Enciclopédia de Mateus 8:1-34

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Índice

Perícope

mt 8: 1

Versão Versículo
ARA Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram.
ARC E DESCENDO ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.
TB Quando Jesus desceu do monte, acompanharam-no grandes multidões.
BGB ⸂Καταβάντος δὲ αὐτοῦ⸃ ἀπὸ τοῦ ὄρους ἠκολούθησαν αὐτῷ ὄχλοι πολλοί.
HD Depois que desceu do monte, muitas turbas o seguiram.
BKJ Quando ele desceu do monte, grandes multidões o seguiram.
LTT Ora, quando havendo Ele (Jesus) descido proveniente- de- junto- do monte, O seguiram grandes multidões.
BJ2 Ao descer da montanha, seguiam-no multidões numerosas,
VULG Cum autem descendisset de monte, secutæ sunt eum turbæ multæ :

mt 8: 2

Versão Versículo
ARA E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
ARC E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
TB Aproximando-se um leproso, adorava-o, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes tornar-me limpo.
BGB καὶ ἰδοὺ λεπρὸς ⸀προσελθὼν προσεκύνει αὐτῷ λέγων· Κύριε, ἐὰν θέλῃς δύνασαί με καθαρίσαι.
HD Eis que um leproso, aproximando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, se quiseres podes purificar-me.
BKJ E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se tu queres, podes limpar-me.
LTT E eis que um leproso, havendo vindo, O adorava, dizendo: "Ó Senhor, se estiveres querendo, bem podes me tornar limpo (da lepra)."
BJ2 quando de repente um leproso se aproximou e se prostrou diante dele, dizendo: "Senhor, se queres, tens poder para purificar-me".
VULG et ecce leprosus veniens, adorabat eum, dicens : Domine, si vis, potes me mundare.

mt 8: 3

Versão Versículo
ARA E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra.
ARC E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Quero: sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
TB Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; fica limpo. No mesmo instante, ficou limpa a sua lepra.
BGB καὶ ἐκτείνας τὴν χεῖρα ἥψατο ⸀αὐτοῦ λέγων· Θέλω, καθαρίσθητι· καὶ εὐθέως ἐκαθαρίσθη αὐτοῦ ἡ λέπρα.
HD Estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, seja purificado! E imediatamente sua lepra foi purificada.
BKJ E Jesus estendeu a sua mão e tocou-o, dizendo: Eu quero; sê limpo. E imediatamente sua lepra foi purificada.
LTT E, havendo Jesus 290 estendido a Sua mão, o tocou, dizendo: "Quero; sê tu tornado limpo (da lepra)." E, imediatamente, foi tornada limpa a lepra dele.
BJ2 Ele estendeu a mão e, tocando-o disse: "Eu quero, sê purificado". E imediatamente ele ficou livre da sua lepra.[r]
VULG Et extendens Jesus manum, tetigit eum, dicens : Volo : mundare. Et confestim mundata est lepra ejus.

mt 8: 4

Versão Versículo
ARA Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo.
ARC Disse-lhe então Jesus: Olha não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
TB Disse-lhe Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho.
BGB καὶ λέγει αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς· Ὅρα μηδενὶ εἴπῃς, ἀλλὰ ὕπαγε σεαυτὸν δεῖξον τῷ ἱερεῖ, καὶ προσένεγκον τὸ δῶρον ὃ προσέταξεν Μωϋσῆς εἰς μαρτύριον αὐτοῖς.
HD Diz-lhe Jesus: Olha, não digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou, em testemunho para eles.
BKJ E disse-lhe Jesus: Olha, não o digas a nenhum homem; mas vai pelo teu caminho, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés ordenou, como testemunho para eles.
LTT Então lhe diz Jesus: "Olha, a ninguém digas isto; mas vai, mostra-te ao sacerdote ① e oferece a dádiva ② que Moisés determinou, para servirdes de testemunho a eles."
BJ2 Jesus lhe disse: "Cuidado, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta prescrita por Moisés, para que lhes sirva de prova".
VULG Et ait illi Jesus : Vide, nemini dixeris : sed vade, ostende te sacerdoti, et offer munus, quod præcepit Moyses, in testimonium illis.

mt 8: 5

Versão Versículo
ARA Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando:
ARC E, entrando Jesus em Capernaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,
TB Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião e rogou-lhe:
BGB ⸂Εἰσελθόντος δὲ αὐτοῦ⸃ εἰς Καφαρναοὺμ προσῆλθεν αὐτῷ ἑκατόνταρχος παρακαλῶν αὐτὸν
HD Entrando em Cafarnaum, aproximou-se dele um centurião, suplicando-lhe
BKJ E quando Jesus estava entrando em Cafarnaum, veio até ele um centurião, implorando-lhe,
LTT E, havendo Jesus entrado para Cafarnaum, veio a Ele um centurião 291, rogando-Lhe,
BJ2 Ao entrar em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião que lhe implorava e dizia:
VULG Cum autem introisset Capharnaum, accessit ad eum centurio, rogans eum,

mt 8: 6

Versão Versículo
ARA Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente.
ARC E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, e violentamente atormentado.
TB Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, padecendo horrivelmente.
BGB καὶ λέγων· Κύριε, ὁ παῖς μου βέβληται ἐν τῇ οἰκίᾳ παραλυτικός, δεινῶς βασανιζόμενος.
HD e dizendo: Senhor, o meu servo está deitado em casa, paralítico, terrivelmente afligido por dores.
BKJ e dizendo: Senhor, o meu servo jaz em casa doente com uma paralisia, gravemente atormentado.
LTT E dizendo: "Ó Senhor, o meu criado tem repousado- deitado na minha casa, paralítico e gravemente atormentado."
BJ2 "Senhor, o meu criado está deitado em casa paralítico, sofrendo dores atrozes".
VULG et dicens : Domine, puer meus jacet in domo paralyticus, et male torquetur.

mt 8: 7

Versão Versículo
ARA Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo.
ARC E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.
TB Disse-lhe ele: Eu irei curá-lo.
BGB ⸀καὶ λέγει ⸀αὐτῷ· Ἐγὼ ἐλθὼν θεραπεύσω αὐτόν.
HD Diz-lhe {Jesus}: Eu, indo, o curarei.
BKJ E Jesus lhe disse: Eu irei e o curarei.
LTT E lhe diz Jesus: "Eu, havendo ido, o curarei."
BJ2 Jesus lhe disse: "Eu irei curá-lo".
VULG Et ait illi Jesus : Ego veniam, et curabo eum.

mt 8: 8

Versão Versículo
ARA Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado.
ARC E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará;
TB Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; porém dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
BGB ⸂καὶ ἀποκριθεὶς⸃ ὁ ἑκατόνταρχος ἔφη· Κύριε, οὐκ εἰμὶ ἱκανὸς ἵνα μου ὑπὸ τὴν στέγην εἰσέλθῃς· ἀλλὰ μόνον εἰπὲ λόγῳ, καὶ ἰαθήσεται ὁ παῖς μου·
HD Respondendo, disse o centurião: Senhor, não sou digno de que entres sob o meu teto , mas somente te expresses por palavra, e o meu servo será curado.
BKJ E o centurião, respondendo, disse: Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu servo será curado.
LTT E, (nisso) havendo respondido, o centurião dizia: "Ó Senhor, eu não sou digno de que entres Tu debaixo do meu teto, mas somente dize a ① palavra, e será curado o meu criado.
BJ2 Mas o centurião respondeu-lhe: "Senhor, não sou digno de receber-te sob o meu teto; basta que digas uma palavra e o meu criado ficará são.
VULG Et respondens centurio, ait : Domine, non sum dignus ut intres sub tectum meum : sed tantum dic verbo, et sanabitur puer meus.

mt 8: 9

Versão Versículo
ARA Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.
ARC Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.
TB Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: Vai ali, e ele vai; a outro: Vem cá, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.
BGB καὶ γὰρ ἐγὼ ἄνθρωπός εἰμι ὑπὸ ⸀ἐξουσίαν, ἔχων ὑπ’ ἐμαυτὸν στρατιώτας, καὶ λέγω τούτῳ· Πορεύθητι, καὶ πορεύεται, καὶ ἄλλῳ· Ἔρχου, καὶ ἔρχεται, καὶ τῷ δούλῳ μου· Ποίησον τοῦτο, καὶ ποιεῖ.
HD Pois também eu sou um homem sob autoridade, tendo abaixo de mim soldados; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.
BKJ Pois eu também sou homem sob autoridade, e tenho soldados sob mim; e digo a este homem: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.
LTT Pois também eu sou um homem sob autoridade, mas tendo sob mim soldados; e digo a este: 'Vai', e ele vai; e a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu escravo: 'Faze isto', e ele o faz."
BJ2 Com efeito, também eu estou debaixo de ordens e tenho soldados sob o meu coroando, e quando digo a um "Vai!", ele vai, e a outro "Vem!", ele vem; e quando digo ao meu servo: "Faze isto", ele o faz".
VULG Nam et ego homo sum sub potestate constitutus, habens sub me milites, et dico huic : Vade, et vadit : et alii : Veni, et venit : et servo meo : Fac hoc, et facit.

mt 8: 10

Versão Versículo
ARA Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta.
ARC E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.
TB Jesus, ouvindo isso, admirou-se e disse aos que o acompanhavam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé.
BGB ἀκούσας δὲ ὁ Ἰησοῦς ἐθαύμασεν καὶ εἶπεν τοῖς ἀκολουθοῦσιν· Ἀμὴν λέγω ὑμῖν, ⸂παρ’ οὐδενὶ τοσαύτην πίστιν ἐν τῷ Ἰσραὴλ⸃ εὗρον.
HD Ouvindo {isso}, maravilhou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Amém vos digo, com ninguém em Israel encontrei tamanha fé.
BKJ E Jesus, ouvindo isso, maravilhou-se e disse aos que o seguiam: Na verdade eu vos digo que não tenho encontrado tão grande fé, não em Israel.
LTT E, havendo Jesus ouvido isto, Se admirou, e disse àqueles que O estavam seguindo: "Em verdade vos digo : nem mesmo em Israel tão grande fé tenho encontrado!
BJ2 Ouvindo isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: "Em verdade vos digo que, em Israel, não achei ninguém que tivesse tal fé.[s]
VULG Audiens autem Jesus miratus est, et sequentibus se dixit : Amen dico vobis, non inveni tantam fidem in Israël.

mt 8: 11

Versão Versículo
ARA Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.
ARC Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;
TB Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e hão de sentar-se com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus;
BGB λέγω δὲ ὑμῖν ὅτι πολλοὶ ἀπὸ ἀνατολῶν καὶ δυσμῶν ἥξουσιν καὶ ἀνακλιθήσονται μετὰ Ἀβραὰμ καὶ Ἰσαὰκ καὶ Ἰακὼβ ἐν τῇ βασιλείᾳ τῶν οὐρανῶν·
HD E eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente e se reclinarão {à mesa} com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus;
BKJ E eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e sentarão com Abraão, Isaque e Jacó, no reino do céu.
LTT Digo-vos, porém, que muitos provenientes- de- junto- do oriente e do ocidente virão, e estarão- assentados- à- mesa com Abraão e Isaque e Jacó, no reinar dos céuS.
BJ2 Mas eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se assentarão à mesa[t] no Reino dos Céus, com Abraão, Isaac e Jacó,
VULG Dico autem vobis, quod multi ab oriente et occidente venient, et recumbent cum Abraham, et 1saac, et Jacob in regno cælorum :

mt 8: 12

Versão Versículo
ARA Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
ARC E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes.
TB mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes.
BGB οἱ δὲ υἱοὶ τῆς βασιλείας ἐκβληθήσονται εἰς τὸ σκότος τὸ ἐξώτερον· ἐκεῖ ἔσται ὁ κλαυθμὸς καὶ ὁ βρυγμὸς τῶν ὀδόντων.
HD Os filhos do Reino, porém, serão expelidos para a treva exterior. Ali haverá o pranto e o ranger de dentes.
BKJ Mas os filhos do reino serão lançados em trevas profunda; ali haverá pranto e ranger de dentes.
LTT Os filhos do reino, porém, serão lançados fora, para a treva, a mais exterior: ali haverá o pranto e o ranger dos dentes."
BJ2 enquanto os filhos do Reino[u] serão postos para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes".[v]
VULG filii autem regni ejicientur in tenebras exteriores : ibi erit fletus et stridor dentium.

mt 8: 13

Versão Versículo
ARA Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.
ARC Então disse Jesus ao centurião: Vai e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.
TB Disse Jesus ao centurião: Vai-te, e, como creste, assim te seja feito. Naquela mesma hora, sarou o criado.
BGB καὶ εἶπεν ὁ Ἰησοῦς τῷ ἑκατοντάρχῃ· Ὕπαγε, ⸀ὡς ἐπίστευσας γενηθήτω σοι· καὶ ἰάθη ὁ ⸀παῖς ἐν τῇ ὥρᾳ ἐκείνῃ.
HD E Jesus disse ao centurião: Vai! Como creste seja feito a ti; e o seu servo foi curado naquela hora.
BKJ Então Jesus disse ao centurião: Vai no teu caminho, e como tu creste, assim seja feito a ti. E o seu servo foi curado naquela mesma hora.
LTT Então, disse Jesus ao centurião: "Vai e, do modo como creste, seja feito a ti." E foi curado o seu criado naquela- mesma hora.
BJ2 Em seguida, disse ao centurião: "Vai! Como creste, assim te seja feito!" Naquela mesma hora o criado ficou são.
VULG Et dixit Jesus centurioni : Vade, et sicut credidisti, fiat tibi. Et sanatus est puer in illa hora.

mt 8: 14

Versão Versículo
ARA Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre.
ARC E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre.
TB Tendo entrado Jesus na casa de Pedro, viu que a sogra deste estava de cama e com febre;
BGB Καὶ ἐλθὼν ὁ Ἰησοῦς εἰς τὴν οἰκίαν Πέτρου εἶδεν τὴν πενθερὰν αὐτοῦ βεβλημένην καὶ πυρέσσουσαν·
HD Jesus, após vir para casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e febril.
BKJ E quando Jesus estava entrando na casa de Pedro, ele viu a mãe de sua esposa deitada, doente de febre.
LTT E, havendo Jesus vindo para dentro da casa de Pedro, viu a sogra deste, tendo ela sido acamada e queimando- com- a- grande- febre.
BJ2 Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra deste, que estava de cama e com febre.
VULG Et cum venisset Jesus in domum Petri, vidit socrum ejus jacentem, et febricitantem :

mt 8: 15

Versão Versículo
ARA Mas Jesus tomou-a pela mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo.
ARC E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.
TB e, tocando-lhe a mão, a febre a deixou. Ela se levantou e o servia.
BGB καὶ ἥψατο τῆς χειρὸς αὐτῆς, καὶ ἀφῆκεν αὐτὴν ὁ πυρετός, καὶ ἠγέρθη καὶ διηκόνει αὐτῷ.
HD Tocou a mão dela, e a febre a deixou; ela se ergueu e o servia.
BKJ E ele tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.
LTT E Ele tocou a mão dela, e a deixou a febre; e ela se levantou, e os servia.
BJ2 Logo tocou-lhe a mão e a febre a deixou. Ela se levantou e pôs-se a servi-lo.
VULG et tetigit manum ejus, et dimisit eam febris, et surrexit, et ministrabat eis.

mt 8: 16

Versão Versículo
ARA Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes;
ARC E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;
TB À tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; ele, com a sua palavra, expeliu os espíritos e curou todos os doentes;
BGB Ὀψίας δὲ γενομένης προσήνεγκαν αὐτῷ δαιμονιζομένους πολλούς· καὶ ἐξέβαλεν τὰ πνεύματα λόγῳ, καὶ πάντας τοὺς κακῶς ἔχοντας ἐθεράπευσεν·
HD Chegado o fim da tarde, apresentaram a ele muitos endaimoniados e expulsou os espíritos pela palavra; e curou todos os que tinham males,
BKJ Chegando a tarde, trouxeram-lhe muitos que estavam possuídos por demônios, e ele expulsou os espíritos com a sua palavra, e curou todos os que estavam enfermos.
LTT O anoitecer, porém, havendo chegado, Lhe trouxeram muitos endemoniados: e Ele expulsou deles os espíritos ① através de uma Sua palavra e, a todos aqueles estando enfermos, Ele curou;
BJ2 Ao entardecer, trouxeram-lhe muitos endemoninhados e ele, com uma palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam enfermos,
VULG Vespere autem facto, obtulerunt ei multos dæmonia habentes : et ejiciebat spiritus verbo, et omnes male habentes curavit :

mt 8: 17

Versão Versículo
ARA para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.
ARC Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
TB para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.
BGB ὅπως πληρωθῇ τὸ ῥηθὲν διὰ Ἠσαΐου τοῦ προφήτου λέγοντος· Αὐτὸς τὰς ἀσθενείας ἡμῶν ἔλαβεν καὶ τὰς νόσους ἐβάστασεν.
HD para que se cumprisse o que fora dito através do profeta Isaías: Tomou nossas enfermidades e carregou as doenças.
BKJ Para que pudesse se cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías, dizendo: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
LTT Para que fosse cumprido aquilo havendo sido dito por Isaías, o profeta, dizendo: "Ele mesmo tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou sobre Si as nossas doenças ①.". Is 53:4
BJ2 a fim de se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: Levou nossas enfermidades e carregou nossas doenças.[x]
VULG ut adimpleretur quod dictum est per Isaiam prophetam, dicentem : Ipse infirmitates nostras accepit : et ægrotationes nostras portavit.

mt 8: 18

Versão Versículo
ARA Vendo Jesus muita gente ao seu redor, ordenou que passassem para a outra margem.
ARC E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para a banda d?além;
TB Vendo Jesus uma multidão ao redor de si, mandou passar para a outra margem do lago.
BGB Ἰδὼν δὲ ὁ Ἰησοῦς ⸂πολλοὺς ὄχλους⸃ περὶ αὐτὸν ἐκέλευσεν ἀπελθεῖν εἰς τὸ πέραν.
HD Jesus, vendo a turba ao seu redor, ordenou que partissem para o outro lado.
BKJ Ora, vendo Jesus grande multidão ao seu redor, deu ordens para que passassem para o outro lado.
LTT Havendo Jesus, porém, visto grandes multidões em torno de Si, ordenou que os discípulos passassem para o outro lado (do Mar da Galileia);
BJ2 Vendo Jesus que estava cercado de grandes multidões, ordenou que partissem para a outra margem do lago.[z]
VULG Videns autem Jesus turbas multas circum se, jussit ire trans fretum.

mt 8: 19

Versão Versículo
ARA Então, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.
ARC E, aproximando-se dele um escriba, disse: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei.
TB Chegou um escriba e disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.
BGB καὶ προσελθὼν εἷς γραμματεὺς εἶπεν αὐτῷ· Διδάσκαλε, ἀκολουθήσω σοι ὅπου ἐὰν ἀπέρχῃ.
HD Um escriba, aproximando-se, lhe disse: Mestre, eu te seguirei aonde fores.
BKJ E, chegando um certo escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.
LTT E, havendo-se aproximado dEle exatamente um escriba, Lhe disse: "Ó Professor- Mestre, eu Te seguirei aonde quer que fores."
BJ2 Então chegou-se a ele um escriba e disse: "Mestre, eu te seguirei para onde quer que vás".
VULG Et accedens unus scriba, ait illi : Magister, sequar te, quocumque ieris.

mt 8: 20

Versão Versículo
ARA Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
ARC E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
TB Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, pousos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
BGB καὶ λέγει αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς· Αἱ ἀλώπεκες φωλεοὺς ἔχουσιν καὶ τὰ πετεινὰ τοῦ οὐρανοῦ κατασκηνώσεις, ὁ δὲ υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου οὐκ ἔχει ποῦ τὴν κεφαλὴν κλίνῃ.
HD Jesus, porém, lhe diz: As raposas têm tocas e as aves do céu {têm} ninhos; mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
BKJ E Jesus lhe disse: As raposas têm tocas, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde deitar a sua cabeça.
LTT E lhe diz Jesus: "As raposas covis têm, e as aves do ar locais de estadia têm; mas o Filho do homem não tem onde a cabeça reclinar."
BJ2 Ao que Jesus respondeu: "As raposas têm tocas e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem[a] não tem onde reclinar a cabeça".
VULG Et dicit ei Jesus : Vulpes foveas habent, et volucres cæli nidos ; Filius autem hominis non habet ubi caput reclinet.

mt 8: 21

Versão Versículo
ARA E outro dos discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai.
ARC E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai.
TB Um outro discípulo disse-lhe: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai.
BGB ἕτερος δὲ τῶν ⸀μαθητῶν εἶπεν αὐτῷ· Κύριε, ἐπίτρεψόν μοι πρῶτον ἀπελθεῖν καὶ θάψαι τὸν πατέρα μου.
HD Outro dos {seus} discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai.
BKJ E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai.
LTT E outro dos seus discípulos Lhe disse: "Ó Senhor, permite-me primeiramente ir e sepultar o meu pai. 292"
BJ2 Outro dos discípulos lhe disse: "Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai".
VULG Alius autem de discipulis ejus ait illi : Domine, permitte me primum ire, et sepelire patrem meum.

mt 8: 22

Versão Versículo
ARA Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.
ARC Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos.
TB Porém Jesus respondeu-lhe: Segue-me e deixa que os mortos enterrem os seus mortos.
BGB ὁ δὲ Ἰησοῦς ⸀λέγει αὐτῷ· Ἀκολούθει μοι, καὶ ἄφες τοὺς νεκροὺς θάψαι τοὺς ἑαυτῶν νεκρούς.
HD Jesus, porém, lhe diz: Segue-me, e deixa que os mortos enterrem seus próprios mortos.
BKJ Mas Jesus disse-lhe: Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos.
LTT Jesus, porém, lhe disse: "Segue-Me tu, e deixa os ① mortos sepultarem os seus- próprios mortos."
BJ2 Mas Jesus lhe respondeu: "Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos".
VULG Jesus autem ait illi : Sequere me, et dimitte mortuos sepelire mortuos suos.

mt 8: 23

Versão Versículo
ARA Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
ARC E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram;
TB Entrando ele na barca, seus discípulos acompanharam-no.
BGB Καὶ ἐμβάντι αὐτῷ ⸀εἰς πλοῖον ἠκολούθησαν αὐτῷ οἱ μαθηταὶ αὐτοῦ.
HD Após entrar no barco, seus discípulos o seguiram.
BKJ E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
LTT E, havendo Ele (Jesus) entrado para um # barco, O seguiram os Seus discípulos;
BJ2 Depois disso, entrou no barco e os seus discípulos o seguiram.
VULG Et ascendente eo in naviculam, secuti sunt eum discipuli ejus :

mt 8: 24

Versão Versículo
ARA E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia.
ARC E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.
TB Eis que se levantou no mar tão grande tempestade, que as ondas cobriam a barca; mas Jesus dormia.
BGB καὶ ἰδοὺ σεισμὸς μέγας ἐγένετο ἐν τῇ θαλάσσῃ, ὥστε τὸ πλοῖον καλύπτεσθαι ὑπὸ τῶν κυμάτων, αὐτὸς δὲ ἐκάθευδεν.
HD E eis que uma grande tempestade ocorreu no mar, ao ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Ele, porém, dormia.
BKJ E eis que surgia uma grande tempestade no mar, de modo que o barco foi coberto com as ondas. Ele, porém, dormia.
LTT E eis que uma grande tempestade se levantou no mar (da Galileia), tanto que o barco estava sendo coberto pelas ondas. Ele (Jesus), porém, dormia.
BJ2 E, nisso, houve no mar uma grande agitação, de modo que o barco era varrido pelas ondas. Ele, entretanto, dormia.
VULG et ecce motus magnus factus est in mari, ita ut navicula operiretur fluctibus : ipse vero dormiebat.

mt 8: 25

Versão Versículo
ARA Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos!
ARC E os seus discípulos, aproximando-se o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos, que perecemos.
TB Os discípulos, aproximando-se, acordaram-no, dizendo: Salva-nos, Senhor, que perecemos.
BGB καὶ ⸀προσελθόντες ἤγειραν αὐτὸν λέγοντες· Κύριε, ⸀σῶσον, ἀπολλύμεθα.
HD Aproximando-se, o despertaram , dizendo: Senhor, salva-nos, estamos perecendo!
BKJ E vindo até ele os seus discípulos, acordaram-no, dizendo: Senhor, salva-nos; estamos perecendo.
LTT E, havendo chegado a Ele, os Seus discípulos O despertaram, dizendo: "Ó Senhor, salva-nos! Estamos perecendo."
BJ2 Os discípulos então chegaram-se a ele e o despertaram, dizendo: "Senhor, salva nos, estamos perecendo!"
VULG Et accesserunt ad eum discipuli ejus, et suscitaverunt eum, dicentes : Domine, salva nos : perimus.

mt 8: 26

Versão Versículo
ARA Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.
ARC E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.
TB Ele lhes disse: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, erguendo-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.
BGB καὶ λέγει αὐτοῖς· Τί δειλοί ἐστε, ὀλιγόπιστοι; τότε ἐγερθεὶς ἐπετίμησεν τοῖς ἀνέμοις καὶ τῇ θαλάσσῃ, καὶ ἐγένετο γαλήνη μεγάλη.
HD Ele lhes diz: Por que estais temerosos , {homens} de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e houve grande calmaria.
BKJ E ele lhes disse: Por que temeis, Oh! gente de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se grande bonança.
LTT E Jesus lhes diz: "Por que atemorizados estais, ó vós de pequena fé?" Então, havendo Ele Se levantado, repreendeu os ventos e o mar, e houve uma grande bonança.
BJ2 Disse-lhes ele: "Por que tendes medo, homens fracos na fé?" Depois, pondo-se de pé, conjurou severamente os ventos e o mar. E houve uma grande bonança.
VULG Et dicit eis Jesus : Quid timidi estis, modicæ fidei ? Tunc surgens imperavit ventis, et mari, et facta est tranquillitas magna.

mt 8: 27

Versão Versículo
ARA E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?
ARC E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
TB Todos se maravilharam, dizendo: Que homem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?
BGB οἱ δὲ ἄνθρωποι ἐθαύμασαν λέγοντες· Ποταπός ἐστιν οὗτος ὅτι καὶ οἱ ἄνεμοι καὶ ἡ θάλασσα ⸂αὐτῷ ὑπακούουσιν⸃;
HD E maravilharam-se os homens, dizendo: Que tipo de homem é este que tanto os ventos quanto o mar lhe obedecem?
BKJ Mas os homens se maravilharam, dizendo: Que espécie de homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
LTT E aqueles homens se maravilharam, dizendo: "Que tipo de Homem é Este, que até mesmo os ventos e o mar Lhe obedecem?"
BJ2 Os homens ficaram espantados e diziam: "Quem é este a quem até os ventos e o mar obedecem?"
VULG Porro homines mirati sunt, dicentes : Qualis est hic, quia venti et mare obediunt ei ?

mt 8: 28

Versão Versículo
ARA Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho.
ARC E, tendo chegado à outra banda, à província dos gergesenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.
TB Tendo ele chegado à outra banda, à terra dos gadarenos, dois endemoninhados, em extremo furiosos, de modo que ninguém podia passar por aquele caminho, saindo dos túmulos, vieram-lhe ao encontro.
BGB Καὶ ⸂ἐλθόντος αὐτοῦ⸃ εἰς τὸ πέραν εἰς τὴν χώραν τῶν ⸀Γαδαρηνῶν ὑπήντησαν αὐτῷ δύο δαιμονιζόμενοι ἐκ τῶν μνημείων ἐξερχόμενοι, χαλεποὶ λίαν ὥστε μὴ ἰσχύειν τινὰ παρελθεῖν διὰ τῆς ὁδοῦ ἐκείνης.
HD Depois de ter ido para o outro lado, para a região dos Gadarenos, dois endaimoniados , saídos dos sepulcros , muito violentos, a ponto de ninguém poder passar por aquele caminho, vieram ao encontro dele.
BKJ E, tendo chegado ao outro lado, à região dos gergesenos, vieram-lhe ao encontro dois homens possuídos por demônios, que saíam dos sepulcros; tão ferozes eram que nenhum homem podia passar por aquele caminho.
LTT E, havendo Ele chegado ao outro lado (do Mar da Galileia), à província dos gergesenos, saíram ao Seu encontro dois endemoniados 293, provenientes- de- dentro- dos sepulcros vindo; muito ferozes, tanto que não podia ninguém passar por aquele caminho.
BJ2 Ao chegar ao outro lado, ao país dos gadarenos,[b] vieram ao seu encontro dois endemoninhados,[c] saindo dos túmulos. Eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho.
VULG Et cum venisset trans fretum in regionem Gerasenorum, occurrerunt ei duo habentes dæmonia, de monumentis exeuntes, sævi nimis, ita ut nemo posset transire per viam illam.

mt 8: 29

Versão Versículo
ARA E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
ARC E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?
TB Eles gritaram: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
BGB καὶ ἰδοὺ ἔκραξαν λέγοντες· Τί ἡμῖν καὶ ⸀σοί, υἱὲ τοῦ θεοῦ; ἦλθες ὧδε πρὸ καιροῦ βασανίσαι ἡμᾶς;
HD Eis que gritaram, dizendo: O que queres de nós, filho de Deus? Vieste aqui, antes do tempo, atormentar-nos?
BKJ E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
LTT E eis que clamaram alto, dizendo: "Que temos nós contigo, ó Jesus, o Filho de Deus? Vieste aqui para, antes do tempo, nos atormentar? 294"
BJ2 E eis que se puseram a gritar: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?"[d]
VULG Et ecce clamaverunt, dicentes : Quid nobis et tibi, Jesu fili Dei ? Venisti huc ante tempus torquere nos ?

mt 8: 30

Versão Versículo
ARA Ora, andava pastando, não longe deles, uma grande manada de porcos.
ARC E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos.
TB Ora, a alguma distância deles pastava uma grande manada de porcos.
BGB ἦν δὲ μακρὰν ἀπ’ αὐτῶν ἀγέλη χοίρων πολλῶν βοσκομένη.
HD Ora, uma vara de muitos porcos era apascentada distante deles.
BKJ E havia a uma boa distância deles uma manada de muitos porcos alimentando-se.
LTT Ora, estava ali, distante deles, uma manada de muitos porcos, sendo alimentada (colocada a pastar).
BJ2 Ora, a certa distância deles havia uma manada de porcos que estava pastando.
VULG Erat autem non longe ab illis grex multorum porcorum pascens.

mt 8: 31

Versão Versículo
ARA Então, os demônios lhe rogavam: Se nos expeles, manda-nos para a manada de porcos.
ARC E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos.
TB Os demônios rogavam-lhe: Se nos expeles, envia-nos para a manada de porcos.
BGB οἱ δὲ δαίμονες παρεκάλουν αὐτὸν λέγοντες· Εἰ ἐκβάλλεις ἡμᾶς, ⸂ἀπόστειλον ἡμᾶς⸃ εἰς τὴν ἀγέλην τῶν χοίρων.
HD Os daimones rogavam-lhe, dizendo: Se nos expulsas, envia-nos à vara de porcos.
BKJ Assim os demônios imploraram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos.
LTT E os demônios Lhe rogavam, dizendo: "Se nos lanças para fora, permite-nos ir embora para dentro daquela manada dos porcos."
BJ2 Os demônios lhe imploravam, dizendo: "Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos".
VULG Dæmones autem rogabant eum, dicentes : Si ejicis nos hinc, mitte nos in gregem porcorum.

mt 8: 32

Versão Versículo
ARA Pois ide, ordenou-lhes Jesus. E eles, saindo, passaram para os porcos; e eis que toda a manada se precipitou, despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, e nas águas pereceram.
ARC E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.
TB Disse-lhes Jesus: Ide. Tendo eles saído, passaram para os porcos; toda a manada precipitou-se pelo declive no mar, e ali se afogaram.
BGB καὶ εἶπεν αὐτοῖς· Ὑπάγετε. οἱ δὲ ἐξελθόντες ἀπῆλθον εἰς ⸂τοὺς χοίρους⸃· καὶ ἰδοὺ ὥρμησεν πᾶσα ἡ ⸀ἀγέλη κατὰ τοῦ κρημνοῦ εἰς τὴν θάλασσαν, καὶ ἀπέθανον ἐν τοῖς ὕδασιν.
HD Disse-lhes: Ide. Os que saíram foram para os porcos. E eis que toda a vara {de porcos} precipitou-se despenhadeiro abaixo, para o mar, e morreram nas águas.
BKJ E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, entraram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos desceu violentamente pela encosta no mar, e pereceu nas águas.
LTT E Ele lhes disse: "Ide." E eles, havendo saído fora (dos homens endemoniados), foram para dentro da manada dos porcos; e eis que toda aquela manada dos porcos disparou- em- carreira (em- direção- para- baixo no despenhadeiro) para dentro do mar (da Galileia), e eles morreram dentro das águas.
BJ2 Jesus lhes disse: "Ide". Eles, saindo, foram para os porcos e logo toda a manada se precipitou no mar, do alto de um precipício, e pereceu nas águas.
VULG Et ait illis : Ite. At illi exeuntes abierunt in porcos, et ecce impetu abiit totus grex per præceps in mare : et mortui sunt in aquis.

mt 8: 33

Versão Versículo
ARA Fugiram os porqueiros e, chegando à cidade, contaram todas estas coisas e o que acontecera aos endemoninhados.
ARC Os porqueiros fugiram, e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados.
TB Os pastores fugiram, foram à cidade, contaram todas essas coisas e o que tinha acontecido aos endemoninhados.
BGB οἱ δὲ βόσκοντες ἔφυγον, καὶ ἀπελθόντες εἰς τὴν πόλιν ἀπήγγειλαν πάντα καὶ τὰ τῶν δαιμονιζομένων.
HD Os que apascentavam {porcos} fugiram, e partindo para a cidade relataram tudo, inclusive o {que aconteceu} com os endaimoniados.
BKJ Os que guardavam os porcos, foram pelo seu caminho para a cidade, e contaram tudo o que acontecera aos possuídos pelos demônios.
LTT Aqueles (homens), porém, que os estavam alimentando, fugiram; e, havendo ido para dentro da cidade 295, divulgaram tudo, e o que acontecera aos (dois homens) endemoniados.
BJ2 Os que os apascentavam fugiram e, dirigindo-se à cidade, contaram tudo o que acontecera, inclusive o caso dos endemoninhados.
VULG Pastores autem fugerunt : et venientes in civitatem, nuntiaverunt omnia, et de eis qui dæmonia habuerant.

mt 8: 34

Versão Versículo
ARA Então, a cidade toda saiu para encontrar-se com Jesus; e, vendo-o, lhe rogaram que se retirasse da terra deles.
ARC E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus, e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos.
TB Então, a cidade toda saiu ao encontro de Jesus; e, ao verem-no, rogaram-lhe que se retirasse daqueles termos.
BGB καὶ ἰδοὺ πᾶσα ἡ πόλις ἐξῆλθεν εἰς ⸀ὑπάντησιν τῷ Ἰησοῦ, καὶ ἰδόντες αὐτὸν παρεκάλεσαν ὅπως μεταβῇ ἀπὸ τῶν ὁρίων αὐτῶν.
HD Eis que toda a cidade saiu ao encontro de Jesus; e vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse do território deles.
BKJ E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus, e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse da sua região.
LTT E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus e, havendo-O visto, Lhe rogaram que Se retirasse para longe dos termos deles.
BJ2 Diante disso, a cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. Ao vê-lo, rogaram-lhe que se retirasse do seu território.
VULG Et ecce tota civitas exiit obviam Jesu : et viso eo, rogabant ut transiret a finibus eorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:1

Mateus 4:25 E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordão.
Mateus 8:18 E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para a outra margem.
Mateus 12:15 Jesus, sabendo isso, retirou-se dali, e acompanhou-o uma grande multidão de gente, e ele curou a todos.
Mateus 15:30 E veio ter com ele muito povo, que trazia coxos, cegos, mudos, aleijados e outros muitos; e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou,
Mateus 19:2 E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali.
Mateus 20:29 E, saindo eles de Jericó, seguiu-o grande multidão.
Marcos 3:7 E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galileia, e da Judeia,
Lucas 5:15 Porém a sua fama se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades.
Lucas 14:25 Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:2

Levítico 13:44 leproso é aquele homem; imundo está; o sacerdote o declarará totalmente imundo; na sua cabeça tem a sua praga.
Números 5:2 Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto.
Números 12:10 E a nuvem se desviou de sobre a tenda; e eis que Miriã era leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que era leprosa.
Deuteronômio 24:8 Guarda-te da praga da lepra e tem grande cuidado de fazer conforme tudo o que te ensinarem os sacerdotes levitas; como lhes tenho ordenado, terás cuidado de o fazer.
II Samuel 3:39 Eu, hoje, estou fraco, ainda que seja ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são mais duros do que eu; o Senhor pagará ao malfeitor, conforme a sua maldade.
II Reis 5:1 E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso, porém leproso.
II Reis 5:27 Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.
II Reis 7:3 E quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui até morrermos?
II Reis 15:5 E o Senhor feriu o rei, e este ficou leproso até ao dia da sua morte e habitou numa casa separada; porém Jotão, filho do rei, tinha o cargo da casa, julgando o povo da terra.
II Crônicas 26:19 Então, Uzias se indignou e tinha o incensário na sua mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu à testa perante os sacerdotes, na Casa do Senhor, junto ao altar do incenso.
Mateus 2:11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.
Mateus 4:9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Mateus 9:18 Dizendo-lhes ele essas coisas, eis que chegou um chefe e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá.
Mateus 9:28 E, quando chegou à casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus disse-lhes: Credes vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor.
Mateus 10:8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
Mateus 13:58 E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles.
Mateus 14:33 Então, aproximaram-se os que estavam no barco e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.
Mateus 15:25 Então, chegou ela e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me.
Mateus 18:26 Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Mateus 20:20 Então, se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o e fazendo-lhe um pedido.
Mateus 26:6 E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
Mateus 28:9 E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés e o adoraram.
Mateus 28:17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
Marcos 1:40 E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
Marcos 5:6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
Marcos 9:22 E muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.
Lucas 4:27 E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.
Lucas 5:12 E aconteceu que, quando estava em uma daquelas cidades, eis que um homem cheio de lepra, vendo a Jesus, prostrou-se sobre o rosto e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes limpar-me.
Lucas 17:12 e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe.
João 9:38 Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou.
Atos 10:25 E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se a seus pés, o adorou.
I Coríntios 14:25 Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.
Apocalipse 19:10 E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
Apocalipse 22:8 E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:3

Gênesis 1:3 E disse Deus: Haja luz. E houve luz.
II Reis 5:11 Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, e invocará o nome do Senhor, seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso.
II Reis 5:14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado.
Salmos 33:9 Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Mateus 11:4 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:
Marcos 1:41 E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo!
Marcos 4:39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
Marcos 5:41 E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talitá cumi, que, traduzido, é: Menina, a ti te digo: levanta-te.
Marcos 7:34 E, levantando os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá, isto é, abre-te.
Marcos 9:25 E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele.
Lucas 5:13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero; sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele.
Lucas 7:14 E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te.
Lucas 17:14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.
João 5:21 Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer.
João 11:43 E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora.
João 15:24 Se eu, entre eles, não fizesse tais obras, quais nenhum outro têm feito, não teriam pecado; mas, agora, viram-nas e me aborreceram a mim e a meu Pai.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:4

Levítico 13:2 O homem, quando na pele da sua carne houver inchação, ou pústula, ou empola branca, que estiver na pele de sua carne como praga de lepra, então, será levado a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, os sacerdotes.
Levítico 14:2 Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote;
II Reis 5:7 E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim.
Isaías 42:21 O Senhor se agradava dele por amor da sua justiça; engrandeceu-o pela lei e o fez glorioso.
Mateus 3:15 Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
Mateus 5:17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
Mateus 6:1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 9:30 E os olhos se lhes abriram. E Jesus ameaçou-os, dizendo: Olhai que ninguém o saiba.
Mateus 10:18 e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
Mateus 12:16 E recomendava-lhes rigorosamente que o não descobrissem,
Mateus 16:20 Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.
Mateus 17:9 E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado dos mortos.
Marcos 1:43 E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
Marcos 5:43 E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.
Marcos 6:11 E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do que para os daquela cidade.
Marcos 7:36 E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lho proibia, tanto mais o divulgavam.
Marcos 8:30 E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.
Marcos 13:9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados ante governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
Lucas 5:14 E ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. Mas disse-lhe: Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.
Lucas 17:14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.
Lucas 21:13 E vos acontecerá isso para testemunho.
João 5:41 Eu não recebo glória dos homens,
João 7:18 Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória, mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça.
João 8:50 Eu não busco a minha glória; há quem a busque e julgue.
João 10:37 Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:5

Mateus 4:13 E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali,
Mateus 9:1 E, entrando no barco, passou para a outra margem, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado numa cama.
Mateus 11:23 E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
Mateus 27:54 E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor e disseram: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus.
Marcos 2:1 E, alguns dias depois, entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
Marcos 15:39 E o centurião que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
Lucas 7:1 E, depois de concluir todos esses discursos perante o povo, entrou em Cafarnaum.
Atos 10:1 E havia em Cesareia um varão por nome Cornélio, centurião da coorte chamada Italiana,
Atos 22:25 E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?
Atos 23:17 E Paulo, chamando a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao tribuno, porque tem alguma coisa que lhe comunicar.
Atos 23:23 E, chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalo, e duzentos lanceiros para irem até Cesareia;
Atos 27:13 E, soprando o vento sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam, e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta.
Atos 27:31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.
Atos 27:43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar e se salvassem em terra;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:6

Jó 31:13 Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo,
Mateus 4:24 E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.
Mateus 9:2 E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados.
Marcos 2:3 E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
Atos 8:7 pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
Atos 9:33 E achou ali certo homem chamado Eneias, jazendo numa cama havia oito anos, o qual era paralítico.
Atos 10:7 E, retirando-se o anjo que lhe falava, chamou dois dos seus criados e a um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço.
Colossenses 3:11 onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.
Colossenses 4:1 Vós, senhores, fazei o que for de justiça e equidade a vossos servos, sabendo que também tendes um Senhor nos céus.
I Timóteo 6:2 E os que têm senhores crentes não os desprezem, por serem irmãos; antes, os sirvam melhor, porque eles, que participam do benefício, são crentes e amados. Isto ensina e exorta.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:7

Mateus 9:18 Dizendo-lhes ele essas coisas, eis que chegou um chefe e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá.
Marcos 5:23 e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.
Lucas 7:6 E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:8

Gênesis 32:10 menor sou eu que todas as beneficências e que toda a fidelidade que tiveste com teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão e, agora, me tornei em dois bandos.
Números 20:8 Toma a vara e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha perante os seus olhos, e dará a sua água; assim, lhes tirarás água da rocha e darás a beber à congregação e aos seus animais.
Salmos 10:17 Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás o seu coração; os teus ouvidos estarão abertos para eles;
Salmos 33:9 Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Salmos 107:20 Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da sua destruição.
Mateus 3:11 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Mateus 3:14 Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Mateus 8:3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
Mateus 15:26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.
Marcos 1:25 E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te e sai dele.
Lucas 5:8 E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador.
Lucas 7:6 E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado;
Lucas 15:19 Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores.
Lucas 15:21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho.
João 1:27 Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandálias.
João 13:6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:9

Jó 38:34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
Salmos 107:25 Pois ele manda, e se levanta o vento tempestuoso, que eleva as suas ondas.
Salmos 119:91 Conforme o que ordenaste, tudo se mantém até hoje; porque todas as coisas te obedecem.
Salmos 148:8 fogo e saraiva, neve e vapores e vento tempestuoso que executa a sua palavra;
Jeremias 47:6 Ah! Espada do Senhor! Até quando deixarás de repousar? Volta para a tua bainha, descansa e aquieta-te.
Ezequiel 14:17 Ou, se eu trouxer a espada sobre a tal terra, e disser: Espada, passa pela terra: e eu arrancar dela homens e animais;
Marcos 4:39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
Lucas 4:35 E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal.
Lucas 4:39 E, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou. E ela, levantando-se logo, servia-os.
Lucas 7:8 Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz.
Efésios 6:5 Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo,
Colossenses 3:22 Vós, servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus.
Tito 2:9 Exorta os servos a que se sujeitem a seu senhor e em tudo agradem, não contradizendo,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:10

Mateus 15:28 Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã.
Marcos 6:6 E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.
Lucas 5:20 E, vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, os teus pecados te são perdoados.
Lucas 7:9 E, ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé.
Lucas 7:50 E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:11

Gênesis 12:3 E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 22:18 E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.
Gênesis 28:14 E a tua semente será como o pó da terra; e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul; e em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 49:10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
Salmos 22:27 Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face.
Salmos 98:3 Lembrou-se da sua benignidade e da sua verdade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus.
Isaías 2:2 E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do Senhor no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.
Isaías 11:10 E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.
Isaías 49:6 Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.
Isaías 49:12 Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles, do Norte e do Ocidente, e aqueles outros, da terra de Sinim.
Isaías 52:10 O Senhor desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.
Isaías 59:19 Então, temerão o nome do Senhor desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira.
Isaías 60:1 Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.
Jeremias 16:19 Ó Senhor, fortaleza minha, e força minha, e refúgio meu no dia da angústia! A ti virão as nações desde os fins da terra e dirão: Nossos pais herdaram só mentiras e vaidade, em que não havia proveito.
Daniel 2:44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre.
Miquéias 4:1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros, e concorrerão a ele os povos.
Zacarias 8:20 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades;
Malaquias 1:11 Mas, desde o nascente do sol até ao poente, será grande entre as nações o meu nome; e, em todo lugar, se oferecerá ao meu nome incenso e uma oblação pura; porque o meu nome será grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos.
Mateus 3:2 e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
Mateus 24:31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
Lucas 12:37 Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá.
Lucas 13:28 Ali, haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no Reino de Deus e vós, lançados fora.
Lucas 14:23 E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e atalhos e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.
Lucas 16:22 E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
Atos 10:45 E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Atos 11:18 E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.
Atos 14:22 confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
Atos 14:27 E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles e como abrira aos gentios a porta da fé.
Romanos 15:9 e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto, eu te louvarei entre os gentios e cantarei ao teu nome.
I Coríntios 6:9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus?
I Coríntios 15:20 Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem.
Gálatas 3:28 Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
Efésios 2:11 Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
Efésios 3:6 a saber, que os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;
Colossenses 3:11 onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.
II Tessalonicenses 1:5 prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do Reino de Deus, pelo qual também padeceis;
Apocalipse 3:20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Apocalipse 7:6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:12

Mateus 3:9 e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
Mateus 7:22 Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
Mateus 13:38 o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno.
Mateus 13:42 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 13:50 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 21:43 Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
Mateus 22:12 E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu.
Mateus 24:51 e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 25:30 Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
Lucas 13:28 Ali, haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no Reino de Deus e vós, lançados fora.
Atos 3:25 Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.
Romanos 9:4 que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
II Pedro 2:4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo;
II Pedro 2:17 Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva;
Judas 1:13 ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações, estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:13

Eclesiastes 9:7 Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com bom coração o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.
Mateus 8:4 Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
Mateus 9:22 E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.
Mateus 9:29 Tocou, então, os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.
Mateus 15:28 Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã.
Mateus 17:20 E Jesus lhes disse: Por causa da vossa pequena fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá ? e há de passar; e nada vos será impossível.
Marcos 7:29 Então, ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.
Marcos 9:23 E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê.
João 4:50 Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse e foi-se.
João 4:52 Perguntou-lhes, pois, a que hora se achara melhor; e disseram-lhe: Ontem, às sete horas, a febre o deixou.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:14

Mateus 8:20 E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
Mateus 17:25 Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os tributos ou os impostos? Dos seus filhos ou dos alheios?
Marcos 1:29 E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André, com Tiago e João.
Lucas 4:38 Ora, levantando-se Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão; e a sogra de Simão estava enferma com muita febre; e rogaram-lhe por ela.
I Coríntios 9:5 Não temos nós direito de levar conosco uma mulher irmã, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?
I Timóteo 3:2 Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
I Timóteo 4:3 proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças;
Hebreus 13:4 Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:15

II Reis 13:21 E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.
Isaías 6:7 e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.
Mateus 8:3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
Mateus 9:20 E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla da sua veste,
Mateus 9:29 Tocou, então, os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.
Mateus 14:36 E rogavam-lhe que, ao menos, eles pudessem tocar a orla da sua veste; e todos os que a tocavam ficavam sãos.
Mateus 20:34 Então, Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram.
Marcos 1:41 E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo!
Lucas 4:38 Ora, levantando-se Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão; e a sogra de Simão estava enferma com muita febre; e rogaram-lhe por ela.
Lucas 8:54 Mas ele, pegando-lhe na mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina!
João 12:1 Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos.
Atos 19:11 E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:16

Êxodo 15:26 E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor, que te sara.
Mateus 4:23 E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Mateus 8:33 Os porqueiros fugiram e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados.
Mateus 9:2 E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados.
Mateus 12:22 Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via.
Mateus 14:14 E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.
Marcos 1:25 E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te e sai dele.
Marcos 1:32 E, tendo chegado a tarde, quando já estava se pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados.
Marcos 2:3 E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
Marcos 5:8 (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)
Marcos 9:25 E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele.
Lucas 4:40 E, ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e, impondo as mãos sobre cada um deles, os curava.
Atos 5:15 de sorte que transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas, para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles.
Atos 19:13 E alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:17

Isaías 53:4 Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
Mateus 1:22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
Mateus 2:15 E esteve lá até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.
Mateus 2:23 E chegou e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.
I Pedro 2:24 levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:18

Mateus 8:1 E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.
Mateus 14:22 E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão.
Marcos 1:35 E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
Marcos 4:35 E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem.
Marcos 5:21 E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar.
Marcos 6:45 E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
Marcos 8:13 E, deixando-os, tornou a entrar no barco e foi para o outro lado.
Lucas 4:42 E, sendo já dia, saiu e foi para um lugar deserto; e a multidão o procurava e chegou junto dele; e o detinham, para que não se ausentasse deles.
Lucas 8:22 E aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra banda do lago. E partiram.
João 6:15 Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:19

Esdras 7:6 este Esdras subiu de Babilônia; e era escriba hábil na Lei de Moisés, dada pelo Senhor, Deus de Israel; e, segundo a mão do Senhor, seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
Marcos 12:32 E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus e que não há outro além dele;
Lucas 9:57 E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.
Lucas 14:25 Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:
Lucas 14:33 Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
Lucas 22:33 E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte.
João 13:36 Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou não podes, agora, seguir-me, mas, depois, me seguirás.
I Coríntios 1:20 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:20

Salmos 40:17 Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim: tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.
Salmos 69:29 Eu, porém, estou aflito e triste; ponha-me a tua salvação, ó Deus, num alto retiro.
Salmos 84:3 Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.
Salmos 104:17 onde as aves se aninham; quanto à cegonha, a sua casa é nas faias.
Salmos 109:22 Porque estou aflito e necessitado, e, dentro de mim, está aflito o meu coração.
Isaías 53:2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
Daniel 7:13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
Mateus 12:8 Porque o Filho do Homem até do sábado é Senhor.
Mateus 12:32 E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.
Mateus 12:40 pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra.
Mateus 16:13 E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?
Mateus 16:27 Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras.
Mateus 17:9 E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado dos mortos.
Mateus 19:28 E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.
Lucas 2:7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Lucas 2:12 E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.
Lucas 2:16 E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.
Lucas 8:3 e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.
II Coríntios 8:9 porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:21

Levítico 21:11 E não se chegará a cadáver algum, nem por causa de seu pai, nem por sua mãe, se contaminará;
Números 6:6 Todos os dias que se separar para o Senhor, não se chegará a corpo de um morto.
Deuteronômio 33:9 aquele que disse a seu pai e a sua mãe: Nunca o vi. E não conheceu a seus irmãos e não estimou a seus filhos, pois guardaram a tua palavra e observaram o teu concerto.
I Reis 19:20 Então, deixou ele os bois, e correu após Elias, e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. E ele lhe disse: Vai e volta; porque que te tenho eu feito?
Ageu 1:2 Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada.
Mateus 19:29 E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna.
Lucas 9:59 E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai.
II Coríntios 5:16 Assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já o não conhecemos desse modo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:22

Mateus 4:18 E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
Mateus 9:9 E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.
Lucas 15:32 Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.
João 1:43 No dia seguinte, quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
Efésios 2:1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
Efésios 2:5 estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
Efésios 5:14 Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
Colossenses 2:13 E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
I Timóteo 5:6 mas a que vive em deleites, vivendo, está morta.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:23

Mateus 9:1 E, entrando no barco, passou para a outra margem, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado numa cama.
Marcos 4:36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
Lucas 7:22 Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho.
Lucas 8:22 E aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra banda do lago. E partiram.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:24

Salmos 107:23 Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas,
Isaías 54:11 Ó oprimida, arrojada com a tormenta e desconsolada! Eis que eu porei as tuas pedras com todo o ornamento e te fundarei sobre safiras.
Jonas 1:4 Mas o Senhor mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se.
Marcos 4:37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia de água.
Lucas 8:23 E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e o barco enchia-se de água, estando eles em perigo.
João 6:17 E, entrando no barco, passaram o mar em direção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado perto deles.
João 11:5 Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
João 11:15 e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis. Mas vamos ter com ele.
Atos 27:14 Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado Euroaquilão.
II Coríntios 11:25 três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:25

II Crônicas 14:11 E Asa clamou ao Senhor, seu Deus, e disse: Senhor, nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força; ajuda-nos, pois, Senhor, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra esta multidão; Senhor, tu és o nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem.
II Crônicas 20:12 Ah! Deus nosso, porventura, não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.
Salmos 10:1 Por que te conservas longe, Senhor? Por que te escondes nos tempos de angústia?
Salmos 44:22 Sim, por amor de ti, somos mortos todo dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Isaías 51:9 Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do Senhor; desperta como nos dias passados, como nas gerações antigas; não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe e feriu o dragão?
Jonas 1:6 E o mestre do navio chegou-se a ele e disse-lhe: Que tens, dormente? Levanta-te, invoca o teu Deus; talvez assim Deus se lembre de nós para que não pereçamos.
Marcos 4:38 E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos?
Lucas 8:24 E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:26

Jó 38:8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando trasbordou e saiu da madre,
Salmos 65:7 o que aplaca o ruído dos mares, o ruído das suas ondas e o tumulto das nações.
Salmos 89:9 Tu dominas o ímpeto do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar.
Salmos 93:3 Os rios levantam, ó Senhor, os rios levantam o seu ruído, os rios levantam as suas ondas.
Salmos 104:6 Tu a cobriste com o abismo, como com uma veste; as águas estavam sobre os montes;
Salmos 107:28 Então, clamam ao Senhor na sua tribulação, e ele os livra das suas angústias.
Salmos 114:3 O mar viu isto e fugiu; o Jordão tornou atrás.
Provérbios 8:28 quando firmava as nuvens de cima, quando fortificava as fontes do abismo;
Isaías 41:10 não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
Isaías 50:2 Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que, com a minha repreensão, faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, pois não têm água e morrem de sede.
Isaías 63:12 aquele cujo braço glorioso ele fez andar à mão direita de Moisés? Que fendeu as águas diante deles, para criar um nome eterno?
Naum 1:4 Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.
Habacuque 3:8 Acaso é contra os rios, Senhor, que estás irado? Contra os ribeiros foi a tua ira ou contra o mar foi o teu furor, para que andasses montado sobre os teus cavalos, sobre os teus carros de salvação?
Mateus 6:30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
Mateus 8:27 E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
Mateus 14:30 Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me.
Mateus 16:8 E Jesus, percebendo isso, disse: Por que arrazoais entre vós, homens de pequena fé, sobre o não vos terdes fornecido de pão?
Marcos 4:39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
Marcos 6:48 E, vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite, aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar adiante deles,
Lucas 8:24 E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança.
Romanos 4:20 E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus;
Apocalipse 10:2 e tinha na mão um livrinho aberto e pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:27

Mateus 14:33 Então, aproximaram-se os que estavam no barco e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.
Mateus 15:31 de tal sorte que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel.
Marcos 1:27 E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
Marcos 6:51 E subiu para o barco para estar com eles, e o vento se aquietou; e, entre si, ficaram muito assombrados e maravilhados,
Marcos 7:37 E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:28

Gênesis 10:16 e ao jebuseu, e ao amorreu, e ao girgaseu,
Gênesis 15:21 e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu.
Deuteronômio 7:1 Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra, a qual passas a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
Juízes 5:6 Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram os caminhos de se percorrerem; e os que andavam por veredas iam por caminhos torcidos.
Mateus 4:24 E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.
Marcos 5:1 E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos.
Lucas 8:26 E navegaram para a terra dos gadarenos, que está defronte da Galileia.
Atos 10:38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:29

Juízes 11:12 E enviou Jefté mensageiros ao rei dos filhos de Amom, dizendo: Que há entre mim e ti, que vieste a mim a pelejar contra a minha terra?
II Samuel 16:10 Disse, porém, o rei: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia? Ora, deixai-o amaldiçoar, pois, se o Senhor lhe disse: Amaldiçoa a Davi, quem, pois, diria: Por que assim fizeste?
II Samuel 19:22 Porém Davi disse: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia, para que hoje me sejais adversários? Morreria alguém hoje em Israel? Por que, porventura, não sei que hoje fui feito rei sobre Israel?
I Reis 17:18 Então, ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? Vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho?
Joel 3:4 E também que tendes vós comigo, Tiro e Sidom e todos os termos da Fenícia? É tal o pago que vós me dais? Pois, se me pagais assim, bem depressa farei cair a vossa paga sobre a vossa cabeça.
Mateus 4:3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Marcos 1:24 Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
Marcos 3:11 E os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus.
Marcos 5:7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.
Lucas 4:34 dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
Lucas 4:41 E também de muitos saíam demônios, clamando e dizendo: Tu és o Cristo, o Filho de Deus. E ele, repreendendo-os, não os deixava falar, pois sabiam que ele era o Cristo.
Lucas 8:28 E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo com alta voz: Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.
João 2:4 Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
Atos 16:17 Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
Tiago 2:19 Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem.
II Pedro 2:4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo;
Judas 1:6 e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande Dia;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:30

Levítico 11:7 Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não remói; este vos será imundo;
Deuteronômio 14:8 Nem o porco, porque tem unhas fendidas, mas não remói; imundo vos será; não comereis da carne destes e não tocareis no seu cadáver.
Isaías 65:3 povo que me irrita diante da minha face de contínuo, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre tijolos;
Isaías 66:3 Aquele que mata um boi é como aquele que fere um homem; aquele que sacrifica um cordeiro, como aquele que degola um cão; aquele que oferece uma oblação, como aquele que oferece sangue de porco; aquele que queima incenso, como aquele que bendiz a um ídolo; também estes escolhem os seus próprios caminhos, e a sua alma toma prazer nas suas abominações.
Marcos 5:11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.
Lucas 8:32 E andava pastando ali no monte uma manada de muitos porcos; e rogaram-lhe que lhes concedesse entrar neles; e concedeu-lho.
Lucas 15:15 E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:31

Marcos 5:7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.
Marcos 5:12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.
Lucas 8:30 E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios.
Apocalipse 12:12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.
Apocalipse 20:1 E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:32

I Reis 22:22 E disse ele: Eu sairei e serei um espírito da mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás e ainda prevalecerás; sai e faze assim.
Jó 1:10 Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra.
Jó 2:3 E disse o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, desviando-se do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa.
Marcos 5:13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar.
Lucas 8:33 E, tendo saído os demônios do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se de um despenhadeiro no lago e afogou-se.
Atos 2:23 a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
Atos 4:28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer.
Apocalipse 20:7 E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:33

Marcos 5:14 E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.
Lucas 8:34 E aqueles que os guardavam, vendo o que acontecera, fugiram e foram anunciá-lo na cidade e nos campos.
Atos 19:15 Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 8:34

Deuteronômio 5:25 Agora, pois, por que morreríamos? Pois este grande fogo nos consumiria; se ainda mais ouvíssemos a voz do Senhor, nosso Deus, morreríamos.
I Samuel 16:4 Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
I Reis 17:18 Então, ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? Vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho?
I Reis 18:17 E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe Acabe: És tu o perturbador de Israel?
Jó 21:14 E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos.
Jó 22:17 Diziam a Deus: Retira-te de nós. E: Que foi que o Todo-Poderoso nos fez?
Mateus 8:29 E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
Marcos 5:17 E começaram a rogar-lhe que saísse do seu território.
Lucas 5:8 E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador.
Lucas 8:28 E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo com alta voz: Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.
Lucas 8:37 E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor. E, entrando ele no barco, voltou.
Atos 16:39 Então, vindo, lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da cidade.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 8 : 1
turbas
Lit. “multidão, turba”. A expressão grega está no plural, razão pela qual se optou pelo termo “turba”, já que o substantivo coletivo “multidão” não admite flexão de número.

