país podiam obrigar a qualquer que passasse carregar a sua carga até uma milha (1,5 km).

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 42
Conforme Lc 6:34-35.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 43
Conforme Lv 19:18. O amor ao próximo se estendia aos membros do povo de Israel e, segundo Dt 10:18-19, também aos estrangeiros que moravam entre os israelitas. O odiar o inimigo não era ordenado pela Lei, mas era recomendado em textos como Sl 139:21-22 e outros.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 44
Alguns manuscritos acrescentam:
bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam.Mt 5:44 Ex 23:4-5; Pv 25:21; Rm 12:14-20; Rm 13:8-10.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 45
Torneis filhos:
Ver Jo 8:44,

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 46
Os publicanos:
Tratava-se, geralmente, de judeus contratados pelo governo romano como arrecadadores de impostos. Eram desprezados pelos outros judeus, que os consideravam traidores. Ver a Concordância Temática.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 48
Lv 11:44-45; Lv 19:2; Dt 18:13. Com esta exortação de serem perfeitos como o Pai celeste, se resume todo o ensinamento dado em Mt 5:17-48. Em Lc 6:36, a exortação é de serem misericordiosos, como... é misericordioso vosso Pai.Mt 6:1 As seções correspondentes a Mt 6:1-18 referem-se às três principais práticas da piedade judaica de então:
a ajuda aos necessitados, a oração e o jejum (além do que a Lei ordenava expressamente). Nestes vs. se estabelece um contraste entre fazer os atos piedosos (a vossa justiça) para serem vistos pelos outros (vs. Mt 5:1-2,Mt 5:5,Mt 5:16,Mt 5:18) e fazê-los para que Deus os veja (vs. Mt 5:4,Mt 5:6,Mt 5:18).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48
*

5.1—7.29

O Sermão do Monte é o primeiro dos cinco grandes blocos do ensino de Jesus em Mateus (Introdução: Características e Temas). É a afirmação clássica da ética do reino de Deus. A igreja primitiva favoreceu uma interpretação literal, porém aplicava integralmente o Sermão apenas à classes especiais de cristãos, especialmente monásticos. Outros, tais como os anabatistas, têm tentado aplicá-lo literalmente a todos os cristãos. Ainda outros o têm considerado como legalista, como um código temporário ou provisório, ou como uma forma realçada da lei de Moisés, com o objetivo de induzir ao arrependimento (Lutero). Finalmente, alguns têm argüido que as exigências do Sermão não devem ser entendidas literalmente, mas que Jesus estava mais preocupado com a disposição interior do que com a conduta exterior, ou que a severidade do Sermão intentava compelir quaisquer ouvintes a uma decisão ou a favor ou contra as exigências de Deus sobre suas vidas.

Devemos reconhecer que o Sermão é dirigido aos seus discípulos e, através deles, a toda a igreja hoje. O Sermão destina-se tanto a motivos interiores quanto à conduta exterior (5.21, 22, 27, 28). Estas legítimas exigências são tão estritas (5,48) que ninguém consegue obedecê-las completamente e, portanto, somos guiados à graça e à misericórdia de Deus. Em alguns casos, Jesus obviamente, emprega exagero intencional para ilustrar as exigências absolutas da lei de Deus (5.29, 30).

* 5:1

subiu ao monte. O conteúdo deste sermão é semelhante ao sermão da planície, registrado em Lucas 6.

como se assentasse. Era costume os mestres assentarem-se para ensinar (Lc 4:20).

* 5:3

Bem-aventurados. Isto significa mais do que um estado emocional representado pela palavra "feliz". Inclui bem-estar espiritual, tendo a aprovação de Deus e, assim, um destino mais feliz (Sl 1).

humildes de espírito. Os que têm maior necessidade espiritual estão mais aptos para perceber essa necessidade e depender só de Deus e não da sua própria bondade. Paulo observa o mesmo princípio em Rm 9:30-31. O paralelo em Lc 6:20 omite "de espírito". Isto tem levado muitos a suporem que Jesus, primariamente, se referiu aos materialmente pobres. Pobreza material e reconhecimento da necessidade espiritual freqüentemente andam juntas (Sl 9:18, nota), mas as duas espécies de pobreza não são idênticas.

* 5:4

os que choram. O contexto indica que estão chorando por causa do pecado e do mal, especialmente os deles mesmos, e por causa do fracasso da humanidade em dar a glória devida a Deus.

* 5:5

mansos. Esta bem-aventurança assemelha-se à do Sl 37:11 e, talvez, esteja baseada nela. A mansidão aqui referida é de natureza espiritual, uma atitude de humildade e submissão a Deus. Nosso modelo de mansidão é Jesus (a mesma palavra grega é empregada a Cristo em 11,29) que se submete à vontade de seu Pai.

herdarão a terra. O último cumprimento da promessa a Abraão, que Paulo chama "herdeiro do mundo" (Rm 4:13, conforme Hb 11:16).

* 5:6

fome... de justiça. Os que procuram a justiça de Deus, recebem aquilo que desejam, e não os que confiam em sua própria justiça.

* 5:8

verão a Deus. Pelo fato de Deus ser um espírito, sua essência divina é invisível (Cl 1:15; 1Tm 1:17; 6:16). Não obstante, os crentes "verão" a Deus através dos olhos da fé, e Jesus assegurou aos seus discípulos que, vendo-o, vêem o Pai (Jo 14:9). No estado glorificado, os filhos de Deus o verão “como ele é" (1Jo 3:2).

* 5:9

pacificadores. Paz espiritual e não a cessação da violência física entre as nações, é o que se tem em vista aqui. Mesmo que o termo seja usualmente entendido no sentido daqueles que ajudam outros a encontrar a paz com Deus, esta paz pode também ser entendida como aqueles que alcançam sua própria paz com Deus e são chamados seus filhos. O princípio é estendido nos vs. 44 e 45 — os filhos de Deus buscam a paz mesmo com seus próprios inimigos.

* 5:13

sal. O valor primário do sal não era o de um condimento, mas estava em sua capacidade de preservar. Os discípulos devem ser obstáculos à expansão da corrupção no mundo. Os depósitos de sal, ao longo do Mar Morto, contêm não só o cloreto de sódio, mas uma variedade de outros minerais também. Este sal pode tornar-se sem utilidade, quando a chuva lava sua salinidade, tornando-o insípido no correr dos anos. Ver "Cristãos no Mundo", em Cl 2:20.

* 5:14

Ver Is 60:1-3.

* 5:16

Ver "A Missão da Igreja no Mundo", em Jo 20:21.

* 5:17

a lei ou os profetas. Um modo de referir-se a todo o Antigo Testamento.

não vim para revogar. As correções expostas nos vs. 21 a 48 devem ser lidos à luz desta observação de abertura. Ao cumprir a lei, Jesus não altera, substitui ou anula os mandamentos anteriores; antes ele estabelece seu verdadeiro intuito e propósito em seu ensino, e os cumpre em sua vida obediente. A lei bem como os profetas apontam para Cristo. Ver "A Lei de Deus", em Êx 20:1.

* 5:18

til. Uma diminuta extensão sobre certas letras do alfabeto hebraico.

até que tudo se cumpra. A plena manifestação do reino de Deus (caps. 24-25), pela qual os crentes devem orar (6.10).

* 5:20

se a vossa justiça não exceder. Jesus não critica os fariseus por sua estrita observância da lei, mas pela ênfase que dão à conformidade externa com ela, sem uma atitude interior adequada (cap. 23). Por focalizarem os aspectos externos, evitavam o real intento da lei e, assim, obscurecem suas reais exigências. Os textos de Qumran referem-se aos fariseus como "os que andam atrás de coisas suaves", porque eles ajustavam e comprometiam a lei às realidades da vida. Tal acomodação eliminava a consciência da necessidade da graça e da dependência de Deus. Nos versos seguintes, Jesus restaura a verdadeira natureza da lei de Deus, e diz que ela obriga total e radical santidade. Jesus exige uma mais profunda obediência, e não descaso ao mandamento de Deus.

* 5:21

Ouvistes o que foi dito. Não o ensino da lei de Deus propriamente, com suas promessas, mas o ensino da lei ministrado por escribas e fariseus (Ver nota no v. 43).

* 5:22

Tolo. Aparentemente, a lei judaica tinha sanções contra o insulto específico Raca, mas Jesus mostra que qualquer abuso verbal sujeita o indivíduo à condenação eterna.

inferno. Isto é, Gehenna, o “Vale de Hinon”, um depósito de toda espécie de imundícia, fora de Jerusalém, onde o fogo queimava constantemente. Era famoso por ser local de sacrifícios humanos pelo fogo, durante os reinados de Acaz e Manassés (2Cr 28:3; 33:6). Jeremias chamou-o o "Vale da Matança", um símbolo do terrível juízo de Deus (Jr 7:32). Ver "Inferno", em Mc 9:43.

* 5:25

Entra em acordo sem demora. Enquanto os vs. 23 e 24 tratam da reconciliação de um irmão ofendido, os vs. 25 e 26 parecem indicar o conflito de uma sociedade maior — neste caso, conflito legal. Os cristãos devem trabalhar pela reconciliação em todas as áreas da vida.

* 5:29

arranca-o. A severidade da exigência ilustra a natureza da ética radical de Jesus e nossa intensa necessidade. Jesus não está advogando auto-mutilação, pois nem as mãos nem os olhos provocam a luxúria, mas o coração e a mente. Os cristãos não devem apenas evitar o ato de adultério ("mão"), mas também aquelas coisas que conduzem a atitudes libidinosas ("olho").

* 5:32

Ver 19:3-10 e notas: "Casamento e Divórcio", em Ml 2:16.

* 5:34

de modo algum jureis. Alguns têm entendido que a proibição de Jesus a respeito do juramento, é universal, mas Jesus mesmo se submeteu a juramento (26,63) e Paulo invocou a Deus como sua testemunha (Rm 1:9). O próprio Deus se expressou através de um juramento para nos encorajar (Hb 6:17). Jesus está se referindo a um legalismo estreito e enganador, que exige um juramento específico para obrigar o cumprimento daquilo que foi falado. A implicação de uma tal abordagem com relação à honestidade, é que só necessitamos ser verdadeiros sob juramento. Ele proibiu também a idolatria implícita de jurar por qualquer coisa que não fosse Deus. Ver "Linguagem Honesta, Juramentos e Votos", em Ne 5:12.

* 5:38

Olho por olho. A intenção original de Êx 21:24; Lv 24:20; e Dt 19:21 é que a punição devia ser justa e adequada ao crime. Estas limitações proibiam severamente a vingança maior (tal como a de Lameque, que se gabou em Gn 4:23), e que houvesse diferentes penalidades para diferentes classes sociais. Jesus se contrapôs àqueles que viam neste princípio base para vingança pessoal.

* 5:39

não resistais. Uma bofetada na face direita com as costas da mão, significa tanto um insulto quanto uma injúria. A observação de Jesus pode lembrar as palavras do Servo do Senhor, em Is 50:6.

* 5:41

Se alguém te obrigar. A possibilidade de um soldado romano coagir uma pessoa a servir como guia ou transportador de carga era real. Mesmo se compelido por força a fazer alguma coisa por alguém, a pessoa pode demonstrar liberdade para fazer voluntariamente mais do que foi exigido, ao invés de fazer o serviço com má vontade.

* 5:43

odiarás o teu inimigo. Isto não está no Antigo Testamento, mas era uma falsa conclusão derivada do ensino dos escribas, inferido da estreita compreensão daquilo que significava "próximo", que para eles era simplesmente um outro judeu. Jesus mostra que a verdadeira intenção de Lv 19:18 é incluir até os inimigos (Lc 10:29-37).

* 5:45

Ver "Providência", em Pv 16:33.

* 5:48

sede vós perfeitos. O padrão que Deus exige de seu povo é seu próprio caráter perfeito. A perfeição de Deus inclui o amor da graça benevolente (v. 45). Mesmo que essa perfeição não seja atingida nesta vida, ela é o objetivo daqueles que se tornaram filhos do Pai (Fp 3:12-14).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48
5.1ss Mateus 5:7 é denominado o Sermão do Monte porque Jesus o pronunciou em uma colina próxima ao Capernaum. Este "sermão" provavelmente resume vários dias de predicación. Nele, Jesus proclamou sua atitude para a Lei. A posição social, a autoridade e o dinheiro não são importantes em seu Reino; o que importa é a obediência fiel do coração. O Sermão do Monte desafiou ao orgulho dos líderes religiosos legalistas desse então. Era um chamado a retornar à mensagem dos profetas do Antigo Testamento que, como Jesus, ensinavam que a obediência de coração é mais importante que a observância legalista.

5.1, 2 Multidões numerosas seguiam ao Jesus; era o comentário do povo e todos queriam vê-lo. Os discípulos, que eram pessoas bem próximas a este homem popular, viram-se tentados a sentir-se importantes, orgulhosos e a ser possessivos. Estar com o Jesus lhes dava prestígio e uma grande oportunidade para obter riqueza.

A multidão estava outra vez reunida, mas antes de dirigir-se a ela, Jesus chamou a seus discípulos a um lado e lhes advertiu a respeito da tentação que enfrentariam como ajudantes deles. Não esperem fama e fortuna, disse-lhes Jesus, a não ser aflição, fome e perseguição. Entretanto, assegurou-lhes que seriam recompensados, embora possivelmente não nesta vida. Haverá momentos em que seguir ao Jesus trará consigo grande popularidade. Se não vivermos tomando em conta as palavras do Jesus neste sermão, acharemo-nos usando a mensagem de Deus só para promover nossos interesses pessoais.

5.3-5 Jesus começou seu sermão com palavras que aparentemente se contradiziam. Mas a forma em que Deus quer que vivamos muitas vezes contradiz a do mundo. Se quer viver para Deus deve estar disposto a dizer e fazer o que para o mundo parecerá estranho. Deverá estar disposto a dar quando outros desejam tirar, amar quando outros odeiam, ajudar quando outros abusam. Ao fazê-lo, um dia receberá tudo, enquanto os outros terminarão sem nada.

5.3-12 Aqui temos pelo menos quatro maneiras de entender as bem-aventuranças: (1) São um código de ética para os discípulos e norma de conduta para todos os crentes. (2) Contrastam os valores do Reino (o que é eterno) com os valores mundanos (o que é temporário). (3) Contrastam a "fé" superficial dos fariseus com a fé verdadeira que Cristo quer. (4) Mostram que as expectativas do Antigo Testamento se veriam cumpridas no Reino novo. Estas Bem-aventuranças não podem ser tomadas seletivamente. A gente não escolhe o que quer e deixa o resto, mas sim devem tomar-se como um tudo. Descrevem o que devemos ser como seguidores de Cristo.

5.3-12 Cada Bem-aventurança fala de como ser afortunado e feliz. Algumas versões dizem felizes ou ditosos em vez de bem-aventurados. Estas palavras não prometem gargalhadas, prazer nem prosperidade terrena. Jesus põe de cabeça o conceito terreno da felicidade. Para o Jesus, felicidade é esperança e gozo, independentemente das circunstâncias externas. Para achar esperança e gozo, a forma mais profunda da felicidade, segue ao Jesus a qualquer custo.

5.3-12 Com o anúncio do Jesus de que o Reino se aproximou (4,17) naturalmente, a gente perguntava: "O que preciso fazer para ser parte do Reino de Deus?" Jesus disse que no Reino de Deus as coisas não são como nos reino terrestres. Deviam procurar benefícios e recompensas muito distintas dos que os fariseus e nos publique estavam procurando. Muita gente procura felicidade mas esta facilmente se desvanece. Muito poucos procuram o gozo de Deus que nunca se desvanece. São suas atitudes uma cópia do egoísmo, o orgulho e as ânsias de poder do mundo, ou refletem o ideal ao que Deus o chamou?

5:11, 12 Jesus disse que nos regozijássemos quando somos perseguidos. A perseguição pode ser proveitosa porque (1) aparta nossos olhos das recompensas terrenas, (2) afasta aos crentes superficiais, (3) fortalece a fé dos que permanecem, e (4) serve como exemplo aos que virão depois de nós. Podemos ser confortados ao saber que os grandes profetas de Deus sofreram perseguição (Elías, Jeremías, Daniel). A perseguição demonstra nossa fidelidade. Por ser fiéis, no futuro Deus nos premiará nos deixando entrar em seu reino eterno, onde não há mais perseguição.

5:13 Se a maturação não dá sabor, não tem valor. Se os cristãos não se esforçarem por fazer um impacto no mundo que os rodeia, são de pouco valor para Deus. Se formos muito parecidos com os do mundo, não temos valor. Os cristãos não devem confundir-se com outros. Em seu lugar, devemos impactá-los positivamente, como o condimento que dá melhor sabor à comida.

5.14-16 Se pode ocultar uma cidade que está no topo de uma montanha? Pelas noites sua luz se vá à distância. Se vivermos por Cristo, vamos brilhar como luzes, mostrando a outros como é Cristo. Ocultamos nossa luz ao (1) calar quando devêssemos falar, (2) fazer o que todos fazem, (3) negar a luz, (4) deixar que o pecado empane nossa luz, (5) não dar a conhecer nossa luz a outros, ou (6) não nos fixar nas necessidades de outros. Seja um farol da verdade: não esconda sua luz do resto do mundo.

5:17 Deus nos deu as leis morais e cerimoniosas para nos ajudar a lhe amar com todo o coração. Através da história do Israel, entretanto, estas leis foram citadas inexactamente e aplicadas erroneamente. No tempo do Jesus, os líderes religiosos tinham convertido a Lei em uma massa confusa de regras. Quando Jesus se referiu a uma nova forma de compreender a Lei de Deus, não estava a não ser levando às pessoas a seu propósito original. Não falou contra a Lei em si mesmo, a não ser contra os abusos e excessos aos que ela estava sujeita.

5.17-20 Se Jesus não tivesse vindo a abolir a Lei, estariam todas as leis do Antigo Testamento ainda em vigência? No Antigo Testamento, havia três categorias de Lei: cerimonial, civil e moral.


1) A lei cerimoniosa estava relacionada especificamente com a adoração do Israel (veja-se Lv 1:2-3, por exemplo). Seu propósito primário foi assinalar a Cristo Jesus. Estas leis, entretanto, deixaram de ser necessárias depois da morte e ressurreição do Jesus. Embora é certo que já não estamos atados pelas leis cerimoniosas, os princípios que os respaldam, adorar e amar ao Deus santo, são ainda aplicáveis. Os fariseus com freqüência acusavam ao Jesus de violar as leis cerimoniosas.

(2) A lei civil era a Lei de Deus que tinha que ver com o viver jornal do Israel (veja-se Dt 24:10-11, por exemplo). Pelo fato de que a cultura e a sociedade modernas são radicalmente diferentes, todas estas diretivas não podem seguir-se ao pé da letra. Mas os princípios que as sustentam não têm fim e devem guiar nossa conduta. Jesus os cumpriu para dar o exemplo.

(3) A lei moral (como os Dez Mandamentos) é mandato direto de Deus e requer obediência estrita (veja-se Ex 20:13, por exemplo). Como revela a natureza e a vontade de Deus, aplica-se ainda hoje. Jesus obedeceu a lei moral em sua totalidade.

5:19 Alguns no grupo eram peritos em dizer a outros o que deviam fazer, mas passavam por cima o mais importante das Leis de Deus. Jesus clarificou que obedecer a Lei de Deus era mais importante que explicá-la. É muito mais fácil estudar a Lei de Deus e dizer a outros que a obedeçam que pô-la em prática. Como vai a você em sua obediência a Deus?

5:20 Os fariseus eram exigentes e escrupulosos no cumprimento da Lei. Como pode Jesus, razoavelmente, nos chamar a uma maior justiça que a deles? A debilidade dos fariseus radicava em que se sentiam satisfeitos obedecendo a Lei no exterior sem permitir que trocasse seus corações (atitudes). Jesus disse que a qualidade de nossa piedade tem que ser superior a dos fariseus. Podemos aparentar piedade e seguir longe do Reino de Deus. O julga nossos corações e nossas obras. É no coração onde na verdade radica a submissão. Cuidemos nossas atitudes, que a gente não vê, e as ações que todos vêem.

5:20 Jesus dizia a seus ouvintes que necessitavam uma piedade totalmente distinta (amor e obediência), não uma versão mais intensa da piedade dos fariseus. Nossa bondade deve (1) proceder do que Deus faz em nós, não do que podemos fazer nós mesmos, (2) estar centrada em Deus, não em nós, (3) estar apoiada na reverência a Deus, não na aprovação da gente, (4) e ir mais à frente do solo feito de cumprir com a Lei amando os princípios que a respaldam.

5.21, 22 Quando Jesus disse: "Mas eu lhes digo" não estava abolindo a Lei nem adicionando suas próprias opiniões. Mas bem estava oferecendo uma explicação completa de por que Deus fez tal Lei. Por exemplo, refiriéndose a que Moisés disse: "Não matará", Jesus ensinou que "qualquer que se zangue contra seu irmão, será culpado de julgamento". Os fariseus liam esta Lei e, como jamais tinham matado, sentiam-se muito retos. Entretanto estavam tão zangados com o Jesus que já logo estariam planejando matá-lo, embora não com suas próprias mãos. Perdemos a verdadeira intenção da Palavra de Deus quando lemos suas normas para a vida sem procurar compreender por que as deu. Quando guarda um as normas de Deus mas passa por cima sua verdadeira intenção?

5.21, 22 Assassinar é um pecado terrível mas a cólera é um grande pecado também porque viola o mandato de Deus de amar. A ira, neste caso, refere-se à amargura crescente contra alguém. É uma emoção perigosa que pode levar a perda de domínio próprio, e pode conduzir à violência, ao dano emocional, a uma tensão mental crescente e a outros resultados destrutivos. A cólera impede que desenvolvamos um espírito agradável para Deus. Alguma vez se há sentido orgulhoso de não ter cometido o engano de dizer o que tinha na mente? O domínio próprio é bom mas Cristo quer que dominemos também nossos pensamentos. Jesus disse que seremos julgados ainda por nossas atitudes.

5:23, 24 Qualquer ruptura de relações pode afetar nossa relação com Deus. Se tivermos um problema com um amigo, devemos resolvê-lo o antes possível. Somos hipócritas se manifestamos ter boas relações com Deus enquanto não as temos com outra pessoa. Nossas relações com outros refletem nossa relação com Deus (1Jo 4:20).

5:25, 26 Nos dias do Jesus, se alguém não podia pagar suas dívidas, ia ao cárcere até que a dívida fora saldada. A menos que alguém pagasse a dívida, o prisioneiro morria preso. É um conselho sábio resolver nossas diferenças com nossos inimigos antes de que sua cólera cause mais problemas (Pv 25:8-10). Seus desacordos pudessem não levá-lo até o tribunal, mas até os conflitos pequenos se solucionam mais facilmente se tratarmos de arrumá-los imediatamente. Em um sentido amplo, estes versículos nos aconselham nos arrumar com nosso próximo antes de nos apresentar diante de Deus.

5:27, 28 A Lei do Antigo Testamento diz que não se pode ter relações sexuais com outra pessoa que não seja seu cônjuge (Ex 20:14). Mas Jesus disse que o desejo de ter relações sexuais com outra pessoa é adultério mental e pecado. Jesus enfatizou que se o ato é equivocado, também o é a intenção. Ser fiel ao cônjuge com o corpo e não com a mente é romper a confiança que é vital para um matrimônio sólido. Jesus não está condenando o interesse natural no sexo oposto nem o desejo sexual são. Está condenando o deixar deliberada e repetidamente que a mente se encha de fantasias que seriam malotes se se fizessem realidade.

5:27, 28 Alguns acreditam que se os pensamentos luxuriosos são pecado, por que não consumar os de uma vez? Porque é perigoso em vários sentidos: (1) seria desculpar o pecado em vez de procurar formas de evitá-lo; (2) destrói matrimônios; (3) é uma rebelião deliberada contra a Palavra de Deus; e (4) sempre fere outro, além da gente mesmo. O ato pecaminoso é mais perigoso que o desejo pecaminoso, e por isso não deve consumar-se. Entretanto, os desejos pecaminosos são igualmente daninhos à virtude. descuidá-los poderia trazer como conseqüência acione errôneas e afastamento de Deus.

5:31, 32 O divórcio é tão hiriente e destrutivo hoje como foi nos dias do Jesus. Deus queria que o matrimônio fora uma entrega de por vida (Gn 2:24). Quando optam pelo matrimônio, as pessoas nunca devem ter o divórcio como uma opção para resolver seus problemas nem como uma forma de escapar de uma relação que aparentemente está morta. Nestes versículos, Jesus também está atacando aos que a propósito quebrantam o contrato matrimonial, e se divorciam para satisfazer seus desejos luxuriosos contraindo matrimônio com outra pessoa. Estão suas ações fortalecendo seu matrimônio ou o estão rasgando?

5:32 Jesus disse que o divórcio não é permitido "salvo por causa de fornicação". Isto não significa que o divórcio devesse ocorrer imediatamente em que um se inteira da infidelidade do cônjuge. A gente devesse primeiro tentar perdoar, reconciliar-se e restaurar as relações. Devemos procurar maneiras de restaurar nosso matrimônio em vez de procurar desculpas para rompê-lo.

5.33ss Nesta passagem, Jesus enfatiza a importância de dizer a verdade. A gente rompia suas promessas e empregava uma linguagem sagrada ligeira e descuidada. Manter os votos e as promessas é importante, porque ajuda a estabelecer confiança e faz possível as relações humanas sérias. A Bíblia condena o fazer votos à ligeira, o dar a palavra e não cumpri-la e o jurar em vão pelo nome de Deus (Ex 20:7; Lv 19:12; Nu 30:1-2; Dt 19:16-20). O juramento é necessário em certas situações só porque vivemos em uma sociedade pecaminosa que engendra desconfiança.

5.33-37 Os votos e os juramentos eram comuns, mas Jesus disse a seus seguidores que não deviam jurar, que sua palavra devia bastar (veja-se Jc 5:12). Lhe conhece você como uma pessoa de palavra? A veracidade parece ser algo tão estranho que sentimos que devemos finalizar nossa declaração com um "o juro". Se dissermos sempre a verdade, não teremos necessidade de respaldar nossas palavras com uma promessa ou juramento.

5:38 O propósito de Deus ao dar esta Lei era oferecer misericórdia. disse-se aos juizes: "que o castigo seja acorde ao delito". Não era uma guia para a vingança pessoal (Ex 21:23-25; Lv 24:19-20; Dt 19:21). Seu propósito era limitar a vingança e ajudar ao juiz a aplicar castigos que não fossem nem estritos nem leves. Algumas pessoas, entretanto, estavam usando esta frase para justificar a vingança. A gente ainda trata de desculpar seus atos de vingança dizendo: "Estava me cobrando o que me fez".

5.38-42 Quando somos ofendidos, com freqüência nossa primeira reação é procurar desforra. Jesus nos diz que devêssemos fazer o bem aos que nos causam dano. Não devemos guardar ressentimentos, a não ser amar e perdoar. Isto não é natural: é sobrenatural, e só Deus pode nos dar a força para amar como O faz. Em lugar de procurar vingança, ore pelos que o ferem.

5.39-44 Para muitos judeus desse tempo, estas declarações eram ofensivas. Um messías que dava a outra bochecha não podia ser o líder militar que esperavam que encabeçasse uma revolta contra Roma. Como estavam sob a opressão romana, sonhavam com represálias contra seus inimigos. Mas Jesus sugeriu uma nova resposta à injustiça. Em lugar de demandar nossos direitos, devemos cedê-los. A declaração radical do Jesus diz que é mais importante repartir justiça e misericórdia que as demandar.

5:43, 44 Ao nos chamar a não tomar represálias, Jesus nos libera de tomar a justiça em nossas mãos. Ao orar e amar a nossos inimigos em lugar de procurar represálias podemos vencer o mal com o bem.

Os fariseus interpretavam que Lv 19:18 ensinava que se devia amar aos que amavam, e que Sl 139:19-22 e 140:9-11 insistia a odiar aos inimigos. Mas Jesus lhes disse que deviam amar a seus inimigos. Se ama a seus inimigos e os trata bem, demonstra que Jesus é o Senhor de sua vida. Isto o obtêm os que se dão totalmente a Deus, porque solo O pode liberar o homem de seu egoísmo natural. Devemos confiar em que o Espírito Santo nos ajuda a amar a aqueles por quem não sinto amor.

5:48 Como podemos ser perfeitos? (1) Em caráter. Nesta vida não podemos ser impecáveis, mas podemos aspirar a ser mais semelhantes a Cristo. (2) Em santidade. Como os fariseus, devemos nos separar dos valores pecaminosos do mundo. (3) Em maturidade. Não podemos conseguir ter o caráter de Cristo e viver em santidade de repente e porrada, mas podemos lutar pela perfeição. Assim como esperamos uma conduta diferente de um bebê, de um menino, de um adolescente e de um adulto, Deus espera atitudes diferentes de nós, segundo nosso nível de desenvolvimento espiritual. (4) Em amor. Podemos procurar amar a outros como Deus nos ama. A gente é se sua conduta é apropriada para seu nível de maturidade: perfeitos, mas ainda com muito espaço para crescer. Nossa tendência a pecar nunca deve nos deter no empenho de ser cada vez mais semelhantes a Cristo. O chama a todos seus discípulos à excelência, a superar o nível de mediocridade e a maturar em tudo, até chegar a ser como O é. Os que se esforçam por chegar à perfeição um dia conseguirão ser perfeitos como O é perfeito (1Jo 3:2).

LIÇÕES CHAVE DO SERMON DO MONTE

Bem-aventurados: Os pobres em espírito (1Jo 5:3)

Previsão no Antigo Testamento: Is 57:15

Valores mundanos contraditórios: Orgulho e independência pessoal

Recompensa de Deus: Reino dos céus

Como desenvolver esta atitude: Jc 4:7-10

Bem-aventurados: Os que choram (Jc 5:4)

Previsão no Antigo Testamento: Is 61:1-2

Valores mundanos contraditórios: Felicidade a todo custo

Recompensa de Deus: Consolo (2Co 1:4)

Como desenvolver esta atitude: Salmo 51; Jc 4:7-10

Bem-aventurados: Os mansos (Jc 5:5)

Previsão no Antigo Testamento: Sl 37:5-11

Valores mundanos contraditórios: Poder

Recompensa de Deus: Herdar a terra

Como desenvolver esta atitude: Mt 11:27-30

Bem-aventurados: Os que desejam justiça (Mt 5:6)

Previsão no Antigo Testamento: Is 11:4-5; Is 42:1-4

Valores mundanos contraditórios: Procurar satisfazer necessidades pessoais

Recompensa de Deus: Satisfação completa

Como desenvolver esta atitude: Jo 16:5-11; Fp 3:7-11

Bem-aventurados: Os misericordiosos (Fp 5:7)

Previsão no Antigo Testamento: Salmo 41:1

Valores mundanos contraditórios: Força sem sentimento

Recompensa de Deus: Alcançar misericórdia

Como desenvolver esta atitude: Eph 5:1,2

Bem-aventurados: os de limpo coração (Ef 5:8)

Previsão no Antigo Testamento: Sl 24:3-4; Sl 51:10

Valores mundanos contraditórios: O engano é aceitável

Recompensa de Deus: Ver deus

Como desenvolver esta atitude: 1Jo 3:1-3

Bem-aventurados: Os pacificadores (1Jo 5:9)

Previsão no Antigo Testamento: Is 57:18-19; Is 60:17

Valores mundanos contraditórios: Procurar a paz pessoal sem importar o caos mundial

Recompensa de Deus: Ser chamados filhos de Deus

Como desenvolver esta atitude: Rm 12:9-21; Hb 12:10-11

Bem-aventurados: Perseguido-los (Hb_5:10)

Previsão no Antigo Testamento: Is 52:13; Is 53:12

Valores mundanos contraditórios: Compromisso débil

Recompensa de Deus: Herdar o Reino de Deus

Como desenvolver esta atitude: 2Tm 3:12

Em seu mais comprido sermão registrado, Jesus começa descrevendo as características que estava procurando em seus seguidores. Chama bem-aventurados a todas as pessoas que tinham estas características porque Deus tem reservado algo especial para elas. Cada bem-aventurança é quase uma direta contradição à forma de vida típica da sociedade. Na última bem-aventurança, Jesus até adverte que um esforço sério por desenvolver estes requisitos provocará oposição. O melhor exemplo de cada característica se encontra no Jesus mesmo. Se nossa meta é ser como O, as bem-aventuranças questionam nossa forma cotidiana de viver.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48
D. Seu reino (5: 1-7: 29)

1. As crianças do reino (5: 1-20)

1. Seus Direitos (5: 1-12)

1 E, vendo as multidões, subiu ao monte; e quando ele se sentou, seus discípulos aproximaram-lhe: 2 e ele abriu a boca e ensinou-lhes, dizendo:

3 Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus.

4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.

5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.

6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.

7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.

8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.

9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.

10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça.: porque deles é o reino dos céus 11 Bem-aventurados sereis quando os homens vos injuriarem, e vos perseguirem, e disserem todo o mal contra vós, por minha causa. 12 Alegrai-vos, e satisfeito por ser superior porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

Os capítulos Mt 5:1 , Mt 6:1 e Mt 7:1 compreendem o que é comumente chamado o Sermão da Montanha. Sua tônica é a verdadeira justiça (Mt 5:20 ). Foi por vezes referido como a Constituição do Reino dos Céus. As Bem-aventuranças (5: 3-12 ), então, seria o Preâmbulo da Constituição. Do ponto de vista britânico, pode ser designada a Magna Carta do Reino.

Os dois primeiros versículos do capítulo 5 nos dão a definição do sermão. Jesus subiu a um monte, com os seus discípulos a seguir. Mas as multidões também ouvi-lo (Mt 7:28 ). Jesus sentou-se , como todos rabinos judeus fez enquanto docente.

Como Moisés declarou a Lei do Antigo no Monte Sinai, para que Jesus estabeleceu a Nova Lei em uma montanha. O Monte das Bem-Aventuranças tradicional é uma longa encosta no canto noroeste do lago da Galiléia.

Alguns têm rejeitado o Sermão da Montanha como um ideal impossível. Outros têm procurado relegá-lo a um Millennium futuro. Mas realmente é "filosofia de trabalho da vida", do cristão como Jones justamente sublinha.

As bem-aventuranças ter sido chamado de "uma espécie de título páginas com os ensinamentos de Jesus." Eles estabelecem a verdadeira natureza dos súditos do Reino. Estes temas são o pobre de espírito , a puros de coração , os pacificadores , osperseguidos , os que choram , os mansos , os misericordiosos , os que têm fome e sede de justiça .

É óbvio que essas virtudes são muito diferentes daqueles usualmente salientado pelo mundo. No Império Romano virtus significava "masculinidade". Mas muitas vezes era a valentia militar, em vez de coragem moral que foi enfatizado. Jesus exaltado um novo tipo de ética. Ele proclamou um conjunto surpreendentemente diferente de valores. Ele colocou o maior prémio para as coisas do espírito.

Este Rei confrontado Seu mundo com um novo conceito de vida. Não é a poderosa, mas o pobre de espírito , deviam ser os temas de seu reino (conforme Is 11:4 ). Lucas (Lc 6:20) tem "vós, os pobres." Mas a pobreza não é garantia de piedade. O que Jesus quis dizer foi o pobre de espírito ; ou seja, aqueles que estão conscientes de sua necessidade espiritual. Jesus tinha sido criado entre os pobres humilde de Israel, que devotamente desejado o reino de Deus (conforme Lc 2:25 ).

Nem os foliões, mas aqueles que choram , vai encontrar a verdadeira felicidade. O Antigo Testamento predisse que o povo de Deus seria consolado pela vinda do Messias (Is 61:1. ). O Cristo compassivo vieram consolá tristes, a humanidade sofredora.

Não é o poderoso, mas o manso , vai herdar a terra (conforme Sl 37:11 ). Não é o ganancioso, mas os piedosos vai ganhar a herança. Paulo dá expressão vívida para este paradoxo da vida cristã em 2Co 6:6 . Meek não significa fraco ou tímido, mas humilde e confiante. Significa aceitar a vontade de Deus, em vez de afirmar os seus direitos.

Nem os que estão com fome de riquezas, mas aqueles que têm fome e sede de justiça , será preenchido ; isto é, satisfeita. Justiça significa "uma vida totalmente conformado com a vontade de Deus em pensamento, palavra, adoração, e agir."

Não é a impiedosa, mas o misericordioso , vai alcançar misericórdia . Os estóicos considerado misericórdia para ser um vício, não uma virtude. Também os judeus ensinou que aqueles que sofreram apenas foram se seus desertos justos (conforme Jo 9:2 ).

Cristianismo tem sido, por vezes, acusado de prometer "torta no céu quando morrer" - é grande o vosso galardão nos céus . Duas respostas podem ser feitas a esta acusação. A primeira é que a esperança do futuro recompensa é um incentivo perfeitamente justificável para uma vida justa. A outra é que o reino de Deus não é apenas uma perspectiva agradável, mas uma possessão presente. Para conhecer a Cristo é aproveitar o Reino aqui e agora.

b. Suas Responsabilidades (5: 13-16)

13 5ós sois o sal da terra; mas se o sal for insípido, com que se há de salgar? é daí em diante, para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Uma cidade construída sobre um monte não pode ser escondida. 15 Nem os homens acendem uma candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; e assim ilumina a todos os que estão na casa. 16 Mesmo assim resplandeça a vossa luz diante dos homens; para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

Como cidadãos da comunidade celestial, os cristãos têm pesadas responsabilidades. Em primeiro lugar, eles são para ser o sal da terra . Sal faz duas coisas: ele sabores e conservas . A vida sem Cristo é plana, insípido, sem sabor. Seus seguidores devem adicionar um tom de vida e entusiasmo para a vida, assim como o sal dá sabor aos alimentos. Mas o cristianismo também deve ser o conservante da sociedade humana. Quando Jesus pronunciou estas palavras de refrigeração moderno era desconhecida. Uma das maneiras mais comuns para preservar tais-food como peixes enviados a partir do lago da Galiléia a Jerusalém, foi o de sal-lo fortemente. O que seria o mundo hoje sem a Igreja de Jesus Cristo?

Em segundo lugar, Jesus disse: Vós sois a luz do mundo . Isso deve ser definido ao longo do lado mais uma declaração de Sua: ". Eu sou a luz do mundo" O Filho de Deus é o Sol da justiça (Ml 4:2)

17 Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. 18 Porque em verdade vos digo: até que o céu ea terra passem, nem um jota ou um til se omitirá em nenhum passará da lei, até que tudo seja cumprido. 19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus, mas aquele que os praticar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. 20 Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a justiça dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

A declaração mais significativa é encontrado no versículo 17 . Jesus declarou que Ele não tinha vindo para destruir a lei ou os profetas , mas sim para cumprir . Assim, o próprio Cristo explicou sua relação com o Antigo Testamento. As Escrituras Hebraicas não foram postos de lado, com a vinda do cristianismo. Em vez disso, eles estavam a ser objecto de uma interpretação mais elevada, que é exatamente o que é encontrado nos versículos 21:48 . Só pelo seu cumprimento em Cristo pode escritos do Antigo Testamento ser entendido corretamente. Sem Ele, eles são incompletos e incompreensível.

Jesus declarou ainda que não menos importante artigo da Lei passará até que tudo se cumpriu. Isso não vincular os cristãos a uma adesão literal aos muitos regulamentos minutos de assim Antigo Testamento. Desde Cristo cumpriu tudo isso em Sua vida perfeita de obediência absoluta à vontade de Deus, os homens atender suas demandas quando pela fé se unem com Ele. Para ser dominado pelo Espírito de Cristo é para cumprir os requisitos de Deus.

O versículo 20 tem sido muitas vezes escolhido como o versículo chave do Sermão da Montanha. Jesus exigiu de Seus seguidores uma justiça mais elevada do que a dos escribas e fariseus , cuja justiça foi para fora, formal, cerimonial, legalista. Justiça cristã é essencialmente interior, espiritual, moral, gerada pelo amor.

O ponto que Jesus estava enfatizando era que as demandas de graça são realmente superiores aos da Lei. Mas eles são de natureza diferente. Em vez de pagar a atenção meticulosa aos detalhes de multidões, os cristãos estão a fazer "uma coisa" (Fp 3:13) -seek para agradar a Deus continuamente. Filson observa: "O evangelho traz misericórdia, consolo e ajuda divina, mas não cancela a procura de Deus pela obediência fiel e completa a sua vontade."

Only "atingindo o significado espiritual da lei" permitirá um para entrar no reino dos céus. Isso é porque o Reino é um reino espiritual, não um reino jurídico ou político. Comentários Ward: "O discípulo não pensa em termos de regras e direito, mas de amor." Para o judeu justiça era uma adesão servil à letra da Lei. Para o cristão, é uma atitude correta do coração no desejando fazer toda a vontade de Deus.

2. Características do reino (5: 21-48)

Nesta seção "Jesus leva seis exemplos concretos da antiga Lei, a fim de ilustrar a nova justiça". Esta justiça envolve todos os aspectos da vida diária.

Cada um destes seis discussões é introduzido por Ouvistes que foi dito aos velhos tempos (vv. Mt 5:21 , Mt 5:33 ), Ouvistes o que foi dito (vv. Mt 5:27 , Mt 5:38 , Mt 5:43 ), ou simplesmente Era Disse (v. Mt 5:31 ). Com esta referência é feita a fórmula para algum mandamento da lei mosaica (ou, no caso de a última cláusula do v. Mt 5:43 , na tradição dos anciãos).

Todos os seis vezes Jesus acrescenta: mas digo-vos (vv. Mt 5:22 , Mt 5:28 , Mt 5:32 , Mt 5:34 , Mt 5:39 , Mt 5:44 ). Isto é ainda mais forte no grego do que no inglês ego de lego hymin . O ego é expresso em grego apenas para grifo nosso, como o I está incluída no verbo lego , eu digo. Além disso, ele é colocado em primeiro lugar na cláusula, a posição mais enfática em uma frase grega. Ou Jesus era um egoísta flagrante, ou Ele era o que Ele afirmava ser-o Filho eterno de Deus, que tinha o direito de falar com autoridade divina absoluta. Blair afirma que essa ênfase na autoridade de Cristo é a principal característica do Evangelho de Mateus.

1. Peaceableness (5: 21-26)

21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e todo aquele que matar será réu de juízo: 22 mas eu digo-vos que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu do conselho; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno. 23 Se, pois, tu és oferecendo a tua oferta diante do altar e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai-te, primeiro se reconciliar com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. 25 Concordo com o teu adversário rapidamente, enquanto estás com ele no caminho; que nunca se ache o adversário te entregue ao juiz, eo juiz te entregue ao oficial, e sejas lançado na prisão. 26 Em verdade eu te digo: Tu não significa sair dali, até que tu não pagares o último ceitil.

O sexto dos Dez Mandamentos é: Não matarás (Ex 20:13. ; Dt 5:17 ). Jesus não revogará essa comando. Ao contrário, Ele estendeu-a para cobrir a raiva, desprezo e ódio. Parece haver uma escala ascendente no versículo 22 : (1) raiva - "Sentimento de raiva sem palavras"; (2) Raca - "A raiva em si ventilação em palavras"; (3) Insensato - "raiva de insulto." A distinção precisa entre os termos raca e tolo não é conhecido. Pensa-se que o primeiro pode vir de uma raiz que significa a "cuspir". Ambas as palavras expressam desprezo e condenação.

Mais clara é a escala ascendente de conseqüências. Acórdão provavelmente se refere ao tribunal local. Conselho é Sinédrio , o Grande Sinédrio em Jerusalém, a mais alta corte judaica da justiça. O inferno é Geena , o lugar de tormento final. Seja em perigo deuma significado legal termo "é susceptível de". Ou seja, o culpado dessas coisas está sujeito aos tribunais de justiça ou punição nomeados aqui.

Este aviso é seguido por uma dupla advertência para fazer a reconciliação. Se alguém vem ao santuário e lembra que ele feriu seu irmão, de qualquer forma, ele deve primeiro ser conciliada antes de sua adoração será aceitável. Novamente, se um está sendo levado perante o juiz, ele deve resolver rapidamente fora do tribunal. Caso contrário, ele será lançado na prisão e manteve lá até que ele tenha pago o último centavo, ou como diríamos, "o último centavo." Pena de prisão por dívida era uma prática comum até tempos relativamente recentes.

O ponto que Jesus estava fazendo é que todos devem se apressam a se reconciliarem com Deus, a quem todos os homens têm ofendido. Assim, esta passagem tem um forte cunho evangelístico.

b. Pureza (5: 27-30)

27 Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério: 28 . mas eu digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher para desejá-la já cometeu adultério com ela em seu coração 29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois é melhor para ti que um dos teus membros se perca, e não todo o teu corpo lançado no inferno. 30 E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois é melhor para ti que um dos teus membros se perca, e não todo o teu corpo ir para o inferno.

O sétimo mandamento diz: Tu não cometerás adultério (Ex 20:14. ; Dt 5:18. ). Jesus estendeu essa para cobrir o olhar de cobiça. Não é o ato, mas o desejo de que constitui pecado. Esta é a diferença básica entre a Lei do Antigo e do Novo. Os ex-lida principalmente com ações, o último com atitudes; o primeiro com obras, este último com desejos; o primeiro com meios, este último com motivos; o primeiro com a mão, o último com o coração.

Às vezes, é assumido que porque os cristãos não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça que eles não são, assim, sujeita a essas exigências rígidas como foram os santos do Antigo Testamento. Mas a interpretação de que Jesus dá aqui indica claramente que suas exigências ir mais fundo e mais alto e mais longe do que as da lei mosaica. Desde desejo é pai para a escritura, é a primeira que deve ser dada atenção antes.

O olho é a porta de entrada para a mente, ea mão representa o instrumento para fazer o mal. O inferno não é Hades , o lugar dos espíritos que partiram, mas Geena , o lugar de tormento. Jesus declarou que era melhor perder o direito olho direito ou mão de estar perdido para sempre no inferno. Ele estava falando em sentido figurado, é claro, quando ele falou de arrancar um olho ou cortar uma mão. Uma aplicação importante seria a de cortar uma estreita amizade que estava levando para o pecado, ou uma vocação amado que estava provando ser uma fonte de tentação.

c. Harmony (5: 31-32)

31 Foi dito também, que qualquer que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio: 32 mas eu digo-vos que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e qualquer que casar com ela quando ela foi repudiada comete adultério.

O divórcio é um dos problemas mais antigos e persistentes na sociedade humana. A lei mosaica permitia o divórcio, mas exigido um certificado a ser dado, colocando, assim, uma restrição à fácil divórcio (Dt 24:13 ). Mas Jesus foi arquivado como proibindo o divórcio, exceto no caso de fornicação. Este último termo não é utilizado na sua actual sentido técnico estreito, mas inclui o adultério, o que se quer dizer aqui. A norma cristã é a do amor e harmonia no lar.

d. Honestidade (5: 33-37)

33 Mais uma vez, vocês ouviram o que foi dito aos antigos: Tu não perjurarás, mas deverás realizar para o Senhor os teus juramentos 34 , mas eu digo que, não jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 36 nem jures pela tua cabeça, porque tu não podes tornar um cabelo branco ou preto. 37 Mas seja o vosso falar: Sim, sim, Não, não; e tudo o que é mais do que estes é de mal um .

A Lei ordenava, Tu Não perjurarás (Lv 19:12. ; N1. 30: 2 ; . Dt 23:21 ), isto é, "jurar falsamente" (RSV) ou ".cometer perjúrio" Foi decidido que, quando um fez um juramento em nome de Deus, foi obrigatório. Assim, recorreu-se aos substitutos, como océu, a terra, Jerusalém, ou de uma cabeça . Mas Jesus expôs a hipocrisia desta prática. Ele insistiu que se deve dizer muito simplesmente e honestamente "Sim" ou "Não" Filson observa com razão: ". O problema com juramentos é que eles introduzem um duplo padrão de verdade e honestidade"

e. Kindness (5: 38-42)

38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente: 39 , mas digo-vos. Não resisti-lhe o que é mal.: Mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra 40 . E se alguém quiser ir a juízo contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa tem a tua 41 E se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vá com ele duas. 42 Dá a quem te pedir, e com ele que iria pedir de ti não Vira-te embora.

A lei de talião (lei de talião ), expresso como Olho por olho, e dente por dente, é a forma mais primitiva de justiça. Afirma-se três vezes no Antigo Testamento (Mt 21:24 Ex. , Lv 24:20. ; Dt 19:21. ). A intenção era impedir que os homens em busca de vingança excessivo.

Mas Jesus ordenou a lei maior de não-retaliação. O cristão não é para contra-atacar. Ao contrário, ele é tomar errado, se for necessário. As pessoas foram ganhas para Cristo através da prática deste princípio.

Jesus deu cinco ilustrações: (1) insulto, (2) ação judicial, de serviços (3) forçada, (4) exige para presentes, (5) a demanda por empréstimos. É óbvio que a aplicação literal, impensada desses princípios pode fazer mais mal do que bem. A maior lei do amor altruísta deve reger a conduta nesses pontos, como em todos os outros, mas para dar dinheiro a uma implorando beberrão, ou mesmo a uma criança egoísta-pode resultar em danos mais importantes para ele e para sua família. No entanto, o princípio geral aqui enunciado por Jesus é válido.

f. Amor (5: 43-48)

43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiar teu inimigo: 44 mas eu vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e os injustos. 46 Porque, se amais os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis mais do que outros? Não fazem os gentios também o mesmo? 48 Vós, pois, perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito.

Amarás o teu próximo era uma ordem familiar no Antigo Testamento (Lv 19:18 ), embora vizinho era geralmente interpretada no sentido de um judeu. Mas em nenhum lugar nas Escrituras antigas eram os israelitas comandados a odiar teu inimigo. A idéia pode ser derivada, no entanto, a partir de passagens como Dt 7:2:14 , 25: Dt 7:17 , Sl 137:7 e em outros lugares no chamado imprecatório Salmos, onde a referência é para os inimigos nacionais, não pessoais,.

Mas Jesus era totalmente oposta a essa atitude. Sua ordem foi: Amai os vossos inimigos e orar para seus perseguidores. Esta é a graça, e não a lei. Desse modo, os cristãos se mostram filhos do vosso Pai ; ou seja, eles manifestam a natureza de Deus. Para amar aqueles que nos amam é natural, mas a amar aqueles que nos odeiam, é sobrenatural.

Este capítulo termina com um "conselho de perfeição" - Ye, pois, perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito (v. Mt 5:48 ). Isto é tanto um comando e uma promessa. Ele foi chamado de "a possibilidade impossível." Tomado em um sentido absoluto é, naturalmente, apenas um conselho de desespero: nenhum homem pode ser plenamente como Deus.

Mas este versículo, como todas as outras passagens, deve ser interpretado à luz do seu contexto. Tiago Daane ofereceu esta explicação muito útil:

E quando os filhos de Deus amar os seus inimigos, orar por aqueles que os perseguem, e abençoar aqueles que os amaldiçoam, em seguida, eles, também, possuir e revelar em sua conduta que a perfeição de Deus, que é a Sua graça para os homens maus e injustos. Em seguida, eles são perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Então eles têm que a justiça sem a qual não iria entrar no reino dos céus.

Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 4
Sobre o Sermão do Monte Parte I

John Wesley

'Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos: E ele abriu sua boca, e falou com eles dizendo': "Abençoados sejam os pobres de espírito: para eles será o reino dos céus. Abençoados são aqueles que choram: porque eles serão consolados". ( Mateus 5:1-4)

1. Nosso Senhor tinha 'percorrido quase toda a Galiléia', ( Mateus 4:23), começando no tempo 'em que João havia sido lançado na prisão' ( Mateus 4:12), não apenas 'ensinando em suas sinagogas, e pregando o Evangelho do reino', mas igualmente, 'curando toda forma de enfermidade, e todas os tipos de doenças entre o povo'. Foi como conseqüência natural disto, que 'o seguiu uma grande multidão: da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e da região além do Jordão' (Mateus 4:25). 'E vendo a multidão', que nenhuma sinagoga poderia conter, mesmo que houvesse alguma à mão, 'ele foi para as montanhas', onde havia um lugar para todos que vieram até ele, de todos os cantos. 'E, quando ele se assentou', como era costume dos judeus, 'seus discípulos vieram até ele. E ele abriu sua boca', (uma expressão denotando o começo de um discurso solene), 'e ensinou a eles, dizendo:' --

2. Vamos observar, quem é este que está aqui falando, e poderemos dar atenção ao que ouvimos: Trata-se do Senhor dos céus e terra; o Criador de tudo; que,.como tal, tem o direito de dispor de todas suas criaturas; o Senhor, nosso Governador, cujo reino é para sempre, e reina sobre tudo; o grande Legislador; quem pode bem impingir todas as suas leis, sendo 'capaz de salvar e de destruir', sim, punir com a 'destruição eterna, de sua presença e da glória de seu poder'. Trata-se da Sabedoria eterna do Pai, que sabe para o que fomos feitos, e entende nossa mais íntima estrutura: que conhece como nos posicionamos com relação a Deus; ao outro; a todas as criaturas que Deus tem feito, e, conseqüentemente, como adaptar cada lei que ele prescreve, para todas as circunstâncias nas quais ele tem nos colocado.

Trata-se daquele, que 'ama cada homem; cuja misericórdia é sobre todas as suas obras'; o Deus do amor, que tendo esvaziado a si mesmo de sua glória eterna, veio de seu Pai declarar sua vontade para com todos os filhos dos homens, e, então, retornou ao Pai; aquele que é enviado de Deus 'para abrir os olhos do cego, e dar luz àqueles que estão na escuridão'. É o grande Profeta do Senhor, concernente a quem Deus declarou solenemente muitos anos atrás: 'E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele'. (Deut. 18:19), ou como o Apóstolo expressa: 'Toda a alma que não ouvir este Profeta, deverá ser destruído de entre as pessoas'. ( Atos 3:23).

3. E o que Ele está ensinando? O Filho de Deus, que veio dos céus, está aqui mostrando-nos o caminho para o céu; para o lugar que Ele tem preparado para nós; a glória que Ele tem, mesmo antes do mundo. Ele nos está ensinando o verdadeiro caminho para a vida eterna; o caminho real que nos conduz ao reino; e o único caminho verdadeiro, -- já que não existe outro além; todos os demais conduzem à destruição. Do caráter do Orador, nós estamos bem seguros de que ele tem declarado a perfeita e completa vontade de Deus. Ele não tem afirmado coisa alguma mais nada mais do que ele recebeu do Pai; nem muito menos, -- Ele não tem evitado declarar toda a deliberação de Deus; muito menos, ele tem afirmado alguma coisa errada; alguma coisa contrária à vontade daquele que o enviou. Todas as suas palavras são verdadeiras e corretas, concernentes a todas as coisas, e deverão permanecer para sempre e sempre.

Nós podemos facilmente notar, que, em explicar e confirmar esses dizeres fiéis e verdadeiros, ele toma cuidado para refutar não apenas os erros dos Escribas e Fariseus, que, então, faziam comentários falsos, por meio dos quais os professores judeus daqueles tempos tinham pervertido a Palavra de Deus, mas todos os erros práticos, os quais eram inconsistentes com a salvação, que poderiam se levantar na 1greja Cristã; todos os comentários, por meio dos quais os Professores Cristãos (assim chamados) de alguma época ou nação poderiam perverter a Palavra de Deus, e ensinar às almas descuidadas a buscar a morte no erro de suas vidas.

4. E daí, nós somos naturalmente conduzidos a observar, quem eram aqueles que Ele está ensinando. Não apenas aos Apóstolos; se assim fosse, ele não precisaria ter ido até as montanhas. Uma sala na casa de Mateus, ou algum de seus discípulos poderia conter todos os Doze. Nem, de forma alguma, parece que os discípulos que vieram até ele eram apenas os Doze. Sem colocar qualquer ênfase sobre a expressão, pode ser entendido que se trata de todos os que desejaram aprender dele Mas, para colocar isto fora de toda questão, e tornar inegavelmente claro que, onde é dito, 'Ele abriu sua boca e ensinou a eles', a palavra eles inclui toda aquela multidão que seguiu com Jesus até a montanha, nós precisamos observar os versos conclusivos do Capítulo sétimo: 'E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas'. ( Mateus 7:28-29).

E não apenas para aquela multidão que estava com Ele no monte, aos quais Jesus agora ensinava o caminho da salvação; mas a todos os filhos dos homens; toda a raça da humanidade; os filhos que já nasceram; e todas as gerações que estavam por vir; mesmo para o fim do mundo, e aos que nunca ouviram palavras como esta na vida.

5. E isto todos os homens concordam, com respeito a algumas partes do discurso resultante. Nenhum homem, por exemplo, nega que o que ele disse de pobreza de espírito refere-se a toda a humanidade. Mas muitos têm suposto que outras partes, dizem diretamente apenas aos Apóstolos, ou aos primeiros Cristãos, ou aos Ministros de Cristo; e nunca foram designadas para a generalidade dos homens que, conseqüentemente, não tinha coisa alguma a ver com elas, afinal.

Mas nós não podemos justamente inquirir, quem foi que disse isto a eles - que algumas partes concernem apenas aos Apóstolos, ou aos Cristãos da era apostólica, ou aos Ministros de Cristo? Expor afirmações não é uma prova suficiente para estabelecer um ponto de tão grande importância. Então, foi o próprio nosso Senhor que nos ensinou que algumas partes do discurso não dizem respeito à toda a humanidade? Se tivesse sido assim, sem dúvida, Ele teria nos dito; Ele não poderia ter omitido uma informação tão necessária. Mas ele nos disse dessa forma? Onde? No próprio discurso? Não! Aqui não existe a menor insinuação disto. Ele teria dito em algum outro lugar? Em alguma outra parte dos seus discursos? Nenhuma palavra que sugira isto nós podemos encontrar em alguma coisa que ele tenha falado tanto para as multidões, quanto para os discípulos. Algum dos Apóstolos, ou outros escritores inspirados deixaram tal instrução registrada? Não tal coisa. Nenhuma afirmação desse tipo é encontrada em todos os oráculos de Deus. Quem, então, são os homens que são mais sábios do que Deus? tão sábios que estão acima do que está escrito?

6. Talvez eles irão dizer que a razão da coisa requer tal restrição a ser feita. Se for assim, deve ser sobre um desses dois relatos; porque, sem tal restrição, o discurso seria aparentemente absurdo, tanto quanto contradiria alguma outra escritura. Mas este não é o caso. Claramente irá aparecer, quando nós estivermos examinando as diversas particularidades, que não há absurdo, afinal, em aplicar tudo o que nosso Senhor tem aqui entregue para toda a humanidade. Nem irá inferir qualquer contradição a qualquer coisa que ele tenha entregue; nem a alguma outra escritura tão pouco. Mais ainda: irá aparecer, mais além, que todas as partes desse discurso devem ser aplicadas a todos os homens em geral, e não parte deles; vendo que eles estão todos conectados; todos unidos como as pedras em uma colunata; as quais você não pode tirar uma fora, sem destruir toda a estrutura.

7. Nós podemos, por fim, observar, como nosso Senhor ensina aqui. E, certamente, como em todo o tempo, e, particularmente neste, Ele fala¸'como nenhum homem falou antes'. Nem como os homens santos do passado; embora eles também falassem, 'como que movidos, pelo Espírito Santo'. Nem como Pedro, ou Tiago, ou João, ou Paulo: eles eram realmente sábios arquitetos em suas igrejas; mas, ainda assim, nos patamares da sabedoria divina, o servo não é como seu Senhor. Não; nem mesmo como ele próprio, em algum outro tempo, ou em alguma outra ocasião. Não parece que fosse sempre seu objetivo, em algum outro momento ou lugar, estabelecer, de uma só vez, todo o plano de sua religião; nos dar um panorama completo do Cristianismo; para descrever amplamente a natureza daquela santidade, sem o que nenhum homem poderá ver o Senhor. Ele tem realmente descrito, em milhares de ocasiões diferentes, as ramificações particulares disto; mas nunca antes, além daqui, ele forneceu, deliberadamente, uma visão geral do todo. Mais ainda, nós não temos coisa alguma como esta, em toda a Bíblia; a menos que alguém exclua aquele pequeno esboço de santidade entregue por Deus, naquelas Dez Palavras, ou Mandamentos de Moisés, no monte Sinai. Mas, mesmo aqui, quão larga diferença existe entre um e outro! 'Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória. ( 2Co 3:10).

8. Acima de tudo, com que amor surpreendente, o Filho de Deus revela aqui a vontade de seu Pai para o homem! Ele não nos traz novamente 'para o monte que queima com fogo, nem para a negridão, e escuridão e tempestade'. Ele não fala como quando ele 'trovejou dos céus'; quando o Altíssimo 'despejou seus trovões, granizos e carvões de fogo'. Ele agora se dirige a nós com sua voz ainda pequena, -- 'Abençoados', ou felizes, são os pobres em espírito'. Felizes são os que choram; os mansos; aqueles que têm fome de retidão; os misericordiosos; os puros de coração: Felizes em seus resultados; no caminho; felizes nessa vida; e na vida eterna! Como se ele tivesse dito: 'Quem é ele que, entregando-se à luxúria para viver, com prazer, verá bons dias? Observem: eu mostro a vocês aquilo que suas almas almejam! Vejam o caminho que vocês buscaram, tanto tempo, em vão; o caminho do deleite; o caminho da calma; da paz jubilosa; do paraíso abaixo e do paraíso acima!',

9. Ao mesmo tempo, com que autoridade ele ensina! Bem poderiam eles dizer: 'Não como os escribas'. Observem a maneira, o servo de Deus; não como Abraão, seu amigo; não como algum dos Profetas; nem como quaisquer dos filhos dos homens. É alguma coisa mais do que humana; mais do que pode concordar algum ser criado. Ele fala, como um Criador, afinal! Um Deus; um Deus visível! Sim; o Uno; o Onisciente; Jeová; o Onipotente; o Supremo; o Deus que está sobre todos, abençoado para sempre!

10. Esse discurso divino, entregue, no método mais excelente, com todas as partes subseqüentes, ilustrando aquelas que precedem, é, comumente, e não impropriamente, dividido em três ramificações principais: A Primeira, contida no quinto, -- A segunda, no sexto, -- e a Terceira, no sétimo capítulo.

I Na Primeira, a soma de toda a religião verdadeira é colocada, em oito pormenores, que são explicados e guardados contra as interpretações falsas do homem, nas partes seguintes do quinto capítulo.

II Na Segunda, estão as regras para aquele propósito correto, que nós deveremos preservar, em todas as nossas ações exteriores; não misturadas com desejos mundanos, ou cuidados ansiosos, até mesmo, para com as necessidades da vida.

III Na Terceira, estão as precauções contra as principais obstruções da religião, estritas com uma aplicação do todo.

I

1. Nosso Senhor, Primeiro, estabelece a soma de toda religião verdadeira em oito pormenores, que ele explica e guarda contra as interpretações falsas dos homens, para o final do quinto capítulo.

Alguns têm suposto que ele designou, nesses, apontar os diversos estágios do curso cristão; os passos que um cristão toma sucessivamente em sua jornada para a terra prometida; -- outros, que todas as particularidades aqui colocadas pertencem, todo o tempo, a todos os cristãos. E por que nós não podemos aceitar tanto uma, quanto a outra? Que inconsistência existe entre elas? Sem dúvida, é verdade que, tanto a pobreza de espírito, quanto todos os outros temperamentos que estão aqui mencionados, são encontrados, em um grau maior ou menor, o tempo todo, e em todo cristão real. E é igualmente verdade que o Cristianismo verdadeiro sempre começa na pobreza de espírito, e segue na ordem aqui colocada, até que o 'homem de Deus seja feito perfeito'. Nós começamos com o menor desses dons de Deus; ainda que não para desistir disso, quando somos por Deus, para irmos para mais alto: Mas o que já temos alcançado, seguramos firmes, 'enquanto prosseguimos, para o que ainda está mais à frente, para as mais altas bênçãos de Deus em Jesus Cristo.

2. O fundamento de tudo é a pobreza de espírito: Aqui, por conseguinte, nosso Senhor começa: 'Abençoados', diz ele,' são os pobres de espírito;porque deles é o reino dos céus'.

Não se pode supor, que nosso Senhor olhou aqueles que estavam ao redor dele, e, observando que os ricos não estavam lá, mas os pobres do mundo, ele aproveitou a oportunidade de fazer uma transição das coisas temporais para as espirituais. 'Abençoados', diz ele, (ou felizes, -- então, a palavra poderia exprimir ambos os significados, neste verso e nos versos seguintes) 'são os pobres de espírito'. Ele não diz, eles que são pobres, como circunstâncias exteriores, -- não sendo impossível, que alguns desses possam estar tão longe da felicidade quanto um monarca encima de seu trono; mas, por 'pobre em espírito', -- eles que, quaisquer que sejam as circunstâncias exteriores, têm aquela disposição do coração que é o primeiro passo para a felicidade real e substancial, tanto neste mundo, quanto naquele que está para vir.

3. Alguns têm julgado que, pobres em espírito, são aqueles que amam a pobreza; aqueles que estão livres da cobiça; do amor do dinheiro; que temem, preferivelmente, a desejarem, as riquezas. Talvez, eles tenham sido induzidos a assim julgarem, através de um completo confinamento de seus pensamentos ao sentido exato do termo; ou por considerarem aquela observação convincente de Paulo de que 'o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal'. E, daí, muitos têm se privado totalmente, não apenas das riquezas, mas de todos os bens materiais. Daí, também, os votos de pobreza voluntária que parece ter-se erguido na 1greja Papista; supondo-se que, tão eminente degrau dessa fundamental graça deva ser um passo largo em direção ao 'reino dos céus'.

Mas esses não parecem ter observado, Primeiro, que a expressão de Paulo deve ser entendida com alguma restrição; do contrário, não é verdadeira; já que o amor ao dinheiro não é a raiz, ou a única raiz, de todo o mal. Existem milhares de outras raízes do mal no mundo, como as tristes experiências diárias mostram. Seu significado pode apenas ser que ele é a raiz de muitos males; talvez, mais do que algum vício sozinho. Em Segundo lugar, que esse sentido da expressão 'pobre de espírito', de modo algum se adequará ao presente objetivo de Nosso Senhor, que é estabelecer o alicerce geral, sobre o qual toda a estrutura do Cristianismo pode ser construída; um objetivo que poderia ser, de maneira alguma, respondido precavendo-se de um único vício em particular: assim sendo, mesmo que esse fosse suposto ser uma parte do seu significado, não poderia possivelmente ser o todo. Em Terceiro Lugar, não se poderia supor que esta seja uma parte do seu significado - a menos que nós o responsabilizemos com tautologia [vício de linguagem que consiste na repetição de idéias] declarada: Vendo que, se a pobreza de espírito fosse apenas liberdade da cobiça; do amor do dinheiro; ou do desejo dos ricos, iria coincidir com o que Ele menciona, logo depois; seria apenas uma ramificação da pureza de coração.

4. Quem, então, são os 'pobres de espírito?'. Sem dúvida, os humildes; eles que conhecem a si mesmos; que estão convencidos do pecado; aqueles a quem Deus tem dado aquele primeiro arrependimento, que é anterior à fé em Cristo.

Algum desses já não pode dizer, 'Eu sou rico, e próspero nos bens materiais, e não preciso de nada'; agora que ele sabe que é 'vil, e pobre, e miserável, e cego, e nú'. Ele está convencido que é, de fato, pobre espiritualmente; tendo nenhum bem espiritual habitando nele. 'Em mim', ele diz, 'não habita coisa boa', mas o que quer que seja pecaminoso e abominável. Ele tem um profundo sendo da repugnante podridão [o Sr. Wesley usa a expressão lepra - que é hoje um termo preconceituoso] do pecado, que foi trazido com ele desde o útero; que se espalhou por toda a sua alma, e corrompeu totalmente todo o poder e faculdade nela.

Ele vê, mais e mais, os temperamentos maus que brotam da raiz da pecaminosidade; do orgulho e arrogância do espírito; da inclinação constante de pensar em si mesmo, mais do que deveria pensar; da vaidade; da sede de estima e honra que vem dos homens; do ódio ou inveja; do ciúme e vingança; da ira; malícia; ou amargura; da animosidade nata, contra Deus e homem, que aparece de dez mil formas; do amor do mundo; da vontade própria; dos desejos tolos e danosos, que penetram no mais íntimo de sua alma. Ele está consciente do quão profundamente ele tem ofendido, através de sua língua; se não, por palavras profanas, insolentes, inverídicas, ou indelicadas; ainda assim, através de discursos que não são 'bons para o uso da edificação', não 'apropriados para ministrarem graça aos que ouvem', o que, conseqüentemente, era, na consideração de Deus, corrupto e aflitivo ao seu Espírito Santo. Suas obras diabólicas estão agora igualmente à sua vista: se ele diz delas, elas são mais do que ele é capaz de expressar. Melhor pensar no número dos pingos da chuva, das areia do mar, ou dos dias da eternidade.

Sua culpa está agora, diante de sua face: Ele conhece a punição que ele tem merecido; ela seja, apenas, um relato de sua mente carnal; a inteira e universal corrupção de sua natureza; quanto mais, um relato de todos os desejos e pensamentos pecaminosos; de todas as palavras e ações pecadoras! Ele não pode duvidar, por um momento, que o menor desses merece a condenação ao inferno --, 'o remorso que não morre; e o fogo que nunca é extinto'. Acima de tudo, a culpa de 'de não crer no nome do único Filho criado de Deus', cai pesada sobre ele. Como, diz ele, eu poderei escapar; aquele que 'negligenciou tão grande salvação?'. 'Ele que não crê já está condenado', e 'a ira de Deus habita nele'.

6. Mas o que poderá ser dado em troca da sua alma, que foi confiscada para a justa vingança de Deus? 'Com o que ele deverá se apresentar diante do Senhor?'. Como ele deverá pagar o que deve? Tivesse ele, desse momento em diante, cumprido a obediência mais perfeita a todos os mandamentos de Deus, isto não faria qualquer reparo a um simples pecado; a cada ato de desobediência do passado; vendo que ele deve a Deus todos os serviços que ele é capaz de executar, desse momento, até a eternidade: Pudesse ele pagar isto, não faria, de qualquer maneira, emendas ao que ele deve ter feito anteriormente. Ele se vê, por conseguinte, totalmente desamparado com respeito à expiação de seus pecados passados; inteiramente incapaz de fazer qualquer reparo a Deus; a pagar qualquer resgate por sua própria alma.

Mas, se Deus pode perdoá-lo de tudo o que se passou, apenas nesta única condição - a de que ele não peque mais; que para o tempo que está por vir, ele obedeça inteiramente e constantemente a todos os seus mandamentos; ele bem sabe que isto não seria de proveito algum, uma vez que esta é uma condição que ele nunca cumpriria. Ele sabe e sente que ele não é capaz de obedecer, até mesmo, os mandamentos exteriores de Deus; já que esses não podem ser obedecidos, enquanto seu coração permanece, na pecaminosidade e corrupção natural; porquanto uma árvore má não pode produzir bons frutos. Ele não pode limpar um coração pecador: Para o homem, isto é impossível: De maneira que ele está inteiramente perdido; até mesmo, em como começar a caminhar, nos caminhos dos mandamentos de Deus. Ele não sabe como dar um passo adiante neste caminho. Cercado pelo pecado, e tristeza, e medo, e não encontrando caminho para escapar, ele só pode clamar: 'Senhor, salve, ou perecerei!'.

7. Pobreza de espírito, então, como ela implica no primeiro passo que nós tomamos na corrida que se apresenta diante de nós, ela significa a justa sensação de nossos pecados interiores e exteriores, e de nossa culpa e impotência. Isto, alguns têm disformemente intitulado de 'a virtude da humildade'; assim, nos ensinando que estarmos orgulhos do saber faz com que mereçamos a condenação! Mas a expressão de nosso Senhor é completamente de outro tipo; transmitindo nenhuma idéia ao ouvinte, a não ser aquela da mera necessidade, da nudez do pecado, da culpa e miséria, impotentes.

8. O grande Apóstolo, onde ele se esforça para trazer os pecadores para Deus, fala de uma maneira exatamente respondível a isto. 'Porque do céu, a ira de Deus', diz ele 'é revelada sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detém a verdade em injustiça' ( Rom. 1:18 em diante); a responsabilidade que ele fixa imediatamente sobre o mundo pagão, e, por meio disto, prova que eles estão debaixo da ira de Deus. Ele depois mostra que os judeus eram nada melhores do que eles, e estavam, por conseguinte, debaixo da mesma condenação; e tudo isto, não com o objetivo de que eles alcançassem a 'virtude nora da humildade', mas 'que toda boca fosse fechada, e todo o mundo se tornasse culpado diante de Deus'.

Ele prossegue, para mostrar que eles eram impotentes, tanto quanto culpados; o que é o sentido claro de todas aquelas expressões: 'Portanto, pelas obras da lei, não haverá carne justificada': -- 'Mas, agora, a retidão de Deus, que é pela fé em Jesus Cristo, sem a lei, é manifesta': -- 'Nós concluímos que um homem é justificado, através da fé, sem as obras da lei': -- Expressões todas se inclinando, ao mesmo ponto; até mesmo a 'ocultar o orgulho do homem'; para humilhá-lo ao pó, sem ensiná-lo a refletir sobre sua humildade, como uma virtude; para inspirá-lo com aquela convicção completa e penetrante de sua extrema pecaminosidade, culpa e impotência. Que lança o pecador, despojado de tudo, perdido e arruinado, em seu forte Ajudador, Jesus Cristo, o Justo.

9. Nós não podemos deixar de observar aqui, que o Cristianismo começa, justamente onde a moralidade pagã termina; pobreza de espírito; convicção do pecado; a renúncia de nós mesmos; o não ter a nossa própria retidão (o mesmo primeiro ponto na religião de Jesus Cristo); deixando todas as religiões pagãs para trás. Isto sempre foi ocultado dos homens sábios desse mundo; de tal maneira, que todo o idioma romano, até mesmo com todos os melhoramentos da era Agostiniana, não dispõe, tanto assim, de um nome para a humildade; (a palavra de onde nós emprestamos disso, como é bem conhecido, tendo em Latim um significado completamente diferente); não, nem uma foi encontrada em todo o rico idioma do Grego, até que ela foi criada pelo grande Apóstolo.

10. Ó, que nós possamos sentir o que elas não foram capazes de expressar! Pecador, acorda! Saibas, por ti mesmo! Saibas e sintas, que tu fostes 'formado na maldade', e que, 'no pecado tua mãe te concebeu'. E que tu mesmo tens empilhado pecado sobre pecado; mesmo depois de discernires o bem do mal! Mergulha nas poderosas mãos de Deus, como culpado da morte eterna; e lança fora; renuncia; abomina, toda imaginação de sempre seres capaz de ajudar a ti mesmo! Seja toda a tua esperança seres lavado no sangue Dele, e renovado pelo seu poderoso Espírito, já que Ele mesmo 'suportou todos os nossos pecados, em seu próprio corpo, no madeiro!' Assim sendo, que tu sejas testemunha de que 'Felizes são os pobres de espírito; porque deles é o reino dos céus'.

11. Isto é aquele reino dos céus, ou de Deus, que está dentro de nós; mesmo 'retidão, e paz, e alegria no Espírito Santo'. E qual é a 'retidão', se não, a vida de Deus na alma; a mente que estava em Jesus Cristo; a imagem de Deus, estampada no coração, agora renovada depois da semelhança Dele que o criou? O que significa, a não ser o amor de Deus, porque ele primeiro nos amou, e o amor de toda a humanidade, por causa Dele?

E qual é esta 'paz'; a paz de Deus, a não ser aquela serenidade calma da alma que docemente repousa no sangue de Jesus, que não deixa dúvida de nossa aceitação nele; que exclui todo o medo, a não ser o medo de amor filial de ofender nosso Pai que está nos céus?

Este reino interior implica também 'na alegria no Espírito Santo'; que sela em nossos corações 'a redenção que está em Jesus', a retidão de Cristo, imputada sobre nós 'para a remissão dos pecados que se passaram'; que nos dá agora 'a garantia de nossa herança', a coroa que o Senhor, o Juiz justo, irá dar naquele dia. E isto pode bem ser denominado 'o reino dos céus', vendo que ele é o paraíso já aberto em sua alma; o primeiro brotar daqueles rios de prazer que fluem da mão direita de Deus eternamente.

12. 'Deles é o reino dos céus'. Quem quer que tu sejas, a quem Deus tem determinado ser 'pobre em espírito', sentindo-te perdido, tu tens direito a isto, através da graciosa promessa Dele que não pode mentir. È a tua aquisição, através do sangue do Cordeiro, está bem perto: Tu estás à porta do paraíso! Um outro passo, e estás, no reino da retidão, paz e alegria! Tu és todo pecado? 'Observa o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!' -- todo impuro? Veja teu 'advogado com o Pai - Jesus Cristo o Justo!' Tu és incapaz de expiar, pelo menor de teus pecados? 'Ele é o sacrifício expiatório para' todos os teus 'pecados'. Agora, creia no Senhor Jesus Cristo, e todos os teus pecados serão apagados! Tu és totalmente impuro, na alma e no corpo? Aqui está a 'fonte de água para lavar todo o pecado e imundície!'. 'Levanta-te e lava teus pecados!'. Não cambaleia mais, na promessa do descrente! Dá glória a Deus! Atreve-te a crer!

13. Então, tu aprendeste, dele, a ser 'humilde de coração'. E esta é a humildade cristã verdadeira e genuína que flui da sensação de amor de Deus, reconciliado para nós, em Jesus Cristo. Pobreza de espírito, nesse significado da palavra, começa quando a sensação da culpa e da ira de Deus termina; e é uma sensação ininterrupta de nossa dependência total nele; para todo pensamento, palavra ou obra; de nossa inaptidão absoluta para todo o bem; a não ser que ele 'nos irrigue, todo momento'; e tenhamos aversão ao elogio dos homens, sabendo que todo louvor é devido a Deus apenas. Com isto, junta-se a vergonha amorosa, a humilhação terna, diante de Deus; mesmo para os pecados que nós sabemos ele já perdoou de nós, e para o pecado que ainda permanece, em nossos corações; embora saibamos que ele não é imputado para nossa condenação.

Não obstante, a convicção que sentimos do pecado inato, é mais e mais profunda, dia após dia. Quanto mais crescemos na graça, mais vemos a maldade desesperada de nosso coração. Quanto mais avançamos no conhecimento e amor de Deus, através de nosso Senhor Jesus Cristo, (mesmo parecendo àqueles que não conhecem o poder de Deus para a salvação, um grande mistério), mais discernimos de nossa alienação de Deus; da inimizade que está em nossa mente carnal; e da necessidade de nossa existência, inteiramente renovada, na retidão e santidade verdadeira.

II

1. É verdade, que aquele que agora começa a conhecer o reino dos céus interior dificilmente tem qualquer concepção disto. 'Em sua prosperidade ele diz, eu nunca sairei do lugar; tu Senhor construíste minha colina tão forte!'. O pecado está tão inteiramente esmagado, debaixo de seus pés, que ele mal pode acreditar que ele permanece nele. Mesmo a tentação é silenciosa, e não fala novamente: Ela não pode se aproximar, mas permanece à distância. Ele é nascido nas alturas, nas carruagens de alegria e amor: Ele se eleva 'como nas asas de uma águia'. Mas nosso Senhor bem sabe que esse estado triunfante não continua freqüentemente. Ele, por conseguinte, daqui a pouco, acrescenta: 'Abençoados sejam todos os que choram; porque serão confortados'.

2. Nem podemos imaginar que essa promessa pertence àqueles que murmuram, apenas por causa de motivos mundanos; aqueles que estão tristes e angustiados, meramente por causa de problemas ou desapontamentos materiais --, tais como a perda da reputação, amigos, ou diminuição de suas fortunas. Quão pouco direito a ela têm aqueles que estão se afligindo, por causa do medo de algum mal temporal; ou que se consomem com cuidados ansiosos, ou aquele desejo de coisas mundanas que 'torna o coração doente'. Não vamos pensar que esses 'devam receber alguma coisa do Senhor'. Jesus não está em todos os pensamentos deles. Por conseguinte, é que eles assim 'caminham, em uma tristeza vã, e se inquietando também em vão'. 'E para que vocês tenham o meu auxílio', diz o Senhor, 'vocês devem se prostrar na tristeza'.

3. Os murmuradores, de quem nosso Senhor fala aqui, são aqueles que murmuram por um motivo totalmente diferente: Aqueles que murmuram, em busca de Deus; em busca Dele, em quem eles 'se regozijaram, com alegria inexprimível', quando Ele deu a eles 'a oportunidade de provar o bem', o perdão, 'a palavra e poderes do mundo que há de vir'. Mas Ele agora 'oculta a sua face, e eles estão aflitos': Eles não podem ver a Ele, através das nuvens escuras. Mas eles vêem a tentação e pecado, que eles credulamente supuseram nunca mais retornarem; erguerem-se novamente; seguindo em busca deles, com toda a velocidade, e segurando-os por todos os lados. Não é de se estranhar que suas almas estejam agora perturbadas; e a preocupação e aflição tomaram posse deles. Nem o grande inimigo deles fracassa em tirar proveito da ocasião, para perguntar:

"Onde está teu Deus agora? Onde está a bem-aventurança, da qual falaste, agora? O começo do reino dos céus? Sim, foi mesmo Deus quem disse que 'teus pecados foram perdoados de ti?'. Certamente, Deus não deve ter dito isso! Tudo não passou de apenas um sonho; uma mera ilusão; uma criação de tua própria imaginação. Se teus pecados foram perdoados, por que tu ainda estás assim? Pode um pecador que fora perdoado ser, dessa maneira, pecaminoso? E, se, então, ao em vez de clamarem imediatamente a Deus, eles argumentarem com ele que é mais sábio, eles estarão angustiados de fato; com uma tristeza no coração; com uma angústia que não podem ser expressas. Não; mesmo quando Deus brilha novamente sobre a alma, e tira toda a dúvida de sua misericórdia passada; ainda assim, ele que é fraco na fé pode ser tentado e afligido, por causa do que virá; especialmente, quando o pecado interior revive, e leva tormento até ele, de maneira que ele pode cair".

4. Certo, é que essa 'aflição', para o presente, 'não é jubilosa, mas dolorosa; não obstante, depois disto, ela produza o fruto da paz, junto a eles que foram exercitados nela'. Abençoado, portanto, são aqueles que assim murmuram, se eles permanecem no descanso do Senhor', e não sofrem para buscarem os consoladores miseráveis do mundo; se eles resolutamente rejeitam todos os confortos do pecado, da leviandade, e vaidade; todas as diversões e deleites inúteis do mundo; todos os prazeres que 'perecem ao uso', e que apenas tendem ao entorpecimento e estupidez da alma, para que ela não esteja consciente de si mesma, nem de Deus. Abençoados são aqueles que 'continuam ininterruptamente no conhecimento do Senhor', e firmemente recusam todo outro conforto. Eles serão confortados, pelas consolações de seu Espírito; através da manifestação renovadora do seu amor; por meio de tal testemunho da aceitação deles no Amado, para não mais ser arrancado deles. Esta 'segurança total da fé' absorve toda a dúvida, e todo o tormento do medo; Deus dá a eles agora a esperança certa de uma essência duradoura, e 'consolação forte, por meio da graça'. Sem questionar se será possível a alguns desses 'caírem; os que foram, uma vez, iluminados pelo Espírito Santo, e feitos seus parceiros', é suficiente para eles perguntarem, através do poder agora sobre eles, 'quem poderá separá-los do amor de Cristo' Eu estou persuadido de que, nem a morte, nem a vida, nem as coisas presentes, nem as que virão, nem a altura, nem a profundidade, serão capazes de nos separar daquele amor de Deus que está em Jesus Cristo, nosso Senhor'. ( Romanos 8:35-39)

5. Todo esse processo, ambos de murmurar pela ausência de Deus, e de recuperar a alegria de seu semblante, parece fora do que nosso Senhor falou aos seus Apóstolos, na noite anterior a sua paixão: 'Vocês indagam daquilo que eu disse: um pouco mais, e vocês não me verão: Em novamente, um pouco mais, e vocês irão me ver? Na verdade, na verdade, eu lhes digo que vocês chorarão e lamentarão'; ou seja, quando vocês não me virem; 'mas o mundo irá se regozijar'; deverá triunfar sobre vocês, já que a esperança de vocês chegou agora ao fim. 'E vocês deverão ficar tristes', por causa da dúvida, do medo, das tentações, do desejo veemente; 'mas a tristeza de vocês irá se transformar em alegria', por causa do retorno Dele, a quem a alma de vocês amou. 'Uma mulher, quando ela está para dar a luz, tem tristeza, porque é chegada a sua hora. Mas, tão logo lhe é entregue o filho, ela não mais se lembra da angústia, porque um homem nasceu no mundo. E vocês agora têm tristeza'; vocês murmuram e não podem ser confortados; 'mas eu irei vê-los novamente; e seus corações se regozijarão', com calma e alegria interior, 'e essa alegria, nenhum homem tirará de vocês'. ( João 16:19-22).

6. Mas, embora essa murmuração esteja no fim, perdida na alegria santa, por causa do retorno do Confortador; ainda assim, existe um outro - e que choro abençoado é este que habita nos filhos de Deus: Eles ainda murmuram, pelos pecados e misérias da humanidade: Eles 'lamentam com aqueles que lamentam'. Eles choram por aqueles que não choram por si mesmos; pelos pecadores, que estão contra suas próprias almas. Eles murmuram, por causa da fraqueza e deslealdade daqueles que estão, em alguma medida, salvos de seus pecados. 'Quem é fraco, e eles não são fracos? Quem está ofendido, e eles não se ofenderam?. Eles estão aflitos por causa da desonra continuamente feita à Majestade dos céus e terra. Todo o tempo, eles tem uma terrível sensação disto, o que traz uma seriedade profunda em seus corações; a seriedade que não está pouco ampliada, desde que os olhos de seu entendimento foram abertos, por continuamente verem o vasto oceano da eternidade, sem o fundo ou a orla, que já tragou milhares e milhares de homens, e está abrindo espaço para devorar os que ainda restam. Eles vêem aqui a casa do Deus eterno nos céus; lá, inferno e destruição, sem uma cobertura; e, por isto, sentem a importância de cada momento, que apenas surge, e se vai para sempre!

7. Mas toda essa sabedoria de Deus é tolice para o mundo. Todo esse assunto de choro e pobreza de espírito é estupidez e idiotice para eles. Mais ainda; está tudo bem, se eles tiverem um julgamento favorável sobre isto; se eles não o elegem como uma mera lástima e melancolia; insanidade e distração manifesta. E não é de se admirar, afinal, que esse julgamento possa se passar por aqueles que não conhecem a Deus. Supondo-se que duas pessoas fossem caminhar juntas; uma de repente pare, e com os mais fortes sinais de medo e espanto, exclame: 'Sobre que precipício nós estamos! Veja, você, nós estamos a ponto de sermos feitos em pedaços! Mais um passo, e caímos no imenso abismo! Pare! Eu não seguirei em frente, por todo o mundo!'. quando o outro, que parece, pelo menos a si mesmo, perspicaz, olha em frente e não vê coisa alguma disso; o que ele pensar poderá com respeito a seu companheiro, a não ser que ele está fora de si; que sua cabeça está confusa; que muita religião (se ele não for culpado de 'muito aprendizado) tem certamente o enlouquecido!

8. Mas não permitam que os filhos de Deus, 'os murmuradores em Sião', sejam afligidos por essas coisas. Vocês, cujos olhos estão iluminados, não se preocupem, por causa daqueles que ainda seguem na escuridão. Vocês que não seguem em uma sombra vã: Deus e eternidade são coisas reais. Céu e inferno estão na mesma realidade, aberta diante de vocês; e vocês estão na extremidade do grande abismo. Ele já levou para suas profundezas, mais do que as palavras podem expressar, nações e famílias, e povos, e línguas, e ainda se abre para devorar - quer eles vejam isto ou não - os levianos e miseráveis filhos dos homens. Ó gritem alto! Não poupem esforços! Ergam suas vozes, até Ele que compreende o tempo e a eternidade; ambos para vocês mesmos e seus irmãos, para que vocês possam ser considerados merecedores de escapar da destruição que virá como um furacão. Para que vocês possam ser trazidos a salvo, através de todas as ondas e tempestades, para o céu, onde vocês deverão estar! Lamentem, por si mesmos, até que Ele seque fora as lágrimas de seus olhos. E, mesmo então, lamentem as misérias que virão sobre a terra, até que o Senhor de todos, possa por um fim na miséria e pecado; possa enxugar as lágrimas de todas as faces, e 'o conhecimento do Senhor cubra a terra, como as águas cobrem o mar'.


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 5 até o 7
; .;; .;; .;; .;; .;; .;; .;; .;; Sobre o Sermão do Monte Parte II

John Wesley

'Bem-aventurados são os mansos: porque eles herdarão a terra. Abençoados serão eles que têm forme e sede de justiça: porque eles serão fartos. Bem-aventurados os que misericordiosos: porque eles obterão misericórdia'. ( Mateus 5:5-7)

I.

1. Quando 'o inverno passa', quando 'o tempo de cantar se foi, e a voz da tartaruga marinha é ouvida da terra'; quando Ele que conforto os murmuradores retornar, 'para que possa habitar com eles para sempre'; quando, à luz de sua presença, as nuvens se dispersarem; a nuvens escuras da dúvida e incerteza; as tempestades de medo desaparecerem; as ondas de tristeza diminuírem, e seus espíritos se regozijarem novamente no Deus, seu Salvador; então, esta palavra estará eminentemente cumprida; então, aqueles que ele tem confortado poderão dar testemunho de que 'Bem-aventurado', ou feliz, 'são os mansos, porque eles herdarão a terra'.

2. Mas quem são 'os mansos?'. Não aqueles que se angustiam por nada, porque nada sabem; aqueles que não estão transtornados, por causa das maldades que ocorrem, já que não discernem o mal do bem. Não aqueles que estão abrigados dos golpes da vida, por causa da insensibilidade estúpida; que têm, por natureza ou arte, a virtude de mão se deixarem abalar, e não se ressentem de coisa alguma, porque nada sentem. Filósofos brutos estão totalmente despreocupados sobre esse assunto. Apatia está tão longe da mansidão, quanto da benevolência. De modo que alguém não conceberia facilmente, como alguns cristãos das épocas mais inocentes; especialmente, alguns dos Patriarcas da Igreja, puderam confundir-se com estes, e equivocar-se com um dos mais sórdidos erros do Paganismo, como uma ramificação do Cristianismo verdadeiro.

3. Nem a mansidão cristã implica em se ser, sem zelo, para com as coisas de Deus, mais do que praticar ignorância ou insensibilidade. Não; ela se mantém distinta de todo extreme, se, por excesso ou falta. Ela não destrói, mas equilibra as afeições, as quais o Deus da natureza nunca designou que pudessem ser extirpadas pela graça, mas apenas traz e mantém debaixo de devidas regras. Ela equilibra a mente. Ela retém uma escala nivelada, com respeito à ira, tristeza, e medo; preservando o significado, em cada circunstância da vida, e não declinando, nem para a direita, nem para a esquerda.

4. Mansidão, portanto, parece propriamente relatar-se a nós mesmos. Mas pode se referir tanto a Deus quanto ao nosso próximo. Quando esta oportuna compostura da mente faz referência a Deus, ela é usualmente denominada resignação; uma aquiescência calma a qualquer que seja sua vontade, concernente a nós, mesmo que ela não possa ser agradável à natureza; dizendo continuamente: 'É o Senhor; e que ele faça o que lhe pareça bom'. Quando nós a consideramos mais estritamente com respeito a nós mesmos, nós a intitulamos de paciência ou contentamento. Quando é manifesta em direção a outros homens, então, é brandura para com o bom, e gentileza para com o mau.

5. Aqueles que são verdadeiramente mansos, podem claramente discernir o que é mal; e podem também suportá-lo. Eles são sensíveis a todas as coisas desse tipo, mas, ainda assim, a mansidão segura as rédeas. Eles são excessivamente 'zelosos, para com o Senhor das multidões'; mas o zelo deles é sempre dirigido pelo conhecimento, e equilíbrio, em cada pensamento, e palavra, e obra, para com o amor do homem, assim como, para com o amor de Deus. Eles não desejam extinguir alguma das paixões que Deus tem implantado em sua natureza, com objetivos sábios; mas têm o domínio delas: Eles a mantêm em sujeição, e as empregam apenas na subserviência àquelas finalidades. E. assim, mesmo as paixões mais dissonantes e mais desagradáveis são aplicadas para os mais nobres propósitos; até mesmo ódio, ira, medo, quando comprometidos contra o pecado, e regulados pela fé e amor, são os caminhos e baluartes para a alma, de maneira que o perverso não pode aproximar-se para causar dano.

6. É evidente, que esse temperamento divino não apenas habita, mas cresce em nós, dia a dia. As oportunidades de exercitá-lo, e, por meio disto, melhorá-lo, nunca faltará, enquanto permanecermos sobre a terra. 'Nós necessitamos da paciência, para que, depois que tivermos feito' e suportado 'a vontade de Deus, possamos receber a promessa'. Nós necessitamos de resignação, para que possamos, em todas as circunstâncias dizer: 'Não como eu quero, mas como Tu queres'. E precisamos 'ser gentis para com todos os homens'; mas, especialmente, em direção ao mal e ingrato: do contrário, seremos dominados pelo mal, em vez de pagarmos o mal com o bem.

7. Nem a mansidão se restringe apenas à ação exterior, como os Escribas e Fariseus ensinaram no passado, e os Professores miseráveis, não foram ensinados por Deus, não irão falhar de fazer isto, em todas as épocas. Nosso Senhor guarda contra isto,e mostra a extensão verdadeira dela, nas seguintes palavras, em ( Mateus 5:21-22) 'Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu em juízo. Eu, porém, vos digo que, qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo, e, qualquer que chamar a seu irmão de raca [mentecapto] será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno'.

8. Nosso Senhor aqui classifica, como assassínio, mesmo aquela raiva que tem nenhum outro pai que o coração; que não se mostra, através da indelicadeza exterior; não; não mais, do que uma palavra impetuosa.

'Quem quer que tenha raiva de seu irmão', de algum homem vivente, vendo que todos somos irmãos; quem quer que sinta alguma indelicadeza, em seu coração; algum temperamento contrário ao amor; quem quer que esteja raivoso, sem uma causa, sem uma causa suficiente, ou mais além do que aquela causa requeira, 'correrá o risco de julgamento', de, naquele momento, ser réu para o juízo justo de Deus.

Mas quem não se inclinaria a preferir ler aquelas cópias que omitem a palavra que significa 'sem uma causa'?. Ela não é inteiramente supérflua? Já que, se a raiva para com as pessoas é um temperamento contrário ao amor, como pode existir uma causa, uma causa suficiente para ela, -- alguma que irá justificá-la, aos olhos de Deus?

Esta causa seria a raiva ao pecado. Neste sentido, nós podemos estar raivosos, e ainda assim, não estaremos pecando. Neste sentido, o próprio nosso Senhor uma vez, registrou ter estado raivoso: 'Ele olhou a todos, em sua volta, com raiva, afligido por causa da dureza de seus corações'. Ele estava angustiado, diante dos pecados, e com raiva, por causa dele. E isto é, sem dúvida, correto diante de Deus.

9. 'E qualquer que diga para seu irmão, raca'; -- quem quer que dê motivo para a raiva, como proferir alguma palavra desdenhosa. Alguns comentaristas observam que raca é uma palavra Siríaca [da língua Aramaica] que significa propriamente: inútil, vão, tolo; de maneira que ela é uma expressão inofensiva que pode ser usada em direção a alguém, com quem estamos insatisfeitos. Mas, ainda assim, quem quer que a use, como nosso Senhor nos assegurou, 'será réu do Concílio'; antes, deverá ser réu nisto: Deverá estar sujeito a uma sentença mais severa do Juiz de toda a terra.

'Mas quem quer que diga, Tu, tolo'; -- quem quer que dê lugar ao diabo, como irromper injurioso, em uma linguagem intencionalmente vergonhosa e insultante, 'será réu no fogo do inferno'; será, naquele momento, capaz da mais alta condenação. Deverá ser observado que nosso Senhor descreve todos esses, como réus, para a punição capital. A primeira, por estrangulamento, usualmente infligida àqueles que foram condenados em uma das cortes inferiores; a segunda, por apedrejamento, que era freqüentemente infligida àqueles que foram condenados pelo grande Concílio em Jerusalém; a terceira, condenação ao fogo, infligida apenas aos mais altos ofensores, no 'vale dos filhos de Hinnom'; do qual aquela palavra é evidentemente tomada, e que nós traduzimos como 'inferno'.

10. E, considerando que os homens naturalmente imaginem que Deus irá desculpar suas deficiências em alguns deveres, pela precisão deles em outros; nosso Senhor a seguir cuida de arrancar aquele pensamento vão da imaginação comum. Ele mostra que é impossível a algum pecador comutar com Deus; que Ele não aceitará algum dever por outro; nem tomará parte da obediência, como obediência total. Ele nos adverte que realizar nosso dever para com Deus não irá nos desculpar de nossa obrigação para com nosso próximo; aquelas obras de misericórdia, como elas são chamadas, estarão, tão longe, de nos recomendar a Deus, como se estivéssemos em falta com o amor; muito ao contrário, que essa falta de amor fará com que todas essas obras sejam uma abominação para nosso Senhor.

'Por conseguinte, se tu trouxeres tua oferta ao altar, e lá, te lembrares de que teu irmão está contra ti', -- por causa de teu comportamento indelicado, em direção a ele, ou por tê-lo chamado de 'raca', ou 'tu, idiota; não pense que tua oferta irá reparar teu ódio, ou que ela irá encontrar alguma aceitação com Deus, por quanto tempo tua consciência esteja suja com a culpa do pecado do qual tu não te arrependeste. 'Deixa lá tua oferta, diante do altar, e vá, no teu caminho; primeiro, reconciliar te com teu irmão', (a fim de que tudo que é imposto a ti, seja reconciliado), e, então, vem e oferece a tua oferta'. ( Mateus 5:23-24).

11. E que não haja demora, no que tão proximamente concerne a tua alma. 'Entra em acordo com teu adversário rapidamente'; -- agora; imediatamente; 'enquanto tu estás indo a ele'; se for possível, antes dele vir até ti; para que o adversário, a qualquer tempo, não te entregue ao juiz'; a fim de que ele não apele a Deus; o Juiz de todos; e o Juiz entregue a ti ao oficial'; para Satanás, o executor da ira de Deus; e 'tu sejas lançado na prisão'; no inferno, para que sejas reservado para o julgamento do grande dia: 'Verdadeiramente, digo a ti, tu não deverás, de modo algum, tornar-te conhecido, por isto, até que tu tenhas pago, até a última moeda'. Mas isto é impossível de tu fazeres sempre; vendo que tu não tens coisa alguma a pagar. Portanto, se tu já estás na prisão, a fumaça de teu tormento deverá 'elevar-se para sempre e sempre'.

12. Nesse meio tempo, 'os mansos deverão herdar a terra'. Tal é a insensata sabedoria mundana! O sábio do mundo os tem advertido, diversas vezes, -- que, se eles não se ressentirem de tal tratamento; se eles não se submeterem a serem assim maltratados, não haverá vida para eles sobre a terra; que eles nunca serão capazes de procurar as necessidades comuns da vida, nem se alegrarem por coisa alguma.

E o mais verdadeiro, -- supondo-se que não houvesse Deus no mundo; ou supondo-se que ele não se preocupasse com os filhos dos homens: a não ser, 'quando Deus surge ao julgamento, para auxiliar a todos os mansos sobre a terra', o quanto Ele não iria rir de toda essa sabedoria pagã, que ridiculariza e se transforma na ferocidade do homem em seu louvor!'. Ele toma um cuidado peculiar para provê-los com todas as coisas necessárias para a vida e religiosidade; Ele assegura a eles a provisão que tem feito, a despeito da força, fraude, ou malícia dos homens; e o que Ele assegura, Ele dá a eles abundantemente para desfrutar. É agradável a eles, seja pouco ou muito. Já que eles se conformaram a esperar com paciência; de maneira que eles verdadeiramente se conformaram com o que quer que Deus possa dar a eles. Eles estão sempre contentes; sempre satisfeitos, com o que quer que tenham: e isto agrada a eles, porque agrada a Deus: assim sendo, enquanto seus corações; seus desejos; a alegria deles está nos céus, deles se pode verdadeiramente dizer: 'herdarão a terra'.

13. Mas, parece haver ainda um significado, mais além, nessas palavras; a de que eles terão uma parte mais eminente na 'nova terra, onde habitará a retidão'; naquela herança, cuja descrição geral (e as particularidades, nós iremos saber, daqui a diante), através do que João nos deu no Capítulo Vigésimo de Apocalipse:

'E vi descer dos céus um anjo que tinha a chave do abismo, -- e ele prendeu o dragão, a velha serpente, -- e os encerrou por mil anos. E eu vi as almas deles, que foram decapitados, para o testemunho de Jesus, e por causa da palavra de Deus; e daqueles que não adoraram a Besta; nem sua imagem; nem receberam sua marca em suas testas, ou em suas mãos; e eles viveram e reinaram com Cristo mim anos. Mas o restante dos mortos não tornou à vida, até que os mil anos tivessem terminado. Esta é a primeira ressurreição. Abençoado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes, a segunda morte não tem poder; eles serão os sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos'.( Apocalipse 20:1-6).

II

1. Nosso Senhor tem, até aqui, estado mais imediatamente ocupado, em remover os obstáculos da religião verdadeira. Tal como o orgulho, que é o primeiro e grande impedimento a toda religião, que é tirado fora, através da pobreza de espírito; tal como a leviandade e negligência, que impede alguma religião de criar raiz na alma, até que eles sejam removidos, através do murmurar santo; tal como a ira, impaciência, descontentamento, que são curados pela mansidão cristã. E, quando, alguma vez, esses empecilhos forem removidos, essas doenças pecaminosas da alma, que, continuamente, erguiam desejos falsos nela, e a preenchiam com apetites doentios, o apetite do espírito nascido dos céus retorna; ele que tem sede e fome de retidão: Assim sendo, 'bem-aventurados sejam aqueles que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados'.

2. Retidão, como foi observado antes, é a imagem de Deus; a mente que estava em Jesus Cristo. Ela é todo temperamento santo e divino em um; brotando do amor de Deus, e terminando nele, como nosso Pai e Redentor, e o amor de todos os homens por sua causa.

3. 'Abençoados são os que têm fome e sede' disto: com o objetivo de entender completamente o que significa essa expressão, devemos observar:

1o. Que fome e sede são os mais fortes desejos de nossos apetites corpóreos. De igual maneira, é a sede na alma; essa sede, em busca da imagem de Deus, que é o mais forte de todos os apetites espirituais, quando uma vez despertado no coração: Sim. Ela engloba tudo o mais, naquele único desejo, -- sermos renovados na imagem Dele que nos criou.

2o. Que, do momento em que começamos a sentir fome e sede, esses apetites não cessam, mas são, mais e mais, ardentes e importunos, até que possamos comer e beber, ou morrer. E, mesmo assim, do momento em que começamos a sentir fome e sede, em busca de toda a mente que estava em Cristo, esses apetites espirituais não cessam, mas clamam em busca de seu alimento, com mais e mais importunidade; nem eles podem possivelmente cessar, antes que estejam satisfeitos, enquanto existir alguma vida espiritual restando.

3o. Que fome e sede só se satisfazem com carne e bebida. Se você der àquele que tem fome, o mundo todo; toda a elegância do vestuário; toda a pompa; todos os tesouros sobre a terra; sim, milhares de ouro e prata; se você pagar a ele com mais honra; -- ele se importará com nada disto. Todas essas coisas não terão, então, consideração com ele. Ele ainda dirá: 'Estas não são as coisas que desejo; dê-me o que comer, ou perecerei'. O mesmo acontece com cada alma que verdadeiramente tem fome e sede de justiça Ela não encontrará conforto, em coisa alguma, a não ser isto: Ela não estará satisfeita com coisa alguma. O que quer que lhe seja oferecido além, é pouco considerado: sejam riquezas, honra, prazer, ela ainda dirá: 'Não é isto que quero! Dê-me amor, ou perecerei!'.

4. E é impossível satisfazer tal alma; uma alma que está sedenta de Deus; do Deus vivo; com o que o mundo relaciona religião; com o que eles consideram felicidade. A religião do mundo implica em três coisas:

(1)Não causar dano; abster-se do pecado exterior; pelo menos, de tais como escândalo, roubo, furto, praguejamento comum, bebedeira:

(2)Fazer o bem; aliviar o pobre; ser caridoso como isto é chamado:

(3)Usar os meios da graça; pelo menos, indo à igreja, e comparecendo à Ceia do Senhor.

Aqueles, nos quais estas três marcas são encontradas, são denominados, através do entendimento do mundo, homens religiosos. Mas isto tudo irá satisfazer aquele que tem sede de Deus? Não! Isto tudo não significa alimento para sua alma. Ele necessita de uma religião de um tipo mais nobre; uma religião mais elevada e mais profunda do que esta. Ele não mais se alimenta dessa coisa formal, pobre e superficial, do que ele poderia 'preencher seu estômago com o vento leste'.A verdade é que ele está cuidadoso, em abster-se da mesma aparência do mal; ele está zeloso das boas obras; ele atende a todas as ordenanças de Deus: Mas tudo isto não é o que ele almeja. Esta é apenas o exterior daquela religião, da qual ele tem fome. O conhecimento de Deus, em Jesus Cristo; 'a vida que está oculta com Cristo em Deus'; o estar 'uno com o Senhor, em um só Espírito'; o ter 'camaradagem com o Pai e o Filho'; o 'caminhar, na luz, como Deus está na luz'; o estar 'purificado, assim como Ele é puro'; -- esta é a religião, a retidão, dos quais ele tem sede; e ele não poderá descansar, até que ele possa assim descansar em Deus.

5. 'Bem-aventurados são eles que' assim 'têm sede de justiça; porque serão saciados'. Eles serão preenchidos com as coisas que eles almejam; mesmo com retidão e santidade verdadeira. Deus irá satisfazê-los com as bênçãos de sua excelência, com a felicidade de sua escolha. Ele os alimentará com o pão dos céus. Com o maná de seu amor. Ele dará a eles de beber do seu prazer, de um rio em que eles nunca mais terão sede, a não ser, mais e mais da água da vida. E essa sede permanecerá para sempre.

6. Quem quer que tu sejas; a quem Deus tem dado 'a fome e sede de retidão', clame a ele, para que nunca mais tu percas este dom inestimável; -- para que este apetite divino nunca possa cessar de ti. Mesmo que muitos te repreendam, e ofereçam a ti reter tua paz, não te preocupes com eles; sim; clama ainda mais: 'Jesus, Mestre, tenha misericórdia de mim. Que eu não possa viver; a não ser, sendo santo, como tu és santo!'. Não mais, 'gasta teu dinheiro, com aquilo que não é pão; teu trabalho, com o que não te satisfaz'. Tu esperas encontrar a felicidade na terra; -- encontrá-la, nas coisas do mundo? Ó, pisa em todos os teus prazeres, a despeito de tuas honras, considerando-nos esterco e refugo; -- todas as coisas que estão debaixo do sol; -- 'pela excelência do conhecimento de Jesus Cristo', para a completa renovação de tua alma, na imagem de Deus, de onde ela foi originalmente criada. Cuida de não extinguir essa fome e sede abençoada, por causa daquilo que o mundo chama de religião; a religião da forma, do espetáculo exterior, que deixa o coração ainda mais mundano e sensual do que nunca. Que ninguém possa satisfazer a ti, a não ser o poder da santidade; a não ser uma religião, que é espírito e vida; tu vivendo em Deus, e Deus em ti; -- o ser um habitante da eternidade; o entrar, através do sangue derramado, 'tirando o véu', e sentando-te 'em lugares celestiais com Jesus Cristo'.

III

1. E, quanto mais eles são preenchidos com o amor de Deus, mais ternamente eles irão se preocupar com aqueles que ainda estão sem Deus no mundo; ainda mortos, em transgressões e pecados. Nem deve interessá-los que os outros percam sua recompensa. 'Bem-aventurados os misericordiosos; porque eles obterão misericórdia'.

A palavra usada por nosso Senhor implica mais imediatamente no compassivo; no bondoso de coração; naqueles que, muito longe de desprezar, sinceramente se afligem por aqueles que não estão famintos de Deus.

Esta eminente parte do amor fraternal está aqui, através de uma figura comum, colocada para o todo; de modo que 'os misericordiosos, em seu sentido completo do termo, são aqueles que 'amam seus próximos como a si mesmos'.

2. Por causa da vasta importância desse amor, -- sem o que, 'embora falemos com a língua de homens e anjos; embora tenhamos o dom da profecia, e entendamos todos os mistérios, e todo o conhecimento; embora tenhamos toda a fé, capaz de remover montanhas; mesmo que demos todos os nossos bens para alimentar o pobre; e nossos corpos sejam queimados, de nada aproveitaria em nós', -- a sabedoria que Deus tem nos dado, através de Paulo; um completo e particular relato dela; no que nós devemos mais claramente discernir quem são os misericordiosos, que deverão obter misericórdia.

3. 'Caridade', ou amor (como seria de se esperar, tivesse sido ela reproduzida, em seu sentido completo, já que se trata de uma palavra muito mais clara e menos ambígua); o amor ao nosso próximo, como Cristo nos tem amado, 'nos suportado'; é paciente, para com todos os homens. Ele suporta toda a fraqueza, ignorância, erros, enfermidades; toda a obstinação e insignificância da fé dos filhos de Deus; toda a malícia e maldade dos filhos do mundo. E sofre tudo isto, não apenas por um tempo, por um breve período, mas até o fim; ainda alimentando nosso inimigo, quando ele tem fome; se ele tem sede; ainda, dando-lhe água; assim, continuamente, 'empilhando carvões no fogo'; despejando amor, 'sobre sua cabeça'.

4. E, em cada passo, em direção a esse objetivo desejável; o 'domínio do mal pelo bem'; o amor é 'crhsteuetai' (uma palavra difícil de ser traduzida). Ele é leve, moderado benigno. Ele se coloca muito distante da melancolia; de toda aspereza e acidez do espírito; e inspira imediatamente o sofredor, com a delicadeza mais amável, e a mais fervorosa e terna afeição.

5. Conseqüentemente, 'o amor não sente inveja': É impossível que ele possa sentir; ele é diretamente oposto àquele temperamento pernicioso. Aquele que tem essa afeição terna por todos, que sinceramente deseja todas as bênçãos temporais e espirituais; todas as coisas boas deste mundo, e do mundo que há de vir, a todas as almas que Deus fez, não pode se afligir que Ele conceda algum bom dom a algum filho do homem. Se ele próprio recebeu o mesmo, ele não se aflige, mas regozija-se, que outro compartilhe do benefício comum. Se ele não recebeu, ele dá graças a Deus que seu irmão, pelo menos, o tenha; e nisto, ele está mais feliz do que estaria se fosse consigo. E quanto maior é seu amor, mais ele se regozija pelas bênçãos a toda a humanidade; e mais ele remove todo tipo e grau de inveja, em direção a qualquer criatura.

6. 'O amor não trata com leviandade'; o que coincide com as palavras seguintes; mas, preferivelmente, (como a palavra propriamente significa), não é imprudente ou precipitado no julgamento; ele não irá precipitadamente condenar quem quer que seja. Ele não dará uma sentença severa, devido a visão superficial ou apressada das coisas: Ele primeiro pesa todas as evidências; particularmente aquelas que são trazidas em favor do acusado. Aquele que verdadeiramente ama seu próximo não é como a generalidade dos homens, que, mesmo nos casos de natureza mais precisa, 'vê pouco, presume muito, e precipita-se na conclusão'. Não: Ele procede com prudência e circunspeção; dando atenção a cada passo; concordando de boa-vontade com aquela regra dos antigos pagãos, (Ó, aonde os modernos cristãos irão se mostrar!) 'Eu estou tão longe de acreditar superficialmente, no que um homem diz contra outro, que não facilmente eu irei acreditar no que um homem diz contra si mesmo. Eu sempre permitirei a ele uma segunda opinião, e muitas vezes, mudar de idéia também'.

7. Segue-se que 'o amor não se envaidece'. Ele não se inclina ou faz com que algum homem 'pense mais altamente sobre si mesmo, do que deveria pensar', mas, antes, pondera com juízo: Sim. Ele reduz a alma ao pó. Ele destrói todos os altos conceitos; orgulho engendrado; e faz com que nos regozijemos de sermos nada; sermos poucos e vis; os mais desprezíveis dos homens; os servos de todos. Aqueles que estão 'cordialmente afeiçoados ao outro com amor fraternal', não pode, a não ser 'pela honra, preferir ao outro'. Aqueles que têm o mesmo amor estão em harmonia, e fazem, na humildade da mente, 'com que cada um estime ao outro, mais do que a si mesmos'.

8. 'Ele não se porta com indecência': Ele não é rude, ou de boa-vontade ofensivo a algum outro. Ele 'retribui a todos o que é justo; respeito a quem respeita; honra a quem honra'; cortesia, civilidade, humanidade a todo o mundo; em seus diversos níveis, 'reverenciando a todos os homens'. Um escritor recente define como boas maneiras; mais ainda, o mais alto nível dela, como cortesia, 'um desejo contínuo de agradar, aparecendo em todo o comportamento'. Mas se for assim, não existe alguém tão educado como um cristão, um amante de toda a humanidade; já que ele não pode deixar de almejar 'agradar a todos os homens, pelo bem de sua edificação': E esse desejo não pode ser oculto; ele necessariamente aparece, em todo o seu intercurso com outros homens. Já que seu 'amor não é hipócrita': Ele surge, em todas as suas ações e conversas; sim, e o constrange, embora sem fraude, 'a se tornar todas as coisas a todos os homens, se através de algum desses meios, ele pode salvar alguns'.

9. E, em se tornando todas as coisas a todos os homens, 'o amor não busca seus próprios interesses'. Em empenhar-se a agradar a todos os homens, o amante da humanidade não tem olho para suas vantagens temporais. Ele não almeja ao homem prata, ouro ou vestuário: Ele não deseja coisa alguma, a não ser a salvação de suas almas: Sim, em um sentido, pode-se dizer que ele não busca sua vantagem espiritual, mais do que a temporal; enquanto ele se dedica a salvar suas almas da morte, ele, como se diz, se esquece de si mesmo. Ele não pensa em si mesmo, por quanto tempo aquele zelo pela glória de Deus o consome. Mais ainda; algumas vezes, devido ao seu muito amor, ele pode quase parecer desistir de si mesmo, da sua alma e do seu corpo; enquanto ele clama como Moisés, em ( Êxodo 32:31-32): 'Ora, este povo pecou pecado grande, fazendo para si deuses de ouro; agora, pois, perdoa o pecado deles; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito'. Ou, como Paulo, em ( Romanos 9:3) 'Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes, segundo a carne'.

10. Não é de se admirar que tal 'amor não se irrita' ou paroxunetai: Que se observe que a palavra, facilmente inserida de modo singular na tradução, não está no original: As palavras de Paulo são perfeitas. 'O amor não se irrita': Ele não se ofende à descortesia, em direção a quem quer que seja. De fato, oportunidades para isto irão freqüentemente ocorrer; provocações exteriores de vários tipos; mas o amor não se rende à provocação; ele triunfa sobre tudo. Em todas as tentativas, ele olha para Jesus, e é mais que vencedor em seu amor.

Não é improvável que nossos tradutores inseriram aquela palavra, como se ela fosse, para desculpar o Apóstolo; que, como eles supuseram, poderia, do contrário, pareceria estar em falta com o mesmo amor que ele tão belamente descreve. Eles parecem ter suposto isto da frase em At; que está igualmente muito inadequadamente traduzida. Quando Paulo e Barnabé discordaram, com respeito a João, a tradução seguiu-se dessa forma: 'E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.e passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas' (Atos 15:39).

Isto naturalmente induz o leitor a supor que eles estavam igualmente mordazes nisto; que Paulo, que está indubitavelmente certo, com respeito ao ponto em questão, (sendo completamente impróprio levar João com seles novamente, quem tinha desertado deles anteriormente), estava tão alterado quanto Barnabé, que deu tal prova de sua ira, que deixou a obra, pela qual ele tinha sido separado pelo Espírito Santo. Mas o original não importa tal coisa; nem afirma que Paulo estava alterado afinal. Ele simplesmente diz, 'E houve uma veemência', um paroxismo de raiva; em conseqüência do que Barnabé deixou Paulo, pegou a João e seguiu seu caminho. Paulo, então, 'escolhe a Silas, e parte, sendo recomendado pelos irmãos para a graça de Deus'; (o que não é dito com respeito a Barnabé); 'e segue através da Síria e Cilícia', como ele tinha proposto, 'confirmando as igrejas'. ( Atos 15:39-41).

Mas, retornando....

11. O amor impede milhares de provocações que, do contrário, se ergueriam, porque ele não 'suspeita mal'. Realmente, o homem misericordioso não pode evitar saber muitas coisas que são ruins; ele não pode deixar de vê-las, por si mesmo, e ouvir delas, ele mesmo. Já que o amor não tira fora seus olhos, é impossível a ele não ver que tais coisas são feitas; nem tira fora seu entendimento, não mais do que seus sentidos, de maneira que ele não pode deixar de saber que elas são más. Por exemplo: quando ele vê um homem golpear seu próximo, ou o ouve blasfemar contra Deus, ele não pode questionar a coisa feita, ou as palavras faladas, ou duvidar de que sejam pecaminosas. A palavra 'suspeitar' não se refere ao nosso ver e ouvir, ou aos primeiros e involuntários atos de nosso entendimento; mas à nossa disposição em pensar o que não precisamos; nossa dedução do mal, onde ele não aparece; ao nosso raciocínio concernente às coisas que não vemos; nossa suposição ao que nós não vemos, nem ouvimos. Isto é o que o amor verdadeiro absolutamente destrói. Ele rasga em pedaços; completamente, toda a idéia do desconhecido. Ele atira fora toda desconfiança; toda a maldade presumível; toda prontidão a acreditar no mal. Ele é franco, aberto, sem malícia; e, como ele não pode ocasionar, então, ele nem teme o mal.

12. 'Ele não folga com a iniqüidade'; tão comum quanto isto seja, mesmo entre aqueles que testemunham o nome de Cristo, e que têm escrúpulos, em não se regozijarem sobre seus inimigos, quando eles caem seja na desgraça, no erro, ou no pecado. De fato, quão dificilmente podem evitar isto, os que estão tão zelosamente atados a alguma parte! Quão difícil é para eles não se agradarem com qualquer falta que eles descobrem, naqueles da parte oposta, -- com alguma mancha real ou suposta, tanto em seus princípios, quanto em sua prática! Que defensor fervoroso de alguma causa é mais perspicaz do que esses? Sim; quem está tão sereno, para ser completamente livre? Quem não se regozija, quando seu adversário dá um passo em falso, o que ele pensa irá trazer vantagem a sua própria causa? Apenas o homem que verdadeiramente ama. Apenas ele chora, tanto sobre o pecado, quanto sobre a tolice de seu inimigo; não tendo prazer em ouvir, ou em repetir isto, mas, preferivelmente, deseja que ele possa ser esquecido para sempre.

13. Mas ele 'se regozija na verdade', onde quer que ela se encontre; na 'verdade que busca a santidade', que produz seus frutos próprios, santidade de coração e santidade de conversa. Ele se regozija se certificar que mesmos esses que se opõem a ele, se com respeito às opiniões, ou alguns pontos da prática, são, não obstante, amantes de Deus, e em outros aspectos, irrepreensíveis. Ele fica feliz em ouvir falar bem deles, e fala tudo o que ele pode consistentemente com a verdade e a justiça. Realmente, o bem, em geral, é sua glória e alegria, em qualquer parte, espalhado, através da raça humana. Como um cidadão do mundo, ele clama por uma porção na felicidade de todos os habitantes dele. Porque ele é um homem, ele não está despreocupado com o bem-estar de qualquer homem; mas se alegra com o que quer que traga glória a Deus, e promove a paz e boa-vontade entre os homens.

14. Este 'amor encobre todas as coisas': (assim, sem dúvida, 'suporta todas as coisas'): Porque um homem misericordioso não se regozija na iniqüidade; nem de boa vontade faz menção disto. O que quer de mal que ele veja, ouça, ou saiba, ele, porém, se cala. Tanto quanto ele pode, sem tornar-se 'parceiro no pecado de outrem'. Onde quer, ou com quem quer que ele esteja, se ele vê alguma coisa que ele não aprova, isto não sai de sua boca; exceto para a pessoa a quem diz respeito, se, por acaso, ele pode ganhar um irmão. Ele está, muito longe, de fazer, das faltas ou falhas de outros, o assunto de sua conversa, já que do ausente ele nunca fala, afinal; a não ser, se ele puder falar bem. O fofoqueiro, o caluniador, o murmurador, o maledicente, é para ele como um assassino. Assim como ele cortaria a garganta de seu próximo, ele mataria sua reputação. Assim como ele pensaria em se divertir, ateando fogo na casa de seu próximo, ele 'distribuiria flechas a sua volta; tição e morte', dizendo, 'eu não estou praticando esporte?'.

Ele faz apenas uma exceção; algumas vezes, ele está convencido de que é para a glória de Deus, ou (o que vem a ser o mesmo) o bem de seu próximo, que um mal não deva ser encoberto. Nesse caso, para o benefício do inocente, ele é constrangido a declarar o culpado. Mas, mesmo aqui:

1o. Ele não falará, afinal, até que o amor; o amor superior, o obrigue;

2o. Ele não fará isto, de uma visão geral confusa em fazer o bem, ou promover a glória de Deus, mas de um sinal claro de alguma finalidade pessoal; algum bem determinado que ele persiga;

3o. Ainda assim, ele não pode falar, a menos que ele esteja completamente convencido de que esse mesmo meio é necessário para aquela finalidade; que a finalidade não pode ser respondida; pelo menos, não tão efetivamente, através de algum outro caminho;

4o. Ele, então, o faz, com a mais extrema tristeza e relutância; usando isto como um último e pior remédio; um remédio extremo, em um caso extremo; uma espécie de veneno, que nunca deverá ser usado, a não ser para expelir o veneno;

5o. Conseqüentemente, ele usa isto tão frugalmente quanto possível. E o faz com temor e tremor, a fim de que não transgrida a lei do amor, por falar demais; mais do que ele poderia ter feito, não falando, afinal.

15. O amor 'acredita em todas as coisas'. Ele está sempre disposto a pensar o melhor; a colocar a mais favorável construção sobre tudo. Ele está sempre pronto a acreditar, no que quer que possa tender ao proveito do caráter de alguém. Ele é facilmente convencido da inocência (o que ele sinceramente deseja), ou integridade de qualquer homem; ou, pelo menos, da sinceridade de seu arrependimento; se ele, uma vez, errou no seu caminho. Ele fica feliz em desculpar o que quer que seja inoportuno; a condenar o ofensor, tão pouco quanto possível; e a dar toda permissão para a fraqueza humana, que possa ser feita, sem trair a verdade de Deus.

16. E quando ele não puder acreditar mais, então, o amor 'terá esperança, em todas as coisas'. Algum mal está relacionado a algum homem? O amor espera que a relação não seja verdadeira; que a coisa relacionada nunca tenha sido feita. É certo que ela foi? 'Mas, talvez, não tenha sido feita, em tais circunstâncias, como está relatada; de maneira que, aceitando o fato, existe uma oportunidade de esperar que ela não seja tão ruim quanto está reproduzida'. A ação foi inegavelmente pecaminosa? O amor espera que a intenção não tenha sido tanto. Está claro que o objetivo foi pecaminoso também? 'Ainda assim, ele não deveria brotar de um temperamento firme do coração, mas de um ímpeto de paixão, ou de alguma tentação veemente, que precipita o homem fora da compreensão de si mesmo'. E, mesmo quando não houver dúvida de que todas as ações, objetivos, e temperamentos são igualmente maus; ainda assim, o amor espera que Deus estenda seu braço, e leve a si mesmo à vitória; e haverá 'alegria nos céus, por conta', deste 'único pecador que se arrepende, do que por causa de noventa e nove pessoas que não precisam de arrependimento'.

17. Por fim: Ele 'suporta todas as coisas'. Isto completa o caráter daquele que é verdadeiramente misericordioso. Ele não suporta apenas algumas; não muitas coisas apenas; nem a maioria; mas, absolutamente todas as coisas. O que quer que a injustiça, malícia, crueldade dos homens podem infligir, ele será capaz de suportar. Ele não considera coisa alguma intolerável; ele nunca diz de alguma coisa, 'Isto não pode ser suportado'. Não; ele não apenas faz, mas suporta todas as coisas, através de Cristo, que o fortalece. E tudo o que ele suporta não destrói seu amor; não o enfraquece, por fim. É evidência contra tudo. É a chama que queima, mesmo no meio do grande abismo. 'Muitas águas não podem extinguir' o seu 'amor; nem pode a inundação sucumbi-lo'. Ele triunfa sobre tudo. Ele 'nunca falha', tanto no tempo, quanto na eternidade.

Em obediência ao que o céu decreta

o conhecimento pode falhar, e a profecia cessar;

Mas a maior influência do amor eterno,

não limitado pelo tempo, nem sujeito à decadência,

em triunfo feliz viverá para sempre;

e o bem infinito espalhará, e o louvor infinito receberá.

Assim deverá 'o misericordioso obter misericórdia'; não apenas, pela bênção de Deus sobre todos os seus caminhos; por retribuir agora o amor que eles suportaram, por seus irmãos, milhares de vezes, em seus próprios peitos; mas, igualmente, pelo 'peso excessivo e eterno da glória', no 'reino preparado para eles, desde o começo do mundo'.

18. Por enquanto, você pode dizer, 'Ai de mim, que' estou constrangido 'a habitar com Mesech, e ter minha morada entre as tendas de Kedar!'. Você pode verter sua alma, e lamentar a perda do amor verdadeiro e genuíno na terra: Perdido, realmente! Você bem pode dizer, (mas não, em um sentido remoto): 'Veja como esses cristãos amam uns aos outros!'. Esses reinos cristãos, que estão dilacerando suas entranhas mutuamente; devastando uns aos outros, com o fogo e a espada! Esses exércitos cristãos que estão sendo enviados, aos milhares, rapidamente para o inferno! Essas nações cristãs que estão sendo tomadas pelo fogo; pelas contendas; partido contra partido; facção contra facção!

Essas cidades cristãs, onde o dolo e a fraude; opressão e iniqüidade; sim, roubo e assassinato, não saem de suas ruas! Essas famílias cristãs, feitas em pedaços, pela cobiça, ciúme, ira, disputa doméstica, inumerável, interminável! Sim. E o que é mais terrível; o mais lamentável de tudo, essas igrejas cristãs! Igrejas ('não diga isto, em Gath' -- mas, meu Deus, como nós poderemos ocultar isto dos judeus, turcos ou dos pagãos?); que testemunhamos o nome de Cristo, o Príncipe da Paz, promovendo guerra contínua uns com os outros! Que os pecadores convertidos, os queimam vivos! Que estão 'embriagados pelo sangue dos santos!'

Será que essa glória pertence apenas à grande Babilônia, 'a mãe das meretrizes e abominações da terra?'. Mais do que isto; as Igrejas Reformadas (assim chamadas) têm sinceramente aprendido a trilhar em seus passos. As Igrejas Protestantes também sabem oprimir, quando elas têm poder, em suas mãos; mesmo com sangue. E, nesse meio tempo, como elas também anatematizam umas às outras! Consagram umas às outras, ao mais baixo inferno! Que ira; que contenda; que malícia; que amargura está em todos os lugares, encontradas, em meio delas; mesmo quando elas concordam nos princípios básicos, e apenas diferem em opiniões, ou em pormenores da religião! Quem segue em busca apenas das 'coisas que trazem paz; e das coisas onde nós podemos edificar o outro?'. Ó Deus! Por quanto tempo ainda? Será que tua promessa irá falhar?

Não a tema, pequeno rebanho! Contra a esperança, acredite na esperança! É o bom prazer de seu Pai ainda renovar a face da terra. Certamente, todas as coisas chegarão ao fim, e os habitantes da terra deverão aprender a retidão. 'Nações não erguerão espadas contra nação; nem elas conhecerão a guerra mais'. 'As montanhas da casa do Senhor serão edificadas, no topo das montanhas'; e 'todos os reinos da terra tornar-se-ão os reinos de nosso Deus'. 'Eles', então, 'não causarão dano, ou destruição, em todas as suas santas montanhas'; mas chamarão os 'seus muros de salvação, e seus portões de louvor'. Eles todos serão, sem mácula ou mancha; amando uns aos outros, como Cristo nos tem amado Sê tu parte dos primeiros frutos, se o tempo da colheita ainda não chegou. Tu amas a teu próximo como a ti mesmo? O Senhor Deus preencherá teu coração com tal amor por cada alma, que tu estarás pronto a entregar tua vida, pela causa dele! A tua alma pode continuamente ser dominada pelo amor, consumindo cada temperamento indelicado e impuro, até que Ele te chame para a região do amor, para que reines com ele para sempre e sempre!


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 13 até o 16
Sobre o Sermão do Monte Parte IV

John Wesley

'Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com o que há de se salgar? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado por homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire; mas no velador, e dá luz a todos que estão em casa. Assim, resplandeça a vossa luz, diante dos homens, para que eles possam ver as suas boas obras, e glorificarem seu Pai que está no céu'. ( Mateus 5:13-16)

1. A beleza da santidade interior, daquele do homem de coração, que é renovado na busca da imagem de Deus, não pode deixar de atingir cada olho que Deus tem aberto, -- cada entendimento erudito. O ornamento do manso, do humilde, do espírito amoroso, irá, por fim, estimular a aprovação de todos aqueles que são capazes, em algum grau, de discernirem o bem e o mal espirituais. Do momento em que os homens começam a emergir da escuridão que cobre o mundo leviano e insensato, eles não podem deixar de perceber quão desejável é ser assim transformado na semelhança daquele que os criou. Essa religião interior carrega a forma de Deus, tão visivelmente gravada sobre ela, que uma alma deverá estar totalmente imersa na carne e sangue, para duvidar de sua origem divina. Nós podemos dizer sobre isso, em um sentido secundário, até mesmo do próprio Filho de Deus, que é 'o esplendor de sua glória; a imagem expressa de Si mesmo'; -- 'a irradiação de sua' eterna 'glória'; que, ainda assim, ele é tão suave e agradável, que mesmo os filhos dos homens podem ver Deus nele, e viverem; -- 'o caráter, o selo, a impressão viva de Si mesmo', aquele que é a fonte da beleza e amor; a fonte original de toda excelência e perfeição.

2. Se a religião, no entanto, não fosse levada, mais além do que isto, eles não teriam dúvidas concernente e ela; eles não teriam objeção, em irem ao seu encalço, com todo o ardor de suas almas. 'Mas, por que', eles perguntam, 'ela está obstruída com outras coisas? Qual a necessidade de oprimi-la - com fazer e sofrer? Não são essas coisas que refreiam o vigor da alma, e a fazem sucumbir a terra novamente? Não é suficiente seguir em busca do amor?'; elevar-se nas asas do amor? Não será suficiente adorar a Deus, que é um Espírito, com o espírito de nossas mentes, sem sobrecarregarmos a nós mesmos, com coisas exteriores; ou mesmo, pensando sobre elas, afinal? Não é melhor que toda a extensão de nossos pensamentos possa ser elevada, através de uma contemplação elevada e divina; e que, ao em vez de ocupar a nós mesmos, afinal, com coisas externas, nós poderíamos apenas comungar com Deus em nossos corações?

3. Muitos homens iminentes têm falado assim; têm nos aconselhado a 'pararmos com as ações exteriores'; retirarmo-nos totalmente do mundo; deixando o corpo atrás de nós; abstraindo-nos de todas as coisas sensíveis; não termos preocupação com respeito à religião exterior, a não ser para operar todas as virtudes na vontade; como uma maneira mais excelente; mais perfeita da alma; tanto quanto mais aceitável para Deus.

4. Não é necessário que alguém fale a nosso Senhor dessa obra-prima de nossa sabedoria; esse mais fiel de todos os conselhos, por meio dos quais, Satanás tem pervertido os caminhos corretos do Senhor! E, Ó, que instrumentos ele tem encontrado, de tempos em tempos, para empregar nesse seu serviço; para manejar essa grande máquina do inferno contra algumas das mais importantes verdades de Deus! Os homens que 'ludibriariam, se fosse possível, os próprios escolhidos'; os homens de fé e amor; sim, que têm, por algum tempo, enganado e conduzido fora um número não insignificante deles, que têm caído, em todas as épocas, na armadilha dourada; e, dificilmente, escapado com o esmalte de seus dentes.

5. Mas nosso Senhor tem estado em falta sobre o que lhe cabe? Ele não nos tem suficientemente guardado contra essa ilusão prazerosa? Ele não nos tem armado aqui com a armadura do testemunho, contra Satanás 'transformado em anjo de luz?'. Sim, verdadeiramente: Ele aqui defende, da maneira mais clara e forte, a religião ativa e paciente que ele tinha justamente descrito. O que pode ser mais completo e claro do que as palavras que ele anexa imediatamente ao que ele tem dito sobre fazer e sofrer?

'Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com o que há de se salgar? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado por homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire; mas no velador, e dá luz a todos que estão em casa. Assim, resplandeça a vossa luz, diante dos homens, para que eles possam ver as suas boas obras, e glorificarem seu Pai que está no céu'. ( Mateus 5:13-16)

Com o objetivo de explicar e reforçar completamente essas importantes palavras, eu vou me empenhar para mostrar:

1o. Que o Cristianismo é essencialmente uma religião social; e que fazer dele uma religião solitária é destruí-lo.

2o. Que ocultar essa religião é impossível, assim como extremamente contrário ao objetivo de seu Autor.

3o. E responder algumas objeções; e concluir o todo, com uma aplicação prática.

I

1. Eu vou me esforçar para mostrar que o Cristianismo é essencialmente uma religião social; e que torná-lo uma religião solitária é de fato destruí-lo.

Por Cristianismo, eu quero dizer aquele método de adoração a Deus, que está aqui revelado ao homem, através de Jesus Cristo. Quando eu digo que ele é essencialmente uma religião social, eu não quero dizer apenas que ele não subsistiria assim tão bem, mas que ele não subsistiria, afinal, sem a sociedade, -- sem viver e conversar com outros homens. E, em mostrando isto, eu devo confinar a mim mesmo àquelas considerações que irão se erguer do mesmo discurso diante de nós. Mas, se for assim mostrado, então, sem dúvida, tornar isto uma religião solitária é destruí-la. Não que devemos, de maneira alguma, condenar a solidão e retiro, misturados, com a sociedade. Isto não é apenas permitido, mas conveniente; mais ainda, isto é necessário, como as experiências mostram diariamente, a todos que, tanto já são, quanto os que desejam ser cristãos verdadeiros.

Dificilmente, pode ser que nós passemos um dia inteiro, em um intercurso continuado com homens, sem sofrermos perda, em nossas almas; e, em alguma medida, afligirmos o Espírito Santo de Deus. Nós temos necessidade diariamente de nos retirarmos do mundo, pelo menos de manhã e à noite, para conversarmos com Deus, para comungarmos mais livremente com nosso Pai, que está em secreto. Nem, de fato, pode um homem de experiência condenar mesmo as mais longas épocas de retiro religioso, de modo que eles não implicam alguma negligência do emprego mundano, onde a providência de Deus tem nos colocado.

2. Ainda assim, tal retiro não deve ocupar todo o nosso tempo; isto iria destruir, e não trazer progresso à verdadeira religião. Já que aquela religião, descrita por nosso Senhor, nas palavras precedentes, não pode subsistir, sem a sociedade; sem nosso viver e conversar com outros homens, fica evidente nisto, que diversas das mais essenciais ramificações dela não terão lugar, se nós não tivermos um intercurso com o mundo.

3. Não existe disposição, por exemplo, que seja mais essencial ao Cristianismo do que a humildade. Agora, até porque ela implica resignação para com Deus, e paciência, na dor e sofrimento, ela pode subsistir no deserto, em uma cela hermética, na total solidão; ainda assim, como ela implica (o que não é menos necessariamente feito), indulgência, gentileza, e longanimidade, ela não pode possivelmente ter uma existência; ela não teria lugar debaixo dos céus, sem um intercurso com outros homens. De maneira que, tentar tornar isto em uma virtude solitária, é destruí-la da face da terra.

4. Um outro ramo necessário do verdadeiro Cristianismo é a pacificação; ou fazer o bem. Que isto é igualmente essencial, com alguma das outras partes da religião de Jesus Cristo, não pode existir argumento mais forte para evidenciar, (e, por esta razão, é absurdo eleger algum outro), do que aquele que está aqui inserido, no plano original, no qual Jesus tem estabelecido os fundamentos de sua religião. Por conseguinte, colocar de lado isto, é o mesmo que ousar insultar a autoridade de nosso Grande Mestre; assim como colocar aparte a misericórdia, pureza de coração ou qualquer outro ramo de sua instituição.

Mas isto é aparentemente colocado de lado, por todos que nos chamam ao deserto; que recomendam a inteira solidão, tanto aos bebês, aos jovens, quanto aos adultos em Cristo. Pode algum homem afirmar que um cristão solitário (assim chamado, embora seja pouco menos do que uma contradição, em termos) possa ser um homem misericordioso, -- ou seja, alguém que aproveita todas as oportunidades para fazer o bem a todos os homens? O que pode ser mais claro do que, sem a sociedade; sem nosso viver e conversar com outros homens, este ramo fundamental da religião de Jesus Cristo não pode possivelmente subsistir?

5. 'Mas, será oportuno, contudo', alguém poderia naturalmente perguntar, 'conversar apenas com homens bons, -- apenas com aqueles que nós sabemos serem mansos e misericordiosos, -- santos de coração, e santos na vida? Não é conveniente refrearmo-nos de alguma conversa ou intercurso com homens de caráter oposto, -- homens que não obedecem, talvez, nem acreditem, no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo?'. O conselho de Paulo aos cristãos, em Corinto, pode parecer favorecer isto: 'Já por carta vos tenho escrito que vos associeis com os que se prostituem'. ( 1 Cor. 5:9). E certamente não é aconselhável estar, assim, em companhia deles, ou quaisquer outros trabalhadores da iniqüidade; como ter alguma familiaridade particular; ou alguma amizade estreita com eles. Contrair ou continuar uma intimidade com alguns como esses, não é expediente para um cristão. Isto necessariamente o exporia a uma abundância de perigos e armadilhas, em que ele não poderia ter esperança razoável de livramento.

Mas o Apóstolo não nos proíbe de ter algum intercurso, afinal; mesmo com os homens que não conhecem a Deus! 'Porque, para isto', diz ele, 'nós precisaríamos sair do mundo!'; o que ele nunca poderia aconselhá-los a fazer. Mas, ele anexa: 'Se algum homem que seja chamado de irmão', que professe a si mesmo como um cristão, 'for um adúltero, um avarento, um idólatra, um maldizente, um bêbado, um extorquidor';( I Co. 5:11); eu agora tenho escrito a vocês, para não estarem em companhia deles; com estes, não comam'. Isto deve necessariamente implicar que nós devemos romper toda a familiaridade; toda a intimidade de conhecimento com estes. 'Todavia, não o tenhais', diz o Apóstolo, em outro lugar, 'como um inimigo, mas admoestai-o como irmão' (2 Tess. 3:15); mostrando claramente que, mesmo em tal caso como este, nós não devemos renunciar toda amizade com ele. De modo que aqui não é aconselhável separar-se totalmente, até mesmo do homem pecaminoso. Sim. Essas mesmas palavras nos ensinam a fazer completamente ao contrário.

6. Mais do que isto, as palavras de nosso Senhor; estão longe de nos direcionar a romper todo o comércio com o mundo, o que sem ele, de acordo com sua consideração de Cristianismo, nós não podemos ser cristãos, afinal. Seria fácil mostrar que alguns intercursos, mesmo com os homens descrentes e impuros, são absolutamente necessários, com o objetivo de uma completa aplicação de cada temperamento que ele tem descrito, como caminho para o reino; e que são indispensavelmente necessários, para o completo exercício da pobreza de espírito, do murmurar e de qualquer outra disposição que tenha um lugar aqui, na religião genuína de Jesus Cristo. Sim. Eles são necessários, para a própria existência de diversos deles; -- daquela mansidão, por exemplo, que, em vez de exigir 'olho por olho; dente por dente', 'não resiste ao mal', mas faz com que, preferivelmente, quando lhe baterem 'na face direita, seja-lhe dado a outra, também'; -- daquela misericórdia, por meio da qual, 'nós amamos nossos inimigos; abençoamos a quem nos praguejam; fazemos o bem a todos que nos odeia; e oramos por aqueles que maliciosamente nos usam e nos perseguem'; -- daquele enredamento do amor e todos os temperamentos santos que são exercitados no sofrer por causa da retidão. Agora, todos esses, é claro, não teriam existência, não tivéssemos intercurso com algum deles, a não ser com os cristãos reais.

7. Realmente, fosse para nos separarmos totalmente dos pecadores, como possivelmente poderíamos responder àquele caráter que nosso Senhor dá nessas mesmas palavras? "Vocês" (cristãos; vocês que são humildes, sérios e mansos de coração; vocês que têm fome de justiça; que amam a Deus e ao homem; que fazem o bem a todos, e, no entanto sofrem o mal; vocês) 'são o sal da terra': É da própria natureza de vocês temperarem o que quer que esteja em sua volta. É da natureza de seu divino sabor, o que está em vocês, entremearem-se ao que quer que vocês toquem; espalharem-se, para todos os lados, para todos esses, entre os quais vocês estão. Esta é a grande razão, porque a providência de Deus tem tanto misturado vocês, com outros homens para que qualquer que seja a graça que vocês tenham recebido de Deus, ela possa, através de vocês, ser comunicada a outros; para que todo temperamento santo, e palavra, e obra de vocês, possam ter uma influência sobre eles também. Para que, por meio disto, uma repressão, em alguma medida, seja feita à corrupção que está no mundo; e uma pequena parte, pelo menos, seja salva da infecção geral, e se coloque santa e pura diante de Deus.

8. Para que possamos mais diligentemente trabalhar, para temperarmos tudo que pudermos, com todo temperamento santo e divino, nosso Senhor prossegue mostrando o estado desesperado daqueles que não comungam com a religião que eles têm recebido; o que, de fato, eles possivelmente fracassam ao fazer, por quanto tempo ela permanece apenas em seus corações. 'Se o sal for insípido, com o que há de se salgar? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado por homens'. Se vocês que têm sido santos e religiosos, e conseqüentemente, zelosos das boas obras, não tiverem, por mais tempo, o sabor em vocês mesmos; e, por conseguinte, não mais temperarem a outros; se vocês que cresceram monótonos, insípidos, mortos; tanto negligentes de suas próprias almas, quando inúteis às almas de outros homens; 'de que maneira poderão se tornar novamente o sal da terra? Como vocês poderão ser recuperados? Com que ajuda? Com que esperança?Pode um sal insípido recuperar seu sabor? Não; para nada mais presta, senão para ser lançado fora', mesmo no atoleiro das ruas, 'e ser pisado por homens', para ser esmagado com desprezo eterno.

Se vocês nunca antes tinham conhecido ao Senhor, poderia existir esperança, -- se você nunca tivessem sido 'encontrados Nele: Mas o que vocês podem dizer para aquela declaração solene dele, justamente paralela ao que ele tem aqui falado? 'Todo ramo em mim que não dá fruto', ele, o Pai 'tira fora. Ele que habita em mim, e eu nele, produziremos muitos frutos'. 'Se alguém não estiver em mim; ou não produzir frutos, será lançado fora, como vara, e secará; e os homens o colhem, não o plantam novamente, mas 'o atiram ao fogo, para arder'. ( João 15:2, 5, 6)

9. Com respeito àqueles que nunca provaram da boa palavra, Deus está realmente compadecido, e tem uma misericórdia terna. Mas a justiça toma lugar, no que se refere àqueles que já provaram que o Senhor é gracioso; mas, mais tarde, voltaram atrás, 'nos santos mandamentos', então, 'entregues a eles'. 'Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados' ( Hebreus 6:4-6); em cujos corações Deus uma vez brilhou, para iluminá-los com o conhecimento da Sua glória, na face de Jesus Cristo; 'e provaram o dom celestial' - a redenção em seu sangue, o perdão dos pecados; 'e se fizeram participantes do Espírito Santo', da humildade, da mansidão, e do amor de Deus e homem, espalhados por todo seu coração, através do Espírito Santo que foi dado junto a eles: mas 'caíram'; -- (aqui não se trata de uma suposição, mas de uma declaração clara do fato) 'para renová-los novamente no arrependimento; vendo que eles de novo crucificaram o filho de Deus e o expuseram à vergonha declarada'.

Mas, para que ninguém possa interpretar mal essas terríveis palavras, deve ser cuidadosamente observado:

1o. Quem são estes, de quem se está falando aqui; ou seja, eles, tão somente, que uma vez foram, assim, 'iluminados'; eles apenas, 'que provaram' daquele 'dom celestial, e foram', assim, 'feitos parceiros do Espírito Santo'; de modo que todo aquele que não experimentou essas coisas está totalmente fora deste contexto?

2o. Do que se trata o terem caído, de que se fala aqui: trata-se de uma apostasia [mudança de religião] absoluta e total. Um crente pode cair; porém, não cair fora. Ele pode cair; mas se erguer novamente. E, se ele pode cair, até mesmo no pecado, ainda assim, esse caso, terrível como ele é, não é desesperador. Porque 'nós temos um Advogado com o Pai, Jesus Cristo, o justo; e Ele é a reparação de nossos pecados'.

Mas que o crente possa, acima de todas as coisas, tomar cuidado, a fim de que seu 'coração não se endureça por causa da aparência enganosa do pecado'; a fim de ele não possa sucumbir, para mais e mais baixo, até que tenha caído totalmente; até que ele se torne como o sal que perdeu seu sabor: Porque, se nós pecamos, assim, intencionalmente, depois de termos recebido 'o conhecimento' experimental 'da verdade; não restará lá sacrifício algum para os pecados; a não ser, certamente, um olhar temeroso, por causa da indignação flamejante, que devora os adversários'.

II

1. 'Mas, embora não possamos nos separar totalmente da humanidade; embora seja afirmado que nós devemos temperá-la, com a religião que Deus tem forjado em nossos corações; ainda assim, isto não pode ser feito de maneira menos sensível? Nós não podemos comunicar isto aos outros, em segredo, e de uma maneira quase imperceptível, de modo que dificilmente alguém seja capaz de observar, como e quando é feito? assim como o sal transmite seu próprio sabor, naquilo em que ele é temperado, sem alarde, e sem estar sujeito a alguma observação exterior? E, sendo dessa forma, por conseguinte, nós podemos não sair do mundo, mas, ainda assim, estarmos escondido nele. Nós podemos, então, manter nossa religião, para nós mesmos; sem melindramos aqueles a quem não podemos ajudar'.

2. Com respeito a este raciocínio plausível da carne e sangue, nosso Senhor esteve atento também. E Ele deu uma resposta completa a isto, naquelas palavras que agora serão consideradas; na explicação das quais, eu me esforçarei para mostrar, como eu me propus fazer, em segundo lugar, que, por quanto tempo a religião verdadeira habite em nossos corações, é impossível ocultá-la; assim como é absolutamente contrário ao desígnio do seu grande Autor. Primeiro, é impossível para qualquer que a tenha, ocultar a religião de Jesus Cristo. Isto nosso Senhor torna claro, além de toda contradição, por dupla comparação: 'Vocês são a luz do mundo? Uma cidade situada em cima de uma colina não poderá ser oculta'. Vocês, cristãos, 'são a luz do mundo' - com respeito a ambos: temperamento e ações. Sua santidade torna vocês tão evidentes, como o sol no meio do firmamento. Já que vocês não podem sair fora do mundo; nem podem estar nele, sem se apresentarem a toda humanidade.Vocês não podem fugir de homens; e, enquanto vocês estão, entre eles, é impossível que vocês escondam sua humildade, mansidão, e todas aquelas outras disposições, por meio das quais, vocês aspiram ser perfeitos, como seu Pai, que está nos céus é perfeito. O amor não pode se ocultar mais do que a luz; e, menos ainda, quando ele brilha publicamente em ação; quando vocês exercitam a si mesmos nas tarefas do amor, em beneficência de toda espécie. Assim como os homens pensam em esconder uma cidade, eles pensem em ocultar um cristão; sim, tanto quanto eles podem ocultar uma cidade, situada em cima de uma colina, eles podem ocultar um amante de Deus e homem, santo, zeloso e presente.

3. É verdade que os homens que amam a escuridão, preferivelmente, à luz, porque seus atos são pecaminosos, irão fazer todo o possível para provar que a luz que está em vocês é treva. Eles irão falar mal; dizer toda forma de maldade, e falsidade, a respeito do que existe de bom em vocês; eles irão colocar, como sendo da responsabilidade de vocês, o que está muito longe de seus pensamentos; o que é contrário a tudo aquilo que vocês são, e a tudo o que vocês fazem. E a sua permanência contínua, na beneficência, sua mansidão, sofrendo todas as coisas por causa do Senhor, sua calma; alegria humilde, em meio à perseguição, e seu trabalho incansável, para pagar o mal com o bem, irão fazer com que vocês sejam ainda mais visíveis e proeminentes do que eram antes.

4. Tão impossível quanto é manter nossa religião, sem ser vista, a menos que nós a lancemos fora; tão tolo quanto é o pensamento de esconder a luz, a menos que a coloquemos fora! Certo é que a religião secreta, desapercebida, não pode ser a religião de Jesus Cristo. Qualquer que seja a religião que possa ser oculta, ela não é Cristianismo. Se um cristão pudesse ser oculto, ele não teria sido comparado a uma cidade sobre uma colina; à luz do mundo; ao sol que brilha no firmamento, e que é visto por todo o mundo abaixo. Por conseguinte, que nunca entre no coração daquele que Deus tem renovado no espírito de sua mente, esconder esta luz; guardar sua religião para si mesmo; especialmente considerando que não é apenas impossível ocultar o Cristianismo verdadeiro, mas que isto é, de igual forma, absolutamente contrário ao desígnio do grande Autor dele.

5. Isto aparece claramente nas seguintes palavras: 'Nem os homens deverão ascender a candeia e colocá-la debaixo do alqueire'. [Esta expressão também significa: não esconda seus talentos. O Sr. Wesley a usou, referindo ao talento de John Fletcher, seu pregador preferido, que ele acreditava seria seu sucessor natural. O Sr. Fletcher morreu antes do Sr. Wesley]. Como se ele [Jesus] tivesse dito: assim como os homens não podem esconder a candeia, apenas para depois cobri-la e ocultá-la; assim, Deus não ilumina alguma alma, com seu glorioso conhecimento e amor, para tê-la coberta e oculta; tanto pela prudência, falsamente assim chamada, quanto pela vergonha, ou humilhação voluntária; e tê-la escondida, tanto em um deserto, quanto no mundo; tanto se esquivando dos homens, quanto conversando com eles. 'Mas eles a colocam em um castiçal, e ela ilumina tudo o que está na casa': De igual maneira, é o objetivo de Deus, que cada cristão possa estar em um lugar estratégico; para que ele possa iluminar tudo a sua volta; para que ele possa visivelmente expressar a religião de Jesus Cristo.