Mateus 8 : 2
purificar-me
Lit. “limpar, lavar, purificar”.

Mateus 8 : 3
sua lepra
Lit. “foi limpada dele a lepra”.

Mateus 8 : 4
apresenta
Lit. “levar perante, levar para, oferecer, apresentar”.

Mateus 8 : 5
suplicando-lhe
παρακαλεω - (parakaleo) Lit. “exortar, admoestar, persuadir; implorar, suplicar, rogar; animar, encorajar, confortar, consolar; requerer, convidar para vir, mandar buscar”.

Mateus 8 : 6
servo
Lit. “menino; filho; escravo jovem”. O Centurião chama carinhosamente a pessoa doente de “menino”. Comparando com a narrativa de Lucas (Lc 7:1-9) descobrimos que se tratava de um servo.

Mateus 8 : 6
deitado
Lit. “ser lançado; ser posto, colocado, depositado; estar deitado”.

Mateus 8 : 6
afligido
Lit. “ser afligido, atormentado em virtude de dores; estar com dores fortes”.

Mateus 8 : 8
teto
A expressão idiomática “sob o meu teto” possui equivalente na língua portuguesa. Sendo assim, a frase pode ser entendida como “não sou digno de que entres na minha casa”.

Mateus 8 : 8
te expresses por palavra
Lit. “dize por palavra”.

Mateus 8 : 9
tendo abaixo de mim
Lit. “tendo sob mim mesmo”.

Mateus 8 : 10
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.

Mateus 8 : 10
com ninguém
Lit. “da parte de ninguém”.

Mateus 8 : 14
deitada
Lit. “ser lançado; ser posto, colocado, depositado; estar deitado”.

Mateus 8 : 14
febril
Lit. “tendo febre”.

Mateus 8 : 16
endaimoniados
Lit. “sob a ação dos daimon”. Trata-se dos obsedados, pessoas sujeitas à influência perniciosa de espíritos sem esclarecimento, magoados ou malévolos, razão pela qual se optou pela transliteração do termo grego. Na sequência, Jesus os auxilia mediante o diálogo com esses espíritos. É preciso levar em conta, nesta passagem, a força das expressões idiomáticas semíticas, tais como “expulsou pela palavra”.

Mateus 8 : 17
o que fora dito através do profeta
Lit. “O que fora dito através do profeta Isaías que diz”. Comparar com a expressão semelhante em Mt 2:15-18

Mateus 8 : 20
tocas
Lit. “toca, covil, esconderijo, caverna onde se refugiam os animais selvagens”.

Mateus 8 : 20
céu
Lit. “local onde se arma a tenda, local de habitação; reduto; ninho”.

Mateus 8 : 23
entrar
Lit. “embarcar no barco”.

Mateus 8 : 25
despertaram
Lit. “erguer-se, levantar-se; despertar, acordar; fazer levantar, erguer; incitar, provocar, excitar”.

Mateus 8 : 26
temerosos
Lit. “temeroso, amedrontado; covarde, pusilânime; tímido”.

Mateus 8 : 26
calmaria
Lit. “tranquilidade no mar, calmaria, bonança”.

Mateus 8 : 28
endaimoniados
Lit. “sob a ação dos daimon”. Trata-se dos obsedados, pessoas sujeitas à influência perniciosa de espíritos sem esclarecimento, magoados ou malévolos, razão pela qual se optou pela transliteração do termo grego.

Mateus 8 : 28
sepulcros
Lit. “memorial, monumento; sepulcro, túmulo”.

Mateus 8 : 28
violentos
Lit. “duro, difícil; perigoso, violento”.

Mateus 8 : 29
O que queres de nós
Lit. “o que para nós e para ti”. Trata-se de expressão idiomática.

Mateus 8 : 31
daimones
δαιμονιον (daimonion) Lit. “deus pagão, divindade; gênio, espírito; mau espírito, demônio”.

Mateus 8 : 34
retirasse do território deles
Lit. “passar de um lugar para outro; mudar, ir embora, partir”.

Mateus 8 : 34
território
Lit. “limite, fronteira”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

no Templo, na distante Jerusalém.


 ②

comp. Lv 14.


 291

Mt 8:5-10 e Lc 7:1-10 não se contradizem: PRIMEIRAMENTE OS ANCIÃOS, DEPOIS OS AMIGOS, DEPOIS O CENTURIÃO foram a o Cristo. Isto é: primeiramente, o centurião enviou uns anciãos dos judeus; depois, aflito e sem receber nenhuma notícia, enviou uns seus amigos; finalmente, mais aflito e ainda sem receber notícias, o centurião foi, ele mesmo, até Jesus. Os três grupos só se reencontraram bem depois.


 ①

KJB, Stephanus-1550: "a palavra" é acusativo, não dativo ("COM uma palavra").


 ①

demônios.


 ①

 292

Mt 8:21 "PERMITE-ME PRIMEIRAMENTE IR E SEPULTAR O MEU PAI": Na linguagem de então, o pai podia ser saudável e apenas de meia idade. O discípulo somente postergou, adiou o seguir a o Cristo, sob o pretexto de esperar até que o pai viesse a morrer, provavelmente muitos anos depois... Hoje, muitos fazem semelhantemente, com variados pretextos.


 ①

KJB.


 #

KJB.


 293

Mt 8:28-34 (2 gergesenoS); Mc 5:1-20 (1 gadarenO); Lc 8:26-39 (1 gadarenO) não se contradizem: Em primeiro lugar Gergesa (= Gerasa = moderna Kersa) e Gadara são cidades diferentes, próximas do Mar da Galileia, portanto o evento de Mt pode ter sido distinto de (embora semelhante a) o de Mc e Lc; em segundo lugar, mesmo se os nomes gergeseno e gadareno possam ser intercambiados pela proximidade das cidades duma única região, podemos ter 2 ENDEMONINHADOS LIBERTADOS, MAS SOMENTE 1 DELES DESTACADO: o Espírito Santo, em Mateus, revela que foram 2 os endemoninhadoS dos quais Jesus expulsou os demônioS que os possuíam, mas, em Marcos e Lucas, o Espírito Santo escolheu só descrever 1 desses 2 homens (não é dito que foi SOMENTE 1 gadareno). Problema nenhum (para quem se delicia em crer na Bíblia).


 294

Mt 8:29 "FILHO DE DEUS... ANTES DO TEMPO, NOS ATORMENTAR":
- Os demônios SABEM que o Cristo é DEUS-FILHO! Mas quantos homens (até pastores) não O têm, realmente, como Deus!
- Os demônios SABEM que o Lago de Fogo existe (nota 1Pe 3:18-20), sabem que serão condenados, e temem! Mas quantos homens (até pastores) não creem que exista o Lago de Fogo e que estão condenados, e não temem!
- NOS ATORMENTAR: os demônios sabiam que seriam atormentados, e este tormento não significava simplesmente saírem dos homens Gadarenos endemoniados (assim, os demônios continuariam livres e se deliciariam em novas maldades), nem significava simplesmente entrarem nos porcos e os matarem (isto foi deleite para os demônios). Veremos o que significou "atormentar-nos".
- ANTES DO TEMPO: Quando Jesus e os 13 apóstolos e 70 discípulos expulsavam demônios, estes sabiam que iriam imediatamente para o TÁRTARO, por isso que os demônios reclamaram para o Cristo não "nos atormentar ANTES DO TEMPO", isto é, antes do tempo (final da Tribulação) em que todos os outros demônios irão para o Tártaro, a fim de, de lá, ao final do Milênio, serem lançados no Lago de Fogo. (Notas Mt 11:23; 1Pe 3:18-20 e 2Pe 2:4 sobre inferno x Lago de Fogo x Tártaro. (Hades x Geenna x Tartaroô)).

- Demônios são expulsos do mesmíssimo modo, HOJE? Bem, não há dúvidas que ninguém de hoje tem, nem pode ter, nem deve almejar ter, nenhum DOM exclusivo e identificatório dos 13 apóstolos e 70 discípulos (ver 2Co 12:12 e http://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/So83ApostEDiscTiveramDonsSinais-Helio.htm). Portanto:

A) Hoje, quando um endemoninhado é evangelizado, e se arrepende, e crê e recebe o Cristo, então é salvo e seus demônios o deixam imediata e definitivamente (mesmo não indo eles imediatamente para o Tártaro, antes podendo endemoninhar outras pessoas e tentar (mas jamais possuir) o salvo), Aleluia! Evangelizemos e oremos (vimos maravilhas ao assim fazermos) que os endemoninhados, mesmo com a presença de seus demônios, possam ouvir e entender o evangelho, possam se arrepender e crer e ser salvos e ser libertados: não podemos almejar nem pensar em nada melhor que isto. Para que perder tempo com pirotecnia e encenações e shows teatrais, tristemente tentando imitar Jesus e os Seus 83? (Lc 20:10).
B) Hoje, frente a uma manifestação de endemoninhado, o verdadeiro crente não precisa gritar palavras (mesmo que elas pareçam "fórmulas- fortes" tiradas da Bíblia), não precisa de encenações teatrais, não deve nem pode ORDENAR expulsão do mesmo tipo e modo que o fizeram os 13 apóstolos e 70 discípulos (só eles tinham este DOM infalível, deles exclusivo e identificatório). Basta que o verdadeiro crente de hoje ore (sem precisar dar gritos teatrais), qual maior arma que a oração, mesmo se tiver que ser baixinha? Quando um verdadeiro crente (mesmo que influenciado por "pastores exorcistas") pensa que "exorciza" os demônios de alguém, por exemplo para manter a ordem em um culto, Deus apenas silenciou e impediu os demônios temporariamente. Se o endemoninhado não crer e submeter-se a o Cristo, dias depois os mesmos demônios (ou outros diferentes) poderão voltar a se manifestar nele.
C) Hoje, quando um chefe de espiritismo ou feitiçaria, (ou um falso-apóstolo, também perdido) pensa ou finge que "exorciza" os demônios de alguém, por exemplo para enganar e ganhar a admiração (e, muitas vezes, o dinheiro ou apoio) de muitos, os demônios silenciam exultando, depois o endemoninhado fica mais preso a um falso "espírito guia" e a um falsa religiosidade (desde o fingido e antibíblico Pentecostalismo, passando pelo Espiritismo kardecista aparentemente refinado, até descer ao Espiritismo satanista- feiticeiro mais grosseiro) que o levará ao inferno do mesmo modo!


 295

Mt 8:33 "Para dentro da cidade": de Gergesa (também chamada de Gerasa)? Ou de Gadara? (Ambas ficam na mesma região, próximas.)



Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A Escrita

AS PRIMEIRAS FORMAS DE ESCRITA
Vimos anteriormente como a escrita surgiu de maneira quase simultânea no Egito e na Mesopotâmia por volta de 3100 .C. Nesses dois locais, usavam-se figuras para representar palavras. O estilo egípcio veio a ser conhecido como "hieroglífico" (um termo grego que significa " escrita sagrada"). Em sua forma clássica, correspondente a0 Médio Império Egípcio (2116-1795 aC.), empregava-se cerca de setecentos sinais. Essa forma era usada em monumentos e textos religiosos e podia ser escrita tanto da esquerda para a direita quanto da direita para a esquerda. Em 2500 a.C., os hieróglifos haviam dado origem a uma escrita cursiva simplificada (conhecida como "hierática", de um termo grego que significa "sacerdotal") usada para fins administrativos e comerciais. O registro era feito com tinta em papiro, da direita para a esquerda.
Na Mesopotâmia, a estilização das figuras ocorreu rapidamente, pois era impossível desenhar curvas com um estilo numa tábua de argila, o principal material usado para esse fim. O sistema de escrita desenvolvido, chamado de "cuneiforme" isto é, "em forma de cunha" era usado pelas línguas acádia e suméria e escrito da esquerda para a direita.
Tendo em vista a complexidade dos sistemas de escrita tanto no Egito quanto na Mesopotâmia, essa forma de registro era monopolizada por uma elite de escribas. Enquanto os hieróglifos se restringiram ao Egito, a escrita cuneiforme se expandiu além da Mesopotâmia, sendo usada para registrar línguas como o eblaíta na Síria, o elamita no sudoeste do Irá e o hitita, hurrita e urartiano na Turquia. Tabletes com escrita cuneiforme também foram encontrados em vários locais na Palestina. Parte do Épico de Gilgamés, por exemplo, foi descoberta em Megido.

O PRIMEIRO ALFABETO
Em 1999, arqueólogos encontraram em Wadi el- Hol, no Alto Egito, possivelmente as mais antigas inscrições alfabéticas. Datadas de 1900 a 1800 a.C., antecedem em dos séculos qualquer inscrição alfabética conhecida até então e, ao que parece, foram produzidas por mercenários ou mineiros migrants de língua semita que usaram figuras para retratar sons individuais correspondents a consoantes. Os exemplos mais antigos de alfabeto conhecidos até 1999 eram provenientes das minas egípcias de turquesa em Serabit el-Khadim (talvez o local chamado Dofca mencionado em Nm 33:13), na península do Sinai. Estas inscrições também foram feitas por mineiros semitas datadas, neste caso, de c. 1700 a.C. Pelo menos 23 caracteres eram usados, sendo quase metade deles emprestado claramente do egípcio. A palavra "alfabeto" é derivada das duas primeiras palavras do alfabeto grego, alfa e beta, dois termos provenientes de línguas semíticas e que não têm nenhum significado no grego. Alefe e bete, as duas primeiras letras do alfabeto hebraico de 22 letras, significam, respectivamente, "boi" e "casa". Assim, usava-se a figura de uma casa para representar a consoante b. A importância do alfabeto é incalculável. Um alfabeto podia ser aprendido por praticamente qualquer pessoa que dedicasse um ou dois dias de esforço a essa tarefa. Pelo menos em termos teóricos, a escrita deixou de se concentrar nas mãos de uns poucos privilegiados.

A ESCRITA NO ANTIGO TESTAMENTO
É interessante observar que as evidências mais antigas de alfabetos são anteriores às duas datações do êxodo e provenientes do Egito e do Sinai, dois lugares estreitamente associados à vida de Moisés. Assim, não há motivo para duvidar da possibilidade de Moisés ter registrado a lei em escrita alfabética. Em várias ocasiões, Moisés foi instruído a escrever Josué pediu uma descrição por escrito das partes da terra prometida que ainda não haviam sido ocupadas por Israel e um jovem entregou por escrito para Gideão os nomes de 77 oficiais da cidade de Sucote. Israelitas comuns receberam a ordem de escrever os mandamentos do Senhor nos umbrais das casas e em suas portas.

A ESCRITA NO ISRAEL ANTIGO
Quatro fragmentos de cerâmica com inscrições provenientes de Laquis foram datados de c. 1250 a.C. Algumas das letras são reconhecíveis, mas nem todas podem ser compreendidas, pois os fragmentos foram danificados. Um óstraco (fragmento de cerâmica com inscrições) datado do século XII aC. foi encontrado em 1976 em Izbet Sarteh (talvez a cidade bíblica de Ebenézer). Esse fragmento medindo 8.8 cm por 15 cm contém 83 letras em cinco linhas quase apagadas e, até o presente, consideradas indecifráveis, apesar da quinta e última linha parecer um exercício de escrita do alfabeto da esquerda para a direita.

O "Calendário de Gezer", medindo 11 cm por 7 cm, encontrado em Gezer em 1908 e, atualmente, parte do acervo do museu arqueológico de Istambul, é datado de c. 925 a. C., talvez pouco depois da divisão de Israel em dois reinos, após a morte de Salomão. Escrito da direita para a esquerda e gravado em pedra calcária, parece ser o exercício escolar de um aluno e descreve o ano agrícola, começando com o outono.

Dois meses de armazenamento.
Dois meses de semeadura.
Dois meses de crescimento na primavera.
Um mês de tirar o linho.
Um mês de colheita da cevada.
Um mês de [colher] todo o resto.
Um mês de poda.
Um mês de frutas de verão.
Abias.

Não há como determinar se o calendário de Gezer foi escrito em hebraico, pois é igualmente possível que se trate de uma língua cananéia. Não obstante, evidencia a capacidade de ler e escrever dos povos da época. Sem dúvida, existiam escribas e secretários profissionais que atuavam na corte, no templo e, talvez, em bazares ou mercados onde atendiam à população em geral, como ainda acontece até hoje em alguns lugares do Oriente Próximo. Inscrições informais do período da monarquia de Israel, em alguns casos apenas nomes e notas curtas, foram encontradas em pelo menos 25 locais da Palestina. É pouco provável que tenham sido produzidas por escribas profissionais, sugerindo, portanto, que O conhecimento da escrita era amplamente difundido no Israel antigo. A maioria das inscrições hebraicas ainda existentes são datadas do período posterior a 750 a.C.Isto não significa, porém, que não estavam presentes em Israel muito tempo antes. Trata-se apenas da aplicação de um princípio arqueológico segundo o qual os artefatos do período imediatamente anterior a uma destruição podem ser encontrados em quantidade muito maior do que os de períodos anteriores. Ademais, a variedade de inscrições do período monárquico em Israel, desde textos inscritos em monumentos, cartas e selos, até nomes e listas riscados em vasos de cerâmica, sugerem o uso amplo da escrita.

A PROPAGAÇÃO DO ALFABETO
Depois de sua invenção, o alfabeto se propagou amplamente, muitas vezes em formas bastante adaptadas. O porto sírio de Ugarite usava um alfabeto cuneiforme com 29 letras em c. 1300 .C. Textos isolados escritos nesse alfabeto também foram encontrados em Taanaque, Tabor e Bete-Semes, na Palestina. Um alfabeto diferente com 29 letras começou a ser usado no sul da Arábia a partir do século IX a.C. No reinado de Dario I (522 486 a.C.), os persas criaram um alfabeto com 36 caracteres para registrar o persa antigo. A propagação rápida do aramaico nos 1mpérios Assírio, Babilônico e Persa se deve, em grande parte, ao uso da escrita alfabética semelhante àquela empregada hoje para registrar o hebraico. As 28 letras da escrita árabe são, em última análise, derivadas do nabateu, um estágio posterior da escrita aramaica. Provavelmente no século IX e, com certeza, no século VIII .C., os gregos haviam adotado o alfabeto fenício, transformando as consoantes desnecessárias à língua grega em vogais e, desse modo, permitindo aos escribas gregos registrar todos os sons de sua língua. Pouco tempo depois, os gregos padronizariam a direção de sua escrita da esquerda para a direita, ao contrário dos semitas que escreviam da direita para a esquerda. O alfabeto grego foi modificado posteriormente para registrar o copta (o estágio mais recente do egípcio) e algumas das línguas eslavas do leste europeu por meio do alfabeto cirílico. Uma forma do alfabeto dos gregos da Eubéia foi levada para o oeste e adotada pelos etruscos da Itália. Passou a ser usado com algumas modificações pelos romanos para escrever o latim e, por fim, todas as línguas da Europa ocidental, tornando-se a forma de escrita predominante em todo o mundo.

A expansão da escrita
A escrita é, sem dúvida, uma das maiores descobertas da humanidade. O mapa mostra vários locais 1mportantes para o desenvolvimento e expansão da escrita por todo o Oriente Próximo é além.
A expansão da escrita
A expansão da escrita
Calendário de Gezer, c. 925 a.C
Calendário de Gezer, c. 925 a.C

O MINISTÉRIO DE JESUS: SEGUNDO ANO

Março de 31 d.C. a abril de 32 d.C.
JESUS VOLTA A JERUSALÉM
De acordo com João 5.1, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Não há como dizer ao certo a qual festa o escritor está se referindo, mas muitos sugerem a Páscoa que, no ano 31 d.C., foi comemorada no dia 27 de março. Essa data é considerada, portanto, o início do segundo ano do ministério de Jesus. Em sua viagem a Jerusalém, Jesus curou um enfermo junto ao tanque de Betesda.

JESUS, O MESTRE
Os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) possuem seções extensas de ensinamentos atribuídos a Jesus. Para alguns estudiosos essas passagens foram, na melhor das hipóteses, redigidas pelos evangelistas e, na pior das hipóteses, por escritores desconhecidos de um período que poderia se estender até o século II. Descobertas recentes tornam asserções como essas praticamente insustentáveis. Tábuas de escrever feitas de madeira ou tabletes revestidos de cera, dos quais foram encontrados cerca de 1.900 num arquivo em Vindolanda (Chesterholm), junto ao muro de Adriano no norte da Inglaterra, eram usados para anotar informações de vários tipos. Alguns ouvintes talvez tivessem aptidão suficiente para registrar as palavras de Jesus literalmente, transferindo-as, depois, para materiais mais duráveis como papiro ou pergaminho, usados pelos evangelistas para compilar suas obras. No "sermão do monte", seu discurso mais longo, Jesus apresenta vários ensinamentos de cunho ético, enfatizando a importância do pensamento e das motivações, em contraste com a tradição judaica. No final, Jesus insta seus ouvintes a colocarem suas palavras em prática e serem como o homem sábio que construiu a casa sobre uma rocha. O local onde esse sermão foi proferido não é facilmente identificável, mas deve atender a dois critérios: ser um lugar plano na encosta de um monte.

OS MILAGRES DE JESUS NA GALILEIA
E difícil determinar a ordem dos acontecimentos relatados nos Evangelhos, mas pode-se deduzir que, ao voltar de Jerusalém, Jesus permaneceu o restante do segundo ano de seu ministério nas redondezas do lago da Galileia. Nesse ano, chamado por vezes de "ano da popularidade", Jesus foi seguido constantemente pelas multidões, tornando-se cada vez mais conhecido por seus milagres. Nesse período João Batista, um parente de Jesus, foi preso depois de censurar Herodes Antipas, "o tetrarca" (4a.C.-39 d.C.), filho de Herodes, o Grande, por ter se casado com Herodias, esposa de seu irmão, Filipe.? Quando João pediu a alguns de seus discípulos para averiguar os relatos que tinha ouvido acerca de Jesus, o próprio Jesus enviou a João uma mensagem que pode ser considerada uma síntese de seu ministério:
"Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho."
Mateus 11:4-5

Os evangelistas registram uma grande variedade de milagres:

AS PARÁBOLAS DE JESUS
Os evangelistas registram cerca de quarenta parábolas de Jesus. As parábolas eram histórias curtas sobre a vida diária usadas para ensinar verdades espirituais. Algumas, como a da ovelha perdida, do filho pródigo e do bom samaritano, são bem conhecidas. No entanto, o significado de várias parábolas nem sempre era evidente e, em diversas ocasiões, Jesus teve de explicá-las aos seus discípulos, como no caso da parábola do semeador

JOÃO BATISTA É DECAPITADO
João Batista permaneceu encarcerado na fortaleza de Maqueronte, no alto de um monte do lado leste do mar Morto, até o aniversário de Herodes Antipas. Nessa ocasião, a filha de Herodias, a nova esposa do rei, foi chamada para dançar. Herodes ficou tão impressionado que prometeu lhe dar o que desejasse e, seguindo a instrução da mãe, a jovem pediu a cabeça de João Batista num prato.

JESUS ALIMENTA CINCO MIL PESSOAS
Quando soube da morte de João, Jesus quis passar algum tempo sozinho, mas as multidões o seguiram. Jesus se compadeceu deles e curou os enfermos. A Páscoa, que no ano 32 d.C. foi comemorada em 13 de abril, se aproximava e faltava apenas um ano para a morte de Jesus. A multidão estava ficando faminta e, no lugar remoto onde se encontrava, não havia como - conseguir alimento. Através da multiplicação miraculosa de cinco pães de cevada e dois peixinhos, Jesus alimentou a multidão de cinco mil homens, mais as mulheres e crianças. O milagre foi realizado perto de Betsaida, na extremidade norte do lago da Galileia, uma região com muita relva. Convém observar que depois desse milagre Jesus passou a evitar as multidões, pois sabia que desejavam proclamá-lo rei à força.

JESUS DEIXA A GALILEIA
Percebendo que não teria privacidade na Galileia, Jesus viajou para o norte, deixando o reino de Herodes Antipas e se dirigindo a Tiro e Sidom, na costa do Mediterrâneo (atual Líbano). Quando regressou, encontrou tanta oposição que, por vezes, a etapa final de seu ministério é chamada de "o ano de oposição". Desse ponto em diante, os evangelistas se concentram cada vez mais no sofrimento e morte iminentes de Jesus.
O segundo ano do ministério de Jesus Os números referem-se os acontecimentos ocorridos nos arredores do mar da Galileia durante o segundo ano do ministério de Jesus.

 

Referências:

Mateus 5:1

Lucas 6:17

Mateus 14:3-4

Marcos 6:17-18

Mateus 8:23-27;

Marcos 4:35-41;

Lucas 8:22-25

Mateus 8:28-34

Mateus 13:58;

Marcos 6:5-6

Mateus 13:18-23

Marcos 4:13-20

Lucas 8:11-15

Mateus 14:3-12

Marcos 6:14-29

João 6.4

Marcos 6:39

Lucas 9:10

João 6.10

O segundo ano do ministério de Jesus
O segundo ano do ministério de Jesus
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS

FRONTEIRAS TEOLÓGICAS
Muito embora mais de um texto bíblico trate das fronteiras de Israel, continuam existindo perguntas importantes sobre a localização de três das quatro fronteiras. Talvez um ponto de partida adequado para uma análise dessas fronteiras seja o reconhecimento de que, com frequência, elas eram estabelecidas pelos acidentes topográficos naturais: o mar Morto, o mar da Galileia, o Mediterrâneo, as principais montanhas e rios etc. Isso sugere que, nas descrições de fronteiras, muitos segmentos menos conhecidos também poderiam estar situados em pontos geográficos naturais. A abordagem a seguir incluirá uma descrição de pontos definidos, uma análise de pontos de referência menos conhecidos, embora importantes, e algum exame das questões envolvidas. Cada segmento culminará com um sumário de para onde os dados parecem apontar.

FRONTEIRA OESTE
(Nm 34:6; Js 15:4-16.3,8; 17.9; 19.29; cf. Ez 47:20-48.
1) Felizmente a fronteira oeste não apresenta nenhum problema de identificação. Começando no extremo norte da tribo de Aser (Js 19:29) e indo até o extremo sul da tribo de Judá (s 15.4), ela se estende ao longo do Grande Mar, o Mediterrâneo.

FRONTEIRA NORTE
(Nm 34:7-9; cp. Ez 47:15-17;48.1-7) Vistos como um todo, os textos bíblicos indicam que, partindo do Mediterrâneo, a fronteira bíblica se estendia para o leste numa linha que ia até Zedade, passando pelo monte Hor e Lebo- -Hamate. Continuando por Zifrom, a linha ia até Hazar-Ena, de onde virava rumo à fronteira de Haurá. Desses lugares, é possível identificar apenas dois com segurança, e ambos estão situados na margem do deserto sírio/oriental. Zedade devia se localizar na atual Sadad, cerca de 65 quilômetros a leste do Orontes e 105 quilômetros a nordeste de Damasco, a leste da estrada que hoje liga Damasco a Homs. Sem dúvida, Haura se refere ao planalto que se estende para leste do mar da Galileia e é dominado pelo Jebel Druze (na Antiguidade clássica, o monte Haura era conhecido pelo nome Auranitis). O nome Haura, como designativo dessa região, é atestado com frequência em textos neoassírios já da época de Salmaneser III;° aliás, Haura se tornou o nome de uma província assíria? próxima do território de Damasco, conforme também se vê em textos de Ezequiel. Devido a essas duas identificações, é razoável procurar os locais intermediários de Zifrom e Hazar-Ena ao longo do perímetro da mesma área desértica. Com base no significado do nome hebraico ("aldeia de uma fonte"), o local de Hazar-Ena é com frequência identificado com Qaryatein, um oásis luxuriante e historicamente importante.21 Depois desse ponto, o curso exato da fronteira norte se torna questão incerta. Existem, no entanto, várias indicações que, combinadas, dão a entender que essa fronteira pode ter correspondido a um limite claramente estabelecido na Antiguidade. Primeiro, deve-se identificar o local de Lebo-Hamate22 com a moderna Lebweh, cidade situada na região florestal da bacia hidrográfica que separa os rios Orontes e Litani, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Baalbek, junto à estrada Ribla-Baalbek. O local é atestado em textos egípcios, assírios e clássicos23 como uma cidade de certa proeminência. Situada entre Cades do Rio Orontes e Baalbek, Lebo-Hamate ficava num território geralmente reconhecido na Antiguidade como fronteira importante no vale de Bega (1Rs 8:65-1Cr 13 5:2Cr 7.8). Segundo, em vez de Lebo-Hamate, Ezequiel (Ez 47:16) faz referência a Berota, uma cidade que, em outros textos, está situada no centro do vale de Bega' (2Sm 8:8) e, conforme geralmente se pensa, deve ser identificada com a moderna Brital, localizada logo ao sul de Baalbek. Contudo, Ezequiel detalha que Berota fica "entre o território de Damasco e o território de Hamate", i.e., na fronteira entre os dois territórios (2Rs 23:33-25.21 afirmam que Ribla [Rablah] está localizada "na terra de Hamate"). Parece, então, razoável supor que Ezequiel estava descrevendo esse trecho da fronteira norte de Israel de uma maneira que correspondia bem de perto a uma zona tampão, internacionalmente reconhecida em sua época. O livro de Números situa a fronteira norte entre Lebo-Hamate e o Mediterrâneo, especificamente no monte Hor, um acidente geográfico que não é possível identificar definitivamente, mas que deve se referir a um dos montes mais altos do maciço do Líbano ao norte, entre Lebweh e o mar. Vários desses montes elevados, tanto no interior (Akkar, Makmel, Mneitri, Sannin) quanto junto ao litoral (Ras Shakkah), têm sido identificados com o monte Hor mencionado na Biblia. Embora, em última instância, qualquer sugestão seja especulação, é possível desenvolver fortes argumentos em favor da identificação do monte Hor com o moderno monte Akkar. Primeiro, conforme já mencionado, em outros pontos parece que a fronteira norte seguiu a linha de uma antiga divis natural. O trecho ocidental da mesma divisa se estendia de Homs para oeste, ao longo daquilo que é conhecido pelo nom de depressão Trípoli-Homs-Palmira . Correndo ao longo de boa parte dessa depressão, havia também o rio el-Kabir, que deságua no Mediterrâneo logo ao sul da atual Sumra/Simyra. Essa depressão ficava próxima de um limite estabelecido durante vários períodos da Antiguidade, e constitui hoje em dia a fronteira entre os países modernos da Síria e do Líbano.24 Justaposto a esse vale, na extremidade setentrional do maciço do Líbano, fica o altaneiro monte Akkar. Ao contrário de outros candidatos a monte Hor, o monte Akkar se ergue ao lado dessa divisa que existe desde a Antiguidade. Além do mais, chama a atenção que, em vez de relacionar c monte Hor entre o Mediterrâneo e Lebo-Hamate na fronteira norte, Ezequiel (47.15; 48,1) faz referência ao "caminho de Hetlom", localidade desconhecida, mas que talvez se revele no nome da moderna cidade de Heitela, situada cerca de 37 quilômetros a nordeste de Trípoli e a apenas cerca de 3 quilômetros do rio el-Kabir.25 Devido à localização certa de alguns lugares e à repetida sugestão de que outros lugares poderiam ser associados àquilo que foi uma inquestionável fronteira na Antiguidade, parece possível que a fronteira norte de Israel se estendesse ao longo da extremidade norte dos montes Líbano e Antilíbano, seguindo o curso do rio el-Kabir até as proximidades do lago de Homs e, então, rumasse para o sul pelo vale de Bega até as encostas externas da serra do Antilíbano (a região de Lebo-Hamate). Em seguida, margeando aquela serra, fosse na direção leste até o deserto Oriental (as adiacências de Sadad), de onde basicamente seguia as margens do deserto até a região do monte Haura. Numa primeira leitura, outros textos bíblicos parecem indicar que a fronteira de Israel se estendia até "o grande rio Eufrates" (e.g., Gn 15:18; )s 1.4; cp. Dt 11:24). Um dos problemas na decifração dessa expressão tem a ver com sua verdadeira aplicação: pode-se empregá-la para descrever a fronteira norte de Israel (e.g., Gn 15:18; cp. Ex 23:31) ou a fronteira leste de Israel (e.g., Dt 11:24). Essa ambiguidade tem levado alguns escritores a interpretar a terminologia desses textos não como uma descrição de fronteira, e sim como a idealização de limites territoriais, antecipando a grandeza do reino de Davi e Salomão, quando o controle israelita chegou tão longe quanto o Eufrates (1Rs 4:21-1Cr 18.3; 2Cr 9:26). E possível encontrar base para tal ideia na referência mais expansiva e conclusiva ao "rio do Egito (o braço mais oriental do delta do Nilo) no texto de Gênesis 15, ao passo que o texto de Números 34:5, sobre a fronteira territorial, e o texto de Josué 15.4, sobre a fronteira tribal (cp. Ez 47:19-48.28), mais especificamente limitam aquela fronteira sul ao "ribeiro/uádi do Egito" (u. el-Arish). Outros estudiosos consideram que a descrição mais ampliada de Gênesis 15 tem relação geográfica com o nome da província persa (assíria? "Além do Rio", que designava o território da Palestina e da Síria (cp. Ed 4:10-11,16,17,20; 5.3; 6.6,8; 8.36; Ne 2:7-9; 3.7),26 ao passo que os textos de Números 34 e Josué 15 teriam em mente apenas a geografia da terra de Canaã. Ainda outros estudiosos consideram que as palavras "o grande rio" se refere ao rio el-Kabir, mencionado acima, às quais mais tarde se acrescentou uma interpolação ("Eufrates")27 Afinal, o nome árabe moderno desse rio (nahr el-Kabir) significa "o grande rio" - um nome bem merecido, pois o el-Kabir drena a maior parte das águas das serras litorâneas do Líbano. Nesse cenário final, em meio à realidade política da Monarquia Unida, "o grande rio" pode ter assumido um duplo significado, referindo-se tanto à fronteira norte real de Israel no el-Kabir quanto à fronteira idealizada no Eufrates. De qualquer maneira, o nome Eufrates não consta de textos que descrevem as fronteiras específicas do Israel bíblico.

FRONTEIRA LESTE
(Nm 34:10-12; Js 13:8-23; cp. Ez 47:18) A identificação da fronteira leste ou oriental depende de dois assuntos relacionados: (1) a linha estabelecida para a fronteira norte; (2) a relevância atribuída às batalhas contra Siom e Ogue (Nm 21:21-35). Com relação à fronteira oriental, a localização de todos os lugares mencionados é conjectura, exceção feita ao mar da Galileia e ao rio Jordão. Mas é justamente em relação ao rio Jordão que surge uma questão importante: os territórios a leste do Jordão e no final ocupados pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental ficavam fora ou dentro do território dado a Israel? Em outras palavras, Israel começou a ocupar sua terra quando atravessou o Jordão (Is
3) ou quando atravessou o rio Arnom (Nm 21:13; cp. Dt 2:16-37; Jz 11:13-26)? Muitos estudos recentes adotam a primeira opção, com o resultado de que a fronteira oriental de Israel tem sido traçada no rio Jordão, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Entretanto, é possível que essa ideia tenha sofrido grande influência da hinologia crista28 e deva inerentemente abraçar a premissa de que a fronteira oriental do Israel bíblico corresponda à fronteira oriental da entidade conhecida como Canaã. Essa ideia conflita com Josué 22 (esp. v. 9-11,13,32), que é um claro pronunciamento de que as três tribos da Transiordânia fazem parte de Israel e de suas 12 tribos, mas assim mesmo lhes foram dados territórios além da fronteira oriental de Canaã (que termina de fato no rio Jordão). Fazendo nítida distinção com "terra de Canaa" (Js 22:9-10,32), aquelas tribos receberam terras em Basã (Is 13:11-12; 17.1; 20.7; 22.7), em Gileade (Is 13:31-17.
1) e no Mishor ("planalto", Is 13:9-20.8).29 O peso de certos dados bíblicos pode sugerir uma hipótese alternativa, de que a fronteira da terra dada a Israel deveria se estender na direção leste até as margens do deserto Oriental, ficando mais ou menos próxima de uma linha que se pode traçar desde a região do monte Haura (o final da fronteira norte) até o deserto de Quedemote (perto do Arnom), o lugar de onde Moisés enviou espias para Siom, rei de Hesbom (Dt 2:24-26), e que, mais tarde, foi dado à tribo de Rúben (Js 13:18). Três linhas de raciocínio dão apoio a essa hipótese.

1. Deuteronômio 2-3 recapitula as vitórias obtidas contra Siom e Ogue e a entrega do território deles às duas tribos e meia de Israel. Essa entrega incluiu terras desde o Arnom até o monte Hermom, abarcando as terras do Mishor, de Gileade e de Basa até Saleca e Edrei (Dt 3:8; cp. 4.48; Js 13:8-12). Ao mesmo tempo, Deuteronômio 2.12 declara que, assim como os edomitas haviam destruído os horeus a fim de possuir uma terra, Israel de igual maneira desapossou outros povos para ganhar sua herança. Aqui a escolha das palavras é inequívoca e logicamente há apenas duas possíveis interpretações para a passagem: ou é uma descrição histórica daquelas vitórias obtidas contra os dois reis amorreus - Siom e Ogue - ou é uma insercão bem posterior no texto, como uma retrospectiva histórica para descrever o que, por fim, ocorreu na conquista bíblica liderada por Josué. Ora, em Deuteronômio 2.12 a questão não é se expressões pós-mosaicas existem no texto bíblico, mas se esse versículo é uma dessas expressões. Parece que a totalidade desse capítulo apresenta uma defesa bem elaborada que gira em torno de uma clara distinção entre aqueles territórios excluídos da herança de Israel (Edom, Moabe, Amom) e aqueles incluídos em sua herança (Basã, Gileade, Mishor). Nesse aspecto, parece que o versículo 12 afirma que tanto Edom quanto Israel receberam seus respectivos territórios devido à prerrogativa soberana, não à habilidade militar. Por causa disso, identifica-se um claro motivo teológico de por que Israel não deve conquistar terras além de seu próprio perímetro (cp. Jz 11:13-28; 2Cr 20:10; v. tb. Dt 2:20-22 - um êxodo amonita e edomita?). Se esse é o caso, então o versículo 12 é parte da estrutura de toda a narrativa e não pode ser facilmente rejeitado sob a alegação de trabalho editorial. Mas, mesmo que o versículo 12 seja interpretado como inserção posterior, ainda continua havendo uma nítida afirmativa semelhante nos versículos 24:31, os quais normalmente não são considerados inserções posteriores.30 Se a interpretação correta desses versículos é que, no desenvolvimento do tema, os acontecimentos históricos em torno da derrota dos reis Siom e Ogue fazem parte integral da narrativa como um todo, então o versículo 12 é uma declaração totalmente lúcida e clara sobre a fronteira oriental de Israel (Js 12:6).

2. Por determinação de Deus, na designação das cidades de refúgio (Nm 35:9-34; Dt 4:41-43; 19:1-10; Js 20:1-9) e das cidades levíticas (Lv 25:32-33; Nm 35:1-8; Js 21:8-42; 1Cr 6:54-81) levou-se devidamente em conta o território a leste do rio Jordão; no caso das cidades levíticas, dez das 48 estavam situadas em território transjordaniano. Enquanto o território da tribo de Manassés foi dividido como consequência do pedido daquela própria tribo, a herança territorial de Levi foi repartida por ordem divina, uma ideia que parece ilógica e até mesmo absurda caso se devam excluir, da herança de Israel, os territórios a leste do Jordão.

3. As atitudes demonstradas por Moisés (Nm
32) e Josué (Is
22) são consistentes com essa tese. Embora no início Moisés tenha feito objeção quando confrontado com o pedido de herança na Transjordânia, é crucial entender a natureza de sua resposta. Ele destacou que havia sido um esforço nacional que levara ao controle israelita dos territórios orientais; qualquer diminuição de esforço poderia enfraquecer a resolução das tribos restantes e conduzir, em última instância, à condenação divina. Como resultado, Moisés estabeleceu uma pré-condição antes de as duas tribos e meia poderem receber a herança transiordaniana: seus homens armados deviam se juntar aos demais na luta para conquistar Canaã! A preocupação de Moisés não era que isso seria irreconciliável com o plano e propósitos de Deus, mas que houvesse justiça e se evitasse o desânimo. Mais tarde, quando as duas tribos e meia cumpriram o voto e a terra de Canaã foi conquistada, Josué, orientado por Deus, despachou aquelas tribos - com a bênção e a instrução do do Senhor - para a herança que tinham por direito.

E possível que se levante a objeção de que essa hipótese não se harmoniza com Números 34:10-12, em que o rio Jordão claramente demarca a fronteira oriental. Pode-se talvez tratar essa objeção tanto geopolítica quanto contextualmente. Por um lado, é possível argumentar que Números 34 está delineando as fronteiras da terra de Canaã (que no lado oriental se estendia até o Jordão) e não a totalidade da terra dada ao Israel bíblico (v. 2,29). Por outro lado, parece que o contexto de Números 34 se refere à terra que, naquela época, continuava não conquistada, mas que, por fim, seria ocupada pelas restantes nove tribos e meia (v. 2,13-15; cp. Dt 1:7-8). Sendo um objetivo territorial que ainda não tinha sido alcançado na narrativa, aquela área delimitada se contrapunha claramente aos territórios já conquistados e anteriormente controlados por Siom e Ogue (Nm 21), mas agora teoricamente dados às tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental (Nm 32). Por isso, parece que Números 34 descreve um território que ainda devia ser conquistado (Canaã), em contraste com a totalidade do território que Deus dividiu e destinou para ser a herança do Israel bíblico. À luz dessas considerações parece, então, que não há necessariamente nenhuma discrepância entre essa narrativa, outros textos bíblicos relacionados à posição da fronteira oriental e uma hipótese que situa a divisa oriental ao longo da fronteira do grande deserto Oriental.

FRONTEIRA SUL
(Nm 34:3-5; Js 15:1-4; cp. Ez 47:19-48.
28) À questão crucial a decidir sobre a fronteira sul de Israel é onde essa fronteira encostava no mar Mediterrâneo. Isso acontecia no "rio" do Egito (o trecho mais a leste do delta do Nilo) ou no "ribeiro/uádi" do Egito (o u. el-Arish)? Todos os quatro textos bíblicos que delineiam a fronteira sul de Israel empregam o lexema nahal ("ribeiro/uádi") e não nahar ("rio").31 A expressão "o uádi [da terra) do Egito" ocorre em textos cuneiformes já da época de Tiglate-Pileser III e Sargão II, textos esses que descrevem ações militares ao sul de Gaza, mas não dentro do Egito.32 Na descrição de como Nabucodonosor tentou formar um exército para guerrear contra os medos, o livro de Judite (1.7-11) fornece uma lista detalhada de lugares: Cilícia, Damasco, as montanhas do Líbano, Carmelo, Gileade, Alta Galileia, Esdraelom, Samaria, Jerusalém... Cades, o uádi do Egito, Tafnes, Ramessés, Goshen, Mênfis e Etiópia. A sequência geográfica desse texto está claramente prosseguindo para o sul, situando então o uádi do Egito entre Cades (ou Cades-Barneia ou Cades de Judá) e Tafnes (T. Defana, um posto militar avançado na principal estrada entre a Palestina e o delta do Nilo) [v. mapa 33]. Também se deve observar que, em Isaías 27.12, a Lxx traduz nahal misrayim ("ribeiro/uádi do Egito") como Rhinocorura, a palavra grega que designa a colônia do período clássico que, hoje em dia, é ocupada pela cidadezinha de El-Arish .33 O vasto sistema do uádi el-Arish é o aspecto geográfico mais proeminente ao sul das áreas povoadas da Palestina. Ele tem um curso de quase 240 quilômetros antes de desaguar no mar Mediterrâneo cerca de 80 quilômetros ao sul de Gaza, drenando a maior parte do norte do Sinai, as regiões ocidentais do moderno Neguebe e parte do sul da Filístia . Às vezes, na descrição feita por geógrafos modernos, o uádi el-Arish está situado numa fronteira geológica natural entre o planalto do Neguebe e o Sinai.3 Todos esses dados favorecem a identificação do "ribeiro/uádi do Egito" que aparece na Biblia com o uádi el-Arish.35 Relacionada a esses dados está a questão da localização de Cades-Barneia. Ao longo da margem ocidental do moderno planalto do Neguebe, existem três fontes importantes que têm sido associadas com esse local: Ain Qadeis, Ain Qudeirat (cerca de 11 quilômetros a noroeste) e Ain Quseima (6 quilômetros ainda mais a noroeste). Todas as três fontes estão localizadas ao longo do limite geológico do u. el-Arish, nenhuma é claramente eliminada com base em restos de artefatos de cerâmica e cada uma oferece dados próprios a considerar quando se procura determinar a localização de Cades-Barneia. A candidatura de Ain Oadeis se fundamenta em três considerações: (1) Cades-Barneia aparece antes de Hazar-Hadar e Azmom nas duas descrições biblicas de fronteira (Nm 34:4: Is 15:3-4) que apresentam uma sequência leste-oeste; (2) esse lugar tem o mesmo nome da cidade bíblica; (3) está localizado junto à margem de uma ampla planície aberta, capaz de acomodar um grande acampamento.
Agin Qudeirat tem a vantagem de um suprimento de água abundante, de longe o maior da região. E Ain Queima está localizada bem perto de um importante cruzamento de duas estradas que ligam o Neguebe ao Sinai e ao Egito . Por esse motivo, não é de surpreender que, num momento ou noutro, cada um dos três locais tenha sido identificado como Cades-Barneia. Com base nos textos bíblicos, infere-se que Israel acampou em Cades-Barneia a maior parte dos 40 anos (Dt 1:46-2.14). Em termos geográficos, toda essa área apresenta um ambiente em geral adverso e desolador para a ocupação humana, de modo que é possível que todos esses três lugares e também todo o território intermediário fossem necessários para acomodar o acampamento de Israel. De qualquer maneira, por razões de praticidade, o mapa situa Cades-Barneia em Ain Oadeis, Hazar-Hadar em Ain Oudeirat e Azmom em Ain Queima, embora essas identificações sejam bastante provisórias. Assim como aconteceu com as demais, é muito provável que a fronteira sul de Israel tenha sido estabelecida basicamente em função de aspectos geográficos naturais. Seguindo uma linha semicircular e saindo do mar Morto, essa fronteira provavelmente se estendia na direção sudoeste, passando pelo Vale do Rifte e por Tamar, e indo até as cercanias do uádi Murra. Daí prosseguia, passando pela serra de Hazera e chegava à subida de Acrabim ("subida dos escorpiões"), que em geral é associada a Negb Safa.3 Ali uma antiga estrada israelense vem de Berseba, atravessa lebel Hathira e chega, numa descida ingreme, até o uádi Murra A partir daí é razoável inferir que a fronteira continuava a seguir o contorno do uádi, num curso para o sudoeste, até que alcançava as proximidades de um corredor estreito e diagonal de calcário turoniano que se estende por cerca de 50 quilômetros, desde o monte Teref até o monte Kharif, e separa o pico de Rimom da área de terra eocena logo ao norte. Depois de atravessar até a outra extremidade desse corredor, fica-se a uma distância de apenas uns oito quilômetros do curso superior do uádi Kadesh (um tributário do sistema de drenagem el-Arish). Seguindo o tributário, passando por Ain Qadeis (Cades-Barneia), então por Ain Qudeirat e Ain Queima, parece que a fronteira meridional seguia ao longo de todo esse "ribeiro/uádi do Egito" até o Mediterrâneo.

PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - Fronteira
PALESTINA - Fronteira

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

ABRAÃO NA PALESTINA

Em alguns aspectos, o "chamado" divino a Abraão (Gn 12:1-3) trouxe consigo muitas das mesmas consequências de sua "maldição" sobre Caim (Gn 4:12-16): cada um foi levado a abandonar todas as formas de segurança conhecidas em seu mundo e ir viver em outro lugar. Abraão abandonou sua terra, clã e família em Harrã e foi na direção da terra que, por fim, seus descendentes iriam herdar (Gn 12:4-5). Ao chegar ao planalto central de Canaã, o grande patriarca construiu um altar na cidade de Siquém e adorou a Deus (Gn 12:6-7). Dali se mudou para o sul, para acampar perto de Betel e Ai (Gn 12:8). Mas Abraão também descobriu uma realidade bem dura nesse novo local: na época, a terra era dominada por cananeus (Gn 12:6b) e foi assolada por uma fome (Gn 12:10), o que o forçou a viajar para o Egito, presumivelmente pela estrada central que passava por Hebrom e Berseba.
Quando a fome acabou, Abraão e seu grupo retornaram pelo Neguebe até o lugar de seu antigo acampamento, perto de Betel/Ai, onde voltaram a residir (Gn 13:3-4). Mas não se passou muito tempo e Abraão experimentou mais um problema - dessa vez um problema familiar. Ao que parece, não havia pastagens suficientes para alimentar os rebanhos de Abraão e seu sobrinho, Ló, o que fez com que Ló partisse para a planície do Jordão, que era mais bem regada, e passasse a residir na cidade de Sodoma (Gn 13:11-12; cp. 14.12). Nesse ínterim, Abraão se mudou para o sul e se estabeleceu junto aos carvalhos de Manre, em Hebrom (Gn 13:18), onde construiu mais um altar ao Senhor.
Algum tempo depois, cinco cidades situadas no vale de Sidim (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) se rebelaram contra seus soberanos da Mesopotâmia (Gn 14:1-4).
Reagindo a esse desafio, os monarcas mesopotâmicos enviaram seus exércitos na direção de Canaã e, a caminho, atacaram as terras transjordanianas dos refains, zuzins, emins e horeus, chegando até El-Para (Gn 14:5-6). Depois de passarem por El-Pará, os reis inimigos se voltaram para En-Mispate (Cades-Barneia), onde subjugaram alguns amalequitas (14.7a), e, em seguida, derrotaram os amorreus, em Tamar (14.7b). Essa ação deve ter permitido que os reis da Mesopotâmia voltassem a atenção para seus verdadeiros inimigos: as cidades do vale de Sidim (Gn 14:8-11).
O fraseado de Gênesis 13:10-11 tem levado alguns pesquisadores a procurar as cidades perto do lado norte do mar Morto e da foz do rio lordão. Mas a maioria sustenta que essas cidades devem ter ficado perto do lado sul do mar Morto, com base no fato de que o mapa-mosaico de Medeba, do século 6, situa o nome de uma delas (Zoar) naquela região [v. mapa 15]. Ademais, perto da margem sudeste do mar Morto foram encontradas muitas sepulturas da Idade do Bronze Inicial, com restos de milhares de esqueletos humanos - o que levou alguns escritores a levantarem a hipótese de que esses achados teriam relação com os acontecimentos que envolveram Sodoma e Gomorra.
Uma tradição cristã bem antiga que predominou bastante nos mapas medievais mais antigos foi situar Sodoma e Gomorra debaixo da água das bacias do mar Morto, em particular da bacia sul. Contudo, o abaixamento do nível do mar Morto no século 20 fez com que terra seca ficasse exposta na bacia sul, e não se descobriu nenhum vestígio arqueológico que apoiasse essa suposição.
A vitória dos mesopotâmios foi rápida e decisiva. As cidades da planície do Jordão foram derrotadas. Alguns de seus cidadãos, inclusive Ló, foram levados cativos para o norte, chegando até a cidade de Dá (Gn 14:12). Quando informado dessa tragédia, Abraão imediatamente liderou alguns de seus homens na perseguição aos captores de Ló, alcançando-os perto de Da e desbaratando-os com sucesso até Damasco e mesmo além (Gn 14:13-15).
Ouando Abraão, voltando de sua missão, chegou perto do vale de Savé, Melquisedeque, o rei de Salém, saiu ao seu encontro, e o patriarca partilhou com ele os despojos da vitória (Gn 14:17-24).
O texto bíblico diz que, dali, Abraão viajou para o sul, na direção do Neguebe, e que por fim chegou em Gerar (Gn 20:1). Durante seus anos ali, finalmente se concretizou a promessa de um filho, que tinha sido aguardado por tanto tempo (Gn 21:2-3). Mas, quando surgiu um problema com o rei de Gerar devido a direitos de uso de água (Gn 21:25), Abraão se mudou mais para o interior, para Berseba (implícito em Gn 21:31). Ao que parece, esse lugar serviu de residência para o patriarca até sua morte, quando foi levado e enterrado ao lado de Sara, na caverna próxima de Hebrom (Gn 25:8-10).
Abraão na Palestina
Abraão na Palestina
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.

OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Os patriarcas de Gênesis passaram a vida na Terra Prometida, dentro da metade sul da Cadeia Montanhosa Central. Só em breves ocasiões suas viagens os levaram temporariamente para fora dessa região - a exceção foi quando Jacó deixou Cana para ficar, por bastante tempo, na terra dos antepassados, no norte da Mesopotâmia (Gn 28:10-33.
20) [v. mapa 30]. Mas, enquanto viveram na terra, a Bíblia diz que estabeleceram residência, construíram altares e adoraram o Senhor em Siquém, Betel, Hebrom/Manre e Berseba. Eles e suas mulheres foram enterrados na mesma região, seja na tumba da família em Manre/Hebrom, em Siquém, seja na sepultura de Raquel. Quando Jacó voltava a Canaã, depois de passar 20 anos na casa de Labão (Gn 31:41), chegou ao rio Jaboque. Ali ficou sabendo que seu irmão, Esaú, estava a caminho para se encontrar com ele, o que o levou a passar uma noite lutando (Gn 32:6-7,22-30). A narração do capítulo 32 (o final do tempo que passou fora) é uma conclusão apropriada para a narração do capítulo 28 (o início do tempo, quando saiu de casa). Os dois textos descrevem lacó sozinho à noite, enfrentando uma crise, encontrando-se com "anjos de Deus" (Gn 28:12-32.
1) e batizando um lugar com um novo nome (Betel, 28.19; Peniel, 32.30).
A localização de Maanaim e Peniel, ambos na Transjordânia, é incerta, exceto que estão situados junto ao desfiladeiro de Jaboque. Maanaim foi dado à tribo de Gade (Is 13:26), mas ficava na fronteira com Manassés (Is 13:30) [v. mapa 40]. A cidade foi uma cidade levítica (Js 21:38-39) [mapa 41], residência régia de Es-Baal (25m 2.8,12) e refúgio temporário para Davi, quando fugiu de Absalão (25m 17.24- 27). No mapa, Maanaim tem sido colocada conjecturalmente no sítio de T. er-Reheil, onde a principal estrada norte-sul, vinda de Damasco, chega perto do rio Jaboque e cruza com uma estrada secundária que vai para o oeste, na direção do Jordão [v. mapa 27]. Peniel deve ter sido próxima, embora ficasse entre Maanaim (Gn 32:1) e Sucote (33.17), possivelmente em T. edh-Dhahab esh-Shargia.
Depois de voltar da Mesopotâmia, Jacó viajou de onde residia, em Betel, para estar com seu pai, Isaque, em Hebrom/ Manre (Gn 35:1-27). Mas, enquanto a caravana viajava pela estrada, chegou a hora de Raquel dar à luz Benjamim. Ela morreu durante o parto e foi enterrada ali (Gn 35:16-20). Desde o século 4 d.C., viajantes e peregrinos têm visitado um "túmulo de Raquel" no extremo norte de Belém, junto à estrada de Jerusalém. Presume-se que o local foi estabelecido com base num comentário editorial em Gênesis 35:19-1% Mas um texto posterior deixa claro que Raquel foi sepultada "em Zelza, na fronteira (da tribo) de Benjamim" (1Sm 10:2). Embora Zelza seja um local desconhecido, sem nenhuma outra atestação, o contexto dessa referência é bastante claro. Procurando as jumentas perdidas de seu pai, Saul viajou de sua casa em Gibeá (T. el-Ful [1Sm 10:26]) para o norte, atravessando a região montanhosa de Efraim, regressou ao território de Benjamim (1Sm 9:4) e finalmente a Ramá, a cidade de Samuel (er-Ram [1Sm 9:5-10]). Ao voltar de Ramá para Gibeá, o texto bíblico diz que passou pelo túmulo de Raquel (1Sm 10:2).
Em ainda outro texto, o profeta Jeremias (31,15) associou o "choro de Raquel" diretamente à cidade de Ramá, também situada dentro do território de Benjamim. De modo que, embora a localização exata do túmulo de Raquel ainda seja um pouco debatida, não há quase nada que favoreça situá-lo em Belém. Nesse aspecto, pode ser relevante lembrar o exato fraseado da narrativa de Gênesis. O texto diz que Raquel foi sepultada "no caminho de Efrata (Belém]" (Gn 35:19; cp. 48.7b), "quando [..) ainda havia uma boa distância (lit. 'uma distância da terra'101 de Efrata" (Gn 35:16; cp. 48.7a).
Em qualquer das hipóteses, enquanto prosseguia sua viagem do túmulo de Raquel para Hebrom/Manre, Jacó chegou à Torre de Éder (Migdal-Éder (Gn 35:211), possivelmente situada nas vizinhanças de Salém ou Belém.
ABRÃO NA PALESTINA
ABRÃO NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

A TABELA DAS NAÇÕES

Gênesis 10 é às vezes chamado de "Tabela das Nações" e tem sido objeto de incontáveis estudos e comentários. Bem poucos textos do Antigo Testamento têm sido analisados de modo tão completo. Entretanto, continuam sem resposta perguntas importantes e variadas sobre sua estrutura, propósito e perspectiva. O que está claro é que a Tabela pode ser dividida em três secções: (1) os 14 descendentes de Jafé (v. 2-5); (2) os 30 descendentes de Cam (v. 6-20); (3) os 26 descendentes de Sem (v. 21-31). Cada secção termina com uma fórmula que é um sumário da narrativa precedente (v. 5b,20,31) em termos de famílias (genealogia/sociologia), línguas (linguística), terras (territórios/geografia) e nações (política). A tabela termina no versículo 32, que apresenta um sumário de todos os nomes da lista.
Existe, porém, um número imenso de maneiras de entender esses termos e interpretar o que as várias divisões representam. Por exemplo, as secções têm sido classificadas de acordo com:


Também se deve destacar que os nomes de Gênesis 10 são apresentados de formas diferentes: o contexto pode ser de uma nação (e.g., Elão, v. 22), um povo (e.g. jebuseu, v. 16), um lugar (e.g., Assur, v. 22) ou até mesmo uma pessoa (e.g., Ninrode, v. 8,9). Deixar de levar em conta essa estrutura mista encontrada na Tabela tem levado a numerosas conclusões sem fundamento. Por exemplo, não se deve supor que todos os descendentes de qualquer um dos filhos de Noé vivessem no mesmo lugar, falassem a mesma língua ou mesmo pertencessem a uma raça específica. Uma rápida olhada no mapa mostra que a primeira dessas conclusões é indefensável.
Por exemplo, os descendentes de Cam residem na África, em Canaã, na Síria e na Mesopotâmia. Mas o texto também não pode ser interpretado apenas do ponto de vista linguístico: a língua elamita (Sem) não é uma língua semítica, ao passo que o cananeu (Cam) tem todas as características de um dialeto semítico. Em última instância, tentativas de remontar todas as línguas existentes a três matrizes malogram porque as formas escritas mais antigas são de natureza pictográfica, e tais formas simbólicas não contribuem para uma classificação linguística precisa. Além do mais, os antropólogos ainda não chegaram a um consenso sobre o que constitui uma definição correta de "raça", o que enfraquece ainda mais quaisquer conclusões sobre grupos raciais representados na Tabela.

OS 14 DESCENDENTES DE JAFÉ

OS 30 DESCENDENTES DE CAM


OS 26 DESCENDENTES DE SEM


A Tabela das nações
A Tabela das nações

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Israel nos dias de Jesus

Informações no mapa

Sídon

ABILENE

Damasco

Sarefá

Mte. Hermom

FENÍCIA

Tiro

Cesareia de Filipe

ITUREIA

TRACONITES

Ptolemaida (Aco)

GALILEIA

Corazim

Betsaida

Cafarnaum

Caná

Magadã

Mar da Galileia

Gergesa

Rafana

Séforis

Tiberíades

Hipos

Diom

Nazaré

GADARA

Abila

Dor

Naim

Gadara

DECÁPOLIS

Cesareia

Citópolis (Bete-Seã)

Betânia do outro lado do Jordão ?

Pela

SAMARIA

Enom

Salim

Sebaste (Samaria)

Gerasa

Sicar

Mte. Gerizim

Poço de Jacó

Antipátride (Afeque)

PEREIA

Jope

Planície de Sarom

Arimateia

Lida (Lode)

Efraim

Rio Jordão

Filadélfia (Rabá)

Jâmnia (Jabné)

Ramá

Jericó

Emaús

Jerusalém

Betfagé

Asdode, Azoto

Belém

Betânia

Qumran

Asquelom (Ascalom)

JUDEIA

Herodium

Gaza

Hebrom

Deserto da Judeia

Mar Salgado (Mar Morto)

Macaeros

IDUMEIA

Massada

Berseba

NABATEIA

ARÁBIA

Informações no mapa

Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos

Região governada por Herodes Antipas

Região governada por Filipe

Cidades de Decápolis


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

31 ou 32 d.C.

Região de Cafarnaum

Ilustrações sobre o Reino

Mt 13:1-53

Mc 4:1-34

Lc 8:4-18

 

Mar da Galileia

Acalma tempestade

Mt 8:18-23-27

Mc 4:35-41

Lc 8:22-25

 

Região de Gadara

Manda demônios para os porcos

Mt 8:28-34

Mc 5:1-20

Lc 8:26-39

 

Provavelmente Cafarnaum

Cura mulher que tinha fluxo de sangue; ressuscita filha de Jairo

Mt 9:18-26

Mc 5:21-43

Lc 8:40-56

 

Cafarnaum (?)

Cura cegos e mudo

Mt 9:27-34

     

Nazaré

Novamente rejeitado em sua cidade

Mt 13:54-58

Mc 6:1-5

   

Galileia

Terceira viagem à Galileia; expande a obra enviando apóstolos

Mt 9:35–11:1

Mc 6:6-13

Lc 9:1-6

 

Tiberíades

Herodes corta a cabeça de João Batista; fica perplexo com Jesus

Mt 14:1-12

Mc 6:14-29

Lc 9:7-9

 

32 d.C., perto da Páscoa (Jo 6:4)

Cafarnaum (?); lado NE do mar da Galileia

Apóstolos voltam da pregação; Jesus alimenta 5 mil homens

Mt 14:13-21

Mc 6:30-44

Lc 9:10-17

Jo 6:1-13

Lado NE do mar da Galileia; Genesaré

Povo quer fazer de Jesus rei; anda sobre o mar; cura muitas pessoas

Mt 14:22-36

Mc 6:45-56

 

Jo 6:14-21

Cafarnaum

Diz que é “o pão da vida”; muitos ficam chocados e o abandonam

     

Jo 6:22-71

32 d.C., depois da Páscoa

Provavelmente Cafarnaum

Tradições invalidam a Palavra de Deus

Mt 15:1-20

Mc 7:1-23

 

Jo 7:1

Fenícia; Decápolis

Cura filha de mulher siro-fenícia; alimenta 4 mil homens

Mt 15:21-38

Mc 7:24–8:9

   

Magadã

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 15:39–16:4

Mc 8:10-12

   

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 8:1
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Ref: 10171
Capítulo: 13
Página: 219
Allan Kardec
Tendo Jesus descido do monte, grande multidão o seguiu. Ao mesmo tempo, um leproso veio ao seu encontro e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-me. Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a lepra. Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem quer que seja; mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, a fim de que lhes sirva de prova. (Mateus 8:1-4)
mt 8:28
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Ref: 10974
Capítulo: 15
Allan Kardec
Essa ideia sobre a natureza do corpo de Jesus não é nova. No quarto século, Apolinário, de Laodiceia, chefe da seita dos apolinaristas, pretendia que Jesus não tomara um corpo como o nosso, mas um corpo impassível, que descera do céu ao seio da santa Virgem e que não nascera dela; que, assim, Jesus não havia nascido, nem sofrido, nem morrido, senão em aparência. Os apolinaristas foram anatematizados no concílio de Alexandria, em 360; no de Roma, em 374; e no de Constantinopla, em 381.
Os docetas (do grego dokein, aparecer), seita numerosa dos gnósticos, que subsistiu durante os três primeiros séculos, tinham a mesma crença.124

[1] N. do T.: Mateus, 8:28 a 33; Marcos, 5:1 a 14; Lucas, 8:26 a 34.

[2]N. de A. K.: Nem todos os teólogos adotam opiniões tão absolutas sobre a doutrina demoníaca. Aqui está uma cujo valor o clero não pode contestar, emitida por um eclesiástico, Monsenhor Freyssinous, bispo de Hermópolis, na seguinte passagem das suas Conferências sobre a religião, volume II, p. 341 (Paris, 1825):

“Se Jesus operasse seus milagres pelo poder do demônio, este teria trabalhado pela destruição do seu império e, portanto, empregado contra si próprio o seu poder. Certamente, um demônio que procurasse destruir o reinado do vício para implantar o da virtude seria um demônio muito singular. Eis por que Jesus, para repelir a absurda acusação dos judeus, lhes dizia: Se opero prodígios em nome do demônio, o demônio está dividido consigo mesmo, trabalhando, conseguintemente, para a sua própria destruição”. Esta resposta não admite réplica.
. justamente o argumento que os espíritas opõem aos que atribuem ao demônio os bons conselhos que os Espíritos lhes dão. O demônio agiria então como um ladrão profissional que restituísse tudo o que houvesse roubado e exortasse os outros ladrões a se tornarem pessoas honestas.

[3]N. de A. K.: Uma prova desse costume se encontra nos Atos dos Apóstolos, 5:5 e seguintes: “Ananias, tendo ouvido aquelas palavras, caiu e rendeu o Espírito e todos os que ouviram falar disso foram tomados de grande temor. – Logo, alguns rapazes vieram buscar-lhe o corpo e, tendo-o levado, o enterraram. – Passadas umas três horas, sua mulher (Safira), que nada sabia do que acontecera, entrou. – E Pedro lhe disse... etc. – No mesmo instante, ela caiu aos seus pés e rendeu o Espírito. Aqueles rapazes, voltando, a encontraram morta e, levando-a, enterraram-na junto do marido”.

[4] N. de T.: Este subtítulo não fazia parte da 4a edição do original francês, que serviu de frase para esta tradução. Consta, porém, no “Sumário” da obra, razão por que o inserimos aqui.

[5]N. de A. K.: O fato seguinte prova que a decomposição precede algumas vezes a morte. No convento do Bom Pastor, fundado em Toulon, pelo padre Marin, capelão dos cárceres, e destinado às decaídas que se arrependem, encontrava-se uma jovem que suportara os mais terríveis sofrimentos com a calma e a impassibilidade de uma vítima expiatória. Em meio de suas dores parecia sorrir a uma visão celestial. Como Santa Teresa, pedia para sofrer mais, embora suas carnes já se achassem em frangalhos e a gangrena já devastasse seus membros. Por sábia previdência, os médicos tinham recomendado que enterrassem o corpo imediatamente após o falecimento. Mas coisa estranha! Mal a doente exalou o último suspiro, cessou todo o trabalho de decomposição; desapareceram as exalações cadavéricas, de sorte que durante trinta e seis horas o corpo pôde ficar exposto às preces e à veneração da comunidade.

[6]N. de A. K.: O lago de Genesaré ou de Tiberíades.

[7]N. de A. K.: O Monte Tabor, a sudoeste do lago de Tabarich e a 11 quilômetros a sudeste de Nazaré, tem cerca de 1.000 metros de altura.

[8]N. de A. K.: A explicação que se segue é a reprodução textual de uma instrução que um Espírito deu a esse respeito.

[9]N. de A. K.: Há constantemente, na superfície do Sol, manchas fixas, que lhe acompanham o movimento de rotação e têm servido para se determinar a duração desse movimento. Às vezes, porém, essas manchas aumentam em número, em tamanho e em intensidade, e é então que se produz uma diminuição da luz e do calor solares. Este aumento do número de manchas parece coincidir com certos fenômenos astronômicos e com a posição relativa de alguns planetas, o que lhes determina o reaparecimento periódico. A duração daquele obscurecimento é muito variável; por vezes não vai além de duas ou três horas, mas, em 535, houve um que durou quatorze meses.

[10]N. de A. K.: Os inúmeros fatos contemporâneos de curas, aparições, possessões, dupla vista e outros, que se encontram relatados na Revista Espírita e lembrados nas observações anteriores, oferecem, até quanto aos pormenores, tão flagrante analogia com os narrados pelo Evangelho, que ressalta evidente a identidade dos efeitos e das causas. Não se compreende que o mesmo fato tivesse hoje uma causa natural e que, outrora, essa causa fosse sobrenatural; diabólica com uns e divina com outros. Se fosse possível confrontá-los aqui uns com os outros, a comparação se tornaria mais fácil. Impossível, contudo, fazê-lo, dado o grande número deles e os desenvolvimentos que a narrativa reclamaria.

[11]N. de A. K.: O historiador judeu Flávio Josefo é o único que fala de Jesus, embora o faça em termos bem resumidos.

[12]N. de A. K.: Não nos referimos aqui ao mistério da encarnação, com o qual não temos que nos ocupar e que será examinado mais tarde.

Amélia Rodrigues

mt 8:1
Há Flores no Caminho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Cada quadra do tempo caracteriza-se por expressões inconfundíveis da própria Natureza.


Sucede uma à outra, suavemente, e atinge o seu clímax, numa plenitude de força e domínio de realização.


Nesta, caem as folhas, esmaece a vida, desnuda-se a paisagem; nesta outra, o frio enregela, as cores alvejam e há tristeza assinalando dores e sombras de noites demoradas. . .


Depois, os rios voltam a correr, exulta o verde, a terra se enriquece de flores e os frutos amadurecem, pendentes nos ramos oscilantes ao vento.


Os grãos se intumescem no solo levemente aquecido e explodem em poemas de cor, em sons agitados, em dádivas de vida abundante.


Revoam os pássaros, ampliam-se os dias, e as noites, salpicadas de círios divinos, são espetáculos convidando à reflexão.


O vale confraterniza com os altiplanos.


Parece não haver distâncias nem separações.


Por fim, quando esta época estivai logra a total potência, arde o Sol e o solo se resseca, o pó se ergue em nuvem, a vida novamente começa a fenecer. . .


O dia é um todo de fogo preparando-se, ao largo das horas demoradas, para seguir adiante, até receber as primeiras lufadas frias. . .


E repete-se a roda dos acontecimentos em movimentada orquestração de ritmos. . .


* * *

Ventos festivos varriam os rincões gentis da Galileia humilde, cantando esperanças para as almas em sofrimento.


Passado o grande inverno, sem nenhuma promessa de calor ou qualquer perspectiva de claridade, explodiam as dádivas primaveris numa inesperada sementeira de amor com imediata colheita de bênção Narra Mateus (Mateus 8:1-34 e Mateus 9:1-38) com eloquência aquela ímpar quadra primaveril de acontecimentos e bonanças.


A paisagem é a moldura do lago-espelho, em cujas bordas reflete-se o amor do Mestre pelas dores humanas.


Naquelas paragens, nas cidades fronteiras e ribeirinhas, em cujo solo a balsamina confraterniza com os miosótis e o trigo dourado espia da terra jovial as redes espreguiçadas ao Sol, nas praias largas, Jesus viveu a ternura das gentes simples, sorriu com as criancinhas e abriu a boca para entoar a canção da esperança.


Por aqueles sítios de pobreza e festa natural, Suas mãos arrancaram das aflitivas conjunturas das enfermidades retificadoras os trânsfugas do passado, emulando-os para o crescimento moral pelas trilhas do futuro.


Fez-se um suceder de fenômenos auspiciosos.


Ainda repercutia com profunda emoção nos ouvidos das almas os artigos e parágrafos em luz e esperança, que foram apresentados no monte, ao ser proclamado o Estatuto da Era Nova da humanidade do futuro.


Os ouvintes não haviam retornado ao chão das necessidades habituais, irrigados pela vibração do Sublime Governador, quando Ele, descendo do cerro, foi solicitado por um leproso, que "O adorava, dizendo: Senhor, se quiseres bem podes tornar-me limpo" e Ele quis, liberando o enfermo da sua carga pútrida.


A ação fortalecia a palavra.


O amor era mais forte do que a voz; esta, era suave e doce, enquanto aquele, poderoso e vital.


O passado jugula o criminoso à algema disciplinadora, mas o amor libera o precito para resgatar em ação benéfica o delito infeliz.


Não deseja o Senhor holocaustos, entretanto, esparze misericórdia.


Há muita dureza no mundo e terrível crueza nos corações.


Ele dulcifica.


Ninguém foge à culpa, nem se evade do ressarcimento.


O Seu amor anima os ferreteados a que se reencontrem e reparem os erros, ajudando suas vítimas e por elas fazendo-se amar.


Há expectativas atordoantes nos comensais da Boa Nova em delineamento.


O monte seria, simbolicamente, o mastro da bandeira de paz, desfraldada nas insuperáveis bem-aventuranças.


Em Cafarnaum, prosseguindo com os elos da cadeia do sofrimento, que Ele rompe, um centurião acerca-se e intercede pelo seu criado paralítico.


Uma confiança infantil numa seriedade adulta transparece naquele homem que comanda homens.


Jesus propõe-se a ir curar o enfermo, porém o homem, que se acostumou à autoridade, pede-Lhe que mande um dos Seus subordinados e a Sua vontade se faria.


Assim fez-se.


Este ordena e esse obedece.


Este quer e esse aquiesce.


Jesus é a Autoridade e os Espíritos atendem.


Não há maior autoridade do que aquela que lhe é própria, a que foi adquirida e não a que é concedida por empréstimo e pode ser retirada.


A fé é energia de vital importância, por irradiar vibrações poderosas que atingem os fulcros das nascentes que produzem os acontecimentos, aí agindo. "Vai-te — disse o Amigo ao amigo confiante, — e como creste, assim te seja feito. " Curou-se o servo do centurião.


No lar de Simão, onde Ele se recolhe por um pouco, a febre arde na velha sogra do pescador, que se aflige.


Tocando-a, restitui-lhe o equilíbrio térmico.


Irradia-se a inapagável Luz dos Séculos.


Nunca mais a noite se fará total. . .


A tarde, chegam os obsidiados por Espíritos infelizes, suas vítimas, seus cobradores.


O ódio grimpa os duelistas da animosidade.


Não há separação entre mortos e vivos, unidos pelos vínculos dos sentimentos afins ou dos compromissos a que se atrelam no carro da vida.


Sua palavra é medicação que atinge as ulcerações morais e as cicatriza.


Ampara o cobrador, antes ultrajado, e auxilia-o a ser feliz, informando que o calceta não fugirá de si mesmo.


Um deseja segui-lO, pensando em gozos e comodidades.


Como Ele não tem uma pedra para pôr a cabeça, apesar de "as raposas terem covis e as aves do céu ninhos", o candidato, desiludido, foi-se embora. . .


Outro pretende dar-se; todavia, quer antes enterrar o pai cadaverizado.


Não há tempo para simulações.


A vida transcende ao corpo.


E ele não se deu. . .


O lago-mar sereno exalta-se e todos, na barca, temem; menos Ele, que dorme ou parece dormir. . .


Ante o receio geral, Sua voz acalma as ondas e os encarregados das "forças vivas da Natureza" tranquilizam as águas.


Nada supera o Rabi, no mundo de Deus, que Ele elaborou sob a proteção do Pai.


Prosseguirá o ministério, naquelas e noutras paragens. . .


Paralíticos, endemoninhados, cegos, catalépticos, hemorroíssa, mudo por ação obsessiva, por toda parte a dor, as provações cedem lugar ao pagamento pelo trabalho do amor.


Eram todos, ontem como hoje, doentes da alma e desejavam a cura para os corpos.


O Mestre fazia cessar os efeitos dos seus erros, sarando a matéria, entretanto, oferecia-lhes a diretriz evangélica, a verdadeira terapia para o Espírito, única medicação para eliminar os sofrimentos.


O amor de Deus, refletido em Jesus, não tem limite.


. . . Prosseguirá a música da esperança a substituir litania da loucura e da miséria. . .


A responsabilidade do resgate sobrepõe-se à cobrança cega.


O homem desperta para os compromissos.


Os remotos tempos entenderão, e melhor farão entender o Mestre e Sua mensagem.


Somente pelo amor se libertará o homem.


Os pecadores são o campo para a semente de vida eterna e os caídos, sem alternativa de soerguimento, fazem-se adubo para a própria recuperação ante a oportunidade feliz do Evangelho.


Nenhum amor renteará com esse imensurável amor.


Aquele período primaveril não se repetiu, nem volverá a acontecer da mesma forma.


As sementes, todavia, dormem no solo da quadra outonal em que as almas se demoram, para emergirem, logo mais, em embrião, reflorindo ao claro sol da Era Nova da eterna primavera que já começa. . .


mt 8:1
Vivendo Com Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Os reis, os príncipes e os mandatários do mundo cercam-se de uma corte constituída de súditos que pensam e agem conforme eles, encarregados de atender-lhes a vontade, de livrá-los de problemas e resguardá-los de quaisquer dificuldades.


Caracterizam-se uns pela bajulação dourada, outros pela severidade e indiferença no trato com as demais pessoas, mais outros, ainda, pela soberba e prepotência dos seus tempe-ramentos. Alguns são frívolos e exploradores, outros são dedi-cados e cuidadosos, diversos são ignorantes guindados ao poder pela astúcia e habilidade nos negócios que lhes dizem respeito.


Cercados por esses conselheiros e ministros, os poderosos, invariavelmente, amolentam o caráter, perdem a sensibilidade afetiva, acreditam-se invulneráveis e, estupidamente, pensam que tudo podem, colocando-se acima das leis e da Justiça.


Por mais que se demorem guindados ao poder, no entanto, as enfermidades se lhes instalam, o organismo se debilita, e, quando são afastados da governança por muitos daqueles que lhes foram beneficiários, são surpreendidos pela morte...


A fatalidade biológica a ninguém concede regime de exceção.


(...) E consomem-se, algumas vezes, em largo período de degenerescência orgânica, como sói acontecer com todos os seres vivos que se confundem no portal de cinza e de lama da sepultura...


Sendo Jesus o Rei solar, por ocasião do seu mergulho nos fluidos grosseiros do orbe terrestre, também se fez acolitar por anjos e por serafins, por apóstolos do Bem e da Misericórdia que Lhe prepararam a senda a percorrer, havendo habitado a Terra anteriormente para à plainar-lhe as estradas, ou permaneceram nos Círculos da Luz contribuindo com a Sua vontade soberana, quando da instalação do Reino de Deus nas mentes e nos corações humanos.


De igual maneira, expressivo número de Espíritos em processo de redenção das provas a que se encontravam submetidos, ofereceram-se para testemunhar-Lhe a grandeza, vestidos por organismos doentes, sob ações de indigitadas entidades, de modo a servirem-Lhe de voluntários para as curas, sem violência à Lei de Causa e Efeito.


Tal o caso do invidente sobre quem os Seus discípulos perguntaram:

— Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?


Jesus respondeu: — Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. (11)


Tratava-se de um voluntário pertencente à Sua egrégia corte.


Muitas vezes, diante dos sofrimentos humanos, Jesus elegia alguém destituído de débitos pesados ante as divinas leis, a fim de demonstrar o Seu poder e instalar a confiança entre os desesperados.


A ressurreição de Lázaro, a do filho de Jairo, a filha da viúva de Naim, considerados mortos, no entanto, adormecidos no fenômeno orgânico da catalepsia, são exemplos eloquentes.


Todos eram membros dedicados da Sua corte.


Terminadas as lições imortais das bem-aventuranças no inolvidável entardecer daquele dia, quando se espalhara sobre a Terra a psicosfera de Amor que deveria diluir os envenenamentos mentais que pairavam no ar, desceu Jesus às praias do mundo onde se encontram os infelizes e defraudados, a fim de atender as suas angústias.


E, ao fazê-lo, acompanharam-no grandes multidões, conforme anotou Mateus nas suas memórias.


Quando alguém experimenta a bênção da luz, não mais aceita a escuridão. Ele fez-se a luz do mundo, para que não retornassem as sombras.


Na montanha, a Natureza é mais rica de beleza e de harmonia, a visão do horizonte faz-se deslumbrante e arrebatadora. Nas praias ou planícies misturam-se o tumulto às necessidades, às aflições, em patéticas de desespero.


Jesus sempre descia às misérias humanas, a fim de diminuí-las com o Seu inefável Amor.


Desse modo, logo se encontrou na savana das necessidades imediatas das criaturas sofredoras, acercou-se Lhe um leproso, suplicando-Lhe:

— (...) Senhor, se quiser es, podes torna 1:4; Mateus 14:16 - notas da autora espiritual)


Vide o nosso Há flores no caminho, capítulo 1, editado pela LEAL.


Ele, que estivera com Deus na montanha, agora convivia com os esquecidos filhos de Deus no vale.


As paisagens emocionais e espirituais eram diferentes.


Tomado de compaixão, Ele respondeu:

— Quero; sê limpo! — enquanto lhe estendeu a mão e o tocou. No mesmo instante ficou limpo de sua lepra...


O toque de Jesus revigorava pelo penetrar da Sua energia na maquinaria orgânica desorganizada, produzindo uma aceleração das moléculas do paciente, produzindo-lhe a harmonia.


Agora seriam as curas do corpo, em razão da sublime terapia que fora apresentada às almas, para que não mais enfermassem, caso Lhe seguissem as diretrizes.


Em Cafarnaum, a encantadora cidade próspera, à margem do mar piscoso, Ele adentrou-se na casa de Pedro, encontrando-lhe a sogra enferma, febril.


Misericordioso, tocou-lhe a mão, e a febre desapareceu, permitindo que ela se erguesse do leito e O servisse.


O Seu toque abençoado, rico de saúde e Amor, proporcionava a transferência dos fluidos recuperadores do equilíbrio orgânico, impondo-se ante a debilidade e os vírus destrutivos.


A partir dali, a notícia que se espraiou pela boca do vento por toda a região, atraiu a massa volumosa dos enfermos.


A Sua presença desconcertava também os Espíritos perversos que se homiziavam nas sombras dos sepulcros para atenazar as criaturas distraídas e presunçosas. Temiam-no, respeitando-o de maneira especial.


Aqueles eram dias realmente luminosos e únicos, embora anunciados, não poderiam ser concebidos em face da sua grandiosidade.


O Seu ministério fora programado muitos séculos antes.


Mensageiros nobres surgiram como estrelas fulgurantes através dos tempos, sinalizando a Terra com alicerces de luz, a fim de que ficassem estabelecidas as primeiras bases da futura construção do Reino de Amor e de Justiça.


É certo que ainda não se cumpriram aquelas extraordinárias promessas, em razão do processo de evolução do ser humano; todavia, a presença psíquica de Jesus ficou no Planeta, não como o mártir da cruz, mas como o inexcedível Amor feito de misericórdia e de compaixão.


A tragédia da cruz, que tanto comove, em razão do estoicismo do assassinado, prolonga-se na história da humanidade em razão da indiferença daqueles que Lhe são amados e ainda preferem Mamon e a ilusão ao Seu convívio.


(11) João 2:3
mt 8:1
…Até o Fim dos Tempos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Arma de alto teor mortífero é a murmuração dos intrigantes. Ela não silencia, porque os seus autores se comprazem em malsinar todos quantos lhes são antipáticos, aversão essa que nasce da própria inferioridade por não os poder superar no palco infeliz das sórdidas competições.


Põem-se em vigília permanentemente e filtram todos os acontecimentos através das suas lentes sombreadas de perversidade. Dão início às redes de intrigas, são hábeis na arte de confundir e de alterar palavras, possuindo incomum capacidade para discutir vãmente, porque são preguiçosos para o trabalho, e não possuindo idealismo legítimo se aglomeram em torno dos verdadeiros combatentes, para serem vistos e aclamados, tornando-se-lhes rudes provocações.


Nem mesmo Jesus escapou-lhes à sanha. Sempre estiveram à Sua volta, tentando espizinhá-lo, deturparem as Suas informações, e colhê-lo em algum item que o lançasse contra a Lei e os doutos astutos.


A seara é grande e os obreiros dispostos para trabalhá-la ainda são poucos. Ele terá que fazer tudo: encontrar o solo, prepará-lo, nele semear, cuidar no período da germinação para que as pragas não causem danos e seguir o crescimento das plântulas até que se robusteçam, tornando-se ricas de flores e doando frutos em abundância.


Os caminhos são longos e difíceis de ser vencidos. As multidões se revezam e os tumultos não cessam.


Em menos de três anos Ele percorreu aqueles sítios áridos, passando pela Galileia várias vezes, de um a outro ponto; depois visitou a Jerusalém despótica por diversas ocasiões, especialmente para ver o lugar onde deveria ser executado; alongou os Seus passos pelas longínquas regiões de Tito e Sídon, na fronteiriça Fenícia; nas barcas enfunadas atravessou o lago de mais de dez quilômetros de largura e alcançou a Decápole, a Batanéia, conseguindo levar a voz e o exemplo à Cesareia de Felipe.


Nunca repousava. O tempo, que urgia, voava ao Seu lado, que o ultrapassava em atividades ineterruptas.


As batalhas são cruéis e as armas que usavam os Seus inimigos gratuitos - os permanentes adversários da Humanidade - são a traição e a infâmia, o suborno dos sentimentos e a mentira, que se espalham como rastilhos de pólvora e são do agrado de todos quantos as aceitam.


A Sua fama precede-O e Ele não tem o direito a pouso de paz nem o repouso da recuperação, senão nos grandes silêncios com Deus.


Estando em Caná, após o fenômeno da transformação da água em vinho, a pedido da Sua Mãe, um régulo O alcançou, e porque o filhinho estivesse vítimado por enfermidade mortal, em estado desesperador, suplicou-lhe:

—Senhor, desce o mais depressa possivel, antes que meu filho morra.


Penetrando o abismo da consciência humana com a Sua acuidade incomum, Ele percebe o amor desse pai angustiado e perscruta da enfermidade do filho, a fim de não infringir a Lei de Causa e Efeito, e diz-lhe com misericórdia:

—Vai, O teu filho vive.


Uma explosão de júbilo, dança na alma do genitor aflito que corre de retorno ao lar, para conferir a bênção de que foram objeto, ele e a sua família.


* * *

E porque seguisse na direção de Cafarnaum, à entrada da cidade, um leproso em desespero reconhece-O e grita em prantos:

—Se queres, podes limpar-me!


É mais um desafio. Os que o seguem se detêm observando. É sempre a mesma sociedade que quer ver sem cessar, até a exaustão, sempre insatisfeita e duvidosa.


Um sentimento de profunda misericórdia domina o Mestre, e Ele, tocando o enfermo responde, complacente:

—Quero.


Num átimo, como se um raio fendesse a claridade do dia alcançando o enfermo, curou-o.


Sem poder dominar-se o homem canta e exalta-O, no que vai repreendido, silenciando, para prosseguir narrando o feito, logo que se encontra distante do Seu Autor.


* * *

Cafarnaum estava esplendente de luz e movimentação.


A chegada do Rabi provoca alteração expressiva no seu lufa-lufa cotidiano. Embora Ele tentasse passar discreto, isso era impossivel ali, como se daria em outros lugares.


Desse modo, como era do Seu hábito, ao amanhecer, pôs-se a pregar para a multidão na proa do barco de Pedro.


Encerrando o discurso iluminativo, disse ao Filho de Jonas:
—Faze-te ao largo e lança as redes O hábil pescador, que conhecia profundamente o seu ofício, e percebendo a impropriedade da proposta, redargue:

—Senhor, havendo trabalhado toda a noite, não apanhamos um só peixe, porque as circunstâncias são adversas à pescaria, face ao aspecto das águas, às condições atmosféricas pesadas.


Ele, porém, insiste:

—Faze-te ao largo.


Não há outra alternativa, senão obedecer. Entretanto, esclarece:

—Sob Tua palavra, tentarei, Mestre, conquanto todos saibam que vou praticar um ato incompreensível a qualquer pescador.


Pedro remou com desconfiança e rebeldia, e atirou as redes às águas encrespadas.


Imediatamente começou a gritar, solicitando auxílio aos amigos que se encontravam em outro barco e correram na direção, deslizando rápidamente sobre as ondas.


Reunidos, notaram ao peso das redes, que mal podiam puxar, conseguindo repletar ambos os barcos com peixes.


Chegando à praia, ainda em aturdimento, Simão gritou, atemorizado:

—Senhor, ausenta-te de mim, que sou um pescador.


Mas, Ele, porém, misericordioso e sábio, elucidou:

—Não temas, Simão; de agora em diante, serás pescador de homens!


Agora, nada mais poderá deter a marcha da evolução. Ele não mais evitará que sejam anunciados os Seus feitos, nem comentadas as Suas ações.


A luz veio para clarear o mundo em sombras. Era a Luz que resplandece através dos milênios e não O souberam aceitar. Mas a Luz permaneceu e ressurge sempre esbatendo as sombras interiores e anunciando o Grande e Maravilhoso Dia da felicidade geral.


Os déspotas, os perversos, os ignóbeis, os bajuladores e os subservientes, os exploradores e aproveitadores do povo ignorante, os dominadores de um dia passaram, foram substituídos, odiados e esquecidos, enquanto Ele, perseguido e malsinado, obstinadamente rejeitado, prossegue chamando os homens e as mulheres à renovação.


A partir daqueles momentos, nunca mais permanecerá muito tempo em algum lugar, estará sempre mudando de caminho e praias, aportando junto aos destroçados corações.


Mateus 8:1-13 e Lucas 5:1-9


mt 8:4
Primícias do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues
A felicidade explodia em sua alma, como se uma cascata acabasse de irromper no canto de uma estrondosa sinfonia. [29]

Acontecera repentinamente.


Vira-O ao longe descendo a montanha e a multidão com Ele.


Parecia nimbado de estranha luz.


Pairava à sua volta um halo de serena tranquilidade. Algo se passara nele.


Inusitada coragem impelira-o à frente.


Até ali fora um animal desvairado, caçado e foragido. Proibido de entrar nas cidades, vagava pelos campos, quase sempre misturado à farândola dos desgraçados do seu jaez.


Quando afloraram as primeiras manchas roxas na pele tostada e as pústulas nauseabundas e doridas começaram a apodrecer o corpo, também principiara a morrer. . .


Todos o escorraçaram.


Os vínculos da família se arrebentaram e os sonhos da juventude converteram-se em trevas hediondas.


Acossado, fora expulso.


Nome, procedência, ficaram para trás.


Agora, era somente um imundo!


As dores acerbas lhe mataram a fé como trucidaram todas as esperanças.


Apátrida no berço de nascimento.


Foragido sem crime.


Confundido aos animais, cobria-se com o manto das noites estreladas e os trapos infectos, e ante o açoite dos ventos e a queda das chuvas, disputava as furnas com as feras e os detritos com os cães. . .


Perdera a faculdade de chorar.


Insensibilizara-se.


Sentia apenas sua própria dor, profunda e cruel, vergastando-o sem cessar.


* * *

— Senhor, se Tu quiseres, bem podes limpar-me! Eu creio que és Aquele que todos esperamos. Dize: quero! . . .


As lágrimas aljofraram pela vez primeira nos olhos, depois de muitos anos. A voz se estrangulou na garganta intumescida.


— Quero: sê limpo!


Um estertor nervoso sacudira-lhe todas as fibras. Um imenso descontrole tomou-lhe o organismo alquebrado.


Desejou gritar; não pôde fazê-lo.


Experimentava a sensação de uma transformação geral e violenta.


Estupefato, sem o domínio da razão, àquela hora, acompanhava, atônito, a renovação dos tecidos febris e apodrecidos que se operava celeremente.


O corpo era, novamente, um diamante na ganga dos trapos miseráveis.


Arrojou-se ao solo, "sobre o rosto" e gritou, tartamudeando:

— Que queres . . . que eu . . . faça? . . .


Oh! Infinita alegria!


Todo o seu ser fremia de júbilos.


— Não o digas a ninguém. Vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece, pela tua purificação o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.


O Estranho Rabi tornara-se diáfano. Uma beleza incomparável d’Ele se irradiava. Parecia sorrir.


A turba acercou-se, muda de espanto, e constatou-lhe a cura.


Estuante, emoções em desalinho, saiu a correr.


Mente em torvelinho, coração descompassado, voltava à cidade. . .


Antes, a pedradas fora expulso. Agora, cantando felicidade, retornava.


Pelo caminho, no entanto, sem poder guardar silêncio, contava o prodígio de que fora objeto.


A noite caíra sem preâmbulos.


A luz das estrelas longínquas o Mestre reuniu os discípulos, em agradável aconchego.


Chegada a hora do repasto e preparada a fogueira aquecedora, foram distribuídos pão e peixe defumado. Acercando-se do Rabi, Simão indagou curioso:

— Seria necessário que o leproso pagasse o tributo?


— A lei, os respeitos de justiça, respondeu Jesus.


E desejando esclarecer os companheiros não refeitos da grande emoção, prosseguiu:

— Legalmente, ele estava morto. Trazido à vida, por mercê de Nosso Pai, deverá ser reconhecido por aqueles que representam a tradição. O tributo, não o entendamos como pagamento ou louvor, puro e simples, mas como expressão de testemunho de reingresso nos estatutos dos homens.


Espicaçado pela curiosidade, André indagou:

— Será justa a recomendação de silêncio? Não se faz necessário que todos identifiquem os sinais da Mensagem de Vida, para que se disponham ao Reino de Deus que está próximo?


O Mestre espraiou os olhos em derredor, como a delimitar os sítios onde se encontrava, e redarguiu:

— Não transcorreu muito tempo, eu vos falei que sois o sal da Terra. . . . Para que serve o sal, se perde o sabor? Diluindo-se no repasto, o sal se faz presente sem alarde e todos o podem identificar. . .


E depois de uma breve pausa, como se desejasse caracterizar melhor os dias próximos, esclareceu:

— O Reino dos Céus não se fará notado pelas atrações externas.


A Terra sempre foi rica de homens e mulheres prodigiosos, profetas e rabis, curadores e adivinhos. Acima deles todos, no entanto, o Filho do Homem há velado.


E esclarecendo melhor os discípulos incipientes, prosseguiu:

— O leproso de hoje contaminou-se espiritualmente em pretérito próximo. Ontem, soberbo e egoísta, banhou-se nas lágrimas dos oprimidos, abusando do corpo como os ventos bravios das tamareiras solitárias. Retornou aos caminhos de tormento em si mesmo atormentado, para ressarcir penosamente. O legado que hoje recebeu é de responsabilidade antes que de merecimento. O Pai misericordioso não deseja a punição do filho rebelde ou ingrato, mas a sua renovação. . .


Como se consultasse o leve cicio da noite, arrematou com um acento de tristeza na voz:

— Nem todos, porém, podem isto compreender.


Neste momento, apalpando as carnes refeitas, exibe o corpo aos curiosos e fala sobre Aquele a Quem desconhece com alegria e leviandade. A cura mais importante não a experimentou: é aquela que não se restringe à forma, e sim, ao Espírito. Lavada a morfeia, ele continua leproso. Acautelai-vos do contágio das misérias que os olhos não veem, mas que entenebrecem a razão e perturbam o coração. . .


Simão, desejando mais esclarecimentos, inquiriu com respeito:

— Rabi, se o doente não se pôde beneficiar com a cura, ter-lhe-ia sido esta de utilidade?


— Simão, — respondeu, bondoso, Jesus — o Reino dos Céus é uma mensagem de amor para todos: desalentados e sofredores, atormentados e enfermos, todos receberão o convite de acordo com as suas necessidades. A nós compete espalhar as dádivas de luz e bênçãos, sem a preocupação imediata de como serão recebidas ou utilizadas. Cada coração é responsável pelas sementes que recolhe.


Fruindo a dádiva de luz, pode escolher onde entesourar as esperanças. O Sol espraia vida em todo lugar, indistintamente e, embora o pântano continue pútrido, o astro-rei insiste sobre o seu dorso, semeando a esperança onde a peste e a morte se agasalham. . .


Levantou-se e, afastando-se do grupo, em silêncio, mergulhou na noite e desapareceu.


A montanha continuava envolta em sombras, ao fundo.


Enquanto as gemas dos minutos formavam o colar dos séculos, os acontecimentos daquele dia passavam para os dias do amanhã sem-fim. . .






mt 8:5
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Os aquinhoados com a farta messe esparzida no Monte, há poucos dias, divulgam as lições que escutaram da boca do nobre Rabi.


Pastores e mulheres humildes, agricultores dos platôs e das encostas de vinhedos, das margens do lago, das férteis planícies e do vale do Jordão, pescadores do mar amigo e homens dalém, que ali se encontravam, fizeram-se naturais mensageiros das promessas de ventura com que foram aquinhoados e das bases seguras do novo Reino, de que Ele se fazia o Messias Divino.


As boas novas se desdobravam confortadoras, e magotes de sofredores acorriam de toda parte para O ouvirem e receberem das Suas mãos as migalhas de luz e as sementes da saúde que os sustentaria por muitos anos a-fio.


As dádivas de amor caíam nos corações como bagas de orvalho precioso após noite abafada, em madrugada refezante.


Multidões O acompanhavam sensibilizadas, formando expressivos grupos, jubilosos após estarem com Ele.


Ele, no entanto, não se alterava, permanecendo amigo, mas inatingível.


* * *

O dia estuava de luz de ouro, quando Ele chegou a Cafarnaum.


Amava aquela cidade onde a ternura dos corações singelos davam mostras de amor puro. Ali se refugiaria muitas vezes, encontrando a família ampliada na devoção das almas singelas que O cercavam de carinho.


Uma delegação de Judeus respeitáveis, os anciães da cidade, aproximaram-se e Lhe disseram:

— Senhor, o servo do centurião está enfermo e parece que sucumbirá se providência divina não o amparar... (Lucas 7:1-10 Mateus 8:5-13)


"Sabemos que podes fazer quanto queiras e te pedimos ir à sua casa para recuperares o seu servidor, a quem ele muito ama.


"Este é um bom centurião. Autoridade de respeito, não judeu, é "temente a Deus" e ajudou-nos, inclusive, a levantar a nossa Sinagoga.


"É amado por nossa gente... Nós te rogamos, Senhor!"

O olhar lúcido e transparente de Jesus derrama claridade envolvente sobre aqueles homens confiantes que O buscam.


Sim, já ouvira falar daquele Centurião. Homem justo sabia distribuir as leis do Império de que se fazia representante e a vara da videira que ostentava — símbolo da sua autoridade — nunca fora deslustrada por um mal proceder, no posto militar que ocupava com zelo e dedicação.


Passados alguns momentos de silêncio, em que o Mestre auscultava no recôndito do Seu ser o problema que se Lhe apresentam, concorda:

— Sim, irei até lá.


O grupo que O cerca se entreolha com espontâneo contentamento e põe-se em marcha.


Há uma envolvente melodia no ar. É primavera, e a música do vento perfumado traz o acre-doce odor das algas espalhadas nas praias imensas...


Os centuriões estarão mais de uma vez nos fastos da Boa Nova.


Após a crucificação, um deles, emocionado e convicto, confessou sem receios:

"Com efeito, Ele era o filho de Deus!" Soldado rude que presenciara repetidas cenas daquelas não se pôde furtar à apreciação do acontecimento nem conseguiu evadir-se ao contágio do Inconsumpto Amigo.


Tempos depois, Lucas anotará, nos Atos dos Apóstolos, a conversão do nobre Cornélio e dedicará emocionantes relatos à sua visão e ao seu encontro com Pedro. Mais tarde, quando Paulo é preso marchando para o martírio em Roma, sensibiliza Júlio, o centurião que comanda a hoste que o conduz, tornando-se seu amigo...


A esperança da liberdade incondicional alcança aqueles que no clima da força, impondo a dominação com o carro da guerra e com as armas da morte, sentem a asfixia do desespero e buscam a paz...


Penetra-lhes o odor da sublime paixão e renovam-se na atmosfera santificante do amor do Cristo.


Aquela Presença nunca ausente anestesia as paixões, produz alvorada estranha, grandiosa, n"alma.


* * *

Nova embaixada chega aos passos do Mestre antes que Ele alcance a vila do apelante afervorado.


— Não é necessário que te incomodes em ir até a sua casa — mandou-te dizer o centurião...


E após uma pausa, aclararam:

— Paulus reconhece a sua miserabilidade... A sua casa não é digna de Ti. Ele informa que é pecador e não se atreve a ter-Te nas sombras do seu reduto, a Ti que és o Sol do Meio-Dia...


Resfolegam, ansiosos os intermediários, para concluírem: Ele é militar: comanda e é também comandado. Dirige, mas é subordinado;


conhece de hierarquia... Ele diz ao seu subalterno: — "Vai ali!, ele vai; — Vem aqui!, ele vem; — Vai acolá! e ele atende. —" Ora. Rabi, se Tu ordenares aos Teus subalternos eles farão a Tua vontade, como os seus fazem as dele...


A emoção trabalha o grupo colhido de surpresa. Comumente os homens desejam ver para crer e vendo não creem; pedem para ouvir a fim de entenderem e escutando não compreendem; fatos e demonstrações exigem as grandes maiorias e após tê-los perdem-se no emaranhado das justificações inqualificáveis, das suspeitas calamitosas...


Há um silêncio que fala nos olhos e pelas bocas cerradas.


— Nunca vi tão grande fé em Israel...


A fase modulada com inflexão formosa nos Seus lábios é uma exaltação ao estrangeiro e uma discreta censura aos eleitos.


Tão grande fé e tão elevada consideração!


— Ide, voltai, dizei que eu quero que o seu servo sare, retome a saúde! Meus servidores já seguiram à frente: foram atender minha vontade. Dizei-lhe...


As duas embaixadas levantaram o pó do caminho, no rumo da vivenda do Chefe da Centúria, apressadamente.


— Quero! Ordeno!


O desejo continuava vibrando na acústica do momento.


Ainda não alcançaram o domicílio do romano e o ruído dos júbilos dizia à distância que o enfermo sarara e a felicidade retornara ao seu amo.


Todos aqueles que o viram, há pouco, a morrer, sorriem... e temem. Estava quase morto — agora vive!


— Eu sabia que bastaria que Ele ordenasse — repetia Paulus, comovido e confiante. Eu cria... Eu creio...


* * *

A quais servos se referira Paulus? — interrogou Simão ao anoitecer daquele dia, sob a argêntea gaze do luar e o marulhar das ondas arrebentando espumas na praia.


Não sabes que sou Rei? Não tenho falado do Reino do Amor? Os meus servos são aqueles que fazem a vontade do meu Pai e referendam, atendendo, a minha vontade, seguindo minhas ordens.


Simão o fitou, cenho carregado, interrogativo.


E para que o esclarecimento se fizesse inolvidável, o Mestre arrematou:

— Convoquei-te a pescar homens nas águas do mundo Simão faz pouco...


Esta é a minha vontade... Serás, também, logo mais, meu servo e, assim, recolherás aqueles que como Paulus estiverem soçobrando em águas torvas e agitadas. Far-me-ás a vontade: pescarás homens!


Simão compreendera. O rosto largo, requeimado, se abriu com ingênua alegria.


Nas sombras espessas sorriem estrelas — divinos diamantes em fulguração no veludo da noite — e o grande silêncio repete a palavra de ordem:

— Quero! Nunca vi igual à deste homem uma fé como esta em Israel.


O Reino se perdia já nas fronteiras indimensionais do infinito, começando a recolher os seus primeiros súditos, vassalos da felicidade, fora de Israel.


mt 8:14
Trigo de Deus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Quando o mundo conhecido situava-se praticamente às margens do Mediterrâneo, a Fenícia celebrizou-se, sobretudo, pela sua privilegiada posição geográfica, notabilizando-se, entre outras, as Colônias de Tiro e Sídon.


A primeira foi fundada, aproximadamente, no III milênio a. C, adquirindo hegemonia sobre os demais portos do país até o século XIV a.C.


Ali se encontravam as caravanas provindas de outras regiões e do deserto, tornando-se o centro de progresso do país e expandindo-o pelo Mediterrâneo.


Suas indústrias eram prósperas, e especialmente produziam tecidos, purpura, vidrarias, que eram negociados por todo o Oriente.


Cartago tornou-se-lhe a principal e fecunda Colônia, impondo-se, mais tarde, a Sídon, cerca do século IX a.C.


Lutou bravamente contra os assírios, fazendo-se respeitada nas guerras sustentadas contra Nabucodonosor e, mais tarde, Alexandre, nos séculos VI e IV respectivamente, a.C.


Fez-se parte do reino Selêucidas, e foi submetida ao império romano, a partir de 64 a.C.


Os árabes dominaram-na, desde 638 e a sua atividade comercial ficou gravemente prejudicada, começando a perder a pujança e poderio.


Renasceu o seu prestígio com a tomada pelos cruzados, em 1124, e foi beneficiada com a assistência dos venezianos em expansão na época.


Sitiada e conquistada pelos mamelucos do Egito, voltou a entrar em decadência e passou a plano secundário na História (1291).


Hoje, é conhecida como Sur e pertencente ao Líbano.


* * *

Sídon, igualmente situada em uma ilha da Fenícia, gozou de grande importância como porto próspero no Mediterrâneo, por volta do II milênio a.C. Dominada pelos filisteus, a partir de 1200 a.C., cedeu seu lugar de relevo para Tiro, que lhe rivalizava.


Vencida pelos assírios, em 678 a.C., foi arrasada por um terremoto, em 501 a.C.


Quando a Fenícia passou à dominação árabe, estes a transformaram em porto militar.


Celebrizou-se, posteriormente, pelos achados arqueológicos, em Kafer Djara, cujas necrópoles datam do II milênio a.C.


Os túmulos de paredes pintadas, pertencentes ao período helênico, foram descobertos nos contrafortes do monte Líbano, retratando o seu período de grandeza, que deslumbra os estudiosos contemporâneos.


Os vários sarcófagos encontrados, a partir do século XIX, dão ideia da opulência dos seus mandatários, alguns dos quais se encontram no museu do Louvre, em Paris (rei Eshumunazar) bem como no museu de Istambul (Tabnitz e os chamados "de Alexandre", "das Carpideiras", do "Sátrapas", "do Licio".) Atualmente pertence ao Líbano, com o nome de Saida, não gozando de maior importância.


* * *

Mais de uma vez o Evangelho refere-se às bandas de Tiro e Sídon, que Jesus percorreu nas suas contínuas peregrinações de expansão do reino de Deus.


Por serem terras estrangeiras, os judeus as tinham como gentias, não lhes merecendo os seus filhos qualquer consideração.


O Mestre terminara, como de hábito, um dos seus sermões, e as advertências verberavam a conduta farisaica.


Admoestando os hipócritas, elucidava quanto ao comportamento honorável, diante de alguns fariseus e escribas que O vieram visitar, de Jerusalém, interrogando-O com a habilidade malfazeja que os caracterizava.


O sofisma, brandindo astúcia, ainda é arma traiçoeira. A hipocrisia, que disfarça os sentimentos vis, constitui-lhe mecanismo de expressão.


Ainda hoje eles permanecem no contexto social, afligindo e zombando dos homens nobres e dos seus ideais. Ninguém lhes escapa à mordacidade ou foge da sua gratuita perseguição.


Os homens menores não perdoam os gênios, os santos, os heróis, os grandes homens, que se lhes tornam inacessíveis.