6. Assim, Deus tem falado, em todas as épocas, ao mundo; não apenas por preceitos, mas por exemplo também. Ele não tem 'deixado a si mesmo, sem testemunha', em qualquer nação, onde o som do Evangelho tenha surgido, sem que alguns tenham testificado sua verdade, através de suas vidas, tanto quanto, através de suas obras. Esses têm sido 'como as luzes, brilhando em um lugar escuro'. E, de tempos em tempos, eles têm sido os meios de iluminar alguns; preservando uma sobra, uma pequena semente que foi 'confiada junto ao Senhor por gerações'. Eles têm conduzido algumas pobres ovelhas, para fora da escuridão do mundo, e guiado seus pés para o caminho da paz.

7. Alguém poderia imaginar que, onde ambas, a Escritura e a razão das coisas, falam tão claramente e expressamente, não poderá haver muito avanço do outro lado, pelo menos não com alguma aparência de verdade. Mas eles, que pensam dessa forma, sabem pouco das profundezas de Satanás. Afinal de contas, toda esta Escritura e razão têm dito que os pretextos para a religião solitária; para que um cristão saia do mundo, ou, pelo menos, se esconda nele, são tão excessivamente plausíveis; que nós precisamos de toda a sabedoria de Deus para vermos, através da armadilha, e todo o poder de Deus, para escaparmos dela; tantas e fortes são as objeções que têm sido trazidas contra o fato de serem cristãos sociais, abertos e presentes.

III

1. Para responder a esses, eu proponho uma terceira coisa. Primeiro, que tem sido freqüentemente objetado que a religião não se situa nas coisas exteriores; mas no coração, no mais íntimo da alma; que se trata da união da alma com Deus; a vida de Deus, na alma do homem; que a religião exterior não é válida - vendo que Deus 'não se satisfaz com as burnt-offerings, nos serviços exteriores, mas que um coração - puro e santo - é 'um sacrifício que ele não irá desprezar'.

Eu respondo que é mais do que verdade que a raiz da religião se situa no coração, no mais íntimo da alma; que esta é a união da alma com Deus; a vida de Deus na alma do homem. Mas, se essa raiz estiver realmente no coração, ela não poderá deixar de desenvolver seus ramos. E esses são os diversos exemplos da obediência exterior, que compartilham da mesma natureza da raiz; e, conseqüentemente, não são apenas marcas ou sinais, mas partes substanciais da religião.

É verdade também que essa religião exterior desnudada, que não tem raiz no coração, não tem valor; que Deus não está satisfeito com tais serviços exteriores; não mais do que com as 'burnt-offerings' dos judeus; e que um coração puro e santo é um sacrifício do qual ele se agrada. Mas ele também está muito feliz com todo aquele serviço exterior que se ergue do coração; com o sacrifício de nossas orações (quer públicas ou privadas), de nossos louvores e ações de graça; com o sacrifício de nos bens, humildemente devotados a ele, e empregados totalmente para sua glória; e com aquele de nossos corpos, que ele peculiarmente reivindica; que o Apóstolo implora a nós, 'pelas misericórdias de Deus, que apresentemos junto a Ele, como um sacrifício vivo, santo e aceitável ao Pai'.

2. Uma segunda objeção, proximamente relacionada a isto, é aquele amor que é tudo em tudo; que é 'o cumprimento da lei'; 'finalidade do mandamento', de todo o mandamento de Deus; que tudo o que fazemos, e tudo o que sofremos, se nós não tivermos caridade ou amor, de nada valerá; e, por conseguinte, o Apóstolo nos direciona a 'ir a busca do amor' e aplicar isto 'da maneira mais excelente'.

Eu respondo: Admite-se que o amor de Deus e homem, surgindo da fé sincera, é tudo em todos; o cumprimento da lei; a finalidade de todo mandamento de Deus. É verdade que, sem isto, o que quer que façamos; o que quer que soframos, de nada vale. Mas não se segue que este amor é tudo, em tal sentido, como para relegar, tanto a fé ou as boas obras. Ele é 'o cumprimento da lei'; não, por nos livrar dela; mas, por nos constranger a obedecê-la. 'E a finalidade do mandamento', uma vez que todo mandamento conduz a ele, e faz convergir a ele. É permitido, que, o que quer que façamos ou soframos, sem amor, não tem proveito algum. Mas, sobretudo, o que quer que façamos ou soframos no amor, embora seja apenas o sofrer reprovação por causa de Cristo, ou dar um copo de água fria, em seu nome, não deverá, de maneira alguma, perder seu galardão.

3. 'Mas o Apóstolo não nos direciona a seguir em busca do amor?'. E ele não denomina isto 'um caminho mais excelente?' Ele nos direciona a 'seguir em busca do amor'; mas não em busca dele apenas. Suas palavras são: 'seguir em busca do amor'; e 'procurar com zelo os dons espirituais'. ( I Cor. 14:1). Sim. 'Busque o amor', e deseje usar e ser usado por seus irmãos. 'Seguir em busca do amor'; e quando tiver oportunidade, fazer o bem a todos os homens.

No mesmo verso também, no qual ele denomina o caminho do amor, 'um caminho mais excelente', ele direciona os Corintios a desejarem outros dons além dele; sim, a desejarem sinceramente. Portanto, procurai com zelo', diz ele, 'os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente. ( I Cor 12:31). Mais excelente do que? Do que os dons da cura, do falar em línguas, e de interpretá-la, mencionado no verso precedente; mas não mais excelente do que o caminho da obediência. Disto o Apóstolo não está falando; nem ele está falando da religião exterior, afinal: De modo que este texto está completamente fora da presente questão.

Mas supondo-se que o Apóstolo tenha falado da religião exterior, assim como da interior, e as comparado, uma com a outra; supondo-se que, na comparação, ele tenha dado preferência muito mais à segunda; supondo-se que ele tenha preferido (como ele justamente poderia) o coração amoroso, diante de todas as obras exteriores, quaisquer que fossem; ainda assim, isto não significaria que nós deveríamos rejeitar, tanto uma quanto a outra. Não. Deus as tem reunido, desde o começo do mundo; e que nenhum homem as coloque em separado.

4. "Mas 'Deus é um Espírito; e eles o adoram; devem adora-lo, em espírito e verdade'. E isto não é suficiente? Mais ainda... Nós não devemos empregar toda a força de nossa mente nisto? Não atende às coisas exteriores, frear a alma, para que ela não possa elevar-se nas alturas, na contemplação santa? Isto não amortece o vigor de nosso pensamento? Isto não tem uma tendência natural de dificultar e distrair a mente? Considerando que Paulo nos teria dito para que fôssemos 'sem esmero', e para 'esperarmos no Senhor sem abstração?'".

Eu respondo que 'Deus é um Espírito; e eles que o adoram, devem adorar a Ele em espírito e verdade'. Sim, e que isto é suficiente: Nós devemos empregar toda força de nossa mente nisto. Mas, então, eu perguntaria:

Por que adorar a Deus, um Espírito, 'em espírito e em verdade?'.

Porque é adorá-Lo, com nosso espírito; adorá-Lo, da maneira que ninguém mais é capaz, a não ser os espíritos. É para crer Nele, como um Ser sábio, justo e santo; os mais puros olhos que observam a iniqüidade; e, ainda assim, sendo misericordioso, gracioso, e longânime; perdoando a iniqüidade, transgressão e pecado; jogando todos os nossos pecados, atrás de suas costas, e aceitando-nos no Amado. Significa amá-Lo, deleitarmo-nos Nele, desejarmos a Ele, com todo nosso coração, e mente, e alma, e força; para imitarmos a Ele, nós amamos, purificando a nós mesmos, assim como Ele é puro; e obedecemos a Ele, a quem amamos, e em quem cremos - tanto em pensamento, palavra e obra. Conseqüentemente, um ramo da adoração a Deus, em espírito e em verdade, é manter seus mandamentos exteriores. É glorificá-Lo, por conseguinte, com nossos corpos, tanto quanto com nossos espíritos; seguirmos através das obras exteriores, com os corações erguidos até ele; para tornarmos nosso empreendimento diário, um sacrifício a Deus; quer comprando, ou vendendo; comendo e bebendo, sendo para Sua glória; -- isto é adorar a Deus, em espírito e verdade, assim como, o orar a Ele, na solitude.

5. Mas, em assim sendo, então, a contemplação é apenas um caminho da adoração a Deus, em espírito e verdade. Por conseguinte, nos entregando inteiramente a isto, seria destruir muitos outros ramos da adoração espiritual; todos igualmente aceitáveis a Deus, e igualmente proveitosos, e em nada prejudiciais, para a alma. Por isso, trata-se de um grande equívoco, supor que uma atenção a essas coisas exteriores, por meio das quais a providência de Deus nos tem chamado, é algum obstáculo para um cristão, ou algum impedimento, afinal, a que ele sempre busque a Ele que é invisível. Isto, afinal, não impede o ardor de seu pensamento; não obstrui ou distrai sua mente; não significa um cuidado inquietante e prejudicial àquele que faz isto junto ao Senhor; àquele que tem aprendido que, o que quer que ele faça, em palavra ou ação, deverá ser tudo feito, no nome do Senhor Jesus; a sua alma tendo apenas um olho, que se move em torno das coisas exteriores, e um que se fixa em Deus, imóvel.

Aprendam o que isto significa, vocês pobres reclusos, para que vocês possam discernir claramente sua própria insignificância de fé. Sim. Que vocês possam não mais julgar os outros, por vocês mesmos, e seguirem e aprenderem o que aquilo significa: --

Tu, Ó Senhor, em terno amor,

torna todos os meus fardos suportáveis.

Eleva meu coração para as coisas acima.

E o fixa sempre lá.

Calmo, nas rodas do tumulto, eu me sento;

Sozinho, em meio às multidões atarefadas;

Docemente esperando, a teus pés

6. Mas a grande objeção ainda está atrás: 'Nós apelamos', eles dizem, 'para a experiência. Nossa luz brilhou; nós usamos de todas as coisas exteriores, durante muitos anos; e, ainda assim, elas não valeram de nada. Nós atendemos a todas as ordenanças; mas nós não ficamos coisa alguma melhor; nem, realmente, qualquer outro. Mais do que isto, nós ficamos piores; já que nós nos supúnhamos cristãos, por assim estarmos agindo, quando nós não sabíamos o que o Cristianismo significava'.

Eu reconheço o fato: Eu concordo que você, e outros dez mil mais, têm assim abusado das ordenanças de Deus; tomando os meios pelos fins; supondo que fazendo essas, ou outras obras exteriores, tanto seria a religião de Jesus Cristo, quanto seria aceitável no lugar dela. Mas permita que esse abuso seja tirado fora, e use o que permanecer. Agora, use todas as coisas exteriores, mas a use com um olho constante, para a renovação de sua alma, na retidão e santidade verdadeira.

7. Mas isto não é tudo: Eles afirmam: 'A experiência mostra igualmente, que tentar fazer o bem é trabalho perdido. Que proveito existe em alimentar e vestir o corpo dos homens, se ele serão atirados no fogo eterno? E que bem estará algum homem fazendo às suas almas? Se essas coisas pudessem mudar, Deus mesmo se incumbiria disto. Tanto dos homens que são bons, ou desejosos de assim serem, quanto os que são obstinadamente maus. Agora, os primeiros não precisam de nós; que eles peçam, então, ajuda a Deus, e ela será dada a eles: E os últimos, não irão receber o que se pode considerar ajuda de nós. Mais ainda: nosso Senhor proíbe 'atirar pérolas aos porcos!'.

Eu respondo:

1o. Quer eles estejam finalmente condenados ou salvos, você é expressamente ordenado a alimentar o faminto e a vestir o desnudo. Se você puder fazê-lo, e não o fizer, no que quer que eles se tornem, você irá direto para o fogo eterno!

2. Embora seja Deus unicamente quem muda os corações; ainda assim, Ele geralmente o faz, através do homem. Esta é a parte que nos cabe fazer, em tudo o que ele nos coloca, tão diligentemente, como se nós pudéssemos mudá-los por nós mesmos; e, então, deixarmos o que for acontecer a Ele.

3o. Deus, em respeito às orações deles, edificou seus filhos, um por um, com todo bom dom: nutrindo e fortalecendo todo o 'corpo, para que com isso, todas as juntas sejam supridas'. De maneira que 'o olho não possa dizer para a mão: eu não preciso de ti'; não; nem mesmo 'a cabeça aos pés: eu não tenho necessidade de você'. Por fim, como vocês podem afirmar que essas pessoas, diante de vocês, são cães ou porcos? Não os julguem, até que vocês tenham tentado. 'Quanto tu sabes, ó homem,a não ser que tu podes ganhar um irmão'; -- a não ser que tu podes, debaixo de Deus, salvar sua alma da morte? Quando ele rejeitar teu amor, e blasfemar das boas palavras, então, será hora de entregá-lo aos cuidados de Deus.

8. 'Nós tentamos; nós trabalhamos, para reformar pecadores; e do que adiantou? Em muitos nós não causamos impressão alguma, afinal. E, se alguns mudaram, por algum momento, ainda assim, a santidade dele foi como o orvalho da manhã, e eles logo estavam maus; mais ainda, estavam piores do que nunca: De modo que nós apenas causamos dor a eles e a nós mesmos, também; já que nossas mentes estavam tão preocupadas e perturbadas. talvez, cheia de raiva, em vez de amor: Por conseguinte, melhor seria que tivéssemos mantido nossa religião para nós mesmos'.

É muito provável que este fato também seja verdadeiro; que vocês tenham tentado fazer o bem, e não tenham tido sucesso; sim, que esses que pareceram reformados, reincidiram no pecado, e seu estado final tenha sido pior do que o anterior. E qual a admiração disto? É o servo acima de seu mestre? Quão freqüentemente, Ele se esforçou para salvar pecadores, e eles não puderam ouvir; ou quando o seguiram, por algum momento, eles voltaram atrás, como um cão para seu vômito! Mas ele, no entanto, não desistiu de se esforçar em fazer o bem: Quanto mais, vocês, qualquer que seja o resultado. É a parte de vocês, fazerem como ele ordenou: O resultado está nas mãos de Deus. Vocês não são responsáveis por isto. Deixem com ele que ordena todas as coisas para o bem. 'Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas igualmente serão boas'. ( Eclesiastes 11:6)

Mas a tentativa inquieta e aborrece suas almas. Talvez, isto aconteça, nessa mesma ocasião, porque vocês pensaram que fossem responsáveis pelo resultado, o que homem algum é, e nem de fato pode ser, -- ou, talvez, porque vocês não estavam se protegendo; vocês não estavam vigiando seus próprios espíritos. Mas isto não é motivo para vocês desobedecerem a Deus. Tentem novamente; mas façam, com maior prudência do que antes. Faça o bem (como vocês esqueceram) 'não sete vezes apenas, mas até setenta vezes sete'. Apenas sejam mais sábios, através da experiência? Empreendam isto, todo o tempo, mais cuidadosamente do que antes. Sejam mais humildes, diante de Deus; mais profundamente convencidos de que de vocês mesmos, vocês não podem fazer coisa alguma. Sejam mais zelosos, sobre seu próprio espírito; mais gentis, e atentos junto às orações. Assim, 'mesmo lançando seu pão nas águas, vocês irão encontrá-lo novamente, depois de muitos dias'.

IV

1. Não obstante todas esses pretextos plausíveis para ocultá-la, 'permitam que a luz de vocês brilhe, diante dos homens; que eles possam ver suas boas obras, e glorificarem o Pai que está nos céus'. Esta é a aplicação prática que o próprio nosso Senhor faz nas considerações a seguir:

'Permitam que a luz de vocês brilhe': -- Sua mansidão de coração; sua gentileza; sua humildade de sabedoria; sua preocupação séria e ponderada, com respeito às coisas da eternidade; e tristeza pelos pecados e misérias dos homens; seu sincero desejo de santidade universal, e completa felicidade em Deus; sua disposição terna para com toda a humanidade, e o ardoroso amor para com seu supremo Benfeitor. Não se esforcem para esconderem essa luz, por meio da qual, Deus tem iluminado suas almas; mas permita que ela brilhe diante de homens; diante de todos com quem vocês estão; em todo teor de sua conversação. Que ela brilhe ainda mais eminentemente, em suas ações, em vocês fazerem todo o bem possível a todos os homens; no seu sofrer por causa da retidão, enquanto vocês 'se regozijam e estão excessivamente felizes, sabendo que grande é o galardão de vocês nos céus'.

2. 'Permitam, assim, que a luz de vocês brilhe diante de homens, de modo que eles possam ver as boas obras': -- Tanto quanto um cristão está sempre objetivando ou desejando ocultar a própria religião! Pelo contrário, que seja desejo de vocês não escondê-la; não colocar a luz, debaixo do alqueire. Que seja a tarefa de vocês colocá-la 'sobre um castiçal, para que possa iluminar a todos que estão na casa'. Apenas, atentem para não buscarem o seu próprio mérito nisto; a não desejarem alguma honra para vocês mesmos. Mas que seja seu único objetivo, que todos aqueles que vejam suas boas obras 'possam glorificar seu Pai que está nos céus'.

3. Seja este seu objetivo final, em todas as coisas. Com esta visão, sejam claro, abertos, sem disfarces. Permitam que o amor de vocês seja sem dissimulação: Por que vocês esconderiam um amor justo e desinteressado? Que a malícia não seja encontrada em suas bocas: Permitam que suas palavras sejam a pintura genuína do coração de vocês. Que não haja escuridão, ou segredos em suas conversas; nenhum disfarce em seus comportamentos. Deixem isto para aqueles que têm outros objetivos em vista; objetivos que não suportam a luz. Sejam naturais e simples, para com toda a humanidade; para que todos vejam a graça de Deus que está em vocês. E, embora alguns venham endurecer os próprios corações; ainda assim, outros levarão ao conhecimento, que vocês têm estado com Jesus, e, ao retornarem para si mesmos "para o grande Bispo da alma deles, 'glorificarem o Pai de vocês que está nos céus'".

4. Com este único objetivo, que os homens possam glorificar a Deus em vocês, sigam em nome Dele, e no poder de Sua força. Não se envergonhem mesmo que fiquem sós; que seja nos caminhos de Deus. Permitam que a luz, que está em seus corações brilhe, em todas as boas obras obras de devoção e obras de misericórdia. E, com o objetivo de ampliar a sua habilidade em fazer o bem, renunciem a toda as superficialidades. Cortem foram toda despesa desnecessária, em comida, móveis, vestuário. Sejam bons mordomos de todo dom de Deus; mesmo desses seus dons menores. Eliminem todos os gastos desnecessários de tempo; todos os empreendimentos supérfluos e inúteis; e 'o que quer que suas mãos encontrem o que fazer, que vocês façam com toda a força de vocês'. Na palavra, sejam cheios de fé e amor; façam o bem; sofram o mau. E, nisto, sejam 'firmes, imutáveis'; sim, 'sempre abundando nas obras de Deus; visto que vocês sabem que o trabalho de vocês não será em vão no Senhor'.


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 17 até o 20
Sobre o Sermão do Monte Parte V

John Wesley

'Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque, em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um jota ou til se omitirá da lei, até que ela seja cumprida. Qualquer, pois, que violar um desses menores mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no Reino dos céus: aquele, porém, que os cumprir e os ensinar, será chamado grande no Reino dos céus' ( Mateus 5:17-20).

1. Em meio à imensidade de reprovações que caíram sobre Ele, que 'era o menosprezado e rejeitado dos homens', não seria de se surpreender, que Ele fosse o professor das boas novas; o introdutor da nova religião. Isto poderia ser afirmado, com muitas cores, porque muitas das expressões que Ele usou não eram comuns entre os judeus: ou eles não as usaram, afinal; ou não as usaram no mesmo sentido; ou no seu significado completo e forte. Acrescente a isto que o adorar a Deus 'em espírito e verdade' parecia ser uma religião nova àqueles que não conheceram, até o momento, a não ser a adoração exterior; coisa alguma, a não ser a 'forma de santidade'.

2. E não é improvável que alguns poderiam esperar que Ele fosse abolir a velha religião e trazer uma outra, -- uma em que eles tivessem a esperança de ser um caminho mais fácil para os céus. Mas nosso Senhor refuta isto, nessas palavras, tanto as vãs esperanças de uns, quanto as calúnias infundadas de outros. Eu devo considerá-las, na mesma ordem, em que elas se colocam, tomando cada verso do discurso, num título distinto.

I

I. ''Não pensem que vim destruir a Lei, ou os Profetas: eu não vim destruir, mas cumpri-las'.

A lei ritual ou cerimonial, entregue por Moisés para os filhos de Israel, contendo todas as injunções e ordenanças que eram relacionadas aos antigos sacrifícios e serviços do templo, nosso Senhor, de fato, veio destruir, dissolver e abolir completamente. Para isto, foram testemunhas todos os Apóstolos; não apenas Barnabé e Paulo, que veementemente opuseram-se contra todos que ensinaram que os cristãos deveriam 'manter a lei de Moisés' ( Atos 15:5) 'Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés'; não apenas Pedro, que denominou o insistir nisso, na observância da lei ritual, 'por Deus à prova', e 'colocar um jugo no pescoço dos discípulos, que nem nossos anciãos', diz ele, 'nem nós, somos capazes de suportar', mas todos os Apóstolos, presbíteros, e irmãos, estando reunidos em um só acordo ( Atos 15:22declararam que ordenar a eles que mantenham esta lei, era 'subverter suas almas'; e que 'pareceu bem ao Espírito Santo' e para eles, não impor tal fardo sobre eles. ( Atos 15:28). Essas 'ordenanças escritas' nosso Senhor destruiu, jogou fora, e pregou em Sua cruz.

2. Mas a lei moral, contida nos Dez Mandamentos, - e reforçada pelos profetas, Ele não tirou fora. Não era o objetivo de Sua vinda, ab-rogar alguma parte dela. Esta é uma lei que nunca poderá ser quebrada; que resiste, como uma testemunha fiel nos céus.

A lei moral se situa, em uma fundação completamente diferente da lei cerimonial ou ritual, que foi apenas designada para uma restrição temporária, em cima da desobediência e obstinação das pessoas; considerando que isto foi no começo do mundo, não sendo 'escrita em tábuas', mas nos corações de todos os filhos dos homens, quando eles vieram das mãos do Criador. E, não obstante, as letras, uma vez escritas pelo dedo de Deus, estejam agora, em grande parte, desfiguradas pelo pecado; ainda assim, elas não podem ser apagadas, enquanto nós tivermos alguma consciência de bem e mal. Cada parte dessa lei deve permanecer em vigor, sobre toda a humanidade, e em todas as épocas; não dependendo de tempo ou lugar; ou quaisquer outras circunstâncias, sujeitas a mudanças; mas sobre a natureza de Deus e a natureza do homem, e a relação imutável para com um e outro.

3. 'Eu não vim destruir a lei, mas cumpri-la'. Alguns têm imaginado que nosso Senhor quis dizer, -- Eu vim para cumpri-la, através de minha inteira e perfeita obediência a ela. Mas isto não parece ser o que Ele pretende aqui, sendo estranho à extensão de seu presente discurso. Sem dúvida, seu significado neste lugar é, (consistentemente com tudo o que vem antes e segue depois) Eu vim estabelecê-la, em sua plenitude, a despeito de todo a aparência enganosa dos homens: Eu vim situá-la, em seu entendimento completo e claro, por mais difícil de entender e obscura que seja: eu vim declarar a verdade, e o completo significado de cada parte dela; para mostrar o comprimento e largura; a inteira extensão de todo mandamento contido nela; e a altura e profundidade, a sua pureza e espiritualidade inimagináveis, em todas as suas ramificações.

4. E isto nosso Senhor tem abundantemente demonstrado nas partes precedentes e subseqüentes do discurso, diante de nós, nas quais ele introduziu uma nova religião no mundo. Mas a mesma,desde o início: -- a religião, cuja essência é sem dúvida, tão antiga quanto a criação, sendo contemporânea do homem, e tendo procedido de Deus, no momento em que 'o homem tornou-se uma alma vivente'; (a essência, eu digo; porque algumas circunstâncias dela, relaciona-se agora ao homem como uma criatura caída); -- a religião testemunhada, tanto pela lei, quanto pelos profetas, em todas as gerações que se seguiram. Ainda assim, ela nunca foi tão completamente explicada, nem tão inteiramente entendida, até que o próprio grande Autor condescendeu em dar à humanidade esse comentário autêntico sobre todas as ramificações essenciais dela; ao mesmo tempo, declarando que ela nunca deverá ser mudada, mas deverá permanecer em vigor até o fim do mundo.

II

1. 'Em verdade eu digo a vocês', (um prefácio solene, que denota a importância e a certeza do que estava sendo falado) 'até que o céu e terra passem, nem um jota ou um til, deverá, de forma alguma, serem tirado da lei, até que ela seja cumprida'.

'Um jota':-- Literalmente, nem um iota [letra grega]; nem a mais insignificante vogal: 'Nem um til', -- um ângulo, ou ponto de uma consoante. Esta é uma expressão proverbial que significa que nenhum mandamento contido na lei moral; nem a menor parte de algum dele, por mais insignificante que seja, deverá ser anulado.

'Não deverá, de maneira nenhuma, deixar de cumprir a lei'. A negativa dupla, aqui usada, fortalece o sentido, de modo a admitir nenhuma contradição: E pode ser observado, que não se trata apenas do futuro, declarando o que será; mas tem igualmente a força de um imperativo, ordenando que deverá ser. Esta é uma palavra de autoridade, expressando a soberana vontade e poder Dele que fala; Dele, cuja palavra é a lei do céu e terra, e se mantém para sempre e sempre.

'Um jota ou um til deverá, de maneira alguma, passar, até que o céu e terra passem'; ou como está expresso imediatamente depois, até que tudo (ou melhor, todas as coisas) sejam cumpridas; até a consumação de todas as coisas. Aqui não existe, por conseguinte, lugar para aquela pobre evasão (com a qual alguns têm livrado a si mesmos grandemente) de que 'nenhuma parte da lei deveria para passar, até que toda a lei fosse cumprida: Mas ela já foi cumprida por Cristo; portanto, agora, deverá passar, para que o Evangelho possa ser estabelecido'. Não é assim; a palavra todo não significa toda a lei, mas todas as coisas no universo; nem o termo 'cumprida', faz qualquer referência à lei, mas a todas as coisas no céu e terra.

2. De tudo isto nós podemos aprender que não existe contradição entre a lei e o Evangelho; que não existe necessidade da lei ser extinta, para que o Evangelho possa ser estabelecido. De fato, nem um deles substitui o outro, mas concordam perfeitamente bem juntos. Sim, as mesmas palavras, consideradas em diferentes aspectos, são partes, tanto da lei, quanto do Evangelho. Se eles são considerados como mandamentos, eles são parte da lei; se, como promessas, do Evangelho. Assim, 'Tu deves amar ao Senhor teu Deus com todo teu coração', quando considerado como um mandamento, é uma ramificação da lei; quando levado em conta de promessa, é uma parte essencial do Evangelho; -- o Evangelho, sendo nada mais do que os mandamentos da lei, dispostos, através do caminho das promessas. Assim sendo, pobreza de espírito; pureza de coração e qualquer outro que esteja anexa na santa lei de Deus, não é outra coisa, quando vista sob a luz do Evangelho, do que as tão grandes e preciosas promessas.

3. Existe, por conseguinte, uma conexão intima que pode ser concebida, entre a lei e o Evangelho. De um lado, a lei continuamente cria o caminho para o Evangelho, e nos aponta até ele; do outro, o Evangelho continuamente nos conduz a um cumprimento mais exato da lei. A lei, por exemplo, requer que amemos a Deus, que amemos nosso próximo, que sejamos humildes, mansos e santos. Nós sentimos que não somos suficientes para essas coisas; sim, que 'com o homem isto é impossível': Mas nós vemos a promessa de Deus, nos dando aquele amor, e nos tornando humildes, mansos e santos: Nós nos agarramos a esse Evangelho; a essas boas novas; e isto é feito junto a nós, de acordo com nossa fé; e a 'retidão da lei é cumprida em nós', através da fé que está em Jesus Cristo.

Nós podemos ainda observar, mais além, que todo mandamento nas Escrituras Sagradas é apenas uma promessa encoberta. Porque, através daquela declaração solene: 'Esta é a aliança que eu farei, diz o Senhor; eu irei colocar as leis em suas mentes, e escrevê-las em seus corações'. Deus se comprometeu a dar o que quer que ele ordene. Ele nos ordena, então, que 'oremos, sem cessar?'. Que 'nos regozijemos, mais e mais?'. 'Que sejamos santos, como Ele é santo?'. É o suficiente. Ele irá operar em nós essas mesmas coisas. Elas serão em nós, de acordo com sua palavra.

4. Mas, se essas coisas são assim, nós não podemos estar perdidos quanto ao que pensar sobre aqueles que, em todas as épocas da Igreja, têm empreendido mudar ou substituir alguns mandamentos de Deus, como eles professaram, através da direção peculiar de seu Espírito. Cristo aqui tem nos dado uma regra infalível, por meio da qual, julga todas essas pretensões. O Cristianismo, como ele inclui toda a lei moral de Deus; tanto pelo caminho da injunção, quanto da promessa, se nós entendermos que ele é designado de Deus para ser a última de todas as suas revelações; não haverá outra a vir depois disso. Isto deve durar até a consumação de todas as coisas. Como conseqüência, essas tais novas revelações são de Satanás, e não de Deus; e todas essas pretensões à outra revelação, por mais perfeitas que sejam, caem por terra, afinal.'Céus e terra passarão'; mas esta palavra 'não passará'.

III

1. 'Qualquer, pois, que violar um desses menores mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no Reino dos céus: aquele, porém, que os cumprir e os ensinar, será chamado grande no Reino dos céus'.

Quem, ou o que são eles que darão à 'pregação da lei', um caráter de reprovação? Será que eles não sabem, em quem a reprovação deles irá cair, -- quais cabeças ela deverá golpear, por fim? Qualquer um que, por este motivo, menosprezar a nós, menosprezará a Ele que nos enviou. Por que homem algum pregou a lei como Ele; mesmo quando ele veio, não para condenar, mas para salvar o mundo; quando ele veio propositadamente para 'trazer vida e imortalidade à luz, através do Evangelho?'. Pode alguém pregar a lei mais expressamente, mais rigorosamente, do que Cristo faz nessas palavras? E quem é ele que deve corrigi-la? Quem é ele que deve instruir o Filho de Deus, em como pregar? Quem irá ensinar a Ele um caminho melhor, para entregar a mensagem que Ele recebeu do Pai?

2. 'Qualquer, pois, que violar um desses mandamentos', ou um dos menores desses mandamentos. Nós podemos observar, que 'esses mandamentos' é um termo usado por nosso Senhor, como equivalente com a lei e os Profetas, -- o que é a mesma coisa; vendo que os Profetas nada acrescentaram à lei; apenas declararam, explicaram ou reforçaram-na, quando movidos, pelo Espírito Santo.

'Qualquer que violar alguns desses menores mandamentos'; especialmente, se for feito propositadamente ou presunçosamente: -- Apenas um; -- porque 'ele que mantém toda a lei, e', mesmo assim, 'viola em um ponto, é culpado afinal'; a ira de Deus habita nele, tão certo, quanto se ele tivesse violado cada um. De modo que nenhuma tolerância é feita para uma única concupiscência predileta; nenhuma ressalva para um ídolo; nenhuma desculpa por se reprimir de todas as demais; apenas dando caminho para um único pecado íntimo. O que Deus exige é uma obediência total; como se tivéssemos um olho único para todos Seus mandamentos; do contrário, nós perderemos todo o trabalho que tivemos em manter alguns, e as nossas pobres almas para todo o sempre.

'Algum desses menores', ou um dos menores desses mandamentos: -- Aqui está uma outra desculpa eliminada, por meio da qual, muitos que não enganaram a Deus, miseravelmente ludibriaram as suas próprias almas. 'Este pecado', diz o pecador, 'não é um pecado pequeno? O Senhor não irá me poupar nisso? Certamente, que ele não será extremista para marcar este, já que eu não ofendi nas maiores questões da lei'. Esperança vã! Falando como homens, nós podemos denominar esses, de grandes, e aqueles, de pequenos mandamentos; mas, na realidade eles não são assim. Se nós usarmos a propriedade da linguagem, não existe tal coisa como um pequeno pecado; todo pecado é uma transgressão da lei santa e perfeita; e uma afronta à grande Majestade dos céus.

3. 'E ensinarem aos homens dessa maneira'. De alguma forma, pode ser dito que, qualquer que abertamente viola algum mandamento, ensina aos outros o mesmo; porque o exemplo fala, e muitas vezes, mais alto do que a regra. Neste sentido, é aparente que cada bêbado declarado é um professor de alcoolismo; todo aquele que viola o sábado, constantemente ensina seu próximo a profanar o dia do Senhor. Mas isto não é tudo: Um violador habitual da lei, raramente está satisfeito em parar por aqui; ele geralmente ensina outros homens a fazerem o mesmo, através de palavras, assim como, de exemplo; especialmente, quando ele se embrutece, e odeia ser reprovado. Tal pecador, logo se principia, em um advogado para o pecado; ele defende o que ele está resolvido a não renunciar; ele desculpa o pecado que ele não irá deixar, e, assim, ensina diretamente todo pecado que ele comete.

'Ele será chamado o menor no reino dos céus'; -- ou seja, não terá parte nele; Ele é um estranho ao reino dos céus, que está na terra; ele não terá porção naquela herança; não compartilhará daquela 'retidão, e paz, e alegria no Espírito Santo'. Nem, em conseqüência, poderá ter alguma parte na glória a ser revelada.

4. Mas, se até mesmo esses que assim violam, e ensinam a outros a violarem 'um dos menores desses mandamentos, serão chamados menores no reino dos céus'; não terão parte no reino de Cristo e de Deus; se estes deverão ser lançados para dentro da 'escuridão exterior, onde existe lamentação e ranger de dentes', então, como será para aqueles que nosso Senhor, principalmente e originalmente, pretende nessas palavras, -- aqueles que, não obstante, levem o caráter de Professores enviados de Deus, violam seus mandamentos; sim, e abertamente ensinam a outros a assim procederem; sendo corruptos tanto na vida quanto na doutrina?

5. Esses são de diversos tipos. Os do primeiro tipo, vivem em algum pecado terrível habitual. Agora, se um pecador comum ensina, através do seu exemplo, quanto mais um Ministro pecaminoso, -- mesmo que ele não pretenda defender, desculpar ou minorar seu pecado! Se ele faz isto, ele é um assassino, de fato; sim, um assassino geral de sua congregação! Ele povoa as regiões da morte. Ele é o instrumento preferido do príncipe das trevas. Quando ele procede assim, 'o inferno move-se para encontrá-lo em sua vinda'. Nem ele pode afundar no abismo insondável, sem carregar uma multidão atrás de si.

6. Próximo a estes, estão os agradáveis; um tipo de homens bons: os que vivem uma vida fácil, e inofensiva; não se preocupando com pecado exterior, nem com santidade interior; homens que não são notáveis, nem por um caminho, nem por outro; nem para a religião, nem para a descrença; que são bastante regulares, tanto em público, quanto em privado, mas que não pretendem ser alguém mais perfeito do que seu próximo. Um Ministro deste tipo não apenas viola um, ou alguns dos menores mandamentos de Deus; mas todas as grandes e importantes ramificações de sua lei, que se relaciona ao poder da santidade, e a tudo que requer que 'passemos o tempo de nossa hospedagem em temor'; para 'operarmos nossa salvação com temor e tremor'; ' tendo sempre nossos quadris amarrados, e nossas luzes queimando'; nos esforçando ou nos afligindo 'para entrarmos pelo portão estreito'. E ele ensina os homens assim, através de toda a forma de sua vida, e no teor geral de sua pregação, que uniformemente tende a confortar aqueles que, em seus sonhos prazerosos, se imaginam cristãos e não o são; para persuadir a todos que atendem ao seu ministério, a dormirem e descansarem. Não seria de se maravilhar, por conseguinte, que ele, e aqueles que o seguem acordassem juntos no fogo eterno'.

7. Mas, acima de todos estes, no mais alto pódio dos inimigos do Evangelho de Cristo, estão aqueles que abertamente e explicitamente 'julgam a lei', por si mesma, e 'falam mal dela'; aqueles que ensinam os homens a violarem, (a dissolverem, a desprenderem-se, a se desobrigarem dela), não apenas de um mandamento, quer seja ele o menor, ou o maior, mas de todos, de uma tacada só; os que ensinam, sem qualquer pretexto, em tantas palavras: 'O que nosso Senhor fez com a lei? Ele a aboliu. Não existe outra obrigação, a não ser crer. Todos os mandamentos são inadequados para nossos tempos. Nenhum homem é obrigado agora a seguir um passo; a gastar um centavo; a retirar ou omitir um pedaço, de qualquer exigência da lei'. Isto, realmente, é levar os assuntos com um pulso forte; isto é opor-se a nosso Senhor, e dizer a Ele que Ele não soube como entregar a mensagem para o qual Ele fora enviado. Ó, Senhor, não coloque este pecado na responsabilidade deles! Perdoa-lhes, Pai; porque eles não sabem o que fazem!

8. A mais surpreendente de todas as circunstâncias que atendem a essa forte ilusão, é que eles que desistiram dela, realmente acreditam que eles honram a Cristo, subvertendo sua lei, exaltando seu trabalho, enquanto destroem sua doutrina! Sim, eles o honram, assim como fez Judas, quando ele disse: 'Saudações, Mestre', e o beijou. E Jesus pode justamente dizer a cada um deles: 'Traístes o Filho do Homem com um beijo?'. Isto não é nada diferente, do que traí-lo com um beijo; falar de seu sangue, e tirar fora sua coroa; estabelecer a luz, através de alguma parte de sua lei, debaixo da pretensão de melhorar seu Evangelho. Não, de fato, pode alguém escapar dessa responsabilidade, quem prega fé, de tal maneira, que tanto direta, quanto indiretamente tende a colocar de lado algum ramo da obediência. Que prega Cristo, como que a ab-rogar, ou enfraquecer, de qualquer modo, o menor dos mandamentos de Deus.

9. É impossível, de fato, ter tão alta estima pela 'fé do eleito de Deus'. E nós devemos todos declarar: 'Pela graça,você é salvo, através da fé; não da obras, a fim de que homem algum possa gabar-se'. Devemos clamar alto para todo pecador penitente: 'Creia no Senhor Jesus Cristo, e você será salvo'. Mas, ao mesmo tempo, nós devemos cuidar que todos os homens saibam, que nós não estimamos a fé, a não ser aquela que é operada, através do amor. 'Porque em Jesus Cristo, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas sim a fé que opera pelo amor'. ( Gálatas 5:6); e que nós não somos salvos pela fé, a menos que sejamos libertos do poder e da culpa do pecado. E, quando nós dizemos: 'Creia, e você será salvo'; nós não queremos dizer: 'Creia, e você dará um passo do pecado para o céu, sem alguma santidade entre eles; a fé substituindo a santidade'; mas: 'Creia, e você será santo; acredite em nosso Senhor Jesus, e terá paz e poder juntos. Você terá a paz Dele, em que você crê, para colocar o pecado debaixo de seus pés; terá poder, para amar o Senhor teu Deus, com todo o seu coração; e para servi-lo com todas as suas forças:terá poder 'pela perseverança continua em fazer o bem, em buscar pela glória, e honra e imortalidade; você deverá tanto cumprir, como ensinar os mandamentos de Deus - do menor até o maior: Você deverá ensiná-los, através de sua vida, assim como de suas palavras, e assim sendo, 'ser chamado grande no reino dos céus'.

1. Qualquer que seja o outro caminho que ensinemos para o reino dos céus, para a glória, honra e imortalidade; seja ele chamado de caminho da fé, ou por algum outro nome, ele será, na verdade, o caminho para a destruição. Ele não irá trazer paz ao homem, por fim. Para isto, disse o Senhor: '[Verdadeiramente] digo a vocês, que com exceção à sua retidão que deve exceder a retidão dos Escribas e fariseus, você, de maneira alguma, entrará no reino dos céus'.

Os Escribas, tão freqüentemente mencionados no Novo Testamento, como alguns dos mais constantes e veemente opositores de nosso Senhor, não eram apenas os secretários, ou homens encarregados das escritas, como este termo nos inclinaria a acreditar. Nem eram advogados, como em nosso senso comum da palavra; embora ela tenha sido assim transcrita em nossa tradução. A ocupação deles não tinha afinidade com aquela de um advogado, entre nós, afinal. Eles eram familiarizados com as leis de Deus, e não com a lei dos homens. Essas eram a matéria dos estudos deles: Era ocupação pessoal e peculiar deles, lerem e exporem as leis e os Profetas, particularmente nas sinagogas. Eles eram os pregadores costumeiros e declarados entre os judeus. De maneira que, se o sentido da palavra original era para ser observada assim, nós podemos reproduzi-la como, os Clérigos. Porque esses eram os homens que fizeram da Teologia sua profissão: e eles eram geralmente (como os nomes deles literalmente significam), homens de letras; os maiores homens do saber que existiam, então, na nação judaica.

2. Os fariseus eram uma facção, ou um corpo de homens, muito antigos, entre os judeus; originalmente assim chamados da palavra hebraica PRS que significa separar ou dividir. Não que eles tivessem feito alguma separação formal, ou divisão dentro da igreja nacional. Eles eram apenas distinguidos de outros, através da maior rigor de vida; através de uma conversa mais precisa. Já que eles eram zelosos da lei, em seus mínimos pontos; pagando o dízimo de hortelã, anis verde, e cominho: e, por isto eles eram honrados, por todas as pessoas, e geralmente, estimados como os homens mais santos.

Muitos dos Escribas eram da seita dos fariseus. Assim o próprio Paulo, que foi educado por um Escriba, primeiro na Universidade de Tarsus; e, mais tarde, naquela em Jerusalém, sob a responsabilidade de Gamaliel, (um dos mais ilustrados Escribas ou Doutores da lei que existiam, então, na nação) declara de si mesmo, perante o Concílio: 'Varões, irmãos, eu sou um fariseu, filho de fariseu!' (Atos 23:6). E, diante do Rei Agrippa: 'Sabendo de mim, desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu'. ( Atos 26:5). E todo o corpo de Escribas, geralmente, estimava e atuava, em concordância com os fariseus. Por isto, nós encontramos nosso Senhor, tão freqüentemente, unindo os dois, em muitos aspectos, debaixo da mesma consideração. Assim sendo, eles parecem ter sido mencionados juntos, como os mais eminentes professores de religião; os primeiros deles, considerados os mais sábios, -- os últimos, os mais santos dos homens.

IV

3. O que 'a retidão dos Escribas e fariseus' realmente eram, não é difícil determinar. Nosso Senhor tem preservado um relato autêntico, do que um deles deu de si mesmo: E ele é claro e completo na descrição de sua própria retidão; e não se pode supor que tenha omitido alguma parte dele. Ele fora, realmente, 'até o templo para orar'; mas estava tão concentrado em suas próprias virtudes, que ele se esqueceu do porquê tinha vindo. Porque é digno de nota, que ele não orou propriamente, afinal. Ele apenas disse a Deus quão sábio e bom ele era. 'Deus, eu agradeço a ti, que eu não seja como os outros homens, extorquidores, injustos, adúlteros; ou mesmo como esse publicano. Eu jejuo duas vezes, na semana: Eu dou o dízimo de tudo que possuo'. Sua retidão, por conseguinte, consistiu de três partes:

1o. Disse ele,'eu não sou como os outros homens'; Eu não sou um extorquidor, um homem injusto, um adúltero; nem 'mesmo como esse publicano'.

2. 'Eu jejuo duas vezes na semana':

3o. 'Eu dou o dízimo de tudo que possuo'.

'Eu não sou como outros homens são'. Este não é um ponto pequeno. Não é todo homem que pode dizer isto. Isto é como se ele tivesse dito: 'Eu não me deixarei levar embora por esta grande correnteza, o hábito. Eu não vivo, através do que é de costume, mas, através da razão; não pelos exemplos de homens, a não ser a Palavra de Deus. Eu não sou um extorquidor, um injusto, um adúltero; não obstante, o quão comuns esses pecados sejam, mesmo entre esses que são chamados o povo de Deus; (extorsão, em particular, -- uma espécie de injustiça legal, não punível, através de alguma lei humana; o obter ganho da ignorância ou carência de outro, tendo preenchido cada canto da terra): nem mesmo como esse publicano; nem culpado de algum pecado declarado ou presumido; nem um pecador exterior; mas um homem justo e honesto, de vida e conversa irrepreensíveis".

4. 'Eu jejuo duas vezes na semana'. Existe mais coisa incluída nisto, do que nós podemos, a princípio estar sensíveis a respeito. Todos os estritos fariseus observavam os jejuns semanais; ou seja, toda segunda e quinta-feira. No primeiro dia, eles jejuavam, em memória de Moisés ter recebido, naquela data, (como a tradição deles ensina), as duas tábuas de pedra escritas pelo dedo de Deus; no último, em memória da expulsão deles de suas terras, quando ele viu o povo dançando em volta do bezerro de ouro. Nesses dias, eles não se alimentavam, afinal, até três horas da tarde; a hora que começavam a oferecer o sacrifício vespertino no templo. Até esta hora, era costume deles permanecerem no templo, em alguns cantos, salas, ou pátio dele; para que eles pudessem estar prontos para assistir todos os sacrifícios, e reunirem-se em todas as orações públicas. O tempo de espera eles estavam acostumados a empregar, parcialmente em recomendações pessoais a Deus; parcialmente no estudo das Escrituras, em ler a Lei e os Profetas, e em meditação depois disso. Assim, muito está subtendido em 'Eu jejuo duas vezes na semana'; a segunda ramificação da retidão de um fariseu.

5. 'Eu dou o dízimo de tudo que possuo'. Isto os fariseus faziam com a mais extrema exatidão. Eles não faziam exceção da coisa mais insignificante; não, nem hortelã, anis verde, e cominho. Eles não trariam de volta a menor parte do que eles acreditavam pertencer propriamente a Deus; mas davam um décimo inteiro de todo recurso anualmente, e de todo o ganho, qualquer que ele fosse.

Sim, os estritos fariseus (como tem sido freqüentemente observado, por aqueles que são versados nos escritos judeus antigos), não satisfeitos em dar um décimo do que tinham para Deus, nos seus sacerdotes e Levitas [membro da tribo de Levi, entre os judeus]; dar outro décimo para Deus, nos pobres; e assim continuamente; eles davam a mesma proporção de tudo que tinham em donativos, como eles estavam acostumados a dar em dízimo. Ele isto igualmente eles ajustavam com a mais extrema exatidão; para que não trouxessem de volta alguma parte, mas devolvendo completamente a Deus as coisas que eram de Deus, como eles consideravam isto ser. De modo que, sobre o total, eles tiravam, de ano a ano, um quinto completo de tudo que eles possuíam.

6. Esta era 'a retidão dos Escribas e fariseus'; uma retidão que, em muitos aspectos, vai muito além da concepção que muitos estão acostumados a tomar em consideração, no que concerne a ela. Mas, talvez, seja dito: 'Era tudo falso e dissimulado; porque eles eram todos uma companhia de hipócritas'. Alguns deles, sem dúvida, eram; homens que não tinham religião alguma realmente; nenhum temor a Deus, ou desejo de agradá-lo; que não tinham preocupação pela honra que vem de Deus, mas apenas pelo reconhecimento de homens. E esses são aqueles que nosso Senhor condena severamente; reprova tão categoricamente, em muitas ocasiões.

Nós não podemos supor, porque muitos fariseus eram hipócritas, que, por conseguinte, todos eram assim. Nem de fato é a hipocrisia, por meio de algum significado, os princípios básicos do caráter de um fariseu. Esta não é a marca característica da seita deles. Ela é, preferivelmente, de acordo com o relato de nosso Senhor, isto: 'Eles confiavam em si mesmos, que eles eram retos, e menosprezavam outros'. Este é o distintivo genuíno deles. Mas o fariseu desse tipo não era um hipócrita. Ele devia ser, em um senso comum, sincero; do contrário, ele não poderia 'confiar em si mesmo que ele fosse justo'. O homem que estava aqui recomendando a si mesmo a Deus, inquestionavelmente acreditava que era reto. Conseqüentemente, ele não era hipócrita; ele mesmo não era consciente de alguma insinceridade. Ele agora falava para Deus, exatamente o que ele pensava; ou seja, que ele era abundantemente melhor do que outros homens.

Mas o exemplo de Paulo, não existisse algum outro, é suficiente para colocar isto fora de toda questão. Ele não poderia apenas dizer, quando cristão, 'E, por isto, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, em direção a Deus e em direção a homens' ( Atos 24:16); mas mesmo concernente ao tempo em que era um fariseu, 'Varões e irmãos, eu tenho vivido em boa consciência, diante de Deus, até esse dia'. ( Atos 23:1). Ele era, portanto, sincero, enquanto fariseu, tanto quanto, quando foi um cristão. Ele não era mais hipócrita, quando ele perseguia a Igreja, do que quando ele pregou a fé que uma vez ele perseguiu. Que a isto, então, seja acrescentado: 'a retidão dos Escribas e fariseus', -- uma crença sincera de que eles eram justos, e, em todas as coisas, fazendo o serviço de Deus'.

7. E ainda, 'com exceção de sua retidão', diz nosso Senhor, exceder a retidão dos Escribas e fariseus; ainda assim, de maneira alguma, entrará no reino dos céus'. Uma declaração solene e importante, e que coube a todos os que eram chamados pelo nome de Cristo, considerarem séria e profundamente. Mas, antes que perguntemos como nossa retidão pode exceder a deles, vamos examinar se, no momento, nós nos aproximamos dela.

Primeiro, um fariseu não era 'como outros homens eram'. No exterior ele era singularmente bom. Nós somos assim? Nós nos atrevemos a sermos singulares, afinal? Nós não preferimos nadar com a correnteza? Nós não prescindimos da religião e da razão juntas, muitas vezes, porque não pareceríamos singulares? Nós não estamos mais temerosos de estarmos fora da moda, do que de estarmos fora do caminho da salvação? Nós temos coragem de enfrentar a maré? de andar na contramão do mundo? 'de obedecer a Deus, preferivelmente, a homem'. Do contrário, o fariseu nos deixa para trás, no mesmo primeiro passo. Seria bom, se nós o alcançássemos mais.

Mas, para chegar perto, nós podemos usar sua primeira justificativa com Deus, que é, em substância: 'Eu não causo dano: Eu não vivo em pecado exterior. Eu não faço coisa alguma, pela qual meu coração me condena'. Você não faz? Você está certo disto? Você não vive, em uma prática, pela qual seu coração o condena? Se você não é um adúltero, se você não é lascivo, tanto na palavra ou ação, você não é injusto? A grande medida da justiça, assim como da misericórdia é: 'Não faça aos outros, o que você não quer que seja feito a você'. Você caminha por esta regra? Você nunca fez a alguém o que você não gostaria que ele fizesse a você? Mais ainda: você não é grosseiramente injusto? Você não é um extorquidor? Você não obtém ganho com a ignorância e carência de alguém; nem comprando, nem vendendo? Suponha que você esteja envolvido em um comércio: Você demanda; você recebe não mais do que o valor real do que você vende? Você demanda; você recebe, não mais do ignorante do que do instruído, -- de uma criança pequena, do que de um experiente comerciante? Se você faz, porque seu coração não o condena? Você é um extorquidor descarado! Você não exige de alguém que esteja em necessidade premente, mais do que o preço usual das mercadorias, -- a quem você deve, e isto sem demora, as coisas com as quais você apenas pode prover a ele? Se você procede assim, isto também é uma extorsão clara. De fato, você não alcança a retidão de um fariseu.

8. Em Segundo lugar, um fariseu (para expressar seu sentido em nosso caminho comum) usou todos os meios da graça. Como ele jejuava freqüentemente e muito, duas vezes em cada semana, então ele atendia todos os sacrifícios. Ele era constante nas orações públicas e privadas, e em ler e ouvir as Escrituras. Você chega a tanto? Você jejua muito e freqüentemente? duas vezes na semana? Eu temo que não! Uma vez, pelo menos, 'todas as sextas-feiras do ano?' (assim nossa igreja, clara e categoricamente ordena a todos os seus membros a fazerem; a observarem todos esses, tanto quanto as vigílias, e os quarenta dias de quaresma, como dias de jejum e abstinência). Você jejua duas vezes por semana? Eu temo que alguns, entre nós, não podem alegar até mesmo isto! Você não negligencia a oportunidade de atender e participar do sacrifício cristão?

Quantos são eles que chamam a si mesmos cristãos, e, ainda assim, são extremamente descuidados disto, -- ainda assim, não comem daquele pão; ou bebem daquela taça, por meses; talvez, anos, juntos? Você ouve, lê e medita sobre as Escrituras, todos os dias? Você se reúne em oração com a grande congregação, diariamente, se você tem oportunidade; se não, quando você pode; particularmente, naquele dia que você 'lembra de mantê-lo santo?'. Você se esforça para 'criar oportunidades?'. Você fica feliz, quando eles dizem a você: 'Vamos à casa do Senhor?'. Você é zeloso e diligente nas orações privadas? Você não suporta um dia passar sem elas? Antes, alguns de vocês não estão tão longe de passarem nisto, (como os fariseus) diversas horas, no dia, de maneira a pensarem que uma hora já é completamente suficiente, se não, muito? Você passa uma hora de um dia, ou de uma semana, em oração para o Pai que está em secreto? Sim, uma hora em um mês? Você passa uma hora, reunido em oração privada, desde que você nasceu? Ah! Pobres cristãos! O fariseu não deveria se levantar em julgamento contra vocês e condena-los? A retidão dele está tão acima da sua, quanto os céus estão acima da terra!

9. Em Terceiro lugar, o fariseu dava os dízimos, e fazia donativos de tudo o que possuía. E de que maneira profusa! De modo que ele era (como nós expressamos isto) 'um homem que fazia muito o bem'. Nós o alcançamos aqui? Qual de nós é assim tão abundante como ele, nas boas obras? Qual de nós dá a quinta parte de tudo que tem a Deus? Tanto do essencial, quanto do lucro? Quem de nós, em vez de (supondo-se) cem libras por ano, dá vinte a Deus e ao pobre; em vez de cinqüenta, dez; e assim em uma proporção maior ou menos: Quando nossa retidão, usando de todos os meios da graça; atendendo a todas as ordenanças de Deus; evitando o mal e fazendo o bem, irá se igualar, por fim, à retidão dos Escribas e fariseus?

10. E, mesmo que apenas se iguale à deles, de que proveito seria? 'Porque, verdadeiramente, eu digo, que, exceto, se a retidão de vocês excederem à retidão dos Escribas e fariseus, vocês, de modo algum, entrarão no reino dos céus'. Mas como ela poderá exceder a deles? Em que a retidão de um cristão excederia aquela de um Escriba e fariseu? A retidão cristã excede a deles:

Primeiro, na extensão dela. A maioria dos fariseus, embora fossem rigorosamente exatos, em muitas coisas, ainda assim, eram encorajados, pelas tradições dos presbíteros a prescindirem de outras de igual importância. Assim, eles eram extremamente pontuais em manter o quarto mandamento, -- eles não roubariam uma espiga de milho, no sábado judeu; mas, não em manter o terceiro, afinal, -- tendo a menor consideração ao mais leve, ou até mesmo falso juramento. De modo que a retidão deles era parcial; considerando que a retidão de um cristão real e universal. Ele não observa uma, ou algumas partes da lei de Deus, e negligencia o restante; mas mantêm todos os seus mandamentos, amando-os todos, valorizando-os acima do outro e pedras preciosas.

11. Realmente, pode ser que alguns dos Escribas e fariseus se esforçaram para manterem todos os mandamentos; e, conseqüentemente foram, no tocante à retidão da lei, ou seja, de acordo com a letra dela, irrepreensíveis. Mas, ainda assim, a retidão de um cristão excede todas essas retidões de um Escriba e fariseu, no cumprimento do espírito, tanto quanto da letra da lei; através da obediência interior e exterior. Nisto, na espiritualidade dela, não se admite comparação. Este é o ponto que nosso Senhor tem tão largamente provado, em todo o teor deste discurso. A retidão deles era apenas externa: a retidão cristã está no intimo do homem. O fariseu 'limpava o exterior da taça e da travessa'; o cristão é limpo por dentro. O fariseu esforçava-se para apresentar a Deus uma vida boa; o cristão, um coração santo. Um livrava-se das folhas, talvez dos frutos do pecado; o outro, 'deitava o machado na raiz', não estando contente com a forma da santidade exterior, por mais exata que ela pudesse ser, a menos que a vida, o Espírito e o poder de Deus junto à salvação, fossem sentidos, no mais íntimo da alma.

Assim sendo, não causar mal, fazer o bem, e atender a todas as ordenanças de Deus (a retidão de um fariseu) eram todas externas; considerando que, ao contrário, a pobreza de espírito, o murmurar, a humildade, a fome e sede em busca da retidão, o amor nosso próximo, e a pureza do coração - (a retidão de um cristão) - são todas internas. E mesmo a pacificação (ou fazer o bem), e sofrer por causa da retidão, dão direito às bênçãos anexadas a eles, apenas porque implicam nessas disposições interiores que brotam deles, são exercitadas e confirmadas neles. Assim, considerando que a retidão dos Escribas e fariseus era tão somente externa, pode-se dizer, em algum sentido, que a retidão de um cristão é apenas interna: todas as suas ações e sofrimentos, como não sendo nada em si mesmos, e sendo considerados, diante de Deus, apenas, através dos temperamentos do qual elas brotam.

12. Quem quer que, por conseguinte, você seja, que carregue o nome santo e honrado de um cristão, veja, primeiro, que a sua retidão não se resuma na retidão de um Escriba e fariseu. Não seja você, 'como os outros homens'. Ouse permanecer sozinho, em ser 'um exemplo contra o singularmente bom'. Se você 'seguir a multidão', afinal, será como 'praticar o mal'. Não permita que o costume e a moda sejam seus guias, mas a razão e a religião. A prática de outros é nada para você: 'Cada homem dará um relato de si mesmo a Deus'. De fato, se você não pode salvar a alma de outro, tente, pelo menos, salvar a sua, -- a própria alma. Caminhe, não nos passos do morto, porque é largo, e muitos caminham nele. Mais ainda, por essa mesma marca, você pode identificá-lo. É este o caminho, no qual você caminha um caminho largo, bem freqüentado, moderno? Então, ele infalivelmente o conduzirá para a destruição. Oh! Não seja 'condenado, apenas por companhia!'. Cesse o mal; fuja do pecado, como da face de uma serpente! Por fim, não cause dano. 'ele que comete o pecado é do diabo'. Que você não seja encontrado neste número! No tocante aos pecados exteriores, certamente a graça de Deus é, mesmo agora, suficiente para você. 'Nisto', pelo menos, 'exercite-se para ter uma consciência que evita a ofensa, em direção a Deus, e em direção ao homem'.

Segundo. Não permita que sua retidão esteja abaixo da deles, com respeito às ordenanças de Deus. Se a sua força de trabalho ou corpórea não lhe permite jejuar duas vezes na semana, de qualquer modo, proceda fielmente com sua alma, e jejue tão freqüentemente quanto suas forças permitam. Não omita a oportunidade pública ou privada de derramar a sua alma em oração. Não negligencie a ocasião de comer do pão e beber daquela taça que é a comunhão do corpo e sangue de Cristo. Seja diligente em buscar as Escrituras: leia-nas, o quanto pode, e medite nelas dia e noite. Regozije-se em abraçar cada oportunidade de ouvir 'a palavra da reconciliação' declarada pelos 'embaixadores de Cristo', os 'administradores dos mistérios de Deus'. Em usar todos os meios da graça; em um atendimento constante e cuidadoso a cada ordenança de Deus, esteja à altura (até que você possa ir além) 'da retidão dos Escribas e fariseus'.

Em Terceiro lugar: Não esteja abaixo de um fariseu, no fazer o bem. Dê donativos de tudo o que possui. Alguém está faminto? Alimente. Está com sede? Dê-lhe de beber. Nu? Cubra-o com uma vestimenta. Se você tem esses bens materiais, não limite sua beneficência a uma proporção insuficiente. Seja misericordioso, ao extremo do seu poder. Por que não, tanto quanto esse fariseu? Agora, 'faça amizade com eles', enquanto o tempo é do 'espírito de cobiça da retidão', para que, quando caíres¸ quando esse tabernáculo terrestre for dissolvido, 'eles possam receber a ti nas habitações eternas'.

13. Mas não fique por aqui. Deixe que sua 'retidão exceda a retidão dos Escribas e fariseus'. Não fique satisfeito 'em manter toda a lei, e ofender em algum ponto'. Cumpra rapidamente todos os mandamentos Dele, e, todos 'os falsos caminhos, abomine totalmente'. Faça todas as coisas que Ele tem ordenado, e isto, com toda a sua força. Você pode fazer todas as coisas, através de Cristo que o fortalece; embora, sem ele, você nada possa.

Acima de tudo, permita que sua retidão exceda a deles, na pureza e espiritualidade dela. Qual é a mais diligente forma de religião para você? A mais perfeita na retidão exterior? Vá mais além e mais profundamente do que todas essas! Permita que sua religião seja a religião do coração. Seja pobre em espírito; pequeno, comum, desprezível e vil aos seus próprios olhos; maravilhado e humilhado, diante do 'amor de Deus, que está em Jesus Cristo, seu Senhor. Seja sério: Permita que toda a correnteza de seus pensamentos, palavras e obras sejam tais que fluam da mais profunda convicção de que você está na beira do grande abismo; você e todos os filhos dos homens; prontos para caírem, tanto na glória, quanto no fogo eterno! Seja manso: Deixe que sua alma seja repleta com a brandura, gentileza, perseverança, longanimidade, em direção a todos os homens; ao mesmo tempo, que tudo que existe em você, esteja sedento de Deus, do Deus vivo, desejando acordo em busca de Seu semblante, e estar satisfeito com ele. Seja um amante de Deus, e de toda a humanidade. Neste espírito, suporte todas as coisas. Assim, 'excedido a retidão dos Escribas e Fariseus', você será 'chamado o maior no reino dos céus'.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48
O

Sermão do Monte (Mt 5—7)

  1. Sugestão de esboço do sermão
  2. A justiça verdadeira retratada por Cristo (5:1-48)

Versículo-chave: 5:48

  1. Positivo: a justiça é interior (5:1-16)
  2. Negativo: o pecado é interior (5:17-48)

Homicídio * adultério * jura-mento falso * vingança

  1. A verdadeira justiça praticada pelos crentes (6:1—7:12)

Versículos-chave: 6:1; 6:33; 7:12

  1. Na adoração, comunhão com Deus (6:1 -18)

Doar * orar * jejuar

  1. Na riqueza, comunhão com o mundo (6:19-34)
  2. No caminhar, comunhão com os outros (7:1-12)
  3. A verdadeira justiça provada por testes (7:13-29)

Versículo-chave: 7:20

  1. O teste da negação de si mesmo: "Andarei pelo caminho apertado hoje?" (7:13-14)
  2. O teste dos frutos produzi-dos: "O que minha vida produz?" (7:15-20)
  3. O teste da obediência: "Faço o que digo?" (7:21-29)

II. Visão geral do sermão

Poucas passagens da Bíblia são tão mal interpretadas e mal aplicadas como o Sermão do Monte. Com freqüência, as pessoas pegam alguns versículos ou frases de Mateus 5—7 e desconside-ram o contexto. É importante termos uma visão geral desse importante ser-mão antes de tentar estudar as várias divisões dessa passagem.

  1. Tema

Em 5:17-20, Cristo apresenta o tema do sermão — a justiça verdadeira versus a falsa, a dos escribas e fa-riseus. É importante lembrar que o povo via os escribas e fariseus como seus modelos e mestres nas coisas de Deus. Eles estabeleciam as regras e determinavam o que era santo ou profano. Um dos motivos por que os escribas e os fariseus odiavam Jesus era porque, nesse sermão, ele expôs a superficialidade e a falsidade de-les. Veja tambémMt 23:04ss)

  • Cruéis no julgamento (Lc
  • 8:9ss; Mt 12:22ss)
  • O sermão e a salvação
  • Milhões de pessoas pensam que po-dem ser salvar se obedecerem ao Sermão do Monte. Elas acham que é mais fácil obedecer a ele que aos dez mandamentos. Que insensatez! Ninguém jamais foi salvo por obe-decer a qualquer lei (Gl 2:1 Gl 2:6; Gl 3:10-48.

    1. "Choram" (v. 4)

    Essa é a dor sincera pelo pecado, o nosso e os dos outros. Como somos descuidados em relação ao peca-do! Nós o desculpamos, contudo Deus o odeia, e o pecado parte o coração do Senhor. Devemos tomar cuidado com a tristeza deste mundo (2Co 7:8-47). Pedro, em contrição piedosa, chorou e foi perdoado; Ju-das teve remorso — a tristeza deste mundo — e tirou a própria vida.

    1. "Mansos" (v. 5)

    Mansidão não é fraqueza! Jesus era manso (Mt 11:29), todavia ele expulsou os cambistas do templo. Moisés era manso (Nu 12:3), no entanto ele julgou os pecadores e até confrontou Arão por causa do pecado deste. Mansidão significa não defender meus próprios interes-ses, mas viver para a glória de Deus. Os cristãos devem ter mansidão (Ef 4:1-49; Tt 3:2). Temos a propensão à autodeterminação.

    1. "Fome e sede" (v. 6)

    O verdadeiro cristão tem apetite por coisas espirituais. Pergunte às pes-soas o que desejam e saberá quem elas são.

    1. "Misericordiosos" (v. 7)

    Isso não é legal ismo, apenas o tra-balho do princípio bíblico de seme-ar e de colher. Se demonstrarmos misericórdia porque Jesus foi mise-ricordioso conosco, então recebere-mos misericórdia (vejaLc 16:1-42; Jc 2:13; Pv 11:1 Pv 11:7). Não merecemos misericórdia, mas temos de estar preparados para recebê-la.

    1. "Limpos de coração" (v. 8)

    Isso não significa alguém sem pe-cados (1Jo 1:8), mas alguém que se alegra na verdade no íntimo (SI 51:6).

    Significa um coração inteiro, não di-vidido entre Deus e o mundo.

    1. "Pacificadores" (v. 9)

    Tt 3:3 descreve este mundo como se fosse uma guerra. Os cristãos têm o evangelho da paz a seus pés (Ef 6:15); por isso, onde quer que vão trazem a paz. Essa não é a "paz a qualquer preço", pois a santidade é mais importante que a paz funda-mentada no pecado (veja Jc 3:17; He 12:14). Concessão não é paz, mas os cristãos não devem ser con-tenciosos quando lutam pela fé.

    1. "Os perseguidos" (v. 10)

    Veja 2Tm 3:12 e 1Pe 4:15. Observe que devemos ser "falsamen-te" acusados. Não devemos nunca ser culpados de deliberadamente in-centivar a perseguição. Se levarmos uma vida devota, o sofrimento virá! Observe as recompensas: na perse-guição, temos a companhia de Cristo e dos profetas e seremos recompen-sados no céu.

    1. Sal e luz (5:13-16)

    Há duas imagens do cristão em vis-ta: o sal e a luz. O sal fala do caráter interior que influencia o mundo de-cadente, e a luz refere-se ao teste-munho interior das boas obras que apontam para Deus. Nossa tarefa é manter nossa vida pura a fim de sermos o "sal" desta terra e, assim, deter a corrupção para que o evan-gelho possa se propagar. Quando deixamos nossa luz brilhar, nossas boas obras devem acompanhar nos-sa vida dedicada.

    1. O Antigo e o Novo Testamento (5:17-48)

    Após declarar o verdadeiro signifi-cado de justiça, o Senhor explicou o pecado. Ele citou que não veio para ignorar nem para anular a lei, mas para cumpri-la. A lei do Anti-go Testamento lidava apenas com as ações exteriores; no reino, po-rém, devemos ter cuidado com as atitudes pecaminosas interiores. Je-sus cumpriu a lei em sua vida, pois ninguém pode acusá-lo de peca-do, e ele cumpriu-a em sua morte e ressurreição. O povo do Senhor não lhe obedeceu por causa das limitações exteriores, mas graças à vida interior, resultante do poder do Espírito de Deus. Embora o Espírito Santo não seja mencionado no Ser-mão do Monte, fica claro que não conseguimos praticar o que Jesus ensina aqui sem a ajuda do Espíri-to (Rm 8:1-45). Jesus fala de vários pecados e explica como devemos superá-los.

    1. Ira (vv. 21-26)

    A lei diz: "Não matarás [homicí-dio]" (Êx 20:13), mas Jesus declarou: "Todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento". A ira é como matar

    no coração e pode levar às palavras maldosas e ao homicídio real. O "julgamento" refere-se à corte local e ao conselho do Sinédrio judaico, a mais alta corte da terra. Não espe-re até que seu irmão, ou sua irmã, contaminado pela ira dê o primeiro passo; dê você mesmo o primeiro passo, e faça isso logo, antes que as coisas piorem.

    1. Desejo impuro (vv. 27-32)

    Embora o adultério real seja mui-to pior que as fantasias sensuais, o desejo interior leva rapidamente ao pecado proibido (Êx 20:14). Temos de ser implacáveis com nós mesmos e não encorajar nossa imaginação a se "alimentar" com esses pecados. Os olhos e as mãos (visão e tato) têm de estar sob controle. Para co-nhecer os ensinamentos de Cristo sobre casamento e divórcio, leiaMt 19:1-40). Lembre-se, isso se refere a ofensas pessoais; as cortes ainda devem li-dar com as pessoas que infringem a lei e devem ser punidas de acor-do com o que fizeram. Os cristãos podem se sacrificar e sofrer coma o Senhor os ensina a fazer, mas não têm o direito de pedir que outros se juntem a eles nisso. O versículo 42 não nos ordena a dar a qualquer pessoa aquilo que ela deseja, pois, dessa forma, poderiamos prejudicá- la. Devemos dar a ela o que mais precisa, não o que mais deseja.

    Levítico 19:1 7-1 8 lida com o tratamento aos inimigos; veja Êxo-Dt 23:4-5. Em momento algum, a lei ordena que a pessoa odeie seu inimigo. Jesus aconselha-nos a orar por eles e a fazer o bem a eles, da mesma forma que o Pai faz em rela-ção a nós. Se tratarmos nosso inimi-go da mesma forma como ele nos

    trata, rebaixamo-nos ao patamar dele. Nem devemos nos satisfazer em fazer o que muitos cristãos fa-zem. "Por que fazer mais que os ou-tros?" Devemos ir mais alto e imitar o Pai celestial. No versículo 48, a palavra "perfeitos" indica o cami-nho para a maturidade de caráter, o tipo de qualidade descrita em 2 Pe-dro 1 e Gl 5:22-48. Todavia, não recebem a recompen-sa do Pai.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48
    5.2 Passou a ensiná-los. Jesus achava-se em Cafarnaum, cercado por grandes multidões, num lugar que hoje é apontado como o Monte das Bem-aventuranças. O Sermão inteiro ocupa os caps. 5, 6 e 7, e seus ensinamentos foram repetidos no decurso da missão ativa de Jesus na terra, como se verifica nas referências e partes diferentes do Evangelho de Lucas.

    5:3-12 Bem-aventurados.. Gr makarios, "feliz", "abençoado". É a felicidade do coração que está em paz com Deus, e estende-se aos seguintes:
    1) Humildes de espírito, os verdadeiros humildes, não sendo a simples falta de bens materiais que produz a humildade;
    2) Os que choram, lamentando seus próprios pecados; 3), Os mansos, que se dobram à vontade de Deus;
    4) Fome e sede de justiça, é o que têm os que buscam a santidade que vem de Deus;
    5) Os misericordiosos, que- se compadecem do seu próximo;
    6) os limpos de coração, têm uma santidade no íntimo;
    7) Os pacificadores, têm paz com Deus e a semeiam;
    8) os perseguidos, que sofrem qualquer sacrifício para permanecer dentro da vontade de Cristo

    5.13,14 A influência e a responsabilidades do cristão neste mundo: o sal preserva e dá sabor, a luz brilha e se opõe às trevas.
    5.17 Para cumprir. Gr plerõsai, "encher", "completar". Jesus não veio revogar ou destruir nenhuma palavra que Deus ensinara aos fiéis do passado no AT. Veio cumprir plenamente o propósito de Deus revelado no AT dando à lei e aos profetas aquilo que faltava: O Espírito Santo para interpretá-lo e poder para pô-lo em prática, pela sua obra salvadora.

    5.18 A letra i (iota) era a menor letra do abecedário grego e hebraico (yôdh), e o til (gr keraia, lit. "chifrezinho", era o sinal que distinguia certas consoantes hebraicas, o daleth do rêsh, o bêth do kaph).

    5.19 Aquele, pois, que violar. A Bíblia é a palavra de Deus, e não deve ser menosprezada, retalhada ou profanada nas mãos dos homens.

    5.20 Justiça. Gr dikaiosune, a qualidade de ser reto ou justo. Não é suficiente a observância de leis e de costumes; para isto os fariseus serviam muito bem. Precisa-se certa realidade espiritual produzida pelo relacionamento com Deus pela fé que resulta numa retidão interna refletida pela expressão externa (conforme Lc 18:14n; Rm 4:3).

    5.21,22, Não matarás. Os judeus valorizavam a letra da lei que proibia eliminar-se a vida humana (Êx 20:13). Jesus, revelando a vontade de Deus, porém, proibiu o ódio e a vingança que já é assassínio na coração (conforme 23-26).

    5.22 Inferno. Gr geenna, que translitera o hebraico gehinnõm, "o vale de Hinom"; este vale profundo ficava ao sul de Jerusalém. Durante o reinado de Manassés alguns judeus sacrificavam ali aos seus próprios filhos, através do fogo, ao ídolo Moloque. Finalmente tornou-se o depósito de lixo da cidade, e inclusive de carcaças de animais e de criminosos executados. O fogo e a fumaça incessantes criaram o símbolo do castigo eterno.

    5.27,28 Não adulterarás. Adulterar, para o judeu, observando-se a letra de Êx 20:14, seria deitar-se com a mulher do seu próximo. Para Jesus, é isto e ainda algo mais. Atendendo ao espírito da lei e à disposição do coração que leva a cobiçar uma mulher, declara que pensamento impuro é adultério, embora não se pratique o ato.

    5.32 A interpretação que os judeus da época de Jesus chegaram a ter da lei, começou a ter aplicação dupla: lenitiva para com os homens, e severa para com as mulheres. Um homem podia divorciar-se de sua esposa por qualquer pretexto, e tinha muita facilidade para tomar uma concubina. Aqui, bem como em outras questões, Jesus revela qual era a verdadeira intenção da Palavra de Deus, desde os primórdios.
    5.33,34 Não juraras falso, Conforme Lv 19:12; Êx 20:7; Dt 5:34. O juramento era permitido no AT, mas Jesus querendo que toda palavra nossa seja pura e inabalável (37), proíbe o juramento. • N. Hom. Lugares onde nossa luz não deve ficar:
    1) Debaixo do alqueire, 5.15;
    2) Debaixo da cama, Mc 4:21; Mc 3:0) Debaixo do vaso,Lc 8:16; Lc 4:0) Em qualquer lugar escondido,Lc 11:23.

    5.38 Olho por olho. A intenção desta lei era de controlar a vingança da pessoa lesada; não podendo ultrapassar, a simples retribuição justa e exata (Êx 21:24; Dt 19:21; Lv 24:20). Jesus ultrapassa a justiça com amor, não somente na Sua obra sacrificial na cruz, pela qual Deus cancela o castigo que Sua justiça decreta; mas também na Sua vida diária demonstrando que a justiça pode ser cumprida através de Sua Pessoa e no Seu ensino. 5.43 Odiarás o teu inimigo. Esta expressão pertence à tradição popular dos judeus, e não ao AT. Os judeus consideravam que só outros judeus (e prosélitos, ver Lv 19:33 -34) eram vizinhos. Mas Jesus ensinou o amor para com todos, considerando-os além disto o sinal pelo qual o mundo reconheceria os filhos do Pai Celestial (Jo 13:35).

    5.48 Perfeitos. Jesus aponta para a absoluta perfeição do amor de Deus como alvo do crente (conforme 1Pe 1:15, 1Pe 1:16). Não se debate a possibilidade filosófica do absoluto amor perfeito na terra: quem pertence a Cristo, pratica a verdadeira piedade (1Jo 1:6-62), e já tem sua absoluta garantia da transformação final (1Jo 3:2).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48
    1.2. ENSINO: O SERMÃO DO MONTE (5.1—7.29)
    Durante mais de um século, tem-se feito uma comparação intensiva entre o ensino de Cristo e o dos antigos rabinos. Foi demonstrado de forma conclusiva que há pouco no Sermão do Monte que não encontre algum tipo de paralelo nos escritos rabínicos, e a discussão com freqüência degenera para a questão da anterioridade, como se os rabinos tivessem conscientemente tomado emprestado material de Jesus. As semelhanças são devidas ao fato de que ambos fundamentaram o seu ensino no AT. Mas, enquanto os paralelos rabínicos são obtidos por meio do exame de centenas de milhares de palavras, a composição breve do Sermão do Monte é única em seu poder de balançar aqueles que estão preparados a se expor ao seu choque concentrado.

    Não se faz aqui nenhuma tentativa de discutir a relação entre esses capítulos e o Sermão da Planície (Lc 6:17-42). Não há fundamento para pressupormos que tudo que está registrado aqui por Mateus precisa ter ocorrido numa ocasião, ou que Jesus não repetia seus próprios discursos ou parte deles, às vezes com considerável variação.

    As Bem-aventuranças (5:3-12)

    Conforme Lc 6:20-42. O contraste entre o Sermão e a promulgação da Lei no Sinai está no seu ápice aqui. A Lei começa com os Dez Mandamentos, que estabelecem as leis fundamentais que governam o comportamento daqueles que começariam um relacionamento de aliança com Deus. As Bem-aventuranças são dirigidas àqueles que mostram por meio da sua vida que já satisfizeram as exigências do decálogo. O Sermão está tão distante de ser uma nova lei, como crêem alguns “dispensacionalistas”, que descreve a vida dos que pela graça foram aprovados sem lei.

    Acerca do v. 3, conforme Is 11:4; Is 57:15; Is 61:1; acerca do v. 4, Is 61:1; acerca do v. 5, SI 37.11; acerca do v. 6, Is 55:1,Is 55:2; acerca do v. 8,  Sl 24:3-4.

    Sal e luz (5:13-16)

    Conforme Lc 11:33; Lc 14:34,Lc 14:35. O destaque continua sendo no caráter, e não nas obras. Sal e luz funcionam em virtude do que são, e não do que fazem. Provavelmente é o valor de conservação e não o de tempero que está sendo destacado aqui. v. 13. se o sal perder o seu sabor. Isso geralmente se explica em virtude de o sal ser a camada exterior do sal-gema (sal de rocha), em que a salinidade se perdeu em virtude da ação do sol e da chuva (conforme “Sal”, NBD), ou porque foi adulterado (M’Neile; Filson sugere ambos os aspectos). Nenhum deles, no entanto, se enquadra no contexto. Antes, destaca-se o que é fisicamente impossível (Schniewind), pois mostra que o discípulo sem um efeito salgado nunca foi um verdadeiro discípulo. Observe que a luz (v. 16) não são as nossas boas obras, mas o meio pelo qual as pessoas percebem que elas são boas.

    Jesus e a Lei (5:17-20)

    Jesus então se volta para a sua relação com a revelação de Deus que já existia. A divisão tríplice das Escrituras (Lc 24:44) ainda não tinha se tornado geral (SB), de modo que aqui a expressão os Profetas (v. 17) significa todos os livros do AT, exceto a Lei. Ele tinha vindo para cumprir (plêroo) todas as Escrituras, mas, desde que o seu grande conflito com os fariseus seria em torno da lei, ele restringiu as suas observações a ela. A lei era uma revelação da vontade de Deus e, por isso, permaneceria Enquanto existirem céus e terra (até que tudo se cumpra, v. 18). Abrandar um mandamento (v. 19) é reivindicar autoridade acima de Deus.

    v. 20. A justiça [...] dos fariseus e mestres da lei era inadequada porque, apesar de todo o seu zelo, representava uma interpretação meramente humana das exigências de Deus por meio da lei. A interpretação de Jesus, longe de destruir a lei, cumpriu-a. Em primeiro lugar, ele realmente obedeceu à lei (e essa justiça é imputada a nós); em segundo lugar, ele revelou “toda a profundidade do significado que a lei continha” (M’Neile). Quando

    o Espírito dele habita em nós, temos sua interpretação escrita em nosso coração. Acerca do homicídio (5:21-26)
    Conforme 12.57ss. O princípio de que a ira e zombaria aos olhos de Deus são tão más quanto o homicídio ao qual podem facilmente conduzir era reconhecido pelos rabinos, mas Jesus forneceu uma nota adicional de seriedade. Suas palavras não são facilmente praticadas. A palavra julgamento deve ter o mesmo sentido nos v. 21,22; provavelmente se refira à corte judaica local Dt 23:0,Mc 10:12; Lc 16:18. Para o AT, a fornicação e o adultério não são dois estágios do pecado, mas diferentes tipos de pecado. Aquela é condenada expressamente só nas suas formas mais graves, embora sempre seja considerada com desagrado. Já o adultério era um pecado fundamental contra a família, e assim contra a sociedade, e implicava a pena de morte (Lv 20:10; Dt 22:22). O judeu piedoso considerava todo pecado sexual, na prática ou em pensamento, com repugnância. Se Jesus está aqui concentrando sua atenção na transgressão mais séria, de forma alguma ele está desculpando a menos séria.

    A opinião popular de que os rabinos eram frouxos e indulgentes acerca do divórcio vem da ignorância a respeito dos seus métodos exegéticos. Os discípulos de Shammai (século I d.C.) traduziam Dt 24:1 como está na ARA (“coisa indecente”); os seus rivais, os discípulos de Hillel, entendiam o termo como “qualquer coisa ofensiva”. Com base nisso, eles diziam que queimar a comida do marido seria motivo suficiente para o divórcio, como também se o marido encontrasse uma mulher mais bonita que a esposa (Aqiba, que morreu em 135 d.C.). Mas isso era somente a exposição da lei como eles a entendiam. Na verdade, eles censuravam abertamente o divórcio, e não há evidência de que fosse algo comum.

    O uso que Jesus faz de adultério (v. 28) sugere que o homem e a mulher eram impedidos de se casar. Supostamente gyné (mulher) traz aqui, como com freqüência, o significado de “esposa” (assim Arndt). O pecado, mesmo em pensamento, era tão sério que valeria a pena ficar aleijado para evitá-lo. Isso parece responder por antecipação ao argumento moderno de que o adultério e a fornicação são, sob certas circunstâncias, naturais e necessários para se ter uma vida plena.

    As palavras de Jesus acerca do divórcio têm causado tantas controvérsias que devemos nos restringir à afirmação dos fatos, (a) Jesus estava se dirigindo a pessoas cujo caráter é descrito em 5:3-10. Ele não estava colocando os gentios não-regenerados sob restrições maiores do que tinham sido colocados os judeus (Dt 24:1-5). (b) Visto que os Evangelhos não circularam em um códice antes do século II, não podemos dar à cláusula de exceção exceto por imoralidade sexual (porneia) um significado tão grande que os que possuíam somente Marcos ou Lucas fossem interpretar erroneamente as palavras de Cristo, (c) o termo porneia nunca é usado na LXX ou no NT acerca de simples adultério. A Igreja Ortodoxa entendeu que aqui significa atos repetidos de adultério, que fazem da esposa alguém nada melhor do que uma prostituta, (d) Com base no fato de que implicava a pena de morte, pode-se argumentar que o adultério automaticamente colocava um fim no casamento, mas isso não pode ser deduzido desse texto, (e) Somente três significados da cláusula de exceção, não mutuamente excludentes, parecem estar à altura de consideração: (1) o da Igreja Ortodoxa, que deveria conhecer o significado do grego; (2) que se indica pela situação que houve pecado pré-marital não confessado, i.e., entrou-se no casamento com base em falsos pretextos; (3) que seja indicado aqui o casamento em condições proibidas, como em At 15:20-29 — a idéia de que os cristãos gentios eram dados à promiscuidade sexual é insensata e repulsiva, v. 32 .faz que ela se tome adúltera'. Nas condições sociais da época, era quase impossível uma mulher mais jovem viver uma vida independente de solteira.

    Acerca do juramento (5:33-37)

    Tratamos aqui também Dt 23:16-5. Falar a verdade completa sempre é algo tão carregado de perigos que só é possível ao que confia completamente em Deus. Uma vez que a minha palavra não é considerada confiável, preciso estabelecer a minha veracidade com base em juramentos; mas esses tendem a se tornar mecânicos e praticamente inúteis. Os rabinos tentavam amenizar isso estabelecendo juramentos em que se pudesse confiar. Jesus se ocupa aqui não com as exigências de autoridade com que se faça um juramento, mas com aquela honestidade perfeita que torna o juramento desnecessário. Eu, como cristão, tenho o direito de esperar que as pessoas que me conhecem aceitem a minha palavra, se eu for invariavelmente verdadeiro. Por que um juiz ou outra pessoa autorizada que não me conhece deveria aceitar a minha declaração não corroborada de que eu sou cristão e me desobrigar de um juramento ou afirmação solene, que em si já é um juramento, só que com outro nome? A jurisprudência judaica, de qualquer forma, não conhecia a nossa evidência fornecida com base no juramento. Os únicos casos em que alguém era obrigado a isso eram os semelhantes a Ex 22:10,11.

    Por meio de um juramento, eu apelo a Deus, ou a alguém ou a alguma coisa, para dar testemunho da verdade da minha declaração e, se necessário, trazer desastre sobre mim. Mas eu não posso controlar os céus, terra, Jerusalém e nem mesmo a minha cabeça. Pior ainda é quando faço distinção entre juramento e juramento (23:16-22). Eu posso enganar a pessoa não versada nessas sutilezas e assim profanar coisas sagradas. Essas diferenças não são encontradas em escritos rabínicos do século II. E provável que esse seja um dos casos em que as advertências de Jesus foram levadas a sério; v.comentário Dt 15:4,Dt 15:5.

    Acerca do verdadeiro amor (5:38-48)

    Conforme Lc 6:27-42. Qualquer e todo esforço de explicar esses versículos em termos da lei está destinado ao fracasso. Simplesmente temos aqui um retrato de como os regenerados vão se comportar se reagirem de acordo com sua nova natureza. E por isso: sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês (v. 48). Isso é uma simples variante de Lv 19:2: “Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo”. Buber (p. 128) diz que “isso está mais em forma de promessa do que de ordem”. A experiência demonstra que não é difícil para o cristão praticar essa seção espontaneamente, mas é quase impossível que aconteça como resultado de ação intencional.

    A lei Olho por olho e dente por dente (v. 38; Êx 21:24; Lv 24:20; Dt 19:21) não ordena a vingança, mas moderação na vingança, que não deveria exceder o prejuízo causado. Enquanto o partido do sumo sacerdote entre os saduceus ainda aplicava a lei literalmente nessa época, a maioria dos fariseus insistia em que o equivalente monetário fosse pago. O contexto mostra que Não resistam ao perverso (v. 39) significa que a pessoa não deveria buscar justiça pelas próprias mãos. Não há sugestão de que, por meio da falta de ação ou do silêncio, encorajemos a injustiça a outros. Nem se sugere que não deveríamos colocar a nossa causa nas mãos do divino juiz. São tratadas aqui quatro questões práticas: (1) Injustiça real, prática: Se alguém o ferir na face direita (v. 39). Aqui estão incluídas a desonra e também a dor física. Não se defende a aceitação passiva, mas ativa. (2) Injustiça possível: se alguém quiser processá-lo (v. 40). A sua ação, embora evidentemente injusta, pode se mostrar bem fundamentada. A túnica (chitõné a blusa longa íntima; a capa (himation) é a vestimenta externa muito mais valiosa, que por lei não poderia ser tirada (Ex 22:26,27). (3) Obrigações oficiais: Se alguém o forçar a andar uma milha (v. 41; “Se alguém em posição de autoridade...”, NEB). Angareuõ é palavra tomada por empréstimo do persa, possivelmente do babilônio (Arndt), referente ao antigo sistema de serviço não pago a que tinham direito as pessoas a serviço do governo. Era visto como um serviço escravo e, por isso, degradante. Andar uma segunda milha aliviaria outra pessoa de fazê-lo. (4) Reivindicações irracionais: O contexto sugere que o pedinte e o que toma por empréstimo iriam privar o outro do que este de fato necessitaria. E o que dizer se a outra pessoa realmente tem necessidade disso? At 3:6 ilustra uma forma de colocar em prática esse preceito.

    v. 43. Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo: Em geral se pressupõe que Jesus estava colocando lado a lado com o amor limitado nacional dos judeus por seu próprio povo (seu próximo) um amor mais amplo, abrangendo os gentios {seu inimigo), mas isso é improvável. E verdade que os rabinos sempre interpretaram Lv 19:18 como uma referência aos patrícios judeus, como de fato significa. As controvérsias só existiam em relação a quais classes de judeus poderiam ser legitimamente excluídas desse escopo (conforme Lc 10:29). Mas em nenhum dos seus escritos encontramos a sugestão de que todos os gentios eram inimigos e deveriam ser odiados. O mais próximo disso é a exceção em Sifra (89b), que diz, comentando Lv 19:18a: “Contra os outros, vocês podem ser vingativos ou ter rancor”. Com a expressão odeie seu inimigo, Jesus estava colocando em palavras a atitude comu-mente aceita em relação a todos que eram considerados inimigos, quer judeus quer gentios. Aqui, como muitas vezes no NT, o lado emocional do amor não está em consideração. A parábola do bom samaritano é o exemplo clássico do que Jesus queria dizer com “amar o seu inimigo”, e aqui até mesmo uma saudação é vista como um exemplo disso (v. 47).

    Já a ilustração do amor do Pai (v. 45) é uma indicação do tipo de perfeição (v. 48) que Jesus estava ensinando. Se eles fossem filhos santos (v. antes) e maduros do Pai, partilhariam, como participantes do seu Espírito, do seu amor imparcial pelos homens. O NT não sugere que recebemos mais de Deus, mas que o que recebemos pode ser corretamente aplicado e usado (conforme Rm 8:28). A perfeição não é a impecabilidade, mas o controle completo pelo Espírito de Deus.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 29


    4) Sermão da Montanha. 5:1 - 7:29.

    É o mesmo discurso registrado em Lc 6:20-49, pois as diferenças podem ser harmonizadas ou explicadas, e a semelhança entre os começos, finais e assuntos tornam a identificação extremamente provável. Além disso, os dois registros falam da cura do servo do centurião logo a seguir. A objeção de que Matem coloca este discurso antes de sua própria vocação (Mt 9:9; contrasta com Lc 5:27 e segs.) explica-se por sua falta de ordem cronológica estrita por toda parte. Daí, considerando que Mateus descreveu as atividades de Cristo na proclamação da chegada do Reino (Mt 4:17, Mt 4:23), foi acertado incluir para os seus leitores um exame completo deste assunto feito por Jesus. Concluise que o Sermão da Montanha não é, em primeiro lugar uma declaração de princípios para a Igreja cristã (que na ocasião ainda não fora revelada), nem uma mensagem evangelística para os perdidos, mas um esboço de princípios que caracterizariam o reino messiânico que Cristo anunciava. Mais tarde, a rejeição do seu Rei por parte de Israel, atrasou a vinda do seu reino, mas ainda agora os cristãos, tendo declarado a sua fidelidade ao Rei e tendo sido preparados espiritualmente para a antecipação de algumas das bênçãos do seu reino (Cl 1:13), podem perceber o ideal de Deus neste sublime discurso e concordarão com seus altos padrões.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 4 até o 5

    4,5. Choram (confira com Is 61:3). Um sentimento de angústia por causa do pecado caracteriza o homem bem-aventurado. Mas o arrependimento genuíno concede o conforto para o crente. Considerando que Cristo levou sobre si os pecados de todos os homens, o conforto do perdão completo está à disposição imediata (I Jo 1:9). Mansos. Só mencionados por Mateus. Uma alusão óbvia ao Sl 37:11. A fonte dessa mansidão é Cristo (Mt 11:28, Mt 11:29), que a concede quando os homens submetem-lhe a sua vontade. Herdarão a terra. O reino messiânico terreno.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 6 até o 7

    6,7. No momento, entretanto, sua mensagem anunciava o reino dos céus, messiânico (veja Mt 3:2; Mt 4:23), do qual a casa de Israel era herdeira.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 6 até o 9

    6-9. Fome e sede de justiça. Uma paixão profunda pela justiça pessoal. Tal desejo é evidência da insatisfação como alcance espiritual atual (contrasta com os fariseus, Lc 18:9 e segs.) Misericordiosos (confira com Sl 18:25). Aqueles que põem em ação a piedade podem esperar a mesma misericórdia tanto da parte dos homens como de Deus. Limpos de coração. Aqueles cujo ser moral está livre da contaminação do pecado, sem interesses ou lealdade divididos. Eles, na possessão da natureza pura de Deus, possuem a visão límpida de Deus, que atingirá o seu clímax na volta de Cristo (1Co 13:12; I Jo 3:2). Pacificadores. Assim como Deus é "o Deus da paz" (He 13:20) e Cristo, "o Príncipe da Paz" (Is 9:6), os pacificadores no Reino serão reconhecidos como participantes da natureza divina, e serão devidamente honrados.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 10 até o 12

    10-12. Os perseguidos por causa da justiça. Quando se estabelecer o reino messiânico, essas injustiças serão sanadas. E mesmo dentro desse reino a presença de homens com natureza pecadora tomarão possível o mal, ainda que imediatamente julgado. Os profetas. Os videntes do V. T. que profetizaram o reino e proclamaram seu caráter de justiça encontraram a mesma oposição (Jer.; Jr 20:2; Zac.; 2Cr 24:21).

    b) Função dos Cidadãos do Reino. Mt 5:13-16.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 13 até o 14

    13,14. Sal. Um conhecido preservador do alimento, muitas vezes usado simbolicamente. Os crentes são uma coibição da corrupção do mundo. Os incrédulos são muitas vezes afastados do mal por causa de uma consciência moral cuja origem pode ser encontrada na influência cristã. Se o sal vier a ser insípido. Se isto pode acontecer quimicamente é assunto controvertido. Thompson admite que o sal impuro da Palestina pode se tornar insípido (The Land and the Book, pág. 381). Entretanto, a ilustração de Cristo pode ser hipotética para mostrar que a anomalia é um crente inútil. Vós sois a luz do mundo. Os crentes funcionam positivamente para iluminar um mundo que está nas trevas, porque eles possuem Cristo, que é a luz (Jo 8:12). A luz de Cristo deveria brilhar publicamente, como o agrupamento das casas de pedras brancas numa cidade da Palestina. Deveria também ser exibida em nossos relacionamentos individuais e particulares (candeia, velador, casa).

    c) Padrões do Reino Comparados à Lei Mosaica. Mt 5:17-48.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 17 até o 20

    17-20. Não penseis que vim revogar. Cristo responde à objeção de que ele estivesse menosprezando o V.T, com a negação de qualquer esforço no sentido de anular ou revogar a Lei. Vim para cumprir. Cristo cumpriu o V.T, obedecendo a Lei perfeitamente, cumprindo seus tipos e profecias, e pagando o preço total da Lei como o Substituto dos pecadores. (Conseqüentemente, os crentes têm a justiça de Cristo que lhes foi imputada pela justificação; Rm 3:20-26; Rm 10:4). Em verdade vos digo. A primeira vez que Jesus usa essa fórmula impressionante, indicando uma declaração de extraordinária importância. Até que o céu e a terra passem. Ainda que alguns achem que é uma expressão idiomática usada em lugar de nunca, provavelmente é uma referência escatológica (Mt 24:35; Ap 21:1). O i é a menor das letras do alfabeto hebreu (yodh). O til. Pequena projeção de certas letras hebraicas. Aqueles que não se opõem em princípio às leis de Deus mas fogem às suas exigências menos importantes não serão lançados fora do Reino mas terão uma recompensa menor no reino. Vossa justiça. Diferente da justiça dos escribas e fariseus, que consistia em uma simples conformidade, exterior, e carnal, ao código mosaico, ainda que escrupulosamente observado. A justiça do crente se baseia na justiça de Cristo que lhe foi imputada e obtida pela fé (Rm 3:21, Rm 3:22), que o capacita a viver justamente (Rm 8:2-5). Só essa pessoa poderá entrar no reino que Cristo proclamou.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 19 até o 20

    19, 20. Não cuideis. O Espírito proveria os apóstolos com o seu testemunho oral (como também inspiraria seus escritos).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 21 até o 22

    21,22. Perseguição do tipo mais doloroso, até atingindo as famílias, deveria ser esperada. Entretanto, não deviam se entregar ao desespero, pois o livramento estava prometido (conf. Mt 24:13).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 21 até o 26

    21-26. Primeira ilustração: homicídio. Jesus mostra como esse cumprimento da Lei é mais profundo que uma simples conformidade exterior. Quem matar destaca um desenvolvimento tradicional de Ex 20:13, mas ainda trata do ato de homicídio. O julgamento. O tribunal civil judeu, conforme baseado em Dt 16:18 (veja também Josefo, Antig. iv. 8.14). Os melhores manuscritos omitem "sem motivo" ainda que Ef 4:26 indique a possibilidade de se inferir corretamente alguma restrição. Insulto. (Raca na ERC.) Provavelmente "cabeça vazia" (de uma palavra aramaica significando "vazio"). Tolo.

    Considerando que esta série exige epítetos progressivamente mais graves, Bruce acha que Raca é um desacato à cabeça do homem, e tolo, ao seu caráter (Exp GT, I, 107). Inferno de fogo. Literalmente uma referência ao vale de Hinon nos arredores de Jerusalém, onde o lixo, os restos e as carcaças de animais abatidos eram queimados e também uma metáfora pitoresca do lugar do tormento eterno. (A sua história horrível se encontra em Jr 7:31, Jr 7:32; 2Cr 28:3; 2Cr 33:6; lI Reis Mt 23:10.) Cristo localiza a raiz do homicídio no coração do homem irado, e promete que no Seu reino o julgamento imediato será feito antes que o homicídio seja cometido. Ao altar. Indicação do disfarce judaico deste discurso. Teu irmão tem alguma coisa contra ti, isto é, se você cometeu uma injustiça contra o seu irmão. Vai primeiro reconciliar-te obriga o adorador que está a caminho, a prestar satisfações ao ofendido para que a sua oferta seja aceitável (confirma com Sl 66:18). Adversário. Um oponente da lei (confira com Lc 12:58, Lc 12:59). Considerando que o juízo está próximo, os ofensores deveriam se apressar em ajustar contas. Enquanto não pagares. Provavelmente uma situação literal no reino. Se, entretanto, a prisão é símbolo do inferno, a implícita possibilidade de pagamento e soltura aplica-se apenas à parábola, não a sua interpretação. A Escritura é clara ao declarar que aqueles que estão no inferno ficarão lá para sempre (Mt 25:41, Mt 25:46), porque a sua dívida não pode ser paga.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 24 até o 25

    24,25. O relacionamento de Cristo com os crentes foi apresentado por, meio de três figuras: discípulo e mestre, servo e senhor, dono da casa e seus domésticos. Se o próprio Jesus recebeu maus tratos, seus subordinados não podem esperar melhor tratamento.

    Belzebu (antes Belzebul ou Bezebul) era considerado o "príncipe dos demônios" (Mt 12:24; Lc 11:15), ao que parece idêntico a Satanás. Essa ortografia não ocorre em nenhum outro lugar da literatura judia fora do N.T. A verdadeira explicação é incerta, embora pareça estar relacionado com "Baal-Zebube", deus de Ecrom (2Rs 1:16).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 26 até o 27

    26,27. Não os temais. Este encorajamento baseia-se no conhecimento de que o juízo final de Deus vingará os crentes e acertará contas com os perseguidores. Assim, de acordo com esta máxima muitas vezes usada por Jesus, aquilo que os Doze receberam em particular (encoberto, em trevas) devia ser destemidamente pregado em público (plena luz, dos eirados).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 27 até o 30

    27-30. Segunda ilustração: adultério. Jesus indica que o pecado descrito em Ex 20:14 tem raízes mais profundas que o ato declarado. Qualquer que olhar caracteriza o homem cujo olhar não está controlado por uma santa reserva e que forma o desejo impuro de concupiscência por determinada mulher. O ato será consumado quando houver oportunidade. Olho direito. Para o homem que culpar o seu olho pelo pecado, Jesus mostra o procedimento lógico a ser tomado. Assim como amputamos órgãos doentes para salvar vidas, também um olho (ou mão) tão desesperadamente afetado precisa de um tratamento drástico. É claro que Jesus queria que seus ouvintes vissem que a verdadeira fonte do pecado jaz, não no órgão físico, mas no coração. O coração perverso do homem precisa ser mudado se ele quer escapar à ruína final do inferno (Geena; veja comentário sobre Mt 5:22).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 29 até o 31

    29-31. A providência divina, que se estende até os mínimos detalhes deste mundo, fornece um antídoto adicional para o medo.

    Dois pardais. Aves familiares na Palestina, usadas às vezes como alimento. Um asse (assarion). O asse ou assarion romano era uma moeda de cobre, com o valor aproximado de um dezesseis avos do denário (Arndt). Lucas diz que duas dessas moedas poderiam comprar cinco passarinhos (Lc 12:6). Sem o consentimento de vosso Pai. Não apenas sem o seu conhecimento; o pensamento do contexto é que sem a sua direção providencial nem mesmo um acontecimento insignificante como esse pode acontecer. Essa providência se aplica aos mínimos detalhes de nosso ser (os cabelos todos da cabeça).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 31 até o 32

    31, 32. Terceira ilustração: divórcio. O regulamento mosaico (Dt 24:1) protegia a mulher dos caprichos do homem, insistindo na carta de divórcio. O divórcio era, entretanto, uma concessão ao pecado humano (Mt 19:8). As premissas mosaicas da "impureza" foram muitas vezes explicadas, a partir do adultério (Shammai) até o mais simples desagrado da parte do marido (Hillel). No costume judeu só os homens podiam obter divórcio. Relações sexuais ilícitas. Alguns restringem estas palavras ao costume judeu, como descritivo da infidelidade durante o período de compromisso (confira com o problema de José, Mt 1:18, Mt 1:19), e assim não encontram motivo para o divórcio hoje em dia. Outros acham que "fornicação" equivale a "adultério" nesta passagem, e assim é o único motivo que dá permissão para o divórcio segundo Cristo. Certamente não temos base além desta possível exceção. A expõe a tornar-se adúltera. Entende-se, geralmente, em tese, considerando que ela pode ser forçada a contrair outro casamento. Uma vez que isso não precisa obrigatoriamente acontecer, Lenski interpreta esta difícil forma passiva assim – ocasionar que ela seja estigmatizada como adúltera (Interpretation of St. Matthew’s Gospel, págs. 230-235), e considera o pecado como uma suspeita injusta atraída sobre a parte injuriada.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 32 até o 33

    32,33. A perspectiva de juízo divino pode também servir de impedimento a que se submeta diante da perseguição.

    Todo aquele que me confessar refere-se ao reconhecimento genuíno de Jesus como Senhor e Salvador, com tudo o que esses termos implicam. Diante dos homens. Indica uma confissão pública diante de interrogadores humanos, em contraste como reconhecimento dos crentes da parte de Cristo diante do Pai, que está nos céus. Aquele que me negar (conf. 2Tm 2:12). O tempo do verbo em grego (aoristo, constativo) não se refere a um momento de negação (Pedro, por exemplo), mas à vida na sua inteireza, a qual Cristo é capaz de avaliar com exatidão.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 33 até o 37

    33-37. Quarta ilustração: juramentos. O alicerce do V.T, é Lv 19:12 e Dt 23:21 (confira com Ex 20:7). Jurarás falso. Jurar em falso. O abuso que os judeus faziam dos juramentos, levou Jesus a dizer, de modo nenhum jureis. É difícil achar uma brecha nesta diretiva (veja também Jc 5:12). Assim, o crente não deveria jurar para autenticar suas declarações. Até mesmo o Estado deveria geralmente permitir uma afirmação em lugar do juramento exigido. Pelo céu. Os judeus usavam a sua engenhosidade para classificar os diversos juramentos, e geralmente perdoavam aqueles que não mencionassem Deus especificamente. Jesus mostrou que tal raciocínio enganosamente sutil era falso, pois Deus continua implicado quando os homens invocam os céus, a terra, ou Jerusalém; e até quando se jura pela própria cabeça está implicado Aquele que tem poder sobre a mesma. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Uma solene afirmação ou negação é o suficiente para o crente. O que passa disto. Acrescentando juramentos às nossas declarações, ou admitimos que não se pode confiar em nossas palavras costumeiras, ou nos rebaixamos ao nível de um mundo mentiroso, que vem do maligno. Confira com Jo 8:44.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 34 até o 39

    34-39. As advertências precedentes sobre o perigo porvir podem levar alguém a imaginar porque a necessidade de tal sorte. Jesus explica que a sua mensagem, pregada em um mundo rebelde e perverso, seria recebida com hostilidade. Espada. Um símbolo de divisão e áspero conflito, conforme os exemplos nos versículos 35:36.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 35 até o 36

    35, 36. Causar divisão significa literalmente dividir em dois. O Evangelho de Cristo tem muitas vezes provocado a desunião até mesmo dentro dos círculos familiares, não por alguma falha do Evangelho, mas por causa da atitude rebelde dos corações pecadores que não se arrependem. A ilustração mostra uma família de cinco membros assim desunidos: pai e mãe, filha solteira, filho solteiro e a sua noiva, que morava na casa do pai, segundo o costume oriental.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 38 até o 42

    38-42. Quinta ilustração: vingança. Olho por olho (Ex 21:24). Um princípio judicioso que fazia o castigo ajustar-se ao crime. Entretanto, não tinha a intenção de permitir aos homens que se vingassem com suas próprias mãos (Lv 19:18). Não resistais ao mal. Provavelmente, "ao homem mau". Jesus mostra aos cidadãos do Reino como deveriam receber a injúria pessoal. (Ele não está discutindo a obrigação do governo de manter ordem.) Um filho de Deus deveria estar pronto a sofrer perda por assalto (v. Mt 5:39), litígio (v. Mt 5:40), regulamentos compulsórios (v. Mt 5:41), mendicância (42a), empréstimos (v. Mt 5:42, Ex 22:27), e portanto não podia ser mantida durante a noite como garantia de pagamento de dívida (Dt 24:12, Dt 24:13). Te obrigar. Uma palavra de origem persa, descrevendo o costume dos correios que tinham autoridade de obrigar pessoas a prestarem serviços sempre quando fosse necessário (confira com Simão Cireneu, Mt 27:32). Esse alto padrão de conduta deveria obrigar todos os crentes a se esforçarem até onde fosse possível em viver de acordo com a sua vocação e a ansiarem pelo dia quando o governo justo de Cristo tornará esse ideal inteiramente aplicável a todos os setores da vida.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 40 até o 42

    40-42. Concluindo este desafio Jesus demonstra que aqueles que enfrentarem a perseguição serão devidamente recompensados.

    Quem vos recebe. Não como um simples hóspede, mas na qualidade de mensageiro de Cristo. Nosso Senhor considera essa recepção como se fosse feita a ele mesmo.

    Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, isto é, por causa dele ser um profeta (um porta-voz comissionado por Deus). Aqueles que não são profetas participam de suas lutas e também de suas recompensas.

    Um destes pequeninos. O menor dos favores realizado para ajudar ao mais insignificante dos servos de Cristo (conf. Mt 25:40) não passará despercebido por nosso Senhor.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 43 até o 48

    43-48. Sexta ilustração: amar os inimigos. Amarás o teu próximo (Lv 19:18, Lv 19:34) resume toda a segunda tábua da Lei (confira com Mt 22:39). Odiarás o teu inimigo. Esta adição que não é das Escrituras desvia-se da lei do amor; mas deveria ser uma interpretação popular. O Manual de Disciplina de Qumran contém a seguinte regra: ". . . amar todos os que Ele escolheu e odiar a todos os que Ele rejeitou" (1 QS 1.4). Amai a vossos inimigos. O amor (agapao) prescrito é o amor inteligente que compreende a dificuldade e esforça-se em libertar o inimigo do seu ódio. Tal amor é parente da atitude amorosa de Deus para com os homens rebeldes (Jo 3:16) e portanto é uma prova de que aqueles que agem assim são verdadeiros filhos do seu Pai. Publicanos. Os coletores judeus dos impostos romanos, odiados por seus patrícios por causa de suas flagrantes extorsões e sua associação com os conquistadores desprezados. A ordem Sede vós perfeitos deve se restringir à questão do amor neste contexto. Assim como o amor de Deus é completo, não omitindo nenhum grupo, assim o filho de Deus deve lutar pela maturidade nessa questão (confira com Ef 5:1, Ef 5:2). Isso não pode se referir à ausência de pecado, pois Mt 5:6, Mt 5:7 mostra que os bemaventurados ainda têm fome de justiça e precisam de misericórdia.

    d) Atitudes dos Cidadãos do Reino. 6:1 - 7:12.

    Jesus passa a comparar a vida honesta que ele espera, coma hipocrisia dos fariseus e seus seguidores (5: 20).


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 3
    Lc 6:20 (conforme Mt 5:3) - Por que a versão de Lucas quanto às bem-aventuranças difere da de Mateus?


    PROBLEMA:
    A versão de Lucas da primeira bem-aventurança afirma: "Bem-aventurados vós, os pobres". Já o relato de Mateus diz: "Bem-aventurados os pobres de espírito" (Mt 5:3, SBTB). Lucas parece estar falando sobre pobreza no sentido financeiro e Mateus, sobre pobreza no sentido espiritual.

    SOLUÇÃO: Alguns acreditam que as diferenças entre as duas versões se explicam por serem duas ocasiões diferentes. Apontam para o fato de que Mateus diz que o sermão foi pregado a uma multidão que incluía os seus discípulos (Mt 5:1), ao passo que a versão de Lucas diz que o sermão foi dado para os seus discípulos (Lc 6:20). Argumentam ainda que, segundo Mateus, Jesus falou num monte (Mt 5:1), ao passo que em Lucas ele falou de uma planura (Lc 6:17). Ainda, que o relato de Lucas é muito menor que o de Mateus. (Veja "Solução" do problema de Lc 6:17.)

    Outros, entretanto, observam que os dois sermões foram feitos na mesma hora, na mesma área geográfica, para o mesmo grupo de pessoas e com muitas expressões exatamente iguais. Nos dois relatos o sermão foi precedido de curas especiais, e depois dele em ambos os casos é registrada a ida de Jesus a Cafarnaum. Além disso, embora Lucas faça uma introdução ao sermão dizendo: "levantando ele os olhos para os seus discípulos" (Lc 6:20, SBTB), tal como Mateus, ele observa que as palavras de Jesus foram "dirigidas ao povo" (Lc 7:1; conforme Mt 5:1). Tudo isso torna improvável a suposição de serem dois eventos diferentes.

    As diferenças existentes entre os dois relatos podem ser devidas a várias razões. Primeiro, o relato de Lucas está muito mais resumido que o de Mateus. Segundo, naquela ocasião Jesus deve ter falado muito mais do que aquilo que os escritores registraram. Assim, cada um dos autores teve de selecionar, de um conjunto bem mais amplo de coisas que Jesus falou, aquelas que eram mais adequadas ao seu tema.

    Terceiro, Lucas dá uma certa ênfase às palavras de Jesus, destacando a referência aos que são pobres. Mateus não exclui a pobreza material, mas fala da pobreza de espírito, que com freqüência os pobres têm, de forma contrária ao que acontece com os ricos (conforme Lc 16:1).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 14
    Mt 5:14 - Quem é a luz do mundo, os crentes ou Jesus?

    PROBLEMA: Nessa passagem, Jesus disse a seus discípulos: "Vós sois a luz do mundo". Entretanto, em Jo 9:5, Jesus declarou: "Sou a luz do mundo". Quem é então a luz do mundo, Jesus ou os seus discípulos?

    SOLUÇÃO: Tanto Jesus como os discípulos são a luz do mundo. Jesus é a luz primária, e nós, seus discípulos, somos a luz secundária. Assim como a luz do sol é para a lua, Jesus é a fonte da luz, e nós somos os refletores dessa luz. Jesus disse: "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (Jo 9:5). Agora que ele não mais está aqui, nós somos sua luz, refletida para o mundo.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 17
    Mt 5:17-18 - Jesus veio para pôr um fim na Lei de Moisés?

    PROBLEMA: Jesus disse muito explicitamente: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir." Entretanto, certa ocasião Jesus aprovou seus discípulos quando eles quebraram a lei dos judeus quanto ao trabalho no sábado (Mc 2:24), e o próprio Jesus aparentemente aboliu a lei cerimonial ao considerar puros todos os alimentos (Mc 7:19). Os discípulos de Jesus rejeitaram claramente muito do que era da lei do AT, inclusive a circuncisão (At 15:1; Gl 6:15). De fato, Paulo declarou: "Não estais debaixo da lei e sim da graça" (Rm 6:14), e afirmou, também, que os Dez Mandamentos, gravados em pedra, tinham sido removidos em Cristo (2Co 3:7,2Co 3:14).

    SOLUÇÃO: Na questão quanto a se a Lei de Moisés foi abolida por Cristo, a confusão se estabelece por se deixar de fazer distinção entre várias coisas. Em primeiro lugar, há a confusão do tempo. Durante sua vida terrena, Jesus sempre guardou pessoalmente a Lei de Moisés, inclusive oferecendo sacrifícios aos sacerdotes judeus (Mt 8:4), participando das festas judias (Jo 7:10) e comendo o cordeiro pascal (Mt 26:19). De vez em quando ele violava as tradições falsas dos fariseus, que tinham sido levantadas em torno da Lei (conforme Mt 5:43-44), repreendendo-os: "Invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição" (Mt 15:6). Os versículos que indicam que a Lei foi cumprida referem-se à situação depois da cruz, quando não há "nem judeu nem grego... porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gl 3:28).

    Em segundo lugar, há uma confusão quanto a certos aspectos. Pelo menos algumas das referências (se não todas) à Lei, a respeito de elas terem sido abolidas no NT, referem-se a cerimônias e tipos do AT. Esses aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei de Moisés foram de forma clara abolidos quando Jesus, o nosso cordeiro pascal (1Co 5:7), cumpriu os tipos e predições da Lei quanto à sua primeira vinda (conforme Hb 7:10). Nesse sentido, Jesus claramente aboliu os aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei, não destruindo-a, mas cumprindo-a.

    Finalmente, há uma confusão quanto a contexto, mesmo quando as dimensões morais da Lei são discutidas. Jesus, por exemplo, não apenas cumpriu as exigências morais da Lei por nós (Rm 8:2-3), mas também o contexto nacional e teocrático no qual os princípios morais de Deus foram expressos no AT não mais se aplica aos cristãos nos dias de hoje. Por exemplo, não estamos debaixo dos mandamentos como Moisés os expressou para o povo de Israel, porque, ao serem expressos ao povo nos Dez Mandamentos, eles traziam a recompensa de que os judeus viveriam uma longa vida "na terra [da Palestina] que o Senhor, teu Deus, te dá [aos israelitas]" (Ex 20:12). Quando o princípio moral contido nesse mandamento do AT é estabelecido no NT, ele se expressa num contexto diferente, a saber, num contexto que não é nacional nem teocrático, mas pessoal e universal.

    Para todas as pessoas que honram seus pais, Paulo declara que eles terão "longa vida sobre a terra" (Ef 6:3). De igual forma, os cristãos não mais estão debaixo do mandamento de Moisés para cultuarem no sábado (Ex 20:8-11), já que, depois da ressurreição, das aparições e da ascensão (as quais ocorreram todas no domingo), os cristãos cultuam no domingo em vez de no sábado (veja At 20:7; 1Co 16:2).

    O culto do Shabbath, declarou Paulo, era no AT apenas uma "sombra" da realidade nova que foi inaugurada por Cristo (Cl 2:16-17). Já que até mesmo os Dez Mandamentos, como tais, foram expressos dentro de um contexto nacional, judeu, teocrático, então o NT pode falar corretamente que o que estava "gravado em pedras" foi, "em Cristo, removido" (2Co 3:7,2Co 3:13-14), com a esperança de uma reintegração mediante o arrependimento (conforme 2Co 2:6-8).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 18
    Mt 5:17-18 - Jesus veio para pôr um fim na Lei de Moisés?

    PROBLEMA: Jesus disse muito explicitamente: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir." Entretanto, certa ocasião Jesus aprovou seus discípulos quando eles quebraram a lei dos judeus quanto ao trabalho no sábado (Mc 2:24), e o próprio Jesus aparentemente aboliu a lei cerimonial ao considerar puros todos os alimentos (Mc 7:19). Os discípulos de Jesus rejeitaram claramente muito do que era da lei do AT, inclusive a circuncisão (At 15:1; Gl 6:15). De fato, Paulo declarou: "Não estais debaixo da lei e sim da graça" (Rm 6:14), e afirmou, também, que os Dez Mandamentos, gravados em pedra, tinham sido removidos em Cristo (2Co 3:7,2Co 3:14).

    SOLUÇÃO: Na questão quanto a se a Lei de Moisés foi abolida por Cristo, a confusão se estabelece por se deixar de fazer distinção entre várias coisas. Em primeiro lugar, há a confusão do tempo. Durante sua vida terrena, Jesus sempre guardou pessoalmente a Lei de Moisés, inclusive oferecendo sacrifícios aos sacerdotes judeus (Mt 8:4), participando das festas judias (Jo 7:10) e comendo o cordeiro pascal (Mt 26:19). De vez em quando ele violava as tradições falsas dos fariseus, que tinham sido levantadas em torno da Lei (conforme Mt 5:43-44), repreendendo-os: "Invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição" (Mt 15:6). Os versículos que indicam que a Lei foi cumprida referem-se à situação depois da cruz, quando não há "nem judeu nem grego... porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gl 3:28).

    Em segundo lugar, há uma confusão quanto a certos aspectos. Pelo menos algumas das referências (se não todas) à Lei, a respeito de elas terem sido abolidas no NT, referem-se a cerimônias e tipos do AT. Esses aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei de Moisés foram de forma clara abolidos quando Jesus, o nosso cordeiro pascal (1Co 5:7), cumpriu os tipos e predições da Lei quanto à sua primeira vinda (conforme Hb 7:10). Nesse sentido, Jesus claramente aboliu os aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei, não destruindo-a, mas cumprindo-a.

    Finalmente, há uma confusão quanto a contexto, mesmo quando as dimensões morais da Lei são discutidas. Jesus, por exemplo, não apenas cumpriu as exigências morais da Lei por nós (Rm 8:2-3), mas também o contexto nacional e teocrático no qual os princípios morais de Deus foram expressos no AT não mais se aplica aos cristãos nos dias de hoje. Por exemplo, não estamos debaixo dos mandamentos como Moisés os expressou para o povo de Israel, porque, ao serem expressos ao povo nos Dez Mandamentos, eles traziam a recompensa de que os judeus viveriam uma longa vida "na terra [da Palestina] que o Senhor, teu Deus, te dá [aos israelitas]" (Ex 20:12). Quando o princípio moral contido nesse mandamento do AT é estabelecido no NT, ele se expressa num contexto diferente, a saber, num contexto que não é nacional nem teocrático, mas pessoal e universal.

    Para todas as pessoas que honram seus pais, Paulo declara que eles terão "longa vida sobre a terra" (Ef 6:3). De igual forma, os cristãos não mais estão debaixo do mandamento de Moisés para cultuarem no sábado (Ex 20:8-11), já que, depois da ressurreição, das aparições e da ascensão (as quais ocorreram todas no domingo), os cristãos cultuam no domingo em vez de no sábado (veja At 20:7; 1Co 16:2).

    O culto do Shabbath, declarou Paulo, era no AT apenas uma "sombra" da realidade nova que foi inaugurada por Cristo (Cl 2:16-17). Já que até mesmo os Dez Mandamentos, como tais, foram expressos dentro de um contexto nacional, judeu, teocrático, então o NT pode falar corretamente que o que estava "gravado em pedras" foi, "em Cristo, removido" (2Co 3:7,2Co 3:13-14), com a esperança de uma reintegração mediante o arrependimento (conforme 2Co 2:6-8).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 29
    Mt 5:29 - O inferno é a sepultura ou um lugar de tormento consciente?


    PROBLEMA:
    Em Mt 5:29 Jesus refere-se ao "corpo" sendo "lançado no inferno", e o salmista fala de "ossos" sendo "espalhados à boca do Seol [inferno]" (Sl 141:7, R-IBB). Jacó falou que suas "cãs" desceriam ao inferno [Seol] (Gn 42:38; conforme Gn 44:29,Gn 44:31, R-IBB). Entretanto, Jesus referiu-se ao inferno como um lugar para o qual a alma vai depois da morte, ficando conscientemente em tormentos (Lc 16:22-23). O "inferno" é apenas a sepultura, como as Testemunhas de Jeová e algumas outras seitas ensinam?

    SOLUÇÃO: A palavra hebraica sheol, traduzida em algumas versões como inferno, ou transliterada como Seol (R-IBB) ou Xeol (BJ), é traduzida também como "sepultura" (como na ARA, na EC e na SBTB) ou "cova". Ela significa apenas "o mundo invisível" e pode referir-se tanto à sepultura, onde o corpo fica fora da visão depois do enterro, como ao mundo espiritual, que é invisível aos olhos mortais.

    No AT, sheol é usada freqüentemente significando sepultura, já que indica o lugar para onde "ossos" (Sl 141:7) e "cãs" (Gn 42:38) vão após a morte. Até mesmo a ressurreição do corpo de Jesus é dita como sendo do "hades" [inferno] (isto é, da sepultura) (At 2:30-31, R-IBB), onde sua carne não viu a corrupção.

    Conquanto possa haver no AT algumas alusões ao "inferno" como um mundo espiritual (conforme Pv 9:18; Is 14:9, R-IBB), o "inferno" (em grego: hades) é descrito claramente no NT como um lugar de espíritos que já partiram (almas). Anjos lá estão (2Pe 2:4), e eles não têm corpos. Seres humanos que não se arrependeram estão lá em conscientes tormentos após sua morte, e os seus corpos estão enterrados (Lc 16:22-25).

    No fim aqueles que estiverem no inferno serão lançados no lago de fogo com o diabo, onde "serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos" (Ap 20:10,Ap 20:14-15). Jesus falou muitas vezes do inferno como sendo um lugar de tormentos conscientes e eternos (conforme Mt 10:28; Mt 11:23; Mt 18:9; Mt 23:15; Mc 9:43,Mc 9:45,Mc 9:47; Lc 12:5; Lc 16:23).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 33
    Mt 5:33-37-Jesus condenou todo juramento, até mesmo nos tribunais?

    (Veja os comentários de Jc 5:12.)


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 34
    Mt 5:33-37-Jesus condenou todo juramento, até mesmo nos tribunais?

    (Veja os comentários de Jc 5:12.)


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 35
    Mt 5:33-37-Jesus condenou todo juramento, até mesmo nos tribunais?

    (Veja os comentários de Jc 5:12.)


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 36
    Mt 5:33-37-Jesus condenou todo juramento, até mesmo nos tribunais?

    (Veja os comentários de Jc 5:12.)


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 37
    Mt 5:33-37-Jesus condenou todo juramento, até mesmo nos tribunais?

    (Veja os comentários de Jc 5:12.)


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 42
    Mt 5:42 - Devemos literalmente dar qualquer coisa a quem nos pedir?


    PROBLEMA:
    Nesse versículo Jesus com toda a clareza disse: "Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes" (conforme Lc 6:30). Mas, se tomássemos isso literalmente, acabaríamos sem ter o que prover para a nossa própria família. E por outro lado Paulo disse que aqueles que não cuidam de suas famílias são piores do que o descrente (1Tm 5:8).

    SOLUÇÃO: Um texto fora de contexto é meramente um pretexto. Temos |e entender o contexto no qual Jesus disse "dá a quem te pede". Antes ie mais nada, pelo que sabemos de outras coisas que Jesus disse e praticou, isso não quer dizer que devemos dar às pessoas o que lhes fará mal. Como Jesus disse, nenhum bom pai daria uma serpente ao seu filho (Mt 7:10). Além disso, essa palavra de Jesus não quer dizer dar a quem, podendo trabalhar, recusa-se a isso. Paulo disse com determinação: "se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2Ts 3:10).

    Finalmente, todo o contexto das afirmações de Jesus nesse caso é ara confirmar o espírito da lei, que ele veio cumprir (Mt 5:17-18), em oposição ao que eles tinham "ouvido" (conforme Mt 5:21,Mt 5:27,Mt 5:33,Mt 5:38,Mt 5:43) - o que tinha sido distorcido e dito por tradição oral (conforme Mt 15:3-6).

    Jesus está abordando explicitamente a distorção legalista do AT, que diz que vinguemos nossos inimigos "olho por olho, dente por dente" (Mt 5:38). Jesus diz, ao contrário, que não devemos retaliar os nossos inimigos; devemos amá-los, ajudá-los (conforme v. Mt 5:44). Mas ele não esperava que seus ouvintes tomassem de forma literal o mandamento "dá a quem te ide", da mesma maneira como não pretendia também que cortassem literalmente suas mãos e arrancassem seus olhos, se estes os fizessem tropeçar! (vv. Mt 5:29-30).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 43
    Mt 5:43 - Por que o AT prescreveu que se poderia odiar os inimigos?


    PROBLEMA:
    Jesus disse quanto ao AT: "Ouvistes o que foi dito: Amarás ò teu próximo e odiarás o teu inimigo" (Mt 5:43). Como poderia um Deus de amor (Ex 20:2,Ex 20:6; 1Jo 4:16) ordenar que eles odiassem seus inimigos?

    SOLUÇÃO: Deus nunca ordenou a seu povo, em qualquer época, que odiasse seus inimigos (ver comentários de Ml 1:3). Deus é um Deus de amor, que não muda (conforme 1Jo 4:16; Ml 3:6), e não pode odiar a quem quer que seja, nem pode ordenar a ninguém que faça isso. Jesus disse que os maiores mandamentos são: amar a Deus e amar o próximo como a si mesmo (Mt 22:36-37, Mt 22:39). Na verdade Jesus tomou esse mandamento do AT.Lv 19:18 declara: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo"!

    Por que então Jesus citou o ensino do AT, de que devemos odiar o nosso inimigo? (Mt 5:43). Mas ele não disse isso, e por uma razão muito boa. Um versículo com essas palavras não é encontrado em parte alguma no AT. Na verdade, Jesus não citou o AT, mas sim os ensinos distorcidos dos fariseus, que não interpretaram corretamente o AT. Veja que Jesus não disse: "está escrito", como o fazia com freqüência quando citava o AT (conforme Mt 4:4, Mt 4:7, Mt 4:10), mas disse: "Ouvistes que foi dito", referindo-se com isso à "tradição" que se implantara em torno do AT e que anulara os mandamentos de Deus (conforme Mt 15:3, Mt 15:6). A verdade é que o Deus de amor sempre deu o mandamento de que amássemos, tanto no AT como no NT, e nunca, em tempo algum, deu o mandamento de que odiássemos outras pessoas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 12
    IV. PRIMEIRO DISCURSO: O SERMÃO DA MONTANHAMt 5:1-40. É bem provável que os ensinos do sermão fossem repetidos em diversas ocasiões.

    a) O caráter cristão (Mt 5:1-12)

    Subiu (1). O fim de subir seria de evitar as multidões e estar a sós com os discípulos para ensiná-los. Ver Lc 6:17 n. Bem-aventurados (3). "felizes". Os pobres de espírito (3). Alusão a Is 57:15. No início, o Evangelho apela aos que compreendem sua necessidade e estão prontos a depender de outrem para as necessidades da vida espiritual. O vers. 4 refere-se a Is 61:3 e Sl 126:5. Refere-se aos que estão convictos do pecado ou que lamentam a condição pecaminosa do mundo. Tem também sua aplicação para os cristãos que sofrem perseguição ou desprezo por causa de sua fé. O conforto nos é dado agora no coração e será manifesto abertamente no mundo vindouro. A palavra eles, nos vers. 4-9, é enfática. Os mansos (5), isto é, os altruístas. A palavra herdarão (5) indica uma posição na família de Deus. A terra (5). "A nova terra em que habita a justiça" (2Pe 3:13), cfr. Sl 37:11. Os limpos de coração (Sl 24:4; Sl 51:10; Sl 73:1). Deus requer a pureza na alma, o que é somente possível por meio do novo nascimento. Verão a Deus (8). Agora pela fé, mais tarde face a face (cfr. Jo 14:9; 1Jo 3:2). Os pacificadores (9). O primeiro sentido é que estes são os que efetuam a paz entre Deus e o homem, por meio de Cristo, pela proclamação aos homens da reconciliação do evangelho. Há também referência aqui à paz estabelecida entre homem e homem. Os vers. 10-12 não deixariam os ouvintes em dúvida quanto à atitude do mundo para com o evangelho. O Novo Testamento sempre representa o cristão como alvo de possível perseguição.


    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 13 até o 16
    b) Testemunho cristão (Mt 5:13-40. Alqueire (15). Toda casa possuía essa medida. Candeia (15), melhor, "castiçal". Glorifiquem (16). Dá a idéia de render louvor a Deus.

    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 17 até o 48
    c) A relação entre o evangelho e a lei (Mt 5:17-40. A primeira alternativa talvez seja a mais provável. Se a vossa justiça não exceder (20). Nestes termos o Senhor aponta a necessidade de honestidade e realidade na vida espiritual. Entrareis no reino dos céus (20). Sinônimo de receber a vida eterna (ver Jo 3:16). Não matarás (21). O sexto mandamento do decálogo, citado dos LXX de Êx 20:13. O grego do original refere-se somente à vida humana. Réu de Juízo (22). Quer dizer, comparecer perante a assembléia local que se reunia na sinagoga e que era sujeita ao grande concílio dos setenta, o Sinédrio, em Jerusalém. Qualquer que se encolerizar (22). Nosso Senhor ensina que o pecado é realmente cometido no coração antes de ser exteriorizado. Aos olhos de Deus essa ofensa é a mesma como a do homem que mata. A lei mosaica podia refrear as ações externas. Jesus, tratando com o coração corrupto do homem, transforma-o (ver Rm 8:3-45). Neste sentido, sua ética cumpre a lei, porque soluciona o problema básico, permitindo, assim, que a lei se cumpra. Sem motivo (22). Omitido em diversos manuscritos. Raca (22). "Néscio", expressão hebraica de desprezo (ver 2Sm 6:20). Sinédrio (22). O grande concílio dos setenta. O Senhor menciona essa suprema autoridade para indicar a enormidade da ofensa. Louco (22). Tradução da palavra grega more. É mais provável que a palavra original fosse a hebraica moreh, expressão de condenação, cujo uso significaria um ódio mortal. Fogo do inferno (22), gr. ten geennan tou pyros. Geena é a forma helenizada do nome do Vale de Hinom, em Jerusalém, onde fogueiras queimavam continuamente o lixo da cidade. Ilustra bem a perdição final.

    >Mt 5:23

    Tua oferta (23). Refere-se ao sacrifício dado a Deus, de acordo com a lei mosaica. Vai reconciliar-te primeiro (24). Deus não pode receber nem o culto nem a pessoa daquele que não vive em perfeita comunhão com o seu próximo. Concilia-te depressa (25). Os princípios severos enunciados nos vers. 25-26 têm sua expressão ainda mais forte em Mt 6:14-40 e Mt 18:23-40.

    >Mt 5:27

    Não cometerás adultério (27). Sétimo mandamento do decálogo, tirado dos LXX de Êx 20:14. O adultério é o ato de coabitar maritalmente com a mulher de outrem. Na Bíblia, este termo nunca se refere exclusivamente à infidelidade do marido para com sua esposa. Qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar (28). É patente que o Senhor não condena aqui a atração natural entre os sexos, mas o olhar licencioso, talvez com referência especial às mulheres casadas. Em seu coração (28). A sede do pecado. As ações iníquas têm sua origem no coração corrupto. Como no caso do sexto mandamento, a lei mosaica julga apenas os atos exteriores, enquanto Jesus trata do motivo interior. Escandalizar (29), isto é, servir de cilada. Este sentido da palavra original deve ser lembrado no momento da tentação. Arranca-o e atira-o (29). Custe o que custar, o pecado há de ser extirpado. A linguagem dos vers. 29 e 30 fornece uma ilustração impressionante. Tua mão direita (30). A mão simboliza a ação, enquanto o olho representa o desejo.

    >Mt 5:31

    Qualquer que repudiar sua mulher (31-32). O vers. 31 repete resumidamente a instrução dada em Dt 24:1. Em contraste com Moisés, Nosso Senhor proíbe absolutamente o divórcio. No Seu ensino sobre o mesmo assunto em Mt 19:3-40, se vê que a provisão mosaica se acomodava à natureza caída do homem. De vez que Jesus veio com o propósito de transformar a natureza humana, Ele repudia tal acomodação e restaura o quinhão primitivo. A não ser por causa da prostituição (32). Muitas vezes esta frase é mal compreendida. A infidelidade da parte da mulher não constitui motivo legítimo para divórcio e, então, não pode ser considerada como motivo para a proibição absoluta de Mc 10:11 e Lc 16:18. Não há, porém, contradição alguma entre estes três trechos. Prostituição (não adultério) refere-se à infidelidade da parte da mulher antes do casamento. Caso fosse descoberta depois do casamento, as palavras do Senhor obrigam o homem a repudiar a mulher, porque aos olhos de Deus, o casamento era nulo. O escritor destas linhas crê que a Escritura ensina que toda mulher pertence, pelas leis da natureza estabelecidas por Deus, ao primeiro homem com quem tenha relações sexuais e que qualquer cerimônia de casamento com outrem, celebrada durante a vida daquele homem, constitui adultério. Faz que ela cometa adultério (32), isto é, apresenta-a publicamente no papel de uma mulher adúltera. Consoante este ensino, o marido que se divorciasse de sua esposa declararia abertamente que ela teria pertencido a outrem antes de casar com ele. Não perjurarás (33). Esta exortação abrange as leis mencionadas em Êx 20:7; Lv 19:12; Nu 30:2. De maneira nenhuma jureis (34). É a proibição contra qualquer juramento. A lei mosaica introduziu o juramento, sob condições bem definidas, como proteção contra a desonestidade do coração humano. Mas o Senhor veio transformar o coração do homem, de sorte que o juramento não é mais necessário. Ele pode restaurar o quinhão primitivo e, assim, proíbe por completo o juramento e cumpre plenamente o propósito da lei. Ver Jc 5:12. Nem pelo céu... nem pela terra (34-35). Citação de Is 66:1. Jerusalém (35). Neste Evangelho a cidade capital ocupa um lugar significativo. A cidade do Grande Rei (35). Frase tirada do Sl 48:2. Jerusalém, na Palestina, ainda desfrutava desta prerrogativa até a morte e ressurreição do Senhor. Agora existe a nova Jerusalém (Gl 4:26). É de procedência maligna (37). A necessidade de juramento tinha sua origem na natureza pecaminosa do homem, como no caso do divórcio supra, sendo a lei impotente para remediar a situação (Rm 8:3). Olho por olho... (38). Citação dos LXX de Lv 24:20, é a lei de retaliação. Servia não tanto como mandamento, permitindo que a pessoa injuriada exigisse o máximo direito perante os juízes, antes que estes guardassem dentro dos seus limites legais a vingança do pleiteando. Que não resistais ao mal (39). Outra tradução: "que não resistais ao homem mau". A lei mosaica de retaliação ilustra a justiça e juízo inerrantes de Deus. O Senhor manda que uma injúria não há de ser repelida. O escritor interpreta este ensino, tomando como base moral desta exortação o fato que Ele satisfez cabalmente, no Calvário, todo e qualquer requerimento da lei, cumpriu toda a justiça, endireitou todo o mal e, na sua própria pessoa, sofreu toda vingança e retribuição. Sua ética de não resistência é ligada indissoluvelmente a sua morte expiatória. Se Ele não tivesse satisfeito uma vez para sempre a justiça divina, tal ética não teria base moral. Se a ética de justiça e retidão, em distinção ao amor e não-resistência, fosse mantida depois do Calvário (como muitos ainda praticam e ensinam), o resultado seria uma negação da obra consumada por Cristo. Obrigar (41). Referência à prática romana de fornecer um sistema postal, obrigando os membros da população civil a carregar as cartas.

    >Mt 5:43

    Amarás o teu próximo (43). Ver Lv 19:18. Aborrecerás o teu inimigo (43). Esta última frase não existe no Velho Testamento, mas expressa seu espírito, por exemplo, Dt 23:6. Amai os vossos inimigos (44). O mandamento chamando ao amor existia em Lv 19:18, mas é patente do contexto que sua aplicação entre os israelitas era limitada. No evangelho, não há mais separação entre os homens (Gl 3:28; Cl 3:11). Remove-se, então, esta limitação e o mandamento tem uma aplicação universal. O Novo Testamento ensina que sua aplicação é internacional (Lc 10:25-42), social (Jc 2:1-59) e pessoal (Rm 8:10). Filhos (45). Dando implicação de semelhança. A regeneração é moral. Publicano (46), gr. telonai, significando "cobradores de impostos", traduzido inexatamente, na 5ulgata, publicani, daí "publicanos". Os publicani eram realmente funcionários que ofereciam em leilão os impostos de diversas regiões de um país. Os funcionários subordinados vendiam novamente o direito de cobrança aos agentes locais, que exploravam ao máximo o povo. Estes cobradores eram considerados traidores pelos judeus, e seu nome representava tudo o que é vil. Que fazeis de mais? (47). A implicação contida nesta pergunta é o segredo da ética cristã. O amor faz mais do que sua obrigação. Publicanos (47). Uma versão alternativa dá ethnikoi "gentios". O termo dá a entender que estes não possuem concerto divino e não se pode esperar deles coisa melhor. Sede vós pois perfeitos (48). Adaptado de Lv 19:2. O argumento é que o crente deve ser guiado pelo quinhão perfeito da ética do evangelho, em contraste com o nível menos elevado da lei.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48

    12. O grande sermão do Grande Rei (Mateus 5:1-2)

    E quando viu as multidões, subiu ao monte; E depois que ele sentou-se, os seus discípulos aproximaram-se dele. E abrindo a boca Ele começou a ensiná-los, dizendo: (5: 1-2)

    Até este ponto em palavras Mateus de Jesus têm sido limitados (04:17,
    19) e referência para seus ensinamentos gerais (04:23). Agora, em uma mensagem poderosa abrangente ainda compacto, o Senhor estabelece as verdades fundamentais do evangelho do reino que Ele veio proclamar.
    Aqui começa o que tem sido tradicionalmente chamado o Sermão da Montanha. Embora Jesus repetiu muitas dessas verdades em outras ocasiões, capítulos 5:7 gravar uma mensagem contínua do Senhor, entregue de uma vez específica. Como veremos, estes eram verdades revolucionárias para as mentes daqueles religiosos judeus que as ouviram, e continuaram a explodir com grande impacto sobre as mentes dos leitores por quase dois mil anos.
    Aqui é o manifesto do novo monarca, que inaugura uma nova era com uma nova mensagem.

    O Contexto

    O contexto bíblico

    Nova mensagem do rei foi intimamente relacionada com a mensagem do Antigo Testamento e foi, de fato, uma reafirmação do mesmo. No entanto, a ênfase do evangelho (que significa "boa notícia") era radicalmente diferente do atual entendimento do Antigo Testamento-um esclarecimento surpreendente do que Moisés, Davi, os profetas, e outros escritores inspirados da Palavra de Deus tinha revelado.Além disso, a mensagem de Cristo bateu violentamente contra a tradição judaica de sua época.

    A última mensagem no Antigo Testamento é: "E ele irá restaurar os corações dos pais aos filhos, e os corações dos filhos aos pais, para que eu não venha, e fira a terra com maldição" (Ml 4:6).

    A lei do Antigo Testamento demonstra necessidade de salvação do homem, e da mensagem do Novo Testamento oferece o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Nosso Senhor tinha que começar com uma apresentação adequada da lei para que as pessoas pudessem reconhecer o seu pecado, então poderia vir a oferta de salvação. O Sermão da Montanha esclarece as razões da maldição e mostra que o homem não tem justiça que pode sobreviver ao escrutínio de Deus. A nova mensagem oferece bênção, e que é oferta de abertura do Senhor.
    Como será desenvolvido no próximo capítulo, no entanto, a bem-aventurança Cristo oferece não é dependente do esforço próprio ou auto-justiça, mas na nova natureza que Deus dá. No homem, o Filho de Deus vem de compartilhar a própria natureza de Deus, que é caracterizada pela verdadeira justiça e sua conseqüência-aventurança ou felicidade. Em Cristo, participar da muito bem-aventurança de Deus mesmo! Esse é o tipo ea extensão do contentamento Deus quer que Seus filhos têm-Sua própria paz e felicidade. Então, o Senhor começa com a oferta de bem-aventurança e então começa a demonstrar que a justiça humana, como os judeus procuravam, não pode produzi-lo. A boa notícia é que, de bênção. A má notícia é que o homem não pode alcançá-lo, não importa o quanto ele é hipócrita e religiosa.

    O Velho Testamento é o livro de Adão, cuja história é trágica. Adão não só foi o primeiro homem na terra, mas o primeiro rei. Ele foi dado o domínio sobre toda a terra, para subjugar e governá-lo (Gn 1:28). Mas esse primeiro monarca caiu logo depois que ele começou a governar, e sua queda trouxe uma maldição-a maldição com que o Antigo Testamento começa e termina.

    O Novo Testamento começa com a apresentação do novo Homem soberano, aquele que não vai cair e aquele que traz bênção ao invés de amaldiçoar. O segundo Adão também é o último Adão, e depois dele virá nenhum outro governante, nenhum outro soberano. O primeiro rei pecou e deixou uma maldição; o segundo rei não tinha pecado e deixa uma bênção. Como um escritor colocou, o primeiro Adão foi testado em um belo jardim e não conseguiu; o último Adão foi testada em um deserto ameaçador e conseguiu. Porque o primeiro Adão era um ladrão, ele foi expulso do paraíso; mas o último Adão virou-se para um ladrão na cruz e disse: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23:43). O Antigo Testamento, o livro das gerações de Adão, termina com uma maldição; o Novo Testamento, o livro das gerações de Jesus Cristo, termina com a promessa: "Não deixa de ser qualquer maldição" (Ap 22:3). Eles viram Jesus como líder antecipada de um grande estado de bem-estar em que seriam fornecidos até mesmo suas necessidades físicas de rotina. Mas Jesus não se permitiria ser confundido com esse tipo de rei, e ele desapareceu da multidão. Mais tarde, quando Pilatos perguntou a Jesus: "És tu o rei dos judeus?" O Senhor respondeu: "Meu reino não é deste mundo se o meu reino fosse deste mundo, então meus servos estariam lutando, para que eu não fosse entregue aos judeus;., mas como ele é, o meu reino não é deste reino "(Jo 18:36).

    O impulso do Sermão da Montanha é que a mensagem e obra do Rei são a primeira e mais importante interno e não externo, e espiritual e moral, em vez de física e política. Aqui encontramos nenhuma política ou reforma social. Sua preocupação é com o que os homens são, porque o que eles estão determina o que eles fazem.
    Os ideais e princípios do Sermão da Montanha são totalmente contrários aos das sociedades humanas e dos governos. No reino de Cristo as pessoas mais exaltados são aqueles que são os mais humildes na estimativa do mundo, e vice-versa. Jesus declarou que João Batista foi o maior homem que já tinha vivido até aquele momento. No entanto, João não tinha posses e sem casa, viveu no deserto, vestido com uma roupa de cabelo, e comia gafanhotos e mel silvestre. Ele não era uma parte do sistema religioso, e ele não tinha financeiro, militar ou do poder político. Além disso, ele pregou uma mensagem que, aos olhos do mundo era completamente irrelevante e absurdo. Pelos padrões mundanos ele era um desajustado e um fracasso. No entanto, ele recebeu a maior louvor do Senhor.

    No reino de Jesus a menos são maiores até mesmo do que João Batista (Mt 11:11). Eles são caracterizados neste sermão como ser humilde, compassivo, manso, anseio de justiça, misericordiosos, puros de coração, os pacificadores e perseguidos por causa da própria justiça que praticam. Aos olhos do mundo, essas características são as marcas de perdedores. O mundo diz: "afirmar-se, levante-se para si mesmo, ter orgulho de si mesmo, elevar-se, defender-se, vingar-se, servir-se." Esses são os traços preciosos de pessoas de todo o mundo e reinos do mundo.

    O contexto religioso

    Jesus viveu em uma sociedade religiosa altamente complexa, que incluiu muitos religiosos profissionais. Os profissionais estavam em quatro grupos principais: os fariseus, os saduceus, os essênios e os zelotes. Neste ponto, é apenas necessário introduzir estes grupos brevemente. Os últimos capítulos vai se desdobrar mais de seus distintivos.
    Os fariseus acreditavam que a religião direito consistia em leis divinas e tradição religiosa. A sua principal preocupação era com observância exigente da lei mosaica e de cada detalhe das tradições transmitidas por vários rabinos ao longo dos séculos. Eles se concentraram em aderir às leis do passado.
    Os saduceus focado no presente. Eles eram os liberais religiosos que descontados a maioria das coisas sobrenaturais e que modificaram a Escritura ea tradição para caber sua própria filosofia religiosa.
    Os essênios eram ascetas que acreditavam que a religião certa significava separação do resto da sociedade. Eles levavam uma vida austera, em áreas de sequeiro remotas como Qumran, na borda noroeste do Mar Morto.
    Os zelotes eram nacionalistas fanáticos que achavam que a religião direito centrado na militância política radical. Estes revolucionários judeus desprezavam os outros judeus que não iria pegar em armas contra Roma.
    Em essência, os fariseus disseram: "Volte"; os saduceus disse: "Vá em frente"; os essênios disse: "Vá embora"; e os Zealots disse: "Vá contra." Os fariseus eram tradicionalistas; os saduceus eram modernistas; os essênios eram separatistas; e os zelotes eram ativistas. Eles representavam os mesmos tipos principais de facções religiosas que são comuns hoje.
    Mas o caminho de Jesus não era qualquer um desses. Para os fariseus Ele disse que a verdadeira espiritualidade é interno, não externo. Para os saduceus Ele disse que é o caminho de Deus, não o caminho do homem. Para o essênios Ele disse que é um assunto do coração, não do corpo. Para os Zealots Ele disse que é uma questão de adoração, não revolução. O eixo central de sua mensagem a todos os grupos e de cada pessoa, de qualquer persuasão ou inclinação, foi a de que o caminho do Seu reino é o primeiro e acima de tudo uma questão de dentro para a alma. Esse é o foco central do Sermão da Montanha. A verdadeira religião no reino de Deus não é uma questão de ritual, da filosofia, da localização, ou de poder militar, mas de atitude correta para com Deus e para com as outras pessoas. O Senhor resumiu nas palavras "Eu digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos céus" (5:20).

    A mensagem dominante do Sermão da Montanha é que não se deve encontrar conforto apenas em teologia direito, muito menos na filosofia contemporânea, a separação geográfica, ou militar e ativismo político. Teologia correta é essencial; por isso estão sendo contemporâneo de maneira correta, separando-nos das coisas do mundo, e assumindo posições em questões morais. Mas essas coisas externas deve fluir da vida interna direita e atitudes se eles são para servir e agradar a Deus. Essa sempre foi a maneira de Deus. Ele disse a Samuel: "Deus não vê como vê o homem, pois o homem vê o exterior, porém o Senhor olha para o coração" (1Sm 16:7, Williams)?. Essa foi a sua mensagem para cada seita do judaísmo.

    A Importância

    À luz das verdades anteriores, podemos ver pelo menos cinco razões pelas quais o Sermão da Montanha é importante. Primeiro, mostra a necessidade absoluta do novo nascimento. Seus padrões são muito alto e exigindo a serem cumpridas pelo poder humano. Somente aqueles que partilharem própria natureza de Deus através de Jesus Cristo pode satisfazer tais exigências. Os padrões do Sermão da Montanha vão muito além daqueles de Moisés na lei exigindo não apenas ações justas, mas atitudes não apenas que os homens justos fazer direito, mas que estar certo. Nenhuma parte das Escrituras mostra mais claramente situação desesperada do homem sem Deus.

    Em segundo lugar, o sermão tem a intenção de conduzir o ouvinte a Jesus Cristo como única esperança do homem de satisfazer os padrões de Deus. Se o homem não pode viver de acordo com o padrão divino, ele precisa de um poder sobrenatural para capacitá-lo. A resposta adequada para o sermão conduz a Cristo.
    Em terceiro lugar, o sermão dá o padrão de Deus para a felicidade e para o verdadeiro sucesso. Ele revela os padrões, os objetivos e as motivações que, com a ajuda de Deus, vai cumprir o que Deus planejou que o homem seja. Aqui encontramos o caminho da alegria, paz e contentamento.
    Em quarto lugar, o sermão é, talvez, o maior recurso bíblico para testemunhar, para alcançar outros para Cristo. Um cristão que personifica esses princípios de Jesus será um ímã espiritual, atraindo outros para o Senhor que o capacita a viver como ele faz. A vida de obediência aos princípios do Sermão do Monte é a maior ferramenta da igreja para o evangelismo.
    Em quinto lugar, a vida obediente às máximas deste anúncio é a única vida que é agradável a Deus. Isso é mais alto a razão do crente para seguir ensino-lo de Jesus agrada a Deus.

    O Ambiente

    E quando viu as multidões, subiu ao monte; E depois que ele sentou-se, os seus discípulos aproximaram-se dele. (5: 1)

    Jesus estava sempre preocupado com as multidões , por quem tinha grande compaixão-se eram "afligido e abatido", doente (14:14; conforme 04:
    23) (Mt 9:36.), com fome (15:
    32) , ou em qualquer outra necessidade. Se as pessoas eram fisicamente doente ou saudável, emocionalmente estável ou possuído pelo demônio, financeiramente pobre ou rico, politicamente oprimidos ou poderoso, religiosamente insignificantes ou influente, intelectualmente ignorante ou educado, Jesus teve compaixão delas. Jesus atraiu todos os estratos de pessoas, porque Ele as amava.

    Tudo o que Jesus disse, nesta ocasião, foi dito publicamente, para as multidões (conforme 7: 28-29). Sua intenção era levá-los a um reconhecimento de seu pecado e, portanto, para a necessidade de um Salvador, que Ele tinha vindo a ser. Até que eles acreditavam nEle, as exigências do sermão só poderia mostrar-lhes como terrivelmente longe estava de cumprir os padrões de Deus. Este sermão evangelístico magistral foi projetada para enfrentar os homens com a sua condição desesperada de pecaminosidade.

    O Pregador

    Foi Jesus que , vendo as multidões, subiu ... na montanha; e ... sentou-se . O próprio Filho de Deus entregou o sermão. O maior pregador que já viveu pregou o maior sermão pregado. Quando Eleconcluiu: "as multidões ficaram admirados com seu ensinamento, pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (7: 28-29). Ele citou nenhuma fonte, nem rabinos antigos, sem tradição reverenciado. O que ele falou, ele falou sobre sua própria autoridade. Isso era algo inédito entre os judeus, que sempre derivadas de sua autoridade a partir de fontes reconhecidas.

    O Sermão da Montanha é o modelo supremo da boa pregação, uma obra-prima homilética. Ele lindamente e poderosamente flui a partir da introdução (5: 3-12) para o primeiro ponto (os cidadãos do reino, 5: 13-16), ao segundo ponto (a justiça do reino, 5: 17-7: 12), para o terceiro ponto (a exortação para entrar no reino, 7: 13-27), e à conclusão (o efeito do sermão sobre seus ouvintes, 7: 28-29). As transições de ponto a ponto são claras e inequívocas.

    No início do seu ministério, Ezequiel foi dito pelo Senhor, "Eu vou fazer o seu stick de língua no céu da boca, de modo que você será mudo, e não pode ser um homem que os repreende, pois eles são casa rebelde" (Ez 3:26). Muito mais tarde, o mesmo profeta testificou: "Agora, a mão do Senhor estivera sobre mim pela tarde, antes que os refugiados veio e ele abriu a boca no momento em que veio a mim pela manhã;. Por isso a minha boca estava aberta, e Eu já não era sem palavras "(33:22). Tal como Ezequiel, Jesus não exibir a sua verdade, a Sua sabedoria e seu poder até a hora em vontade soberana de Deus para ele a fazê-lo.

    A Localização

    O santuário para o maior sermão pregado era a montanha . Tanto quanto sabemos esta montanha-realmente um grande nenhum nome até que Jesus pregou lá tinha-hill. Até então, tinha sido apenas uma das muitas colinas que se inclinam-se suavemente a partir da costa norte do Mar da Galiléia. O que tinha sido simplesmente uma montanha entre muitas outras montanhas agora tornou-se a montanha , santificado e separado pela presença do Senhor. Por muitos séculos, o local tradicional tem sido chamado o Monte das Bem-Aventuranças.

    O Estilo

    Um rabino comumente se sentou quando ele ensinou. Se ele falou em pé ou andando, o que ele disse foi considerado informal e não oficial. Mas quando ele se sentou, o que ele disse era autoritário e oficial.Ainda hoje falamos de professores titulares de uma "cadeira" em uma universidade, significando a posição de honra de que eles ensinam. Quando o papa católico romano dá um pronunciamento oficial, ele é dito para falar ex cathedra, que significa, literalmente, para falar de sua cadeira. Quando Jesus sentou-se e entregou o Sermão da Montanha, Ele falou de sua cadeira divina com autoridade absoluta como o Rei soberano.

    Como mencionado acima, as multidões eram uma audiência importante para este sermão evangelístico. Mas os padrões de vida espiritual, que Jesus deu aqui não poderia aplicar-se a eles ou ser seguido por eles, a menos que lhe pertencia.
    Que seus discípulos aproximaram-se dele indica que eles também eram Sua audiência. De fato, os doze eram os únicos na época que, em qualquer medida real, poderia conhecer a bem-aventurança de que o Senhor falou e siga a maneira perfeita de justiça que Ele estabelecido. Eles eram os únicos que tinham participado do poder divino interior e presença que são absolutamente necessários para obedecer a perfeita vontade de Deus. Assim, o sermão não só mostrou a multidão a norma de justiça de Deus que eles não podiam manter, mas também mostrou aos discípulos o padrão possível que eles possam agora manter por causa de sua vinda e sua fé nEle.

    Um arcebispo da Igreja da Inglaterra, observou uma vez que seria impossível para conduzir os assuntos da Grã-Bretanha sobre a base do Sermão do Monte, porque a nação não era leal ao rei. O sermão do Rei pode ser compreendido e seguido apenas por súditos fiéis do Rei.
    O famoso historiador Will Durant disse que em qualquer geração apenas um punhado de pessoas fazem uma impressão sobre o mundo que dura mais do que alguns anos. A pessoa que se destaca acima de todos os outros, ele disse, é Jesus Cristo. Jesus, sem dúvida, teve a influência mais poderosa e permanente sobre o pensamento da humanidade. Mas, o historiador passou a dizer, Seus ensinamentos não tiveram um efeito correspondente sobre as ações do homem.
    Tentando aplicar os ensinamentos de Jesus sem receber como Senhor e Salvador é fútil. Aqueles, por exemplo, que promovem o evangelho social, esforçando-se para instituir os ensinamentos de Jesus à parte da sua economia e do trabalho de regeneração, provam apenas que seus princípios não podem trabalhar para aqueles que não têm uma natureza transformada e do poder de Deus que habita. Uma pessoa não pode se comportar como Cristo até a pessoa se torna semelhante a Cristo. Aqueles que não amam o Rei não pode viver como o Rei.

    O conteúdo

    E abrindo a boca Ele começou a ensiná-los, dizendo: (5: 2)

    Falar de Jesus de Mateus abrir a boca como Ele começou a ensiná-los não foi uma declaração supérfluo do óbvio, mas era um coloquialismo comum usado para introduzir uma mensagem que foi especialmente solene e importante. Também foi usado para indicar íntimo, testemunho sincero ou compartilhamento. Sermão de Jesus, era ao mesmo tempo autoritária e intimista; que era da maior importância e foi entregue com a maior preocupação.

    Neste sermão nosso Senhor estabelece um padrão de vida contraria tudo o que as práticas mundiais e preza. Para viver segundo os padrões que Ele dá aqui é viver uma vida de felicidade abençoada. Aqui é uma abordagem totalmente nova para a vida, que resulta em alegria, em vez de desespero, em paz, em vez de conflito-a paz que o mundo não entende e não pode ter (Jo 14:27; Fp 4:7)? Por várias razões, no entanto, que a interpretação pode não estar correto. Em primeiro lugar, o texto não indica nem implica que esses ensinamentos são para outra era. Em segundo lugar, Jesus perguntou-lhes de pessoas que não viviam no Milênio. Em terceiro lugar, muitos dos ensinamentos tornam-se sem sentido se forem aplicados para o Milênio. Por exemplo, não haverá perseguição aos crentes (ver 5: 10-12,
    44) durante a era do reino. Em quarto lugar, todos os princípios ensinados no Sermão da Montanha, também é ensinado em outras partes do Novo Testamento em contextos que se aplicam claramente aos crentes de nossa época atual. Em quinto lugar, há muitas passagens do Novo Testamento que comandam normas igualmente impossível, que unglorified força humana não pode alcançar continuamente (cf.Rm 13:14; 2 Cor. 7:.. 2Co 7:1; Filipenses 1:9-10; Cl 3:1; He 12:14; I Pedro 1:15-16)..

    Os ensinamentos do Sermão da Montanha são para os crentes de hoje, marcando o estilo de vida diferenciado que deve caracterizar a direção, se não a perfeição, da vida dos cristãos de todas as épocas.Infelizmente, essas normas nem sempre caracterizar cristãos. 'Padrões e objetivos em todo o mundo com demasiada frequência, os cercam crentes e conformado los à sua própria imagem, apertou-os em seu próprio molde (ver Rm 12:2; 1Co 15:49;.. 2Co 3:18). Aqueles que não segui-los como uma orientação geral de vida têm uma justiça inaceitável (Mt 5:20).

    Quem sabe mais sobre um produto que o fabricante? Quando você compra uma nova ferramenta ou equipamento a primeira coisa sensata a fazer é ler o manual do proprietário. O fabricante imprime esses manuais para explicar o que o item é projetado para fazer e não fazer, como é para ser atendido, o que são as suas limitações, e assim por diante. Deus fez cada ser humano, mas poucos vez de seu Criador para encontrar significado, propósito e realização em suas vidas, para saber como eles estão a viver e como eles devem cuidar de si-how que eles possam funcionar adequAdãoente e feliz como eles foram projetados para fazer.

    À medida que o Sermão do Monte em si deixa claro, mudanças internas também trazer mudanças externas. Quando as nossas atitudes e pensamentos estão certos, nossas ações vão cair na linha. Se a nossa vida interior não faz nossa vida exterior melhor, nossa vida interior é deficiente ou inexistente. "A fé sem obras é inútil", diz Tiago (Jc 2:20). Paulo nos diz que somos "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10).

    Mas a verdadeira vida do lado de fora só pode ser produzido a partir de um verdadeiro dentro vida. Davi Martyn Lloyd-Jones compara a vida cristã para a reprodução de música. Uma pessoa pode jogar de Beethoven Sonata ao Luar com precisão e sem um único erro, ainda não realmente jogar o que o compositor tinha em mente. Mesmo que as notas são tocadas corretamente, eles não produzem a sonata. O pianista pode golpear mecanicamente as notas certas, no momento certo, no entanto, perder a essência, a alma, da composição. Ele não pode, a todo expressar o que Beethoven significava a ser expressa. O verdadeiro artista deve tocar as notas certas na hora certa. Ele não está isento das regras e princípios de música. Mas jogar precisa não é o que o torna um grande músico. É a expressão do que está por trás das notas que cativa seus ouvintes. Da mesma forma, os fiéis cristãos estão preocupados com a letra da Palavra de Deus; mas para além de que eles também estão preocupados com o espírito, a vontade mais profunda e propósito que estão por trás da letra. Essa preocupação revela um coração obediente preenchido com o desejo de glorificar o Senhor.

    Para reivindicar a seguir o espírito sem obedecer a carta é para ser um mentiroso. Para acompanhar a letra sem seguir o espírito é o de ser um hipócrita. Para acompanhar o espírito com a atitude certa e a carta na ação correta é a de ser um filho de Deus fiel e um súdito leal do rei.

    13. Felizes são os Humildes (Mt 5:3 têm sido chamados de bem-aventuranças, um nome derivado do latim e referindo-se a um estado de felicidade ou bem-aventurança. Jesus apresenta a possibilidade de as pessoas serem verdadeiramente feliz, e que a felicidade está disponível o tema do Sermão da Montanha de abertura. Muitas pessoas, incluindo alguns cristãos, acho isso difícil de acreditar. Como poderia uma mensagem como exigente e impossível como o Sermão da Montanha ter a intenção de fazer as pessoas felizes? No entanto, o primeiro e maior sermão pregado por Jesus Cristo começa com o tema retumbante e repetido de felicidade, um começo de encaixe para o Novo Testamento "boa notícia".

    Longe de ser o desmancha-prazeres cósmico que muitos acusam de ser, Deus deseja salvar os homens de sua perdição trágico, para dar-lhes poder para obedecer a Sua vontade, e para fazê-los felizes. Neste grande sermão, Seu Filho cuidadosa e claramente estabelece o caminho da bem-aventurança para aqueles que vêm a Ele.

    Makarios ( abençoada ) significa feliz, feliz, feliz. Homer usou a palavra para descrever um homem rico, e Platão usou de quem é bem sucedido nos negócios. Ambos Homero e Hesíodo falou dos deuses gregos como sendo felizes ( makarios ) dentro de si mesmos, porque eles não foram afetados pelo mundo dos homens-que estavam sujeitos a pobreza, a doença, fraqueza, desgraça e morte. O significado mais amplo do termo, portanto, tinha a ver com um contentamento interior que não é afetado por circunstâncias. Esse é o tipo de felicidade que Deus deseja para Seus filhos, um estado de alegria e bem-estar que não dependem de circunstâncias físicas, temporárias (conforme Filipenses 4:11-13.).

    A palavra abençoada é usado frequentemente do próprio Deus, como quando Davi terminou um de seus salmos com a declaração "Bendito seja Deus!" (Sl 68:35). Seu filho Salomão cantou: "Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único que faz maravilhas" (Sl 72:18). Paulo falou de "o evangelho da glória do Deus bendito" (1Tm 1:11) e de Jesus Cristo, "que é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores" (06:15). Bem-aventurança é uma característica de Deus, e isso pode ser uma característica dos homens apenas como eles compartilham a natureza de Deus. Não há bem-aventurança, não perfeito contentamento e alegria do tipo de que Jesus fala aqui, a não ser o que vem de um relacionamento pessoal com Ele, através de cujas "promessas magníficas" nós "se tornam participantes da natureza divina" (2Pe 1:4). Ele tinha frotas de navios e estábulos cheios de milhares dos melhores cavalos. Ele tinha centenas de mulheres, oriundos das mais belas mulheres de muitas terras. Ele comeu o mais suntuoso de alimentos no melhor dos utensílios de mesa no mais elegante dos palácios com as pessoas mais ilustres. Ele foi aclamado em todo o mundo por sua sabedoria, poder e riqueza. Salomão deveria ter sido imensamente feliz. No entanto, o que o rei, tão grande e abençoado por padrões terrenos, concluiu que sua vida foi sem propósito e vazio. O tema de Eclesiastes, testemunhos pessoais de Salomão sobre a situação humana, é "Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que vantagem tem o homem em toda a sua obra que ele faz debaixo do sol?" (1: 2-3).

    Jesus veio anunciar que a árvore da felicidade não pode crescer em uma terra amaldiçoada. As coisas terrenas não pode trazer até mesmo a felicidade terrena duradoura, muito menos felicidade eterna."Acautelai-vos, e não baixe a guarda contra toda forma de ganância," Jesus advertiu; "Pois nem mesmo quando se tem uma abundância que sua vida consistem de seus bens" (Lc 12:15). Coisas físicas simplesmente não pode tocar a alma, a pessoa interior.

    Deve-se salientar que o oposto também é verdadeiro: as coisas espirituais não podem satisfazer as necessidades físicas. Quando alguém está com fome, ele precisa de comida, não uma palestra sobre a graça.Quando ele é ferido, ele precisa de atenção médica, não aconselhamento moral. Preocupação espiritual verdadeira para essas pessoas se expressará em primeiro lugar no fornecimento a suas necessidades físicas. "Aquele que tiver bens deste mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe fechar o seu coração contra ele, como é que o amor de Deus permanecer nele?" (1Jo 3:17).

    Mas o perigo mais comum é tentar atender a quase todas as necessidades com as coisas físicas. Essa filosofia é tão fútil quanto não é bíblico. Quando o rei Saul estava angustiado, suas jóias e seu exército poderia lhe dar nenhuma ajuda. Quando o rei Belsazar estava tendo uma grande festa com seus nobres, esposas e concubinas, de repente ele viu uma mão escrevendo na parede ", MENE, MENE, TEKEL, UFARSlM." Ele estava tão aterrorizada que seu "rosto ficou pálido, e os seus pensamentos o alarmou;. E suas articulações do quadril ficou frouxa, e os seus joelhos começaram a bater juntos" Seu poder militar, seus aliados influentes, e os seus grandes posses poderia lhe dar nenhum consolo (Dan. 5: 3-6, Dn 5:25).

    O grande santo puritano Tomé Watson escreveu: "As coisas do mundo não vai mais impedir a entrada de problemas do espírito, do que um candeeiro de papel irá manter-se fora uma bala .... Delícias mundanas são alado. Eles podem ser comparados a um bando de pássaros no jardim, que ficar um pouco, mas quando você chega perto deles eles levam o seu voo e são ido tão 'riquezas criará asas e voará como uma águia para o céu' "(. As bem-aventuranças [Edinburgh: Banner da Verdade Trust , 1971], p. 27). O escritor de Provérbios disse: "Não se cansar-se para ganhar riqueza, cessar de sua consideração dele Quando você coloca seus olhos nele, ele se foi." (Prov. 23: 4-5).

    Tragicamente, muitos pregadores, professores e escritores hoje ", que devem ser silenciadas" (Tt 1:11) estão passando off filosofia mundana em nome do cristianismo, alegando que a fidelidade a Cristo garantias de saúde, riqueza, sucesso, prestígio e prosperidade. Mas Jesus ensinou tal coisa. O que Ele ensinou estava mais perto da frente. Ele alertou que as vantagens físicas, mundanas mais frequentemente limitar a verdadeira felicidade. As coisas do mundo tornar-se combustível para o orgulho, luxúria e auto-satisfação os inimigos não apenas de justiça, mas de felicidade. "A preocupação do mundo, ea sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera", disse Jesus (Mt 13:22).

    Para esperar a felicidade das coisas deste mundo é como buscar o vivente entre os mortos, assim como as mulheres procuraram Cristo no túmulo jardim naquela primeira manhã de Páscoa. Os anjos disse às mulheres: "Ele não está aqui, mas ressuscitou" (Lc 24:6). João disse: "Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo ... E o mundo está passando, e também as suas concupiscências;. Mas aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente" (1Jo 2:15, 1Jo 2:17 ).

    A verdadeira bem-aventurança está em um nível mais alto do que qualquer coisa no mundo, e é a esse nível que o Sermão da Montanha nos leva. Aqui está uma maneira completamente nova de vida, com base em uma maneira completamente nova de pensar. É, de facto, com base em um novo modo de ser. O padrão de justiça e, portanto, o padrão de felicidade, é o padrão de altruísmo-um padrão que é completamente oposto a impulsos caídas e natureza não regenerada do homem.

    É impossível seguir nova maneira de viver de Jesus sem ter sua nova vida no interior. Como alguém já sugeriu, pode-se também tentar nos nossos dias para cumprir a profecia de Isaías que, no Millennium o lobo, cordeiro, o leopardo, o garoto, leão, e da vaca vai conviver em paz (Is. 11: 6-7). Se tivéssemos de ir a um zoológico e um leão palestra sobre a nova forma pacífica ele era esperado para viver, e depois colocou um cordeiro na gaiola com ele, sabemos exatamente o que iria acontecer assim que o leão ficou com fome. O leão não vai deitar-se em paz com o cordeiro até o dia em que a natureza do leão é alterado.

    É importante lembrar que as bem-aventuranças são pronunciamentos, não probabilidades. Jesus não diz que se os homens têm as qualidades de humildade, mansidão, e assim por diante que eles são mais propensos a ser feliz. Também não é a felicidade simplesmente desejo de Jesus para os seus discípulos. As bem-aventuranças são pronunciamentos julgamentos divinos, tão certo como são os "males" do capítulo 23. Makarios é, de fato, o oposto de ouai (ai), uma interjeição que conota dor ou calamidade. O oposto da vida bem-aventurada é a vida amaldiçoada. A bendita vida é representada pela verdadeira justiça interior de quem são humildes, pobres de espírito , ao passo que a vida amaldiçoada é representado pela auto-justiça exterior, hipócrita dos religiosos orgulhoso (5:20).

    As bem-aventuranças são progressivas. Como irá ser visto que cada um é discutido em detalhe, eles não estão em uma ordem aleatória ou aleatória. Cada leva para o outro em sucessão lógica. Ser pobre inspirit reflete a atitude certa que devemos ter a nossa condição pecaminosa, que, em seguida, deve levar-nos a chorar, a ser manso e gentil, ter fome e sede de justiça, para ser misericordiosos, puros de coração, e ter um espírito de pacificação. Um cristão que tem todas essas qualidades será assim muito acima do nível do mundo que sua vida irá repreender o mundo, o que trará perseguição do mundo (5: 10-12), e luz para o mundo (vv 14-16. ).

    O Pobres de Espírito

    Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. (5: 3)

    A discussão deste primeiro beatitude exige que seja olhado de cinco perspectivas: o significado de pobres em espírito , a localização desta virtude na lista, o caminho para alcançar essa atitude, como saber se tivermos essa atitude, eo resultado prometida para tê-lo.

    O Significado de pobres no espírito

    Ptōchos ( pobre ) é a partir de um verbo que significa "encolher, encolher, ou encolher", como mendigos, muitas vezes fez naquele dia. Grego clássico usou a palavra para se referir a uma pessoa reduzida a miséria total, o que agachado em um canto mendicância. Como ele estendeu uma mão a pedir esmola muitas vezes ele escondeu o rosto com a outra mão, porque ele tinha vergonha de ser reconhecido. O termo não significa simplesmente pobres, mas implorando pobres. Ele é usado em Lc 16:20 para descrever o pobre Lázaro.

    A palavra comumente usada para a pobreza era comum penichros , e é usado da viúva Jesus viu dando uma oferenda no templo. Ela tinha muito pouco, mas tinha "duas moedas de pequeno cobre" (Lc 21:2), mas ele e seus discípulos não eram indigentes e nunca pediu para o pão. Paulo foi espancado, preso, náufragos, apedrejado, e muitas vezes pressionado economicamente difícil; mas nem ele nunca implorar por pão. Era, de fato, um distintivo de honra para ele que ele trabalhava para pagar suas próprias despesas no ministério (At 20:34; 1 Cor 9: 6-18.). O Senhor e os apóstolos foram acusados ​​de serem ignorantes, encrenqueiros, sem religião, e até mesmo louco; mas eles nunca foram acusados ​​de ser indigente ou mendigos.

    Por outro lado, nenhum crente do Novo Testamento é condenado por ser rico. Nicodemos, o centurião romano de Lucas 7, José de Arimatéia, e Filemon eram todos ricos e fiéis. Que "nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres" são chamados (1Co 1:26). Não é porque eles são rejeitados devido a suas posições ou posses, mas porque muitos deles confiar apenas nas coisas (1 Tim. 6: 6 —17).

    Para ser pobre de espírito é reconhecer a própria pobreza espiritual à parte de Deus. É ver a si mesmo como um realmente é: perdido, desesperado, impotente. Além de Jesus Cristo cada pessoa é espiritualmente destituídos, não importa o que sua educação, riqueza, status social, realizações, ou conhecimento religioso.

    Esse é o ponto de partida da primeira bem-aventurança. O pobre de espírito são aqueles que reconhecem sua miséria espiritual total e sua completa dependência de Deus. Eles percebem que não há recursos de poupança em si mesmos e que eles só podem implorar por misericórdia e graça. Eles sabem que não têm mérito espiritual, e eles sabem que podem ganhar nenhuma recompensa espiritual. Seu orgulho se foi, sua auto-confiança se foi, e eles estão de mãos vazias diante de Deus.

    Em espírito também transmite a sensação de que o reconhecimento da pobreza é genuíno, não um ato. Ele não se refere a exteriormente agindo como um mendigo espiritual, mas de reconhecer o que realmente é. É a verdadeira humildade, a humildade não fingida. Ela descreve a pessoa sobre a qual o Senhor fala em Isaías 66: ". Para esse olharei, para aquele que é humilde e contrito de espírito e que treme da minha palavra" 2- Ela descreve a pessoa que está "de coração partido" e "espírito esmagado" (Sl 34:18), que tem "a um coração quebrantado e contrito" diante do Senhor (Sl 51:17).

    Jesus contou a parábola do fariseu e do publicano que "certas pessoas que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e viram os outros com desprezo." Como o fariseu, de pé orando no templo, ele orgulhosamente recitou suas virtudes e deu graças que Ele não era como aqueles que são pecadores, especialmente o publicano que estava nas proximidades. O publicano, porém, "nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:" Deus, sê propício a mim, pecador! '"O publicano, Jesus disse," desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado "(Lucas 18:9-14). O fariseu estava orgulhoso em espírito; o coletor de impostos era pobre de espírito .

    Quando Deus chamou Moisés para tirar Israel do Egito, Moisés confessou sua indignidade, e Deus foi capaz de usá-lo poderosamente. Pedro ainda era agressivo, arrogante e orgulhosa, mas quando Jesus milagrosamente desde a grande captura de peixes, Pedro De tão emocionado que ele confessou: "Apartai-vos de mim, porque sou um homem pecador, Senhor!" (Lc 5:8), que era o principal dos pecadores (1Tm 1:15), e que as melhores coisas que poderia fazer em si mesmo foram lixo (Fp 3:8).

    Israelitas que estavam espiritualmente sensível sabiam que precisavam de poder de Deus para guardar a lei de Deus. Com humildade eles confessaram seu desamparo e implorou por sua misericórdia e força.Davi começou sua grande salmo penitencial com o fundamento "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade;. De acordo com a grandeza da Tua compaixão apaga as minhas transgressões ... Pois eu conheço as minhas transgressões, eo meu pecado está sempre diante de mim" (Sl 51:1).

    Outros israelitas, porém, tomou uma outra abordagem para a lei. Sabendo que não poderia cumprir suas exigências, eles simplesmente trouxe a lei para baixo para um nível que era mais gerenciável e aceitável. Eles empilharam interpretação da interpretação, criando tradições humanas que eram possíveis para manter na carne. Essas tradições veio a ser conhecido como o Talmud, um comentário sobre a lei que rabinos desenvolvido ao longo de muitos séculos e que, eventualmente, substituiu a lei nas mentes da maioria dos judeus. Eles trocaram a Torá (lei revelada de Deus) para o Talmud (modificação do homem da lei). Em nome de interpretar e proteger o direito que contradisse e enfraqueceu-lo. Eles trouxeram os padrões de Deus para baixo para padrões que homens poderiam manter sem a ajuda de Deus.Eles, então, ensinou como doutrina esses preceitos de homens (Mt 15:9). Honrar pai e mãe é antes de tudo uma atitude, uma questão do coração, como é a cobiça (12 vv., 17).

    Todo judeu pensativo sabia que a lei de Deus foi muito acima da sua própria força humana para obedecer. Os orgulhosos e auto-satisfeito respondeu diluindo a lei. O humilde e penitente respondeu chamando a Deus por ajuda.
    Se os padrões de Deus do Antigo Testamento é impossível para o homem de conhecer por si mesmo, quanto menos atingível pelo próprio poder são os padrões do Sermão da Montanha. Jesus ensina aqui não só que as pessoas devem amar a Deus, mas que "estão a ser perfeito, como [seu] Pai celeste é perfeito" (5:48), e que, a menos que sua justiça não exceder o externo, originou-man "justiça ... de os escribas e fariseus, [eles] não entrareis no reino dos céus "(5:20).

    Por que a humildade vem Primeiro

    Jesus coloca esta beatitude em primeiro lugar porque a humildade é a base de todas as outras graças, um elemento básico para se tornar um cristão (Matt. 18: 3-4). Orgulho não tem parte no reino de Cristo, e até que a pessoa se rende orgulho que ele não pode entrar no reino. A porta para o Seu reino é baixa e ninguém que está alto nunca vai passar por isso. Nós não pode ser preenchido até que estão vazios; não podemos ser dignos até que reconheçamos nossa indignidade; não podemos viver até admitirmos que estamos mortos. Nós também podemos esperar fruto de crescer sem uma árvore como esperar que as outras graças da vida cristã para crescer sem humildade. Não podemos começar a vida cristã sem a humildade, e não podemos viver a vida cristã com orgulho.

    No entanto, na igreja de hoje há pouca ênfase sobre a humildade, pouca menção de auto-esvaziamento. Vemos muitos livros cristãos sobre como ser feliz, como ser bem sucedido, como superar os problemas, e assim por diante. Mas vemos muito poucos livros sobre a forma de nos esvaziar, como negar a nós mesmos, e como tomar nossa cruz e seguir Jesus, no caminho que Ele nos diz para segui-Lo.
    Até que uma alma se humilhou, até que a pessoa interna é pobre de espírito , Cristo nunca pode tornar-se caro, porque Ele é obscurecida por auto. Até que um sabe como impotente, sem valor, e pecadora que ele é em si mesmo, ele nunca pode ver como poderoso, digno, e Cristo glorioso é em Si mesmo. Até que um vê como ele é condenado, ele não pode ver o que um Redentor é o Senhor. Até que um vê a sua própria pobreza, não pode ver as riquezas de Deus. Somente quando se admite a sua própria apatia pode Cristo lhe deu a Sua vida. "Todo mundo que está orgulhoso de coração é uma abominação ao Senhor" (Pv 16:5). Aqueles que se recusam a reconhecer que eles estão perdidos e desamparados são como a escrava romana cego, que insistiu para que ela não era cego, mas que o mundo era permanentemente escuro.

    Onde eu é exaltado, Cristo não pode ser. Onde eu é rei, Cristo não pode ser. Até o arrogante se tornar pobres de espírito , eles não podem receber o rei ou a herdar o Seu reino.

    Alcançar Humildade

    Como, então, nos tornamos humildes de espírito ? Quase por definição, não pode começar com a gente, com alguma coisa que podemos fazer ou realizar no nosso próprio poder. Nem envolve colocando-nos para baixo. Nós já estamos para baixo; humildade simplesmente reconhece a verdade. E simplesmente estar desesperado, impotente, e precisam, obviamente, não é uma virtude. Essa não é a vontade de Deus para qualquer um. Sua vontade é que nos permite sair dessa condição e em bênção. O cumprimento desse objetivo depende da Sua soberana trabalho, gracioso de humilhante.

    A humildade não é um trabalho humano necessário para fazer-nos dignos, mas uma obra divina necessária para nos fazer ver que são indignos e não pode mudar nossa condição sem Deus. É por isso que o monaquismo, ascetismo, abnegação física, mutilação, e outras auto-esforços são tão tola e fútil. Eles alimentam o orgulho em vez de dominá-la, porque são obras da carne. Eles dar a uma pessoa um motivo para se orgulhar no que ele fez ou não fez. Tais esforços auto-impostas são inimigos da humildade.

    No entanto, apesar de verdadeira humildade é produzido pelo Senhor como um elemento da obra da salvação, ele também é o mandamento de homens. Existem inúmeros mandamentos divinos de se humilhar (Mt 18:4; Jc 4:10; 1Pe 5:51Pe 5:5). Humildade, como qualquer outro bom presente, vem somente de Deus. Além disso, como com qualquer outra coisa boa, ele está mais disposto a dar do que nós a pedir, e Ele está pronto para dar-lhe muito antes de perguntar para ele.

    Sabendo quando somos humildes

    Como podemos saber se somos verdadeiramente humilde, se somos pobres de espírito? Tomé Watson dá sete princípios que podem ser aplicados na determinação de humildade.

    Primeiro, se formos humildes vamos ser desmamados de nós mesmos. Nós vamos ser capazes de dizer com Davi, "Minha alma é como uma criança desmamada dentro de mim" (Sl 131:2). Para os crentes filipenses ele escreveu: "Porque para mim o viver é Cristo, e morrer é lucro" (Fm 1:21).

    Em segundo lugar, a humildade nos levará a ser perdido na maravilha de Cristo ", com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, ... sendo transformados na mesma imagem de glória em glória" (2Co 3:18) . Nossa satisfação será na perspectiva de um dia ser totalmente à semelhança de nosso Senhor.

    Em terceiro lugar, não vamos reclamar sobre a nossa situação, não importa o quão ruim ele pode tornar-se. Porque nós sabemos que merecemos pior do que qualquer coisa que possamos experimentar nesta vida, vamos considerar nenhuma circunstância a ser injusto. Quando a tragédia vem não vamos dizer, "Por que eu, Senhor?" Quando o nosso sofrimento é por amor de Cristo, não só não vai reclamar ou sentir vergonha, mas vai glorificar a Deus para ele (1Pe 4:16), sabendo que vamos "também glorificados com Ele" e perceber "que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que há de ser revelada a nós "(Rom. 8: 17-18).

    Em quarto lugar, vamos ver com mais clareza os pontos fortes e virtudes dos outros, assim como nossas próprias fraquezas e pecados. Com a "humildade" vamos "respeito um ao outro como mais importante do que [nos]" (Fp 2:3).

    Em quinto lugar, vamos passar muito tempo em oração. Assim como o mendigo física implora para o sustento físico, o mendigo espiritual implora por espiritual. Vamos bater muitas vezes na porta do céu, porque estamos sempre precisando. Como Jacó lutando com o anjo, não vamos deixar ir até somos abençoados.
    Sexta, tomaremos Cristo em Seus termos, não no nosso ou qualquer outro. Não vamos tentar ter Cristo, mantendo o nosso orgulho, nossos prazeres, nossa avareza, ou a nossa imoralidade. Nós não irá modificar seus padrões por tradições eclesiásticas ou por nossas próprias inclinações ou persuasão. Sua Palavra por si só será o nosso padrão.
    Watson disse: "Um castelo que tem sido muito assediada e está pronto para ser tomada vai entregar-se em quaisquer condições para salvar suas vidas. Aquele cujo coração tem sido uma guarnição para o diabo, e ocupou a longo na oposição contra Cristo, quando uma vez que Deus o trouxe para a pobreza de espírito e ele se vê maldito sem Cristo, que Deus o que propõem artigos que ele vai, ele vai facilmente subscrevê-los. Senhor, que queres que eu faça? '"(p. 47).

    Em sétimo lugar, quando nós somos pobres em espírito, vamos louvar e agradecer a Deus por Sua graça. Nada mais caracteriza o crente humilde do que abundante gratidão para com o seu Senhor e Salvador.Ele sabe que não tem bênçãos e nenhuma felicidade, mas o que o Pai dá em amor e graça. Ele sabe que a graça de Deus é "mais do que abundante, com a fé e amor que há em Cristo Jesus" (1Tm 1:14).

    O resultado de ser pobres no espírito

    Aqueles que vêm para o Rei neste humildade herdar o Seu reino, porque deles é o reino dos céus . Deus tem prazer em escolhida para dar o reino para aqueles que humildemente vir a Ele e confiar nele (Lc 12:32).

    Quando o Senhor chamou Gideão para libertar Israel dos midianitas, Gideão respondeu: "Senhor, como eu emitirá Israel? Eis que a minha família é a menos em Manassés, e eu sou o mais novo na casa de meu pai" —para que Deus respondeu "Com certeza eu vou estar com você, e você deve derrotar os midianitas como um só homem" (Jz 6:15-16.). Quando Isaías "viu o Senhor sentado num trono, sublime e exaltado", ele gritou em desespero: "Ai de mim, porque estou arruinado! Porque eu sou um homem de lábios impuros". Em seguida, um serafim assistir tocou a boca do profeta com uma queima de carvão e disse: "Eis que esta tenha sido tocada por seus lábios, e sua iniqüidade foi tirada, e seu pecado é perdoado" (Is 6:1). Deus quer que nós reconhecemos a nossa pobreza para que Ele possa nos tornar ricos. Ele quer que nós reconhecemos a nossa humildade para que Ele possa nos levantará. "Humilhai-vos na presença do Senhor", diz Tiago ", e ele vos exaltará" (Jc 4:10).

    Ao dar o seu próprio reino, os pobres em espírito herdar Deus.

    14. Felizes são os que choram (Mt 5:4) —o beatitude converse de Mt 5:4)? 'Onde está o teu Deus?".

    Derrota e desânimo causado Timoteo a chorar, levando Paulo, seu pai espiritual, a escrever: "Dou graças a Deus, a quem sirvo com uma consciência clara a forma como os meus antepassados ​​fizeram, como eu sempre lembro de você em minhas orações, noite e dia, desejando vê-lo, mesmo se bem me lembro suas lágrimas, para que eu possa ser preenchido com alegria "(2 Tim 1: 3-4.).

    Angustiado preocupação sobre os pecados de Israel e Deus vinda do julgamento do seu povo causada Jeremiah para lamentar. "Oh, que minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos numa fonte de lágrimas", ele gritou, "que eu chorasse de dia e de noite os mortos da filha do meu povo!" (Jr 9:1). Por causa de seu grande amor por ele os anciãos da igreja de Éfeso mais tarde lamentou a Paulo enquanto orava com eles na praia perto de Mileto, "luto especialmente sobre a palavra que dissera, que eles deveriam ver o seu rosto não mais" (v . 38).

    O amor sincero de um pai o levou a ser atingidos pelo sofrimento de seu filho possuído pelo demônio, assim como ele levou a Jesus para a cura. Sem lágrimas dúvida correu o rosto do homem como Ele implorou a ajuda de Jesus, confessando "Eu creio; ajudar a minha incredulidade" (Mc 9:24).

    Arrependido, devoção worshipful causou uma mulher a chorar por seus pecados como ela entrou em casa do fariseu e lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Para o anfitrião orgulhoso que se ressentia contaminando sua casa e interrompendo seu partido jantar, Jesus disse: "Eu digo a você, seus pecados, que são muitos, foram perdoados, porque muito amou; mas aquele que é perdoado pouco, pouco ama "(Lc 7:47).

    Amor divino Imensurável causado nosso Senhor a chorar pela morte de Lázaro (Jo 11:35) e sobre as pessoas que pecam de Jerusalém, a quem Ele queria reunir em Seu cuidado como uma mãe galinha ajunta os seus pintos (Mt 23:37).

    O Choro piedoso

    A lamentação sobre o qual Jesus está falando na segunda beatitude, no entanto, não tem nada a ver com os tipos que acabamos de discutir, adequado ou inadequado. O Senhor está preocupado com todas as tristezas legítimos dos Seus filhos, e Ele promete para consolar, confortar e fortalecer-nos quando nos voltamos para Ele em busca de ajuda. Mas esses não são o tipo de tristeza em questão aqui. Jesus está falando de tristeza segundo Deus, luto piedoso, lamentando que só aqueles que sinceramente desejam pertencer a Ele ou que já pertencem a Ele pode experimentar.

    Paulo fala desta tristeza em sua segunda carta a Corinto. "Para a tristeza que está de acordo com a vontade de Deus produz um arrependimento sem pesar, levando a salvação, mas a tristeza do mundo produz morte Pois eis que veemência isto mesmo, esta tristeza segundo Deus, produziu em você." (2 Cor. 7: 10-11). A única tristeza que traz vida e crescimento espiritual é a tristeza segundo Deus, tristeza sobre o pecado que leva ao arrependimento. A tristeza segundo Deus está ligada ao arrependimento, e arrependimento está ligada ao pecado.

    Como a primeira bem-aventurança deixa claro, a entrada no reino dos céus começa com ser "pobre de espírito", com o reconhecimento da falência espiritual total. A única maneira que qualquer pessoa pode vir a Jesus Cristo está de mãos vazias, totalmente desamparados e pedindo misericórdia e da graça de Deus. Sem um senso de pobreza espiritual, ninguém pode entrar no reino. E quando entramos no reino nunca devemos perder esse sentido, sabendo "que nada de bom habita em [dos EUA], isto é, em [nosso] carne" (Rm 7:18).

    A pobreza espiritual leva a tristeza segundo Deus; os pobres de espírito tornar-se os que choram . Depois de seu grande pecado envolvendo Bate-Seba e Urias, Davi se arrependeu e expressou sua tristeza divina no Salmo 51: "Porque eu conheço as minhas transgressões, eo meu pecado está sempre diante de mim contra ti, ti somente, pequei, e fiz o que é mal. aos teus olhos "(vv. 3-4). Jó era um crente modelo ", irrepreensível, íntegro, temente a Deus, e se afastando do mal" (1:1). Ele é usado de luto dos discípulos de Jesus antes que eles sabiam que Ele ressuscitou dos mortos (Mc 16:10). Ele é usado para o luto de líderes empresariais mundo sobre a morte de seu comércio por causa da destruição do sistema mundo durante a tribulação (Ap 18:11, Ap 18:15).

    A palavra carrega a idéia de profunda agonia interna, que pode ou não pode ser expressa por choro para fora, lamentando, ou lamento. Quando Davi parou de esconder o seu pecado e começou a lamentar sobre ele e confessá-lo (Sl. 32: 3-5)!, Ele poderia declarar: "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há dolo! " (Vv. 1-2).

    A felicidade ou bem-aventurança, não vem no próprio luto. A felicidade vem com o que Deus faz em resposta a ele, com o perdão que tal luto traz. Luto Divina traz o perdão de Deus, que traz a felicidade de Deus. Choro não é meramente uma experiência psicológica ou emocional que faz com que as pessoas se sentem melhor. É uma comunhão com a vida, amando a Deus que responde ao enlutado com uma realidade-a realidade objetiva do perdão divino!
    Davi experiente e expressou muitos tipos de dor humana comum, tanto próprios e impróprios. Ele lamentou sobre ser solitário, por ter sido rejeitado, por ter sido desanimado e decepcionado, e com a perda de um filho pequeno. Ele também lamentou desordenAdãoente sobre a morte de Absalão, a quem Deus havia retirado para proteger Israel eo trono messiânica de Davi. Mas nada quebrou o coração de Davi, como o seu próprio pecado. Sem angústia era tão profunda como a angústia que sentiu quando ele finalmente viu o horror de suas ofensas contra o Senhor. Ou seja, quando Davi tornou-se feliz, quando ele se tornou verdadeiramente triste as suas transgressões.
    O mundo diz: "Arrumar seus problemas em seu saco kit de idade, e sorrir, sorrir, sorrir." Esconder os seus problemas e fingir ser feliz. A mesma filosofia é aplicada ao pecado. Mas Jesus diz: "Confesse seus pecados, e choram, choram, choram". Quando fazemos isso, nossos sorrisos pode ser verdadeira, porque a nossa felicidade será genuína. Luto Divina traz a felicidade divina, que nenhuma quantidade de esforço humano ou pretensão otimista, nenhuma quantidade de pensamento positivo ou pensamento possibilidade, pode produzir.
    Somente enlutados sobre o pecado está feliz porque somente enlutados sobre o pecado ter seus pecados perdoados. Pecado e felicidade são totalmente incompatíveis. Quando existe, o outro não pode. Até o pecado é perdoado e removido, a felicidade está bloqueada. Lamentação sobre o pecado traz o perdão do pecado e do perdão do pecado traz uma liberdade e uma alegria que não pode ser experimentado por qualquer outra forma.

    "Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de você", Tiago diz-nos. "Purificai as mãos, pecadores; e purificai os corações, vós de espírito vacilante Seja miserável e lamentar e chorar;. Vosso riso em pranto, ea vossa alegria em tristeza Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele. vos exaltará "(Tiago 4:8-10).

    Há uma grande necessidade na igreja hoje a chorar ao invés de rir. A frivolidade, tolice e insensatez que ir em nome do cristianismo deve-se fazer-nos chorar. Conselho de Deus para o frívolo feliz, a auto-satisfeito feliz, o feliz indulgente é: "Seja miserável e lamentar e chorar; se o vosso riso em pranto, ea vossa alegria em tristeza."

    A criança fiel de Deus é constantemente quebrado sobre sua pecaminosidade, e quanto mais tempo ele mora e quanto mais maduro, ele torna-se no Senhor, o que é mais difícil para ele ser frívola. Ele vê mais do amor e da misericórdia de Deus, mas ele também vê mais de sua própria e pecado do mundo. Para crescer na graça é também crescer na consciência do pecado. Falando a Israel, o profeta Isaías disse: "Naquele dia o Senhor Deus dos Exércitos chamou para choro, a lamentação, a raspar a cabeça, e ao uso de saco. Em vez disso, há alegria e júbilo, matança de gado e abate de ovelha, comer carne e beber vinho. " Seguindo a filosofia do mundo, que ainda prevalece hoje, antigo povo de Deus disse: "Comamos e bebamos, porque amanhã a gente pode morrer" (Is. 22: 12-13).

    Seguimos a filosofia de forma indireta, ou mesmo, quando rimos de crude e imorais piadas do mundo, mesmo que nós não recontar eles, quando estamos entretidos por um pecado, mesmo que nós não entrar nele, quando sorrimos no talk ímpios mesmo que nós não repetir as palavras. Para brincar com o divórcio, para fazer a luz de brutalidade, a ser intrigado com a imoralidade sexual é para se alegrar quando deveríamos estar de luto, para estar rindo quando deveríamos estar chorando. Para "regozijar-se na perversidade do mal" é colocado ao lado de "prazer em fazer o mal" (Pv 2:14). Para ter "prazer na iniqüidade" (2Ts 2:12) é para ser uma parte da maldade, se vamos ou não cometer o pecado específico.

    Grande parte da igreja de hoje tem um sentido defeituoso do pecado, que se reflete, neste sentido, com defeito de humor. Quando até mesmo os seus próprios membros tornar a igreja alvo de piadas, fazer a luz de suas crenças e ordenanças, caricaturar seus líderes como inepto e palhaço, e fazer seus altos padrões de pureza e justiça objecto de comentário bem-humorado, a Igreja tem grande necessidade de transformar o seu riso em pranto.

    A Bíblia reconhece um bom senso de humor, humor que não é à custa do nome de Deus, a Palavra de Deus, a igreja de Deus, ou qualquer pessoa, exceto, talvez, nós mesmos. Deus sabe que "um coração alegre é bom remédio" (Pv 17:22), mas um coração que se alegra com o pecado é tomar veneno, não medicamento. O caminho para a felicidade não está em ignorar o pecado, muito menos em fazer a luz dele, mas sim de tristeza sobre ela que clama a Deus.

    Podemos reagir a nossa falência espiritual em uma das várias maneiras. Como os fariseus podemos negar a nossa miséria espiritual e fingir que estamos espiritualmente rico. Ou, como monges e defensores de rearmamento moral, podemos admitir a nossa condição e tentar mudá-lo em nosso próprio poder e por nossos próprios esforços. Ou podemos admitir nossa condição e, em seguida, o desespero sobre ele, a tal ponto que nós tentamos afogá-lo na bebida, escapar dela por drogas ou por atividade, ou desistir completamente e cometer suicídio, como Judas fez. Porque eles podem encontrar nenhuma resposta em si mesmos ou do mundo, essas pessoas concluem que não há nenhuma resposta. Ou, como o filho pródigo, podemos admitir a nossa condição, lamentará por causa dele, e voltar-se para o Pai celestial para sanar nossa pobreza (ver Lucas 15:11-32).

    Choro sobre o pecado não está sendo envolvido em desespero. Mesmo a pessoa que tem sido severamente disciplinada pela igreja deve ser perdoado, consolado, e amado, "para que de alguma forma, um tal ser esmagada pela tristeza excessiva" (2 Cor. 2: 7-8). Nem é luto piedosa chafurdar na auto-piedade e falsa humildade, que são realmente crachás de orgulho.

    Verdadeiro luto sobre o pecado não se concentrar em nós mesmos, nem mesmo em nosso pecado. Ele se concentra em Deus, o único que pode perdoar e remover o nosso pecado. É uma atitude que começa quando entramos no reino e dura o tempo que estamos na terra. É a atitude de Romanos 7. Ao contrário de alguns interpretação popular, Paulo não está aqui falando simplesmente sobre sua condição anterior.Os problemas do capítulo 7 não eram experiências de uma só vez que foram completamente substituídas pelas vitórias do capítulo 8. O apóstolo diz claramente ", pois o que eu estou fazendo Eu não entendo, porque eu não estou praticando o que eu gostaria de fazer , mas eu estou fazendo a mesma coisa que eu odeio "(7:15). Aqui, ele usa o tempo presente, como ele faz todo o resto do capítulo: "Porque eu sei que nada de bom habita em mim, isto é, na minha carne; ... para o bem que quero, eu não faço, mas eu praticar o muito mal que não quero "(vv 18-19.); "Acho então o princípio de que o mal está em mim" (v. 21); "Miserável homem que eu sou! Então, por um lado eu me com a minha mente sou escravo da lei de Deus, mas, por outro, com a minha carne à lei do pecado" (vv. 24-25).

    Paulo escreveu essas palavras no auge do seu ministério. No entanto, a justiça eo pecado ainda estavam lutando uma batalha em sua vida. Como ele reconhece, no versículo 25, o caminho da vitória é "por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor", mas o resto do versículo deixa claro que, naquela época, a vitória ainda não estava completa. Ele sabia que a vitória era, e ele provou a vitória muitas vezes. Mas ele sabia que, nesta vida, nunca é uma vitória permanente. A presença da carne vê a isso. Permanente vitória está garantida para nós agora, mas não é dado a nós agora.

    Paulo não só falou da criação ansiosamente saudade de restauração, mas de seu próprio desejo para a restauração completa. "E não só isso, mas também nós mesmos, com as primícias do Espírito, igualmente gememos em nós mesmos, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo" (Rm 8:19, 22-23 ). Paulo estava cansado do pecado, cansado de lutar contra ele em si mesmo, assim como na 1greja e no mundo. Ansiava por alívio. "Porque, na verdade, nesta casa, gememos", disse ele, "desejando muito ser revestidos da nossa habitação do céu." Ele grandemente preferido ", em vez de estar ausente do corpo e estar em casa com o Senhor" (2Co 5:2).

    A marca da vida adulta não é impecabilidade, que é reservado para o céu, mas crescente consciência do pecado. "Se dissermos que não temos pecado nenhum," João avisa: "estamos enganando a nós mesmos, ea verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça "(I João 1:8-9). Os súditos do Reino-os perdoados de Deus, os filhos de Deus e co-herdeiros com o Filho-se caracterizam pela confissão contínua do pecado.

    Há vários anos, um estudante de faculdade me disse: "Eu fui liberado Alguém me explicou o verdadeiro significado 1Jo 1:9, onde nos é dito que Jesus foi o primeiro Helper, e do Espírito Santo é "outro Consolador".

    O Antigo Testamento também fala de Deus confortando os que choram. Isaías fala da vinda do Messias, entre outras coisas, "para consolar todos os que choram, para conceder os que choram em Sião, dando-lhes uma coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto" (Isaías 61:2-3. ). Davi foi consolado pela vara eo cajado de pastor de sua divina (Sl 23:4).

    Mesmo a Palavra escrita de Deus é um presente Consolador, dado para o nosso encorajamento e de esperança (Rm 15:4; conforme 2 Cor. 1:. 2Co 1:6; 2Co 7:13; 2Co 13:11). Ele vai levantar o fardo daqueles que choram sobre o pecado, e Ele vos dará descanso para aqueles que estão cansados ​​do pecado. Todas as vezes que nós confessamos nossos pecados, ele é fiel para perdoar, e durante o tempo que nós lamentamos sobre o pecado Ele é fiel para confortar.

    Como chorar

    O que o verdadeiro luto sobre o pecado envolve? Como podemos nos tornar choradores piedosos?

    Eliminar os obstáculos

    O primeiro passo, é necessário eliminar os obstáculos que nos impedem de luto, as coisas que nos fazem conteúdo com nós mesmos, que nos fazem resistir Espírito de Deus e questionar a Sua Palavra, e que endurecer nossos corações. Um coração de pedra não chorar. É insensível a Deus, e seu arado de graça não pode quebrá-lo. Ele só armazena até ira até o dia da ira.

    O amor do pecado é o obstáculo principal para o luto. Segurando em pecado irá congelar e petrificar um coração. Despair dificulta luto porque o desespero está desistindo de Deus, recusando-se a acreditar que Ele pode salvar e ajudar. Desespero é colocar-nos fora da graça de Deus. De tais pessoas Jeremias escreve: "Eles vão dizer:" Não há esperança! Para nós vamos seguir os nossos próprios planos, e cada um de nós irá agir de acordo com a dureza do seu coração maligno "(Jr 18:12). Aquele que se desespera acredita que ele está destinado a pecar. Porque ele acredita que Deus deu em cima dele, ele desiste de Deus. Desespero desculpas pecar, escolhendo a acreditar que não há escolha. Desespero esconde a misericórdia de Deus por trás de uma nuvem self-made de dúvida.

    Outro obstáculo é presunção , que tenta esconder o próprio pecado, escolhendo acreditar que não há nada sobre o qual a chorar. É a contraparte espiritual de um médico tratamento de um cancro, como se fosse um resfriado. Se era necessário que Jesus Cristo derramou Seu sangue na cruz para nos salvar do nosso pecado, o nosso pecado tem de ser grande, de fato!

    Presunção dificulta luto porque é realmente uma forma de orgulho. Ele reconhece a necessidade de graça, mas não muita graça. Ele está satisfeito com graça barata, esperando que Deus perdoe pouco porque vê pouco a ser perdoado. Pecados são ruins, mas não é ruim o suficiente para ser confessados, arrependeu-se de, e abandonado. No entanto, o Senhor declarou através de Isaías: "Deixe o ímpio o seu caminho, eo homem maligno os seus pensamentos; e deixá-lo voltar para o Senhor, e Ele terá compaixão dele; e para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar" (Is 55:7). Quanto mais cedo a doença do pecado é tratado com o conforto, mais cedo virá. Se não for tratada, não temos nenhuma garantia de que o conforto que nunca virá, porque nós não temos nenhuma garantia de que teremos tempo para confessá-lo mais tarde.

    O passo mais importante que podemos tomar para se livrar de obstáculos ao luto, sejam eles quais forem, é olhar para a santidade de Deus e o grande sacrifício do pecado de rolamento na cruz. Se vendo Cristo morreu pelos nossos pecados não descongelar um coração frio ou quebrar um coração endurecido, ele está além de fusão ou quebrar. Em seu poema "Good Friday", Christina Rossetti dá a essas linhas móveis:

    Sou uma pedra e não uma ovelha, 
    que eu aguento, ó Cristo, sob a Tua cruz, 
    Para número gota a perda lenta da queda Teu Sangue

    E ainda não chorar?

     

    Não é assim aquelas mulheres amou 
    Quem superior com tristeza lamentou Ti; 
    Não tão caído Pedro chorou amargamente;

    Não é assim que o ladrão foi transferida;

    Não assim o Sol ea Lua 
    que escondia seus rostos em um céu sem estrelas. 
    Um horror de grandes trevas em ampla noon-

    Eu, apenas eu.

    No entanto, não dá oe'r 
    Mas buscar Tua ovelha, verdadeiro Pastor do rebanho, 
    maior do que Moisés, virar e olhar mais uma vez

    E ferir uma rocha.

    Estudar a Palavra de Deus

    O segundo passo em direção luto piedosa é estudar o pecado nas Escrituras, para saber o que uma coisa má e repugnante é a Deus e que coisa destrutiva e condenável é para nós. Devemos aprender com Davi para manter o nosso pecado sempre diante de nós (Sl 51:3.). Ao ouvirmos essas grandes homens de Deus falando sobre o seu pecado, somos forçados a enfrentar a realidade e a profundidade de nossa própria.

    Pecado pisoteia as leis de Deus, faz com que a luz do Seu amor, entristece o Seu Espírito, rejeita seu perdão e da bênção, e em todos os sentidos resiste a Sua graça. Pecado nos torna fracos e nos torna impuro. Ele rouba-nos de conforto e, muito mais importante, rouba de Deus a glória.

    Oração

    O terceiro passo em direção luto piedosa é orar por contrição de coração, que só Deus pode dar e que Ele nunca se recusa a dar a quem pede. Deve sempre ser reconhecido que a humildade depende do trabalho do Senhor. A maneira de luto piedoso não está na pré-salvação obras humanas, mas na graça salvadora de Deus.

    Como saber se nós estamos chorando como Cristo deseja

    Saber se temos ou não luto piedosa não é difícil. Em primeiro lugar, temos de nos perguntar se somos sensíveis ao pecado. Se rir dela, levá-lo de ânimo leve, ou apreciá-lo, podemos ele com certeza não estamos de luto sobre ele e estão fora da esfera da bênção de Deus.

    A justiça simulada de hipócritas que fazem todos os esforços para parecer santo do lado de fora (ver Matt. 6: 1-18) não tem sensibilidade para o pecado, só sensibilidade ao prestígio pessoal e reputação. Nem a gratidão simulada dos que graças a Deus eles são melhores do que as outras pessoas (Lc 18:11). Saul se lamenta por ter desobedecido a Deus por não matar o rei Agag e poupando o melhor dos animais amalequitas. Mas ele não estava arrependido; ele não chorar sobre o seu pecado. Ao invés disso, tentou desculpar suas ações, alegando que os animais foram poupados para que pudessem ser sacrificado a Deus e que as pessoas que o levou a fazer o que ele fez. Ele duas vezes admitiu que ele havia pecado, e até pediu Samuel em busca de perdão. Mas sua verdadeira preocupação não era para a honra do Senhor, mas para o seu próprio. "Pequei; mas honra-me agora diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel" (1Sm 15:30.). Saul tinha arrependimento ímpios, não luto deuses.

    O enlutado piedoso terá verdadeira tristeza por seus pecados. Sua primeira preocupação é com o dano seu pecado faz para a glória de Deus, e não o dano a sua exposição pode trazer para a sua própria reputação ou bem-estar.

    Se o nosso luto é piedoso vamos lamentar pelos pecados de outros crentes e para os pecados do mundo. Vamos gritar com o salmista: "Meus olhos derramam rios de água, porque não manter a tua lei" (Sl 119:136.). Vamos desejar com Jeremiah que nossas cabeças eram fontes de água que poderíamos ter lágrimas suficientes para chorar (Jr 9:1; conforme Lm 1:16). Com Ezequiel vamos procurar crentes fiéis "que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem" em torno de nós (Ez 9:1; conforme Sl 69:9).

    A segunda maneira de determinar se temos luto genuíno sobre o pecado é o de verificar o nosso senso de perdão de Deus. Já tivemos a liberação e liberdade de conhecer os nossos pecados são perdoados?Será que temos Sua paz e alegria em nossa vida? Podemos apontar para a verdadeira felicidade que Ele deu em resposta ao nosso luto? Será que temos o conforto divino Ele promete para aqueles que têm perdoados, purificados, e purificado vidas?

    Os choros piedosos "que semeiam em lágrimas segarão com gritos de alegria Ele que vai para fro e chorando, carregando seu saco de sementes, são de fato vir novamente com um grito de alegria, trazendo consigo os seus molhos." (Sl 126:5). O fato era, é claro, que a história de Israel foi um dos conquista repetida e opressão-by Egito, Assíria, dos medos e persas, os gregos, e, naquele exato momento, em Roma. Aparentemente, o orgulho não permitiria que aqueles fariseus a reconhecer um dos fatos mais evidentes da história de seu país e de sua situação atual.

    Todos os judeus esperavam a libertação de algum tipo, por alguns meios. Muitos estavam esperando libertação para vir através do Messias. Deus havia prometido diretamente a Simeon piedoso "que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor", isto é, o Messias (Lc 2:26). Expectativa de Simeão foi cumprida quando foi dado o privilégio de ver o verdadeiro Messias como uma criança. Outros, no entanto, como os fariseus, espera a vinda do Messias com grande fanfarra e uma poderosa demonstração de poder sobrenatural. Eles assumiram Ele milagrosamente se libertar do jugo de Roma e estabelecer um Estado judeu, uma teocracia revivido e santo da Commonwealth, que iria dominar o mundo. Outros, como os saduceus materialistas, esperava a mudança através de um compromisso político, para o qual foram desprezado por muitos compatriotas judeus. Os essênios monásticas, isolado fisicamente e filosoficamente do resto do judaísmo, vivia em grande parte, como se não existisse Roma e do resto do mundo.

    O Zealots, como seu nome indica, foram os defensores mais vocais e ativos de libertação. Muitos deles espera a vinda do Messias como um poderoso, líder militar irresistível que iria conquistar Roma, da mesma forma que Roma lhes havia conquistado. Eles não foram, no entanto, esperar passivamente por seu Libertador, mas estavam determinados que, quando e como Ele pode vir, eles iriam fazer a sua parte para fazer o seu trabalho mais fácil. Seus números, influência e poder continuou a crescer até Roma brutalmente tentou esmagar a resistência judaica. Em AD 70 Tito totalmente destruído Jerusalém e massacraram mais de um milhão de judeus. Três anos mais tarde Flavius ​​Silva finalmente conseguiu seu longo cerco contra a fortaleza de Massada. Quando rebeldia judaica continuaram a frustrar Roma, Adriano varreu Palestina durante os anos 132:35 e sistematicamente destruído a maioria das cidades e massacrou os judeus que ali vivem.

    Nos dias de Jesus os agressivos, Zealots rebeldes não eram em grande número, mas eles tinham a simpatia eo apoio moral de muitas das pessoas, que queriam Roma para ser derrubado, no entanto, ele foi feito.
    Consequentemente, em qualquer grupo de pessoas forma como vários espera a vinda do Messias, que não antecipou sua vinda, com humildade e mansidão. No entanto, aqueles eram as mesmas atitudes que Jesus, aquele a quem João Batista tinha anunciado como o Messias, era ao mesmo tempo ensinando e praticando. A idéia de um manso Messias levando as pessoas humildes estava longe de qualquer um de seus conceitos do reino messiânico. Os judeus entenderam o poder militar e poder milagre. Eles ainda compreendido o poder de compromisso, impopular como era. Mas eles não entendiam o poder da mansidão.
    As pessoas como um todo acabou por ser rejeitada Jesus porque Ele não cumpriu as suas expectativas messiânicas. Ele ainda pregou contra os meios em que tinha colocado a sua esperança. Eles rejeitaram em primeiro lugar, em seguida, odiado, e, finalmente, matou porque, em vez de aprovar a sua religião, condenou-o e, em vez de levá-los para a independência de Roma Ele desdenhou atos revolucionários e ofereceu uma maneira de ainda maior subserviência.

    Em suas mentes Jesus não poderia ele o Messias, e os elementos de prova final foi de Sua crucificação. O Antigo Testamento ensinou que ninguém enforcado em uma árvore foi "maldito de Deus" (Dt 21:23), mas que é exatamente onde a vida de Jesus terminou-ignominiosamente em uma cruz, e uma cruz romana em que. Quando estava pendurado morrendo, alguns dos líderes judeus não poderiam resistir a uma última provocação contra sua afirmação de ser Salvador e Messias: "Salvou os outros, Ele não pode salvar a si mesmo Ele é o Rei de Israel, deixe desça agora da cruz. , e vamos crer nEle Ele confia em Deus, livre-o agora, se Ele tem prazer nele, pois Ele disse: 'Eu sou o Filho de Deus "(Mateus 27:42-43.)..

    Nos primeiros dias de pregação apostólica, a morte e ressurreição de Cristo foram os maiores obstáculos à crença no evangelho. As idéias eram loucura para os gentios e um escândalo para os judeus (1Co 1:23). O evangelho era loucura para os gentios, que considera o corpo para ser inerentemente mal e pensei que absurdo que o Salvador do mundo, não só se permitiria ser morto, mas iria voltar dos mortos em forma corpórea. Para os judeus o evangelho era uma pedra de tropeço, porque a idéia do Messias morrendo em tudo, muito menos em uma cruz, era impensável. Como poderia um Messias que ensinou durante alguns anos, realizado absolutamente nada, tanto quanto qualquer um poderia ver, e, em seguida, foi rejeitada pelos mestres religiosos e condenado à morte, ele vale a pena acreditar em? (Conforme Atos 3:17-18).

    Mas a rejeição de Jesus começou muito antes de sua crucificação. Quando começou o Sermão da Montanha, ensinando a humildade, luto, e mansidão, o povo sentiu que algo estava errado. Este estranho pregador dificilmente poderia ser o libertador que eles estavam procurando. Grandes causas são travadas pelo orgulho, e não o humilde. Você não pode ganhar vitórias, enquanto luto, e você certamente nunca poderia conquistar Roma com mansidão. Apesar de todos os milagres de Seu ministério, as pessoas nunca realmente acreditava nele como o Messias, porque Ele não agiu em poder militar ou milagre contra a Roma.

    Os judeus não estavam olhando para o Messias que Deus havia lhes disse que estava chegando. Eles ignorou tais peças de Sua Palavra como Isaías 40:60, que de forma tão clara e vividamente retrata o Messias como o Servo Sofredor, bem como o Senhor conquistador. Eles não podiam aceitar a idéia de que tais descrições como: "Ele não tem forma imponente ou majestade ... Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens ... Ele foi oprimido e foi afligido ...como um cordeiro que é levado ao matadouro ... que Ele foi cortado fora da terra dos vivos "e" Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios "(Is. 53: 2-3, 7-9) poderia aplicar-se ao Messias, a vinda grande libertador dos judeus.

    O ensinamento de Jesus parecia nova e inaceitável para a maioria de seus ouvintes, simplesmente porque o Antigo Testamento foi tão grandemente negligenciada e mal interpretada. Eles não reconheceram o humilde e abnegada Jesus como o Messias, porque eles não reconheceram previu Servo Sofredor de Deus como o Messias. Isso não era o tipo de Messias que eles queriam.

    O Significado de Mansidão

    Gentil é de praos , o que significa, basicamente, suave ou macio. O termo às vezes era usado para descrever um medicamento calmante ou uma suave brisa. Ele foi usado de potros e outros animais cujos espíritos naturalmente selvagem foram quebradas por um instrutor, para que pudessem fazer um trabalho útil. Como uma atitude humana que significava ser gentil de espírito, manso, submisso, tranquila, misericordiosos. Durante a Sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus foi aclamado como o Rei vindouro, embora ele foi "manso e montado em um jumento" (Mt 21:5). Ele disse aos Colossenses para "colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência" (Cl 3:12). Ele disse a Tito para lembrar aqueles sob sua liderança "sujeitos aos governadores e autoridades, que sejam obedientes, e estejam preparados para toda boa obra, para difamar ninguém, para ser controverso, moderados, mostrando toda a consideração por todos os homens" (Tito 3:1-2).

    A mansidão não conotar fraqueza. A palavra foi usada em muita literatura extra-bíblica para se referir à quebra de um animal. Mansidão significa poder colocar sob controle. Uma pessoa sem mansidão é "como uma cidade que é arrombada e sem paredes" (Pv 25:28). "Aquele que é lento para a ira é melhor do que o poderoso, eo que domina o seu espírito, do que aquele que toma uma cidade" (Pv 16:32). Um colt ininterrupta é inútil; medicamento que é muito forte irá prejudicar em vez de cura; um vento fora de controle destrói. Emoção fora de controle também destrói, e não tem lugar no reino de Deus. Mansidão utiliza os seus recursos de forma adequada.

    A mansidão é o oposto da violência e da vingança. A pessoa mansa, por exemplo, aceita com alegria a confiscação dos seus bens, sabendo que ele tem posses permanentes infinitamente melhor e mais que o esperam no céu (He 10:34). A pessoa mansa morreu para si mesmo, e, portanto, ele não se preocupa com prejuízo para si mesmo, ou sobre a perda, insulto, ou abuso. A pessoa mansa não defender-se, em primeiro lugar, porque esse é o comando de seu Senhor e exemplo, e segundo porque ele sabe que ele não merece defesa. Ser pobre de espírito e de ter lamentado sobre o seu grande pecado, o gentil pessoa se humildemente diante de Deus, sabendo que ele não tem nada a elogiar a si mesmo.

    Mansidão não é covardia ou flacidez emocional. Não é falta de convicção, nem mera simpatia humana. Mas a sua coragem, a sua força, a sua convicção, e seu prazer vem de Deus, não do self. O espírito de mansidão é o espírito de Cristo, que defendeu a glória de seu Pai, mas deu a Si mesmo em sacrifício para os outros. Deixando um exemplo para nós seguirmos Ele "não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; e ao mesmo tempo sendo injuriado, não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente "(1 Ped. 2: 21-23).

    Embora Ele era sem pecado e, portanto, nunca mereceu críticas ou abuso, Jesus não resistiu calúnia ou reembolsar injustiça ou ameaçar seus algozes. O único ser humano que fez nada de errado, Aquele que sempre teve uma defesa perfeita, nunca defendeu.

    Quando a casa de seu pai foi profanado por cambistas e vendedores de sacrifício, "Ele fez um azorrague de cordas e expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois; e Ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas "(João 2:14-15). Jesus scathingly e repetidamente denunciou os líderes religiosos hipócritas e más; Ele limpou o templo duas vezes pela força; e Ele destemidamente proferiu juízo divino sobre aqueles que abandonaram e corrompido a Palavra de Deus.

    Mas Jesus não uma vez levantar um dedo ou dar uma única réplica em sua própria defesa. Embora a qualquer momento Ele poderia ter chamado legiões de anjos ao Seu lado (Mt 26:53), Ele se recusou a usar o poder natural ou sobrenatural para o Seu próprio bem-estar. Mansidão não é fraqueza, mas mansidão não usa seu poder para sua própria defesa ou propósitos egoístas. A mansidão é poder completamente rendido ao controle de Deus.

    A Manifestação da Mansidão

    A melhor maneira de descrever a mansidão é para ilustrá-la, vê-la em ação. Escritura está repleta de contas instrutivas de mansidão.

    Depois que Deus chamou Abraão de Ur dos caldeus para a Terra Prometida e tinha feito a aliança incondicional maravilhosa com ele, uma disputa sobre terras de pastagem surgiu entre os servos de Abraão e os de seu sobrinho Ló. Toda a terra de Canaã tinha sido prometido a Abraão. Ele foi o homem escolhido por Deus, o Pai, de povo escolhido de Deus. Lot, por outro lado, era essencialmente um cabide-on, uma em-lei que foi em grande parte dependente de Abraão para seu bem-estar e segurança. Além disso, Abraão era tio de Ló e sua mais velho. No entanto, Abraão voluntariamente deixar Lot tomar as terras que ele queria, dando-se os seus direitos e prerrogativas para o bem de seu sobrinho, por uma questão de harmonia entre as suas famílias, e para o bem de seu depoimento perante "os cananeus e os perizeus [que ] estavam habitando em seguida, na terra "(13 5:1-13:9'>Gn 13:5-9). Essas coisas eram muito mais importantes do que a Abraão levantar-se para os seus próprios direitos. Ele tinha o direito eo poder para fazer o que quisesse na matéria, mas com mansidão, ele alegremente renunciaria e colocou de lado o seu poder.

    José foi abusada por seus irmãos invejosos e, eventualmente, vendido como escravo. Quando, por gracioso plano de Deus, ele passou a ser apenas a segunda Faraó no Egito, ele estava em uma posição para se vingar grave em seus irmãos. Quando chegaram ao Egito pedindo grãos para suas famílias famintas, José poderia facilmente ter se recusou e, de fato, poderia ter colocado seus irmãos como escravo mais grave do que em que ele tinha vendido. No entanto, ele só tinha perdão e amor por eles. Quando ele finalmente revelou a eles quem ele era ", ele chorou tão alto que os egípcios ouviram isto, e à casa de Faraó ouviu falar dele" (Gn 45:2). Depois Deus explicou seu plano para Moisés para confrontar Faraó, Moisés novamente implorou: "Por favor, Senhor, eu nunca fui eloqüente, nem recentemente nem no tempo passado, nem depois que falaste a teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua "(04:10). Moisés iria defender Deus antes de qualquer um, mas ele não se defendeu diante de Deus.

    Davi foi escolhido por Deus e ungido por Samuel para substituir Saul como rei de Israel. Mas quando, na caverna de En-Gedi, ele teve a oportunidade de tirar a vida de Saul, Saul, como muitas vezes tinha tentado tomar o seu, Davi se recusou a fazê-lo. Ele tinha como grande respeito para o escritório do rei, apesar de maldade e abuso dele que do rei particular, que "a consciência de Davi o incomodava porque ele tinha cortado a orla do manto de Saul. Então ele disse aos seus homens:" Longe de mim por amor do Senhor que eu faça tal coisa ao meu senhor, o ungido do Senhor, para esticar a minha mão contra ele, pois ele é o ungido do Senhor "(1 Sam. 24: 5-6).

    Muitos anos mais tarde, depois que o filho rebelde de Davi, Absalão havia encaminhado o seu pai a partir de Jerusalém, um membro da família de Saul chamado Simei amaldiçoou Davi e atirava pedras contra ele. Quando um dos soldados de Davi queria cortar a cabeça de Simei, Davi impediu-o, dizendo: "Eis que meu filho, que saiu de mim procura minha vida;? Quanto mais ainda este benjamita Deixai-o e deixe-o maldição, pois o Senhor . disse a ele Talvez o Senhor olhará para a minha aflição e retornar bom para mim, em vez de sua maldição deste dia "(2 Sam. 16: 5-12).

    Em contrapartida, o rei Uzias, que começou a reinar com a idade de dezesseis anos e que "fez bem aos olhos do Senhor", e "continuou a procurar Deus" (II Crônicas 26:4-5.), Tornou-se auto-confiante depois que o Senhor lhe deu grandes vitórias sobre os filisteus, amonitas, e outros inimigos. "Quando ele se tornou poderoso, o seu coração estava tão orgulhoso que ele agiu de forma corrupta, e ele foi infiel ao Senhor seu Deus, pois ele entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (v. 16). Uzias pensou que podia fazer nada errado, e arrogantemente realizado um rito que ele sabia que era restrito aos sacerdotes. Ele estava tão preocupado com exaltando-se e gloriar-se em sua grandeza, que ele desobedeceu a Deus, que o fez grande e até mesmo profanado Seu Templo. Como consequência "Rei Uzias ficou leproso até o dia da sua morte, e ele morava em uma casa separada, sendo um leproso, pois ele foi cortado da casa do Senhor" (v. 21).

    Dos muitos exemplos de mansidão no Novo Testamento, o maior excepto o próprio Jesus era Paulo. Ele foi, de longe, o mais educado dos apóstolos e aquele, tanto quanto nós podemos dizer, que Deus usou mais amplamente e de forma eficaz. No entanto, ele se recusou a colocar nenhuma confiança em si mesmo, "na carne" (Fp 3:3). Os temas de seu reino vão vir algum dia em que a herança prometida, em grande parte perdido e pervertido após a queda. Terão o paraíso recuperado.

    Um dia Deus irá recuperar completamente seu domínio terrestre, e aqueles que se tornaram Seus filhos pela fé em Seu Filho vai governar esse domínio com Ele. E os únicos que se tornam Seus filhos e os temas de seu reino divino são aqueles que são gentis , aqueles que são mansos, porque eles entendem sua indignidade e pecaminosidade e lançou-se sobre a misericórdia de Deus. O pronome enfático autos (eles ) é novamente utilizado (ver vv. 3 4,), indicando que apenas aqueles que são mansos herdarão a terra .

    A maioria dos judeus pensavam que a vinda grande reino do Messias pertenceria ao forte, de quem os judeus seria o mais forte. Mas o próprio Messias disse que iria pertencer ao manso, e para judeus e gentios.

    Klēronomeō (para herdar ) refere-se ao recebimento de sua parte atribuída, a própria legítima herança. Esta bem-aventurança é quase uma citação direta do Sl 37:11.). Porque nós pertencemos a Cristo, nosso lugar no reino é tão seguro quanto sua.

    Também é certo "que os injustos não hão de herdar o reino de Deus" (1Co 6:9.).

    Nossa herança da terra não é inteiramente futuro, no entanto. A promessa da própria herança futura nos dá esperança e felicidade agora. E nós somos capazes de apreciar muitas coisas, até mesmo as coisas terrenas, de forma que somente aqueles que conhecem e amam o Criador pode experimentar.

    Nas belas palavras de Wade Robinson,
    Heav'n acima é azul mais suave, 
    em torno da Terra é mais doce verde;

    Algo vive em Hue ev'ry 
    olhos sem Cristo nunca viu!

    Aves com canções gladder o'erflow 
    flow'rs com belezas mais profundas brilhar,

    Desde que eu sei; como agora eu sei, 
    eu sou Dele e Ele é meu.

    Quase um século atrás George MacDonald escreveu: "Nós não podemos ver o mundo como Deus significa que, no futuro, salvar como nossas almas são caracterizados pela mansidão. Na mansidão somos seus únicos herdeiros. Mansidão sozinho faz a retina espiritual pura para receber as coisas de Deus como elas são, misturando-se com eles nem imperfeição nem impureza ".

    A Necessidade de Mansidão

    A mansidão é necessário antes de tudo, porque é necessário para a salvação. Somente os mansos herdarão a terra, porque só os mansos pertencem ao rei que governará o futuro reino da terra. "Porque o Senhor se agrada do seu povo", diz o salmista; "Ele adorna os mansos com a salvação" (Sl 149:1:. Sl 149:4, NVI ). Quando os discípulos perguntaram a Jesus, que foi o maior no reino, "Ele chamou uma criança para si mesmo e apresentou diante deles, e disse: 'Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e tornardes como crianças, não entrareis no . reino dos céus Todo aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus "(Mt 18:2-4.).

    Mansidão, também é necessário porque é ordenado. "Buscai o Senhor, tudo que você humildes da terra, que tenha realizado as suas ordenanças; buscai a justiça, buscai a mansidão" (Sf 2:3).Aqueles que não têm um espírito humilde não são capazes sequer de ouvir corretamente a Palavra de Deus, e muito menos compreender e recebê-lo.

    A mansidão é necessário porque não podemos testemunhar eficazmente sem ele. Pedro diz: "santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre pronto para fazer uma defesa a todo aquele que vos pedir a dar conta da esperança que há em vós, mas com mansidão e respeito" (1Pe 3:15) . Orgulho estará sempre entre o nosso testemunho e aqueles a quem nós testemunhar. Eles vão nos ver, em vez do Senhor, não importa o quanto a nossa teologia ortodoxa ou como refinado nossa técnica.

    A mansidão é necessária porque somente a mansidão dá glória a Deus. Orgulho busca sua própria glória, mas mansidão procura de Deus. A mansidão é refletido em nossa atitude para com outros filhos de Deus. A humildade em relação a outros cristãos dá glória a Deus. "Ora, o Deus que dá perseverança e encorajamento vos conceda o mesmo sentimento uns com os outros, segundo Cristo Jesus, para que com um acordo que você pode com uma só voz glorificar a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo Portanto, aceitar um. outro, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus "(Rom. 15: 5-7).

     16. Felizes são os Famintos (Mt 5:6.). Sua ambição não era para refletir a glória de Deus, mas para usurpar o poder-while soberana de Deus abandonando justiça. Portanto, quando Satanás declarou sua intenção de tornar-se semelhante ao Altíssimo, o Altíssimo respondeu declarando ao seu adversário: "Você vai ser lançados no Sheol, aos recessos do abismo" (v. 15).

    Como rei da Babilônia, Nabucodonosor governou o maior de todos os impérios mundiais. Um dia, enquanto caminhava no telhado do palácio real de Babilônia ", o rei refletiu e disse:" Não é esta a grande Babilônia, que eu mesmo construí como residência real, pela força do meu poder, e para a glória de minha majestade "(Dan. 4: 29-30)?. Nabucodonosor cobiçou louvor assim como Lúcifer cobiçou poder. A reação de Deus foi imediata: "Ainda estava a palavra na boca do rei, veio uma voz do céu, dizendo: 'O rei Nabucodonosor, para você, é declarado: soberania foi removido de você, e você vai ser expulso de humanidade, e tua morada será com os animais do campo. Você será dado grama para comer como gado, e sete períodos de tempo vai passar em cima de você, até que você reconhecer que o Altíssimo tem domínio sobre o reino da humanidade, e confere— a quem quer "(vv. 31-32).

    Jesus contou uma parábola sobre um fazendeiro rico cujas culturas foram tão abundantes que ele não tem espaço suficiente para armazená-los. Após o planejamento para derrubar seus antigos celeiros e construir outros maiores, disse ele, "eu direi à minha alma:" Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; levar a sua vontade, comer, beber e ser feliz "" Mas Deus lhe disse: 'Insensato Esta mesma noite a sua alma é exigido de você;.!? e agora quem será o proprietário o que você preparou' Assim é o homem que entesoura para si mesmo, e não é rico para com Deus "(Lucas 12:16-21).

    Lucifer fome de poder; Nabucodonosor fome de louvor; e do rico insensato fome de prazer. Porque eles ansiavam por coisas erradas e rejeitou as boas coisas de Deus, perderam ambos.
    Jesus declara que o desejo mais profundo de cada pessoa deve ser de fome e sede de justiça . Esse é o desejo estimulado pelo Espírito que vai levar uma pessoa à salvação e mantê-lo forte e fiel, uma vez que ele está no reino. Ela também é a única ambição que, quando cumpridas, traz a felicidade duradoura.

    A declaração de independência americana afirma que os cidadãos têm o direito à busca da felicidade. Os pais fundadores não a pretensão de garantir que todos os que persegui-lo iria encontrá-lo, porque isso está além do poder de qualquer governo para fornecer. Cada pessoa é livre para buscar qualquer tipo de felicidade que ele quer da maneira que ele quer dentro da lei. Infelizmente, a maioria dos cidadãos norte-americanos, como a maioria das pessoas ao longo da história, optaram por prosseguir o tipo errado de felicidade de uma forma que não fornecem qualquer tipo de felicidade.
    Jesus diz que o caminho para a felicidade, a maneira de ser verdadeiramente abençoado , é a maneira de fome e sede espiritual.

    A Necessidade da fome espiritual

    Fome e sede representar as necessidades da vida física. Analogia de Jesus demonstra que a justiça é necessária para a vida espiritual, assim como comida e água são necessários para a vida física. A justiçanão é um suplemento espiritual opcional, mas uma necessidade espiritual. Não podemos mais viver espiritualmente, sem justiça, do que nós podemos viver fisicamente, sem comida e água.

    Desde a grande fome no Egito durante a época de José, e, provavelmente, muito antes disso, o mundo tem sido periodicamente assolado por fome. Roma sofreu uma fome em 436 AC , que foi tão grave que milhares de pessoas se jogaram no rio Tibre para afogar em vez de morrer de fome. Fome atingiu a Inglaterra em AD 1005, e toda a Europa sofreu grandes fomes em 879, 1016, e 1162. No nosso século, apesar dos avanços na agricultura, muitas partes do mundo ainda experimentam fomes periódicas. Nos últimos anos, a África tem visto algumas das fomes mais devastadores na história do mundo. Nos últimos 100 anos, dezenas de milhões em todo o mundo morreram de fome ou das muitas doenças que acompanham a desnutrição grave.

    Uma pessoa faminta tem uma única paixão, que tudo consome por comida e água. Nada mais tem a menor atração ou recurso; nada mais pode até chamar a atenção dele.

    Aqueles que estão sem a justiça de Deus estão sedentos de vida espiritual. Mas tragicamente eles não têm o desejo natural para a vida espiritual que eles fazem para física. A tendência da humanidade caída é transformar a si mesmo e ao mundo de sentido e de vida, assim como "O cão voltou ao seu próprio vômito," e "uma porca, após a lavagem, retorna a revolver-se no lamaçal" (2Pe 2:22;. conforme Pv 26:11)..

    O coração de cada pessoa no mundo foi criado com uma sensação de vazio interior e necessidade. No entanto, além de homens a revelação de Deus não reconhecem que a necessidade é ou sabe o que vai satisfazê-la. Como o filho pródigo, eles vão comer a comida dos porcos, porque eles não têm mais nada. "Por que" Deus pergunta: "você gastar dinheiro naquilo que não é pão, e seus salários para o que não satisfaz?" (Is 55:2). Embora Deus criou os homens com uma necessidade de Si mesmo, eles tentam satisfazer essa necessidade através de deuses sem vida de sua própria criação.

    Mais uma vez, como o filho pródigo, os homens são propensos a levar as coisas boas que Deus tem dado, tais como posses, saúde, liberdade, oportunidades e conhecimento-e gastá-los em prazer, poder, popularidade, a fama, e todas as outras formas de auto-satisfação . Mas ao contrário do filho pródigo, são muitas vezes o conteúdo de permanecer no país distante, longe de Deus e longe de Suas bênçãos.

    As pessoas estão avisados ​​para não "amar o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos . os olhos ea soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo E o mundo está passando, e também as suas concupiscências; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente "(I João 2:15-17).

    Buscando a satisfação só em Deus e em Sua disposição é uma marca de quem entrar em seu reino. Aqueles que pertencem ao Rei fome e sede de do Rei justiça . Eles desejam o pecado de ser substituído com a virtude ea desobediência a ser substituída pela obediência. Eles estão ansiosos para servir a Palavra ea vontade de Deus.

    Chamado de Jesus para a fome e sede espiritual também segue logicamente na progressão das Bem-aventuranças. Os três primeiros são essencialmente negativa, comanda a abandonar as coisas más que são barreiras para o reino. Na pobreza de espírito nos desviarmos egoísmo; de luto nos afastamos da auto-satisfação; e mansidão nos afastamos da auto-serviço.
    As três primeiras bem-aventuranças são também caro e doloroso. Tornando-se pobre de espírito envolve a morte do ego. Lamentação sobre o pecado envolve enfrentar a nossa pecaminosidade. Tornando-se manso envolve entregar nosso poder de controle de Deus.
    A quarta bem-aventurança é mais positiva e é uma consequência do que os outros três. Quando deixamos de lado auto, pecados, e poder, e voltar para o Senhor, nos é dado um grande desejo de justiça.Quanto mais deixamos de lado o que nós temos, mais temos tempo para o que Deus tem.
    Martyn Lloyd-Jones diz: "Esta Beatitude novamente a consequência lógica do que os anteriores;. É uma declaração de que todos os outros levam É a conclusão lógica a que veio, e é algo para o qual todos nós devemos estar profundamente gratos e grato a Deus. Eu não sei de um teste melhor que qualquer um pode aplicar-se a si mesmo em toda esta questão da profissão cristã do que um verso como este. Se este versículo é para você uma das declarações mais abençoados do todo das Escrituras, você pode estar certo de que você é um cristão Se não for, então é melhor você examinar as bases de novo "(. Estudos no Sermão da Montanha [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 1: 73-74) .

    A pessoa que não tem fome e sede de justiça não tem parte no reino de Deus. Para ter a vida de Deus dentro de nós através do novo nascimento em Jesus Cristo é o desejo mais de Sua semelhança dentro de nós através do crescimento em justiça. Esta é fácil compreender que a confissão de Davi no Sl 119:97, onde ele testemunha: "Eu alegremente concordar com a lei de Deus no homem interior . " O verdadeiro crente deseja obedecer, mesmo que ele luta com a carne não remido (conforme Rm 8:23).


    O significado da fome espiritual

    A maioria de nós nunca enfrentou a fome com risco de vida e de sede. Nós pensamos de fome como perder uma ou duas refeições em uma fila e de sede, como ter de esperar uma hora em um dia quente para obter uma bebida fria. Mas a fome e sede de que Jesus fala aqui é de um tipo muito mais intenso.

    Durante a libertação da Palestina na 1 Guerra Mundial, uma força combinada de britânicos, australianos, e os soldados da Nova Zelândia estava perseguindo de perto os turcos como eles se retiraram do deserto. À medida que as tropas aliadas se mudou para o norte passado Beersheba eles começaram a se distanciar seu trem de camelo de transporte de água. Quando a água acabou, a boca ficou seca, suas cabeças doía, e tornaram-se tonto e fraco. Olhos ficaram vermelhos, lábios inchados e ficou roxo, e miragens tornou-se comum. Eles sabiam que, se eles não fazem os poços de Sheriah ao cair da noite, milhares deles morreria, como centenas já tinha feito. Literalmente lutando por suas vidas, eles conseguiram expulsar os turcos do Sheriah.
    Como a água foi distribuída a partir das grandes cisternas de pedra, mais sãos eram obrigados a estar na atenção e esperar que os feridos e os que levaria o serviço de guarda de beber primeiro. Era quatro horas antes do último homem teve sua bebida. Durante esse tempo, os homens se não mais do que 20 pés de milhares de litros de água, para beber do que tinha sido a sua paixão consumidora por muitos dias de agonia. Diz-se que um dos policiais que estava presente relatou: "Eu acredito que todos nós aprendemos a nossa primeira lição da Bíblia real sobre a marcha de Beersheba para Sheriah Wells. Se fosse a nossa sede de Deus, para a justiça e para a Sua vontade em nossa vidas, uma consumidora, abrangente, o desejo preocupante, como rica em frutos do Espírito seria de nós? " (EM Blaiklock, "Água," Eternity (agosto de 1966), p. 27).
    Esse é o tipo de fome e sede de que Jesus fala nesta bem-aventurança. Os impulsos mais fortes e mais profundos do reino natural são usados ​​para representar a profundidade do desejo do chamado de Deus e redimidos têm como justiça. O particípio presente é usado em cada caso e significa saudade contínua, a busca contínua. Aqueles que realmente vir a Jesus Cristo veio fome e sede de justiça, e aqueles que estão nele continuar a saber que no fundo anseio de santidade.
    A passagem paralela em Lucas diz: "Bem-aventurados sois vós que tendes fome agora" (06:21). O desejo por justiça é caracterizar a nossa vida agora e no resto da nossa existência terrena.

    Quando Moisés estava no deserto, Deus apareceu para ele em uma sarça ardente. Quando voltou ao Egito para libertar seu povo, ele viu força e poder de Deus nos milagres e as dez pragas. Viu Deus parte do Mar Morto e engolir seus perseguidores egípcios. Ele viu a glória de Deus, na coluna de nuvem e a coluna de fogo que levou Israel no deserto. Ele construiu um tabernáculo para Deus e viu a glória do Senhor que brilha sobre o Santo dos Santos. Mais e mais de Moisés tinha procurado e tinha visto a glória de Deus. "Assim, o Senhor falava com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo" (Ex 33:11). Moisés, porém, nunca estava satisfeito e sempre quis ver mais. Ele continuou a implorar: "Rogo-te, mostrar a Tua glória" (v. 18).

    Moisés nunca teve o suficiente do Senhor. No entanto, desde que a insatisfação veio satisfação. Por causa de seu desejo contínuo de Deus, Moisés achou graça diante dele (v. 17), e Deus lhe disse: "Eu me vai passar toda a minha bondade diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor antes de vós" (v . 19).

    Davi declarou: "Ó Deus, Tu és o meu Deus", mas continuou: "Vou te buscam sinceramente, a minha alma tem sede de ti, minha carne anseia por ti, numa terra seca e cansada, onde não há água" (Sl 63:1). Pedro expressou sua própria grande desejo e fome quando aconselhou aqueles a quem ele escreveu a "crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2Pe 3:18).

    João Darby escreveu: "Para estar com fome não é suficiente;. Devo ser realmente morrendo de fome para saber o que está no coração de Deus para mim Quando o filho pródigo estava com fome, ele passou a se alimentar de as cascas, mas quando ele estava morrendo de fome, ele virou-se a seu pai. " Essa é a fome do que a quarta bem-aventurança fala, a fome de justiça que só o Pai pode satisfazer.

    Vários anos atrás, alguém me falou de um amigo que tinha começado chegando a um estudo bíblico, mas logo desistiu, explicando que ela queria ser religiosa, mas não queria fazer o compromisso de que as exigências das Escrituras. Ela tinha pouca fome para as coisas de Deus. Ela queria escolher, a mordiscar o que quer que sua fantasia adequada, porque, basicamente, ela estava satisfeito com a forma como ela foi. Em seus próprios olhos que ela tinha o suficiente, e, assim, tornou-se um dos auto-julgado rica a quem o Senhor envia embora de mãos vazias. É só a fome que Ele enche de coisas boas (Lc 1:53).

    O desejo da fome espiritual

    Tal como acontece com os outros bem-aventuranças, a meta de fome e sede de justiça é duplo. Para o incrédulo, o objetivo é a salvação; para o crente é santificação.

    Para Salvação

    Quando uma pessoa inicialmente tem fome e sede de justiça, ele busca a salvação, a justiça que vem, quando um se vira do pecado para submeter ao senhorio de Jesus Cristo. Na pobreza de espírito, ele vê seu pecado; de luto ele lamenta e se transforma a partir de seu pecado; em mansidão ele se submete seu próprio caminho pecaminoso e poder de Deus; e em fome e sede que ele procura a justiça de Deus em Cristo para substituir o seu pecado.

    Em muitas passagens do Antigo Testamento justiça é usado como sinônimo de salvação. "Minha justiça está perto, a minha salvação passou por diante", disse o Senhor por meio de Isaías (51: 5). Daniel escreveu sobre o tempo em que "aqueles que têm uma visão vai brilhar intensamente como o fulgor do firmamento do céu, e aqueles que levam a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente" (Dn 12:3).

    Na língua grega, verbos como fome e sede, normalmente, os objetos que estão no genitivo partitivo, um caso que indica incompletude, ou parcialidade. Uma rendição Inglês literal seria: "Eu tenho fome de comida" ou "Tenho sede de água." A idéia é que uma pessoa só tem fome de um pouco de comida e um pouco de água, e não para toda a comida e água no mundo.
    Mas Jesus não aqui usar o genitivo partitivo mas o acusativo, e justiça é, portanto, o objeto não qualificado e ilimitado de fome e sede . O Senhor identifica aqueles que desejam toda a justiça não existe (conforme Mt 5:48; 1 Pe. 1: 15-16.).

    Jesus também usa o artigo definido ( dez ), indicando que Ele não está falando de apenas qualquer justiça, mas a justiça, a única verdadeira justiça-o que vem de Deus e, de fato, é muito própria justiça de Deus, que Ele tem em si mesmo .

    Torna-se óbvio, então, que não se pode, eventualmente, ter nosso anseio por piedade satisfeito nesta vida, por isso, são deixados para continuamente fome e sede até o dia somos revestidos inteiramente na justiça de Cristo.


    O Resultado da fome espiritual

    O resultado da fome e sede de justiça está a ser satisfeito. Chortazō era freqüentemente usado da alimentação dos animais até que eles queriam nada mais. Eles foram autorizados a comer até que eles foram completamente satisfeito.

    Pronunciamento divino de Jesus é que os que têm fome e sede de justiça, será dada a satisfação total. A doação de satisfação é obra de Deus, como o futuro passiva tenso indica: porque serão saciados . A nossa parte é buscar; Sua parte é satisfazer.

    Mais uma vez, há um paradoxo maravilhoso, porque embora santos buscar continuamente a justiça de Deus, sempre querendo mais e nunca ficar tudo, eles, no entanto, ficará satisfeito. Nós podemos comer bife ou a nossa torta favorita até que possamos não mais comer, mas o nosso gosto pelas coisas continua e até mesmo aumenta. É a própria satisfação que nos faz querer mais. Nós queremos comer mais dessas coisas, porque eles são tão satisfatório. A pessoa que realmente tem fome e sede de justiça de Deus encontra-lo tão satisfatório que ele quer mais e mais.

    De Deus satisfazendo aqueles que buscam e amá-Lo é um tema repetido nos Salmos. "Porque Ele satisfez a alma sedenta, e a alma faminta Ele encheu com o que é bom" (Sl 107:9). Jesus disse à mulher samaritana no poço de Sicar que "aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna" (Jo 4:14). Para as multidões perto de Cafarnaum, muitos dos quais tinham estado entre os cinco mil Ele alimentadas com cinco pães de cevada e dois peixes, Jesus disse: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim nunca terá sede "(Jo 6:35).

    O Teste da fome espiritual

    Existem várias marcas de fome genuína e sede de justiça de Deus. Primeiro é a insatisfação com o ego. A pessoa que está satisfeito com a sua própria justiça, não vêem necessidade de Deus. A grande puritano Tomé Watson escreveu: "Ele tem mais necessidade de justiça que menos quer." Não importa o quão rica sua experiência espiritual ou quão avançado sua maturidade espiritual, o cristão fome sempre dizer: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7:24).

    Em segundo lugar está a liberdade de dependência de coisas para a satisfação. Um homem com fome não pode ser satisfeita por um arranjo de flores lindas, ou música bonita, ou uma conversa agradável.Todas essas coisas são boas, mas eles não têm capacidade para satisfazer a fome. Nem pode qualquer coisa, mas a própria justiça de Deus satisfazer a pessoa que tem a verdadeira fome e sede espiritual.

    Em terceiro lugar está ansioso para a Palavra de Deus, o alimento espiritual básico que presta os seus filhos. Um homem com fome não tem de ser pediu para comer. Jeremiah regozijou-se, "Achadas as tuas palavras e eu comi-los, e as tuas palavras se tornou para mim o gozo e alegria do meu coração" (Jr 15:16). Quanto mais procuramos a justiça de Deus, mais vamos querer devorar Escritura. Alimentando-se da Palavra de Deus aumenta o nosso apetite para ele.

    O quarto é o prazer das coisas de Deus. "Para um homem faminto qualquer amargo é doce" (Pv 27:7).Mas um tipo egoísta rasa tal de amor que até os publicanos proscrito praticada (v. 46) não era aceitável para o Salvador. Ele disse: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus .... Porque, se amais os que vos amam, que recompensa não é? ... E se você cumprimentá— seus irmãos só, o que você faz mais do que outros? Não fazem os gentios também o mesmo? " (Vv. 44-47).

    Contudo, muitas pessoas têm interpretado esta bem-aventurança de uma outra maneira que é tão egoísta e humanista: eles sustentam que o nosso ser misericordioso faz com aqueles que nos rodeiam, especialmente aqueles a quem devemos mostrar misericórdia, para ser misericordioso para conosco. Misericordia dado significa misericórdia recebida. Para essas pessoas, a misericórdia é mostrado aos outros puramente em um esforço para a auto-seeking.

    O rabino Gamaliel antigo é citado no Talmud como tendo dito: "Sempre que tens misericórdia, Deus tenha misericórdia de ti, e se tu não tens misericórdia, nem que Deus tenha misericórdia de ti." A idéia de Gamaliel é certo. Quando Deus está envolvido haverá misericórdia por misericórdia. "Se perdoardes aos homens as suas transgressões, para," Jesus disse: "também vosso Pai celestial vos perdoará a vós Mas se não perdoardes aos homens, em seguida, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas transgressões." (Mat. 6: 14-15).

    Mas como uma platitude aplicada entre os homens, o princípio não funciona. Um escritor disse sentimentalmente, "Esta é a grande verdade da vida: se as pessoas nos vêem cuidado, eles vão me importo." No entanto, nem as Escrituras, nem experiência confirma essa ideia. Deus age dessa maneira, mas o mundo não o faz. Com Deus não é sempre reciprocidade adequada, e com juros. Se nós honrar a Deus, Ele nos honrará; se mostrar misericórdia para com os outros, especialmente para Seus filhos, Ele vai mostrar ainda mais abundante misericórdia para nós. Mas essa não é a maneira do mundo.
    Um filósofo romano popular chamado misericórdia "a doença da alma." Era o sinal supremo de fraqueza. Misericordia era um sinal de que você não tem o que é preciso para ser um homem de verdade e, especialmente, um romano real. Os romanos glorificado coragem viril, estrita justiça, disciplina firme, e, acima de tudo, o poder absoluto. Eles olharam para baixo em misericórdia, porque a misericórdia para eles era fraqueza, e fraqueza era desprezado acima de todas as outras limitações humanas.
    Durante grande parte da história romana, um pai tinha o direito de opitestas patria , de decidir se deve ou não o seu filho recém-nascido iria viver ou morrer. À medida que a criança foi levantou para ele ver, o pai iria virar o polegar para cima, se ele queria a criança para viver, para baixo, se ele queria morrer. Se o polegar virado para baixo a criança foi imediatamente se afogou. Os cidadãos tinham o mesmo poder de vida ou morte sobre os escravos. A qualquer momento e por qualquer motivo que poderia matar e enterrar um escravo, sem medo de ser preso ou represália. Maridos poderia mesmo ter suas esposas condenado à morte na menor provocação. Hoje aborto reflete a mesma atitude impiedosa. Uma sociedade que despreza a misericórdia é uma sociedade que glorifica a brutalidade.

    O motivo subjacente de auto-preocupação tem caracterizado os homens em geral e as sociedades em geral desde a queda. Vemos isso expressou hoje em tais dizeres como: "Se você não olhar para si mesmo, ninguém mais o fará." Tais provérbios populares são geralmente verdade, porque refletem a natureza egoísta básica do homem caído. Os homens não são naturalmente inclinados para pagar misericórdia por misericórdia.

    A melhor ilustração desse fato é o próprio Senhor. Jesus Cristo era o ser humano mais misericordioso que já viveu. Ele estendeu a mão para curar os enfermos, restaurar os aleijados, dar vista aos cegos, a audição dos surdos, e até mesmo a vida aos mortos. Ele encontrou prostitutas, cobradores de impostos, o debochado e os bêbados, e os arrastaram para Seu círculo de amor e perdão. Quando os escribas e fariseus trouxeram a mulher adúltera a ele para ver se ele concordasse em seu apedrejamento, Ele confrontou-os com a sua hipocrisia impiedoso: "Aquele que estiver sem pecado entre vós, que ele seja o primeiro a atirar uma pedra contra ela." Quando ninguém se adiantou para condená-la, Jesus disse-lhe: "Nem eu te condeno; vai sua maneira De agora em diante não peques mais." (João 8:7-11). Jesus chorou com a tristeza e deu companheirismo para os solitários. Ele pegou as criancinhas em Seus braços e abençoou-os. Ele foi misericordioso com todos. Ele era misericórdia encarnada, assim como Ele era o amor encarnado.

    No entanto, qual foi a resposta à misericórdia de Jesus? Ele envergonhou acusadores da mulher em inação, mas eles não se tornaram misericordioso. No momento em que as contas de João 8 terminou, adversários de Jesus "pegaram em pedras para lhe atirarem" (v. 59). Quando os escribas e fariseus, vendo Jesus "comer com os pecadores e publicanos," eles perguntaram aos discípulos por que seu Mestre associados a essas pessoas indignas (Mc 2:16).

    Quanto mais Jesus mostrou misericórdia, mais Ele apareceu a unmercifulness dos líderes religiosos judeus. Quanto mais ele usou de misericórdia, mais eles estavam determinados a colocaram para fora do caminho. O resultado final da Sua misericórdia foi a cruz. Na crucificação de Jesus, dois sistemas-impiedoso impiedosos governo e impiedoso religião-se uniram para matá-lo. Totalitário Roma juntou judaísmo intolerante para destruir o Príncipe da misericórdia.
    O quinto beatitude não ensina que a misericórdia aos homens traz misericórdia dos homens, mas que a misericórdia aos homens traz a misericórdia de Deus. Se formos misericordiosos com os outros, Deus será misericordioso conosco, se os homens são ou não. Deus é o sujeito da segunda oração, assim como nas outras bem-aventuranças. É Deus quem dá o reino dos céus para os pobres em espírito, conforto para aqueles que choram, a terra para os mansos, e satisfação para os que têm fome e sede de justiça. Aqueles que são misericordiosos ... deve receber a misericórdia de Deus. Deus dá as bênçãos divinas para aqueles que obedecem Seus padrões divinos.

    Clemente é de eleēmōn , da qual também temos eleemosynary, ou seja, benéfica ou de caridade. He 2:17 fala de Jesus como o nosso "misericordioso e fiel sumo sacerdote". Cristo é o exemplo supremo da misericórdia e do distribuidor supremo da misericórdia. É a partir de Jesus Cristo que tanto misericórdia redentora e sustentar vir.

    Na Septuaginta (Antigo Testamento grego), o mesmo termo é usado para traduzir o hebraico Hesed , uma das palavras mais usadas para descrever o caráter de Deus. Ele é geralmente traduzido como misericórdia, amor, bondade, benignidade ou (Sl 17:7; Is 63:7; etc.).. O significado básico é dar ajuda para os aflitos e para resgatar o desamparado. É a compaixão em ação.

    Jesus não está falando de sentimento destacado ou impotente que não quer ou não para ajudar aqueles para os quais não é simpatia. Nem Ele está falando da falsa misericórdia, a compaixão fingida, que dá apenas para ajudar a aliviar a consciência culpada ou para impressionar os outros com sua aparência de virtude. E não é passiva, a preocupação em silêncio que, embora verdadeira, não é capaz de dar uma ajuda concreta. É genuína compaixão expressa em ajuda genuína, a preocupação altruísta expressa em atos altruístas.

    Jesus diz, com efeito, "As pessoas no meu reino não são tomadores mas doadores, não fingem ajudantes mas ajudantes práticos. Eles não são condemners mas doadores de misericórdia". O egoísta, auto-satisfação e auto-justos não se preocupam em ajudar alguém, a não ser que eles pensam que algo está nele para eles. Às vezes eles até justificar sua falta de amor e misericórdia, sob o pretexto de dever religioso. Uma vez, quando os fariseus e os escribas questionou por que os discípulos não observar as tradições dos anciãos, Jesus respondeu: "Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe"; e "Quem fala mal de pai ou mãe, que ele seja colocado até a morte ', mas você diz: "Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe, nada de meus que você poderia ter sido ajudado por é Corban (isto é, dada a Deus),' você não permitir que ele faça qualquer coisa por seu pai ou sua mãe, invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição que vocês mesmos transmitiram "(Marcos 7:10-13). Em nome da tradição religiosa hipócrita, compaixão para com os pais em tal caso realmente foi proibido.

    Misericórdia é a satisfação das necessidades das pessoas. Não é simplesmente sentindo compaixão, mas mostrando compaixão, não só simpatizante, mas dando uma mãozinha. Misericordia está dando comida a quem tem fome, conforto aos enlutados, amor ao rejeitada, o perdão ao infrator, companheirismo para os solitários. É, portanto, uma das mais belas e mais nobre de todas as virtudes.
    Em Portia diz de Shakespeare O Mercador de Veneza (4.1.180-85),
    A qualidade da misericórdia não é strain'd;
    Ele despenca, como a chuva suave do céu,
    Após o lugar abaixo: é duas vezes bless'd.
    Ele abençoou a ele que dá e aquele que recebe:
    'Tis mais poderoso no mais poderoso; torna-se
    O monarca throned melhor do que a sua coroa:

    Misericórdia e Perdão

    Uma compreensão mais clara de misericórdia pode ser adquirida através da colaboração com algumas comparações. Misericordia tem muito em comum com o perdão, mas é distinta. Paulo nos diz que Jesus "nos salvou, e não com base em ações que nós temos feito em justiça, mas de acordo com a Sua misericórdia, pela lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo" (Tt 3:5.). A misericórdia de Deus para Seus filhos nunca cessa.

    Misericórdia e Amor

    O perdão flui para fora de misericórdia, e misericórdia flui para fora do amor. "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo" (Ef. 2: 4-5). Assim como a misericórdia é mais do que perdão, o amor é mais do que a misericórdia. O amor se manifesta de muitas maneiras que não envolvem qualquer perdão ou misericórdia. Amor ama mesmo quando não há nada de errado para perdoar ou a necessidade de se encontrar. O Pai ama o Filho e ama o Filho do Pai, embora ambos estão sem pecado e sem necessidade.Ambos amam os santos anjos, embora os anjos são sem pecado e da necessidade. Quando entrar no céu nós, também, será sem pecado ou necessidade, mas o amor de Deus por nós vai, em comparação com a eternidade, só pode ser apenas o começo.

    Misericórdia é o médico; o amor é o amigo. Misericordia age por necessidade; amo atos por causa do carinho, se há necessidade ou não. Misericordia é reservado para momentos de dificuldade; o amor é constante. Não pode haver verdadeira misericórdia além de amor, mas não pode haver amor verdadeiro além de misericórdia.

    Misericórdia e Graça

    Misericordia também está relacionada com graça, que flui para fora do amor apenas como perdão flui para fora da misericórdia. Em cada uma de suas três epístolas pastorais Paulo inclui as palavras "graça, misericórdia e paz", em suas saudações (1Tm 1:2). É esse tipo de falsa piedade que Davi mostrou a seu filho rebelde e perverso Absalão, quando ele era jovem. Porque Davi não lidar com o pecado de Absalão, sua atitude para com seu filho era sentimentalismo injustos, nem justiça, nem misericórdia, e serviu para confirmar Absalão na sua maldade.

    Esse tipo de falsa misericórdia é comum em nossos dias. Ele é pensado para ser amoroso e cruel para manter as pessoas responsáveis ​​por seus pecados. Mas essa é uma graça barata que não é justo e não é misericordioso, que oferece nem castigo nem perdão para o pecado. E porque se limita a vista para o pecado, deixa o pecado; e aquele que depende de que tipo de misericórdia é deixado em seu pecado. Para cancelar a justiça é para cancelar a misericórdia. Para ignorar o pecado é negar a verdade; e misericórdia e verdade são inseparáveis, eles "se encontraram" (Sl 85:10, NVI ). Em todo verdadeiro ato de misericórdia, alguém paga o preço. Deus fez, o Bom Samaritano fez, e nós também. Ser misericordioso é de suportar a carga para outra pessoa.

    Para esperar para entrar na esfera da misericórdia de Deus, sem se arrepender de nossos pecados, mas é wishful thinking. E para a igreja para oferecer a esperança da misericórdia de Deus para além do arrependimento do pecado é oferecer falsa esperança através de um falso evangelho. Deus oferece nada, mas o julgamento impiedoso com aqueles que não se converterem dos seus pecados para o Salvador.Nem contando com as boas obras, nem contando com vista para o pecado de Deus trará salvação. Nem a confiar na bondade pessoal, nem presumir sobre a bondade de Deus trará a entrada no reino. Aqueles que não chegam a Deus em Seus termos não têm nenhuma reivindicação em Sua misericórdia.
    A misericórdia de Deus é baseada não só em Seu amor, mas na Sua justiça. Não é fundamentada no sentimento, mas em expiatório sangue de Cristo, que pagou o preço por e purifica do pecado aqueles que nEle crêem. Sem ser punido e removido, mesmo o menor dos nossos pecados seria eternamente nos separar de Deus.
    A boa notícia do evangelho é que Cristo pagou o preço por todos os pecados, a fim de que Deus seja misericordioso para com todos os pecadores. Na cruz, Jesus satisfez a justiça de Deus, e quando alguém confia em que o sacrifício gratificante Deus abre as comportas da Sua misericórdia. A boa notícia do evangelho não é que Deus piscou para a justiça, anotado sobre o pecado, e comprometida justiça. A boa notícia é que no derramamento de sangue justiça de Cristo foi satisfeito, o pecado foi perdoado, a justiça foi cumprida, e misericórdia foi disponibilizado. Nunca há uma desculpa para o pecado, mas sempre um remédio.
    Misericordia, portanto, é mais do que perdão e menos do que o amor. É diferente de graça e é um com justiça. E o que é verdade da misericórdia de Deus deve ser verdade para a nossa.
    Misericordia levou Abraão para resgatar seu sobrinho Lot egoísta de Quedorlaomer e seus aliados. Misericordia levou José a perdoar seus irmãos e fornecer-lhes alimentos para suas famílias. Misericordia levou Moisés a suplicar ao Senhor para remover a lepra com que sua irmã Miriam tinha sido punido. Misericordia levou Davi para poupar a vida de Saul.

    Aqueles que estão sem misericórdia não receberá misericórdia de Deus. Em um de seus salmos imprecatórias Davi diz de um homem perverso sem nome, "Deixe a iniqüidade de seus pais ser lembrado perante o Senhor, e não deixe que o pecado de sua mãe ser apagados. Antes estejam sempre perante o Senhor, para que ele pode cortar sua memória da terra. " A raiva de Davi não era vingativo ou retaliação. Que o homem e sua família não merece misericórdia, porque eles não se foram misericordioso. "Ele não se lembrava de mostrar misericórdia, mas perseguiu o varão aflito eo necessitado, e o desanimado no coração, para colocá-los à morte" (Sl 109:14-16.).

    Paulo caracteriza homens ímpios como injusto, perverso, ganancioso, mal, invejoso, assassina, enganoso, malicioso, fofocando, insultuosa, aborrecedores de Deus, insolentes, arrogantes, presunçosos, desobedientes aos pais, sem compreender, indigno de confiança, e sem amor. O mal clímax dessa longa lista, no entanto, está sendo impiedoso (Rom. 1: 29-31). Inclemência é a marcação aqueles que rejeitam a misericórdia de Deus pedra angular.

    "O homem bondoso faz bem a si mesmo, mas o homem cruel faz-se prejudicar" (Pv 11:17). O caminho para a felicidade é através de misericórdia; o caminho para a miséria é através de crueldade. A pessoa verdadeiramente misericordioso é mesmo tipo de animais, ao passo que a pessoa impiedosa é cruel para tudo. "O justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas a compaixão dos ímpios é cruel" (Pv 12:10).

    Em seu discurso Olivet Jesus advertiu que aqueles que afirmam pertencer a Ele, mas que não têm servido e mostrado compaixão da famintos, sedentos, forasteiros, nus, enfermos, e os presos não serão autorizados a entrar no Seu reino. Ele vai dizer-lhes: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e me destes nada para comer; tive sede, e me destes nada para beber; fui estrangeiro, e você não convidou-me dentro; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão e não fostes visitar-me ". Quando eles dizem, '"Senhor, quando te vimos com fome, ... Ele vai responder-lhes, dizendo:' Em verdade vos digo que, na medida em que você não fez isso a um dos menores desses, você não fez fazê-lo para mim "(Mt 25:1a).

    No meio de nossa corrupto, ego-centrada, e da sociedade egoísta que nos diz para pegar tudo o que pode obter, a voz de Deus nos diz para dar tudo o que pode dar. O verdadeiro caráter de misericórdia é dando que dá compaixão, dando ajuda, dando tempo, dando perdão, dando dinheiro, dando a nós mesmos. Os filhos do Rei são misericordiosos. Aqueles que estão julgamento rosto impiedoso; mas "a misericórdia triunfa sobre o juízo" (Jc 2:13 b ).



    A Fonte da Misericórdia

    Misericórdia Pure é um dom de Deus. Não é um atributo natural do homem, mas é um dom que vem com o novo nascimento. Podemos ser misericordioso em seu sentido pleno e com um motivo justo somente quando nós experimentamos a misericórdia de Deus. Misericórdia é apenas para aqueles que, pela graça divina e poder tenham cumprido as exigências das quatro primeiras bem-aventuranças. É somente para aqueles que por obra do Espírito Santo curvar humildemente diante de Deus em pobreza de espírito, que choram mais e se converter dos seus pecados, que são mansos e submissos ao Seu controle, e que têm fome e sede acima de tudo para a Sua justiça. O caminho da misericórdia é o caminho da humildade, arrependimento, entrega e santidade.

    Balaão prostituída continuamente o seu ministério; tentando manter dentro da letra da vontade de Deus, enquanto conspirar com um rei pagão contra o povo de Deus. Ele presunçosamente orou: "Que eu morra a morte dos justos, e seja o meu fim como o seu!" (Nu 23:10). Como disse um comentarista Puritan observado, Balaão queria morrer como o justo, mas ele não queria viver como justos. Muitas pessoas querem a misericórdia de Deus, mas não nos termos de Deus.

    Deus tem atributos absolutos e relativos. Seus atributos, tais absolutos como amor, verdade e santidade, têm caracterizado a Ele por toda a eternidade. Eles foram uma característica de ele antes que ele criou os anjos, ou o mundo, ou o homem. Mas Seus atributos, tais relativos como misericórdia, justiça e graça, não foram expressos até Suas criaturas veio a existir. Na verdade, eles não se manifestaram até o homem, a criatura feita à sua imagem, pecou e se separou de seu Criador. Além de pecado e do mal, da misericórdia, justiça e graça não têm significado.

    Quando o homem caiu, o amor de Deus foi estendido para as Suas criaturas caídas na misericórdia. E só quando recebem Sua misericórdia eles podem refletir a Sua misericórdia. Deus é a fonte da misericórdia. "Para tão alto quanto o céu está acima da terra, assim é grande a sua benignidade [misericórdia] para com aqueles que o temem" (Sl 103:11).

    Donald Barnhouse escreve:
    Quando Jesus Cristo morreu na cruz, toda a obra de Deus para a salvação do homem passou fora do reino da profecia e tornou-se um fato histórico. Deus já tinha piedade de nós. Para qualquer um a Oração: "Deus tem misericórdia de mim" é o equivalente a pedir-lhe para repetir o sacrifício de Cristo. Toda a misericórdia que Deus nunca vai ter sobre o homem Ele já teve, quando Cristo morreu. Essa é a totalidade da misericórdia. Não poderia ser mais .... A fonte é agora aberto, e ela está fluindo, e continua a fluir livremente. (Romanos [Grand Rapids: Eerdmans, 1983], 4: 4)
    Nós não podemos ter a bênção além do Blesser. Não podemos sequer conhecer a condição para além daquele que criou a condição. Somos abençoados por Deus quando estamos misericordioso com os outros, e somos capazes de ser misericordioso para com os outros, porque já recebemos misericórdia de salvação. E quando compartilhamos a misericórdia recebido, nós receberão misericórdia , mesmo para além do que já temos.

    Nós nunca cantar mais sinceridade do que quando cantamos, "Misericordia houve grande e graça estava livre; perdão não foi multiplicado para mim, não minha alma sobrecarregada encontrado liberdade, no Calvário."

    Como desmostrar misericordia

    A maneira mais óbvia podemos mostrar misericórdia é através de atos físicos, como fez o bom samaritano. Como Jesus ordena especificamente, estamos a alimentar os famintos, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, dar qualquer outra ajuda prática que é necessário. Em servir aos que necessitam, demonstramos um coração de misericórdia.

    É útil notar que o caminho da misericórdia não começou com o Novo Testamento. Deus tem sempre a intenção de misericórdia para caracterizar o seu povo. A lei do Antigo Testamento ensinou: "Você não deve endurecer o seu coração, nem fechar a mão a teu irmão pobre; mas você deve abrir livremente a sua mão para ele, e generosamente lhe emprestar suficiente para a sua necessidade em qualquer coisa que ele não tem" (Deut. 15: 7-8). Mesmo no ano de lançamento, quando todas as dívidas foram canceladas, israelitas estavam a dar os seus compatriotas pobres tudo o que eles precisavam. Eles foram avisados: "Cuidado, para que não haja pensamento vil no teu coração, dizendo:" O sétimo ano, o ano da remissão, está próximo ', e seu olho é hostil para seu irmão, e não lhe dês nada "(v . 9).

    Misericórdia é também para ser mostrado em nossas atitudes. Misericordia não guardar rancor, ressentimento do porto, capitalizar de outra falha ou fraqueza, ou divulgar de outro pecado. Em uma grande mesa em que ele alimentou inúmeras centenas de pessoas, Agostinho inscrito,
    Quem pensa que ele é capaz,
    Para mordiscar a vida de amigos ausentes,
    Deve saber que ele é indigno desta tabela.
    O vingativo, cruel, indiferente não são súditos do reino de Cristo. Quando eles passam por precisar do outro lado, como o sacerdote eo levita fez na história do bom samaritano, eles mostram que eles passaram por Cristo.
    Misericórdia é também a ser mostrado espiritualmente. Primeiro, ele é mostrado através de piedade. Agostinho disse: "Se eu chorar para o corpo a partir da qual a alma se partiu, eu não deveria chorar a alma a partir do qual Deus se tem desviado?" O cristão sensível sofrerá mais pelas almas perdidas do que para corpos perdidos. Porque temos experimentado a misericórdia de Deus, estamos a ter uma grande preocupação para aqueles que não têm.

    Últimas palavras de Jesus na cruz eram palavras de misericórdia. Para Seus executores Ele orou: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem" (Lc 23:34). Para o ladrão arrependido pendurado ao lado, ele disse: "Em verdade eu vos digo, hoje estarás comigo no paraíso" (v. 43). Para sua mãe que ele disse, "Mulher, eis o teu filho!" Depois disse ao discípulo [João]: "Eis a tua mãe!" E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua própria casa "(João 19:26-27). Tal como o seu Mestre, Estevão orou por aqueles que estavam tomando sua vida: "Senhor, não imputes este pecado eles!" (At 7:60).

    Em segundo lugar, estamos a mostrar misericórdia espiritual por confronto. Paulo diz que, como servos de Cristo, devemos gentilmente corrigir "os que estão na oposição, se talvez Deus lhes conceda o arrependimento para o conhecimento da verdade" (2Tm 2:25). Devemos estar dispostos a enfrentar os outros sobre o seu pecado, a fim de que eles possam vir a Deus para a salvação. Quando certos professores eram "perturbadoras famílias inteiras, ensinando coisas que não deveriam ensinar, para o bem de torpe ganância", Paulo disse a Tito para "reprová-los severamente para que sejam sãos na fé" (Tt 1:11, Tt 1:13). Amor e misericórdia será grave quando o que é necessário para o bem de um irmão que erra e para o bem da Igreja de Cristo. Em tais casos, é cruel para não dizer nada e deixar que o dano continuar.

    Como Jude fechou a carta com o incentivo para "manter-vos no amor de Deus, esperando ansiosamente para a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna", ele também advertiu: "E tende piedade de alguns, que estão duvidando; salvar os outros , arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia com temor, detestando até a roupa contaminada pela carne "(Judas 21:23). Situações extremas exigem extremo cuidado, mas estamos a mostrar misericórdia até mesmo para aqueles que estão presos nas piores sistemas de apostasia

    Em terceiro lugar, estamos a mostrar misericórdia espiritual através da oração. O sacrifício de oração para aqueles que sem Deus é um ato de misericórdia. Nossa misericórdia pode ser medido por nossa oração para os perdidos e para os cristãos que estão andando em desobediência.
    Em quarto lugar, estamos a mostrar misericórdia espiritual, proclamando o evangelho salvador de Jesus Cristo, a coisa mais misericordioso que podemos fazer.

    O resultado da Misericórdia

    Refletindo sobre o fato de que, quando estamos misericordioso nós recebermos misericórdia , vemos ciclo da misericórdia de Deus. Deus é misericordioso para conosco ao nos salvar por meio de Cristo;em obediência somos misericordiosos com os outros; e Deus na fidelidade nos dá ainda mais misericórdia, derramando bênção para as nossas necessidades e retenção correção severa para o nosso pecado.

    Como nos outros bem-aventuranças, o pronome enfático autos ( eles ) indica que apenas aqueles que são misericordiosos qualificar-se para receber a misericórdia Davi cantou do Senhor, "Com o tipo tu nos mostra-te tipo" (2Sm 22:26). Falando do lado oposto da mesma verdade, Tiago diz: "Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia" (Jc 2:13). No final da oração dos discípulos Jesus explicou: "Porque, se perdoardes aos homens as suas transgressões, para, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mas, se não perdoardes aos homens, em seguida, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas transgressões" (Mat. 6 : 14-15). Mais uma vez a verdade enfático é que Deus vai responder com correção para um discípulo implacável.

    Nem naquela passagem, nem neste beatitude é Jesus fala de nossa misericórdia ganhando nos salvação. Não ganhamos a salvação por ser misericordioso. Temos de ser salvo pela misericórdia de Deus antes que possamos verdadeiramente ser misericordioso. Não podemos trabalhar o nosso caminho para o céu até mesmo por uma vida inteira de esmola, mais do que por boas obras, de qualquer tipo. Deus não dá misericórdia por mérito; Ele dá misericórdia na graça, porque é necessário, não porque é merecido.

    Para ilustrar o funcionamento da misericórdia de Deus, Jesus contou a parábola de um escravo que tinha sido graciosamente perdoada uma grande dívida pelo rei. O homem então foi a um escravo do companheiro que lhe devia uma ninharia em comparação e exigiu que cada centavo ser reembolsado e mandou lançá-lo na prisão. Quando o rei ouviu do incidente, ele chamou o primeiro homem a ele e disse: "Servo mau, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicou. Você não devia ter tido misericórdia do teu companheiro, como eu também tive compaixão de ti? ' E o seu senhor, mudou-se com raiva, entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim será a meu Pai celeste também fazer para você, se cada um de vós não perdoar a seu irmão do seu coração "(Mat. 18: 23-35).

    Nesta parábola Jesus dá uma imagem de misericórdia salvífica de Deus em relação a perdoar os outros (vv. 21-22). O primeiro homem, suplicou a Deus por misericórdia e recebeu. O fato de que ele, por sua vez, foi impiedoso foi tão incoerente com sua própria salvação que foi repreendido até que ele se arrependeu. O Senhor vai castigar, se necessário, para produzir arrependimento em uma criança teimosa.Misericórdia para os outros é uma marca da salvação. Quando não mostrá-lo, poderemos ser disciplinada até o que fazemos. Quando segurar a misericórdia, Deus restringe Seu fluxo de misericórdia para nós, e nós perder bênção. A presença de correção e da ausência de bênção participar de um crente sem misericórdia.
    Se temos recebido de Deus a misericórdia ilimitada santo que cancela a dívida impagável do pecado-nos que não tinha justiça, mas eram pobres em espírito, lamentando sobre a nossa carga de pecado em beggarly, condição de desamparo, miserável e condenado, manso diante de Deus todo-poderoso, fome e sede de uma justiça que não tinha e não podia atingir-lo certamente resulta que devemos ser misericordiosos com os outros.

    18 . Feliz são os Santos (Mt 5:8). Talvez ele queria ver qual das muitas centenas de leis Jesus acreditava que era o único mais importante para manter-o que iria satisfazer a Deus mesmo que a pessoa não conseguiu manter os outros.

    Este sistema religioso opressivo e confuso, provavelmente contribuiu para a popularidade inicial de João Batista. Ele era radicalmente diferente da dos escribas, fariseus, saduceus e sacerdotes, e era óbvio que ele não se preocupou em observar a maioria das tradições religiosas. Ele foi uma lufada de ar fresco em um sistema sufocante, interminável de exigências e proibições. Talvez no ensino deste profeta que iria encontrar algum alívio. Eles não queriam outro rabino com outra lei, mas de alguém que pudesse mostrar-lhes como ser perdoado por essas leis que já tinha quebrado. Eles queriam saber o verdadeiro caminho da salvação, a verdadeira maneira de agradar a Deus, o verdadeiro caminho da paz e alívio do pecado. Eles sabiam que as Escrituras ensinados por Aquele que viria não apenas a demanda, mas para redimir, não adicionar aos seus encargos, mas para ajudar a carregá-los, para não aumentar a sua culpa, mas para removê-lo. Sem dúvida, foi tais expectativas como os que fez com que muitas pessoas a pensar João Batista pode ser o Messias.

    As pessoas sabiam de Ezequiel que um dia Deus estava para vir e polvilhe suas almas com a água, purificá-los dos seus pecados, e substituir os seus corações de pedra com corações de carne (Ez. 36: 25-26).Eles sabiam que o testemunho de Davi, que gritou: "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto! Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há dolo!" (Sl. 32: 1-2). Eles sabiam dessas verdades, e que desejava experimentar a realidade deles.

    Nicodemos era uma dessas pessoas. Ele era um fariseu e um "príncipe dos judeus", ou seja, um membro do Sinédrio, a suprema corte judaica. Não nos é dito especificamente quais eram suas intenções em vir para Jesus, porque suas primeiras palavras não eram uma pergunta, mas um testemunho. O fato de que ele veio à noite sugere que ele tinha vergonha de ser visto com Jesus. Mas não há nenhuma razão para duvidar da sinceridade de suas palavras, que mostraram o discernimento espiritual incomum: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus, como um professor, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (Jo 3:2). A mesma pergunta inquietava-os de que tinha perturbado Nicodemos: "Como uma pessoa pode se acertar com Deus O que devemos fazer para realmente agradá-Lo?" Como Nicodemos, eles já haviam passado por todas as cerimônias e rituais. Eles tinham participado nas festas e ofereceu os sacrifícios exigidos. Eles haviam tentado manter a lei e as tradições. Mas eles sabiam que algo estava faltando, algo crucial que eles não sabiam de, muito menos tinha experimentado.

    Lucas fala de um outro advogado que perguntou a Jesus: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" (Lc 10:25). Ele fez a pergunta para testar Jesus (v. 25 a ), e depois de Jesus deu uma resposta que o homem tentou "justificar-se" (v. 29). Mas apesar de sua falta de sinceridade, ele havia feito a pergunta certa, a pergunta que estava na mente de muitos judeus que eram sinceros.

    Um governante rico perguntou a Jesus a mesma pergunta: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna" (Lc 18:18). Este homem perguntou aparentemente sincera, mas ele não estava disposto a pagar o custo. Ele queria manter a riqueza da vida mais do que ele queria ganhar a riqueza da vida eterna, e ele foi embora "muito triste" (v. 23). Ele sabia que precisava de algo mais do que a obediência para fora, para a lei, pelo qual ele tinha sido diligente desde (21 v.) Na infância. Ele sabia que, com toda a sua dedicação e esforço para agradar a Deus, ele não tinha certeza de possuir a vida eterna. Ele foi buscar o reino, mas ele não foi procurá-lo primeiro (Mt 6:33).

    Outros estavam perguntando: "o que eu, ele deve pertencer ao reino de Deus? O que é o padrão para a vida eterna?" Todas as pessoas, em vários níveis de compreensão e sinceridade, sabia que não tinha encontrado o que procuravam. Muitos sabiam que não tinha mantido até mesmo uma única lei perfeitamente. Se honesto, eles se tornaram cada vez mais convencido de que eles poderiam não manter até mesmo uma única lei perfeitamente, e que eles não tinham poder para agradar a Deus.

    Foi para responder a essa necessidade que Jesus veio à Terra. Foi para responder a essa necessidade que deu as bem-aventuranças. Ele mostra de forma simples e direta como o homem pecador que pode acertado com Deus santo.

    O contexto literário

    À primeira vista, esta bem-aventurança parece fora do lugar, inserido de forma indiscriminada em um desenvolvimento de outra forma ordenada das verdades. Devido à sua importância suprema, um lugar-quer mais estratégica no início como a fundação, ou no final como a culminação-pode parecer mais adequada.
    Mas o sexto beatitude, como cada parte da Palavra de Deus, está no lugar certo. É parte da sequência bonito e maravilhoso de verdades que são aqui definidos de acordo com a mente de Deus. É o clímax das Bem-aventuranças, a verdade central para que os cinco chumbo anterior e da qual os dois seguintes fluxo



    O Significado

    Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus. (5: 8)

    A palavra abençoada implica a condição de bem-estar que resulta da salvação, o status de uma pessoa que tem uma relação correta com Deus. Ser aceito por Ele é uma questão de transformação interna.

    Coração traduz kardia , da qual nós temos condições cardíacas e similares. Em toda a Escritura, assim como em muitas línguas e culturas de todo o mundo, o coração é usado metaforicamente para representar a pessoa interior, o assento de motivos e atitudes, o centro da personalidade. Mas nas Escrituras, isto representa muito mais do que emoção, sentimentos. Ele também inclui o processo de pensamento e, particularmente, a vontade. Em Provérbios nos é dito: "Como [o homem] imaginou no seu coração, assim ele é" (Pv 23:7). O problema que causou a Deus para destruir a terra no Dilúvio foi um problema cardíaco. "Então o Senhor viu que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6:5). Maus caminhos e ações começam no coração e na mente, que são aqui usados ​​como sinônimos. Jesus disse: "Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, calúnias. Estas são as coisas que contaminam o homem" (Mt 15:19).

    Deus sempre se preocupou acima de tudo com o interior do homem, com a condição de seu coração. Quando o Senhor chamou Saul para ser o primeiro rei de Israel, "Deus lhe mudou o coração" (1Sm 10:9).

    Deus tomou o reino de Saul, porque ele se recusou a viver de acordo com o novo coração que Deus lhe dera. Ele deu o reino a Davi porque Davi era "um homem segundo o coração [de Deus]" (1Sm 13:14). Davi agradou o coração de Deus, porque Deus agradou o coração de Davi. "Eu vou dar graças ao Senhor com todo o meu coração", ele cantou (Sl 9:1). Ele orou: "Examina-me, Senhor, e prova-me; testar minha mente e meu coração" (Sl 26:2). Pensando que ele fosse louco, os filisteus deixá-lo ir, e ele foi se esconder na caverna de Adullum. Ele caiu em si e percebeu o quão tola e ele tinha sido infiel a confiar os filisteus para a ajuda, em vez de o Senhor. Foi lá que ele escreveu o Salmo 57, no qual ele declarou: "Meu coração está firme, ó Deus, meu coração está firme" (v. 7). Ele rededicado seu coração, seu ser mais íntimo, única e exclusivamente a Deus. Davi, muitas vezes não, mas seu coração estava fixo em Deus. A prova de seu compromisso sincero com Deus é encontrado em todos os primeiros 175 versículos do Salmo 119. O fato de que a sua carne, por vezes, anulou seu coração é a admissão final do versículo 176: "eu andávamos desgarrados como ovelha perdida; procuram teu servo. "

    Pure traduz katharos , uma forma da palavra de que cheguemos a catarse. O significado básico é fazer puro pela limpeza da sujidade, sujeira e contaminação. Catarse é um termo usado na psicologia e aconselhamento para a limpeza da mente ou emoções. A palavra grega está relacionado com a Latin castus , da qual nós temos casto. A palavra castigo relacionado refere-se a disciplina dada a fim de purificar de comportamento errado.

    O termo grego foi frequentemente utilizado de metais que foram refinados até que todas as impurezas foram removidas, deixando apenas o metal puro. Nesse sentido, a pureza significa não misturados, pura, não adulterada. Aplicado ao coração, a ideia é a de puro motivo-de obstinação, devoção indivisível, a integridade espiritual e verdadeira justiça.

    Dupla de espírito sempre foi uma das grandes pragas da igreja. Queremos servir o Senhor e seguir o mundo ao mesmo tempo. Mas isso, diz Jesus, é impossível. "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se irá realizar a um e desprezará o outro" (Mt 6:24.). Tiago coloca a mesma verdade de outra forma: "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus?" (Jc 4:4 , Rm 7:21, Rm 7:25). Mais profundos desejos espirituais de Paulo eram puro, embora o pecado que habita em sua carne, por vezes, cancelou esses desejos.

    Aqueles que realmente pertencem a Deus serão motivados a pureza. Salmo 119 é o exemplo clássico de que saudade, e Romanos 7:15-25 é a contrapartida Pauline. O desejo mais profundo dos redimidos é para a santidade, mesmo quando o pecado impede a realização desse desejo.

    A pureza de coração é mais do que a sinceridade. Um motivo pode ser sincero, ainda levar a coisas inúteis e pecaminosas. Os sacerdotes pagãos que se opunham Elias demonstrou grande sinceridade quando dilacerado seus corpos, a fim de induzir a Baal para enviar fogo baixo para consumir os seus sacrifícios (1Rs 18:28). Mas a sua sinceridade não produziu os resultados desejados, e não lhes permitir ver o erro de seu paganismo, porque sua sincera confiança era naquele mesmo paganismo. Devotos sinceros andar sobre as unhas para provar o seu poder espiritual. Outros rastejar de joelhos por centenas de metros, sangramento e fazendo uma careta de dor, para mostrar a sua devoção a um santo ou um santuário. No entanto, sua sincera devoção está sinceramente errado e é completamente inútil diante de Deus.

    Os escribas e fariseus acreditavam que poderiam agradar a Deus por essas práticas superficiais como o dízimo "hortelã, do endro e do cominho"; mas eles "negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fé" (Mt 23:23.). Eles foram meticulosamente cuidado com o que eles fizeram para o exterior, mas não prestou atenção ao que eram interiormente. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!" Jesus lhes disse: "Por que você limpar o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de auto-indulgência. Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que o fora dela se torne limpo "(vv. 25-26).

    Mesmo genuinamente boas ações que não vêm de um genuinamente bom coração são de nenhum valor espiritual. Tomé Watson disse: "A moral pode se afogar um homem tão rápido como vice", e, "Um navio pode afundar com ouro ou com esterco." Embora possamos ser extremamente religiosa e constantemente envolvidos em fazer coisas boas, não podemos agradar a Deus a menos que nossos corações estão bem com Ele.

    O padrão final para a pureza do coração é a perfeição do coração. No mesmo sermão em que Ele deu o bem-aventuranças Jesus disse: "Portanto, você deve ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5:48). Cem por cento de pureza é o padrão de Deus para o coração.

    Tendência do homem é a definir o padrão oposto. Estamos inclinados a nos julgar pelo pior, em vez de o melhor. O fariseu que orava no templo, agradecendo a Deus que ele não era como os outros homens, se considerava justo, simplesmente porque ele não era um vigarista, um adúltero, ou um publicano (Lc 18:11). Nós todos somos tentados a se sentir melhor sobre nós mesmos quando vê alguém fazendo uma coisa terrível que nunca fizemos. A pessoa "boa" debruça-se sobre o que parece ser menos bom do que ele, e que a pessoa olha para baixo sobre aqueles pior do que ele é. Levado ao extremo, esta espiral de julgamento iria para baixo e para baixo, até que chegou a pessoa mais podre na terra e que a última pessoa, o pior na terra, seria o padrão pelo qual o resto do mundo se julgados!

    O padrão de Deus para os homens, no entanto, é ele mesmo. Eles não podem ser totalmente agradável a Deus até que eles são puro como Ele é puro, até que eles são santos como Ele é santo e perfeito como Ele é perfeito. Somente aqueles que são puros de coração pode entrar no reino. "Quem subirá ao monte do Senhor?" Davi pergunta: "e quem pode permanecer no seu santo lugar Aquele que é limpo de mãos e puro de coração?" (Sl. 24: 3-4).

    É impureza do coração que separa o homem de Deus. "Eis que a mão do Senhor não é tão curto que não possa salvar; nem é o seu ouvido tão sem graça que não pode ouvir Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós eo vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, de modo. que Ele não ouve "(Is. 59: 1-2). E assim como impureza do coração separa os homens de Deus, só a pureza do coração através de Jesus Cristo vai reconciliar os homens com Deus.

    Basicamente, existem, mas dois tipos de religião, a religião de realização humana e a religião de realização divina. Há muitas variações do primeiro tipo, que inclui todas as religiões, mas o cristianismo bíblico. Dentro das religiões de realização humana são duas abordagens básicas: cabeça religião, que confia em credos e conhecimento religioso, e mão religião, que confia em boas ações.

    A única religião verdadeira, no entanto, é o coração da religião, que se baseia na pureza implantado de Deus. Pela fé em que Deus fez através de Seu Filho, Jesus Cristo, "temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" (Ef 1:7).. A partir daquele dia, o Pai nos vê como Ele vê o Filho, perfeitamente justo e sem mancha (2Co 5:21; He 9:14.).

    Em quarto lugar, imputada pureza não é apenas uma declaração sem substância; com pureza imputada Deus concede pureza real na nova natureza do crente (Rom 6: 4-5; 8: 5-11.; Cl 3:9-10; 2Pe 1:32Pe 1:3). Paulo afirma que quando um crente peca, não é causada pela nova auto puro, mas pelo pecado na carne (Rm 7:17, 19-22, Rm 7:25).

    Em quinto lugar, não é prático pureza . Isso, é claro, é a parte mais difícil, a parte que não exigem o nosso esforço supremo. Só Deus possui ou pode possuir pureza primordial. Só Deus pode conceder pureza criado, pureza final, pureza posicional, e pureza real. Mas pureza prático, embora também vem de Deus, exige a nossa participação de uma forma que os outros tipos de pureza não. É por isso que Paulo implora: "Portanto, tendo estas promessas, caríssimos, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2Co 7:1).

    Nós não somos salvos apenas para o futuro pureza celestial, mas também para presente pureza terrena. Na melhor das hipóteses, será misturado ouro com ferro e de barro, uma peça de roupa branca com alguns fios negros. Mas Deus quer-nos agora para ser tão pura quanto podemos ser. Se a pureza não caracteriza a nossa vida, nós ou não pertencem a Cristo, ou somos desobedientes a Ele. Teremos tentações, mas Deus vai sempre uma forma de escape (1Co 10:13). Vamos cair em pecado, mas "se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9). Cleansing começa com um reconhecimento de fraqueza. Fraqueza em seguida, estende a mão para a força de Deus.

    Em segundo lugar, temos de ficar na Palavra de Deus. É impossível ficar na vontade de Deus para além da Sua Palavra. Jesus disse: "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado a vós" (Jo 15:3 diz claramente: "Caminhe pelo Espírito, e você não vai realizar o desejo da carne."

    Quarto, devemos orar. Não podemos ficar na vontade de Deus ou compreender e obedecer a Sua Palavra, a menos que ficar perto dele. "Com toda oração e súplica" devemos "orar em todo tempo no Espírito" (Ef 6:18; Lc 18:1.). Com Davi clamamos: "Cria em mim um coração puro, ó Deus" (Sl 51:10).

    O Resultado da Santidade

    A grande bênção daqueles que são puros de coração é que eles verão a Deus . O grego é no tempo futuro indicativo e meio voz, e uma tradução mais literal é: "Eles devem ser continuamente ver a Deus por si mesmos." É só eles (as enfáticas autos ), os puros de coração, que verão a Deus . Conhecimento íntimo e comunhão com Deus é reservado para o puro.

    Quando nossos corações são purificados na salvação começamos a viver na presença de Deus. Começamos a ver e para compreendê-Lo com os nossos novos olhos espirituais. Como Moisés, que viu a glória de Deus e pediu para ver mais (Ex 33:18), aquele que é purificado por Jesus Cristo vê uma e outra vez a glória de Deus.

    Para ver Deus era a maior esperança dos santos do Antigo Testamento. Como Moisés, Davi queria ver mais de Deus. "Como suspira a corça pelas correntes das águas", disse ele, "a minha alma anseia por ti, ó Deus, minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo;. Quando eu vier e comparecer diante de Deus?" (Sl 42:1). Mal e ignorância vêm em um pacote. Outros sinais de um coração impuro são egocentrismo (Ap 3:17), o prazer no pecado (2Tm 3:4), e do ódio de pureza (Mq 3:2; 2Co 13:112Co 13:11; Fp 4:1) enfatizou que a realidade acarinhados mas indescritível, fazendo a paz, uma das ideias dominantes da Sua Palavra. Escritura contém quatrocentos referências diretas a paz, e muitas outras mais indiretas. A Bíblia começa com a paz no Jardim do Éden e fecha com a paz na eternidade. A história espiritual da humanidade pode ser traçado com base no tema da paz. Embora a paz na terra no jardim foi interrompido quando o homem pecou, ​​na cruz Jesus Cristo fez a paz uma realidade novamente, e ele torna-se a paz de todos os que depositam sua fé nEle.Paz agora pode reinar nos corações daqueles que são Seus. Algum dia Ele virá como Príncipe da Paz e estabelecer um reino mundial da paz, que irá suceder em paz final, a idade eterna de paz.

    Mas um dos fatos mais evidentes da história e da experiência humana é que a paz não caracteriza a existência terrena do homem. Não há paz agora por duas razões: a oposição de Satanás e da desobediência do homem. A queda dos anjos e da queda do homem estabeleceu um mundo sem paz. Satanás eo homem estão envolvidos com o Deus da paz em uma batalha pela soberania.
    A escassez de paz levou alguém a sugerir que "a paz é que glorioso momento da história em que todos param para recarregar." Em 1968, um grande jornal informou que tinha havido a essa data 14,553 guerras conhecidas desde 36 anos antes de Cristo. Desde 1945 tem havido alguns setenta ou mais guerras e quase duas centenas de focos internacionalmente significativos de violência. Desde 1958 cerca de cem nações estiveram envolvidas em alguma forma de conflito armado.
    Alguns historiadores afirmam que os Estados Unidos teve duas gerações de paz e um 1815-1846 e outro de 1865 a 1898. Mas esse pedido só pode ser feito se você excluir as guerras indígenas, durante o qual a nossa terra foi banhado em Indiana sangue.
    Com todos os esforços confessos e bem-intencionadas para a paz em tempos modernos, poucas pessoas diriam que o mundo ou qualquer parte significativa do que é mais tranquila agora do que há cem anos atrás. Não temos paz econômica, a paz religiosa, racial paz, a paz social, a paz familiar, ou a paz pessoal. Parece não haver fim de marchas, sit-ins, passeatas, protestos, manifestações, revoltas e guerras.Desacordo e conflitos estão na ordem do dia. No dia teve mais necessidade de paz do que a nossa.
    Nem a paz honra mundo, tanto por suas normas e ações como o faz pelas suas palavras. Em quase todas as épocas da história dos maiores heróis têm sido os maiores guerreiros. O mundo elogia o poderoso e muitas vezes exalta a destrutivo. O homem modelo não é manso, mas macho. O modelo de herói não é auto-doação, mas egoísta, não generoso, mas egoísta, não suave, mas cruel, não submisso, mas agressivo, não manso mas orgulhoso.
    A filosofia popular do mundo, reforçado pelo ensino de muitos psicólogos e conselheiros, é colocar auto primeira. Mas quando eu é em primeiro lugar, a paz é a última. Auto precipita contenda, divisão, ódio, ressentimento, e da guerra. É o grande aliado do pecado e do grande inimigo da justiça e, consequentemente, da paz.
    A sétima bem-aventurança chama o povo de Deus para ser pacificadores. Ele nos chamou para uma missão especial para ajudar a restaurar a paz perdida na queda.
    A paz de que Cristo fala nesta bem-aventurança, e sobre o qual o resto da Escritura fala, é ao contrário do que o mundo conhece e se esforça para. A paz de Deus não tem nada a ver com política, exércitos e marinhas, fóruns de nações, ou até mesmo conselhos de igrejas. Não tem nada a ver com o sentido de Estado, não importa quão grande ou com a arbitragem, compromisso, tréguas negociadas, ou tratados. A paz de Deus, a paz de que fala a Bíblia, nunca foge questões; ele não sabe nada sobre a paz a qualquer preço. Ele não encobrir ou esconder, racionalizar ou desculpa. Confronta problemas e procura resolvê-los, e depois os problemas são resolvidos ele constrói uma ponte entre aqueles que foram separados pelos problemas. Muitas vezes, traz a sua própria luta, dor, sofrimento e angústia, porque tais são muitas vezes o preço de cura. Não é uma paz que será trazido por reis, presidentes, primeiros-ministros, diplomatas, ou humanitários internacionais. É a paz interior pessoal que só Ele pode dar à alma do homem e que só os Seus filhos podem exemplificar.
    Quatro realidades importantes sobre a paz de Deus são revelados: o seu significado, seu Criador, seus mensageiros, e seu mérito.

    O significado de Paz: justiça e verdade

    O fato essencial para compreender é que a paz sobre a qual Jesus fala é mais do que a ausência de conflito e discórdia; é a presença de justiça. Só a justiça pode produzir a relação que traz dois partidos juntos. Os homens podem parar de lutar, sem justiça, mas eles não podem viver em paz sem justiça. A justiça não só põe fim ao mal, mas que administra a cura do amor.
    A paz de Deus não só deixa de guerra, mas substitui-lo com a justiça que traz harmonia e bem-estar verdadeiro. A paz é uma força criativa e agressiva para a bondade. A saudação judaica Shalom deseja "paz" e expressa o desejo de que aquele que é saudado terá toda a justiça e bondade de Deus pode dar. O significado mais profundo do termo é "bem maior de Deus para você."

    O máximo que a paz do homem pode oferecer é uma trégua, a cessação temporária das hostilidades. Mas se a uma escala internacional ou escala individual, uma trégua raramente é mais do que uma guerra fria. Até desacordos e ódios são resolvidos, os conflitos meramente passar à clandestinidade-onde eles tendem a apodrecer, crescer e sair novamente. A paz de Deus, no entanto, não só pára com as hostilidades, mas resolve os problemas e reúne as partes no amor mútuo e harmonia.

    Tiago confirma a natureza da paz de Deus, quando ele escreve: "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica" (Jc 3:17). O caminho de Deus para a paz é através de pureza. A paz não pode ser alcançada à custa da justiça. Duas pessoas não pode estar em paz até que reconhecer e resolver as atitudes e ações erradas que causaram o conflito entre eles e, em seguida, trazer-se a Deus para a limpeza. A paz que ignora a limpeza que traz a pureza não é a paz de Deus.

    O escritor aos Hebreus liga paz com pureza, quando ele instrui os crentes a "buscar a paz com todos os homens, ea santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (He 12:14). A paz não pode ser dissociada da santidade. "Justiça e paz se beijaram" é a bela expressão do salmista (Sl 85:10). Biblicamente falando, então, onde há paz verdadeira não é justiça, santidade e pureza. Tentando trazer harmonia ao comprometer a justiça perde ambos.

    Jesus dizendo "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada" (Mt 10:34.) Parece ser a antítese da sétima bem-aventurança. Seu significado, no entanto, foi que a paz que Ele veio trazer não é a paz a qualquer preço. Haverá oposição antes que haja harmonia; haverá conflitos antes que haja paz. Para ser pacificadores nos termos de Deus exige ser pacificadores sobre os termos da verdade e da justiça, para que o mundo está em oposição feroz. Quando os crentes trazer a verdade para carregar em um mundo que ama a mentira, haverá contenda. Quando os crentes definir padrões de justiça de Deus diante de um mundo que ama maldade, há um potencial para conflito inevitável. No entanto, esse é o único caminho.

    Até que a injustiça é alterado para a justiça não pode haver paz dos deuses. E o processo de resolução é difícil e dispendiosa. Verdade vai produzir raiva antes que produz felicidade; justiça irá produzir antagonismo antes que produz harmonia. O evangelho traz sentimentos ruins antes que ele possa trazer bons sentimentos. Uma pessoa que não primeiro chorar sobre seu próprio pecado nunca ficará satisfeito com a justiça de Deus. A espada que Cristo traz é a espada da Sua Palavra, que é a espada da verdade e da justiça. Como o bisturi do cirurgião, ele deve cortar antes que cura, porque a paz não pode vir, onde o pecado permanece.

    O grande inimigo da paz é pecado. O pecado separa o homem de Deus e causa desarmonia e inimizade com Ele. E a falta de harmonia com Deus dos homens faz com que a sua falta de harmonia uns com os outros. O mundo está cheio de conflitos e guerras, porque ela está cheia de pecado. A paz não dominar o mundo, porque o inimigo da paz governa o mundo. Jeremias nos diz que "o coração é mais enganoso do que todas as coisas, e desesperAdãoente corrupto [ou mau]" (Jr 17:9).

    Para falar de paz sem falar de arrependimento do pecado é falar tolamente e em vão. Os líderes religiosos corruptos do antigo Israel proclamou: "Paz, paz", mas não havia paz, porque eles eo resto do povo não eram "vergonha das abominações que eles tinham feito" (Jer. 8: 11-12).

    "A partir de dentro, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, homicídios, adultérios, atos de cobiça e maldade, bem como o dolo, a sensualidade, a inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todos estes males proceder de dentro e contaminam o homem "(Marcos 7:21-23). Os pecadores não podem criar a paz, tanto dentro de si ou entre si. Pecado pode produzir nada além de luta e conflito. "Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há perturbação e toda espécie de males", diz Tiago. "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem vacilar, sem hipocrisia E a semente cujo fruto é justiça semeia-se na paz para aqueles que promovem a paz." (Tiago 3:16-18).

    Independentemente do que as circunstâncias podem ser, onde há conflito, é por causa do pecado. Se você separar as partes em conflito uns com os outros, mas não separá-los do pecado, na melhor das hipóteses você só terá sucesso em fazer uma trégua. Pacificação não pode vir, contornando o pecado, porque o pecado é a fonte de todos os conflitos.
    A má notícia do evangelho vem antes da boa notícia. Até que uma pessoa enfrenta seu pecado, não faz sentido para oferecer-lhe um Salvador. Até que uma pessoa enfrenta suas falsas noções, não faz sentido para oferecer-lhe a verdade. Até que uma pessoa reconhece sua inimizade com Deus, não faz sentido para oferecer-lhe a paz com Deus.

    Os crentes não podem deixar de enfrentar a verdade, ou evitar enfrentar os outros com a verdade, por uma questão de harmonia. Se alguém está em erro sério sobre uma parte da verdade de Deus, ele não pode ter um relacionamento correto, pacífica com os outros até que o erro é confrontado e corrigido. Jesus nunca evitou a emissão de doutrina ou comportamento errado. Ele tratou a mulher samaritana de Sicar com grande amor e compaixão, mas Ele não hesita em enfrentar a vida sem Deus. Primeiro Ele confrontou-la com sua vida imoral: "Você já teve cinco maridos, e aquele que agora tens não é teu marido" (Jo 4:18). Então Ele corrigiu seus falsas idéias sobre a adoração: "Mulher, crê-me, a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém, você deve adorar o Pai Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que sabemos. porque a salvação vem dos judeus "(João 4:21-22).