Não os podendo alcançar, por faltar-lhes a inteireza espiritual, tentam dificultar-lhes a marcha, azucrinando-os ou desejando fazê-lo, com a inveja, o ciúme, a mesquinhez que os repletam.


Jesus sofreu-os, reiteradas vezes, imarcescível e superior.


Naquele ensejo, o Senhor encerrara as suas cavilações, repetindo Isaías: — Este povo honra-me com os lábios, mas o coração está longe de mim. E vão o culto que me prestam, ensinando doutrinas que são preceitos humanos.


Deixou-os atônitos e, chamando a multidão, saiu a ensinar.


As frases e paráfrases, ricas de luz, eram enunciadas com a melodia que facultava a sua memorização.


Os conceitos, breves e diretos, mantinham um ritmo propiciatório à fixação mental.


Sem rebuços, nem rodeios, a Sua era, e é, mensagem de vida.


Escutai e tratai de compreender — disse com perspicácia.

* Não é aquilo que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que lhe sai da boca.


E porque alguém lhe informasse que os fariseus haviam ficado indignados com a Sua palavra e liberdade, Ele prosseguiu: Toda planta que não haja sido cultivada por meu Pai Celeste será arrancada. Deixai-os, são cegos a conduzirem outros cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no abismo.


É o coração, o lugar de onde procedem os sentimentos do homem e que o tornam bom ou desditoso.


O alimento que percorre o aparelho digestivo não tem interferência moral.


A gula, a prevaricação, o crime, não decorrem do tipo de alimentação usada, mas sim dos valores morais do homem. São eles que tornam impura a criatura.


Lavar as mãos, atender aos deveres externos, são cuidados sociais, de higiene, de saúde, não de comportamento ou elevação espiritual.


* * *

Dali retirando-se, Ele partiu com os discípulos para os lados de Tiro e Sídon.


Vendo-o, uma mulher cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: Tem piedade de mim, Senhor, Filho de Davi! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!


Mas Ele não respondeu palavra.


Psicólogo profundo, conhecedor da alma humana em detalhes, Jesus aguardou os acontecimentos. Sabia da impaciência, conhecia a irritabilidade dos amigos. Estas logo se manifestaram.


— Despacha-a — propuseram — porque ela persegue-nos com os seus gritos.


Jesus redargu

̈iu, então, compassivo: — Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.


A mulher, exausta, prostou-se-Lhe aos pés e suplicou:

— Socorre-me, Senhor!


Havia dores indefiníveis na rogativa.


O coração e a alma dilacerados defrontavam a esperança e a fé.


Ela sabia que Ele curaria a sua filha. Seus sentimentos maternos advinhavam-no. Esqueceu-se de si mesma, perdeu os escrúpulos, encorajou-se e enfrentou os preconceitos sórdidos.


Desejando insculpir a fogo, nas almas, a lição, Jesus pareceu indiferente e esclareceu: Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.


— E verdade, Senhor — retorquiu ela — mas, até os cachorros comem as migalhas que caem das mesas dos seus donos.


Um frêmito percorreu os presentes.


A declaração verdadeira comoveu, arrancou a solidariedade adormecida nos corações, impôs respeito.


Jesus, então, respondeu-lhe:

— O mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas.


Uma aragem branda perpassou no ar morno e agitou os cabelos do Rabi.


A estrangeira se levantou e tinha os olhos nublados de pranto.


Reconhecimento e amor eram a melodia que lhe musicava o íntimo.


A palavra estava estrangulada na garganta túrgida.


Ela correu ao lar, e a filha, antes subjugada por Espírito cruel, recebeu-a, emocionada.


E, a partir desse instante — narra a testemunha evangélica — a filha dela achou-se curada.


O poder de Jesus é a força do Seu amor. Os Mentores Nobres obedecem-nO.


Ele deseja, e servidores abnegados atendem-nO, prestimosos.


Ele dilata a Sua vontade e altera a estrutura dos seres, as circunstâncias vigentes, os eventos.


Ele é o Senhor dos Espíritos, que se Lhe submetem de imediato.


* Mateus 8:14. (Nota da Autora espiritual)



Eliseu Rigonatti

mt 8:1
O Evangelho dos Humildes

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Eliseu Rigonatti
(Mt 8:1-35; Mc 1:40-45; Lc 5:12-16)

1 E depois que Jesus desceu do monte foi muita a gente do povo que o seguiu.


2 E eis que vindo um leproso o adorava, dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar.


3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Pois eu quero. Fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra.


4 Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e faze a oferta que ordenou Moises, para lhes servir de testemunho a eles.


Fascinada pela amorosa mensagem de Jesus, muita gente o seguia. Todavia, cumpre dividir em duas classes os que seguem Jesus: a uma classe pertencem os que o seguem com os lábios, sem jamais o sentirem no coração; estes falam, mas não praticam. A outra classe é constituída pelos que seguem Jesus, esforçando-se o mais possível para viverem segundo os ensinamentos dele.


Dada a extraordinária elevação moral de Jesus e ao seu perfeito conhecimento das leis divinas, fácil lhe era movimentar poderosos recursos fluídicos, com os quais efetuava as curas. É de se notar, contudo, que o paciente devia estar em posição de receber a cura que implorava. Uma das condições que melhor predispunha o doente a merecer a cura que tanto ambicionava, era alimentar uma fé viva, que pudesse atrair o fluxo magnético que Jesus irradiava.


Aqui vemos o leproso criar a condição favorável, pois diz ao Mestre: — Se tu queres, bem me podes curar.


É como se ele afirmasse a Jesus: A minha fé em tua ação é muito grande; o resto depende de tua vontade, Senhor.


E Jesus, notando que o leproso estava suficientemente preparado pela fé, respondeu-lhe: Quero. Isto é: Agora que estás regenerado, eu posso curar-te.


A lepra pertence à categoria das moléstias expiatórias. É um dos mais dolorosos, porém, dos mais enérgicos remédios para livrar a alma de pesados débitos contraídos em existências passadas. No tribunal da justiça divina, o castigo é sempre proporcional à falta cometida. Por isso, os que são tocados por tão terrível enfermidade, é porque têm grandes contas a liquidar. Em primeiro lugar deverão dar graças ao Pai pela sublime oportunidade de resgate, que sua misericórdia lhes proporciona; depois, encherem-se de fé, paciência, coragem e resignação. Quando a vontade de Deus os chamar novamente para o mundo espiritual, deixarão na terra o miserável corpo que lhes servia de cárcere e de tormentos; e seus espíritos, purificados das manchas dos crimes das encarnações anteriores, resplandecerão luminosos e felizes.


Jesus, ao curar o leproso, não contrariou as leis divinas. As leis de Deus são imutáveis. Aconteceu que o leproso, pela sua resignação à Vontade Divina, tinha expiado suficientemente seus erros, purificando-se espiritualmente. E Jesus, vendo a fé de que o leproso estava possuído, fez com que a cura de seu espírito se refletisse em seu corpo físico.


Neste trecho aprendemos também que as expiações, isto é, os castigos não são eternos. Não há castigos eternos. O fim de uma expiação depende unicamente da força de vontade de cada um. Conformar-se com a situação em que se acha, é o primeiro passo para a cura do espírito, cura essa que, no momento oportuno, se refletirá infalívelmente no corpo físico.


O Leproso soube sofrer resignadamente e, como recompensa e exemplo, mereceu a cura que Deus lhe enviou por meio de Jesus.


O CENTURIÃO DE CAFARNAUM


(Lc 7:1-10; Jo 4:43-54)

5 Tendo porém entrado em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião, fazendo-lhe esta súplica.


6 E dizendo: Senhor, o meu criado faz em casa doente com uma paralisia e padece muito com ela.


7 Respondeu-lhe então Jesus: Eu irei e o curarei.


8 E respondendo o centurião, disse: Senhor, eu não sou digno de que entres na minha casa; porém, manda-o só com a tua palavra e o meu criado será salvo.


9 Pois eu também sou um homem sujeito a outro, que tenho soldados às minhas ordens e digo a um: Vai acolá, e ele vai; e a outro: Vem cá, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.


10 E Jesus, ouvindo-o assim falar, admirou-se e disse para os que o se guiam: Em verdade vos afirmo, que não achei tamanha fé em Israel.


11 Digo-vos, porém, que virão muitos do Oriente e do Ocidente e que se sentarão à mesa com Abrahão e Isaac e Jacob no reino dos céus.


12 Mas que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.


13 Então disse Jesus ao Centurião: Vai e faça-se segundo tu creste. E naquela mesma hora ficou são o criado.


Observemos aqui a humildade com que o centurião se dirige a Jesus. Essa humildade transparece não só das palavras do centurião, como também do ato de ele, um superior, interceder por um inferior, seu servo.


A humildade é o característico da fé sincera. Os que sabem ser verdadeiramente humildes, muito recebem; porque a humildade abre as faculdades receptivas da alma, colocando-a em posição de merecer o auxílio divino.


Nos versículos 11 e 12, Jesus quer dizer que as leis divinas, até aí conhecidas somente do povo hebreu, no futuro seriam conhecidas e praticadas por todos os povos da terra. Esta profecia de Jesus se cumpre em nossos dias.


O monoteísmo que era uma crença somente dos filhos de Israel, espalhou-se pela terra inteira. E hoje a humanidade civilizada já adora o Deus único, tornado conhecido em nosso planeta, por meio do povo israelita. E o Evangelho do Mestre já espalha sua claridade por todas as nações.


Os filhos do reino simbolizam aqueles que conhecem as leis divinas, mas não as praticam. E Jesus os adverte de que sofrerão as consequências dolorosas de seu endurecimento perante as leis do Senhor.


A SOGRA DE PEDRO


(Mc 1:29-34; Lc 4:38-41)

14 E tendo chegado Jesus à casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama e com febre.


15 E tocou-lhe na mão e a febre a deixou e ela se levantou e se pôs a servi-los.


16 Sobre a tarde porém lhe puseram diante muitos endemoninhados; e ele com sua palavra expelia os espíritos e curou todos os enfermos.


17 Para se cumprir o que estava anunciado pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.


Os endemoninhados aqui referidos eram pessoas obsidiadas; e Jesus, com sua palavra, afastava os espíritos obsessores.


Nas épocas de renovação espiritual da humanidade, multiplicam-se os casos de obsessões, como prova da imortalidade da alma. Foi o que aconteceu no tempo de Jesus: a Providência Divina permitiu as manifestações dos espíritos para chamar a atenção dos homens sobre a realidade da sobrevivência da alma, conforme Jesus ensinava.


Nos tempos modernos em que o Espiritismo por seu turno intensifica o trabalho de espiritualização do mundo, novamente se manifestam os espíritos, provando as verdades espirituais. E as manifestações mais comuns são as obsessões, que avivam a curiosidade do povo sobre os problemas da alma.


Quanto à profecia de Isaías, ela se refere à parte moral da doutrina de Jesus. Ensinando-nos as leis divinas e como praticá-las, Jesus nos deu o remédio que livra nossa alma de doenças e enfermidades morais, que nesta ou nas futuras encarnações arruinariam a saúde de nosso corpo.


Quanto à sogra de Pedro, ela foi curada pelo passe, tão comum hoje em dia nos Centros Espíritas.


COMO DEVEMOS SEGUIR A JESUS


(Lc 9:57-62)

18 Ora, vendo-se Jesus rodeado de muito povo, mandou-lhes que passassem para a banda d’além do lago.


19 Então chegando-se a de um escriba, lhe disse: Mestre, eu seguir-te-ei para onde quer que fores.


20 Ao que Jesus lhe respondeu: As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos; porém o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.


21 E outro de seus discipulos lhe disse: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar a meu Pai.


22 Mas Jesus lhe respondeu: Segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos.


Seguir a Jesus é renunciar à cobiça, à inveja, à maledicência, ao ódio, à concupiscência, à cólera, à violência, aos vícios, aos maus hábitos, as más palavras, aos maus pensamentos e aos maus atos.


Seguir a Jesus é não se apegar excessivamente aos bens deste mundo, com prejuízo dos bens espirituais.


Seguir a Jesus é esquecer-se de si mesmo, em benefício dos outros.


Conhecendo que o escriba queria segui-lo, mas ainda carregado das vaidades do mundo, Jesus lhe respondeu como se lhe dissesse: Eu, neste mundo, renunciei a tudo; como queres seguir-me se não te sujeitas a renunciar a nada?


Os que já compreendem a imortalidade da alma sabem que a morte não existe. Quem já chegou a este grau de compreensão é um vivo, porque despertou para a realidade. Os que não compreendem a imortalidade da alma é julgam que a morte é o fim de tudo, estes são os verdadeiros mortos espirituais.


Dizendo Jesus ao discípulo que o seguisse, pois os mortos cuidariam do morto, quis dizer-lhe: Tu que já sabes que a morte não existe, porque te importas tanto com ela? Deixa que se interessem pela morte os que não compreendem a verdadeira vida.


JESUS APAZIGUA A TEMPESTADE


(Mc 4:35-41; Lc 8:22-25)

23 E entrando ele numa barca, o seguiram seus discípulos.


24 E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de modo que a barca se cobria das ondas e entretanto ele dormia.


25 Então se chegaram a ele seus discípulos e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, que perecemos.


26 E Jesus lhes disse: Porque temeis, homens de pouca fé? E levantando-se pôs preceito ao mar e aos ventos e logo se seguiu uma grande bonança.


27 E os homens se admiraram, dizendo: Quem é este. Que os ventos e o mar lhe obedecem?


As chamadas forças cegas da natureza não existem. Em todos os departamentos que regulam a vida na face da terra, depararemos sempre com cooperadores espirituais. Falanges de espíritos em evolução trabalham ativamente, zelando pela manutenção dos reinos da natureza: o mineral, o vegetal e o animal. Os fenômenos atmosféricos também são presididos por plêiades de espíritos, sob orientação superior, encarregados de manterem o equilíbrio planetário.


Nem sempre compreendemos o porquê dos fenômenos, que muitas vezes causam verdadeiras calamidades em determinadas regiões do mundo. Mas o Espiritismo nos ensina que não há efeito sem causa. Por conseguinte, os fenômenos tais como: tempestades, terremotos, maremotos, inundações, são orientados por entidades espirituais, em obediência a desígnios divinos, visando o apressamento da evolução não só do planeta, como também das populações atingidas.


Jesus aqui não fez milagre ao apaziguar a tempestade. Usou apenas de seu conhecimento das forças que regem o Universo e de sua superioridade moral para ordenar aos orientadores invisíveis da atmosfera, que fizessem cessar a tempestade.


Todavia, de cada trecho do Evangelho podemos tirar proveitosos ensinamentos morais. O espírito, quando se entrega às paixões terrenas, desencadeia em seu íntimo terrível tempestade moral: a ambição o perturba, o ódio o maltrata, os vícios o escravizam, o orgulho o sufoca, seu coração se torna um mar tempestuoso. Para aplacar semelhantes tempestades da alma, o recurso é invocar a proteção de Jesus, e conformar-se com seus ensinamentos. E a consciência que se debatia qual mar encapelado e revolto, começa a abrandar, e suave paz assenhoreia-se do coração. E depois, com o coração sereno e a consciência tranquila, o espírito regenerado exclama satisfeito: Verdadeiramente Jesus aplaca as tempestades.


OS ENDEMONINHADOS GERASENOS


(Mc 5:1-20; Lc 8:26-39)

28 E quando Jesus passou à outra parte do lago, ao país dos gerasenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, que saíam dos sepulcros, em extremo furiosos, de tal maneira, que ninguém ousava passar por aqueles caminhos.


29 E gritaram logo ambos, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?


30 Ora em alguma distância deles andava uma manada de porcos pastando.


31 E os demônios o rogavam, dizendo: Se nos lanças daqui, manda-nos para a manada dos porcos.


32 E ele lhes disse: Ide. E saindo eles se foram aos porcos e no mesmo ponto toda a manada correu impetuosamente por um despenhadeiro a precipitar-se no mar; e todos morreram afogados nas águas.


33 E os pastores fugiram; e vindo à cidade, contaram tudo, e o sucesso dos que tinham sido endemoninhados.


34 E logo toda a cidade saiu a encontrar-se com Jesus; e quando o viram, pediram-lhe que se retirasse do seu termo.


É comum depararmos com espíritos obsessores que não sentem o menor desejo de se regenerarem nem de deixarem suas vítimas. Quando doutrinados, imprecam contra quem os chama ao reto caminho e tudo fazem para não escutarem palavras de bom senso. Nestes casos, o doutrinador deve possuir grande força moral para ser obedecido. Ë o que nos ensina esta passagem evangélica: os espíritos obsessores não puderam desobedecer a Jesus; porém, como não tinham vontade de se corrigirem, acharam mais fácil atormentar os porcos do que aproveitar a oportunidade de melhoria que Jesus lhe oferecia.


Como a cura dos obsidiados lhes custou a perda dos porcos, os pastores se revoltaram. Estes pastores simbolizam duas espécies de indivíduos: os que dão mais valor às coisas terrenas do que às espirituais e os que recebem graças espirituais e não sabem reconhecê-las. Os primeiros só vêem a matéria e repelem sistematicamente qualquer tentativa que vise despertá-los para a espiritualidade. Os segundos jamais se lembram de agradecer a Providência Divina pelo que recebem, como os gerasenos que não se mostraram agradecidos a Jesus, pela cura de seus endemoninhados. Ë verdade que Jesus não está à espera de agradecimentos, pois que cada um sempre receberá de acordo com seus merecimentos; contudo, o saber agradecer e ser reconhecido é prova de humildade e de elevação espiritual.


É digno de notar-se o exemplo de tolerância que Jesus nos dá: ao ser convidado a retirar-se das terras dos gerasenos, Jesus não alterca com eles nem lhes lança em rosto o benefício que tinha feito aos obsidiados que sofriam; respeita-lhes a incompreensão, perdoa-lhes a ingratidão e retira-se.



Joanna de Ângelis

mt 8:2
Convites da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 52
Página: 168
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Melancolia e inquietação em festival de sofrimento.


Neuroses e psicoses clamando a patética das dores.


Enfermidades do corpo, da mente, do espírito, em compacta carga sobre os ombros humanos.


Enfermos e hipocondríacos em tormento incessante.


Não obstante as conquistas da inteligência e os êxitos da cultura nos múltiplos campos do conhecimento, débeis são as colheitas da paz.


Triunfos externos convertidos em amargas derrotas íntimas.


Glórias e aplausos silenciados na amargura das duras soledades.


Tributos ao gozo em rios de sofrimentos. Poder, abastança, e a miséria espiando em desespero.


No entanto, a saúde buscada com avidez e pouco possuída é de fácil aquisição.


O mais poderoso contágio que existe, ainda é o da saúde.


Saúde, todavia, de dentro para fora, que produz equilíbrio e consolida tranquilidade.


Na preocupação de adquirir os valores transitórios, o homem desdenha a edificação interior, desconsiderando a capacidade íntima de produzir para a vida os tesouros incorruptíveis do espírito.


Pensamentos salutares, disciplina e comedimento de ações, exercícios oracionais, otimismo e auxílio fraterno desinteressado são poderosos, eficientes meios de ajustar e produzir a saúde nos painéis da mente e do espírito, a se refletirem, posteriormente, no psiquismo, no sentimento e no corpo. “Se quiseres" – disse o necessitado a Jesus e, querendo, o Senhor atendeu-o.


Se quiseres e envidares esforços adquirirás a saúde, palmilhando o caminho da fé enobrecida que, em te falando da imortalidade, oferece-te os imprescindíveis recursos para a perene aquisição da vida total.


mt 8:4
Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)

Categoria: Livro Espírita
Ref: 9685
Capítulo: 17
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Abstém-te de falar disto a quem quer que seja. . .


Mateus, 8:4


Todos os seres são de essência divina, porque procedentes do Psiquismo Criador, que estabelece o processo da evolução mediante as experiências infinitas do progresso incessante.


Como consequência, torna-se imperiosa a necessidade de cada qual desenvolver os sentimentos que se aprimoram, superando os atavismos que remanescem das experiências anteriores, ainda predominantes em sua natureza.


O empreendimento é desafiador, portanto, rico de oportunidades iluminativas e engrandecedoras.


Fadado a alcançar a plenitude, todo o empenho se desdobra desde a conjuntura mineral até à angelitude, que alcançará a esforço cada vez menos penoso, porque da canga, ao ser extraída a gema, se torna mais fácil facultar-lhe o brilho.


Das penosas conjunturas do começo até os momentos de sublimação, etapas se sucedem ricas de possibilidades que, aproveitadas, apressam o desabrochar dos valores adormecidos, encarregados de ampliar-se no rumo das estrelas.


A visão da Psicologia Profunda em torno do ser humano é enriquecida de esperança em favor do seu engrandecimento ético, assim como do seu crescimento intelectual, facultando as duas asas para compor a sabedoria em que se converterá, alçando voos pelo Cosmo, superados limites e fronteiras físicas.


Para esse logro, o trabalho é árduo e gratificante, porque, à medida que se libera de cada impositivo, torna-se mais factível vencer o próximo, ensejando-se mais amplos recursos de iluminação interior.


O ego em predomínio, lentamente cede espaço ao Self, que se encarrega de conduzir os pensamentos, ideais e esperanças necessárias para alcançar a meta a que está destinado.


O Cristo histórico, neste contexto, cede lugar ao Je-susHomem, mergulhado na turbamulta e entre os caprichos da mole humana, mantendo-se em neutralidade total, não obstante tomado de profunda compaixão por aqueles que O não entendiam e se engalfinhavam nas lutas ridículas das disputas transitórias pela conquista de migalhas, ouropéis, metais das entranhas da Terra, que passaram a adquirir valor relativo. . .


Aquele Jesus das teologias igrejistas, embora compadecido das multidões, parecia distante dos seus sentimentos, procurando a Sua comunhão com Deus, longe dos tormentos das massas, que se apresentavam necessitadas desse processo depurador. Colocado como redentor, liberador de culpas, também estava isento de qualquer tentação, de qualquer condição de humanidade, inalcançável pelos fenômenos do mundo, portanto, de certo modo, também, impossível de ser imitado, acompanhado, inacessível. . .


Na proposta da Psicologia Profunda, que humaniza o Vencedor de si mesmo, que triunfou sobre as conjunturas em que se encontrava graças aos valores conquistados, tornava-se companheiro do infortúnio por conhecer a sua origem e as contingências perigosas para o processo de evolução, ao mesmo tempo oferecendo recurso terapêutico para as mazelas morais e espirituais daqueles que as padeciam.


Instava com os infelizes, mesclava-se com eles, mas não se tornava um deles, porque a gema preciosa, mesmo no pântano, quando o Sol a alcança mantém o seu brilho.


Jesus é o diamante que se tornou estelar, mantendo o brilho interior, sem permitir-se ofuscar as débeis claridades individuais, no entanto, clareando as consciências e amando-as.


Todo o Seu é um ministério de esperança e de amor, de compaixão e de auxílio, movimentado pela ação do Bem, único recurso para minimizar ou anular as ocorrências dos infortúnios ocultos.


Conhecendo cada pessoa que d'Ele se acercava, graças à capacidade de penetrar o insondável do coração e da mente, sem humilhar ou jactar-se, conseguia oferecer combustível de amor para a transformação interior que se deveria operar, e quando essa não ocorria, assim mesmo estimulava o seu prosseguimento, pois que um dia seria alcançada. . .


A Sua divindade estava na essência interior d'Ele mesmo -


assim como se encontra em todos nós — mas, sobretudo, na forma de viver a Mensagem, que expressa o amor inefável de Deus pelas Suas criaturas.


Fossem conforme se apresentassem as calamidades físicas, morais, políticas, econômicas, os infortúnios de qualquer expressão, Ele se utilizava da caridade misericordiosa, entendendo a angústia e a aflição, procurando remediar, quando não as devesse eliminar, porque delas poderiam resultar abençoados frutos para o porvir de cada qual. Quantos desastres ocultos, quantos desalinhos que não chegavam a ser conhecidos, porém, foram identificados pela Sua superior qualidade espiritual!


Silenciosa ou verbalmente, contribuía para que tudo se resolvesse, sem impedir que o paciente ou a vítima oferecesse a sua contribuição de esforço e sacrifício, a fim de crescer e aprender a construir o bem em si mesmo, sem permitir-se elogios, gratidões ou aplausos, que sempre os desconsiderou.


Abstém-te de falar disto a quem quer que seja. . . impôs ao hanseniano recém curado, para evitar as louvaminhas e exaltações das multidões frívolas e interesseiras, mas aduziu: . . .


vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, afim de que lhes sirva de prova.


Não se opunha às prescrições, embora não lhes desse importância; no entanto, não criava embaraços ao comportamento da humana justiça nem da sociedade de então, farisaica e formalista.


Arrancando as pústulas em decomposição orgânica, por intermédio da renovação celular, propunha a profunda mudança de atitude mental e moral do paciente, para que os campos vibratórios modeladores da forma mantivessem o ritmo de equilíbrio para a preservação da harmonia dos órgãos.


Igualmente induzia ao respeito pelo que estava estabelecido, de modo que educasse o indivíduo para viver dignamente no grupamento social em que se encontrava.


O Seu lado humano exigia que a comunidade vivesse em equilíbrio emocional vinculada aos seus estatutos legais.


A caridade não arrosta consequências da insubordinação, do desrespeito, da agressão ao status quo, antes ilumina-o, contribui para a sua renovação incessante, por ser semelhante à luz que dilui trevas sem alarde nem violência.


A ausência de ostentação em todo o Seu ministério é a demonstração da Sua humildade e da Sua humanidade, direcionando para Deus todos os feitos, todos os resultados felizes dos empreendimentos realizados.


Ninguém se pode escusar de atender aos infortúnios ocultos, conforme Ele o fez.


Quem é falto de um sentimento de compaixão ou de misericórdia em relação a outrem, que foi colhido pelos vendavais da amargura, da desesperação ou tombou nas malhas da loucura, do abandono, da solidão?Ante o dia e a noite ricos de promessas e realizações, quem se pode considerar, humano que é, órfão de ar, de luz, de esperança, de bondade, em um mundo rico de beleza e de oportunidades enriquecedoras?


Os infortúnios ocultos encontram-se em todos os seres humanos, sem qualquer exceção. Dissimulados, escondidos, ignorados, eles são as presenças-apelos da vida para o crescimento interior, ao esforço para alcançar os patamares da paz e da alegria perfeita. Sem o seu concurso todos se contentariam com as paisagens menos belas da névoa carnal, não aspirando à ascensão nem à imortalidade!


A humanidade de Jesus está muito bem-delineada na parábola do bom samaritano, exemplo máximo de solidariedade, de elevação de sentimentos, de caridade. . . como Ele próprio o fazia.


Por isso, não é importante alguém apenas confessar-se crente em Jesus ou não, mas imitá-lo, em razão do que Ele inspira, do sentido e significado da Sua existência na Terra e da Sua passagem entre as criaturas, quando do Seu apostolado de amor, exarado nos Seus feitos e nos Seus não feitos.


Nesse contexto, Ele deixa de ser o símbolo Jesus, distante, irreal e complacente, para tornar-se o dinâmico Jesus-Homem de todos os momentos do caminho dos homens, instruindo-os, renovando-os, soerguendo-os e aguardando-os pacientemente.


O homem moderno necessita ouvir Jesus com os olhos. Sentir os exemplos que ressumam da Sua história e que estão ressuscitados nos Seus seguidores, que procuram fazer conforme Ele realizava na direção do alvo essencial, que é a libertação das paixões constritoras que remanescem no egotismo da natureza animal, transformando-se em realidade espiritual.


mt 8:8
Florações Evangélicas

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3313
Capítulo: 3
Página: 19
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
Contrapondo-se à onda crescente da loucura que irrompe avassaladora de toda parte, e domina, penetrando os lares e os destroçando, o Evangelho de Jesus, hoje como no passado, abre larga faixa para a esperança, facultando a visão de um futuro promissor onde os desassossegos do coração não terão ensejo de medrar. A par da lascívia e do moderno comércio do erotismo, que consomem as mais elevadas aspirações humanas na Indústria da devassidão, as sementes luminosas da Boa Nova, plantadas na intimidade do conjunto familiar, desdobram-se em embriões de amor que enriquecem os espíritos de paz, recuperando os homens portadores das enfermidades espirituais de longo curso e medicando-os com as dádivas da saúde. Enquanto campeia a caça desassisada aos estupefacientes e barbitúricos a os narcóticos e aos excessos do sexo em desalinho, a mensagem do Reino de Deus cada semana, na família, representa placebo valioso que consegue recompor das distonias psíquicas aqueles que jazem anestesiados sob o jugo de forças ultrizes e vingadoras de existências pretéritas. Há mais enfermos no mundo do que se supõe que existam. Isto porque, no reduto familiar raramente fecundam a conversação edificante, o entendimento fraterno, a tolerância geral, o amor desinteressado. . . Vinculados por compromissos vigorosos para a própria evolução, os espíritos reencarnam-se no mesmo grupo cromossomático, endividados entre si, para o necessário reajustamento, trazendo nos refolhos da memória espiritual as recordações traumáticas e as lembranças nefastas, deixando-se arrastar, invariavelmente, a complexos processos de obsessão recíproca, graças ao ódio mantido, às animosidades conservadas e nutridas com as altas contribuições da rebeldia e da violência. Em razão disso, o desrespeito grassa, a revolta se instala, a indiferença insiste e a aversão assoma. . . A família, em tais circunstâncias, se transforma em palco de tragédias sucessivas, quando não se faz aduana de traições e desídias. . . Estimulando os desajustes que se encontram inatos nos grupos da consanguinidade, a hodierna técnica da comunicação malsã tem conspirado poderosamente contra a paz do lar e a felicidade dos homens.
* * *

Cristo, porém, quando se adentra pelo portal do lar, modifica a paisagem espiritual do recinto. As cargas de vibrações deletérias, os miasmas da intolerância, os tóxicos nauseantes da ira, as palavras azedas vão rareando, ao suave-doce contágio do Seu amor e se modificam as expressões da desarmonia e do desconforto, produzindo natural condição de entendimento, de alegria, de refazimento. Cristo no lar significa comunhão da esperança com o amor. A Sua presença produz sinais evidentes de paz, e aqueles que antes experimentavam repulsa pelo ajuntamento doméstico descobrem sintomas de identificação, necessidade de auxílio mútuo. Com Jesus em casa acendem-se as claridades para o futuro, a iluminar as sombras que campeiam desde agora.
* * *

Abre o “livro da vida" e medita nos “ditos do Senhor" pelo menos uma vez na semana, entre aqueles que vivem contigo em conúbio familiar. Mergulha a mente nas suas lições, embriaga o espírito na esperança, sorve a água lustral da “fonte viva" generosa e abundante, esquece os painéis tumultuados que são habituais e marcha na direção da alegria. Se não consegues a companhia dos que te repartem a consanguinidade para tal ministério, não desfaleças. Faze-o, assim mesmo. Se assomam óbices inesperados não descoroçoes, insistindo, ainda assim. Se surpresas infelizes conspiram à hora do teu encontro semanal com Ele, não desesperes e retoma as tentativas, perseverando. . . Quando Cristo penetra a alma do discípulo, refá-la, quando visita a família em prece, sustenta-a. Faze do teu lar um santuário onde se possa aspirar o aroma da felicidade e fruir o néctar da paz.
* * *

Sob o dossel das estrelas, no passado, o Senhor, enquanto conosco, instaurou nos lares humildes dos discípulos o convívio da prece, da palestra edificante, inaugurando a era da convivência pacífica, da discussão produtiva, do intercâmbio com o Mundo Excelso. . . Abrindo-lhe o lar uma vez que seja, em cada sete dias, experimentarás com Ele a inexcedível ventura de aprender a amar para bem servir e crescer para a liberdade que nos alçará além e acima das próprias limitações, integrando-nos na família universal em nome do Amor de Nosso Pai.


“Senhor, não sou digno de que entr es em minha casa".

(Mateus, 8:8)


“Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a adverti-los, O mundo está abalado em seus fundamentos; reboar á o trovão. Sede firmes!"

Fénelon - (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 1º — Item 10)


mt 8:8
S.O.S. Família

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Contrapondo-se à onda crescente da loucura que irrompe avassaladora de toda parte e domina penetrando os lares e os destroçando, o Evangelho de Jesus, hoje como no passado, abre larga faixa para a esperança, facultando a visão de um futuro promissor onde os desassossegos do coração não terão ensejo de medrar.


A par da lascívia e do moderno comércio do erotismo, que consomem as mais elevadas aspirações humanas na indústria da devassidão, as sementes luminosas da Boa Nova, plantadas na intimidade do conjunto familiar, desdobram-se em embriões de amor que enriquecem os espíritos de paz, recuperando os homens portadores das enfermidades espirituais de longo curso e medicando-os com as dádivas da saúde.


Enquanto campeia a caça desassisada aos estupefacientes e barbitúricos, aos narcóticos e aos excessos do sexo em desalinho, a mensagem do Reino de Deus cada semana, na família, representa remédio valioso que consegue recompor das distonias psíquicas aqueles que jazem anestesiados sob o jugo de forças ultrizes e vingadoras de existências pretéritas.


Há mais enfermos no mundo do que se supõe que existam.


Isto porque, no reduto familiar raramente fecundam a conversação edificante, o entendimento fraterno, a tolerância geral, o amor desinteressado...


Vinculados por compromissos vigorosos para a própria evolução, os Espíritos reencarnam-se no mesmo grupo cromossomático, endividados entre si, para o necessário reajustamento, trazendo nos refolhos da memória espiritual as recordações traumáticas e as lembranças nefastas, deixando-se arrastar, invariavelmente, a complexos processos de obsessão recíproca, graças ao ódio mantido, às animosidades conservadas e nutridas com as altas contribuições da rebeldia e da violência.


Em razão disso, o desrespeito grassa, a revolta se instala, a indiferença insiste e a aversão assoma...


A família, em tais circunstâncias, se transforma em palco de tragédias sucessivas, quando não se faz aduana de traições e insídias...


Estimulando os desajustes que se encontram inatos nos grupos da consanguinidade, a hodierna técnica da comunicação malsã tem conspirado poderosamente contra a paz do lar e a felicidade dos homens.


Cristo, porém, quando se adentra pelo portal do lar, modifica a paisagem espiritual do recinto.


As cargas de vibrações deletérias, os miasmas da intolerância, os tóxicos nauseantes da ira, as palavras azedas vão rareando, ao suave-doce contágio do Seu e se modificam as expressões da desarmonia e do desconforto, produzindo natural condição de entendimento, de alegria, de refazimento.


Cristo no lar significa comunhão da esperança com o amor.


A Sua presença produz sinais evidentes de paz, e aqueles que antes experimentavam repulsa pelo ajuntamento doméstico descobrem Sintomas de identificação, necessidade de auxílio mútuo.


Com Jesus em casa acendemse as claridades para o futuro, a iluminar as sombras que campeiam desde agora.


Abre o "livro da vida" e medita nos "ditos do Senhor" pelo menos uma vez na semana, entre aqueles que vivem Contigo em conúbio familiar.


Mergulha a mente nas suas lições, embriaga o espírito na esperança, sobre a água lustral da "fonte viva" generosa e abundante, esquece os painéis tumultuados que são habituais e marcha na direção da alegria.


Se não consegues a companhia dos que te repartem a consanguinidade para tal ministério, não desfaleças.


Faze-o, assim mesmo.


Se assomam óbices inesperados não descoroçoes, insistindo, ainda assim.


Se surpresas infelizes Conspiram à hora do teu encontro semanal com Ele, não desesperes e retoma as tentativas, perseverando Quando Cristo penetra a alma do discípulo, refá-la, quando visita a família em prece, sustenta-a.


Faze do teu lar um santuário onde se possa aspirar o aroma da felicidade e fruir o néctar da paz.


Sob o dossel das estrelas, no passado, o Senhor, enquanto conosco, instaurou nos lares humildes dos discípulos o convívio da prece, da palestra edificante, inaugurando a era da convivência pacífica, da discussão produtiva, do intercâmbio com o Mundo Excelso...


Abrindo-lhe o lar uma vez que seja, em cada sete dias, experimentarás com Ele a inexcedível ventura de aprender a amar para bem servir e crescer para a liberdade que nos alçará além e acima das próprias limitações, integrando-nos na família universal em nome do Amor de Nosso Pai.


Joanna de Ângelis


"Senhor, não sou digno de que entres em minha casa. " Mateus: capítulo 8º, versículo 8. (Mt 8:8) "Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas.


Esse dia foi o do advento do Cristo.


Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia.


Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a adverti-los.


O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão.


Sede firmes!" Capítulo 1 — Item 10.


mt 8:20
Atitudes Renovadas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Estabeleceu-se, ao largo dos tempos, que o indivíduo dotado de personalidade é aquele em quem o ego exerce predominância.


O seu caráter forte deve assinalar-se pela força do seu querer e do seu poder, graças a cujos valores tem facilidade para vencer obstáculos e triunfar no grupo social no qual se encontra.


Aqueloutros, no entanto, que são portadores de sentimentos nobres e gentis, possuidores da capacidade de servir e de amar, são tidos como portadores de fraquezas, e, muitas vezes, são encarados como vítimas de distúrbios de conduta psicológica.


O indivíduo forte e valoroso, nesse conceito, é aquele que se destaca pela firmeza e mesmo pela prepotência que exterioriza em relação aos demais.


A primazia do ego, no entanto, é defluente da construção dos interesses pessoais imediatos, em detrimento daqueles de natureza geral, de maior amplitude social e humana.


Em face da ilusão sobre a permanência do conjunto somático em que o Espírito se movimenta na Terra, fixam-se-lhe equivocadas impressões de perenidade em torno de tudo quanto, afinal, é transitório.


A ideia falsa em torno do prazer estimula a ambição pela posse e a consequente conduta que impõe o amealhar de coisas a que atribui exagerado valor.


E essa sensação da posse que desenvolve a ditadura do ego no comportamento dos indivíduos e das coletividades.


O ego, no entanto, não passa de um constructo mental destituído de realidade.


Quando acredita que o corpo é seu, que suas são a consciência e demais expressões da vida física, emocional e mental, demonstra a incoerência em que se sustenta, porquanto é incapaz de comandálos, sendo, pelo contrário, dirigido pelas suas forças biológicas...


Nada obstante, a educação incorreta que lhe trabalhou a personalidade gera dificuldades nos relacionamentos e os apegos produzem inveja, competição, insegurança, geradores de sofrimentos desnecessários. Esse sofrimento é sempre resultado da constatação da impermanência das posses e dos limites que as caracterizam, porque são impróprias para preencher o vazio existencial, trabalhar a harmonia interna, satisfazer as ambições que sempre se renovam e se multiplicam em incessante sofreguidão...


O portador de um ego acentuado, quando observa uma obra de arte que o deslumbra, sente o desejo de possuída. Antes, porém, de fazê-lo, se por qualquer ocorrência a mesma se arrebenta ou incendeia, é tomado por um sentimento de frustração e de pena, logo seguindo adiante. No entanto, se a houvesse adquirido antes e a visse destruir-se, a dor moral pela perda seria de grande porte, dando lugar à sensação de vulnerabilidade e de incapacidade para deter o que lhe escapou das mãos.


Ninguém, desse modo, é dono de nada, possuindo somente aquilo que não lhe pode ser tomado ou destruído, que tem inquestionável existência real.


Muitas vezes, um choque, um encontrão com outrem, ou um golpe qualquer, mesmo não intencional, produz dor, tornando-se lamentável ocorrência, porém, a irritação que de algo tão sem importância resulta gera ulceração no ego, que é tomado de revolta e sente-se magoado. Isto porque, a dor física logo passa, mas o ego ferido guarda ressentimento, desejo de desforço, aborrecimento...


Tudo, portanto, no mundo objetivo, é ilusão, e essa é a grande responsável pelo desejo que se frustra e produz sofrimento.


A superação do ego torna-se essencial para a aquisição da felicidade, da alegria de viver, do bem-estar.


O que se tem transita por várias mãos, entretanto, o que se é, resultado das aquisições morais, torna-se permanente, proporciona harmonia e predispõe ao prosseguimento das realizações.


* * *

Há uma necessidade inconsciente no ego para possuir, para apegar-se, para lutar pela posse, para gerar conflitos e dominar.


Fixado na aparência das coisas, esquece-se da essência, do conteúdo de tudo, da finalidade existencial que é maior do que a transitória jornada física.


Quando o ser se conscientiza de que se encontra no mundo em aprendizagem de rápido curso, consegue valorizar o que tem significado real e aquilo que somente se expressa em aparência.


A liberdade pela qual todos lutam, a fim de consegui-la, deve iniciar-se no íntimo, mediante a superação da posse das suas mazelas que fortalecem os sentimentos egotistas e aprisionam nas paixões do ter.


Usando o de que se dispõe e liberando-se da sua dominação, consegue-se, a pouco e pouco, vencer o tormento íntimo que escraviza as pessoas às coisas, às circunstâncias e às posições, facultando trânsito ideal por todo lado.


Jesus, por exemplo, sendo o Senhor do Orbe, esteve entre os homens e as mulheres, alimentou-se com eles, conviveu e sofreu, sempre livre, totalmente voltado para a Realidade espiritual.


A sua herança para a humanidade foram os exemplos, os ditos e os não ditos, o poema de vida e de amor que ainda hoje iluminam as mentes e harmonizam os corações que O buscam.


Estimar as coisas sem as supervalorizar, considerando que o tempo as modifica, as destrói, as consome, é a melhor conduta.


Quando se está fixado somente nelas, ainda se estagia na infância espiritual.


E a ilusão que se mantém em torno das posses que se transforma em dor e angústia, quando a realidade se apresenta. Não apenas em relação ao ter, mas também no que diz respeito a determinadas sensações do prazer nos relacionamentos, nas afeições, nas posições de destaque, na exibição de títulos e valores, no apego ao eu transitório.


— Acumulai tesouros nos Céus — disse Jesus — onde nem a traça, nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam, porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Mateus 8:20-21).


* * *

Onde se situa o ego, senão na área da imaginação?!


Ele não tem existência real, semelhando-se à névoa que o Sol dissolve, à sombra que a luz anula, ao sonho que a realidade dilui...


O esforço em favor do autoconhecimento, que ajuda a discernir aquilo que é utópico do verdadeiro, é que traça o caminho para uma existência saudável e feliz.


O antídoto, portanto, do ego, na sua ditadura existencial, é o amor na sua gloriosa missão de despertamento da consciência para o altruísmo, para a ideal convivência com o outro, o seu próximo, para a valorização do que é de significado real e permanente.


Buscar, portanto, o reino de Deus, que também se encontra no imo, é o recurso mais eficaz para libertar-se da infeliz ditadura que amarfanha os sentimentos e entenebrece a razão...



Vinícius

mt 8:2
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21
Página: 57
Vinícius

A verdade não é aquilo que nos convém, nem o que nos interessa, nem o que nos é afim, nem mesmo aquilo que podemos aceitar com simpatia.


A verdade é o que é: é a realidade viva e crua, consoante a revelação, que os fatos atestam tantas vezes se apele para seu testemunho.


A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.


A verdade não se acomoda ao homem, nem às coisas desta vida. O homem é que se há-de acomodar a ela, se a quiser conhecer e possuir.


A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.


Quem desconhece a verdade é indigno da mesma verdade, porque só a desconhecem aqueles que a rejeitam. E homens há que tão repetidamente a têm repudiado que acabam por não saber mais o que ela seja, como sucedeu a Pilatos.


A sociedade é composta de Pilatos em sua maioria, originando-se daí as intermináveis controvérsias e querelas em torno das questões claras e simples.


Os homens perderam a noção da verdade; tantas vezes a sacrificaram em prol de seus mesquinhos interesses. Não obstante, o mundo precisa da verdade, e sem ela não pode passar.


Os homens empregam mil engenhos, e mil artifícios para sustentar o regime da mentira, cujos proventos imaginam fruir; mas as coisas se vão complicando de tal maneira, que num dado momento não haverá mais engenho nem artifício capaz de suster a falsa situação em que se colocam; tal é a origem das grandes comoções sociais.


A verdade, às vezes, custa tudo o que possuímos. Tal é a interpretação das palavras do grande Mestre da Verdade: "Quem não abre mão de tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. "

Emmanuel

mt 8:3
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 37
Página: 91
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: quero; sê limpo.” — (Mt 8:3)


Meditemos na grandeza e na sublimidade das mãos que se estendem para o bem…

Mãos que aram a terra, preparando a colheita…

Mãos que constroem lares e escolas, cidades e nações…

Mãos que escrevem, amando em louvor do conhecimento…

Mãos que curam na medicina, que plasmam a riqueza da ciência e da indústria, que asseguram o reconforto e o progresso…

Todas elas se abrem, generosas, na direção do infinito, gerando aperfeiçoamento e tranquilidade, reconhecimento e alegria, conjugando-se, abnegadas, para a extensão das bênçãos de Sabedoria e de Amor na Obra de Deus.


Mas pensemos também nas mãos que se estendem para as sombras do mal…

Mãos que recolhem o ouro devido ao trabalho em favor de todos, transformando-se em garras de usura…

Mãos que acionam apetrechos de morte, convertendo-se em conchas de sangue e lágrimas…

Mãos que se agitam na mímica estudada de quantos abusam da multidão para conduzi-la à indisciplina em proveito próprio…

Mãos que ferem, que coagulam o fel da calúnia em forma de letras, que amaldiçoam, que envenenam e que cultuam a inércia…

Todas elas se cerram sobre si mesmas em círculos de aflição e remorso pelos quais se aprisionam ás trevas do sofrimento.


Reparemos, assim, a que forças da vida estendemos as nossas mãos.

Jesus, o Mestre Divino, passou no mundo estendendo-as no auxílio a todos, ensinando e ajudando, curando e afagando, aliviando corpos enfermos e levantando almas caídas, e, para mostrar-nos o supremo valor das mãos consagradas ao bem constante, preferiu morrer na cruz, de mãos estendidas, como que descerrando o coração pleno de amor à Humanidade inteira.




(Reformador, julho de 1958, p. 146)


mt 8:3
Segue-me

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Página: 57
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade.” — JESUS (Jo 16:13)


O caminho de toda a Verdade é Jesus Cristo. O Mestre veio ao mundo instalar essa verdade para que os homens fossem livres e organizou o programa dos cooperadores de seu divino trabalho, para que se preparasse convenientemente o caminho infinito. No fim da estrada colocou a redenção e deu às criaturas o amor como guia.

Conforme sabemos, o guia é um só para todos. E vieram os homens para o serviço divino. Com os cooperadores vinham, porém, os gênios sombrios, que se ombreavam com eles nas cavernas da ignorância.

A religião, como expressão universalista do amor, que é o guia, pairou sempre pura acima das misérias que chegaram ao grande campo; mas este ficou repleto das absurdidades. O caminho foi quase obstruído.

A ambição exigiu impostos dos que desejavam passar, o orgulho reclamou a direção dos movimentos, a vaidade pediu espetáculos, a conveniência requisitou máscaras, a política inferior estabeleceu guerras, a separatividade provocou a hipnose do sectarismo.

O caminho ficou atulhado de obstáculos e sombras e o interessado, que é o espírito humano, encontra óbices infinitos para a passagem.

O quadro representa uma resposta a quantos perguntarem sobre os propósitos do Espiritismo cristão, sendo que o homem já conhece todos os deveres religiosos. Ele é aquele Espírito de Verdade que vem lutar contra os gênios sombrios que vieram das cavernas da ignorância e invadiram o campo do Cristo.

Mas, guerrear como? Jesus não pediu a morte de ninguém. Sim, o Espírito de Verdade vem como a luz que combate e vence as sombras, sem ruídos. Sua missão é transformar, iluminando o caminho para que os homens vejam o amor, que constitui o guia único para todos, até a redenção.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem publicada originalmente em abril de 1941 pela FEB no Reformador e é também a 186ª lição do 4º volume do  livro “”


mt 8:3
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 224
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: quero; sê limpo.” — (Mt 8:3)


Meditemos na grandeza e na sublimidade das mãos que se estendem para o bem…

Mãos que aram a terra, preparando a colheita…

Mãos que constroem lares e escolas, cidades e nações…

Mãos que escrevem, amando em louvor do conhecimento…

Mãos que curam na medicina, que plasmam a riqueza da ciência e da indústria, que asseguram o reconforto e o progresso…

Todas elas se abrem, generosas, na direção do infinito, gerando aperfeiçoamento e tranquilidade, reconhecimento e alegria, conjugando-se, abnegadas, para a extensão das bênçãos de Sabedoria e de Amor na Obra de Deus.


Mas pensemos também nas mãos que se estendem para as sombras do mal…

Mãos que recolhem o ouro devido ao trabalho em favor de todos, transformando-se em garras de usura…

Mãos que acionam apetrechos de morte, convertendo-se em conchas de sangue e lágrimas…

Mãos que se agitam na mímica estudada de quantos abusam da multidão para conduzi-la à indisciplina em proveito próprio…

Mãos que ferem, que coagulam o fel da calúnia em forma de letras, que amaldiçoam, que envenenam e que cultuam a inércia…

Todas elas se cerram sobre si mesmas em círculos de aflição e remorso pelos quais se aprisionam ás trevas do sofrimento.


Reparemos, assim, a que forças da vida estendemos as nossas mãos.

Jesus, o Mestre Divino, passou no mundo estendendo-as no auxílio a todos, ensinando e ajudando, curando e afagando, aliviando corpos enfermos e levantando almas caídas, e, para mostrar-nos o supremo valor das mãos consagradas ao bem constante, preferiu morrer na cruz, de mãos estendidas, como que descerrando o coração pleno de amor à Humanidade inteira.




(Reformador, julho de 1958, p. 146)


mt 8:5
Antologia Mediúnica do Natal

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 75
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Reunião pública de 18 de Dezembro de 1959

de “O Livro dos Espíritos”


Senhor Jesus!

Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.

Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.

Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.

Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.

Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.

Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.

Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime… Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.

No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!

A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, (Mc 10:46) “o homem de mão mirrada”, (Mt 12:9) “o servo do centurião”, (Mt 8:5) “o mancebo rico”, (Lc 18:18) “a mulher cananeia”, (Mt 15:21) “o gago de Decápolis”, (Mc 7:31) “a sogra de Pedro”, (Mt 8:14) “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”… (Jo 11:1)

Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.

É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, (Lc 2:1) repetimos em prece:

— Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!…




Essa é a 75ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.


mt 8:5
Religião dos espíritos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 90
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Reunião pública de 18 de Dezembro de 1959

de “O Livro dos Espíritos”


Senhor Jesus!

Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.

Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.

Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.

Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.

Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.

Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.

Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime… Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.

No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!

A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, (Mc 10:46) “o homem de mão mirrada”, (Mt 12:9) “o servo do centurião”, (Mt 8:5) “o mancebo rico”, (Lc 18:18) “a mulher cananeia”, (Mt 15:21) “o gago de Decápolis”, (Mc 7:31) “a sogra de Pedro”, (Mt 8:14) “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”… (Jo 11:1)

Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.

É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, (Lc 2:1) repetimos em prece:

— Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!…




Essa é a 75ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.


mt 8:10
Rumo Certo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 39
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

(O Evangelho )


O Universo vive em regime de fé.

Em semelhante sistema, a Terra gira sobre si mesma e avança, a pleno espaço cósmico, através de ciclos perfeitos de movimento e vida.

Automaticamente, os átomos efetuam as transformações que lhes são peculiares, sustentando a economia da natureza.

De maneira mecânica, a planta se desenvolve na direção do sol.

O animal promove a formação do próprio ninho, valendo-se de princípios da inteligência.

Claramente possível classificar a gravitação como sendo confiança sabiamente orientada; a atração definindo a confiança magneticamente dirigida; o heliotropismo expressando a confiança no impulso, e a inteligência rudimentar exprimindo-se em grau determinado da confiança instintiva.


Paradoxalmente, apenas o homem por vezes se declara sem fé; no entanto, mesmo sem fé,

   ele pensa, confiando nos implementos do cérebro;

   fala, confiando nas cordas vocais;

   pratica o artesanato, confiando nas mãos;

   alimenta-se, confiando no engenho gastrintestinal;

   caminha, confiando nos pés;

   viaja, confiando naqueles que lhe orientam as máquinas;

   estuda, confiando nos professores;

   traça programas de ação, confiando em horários.


Tudo na vida se harmoniza em recursos de confiança.

Atualmente, porém, a Doutrina Espírita vem acordar as criaturas para a fé raciocinada, que não dispensa a lógica e o discernimento precisos, a fim de que a consciência humana se eduque suficientemente, sem a ingenuidade que a tudo se submete e sem a violência que a tudo aspira dominar.



mt 8:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 68
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Barnabé e Saulo, tendo cumprido o serviço, regressaram de Jerusalém, levando consigo a João, cognominado Marcos. — (At 12:25)


A ausência eventual de Simão transformara a estrutura da obra evangélica. Aos dois recém-chegados tudo parecia inferior e diferente. Barnabé, sobretudo, notara algo em particular. É que o filho de Alfeu, elevado à chefia provisória, não os convidou para se hospedarem na igreja. À vista disso, o discípulo de Pedro foi procurar a casa de sua irmã , mãe do futuro evangelista, que os recebeu com grande júbilo. Saulo sentiu-se bem no ambiente de fraternidade pura e simples. Barnabé, por sua vez, reconheceu que a casa da irmã se tornara o ponto predileto dos irmãos mais dedicados ao Evangelho. Ali se reuniam, à noite, às ocultas, como se a verdadeira igreja de Jerusalém houvesse transferido sua sede para um reduzido círculo familiar. Observando as assembleias íntimas do santuário doméstico, o ex-rabino . Tudo era afabilidade, carinho, acolhimento. A mãe de era uma das discípulas mais desassombradas e generosas. Reconhecendo as dificuldades dos irmãos de Jerusalém, não vacilara em colocar seus bens à disposição de todos os necessitados, nem hesitou em abrir as portas para que as reuniões evangélicas, em sua feição mais pura, não sofressem solução de continuidade.


A palestra de Saulo impressionou-a vivamente. Seduziam-na, sobretudo, as descrições do ambiente fraternal da igreja antioquiana, cujas virtudes Barnabé não cessava de glosar instantemente.

Maria expôs ao irmão o seu grande sonho. Queria dar o filho, ainda muito jovem, a Jesus. De há muito vinha preparando o menino para o apostolado. Todavia, Jerusalém afogava-se em lutas religiosas, sem tréguas. As perseguições surgiam e ressurgiam. A organização cristã da cidade experimentava profundas alternativas. Só a paciência de Pedro conseguia manter a continuidade do ideal divino. Não seria melhor que João Marcos se transferisse para Antioquia, junto do tio? Barnabé não se opôs ao plano da irmã entusiasmada. O jovem, a seu turno, seguia as conversações, mostrando-se satisfeito. Chamado a opinar, Saulo percebeu que os irmãos deliberavam sem consultar o interessado. O rapaz acompanhava os projetos, sempre jovial e sorridente. Foi aí que o ex-doutor da Lei, profundo conhecedor da alma humana, desviou a palavra, procurando interessá-lo mais diretamente.

— João — disse bondosamente —, sentes, de fato, verdadeira vocação para o ministério?

— Sem dúvida! — confirmou o adolescente algo perturbado.

— Mas, como defines teus propósitos? — tornou a perguntar o ex-rabino.

— Penso que o ministério de Jesus é uma glória — respondeu um tanto acanhado sob o exame daquele olhar ardente e inquiridor.


Saulo refletiu um instante e sentenciou:

— Teus intuitos são louváveis, mas é preciso não esqueceres que a mínima expressão de glória mundana apenas chega após o serviço. Se assim acontece no mundo, que não será com o trabalho para o Reino do Cristo? Mesmo porque, na Terra, todas as glórias passam e a de Jesus é eterna!…

O jovem anotou a observação e, embora desconcertado pela profundez dos conceitos, acrescentou:

— Sinto-me preparado para os labores do Evangelho e, além disso, mamãe faz muito gosto que eu aprenda os melhores ensinamentos nesse sentido, a fim de tornar-me um pregador das verdades de Deus.