    A pessoa que não está disposto a interromper e perturbar em nome de Deus não pode ser um pacificador. Para chegar a um acordo sobre qualquer coisa menos do que a verdade e justiça de Deus é de se contentar com uma trégua, o que confirma os pecadores em seu pecado e pode deixá-los ainda mais longe do reino. Aqueles que, em nome do amor ou bondade ou compaixão tentar testemunhar por apaziguamento e compromisso da Palavra de Deus vai achar que o seu testemunho leva para longe dele, não a Ele. Pacificadores de Deus não vai deixar uma mentira cachorro dormindo, se ela se opõe à verdade de Deus; eles não vão proteger o status quo se é ímpios e injustos. Eles não estão dispostos a fazer a paz a qualquer preço. A paz de Deus só vem no caminho de Deus. Sendo um pacificador é essencialmente o resultado de uma vida santa e a chamada para os outros a abraçar o evangelho de santidade.

    O Criador da Paz: Deus

    Os homens são sem paz, porque eles estão sem Deus, a fonte da paz. Tanto o Antigo eo Novo Testamento estão repletos de declarações de Deus ser o Deus da paz (Lv 26:6; Sl 29:11; Is 9:1; Ez 34:25; Rm 15:33; 1Co 14:331Co 14:33;. 2Ts 3:162Ts 3:16).. Desde a queda, a única paz que os homens têm conhecido é a paz que receberam como dom de Deus. A vinda de Cristo à Terra foi a paz de Deus que vem à Terra, porque só Jesus Cristo pode remover o pecado, a grande barreira para a paz. "Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo Porque ele é a nossa paz." (13 49:2-14'>Ef. 2: 13-14).

    Uma vez eu li a história de um casal em uma audiência de divórcio que estavam discutindo e para trás diante do juiz, acusando-se mutuamente e se recusando a tomar qualquer culpar a si mesmos. Seu garotinho de quatro anos de idade, foi terrivelmente angustiado e confuso. Não sabendo mais o que fazer, ele pegou a mão de seu pai e mão de sua mãe e manteve puxando até que ele finalmente tirou as mãos de seus pais juntos.

    De uma forma infinitamente maior, Cristo traz de volta juntos Deus e do homem, reconciliadora e trazer a paz. "Para isso era bom prazer do Pai para toda a plenitude a habitar nele, e por ele, para reconciliar todas as coisas para si mesmo, tendo feito a paz pelo sangue da sua cruz" (Colossenses 1:19-20).

    Como poderia a cruz trazer a paz? Na cruz, todos de ódio e raiva do homem foi ventilado contra Deus. Na cruz, o Filho de Deus foi ridicularizada, maldita, cuspido, perfurado, insultado, e mortos. Os discípulos de Jesus fugiram de medo, do céu, passavam relâmpago, a terra tremeu violentamente, e o véu do templo se rasgou em dois. No entanto, através de que a violência Deus trouxe paz. Maior justiça de Deus confrontado maior maldade do homem, ea justiça ganhou. E porque a justiça ganhou, a paz foi conquistada.
    Em seu livro Paz Child (Glendale, Calif .: Regal, 1979), Don Richardson fala de sua longa luta para levar o evangelho para o canibal, headhunting Sawi tribo de Irian Jaya, Indonésia. Tente como ele, ele não poderia encontrar uma maneira de fazer o povo entender a mensagem do evangelho, especialmente o significado da morte expiatória de Cristo na cruz.

    Aldeias Sawi estavam constantemente brigando entre si, e por causa da traição, vingança e assassinato foram muito honrado parecia não haver esperança de paz. A tribo, no entanto, teve um costume lendária que, se uma aldeia deu um menino para outra aldeia, a paz iria prevalecer entre as duas aldeias, desde que a criança viveu. O bebê foi chamado de "filho de paz."
    O missionário aproveitou essa história como uma analogia da obra reconciliadora de Cristo. Cristo, disse ele, é divina Criança Paz de Deus que Ele tem oferecido ao homem, e porque Cristo vive eternamente Sua paz não terá fim. Essa analogia foi a chave que abriu o evangelho para o Sawis. Em uma operação milagrosa do Espírito Santo muitos deles creram em Cristo, e uma igreja forte, evangelístico logo desenvolveu-e paz veio para o Sawis.

    Se o Pai é a fonte da paz, e do Filho é a manifestação de que a paz, então o Espírito Santo é o agente do que a paz. Um dos mais belos frutos do Espírito Santo dá àqueles em quem Ele reside é o fruto da paz (Gl 5:22). O Deus da paz enviado o Príncipe da Paz, que envia o Espírito de paz para dar o fruto da paz. Não admira que a Trindade é chamado Yahweh Shalom, "O Senhor é Paz" (Jz 6:24).

    O Deus da paz pretende paz para o seu mundo, eo mundo que Ele criou em paz Ele um dia vai restaurar a paz. O Príncipe da Paz vai estabelecer o Seu reino de paz, por mil anos na Terra e por toda a eternidade no céu. "" Porque eu sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor, "planos de paz e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança" (Jr 29:11). Jesus disse: "Estas coisas vos tenho dito, para que em mim tenhais paz no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo;. Eu venci o mundo" (Jo 16:33). A pessoa que não pertence a Deus por meio de Jesus Cristo nem pode ter paz, nem ser um pacificador. Deus pode trabalhar a paz através de nós apenas se Trabalhou paz em nós.

    Alguns de tempo mais violento da Terra ocorre nos mares. Mas o mais profundo vai o mais sereno e tranquilo a água se torna. Os oceanógrafos relatam que as partes mais profundas do mar são absolutamente imóvel. Quando essas áreas são dragados eles produzem restos de plantas e animais que permaneceram em repouso durante milhares de anos.
    Essa é uma imagem de paz do cristão. O mundo ao seu redor, incluindo as suas próprias circunstâncias, pode ser em grande tumulto e conflitos, mas em seu ser mais profundo que ele tem a paz que excede todo o entendimento. Aqueles que estão na melhor das circunstâncias, mas sem Deus nunca pode encontrar a paz, mas aqueles na pior das circunstâncias, mas com Deus nunca necessidade falta paz.

    Os Mensageiros da Paz: Os Crentes

    Os mensageiros da paz são crentes em Jesus Cristo. Só eles podem ser pacificadores . Somente aqueles que pertencem ao Criador de paz pode ser mensageiros da paz. Paulo nos diz que "Deus nos chamou para a paz" (1Co 7:15) e que "agora, todas essas coisas são de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação" (2 Cor . 5:18). O ministério da reconciliação é o ministério da pacificação. Aqueles a quem Deus chamou para a paz Ele também chama para fazer a paz. "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo consigo mesmo, sem contar os pecados dos homens, e Ele nos confiou a palavra da reconciliação. Portanto, somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus estivesse pedindo por meio de nós" (2 Cor. 5 : 19-20).

    Pelo menos quatro coisas caracterizar um pacificador. Primeiro, ele é aquele que se fez a paz com Deus. O evangelho é toda sobre a paz. Antes de virmos a Cristo estávamos em guerra com Deus. Não importa o que pode conscientemente ter pensado a respeito de Deus, nossos corações estavam contra ele. Foi "quando éramos inimigos de Deus" que "fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho" (Rm 5:10). Quando recebemos a Cristo como Salvador e Ele imputou Sua justiça para nós, a nossa batalha com Deus terminou, e nossa paz com Deus começou. Porque ele fez as pazes com Deus, ele pode desfrutar da paz de Deus (Fp 4:7). E porque ele tem sido dada a paz de Deus, ele é chamado a partilhar a paz de Deus. Ele é ter seus próprios pés calçados com "o evangelho da paz" (Ef 6:15).

    Porque a paz é sempre corrompida pelo pecado, o crente pacificação deve ser um crente santo, um crente cuja vida está continuamente purificados pelo Espírito Santo. Pecado quebra a nossa comunhão com Deus, e quando comunhão com Ele é quebrado, a paz é quebrada. Os desobedientes, auto-indulgente Cristão não é adequado para ser um embaixador da paz.

    Em segundo lugar, um pacificador leva outros a fazer a paz com Deus. Os cristãos não são um corpo de elite dos que chegaram espiritualmente e que olhar para baixo sobre o resto do mundo. Eles são um corpo de pecadores limpos por Jesus Cristo e comissionados para levar Seu evangelho de limpeza para o resto do mundo.
    Os fariseus eram a personificação do que pacificadores não são. Eles foram presunçoso, orgulhoso, satisfeito, e determinado a ter os seus próprios caminhos e defender seus próprios direitos. Eles tinham pouco interesse em fazer a paz com Roma, com os samaritanos, ou até mesmo com colegas judeus que não seguem sua própria linha do partido. Consequentemente, eles criaram conflitos onde quer que fossem. Eles cooperaram com os outros só quando foi para sua própria vantagem, como fizeram com os saduceus na oposição Jesus.
    O espírito de pacificação é o oposto disso. Ele é construído sobre a humildade, a tristeza pela sua própria pecado, mansidão, fome de justiça, misericórdia e pureza de coração. G. Campbell Morgan comentou que o processo de paz é o personagem propagado do homem que, exemplificando tudo o resto das bem-aventuranças, assim, traz a paz onde quer que ele venha.

    O pacificador é um mendigo que foi alimentado e que é chamado para ajudar os outros a alimentação animal. Tendo sido levados a Deus, ele é trazer outras pessoas para Deus. O propósito da igreja é pregar a "paz por meio de Jesus Cristo" (At 10:36). Para pregar Cristo é promover a paz. Para trazer uma pessoa para salvar o conhecimento de Jesus Cristo é o maior ato de pacificação um ser humano pode realizar. Ele está além do que qualquer diplomata ou político pode realizar.

    Em terceiro lugar, um pacificador ajuda os outros a fazer a paz com os outros. No momento em que uma pessoa vem a Cristo, ele torna-se em paz com Deus e com a Igreja e torna-se um pacificador no mundo. Um pacificador constrói pontes entre os homens e Deus, e também entre os homens e os outros homens. O segundo tipo de construção da ponte deve começar, é claro, entre nós e os outros. Jesus disse que, se nós estamos trazendo um dom a Deus e um irmão tem alguma coisa contra nós, estamos a deixar a nossa oferta diante do altar e se reconciliar com o irmão antes de oferecer o dom de Deus (Mt 5:23-24.) . Tanto quanto é possível, diz Paulo, "medida em que depende de [nós]," devemos "estar em paz com todos os homens" (Rm 12:18). Estamos mesmo a amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem, "a fim de que [nós] podemos ser filhos de [nosso] Pai, que está nos céus" (Mt 5:44-45.).

    Por definição de uma ponte não pode ser unilateral. Ele deve se estender entre dois lados ou nunca pode funcionar. Uma vez construído, ele continua a precisar de apoio em ambos os lados, ou ele vai entrar em colapso. Então, em qualquer relacionamento nossa primeira responsabilidade é para ver que o nosso próprio lado tem uma base sólida. Mas também temos a responsabilidade de ajudar a um sobre o outro lado construir sua base bem. Ambos os lados devem ser construídos em justiça e verdade ou a ponte não vai ficar assim. Pacificadores de Deus deve primeiro ser justo si mesmos e, em seguida, deve ser ativo em ajudar os outros se tornar justo.

    O primeiro passo nesse processo de construção da ponte é muitas vezes a repreender os outros sobre o seu pecado, que é a suprema barreira para a paz. "Se teu irmão pecar," Jesus diz: "vai e repreende-o em privado, se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão, mas se ele não ouvi-lo, pegue um ou dois com você, de modo que por. pela boca de duas ou três testemunhas toda fato pode ser confirmado e se ele se recusar a ouvi-los, dize-o à igreja "(Mateus 18:15-17.).. Isso é uma coisa difícil de fazer, mas obedecendo a essa ordem não é mais opcional do que obedecer qualquer um dos outros mandamentos do Senhor. O fato de tomar tal ação, muitas vezes desperta controvérsia e ressentimento não é desculpa para não fazê-lo. Se fizermos isso na forma e no espírito do Senhor ensina, as conseqüências são sua responsabilidade.Não fazê-lo, não mantiver a paz, mas através da desobediência estabelece uma trégua com o pecado.

    Obviamente, há a possibilidade de um preço a pagar, mas qualquer sacrifício é pequeno, a fim de obedecer a Deus. Muitas vezes, o confronto vai trazer mais turbulência em vez de menos-mal-entendido, ferir os sentimentos, e ressentimento. Mas o único caminho para a paz é o caminho da justiça. Pecado que não é tratado com o pecado que vai perturbar e destruir a paz. Assim como qualquer preço vale a pena pagar para obedecer a Deus, qualquer preço vale a pena pagar para se livrar do pecado. "Se o teu olho direito te faz tropeçar," Jesus disse: "arranca-o e lança-o de ti; ... E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-o de ti; pois é melhor para você que uma das partes do seu corpo perecer, do que todo o teu corpo ir para o inferno "(Mat. 5: 29-30). Se não estamos dispostos a ajudar os outros a enfrentar os seus pecados, nós não será capaz de ajudá-los a encontrar a paz.

    Em quarto lugar, se esforça um pacificador para encontrar um ponto de acordo. Verdade e justiça de Deus nunca deve ser comprometida ou enfraquecida, mas dificilmente há uma pessoa tão ímpio, imoral, rebelde, pagão, ou indiferentes que não temos absolutamente nenhum ponto de acordo com ele. Teologia errada, normas erradas, crenças erradas e atitudes erradas devem ser enfrentados e resolvidos, mas eles geralmente não são os melhores lugares para começar o processo de testemunhar ou pacificação.

    O povo de Deus que lutar sem ser contencioso, para discordar sem ser desagradável, e enfrentar sem ser abusivo. O pacificador fala a verdade em amor (Ef 4:15). Para começar com o amor é para começar em direção à paz. Começamos o processo de paz, começando com o que quer que pacífica ponto de acordo que podemos encontrar. Paz ajuda a gerar a paz. O pacificador sempre dá aos outros o benefício da dúvida. Ele nunca assume eles vão resistir o evangelho ou rejeitar seu testemunho. Quando ele se encontra com a oposição, ele tenta ser paciente com cegueira e teimosia assim como ele sabe que o Senhor foi, e continua a ser, paciente com sua própria cegueira e teimosia de outras pessoas.

    Pacificadores mais eficazes de Deus são muitas vezes as pessoas mais simples e menos notado. Eles não tentam atrair a atenção para si. Eles raramente ganhar manchetes ou prêmios para a sua pacificação, porque, pela sua própria natureza, a verdadeira pacificação é discreto e prefere passar despercebida. Porque eles trazer justiça e verdade onde quer que vão, pacificadores são frequentemente acusados ​​de serem baderneiros e perturbadores da paz, como Acabe, acusado de ser Elias (1Rs 18:17) e os líderes judeus acusados ​​de Jesus sendo (Lc 23:2). Mas Deus conhece o seu coração, e Ele honra o seu trabalho, porque eles estão trabalhando para a Sua paz em Seu poder. Pacificadores de Deus nunca são infrutíferos ou sem recompensa. Esta é uma marca de um verdadeiro cidadão do reino: ele não só tem fome de justiça e santidade em sua própria vida, mas tem um desejo apaixonado de ver essas virtudes na vida dos outros.

    O mérito da Paz: Filiação eterna no reino

    O mérito, ou resultado do processo de paz é a bênção eterna como filhos de Deus no reino de Deus. Os pacificadores serão chamados filhos de Deus.

    Muitos de nós estamos gratos por nossa herança, nossos ancestrais, nossos pais, e nosso nome de família. É especialmente gratificante ter sido influenciado pelos avós piedosos e de ter sido criado por pais piedosos. Mas o maior patrimônio da humanidade não pode coincidir com a herança do crente em Jesus Cristo, porque somos "herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo" (Rm 8:17). Nada se compara a ser um filho de Deus.

    Ambos huios e teknon . são usados ​​no Novo Testamento para falar de relacionamento do crente com Deus Teknon (criança) é um termo de afeto e carinho concurso, bem como da relação (ver Jo 1:12; Ef 5:8;. etc.). Sons, no entanto, é de huios , que expressa a dignidade ea honra da relação de uma criança com seus pais. Como pacificadores de Deus temos a promessa da bênção gloriosa de filiação eterna em Seu reino eterno.

    Pacificação é uma característica dos filhos de Deus. Uma pessoa que não é um pacificador ou não é cristão ou é um cristão desobediente. A pessoa que está sempre de ruptura, divisionista e briguento tem boas razões para duvidar de sua relação com Deus totalmente. Filhos-que de Deus é, todos os Seus filhos, tanto homens como mulheres-são pacificadores. Só Deus determina quem serão os seus filhos, e Ele determinou que eles são humildes, o penitente sobre o pecado, o suave, os requerentes de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, e os pacificadores.

    Será chamado está em um futuro contínuo tensa passiva. Durante toda a eternidade pacificadores vai pelo nome de "filhos de Deus." A forma passiva indica que todo o Céu vai chamar pacificadores filhos de Deus , porque o próprio Deus declarou que eles são Seus filhos.

    Jacó amava Benjamin tanto que toda a sua vida passou a ser ligada na vida daquele filho (Gn 44:30). Qualquer pai digno do nome ama seus filhos mais do que a sua própria vida, e infinitamente mais do que todos os seus bens em conjunto. Deus ama Seus filhos hoje como Ele amou Israel do passado, como "a menina dos seus olhos" (Zc 2:1; conforme Sl 17:8)

    Bem-aventurados aqueles que foram perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sereis quando os homens lançaram insultos em você, e vos perseguirem, e, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque vosso galardão nos céus é grande, pois assim perseguiram os profetas que foram antes de vós "(5: 10-12).

    De todas as bem-aventuranças, este último parece ser o mais contrário ao pensamento humano e experiência. O mundo não associar a felicidade com humildade, lamentando sobre o pecado, a mansidão, justiça, misericórdia, pureza de coração, ou pacificação santidade. Muito menos o faz a felicidade associado com a perseguição.
    Alguns anos atrás, uma revista popular nacional tomou um inquérito para determinar as coisas que fazem as pessoas felizes. De acordo com as respostas recebidas, as pessoas felizes desfrutar de outras pessoas, mas não são auto-sacrifício; eles se recusam a participar de quaisquer sentimentos ou emoções negativas; e eles têm um sentimento de realização com base em sua própria auto-suficiência.
    A pessoa descrita por esses princípios é completamente contrário ao tipo de pessoa que o Senhor diz que será autenticamente feliz. Jesus diz a bendita pessoa não é aquele que é auto-suficiente, mas aquele que reconhece o seu próprio vazio e necessidade, que se aproxima de Deus como um mendigo, sabendo que ele não tem recursos em si mesmo. Ele não está confiante em sua própria capacidade, mas está muito consciente de sua própria incapacidade. Tal pessoa, Jesus diz, não é de todo positivo sobre si mesmo, mas chora sobre seu próprio pecado e isolamento de um Deus santo. Para ser conteúdo genuinamente, uma pessoa não deve ser auto-serviço, mas de auto-sacrifício. Ele deve ser suave, misericordiosos, puros de coração, anseiam por justiça, e procurar fazer a paz em Deus de termos, mesmo que essas atitudes levá-lo a sofrer.

    Impulso de abertura do Senhor no Sermão da Montanha culmina com este grande e preocupante verdade: aqueles que vivem fielmente de acordo com os primeiros sete bem-aventuranças são garantidos em algum momento de experimentar o oitavo. Aqueles que vivem em retidão, inevitavelmente, serão perseguidos por isso. Piedade gera hostilidade e antagonismo do mundo. O recurso de coroação da pessoa feliz é perseguição! Unido pessoas são rejeitadas as pessoas. Os santos são singularmente abençoada , mas pagam um preço por isso.

    A última beatitude é realmente dois em um, um único beatitude repetido e expandido. Bendito é mencionado duas vezes (vv. 10, 11), mas apenas uma característica ( perseguido ) é dado, embora seja mencionado três vezes, e apenas um resultado ( porque deles é o reino dos céus) é prometido. Blessed aparentemente é repetido para enfatizar a bênção generosa dada por Deus para aqueles que são perseguidos. "Double-aventurados os que são perseguidos," Jesus parece estar dizendo.

    Três aspectos distintos do reino fidelidade são faladas nesta bem-aventurança: a perseguição, a promessa, ea postura.

    A Perseguição

    Aqueles que têm sido perseguidos são os cidadãos do reino, aqueles que vivem fora das sete bem-aventuranças anteriores. Na medida em que eles cumprem o primeiro de sete eles podem experimentar o oitavo.

    "Todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12). Antes de escrever essas palavras Paulo tinha acabo de mencionar alguns de seus próprios "perseguições e sofrimentos, como aconteceu comigo em Antioquia, em Icônio e em Listra" (v. 11). Como alguém que viveu a vida do reino que ele tinha sido perseguido, e todas as outras pessoas que vivem a vida do reino pode esperar um tratamento similar. O que era verdade no antigo Israel é verdade hoje e permanecerá fiel até a volta do Senhor. "Como naquela época ele que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim é também agora também" (Gl 4:29).

    Imagine um homem que aceite um novo trabalho em que ele teve que trabalhar com as pessoas, especialmente profanas. Quando, no final do primeiro dia de sua esposa lhe perguntou como ele tinha conseguido, ele disse: "Ótimo! Nunca imaginei que eu era um cristão." Enquanto as pessoas não têm nenhuma razão para acreditar que somos cristãos, pelo menos os cristãos obedientes e justos, não precisamos nos preocupar com a perseguição. Mas, como se manifestam as normas de Cristo, vamos compartilhar a reprovação de Cristo. Aqueles que nasceram apenas da carne vai perseguir aqueles nascidos do Espírito.
    Para viver para Cristo é viver em oposição a Satanás em seu mundo e em seu sistema. Semelhança de Cristo em nós irá produzir os mesmos resultados que a semelhança de Cristo fez nos apóstolos, no resto da igreja primitiva, e nos crentes ao longo da história. Cristo vivendo em Seu povo hoje produz a mesma reação do mundo que o próprio Cristo produzido quando viveu na terra como homem.

    A justiça é de confronto, e mesmo quando não é pregada em muitas palavras, ele confronta maldade pela sua própria contraste. Abel não pregou a Caim, mas vida justa de Abel, que se caracteriza por sua adequada sacrifício ao Senhor, era uma repreensão constante ao seu perverso irmão, que em uma raiva finalmente o matou. Quando Moisés escolheu a se identificar com o seu próprio povo hebreu desprezados em vez de comprometer-se com os prazeres da sociedade egípcia pagão, ele pagou um grande preço. Mas ele considerou "o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito" (He 11:26).

    O escritor puritano Tomé Watson disse aos cristãos: "Embora eles nunca ser tão mansos, misericordiosos, puros de coração, sua piedade não vai protegê-los de sofrimentos Eles devem pendurar sua harpa nos salgueiros e tomar a cruz O caminho para o céu é.. . por meio de espinhos e sangue ... Defini-lo para baixo como uma máxima, se você vai seguir a Cristo, você deve ver as espadas e varapaus "( As bem-aventuranças [Edinburgh: Banner da Verdade Trust, 1971], pp. 259-60).

    Savonarola foi um dos grandes reformadores da história da igreja. Em seu poderoso condenação do pecado pessoal e corrupção eclesiástica, aquele pregador italiano abriu o caminho para a Reforma Protestante, que começou há alguns anos após sua morte. "Sua pregação era uma voz de trovão", escreve um biógrafo, "e sua denúncia do pecado era tão terrível que as pessoas que ouviram a ele andou pelas ruas de meia Atordoada, desnorteado e sem palavras. Suas congregações foram tantas vezes em lágrimas que todo o edifício ressoava com seu choro e seu choro ". Mas as pessoas e a igreja não podia suportar por muito tempo um tal testemunho, e por pregar a justiça descomprometido Savonarola foi condenado por "heresia", ele foi enforcado, e seu corpo foi queimado.

    A perseguição é uma das evidências mais seguras e mais tangíveis da salvação. A perseguição não é incidental à vida cristã fiel, mas é certa evidência disso. Paulo encorajou os tessalonicenses, enviando-lhes Timóteo, "de modo que nenhum homem pode ser perturbado por estas tribulações;. Porque vós mesmos sabeis que fomos destinados para este Porque, na verdade, quando estávamos com vocês, nós sempre a dizer-lhe antecipAdãoente que estávamos vai ser maltratado, e assim aconteceu que, como você sabe "(1 Ts 3: 3-4.). Sofrendo perseguição faz parte da vida cristã normal (conforme Rom. 8: 16-17). E se nós nunca experimentar ridículo, crítica ou rejeição por causa da nossa fé, temos razão para examinar a autenticidade do mesmo. "Para que vos foi concedido, por amor de Cristo", diz Paulo, "não somente crer nele, mas também de sofrer por amor a Ele, experimentando o mesmo combate que você viu em mim, e agora ouvis que está em mim" (Fl 1. 29-30). A perseguição por amor de Cristo é um sinal de nossa salvação da mesma forma que é um sinal de condenação para aqueles que fazem o perseguidor (v. 28).

    Cristãos Quer viver em uma sociedade relativamente protegido e tolerante, ou se eles vivem sob um regime ateu, totalitário, o mundo vai encontrar maneiras de perseguir a igreja de Cristo. Para viver uma vida redimida em sua plenitude é convidar e esperar que o ressentimento ea reação do mundo.

    O fato de que muitos crentes professos são populares e elogiado pelo mundo não indica que o mundo elevou seus padrões, mas que muitos que se chamam pelo nome de Cristo têm a deles reduzido. Como o tempo para aparecimento de Cristo cresce mais perto que podemos esperar oposição do mundo a aumentar, e não diminuir. Quando os cristãos não são perseguidos, de alguma forma pela sociedade, isso significa que eles estão refletindo em vez de confrontar a sociedade. E quando nós agradar o mundo, podemos ter certeza de que estamos aflitos do Senhor (conforme Jc 4:4).

    Quando ( hotan ) também pode significar sempre. A idéia transmitida no prazo não é que os crentes estarão em um estado constante de oposição, o ridículo, ou a perseguição, mas que, sempre que essas coisas vêm até nós por causa da nossa fé, não devemos ficar surpresos ou ressentido. Jesus não estava constantemente oposição e ridicularizado, nem foram os apóstolos. Houve momentos de paz e até mesmo popularidade. Mas todos os crentes fiéis às vezes têm alguma resistência e ridículo do mundo, enquanto outros, para fins próprios de Deus, vai aguentar mais extremo sofrimento. Mas quando e aflição vem para o filho de Deus, seu Pai celestial vai estar lá com ele para encorajar e abençoar. Nossa responsabilidade não é procurar a perseguição, mas que estar disposto a suportar tudo o que perturbam a nossa fidelidade a Jesus Cristo pode trazer, e vê-la como uma confirmação da verdadeira salvação.

    A maneira de evitar a perseguição é óbvio e fácil. Para viver como o mundo, ou pelo menos para "viver e deixar viver", que nos vai custar nada. Para imitar os padrões do mundo, ou nunca criticá-las, que nos vai custar nada. Para manter o silêncio sobre o evangelho, especialmente a verdade de que para além de seus salvar os homens de poder permanecer em seus pecados e são destinados ao inferno, que nos vai custar nada. Para ir junto com o mundo, para rir de suas piadas, para desfrutar de seu entretenimento, a sorrir quando ela zomba de Deus e tomar o seu nome em vão, e para ter vergonha de tomar uma posição para Cristo não trará perseguição. Esses são os hábitos dos cristãos falsos.

    Jesus não tomar infidelidade de ânimo leve. "Para quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, e para a glória do Pai e dos santos anjos" (Lc 9:26). Se temos vergonha de Cristo, Ele vai ter vergonha de nós. Cristo também advertiu: "Ai de vós, quando todos falarem bem de vocês, pois da mesma forma que seus pais usados ​​para tratar os falsos profetas" (Lc 6:26). Para ele popular com todo mundo ou é para ter comprometido a fé ou não ter fé verdadeira em tudo.

    Apesar de ter sido no início de seu ministério, no momento em que Jesus pregou o Sermão da Montanha Ele já havia enfrentado oposição. Depois que Ele curou o homem no sábado ", os fariseus saíram e imediatamente começou a tomar conselho com os herodianos contra ele, a respeito de como eles poderiam destruí-Lo" (Mc 3:6).

    O líder cristão do segundo século Tertuliano já foi abordado por um homem que disse: "Eu vim para Cristo, mas eu não sei o que fazer. Eu tenho um trabalho que eu não acho que é coerente com o que a Bíblia ensina. O que posso fazer? Eu preciso viver. " Para que Tertuliano respondeu: "Deve-lo?" A lealdade a Cristo é a única escolha verdadeira do cristão. Para estar preparado para a vida reino é estar preparado para a solidão, incompreensão, ridicularização, rejeição e tratamento injusto de toda espécie.

    Nos primeiros dias da igreja o preço pago foi muitas vezes a final. Para escolher Cristo pode significar a escolha morte por apedrejamento, por ser coberto com piche e usado como uma tocha humana de Nero, ou por estar envolvido em peles de animais e jogado aos cães de caça cruéis. Para escolher Cristo poderia significar tortura por qualquer número de maneiras excessivamente cruéis e dolorosas. Essa foi a mesma coisa que Cristo tinha em mente quando Ele identificou seus seguidores como aqueles que estão dispostos a suportar as suas cruzes. Isso não tem nenhuma referência à devoção mística, mas é uma chamada para estar pronto para morrer, se necessário, para a causa do Senhor (ver Mateus 10:35-39; 16: 24-25.).

    Em ressentimento contra o evangelho os romanos inventaram as acusações contra os cristãos, como acusando-os de serem canibais porque na Ceia do Senhor, eles falaram de comer o corpo de Jesus e beber Seu sangue. Eles acusaram de ter orgias sexuais em suas festas de amor e até mesmo de atear fogo a Roma. Eles marca crentes como revolucionários porque eles chamaram Jesus Senhor e Rei e falou de Deus de destruir a Terra pelo fogo.
    Até o final do primeiro século, Roma havia se expandido quase aos limites exteriores do mundo conhecido, e de unidade tornou-se cada vez mais de um problema. Porque só o imperador personificada todo o império, os Césares passou a ser deificado, e seu culto foi exigido como um unificador e influência coesa. Tornou-se obrigatória a nomeação de um juramento verbal de lealdade a César uma vez por ano, para os quais seria dado a uma pessoa um certificado verificando, chamado libelo. Depois de proclamar publicamente, "César é o Senhor", a pessoa que estava livre para adorar outros deuses que ele escolheu. Porque os cristãos fiéis se recusou a declarar tal fidelidade a ninguém, mas Cristo, eles eram considerados traidores-para que eles sofreram o confisco de bens, perda de trabalho, a prisão, e muitas vezes a morte. Um poeta romano falava deles como "a respiração ofegante, amontoando rebanho cujo único crime era Cristo."
    Na última beatitude Jesus fala de três tipos específicos de aflição sofridas por amor a Cristo: perseguição física, insulto verbal, e de falsas acusações.

    Perseguição Física

    Em primeiro lugar, Jesus diz, podemos esperar perseguição física. Foram perseguidos (v. 10), perseguem (v. 11), e perseguidos (v. 12) são de Dioko , que tem o significado básico de perseguição, afastando, ou perseguindo. A partir desse significado desenvolvido as conotações de perseguição física, assédio, abuso e outras formas de tratamento injusto.

    Todos os outros bem-aventuranças têm a ver com as qualidades interiores, atitudes e caráter espiritual. A oitava bem-aventurança fala de coisas externas que acontecem aos crentes, mas o ensino por trás desses resultados também tem a ver com atitude. O crente que tem as qualidades necessárias nas bem-aventuranças anteriores também terá a qualidade da vontade de enfrentar a perseguição por causa da justiça . Ele vai ter a atitude de auto-sacrifício para a causa de Cristo. É a falta de medo e vergonha e a presença de coragem e ousadia, que diz: "Eu vou ser neste mundo que Cristo teria me ser. Eu vou dizer neste mundo que Cristo terá me dizer. Custe o que custar, eu vai ser e dizer essas coisas ".

    O verbo grego é um particípio perfeito passivo, e poderia ser traduzida como "se permitem ser perseguidos." A forma perfeita indica continuousness, neste caso, uma vontade contínua para suportar a perseguição se é o preço de uma vida piedosa. Esta bem-aventurança fala de uma atitude constante de aceitar o que quer que a fidelidade a Cristo pode trazer.
    É nas demandas desta bem-aventurança que muitos cristãos quebrar em sua obediência ao Senhor, porque aqui é onde a genuinidade de sua resposta aos outros bem-aventuranças é mais fortemente testado. É aqui onde estamos mais tentados a comprometer a justiça que temos fome e sede de. É aqui onde nós achamos conveniente para reduzir os padrões de Deus para acomodar o mundo e, assim, evitar conflitos e problemas que conhecemos obediência trará.
    Mas Deus não quer que o Seu evangelho alterada sob o pretexto de que seja menos exigente, menos justo, ou menos verdadeiro do que é. Ele não quer testemunhas que levam os perdidos em pensar que a vida de Cristo não custa nada. Um evangelho sintético, uma semente de origem humana, não produz fruto real.

    Insultos verbais

    Em segundo lugar, Jesus promete que os cidadãos do reino são abençoados ... quando os homens lançaram insultos contra eles. Oneidizō carrega a idéia de injúria, censurando, ou gravemente insultante, e significa literalmente para lançar em seus dentes. Para lançar insultos é jogar palavras abusivas em face de um adversário, para zombar viciosamente

    Para ser um cidadão obediente do reino é cortejar o abuso verbal e injúria. Enquanto ele estava diante do Sinédrio depois de sua prisão, no Jardim do Getsêmani, Jesus foi cuspido, espancado e insultado com as palavras "Profetiza-nos, ó Cristo, quem é a pessoa que bateu em você?" (Mt 26:1).

    Fidelidade a Cristo pode até causar amigos e entes queridos para dizer coisas que cortar e ferir profundamente. Vários anos atrás eu recebi uma carta de uma mulher que falou de um amigo que decidiu se divorciar de seu marido por nenhuma causa justa. O amigo era um cristão professo, mas quando ela foi confrontado com a verdade de que o que ela estava fazendo era errado biblicamente, ela se tornou defensiva e hostil. Ela lembrou-se do amor e da graça de Deus, de Seu poder para consertar quaisquer problemas que ela e seu marido estavam tendo, e das normas da Bíblia para o casamento e divórcio. Mas ela respondeu que não acreditava que a Bíblia era realmente a Palavra de Deus, mas era simplesmente uma coleção de idéias dos homens a respeito de Deus que cada pessoa tinha que aceitar, rejeitar ou interpretar por si mesmo. Quando sua amiga queria ler algumas passagens específicas da Bíblia para ela, ela se recusou a ouvir. Ela tinha feito a sua mente e não dar ouvidos a Escritura ou a razão. Com ódio em seus olhos ela acusou a outra mulher de atraindo-a para sua casa, a fim de ridicularizar e envergonhá-la, dizendo que ela não poderia amá-la ao questionar seu direito de obter um divórcio. Quando ela saiu, ela bateu a porta atrás dela.
    A mulher que escreveu a carta concluiu dizendo: "Eu a amo, e é com o coração pesado que eu perceber a extensão de sua rejeição de Cristo. Por mais doloroso que isso tem sido, agradeço a Deus. Pela primeira vez na minha vida Eu sei o que é ser separado do mundo. "

    Paulo disse à igreja de Corinto, cujos membros tiveram um momento tão difícil separar-se do mundo ", para, eu acho que Deus tem exibido nos apóstolos último de todos, que os homens condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto aos anjos e aos homens "(1Co 4:9.). Ele tinha sido "arrebatado ao terceiro céu, no paraíso ..." (2Co 12:2) e tinha falado em línguas mais do que qualquer outra pessoa (1Co 14:18.). Ele havia estudado com o famoso rabino Gamaliel e foi mesmo um cidadão romano nascido livre (At 22:3). Mas todas essas coisas que o apóstolo "considerei perda por causa de Cristo, ... mas lixo, a fim de que eu possa ganhar a Cristo" (Filipenses 3:7-8.). Ele se recusou a usar meios mundanos para tentar alcançar os propósitos espirituais, porque ele sabia que seria um fracasso.

    As marcas de autenticidade Paulo transportados como um apóstolo e ministro de Jesus Cristo eram suas credenciais como um servo e um sofredor, "em muito mais trabalho, muito mais em prisões, em açoites, sem, muitas vezes em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove chicotadas. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo. Eu estive em deslocações frequentes, em perigos de rios , perigos de salteadores, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos; que eu já estive em trabalho de parto e fadigas, muitas noites sem dormir, em fome e sede, muitas vezes sem comida, frio e nudez "(2 Cor. 11: 23-27).

    A única coisa de que ele iria se vangloriar era sua fraqueza (12: 5), e quando ele pregou ele foi cuidadoso para não confiar em "superioridade de palavras ou de sabedoria" (1Co 2:1). Se o mundo disse que o pecado Cristo, que as coisas podem Seus seguidores esperam ser chamados e acusado de?

    Calúnia nas nossas costas é mais difícil de tomar, em parte, porque é mais difícil de se defender contra a acusação direta. Ele tem oportunidade de se espalhar e ser acreditado antes de ter a chance de corrigi-lo. Muito mal a nossa reputação pode ser feito mesmo antes de nós estão cientes alguém caluniou nós.
    Não podemos deixar de lamentar calúnia, mas não devemos lamentar sobre isso. Devemos considerar-nos abençoado , como nosso Senhor nos assegura que será quando a calúnia é por minha causa .

    Arthur Rosa comenta que "é uma forte prova da depravação humana que maldições dos homens e das bênçãos de Cristo deve reunir-se sobre as mesmas pessoas" ( Uma Exposição do Sermão da MontanhaGrand Rapids: Baker, 19501, p 39).. Não temos nenhuma evidência mais seguro de bênção do Senhor do que ser amaldiçoado por Sua causa. Ele não deve incomodá-nos a sério quando maldições dos homens cair sobre a cabeça que Cristo tem bendito eternamente.

    O tema central das Bem-aventuranças é a justiça. Os dois primeiros têm a ver com o reconhecimento de nossa própria injustiça, e os próximos cinco anos tem a ver com a nossa busca e refletindo justiça. A última beatitude tem a ver com o nosso sofrimento por causa da justiça . A mesma verdade é expressa na segunda parte da bem-aventurança como por minha causa . Jesus não está falando de todas as dificuldades, problemas, ou crentes de conflito pode enfrentar, mas aqueles que o mundo traz em nós , porque da nossa fidelidade ao Senhor.

    É claro mais uma vez que a marca registrada da bendita pessoa é justiça . Viver santo é o que provoca a perseguição do povo de Deus. Tal perseguição por causa de uma vida digna é alegre. Pedro identifica essa experiência como uma honra feliz.

    E quem está lá para prejudicá-lo se você provar zeloso para o que é bom? Mas mesmo se você deve sofrer por causa da justiça, você é abençoado. E não temem sua intimidação, e não ser incomodado, mas santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre pronto para fazer uma defesa a todo aquele que vos pedir a dar conta da esperança que há em vós, mas com mansidão e reverência; e manter uma boa consciência, de modo que na coisa em que você é caluniado, aqueles que insultam o seu bom comportamento em Cristo talvez envergonhado. Pois é melhor, se Deus será que isso, que você sofre por fazer o que é certo e não para fazer o que é errado. Porque também Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, a fim de que Ele possa nos levar a Deus, depois de ter sido condenado à morte na carne, mas vivificado no espírito. "(13 60:3-18'>1 Pe. 3:13 —18)

    Com essas palavras, o apóstolo exalta o privilégio de sofrimento para a santidade, e, portanto, de partilha em uma pequena forma, no mesmo tipo de sofrimento Cristo suportou. No próximo capítulo, Pedro enfatiza a mesma coisa.
    Amados, não se surpreender com o fogo ardente no meio de vós, que vem sobre vós para a sua análise, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; mas na medida em que você compartilha os sofrimentos de Cristo, manter a alegria; para que também na revelação da sua glória; você pode se alegrar com exultação. Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre você .... Se alguém sofre como cristão, que ele não sentir vergonha, mas em que o nome glorifique a Deus .... Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, fazendo o que é certo ". (4: 12-14, 16, 19)
    Quando somos odiados, caluniado, ou aflitos, como cristãos, a verdadeira animosidade não é contra nós, mas contra Cristo. Grande inimigo de Satanás é Cristo, e ele se opõe a nós, porque nós pertencemos a Jesus Cristo, porque Ele está em nós. Quando somos desprezados e atacados pelo mundo, o verdadeiro alvo é a justiça que defendemos e que exemplificam. É por isso que é fácil de escapar da perseguição.Quer sob a Roma pagã, o comunismo ateu, ou simplesmente um chefe mundano, geralmente é fácil de ser aceita se denunciará ou comprometer as nossas crenças e padrões. O mundo vai aceitar-nos se estamos dispostos a colocar alguma distância entre nós e justiça do Senhor.

    Nos últimos dias de seu ministério Jesus repetidamente e claramente advertiu Seus discípulos de que a verdade. "Se o mundo vos odeia," Ele disse, "você sabe que ele tem odiado Me antes de odiar você Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu;. Mas porque não sois do mundo, mas eu escolhi —lo fora do mundo, por isso o mundo vos odeia. Lembre-se da palavra que eu vos disse: 'Um escravo não é maior que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa Mas todas essas coisas que eles vão fazer com você por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou "(João. 15: 18-21).

    O mundo passou ao longo de milhares de anos antes que ele nunca viu um homem perfeito. Até Cristo veio, toda pessoa, mesmo o melhor de Deus, foram pecador e imperfeito. Tudo tinha pés de barro. Para ver o povo de Deus falhar e pecado muitas vezes é tomado como um incentivo pelos ímpios. Eles apontam o dedo e dizer: "Ele afirma ser justo e bom, mas olha o que ele fez." É fácil sentir-se orgulhoso e seguro em sua pecaminosidade, quando todo mundo também é pecador e imperfeito. Mas quando Cristo veio, o mundo finalmente viu o homem perfeito, e tudo desculpa para presunção e auto-confiança desapareceu. E em vez de alegrar-se no Homem sem pecado, homens pecadores se ressentiam da repreensão que seu ensinamento e Sua vida trouxe contra eles. Eles crucificaram para a Sua própria perfeição, para a Sua própria justiça.
    Aristides, o Justo, foi banido da antiga Atenas. Quando um estranho pediu um ateniense por Aristides foi votado fora da cidadania, ele respondeu: "Porque nós tornou-se cansado de sua sempre ser justo."Um povo que se orgulhavam em civilidade e justiça se irritou quando algo ou alguém que foi muito justo.

    Porque eles se recusaram a comprometer o evangelho, quer no seu ensino ou em suas vidas, a maioria dos apóstolos sofreu a morte de um mártir. Segundo a tradição, André foi preso por cordas para uma cruz, a fim de prolongar e intensificar a sua agonia. Somos informados de que Pedro, por seu pedido, foi crucificado de cabeça para baixo, porque ele sentia indigno de morrer da mesma forma como Jesus.Paulo presumivelmente foi decapitado por Nero. Embora João escapou de uma morte violenta, ele morreu no exílio na ilha de Patmos.

    A Promessa

    Mas em comparação com o que se ganha, mesmo preço de um mártir é pequena. Cada beatitude começa com abençoada e, como já foi sugerido, Jesus pronuncia uma bênção dupla sobre aqueles que são perseguidos por causa da justiça, que é para seu próprio bem. A bênção específica prometeu aos que são perseguidos por isso é que deles é o reino dos céus . Os cidadãos do reino vão herdar o reino. Paulo expressa um pensamento similar em II Tessalonicenses 1:5-7— "Esta é uma indicação clara do justo juízo de Deus, para que você pode ser considerado digno do reino de Deus, para que de fato você está sofrendo Pois, afinal, é apenas justo. para Deus retribuir com tribulação aos que vos atribulam, e dar alívio a vocês, que estão aflitos e para nós também, quando o Senhor Jesus será revelado do céu com seus anjos poderosos, em chama de fogo. "

    Eu acredito que as bênçãos do reino são três: presente, milenar, e eterna. Jesus disse: "Em verdade eu vos digo, não há ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou fazendas, por minha causa e por causa do evangelho, mas que ele não receba cem vezes mais Agora, na era presente, casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, e campos, juntamente com perseguições; e, no mundo futuro, a vida eterna "(Marcos 10:29-30).

    Em primeiro lugar, estamos bênçãos prometido aqui e agora José foi vendido como escravo por seus irmãos, foi falsamente acusado pela mulher de Potifar, e foi preso. Mas o Senhor ressuscitou para ser o primeiro-ministro do Egito, e usou-o para salvar o seu povo escolhido de fome e extinção. Daniel foi jogado na cova dos leões por causa de sua recusa em parar de adorar o Senhor. Não só foi a sua vida poupada, mas foi restaurado à sua alta posição como o comissário mais valorizado do rei Dario, o rei fez uma declaração de que "em todo o domínio do meu reino os homens são a temer e tremer perante o Deus de Daniel , pois Ele é o Deus vivo e permanece para sempre "(Dn 6:26.).

    Nem todo crente é recompensado nesta vida com as coisas desta vida. Mas cada crente é recompensado nesta vida com o conforto, força e alegria de Sua habitação Senhor. Ele também é abençoado com a garantia de que nenhum serviço ou sacrifício para o Senhor será em vão.
    Como uma continuação de seu livro Criança Paz , Don Richardson escreveu Lords da O Earth (Glendale, Calif .: Regal, 1977). Ele conta a história de Stan Dale, outro missionário de Irian Jaya, Indonésia, que ministrou a tribo Yali nas montanhas de neve. A Yali teve uma das religiões mais estrita conhecidas no mundo. Para um membro da tribo mesmo a questionar, muito menos desobedecer, um dos seus princípios trouxe morte instantânea. Nunca poderia haver qualquer alteração ou modificação. A Yali tinha muitos pontos sagrados espalhados por todo o seu território. Se até mesmo uma criança pequena eram a engatinhar para uma daquelas peças sacras de chão, ele foi considerado contaminado e amaldiçoado. Para manter toda a aldeia de se envolver em que maldição, a criança teria atirado ao rio correndo Heluk a se afogar e ser lavado a jusante.

    Quando Stan Dale veio com sua astúcia e quatro filhos para que as pessoas canibais ele não foi longa tolerados. Ele foi atacado uma noite e sobreviveu milagrosamente de ser baleado com cinco flechas.Após o tratamento em um hospital, ele imediatamente voltou para o Yali. Ele trabalhou sem sucesso por vários anos, e do ressentimento e ódio dos sacerdotes tribais aumentou. Um dia, ele, um outro missionário chamado Phil Mestres, e um membro da tribo Dani nomeado Yemu estavam enfrentando o que sabiam era um ataque iminente, o Yali repente veio sobre eles. Como os outros correram para a segurança, Stan e Yemu permaneceu de volta, na esperança de alguma forma a dissuadir a Yali de seus planos assassinos. Como Stan confrontado seus atacantes, eles atiraram com dezenas de flechas. Como as setas entrou em sua carne, ele iria retirá-los e dividi-los em dois. Eventualmente, ele já não tinha força para puxar as setas para fora, mas ele permaneceu de pé.
    Yemu correu de volta para onde Phil estava de pé, e Phil convenceu-o a continuar correndo. Com os olhos fixos no Stan, que ainda estava de pé, com cerca de cinquenta flechas em seu corpo, Phil permaneceu onde estava e foi-se logo cercado por guerreiros. O ataque começou com hilaridade, mas se transformou em medo e desespero quando viram que Stan não caiu. O medo aumentou quando levou quase tantos como setas para baixo Phil como tinha Stan. Eles desmembrado os corpos e os espalhou sobre a floresta, na tentativa de impedir a ressurreição dos que tinham ouvido os missionários falar. Mas a parte de trás do seu sistema pagão "inquebrável" foi quebrado, e através do testemunho dos dois homens que não tinham medo de morrer, a fim de levar o evangelho a esta perdido e as pessoas violentas, a tribo Yali e muitos outros no território circundante veio a Jesus Cristo. Mesmo quinto filho de Stan, um bebê no momento do incidente, foi salvo de ler o livro sobre seu pai.
    Stan e Phil não foram recompensados ​​nesta vida com as coisas desta vida. Mas eles parecem ter sido duplamente abençoado com o conforto, força e alegria de sua habitação Lord-e a confiança absoluta de que seu sacrifício para ele não seria em vão.

    Há também um aspecto milenar para a bênção reino. Quando Cristo estabelece Seu reinado de mil anos na terra, seremos co-regentes com ele durante aquele maravilhoso, renovado terra (Ap 20:4).

    Seus seguidores são "o sal da terra" e "luz do mundo" (13 40:5-14'>Mt 5:13-14.). Para o nosso sal para dar sabor a terra e nossa luz para iluminar o mundo em que ele deve ativo no mundo. O evangelho não é dado a ser escondido, mas para esclarecer. "Brilhe a vossa luz diante dos homens, de tal forma que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (vv. 15-16).

    Quando nos tornamos sal de Cristo e da luz de Cristo, nosso sal vai picar feridas abertas do mundo do pecado e da nossa luz vai irritar os olhos que são usados ​​para a escuridão. Mas mesmo quando o nosso sal e luz estão se ressentiu, rejeitado, e jogado de volta na nossa cara, devemos regozijar-se, e ser feliz .

    Alegrai é de agalliaō , o que significa para exultar, para se alegrar muito, será muito feliz, como fica claro na Rei Tiago 5ersion, "ser alegrou." O significado literal é pular e saltar com happy emoção.Jesus usa o modo imperativo, o que torna suas palavras mais do que uma sugestão. Estamos ordenado para ser feliz . Para não ficar feliz quando sofremos por amor de Cristo é ser desconfiado e desobediente.

    O mundo pode tirar uma grande quantidade de pessoas de Deus, mas ele não pode tirar a sua alegria e sua felicidade. Sabemos que nada no mundo pode fazer para nós é permanente. Quando as pessoas nos atacar pelo amor de Deus, eles são realmente atacá-lo (conforme Gl 6:17;. Cl 1:24). E seus ataques podem nos fazer dano não mais permanente do que eles podem fazer-Lo.

    Jesus dá duas razões para a nossa alegria e ser feliz quando somos perseguidos por causa dele. Primeiro, ele diz, sua recompensa no céu é grande . Nossa vida presente não é mais do que "um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece" (Jc 4:14); mas o céu é para sempre. Não é de admirar que Jesus nos diz para não acumular tesouros para nós aqui na terra ", onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem ferrugem corrói, e onde os ladrões não arrombam nem furtam "(Mt 6:19-20.). Tudo o que fazemos para o Senhor agora incluindo sofrimento para ele, de fato, especialmente sofrendo por ele, colhe dividendos eternos.

    Dividendos de Deus não são dividendos ordinários. Eles não são apenas eterna, mas também são grande . Se Deus "é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos" (Ef 3:20), quanto mais abundantemente ele é capaz de conceder o que Ele mesmo nos promete?

    Muitas vezes ouvimos e, talvez, somos tentados a pensar, que é não espiritual e crasso para servir a Deus por causa de recompensas. Mas esse é um dos motivos que o próprio Deus dá para servi-Lo. Nós, antes de tudo servir e obedecer a Cristo porque O amamos, assim como na terra Ele amou e obedeceu ao Pai porque o amava. Mas foi também por causa da "alegria que lhe fora" que o próprio Cristo ", suportou a cruz, desprezando a ignomínia" (He 12:2). Embora o mundo não é digno de sua empresa, cada crente é perseguido. Para ser perseguido verifica que pertencem à linha dos justos.

    Nossa certeza da salvação não vem de saber que fizemos uma decisão em algum lugar do passado. Pelo contrário, nossa garantia de que a decisão era uma verdadeira decisão para Jesus Cristo é encontrado na vida de justiça que resulta em sofrimento por amor de Cristo. Muitos afirmam ter pregado a Cristo, não expulsamos demônios e feito grandes obras em Seu nome, mas será recusada céus (Mt 7:21-23.).Mas nada que sofreram justamente para Ele vai ficar de fora.

    O mundo não pode lidar com a vida justa que caracteriza a vida do reino. Não é compreensível e aceitável para eles, e eles não tem estômago para isso, mesmo em outros. Pobreza de espírito vai contra o orgulho do coração de incredulidade. A disposição arrependido, contrito que chora sobre o pecado nunca é apreciado pela, indiferente, insensível mundo antipático. O espírito manso e tranqüilo que leva errado e não revidar é considerado pusilânime, e grosas contra o militante, vingativo característico espírito do mundo. Para muito tempo depois de a justiça é repugnante para aqueles cujos desejos carnais são repreendidos por ela, como é um espírito misericordioso para com aqueles cujo coração é duro e cruel. A pureza de coração é uma luz dolorosa que expõe a hipocrisia e corrupção, e pacificação é uma virtude elogiado pelo mundo contencioso, egoísta em palavras, mas não no coração.
    João Crisóstomo, um líder piedoso na igreja do século IV pregou tão fortemente contra o pecado que ele ofendeu o inescrupuloso Imperatriz Eudoxia, assim como muitos oficiais da igreja. Quando convocados antes Arcádio, Crisóstomo foi ameaçado de expulsão se ele não cessou sua pregação intransigente. Sua resposta foi: "Senhor, você não pode me expulsar, porque o mundo é a casa de meu Pai"."Então eu vou matar você", disse Arcádio. "Não, mas você não pode, para a minha vida está escondida com Cristo em Deus", foi a resposta. "Seus tesouros serão confiscados" foi a próxima ameaça, à qual João respondeu: "Senhor, que não pode ser, também. Meus tesouros estão no céu, onde ninguém pode minam e roubam". "Então eu vou levá-lo a partir de homem, e você terá mais nenhum amigo!" Era o aviso final, desesperado. "Isso você não pode fazer, seja", respondeu João, "porque tenho um amigo no céu que disse: Não te deixarei, nem te desampararei." Crisóstomo foi realmente banido, primeiro a Arménia e depois mais longe para Pityus em do Mar Negro, para a qual ele nunca chegou porque ele morreu a caminho. Mas nem o seu banimento, nem a sua morte refutada ou diminuído suas reivindicações. As coisas que ele mais valorizado nem mesmo um imperador poderia tirar dele.

    21 . O Sal da Terra e a Luz do mundo (13 40:5-16'>Mateus 5:13-16)

    Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, como é que vai ser feita salgado de novo? É bom para mais nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Uma cidade construída sobre um monte não pode ser escondida. No candelabro nem se acende uma lâmpada, e colocá-lo sob a bicar-medida, mas; e assim ilumina a todos os que estão na casa. Brilhe a vossa luz diante dos homens, de tal forma que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (5: 13-16)

    Nestes quatro versos o Senhor resume a função de crentes no mundo. Reduzido a uma palavra, essa função é influência . Quem vive de acordo com as bem-aventuranças vai funcionar no mundo como sal e luz. Caráter cristão consciente ou inconscientemente afeta outras pessoas para melhor ou para pior. Como João Donne nos lembra: "Nenhum homem é uma ilha".

    Um antigo mito grego fala de uma deusa que veio ao mundo invisível, mas cuja presença sempre foi conhecido pelas bênçãos que ela deixou para trás em seu caminho. Árvores queimadas por incêndios florestais brotaram folhas novas, e violetas surgiram em suas pegadas. Quando ela passou uma poça estagnada sua água tornou-se fresco, e campos ressecados ficou verde enquanto ela caminhava através deles. Colinas e vales floresceu com nova vida e beleza onde quer que fosse. Outra história grega conta a história de uma princesa enviado como um presente para um rei. Ela era tão bonita como Afrodite e sua respiração era tão doce como perfume. Mas ela carregava consigo o contágio da morte e decadência. Desde a infância ela havia se alimentado em nada, mas o veneno e tornou-se tão impregnado com ele que ela envenenou a própria atmosfera ao seu redor. Sua respiração iria matar um enxame de insetos; ela iria pegar uma flor e que iria murchar. Um pássaro voando muito perto cairia morto a seus pés.
    André Murray teve uma vida excepcionalmente santo. Entre aqueles de quem a sua influência foi o maior eram os seus filhos e netos. Cinco de seus seis filhos tornaram-se ministros do evangelho e de quatro de suas filhas se tornaram esposas ministro. Dez netos tornaram-se ministros e treze netos se tornaram missionários.
    Woodrow Wilson contou a história de estar em uma barbearia uma vez. "Eu estava sentado em uma cadeira de barbeiro quando me tornei consciente de que uma personalidade poderosa tinha entrado no quarto. Um homem veio calmamente em cima da mesma incumbência como a mim mesmo de ter seu cabelo cortado e se sentou na cadeira ao meu lado. Cada palavra a homem pronunciou, embora não fosse, no mínimo didática, mostrou um interesse pessoal no homem que estava servindo a ele. E antes que eu tenho completamente com o que estava sendo feito para mim, eu estava consciente de que eu tinha assistido a um culto evangelístico, porque o Sr. DL Moody estava naquela cadeira. Eu propositAdãoente permanecia no quarto depois que ele havia deixado e observou o singular afeto que sua visita tinha trazido sobre a barbearia. Eles falaram em voz baixa. Eles não sabiam o nome dele, mas sabia que algo havia elevado sua pensamentos, e eu senti que eu deixei aquele lugar que eu deveria ter deixado um lugar de culto ".
    Muitos anos atrás, Elihu Burrit escreveu: "Nenhum ser humano pode vir a este mundo, sem aumentar ou diminuir a soma total da felicidade humana, não só do presente, mas de todas as idades posterior da humanidade. Ninguém pode desligar-se dessa conexão. Há em nenhum ponto seqüestrado no universo, nenhum nicho escuro ao longo do disco de inexistência de que ele pode recuar de suas relações com os outros, onde ele pode retirar a influência de sua existência sobre o destino moral do mundo. Em todos os lugares a sua presença ou ausência vontade ser sentida. Em todos os lugares que ele vai ter companheiros que vai ser melhor ou pior por causa dele. É um velho ditado, e uma das declarações de medo e insondáveis ​​de importação, que estamos formando caracteres para a eternidade. Formando personagens? De quem? A nossa própria ou outros? Both. E nesse fato importante reside o perigo e responsabilidade da nossa existência. Quem é suficiente para o pensamento? Milhares de meus semelhantes irá anual entrar na eternidade com personagens diferentes dos que eles teriam levado para lá que eu nunca tinha vivido. A luz do sol de que o mundo irá revelar as minhas marcas de dedos em suas formações primárias e em sua camadas sucessivas de pensamento e de vida. "

    Em 13 40:5-16'>Mateus 5:13-16 Jesus fala sobre a influência de seu povo no mundo para Deus e para o bem. Em Sua oração sacerdotal, Jesus disse ao Pai: "Eu não te peço para levá-los para fora do mundo, mas para mantê-los do mal. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo ... . Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo "(João 17:15-16, Jo 17:18). João escreveu: "Não ameis o mundo, nem o que há no mundo" (1Jo 2:15). Reino povo de Cristo não são para refletir o mundo, mas eles estão a influenciar o mundo; eles devem estar nele, mas não do mesmo.

    Quando vivemos a vida do bem-aventuranças algumas pessoas vão responder favoravelmente e ser salvo, ao passo que os outros vão ridicularizar e nos perseguem. Nas palavras de Paulo, vamos manifestar "o doce aroma do conhecimento do [Cristo] em todo lugar Porque nós somos um aroma de Cristo a Deus entre os que estão sendo salvos e entre os que estão perecendo;. Ao que um aroma da morte para a morte, para o outro um aroma de vida para vida "(2 Cor. 2: 14-16). Em ambos os casos as nossas vidas ter efeitos profundos, e até mesmo perseguição não é alterar a nossa função no mundo. Nós "são uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, para que [nós] podemos proclamar as virtudes daquele que vos chamou [nós] das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9). O mundo não pode fazer nada além de ficar pior, porque não tem nenhuma bondade inerente para construir, não há vida espiritual e moral inerente em que ele pode crescer. Ano após ano, o sistema do mal acumula uma escuridão mais profunda.

    Um estudante universitário me disse seu professor havia dito recentemente a classe que o casamento estava em declínio porque o homem foi evoluindo para um nível superior. O casamento era algo que o homem precisava apenas nos estágios mais baixos de seu desenvolvimento evolutivo. Agora que o homem havia subido mais acima na escala evolutiva, o casamento estava caindo, assim como a sua cauda preênsil tinha feito há milhões de anos.
    Qualquer pessoa que conhece a história da humanidade, até mesmo a história dos últimos cem anos, e pensa que o homem está evoluindo para cima está "enganando e sendo enganados", assim como disse Paulo. Homem tem aumentado em conhecimento científico, médico, histórico, educacional, psicológica e tecnológica para um grau surpreendente. Mas ele não mudou sua natureza básica e ele não melhorou sociedade. O conhecimento do homem tem melhorado muito, mas sua moral progressivamente degenerado. Sua confiança aumentou, mas a sua paz de espírito diminuiu. Suas realizações têm aumentado, mas o seu senso de propósito e significado, mas todos têm desaparecido. Em vez de melhorar a qualidade moral e espiritual de sua vida, descobertas e realizações do homem simplesmente ter fornecido maneiras para ele expressar e promover a sua depravação mais rápida e destrutiva. O homem moderno tem simplesmente inventou mais maneiras de corromper e destruir a si mesmo.
    Muitos filósofos, poetas e líderes religiosos no final do século passado teve grande otimismo sobre o homem de ter vindo de idade, sobre o seu aperfeiçoamento moral e social inevitável. Eles acreditavam que a Utopia foi na esquina e que o homem foi ficando melhor e melhor em todos os sentidos. A idade de ouro da humanidade estava próximo. Guerras seria uma má memória, crime e violência desapareceria, a ignorância teria ido, e doença seria erradicada. Paz e fraternidade reinaria completamente e universalmente. Poucas pessoas hoje manter a tais idéias, irrealistas cegos.

    Não foi muitas gerações depois da Queda que "o Senhor viu que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6:5) de Deus. Eles amam o seu próprio caminho e eles odeiam a Deus.

    O conhecimento do homem está aumentando em saltos quânticos, mas o aumento do conhecimento é o conhecimento mecânico, conhecimento inanimado, o conhecimento sem vida, o conhecimento que não tem relação com o homem interior (conforme 2Tm 3:7).Desespero e reinado pessimismo em nossos dias, porque a pessoa honesta sabe que o homem não tem sido capaz de retardar a sua descida. Ele espera que ele pode apenas viver a sua própria vida antes que alguém aperta o botão que sopra a humanidade no esquecimento.

    A principal revista de notícias informou há alguns anos que os americanos tendem a se ver como potenciais santos em vez de pecadores da vida real. Outra revista líder relatou, "jovens radicais de hoje, em particular, são quase dolorosamente sensível ao ... males de sua sociedade, e denunciá-los violentamente. Mas, ao mesmo tempo em que são tipicamente americana em que eles não conseguem colocar o mal em sua perspectiva histórica e humana . Para eles, o mal não é um componente irredutível do homem, mas não é um fato inevitável da vida, mas algo cometido pela geração mais velha, atribuível a uma determinada classe ou o estabelecimento e erradicável através do amor ou revolução "( Tempo , 05 de dezembro de 1969 ).

    Assim como cada pessoa é afetada pelo problema do pecado, cada pessoa também contribui para o problema do pecado.

    O Plano: Equipar seus discípulos

    A igreja não pode aceitar o egocentrismo do mundo, soluções fáceis, a imoralidade, amoralidade, e do materialismo. Somos chamados para ministrar ao mundo ao ser separado de seus padrões e formas.Infelizmente, porém, a igreja hoje é mais influenciada pelo mundo do que o mundo é influenciado pela igreja.
    Em ambos versículo 13 e versículo 14 o pronome você é enfático. A idéia é: "Você é o único sal da terra" e "Você é a única luz do mundo." Corrupção do mundo não será retardado e sua escuridão não será iluminada a menos que o povo de Deus são a sua sal e luz. Os mesmos que são desprezados pelo mundo e perseguidos pelo mundo são a única esperança do mundo.
    que você , em ambos os versos também é plural. É todo seu corpo, a igreja, que é chamada a ser sal e luz do mundo. Cada grão de sal tem a sua influência limitada, mas é apenas como a igreja coletivamente está espalhada no mundo que a mudança virá. Um raio de luz vai realizar pouco, mas quando se juntou com outros raios uma grande luz é criada.

    Alguns anos atrás, uma revista realizada uma série de fotografias que graficamente uma história trágica. A primeira foto era de um vasto campo de trigo no oeste do Kansas. O segundo mostrou uma mãe angustiada sentado em uma fazenda no centro do campo de trigo. A história acompanha explicou que seu filho de quatro anos de idade, havia se afastado da casa e no campo, quando ela não estava olhando.A mãe eo pai olhou, olhou durante todo o dia, mas o menino era muito curto para ver ou ser visto sobre o trigo. A terceira imagem mostrou dezenas de amigos e vizinhos que tinham ouvido da situação do rapaz e que se juntaram as mãos na manhã seguinte para fazer uma corrente humana desde que entrou pela pesquisa de campo. A imagem final foi do pai com o coração partido segurando seu filho sem vida que havia sido encontrado tarde demais e tinha morrido de exposição. A legenda embaixo ler: "Ó Deus, se as mãos só que tinham aderido mais cedo."
    O mundo está cheio de almas perdidas que não podem ver o seu caminho acima das distrações e barreiras do mundo e não pode encontrar o caminho para a casa do Pai até que os cristãos se unem como sal e luz e varrer o mundo em busca deles. Nosso trabalho não é simplesmente como grãos individuais de sal ou raios como individuais de luz, mas como toda a igreja de Jesus Cristo.

    São tensões sendo ao invés de fazer. Jesus está dizendo a verdade, não dando um comando ou pedido. Sal e luz representam o que os cristãos são . A única questão, como Jesus continua a dizer, é se estamos ou não sal de bom gosto e luz eficaz. O próprio fato de que pertencemos a Jesus Cristo nos faz Sua sal e luz do mundo.

    Cristo é a fonte da nossa cheiro e da nossa luz. Ele é "a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem" (Jo 1:9).

    Nós somos o sal de Deus para retardar a corrupção e sua luz para revelar a verdade. Uma função é negativo, a outra positiva. Uma é silenciosa, o outro é verbal. Pela influência indireta da maneira como vivemos nós retardar a corrupção e pela influência direta do que dizemos que manifestar luz.
    Ambos sal e luz são ao contrário do que eles estão a influenciar. Deus mudou-nos de ser parte do mundo corrompido e corruptor de ser sal que pode ajudar a preservá-la. Ele mudou-nos de nossa própria escuridão para serem seus agentes de dar luz aos outros. Por definição, uma influência deve ser diferente da que ela influencia, e os cristãos, portanto, deve ser diferente do mundo que eles são chamados para influenciar. Nós não podemos influenciar o mundo para Deus quando estamos mundana nós mesmos. Não podemos dar luz para o mundo, se voltar a lugares e caminhos das trevas nós mesmos.
    As grandes bênçãos enfatizada nos versículos 3:12 liderança para as grandes responsabilidades de versículos 13:16. As bênçãos do céu, conforto, herdando a terra, a ser preenchido com a justiça, a misericórdia a ser dada, sendo chamados filhos de Deus, e sendo dado recompensa celestial trazer a responsabilidade de ser o Seu sal e luz do mundo.

    Ser Sal

    Sal sempre foi valioso na sociedade humana, muitas vezes, muito mais do que é hoje. Durante um período da história da Grécia antiga era chamado theon , o que significa divino. Os romanos considerou que, com exceção do sol, nada era mais valioso do que o sal. Muitas vezes, os soldados romanos eram pagos em sal, e foi a partir dessa prática, que a expressão "não vale o seu sal" se originou.

    Em muitas sociedades antigas sal era usado como um sinal de amizade. Para duas pessoas para compartilhar sal indicou uma responsabilidade mútua para cuidar de um bem-estar do outro. Mesmo se a pior inimigo comeu sal com você, você foi obrigado a tratá-lo como um amigo.

    O sal era frequentemente utilizados no antigo Oriente Próximo para vincular um pacto, um pouco à maneira de um acordo ou contrato com firma reconhecida em nossos dias. Quando as partes de um pacto comeu sal juntos diante de testemunhas, o pacto foi dado de autenticação especial. Embora nenhuma indicação é dada na conta, nós aprendemos a partir 2Cr 13:5).

    Em inúmeras maneiras ouvintes-se de Jesus grega, romana, ou judaico-teria entendido o sal da terra para representar uma mercadoria valiosa. Embora a maioria não poderia ter entendido Seu significado completo, eles sabiam que Ele estava dizendo que seus seguidores estavam a ter uma função extremamente importante no mundo. Qualquer outra coisa que ele pode ter representado, sal sempre foi sinónimo de que era de alto valor e importância.

    Muitas sugestões foram feitas quanto às características particulares de sal que Jesus destina-se a associar a esta figura. Alguns intérpretes apontam que o sal é branco e, portanto, representa a pureza. Como o "puro de coração" (v. 8), os discípulos de Jesus devem ser puros diante do mundo e devem ser um meio de ajudar a purificar o resto do mundo de Deus. Sua brilhante pureza moral e espiritual branco é para contrastar com a descolorir moral do mundo. Os cristãos são para exemplificar os padrões divinos de retidão em pensamentos, palavras e ações, permanecendo "isento da corrupção do mundo" (Jc 1:27).Tudo o que é certamente verdade; mas não parece ao ponto, porque salinidade, não a cor do sal, é o problema.

    Outros enfatizam a característica de sabor. Ou seja, os cristãos são para adicionar sabor divino para o mundo. Assim como muitos alimentos são de mau gosto, sem sal, o mundo é monótono e sem gosto, sem a presença dos cristãos. Alguém chegou a dizer: "Nós, cristãos, não tem nenhum negócio ser chato. Nossa função é adicionar sabor e emoção para o mundo." Os cristãos são um meio de humanidade a bênção de Deus, incluindo os incrédulos, assim como Ele envia o Seu sol e chuva sobre justos e injustos iguais.

    Há certos sentidos em que esse princípio é verdadeiro. Um cônjuge incrédulo é santificado por um cônjuge crente (1Co 7:14), e Deus se ofereceu para poupar Sodoma por causa de apenas dez pessoas justas, se que muitos poderiam ser encontrados dentro dele (Gn 18:32).

    O problema com esse ponto de vista, no entanto, é que, desde os primeiros dias da Igreja, o mundo tem considerado o cristianismo para ser qualquer coisa, mas atraente e "saborosa". Ele tem, de fato, muitas vezes encontrados os cristãos mais espirituais para ser o mais intragável. Aos olhos do mundo, os cristãos, quase acima de todos os outros, tomar o sabor fora da vida. Cristianismo é sufocante, restritiva, e uma chuva na parada do mundo.

    Depois que o cristianismo se tornou uma religião reconhecida do Império Romano, o imperador Juliano, lamentou, "Você já olhou para estes cristãos de perto? Oca-eyed, pálido de bochechas, flat-breasted, eles remoer suas vidas longe unspurred pela ambição. O sol brilha para eles, mas não vejo isso. A terra lhes oferece a sua plenitude, mas eles desejam que não. Todo o seu desejo é renunciar e sofrer para que venham a morrer. "
    Oliver Wendell Holmes supostamente disse uma vez que ele poderia ter entrado no ministério se certos clérigos que ele sabia que não tinha olhado e atuou tanto como agentes funerários. Às vezes, o mundo está se afastou da igreja, porque os cristãos são hipócritas, hipócrita, julgamento, e verdadeiramente aborrecido por qualquer padrão. Mas mesmo quando a igreja é fiel de fato, especialmente quando se é fiel: o mundo não valoriza tudo o que gosto ou aroma que vê no cristianismo. Paulo nos lembra que os cristãos são um "aroma de vida para vida" e "um perfume de Cristo a Deus entre os que estão sendo salvos", mas é um "aroma de morte para a morte" entre "os que estão perecendo" (2 Cor . 2: 15-16).
    Uma vez picadas de sal quando colocado numa ferida, alguns intérpretes acreditam que Jesus pretendem ilustrar apenas a característica oposta à do sabor. Os cristãos são a picar o mundo, prick sua consciência, torná-lo desconfortável na presença de santo evangelho de Deus.
    Essa analogia também tem mérito. A igreja freqüentemente está tão preocupado com a tentativa de agradar, atrair e desculpa de que é obscurecido o seu testemunho contra o pecado e tudo, mas perdeu.Podemos estar tão preocupado com a não ofender os outros que não conseguimos enfrentá-los com a sua perdição e sua necessidade desesperada de ser salvo do seu pecado. Um evangelho que não confrontar o pecado não é o evangelho de Jesus Cristo.
    Alguns anos atrás, um jovem casal que veio a mim para se casar disse que sabia que o Senhor lhes tinha reuniu e deu-lhes um ao outro. A mulher alegou ter sido um cristão toda a sua vida, mas seu conceito de salvação foi a de tentar agradar a Deus fazendo o melhor que podia. Ela admitiu que, apesar de ter pedido o divórcio porque o marido tinha sido infiel, ela ainda estava casada com ele. Por mais perguntas, ela admitiu que tinha cometido fornicação com o jovem agora ela queria se casar. O jovem alegou que nascer de novo, mas ele não viu nenhum grande mal no seu relacionamento e não há razão por que eles não devem se casar em um serviço cristão. Eu disse-lhes que Deus não poderia ter trazido eles juntos, porque eles estavam vivendo contrário à Sua vontade revelada-e, pior, tentando justificar. Nesse momento, eles tanto se levantou e saiu furioso do escritório.
    A igreja não pode ficar para o Senhor se ele não concorrer à Sua Palavra, e quando ele está para a Sua Palavra seu testemunho, muitas vezes, picam.
    O sal também cria sede. Em parte, porque aumenta o desejo do corpo para a água, pastilhas de sal muitas vezes são dadas para aqueles que fazem o trabalho duro no calor excessivo. Sem a ingestão adequada de líquidos, desidratação e até mesmo a morte pode resultar. Deus quer que seu povo de modo de viver e testemunhar perante o mundo que os outros vão ser mais conscientes da sua desidratação espiritual e perigo. Uma pessoa pode ver a nossa paz em uma circunstância de tentar, ou a nossa confiança no que acreditamos, e, assim, ser persuadidos a experimentar a nossa fé.
    Acredito que todas as analogias anteriores ter alguma validade. Os cristãos devem ser puro; eles devem adicionar uma certa atracção para o evangelho; eles devem ser fiéis a Palavra de Deus, mesmo quando fere; e sua vida deve criar uma sede de Deus para aqueles que não o conhecem.

    Mas acredito que a principal característica Jesus enfatiza é a de preservação. Os cristãos são uma influência preservação do mundo; eles retardar a deterioração moral e espiritual. Quando a igreja é retirado do mundo no arrebatamento, poder perverso e iníquo de Satanás será desencadeada de forma inédita (veja 2 Ts. 2: 7-12). Mal vai selvagem e demônios será quase desenfreado. Uma vez que o povo de Deus são removidos levará apenas sete anos para o mundo a descer para os próprios poços de hellishness (ver Dn 9:27;. Rev. 6-19).

    Até aquele dia os cristãos podem ter uma forte influência sobre o bem-estar do mundo. Martyn Lloyd-Jones escreve: "A maioria dos historiadores competentes estão de acordo em dizer que o que, sem dúvida, salvou [Inglaterra] a partir de uma revolução como a que experimentou na França no final do século XVIII era nada, mas a Renovação Evangélica. Isso não foi porque nada foi feito diretamente, mas porque massas de indivíduos se tornaram cristãos e estavam vivendo essa vida melhor e tinha essa perspectiva maior. A situação política inteira foi afetada, e as grandes leis do Parlamento, que foram passados ​​no século passado foram principalmente devido ao fato de que houve um número tão grande de cristãos individuais encontrados na terra "( Estudos no Sermão da Montanha [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 1: 157).

    Como filhos de Deus e, como os templos de Seu Espírito Santo, os cristãos representam a presença de Deus na terra . Nós somos o sal que impede toda a terra de degenerar ainda mais rápido do que é.

    Helen Ewing foi salvo como uma jovem, na Escócia, e deu a sua vida completamente ao senhorio de Cristo. Quando ela morreu com a idade de 22 é dito que todos Scotland chorou. Ela esperava para servir a Deus como missionário na Europa e tornou-se fluente no idioma russo. Mas ela não foi capaz de realizar esse sonho. Ela tinha prendas óbvias, como falar ou escrever, e ela nunca tinha viajado para longe de casa. No entanto, no momento em que ela morreu, ela tinha ganhado centenas de pessoas para Jesus Cristo. Missionários 1números lamentou sua morte, porque eles sabiam que um grande canal de sua força espiritual se foi. Ela tinha subido todas as manhãs às cinco, a fim de estudar a Palavra de Deus e orar. Seu diário revelou que ela rezava regularmente por mais de trezentos missionários por nome. Em todos os lugares, ela foi a atmosfera mudou. Se alguém estava contando uma história suja, ele iria parar se ele a viu chegando. Se as pessoas estavam reclamando, eles se tornariam vergonha dele em sua presença.Um conhecido relatou que enquanto estava na Universidade de Glasgow, ela deixou o perfume de Cristo onde quer que fosse. Em tudo o que ela disse e fez ela era sal de Deus.

    Ser de Luz

    Jesus também nos chama a ser luz. Vocês são a luz do mundo . Considerando sal está escondido, a luz é óbvio. Sal trabalha secretamente, enquanto a luz funciona abertamente. Trabalhos de sal a partir de dentro, a luz de fora. O sal é mais a influência indireta do evangelho, enquanto a luz é mais sua comunicação direta. Sal trabalha principalmente através da nossa vida, enquanto a luz trabalha principalmente através do que ensinar e pregar. O sal é amplamente negativo. Ele pode retardar a corrupção, mas não pode alterar a corrupção em incorrupção. A luz é mais positiva. Ele não só revela o que está errado e falso, mas ajuda a produzir o que é justo e verdadeiro.

    Em sua introdução ao livro de Atos, Lucas se refere a seu evangelho como "a primeira conta que compus, Teófilo, sobre tudo o que Jesus começou a fazer e ensinar" (1: 1). A obra de Cristo sempre tem a ver com ambos fazendo e falando, com a vida e de ensino.

    Davi escreveu: "Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz vemos a luz" (Sl 36:9). Luz não é dado simplesmente de ter, mas para viver. "Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho", o salmista nos diz (Sl 119:1:. Sl 119:105). A luz de Deus é andar por e para viver. Em seu sentido mais amplo, a luz de Deus é a revelação plena da Sua Palavra-a Palavra escrita da Bíblia e a Palavra viva de Jesus Cristo.

    O povo de Deus para proclamar a luz de Deus em um mundo envolto em trevas, assim como seu Senhor veio "para brilhar sobre aqueles que jazem nas trevas e na sombra da morte" (Lc 1:79). Cristo é a verdadeira luz, e nós somos Seus reflexos. Ele é o Sol, e nós somos Seus luas. A prestação gratuita 2Co 4:6). Eles tiveram a luz, mas eles não estavam vivendo por ele. "Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?" Paulo continua a título de ilustração. "Tu, que dizes que não se deve cometer adultério, você cometer adultério?" (Vv. 21-22). Estamos a provar a nós mesmos "para torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual [devemos] aparecem como astros no mundo" (Fp 2:15).

    Pela sua natureza e pela luz definição deve ser visível, a fim de iluminar. Os cristãos devem ser mais do que a influência indireta em grande parte de sal; eles também devem ser os instrumentos directos e visíveis de luz.
    Tanto durante o dia e à noite, uma cidade edificada sobre um monte não pode ser escondida . Ele está exposto para que todos possam ver. Por dia, as suas casas e edifícios se destacam na paisagem, e à noite as muitas luzes brilhando fora de suas janelas torná-lo impossível de perder. Um cristão secreto é tão incongruente como uma luz escondida. As luzes são para iluminar, para não ser escondido; para ser exibida, não deve ser coberta. Os cristãos devem ser sal tanto sutil e luz visível.

    Deus não nos deu o evangelho de Seu Filho para ser o segredo, tesouro escondido de uns poucos, mas para esclarecer todas as pessoas (Jo 1:9), que diz Pedro leva à perda de fiabilidade (2 Pe. 1: 9-10), não a perda da salvação.

    Com grande responsabilidade muitas vezes há um grande perigo. Nós não podemos ser uma influência para a pureza do mundo se temos comprometido a nossa própria pureza. Não podemos picar a consciência do mundo se nós continuamente ir contra a nossa própria. Não podemos estimular a sede de justiça, se perdemos a nossa. Nós não podemos ser usado por Deus para retardar a corrupção do pecado no mundo, se nossas próprias vidas corrompido pelo pecado. Para perder nossa salinidade é não perder a nossa salvação, mas que é perder a nossa eficácia e tornar-se desqualificado para o serviço (veja 1Co 9:27.).

    Pure sal não perde o seu sabor, o que o torna valioso e eficaz. Cristãos que são puros de coração não se tornar insípido, ineficaz e inútil no reino de Deus.

    Luz, também, está em perigo de se tornar inútil. Como o sal, não pode perder a sua natureza essencial. A luz oculta ainda é leve, mas é luz inútil. É por isso que as pessoas não acende a candeia, e colocá-lo sob a bicar-medida, mas no velador; e assim ilumina a todos os que estão na casa . A mulher exemplar elogiado em Provérbios 31 não permite que sua lâmpada sair à noite (v. 18). Há sempre foi a iluminação para alguém na família que tinha de se levantar ou encontrar seu caminho de casa durante a noite. Uma luz que está escondido sob um beijinho cesta —sized não pode ser usado até mesmo para ler; ele não ajuda nem a pessoa que esconde, nem ninguém.

    Quer esconder nossa luz por causa do medo de ofender os outros, por causa da indiferença e desamor, ou por causa de qualquer outra coisa, nós demonstramos infidelidade ao Senhor.

    A propósito: Glorificar a Deus

    Brilhe a vossa luz diante dos homens, de tal forma que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (5:16)

    A palavra ( kalos ) para bom que Jesus usa aqui não faz tanto enfatizar a qualidade, embora que, obviamente, é importante, como faz atratividade, aparência bonita. Deixando a nossa luz brilhar diante dos homens lhes permite ver nossas boas obras , a beleza do Senhor tem trabalhado em nós. Para ver as boas obras por nós é ver o Cristo em nós. É por isso que Jesus diz, resplandeça a vossa luz . Não é algo que criamos ou maquiagem, mas algo que permitir que o Senhor faz através de nós. É a luz de Deus; nossa escolha é se para escondê-lo ou deixá-la brilhar.

    O objetivo de deixar nossa luz brilhar e revelar nossas boas obras não é para chamar a atenção ou elogios para nós mesmos, mas a Deus. Nossa intenção deve ser que, no que somos e no que fazemos, outros podem ver a Deus a fim de que eles possam glorificar a [nosso] Pai que está nos céus . Falar do Jesus ' Pai enfatiza ternura e intimidade de Deus, e falando do seu ser no céu enfatiza Sua majestade e santidade, como Ele é retratado habitação no esplendor da Sua casa santa eterna. Nossas boas obras são para ampliar graça e poder de Deus. Esse é o chamado supremo da vida: glorificar a Deus. Tudo o que fazemos é para fazer com que os outros a louvar a Deus, que é a fonte de tudo o que é bom. O modo como vivemos devem levar aqueles que nos rodeiam para glorificar ( doxazo , da qual nós temosdoxologia ) do Pai celestial.

    Quando o que fazemos faz com que as pessoas sejam atraídas para nós do que a Deus, para ver o nosso caráter humano, em vez de Seu caráter divino, podemos ter certeza de que o que vemos não é a Sua luz.
    Diz-se de Robert Murray McCheyne, um escocês ministro piedoso do século passado, que seu rosto carregava uma expressão tão sagrado que as pessoas eram conhecidos a cair de joelhos e aceitar Jesus Cristo como Salvador, quando olhou para ele. Outros foram tão atraídos pela beleza se dar e de santidade de sua vida, que eles encontraram seu Mestre irresistível.
    Também foi dito da pietista francês Francois Fenelon que sua comunhão com Deus era tal que o seu rosto brilhou com esplendor divino. Um cético religioso que foi obrigado a passar a noite em uma pousada com Fenelon, correu na manhã seguinte, dizendo: "Se eu passar outra noite com o homem que eu vou ser um cristão, apesar de mim mesmo."
    Esse é o tipo de sal e luz que Deus quer que seu reino as pessoas sejam.

    22. Cristo e a Lei — Parte 1: a preeminência da Escritura (Mt 5:17)

    Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; Eu não vim para abolir, mas para cumprir. (5:17)

    Em um livro recente intitulado O Interaction de Direito e Religião (Nashville: Abingdon, 1974), Harold J. Berman, professor de Direito na Universidade de Harvard, desenvolveu uma tese significativo.Ele observa que a cultura ocidental tem tido uma enorme perda de confiança na lei e na religião. Uma das causas mais importantes desta dupla perda de confiança, é a separação radical que foi efectuada entre as duas. Berman conclui que não é possível ter regras viáveis ​​de comportamento, sem religião, porque só a religião fornece uma base absoluta em que a moralidade ea lei pode se basear. O autor teme que a sociedade ocidental está fadado ao relativismo na lei por causa da perda de um absoluto. Quando os homens romper com a idéia de uma religião autoritária, e até mesmo a partir do conceito de Deus, eles romper com a possibilidade de uma verdade absoluta. Seu recurso único remanescente é o relativismo existencial, uma base escorregadia, instável e em constante mudança em que nenhum sistema autoritário de lei ou à moral pode ser construída. Lei sem religião nunca pode comandar autoridade.

    Nesse livro Professor Berman observa que "Tomé Franck, da Universidade de Nova York [observou que a lei], em contraste com a religião" tornou-se indisfarçavelmente um processo humano pragmática. Ela é feita por homens e estabelece nenhuma pretensão de origem divina ou a validade eterna ' "(p. 27). Berman diz que esta observação
    Professor Franck leva à visão de que um juiz, ao tomar uma decisão, não está propondo uma verdade, mas é bastante experimentando na solução de um problema, e se a sua decisão for revertida por um tribunal superior ou, se posteriormente anulado, que faz não significa que ele estava errado, mas apenas que era, ou tornou-se no decorrer do tempo, insatisfatória. Tendo se afastado da religião, Franck estados, a lei agora é caracterizada por "relativismo existencial". Na verdade, agora é geralmente reconhecido "que nenhuma decisão judicial é sempre 'final,' que a lei tanto segue o evento (não é eterno ou certa) e é feita pelo homem (não é divino ou verdadeiro)." (Pp. 27-28)
    Professor Berman continua a perguntar: "Se a lei é apenas uma experiência, e se as decisões judiciais são apenas palpites, por que indivíduos ou grupos de pessoas observam essas regras legais ou comandos que não estejam em conformidade com os seus próprios interesses?" (P. 28)
    Ele está certo. Regras são regras sem absolutos, sem autoridade, exceto a autoridade da força e da coerção. Quando Deus é abandonado, a verdade é abandonada; e quando a verdade é abandonado, a base para a moral ea lei é abandonado. Um sistema legal consistente, coerente não pode ser construída sobre o humanismo filosófico, no princípio de que flutuam certo e errado de acordo com idéias e sentimentos do homem.
    Em um artigo na revista Esquire revista intitulada "O Reasonable Right," Pedro Steinfels pergunta: "Como pode ser aterrado princípios morais e as instituições sociais, em última instância legitimada na ausência de uma cultura baseada religiosamente?" (13 de Fevereiro 1979). A resposta óbvia é que eles não podem ser.

    Se não houver absoluta religiosa não pode haver base para a lei real. As pessoas não vão respeitar ou obedecer longo leis que são apenas palpites judiciais. Uma, a sociedade sem Deus mal, flutuando em um mar de relativismo, percebe que ele não tem nenhum fundamento, nenhuma âncora, nenhum ponto imóvel de referência. Lei torna-se uma questão de preferência e encomendar uma questão de poder. Uma democracia onde o poder é, em última análise investido no povo é particularmente vulnerável ao caos.

    Existe uma base absoluta da verdade, por lei para a moral, direito real e errado; e se assim for, o que é? Estas questões são a essência do que Jesus ensina em Mateus 5:17-20. O absoluto, diz ele, é a lei do Deus eternamente soberano. Deus deu a Sua, eterno, lei absoluta cumpridores e fez saber aos homens. E, como o próprio Filho de Deus, Jesus declarou inequivocamente que Ele não veio para ensinar ou praticar qualquer coisa contrária a esse direito, mesmo o menor caminho, mas mantê-lo inteiramente.

    Estamos continuamente ouvir a idéia de que, porque os tempos mudaram a Bíblia não se encaixam no nosso dia. A verdade, naturalmente, é o oposto. A Bíblia sempre se encaixa, porque a Bíblia é a Palavra perfeita, eterna e infalível de Deus. Ele é o padrão pelo qual a verdadeira "ajuste" é medido. É o mundo que não se encaixa na Bíblia, e não porque o mundo mudou, mas porque a Bíblia não mudou.Exteriormente, o mundo mudou muito desde dias bíblicos, mas na sua natureza básica e orientação que sempre se opôs a Deus e nunca se conformou com a Sua Palavra. O mundo nunca se encaixam Escritura.

    O argumento é também proposto que a Escritura é apenas uma coleção de idéias vários homens s sobre Deus e sobre o certo eo errado. Interpretação de uma pessoa da Bíblia é, portanto, tão bom quanto qualquer outro de, e não há lugar para o dogmatismo. Os homens foram deixados livres para crer ou não crer, para seguir ou não seguir, qualquer uma ou todas as Escrituras como lhes convém. Cada pessoa se torna seu próprio juiz sobre as Escrituras, e o resultado final para a maioria é a ignorá-lo completamente.
    É impossível, no entanto, levar Jesus a sério e não levar a sério as Escrituras. É impossível acreditar que Jesus falou a verdade absoluta e não a considerar a Escritura ser que a verdade absoluta, porque isso é precisamente o que Jesus ensinou que ele seja. Se Jesus foi enganado ou iludido quanto a este ponto, não haveria razão para aceitar qualquer outra coisa que ele disse. No início do seu ministério Ele deixa claro que a Sua autoridade e autoridade das Escrituras são os mesmos; Sua verdade e verdade das Escrituras são idênticos e inseparáveis.
    Palavra revelada de Deus, Jesus diz, não só é verdade, mas é a verdade transmitida com autoridade absoluta, inviolável. É nesse autoridade que Ele veio para ensinar e para servir, e é a essa autoridade que Ele manda Seus cidadãos do Reino a se curvar e obedecer "Deixe-o falar," ele diz. "Deixe-o repreender, corrigir, quebrar, derrubar todos os seus maus caminhos e deixá-lo mostrar a vontade absoluta, inerrante e perfeita vontade de Deus e o caminho para a vida eterna."
    Durante trinta anos, Jesus viveu em privacidade e obscuridade. Só Maria e íntimos com a família teria lembrado os acontecimentos milagrosos que cercaram seu nascimento e nos primeiros anos. Na medida em que seus amigos e vizinhos estavam preocupados, mas Ele era um carpinteiro judeu único. Foi quando ele começou seu ministério, quando ele estava imerso no Jordão por João Batista e começou a pregar, que todos os olhos de repente se transformou nele. Nesse ponto, até mesmo os líderes de Israel não poderia ignorá-Lo.
    Mansidão de Jesus, humildade, mansidão, amor e marcou-o para fora em grande contraste com os orgulhosos, egoístas, arrogantes e escribas, fariseus, saduceus e sacerdotes. Seu chamado ao arrependimento e à sua proclamação do evangelho do reino fez as pessoas ouvem, mesmo que eles não entenderam ou concordar. Eles se perguntavam se ele era apenas mais um profeta, um profeta especial, ou um falso profeta. Eles se perguntavam se ele era um revolucionário político ou militar que poderia ser o Messias que eles ansiosamente aguardado, que iria quebrar o jugo de Roma. Ele não falar ou agir como qualquer outra pessoa que nunca tinha ouvido ou visto. Ele não se identificar com qualquer uma das escolas de escribas, ou com qualquer das seitas ou movimentos da época. Nem quis identificar-se com Herodes ou com Roma. Em vez disso, Jesus abertamente e amorosamente se identificou com o proscrito, os doentes, os pecadores, e os necessitados de qualquer género. Ele proclamou a graça ea misericórdia dispensados. Considerando que todos os outros líderes rabinos e religiosos falou apenas sobre as exterioridades religiosas, Ele ensinou sobre o coração. Eles se concentraram em cerimónias, rituais e atos exteriores de toda espécie, enquanto ele se concentrou no coração. Eles estabeleceram-se acima de outros homens e exigiu seu serviço, enquanto Ele Se pôs abaixo os outros homens e tornou-se seu servo.

    Uma preocupação primordial para todos os judeus fiéis visando avaliar Jesus foi: "O que ele pensa da lei;? O que ele pensa de Moisés e os profetas" Os líderes frequentemente confrontados Jesus sobre questões da lei. Muitos judeus acreditavam que o Messias iria rever radicalmente ou derrubar a lei mosaica completamente e estabelecer sua própria novos padrões. Eles interpretaram Jr 31:31 como ensinando que prometeu nova aliança de Deus seria anular a antiga aliança e começar de novo em um completamente nova base moral. Enjoado do exigente legalismo, hipócrita dos fariseus, muitas pessoas esperavam o Messias iria trazer um novo dia de liberdade das exigências onerosas, mecânicas e sem sentido do sistema tradicional.

    Mesmo os escribas e fariseus perceberam revelada de Deus padrões de justiça eram impossíveis de manter-que é uma razão que eles inventaram tradições que eram mais fáceis de manter do que a lei. As tradições estavam mais envolvidos, complicado e detalhado do que a lei de Deus, mas para a maior parte, eles permaneceram dentro dos limites da realização humana, dentro do que o homem poderia fazer em seu próprio poder e recursos. Por causa disso, as tradições, invariavelmente, e, inevitavelmente, reduzido as normas do ensino bíblico de Deus. Todo o sistema de auto-justiça é construído em reduzir os padrões de Deus e elevar a própria bondade imaginado.
    Logo tornou-se óbvio que Jesus caber nenhum dos moldes comuns dos líderes religiosos. Ele, obviamente, tinha um grande respeito pela lei, mas, ao mesmo tempo em que Ele ensinou coisas completamente contrárias às tradições. Seus ensinamentos não baixar os padrões bíblicos, mas manteve-los em todos os sentidos. Ele não só colocar o padrão de Deus na altura em que ele pertencia, mas viveu a esse nível humanamente impossível.

    A Lei e os Profetas representam o que hoje chamamos o Antigo Testamento, as Escrituras escritas somente no momento em que Jesus pregou (ver Mt 7:12;. Mt 11:13; Mt 22:40; Lc 16:16; Jo 1:45; At 13:15; At 28:23). É, portanto, sobre o Velho Testamento que Jesus fala em Mateus 5:17-20. Tudo o que Ele ensinou diretamente no seu próprio ministério, bem como tudo o que Ele ensinou através dos apóstolos, é baseada no Antigo Testamento. É, portanto, impossível de entender ou aceitar o Novo Testamento para além da Velha.

    Como já foi referido várias vezes, cada docente no Sermão da Montanha flui para fora dos ensinamentos que a precederam. Cada beatitude decorre logicamente os antes que ele, e todo o ensino subsequente está relacionada com os ensinamentos anteriores. O que Jesus ensina em 5: 17-20 também segue diretamente a partir do que ele acabou de dizer. Os versículos 3:12 descrevem o caráter de crentes, que são cidadãos do Reino e filhos de Deus. Os versículos 13:16 ensinar a função de crentes como sal espiritual de Deus e luz no mundo corrupto e escurecido. Os versículos 17:20 ensinar a fundação para as qualidades interiores das Bem-aventuranças e para funcionar como sal e luz de Deus. Esse fundamento é a Palavra de Deus, a única norma da justiça e da verdade.
    Nós não podemos viver uma vida justa ou sejam testemunhas fiéis de Deus, baixando seus padrões e reivindicando a seguir uma lei maior do amor e da permissividade. Tudo o que é contrário à lei de Deus está sob a Sua lei e não acima dela. Não importa qual o motivo por trás deles, as normas que são não-bíblico permissiva não têm parte ou no amor de Deus ou a Sua lei, porque o Seu amor e Sua lei são inseparáveis. A chave, e a única chave para uma vida justa é manter a Palavra do Deus vivo.
    A advertência de Jesus, não acho , indica que a maioria, se não todos, dos Seus ouvintes tinham uma concepção errada sobre seu ensino. A maioria dos judeus tradicionalistas consideradas as instruções rabínicas ser as interpretações próprias da lei de Moisés, e concluíram que, porque Jesus não seguir escrupulosamente essas tradições, Ele obviamente estava fazendo acabar com a lei ", ou relegando-o a menor importância. Porque Jesus varreu as tradições de lavagens, dízimos especiais, extrema observância do sábado, e tais coisas, as pessoas pensavam que ele estava derrubando assim a lei de Deus. Desde o início, portanto, Jesus queria desiludir Seus ouvintes de todos os equívocos sobre sua visão da Escritura.

    Durante todo o evangelho de Mateus mais do que nos outros evangelhos, Jesus usa repetidamente Escritura contradizer e indiciar os escribas e fariseus hipócritas e superficiais Embora nem sempre claramente identificada como tal, é principalmente suas crenças e práticas que Jesus expõe em Mateus 5:21 —6: 18.

    Kataluō ( abolir ) significa para derrubar ou destruir totalmente, e é a mesma palavra usada para a destruição do Templo (Mt 24:2; etc.). e da morte do corpo físico (2Co 5:1; Rm 14:20.). Fazendo que a lei de Deus é a antítese do trabalho e ensino de Jesus.

    No restante do versículo 17 Jesus incide sobre a preeminência da Escritura como perfeito, eterno e totalmente autoritária Palavra de Deus. Por implicação Ele sugere três razões para que preeminência: ela é de autoria de Deus, afirma-se, pelos profetas, e é realizado por Cristo.

    A Lei foi criada por Deus

    Ao incluir o artigo definido ( a ) Jesus deixou claro ao seu público judeu que Lei Ele estava falando sobre- a Lei de Deus. A entrega dos Dez Mandamentos a Moisés no Monte Sinai foi prefaciado pela declaração: "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo ..." (Ex 20:1). Durante o exílio e, especialmente, durante o período intertestamental, as tradições foram grandemente multiplicadas e cobriu quase todas as atividades concebível que uma pessoa poderia estar envolvido.

    Os rabinos olhou através das Escrituras para encontrar vários comandos e regulamentos, e para aqueles que gostaria de acrescentar requisitos suplementares. Para o comando para não trabalhar no sábado eles acrescentaram a ideia de que carregar um fardo era uma forma de trabalho. Eles, então, enfrentou a questão de determinar exatamente o que constituía um fardo. Eles decidiram que a carga é alimento igual ao peso de um figo, vinho suficiente para a mistura em um cálice, leite suficiente para o mel uma andorinha suficiente para colocar em uma ferida, óleo suficiente para ungir um pequeno membro do corpo, água suficiente para umedeça colírio, papel suficiente para escrever um D.C alfândega, tinta suficiente para escrever duas letras do alfabeto, cana suficiente para fazer uma caneta, e assim por diante.Para levar a algo mais do que essas quantidades prescritas no sábado foi a infringir a lei.
    Como não foi possível antecipar ou prever todas as contingências, muito tempo foi gasto discutindo sobre coisas como se um alfaiate cometido um pecado se ele saiu no sábado com uma agulha presa em seu manto, ou se movendo uma lâmpada de um lugar em uma sala para outra era permissível. Alguns intérpretes rigorosos acreditava que, mesmo vestindo uma perna artificial ou usando uma muleta no sábado constituído trabalho e discutiram sobre se deve ou não um pai poderia levantar uma criança no sábado. Eles decidiram que para curar era o trabalho, mas não fez exceções para situações graves. Mas só o tratamento suficiente para manter o paciente se agrave foi permitido; ele não poderia ser totalmente tratados até depois do sábado.
    Foi a manutenção de tal minúcia externa que se tornou a essência da religião para os escribas e fariseus e por muitos outros judeus também. Para o estrito judeu ortodoxo do tempo de Jesus a lei era uma infinidade de regras e regulamentos extra-bíblicas.
    A frase a Lei e os Profetas , no entanto, sempre foi entendida como uma referência para as próprias Escrituras judaicas, e não as interpretações rabínicas. A frase é usada nesse sentido cerca de quinze vezes no Novo Testamento (ver Mt 11:13;. Lc 16:16; conforme Lc 24:27, Lc 24:44; etc.), o que reflecte o entendimento comum entre os judeus. Portanto, quando Jesus disse: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas , seus ouvintes judeus sabiam que Ele estava falando da Escritura do Antigo Testamento.

    A fundação do Antigo Testamento é a lei dada no Pentateuco, que os profetas, salmistas e outros escritores inspirados pregou, exposta e aplicada. Essa lei de Deus era composto de três partes: a moral, o judicial, eo cerimonial. A lei moral era para regular o comportamento de todos os homens; a lei judicial era para a operação de Israel como uma nação única; e a lei cerimonial foi prescrito para estruturar adoração do Deus de Israel. A lei moral foi baseado nos Dez Mandamentos, e as leis judiciais e cerimoniais foram a legislação posterior dada a Moisés. Nas planícies de Moab Moisés lembrou que Israel "Ele vos anunciou o seu pacto, que Ele ordenou-lhe executar, isto é, os dez mandamentos; e os escreveu em duas tábuas de pedra E o Senhor me ordenou ao mesmo tempo para ensinar. estatutos e juízos, que você pode realizá-las na terra onde você está indo para possuí-la "(13 5:4-14'>Deut. 4: 13-14).

    Porque Mateus não se qualifica seu uso da Lei, estamos seguro dizer que era lei-os todo de Deus mandamentos, estatutos e julgamentos; a moral, judicial, e cerimonial, de que Jesus não veio para abolir, mas para cumprir. Foi também os outros ensinamentos do Antigo Testamento com base na lei ", e todos os seus tipos, padrões, símbolos e imagens que ele veio para cumprir. Jesus Cristo veio para realizar todos os aspectos e todas as dimensões da autoria divina Palavra (conforme Lc 24:44).

    Afirmada pelos Profetas

    A lei também é proeminente, pois é afirmado por os Profetas . Os profetas reiterou e reforçou a lei. Todas as suas advertências, admoestações e previsões foram direta ou indiretamente com base na lei mosaica a revelação de Deus aos profetas era uma extensão de Sua lei. Os profetas expôs a moral, o judicial, e a lei cerimonial. Eles falaram sobre a idolatria, adultério, mentira, roubo, e todos os outros Dez Mandamentos. Eles alertaram os reis, os nobres, e as pessoas em geral sobre como manter as leis que Deus tinha dado para o seu governo, seu estilo de vida, e sua adoração.

    Apesar de todos os profetas não têm suas bocas tocado pela própria mão de Deus como fez Jeremias, todos podiam reclamar com ele que o Senhor havia colocado seus próprias palavras em suas bocas (Jr 1:1; He 1:1 dá uma excelente definição de um profeta quando se registra a palavra do Senhor a Moisés sobre o serviço de Aaron: ". Ele será como a boca para você, e você será como Deus a ele"

    Cumprida por Cristo

    O motivo que culminou, no entanto, para a preeminência da lei era o seu cumprimento por Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus. Eu não vim para abolir, mas para cumprir . Em sua encarnação, na obra de Seu Espírito Santo através da igreja, e em sua segunda vinda Jesus iria cumprir toda a, judicial, e cerimonial moral-lei.

    O Velho Testamento é completa; é tudo o que Deus pretendia que fosse. É uma imagem maravilhosa, perfeita e completa do futuro Rei e Seu reino, e Jesus o Rei veio para cumpri-la em todos os detalhes.Cinco vezes no Novo Testamento nos é dito de Jesus que diz ser o tema do Antigo Testamento: aqui, em Lc 24:27, Lc 24:44Jo 5:39; e em He 10:7). Mas em pouco tempo foram realizadas as reuniões de adoração primárias no primeiro dia da semana (ver 1Co 16:2) por causa de sua associação com a ressurreição de Jesus. Aquele dia foi para estimulá-los à santidade a cada dois dias, bem como (Heb. 10: 24-25). Como Paulo deixou claro, no entanto, não há mais qualquer dia especial de adoração (Rom. 14: 5-6; Colossenses 2:16-17). Culto na terça-feira, quinta-feira, ou em qualquer outro dia da semana não é menos bíblica ou espiritual de adoração no Dia do Senhor. O domingo não é o "sábado cristão", como alguns dizem, mas é simplesmente o dia de adoração a maioria dos cristãos têm observado desde os tempos do Novo Testamento, um momento especial reservada para exercícios espirituais. O aspecto moral inerente à lei do sábado é o coração da verdadeira adoração.

    Jesus cumpriu a lei Judicial

    Lei judicial de Deus foi dada para fornecer identidade única para Israel como uma nação que pertencia a Jeová. As leis relacionadas com a agricultura, a resolução de litígios, a dieta, limpeza, vestido, e tais coisas eram normas especiais pelos quais seu povo escolhido foi viver diante do Senhor e à parte do mundo. Essa lei judicial Jesus cumpriu na cruz. Sua crucificação marcado apostasia de Israel final na rejeição final de seu Messias (27:25 ver Matt;. Jo 19:15) e a interrupção do tratamento de Deus com que as pessoas, como uma nação. Com isso a lei judicial faleceu, porque Israel não serviu como Sua nação escolhida. Antes de sua crucificação Jesus advertiu os judeus ", eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado de você" (Mt 21:43). Louvado seja Deus, Ele um dia vai resgatar e restaurar Israel (Rm 9:11.), Mas enquanto isso a igreja é o Seu corpo escolhido de pessoas na terra (1 Ped. 2: 9-10). Todos os-os resgatados que recebem o trabalho da sua cruz-são seus eleitos.

    Jesus cumpriu a lei cerimonial

    A lei cerimonial governado a forma de adoração de Israel. Quando Jesus morreu na cruz, Ele cumpriu essa lei, bem como a judicial. O sacrifício era o coração de toda a adoração do Antigo Testamento, e como o sacrifício perfeito, Jesus trouxe todos os outros sacrifícios para atingir um fim. Enquanto Ele estava na cruz "o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo" (Mt 27:51). O próprio Cristo foi a maneira nova e perfeita para o Santo dos Santos, em que qualquer homem poderia vir pela fé. "Uma vez que, pois, irmãos, temos confiança para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que Ele inaugurou para nós através do véu, isto é, pela sua carne, e uma vez que temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé "(Heb. 10: 19-22). O levítico, sacerdotal, sistema de sacrifício terminou. Embora o templo não foi destruído até AD 70, toda a oferta feita lá depois que Jesus morreu foi desnecessária.

    Simbolicamente eles não tinha mais importância. Tabernáculo e no templo sacrifícios, mesmo antes da morte de Cristo nunca teve o poder de purificar do pecado. Eles eram apenas imagens da obra de Messias-Salvador de limpeza, imagens que apontavam para que a suprema manifestação da misericórdia e da graça de Deus. "Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos bens futuros, Ele entrou através de uma maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, e não pelo sangue de bodes e bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no lugar santo uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção "(Hebreus 9:11-12.).

    A lei cerimonial terminou porque foi cumprida. Porque a realidade havia chegado, as imagens e os símbolos não tinha mais lugar ou propósito. Na noite da Páscoa final da vida de nosso Senhor, Ele instituiu novos símbolos para comemorar a sua morte. (O Profeta Ezequiel aponta para um tempo futuro no reino quando os símbolos do Antigo Testamento será uma parte renovada de adoração pelos redimidos;.. 40-48 ver Ez)
    Aaron foi o primeiro e acima de tudo sumo sacerdote da Antiga Aliança, mas ele não podia se comparar com o grande Sumo Sacerdote da Nova Aliança. Aaron entrou no tabernáculo terreno, mas Cristo entrou no celestial. Aaron entrou uma vez por ano, Cristo uma vez por todas. Aaron entrou além do véu, Cristo rasgou o véu em dois. Aaron ofereceu muitos sacrifícios, um só Cristo. Aaron sacrificado por seu próprio pecado, Cristo apenas para os pecados dos outros. Aaron ofereceu o sangue de touros, Cristo o seu próprio sangue. Aaron era um sacerdote temporária, Cristo é um eterno. Aaron era falível, Cristo infalível. Aaron era mutável, Cristo imutável. Aaron era contínua, Cristo é final. O sacrifício de Aaron era imperfeito, de Cristo foi perfeito. Sacerdócio de Arão foi insuficiente, de Cristo é todo-suficiente.
    Nem poderia o Tabernáculo e no Templo comparar com Cristo. Cada um deles tinha uma porta, enquanto que Cristo é a porta. Eles tinham um altar de bronze, mas Ele é o altar. Eles tinham uma pia, mas Ele mesmo purifica do pecado. Eles tinham muitas lâmpadas que continuamente necessários enchimento; Ele é a luz do mundo que brilha eternamente. Eles tinham pão que tinha de ser reabastecido, mas Cristo é o pão da vida eterna. Eles tinham incenso, mas próprias orações de Cristo ascender para os Seus santos. Eles tinham um véu, mas o Seu véu era seu próprio corpo. Eles tinham um lugar de misericórdia, mas Ele é agora o propiciatório.
    Nem poderia comparar as ofertas com Cristo. O holocausto falou da perfeição, mas Cristo era a perfeição encarnada. A oferta de cereais falou da dedicação, mas Jesus foi-se inteiramente dedicado ao Pai. A oferta de paz falou de paz, mas Jesus é Ele mesmo a nossa paz. As ofertas pelo pecado e pela culpa falou de substituição, mas Ele é o nosso substituto.

    Nem poderia festas comparar a Cristo. A Páscoa falou da libertação da morte física, enquanto que Cristo é a nossa Páscoa, que livra da morte espiritual. O pão ázimo falou de santidade, mas Cristo cumpriu toda a santidade. Os primeiros frutos falou da colheita, mas Jesus ressuscitou dos mortos e se tornou "as primícias dos que dormem" (1Co 15:20). A festa dos Tabernáculos falou da reunião, mas somente Cristo é capaz de um dia para reunir todo o Seu povo juntos em sua casa celestial para sempre.

    A partir de Gn 1:1). A lei só apontou para a justiça, mas Cristo nos dá a justiça, a Sua própria justiça.

    A lei judicial e da lei cerimonial foram cumpridas e reserve. Eles terminaram na cruz. Mas a lei moral cumprida por Cristo ainda está sendo cumprida por meio de Seus discípulos. Porque Cristo cumpriu a lei, de modo que podem aqueles que pertencem a Ele. Deus enviou "seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado e como oferta pelo pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que a exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito "(Rom. 8: 3-4). Quando andamos no Espírito cumprimos a justiça da lei, porque Cristo em nós preenche-lo com Sua própria justiça que Ele nos deu.

    23. Cristo e a Lei — Parte 2: a permanência das Escrituras (Mt 5:18)

    Porque em verdade vos digo que, até que o céu ea terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. (5:18)

    O judeu honesto dos dias de Jesus sabia que não podia cumprir todas as exigências da lei mosaica, e que ele não poderia mesmo manter todas as tradições desenvolvidas ao longo dos anos pelos rabinos e escribas. Muitos esperavam o Messias iria trazer os padrões de Deus para um nível que poderia controlar.
    Mas, como indicado nos capítulos anteriores, Jesus deixou claro em seu primeiro grande sermão que o verdadeiro padrão de Deus foi ainda maior do que as tradições, e que, como o Messias, Ele não tinha vindo a diminuir a lei, no mínimo pouco, mas para defender e cumpri-la em todos os detalhes.
    Com a introdução de Sua declaração com verdade vos digo a você , Jesus confirmou a importância especial de que ele estava prestes a dizer. Amém ( verdadeiramente ) foi um período de forte, afirmação intensa. Jesus estava dizendo: "Eu digo isso para você absolutamente, sem qualificação e com a autoridade máximo."

    Seu ensino não só era absoluto, mas era permanente. Até que o céu ea terra passem representa o fim do tempo como nós o conhecemos, o fim da história terrestre. Como a Palavra de Deus, a lei iria durar mais que o universo, que um dia deixará de existir. "Os céus ea terra através da Sua Palavra estão sendo reservados para o fogo, mantida para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios" (2Pe 3:7.).. Isaías disse: "Levantai os vossos olhos para o céu, em seguida, olhar para a terra em baixo, porque o céu desaparecerão como a fumaça, ea terra se envelhecerá como um vestido, e seus habitantes morrerão da mesma maneira, mas a minha justiça durará não esmorecer "(Is 51:6).

    Jesus igualou Suas próprias palavras com a Palavra de Deus: "O céu ea terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Mt 24:35.). O que aconteceu com a lei, em seu sentido mais amplo como o Antigo Testamento, também era verdade dos ensinamentos de Jesus. É atemporal.

    É extremamente tola a perguntar: "O que a Bíblia, um livro de dois mil anos de idade, tem a dizer para nós hoje?" A Bíblia é a Palavra eterna do Deus eterno. It "é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes" (He 4:12). Há muito que precedeu e vai durar mais tempo a cada pessoa que questiona a sua validade e relevância.

    Nem um A e nem um til jamais passará da Lei , Jesus continuou . O menor letra traduz a palavra Iota , a menor letra do alfabeto grego. Para ouvintes judeus de Jesus que teria representado o yodh , a menor letra do alfabeto hebraico, que é algo como uma apóstrofe. Um acidente vascular cerebral ( keraia ) literalmente significa "pequeno chifre" e refere-se às pequenas marcas que ajudam a distinguir uma letra hebraica de outro. Era uma pequena extensão de uma carta semelhante a um serif em carácteres tipo modernos.

    Em outras palavras, não só a menor letra não ser apagados, mas até mesmo a menor parte de uma carta não será apagado da Lei. Nem mesmo o mais ínfimo, aparentemente mais insignificantes, parte da Palavra de Deus será removido ou alterado até que todos é realizado .

    Como discutido no último capítulo, Jesus trouxe a conclusão toda a lei e certas partes judiciais e cerimoniais da lei moral, como a observância do sábado. Mas a lei moral básica de Deus centrado nos Dez Mandamentos, ainda é tão válidos hoje como quando Deus deu a Moisés no Sinai. Durante Seu ministério terreno, morte, ressurreição e ascensão, Jesus cumpriu muitas das profecias do Antigo Testamento.Outros, como a vinda do Espírito Santo no Pentecostes, seria cumprida em posteriores tempos do Novo Testamento. Outras profecias, tanto do Antigo como do Novo Testamento, ainda estão ainda a ser cumprida. Mas, sem a menor exceção, todos os mandamentos, todas as profecias, cada figura e símbolo e tipo seria realizado .

    Nenhuma outra declaração feita por nosso Senhor afirma mais claramente Sua alegação absoluta que a Escritura é inerrante verbalmente, totalmente sem erro na forma original em que Deus lhe deu. Ou seja, a Escritura é a própria Palavra de Deus, não só para baixo para cada palavra escrita única, mas para baixo para cada letra e a menor parte de cada letra.
    "Cumprir" no versículo 17 tem a idéia de conclusão, de encher. Accomplished (de ginomai ) tem o significado de tornar-se semelhante ou ocorrendo. Arthur Rosa comenta: "Tudo na lei deve ser cumprida [ou realizado]: não só as suas prefigurações e profecias, mas seus preceitos e pena: realizada, primeiro, pessoalmente e de forma indireta, por e sobre o Fiador; cumprida, segundo e evAngelicalamente, e por seu povo;. e realizada, em terceiro lugar, na condenação dos ímpios, que deve experimentar a sua terrível maldição para todo o sempre em vez de ser de Cristo oposição à lei de Deus, Ele veio aqui para ampliá-la e torná-la gloriosa ... . E ao invés de Seus ensinamentos sendo subversivo do mesmo, eles confirmaram e é executada "( Uma Exposição do Sermão da Montanha [Grand Rapids: Baker, 1950], p 57)..

    Jesus referiu-se ao Antigo Testamento, pelo menos, sessenta e quatro vezes, e sempre a verdade como autoritário. No curso de defender o seu messianismo e divindade antes de os líderes judeus incrédulos no templo, Ele disse: "A Escritura não pode ser quebrado" (Jo 10:35).

    Quando os saduceus tentaram derrubá-lo se perguntando qual dos sete maridos sucessivos seria marido de uma mulher na ressurreição, que está no céu, Ele respondeu: "Você está enganado, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mt . 22:29). A questão em si era uma tolice, disse ele, porque a sua própria premissa estava errado ", pois na ressurreição nem se casam, nem se dão em casamento; mas serão como anjos no céu" (30 v.). Ele então passou a corrigir vista dos saduceus da ressurreição, em que eles não acreditaram. "Mas quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que foi dito por Deus, dizendo: 'Lam o Deus de Abraão, o Deus de Isaque eo Deus de Jacó? Ele não é o Deus da os mortos, mas dos vivos "(vv. 31-32).
    Nesse confronto com os saduceus, o argumento inteiro de Jesus é baseada em um único tempo verbal. No livro do Êxodo, que ele estava aqui citando, Deus disse a Moisés que Ele é , não foi , "o Deus de Abraão, o Deus de Isaque eo Deus de Jacó" (3: 6). Centenas de anos depois daqueles patriarcas tinham morrido, o Senhor ainda era seu Deus. Obviamente, esses homens ainda estavam vivos. A Palavra de Deus é, portanto, de autoridade, não só para baixo para a menor parte de cada letra, mas também para as formas gramaticais de cada palavra. Porque a própria Escritura é sem erro, quando acredita-se e obedeceu ele vai nos salvar de erro.

    Uma e outra vez, Jesus confirmou a exatidão e autenticidade do Velho Testamento. Ele confirmou o padrão de casamento que Deus estabeleceu no Jardim do Éden (Mt 19:4), Noé e do dilúvio (Mt 24:38-39.), Abraão e sua fé (Jo 8:56), Sodoma, Ló, e da mulher de Ló (Lc 17:29), a chamada de Moisés (Mc 12:26), o maná do céu (Jo 6:31, Jo 6:58), e a serpente de bronze (Jo 3:14).

    Jesus também deixou claro que a Escritura foi dada para levar os homens à salvação. Na parábola do homem rico e Lázaro de Jesus, Abraão disse ao homem rico que se seus irmãos, a quem ele esperava para salvar do inferno ", não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir que ressuscite alguém dentre os mortos "(Lc 16:31). Em outras palavras, eles tinham a Palavra de Deus, o que foi suficiente para levá-los a Deus e à salvação, se eles iriam acreditar.

    Jesus também usou as Escrituras em sua própria defesa. Quando Ele foi tentado por Satanás no deserto, no início de seu ministério, Jesus rebateu cada tentação com citações do Deuteronômio (Mt 4:4, Mt 4:10; conforme Dt 8:1; Dt 6:16, Dt 6:13.). Ele poderia ter contestado o diabo no poder e autoridade de novas palavras ditas simplesmente para essa ocasião. Mas, ao citar as Escrituras, Ele testemunhou a sua origem divina e autoridade.

    Eu ouvi um pregador dizer uma vez: "A única coisa que eu aprendi é que, quando você entrar no púlpito que você tem para se comunicar de alguma forma sem usar a Bíblia, porque a Bíblia afasta as pessoas. Eu passei muito tempo em desenvolvimento a capacidade de se comunicar com as pessoas, sem nunca usar a Bíblia. Eu comecei em meu ministério dizendo este versículo diz que isso e este versículo diz que, e eu finalmente percebi que não ia me pegar em qualquer lugar. Agora eu digo que na minha própria maneira e as pessoas vão aceitá-lo. "
    O pregador disse que é verdade. Muitas pessoas hoje estão muito desligado pela Bíblia. Mas os homens de ser desligado pela Palavra de Deus não é um fenômeno novo. Foi desligando incrédulos por milhares de anos. Muitas pessoas hoje, assim como nos dias de Jesus e nos dias de Moisés e dos profetas-seria muito melhor ouvir as opiniões dos homens do que a Palavra de Deus. Mas as suas opiniões não pode levá-los para a verdade ou a salvação. Opiniões que não se encaixam com as Escrituras, muitas vezes, deixar os homens superficialmente contente e satisfeito, mas que também irá deixá-los na escuridão e no pecado.

    Pouco depois de sua tentação, Jesus entrou na sinagoga de Nazaré, no sábado, e levantou-se para ler. E o livro do profeta Isaías foi entregue a Ele. E abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres. Enviou-me para proclamar a libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para libertar os que são oprimidos, a proclamar um ano favorável do Senhor. ' E Ele fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. E ele começou a dizer-lhes: 'Hoje esta Escritura foi cumprida em sua audição "(Lucas 4:16-21; conforme Is 61:1.). Nessa resposta, Jesus outra vez referiu-se à mesma passagem de Isaías previu que o Messias e Sua obra.

    Quando Ele limpou o templo em retornar a Jerusalém pela última vez, Jesus defendeu sua ação com base na Escritura. "Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações"? Mas você tiver feito isso cova dos ladrões "(Mc 11:17).

    É impossível aceitar a autoridade de Cristo sem aceitar a autoridade das Escrituras, e vice-versa. Eles estão juntos. Para aceitar Jesus Cristo como Salvador e Senhor é aceitar o que Ele ensinou sobre a Escritura como obrigatória. Para ser um cidadão do reino é aceitar o que diz o Rei sobre a Palavra de Deus. Para ter um caráter reino e um testemunho reino é obedecer manifesto do Rei, as Escrituras. A autoridade das Escrituras é a autoridade de Cristo, e de obedecer ao Senhor é obedecer a Sua Palavra. "Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por esta razão que você não ouvi-los, porque não sois de Deus" (Jo 8:47). Para confiar em Cristo é para dizer a Ele como Pedro: "Tu tens palavras de vida eterna" (Jo 6:68).

    Se o Antigo Testamento contém erros, devemos concluir uma de duas coisas sobre Jesus Cristo. Uma possibilidade é que Ele era ignorante desses erros, caso em que ele não era onisciente e não foi, portanto, a Deus. A outra possibilidade é que ele sabia sobre os erros, mas negou-lhes, caso em que ele teria sido um mentiroso e um hipócrita, e, portanto, não santo Deus.

    Se não for uma única letra ou acidente vascular cerebral ou tenso da Palavra de Deus vai passar, primeiro deve recebê-lo para o que é ", a palavra implantada, a qual é poderosa para salvar [nossas] almas" (Jc 1:21). Devemos recebê-lo por causa da infinita majestade do autor e suas declarações de autoridade sobre ele. Devemos recebê-lo por causa do preço que Deus pagou para obtê-lo para nós, e porque é o padrão da verdade, alegria, bênção e salvação. E nós devemos recebê-la, porque a não recebê-lo traz julgamento.

    Em segundo lugar, somos chamados a honrar a Palavra de Deus. "Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar!" disse o salmista: "Sim, mais doces do que o mel à minha boca!" (Sl 119:1:. Sl 119:103). Charles Spurgeon disse: "Eles chamado George Fox um Quaker. Por quê? Porque quando ele falou que iria terremoto excessivamente com a força da verdade que ele tão completamente apreendido." Ele passou a dizer: "Seria melhor para quebrar as pedras em uma estrada do que para ser um pregador, a menos que Deus havia dado o Espírito Santo para sustentá-lo. O coração ea alma de um homem que fala por Deus saberá não facilidade, por ele ouve em seus ouvidos que aviso admoestação: "Se o vigia avisou não, eles pereceram, mas o seu sangue eu o requererei da mão do atalaia." É a revelação infalível do Senhor infalível para ser moderado, a ser moldada, a ser atenuada para as fantasias e modas do momento? Deus nos livre se alguma vez alterar a Sua Palavra. "

    Martin Luther nunca temeu os homens, mas quando ele se levantou para pregar muitas vezes ele sentiu seus joelhos bater juntos sob um sentimento de grande responsabilidade de ser fiel à Palavra de Deus.

    Terceiro, devemos obedecer a Palavra de Deus. Devemos ser diligente para apresentar-nos a Deus aprovado, como trabalhadores que não precisa se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade "(2Tm 2:15). Como Jeremias, devemos encontrar as palavras de Deus e comê-los (Jr 15:16), e "deixar a palavra de Cristo ricamente habitar dentro" de nós (Cl 3:16).

    Em quarto lugar, temos de defender a Palavra de Deus. Nós somos a "batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 1:3)

    Todo aquele que anula um dos menos um destes mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. (5:19)

    Nas últimas décadas, a expressão "fazer sua própria coisa", descreveu uma abordagem popular de comportamento. Liberdade tem sido equiparado com fazer o que quiser. O corolário filosófico do que a atitude é antinomianism, a rejeição da regulamentação da lei, e as regras de todos os tipos. Essa foi a atitude no antigo Israel durante o tempo dos juízes, quando "todo mundo fez o que era reto aos seus olhos" (Jz 21:25).

    Antinomianism se reflete em nossos dias no existencialismo pessoal, o conceito que ensina o cumprimento apenas do momento presente, independentemente de normas ou códigos ou conseqüências.Rejeição da autoridade decorre logicamente existencialismo pessoal: queremos mais ninguém fazendo regras para nós ou mantendo-nos responsáveis ​​por aquilo que dizemos ou fazemos. A consequência inevitável de que a filosofia é quebra da casa, da escola, da igreja, do governo e da sociedade em geral. Quando ninguém quer ser responsável perante ninguém, a única coisa para sobreviver é anarquia.
    Até mesmo a igreja não escapou tais atitudes. Muitas congregações hesite ou mesmo recusar-se a disciplinar os membros que são flagrantemente imoral, desonesto, ou herética. Por medo de ofender, de perder o apoio financeiro, de ser considerado antiquado ou legalista, ou até mesmo por medo de pisar em alguém direitos outro é presumido, há falha generalizada para manter os padrões claros da justiça de Deus em sua própria igreja. Em nome da graça, amor, perdão e outros ensinamentos e padrões bíblicos "positivos", o pecado é demitido ou dispensado.
    Alguns cristãos afirmam que, porque a graça de Deus cobre toda ofensa um crente pode jamais cometer, não há necessidade de se preocupar com a vida santa. Alguns chegam a argumentar que, porque a carne do pecado é, actualmente, não resgatados na sua corrupção e vai ser feito com a distância a glorificação, que não faz qualquer diferença o que essa parte de nós faz agora. Nossa nova divina, natureza incorruptível é bom e eterno, e isso é tudo o que importa. Essa idéia é simplesmente um renascimento do dualismo grego, que causou tantos estragos na igreja primitiva, e que Paulo tratado nas cartas aos Coríntios.

    Mas mesmo o cristão sincero não pode deixar de se perguntar sobre a relação entre a lei ea graça. O Novo Testamento ensina claramente que, em alguns aspectos muito importantes crentes estão livres da lei.Mas o que, exatamente, é a nossa liberdade em Cristo? Em Mt 5:19 o Senhor confronta essa pergunta e reafirma o que a liberdade não pode significar.

    Em Mt 5:17 Jesus tinha apontado preeminência da lei, porque é da autoria de Deus, afirmou pelos profetas, e realizado pelo Messias, o Cristo. No versículo 18, Ele mostrou a sua permanência, sua duradoura sem a menor alteração ou redução "até que o céu ea terra passem." Agora no versículo 19 Ele mostra a sua pertinência. Os judeus ainda estavam sob todos os requisitos da lei do Antigo Testamento

    Nos versículos 17:18 Jesus declarou que Ele veio para cumprir e não diminuir ou desobedecer a lei; e no versículo 19, Ele declara que os cidadãos do seu reino também não são para diminuir ou desobedecê-la. Na luz de sua própria atitude sobre e resposta à lei ", Jesus ensina agora que a atitude ea resposta de Seus seguidores devem ser.
    A lei é pertinente para aqueles que acreditam em Cristo por causa de seu próprio caráter, por causa das conseqüências da obediência ou desobediência, e porque as suas exigências sejam esclarecidas e executadas em todo o resto do Novo Testamento.

    O Caráter da Lei

    então , ou, portanto, refere-se ao que Jesus já tinha dito sobre a lei. A lei é absolutamente pertinente para aqueles que confiam em Deus, porque é a Sua Palavra e é exaltado pelos profetas e realizado pelo próprio Messias. Porque a Bíblia não é uma coleção de idéias religiosas dos homens, mas a revelação da verdade divina de Deus, os seus ensinamentos não são especulações a ser julgados, mas verdades a serem acreditados; seus comandos não são sugestões a serem considerados, mas os requisitos a serem seguidos.

    Porque a Escritura é dada por Deus para o homem, nada poderia ser mais relevante para o homem do que essa revelação. Escritura é o padrão de relevância pelo qual todos os outros relevância é medida.

    As conseqüências das respostas do homem à Lei

    As conseqüências da lei dependem da resposta de uma pessoa a ele. Quem responde a isso de forma positiva receberá um resultado positivo, mas quem responde a ela negativamente receberá um resultado negativo.

    A conseqüência negativa

    Jesus menciona o resultado negativo em primeiro lugar: Todo aquele que anula um dos menos um destes mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus.

    Luo ( anula ) é uma palavra comum no Novo Testamento e pode significar a quebrar, solto, release, dissolver, ou até mesmo a derreter. A idéia aqui é a de anular a lei de Deus, ou torná-lo sem efeito, soltando-nos de seus requisitos e normas. Jesus usou uma forma agravada e mais forte do que o prazo ( kataluō ) no versículo 17 ao afirmar que ele não tinha vindo "para abolir a Lei ou os Profetas."

    Caída natureza humana se ressente proibições e exigências. Até mesmo os cristãos são tentados a modificar e enfraquecer os padrões de Deus. Por causa da ignorância, a incompreensão, ou desrespeito a título definitivo, os crentes encontrar razões para fazer os mandamentos de Deus menos exigente do que são. Mas quando um cristão deixa de reverenciar e obedecer a Palavra de Deus em até mesmo o menor grau, para que o grau Ele está sendo un-Cristo, porque isso é algo que Cristo se recusou a fazer.
    Os judeus do tempo de Jesus havia dividido as leis do Antigo Testamento em duas categorias. Duzentos e quarenta e oito eram comandos positivos, e 365-1 para cada dia do ano-foram negativos. Os escribas e fariseus teria, acalorados debates longos sobre quais as leis em cada categoria foram os mais importantes e que eram o mínimo.

    A própria Escritura deixa claro que todos os mandamentos de Deus não são de igual importância. Quando um advogado entre os fariseus perguntaram qual era o maior mandamento, Jesus respondeu sem hesitar: "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente Este é o grande e primeiro mandamento. . " Ele então passou a dizer: "O segundo é semelhante a ele: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22:37-39.). Jesus reconheceu que um mandamento é supremo acima de todos os outros e que outro é a segunda em importância. Segue-se que todos os outros mandamentos cair em algum lugar abaixo dos dois e que, como eles, eles variam em importância.

    Em sua série de desgraças Jesus dá uma indicação da importância relativa dos mandamentos de Deus. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade; mas estas são as coisas que você deve ter feito sem omitir aquelas" (Mt 23:23). O dízimo de ervas foi necessário;mas sendo justo, misericordioso e fiel são muito mais espiritualmente importante.

    Ponto de Jesus aqui, no entanto, é que não é permitido anular -por ignorando, modificar ou desobedecer, mesmo um dos menos um destes mandamentos . Alguns comandos são maiores do que outros, mas nenhum deles está a ser desrespeitada.

    Paulo lembrou aos anciãos de Éfeso que, enquanto ele tinha ministrou entre eles, ele "não encolher de declarar que [eles] todo o propósito de Deus" (At 20:27). O apóstolo não escolher o que ele iria ensinar e exortar. Ele ressaltou algumas coisas a mais do que os outros, mas ele deixou nada de fora.

    A pessoa que ensina os outros a desconsiderar ou desobedecer qualquer parte da Palavra de Deus é um criminoso ainda pior. Ele não só anula o próprio direito, mas faz com que os outros para anulá-la.Além disso, a sua desobediência, obviamente, é intencional. É possível quebrar os mandamentos de Deus por ser ignorante deles ou esquecê-los. Mas, para ensinar os outros a quebrá-las tem que ser consciente e intencional.

    Tiago adverte: "Não muitos de vocês se tornarem professores, meus irmãos, sabendo que, como tal, será punido com julgamento mais severo" (Jc 3:1).

    A consequência da prática de ensino ou de qualquer desobediência da Palavra de Deus é para ser chamado o menor no reino dos céus . Eu não acredito, como alguns comentaristas sugerem, que chamou refere-se a que os homens dizem sobre nós, mas o que Deus diz sobre nós. Nossa reputação entre outras pessoas, incluindo outros cristãos, podem ou não podem ser prejudicados. Muitas vezes, outras pessoas não sabem sobre a nossa desobediência, e muitas vezes, quando eles sabem que não me importo. Mas Deus sempre sabe, e Ele sempre se preocupa. É só o que estamos chamados por Deus, que é de importância suprema. Ele deve ser uma preocupação de todo crente que ama o seu Senhor que Ele nunca têm motivo para chamá-lo a menos .

    Determinar a ordem no reino dos céus é inteiramente prerrogativa de Deus (conforme Mt 20:23), e Jesus declara que Ele irá realizar os de menor estima que detêm a Sua Palavra em menor estima. Não há impunidade para aqueles que desobedecem, desacreditar ou depreciar a lei de Deus

    Que Jesus não se referem a perda da salvação resulta do fato de que, embora os infratores vão ser chamados menos , eles ainda estarão no reino dos céus . Mas bênção, recompensa, fecundidade, alegria e utilidade serão todos sacrificados na medida em que somos desobedientes. "Acautelai-vos," João avisa: "que você não pode perder o que temos feito, mas que você pode receber uma recompensa completa" (2Jo 1:8). Para ignorar ou rejeitar a menos da lei de Deus é, portanto, para baratear todo e para tornar-se o mínimo em Seu reino. Tais cristãos recebem a sua classificação devido à falta de tratamento das Escrituras, não, como alguns imaginam, porque eles podem ter menos presentes.

    A conseqüência positiva

    O resultado positivo é que quem praticar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus . Aqui, novamente, Jesus menciona os dois aspectos do fazer e ensinar. Cidadãos Unido estão a defender todas as partes da lei de Deus, tanto em sua vida e no seu ensino.

    Paulo poderia dizer aos tessalonicenses: "Vocês são testemunhas, e assim é Deus, como devoção e retidão e irrepreensivelmente nos portamos para convosco crentes, basta que você saiba como estávamos exortando e incentivando e implorando cada um de vocês como um pai seria o seu próprio crianças, de modo que você pode andar de uma maneira digna de Deus, que vos chama para o seu reino e glória "(1 Ts. 2: 10-12). Paulo tinha sido fiel a viver e ensinar entre eles toda a Palavra de Deus, tal como tinha feito em Éfeso e em todo lugar que ele ministrava.

    A lei moral de Deus é um reflexo do próprio caráter de Deus e, portanto, imutável e eterno. As coisas de que necessita não terá que ser comandado no céu, mas eles vão se manifestar no céu, porque eles se manifestam Deus. Enquanto o povo de Deus ainda estão na terra, no entanto, eles não naturalmente refletir o caráter de seu Pai celestial, e Seus padrões morais continuam a ser comandado e sobrenaturalmente produzida (conforme Rom. 8: 2-4).

    "Prescrever e ensinar essas coisas", Paulo diz a Timóteo: "[e] na palavra, no procedimento, amor, fé e pureza, mostra-te um exemplo daqueles que acreditam" (1 Tim. 4: 11-12). . Perto do final da mesma carta, Paulo diz a Timóteo para fugir de todas as coisas más e, como um homem de Deus, que "segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança ea mansidão Combate o bom combate da fé, toma posse da a vida eterna a que fostes chamados "(6: 11-12).

    Paulo ambos mantiveram e ensinou a Palavra cheia de Deus, e ele é, portanto, entre os que vão ser chamado grande no reino dos céus . Ninguém que não fazer o mesmo estará nas fileiras dos grandes santos de Deus.

    A grandeza não é determinada por presentes, o sucesso, a popularidade, reputação, ou o tamanho do ministério, mas pela visão de um crente da Escritura como revelou em sua vida e de ensino.
    A promessa de Jesus não é simplesmente grandes mestres como Paulo-ou Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, ou Spurgeon. Sua promessa se aplica a todo o crente que ensina os outros a obedecer a Palavra de Deus, fielmente, com cuidado, e amorosamente vivendo por e falando do que a Palavra. Todo o crente não tem o dom de ensinar as doutrinas profundas da Escritura, mas cada crente é chamado e é capaz de ensinar a atitude certa em direção a ela.

    O esclarecimento da Lei

    Sabemos da pressão das epístolas do Novo Testamento que Jesus está falando aqui da lei moral permanente de Deus. O Sermão da Montanha é tão válido para os crentes de hoje como o foi para aqueles a quem Jesus pregou-lo diretamente, porque cada padrão princípio e ensinou aqui também é ensinado nas epístolas. Os outros escritores deixar absolutamente claro que a obrigação dos fiéis para obedecer à lei moral de Deus não só não cessou na vinda de Cristo, mas foi reafirmada por Cristo e permanece energizada pelo Espírito Santo para toda a era da igreja.

    Há de fato um paradoxo em relação à lei e é especialmente evidente nas cartas de Paulo. Por um lado, somos informados sobre a lei está sendo cumprida e feito com a distância, e por outro que ainda são obrigados a obedecer-lhe. Falando dos judeus e gentios, Paulo diz que Cristo "é a nossa paz, que fez os dois grupos em um só, e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças , que em Si mesmo Ele pode fazer os dois em um homem novo, estabelecendo a paz "(Ef. 2: 14-15). Quando a igreja passou a existir o "muro dividindo" do direito civil, judicial desmoronou e desapareceu.

    Aos olhos de Deus Israel foi criado temporariamente de lado como uma nação na cruz, quando ela crucificado seu Rei e rejeitou o Seu reino. Aos olhos do mundo, Israel deixou de existir como uma nação em AD 70, quando toda a Jerusalém, incluindo o Templo, foi arrasada pelos romanos sob Tito. (Sua restauração é nacional, mas uma preparação para sua restauração espiritual, como Romanos 9:11 ensina.)

    A lei cerimonial também chegou ao fim. Enquanto Jesus ainda estava pendurado na cruz, "o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo" (Mc 15:38). A adoração do Templo e os sacrifícios já não eram válidas, mesmo simbolicamente. Essa parte da lei foi concluído, realizado, e feito com a distância por Cristo.

    Há até mesmo um sentido em que a lei moral de Deus já não é vinculativa para os crentes. Paulo fala de não estarmos sob a lei, mas debaixo da graça (Rm 6:14). Mas antes que ele tivesse dito: "Não reine o pecado em vosso corpo mortal que você deve obedecer às suas concupiscências" (v. 12), e imediatamente após o versículo 14 diz: "o que então? Havemos de pecar porque não estamos sob a lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum! " (V. 15). Aqueles em Cristo não está mais sob a pena de final da lei são, mas estão longe de ser livre de sua exigência de justiça.

    Aos Romanos, Paulo disse: "Pois Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê" (Rm 10:4). Mas ele tinha apenas deixou claro que os cristãos não são, no mínimo livre de padrões morais de Deus. "Pois a carne define seu desejo contra o Espírito, eo Espírito contra a carne, porque estes estão em oposição um ao outro, de modo que você não pode fazer as coisas que você, por favor" (v. 17). A lei que já foi "o nosso tutor para nos conduzir a Cristo" (Gl 3:24) agora nos leva como "filhos de Deus em Cristo Jesus", a ser vestido com Cristo (vv. 26-27), e sua roupa é a roupa de justiça prática. Se a própria justiça de Cristo nunca diminuída ou desobedeceu a lei moral de Deus; como pode Seus discípulos ser livre para fazê-lo?

    Paulo harmonizada a idéia quando ele falou de si mesmo como sendo "sem a lei de Deus, mas debaixo da lei de Cristo" (1Co 9:21). Em Cristo somos nada sem lei. A lei de Cristo é totalmente diferente da lei judicial e cerimonial judaica e diferente da lei moral do Antigo Testamento; com as suas penas e maldições para a desobediência. Mas não é diferente no menor dos santos, normas justas que a lei do Velho Testamento ensinou.

    A lei do Antigo Testamento ainda é um guia moral, como em revelar o pecado (Rm 7:7; etc.)..Sempre que um cristão olha para a lei moral de Deus com humildade, mansidão, e um sincero desejo de justiça, a lei irá, invariavelmente, apontá-lo para Cristo como foi sempre a intenção de fazer. E para os crentes a viver por ela é para eles para se tornar como Cristo. Não poderia ser de outra forma, porque é a lei de Deus, e reflete o caráter de Deus. "Assim, pois," Paulo tem o cuidado de nos lembrar, "a lei é santa, eo mandamento é santo, justo e bom" (v. 12).

    Paulo conclui Romanos 7, agradecendo "a Deus por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor" que, apesar de sua carne ser servido "a lei do pecado", sua mente a ser servido "a lei de Deus" (7:25). A sanção da lei foi pago por nós, Jesus Cristo, mas também nele a justiça da lei é "cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rm 8:4).

    25. Cristo e a Lei — Parte 4: A Proposito das Escrituras (Mt 5:20)

    Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos céus. (5:20)

    É o falso ensino da salvação pela auto-esforço que Jesus confronta frontalmente neste versículo e que toda a Escritura, do começo ao fim, contradiz. Como Paulo deixa claro no livro de Romanos, com Abraão, o pai do povo judeu, foi salvo por sua fé, e não por suas obras (Rm 4:3). Fora do pecado em si, a Bíblia se opõe a nada mais veemência do que a religião de realização humana.

    Jesus contou uma "parábola para certas pessoas que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos e viram os outros com desprezo" (Lc 18:9 é a seguinte: O propósito da lei de Deus era mostrar que, para agradar a Deus e ser digno da cidadania no seu reino, mais justiça é necessário que qualquer um pode, eventualmente, ter ou realizar em si mesmo. O objetivo da lei não era mostrar o que fazer, a fim de fazer-se aceitável, muito menos para mostrar o quão bom um já é, mas para mostrar quão pecadores e desamparados todos os homens são em si mesmos. (Esse é um dos temas de Paulo em Romanos e Gálatas.) Como o Senhor apontou para os judeus na primeira bem-aventurança, o passo inicial para a cidadania reino é pobreza de espírito, reconhecendo a sua própria miserabilidade total e inadequação diante de Deus.

    A identidade dos escribas e fariseus

    Como Ezra (Ed 7:12), o mais antigo grammateōn ( escribas ) foram encontradas somente entre os sacerdotes e levitas. Eles gravaram, estudado, interpretado, e muitas vezes ensinou lei judaica. Embora houvesse escribas entre os saduceus, a maioria estava associada com os fariseus

    Israel tinha dois tipos de escribas, civis e eclesiásticas. Os escribas civis funcionava um pouco como os notários, e estavam envolvidos em várias funções governamentais. Sinsai (Ed 4:8.). Próximos ensinamentos de Jesus no Sermão da Montanha, mostram que a primeira preocupação de Deus com o coração, com coisas como raiva, ódio e luxúria, e não apenas com as suas manifestações exteriores em assassinato e adultério (Mt 5:22, 27— 28). Hipocrisia não pode substituir para a santidade.

    Preocupação de Deus com cerimônia religiosa é o mesmo. Jesus é cedo para ensinar que, se, por exemplo, nossa doação, a nossa oração, e nosso jejum não são feitas a partir de um espírito humilde, amorosa, eles não contam para nada com Ele (6: 5-18). Ritual não pode substituir a justiça.

    Os escribas e fariseus eram orgulhosos de que eles tinham "se sentaram na cadeira de Moisés" (Mt 23:2).

    Parcial

    A justiça praticada pelos escribas e fariseus também ficou aquém da justiça de Deus, porque era parcial, lamentavelmente incompleto. Novamente Mateus 23 dá um exemplo: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça ea misericórdia e fidelidade" (v 23).. Esses líderes religiosos eram meticulosos em dizimar as menores plantas e sementes de seus jardins, no entanto, que não foi especificamente ordenado na lei. No entanto, eles tinham total desrespeito para mostrar justiça e misericórdia para com as outras pessoas e por ser fiel em seus corações a Deus. Eles eram muito mais preocupado em fazer, orações pretensiosos longas em público, mas não teve pudores sobre a tomada de casa de uma viúva longe dela (v. 14).

    Até certo ponto, esta segunda mal foi causado pelo primeiro. Eles ignorou coisas tais como a justiça, a misericórdia ea fidelidade, porque essas coisas são, essencialmente, os reflexos de um coração transformado. É impossível ser misericordioso, justo e fiel, sem uma mudança divinamente forjado. Nenhuma formalidade externa pode produzir isso.

    Citando palavras mordazes de Deus aos seus antepassados, Jesus lhes disse: "Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens Negligenciar o mandamento de Deus, você mantém a tradição dos homens." (Marcos 7:7-8) . No entanto, eles se consideravam elite religiosa de Israel e os objetos de afeição especial de Deus.

    Redefinido

    De muitas maneiras, os escribas e fariseus eram como neoorthodox e teólogos liberais do nosso próprio dia. Eles levaram termos bíblicos e redefiniu-los de acordo com suas próprias perspectivas humanas e filosofia. Eles retrabalhado bíblicos ensinamentos, comandos e padrões para produzir variações de acordo com seus próprios desejos e capacidades.

    Mesmo comandos como "Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou santo" (Lv 11:44) eles não interpretado como uma chamada à pura atitude de coração, mas como uma exigência para realizar certos rituais. Eles sabiam que não podiam ser santo, da mesma forma que Deus é santo, e não tinha nenhum desejo de ser tão simplesmente mudaram o significado da santidade.

    Egocêntrico

    Não só foi a dos escribas e fariseus externos, parciais, e redefinido, mas também era completamente auto-centrada. Foi produzido por auto para efeitos de auto-glorificação. Acima de tudo, os líderes procurou ser auto-satisfeito, e seu sistema de religião foi projetado para melhorar a auto-satisfação, fornecendo maneiras de realizar, coisas vistosas externos sobre os quais eles podem se orgulhar e ter orgulho. Sua satisfação veio quando eles receberam aprovação e elogios dos homens.
    Em contraste, a pessoa piedosa é quebrado sobre seu pecado e chora sobre a condição perverso de sua vida interior, a injustiça que ele vê em seu coração e mente. Ele não tem absolutamente nenhuma confiança no que ele é ou no que ele pode fazer, mas anseia por justiça só Deus pode dar para fora de Sua misericórdia e graça.

    Mas a pessoa que é justo aos seus próprios olhos não vê necessidade de qualquer outra justiça, não há necessidade para a salvação, misericórdia, perdão, ou graça. Assim como seus antepassados ​​hipócritas não queria que a graça de Deus oferecida no Antigo Testamento, os escribas e fariseus do tempo de Jesus não queria que a graça do Messias agora oferecido. Eles queriam governar suas próprias vidas e determinar seus próprios destinos e não estavam dispostos a submeter-se a um rei que quis governar o seu interior, bem como suas vidas exteriores. "Não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, eles não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm 10:3).. Quando o interior é bonito, beleza exterior é adequado; mas sem beleza interior, exterior adorno é fingimento e sham.

    Deus sempre se preocupou em primeiro lugar com a justiça interior. Quando Samuel estava pronto para ungir filho mais velho de Jessé, Eliabe, para ser o sucessor de Saul, o Senhor disse: "Não olhe para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque Deus não vê como vê o homem, O homem vê o exterior, porém o Senhor olha para o coração "(1Sm 16:7). Para ser qualificado para o reino de Deus, devemos ser tão santo quanto o próprio Rei. Esse padrão é tão infinitamente grande que até mesmo a pessoa mais hipócrita não ousaria pretensão de possuí-la ou ser capaz de alcançá-lo.

    A Retidão que Deus Dá

    Esta impossibilidade leva a pessoa sincera a se perguntar como um coração tão santo é obtido, para fazer a pergunta discípulos de Jesus um dia lhe perguntei: "Então, quem pode ser salvo?" (Mt 19:25). E a única resposta é a que Jesus deu naquela ocasião: "Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível" (v 26)..

    Aquele que exige justiça perfeita dá a perfeita justiça. Aquele que nos fala do caminho para o reino é mesmo assim. "Lam o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo 14:6). Para ser justificada, deve ser feito justo, e se tornarão justos por Cristo é o único caminho para se tornar justos.

    "Mas agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, tendo o testemunho da Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem" (Rom. 3: 21-22). A fé sempre foi o caminho de Deus para a justiça, a verdade de que os escribas e fariseus, os especialistas sobre o Antigo Testamento, deveria ter sabido que todas as outras pessoas. Como Paulo lembrou aos seus leitores judeus em Roma, "Para o que diz a Escritura" E Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça "?" (Rm 4:3.). Foi também apenas pela fé que Noé encontrou a salvação (v. 7).

    "Porque, se pela ofensa de um só [isto é, Adão], a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo" (Rm . 5:17). "Assim como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor" (v. 21).

    A justiça de Deus exige, Deus também dá. Ele não pode ser merecida, ganhou, ou realizado, mas só aceitou. Oferecendo-se para o pecado, Cristo "condenou o pecado na carne, a fim de que a exigência da lei se cumprisse em nós" (Rom. 8: 4-5). Deus deu o padrão impossível e, em seguida, mesmo providenciou o seu cumprimento.

    O escritor de romanos tinham consideravelmente mais pretensão de justiça feita pelo homem do que a maioria dos escribas e fariseus a quem Jesus falou. "Se alguém tem uma mente que confiar na carne, eu muito mais", escreveu Paulo; "Circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei , fui irrepreensível "(Fp. 3: 4-6).

    Mas quando o apóstolo foi confrontado pela justiça de Cristo, ele também foi confrontado por seu próprio pecado. Quando viu o que Deus tinha feito por ele, ele viu que o que ele tinha feito por Deus era inútil. "Todas as coisas que para mim era lucro, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, a fim de que eu possa ganhar a Cristo, e pode ser encontrado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé "(vv. 7-9).

    Para aqueles que confiam nEle, Cristo tornou-se "a nós por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (1Co 1:30). Quando Deus olha para imperfeitos, crentes pecadores, ele vê seu perfeito, inocente Filho. Nós nos tornamos "participantes da natureza divina" (2Pe 1:4) que a nova auto justos está em uma batalha com o pecado. Mesmo assim, somos justos em nossa posição diante de Deus em Cristo, e ter a nova capacidade de agir com retidão.

    Se até mesmo o direito próprio de Deus sozinho não pode fazer uma pessoa justa, quanto menos o homem pode-made tradições fazê-lo? Aqueles que insistem em vir para Deus em sua própria maneira e em seu próprio poder nunca irá alcançá-Lo; eles não entrarão no reino dos céus . Nenhuma igreja, nenhum ritual, nenhuma obra, nenhuma filosofia, nenhum sistema pode trazer uma pessoa para Deus. Aqueles que, através de uma igreja, por meio de um culto, ou simplesmente através de seus próprios padrões pessoais, tentar trabalhar o seu caminho para a graça de Deus não sabem nada do que Sua graça é sobre.