Maria Marcos olhou o filho cheia de maternal orgulho. Saulo percebeu a situação, teve um dito alegre e depois acentuou:

— Sim, as mães sempre nos desejam todas as glórias deste e do outro mundo. Por elas, nunca haveria homens perversos. Mas, no que nos diz respeito, convém lembrar as tradições evangélicas. Ainda ontem, lembrei a generosa inquietação da esposa de Zebedeu, ansiosa pela glorificação dos filhinhos!… (Mt 20:20) Jesus lhe recebeu os anseios maternais, mas, não deixou de lhe perguntar se os candidatos ao Reino estavam devidamente preparados para beber do seu cálice… E, ainda agora, vimos que o cálice reservado a Tiago continha vinagre tão amargo quanto o da cruz do Messias!…


Todos silenciaram, mas Saulo continuou em tom prazenteiro, modificando a impressão geral:

— Isto não quer dizer que devamos desanimar ante as dificuldades, para aliciar as glórias legítimas do Reino de Jesus. Os obstáculos renovam as forças. A finalidade divina deve representar nosso objetivo supremo. Se assim pensares, João, não duvido de teus futuros triunfos.

Mãe e filho sorriram tranquilos.

Ali mesmo, combinaram a partida do jovem, em companhia de Barnabé. O tio discorreu ainda sobre as disciplinas indispensáveis, o espírito de sacrifício reclamado pela nobre missão. Naturalmente, se Antioquia representava um ambiente de profunda paz, era também um núcleo de trabalhos ativos e constantes. João precisaria esquecer qualquer expressão de esmorecimento, para entregar-se, de alma e corpo, ao serviço do Mestre com absoluta compreensão dos deveres mais justos.

O rapaz não hesitou nos compromissos, sob o olhar amorável de sua mãe, que lhe buscava amparar as decisões com a coragem sincera do coração devotado a Jesus.


Dentro de poucos dias os três demandavam a formosa cidade do Orontes. 

Enquanto João Marcos extasiava-se na contemplação das paisagens, Saulo e Barnabé entretinham-se em longas palestras, relativamente aos interesses gerais do Evangelho. O ex-rabino voltava sumamente impressionado com a situação da igreja de Jerusalém. Desejaria sinceramente ir até Jope, para avistar-se com Simão Pedro. No entanto, os irmãos dissuadiram-no de o fazer. As autoridades mantinham-se vigilantes. A morte do Apóstolo chegara a ser reclamada por vários membros do Sinédrio e do Templo. Qualquer movimento mais importante, no caminho de Jope, poderia dar azo à tirania dos prepostos herodianos.

— Francamente — dizia Saulo a Barnabé, mostrando-se apreensivo —, regresso de ânimo quase abatido aos nossos serviços de Antioquia. Jerusalém dá impressão de profundo desmantelo e acentuada indiferença pelas lições do Cristo. As altas qualidades de Simão Pedro, na chefia do movimento, não me deixam dúvidas; mas precisamos cerrar fileiras em torno dele. Mais que nunca me convenço da sublime realidade de que Jesus veio ao que era seu, mas não foi compreendido.


— Sim — obtemperava o ex-levita de Chipre, desejoso de dissipar as apreensões do companheiro —, confio, antes de tudo, no Cristo; depois, espero muito de Pedro…

— Entretanto — insinuava o outro sem vacilar —, precisamos considerar que em tudo deve existir uma pauta de equilíbrio perfeito. Nada poderemos fazer sem o Mestre, mas não é lícito esquecer que Jesus instituiu no mundo uma obra eterna e, para iniciá-la escolheu doze companheiros. Certo, estes nem sempre corresponderam à expectativa do Senhor; contudo, não deixaram de ser os escolhidos. Assim, também precisamos examinar a situação de Pedro. Ele é, sem contestação, o chefe legítimo do colégio apostólico, por seu espírito superior afinado com o pensamento do Cristo em todas as circunstâncias; mas, de modo algum poderá operar sozinho. Como sabemos, dos doze amigos de Jesus, quatro ficaram em Jerusalém, com residência fixa. João foi obrigado a retirar-se; Filipe compelido a abandonar a cidade, com a família; Tiago volta aos poucos para as comunidades farisaicas. Que será de Pedro se lhe faltar a cooperação devida?


Barnabé pareceu meditar seriamente.

— Tenho uma ideia que parece vir de Mais Alto — disse o ex-doutor da Lei sinceramente comovido.

E continuou:

— Suponho que o Cristianismo não atingirá seus fins, se esperarmos tão só dos israelitas anquilosados no orgulho da Lei. Jesus afirmou que seus discípulos viriam do Oriente e do Ocidente. (Mt 8:11) Nós, que pressentimos a tempestade, e eu, principalmente, que a conheço nos seus paroxismos, por haver desempenhado o papel de verdugo, precisamos atrair esses discípulos. Quero dizer, Barnabé, que temos necessidade de buscar os gentios onde quer que se encontrem. Só assim reintegrar-se-á o movimento em função de universalidade.

O discípulo de Simão Pedro fez um movimento de espanto.


O ex-rabino percebeu o gesto de estranheza e ponderou de modo conciso:

— É natural prever com isso muitos protestos e lutas enormes; no entanto, não consigo vislumbrar outros recursos. Não é justo esquecer os grandes serviços da igreja de Jerusalém aos pobres e necessitados, e creio mesmo que a assistência piedosa dos seus trabalhos tem sido, muitas vezes, sua tábua de salvação. Existem, porém, outros setores de atividade, outros horizontes essenciais. Poderemos atender a muitos doentes, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados na Terra. Na tarefa cristã, semelhante esforço não poderá ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve estar em primeiro lugar. Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado. A compreensão do Evangelho e da exemplificação do Mestre renovaria as noções de dor e sofrimento. O necessitado encontraria recursos no próprio esforço, o doente sentiria, na enfermidade mais longa, um escoadouro das imperfeições; ninguém seria mendigo, porque todos teriam luz cristã para o auxílio mútuo, e, por fim, os obstáculos da vida seriam amados como corrigendas benditas de Pai amoroso a filhos inquietos.


Barnabé pareceu entusiasmar-se com a ideia. Mas, depois de pensar um minuto, acrescentou:

— Entretanto, esse empreendimento não deveria partir de Jerusalém?

— Penso que não — sentenciou Saulo, de pronto. — Seria absurdo agravar as preocupações de Pedro. Excede a tudo esse movimento de pessoas necessitadas e abatidas, convergentes de todas as províncias, a lhe baterem às portas. Simão está impossibilitado para o desdobramento dessa tarefa.


— Mas, e os outros companheiros? — inquiriu Barnabé revelando espírito de solidariedade.

— Os outros, certo, hão de protestar. Principalmente agora, que o judaísmo vai absorvendo os esforços apostólicos, é justo prever muitos clamores. Contudo, a própria Natureza dá lições neste sentido. Não clamamos tanto contra a dor? E quem nos traz maiores benefícios? Às vezes, nossa redenção está naquilo mesmo que antes nos parecia verdadeira calamidade. É indispensável sacudir o marasmo da instituição de Jerusalém, chamando os incircuncisos, os pecadores, os que estejam fora da Lei. De outro modo dentro de alguns poucos anos, Jesus será apresentado como aventureiro vulgar. Naturalmente, depois da morte de Simão, os adversários dos princípios ensinados pelo Mestre acharão grande facilidade em deturpar as anotações de Levi. A Boa Nova será aviltada e, se alguém perguntar pelo Cristo, daqui a cinquenta anos, terá como resposta que o Mestre foi um criminoso comum, a expiar na cruz os desvios da vida. Restringir o Evangelho a Jerusalém será condená-lo à extinção, no foco de tantos dissídios religiosos, sob a política mesquinha dos homens. Necessitamos levar a notícia de Jesus a outras gentes, ligar as zonas de entendimento cristão, abrir estradas novas… Será mesmo justo que também façamos anotações do que sabemos de Jesus e de sua divina exemplificação. Outros discípulos, por exemplo, poderiam escrever o que viram e ouviram, pois, com a prática, vou reconhecendo que Levi não anotou mais amplamente o que se sabe do Mestre. Há situações e fatos que não foram por ele registrados. Não conviria também que Pedro e João anotassem suas observações mais íntimas? Não hesito em afirmar que os pósteros hão de rebuscar muitas vezes a tarefa que nos foi confiada.


Barnabé rejubilava-se com perspectivas tão sedutoras. As advertências de Saulo eram mais que justas. Haveria que prestar informações amplas ao mundo.

— Tens razão — disse admirado —, precisamos pensar nesses serviços, mas como?

— Ora — esclareceu Saulo tentando aplainar as dificuldades —, se quiseres chefiar qualquer esforço neste sentido, podes contar com a minha cooperação incondicional. Nosso plano seria desenvolvido na organização de missões abnegadas, sem outro fito que servir, de forma absoluta, à difusão da Boa Nova do Cristo. Começaríamos, por exemplo, em regiões não de todo desconhecidas, formaríamos o hábito de ensinar as verdades evangélicas aos mais vários agrupamentos; em seguida, terminada essa experiência, demandaríamos outras zonas, levaríamos a lição do Mestre a outras gentes…


O companheiro ouvia-o, afagando sinceras esperanças. Tomado de novo ânimo, disse ao convertido de Damasco, esboçando o primeiro número do programa:

— De há muito, Saulo, tenho necessidade de voltar à minha terra, a fim de resolver certos problemas de família. Quem sabe poderíamos iniciar o serviço apostólico através das aldeias e cidades de Chipre?  Conforme o resultado, prosseguiríamos por outras zonas. Estou informado de que a região em que demora Antioquia da Pisídia  é habitada por gente simples e generosa, e suponho que colheríamos belos resultados no empreendimento.

— Poderás contar comigo — respondeu Saulo de Tarso, resoluto. — A situação requer o concurso de irmãos corajosos e a igreja do Cristo não poderá vencer com o comodismo. Comparo o Evangelho a um campo infinito, que o Senhor nos deu a cultivar. Alguns trabalhadores devem ficar ao pé dos mananciais, velando-lhes a pureza, outros revolvem a terra em zonas determinadas; mas não há dispensar a cooperação dos que precisam empunhar instrumentos rudes, desfazer cipoais intensos, cortar espinheiros para ensolarar os caminhos.


Barnabé reconheceu a excelência do projeto, mas considerou:

— Todavia, temos ainda a examinar a questão do dinheiro. Tenho alguns recursos, mas insuficientes para atender a todas as despesas. Por outro lado, não seria possível sobrecarregar as igrejas…

— Absolutamente! — adiantou o ex-rabino — onde estacionarmos, poderei exercer o meu ofício. Por que não? Qualquer aldeia paupérrima tem sempre teares de aluguel. Montarei, então, uma tenda móvel!

Barnabé achou graça no expediente e ponderou:

— Teus sacrifícios não serão pequenos. Não receias as dificuldades imprevisíveis?

— Por quê? — interrogou Saulo com firmeza. — Certo, se Deus não me permitiu a vida em família foi para que me dedicasse exclusivamente ao seu serviço. Por onde passarmos, montaremos a tenda singela. E onde não houver tapetes a consertar e a tecer, haverá sandálias.


O discípulo de Simão Pedro entusiasmou-se. O resto da viagem foi dedicado aos projetos da futura excursão. Havia, entretanto, uma coisa a considerar. Além da necessidade de submeter o plano à aprovação da igreja de Antioquia, era indispensável pensar no jovem João Marcos. Barnabé procurou interessar o sobrinho nas conversações. Em breve, o rapaz convenceu-se de que deveria incorporar-se à missão, caso a assembleia antioquiana não a desaprovasse Interessou-se por todas as minúcias do programa tracejado. Seguiria o trabalho de Jesus, fosse onde fosse.

— E se houver muitos obstáculos? — perguntou Saulo avisadamente.

— Saberei vencê-los — respondeu João, convicto.

— Mas é possível venhamos a experimentar dificuldades sem conta — continuava o ex-rabino preparando-lhe o espírito. Se o Cristo, que era sem pecado, encontrou uma cruz entre apodos e flagelos, quando ensinava as verdades de Deus, que não devemos esperar em nossa condição de almas frágeis e indigentes?

— Hei de encontrar as forças necessárias.

Saulo contemplou-o, admirado da firme resolução que suas palavras deixaram transparecer, e observou:

— Se deres um testemunho tão grande como a coragem que revelas, não tenho dúvidas quanto à grandeza de tua missão.


Entre confortadoras esperanças, o projeto terminou com formosas perspectivas de trabalho para os três. […]




O texto de Atos registra de maneira concisa o encontro de Paulo, Barnabé e João Marcos, que viria a ser o futuro evangelista. O texto de Emmanuel revela a relação de parentesco entre Barnabé e João Marcos, as razões que motivaram o jovem João a seguir com os dois emissários de retorno para Antioquia e as preocupações de Paulo, com os desafios que enfrentariam e que, mais tarde, levariam João a abandonar a comitiva, retornando ao lar materno, conforme At 13:13.

(Paulo e Estêvão, FEB Editora. , pp. 285 a 292. Indicadores 20 a 37)


mt 8:11
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Transformado em rude operário, Saulo de Tarso apresentava notável diferença fisionômica. Acentuara-se-lhe a feição de asceta. Os olhos, contudo, denunciando o homem ponderado e resoluto, revelavam igualmente uma paz profunda e indefinível.

Compreendendo que a situação não lhe permitia idealizar grandes projetos de trabalho, contentava-se em fazer o que fosse possível. Sentia prazer em testemunhar a mudança de conduta aos antigos camaradas de triunfo, por ocasião das festividades tarsenses. Orgulhava-se, quase, de viver do modesto rendimento do seu árduo labor. Vezes várias, ele próprio atravessava as praças mais frequentadas, carregando pesados fardos de pelo caprino. Os conterrâneos admiravam a atitude humilde, que era agora o seu traço dominante. As famílias ilustres contemplavam-no com piedade. Todos os que o conheceram na fase áurea da juventude, não se cansavam de lamentar aquela transformação. A maioria tratava-o como alienado pacífico. Por isso, nunca faltavam encomendas ao tecelão das proximidades do Tauro. A simpatia dos seus concidadãos, que jamais lhe compreenderiam integralmente as ideias novas, tinha a virtude de amplificar seu esforço, aumentando-lhe os parcos recursos. Ele, por sua vez, vivia tranquilo e satisfeito. O programa de Abigail constituía permanente mensagem ao seu coração. Levantava-se, todos os dias, procurando amar a tudo e a todos; para prosseguir nos caminhos retos, trabalhava ativamente. Se lhe chegavam desejos ansiosos, inquietações para intensificar suas atividades fora do tempo apropriado bastava esperar; se alguém dele se compadecia, se outros o apelidavam de louco, desertor ou fantasista, procurava esquecer a incompreensão alheia com o perdão sincero, refletindo nas vezes muitas que, também ele, ofendera os outros, por ignorância. Estava sem amigos, sem afetos, suportando os desencantos da soledade que, se não tinha companheiros carinhosos, também não necessitava temer os sofrimentos oriundos das amizades infiéis. Procurava encontrar no dia o colaborador valioso que não lhe subtraía as oportunidades. Com ele tecia tapetes complicados, barracas e tendas, exercitando-se na paciência indispensável aos trabalhos outros que ainda o esperavam nas encruzilhadas da vida. A noite era a bênção do espírito. A existência corria sem outros pormenores de maior importância, quando, um dia, foi surpreendido com a visita inesperada de .


O ex-levita de Chipre  encontrava-se em Antioquia,  a braços com sérias responsabilidades. A igreja ali fundada reclamava a cooperação de servos inteligentes. Inúmeras dificuldades espirituais a serem resolvidas, intensos serviços a fazer. A instituição fora iniciada por discípulos de Jerusalém,  sob os alvitres generosos de . O ex-pescador de Cafarnaum  ponderou que deveriam aproveitar o período de calma, no capítulo das perseguições, para que os laços do Cristo fossem dilatados. Antioquia era dos maiores centros operários. Não faltavam contribuintes para o custeio das obras, porque o empreendimento grandioso tivera repercussão nos ambientes de trabalho mais humildes; entretanto escasseavam os legítimos trabalhadores do pensamento. Ainda, aí, entrou a compreensão de Pedro para que não faltasse ao tecelão de Tarso o ensejo devido. Observando as dificuldades, depois de indicar Barnabé para a direção do núcleo do “”, aconselhou-o a procurar o convertido de Damasco, a fim de que sua capacidade alcançasse um campo novo de exercício espiritual.


Saulo recebeu o amigo com imensa alegria.

Vendo-se lembrado pelos irmãos distantes, tinha a impressão de receber um novo alento.

O companheiro expôs o elevado plano da igreja que lhe reclamava o concurso fraterno, o desdobramento dos serviços, a colaboração constante de que poderiam dispor para a construção das obras de Jesus-Cristo. Barnabé exaltou a dedicação dos homens humildes que cooperavam com ele. A instituição, todavia, reclamava irmãos dedicados, que conhecessem profundamente a e o , a fim de não ser prejudicada a tarefa da iluminação intelectual.

O ex-rabino edificou-se com a narração do outro e não teve dúvidas em atender ao apelo. Apenas apresentava uma condição, qual a de prosseguir no seu ofício, de maneira a não ser pesado aos seus confrades de Antioquia. Inútil qualquer objeção de Barnabé, nesse sentido.


Pressuroso e prestativo, Saulo de Tarso em breve se instalava em Antioquia, onde passou a cooperar ativamente com os amigos do Evangelho. Durante largas horas do dia, consertava tapetes ou se entretinha no trabalho de tecelagem. Destarte, ganhava o necessário para viver, tornando-se um modelo no seio da nova igreja. Utilizando o grande cabedal de experiências já adquirido nas refregas e padecimentos do mundo, jamais o viam ocupar os primeiros lugares. Nos Atos dos Apóstolos, vemos-lhe o nome citado sempre por último, quando se referem aos colaboradores de Barnabé. Saulo havia aprendido a esperar. Na comunidade, preferia os labores mais simples. Sentia-se bem, atendendo aos doentes numerosos. Recordava Simão Pedro e procurava cumprir os novos deveres na pauta da bondade despretensiosa embora imprimindo em tudo o traço da sua sinceridade e franqueza, quase ásperas.


A igreja não era rica, mas a boa vontade dos componentes parecia provê-la de graças abundantes.

Antioquia, cidade cosmopolita, tornara-se um foco de grandes devassidões. Na sua paisagem enfeitada de mármores preciosos, que deixavam entrever a opulência dos habitantes, proliferava toda a espécie de abusos. Os fortunosos entregavam-se aos prazeres licenciosos, desenfreadamente. Os bosques artificiais reuniam assembleias galantes, onde criminosa tolerância caracterizava todos os propósitos. A riqueza pública ensejava grandes possibilidades às extravagâncias. A cidade estava cheia de mercadores que se guerreavam sem tréguas, de ambições inferiores, de dramas passionais. Mas, diariamente, à noite, se reuniam, na casa singela onde funcionava a célula do “Caminho”, grandes grupos de pedreiros, de soldados paupérrimos, de lavradores pobres, ansiosos todos pela mensagem de um mundo melhor. As mulheres de condição humilde compareciam, igualmente, em grande número. A maioria dos frequentadores interessavam-se por conselhos e consolações, remédios para as chagas do corpo e do espírito.


Geralmente, eram Barnabé e Manahen os pregadores mais destacados, ministrando o Evangelho às assembleias heterogêneas. Saulo de Tarso limitava-se a cooperar. Ele mesmo notara que Jesus, por certo, recomendara absoluto recomeço em suas experiências. Certa feita, fez o possível por conduzir as pregações gerais, mas nada conseguiu. A palavra, tão fácil noutros tempos, parecia retrair-se-lhe na garganta. Compreendeu que era justo padecer as torturas do reinício, em virtude da oportunidade que não soubera valorizar. Não obstante as barreiras que se antepunham às suas atividades, jamais se deixou avassalar pelo desânimo. Se ocupava a tribuna, tinha extrema dificuldade na interpretação das ideias mais simples. Por vezes, chegava a corar de vergonha ante o público que lhe aguardava as conclusões com ardente interesse, dada a fama de pregador de Moisés, no Templo  de Jerusalém. Além disso, o sublime acontecimento de Damasco cercava-o de nobre e justa curiosidade. O próprio Barnabé, várias vezes, surpreendera-se com a sua dialética confusa na interpretação dos Evangelhos e refletia na tradição do seu passado como rabino, que não chegara a conhecer pessoalmente, e na timidez que o assomava, justo no momento de conquistar o público. Por esse motivo, foi afastado discretamente da pregação e aproveitado noutros misteres. Saulo, porém, compreendia e não desanimava. Se não era possível regressar, de pronto, ao labor da pregação, preparar-se-ia, de novo, para isso. Nesse intuito retinha irmãos humildes na sua tenda de trabalho e, enquanto as mãos teciam com segurança, entabulava conversas sobre a missão do Cristo. À noite, promovia palestras na igreja com a cooperação de todos os presentes. Enquanto não se organizava a direção superior para o trabalho das assembleias, sentava-se com os operários e soldados que compareciam em grande número. Interessava a atenção das lavadeiras, das jovens doentes, das mães humildes. Lia, às vezes, trechos da Lei e do Evangelho, estabelecia comparações, provocava pareceres novos. Dentro daquelas atividades constantes, a lição do Mestre parecia sempre tocada de luzes progressivas. Em breve, o ex-discípulo de tornava-se um amigo amado de todos. Saulo sentia-se imensamente feliz. Tinha enorme satisfação sempre que via a tenda pobre repleta de irmãos que o procuravam, tomados de simpatia. As encomendas não faltavam. Havia sempre trabalho suficiente para não se tornar pesado a ninguém. Ali conheceu Trófimo,  que lhe seria companheiro fiel em muitos transes difíceis; ali abraçou Tito,  pela primeira vez, quando esse abnegado colaborador mal saía da infância.


A existência, para o ex-rabino, não podia ser mais tranquila nem mais bela. Era-lhe o dia cheio das notas harmoniosas do trabalho digno e construtivo; à noite, recolhia-se à igreja em companhia dos irmãos, entregando-se prazenteiro às lides sublimes do Evangelho.

A instituição de Antioquia era, então, muito mais sedutora que a própria igreja de Jerusalém. Vivia-se ali num ambiente de simplicidade pura, sem qualquer preocupação com as disposições rigoristas do judaísmo. Havia riqueza, porque não faltava trabalho. Todos amavam as obrigações diuturnas, aguardando o repouso da noite nas reuniões da igreja, qual uma bênção de Deus. Os israelitas, distantes do foco das exigências farisaicas, cooperavam com os gentios, sentindo-se todos unidos por soberanos laços fraternais. Raríssimos os que falavam na circuncisão e que, por constituírem fraca minoria, eram contidos pelo convite amoroso à fraternidade e à união. As assembleias eram dominadas por ascendentes profundos de amor espiritual. A solidariedade estabelecera-se com fundamentos divinos. As dores e os júbilos de um pertenciam a todos. A união de pensamentos em torno de um só objetivo dava ensejo a formosas manifestações de espiritualidade. Em noites determinadas, havia fenômenos de “”. A instituição de Antioquia foi um dos raros centros apostólicos onde semelhantes manifestações chegaram a atingir culminância indefinível. A fraternidade reinante justificava essa concessão do Céu. Nos dias de repouso, a pequena comunidade organizava estudos evangélicos no campo. A interpretação dos ensinos de Jesus era levada a efeito em algum recanto ameno e solitário da Natureza, quase sempre às margens do Orontes. 


Saulo encontrara em tudo isso um mundo diferente. A permanência em Antioquia era interpretada como um auxílio de Deus. A confiança recíproca, os amigos dedicados, a boa compreensão, constituem alimento sagrado da alma. Procurava valer-se da oportunidade, a fim de enriquecer o celeiro íntimo.

A cidade estava repleta de paisagens morais menos dignas, mas o grupo humilde dos discípulos anônimos aumentava sempre em legítimos valores espirituais.


A igreja tornou-se venerável por suas obras de caridade e pelos fenômenos de que se constituíra organismo central.

Viajantes ilustres visitavam-na cheios de interesse. Os mais generosos faziam questão de lhe amparar os encargos de benemerência social. Foi aí que surgiu, certa vez, um médico muito jovem, de nome . De passagem pela cidade, aproximou-se da igreja animado por sincero desejo de aprender algo de novo. Sua atenção fixou-se, de modo especial, naquele homem de aparência quase rude, que fermentava as opiniões, antes que Barnabé empreendesse a abertura dos trabalhos. Aquelas atitudes de Saulo, evidenciando a preocupação generosa de ensinar e aprender simultaneamente, impressionaram-no a ponto de apresentar-se ao ex-rabino, desejoso de ouvi-lo com mais frequência.

— Pois não — disse o Apóstolo satisfeito —, minha tenda está às suas ordens.

E enquanto permaneceu na cidade, ambos se empenhavam diariamente em proveitosas palestras, concernentes ao ensino de Jesus. Retomando aos poucos seu poder de argumentação, Saulo de Tarso não tardou a incutir no espírito de Lucas as mais sadias convicções. Desde a primeira entrevista, o hóspede de Antioquia não mais perdeu uma só daquelas assembleias simples e construtivas. Na véspera de partir, fez uma observação que modificaria para sempre a denominação dos discípulos do Evangelho.


Barnabé havia terminado os comentários da noite, quando o médico tomou a palavra para despedir-se. Falava emocionado e, por fim, considerou acertadamente:

— Irmãos, afastando-me de vós, levo o propósito de trabalhar pelo Mestre, empregando nisso todo o cabedal de minhas fracas forças. Não tenho dúvida alguma quanto à extensão deste movimento espiritual. Para mim, ele transformará o mundo inteiro. Entretanto, pondero a necessidade de imprimirmos a melhor expressão de unidade às suas manifestações. Quero referir-me aos títulos que nos identificam a comunidade. Não vejo na palavra “” uma designação perfeita, que traduza o nosso esforço. Os discípulos do Cristo são chamados “viajores”, “peregrinos”, “caminheiros”. Mas há viandantes e estradas de todos os matizes. O mal tem, igualmente, os seus caminhos. Não seria mais justo chamarmo-nos — cristãos — uns aos outros? Este título nos recordará a presença do Mestre, nos dará energia em seu nome e caracterizará, de modo perfeito, as nossas atividades em concordância com os seus ensinos.


A sugestão de Lucas foi aprovada com geral alegria. O próprio Barnabé abraçou-o, enternecidamente, agradecendo o acertado alvitre, que vinha satisfazer a certas aspirações da comunidade inteira. Saulo consolidou suas impressões excelentes, a respeito daquela vocação superior que começava a exteriorizar-se.

No dia seguinte, o novo convertido despediu-se do ex-rabino com lágrimas de reconhecimento. Partiria para a Grécia, mas fazia questão de lembrá-lo em todos os pormenores da nova tarefa. Da porta de sua tenda rústica, o ex-doutor da Lei contemplou o vulto de Lucas até que desaparecesse ao longe, voltando ao tear, de olhos úmidos. Gratamente emocionado reconhecia que, no trato do Evangelho, aprendera a ser amigo fiel e dedicado. Cotejava os sentimentos de agora com as concepções mais antigas e verificava profundas diferenças. Outrora, suas relações se prendiam a conveniências sociais, os afeiçoados vinham e seguiam sem deixar grandes sinais em sua alma vibrátil; agora, o coração renovara-se em Jesus-Cristo, tornara-se mais sensível em contato com o divino, as dedicações sinceras insculpiam-se nele para sempre.


O alvitre de Lucas estendeu-se rapidamente a todos os núcleos evangélicos, inclusive Jerusalém, que o recebeu com especial simpatia. Dentro de breve tempo, em toda parte, a palavra “cristianismo” substituía a palavra “caminho”.

A igreja de Antioquia continuava oferecendo as mais belas expressões evolutivas. De todas as grandes cidades afluíam colaboradores sinceros. As assembleias estavam sempre cheias de revelações. Numerosos irmãos profetizavam, animados do Espírito-Santo.  Foi aí que Agabo, grande inspirado pelas forças do Plano superior, recebeu a mensagem referente às tristes provações de que Jerusalém seria vítima. Os orientadores da instituição ficaram sobremaneira impressionados. Por insistência de Saulo, Barnabé expediu um mensageiro a Simão Pedro, enviando notícias e exortando-o à vigilância. O emissário regressou, trazendo a impressão de surpresa do ex-pescador, que agradecia os apelos generosos.


Com efeito, daí a meses, um portador da igreja de Jerusalém chegava apressadamente a Antioquia, trazendo notícias alarmantes e dolorosas Em longa missiva, Pedro relatava a Barnabé os últimos fatos que o acabrunhavam. Escrevia na data em que , filho de Zebedeu, sofrera a pena de morte, em grande espetáculo público. não lhe tolerara as pregações cheias de sinceridade e apelos justos. O irmão de João vinha da Galileia com a primitiva franqueza dos anúncios do novo Reino. Inadaptado ao convencionalismo farisaico, levara muito longe o sentido de suas exortações profundas. Verificou-se perfeita repetição dos acontecimentos que assinalaram a morte de . Os Judeus exasperaram-se contra as noções de liberdade religiosa. Sua atitude, sincera e simples, foi levada à conta de rebeldia. Tremendas perseguições irromperam sem tréguas. A mensagem de Pedro relatava também as penosas dificuldades da igreja. A cidade sofria fome e epidemias. Enquanto a perseguição cruel apertava o cerco, inumeráveis filas de famintos e doentes batiam-lhe às portas. O ex-pescador solicitava de Antioquia os socorros possíveis.


Barnabé apresentou as notícias de alma confrangida. A laboriosa comunidade solidarizou-se, de bom grado, para atender a Jerusalém.

Recolhidas as cotas de auxílio, o ex-levita de Chipre prontificou-se a ser o portador da resposta da igreja; Barnabé, porém, não poderia partir só. Surgiram dificuldades na escolha do companheiro necessário. Sem hesitar, Saulo de Tarso ofereceu-se para lhe fazer companhia. Trabalhava por conta própria — explicou aos amigos — e desse modo poderia tomar a iniciativa de acompanhar Barnabé, sem esquecer as obrigações que ficavam à sua espera.

O discípulo de Simão Pedro alegrou-se. Aceitou, jubiloso, o oferecimento.

Daí a dois dias, ambos demandavam Jerusalém corajosamente. A jornada era assaz difícil, mas os dois venceram os caminhos no menor prazo de tempo.


Imensas surpresas aguardavam os emissários de Antioquia, que já não encontraram em Jerusalém. As autoridades haviam efetuado a prisão do ex-pescador de Cafarnaum,  logo após a dolorosa execução do filho de Zebedeu. Amargas provações haviam caído sobre a igreja e seus discípulos. Saulo e Barnabé foram recebidos especialmente por Prócoro,  que os informou de todos os sucessos. Por haver solicitado pessoalmente o cadáver de para dar-lhe sepultura, Simão Pedro fora preso, sem compaixão e com todo o desrespeito, pelos criminosos sequazes de Herodes. Mas, dias depois, um anjo visitara o cárcere do Apóstolo, (At 12:6) restituindo-o à liberdade. O narrador referiu-se ao feito, com os olhos fulgurantes de fé. Contou o júbilo dos irmãos quando Pedro surgiu à noite com o relato da sua libertação. Os companheiros mais ponderados induziram-no, então, a sair de Jerusalém e esperar na igreja incipiente de Jope  a normalidade da situação. Prócoro contou como o Apóstolo relutara em aquiescer a esse alvitre dos mais prudentes. e haviam partido. As autoridades apenas toleravam a igreja em consideração à personalidade de , que, pelas suas atitudes de profundo ascetismo impressionava a mentalidade popular, criando em torno dele uma atmosfera de respeito intangível. Na mesma noite da libertação, por atender-lhe a insistência, Pedro fora conduzido à igreja pelos amigos. Desejava ficar, despreocupado das consequências; mas, quando viu a casa cheia de enfermos, de famintos, de mendigos andrajosos, houve de ceder a Tiago a direção da comunidade e partir para Jope, a fim de que os pobrezinhos não tivessem a situação agravada por sua causa.


Saulo mostrava-se grandemente impressionado com tudo aquilo. Junto de Barnabé, tratou logo de ouvir a palavra de Tiago, o filho de Alfeu. O Apóstolo recebeu-os de bom grado, mas, podiam-se-lhe notar desde logo os receios e inquietações. Repetiu as informações de Prócoro, em voz baixa, como se temesse a presença de delatores; alegou a necessidade de transigência com as autoridades; invocou o precedente da morte do filho de Zebedeu; referiu-se às modificações essenciais que introduzira na igreja. Na ausência de Pedro, criara novas disciplinas. Ninguém poderia falar do sem referir-se à . As pregações só poderiam ser ouvidas pelos circuncisos. A igreja estava equiparada às sinagogas. Saulo e o companheiro ouviram-no com grande surpresa. Entregaram-lhe em silêncio o auxílio financeiro de Antioquia.


A ausência eventual de Simão transformara a estrutura da obra evangélica. Aos dois recém-chegados tudo parecia inferior e diferente. Barnabé, sobretudo, notara algo em particular. É que o filho de Alfeu, elevado à chefia provisória, não os convidou para se hospedarem na igreja. À vista disso, o discípulo de Pedro foi procurar a casa de sua irmã , mãe do futuro evangelista, que os recebeu com grande júbilo. Saulo sentiu-se bem no ambiente de fraternidade pura e simples. Barnabé, por sua vez, reconheceu que a casa da irmã se tornara o ponto predileto dos irmãos mais dedicados ao Evangelho. Ali se reuniam, à noite, às ocultas, como se a verdadeira igreja de Jerusalém houvesse transferido sua sede para um reduzido círculo familiar. Observando as assembleias íntimas do santuário doméstico, o ex-rabino . Tudo era afabilidade, carinho, acolhimento. A mãe de era uma das discípulas mais desassombradas e generosas. Reconhecendo as dificuldades dos irmãos de Jerusalém, não vacilara em colocar seus bens à disposição de todos os necessitados, nem hesitou em abrir as portas para que as reuniões evangélicas, em sua feição mais pura, não sofressem solução de continuidade.


A palestra de Saulo impressionou-a vivamente. Seduziam-na, sobretudo, as descrições do ambiente fraternal da igreja antioquiana, cujas virtudes Barnabé não cessava de glosar instantemente.

Maria expôs ao irmão o seu grande sonho. Queria dar o filho, ainda muito jovem, a Jesus. De há muito vinha preparando o menino para o apostolado. Todavia, Jerusalém afogava-se em lutas religiosas, sem tréguas. As perseguições surgiam e ressurgiam. A organização cristã da cidade experimentava profundas alternativas. Só a paciência de Pedro conseguia manter a continuidade do ideal divino. Não seria melhor que João Marcos se transferisse para Antioquia, junto do tio? Barnabé não se opôs ao plano da irmã entusiasmada. O jovem, a seu turno, seguia as conversações, mostrando-se satisfeito. Chamado a opinar, Saulo percebeu que os irmãos deliberavam sem consultar o interessado. O rapaz acompanhava os projetos, sempre jovial e sorridente. Foi aí que o ex-doutor da Lei, profundo conhecedor da alma humana, desviou a palavra, procurando interessá-lo mais diretamente.

— João — disse bondosamente —, sentes, de fato, verdadeira vocação para o ministério?

— Sem dúvida! — confirmou o adolescente algo perturbado.

— Mas, como defines teus propósitos? — tornou a perguntar o ex-rabino.

— Penso que o ministério de Jesus é uma glória — respondeu um tanto acanhado sob o exame daquele olhar ardente e inquiridor.


Saulo refletiu um instante e sentenciou:

— Teus intuitos são louváveis, mas é preciso não esqueceres que a mínima expressão de glória mundana apenas chega após o serviço. Se assim acontece no mundo, que não será com o trabalho para o Reino do Cristo? Mesmo porque, na Terra, todas as glórias passam e a de Jesus é eterna!…

O jovem anotou a observação e, embora desconcertado pela profundez dos conceitos, acrescentou:

— Sinto-me preparado para os labores do Evangelho e, além disso, mamãe faz muito gosto que eu aprenda os melhores ensinamentos nesse sentido, a fim de tornar-me um pregador das verdades de Deus.


Maria Marcos olhou o filho cheia de maternal orgulho. Saulo percebeu a situação, teve um dito alegre e depois acentuou:

— Sim, as mães sempre nos desejam todas as glórias deste e do outro mundo. Por elas, nunca haveria homens perversos. Mas, no que nos diz respeito, convém lembrar as tradições evangélicas. Ainda ontem, lembrei a generosa inquietação da esposa de Zebedeu, ansiosa pela glorificação dos filhinhos!… (Mt 20:20) Jesus lhe recebeu os anseios maternais, mas, não deixou de lhe perguntar se os candidatos ao Reino estavam devidamente preparados para beber do seu cálice… E, ainda agora, vimos que o cálice reservado a Tiago continha vinagre tão amargo quanto o da cruz do Messias!…


Todos silenciaram, mas Saulo continuou em tom prazenteiro, modificando a impressão geral:

— Isto não quer dizer que devamos desanimar ante as dificuldades, para aliciar as glórias legítimas do Reino de Jesus. Os obstáculos renovam as forças. A finalidade divina deve representar nosso objetivo supremo. Se assim pensares, João, não duvido de teus futuros triunfos.

Mãe e filho sorriram tranquilos.

Ali mesmo, combinaram a partida do jovem, em companhia de Barnabé. O tio discorreu ainda sobre as disciplinas indispensáveis, o espírito de sacrifício reclamado pela nobre missão. Naturalmente, se Antioquia representava um ambiente de profunda paz, era também um núcleo de trabalhos ativos e constantes. João precisaria esquecer qualquer expressão de esmorecimento, para entregar-se, de alma e corpo, ao serviço do Mestre com absoluta compreensão dos deveres mais justos.

O rapaz não hesitou nos compromissos, sob o olhar amorável de sua mãe, que lhe buscava amparar as decisões com a coragem sincera do coração devotado a Jesus.


Dentro de poucos dias os três demandavam a formosa cidade do Orontes. 

Enquanto João Marcos extasiava-se na contemplação das paisagens, Saulo e Barnabé entretinham-se em longas palestras, relativamente aos interesses gerais do Evangelho. O ex-rabino voltava sumamente impressionado com a situação da igreja de Jerusalém. Desejaria sinceramente ir até Jope, para avistar-se com Simão Pedro. No entanto, os irmãos dissuadiram-no de o fazer. As autoridades mantinham-se vigilantes. A morte do Apóstolo chegara a ser reclamada por vários membros do Sinédrio e do Templo. Qualquer movimento mais importante, no caminho de Jope, poderia dar azo à tirania dos prepostos herodianos.

— Francamente — dizia Saulo a Barnabé, mostrando-se apreensivo —, regresso de ânimo quase abatido aos nossos serviços de Antioquia. Jerusalém dá impressão de profundo desmantelo e acentuada indiferença pelas lições do Cristo. As altas qualidades de Simão Pedro, na chefia do movimento, não me deixam dúvidas; mas precisamos cerrar fileiras em torno dele. Mais que nunca me convenço da sublime realidade de que Jesus veio ao que era seu, mas não foi compreendido.


— Sim — obtemperava o ex-levita de Chipre, desejoso de dissipar as apreensões do companheiro —, confio, antes de tudo, no Cristo; depois, espero muito de Pedro…

— Entretanto — insinuava o outro sem vacilar —, precisamos considerar que em tudo deve existir uma pauta de equilíbrio perfeito. Nada poderemos fazer sem o Mestre, mas não é lícito esquecer que Jesus instituiu no mundo uma obra eterna e, para iniciá-la escolheu doze companheiros. Certo, estes nem sempre corresponderam à expectativa do Senhor; contudo, não deixaram de ser os escolhidos. Assim, também precisamos examinar a situação de Pedro. Ele é, sem contestação, o chefe legítimo do colégio apostólico, por seu espírito superior afinado com o pensamento do Cristo em todas as circunstâncias; mas, de modo algum poderá operar sozinho. Como sabemos, dos doze amigos de Jesus, quatro ficaram em Jerusalém, com residência fixa. João foi obrigado a retirar-se; Filipe compelido a abandonar a cidade, com a família; Tiago volta aos poucos para as comunidades farisaicas. Que será de Pedro se lhe faltar a cooperação devida?


Barnabé pareceu meditar seriamente.

— Tenho uma ideia que parece vir de Mais Alto — disse o ex-doutor da Lei sinceramente comovido.

E continuou:

— Suponho que o Cristianismo não atingirá seus fins, se esperarmos tão só dos israelitas anquilosados no orgulho da Lei. Jesus afirmou que seus discípulos viriam do Oriente e do Ocidente. (Mt 8:11) Nós, que pressentimos a tempestade, e eu, principalmente, que a conheço nos seus paroxismos, por haver desempenhado o papel de verdugo, precisamos atrair esses discípulos. Quero dizer, Barnabé, que temos necessidade de buscar os gentios onde quer que se encontrem. Só assim reintegrar-se-á o movimento em função de universalidade.

O discípulo de Simão Pedro fez um movimento de espanto.


O ex-rabino percebeu o gesto de estranheza e ponderou de modo conciso:

— É natural prever com isso muitos protestos e lutas enormes; no entanto, não consigo vislumbrar outros recursos. Não é justo esquecer os grandes serviços da igreja de Jerusalém aos pobres e necessitados, e creio mesmo que a assistência piedosa dos seus trabalhos tem sido, muitas vezes, sua tábua de salvação. Existem, porém, outros setores de atividade, outros horizontes essenciais. Poderemos atender a muitos doentes, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados na Terra. Na tarefa cristã, semelhante esforço não poderá ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve estar em primeiro lugar. Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado. A compreensão do Evangelho e da exemplificação do Mestre renovaria as noções de dor e sofrimento. O necessitado encontraria recursos no próprio esforço, o doente sentiria, na enfermidade mais longa, um escoadouro das imperfeições; ninguém seria mendigo, porque todos teriam luz cristã para o auxílio mútuo, e, por fim, os obstáculos da vida seriam amados como corrigendas benditas de Pai amoroso a filhos inquietos.


Barnabé pareceu entusiasmar-se com a ideia. Mas, depois de pensar um minuto, acrescentou:

— Entretanto, esse empreendimento não deveria partir de Jerusalém?

— Penso que não — sentenciou Saulo, de pronto. — Seria absurdo agravar as preocupações de Pedro. Excede a tudo esse movimento de pessoas necessitadas e abatidas, convergentes de todas as províncias, a lhe baterem às portas. Simão está impossibilitado para o desdobramento dessa tarefa.


— Mas, e os outros companheiros? — inquiriu Barnabé revelando espírito de solidariedade.

— Os outros, certo, hão de protestar. Principalmente agora, que o judaísmo vai absorvendo os esforços apostólicos, é justo prever muitos clamores. Contudo, a própria Natureza dá lições neste sentido. Não clamamos tanto contra a dor? E quem nos traz maiores benefícios? Às vezes, nossa redenção está naquilo mesmo que antes nos parecia verdadeira calamidade. É indispensável sacudir o marasmo da instituição de Jerusalém, chamando os incircuncisos, os pecadores, os que estejam fora da Lei. De outro modo dentro de alguns poucos anos, Jesus será apresentado como aventureiro vulgar. Naturalmente, depois da morte de Simão, os adversários dos princípios ensinados pelo Mestre acharão grande facilidade em deturpar as anotações de Levi. A Boa Nova será aviltada e, se alguém perguntar pelo Cristo, daqui a cinquenta anos, terá como resposta que o Mestre foi um criminoso comum, a expiar na cruz os desvios da vida. Restringir o Evangelho a Jerusalém será condená-lo à extinção, no foco de tantos dissídios religiosos, sob a política mesquinha dos homens. Necessitamos levar a notícia de Jesus a outras gentes, ligar as zonas de entendimento cristão, abrir estradas novas… Será mesmo justo que também façamos anotações do que sabemos de Jesus e de sua divina exemplificação. Outros discípulos, por exemplo, poderiam escrever o que viram e ouviram, pois, com a prática, vou reconhecendo que Levi não anotou mais amplamente o que se sabe do Mestre. Há situações e fatos que não foram por ele registrados. Não conviria também que Pedro e João anotassem suas observações mais íntimas? Não hesito em afirmar que os pósteros hão de rebuscar muitas vezes a tarefa que nos foi confiada.


Barnabé rejubilava-se com perspectivas tão sedutoras. As advertências de Saulo eram mais que justas. Haveria que prestar informações amplas ao mundo.

— Tens razão — disse admirado —, precisamos pensar nesses serviços, mas como?

— Ora — esclareceu Saulo tentando aplainar as dificuldades —, se quiseres chefiar qualquer esforço neste sentido, podes contar com a minha cooperação incondicional. Nosso plano seria desenvolvido na organização de missões abnegadas, sem outro fito que servir, de forma absoluta, à difusão da Boa Nova do Cristo. Começaríamos, por exemplo, em regiões não de todo desconhecidas, formaríamos o hábito de ensinar as verdades evangélicas aos mais vários agrupamentos; em seguida, terminada essa experiência, demandaríamos outras zonas, levaríamos a lição do Mestre a outras gentes…


O companheiro ouvia-o, afagando sinceras esperanças. Tomado de novo ânimo, disse ao convertido de Damasco, esboçando o primeiro número do programa:

— De há muito, Saulo, tenho necessidade de voltar à minha terra, a fim de resolver certos problemas de família. Quem sabe poderíamos iniciar o serviço apostólico através das aldeias e cidades de Chipre?  Conforme o resultado, prosseguiríamos por outras zonas. Estou informado de que a região em que demora Antioquia da Pisídia  é habitada por gente simples e generosa, e suponho que colheríamos belos resultados no empreendimento.

— Poderás contar comigo — respondeu Saulo de Tarso, resoluto. — A situação requer o concurso de irmãos corajosos e a igreja do Cristo não poderá vencer com o comodismo. Comparo o Evangelho a um campo infinito, que o Senhor nos deu a cultivar. Alguns trabalhadores devem ficar ao pé dos mananciais, velando-lhes a pureza, outros revolvem a terra em zonas determinadas; mas não há dispensar a cooperação dos que precisam empunhar instrumentos rudes, desfazer cipoais intensos, cortar espinheiros para ensolarar os caminhos.


Barnabé reconheceu a excelência do projeto, mas considerou:

— Todavia, temos ainda a examinar a questão do dinheiro. Tenho alguns recursos, mas insuficientes para atender a todas as despesas. Por outro lado, não seria possível sobrecarregar as igrejas…

— Absolutamente! — adiantou o ex-rabino — onde estacionarmos, poderei exercer o meu ofício. Por que não? Qualquer aldeia paupérrima tem sempre teares de aluguel. Montarei, então, uma tenda móvel!

Barnabé achou graça no expediente e ponderou:

— Teus sacrifícios não serão pequenos. Não receias as dificuldades imprevisíveis?

— Por quê? — interrogou Saulo com firmeza. — Certo, se Deus não me permitiu a vida em família foi para que me dedicasse exclusivamente ao seu serviço. Por onde passarmos, montaremos a tenda singela. E onde não houver tapetes a consertar e a tecer, haverá sandálias.


O discípulo de Simão Pedro entusiasmou-se. O resto da viagem foi dedicado aos projetos da futura excursão. Havia, entretanto, uma coisa a considerar. Além da necessidade de submeter o plano à aprovação da igreja de Antioquia, era indispensável pensar no jovem João Marcos. Barnabé procurou interessar o sobrinho nas conversações. Em breve, o rapaz convenceu-se de que deveria incorporar-se à missão, caso a assembleia antioquiana não a desaprovasse Interessou-se por todas as minúcias do programa tracejado. Seguiria o trabalho de Jesus, fosse onde fosse.

— E se houver muitos obstáculos? — perguntou Saulo avisadamente.

— Saberei vencê-los — respondeu João, convicto.

— Mas é possível venhamos a experimentar dificuldades sem conta — continuava o ex-rabino preparando-lhe o espírito. Se o Cristo, que era sem pecado, encontrou uma cruz entre apodos e flagelos, quando ensinava as verdades de Deus, que não devemos esperar em nossa condição de almas frágeis e indigentes?

— Hei de encontrar as forças necessárias.

Saulo contemplou-o, admirado da firme resolução que suas palavras deixaram transparecer, e observou:

— Se deres um testemunho tão grande como a coragem que revelas, não tenho dúvidas quanto à grandeza de tua missão.


Entre confortadoras esperanças, o projeto terminou com formosas perspectivas de trabalho para os três.

Na primeira reunião, depois de relatar as observações pessoais concernentes à igreja de Jerusalém, Barnabé expôs o plano à assembleia, que o ouviu atentamente. Alguns anciães falaram da lacuna que se abriria na igreja, expuseram o desejo de que se não quebrasse o conjunto harmonioso e fraternal. No entanto, o orador voltou a explicar as necessidades novas do Evangelho. Pintou os quadros de Jerusalém com a fidelidade possível, fez a súmula de suas conversações com Saulo de Tarso e salientou a conveniência de chamar novos trabalhadores ao serviço do Mestre.

Quando tratou o problema com toda a gravidade que lhe era devida, os chefes da comunidade mudaram de atitude. Estabeleceu-se o acordo geral. De fato, a situação explanada por Barnabé era muito séria. Seus pareceres veementes eram mais que justos. Se perseverasse o marasmo nas igrejas, o Cristianismo estava destinado a perecer. Ali mesmo, o discípulo de Simão recebeu a aquiescência irrestrita e, no instante das preces, se fez ouvir no ambiente de simplicidade pura, inculcando fossem Barnabé e Saulo destacados para a evangelização dos gentios.


Aquela recomendação superior, , ecoou no coração do ex-rabino como um cântico de vitória espiritual. Sentia que acabava de atravessar imenso deserto para encontrar de novo a mensagem doce e eterna do Cristo. Por conquistar a dignidade espiritual, só experimentara padecimentos, desde . Ansiara por Jesus. Tivera sede abrasadora e terrível. Pedira em vão a compreensão dos amigos, debalde buscara o terno aconchego da família. Mas, agora, que a palavra Mais Alta o chamava ao serviço, deixava-se empolgar por júbilos infinitos. Era o sinal de que havia sido considerado digno dos esforços confiados aos discípulos. Refletindo como as dores passadas lhe pareciam pequeninas e infantis, comparadas à alegria imensa que lhe inundava a alma, Saulo de Tarso chorou copiosamente, experimentando maravilhosas sensações. Nenhum dos irmãos presentes, nem mesmo Barnabé, poderia avaliar a grandiosidade dos sentimentos que aquelas lágrimas revelavam. Tomado de profunda emoção, o ex-doutor da Lei reconhecia que Jesus se dignava de aceitar suas oblatas de boa vontade, suas lutas e sacrifícios. O Mestre chamava-o e, para responder ao apelo, iria aos confins do mundo.


Numerosos companheiros colaboraram nas providências iniciais, em favor do empreendimento.

Dentro em pouco, cheios de confiança em Deus, Saulo e Barnabé, seguidos por João Marcos, despediam-se dos irmãos, a caminho de Selêucia. A viagem para o litoral decorreu em ambiente de muita alegria. De quando a quando, repousavam à margem do Orontes,  para a merenda salutar. À sombra dos carvalhos, na paz dos bosques enfeitados de flores, os missionários comentaram as primeiras esperanças.

Em Selêucia não foi demorada a espera de embarcação. A cidade estava sempre cheia de peregrinos que demandavam o Ocidente, sendo frequentada por elevado número de navios de toda ordem. Entusiasmados com o acolhimento dos irmãos de fé, Barnabé e Saulo embarcaram para Chipre,  sob a impressão de comovente e carinhosa despedida.


Chegaram à ilha, com o jovem João Marcos, sem incidentes dignos de menção. Estacionados em Citium por muitos dias, aí solucionou Barnabé vários assuntos de seu interesse familiar.

Antes de se retirarem, visitaram a sinagoga, num sábado, com o propósito de iniciar o movimento. Como chefe da missão, Barnabé tomou a palavra, procurou conjugar o texto da Lei, examinado naquele dia, às lições do Evangelho, para destacar a superioridade da missão do Cristo. Saulo notou que o companheiro explanava o assunto com respeito algo excessivo às tradições judaicas. Via-se claramente que desejava, antes de tudo, conquistar as simpatias do auditório; em alguns pontos, demonstrava o temor de encetar o trabalho, abrindo as lutas tão em desacordo com o seu temperamento. Os israelitas mostraram-se surpreendidos, mas satisfeitos. Observando o quadro, Saulo não se sentiu plenamente confortado. Fazer reparos a Barnabé seria ingratidão e indisciplina, concordar com o sorriso dos compatrícios perseverantes nos erros do fingimento farisaico seria negar fidelidade ao Evangelho.

Procurou resignar-se e esperou.


A missão percorreu numerosas localidades, entre vibrações de largas simpatias. Em Amatonte,  os mensageiros da Boa Nova demoraram mais de uma semana. A palavra de Barnabé era profundamente contemporizadora. Caracterizava-se, em tudo, pelo grande cuidado de não ofender os melindres judaicos.

Depois de grandes esforços, chegaram a Nea-Pafos,  onde residia o Procônsul. A sede do Governo provincial era uma formosa cidade cheia de encantos naturais e que se assinalava por sólidas expressões de cultura. O discípulo de Pedro, porém, estava exausto. Nunca tivera labores apostólicos tão intensos. Conhecendo a deficiência do verbo de Saulo nos serviços da igreja de Antioquia, temia confiar ao ex-rabino as responsabilidades diretas do ensinamento. Não obstante sentir-se cansadíssimo, fez a pregação na sinagoga, no sábado imediato à chegada. Nesse dia, entretanto, ele estava divinamente inspirado. A apresentação do Evangelho foi feita com raro brilhantismo. O próprio Saulo comoveu-se profundamente. O êxito foi inexcedível. A segunda assembleia reuniu os elementos mais finos; judeus e romanos aglomeravam-se ansiosos. O ex-levita fez nova apologia do Cristo, bordando conceitos de maravilhosa beleza espiritual. O ex-doutor da Lei, com os trabalhos informativos da missão, atendia prazerosamente a todas as consultas, pedidos, informações. Nenhuma cidade manifestara tamanho interesse, quanto aquela; os romanos, em grande número, iam solicitar esclarecimentos quanto aos objetivos dos mensageiros, recebiam notícias do Cristo, revelando júbilos e esperanças; desfaziam-se em gestos de espontânea bondade. Entusiasmados com o êxito, Saulo e Barnabé organizaram reuniões em casas particulares, especialmente cedidas para esse fim pelos simpatizantes da doutrina de Jesus, onde encetaram formoso movimento de curas. Com alegria infinita, o tecelão de Tarso viu chegar a extensa fileira dos “filhos do Calvário”. Eram mães atormentadas, doentes desiludidos, anciães sem nenhuma esperança, órfãos sofredores, que agora procuravam a missão. A notícia das curas julgadas impossíveis encheu Nea-Pafos de grande assombro. Os missionários impunham as mãos, fazendo preces fervorosas ao Messias Nazareno; de outras vezes, distribuíam água pura, em seu nome. Extremamente cansado e achando que o novo auditório não requeria maior erudição, Barnabé encarregou o companheiro das pregações da Boa Nova; mas, com grande surpresa, verificou que Saulo se modificara radicalmente. Seu verbo parecia inflamado de nova luz; tirava do Evangelho ilações tão profundas que o ex-levita o escutava agora sem dissimular o próprio espanto. Notava, particularmente, o carinho do ex-doutor no apresentar os ensinamentos do Cristo aos mendigos e sofredores. Falava como alguém que houvesse convivido com o Senhor, por largos anos. Referia-se a certos lances das lições do Mestre com um manancial de lágrimas nos olhos. Prodigiosas consolações derramavam-se no espírito das turbas. Dia e noite, havia operários e estudiosos copiando as anotações de Levi.


Os acontecimentos abalaram a opinião da cidade em peso. Os resultados eram os mais confortadores. Foi quando enorme surpresa chegou ao espírito dos missionários.

A manhã ia alta. Saulo atendia a numerosos necessitados quando um legionário romano se fez anunciar.

Barnabé e o companheiro deixaram os serviços entregues a João Marcos e foram atender.

— O Procônsul Sérgio Paulo — disse o mensageiro, solene — manda convidar-vos a visitá-lo em palácio.

A mensagem era muito mais uma ordem que simples convite. O discípulo de Simão compreendeu de pronto e respondeu:

— Agradecemos de coração e iremos ainda hoje.


O ex-rabino estava confuso. Não só o conteúdo político do fato surpreendia-o, sobremaneira. Em vão procurava recordar-se de alguma coisa. Sérgio Paulo? Não conheceria alguém com esse nome? Buscou relembrar os jovens de origem romana, do seu conhecimento. Afinal, veio-lhe à memória a palestra de Pedro sobre a personalidade de Estêvão e concluiu que o Procônsul não podia ser outro senão o salvador do irmão de Abigail.

Sem comunicar as íntimas impressões a Barnabé examinou a situação em sua companhia. Quais os objetivos da delicada intimação? Segundo a voz pública, o chefe político vinha sofrendo pertinaz enfermidade. Desejaria curar-se ou, quem sabe, provocar um meio de expulsá-los da ilha, induzido pelos judeus? A situação, entretanto, não se resolveria por conjeturas.


Incumbindo João Marcos de atender a quantos se interessassem pela doutrina, no referente a informes necessários, os dois amigos puseram-se a caminho, resolutamente.

Conduzidos através de galerias extensas, foram dar com um homem relativamente moço, deitado em largo divã e deixando perceber extremo abatimento. Magro, pálido, revelando singular desencanto da vida, o Procônsul entremostrava, todavia, uma bondade imensa na suave irradiação do olhar humilde e melancólico.

Recebeu os missionários com muita simpatia, apresentando-lhes um mago judeu de nome Barjesus,  que de longa data o vinha tratando. Sérgio Paulo, prudentemente, mandou que os guardas e servos se retirassem. Apenas os quatro se viram a sós, em círculo muito íntimo, falou o enfermo com amarga serenidade:

— Senhores, diversos amigos me deram notícia dos vossos êxitos nesta cidade de Nea-Pafos.  Tendes curado moléstias perigosas, devolvido a fé a inúmeros descrentes, consolado míseros sofredores… Há mais de um ano venho cuidando de minha saúde arruinada. Nestas condições, estou quase inutilizado para a vida pública.

Apontando Barjesus que, por sua vez, fixava o olhar malicioso nos visitantes, o chefe romano prosseguiu:

— Há muito contratei os serviços deste vosso conterrâneo, ansioso e confiante na ciência de nossa época, mas os resultados têm sido insignificantes. Mandei chamar-vos, desejoso de experimentar os vossos conhecimentos. Não estranheis minha atitude. Se pudesse, teria ido procurar-vos em pessoa, pois conheço o limite de minhas prerrogativas; como vedes, porém, sou antes de tudo um necessitado.


Saulo ouviu aquelas declarações, profundamente comovido pela bondade natural do ilustre enfermo. Barnabé estava atônito, sem saber o que dizer. O ex-doutor da Lei, entretanto, senhor da situação e quase certo de que a personagem era a mesma que figurava na existência do mártir vitorioso, tomou a palavra e disse convictamente:

— Nobre Procônsul, temos conosco, de fato, o poder de um grande médico. Podemos curar, quando os enfermos estejam dispostos a compreendê-lo e segui-lo.

— Mas quem é ele? — perguntou o enfermo.

— Chama-se Cristo Jesus. Sua fórmula é sagrada — continuava o tecelão, com ênfase — e destina-se a medicar, antes de tudo, a causa de todos os males. Como sabemos, todos os corpos da Terra terão de morrer. Assim, por força de leis naturais inelutáveis, jamais teremos, neste mundo, absoluta saúde física. Nosso organismo sofre a ação de todos os processos ambientes. O calor incomoda, o frio nos faz tremer, a alimentação nos modifica, os atos da vida determinam a mudança dos hábitos. Mas o Salvador nos ensina a procurar uma saúde mais real e preciosa, que é a do espírito. Possuindo-a, teremos transformado as causas de preocupação de nossa vida, e habilitamo-nos a gozar a relativa saúde física que o mundo pode oferecer nas suas expressões transitórias.


Enquanto Barjesus, irônico e sorridente, escutava o intróito, Sérgio Paulo acompanhava a palavra do ex-rabino, atento e comovido:

— Contudo, como encontrar esse médico? — perguntou o Procônsul, mais preocupado com a cura do que com o elevado sentido metafísico das observações ouvidas.

— Ele é a bondade perfeita — esclareceu Saulo de Tarso — e sua ação consoladora está em toda parte. Antes mesmo que o compreendamos, cerca-nos com a expressão do seu amor infinito!…

Observando o entusiasmo com que o missionário tarsense falava, o chefe político de Nea-Pafos buscou a aprovação de Barjesus com olhar indagador.

O mago judeu, evidenciando profundo desprezo, exclamou:

— Julgávamos que estivésseis aparelhados de alguma ciência nova… Não quero acreditar no que ouço. Acaso me supondes um ignorante, relativamente ao falso profeta de Nazaret? Ousais franquear o palácio de um governador, em nome de um miserável carpinteiro?


Saulo mediu toda a extensão daquelas ironias, respondendo sem se intimidar:

— Amigo, quando eu afivelava a máscara farisaica, também assim pensava; mas, agora, conheço a gloriosa luz do Mestre, o Filho do Deus Vivo!…

Essas palavras eram ditas num tom de convicção tão ardente que o próprio charlatão israelita se fizera lívido. Barnabé também empalidecera, enquanto o nobre patrício observava o ardoroso pregador com visível interesse. Depois de angustiosa expectativa, Sérgio Paulo voltou a dizer:

— Não tenho o direito de duvidar de ninguém, enquanto as provas concludentes não me levem a faze-lo.

E procurando fixar a fisionomia de Saulo, que lhe enfrentava o olhar perquiridor, serenamente continuou:

— Falais desse Cristo Jesus, enchendo-me de assombro. Alegais que sua bondade nos assiste antes mesmo de o conhecermos. Como obter uma prova concreta de vossa afirmativa? Se não entendo o Messias de que sois mensageiros, como saber se sua assistência me influenciou algum dia?


Saulo lembrou repentinamente as palestras de Simão Pedro, ao lhe narrar os antecedentes do mártir do Cristianismo. Num instante alinhou os mínimos episódios. E valendo-se de todas as oportunidades para destacar o amor infinito de Jesus, como aconteceu nos menores fatos da sua carreira apostólica, sentenciou com singular entono:

— Procônsul, ouvi-me! Para revelar-vos, ou melhor, a fim de lembrar-vos a misericórdia de Jesus de Nazaret, o nosso Salvador, chamarei vossa atenção para um acontecimento importante.

Enquanto Barnabé manifestava profunda surpresa, em face da desassombrada atitude do companheiro, o político aguçava a curiosidade.

— Não é a primeira vez que experimentais uma grave enfermidade. Há quase dez anos, ao tentardes os primeiros passos na vida pública, embarcastes no porto de Cefalônia em demanda desta ilha. Viajáveis para Citium, mas, antes que o navio aportasse em Corinto fostes acometido de febre terrível, o corpo aberto em feridas venenosas…


Brancura de cera estampava-se no semblante do chefe de Nea-Pafos. Colocando a mão no peito, como a conter as pulsações aceleradas do coração, ergueu-se extremamente perturbado.

— Como sabeis tudo isso? — murmurou aterrado.

— Não é só — disse o missionário, sereno —, esperai o resto. Vários dias permanecestes entre a vida e a morte. Debalde os médicos de bordo comentaram vossa enfermidade. Vossos amigos fugiram. Quando ficastes de todo abandonado, não obstante o prestígio político do vosso cargo, o Messias Nazareno vos mandou alguém, no silêncio de sua misericórdia divina.


O Procônsul, com o despertar das velhas reminiscências, sentia-se profundamente comovido.

— Quem teria sido o mensageiro do Salvador? prosseguia Saulo, enquanto Barnabé o contemplava com inaudito assombro. — Um de vossos íntimos? Um amigo eminente? Um dos colegas ilustres que presenciavam vossas dores? Não! Apenas um escravo humilde, um serviçal anônimo dos remos homicidas. E o que a Ciência do mundo não conseguiu fazer, fê-lo o coração empossado pelo amor do Cristo! Compreendeis agora? Vosso amigo Barjesus fala de um carpinteiro sem-nome, de um Messias que preferiu a condição da humildade suprema para nos trazer as torrentes preciosas de suas graças!… Sim, Jesus também, como aquele escravo que vos restabeleceu a saúde perdida, fez-se servo do homem para conduzi-lo a uma vida melhor!… Quando todos nos abandonam, Ele está conosco; quando os amigos fogem, sua bondade mais se aproxima. Para forrarmo-nos das míseras contingências desta vida mortal, é preciso crer nele e segui-lo sem descanso!…


Ante as lágrimas convulsivas do Procônsul, Barnabé, aturdido, considerava: Onde fora o companheiro colher tão profundas revelações? A seu ver, naquele instante, Saulo de Tarso estaria iluminado pelo dom maravilhoso das profecias.

— Senhores, tudo isso é a verdade pura! Trouxestes-me a santa notícia de um Salvador!… — exclamou Sérgio Paulo.

Reconhecendo a capitulação do generoso patrício que lhe recheava a bolsa de fartos recursos, o mago israelita, apesar de muito surpreso, exclamou com energia:

— Mentira!… São mentirosos! Tudo isso é obra de Satanás! Estes homens são portadores de sortilégios infames do “Caminho”! Abaixo a exploração vil!…


A boca lhe espumava, os olhos rebrilhavam de cólera. Saulo mantinha-se calmo, impassível, quase sorridente. Depois, timbrando forte:

— Acalmai-vos, amigo! A fúria não é amiga da verdade e quase sempre esconde inconfessáveis interesses. Acusai-nos de mentirosos, mas nossas palavras não se desviaram uma linha da realidade dos acontecimentos. Alegais que nosso esforço procede de Satanás, no entanto, onde já se viu maior incoerência? Onde encontraríamos um adversário trabalhando contra si mesmo? Afirmais que somos portadores de sortilégios; se o amor constitui esse talismã, nós o trazemos no coração, ansiosos por comunicar a todos os seres sua benéfica influência. Finalmente, lançais a nós outros a pecha de exploradores salazes, quando aqui viemos chamados por alguém que nos honrou com sinceridade e confiança e, de modo algum, poderíamos oferecer as graças do Salvador a título mercatório.


Seguiu-se acalorada discussão: Barjesus fazia empenho em demonstrar a inferioridade dos intuitos de Saulo, enquanto este se esforçava em timbrar nobreza e cordialidade.

Embalde o Procônsul tentava dissuadir o judeu de continuar na requesta e naquele diapasão. Barnabé, por sua vez, confiando muito mais nos poderes espirituais do amigo, acompanhava o discrime sem ocultar admiração pelos infinitos recursos que o missionário tarsense estava revelando.

A polêmica já durava mais de hora, quando o mago fez uma alusão mais ferina à personalidade e feitos de Jesus-Cristo.

Em atitude mais enérgica, o Apóstolo sentenciou:

— Tudo fiz por convencer-vos sem demonstrações mais diretas, de maneira a não ferir a parte respeitável de vossas convicções; todavia, estais cego e é nessa condição que podereis enxergar a luz. Como vós, também já vivi em trevas e, no instante do meu encontro pessoal com o Messias, foi necessário que as trevas se adensassem em meu espírito, a fim de que a luz ressurgisse mais brilhante. Tereis igualmente esse benefício. A visão do corpo fechar-se-vos-á, para que possais divisar a verdade em espírito!…


Nesse comenos, Barjesus deu um grito.

— Estou cego!

Estabeleceu-se alguma confusão no recinto. Barnabé adiantou-se, amparando o israelita que tateava aflito. O tecelão e o governador aproximaram-se surpreendidos. Foram chamados alguns servos que atenderam as necessidades do momento, carinhosos e solícitos. Por quatro longas horas, Barjesus chorou, mergulhado na sombra espessa que lhe invadira os olhos cansados. Ao fim desse tempo, os missionários oraram de joelhos… Branda serenidade estabeleceu-se no vasto aposento. Em seguida, Saulo impôs-lhe as mãos na fronte e, com um suspiro de alívio, o velho israelita recobrou a vista, retirando-se confuso e sucumbido.


O Procônsul, porém, vivamente interessado nos fatos intensos daquele dia, chamou os missionários em particular e falou sensibilizado:

— Amigos, creio nas verdades divinas que anunciais e desejo sinceramente compartilhar do Reino esperado. Nada obstante, conviria inteirar-me dos vossos objetivos de trabalho, dos vossos planos enfim. Estou ciente de que não mercadejais os dons espirituais de que sois portadores, e proponho-me auxiliar-vos com os meus préstimos em tudo que me for possível. Poderia saber os projetos que vos animam?

Os dois missionários entreolharam-se, surpresos. Barnabé ainda não havia saído do espanto que o companheiro lhe causara. Saulo, por sua vez, mal dissimulava o próprio assombro pelo auxílio espiritual que obtivera no afã de confundir os maliciosos intuitos de Barjesus.


Reconhecendo, contudo, o elevado e sincero interesse do chefe político da província, esclareceu com jubilosos conceitos:

— O Salvador fundou a religião do amor e da verdade, instituição invisível e universal, onde se acolham todos os homens de boa vontade. Nosso fim é dar feição visível à obra divina, estabelecendo templos que se irmanem nos mesmos princípios, em seu nome. Avaliamos a delicadeza de semelhante tentame e estamos crentes de que as maiores dificuldades vão surgir em nosso caminho. É quase impossível encontrar o cabedal humano indispensável ao cometimento; mas é forçoso movimentar o plano. Quando falhem os elementos da instituição visível, esperaremos na igreja infinita, onde, nas luzes da universalidade, Jesus será o chefe supremo de todas as forças que se consagrem ao bem.

— Trata-se de sublime iniciativa — aparteou o Procônsul evidenciando nobre interesse. — Onde encetastes a construção dos santuários?

— Nossa missão está começando precisamente agora. Os discípulos do Messias fundaram as igrejas de Jerusalém e Antioquia. Por enquanto, não temos outros núcleos educativos, além desses. Há muitos cristãos em toda parte, mas suas reuniões se fazem em domicílios particulares. Não possuem templos, propriamente, que os habilitem a mais eficiente esforço de assistência e propaganda.

— Nea-Pafos terá, então, a primeira igreja, filha do vosso trabalho direto.


Saulo não sabia como traduzir sua gratidão por aquele gesto de generosidade espontânea. Profundamente comovido, adiantou-se, então, e, com o cidadão cíprio, agradeceu a dádiva que vinha prestigiar e facilitar a obra apostolar.

Os três falaram ainda largo tempo sobre os empreendimentos em perspectiva. Sérgio Paulo pediu-lhes indicassem as pessoas capazes de construir o novo templo, enquanto Barnabé e o companheiro expunham suas esperanças.

Somente à noite os missionários puderam voltar à tenda humilde das pregações.

— Estou impressionado! — dizia Barnabé, recordando o ocorrido. — Que fizeste? Tenho para mim que hoje é o dia maior da tua existência. Tua palavra tinha um timbre sagrado e diferente; anima-te, agora, o dom das profecias… Além disso, o Mestre agraciou-te com o poder de dominar as ideias malignas. Viste como o charlatão sentiu a influência de energias poderosas quando fizeste o teu apelo?


Saulo ouviu atento e com a maior simplicidade acentuou:

— Também não sei como traduzir meu espanto pelas graças obtidas. Foi pelo Cristo que nos tornamos instrumentos da conversão do Procônsul, pois a verdade é que de nós mesmos nada valemos.

— Nunca esquecerei os acontecimentos de hoje — tornou o ex-levita, admirado.

E depois de uma pausa:

— Saulo, não chegou a sugerir a mudança do teu nome?

— Não me lembrei disso.

— Pois suponho que, doravante, deves considerar tua vida como nova. Foste iluminado pela graça do Mestre, tiveste o teu Pentecostes, foste sagrado Apóstolo para os labores divinos da redenção.


O ex-doutor da Lei não dissimulou a própria admiração e concluiu:

— É muito significativo para mim que um chefe político seja atraído para Jesus, por nosso intermédio, mesmo porque, nossa tarefa conclama os gentios ao Sol Divino do Evangelho de Salvação.

Intimamente recordou os laços sublimes que o ligavam à memória de Estevão, a generosa influência do patrício romano que o libertara dos trabalhos duros da escravidão e, invocando a memória do mártir, num apelo silencioso, falou comovido:

— Sei, Barnabé, que muitos dos nossos companheiros trocaram de nome quando se converteram ao amor de Jesus; quiseram assinalar desse modo sua separação dos enganos fatais do mundo. Não quis valer-me do recurso de qualquer modo. Mas a transformação do governador, a luz da graça que nos acompanhou no curso dos acontecimentos de hoje, levam-me, igualmente, a procurar um motivo de perenes lembranças.

Depois de longa pausa, dando a entender quanto refletira para tomar aquela resolução, falou:

— Razões íntimas, absolutamente respeitáveis, obrigam-me a reconhecer, doravante, um benfeitor no chefe político desta ilha. Sem trocar formalmente meu nome, passarei a assinar-me à romana.

— Muito bem — respondeu o companheiro —, entre Saulo e Paulo nenhuma diferença existe, a não ser a do hábito de grafia ou de pronúncia. A decisão será uma formosa homenagem ao nosso primeiro triunfo missionário junto dos gentios, ao mesmo tempo que constituirá agradável lembrança de um espírito tão generoso.


Nesse fato baseou-se a mudança de uma letra no nome do ex-discípulo de . Caráter íntegro e enérgico, o rabino de Jerusalém, nem mesmo transformado em modesto tecelão, quis modificar, portas a dentro do Cristianismo, a sua fidelidade inata. Se servira a Moisés como Saulo, com o mesmo nome haveria de servir igualmente a Jesus-Cristo. Se errara e fora perverso, na primeira condição, aproveitaria a oportunidade dos Céus, corrigiria a existência e seria um homem bom e justo na segunda. Nesse particular, não chegou a considerar qualquer sugestão dos amigos. Fora o primeiro perseguidor da instituição cristã, verdugo inflexível do proselitismo alvorecente, mas fazia questão de continuar como Saulo, para lembrar-se de todo o mal e envidar esforços para fazer todo o bem ao seu alcance. Mas, naquele instante, a lembrança de Estêvão falava-lhe brandamente ao coração. Ele fora o seu maior exemplo para a marcha espiritual. Era o Jeziel bem-amado de Abigail. Para procurá-lo, ambos se haviam prometido ir sem vacilações, fosse aonde fosse. Os dois irmãos de Corinto estavam vivos, de tal modo, em sua alma sensível, que não era possível apagar na memória os mínimos fatos de sua vida. A mão de Jesus o encaminhara ao Procônsul, o libertador de Jeziel dos grilhões do cativeiro; o ex-escravo demandara Jerusalém para tornar-se discípulo do Cristo! o ex-rabino sentia-se ditoso, por ter sido auxiliado pelas forças divinas, tornando-se por sua vez libertador de Sérgio Paulo, escravizado ao sofrimento e às ilusões perigosas do mundo. Era justo gravar na memória uma lembrança indelével daquele que, vítima dele em Jerusalém, era agora irmão abençoado, o qual não conseguia esquecer nos mais fugazes instantes da vida e do seu ministério.

Daí por diante o convertido de Damasco, em memória do inolvidável pregador do Evangelho, que sucumbira a pedradas, passou a assinar-se Paulo, até ao fim de seus dias.


A notícia da cura e da conversão do Procônsul encheu Nea-Pafos de grande assombro. Os missionários não mais tiveram descanso. Embora o protesto quase apagado dos israelitas, a comunidade cresceu extraordinariamente. Integrado nos bens da saúde, o chefe provincial forneceu o necessário à construção da igreja. O movimento era extraordinário. E os dois mensageiros do Evangelho não cessavam de render graças a Deus.

O triunfo cercava-os de profunda consideração, quando Paulo foi procurado por Barjesus que lhe solicitava uma palavra confidencial. O ex-rabino não hesitou. Era uma boa ocasião para provar ao velho israelita os seus propósitos generosos e sinceros. Recebeu-o, pois, com toda a afabilidade.

Barjesus parecia tomado de grande acanhamento. Após cumprimentar o missionário, atencioso, exprimiu-se com certo embaraço:

— Afinal precisava desfazer o mal-entendido, no caso do Procônsul. Ninguém, mais do que eu desejava tanto a saúde do enfermo, e, por conseguinte, ninguém mais agradecido à vossa intervenção, libertando-o de enfermidade tão dolorosa.

— Sou muito grato ao vosso parecer e regozijo-me com a vossa compreensão — disse Paulo, com gentileza.

— Entretanto…


O visitante vacilava se devia ou não expor seus objetivos mais íntimos. Atento às reticências sem presumir-lhes a causa, o ex-rabino adiantou-se benévolo.

— Que desejais dizer? Com franqueza. Nada de cerimônias!

— Acontece — retrucou mais animado — que venho afagando a ideia de consultar-vos a respeito dos vossos dons espirituais. Penso que não haverá maior tesouro para triunfar na vida…

Paulo estava confundido, sem saber que rumo tomaria a conversação. Mas, focando o ponto mais delicado da pretensão, Barjesus continuou:

— Quanto ganhais no vosso ministério?

— Ganho a misericórdia de Deus — disse o missionário, compreendendo, então, todo o alcance daquela visita inesperada —, vivo do meu trabalho de tecelagem e não seria lícito mercadejar com o que pertence ao Pai que está nos Céus.

— É quase incrível! — murmurou o mago arregalando os olhos. — Eu estava convicto de que trazíeis convosco certos talismãs, que me dispunha a comprar por qualquer preço.


E enquanto o ex-rabino o contemplava cheio de comiseração pela sua ignorância, o visitante prosseguiu:

— Mas, será crível que façais semelhantes obras sem contribuição de sortilégios?

O missionário fixou-o mais atento e murmurou:

— Só conheço um sortilégio eficiente.

— Qual é? — interrogou o mago de olhar faiscante e cobiçoso.

— É o da fé em Deus com sacrifício de nós mesmos.


O velho israelita demonstrou não entender toda a significação daquelas palavras, objetando:

— Sim, mas a vida tem suas necessidades urgentes. É indispensável prever e amealhar recursos.

Paulo pensou um minuto e disse:

— De mim mesmo, nada tenho com que vos esclarecer. Mas Deus tem sempre uma resposta para nossas preocupações mais simples. Consultemos suas eternas verdades. Vejamos qual a mensagem destinada ao vosso coração.

Ia abrir o Evangelho, conforme seu costume, quando o visitante observou:

— Nada conheço desse livro. Para mim, portanto, não poderá trazer advertência alguma.

O missionário compreendeu a relutância e acentuou:

— Que conheceis então?

— Moisés e os Profetas.


Tomou do rolo de pergaminhos onde se podia ler a Lei Antiga e o deu ao velho malicioso, para que o abrisse em alguma sentença, ao acaso, segundo os hábitos da época. No entanto Barjesus, com evidente má-vontade, acrescentou:

— Só leio os Profetas, de joelhos.

— Podeis ler como quiserdes, porque o ato de compreender é o que nos interessa, antes de tudo.

Assinalando suas presunções farisaicas, o charlatão ajoelhou-se e abriu solenemente o texto, sob o olhar sereno e perquiridor do ex-rabino. O velho israelita fez-se pálido. Esboçou um gesto para se abstrair da leitura; mas Paulo percebeu o movimento sutil e, aproximando-se, falou com alguma veemência:

— Leiamos a mensagem permanente dos emissários de Deus.


Tratava-se de um fragmento dos Provérbios, que Barjesus pronunciou em voz alta, com enorme desapontamento:

“Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que eu morra. Afasta de mim as vaidades e as mentiras. Não me dês a pobreza, nem a riqueza. Concede-me apenas o alimento de que necessito, para não acontecer que, estando farto, eu te negue e pergunte: — Quem é Jeová? — ou que, estando pobre, me ponha a furtar e profane o nome de meu Deus.” 

O mago levantou-se atarantado. O próprio missionário estava surpreso.

— Vistes, amigo? — interrogou Paulo — a palavra da verdade é muito eloquente. Será grande talismã, na existência, o sabermos viver com os nossos próprios recursos, sem exorbitar do necessário ao nosso enriquecimento espiritual.

— Efetivamente — respondeu o charlatão — este processo de consultas é muito interessante. Vou meditar seriamente na experiência de hoje.

Logo em seguida se despedia, depois de mastigar alguns monossílabos que mal disfarçavam a perturbação que todo o empolgara.


Impressionado, o tecelão consagrado ao Cristo anotou as profundas exortações, para consolidar o seu programa de atividades espirituais, isento de interesses inferiores.

A missão permaneceu em Nea-Pafos ainda alguns dias, sobrecarregada de muito trabalho. João Marcos colaborava com os recursos ao seu alcance; todavia, de vez em quando, Barnabé surpreendia-o entristecido e queixoso. Não esperava encontrar tão vultosa cota de trabalho.

— Mas, assim é melhor — acentuava Paulo —, o serviço do bem é a muralha defensiva das tentações.

O rapaz conformava-se; contudo, sua contrariedade era evidente.

Além disso, fiel observador do judaísmo, não obstante a paixão pelo Evangelho, o filho de Maria Marcos sentia grandes escrúpulos, com a largueza de vistas do tio e do missionário, relativamente aos gentios. Desejava servir a Jesus, sim, de todo o coração, mas não podia distanciar o Mestre das tradições do berço.


Enquanto as sementes lançadas em Chipre começavam a germinar na terra dos corações, os trabalhadores do Messias abandonavam Nea-Pafos, absorvidos em vastas esperanças.

Depois de muito confabularem, Paulo e Barnabé resolveram estender a missão aos povos da Panfília, com grande escândalo para João Marcos, que se admirava de semelhante alvitre.

— Mas que fazermos com essa gente tão estranha? — perguntou o rapaz contrariado. — Sabemos, em Jerusalém,  que esse país é povoado por criaturas supinamente ignorantes. E, ao demais, que ali existem ladrões por toda parte.

— No entanto — obtemperou Paulo, convicto —, penso que devemos procurar a região, justamente por isso. Para outros, uma viagem a Alexandria pode oferecer maior interesse; mas todos esses grandes centros estão cheios de mestres da palavra. Possuem sinagogas importantes, conhecimentos elevados, grandes expoentes de ciência e riqueza. Se não servem a Deus é por má-vontade ou endurecimento de coração. A Panfília, ao contrário, é muito pobre, rudimentar e carecente de luz espiritual. Antes de ensinar em Jerusalém, o Mestre preferiu manifestar-se em Cafarnaum  e noutras aldeias quase anônimas, da Galileia. 

Ante o argumento irretorquível, João absteve-se de insistir.


Dentro de poucos dias, singela embarcação deixava-os em Atália,  onde Paulo e Barnabé encontraram singular encanto nas paisagens que circundavam o Cestro. 

Nessa localidade muito pobre, pregaram a Boa Nova ao ar livre, com êxito imenso. Observando no companheiro um traço superior, Barnabé como que entregara a chefia do movimento ao ex-rabino, cuja palavra, então, sabia despertar encantadores arrebatamentos. O povo simples acolheu a pregação de Paulo, com profundo interesse. Ele falava de Jesus, como de um príncipe celestial, que visitara o mundo e fora esperar os súditos amados na Esfera da glorificação espiritual. Via-se a atenção que os habitantes de Atália dispensaram ao assunto. Alguns pediram cópias das lições do Evangelho, outros procuravam obsequiar os mensageiros do Mestre com o que possuíam de melhor. Muito comovidos, recebiam as carinhosas dádivas dos novos amigos, que, quase sempre, se constituíam em pratos de pão, laranjas ou peixe.


A permanência na localidade trouxera novos problemas. Era indispensável alguma atividade culinária. Barnabé delicadamente, designou o sobrinho para o mister, mas o rapaz não conseguia disfarçar a contrariedade. Notando-lhe o constrangimento, Paulo adiantou-se, pressuroso:

— Não nos impressionemos com os problemas naturais. Procuremos restringir, doravante, as necessidades e gostos alimentares. Comeremos apenas pão, frutas, mel e peixe. Destarte, o trabalho de cozinha ficará simplificado e reduzido à preparação dos peixes assados, no que tenho grande prática, . Que João não se amofine com o problema, pois é justo que essa parte fique a meu cargo.

Não obstante a atitude generosa de Paulo, o rapaz continuou acabrunhado.


Em breve a missão alugava um barco, largando-se para Perge.  Nesta cidade, de regular importância para a região em que se localizava, anunciaram o Evangelho com imensa dedicação. Na pequena sinagoga, encheram o sábado de grande movimento. Alguns judeus e numerosos gentios, na maioria gente pobre e simples, acolheram os missionários, cheios de júbilo. As notícias do Cristo despertaram singular curiosidade e encantamento. O modesto pardieiro, alugado por Barnabé, ficava repleto de criaturas ansiosas por obter cópia das anotações de Levi. Paulo regozijava-se. Experimentava alegria indefinível ao contato daqueles corações humildes e simples, que lhe davam ao espírito cansado de casuística a doce impressão de virgindade espiritual. Alguns indagavam da posição de Jesus na hierarquia dos deuses do paganismo; outros desejavam saber a razão por que haviam crucificado o Messias, sem consideração aos seus elevados títulos, como Mensageiro do Eterno. A região estava cheia de superstições e crendices. A cultura judaica restringia-se ao ambiente fechado das sinagogas. A missão, não obstante consagrar seu maior esforço aos israelitas, pregando no círculo dos que seguiam a Lei de Moisés, interessara as camadas mais obscuras do povo, em razão das curas e do convite amoroso ao Evangelho, movimento esse no qual os trabalhadores de Jesus punham todo o seu empenho.


Plenamente satisfeitos, Paulo e Barnabé resolveram seguir dali mesmo para Antioquia de Pisídia.  Informado a esse respeito, João Marcos não conseguiu sopitar os íntimos receios, por mais tempo, e perguntou:

— Supunha que não iríamos além da Panfília. Como, pois, chegar até Antioquia? Não temos recursos para atravessar tamanhos precipícios. As florestas estão infestadas de bandidos, o rio encachoeirado não faculta o trânsito de barcas. E as noites? Como dormir? Essa viagem não se pode tentar sem animais e servos, coisa que não temos.

Paulo refletiu um minuto e exclamou:

— Ora, João, quando trabalhamos para alguém, devemos faze-lo com amor. Julgo que anunciar o Cristo àqueles que não o conhecem, em vista de suas numerosas dificuldades naturais, representa uma glória para nós. O espírito de serviço nunca atira a parte mais difícil para os outros. O Mestre não transferiu sua cruz aos companheiros. Em nosso caso, se tivéssemos muitos escravos e cavalos, não seriam eles os carregadores das responsabilidades mais pesadas, no que se refere às questões propriamente materiais? O trabalho de Jesus, entretanto, é tão grande aos nossos olhos que devemos disputar aos outros qualquer parte de sua execução, em benefício próprio.


O rapaz pareceu mais angustiado. A energia de Paulo era desconcertante.

— Mas não seria mais prudente — continuou muito pálido — demandarmos Alexandria e organizar pelo menos alguns recursos mais fáceis?

Enquanto Barnabé acompanhava o diálogo com a serenidade que lhe era peculiar, o ex-rabino continuou:

— Dás demasiada importância aos obstáculos. Já pensaste nas dificuldades que o Senhor certamente venceu para vir ter conosco? Ainda que pudesse atravessar livremente os abismos espirituais para chegar ao nosso círculo de perversidade e ignorância, temos de considerar a muralha de lodo de nossas viscerais misérias… E tu te espantas apenas com os palmos de caminho que nos separam da Pisídia?

O jovem calou-se, evidentemente contrariado. A argumentação era forte demais, a seus olhos, e não lhe ensejava qualquer nova objeção.


À noite, Barnabé, visivelmente preocupado, aproximou-se do companheiro, expondo-lhe as intenções do sobrinho. O rapaz resolvera regressar a Jerusalém, de qualquer modo. Paulo ouviu calmamente as explicações, como quem não podia opor qualquer embargo à decisão.

— Não poderíamos acompanhá-lo, pelo menos, até algum ponto mais próximo do destino? — perguntou o ex-levita de Chipre, como tio solícito.

— Destino? — perguntou Paulo admirado. — Mas já temos o nosso. Desde o primeiro entendimento, planejamos a excursão a Antioquia. Não posso impedir que faças companhia ao rapaz; por mim, contudo, não devo modificar o roteiro traçado. Caso resolvas regressar, seguirei sozinho. Julgo que as empresas de Jesus têm seu momento justo de atuação. É preciso aproveitá-lo. Se deixarmos a visita à Pisídia para o mês próximo, talvez seja tarde.


Barnabé refletiu alguns minutos, retrucando convictamente:

— Tua observação é incontestável. Não posso quebrar os compromissos. Além do mais, João está homem e poderá voltar só. Tem o dinheiro indispensável a esse fim, em virtude dos cuidados maternos.

— O dinheiro quando não bem aproveitado — rematou Paulo tranquilamente — sempre dissolve os laços e as responsabilidades mais santas.

A conversação terminou, enquanto Barnabé voltava a aconselhar o sobrinho, altamente impressionado.

Daí a dois dias, antes de tomar a barca que o levaria à foz do Cestro,  o filho de Maria Marcos despedia-se do ex-doutor de Jerusalém com um sorriso contrafeito.


Paulo abraçou-o sem alegria e falou em tom de serena advertência:

— Deus te abençoe e te proteja. Não te esqueças de que a marcha para o Cristo é feita igualmente por fileiras. Todos devemos chegar bem; entretanto, os que se desgarram têm de chegar bem por conta própria.

— Sim — disse o jovem envergonhado —, procurarei trabalhar e servir a Deus, de toda a minha alma.

— Fazes bem e cumprirás teu dever assim procedendo — exclamou o ex-rabino convicto. — Lembra sempre que , enquanto esteve ocupado, foi fiel ao Todo-Poderoso, mas, quando descansou, entregou-se ao adultério; , durante os serviços pesados da construção do Templo,  foi puro na fé, mas, quando chegou ao repouso, foi vencido pela devassidão; começou bem e foi discípulo direto do Senhor, mas bastou a impressão da triunfal entrada do Mestre em Jerusalém para que cedesse à traição e à morte. Com tantos exemplos expostos aos nossos olhos, será útil não venhamos nunca a descansar.

O sobrinho de Barnabé partiu, sinceramente tocado por essas palavras, que o seguiriam, de futuro, como apelo constante.


Logo após o incidente, os dois missionários demandaram as estradas impérvias. Pela primeira vez, foram obrigados a pernoitar ao relento, no seio da Natureza. Vencendo precipícios, encontraram uma gruta rochosa na qual se ocultaram, para repousar o corpo mortificado e dorido. O segundo dia da marcha escoou-se-lhes com a coragem indômita de sempre. A alimentação constituía-se de alguns pães trazidos de Perge e frutas silvestres, colhidas ali e acolá. Resolutos e bem-humorados enfrentavam e venciam todos os óbices. De quando em vez, era indispensável ganhar a outra margem do rio  ao toparem barreiras intransponíveis. Hei-los então apalpando o álveo das torrentes, cautelosos, com longas varas verdes ou desbravando os caminhos perigosos e ignorados.

A solidão lhes sugeria belos pensamentos. Sagrado otimismo extravasava dos menores conceitos. Ambos afagavam carinhosas lembranças do passado afetivo e esperançoso. Como homens experimentavam todas as necessidades humanas, mas era profundamente comovedora a fidelidade com que se entregavam ao Cristo, confiando ao seu amor a realização dos santificados desejos de uma vida mais alta.


Na segunda noite acomodaram-se em pequena caverna, algo distante do trilho estreito, logo após os derradeiros tons do crepúsculo. Depois de frugalíssima refeição, passaram a comentar animadamente os feitos da igreja de Jerusalém. Noite fechada e ainda suas vozes quebravam o grande silêncio. Desdobrando os assuntos, passaram a falar das excelências do Evangelho, exaltando a grandeza da missão de Jesus-Cristo.

— Se os homens soubessem… — dizia Barnabé fazendo comparações.

— Todos se reuniriam em torno do Senhor e descansariam — rematava Paulo cheio de convicção.

— Ele é o Príncipe que reinará sobre todos.

— Ninguém trouxe a este mundo riqueza maior.

— Ah! comentava o discípulo de Simão Pedro — o tesouro de que foi mensageiro engrandecerá a Terra para sempre.


E assim prosseguiam, valendo-se de preciosas imagens da vida comum para simbolizar os bens eternos, quando singular movimento lhes despertou atenção. Dois homens armados precipitaram-se sobre ambos, à fraca luz de uma tocha acesa em resinas.

— A bolsa! — gritou um dos malfeitores.

Barnabé empalideceu ligeiramente, mas Paulo estava sereno e impassível.

— Entreguem o que têm ou morrem — exclamou o outro bandido, alçando o punhal.

Olhando fixamente o companheiro, o ex-rabino ordenou:

— Dá-lhes o dinheiro que resta, Deus suprirá nossas necessidades de outro modo.

Barnabé esvaziou a bolsa que trazia entre as dobras da túnica, enquanto os malfeitores recolhiam, ávidos, a pequena quantia.


Reparando nos pergaminhos do Evangelho que os missionários consultavam à luz da tocha improvisada um dos ladrões interrogou desconfiado e irônico:

— Que documentos são esses? Faláveis de um príncipe opulento… Ouvimos referências a um tesouro… Que significa tudo isso?

Com admirável presença de espírito, Paulo explicou:

— Sim, de fato estes pergaminhos são o roteiro do imenso tesouro que nos trouxe o Cristo Jesus, que há de reinar sobre os príncipes da Terra.

Um dos bandidos, grandemente interessado, examinou o rolo das anotações de Levi.

— Quem encontrar esse tesouro — prosseguia Paulo, resoluto —, nunca mais sentirá necessidades.

Os ladrões guardaram o Evangelho cuidadosamente.

— Agradecei a Deus não vos tirarmos a vida — disse um deles.


E apagando a tocha bruxuleante, desapareceram na escuridão da noite. Quando se viram a sós, Barnabé não conseguiu dissimular o assombro.

— E agora? — perguntou com voz trêmula.

— A missão continua bem — glosou Paulo cheio de bom ânimo —, não contávamos com a excelente oportunidade de transmitir a Boa Nova aos ladrões.

O discípulo de Pedro, admirando-se de tamanha serenidade, voltou a dizer:

— Mas, levaram-nos, também, os derradeiros pães de cevada, bem como as capas…

— Haverá sempre alguma fruta na estrada — esclarecia Paulo, decidido — e, quanto às coberturas, não tenhamos maior cuidado, pois não nos faltará o musgo das árvores.

E, desejoso de tranquilizar o companheiro, acrescentava:

— De fato, não temos mais dinheiro, mas julgo não será difícil conseguir trabalho com os tapeceiros de Antioquia de Pisídia. Além disso, a região está muito distante dos grandes centros e posso levar certas novidades aos colegas do ofício. Esta circunstância será vantajosa para nós.

Depois de tecerem esperanças novas, dormiram ao relento, sonhando com as alegrias do Reino de Deus.


No dia seguinte, Barnabé continuava preocupado. Interpelado pelo companheiro, confessou compungido:

— Estou resignado com a carência absoluta de recursos materiais, mas não posso esquecer que nos subtraíram também as anotações evangélicas que possuíamos. Como recomeçar nossa tarefa? Se temos de cor grande parte dos ensinamentos, não poderemos conferir todas as expressões…

Paulo, todavia, fez um gesto significativo e, desabotoando a túnica, retirou alguma coisa que guardava junto do coração.

— Enganas-te, Barnabé — disse com um sorriso otimista —, tenho aqui o Evangelho que me recorda a bondade de . Foi um presente de ao meu velho mentor, que, por sua vez, mo deu pouco antes de morrer.

O missionário de Chipre apertou nas mãos o tesouro do Cristo. O júbilo voltou a iluminar-lhe o coração. Poderiam dispensar todo o conforto do mundo, mas a palavra de Jesus era imprescindível. Vencendo obstáculos de toda sorte, chegaram a Antioquia fundamente abatidos. Paulo, principalmente, a determinados momentos da noite, sentia-se cansado e febril. Barnabé tinha frequentes acessos de tosse. O primeiro contato com a natureza hostil acarretara aos dois mensageiros do Evangelho fortes desequilíbrios orgânicos.


Não obstante a precária saúde, o tecelão de Tarso procurou informar-se, logo na manhã da chegada, sobre as tendas de artefatos de couro existentes na cidade.

Antioquia de Pisídia  contava grande número de israelitas. Seu movimento comercial era mais que regular. As vias públicas ostentavam lojas bem sortidas e pequenas indústrias variadas.

Confiando na Providência Divina, alugaram um quarto muito simples, e, enquanto Barnabé repousava da fadiga extrema, Paulo procurou uma das tendas indicadas por um negociante de frutas.

Um judeu de bom aspecto, cercado de três auxiliares, entre numerosas prateleiras com sandálias, tapetes e outras utilidades numerosas, atinentes à sua profissão, dirigia extensa banca de serviço. Ciente do seu nome, dado o interesse de sua indagação junto ao comerciante referido, o ex-doutor de Jerusalém chamou pelo senhor Ibraim, sendo atendido com enorme curiosidade.

— Amigo — explicou Paulo, sem rodeios —, sou vosso colega de ofício e, premido por necessidades urgentes, venho solicitar-vos o imenso obséquio de admitir-me nas atividades da vossa tenda. Tenho de fazer longa viagem e, não possuindo recurso algum, apelo para vossa generosidade, esperando favorável acolhimento.


O tapeceiro contemplava-o com simpatia, mas, um tanto desconfiado. Espantava-se e agradava-se, simultaneamente, da sua franqueza e desembaraço. Depois de refletir algum tempo, respondeu algo vagamente:

— Nosso trabalho é muito escasso e, para usar de sinceridade, não disponho de capital para remunerar a muitos empregados. Nem todos compram sandálias; os arreamentos de tropa ficam à espera das caravanas que somente passam de tempos a tempos; poucos tapetes vendemos, e se não fossem os tecidos de couro para tendas improvisadas, suponho que não teríamos o necessário para manter o negócio. Como vedes, não seria fácil arranjar-vos trabalho.

— Entretanto — tornou o ex-rabino, comovido com a sinceridade do interlocutor —, ouso insistir no pedido. Será tão só por alguns dias… Além do mais, ficaria satisfeito em trabalhar a troco de pão e teto, para mim e um companheiro enfermo.

O bondoso Ibraim sensibilizou-se com aquela confissão. Depois de uma pausa longa, em que o tapeceiro de Antioquia ainda hesitava entre o “sim” e o “não”, Paulo rematou:

— Tão grande é a minha necessidade que insisto convosco, em nome de Deus.

— Entrai — disse o negociante, vencido pela argumentação.


Embora doente, o emissário do Cristo atirou-se ao trabalho com afã. Um velho tear foi instalado apressadamente, junto à banca cheia de facas, martelos e peças de couro.

Paulo entrou a trabalhar, tendo um olhar amigo e uma boa palavra para cada companheiro. Longe de se impor pelos conhecimentos superiores que possuía, observava o sistema de trabalho dos auxiliares de Ibraim e sugeria novas providências favoráveis ao serviço, com bondade, sem afetação.

Comovido pelas suas declarações sinceras, o dono da casa mandou a refeição a Barnabé, enquanto o ex-rabino vencia galhardamente as primeiras dificuldades, experimentando o júbilo de um grande triunfo.

Naquela noite, junto do companheiro de lutas, elevou a Jesus a prece do mais entranhado agradecimento. Ambos comentaram a nova situação. Tudo ia bem, mas era necessário pensar no dinheiro indispensável, com que atender ao aluguel do quarto.

Edificado na exemplificação do amigo, agora era Barnabé que procurava confortá-lo:

— Não importa, Jesus levará em conta a nossa boa vontade, não nos deixará ao desamparo.


No dia seguinte, quando Paulo regressou da oficina, teve de esperar o companheiro, com alguma ansiedade. O mensageiro de Ibraim, que levara a refeição de Barnabé, não o havia encontrado. Após alguma inquietação, o ex-rabino abriu-lhe a porta com inexcedível surpresa. O discípulo de Pedro parecia extremamente abatido, mas profunda alegria lhe transbordava do olhar. Explicou que também ele conseguira trabalho remunerador. Empregara-se com um oleiro necessitado de operários para aproveitar o bom tempo. Abraçaram-se comovidos. Se houvessem alcançado o domínio do mundo, com a fortuna fácil, não experimentariam tanto júbilo. Pequena fração de serviço honesto lhes bastava ao coração iluminado por Jesus-Cristo.


No primeiro sábado de permanência em Antioquia os arautos do Evangelho dirigiram-se à sinagoga local. Ibraim, satisfeitíssimo com a cooperação do novo empregado, dera-lhe duas túnicas usadas, que Paulo e Barnabé envergaram com alegria.

Toda a população “temente a Deus” comprimia-se no recinto. Sentaram-se os dois no local reservado aos visitantes ou desconhecidos. Terminado o estudo e comentários da Lei e dos Profetas, o diretor dos serviços religiosos perguntou-lhes, em voz alta, se desejariam dizer algumas palavras aos presentes.

De pronto, Paulo levantou-se e aceitou o convite.

Dirigiu-se à modesta tribuna em atitude nobre e começou a discorrer sobre a Lei, tomado de eloquência sublime. O auditório, não afeito a raciocínios tão altos, seguia-lhe a palavra fluente como se houvera encontrado um profeta autêntico, a espalhar maravilhas. Os israelitas não cabiam em si de contentes. Quem era aquele homem de quem se poderia orgulhar o próprio Templo de Jerusalém?  Em dado momento, contudo, as palavras do orador passaram a ser quase incompreensíveis para todos. Seu verbo sublime anunciava um Messias que já viera ao mundo. Alguns judeus aguçaram os ouvidos. Tratava-se do Cristo Jesus, por intermédio de quem as criaturas deveriam esperar a graça e a verdade da salvação. O ex-doutor observou que numerosas fisionomias mostravam-se contrariadas, mas a maioria escutava-o com indefinível vibração de simpatia. A relação dos feitos de Jesus, sua exemplificação divina, a morte na cruz, arrancavam lágrimas do auditório. O próprio chefe da sinagoga estava profundamente surpreendido…


Terminada a longa oração, o novo missionário foi abraçado por grande número de assistentes. Ibraim, que acabava de conhecê-lo sob novo aspecto, cumprimentou-o radiante. Eustáquio, o oleiro que dera trabalho a Barnabé, aproximou-se para as saudações, altamente sensibilizado. Os descontentes, no entanto, não faltaram. O êxito de Paulo contrariou o espírito fariseu da assembleia.

No dia imediato, Antioquia de Pisídia estava empolgada pelo assunto. A tenda de Ibraim e a olaria de Eustáquio foram locais de grandes discussões e entendimentos. Paulo falou, então, das curas que se poderiam fazer em nome do Mestre. Uma velha tia do seu patrão foi curada de enfermidade pertinaz, com a simples imposição das mãos e as preces ao Cristo. Dois filhinhos do oleiro restabeleceram-se com a intervenção de Barnabé. Os dois emissários do Evangelho ganharam logo muito conceito. A gente simples vinha solicitar-lhes orações, cópias dos ensinos de Jesus, enquanto muitos enfermos se restabeleciam. Se o bem estava crescendo, a animosidade contra eles também crescia, da parte dos mais altamente colocados na cidade. Iniciou-se o movimento contrário ao Cristo. Não obstante a continuidade das pregações de Paulo, aumentava, entre os israelitas poderosos, a perseguição, o apodo e a ironia. Os mensageiros da Boa Nova, entretanto, não desanimaram. Confortados pelos mais sinceros, fundaram a igreja na casa de Ibraim. Quando tudo ia bem, eis que o ex-rabino, ainda em consequência das vicissitudes experimentadas na travessia dos pântanos da Panfília, cai gravemente enfermo, preocupando a todos os irmãos. Durante um mês, esteve sob a influência maligna de uma febre devoradora. Barnabé e os novos amigos foram inexcedíveis em cuidados.


Explorando o incidente, os inimigos do Evangelho puseram-se em campo, ironizando a situação. Havia mais de três meses que os dois anunciavam o novo Reino, reformavam as noções religiosas do povo, curavam as moléstias mais pertinazes e, por que motivo o poderoso pregador não se curava a si mesmo? Fervilhavam, assim, os ditos mordazes e os conceitos deprimentes.

Os confrades, entretanto, foram de uma dedicação sem limites. Paulo foi tratado com extremos de ternura, no lar de Ibraim, como se houvesse encontrado um novo lar.

Após a convalescença, o desassombrado tecelão voltou mais alvissareiro à pregação das verdades novas.

Observando-lhe a coragem, os elementos judaicos, ralados de despeito, tramaram sua expulsão sem qualquer condescendência. Por vários meses o ex-doutor de Jerusalém lutou contra os golpes do farisaísmo  dominante na cidade, mantendo-se superior a calúnias e insultos. Mas, quando revelava seu poder de resolução e firmeza de ânimo, eis que os israelitas descontentes ameaçam Ibraim e Eustáquio com a supressão de regalias e banimento. Os dois antigos habitantes de Antioquia de Pisídia eram acusados como partidários da revolução e da desordem. Altamente comovidos, receberam a notificação de que somente a retirada de Paulo e Barnabé poderia salvá-los do cárcere e da flagelação.


Os missionários de Jesus consideram a penosa situação dos amigos e resolvem partir. Ibraim tem os olhos rasos de lágrimas. Eustáquio não consegue esconder o abatimento. Ante as interrogações de Barnabé, o ex-rabino expõe o plano das atividades futuras. Demandariam Icônio.  Pregariam ali as verdades de Deus. O discípulo de Simão Pedro aprova sem hesitar. Reunindo os irmãos em noite memorável para quantos lhe viveram as profundas emoções, os mensageiros da Boa Nova se despedem. Por mais de oito meses haviam ensinado o Evangelho. Afrontaram zombarias e apodos, haviam conhecido provações bem amargas. Seus labores estavam sendo premiados pelo mundo com o banimento, como se eles fossem criminosos comuns, mas a igreja do Cristo estava fundada. Paulo falou nisso, quase com orgulho, não obstante as lágrimas que lhe rolavam dos olhos. Os novos discípulos do Mestre não deveriam estranhar as incompreensões do mundo, mesmo porque, o próprio Salvador não escapara à cruz da ignomínia, acrescentando que a palavra “cristão” significava seguidor do Cristo. Para descobrir e conhecer as sublimidades do Reino de Deus era preciso trabalhar e sofrer sem descanso.

A assembleia afetuosa, por sua vez, acolheu as exortações, lavada em lágrimas.


Na manhã imediata, munidos de uma carta de recomendação de Eustáquio e carregando vasta provisão de pequeninas lembranças dos companheiros de fé, puseram-se a caminho, intrépidos e felizes.

O percurso excedente a cem quilômetros foi difícil e doloroso, mas os pioneiros não se detiveram na consideração de qualquer obstáculo.

Chegados à cidade, apresentaram-se ao amigo de Eustáquio, de nome Onesíforo.  Recebidos com generosa hospitalidade, no sábado imediato, antes mesmo de fixar-se no trabalho profissional, Paulo foi expor os objetivos de sua passagem pela região. A estreia na sinagoga provocou animadas discussões. O elemento político da cidade constituía-se de judeus ricos e instruídos na ; contudo, os gentios representavam, em grande número, a classe média. Estes últimos receberam a palavra de Paulo com profundo interesse, mas os primeiros desfecharam grande reação logo de início. Houve tumultos. Os orgulhosos filhos de Israel não podiam tolerar um Salvador que se entregara, sem resistência, à cruz dos ladrões. A palavra do Apóstolo, entretanto, alcançara tão grande favor público que os gentios de Icônio ofereceram-lhe um vasto salão para que lhes fosse ministrado o ensinamento evangélico, todas as tardes. Queriam notícias do novo Messias, interessavam-se pelos seus menores feitos e por suas máximas mais simples. O ex-rabino aceitou o encargo, cheio de gratidão e simpatia. Diariamente, terminada a tarefa comum, compacta multidão de iconienses aglomerava-se ansiosa por lhe ouvir o verbo vibrante. Dominando a administração, os judeus não tardaram em reagir, mas foi inútil a tentativa de intimidar o pregador com as mais fortes ameaças. Ele continuou pregando intrépida, desassombradamente. Onesíforo, a seu turno, dava-lhe mão forte e, dentro em pouco, fundava-se a igreja em sua própria casa.


Os israelitas mantinham viva a ideia da expulsão dos missionários quando um incidente ocorreu em auxílio deles.

É que uma jovem noiva, ouvindo ocasionalmente as pregações do Apóstolo dos gentios diariamente penetrava no salão em busca de novos ensinamentos. Enlevada com as promessas do Cristo e sentindo extrema paixão pela figura empolgante do orador, fanatizara-se lamentavelmente, esquecendo os deveres que a prendiam ao noivo e à ternura maternal. Tecla, que assim se chamava, não mais atendia aos laços sacrossantos que deveria honrar no ambiente doméstico. Abandonou o trabalho diuturno para esperar o crepúsculo, com ansiedade. Teóclia, sua mãe, e Tamíris, o noivo, acompanham o caso com desagradável surpresa. Atribuíam a Paulo semelhante desequilíbrio. O ex-doutor, por sua vez, estranhava a atitude da jovem, que, diariamente, insinuava-se com perguntas, olhares e momices singulares.


Certa vez, quando se dispunha a voltar para casa de Onesíforo, em companhia de Barnabé, a moça lhe pediu uma palavra em particular.

Ante suas perguntas atenciosas, Tecla corava, gaguejando:

— Eu… eu…

— Dize, filha — murmurou o Apóstolo um tanto preocupado —, deves considerar-te em presença de um pai.

— Senhor — conseguiu dizer ofegante —, não sei por quê, tenho recebido grande impressão com a vossa palavra.

— O que tenho ensinado — esclareceu Paulo — não é meu; vem de Jesus, que nos deseja todo o bem.

— De qualquer modo, porém — disse ela com mais timidez —, amo-vos muito!…

— Paulo assustou-se. Não contava com essa declaração. A expressão “amo-vos muito” não era articulada em tom de fraternidade pura, mas com laivos de particularismo que o Apóstolo percebeu sobremaneira impressionado. Depois de meditar muito na situação imprevista, respondeu convicto:

— Filha, os que se amam em espírito, unem-se em Cristo para a eternidade das emoções mais santas; mas quem sabe está amando a carne que vai morrer?

— Tenho necessidade da vossa afeição — exclamou a jovem, de olhar lacrimoso.

— Sim — esclareceu o ex-rabino —, mas os dois temos necessidade da afeição do Cristo. Somente amparados nele poderemos experimentar algum ânimo em nossas fraquezas.

— Não poderei esquecer-vos — soluçou a moça, despertando-lhe compaixão.


Paulo ficou pensativo. Recordou a mocidade. Lembrou os sonhos que tecera ao lado de Abigail. Num minuto, seu espírito devassou um mundo de suaves e angustiosas reminiscências; e como se voltasse de um misterioso país de sombras, exclamou como se falasse consigo mesmo:

— Sim, o amor é santo, mas a paixão é venenosa. Moisés recomendou que amássemos a Deus acima de tudo; e o Mestre acrescentou que nos amássemos uns aos outros, em todas as circunstâncias da vida…

E fixando os olhos, agora muito brilhantes, na jovem que chorava, exclamou quase acrimonioso:

— Não te apaixones por um homem feito de lodo e de pecado, e que se destina a morrer!…


Tecla ainda não voltara a si da própria surpresa, quando o noivo desolado penetrou no recinto deserto. Tamíris faz as primeiras objeções em grandes brados, ao passo que o mensageiro da Boa Nova lhe ouve as reprimendas com grande serenidade. A noiva replica mal-humorada. Reafirma sua simpatia por Paulo, expõe francamente as intenções mais íntimas. O rapaz escandaliza-se. O Apóstolo espera pacientemente que o noivo o interrogue. E, quando convocado a justificar-se, explica em tom fraternal:

— Amigo, não te acabrunhes nem te exaltes, em face dos sucessos que se originam de profundas incompreensões. Tua noiva está simplesmente enferma. Estamos anunciando o Cristo, mas o Salvador tem os seus inimigos ocultos em toda parte, como a luz tem por inimiga a treva permanente. Mas a luz vence a treva de qualquer natureza. Iniciamos o labor missionário nesta cidade, sem grandes obstáculos. Os judeus nos ridicularizam e, todavia, nada encontraram em nossos atos que justifique a perseguição declarada. Os gentios nos abraçam com amor. Nosso esforço desenvolve-se pacificamente e nada nos induz ao desânimo. Os adversários invisíveis, da verdade e do bem, certo se lembraram de influenciar esta pobre criança, para faze-la instrumento perturbador de nossa tarefa. É possível que não me compreendas de pronto; no entanto, a realidade não é outra.