    É trágico que muitas pessoas hoje, como os escribas e fariseus, vai tentar alguma maneira de Deus, mas a Sua maneira. Eles vão pagar qualquer preço, mas não vai aceitar o preço que pagou. Eles vão fazer qualquer trabalho para ele, mas eles não vão aceitar a obra consumada do Seu Filho para eles. Eles vão aceitar qualquer presente de Deus, exceto o dom da Sua salvação gratuita. Tais pessoas são religiosas, mas não regenerado, e eles não entrarão no reino dos céus .

    "Eu não estou definindo a lei de Deus de lado", disse Jesus. "Vou defender a lei de Deus, e eu vou tira-lo de todas as cracas de tradição feita pelo homem com o qual ele foi incrustadas. Vou restabelecer sua preeminência, a sua permanência, e sua pertinência. Vou reafirmar o propósito que Deus tinha para ele desde o início: para mostrar que cada pessoa é um pecador e é incapaz de cumprir a lei Quem abaixa os padrões a um nível que ele. Pode cumprir serão julgados pela lei de Deus e excluídos da graça de Deus ".

    26. A Atitude por Tras dos Atos (Uma Visão Geral de Mateus 5:21-48)

    Veja também:
    27. Quem é o assassino? (5: 21-26)
    28. Quem é um adúltero? (5: 27-30)
    29. divórcio e novo casamento (5: 31-32)
    30. A Gap Espiritual Credibilidade (5: 33-37)
    31. Olho por olho (5: 38-42)
    32. Amai os vossos inimigos (5: 43-48)

     

    Desde o início do Sermão da Montanha Jesus se concentra no interior, sobre o que os homens são como em suas mentes e corações. Esse é o principal impulso de Mateus 5:21-48, como o Senhor enfatiza novamente os padrões divinos para viver em seu reino, os padrões divinos já dadas na lei do Antigo Testamento, em contraste com a tradição judaica.

    Ao contrário do que a justiça externa, superficial, e hipócrita que tipificou os escribas e fariseus, a justiça que Deus requer é antes de tudo interno. Se ele não existir no coração, ela não existe em tudo. Apesar de ter sido esquecido ou negligenciado pela maioria dos judeus da época de Jesus, que a verdade foi apresentado a eles em todo o Antigo Testamento.

    Salomão orou: "ouve no céu lugar da tua habitação, e perdoa, agir e retribuirá a cada um conforme todos os seus caminhos, cujo coração Tu sabes, pois somente Tu conheces os corações de todos os filhos dos homens" (1Rs 8:39). No último livro da Bíblia, o Senhor adverte a igreja em Tiatira: "Eu sou aquele que sonda as mentes e os corações; e darei a cada um de vós segundo as suas obras" (Ap 2:23). Comportamento externo direito apenas agrada quando corresponde a atitudes internas direita e motivos. "Estou consciente de nada contra mim", disse Paulo, "mas não estou por esta absolvido;. Mas o que me examina é o Senhor, pois, não ir em julgar antes do tempo, mas esperar até que venha o Senhor, que não só trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações dos homens; e, em seguida, o louvor de cada homem virá a ele de Deus "(1 Cor 4: 4-5.).

    As boas ações presumidos dos escribas e fariseus orgulhosos auto-glorying não veio de as atitudes do coração Jesus diz que são característicos de cidadãos do Reino: a pobreza de espírito luto 'sobre o pecado, a mansidão, a fome e sede de justiça, e assim por diante (vv. 3-12).
    Porque Jesus sabia que seus ouvintes, especialmente os líderes religiosos hipócritas e de auto-satisfação, não poderia entender o que ele estava dizendo, ele dedicou grande parte desse sermão de expor os princípios defeituosos e motivações do sistema legalista que tinha substituído do próprio Deus Palavra revelada.
    Jesus usou a frase "Vocês ouviram o que os antigos foram informados", ou similar, para introduzir cada um dos seis ilustrações corretivas Ele dá nesta parte do seu sermão (ver vv. 21, 27, 31, 33, 38, 43). A frase faz referência a rabínica, o ensino tradicional, e em cada ilustração Jesus contrasta que o ensino humana com a divina Palavra de Deus. Os exemplos mostram maneiras em que a justiça de Deus supera a dos escribas e fariseus (conforme v 20).. Eles lidam com os temas específicos de assassinato, o pecado sexual, o divórcio, falando a verdade, retaliação, e amar os outros. No entanto, todos eles ilustram o mesmo princípio básico, o princípio Jesus diz que deve ser aplicado a todas as áreas da vida: a justiça é uma questão do coração.
    Jesus não está modificando a lei de Moisés, o ensinamento dos Salmos, os padrões dos profetas, ou qualquer outra parte da Escritura. A essência do que ele acabou de dizer nos versículos 17:20 é (1) que o seu ensino está firmemente de acordo com toda a verdade, mesmo cada palavra, do Antigo Testamento "e (2) que as tradições religiosas judaicas não o fez .

    Nos seis ilustrações encontradas nos versículos 21:48, Jesus primeiro refere-se a dois dos Dez Mandamentos, em seguida, a dois princípios mais gerais na lei de Moisés, e, finalmente, para os dois grandes princípios da misericórdia e amor. Assassinato e ofertas adultério com as questões fundamentais de preservação individual e social. Proteção da vida é a base do bem-estar individual e protecção do casamento é a base do bem-estar social. Divórcio e dizer a verdade envolve uma área mais ampla das relações sociais, e da misericórdia e do amor uma área maior ainda. As ilustrações passar da proteção de cada vida humana ao amor de toda a vida humana, incluindo os inimigos. Juntas, essas ilustrações afirmar que todas as áreas de nossas vidas deve ser caracterizado e medido pelo padrão perfeito de Deus da justiça interior.
    Patrick Fairbairn escreveu,
    Na revelação da lei havia um substrato de graça reconhecido nas palavras que prefaciou o dez mandamentos e promessas de graça e bênção também misturados com as proibições de popa e injunções que a constituem. E assim, inversamente, no Sermão da Montanha ", enquanto ele dá graça a prioridade eo destaque, [tal como no bem-aventuranças], é longe de excluir o aspecto mais grave de caráter e governo de Deus. Mal, de fato, teve a graça derramada em si diante de uma sucessão de bem-aventuranças, que surgem as exigências severas da justiça e do direito (Citado em Arthur Rosa, Uma Exposição do Sermão da Montanha [Grand Rapids: Baker, 1950], p . 67)

    A frase "Os antigos disseram" também poderia ser traduzida como "os antigos disseram, ou dito." Em primeira instância, a implicação seria que os antigos foram informados por Deus, caso em que Jesus estaria se referindo a Palavra revelada de Deus. Isso não pode ser, porque Ele contrasta Seu ensinamento, o ensinamento de Deus, com aquela dos antigos. For Him contradizer a Palavra de Deus de forma alguma seria totalmente fora de questão, tendo em conta os versículos 17:19. Na segunda prestação a implicação é que as idéias dos antigos ensinadas eram principalmente de sua própria concepção. Essa deve ser a abordagem correta.
    Jesus habitualmente referido as Escrituras por frases como "Moisés ordenou," "disse o profeta Isaías", "está escrito", e tal. Aqui Suas palavras são muito mais geral e, portanto, não pode se referir diretamente ao Antigo Testamento. Ele mostra que, «mesmo em relação aos mandamentos bíblicos específicos contra o assassinato e adultério, sua tradição estava em desacordo com a Escritura Sagrada, que revela que a principal preocupação de Deus sempre tem sido para a pureza interior, e não simplesmente para fora de conformidade.
    Fairbairn novamente observa: "Os escribas e fariseus de que idade tinha invertido completamente a ordem das coisas. A sua carnalidade e farisaísmo os levou a exaltar os preceitos respeitando observâncias cerimoniais ao lugar mais alto e lançar os deveres inculcados nos dez mandamentos comparativamente com o fundo "(apud Rosa, uma exposição sobre o Sermão da Montanha , p. 69).

    Os rabinos das gerações passadas eram frequentemente chamados de "pais da antiguidade", ou "os homens de há muito tempo", e é a eles que "os antigos" (21 vv.,
    33) se refere. Jesus estava contrastando Seu ensino e o verdadeiro ensinamento do Antigo Testamento próprias Escrituras, com as tradições escritas e orais judaicas que se acumularam ao longo dos últimos várias centenas de anos e que tiveram tão terrivelmente pervertida revelação de Deus.
    Como Martyn Lloyd-Jones apontou, a condição do judaísmo na época de Cristo era muito parecido com o da igreja no início do século XVI. As Escrituras não foram traduzidas para as línguas dos povos. A liturgia, a oração, a leitura da Bíblia, e até mesmo a maioria dos hinos e hinos eram em latim, que nenhuma das pessoas comuns sabia ou compreendido. Quando um padre deu um sermão ou homilia, o povo não tinha nada para se julgar o que ele disse. Eles não tinham idéia quanto à possibilidade ou não a sua mensagem era bíblica, ou mesmo se deve ou não ser bíblico era importante. A Bíblia ensina que a igreja disse que ensinou. A Igreja, portanto, colocado sua própria autoridade sobre o da Escritura (ver Estudos no Sermão da Montanha [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 1: 212).

    Ao longo dos séculos, a Igreja Católica Romana tinha desenvolvido um sistema de religião que partiu mais e mais das Escrituras. Era um sistema que o homem comum não tinha como investigar ou verificação. A maior contribuição da Reforma Protestante foi dar a Bíblia ao povo em sua própria língua. É colocar a Palavra de Deus nas mãos do povo de Deus. Era a verdade das Escrituras, que trouxe luz à Idade Média e, consequentemente, um fim à Idade das Trevas.
    De uma forma menos radical dos judeus do tempo de Jesus havia se separado de suas Escrituras. Durante e depois do exílio a maioria dos judeus perderam a utilização da língua hebraica e tinha vindo a falar aramaico, uma língua semítica relacionada com o hebraico. Peças de Esdras, Jeremias e Daniel foram originalmente escritos em aramaico, mas o resto do Antigo Testamento era em hebraico. A Septuaginta, uma edição grega do Antigo Testamento, tinha sido traduzido alguns 250 anos antes. Mas apesar de ter sido amplamente utilizado por judeus em todo o Império Romano, a Septuaginta não foi usado ou compreendida pela maioria dos judeus na Palestina. Além disso, cópias das Escrituras eram volumosos, caros e longe do alcance financeiro da pessoa média. Portanto, quando o texto hebraico foi lido e exposto nos serviços da sinagoga, a maioria dos adoradores entendido pouco do texto e, conseqüentemente, não tinha base para julgar a exposição. Seu respeito para os rabinos também os levou a aceitar o que esses líderes disseram.

    Após o retorno do exílio na Babilônia, quando Esdras e outros ler publicamente a partir da lei de Moisés, eles tiveram que traduzir "para dar a sensação de modo que eles [o povo] entendesse a leitura" (Ne 8:8).

    Entre as partidas mais incríveis de Jesus do ensino tradicional eram sua insistência de que tradição e Escritura estavam em conflito e que a justiça interior, e não a forma externa, é a característica central e necessária de um relacionamento correto com Deus.
    Em seu Institutes (Library da Cristão Classics, Vol. 1, p. 372), João Calvino escreveu:

    Vamos concordar que a vida do homem da lei é moldada não só com a honestidade para fora, mas para dentro e justiça espiritual. Embora ninguém pode negar isso, muito poucos devidamente notar isso. Isso acontece porque eles não olham para o Legislador por cujo personagem a natureza da lei é para ser apreciada. Se algum rei por decreto proíbe a prostituição, assassinato ou roubo, eu admito que um homem que não comete tais atos não serão vinculados pela penalidade. Isso porque a competência do legislador mortais se estende apenas à ordem política externa. Mas Deus, que tem os olhos nada escapa e que não se preocupa muito com a aparência exterior como com pureza de coração, proíbe não só a prostituição, assassinato e roubo, mas a luxúria, a ira, o ódio, cobiça e do engano. Para uma vez que Ele é um Legislador espiritual, Ele fala não inferior à alma do que ele faz para o corpo.
    Cinco princípios básicos resumir a ideia central de 5: 21-48. O primeiro princípio é que o espírito da lei é mais importante do que a letra. A lei não foi dada como um conjunto mecânico de regras pelas quais os homens em seu próprio poder poderão reger a sua vida fora. Foi dado como um guia para o tipo de personagem que Deus requer.
    O segundo princípio é que a lei é positiva, bem como negativa. Sua Proposito não é apenas para evitar tanto interior e exterior pecado, mas para promover tanto interno quanto externo justiça.
    O terceiro princípio é que a lei não é um fim em si mesmo. Seu objetivo mais profundo vai além purificando a vida do povo de Deus. Sua Proposito suprema é glorificar a Deus.
    O quarto princípio é que só Deus é qualificado para julgar os homens, porque só Ele pode julgar o coração dos homens. Somente o Criador tem o direito ea capacidade de julgar os mais profundos funcionamento interno de suas criaturas.
    O quinto princípio é que cada ser humano é ordenado a viver de acordo com o padrão divino perfeito para que os pontos da lei. Porque esse comando é impossível para o homem a cumprir, o próprio Deus providenciou cumprimento por meio de Seu Filho, Jesus Cristo. O Demander da justiça também é o Doador da justiça; Legislador também é o Redentor.

    27. Quem é o assassino? (Mateus 5:21-26)

    Você já ouviu falar que os antigos disseram: "Você não matarás" e "Quem comete homicídio será responsável perante o tribunal." Mas eu vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão será réu perante o tribunal; e quem disser a seu irmão, "Raca" será culpado perante o tribunal supremo; e quem lhe disser: "Insensato", será culpado o suficiente para ir para o inferno de fogo. Se, portanto, você está apresentando a sua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a sua oferta ali diante do altar, e seguir o seu caminho; primeiro reconciliar-se com seu irmão e, em seguida, vir e apresentar sua oferta. Fazer amigos rapidamente com o seu adversário na lei, enquanto estás com ele a caminho, a fim de que o seu adversário não pode entregá-lo ao juiz, eo juiz ao oficial, e você poderá ser jogado na prisão. Em verdade vos digo a você, você não deve sair de lá, enquanto não pagares o último centavo. (5: 21-26)

    Primeiro crime do homem foi homicídio. "Ela surgiu quando eles estavam no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e matou-o" (Gn 4:8). Mas a primeira proibição específica de assassinato é encontrado mais tarde em Gênesis: "Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado, porque à imagem de Deus fez o homem" (9: 6). Aqui a pena por homicídio e a razão de sua gravidade são dadas. A pena era a morte para o assassino, ea razão para tal punição severa foi a de que o homem é feito à imagem de Deus. Para tirar a vida de um ser humano é a de assalto a sacralidade da imagem de Deus.

    O mandamento específico a que Jesus se refere aqui é do Decálogo, que cada judeu sabia. O comando "Não matarás" (Ex 20:13) não proíbe toda forma de matar um ser humano. O termo usado tem a ver com a morte da criminal, e de muitas contas e ensinamentos nas Escrituras, é claro que a pena capital, apenas a guerra, homicídio acidental, e auto-defesa são excluídos. O mandamento é contra a morte intencional de outro ser humano por razões puramente pessoais, o que quer que essas razões poderiam ser.

    Assim como Satanás é o pai da mentira e daqueles que rejeitam e se rebelam contra Deus, ele também é o assassino de origem (Jo 8:44). Os homens são-se responsáveis ​​por assassinatos que cometem, assim como eles são responsáveis ​​por todos os outros pecados; mas todo o pecado, incluindo cada assassinato, é inspirado no assassino would-be de Deus.

    Mesmo assim, não podemos culpar Satanás por nossos pecados, porque a natureza humana caída compartilha a presença do mal que Satanás personifica. Jesus disse que ele está fora do próprio coração de uma pessoa que "saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e calúnias" (Mt 15:19). Não pecamos simplesmente por causa de Satanás ou por causa de privação social, situações estressantes, más influências, ou qualquer outra causa externa. Essas coisas podem levar-nos a pecar e fazer pecar mais fácil, mas quando pecamos, ou mesmo a intenção de cometer o pecado, é porque nós decidimos pecado. O pecado é um ato de vontade. Quando em sua rejeição de Deus, os homens "não de ter conhecimento de Deus por mais tempo, Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para fazerem coisas que não são próprios, estando cheios de toda injustiça, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malícia, pois eles são bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, sem compreender, indigno de confiança, sem amor, sem misericórdia "(Rm. 1: 28— 31).

    "Há seis coisas que o Senhor odeia, sim, há sete que sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, um falso testemunha que profere mentiras, e aquele que se espalha contendas entre irmãos "(Prov. 6: 16-19). O assassinato é uma manifestação desprezível de um coração carnal. A gravidade do delito é visto em uma das últimas declarações da Palavra de Deus: "Fora do céu] são os cães, os feiticeiros, os imorais pessoas e os assassinos e os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira" (Ap 22:15).

    O Antigo e Novo Testamentos são preenchidos com os nomes dos assassinos. No Velho são Caim, Lameque, Faraó, Abimeleque, Joab, os amalequitas, Davi, Absalão, Zinri, Jezebel, Haziel, Jeú, Atalia, Joás, Manassés, e muitos outros. A lista Novo Testamento inclui Herodes, Judas, os sumos sacerdotes, Barrabás, Herodias e sua filha, e outros. A história bíblica, como a história da humanidade em geral, está cheia de assassinos.
    Os ouvintes de Jesus estavam cientes da prevalência e gravidade deste pecado. Sem dúvida, a maioria deles eram de pleno acordo com a pena capital para o crime e estavam convencidos de que eles eram inocentes de que o mal particular.
    Mas agora Jesus ataca essa auto-confiança através da cobrança de que ninguém é verdadeiramente inocente de assassinato, porque o primeiro passo para o assassinato é raiva. A raiva que está por trás de assassinato seguido de raiva que muitas pessoas pensam que não é realmente um pecado, é um dos piores dos pecados. Para um grau ou outro, faz todos os homens supostos assassinos.
    O ensinamento do Senhor sobre o assassinato, se o ato é cometido por fora ou não, afeta a nossa visão de nós mesmos, a nossa adoração a Deus, e nossa relação com os outros.

    O efeito sobre a nossa visão de nós mesmos

    Você já ouviu falar que os antigos disseram: "Você não matarás" e "Quem comete homicídio será responsável perante o tribunal." Mas eu vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão será réu perante o tribunal; e quem disser a seu irmão, "Raca" será culpado perante o tribunal supremo; e quem lhe disser: "Insensato", será culpado o suficiente para ir para o inferno de fogo. (5: 21-22)

    O primeiro efeito das palavras de Jesus é para quebrar a ilusão de auto-justificação. Como a maioria das pessoas ao longo da história, os escribas e fariseus pensaram que, se houvesse qualquer pecado de que eles não eram claramente culpado foi assassinato. Qualquer outra coisa que eles podem ter feito, pelo menos eles tinham assassinato nunca cometeu.

    Segundo a tradição rabínica, e às crenças de muitas culturas e religiões, o assassinato é estritamente limitada ao ato de tomar fisicamente a vida de outra pessoa. Jesus já tinha avisado que a justiça de Deus supera a dos escribas e fariseus (20 v.). Como os escolhidos depositários da Palavra de Deus (Rm 3:2. Mas a pena judaica tradicional, todo aquele que comete assassinato será responsável perante o tribunal , ficou aquém do padrão bíblico de várias maneiras. Em primeiro lugar, ficou aquém porque não prescrever a pena bíblica da morte (Gn 9:6; etc.).A pena por homicídio tradicional era responsabilidade perante um tribunal civil, que aparentemente usou o seu próprio julgamento quanto à punição. Em segundo lugar, e mais importante, o caráter santo de Deus não foi sequer levado em consideração. Nada foi dito de desobediência à Sua lei de profanar Sua imagem em que o homem é feito, ou de seu papel na determinação e distribuição de julgamento. Em terceiro lugar nada foi dito sobre a atitude interior, a ofensa coração do assassino.

    Os rabinos, escribas e fariseus tinham confinado assassinato de ser uma questão meramente civis e tinha limitado a sua acusação a um tribunal humano. Tinham também limitou a sua mal ao ato físico. Ao fazê-lo, eles flagrantemente desconsiderado o que suas próprias Escrituras ensinou. Muito antes da época de Cristo, Davi reconheceu: "Eis que Adorares desejo verdade no íntimo, e no oculto Tu me fazer conhecer a sabedoria" (Sl 51:6.), mas com a da tradição rabínica. Ele estava dizendo, com efeito, "Deixe-me dizer o que as próprias Escrituras dizem, o que a verdade de Deus está sobre o assunto. Você não pode justificar-se porque você não ter cometido o ato físico de assassinato. Assassinato é muito mais profundo do que isso. Ela tem origem em o coração, e não nas mãos. Ela começa com os maus pensamentos, independentemente de haver ou não esses pensamentos são apresentadas a consumação em ação ".

    Aqui Jesus começa a apontar especificamente a inadequação da justiça em que os escribas, fariseus e muitos outros confiável. Porque sua visão de justiça era externo, a sua visão de si mesmos foi cortesia.Mas Jesus quebra que complacente justiça própria, começando com a acusação de que uma pessoa é culpada de assassinato, mesmo que ele está com raiva, odeia, maldições ou calunia outra pessoa. Em uma declaração que pode ter chocado os ouvintes mais do que qualquer coisa que Ele ainda havia dito, Jesus declara que uma pessoa culpada de raiva é culpado de assassinato e merece uma punição de um assassino.
    É possível para um modelo, cidadão cumpridor da lei para ser tão culpado de assassinato como qualquer pessoa no corredor da morte. É possível que uma pessoa que nunca esteve envolvido em tanto como uma briga de ter mais de um espírito assassino do que um assassino múltiplo. Muitas pessoas, nos sentimentos mais profundos de seus corações, têm raiva e ódio, a tal ponto que o seu verdadeiro desejo é para a pessoa odiada estar morto. O fato de que o medo, a covardia, ou por falta de oportunidade não lhes permitem tirar a vida dessa pessoa não diminui sua culpa diante de Deus. Na verdade, como o Senhor deixa claro nos seguintes três ilustrações de coração-assassinato, aqueles que desejam conscientemente a morte de outra pessoa não está livre de culpa.

    Todos raiva é assassinato incipiente. "Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino" (1Jo 3:15), fazendo que todos nós culpado, porque quem nunca odiou outra pessoa? À luz do contexto João usou o termo irmão no sentido de um irmão. Mas a ênfase de Jesus era mais amplo do que isso. A maioria dos que ouviram o Sermão do Monte não tinha a pretensão de fé em Cristo, e Ele usou irmão no sentido amplo étnica ou seja, qualquer outra pessoa judaica nessa cultura.

    Jesus desnuda todo vestígio de auto-justificação. Não somente Ele varrer todo o lixo da tradição rabínica, mas Ele também colocou de lado a auto-justificação que é comum a todos nós. Sua acusação é total.
    Na primavera de 1931 um dos mais notórios criminosos daquele dia foi capturado. Conhecido como Two-gun Crowley, que tinha brutalmente assassinado um grande número de pessoas, incluindo pelo menos um policial. Diz-se que quando ele finalmente foi capturado no apartamento de sua namorada depois de um tiroteio, a polícia encontrou uma nota manchada de sangue em cima dele que dizia: "Sob meu casaco é um coração cansado, mas um tipo um, um que faria ninguém mal nenhum. " Mesmo o pior dos homens tentam exonerar-se. Tal óbvia auto-engano como a de Crowley parece absurdo, mas isso é exatamente a atitude do homem natural tem de si mesmo. "Eu posso ter feito algumas coisas ruins", ele pensa ", mas no fundo eu não sou muito ruim."

    Em essência, essa foi a atitude hipócrita dos escribas e fariseus, como é de muitas pessoas hoje. Comparar-nos a um criminoso sanguinário nos faz parecer muito bom em nossas próprias mentes. Como o fariseu no templo, nos sentimos orgulhosos de que somos "não como as outras pessoas: vigaristas, injustos e adúlteros" (Lc 18:11). O que Jesus diz na presente passagem é que são exatamente como as outras pessoas. Mesmo se não tirar a vida de outra pessoa, mesmo que nunca agredir fisicamente outra pessoa, somos culpados de assassinato.

    Os sociólogos e psicólogos relatam que o ódio traz uma pessoa mais perto de matar do que qualquer outra emoção. E o ódio é apenas uma extensão da raiva. A raiva leva ao ódio, o que leva a assassinar, no coração, se não está no ato. Raiva e ódio são tão mortais que eles podem até mesmo virar para destruir a pessoa que os abriga.
    Ponto principal de Jesus aqui, e até o versículo 48, é que mesmo o melhor das pessoas, em seus corações, são pecadores e por isso estão no mesmo barco com o pior das pessoas. Não considerar o estado do nosso coração não é de considerar que o que o Senhor considera ser a medida mais importante da verdadeira culpa.
    No versículo 22, Jesus dá três exemplos que mostram a definição divina de assassinato: estar zangado com outra pessoa, dizendo Raca a ele, e chamando-o de idiota .

    O Mal e Perigo da Ira

    todo aquele que se encolerizar contra tem irmão será réu perante o tribunal. (5: 22a)

    Nós sabemos de outra Escritura, e de vida de Jesus, que Ele não proíbe toda forma de raiva. Foi em ira justa que Ele limpou o templo dos que contaminaram (João 2:14-17; Mateus 21:12-13.). Paulo nos diz para "estar com raiva, e ainda não pecar" (Ef 4:26.). Embora o princípio é muitas vezes abusado e mal aplicado, é possível ter a justa ira. A fidelidade a Cristo, por vezes, exigem.

    Em nossos dias de paz e harmonia a qualquer custo, do pensamento positivo, e de confundir o amor divino com sentimentalismo humano, que muitas vezes precisa mostrar mais raiva contra certas coisas. Há coisas em nosso país, as nossas comunidades, nossas escolas, e até mesmo em nossas igrejas sobre as quais não temos desculpa para não estar com raiva, vocalmente com raiva; Muitas das tendências da nossa sociedade, muitas das filosofias e normas para que os nossos filhos estão expostos, e algumas das filosofias e das normas dentro do evAngelicalalismo não bíblicas precisam ser desafiados com justa indignação, porque eles atacam o reino e glória de Deus. O próprio Deus é "zangado com o ímpio todos os dias" (Sl 7:11, NVI ).

    Mas Jesus não está falando sobre a raiva sobre Deus ser desonrado, mas a raiva em vez egoísta, raiva contra um irmão , quem quer que seja, porque ele fez algo contra nós, ou simplesmente irrita e nos desagrada. Orgizō (estar com raiva ) tem de fazer com ninhada, raiva latente que é nutrida e não tem permissão para morrer. Vê-se na realização de um rancor, na amargura latente que se recusa a perdoar. É a raiva que nutre ressentimentos e não quer reconciliação. O escritor de Hebreus identifica sua profundidade e intensidade como uma "raiz de amargura" (He 12:15).

    Essa raiva, Jesus diz, é uma forma de assassinato. A pessoa que nutre raiva será culpado perante o tribunal. Para ser culpado perante o tribunal civil, deveria ter sido ser culpado de assassinato e merecedor da pena de morte. Execução méritos raiva, porque o fruto da raiva é assassinato.

    O Mal e Perigo da Calúnia

    e quem disser a seu irmão ", Raca," será culpado perante o tribunal supremo. (5: 22b)

    Raca era um epíteto comumente usado nos dias de Jesus, que não tem equivalente moderno exata. Portanto, na maioria das versões da Bíblia, como aqui, é simplesmente transliterado. Um termo de abuso malicioso, escárnio, e calúnia, que foi por diversas vezes processado como idiota sem cérebro, homem de Belial, tolo bobo, cabeça vazia, cabeça-dura, e assim por diante. Era uma palavra de desprezo arrogante. Davi falou das pessoas que usam tais calúnias como aqueles que "afiar suas línguas como a serpente; veneno de víbora está nos seus lábios" (Sl 140:3.).

    A lenda judaica conta a história de um jovem rabino chamado Simão Ben Eleazar que tinha acabado de chegar de uma sessão com o seu famoso professor. O jovem sentiu um orgulho especial sobre como ele lidou-se perante o professor. Como ele se deliciava com os seus sentimentos de erudição, sabedoria e santidade, ele passou por um homem que era especialmente atraente. Quando o homem cumprimentou Simon, o rabino respondeu: "Você Raca! Como você é feio. São todos os homens de sua cidade tão feio quanto você?" "Isso eu não sei", respondeu o homem, "mas ir e dizer ao Criador que me criou como feio é a criatura que fez."

    Para difamar uma criatura feita à imagem de Deus é difamar o próprio Deus e é equivalente a assassinar essa pessoa. Desprezo, diz Jesus, é o assassinato do coração. A pessoa de desprezo será culpado perante o tribunal supremo, o Sinédrio, o conselho dos setenta que tentou os delitos mais graves e pronunciou as penas mais severas, incluindo a morte por apedrejamento (ver Atos 6:12-7: 60).

    O Mal Perigo e de condenar Carater

    e quem lhe disser: "Insensato", será culpado o suficiente para ir para o inferno de fogo. (5: 22c)

    Moros ( tolo ) significa "estúpido" ou "maçante" e é o termo da qual nós temos idiota. Foi por vezes utilizado na literatura grega secular de, uma pessoa sem Deus obstinado. Foi também possivelmente relacionado ao hebraico Mara , que significa "a se rebelar contra." Para chamar alguém Insensato foi acusá-los de ser tanto estúpido e sem Deus.

    As três ilustrações neste versículo mostrar graus crescentes de gravidade. Para ficar com raiva é o mal básico por trás do assassinato; difamar uma pessoa com um termo como Raca é ainda mais grave, porque ele é a expressão de que a raiva; e condenar o caráter de uma pessoa chamando-o de idiota é mais ainda caluniosa.

    Os Salmos duas vezes nos dizem que "o néscio no seu coração: Não há Deus" (Sl 14:1).

    Por causa do testemunho da Palavra de Deus, sabemos que os tolos da pior espécie existem. E é nossa obrigação de alertar aqueles que estão claramente em oposição à vontade de Deus que eles estão vivendo tolamente. Nós certamente não estão errados para mostrar a alguém o que a Bíblia diz sobre uma pessoa que rejeita a Deus. Proibição de Jesus é contra caluniosamente chamar uma pessoa um tolofora de raiva e ódio. Tal expressão de animosidade malicioso equivale a assassinato e nos torna culpado o suficiente para ir para o inferno de fogo.

    Geenna ( inferno ) é derivada de Hinom, o nome de um vale a sudoeste de Jerusalém usado como lixão da cidade. Era um lugar proibindo onde o lixo era continuamente queimado e onde o fogo, fumaça e mau cheiro nunca cessou. A localização foi originalmente profanado pelo Rei Acaz quando "ele queimou incenso no vale de Ben-Hinom, e queimou seus filhos no fogo, conforme as abominações das nações que o Senhor expulsara de diante dos filhos de Israel" (2 Cr . 28: 3). Isso ímpio rei tinha usado o vale para erguer um altar ao deus pagão Moloque, um altar no qual os próprios filhos, por vezes, foram oferecidos ao serem queimados vivos. Ele viria a ser chamado de "o vale da matança" (Jr 19:6, 16-17; conforme 58: 5-7. ). "Você vai roubar, assassinato e cometer adultério, e jurar falsamente, e oferecer sacrifícios a Baal, e andareis após outros deuses que não conheceram, então venha e fique diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e dizem: 'Somos livres'? " (Jer. 7: 9-10). Os judeus sabia, ou deveria saber, que Deus exigiu que estar dispostos a abandonar o ódio ea ser feita logo uns com os outros antes que eles pudessem estar bem com ele.

    A frase teu irmão tem alguma coisa contra ti , também pode se referir a raiva ou ódio por parte do irmão. Ou seja, mesmo que nada contra ele, se ele está irritado com ou odeia-nos, devemos fazer tudo ao nosso alcance para se reconciliar com ele. Obviamente, não podemos mudar o coração ou atitude de outra pessoa, mas o nosso desejo e esforço deve ser para fechar a brecha, tanto quanto é possível a partir de nosso lado e segurar nenhuma raiva de nós mesmos, mesmo que a outra pessoa faz.

    Independentemente de quem é responsável pela ruptura no relacionamento e muitas vezes não é culpa de ambos os lados, devemos determinar para fazer uma reconciliação antes de chegarmos diante de Deus para adoração. A verdadeira adoração não é reforçada por melhor música, melhor orações, melhor arquitetura, ou até melhor pregação. A verdadeira adoração é reforçada por um melhor relacionamento entre aqueles que vêm para o culto. Adoração pode ser melhorada por nossa ficar longe da igreja até que tenhamos feito as coisas certas com as pessoas com quem sabemos que a nossa relação é tensa ou quebrado.

    Quando há animosidade ou pecado de qualquer tipo em nosso coração não pode haver integridade em nossa adoração. Cerca de mil anos antes de Cristo pregou o Sermão da Montanha, o salmista declarou: "Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá" (Sl 66:18). Mesmo antes que Samuel disse: "Será que o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, eo atender do que a gordura de carneiros" (1Sm 15:22)

    Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometerás adultério"; mas digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela em seu coração. E se o seu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; Porque é melhor para você que uma das partes do seu corpo perecer, do que todo o teu corpo ser lançado no inferno. E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-o de ti; Porque é melhor para você que uma das partes do seu corpo perecer, do que todo o teu corpo ir para o inferno. (5: 27-30)

    Jesus continua a desmascarar o externalismo hipócrita tipificado pelos escribas e fariseus, mostrando que a única justiça aceitável a Deus é a pureza do coração. Sem que a pureza, a vida exterior não faz diferença. Avaliação divina de Deus tem lugar no coração. Ele julga a fonte e origem do pecado, não sua manifestação ou a falta de manifestação. "Como [a pessoa] pensa consigo mesmo, assim ele é" (Pv 23:7). Em ambos os casos, a tradição judaica foi baseada na lei de Moisés, pelo menos superficialmente.

    O sexto mandamento protege a santidade da vida ea sétima a santidade do casamento. Aqueles que confiam na justiça externo quebrar ambos os mandamentos, porque em seus corações eles atacam a santidade da vida e da santidade do casamento, quer fazê-lo para o exterior ou não. Quando eles estão com raiva ou ódio, eles cometem assassinato. Quando eles cobiçar sexualmente, eles cometem adultério.E quando o fazem nenhuma dessas coisas, eles escolhem a desprezar a lei de Deus e do nome de Deus (ver Ex 20:14;.. Lv 20:10;. Dt 5:18).

    A raiva e desejo sexual são duas das mais poderosas influências sobre a humanidade. A pessoa que dá a eles reinar vai logo descobrir que ele é mais controlada do que no controle. Cada pessoa tem experimentado tentação de raiva e ao pecado sexual, e cada pessoa tem em algum momento e em algum grau cedido a essas tentações. Devido a esse fato, cada pessoa é culpada diante de Deus de assassinato e adultério.

    Embora as tentações sexuais têm sido fortes desde a queda do homem, o nosso dia de permissividade e perversão trouxe um aumento nessas influências destrutivas que nenhuma sociedade na história teve antes (ver 2Tm 3:13). O nosso é um dia de indulgência desenfreada paixão sexual. Pessoas propagar, promover e explorá-lo através dos meios mais poderosos e penetrante já conhecidos pelo homem.Parece ser o tema quase ininterrupta de entretenimento de nossa sociedade. Mesmo nos círculos acadêmicos e religiosos vemos seminários, livros, fitas e programas de todos os tipos que prometem melhorar o conhecimento sexual, experiência, liberdade e diversão.

    Mass media usa o sexo para vender seus produtos e de glamourizar seus programas. Crimes sexuais estão em máximos históricos, enquanto a infidelidade, o divórcio, e perversão são justificadas. O casamento, a fidelidade sexual, e pureza moral são desprezados, ridicularizado, e riu. Estamos preocupados com o sexo a um grau talvez nunca antes visto em uma cultura civilizada.

    Mas a filosofia do hedonismo sexual não é novidade para o nosso dia. Era comum na época do Novo Testamento, e Paulo enfrentou com força total em Corinto. Seu comentário "A comida é para o estômago eo estômago para os alimentos" (1Co 6:13 a ) expressa a noção grega comum que as funções biológicas são apenas funções biológicas e não têm significado moral. Era uma crença muitos dos crentes de Corinto tinha revertido, ou nunca tinha desistido, a fim de justificar sua má conduta sexual. Aparentemente, eles estavam discutindo, como fazem muitos hedonistas, hoje, que o sexo é simplesmente um ato biológico, não é diferente moralmente de comer, beber ou dormir. Mas Paulo refuta veementemente essa idéia, indo a dizer: "Deus vai acabar com os dois [ou seja, alimentos e do estômago] No entanto, o corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor;., E do Senhor é para o corpo "(v. 13 b ). O corpo é mais do que biológica, como juízo divino irá revelar. Para os cristãos é um membro de Cristo, templo do Espírito Santo, e pertence ao Senhor, e não para nós (15 vv., 19). É, portanto, para nunca mais ser usado para qualquer Proposito que desonra a Deus que fez e habita-lo. Os cristãos devem ter, mas uma resposta a sexual longe de duração tentação (v. 18).

    A mesma filosofia que corrompido Corinto é hoje engolindo a maioria da sociedade ocidental em um mar de excesso sexual e perversão. Em suas diversas formas, licença sexual está destruindo vidas física, moral, mental e espiritualmente. Ele está a destruir casamentos, famílias e até comunidades inteiras.
    Ao longo da história, alguns cristãos têm reagido às tentações e pecados sexuais de formas que não são bíblicas. Vendo o grande poder do desejo sexual e do grande dano a sua expressão desenfreada pode causar, eles têm, por vezes, concluiu que o sexo em si é mau e deve ser completamente condenado e evitado. Comumente referido hoje como a visão vitoriana que a filosofia foi prevalente muito antes da idade da rainha Victoria.
    Orígenes ( AD 185-254), um dos pendentes Pais da Igreja, foi assim condenado por seu próprio pecado, lendo Mateus 5:27-30, que ele próprio tinha castrado ( O Novo Dicionário Internacional da Igreja Cristã , ed Tiago D. . Douglas [nova edição; Grand Rapids, 1974, 1978]., p 733. Pedro Abelardo, um teólogo francês do século XII, viveu uma vida santa por muitos anos ele se apaixonou por uma jovem mulher (Heloise) e causou. ela engravidar. Para protegê-la e tentar corrigir o errado, ele se casou com ela. rumores prejudiciais tinham começado a circular, no entanto, e, ao invés de prejudicar a carreira de Abelardo ainda mais, Heloise entrou para um convento. Seu tio, com raiva de tudo o que tinha acontecido, os homens de invadir o quarto de Abelardo e castrá-lo contratado; Abelard então se juntou ao mosteiro de St. Denis ( Novo Dicionário Internacional da Igreja Cristã , p. 3).

    Mas escapismo geográfica, a mutilação física, ou qualquer forma de celibato forçado violar o propósito de Deus (ver He 13:4). E porque os nossos corpos pertencem a Cristo e são templos do Espírito Santo, eles não estão a ser abusada de alguma forma. Deus criou o sexo e dá-lo como uma bênção para aqueles que apreciam-lo dentro dos limites do casamento. Qualquer um que promove a abstinência de casamento na base de que toda a expressão sexual é mal está "dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios" (ver 1 Tim. 4: 1-3). Falando da relação de casamento, comandos Paulo, "O marido deve cumprir seu dever para com a sua mulher, e da mesma sorte a mulher ao marido .... Pare de privar um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo que você pode dedicar-se à oração, e se reúnem novamente para que Satanás não tentá-lo por causa de sua falta de auto-controle "(1Co 7:3). A expressão sexual não só é um privilégio emocionante, mas uma obrigação do casamento.

    No meio de uma advertência bíblica contra o adultério, os maridos são instruídos, "Deixe a sua fonte seja abençoado, e alegra-te com a esposa da sua juventude como uma corça amorosa, e gazela graciosa, deixe seus seios satisfazê-lo em todos os momentos;. Empolgados sempre com o seu amor "(Prov. 5: 18-19). O Cântico dos Cânticos é dedicado à beleza e maravilha do amor conjugal. Deus projetou e abençoado expressão sexual dentro do casamento, e para difamar ou denegrir que a expressão adequada por tais práticas como a castração ou o celibato forçado é tanto de uma perversão como fornicação, adultério ou homossexualidade.

    A solução para a impureza sexual não pode ser externa, porque a causa não é externo. Job proclamou: "Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou eu espreitava a porta do meu vizinho, que minha esposa moagem para outro, e outros se ajoelhar sobre ela Pois isso seria um crime luxurioso;. Além disso, seria ser uma iniqüidade punível por juízes "(31:9-11). Aquele antigo santo sabia que a infidelidade física é antes de tudo uma questão do coração, e que cobiça é tão pecaminoso aos olhos de Deus como o ato de adultério.

    A lei mosaica retrata o adultério como um dos mais desprezível e hediondo dos pecados, punível com a morte (Lv 20:10;.. Dt 22:22). Opondo-se fortemente o adultério, a tradição judaica parecia ser inteiramente bíblica. Quando os escribas e fariseus disseram a Jesus que Moisés ordenou-lhes que apedrejar a mulher apanhada no ato de adultério, eles estavam corretos (João 8:4-5). Jesus não tinha perdoado de seu pecado que ela teria apedrejamento merecia.

    Em todo o Novo Testamento, as proibições contra a imoralidade sexual são tão claras como as do Velho. "nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas" herdarão o Reino de Deus (1Co 6:9; Ap 2:22). "fornicadores e adúlteros, Deus os julgará" (He 13:4).

    Um ditado popular diz: "... Semeie um pensamento e colha um ato Semeie um ato e colhe um hábito Semeie um hábito e colha um caráter Semeie um caráter e colha um destino" Esse processo ilustra perfeitamente principal impulso de Jesus nesta passagem: Não importa onde termina, o pecado sempre começa quando um mau pensamento é semeada na mente e no coração.
    Embora Jesus aqui usa um homem como o exemplo, a condenação de pensamentos lascivos, bem como acções aplica-se igualmente às mulheres. As mulheres são igualmente suscetíveis ao olhar lascivo, e até mesmo para incitar os homens a luxúria. Como Arthur Rosa observa,
    Se olhar lascivo é tão grave pecado, então aqueles que se vestem e se expor com o desejo de ser olhado e cobiçou ... não são menos, mas talvez mais culpado. Nesta questão não é apenas muitas vezes o caso de que os homens, mas as mulheres pecam tentá-los a fazê-lo. Como é grande, então, deve ser a culpa de a grande maioria dos acidentes modernos que deliberAdãoente procuram despertar as paixões sexuais de homens jovens. E quanto maior ainda é a culpa de a maioria de suas mães para que os mesmos sejam sedutoras lascivos. ( Uma Exposição do Sermão da Montanha . [Grand Rapids: Baker, 1974], p 83)

    Jó disse: "Eu fiz um pacto com os meus olhos;. Como então eu poderia olhar para uma virgem ... Se meus passos se têm desviado do caminho, ou o meu coração seguiu meus olhos, ou se qualquer local foi preso às minhas mãos, deixe— me semear e outro coma, e deixar minhas colheitas ser desenraizadas "(31:1.). Paulo exortou Timóteo a "fugir das paixões da mocidade" e cultivar um "coração puro" (2Tm 2:22).

     

    Como Jó, portanto, temos de fazer um pacto com o nosso olhos e com todas as outras partes de nossos corpos, mentes e espíritos-shun luxúria e buscar a pureza.

    A Libertação

    E se o seu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; Porque é melhor para você que uma das partes do seu corpo perecer, do que todo o teu corpo ser lançado no inferno.E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-o de ti; Porque é melhor para você que uma das partes do seu corpo perecer, do que todo o teu corpo ir para o inferno. (5: 29-30)

    Aqui Jesus aponta o caminho para a libertação do pecado coração. À primeira Seu conselho parece incongruente com o que Ele acaba de ser dito. Se o problema está no coração, o que é bom arrancar um olho ou cortar uma mão? Se o olho direito foram perdidos, a esquerda vai continuar a olhar com intenção impura, e se a mão direita foram cortadas, a esquerda ainda permaneceria para realizar atos pecaminosos.

    Obviamente, Jesus está falando em sentido figurado dessas coisas, físicas ou não, que fazem com que sejamos tentados ou tornar-nos mais suscetíveis à tentação. Na cultura judaica, o olho direito e mão direita representada melhores e mais preciosas faculdades de uma pessoa. O olho direito representou o melhor de visão e melhores habilidades da uma mão direita. A lição de Jesus é que devemos estar dispostos a desistir de tudo o que for necessário, até mesmo as coisas mais queridas que possuímos, se fazendo que ajudará a proteger-nos do mal. Nada é tão valioso quanto para valer a pena preservar à custa da justiça. Esta mensagem forte não é, obviamente, deve ser interpretado de forma de madeira, literal, para que o Senhor parece estar defendendo a mutilação. Mutilação não vai purificar o coração. A intenção dessas palavras é simplesmente para pedir dramático rompimento dos impulsos pecaminosos em nós, que nos empurram para a ação do mal (conforme Mateus 18:8-9.).

    Skandalizō significa, basicamente, para causar a cair, mas em sua forma substantiva, como aqui ( faz tropeçar ... ), ele foi muitas vezes utilizado da vara isca que a armadilha quando um animal toca.Qualquer coisa que moralmente ou espiritualmente nos aprisiona, que nos leve a cair em pecado ou para ficar em pecado, deve ser eliminado de forma rápida e totalmente. Por exemplo, uma pessoa casada está se apaixonando por alguém além de seu cônjuge está errado. A relação pode ser mutuamente agradável e considerado gratificante, cumprindo, e bonito. Mas é totalmente pecaminosa e deve ser imediatamente cortados. O que é uma relação pura e verdadeiramente belo entre os cônjuges é moralmente feio e repugnante a Deus quando ele é compartilhado entre um homem e uma mulher se um ou ambos são casados ​​com alguém.

    A mensagem desta declaração hiperbólica de nosso Senhor é claramente que o pecado deve ser tratado radicalmente. Paulo disse: "Eu buffet meu corpo e faço dele meu escravo, para que possivelmente, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado" (1Co 9:27). Se nós não conscientemente e propositAdãoente controlar o que está ao nosso redor, para onde vamos, o que fazemos, o que assistir e ler, a companhia que temos, e as conversas que temos, então essas coisas vão nos controlar. E o que nós não podemos controlar devemos descartar sem hesitação.

    Obviamente se livrar de influências nocivas não vai mudar um coração corrompido em um coração puro. Atos externos não pode produzir benefícios internos. Mas, assim como o ato externo de adultério reflete um coração que já é adúltera, o ato externo de abandonar tudo o que é prejudicial reflete um coração que tem fome e sede de justiça. Esse ato exterior é uma protecção eficaz, porque vem de um coração que busca fazer a vontade de Deus, em vez do seu próprio.
    Assim como Orígenes, Santo Antônio tentou escapar imoralidade e luxúria, separando-se do resto da sociedade. Ele se tornou um eremita no deserto do Egito, onde viveu em situação de pobreza e privação de 35 anos. No entanto, por seu próprio testemunho que ele nunca foi libertado em todo esse tempo de os cuidados e tentações buscou escapar. Porque o seu coração ainda estava no mundo que não podia escapar do mundo, e ele rapidamente descobriu que Satanás, o deus deste mundo, não teve dificuldade de encontrá-lo no deserto (William Barclay, O Evangelho de Mateus , 2 vols. [Filadélfia : Westminster, 1956], 1: 146-47).

    Jesus novamente estabelece os padrões impossíveis de Sua justiça reino. Todas as pessoas são assassinos e adúlteros. Muitos não percebem que eles são por causa da sutileza do pecado e seu efeito ofuscante sobre a mente. Jesus não sugerem que os escribas e fariseus, ou qualquer outra pessoa, poderia livrar-se do propensão para o pecado. Como sempre, a impossibilidade de que Ele estabelece tem um duplo objectivo: fazer com que homens e mulheres desespero de sua própria justiça e buscar Sua. Remédio do Senhor para um coração perverso é um coração novo, e sua resposta para o nosso desamparo é Sua suficiência.
    A história é contada de que, durante a Guerra Civil uma bela jovem, altamente qualificados, e popular caiu na prostituição. Até o momento ela tinha vinte e dois anos de idade, ela estava sem amigos, quebrado, e estava morrendo em um hospital em Cincinnati. Pouco antes de morrer em um dia frio de inverno, ela escreveu um poema lamentando sua vida. O poema foi publicado em um jornal do dia seguinte e logo chamou a atenção simpático de milhares em todo o país. O poema terminou com as linhas:

    Desmaio, congelamento, morrendo sozinho, 
    muito mau para a oração,

    Muito fraco para um gemido de ser ouvido 
    nas ruas da cidade louca

    Enlouquecido na alegria 
    da neve caindo.

    Para encontrar-se, e para morrer, 
    na minha terrível desgraça,

    Com uma cama e um manto 
    de neve bonito

    Algum tempo depois, um verso foi adicionado por outra caneta.
    Helpless e frágil como a neve pisoteada 
    Pecador desespero não, Cristo stoopeth baixo

    Para resgatar a alma que se perde no seu pecado, 
    e elevá-la à vida e prazer novamente.

    Gemendo, sangrando, morrendo por ti, 
    O Crucificado pendurado, fez uma maldição sobre a árvore.

    Seus toques de misericórdia cair suave no teu ouvido. 
    Existe misericórdia para mim? Ele vai ouvir a minha oração?

    Ó Deus! na corrente de que, para os pecadores Acaso fluir, 
    lava-me e ficarei mais alvo do que a neve

    (A. Nainsmith, 1200 Notes, Quotes, e anedotas. [Chicago: Moody, 1962], p 184)
    Muitos homens e mulheres vão para o inferno para sempre por causa da decepção de hipócrita religião. A ilusão de que o pecado é apenas um problema externo é condenável.

    29 . O divórcio e Novo casamento (Mateus 5:31-32)

    E foi dito, "Quem repudiar sua mulher, dê-lhe um certificado de demissão"; mas digo-vos que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e quem se casar com a repudiada comete adultério. (5: 31-32)

    As muitas idéias confusas e conflitantes em nossos dias sobre o ensino bíblico sobre o divórcio não são causados ​​por qualquer deficiência na revelação de Deus, mas pelo fato de que o pecado tem obscurecido a mente dos homens à simplicidade straightfoward do que Deus disse. Quando as pessoas lêem a Palavra de Deus através das lentes de seus próprios preconceitos ou disposições carnais, um quadro confuso e perplexo é o único resultado possível. A confusão não é com Deus, mas com o homem.
    Médico britânico Davi Graham Cooper, em seu livro O Morte da O Familia (New York: Pantheon, 1
    970) sugere que a melhor coisa que a sociedade poderia fazer é abolir a família completamente. Ele afirma que é o principal dispositivo de condicionamento para a visão ocidental do mundo imperialista. Um defensor da libertação das mulheres, Kate Millet, mantém em seu livro Política Sexual (New York: Doubleday, 1970; Ballantine, 1978). "A unidade familiar deve ir, pois é a família que tem oprimido e mulheres escravizados" que Cidade após cidade e da legislação, mesmo alguns estados estão de passagem, que concede aumento dos direitos aos homossexuais. De cada lado da família está sendo atacada diretamente ou indiretamente prejudicada.

    No entanto, o famoso psiquiatra de Harvard Medical School Armand Nicoli diz que
    certas tendências predominantes hoje a incapacitar a família, destruir a sua integridade, e fazer com que os seus membros a sofrer tais conflitos emocionais debilitantes que eles se tornem um fardo insuportável para a sociedade. Se qualquer um fator influencia o desenvolvimento do caráter e estabilidade emocional de um indivíduo, é a qualidade do relacionamento que ele ou ela experimenta como uma criança com ambos os pais. Por outro lado, se as pessoas que sofrem de doença emocional nonorganic grave têm uma experiência em comum, que é a ausência de um dos pais, por sua morte, divórcio, ou alguma outra causa. Inacessibilidade dos pais, seja fisicamente, emocionalmente, ou ambos, podem influenciar profundamente a saúde emocional de uma criança. ("A Família fraturado: Após examinar o futuro," Christianity Today , 25 de maio de 1979)

    Dr. Nicoli identifica seis tendências ou situações que são o mais destrutivo da família. Eles incluem mães de crianças pequenas que trabalham fora de casa, movimentos familiares freqüentes, a invasão da televisão, a falta de controle moral na sociedade, e falta de comunicação dentro de casa. Mas ele diz que, de longe, a principal causa de problemas emocionais e do grande prejuízo para a família é o divórcio."A tendência de divórcio rápido e fácil, e a taxa de divórcio crescente, sujeitos cada vez mais crianças a física e emocionalmente pais ausentes." Se a tendência não for revertida, diz ele, "a qualidade de vida da família vai continuar a deteriorar-se, produzindo uma sociedade com uma maior incidência de doenças mentais do que nunca."
    Os efeitos nocivos do divórcio em crianças, os pais e, na família e na sociedade como um todo seria motivo mais do que suficiente para se preocupar com o problema. Mas a tragédia suprema do divórcio é que ela viola a Palavra de Deus.
    Em muitas igrejas, os problemas do divórcio e novo casamento são minimizados ou ignorados. Normas e políticas da Igreja ou não existem ou são acomodados aos caprichos da congregação. Muitas vezes, quando esses problemas são enfrentados, eles não são tratados em uma base bíblica firme. Muitos líderes da igreja admitir não ter compreensão clara do que a Bíblia ensina precisamente sobre o certo e do errado do divórcio.

    Apenas quatro interpretações básicas dos dados bíblicos sobre divórcio e novo casamento são possíveis, e todos os quatro são encontrados, a ser realizada em vários círculos cristãos. A visão mais estrita é que o divórcio não é permitido em nenhuma circunstância ou por qualquer motivo. A posição contrária sustenta que tanto o divórcio e novo casamento são permitidos por qualquer motivo ou nenhum. Os outros dois pontos de vista situar-se entre esses extremos. Uma delas é que o divórcio é permitido sob certas circunstâncias, mas o novo casamento nunca é permitido. A outra é que tanto o divórcio e novo casamento é permitido sob certas circunstâncias.

    A Bíblia, é claro, realmente ensina apenas uma dessas quatro possibilidades, e que a visão é ensinado por Jesus em Mateus 5:31-32. Como muitas pessoas hoje em dia, os judeus da época de Jesus, que se caracteriza pelos escribas e fariseus, havia desenvolvido suas próprias normas para o divórcio e novo casamento, que ensinou como os padrões de Deus. Nesta passagem, Jesus continua a corrigir as doutrinas errôneas e práticas das tradições rabínicas e substituí-los com a verdade.

    O ensinamento dos escribas e fariseus

    E foi dito: "Quem repudiar sua mulher, dê-lhe um certificado de demissão." (5:31)

    Foi dito continua a referir-se a "os antigos" mencionados no versículo 21, os rabinos e escribas que tinha desenvolvido as tradições judaicas comumente aceitos nos últimos séculos, principalmente durante e após o Exílio babilônico. Este é o caminho de nosso Senhor representa a instauração de que é antiético para o ensinamento de Deus.

    Nos dias de Jesus a posição rabínica dominante sobre o divórcio, e, por extensão, sobre o novo casamento, foi o mais liberal dos quatro pontos de vista mencionados acima: licitude a qualquer título. A única exigência era a doação de um certificado de dispensa .

    Por esse período da história judaica divórcio tornou-se tão fácil e casual que um homem poderia demitir sua esposa para essas coisas triviais como queima a sua refeição ou envergonhá-lo na frente de seus amigos. Muitas vezes, o marido não se preocupou em dar uma razão, uma vez que nenhum foi exigido.

    A justificativa para tal rabínica divórcio fácil foi baseada em uma interpretação errada do Deuteronômio 24:1-4, primeira menção bíblica de um certificado de dispensa .

    Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e acontece que ela não agrada aos seus olhos, porque ele tem encontrado alguns indecência nela, e ele lhe dará certidão de divórcio e coloca-lo em sua mão e envia-la para fora de sua casa, e ela sai de casa e vai e torna-se a esposa de outro homem, e se este último homem se volta contra ela e lhe dará certidão de divórcio e coloca-lo em sua mão e envia-la para fora de sua casa, ou se este último homem morre que a levou para ser sua esposa, em seguida, seu ex-marido, que a despediu não tem permissão para levá-la de novo para ser sua esposa, já que ela foi contaminada; para isso é uma abominação diante do Senhor, e você não deve trazer pecado na terra que o Senhor teu Deus te dá em herança.

    O foco do que a passagem não é a questão de saber se o divórcio ou não é permitido. Ele não prevê o divórcio, muito menos comandá-la. É, antes, a declaração de uma lei específica muito estreita que foi dado para lidar com a questão de adultério. Ele mostra como imprópria divórcio leva ao adultério, o que resulta em contaminação. Através de Moisés, Deus reconheceu e permitia o divórcio sob certas circunstâncias em que foi acompanhada por um certificado, mas Ele não tolera nem assim comandar divórcio. A permissão de Deus para o divórcio era, mas um outro alojamento de Sua graça para o pecado humano (ver Mt 19:18). "Por causa da dureza do vosso coração", explicou Jesus aos fariseus em outra ocasião, "que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim" (Mt 19:8; Dt. 22: 22-24.).

    Que tipo de indecência, então, levaria ao certificado de demissão? Deve ter sido pecados de infidelidade e promiscuidade que parou pouco antes de adultério real. De qualquer forma, Deuteronômio 24 é claro que, se a mulher se casou e se divorciou de novo, ou mesmo se o segundo marido morreu, ela não poderia ser casou com seu primeiro marido, porque ela tinha sido "contaminado".

    O principal objectivo do Senhor em Deuteronômio 24:1-4 não era para dar uma desculpa para o divórcio, mas para mostrar o mal potencial dele. Sua intenção não era fornecer para ele, mas para impedi-lo.Os versículos 1:3 são uma série de cláusulas condicionais que culminam com a proibição de um homem que nunca se casar novamente uma mulher que se divorciou, se ela se casar com outra pessoa e é separado do que o segundo marido, quer por outro divórcio ou pela morte. Porque seu primeiro divórcio não tinha motivos suficientes, seu segundo casamento seria adúltera. Mesmo que seu segundo marido morreu, ela não poderia voltar ao seu primeiro, "desde que ela [tinha] sido profanado" (v. 4). Ela foi contaminado (mais literalmente, "desqualificado") por causa do adultério provocada por seu segundo casamento, que é o principal ponto de passagem. Moisés está dizendo, então, que o divórcio por indecência ou promiscuidade cria uma situação de adultério.

    Aos olhos de Deus, portanto, a concessão de um certificado fez por si só não fazer um divórcio legítimo. Longe de aprovar o divórcio, Deuteronômio 24:1-4 é um forte aviso sobre isso. A passagem sugere, ou talvez não assume, que um divórcio por motivos próprios, acompanhados de um certificado, foi permitido. Ela não oferece uma disposição divina para o divórcio, mas mostra que o divórcio, muitas vezes leva ao adultério. Mesmo em razão de adultério, o divórcio era tolerada na lei de Moisés, apenas como uma alternativa gracioso para a pena de morte que o adultério justamente merecido (Lev. 20: 10-14).

    A escola mais popular de tradição rabínica nos dias de Jesus, que se reflete na Targum da Palestina (escrito no primeiro século AD ), interpretado Moisés palavras em Dt 24:1). O casamento era o plano de Deus, não do homem, e no sentido mais profundo a cada dois que já foi casado, se crentes ou não, participa de uma união estabelecida pelo próprio Criador. O casamento é instituição de Deus.

    Desde o início, Deus pretendia monogâmico, o casamento ao longo da vida para ser o único padrão de união entre homens e mulheres. "Cleave para" carrega a idéia de empresa, fixação permanente, como na colagem. No casamento de um homem e uma mulher estão tão intimamente ingressou que eles se tornam "uma só carne", que envolve tanto espiritual quanto física unidade. No casamento Deus traz um marido e mulher juntos em uma ligação física e espiritual única que atinge as profundezas de suas almas. Como Deus o projetou, o casamento é para ser a soldagem de duas pessoas juntas em uma unidade, a mistura de duas mentes, duas vontades, dois conjuntos de emoções, dois espíritos. É um vínculo que o Senhor pretende ser indissolúvel, enquanto ambos os parceiros estão vivos. O Senhor criou o sexo e procriação de ser a expressão máxima dessa unidade, e as intimidades do casamento não são para ser compartilhado com qualquer outro ser humano.
    Uma das consequências mais imediatas e prejudiciais da queda foi a destruição do relacionamento feliz, amoroso, carinhoso e entre marido e mulher. No jardim, Adão e Eva tinham governado juntos, com ele como a cabeça e ela como seu auxiliar. Chefia de Adão era um amor, carinho, compreensão disposição da liderança. Papel de Eva foi o de amar, submissão voluntária e apoio. Ambos foram totalmente dedicado ao Senhor e uns com os outros.

    Mas os problemas no casamento, como problemas em todas as outras áreas da existência terrena, começou com a queda. Primeiro pecado do homem trouxe uma separação de Deus, uma separação do homem e da natureza, e uma separação de marido e mulher. Maldição de Deus sobre Eva e todas as mulheres depois ela foi: "Multiplicarei grandemente a tua dor no parto, na dor darás à luz filhos; ainda o seu desejo será para o teu marido, e ele te dominará" (Gn 3:16). Dois dos Dez Mandamentos se relacionam com a santidade do casamento. Não é apenas o ato de adultério proibido, mas mesmo a intenção dele em cobiçar a mulher de outro homem (20:14 Ex., 17).

    Na verdade, em nenhum lugar é alta vista da santidade do casamento mais claramente enfatizou que no último dos Dez Mandamentos de Deus: "Não cobiçarás a mulher do teu próximo" (Ex 20:17.). Para uma pessoa casada até a desejá outro parceiro era um pecado grave. Como Jesus afirma em Mt 5:28, o adultério é proibido tanto para o corpo ea mente. Em Lv 18:18 Deus foi um passo além e proibiu a poligamia. Cada violação dos fiéis ao longo da vida casamento, monogâmico foi proibida pela lei divina

    Deus estabeleceu o casamento como a união física, espiritual e social de um homem com uma mulher, uma união indivisível de longa vida que é para nunca mais ser violados e nunca para ser quebrado. Ele confirma Seu ódio absoluto de divórcio em 13 39:2-16'>Malaquias 2:13-16.

    E esta é uma outra coisa que você faz: você cobrir o altar do Senhor de lágrimas, com choro e com gemidos, porque ele já não se refere à oferta ou aceita com prazer da sua mão. No entanto, você diz: "Por que razão?" Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti ea mulher da tua mocidade, com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira ea mulher da tua aliança. Mas não se fez de modo que tem um remanescente do Espírito. E o que foi que se fazer enquanto ele estava buscando uma descendência piedosa? Acautelai-vos, então, para seu espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da tua mocidade. "Pois eu detesto o divórcio", diz o Senhor, o Deus de Israel ", e aquele que cobre a sua roupa com errado", diz o Senhor dos Exércitos. "Portanto guardai-vos em vosso espírito, que não sejais infiéis"
    O homem que repudiar sua mulher faz o que Deus odeia. Ele "cobre a sua roupa com errado", uma tradução literal do que seria ", ele cobre a sua roupa com violência." Ele traz à mente a imagem de um homem que mata alguém e é pego com o sangue de sua vítima respingou em suas roupas. "Não se fez assim [divorciado] que tem um remanescente do Espírito," Malaquias nos diz. Essa frase representa uma frase em hebraico, que é difícil de traduzir, mas eu acredito que a renderização dá a sensação direita. O Espírito Santo de Deus nunca é uma festa para o divórcio.
    Muitas pessoas hoje pretendem ser dirigidas pelo Senhor para obter um divórcio e de ter a Sua paz depois que eles deixam seus cônjuges. Mas, "Eu odeio o divórcio", Deus continua a declarar através de Malaquias ", por isso tome cuidado para o seu espírito, que não sejais infiéis" (v. 16). Sem exceção, o divórcio é um produto do pecado, e Deus odeia. Ele nunca ordena, apoia-lo, ou abençoa-lo.

    Os fariseus utilizado uma interpretação errada do Deuteronômio 24:1-4 para defender sua idéia de divórcio, convenientemente interpretar essa passagem como um comando para o divórcio (Mt 19:7)..

    No Antigo Testamento, Deus não tolera ou abençoar divórcio. Em um caso único (Esdras 10:3-5) Deus realmente ordenou divórcio por meio de Seu padre, Ezra, porque a existência de Seu povo do convênio foi ameaçada (conforme Deut. 7: 1-5); mas essa única exceção não negou Seu ódio pelo divórcio. Chamada de Esdras para o divórcio é um exemplo histórico extrema de seguir o menor de dois males, e aplicado somente à nação da aliança de Israel, em que uma situação.

    Todo o livro de Oséias é um retrato do amor que perdoa e paciente de Deus para Israel, dramatizada por amor que perdoa e paciente de Oséias por sua esposa, Gomer. Gomer prostituiu, abandonou Oséias, e foi infiel a ele de todas as maneiras possíveis. Mas o coração da história é que Oséias era fiel e perdoar, não importa o que ela fez, assim como Deus é fiel e perdoar não importa o que o seu povo fazer. Deus olha para a união de marido e mulher, da mesma forma Ele olha para a união de si mesmo com os crentes. E a maneira de Deus deve ser o caminho do Seu povo-de amar, perdoar, tração traseira, e procuram restaurar o parceiro que está disposto a ser restaurado.

    Embora o casamento de de Oséias e Gomer é essencialmente um símbolo da relação de Deus com o Seu povo Israel, também é uma ilustração apt de como lidar com um parceiro de casamento rebelde. Amor e perdão de Deus visa manter a união juntos. Isso é certamente a atitude de Cristo em Sua relação com a igreja, como Ele perdoa repetidamente Sua noiva e nunca lança-a para longe (Ef. 5: 22-23).

    Deve haver amor que perdoa e restabelecimento da graça em um casamento. Isso por si só torna o casamento um símbolo adequado do amor perdoador de Deus e restaurar a graça. Essa é a magnificência de casamento. Para buscar o divórcio é perder todo o ponto de dramatização de Deus na história de Oséias e Gomer, toda a questão do amor de nosso Senhor por Sua igreja, e, portanto, todo o ponto de união.Deus odeia o divórcio.

    O Ensino de Jesus

    mas digo-vos que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e quem se casar com a repudiada comete adultério. (5: 31-32)

    Jesus afirma exatamente o que Moisés ensinou em Deuteronômio 24:1-4-que o divórcio injustificada inevitavelmente leva ao adultério. Aos, escribas legalistas hipócritas e fariseus Jesus estava dizendo: "Você vós considerai-vos grandes mestres e guardiões da lei, mas por permitir o divórcio sem culpa de ter causado uma grande praga de adultério para contaminar o povo de Deus. Com a diminuição de Deus normas para satisfazer seu próprio país, você tem levado muitas pessoas para o pecado e do juízo ".

    Os fariseus interpretado instruções de Moisés para dizer, "Se você encontrar algo de mau gosto sobre a sua esposa, divorciar-se dela." Eles viram a papelada como a única questão. Jesus sabia que sua interpretação distorcida e, portanto, os confrontou.
    O erro em seu pensamento está em destaque na 5:27-30. Eles se orgulhavam do fato de que eles não cometeu adultério. Mas Jesus disse: "Eu vos digo, que qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela em seu coração" (v. 28). Nos versículos 29:30 Ele mostrou-lhes que nenhum sacrifício é grande demais para manter a pureza moral. Em seguida, nos presentes versos (31-32), Ele novamente acusa-los por adultério, porque eles estavam cometendo-lo, colocando de lado as suas esposas. A facilidade de divórcio tornou possível para evitar adultério aberto. Apenas um pouco de papelada foi necessária para legalizar a sua luxúria.
    Mas Jesus confrontou-os com uma correcta interpretação da lei de Deus. Ele disse que cada vez que um homem, sem motivo adequado virou sua esposa solto para se casar de novo, ele a forçou em adultério, o que o fez também culpado. Além disso, o homem que se casou com a ex-mulher ea mulher que se casou com o ex-marido foram igualmente culpada de adultério. O resultado foi multiplicado adultério!Ponto inteiro de Jesus é que o divórcio leva ao adultério.
    Alguns intérpretes afirmam que apoluo ( divórcios ), que tem o significado básico de se soltar, ou deixar ir livre, se refere apenas a separação, noivado rompido, ou deserção. Uma visão comum desta passagem é que Jesus está se referindo apenas ao divórcio durante o período de noivado, como a mencionada em Mateus 1:18-19. Mas, quando usado no contexto de um homem e mulher, o sentido comum de apoluo foi sempre o divórcio, não apenas a separação ou a quebra de um compromisso (conforme Mt 19:3).

    O termo não se refere apenas a um noivado quebrado por várias razões. Em primeiro lugar, o plano de fundo da passagem é Deuteronômio 24, que não trata de noivado quebrado mas com casamento desfeito. Para tirar o período de noivado como um fator limitante em uma passagem que trata estritamente com o casamento e divórcio (com base em suas raízes do Antigo Testamento) dá uma restrição ilegítima e não histórico. Se Cristo tem em mente o período de noivado Ele seria, então, acrescentar algo ao padrão do Antigo Testamento, ao invés de comentar e afirmá-lo-que teria sido fora de sintonia com o Seu propósito declarado para esta seção do Sermão da Montanha (ver 5: 17-18).

    Em segundo lugar, a união indissolúvel de um casamento hebraico começou no noivado, não consumação, como ilustrado por José e Maria. Ele era seu "marido" durante o período de noivado. A punição do Antigo Testamento de morte por adultério foi a mesma para ambos os participantes, e é aplicada se o adultério foi cometido durante noivado ou após a consumação do casamento. Antes de noivado, um homem e uma mulher que se prostituíram só foram obrigados a se casar com o outro (Deut. 22: 28-29). Nesse contexto cultural noivado era claramente um elemento de união.

    Em terceiro lugar, é claro que os judeus que ouviram Jesus usa o termo entendido que Ele significa o divórcio, porque nunca houve qualquer necessidade de esclarecer o que foi feito. Deuteronômio 24:1-4, a que Jesus se refere em Mt 5:31, tinha a ver estritamente com o casamento e divórcio, não noivado simples separação, ou deserção. Jesus não foi adicionar ou modificar o que Moisés tinha dito, mas simplesmente esclarecer isso.

    Ao se divorciar de sua esposa em outros fundamentos que o adultério, o marido faz sua ex-mulher inocente cometer adultério se voltar a casar-se, uma vez que assumiu que ela faria. Além disso, como Jesus explicita em Marcos 10:11-12: "Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela; e se ela própria se divorciar de seu marido e casar com outro homem, ela está cometendo adultério". A declaração de Jesus que quem se casar com a repudiada comete adultério (conforme Lc 16:18) completa o quadro. Um homem ou uma mulher que não tem o direito ao divórcio não tem o direito de se casar novamente. Para fazê-lo inicia toda uma cadeia de adultério, porque casamento após o divórcio resultados ilegítimos nas relações ilegítimas e adúlteras para todas as partes envolvidas.

    Quando os efeitos nocivos sobre filhos, outros parentes e sociedade em geral são adicionados, vemos que algumas práticas corresponder divórcio para destrutividade. Ela não só causa mais pecado, mas também confusão, ressentimento, ódio, rancor, desespero, conflitos e dificuldades de toda espécie.

    Em Mateus 19, Jesus cita a declaração de Deus em Gn 2:24 que "Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne" (Mt 19:5 Jesus teve que explicar:" Por causa da dureza do vosso coração, Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas desde o início não foi dessa maneira ordenou "o divórcio, mas apenas" permitido "que como uma concessão ao pecado, a humanidade obstinado É verdade que em Marcos 10" (v. 8) Deus nunca ".:. 5 Jesus fala de Deuteronômio 24:1-4 como um mandamento, mas o ensino não há um comando para o divórcio, mas um comando para não se casar novamente a pessoa contaminado que se divorciou..

    A condição , exceto para a falta de castidade não é uma saída que Deus provê, mas é o único motivo para o divórcio que Ele vai reconhecer. Alguns dizem que esta "cláusula de exceção" permite o divórcio apenas para os judeus, e somente no caso de o pecado de consanguinidade (se casar com um parente próximo, uma prática proibida em Lev. 18). Esta opinião é defendida por aqueles que desejam a acreditar que não existem fundamentos bíblicos em tudo para o divórcio por cristãos. Eles apontam que a cláusula de exceção aparece apenas em Mateus e sustentam que a interpretá-lo de outra forma seria contradizer ou adicionar à lei que rege o pecado do adultério.

    É claro que Deus tem apenas dizer uma coisa de uma vez por que é verdade, portanto, o fato de que a cláusula de exceção aparece apenas em Mateus não tem influência na interpretação adequada. Na verdade, a cláusula de exceção teria sido inadequado nos contextos de Marcos 10 e Lucas 16. Em Mateus 5 e 19 a cláusula está incluído para corrigir deturpação dos fariseus da lei de Deus sobre o adultério.A cláusula de excepção nas passagens amplifica o ensinamento de Jesus sobre o divórcio em Marcos 10 e Lucas 16, ela não se contradizem.

    Jesus não dá mais a aprovação de divórcio do que fez com Moisés. O Antigo Testamento ideal não foi alterado. As permissões para o divórcio na economia do Antigo Testamento foram projetados para atender os problemas originais, prática de um imperfeitos, pecadores. Deus nunca tolerou o divórcio, porque o que Ele une não é para ser separados por homem (Mt 19:6).

    Porque Jesus menciona especificamente o divórcio seja permitido no terreno de adultério (Mt 5:32; Mt 19:9).

    Por que Deus permitiu o divórcio para substituir a pena de morte? A resposta pode ser que Israel tinha mergulhou tão completamente em imoralidade que não houve desejo suficiente para a justiça deixou nas pessoas para realizar execuções por esse delito. Em última instância, Deus em Sua misericórdia escolheu-se a não aplicar a pena de morte. Isso é consistente com a natureza divina revelada em Jesus, que desafiou os fariseus que estavam prestes a pedra uma mulher por adultério e depois perdoou Ele mesmo (Jo 8:7; conforme 1Co 5:11Co 5:1 incide sobre casamento e divórcio, a principal unchastity envolvido aqui seria adultério. Mas porneiatambém incluiu incesto, prostituição, homossexualidade e bestialidade-todos os atos sexuais para o qual o Antigo Testamento exigiram a pena de morte (Lev. 20: 10-14). Em outras palavras, qualquer uma dessas atividades sexuais corruptos e pervertidas era um terreno permissível para o divórcio.

    Jesus não defender o divórcio em tais casos, muito menos exigem. Ele simplesmente diz que divórcio e novo casamento por qualquer outra razão sempre leva ao adultério. Como Deus, Jesus odeia o divórcio (Ml 2:16), mas por implicação Ele reconhece que há momentos em que não resulta em adultério. A parte inocente que fez todos os esforços para manter o casamento é livre para se casar de novo, se o seu cônjuge insiste em adultério ou divórcio continuou.

    Jesus define o registro reto que Deus ainda odeia o divórcio e que seu ideal ainda é monógamo, o casamento ao longo da vida. Mas como uma concessão ao pecado e como uma graciosa provisão para aqueles que são inocentes de profanar o casamento, ele permite o divórcio com o fundamento único da falta de castidade .

    Em I Coríntios, Paulo acrescenta um terreno mais legítima para o divórcio e novo casamento subseqüente. "Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, que ele não mandá-la embora. E uma mulher que tem marido incrédulo, e ele consente em viver com ela, que ela não enviar o seu marido away "(7: 12-13). Depois de dar a razão para que a instrução, ele acrescenta: "Mas, se o descrente vai embora, deixá-lo sair, o irmão ou a irmã, não está sujeito à servidão, em tais casos, mas Deus chamou-nos para a paz" (v 15).. A palavra grega traduzida como "licença" ( chouriço ) foi muitas vezes utilizado para o divórcio. Assim, se um cônjuge incrédulo desertos ou se divorciar de um crente, o crente não está mais preso e está livre para se casar novamente. (Para um estudo mais aprofundado sobre esta passagem, ver o comentário do autor I Coríntios [Chicago: Moody, 1984], pp 164-68.).

    30. A credibilidade Lacuna Espiritual (Mateus 5:33-37)

    Mais uma vez, você já ouviu falar que os antigos disseram: "Você não deve fazer falsas promessas, mas deve cumprir seus votos para o Senhor." Mas eu digo que, não fazem juramento em tudo, nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. Nem deve você fazer um juramento pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Mas deixe a sua declaração de ser: "Sim, sim" ou "não, não"; e nada além deles é do mal. (5: 33-37)

    Lacunas credibilidade não são uma criação dos tempos modernos. Eles já existiam desde a queda e tem sido continuamente uma das principais marcas do sistema mundial. Satanás é o príncipe deste mundo, e uma vez que ele não só é um mentiroso si mesmo, mas também "o pai da mentira" (Jo 8:44), não deve ser surpreendente que o sistema que ele dirige é caracterizada por mentir. Porque todos os homens nascem em pecado, todos os homens nascem mentirosos (:;. 62 3: 58 ver Ps 4; Jer 9: 3-5.).

    A falta de credibilidade naturais é ainda mais alargado por romances populares, filmes, televisão, música e publicidade em que a verdade, fantasia e mentira deslavada são misturados em misturas impossíveis de decifrar. A verdade é tão escasso que quase todo mundo é suspeito. Empresários, publicitários, comentaristas, funcionários, vendedores, advogados, médicos, comerciantes, professores, escritores, políticos e até mesmo muitos, se não a maioria, os pregadores são suspeitos. Toda a nossa sociedade está em grande parte construída sobre uma rede de fabricação, de manufaturados "verdade" Nós sombra a verdade, nós enganar, nós exageramos, que deturpam as deduções de imposto de renda, fazemos promessas não temos nenhuma intenção de cumprir, nós fazemos desculpas, e trair confidências-tudo como uma questão de vida normal, todos os dias.
    Assim, grande parte de negócios, política, governo, o sistema educacional, ciência, religião, e até mesmo a vida familiar é construído sobre mentiras e meias-verdades que uma súbita revelação de toda a verdade iria causar a sociedade tal como a conhecemos a se desintegrar. Seria muito devastador de manusear.
    No entanto, mesmo as sociedades mais corruptas e desonestas sempre percebi que, em certas áreas, pelo menos, a "verdade real" é necessário. Tribunais de lei exigir que as testemunhas para dizer a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade. Sem a verdade, mesmo uma aparência de justiça seria impossível. Devido à extrema importância do testemunho verídico à justiça, a própria perjúrio é um crime que pode trazer severas penalidades. Mesmo gangues de criminosos e conspiradores, que usam mentir e enganar como seu estoque-em-comércio, exigir a verdade entre si, porque é necessário para a sua própria sobrevivência.
    Individualmente os homens são inclinados à verdade somente quando ela os beneficia, ainda, coletivamente, eles sempre souberam algo de sua importância e-mesmo legitimidade fora dos tribunais de direito. O grande orador romano Cícero disse: "A verdade é a maior coisa que um homem pode experimentar" Infelizmente, com a maioria das pessoas é uma experiência pouco frequentes. Daniel Webster escreveu: "Não há nada tão poderoso quanto a verdade e muitas vezes nada tão estranho."
    Até mesmo o antigo rabinos judeus, cuja antibíblico tradições e irreverência com a verdade desafios Jesus no Sermão da Montanha, moralmente considerado mentindo, juntamente com escárnio, hipocrisia e calúnia-de ser um dos quatro grandes pecados que fechasse uma pessoa fora da presença de Deus. Em suas consciências os homens sabem que a verdade é certo e essencial. Essa é uma razão que ir tão longe para fazer o que eles dizem aparecer para ser sincero. Nosso problema está em sendo verdadeira.

    Os judeus da época de Jesus reverenciado a idéia de verdade, em princípio, mas, na prática, foi enterrado sob o seu sistema de tradição, que ao longo dos séculos tinha continuamente cortar a lei de Deus para baixo para ajustar as suas próprias perspectivas e propósitos pecaminosos. Em Mateus 5:33-37 o Senhor passa a expor a sua distorção conveniente e contradição da revelação divina que dizia amar e ensinar.Nestes cinco versos Jesus apresenta o ensinamento original Mosaic, a perversão tradicional de que o ensino, e os Seus reacentuação do que o padrão de Deus para a verdade sempre foi.

    O Princípio da Lei mosaica

    Mais uma vez, você já ouviu falar que os antigos disseram: "Você não deve fazer falsas promessas, mas deve cumprir seus votos para o Senhor." (5:33)

    O ensino tradicional de que Jesus cita aqui era um composto de ideias com base em Lv 19:12, Nu 30:2. Os dois votos mencionados aqui são de dois termos diferentes, mas relacionadas, gregas. A primeira é a partir do verbo epiorkeō , o que significa a mentir a si mesmo, para jurar falsamente, para fazer falsas promessas . A segunda é do substantivo horkos , o que significa, literalmente, para incluir, como acontece com uma cerca, ou para unir. A verdade de um juramento ou voto é fechado, amarrado e, portanto, reforçada por aquilo que é chamado em seu nome.

    Uma descrição clara de um juramento é dado no livro de Hebreus: "Para os homens juram por alguém maior do que eles, e com eles um juramento dado como confirmação é um final de cada disputa" (6:16).O nome de algo ou alguém maior do que a pessoa que faz o juramento é invocado para dar maior credibilidade ao que é dito. Qualquer juramento invocando a Deus o convida para testemunhar a veracidade do que é dito ou para vingar se é uma mentira. Um juramento foi, portanto, geralmente considerado como sendo a verdade absoluta, o que fez "um fim de cada disputa," porque ele convidou julgamento sobre aquele que violou a sua palavra. Os judeus que retornaram do exílio na Babilónia a Israel tomou "sobre si uma maldição e um juramento para andar em leis de Deus" (Ne 10:29).

    Deus providenciou para fazer juramentos pelo seu nome (Lv 19:12) e muitos santos do Antigo Testamento, tanto antes como depois da promulgação da lei seguiu a prática. Abraão confirmou suas promessas ao rei de Sodoma (Gn 14:22-24) e Abimeleque (21: 23-24), com juramentos em nome de Deus. Ele também fez seu servo Eliezer "Juro pelo Senhor, o Deus do céu, e Deus de terra" que ele não iria tomar uma esposa para Isaque entre os cananeus pagãos em torno deles, mas de entre os parentes na terra natal da Mesopotâmia (24 de Abraão: 1-4, 10). Um juramento semelhante está relacionado envolvendo Isaque (26:31). Jacó e Laban, o pai-de-lei; chamado em Deus como o seu testemunho, quando eles fizeram um pacto com o outro em Mispa (31: 44-53). Davi e Jonathan fez o mesmo quando eles pacto juntos (1Sm 20:16). O próprio Davi "jurou ao Senhor, e prometeu o Poderoso de Jacó" (Sl 132:2; Gn 50:25; Gn 9:15 Josh; Jz 21:1; Rute 1:16-18; 2Sm 15:212Sm 15:21; 2 Crônicas 15: 14-15.)..

    Mesmo o próprio Deus fez juramentos em certas ocasiões. Para Abraão Ele disse: "Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, na verdade eu vou abençoá-lo, e eu vou multiplicar muito a sua descendência como a estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; ea tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos "(Gn 22:16-17). Como o escritor de Hebreus explica, uma vez que Deus "podia jurar por ninguém maior, jurou por si mesmo" (13 58:6-14'>Hb 6:13-14., Conforme v. 17). Obviamente, as promessas do Senhor feitas com um juramento não eram mais verdadeiras ou obrigatório que qualquer outra coisa que Ele prometeu. Não é que Deus faz um juramento, porque a Sua palavra de outra forma seria questionável ou não confiável, mas porque Ele deseja impressionar aos homens uma especial importância ou urgência relacionado com a promessa. (Mais referências a juramentos divinas são mencionados no Sl 89:3; Sl 110:4)

    Jesus muitas vezes usou a frase "Em verdade vos digo a vós" (Mt 5:18, Mt 5:26; 6:. Mt 6:2, Mt 6:5, Mt 6:16; etc.), e do ainda mais enfático "Em verdade, em verdade vos digo a vós" (Jo 1:51; Jo 3:3; Jo 5:19, Jo 5:24; etc.), para chamar a atenção para um ensino de especial importância. Tal como acontece com os juramentos de Deus, as palavras que Jesus introduz com "verdadeiramente" não são mais verdadeiras do que qualquer outra coisa que ele disse, mas enfatizam a importância única de alguns de Seus ensinamentos. É importante notar que o próprio Jesus fez um juramento diante de Caifás que Ele era o Cristo, o Filho de Deus (Mt 26:1 afirma o lugar dos juramentos apropriados. Ele sabe que a inclinação dos homens de mentira faz com que eles desconfiam uns dos outros, e em situações graves juramento é permitido dar maior motivação para dizer a verdade ou para manter uma promessa. Para fazer o voto de casamento; com Deus como testemunha, para amar e valorizar nossos companheiros durante o tempo que ambos vivemos é reconhecer e assumir um compromisso firme para honrar a santidade especial que Deus coloca em casamento. O salmista, ao descrever o tipo de pessoa que pode entrar santa presença de Deus, deixa claro que um requisito obrigatório é que essa pessoa ser alguém que "jura com dano seu, e não muda" (Sl 15:1 ). Sua palavra é mais importante do que o seu bem-estar. Mantendo juramentos feitos a Deus é a marca de um verdadeiro adorador. Dito de outra forma, verdadeiros filhos de mentiras reino de ódio (Sl 119:29; Sl 120:2). Esse juramento foi não palavrões, mas um juramento dado com veemência especial. Pedro aumentou a força de seu juramento, mas que não aumentou a verdade do que ele disse. Já era ruim o suficiente para ter mentido; foi ainda pior para chamar Deus como testemunha da mentira. Além de negar o seu Senhor, Pedro usou o nome de Deus em vão. Não é de admirar que ele "saiu e chorou amargamente" (v. 75).

    Às vezes os juramentos são feitos sinceramente mas tolamente, sem considerar a sua gravidade e possíveis consequências. Tais juramentos precipitadas foram feitas por Josué (Js 9:15.), Jefté (Jz. 11: 30-31), Saul (1Sm 14:24.), E Herodes (Mt 14:7;. Conforme 10:20)."Aquele que é abençoada na terra será abençoado pelo Deus da verdade; e aquele que jurar na terra, jurará pelo Deus da verdade" (Is 65:16).. Mesmo gentios estavam a jurar apenas pelo nome de Deus. De vizinhos maus de Israel, o Senhor disse: "Então, ele virá com isso se eles vão realmente aprender os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome", como vive o Senhor, '... então eles vão ser construídas no meio do meu povo "(Jr 12:16).

    Deus estabeleceu a gravidade de manter um juramento. Mesmo "se uma pessoa jura irrefletidamente com os seus lábios fazer mal ou fazer bem, em tudo o que importa um homem pode falar sem pensar, com juramento, e é escondido dele, e então ele vem a saber que, ... ele deve confessar que em que ele pecou Ele deve também trazer a sua culpa oferecendo ao Senhor, pelo pecado que ele cometeu "(Lev. 5: 4-6)..Js 9:20 pontua como essencial manter um juramento é: "... para que ira sobre nós para o juramento que nós juramos".

    A perversão da tradição rabínica

    A tradição Jesus menciona no versículo 33 parecia ser bíblica, mas teve várias falhas que o fizeram ficar aquém do que o Antigo Testamento, na verdade, ensinou. Primeiro, ele teve um ingrediente que falta, e, segundo, que tinha uma ênfase equivocada.
    O ingrediente que faltava era uma circunstância adequada para fazer um juramento. Praticamente qualquer tipo de juramento, usado para quase qualquer tipo de propósito, era aceitável-apenas contanto que não era falsa e que a pessoa iria cumprir isso. O ingrediente que falta de uma circunstância grave levou a frívola, sem sentido de tomada de juramento de que padece completamente o objectivo legítimo de juramentos. Pessoas iria declarar nada e prometer nada com juramento, ao ter nenhum escrúpulo sobre o fornecimento de meios pelos quais mentindo ou quebrar sua palavra poderia ainda assim ele fez.Votos indiscriminados e insinceros tornou-se tão comum que ninguém levou a sério. Em vez de ser uma marca de integridade que se tornou uma marca do engano. Em vez de solicitar confiança que solicitado ceticismo.

    A ênfase foi extraviado em limitar os juramentos honestos promete o Senhor , para juramentos feitos diretamente a ele ou em seu nome. A manutenção desses juramentos era obrigatório, que, a criação de outros que fizeram opcional.

    O sistema de juramentos entre uma pessoa e outra era como um jogo gigante de Rei X. As pessoas iriam jurar pelo céu, pela terra, pelo Templo, pelos cabelos em suas cabeças, e por qualquer outra coisa que pensou que iria impressionar aqueles que queria aproveitar. Esse tipo de processo de tomada de juramento rotina foi geralmente mentem de tomada; e era considerado por aqueles que a praticavam a ser perfeitamente aceitável, desde que ele não estava no nome do Senhor.

    O comando "Você não jurar falsamente pelo meu nome" (Lv 19:12) foi convenientemente interpretado como significando que jurar falsamente por qualquer outro nome era permitido. O comando "Se um homem fizer um voto ao Senhor, ou faz um juramento para vincular-se com a obrigação, ele não deve violar a sua palavra, ele deve fazer conforme a tudo o que sai de sua boca" (Nu 30:2 (conforme Jc 5:12) é a condenação da irreverente, profano, desnecessário, e muitas vezes juramento hipócrita, usado, a fim de fazer uma impressão ou para apimentar conversação diária Contra esse mal Jesus elogia veracidade simples em pensamento, palavra e ação "(. Exposição do Evangelho segundo Mateus [Grand Rapids: Baker, 1973], 309 p.).

    À luz do Antigo Testamento ensino aprovar juramentos específicos, à luz do uso de frases como Jesus "verdadeiramente, verdadeiramente", e à luz do próprio Deus está fazendo juramentos que correspondem aos dos homens (13 58:6-17'>Hb 6:13-17; conforme Lc 1:73; At 2:30; etc.), dificilmente pode ser correto, como muitos interpretam essa passagem, que Jesus aqui proíbe a realização de qualquer juramento sob qualquer circunstância. (Veja Meredith G. Kline, O Tratado do Grande Rei [Grand Rapids: Eerdmans, 1963]; e Zondervan Pictorial Encyclopedia da Bíblia . [Grand Rapids: Zondervan, sd], p 478, para uma discussão sobre juramentos). Ele tinha acabado de dizer que Ele não veio para destruir a menor parte da lei (Mt 5:17-18.), uma lei que ensinou a tomada de juramento adequada tanto por preceito como exemplo. Além disso, nos primeiros dias da igreja, até mesmo o apóstolo Paulo deu um tipo de juramento em dizer aos Romanos: "Eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência me dá testemunho do Espírito Santo" (Rm 9:1), e "Os lábios mentirosos são abomináveis ​​ao Senhor" (12:22). E assim como Deus odeia a mentira, assim como aqueles que são fiéis a Ele (119 Ps: 163.). Aqueles ". Que falam mentiras extraviar desde o nascimento Eles têm veneno como o veneno de uma serpente" (Sl. 58: 3-4).Jeremias chorou sobre Israel porque "mentiras e não a verdade prevalecerá na terra" (Jr 9:3).

    Deus é um Deus santo, seu reino é um reino santo, e as pessoas de seu reino devem ser um povo santo. Sua justiça é para ser sua justiça, e nada menos do que a Sua justiça, incluindo nada menos do que a verdade absoluta, é inaceitável para ele, porque ele é do mal . Então, nosso Senhor quebra o vidro frágil de seus juramentos hipócritas, que usaram para cobrir mentiras.

    31. Olho por olho (Mateus 5:38-42)

    Vocês ouviram o que foi dito: "Olho por olho, e dente por dente". Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar sua camisa, que ele tem o seu casaco também. E quem deve forçá-lo a andar uma milha, vá com ele duas. Dá a quem te pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir emprestado de você. (5: 38-42)

    Um elemento da grande filosofia de vida americano é que todos nós temos certos direitos inalienáveis. Entre os privilégios mais importantes que a nossa Declaração de Independência defende são vida, à liberdade e à busca da felicidade. Em nossos dias, o número de direitos reivindicado tem se expandido muito. Movimentos têm desenvolvido pelos direitos civis, direitos das mulheres, direitos das crianças, os direitos dos trabalhadores, prisioneiros direitos, e assim por diante. Nunca foi mais preocupados com os direitos de uma sociedade.
    Nós idolatrar o herói que defende o que é seu, não importa quem ele pode ofender. Isso, espírito de auto-proteção auto-interessado caracteriza a natureza humana caída. Acima de tudo, o homem pecador quer o que ele acha que é a sua própria. E no processo de proteger o que é seu, ele também está inclinado a causar problemas consideráveis ​​em quem toma o que é seu. Retaliation, geralmente com juros, é uma extensão natural do egoísmo.
    Preocupação excessiva dos direitos próprios de um vem de egoísmo desmedido e leva a ilegalidade desmedida. Quando a nossa preocupação suprema é obter e manter o que nós pensamos que é nosso por direito, então quem ou o que fica no nosso caminho, inclusive a lei torna-dispensáveis. Uma vez que não é possível para que todos tenham tudo o que ele quer, a insistir na nossa própria maneira invariavelmente pisoteia os direitos e bem-estar dos outros. O respeito pela lei e pelo bem-estar dos outros é sempre entre as primeiras e principais vítimas de auto-afirmação. Quando eu estiver em primeiro plano, tudo o resto e toda a gente é empurrado para o fundo.

    Quando o auto-interesse domina, a justiça é substituído por vingança. Preocupação imparcial por justiça torna-se preocupação parcial de vingança pessoal. A preocupação com a sociedade proteger torna-se preocupação de proteger o interesse próprio. Como Tiago salienta, que a perversão é a fonte de guerras e de todos os outros conflitos humanos. ? "O que é a fonte de brigas e conflitos entre você não Você é a fonte de seus prazeres que fazem guerra em seus membros luxúria e não tem;? Para que você cometer um assassinato E você é invejoso e não pode obter;. Assim você luta e briga "(Tiago 4:1-2). Quando os direitos são, primeiro, a justiça sofre.

    Poucas pessoas tiveram os seus legítimos direitos pisoteados mais de Paulo. No entanto, para os egoístas, Corinthians indulgentes que ele escreveu,

    Eu não sou livre? Eu não sou um apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Você não é o meu trabalho no Senhor? ... Será que não tem o direito de comer e beber? Será que não temos o direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou só eu e Barnabé não temos o direito de deixar de trabalhar? ... Se os outros compartilham o direito sobre você, nós não mais? No entanto, nós não utilizamos essa luta, mas que suportar todas as coisas, para que possamos causar nenhum obstáculo ao evangelho de Cristo. (1Co 9:1)

    Paulo voluntariamente anular seus direitos por causa do evangelho e pelo bem-estar dos outros.

    Mas Paulo nem sempre ganhar a luta contra a sua natureza caída inata. Quando ele foi levado perante o Sinédrio durante sua última prisão em Jerusalém, ele começou seu testemunho, dizendo: "Irmãos, eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje." Com isso, "o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então Paulo disse-lhe: 'Deus vai atacar você, parede caiada! E você sentar para me tentar de acordo com a Lei, ? e em violação da lei de ordem que eu seja ferido "Quando Paulo foi informado de que ele estava falando com o sumo sacerdote, ele pediu desculpas e disse:" Eu não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito 'Você não deve falar mal de um governante de seu povo "(Atos 23:1-5). Porque a ira de Paulo momentaneamente obteve o melhor dele, ele revidou com palavras duras.

    Ananias talvez não estava vestido com as altas vestes sacerdotais habituais, e, portanto, Paulo não conseguiu reconhecê-lo. Mas se soubesse que ele estava falando com Ananias, Paulo teria tido tanto mais justificação, a partir de um ponto de vista humano, a ridicularizar justamente quem o ordenou atingido. Ananias era um homem extraordinariamente vil, arrogante e imoral que continuamente profanado o seu alto cargo. E, como Paulo lembrou ele, para pedir um prisioneiro atingido antes que ele foi condenado era contra a lei judaica muito Ananias foi jurado de administrar. No entanto, Paulo reconheceu que sua réplica com raiva estava errado. Aos olhos de Deus ele não tinha o direito de falar com desprezo de qualquer governante, e condenou suas próprias ações pela Escritura.
    Provavelmente nenhuma parte do Sermão do Monte tem sido tão mal interpretada e mal aplicado como 5: 38-42. Tem sido interpretado como significando que os cristãos devem ser capachos hipócritas. Ela tem sido usada para promover o pacifismo, a objecção de consciência ao serviço militar, a ilegalidade, a anarquia, e uma série de outras posições que não apoiam. O escritor russo Tolstoi base um dos seus mais conhecidos romances sobre essa passagem. A tese de Guerra e Paz é que a eliminação da polícia, os militares, e outras formas de autoridade traria uma sociedade utópica.

    Mas Jesus já havia deixado claro que Ele não veio para eliminar até mesmo a menor parte da lei de Deus (5: 17-19), o que inclui o respeito e obediência à lei humana e autoridade.

    Entre as muitas coisas injustas que a religião dos escribas e fariseus (ver Mt 5:20) incluído foi sua insistência sobre os direitos pessoais e de vingança. Em sua quinta ilustração contrastando sua justiça com a de Deus, Jesus novamente mostra como a tradição rabínica tinha torcido santa lei de Deus para servir aos propósitos egoístas dos homens ímpios.

    O Princípio da Lei mosaica

    Vocês ouviram o que foi dito: "Olho por olho, e dente por dente". (05:38)

    Esta citação é levado diretamente a partir do Antigo Testamento (Ex 21:24;. Lv 24:20;. Dt 19:21.) E reflete o princípio da lei de talião , um dos códigos de leis mais antigas. Simplificando, é necessário que a punição coincidir exatamente com o crime. A mesma idéia é realizada nas expressões olho por olho e quid pro quo . O registro mais antigo da lei de talião está no Código de Hamurabi, o grande rei da Babilônia, que viveu uma centena de anos antes de Moisés. É provável, contudo, que o princípio foi largamente utilizado longo antes desse tempo.

    No Pentateuco um olho por olho, e dente por dente fazem parte de listas mais longas que incluem "mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, contusão por contusão" (ver Ex 21:24. —
    25) e "fratura de fratura" (Lv 24:20). Em ambas, a lei de Moisés e do Código de Hammurabi o princípio de punição para coincidir com o crime tinha dois objetivos básicos. A primeira foi a de restringir ainda mais crime. Quando uma pessoa é punido por seus erros ", o resto vai ouvir e ter medo, e nunca mais vai fazer uma coisa tão mal no meio de vós" (Dt 19:20). O segundo objetivo era impedir a punição excessiva com base na vingança pessoal e retaliação com raiva do tipo de que Lameque se vangloriou: "Porque eu matei um homem por me ferir, e um menino para me golpear, se Caim é vingado sete vezes, então Lameque setenta —sevenfold "(Gn 4:23-24). Punição foi para corresponder, mas não exceder, o dano causado pela própria ofensa.

    É de extrema importância que cada uma das três contas Pentateuco que prescrevem o olho por olho princípio tem a ver com o sistema de justiça civil. Exodus 21-23 promoções inteiramente com a provisão de Deus para o direito civil de Israel, assim como os ensinamentos semelhantes em Levítico 24 e Deuteronômio 19. Punição por vezes foi realizado pela vítima, mas o julgamento e condenação foram sempre da responsabilidade dos juízes devidamente nomeados ou de um corpo grande, representante dos cidadãos (ver Ex 21:22; Dt 19:18; Lev. 24: 14-16..).

    A lei do olho por olho era uma lei justa; porque combinava com a punição a ofensa. Era uma lei misericordioso; porque limitou a propensão inata do coração humano a procurar retribuição além do que uma ofensa merecia. Foi também uma lei benéfica, porque protegia a sociedade, restringindo a ilegalidade.

    Overreaction Selfish é a resposta natural da natureza humana pecaminosa. Somos tentados a obter mais do que apenas ainda. A raiva e ressentimento exigir o tipo de retaliação Lameque glorificado.Vingança humano nunca está satisfeito com a justiça; ele quer um quilo de carne por uma onça de delito. Essa é uma razão pela qual Deus restringe vingança a Si mesmo. "Minha é a vingança, e retaliação" (Dt 32:35;.. Conforme Rm 0:19; He 10:30.).

    O mandamento de Deus para o indivíduo sempre foi: "Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, e se tiver sede, dá-lhe água para beber" (Pv 25:21;. Conforme Mt 5:44; Rom. . 12:20). Nenhum indivíduo tem o direito de dizer: "Assim eu vou fazer a ele como ele fez para mim, eu pagarei a cada um segundo a sua obra" (Pv 24:29.). Em nenhum caso é que o Antigo Testamento permitir que um indivíduo para tomar a lei em suas próprias mãos e aplicá-lo pessoalmente.

    A perversão da tradição rabínica

    Mas isso é exatamente o que a tradição rabínica tinha feito. Cada homem era permitido, com efeito, para se tornar o seu próprio juiz, júri e carrasco. A lei de Deus foi transformado em licença individual e justiça civil foi pervertido de vingança pessoal. Em vez de reconhecer corretamente a lei do olho por olho, e dente por dente a um limite de punição, eles convenientemente usou-o como um mandato de vingança, uma vez que tem sido muitas vezes erroneamente visto ao longo da história.

    O que Deus deu como uma restrição para os tribunais civis, a tradição judaica tinha se transformado em licença pessoal de vingança. Em ainda outro modo, a "justiça" egocêntrico e auto-afirmar a dos escribas e fariseus tinham feito uma confusão da santa lei de Deus

    A perspectiva da Verdade Divina

    Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar sua camisa, que ele tem o seu casaco também. E quem deve forçá-lo a andar uma milha, vá com ele duas. Dá a quem te pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir emprestado de você. (5: 39-42)

    No comando não resistir a ele quem é mau Jesus refuta má interpretação dos fariseus e proíbe retaliação nas relações pessoais. Ele não ensina, como muitos já disseram, que nenhuma posição deve ser tomada contra o mal e que ele deve simplesmente ser autorizados a tomar o seu curso. Jesus e os apóstolos continuamente oposição mal com todos os meios e recursos. Jesus resistiu a profanação do templo de Deus, fazendo um azorrague de cordas e dirigir fisicamente os vendedores e cambistas Sacrifice (Mt 21:12;. Jo 2:15). Nós somos a "resistir ao diabo" (Jc 4:7; Rm 12:9. ; 2Tm 4:182Tm 4:18)..

    Um bom resistindo do mal inclui resistir na igreja. Quando Pedro comprometida com os judaizantes, Paulo "resisti-lhe na cara, porque era repreensível" (Gl 2:11). Quando há imoralidade na congregação, Deus diz: "Remova o perverso do meio de vós" (1Co 5:13; conforme Dt 13:5.) . Paulo ecoa o ensinamento de Jesus quando diz que aqueles na igreja que continuam no pecado devem ser repreendidos "na presença de todos, para que também os outros tenham temor" (1Tm 5:20).

    Que o princípio da não-resistência não se aplica às autoridades governamentais é claro em muitas passagens do Novo Testamento. Governo Civil "é um ministro de Deus para teu bem", diz Paulo. "Mas se você faz o que é o mal, teme, pois não traz a espada para nada, pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal" (Rm 13:4).

    Por uma questão de justiça de Deus, bem como por uma questão de justiça humana, os crentes são obrigados não só para defender a lei em si, mas a insistir que os outros façam o mesmo. Para denunciar crime é um ato de compaixão, justiça e obediência divina, bem como um ato de responsabilidade civil. Depreciar, desculpa, ou esconder a transgressão dos outros não é um ato de amor, mas um ato de maldade, porque prejudica a justiça civil e justiça divina.
    Enquanto existir o coração humano natural, o mal vai ter que ser contido por lei. Nossa sociedade destruído-crime faria bem para reexaminar e reaplique-bíblica lei. Quando Deus é abandonado, Seus padrões justos serão abandonadas, e Sua lei é abandonado. Antinomianism, a acabar com a lei; é tanto um inimigo do evangelho como o legalismo e que faz a justiça. O Antigo eo Novo Testamento nunca estão em desacordo em relação à lei e graça, justiça e misericórdia. O Antigo Testamento não ensina nada de um Deus justo e correto para além de um Deus misericordioso e amoroso, e o Novo Testamento ensina nada de um Deus misericordioso e amar além de um Deus justo e correto. A revelação de Deus é imutável em relação à lei moral
    Quando a igreja parou de pregar a justiça de Deus, justiça e punição eterna dos perdidos, ele parou de pregar a plenitude do evangelho, e tanto a sociedade como a igreja sofreram muito por isso. E quando a igreja parou segurando seus próprios membros responsáveis ​​para os padrões de Deus e parou disciplinando suas próprias fileiras, uma grande parte de sua influência moral na sociedade foi sacrificado. Um dos legados do liberalismo teológico é civil, bem como a ilegalidade religiosa.
    Para não restringir o mal não é justo nem tipo. Ela falha em proteger os inocentes e tem o efeito de encorajar os ímpios mal. Contenção de mal, no entanto, não só é justo, mas é benéfica também.
    Arthur Pink diz,
    Magistrados e juízes nunca foram ordenados por Deus com o propósito de réprobos reformar ou degenerados mimos, mas para ser Seus instrumentos para a preservação da lei e da ordem por ser um terror para o mal. Como Romanos capítulo 13 diz, eles devem ser "um vingador para castigar o que pratica o mal." ... A consciência tornou-se em estado de coma. As exigências da justiça são sufocados; conceitos piegas agora prevalecer. Como castigo eterno foi repudiado-tacitamente ou em muitos casos punições abertamente-eclesiásticas estão arquivadas. Igrejas se recusa a impor sanções e piscadela para delitos flagrantes. O resultado inevitável foi a quebra da disciplina no lar e da criação de "opinião pública", que é piegas e covarde. Professores da escola são intimidados por pais e filhos tolas para que a nova geração está cada vez mais autorizado a ter o seu próprio caminho, sem medo das consequências. E se algum juiz tem a coragem de suas convicções, e as sentenças um bruto para mutilar uma mulher velha, há um clamor contra o juiz. ( Uma Exposição do Sermão da Montanha [Grand Rapids: Baker, 1974], p 112-13).

    Para diminuir padrão de justiça de Deus é diminuir norma de justiça, que Jesus veio para cumprir e esclarecer, não para evitar ou diminuir de Deus.

    Anthistēmi ( resistir ) significa para definir contra ou opor-se, e, neste contexto, obviamente, refere-se a danos causados ​​a nós, pessoalmente, por alguém que é mau . Jesus está falando de ressentimento pessoal, rancor e vingança. É a mesma verdade ensinada por Paulo quando ele disse: "Nunca pague o mal com o mal a ninguém .... Nunca tome sua própria vingança, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito:" Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor "(Rom. 0:17, 19). Vingativo retaliação não tem lugar na sociedade em geral, e menos ainda entre os que pertencem a Cristo. Somos chamados a superar o mal de alguém em relação a nós, fazendo o bem a eles (Rm 12:21).

    Depois de estabelecer o princípio básico em Mt 5:39 um , nos versículos 39 b -42 Jesus escolhe quatro direitos humanos básicos que ele usa para ilustrar o princípio de não-retaliação: dignidade, segurança, liberdade e propriedade.

    Dignidade

    mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. (5: 39b)

    Como seres humanos, temos o direito de ser tratado com dignidade básica, respeito e consideração. Porque cada pessoa é criada à Sua imagem, Deus exige que nós tratamos uns aos outros com respeito. Mas ele sabe que não vai ser sempre assim tratado. Muitas vezes, pela simples razão de que pertencemos a Deus e ir pelo nome de Seu Filho, vamos ser maltratado, ridicularizado e desprezado (ver Mateus 10:16-23; Jo 15:1; 3:. 13 60:3-17'>13-17; 4: 12-19; ​​conforme 2Tm 3:122Tm 3:12).. É a maneira como reagimos a maus-tratos e insultos que Jesus está falando aqui.

    Entre os judeus, um tapa ou outra marcante no rosto estava entre as mais humilhantes e desdenhoso dos atos (26 conforme Matt:. 67-68; Mc 14:65; Jo 18:22). Para atacar alguém em outra parte do corpo pode causar danos mais físico, mas um tapa na cara foi um ataque à sua honra e foi considerado um terrível indignidade. Foi a ser tratado com desdém, como sendo inferior a um ser humano. Mesmo um escravo preferia ter sido preso em toda a volta com um chicote de ser um tapa na cara com a mão de seu mestre.

    Para atacar alguém na face direita , então, seria uma reação irada vicioso, indicando um ato de insulto. No entanto, quando somos insultados, caluniados, e tratado com desprezo-literal ou figurativamente atingido no rosto por alguém, devemos voltar-se para lhe também a outra . Mas o ponto de Jesus pertence mais ao que não estamos a fazer do que o que estamos a fazer. Dar a outra face simboliza a nonavenging, nonretaliatory, humilde e espírito manso que é caracterizar cidadãos do Reino (conforme vv. 3, 5).

    Jesus resistiu fortemente mal que foi dirigida contra os outros, especialmente seu sogro, como quando Ele limpou o templo dos que contaminaram a casa de Seu Pai. Mas Ele não resistiu por vingança pessoal qualquer mal dirigida a si mesmo. Quando os líderes do Sinédrio, e mais tarde os soldados, abusou dele fisicamente e zombavam dele, Ele não quer retaliar em palavras ou em ações (Matt. 26: 67-68). Como Isaías havia predito Dele, Cristo deu a volta para aqueles que atingiu Ele e Suas bochechas para aqueles que arrancaram Sua barba (Is 50:6). Pedro resume exemplo de nosso Senhor: "Mas, se quando você faz o que é certo e sofrer por isso você pacientemente suportá-lo, este encontra graça diante de Deus Para você ter sido convocada para este fim, uma vez que também Cristo padeceu por vós, deixando-lhe uma. exemplo para você seguir seus passos, que não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; e ao mesmo tempo sendo injuriado, não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente "(1 Ped. 2: 20-23).

    Quando alguém ataca o nosso direito à dignidade, nós também não estão a defender esse direito por retaliação. Estamos a deixar a proteção e defesa da nossa dignidade nas mãos de Deus, sabendo que um dia vamos viver e reinar com ele em seu reino, em grande glória.

    Segurança

    E se alguém quiser processá-lo e tirar sua camisa, que ele tem o seu casaco também. (05:40)

    camisa mencionado aqui era um tipo de túnica usada como uma roupa de baixo, e o casaco era um vestuário exterior, que também serviu como um cobertor à noite. A maioria das pessoas daquela época possuía apenas um casaco e, provavelmente, apenas uma ou duas camisas. Era a roupa exterior, o casaco , que a lei mosaica exigia ser devolvido ao seu proprietário "antes de o sol se põe, pois essa é a única cobertura, é a capa de seu corpo" (Ex 22:26-27.).

    Jesus não está falando de um assalto, no qual uma pessoa tenta roubar suas roupas, mas do direito legítimo de qualquer um que quiser processá-lo . Quando uma pessoa não tinha dinheiro ou outros bens, o tribunal muitas vezes exige que a multa ou o julgamento ser pago pela roupa. A atitude de um cidadão do reino, aquele que é verdadeiramente justo, deve ser vontade de se render até mesmo a casaco , seu extremamente valioso roupa exterior, em vez de causar ofensa ou ressentimentos com um adversário. O tribunal não poderia exigir o casaco , mas poderia ser dado voluntariamente para satisfazer a dívida necessária. E isso é precisamente o que Jesus diz que devemos estar dispostos a fazer

    Se um julgamento legal é bastante feitas contra nós por um determinado período, devemos estar dispostos a oferecer ainda mais, a fim de mostrar o nosso pesar por qualquer coisa errada que fizemos e para mostrar que não somos amargo ou ressentido contra aquele que tem demandado nos . Ao fazê-lo, vamos mostrar o amor de Cristo e que somos "filhos de [nosso] Pai que está nos céus" (v. 45). É melhor mesmo para ser defraudado do que estar ressentido e vingativo. (Mais tarde, Paulo instrui os cristãos a respeito de processos judiciais em 1 Cor. 6: 1-8, enfatizando um princípio semelhante de vontade de perder a própria devido ao invés de ser vingativo.)

    Liberdade

    E quem deve forçá-lo a andar uma milha, vá com ele duas. (05:41)

    A terceira razão o Senhor indica cidadãos Unido devem estar dispostos a sacrificar é o da liberdade. A intenção original de Deus era para todos feitos à Sua imagem de viver em liberdade. Servidão humana e escravidão são conseqüências da Queda e não têm parte no plano original de Deus para a Sua criação. O melhor dos governos humanos sempre tentaram proteger a liberdade de seus cidadãos, e às vezes até de estrangeiros. À luz da vontade de Deus e da justiça humana adequada, os homens têm o direito a certas liberdades. Mas, como todos os outros direitos, a liberdade não é para ser valorizado e protegido em detrimento da justiça ou mesmo de testemunha fiel.
    O direito romano deu um soldado o direito de forçar um civil para levar sua mochila para um milion , um romano milha , que foi um pouco mais curto do que o nosso milha moderno. A lei, destinado a aliviar o soldado, não só causou grande transtorno para os civis, mas foi ainda mais desprezível pelo fato de que os oprimidos foram feitas para carregar o equipamento e as armas de seus opressores. Fora de combate do soldado romano foi, provavelmente, nunca mais odiado do que quando ele forçou alguém para carregar sua mochila.

    Mas mesmo assim desprezado um fardo deve ser realizada de boa vontade, Jesus diz-não apenas de boa vontade, mas com magnanimidade. Quando somos forçados a ir uma milha , devemos ir voluntariamente dois . Quando somos roubados de alguma da nossa liberdade acarinhados, devemos render-se ainda mais do que em vez de retaliar. Ao fazê-lo somos obedientes ao nosso Senhor e testemunhar a Sua justiça, sabendo que nEle temos uma liberdade mais caro que o mundo não pode tirar de nós.

    Propriedade

    Dá a quem te pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir emprestado de você. (05:42)

    A quarta razão estamos a rendição é o da propriedade. Possessividade é outra característica da natureza humana caída. Nós não gostam de desistir, ainda que temporariamente, o que nos pertence. Mesmo como cristãos, muitas vezes esquecemos que nada realmente pertence a nós e que nós somos apenas mordomos do que pertence a Deus. Mas, tanto quanto as outras pessoas estão em causa, que não têm o direito de manter o que nós possuímos. Por certo que é nosso para utilizar ou alienar que acharmos conveniente.

    Mas esse direito, também, deve ser colocado sobre o altar de obediência a Cristo, se necessário. Quando alguém pede para emprestar algo de nós, devemos não se afastar dele . Em outras palavras, devemos dar-lhe o que ele quer. A implicação é que a pessoa que pede tem uma necessidade genuína. Nós não somos obrigados a responder a todos os pedidos tolo, egoísta feito de nós. Às vezes, para dar a uma pessoa o que ele quer, mas não precisa é um desserviço, lhe fazendo mais mal do que bem.

    Também está implícita no princípio de que devemos oferecer para dar o que é necessário, assim que sabemos da necessidade, ou não estamos pediu ajuda. Jesus não está falando de aquiescência relutante a um pedido de ajuda, mas disposto, generoso e desejo de ajudar os outros a amar. Ele está falando de generosidade que realmente quer para atender a necessidade da outra pessoa, não tokenism que faz uma boa ação para comprar fora de um própria consciência.
    Jesus não minar a justiça civil, que pertence no tribunal. Ele enfraquece o egoísmo pessoal (característica dos falsos religiosos escutá-lo na montanha), que pertence a lugar nenhum e, sobretudo, não nos corações de seu reino pessoas.
    Um biógrafo de William Gladstone, o grande primeiro-ministro britânico, escreveu sobre ele: "É como poucos que viveram há mais de 60 anos em plena luz de seus compatriotas e têm, como os líderes do partido, foi exposto a críticas com raiva e às vezes rancorosa , pode-se dizer que não está contra eles palavras malignas e nenhum ato vingativo. Isso se deveu talvez não inteiramente a doçura natural de Gladstone de disposição, mas sim para o auto-controle e uma certa largueza de alma, que não quis se rebaixar a nada dizer ou mesquinho ".

    A única pessoa que é não defensiva, nonvengeful, nunca tem um rancor, e não tem apesar de seu coração é a pessoa que morreu para si mesmo. Para lutar por seus direitos é provar que a auto ainda está no trono do coração. O crente que é fiel a Cristo vive para Ele e, se necessário, morre por Ele (Rm 14:8)

    Vocês ouviram o que foi dito: "Amarás o teu próximo e odeie o seu inimigo." Mas eu digo que, amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; pois Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e os injustos. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos fazer o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, o que você faz mais do que outros? Não fazem os gentios fazer o mesmo? Por isso você deve ser perfeito, como o vosso Pai celeste é perfeito. (5: 43-48)

    Em sua sexta e última ilustração contrastando a falsa justiça dos escribas e fariseus com a verdadeira justiça de Deus, Jesus contrasta o seu tipo de amor com Deus. Em nenhum lugar o seu sistema humanista, egocêntrico da religião diferem mais de padrões divinos de Deus do que em matéria de amor. Nowhere tinha padrão de Deus foi tão corrompido como na forma como os escribas e fariseus hipócritas-se visto em relação aos outros. Em nenhum lugar foi mais evidente que eles não tinham a humildade, lamentando sobre seu próprio pecado, a mansidão, a ânsia de verdadeira justiça, a misericórdia, pureza de coração e espírito de pacificação que devem pertencer aos cidadãos do reino de Deus.
    Tal como acontece com as ilustrações anteriores, vamos olhar para o ensino do Antigo Testamento, a perversão da tradição rabínica, e na perspectiva de Jesus Cristo.

    Ensino do Antigo Testamento

    Amarás o teu próximo. (5: 43b)

    Essa frase é a única parte da tradição que foi adaptado a partir do Antigo Testamento. Lv 19:18 exige que "amarás o teu próximo como a si mesmo," um comando, muitas vezes repetido no Novo Testamento (Mt 19:19; Mt 22:39; Mc 12:31; Lc 10:27; Rm 13:9; Jc 2:8). Mas o povo de Deus também foram ordenados a fazer os mesmos favores para um inimigo. "Se encontrares o boi do teu inimigo ou o seu jumento vagando longe, você deve certamente voltar a ele. Se você vir o jumento daquele que te odeia deitado debaixo da sua carga, você deve abster-se de deixá-la para ele, você certamente liberar com ele "(Ex. 23: 4-5).

    Como em todos os ensinamentos do Sermão da Montanha, Jesus está falando aqui sobre os padrões pessoais de justiça, lei não civil. O "inimigo" de que fala em Êxodo 23 não é o soldado inimigo se reuniu no campo de batalha, mas um indivíduo-se compatriota ou estrangeiro, que, de alguma forma ou de outra é antagônica. Deus nunca teve um duplo padrão de justiça. Seu "mandamento é amplo" (Sl 119:1:. Sl 119:96), e no sentido mais amplo de um israelita vizinho foi quem precisa a quem ele pode se deparar em sua vida diária. (Veja a resposta de nosso Senhor para a pergunta: "Quem é o meu próximo?", Em Lc 10:1).Ele não fez nada para prejudicar a si mesmo os seus inimigos e ele não se alegrar quando mal veio a eles de qualquer outra fonte. Em outras palavras, ele não fez nada, não disse nada, e nada contra os seus inimigos pensava. Job fez mais do que simplesmente deixar de fazer outros danos; ele deu-lhes ajuda. "Já as pessoas da minha tenda não disse:" Quem pode encontrar um que não tenha ficado satisfeito com a sua carne '? O estrangeiro não apresentou fora, pois eu abria as minhas portas ao viajante "(vv. 31-32).

    Job viveu no período patriarcal, talvez durante o tempo de Abraão e, certamente, centenas de anos antes Deus deu sua lei escrita a Moisés. No entanto, naquele tempo padrão de justiça de Deus incluía, bondoso e amoroso cuidado misericordioso para outros, um traço que caracteriza Jó, que "foi irrepreensível, íntegro, temente a Deus, e afastando-se do mal" (1:1). Davi sabia que era errado para fazer o mal contra alguém que o havia prejudicado, assim como era errado para fazer o mal contra um amigo. Em outro salmo, ele disse: "Eles me retribuir o mal com o bem, para a perda de minha alma Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, as minhas roupas eram o saco;., Humilhava-me com o jejum, e minha oração voltava para o meu . seio eu fui sobre como se fosse meu irmão ou amigo; eu curvou-se de luto, como quem tristezas para uma mãe Mas pelo meu tropeço alegraram-se "(Sl 35:12-15.).. Davi lamentava e orou por seus inimigos quando eles estavam doentes e necessitados, apesar do fato de que eles reembolsado ele "mal para o bem" e se alegraram quando ele próprio estava em apuros.

    Aqueles que não foram meras palavras de Davi, porque sabemos que ele viveu esse espírito de amor. Quando Saul estava tentando matá-lo, Davi teve uma oportunidade fácil de tirar a vida de Saul. Para aliviar-se, Saul entrou em uma caverna perto de Engedi onde Davi e seus homens estavam escondidos e tornou-se, sem saber, à mercê de Davi. Davi furtivamente cortou um pedaço do manto de Saul, mas ele era tão sensível sobre fazer Saul qualquer dano que "surgiu depois que a consciência de Davi o incomodava porque ele havia cortado a orla do manto de Saul." Seus homens interpretaram a situação como um cumprimento da profecia de Deus para dar os inimigos de Davi em suas mãos; mas Davi sabia melhor. "Então ele disse aos seus homens:" Longe de mim por causa do Senhor que eu faça tal coisa ao meu senhor, o ungido do Senhor, para esticar a minha mão contra ele, pois ele é o ungido do Senhor. ' E Davi conteve os seus homens com estas palavras e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul "(1 Sam. 24: 3-7). Davi não prejudicaria diretamente Saul, e ele não iria deixar ninguém fazê-lo em seu nome. A condenação de Davi era profundo e sincero. Embora ele tinha toda a razão humana a odiar Saul, Davi se recusou a devolver o mal com o mal. Ele não odeia seu inimigo.

    Em outra ocasião, depois de Davi tornou-se rei, um parente de Saul chamado Simei atiraram pedras contra Davi e amaldiçoou. Mais uma vez Davi não iria retaliar ou permitir que seus homens a fazê-lo em seu nome. Simei não era o ungido de Deus, e ainda Davi se recusou a prejudicá-lo ou até mesmo dar uma réplica com raiva. Como rei, ele tinha o direito legal de matar Simei no local, mas sua devoção a uma lei superior impediu. Em surpreendente humildade que ele disse ao invés, "Se ele amaldiçoa, e se o Senhor lhe disse: 'Curse Davi', então quem poderá dizer: 'Por que você fez isso?'" (2 Sam. 16: 5-10). Davi deu Simei, o benefício da dúvida, sugerindo que Simei pode até ter agido em nome do Senhor.

    Em Provérbios, lemos: "Aquele que se alegra da calamidade não ficará impune" (Pv 17:5.).

    Apesar dessa clara revelação, tradição rabínica tinha pervertido Antigo Testamento ensino tanto por aquilo que foi omitido e pelo que foi adicionado.

    Perversion por Omissão

    Omitido na tradição era a frase "como a ti mesmo", que era uma parte fundamental do texto Levítico, mas não poderia caber em seu esquema de orgulho auto-justiça. Ele simplesmente era inconcebível que possam cuidar de qualquer outra pessoa, tanto quanto eles se importavam por si.

    O texto completo do Lv 19:18, obviamente, era bem conhecido para os escribas e fariseus. Eles foram os alunos supremos, preservadores e intérpretes da lei; e quando a cópia ou ler diretamente das Escrituras eram meticulosamente precisa. O escriba que perguntou a Jesus qual era o maior mandamento confirmou a resposta de Jesus. "Direito, Professor," ele disse, "Você realmente afirmou que ... a amar o próximo como a si mesmo é muito mais do que todos os holocaustos e sacrifícios" (Marcos 12:32-33). Em outra ocasião, quando Jesus pediu um determinado advogado, "O que está escrito na Lei? Como é que ele leia para você?" o advogado precisão citou Dt 6:5, inclusive "e ao próximo como a ti mesmo" (Lucas 10:26-27).

    As palavras da Escritura foram totalmente conhecida, mas apenas parcialmente ensinada e praticada; freqüentemente eles foram mesmo contrariada pela tradição rabínica. Tal como acontece com outros padrões bíblicos que pareciam muito exigente, o respeitante ao amor ao próximo foi reduzido a um nível aceitável humanamente.

    Os escribas e fariseus sabiam o quão bem eles amavam-se. Eles adoraram a ser homenageado, elogiou, e respeitado (Mt 6:1, Mt 6:5, Mt 6:16; etc.), e acreditava que eles mereciam. O fariseu, que agradeceu a Deus que ele foi "não gosto de outras pessoas" (Lc 18:11) era típico da maioria dos fariseus

    Ele também era típico da maioria das pessoas ao longo da história. Para o homem natural, e, infelizmente, para alguns cristãos, o amor-próprio é real, ativa e bastante perceptível. A maioria das pessoas passam a vida fazendo e buscando coisas que são principalmente em suas próprias-o seu interesse de segurança, conforto, renda, lazer, saúde, interesses pessoais, e assim por diante.
    Mas o padrão de Deus havia dado aos judeus era sobrenatural ao invés de natural, e eles devem ter se irritou ao abrigo do mesmo, porque eles sabiam que não poderiam viver até ele em seu próprio poder.Além disso, eles não querem fazer jus a ele, e, portanto, simplesmente extirpado "como a ti mesmo" do padrão do amor de Deus.

    Junto com essa omissão significativa, tradição tinha diminuído o significado do vizinho para incluir apenas as pessoas preferiam e aprovado-que atingiu basicamente a sua própria espécie. Essas pessoas, obviamente, profanas como publicanos e pecadores comuns eram desprezados como párias e como não sendo digno mesmo de ser considerados judeus.

    Publicanos eram judeus renegados que se venderam a dos opressores romanos e feitos livings lucrativos por extorquir impostos excessivos de seus concidadãos. "pecadores" eram aqueles que, como os criminosos e prostitutas, que eram conhecidos publicamente por sua imoralidade. Eles eram os "roubadores, injustos e adúlteros", e de tal forma que o fariseu agradeceu a Deus por não ser como (Lc 18:11). Uma das coisas sobre Jesus que revoltados líderes judeus mais foi Sua disposição aberta para associar, comer com, e até mesmo perdoar essas pessoas obviamente injustos (Mt 9:11).

    Mas, mesmo que a restrição do vizinho não era estreito o suficiente. Os escribas e fariseus também desprezado e olhou para as pessoas comuns. Eles demitido aqueles que acreditavam em Jesus, dizendo: (João 7:48-49) "Nenhum dos governantes ou fariseus acreditou nele, ele tem Mas esta multidão, que não conhece a Lei, é maldita?". Ironicamente, os líderes religiosos orgulhosos e arrogantes que sabiam, mas pervertida, a lei desdenhou como "maldito" as pessoas comuns que se sentiram não sabia disso.

    Perversion por Adição

    A tradição rabínica também pervertido o Antigo Testamento ensinar sobre o amor, adicionando algo ao que interessa: odeia seu inimigo . A sua adição foi ainda mais perversa do que a sua omissão, mas era a extensão lógica de seu tudo consome auto-interesse.

    Escusado será dizer que os gentios não foram considerados vizinhos. Um ditado dos fariseus foi descoberto que diz: "Se um judeu vê um Gentil caído no mar, deixá-lo de nenhuma maneira levantá-lo para fora, pois está escrito: 'Tu não se levantam contra o sangue do teu próximo, "Mas este homem não é o teu próximo." Não é de admirar que os romanos cobrado judeus com ódio da raça humana.

    Uma desculpa os judeus podem, muitas vezes fizeram para justificar o ódio dos gentios foi baseado em comando de Deus para os seus antepassados ​​para expulsar os cananeus, os midianitas, moabitas, amonitas, e outros povos pagãos como eles conquistados e possuíam a terra prometida sob Josué (Js 3:10; conforme Ex 33:2).

    Tais palavras não representam vendetta pessoal de Davi, mas sua preocupação com a santidade e justiça de Deus para ser executado sobre aqueles que desprezaram glorioso o nome do Senhor e perseguido o povo do Senhor. A base para imprecações de Davi é encontrado no versículo 9 do mesmo salmo: "Porque zelo por tua casa me consumiu, e as injúrias dos que reprovam Thee caíram sobre mim." Davi ficou irritado por causa do que foi feito contra Deus. Quando Jesus purificou o Templo de Jerusalém, "Seus discípulos lembraram-se" as palavras de Davi ", que foi escrito," O zelo por tua casa me consumirá "(Jo 2:17). Davi e Jesus compartilhou a mesma indignação justa.

    Quando o próprio filho de Davi, Absalão levantou um exército e se rebelou contra seu pai, Davi orou: "Levanta-te, Senhor, salva-me, ó meu Deus, Tu ferido todos os meus inimigos na bochecha;! Tu quebrou os dentes dos ímpios" (Sl 3:7), mas ele sabia que Absalão era ímpio e inimigo do povo de Deus e do Seu ungido rei. Como tal, Absalão merecia a derrota e, para o efeito o seu pai Davi orou.

    O apóstolo João experimentou tensão similar de sentimentos quando ele "tomou o livrinho da mão do anjo, e comi-o." "Foi na minha boca doce como o mel", disse ele, "e quando eu tinha comido 'meu estômago ficou amargo" (Ap 10:10). Ele estava feliz, porque ele sabia que o Senhor seria absolutamente vitorioso sobre seus inimigos; mas ele estava triste por causa dos milhões que seriam destruídos porque não queriam voltar para Deus.

    É uma coisa para defender a honra e glória de Deus, buscando a derrota de seus inimigos diminuindo do, mas outra bem diferente para odiar pessoalmente pessoas como nossos próprios inimigos. Nossa atitude para com até mesmo os piores pagãos ou hereges é amá-los e Oração para que eles vão voltar para Deus e ser salvo. Mas nós também oramos para que, se eles não se voltam para Ele, Deus vai julgá-los e removê-los, a fim de preparar o caminho para o Seu Filho Jesus Cristo como o regente deste mundo.
    Estamos a partilhar próprio equilíbrio do amor e da justiça de Deus. Deus amou Adão, mas Ele o amaldiçoou. Deus amou Cain, mas Ele o castigou. Deus amou a Sodoma e Gomorra, mas Ele os destruiu.Deus amou a Israel, mas ele permitiu que ela a ser conquistado e exilado, e Ele a colocou de lado por um tempo.

    Os escribas e fariseus não tinha esse equilíbrio. Eles não tinham amor pela justiça, mas apenas por vingança. E não tinham amor por seus inimigos, mas só para si. Depois de Davi declarado de inimigos de Deus, "Odeio-os com a máxima ódio; eles se tornaram meus inimigos", ele também orou: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; e ver se haver qualquer maneira prejudicial em mim, e guia-me pelo caminho eterno "(Sl 139:22-24.).

    Os escribas e fariseus, por outro lado, não sabia de nada ou de justa indignação ou justo amor. Sua única indignação era a de ódio pessoal, e seu único amor era a de auto-estima.

    A perspectiva de Jesus Cristo

    Mas eu digo que, amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; pois Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e os injustos. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos fazer o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, o que você faz mais do que outros? Não fazem os gentios fazer o mesmo? Por isso você deve ser perfeito, como o vosso Pai celeste é perfeito. (5: 44-48)

    Em cinco declarações ascendentes Jesus proclama o tipo de amor que Deus sempre exigiu de seu povo e que deve caracterizar todos que atende pelo nome do Senhor.

    Amai os vossos inimigos

    Mas eu digo que, amai os vossos inimigos. (5: 44a)

    Aqui é o ensinamento mais poderoso nas Escrituras sobre o significado do amor. O amor que Deus ordena de Seu povo o amor é tão grande que até mesmo abraça inimigos .

    Comentários William Hendriksen,
    Tudo ao seu redor eram aqueles muros e cercas. Ele veio com o propósito de estourar essas barreiras, para que o amor puro, quente, divino, infinito seria capaz de fluir para baixo a partir do coração de Deus, portanto, a partir de seu próprio coração maravilhoso, nos corações dos homens. Seu amor overleaped todas as fronteiras de raça, nacionalidade, partido, idade, sexo ....
    Quando ele disse: "Digo-vos, amai os vossos inimigos," ele deve ter assustado o seu público, pois ele estava dizendo algo que provavelmente nunca antes tinha sido dito isso de forma sucinta, de forma positiva, e com força ( O Evangelho de Mateus [Grand Rapids: Baker , 1973], p. 313)

    Os escribas e fariseus eram orgulhosos, preconceituosos, de julgamento, rancorosas, de ódio, de vingança que os homens mascarados como os guardiões da lei de Deus e os líderes espirituais de Israel. Para eles, a ordem de Jesus de amar os inimigos deve ter parecido ingênuo e tolo ao extremo. Eles não só sentiram que tinham o direito, mas o dever de odiar seus inimigos. Não odiar aqueles que obviamente merecem ser odiado seria uma violação da justiça.

    Jesus novamente define seu padrão divino contra os padrões humanos pervertidos de que a tradição judaica herética e reforça-lo com o enfático I . Em verbos gregos um sufixo pronominal indica o assunto, como aqui com legō (Eu digo ), eo pronome separado eu não teria sido necessário se Jesus destina simplesmente para dar informações.

    Mas aqui, como em cada instância anterior no sermão (vv. 22, 28, 32, 34, 39), a forma enfática ( ego ... legō ) não dá destaque apenas gramatical, mas teológica. Ao colocar o que Ele disse acima que a tradição diz, ele colocou a sua palavra em pé de igualdade com as Escrituras, como seus ouvintes bem compreendida. Jesus não só colocou ênfase no que foi dito, mas sobre quem disse isso. Não era apenas que o seu ensino era o padrão da verdade, mas que ele próprio era o padrão da verdade. "Seus grandes rabinos, escribas e estudiosos lhe ensinaram a amar somente aqueles de sua preferência e odiar seus inimigos", Jesus estava dizendo. "Mas, por minha própria autoridade, eu declaro que eles são falsos mestres e perverteram verdade revelada de Deus. A verdade divina é a minha verdade, o que é que você deve amar seus inimigos . "

    Como já observamos, o Antigo Testamento conceito de vizinho incluiu até mesmo inimigos pessoais. Essa é a verdade Jesus expande na parábola do Bom Samaritano. O ponto da parábola não é primariamente para responder a pergunta do advogado, "E quem é o meu próximo?" embora ele faz isso, mas para mostrar que o requisito de Deus é para nós a ser vizinhos de quem precisa de nossa ajuda (Lc 10:29, 36-37).

    A tendência humana é o amor de base sobre a conveniência de o objeto do nosso amor. Nós amamos as pessoas que são atraentes, passatempos que são agradáveis, uma casa ou um carro, porque ele parece bom e nos agrada, e assim por diante. Mas o verdadeiro amor é preciso orientada. O bom samaritano demonstrou grande amor porque ele sacrificou a própria conveniência, segurança e recursos para atender a outra é necessidade desesperada.
    A língua grega tem quatro termos diferentes que são geralmente traduzidas como "amor". Philia é o amor fraterno, o amor de amizade; STORGE é o amor da família; e Eros está desejando, amor romântico, sexual. Mas o amor de que Jesus fala aqui, e que é o mais falado no Novo Testamento, é agape ; o amor que procura e trabalha para atender a outra é maior bem-estar.

    Ágape amor pode envolver emoção, mas deve envolver ação. No tratado linda e poderosa de Paulo sobre o amor em I Coríntios 13, todos os quinze das características do amor são dadas na forma verbal.Obviamente amo deve envolver atitude, porque, como todas as formas de justiça, que começa no coração. Mas é melhor descrito e melhor testemunhado pelo que ele faz.

    Acima de tudo, Ágape amor é o amor que é Deus, que Deus demonstra, e que Deus dá (I João 4:7-10). "O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. ... [E] Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rm 5:5). Por causa do Seu amor, podemos amar, e "se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e seu amor em nós é perfeito" (I João 4:11-12).

    Quando Jesus disse aos discípulos: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei" (Jo 13:34), Ele tinha acabado de lavar os pés como um exemplo de humildade, auto— dar amor. Os discípulos não tinha feito nada para inspirar o amor de Jesus. Eles se auto-centrado, briguento, ciúmes um do outro, e às vezes até discutiu com e contradisse o One quem confessou ser seu Deus, Salvador e Senhor. No entanto, tudo o que Jesus disse a eles e fez por eles foi completamente e sem excepção para o seu bem. Esse era o tipo de amor que Ele lhes ordenou que têm por Ele e para o outro. E esse é o tipo de amor que Ele manda todos os seus seguidores a ter até mesmo para seus inimigos.

    O comentador RCH Lenski escreve:
    [Amor] de fato, vê todo o ódio ea maldade do inimigo, sente que seus golpes e os seus golpes, pode até ter algo para fazer para repeli-los de; mas tudo isso simplesmente enche o coração amoroso com o único desejo e objetivo, para libertar o seu inimigo de seu ódio, para resgatá-lo do seu pecado, e, assim, salvar a sua alma. Mere afeto muitas vezes é cega, mas mesmo assim ele pensa que vê algo atraente em uma em direção a quem ele sai; o amor maior pode ver nada atraente em um amou, ... sua motivação interna é simplesmente para conferir verdadeira bênção sobre o amado, para lhe fazer o bem maior ....Eu não posso gostar de uma baixa média criminosa que pode ter me roubado e ameaçado a minha vida; Eu não posso gostar de uma falsa mentirosa, companheiro, insultuosa que, talvez, tenha me difamado uma e outra vez; mas posso, pela graça de Jesus Cristo, amo todos eles, ver o que está errado com elas, desejo e trabalho para fazê-las apenas bom, acima de tudo, para libertá-los de seus caminhos viciosos. (A interpretação do Evangelho de São Mateus . [Minneapolis: Augsburg, 1964], p 247)

    A pergunta de amor nunca é que ao amor, porque estamos a amar a todos, mas apenas como amar mais solícito. Não devemos adorar apenas em termos de sentimento, mas em termos de serviço. O amor de Deus abraça o mundo inteiro (Jo 3:16), e Ele amava cada um de nós, mesmo quando ainda éramos pecadores e Seus inimigos (Rm. 5: 8-10). Aqueles que se recusam a confiar em Deus são seus inimigos;mas Ele não é deles. Da mesma forma, não estamos a ser inimigos daqueles que podem ser inimigos para nós. De sua perspectiva, somos seus inimigos; mas a partir de nossa perspectiva, eles devem ser os nossos vizinhos.

    Em 1567 o rei Filipe II de Espanha escolheu o duque de Alba como governador da parte inferior da nação. O Duque foi um amargo inimigo da Reforma Protestante recém-emergente. Seu governo foi chamado o reinado de terror, e seu conselho foi chamado Bloody Conselho, porque ele tinha ordenado a matança de tantos protestantes. É relatado que um homem que foi condenado a morrer por sua fé bíblica conseguiram escapar durante o auge do inverno. Como ele estava sendo perseguido por um soldado solitário, o homem chegou a um lago cuja gelo era fina e rachaduras. De alguma forma, ele conseguiu chegar em segurança através do gelo, mas, logo que ele chegou ao outro lado, ouviu seu perseguidor gritando. O soldado tinha caído através do gelo e estava prestes a se afogar. Correndo o risco de ser capturado, torturado e finalmente morto, ou de ser afogou-o homem foi para o outro lado do lago e resgatou o seu inimigo, porque o amor de Cristo o constrangia a fazê-lo. Ele sabia que não tinha outra escolha, se ele era para ser fiel ao seu Senhor (Elon Foster, New Cyclopedia de Prosa Ilustrações: Second Series [New York: TY Crowell, 1877], 296 p.).

    O reformador escocês George Wishart, um amigo e contemporâneo de João Knox, foi condenado a morrer como um herege. Porque o carrasco sabia de altruísta de Wishart ministrando a centenas de pessoas que estavam morrendo da praga, ele hesitou execução de sentença. Quando Wishart viu a expressão de remorso no rosto do carrasco, ele aproximou-se e beijou-o no rosto, dizendo: "Senhor, pode que ser um sinal de que eu te perdôo" (João Foxe, Livro dos Mártires de Foxe , ed. W. Grinton Berry [Grand Rapids: Baker, 1978], p 252)..

    Os nossos "inimigos", é claro, nem sempre vem em tais formas de risco de vida. Muitas vezes, eles são pessoas comuns que são más, impaciente, crítico, hipócrita, e rancoroso, ou apenas acontecem discordam de nós. Em qualquer relacionamento pessoal que temos, Deus quer que amemos. Se um conflito é com nosso cônjuge, nossos filhos ou pais, nossos amigos e membros da igreja, um adversário de negócio desonesto, vizinho maldoso, inimigo político, ou antagonista social, a nossa atitude para com eles deve ser uma de amor em oração.

    Orem por seus perseguidores

    e orai pelos que vos perseguem. (5: 44b)

    Todos os homens vivem com algum senso de pecado e culpa. E culpa produz medo, que em sua forma final é o medo da morte e do que está para além da morte. De várias maneiras, crenças religiosas, portanto, a maioria das pessoas já concebidas, rituais e práticas que eles estão convencidos de oferecer-lhes algum alívio da culpa e julgamento. Algumas pessoas tentam se livrar da culpa, simplesmente negá-lo ou ao negar a existência de um Deus que considera os homens responsáveis ​​pelo pecado.
    Ao longo da história as piores perseguições foram religiosa. Eles têm sido os mais fortes contra o povo de Deus, porque os padrões divinos que Ele tem dado a eles e que são vistos nos mesmos são um juízo sobre a maldade e corrupção da religião falsa. A Palavra de Deus desmascara as pessoas em seu ponto mais sensível e vulnerável, a ponto de sua auto-justificação-se que a justificação é religiosa, filosófica, ou mesmo ateu.

    Porque a perseguição é tantas vezes a resposta do mundo a verdade de Deus, o Senhor nos assegura que, assim como Ele foi perseguido, então seremos (Jo 15:20). Portanto Seu comando para nós para orar por nossos perseguidores é um comando que cada crente fiel pode, de alguma forma têm oportunidade de obedecer. Não é reservada para os crentes que por acaso vivem em terras pagãs ou ateias onde o cristianismo é proibido ou severamente restringidos.

    Jesus ensinou que cada discípulo que faz sua fé conhecido vai pagar algum preço por isso, e que estamos a orar por aqueles que exigir que o preço de nós. Spurgeon disse: "A oração é o precursor da misericórdia"; e que é, talvez, a razão pela qual Jesus menciona oração aqui. Amar os inimigos não é natural aos homens e às vezes é difícil, mesmo para aqueles que pertencem a Deus e têm o Seu amor dentro deles. A melhor maneira de ter a atitude certa, o ágape amor atitude, para com aqueles que perseguem -nos é trazê-los diante do Senhor em oração. Podemos sentir a sua malícia, sua injustiça, a sua impiedade, e seu ódio por nós, e em função dessas coisas que não poderia amá-los para o que eles são. Devemos amá-los por causa do que eles são-pecadores caídos a partir da imagem de Deus e na necessidade de perdão e graça de Deus, assim como éramos pecadores necessitados do seu perdão e graça diante Ele nos salvou. Devemos orar para eles que eles vão, como temos feito, buscar o Seu perdão e graça.

    Os nossos perseguidores não pode ser sempre incrédulos. Os cristãos podem causar outros cristãos grande problema, e o primeiro passo para curar esses relacionamentos quebrados também é oração. Quem nos persegue, de qualquer maneira e em qualquer grau, deve estar na nossa lista de oração. Conversando com Deus sobre os outros pode começar a tricotar coração do peticionário com o coração de Deus.

    Crisóstomo disse que a oração é a mais alta cúpula de auto-controle e que temos mais trouxe nossa vida em conformidade com os padrões de Deus quando podemos orar por nossos perseguidores. Dietrich Bonhoeffer, o pastor que sofreu e, eventualmente, foi morto na Alemanha nazista, escreveu sobre o ensinamento de Jesus em Mt 5:44, "Esta é a exigência suprema. Por meio da oração vamos ao nosso inimigo, estar a seu lado, e implorar por ele a Deus "(O custo do discipulado , trans RH Fuller [rev 2d ed .; New York:. Macmillan, 1960]., p 166.).

    Manifeste seu Filiação

    a fim de que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; pois Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e os injustos. (05:45)

    Para amar nossos inimigos e orar pelos nossos perseguidores mostra que somos filhos de [nosso] Pai que está nos céus . O aoristo de genēsthe ( pode ser ) indica uma vez por todas fato estabelecido. O próprio Deus é amor, e a maior evidência da nossa filiação divina através de Jesus Cristo é o nosso amor. "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13:35)."Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele" (1Jo 4:16). Na verdade, "Se alguém diz:" Eu amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê »(v. 20).

    Amar como Deus ama não fazer -nos filhos de o Pai , mas dá indícios de que já somos Seus filhos. Quando a vida reflete a natureza de Deus, isso prova que a vida agora possui sua natureza pelo novo nascimento.

    Uma das críticas mais comuns e mais prejudiciais do cristianismo é a acusação de que os cristãos não vivem de acordo com sua fé. Mesmo que o mundo tem uma idéia limitada e muitas vezes distorcida do que é o evangelho, eles sabem o suficiente sobre os ensinamentos de Cristo e da vida de Cristo para perceber que a maioria das pessoas que passam pelo seu nome não fazer tudo o que Ele ordenou e não fazer viver como Ele viveu.
    Mas mesmo uma pessoa que nunca tenha ouvido falar de Cristo ou os ensinamentos do Novo Testamento seria suspeito que há poder divino por trás de uma vida que ama e cuida até mesmo ao ponto de amar os inimigos, simplesmente porque essa vida é tão absolutamente atípico da natureza humana . Uma vida de amor oblativo dá provas de filiação do Pai que está nos céus . Essa frase enfatiza o reino celestial em que o Senhor habita, o reino que é a fonte desse tipo de amor.

    Aqueles que são filhos de Deus deve mostrar o amor imparcial e cuidado semelhante ao que Deus mostra. Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e os injustos. Essas bênçãos são dadas sem respeito ao mérito ou merecimento . Se assim fosse, ninguém iria recebê-los. Em que os teólogos tradicionalmente têm chamado a graça comum, Deus é indiscriminada em Sua benevolência. Seu amor divino e providência em algumas formas beneficiar a todos, mesmo aqueles que se rebelam contra ele ou negar a sua existência.

    Um velho ditado diz rabínica do afogamento dos egípcios no Mar Vermelho. À medida que a história se passa, quando os egípcios foram destruídos os anjos começaram a regozijar-se; mas Deus levantou a mão e disse: "A obra de Minhas mãos estão afundado no mar e você cantar?" (William Barclay, O Evangelho de Mateus , 2 vols. [rev ed .; Filadélfia:. Westminster, 1975], 1: 176).

    "Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o alimento no devido tempo", o salmista testemunha. "Tu nos abrir a tua mão, e fazes satisfazer o desejo de toda coisa vivente" (Sl 145:15-16.). Não há nenhuma boa coisa-físico, intelectual, emocional, moral, espiritual, ou de qualquer tipo-que outro alguém possui ou experiências que não vem da mão de Deus. Se Deus faz isso para todos, Seus filhos devem refletir essa mesma generosidade.

    Exceed vossos semelhantes

    Porque, se amais os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos fazer o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, o que você faz mais do que outros?Não fazem os gentios fazer o mesmo? (5: 46-47)

    Se os escribas e fariseus estavam certos de qualquer uma coisa foi que eles estavam muito melhor do que todos os outros. Mas Jesus corta novamente através de sua hipocrisia cega e mostra que o seu tipo de amor não é nada mais do que o amor egocêntrico ordinária que era comum até mesmo para publicanos e gentios -para quem os escribas e fariseus pensaram que eram mais inegavelmente superior.

    Aqueles foram, provavelmente, as palavras mais devastadoras e insultantes esses líderes religiosos já tinha ouvido, e eles devem ter sido enfurecido. publicanos eram roubadores traidores, e quase por definição eram desonestos, cruéis, e não religiosa. Aos olhos da maioria dos judeus, gentios estavam fora dos limites da preocupação e da misericórdia de Deus, que só possam servir para a destruição como Seus inimigos e os inimigos daqueles que pensavam que eram o Seu povo.

    Mas o amor dos escribas e fariseus, Jesus disse, não era melhor do que o amor daqueles que eles desprezaram acima de todas as outras pessoas. Você ama quem você ama , e que é o mesmo tipo de amor que até mesmo os coletores de impostos e os gentios exibem. "Sua justiça", acusou ele, "é, portanto, não é melhor do que a deles."

    Os cidadãos do reino de Deus devem ter um padrão muito mais elevado de amor, e de todos os outros aspectos da justiça, do que o resto do mundo. Os cristãos devem ser notado no trabalho, porque eles são mais honestos e mais atencioso. Os cristãos devem ser notado em suas comunidades porque eles são mais atenciosa e simpática. Os cristãos devem ser notado em qualquer lugar na sociedade em que se encontrem, porque o amor que eles apresentam é um amor divino. "Brilhe a vossa luz diante dos homens," Jesus já havia dito, "de tal forma que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5:16). Como comenta J. Oswald Sanders, "O Mestre espera de Seus discípulos tal conduta como só pode ser explicado em termos de o sobrenatural."

    Seja como Seu Pai Celestial

    Por isso você deve ser perfeito, como o vosso Pai celeste é perfeito. (5:48)

    A soma de tudo o que Jesus ensina no Sermão da Montanha-na verdade, a soma de tudo o que Ele ensina nas Escrituras-se com essas palavras. O grande propósito da salvação, o objetivo do evangelho, e o grande desejo do coração de Deus é para todos os homens a se tornar como Ele.

    Teleios ( perfeito ) significa, basicamente, para chegar a um fim pretendido ou uma conclusão e é muitas vezes traduzida como "maduro" (1Co 2:6; 1Co 4:13 Ef; etc.).. Mas o significado aqui é, obviamente, que de perfeição, porque o Pai celeste é o padrão. Os "filhos de [o] Pai" (v. 45) são para ser perfeito, como [seu] Pai celeste é perfeito . Que a perfeição é a perfeição absoluta.

    Essa perfeição também é totalmente impossível no próprio poder do homem. Para aqueles que querem saber como Jesus pode exigir o impossível, Ele diz depois, "Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível" (Mt 19:26). O que Deus exige, Ele fornece o poder de realizar. Própria justiça do homem é possível, mas é tão imperfeito que ele é inútil; A justiça de Deus é impossível pela simples razão de que ele é perfeito. Mas a justiça impossível se torna possível para aqueles que confiam em Jesus Cristo, porque Ele lhes dá a Sua justiça.

    Isso é precisamente o ponto de nosso Senhor em todas estas ilustrações e em todo sermão para levar o público a um sentimento avassalador de falência espiritual, a uma "atitude beatitude" que lhes mostra a sua necessidade de um Salvador, um facilitador o único que pode capacitá-los para atender padrão de perfeição de Deus.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 48

    Mateus 5

    O Sermão da Montanha O resumo da fé

    A introdução de Mateus

    A Mt 5:3

    Mt 5:3 (cont.)

    Mt 5:4 Mt 5:5 A Mt 5:6

    Mt 5:7 A Mt 5:8 Mt 5:9

    A bem-aventurança de quem sofre por Cristo — Mat. 5:10-12

    A bem-aventurança do caminho manchado de sangue — Mat. 5:10-12 Mt 5:13

    A luz do mundo — Mat. 5:14-15 Mt 5:16 A lei eterna — Mat. 5:17-20

    A essência da lei — Mat. 5:17-20 (cont.)

    A lei e o evangelho — Mat. 5:17-20 (cont.) A nova autoridade — Mat. 5:21-48

    A nova pauta moral — Mat. 5:21-48 (cont.) Mt 5:21Mt 5:22

    Mt 5:21Mt 5:22 (cont.) Mt 5:23Mt 5:24

    Reconciliar-se a tempo — Mat. 5:25-26

    O desejo proibido — Mat. 5:27-28

    A intervenção cirúrgica — Mat. 5:29-30 O vínculo que não se pode quebrar

    1. Mt 5:31Mt 5:32
    2. Mt 5:31Mt 5:32 (cont.)
    3. Mt 5:31Mt 5:32 (cont.) A palavra é promessa — Mat. 5:33-37

    O fim dos juramentos — Mat. 5:33-37 (cont.) A lei antiga — Mat. 5:38-42

    O fim do ressentimento e da vingança — Mat. 5:38-42 (cont.) A dádiva generosa — Mat. 5:38-42 (cont.)

    O amor cristão – (1) seu significado — Mat. 5:43-48 (cont.) O amor cristão – (2) sua razão de ser — Mat. 5:43-48 (cont.)

    O SERMÃO DA MONTANHA

    Tal como já o vimos, em seu evangelho Mateus segue um plano bem estruturado.

    Em sua história do batismo de Jesus nos mostra isso a este tomando

    consciência de que tinha chegado sua hora, de que lhe tinha chegado o chamado da ação e de que devia iniciar sua cruzada. Na história das tentações nos mostra como Jesus escolheu deliberadamente os métodos

    que usaria para executar sua tarefa, e como rechaçou deliberadamente aqueles métodos que considerava opostos à vontade de Deus.

    Se alguém se propõe levar a cabo uma tarefa importante, necessita ajudantes que o secundem. Por isso Mateus segue nos mostrando como

    Jesus seleciona aos que seriam seus colegas de trabalho e compartilhariam sua missão. Mas para que os ajudantes desempenhem inteligentemente sua parte na tarefa mais vasta, é necessário capacitá-los. Agora, pois, no Sermão da Montanha, Mateus mostra a Jesus dando

    instrução a seus discípulos na mensagem que eles deviam transmitir a todos os homens. Na apresentação do Sermão da Montanha que encontramos em Lucas todo isto fica muito mais de manifesto, porque

    segue a seguir do que poderíamos denominar a nomeação oficial dos doze (Lc 6:13 ss.).

    Por este detalhe é que um grande erudito chamou o Sermão da

    Montanha "O sermão de ordenação dos doze". Da mesma maneira que todo jovem ministro no momento de sua ordenação é confrontado com as dimensões da tarefa que lhe corresponderá desempenhar, os doze apóstolos receberam de seu Jesus "sermão de ordenação" antes de ser enviados.

    Outros estudiosos intitularam de diferentes maneiras este "sermão". Foi denominado "O compêndio da doutrina de Cristo", "A Carta Magna

    do Reino", "O manifesto do Rei". Todos coincidem em que no Sermão da Montanha temos a medula e a quintessência do ensino de Jesus ao círculo íntimo dos que tinha eleito.

    O Resumo da Fé

    Em realidade esta denominação se ajusta mais à autêntica natureza do Sermão da Montanha do que poderia parecer à primeira vista. Referimo-nos ao "Sermão" da Montanha como se fosse um sermão que Jesus tenha pregado, mais ou menos na forma em que nós o temos, em

    alguma ocasião particular. Mas é muito mais que isto. De fato, é uma síntese dos distintos sermões que pregou durante o seu ministério.

    1. Qualquer que o escutasse em sua forma atual ficaria exausto antes de chegar a seu fim. Há muita riqueza de conteúdo para que se

    possa escutar de uma só vez. Outra coisa, muito distinta, é lê-lo, e deter— se para meditar em seus conceitos cada vez que for necessário; seria completamente distinto escutá-lo pela primeira vez. Além disso, quando o lemos, fazemo-lo com o ritmo a que estamos acostumados, é-nos mais

    fácil, e em geral conhecemos por leituras anteriores a maioria das palavras que o compõem. Se o escutasse em sua forma atual pela primeira vez, antes de chegar ao fim o ouvinte ficaria empanturrado pela

    abundância de luz.

    1. Há certas porções do sermão que aparecem repentinamente, sem advertência alguma; quer dizer, não mantêm relação com o que vem

    antes nem com o que vem a seguir. Por exemplo, Mateus 5:31-32 e Mateus 7:7-11 estão bastante desconectados de seu contexto. Não são a conseqüência lógica do que antecede nem resolvem em sua continuação.

    O Sermão da Montanha é desconexo em várias de suas partes.

    1. O mais importante de tudo é isto. Tanto Mateus como Lucas nos dão cada um uma versão do Sermão da Montanha. Na versão do Mateus

    há 107 versículos. Destes 29 estão em Lucas 6:20-49, como uma unidade; 47 não têm paralelo na versão de Lucas e 34 estão dispersos, em distintos contextos, com o passar do evangelho de Lucas. Por exemplo, o símile do sal está em Mt 5:13 e em Lucas 14:34-35; o

    símile da candeia está em Mt 5:18 e em Lc 8:16; o dito a respeito de que nenhum jota e nenhum til da Lei passarão está emMt 5:18 e em Lc 16:17. Quer dizer, algumas passagens que em Mateus

    aparecem como consecutivas estão separados, inclusive em diferentes capítulos, no evangelho de Lucas. Para pôr outro exemplo, o dito sobre o cisco no olho do irmão e a trave no nosso está em Mateus 7:1-5 e Lucas

    Lc 6:37-42. Seja-nos permitido apenas assinalar que com o cristianismo entrou no mundo um ideal de castidade

    que anteriormente os homens não haviam nem sequer sonhado.

    A PALAVRA É PROMESSA

    Mateus 5:33-37

    Uma das coisas mais estranhas com respeito ao Sermão da Montanha é a quantidade de vezes em que nele a única coisa que Jesus

    faz é lembrar aos judeus algo que eles já sabiam. Os mestres judeus sempre tinham insistido na obrigação geral de dizer sempre a verdade. "O mundo se apóia firmemente sobre três pilares: a justiça, a verdade e a

    paz." "Há quatro pessoas que estão excluídas da presença de Deus: o zombador, o hipócrita, o mentiroso e o que faz circular calunia." "Quem deu sua palavra e depois a muda é tão mau como qualquer idólatra." A

    escola de Shammai era tão escrupulosa com respeito a este assunto de dizer a verdade, que até proibia a repetição das pequenas cortesias do trato social, como por exemplo o repetido louvor à beleza de uma noiva

    embora em realidade fosse apenas uma aparência agradável.

    Os judeus eram ainda mais estritos naqueles casos em que a verdade da palavra tinha sido garantida mediante um juramento. O Novo Testamento estabelece este principio em repetidas oportunidades. O

    mandamento diz: "Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão,

    porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Ex 20:7). Este mandamento não proíbe dizer "más palavras" ou usar "linguagem forte", mas sim condena ao homem que jura no nome de Deus, ou promete algo pondo a Deus como testemunha, e não está disposto a observar sua promessa ou jurou falsamente. "Quando um homem fizer voto ao SENHOR ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que saiu da sua boca, fará" (Nu 30:2). "Quando fizeres algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Porém, abstendo-te de fazer o voto, não haverá pecado em ti. O que proferiram os teus lábios, isso guardarás e o farás, porque votaste livremente ao SENHOR, teu Deus, o que falaste com a tua boca" (Deut. 23:21-23)

    No tempo de Jesus, entretanto, ocorriam duas coisas muito pouco satisfatórias com relação ao uso do nome de Deus.

    A primeira é o que poderia denominar-se juramento frívolo ou fútil. Quer dizer, jurar ou exigir juramento quando não era necessário

    juramento algum. Tinha chegado a ser um costume começar qualquer declaração dizendo: "Por sua vida", ou "Por minha cabeça", ou "Jamais veja feliz Israel se..." Os rabinos tinham estabelecido que usar de

    qualquer classe de juramento em declarações corriqueiras, tais como "Esta árvore é uma oliveira" não somente era incorreto mas sim devia considerar-se pecaminoso. Diziam: "O se de um homem justo sempre é se, e o não é não." Ainda em nossos dias é instrutivo o ensino daqueles

    antigos mestres. Com muita freqüência escutamos pessoas usarem a linguagem mais sagrada em situações insignificantes. Tomam-se, de maneira irreverente, as coisas e os nomes sagrados. Os nomes sagrados

    deveriam reservar-se para as coisas sagradas.

    O outro costume dos judeus no tempo de Jesus pode considerar-se muito mais grave. Consistia no que poderia denominar-se juramento

    evasivo. Os judeus dividiam os juramentos em duas classes: aqueles que obrigavam de maneira absoluta e os que só o faziam de maneira relativa.

    Qualquer juramento que contivera o nome de Deus obrigava de maneira absoluta, os juramentos em que se evitava o nome de Deus não criavam uma obrigação absoluta. O resultado era que se alguém jurava pelo nome de Deus podia esperar-se dele que estivesse dizendo uma verdade, ou que cumprisse sua promessa; mas se jurava pela Terra, ou pelo céu, ou por Jerusalém, ou por sua própria cabeça, sentia-se na liberdade de romper seu juramento. Como resultado, construiu-se uma verdadeira arte de jurar, evitando o nome de Deus.

    A idéia era que se se usava o nome de Deus, este passava a ser parte na transação; enquanto que se não se mencionava a Deus, este não tinha nada a ver no assunto. O princípio que Jesus estabelece é bastante claro. Afirma que, independentemente da intenção que alguém pudesse ter de tornar a Deus em parte de seus negócios, era absolutamente impossível mantê-lo fora deles. Deus está presente em todas as transações. O céu é o trono de Deus e a Terra é sua banqueta; Jerusalém é a cidade de Deus. nossas próprias cabeças em realidade não nos pertencem, porque não podemos tornar um só de nossos cabelos branco ou preto. Nossa vida pertencem a Deus. Não há nada neste mundo que não seja de Deus, e portanto, mencione-se ou não o nome de Deus, Ele está presente de qualquer maneira.

    Esta é uma grande e eterna verdade. A vida não pode ser dividida em compartimentos em alguns dos quais Deus está presente e em outros não; não se pode usar um tipo de linguagem na 1greja e outro na fábrica, no escritório, ou no bar; não pode haver algumas normas que orientem a conduta na 1greja e outras normas, diferentes, que estabeleçam o que é bom ou mau fora da Igreja, no mundo dos negócios. O fato é que não se pode convidar a Deus a participar de alguns dos âmbitos de nossa vida e deixá-lo de fora de outros. Ele está em toda parte e em todo momento e situação de nossas vidas. Não só escuta as palavras pronunciadas em seu nome, mas também todas as palavras; não se pode inventar uma fórmula verbal que evite a presença de Deus em nossa vida. Se lembrarmos que todas as nossas promessas são feitas na presença de Deus

    reconheceremos como nossa obrigação ser sempre fiéis à verdade, porque toda promessa é sagrada.

    O FIM DOS JURAMENTOS

    Mateus 5:33-37 (continuação)

    Esta passagem conclui com o mandamento de que quando alguém deve dizer sim, tem que dizer sim, e nada mais; e quando deve dizer

    não, tem que dizer não, e somente não.

    O ideal é que ninguém precise de juramentos para garantir a verdade ou dar prova de sua vontade de cumprir uma promessa. O

    caráter da pessoa deveria fazer com que os juramentos fossem totalmente desnecessários. Sua garantia e suas testemunhas deveriam ser sua própria integridade. Sócrates, o grande orador e mestre grego, disse: "Deveríamos viver de tal maneira que nossas ações inspirassem mais

    confiança em nós que qualquer juramento." Clemente de Alexandria sustentava que os cristãos deveriam viver de tal modo e ser de tal caráter que ninguém jamais sonhasse sequer em pedir-lhes um juramento. A

    sociedade ideal seria aquela em que a palavra de qualquer indivíduo não necessitasse de juramento alguma para garantir sua verdade, e as promessas não precisassem de juramentos para garantir seu

    cumprimento.

    Proíbem estas palavras de Jesus que os cristãos jurem em situações tais como quando vai dar testemunho em um processo legal, ou no

    juramento à bandeira? Tem havido dois grupos que se negaram categoricamente a toda forma de juramento. Os primeiros foram os essênios, uma antiga seita judia. Josefo escreve respeito a eles: "São

    eminentes por sua fidelidade e são ministros de paz. Algo que digam é tão firme como um juramento. Evitam todo juramento, e o têm em mais baixa estima ainda que o perjúrio. Porque afirmam que quem não pode ser de confiança se não jurarem, já estão condenados."

    E também estão, ainda em nossos dias, os quackers. Os quackers se negam rotundamente, qualquer que seja a situação em que se encontrem, a pronunciar juramentos. George Fox, um dos fundadores desta seita, o máximo que chegava era aceitar o uso da palavra "verdadeiramente". Escreveu: "Nunca enganei a ninguém durante toda aquela época (a que passou ocupado em negócios). Em todas as minhas transações importantes usava a palavra ‘verdadeiramente’." E muitos diziam: "Quando George Fox diz ‘verdadeiramente’ não há maneira de que mude." Na antiguidade os essênios não tinham pronunciado nenhum juramento, e até nossos dias, os tais estão na mesma postura.

    Têm estes razão ao assumir esta atitude? Houve ocasiões nas quais o apóstolo Paulo jurou, como quando afirma: "Eu, porém, por minha

    vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto" (2Co 1:232Co 1:23). "Ora, acerca do que vos escrevo", diz na

    epístola aos Gálatas, "eis que diante de Deus testifico que não minto" (Gl 1:20). Nestes casos Paulo se está colocando sob juramento. O próprio Jesus não protestou quando o sumo sacerdote o pôs sob

    juramento: "Conjuro-te pelo Deus vivo" – ponho-te sob juramento em nome de Deus – "que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus" (Mt 26:63).

    Qual é então a situação?

    Voltemos para a última parte do versículo 37. As versões correntes dizem: "O que disto passar vem do maligno." O que significam estas palavras? Somente podem significar duas coisas.

    1. Se for necessário pedir a alguém que jure, a necessidade surge do mal que se aninha no coração do homem. Se não houvesse mal no homem os juramentos seriam desnecessários. Em outras palavras, o fato

    de que seja necessário às vezes tomar juramento é uma demonstração da persistência do mal na natureza humana.

    1. O fato de que às vezes seja necessário pôr as pessoas sob

    juramento obedece a que o mundo em que vivemos é mau. Em um mundo perfeito, no Reino de Deus, jamais seria necessário prestar

    juramento de nenhuma espécie. Faz-se necessário somente a causa do mal que há no mundo.

    O que Jesus afirma é: o homem verdadeiramente bom não precisará jurar para que outros confiem nele; a veracidade de suas palavras e a

    firmeza de suas intenções não necessitam de tal garantia. Mas o fato de que ainda seja necessário às vezes tomar juramento das pessoas se deve ao fato de que os homens não são bons e este mundo tampouco o é.

    Interpretado deste modo, a afirmação de Jesus nos obriga de duas

    maneiras. Obriga-nos a viver de tal maneira que, vendo nossa transparente bondade, ninguém creia necessário exigir que juremos para poder confiar em nossa palavra; e nos põe na obrigação de fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para que o mundo seja um lugar tal que não haja capacidade nele para a falsidade e a infidelidade, ao ponto de que possa abolir-se toda forma de juramento.

    A LEI ANTIGA

    Mateus 5:38-42

    Há poucas passagens no Novo Testamento que contenham com tanta pureza a essência da ética cristã como esta que examinamos agora. Nestas se expressa linhas a ética característica da vida cristã, e o

    comportamento que deveria distinguir ao cristão de outros homens.

    Jesus começa citando a lei mais antiga que tenha existido – olho por olho e dente por dente. Esta lei se conhece com o nome latino Lex

    Talionis, e poderia descrever-lhe como lei da reciprocidade direta. Aparece no Código do Hamurabi, o código de leis mais antigo que se conhece – data dos anos 2285:2242 a.C., data do reinado daquele

    soberano em Babilônia. O código do Hamurabi estabelece uma distinção muito curiosa entre o nobre e o plebeu. "Se alguém provocou a perda de um olho a um nobre, pagará com seu próprio olho. Se tiver arruinado uma das extremidades de um nobre, pagará com uma de suas próprias

    extremidades. Se ocasionar a perda de um olho ou de um membro a um

    homem pobre, pagará uma mina de prata... Se alguém ocasionar a perda de um dente a um igual, deverá pagar com um de seus dentes, se ocasionar a perda de um dente a um homem pobre, pagará um terço de uma mina de prata." O princípio é claro e aparentemente singelo: Se alguém machucou a outro de algum modo, ele mesmo deverá sofrer idêntica ofensa.

    Essa lei se transformou em parte da ética do Antigo Testamento. Encontramo-la explicitamente pelo menos três vezes, ou seja: " Mas, se

    houver dano grave, então, darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe" (Êxodo 21:23-25); "Se alguém causar

    defeito em seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: fratura por fratura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum homem, assim se lhe fará" (Lv 24:19, Lv 24:20); "Não o olharás

    com piedade: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé" (Dt 19:21). Com freqüência se citam estas leis como as mais sangrentas, selvagens e impiedosas disposições do

    Antigo Testamento; mas antes de começarmos a criticar o Antigo Testamento devemos fazer algumas observações.

    1. A Lex Talionis, ou lei da retribuição direta, longe de ser uma

    disposição selvagem e sanguinária é o princípio da misericórdia. Seu propósito original foi em realidade, a limitação da vingança. A "vingança" e a inimizade de sangue era uma das características da sociedade tribal daqueles tempos. Se um membro de uma tribo matava a um membro de outra tribo, a obrigação de todos os varões membros da segunda tribo era vingar-se em toupeiras os membros varões da primeira, e a vingança procurada não era senão a morte. A lei de talião limita deliberadamente os alcances da vingança. Estabelece que somente deverá ser castigado o responsável pela ferida e que seu castigo não deve ser maior que a ferida que ele infligiu ao outro ofendido. Vista de uma perspectiva histórica esta lei não é selvagem, mas sim uma lei misericordiosa.

    1. Além disso, esta lei nunca deu ao indivíduo, como pessoa particular, o direito de cobrar as ofensas recebidas; sempre se tratava de uma lei, que era aplicada por um juiz mediante um processo legal de caráter público (veja-se Ex 19:18). Esta lei nunca teve como propósito dar ao indivíduo, como pessoa particular, o direito de vingar-se pessoalmente. Sempre se tratou de uma norma destinada a guiar um juiz na avaliação da pena que devia aplicar por qualquer ato violento ou injusto.
      1. Mais ainda, esta lei, ao menos em qualquer sociedade semi— civilizada, nunca foi aplicada de modo literal. Os juristas judeus afirmavam, com boa razão, que sua aplicação literal podia ser o contrário da justiça, já que podia significar privar a alguém de um olho são por um olho doente, ou de um dente intacto por um dente cariado. E ligo se estipularam equivalentes monetários das distintas feridas possíveis. O tratado Baba Kamma, por exemplo, um livro de leis judias, estabelece meticulosamente como se deve avaliar uma ofensa. Se alguém feriu a outro, é culpado por cinco motivos – pela ferida em si, pela dor sofrida, pelo custo da cura, pela perda de tempo, pela indignidade sofrida. No que respeita à ferida em si, o ferido se considerava como um escravo que se apresentava à venda no mercado. Estabelecia-se o preço que se pagou por ele antes e depois da ferida. O culpado devia pagar a diferença entre os dois preços hipotéticos já que era responsável pela perda de valor do prejudicado. No que respeita à dor, estabelecia-se quanto dinheiro custaria fazer alguém aceitar sofrer a mesma dor e o culpado devia pagar essa soma. No que respeita a cura o ofensor devia pagar todos os gastos da necessária atenção médica até a completa cura da ferida. No que respeita à perda de tempo, o culpado devia compensar a seu vítima pelos salários que teria cobrado por seu trabalho durante o tempo que não tinha podido trabalhar, assim como uma indenização no caso que a ferida o impedisse de voltar a trabalhar na mesma tarefa que fazia ou tinha antes e precisou aceitar um emprego pior remunerado. Quanto à indignidade sofrida, o ofensor devia pagar uma soma em desagravo pela humilhação

    que o demandante teria sofrido como conseqüência da ferida. Na prática, o tipo de retribuição que estabelece a Lex Talionis se aproxima muito às disposições legais modernas.

    1. E, o mais importante de tudo, deve lembrar-se que a Lex Talionis não é, de maneira alguma, toda a ética do Antigo Testamento,

    De modo que no Antigo Testamento encontramos resplendores da mais autêntica misericórdia: "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo"

    (Lv 19:18); "Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber" (Pv 25:21); "Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta" (Lm 3:30). Também no

    Antigo Testamento abunda a misericórdia.

    Assim, pois, a lei antiga se apóia no princípio da retribuição direta. É verdade que esta lei era uma lei misericordiosa; é verdade que devia

    ser aplicada pelo juiz e não ficava entregue ao arbítrio do indivíduo como particular; é verdade que nunca foi aplicado de modo literal; é verdade que ao mesmo tempo ia acompanhada por expressões de uma

    autêntica misericórdia. Mas Jesus eliminou os próprios fundamentos daquela lei, porque a vingança, por mais controlada e restringida que seja, não tem lugar na vida cristã.

    O FIM DO RESSENTIMENTO E DA VINGANÇA

    Mateus 5:38-42 (continuação)

    Assim, pois, para o cristão, Jesus elimina a antiga lei da vingança limitada, e introduz o novo espírito do não-ressentimento nem vingança. Prossegue, então, dando três exemplos de como funciona o espírito

    cristão. Interpretar estes três exemplos de maneira cruamente literal e incompreensiva é perder totalmente de vista sua significação. Portanto, é muito necessário captar o significado do que Jesus está nos dizendo.

    1. Diz que se alguém nos esbofetear na face direita devemos lhe

    oferecer, também, a outra face. As aparências desta passagem enganam,

    porque se trata de muito mais que simples bofetadas na face. Suponhamos que uma pessoa que habitualmente usa sua mão direita está em frente a outra, e pensemos qual será sua situação se quer dar no outro uma bofetada na face direita. Como o fará? A menos que se submeta às mais complicadas contorções, e portanto faça com que seu golpe perca totalmente a força que pode ter, há uma só maneira de dar o golpe, ou seja com o dorso da mão. Ora, segundo a lei rabínica, bater com o dorso da mão era duplamente insultante que fazê-lo com a palma. Há uma certa arrogância insultante que se soma ao fato de dar um reverso ou golpe com o dorso da mão.

    Assim, pois, o que Jesus diz é o seguinte: "Mesmo que alguém lhes dirija o insulto mais calculado e traidor, não devem responder com outro

    insulto do mesmo tipo, nem devem sentir-se ofendidos por sua ação." Não nos ocorrerá com muita freqüência encontrar-nos com alguém que

    nos dê bofetadas, mas uma e outra vez no curso de nossa vida receberemos insultos de maior ou menor proporção; Jesus nos está dizendo aqui que o cristão precisa ter aprendido a não experimentar

    ressentimento, seja qual for o insulto que receber, e a não procurar vingar-se de maneira alguma. Eles O acusavam de ser um glutão e um bêbado. Eles O censuravam-no por manter amizade com os publicanos e

    prostitutas, com o qual queria dizer que seu caráter era como o de quem costumava freqüentar. Os primeiros cristãos foram acusados de canibalismo e de ser incendiários, e de praticar orgias durante a celebração de suas "festas de amor" (ágapes).

    Quando Shaftesbury assumiu a causa dos pobres e dos oprimidos, foi advertido que sua atitude lhe significaria "perder a amizade dos membros de sua própria classe social" e que devia, portanto, abandonar a

    esperança de chegar a ser algum dia membro do gabinete de governo na 1nglaterra. Quando Wilberforce começou sua cruzada contra a escravidão, esparramou-se deliberadamente a calúnia de que era um mau

    marido, que estava casado com uma negra a qual castigava.

    Uma e outra vez, em uma igreja alguém é "insultado" ao não convidar-lhe a sentar-se na plataforma, ao omitir-se o de um voto de agradecimento, ao não receber, de uma ou outra maneira, o lugar que lhe corresponde ocupar. O verdadeiro cristão esqueceu o que significa ser insultado; aprendeu que seu Mestre a não aceitar nada como um insulto pessoal, a jamais experimentar ressentimento e nunca vingar-se.

    1. Jesus segue dizendo que se alguém tenta nos tirar a túnica em um litígio ante os tribunais, não somente devemos deixar que se leve o

    que quer, mas também lhe oferecer a capa. Novamente, há aqui muito mais do que pode perceber-se superficialmente. A túnica, chiton, era uma espécie de camisa que se usava debaixo da roupa, e em geral era

    feita de algodão ou linho. Até o homem mais pobre possuía habitualmente mais de uma muda deste objeto. A capa era a vestimenta exterior, de forma retangular e de consideráveis dimensões, que se usava

    como toga durante o dia e como telha durante a noite. Os judeus em geral tinham somente uma capa ou manta deste tipo.

    A lei judia estabelecia que a túnica de um devedor era confiscável,

    mas não a capa. "Se do teu próximo tomares em penhor a sua veste, lha restituirás antes do pôr-do-sol; porque é com ela que se cobre, é a veste do seu corpo; em que se deitaria?" (Êxodo 22:26-27). O importante aqui é que a lei não autorizava a reter permanentemente a capa de um devedor, como objeto de sua dívida. Por isso, o que Jesus diz nesta passagem, é que "o cristão nunca exige a satisfação de seus direitos; nunca disputa para que se cumpram a seu favor as disposições legais que o protegem; considera-se como se não tivesse direito algum". Há pessoas que todo o tempo estão reclamando seus direitos, que se aferram a seus privilégios e não permitem que ninguém nem nada os estorvo, capazes de expor qualquer demanda, inclusive ante os tribunais, antes de permitir ser "atropelado" até no mínimo.

    As igrejas, por desgraça, estão geralmente cheias de pessoas deste caráter, membros diretores cujo "território" foi invadido por outros

    irmãos, ministros ordenados ou leigos cujos direitos não foram

    considerados, juntas e comissões que fazem a sessão com o regulamento sobre a mesa, para que ninguém ultrapasse em seus respectivos direitos ou deixe de cumprir suas obrigações. Os que agem deste modo nem sequer começaram a compreender o significado da fé cristã. O cristão não pensa em seus direitos, mas em seus deveres; não em seus privilégios, mas em suas responsabilidades. O cristão é alguém que esqueceu por completo seus direitos. Aquele que defende até a morte seus privilégios ou direitos, dentro ou fora da Igreja, está muito longe do caminho de Jesus Cristo.

    1. Em terceiro lugar Jesus fala de que o cristão ao ser obrigado a andar uma milha deve estar disposto a ir duas milhas em vez de uma.

    Temos aqui uma imagem que para nós é muito pouco familiar, visto que se trata da situação em um país sob ocupação militar. "Obrigar a levar carga", tal como aparece em nosso texto, é uma expressão com longa

    história. A palavra grega que a representa, aggaréuein, provém de outro vocábulo, aggaréus, que significa "correio" no idioma dos persas. Os persas tinham um sistema postal extraordinário. Todos os caminhos

    estavam divididos em postos localizadas a um dia de viagem um do outro. Em cada posto o correio podia achar comida para ele e forragem para seu cavalo, e cavalos de troca quando era necessário. Mas se por

    qualquer circunstância faltasse algo, qualquer pessoa particular podia "ser obrigada" (com a mesma palavra, aggaréuein, de nosso texto) a prover comida, alojamento, cavalos, ajuda, e ainda a levar a mensagem até o próximo posto. Com o correr do tempo a palavra chegou a

    significar qualquer tipo de serviço obrigatório dos cidadãos de uma nação em favor da potência estrangeira dominante. Em todo país ocupado os cidadãos nativos podiam ser obrigados a prover às tropas de

    ocupação mantimentos ou alojamentos, ou a levar cargas.

    Às vezes as forças de ocupação exerciam este direito de maneira tirânica e arbitrária, não procurando de modo algum congraçar-se com os

    naturais do país. Sempre pendia sobre os cidadãos de uma nação derrotada a ameaça desta obrigação. Palestina era um país ocupado. Em

    qualquer momento o judeu podia sentir sobre seu ombro o toque da lança de um soldado romano, e com isto sabia que sua obrigação era servir ao soldado que assim o tinha convocado em tudo o que ele solicitasse, mesmo que a tarefa fosse humilhante.

    Isto, como lembraremos, é o que ocorreu com Simão Cireneu, quando foi obrigado (aggaréuein) a carregar a cruz no caminho ao Calvário. Assim, pois, Jesus nos está dizendo: "Suponham que seus opressores vêm a vocês e os obrigam a servir de guia, ou a levar uma carga por eles durante uma milha de caminho. Não cumpram esta obrigação com amargura e visível ressentimento; vão duas milhas, com alegria e boa vontade." Em outras palavras, Jesus afirma: "Não pensem todo o tempo na liberdade de fazer o que querem fazer; pensem sempre em suas obrigações, e no privilégio que têm de poder servir a outros. Quando recebem uma tarefa, embora seja pouco razoável e não de seu agrado, não a assumam como um dever odioso que deve ser rechaçado; façam como se fosse um serviço que deve oferecer-se alegremente."

    Sempre há duas maneiras de fazer as coisas. Pode-se cumprir o mínimo irredutível e não ir nem mais um centímetro; pode-se obedecer a

    obrigação de tal modo que se manifeste o rechaço por quem tem o direito sobre nós; pode-se servir com o mínimo de eficiência possível; ou se

    pode obedecer com um sorriso nos lábios, com cortesia e amabilidade, com a determinação de cumprir não somente o dever mínimo, mas sim de fazê-lo bem e de bom modo.

    Pode-se obedecer à obrigação não somente como se deve mas muito

    melhor do direito de exigir da outra pessoa. O operário ineficiente, o servente ressentido, o ajudante com má disposição não começou sequer a compreender a idéia do que significa a vida cristã. O cristão não se preocupa em fazer a própria vontade, antes unicamente em ajudar, mesmo que o pedido de ajuda seja descortês, irrazoável ou tirânico.

    De maneira, pois, que nesta passagem, sob a forma de cenas exemplares bem vívidas, extraídas da experiência cotidiana de sua época

    e lugar, Jesus estabelece três regras gerais. O cristão nunca

    experimentará rancor, nem praticará a vingança, qualquer que seja a ofensa que tenha recebido, mesmo que esta o tenha afetado de maneira profunda e dolorosa.

    O cristão nunca defenderá seus direitos legais ou qualquer das coisas que creia possuir. O cristão nunca pensará que tem o direito de

    fazer o que deseja muito, mas sim sempre que seu dever é ajudar a outros. A grande pergunta é: Como alcançar um ideal tão elevado?

    A DÁDIVA GENEROSA

    Mateus 5:38-42 (continuação)

    Por último, a exigência de Jesus é que demos a todos os que nos peçam, e que nunca neguemos um pedido de empréstimo. Em sua expressão mais elevada, a lei judia com respeito às dádivas era uma disposição maravilhosa por sua beleza. Apoiava-se em Deuteronômio

    Mt 15:7-11:

    Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as mãos a teu irmão pobre; antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado. Livremente, lhe darás, e não seja maligno o teu coração, quando lho deres; pois, por isso, te abençoará o SENHOR, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes. Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra.

    A referência ao sétimo ano recorda que todos os sétimos anos se cancelavam as dívidas; os egoístas e avaros se negavam a prestar ajuda quando estava próximo o sétimo ano, não fosse o fato de se cancelarem todas as dívidas, e ficasse sem o que tinha dado.

    A lei judia da esmola e os empréstimos se baseava nestes versículos.

    Os rabinos tinham estabelecido cinco princípios que deviam reger a ação de dar, em todas as suas formas.

    1. Nunca nos devemos negar a dar. "Tome cuidado de não te negares a oferecer caridade, porque os que se negam à solicitude de uma esmola estão na mesma categoria que os idólatras." Se alguém se negar a dar, bem pode ser que algum dia ele esteja na mesma condição de andar

    mendigando e possivelmente deva fazê-lo às mesmas pessoas a quem, anteriormente, negou-se a dar.

    1. A dádiva deve beneficiar a pessoa que a recebe. A lei

    deuteronômica dizia que se deve dar aquilo que o outro necessite. Isto significa que não somente se deve dar o mínimo indispensável para manter-se vivo, mas tudo o que possa contribuir para manter o nível de vida e a conforto habitual. Conta-se que o rabino Hillel dispôs, em certa oportunidade, que o filho de uma família rica que empobreceu, recebesse não apenas o alimento e a roupa que necessitava com urgência, mas também um cavalo e um escravo que o acompanhasse; e em uma oportunidade quando o escravo não pôde ir com seu novo amo, ele mesmo se fez de escravo, correndo diante dele. Há algo muito generoso e de grande beleza na idéia de que ao dar não somente se deve eliminar a pobreza mas, além disso, prover o necessário para eliminar também a humilhação que a pobreza acarreta.

    1. O donativo deve entregar-se de maneira particular e secreta. Não deve haver terceiras pessoas presentes. Em realidade, os rabinos

    chegavam até o ponto de dizer que a forma mais elevada de fazer caridade era aquela na qual o doador não conhecia o receptor, nem o

    receptor a seu benfeitor. No templo de Jerusalém havia um lugar onde os que queriam fazer entrega de oferendas podiam chegar, e depositá-las de maneira secreta; estes dons eram utilizados pelos sacerdotes do templo

    para ajudar a filhos de famílias nobres que empobreceram, e dar às filhas de tais famílias os dotes sem os quais lhes era impossível pensar em

    casar-se. O judeu teria olhado com aborrecimento a oferenda que se entregava procurando prestígio, publicidade ou glorificação do doador.

    1. O modo de dar devia adequar-se ao caráter e temperamento do receptor. A regra estabelecia que se alguém possuía bens, mas era muito

    avaro para usá-los, devia fazer-se a ele um donativo como tal mas depois reclamar-lhe como empréstimo de seu patrimônio. Mas se alguém era muito orgulhoso para pedir, o rabino Ishmael sugeria que qualquer homem generoso devia aproximar-se dele e dizer: "Meu filho,

    possivelmente necessite um empréstimo..." Deste modo se salvava a estima própria do necessitado. Mas o "empréstimo" não devia ser reclamado jamais, visto que não era um empréstimo, em realidade, mas

    um presente. Estava disposto, inclusive, que se alguém não podia responder a um pedido de ajuda, devia negar-se de tal maneira que o solicitante recebesse a impressão que, embora não lhe podia dar o que

    pedia, pelo menos podia dar-lhe simpatia. Até a negativa, em outras palavras, devia ser tal que não ofendesse. Devia dar-se de tal maneira que a ajuda não fosse só o que se dava mas também a maneira de dar.

    1. Dar era ao mesmo tempo um privilégio e uma obrigação, porque em realidade tudo o que se dá se dá a Deus. Dar a um necessitado não era algo que se pudesse escolher como o curso de ação mais apropriado;

    era uma obrigação, um dever de primeira ordem. E se alguém se negava a dar, estava negando a Deus. "Ao Senhor empresta o que dá ao pobre, e o bem que tiver feito lhe devolverá." "Quem mostra misericórdia para com outros homens, receberá misericórdia do céu; mas quem não é

    misericordioso com outros homens, não receberá misericórdia do céu." Os rabinos acentuavam o ensino de que uma das poucas coisas que a Lei não limita é a misericórdia.

    Podemos dizer, pois, que Jesus insistiu com aos homens a dar indiscriminadamente? Não poderia responder-se a esta pergunta sem antes estabelecer-se certos limites. É evidente que deve levar-se em

    conta o efeito do dom sobre quem o recebe. Nunca se deve estimular a ociosidade ou o esbanjamento, pois tal generosidade a única coisa que

    pode fazer é prejudicar ao que recebe. Mas ao mesmo tempo deve lembrar-se que muitas pessoas, ao afirmar que dão somente através dos canais oficiais, e que se recusam a oferecer uma ajuda pessoal quando lhes é solicitada pessoalmente, a única coisa que estão fazendo é desculpar-se para não dar, e que, em todo caso, pelo menos são culpados de eliminar o elemento pessoal e direto da dádiva. E também deve lembrar-se que é melhor dar a uma vintena de mendigos fraudulentos que negar-se ao pedido de alguém que realmente necessita de nossa ajuda.

    O AMOR CRISTÃO – (1) Seu significado

    Mateus 5:43-48

    C. G. Montefiore, o erudito judeu, qualifica esta passagem de "a porção central e a mais famosa do Sermão da Montanha". E é verdade

    que em todo o Novo Testamento nenhum outra passagem contém uma expressão tão concentrada como esta da ética cristã das relações pessoais. Para o leitor corrente, estas palavras bem podem servir como

    uma descrição da essência do cristianismo em sua prática. Até os que jamais pisaram na entrada de uma igreja sabem que Jesus disse isto, e com muita freqüência, infelizmente, condenam os cristãos praticantes

    por não cumprirem o ideal moral proposto pelo Mestre.

    Ao estudar esta passagem, primeiro devemos averiguar o que é que Jesus verdadeiramente disse, e o que foi o que exigiu de seus seguidores.

    Se tivermos que procurar pôr em prática este ensino, a primeira coisa, evidentemente, é ter bem claro o que é que exige de nós. O que quer dizer Jesus quando nos ordena amar a nossos inimigos?

    O grego é um idioma muito rico em palavras com significados muito similares, ou sinônimos; freqüentemente encontramos neste idioma palavras que possuem matizes de significado impossíveis de traduzir. Por exemplo, em grego há quatro palavras diferentes que

    equivalem a nosso substantivo "amor".

    1. Temos o substantivo storge, com o verbo stergo. Estas palavras descrevem o amor familiar. Usam-se, por exemplo, para denotar o amor do pai por seu filho, ou do filho para o pai. "O menino", disse Platão, "ama (sterguein) a quem o trouxe ao mundo, e é amado por eles". "Doce é um pai para com seu filho", disse Filemom, "se tiver amor (storge)". Estas duas palavras descrevem o afeto familiar.
    2. Temos o substantivo eros, e o verbo erán. Estas palavras denotam o amor de um homem por uma mulher; sempre indicam a

    existência de alguma medida de paixão. Sempre se trata do amor sexual. Sófocles descrevia o eros como "um terrível desejo". Nestas palavras não há nada essencialmente mau; descrevem, simplesmente o amor

    humano apaixonado. Mas com o correr do tempo se foram tingindo com uma conotação de desejo pecaminoso mais que de amor, e não aparecem, sequer, no Novo Testamento.

    1. Temos o substantivo filia, com seu verbo correspondente fileo. Esta é a palavra mais cálida e tenra que tem o grego para falar do amor. Descreve o verdadeiro amor, o verdadeiro afeto. Joi filúntes (particípio

    presente) é a expressão que descreve aos verdadeiros amigos de uma pessoa, os mais íntimos. É a palavra que aparece no famoso texto do Menandro: "Morre jovem aquele a quem os deuses amam." O verbo

    (fileo) também pode significar acariciar ou beijar. É a palavra que denota um amor tenro, carinhoso, quente, a forma mais elevada de amor.

    1. E Temos o substantivo ágape, com o verbo agapao. Ágape é a palavra que se usa em nosso texto. O verdadeiro significado de ágape é

    benevolência invencível, infinita boa vontade. Se considerarmos uma pessoa com ágape, esta classe de "amor", não nos importará o que essa pessoa possa fazer ou nos fazer, não importará a maneira em que nos

    trate, se nos insulta ou injuria ou ofende: nunca permitiremos que nos invada o coração outro sentimento que a melhor e mais elevada boa vontade, sempre a olharemos com essa benevolência indescritível que

    busca, em toda situação, o melhor bem para o outro.

    A partir destas quatro palavras, podemos extrair algumas conclusões:

    1. Jesus nunca nos pediu que amássemos a nossos inimigos do mesmo modo que amamos a nossos seres amados, a aqueles que estão

    mais perto de nós ou aos que nos são mais queridos. A palavra que usa é diferente. Amar a nossos inimigos do mesmo modo que amamos a nossos seres amados não somente seria impossível como também incorreto. Trata-se de um tipo diferente de amor.

    1. Em que radica a principal diferença? No caso dos que estão muito perto de nós por razões de parentesco ou de outro tipo e constituem o grupo de nossos seres amados, não poderíamos deixar de

    amá-los. Falamos de amor. Esta é uma experiência que nos sobrevém sem que a busquemos nem que a produzamos. Corresponde ao plano de nossos afetos mais profundos. Mas no caso de nossos inimigos, o amor

    não é só algo do coração; participa também a vontade. Não é algo que não poderíamos evitar, é algo que devemos nos propor a fazer. De fato, constitui uma vitória e uma conquista frente aos sentimentos que

    experimentamos instintivamente, quanto ao homem natural. O ágape não é um sentimento do coração, que sobrevém espontaneamente, sem que o peçamos nem procuremos; significa uma determinação da mente, graças

    a qual obtemos essa invencível boa vontade até para com aqueles que nos ferem e insultam.

    Disse alguém que se trata do poder de amar aqueles que não gostam de nós e aqueles de quem não gostamos. Na verdade, só podemos ter

    ágape quando Jesus nos capacita a vencer nossa tendência natural para a ira e o ressentimento, e para alcançar essa inquebrantável boa vontade para todos os homens.

    1. É evidente, então, que o ágape, o amor cristão, não significa permitir que todo mundo faça e seja o que tenha vontade, sem exercer controle algum sobre eles. Ninguém diria que um pai verdadeiramente

    ama a seu filho se lhe permite fazer o que quer. Se experimentarmos boa vontade para com uma pessoa, pode ser que tenhamos que castigá-la,

    restringi-la ou discipliná-la, que devamos protegê-la contra si mesma. Mas também significará que nunca a castigaremos para satisfazer nosso desejo de vingança, mas sim e sempre, para conseguir que seja uma pessoa melhor. Toda disciplina e todo castigo administrado por um cristão deve procurar, não obter retribuição ou vingança, mas curar. Nunca se tratará de um castigo meramente retributivo, sempre será uma forma de procurar o remédio da situação.

    1. Deve-se levar em conta que Jesus estabeleceu este amor como fundamento das relações pessoais. Há quem utiliza esta passagem como

    um argumento a favor do pacifismo, ou como um texto sobre o qual falar das relações internacionais. É obvio que inclui esta ordem de coisas, mas

    em primeiro lugar e sobretudo, tem que ver com nossas relações pessoais, com nossos parentes, nossos vizinhos, e com as pessoas que encontramos em nossa vida cotidiana.

    É muito mais fácil andar por aí declarando que não deve haver guerra entre as nações que viver de tal maneira que o ressentimento nunca invada nossas relações pessoais com os que encontramos em

    nosso relacionamento diário. Em primeiro lugar e sobretudo, este mandamento de Jesus tem que ver com nossas relações pessoais. É um mandamento com respeito ao qual deveríamos dizer, antes de qualquer

    outra consideração: "refere-se a mim."

    1. Deve notar-se que só os cristãos podem obedecer este mandamento. Somente a graça de Jesus Cristo pode pôr alguém em condições de experimentar uma benevolência invencível para com todos

    os seus semelhantes, na relação quotidiana com eles. Somente quando Cristo vive em nosso coração desaparece o ressentimento, e floresce o amor. Diz-se que o mundo seria perfeito se todos seus habitantes

    vivessem segundo os princípios estabelecidos pelo Sermão da Montanha; mas a realidade é que ninguém pode nem sequer começar a viver segundo estes princípios sem a ajuda de Jesus Cristo. Necessitamos a

    Cristo para ser capazes de viver segundo os mandamentos de Cristo.

    1. Por último – mas possivelmente isto seja o mais importante de tudo –, devemos notar que este mandamento não só implica deixar que outros nos tratem como querem; também inclui o que deve ser nosso comportamento com respeito aos outros. Nos ordena orar por eles. Ninguém pode orar a favor de outro ser humano e seguir odiando-o. Quando se apresenta ante Deus junto com o outro a quem se sente tentado a odiar, acontece algo em seu interior. Não podemos seguir odiando a outro ser humano na presença de Deus. A forma mais segura que eliminar o ressentimento é orar por aquele a quem nos sentimos tentados a odiar.

    O AMOR CRISTÃO – (2) Sua razão de ser

    Mateus 5:43-48 (continuação)

    Vimos o que Jesus quis dizer quando nos ordenou ter esse amor

    cristão. Agora devemos seguir mais adiante, e ver por que nos ordenou isso. Por que Jesus exige que alguém tenha esse amor, essa benevolência indescritível, essa invencível boa vontade? A razão é tão simples como tremenda: Porque tal amor faz com que o homem seja como Deus.

    Jesus assinalou a ação de Deus no mundo, e esta é precisamente uma ação de indescritível benevolência. Deus faz que o Sol se levante

    sobre bons e maus. Envia a chuva sobre justos e injustos. O rabino Josué Ben Neemias costumava a dizer: "Viu alguma vez que chovesse sobre o campo de A., que era justo, e não sobre o campo de B., que era injusto?

    E viu alguma vez que o Sol brilhasse sobre Israel, que era justo, e não sobre os gentios, que eram maus? Deus faz que o sol brilhe, tanto para Israel como para as nações, porque o Senhor é bondoso para com todos."

    Até o rabino judeu se sentia comovido e impressionado pela extraordinária benevolência de Deus, tanto para os santos como para os pecadores.

    Há uma narração rabínica que recorda a destruição dos egípcios no

    Mar Vermelho. Segundo esta história, quando os egípcios se afogaram,

    os anjos no céu começaram a cantar um hino de louvor, mas Deus os reprovou com tristeza, dizendo: "A obra de minhas mãos pereceu no mar, e vós cantais um hino de louvor...!" O amor de Deus é tal que não pode regozijar-se na destruição de nenhuma das criaturas que sua mão criou. Já o dizia o salmista: "Os olhos de todos esperam em ti, e tu dás sua comida a seu tempo. Abres tua mão, e enches de bênção a todo ser vivente" (Salmo 145:15-16). Em Deus há uma benevolência universal, que se aplica até ao homem que quebrantou sua lei e lhe quebrantou o coração.

    Jesus diz que devemos ter este amor para que possamos chegar a ser "filhos de nosso Pai que está no céu". O hebreu não é um idioma rico em

    adjetivos e por essa razão freqüentemente se usa a expressão "filho de... (com um substantivo abstrato) nos lugares onde nós disporíamos de um adjetivo adequado. Por exemplo, filho da paz quer dizer pacífico, e filho

    da consolação quer dizer consolador. Portanto filho de Deus significa alguém que é semelhante a Deus, como Deus. A razão por que devemos possuir essa indescritível benevolência e invencível boa vontade é que

    Deus as tem; e se nós podemos chegar a possuí-las, poderemos nos tornar nada menos que em filhos de Deus, ou seja em seres humanos de um caráter similar ao de Deus.

    Aqui temos a chave para compreender uma das frases mais difíceis de todo o Novo Testamento, a que encontramos ao final desta passagem. Jesus disse: "Sede, pois, vós perfeitos, como vosso Pai que está nos céus é perfeito." A primeira impressão que recebemos ao escutar estas

    palavras é que se trata aqui de um mandamento que não pode ter nada a ver conosco. Ninguém entre nós estabeleceria uma relação necessária, por mais tênue que fosse, entre nossa vida e qualquer forma de perfeição,

    A palavra grega que significa perfeito é teleios, que se emprega em uma forma muito especial. Não tem nada a ver com o que poderíamos denominar uma perfeição abstrata, filosófica ou metafísica. Teleios era a

    vítima adequada para ser apresentada em sacrifício a Deus. Também o homem quando alcançava a plenitude de sua estatura física, em oposição

    ao moço ou o menino que não está ainda desenvolvido. O aluno que obtinha uma compreensão cabal da matéria de estudo também era "perfeito" (neste sentido), em contraposição com o que, sendo principiante, ainda não dominava o tema. Para dizê-lo de outra maneira, a idéia de "perfeição" é, neste caso, totalmente funcional. Algo é perfeito se cumprir o propósito para o qual foi feito, A palavra grega teleios, é o adjetivo que corresponde ao substantivo telos. Telos significa fim, meta, propósito ou objetivo. Uma coisa é teleios se ela realizar o propósito para a qual foi criada; um homem é perfeito se cumprir o propósito para o qual Deus o criou e enviou ao mundo.

    Tomemos uma analogia bem singela, Suponhamos que em minha casa há um parafuso frouxo, e eu quero ajustá-lo. Vou à loja de ferragens

    e compro um chave de fenda. Ao examinar esta ferramenta me dou conta de que a manga da chave de fenda se encaixa perfeitamente à forma de

    minha mão. Não é muito grande nem muito pequena. Nem muito áspero nem muito liso. Imediatamente coloco a ponta do chave de fenda na ranhura do parafuso e me dou conta que se adepta perfeitamente às

    dimensões desta. Faço girar o chave de fenda, e o parafuso se ajusta. Se falasse grego, e em particular se usasse as palavras com o sentido que têm no Novo Testamento, diria que o chave de fenda é teleios, porque

    cumpre exatamente o propósito para o qual o necessitei e o comprei.

    Assim, pois, um ser humano é "perfeito" se cumprir o propósito para o qual Deus o criou. Para que foi criado o homem? A Bíblia não deixa lugar a dúvidas com respeito à resposta adequada a esta perguntar

    "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gn 1:26). O homem foi criado para ser como Deus. A característica de Deus é esta benevolência universal, esta boa vontade invencível, esta

    busca constante do bem-estar de todos os homens. A grande característica de Deus é seu amor para santos e pecadores por igual. Não importa o que os homens lhe possam fazer, Deus não procura senão o

    seu mais elevado bem-estar. Quando o homem reproduz em sua vida a incansável, perdoadora e sacrificial benevolência de Deus se faz semelhante

    a Deus, e portanto é perfeito, no sentido de que o Novo Testamento dá a esta palavra. Para dizê-lo de maneira ainda mais singela, o homem mais perfeito é aquele que mais se importa com os outros.

    O ensino de toda a Bíblia é que somente alcançamos a plenitude de nossa humanidade quando nos assemelhamos a Deus. A única coisa que

    nos pode assemelhar a Deus é esse amor que jamais deixa de interessar— se pelos outros, façam eles o que fizeram. Alcançamos a plenitude de

    nossa humanidade, e ingressamos na perfeição cristã, quando aprendemos a perdoar como Deus perdoa e a amar como Deus ama.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 1
    ao monte: É provável que esse monte ficasse perto de Cafarnaum e do mar da Galileia. Jesus deve ter subido a um ponto mais alto do monte, e dali começou a ensinar a multidão espalhada em um lugar plano na frente dele. — Lc 6:17.

    se sentar: Esse era o costume dos instrutores judaicos, principalmente quando ensinavam nas sinagogas.

    seus discípulos: Primeira vez que aparece a palavra grega mathetés, geralmente traduzida como “discípulo”. Refere-se a um aluno, alguém que é ensinado por outra pessoa. A palavra indica que o discípulo tem um grande apego por seu instrutor, e esse apego molda toda a vida do discípulo. Embora houvesse uma multidão enorme reunida para ouvir os ensinos de Jesus, parece que o discurso dele foi direcionado principalmente aos discípulos, que estavam sentados mais perto dele. — Mt 7:28-29; Lc 6:20.


    Margem norte do mar da Galileia, olhando para o noroeste

    1. Planície de Genesaré. Região fértil com o formato de um triângulo, que media cerca de 5 quilômetros por 2,5 quilômetros. Foi nessa região à beira do mar que Jesus convidou os pescadores Pedro, André, Tiago e João para acompanhá-lo na obra de pregação. — Mt 4:18-22.

    2. Acredita-se que foi neste local que Jesus fez o Sermão do Monte. — Mt 5:1; Lu 6:​17, 20.

    3. Cafarnaum. Jesus morou em Cafarnaum, e foi nessa cidade ou perto dali que ele convidou Mateus para segui-lo. — Mt 4:13-9:1, 9.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 4:12-25; Mt 5:1; Mt 9:1; Lc 6:17

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 2
    abriu a boca: A expressão grega usada aqui traduz uma expressão idiomática semítica que significa que a pessoa começou a falar. (33:2; Dn 10:16) A mesma expressão aparece em At 8:35-10:34, onde foi traduzida como “começou a falar”.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 3
    Felizes: A palavra grega usada aqui, makários, não se refere a uma simples alegria passageira, como a que uma pessoa sente quando está se divertindo. Quando a Bíblia usa a palavra makários para se referir a um humano, ela quer dizer que ele é abençoado e amado por Deus. A Bíblia também usa essa palavra para falar de Jeová e de Jesus depois que foi glorificado no céu. — 1Tm 1:11-6:15.

    os que têm consciência de sua necessidade espiritual: Em grego, a expressão “os que têm consciência” contém uma palavra que significa literalmente “pobre”, no sentido de “necessitado” ou “mendigo”. A mesma palavra é usada em Lc 16:20-22 para se referir ao “mendigo” Lázaro. Aqui em Mt 5:3, ela se refere àqueles que têm uma necessidade e que sabem muito bem disso. A expressão inteira, traduzida aqui como “os que têm consciência de sua necessidade espiritual”, é traduzida em algumas Bíblias como “os pobres de espírito”. Neste contexto, ela se refere a pessoas que têm plena consciência de que são pobres em sentido espiritual e que precisam de Deus. — Veja a nota de estudo em Lc 6:20.

    eles: Refere-se aos discípulos de Jesus, pois Jesus estava falando mais diretamente a eles. — Mt 5:1-2.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 4
    os que choram: A palavra grega traduzida aqui como “choram” é penthéo. Ela pode se referir a um sentimento de profunda tristeza, de modo geral, ou ao sentimento de angústia por ter cometido pecados. A expressão “os que choram” (neste versículo) e a expressão “os que têm consciência de sua necessidade espiritual” (no versículo anterior) se referem ao mesmo tipo de pessoa. Essas pessoas talvez “chorem” porque estão conscientes de que sua condição espiritual é ruim, porque reconhecem que são pecadoras ou por causa dos problemas que o pecado trouxe para a humanidade. O apóstolo Paulo usa penthéo ao repreender a congregação de Corinto por não “estar de luto” por causa do caso grave de imoralidade sexual que tinha acontecido ali. (1Co 5:2) E, em 2Co 12:21, Paulo usa a palavra novamente ao dizer que talvez ‘tivesse que chorar’ pelos que pecaram e não se arrependeram. O discípulo Tiago usa uma palavra relacionada no alerta: “Limpem as mãos, ó pecadores, e purifiquem o coração, ó indecisos. Fiquem tristes, lamentem e chorem.” (Tg 4:8-10) Os que se sentem tristes por serem pecadores são consolados quando aprendem que seus pecados podem ser perdoados se eles exercerem fé no sacrifício de resgate de Jesus e passarem a fazer a vontade de Jeová, mostrando que estão verdadeiramente arrependidos. — Jo 3:16-2Co 7:9, 10.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 5
    temperamento brando: É uma qualidade que vem de dentro. A pessoa que tem temperamento brando aceita fazer a vontade de Deus e segue as orientações dele. Ela não tenta dominar outros. A palavra grega usada aqui não passa a ideia de que a pessoa é covarde ou fraca. Na Septuaginta, essa palavra foi usada como equivalente da palavra hebraica que pode ser traduzida como “manso” ou “humilde”. Ela foi usada para se referir a Moisés (Nm 12:3), aos que aceitam ser ensinados por Jeová (Sl 25:9), aos que herdarão a terra (Sl 37:11) e ao Messias (Zc 9:9; Mt 21:5). Jesus descreveu a si mesmo como uma pessoa de temperamento brando, ou mansa. — Mt 11:29.

    herdarão a terra: É provável que Jesus estivesse citando o Sl 37:11, que diz que “os mansos possuirão a terra”. Tanto a palavra hebraica (ʼérets) como a grega (ge) para “terra” podem se referir ao planeta inteiro ou a uma área específica, como a Terra Prometida. A Bíblia mostra que Jesus é o maior exemplo de brandura, ou mansidão. (Mt 11:29) Vários textos bíblicos mostram que Jesus herdaria autoridade como Rei sobre a Terra inteira, e não apenas sobre uma parte dela. (Sl 2:8; Ap 11:15) Os seguidores ungidos de Jesus receberiam essa herança junto com ele. (Ap 5:10) E os discípulos de Jesus que têm a esperança de viver para sempre na Terra também vão herdá-la, mas de outra maneira. Essas pessoas mansas não serão os donos da Terra, mas vão ter o privilégio de viver no Paraíso como súditos do Reino. — Veja a nota de estudo em Mt 25:34.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 6
    os que têm fome e sede de justiça: São aqueles que querem muito ver o fim de toda a corrupção e injustiça, e viver num mundo onde todos respeitem o que Deus diz que é certo ou errado. Desde já eles se esforçam para obedecer a Deus.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 7
    misericordiosos: As palavras que geralmente são traduzidas na Bíblia como “misericordioso” e “misericórdia” podem ter o sentido de perdoar ou de dar uma pena mais leve. Mas, na maioria das vezes, essas palavras se referem ao sentimento de compaixão e de dó que motiva uma pessoa a agir para ajudar alguém em necessidade.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 8
    puros de coração: São pessoas puras e limpas por dentro, em sentido moral e espiritual. Seus sentimentos, desejos e motivações são puros.

    verão a Deus: Essas palavras não devem ser entendidas literalmente, já que Deus disse em Ex 33:20: “Nenhum homem pode me ver e continuar vivo.” A palavra grega traduzida aqui em Mt 5:8 como “verão” também pode significar “ver com a mente, perceber, saber”. Os que adoram a Jeová aqui na Terra ‘veem a Deus’ com os olhos da fé quando estudam a Bíblia para conhecer a personalidade de Jeová e prestam atenção nas coisas que Deus faz por eles. (Ef 1:18; Hb 11:27) E, quando forem ressuscitados para viver no céu, os cristãos ungidos poderão literalmente ver a Jeová “assim como ele é”. — 1Jo 3:2.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 9
    pacificadores: Ou: “pacíficos”. A palavra grega usada aqui, eirenopoiós, vem de um verbo que significa “fazer paz”. Se há paz em um lugar, o pacificador a mantém. E, se não há paz, ele vai se esforçar para trazer a paz.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 13
    sal: Além de dar sabor aos alimentos, o sal pode ser usado para conservá-los. Neste contexto, Jesus devia estar pensando principalmente no uso do sal como conservante. Seus discípulos poderiam ajudar outras pessoas a conservar, ou manter, sua espiritualidade e sua boa moral.

    perder a sua força: Na época de Jesus, o sal geralmente vinha da região do Mar Morto e estava misturado com outros minerais. Se todo o sal fosse tirado dessa mistura, sobraria apenas uma substância sem gosto que não serviria para nada.


    Sal na margem do Mar Morto

    Atualmente, a água do Mar Morto (Mar Salgado) é cerca de nove vezes mais salgada do que a água dos oceanos. (Gn 14:3) A evaporação da água do Mar Morto fornecia uma grande quantidade de sal para os israelitas. Esse sal era de baixa qualidade porque estava misturado com outros minerais, mas era usado mesmo assim. É possível que eles também comprassem sal dos fenícios. Acredita-se que os fenícios obtinham sal por meio da evaporação da água do mar Mediterrâneo. A Bíblia fala sobre o sal ser usado para temperar comida. (6:6) Jesus sabia aproveitar muito bem as coisas do dia a dia para fazer ilustrações e usou o sal para ensinar lições importantes. Por exemplo, no Sermão do Monte, ele disse aos seus discípulos: “Vocês são o sal da terra.” Assim como o sal conserva os alimentos, os discípulos poderiam ajudar outras pessoas a conservar, ou manter, uma boa condição espiritual e moral.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 5:13; Mc 9:50; Lc 14:34-35

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 14
    uma cidade situada sobre um monte: Jesus não estava falando de nenhuma cidade específica. Naquela época, muitas cidades ficavam em cima de montes. Isso as deixava mais seguras contra ataques de inimigos. Essas cidades tinham grandes muros em volta delas e, por isso, dava para vê-las a quilômetros de distância. Até mesmo pequenas aldeias eram impossíveis de esconder porque suas casas revestidas de cal brilhavam com a luz do sol.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 15
    uma lâmpada: Nos tempos bíblicos, a lâmpada que as pessoas usavam em casa era um pequeno recipiente de barro. Elas colocavam azeite dentro da lâmpada para alimentar a chama.

    um cesto: Usado para medir a quantidade de grãos e de outras mercadorias secas. O tipo de “cesto” (em grego, módios) que Jesus mencionou aqui tinha a capacidade de uns 9 litros.


    Lâmpada a óleo do século 1 d.C.

    A lâmpada que as pessoas costumavam usar em casa e em outros lugares fechados era um pequeno recipiente de barro cheio de óleo de oliva (azeite). Um pavio de linho sugava o azeite para alimentar a chama. As pessoas costumavam colocar as lâmpadas em cima de um suporte de barro, de madeira ou de metal para iluminar o ambiente. As lâmpadas também eram colocadas num nicho na parede ou numa prateleira, ou penduradas no teto com uma corda.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 5:15

    Suporte para lâmpada

    O suporte para lâmpada mostrado aqui (1) foi desenhado com base em peças do século 1 d.C., encontradas em Éfeso e na 1tália. Esse tipo de suporte provavelmente era usado em casas de pessoas ricas. Em casas mais pobres, a lâmpada ficava numa abertura na parede (2), era pendurada no teto ou era colocada em cima de um suporte simples de barro ou madeira.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 5:15; Mc 4:21; Lc 8:16; Lc 11:33

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 16
    Pai: Primeira das mais de 160 vezes nos Evangelhos que Jesus chamou Jeová Deus de “Pai”. O uso que Jesus fez da palavra “Pai” mostra que seus ouvintes entendiam que ele estava falando de Deus, visto que as Escrituras Hebraicas já usavam a palavra “Pai” para se referir a Deus. (Dt 32:6; Sl 89:26; Is 63:16) Servos de Jeová que viveram muito antes de Jesus vir à Terra usaram muitos títulos imponentes para descrever a Jeová ou para falar com ele, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Grandioso Criador”. (Gn 28:3; Dt 32:8; Ec 12:1) Mas Jesus usava com frequência a palavra “Pai”, que era mais simples e comum. Com isso, ele mostrou que Deus quer que seus adoradores se sintam bem achegados a ele.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 17
    a Lei . . . os Profetas: “A Lei” são os livros de Gênesis a Deuteronômio. “Os Profetas” são os livros das Escrituras Hebraicas escritos pelos profetas. Mas, quando as duas expressões são mencionadas juntas, elas podem se referir a todos os livros das Escrituras Hebraicas. — Mt 7:12-22:40; Lc 16:16.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 18
    Eu lhes garanto: Ou: “Digo a vocês a verdade.” Em grego, essa frase inclui a palavra amén. Ela é uma transliteração da palavra hebraica ʼamén, que significa “assim seja” ou “com certeza”. Jesus muitas vezes usava essa palavra antes de fazer uma declaração importante, promessa ou profecia. Era um modo de enfatizar que suas palavras iam se cumprir com certeza e que seus ouvintes podiam confiar nelas. Alguns estudiosos afirmam que não há ninguém que use a palavra amén do mesmo modo que Jesus, nem na Bíblia nem em outros livros sagrados. Nas vezes em que a palavra aparece repetida (amén amén), como acontece várias vezes no Evangelho de João, a expressão é traduzida como “com toda a certeza”. — Veja a nota de estudo em Jo 1:51.

    será mais fácil passarem céu e terra: É uma hipérbole que indica que algo jamais vai acontecer. A Bíblia indica que os céus e a terra literais vão continuar existindo para sempre. — Sl 78:69-119:90.

    menor letra: No alfabeto hebraico usado naquela época, a menor letra era o iode (י).

    um só traço de uma letra: Algumas letras do alfabeto hebraico tinham um traço bem pequeno que as diferenciava de outras. Com essa hipérbole, Jesus destacou que a Palavra de Deus vai se cumprir nos mínimos detalhes.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 21
    Vocês ouviram que se disse: Essa expressão pode se referir a citações das Escrituras Hebraicas, que foram inspiradas por Deus, ou a ensinos da tradição judaica. — Mt 5:27-33, 38, 43.

    prestará contas ao tribunal de justiça: Ou seja, seria julgado por um dos vários tribunais locais que existiam por todo o Israel. (Mt 10:17; Mc 13:9) Esses tribunais tinham autoridade para julgar casos de assassinato. — Dt 16:18-19:12; 21:1, 2.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 22
    continuar irado: Jesus mostrou que essa atitude errada está relacionada com o ódio, que pode levar ao assassinato. (1Jo 3:15) No fim das contas, quem continua irado poderá ser julgado por Jeová como se fosse um assassino.

    uma palavra imprópria de desprezo: Essa expressão traduz a palavra grega rhaká (possivelmente de origem hebraica ou aramaica), que significa “vazio” ou “cabeça-oca”. A pessoa que ofende seu irmão na fé usando uma palavra como essa não estaria apenas nutrindo ódio no coração, mas já estaria extravasando esse ódio por meio de suas palavras de desprezo.

    Supremo Tribunal: Refere-se ao Sinédrio inteiro — o tribunal em Jerusalém formado pelo sumo sacerdote e por 70 anciãos e escribas. Para os judeus, as decisões do Sinédrio eram definitivas. — Veja o Glossário, “Sinédrio”.

    Tolo imprestável: A palavra grega para essa expressão tem um som bem parecido com o de uma palavra hebraica que significa “rebelde” ou “sedicioso”. Refere-se a uma pessoa que não tem moral nenhuma e que é apóstata. Chamar uma pessoa de “tolo imprestável” era o mesmo que dizer que ela merecia o castigo de Deus para os rebeldes, ou seja, a destruição eterna.

    Geena: Palavra que vem da expressão hebraica ge hinnóm, que significa “vale de Hinom”. Esse vale ficava ao sudoeste e ao sul da Jerusalém antiga. (Veja o mapa “Jerusalém e proximidades” no Apêndice B12-A.) Na época de Jesus, o vale era usado para queimar lixo. Por isso, a palavra “Geena” servia bem para simbolizar a destruição total. — Veja o Glossário.


    Vale de Hinom (Geena)

    O vale de Hinom, chamado de Geena em grego, é um vale profundo e estreito que se estendia do sul ao sudoeste da Jerusalém antiga. Na época de Jesus, esse local era usado para queimar lixo. Por isso, ele servia bem para simbolizar a destruição total.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 5:22; Mt 10:28; Mt 18:9; Mt 23:15

    Vale de Hinom hoje

    Esta foto mostra o vale de Hinom (1), chamado de Geena nas Escrituras Gregas Cristãs, e o Monte do Templo (2). O conjunto de prédios do templo judaico do século 1 d.C. ficava nesse monte. Hoje em dia, a construção que se destaca no Monte do Templo é o santuário muçulmano chamado de Cúpula da Rocha. — Veja o mapa no Apêndice B12-A.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 5:22; Mt 23:15; Mc 9:43; Lc 12:5

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 23
    sua dádiva ao altar: As palavras de Jesus se aplicavam a qualquer tipo de oferta, não importava qual fosse o motivo de apresentá-la. A dádiva podia ser qualquer uma das ofertas que os israelitas faziam no templo de Jeová de acordo com a Lei mosaica. O “altar” se refere aqui ao altar da oferta queimada que ficava no pátio dos sacerdotes. Nenhum israelita podia entrar nesse pátio, exceto os sacerdotes e os levitas. Os israelitas entregavam sua dádiva para o sacerdote na entrada do pátio.

    o seu irmão: Em alguns casos, a palavra grega adelfós (irmão) é usada em sentido literal. Mas aqui, onde o contexto fala da adoração prestada no templo de Jeová nos dias de Jesus, ela evidentemente é usada para se referir a um irmão em sentido espiritual, um companheiro de adoração. Em ainda outros casos, a palavra pode ter um sentido mais amplo e se referir a uma pessoa em geral, ou seja, ao próximo.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 24
    deixe a sua dádiva . . . e vá: Na cena que Jesus descreveu, o israelita está quase entregando seu sacrifício nas mãos do sacerdote. Aí o israelita se lembra de que seu irmão está ofendido com ele. Para Deus aceitar sua oferta, o israelita precisa primeiro fazer as pazes com esse irmão. Talvez seja difícil ele encontrar seu irmão, porque milhares de judeus visitam Jerusalém nas festividades para levar seus sacrifícios ao templo. — Dt 16:16.

    Faça . . . as pazes: A expressão grega pode ser definida como “mudar de inimizade para amizade; reconciliar; restaurar o bom relacionamento ou a harmonia”. O objetivo é mudar a situação por remover, se possível, o ressentimento do coração da pessoa ofendida. (Rm 12:18) Jesus quis destacar que é preciso ter bons relacionamentos com outros para ter um bom relacionamento com Deus.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 26
    sua última pequena moeda: Lit.: “o último quadrante”. O quadrante era uma moeda que valia bem pouco. Seriam necessários 64 quadrantes para completar um denário, o salário que uma pessoa recebia por um dia de trabalho. — Veja o Apêndice B14-B.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 27
    Vocês ouviram que se disse: Veja a nota de estudo em Mt 5:21.

    cometa adultério: O verbo grego usado aqui é moikheúo. Jesus estava citando Ex 20:14 e Dt 5:18, que usam o verbo hebraico correspondente naʼáf. De acordo com a Bíblia, adultério é quando uma pessoa casada comete “imoralidade sexual” (em grego, porneía) de livre e espontânea vontade com alguém que não é a sua esposa ou marido. (Veja também a nota de estudo em Mt 5:​32, que explica o que é “imoralidade sexual”.) Na época em que a Lei mosaica estava em vigor, um homem que tivesse relações sexuais com a esposa ou a noiva de outro homem era culpado de adultério.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 29
    o faz tropeçar: Nas Escrituras Gregas Cristãs, a palavra grega skandalízo se refere a tropeçar em sentido figurado, o que pode incluir pecar ou levar alguém a pecar. Assim, a palavra também poderia ser traduzida aqui como “o faz pecar; está se tornando uma armadilha para você”. De acordo com o uso da palavra na Bíblia, o “tropeço” poderia envolver perder a fé, aceitar ensinamentos falsos ou desobedecer a uma das leis de moral de Deus. A palavra skandalízo também pode ser usada com o sentido de “ficar ofendido”. — Veja as notas de estudo em Mt 13:57-18:7.

    Geena: Veja a nota de estudo em Mt 5:22 e o Glossário.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 31
    certificado de divórcio: A Lei mosaica não incentivava o divórcio. Se um homem quisesse se divorciar de sua esposa, ele precisaria conseguir um certificado. Para isso, ele provavelmente teria que procurar os homens que tinham autoridade para cuidar desse tipo de assunto, e eles poderiam incentivar o casal a se reconciliar. Esse procedimento impedia uma decisão apressada e também protegia as mulheres. — Dt 24:1.


    Certificado de divórcio

    O certificado de divórcio mostrado aqui, datado de 71 ou 72 d.C., foi escrito em aramaico. Ele foi encontrado no lado norte do uádi Murabbaat, um leito seco de rio no deserto da Judeia. Esse certificado menciona que, no sexto ano da revolta dos judeus, um morador da cidade de Massada chamado José, filho de Naqsan, se divorciou de Miriã, filha de Jonatã.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 5:31; Mt 19:7

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 32
    todo aquele que se divorcia da sua esposa: Veja a nota de estudo em Mc 10:12.

    imoralidade sexual: Tradução do grego porneía, um termo genérico para descrever todas as formas de relações sexuais que Deus proíbe. Inclui adultério, prostituição, sexo entre pessoas não casadas, entre pessoas do mesmo sexo e entre humanos e animais. — Veja o Glossário.

    a expõe ao adultério: Várias traduções da Bíblia usam aqui expressões como “faz com que ela se torne adúltera” ou “faz com que ela cometa adultério”. Mas uma esposa não se torna adúltera simplesmente porque seu marido se divorciou dela. Na verdade, o divórcio a coloca em uma situação em que o risco de cometer adultério é maior. Se o motivo do divórcio não for imoralidade sexual (grego, porneía), a esposa não está livre para se casar novamente. De acordo com a Bíblia, ela só estará livre se as circunstâncias mudarem, como, por exemplo, se seu marido morrer ou for infiel, cometendo imoralidade sexual. Enquanto isso não acontecer, se ela tiver relações sexuais com outro homem ela estará cometendo adultério. Para os cristãos, esses princípios se aplicam tanto para a esposa como para o marido.

    uma mulher divorciada: Ou seja, uma mulher divorciada por um motivo que não seja “imoralidade sexual”. (Grego, porneía; veja a nota de estudo em imoralidade sexual neste versículo.) As palavras de Jesus em Mc 10:12 (veja a nota de estudo) mostram que o que ele disse aqui se aplica tanto quando o marido dá início ao divórcio como quando a esposa faz isso. Jesus deixou claro que, se um casal se divorciasse por um motivo que não fosse imoralidade sexual, nenhum dos dois estaria livre para se casar com outra pessoa porque isso seria adultério. Além disso, se um solteiro se casar com uma pessoa divorciada que não está livre, ele também é culpado de adultério. — Mt 19:9; Lc 16:18; Rm 7:2-3.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 33
    vocês ouviram que se disse: Veja a nota de estudo em Mt 5:21.

    Jeová: Jesus não estava citando diretamente nenhum versículo específico das Escrituras Hebraicas. Mas esses dois mandamentos podem ser encontrados em textos como Lv 19:12, Nm 30:2 e Dt 23:21. No texto hebraico original desses versículos, aparecem as quatro letras hebraicas que formam o nome de Deus (que equivalem a YHWH). — Veja o Apêndice C1.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 34
    Não jurem de modo algum: Jesus não estava proibindo aqui os juramentos. A Lei mosaica ainda estava em vigor e permitia que uma pessoa fizesse votos ou juramentos em situações sérias. (Nm 30:2; Gl 4:4) Na verdade, Jesus estava condenando o ato de jurar por qualquer coisa sem ter a intenção de cumprir. Esse tipo de juramento não estava de acordo com a Lei.

    nem pelo céu: Para dar mais força aos juramentos, as pessoas costumavam jurar “pelo céu”, “pela terra”, “por Jerusalém” e até “pela sua própria cabeça”, ou vida. (Mt 5:35-36) Mas nem todos os judeus aceitavam esses juramentos como válidos. Alguns achavam que os juramentos feitos com base em coisas criadas não tinham o mesmo peso que os feitos em nome de Deus, e por isso podiam ser anulados sem nenhuma consequência.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 35
    grande Rei: Ou seja, Jeová Deus. — Ml 1:14.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 37
    tudo o que for além disso é do Maligno: As pessoas que sentem a necessidade de sempre jurar para confirmar o que falam, em vez de simplesmente dizer “sim” ou “não”, de certa forma admitem que não são de confiança. Elas mostram que são como Satanás, “o pai da mentira”. — Jo 8:44.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 38
    Vocês ouviram que se disse: Veja a nota de estudo em Mt 5:21.

    Olho por olho e dente por dente: Na época de Jesus, alguns usavam esse trecho da Lei (Ex 21:24; Lv 24:20) de maneira errada, para justificar atos de vingança. Na verdade, era o tribunal, não a vítima, que aplicava essa lei depois que os juízes designados decidissem qual era a punição merecida. — Dt 19:15-21.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 39
    der uma bofetada na face direita: Neste contexto, o verbo grego rhapízo significa “bater no rosto de alguém com a mão aberta”. Quem fazia isso provavelmente queria provocar ou insultar a outra pessoa, em vez de machucá-la. Com isso, Jesus ensinou que seus seguidores devem estar dispostos a aguentar insultos sem revidar.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 40
    deixe-o ficar também com a sua capa: O homem judeu daquela época geralmente usava duas peças de roupa. Uma era a túnica (em grego, khitón). Ela ficava em contato direto com a pele. Lembrava uma camisa bem longa e podia bater nos joelhos ou nos tornozelos. As mangas podiam ser compridas ou ir até os cotovelos. A segunda peça era a capa (em grego, himátion), que era colocada por cima da túnica. Podia ser um manto largo ou apenas um tecido retangular. Um judeu podia dar uma peça de roupa como garantia de que ia pagar uma dívida. (22:6) Jesus estava dizendo que, para manter a paz, seus seguidores deveriam estar dispostos a abrir mão não apenas da túnica, mas também da capa, que tinha mais valor.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 41
    obrigar a prestar serviço: É uma referência ao serviço obrigatório que as autoridades romanas podiam exigir de um cidadão. Por exemplo, elas podiam obrigar um homem a fazer algum trabalho. Também podiam tomar de uma pessoa qualquer coisa que achassem necessária para cuidar de um assunto oficial urgente. Simão de Cirene foi ‘obrigado a prestar serviço’ quando os soldados romanos o mandaram carregar a estaca de Jesus. — Mt 27:32.

    milha: Provavelmente a milha romana, que equivalia a 1.479,5 metros. — Veja o Glossário e o Apêndice B14-A.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 42
    tomar emprestado: Ou seja, tomar emprestado sem juros. Se um israelita fizesse um empréstimo para um israelita pobre, a Lei mosaica o proibia de cobrar juros. (Ex 22:25) A Lei também incentivava os israelitas a ser generosos quando emprestassem aos pobres. — Dt 15:7-8.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 43
    Vocês ouviram que se disse: Veja a nota de estudo em Mt 5:21.

    Ame o seu próximo: A Lei mosaica mandava os israelitas amar o seu próximo. (Lv 19:18) A palavra “próximo” significava simplesmente “outra pessoa”. Mas alguns judeus limitaram o significado da palavra dizendo que ela se referia apenas a outros judeus, principalmente aos que seguiam as tradições orais. Segundo eles, todas as outras pessoas deviam ser consideradas inimigas.

    odeie o seu inimigo: Essa ordem não fazia parte da Lei mosaica. Alguns rabinos judeus achavam que, já que a Lei mandava amar o próximo, ela dava a entender que eles deviam odiar o inimigo.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 44
    Continuem a amar os seus inimigos: O conselho de Jesus está de acordo com o que as Escrituras Hebraicas ensinam sobre como tratar os inimigos. — Ex 23:4-5; 31:29; Pv 24:17-18; 25:21.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 46
    cobradores de impostos: Muitos judeus trabalhavam para as autoridades romanas como cobradores de impostos. Eles eram odiados pelos outros judeus porque, além de colaborarem com o governo de Roma (que os judeus odiavam), eles roubavam o povo, cobrando mais dinheiro do que o imposto oficial. Os judeus em geral não se misturavam com cobradores de impostos e os consideravam como estando no mesmo nível de pecadores e prostitutas. — Mt 11:19-21:32.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 47
    cumprimentarem: Naquela época, cumprimentar alguém incluía dizer que desejava seu bem-estar e prosperidade.

    irmãos: Refere-se a toda a nação de Israel. Eles eram irmãos porque descendiam do mesmo pai, Jacó, e porque adoravam o mesmo Deus, Jeová. — Ex 2:11; Sl 133:1.

    pessoas das nações: Refere-se aos não judeus que não adoravam a Jeová. Os judeus os encaravam como pessoas impuras e evitavam contato com essas pessoas.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 5 versículo 48
    perfeitos: A palavra grega usada aqui pode significar “completos” ou “maduros”. Também pode transmitir a ideia de que algo é “sem defeito” de acordo com os padrões estabelecidos por alguma autoridade. Somente Jeová é absolutamente perfeito. Assim, quando a palavra “perfeito” é usada para se referir a humanos, isso quer dizer que eles são perfeitos, ou completos, apenas em certos sentidos. Neste contexto, ser perfeito significa ter um amor perfeito, ou completo, por Jeová e por outros humanos. É algo que mesmo uma pessoa imperfeita pode ter.


    Dicionário

    Ab

    Dicionário Comum
    ab- | pref.

    ab-
    (prefixo latino ab-, afastamento, ausência, privação)
    prefixo

    Elemento que significa afastamento, ponto de partida.

    Nota: é seguido de hífen antes de um elemento começado por b, h ou r (ex.: ab-rogação).
    Fonte: Priberam

    Acende

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de acender
    2ª pess. sing. imp. de acender

    a·cen·der |ê| |ê| -
    verbo transitivo

    1. Fazer com que arda.

    2. Excitar.

    3. Afoguear, avermelhar.

    verbo pronominal

    4. Tomar lume por si só; atear-se.

    Fonte: Priberam

    Adultério

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Infidelidade conjugal; traição de um dos cônjuges: divórcio por adultério.
    Por Extensão Traição que se efetiva quando alguém tem relações sexuais com outra pessoa com a qual não está casado.
    Figurado Junção de elementos que se diferem, se contradizem.
    Figurado Ato de falsificar, de alterar algo; falsificação; adulteração.
    Etimologia (origem da palavra adultério). Do latim adulterium.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    A palavra adultério não deve absolutamente ser entendida aqui no sentido exclusivo da acepção que lhe é própria, porém num sentido mais geral. Muitas vezes Jesus a empregou por extensão, para designar o mal, o pecado, todo e qualquer pensamento mau [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8, it• 6

    O ensino moral [...] é que não basta nos abstenhamos do mal; que precisamos praticar o bem e que, para isso, mister se faz destruamos em nós tudo o que possa ser causa de obrarmos mal, seja por atos, seja por palavras, seja por pensamentos, sem atendermos ao sacrifício que porventura nos custe a purificação dos nossos sentimentos. [...] a concupiscência, no dizer de Jesus, [está] equiparada ao adultério. Para Deus, o Espírito, em quem ela se manifestou, cometeu falta idêntica à que teria caído se houvera consumado o adultério, mesmo porque, as mais das vezes, só uma dificuldade material qualquer impede que o pensamento concupiscente se transforme em ato.
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Adultério Relação sexual que um homem casado tem com uma mulher que não é sua esposa ou vice-versa (Jr 23:10; Jo 8:3). A IDOLATRIA era chamada, figuradamente, de adultério (Jr 3:8; Ez 23:37).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Adultério O Antigo Testamento continha proibições categóricas em relação ao adultério (Ex 20:14; Lv 18:20; Dt 22:22-29), que era castigado com o apedrejamento. Embora o judaísmo rabínico tenha suprimido progressivamente a pena de morte como castigo do adultério, limitando a sanção ao repúdio à esposa, o apedrejamento não era incomum nos tempos de Jesus (Jo 8:1ss.). A visão veterotestamentária do adultério é aprofundada por Jesus — que o considerou um grave pecado (Mt 15:19; Mc 7:22) — em três aspectos concretos. Em primeiro lugar, opõe-se à execução da adúltera (Jo 8:1ss.), no que coincide, pelo menos em parte, com algumas das escolas rabínicas de sua época. Em segundo lugar, interpreta como adultério qualquer atividade — inclusive mental — em que a pessoa é vista apenas como objeto de satisfação da lascívia (Mt 5:27ss.), não limitando o termo apenas às mulheres (Mt 5:28), mas incluindo também os homens. Finalmente, se Mt 5:31-32 e 19:9 refere-se ao adultério, este seria considerado por Jesus como a única razão permitida para o divórcio, seguindo assim a linha da escola farisaica de Shamai.

    J. Driver, o. c.; P. Bonnard, o. c.; L. Poittevin - E. Charpentier, El Evangelio según san Mateo, Estella 121993; J. Delorme, El Evangelio según san Marcos, Estella 131995; J. Zumstein, Mateo el teólogo, Estella 31993.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Este ato é proibido no sétimo mandamento (Êx 20:14Dt 5:18). *veja em Nm 5:11-29 a descrição da prova de impureza por meio da água amarga, que era dada à mulher suspeita para beber. As referências que os profetas fazem ao adultério indicam uma situação moral muito baixa (is 51:3Jr 23:10os 1:4). É provável que depois do cativeiro, quando o laço conjugal se tornou menos apertado, raras vezes, se alguma vez o foi, tenha sido a pena de morte aplicada. A frase em Mt 1:19, ‘não a querendo infamar’, provavelmente significa não levar o caso perante os juizes do conselho local. José procedeu assim, pois preferia, como podia fazê-lo, deixá-la secretamente. A palavra adultério era usada figuradamente para exprimir a infidelidade do povo hebreu para com Deus. Figura muito apropriada por causa dos ritos impuros que faziam parte do culto idólatra (Ez 16). Assim também falou o Senhor de uma geração ‘adúltera’ (Mt 12:39). (*veja Casamento.) As principais passagens do N.T. em que se fala de adultério, relacionam-se com o divórcio ou separação: Mt 5:31-32 – 19.6 – Mc 10:11-12Lc 16:18Jo 8:3-11Rm 7:2-3 – 1 Co 7.10,11, 39.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Adversário

    Dicionário Comum
    adjetivo Que entra em combate com uma outra pessoa; antagonista: lutador adversário; ofereceu os parabéns ao adversário por sua vitória.
    Que é capaz de se opor; que é contrário a; opositor: um texto adversário do comunismo; refutou o adversário com conhecimento.
    Que disputa uma competição contra; concorrente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que é contrário a; rival.
    Etimologia (origem da palavra adversário). Do latim adversarius.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    rival, êmulo, antagonista, inimigo, competidor, concorrente. – Segundo Roq., “a palavra adversário compõese da preposição latina ad “junto”, e versus, particípio de verto “voltado”, “mudado”, pois o adversário é com efeito aquele que se voltou contra nós outros, ou seguindo diferente opinião ou partido, ou pugnando por interesses que nos prejudicam. – Ainda que o interesse e o amor-próprio sejam de ordinário as causas por que muitos se fizeram nossos adversários, todavia podem estes 114 Rocha Pombo ser amigos debaixo de outros respeitos, ou indiferentes, e ainda generosos e delicados: não assim o inimigo. Aquele pode favorecer-nos em tudo aquilo que não pertence à disputa, nem à contradição; este procura sempre fazer mal, que para isso é ele inimigo. Adversário não supõe ódio; inimigo, sim. – Por analogia chamamos sorte adversa a que nos é contrária, e sucesso adverso o que nos causa dano e conduz ao infortúnio; e daqui vêm as palavras adversidade, adversamente, e as antigas adversar e adversia. – Rival é palavra latina, rivalis, e indica uma oposição mais forte que a precedente. Não há propriamente rivalidade nas opiniões e ideias, mas sim nas doutrinas e partidos, nos interesses e inclinações, no talento, no mérito, nas riquezas, no luxo, no esplendor, e sobretudo nos empregos, honras, e graças; há muitos rivais em amor, e também se rivaliza em ações virtuosas, como na generosidade, no valor, no heroísmo; até nos animais se dá certa rivalidade. – Êmulo é também palavra latina, æmulus, e designa a pessoa que compete com outra em arte, ciência, em ações louváveis, ou que se propõe imitá-la e até excedê-la, valendo-se de meios honestos. Diferença-se, pois, muito de rival, sem se confundir com adversário. Êmulo denota competição honesta, nobre, generosa, e não admite ódio nem inveja. O êmulo reconhece, e até proclama, o mérito dos competidores. Os êmulos correm a mesma carreira. Os rivais têm interesses opostos que se combatem. Dois êmulos caminham, vivem em harmonia; dois rivais acometem- -se. Pompeu e Cesar foram rivais; Cícero e Hortênsio foram êmulos. – Entre os antigos, a palavra grega antagonistes (antagonista em latim e nas línguas que deste se derivam) significava um inimigo armado e em ato de batalha; pois antagonistes compõe-se da proposição anti, “contra”, e agonixomai, “eu combato”; mas posteriormente foi limitando-se a combates mais nobres e menos sangrentos, como os literários, os de jogos e exercícios, e os partidos que não saem da linha da nobreza, galhardia, generosidade, e até heroísmo: é uma rivalidade mais distinta e elevada. Dizemos,
    v. g., que os Newtonianos são antagonistas dos Cartesianos em seus sistemas; os ingleses e os franceses em seus adiantamentos científicos e industriais; os soberanos em sua grandeza e esplendor; os amantes em obséquios a uma dama. Temos, pois, que todas as palavras anteriores, longe de excluírem as ideias de nobreza e urbanidade, as supõem. Só os homens de mérito têm adversários e êmulos: e as almas grandes, rivais e antagonistas. O vulgo não conhece mais que inimigos. A inimizade é de ordinário uma paixão, se nem sempre baixa, ao menos rancorosa, tenaz, repreensível sobretudo em seus excessos; supõe graves injúrias recebidas, se é bem fundada; faz com que receiemos o inimigo ainda depois de reconciliados com ele, porque costuma ser traidor. Tantos são os bens que da amizade resultam, quantos são os males que a inimizade produz; não há ação baixa, nem procedimento vil, a que ela não conduza. Esta palavra tem muita extensão em seus significados, pois abraça as pessoas, as ações e todas as coisas que nos podem desagradar, contrariar, ou fazer dano: somos inimigos de certos manjares, de certos prazeres, de certos costumes; somo-lo, umas vezes por nossa natural inclinação, por bons motivos e com razão, e também por prejuízos e caprichos. Estende-se a inimizade, em sua significação metafórica, “a todos os seres organizados e sensíveis, aos animais e às plantas”. – Competidor é “o que está contra nós na conquista de alguma coisa”. É mais do que simples concorrente, pois este apenas concorre conosco, isto é, “propõe-se a fazer ou conseguir aquilo que nós também nos julgamos capazes de alcançar”. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 115
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    [...] significa o solo a trabalhar, esperando por nós [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 3

    O adversário, para o espírita, não é um inimigo, mas um irmão colocado, temporariamente, em posição de antagonismo, e com o qual, mais cedo ou mais tarde, tem o dever de reconciliar-se.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 12

    [...] em relação à vida na Terra, o começo é sempre o berço, mas, na verda A de, na ótica espírita, nascer é renascer, reencontrar antigos afetos. Alguém poderia objetar que se pode também encontrar antigos desafetos, renascendo entre os adversários do passado. Isso é verdadeiro, mas repetindo algo que André Luiz afirmou certa feita, diríamos que “o ódio é o amor que adoeceu”, então os desafetos são, na realidade, afetos que se contaminaram pela mágoa, ressentimento e outros sentimentos negativos. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Para encontrar o caminho•••

    O adversário é tudo o que nos afaste a energia do serviço real com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é justo considerar nossos adversários como instrutores. O inimigo vê junto de nós a sombra que o amigo não deseja ver e pode ajudar-nos a fazer mais luz no caminho que nos é próprio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 4

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Adversário Inimigo (Sl 3:1); (1Co 16:9).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Ai

    Dicionário Comum
    interjeição Expressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar!
    substantivo masculino Manifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai!
    Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai.
    Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Montão. 1. Cidade de Canaã, que já existia no tempo de Abraão (Gn 12:8). Foi a segunda cidade que israel conquistou e totalmente destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Js 7:8-9,10, 12). ‘os homens de Betel e Ai’, em número de 223, voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2:28). Aiate, por onde Senaqueribe passou na sua marcha sobre Jerusalém, e Aia, são outras formas de Ai (is 10:28Ne 11:31). 2. Cidade dos amonitas (Jr 49:3).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    interjeição Expressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar!
    substantivo masculino Manifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai!
    Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai.
    Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ai
    1) Cidade de Canaã que ficava a leste de Betel. Ai já existia no tempo de Abraão (Gn 12:8). Foi a segunda cidade que o povo de Israel conquistou e destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Jos 7:12)

    2) Grito de dor (Pv 23:29). 3 Desgraçado (Is 5:11); (Mt 23:13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Ali

    Dicionário Comum
    advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
    Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
    Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
    Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
    Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
    Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.
    Fonte: Dicio

    Alqueire

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Alqueire Também: modius. Medida romana de capacidade de uns 8:75 litros. Em determinadas ocasiões, era utilizada por gente humilde como prato ou tigela para comer (Mt 5:15; Mc 4:21; Lc 11:33).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    A palavra grega, traduzida por alqueire (Mt 5:15), significa aquela medida, a que se faz referência em Gn 18:6Mt 13:33 – e Lc 13:21, e que era a terça parte de um efa (effi), a medida padrão.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Unidade de medida agrária de valor variável; nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás (alqueire mineiro), 48.400 m2; em São Paulo (alqueire paulista), 24.200 m2; no Norte (alqueire do Norte), 27.225 m2.
    Antigo Medida de capacidade para secos, sobretudo cereais, no Brasil, corresponde entre 12,5 e 13,8 litros.
    Antigo Antiga medida de superfície equivalente a 15.625 palmos quadrados.
    Antigo Recipiente usado para medir um alqueire de cereais.
    Etimologia (origem da palavra alqueire). Do árabe al-káil, "medida de capacidade".
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Alqueire
    1) Vaso usado para medir secos (CEREAIS) (Mt 5:15)

    2) V. MEDIDA (Gn 18:6).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Altar

    Dicionário Bíblico
    Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43:15), e uma em grego (At 17:23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8:20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12:7-22.9, 35.1,1 – Êx 17:15-24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20:24-25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27:1-8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9:3-4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30:1-10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141:2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20:24-26), mas somente um santuário (Êx 25:8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16:21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20:24-26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1,50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5:23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 10:18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Altar Mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os SACRIFÍCIOS (Ex 27:1); 20.24; (Dt 27:5). Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4:25). Fugitivos ficavam em segurança quando c orriam e se agarravam a essas pontas (1Rs 2:28). Havia também o altar do INCENSO, que ficava no SANTO LUGAR (Ex 30:1-10).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Altar O lugar diante do qual se apresentavam as oferendas a Deus. Jesus considerava-o digno de respeito (Mt 5:23ss.; 23,18-20) e exigia, por isso, a prévia reconciliação daqueles que se acercavam dele.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Antigamente, mesa para os sacrifícios: ergueu um altar aos deuses.
    Mesa onde é celebrada a missa.
    Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião.
    Figurado A religião, a Igreja: o trono e o altar (o poder monárquico e a Igreja ou religião).
    Amor fortíssimo, adoração: aquela mãe tinha um altar no coração do filho.
    Objeto santo, venerável, digno de sacrifícios: o altar da pátria.
    [Astronomia] Constelação austral.
    Sacrifício do altar, a missa.
    Ministro do altar, padre da religião cristã.
    Conduzir ao altar uma pessoa, desposá-la.
    Fonte: Priberam

    Antes

    Dicionário Comum
    antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.
    Fonte: Priberam

    Antigos

    Dicionário Comum
    antigo | adj. | s. m. | s. m. pl.

    an·ti·go
    (latim antiquus, -a, -um, antigo, velho)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que existiu outrora.

    2. Que existe e se conserva há muito tempo. = VELHONOVO, RECENTE

    3. Que não é moderno. = ANTIQUADO

    4. Que foi, mas já não é.

    5. De outros tempos.

    6. Próprio de outros tempos.

    7. Que exerce o lugar há muito tempo.NOVO

    8. Que foi suplantado por outro.

    nome masculino

    9. O que é antigo.


    antigos
    nome masculino plural

    10. Os homens de outros tempos.

    11. Anciãos.

    Superlativo: antiguíssimo ou antiquíssimo.
    Fonte: Priberam

    Arranca

    Dicionário Comum
    arranca | s. f.
    3ª pess. sing. pres. ind. de arrancar
    2ª pess. sing. imp. de arrancar

    ar·ran·ca
    (derivação regressiva de arrancar)
    nome feminino

    1. Acto de arrancar. = ARRANCADA, ARRANCAMENTO, ARRANQUE

    2. Ramo ou galho que se separou de uma árvore ou de um arbusto.

    3. Ramo grosso que parte do tronco de uma árvore. = PERNADA

    4. [Brasil] Colheita da mandioca.


    ar·ran·car -
    (origem duvidosa)
    verbo transitivo

    1. Desapegar com esforço.

    2. Extrair.

    3. Obter pela força ou pela astúcia.

    4. Fazer sair.

    5. Tirar por força.

    6. Extirpar.

    7. Puxar arrebatadamente por.

    verbo intransitivo

    8. Partir com ímpeto e subitamente.

    9. Cair.

    10. Sair por si do seu lugar.

    Fonte: Priberam

    Assim

    Dicionário Comum
    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
    Fonte: Priberam

    Atentar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo indireto Fazer um atentado contra algo ou alguém; cometer um crime: atentou contra a vida do juiz.
    Figurado Não respeitar; tratar alguém de maneira ofensiva: atentava contra a bondade dos pais.
    verbo transitivo direto e intransitivo Irritar; provocar aborrecimento: atentava o pai para ir ao cinema; algumas crianças estão atentando.
    verbo transitivo direto Empreender; colocar em funcionamento: atenta abrir uma padaria.
    Etimologia (origem da palavra atentar). Do latim attemptare.
    verbo transitivo indireto Ter preocupação ou cuidado por: atente para a vida.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Observar atentamente: atentava a palestra; atentava para a palestra.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Levar em consideração; pensar de modo reflexivo acerca de: atenta pouco a conselhos; atenta pouco para conselhos; nunca atentava, nem agia.
    Etimologia (origem da palavra atentar). Atento + ar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Atentar
    1) Ver (Dt 26:7).


    2) Dar atenção (Pv 16:20).


    3) Fixar a atenção (2Co 4:18).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “meu irmão”).

    1. Um gadita que vivia em Gileade e Basã. Filho de Abdiel, é listado nas genealogias do tempo do rei Jotão, de Judá (1Cr 5:15).

    2. Mencionado como um dos filhos de Semer, um homem valente e chefe de príncipes na tribo de Aser (1Cr 7:34).

    Autor: Paul Gardner

    Bater

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Dar pancadas em; acertar algo ou alguém com golpes; golpear: a máquina bate a roupa para a limpar.
    Agitar com um instrumento; remexer: bater o trigo; bater os ovos.
    Obter a vitória; vencer: bater o inimigo.
    Percorrer explorando: bater o mato.
    Colocar os ingredientes no liquidificador para misturá-los: bater uma receita.
    Explorar em variadas direções e sentidos; percorrer: bater um lugar buscando suspeitos.
    Fechar violentamente: saiu e bateu a porta.
    Acabar com uma chamada telefônica bruscamente: bateu o telefone sem se despedir.
    Figurado Fazer algo repetidamente; repisar: fica batendo o assunto, ninguém aguenta mais.
    Superar algo ou alguém em alguma coisa; superar: bater um recorde mundial.
    [Popular] Comer ou beber algo vorazmente: bater um prato de picanha.
    Realizar a marcação do ritmo por batidas: bater um ritmo.
    Fazer uma fotografia ou uma lâmina radiológica: bater uma chapa.
    Limpar algo dando pancadas, geralmente para tirar o pó: bater o colchão.
    Culinária Fazer a mistura dos ingredientes do pão; sovar: bater a massa.
    Usar frequentemente a mesma roupa: batia o uniforme para estudar.
    [Esporte] Fazer a cobrança de uma falta ou pênalti: bateu e fez o gol.
    [Esporte] Chutar a bola: bateu direto para o gol.
    verbo transitivo direto e intransitivo Agitar com muita rapidez; abanar: os pássaros batem as asas; os lençóis batem com o vento.
    Produzir som: bater um tambor; estava esperando o sino bater.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Pousar em cima de: a chuva bate no barco; o vento está batendo.
    Espancar alguém; surrar: não se deve bater nos filhos; não se deve bater.
    verbo transitivo indireto e pronominal Ir ao encontro de algo ou alguém; chocar-se com, atirar-se contra: as ondas batem nas pedras; os carros se bateram mutuamente.
    verbo transitivo indireto Atingir algo ou alguém, geralmente com força: bateu com o copo na cabeça dele.
    Figurado Ir ter a: foi bater num lugar deserto.
    [Popular] Furtar: bateram-lhe a carteira.
    Expressar correspondência com; coincidir: sua história não bate com a dela.
    verbo intransitivo Dar uma ou mais pancadas: a porta está batendo.
    Marcar o horário, o tempo; soar: bateram nove horas.
    Estar para chegar: a guerra bate-nos às portas.
    Soar (diz-se das horas): finalmente bateu a hora da partida.
    Religião Fazer rituais, eventos, ou cerimônias usando atabaques (tambores).
    verbo pronominal Combater, lutar: bateram-se heroicamente os nossos soldados.
    verbo transitivo indireto e pronominal [Popular] Possuir afinidade: minha personalidade não bate com a sua; as irmãs não se batem.
    expressão Bater moeda. Cunhar uma moeda.
    Bater o queixo. Tremer de medo ou de frio.
    Bater palmas. Aplaudir algo ou alguém, ou chamar alguém.
    Bater o pé. Expressar teimosia; teimar.
    Bater asas. Ir embora; voar, fugir.
    Bater mato. Andar muito e sem direção certa.
    Bater às portas de alguém. Pedir ajuda a alguém.
    Bater no peito. Demonstrar arrependimento; arrepender-se.
    Bater em retirada. Deixar um local; retirar-se, ceder, desistir.
    Bater o trinta e um. Deixar de existir; morrer.
    Etimologia (origem da palavra bater). Do latim battuere.
    Fonte: Priberam

    Bem

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.
    Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
    Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
    advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
    De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
    Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
    De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
    De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
    Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
    De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
    adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
    Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.
    Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
    Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
    advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
    De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
    Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
    De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
    De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
    Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
    De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
    adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
    Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] O bem é uma couraça contra o qual virão sempre se quebrar as armas da malevolência.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] para fazer o bem, o espírita não deve sondar a consciência e a opinião e, ainda que tivesse à sua frente um inimigo de sua fé, mas infeliz, deve vir em seu auxílio nos limites de suas faculdades. É agindo assim que o Espiritismo mostrará o que é e provará que vale mais do que o que lhe opõem.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O bem é tudo o que é conforme à Lei de Deus [...]. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a Lei de Deus. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630

    [...] fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 643

    [...] é uma couraça contra a qual sempre se quebrarão as manobras da malevolência!...
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Os desertores

    [...] O bem que fazemos é conquista pessoal, mas ele vem partilhado pelos empréstimos de talentos da Bondade Divina, a fim de que nossos esforços não sucumbam diante da história de sombras que trazemos de experiências passadas. Para realizar o bem, é preciso a decisão íntima – eu quero fazer. Mas os resultados que porventura venham dessa prática, segundo Paulo, não nos pertencem. Uma visita fraterna, uma aula bem preparada em favor da evangelização infanto-juvenil, uma palestra amorosa que toque o coração dos ouvintes – tudo são ações cometidas pelo empenho individual, por uma decisão particular, mas cujas conseqüências devem ser depositadas na conta do Cristo, Fonte geradora dos recursos sutis em que nos apoiamos para realizar a tarefa.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luz é minha realização

    [...] é a única realidade eterna e absoluta em todo o Universo [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal

    [...] é a única Realidade Absoluta, o destino final da Criação [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?

    O bem é a lei suprema do Universo e o alvo da elevação dos seres. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

    [...] Todo bem que se pode produzir é felicidade que se armazena.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

    O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34

    O bem [...] não se circunscreve a limites nem se submete a nominações, escolas ou grupos. Como o oxigênio puro, a tudo vitaliza e, sem ele, a vida perece.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 18

    [...] O bem que distendemos pelo caminho é eterna semente de luz que plantamos no solo do futuro, por onde um dia chegarão nossos pés. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 8

    [...] saneador divino [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 8

    [...] É uma conseqüência inevitável do que traz uma das características divinas: a imutabilidade.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Tempo

    O bem é, por conseguinte, valioso recurso autopsicoterápico, que merece experimentado pelos encarnados.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 33

    [...] é a substância intrínseca de tudo quanto existe. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    O Bem Eterno é bênção de Deus à disposição de todos.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 28

    [...] todo bem realizado, com quem for e seja onde for, constitui recurso vivo, atuando em favor de quem o pratica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada [...], nossa decidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

    [...] constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] é o verdadeiro antídoto do mal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] é o único determinismo divino dentro do Universo, determinismo que absorve todas as ações humanas, para as assinalar com o sinete da fraternidade, da experiência e do amor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    [...] é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35

    Não olvides, portanto, / Que possuis tão-somente / O que dás de ti mesmo / No amparo aos semelhantes, / Porque o bem que ofereces / Aos irmãos de jornada / É crédito de luz / A enriquecer-te a vida, / Nos caminhos da Terra / E nas bênçãos do Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 20

    O Bem é a luz que deve consolidar as conquistas substanciais do nosso esforço e onde estiver o bem, aí se encontra o Espírito do Senhor, auxiliando-nos a soerguer os corações para as Esferas Superiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O Bem é o trabalho que aperfeiçoa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O bem é porto seguro / Neste globo deescarcéus, / Pague o seu débito aomundo / E seja credor nos céus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o inamovível fundamento da Lei.[...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] o bem real para nós será semprefazer o bem aos outros em primeirolugar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 2ª reunião-conversação

    Em suma, o bem é o Amor que sedesdobra, em busca da Perfeição noInfinito, segundo os Propósitos Divinos[...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

    Estende a bondade a todos. / O bem é aglória da vida. / Enfermeiro sem cuidado/ Alarga qualquer ferida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 5

    Nunca te afastes do bem, / Que é a baseda Lei Divina. / O desejo é semprenosso, / Mas Deus é quem determina
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 30

    Todo bem, qualquer que ele seja, ébênção creditada a favor de quem opratica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Merecimento maior

    [...] o bem genuíno será sempre o bemque possamos prestar na obra do bemaos outros. [...]O bem é luz que se expande, na medidado serviço de cada um ao bem de todos,com esquecimento de todo mal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Na lei do bem

    [...] A prática do bem ainda é a maior escola de aperfeiçoamento individual, porque conjuga em seus cursos a experiência e a virtude, o raciocínio e o sentimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

    [...] é a nossa porta redentora. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] é o crédito infalível no livro da eternidade [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Amanhã

    O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 62

    [...] praticar o bem, dando alguma coisa de nós mesmos, nas aquisições de alegria e felicidade para os outros, é o dom sublime por excelência [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    O bem é uma idéia-luz, descerrando à vida caminhos de elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

    [...] o bem [...] possui caráter divino e semelhante aos atributos do Pai Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 44

    Bem e mal O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] todo bem é expansão, crescimento e harmonia e todo mal é condensação, atraso e desequilíbrio. O bem é a onda permanente da vida a irradiar-se como o Sol e o mal pode ser considerado como sendo essa mesma onda, a enovelar-se sobre si mesma, gerando a treva enquistada. Ambos personalizam o amor que é libertação e o egoísmo, que é cárcere.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

    Fonte: febnet.org.br

    Boas

    Dicionário Comum
    fem. pl. de bom

    bom
    (latim bonus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

    2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

    3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

    4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

    5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

    6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

    7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

    8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

    9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

    10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

    11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

    12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

    13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

    14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

    nome masculino

    15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

    16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

    17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

    interjeição

    18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

    19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


    do bom e do melhor
    [Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

    isso é que era bom
    [Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

    Superlativo: boníssimo ou óptimo.
    Fonte: Priberam

    Boca

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Cavidade anatômica que compõe a parte inicial do tubo digestivo, através da qual é possível ingerir alimentos.
    Por Extensão Parte externa dessa cavidade composta pelos lábios.
    O que se assemelha a uma boca (cavidade): boca de vulcão.
    Abertura de uma superfície, objeto, recipiente: boca de garrafa.
    Buraco através do qual a bala é lançada (numa arma de fogo): boca de fuzil.
    Abertura do fogão por meio da qual o fogo é expelido: fogão de 4 bocas.
    Parte inicial de uma rua: boca da avenida, de rua.
    Figurado Pessoa que depende de outra: lá em casa são 6 bocas famintas!
    [Popular] Excelente oportunidade, com benefícios.
    [Gíria] Local onde é possível comprar e vender drogas.
    Geografia Embocadura de rio.
    Geografia Parte inicial de uma baía, canal etc.
    Abertura por onde sai o ar (num órgão, instrumento etc.).
    interjeição Modo usado para pedir ou dar uma ordem de silêncio.
    Etimologia (origem da palavra boca). Do latim buccam.
    Fonte: Priberam

    Bons

    Dicionário Comum
    masc. pl. de bom

    bom
    (latim bonus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

    2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

    3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

    4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

    5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

    6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

    7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

    8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

    9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

    10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

    11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

    12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

    13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

    14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

    nome masculino

    15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

    16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

    17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

    interjeição

    18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

    19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


    do bom e do melhor
    [Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

    isso é que era bom
    [Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

    Superlativo: boníssimo ou óptimo.
    Fonte: Priberam

    Boás

    Dicionário Comum
    fem. pl. de bom

    bom
    (latim bonus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

    2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

    3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

    4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

    5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

    6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

    7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

    8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

    9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

    10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

    11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

    12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

    13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

    14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

    nome masculino

    15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

    16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

    17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

    interjeição

    18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

    19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


    do bom e do melhor
    [Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

    isso é que era bom
    [Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

    Superlativo: boníssimo ou óptimo.
    Fonte: Priberam

    Branco

    Dicionário Comum
    adjetivo Diz-se da impressão produzida no órgão visual pelos raios de luz não decomposta.
    Da cor da neve, da cal, do leite.
    Pálido: ficou branco de medo.
    Figurado Puro, inocente: os sonhos brancos que não são da Terra.
    substantivo masculino A cor branca: o branco e o azul são as suas cores prediletas.
    Homem da raça branca.
    Espaço entre linhas escritas.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] é símbolo de pureza, segundo algumas tradições e em determinados povos. Superstição destituída de base racional, porque, embora seja um tom mais higiênico, que absorve menos raios caloríferos, nenhuma influência vibratória exerce em relação aos Espíritos, que sintonizam com as emanações da mente, as irradiações da conduta. Talvez que, desencarnados, igualmente supersticiosos, se afeiçoem àqueles que trajam com essa cor, sendo, no entanto, ainda atrasados. Tivesse fundamentação e seria cômodo para os maus e astutos manterem a sua conduta interior irregular, enquanto ostentariam trajes alvinitentes que os credenciariam a valores que não possuam, atribuindo-lhes méritos que estão longe de conseguir.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

    B B
    Referencia:

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Branco Cor da luz (Mt 17:2), ligada às festas. O branco também está relacionado com seres gloriosos e angélicos (Mt 28:3; Mc 16:5; Jo 20:12; Mt 17:2; Jo 4:35).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Bôas

    Dicionário Comum
    fem. pl. de bom

    bom
    (latim bonus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

    2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

    3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

    4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

    5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

    6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

    7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

    8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

    9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

    10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

    11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

    12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

    13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

    14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

    nome masculino

    15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

    16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

    17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

    interjeição

    18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

    19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


    do bom e do melhor
    [Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

    isso é que era bom
    [Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

    Superlativo: boníssimo ou óptimo.
    Fonte: Priberam

    Cabelo

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cabelo Conjunto de pêlos da cabeça humana. Os israelitas antigos de ambos os sexos deixavam os cabelos crescer (Ct 5:11). Já no tempo de Jesus era vergonhoso para o homem ter cabelos compridos (1Co 11:14).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    As mulheres hebréias usavam o cabelo comprido e separavam-no em certo número de tranças, que eram depois entrelaçadas juntamente. o cabelo preto, entre os israelitas, era considerado como o mais belo (Ct 5:11). os hebreus usavam o cabelo natural com certo arranjo, mas não cortado. Que as israelitas tinham bastante trabalho para dar realce à sua natural beleza, depreende-se de muitas passagens da Escritura, como Rt 3:3; Sl 23:5; Ec 9:8; Mt 6:17, onde se mostra ter sido comum o cuidado e embelezamento do cabelo, usando-se para isso ungüentos perfumados. os apóstolos notaram a excessiva atenção prestada ao adorno do cabelo pelas mulheres do seu tempo, e censuraram essa atitude (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.3). Rapar a cabeça era sinal de grande aflição (1:20; Jr 7:29); mas pela mesma causa também se permitia que o cabelo crescesse, sem cuidarem dele. Arrancar os cabelos com as mãos era demonstração de grande e repentino desgosto. Um dos sinais de lepra era uma mudança na cor do cabelo; por isso se mandava que fosse cortado, como sendo a sede da doença (Lv 13:4-10; 14.8,9). A frase em Ct 7:5, ‘a tua cabeleira [é ] como a púrpura’, significa que estavam bem cuidados os anéis do cabelo. Considerava-se o cabelo a coisa menos valiosa do homem (2 Sm 14.11; Mt 10:30) mas os árabes ainda hoje juram pelas suas barbas; e, talvez jurar pela cabeça signifique o juramento pelo cabelo que nela está (Mt 5:36). (*veja Barba, Calvície.) A fim de embelezar o cabelo, recorria-se muitas vezes, aos pós; a guarda de Salomão, segundo conta Flávio Josefo, polvilhava com ouro as suas cabeças, que previamente haviam sido frisadas e perfumadas. As classes superiores, entre os medos, usavam cabeleiras; mas, conservando os assírios os cabelos em compridos anéis, é duvidoso se estes eram formados dos próprios ou de falsos cabelos. os hebreus nunca usaram cabeleiras. A cor predileta era a preta, fazendo-se uso, algumas vezes, de diversos preparados colorastes, ou para dar mais brilho ao cabelo, ou para ocultar a idade.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Pelo que encobre a cabeça dos indivíduos da espécie humana.
    Qualquer um desses pelos.
    Pelo que se desenvolve ou cresce em qualquer seção do corpo humano.
    Reunião de alguns pelos de certos animais.
    Delgada mola de aço que regula o movimento dos relógios pequenos.
    Figurado De arrepiar os cabelos, de causar horror.
    Figurado De cabelo na venta, valente, rixoso.
    Figurado Que tem um espaço mínimo: por um fio de cabelo.
    Etimologia (origem da palavra cabelo). Do latim capillum.
    Fonte: Priberam

    Cabeça

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Caminhar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Locomover-se a pé de um lugar para outro; andar de um ponto a outro; percorrer: caminhei o percurso entre a tua casa e a minha; caminharam até o teatro; quando não há calçada, caminha-se pelo acostamento.
    Figurado Tender para uma direção; avançar: o negócio caminha para a bancarrota.
    verbo intransitivo Fazer caminhadas como atividade física: caminha cinco quilômetros todo dia.
    Progredir, ir para frente, desenvolver-se: caminhar sempre adiante é meu lema!
    Figurado Movimentar-se livremente: o vírus caminha sem impedimentos para as cidades próximas.
    Deslocar-se sobre as águas; navegar: o barco caminha em bom ritmo.
    Etimologia (origem da palavra caminhar). Do latim vulgar "camminu-", caminho + ar.
    Fonte: Priberam

    Caminho

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Candeia

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Vaso suspenso por um gacho fixado à parede.
    Candeeiro de óleo ou de cera ou vela de cera.
    Lâmpada formada por um recipiente, com um bico pelo qual passa a extremidade de um pavio, que se enche com óleo para queimar.
    Botânica Árvore brasileira, da família das compostas, largamente usada por sua madeira branca, resistente e resinosa e por suas flores com propriedades terapêuticas.
    Botânica Planta carduácea, popularmente conhecida por candeeiro, pau-candeia e pau-de-candeia.
    Etimologia (origem da palavra candeia). Do latim candela.ae, "vela".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Pequeno aparelho de iluminação, sustentado por um prego e abastecido com óleo
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Candeia Lamparina feita de barro, com TORCIDA alimentada por óleo (Mt 5:15).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Capa

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Capa Roupa comprida, usada por cima das outras roupas (Js 7:21); (Mt 5:40). V. MANTO.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Peça do vestuário feminino, usada sobre as outras roupas, de fazenda ou pele, larga e sem mangas, com ou sem capuz, pendente dos ombros.
    Espécie de casaco de tecido leve mas impermeável, que se usa sobre outras roupas, como proteção contra a chuva.
    Cobertura de papel, cartolina, couro etc., que protege externamente um livro, uma revista ou outros trabalhos dessa natureza; os dizeres e desenhos impressos nessa cobertura.
    Fonte: Priberam

    Carta

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Correspondência, mensagem escrita ou impressa, que se envia a alguém, a uma instituição ou a uma empresa, para comunicar alguma coisa.
    Por Extensão O conteúdo dessa mensagem, normalmente inserido num envelope selado.
    Documento oficial e legal que confere um título ou ofício; diploma.
    Relação das refeições disponíveis num restaurante; cardápio.
    Representação reduzida de determinada região, país, da superfície da Terra; mapa.
    [Jurídico] Documento, certificado de comprovação ou de aquisição de direitos.
    [Jurídico] Documento de valor legal transmitido por autoridades políticas, civis, militares.
    expressão Carta Branca. Consentimento dado a alguém para que esta pessoa se comporte do modo como desejar (usado no sentido figurado): você tem carta branca para fazer o que quiser da vida!
    Carta Magna. Leis que regulam e organizam a vida de uma nação; Constituição.
    substantivo feminino plural Conjunto das cartas usadas num jogo; baralho.
    Jogos que utilizam o baralho: nunca soube jogar as cartas.
    Etimologia (origem da palavra carta). Do latim charta.ae, carta.ae; pelo grego kártes.ou.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Correspondência, mensagem escrita ou impressa, que se envia a alguém, a uma instituição ou a uma empresa, para comunicar alguma coisa.
    Por Extensão O conteúdo dessa mensagem, normalmente inserido num envelope selado.
    Documento oficial e legal que confere um título ou ofício; diploma.
    Relação das refeições disponíveis num restaurante; cardápio.
    Representação reduzida de determinada região, país, da superfície da Terra; mapa.
    [Jurídico] Documento, certificado de comprovação ou de aquisição de direitos.
    [Jurídico] Documento de valor legal transmitido por autoridades políticas, civis, militares.
    expressão Carta Branca. Consentimento dado a alguém para que esta pessoa se comporte do modo como desejar (usado no sentido figurado): você tem carta branca para fazer o que quiser da vida!
    Carta Magna. Leis que regulam e organizam a vida de uma nação; Constituição.
    substantivo feminino plural Conjunto das cartas usadas num jogo; baralho.
    Jogos que utilizam o baralho: nunca soube jogar as cartas.
    Etimologia (origem da palavra carta). Do latim charta.ae, carta.ae; pelo grego kártes.ou.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    epístola, missiva, bilhete. – Segundo Bruns. – carta é o termo usual com que se designam os escritos que se dirigem a alguém dando-lhe notícias, ou tratando de assuntos que lhe interessam mais ou menos diretamente. – Epístolas dizemos das cartas dos antigos, tratando de graves assuntos, em forma literária e em tom solene, principalmente quando o conteúdo delas interessava a muitos; como, por exemplo, as epístolas de S. Paulo. Familiarmente dá-se hoje o nome de epístola a uma carta muito longa e em estilo pretensioso. – Missiva é a carta considerada com relação à pessoa que a manda; é termo pouco usado. – O bilhete difere da carta: em se ocupar só de um assunto, ou de assunto ligeiro, de pequena importância; em conter poucas palavras e excluir as formas cerimoniosas que encabeçam e concluem as cartas ordinárias. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 255
    Fonte: Dicio

    Cartá

    Dicionário Bíblico
    cidade
    Fonte: Dicionário Adventista

    Casa

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Casar

    Dicionário Comum
    verbo intransitivo Unir pelos laços conjugais.
    verbo transitivo Dar em casamento: casar uma filha.
    Figurado Juntar, unir, aliar: casar o útil ao agradável.
    verbo pronominal Contrair matrimônio.
    Juntar-se, unir-se.
    Fonte: Priberam

    Causa

    Dicionário de Sinônimos
    motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
    O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
    O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
    [Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
    [Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
    Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
    Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15

    Fonte: febnet.org.br

    Ceitil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Moeda antiga portuguesa que valia um sexto de real.
    Quantia insignificante, coisa de pequeno valor.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ceitil Moeda portuguesa antiga de pouco valor. Em Mt 10:29, RC, é usada para traduzir o grego assarion, uma moeda romana de cobre que valia 1/16 do DENÁRIO. Em Mt 5:26, RC, “ceitil” traduz o grego QUADRANTE.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Chamado

    Dicionário Comum
    chamado adj. 1. Que se chamou. 2. Denominado, apelidado. S. .M Chamada.
    Fonte: Priberam

    Chamar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Invocar algo ou alguém pelo nome: chamava os alunos pelo nome.
    Mandar vir; convocar para reunião ou encontro: chamava Maria que saía pelo pátio.
    Dirigir-se a alguém para solicitar, pedir auxílio; recorrer: chamava a mãe desesperadamente.
    Designar pelo nome de; nomear: chamavam o monumento de Arco do Triunfo.
    Aproximar, chamar para si: tristeza chama desgraça.
    Fazer a solicitação de um serviço especializado: chamar o encanador.
    Fazer parar o sono de alguém: chamar o filho de manhã.
    Acionar o elevador: chamar o elevador.
    [Popular] Devorar com sofreguidão: chamou dois pratos de picanha.
    verbo bitransitivo Dar o nome de; apelidar, alcunhar: chamou a Alice à filha.
    Escolher alguém para um tarefa, cargo, ofício; escolher: chamar alguém para ocupar uma vaga.
    Assumir uma responsabilidade; tomar para si: chamou a responsabilidade para si.
    verbo pronominal Ter o nome de; denominar-se; apelidar-se: eu me chamo Helena.
    verbo intransitivo Indicar que alguém está ligando ou ligar para alguém através de uma chamada (celular, computador ou outros similares): o celular está chamando.
    verbo transitivo indireto Solicitar auxílio: os filhos chamam pelos pais.
    Etimologia (origem da palavra chamar). Do latim clamare.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Chamar
    1) Convidar as pessoas para que aceitem a salvação realizada por meio de Jesus Cristo (Gl 1:6). Essa é uma decisão tomada por Deus, desde a eternidade. Exteriormente esse convite é comunicado às pessoas através da mensagem de Deus e interiormente, pela ação do Espírito Santo, que cria a fé salvadora.


    2) Convocar certas pessoas para que se dediquem a trabalhos especiais no Reino de Deus (Rm 1:1). Também essa convocação é uma decisão divina, tomada desde a eternidade (Is 49:1-5; Jr 1:5; Gl 1:15).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Chuva

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas.
    Figurado O que cai em grande quantidade: chuva de papel.
    Embriaguez.
    A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação), vapor este proveniente do resfriamento do ar úmido por expansão adiabática (fase de saturação). De acordo com os agentes determinantes das ascendências que são a base do ciclo das chuvas, distinguem-se classicamente as chuvas ciclônicas ou de ascendência frontal (devidas ao contato do ar quente com ar frio), as chuvas de instabilidade ou de convecção (devidas à variação da temperatura), as chuvas orográficas (devidas ao relevo).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11:14 – Jr 5. 24 – os 6:3Jl 2:23Tg 5:7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da ‘chuva na ceifa’ para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26:1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12:54).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Chuva V. ESTAÇÃO (Ct 2:11).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Cidade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Cobiçar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Desejar exageradamente: cobiçava o carro do vizinho.
    Ambicionar; ter ambição por algo, especialmente por riqueza, bens, propriedades: sempre cobiçou o emprego do irmão.
    Etimologia (origem da palavra cobiçar). Cobiça + ar.
    Fonte: Priberam

    Coisa

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.
    Fonte: Priberam

    Cometa

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Astro de aspecto nebuloso, cujo brilho, geralmente fraco no momento da descoberta, cresce rapidamente para depois decrescer lentamente até a extinção.
    São raros os cometas visíveis a olho nu. Distinguem-se neles uma cabeça, com um núcleo, às vezes pequeno, envolvido por uma nuvem de gases e vapores, a cabeleira ou coma, e uma cauda muitas vezes extensa. A cauda está em direção contrária ao Sol; segue o cometa que se aproxima, e precede o cometa que se afasta. Em princípio elíptica, a órbita dos cometas pode ser parabólica ou hiperbólica. Os mais célebres cometas periódicos são os de Emeke, de Halley, de Biela e de Brooks.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Vem da segunda parte da expressão grega aster kometes, literalmente "estrela de cabelos longos", termo derivado de komes ("cabelo"; não há relação com koma, que deu o coma da linguagem médica). O nome foi dado pela nuvem luminosa que envolve o núcleo do cometa, que dá a impressão de uma longa cabeleira flutuando ao sabor do vento. Os antigos astrônomos falavam dos cometas como se eles tivessem uma estrutura análoga à de um animal, denominando suas partes de cabeça, cauda e coma (ou cabeleira), terminologia até hoje utilizada em Astronomia.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Como

    Dicionário de Sinônimos
    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
    Fonte: Priberam

    Coração

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Corpo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] O corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento da sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 5

    [...] O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8, it• 10

    [...] os corpos são a individualização do princípio material. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] é a máquina que o coração põe em movimento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 156

    [...] O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele [o Espírito] deixa, quando usada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 3

    [...] invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, it• 10

    [...] o corpo não é somente o resultado do jogo das forças químicas, mas, sim, o produto de uma força organizadora, persistente, que pode modelar a matéria à sua vontade.
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Um caso de desmaterialização parcial do corpo dum médium• Trad• de João Lourenço de Souza• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 5

    Máquina delicada e complexa é o corpo humano; os tecidos que o formam originam-se de combinações químicas muito instáveis, devido aos seus componentes; e nós não ignoramos que as mesmas leis que regem o mundo inorgânico regem os seres organizados. Assim, sabemos que, num organismo vivo, o trabalho mecânico de um músculo pode traduzir-se em equivalente de calor; que a força despendida não é criada pelo ser, e lhe provém de uma fonte exterior, que o provê de alimentos, inclusive o oxigênio; e que o papel do corpo físico consiste em transformar a energia recebida, albergando-a em combinações instáveis que a emanciparão à menor excitação apropriada, isto é, sob ação volitiva, ou pelo jogo de irritantes especiais dos tecidos, ou de ações reflexas.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    O corpo de um animal superior é organismo complexo, formado por um agregado de células diversamente reunidas no qual as condições vitais de cada elemento são respeitadas, mas cujo funcionamento subordina-se ao conjunto. É como se disséssemos – independência individual, mas obediente à vida total.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] o invólucro corporal é construído mediante as leis invariáveis da fecundação, e a hereditariedade individual dos genitores, transmitida pela força vital, opõe-se ao poder plástico da alma. É ainda por força dessa hereditariedade que uma raça não produz seres doutra raça; que de um cão nasça um coelho, por exemplo, e mesmo, para não irmos mais longe, que uma mulher de [...] raça branca possa gerar um negro, um pele-vermelha, e vice-versa. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] é um todo, cujas partes têm um papel definido, mas subordinadas ao lugar que ocupam no plano geral. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 3

    [...] não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    [...] O corpo material é apenas o instrumento ao agente desse corpo de essência espiritual [corpo psíquico]. [...]
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 1

    [...] Nosso corpo é o presente que Deus nos deu para aprendermos enquanto estamos na Terra. Ele é nosso instrumento de trabalho na Terra, por isso devemos cuidar da nossa saúde e segurança física.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] Em o nosso mundo físico, o corpo real, ou duradouro, é um corpo etéreo ou espiritual que, no momento da concepção, entra a cobrir-se de matéria física, cuja vibração é lenta, ou, por outras palavras, se reveste dessa matéria. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 9

    Neste mundo, são duais os nossos corpos: físico um, aquele que vemos e tocamos; etéreo outro, aquele que não podemos perceber com os órgãos físicos. Esses dois corpos se interpenetram, sendo, porém, o etéreo o permanente, o indestrutível [...].
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    [...] O corpo físico é apenas a cobertura protetora do corpo etéreo, durante a sua passagem pela vida terrena. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    Esse corpo não é, aliás, uma massa inerte, um autômato; é um organismo vivo. Ora, a organização dum ser, dum homem, dum animal, duma planta, atesta a existência duma força organizadora, dum espírito na Natureza, dum princípio intelectual que rege os átomos e que não é propriedade deles. Se houvesse somente moléculas materiais desprovidas de direção, o mundo não caminharia, um caos qualquer subsistiria indefinidamente, sem leis matemáticas, e a ordem não regularia o Cosmos.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    [...] O nosso corpo não é mais do que uma corrente de moléculas, regido, organizado pela força imaterial que nos anima. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 2, cap• 12

    [...] complexo de moléculas materiais que se renovam constantemente.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    [...] é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas – orgânicas ou inorgânicas – que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo humano [...] serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações. Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra, cujas condições próprias para as suas necessidades fazem que a pouco e pouco abandone as construções grosseiras e se sutilize [...] serve também de laboratório de experiências, pelas quais os construtores da vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio. Formado por trilhões e trilhões de células de variada constituição, apresenta-se como o mais fantástico equipamento de que o homem tem notícia, graças à perfei ção dos seus múltiplos órgãos e engrenagens [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    [...] Vasilhame sublime, é o corpo humano o depositário das esperanças e o veículo de bênçãos, que não pode ser desconsiderado levianamente.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo é veículo, portanto, das pro-postas psíquicas, porém, por sua vez,muitas necessidades que dizem respei-to à constituição orgânica refletem-se nocampo mental.[...] o corpo é instrumento da aprendi-zagem do Espírito, que o necessita paraaprimorar as virtudes e também paradesenvolver o Cristo interno, que gover-nará soberano a vida quando superar osimpedimentos colocados pelas paixõesdesgastantes e primitivas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cor-po e mente

    O corpo é sublime instrumento elabo-rado pela Divindade para ensejar odesabrolhar da vida que se encontraadormecida no cerne do ser, necessitan-do dos fatores mesológicos no mundoterrestre, de forma que se converta emsantuário rico de bênçãos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto aosofrimento

    [...] Constituído por trilhões de célulasque, por sua vez, são universos minia-turizados [...].[...] Um corpo saudável resulta tambémdo processo respiratório profundo,revitalizador, de nutrição celular.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conquista interna

    Abafadouro das lembranças, é também o corpo o veículo pelo qual o espírito se retempera nos embates santificantes, sofrendo-lhe os impositivos restritivos e nele plasmando as peças valiosas para mais plena manifestação.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] é sempre para o espírito devedor [...] sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de início é que ele constitui mecanismo extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que, por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a vida do organismo.
    Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1

    O corpo carnal é feito de limo, isto é, compõe-se dos elementos sólidos existentes no planeta que o Espírito tem que habitar provisoriamente. Em se achando gasto, desagrega-se, porque é matéria, e o Espírito se despoja dele, como nós nos desfazemos da roupa que se tornou imprestável. A isso é que chamamos morte. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] o corpo físico é mero ponto de apoio da ação espiritual; simples instrumento grosseiro de que se vale o Espírito para exercer sua atividade física. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    [...] O corpo físico nada é senão um instrumento de trabalho; uma vez abandonado pelo Espírito, é matéria que se decompõe e deixa de oferecer condições para abrigar a alma. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 16

    [...] O nosso corpo – além de ser a vestimenta e o instrumento da alma neste plano da Vida, onde somente nos é possível trabalhar mediante a ferramenta pesada dos órgãos e membros de nosso figurino carnal – é templo sagrado e augusto. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O corpo é o escafandro, é a veste, é o gibão que tomamos de empréstimo à Vida para realizarmos o nosso giro pelo mundo das formas. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra [...] é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 17

    [...] o corpo humano é apenas um aparelho delicado, cujas baterias e sistemas condutores de vida são dirigidos pelas forças do perispírito, e este, por sua vez, comandado será pela vontade, isto é, a consciência, a mente.
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    O corpo carnal, ou corpo material terreno, o único a constituir passageira ilusão, pois é mortal e putrescível, uma vez, que se origina de elementos exclusivamente terrenos. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap 8

    [...] [no corpo] distinguimos duas coisas: a matéria animal (osso, carne, sangue, etc.) e um agente invisível que transmite ao espírito as sensações da carne, e está às ordens daquele.
    Referencia: ROCHAS, Albert de• A Levitação• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1980• - Os limites da Física

    [...] Tradicionalmente visto pelas religiões instituídas como fonte do pecado, o corpo nos é apresentado pela Doutrina Espírita como precioso instrumento de realizações, por intermédio do qual nos inscrevemos nos cursos especializados que a vida terrena nos oferece, para galgarmos os degraus evolutivos necessários e atingirmos as culminâncias da evolução espiritual. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Adolescência – tempo de transformações

    O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 34

    O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Museu de cera

    [...] é passageira vestidura de nossa alma que nunca morre. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita depende a perfeita exteriorização das faculdades do espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    [...] O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

    O corpo é um batel cujo timoneiro é o espírito. À maneira que os anos se desdobram, a embarcação cada vez mais entra no mar alto da experiência e o timoneiro adquire, com isto, maior responsabilidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

    [...] o corpo físico na crosta planetária representa uma bênção de Nosso Eterno Pai. Constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante temos nós a felicidade de colaborar. [...] [...] O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como templo do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

    [...] O corpo carnal é também um edifício delicado e complexo. Urge cuidar dos alicerces com serenidade e conhecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

    [...] o corpo do homem é uma usina de forças vivas, cujos movimentos se repetem no tocante ao conjunto, mas que nunca se reproduzem na esfera dos detalhes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 29

    [...] O corpo humano é campo de forças vivas. Milhões de indivíduos celulares aí se agitam, à moda dos homens nas colônias e cidades tumultuosas. [...] esse laboratório corporal, transformável e provisório, é o templo onde poderás adquirir a saúde eterna do Espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

    O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 55

    Fonte: febnet.org.br

    Corta

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ação de cortar; poda.
    Fonte: Priberam

    Cumprido

    Dicionário Comum
    cumprido adj. Realizado, executado.
    Fonte: Priberam

    Cumprir

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Executar; realizar uma determinação ou obrigação previamente estabelecida: cumpriu o aviso prévio.
    verbo pronominal Acontecer; ter existência real: o contrato não se cumpriu.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e pronominal Realizar; efetivar-se de alguma forma: o político não cumpriu as promessas; ele não cumpriu com suas obrigações; o destino se cumpriu.
    verbo transitivo direto e pronominal Preencher; completar o tempo estabelecido para: o presidente cumpriu 4 anos de mandato; cumpriram-se os prazos para a entrega do trabalho.
    verbo intransitivo e transitivo indireto Convir; ser adequado, útil ou necessário: cumpre acabar com a dengue; cumpre aos cidadãos o pagamento dos impostos.
    Etimologia (origem da palavra cumprir). Do latim complere.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    ocorre freqüentes vezes no N.T a frase ‘para se cumprir’, ou ‘para que se cumprisse’ (Mt 2:15-17,23 – 8.17 – 12.17). isto geralmente não quer dizer que aquelas pessoas que tomavam parte no acontecimento soubessem que estavam cumprindo uma profecia. o sentido, na maioria dos casos, deve ser, na realidade, o seguinte: ‘neste acontecimento se verificou o que foi dito pelo profeta…’.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    observar, guardar. – Segundo Bensabat, estes verbos são sinônimos no sentido de fazer ou executar o que está prescrito por uma ordem ou por uma lei ou mesmo por um dever moral. O sentido próprio de observar é ter à vista, prestar atenção a, impor a si mesmo como regra ou como norma. “Se houvéssemos de observar aquela sentença do rei egípcio…” (d. Franc. de Melo). O sentido próprio de guardar é ter sob sua guarda, velar sobre, ter sempre à vista com muito cuidado o objeto para o conservar e defender: “Pouco se poderá acrescentar como novidade guardando-se, como se deve guardar, o preceito crítico que manda julgar os livros pelos princípios.” (Reb. da Silva) O sentido próprio de cumprir é tornar efetivas as prescrições de desempenhar, executar com toda exação e rigor: “Cumprir uma ordem; cumprir a lei”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cumprir
    1) Realizar (Is 44:28); (Mt 3:15); (2Tm 4:5)

    2) Obedecer (Mt 5:19), RC).

    3) Completar; atingir (Mt 5:17-18).

    4) Ser necessá
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Cumprir Levar algo até seu fim e consumação. A vida de Jesus cumpriu as Escrituras na medida em que se ateve às profecias messiânicas do Antigo Testamento (Mt 1:22 etc.). Ele nasceu quando se cumpriu o tempo de Deus para a vinda do Messias (Lc 1:23.57; 2,6.21ss.; Lc 9:51). Foi batizado como cumprimento da justiça de Deus (Mt 3:15). Cumpriu a Lei de Moisés ao lhe dar seu verdadeiro sentido, ao lhe obedecer fielmente e ao declarar consumado seu tempo de aplicação (Mt 5:17). Finalmente, com sua morte, cumpriu sua missão salvífica ao ser executado como sacrifício expiatório em favor da humanidade (Lc 12:50; Jo 19:28-30; Mc 10:45).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Céu

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
    Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
    Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
    Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
    Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
    Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
    Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
    Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
    expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
    Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
    Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
    Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

    [...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

    [...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

    [...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

    O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

    O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

    [...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

    [...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

    Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Céu
    1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


    2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

    2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

    3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

    4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

    m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Da

    Dicionário Comum
    contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
    Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
    Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
    Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
    Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
    Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
    Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
    Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
    Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
    Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
    Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
    Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
    Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
    Fonte: Priberam

    Dali

    Dicionário Comum
    contração De um determinado lugar, momento, ponto, geralmente distante da pessoa que fala, ou anterior no tempo: este livro é dali? Não me recordo de nada dali; saíram dali e foram embora.
    A partir de determinado momento, normalmente acompanhado de locuções de lugar ou de tempo (dali em cima, dali para trás, dali em diante).
    Gramática Combinação da preposição de com o advérbio ali.
    Etimologia (origem da palavra dali). Contração formada por de + ali.
    Fonte: Priberam

    De

    Dicionário Comum
    preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
    Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
    Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
    Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
    Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
    Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
    Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
    Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
    Expressa relação com: não me fale de seu passado.
    Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
    Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
    Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
    Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
    Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
    Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
    Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
    Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
    Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
    Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
    Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
    Expressa relação com: não me fale de seu passado.
    Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
    Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
    Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
    Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.
    Fonte: Priberam

    Debaixo

    Dicionário Comum
    advérbio Que se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo.
    Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo.
    Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa.
    Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo.
    Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.
    Fonte: Priberam

    Deixa

    Dicionário Comum
    deixa s. f. 1. Ato ou efeito de deixar. 2. Legado. 3. Teatro. Última palavra ou últimas palavras de uma fala.
    Fonte: Priberam

    Deixar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Retirar-se para o exterior de algo; sair: deixou o apartamento.
    Não fazer mais parte de algo; demitir-se: deixou o trabalho.
    Cessar o esforço, a dedicação a: deixar as aulas de violão.
    Fazer com que algo seja esquecido; não querer lembrar; esquecer: deixar ideias antigas.
    Abandonar vícios, hábitos, ações ou comportamentos: deixar o tabaco, o álcool.
    Afastar-se; geralmente, após a morte: ela deixou dois filhos.
    Deixar de estar ligado a; soltar: quando há chuvas, algumas pétalas deixam a roseira.
    Deixar de lado; não levar em consideração: deixar os defeitos para analisar as qualidades.
    Dar autorização para; permitir: ele deixou a filha ir ao concerto.
    Fazer com que seja possível; dar possibilidades para; possibilitar: a tempestade não deixou os carros seguirem.
    verbo bitransitivo Não se lembrar de; esquecer: deixou o celular em casa.
    Guardar ou colocar em (certo local): deixe o DVD sobre a cadeira.
    Transportar alguém para; levar: deixou o aluno no shopping.
    Procrastinar; transferir: deixar este trabalho para amanhã.
    Passar a herança adiante: deixou um carro para a filha.
    Optar por outra coisa: deixar o trabalho pela música.
    verbo pronominal Não resistir a: deixou-se destruir pelo vício.
    verbo transitivo direto e pronominal Acabar um relacionamento com; separar-se de: deixou o esposo; embora pareçam infelizes, o casal não se deixa.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Ocasionar algo (sentimentos) em alguém: deixou tristezas quando foi embora.
    verbo transitivo direto predicativo Fazer com que algo ou alguém fique de determinada forma: o cansaço deixou-a indisposta.
    Designar: a avó deixou-a como única herdeira.
    Etimologia (origem da palavra deixar). Do latim laxare.
    Fonte: Priberam

    Dente

    Dicionário Etimológico
    A palavra dente nasceu do verbo latino édere, comer. Dens, como se escreve em latim, refere-se a vários objetos semelhantes aos dentes humanos: dente do arado, do pente ou do garfo.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Cada um dos órgãos duros que guarnecem as maxilas do homem e de outros animais, formados de marfim revestido de esmalte na coroa e que servem para dilacerar e triturar os alimentos.
    Recorte saliente: os dentes de uma serra.
    Dentes de leite, a primeira dentição dos mamíferos.
    Dentes de siso, os quatro últimos molares do homem, que aparecem por volta dos 18 anos.
    Dente por dente, vingança igual à ofensa.
    Falar entre dentes, resmungar.
    Armado até os dentes, estar muito bem armado.
    Mostrar os dentes, ameaçar.
    Dente de coelho, mistério, coisa intricada; negócio escuso, maroteira.
    Fonte: Priberam

    Depois

    Dicionário de Sinônimos
    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.
    Fonte: Priberam

    Depressa

    Dicionário Comum
    depressa adv. 1. Com rapidez, sem demora. 2. Em pouco tempo.
    Fonte: Priberam

    Desquite

    Dicionário de Sinônimos
    divórcio, repúdio. – Segundo S. Luiz, divórcio “exprime separação; repúdio exprime rejeição, repulsa, ação de lançar de si, de despedir, ou antes – de repelir da sua companhia. Ambos são termos de jurisprudência. – Divórcio é a separação dos casados, a dissolução do vínculo matrimonial. – Repúdio é o ato do casado, ou esposado, que enjeita, ou rejeita a mulher ou esposa, e a lança de si, e de sua casa e família. O divórcio parece supor a mútua incompatibilidade dos casados, e mostra que a livre-vontade, que os uniu, se acha reciprocamente mudada. O repúdio supõe império de uma parte, e dependência da outra; estabelece uma grande desigualdade entre as pessoas, e sujeitaria uma delas ao arbítrio caprichoso da outra, se as leis dos povos, em que este mal foi, ou é tolerado, lhe não prescrevessem certos limites. Nos países católicos não é permitido nem o divórcio, nem o repúdio; mas usamos do primeiro vocábulo quando os casados se separam quanto à coabitação e à administração de bens, em virtude de uma sentença, dada por juiz competente; e podemos usar do segundo, quando o marido lança a mulher de sua casa, e recusa conviver com ela, talvez sem legítima causa, e sem esperar a decisão da autoridade pública, a quem isso compete”. – Quando a separação legal não importa para os cônjuges separados a liberdade de contrair novas núpcias, tem o nome de desquite, que é a única forma de separação nos países onde não há o que se chama propriamente divórcio, isto é –, dissolução, para todos os efeitos, do vínculo conjugal. O divórcio dá o casamento como não existente; o desquite não extingue, pelo menos, o laço moral entre os esposos, mas apenas certas relações jurídicas que decorreriam da união e que cessam com o desquite. O repúdio não tem consequências legais contra os direitos do cônjuge repudiado.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Divórcio; ação jurídica através da qual uma sociedade conjugal é dissolvida, através da separação dos cônjuges, de seus pertences e bens.
    Ação ou efeito de desquitar ou de se desquitar.
    Desquite amigável. Separação que resulta de um acordo entre os cônjuges, manifestado perante o juiz e devidamente homologado.
    Desquite litigioso ou desquite judicial. Separação decretada pelo juiz em sentença proferida por processo litigioso.
    Etimologia (origem da palavra desquite). Forma regressiva de desquitar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Desquite Separação do casal e dos seus bens, sem quebra do laço conjugal (Mt 5:31, RC; RA, divórcio).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Destruir

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Causar destruição; arruinar, demolir (qualquer construção): destruiu o prédio.
    Fazer desaparecer; extinguir, exterminar, matar: destruir os insetos nocivos.
    verbo transitivo direto e intransitivo Provocar consequências negativas, grandes prejuízos; arrasar: destruiu o país inteiro na guerra; a mentira destrói.
    verbo transitivo indireto [Popular] Sair-se bem em; arrasar: destruir com as inimigas.
    verbo transitivo direto e pronominal Derrotar inimigos ou adversários; desbaratar: destruir as tropas inimigas; o exército se destruiu rapidamente com o ataque.
    Etimologia (origem da palavra destruir). Do latim destrure, “causar destruição”.
    Fonte: Priberam

    Deus

    Dicionário Bíblico

    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?
    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Etimológico
    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Diante

    Dicionário Comum
    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.
    Fonte: Priberam

    Direita

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Reunião dos parlamentares, dos políticos ou das organizações políticas que se pautam ou seguem preceitos tradicionais e conversadores.
    Por Extensão Corrente política que se opõe à esquerda, aos comunistas ou socialistas.
    [Política] Parlamentares que, numa assembléia, estão opostos à esquerda.
    Destra; a mão direita; a mão contrária à esquerda: escreve com a direita.
    O lado oposto ao esquerdo; o lado direito: andava sempre pela direita.
    Futebol. A perna direita: chutava com a direita.
    Etimologia (origem da palavra direita). Feminino de direito; do latim directus.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    grego: destra, gazeta
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Direita O lado mais nobre do ser humano (Mt 5:29ss. e 39). O lugar mais favorável — por oposição à esquerda (Mt 25:33) — ocupado pelos redimidos em relação ao messias, e pelo Filho do homem em relação a Deus (Mt 22:44; 26,64; Mc 16:19).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Direito

    Dicionário Etimológico
    Provém do verbo dirígere, que por sua vez, acrescido do prefixo intensificador dis, provém de régere (reger), cujo parentesco com rex (rei) é evidente. O direito, no passado, era muitas vezes definido pelo soberano, pelo rei, que criava e aplicava as leis.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário de Sinônimos
    jurisprudência. – Segundo Bourg. e Berg. – “estas duas palavras significam, guardando umas tantas diferenças, a ciência das leis. – Direito (do latim directus ‘dirigido, direto’) é absoluto e geral; é a ciência das leis consideradas em sua essência, em suas relações com a moral e o direito natural, e relativamente ao fundo: o direito das gentes é o conjunto das leis que regulam as relações dos povos entre si; o direito romano é o conjunto das leis romanas, a concepção que os romanos tiveram do direito natural aplicado às relações sociais; o direito privado, o direito público formam igualmente um conjunto que dá a esta expressão sua significação geral. – Jurisprudência (do latim jus, juris ‘direito’, e prudentia ‘ciência’) é um termo relativo e particular, tendo relação com a forma, com as regras do direito, com os detalhes, com os usos, e com a aplicação da lei em tal ou tal caso, em tal ou tal país: a jurisprudência romana não é somente o conhecimento das leis romanas, mas também o da interpretação que faziam delas os tribunais e os jurisconsultos romanos. É no mesmo sentido que se diz: a jurisprudência de tal autor, de tal comentador, de tal legista; a jurisprudência da Corte de Apelação; a jurisprudência do Supremo Tribunal – isto é – a tradição seguida por esses tribunais na interpretação e aplicação da lei. – A jurisprudência pode, pois, variar, pois que ela depende das opiniões humanas; o direito, que deriva da moral, tem regras absolutas e imutáveis”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário de Sinônimos
    justiça. – A ideia comum a estes dois vocábulos, na acepção em que neste grupo são tomados, é – diz Laf. – a de significar a maneira – direita, justa – de proceder para com outrem. – Direito (de directum, rectum, regere “reger”, e daí regra “o que serve 366 Rocha Pombo para guiar, para fazer ir direito”) significa uma coisa. – Justiça é um termo abstrato, usado só no singular, e que exprime propriamente uma qualidade. – O direito é, pois, uma coisa, e a justiça uma qualidade – a qualidade dessa coisa. “Haverá um direito que se funde verdadeiramente na natureza e do qual se possa demonstrar a justiça por princípios tirados do conhecimento do homem?” (D’Ag.). – Das mesmas palavras diz o nosso Roq.: “O direito é o objeto da justiça, isto é, o que pertence a cada um. A justiça é a conformidade das ações com o direito; isto é, dar e conservar a cada um sua propriedade. – O direito é ditado pela natureza, ou estabelecido pela autoridade divina ou humana; pode variar algumas vezes segundo as circunstâncias. A justiça é a regra (o princípio) que é necessário seguir: não varia nunca”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Reunião das regras e das leis que mantêm ou regulam a vida em sociedade.
    [Jurídico] Ciência que estuda essas normas, leis e regras, em seu aspecto geral ou particular: direito civil; direito penal.
    [Jurídico] Reunião dessas leis e normas que vigoram num país.
    Aquilo que é garantido ao indivíduo por razão da lei ou dos hábitos sociais: direito de frequentar qualquer escola.
    Permissão legal: direito de pesca.
    Prerrogativa legal para impor ou para obedecer uma medida a alguém.
    Que expressa justiça; correto.
    adjetivo Que respeita as leis, as normas e os bons costumes; honesto.
    Segundo as regras morais e éticas: não é direito maltratar os cães.
    Cuja conduta não se pode censurar; irrepreensível.
    Que demonstra lealdade, honestidade e sinceridade; sincero.
    Que não em erros nem falhas; certo: seu cálculo está direito.
    De bom aspecto; adequado: meu vestido está direito?
    Reto ou vertical: caminho direito; levante-se e fique direito.
    Parte do corpo humano oposta ao coração: rim direito.
    Que se localiza no lado oposto ao esquerdo: apartamento 2º direito.
    Que utiliza o lado do corpo oposto ao coração; destro.
    advérbio De maneira honesta: vivia direito.
    De modo educado e atencioso: fale direito aos professores.
    De modo direto; sem obstáculos: saiu direito para o trabalho.
    Etimologia (origem da palavra direito). Do latim directus.
    Fonte: Priberam

    Discípulos

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).

    Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13 Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).

    Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).

    Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).

    E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dito

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Dito
    1) Palavra (Nu 24:4)

    2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
    substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
    Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.
    Fonte: Priberam

    Duas

    Dicionário Comum
    numeral Uma mais outra (2); o número que vem imediatamente após o 1 (na sua forma feminina): lá em casa somos três, eu e minhas duas irmãs.
    Gramática Feminino de dois, usado à frente de um substantivo que pode ser contado.
    Etimologia (origem da palavra duas). Feminino de dois; do latim duas.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    fazer justiça
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “juiz” ou “julgamento”). O mais velho dos dois filhos que Jacó teve com Bila, serva de Raquel (Gn 30:5-6). De acordo com o relato sobre seu nascimento, Raquel comemorou o evento declarando: “Julgou-me Deus” (Heb. danannî); “por isso lhe chamou Dã”. O nome expressou assim uma situação particular na vida de Raquel e mais tarde também serviu de testemunho do favor de Deus quanto a sua esterilidade.