Tamíris, contudo, deixando entrever que padecia da mesma influência perniciosa, bradou enraivecido:

— Sois um feiticeiro imundo! Esta é que é a verdade. Mistificador do povo simplório e rude, não passais de reles sedutor de moças impressionáveis. Insultais uma viúva e um homem honesto, qual sou, insinuando-vos no espírito frágil de uma órfã de pai.

Espumava de cólera. Paulo ouviu-lhe as diatribes, com grande presença de espírito.

Quando o moço cansou de esbravejar, o Apóstolo tomou o manto, fez um gesto de despedida e acentuou:

— Quando somos sinceros, estamos em repouso invulnerável; mas cada um aceita a verdade como pode. Pensa, pois, e entende como puderes.

E abandonou o recinto para ir ter com Barnabé.

Os parentes de Tecla, porém, não descansaram em face do que consideravam um ultraje. Na mesma noite, valendo-se do pretexto, as autoridades judaicas de Icônio ordenaram a prisão do emissário da Boa Nova. A fileira dos descontentes afluiu à porta de Onesíforo, vociferando impropérios. Apesar da interferência dos amigos, Paulo foi arrastado ao cárcere, onde sofreu o suplício dos trinta e nove açoites. Acusado como sedutor e inimigo das tradições da família, ao demais blasfemo e revolucionário, foi indispensável muita dedicação dos confrades recém-convertidos para restituir-lhe a liberdade.

Depois de cinco dias de prisão com severos castigos, Barnabé o recebeu exultante de alegria.


O caso de Tecla revestira proporções de grande escândalo, mas o Apóstolo, na primeira noite de liberdade, reuniu a igreja doméstica, fundada com Onesíforo e esclareceu a situação, para conhecimento de todos.

Barnabé considerou impossível ali ficarem por mais tempo. Novo atrito com as autoridades poderia prejudicar-lhes a tarefa. Paulo entretanto, mostrava-se bastante resoluto. Se preciso, voltaria a pregar o Evangelho na via pública, revelando a verdade aos gentios, já que os filhos de Israel se compraziam nos desvios clamorosos.

Chamado a opinar, Onesíforo ponderou a situação da pobre moça, transformada em objeto da ironia popular. Tecla era noiva e órfã de pai. Tamíris havia criado a lenda de que Paulo não passava de poderoso feiticeiro. Se, na qualidade de noiva, ela fosse encontrada novamente junto do Apóstolo, mandava a tradição que fosse condenada à fogueira.

Ciente das superstições regionais, o ex-rabino não hesitou um minuto. Deixaria Icônio no dia imediato.

Não que capitulasse diante do inimigo invisível, mas porque a igreja estava fundada e não era justo cooperar no martírio moral de uma criança.


A decisão do Apóstolo mereceu aprovação geral. Assentaram-se as bases para a continuação do aprendizado evangélico. Onesíforo e os demais irmãos assumiram o compromisso de velar pelas sementes recebidas como dádiva celestial.

No curso das conversações, Barnabé estava pensativo. Para onde iriam? Não seria justo pensar na volta? As dificuldades avultavam dia a dia e a saúde de ambos, desde a internação nas margens do Cestro, era muito inconstante. O discípulo de Pedro, contudo, conhecendo o ânimo e o espírito de resolução do companheiro, esperou pacientemente que o assunto aflorasse espontânea e naturalmente.

Em socorro dos seus cuidados, um dos amigos presentes interrogou Paulo com vivacidade.

— Quando pretendem partir?

— Amanhã — respondeu o Apóstolo.

— Mas, não será melhor repousar alguns dias? Tendes as mãos inchadas e o rosto ferido pelos açoites.

— O serviço é de Jesus e não nosso. Se cuidamos muito de nós mesmos, nesse capítulo de sofrimentos, não daremos conta do recado; e se paralisarmos a marcha nos lances difíceis, ficaremos com os tropeços e não com o Cristo.


Seus argumentos pitorescos e concludentes espalhavam uma atmosfera de bom humor.

— Voltareis a Antioquia? — perguntou Onesíforo com atenção.

Barnabé aguçou os ouvidos para conhecer detalhadamente a resposta, enquanto o companheiro retrucava:

— Certo que não: Antioquia já recebeu a Boa Nova da redenção. E a Licaônia?!

Olhando agora para o ex-levita de Chipre, como a solicitar a sua aprovação, acentuava:

— Marcharemos para a frente. Não estás de acordo, Barnabé? Os povos da região precisam do Evangelho. Se estamos tão satisfeitos com as notícias do Cristo, por que negá-las aos que necessitam do batismo da verdade e da nova fé?!…

O companheiro fez um sinal afirmativo e concordou, resignado:

— Sem dúvida. Iremos para a frente; Jesus nos auxiliará.


E os presentes passaram a comentar a posição de Listra, bem como os costumes interessantes da sua gente simples. Onesíforo tinha lá uma irmã viúva, por nome Lóide. Daria uma carta de recomendação aos missionários. Seriam hóspedes de sua irmã, durante o tempo que precisassem.

Os dois pregoeiros do Evangelho rejubilaram-se. Principalmente Barnabé não cabia em si de contentamento, afastando a ideia triste de ficarem completamente isolados.

No dia seguinte, sob comovidos adeuses, os missionários tomavam a estrada que os conduziria ao novo campo de lutas.

Após viagem penosíssima, chegaram à pequena cidade, num crepúsculo pardacento. Estavam exaustos.


A irmã de Onesíforo,  no entanto, foi pródiga em gentilezas. Velha viúva de um grego abastado, Lóide morava em companhia de sua filha Eunice, igualmente viúva, e de seu neto , cuja inteligência e generosos sentimentos de menino constituíam o maior encanto das duas senhoras. Os mensageiros da Boa Nova foram recebidos nesse lar com inequívocas provas de simpatia. O inexcedível carinho dessa família foi um bálsamo confortador para ambos. Conforme seu hábito, Paulo referiu-se na primeira oportunidade ao desejo imenso de trabalhar, durante o tempo de sua permanência em Listra, de modo a não se tornar passível de maledicência ou crítica, mas a dona da casa opôs-se terminantemente. Seriam seus hóspedes. Bastava a recomendação de Onesíforo para que ficassem tranquilos. Além disso, explicava: Listra era uma cidade muito pobre, possuía apenas duas tendas humildes, onde nunca se faziam tapetes.


Paulo estava muito sensibilizado com o acolhimento carinhoso. Na mesma noite da chegada, observou a ternura com que Timóteo, tendo pouco mais de treze anos, tomava os pergaminhos da Lei de Moisés e os Escritos Sagrados dos Profetas. Deixou o Apóstolo que as duas senhoras comentassem as revelações em companhia do mesmo, até que fosse chamado a intervir. Quando tal se deu, aproveitou o ensejo para fazer a primeira apresentação do Cristo ao coração enlevado dos ouvintes. Tão logo começou a falar, observou a profunda impressão das duas mulheres, cujos olhos brilhavam enternecidos; mas o pequeno Timóteo ouvia-o com tais demonstrações de interesse que, muitas vezes, lhe acariciou a fronte pensativa.

Os parentes de Onesíforo receberam a Boa Nova com júbilos infinitos. No dia imediato não se falou de outra coisa. O rapaz fazia interrogações de toda espécie. O Apóstolo, porém, atendia-o com alegria e interesse fraternais.


Durante três dias os missionários entregaram-se a caricioso descanso das energias físicas. Paulo aproveitou a ocasião para conversar largamente com Timóteo, junto do grande curral onde as cabras se recolhiam.

Somente no sábado, procuraram tomar contato mais íntimo com a população. Listra estava cheia das mais estranhas lendas e crendices. As famílias judaicas eram muito raras e o povo simplório aceitava como verdades todos os símbolos mitológicos. A cidade não possuía sinagoga, mas um pequeno templo consagrado a Júpiter,  que os camponeses aceitavam como o pai absoluto dos deuses do Olimpo. Havia um culto organizado. As reuniões efetuavam-se periodicamente, os sacrifícios eram numerosos.


Numa praça nua movimentava-se o mercado parco, pela manhã.

Paulo compreendeu que não encontraria melhor local para o primeiro contato direto com o povo.

De cima de uma tribuna improvisada de pedras superpostas, começou a pregação em voz forte e comovedora. Os populares aglomeraram-se de súbito. Alguns surgiam das casas pacíficas, para verificar o motivo do compacto ajuntamento. Ninguém se lembrou das aquisições de carne, de frutas, de verduras. Todos queriam ouvir o desconhecido forasteiro.

O Apóstolo falou, primeiramente, das profecias que haviam anunciado a vinda do Nazareno e, em seguida passou a relatar os feitos de Jesus entre os homens.


Pintou a paisagem da Galileia  com as cores mais brilhantes do seu gênio descritivo, falou da humildade e da abnegação do Messias. Quando se referia às curas prodigiosas que o Cristo realizara, notou que um pequeno grupo de assistentes lhe dirigiam chufas. Inflamado de fervor na sua parenética, Paulo recordou o dia em que vira Estêvão curar uma jovem muda, em nome do Senhor.

Crente de que o Mestre não o desampararia, passeou o olhar pela turba numerosa. A distância de alguns metros enxergou um mendigo miserável, que se arrastava penosamente. Impressionado com o discurso evangélico, o aleijado de Listra aproximou-se, bracejando no solo e, sentando-se com dificuldade, fixou os olhos no pregador que o observava sumamente comovido.

Renovando os valores da sua fé, Paulo contemplou-o com energia e falou com autoridade:

— Amigo, em nome de Jesus, levanta-te!

O mísero, olhos fixos no Apóstolo, levantou-se com facilidade, enquanto a multidão dava gritos, surpreendida. Alguns recuaram aterrados. Outros procuraram o vulto de Paulo e o de Barnabé, contemplando-os, deslumbrados e satisfeitos. O aleijado começou a saltar de alegria. Conhecido na cidade, de longa data, a cura prodigiosa não deixava a menor dúvida.


Muitas pessoas se ajoelharam. Outras correram aos quatro cantos de Listra para anunciar que o povo havia recebido a visita dos deuses. A praça encheu-se em poucos minutos. Todos queriam ver o mendigo reintegrado nos seus movimentos livres. Espalhou-se o sucesso, rapidamente. Barnabé e Paulo eram Júpiter  e Mercúrio  descidos do Olimpo. Os Apóstolos, jubilosos com a dádiva de Jesus, mas, profundamente surpreendidos com a atitude dos licaônios, perceberam logo o mal-entendido. Em meio do respeito geral, Paulo subiu de novo à tribuna improvisada, explicando que ele e o companheiro eram simples criaturas mortais, realçando a misericórdia do Cristo, que se dignara ratificar a promessa do Evangelho, naquele minuto inesquecível. Debalde, porém, multiplicava os seus esclarecimentos. Todos lhe ouviam a palavra genuflexos, em atitude estática. Foi aí que um velho sacerdote, paramentado segundo os hábitos da época, surgiu inesperadamente conduzindo dois bois engrinaldados de flores, com ademanes e mesuras solenes. Em voz alta, o ministro de Júpiter convida o povo ao cerimonial do sacrifício aos deuses vivos.


Paulo percebe o movimento popular e, descendo ao centro da praça, grita com toda força dos pulmões, abrindo a túnica na altura do peito:

— Não cometais sacrilégios!… não somos deuses… Vede!… somos simples criaturas de carne!…

Seguido de perto por Barnabé, arrebata das mãos do velho sacerdote a delicada trança de couro que prendia os animais, soltando os dois touros pacíficos, que se puseram a devorar as verdes coroas.

O ministro de Júpiter quis protestar, calando-se em seguida, muito desapontado. E entre os mais extravagantes comentários, os missionários bateram em retirada, ansiosos por um local de oração, onde pudessem elevar a Jesus seus votos de alegria e reconhecimento.

— Grande triunfo! — disse Barnabé quase orgulhoso. — As dádivas do Cristo foram numerosas, o Senhor lembra-se de nós!…

Paulo ficou pensativo e redarguiu:

— Quando recebemos muitos favores, precisamos pensar nos muitos testemunhos. Penso que experimentaremos grandes provações. Aliás, não devemos esquecer que a vitória da entrada do Mestre em Jerusalém precedeu os suplícios da cruz.

O companheiro, considerando o elevado sentido daquelas afirmações, entrou a meditar em profundo silêncio.


Lóide e a filha estavam radiantes. A cura do aleijado conferia aos mensageiros da Boa Nova singular situação de evidência. Paulo valeu-se da oportunidade para fundar o primeiro núcleo do Cristianismo na pequena cidade. As providências iniciais foram tomadas na residência da generosa viúva, que pôs à disposição dos missionários todos os recursos ao seu alcance.

Tal como em Nea-Pafos,  estabeleceram num casebre muito humilde a sede das atividades de informações e de auxílio. Em lugar de João Marcos, era o pequeno Timóteo quem auxiliava em todos os misteres. Numerosas pessoas copiavam o Evangelho, durante o dia, enquanto os enfermos acorriam de toda parte, carecidos de imediata assistência.

Não obstante tal êxito, crescia igualmente a animosidade de uns tantos, contra a nova doutrina.


Os poucos judeus de Listra deliberaram consultar as autoridades de Icônio,  relativamente aos dois desconhecidos. E foi isso o bastante para que se turvassem os horizontes. Os comissionários regressaram com um acervo de notícias ingratas. O era pintado a cores negras. Paulo e Barnabé eram acusados de blasfemos, feiticeiros, ladrões e sedutores de mulheres honestas. Paulo, principalmente, era apresentado como revolucionário temível. O assunto, em Listra, foi discutido “intra muros”. Os administradores da cidade convidaram o sacerdote de Júpiter a entrar na campanha contra os embusteiros e, com a mesma facilidade com que haviam acreditado na sua condição de deuses, passaram todos a atribuir aos pregadores as maiores perversões. Combinaram-se providências criminosas. Desde a chegada dos dois desconhecidos, que falavam em nome de um novo profeta, Listra vivia sobressaltada por ideias diferentes. Era preciso coibir os abusos. A palavra de Paulo era audaciosa e requeria corretivo eficaz. Finalmente, deliberaram que o fogoso pregador fosse apedrejado na primeira ocasião que falasse em público.


Ignorando o que se tramava, o Apóstolo dos gentios, deixando Barnabé acamado por excesso de trabalho, fez-se acompanhar do pequeno Timóteo, no sábado imediato, ao entardecer, foi até à praça pública onde, mais uma vez, anunciou as verdades e promessas do Evangelho do Reino.

O logradouro apresentava movimento invulgar. O pregador notou a presença de muitas fisionomias suspeitas e absolutamente desconhecidas. Todos lhe acompanhavam os mínimos gestos com evidente curiosidade.

Com a máxima serenidade, subiu à tribuna e começou a falar das glórias eternas que o Senhor Jesus havia trazido à Humanidade sofredora. No entanto, mal havia iniciado o sermão evangélico, quando, aos gritos furiosos dos mais exaltados, começaram a chover pedras em barda [em grande quantidade].


Paulo subitamente a figura inesquecível de Estêvão. Certo, o Mestre lhe reservara o mesmo gênero de morte, para que se redimisse do mal infligido ao mártir da igreja de Jerusalém. Os pequenos e duros granizos caíam-lhe nos pés, no peito, na fronte. Sentiu o sangue a escorrer-lhe da cabeça ferida e ajoelhou-se, sem uma queixa, rogando a Jesus que o fortalecesse no angustioso transe.

Nos primeiros momentos, Timóteo, aterrado, pôs-se a gritar, suplicando socorro; mas um homem de braços atléticos aproxima-se cauto e murmura-lhe no ouvido:

— Cala-te se queres ser útil!…

— És tu, Gaio? — exclamou o pequeno de olhos lacrimosos, experimentando certo conforto em reconhecer um rosto amigo no pandemônio em que se via.

— Sim — disse o outro baixinho —, aqui estou para socorrer o Apóstolo. Não posso esquecer que ele curou minha mãe.

E olhando o movimento da turba criminosa acrescentou:

— Não temos tempo a perder. Não tardará que o levem ao monturo. Se tal se der, procura seguir-nos com um pouco de água. Se o missionário não sucumbir, prestarás os primeiros socorros, até que eu consiga prevenir tua mãe!…


Separaram-se imediatamente. Ralado de aflição, o rapaz viu o pregador de joelhos, olhos fitos no céu, num transporte inesquecível. Filetes de sangue desciam-lhe da fronte fraturada. Em dado momento, a cabeça pendeu e o corpo tombou desamparado. A multidão parecia tomada de assombro. Prevalecendo-se da situação em que não se observavam diretrizes prévias, Gaio insinuou-se. Aproximou-se do Apóstolo inerme, fez um gesto significativo para o povo e bradou:

— O feiticeiro está morto!…

Sua figura gigantesca despertara as simpatias da turba inconsciente. Estrugiram aplausos. Os que haviam promovido o nefando atentado desapareceram. Gaio compreendeu que ninguém ousava assumir a responsabilidade individual. Em estranhas vibrações, bradavam os mais perversos:

— Fora das portas… fora das portas!… Feiticeiro ao monturo!… Feiticeiro ao montu… u… ro!…

O amigo de Paulo, disfarçando a comiseração com gestos de ironia, falou à multidão satisfeita:

— Levarei os despojos do bruxo!

A turba fez um alarido ensurdecedor e Gaio procurou arrastar o missionário com a cautela possível.

Atravessaram vielas extensas, em gritos, até que, atingindo um local deserto, um tanto distante dos muros de Listra, deixaram Paulo semimorto, na montureira do lixo.

O latagão inclinou-se, como a verificar a morte do apedrejado, e observando, cuidadosamente, que ainda vivia, gritou:

— Deixemo-lo aos cães, que se incumbirão do resto! É preciso celebrar o feito com algum vinho!…


E seguindo o líder daquela tarde, a multidão bateu em retirada, enquanto Timóteo se aproximava do local, valendo-se das sombras da noite que começava a fechar-se. Correndo a um poço, não muito distante, e que se destinava à serventia pública, o pequeno encheu o gorro impermeável, de água pura, prestando os primeiros socorros ao ferido. Banhado em lágrimas, notou que Paulo respirava com dificuldade, como se houvesse mergulhado em profundo desmaio. O jovem listrense assentou-se ao eu lado, banhou-lhe a testa ferida com extremos de carinho. Mais alguns minutos e o Apóstolo voltava a si para examinar a situação. Timóteo o informou de tudo. Muito compungido, Paulo agradeceu a Deus, pois reconhecia que somente a misericórdia do Altíssimo poderia ter operado o milagre, por sequestrá-lo aos propósitos criminosos da turba inconsciente.


Decorridas duas horas, três vultos silenciosos aproximavam-se. Muito aflito, Barnabé deixara o leito, não obstante o estado febril, para acompanhar Lóide e Eunice, que, avisadas por Gaio, acorriam com os primeiros socorros.

Todos renderam graças a Jesus, enquanto Paulo tomava pequena dose de vinho reconfortador. Organização espiritual poderosa, apesar das sevícias físicas, o tecelão de Tarso levantou-se e regressou a casa com os amigos, levemente amparado por Barnabé, que lhe oferecera o braço amigo.

O resto da noite passou-se em conversações carinhosas. Os dois emissários da Boa Nova temiam agressão do povo às generosas senhoras que os haviam hospedado e socorrido. Era preciso partir, para evitar maiores incômodos e complicações.


Em vão a palavra de Lóide se fez ouvir, procurando dissuadir os pregoeiros do Cristo; debalde Timóteo beijou as mãos de Paulo e lhe pediu que não partisse. Receosos de mais tristes consequências, depois de coordenarem as instruções necessárias à igreja nascente, transpuseram as portas da cidade ao amanhecer, em direção a Derbe,  que ficava algo distante.

Depois de penosa caminhada, atingiram o novo setor de trabalho, onde haveriam de estagiar mais de um ano. Embora entregues ao trabalho manual, com que ganhavam o pão da vida, os dois companheiros precisaram de seis meses para restabelecer a saúde comprometida. Como tecelão e oleiro anônimos, Paulo e Barnabé deixaram-se ficar em Derbe longo tempo, sem despertar a curiosidade pública. Só depois de refeitos dos abalos sofridos, recomeçaram a Boa Nova do Reino de Jesus. Visitando os arredores, provocaram grande interesse da gente simples, pelo Evangelho da redenção. Pequenas comunidades cristãs foram fundadas em ambiente de muitas alegrias.


Após muito tempo de labor, resolveram regressar ao núcleo original do seu esforço. Vencendo etapas difíceis, visitaram e encorajaram todos os irmãos escalonados nas diversas regiões da Licaônia, Pisídia  e Panfília.

De Perge  desceram a Atália,  de onde embarcaram com destino a Selêucia e dali ganharam Antioquia. 

Ambos haviam experimentado a dificuldade dos serviços, mais rudes. Muita vez se viram perplexos com os problemas intrincados da empresa: em troca da dedicação fraternal, haviam recebido remoques, açoites e acusações pérfidas; contudo, através do abatimento físico e dos gilvazes, irradiavam ondas invisíveis de intenso júbilo espiritual. É que, entre os espinhos da estrada escabrosa, os dois companheiros desassombrados mantinham ereta a cruz divina e consoladora, espalhando a mancheias as sementes benditas do Evangelho de Redenção.




Animados do Espírito-Santo — Ninguém deverá ignorar que Espírito-Santo designa a legião dos Espíritos santificados na luz e no amor, que cooperam com o Cristo desde os primeiros tempos da Humanidade. (Nota de Emmanuel)


Provérbios, Pv 30:7.


mt 8:22
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 143
Página: 319
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos.” — JESUS (Mt 8:22)


Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse “cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres”, e sim conferisse “mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”.

Há, em verdade, grande diferença. O cadáver é carne sem vida, enquanto que um morto é alguém que se ausenta da vida.

Há muita gente que perambula nas sombras da morte sem morrer. Trânsfugas da evolução, cerram-se entre as paredes da própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade, negando-se a partilhar a experiência comum. Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício, de amargura e ilusão. Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em grades de sombra; se prostrados pelo desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com que envolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais.

Aprende a participar da luta coletiva. Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do próximo, as angústias de teu irmão e ajuda quanto possas.

Não te galvanizes na esfera do próprio “eu”. Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão somente para si.

Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências.

Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo. Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas obras de caridade, mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre “aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos”.



mt 8:22
Palavras do Infinito

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Acima das coisas transitórias do mundo, há uma sabedoria integral e uma ordem inviolável” — Responde Emmanuel, aconselhando os vivos a que guardem o patrimônio de suas crenças.


Pedro Leopoldo, 9 (Especial para O GLOBO, por Clementino de Alencar) — Enviamos hoje mais três das respostas colhidas por Chico Xavier, dos seus protetores do Além, e relativas a indagações enviadas por carta ao “médium”.

A segunda indagação refere-se ao hábito da cremação de cadáveres, adotado por muitos povos do Oriente, e diz:

“Sentem os desencarnados os efeitos da cremação de seus despojos mortais?”

E a terceira é esta:

“Qual a impressão do homem no instante da morte?”


EM TORNO DE UMA VELHA ANIMOSIDADE


[“Poderá a ciência substituir a religião?”]


Eis como Emmanuel, com aquele admirável poder de síntese que caracteriza essas mensagens, respondeu à primeira das indagações acima:


“Creio que no futuro, viverá a humanidade fora desse ambiente de animosidade entre a ciência e a religião; julgo contudo que em nenhuma civilização pode a primeira substituir a segunda. As suas antinomias serão eliminadas dentro do estudo, da análise, do raciocínio.

“Nos tempos modernos, mentalidades existem que pugnam pelo desaparecimento das noções religiosas do coração dos homens. Pede-se uma educação sem Deus, o aniquilamento da fé, o afastamento das esperanças de uma outra vida, a morte da crença nos poderes de uma providência estranha aos homens. Essa tarefa é inútil. Os que se abalançam a sugerir semelhantes empresas podem ser dignos de respeito e admiração pelos seus méritos científicos, mas assemelham-se a alguém que tivesse a fortuna de obter um oásis entre imensos desertos. Confortado e satisfeito dentro da sua felicidade ocasional, não vê as caravanas sem número de infelizes transitando sobre as areias ardentes, cheias de sede e de fome.


EXPERIÊNCIA QUE FRACASSA

“O sentimento religioso é a base de todas as civilizações. Preconiza-se uma educação pela inteligência, concedendo-se liberdade aos impulsos naturais do homem. A experiência fracassaria. No dia em que a evolução dispensar o concurso religioso, a humanidade estará unida a Deus pela ciência e pela fé então irmanadas.


A CIÊNCIA E SUAS CONTRADIÇÕES: ATESTADO DA FALIBILIDADE HUMANA

“Em cada século o progresso científico renova sua concepção acerca dos mais importantes problemas da vida.

“Raramente os verdadeiros sábios são compreendidos por seus contemporâneos. Se as contradições dos estudiosos são o sinal de que a ciência progride sempre, elas atestam igualmente a falibilidade humana e a fraqueza e inconsistência dos seus conhecimentos.


O SUBLIME LEGADO

“Diz-se que o pensamento religioso é uma ilusão. Tal afirmativa carece de fundamento. Nenhuma teoria científicas, nenhum sistema político, nenhum programa de reeducação podem roubar do mundo a ideia de Deus e da imortalidade do ser, inata no coração do homem.

“As ideologias novas não conseguirão eliminá-la também.

“A religião viverá entre as criaturas, instruindo e consolando, como um sublime legado.


RELIGIÃO E RELIGIÕES

“O que se faz preciso, em vossa época, é estabelecerdes a diferença entre religião e religiões.

“A religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador.

“As religiões são as organizações dos homens, falíveis, imperfeitas como eles próprios; dignas de todo o acatamento pelo sopro da inspiração superior que as fez surgir, são como gotas de orvalho celeste misturadas com os elementos da terra em que caíram. Muitas delas, porém, estão desviadas do bom caminho pelo interesse criminoso e pela ambição lamentável dos seus expositores; mas a verdade um dia brilhará para todos, sem necessitar da cooperação de nenhum homem.


ACIMA DE TUDO ESTÃO A SABEDORIA INTEGRAL E A ORDEM INVIOLÁVEL

“Cabe-nos pois aos que depois da morte já não seguirem qualquer ação para o afastamento de dúvida, exclamar para os que creem e esperam:

“Ó irmãos nossos que confiais na Providência, dentro da escuridão do mundo!… Do portal de claridades do Além-Túmulo, nós vos estendemos as mãos fraternas!. Nossa palavra corre sobre o mundo como um poderoso sopro de verdades! Dentro do Universo mil laços nos unem. Sobre as ruínas, sobre os escombros das civilizações mortas e dos templos desmoronados, nós viveremos eternamente. Uma justiça soberana, íntegra e misericordiosa preside aos nossos esforços pelo bem coletivo.

“Guardai convosco o sagrado patrimônio das crenças, porque acima das cousas transitórias do mundo há uma Sabedoria Integral, uma Ordem inviolável. Lutemos pois, com destemor e coragem, porque Deus é justo e a alma é imortal!”


Emmanuel

SÓ AO FIM DE CERTO PRAZO DEVERÁ SER FEITA A CREMAÇÃO

[“Sentem os desencarnados os efeitos da cremação de seus despojos mortais?”]


À segunda das perguntas acima, a relativa à cremação de cadáveres, o “guia” assim respondeu:


“Geralmente, nas primeiras horas do “post-mortem”, ainda se sente o Espírito ligado aos elementos cadavéricos.

“Laços fluídicos, imperceptíveis ao vosso poder visual, ainda se conservam unindo a alma recém-liberta ao corpo exausto; esses elos impedem a decomposição imediata da matéria. E, por esta razão, na maioria dos casos o Espírito pode experimentar os sofrimentos horríveis oriundos da cremação, a qual nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo de cinquenta horas após o desenlace. A cremação imediata ao chamado instante da morte é, portanto, nociva e desumana.


ELEMENTOS DE VIDA QUE FICAM POR ALGUM TEMPO NO CADÁVER

Às vezes, segundo a natureza das moléstias que precedem a desencarnação, existem ainda no cadáver inúmeros elementos de vida: daí nasce a possibilidade de, usando de recursos vários e reagentes, a ciência fazer um “morto” voltar à vida.

“Vê-se pois que o Espírito desencarnado, nas primeiras horas do Além-Túmulo, pode sentir dentro do quadro de suas impressões físicas, todas as ações a que seu corpo abandonado seja submetido.”


Emmanuel

TAL VIDA, TAL MORTE

[“Qual a impressão do homem no instante da morte?”]


A terceira pergunta sobre a “impressão do homem no momento da morte” foi respondida nestes termos:


“A impressão da alma no momento da morte varia com os estados de consciência dos indivíduos.

“Para todas as criaturas, porém, manifesta-se nesses instantes a bondade divina. Os moribundos têm invariavelmente a assistência dos seus protetores, e amigos invisíveis que os auxiliam a se libertar das cadeias que os prendem à vida material. Entre os homens não existe a necessidade de alguém que auxilie os recém-nascidos a se desvencilharem do cordão umbilical?

“As sensações penosas do corpo são mais ou menos acordes com a moléstia manifestada. Elas porém passam e nos primeiros tempos, no plano espiritual, vai a alma colher os frutos de suas boas ou más obras na superfície do mundo.

“O adágio popular: “Tal vida, tal morte” vai aí receber então a sua sanção plena.”


Emmanuel


(Recebida em Pedro Leopoldo a 21 de junho de 1935)


mt 8:22
Roteiro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

(O Evangelho )


Não se reveste o ensinamento de Jesus de quaisquer fórmulas complicadas.

Guardando embora o devido respeito a todas as escolas de revelação da fé com os seus colégios iniciáticos, notamos que o Senhor desce da Altura, a fim de libertar o templo do coração humano para a sublimidade do amor e da luz, através da fraternidade, do amor e do conhecimento.

Para isso, o Mestre não exige que os homens se façam heróis ou santos de um dia para outro. Não pede que os seguidores pratiquem milagres, nem lhes reclama o impossível.

Dirige-se a palavra d’Ele à vida comum, aos campos mais simples do sentimento, à luta vulgar e às experiências de cada dia.

Contrariamente a todos os mentores da Humanidade, que viviam, até então, entre mistérios religiosos e dominações políticas, convive com a massa popular, convidando as criaturas a levantarem o santuário do Senhor nos próprios corações.

Ama a Deus, Nosso Pai — ensinava Ele —, com toda a tua alma, com todo o teu coração e com todo o teu entendimento. (Mt 22:37)

Ama o próximo como a ti mesmo. (Mt 22:39)

Perdoa ao companheiro quantas vezes se fizerem necessárias. (Mt 18:21)

Empresta sem aguardar retribuição. (Lc 6:35)

Ora pelos que te perseguem e caluniam. (Lc 6:28)

Ajuda aos adversários. (Mt 5:44)

Não condenes para que não sejas condenado. (Mt 7:1)

A quem te pedir a capa cede igualmente a túnica. (Mt 5:40)

Se alguém te solicita a jornada de mil passos, segue com ele dois mil. (Mt 5:41)

Não procures o primeiro lugar nas assembleias, para que a vaidade te não tente o coração. (Lc 14:10)

Quem se humilha será exaltado. (Lc 14:11)

Ao que te bater numa face, oferece também a outra. (Mt 5:39)

Bendize aquele que te amaldiçoa. (Lc 6:28)

Liberta e serás libertado. (Lc 12:58)

Dá e receberás. (At 20:35)

Sê misericordioso. (Lc 6:36)

Faze o bem ao que te odeia. (Lc 6:35)

Qualquer que perder a sua vida, por amor ao apostolado da redenção, ganhá-la-á mais perfeita, na glória da eternidade. (Mt 10:39)

Resplandeça a tua luz. (Mt 5:16)

Tem bom ânimo. (Mc 6:50)

Deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos. (Mt 8:22)

Se pretendes encontrar-me na luz da ressurreição, nega a ti mesmo, alegra-te sob o peso da cruz dos próprios deveres e segue-me os passos no calvário de suor e sacrifício que precede os júbilos da aurora divina! (Mt 16:24)


E, diante desses apelos, gradativamente, há vinte séculos, calam-se as vozes que mandam revidar e ferir!… E a palavra do Cristo, acima de editos e espadas, decretos e encíclicas, sobe sempre e cresce cada vez mais, na acústica do mundo, preparando os homens e a vida para a soberania do Amor Universal.



mt 8:28
Seara dos Médiuns

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Reunião pública de 4 de Março de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Cristãos eminentes, em variadas escolas do Evangelho, asseveram na atualidade que o problema da obsessão teria nascido no culto da mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, quando a Doutrina Espírita é o recurso para a supressão do flagelo.

Malham médiuns, fazem sarcasmo, condenam a psicoterapia em favor dos desencarnados sofredores e, por vezes, atingem o disparate de afirmar que a prática medianímica estabelece a loucura.

Esquecem-se, no entanto, de que a vida de Jesus, na Terra, foi uma batalha constante e silenciosa contra obsessões, obsidiados e obsessores.

O combate começa no alvorecer do apostolado divino.

Depois da resplendente consagração na manjedoura, o Mestre encontra o primeiro grande obsidiado na pessoa de Herodes, que decreta a matança de pequeninos, com o objetivo de aniquilá-lo. (Mt 2:16)

Mais tarde, João Batista, o companheiro de eleição que vem ao mundo secundar-lhe a obra sublime, sucumbe degolado, em plena conspiração de agentes da sombra. (Mc 6:14)

Obsessores cruéis não vacilam em procurá-lo, nas orações do deserto, (Mt 4:1) verificando-lhe os valores do sentimento.

A cada passo, surpreende Espíritos infelizes senhoreando médiuns desnorteados. O testemunho dos apóstolos é sobejamente inequívoco.

Relata Mateus que os obsidiados gerasenos (Mt 8:28) chegavam a ser ferozes; refere-se Marcos ao obsidiado de Cafarnaum, de quem desventurado obsessor se retira clamando contra o Senhor em grandes vozes; (Mc 1:32) narra Lucas o episódio em que Jesus realiza a cura de um jovem lunático, (Lc 9:37) do qual se afasta o perseguidor invisível, logo após arrojar o doente ao chão, em convulsões epileptóides; e reporta-se João a israelitas positivamente obsidiados, que apedrejam o Cristo, sem motivo, na chamada Festa da Dedicação. (Jo 10:31)

Entre os que lhe comungam a estrada, surgem obsessões e psicoses diversas.

Maria de Magdala, que se faria a mensageira da ressurreição, fora vítima de entidades perversas.

Pedro sofria de obsessão periódica.

Judas era enceguecido em obsessão fulminante.

Caifás mostrava-se paranoico.

Pilatos tinha crises de medo.

No dia da crucificação, vemos o Senhor rodeado por obsessões de todos os tipos, a ponto de ser considerado, pela multidão, inferior a Barrabás, malfeitor e obsesso vulgar.

E, por último, como se quisesse deliberadamente legar-nos preciosa lição de caridade para com os alienados mentais, declarados ou não, que enxameiam no mundo, o Divino Amigo prefere partir da Terra na intimidade de dois ladrões, que a Ciência de hoje classificaria por cleptomaníacos pertinazes.

À vista disso, ante os escarnecedores de todos os tempos, eduquemos a mediunidade na Doutrina Espírita, porque só a Doutrina Espírita é luz bastante forte, em nome do Senhor, para clarear a razão, quando a mente se transvia, desgovernada, sob o fascínio das trevas.




Cairbar Schutel

mt 8:5
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3710
Capítulo: 60
Página: -
Cairbar Schutel

“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião e rogou-lhe: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, padecendo horrivelmente. Disse-lhe: eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas dize somente uma palavra e o meu criado há de sarar. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Jesus ouvindo isto admirou-se e disse aos que o acompanhavam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. E digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e hão de sentar-se com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus; mas os filhos deste reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.


Então disse Jesus ao centurião: Vai-te, e como creste, assim te seja feito. E naquela mesma hora sarou o criado. "


(Mateus, VIII, 5-13.)


Cafarnaum, era uma das grandes cidades da Galileia, muito próxima à foz do Rio Jordão, onde João Batista costumava fazer suas pregações, convidando o povo ao arrependimento dos pecados.


E como ficava na estrada comercial que ia da cidade de Damasco ao Mar Mediterrâneo, o governo romano tinha lá uma milícia composta de cem soldados, sob a direção de um comandante.


Esse comandante tinha o título de centurião, justamente porque comandava cem soldados. Pelo que se compreende do trecho que acabamos de ler, logo que o centurião teve conhecimento da entrada de Jesus na cidade de Cafarnaum, sem mais detenças fardou-se e foi à procura do Moço Nazareno, e, encontrando-o logo, queixou-se do mal de que sofria o seu criado: “O meu criado jaz em casa paralítico, padecendo horrivelmente. " Ora, sendo Cafarnaum uma cidade populosa, de certa importância, a ponto de ser guardada por uma milícia de cem soldados, comandada por um centurião, havia forçosamente alguns “médicos" ali residentes — pois naquele tempo já os havia; tanto assim que um deles, Lucas, se tornou apóstolo de Jesus.


Pelo que diz o Evangelho, podemos ainda ficar sabendo que a moléstia que acometera o criado do Centurião era paralisia, e paralisia que ocasionava grandes sofrimentos; sabemos ainda mais, que a moléstia do homem era grave, e que esse servo do centurião, segundo afirma Lucas, que era médico, estava até moribundo, nas vascas da agonia, às portas da morte. É impossivel, pois, que o centurião, que era pessoa de recursos, e que muito estimava o seu servo, não houvesse chamado médicos para tratá-la!


O doente não podia ter ficado até aquele momento sem medicação, embora a medicação não lhe tivesse dado melhoras.


Provavelmente desanimado com o tratamento da Ciência daquele tempo, o centurião, homem instruído, sabendo das curas que Jesus havia operado, pois, pouco antes de entrar em Cafarnaum, o Mestre tinha curado um leproso, deliberou valer-se do Grande Médico Espiritual para curar o servo.


E sabiamente agiu o centurião, porque seu pedido foi recebido com toda a consideração: “Eu irei curá-lo", disse Jesus. Admirável frase esta: “Eu irei curá-lo"!


Qual é o médico que, sem ver o doente, sem perscrutar, sem examinar;


sem ver os olhos, tocar o ventre, o fígado, o peito ou as costas; sem auscultar o coração ou os pulmões; sem fazer análise de urina, ou de escarros, ou de fezes; sem inquirir do doente, ou da pessoa que o assiste, onde sente dor; se come, se bebe, se tem febre, pode dizer categoricamente a qualquer que o chama para socorrer um sofredor: “Eu irei curá-lo"?


Sabemos que todos os médicos podem dizer, ao serem chamados para assistir um doente: “Eu irei tratá-lo", mas dizer: “eu irei curá-lo"?!


Só houve um na Terra que, sem tomar pulso, sem pôr termômetro, sem perguntar sintomas e sem ver o doente, nem lhe saber o nome, nem lhe indagar a idade, pode afirmar sábia e categoricamente, quando lhe pediram auxílio: “Eu irei curá-lo"!


Eis porque sempre afirmamos que Jesus foi o maior de todos os médicos e que ninguém foi, nem é tão sábio quanto ele. O Mestre não tratava de doente, não alimentava moléstias; curava os doentes, matava as moléstias. A sua ação no mundo foi verdadeiramente estupenda, extraordinária, maravilhosa. Só ele era capaz de fazer o que fez; só ele é capaz ainda hoje de fazer o de que nós precisamos; e o fará, se, como o centurião, soubermos implorar-lhe assistência.


Vimos que Jesus se prontificou imediatamente a ir à casa do centurião para curar o enfermo. Mas, que pensou o centurião sobre a resposta do Mestre? “Senhor! Não sou digno de que entres em minha casa; porém dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Porque também sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; ao meu servo: faze isto, e ele o faz. " Quantos ensinamentos se tiram destas palavras, que, não sendo de Jesus Cristo, foram, entretanto, proferidas diante dele e mereceram a sua aprovação! “Eu não sou digno de que entres em minha casa. " É esta a frase que todos nós deveríamos sempre, em nossas preces, em nossos rogos e de todo o coração, dizer ao Mestre, quando, todos os dias, lhe solicitamos graças e benefícios: “Senhor! dá-nos isto ou aquilo; faze-nos este ou aquele benefício, mas não venhas à nossa casa, porque não somos dignos de que entres em nosso lar. Nossas paixões, nossos vícios, nossa inferioridade e o nosso coração pequenino nos fazem envergonhar em tua presença. " Mas, infelizmente, não é isso o que dizemos. Todos chamam a Jesus em suas casas, todos querem vê-lo a seu lado; e alguns há que pretendem encerrá-lo em armários, ou então devorá-lo, metê-lo no ventre!


Vede que iniquidade, que natureza avara de humildade tem a criatura humana!


O criminoso se constrange diante do magistrado: o réu se envergonha em face dos juizes; a criatura humana, negra de ignorância, asquerosa de orgulho e de vaidade horrenda de egoísmo, julga-se tão iluminada, tão casta, tão pura, a ponto de se dizer irmã do Coração de Jesus; desse Coração Imaculado, puríssimo, que não palpita senão para fazer sentir o amor; que não movimenta as suas aurículas senão para transmitir, aos sofredores, uma parcela do seu puríssimo afeto; que não fala senão para abençoar e ensinar; que não brilha senão para arrancar as almas das trevas, da devassidão, das mentiras e dos enganos!


Não, não era preciso que o Espírito Puríssimo entrasse em casa do centurião para que o servo desse comandante ficasse livre da enfermidade;


assim como não era preciso que o centurião fosse pessoalmente abrir as “portas do cárcere" para libertar dele um prisioneiro que desejasse soltar. “Também eu sou um homem sujeito à autoridade, Senhor; não és só tu que estás sob o domínio da autoridade; eu também o estou; com a diferença de que a minha autoridade é da Terra e a tua é do Céu. O meu chefe é o governador romano; o teu chefe é o Governador do Universo.


Mas, apesar disso, eu tenho soldados à minha disposição; assim como também sei que tu tens legiões de Espíritos santificados pela tua Palavra, que estão sob o teu domínio. Eu digo a um dos meus soldados: vai para lá, e ele vai; a outro: vem para cá, e ele vem; a outro: faze isto ou aquilo, e ele o faz; tu, pela mesma forma, mandas na tua milícia; teus soldados e teus servos fazem tudo o que tu ordenas, assim como os meus fazem tudo quanto eu ordeno. “Dize só uma palavra, e o meu criado há de sarar", porque eu também, quando quero fazer qualquer coisa, seja prender um turbulento ou libertar um prisioneiro, digo só uma palavra, são cumpridas imediatamente as minhas ordens!


E Jesus, maravilhado ante a fé que amparava o centurião, cheio de alegria diante das palavras do soldado romano, vira-se para seus discípulos e lhes diz: “Em verdade vos afirmo, que nem mesmo em Israel achei tamanha fé!" A luz não foi feita senão para iluminar, assim como a Verdade para libertar, a Esperança para consolar e animar, a Caridade para amparar e purificar, e a Sabedoria para guiar e engrandecer!


Todas estas virtudes, todos estes dons celestiais, que enchem a criatura de bem-estar e de paz, são raios coloridos de um mesmo Sol, são reflexos multicores de uma mesma Estrela, que orienta os povos, que encaminha as nações, que eleva a dignidade humana, e cujas luzes penetram no coração, sobem ao cérebro e se expandem na alma. Essa venturosa claridade dos céus a que nós chamamos Fé, implantada no Espírito humano, nasce como o grão de mostarda da parábola, cresce e torna a crescer; cresce sempre sem parar, e, quando lhe chega o momento feliz de não mais elevar suas hastes, de não mais alongar seus galhos, de não mais engrossar seu tronco, de não mais estender suas raízes; quando chega esse momento, em que a nossos olhos parece completada a conta de seus dias, concluído o seu itinerário, finda a sua vida, é então que lhe é chegado o momento de maior crescimento, de maiores trabalhos, de mais produtiva Vida, porque é então que ela vai frutificar, para, depois, estender-se em ramificações cada vez mais consideráveis e crescentes, a ponto de se fazer seara e cobrir extensão considerável de terreno! Foi esta a Fé que Jesus saudou com alegria, quando a viu cultivada pelo soldado romano; foi esta a Fé, engrandecida pelos conhecimentos, purificada pela humildade, santificada pela prece na pessoa do centurião, que o Mestre justificou, dizendo: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé!" Além de dizer aos seus discípulos perto do centurião: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé", o Mestre acrescentou, ainda, como para servir de incentivo àqueles que o ouviam, para que estudassem, para que fizessem também crescer a fé que possuíam: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e hão de sentarse com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus; mas os filhos deste reino serão lançados nas trevas exteriores e ali haverá choro e ranger de dentes. " Aqueles que estiverem fora das Igrejas que paralisam o crescimento da Fé; aqueles que têm a felicidade de não pertencer a esse Reino do Mundo, onde os sacerdotes aprisionam as almas, a política deprime o caráter e a ciência balofa entenebrece; aqueles que estão no Oriente ou no Ocidente, de um lado ou de outro, mas não estão dentro do Reino do Farisaísmo;


aqueles que não são filhos desse reino, porque só têm como paternidade, como domínio o Reinado de Deus — esses hão de subir às regiões da felicidade e da luz, onde estão os Espíritos Puros que viveram outrora neste mundo — Abraão, Issac e Jacó! Hão de sentar-se à mesa espiritual, onde lhes serão oferecidos novos e ainda mais saborosos manjares, para engrandecerem mais ainda a sua Fé, para tornarem-na maior, mais robusta, mais viva, mais luminosa, mais sábia, mais divina!


E os filhos deste reino, deste reino da mentira, da mercancia, do orgulho, da hipocrisia, das exterioridades e da idolatria, ficarão imersos nessas mesmas trevas por eles criadas; estagnaram a crença, como uma poça d

'água na estrada; abdicaram os direitos do crescimento, do engrandecimento, da floração dessa plantinha cuja semente Jesus lhes colocara no coração; não terão nem árvore para sombra, nem flores para perfume, nem frutos para alimento; e chorarão de fome, e quebrarão os próprios dentes ao rangê-los no sofrimento nas trevas!


E havendo Jesus dado todos esses ensinamentos a uns, e bênçãos a outros, pois que tanto os ensinamentos, como os aplausos do Mestre, são bênçãos de perfeição, ou seja, de aperfeiçoamento, depois de Jesus haver exaltado a Fé do Centurião, concluiu a sua lição dizendo ao comandante da milícia: “Vai-te, e como creste, assim te seja feito!" “Como creste, assim te seja feito" e o centurião foi e encontrou o seu criado curado, são.


Como creu o centurião?


Por que forma acreditava ele que a cura de seu servo se devia operar?


Naturalmente que, com a autorização e a mandado de Jesus, alguns dos Espíritos que acompanhavam o Mestre, na sua Missão, iriam à casa do centurião e a cura se operaria. Porque, como disse ele ao nazareno, “não precisas vir a minha casa, Senhor, mas com uma palavra tua meu servo há de sarar"; pela mesma forma que com uma palavra minha, os prisioneiros são postos em liberdade. " Foi assim que o centurião creu, e foi assim que seu servo foi curado; e assim foi que Jesus afirmou ter ele de sarar, quando disse: “Como creste, assim te seja feito!"



Wallace Leal Valentim Rodrigues

mt 8:5
À Luz da Oração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Wallace Leal Valentim Rodrigues

Reunião pública de 18 de Dezembro de 1959

de “O Livro dos Espíritos”


Senhor Jesus!

Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.

Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.

Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.

Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.

Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.

Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.

Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime… Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.

No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!

A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, (Mc 10:46) “o homem de mão mirrada”, (Mt 12:9) “o servo do centurião”, (Mt 8:5) “o mancebo rico”, (Lc 18:18) “a mulher cananeia”, (Mt 15:21) “o gago de Decápolis”, (Mc 7:31) “a sogra de Pedro”, (Mt 8:14) “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”… (Jo 11:1)

Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.

É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, (Lc 2:1) repetimos em prece:

— Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!…




Essa é a 75ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.



Autores diversos  

mt 8:5
Caderno de mensagens

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Autores diversos  

Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, veio ter com ele um centurião e lhe dirigiu esta súplica:

— Senhor, meu servo está de cama, em minha casa, atacado de paralisia e sofre extremamente.

Jesus disse:

— Irei lá e o curarei.

Mas, o centurião lhe ponderou:

— Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; dize, apenas, uma palavra e o meu servo estará curado; porquanto sou um homem submetido a outro; tenho, sob minhas ordens, soldados; digo a um: vai lá e ele vai; a outro: vem cá e ele vem; a meu servo: faze isto e ele faz.

Ouvindo estas palavras Jesus se encheu de admiração e disse aos que o seguiam:

— Em verdade vos digo que ainda não encontrara em Israel tão grande fé. (Mt 8:5)


Não são poucas as referências evangélicas que nos levam à reflexão prolongada, à meditação profunda antes que o seu conteúdo venha a ser assimilado pelo nosso entendimento. Dentre estas, o texto acima de Mateus sempre nos chamou a atenção, em virtude do complemento final em que o senhor afirma categoricamente: “Em verdade vos digo que ainda não encontrara em Israel tão grande fé.”

Para perseguir a solução daquilo que nos parecia delicado enigma, perguntamos muitas vezes a nós mesmos: como entender a extraordinária fé daquele centurião romano? Fé que mereceu o registro nos apontamentos do apóstolo historiador em face, possivelmente, da observação positiva do Cristo?

Analisamos, então, em nossas reflexões, as palavras de Mateus: “sou um homem submetido a outro; tenho, sob minhas ordens, soldados; digo a um: vai lá e ele vai; a outro: vem cá e ele vem; a meu servo: faze isto e ele faz” e, parece, encontramos aí a chave feliz da compreensão procurada. Jesus, certamente, não estava sozinho nas suas pregações evangélicas, e o inteligente centurião compreendera perfeitamente a administração espiritual comandada pelo Mestre, eis que o próprio romano observara: “dize, apenas, uma palavra e o meu servo estará curado.” E, de fato, o servo se curou, sem que Jesus se dirigisse, pessoalmente, à sua casa, conforme testemunhou o próprio evangelista.


* * *


Considerando as profundas impressões deixadas nos meios espíritas pelas descrições realistas de André Luiz, sobremaneira em “Nosso Lar”, no que tange às organizações existentes em colônias espirituais localizadas nas proximidades da Terra, torna-se inevitável a associação de ideias com o texto apostólico acima referido. Colônias espirituais com vida social organizada, governadorias, ministérios, problemas de alimentação, de sexo, veículos de transportes, ruas e quarteirões, fábricas de preparação de sucos, de tecidos e artesanatos em geral, que dão trabalho a mais de cem mil criaturas, músicas, jardins, etc., são detalhes das descrições dessa obra, que abriram um novo horizonte para os olhos limitados da visão humana.

Estamos, afinal, nos tempos em que a alegoria cede lugar à explicação direta.

Sabemos pelos ensinamentos espíritas que a revelação não é abrupta, mas progressiva e contínua, atendendo às necessidades de tempo e de lugar. Solicitamos, todavia, aos nossos orientadores espirituais levantassem um pouco, na medida do possível, o véu que encobre diversos assuntos que nos pareceram de interesse comum a grande parte da nossa comunidade, rogando respostas as questões que seguem relacionadas:


VIDA NO ESPAÇO


Qual a quantidade aproximada de habitantes espirituais — em idade racional — que se desenvolvem, presentemente, nas circunvizinhanças da Terra?

“Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em torno da Terra, para mais de vinte bilhões, observando-se que alta percentagem ainda se encontra nos estágios primários da razão e sendo esse número passível de alterações constantes pelas correntes migratórias de Espíritos em trânsito nas regiões do Planeta.”


A quantidade de Espíritos que vivem nas diversas Esferas do nosso Planeta tende, atualmente, a aumentar ou a diminuir?

“Qual acontece na Crosta Planetária, as Esferas de trabalho e evolução que rodeiam a Terra estão muito longe de quaisquer perspectivas de saturação, em matéria de povoamento.”


Considerando-se que as criaturas dos reinos vegetal e animal, deste e de outros Planos, absorvem elementos de economia planetária, pergunta-se: o nosso planeta dispõe de recursos para a manutenção e sustentação de uma comunidade de número ilimitado de indivíduos, ou a despensa celeste do nosso domicílio cósmico se destina a uma sociedade de proporções limitadas, ainda que de dimensões desconhecidas?

“Certo, nos limites do orbe terreno, não é justo conceituar os problemas da vida física fora de peso e medida, entretanto, é preciso considerar que as ciências aplicadas à técnica, à indústria e à produção, nos outros domínios da natureza, assegurando conforto e sustento a bilhões de Espíritos encarnados na Terra, com os recursos existentes no Planeta, por muitos e muitos séculos ainda, desde que o homem se disponha a trabalhar.”


Espíritos originários da Terra têm emigrado, nos últimos séculos, para outros orbes?

“Seja de modo coletivo ou individual, em todos os tempos, Espíritos superiores têm saído da Terra, no rumo de Esferas enobrecidas, compatíveis com a elevação que alcançaram. Quanto a companheiros de evolução retardada, principalmente os que se fizeram necessitados de corretivo doloroso por delitos conscientemente praticados, em muitos casos, sofrem temporária segregação em Planos regenerativos.”


Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra em encarnações de exercício evolutivo?

“Isso acontece com frequência, de vez que muitos Espíritos superiores se reencarnam no Planeta terrestre a fim de colaborarem na educação da Humanidade e criaturas inferiores costumam aí sofrer curtos ou longos períodos de exílio das elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e pelo sentimento, porquanto, a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo.”


Considerando-se a enorme distância geométrica existente entre dois ou mais orbes de um sistema solar, ou entre dois ou mais sistemas solares, pergunta-se:

— Os Espíritos, em seu desenvolvimento evolutivo, ligam-se, necessariamente, a determinados orbes?

“Em seu desenvolvimento, sim, qual acontece com a pessoa que em determinada fase da experiência física se vincula, transitoriamente, a certa raça ou família.


— Na imensidão dos espaços que separam dois ou mais corpos celestes vivem, também, inteligências individuais?

“Isso é perfeitamente compreensível; basta lembrar os milhares de criaturas que atendem aos interesses de um país ou de outro nas extensões do oceano.”


7. Quais os processos de locomoção utilizados nas migrações interplanetárias, considerando-se a possibilidade de migrações de entidades de categoria até mesmo criminosa, como parece ser o caso dos imigrantes da Capela?

“Esses processos de locomoção, no Plano espiritual, são numerosos. A técnica não se relaciona com a moral. Os maiores criminosos do mundo podem viajar num jato sem que isso ofenda os preceitos científicos.”


Onde começa, o Umbral?

“A rigor, o Umbral, expressando região inferior da Espiritualidade, pelos vínculos que possui com a ignorância e com a delinquência, começa em nós mesmos.”


Onde se situa “Nosso Lar”?

“Não possuímos termos terrestres para falar em torno da geografia no Plano espiritual, mas podemos informar que as primeiras fundações da cidade de “Nosso Lar” por Espíritos pioneiros da evolução brasileira, se verificaram no espaço do território hoje conhecido como sendo o Estado da Guanabara [Rio de Janeiro].”

 


SEXO


Por que a disciplina sexual é recomendada pelo Plano Espiritual Cristão?

“Claramente que a disciplina sexual é recomendável em qualquer Plano da vida, para que a degradação não arruíne os valores do espírito.”


Há alguma relação entre sexo e mediunidade?

“Tanto quanto a que existe entre mediunidade e alimentação ou mediunidade e trabalho, relações essas nas quais se pede morigeração ou equilíbrio.”


As funções reprodutoras do sexo destinam-se somente à vida na Terra?

“Em muitos outros orbes, compreendendo-se, porém, que mundos existem, nos quais as funções reprodutoras não são compreensíveis, por enquanto, na terminologia terrestre.”