    Dã não é mais citado individualmente, mas a tribo que recebeu seu nome é mencionada com frequencia, a maioria das vezes de forma negativa. Quando os danitas não conseguiram ocupar a terra que receberam na partilha de Canaã, viajaram bem para o norte, derrotaram e expulsaram a população de Laís e se fixaram ali (próximos da moderna cidade de Tell Dã), onde estabeleceram um culto idólatra (Jz 18). Dã, juntamente com Betel, foi mais tarde escolhida pelo rei Jeroboão como sede de seu novo centro de adoração, para que o povo não subisse a Jerusalém (1Rs 12:29). Talvez por esse motivo não seja mencionada no livro de Apocalipse, na distribuição das terras entre as tribos, no final dos tempos (Ap 7:5-8).

    Ao abençoar os filhos no leito de morte, Jacó disse: “Dã julgará o seu povo”. Falou também que “Dã será serpente junto ao caminho” (Gn 49:16-17). Moisés, ao proferir sua bênção sobre os israelitas, não foi muito generoso, ao referir-se a Dã como um “leãozinho; saltará de Basã” (Dt 33:22).

    E.M.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    [Juiz] -

    1) Um dos filhos de Jacó (Gn 30:6)

    2) A TRIBO de Dã e o seu território (Nu 1:39). 3 Uma cidade no extremo Norte da terra de Israel (Jz 20:1).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    E

    Dicionário Comum
    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
    Fonte: Priberam

    Encolerizar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e pronominal Provocar cólera; sentir ira ou zanga; causar irritação; irritar-se: sua prepotência encolerizou o chefe; encolerizou-se com a derrota.
    Etimologia (origem da palavra encolerizar). En + cólera + izar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Encolerizar ENFURECER (Mt 5:22, RC).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Enquanto

    Dicionário Comum
    conjunção Sempre que; quando: escuta música, enquanto estuda.
    À medida que; à proporção que; ao passo que: fatigava-se, enquanto ouvia.
    De certa maneira; como: enquanto ser humano, não deveria roubar.
    Etimologia (origem da palavra enquanto). Da preposição em + quanto.
    Fonte: Priberam

    Ensinar

    Dicionário da FEB
    [...] É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e bitransitivo Transmitir conhecimento sobre alguma coisa a alguém; lecionar: ensinar inglês a brasileiros.
    Por Extensão Dar instruções sobre alguma coisa a alguém; instruir: o pintor deve ensinar sua técnica aos estudantes.
    verbo bitransitivo Indicar de maneira precisa; em que há precisão; orientar: ensinou-lhe o caminho a seguir.
    verbo transitivo direto Dar treinamento a (animal); adestrar: ensinar um cavalo.
    verbo intransitivo Ministrar aulas: vivia para ensinar.
    Etimologia (origem da palavra ensinar). Do latim insignare.
    Fonte: Priberam

    Entregue

    Dicionário Comum
    adjetivo Entregado; que se conseguiu entregar a alguém; cuja posse foi confiada a outra pessoa: os produtos foram entregues na loja.
    Que se encontra completamente absolvido por algo: entregue ao álcool.
    Absorto; que se volta para si próprio: entregue aos pensamentos.
    Por Extensão Cansado; que está exausto ou enfraquecido: entregue ao cansaço.
    Possuidor; que conserva a posse de: estava entregue de seu documento.
    Gramática Particípio irregular do verbo entregar.
    Etimologia (origem da palavra entregue). Forma regressiva de entregar.
    Fonte: Priberam

    Escabelo

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Escabelo Banquinho para os pés (Sl 99:5).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    escabelo (ê), s. .M 1. Banco pequeno. 2. Pequeno estrado para descansar os pés.
    Fonte: Priberam

    Escandalizar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Chocar; ser a razão de um escândalo; originar indignação; transgredir os hábitos e bons costumes; opor-se à moral vigente: a corrupção escandaliza o Brasil; escandalizou o público com seu filme; foi à festa para escandalizar.
    verbo transitivo direto e pronominal Ofender-se; sentir-se magoado, ofendido; fazer com que alguém se sinta ofendido, humilhado: os palavrões escandalizaram o professor; escandalizou-se com as ofensas dos alunos.
    verbo transitivo direto Fazer com que algo se torne mais intenso, grave: o frio escandalizou seus machucados.
    Etimologia (origem da palavra escandalizar). Do latim scandalizare.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Escandalizar Ofender; revoltar (Mc 4:17).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Esconder

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e pronominal Pôr (algo, alguém ou si mesmo) em certo local onde não se consegue encontrar; ocultar-se: escondeu o presente que havia ganhado; escondeu-se no quarto.
    Não demonstrar; permanecer em segredo: escondia suas reais intenções.
    Deixar oculto; fazer com que não se perceba: cantava para esconder sua tristeza.
    verbo bitransitivo Evitar que outra pessoa tome conhecimento sobre (algo ou alguém): escondeu o refém (do policial) em sua casa.
    Etimologia (origem da palavra esconder). Do latim obscondere.
    Fonte: Priberam

    Escribas

    Dicionário da FEB
    Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores. Daí o envolvê-los Jesus na reprovação que lançava aos fariseus.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    No sentido antigo, [os escribas] eram os copistas mestres das Escrituras. No sentido moderno, escrivães públicos, notários. Também assim se denominam os judeus letrados. Fig.: Escritor medíocre, de falsos méritos.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•

    Por escriba designava Jesus o homem mais esclarecido do que as massas e encarregado de espalhar no meio delas as luzes contidas no tesouro da sua erudição e da sua inteligência.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Escribas Com essa palavra designou-se, inicialmente, o trabalho relacionado com a capacidade de ler ou escrever. Devido ao grau de analfabetismo da sociedade antiga, não é de estranhar que constituíram um grupo específico, embora não se possa afirmar que, pelo menos no começo, tivessem uma visão tão delimitada como a dos fariseus ou dos saduceus. Sua estratificação era bastante variada, vindo desde os altos funcionários até aos escribas de aldeias. Evidentemente havia escribas na maioria dos diferentes grupos religiosos judeus.

    Os intérpretes da Lei entre os fariseus com certeza foram escribas; os essênios contaram com escribas, e o mesmo se pode dizer em relação ao serviço do Templo ou da corte. Nas fontes judaicas, os escribas aparecem geralmente relacionados à Torá. Assim, no livro que leva seu nome, Esdras é apontado exatamente como escriba (Ed 7:6). Na literatura rabínica, aparecem ainda como copistas ou como especialistas em questões legais.

    Flávio Josefo fala-nos tanto de um corpo de escribas do Templo, praticamernte equivalente a um funcionário (Ant. 11,5,1; 12,3,3), como de um escriba que pertencia à alta classe (Guerra 5:13,1). O retrato contido nos evangelhos é coerente com essas fontes e reflete a mesma diversidade.

    Algumas vezes, os escribas estão ligados ao serviço do Templo (como nos informa Josefo); em outras, aparecem como intérpretes da Lei (como nas fontes rabínicas). Nem Jesus nem os apóstolos parecem ter recebido formação como escribas (Jo 7:15; At 4:13). Em geral, Jesus opôs-se aos escribas pelo seu desejo de honrarias e por praticarem uma exegese que abandonava o mais importante da Lei de Deus para perder-se em discussões legalistas (Mt 23:1-22:29-36; Lc 11:45-52; 20,46ss.). No geral, pelo menos conhecemos um caso em que a opinião de um escriba coincidiu com a de Jesus: em relação aos mandamentos que eram os mais importantes (Mc 12:28-34). Algumas passagens parecem indicar ainda a presença de algum escriba entre os discípulos (Mt

    13 52:23-34).

    A. J. Saldarini, Pharisees, Scribes and Sadduccees in Palestinian Society: A. Sociological Approach, Wilmington 1988; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Espírito

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Espírito Ver Alma.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

    O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

    [...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

    [...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O princípio inteligente do Universo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

    [...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

    [...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

    [...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

    Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

    Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

    Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

    Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    [...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

    [...] é o modelador, o artífice do corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

    O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
    Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

    [...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

    [...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

    O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

    Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
    Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

    Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

    O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

    [...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

    O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

    [...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

    [...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

    [...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

    [...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

    O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    [...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] a essência da vida é o espírito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

    O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

    [...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

    Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

    [...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

    Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Espírito
    1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


    2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


    3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


    4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
    v. ANJO).


    5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


    6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quem é quem na Bíblia?

    Veja Espírito Santo.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
    Substância incorpórea e inteligente.
    Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
    Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
    Pessoa dotada de inteligência superior.
    Essência, ideia predominante.
    Sentido, significação.
    Inteligência.
    Humor, graça, engenho: homem de espírito.
    Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

    O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.

    Fonte: Dicionário Adventista

    Exceder

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Apresentar superioridade em relação a outra coisa; ter um valor (peso, comprimento, dimensão etc) maior: tinha uma inteligência que excedia os outros colegas; o volume da carga excedeu ao valor estabelecido.
    verbo bitransitivo e pronominal Ser mais belo, talentoso, corajoso que; ser maior que; ter mais força, tamanho ou capacidade: ninguém excedia o professor em conhecimento; excedeu-se a si próprio.
    verbo pronominal Ir além do considerado normal: excedeu-se nos vícios.
    Ficar repleto de raiva: argumentava tranquilamente, mas no final se excedeu.
    Fazer ficar cansado; cansar-se: excedeu-se muito nos estudos e ficou doente.
    Ficar melhor; aprimorar-se: o cantor excedeu-se em seu último álbum.
    Etimologia (origem da palavra exceder). Do latim excedere.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    A palavra exceder vem do latim excedere, que significa passar dos limites.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    Ultrapassar em valor, peso, extensão, tamanho.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Exceder Ser superior (Mt 5:20).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Face

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Junção das partes laterais que compõe o rosto; rosto, semblante.
    Cada parte lateral da cara; a maçã do rosto.
    Por Extensão Cada um dos lados de um objeto, coisa ou sólido geométrico: face de uma moeda, de um diamante, de um tecido.
    Aparência exterior de algo ou de alguém; aspecto.
    O que está no exterior de; superfície: face da terra.
    Âmbito específico que está sendo discutido: face da questão.
    [Zoologia] Parte da frente da cara de um animal.
    [Geometria] Superfície de aspecto plano que limita um poliedro (sólido composto por polígonos planos, com 4 ou mais lados).
    expressão Figurado Fazer face a. Prover, suprir: fiz face às despesas; enfrentar, resistir: fiz face ao invasor.
    locução adverbial Face a face. Defronte, frente a frente: ficou face a face com o adversário.
    locução prepositiva Em face de. Em virtude de; diante de: em face dos últimos acontecimentos, o evento será cancelado.
    Etimologia (origem da palavra face). Do latim facies.es.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Face
    1) Rosto (Lm 3:30); (Mt 5:39)

    2) Presença (2Ts 1:9). 3 A própria pessoa (Dt 1:17); (Sl 44:24); (Mt 11:10).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Falar

    Dicionário Comum
    verbo regência múltipla Expressar-se através das palavras; dizer: falou mentiras; falou mentiras aos pais; quase nunca falava; não se falavam.
    Dizer a verdade; revelar: o réu se recusava a falar ao juri.
    Exercer influência: a honra deve falar mais alto que o interesse.
    Iniciar um assunto; contar alguma coisa: falavam sobre o filme.
    Figurado Ser expressivo ou compreensível; demonstrar: as ações falam sozinhas; olhos que falam.
    Expressar-se numa outra língua: fala espanhol com perfeição.
    verbo transitivo indireto Falar mal de; criticar: fala sempre da vizinha.
    verbo pronominal Permanecer em contato com alguém: os pais não se falam.
    substantivo masculino Ato de se expressar, de conversar: não ouço o falar do professor.
    [Linguística] Variante de uma língua que depende de sua região; dialeto: o falar mineiro.
    Etimologia (origem da palavra falar). Do latim fabulare.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Vem do Latim fabulare, que vem de fabula, que quer dizer "rumor, diz-que-diz, conversa familiar, lenda, mito, conto". Atualmente, se usa em Psiquiatria o termo fabulação, significando uma grande produção de palavras com pouco conteúdo. É um sintoma mais comum do que se pensa.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Fariseus

    Quem é quem na Bíblia?

    Uma das três seitas judaicas descritas por Josefo, historiador judeu do século I (as outras duas são os saduceus e os essênios). Provavelmente não mais do que 5 a 10% de todos os judeus pertenciam a esse grupo, o qual era uma mistura de partido político e facção religiosa. É provável que o nome signifique “separatistas” e fosse aplicado a um movimento que cresceu no tempo dos Macabeus, composto de líderes religiosos e estudantes da Lei que tentavam criar uma “cerca” em torno da Torá — um bem elaborado sistema de legislação oral e de interpretações que capacitaria os judeus fiéis a obedecer e aplicar os mandamentos de Deus em todas as áreas da vida. Originalmente reformadores piedosos, eram bem respeitados pelos judeus comuns, menos piedosos, apesar de às vezes os fariseus os criticarem por não serem suficientemente escrupulosos em guardar a Lei. Diferentemente dos saduceus, eles observavam Roma como um governo ilegítimo e opressor que impedia Israel de receber as bênçãos divinamente ordenadas de paz e liberdade na Terra. De maneira alguma eram todos hipócritas, como os cristãos geralmente supõem erroneamente. A tradição talmúdica descrevia sete categorias de fariseus, relacionadas de acordo com a motivação para o comportamento, e somente um grupo dos sete tinha fama de agir sem escrúpulo.

    No evangelho de Marcos, alguns fariseus perguntaram a Jesus por que Ele comia com cobradores de impostos e pecadores (Mc 2:16). Alegaram que jejuavam e os discípulos de Cristo não faziam isso (2:18), acusaram Jesus de não respeitar o sábado (2:24), começaram a tramar a morte dele (3:6), questionaram por que Ele não seguia as tradições do ritual da purificação (7:1,3,5) e exigiram um sinal sobrenatural que autenticasse seu ministério (8:11). Os ensinos deles foram comparados a uma força maligna e insidiosa (8:15); prepararam uma armadilha para Jesus, quando pediram sua opinião sobre o divórcio (10:
    2) e os impostos (12:13).

    Mateus repete todas essas referências, mas reforça a animosidade, pois acrescenta vários outros eventos e mantém sua posição de antagonismo para com os líderes judaicos. Os fariseus que estavam presentes questionaram o ministério e o batismo de João Batista (Mt 3:7). Jesus declarou que a justiça de seus discípulos precisava exceder a dos fariseus (5:20). Eles o acusaram de que só expulsava os espíritos imundos pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios (9:34; 12:
    24) e identificaram-se com os lavradores ímpios da parábola (21:45). Um deles, doutor da lei, questionou Jesus sobre qual era o maior mandamento (22:34,35). Cristo os acusou de toda sorte de hipocrisia, em seu mais longo discurso de acusação nos evangelhos (Mt 23), e eles solicitaram a Pilatos que lhes desse autorização para colocar guardas no túmulo de Jesus (27:52).

    Lucas difere de Mateus e Marcos em várias passagens. Algumas de suas referências aos fariseus são também negativas. Contrapuseram-se à afirmação de Jesus de ter poder para perdoar pecados (Lc 5:21); “rejeitaram o conselho de Deus” (7:30), murmuraram por causa da associação de Cristo com os impenitentes (15:2), rejeitaram o ensino de Jesus sobre a mordomia porque “eram avarentos” (16:
    14) e disseram a Cristo que repreendesse seus seguidores, quando o aclamaram rei (19:39). A parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano chocou a audiência, porque o popular líder judeu não foi justificado e sim o notório empregado do governo imperialista romano (18:10-14). Por outro lado, Lucas foi o único evangelista que incluiu numerosos textos que retratam os fariseus de forma mais positiva, muitas vezes no contexto da comunhão com Jesus. Simão convidou Cristo para jantar em sua casa, mas foi Jesus quem usou a ocasião para criticar sua hospitalidade (7:36-50). Lucas 11:37-53 e 14:1-24 descrevem duas festas semelhantes nas quais os fariseus agiram em favor de Cristo, o qual os criticou por algum aspecto comportamental. Em Lucas 13:31 advertiram Jesus contra a fúria do rei Herodes e pareceram genuinamente preocupados com seu bem-estar. Em Lucas 17:20-21, os fariseus perguntaram sobre o advento do reino de Deus e criaram uma oportunidade para que Jesus declarasse que o reino já estava entre eles, em sua própria pessoa e ministério.

    João assemelha-se mais a Mateus, pois retrata os fariseus como extremamente hostis a Jesus. Ele enviaram os guardas do Templo numa tentativa fracassada de prendê-lo (Jo 7:32-46). Alegaram que o testemunho de Cristo não tinha validade, pois falava a seu próprio favor (8:13). Investigaram a cura de um cego, rejeitando as declarações dele sobre Jesus e revelando no processo a sua própria cegueira espiritual (9:13-41). Formaram um concílio no qual decidiram prender Cristo e tentar matá-lo em segredo (11:45-57); lamentaram o fato de “todo o mundo” ir após Jesus, quando o Filho de Deus entrou triunfalmente em Jerusalém (12:
    19) e fizeram parte do grupo que foi ao Jardim Getsêmani para prendê-lo (18:3). O medo em relação aos fariseus impediu alguns judeus que creram em Jesus de confessar isso publicamente (12:42). Por outro lado, pelo menos um dos mais proeminentes deles apareceu sob uma perspectiva mais positiva — Nicodemos (3:1), que, apesar de inicialmente não entender a afirmação de Cristo sobre o novo nascimento (vv. 3,4), tempos depois levantou-se em defesa de Jesus (7:50,51) e ajudou José de Arimatéia a sepultar Cristo (19:39). Há também outros textos mais brandos que envolvem os fariseus, como a discussão sobre a identidade do Batista (1:
    24) e o registro de que Jesus batizava mais pessoas do que João (4:1).

    Como no evangelho de Lucas, o livro de Atos alterna referências positivas e negativas. Um importante membro da suprema corte judaica, Gamaliel, saiu em defesa dos apóstolos. Alguns fariseus tornaram-se cristãos, mas erroneamente pensavam que os novos convertidos entre os gentios eram obrigados a obedecer à Lei mosaica (At 15:5). Em sua audiência diante do Sinédrio, Paulo causou uma divisão entre seus membros; alinhou-se com os fariseus contra os saduceus, ao alegar que era julgado porque cria na ressurreição. Novamente em Atos 26:5, quando se defendia diante do rei Agripa, o apóstolo referiu-se ao seu passado como membro da seita dos fariseus. Filipenses 3:5 registra esse mesmo testemunho, mas nos dois contextos Paulo também deixou claro que, como cristão, muitas de suas convicções fundamentais mudaram. C.B.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da FEB
    Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). – A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tornadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade, detestando-se umas às outras, como sói acontecer. [...] Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Fariseus eram os seguidores de uma das mais influentes seitas do Judaísmo. Demonstravam grande zelo pelas suas tradições teológicas, cumpriam meticulosamente as práticas exteriores do culto e das cerimônias estatuídas pelo rabinismo, dando, assim, a impressão de serem muito devotos e fiéis observadores dos princípios religiosos que defendiam. Na realidade, porém, sob esse simulacro de virtudes, ocultavam costumes dissolutos, mesquinhez, secura de coração e sobretudo muito orgulho.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola do fariseu e do publicano

    [...] indivíduos que, conquanto pertençam a esta ou àquela igreja, não pautam seus atos pela doutrina que dizem esposar, só guardam a aparência de virtuosos e, nessas condições, não podem exercer nenhuma influência benéfica naqueles que os rodeiam.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Vós sois o sal da terra

    Uma das principais seitas dos judeus; membros de uma seita judaica que ostentava, hipocritamente, grande santidade. Fig.: Fariseu: hipócrita, fingido, falso.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•

    Pelas palavras fariseus e saduceus – neles empregadas, os apóstolos designavam, de um modo geral, os incrédulos. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Fariseu ainda é todo homem presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso privilegiado das forças divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 54

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Fariseus Uma das principais seitas no judaísmo do Segundo Templo. Os dados de que dispomos acerca dos fariseus chegaram-nos, principalmente, a partir dos documentos de Qumrán, de Josefo, do Novo Testamento e dos escritos rabínicos. Os escritos de Qumrán evidenciam clara animosidade contra os fariseus, a quem qualificam de “falsos mestres”, “que caminham cegamente para a ruína” e “cujas obras não são mais do que engano” (Livro dos Hinos 4:6-8), o que recorda bastante a acusação de Jesus de serem “cegos e guias de cegos” (Mt 23:24). Quanto à acusação de Jesus de não entrarem nem deixarem entrar no conhecimento de Deus (Lc 11:52), é menos dura do que a de Pesher de Na 2:7-10, que deles diz: “cerram a fonte do verdadeiro conhecimento aos que têm sede e lhes dão vinagre para aplacar sua sede”.

    Ponto de vista diferente é o de Flávio Josefo. Este se encontrava ligado aos fariseus e tinha mesmo um especial interesse em que os ocupantes romanos os aceitassem como coluna vertebral do povo judeu após a destruição do Templo em 70 d.C. Não nos estranha, portanto, que o retrato que nos apresenta seja muito favorável (Guerra 2:8,14; Ant. 13 5:9; Ant. 18,1,3). Contudo, as referências aos fariseus contidas nas obras de Josefo são contraditórias entre si em alguns aspectos. Assim, a descrição das Antigüidades (escrituras c. 94 d.C.) contém um matiz político e apologético que não aparece na Guerra (c. 75 d.C.). Em Ant. 18,1,2-3, Josefo apresenta-os dotados de grande poder (algo bem tentador, evidentemente, para o invasor romano), embora seja mais do que duvidoso que sua popularidade entre o povo fosse tão grande. O relato da influência dos fariseus sobre a rainha Alexandra (Ant. 13 5:5) ou sobre o rei Herodes (Ant. 17,2,4) parece ter sido concebido apenas para mostrar o benefício de ter os fariseus como aliados políticos para um governante que desejasse controlar a Judéia. Nesta mesma obra, Josefo retrocede a influência dos fariseus ao reinado de João Hircano (134-104 a.C.). Na autobiografia de Josefo, intitulada Vida, escrita em torno de 100 d.C., encontra-se a mesma apresentação dos fariseus, mas com algumas referências muito importantes sobre eles. Assim, sabemos que acreditavam na liberdade humana; na imortalidade da alma; em um castigo e uma recompensa eternos; na ressurreição; na obrigação de obedecer à sua tradição interpretativa. Sustentavam, além disso, a crença comum no Deus único e em sua Lei; a aceitação do sistema de sacrifícios sagrados do Templo (que já não era comum a todas as seitas) e a crença na vinda do messias (que tampouco era sustentada por todos). Estavam dispostos, além do mais, a obter influência política na vida de Israel.

    O Novo Testamento oferece uma descrição dos fariseus diferente da apresentada por Josefo e nada favorável a eles. Especialmente o evangelho de Mateus apresenta uma forte animosidade contra eles. Se realmente seu autor foi o antigo publicano chamado Levi ou Mateus, ou se foram utilizadas tradições recolhidas por ele mesmo, explica-se essa oposição, recordando o desprezo que ele sofreu durante anos da parte daqueles “que se consideravam justos”. Jesus reconheceu (Mt 23:2-3) que os fariseus ensinavam a Lei de Moisés e que era certo muito do que diziam. Mas também repudiou profundamente muito de sua interpretação específica da Lei de Moisés ou Halaká: a referente ao cumprimento do sábado (Mt 12:2; Mc 2:27), as abluções das mãos antes das refeições (Lc 11:37ss.), suas normas alimentares (Mc 7:1ss.) e, em geral, todas aquelas tradições interpretativas que se centralizavam no ritualismo, em detrimento do que Jesus considerava o essencial da lei divina (Mt 23:23-24). Para Jesus, era intolerável que tivessem “substituído os mandamentos de Deus por ensinamentos dos homens (Mt 15:9; Mc 7:7).

    Jesus via, portanto, a especial religiosidade farisaica não como uma ajuda para chegar a Deus, mas como uma barreira para conhecê-lo (Lc 18:9-14) e até como motivo de “uma condenação mais severa” (Mc 12:40). O retrato que os evangelhos oferecem dos fariseus é confirmado, em bom número de casos, por testemunhos das fontes rabínicas e é semelhante, em aspecto doutrinal, ao que encontramos em Josefo. Embora emitidos por perspectivas bastante diversas, os dados coincidem. E, em que pese tudo o que já foi mencionado, foi com os fariseus que Jesus e seus discípulos mais semelhanças apresentaram. Como eles, acreditavam na imortalidade da alma (Mt 10:28; Lc 16:21b-24), num inferno para castigo dos maus (Mt 18:8; 25,30; Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24 etc.) e na ressurreição (Lc 20:27-40); e esta última circunstância, em certa ocasião, salvou um seguidor de Jesus dos ataques dos saduceus (At 23:1-11).

    As tradições rabínicas a respeito dos fariseus se revestem de especial importância porque foram estes os predecessores dos rabinos. Acham-se recolhidas na Misná (concluída por volta de 200 d.C., embora seus materiais sejam muito anteriores), na Tosefta (escrita cerca de 250 d.C.) e nos do Talmudim, o palestino (escrito entre 400-450 d.C.) e o babilônico (escrito entre 500-600 d. C.). Dada a considerável distância de tempo entre estes materiais e o período de tempo abordado, devem ser examinados criticamente. J. Neusner ressaltou a existência de 371 tradições distintas, contidas em 655 passagens, relacionadas com os fariseus anteriores a 70 d.C. Das 371, umas 280 estão relacionadas com um fariseu chamado Hillel (séc. I a.C.). A escola a ele vinculada, e oposta à de Shamai, converter-se-ia na corrente dominante do farisaísmo (e do judaísmo) nos finais do séc. I d.C.

    As fontes rabínicas coincidem substancialmente com o Novo Testamento e com Josefo (não tanto com Qumrán), embora nos proporcionem mais dados quanto aos personagens-chave do movimento.

    Também nos transmitiram críticas dirigidas aos fariseus semelhantes às pronunciadas por Jesus. O Talmude (Sota 22b; TJ Berajot
    - 14b) fala de sete classes de fariseus das quais somente duas eram boas, enquanto as outras cinco eram constituídas por hipócritas. Entre estes, estavam os fariseus que “colocavam os mandamentos nas costas” (TJ Bejarot 14b), o que recorda a acusação de Jesus de que amarravam cargas nas costas das pessoas, mas nem com um dedo eles queriam tocá-las (Mt 23:4). Das 655 passagens ou perícopes estudadas por Neusner, a maior parte refere-se a dízimos, ofertas e questões parecidas e, depois, a preceitos de pureza ritual. Os fariseus concluíram que a mesa das refeições era um altar e que as normas de pureza sacerdotal, somente obrigatórias aos sacerdotes, deviam estender-se a todo o povo. Para eles, essa medida era uma forma de estender a espiritualidade mais refinada a toda a população de Israel, fazendo-a viver em santidade diante de Deus; para Jesus, era acentuar a exterioridade, esquecendo o mais importante: a humildade, o reconhecimento dos pecados e a própria incapacidade de salvação, o arrependimento, a aceitação de Jesus como caminho de salvação e a adoção de uma forma de vida em consonância com seus próprios ensinamentos. Não é estranho que, partindo de posturas tão antagônicas, apesar das importantes coincidências, elas se tornaram mais opostas e exacerbadas com o passar do tempo.

    L. Finkelstein, The Pharisees, 2 vols., Filadélfia 1946; Schürer, o. c.; J. Neusner, The Rabbinic Traditions About the Pharisees Before 70, 3 vols., Leiden 1971; Idem, Judaism in the Beginning of Christianity, Londres 1984; Idem, From Politics to Piety: The Emergence of Rabbinic Judaism, Nova York 1979, p. 81; J. Bowker, Jesus and the Pharisees, Cambridge 1973; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Los Documentos del Mar Muerto...; Idem, El judeo-cristianismo...; H. Maccoby, Judaism in the first century, Londres 1989; E. E. Urbach, o. c.; A. Saldarini, o. c.; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991; D. de la Maisonneuve, Parábolas rabínicas, Estella 1985.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Separados. Formavam os fariseus a mais importante das escolas judaicas, de caráter religioso, que funcionaram, depois que, 150 anos antes do nascimento de Cristo, mais ou menos, o espírito de profecia já tinha deixado de existir. Receberam aquele nome porque eles, na sua vida, separavam-se de todos os outros judeus, aspirando a mais do que uma simples santidade e exato cumprimento de deveres religiosos: mas a sua separação consistia principalmente em certas distinções a respeito do alimento e de atos rituais. A maior parte das vezes isso era apenas exterioridade religiosa, sem profundeza de religião (Mt 23:25-28), embora, em geral, não fossem faltos de sinceridade. Não tardou muito tempo para que esta seita obtivesse reputação e poder entre o povo – e passava já como provérbio o dizer-se que se apenas duas pessoas entrassem no céu, uma delas havia de ser fariseu. Foi a seita farisaica a única que sobreviveu depois da destruição do estado judaico, imprimindo as suas doutrinas em todo o Judaísmo posterior. A literatura talmúdica é unicamente obra sua. As suas principais doutrinas eram as seguintes: a lei oral que eles supunham ter Deus entregado a Moisés por meio de um anjo no monte Sinai, e que tinha sido preservada e desenvolvida pelo ensino tradicional, tinha autoridade igual à da lei escrita. Na observância destas leis podia um homem não somente obter a sua justificação com Deus, mas realizar, também, meritórias obras. o jejum, as esmolas, as abluções e as confissões eram suficiente expiação pelo pecado. os pensamentos e desejos não eram pecaminosos, a não ser que fossem postos em ação. Reconheciam que a alma é imortal e que a esperavam futuros castigos ou futuras recompensas – acreditavam na predestinação, na existência de anjos bons e maus, e na ressurreição do corpo. (*veja Ressurreição.) o estado de felicidade futura, em que criam alguns dos fariseus, era muito grosseiro. imaginavam eles que no outro mundo se come, bebe, e goza dos prazeres do amor, vivendo cada homem com a sua primeira mulher. E derivou desta maneira de pensar a astuta questão dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição – eles perguntaram a Jesus de quem seria no céu a mulher que tivesse tido sete maridos na terra. No seu vestuário, os fariseus manifestavam muitas particularidades. As suas filactérias (peças de pergaminho com textos escritos e que se punham na testa ou no braço) eram mais largas do que as da outra gente (Dt 6:8) – estendiam a orla dos seus vestidos (Mt 23:5) – alargavam as franjas (Nm 15:38-39) – e adotavam uma especial vestimenta e cobertura da cabeça, quando estavam cumprindo um voto.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Fartos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de farto

    far·to
    (latim fartus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Plenamente satisfeito.

    2. Empanturrado.

    3. Nédio.

    4. Abundante (ex.: o país possui fartos recursos naturais).

    5. Enfastiado.

    6. Que está sem paciência ou sem tolerância para algo ou alguém (ex.: estou farto desta situação). = CHEIO, SATURADO

    7. Aborrecido, cansado.

    8. Insípido, desengraçado.

    9. Fértil.

    Fonte: Priberam

    Faz

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
    2ª pess. sing. imp. de fazer

    fa·zer |ê| |ê| -
    (latim facio, -ere)
    verbo transitivo

    1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

    2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

    3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

    4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

    5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

    6. Compor (ex.: fazer versos).

    7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

    8. Praticar (ex.: ele faz judo).

    9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

    10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

    11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

    12. Ultimar, concluir.

    13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

    14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

    15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

    16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

    17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

    18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

    19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

    20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

    21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

    22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

    23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

    24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

    25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

    26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

    27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

    verbo pronominal

    28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

    29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

    30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

    31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

    32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

    33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

    34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

    35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

    36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

    37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

    38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

    39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

    nome masculino

    40. Obra, trabalho, acção.


    fazer das suas
    Realizar disparates ou traquinices.

    fazer por onde
    Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

    Dar motivos para algo.

    fazer que
    Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

    não fazer mal
    Não ter importância; não ser grave.

    tanto faz
    Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.

    Fonte: Priberam

    Filhós

    Dicionário Comum
    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).
    Fonte: Priberam

    Fogo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
    Fogueira, incêndio, labareda, lume.
    Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
    Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
    Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
    Fuzilaria, guerra, combate.
    Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
    Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
    Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
    Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
    Fazer fogo, acender.
    Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
    Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
    Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
    Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
    A fogo lento, pouco a pouco.
    Tocar fogo na canjica, animar.
    Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
    interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
    substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

    Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

    [...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

    O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Fome

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Necessidade de comer, causada pelas contrações do estômago vazio: tenho fome.
    Falta de meios para se alimentar; subnutrição: a fome ainda atinge grande parte da população mundial.
    Falta completa de; escassez, miséria, penúria: levava uma vida de fome.
    Figurado Desejo ardente; ambição, avidez: a fome do dinheiro.
    expressão Fome canina. Apetite devorador, voraz.
    Enganar a fome. Comer alguma coisa para diminuir ou enganar a sensação de estar com fome.
    Morrer à fome. Não possuir o necessário para sobrevivência.
    Etimologia (origem da palavra fome). Do latim fames, is.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    As fomes mencionadas nas Escrituras, e que por vezes afligiram a Palestina, eram devidas à falta daquelas abundantes chuvas, que caem em novembro e dezembro. Mas no Egito as fomes eram produzidas pela insuficiência da subida do rio Nilo. A mais notável fome foi a que durou pelo espaço de sete anos no Egito, quando José tinha ao seu cuidado os celeiros de Faraó (Gn 41:53-56). Com respeito a outras fomes, *veja Gn 12:10, e 2 Rs 6 e seguintes. Nestas ocasiões os sofrimentos do povo eram horrorosos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Fome
    1) Apetite (Mt 25:42)

    2) Falta de alimentos (Sl 33:19); (Mc 13:8).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    For

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Antigo De acordo com o que está na moda, seguindo o costume; moda, uso, costume.
    Etimologia (origem da palavra for). Forma reduzida de foro.
    Fonte: Priberam

    Fora

    Dicionário Comum
    advérbio Na parte exterior; na face externa.
    Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
    Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
    interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
    preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
    substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
    Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
    Não aceitação de; recusa.
    locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
    Distante de: fora da cidade.
    Do lado externo: fora de casa.
    expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
    Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
    Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
    Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.
    Fonte: Priberam

    Galardão

    Dicionário Bíblico
    Recompensa – recompensa de serviços valiosos; homenagem; prémio; honraria; glória.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    prêmio, recompensa, gratificação. – Galardão e prêmio “exprimem (segundo o sábio autor do Ensaio) em geral a ideia de uma recompensa, que se dá a qualquer pessoa por seus serviços ou merecimentos, reais ou supostos. Mas prêmio parece mais próprio para exprimir essa recompensa quando ela é determinada por lei, ou por algum gênero de ajuste e convenção, quase como paga, ou preço do serviço; como coisa rigorosamente devida. Em consequência desta restrita significação, parece também que o prêmio supõe sempre alguma obrigação de o distribuir na pessoa que o distribui. – Galardão exprime uma ideia, em certo modo, mais nobre; e não supõe sempre aquela obrigação. Todos indistintamente podem concorrer para galardoar (conferir galardão a...) o homem de merecimento relevante, ou que tem feito importantes serviços: a aprovação, a estima, o louvor, o reconhecimento, que se tributa ao cidadão virtuoso e útil, é o melhor galardão que ele pode esperar, e receber por suas virtudes. O homem, que dedica todos os momentos da vida ao serviço da pátria, não pode receber dela um prêmio equivalente ao seu generoso sacrifício. O único galardão digno da sua virtude, o único a que ele deve aspirar, o único de que a vil inveja não pode jamais privá-lo, consiste na própria convicção que tem, e na íntima satisfação, que goza de haver cumprido o mais nobre de seus deveres, e de ter merecido a estima da posteridade”. – Recompensa é uma como reparação do sacrifício feito, do serviço prestado, do tempo perdido. Em muitos casos é quase o mesmo que prêmio: oferece-se uma recompensa (ou um prêmio) a quem achar a coisa perdida, ou a quem descobrir alguma coisa. – Com esta significação, no entanto, é preferível empregar a palavra gratificação, que é a recompensa com a qual se mostra alguém satisfeito e grato pelo serviço que se lhe prestou.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Galardão RECOMPENSA; prêmio (Is 40:10).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Reconhecimento; compensação por serviços de um valor muito elevado.
    Homenagem ou glória; em que há premiação: o prêmio foi o galardão de sua carreira.
    Etimologia (origem da palavra galardão). De origem questionável.
    Fonte: Priberam

    Grande

    Dicionário Comum
    adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
    Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
    Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
    Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
    Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
    Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
    Forte; em que há intensidade: grande pesar.
    Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
    Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
    Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
    Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
    Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
    Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
    Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
    Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
    Que é austero; rígido: um grande problema.
    Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
    substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
    Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
    Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.
    Fonte: Priberam

    Ha

    Dicionário Comum
    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    hebraico: calor, queimado
    Fonte: Dicionário Adventista

    Homens

    Dicionário Comum
    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.
    Fonte: Priberam

    Inferno

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Lugar destinado ao suplício dos condenados às penas eternas: os tormentos do inferno.
    Figurado Lugar onde se tem de sofrer muito.
    Lugar de desordem e de confusão: esta casa é um inferno.
    substantivo masculino plural Mitologia Os 1nfernos, morada das almas depois da morte.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Inferno Ver Hades, Geena 1mortalidade, Alma,

    Céu, Espírito, Inferno.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    [...] O inferno reduz-se à figura simbólica dos maiores sofrimentos cujo termo é desconhecido. [...] O Cristo serviu-se da palavra inferno, a única usada, como termo genérico, para designar as penas futuras, sem distinção. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5, it• 9 e 10

    [...] Inferno se pode traduzir por uma vida de provações, extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra melhor [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1014

    [...] o verdadeiro inferno é um estado de consciência em que esta se acha como que de todo anulada, não permitindo se aprecie o mais ligeiro resquício de bem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 7

    O dogma do inferno – de uma região horrível de dores, sem esperança, sem termo, síntese de todas as dores, de todas as agonias, de todas as angústias, de todos os suplícios que possam conceber o coração mais desumano, a mais requintada crueldade, é, como o dogma do diabo, uma grande blasfêmia e a negação de Deus, em sua bondade, sua misericórdia, em sua justiça, em sua sabedoria, e, pode-se acrescentar, em sua imensidade, pois que não se concebe a presença da divina substância na tenebrosa região do crime eterno e do desespero sem-fim. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] A desarmonia entre a razão e a consciência, efeito sempre das nossas tendências sensuais, é o inferno. [...]
    Referencia: AQUINO• O inferno, ou, A barqueira do Júcar: novela mediúnica• Dirigido por José Maria Fernandez Colavida• Trad• de Guillon Ribeiro• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15

    [...] [é] (tal qual o céu) como um estado de consciência.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 24

    [...] não é outra coisa senão o remorso e a ausência do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    O inferno [...] é construção nossa e vive conosco, enquanto perseverarmos no desrespeito ao Código Divino do Amor. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 3

    O inferno é a nossa consciência; é o remorso que nos acompanha sempre, depois que cometemos um crime, e enquanto o não resgatarmos.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• À margem do Espiritismo: refutação à crítica feita à parte filosófica do Espiritismo• Prefácio de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O inferno não existe

    [...] Um inferno racional pode constituir freio, por ser possível acreditar-se nele; mas um inferno que revolta a consciência já não é um inferno, porque nele ninguém mais crê. Nem mesmo os bons cristãos se acham persuadidos da realidade de semelhante inferno, razão pela qual se lhes permite que sejam tolerantes, visto não ser fácil viver em paz com gente tida por condenada.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 16a efusão

    [...] estado consciencial. Na concepção teológica, é um lugar onde as almas sofrem eternamente; na 1 I concepção espírita, é um estado d’alma, transitório, efêmero.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 50

    [...] Por inferno [Jesus] designava, veladamente, as penas que os Espíritos culpados sofrem, primeiro, na erraticidade e, depois, reencarnando na Terra ou em mundos inferiores, de provações e expiação. [...] é a consciência do culpado e o lugar, qualquer que este seja, onde expia suas faltas.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    A geena, o inferno, é a imensidade onde, quando errante, o Espírito culpado passa pelos sofrimentos ou torturas morais apropriados e proporcionados às faltas que haja cometido. Aquele termo abrange também, na sua significação, as terras primitivas e todos os mundos inferiores, de prova e expiação, onde, pela encarnação ou reencarnação, se vêem lançados os Espíritos culpados, e onde o corpo que os reveste por si só também é para eles uma geena, como o são, na erraticidade, aqueles sofrimentos ou torturas morais.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O inferno, como já vimos, é a consciência do culpado e o lugar onde ele sofre a expiação de seus crimes, qualquer que seja esse lugar. Onde quer que o Espírito se ache presa de contínuas torturas, quer encarnado, quer desencarnado, é o seu inferno, termo de que Jesus usava alegoricamente.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] o inferno exterior, que nada mais é que o reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento e pela crueldade, nos entregamos à prática de ações deprimentes, que nos constrangem à temporária segregação nos resultados deploráveis de nossos próprios erros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante o centenário

    [...] nas zonas infernais propriamente ditas, apenas residem aquelas mentes que, conhecendo as responsabilidades morais que lhes competiam, delas se ausentaram, deliberadamente, com o louco propósito de ludibriarem o próprio Deus. O inferno [...] pode ser [...] definido como vasto campo de desequilíbrio, estabelecido pela maldade calculada, nascido da cegueira voluntária e da perversidade completa. Aí vivem domiciliados, às vezes por séculos, Espíritos que se bestializaram, fixos que se acham na crueldade e no egocentrismo. Constituindo, porém, larga província vibratória, em conexão com a Humanidade terrestre, de vez que todos os padecimentos infernais são criação dela mesma, estes lugares tristes funcionam como crivos necessários para todos os Espíritos que escorregam nas deserções de ordem geral, menosprezando as responsabilidades que o Senhor lhes outorga. Dessa forma, todas as almas já investidas no conhecimento da verdade e da justiça e por isso mesmo responsáveis pela edificação do bem, e que, na Terra, resvalam nesse ou naquele delito, desatentas para com o dever nobilitante que o mundo lhes assinala, depois da morte do corpo estagiam nestes sítios por dias, meses ou anos, reconsiderando as suas atitudes, antes I da reencarnação que lhes compete abraçar, para o reajustamento tão breve quanto possível. [...] o inferno, como região de sofrimento e desarmonia, é perfeitamente cabível, representando um estabelecimento justo de filtragem do Espírito, a caminho da Vida Superior. Todos os lugares infernais surgem, vivem e desaparecem com a aprovação do Senhor, que tolera semelhantes criações das almas humanas, como um pai que suporta as chagas adquiridas pelos seus filhos e que se vale delas para ajudá-los a valorizar a saúde. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    [...] a rigor, existe para controlar o trabalho regenerativo na Terra. [...] [...] O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se molda convenientemente...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    O inferno, a rigor, é obra nossa, genuinamente nossa, mas imaginemo-lo, assim, à maneira de uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é criação de Deus. Tendo abusado de nossa razão e conhecimento para gerar semelhante monstro, no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    [...] o inferno é a rede de pensamentos torturados, em que nos deixamos prender, com todos aqueles que nos comungam os problemas ou as aflições de baixo nível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

    [...] o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    [...] é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritas diante da morte

    O inferno, por isto mesmo, é um problema de direção espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] é construção mental em nós mesmos. O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propício aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas; arquitetamos penitenciárias sombrias com a negação voluntária, ante os benefícios da Providência. Desertos calcinantes de ódio e malquerença estendem-se aos nossos pés, seguindo-se a jornadas vazias de tristeza e desconsolo supremo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 8

    Além-túmulo, no entanto, o estabelecimento depurativo como que reúne em si os órgãos de repressão e de cura, porquanto as consciências empedernidas aí se congregam às consciências enfermas, I I na comunhão dolorosa, mas necessária, em que o mal é defrontado pelo próprio mal, a fim de que, em se examinando nos semelhantes, esmoreça por si na faina destruidora em que se desmanda. É assim que as Inteligências ainda perversas se transformam em instrumentos reeducativos daquelas que começam a despertar, pela dor do arrependimento, para a imprescindível restauração. O inferno, dessa maneira, no clima espiritual das várias nações do globo, pode ser tido na conta de imenso cárcere-hospital, em que a diagnose terrestre encontrará realmente todas as doenças catalogadas na patologia comum, inclusive outras muitas, desconhecidas do homem, não propriamente oriundas ou sustentadas pela fauna microbiana do ambiente carnal, mas nascidas de profundas disfunções do corpo espiritual e, muitas vezes, nutridas pelas formas-pensamentos em torturado desequilíbrio, classificáveis por larvas mentais, de extremo poder corrosivo e alucinatório, não obstante a fugaz duração com que se articulam, quando não obedecem às idéias infelizes, longamente recapituladas no tempo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 19

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Inferno Lugar e estado de castigo em que os perdidos estão eternamente separados de Deus (Mt 18:8-9; 25.46; Lc 16:19-31; 2Pe 2:4; Ap 20:14). “Inferno”, no NT, traduz as palavras hades (uma vez) e geena (v. HINOM).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Inimigo

    Dicionário Comum
    adjetivo Que odeia alguém, que procura prejudicá-lo; nocivo.
    Que ou o que tem aversão a certas coisas: inimigo do ruído.
    Que pertence a um grupo adversário, contrário, oposto: time inimigo.
    Que não demonstra amizade, que é hostil.
    substantivo masculino Indivíduo que odeia alguém, que busca prejudicar essa pessoa.
    [Militar] Nação, país com o qual se está em guerra: vencer o inimigo.
    Aquilo que prejudica ou busca prejudicar outra coisa ou pessoa: a teimosia é inimiga da inteligência.
    Etimologia (origem da palavra inimigo). Do latim inimicus,a,um "que não é amigo".
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Os maiores inimigos do homem são o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a inveja e a ignorância.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    nimigo é o teu fiscal, / Teu desconto ante a justiça, / Tua defesa ante a lei, / Teu mestre face à cobiça.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 62

    O diabo que semeou, semeia e semeará ainda por muito tempo na terra o joio e que figura na parábola [do joio] como sendo o inimigo – são todos os Espíritos maus, Espíritos de erro ou de mentira, impuros, levianos, perversos (errantes ou encarnados) que, procurando exercer perniciosas influências sobre os homens, trabalham por lhes obstar ao progresso, com o fazê-los evitar o bem e praticar o mal pelos pensamentos, palavras e atos; que trabalham por arrastá-los para fora das vias do Senhor. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 47

    [...] O inimigo nem sempre é uma consciência agindo deliberadamente no mal. Na maioria das vezes, atende à incompreensão quanto qualquer de nós; procede em determinada linha de pensamento, porque se acredita em roteiro infalível aos próprios olhos, nos lances do trabalho a que se empenhou nos círculos da vida; enfrenta, qual ocorre a nós mesmos, problemas de visão que só o tempo, aliado ao esforço pessoal na execução do bem, conseguirá decidir. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Inimigo O termo grego “ejzros” empregado nos evangelhos implica muito mais do que a idéia de acusação (Mt 5:25; Lc 12:58; 18,3) ou de oposição (Lc 13:17; 21,15). A temática dos inimigos é bastante comum nas Escrituras; nelas se desenvolve, de maneira natural, uma cosmovisão de guerra espiritual na qual o Diabo é o inimigo por excelência (Mt 13:25.28.39; Lc 10:19). Como messias e Senhor, Jesus vencerá todos os seus inimigos (Sl 110:1; Mt 22:44). Contudo, essa oposição e combate aos inimigos ficam limitados a Deus. O discípulo deve amar seus inimigos e orar por eles (Mt 5:43ss.; Lc 6:27.35).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Insípido

    Dicionário Bíblico
    Que não tem sabor; desagradável; tedioso; monótono.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Insípido Sem gosto (6:6); (Mt 5:13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Sinônimos
    insosso, insulso. – Insípido é o que não tem sabor, ou pelo menos o sabor que lhe é próprio; isto é – que não nos impressiona o paladar. – Insosso e insulso (a mesma palavra sob formas diferentes) dizem – “sem sal”, ou “sem o sal suficiente”. O primeiro, insosso, é mais usual na linguagem comum; e no sentido figurado é preferível insulso.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    adjetivo Sem sabor; sem gosto: a água é insípida.
    Figurado Sem graça; desprovido de atrativos; enfadonho, monótono: espetáculo insípido; sujeito insípido.
    Etimologia (origem da palavra insípido). Do latim insipidus.a.um.
    Fonte: Priberam

    Irmão

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Fonte: febnet.org.br

    Irmãos

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Jerusalém

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.

    No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.

    Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.

    O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).

    J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a
    4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Jesus

    Dicionário Comum
    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Jota

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Nome da letra J.
    Pouca coisa, bocado.
    substantivo feminino Dança e música característica de Aragão (Espanha).
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jota Nome usado no NT grego para indicar o JODE, que é a menor letra do alfabeto hebraico (Mt 5:18), RC).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Juiz

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Juiz
    1) Pessoa que tem o poder de julgar causas, dando sentenças (Ex 18:13-26; Sl 82).


    2) Líder militar, libertador e governador das tribos do povo de Israel. Desde a morte de Josué até a escolha de Saul como rei, o povo de Israel foi governado por estes juízes: OTNIEL, EÚDE, SANGAR, DÉBORA, BARAQUE, GIDEÃO, ABIMELEQUE, TOLA, JAIR, JEFTÉ, IBSÃ, ELOM, ABDOM, SANSÃO, ELI e SAMUEL.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Em tempos primitivos, e quando osisraelitas estavam ainda no Egito, tinham eles as suas próprias leis, que os anciãos faziam cumprir. Teve Moisés as suas mais antigas comunicações com o povo por meio dos anciãos (Êx 4:29), que sem dúvida eram chefes de tribos ou de famílias dos israelitas (Dt 29:10Js 23:2), sendo esse um sistema por muito tempo em voga, e existindo ainda, em paralelo com outros, no tempo de Davi (Nm 7:2-10Js 22:14). os primeiros magistrados regulares foram nomeados por conselho de Jetro (Êx 18:14-26), tendo este observado que a força de um só homem não era proporcional à tarefa de julgar uma nação inteira. A escolha dos juizes recaiu em indivíduos dotados de bom caráter, e que ao mesmo tempo ocupavam na sua tribo um lugar de consideração (Dt 1:15-16). Foi reconhecida nessa eleição a lei de primogenitura, sendo provada a outros respeitos a sua capacidade, e além disso deviam os eleitos, ser chefes de tribos, ou de famílias. Estes juizes tinham a seu cargo tratar de casos civis e criminais, excetuando-se aqueles que eram de maior importância. Quanto à própria Lei, era ela ensinada pelos levitas, que de certo modo vieram a ser os jurisconsultos do povo. Não sabemos como eram nomeados estes juizes, a maneira de sua sucessão, e quais os seus particulares poderes, mas é evidente que possuíam considerável autoridade, e que, no cumprimento da sua missão podiam os negócios públicos prosseguir sem haver rei, ou tribunal supremo, ou qualquer corpo legislativo. Havia, também, um conselho de setenta membros para auxiliar Moisés, mas essa instituição não era ao princípio um tribunal judicial (Nm 11:24-25). Foi depois do cativeiro na Babilônia que esse conselho, com o nome de Sinédrio, governava a nação. (*veja Sinédrio.) Além do sumo sacerdote, o governador eclesiástico, por meio do qual tinha o povo comunicação com a Divindade, havia um supremo magistrado para os negócios civis, ao qual até a primeira autoridade sacerdotal estava subordinada. Foi Moisés o primeiro desses magistrados civis, e depois Josué (Nm 27:18). Em lugar inferior, os anciãos que formavam o seu conselho exerciam o governo. Depois da morte de Josué e dos anciãos, a quem ele tinha nomeado, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2:12-15). E em conseqüência disso certas pessoas eram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juizes ou libertadores. (*veja Juízes, Livro dos.) Não tinham o poder de fazer novas leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também, o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinham estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos. Foi Samuel o mais notável dos juizes, parecendo que na última parte da sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, terminou a forma teocrática de governo (1 Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que ‘consultar a Deus’ (Êx 18:15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém, ‘porque o juízo é de Deus’ (Dt 1:17-18 – cf. Sl 82). Além dos juizes supremos, havia os anciãos da cidade. Cada cidade do país tinha os seus anciãos, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver as pequenas causas da localidade (Dt 16:18). Para juizes de menor responsabilidade eram escolhidos indivíduos de mais idade ou levitas, ou chefes de família, ou mesmo aqueles cujas riquezas os punham em situação de não serem tentados nos seus julgamentos, porque os hebreus eram sensíveis com respeito à administração da justiça. Estes juizes locais eram chamados ‘príncipes’, se pertenciam às classes superiores, e ‘anciãos’, se eram das classes inferiores (Êx 2:14Jz 8:14Ed 10:829:9). Havia certos chefes de família para os auxiliarem, indivíduos que eram reconhecidos como cabeças entre os seus. Eram estes os juizes, que se sentavam às portas das cidades, homens de reconhecida influência e juízo (Jz 8:14-15). (*veja Boaz, Rute.) Além disto, por todas as tribos estavam espalhados os levitas, de maneira que poucas eram as povoações que se achavam muito distantes de uma cidade levítica. Por costume, eram os juizes escolhidos entre os membros da tribo de Levi, pelo fato de serem homens muito versados na lei (2 Cr 19.5 a 11 – e 35.3). Ainda que se podia apelar em última instância para o sumo sacerdote (Dt 17:12), tal apelação, contudo, era raras vezes feita, certamente porque ele não gostava de proceder na qualidade de juiz. Sabe-se que, quando faziam uma petição ao rei, era no sentido de que precisavam do seu ‘juízo’, e não do seu auxílio contra os adversários (1 Sm 8.5,20). os principais juizes foram quinze: otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque, Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli, e Samuel. Depois do governo dos juizes, veio o dos reis até ao tempo do cativeiro de Babilônia. Depois do cativeiro, Esdras nomeou duas classes de juizes (Ed 7:25) – mas os casos mais difíceis eram levados ao sumo sacerdote para serem resolvidos – e isto foi assim até que foi instituído o Sinédrio, o grande conselho. Este conselho supremo constava de setenta pessoas, havendo um presidente e um vice-presidente. Desde o tempo de Herodes, o cargo de presidente desse supremo tribunal era distinto do de sumo sacerdote, vindo a ser um lugar de considerável importância.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
    Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
    Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
    [Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
    Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
    História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
    expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
    Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
    Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
    Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Funcionário público que tem por função ministrar a Justiça.
    Pessoa que serve de árbitro em alguma pendência ou competição.
    Aquele que pode ou sabe julgar e avaliar.
    [Esporte] Indivíduo que, numa competição ou jogo, é responsável por garantir que as regras sejam cumpridas; árbitro.
    Membro de um juri (comissão que analisa e julga questões judiciais).
    História Chefe supremo dos hebreus até a instituição da realeza.
    expressão Juiz de direito ou juiz togado. Magistrado que julga, em uma comarca, segundo as provas nos autos.
    Juiz de paz. Antigo magistrado eletivo a quem competia o julgamento das causas de pequena relevância, desavenças, cobranças de pequeno valor, realização de casamento, da alçada de um juízo de paz ou juízo conciliatório.
    Juiz de fora. Antigo magistrado no período colonial, atualmente o juiz de direito.
    Etimologia (origem da palavra juiz). Do latim judex.icis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Provém do latim judex, duas palavras unidas numa só: ius (o correto) + dex (relacionado com dizer), ou seja, o juiz é aquele que diz o que é justo e o que é certo. Quando é a favor do nosso time, claro...
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Jurarás

    Dicionário Comum
    2ª pess. sing. pret. m.-q.-perf. ind. de jurar
    Será que queria dizer jurarás?

    ju·rar -
    verbo intransitivo

    1. Prestar juramento.

    2. Praguejar.

    verbo transitivo

    3. Declarar ou prometer com juramento.

    4. Assegurar.

    5. Protestar.

    6. Invocar.

    Fonte: Priberam

    Justiça

    Dicionário da FEB
    A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

    Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    [...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

    [...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

    Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] é fundamento do Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

    [...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

    [...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
    O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
    Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
    Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
    Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
    Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

    1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

    2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

    9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

    3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

    Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

    K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Justiça
    1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

    2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Justos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de justo

    jus·to
    (latim justus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Conforme ao direito.

    2. Conforme à razão.

    3. Imparcial, recto.INJUSTO, PARCIAL

    4. Razoável, sensato.

    5. Exacto.

    6. Ajustado.

    7. Adequado.

    8. Que ajusta ou assenta bem.

    9. Apertado.LARGO

    nome masculino

    10. Pessoa que procede com justiça.

    11. Bem-aventurado.

    12. Aquele que não é grande pecador.

    13. O que é conforme com a justiça.


    à justa
    Exactamente; nem de mais nem de menos.

    ao justo
    Ao certo.

    bater o justo
    Dizer a verdade.

    pagar o justo pelo pecador
    Recair um castigo ou uma consequência sobre quem não tem culpa ou sobre um grupo onde há inocentes e culpados.

    Fonte: Priberam

    Juízo

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Juízo
    1) Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97:2)

    2) Sentença dada por Deus (Jr 48:47). 3 A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119:39).

    4) Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1:5); (Mt 10:15); (At 24:25).

    5) Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72:1); (Pv 21:3).

    6) O próprio tribunal (Sl 112:5). 7)
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ação de julgar; faculdade intelectual de julgar, entender, avaliar, comparar e tirar conclusões; julgamento.
    Apreciação acerca de algo ou alguém; opinião.
    Qualidade de quem age responsável e conscientemente; prudência.
    [Popular] Capacidade de agir racionalmente; razão: perder o juízo.
    [Jurídico] Tribunal em que questões judiciais são deliberadas ou analisadas: o divórcio está em juízo.
    [Jurídico] Reunião das ações realizadas pelos juízes no exercício de suas funções.
    Etimologia (origem da palavra juízo). Do latim judicium.ii.
    Fonte: Priberam

    Lançado

    Dicionário Comum
    adjetivo Que se lançou; arremessado ou atirado com força: bola lançada no gol.
    Que acabou de ser inserido no mercado: o celular será lançado amanhã.
    Arremeçado com a ajuda de um macanismo específico; atirado: foguete lançado no espaço.
    Que se anotou num documento ou livro próprio; registrado: notas lançadas.
    substantivo masculino Conteúdo do vômito; o que se vomitou; vômito.
    Etimologia (origem da palavra lançado). Particípio de lançar.
    Fonte: Priberam

    Lançar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Atirar com força, arremessar: lançar uma pedra.
    Fazer cair: lançar alguém ao chão.
    Dirigir: lançar os olhos pelos lados.
    Afastar; separar; expulsar.
    Figurado Fazer renascer; infundir, gerar: aquilo me lançou no coração um grande temor.
    Espalhar, semear: lançar a semente à terra.
    Derramar, verter, despejar, entornar: lançar água num jarro.
    Fazer brotar: as árvores lançavam seus rebentos.
    Proferir, exclamar: lançar pragas.
    Atribuir, imputar: lançar a responsabilidade sobre alguém.
    Enterrar, sepultar: lançaram-no numa cova rasa.
    Fazer cair: aquilo me lançou numa grande tristeza.
    Estender, pôr em volta: lancei-lhe um braço ao pescoço.
    Escrever, traçar: lançou algumas linhas no papel.
    Escriturar nos livros competentes: lançar uma quantia no livro-caixa.
    Iniciar, dar princípio: lançar os alicerces de um prédio.
    Promover, tornar conhecido: meu programa já lançou muitos artistas.
    Lançar à conta de, atribuir, dar como causa.
    Lançar a âncora, fundear.
    Fonte: Priberam

    Larga

    Dicionário Comum
    larga | s. f. | interj.
    fem. sing. de largo
    3ª pess. sing. pres. ind. de largar
    2ª pess. sing. imp. de largar

    lar·ga
    nome feminino

    1. Acto ou efeito de largar. = LARGADA

    2. Soltura.

    3. Gancho de ferro com que se sujeita ao banco a madeira que se trabalha.

    4. Figurado Liberdade, folga.

    5. Desenvolvimento, ampliação. (Mais usado no plural.)

    interjeição

    6. [Marinha] Voz de comando com que se manda soltar a amarra.


    à larga
    Com largueza; sem peias; generosamente; sem medida.

    dar largas a
    Figurado Soltar as peias a; dar voo a; dar liberdade a.


    lar·go 2
    (italiano largo)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. [Música] Diz-se de ou andamento executado devagar, entre o adágio e o alegro.

    advérbio

    2. [Música] Com andamento entre o adágio e o alegro.


    lar·go 1
    (latim largus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. De bastante ou muita largura.

    2. Que ocupa muito espaço. = AMPLO, ESPAÇOSO, VASTOACANHADO, APERTADO, PEQUENO

    3. Que não cinge a parte que cobre o corpo.APERTADO

    4. Lasso.

    5. Dilatado.

    6. Prolixo, difuso.

    7. Importante, considerável.

    8. Copioso.

    9. Generoso.

    nome masculino

    10. Área urbana espaçosa na confluência de ruas. = PRAÇA, TERREIRO

    11. Largura (ex.: o pátio tem 12 metros de largo).

    12. Parte do mar afastada da costa. = ALTO-MAR

    advérbio

    13. Com largueza.


    ao largo
    A uma distância considerável (ex.: fica ao largo e não te aproximes demasiado).

    A alguma distância de terra firme, mas fora de um porto (ex.: o barco ficava ao largo e os passageiros desembarcavam de bote).

    fazer-se ao largo
    Partir para o alto-mar (ex.: tiveram de esperar por tempo favorável para se fazerem ao largo). = FAZER-SE AO MAR

    Partir ou afastar-se de determinado sítio ou ponto.

    passar ao largo
    Não se aproximar da costa ou passar perto sem entrar num porto.

    Evitar ou não abordar determinado assunto ou problema.


    lar·gar -
    (largo + -ar)
    verbo transitivo

    1. Soltar das mãos.

    2. Abandonar, deixar.

    3. Desistir.

    4. Ceder.

    verbo intransitivo

    5. [Marinha] Fazer-se (o navio) ao mar.

    verbo pronominal

    6. Fugir, escapar.

    7. [Informal] Soltar ventosidades pelo ânus. = PEIDAR-SE

    Fonte: Priberam

    Lei

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42Js 10:40Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13Ez 20:11Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto
    (1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.
    (2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins.
    (3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária.
    (4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

    A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...].
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

    A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Lei
    1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)

    2) PENTATEUCO (Lc 24:44). 3 O AT (Jo 10:34); 12.34).

    4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Lei Ver Torá.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Levante

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Parte do globo terrestre em que aparentemente nasce o sol; nascente, oriente.
    Os países do Mediterrâneo oriental.
    Sublevação.
    adjetivo Que se levanta: sol levante.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Levante LESTE (Ex 27:13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Longe

    Dicionário Comum
    advérbio A grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história.
    Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição.
    Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever.
    locução adverbial Ao longe, a grande distância: via-se o barco ao longe.
    De longe, de grande distância: prever o perigo de longe.
    De longe em longe, a longos intervalos.
    locução prepositiva Longe de, a grande distância: morar longe da capital.
    Fonte: Priberam

    Louco

    Dicionário Comum
    adjetivo Que perdeu a razão; alienado, doido, maluco.
    Desprovido de sensatez; insensato, temerário, estroina.
    Repleto de fúria; furioso, alucinado.
    Dominado por uma emoção intensa: louco de alegria.
    De teor intenso, vivo, violento: amor louco.
    Contrário à razão; absurdo: projeto louco.
    Que não tem controle sobre si mesmo; descontrolado.
    Que gosta excessivamente de; apaixonado: louco por chocolate.
    De aspecto incomum; anormal.
    Sem bom senso, moderação, prudência; imprudente.
    Que não é previsível, controlado; imprevisível.
    substantivo masculino Aquele cujas faculdades mentais estão patologicamente alteradas.
    Etimologia (origem da palavra louco). De origem controversa.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] Excetuados os casos puramente orgânicos, o louco é alguém que procurou forçar a libertação do aprendizado terrestre, por indisciplina ou ignorância. Temos neste domínio um gênero de suicídio habilmente dissimulado, a auto-eliminação da harmonia mental, pela inconformação da alma nos quadros de luta que a existência humana apresenta. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 16

    O louco, em geral, considerando-se não só o presente, senão até o passado longínquo, é alguém que aborreceu as bênçãos da experiência humana, preferindo segregar-se nos caprichos mentais; e a entidade espiritual atormentada após a morte é sempre alguém que deliberadamente fugiu às realidades da vida e do Universo, criando regiões purgatórias para si mesmo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 16

    Fonte: febnet.org.br

    Luz

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Claridade que emana de si mesmo (Sol) ou é refletida (Lua).
    [Astronomia] Claridade que o Sol espalha sobre a Terra.
    Objeto que serve para iluminar; lâmpada, lanterna: traga a luz.
    O que ilumina os objetos e os torna visíveis: luz do poste.
    [Artes] Efeitos da luz reproduzidos em um quadro: hábil distribuição de luz e sombras.
    Figurado Tudo que esclarece o espírito: a luz da razão, da fé.
    Figurado Conhecimento das coisas; inteligência, saber: suas luzes são limitadas.
    Figurado Pessoa de mérito, de elevado saber: é a luz de seu século.
    Orifício de entrada e saída do vapor no cilindro de uma máquina.
    Abertura na culatra de uma arma, pela qual se faz chegar o fogo à carga.
    Furo que atravessa um instrumento.
    [Ótica] Nos instrumentos de óptica de pínulas, pequeno orifício pelo qual se vê o objeto observado.
    [Anatomia] Cavidade de um corpo ou órgão oco: a luz do intestino.
    expressão Luz cinzenta. Luz solar refletida pela Terra, a qual permite distinguir o disco completo da Lua quando esta se mostra apenas sob a forma de crescente.
    Luz negra ou luz de Wood. Raios ultravioleta, invisíveis, que provocam a fluorescência de certos corpos.
    Vir à luz. Ser publicado, revelado.
    Século das Luzes. O século XVIII.
    Dar à luz. Dar vida a um ser.
    Etimologia (origem da palavra luz). Do latim lucem.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    hebraico: amendoeira
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] luz é, em suma, a forma mais sutil da matéria. [...].
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] é um modo de movimento, como o calor, e há tanta “luz” no espaço à meia-noite como ao meio-dia, isto é, as mesmas vibrações etéreas atravessando a imensidade dos céus. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1

    [...] constitui o modo de transmissão da história universal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 4a narrativa

    [...] é o símbolo multimilenar do desenvolvimento espiritual. [...]
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    L M
    Referencia:

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Luz
    1) Claridade; luminosidade (Gn 1:3).


    2) Figuradamente refere-se a Deus (Sl 104:2; Jc 1:17); a Jesus (Jo 1:4-6); à Palavra de Deus (Sl 119:105); e aos discípulos de Jesus (Mt 5:14).


    3) Cidade cananéia que foi chamada de Betel (Gn 28:19) e, depois, formou a fronteira norte da tribo de Benjamim (Js 18:13).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Luz Símbolo da claridade espiritual, que procede do Evangelho de Jesus (Mt 4:16; Lc 1:79) e não se restringe aos judeus, mas que chega até aos gentios (Lc 2:32). Acompanha algumas manifestações gloriosas de Jesus como a da sua Transfiguração (Mt 17:2-5). Os discípulos devem ser canais dessa luz (Mt 5:14-16; Lc 12:35), evangelizar e atuar na transparência própria da luz (Mt 10:27; Lc 12:3).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Mal

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mal
    1) Qualquer coisa que não está em harmonia com a ordem divina; aquilo que é moralmente errado; aquilo que prejudica ou fere a vida e a felicidade; aquilo que cria desordem no mundo (Gn 3:5); (Dt 9:18); (Rm 7:19). V. PECADO.
    2) Sofrimento (Lc 16:25). 3 Desgraça (Dn 9:13).

    4) Dano (Gn 31:52); crime (Mt 27:23).

    5) Calúnia (Mt
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mal O oposto ao bem. Ao contrário de outras cosmovisões, não procede de Deus nem é um princípio necessário à constituição do cosmos. Origina-se no coração do homem (Mt 9:4; 12,34; 22,18; Mc 7:22; Lc 11:39), embora para ele contribuem também decisivamente Satanás e seus demônios (Mt 5:37; 12,45; 13 19:38; Lc 7:21; Jo 17:15). De ambas as circunstâncias provêm problemas físicos (Mt 15:22; Lc 16:25) e morais (Mt 22:18). Jesus venceu o mal (Mt 12:28) e orou ao Pai para que protegesse seus discípulos do mal (Jo 17:15).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Contrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades.
    Modo de agir ruim: o mal não dura muito.
    Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação.
    Tragédia: os males causaram destruição na favela.
    Doença: padece de um mal sem cura.
    Dor ou mágoa: os males da paixão.
    Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso.
    Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal.
    Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas.
    advérbio Sem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal.
    De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto.
    Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação.
    Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal.
    Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado.
    Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado.
    Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido.
    Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe.
    Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos.
    Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal.
    Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra.
    Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal.
    Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência.
    Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal.
    De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio.
    conjunção Que ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora.
    Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Contrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades.
    Modo de agir ruim: o mal não dura muito.
    Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação.
    Tragédia: os males causaram destruição na favela.
    Doença: padece de um mal sem cura.
    Dor ou mágoa: os males da paixão.
    Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso.
    Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal.
    Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas.
    advérbio Sem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal.
    De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto.
    Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação.
    Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal.
    Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado.
    Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado.
    Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido.
    Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe.
    Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos.
    Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal.
    Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra.
    Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal.
    Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência.
    Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal.
    De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio.
    conjunção Que ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora.
    Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] O mal é a antítese do bem [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 7

    [...] o mal, tudo o que lhe é contrário [à Lei de Deus]. [...] Fazer o mal é infringi-la.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630

    O mal é todo ato praticado pelas mãos, pelos pensamentos e pelas palavras, contrários às Leis de Deus, que venha prejudicar os outros e a nós mesmos. As conseqüências imediatas ou a longo prazo virão sempre, para reajustar, reeducar e reconciliar os Espíritos endividados, mas toda cobrança da Justiça Divina tem o seu tempo certo.
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    [...] apenas um estado transitório, tanto no plano físico, no campo social, como na esfera espiritual.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal

    [...] apenas a ignorância dessa realidade [do bem], ignorância que vai desaparecendo, paulatinamente, através do aprendizado em vidas sucessivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?

    [...] é a luta que se trava entre as potências inferiores da matéria e as potências superiores que constituem o ser pensante, o seu verdadeiro “eu”. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] O mal não é mais que um efeito de contraste; não tem existência própria. O mal é, para o bem, o que a sombra é para a luz. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] estado de inferioridade e de ignorância do ser em caminho de evolução. [...] O mal é a ausência do bem. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    O mal é a conseqüência da imperfeição humana. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] é apenas o estado transitório do ser em via de evolução para o bem; o mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos indivíduos [...].
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 18

    O mal é toda ação mental, física ou moral, que atinge a vida perturbando-a, ferindo-a, matando-a.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34

    [...] é a treva, na qual um foco de luz tem mais realce. O mal é a transgressão às leis celestes e sociais. O mal é a força destruidora da harmonia universal: está em desencontro aos códigos celestiais e planetários; gera o crime, que é o seu efeito, e faz delinqüentes sobre os quais recaem sentenças incoercíveis, ainda que reparadoras.
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    M [...] é a prática de atos contrários às leis divinas e sociais, é o sentimento injusto e nocivo que impede a perfeição individual, afastando os seres das virtudes espirituais. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

    O mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos seres. [...] é conseqüência da imperfeição do Espírito, sendo a medida de seu estado íntimo, como Espírito.
    Referencia: GELEY, Gustave• O ser subconsciente: ensaio de síntese explicativa dos fenômenos obscuros de psicologia normal e anormal• Trad• de Gilberto Campista Guarino• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - Geley: Apóstolo da Ciência Cristã

    Perturbação em os fenômenos, desacordo entre os efeitos e a causa divina.
    Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 7

    [...] O mal é um incidente passageiro, logo absorvido no grande e imperturbável equilíbrio das leis cósmicas.
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    O mal só existe porque ainda há Espíritos ignorantes de seus deveres morais. [...]
    Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece do coração amargurado

    [...] uma enfermação, uma degenerescência, um aviltamento do bem, sempre de natureza transitória. Ele surge da livre ação filiada à ignorância ou à viciação, e correspondente a uma amarga experiência no aprendizado ou no aprimoramento do espírito imortal. [...] O mal é a [...] deformação transitória [do bem], que sempre é reparada por quem lhe dá causa, rigorosamente de acordo com a lei de justiça, imanente na Criação Divina.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] é geratriz de desequilíbrios, frustrações e insuportável solidão.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 13

    [...] será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

    [...] significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou menos difíceis de reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] é a estagnação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35

    O mal que esparge, às mãos cheias. / Calúnias, golpes, labéus, / É benefício do mundo / Que ajuda a escalar os Céus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] O mal é como a fogueira. Se não encontra combustível, acaba por si mesma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 5a reunião

    [...] O mal é, simplesmente, o amor fora da Lei.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

    O mal, em qualquer circunstância, é desarmonia à frente da Lei e todo desequilíbrio redunda em dificuldade e sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 176

    O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Fonte: febnet.org.br

    Mandamentos

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mandamentos Ver Dez Mandamentos.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Maneira

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Modo ou método particular de fazer alguma coisa; jeito.
    Caráter pessoal que o artista atribuí à sua obra.
    Abertura lateral ou posterior das saias, permitindo que elas passem pelos ombros ou pelos quadris.
    Aparência externa; feição.
    substantivo feminino plural Modos corteses, educados de proceder ou de falar em sociedade; compostura e afabilidade no trato: boas maneiras.
    locução prepositiva À maneira de. Do mesmo modo que: ele filmou os acontecimentos à maneira de uma câmera fotográfica.
    locução conjuntiva De maneira que. Do modo como: podemos esculpir essa massa da maneira que quisermos.
    Etimologia (origem da palavra maneira). Do latim manaria, manuaria; feminino de manuarius.a.um.
    Fonte: Priberam

    Mansos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de manso

    man·so
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que não é bravo.

    2. Benigno.

    3. De génio brando.

    4. Sossegado, tranquilo.

    5. Domesticado.

    6. Cultivado (vegetal).

    7. Sereno.

    8. Plácido.

    9. Não silvestre.

    10. Lento, brando.

    advérbio

    11. Com mansidão.

    12. Com bons modos.

    13. Ao de leve.

    14. Em voz baixa.


    manso e manso
    Pouco a pouco.

    Superlativo: mansíssimo ou mansuetíssimo.
    Confrontar: manco.
    Fonte: Priberam

    Matar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e intransitivo Assassinar; tirar a vida de alguém; provocar a morte de: matou o bandido; não se deve matar.
    verbo pronominal Suicidar-se; tirar a própria vida: matou-se.
    verbo transitivo direto Destruir; provocar destruição: a chuva matou a plantação.
    Arruinar; causar estrago: as despesas matam o orçamento.
    Trabalhar sem atenção ou cuidado: o padeiro matou o bolo da noiva.
    Fazer desaparecer: a pobreza acaba matando os sonhos.
    Saciar; deixar de sentir fome ou sede: matou a fome.
    [Informal] Gastar todo o conteúdo de: matou a comida da geladeira.
    [Informal] Diminuir a força da bola: matou a bola no peito.
    verbo transitivo direto e intransitivo Afligir; ocasionar sofrimento em: suas críticas mataram o escritor; dizia palavras capazes de matar.
    Cansar excessivamente: aquela faculdade o matava; o ócio mata.
    verbo pronominal Sacrificar-se; fazer sacrifícios por: eles se matavam pelos pais.
    Etimologia (origem da palavra matar). De origem questionável.
    verbo transitivo direto Costura. Realizar mate, unir duas malhas em uma só.
    Etimologia (origem da palavra matar). Mate + ar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    de origem controversa, este vocábulo pode ser vindo tanto do latim mactare, imolar as vítimas sagradas, quanto do árabe mat, morto. Deriva da expressão religiosa "mactus esto": "santificado sejas", ou "honrado sejas", que se dizia aos deuses enquanto se imolava uma vítima (um animal, obviamente); daí resultou o verbo "mactare", que significava "imolar uma vítima aos deuses" e, depois, qualquer tipo de assassinato.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Maus

    Dicionário Comum
    masc. pl. de mau

    mau
    (latim malus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. De qualidade fraca ou insuficiente (ex.: mau texto).BOM

    2. Que não presta; que não serve para a sua função ou propósito (ex.: má qualidade).BOM

    3. Que não cumpre os seus deveres ou não desempenha bem as suas funções (ex.: actriz; mau funcionário).BOM, COMPETENTE, CUMPRIDOR

    4. Que demonstra inabilidade ou incapacidade na realização de alguma coisa (ex.: ele é mau a fazer bolos, mas os salgados são deliciosos). = DESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBILBOM, HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRO

    5. Que tem defeito ou apresenta falhas. = DEFEITUOSO, DEFICIENTE, MALFEITOBOM, PERFEITO

    6. Que é ética ou moralmente pouco correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: ele não é má pessoa; mau carácter). = RELES, VILBOM

    7. Que apresenta estado desfavorável (ex.: o avião não pode aterrar devido às más condições atmosféricas).BOM

    8. Que traz prejuízos ou desvantagens (ex.: fumar é mau para a saúde; a compra de acções foi um mau investimento). = DANOSO, PREJUDICIALBENÉFICO, BOM, VANTAJOSO

    9. Que tem consequências muito negativas (ex.: má experiência; mau resultado). = DESASTROSO, FUNESTO, NOCIVOBOM, FAVORÁVEL

    10. Que apresenta dificuldades ou obstáculos (ex.: o caminho é mau, mas vale a pena). = DIFÍCILFÁCIL

    11. Que foi pouco produtivo ou pouco rentável (ex.: má safra; o balancete apresenta um ano mau).BOM

    12. Que se caracteriza pela indelicadeza ou rispidez (ex.: ela tem mau feitio; hoje está de mau humor).AFÁVEL, BOM, CORTÊS

    13. Que não agrada aos sentidos (ex.: mau cheiro; mau sabor).BOM

    nome masculino

    14. Conjunto de coisas, qualidades ou acontecimentos considerados negativos ou prejudiciais. = MAL

    15. Pessoa mal-intencionada ou que se considera ter uma postura moral incorrecta (ex.: considerou maniqueísta tentar distinguir os bons e os maus).BOM

    16. Pessoa que pouco valor em alguma coisa ou que tem um desempenho sem qualidade em determinada actividade (ex.: a tarefa permitiu excluir os maus).BOM

    17. Aquilo que tem qualidades negativas; lado negativo de alguma coisa (ex.: ele só consegue ver o mau deste acontecimento).BOM

    interjeição

    18. Expressão designativa de reprovação ou de desgosto.

    Superlativo: malíssimo ou péssimo.
    Confrontar: mal.
    Fonte: Priberam

    Maís

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.
    Fonte: Priberam

    Melhor

    Dicionário Comum
    adjetivo Que está acima de bom; numa comparação, aquilo que é superior: este ano a agricultura foi melhor; dias melhores virão.
    Que contém o mais alto grau de qualidade para atender as exigências pessoais de: o melhor filme; melhor amigo.
    advérbio Que apresenta um ótimo estado de saúde física ou psicológica: está melhor.
    De um modo que satisfaça: preciso estudar melhor.
    De um modo mais correto: esta casa ficaria melhor com grades.
    substantivo feminino Vida que está após a morte: partiu para uma melhor.
    Prêmio; situação vantajosa: levou a melhor!
    substantivo masculino Algo ou alguém que está acima de todas as coisas ou pessoas: os melhores ficaram; o melhor virá.
    O que é mais correto e adequado: o melhor é voltar depois.
    Etimologia (origem da palavra melhor). Do latim melor.oris.
    Fonte: Priberam

    Membros

    Dicionário Comum
    masc. pl. de membro

    mem·bro
    (latim membrum, -i)
    nome masculino

    1. [Anatomia] Parte apendicular e móvel dos seres vivos.

    2. [Heráldica] Perna ou pata de ave separada do corpo.

    3. Uma das partes de um todo quando se destaca pela sua forma ou situação.

    4. Gramática Parte de um período ou de uma frase, com sentido parcial.

    5. [Matemática] Cada uma das partes da equação separadas pelo sinal de igualdade.

    6. Órgão sexual masculino. = PÉNIS

    7. Pessoa que faz parte de um grupo, de uma colectividade. [Feminino pouco usado: membra.]

    8. Instituição, entidade, grupo, região ou país que faz parte de uma organização ou de um conjunto organizado.


    membro abdominal
    [Anatomia] O mesmo que membro inferior.

    membro anterior
    [Anatomia] Cada um dos braços.

    membro genital
    [Anatomia] Pénis.

    membro inferior
    [Anatomia] Cada uma das pernas.

    membro posterior
    [Anatomia] O mesmo que membro inferior.

    membro torácico
    [Anatomia] O mesmo que membro anterior.

    membro viril
    [Anatomia] O mesmo que membro genital.


    Ver também dúvida linguística: membra / membro.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    masc. pl. de membro

    mem·bro
    (latim membrum, -i)
    nome masculino

    1. [Anatomia] Parte apendicular e móvel dos seres vivos.

    2. [Heráldica] Perna ou pata de ave separada do corpo.

    3. Uma das partes de um todo quando se destaca pela sua forma ou situação.

    4. Gramática Parte de um período ou de uma frase, com sentido parcial.

    5. [Matemática] Cada uma das partes da equação separadas pelo sinal de igualdade.

    6. Órgão sexual masculino. = PÉNIS

    7. Pessoa que faz parte de um grupo, de uma colectividade. [Feminino pouco usado: membra.]

    8. Instituição, entidade, grupo, região ou país que faz parte de uma organização ou de um conjunto organizado.


    membro abdominal
    [Anatomia] O mesmo que membro inferior.

    membro anterior
    [Anatomia] Cada um dos braços.

    membro genital
    [Anatomia] Pénis.

    membro inferior
    [Anatomia] Cada uma das pernas.

    membro posterior
    [Anatomia] O mesmo que membro inferior.

    membro torácico
    [Anatomia] O mesmo que membro anterior.

    membro viril
    [Anatomia] O mesmo que membro genital.


    Ver também dúvida linguística: membra / membro.
    Fonte: Priberam

    Menor

    Dicionário Comum
    substantivo masculino e feminino Pessoa que ainda não atingiu a maioridade.
    adjetivo De tamanho reduzido, em comparação com outra coisa ou pessoa: sala menor; criança menor; menor carro do mundo.
    Menos importante: recebeu um papel menor no espetáculo.
    Em quantidade, valor, idade reduzidas: compra menor; filho menor.
    Hierarquicamente inferior: funcionário menor.
    substantivo masculino plural Situações ou coisas pequenas; pormenores, minudências.
    Aqueles que compartilham os mesmos antepassados: os menores da família.
    expressão Em trajes menores. Que só está com roupas de baixo.
    Etimologia (origem da palavra menor). Do latim minor.
    Fonte: Priberam

    Menores

    Dicionário Comum
    menor | adj. 2 g. | s. f. | s. m. pl.

    me·nor |ó| |ó|
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Mais pequeno.

    2. Inferior (em graduação).

    3. Diz-se das pessoas que ainda não atingiram a maioridade (ex.: menor de idade).

    4. Que é usado normalmente junto ao corpo, sob outra peça de roupa (ex.: roupas menores). = INTERIOR, ÍNTIMO

    nome feminino

    5. Segunda proposição do silogismo.

    6. [Brasil, Informal] Parte final de cigarro ou charuto, depois de fumado. = GUIMBA


    menores
    nome masculino plural

    7. Descendentes, netos.


    de menor
    [Brasil, Informal] Que ainda não atingiu a maioridade (ex.: ele ainda é de menor).DE MAIOR

    Fonte: Priberam

    Mesmo

    Dicionário Comum
    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.
    Fonte: Priberam

    Milha

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Milha Medida romana de distância, equivalente a 7:5 estádios ou 1:5 km (Mt 5:41).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Medida romana de 1000 passos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Milha Medida romana de distância, igual a quase 1,5 km (1.479 m) (Mt 5:41). Equivale a 8 estádios.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Metrificação] Unidade de comprimento para medir distâncias terrestres que, usada em alguns países, equivale a 1.609 metros.
    Antigo Unidade de comprimento que correspondia inicialmente a mil passos; no Brasil equivalia a 1.000 braças ou 2.200 metros.
    expressão Milha marítima. Medida de distância equivalente a 6.080 pés, aproximadamente 1.852 metros, e corresponde a 1 minuto de arco do meridiano terrestre.
    Etimologia (origem da palavra milha). Do latim "milia passuum", que significam mil passos.
    substantivo feminino [Popular] Um milhão de reais.
    Etimologia (origem da palavra milha). Forma regressiva da palavra milhão.
    adjetivo Relativo à palha ou à farinha de milho.
    Etimologia (origem da palavra milha). Forma derivada de milho -o + a.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Metrificação] Unidade de comprimento para medir distâncias terrestres que, usada em alguns países, equivale a 1.609 metros.
    Antigo Unidade de comprimento que correspondia inicialmente a mil passos; no Brasil equivalia a 1.000 braças ou 2.200 metros.
    expressão Milha marítima. Medida de distância equivalente a 6.080 pés, aproximadamente 1.852 metros, e corresponde a 1 minuto de arco do meridiano terrestre.
    Etimologia (origem da palavra milha). Do latim "milia passuum", que significam mil passos.
    substantivo feminino [Popular] Um milhão de reais.
    Etimologia (origem da palavra milha). Forma regressiva da palavra milhão.
    adjetivo Relativo à palha ou à farinha de milho.
    Etimologia (origem da palavra milha). Forma derivada de milho -o + a.
    Fonte: Priberam

    Misericórdia

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Sentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão.
    Ação real demonstrada pelo sentimento de misericórdia; perdão concedido unicamente por bondade; graça.
    Antigo Local onde os doentes, órfãos ou aqueles que padeciam, eram atendidos.
    Antigo Punhal que outrora os cavaleiros traziam à cintura no lado oposto da espada que lhes servia para matar o adversário, caso ele não pedisse misericórdia.
    Misericórdia divina. Atribuição de Deus que o leva a perdoar os pecados e faltas cometidas pelos pecadores.
    Bandeira de misericórdia. Pessoa bondosa, sempre pronta a ajudar o próximo e a desculpar-lhe os defeitos e faltas.
    Golpe de misericórdia. O Ferimento fatal feito com o punhal chamado misericórdia; o golpe mortal dado a um moribundo.
    Mãe de misericórdia. Denominação dada à Virgem Maria para designar a sua imensa bondade.
    Obras de misericórdia. Nome dado aos quatorze preceitos da Igreja, em que se recomendam diferentes modos de exercer a caridade, como: visitar os enfermos, dar de comer a quem tem fome etc.
    Estar à misericórdia de alguém. Depender da piedade de alguém.
    Pedir misericórdia. Suplicar caridade.
    Etimologia (origem da palavra misericórdia). Do latim misericordia.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto, aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10, it• 4

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Misericórdia
    1) Bondade (Js 2:14, RA).


    2) Bondade, AMOR e GRAÇA de Deus para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Ex 20:6; Nu 14:19, RA; Sl 4:1). Essa disposição de Deus se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1:50).


    3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5:7; Jc 2:13).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Misericórdia O termo reúne em si o sentimento de compaixão (Mt 9:36; 14,14; 15,32; 20,34; Mc 9:22; Lc 10:33; 7,13 15:20) e, ocasionalmente, a fidelidade à Aliança. É este último sentido que explica, pelo menos em parte (comp. Jo 3:16), a busca do pecador por parte de Deus (Lc 1:54.72; Mt 5:7; 23,23). Deus é um Deus de misericórida (Lc 1:50) e essa virtude deve ser encontrada também nos discípulos de Jesus (Mt 9:13; 12,7; 18,23-35; Lc 6:36; 10,37).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Modo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Maneira própria de; forma, feitio, jeito.
    Forma particular de agir, de se portar, de pensar, de falar ou de realizar algo: fazer as coisas ao seu modo; modo de uma receita; modo de falar.
    Disposição específica que algo ocupa num espaço; posição.
    Meio usado para obter, para alcançar ou para conseguir alguma coisa.
    [Matemática] Raiz quadrada ou constante pela qual os logaritmos devem ser multiplicados, numa base, para obter outros em outra base; módulo.
    [Filosofia] Forma de silogismo determinada pela quantidade e qualidade das proposições.
    Geologia Composição mineralógica de uma rocha magmática.
    Disposição de uma rocha magmática.
    [Música] Disposição dos tons numa escala diatônica.
    [Música] Padrão que impõe o ritmo que se segue de maneira repetida numa composição.
    Gramática Variação verbal que indica o comportamento da pessoa que fala, em relação à ação que está anunciando.
    [Jurídico] Maneira pela qual um ato ou contrato jurídico deve ser cumprido; cláusula que especifica essa maneira: modus.
    substantivo masculino plural Jeito de se comportar; moderação, compostura: pessoa sem modos.
    locução conjuntiva De modo que. De sorte que, de maneira que; logo.
    locução prepositiva A modo de. Como; à guisa de.
    Etimologia (origem da palavra modo). Do latim modus, “medida, modo”.
    Fonte: Priberam

    Monte

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
    substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
    Serra, cordilheira, montanha.
    Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
    Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
    Grupo, ajuntamento.
    Grande volume, grande quantidade.
    O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
    O total dos bens de uma herança.
    Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
    Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
    Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
    Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
    Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

    =======================

    O MONTE

    V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Motivo

    Dicionário Comum
    motivo adj. 1. Que move ou serve para mover. 2. Que é princípio ou origem de alguma coisa. S. .M 1. Causa, razão. 2. Escopo. 3. Psicol. Fator de impulsão e direção do comportamento animal ou humano. 4. Mús. Pequena frase musical que constitui o tema de uma composição.
    Fonte: Priberam

    Mulher

    Dicionário Bíblico
    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Multidão

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.
    Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
    Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
    Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
    Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.
    Fonte: Priberam

    Mundo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
    Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
    Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
    Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
    Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
    Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
    Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
    Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
    adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
    Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mundo 1. O universo, o cosmo (Jo 1:10; 17,5; 21,25).

    2. O lugar onde o ser humano habita (Mt 4:8; 16,26; 26,13; Lc 12:30).

    3. O gênero humano que está perdido e é mau (Jo 12:31; 14,30), mas a quem Deus ama e manifesta seu amor ao enviar seu Filho, para que todo aquele que nele crê não se perca, mas tenha vida eterna (Jo 3:16; 1,29; 6,51). Jesus vence o mundo entendido como humanidade má e decaída, oposta a Deus e a seus desígnios (Jo 3:17; 4,42; 12,47; 16,11.33). Os discípulos estão neste mundo, todavia não participam dele (Jo 8:23; 9,5; 17,11.15ss.). Sinal disso é que se negam a combater (Jo 18:36).

    4. O mundo vindouro é o Olam havah hebraico, o novo tempo, a nova era que se inaugurará após o triunfo definitivo do messias (Mt 12:32; Mc 10:30; Lc 20:35).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
    Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
    Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
    Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
    Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
    Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
    Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
    Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
    adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
    Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mundo
    1) A terra (Sl 24:1).


    2) O conjunto das nações conhecidas (1Rs 10:23, RA).


    3) A raça humana (Sl 9:8; Jo 3:16; At 17:31).


    4) O universo (Rm 1:20).


    5) Os ímpios e maus, que se opõem a Deus (Jo 15:18) e têm o Diabo como seu chefe (Jo 12:31).


    6) Os habitantes do Império Romano (Lc 2:1).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário da FEB
    [...] todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de almas. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14

    [...] O mundo é escola, e na sua condição de educandário desempenha papel primacial para a evolução, em cujo bojo encontra-se o objetivo de tornar o Cristo interno o verdadeiro comandante das ações e dos objetivos inarredáveis da reencarnação.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração

    [...] cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinada. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os filhos do criador, a grande família universal... São eles as grandes escolas das almas, as grandes oficinas do Espírito, as grandes universidades e os grandes laboratórios do Infinito... E são também – Deus seja louvado – os berços da Vida.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da trai ção aos seus próprios deveres. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    O mundo é uma associação de poderes espirituais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] os mundos [são] laboratórios da vida no Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Bíblico
    Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33:8is 27:6). Eretz, usualmente ‘terra’ (como em Gn 1:1), quatro vezes aparece vertida na palavra ‘mundo’. No N. T. o termo que se vê com mais freqüência é Koamoa. Esta palavra implicava primitivamente a ‘ordem’ e foi posta em uso na filosofia de Pitágoras para significar o mundo ou o Universo, no seu maravilhoso modo de ser em oposição ao caos. No evangelho de S. João quer dizer ‘mundo’ nos seus vários aspectos, isto é: a parte dos entes, ainda separados de Deus, a Humanidade como objeto dos cuidados de Deus, e a Humanidade em oposição a Deus (*veja, por exemplo, Jo 1:9 – 3.16 – 14.17 – 1 Jo 2:2-15 – 5.19). Depois de kosmos, a palavra mais usada é aiõn, que originariamente significava a duração da vida, e também eternidade, uma época, ou mesmo certo período de tempo. Emprega-se no sentido de ‘fim do mundo’ (Mt 13:49), ‘Este mundo’ (idade), e o ‘Século vindouro’ (Mt 12:32Mc 4:19Lc 18:30 – Rm 1L
    2) – e em Hebreus 1:2-11.3, é o ‘mundo’, como feito pelo Filho. oikoumene, significando o mundo habitado, especialmente o império Romano, ocorre em Mt 24:14Lc 2:1At 17:6Ap 12:9, etc. Gê, a terra, aparece somente em Ap 13:3.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    universo, orbe. – Tratando de mundo e universo é Roq. mais completo que S. Luiz. “Chama-se mundo e universo” – diz ele – “o céu e a terra considerados como um todo. A palavra universo conserva sempre esta significação; porém a palavra mundo tem muitas acepções diferentes. – Universo é uma palavra necessária para indicar positivamente este conjunto de céu e terra, sem relação com as outras acepções de mundo. – Mundo toma-se particularmente pela terra com suas diferentes partes, pelo globo terrestre; e neste sentido se diz: ‘dar volta ao mundo’: o que não significa dar – volta ao universo. – Mundo toma-se também pela totalidade dos homens, por um número considerável deles, etc.; e em todas estas acepções não se compreende mais que uma parte do universo. – Universo, ao contrário, é uma palavra que encerra, debaixo da ideia de um só ser, todas as partes do mundo, e representa o agregado de todas as coisas criadas, com especial relação à natureza física. Diz-se que Jesus Cristo remiu o mundo; mas não – que remiu o universo; o velho e o novo mundo, e não – o velho e o novo universo; neste mundo, isto é, na terra, nesta vida, e não – neste universo, porque não há senão um e mesmo universo”. – Só figuradamente pode aplicar-se a palavra universo fora dessa rigorosa significação, ou sem atenção a ela. – Dizemos, por exemplo: – o universo moral; em psicologia estamos em presença de um universo novo, para significar, no primeiro caso – a totalidade das leis morais; e no segundo – as novas noções a que ascende a consciência humana à medida que vai desvendando no universo coisas que nos têm parecido misteriosas. – Orbe toma-se pelo mundo, e refere-se mais particularmente à superfície do globo, dando ideia da sua amplitude. Em todo o orbe não se encontrou nunca uma alma em cujo fundo não estivesse a ideia de uma justiça eterna, isto é, superior às contingências do mundo. – Mundo, neste exemplo, significa portanto – a comunhão dos homens, a consciência humana – móvel no tempo e no espaço; enquanto que orbe diz toda a superfície do nosso globo.
    Fonte: Dicio

    Mão

    Dicionário Bíblico
    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Não

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Obras

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Obras A obra fundamental de Jesus é sua morte na cruz em favor dos homens (Jo 17:4) e através da qual o Pai se revela (Jo 14:9ss.). Jesus deixa bem claro quais são as boas obras e quais não são (Jo 3:19-21). A obra de Deus — que exige de cada pessoa para sua salvação — é que creia em Jesus (Jo 6:29. Comp.com Jo 12:36ss.; 3,16-17; 5,24 etc.).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    2ª pess. sing. pres. ind. de obrar
    fem. pl. de obra

    o·brar -
    (latim operor, -ari, ocupar-se em, trabalhar, levar a efeito, exercer, praticar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Fazer um trabalho, uma tarefa. = TRABALHAR

    2. Pôr em obra. = FAZER, REALIZAR

    3. Operar.

    4. Causar.

    verbo intransitivo

    5. Proceder.

    6. Expulsar os excrementos pelo ânus. = DEFECAR, EVACUAR


    o·bra
    (latim opera, -ae, trabalho manual)
    nome feminino

    1. Produto de um agente.

    2. Produção intelectual.

    3. Manifestação dos sentimentos.

    4. Edifício em construção.

    5. Compostura, conserto.

    6. Qualquer trabalho.

    7. [Informal] Tarefa ou empresa difícil e custosa (ex.: acabar isto foi obra!).

    8. [Popular] Tramóia; malícia.


    obra de
    Cerca de (ex.: o caminho até lá é obra de 7 quilómetros). = APROXIMADAMENTE, QUASE

    obra de arte
    Artefacto, objecto ou construção que é considerado com valor estético ou artístico.

    [Pouco usado] Designação dada a pontes, aquedutos, viadutos, túneis ou qualquer outro tipo de estrutura necessária à construção de estradas.

    obra de fancaria
    Trabalho pouco esmerado, feito à pressa, tendo-se apenas em vista o lucro.

    obras mortas
    [Náutica] Parte de uma embarcação que não se encontra submersa, acima da linha de água.

    obras vivas
    [Náutica] Parte de uma embarcação que se encontra submersa, entre o lume de água e a quilha.

    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    As obras que construímos na Terra são raízes profundas de nossa alma, retendo nosso coração no serviço.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Fonte: febnet.org.br

    Obrigar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Impor como dever.
    Coagir, forçar, compelir, ter necessidade de.
    Prender alguém através da afeição, do reconhecimento; tornar grato.
    Hipotecar; empenhar.
    verbo pronominal Ligar-se a; sujeitar-se; cumprir; oferecer.
    Responsabilizar-se; afiançar; confiar.
    [Direito] Responsabilizar-se por alguém; ser fiador; assumir uma obrigação.
    Fonte: Priberam

    Oferta

    Dicionário Comum
    oferta s. f. 1. Ação de oferecer(-se); oferecimento. 2. Oblação, oferenda. 3. Retribuição de certos atos litúrgicos. 4. Dádiva. 5. Promessa. 6. Co.M Produto exposto a preço menor, como atrativo à freguesia.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Oferta V. SACRIFÍCIOS E OFERTAS (Is 1:13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Oficial

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    adjetivo Relativo a tudo que é anunciado, declarado, ordenado por uma autoridade reconhecida.
    Que emana do governo.
    Relativo às pessoas que fazem parte do governo ou da administração.
    Revestido de formalidades, solene.
    Burocrático.
    substantivo masculino Operário especializado num ofício; artífice.
    Graduação imediatamente superior à de cavaleiro, na maioria das ordens honoríficas.
    Militar O que, nas forças armadas, tem posto igual ou superior ao de segundo-tenente (ou seu equivalente, segundo as armas).
    Oficial de justiça, aquele a quem compete efetuar citações, intimações ou outras diligências judiciais.
    Fonte: Priberam

    Olho

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Órgão externo da visão: o homem tem dois olhos.
    Percepção operada pelo olho; olhar.
    Figurado Excesso de atenção, cuidado, perspicácia: estou de olho!
    Figurado Indício de qualidades, defeitos e sentimentos.
    Figurado O que distingue, esclarece; luz, brilho: olhos do espírito.
    locução adverbial A olho. Calcular pela visão, sem pesar nem medir.
    A olho nu. Sem auxílio de instrumento óptico; apenas com os olhos.
    A olhos vistos. Com toda a evidência; de modo que todos veem.
    expressão Abrir o olho. Estar atento; observar.
    Abrir os olhos. Cair em si; perceber.
    Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
    Abrir os olhos de alguém. Mostrar a verdade.
    Ter olho em alguém. Vigiar alguém atentamente.
    Ter bom olho. Ser perspicaz; descobrir no primeiro golpe de olhar.
    Ter olhos de gato. Ver no escuro.
    Ter olho de águia, de lince. Enxergar com acurácia.
    Ver com bons olhos. Ver algo ou alguém com simpatia e afeição.
    Ver com maus olhos. Ver com aversão, com desconfiança.
    Ver com os olhos do coração. Desculpar os defeitos de alguém.
    Não tirar os olhos de. Não desviar o olhar de algo ou alguém.
    Não ver senão pelos olhos de. Não ter vontade própria.
    Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
    Falar com os olhos. Revelar no olhar seus sentimentos e pensamentos.
    Comer com os olhos. Olhar com atenção e interesse; cobiçar.
    Não pregar olho. Não dormir.
    Dormir com um olho aberto e outro fechado. Fingir que dorme; desconfiar.
    Fechar os olhos. Morrer.
    (Provérbio) Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Pessoa medíocre que, entre pessoas ignorantes ou de posição inferior, pretende passar por grande homem ou muito esperto.
    (Provérbio) Olho por olho, dente por dente. Vingança.
    Etimologia (origem da palavra olho). Do latim oculus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Olho Junto com o ouvido, designa a totalidade do ser humano em ação (Mt 13:14ss.; Mc 8:18) e o interior da pessoa (Mt 6:22ss.). Por isso, é tão empregado em expressões de conteúdo espiritual como abrir os olhos (Mt 9:30; Jo 9:10-14), ter os olhos abertos (Lc 24:31), levantar os olhos (Mt 17:8; Lc 16:23; Jo 4:35; 6,5), existir um olho bom (Lc 11:34) e um olho mau (Mt 20:15). E, finalmente: os olhos mais felizes são os que vêem — isto é, recebem e aceitam com fé — Jesus e sua pregação (Mt 13:16; Lc 10:23).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Outrossim

    Dicionário Comum
    advérbio Da mesma maneira; do mesmo jeito ou da mesma forma; idem, igualmente: o remédio tem eficácia, outrossim o tratamento.
    De modo equivalente; também: entrou na empresa para trabalhar com custos e, outrossim, para saber dos prejuízos.
    Etimologia (origem da palavra outrossim). Outro + sim.
    Fonte: Priberam

    Pai

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Passa

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Passa Uva seca ao sol (Ct 2:5).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Fruta desidratada ou seca ao sol, especialmente a uva: uva passa.
    Figurado Pessoa magra, envelhecida, com rugas; enrugada.
    Etimologia (origem da palavra passa). Do latim passus.a.um.
    substantivo feminino Ação de passar, de ir de um local a outro: esse trem passa em Brasília?
    Ação de ocorrer, de ultrapassar, de transpor algo: o tempo passa muito rápido.
    Etimologia (origem da palavra passa). Forma Reduzida de passar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Fruta desidratada ou seca ao sol, especialmente a uva: uva passa.
    Figurado Pessoa magra, envelhecida, com rugas; enrugada.
    Etimologia (origem da palavra passa). Do latim passus.a.um.
    substantivo feminino Ação de passar, de ir de um local a outro: esse trem passa em Brasília?
    Ação de ocorrer, de ultrapassar, de transpor algo: o tempo passa muito rápido.
    Etimologia (origem da palavra passa). Forma Reduzida de passar.
    Fonte: Priberam

    Pedir

    Dicionário da FEB
    [...] pedir, em nome de Jesus, é aceitar-lhe a vontade sábia e amorosa, é entregar-se-lhe de coração para que nos seja concedido o necessário.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 66

    [...] Subordinadas ao arrependimento e reparação, dependentes da vontade humana, as penas, por temporárias, constituem concomitantemente castigos e remédios auxiliares à cura do mal. Os Espíritos, em prova, não são, pois, quais galés por certo tempo condenados, mas como doentes de hospital sofrendo de moléstias resultantes da própria incúria, a compadecerem-se com meios curativos mais ou menos dolorosos que a moléstia reclama, esperando alta tanto mais pronta quanto mais estritamente observadas as prescrições do solícito médico assistente. [...] [...] são conseqüentes às imperfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

    P [...] Eterno e perpétuo se empregam, pois, no sentido de indeterminado. Nesta acepção pode dizer-se que as penas são eternas, para exprimir que não têm duração limitada; eternas, portanto, para o Espírito que lhes não vê o termo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

    [...] Todas as penas e tribulações da vida são expiação das faltas de outra existência, quando não a conseqüência das da vida atual. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 983

    [...] A pena, invariavelmente, envolve aquele a quem é dirigida numa vibração de depreciamento, de invalidez, não sendo edificante, porque não vitaliza com esperança o ser necessitado. Certamente, apiedar-se de alguém significa sentir alguma forma de compaixão, no entanto, quando é esta que toma o coração, irrompe como uma caudal de força que vitaliza e solidariza-se com o outro, que se torna uno com aquele a quem dirige a emoção.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Solicitar, implorar; elaborar pedidos: pediu redução de trabalho; pediu ao chefe aumento de salário; vive pedindo.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Rogar; fazer uma solicitação com insistência: pedia desculpas; pediu desculpas pela traição.
    verbo transitivo direto Demandar; ter necessidade de: seu estado pedia repouso.
    verbo transitivo indireto Intervir; fazer uma intervenção a favor de uma pessoa ou de alguma coisa: pedia pelos necessitados.
    Etimologia (origem da palavra pedir). Do latim petire; petere.
    Fonte: Priberam

    Perca

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Peixe dos lagos e dos rios mansos, com duas nadadeiras (a primeira espinhosa), voraz, de carne muito apreciada. (Compr.: até 50 cm.).
    Fonte: Priberam

    Perfeito

    Dicionário Comum
    adjetivo Que não tem defeitos; ideal, impecável; excelente.
    Que está terminado; sem falhas, lacunas; completo, absoluto, total.
    Que se sobressai por ser excepcional; magistral.
    De aspecto belo; em que há elegância; bonito, elegante.
    Gramática Diz-se dos tempos verbais que exprimem ação passada e acabada.
    [Jurídico] Que está de acordo com a lei ou com as normas jurídicas.
    Botânica Que possui ou desenvolveu todas as características distintivas.
    Etimologia (origem da palavra perfeito). Do latim perfectum.
    Fonte: Priberam

    Perfeitos

    Dicionário Comum
    masc. pl. part. pass. de perfazer
    masc. pl. de perfeito

    per·fa·zer -
    (per- + fazer )
    verbo transitivo

    1. Acabar de fazer. = CONCLUIR, REMATAR

    2. Tornar completo determinado número ou valor. = COMPLETAR

    3. Preencher.

    4. Executar, fazer.


    per·fei·to
    adjectivo
    adjetivo

    1. Acabado, rematado, completo.

    2. Sem defeito.

    3. Magistral.

    4. Primoroso.

    5. Magistral, notável, destro.

    6. [Informal] Que não deixa muitas dúvidas (ex.: sinto-me uma perfeita idiota). = CHAPADO, COMPLETO, REMATADO

    7. Gramática Diz-se do tempo dos verbos que exprime que no momento em que se passa já está completamente realizado o que o verbo significa. = PERFECTIVO

    8. [Música] Diz-se do acorde que é formado por três ou mais notas.

    9. [Matemática] Diz-se do número que é igual à soma das suas partes alíquotas.

    nome masculino

    10. O que é perfeito.

    Confrontar: prefeito.
    Fonte: Priberam

    Perseguição

    Dicionário da FEB
    [...] A perseguição não é um bom meio de persuasão; pode momentaneamente P abater o mais fraco; convencê-lo jamais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Perseguição Essa circunstância está ligada, infalivelmente, à condição de profeta (Mt 5:12) e de discípulo (Mc 10:30). Parte da aversão que o mundo tem por Jesus (Jo 15:18-20). Longe de sentir ódio, o discípulo perseguido deve orar por seus perseguidores (Mt 5:44), sabendo também que existe uma bênção para essa situação (Mt 5:10) e que conta com a ajuda de Deus para enfrentar toda e qualquer perseguição (Mt 10:19ss.; Lc 21:12-15).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    É o ato de correr em seguimento de alguém para o prender – e também qualquer violência praticada por motivo religioso ou político. Bem cedo foi a igreja cristã perseguida: Jesus o tinha predito no Sermão da Montanha (Mt 5:10-12), e quando encarregou as doze da missão de evangelizar (Mt 10:17-18). Depois da morte do Divino Mestre continuou a perseguição contra os pregadores do Evangelho. Variam de forma, empregando-se umas vezes processos regulares, segundo a lei, prevalecendoem outras ocasiões a vontade do governador, como no procedimento de Herodes – e acontecia, também, romper o povo fanatizado em violências tumultuosas contra os discípulos de Jesus. Depois do discurso de Pedro (At 3), apoderaram-se os sacerdotes e os saduceus daquele Apóstolo e de João. Quanto a Estêvão, a sua obra de evangelização levantou acusações contra ele (At 6:11), sendo depois martirizado (At 7:58). Após este acontecimento houve contra a igreja de Jerusalém uma grande perseguição (At 8:1). Herodes pôs-se em campo (At 12:1) – e competiam os judeus com os gentios na resistência ao progresso da igreja nascente. Se em Filipos e em Éfeso eram os gentios os perseguidores (At 16:19), foram agressores os judeus em Antioquia de Pisídia (At 13), em icônio e em Listra (At 14), na Tessalônica (At 17), e em Corinto (At 18). As injustiças contra Paulo foram a causa de ele ter apelado para o tribunal de César (At 25:11), indo por isso o Apóstolo para Roma, onde mais tarde foi executado. Ele próprio falou da perseguição que outros haviam de sofrer como ele tinha sofrido (2 Tm 3.11,12). Pedro conforta os seus leitores, falando-lhes das provações que estavam iminentes (1 Pe 4.12 a 19). João, no Apocalipse (2.10,13, etc.), refere-se à perseguição já existente, ou próxima. o imperador Nero moveu uma grande perseguição no ano de 64. Foram de tal modo torturados os cristãos, que segundo conta Tácito, historiador romano, houve um movimento de simpatia para com os discípulos de Cristo (Ann. 15.24). E desde esse ano até ao princípio do quarto século, as perseguições sucediam-se, uma após outra. Na história moderna, a perseguição aos protestantes, feita pela igreja de Roma, causou maior perda de vidas do que a guerra ao Cristianismo nos tempos do paganismo. As igrejas missionárias também têm sido combatidas com as mais terríveis perseguições, como foram as que se levantaram contra os primeiros convertidos católicos romanos no Japão, e ainda em tempos mais modernos, as de Madagascar, Uganda e China. A igreja Romana nunca condenou os seus princípios de que tudo o que ela considera heresia deve ser suprimido pela força. E procura defender-se com a Lei de Moisés (o cap. 13 do Deuteronômio, por exemplo). Mas ali trata-se do castigo que haviam de sofrer os que prestavam culto aos ídolos, servindo a outros deuses. ora, é preciso nunca perder de vista que somos cristãos, e que o verdadeiro princípio cristão, pelo qual nos devemos regular, está estabelecido em 2 Co 3.17.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ação ou efeito de perseguir (correr ou ir atrás de): nunca conseguiu se livrar da perseguição dos policiais.
    Sociologia. Falta de tolerância dirigida a determinado grupo social, organização, coletividade, associação etc.: perseguição política.
    Por Extensão Ação ou comportamento da pessoa que age na intenção de perseguir, prejudicar ou coibir algo ou alguém.
    Etimologia (origem da palavra perseguição). Perseguir + ção.
    Fonte: Priberam

    Pleitear

    Dicionário Bíblico
    Discutir; disputar
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Pleitear
    1) Discutir na justiça (Jr 2:9).


    2) Defender (Sl 43:1).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Contestar na justiça: pleiteou os alugueis atrasados do inquilino.
    verbo intransitivo Ficar discutindo; manter em litígio: não decidiam, só pleiteavam.
    verbo transitivo direto Argumentar a favor de algo ou de outrem: os acionistas pleiteavam a favor da venda da companhia.
    Almejar algo; buscar ou competir: pleiteavam pelo único lugar.
    Transformar algo no tópico da discussão: não resolveu suas pendências até pleiteá-las exaustivamente.
    Esforçar-se com afinco para obtenção de algo: pleiteava uma vaga na faculdade.
    verbo transitivo indireto Disputar face a face; competir: pleitear com os inimigos.
    Etimologia (origem da palavra pleitear). Pleito + ar.
    Fonte: Priberam

    Pobres

    Dicionário Comum
    masc. e fem. pl. de pobre

    po·bre
    (latim pauper, -eris)
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que aparenta ou revela pobreza (ex.: ambiente pobre). = HUMILDELUXUOSO, RICO

    2. Que é mal dotado, pouco favorecido.

    3. Que tem pouca quantidade (ex.: dieta pobre em gorduras).RICO

    4. Que produz pouco (ex.: solos pobres).RICO

    5. Figurado Que revela pouca qualidade (ex.: graficamente, o filme é muito pobre).RICO

    adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
    adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

    6. Que ou quem não tem ou tem pouco do que é considerado necessário, vital. = NECESSITADO

    7. Que ou quem tem poucos bens ou pouco dinheiro.RICO

    8. Que ou quem desperta compaixão, pena (ex.: pobres crianças; nem sei como é que aquela pobre aguenta a situação). = COITADO, INFELIZ

    nome de dois géneros

    9. Pessoa que pede esmola (ex.: ainda há muitos pobres na rua). = MENDIGO, PEDINTE


    pobre de espírito
    Simplório, ingénuo, tolo.

    Superlativo: paupérrimo ou pobríssimo.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pobres Embora de diferentes necessidades, era considerável o número de pobres na Palestina do tempo de Jesus.

    Em primeiro lugar os diaristas, que ganhavam cerca de um denário por dia (Mt 20:2.9; Tb 5:15), incluindo-se as refeições (B. M, 7,1).

    Em segundo lugar, estavam os que viviam do auxílio alheio e compreendiam: os escribas (Ec 38:24; 39,11; P. A. 4,5; 1,13; Yoma 35b bar; Mt 10:8-10; Mc 6:8; Lc 8:1-3; 9,3; 1Co 9:14); os rabinos como Shamai (Shab 31a), Hilel (Yoma 35b bar), Yojanan ben Zakkay (Sanh 41a; Sifré Dt 34:7; Gen R 100:11 sobre 50:14), R. Eleazar bem Sadoc (Tos. Besa 3:8), Abbá Shaul ben Batnit (Tos. Besa 3:8; Besa 29a bar) e Paulo (At 18:3).

    É possível que essa precariedade econômica explique, pelo menos em parte, que houvesse fariseus que aceitavam subornos (Guerra Jud., I, 29,2) e que os evangelhos às vezes os acusem de avareza (Lc 16:14) e ladroagem (Mc 12:40; Lc 20:47). Na base da pobreza, estavam os mendigos, que não eram poucos. Os doentes — como os enfermos de lepra — que mendigavam nas cidades ou nas suas imediações eram consideravelmente numerosos (Pes 85b; San 98a).

    Alguns milagres de Jesus aconteceram em lugares típicos de mendicância (Mt 21:14; Jo 9:1.8; 8,58-59; 5,2-3). Sem dúvida, muitas vezes tratava-se de espertalhões fingindo invalidez para obterem esmola (Pea 8:9; Ket 67b-
    - 68a) ou que viviam aproveitando-se das bodas e das circuncisões (Sem 12; Tos Meg 4:15).

    Jesus teve seguidores desta parte da população. Tendo-se em conta que o sacrifício de purificação de sua mãe era o dos pobres (Lc 2:24; Lv 12:8), sabe-se que Jesus procedia de uma família pobre, não tinha recursos (Mt 8:20; Lc 9:58), não levava dinheiro consigo (Mt 17:24-27; Mc 12:13-17; Mt 22:15-22; Lc 20:24) e vivia de ajuda (Lc 8:1-3). É importante observar que nem Jesus nem seus seguidores valorizaram a pobreza material, mas sim uma cosmovisão que indicava sua pertença à categoria escatológica dos “anawin”, os pobres espirituais ou pobres humildes que esperavam a libertação proveniente de Deus e unicamente de Deus. Certamente Jesus e seus discípulos desfrutaram de um grande poder de atração sobre os indigentes; não bastava, porém, ser pobre para associar-se a eles e tampouco parece que essa indigência fosse uma recomendação especial. Integrar-se ao número dos seguidores de Jesus dependia da conversão, de uma decisão vital, seguida de uma mudança profunda de vida, não relacionada ao “status” social.

    O círculo dos mais próximos a Jesus possuía uma bolsa comum (Jo 13:29); disso não se deduz, porém, uma idéia de pobreza, pois esses fundos eram empregados não só para cobrir os gastos como também destinados a dar esmolas aos pobres. A “pobreza” preconizada por Jesus não se identificava, portanto, com a miséria e sim com uma simplicidade de vida e uma humildade de espírito que não questionava as posses de cada um, mas alimentava a solidariedade e a ajuda aos demais, colocando toda sua fé na intervenção de Deus. Os discípulos não eram pobres no sentido material, mas no de “humildade”: tratava-se mais da pobreza espiritual do que da econômica e social. Essa idéia contava com profundas raízes na teologia judaica. Nesse sentido, encontramos referências em Is 61:1: os de coração abatido, que buscam a Deus (Sl 22:27; 69,33 etc.), cujo direito é violado (Am 2:7), mas a quem Deus escuta (Sl 10:17), ensina o caminho (Sl 25:9), salva (Sl 76:10) etc. Tudo isso faz que os “anawim” louvem a Deus (Sl 22:27), alegrem-se nele (Is 29:19; Sl 34:3; 69,33) e recebam seus dons (Sl 22:27; 37,11) etc.

    Os “anawim” não são, pois, os pobres simplesmente, mas os pobres de Deus (Sf 2:3ss.). (Ver nesse sentido: R. Martin-Achard, “Yahwé et les ânawim:” ThZ 21, 1965, pp. 349-357.) A Bíblia dos LXX assume tanto essa interpretação que pobre é traduzido não somente como “ptojós” e “pénes”, mas também por “tapeinós” (humilde) e “prays” (manso) e seus derivados. Realmente, a palavra “anaw” no Antigo Testamento tem um significado ambivalente. Enquanto em alguns casos só se refere ao necessitado (Is 29:19; 61,1; Am 2:7 etc.), em outros equivale a “humilde” (Nu 12:3; Sl 25:9; 34,3; 37,11; 69,32 etc.). O mesmo pode dizer-se de “ebion” (Jr 20:13) e de “dal” (Sf 3:12), cujo significado pode ser tanto necessitado como humilde.

    Dentro desse quadro de referências, os “pobresanawim” não são senão todos os que esperam a libertação de Deus porque sabem que não podem esperá-la de mais ninguém. A eles, especialmente, é anunciado o evangelho (Mt 11:5; Lc 4:18).

    E. Jenni e C. Westermann, “3Aebyon” e “Dal” em Diccionario Teológico manual del Antiguo Testamento, Madri 1978, I, e Idem, “`Nh” em Ibidem, II; W. E. Vine, “Poor” em Expository Dictionary of Old and New Testament Words, Old Tappan 1981; C. Vidal Manzanares, “Pobres” em Diccionario de las Tres Religiones, Madri 1993; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Pode

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego.
    Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo.
    Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos.
    Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder.
    substantivo deverbal Ação de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.
    Fonte: Priberam

    Presta

    Dicionário Comum
    fem. sing. de presto
    3ª pess. sing. pres. ind. de prestar
    2ª pess. sing. imp. de prestar

    pres·to |é| |é|
    adjectivo
    adjetivo

    1. Veloz, célere.

    advérbio

    2. Prestes.

    3. [Música] Muito ligeiro, mais apressado que o alegro.

    nome masculino

    4. Trecho musical num andamento muito ligeiro.


    de presto
    De pronto.


    pres·tar -
    (latim praesto, -are, pôr à disposição, dar, oferecer; cumprir, fazer; afiançar; preservar)
    verbo intransitivo

    1. Estar ao alcance de alguém para ser útil; ter préstimo; aproveitar.

    verbo transitivo

    2. Dar; acomodar; emprestar; dispensar.

    3. Dedicar; render.

    verbo pronominal

    4. Ajeitar-se; adaptar-se.

    Fonte: Priberam

    Preto

    Dicionário Comum
    adjetivo De cor semelhante a do carvão ou do piche; diz-se dessa cor.
    Cuja cor é negra, escura, como a do carvão: cavalo preto.
    Cheio de dificuldades; difícil, complicado: a vida está preta.
    Muito escuro; de teor sombrio; umbroso.
    [Artes] Cujos traços são bem mais intensos e espessos; grosso.
    substantivo masculino Cor que se assemelha à cor do carvão; negro.
    Algo ou alguém cuja cor da pele é negra.
    [Física] Qualidade do objeto capaz de absorver de maneira uniforme a luz; ausência completa de cor por meio da absorção de todas as radiações luminosas.
    expressão Preto no branco. Dito claramente, sem rodeios nem desculpas: precisamos resolver esta situação, preto no branco.
    Etimologia (origem da palavra preto). Do latim prett- pressus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    preto (ê) adj. Di-Zse da cor mais escura entre todas; negro. S. .M 1. Indivíduo da raça negra. 2. A cor negra.
    Fonte: Priberam

    Primeiro

    Dicionário Comum
    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.
    Fonte: Dicio

    Prisão

    Dicionário Bíblico
    A detenção, como castigo, embora primitivamente em uso entre os egípcios (Gn 39:20 – 40.3 – 42.17), não era ordenada pela lei judaica, sendo, contudo, o suposto criminoso guardado até ao seu julgamento (Lv 24:12Nm 15:34). Durante o período da conquista, e do juizado, na verdade até ao tempo de Saul, não há indicação alguma de que os hebreus tivessem prisões. Foi depois a prisão uma parte do palácio real (1 Rs 22.27). isto era assim segundo o costume das nações circunvizinhas (2Rs 25:27Ne 3:25 – Jr 3L2). Houve outra forma de prisão, na qual uma casa particular servia para ter o acusado em lugar seguro (Jr 37:15). os prisioneiros sustentavam-se à sua própria custa, combinando todos a sua alimentação. No tempo de Cristo, cada palácio, ou fortaleza, tinha a sua prisão, geralmente lugares subterrâneos (Lc 3:20At 12:4-10). o Sinédrio tinha, também, um lugar para detenção de pessoas acusadas de qualquer delito (At 5:18-23 – 8.3). Em todas as prisões eram usadas cadeias e troncos para terem bem seguros os presos, e até, segundo o costume dos romanos, estavam eles ligados aos soldados. Geralmente, como no caso de Paulo, os amigos tinham entrada nos cárceres (Mt 11:2 – 25.36,39 – At 24:23). Além das prisões referidas, qualquer lugar conveniente poderia servir de encarceramento. (Gn 37:24Jr 38:6-11.) Metaforicamente, chama-se prisão a uma condição baixa (Ec 4:14) – e também o estado em que Deus guarda Satanás (Ap 20:7). E o mesmo nome se dá ao estado de escravidão espiritual em que os pecadores são retidos por Satanás, em razão das suas próprias más ações e desejos (is 42:7 – 53.8). o inferno é semelhante a uma prisão (1 Pe 3.19). os cativos, os escravos, etc., são chamados prisioneiros (3:18Sl 69:33is 49:9).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Detenção; ação de prender, de aprisionar alguém que cometeu um crime.
    Cativeiro; condição de quem está preso: a prisão deixou-o traumatizado.
    Presídio; casa de detenção: passou a maioria da sua vida na prisão.
    Por Extensão Clausura; local fechado, geralmente escuro: sua casa é uma prisão sem saída.
    Figurado Laço; o que limita ou acaba com a liberdade de: o vício era a sua prisão.
    Figurado O que prende a atenção: a televisão é uma prisão para algumas crianças.
    Por Extensão Corrente; o que é utilizado para atar, prender, aprisionar.
    Prisão domiciliar. Detenção de alguém em sua residência, geralmente por problemas de saúde.
    Etimologia (origem da palavra prisão). Do latim prehensio.onis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] A prisão quase sempre é uma oportunidade salvadora, principalmente quando a liberdade perdeu, em nossas mãos, o sentido do respeito e da dignidade da vida.
    Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Fonte: febnet.org.br

    Procedência

    Dicionário Comum
    procedência s. f. 1. Ato ou efeito de proceder. 2. Lugar donde procede alguém ou alguma coisa; origem, proveniência.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ação ou efeito de proceder; processão.
    Particularidade do que é procedente.
    Local da origem de (algo ou alguém); fonte ou proveniência: tecido de ótima procedência.
    Particularidade do que tem fundamento: boato sem procedência.
    [Jurídico] Fundamento que aprova ou permite a realização de alguma coisa; base ou fundamento.
    Etimologia (origem da palavra procedência). Proceder + ência.
    Fonte: Priberam

    Prostituição

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ação de prostituir.
    Comércio profissional do sexo.
    Figurado Uso degradante de uma coisa.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Trato sexual com outra ou outro distinto do próprio cônjuge, em troca de dinheiro ou em outra forma de pagamento. Na antiguidade houve inclusive a prostituição sagrada. Os profetas, assim como recorreram à imagem do matrimônio para expressar a intimidade de Deus com seu povo, também empregaram a de prostituição como expressão da infidelidade (cf. Os 2; Ex 16:26; ver também Ap 17:1-19,2).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Prostituição
    1) Comércio sexual do corpo (Os 1:2); (Gl 5:19). A prostituição cultual era praticada na adoração aos deuses da fertilidade (v. ASTAROTE e BAAL). Pensava-se que relações sexuais com prostitutas ou prostitutos fariam com que as terras produzissem boas colheitas e os animais tivessem muitas crias (Dt 23:17-18); (2Rs 23:7)

    2) Figuradamente, infidelidade a Deus (Jr 3:6-13); (Ez 16:1-41).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário da FEB
    A prostituição não teve seu início nos primeiros dias da Humanidade, pois os homens ainda não possuíam os vícios e as paixões. Com o desenvolvimento das paixões é que vieram a surgir os maus costumes no seio dos agrupamentos humanos. Antes de Jesus, já existia a prostituição, mas não era tolerada pela religião dominante (que até mesmo aconselhava a lapidação da mulher adúltera), impossibilitando de certo modo a sua expansão. [...] O mercado organizado dos prazeres sexuais não foi uma promoção originariamente das mulheres, mas, sim, dos homens [...]. Sob o aspecto lesivo à nobre finalidade do sexo, na condição imprescritível de instrumento de formação da família, a prostituição, como flagelo social, só é tolerada do ponto de vista do direito ao direcionamento às manifestações do livre-arbítrio feminino, atentatórias ao pleno acatamento à lei de procriação, a que deploravelmente permanecem desatentos o homem e a mulher. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    Fonte: febnet.org.br

    Próximo

    Dicionário Comum
    adjetivo Localizado a uma pequena distância: trabalha num apartamento próximo.
    O que ocorre de imediato; imediatamente após; seguinte: próximo trabalho; próxima cidade.
    Que pode acontecer a qualquer momento: o fim do casamento está próximo.
    Que aconteceu recentemente; recente: a demissão ainda está muito próxima.
    Diz-se da pessoa que fazer parte da mesma família; parente próximo.
    Com excesso de intimidade; íntimo: grupo próximo de primos.
    Que se parece ou se assemelha; análogo.
    substantivo masculino Aquilo que sucede; o que aparece em seguida: quem será o próximo candidato?
    Qualquer indivíduo que pode ser considerado como um semelhante; semelhante: querer bem o próximo.
    advérbio Em local perto: vive próximo.
    Etimologia (origem da palavra próximo). Do latim proximus.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Próximo
    1) Que está perto (Mt 24:33).


    2) Ser humano; pessoa (Lv 19:18; Rm 15:2).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Próximo No pensamento judeu, o próximo era o israelita não ligado por laços de parentesco (Lv 17:3; 19,11-13 16:18) e, como concessão, o estrangeiro residente no meio do povo de Israel (Lv 17:8-10:13; 19,34). A grande inovação de Jesus é que o próximo — a quem se deve amar — inclui também o inimigo (Mt 5:43-48). A pergunta essencial deixa de ser “Qual é o meu próximo?” para tornar-se “Acaso não sou eu o seu próximo?” (Lc 10:29-37).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Publicanos

    Dicionário Bíblico
    Cobradores de Impostos empregados pelas autoridades romanas. Tinham a má fama de exigir impostos excedentes em relação à taxa oficial, enchendo os bolsos com a diferença. Eram desprezados pelos judeus por colaborarem com o governo romano, que dominava o país.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Eram assim chamados, na antiga Roma, os cavalheiros arrendatários das taxas públicas, incumbidos da cobrança dos impostos e das rendas de todas espécie, quer em Roma mesma, quer nas outras partes do Império. [...] Os riscos a que estavam sujeitos faziam que os olhos se fechassem para as riquezas que muitas vezes adquiriam e que, da parte de alguns, eram frutos de exações e de lucros escandalosos. O nome de publicano se estendeu mais tarde a todos os que superintendiam os dinheiros públicos e aos agentes subalternos. Hoje, esse termo se emprega em sentido pejorativo, para designar os financistas e os agentes pouco escrupulosos de negócios. Diz-se por vezes: Ávido como um publicano, rico como um publicano, com referência a riquezas de mau quilate.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Publicanos eram os arrecadadores de impostos públicos exigidos pelos romanos ao povo judeu, no exercício de cujo mister tinham oportunidade de amealhar fortuna, pelo abuso das exações.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola do fariseu e do publicano

    Fonte: febnet.org.br

    Pés

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pés 1. Lançar-se aos pés: reconhecer a superioridade da outra pessoa, adorá-la (Mt 18:29; 28,9).

    2. Descalçar: ato de servidão reservado aos escravos (Mc 1:7).

    3. Sentar-se aos pés: ser discípulo de alguém (Lc 8:35).

    4. Depositar aos pés: confiar algo a alguém (Mt 15:30).

    5. Sacudir o pó dos pés: expressar ruptura ou mesmo o juízo que recaíra sobre a outra pessoa (Mt 10:14).

    6. Lavar os pés: sinal de humildade e serviço que Jesus realizou com seus discípulos durante a Última Ceia, e espera-se que estes o repitam entre si (Jo 13:1-17).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Quando

    Dicionário Comum
    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
    Fonte: Priberam

    Raca

    Dicionário Bíblico
    Termo popular de insulto, significando ‘vil’, ‘desprezível’ (Mt 5:22). Está em estreita conexão com a palavra ‘rekim’, que em Juízes (11,3) se acha traduzida por ‘homens levianos’. os rabinos ensinavam que o uso de tal expressão era quase tão grande crime como o assassinato.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Raca Palavra ARAMAICA que quer dizer “Você não presta!” (Mt 5:22, RC).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Raca Palavra aramaica de etimologia duvidosa (vazio?), que transmite a idéia de imoral ou tolo. Jesus a considera um grave insulto cujo uso é indigno de seus discípulos (Mt 5:22).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Raça

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Categorização que pretende classificar os seres humanos, pautando-se em caracteres físicos e hereditários.
    Grupo de indivíduos cujos caracteres biológicos são constantes e passam de uma geração para outra: raça branca, raça negra etc.
    Sucessão de ascendentes e descendentes de uma família, um povo; geração, descendência, linhagem: raça de Davi.
    Subdivisão de uma espécie: raças humanas.
    [Popular] Desejo intenso, constante de quem busca algo e não desiste com facilidade daquilo que quer: o jogador ganhou na raça!
    Figurado Categoria de pessoas da mesma profissão, de inclinações comuns; classe: os agiotas constituem má raça.
    expressão Animal de raça. Animal de boa origem.
    Etimologia (origem da palavra raça). Do latim ratio, "espécie".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Categorização que pretende classificar os seres humanos, pautando-se em caracteres físicos e hereditários.
    Grupo de indivíduos cujos caracteres biológicos são constantes e passam de uma geração para outra: raça branca, raça negra etc.
    Sucessão de ascendentes e descendentes de uma família, um povo; geração, descendência, linhagem: raça de Davi.
    Subdivisão de uma espécie: raças humanas.
    [Popular] Desejo intenso, constante de quem busca algo e não desiste com facilidade daquilo que quer: o jogador ganhou na raça!
    Figurado Categoria de pessoas da mesma profissão, de inclinações comuns; classe: os agiotas constituem má raça.
    expressão Animal de raça. Animal de boa origem.
    Etimologia (origem da palavra raça). Do latim ratio, "espécie".
    Fonte: Priberam

    Reconciliar

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Reconciliar Fazer as pazes (Mt 5:24; 2Co 5:18-20).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Rei

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Reino

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

    G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
    Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
    Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
    Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
    [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
    [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
    [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
    expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
    Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
    Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.
    Fonte: Priberam

    Repudiar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Antigo Renegar a esposa ou rejeitá-la legalmente.
    Separar-se através de um divórcio; divorciar-se.
    Desamparar alguém; deixar em abandono; rejeitar, repelir: repudia seu filho e deixa-o aos cuidados de outros.
    Manifestar recusa, rejeição a; reprovar: a emissora repudia programas violentos.
    Etimologia (origem da palavra repudiar). Do latim repudiare, "expulsar de casa, falando da esposa".
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Repudiar Rejeitar legalmente a esposa; divorciar (Is 50:1; Mt 5:31).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Renunciar voluntariamente; arredar de si; rejeitar, repelir
    Fonte: Dicionário Adventista

    Reu

    Dicionário Bíblico
    hebraico: amador
    Fonte: Dicionário Adventista

    Reí

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.

    Autor: Paul Gardner

    Reú

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “amigo”). Filho de Pelegue, portanto descendente de Sem, foi pai de Serugue. Assim, foi ancestral de Abraão, mencionado na genealogia apresentada no evangelho de Lucas que vai de Jesus e José até Adão (Gn 11:18-21; 1Cr 1:25; Lc 3:35).

    Autor: Paul Gardner

    Rogar

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Rogar Pedir com insistência (Mt 9:38).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    verbo Pedir insistentemente e demonstrando humildade; suplicar: rogou que a desculpassem; rogava pelo amigo doente; rogava à santa por um milagre.
    verbo bitransitivo Insistir com perseverança; exortar: os filhos rogavam ao pai que parasse com o castigo.
    Gramática Verbo de múltiplas regências.
    Etimologia (origem da palavra rogar). Do latim rogare.
    Fonte: Priberam

    Réu

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Indivíduo que está sendo julgado ou processado, devendo responder por ação cível ou por crime: ele será réu no processo de fraude fiscal.
    [Jurídico] Quem cometeu (autor) ou participou (coautor) de um crime ou delito; culpado ou criminoso.
    adjetivo Que possui culpa; culpado.
    Que expressa uma péssima índole; repleto de maldade; malévolo.
    Réu Primário. Aquele que nunca havia sido condenado até ao momento de sua condenação.
    Etimologia (origem da palavra réu). Do latim reus.rei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Réu Culpado (Jr 26:11-16; Mt 26:66). Em 1Co 11:27, RA, “réu” quer dizer “culpado de pecar contra”.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Sal

    Dicionário da FEB
    [...] representa, [no Evangelho], os ensinos que o homem traz consigo e que deve espalhar em torno de si. Sua moralidade, seu amor a Deus, sua submissão às Leis Divinas e, por conseguinte, a observância de todos os mandamentos que venham do Senhor e do seu Cristo são o sabor do homem [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    O sal, entre os hebreus, era o emblema da purificação de toda vítima oferecida em oblata ao Senhor.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Sal Substância mineral que proporciona sabor aos alimentos (Mt 5:13) e ajuda a conservá-los. Jesus considera seus discípulos sal da terra. Não devem, pois, jamais perder o seu sabor, o que implicaria o final de sua missão de ser sal e luz para o mundo (Lc 14:34-35; Mt 5:13; Mc 9:50).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    substantivo masculino Substância seca, dura, friável, de sabor acre, solúvel na água e que, ordinariamente, se emprega como tempero; cloreto de sódio.
    [Química] Composto que resulta da ação dos ácidos sobre as bases; composto resultante da substituição de um metal pelo hidrogênio básico dos ácidos.
    Figurado Graça, chiste: uma conversa com sal.
    Malícia espirituosa.
    Farmacologia. Sal amargo, sal inglês, sal de Epsom ou sal de Sedlitz, sulfato de magnésio.
    Figurado Sal ático, modo sutil e delicado de pensar, de se exprimir.
    Sal de azedas, bioxalato de potássio.
    Sal amoníaco, cloreto de amônio.
    Sal de cozinha ou sal marinho, o sal comum, o cloreto de sódio.
    Sal infernal, antigo nome do nitrato de potássio; O mesmo que sal de nitro.
    [Alquimia] Sal de Júpiter, cloreto de estanho.
    Sal de Saturno, acetato de chumbo.
    Sal de Glauber, sulfato de sódio.
    Sal iodado, sal de cozinha ao qual se acrescenta iodeto de sódio, usado como profilático do bócio endêmico.
    Religião Sal da terra, título dado por Jesus Cristo aos apóstolos, que significa, no entender dos teólogos, o princípio de conservação espiritual.
    Sal de Vichy, bicarbonato de sódio.
    substantivo masculino plural Substâncias voláteis que se dão a respirar a uma pessoa desfalecida, com o fim de fazê-la recuperar os sentidos. (P. ex., sais de amônio.).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Substância seca, dura, friável, de sabor acre, solúvel na água e que, ordinariamente, se emprega como tempero; cloreto de sódio.
    [Química] Composto que resulta da ação dos ácidos sobre as bases; composto resultante da substituição de um metal pelo hidrogênio básico dos ácidos.
    Figurado Graça, chiste: uma conversa com sal.
    Malícia espirituosa.
    Farmacologia. Sal amargo, sal inglês, sal de Epsom ou sal de Sedlitz, sulfato de magnésio.
    Figurado Sal ático, modo sutil e delicado de pensar, de se exprimir.
    Sal de azedas, bioxalato de potássio.
    Sal amoníaco, cloreto de amônio.
    Sal de cozinha ou sal marinho, o sal comum, o cloreto de sódio.
    Sal infernal, antigo nome do nitrato de potássio; O mesmo que sal de nitro.
    [Alquimia] Sal de Júpiter, cloreto de estanho.
    Sal de Saturno, acetato de chumbo.
    Sal de Glauber, sulfato de sódio.
    Sal iodado, sal de cozinha ao qual se acrescenta iodeto de sódio, usado como profilático do bócio endêmico.
    Religião Sal da terra, título dado por Jesus Cristo aos apóstolos, que significa, no entender dos teólogos, o princípio de conservação espiritual.
    Sal de Vichy, bicarbonato de sódio.
    substantivo masculino plural Substâncias voláteis que se dão a respirar a uma pessoa desfalecida, com o fim de fazê-la recuperar os sentidos. (P. ex., sais de amônio.).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Substância seca, dura, friável, de sabor acre, solúvel na água e que, ordinariamente, se emprega como tempero; cloreto de sódio.
    [Química] Composto que resulta da ação dos ácidos sobre as bases; composto resultante da substituição de um metal pelo hidrogênio básico dos ácidos.
    Figurado Graça, chiste: uma conversa com sal.
    Malícia espirituosa.
    Farmacologia. Sal amargo, sal inglês, sal de Epsom ou sal de Sedlitz, sulfato de magnésio.
    Figurado Sal ático, modo sutil e delicado de pensar, de se exprimir.
    Sal de azedas, bioxalato de potássio.
    Sal amoníaco, cloreto de amônio.
    Sal de cozinha ou sal marinho, o sal comum, o cloreto de sódio.
    Sal infernal, antigo nome do nitrato de potássio; O mesmo que sal de nitro.
    [Alquimia] Sal de Júpiter, cloreto de estanho.
    Sal de Saturno, acetato de chumbo.
    Sal de Glauber, sulfato de sódio.
    Sal iodado, sal de cozinha ao qual se acrescenta iodeto de sódio, usado como profilático do bócio endêmico.
    Religião Sal da terra, título dado por Jesus Cristo aos apóstolos, que significa, no entender dos teólogos, o princípio de conservação espiritual.
    Sal de Vichy, bicarbonato de sódio.
    substantivo masculino plural Substâncias voláteis que se dão a respirar a uma pessoa desfalecida, com o fim de fazê-la recuperar os sentidos. (P. ex., sais de amônio.).
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Sal Substância branca usada como tempero (6:6), remédio (Ez 16:4) e conservante. Os cristãos são como o sal, que contribui para conservar e salvar o mundo (Mt 5:13). “Temperada com sal” em (Cl 4:6) quer dizer “de bom gosto” (NTLH).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Salgar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Temperar com sal.
    Colocar sal sobre carnes e peixes crus para conservá-los: salgar o porco.
    Outrora, espalhar sal em terreno para que ficasse maldito e estéril (após crime ou profanação).
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Salgar Temperar com sal (Mt 5:13), RC). Em (Mc 9:49) “salgado com fogo” parece querer dizer “consagrado pelo fogo da disciplina” (Lv 2:13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Saíras

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Sede

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Lugar onde fica o governo, os setores administrativos e o tribunal de: em Brasília está a sede do governo brasileiro.
    Por Extensão Local em que uma organização, empresa ou companhia tem seu estabelecimento mais importante; cidade-sede.
    Figurado Ponto central, mais importante: o córtex cerebral é a sede da inteligência e da memória.
    Local utilizado para se sentar; cadeira ou assento.
    Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sedes.is.
    substantivo feminino Sensação causada pela falta de água no organismo; secura.
    Por Extensão Desejo excessivo; vontade desmedida; ambição: ele tinha sede de poder.
    Por Extensão Pressa exagerada; afobação: tinha sede de ir embora da festa.
    Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sitis.is.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Lugar onde fica o governo, os setores administrativos e o tribunal de: em Brasília está a sede do governo brasileiro.
    Por Extensão Local em que uma organização, empresa ou companhia tem seu estabelecimento mais importante; cidade-sede.
    Figurado Ponto central, mais importante: o córtex cerebral é a sede da inteligência e da memória.
    Local utilizado para se sentar; cadeira ou assento.
    Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sedes.is.
    substantivo feminino Sensação causada pela falta de água no organismo; secura.
    Por Extensão Desejo excessivo; vontade desmedida; ambição: ele tinha sede de poder.
    Por Extensão Pressa exagerada; afobação: tinha sede de ir embora da festa.
    Etimologia (origem da palavra sede). Do latim sitis.is.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    sede s. f. 1. Base, apoio, suporte: S. de válvula. 2. Lugar onde reside um governo, um tribunal, uma administração, ou onde uma empresa comercial tem o seu principal estabelecimento. 3. Capital de diocese ou paróquia. 4. Lugar onde se passam certos fatos. 5. Anat. Ponto central ou região onde se realiza certa ordem de fenômenos fisiológicos.
    Fonte: Priberam

    Seja

    Dicionário Comum
    seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!
    Fonte: Priberam

    Senhor

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Senão

    Dicionário Comum
    preposição Com exclusão de; exceto: os professores, senão o novato, chegaram.
    conjunção Caso contrário; de outra maneira: use o casaco, senão vai ficar resfriado.
    Oposição em relação a; mas: não conseguiu o emprego, senão críticas.
    substantivo masculino Pequeno defeito; falha: não há beleza sem senão.
    Etimologia (origem da palavra senão). Se + não.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    senão conj. Aliás, de outra forma, de outro modo, quando não.
    Fonte: Priberam

    Ser

    Dicionário da FEB
    O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    [...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    [...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8

    [...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    verbo predicativo Possuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar.
    Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz.
    Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris.
    verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será.
    Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários.
    verbo predicativo e intransitivo Possuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja.
    Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso?
    Existir: era uma vez um rei muito mau.
    Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe.
    verbo predicativo e auxiliar Une o predicativo ao sujeito: a neve é branca.
    Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos.
    Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas.
    Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo.
    Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado.
    substantivo masculino Pessoa; sujeito da espécie humana.
    Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário.
    A sensação ou percepção de si próprio.
    A ação de ser; a existência.
    Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.
    Fonte: Priberam

    Sera

    Dicionário Bíblico
    abundância
    Fonte: Dicionário Adventista

    Será

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).

    Autor: Paul Gardner

    Serão

    Dicionário Comum
    serão s. .M 1. Tarefa ou trabalho noturno. 2. Duração ou remuneração desse trabalho. 3. Reunião familiar à noite. 4. Sarau.
    Fonte: Priberam

    Sim

    Dicionário Comum
    advérbio Resposta afirmativa; exprime aprovação; demonstra consentimento.
    Concordância; demonstra permissão: - posso sair hoje? - Sim.
    Gramática Quando usado repetidamente, demonstra aborrecimento: sim, sim, já fiz o que você me pediu!
    Gramática Bem; ora; quando empregado para retomar uma ideia anterior: sim, ele começou a trabalhar, mas nunca foi esse funcionário exemplar.
    substantivo masculino Consentimento; ação de concordar, de consentir: nunca ouviu um sim na vida.
    Etimologia (origem da palavra sim). Do latim sic.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Lodaçal. 1. Cidade do Egito, que depois se chamou Palusium. Achava-se situada entre os pântanos daqueles ramos do Nilo, que ficavam ao nordeste, estando hoje inundada (Ez 30. 15,16). 2. Deserto de Sim. Um inculto espaço do território entre Elim e o Sinai, o qual foi atravessado pelos israelitas. Foi aqui que ao povo foram dados o maná e as codornizes (Êx 16. 1 – 17.1 – Nm 33:11-12). (*veja Codorniz.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Sinédrio

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Tribunal dos antigos judeus, em Jerusalém, composto de sacerdotes, anciãos e escribas, o qual julgava os assuntos criminais e administrativos. (Var.: sinedrim.).
    Grande sinédrio, tribunal, conselho supremo com sede em Jerusalém. Segundo alguns estudiosos, havia dois sinédrios. Os 23 membros do sinédrio político e civil provinham na maioria dos saduceus. Os 70 membros do sinédrio religioso, que era presidido pelo sumo sacerdote, provinham basicamente dos fariseus. Jesus foi julgado pelo sinédrio religioso. Pedro, João, Paulo e Estêvão foram levados a ele, acusados de erro religioso. Depois da queda de Jerusalém em 70, o conselho entrou em decadência e desapareceu.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Assentados no conselho. É a forma hebraico-aramaica da palavra grega Synedrion, traduzida por ‘conselho’. Era este o nome do supremo tribunal de Jerusalém nos tempos do N.T., mas a origem do tribunal é obscura. Provavelmente pode ter alguma relação histórica com a primitiva assembléia dos anciãos no Estado israelita, formalmente interrompida, embora não o tenha sido inteiramente de fato, pelo governo pessoal dos reis. o rei Josafá parece ter-lhe dado, de algum modo, a forma de um tribunal de justiça (2 Cr 19.8). Seja como for, a existência da assembléia de anciãos, em diferentes cidades, havia de sugerir aos judeus do cativeiro a formação, na capital, de um corpo judicial para tratar dos negócios de toda a nação. Na volta do cativeiro, era Jerusalém a reconhecida capital da nova organização nacional, tornando-se, mais respeitada e influente a sua assembléia, que foi aumentando à medida que os judeus iam habitando os diversos lugares do país. Mas não há referência certa a tal assembléia até ao tempo de Antíoco, o Grande (246 a 226 a.C.), sendo então chamada Gerousia ou Senado. Diz-se que o Sinédrio compreendia 71 membros (cp.com os 70 anciãos de que se fala em Nm 11:16, em união com Moisés), varões eminentes entre os quais estava o sumo sacerdote, pertencendo também nos anos posteriores aqueles que o tinham precedido no seu cargo e os de imediatas relações sacerdotais. Eram estes do partido dos saduceus, mas em certos períodos de tempo estavam os fariseus em maioria. os deveres do Sinédrio eram bastante amplos, como: tomar disposições acerca da religião prática, cuidar do templo, investigar dos direitos dos mestres religiosos, e entrar em relação com os Estados estrangeiros. Esta última função dependia, naturalmente, da força ou fraqueza daqueles que nesse tempo eram mis ou governadores. os romanos tiraram ao Sinédrio o poder de vida e de morte pelo ano 20 (d.C.) aproximadamente. (*veja Ancião, Conselho.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Sinédrio O mais alto tribunal religioso dos judeus, do qual faziam parte os sumos sacerdotes (o atual e os anteriores), chefes religiosos (anciãos) e professores da Lei. Tinha 71 membros, incluindo o presidente (Jo 11:47).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Sinédrio O conselho aristocrático de Jerusalém. Sua designação provinha da palavra grega “synedrion”, que podemos traduzir por “concílio” ou “conselho”. A primeira indicação que temos dessa instituição — ou de outra bastante similar — encontra-se em uma carta de Antíoco III (223-187 a.C.) que a denomina “guerusía” (senado ou conselho de anciãos). Se existiu durante o reinado de Herodes, o Grande, foi sob um férreo controle do monarca. No séc. I d.C., os romanos valeram-se dele para controlar a vida dos judeus.

    Não é fácil saber, com exatidão, como funcionava. Josefo emprega o termo “synedrion” para referir-se a diversas instituições tanto judaicas como romanas. Nos evangelhos (Mc 14:53-55; Jo 11:45-53), aparece formado por uma maioria de sacerdotes — seguramente ligados aos saduceus — e, na prática, controlados por figuras como Caifás. Jo 11:45-53 destaca também a presença de fariseus em seu meio (comp.com At 4:5-6:23). Suas funções parecem ter sido civis e religiosas. Na literatura rabínica, fa-Zse referência a um grande Sinédrio com setenta e um membros e a um pequeno Sinédrio de vinte e três (m. Sanh 1:6). Conforme A. Büchler e S. B. Hoenig, houve três Sinédrios antes de 70 d.C.; m. Wolff pensa ter havido dois. A questão está longe de estar definitivamente assentada.

    Os evangelhos demonstram que Jesus foi julgado e condenado pelo Sinédrio; contudo, não é fácil determinar exatamente ao qual se refere, também porque o procedimento foi bastante irregular (pela noite, com interrogatório direto do acusado para conseguir sua própria incriminação etc.) Quanto a essa circunstância, ou Jesus não sofreu um processo regular diante do Grande Sinédrio, mas uma vista preliminar ou instrução ante o menor (ou um dos sinédrios menores) de vinte e três membros, ou o procedimento se ajustava ao funcionamento do Sinédrio da época, embora fosse diferente do que conhecemos através da literatura rabínica posterior (Sanders).

    S. B. Hoenig, The Great Sanhedrin, Filadélfia 1953; H. Mantel, Studies in the History of the Sanhedrin, Cambridge 1961; ERE XI; Schürer, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, El Primer...; Idem, Diccionario de las tres...; S. Sandmel, Judaism...; E. P. Sanders, Judaism...; Catchpole, o. c.; J. Blinzler, o. c.; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 101994.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Sois

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
    Não confundir com: sóis.
    Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.
    Fonte: Priberam

    Sol

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Sol Uma das demonstrações da bondade de Deus

    que atinge as pessoas, seja qual for seu caráter

    (Mt 5:45). Quando Jesus morreu na cruz, o sol

    escureceu (Lc 23:45). Simbolicamente significa

    o resplendor dos justos e de Jesus (Mt 13:43; 17,2)

    ou, em um contexto apocalíptico, a mudança de

    condições (Mt 24:29; Lc 21:25).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    [...] é o centro vitalizador do nosso sistema estelar. Mas assim como existem sistemas solares, existem também sistemas anímicos. O Sol dos Espíritos que habitam em nosso mundo é o Cristo Jesus. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 1

    O Sol, gerando energias / – Luz do Senhor a brilhar – / É a força da Criação / Servindo sem descansar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    O Sol é essa fonte vital para todos os núcleos da vida planetária. Todos os seres, como todos os centros em que se processam as forças embrionárias da vida, recebem a renovação constante de suas energias através da chuva incessante dos átomos, que a sede do sistema envia à sua família de mundos equilibrados na sua atração, dentro do Infinito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 10

    [...] Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do autor da Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 3

    Agradeçamos ao Senhor dos Mundos a bênção do Sol! Na Natureza física, é a mais alta imagem de Deus que conhecemos. Temo-lo, nas mais variadas combinações, segundo a substância das esferas que habitamos, dentro do siste ma. Ele está em “Nosso Lar”, de acordo com os elementos básicos de vida, e permanece na Terra segundo as qualidades magnéticas da Crosta. É visto em Júpiter de maneira diferente. Ilumina 5ênus com outra modalidade de luz. Aparece em Saturno noutra roupagem brilhante. Entretanto, é sempre o mesmo, sempre a radiosa sede de nossas energias vitais!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 33

    O Sol constitui para todos os seres fonte inexaurível de vida, calor e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 42

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Bíblico
    o ‘luzeiro maior’ de Gn 1:16-18o nome ocorre pela primeira vez em Gn 15:12. o culto prestado ao Sol era muito seguido na antigüidade, e ainda está largamente espalhado no oriente. os israelitas foram ensinados a não praticar essa adoração (Dt 4:19 – 17.3). (*veja Bete-Horom, Heres, idolatria, Josué, Estrela.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Estrela ao redor da qual giram a Terra e outros planetas.
    Por Extensão O período diurno, matutino; o dia em oposição à noite.
    A luz e o calor emanados por essa Estrela: evitava o sol do meio-dia.
    A imagem do Sol, basicamente um círculo com raios que saem do seu contorno.
    Figurado Ideia influente ou princípio que influencia.
    P.met. Aquilo que ilumina, guia; farol.
    [Astronomia] Qualquer estrela que faça parte do sistema planetário.
    Etimologia (origem da palavra sol). Do latim sol.solis.
    substantivo masculino A quinta nota musical da escala de dó.
    O sinal que representa essa nota.
    Primeira corda do contrabaixo; quarta corda do violino; terceira nota do violoncelo.
    Etimologia (origem da palavra sol). Da nota musical sol.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Estrela ao redor da qual giram a Terra e outros planetas.
    Por Extensão O período diurno, matutino; o dia em oposição à noite.
    A luz e o calor emanados por essa Estrela: evitava o sol do meio-dia.
    A imagem do Sol, basicamente um círculo com raios que saem do seu contorno.
    Figurado Ideia influente ou princípio que influencia.
    P.met. Aquilo que ilumina, guia; farol.
    [Astronomia] Qualquer estrela que faça parte do sistema planetário.
    Etimologia (origem da palavra sol). Do latim sol.solis.
    substantivo masculino A quinta nota musical da escala de dó.
    O sinal que representa essa nota.
    Primeira corda do contrabaixo; quarta corda do violino; terceira nota do violoncelo.
    Etimologia (origem da palavra sol). Da nota musical sol.
    Fonte: Priberam

    Tem

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.
    Fonte: Priberam

    Terra

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13

    Fonte: febnet.org.br

    Til

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Sinal ortográfico (~) que indica a nasalação da vogal sobre a qual é posto.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Til Pequeno sinal colocado sobre uma letra (Mt 5:18).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Tirar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
    Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
    Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
    Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
    Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
    Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
    verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
    Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
    Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
    Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
    Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
    Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
    Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
    Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
    Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
    Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
    Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
    Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
    verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
    Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
    Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
    Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
    Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
    Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
    Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
    verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
    verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
    Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
    verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
    Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
    Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.
    Fonte: Priberam

    Tornar

    Dicionário Comum
    tornar
    v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
    Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
    verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
    Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
    Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
    verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
    Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
    verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
    Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
    verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
    Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.
    Fonte: Priberam

    Trono

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Trono
    1) Cadeira de rei (Is 6:1; Lc 1:32).


    2) Espírito, seja bom ou mau (Cl 1:16).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10 – Pv 9:14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: ‘o trono do reino’ (Dt 17:18 – 1 Rs 1.46 – 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19 – 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1:16, os ‘tronos’ representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Unicamente

    Dicionário Comum
    advérbio De maneira única, com exclusividade: respeitava-a unicamente por amor.
    Etimologia (origem da palavra unicamente). Feminino de único + mente.
    Fonte: Priberam

    Vai

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
    2ª pess. sing. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR

    Fonte: Priberam

    Velador

    Dicionário Bíblico
    Suporte vertical de madeira, que assenta em uma base ou pé e termina, no alto, por um disco onde se põe um candeeiro ou uma vela.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Velador Suporte em que se coloca uma lamparina ou vela (Mt 5:15).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Vem

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de vir
    2ª pess. sing. imp. de vir
    Será que queria dizer vêm?

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.
    Fonte: Priberam

    Verdade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Verão

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Estação mais quente do ano, entre a primavera e o outono; no hemisfério sul (Brasil) vai de dezembro a março; no hemisfério Norte se inicia em junho e termina em setembro.
    Por Extensão Estação das secas; estio.
    Etimologia (origem da palavra verão). Do latim veranu; de ver, veris.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Verão V. ESTAÇÃO.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Verão Estação seca que vai da metade de abril até meados de outubro (Mt 24:32 e par.).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Vestimenta

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Quaisquer objetos ou roupas que podem ser usados para cobrir o corpo.
    Roupa ou o que se usa para cobrir o corpo - vestimenta.
    Religião Indumentária com a qual os sacerdotes se vestem em ocasiões solenes.
    Figurado Quaisquer coisas que podem ser utilizadas para cobrir, bem como revestimentos etc.
    Etimologia (origem da palavra vestimenta). Do latim vestimenta.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    José vestiu uma vestimenta de linho fino quando Faraó o elevou à dignidade de primeiro-ministro (Gn 41:42). Faziam-se mantos com franjas para uso dos filhos de israel (Nm 15:38-39Dt 22:12). os que prestavam culto a Baal usavam vestimentas próprias (2 Rs 10.22). Com respeito às vestes dos sacerdotes segundo a lei mosaica, *veja Êxodo 28:40-43 – 39.27 a 29 – e, quanto às do sumo sacerdote, os capítulos 28:29 de Êxodo. A vestimenta de Jesus, para adquirir a qual lançaram sortes os soldados (Mt 27:35Jo 19:24), era a usual túnica sem costura, usada por quase toda a gente no oriente. (*veja também Vestuário, Jesus, Sacerdote.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Vestimenta Roupa que geralmente se usa sobre as outras (2Rs 10:22).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Vim

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de vir

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.
    Fonte: Priberam

    Violar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Deixar de cumprir, de respeitar algo; desrespeitar, infringir, transgredir: violar as leis.
    Desrespeitar a santidade de; profanar: violar templos.
    Fazer a divulgação de algo supostamente secreto; divulgar, revelar: violar segredos.
    Passar a usar um lugar usando de força ou violência: violaram a biblioteca do município.
    [Jurídico] Estuprar alguém; estuprar: condenado por violar três mulheres.
    expressão Violar correspondência. Abrir correspondência destinada a outrem.
    Violar o domicílio de alguém. Invadi o domicílio de alguém ilegalmente.
    Etimologia (origem da palavra violar). Do latim violare.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Violar
    1) Estuprar (Gn 34:5).


    2) Quebrar; transgredir (Nu 30:2; Mt 5:19).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Vos

    Dicionário Comum
    pronome pessoal Gramática Pronome que representa a segunda pessoa do plural, do caso oblíquo átono, usado tanto para o gênero masculino, como para o feminino; desempenha a função de objeto direto, indireto ou complemento nominal, possuindo os sentidos abaixo assinalados.
    Em vós (como objeto indireto): o filme vos provocou sentimentos tristes.
    Para vós (como objeto indireto): paguei-vos o jantar.
    De vós (como objeto indireto): ela vos ofereceu dinheiro para a caridade.
    Diante de vos (como objeto indireto): como isso vos passou pela cabeça?
    Gramática Pode indicar uma ação reflexiva: vós vos cortaram sozinhos?
    Gramática Pode indicar uma ação recíproca: penteastes-vos a vós mesmos.
    Gramática Pode indicar posse, ou valor de posse: deram-vos todos os empregos.
    Gramática Pode marcar um uso passivo do verbo: soubemos que vós vos atirastes pelo rio.
    Etimologia (origem da palavra vos). Do latim vos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    pronome pessoal Gramática Pronome que representa a segunda pessoa do plural, do caso oblíquo átono, usado tanto para o gênero masculino, como para o feminino; desempenha a função de objeto direto, indireto ou complemento nominal, possuindo os sentidos abaixo assinalados.
    Em vós (como objeto indireto): o filme vos provocou sentimentos tristes.
    Para vós (como objeto indireto): paguei-vos o jantar.
    De vós (como objeto indireto): ela vos ofereceu dinheiro para a caridade.
    Diante de vos (como objeto indireto): como isso vos passou pela cabeça?
    Gramática Pode indicar uma ação reflexiva: vós vos cortaram sozinhos?
    Gramática Pode indicar uma ação recíproca: penteastes-vos a vós mesmos.
    Gramática Pode indicar posse, ou valor de posse: deram-vos todos os empregos.
    Gramática Pode marcar um uso passivo do verbo: soubemos que vós vos atirastes pelo rio.
    Etimologia (origem da palavra vos). Do latim vos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    vos pron. Forma átona de vós, que se emprega como objeto direto ou indireto.
    Fonte: Priberam

    Vós

    Dicionário Comum
    vós pron. Forma átona de vós, que se emprega como objeto direto ou indireto.
    Fonte: Priberam

    último

    Dicionário Comum
    adjetivo Que é mais recente ou moderno na ordem cronológica: os últimos descobrimentos foram muito importantes.
    Que está ou vem depois de todos os outros: a última casa da rua.
    Final, extremo: permaneceu com a família até o último minuto.
    Atual, presente: última moda.
    Decisivo: cabe a ele a última palavra.
    substantivo masculino O que está em último lugar (no espaço ou no tempo): os últimos serão os primeiros.
    Figurado O mais vil, desprezível ou miserável: ele é o último dos homens.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    último adj. 1. Que vem depois de todos. 2. extremo, derradeiro, final. 3. Moderníssimo, recentíssimo. 4. Que fica de resto, de sobra; restante. S. .M 1. Pessoa ou coisa que vem depois de todas as outras. 2. O que sobrevive a outros. 3. O mais recente. 4. O mais vil, o pior, o mais desprezível. 5. O resto.
    Fonte: Priberam

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    εἴδω Ἰησοῦς ὄχλος ἀναβαίνω εἰς ὄρος καί καθίζω προσέρχομαι αὐτός μαθητής
    Mateus 5: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E vendo as multidões, ele subiu a um monte; e quando ele estava sentado, aproximaram-se dele os seus discípulos.
    Mateus 5: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2523
    kathízō
    καθίζω
    fazer sentar
    (having sat down)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G305
    anabaínō
    ἀναβαίνω
    ascender
    (went up)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G3101
    mathētḗs
    μαθητής
    filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    ([pertained] to Joash)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3735
    óros
    ὄρος
    (I
    (was grieved)
    Verbo
    G3793
    óchlos
    ὄχλος
    impressão, inscrição, marca
    (and any)
    Substantivo
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    καθίζω


    (G2523)
    kathízō (kath-id'-zo)

    2523 καθιζω kathizo

    outra forma (ativa) para 2516; TDNT - 3:440,386; v

    1. fazer sentar
      1. colocar, apontar, conferir um reino a alguém
    2. intransitivamente
      1. sentar-se
      2. sentar
        1. ter residência de alguém fixa
        2. permanecer, assentar, estabelecer-se

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀναβαίνω


    (G305)
    anabaínō (an-ab-ah'-ee-no)

    305 αναβαινω anabaino

    de 303 e a raiz de 939; TDNT - 1:519,90; v

    1. ascender
      1. subir
      2. elevar, escalar, ser sustentado, surgir

    μαθητής


    (G3101)
    mathētḗs (math-ay-tes')

    3101 μαθητης mathetes

    de 3129; TDNT - 4:415,552; n m

    1. aprendiz, pupilo, aluno, discípulo


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὄρος


    (G3735)
    óros (or'-os)

    3735 ορος oros

    provavelmente de uma palavra arcaica oro (levantar ou “erigir”, talvez semelhante a 142, cf 3733); TDNT - 5:475,732; n n

    1. montanha

    ὄχλος


    (G3793)
    óchlos (okh'los)

    3793 οχλος ochlos

    de um derivado de 2192 (que significa veículo); TDNT - 5:582,750; n m

    1. multidão
      1. ajuntamento informal de pessoas
        1. multidão de pessoas que se reuniram em algum lugar
        2. tropel
      2. multidão
        1. povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância
        2. com desprezo: a multidão ignorante, o populacho
      3. multidão
        1. multidões, parece denotar grupo de pessoas reunidas sem ordem

    Sinônimos ver verbete 5927


    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί διδάσκω λέγω
    Mateus 5: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    e ele abrindo a sua boca, ensinava-os, dizendo:
    Mateus 5: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1321
    didáskō
    διδάσκω
    carne
    (flesh)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G455
    anoígō
    ἀνοίγω
    ()
    G4750
    stóma
    στόμα
    boca, como parte do corpo: de seres humanos, de animais, de peixe, etc.
    ([the] mouth)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    διδάσκω


    (G1321)
    didáskō (did-as'-ko)

    1321 διδασκω didasko

    uma forma prolongada (causativo) de um verbo primário dao (aprender); TDNT - 2:135,161; v

    1. ensinar
      1. conversar com outros a fim de instruir-los, pronunciar discursos didáticos
      2. ser um professor
      3. desempenhar o ofício de professor, conduzir-se como um professor
    2. ensinar alguém
      1. dar instrução
      2. instilar doutrina em alguém
      3. algo ensinado ou prescrito
      4. explicar ou expor algo
      5. ensinar algo a alguém

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ἀνοίγω


    (G455)
    anoígō (an-oy'-go)

    455 ανοιγω anoigo

    de 303 e oigo (abrir); v

    1. abrir

    στόμα


    (G4750)
    stóma (stom'-a)

    4750 στομα stoma

    provavelmente reforçado de um suposto derivado da raiz de 5114; TDNT - 7:692,1089; n n

    1. boca, como parte do corpo: de seres humanos, de animais, de peixe, etc.
      1. visto que os pensamentos da alma de alguém encontram expressão verbal pela sua boca, o “coração” ou “alma” e a boca eram diferenciados
    2. fio de uma espada

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μακάριος πτωχός πνεῦμα ὅτι αὐτός ἐστί βασιλεία οὐρανός
    Mateus 5: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os pobres em espírito, porque deles é o reino do céu.
    Mateus 5: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4434
    ptōchós
    πτωχός
    reduzido à pobreza, mendicância; que pede esmola
    (poor)
    Adjetivo - nominativo Masculino no Masculino no Plurak
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    πτωχός


    (G4434)
    ptōchós (pto-khos')

    4434 πτωχος ptochos

    de πτωσσω ptosso (rastejar, semelhante a 4422 e o substituto de 4098); TDNT - 6:885,969; adj

    1. reduzido à pobreza, mendicância; que pede esmola
    2. destituído de riqueza, influência, posição, honra
      1. humilde, aflito, destituído de virtudes cristãs e riquezas eternas
      2. desamparado, impotente para realizar um objetivo
      3. pobre, indigente
    3. necessitado em todos os sentidos
      1. com respeito ao seu espírito
        1. destituído da riqueza do aprendizado e da cultura intelectual que as escolas proporcionam (pessoas desta classe mais prontamente se entregam ao ensino de Cristo e mostram-se prontos para apropriar-se do tesouro celeste)

    Sinônimos ver verbete 5870


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

    μακάριος πενθέω ὅτι παρακαλέω
    Mateus 5: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os que choram, porque eles serão consolados.
    Mateus 5: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3870
    parakaléō
    παρακαλέω
    o nome primitivo de Betel e provavelmente o nome da cidade que fica próxima à
    ([was called] Luz)
    Substantivo
    G3996
    penthéō
    πενθέω
    entrada, ato de entrar
    (goes down)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    παρακαλέω


    (G3870)
    parakaléō (par-ak-al-eh'-o)

    3870 παρακαλεω parakaleo

    de 3844 e 2564; TDNT - 5:773,778; v

    1. chamar para o (meu) lado, chamar, convocar
    2. dirigir-se a, falar a, (recorrer a, apelar para), o que pode ser feito por meio de exortação, solicitação, conforto, instrução, etc.
      1. admoestar, exortar
      2. rogar, solicitar, pedir
        1. esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho
      3. consolar, encorajar e fortalecer pela consolação, confortar
        1. receber consolação, ser confortado
      4. encorajar, fortalecer
      5. exortando, confortando e encorajando
      6. instruir, ensinar

    πενθέω


    (G3996)
    penthéō (pen-theh'-o)

    3996 πενθεω pentheo

    de 3997; TDNT - 6:40,825; v

    prantear

    prantear por, lamentar alguém

    Sinônimos ver verbete 5932


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μακάριος πραΰς ὅτι κληρονομέω γῆ
    Mateus 5: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os mansos, porque eles herdarão a terra.
    Mateus 5: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1093
    γῆ
    terra arável
    (land)
    Substantivo - vocativo feminino no singular
    G2816
    klēronoméō
    κληρονομέω
    receber um lote, receber por fortuna ou sorte
    (will inherit)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4239
    praÿs
    πραΰς
    gentileza, bondade de espírito, humildade Humildade para Deus é aquela disposição de
    (meek)
    Adjetivo - nominativo Masculino no Masculino no Plurak
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γῆ


    (G1093)
    (ghay)

    1093 γη ge

    contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f

    1. terra arável
    2. o chão, a terra com um lugar estável
    3. continente como oposto ao mar ou água
    4. a terra como um todo
      1. a terra como oposto aos céus
      2. a terra habitada, residência dos homens e dos animais
    5. um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região

    κληρονομέω


    (G2816)
    klēronoméō (klay-ron-om-eh'-o)

    2816 κληρονομεω kleronomeo

    de 2818; TDNT - 3:767,442; v

    1. receber um lote, receber por fortuna ou sorte
      1. esp. receber uma parte de uma herança, receber como herança, obter pelo direito de herança
      2. ser um herdeiro, herdar

        receber a porção designada, receber um porção loteada, receber como próprio ou como uma posse

        tornar-se participante de, obter


    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πραΰς


    (G4239)
    praÿs (prah-ooce')

    4239 πραυς praus

    aparentemente, palavra primária, ver 4235; TDNT - 6:645,929; adj

    1. gentileza, bondade de espírito, humildade Humildade para Deus é aquela disposição de espírito com a qual aceitamos sua forma de lidar conosco como a melhor, sem, no entanto, disputar ou resistir. No AT, os humildes são aqueles que confiam inteiramente em Deus, mais do que em suas próprias forças, para defendê-los contra toda injustiça. Assim, a atitude humildade para com os ímpios implica em saber que Deus está permitindo as injúrias que infligem, que Ele os está usando para purificar seus eleitos, e que livrará Seus eleitos a Seu tempo. (Is 41:17; Lc 18:1-8) Bondade ou humildade são opostos à arrogância e egoísmo e originam-se na confiança na bondade de Deus e no Seu controle sobre a situação. A pessoa bondosa não está centrada no seu ego. Isto é obra do Espírito Santo, não da vontade humana. (Gl 5:23)

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μακάριος ὁ πεινάω καί διψάω δικαιοσύνη ὅτι χορτάζω
    Mateus 5: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados.
    Mateus 5: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1343
    dikaiosýnē
    δικαιοσύνη
    justiça
    (righteousness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1372
    dipsáō
    διψάω
    lado de fora
    (outside)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3983
    peináō
    πεινάω
    ter fome, estar faminto
    (he was hungry)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G5526
    chortázō
    χορτάζω
    (Qal) guardar, cercar, trancar
    (covering)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δικαιοσύνη


    (G1343)
    dikaiosýnē (dik-ah-yos-oo'-nay)

    1343 δικαιοσυνη dikaiosune

    de 1342; TDNT - 2:192,168; n f

    1. num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus
      1. doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus
      2. integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos
    2. num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

    διψάω


    (G1372)
    dipsáō (dip-sah'-o)

    1372 διψαω dipsao

    de uma variação de 1373; TDNT - 2:226,177; v

    1. ter sede, sofrer de sede
      1. figurativamente, diz-se daqueles que, sedentos, sentem dolorosa necessidade de, e ansiosamente anseiam aquelas coisas pelas quais a alma é refrescada, apoiada, e fortalecida

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πεινάω


    (G3983)
    peináō (pi-nah'-o)

    3983 πειναω peinao

    do mesmo que 3993 (da idéia de trabalho árduo; “definhar”); TDNT - 6:12,820; v

    1. ter fome, estar faminto
      1. passar necessidade
      2. estar paupérrimo

        metáf. desejar ardentemente, buscar com desejo impetuoso


    χορτάζω


    (G5526)
    chortázō (khor-tad'-zo)

    5526 χορταζω chortazo

    de 5528; v

    1. alimentar com ervas, grama, feno; saciar, satisfazer com alimento, nutrir, engordar
      1. de animais

        saciar ou satisfazer as pessoas

        realizar ou satisfazer o desejo de alguém


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μακάριος ἐλεήμων ὅτι ἐλεέω
    Mateus 5: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os misericordiosos, porque eles obterão misericórdia.
    Mateus 5: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1653
    eleéō
    ἐλεέω
    ter misericórdia de
    (will receive mercy)
    Verbo - futuro do indicativo Passivo - 3ª pessoa do plural
    G1655
    eleḗmōn
    ἐλεήμων
    ()
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐλεέω


    (G1653)
    eleéō (el-eh-eh'-o)

    1653 ελεεω eleeo

    de 1656; TDNT - 2:477,222; v

    1. ter misericórdia de
    2. ajudar alguém aflito ou que busca auxílio
    3. ajudar o aflito, levar ajuda ao miserável
    4. experimentar misericórdia

    Sinônimos ver verbete 5842


    ἐλεήμων


    (G1655)
    eleḗmōn (el-eh-ay'-mone)

    1655 ελεημων eleemon

    de 1653; TDNT - 2:485,222; adj

    1. misericordioso

    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μακάριος καθαρός καρδία ὅτι ὀπτάνομαι θεός
    Mateus 5: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os puros de coração, porque eles verão a Deus.
    Mateus 5: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2513
    katharós
    καθαρός
    porção, parcela
    (the smooth part)
    Substantivo
    G2588
    kardía
    καρδία
    coração
    (in heart)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καθαρός


    (G2513)
    katharós (kath-ar-os')

    2513 καθαρος katharos

    de afinidade incerta; TDNT - 3:413,381; adj

    1. limpo, puro
      1. fisicamente
        1. purificado pelo fogo
        2. numa comparação, como uma vinha limpa pela poda e bem preparado para carregar de frutas
      2. num sentido levítico
        1. limpar, o uso do que não é proibido, que não torna impuro
      3. eticamente
        1. livre de desejo corrupto, de pecado e culpa
        2. livre de qualquer mistura com o que é falso; genuíno, sincero
        3. sem culpa, inocente
        4. limpo de culpa de algo

    Sinônimos ver verbete 5840 e 5896


    καρδία


    (G2588)
    kardía (kar-dee'-ah)

    2588 καρδια kardia

    forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”); TDNT - 3:605,415; n f

    1. coração
      1. aquele orgão do corpo do animal que é o centro da circulação do sangue, e por isso foi considerado como o assento da vida física
      2. denota o centro de toda a vida física e espiritual

      1. o vigor e o sentido da vida física
      2. o centro e lugar da vida espiritual
        1. a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços
        2. do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência
        3. da vontade e caráter
        4. da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões
      3. do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado

    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μακάριος εἰρηνοποιός ὅτι καλέω υἱός θεός
    Mateus 5: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
    Mateus 5: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1518
    eirēnopoiós
    εἰρηνοποιός
    irromper
    (came forth)
    Verbo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2564
    kaléō
    καλέω
    chamar
    (you will call)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰρηνοποιός


    (G1518)
    eirēnopoiós (i-ray-nop-oy-os')

    1518 ειρηνοποιος eirenopoios

    de 1518 e 4160; TDNT - 2:419,207; adj

    1. pacificador
    2. pacífico, que ama a paz

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καλέω


    (G2564)
    kaléō (kal-eh'-o)

    2564 καλεω kaleo

    semelhante a raiz de 2753; TDNT - 3:487,394; v

    1. chamar
      1. chamar em alta voz, proferir em alta voz
      2. convidar
    2. chamar, i.e., chamar pelo nome
      1. dar nome a
        1. receber o nome de
        2. dar um nome a alguém, chamar seu nome
      2. ser chamado, i.e., ostentar um nome ou título (entre homens)
      3. saudar alguém pelo nome

    Sinônimos ver verbete 5823


    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μακάριος διώκω ἕνεκα δικαιοσύνη ὅτι αὐτός ἐστί βασιλεία οὐρανός
    Mateus 5: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados são os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino do céu.
    Mateus 5: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1343
    dikaiosýnē
    δικαιοσύνη
    justiça
    (righteousness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1377
    diṓkō
    διώκω
    rainha, dama
    (the queen)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1752
    héneka
    ἕνεκα
    amontoar, empilhar
    (than to dwell)
    Verbo
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    δικαιοσύνη


    (G1343)
    dikaiosýnē (dik-ah-yos-oo'-nay)

    1343 δικαιοσυνη dikaiosune

    de 1342; TDNT - 2:192,168; n f

    1. num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus
      1. doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus
      2. integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos
    2. num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

    διώκω


    (G1377)
    diṓkō (dee-o'-ko)

    1377 διωκω dioko

    uma forma prolongada (e causativa) de um verbo primário dio (fugir; cf a raíz de 1169 e 1249); TDNT - 2:229,177; v

    1. fazer correr ou fugir, afugentar, escapar
    2. correr prontamente a fim de capturar um pessoa ou coisa, correr atrás
      1. correr com determinação: figurativamente de alguém que, numa corrida, dispara em direção ao ponto de chegada
      2. perseguir (de um modo hostil)
    3. de qualquer forma, seja qual seja, incomodar, preocupar, molestar alguém
      1. perseguir
      2. ser maltratado, sofrer perseguição por causa de algo
    4. sem a idéia de hostilidade, correr atrás, seguir após: alguém
    5. metáf., perseguir
      1. procurar ansiosamente, esforçar-se com todo o empenho para adquirir

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἕνεκα


    (G1752)
    héneka (hen'-ek-ah)

    1752 ενεκα heneka ou ενεκεν heneken ou εινεκεν heineken

    de afinidade incerta; prep

    a fim de que, por causa de, para

    por esta causa, conseqüentemente


    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

    μακάριος ἐστέ ὅταν ἕνεκα ἐμοῦ ὑμᾶς ὀνειδίζω καί διώκω καί ψεύδομαι ἔπω πᾶς πονηρός ῥήμα κατά ὑμῶν
    Mateus 5: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Abençoados sois vós, quando homens vos insultarem e vos perseguirem, e falsamente disserem toda espécie de mal contra vós, por minha causa.
    Mateus 5: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1377
    diṓkō
    διώκω
    rainha, dama
    (the queen)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1752
    héneka
    ἕνεκα
    amontoar, empilhar
    (than to dwell)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2596
    katá
    κατά
    treinar, dedicar, inaugurar
    (do dedicated)
    Verbo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3107
    makários
    μακάριος
    um levita coreíta, o segundo filho de Obede-Edom, e um dos porteiros do templo e dos
    (and Josabad)
    Substantivo
    G3679
    oneidízō
    ὀνειδίζω
    um grupo de povos normalmente associadoa à área ao redor da Babilônia
    (the Chaldean)
    Adjetivo
    G3752
    hótan
    ὅταν
    o 7o
    (and Carcas)
    Substantivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4190
    ponērós
    πονηρός
    cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    (evil)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5574
    pseúdomai
    ψεύδομαι
    mentir, falar falsidades deliberadas
    (lying)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - masculino nominativo plural


    διώκω


    (G1377)
    diṓkō (dee-o'-ko)

    1377 διωκω dioko

    uma forma prolongada (e causativa) de um verbo primário dio (fugir; cf a raíz de 1169 e 1249); TDNT - 2:229,177; v

    1. fazer correr ou fugir, afugentar, escapar
    2. correr prontamente a fim de capturar um pessoa ou coisa, correr atrás
      1. correr com determinação: figurativamente de alguém que, numa corrida, dispara em direção ao ponto de chegada
      2. perseguir (de um modo hostil)
    3. de qualquer forma, seja qual seja, incomodar, preocupar, molestar alguém
      1. perseguir
      2. ser maltratado, sofrer perseguição por causa de algo
    4. sem a idéia de hostilidade, correr atrás, seguir após: alguém
    5. metáf., perseguir
      1. procurar ansiosamente, esforçar-se com todo o empenho para adquirir

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἕνεκα


    (G1752)
    héneka (hen'-ek-ah)

    1752 ενεκα heneka ou ενεκεν heneken ou εινεκεν heineken

    de afinidade incerta; prep

    a fim de que, por causa de, para

    por esta causa, conseqüentemente


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κατά


    (G2596)
    katá (kat-ah')

    2596 κατα kata

    partícula primária; prep

    abaixo de, por toda parte

    de acordo com, com respeito a, ao longo de


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μακάριος


    (G3107)
    makários (mak-ar'-ee-os)

    3107 μακαριος makarios

    forma prolongada do poético makar (significando o mesmo); TDNT - 4:362,548; adj

    1. bem-aventurado, feliz

    ὀνειδίζω


    (G3679)
    oneidízō (on-i-did'-zo)

    3679 ονειδιζω oneidizo

    de 3681; TDNT - 5:239,693; v

    1. repreender, reprovar, maltratar
      1. de reprovação merecida
      2. de reprovação não merecida, maltratar
      3. censurar, jogar na cara (favores recebidos), insultar

    ὅταν


    (G3752)
    hótan (hot'-an)

    3752 οταν hotan

    de 3753 e 302; partícula

    1. quando, sempre que, contanto que, tão logo que

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πονηρός


    (G4190)
    ponērós (pon-ay-ros')

    4190 πονηρος poneros

    de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

    1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
      1. pressionado e atormentado pelos labores
      2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
    2. mau, de natureza ou condição má
      1. num sentido físico: doença ou cegueira
      2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

        A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

    Sinônimos ver verbete 5908


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ψεύδομαι


    (G5574)
    pseúdomai (psyoo'-dom-ahee)

    5574 ψευδομαι pseudomai

    voz média de um verbo aparentemente primário; TDNT - 9:594,1339; v

    mentir, falar falsidades deliberadas

    enganar pela mentira, enganar a


    χαίρω καί ἀγαλλιάω ὅτι πολύς ὑμῶν μισθός ἔν οὐρανός γάρ οὕτω διώκω προφήτης ὁ πρό ὑμῶν
    Mateus 5: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Alegrai-vos e sejam imensamente felizes, porque grande é a vossa recompensa no céu; pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.
    Mateus 5: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1377
    diṓkō
    διώκω
    rainha, dama
    (the queen)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G21
    agalliáō
    ἀγαλλιάω
    ()
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3408
    misthós
    μισθός
    valor pago pelo trabalho
    (reward)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G3779
    hoútō
    οὕτω
    os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
    (to the Chaldeans)
    Substantivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G4253
    pró
    πρό
    trança, cacho
    (locks)
    Substantivo
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5463
    chaírō
    χαίρω
    (Peal) fechar
    (and has shut)
    Verbo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    διώκω


    (G1377)
    diṓkō (dee-o'-ko)

    1377 διωκω dioko

    uma forma prolongada (e causativa) de um verbo primário dio (fugir; cf a raíz de 1169 e 1249); TDNT - 2:229,177; v

    1. fazer correr ou fugir, afugentar, escapar
    2. correr prontamente a fim de capturar um pessoa ou coisa, correr atrás
      1. correr com determinação: figurativamente de alguém que, numa corrida, dispara em direção ao ponto de chegada
      2. perseguir (de um modo hostil)
    3. de qualquer forma, seja qual seja, incomodar, preocupar, molestar alguém
      1. perseguir
      2. ser maltratado, sofrer perseguição por causa de algo
    4. sem a idéia de hostilidade, correr atrás, seguir após: alguém
    5. metáf., perseguir
      1. procurar ansiosamente, esforçar-se com todo o empenho para adquirir

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀγαλλιάω


    (G21)
    agalliáō (ag-al-lee-ah'-o)

    21 αγαλλιαω agalliao

    de agan (muito) e 242; TDNT 1:19, *; v

    1. exultar, regozijar-se extremamente, estar cheio de alegria, ter alegria excessiva.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μισθός


    (G3408)
    misthós (mis-thos')

    3408 μισθος misthos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:695,599; n m

    1. valor pago pelo trabalho
      1. salário, pagamento
    2. recompensa: usado do fruto natural do trabalho árduo e esforçado
      1. em ambos os sentidos, recompensas e punições
      2. das recompensas que Deus dá, ou dará, pelas boas obras e esforços
      3. de punições


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    οὕτω


    (G3779)
    hoútō (hoo'-to)

    3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

    de 3778; adv

    1. deste modo, assim, desta maneira

    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    πρό


    (G4253)
    pró (pro)

    4253 προ pro

    preposição primária; TDNT - 6:683,935; prep

    1. antes

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    χαίρω


    (G5463)
    chaírō (khah'-ee-ro)

    5463 χαιρω chairo

    verbo primário; TDNT - 9:359,1298; v

    regozijar-se, estar contente

    ficar extremamente alegre

    1. estar bem, ter sucesso
    2. em cumprimentos, saudação!
    3. no começo das cartas: fazer saudação, saudar

    ὑμεῖς ἐστέ ἅλας γῆ δέ ἐάν ἅλας μωραίνω ἔν τίς ἁλίζω εἰς οὐδείς ἔτι ἰσχύω εἰ μή βάλλω ἔξω καταπατέω ὑπό ἄνθρωπος
    Mateus 5: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Vós sois o sal da terra; mas se o sal perder seu sabor, com que se há de salgar? Para nada mais é bom senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
    Mateus 5: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1093
    γῆ
    terra arável
    (land)
    Substantivo - vocativo feminino no singular
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1854
    éxō
    ἔξω
    esmagar, pulverizar, esmigalhar
    (very small)
    Verbo
    G2089
    éti
    ἔτι
    ainda
    (any longer)
    Advérbio
    G217
    hálas
    ἅλας
    incêndio
    (fire)
    Substantivo
    G233
    halízō
    ἁλίζω
    então
    (Then)
    Advérbio
    G2480
    ischýō
    ἰσχύω
    ser forte
    (it is potent)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G2662
    katapatéō
    καταπατέω
    pisar, esmagar com o pé, pisotear
    (to be trampled upon)
    Verbo - presente infinitivo intermediário ou passivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3471
    mōraínō
    μωραίνω
    ser tolo, agir tolamente
    (becomes tasteless)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G906
    bállō
    βάλλω
    lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    (is thrown)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


    γῆ


    (G1093)
    (ghay)

    1093 γη ge

    contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f

    1. terra arável
    2. o chão, a terra com um lugar estável
    3. continente como oposto ao mar ou água
    4. a terra como um todo
      1. a terra como oposto aos céus
      2. a terra habitada, residência dos homens e dos animais
    5. um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔξω


    (G1854)
    éxō (ex'-o)

    1854 εξω exo

    de 1537; TDNT - 2:575,240; adv

    1. fora, do lado de fora

    ἔτι


    (G2089)
    éti (et'-ee)

    2089 ετι eti

    talvez semelhante a 2094; adv

    1. ainda
      1. de tempo
        1. de algo que foi outrora, ao passo que agora um estado diferente de coisas existe ou começou a existir
        2. de uma coisa que continua no presente
          1. até, agora
        3. com negativas
          1. não mais, já não
      2. de grau e crescimento
        1. até, ainda
        2. além, mais, além disso

    ἅλας


    (G217)
    hálas (hal'-as)

    217 αλας halas

    de 251; TDNT - 1:228,36; n n

    1. sal, com o qual a comida é temperada e sacrifícios são salpicados
    2. tipos de substância salina usada para fertilizar terra arável
    3. o sal é um símbolo de acordo durável, porque protege os alimentos da putrefação e preserva-os sem alteração. Conseqüentemente, na confirmação solene de pactos, os orientais estavam e estão até os dias de hoje, acostumados a compartilhar do sal juntos
    4. sabedoria e graça exibida em discurso

    ἁλίζω


    (G233)
    halízō (hal-id'-zo)

    233 αλιζω halizo

    de 251; v

    1. salgar, temperar com sal, salpicar com sal

    ἰσχύω


    (G2480)
    ischýō (is-khoo'-o)

    2480 ισχυω ischuo

    de 2479; TDNT - 3:397,378; v

    1. ser forte
      1. ser forte fisicamente, ser robusto, ter boa saúde
    2. ter poder
      1. ter poder, exibido através de feitos extraordinários
        1. externar, mostrar poder, ter a força para vencer
      2. ser uma força, ser eficaz
      3. ser útil
      4. ser capaz, poder

    καταπατέω


    (G2662)
    katapatéō (kat-ap-at-eh'-o)

    2662 καταπατεω katapateo

    de 2596 e 3961; TDNT - 5:940,804; v

    1. pisar, esmagar com o pé, pisotear
    2. metaph. tratar com rispidez e desprezo
      1. rejeitar, tratar com negligência insultante

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    μωραίνω


    (G3471)
    mōraínō (mo-rah'-ee-no)

    3471 μωραινω moraino

    1. de 3474; TDNT - 4:832,620; v
    2. ser tolo, agir tolamente
      1. fazer tolo
        1. provar que uma pessoa é tola ou algo é tolice
      2. tornar insípido e sem sabor
        1. do sal que perdeu sua força e sabor


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    βάλλω


    (G906)
    bállō (bal'-lo)

    906 βαλλω ballo

    uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

    1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
      1. espalhar, lançar, arremessar
      2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
      3. de fluidos
        1. verter, lançar aos rios
        2. despejar
    2. meter, inserir

    ὑμεῖς ἐστέ φῶς κόσμος οὐ δύναμαι κρύπτω πόλις κεῖμαι ἐπάνω ὄρος
    Mateus 5: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade estabelecida sobre um monte;
    Mateus 5: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1883
    epánō
    ἐπάνω
    sobre
    (over)
    Preposição
    G2749
    keîmai
    κεῖμαι
    deitar
    (is applied)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G2889
    kósmos
    κόσμος
    puro, limpo
    (clean)
    Adjetivo
    G2928
    krýptō
    κρύπτω
    um porteiro dentre os exilados que retornaram na época de Esdras n pr loc
    (and Telem)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3735
    óros
    ὄρος
    (I
    (was grieved)
    Verbo
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5457
    phōs
    φῶς
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo


    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐπάνω


    (G1883)
    epánō (ep-an'-o)

    1883 επανω epano

    de 1909 e 507; adv

    1. acima
      1. de lugar
      2. de número: mais que

    κεῖμαι


    (G2749)
    keîmai (ki'-mahee)

    2749 κειμαι keimai

    voz média de um verbo primário; TDNT - 3:654,425; v

    1. deitar
      1. de um infante
      2. de alguém sepultado
      3. de coisas que passivamente cobrem algum lugar
        1. de uma cidade situada sobre um monte
      4. de coisas colocadas em qualquer lugar, em ref. ao que freqüentemente usamos “permanecer”
        1. de vasos, de um trono, da posição de uma cidade, de grãos e outras coisas colocadas sobre uma fundação ou base
    2. metáf.
      1. ser colocado (pela vontade de Deus), i.e. destinado, apontado
      2. de leis, serem feitas, decretadas
      3. estar sob poder do mal, i.e., ser mantido em submissão pelo diabo

    κόσμος


    (G2889)
    kósmos (kos'-mos)

    2889 κοσμος kosmos

    provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m

    1. uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
    2. ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
    3. mundo, universo
    4. o círculo da terra, a terra
    5. os habitantes da terra, homens, a família humana
    6. a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
    7. afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
      1. totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
    8. qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
      1. os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
      2. dos crentes unicamente, Jo 1:29; 3.16; 3.17; 6.33; 12.47; 1Co 4:9; 2Co 5:19

    Sinônimos ver verbete 5921


    κρύπτω


    (G2928)
    krýptō (kroop'-to)

    2928 κρυπτω krupto

    verbo primário; TDNT - 3:957,476; v

    esconder, ocultar, ser encoberto

    metáf. ocultar (aquilo que não deve tornar-se conhecido)



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄρος


    (G3735)
    óros (or'-os)

    3735 ορος oros

    provavelmente de uma palavra arcaica oro (levantar ou “erigir”, talvez semelhante a 142, cf 3733); TDNT - 5:475,732; n n

    1. montanha

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    φῶς


    (G5457)
    phōs (foce)

    5457 φως phos

    de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT - 9:310,1293; n n

    1. luz
      1. luz
        1. emitida por uma lâmpada
        2. um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
      2. qualquer coisa que emite luz
        1. estrela
        2. fogo porque brilha e espalha luz
        3. lâmpada ou tocha
      3. luz, i.e, brilho
        1. de uma lâmpada
    2. metáf.
      1. Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
      2. da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
      3. aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
      4. razão, mente
        1. o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual

    Sinônimos ver verbete 5817


    οὐδέ καίω λύχνος τίθημι αὐτός ὑπό μόδιος ἀλλά ἐπί λυχνία καί λάμπω πᾶς ἔν οἰκία
    Mateus 5: 15 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas sobre um castiçal, e dá luz a todos que estão na casa.
    Mateus 5: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2545
    kaíō
    καίω
    colocar fogo, iluminar, queimar
    (do they light)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
    G2989
    lámpō
    λάμπω
    o filho de Lameque com Ada e irmão de Jubal; descrito como o pai daqueles que habitam
    (Jabal)
    Substantivo
    G3087
    lychnía
    λυχνία
    neto do sumo sacerdote Hilquias; filho do sumo sacerdote Seraías; pai do sumo sacerdote
    (Jehozadak)
    Substantivo
    G3088
    lýchnos
    λύχνος
    filho do rei Josafá, de Judá, e, ele próprio, rei de Judá por oito anos; sua esposa era a
    (Jehoram)
    Substantivo
    G3426
    módios
    μόδιος
    ser, existência, substância, há ou existe
    (there be)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3614
    oikía
    οἰκία
    casa
    (house)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G3761
    oudé
    οὐδέ
    nem / tampouco
    (Nor)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G5087
    títhēmi
    τίθημι
    fazer um voto
    (And vowed)
    Verbo
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καίω


    (G2545)
    kaíō (kah'-yo)

    2545 καιω kaio

    aparentemente, verbo primário; TDNT - 3:464,390; v

    colocar fogo, iluminar, queimar

    arder, consumir com o fogo


    λάμπω


    (G2989)
    lámpō (lam'-po)

    2989 λαμπω lampo

    verbo primário; TDNT - 4:16,497; v

    1. brilhar

    λυχνία


    (G3087)
    lychnía (lookh-nee'-ah)

    3087 λυχνια luchnia

    de 3088; TDNT - 4:324,542; n f

    1. castiçal, candelabro

    λύχνος


    (G3088)
    lýchnos (lookh'-nos)

    3088 λυχνος luchnos

    da raiz de 3022; TDNT - 4:324,542; n m

    1. candeia, vela, que é colocada em um castiçal

      Uma candeia é semelhante a um olho, que mostra ao corpo qual o caminho; é possível fazer uma analogia entre a candeia e as profecias do AT, visto que elas proporcionam pelo menos algum conhecimento relativo à volta gloriosa de Jesus do céu.


    μόδιος


    (G3426)
    módios (mod'-ee-os)

    3426 μοδιος modios

    de origem latina; n m

    1. medida seca de aproximadamente 9 litros


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οἰκία


    (G3614)
    oikía (oy-kee'-ah)

    3614 οικια oikia

    de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

    1. casa
      1. edifício habitado, moradia
      2. habitantes de uma casa, família
      3. propriedade, riqueza, bens

    Sinônimos ver verbete 5867


    οὐδέ


    (G3761)
    oudé (oo-deh')

    3761 ουδε oude

    de 3756 e 1161; conj

    1. e não, nem, também não, nem mesmo

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    τίθημι


    (G5087)
    títhēmi (tith'-ay-mee)

    5087 τιθημι tithemi

    forma prolongada de uma palavra primária θεω theo (que é usada somente como substituto em determinados tempos); TDNT - 8:152,1176; v

    1. colocar, pôr, estabelecer
      1. estabelecer ou colocar
      2. pôr em, deitar
        1. curvar
        2. dispensar ou colocar de lado, não usar ou levar mais
        3. guardar, economizar dinheiro
      3. servir algo para comer ou beber
      4. apresentar algo para ser explicado pelo discurso
    2. tornar
      1. fazer (ou colocar) para si mesmo ou para o uso de alguém
    3. colocar, fixar, estabelecer
      1. apresentar
      2. estabelecer, ordenar

    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    οὕτω λάμπω ὑμῶν φῶς ἔμπροσθεν ἄνθρωπος ὅπως εἴδω ὑμῶν καλός ἔργον καί δοξάζω ὑμῶν πατήρ ὁ ἔν οὐρανός
    Mateus 5: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Deixai a vossa luz brilhar diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está no céu.
    Mateus 5: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1392
    doxázō
    δοξάζω
    pensar, supor, ser da opinião
    (they should glorify)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G1715
    émprosthen
    ἔμπροσθεν
    ante, perante / na frente de
    (before)
    Preposição
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2041
    érgon
    ἔργον
    negócio, serviço, aquilo com o que alguém está ocupado.
    (works)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2570
    kalós
    καλός
    bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso,
    (good)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G2989
    lámpō
    λάμπω
    o filho de Lameque com Ada e irmão de Jubal; descrito como o pai daqueles que habitam
    (Jabal)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3704
    hópōs
    ὅπως
    faixa, fita, amuletos cobertos, falsos filactérios
    (pillows)
    Substantivo
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G3779
    hoútō
    οὕτω
    os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
    (to the Chaldeans)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5457
    phōs
    φῶς
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo


    δοξάζω


    (G1392)
    doxázō (dox-ad'-zo)

    1392 δοξαζω doxazo

    de 1391; TDNT - 2:253,178; v

    1. pensar, supor, ser da opinião
    2. louvar, exaltar, magnificar, celebrar
    3. honrar, conferir honras a, ter em alta estima
    4. tornar glorioso, adornar com lustre, vestir com esplendor
      1. conceder glória a algo, tornar excelente
      2. tornar renomado, causar ser ilustre
        1. Tornar a dignidade e o valor de alguém ou de algo manifesto e conhecido

    ἔμπροσθεν


    (G1715)
    émprosthen (em'-pros-then)

    1715 εμπροσθεν emprosthen

    de 1722 e 4314; adv

    1. em frente, antes
      1. antes, i.e. naquela região local que está em frente de uma pessoa ou coisa
      2. antes, na presença de, i.e. oposto a, contra alguém
      3. antes, de acordo com o ponto de vista de
      4. antes, denotando ordem

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔργον


    (G2041)
    érgon (er'-gon)

    2041 εργον ergon

    de uma palavra primária (mas absoleta) ergo (trabalhar); TDNT - 2:635,251; n n

    1. negócio, serviço, aquilo com o que alguém está ocupado.
      1. aquilo que alguém se compromete de fazer, empreendimento, tarefa

        qualquer produto, qualquer coisa afetuada pela mão, arte, indústria, ou mente

        ato, ação, algo feito: a idéia de trabalhar é enfatizada em oposição àquilo que é menos que trabalho


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καλός


    (G2570)
    kalós (kal-os')

    2570 καλος kalos

    de afinidade incerta; TDNT - 3:536,402; adj

    1. bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso, apropriado, recomendável, admirável
      1. bonito de olhar, bem formado, magnífico
      2. bom, excelente em sua natureza e características, e por esta razão bem adaptado aos seus objetivos
        1. genuíno, aprovado
        2. precioso
        3. ligado aos nomes de homens designados por seu ofício, competente, capaz, tal como alguém deve ser
        4. louvável, nobre
      3. bonito por razão de pureza de coração e vida, e por isso louvável
        1. moralmente bom, nobre
      4. digno de honra, que confere honra
      5. que afeta a mente de forma prazenteira, que conforta e dá suporte

    Sinônimos ver verbete 5893


    λάμπω


    (G2989)
    lámpō (lam'-po)

    2989 λαμπω lampo

    verbo primário; TDNT - 4:16,497; v

    1. brilhar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅπως


    (G3704)
    hópōs (hop'-oce)

    3704 οπως hopos

    de 3739 e 4459; partícula

    1. como, para que

    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    οὕτω


    (G3779)
    hoútō (hoo'-to)

    3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

    de 3778; adv

    1. deste modo, assim, desta maneira

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    φῶς


    (G5457)
    phōs (foce)

    5457 φως phos

    de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT - 9:310,1293; n n

    1. luz
      1. luz
        1. emitida por uma lâmpada
        2. um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
      2. qualquer coisa que emite luz
        1. estrela
        2. fogo porque brilha e espalha luz
        3. lâmpada ou tocha
      3. luz, i.e, brilho
        1. de uma lâmpada
    2. metáf.
      1. Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
      2. da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
      3. aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
      4. razão, mente
        1. o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual

    Sinônimos ver verbete 5817


    μή νομίζω ὅτι ἔρχομαι καταλύω νόμος ἤ προφήτης οὐ ἔρχομαι καταλύω πληρόω
    Mateus 5: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Não penseis que eu vim destruir a lei ou os profetas; eu não vim para destruir, mas para cumprir.
    Mateus 5: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2228
    um sacerdote, filho de Uzi, e antepassado de Esdras, o escriba
    (Zerahiah)
    Substantivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2647
    katalýō
    καταλύω
    dissolver, desunir
    (to abolish)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3543
    nomízō
    νομίζω
    tornar-se fraco, tornar-se indistinto, vacilar,
    (and were dim)
    Verbo
    G3551
    nómos
    νόμος
    lei
    (law)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4137
    plēróō
    πληρόω
    tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
    (might be fulfilled)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo


    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818



    (G2228)
    (ay)

    2228 η e

    partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula

    1. ou ... ou, que

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    καταλύω


    (G2647)
    katalýō (kat-al-oo'-o)

    2647 καταλυω kataluo

    de 2596 e 3089; TDNT - 4:338,543; v

    1. dissolver, desunir
      1. (o que tem estado junto), destruir, demolir
      2. metá. derrubar, i.e., tornar inútil, privar de sucesso, levar à nada
        1. subverter, derrubar
          1. de instituições, formas de governo, leis, etc., privar de força, aniquilar abrogar, descartar
      3. de viajantes, fazer parada numa viagem, alojar-se, abrigar-se (expressão figurativa que se origina na circunstância de que, ao alojar-se à noite, as correias são soltas e os fardos dos animais de carga são descarregados; ou mais precisamente do fato que as vestimentas dos viajantes, atadas durante a viagem, são soltas na sua extremidade)

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    νομίζω


    (G3543)
    nomízō (nom-id'-zo)

    3543 νομιζω nomizo

    de 3551; v

    1. manter pelo costume ou uso, ter como um costume ou uso, seguir um costume ou uso
      1. é costume, é a tradição recebida
    2. considerar, pensar, supor

    Sinônimos ver verbete 5837


    νόμος


    (G3551)
    nómos (nom'-os)

    3551 νομος nomos

    da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

    1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
      1. de qualquer lei
        1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
          1. pela observância do que é aprovado por Deus
        2. um preceito ou injunção
        3. a regra de ação prescrita pela razão
      2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
      3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
      4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

    Sinônimos ver verbete 5918



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    πληρόω


    (G4137)
    plēróō (play-ro'-o)

    4137 πληροω pleroo

    de 4134; TDNT - 6:286,867; v

    1. tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
      1. fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
        1. Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
    2. tornar pleno, i.e., completar
      1. preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
      2. consumar: um número
        1. fazer completo em cada particular, tornar perfeito
        2. levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
      3. efetuar, trazer à realização, realizar
        1. relativo a deveres: realizar, executar
        2. de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
        3. cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    γάρ ἀμήν ὑμῖν λέγω ἕως ἄν οὐρανός καί γῆ παρέρχομαι εἷς ἰῶτα ἤ μία κεραία οὐ μή παρέρχομαι ἀπό νόμος ἕως ἄν πᾶς γίνομαι
    Mateus 5: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Porque na verdade eu vos digo: Até que passem o céu e a terra, um iota ou um traço de letra, não passará da lei, até que tudo seja cumprido.
    Mateus 5: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1093
    γῆ
    terra arável
    (land)
    Substantivo - vocativo feminino no singular
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G2193
    héōs
    ἕως
    extinguir, estar extinto, ser extinguido
    (are extinct)
    Verbo
    G2228
    um sacerdote, filho de Uzi, e antepassado de Esdras, o escriba
    (Zerahiah)
    Substantivo
    G2503
    iōta
    ἰῶτα
    um efraimita, um dos 30 soldados da tropa de elite de Davi, líder do sétimo turno mensal
    (the Helez)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2762
    keraía
    κεραία
    um pequeno chifre
    (point)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3551
    nómos
    νόμος
    lei
    (law)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G3928
    parérchomai
    παρέρχομαι
    ensinado, instruído, discipulado
    (among my disciples)
    Adjetivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γῆ


    (G1093)
    (ghay)

    1093 γη ge

    contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f

    1. terra arável
    2. o chão, a terra com um lugar estável
    3. continente como oposto ao mar ou água
    4. a terra como um todo
      1. a terra como oposto aos céus
      2. a terra habitada, residência dos homens e dos animais
    5. um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região

    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    ἕως


    (G2193)
    héōs (heh'-oce)

    2193 εως heos

    de afinidade incerta; conj

    1. até, até que


    (G2228)
    (ay)

    2228 η e

    partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula

    1. ou ... ou, que

    ἰῶτα


    (G2503)
    iōta (ee-o'-tah)

    2503 ιωτα iota

    de origem hebraica י, a décima letra do alfabeto hebraico; n n

    1. a letra hebraica י, a menor de todas
      1. por isso equivalente à menor parte

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κεραία


    (G2762)
    keraía (ker-ah'-yah)

    2762 κεραια keraia

    de um suposto derivado da raiz de 2768; n f

    1. um pequeno chifre
    2. extremidade, ápice, ponto
      1. usado pelos gramáticos para referir-se aos acentos e pontos diacríticos.

        Jesus usou a palavra para referir-se às pequenas linhas ou projeções pelas quais as letras hebraicas diferencivam-se umas das outras; o significado é, “nem mesmo a menor parte da lei perecerá”.


    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    νόμος


    (G3551)
    nómos (nom'-os)

    3551 νομος nomos

    da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

    1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
      1. de qualquer lei
        1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
          1. pela observância do que é aprovado por Deus
        2. um preceito ou injunção
        3. a regra de ação prescrita pela razão
      2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
      3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
      4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

    Sinônimos ver verbete 5918



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    παρέρχομαι


    (G3928)
    parérchomai (par-er'-khom-ahee)

    3928 παρερχομαι parerchomai

    de 3844 e 2064; TDNT - 2:681,257; v

    1. ir por, passar por
      1. de pessoas indo adiante
        1. passar por
      2. do tempo
        1. um ato que continua por um tempo
      3. metáf.
        1. morrer, perecer
        2. passar por (transpor), isto é, negligenciar, omitir, (transgredir)
        3. ser conduzido por, ser levado por, ser afastado

          chegar a, adiantar-se, chegar


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ὅς οὖν ἐάν λύω μία τούτων ἐντολή ἐλάχιστος καί οὕτω διδάσκω ἄνθρωπος καλέω ἐλάχιστος ἔν βασιλεία οὐρανός ὅς δέ ἄν ποιέω καί διδάσκω οὗτος καλέω μέγας ἔν βασιλεία οὐρανός
    Mateus 5: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Portanto, qualquer que quebrar um destes mínimos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino do céu; aquele, porém, que os praticar e ensinar, será chamado grande no reino do céu.
    Mateus 5: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1321
    didáskō
    διδάσκω
    carne
    (flesh)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G1646
    eláchistos
    ἐλάχιστος
    o menor, o mínino
    (least)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular - superlativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1785
    entolḗ
    ἐντολή
    ordem, comando, dever, preceito, injunção
    (commandments)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2564
    kaléō
    καλέω
    chamar
    (you will call)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3089
    lýō
    λύω
    filha do rei Jorão, de Judá, e esposa do sumo sacerdote Joiada
    (Jehosheba)
    Substantivo
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3779
    hoútō
    οὕτω
    os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
    (to the Chaldeans)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διδάσκω


    (G1321)
    didáskō (did-as'-ko)

    1321 διδασκω didasko

    uma forma prolongada (causativo) de um verbo primário dao (aprender); TDNT - 2:135,161; v

    1. ensinar
      1. conversar com outros a fim de instruir-los, pronunciar discursos didáticos
      2. ser um professor
      3. desempenhar o ofício de professor, conduzir-se como um professor
    2. ensinar alguém
      1. dar instrução
      2. instilar doutrina em alguém
      3. algo ensinado ou prescrito
      4. explicar ou expor algo
      5. ensinar algo a alguém

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    ἐλάχιστος


    (G1646)
    eláchistos (el-akh'-is-tos)

    1646 ελαχιστος elachistos

    superlativo de elachus (curto); usado como equivalente a 3398; TDNT - 4:648,593; adj

    1. o menor, o mínino
      1. em tamanho
      2. em valor: de administração de negócios
      3. em importância: que é o momento mínimo
      4. em autoridade: de mandamentos
      5. na avaliação de seres humanos: de pessoas
      6. em posição e excelência: de pessoas

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐντολή


    (G1785)
    entolḗ (en-tol-ay')

    1785 εντολη entole

    de 1781; TDNT - 2:545,234; n f

    1. ordem, comando, dever, preceito, injunção
      1. aquilo que é prescrito para alguém em razão de seu ofício
    2. mandamento
      1. regra prescrita de acordo com o que um coisa é feita
        1. preceito relacionado com a linhagem, do preceito mosaico a respeito do sacerdócio
        2. eticamente usado dos mandamentos da lei mosaica ou da tradição judaica

    Sinônimos ver verbete 5918


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καλέω


    (G2564)
    kaléō (kal-eh'-o)

    2564 καλεω kaleo

    semelhante a raiz de 2753; TDNT - 3:487,394; v

    1. chamar
      1. chamar em alta voz, proferir em alta voz
      2. convidar
    2. chamar, i.e., chamar pelo nome
      1. dar nome a
        1. receber o nome de
        2. dar um nome a alguém, chamar seu nome
      2. ser chamado, i.e., ostentar um nome ou título (entre homens)
      3. saudar alguém pelo nome

    Sinônimos ver verbete 5823


    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    λύω


    (G3089)
    lýō (loo'-o)

    3089 λυω luo

    palavra raiz; TDNT - 2:60 e 4:328,543; v

    1. libertar alguém ou algo preso ou atado
      1. bandagens para os pés, sapatos
      2. de um marido ou esposa unidos pelos laços do matrimônio
      3. de um homem solteiro, tenha sido casado ou não
    2. soltar alguém amarrado, i.e., desamarrar, livrar de laços, tornar livre
      1. de alguém amarrado (envolvido em bandagens)
      2. amarrado com cadeias (um prisioneiro), tirar da prisão, deixar ir
    3. desatar, desfazer, dissolver, algo amarrado, atado, ou compactado
      1. uma assembléia, i.e., despedir, dissolver
      2. leis, que tem uma força que obriga, são semelhantes a laços
      3. anular, subverter
      4. por de lado, privar de autoridade, seja pelo preceito ou ato
      5. declarar ilegal
      6. soltar o que está compactado ou construído junto, dissolver, demolir, destruir
      7. dissolver algo coerente em partes, destruir
      8. metáf., derrubar, por de lado

    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    οὕτω


    (G3779)
    hoútō (hoo'-to)

    3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

    de 3778; adv

    1. deste modo, assim, desta maneira

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

    γάρ ὑμῖν λέγω ὅτι ἐάν μή ὑμῶν δικαιοσύνη ἐάν μή περισσεύω πλείων γραμματεύς καί Φαρισαῖος οὐ μή εἰσέρχομαι εἰς βασιλεία οὐρανός
    Mateus 5: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Porque eu vos digo que se a vossa justiça não exceder a justiça dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino do céu.
    Mateus 5: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1122
    grammateús
    γραμματεύς
    escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e
    (scribes)
    Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
    G1343
    dikaiosýnē
    δικαιοσύνη
    justiça
    (righteousness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1525
    eisérchomai
    εἰσέρχομαι
    veio
    (came)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G4052
    perisseúō
    περισσεύω
    exceder um número fixo previsto, ter a mais e acima de um certo número ou medida
    (shall abound)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Active - 3ª pessoa do singular
    G4119
    pleíōn
    πλείων
    maior em quantidade
    (above [that])
    Adjetivo - neutro acusativo singular - comparativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5330
    Pharisaîos
    Φαρισαῖος
    Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus
    (Pharisees)
    Substantivo - Masculino no Plurak genitivo
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γραμματεύς


    (G1122)
    grammateús (gram-mat-yooce')

    1122 γραμματευς grammateus

    de 1121; TDNT - 1:740,127; n m

    1. escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
    2. na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
    3. professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus

    δικαιοσύνη


    (G1343)
    dikaiosýnē (dik-ah-yos-oo'-nay)

    1343 δικαιοσυνη dikaiosune

    de 1342; TDNT - 2:192,168; n f

    1. num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus
      1. doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus
      2. integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos
    2. num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἰσέρχομαι


    (G1525)
    eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

    1525 εισερχομαι eiserchomai

    de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

    1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
      1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
      2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
      3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
    2. metáf.
      1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
        1. aparecer, vir à existência, começar a ser
        2. de homens, vir perante o público
        3. vir à vida
      2. de pensamentos que vêm a mente

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    περισσεύω


    (G4052)
    perisseúō (per-is-syoo'-o)

    4052 περισσευω perisseuo

    1. 4053; TDNT - 6:58,828; v

      exceder um número fixo previsto, ter a mais e acima de um certo número ou medida

      1. ter em excesso, sobrar
      2. existir ou estar à mão em abundância
        1. ter muito (em abundância)
        2. algo que vem em abundância, ou que transborda, algo que cae no campo de alguém em grande medida
        3. contribuir para, despejar abundantemente para algo
      3. abundar, transbordar
        1. ser abundantemente suprido com, ter em abundância, abundar em (algo), estar em afluência
        2. ser preeminente, exceder
        3. exceder mais que, superar
    2. fazer abundar
      1. fornecer ricamente a alguém de modo que ele tenha em abundância
      2. tornar abundante ou excelente

        “Abundância” é usado de uma flor florescendo de um botão até abrir completamente.


    πλείων


    (G4119)
    pleíōn (pli-own)

    4119 πλειων pleion neutro πλειον pleion ou πλεον pleon

    comparativo de 4183; adj

    1. maior em quantidade
      1. a maior parte, muito mais

        maior em qualidade, superior, mais excelente


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    Φαρισαῖος


    (G5330)
    Pharisaîos (far-is-ah'-yos)

    5330 φαρισαιος Pharisaios

    de origem hebraica, cf 6567 פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m

    1. Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.

      Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.


    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

    ἀκούω ὅτι ῥέω ἀρχαῖος οὐ φονεύω δέ ὅς ἄν φονεύω ἔσομαι ἔνοχος κρίσις
    Mateus 5: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ouvistes o que foi dito pelos antigos: Não assassinarás; mas qualquer que assassinar estará sujeito a julgamento.
    Mateus 5: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1777
    énochos
    ἔνοχος
    julgar, contender, pleitear
    (will contend)
    Verbo
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2920
    krísis
    κρίσις
    julgamento
    (judgment)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G5407
    phoneúō
    φονεύω
    matar, assassinar
    (You shall murder)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G744
    archaîos
    ἀρχαῖος
    o que tem sido desde o começo, original, primeiro, antigo
    (ancients)
    Adjetivo - Dativo Masculine Plural


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἔνοχος


    (G1777)
    énochos (en'-okh-os)

    1777 ενοχος enochos

    de 1758; TDNT - 2:828,286; adj

    1. constrangido, sob obrigação, sujeito a, responsável por
      1. usado de alguém que está nas mãos de, possuído pelo amor, e zelo por algo
      2. num sentido forense, denotando a conexão de um pessoa seja com o seu crime ou com penalidade ou julgamento, ou com aquilo contra quem ou o que ele tem ofendido
        1. culpado, digno de punição
        2. culpado de algo
        3. do crime
        4. da penalidade
        5. sujeito a este ou aquele tribunal i.e. a punição a ser imposta por este ou aquele tribunal
        6. do lugar onde a punição é para ser sofrida

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    κρίσις


    (G2920)
    krísis (kree'-sis)

    2920 κρισις krisis

    talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:941,469; n f

    1. separação, divisão, repartição
      1. julgamento, debate
    2. seleção
    3. julgamento
      1. opinião ou decisião no tocante a algo
        1. esp. concernente à justiça e injustiça, certo ou errado
      2. sentença de condenação, julgamento condenatório, condenação e punição
    4. o colégio dos juízes (um tribunal de sete homens nas várias cidades da Palestina; distinto do Sinédrio, que tinha sua sede em Jerusalém)
    5. direito, justiça

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    φονεύω


    (G5407)
    phoneúō (fon-yoo'-o)

    5407 φονευω phoneuo

    de 5406; v

    matar, assassinar

    cometer um assassinato


    ἀρχαῖος


    (G744)
    archaîos (ar-khah'-yos)

    744 αρχαιος archaios

    de 746; TDNT - 1:486,81; adj

    1. o que tem sido desde o começo, original, primeiro, antigo
      1. referente a homens, coisas, tempos, condições

    Sinônimos ver verbete 5816 e 5924


    ἐγώ δέ ὑμῖν λέγω ὅτι πᾶς εἰκῆ ὀργίζω αὑτοῦ ἀδελφός ἔσομαι ἔνοχος κρίσις δέ ὅς ἄν ἔπω ῥακά αὑτοῦ ἀδελφός ἔσομαι ἔνοχος συνέδριον δέ ὅς ἄν ἔπω μωρός ἔσομαι ἔνοχος εἰς γέεννα πῦρ
    Mateus 5: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Eu, porém, vos digo: Quem quer que, sem motivo, se irar contra seu irmão, estará sujeito a julgamento; e qualquer que disser a seu irmão: Raca!, estará sujeito ao concílio, e qualquer que lhe disser: És tolo!, estará sujeito ao fogo do inferno.
    Mateus 5: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1067
    géenna
    γέεννα
    o primogênito
    (the firstborn)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1777
    énochos
    ἔνοχος
    julgar, contender, pleitear
    (will contend)
    Verbo
    G2920
    krísis
    κρίσις
    julgamento
    (judgment)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3474
    mōrós
    μωρός
    ser correto, ser direito, ser plano, ser honesto, ser justo, estar conforme a lei, ser suave
    (pleases me well)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3710
    orgízō
    ὀργίζω
    provocar, incitar a ira
    (being angry with)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Singular nominativo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4442
    pŷr
    πῦρ
    rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo a quem Abrão deu o dízimo depois da batalha
    (Melchizedek)
    Substantivo
    G4469
    rhaká
    ῥακά
    ()
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4892
    synédrion
    συνέδριον
    assembléia (esp. de magistrados, juízes, embaixadores), seja convergido a deliberar ou
    (Sanhedrin)
    Substantivo - Dativo neutro no Singular
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γέεννα


    (G1067)
    géenna (gheh'-en-nah)

    1067 γεεννα geenna

    de origem hebraica 1516 and 2011; TDNT - 1:657,113; n f

    1. “Geena” ou “Geena de fogo” traduz-se como inferno, isto é, o lugar da punição futura. Designava, originalmente, o vale do Hinom, ao sul de Jerusalém, onde o lixo e os animais mortos da cidade eram jogados e queimados.

      É um símbolo apropriado para descrever o perverso e sua destruição futura.


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἔνοχος


    (G1777)
    énochos (en'-okh-os)

    1777 ενοχος enochos

    de 1758; TDNT - 2:828,286; adj

    1. constrangido, sob obrigação, sujeito a, responsável por
      1. usado de alguém que está nas mãos de, possuído pelo amor, e zelo por algo
      2. num sentido forense, denotando a conexão de um pessoa seja com o seu crime ou com penalidade ou julgamento, ou com aquilo contra quem ou o que ele tem ofendido
        1. culpado, digno de punição
        2. culpado de algo
        3. do crime
        4. da penalidade
        5. sujeito a este ou aquele tribunal i.e. a punição a ser imposta por este ou aquele tribunal
        6. do lugar onde a punição é para ser sofrida

    κρίσις


    (G2920)
    krísis (kree'-sis)

    2920 κρισις krisis

    talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:941,469; n f

    1. separação, divisão, repartição
      1. julgamento, debate
    2. seleção
    3. julgamento
      1. opinião ou decisião no tocante a algo
        1. esp. concernente à justiça e injustiça, certo ou errado
      2. sentença de condenação, julgamento condenatório, condenação e punição
    4. o colégio dos juízes (um tribunal de sete homens nas várias cidades da Palestina; distinto do Sinédrio, que tinha sua sede em Jerusalém)
    5. direito, justiça

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μωρός


    (G3474)
    mōrós (mo-ros')

    3474 μωρος moros

    provavelmente da raiz de 3466; TDNT - 4:832,620; adj

    tolo

    ímpio, incrédulo



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀργίζω


    (G3710)
    orgízō (or-gid'-zo)

    3710 οργιζω orgizo

    de 3709; TDNT - 5:382,*; v

    provocar, incitar a ira

    ser provocado a ira, estar zangado, estar enfurecido


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πῦρ


    (G4442)
    pŷr (poor)

    4442 πυρ pur

    palavra raiz; TDNT - 6:928,975; n n

    1. fogo

    ῥακά


    (G4469)
    rhaká (rhak-ah')

    4469 ρακα rhaka

    de origem aramaica, cf 7386 ריק; TDNT - 6:973,983; n

    vazio, i.e., sem sentido, pessoa que tem cabeça vazia, cabeça-oca

    termo de repreensão usado entre os judeus no tempo de Cristo


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    συνέδριον


    (G4892)
    synédrion (soon-ed'-ree-on)

    4892 συνεδριον sunedrion

    de um suposto derivado de um composto de 4862 e a raiz de 1476; TDNT - 7:860,1115; n n

    1. assembléia (esp. de magistrados, juízes, embaixadores), seja convergido a deliberar ou julgar
    2. qualquer sessão ou assembléia ou povo que delibera ou adjudica
      1. Sinédrio, o grande concílio de Jerusalém, que consiste de setenta e um membros, a saber, escribas, anciãos, membros proeminentes das famílias dos sumo-sacerdotes, o presidente da assembléia. As mais importantes causas eram trazidas diante deste tribunal, uma vez que os governadores romanos da Judéia tinham entregue ao Sinédrio o poder de julgar tais causas, e de também pronunciar sentença de morte, com a limitação de que uma sentença capital anunciada pelo Sinédrio não era válida a menos que fosse confirmada pelo procurador romano.
      2. tribunal ou concílio menor que cada cidade judaica tinha para a decisão de casos menos importantes.

    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἐάν οὖν προσφέρω ἐπί θυσιαστήριον σοῦ δῶρον κἀκεῖ μνάομαι ὅτι σοῦ ἀδελφός ἔχω τίς κατά σοῦ
    Mateus 5: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
    Mateus 5: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1435
    dōron
    δῶρον
    o líder de uma família de servidores do templo que retornou do exílio com Zorobabel
    (of Giddel)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2379
    thysiastḗrion
    θυσιαστήριον
    altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
    (altar)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    G2546
    kakeî
    κἀκεῖ
    um tipo de lagarto, somente na lista dos animais impuros
    (and the snail)
    Substantivo
    G2596
    katá
    κατά
    treinar, dedicar, inaugurar
    (do dedicated)
    Verbo
    G3403
    mimnḗskō
    μιμνήσκω
    fazer lembrar
    (shall remember)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G4374
    prosphérō
    προσφέρω
    levar a, conduzir a
    (they offered)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo


    δῶρον


    (G1435)
    dōron (do'-ron)

    1435 δωρον doron

    presente; TDNT - 2:166,166; n n

    1. dom, presente
      1. presentes oferecidos em expressão de honra
        1. de sacrifícios e outros presentes oferecidos a Deus
        2. do dinheiro lançado no tesouro para uso do templo e para o socorro do pobre
    2. oferta de um presente ou de presentes

    Sinônimos ver verbete 5839


    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    θυσιαστήριον


    (G2379)
    thysiastḗrion (thoo-see-as-tay'-ree-on)

    2379 θυσιαστηριον thusiasterion

    de um derivado de 2378; TDNT - 3:180,342; n n

    1. altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
      1. o altar de todas as oferendas queimadas que encontrava-se na corte dos sacerdotes no templo em Jerusalém
      2. o altar de incenso que encontra-se no santuário ou no Santo Lugar
      3. algum outro altar
        1. metáf., a cruz na qual Cristo sofreu uma morte expiatória: comer deste altar, i.e., apropriar-se dos frutos da morte expiatória de Cristo

    κἀκεῖ


    (G2546)
    kakeî (kak-i')

    2546 κακει kakei ou και εκει

    de 2532 e 1563; adv

    e lá

    lá também


    κατά


    (G2596)
    katá (kat-ah')

    2596 κατα kata

    partícula primária; prep

    abaixo de, por toda parte

    de acordo com, com respeito a, ao longo de


    μιμνήσκω


    (G3403)
    mimnḗskō (mim-nace'-ko)

    3403 μιμνησκω mimnesko

    forma prolongada de 3415 (do qual algo dos tempos são emprestados); v

    1. fazer lembrar
      1. recordar, voltar à mente, lembrar-se de, lembrar
      2. ser trazido à mente, ser lembrado, ter na lembrança
      3. lembrar algo
      4. estar atento a


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    προσφέρω


    (G4374)
    prosphérō (pros-fer'-o)

    4374 προσφερω prosphero

    de 4314 e 5342 (que inclue seu substituto); TDNT - 9:65,1252; v

    1. levar a, conduzir a
      1. alguém que pode curar uma pessoa ou estar pronto a mostrá-la alguma gentileza, alguém que pode julgar uma pessoa
      2. trazer um presente ou algo, alcançar ou pegar algo para alguém
      3. juntar
    2. ser impelido em direção a alguém, atacar, assaltar
      1. conduzir-se em direção a alguém, tratar ou lidar com alguém

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    ἀφίημι ἔμπροσθεν θυσιαστήριον σοῦ δῶρον ὑπάγω πρῶτον διαλλάσσω σοῦ ἀδελφός καί τότε ἔρχομαι προσφέρω σοῦ δῶρον
    Mateus 5: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    deixa ali diante do altar a tua oferta, e segue teu caminho: primeiro reconcilie-te com teu irmão, e então vem, e oferece a tua oferta.
    Mateus 5: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1259
    diallássō
    διαλλάσσω
    granizo
    (a hail)
    Substantivo
    G1435
    dōron
    δῶρον
    o líder de uma família de servidores do templo que retornou do exílio com Zorobabel
    (of Giddel)
    Substantivo
    G1563
    ekeî
    ἐκεῖ
    lá / ali
    (there)
    Advérbio
    G1715
    émprosthen
    ἔμπροσθεν
    ante, perante / na frente de
    (before)
    Preposição
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2379
    thysiastḗrion
    θυσιαστήριον
    altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
    (altar)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4374
    prosphérō
    προσφέρω
    levar a, conduzir a
    (they offered)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G4412
    prōton
    πρῶτον
    primeiro
    (first)
    Advérbio - superlativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5119
    tóte
    τότε
    então
    (Then)
    Advérbio
    G5217
    hypágō
    ὑπάγω
    conduzir sob, trazer
    (Get you away)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G863
    aphíēmi
    ἀφίημι
    um comandante geteu procedente de Gate no exército de Davi
    (the Ittai)
    Substantivo


    διαλλάσσω


    (G1259)
    diallássō (dee-al-las'-so)

    1259 διαλλασσω diallasso

    de 1223 e 236; TDNT - 1:253,40; v

    1. mudar
    2. mudar a mente de alguém, reconciliar
    3. ser reconciliado, renovar a amizade com alguém

    δῶρον


    (G1435)
    dōron (do'-ron)

    1435 δωρον doron

    presente; TDNT - 2:166,166; n n

    1. dom, presente
      1. presentes oferecidos em expressão de honra
        1. de sacrifícios e outros presentes oferecidos a Deus
        2. do dinheiro lançado no tesouro para uso do templo e para o socorro do pobre
    2. oferta de um presente ou de presentes

    Sinônimos ver verbete 5839


    ἐκεῖ


    (G1563)
    ekeî (ek-i')

    1563 εκει ekei

    de afinidade incerta; adv

    1. lá, em ou para aquele lugar

    ἔμπροσθεν


    (G1715)
    émprosthen (em'-pros-then)

    1715 εμπροσθεν emprosthen

    de 1722 e 4314; adv

    1. em frente, antes
      1. antes, i.e. naquela região local que está em frente de uma pessoa ou coisa
      2. antes, na presença de, i.e. oposto a, contra alguém
      3. antes, de acordo com o ponto de vista de
      4. antes, denotando ordem

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    θυσιαστήριον


    (G2379)
    thysiastḗrion (thoo-see-as-tay'-ree-on)

    2379 θυσιαστηριον thusiasterion

    de um derivado de 2378; TDNT - 3:180,342; n n

    1. altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
      1. o altar de todas as oferendas queimadas que encontrava-se na corte dos sacerdotes no templo em Jerusalém
      2. o altar de incenso que encontra-se no santuário ou no Santo Lugar
      3. algum outro altar
        1. metáf., a cruz na qual Cristo sofreu uma morte expiatória: comer deste altar, i.e., apropriar-se dos frutos da morte expiatória de Cristo

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    προσφέρω


    (G4374)
    prosphérō (pros-fer'-o)

    4374 προσφερω prosphero

    de 4314 e 5342 (que inclue seu substituto); TDNT - 9:65,1252; v

    1. levar a, conduzir a
      1. alguém que pode curar uma pessoa ou estar pronto a mostrá-la alguma gentileza, alguém que pode julgar uma pessoa
      2. trazer um presente ou algo, alcançar ou pegar algo para alguém
      3. juntar
    2. ser impelido em direção a alguém, atacar, assaltar
      1. conduzir-se em direção a alguém, tratar ou lidar com alguém

    πρῶτον


    (G4412)
    prōton (pro'-ton)

    4412 πρωτον proton

    neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv

    1. primeiro em tempo ou lugar
      1. em qualquer sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro em posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τότε


    (G5119)
    tóte (tot'-eh)

    5119 τοτε tote

    do (neutro de) 3588 e 3753; adv

    então

    naquele tempo


    ὑπάγω


    (G5217)
    hypágō (hoop-ag'-o)

    5217 υπαγω hupago

    de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

    conduzir sob, trazer

    retirar-se, ir embora, partir


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    ἀφίημι


    (G863)
    aphíēmi (af-ee'-ay-mee)

    863 αφιημι aphiemi

    de 575 e hiemi (enviar, uma forma intensiva de eimi, ir); TDNT - 1:509,88; v

    1. enviar para outro lugar
      1. mandar ir embora ou partir
        1. de um marido que divorcia sua esposa
      2. enviar, deixar, expelir
      3. deixar ir, abandonar, não interferir
        1. negligenciar
        2. deixar, não discutir agora, (um tópico)
          1. de professores, escritores e oradores
        3. omitir, negligenciar
      4. deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
      5. desistir, não guardar mais
    2. permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
    3. partir, deixar alguém
      1. a fim de ir para outro lugar
      2. deixar alguém
      3. deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
      4. desertar sem razão
      5. partir deixando algo para trás
      6. deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
      7. deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
      8. partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
      9. abandonar, deixar destituído

    ἴσθι εὐνοέω ταχύ σοῦ ἀντίδικος ἕως ὅτου εἶ μετά αὐτός ἔν ὁδός ἀντίδικος μήποτε σέ παραδίδωμι κριτής κριτής ὑπηρέτης καί βάλλω εἰς φυλακή
    Mateus 5: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Entra em acordo rapidamente com o teu adversário, enquanto tu estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e tu sejas lançado na prisão.
    Mateus 5: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2132
    eunoéō
    εὐνοέω
    azeitona, oliveira
    (olive)
    Substantivo
    G2193
    héōs
    ἕως
    extinguir, estar extinto, ser extinguido
    (are extinct)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2923
    kritḗs
    κριτής
    um lugar em Judá onde Saul reuniu suas forças antes de atacar Amaleque; localização
    (in Telaim)
    Substantivo
    G3326
    metá
    μετά
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3598
    hodós
    ὁδός
    propriamente
    (route)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G3755
    hótou
    ὅτου
    cultivar videiras ou vinhas, cuidar de videiras ou vinhas
    (to be vinedressers)
    Verbo
    G3860
    paradídōmi
    παραδίδωμι
    entregar nas mãos (de outro)
    (had been arrested)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G4219
    póte
    πότε
    vasilha, bacia
    (and its basins)
    Substantivo
    G476
    antídikos
    ἀντίδικος
    um príncipe efraimita no deserto
    (Elishama)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5035
    tachý
    ταχύ
    um saco de couro, jarro, cântaro
    (and a bottle)
    Substantivo
    G5257
    hypērétēs
    ὑπηρέτης
    derramamento, libação, imagem fundida, ungido
    (of their drink offerings)
    Substantivo
    G5438
    phylakḗ
    φυλακή
    prisão
    (prison)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G906
    bállō
    βάλλω
    lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    (is thrown)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    εὐνοέω


    (G2132)
    eunoéō (yoo-no-eh'-o)

    2132 ευνοεω eunoeo

    de um composto de 2095 e 3563; TDNT - 4:971,636; v

    desejar o bem (a alguém)

    estar bem disposto, de um espírito pacífico


    ἕως


    (G2193)
    héōs (heh'-oce)

    2193 εως heos

    de afinidade incerta; conj

    1. até, até que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κριτής


    (G2923)
    kritḗs (kree-tace')

    2923 κριτης krites

    de 2919; TDNT - 3:942,469; n m

    1. alguém que profere sentença ou arroga de si mesmo, julgamento sobre algo
      1. árbitro
      2. de um procurador romano administrando a justiça
      3. de Deus proferindo julgamento sobre os homens
      4. dos líderes ou governantes dos israelitas

    Sinônimos ver verbete 5838


    μετά


    (G3326)
    metá (met-ah')

    3326 μετα meta

    preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com, depois, atrás

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁδός


    (G3598)
    hodós (hod-os')

    3598 οδος hodos

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f

    1. propriamente
      1. caminho
        1. caminho transitado, estrada
      2. caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
    2. metáf.
      1. curso de conduta
      2. forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir

    ὅτου


    (G3755)
    hótou (hot'-oo)

    3755 οτου hotou

    para o caso genitivo de 3748 (como advérbio); pron

    1. enquanto, até

    παραδίδωμι


    (G3860)
    paradídōmi (par-ad-id'-o-mee)

    3860 παραδιδωμι paradidomi

    de 3844 e 1325; TDNT - 2:169,166; v

    1. entregar nas mãos (de outro)
    2. tranferir para a (própria) esfera de poder ou uso
      1. entregar a alguém algo para guardar, usar, cuidar, lidar
      2. entregar alguém à custódia, para ser julgado, condenado, punido, açoitado, atormentado, entregue à morte
      3. entregar por traição
        1. fazer com que alguém seja levado por traição
        2. entregar alguém para ser ensinado, moldado
    3. confiar, recomendar
    4. proferir verbalmente
      1. comandos, ritos
      2. proferir pela narração, relatar
    5. permitir
      1. quando produza fruto, isto é, quando sua maturidade permitir
      2. entregar-se, apresentar-se

    πότε


    (G4219)
    póte (pot'-eh)

    4219 ποτε pote

    da raiz de 4226 e 5037; adv

    1. quando?, em que tempo?

    ἀντίδικος


    (G476)
    antídikos (an-tid'-ee-kos)

    476 αντιδικος antidikos

    de 473 e 1349; TDNT - 1:373,62; n m

    1. oponente
      1. um oponente em um caso de lei
      2. adversário, inimigo

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ταχύ


    (G5035)
    tachý (takh-oo')

    5035 ταχυ tachu

    singular neutro de 5036 (como advérbio); adv

    1. rapidamente, velozmente (sem atraso)

    ὑπηρέτης


    (G5257)
    hypērétēs (hoop-ay-ret'-ace)

    5257 υπερετης huperetes

    de 5259 e um derivado de eresso (remar); TDNT - 8:530,1231; n m

    1. criado
      1. remador de baixa categoria, remador subordinado
      2. qualquer que serve com as mãos: criado
        1. no NT, dos empregados ou serventes dos magistrados como — dos empregados que executam penalidades
        2. dos servos de um rei, criados, acompanhantes, os soldados de um rei, dos atendentes de uma sinagoga
        3. de alguém que ministra ou presta serviços
      3. alguém que ajuda outro em algum trabalho
        1. assistente
        2. do pregador do evangelho

    Sinônimos ver verbete 5834 e 5928


    φυλακή


    (G5438)
    phylakḗ (foo-lak-ay')

    5438 φυλακη phulake

    de 5442; TDNT - 9:241,1280; n f

    1. guarda, vigília
      1. ato de vigiar, ato de manter vigília
        1. manter vigília
      2. pessoas que mantêm vigília, guarda, sentinelas
      3. do lugar onde cativos são mantidos, prisão
      4. do tempo (da noite) durante o qual uma guarda era mantida, uma vigília, i.e., um período de tempo durante o qual parte da guarda estava em ação, e no fim do qual outros tomavam o seu lugar.

        Como os gregos antigos geralmente dividiam a noite em três partes, assim, antes do exílio, os israelitas também tinham três vigílias durante a noite; subseqüentemente, no entanto, depois de se tornarem sujeitos aos romanos, adotaram o costume romano de dividir a noite em quatro vigílias


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βάλλω


    (G906)
    bállō (bal'-lo)

    906 βαλλω ballo

    uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

    1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
      1. espalhar, lançar, arremessar
      2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
      3. de fluidos
        1. verter, lançar aos rios
        2. despejar
    2. meter, inserir

    ἀμήν σοί λέγω οὐ μή ἐξέρχομαι ἐκεῖθεν ἕως ἄν ἀποδίδωμι ἔσχατος κοδράντης
    Mateus 5: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Na verdade eu te digo que de nenhuma forma sairás de lá enquanto não pagares o último quadrante.
    Mateus 5: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1564
    ekeîthen
    ἐκεῖθεν
    de lá
    (from there)
    Advérbio
    G1831
    exérchomai
    ἐξέρχομαι
    ir ou sair de
    (will go forth)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G2078
    éschatos
    ἔσχατος
    um dos dois reis de Midiã que comandaram a grande invasão da Palestina e finalmente
    (Zebah)
    Substantivo
    G2193
    héōs
    ἕως
    extinguir, estar extinto, ser extinguido
    (are extinct)
    Verbo
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G2835
    kodrántēs
    κοδράντης
    ()
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G591
    apodídōmi
    ἀποδίδωμι
    navio
    (of ships)
    Substantivo


    ἐκεῖθεν


    (G1564)
    ekeîthen (ek-i'-then)

    1564 εκειθεν ekeithen

    de 1563; adv

    1. dali, daquele lugar

    ἐξέρχομαι


    (G1831)
    exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

    1831 εξερχομαι exerchomai

    de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

    1. ir ou sair de
      1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
        1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
        2. daqueles que são expelidos ou expulsos
    2. metáf.
      1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
      2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
      3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
      4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
      5. de coisas
        1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
        2. tornar-se conhecido, divulgado
        3. ser propagado, ser proclamado
        4. sair
          1. emitido seja do coração ou da boca
          2. fluir do corpo
          3. emanar, emitir
            1. usado de um brilho repentino de luz
            2. usado de algo que desaparece
            3. usado de uma esperança que desaparaceu

    ἔσχατος


    (G2078)
    éschatos (es'-khat-os)

    2078 εσχατως eschatos

    superlativo, provavelmente de 2192 (no sentido de contigüidade); TDNT - 2:697,264; adj

    1. extremo
      1. último no tempo ou no lugar
      2. último numa série de lugares
      3. último numa suceção temporal
    2. último
      1. último, referindo-se ao tempo
      2. referente a espaço, a parte extrema, o fim, da terra
      3. de posição, grau de valor, último, i.e., inferior

    ἕως


    (G2193)
    héōs (heh'-oce)

    2193 εως heos

    de afinidade incerta; conj

    1. até, até que

    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    κοδράντης


    (G2835)
    kodrántēs (kod-ran'-tace)

    2835 κοδραντης kodrantes

    de origem latina; n m

    1. quadrante (aproximadamente a quarta parte de um “asse”);

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀποδίδωμι


    (G591)
    apodídōmi (ap-od-eed'-o-mee)

    591 αποδιδωμι apodidomi

    de 575 e 1325; TDNT - 2:167,166; v

    1. entregar, abrir mão de algo que me pertence em benefício próprio, vender
    2. pagar o total, pagar a totalidade do que é dévido
      1. débito, salários, tributo, impostos
      2. coisas prometidas sob juramento
      3. dever conjugal
      4. prestar contas
    3. devolver, restaurar
    4. retribuir, recompensar num bom ou num mau sentido

    ἀκούω ὅτι ῥέω οὐ μοιχεύω
    Mateus 5: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ouvistes o que foi dito pelos antigos: Não cometerás adultério.
    Mateus 5: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G3431
    moicheúō
    μοιχεύω
    cometer adultério
    (You shall commit adultery)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo


    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    μοιχεύω


    (G3431)
    moicheúō (moy-khyoo'-o)

    3431 μοιχευω moicheuo

    de 3432; TDNT - 4:729,605; v

    1. cometer adultério
      1. ser um adúltero
      2. cometer adultério com, ter relação ilícita com a mulher de outro
      3. da mulher: permitir adultério, ser devassa
      4. Uma expressão idiomática hebraica, a palavra é usada daqueles que, pela solicitação de uma mulher, são levados à idolatria, i.e., a comer de coisas sacrificadas a ídolos

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    ἐγώ δέ ὑμῖν λέγω πᾶς βλέπω γυνή πρός ἐπιθυμέω ἔν καρδία ἤδη μοιχεύω αὐτός
    Mateus 5: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas, eu vos digo que qualquer que olhar para uma mulher e cobiçá-la, já cometeu adultério com ela em seu coração.
    Mateus 5: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1135
    gynḗ
    γυνή
    esposa
    (wife)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1937
    epithyméō
    ἐπιθυμέω
    girar em torno de algo
    (to lust after)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G2235
    ḗdē
    ἤδη
    (already)
    Advérbio
    G2588
    kardía
    καρδία
    coração
    (in heart)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3431
    moicheúō
    μοιχεύω
    cometer adultério
    (You shall commit adultery)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G991
    blépō
    βλέπω
    ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    (looking upon)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


    γυνή


    (G1135)
    gynḗ (goo-nay')

    1135 γυνη gune

    provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

    1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
    2. uma esposa
      1. de uma noiva

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐπιθυμέω


    (G1937)
    epithyméō (ep-ee-thoo-meh'-o)

    1937 επιθυμεω epithumeo

    de 1909 e 2372; TDNT - 3:168,339; v

    1. girar em torno de algo
    2. ter um desejo por, anelar por, desejar
    3. cobiçar, ansiar
      1. daqueles que procuram coisas proibidas

    ἤδη


    (G2235)
    ḗdē (ay'-day)

    2235 ηδη ede

    aparentemente de 2228 (ou possivelmente 2229) e 1211; adv

    1. agora, já

    Sinônimos ver verbete 5815


    καρδία


    (G2588)
    kardía (kar-dee'-ah)

    2588 καρδια kardia

    forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”); TDNT - 3:605,415; n f

    1. coração
      1. aquele orgão do corpo do animal que é o centro da circulação do sangue, e por isso foi considerado como o assento da vida física
      2. denota o centro de toda a vida física e espiritual

      1. o vigor e o sentido da vida física
      2. o centro e lugar da vida espiritual
        1. a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços
        2. do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência
        3. da vontade e caráter
        4. da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões
      3. do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μοιχεύω


    (G3431)
    moicheúō (moy-khyoo'-o)

    3431 μοιχευω moicheuo

    de 3432; TDNT - 4:729,605; v

    1. cometer adultério
      1. ser um adúltero
      2. cometer adultério com, ter relação ilícita com a mulher de outro
      3. da mulher: permitir adultério, ser devassa
      4. Uma expressão idiomática hebraica, a palavra é usada daqueles que, pela solicitação de uma mulher, são levados à idolatria, i.e., a comer de coisas sacrificadas a ídolos


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βλέπω


    (G991)
    blépō (blep'-o)

    991 βλεπω blepo

    um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
      1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
      2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
      3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
      4. perceber pelos sentidos, sentir
      5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
    2. metáf. ver com os olhos da mente
      1. ter (o poder de) entender
      2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
      3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
    3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

    Sinônimos ver verbete 5822


    εἰ σοῦ ὀφθαλμός δεξιός σέ σκανδαλίζω ἐξαιρέω αὐτός καί βάλλω ἀπό σοί γάρ σοῦ συμφέρω ἵνα ἀπόλλυμι εἷς σοῦ μέλος καί μή βάλλω ὅλος σοῦ σῶμα βάλλω εἰς γέεννα
    Mateus 5: 29 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, se o teu olho direito te ofender, arranca-o e lança-o para longe de ti; pois é melhor perderes um dos teus membros, do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
    Mateus 5: 29 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1067
    géenna
    γέεννα
    o primogênito
    (the firstborn)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1188
    dexiós
    δεξιός
    o lugar de uma vitória de Davi sobre os filisteus, e de uma grande destruição das suas
    (to Baal-perazim)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G1807
    exairéō
    ἐξαιρέω
    a amante filistéia de Sansão que revelou o segredo da sua grande força e, cortando o seu
    (Delilah)
    Substantivo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3196
    mélos
    μέλος
    vinho
    (wine)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3650
    hólos
    ὅλος
    tudo
    (all)
    Adjetivo - dativo feminino no singular
    G3788
    ophthalmós
    ὀφθαλμός
    sucesso, habilidade, proveito
    (and in equity)
    Substantivo
    G4624
    skandalízō
    σκανδαλίζω
    parapeito
    (a battlement)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4851
    symphérō
    συμφέρω
    carregar ou trazer junto
    (it is better)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4983
    sōma
    σῶμα
    o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
    (Mattaniah)
    Substantivo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G622
    apóllymi
    ἀπόλλυμι
    reunir, receber, remover, ajuntar
    (and you shall gather)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G906
    bállō
    βάλλω
    lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    (is thrown)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γέεννα


    (G1067)
    géenna (gheh'-en-nah)

    1067 γεεννα geenna

    de origem hebraica 1516 and 2011; TDNT - 1:657,113; n f

    1. “Geena” ou “Geena de fogo” traduz-se como inferno, isto é, o lugar da punição futura. Designava, originalmente, o vale do Hinom, ao sul de Jerusalém, onde o lixo e os animais mortos da cidade eram jogados e queimados.

      É um símbolo apropriado para descrever o perverso e sua destruição futura.


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δεξιός


    (G1188)
    dexiós (dex-ee-os')

    1188 δεξιος dexios

    de 1209; TDNT - 2:37,143; adj

    1. direita, mão direita
    2. metáf.
      1. lugar de honra ou autoridade

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    ἐξαιρέω


    (G1807)
    exairéō (ex-ahee-reh'-o)

    1807 εξαιρεω exaireo

    de 1537 e 138; v

    arrancar, tirar, i.e. extirpar

    escolher (para si próprio), selecionar, uma pessoa entre muitas

    livrar, libertar


    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μέλος


    (G3196)
    mélos (mel'-os)

    3196 μελος melos

    de afinidade incerta; TDNT - 4:555,577; n n

    1. um membro, extremidade: um membro do corpo humano
      1. de corpos entregues à relação criminosa, porque são como se fossem membros que pertencem ao corpo da prostituta

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅλος


    (G3650)
    hólos (hol'-os)

    3650 ολος holos

    palavra primária; TDNT - 5:174,682; adj

    1. tudo, inteiro, completamente

    ὀφθαλμός


    (G3788)
    ophthalmós (of-thal-mos')

    3788 οφταλμος ophthalmos

    de 3700; TDNT - 5:375,706; n m

    olho

    metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer


    σκανδαλίζω


    (G4624)
    skandalízō (skan-dal-id'-zo)

    4624 σκανδαλιζω skandalizo (“escandalizar”)

    de 4625; TDNT - 7:339,1036; v

    1. colocar uma pedra de tropeço ou obstáculo no caminho, sobre o qual outro pode tropeçar e cair, metáf. ofender
      1. seduzir ao pecado
      2. fazer uma pessoa começar a desconfiar e abandonar alguém em quem deveria confiar e obedeçer
        1. provocar abandono
        2. estar ofendido com alguém, i.e., ver no outro o que eu desaprovo e me impede de reconhecer sua autoridade
        3. fazer alguém julgar desfavoravelmente ou injustamente a outro
      3. como aquele que tropeça ou cujos os pés ficam presos, se sente irritado
        1. deixar alguém irritado com algo
        2. tornar indignado
        3. estar aborrecido, indignado

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    συμφέρω


    (G4851)
    symphérō (soom-fer'-o)

    4851 συμφερω sumphero

    de 4862 e 5342 (que inclue seu substituto); TDNT - 9:69,1252; v

    1. carregar ou trazer junto
    2. levar juntamente com ou ao mesmo tempo
      1. carregar com outros
      2. recolher ou contribuir a fim de ajudar
      3. ajudar, ser produtivo, ser útil

    σῶμα


    (G4983)
    sōma (so'-mah)

    4983 σωμα soma

    de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

    1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
      1. corpo sem vida ou cadáver
      2. corpo vivo
        1. de animais
    2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
    3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
      1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

        aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἀπόλλυμι


    (G622)
    apóllymi (ap-ol'-loo-mee)

    622 αποολλυμι apollumi

    de 575 e a raiz de 3639; TDNT - 1:394,67; v

    1. destruir
      1. sair inteiramente do caminho, abolir, colocar um fim à ruína
      2. tornar inútil
      3. matar
      4. declarar que alguém deve ser entregue à morte
      5. metáf. condenar ou entregar a miséria eterna no inferno
      6. perecer, estar perdido, arruinado, destruído
    2. destruir
      1. perder

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βάλλω


    (G906)
    bállō (bal'-lo)

    906 βαλλω ballo

    uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

    1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
      1. espalhar, lançar, arremessar
      2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
      3. de fluidos
        1. verter, lançar aos rios
        2. despejar
    2. meter, inserir

    καί εἰ σοῦ χείρ δεξιός σέ σκανδαλίζω ἐκκόπτω αὐτός καί βάλλω ἀπό σοῦ γάρ σοί συμφέρω ἵνα ἀπόλλυμι εἷς σοῦ μέλος καί μή βάλλω ὅλος σοῦ σῶμα εἰς γέεννα
    Mateus 5: 30 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, se a tua mão direita te ofender, corta-a, e lança-a para longe de ti, porque é preferível para ti perderes um dos teus membros, do que ser todo o teu corpo lançado no inferno.
    Mateus 5: 30 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1067
    géenna
    γέεννα
    o primogênito
    (the firstborn)
    Substantivo
    G1188
    dexiós
    δεξιός
    o lugar de uma vitória de Davi sobre os filisteus, e de uma grande destruição das suas
    (to Baal-perazim)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G1581
    ekkóptō
    ἐκκόπτω
    camelo
    (and camels)
    Substantivo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3196
    mélos
    μέλος
    vinho
    (wine)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3650
    hólos
    ὅλος
    tudo
    (all)
    Adjetivo - dativo feminino no singular
    G4624
    skandalízō
    σκανδαλίζω
    parapeito
    (a battlement)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4851
    symphérō
    συμφέρω
    carregar ou trazer junto
    (it is better)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4983
    sōma
    σῶμα
    o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
    (Mattaniah)
    Substantivo
    G5495
    cheír
    χείρ
    mão
    (hand)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G565
    apérchomai
    ἀπέρχομαι
    declaração, discurso, palavra
    (to my speech)
    Substantivo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G622
    apóllymi
    ἀπόλλυμι
    reunir, receber, remover, ajuntar
    (and you shall gather)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G906
    bállō
    βάλλω
    lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    (is thrown)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γέεννα


    (G1067)
    géenna (gheh'-en-nah)

    1067 γεεννα geenna

    de origem hebraica 1516 and 2011; TDNT - 1:657,113; n f

    1. “Geena” ou “Geena de fogo” traduz-se como inferno, isto é, o lugar da punição futura. Designava, originalmente, o vale do Hinom, ao sul de Jerusalém, onde o lixo e os animais mortos da cidade eram jogados e queimados.

      É um símbolo apropriado para descrever o perverso e sua destruição futura.


    δεξιός


    (G1188)
    dexiós (dex-ee-os')

    1188 δεξιος dexios

    de 1209; TDNT - 2:37,143; adj

    1. direita, mão direita
    2. metáf.
      1. lugar de honra ou autoridade

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    ἐκκόπτω


    (G1581)
    ekkóptō (ek-kop'-to)

    1581 εκκοπτω ekkopto

    de 1537 e 2875; TDNT - 3:857,453; v

    1. cortar fora, remover
      1. de uma árvore
    2. metáf. remover

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μέλος


    (G3196)
    mélos (mel'-os)

    3196 μελος melos

    de afinidade incerta; TDNT - 4:555,577; n n

    1. um membro, extremidade: um membro do corpo humano
      1. de corpos entregues à relação criminosa, porque são como se fossem membros que pertencem ao corpo da prostituta

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅλος


    (G3650)
    hólos (hol'-os)

    3650 ολος holos

    palavra primária; TDNT - 5:174,682; adj

    1. tudo, inteiro, completamente

    σκανδαλίζω


    (G4624)
    skandalízō (skan-dal-id'-zo)

    4624 σκανδαλιζω skandalizo (“escandalizar”)

    de 4625; TDNT - 7:339,1036; v

    1. colocar uma pedra de tropeço ou obstáculo no caminho, sobre o qual outro pode tropeçar e cair, metáf. ofender
      1. seduzir ao pecado
      2. fazer uma pessoa começar a desconfiar e abandonar alguém em quem deveria confiar e obedeçer
        1. provocar abandono
        2. estar ofendido com alguém, i.e., ver no outro o que eu desaprovo e me impede de reconhecer sua autoridade
        3. fazer alguém julgar desfavoravelmente ou injustamente a outro
      3. como aquele que tropeça ou cujos os pés ficam presos, se sente irritado
        1. deixar alguém irritado com algo
        2. tornar indignado
        3. estar aborrecido, indignado

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    συμφέρω


    (G4851)
    symphérō (soom-fer'-o)

    4851 συμφερω sumphero

    de 4862 e 5342 (que inclue seu substituto); TDNT - 9:69,1252; v

    1. carregar ou trazer junto
    2. levar juntamente com ou ao mesmo tempo
      1. carregar com outros
      2. recolher ou contribuir a fim de ajudar
      3. ajudar, ser produtivo, ser útil

    σῶμα


    (G4983)
    sōma (so'-mah)

    4983 σωμα soma

    de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

    1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
      1. corpo sem vida ou cadáver
      2. corpo vivo
        1. de animais
    2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
    3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
      1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

        aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si


    χείρ


    (G5495)
    cheír (khire)

    5495 χειρ cheir

    talvez da raiz de 5494 no sentido de seu congênere, a raiz de 5490 (pela idéia de cavidade para apertar); TDNT - 9:424,1309; n f

    1. pela ajuda ou ação de alguém, por meio de alguém
    2. fig. aplica-se a Deus simbolizando sua força, atividade, poder
      1. em criar o universo
      2. em sustentar e preservar (Deus está presente protegendo e ajudando)
      3. em castigar
      4. em determinar e controlar os destinos dos seres humanos

    ἀπέρχομαι


    (G565)
    apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

    565 απερχομαι aperchomai

    de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

    1. ir embora, partir
      1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
    2. passar, terminar, abandonar
      1. de deixar maldades e sofrimentos
      2. de coisas boas roubadas de alguém
      3. de um estado transitório das coisas

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἀπόλλυμι


    (G622)
    apóllymi (ap-ol'-loo-mee)

    622 αποολλυμι apollumi

    de 575 e a raiz de 3639; TDNT - 1:394,67; v

    1. destruir
      1. sair inteiramente do caminho, abolir, colocar um fim à ruína
      2. tornar inútil
      3. matar
      4. declarar que alguém deve ser entregue à morte
      5. metáf. condenar ou entregar a miséria eterna no inferno
      6. perecer, estar perdido, arruinado, destruído
    2. destruir
      1. perder

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βάλλω


    (G906)
    bállō (bal'-lo)

    906 βαλλω ballo

    uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

    1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
      1. espalhar, lançar, arremessar
      2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
      3. de fluidos
        1. verter, lançar aos rios
        2. despejar
    2. meter, inserir

    δέ ῥέω ὅς ἄν ἀπολύω αὑτοῦ γυνή δίδωμι αὐτός ἀποστάσιον
    Mateus 5: 31 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Isto foi dito: Quem repudiar sua esposa, dê-lhe carta de divórcio.
    Mateus 5: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1135
    gynḗ
    γυνή
    esposa
    (wife)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G630
    apolýō
    ἀπολύω
    libertar
    (to send away)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G647
    apostásion
    ἀποστάσιον
    divórcio, repúdio
    (a letter of divorce)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γυνή


    (G1135)
    gynḗ (goo-nay')

    1135 γυνη gune

    provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

    1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
    2. uma esposa
      1. de uma noiva

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ἀπολύω


    (G630)
    apolýō (ap-ol-oo'-o)

    630 απολυω apoluo

    de 575 e 3089; v

    1. libertar
    2. deixar ir, despedir, (não deter por mais tempo)
      1. um requerente ao qual a liberdade de partir é dada por um resposta decisiva
      2. mandar partir, despedir
    3. deixar livre, libertar
      1. um cativo i.e. soltar as cadeias e mandar partir, dar liberdade para partir
      2. absolver alguém acusado de um crime e colocá-lo em liberdade
      3. indulgentemente conceder a um prisioneiro partir
      4. desobrigar um devedor, i.e. cessar de exigir pagamento, perdoar a sua dívida
    4. usado para divórcio, mandar embora de casa, repudiar. A esposa de um grego ou romano podia pedir divórcio de seu esposo.
    5. ir embora, partir

    ἀποστάσιον


    (G647)
    apostásion (ap-os-tas'-ee-on)

    647 αποστασιον apostasion

    neutro de um (suposto) adj. de um derivado de 868; n n

    1. divórcio, repúdio
    2. uma carta de divórcio

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἐγώ δέ ὑμῖν λέγω ὅτι ἄν ἀπολύω αὑτοῦ γυνή παρεκτός λόγος πορνεία αὐτός ποιέω μοιχάω καί ὅς ἐάν γαμέω ἀπολύω μοιχάω
    Mateus 5: 32 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudiar a sua esposa, a não ser por causa de fornicação, a faz cometer adultério, e qualquer que casar com a divorciada comete adultério.
    Mateus 5: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1060
    gaméō
    γαμέω
    primogênito, primeiro filho
    (his firstborn)
    Substantivo
    G1135
    gynḗ
    γυνή
    esposa
    (wife)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3429
    moicháō
    μοιχάω
    ()
    G3431
    moicheúō
    μοιχεύω
    cometer adultério
    (You shall commit adultery)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3924
    parektós
    παρεκτός
    laçada
    (loops)
    Substantivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4202
    porneía
    πορνεία
    relação sexual ilícita
    (of sexual immorality)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G630
    apolýō
    ἀπολύω
    libertar
    (to send away)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γαμέω


    (G1060)
    gaméō (gam-eh'-o)

    1060 γαμεω gameo

    de 1062; TDNT - 1:648,111; v

    1. contrair núpcias, tomar por esposa
      1. casar-se
      2. dar-se em casamento
    2. entregar uma filha em casamento

    γυνή


    (G1135)
    gynḗ (goo-nay')

    1135 γυνη gune

    provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

    1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
    2. uma esposa
      1. de uma noiva

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    μοιχάω


    (G3429)
    moicháō (moy-khah'-o)

    3429 μοιχαω moichao

    de 3432; TDNT - 4:729,605; v

    1. ter relação ilícita com a mulher do outro, cometer adutério com

    μοιχεύω


    (G3431)
    moicheúō (moy-khyoo'-o)

    3431 μοιχευω moicheuo

    de 3432; TDNT - 4:729,605; v

    1. cometer adultério
      1. ser um adúltero
      2. cometer adultério com, ter relação ilícita com a mulher de outro
      3. da mulher: permitir adultério, ser devassa
      4. Uma expressão idiomática hebraica, a palavra é usada daqueles que, pela solicitação de uma mulher, são levados à idolatria, i.e., a comer de coisas sacrificadas a ídolos


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    παρεκτός


    (G3924)
    parektós (par-ek-tos')

    3924 παρεκτος parektos

    de 3844 e 1622; adv

    exceto, com a exceção de (algo)

    ao lado de, em adição a, além


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    πορνεία


    (G4202)
    porneía (por-ni'-ah)

    4202 πορνεια porneia

    de 4203; TDNT - 6:579,918; n f

    1. relação sexual ilícita
      1. adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
      2. relação sexual com parentes próximos; Lv 18
      3. relação sexual com um homem ou mulher divorciada; Mc 10:11-12
    2. metáf. adoração de ídolos
      1. da impureza que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer sacrifícios oferecidos aos ídolos

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀπολύω


    (G630)
    apolýō (ap-ol-oo'-o)

    630 απολυω apoluo

    de 575 e 3089; v

    1. libertar
    2. deixar ir, despedir, (não deter por mais tempo)
      1. um requerente ao qual a liberdade de partir é dada por um resposta decisiva
      2. mandar partir, despedir
    3. deixar livre, libertar
      1. um cativo i.e. soltar as cadeias e mandar partir, dar liberdade para partir
      2. absolver alguém acusado de um crime e colocá-lo em liberdade
      3. indulgentemente conceder a um prisioneiro partir
      4. desobrigar um devedor, i.e. cessar de exigir pagamento, perdoar a sua dívida
    4. usado para divórcio, mandar embora de casa, repudiar. A esposa de um grego ou romano podia pedir divórcio de seu esposo.
    5. ir embora, partir

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    πάλιν ἀκούω ὅτι ῥέω ἀρχαῖος οὐ ἐπιορκέω δέ ἀποδίδωμι κύριος σοῦ ὅρκος
    Mateus 5: 33 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Igualmente, ouvistes o que foi dito pelos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás ao Senhor os teus juramentos.
    Mateus 5: 33 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G1964
    epiorkéō
    ἐπιορκέω
    palácio, templo, nave, santuário
    (of the temple)
    Substantivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3727
    hórkos
    ὅρκος
    propiciatório, lugar de expiação
    (a mercy seat)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3825
    pálin
    πάλιν
    Seu coração
    (his heart)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G591
    apodídōmi
    ἀποδίδωμι
    navio
    (of ships)
    Substantivo
    G744
    archaîos
    ἀρχαῖος
    o que tem sido desde o começo, original, primeiro, antigo
    (ancients)
    Adjetivo - Dativo Masculine Plural


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἐπιορκέω


    (G1964)
    epiorkéō (ep-ee-or-keh'-o)

    1964 επιορκεω epiorkeo

    de 1965; TDNT - 5:466,729; v

    1. jurar falsamente, perjurar

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅρκος


    (G3727)
    hórkos (hor'-kos)

    3727 ορκος horkos

    de herkos (cerca, talvez semelhante a 3725); TDNT - 5:457,729; n m

    1. aquilo que foi prometido com um juramento

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    πάλιν


    (G3825)
    pálin (pal'-in)

    3825 παλιν palin

    provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv

    1. de novo, outra vez
      1. renovação ou repetição da ação
      2. outra vez, de novo

        outra vez, i.e., mais uma vez, em adição

        por vez, por outro lado


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀποδίδωμι


    (G591)
    apodídōmi (ap-od-eed'-o-mee)

    591 αποδιδωμι apodidomi

    de 575 e 1325; TDNT - 2:167,166; v

    1. entregar, abrir mão de algo que me pertence em benefício próprio, vender
    2. pagar o total, pagar a totalidade do que é dévido
      1. débito, salários, tributo, impostos
      2. coisas prometidas sob juramento
      3. dever conjugal
      4. prestar contas
    3. devolver, restaurar
    4. retribuir, recompensar num bom ou num mau sentido

    ἀρχαῖος


    (G744)
    archaîos (ar-khah'-yos)

    744 αρχαιος archaios

    de 746; TDNT - 1:486,81; adj

    1. o que tem sido desde o começo, original, primeiro, antigo
      1. referente a homens, coisas, tempos, condições

    Sinônimos ver verbete 5816 e 5924


    ἐγώ δέ ὑμῖν λέγω μή ὅλως ὀμνύω μήτε ἔν οὐρανός ὅτι ἐστί θρόνος θεός
    Mateus 5: 34 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum; nem pelo céu, porque é o trono de Deus.
    Mateus 5: 34 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2362
    thrónos
    θρόνος
    uma província da Palestina ao leste do mar da Galiléia; região exata incerta mas
    (of Hauran)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3383
    mḗte
    μήτε
    o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma
    (of Jordan)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3654
    hólōs
    ὅλως
    ()
    G3660
    omnýō
    ὀμνύω
    Então
    (so)
    Advérbio
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    θρόνος


    (G2362)
    thrónos (thron'-os)

    2362 θρονος thronos

    de thrao (sentar), um assento nobre (“trono”); TDNT - 3:160,338; n m

    1. trono
      1. cadeira estatal que tem um escabelo
      2. atribuído no NT a reis, por esta razão, poder real ou realeza
        1. metáf. a Deus, o governador do mundo
        2. ao Messias, Cristo, o companheiro e assistente na administração divina
          1. por isso poder divino que pertence a Cristo
        3. a juízes, i.e., tribunal ou juizado
        4. ao anciões

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    μήτε


    (G3383)
    mḗte (may'-teh)

    3383 μητε mete

    de 3361 e 5037; conj

    1. e não, nem ... nem, assim não


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅλως


    (G3654)
    hólōs (hol'-oce)

    3654 ολως holos

    de 3650; adv

    1. inteiramente, completamente

    ὀμνύω


    (G3660)
    omnýō (om-noo'-o)

    3660 ομνυω omnuo

    forma prolongada de uma palavra primária, mas arcaica ομω omo, para a qual outra forma prolongada (ομοω omoo) é usado em determinados tempos; TDNT - 5:176,683; v

    jurar

    afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento

    num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    μήτε ἔν γῆ ὅτι ἐστί ὑποπόδιον αὐτός πούς μήτε εἰς Ἱεροσόλυμα ὅτι ἐστί πόλις μέγας βασιλεύς
    Mateus 5: 35 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.
    Mateus 5: 35 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1093
    γῆ
    terra arável
    (land)
    Substantivo - vocativo feminino no singular
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2414
    Hierosólyma
    Ἱεροσόλυμα
    denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
    (Jerusalem)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3383
    mḗte
    μήτε
    o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma
    (of Jordan)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G4228
    poús
    πούς
    pé, pata
    (foot)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G5286
    hypopódion
    ὑποπόδιον
    escabelo
    ([the] footstool)
    Substantivo - neutro neutro no Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G935
    basileús
    βασιλεύς
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    γῆ


    (G1093)
    (ghay)

    1093 γη ge

    contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f

    1. terra arável
    2. o chão, a terra com um lugar estável
    3. continente como oposto ao mar ou água
    4. a terra como um todo
      1. a terra como oposto aos céus
      2. a terra habitada, residência dos homens e dos animais
    5. um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    Ἱεροσόλυμα


    (G2414)
    Hierosólyma (hee-er-os-ol'-oo-mah)

    2414 Ιεροσολυμα Hierosoluma

    de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2419; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

    Jerusalém = “habita em você paz”

    1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
    2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
    3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
      1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

        “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

        “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus

    μήτε


    (G3383)
    mḗte (may'-teh)

    3383 μητε mete

    de 3361 e 5037; conj

    1. e não, nem ... nem, assim não


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    πούς


    (G4228)
    poús (pooce)

    4228 πους pous

    palavra primária; TDNT - 6:624,925; n m

    1. pé, pata
      1. freqüentemente, no oriente, coloca-se o pé sobre o derrotado
      2. dos discípulos ouvindo a instrução de seu mestre, diz-se que estão aos seus pés

    ὑποπόδιον


    (G5286)
    hypopódion (hoop-op-od'-ee-on)

    5286 υποποδιον hupopodion

    de um composto de 5259 e 4228; n n

    1. escabelo
      1. tornar algúem um escabelo sob os pés, sujeitar, submeter ao poder de alguém
      2. metáf. tirado da prática dos conquistadores de colocar seus pés sobre pescoço de seus inimigos conquistados

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βασιλεύς


    (G935)
    basileús (bas-il-yooce')

    935 βασιλευς basileus

    provavelmente de 939 (através da noção de fundamento do poder); TDNT - 1:576,97; n m

    1. líder do povo, príncipe, comandante, senhor da terra, rei

    μήτε ὀμνύω ἔν σοῦ κεφαλή ὅτι οὐ δύναμαι ποιέω μία θρίξ λευκός ἤ μέλας
    Mateus 5: 36 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
    Mateus 5: 36 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2228
    um sacerdote, filho de Uzi, e antepassado de Esdras, o escriba
    (Zerahiah)
    Substantivo
    G2359
    thríx
    θρίξ
    cabelo
    (hair)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G2776
    kephalḗ
    κεφαλή
    uma montanha habitada por amorreus em Moabe; o lugar de onde Gideão retornou após
    (Heres)
    Substantivo
    G3022
    leukós
    λευκός
    claro, brilhante, luminoso
    (white)
    Adjetivo - feminino acusativo singular
    G3189
    mélas
    μέλας
    filho de Reaías e neto de Sobal, da tribo de Judá
    (Jahath)
    Substantivo
    G3383
    mḗte
    μήτε
    o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma
    (of Jordan)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3660
    omnýō
    ὀμνύω
    Então
    (so)
    Advérbio
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.


    (G2228)
    (ay)

    2228 η e

    partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula

    1. ou ... ou, que

    θρίξ


    (G2359)
    thríx (threeks)

    2359 θριξ thrix

    caso genitivo trichos, etc., de derivação incerta; n f

    cabelo

    pelo

    Sinônimos ver verbete 5851


    κεφαλή


    (G2776)
    kephalḗ (kef-al-ay')

    2776 κεφαλη kephale

    da palavra primária kapto (no sentido de ligar); TDNT - 3:673,429; n f

    1. cabeça, de seres humanos e freqüentemente de animais. Como a perda da cabeça destrói a vida, esta palavra é usada em frases relacionadas com a pena capital e extrema.
    2. metáf. algo supremo, principal, proeminente
      1. de pessoas, mestre senhor: de um marido em relação à sua esposa
      2. de Cristo: Senhor da Igreja
      3. de coisas: pedra angular

    λευκός


    (G3022)
    leukós (lyoo-kos')

    3022 λευκος leukos

    de luke (“brilhante”); TDNT - 4:241,530; adj

    1. claro, brilhante, luminoso
      1. brilhante de brancura, branco (ofuscante)
        1. das vestimentas de anjos, e daqueles exaltados ao esplendor do estado celestial
        2. vestes brilhantes ou brancas usadas em ocasiões festivas ou pomposas
        3. de vestes brancas como sinal de inocência e pureza da alma
      2. branco sem brilho
        1. da cor esbranquiçada da grão amadurecido

    μέλας


    (G3189)
    mélas (mel'-as)

    3189 μελας melas

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 4:549,577; adj

    preto

    tinta preta


    μήτε


    (G3383)
    mḗte (may'-teh)

    3383 μητε mete

    de 3361 e 5037; conj

    1. e não, nem ... nem, assim não


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀμνύω


    (G3660)
    omnýō (om-noo'-o)

    3660 ομνυω omnuo

    forma prolongada de uma palavra primária, mas arcaica ομω omo, para a qual outra forma prolongada (ομοω omoo) é usado em determinados tempos; TDNT - 5:176,683; v

    jurar

    afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento

    num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἔστω δέ ὑμῶν λόγος ναί ναί οὐ οὐ περισσός τούτων ἐστί ἐκ πονηρός
    Mateus 5: 37 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas seja o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disto vem do maligno.
    Mateus 5: 37 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3483
    naí
    ναί
    ()
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4053
    perissós
    περισσός
    (their clods)
    Substantivo
    G4190
    ponērós
    πονηρός
    cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    (evil)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    ναί


    (G3483)
    naí (nahee)

    3483 ναι nai

    partícula primária de forte afirmação; partícula

    1. sim, de verdade, seguramente, verdadeiramente, certamente


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    περισσός


    (G4053)
    perissós (per-is-sos')

    4053 περισσος perissos

    de 4012 (no sentido de além); TDNT - 6:61,828; adj

    1. que excede algum número ou medida ou posição ou necessidade
      1. sobre e acima, mais do que é necessário, super adicionado
        1. que excede, abundantemente, supremamente
        2. algo a mais, mais, muito mais que tudo, mais claramente
      2. superior, extraordinário, excelente, incomum
        1. preeminência, superioridade, vantagem, mais eminente, mais extraordinário, mais excelente

    πονηρός


    (G4190)
    ponērós (pon-ay-ros')

    4190 πονηρος poneros

    de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

    1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
      1. pressionado e atormentado pelos labores
      2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
    2. mau, de natureza ou condição má
      1. num sentido físico: doença ou cegueira
      2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

        A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

    Sinônimos ver verbete 5908


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀκούω ὅτι ῥέω ὀφθαλμός ἀντί ὀφθαλμός ὀδούς ἀντί ὀδούς
    Mateus 5: 38 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
    Mateus 5: 38 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3599
    odoús
    ὀδούς
    bolsa, sacola
    (in your bag)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3788
    ophthalmós
    ὀφθαλμός
    sucesso, habilidade, proveito
    (and in equity)
    Substantivo
    G473
    antí
    ἀντί
    completamente contra, oposto a, antes
    (in place of)
    Preposição


    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ὀδούς


    (G3599)
    odoús (od-ooce)

    3599 οδους odous

    talvez da raiz de 2068; n m

    1. dente

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    ὀφθαλμός


    (G3788)
    ophthalmós (of-thal-mos')

    3788 οφταλμος ophthalmos

    de 3700; TDNT - 5:375,706; n m

    olho

    metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer


    ἀντί


    (G473)
    antí (an-tee')

    473 αντι anti

    uma partícula primária; TDNT - 1:372,61; prep

    1. completamente contra, oposto a, antes
    2. por, em vez de, em lugar de (alguma coisa)
      1. em lugar de
      2. por
      3. por isso, porque
      4. portanto, por esta razão

    ἐγώ δέ ὑμῖν λέγω μή ἀνθίστημι πονηρός ἀλλά ὅστις σέ ῥαπίζω ἐπί σιαγών δεξιός στρέφω αὐτός καί ἄλλος
    Mateus 5: 39 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
    Mateus 5: 39 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1188
    dexiós
    δεξιός
    o lugar de uma vitória de Davi sobre os filisteus, e de uma grande destruição das suas
    (to Baal-perazim)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G243
    állos
    ἄλλος
    outro, diferente
    (another)
    Adjetivo - Feminino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3748
    hóstis
    ὅστις
    quem
    (who)
    Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
    G4190
    ponērós
    πονηρός
    cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    (evil)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G436
    anthístēmi
    ἀνθίστημι
    árvore, árvore grande, terebinto
    (the oak)
    Substantivo
    G4474
    rhapízō
    ῥαπίζω
    domínio, governante
    (dominion)
    Substantivo
    G4600
    siagṓn
    σιαγών
    pressionar, espremer
    (and anything bruised)
    Verbo
    G4762
    stréphō
    στρέφω
    virar, girar
    (turn)
    Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Ativo - 2ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δεξιός


    (G1188)
    dexiós (dex-ee-os')

    1188 δεξιος dexios

    de 1209; TDNT - 2:37,143; adj

    1. direita, mão direita
    2. metáf.
      1. lugar de honra ou autoridade

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἄλλος


    (G243)
    állos (al'-los)

    243 αλλος allos

    uma palavra primária; TDNT - 1:264,43; adj

    1. outro, diferente

    Sinônimos ver verbete 5806


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅστις


    (G3748)
    hóstis (hos'-tis)

    3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

    de 3739 e 5100; pron

    1. quem quer que, qualquer que, quem

    πονηρός


    (G4190)
    ponērós (pon-ay-ros')

    4190 πονηρος poneros

    de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

    1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
      1. pressionado e atormentado pelos labores
      2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
    2. mau, de natureza ou condição má
      1. num sentido físico: doença ou cegueira
      2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

        A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

    Sinônimos ver verbete 5908


    ἀνθίστημι


    (G436)
    anthístēmi (anth-is'-tay-mee)

    436 ανθιστημι anthistemi

    de 473 e 2476; v

    1. colocar-se contra, opor-se, resistir
    2. colocar-se contra

    ῥαπίζω


    (G4474)
    rhapízō (hrap-id'-zo)

    4474 ραπιζω rhapizo

    de um derivado da palavra primária rhepo (deixar cair, “batida”); v

    bater com uma vara ou bordão

    bater no rosto com a palma da mão, esbofetear a orelha


    σιαγών


    (G4600)
    siagṓn (see-ag-one')

    4600 σιαγων siagon

    de derivação incerta; n f

    1. maxila, osso maxilar

    στρέφω


    (G4762)
    stréphō (stref'-o)

    4762 στρεφω strepho

    reforçado da raiz de 5157; TDNT - 7:714,1093; v

    1. virar, girar
    2. virar-se (i.e., voltar as costas para alguém

      2a) de alguém que não mais se importa com o outro)

      1. metáf. mudar a conduta de, i.e., mudar a mente de alguém

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί θέλω κρίνω σοί καί λαμβάνω σοῦ χιτών ἀφίημι αὐτός καί ἱμάτιον
    Mateus 5: 40 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, se algum homem te processar na lei, e tomar a tua túnica, permite-lhe levar também a tua capa.
    Mateus 5: 40 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2440
    himátion
    ἱμάτιον
    vestimenta (de qualquer tipo)
    (cloak)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2919
    krínō
    κρίνω
    separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
    (to sue)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
    G2983
    lambánō
    λαμβάνω
    descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
    (the Jebusites)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5509
    chitṓn
    χιτών
    um afastar-se ou desviar-se
    ([like] dross you)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G863
    aphíēmi
    ἀφίημι
    um comandante geteu procedente de Gate no exército de Davi
    (the Ittai)
    Substantivo


    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    ἱμάτιον


    (G2440)
    himátion (him-at'-ee-on)

    2440 ιματιον himation

    de um suposto derivado de ennumi (vestir); n n

    1. vestimenta (de qualquer tipo)
      1. vestimentas, i.e. a capa ou o manto e a túnica

        vestimenta exterior, capa ou o manto

    Sinônimos ver verbete 5934


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κρίνω


    (G2919)
    krínō (kree'-no)

    2919 κρινω krino

    talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:921,469; v

    1. separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
    2. aprovar, estimar, preferir
    3. ser de opinião, julgar, pensar
    4. determinar, resolver, decretar
    5. julgar
      1. pronunciar uma opinião relativa ao certo e errado
        1. ser julgado, i.e., ser chamado à julgamento para que o caso possa ser examinado e julgado
      2. julgar, sujeitar à censura
        1. daqueles que atuam como juízes ou árbitros em assuntos da vida comum, ou emitem julgamento sobre as obras e palavras de outros
    6. reinar, governar
      1. presidir com o poder de emitir decisões judiciais, porque julgar era a prerrogativa dos reis e governadores
    7. contender juntos, de guerreiros ou combatentes
      1. disputar
      2. num sentido forense
        1. recorrer à lei, processar judicialmente

    λαμβάνω


    (G2983)
    lambánō (lam-ban'-o)

    2983 λαμβανω lambano

    forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

    1. pegar
      1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
        1. pegar algo para ser carregado
        2. levar sobre si mesmo
      2. pegar a fim de levar
        1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
      3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
        1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
          1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
        2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
        3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
        4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
        5. capturar, alcançar, lutar para obter
        6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
      4. pegar
        1. admitir, receber
        2. receber o que é oferecido
        3. não recusar ou rejeitar
        4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
        5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
      5. pegar, escolher, selecionar
      6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
    2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

    Sinônimos ver verbete 5877



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    χιτών


    (G5509)
    chitṓn (khee-tone')

    5509 χιτων chiton

    de origem estrangeira 3801; n m

    1. túnica, roupa de baixo, geralmente usada próxima à pele, vestuário, vestimenta

    Sinônimos ver verbete 5934


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἀφίημι


    (G863)
    aphíēmi (af-ee'-ay-mee)

    863 αφιημι aphiemi

    de 575 e hiemi (enviar, uma forma intensiva de eimi, ir); TDNT - 1:509,88; v

    1. enviar para outro lugar
      1. mandar ir embora ou partir
        1. de um marido que divorcia sua esposa
      2. enviar, deixar, expelir
      3. deixar ir, abandonar, não interferir
        1. negligenciar
        2. deixar, não discutir agora, (um tópico)
          1. de professores, escritores e oradores
        3. omitir, negligenciar
      4. deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
      5. desistir, não guardar mais
    2. permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
    3. partir, deixar alguém
      1. a fim de ir para outro lugar
      2. deixar alguém
      3. deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
      4. desertar sem razão
      5. partir deixando algo para trás
      6. deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
      7. deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
      8. partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
      9. abandonar, deixar destituído

    ὅστις σέ ἀγγαρεύω εἷς μίλιον ὑπάγω μετά αὐτός δύο
    Mateus 5: 41 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, quem quer que te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
    Mateus 5: 41 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1417
    dýo
    δύο
    alguma coisa cortada, sulco, corte
    (the furrows)
    Substantivo
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G29
    angareúō
    ἀγγαρεύω
    rei de Judá, filho e sucessor de Roboão
    (Abiah)
    Substantivo
    G3326
    metá
    μετά
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G3400
    mílion
    μίλιον
    ()
    G3748
    hóstis
    ὅστις
    quem
    (who)
    Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5217
    hypágō
    ὑπάγω
    conduzir sob, trazer
    (Get you away)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δύο


    (G1417)
    dýo (doo'-o)

    1417 δυο duo

    numeral primário; n indecl

    1. dois, par

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀγγαρεύω


    (G29)
    angareúō (ang-ar-yew'-o)

    29 αγγαρευω aggareuo

    De origem estrangeira, cf 104; v

    1. empregar um mensageiro, despachar um mensagueiro montado a cavalo, forçar ao serviço público, compelir ou obrigar a ir

      Na Pérsia, mensageiros montados a cavalo eram mantidos em intervalos regulares por toda a Pérsia para levar os despachos reais.


    μετά


    (G3326)
    metá (met-ah')

    3326 μετα meta

    preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com, depois, atrás

    μίλιον


    (G3400)
    mílion (mil'-ee-on)

    3400 μιλιον milion

    de origem latina; n n

    1. milha; entre os romanos, distância de mil passos ou oito estádios, cerca de 1,5 Km

    ὅστις


    (G3748)
    hóstis (hos'-tis)

    3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

    de 3739 e 5100; pron

    1. quem quer que, qualquer que, quem

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὑπάγω


    (G5217)
    hypágō (hoop-ag'-o)

    5217 υπαγω hupago

    de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

    conduzir sob, trazer

    retirar-se, ir embora, partir


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    δίδωμι σέ αἰτέω καί μή ἀποστρέφω θέλω ἀπό σοῦ δανείζω
    Mateus 5: 42 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Dá a quem te pede, e ao que quiser tomar de ti emprestado, não lhe vires as costas.
    Mateus 5: 42 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1155
    daneízō
    δανείζω
    emprestar dinheiro
    (to borrow)
    Verbo - Infinitivo Médio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação)
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G154
    aitéō
    αἰτέω
    pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
    (asking of)
    Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G654
    apostréphō
    ἀποστρέφω
    virar; desviar
    (you shall turn away from)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 2ª pessoa do singular


    δανείζω


    (G1155)
    daneízō (dan-ide'-zo)

    1155 δαν(ε)ιζω daneizo

    de 1156; v

    1. emprestar dinheiro
    2. conseguir dinheiro emprestado de alguém
    3. tomar um empréstimo, pedir emprestado

    Sinônimos ver verbete 5827


    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    αἰτέω


    (G154)
    aitéō (ahee-teh'-o)

    154 αιτεω aiteo

    de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

    1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἀποστρέφω


    (G654)
    apostréphō (ap-os-tref'-o)

    654 αποστρεφω apostrepho

    de 575 e 4762; TDNT - 7:719,1093; v

    1. virar; desviar
      1. tirar algo de alguém
      2. não permitir que alguém faça aliança com outra pessoa
      3. induzir ao erro
    2. voltar, retornar, trazer de volta
      1. colocar uma espada de volta na sua bainha
      2. Judas devolvendo dinheiro ao templo
    3. desviar-se, voltar, retornar
    4. desviar-se de, desertar

    ἀκούω ὅτι ῥέω ἀγαπάω σοῦ πλησίον καί μισέω σοῦ ἐχθρός
    Mateus 5: 43 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
    Mateus 5: 43 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2190
    echthrós
    ἐχθρός
    odiado, odioso, detestável
    (enemy)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G25
    agapáō
    ἀγαπάω
    com respeito às pessoas
    (You shall love)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4139
    plēsíon
    πλησίον
    vizinho
    (neighbor)
    Advérbio
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    ἐχθρός


    (G2190)
    echthrós (ech-thros')

    2190 εχθρος echthros

    de uma palavra primária echtho (odiar); detestável (passivamente, odioso, ou ativamente, hostil); TDNT - 2:811,285; adj

    1. odiado, odioso, detestável
    2. hostil, que destesta e se opõe a outro
      1. usado de pessoas que estão em inimizade com Deus pelos seus pecados
        1. opondo-se (a Deus) na mente
        2. pessoa hostil
        3. um determinado inimigo
        4. alguém hostil
        5. do diabo que é o mais amargo inimigo do governo divino

    ἀγαπάω


    (G25)
    agapáō (ag-ap-ah'-o)

    25 αγαπαω agapao

    Talvez de agan (muito) [ou cf 5689 עגב]; TDNT 1:21,5; v

    1. com respeito às pessoas
      1. receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente
    2. com respeito às coisas
      1. estar satisfeito, estar contente sobre ou com as coisas

    Sinônimos ver verbete 5914


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πλησίον


    (G4139)
    plēsíon (play-see'-on)

    4139 πλησιον plesion

    neutro de um derivado de pelas (próximo); TDNT - 6:311,872; adv

    1. vizinho
      1. amigo
      2. qualquer outra pessoa, onde duas estão envolvidas, o outro (teu companheiro, teu vizinho), de acordo com os judeus, qualquer membro da nação e comunidade hebraica
      3. de acordo com Cristo, qualquer outra pessoa, não importa de que nação ou religião, com quem se vive ou com quem se encontra

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἐγώ δέ ὑμῖν λέγω ἀγαπάω ὑμῶν ἐχθρός καί προσεύχομαι ὑπέρ ὁ ὑμᾶς διώκω
    Mateus 5: 44 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, abençoai os que vos amaldiçoam, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos tratam com maldade, e vos perseguem;
    Mateus 5: 44 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1377
    diṓkō
    διώκω
    rainha, dama
    (the queen)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1908
    epēreázō
    ἐπηρεάζω
    filho de Ismael
    (Hadad)
    Substantivo
    G2127
    eulogéō
    εὐλογέω
    louvar, celebrar com louvores
    (bless)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G2190
    echthrós
    ἐχθρός
    odiado, odioso, detestável
    (enemy)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G25
    agapáō
    ἀγαπάω
    com respeito às pessoas
    (You shall love)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2573
    kalōs
    καλῶς
    belamente, finamente, excelentemente, bem
    (good)
    Advérbio
    G2672
    kataráomai
    καταράομαι
    cavar, rachar, dividir, talhar, fazer, cortar, cavar, extrair pedra, cortador, pedreiro
    (dug)
    Verbo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4336
    proseúchomai
    προσεύχομαι
    o amigo fiel de Daniel que Nabucodonosor renomeou de Mesaque; um dos três amigos
    (Meshach)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5228
    hypér
    ὑπέρ
    direito
    (right)
    Adjetivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διώκω


    (G1377)
    diṓkō (dee-o'-ko)

    1377 διωκω dioko

    uma forma prolongada (e causativa) de um verbo primário dio (fugir; cf a raíz de 1169 e 1249); TDNT - 2:229,177; v

    1. fazer correr ou fugir, afugentar, escapar
    2. correr prontamente a fim de capturar um pessoa ou coisa, correr atrás
      1. correr com determinação: figurativamente de alguém que, numa corrida, dispara em direção ao ponto de chegada
      2. perseguir (de um modo hostil)
    3. de qualquer forma, seja qual seja, incomodar, preocupar, molestar alguém
      1. perseguir
      2. ser maltratado, sofrer perseguição por causa de algo
    4. sem a idéia de hostilidade, correr atrás, seguir após: alguém
    5. metáf., perseguir
      1. procurar ansiosamente, esforçar-se com todo o empenho para adquirir

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐπηρεάζω


    (G1908)
    epēreázō (ep-ay-reh-ad'-zo)

    1908 επηρεαζω epereazo

    de um comparativo de 1909 e (provavelmente) areia (ameaças); v

    insultar

    tratar de modo insultante, usar despeitosamente

    maltratar

    no sentido forense, acusar falsemente

    ameaçar


    εὐλογέω


    (G2127)
    eulogéō (yoo-log-eh'-o)

    2127 ευλογεω eulogeo

    de um composto de 2095 e 3056; TDNT - 2:754,275; v

    1. louvar, celebrar com louvores
    2. invocar bênçãos
    3. consagrar algo com solenes orações
      1. pedir a bênção de Deus sobre algo
      2. pedir a Deus para abençoar algo para o uso de alguém
      3. pronunciar uma bênção consagratória sobre
    4. de Deus
      1. fazer prosperar, tornar feliz, conferir bênçãos a
      2. favorecido por Deus, abençoado

    ἐχθρός


    (G2190)
    echthrós (ech-thros')

    2190 εχθρος echthros

    de uma palavra primária echtho (odiar); detestável (passivamente, odioso, ou ativamente, hostil); TDNT - 2:811,285; adj

    1. odiado, odioso, detestável
    2. hostil, que destesta e se opõe a outro
      1. usado de pessoas que estão em inimizade com Deus pelos seus pecados
        1. opondo-se (a Deus) na mente
        2. pessoa hostil
        3. um determinado inimigo
        4. alguém hostil
        5. do diabo que é o mais amargo inimigo do governo divino

    ἀγαπάω


    (G25)
    agapáō (ag-ap-ah'-o)

    25 αγαπαω agapao

    Talvez de agan (muito) [ou cf 5689 עגב]; TDNT 1:21,5; v

    1. com respeito às pessoas
      1. receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente
    2. com respeito às coisas
      1. estar satisfeito, estar contente sobre ou com as coisas

    Sinônimos ver verbete 5914


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καλῶς


    (G2573)
    kalōs (kal-oce')

    2573 καλως kalos

    de 2570; adv

    1. belamente, finamente, excelentemente, bem
      1. corretamente, de forma a não deixar espaço para reclamação, bem, verdadeiramente
      2. excelentemente, nobremente, recomendável
      3. honrosamente, em honra
        1. em um bom lugar, confortável
      4. falar bem de alguém, fazer bem
      5. estar bem (daqueles que recuperaram a saúde)

    καταράομαι


    (G2672)
    kataráomai (kat-ar-ah'-om-ahee)

    2672 καταραομαι kataraomai

    voz média de 2671; TDNT - 1:448,75; v

    1. amaldiçoar, condenar, imprecar o mal sobre

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    προσεύχομαι


    (G4336)
    proseúchomai (pros-yoo'-khom-ahee)

    4336 προσευχομαι proseuchomai

    de 4314 e 2172; TDNT - 2:807,279; v

    1. oferecer orações, orar

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὑπέρ


    (G5228)
    hypér (hoop-er')

    5228 υπερ huper

    preposição primária; TDNT - 8:507,1228; prep

    em benefício de, para a segurança de

    acima, além, mais que

    mais, além, acima


    ὅπως γίνομαι υἱός ὑμῶν πατήρ ὁ ἔν οὐρανός ὅτι ἀνατέλλω αὑτοῦ ἥλιος ἐπί πονηρός καί ἀγαθός καί βρέχω ἐπί δίκαιος καί ἄδικος
    Mateus 5: 45 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
    Mateus 5: 45 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1026
    bréchō
    βρέχω
    umedecer, molhar, regar
    (sends rain)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1342
    díkaios
    δίκαιος
    levantar, crescer, ser exaltado em triunfo
    (gloriously)
    Verbo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G18
    agathós
    ἀγαθός
    de boa constituição ou natureza.
    (good)
    Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G2246
    hḗlios
    ἥλιος
    Essa forma expressa basicamente uma ação “reflexiva” de Qal ou Piel
    (to Hobab)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3704
    hópōs
    ὅπως
    faixa, fita, amuletos cobertos, falsos filactérios
    (pillows)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G393
    anatéllō
    ἀνατέλλω
    levantar, elevar, nascer
    (has dawned)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4190
    ponērós
    πονηρός
    cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    (evil)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G94
    ádikos
    ἄδικος
    descreve alguém que viola ou violou a justiça
    (unrighteous)
    Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo


    βρέχω


    (G1026)
    bréchō (brekh'-o)

    1026 βρεχω brecho

    uma palavra primária; v

    1. umedecer, molhar, regar
    2. tomar banho de chuva, fazer chover, chover, enviar chuva

    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δίκαιος


    (G1342)
    díkaios (dik'-ah-yos)

    1342 δικαιος dikaios

    de 1349; TDNT - 2:182,168; adj

    1. justo, que observa as leis divinas
      1. num sentido amplo, reto, justo, vituoso, que guarda os mandamentos de Deus
        1. daqueles que se consideram justos, que se orgulham de serem justos, que se orgulham de suas virtudes, seja reais ou imaginárias
        2. inocente, irrepreensível, sem culpa
        3. usado para aquele cujo o modo de pensar, sentir e agir é inteiramente conforme a vontade de Deus, e quem por esta razão não necessita de reticação no coração ou na vida
          1. na verdade, apenas Cristo
        4. aprovado ou aceitado por Deus
      2. num sentido mais restrito, dar a cada um o que merece e isto em um sentido judicial; emitir um juízo justo em relação aos outros, seja expresso em palavras ou mostrado pelo modo de tratar com eles

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀγαθός


    (G18)
    agathós (ag-ath-os')

    18 αγαθος agathos

    uma palavra primitiva; TDNT 1:10,3; adj

    1. de boa constituição ou natureza.
    2. útil, saudável
    3. bom, agradável, amável, alegre, feliz
    4. excelente, distinto
    5. honesto, honrado

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    ἥλιος


    (G2246)
    hḗlios (hay'-lee-os)

    2246 ηλιος helios

    de hele (raio, talvez semelhante a alternativa de 138); n m

    sol

    raios do sol

    luz do dia


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅπως


    (G3704)
    hópōs (hop'-oce)

    3704 οπως hopos

    de 3739 e 4459; partícula

    1. como, para que

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    ἀνατέλλω


    (G393)
    anatéllō (an-at-el'-lo)

    393 ανατελλω anatello

    de 303 e a raiz de 5056; TDNT - 1:351,57; v

    1. levantar, elevar, nascer
      1. gerar aumento, causar crescimento
        1. da terra produzir plantas
      2. levantar, surgir, originar-se de, ser descendente de
        1. do sol, lua e estrelas

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πονηρός


    (G4190)
    ponērós (pon-ay-ros')

    4190 πονηρος poneros

    de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

    1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
      1. pressionado e atormentado pelos labores
      2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
    2. mau, de natureza ou condição má
      1. num sentido físico: doença ou cegueira
      2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

        A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

    Sinônimos ver verbete 5908


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἄδικος


    (G94)
    ádikos (ad'-ee-kos)

    94 αδικος adikos

    de 1 (como partícula negativa) e 1349; TDNT 1:149,22; adj

    1. descreve alguém que viola ou violou a justiça
      1. injusto
      2. mau, malvado, pecaminoso
      3. de alguém que negocia fraudulentamente com outros, fraudulento

    γάρ ἐάν ἀγαπάω ὁ ὑμᾶς ἀγαπάω τίς μισθός ἔχω οὐχί ποιέω τελώνης καί αὐτός
    Mateus 5: 46 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Pois, se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos o mesmo?
    Mateus 5: 46 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G25
    agapáō
    ἀγαπάω
    com respeito às pessoas
    (You shall love)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3408
    misthós
    μισθός
    valor pago pelo trabalho
    (reward)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3780
    ouchí
    οὐχί
    não
    (not)
    Partícula negativa
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5057
    telṓnēs
    τελώνης
    líder, governante, capitão, príncipe
    ([to be] him captain)
    Substantivo
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    ἀγαπάω


    (G25)
    agapáō (ag-ap-ah'-o)

    25 αγαπαω agapao

    Talvez de agan (muito) [ou cf 5689 עגב]; TDNT 1:21,5; v

    1. com respeito às pessoas
      1. receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente
    2. com respeito às coisas
      1. estar satisfeito, estar contente sobre ou com as coisas

    Sinônimos ver verbete 5914


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μισθός


    (G3408)
    misthós (mis-thos')

    3408 μισθος misthos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:695,599; n m

    1. valor pago pelo trabalho
      1. salário, pagamento
    2. recompensa: usado do fruto natural do trabalho árduo e esforçado
      1. em ambos os sentidos, recompensas e punições
      2. das recompensas que Deus dá, ou dará, pelas boas obras e esforços
      3. de punições


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐχί


    (G3780)
    ouchí (oo-khee')

    3780 ουχι ouchi

    intensivo de 3756; partícula

    1. não, de nenhum modo, de forma alguma

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τελώνης


    (G5057)
    telṓnēs (tel-o'-nace)

    5057 τελωνης telones

    de 5056 e 5608; TDNT - 8:88,1166; n m

    1. arrendatário ou cobrador de taxas
      1. entre os romanos, geralmente um homem da ordem eqüestre

        cobrador de taxas ou impostos, alguém empregado por um publicano ou responsável pela coleta de impostos. Os coletores de impostos eram como uma classe, detestada não somente pelos judeus, mas também por outras nações, tanto por causa de seu emprego como pela sua crueldade, avareza, e engano, usados para realizar sua tarefa.

    Sinônimos ver verbete 5942


    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί ἐάν ἀσπάζομαι μόνον ὑμῶν ἀδελφός τίς ποιέω περισσός οὐχί ποιέω τελώνης καί οὕτω
    Mateus 5: 47 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis mais que os outros? Os publicanos não fazem assim?
    Mateus 5: 47 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1482
    ethnikós
    ἐθνικός
    adaptado ao gênio ou costumes de um povo, peculiar a uma nação, nacional
    (Gentiles)
    Adjetivo - nominativo Masculino no Masculino no Plurak
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3440
    mónon
    μόνον
    o segundo filho de Saul com sua esposa Ainoã
    (and Isui)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3780
    ouchí
    οὐχί
    não
    (not)
    Partícula negativa
    G4053
    perissós
    περισσός
    (their clods)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G782
    aspázomai
    ἀσπάζομαι
    aproximar-se
    (you greet)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) subjuntivo médio - 2ª pessoa do plural
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐθνικός


    (G1482)
    ethnikós (eth-nee-kos')

    1482 εθνικος ethnikos

    de 1484; TDNT - 2:372,201; n m

    1. adaptado ao gênio ou costumes de um povo, peculiar a uma nação, nacional
    2. condizente aos modos ou linguagem de estrangeiros, estranho, forasteiro
    3. no NT o que característico da natureza de pagãos, o que é estranho à adoração do Deus verdadeiro, gentílico
      1. pagão, gentil

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μόνον


    (G3440)
    mónon (mon'-on)

    3440 μονον monon

    de 3441; adv n

    1. único, sozinho, apenas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐχί


    (G3780)
    ouchí (oo-khee')

    3780 ουχι ouchi

    intensivo de 3756; partícula

    1. não, de nenhum modo, de forma alguma

    περισσός


    (G4053)
    perissós (per-is-sos')

    4053 περισσος perissos

    de 4012 (no sentido de além); TDNT - 6:61,828; adj

    1. que excede algum número ou medida ou posição ou necessidade
      1. sobre e acima, mais do que é necessário, super adicionado
        1. que excede, abundantemente, supremamente
        2. algo a mais, mais, muito mais que tudo, mais claramente
      2. superior, extraordinário, excelente, incomum
        1. preeminência, superioridade, vantagem, mais eminente, mais extraordinário, mais excelente

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ἀσπάζομαι


    (G782)
    aspázomai (as-pad'-zom-ahee)

    782 ασπαζομαι aspazomai

    de 1 (como partícula de união) e uma suposta forma de 4685; TDNT - 1:496,84; v

    1. aproximar-se
      1. saudar alguém, cumprimentar, dar cumprimentos de boas vindas, desejar o bem a
      2. receber alegremente, dar boas vindas

        De pessoa que vai ao encontro de outra; daqueles que visitam alguém para vê-lo por um pouco, partindo logo depois; pagar respeitos a um pessoa distinta ao visitá-la; daqueles que cumprimentam alguém que encontram no caminho (apesar de que no Oriente, cristãos e muçulmanos não se cumprimentavam um ao outro); uma saudação era feita não meramente por um pequeno gesto e poucas palavras, mas geralmente por abraços e beijos, uma viagem freqüentemente atrasava por causa das saudações.


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    οὖν ἔσομαι ὑμεῖς τέλειος ὥσπερ τέλειος ἐστί ὑμῶν πατήρ ὁ ἔν οὐρανός
    Mateus 5: 48 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está no céu.
    Mateus 5: 48 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3770
    ouránios
    οὐράνιος
    celestial
    (Heavenly)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5046
    téleios
    τέλειος
    ser conspícuo, contar, tornar conhecido
    (told)
    Verbo
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    οὐράνιος


    (G3770)
    ouránios (oo-ran'-ee-os)

    3770 ουρανιος ouranios

    de 3772; TDNT - 5:536,736; adj

    1. celestial
      1. que reside no céu
      2. que vem do céu

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τέλειος


    (G5046)
    téleios (tel'-i-os)

    5046 τελειος teleios

    de 5056; TDNT - 8:67,1161; adj

    1. levado a seu fim, finalizado
    2. que não carece de nada necessário para estar completo
    3. perfeito
    4. aquilo que é perfeito
      1. integridade e virtude humana consumados
      2. de homens
        1. adulto, maturo, maior idade

    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.