Espíritos sensuais mantêm atividades de natureza sexual após a desencarnação?

“Aos milhões, reclamando educação dos recursos do sentimento e das manifestações afetivas, como acontece nos caminhos da Humanidade.”


Os perispíritos das entidades espirituais, que se localizam nas vizinhanças da Terra, conservam o órgão do aparelho sexual humano?

“Sim, e por que não? O órgão sexual é tão digno quanto o olho e como não se deve atribuir ao olho os horrores da guerra, o órgão sexual não pode ser responsável pelo vício.”


Os Espíritos conservam, para sempre, as condições de masculino e feminino?

“Respondamos com os orientadores espirituais de Allan Kardec que na questão número 201, de “” afirmaram, com segurança, que o Espírito, tanto se reencarna no corpo de formação masculina quanto no corpo de formação feminina.”


Como explicar os homossexuais?

“Devemos considerar que o Espírito se reencarna, em regime de inversão sexual, como pode renascer em condições transitórias de mutilação ou cegueira. Isso não quer dizer que homossexuais ou intersexos estejam nessa posição, endereçados ao escândalo e à viciação, como aleijados e cegos não se encontram na inibição ou na sombra para serem delinquentes. Compete-nos entender que cada personalidade humana permanece em determinada experiência, merecendo o respeito geral no trabalho ou na provação em que estagia, importando anotar, ainda, que o conceito de normalidade e anormalidade são relativos. Lembremo-nos de que se a cegueira fosse a condição da maioria dos Espíritos reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria positivamente considerado minoria e exceção.”


Se vivemos tantas vezes, participando da formação de casais frequentemente diversos; como explicar o ciúme?

“O ciúme é característico de nossa própria animalidade primitiva, sombra que a educação dissipará.”


O Espírito desencarnado também está sujeito a crises prolongadas de ciúmes?

“Como não? A desencarnação é um acidente no trabalho evolutivo, sem constituir por si qualquer solução aos problemas da alma.


Como explicar a paixão que, tantas vezes, cega o indivíduo? (A paixão é somente uma doença humana?)

“Ainda aqui, animalidade em nós é a explicação.”


O adultério é, sempre, causa de conflitos, quando da volta dos cúmplices ao Plano Espiritual?

“Sim.”


REENCARNAÇÃO


A reencarnação é lei imperativa em todos os orbes do Universo?

“Mais razoável dizer que a reencarnação é princípio universal, compreendendo-se que existem Esferas sublimes nas quais a reencarnação, como recurso educativo, já atingiu características inabordáveis ao conhecimento humano atual.”


Se a medicina da Terra aumentar — num futuro não muito distante — a média da vida humana na crosta, do ponto de vista educacional, uma única existência, de 500 anos, por exemplo, bastaria para libertar o Espírito das necessidades da escola terrena?

“Cabe-nos aguardar o apoio mais amplo da medicina à saúde humana, com vista à longevidade, entretanto, em matéria de libertação espiritual, o problema se relaciona com a vontade acima do tempo. Quando a pessoa se decide ao burilamento próprio, com ânimo e decisão, a existência física de cinquenta anos vale muito mais que o tempo correspondente a cinco séculos, sem orientação no aprimoramento moral de si mesma.”


É de se esperar que nos próximos milênios, quando a Terra se tornar um centro de solidariedade e de cultura, seja dispensado o processo de reencarnação, como elemento indispensável de experiências e estudos?

“Digamos, com mais propriedade, que o Espírito, alcançando a sublimação, não mais se encontra sujeito ao processo de reencarnação, por medida educativa, conquanto prossiga livre para se reencarnar, como, onde e quando deseje em auxílio voluntário aos semelhantes.”


A duração média de vida dos encarnados racionais de outros orbes, corresponde à terrena?

“Não. Essas etapas de tempo variam de mundo a mundo.”


Todas as reencarnações, mesmo as dos indivíduos vinculados a condições inferiores, são objeto de um planejamento detalhado, por parte dos administradores espirituais?

“Há renascimentos quase que automáticos, principalmente se a criatura ainda permanece fronteiriça à animalidade, entendendo-se que quanto mais importante o encargo do Espírito a corporificar-se, junto da Humanidade, mais dilatado e complexo o planejamento da reencarnação.”


As organizações espirituais que pautam as suas atividades dentro de programas alheios aos princípios cristãos, também procedem a execuções de programas para a reencarnação de tarefeiros determinados em suas organizações?

“Sim”


Reencarnações de Espíritos de ordena superior, presididas por Espíritos elevados, em meio inferior, estão sujeitas a represálias da parte de organizações espirituais interessadas na ignorância humana?

“Natural que assim seja. Recordemos o próprio Jesus.” (Mt 2:16)


Se um Espírito encarnado com propósitos cristãos pode, pela má conduta, transformar-se num instrumento das trevas, é de se perguntar se um Espírito encarnado sob os vínculos de organizações ainda não cristianizadas no Espaço, pode, também, transformar-se num instrumento ostensivo do programa do bem?

“Perfeitamente. Assim ocorre porque o íntimo de cada um prevalece sobre o rótulo que caracterize a pessoa no ambiente humano.”


ATUALIDADES


Sabemos que outras civilizações terrenas se desfizeram em épocas remotas. Diante do perigo atual de uma conflagração atômica, é de se perguntar: estamos às portas da Ap 21:1 ou no começo de um novo fim?

“Na condição de espíritas-cristãos encarnados e desencarnados, pensemos no futuro da Humanidade em termos de evolução, otimismo, confiança, progresso. De todas as calamidades, a civilização sempre surgiu em novos surtos de força para o burilamento geral, ao influxo da Providência Divina, ainda mesmo quando pareça o contrário.”


Habitantes de outros orbes conhecem a Humanidade terrena, sua história, costumes, etc.?

“Sim”


Diante dos progressos alcançados pela ciência, conseguirá o homem aportar a outros corpos de nosso sistema solar?

“Ninguém pode traçar fronteiras às conquistas da ciência humana. Quanto mais dilatados o serviço e a fraternidade, a educação e concórdia na Terra, maiores as possibilidades do homem nas conquistas do Espaço Cósmico.”


Se a ciência humana se servir de seus recursos, pondo em risco a estabilidade do Planeta, é de se esperar esteja a Humanidade da Terra sujeita a uma intervenção direta da parte de outros planetas?

“Nossa confiança na Sabedoria da Providência Divina deve ser completa. Ainda mesmo que a Terra se desintegrasse numa catástrofe de natureza cósmica. Deus e a Vida não deixariam de existir. Uma cidade arrasada num cataclismo não significa a destruição de um povo inteiro. Justo que, em nos considerando coletivamente, temos feito por merecer longas aflições e duras provas na Terra, entretanto, diante da Infinita Bondade, devemos afastar quaisquer ideias sinistras da cabeça popular, carecedora de harmonia e esperança para evoluir e servir. Amemo-nos uns aos outros. Realizemos o melhor ao nosso alcance. Convençamo-nos de que o bem vive para o mal como a luz para a sombra. Edifiquemos o mundo melhor, começando em nós mesmos, e confiemos na palavra fiel do Cristo que prometeu amparar-nos e auxiliar-nos “Mt 28:20”. E assim nos exprimindo, não nos propomos afirmar que, a pretexto de contar com Jesus, podemos andar irresponsáveis ou desatentos. Não. Forçoso trabalhar e cumprir as obrigações que a vida nos trace, a fim de sermos amparados e auxiliados por ele, sejam quais forem as circunstâncias.”




A presente entrevista com os diretores deste “Anuário” [à época o diretor responsável era o Sr. Lauro Michielin], o Espírito de André Luiz respondeu às perguntas formuladas de números através do médium Waldo Vieira e às de números através do médium Francisco Cândido Xavier.



Grupo Emmanuel

mt 8:8
Luz Imperecível

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 103
Grupo Emmanuel

Mt 25:31


E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória.


E QUANDO O FILHO DO HOMEM VIER EM SUA GLÓRIA, - Tudo acontece na hora exata. Assim como Jesus veio em momento oportuno atender às necessidades humanas, a identificação plena com a Sua Mensagem, em Espírito e Verdade, surgirá também, definindo nossa integração com novo plano de vida.


Falando Filho do homem, Jesus não apenas se iguala a nós. Filho do homem é consequência, resultado da evolução humana. Trata-se de nova fase em elaboração, fundamentada no conhecimento e nas felizes propostas de redenção. É a criação da mentalidade renovada, fim de um ciclo e início de outro. Falando-nos de João Batista e da excelsitude do Reino dos Céus, Jesus, segundo precioso registro, nos dá uma ideia do que tratamos agora: em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. (Mt 11:11) .


Ao afirmar vier em sua glória refere-se à segunda vinda do Senhor; n ão em corpo de carne, ou qualquer aparência exterior, porque o que Ele tinha a realizar, encarnando, já o fez. Na verdade, Ele está vindo. Para uns esse fato já se deu, para outros está ocorrendo agora. O coração de cada um é o terreno onde Ele se manifestará novamente com o Seu poder, Sua importância, Suas virtudes e Sua glória, pelos reflexos que dimanam daqueles que o receberam, introjetando os ensinos de seu Evangelho.


E TODOS OS SANTOS ANJOS COM ELE, - Sob determinado aspecto podemos considerar anjos, todas as entidades destituídas de corpo físico.


Daí a importância de mencionar-se santos, isto é, portadores de saúde espiritual, de elevação, de qualidades morais. No Novo Testamento os santos da casa de César (FP 4 e 22) eram os convertidos ao Evangelho que se encontravam no palácio a serviço do Imperador.


Em concepção mais ampliada, surge a visão dos auxiliares espirituais do Divino Mestre, cuja presença se faz sempre em todas as épocas da Humanidade.


O centurião de Cafarnaum em colóquio com Jesus (Mt 8:8 e Mt 8:9) e videncia a verdadeira fé.


Diante das decisões, quanto ao crescimento espiritual e, em face das necessidades inadiáveis a nos exigirem novas atitudes de vida por compromissos assumidos, a presença dos anjos com o Filho do homem, reflete-se no quadro que marca, na moldura das lágrimas e apreensões, os dias difíceis por que passa a Humanidade em sofrida transição. Estão eles presentes nos fatos dolorosos que têm visitado corações, lares, cidades, países, no abençoado objetivo de arregimentar os espíritos para concepções renovadas de Deus e de Suas Leis. As trombetas, conforme registramos no Apocalipse, soam em todos os quadrantes, na forma de guerras, terremotos, moléstias, fome, pestes, acidentes, desequilíbrios psíquicos, mediunidade torturada, num ostensivo chamamento às vítimas e espíritos a elas ligados, à tomada de novas posições no palco da evolução.


A regeneração deixa de ser uma opção para representar contingência inarredável e determinante das hostes espirituais que, sob a tutela do Cristo de Deus, direcionam os destinos da Humanidade. Apesar de tudo, ainda permanecem direitos de escolha para todos. Infelizes, no entanto, os que permanecerem cristalizados ou surdos ante tais sugestões que nos chegam em nome da misericórdia. Isso porque, em face da Lei, o aprendiz indiferente, relapso ou irresponsável terá, na melhor das hipóteses, de repetir as lições no grande educandário universal, até que, em época adequada, se disponha a implementar a escalada reservada a todos no imperativo da libertação.


ENTÃO SE ASSENTARÁ NO TRONO DA SUA GLÓRIA; - Jesus como Senhor e Mestre, Governador Espiritual da Terra, vincula-se aos planos gloriosos das mais altas esferas espirituais.


No campo dinâmico, o corpo doutrinário do Cristo se assenta nos alicerces da vida mental, proporcionando-nos condições de discernir quanto a natureza positiva ou negativa dos valores que já apreendemos e dos quais podemos dispor na extensão do trabalho que abraçamos. É desse ângulo que visualizamos o triunfo da verdade sobre o erro; da luz sobre as trevas; do Bem sobre o mal.



Martins Peralva

mt 8:12
Estudando o Evangelho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 211
Martins Peralva
Mas eu vos digo a verdade: Convém a vós outros que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós; se, porém, eu for, eu o enviarei.
Tenho ainda muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora;
quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade.

JESUS.


As palavras de Jesus não passarão, porque serão verdadeiras em todos os tempos. Será eterno o seu código moral, porque consagra as condições do bem que conduz o homem ao seu destino eterno.

ALLAN KARDEC.


A passagem de Jesus pela Terra, os seus ensinamentos e exemplos deixaram traços indeléveis, e a sua influéncia se estenderá pelos séculos vindouros. Ainda hoje Ele preside aos destinos do globo em que viveu, amou, sofreu.

LEON DENIS.


Irradiemos os recursos do amor, através de quantos nos cruzam a senda, para que a nossa atitude se converta em testemunho do Cristo, distribuindo com os outros consolação e esperança, serenidade e fé.

BEZERRA DE MENEZES.


O Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todos os elementos transitórios do mundo.

EMMANUEL.


Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação de nossa vida com o seu Evangelho Redentor.

ANDRÉ LUIZ.


Wesley Caldeira

mt 8:20
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11457
Capítulo: 17
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Jesus era chamado quase sempre de rabi, quer dizer, mestre.
Esse título não era oficial; era como o povo se dirigia aos que ensinavam e tinham discípulos.
O clero em Israel era formado por níveis hierárquicos, a começar pelo sumo sacerdote em exercício. O comandante do Templo era o assistente do sumo sacerdote e gerenciava os outros sacerdotes chefes. Esse cargo era pressuposto para se tornar sumo sacerdote.
Abaixo do comandante do Templo estava o sacerdote que regulava o revezamento dos 24 grupos de sacerdotes que, dispersos pela Judeia e pela Galileia, compareciam uma vez a cada 24 semanas em Jerusalém, alternadamente, para oficiar as atividades diárias do Templo junto à população (holocaustos, sacrifícios pelos pecados, sacrifícios de reparação e de comunhão). Cada grupo de sacerdotes possuía seu respectivo chefe. Todos somavam aproximadamente 7.200 sacerdotes.
Zacarias, pai de João Batista, era um deles, da classe de Abias, a oitava das 24 classes. Isabel, sua mulher, era filha de sacerdote. (LUCAS, 1:5.)
Nas festas, todos os grupos de sacerdotes eram convocados conjuntamente para suprir as enormes demandas de atividades.

Depois do chefe do revezamento semanal, estavam os chefes das quatro a nove seções diárias que faziam parte da seção semanal.
Na ordem hierárquica seguinte, vinha um sacerdote chefe destacado para zelar pela vigilância do Templo, que dispunha da guarda.
Mais abaixo na hierarquia, funcionavam pelo menos três sacerdotes chefes tesoureiros, com vários auxiliares. Eles administravam as finanças do Templo: as rendas, os capitais, os contratos, as vendas de oferendas e as compras.
Por fim, como assistentes subalternos estavam os levitas, que constituíam o “baixo clero”, sem serem sacerdotes, divididos igualmente em 24 seções semanárias. O grupo mais eminente de levitas era formado pelos cantores e músicos das liturgias do Templo. O outro grupo reunia os demais funcionários, cerca de 9.600 levitas: guardas, porteiros, faxineiros etc. Foi essa guarda levítica, reforçada pelos guardas do sumo sacerdote em exercício e por soldados romanos, que prendeu Jesus. (JOÃO, 18:3.) Alguns levitas tinham destaque no campo intelectual; eram escribas, como José Barnabé, um dos líderes da cristandade primitiva, companheiro de Paulo em sua primeira viagem apostólica.
O título de sacerdote e de levita músico era transmitido por herança. Não havia outra forma de aquisição dessas dignidades. Uma pesquisa detalhada da genealogia do candidato era feita nos arquivos do Templo para se verificar a pureza da descendência. A idade canônica para tornar-se sacerdote era de 20 anos.
Israel era uma teocracia. O clero se localizava no topo sociopolítico e econômico da classe alta, que era composta também pela nobreza leiga, não religiosa. A nobreza sacerdotal era fabulosamente rica, enquanto os sacerdotes comuns recebiam baixos salários.
Todos aqueles classificados como chefes tinham jurisdição sobre os demais sacerdotes e integravam o Sinédrio, a corte suprema da nação, junto com os sumos sacerdotes passados, os escribas e os anciãos, num total de 71 membros.

O Sinédrio, assim, tinha formação tríplice: sacerdotes, escribas e anciãos.
Aqueles chamados anciãos, ou, conforme LUCAS, 19:47, os “chefes do povo”, os notáveis, os grandes de Israel, representavam a nobreza leiga, os chefes de família não sacerdotes, de expressão política e econômico- financeira. Era o caso de José de Arimateia.
Grande parte dos membros da nobreza leiga eram saduceus.
Os saduceus constituíam um partido religioso fundado próximo de 250 a.C.; sua doutrina aceitava Deus, mas negava a ressurreição dos mortos, ou seja, a imortalidade da alma, e preceituava gozar o mais possível dos bens que a Providência divina favorecesse para a vida terrena. Uma vida sábia e honrada seria recompensada na vida física; o sucesso material seria símbolo de uma vida religiosamente pura. Pode-se dizer que eram os materialistas e sensualistas de Israel. Invariavelmente eram ricos, e os sacerdotes que ocupavam os lugares principais na hierarquia do Templo, sobretudo o sumo sacerdote, costumavam ser saduceus.
Após a guerra contra os romanos, entre 66 e 70 d.C., a nobreza leiga e a nobreza sacerdotal, saduceias, entram em declínio. Uma nova classe ascende, a dos escribas, os doutores da Lei.
Diferentemente dos nobres leigos e sacerdotes, os escribas não se baseavam em privilégio de origem, e alguns escribas famosos tiveram até sangue pagão. Pessoas de todas as camadas sociais podiam ser escribas, embora a maior parte deles fosse das camadas do povo, não abastadas: mercadores, artesãos, carpinteiros, fabricantes de tendas, trabalhadores diaristas, quase miseráveis, como o célebre Hilel, da Babilônia. Pouquíssimos escribas eram ricos na época de Jesus. Aqiba, o venerado doutor da Lei, e sua mulher dormiam sobre a palha no inverno; Yuda ben Elai tinha uma só capa, que ele e a mulher usavam alternadamente para sair, e seis dos seus discípulos só tinham um casaco para se cobrirem.
Nicodemos e Gamaliel (ATOS DOS APÓSTOLOS, 22:3), ao contrário, eram doutores de famílias nobres e ricas, e vestiam a túnica dos escribas de posses, em forma de filactérios, caindo até os pés, com longas franjas. (MATEUS, 23:5.)
Joachim Jeremias (2005, p. 320) salienta que o saber era o único e exclusivo fator do poder dos escribas. Quem desejasse se agregar a eles seguia um ciclo regular de estudos em alguns anos, passando de discípulo a rabi. Até os 40 anos, seria “doutor não ordenado”. Alcançada essa idade, era recebido, mediante ordenação, na corporação dos doutores. Estava, com isso, autorizado a fornecer pareceres sobre questões religiosas e legais, inclusive ser juiz em processos criminais e civis. Aliás, no século I, vários cargos importantes da administração pública, anteriormente ocupados apenas por sacerdotes e nobres, estavam dominados pelos escribas.
No tempo de Jesus, o título de rabi ainda era dado como título honorífico geral, mesmo a quem não houvesse adquirido formação acadêmica, ou rabínica. A designação estava em evolução. Só mais adiante seria reservada exclusivamente aos escribas ordenados.
O grande prestígio dos escribas se concentrava não somente no serem detentores do conhecimento, mas especialmente no serem portadores de conhecimentos esotéricos, não revelados aos leigos, a ciência secreta sobre as maravilhas da criação, do homem e de bar nasa, o “Filho do Homem”. Para essas questões, os ensinos eram particulares e versavam sobre teosofia e cosmogonia. Os ensinamentos esotéricos não constituíam teses isoladas, mas verdadeiros sistemas doutrinários atribuídos à inspiração divina. Do ponto de vista histórico e social, os escribas são os possuidores da ciência secreta de Deus e são os sucessores dos profetas. O povo venerava os escribas como antes fizera aos profetas. À passagem deles, as pessoas se levantavam; nos banquetes, ocupavam os primeiros lugares; nas sinagogas, lugares exclusivos eram destinados a eles. (JEREMIAS, 2005, p. 323-328.)
Jesus também reservara muitos ensinos estritamente aos ouvidos dos apóstolos e discípulos. Nicodemos, quando o visitou, estava interessado em aprofundamentos quanto ao reino de Deus e à salvação, e obteve a confirmação da reencarnação.
Na carta aos HEBREUS, 5:13 e 14, Paulo observa que a criancinha apenas amamenta, não pode degustar algo que curiosamente chama de “doutrina da justiça”; os adultos, porém, possuem o senso moral exercitado para discernir o bem e o mal, e recebem alimento sólido.
A ascensão dos escribas irá alterar profundamente a dinâmica da vida judaica, depois da queda do Templo, no ano 70. De uma aristocracia baseada no sangue, as comunidades israelitas passarão a ser dirigidas por uma aristocracia intelectual, baseada no mérito pessoal.
A maioria dos escribas era composta de fariseus, como fora Paulo, mas também havia escribas saduceus.
Os fariseus formavam um partido religioso de grande prestígio. Parte deles era constituída de escribas, notadamente os membros influentes. (JEREMIAS, 2005, p. 321.) Mas a maioria era do povo, sem formação de escriba.
Fariseu (perushim) significa separado: a “verdadeira comunidade de Israel”, “a comunidade santa” idealizada fazia mais de um século para duas finalidades: resistir à penetração das tendências gregas na cultura judaica e opor-se aos saduceus.
Os fariseus se sentiam mais judeus que os outros e eram conservadores ortodoxos dos preceitos da Lei, severos observadores das práticas exteriores e ostentadores de virtudes.
De origem contemporânea à dos essênios, viram-se os fariseus, com as lutas políticas e religiosas, valorizados junto à população, até que Herodes, o Grande, acabou por ceder-lhes honras e privilégios, projetando- os para dentro do Poder. Formavam um partido das massas, lutando, em termos sociais e religiosos, contra as pretensões da aristocracia saduceia. Se na ordem religiosa, no tempo de Jesus, os fariseus detinham predominante influência, inclusive definindo prescrições litúrgicas do Templo, na administração pública o seu domínio só iria sobrepor-se aos saduceus após a primeira guerra contra os romanos (66–70 d.C.). Na verdade, os fariseus formavam várias comunidades dentro de uma mesma cidade, com seus chefes e assembleias, como acontecia em Jerusalém, todas elas comprometidas em observar o regulamento geral da grande comunidade quanto às regras de pureza e quanto ao dízimo.
Ao mesmo tempo em que representavam o povo, recebendo uma adesão incondicional das massas, os fariseus se “separavam” da população que não observava as prescrições sobre pureza e dízimo. Joachim Jeremias (2005, p. 359) relata que o comércio, o casamento e a comensalidade com o não fariseu, suspeito de impureza, receberam proibições e limitações.
Na esteira das grandes religiões e correntes filosóficas da Antiguidade, essênios, saduceus e fariseus viviam, de variadas maneiras, isolados do povo.
Os essênios viviam em suas comunidades fechadas, sob as rigorosas regras de seus monastérios.
Os saduceus estavam encastelados em seus palácios e em suas posições no Templo, no ponto mais alto de um abismo socioeconômico e religioso.
Os fariseus se afastavam pelo impenitente preconceito religioso cultivado contra o homem comum.
E Jesus?
Jesus foi o rabi dos desfavorecidos e desprezados de Israel.
Exceção feita a alguns notáveis, era a boca do povo simples que se comprazia em chamá-lo raboni, mestrezinho.
A distância entre a camada social alta e a camada média e baixa fez que muitos dividissem as sociedades da Antiguidade em apenas duas classes — uma pequena classe superior e uma larga classe inferior. Os seguidores de Jesus pertenciam quase inteiramente à camada inferior.
A classe média era composta por não assalariados: artesãos com oficinas próprias, pequenos comerciantes, estalajadeiros etc.

A classe pobre (am ha’aretz – pessoas da terra) era formada pelos diaristas alugados, aqueles que garantiam a subsistência pelo trabalho assalariado (um denário por dia, mais a refeição). Também era integrada por aqueles (numerosos) que viviam da ajuda de terceiros ou do auxílio público: desempregados, mendigos, portadores de deficiências físicas ou mentais. A esses se juntavam, ainda, os escravos.
Jesus era de família muito pobre. Quando sua mãe compareceu ao Templo, após os quarenta dias do parto, para o sacrifício da purificação, ela precisou valer-se do “privilégio” dos pobres: em vez de ofertar o cordeiro de um ano e uma rolinha, apresentou duas rolinhas em substituição. (LUCAS, 2:24.) Cada rolinha custava um oitavo de denário, em Jerusalém. (JEREMIAS, 2005, p. 159.)
Ele não teve onde repousar a cabeça (MATEUS, 8:20); não levava dinheiro consigo, como revelaram os episódios do estáter16 encontrado na boca do peixe (MATEUS, 17:27) e do tributo a César (MATEUS, 22:21); e suas atividades missionárias eram subvencionadas pelos bens das mulheres discípulas (LUCAS, 8:3).
Desse quadro geral, entrevê-se a coragem de Jesus em desmascarar o comportamento dos saduceus, dos escribas e dos fariseus na exploração criminosa dos humildes, seja no episódio da expulsão dos vendilhões do Templo, seja na exprobação pública desses grupos.
Os escribas e os fariseus deveriam ser atendidos em todas as suas prescrições, mas não imitados em suas ações, porque não faziam o que diziam. (MATEUS, 23:1 a 3.) E as boas ações que praticavam, faziam-nas para serem vistos. Eram hipócritas, condutores cegos, sepulcros caiados por fora, raça de víboras, amigos do dinheiro (LUCAS, 16:14) e devoradores das casas das viúvas (MARCOS, 12:40).
Jesus não pretendeu criar um partido religioso, muito menos uma religião para o povo.
O reino de Deus que Ele anunciava está dentro das criaturas, e sua construção se desenvolve numa ligação com Deus em espírito e verdade. Deus “habita” a alma e não a magnificência dos templos.

Mas poucos séculos depois de Jesus, o movimento que Ele iniciou para difundir as leis morais e a ética desse reino sofreria uma grande e perniciosa transformação.
Nas primeiras comunidades cristãs, após a desencarnação dos apóstolos e dos primeiros discípulos, a direção dos trabalhos estava com aqueles que demonstrassem mais dons do Espírito e mais equilíbrio moral, ou santidade; isto é, a liderança se concentrava na autoridade espiritual e moral. No século II, entretanto, as comunidades começaram a ser dominadas pelas hierarquias. O poder dos bispos se sobrepôs ao valor dos dons espirituais (dos carismas) e da moralidade. Lentamente os dons espirituais passaram a ser malvistos. Os bispos se proclamavam sucessores dos apóstolos e elegiam patriarcas. O patriarca de Roma não demorou a sustentar sua supremacia sobre os outros patriarcados, lançando a base do papado, formalizado no século VII.
O termo “católico” vem do grego kata (junto) e holos (todo), designando o que é universal, o que abrange tudo e reúne todos. Inácio de Antioquia foi o primeiro a empregar esse termo para se referir à igreja cristã de Roma, no século II. No ano de 381, o caráter universal foi admitido como um atributo oficial da igreja romana, no concílio realizado em Constantinopla, colocando as demais igrejas abaixo dela.
Antes, porém, no Concílio de Niceia, primeiro concílio ecumênico da cristandade, em 325 d.C., ocorreu um dos marcos da desnaturação do ideal de Jesus. Nele, entre outros debates cristológicos, o arianismo foi apontado como doutrina herética. Para Arius, Jesus não era Deus. Para os bispos reunidos na cidade de Niceia, Jesus era Deus.
Contudo, algo mais grave iria acontecer no banquete celebrado na conclusão do Concílio de Niceia. Após o encerramento dos trabalhos, os bispos foram ao palácio do imperador romano Constantino e entraram com naturalidade, passando pela guarda real e pelo exército que fazia a segurança do lugar. Ingressando nos aposentos privativos do imperador, os bispos e patriarcas se reclinaram em torno da mesa, cercados por extremo conforto e, ao lado do imperador, esperavam que a criadagem servisse o fino repasto. O banquete do reino de Deus, anunciado na Boa-Nova como resultado da edificação espiritual do ser, estava sendo desfigurado em seu conceito, pois não se concilia com ambições de domínio exterior, principalmente as de influência e poder nos gabinetes da política do mundo.
Juan Arias (2001, p. 128), teólogo e filósofo que por quase quinze anos foi correspondente no Vaticano para o jornal El País, lembra que o governo central da Igreja foi copiado basicamente dos imperadores romanos: uma “monarquia absoluta”, “preocupada com os ricos e poderosos”, “contaminada pelos poderes mundanos e políticos”, que tirou “o ouro dos pobres para enriquecer seus templos”.
Jesus advertiu seus discípulos, quando censurava os maus escribas e os maus fariseus (MATEUS, 23:8 a 12):
— “Quanto a vós, não permitais que vos chamem ‘Rabi’, pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos. A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, que um só é o vosso Pai, o celeste. Nem permitais que vos chamem ‘Guias’, pois um só é o vosso guia, Cristo. Antes, o maior dentre vós será aquele que vos serve. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”.
Sendo assim, por que “padre”, do latim pater, “pai”? Por que “papa”, do grego páppas, “pai”?
Bonhoeffer, teólogo protestante morto num campo de concentração nazista, escreveu: “Jesus não chamou para uma nova religião, e sim para a vida”. (apud ARIAS, 2001, p. 131.)
A verdadeira religião de Jesus é a vida, mas uma vida em abundância com o próximo e com Deus.
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (JOÃO, 10:10.)
Jesus é o guia e o modelo para uma vida espiritualmente farta. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (JOÃO, 14:6.)

As multidões ficavam extasiadas com seu ensinamento, porque “as ensinava com autoridade”. (MATEUS, 7:28 e 29.)
Guia e modelo, com autoridade.
Dois títulos apenas Ele aceitou: Mestre e Senhor.
“Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou”. (JOÃO, 13:13.)
16 N.E.: Moeda de prata que valia quatro denários.


Honório Onofre de Abreu

mt 8:21
As Chaves do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

Se a vida é a bênção de todos os seres, atestando o poder divino na Criação, o qual desafia até as inteligências mais brilhantes, que, não obstante suas conquistas no campo do intelecto, somente podem dela usufruir e com ela, em suas expressões indeclináveis de lei, aprender a mais sublime das ciências - o Amor –, encontramos a "morte" por sua antítese. E, se o bem é o celeiro da vida, a morte tem no "pecado" a sua justificação.


Concebendo essas verdades ao longo das experiências humanas, por esse "dualismo", que fomenta o progresso e a evolução das mentes poderemos identificar as sutilezas que estabelecem, entre os estudiosos espiritualistas de todos os tempos, as concepções mais fechadas sobre a reencarnação, que, representando a "morte" para o Espírito e suas potências já reveladas (quando é obrigado a esquecer o passado e submeter-se a condicionamentos expiatórios ou provacionais na carne), guarda, para esses estudiosos mais resistentes, a conotação de "castigo", de "queda", de "maldição".


Todavia, um estudo mais acurado, tendo por material os conteúdos crísticos do Evangelho, além dos recursos indiscutivelmente autorizados e universalistas da Codificação Espírita, demonstra nuances e movimentos extraordinários nessa vinculação do Espírito com a matéria.


Poderíamos adiantar, para nossas reflexões, que existem desencarnados verdadeiramente "mortos" internamente, devido a descuidos morais na última existência ou desde outras, como há os considerados "mortos", por efeito da reencarnação, que se encontram "vivos", em espírito e em verdade, vencendo a influência da matéria e revelando seus potenciais divinos entre os homens (MT 5:16).


Jesus encerra profundos conceitos acerca de vida e morte, para nossa apreciação, ao assinalar a um de seus seguidores: "Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus" (LC 9:60; MT 8:21). Por exemplo, toda vez que alguém, em sofrimento, recebe um bom conselho, mas responde que, antes de tudo, deve resolver seus conflitos, para, em seguida, atender ao que lhe recomendam, esse indivíduo está agindo como o discípulo que pediu ao Senhor, que o chamara ao serviço da Luz, para, primeiro, deixá-lo ir sepultar seu pai.


Como temos observado, há uma lógica em todas as proposições da Mensagem cristã, e, nesse assunto de enterro do "pai", necessitamos sair do processo sociológico em que, diante de familiares desencarnados indiscutivelmente temos o dever de sepultá-los dignamente. Esse "pai" na linguagem do Cristo, que nos propõe renovação, elevação, trabalho qualitativo em favor de nosso progresso, é o "homem velho" (Romanos 6:6), que nos dominava o mundo interno até nosso encontro com Jesus (Lei de Amor, o que nos redime e santifica). Portanto, "deixar aos mortos o enterrar os seus mortos" é o perfeito entendimento de que "ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho" (MC 2:21), ou seja, se usamos o perdão, a ofensa desaparece; se cuidamos da enfermidade com fé, ela deixa de ser uma ameaça ou um mal, para se tornar a instrutora, a depuradora de nosso coração; se a revolta pelo fato de não ter dinheiro é dissolvida pela humildade, pela aceitação, o trabalho digno que nos dê o pão de cada dia passa a ser nossa bênção; e assim com todas as coisas.


Paulo nos fornece subsídios para a justa compreensão dessa "morte" moral e da "ressurreição" para a Vida, utilizando a imagem de Adão o primeiro homem (simbolicamente considerado), sobre quem a Lei Divina impôs o seu jugo de expiação (Gênesis 3:17-19; Romanos 5:12 14), e também a figura de Jesus Cristo, o último Adão, o "espírito vivificante", em quem há remissão dos pecados (Romanos 5:17; 1 Coríntios 15:22, 1 Coríntios 15:45).


Fica muito claro que o desconhecimento da Lei de Deus, nos períodos primitivos da vida planetária, não imputava culpa aos seres ainda sem ilustração, sem referências morais, porque apenas se movimentavam pela própria sobrevivência. Foi exatamente isso que Paulo, em sua Epístola aos romanos, definiu com sabedoria: "Porque, quando os gentios [os simples, que habitavam a Terra, antes da chegada dos capelinos], que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei" (Romanos 2:14). Porém sobrevindo a Lei (percepção clara de culpa, estabelecendo remorso a partir de acontecimentos que demonstram ao indivíduo o seu erro o seu abuso etc.), que é o surgimento do "senso moral", a criatura passa a ser regida por essa Lei. Uma vez que Adão, representando a raça adâmica, oriunda de outro orbe mais evoluído do que a Terra (Capela), já trazia os complexos de culpa, assim que esses elementos desmandaram e voltaram a repetir os delitos cometidos outrora, dessa vez aqui na Terra (Gênesis 3:11), instaurou-se o domínio da Lei (Lei de Causa e Efeito), pois esse grupamento não era constituído de Espíritos simples, mas de entidades devedoras, com vasta experiência e dotadas de senso moral. Daí a afirmativa do apóstolo Paulo que "[... ] por um homem [Adão] entrou o pecado no mundo" e com ele "a morte passou a todos os homens" (Romanos 5:12). Ou seja, foi inaugurada na Terra a era das expiações e das provas.


Esse entendimento da Lei de Justiça, preparando as almas, em solidariedade e diversidade de posições evolutivas, para fomentar o conhecimento e as experiências vivenciais de cunho mais elevado projeta-nos a mente e sensibiliza-nos, para que atendamos ao objetivo essencial do processo reencarnatório, qual seja, nos capacitarmos nessa aparente "morte", para nos alimpar de todas as impurezas e vícios comportamentais, visando a pureza e a sabedoria intrínsecas laboradas pelo "testemunho do sangue": "Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro" (Apocalipse 7:14). Quando Paulo declara que "[... ] o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte" (1 Coríntios 15:26) ele proclama o triunfo da suprema Verdade universal, o Amor, que se vale de uma lei menor, a reencarnação, para tornar plena a consciência do ser. Isto é, se o Espírito, mesmo reencarnado, vence a influência da matéria e seus ardis ilusórios, demonstrando, pelas atitudes, ser senhor das próprias prerrogativas, refletindo o Pai e Criador, segundo o exemplo de Jesus Cristo, ele, emancipado, "aniquila a morte", ou seja, a escravização à matéria (Romanos 8:29).



André Luiz

mt 8:22
Nosso Lar

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 23
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Intimamente, lamentei a interrupção da palestra.

Os esclarecimentos da senhora Laura fortaleciam-me o coração.

Lísias entrou em casa visivelmente satisfeito.

— Olá! Ainda não se recolheu? — Perguntou, sorridente.

E, enquanto os jovens se despediam, convidava-me, solícito:

— Venha ao jardim, pois ainda não viu o luar destes sítios.

A dona da casa entrava em conversação com as filhas, enquanto acompanhando Lísias fui aos canteiros em flor.

O espetáculo apresentava-se soberbo! Habituado à reclusão hospitalar, entre grandes árvores, ainda não conhecia o quadro maravilhoso que a noite clara apresentava, ali, nos vastos quarteirões do Ministério do Auxílio. Glicínias de prodigiosa beleza enfeitavam a paisagem. Lírios de neve, matizados de ligeiro azul ao fundo do cálice, pareciam taças, de caricioso aroma. Respirei a longos haustos, sentindo que ondas de energia nova me penetravam o ser. Ao longe, as torres da Governadoria mostravam belos efeitos de luz. Deslumbrado, não conseguia emitir impressões. Esforçando-me para exteriorizar a admiração que me invadia a alma, falei comovidamente:

— Nunca presenciei tamanha paz! Que noite!…

O companheiro sorriu e acentuou:

— Há compromisso entre todos os habitantes equilibrados da colônia, no sentido de não se emitirem pensamentos contrários ao bem. Dessarte, o esforço da maioria se transforma numa prece quase perene. Daí nascerem as vibrações de paz que observamos.


Após enlevar-me na contemplação do quadro prodigioso, como se estivesse bebendo a luz e a calma da noite, voltamos ao interior onde Lísias se aproximou de pequeno aparelho postado na sala, à maneira de nossos receptores radiofônicos. Aguçou-se-me a curiosidade. Que iríamos ouvir? Mensagens da Terra? Vindo ao encontro de minhas interrogações íntimas, o amigo esclareceu:

— Não ouviremos vozes do planeta. Nossas transmissões baseiam-se em forças vibratórias mais sutis que as da Esfera da crosta.

— Mas não há recurso? — Indaguei, — para recolher as emissões terrestres?

— Sem dúvida que temos elementos para faze-lo, em todos os Ministérios; entretanto, no ambiente doméstico o problema de nossa atualidade é essencial. A programação do serviço necessário, as notas da Espiritualidade Superior e os ensinamentos elevados vivem, agora, para nós outros, muito acima de qualquer cogitação terrestre.


A observação era justa; mas, habituado ao apego doméstico, inquiri, de pronto:

— Será tanto assim? E os parentes que ficaram a distância? Nossos pais, nossos filhos?

— Já esperava essa pergunta: Nos Círculos terrestres somos levados, muitas vezes, a viciar as situações. A hipertrofia do sentimento é mal comum de quase todos nós. Somos, por lá, velhos prisioneiros da condição exclusivista. Em família, isolamo-nos frequentemente no cadinho do sangue e esquecemos o resto das obrigações. Vivemos distraídos dos verdadeiros princípios de fraternidade. Ensinamo-los a todo mundo, mas, em geral, chegado o momento do testemunho, somos solidários apenas com os nossos. Aqui, porém, meu amigo, a medalha da vida apresenta a outra face. É preciso curar nossas velhas enfermidades e sanar injustiças. No início da colônia, todas as moradias, ao que sabemos, ligavam-se com os núcleos de evolução terrestre. Ninguém suportava a ausência de notícias da parentela comum. Do Ministério da Regeneração ao da Elevação, vivia-se em constante guerra nervosa. Boatos assustadores perturbavam as atividades em geral. Mas, precisamente há dois séculos, um dos generosos Ministros da União Divina compelia a Governadoria a melhorar a situação. O ex-Governador era talvez demasiadamente tolerante. A bondade desviada provoca indisciplinas e quedas. E, de quando em quando, as notícias dos afeiçoados terrestres punham muitas famílias em polvorosa. Os desastres coletivos no mundo, quando interessassem algumas entidades em “Nosso Lar” eram aqui verdadeiras calamidades públicas. Segundo nosso arquivo, a cidade era mais um departamento do Umbral, que propriamente zona de refazimento e instrução. Amparado pela União Divina, o Governador proibiu o intercâmbio generalizado. Houve luta. Mas o Ministro generoso, que incrementou a medida, valeu-se do ensinamento de Jesus que manda os mortos enterrarem seus mortos (Mt 8:22) e a inovação se tornou vitoriosa em pouco tempo.

— Entretanto, — objetei, — seria interessante colher notícias dos nossos amados em trânsito na Terra. Não daria isso mais tranquilidade à alma?

Lísias, que permanecia junto ao receptor, sem ligá-lo, como interessado em me fornecer explicações mais amplas, acrescentou:

— Observe a si mesmo, a fim de ver se valeria a pena. Está preparado, por exemplo, para manter a precisa serenidade, esperando com fé e agindo com os preceitos divinos, em sabendo que um filho de seu coração está caluniado ou caluniando? Se alguém o informasse, agora, de que um dos seus irmãos consanguíneos foi hoje encarcerado como criminoso, teria bastante força para conservar-se tranquilo?

Sorri, desapontado.

— Não devemos procurar notícias dos Planos Inferiores, — prosseguiu, solícito, — senão para levar auxílios justos. Convenhamos, porém, que criatura alguma auxiliará com justiça, experimentando desequilíbrios do sentimento e do raciocínio. Por isso, é indispensável a preparação conveniente, antes de novos contatos com os parentes terrenos. Se eles oferecessem campo adequado ao amor espiritual, o intercâmbio seria desejável; mas esmagadora porcentagem de encarnados não alcançou, ainda, nem mesmo o domínio próprio e vive às tontas, nos altos e baixos das flutuações de ordem material. Precisamos, embora as dificuldades sentimentais, evitar a queda nos círculos vibratórios inferiores.

Contudo, evidenciando minha teimosia caprichosa, indaguei:

— Mas, Lísias, você que tem um amigo encarnado, qual seu pai, não gostaria de comunicar-se com ele?

— Sem dúvida; — respondeu bondosamente, — quando merecemos essa alegria, visitamo-lo em sua nova forma, verificando-se o mesmo, quando se trata de qualquer expressão de intercâmbio entre ele e nós.


Não devemos esquecer, entretanto, que somos criaturas falíveis. Necessitamos, pois, recorrer aos órgãos competentes, que determinem a oportunidade ou o merecimento exigidos. Para esse fim, temos o Ministério da Comunicação. Acresce notar que, da Esfera superior, é possível descer à inferior com mais facilidade. Existem, contudo, certas leis que mandam compreender devidamente os que se encontram nas zonas mais baixas. É tão importante saber falar como saber ouvir. “Nosso Lar” vivia em perturbações porque, não sabendo ouvir, não podia auxiliar com êxito e a colônia transformava-se, frequentemente, em campo de confusão.

Calei-me vencido pelo argumento ponderoso. E, enquanto me conservava em silêncio, o enfermeiro amigo abriu o controle de recepção sob meus olhos curiosos.



mt 8:28
Obreiros da Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Duas horas antes de organizar-se o cortejo fúnebre, estávamos a postos.

A residência de Dimas enchia-se de pessoas gradas, além de apreciável assembleia de entidades espirituais.

Jerônimo, resoluto, penetrou a casa, seguido de nós outros. Encaminhou-se para o recanto onde o recém-desencarnado permanecia abatido e sonolento, sob a carícia materna. Reparei que o médium liberto tinha agora o corpo perispiritual mais aperfeiçoado, mais concreto. Tive a nítida impressão de que através do cordão fluídico, de cérebro morto a cérebro vivo, o desencarnado absorvia os princípios vitais restantes do campo fisiológico. Nosso dirigente contemplou-o, enternecido, e pediu informes à genitora, que os forneceu, satisfeita:

— Graças a Jesus, melhorou sensivelmente. É visível o resultado de nossa influência restauradora e creio que bastará o desligamento do último laço para que retome a consciência de si mesmo.

Jerônimo examinou-o e auscultou-o, como clínico experimentado. Em seguida, cortou o liame final, verificando-se que Dimas, desencarnado, fazia agora o esforço do convalescente ao despertar, estremunhado, findo longo sono.

Somente então notei que, se o organismo perispirítico recebia as últimas forças do corpo inanimado, este, por sua vez, absorvia também algo de energia do outro, que o mantinha sem notáveis alterações. O apêndice prateado era verdadeira artéria fluídica, sustentando o fluxo e o refluxo dos princípios vitais em readaptação. Retirada a derradeira via de intercâmbio, o cadáver mostrou sinais, quase de imediato, de avançada decomposição.

A análise do cadáver de Dimas causava tristeza.

Inumeráveis germens microscópicos entravam, como exércitos vorazes, em combate aberto, libertando gases ocultos que revelavam o apodrecimento dos tecidos e líquidos em geral. Os traços fisionômicos do defunto achavam-se alterados, degenerando-se também a estrutura dos membros. Os órgãos autônomos, por seu turno, perdiam a feição característica, já tumefactos e imóveis.

Em compensação, Dimas-livre, Dimas-Espírito, despertava. Amparado pela genitora, abriu os olhos, fixou-os em derredor, num impulso de criança alarmada e chamou a esposa, aflitivamente. Dormira em excesso, mas alcançara sensível melhora. Sentia a casa cheia de gente e desejava saber alguma coisa a respeito. A mãezinha, porém, afagando-o brandamente, acalmou-o, esclarecendo:.

— Ouça, Dimas: A porta pela qual você se comunicava com o Plano carnal, somático, cerrou-se com seus olhos físicos. Tenha serenidade, confiança, porque a existência, no corpo físico, terminou.

O desencarnado não dissimulou a penosa impressão de angústia e fitou-a com amargurado espanto, identificando-a pela voz, um tanto vagamente.

— Não me reconhece, filho?

Bastou a pergunta carinhosa, pronunciada com especial inflexão de meiguice, para que o desencarnado se abraçasse à velhinha, gritando, num misto de júbilo e sofrimento:

— Mãe! Minha mãe!… Será possível?

A anciã deteve-o ternamente nos braços e falou:

— Escute! Refreie a emoção, que lhe será extremamente prejudicial. Sustente o equilíbrio, diante do fato consumado. Estamos, agora, juntos, numa vida mais feliz. Não tenha preocupações acerca dos que ficaram. Tudo será remediado, como convém, no momento oportuno. Acima de qualquer pensamento que o incline à prisão no círculo que acabou de deixar, faça valer a confiança sincera e firme em nosso Pai Celestial.

— Ó minha mãe! E a esposa, os filhos?… A sábia benfeitora, todavia, cortou-lhe as palavras, consolando-o:

— Os laços terrenos, entre você e eles, foram interrompidos. Restitua-os a Deus, certo de que o Eterno Senhor da Vida, a quem de fato pertencemos, permitirá sempre que nos amemos uns aos outros.

Contemplou-a Dimas, através de espesso véu de pranto e, antes que ele enunciasse novas interrogações, falou a genitora carinhosa, apresentando-lhe Jerônimo, que acompanhava a cena, comovido:

— Eis aqui o amigo que o desligou das cadeias transitórias. Em breve, partirá você, em companhia dele, buscando o socorro eficiente de que necessita.

Embora atordoado, o filho esboçou silencioso gesto de contrariedade, ante a perspectiva de nova separação do convívio materno, mas a velhinha interveio, acrescentando:

— Vim até aqui porque você me chamou, recorrendo à Mãe divina; contudo, não estou habilitada a lhe proporcionar ingresso em meus trabalhos, por enquanto. O irmão Jerônimo, todavia, é o orientador dedicado que conduzirá o serviço de sua restauração. Tenha confiança. Irei vê-lo quantas vezes for possível, até que nos possamos reunir noutro lar venturoso, sem as lágrimas da separação e sem as sombras da morte.

Em seguida, sussurrou algumas palavras que somente Dimas pôde escutar e, sob funda emoção, vi-o desvencilhar-se dos braços maternos e avançar, cambaleante, para Jerônimo, osculando-lhe respeitosamente as mãos. O Assistente agradeceu o carinhoso preito de reconhecimento e amor e, de olhos marejados, explicou:

— Nada efetuamos aqui, senão o dever que nos trouxe. Guarde o seu agradecimento para Jesus, o nosso Benfeitor Divino.


O trabalhador recém-liberto trazia o olhar nevoado de pranto, entre a alegria e a dor, a saudade e a esperança.

A devotada mãe amparou-o, mais uma vez, animando-o:

— Dimas, congregam-se, aqui, diversos amigos seus, em manifestação inicial de regozijo pela sua vinda. Entretanto, a sua posição é a do convalescente, cheio de cicatrizes a exigirem cuidado. Fale pouco e ore muito. Não se aflija, nem se lastime. Por hoje, não pergunte mais nada, meu filho. Seja dócil, sobretudo, para que nosso auxílio não seja mal interpretado pela visão deficiente que você traz da Esfera obscura. Acompanharemos seus despojos até à última morada, a fim de que você faça exercício preliminar para a grande viagem que levará a efeito, dentro de breves minutos, sustentado pelos nossos amigos, a caminho do restabelecimento. Não tema, pois já se preparou para receber-nos a cooperação, semeando o bem, em longos anos de atividades espiritistas. Não dê guarida ao medo, que sempre estabelece perigosas vibrações de queda em transições como a em que você se encontra.

Em seguida, conduzindo-o à câmara mortuária, onde o corpo jazia imóvel, prestes a partir; acrescentou a anciã, sob o olhar de aprovação que Jerônimo lhe dirigia:

— Venha ver o aparelho que o serviu fielmente durante tantos anos. Contemple-o com gratidão e respeito. Foi seu melhor amigo, companheiro de longa batalha redentora.

E como a viúva e os filhos chorassem lamentosamente, advertiu:

— Deploro os sentimentos negativos a que se recolhem os seus entes amados, despercebidos das realidades do Espírito. Não se detenha, Dimas, nas lágrimas que derramam, absorvidos em devastadora incompreensão. Este pranto e estas exclamações angustiosas não traduzem a verdade dos fatos. Você sabe agora, mais que nunca, que a imortalidade é sublime. Nunca houve adeus para sempre, na sinfonia imorredoura da vida. Abstenha-se, pois, de responder, por enquanto, às arguições que sua mulher e seus filhos dirigem ao cadáver. Quando você estiver refeito, voltará a auxiliá-los, consagrando-lhes, ainda e sempre, inestimável amor.

Dimas procurou conter-se, ante a perturbação geral do ambiente doméstico, e, vacilante, debruçou-se, sobre o ataúde, vertendo grossas lágrimas. Via-se-lhe o inaudito esforço para manter serenidade naquela hora. Rente a ele, a esposa proferia frases de intensa amargura. Todavia, em obediência às recomendações maternas, ele guardava discreta atitude de tristeza e enternecimento.

Notei que Dimas sentia dificuldade para concatenar raciocínios, porque tentou em vão articular uma prece, em voz alta. Percebendo-lhe o intenso desejo, aproximou-se Jerônimo de sensível irmão encarnado, então presente, tocou-lhe a fronte com a destra luminosa e o companheiro, declarando sentir-se inspirado, levantou-se e pediu permissão para pronunciar breve súplica, no que foi atendido e acompanhado por todos.

Sob a influência do orientador espiritual, o companheiro orou sentidamente. Verifiquei que Dimas experimentava imensa consolação, graças ao gesto amigo de Jerônimo.


Logo após, ante as exclamações dolorosas dos familiares, o ataúde foi cerrado e iniciou-se o préstito silencioso.

Seguíamos, ao fim do cortejo, em número superior a vinte entidades desencarnadas, inclusive o irmão recém-liberto.

Abraçado à genitora, Dimas, em passos incertos e vagarosos, ouvia-lhe discretas exortações e sábios conselhos.

Entre os muitos afeiçoados do Círculo carnal, reinava profundo constrangimento, mas, entre nós, imperava tranquilidade efetiva e espontânea.

Prosseguíamos com as melhores notas de calma, quando nos acercamos do campo-santo.

Estranha surpresa empolgou-me de súbito. Nenhum dos meus companheiros, exceção de Dimas, que fazia visível esforço para sossegar a si mesmo, exteriorizou qualquer emoção, diante do quadro que víamos. Mas não pude sofrear o espanto que me tomou o coração. As grades da necrópole estavam cheias de gente da Esfera invisível, em gritaria ensurdecedora. Verdadeira concentração de vagabundos sem corpo físico apinhava-se à porta. Endereçavam ditérios e piadas à longa fila de amigos do morto. No entanto, ao perceberem a nossa presença, mostraram carantonhas de enfado, e um deles, mais decidido, depois de fitar-nos com desapontamento, bradou aos demais:

— Não adianta! É protegido…

Voltei-me, preocupado, e indaguei do padre Hipólito que significava tudo aquilo.

O ex-sacerdote não se fez de rogado.

— Nossa função, acompanhando os despojos, — esclareceu ele, afavelmente, — não se verifica apenas no sentido de exercitar o desencarnado para os movimentos iniciais da libertação. Destina-se também à sua defesa. Nos cemitérios costuma congregar-se compacta fileira de malfeitores, atacando vísceras cadavéricas, para subtrair-lhes resíduos vitais.

Ante a minha estranheza, Hipólito considerou:

— Não é para admirar. O Evangelho, descrevendo o encontro de Jesus com endemoninhados, (Mc 5:1) refere-se a Espíritos perturbados que habitam entre os sepulcros.

Reconhecendo-me a inexperiência no trato com a matéria religiosa, Hipólito continuou:

— Como você não ignora, as igrejas dogmáticas da Crosta Terrena possuem erradas noções acerca do diabo, mas, inegavelmente, os diabos existem. Somos nós mesmos, quando, desviados dos divinos desígnios, pervertemos o coração e a inteligência, na satisfação de criminosos caprichos…

— Oh! Mas que paisagem repugnante! — Exclamei, surpreendido, interrompendo a instrutiva explanação.

— É verdade, — concordou o interlocutor, — é quadro deveras ascoroso; todavia, é reflexo do mundo, onde, também nós, nem sempre fomos leais filhos de Deus.

A observação me satisfez integralmente.

Entramos.

Logo após, ante meus olhos atônitos, Jerônimo inclinou-se piedosamente sobre o cadáver, no ataúde momentaneamente aberto antes da inumação, e, através de passes magnéticos longitudinais, extraiu todos os resíduos de vitalidade, dispersando-os, em seguida, na atmosfera comum, através de processo indescritível na linguagem humana por inexistência de comparação analógica, para que inescrupulosos entidades inferiores não se apropriassem deles.


Completada a curiosa operação, tive minha atenção voltada para gemidos lancinantes, emitidos de zonas diversas daquela moradia respeitável, agora semelhante a vasto necrotério de almas.

Jerônimo entrara em conversação com vários colegas, enquanto a maioria dos companheiros encarnados, em obediência à tradição, atiravam a clássica pazinha de cal ou poeira sobre o envoltório entregue à profunda cova.

Impressionado com os soluços que ouvia em sepulcro próximo, fui irresistivelmente levado a fazer uma observação direta.

Sentada sobre a terra fofa, infeliz mulher desencarnada, aparentando trinta e seis anos, aproximadamente, mergulhava a cabeça nas mãos, lastimando-se em tom comovedor.

Compadecido, toquei-lhe a espádua e interroguei:

— Que sente, minha irmã?

— Que sinto? — Gritou ela, fixando em mim grandes olhos de louca, — não sabe? Oh! O senhor chama-me irmã… Quem sabe me auxiliará para que minha consciência torne a si mesma? Se é possível, ajude-me, por piedade! Não sei diferençar o real do ilusório… Conduziram-me à casa de saúde e entrei neste pesadelo que o senhor está vendo.

Tentava erguer-se, debalde, e implorava, estendendo-me as mãos:

— Cavalheiro, preciso regressar! Conduza-me, por favor, à minha residência! Preciso retornar ao meu esposo e ao meu filhinho!… Se este pesadelo se prolongar, sou capaz de morrer!… Acorde-me, acorde-me!…

— Pobre criatura! — Exclamei, distraído de toda a curiosidade, em face da compaixão que o triste quadro provocava. — Ignora que seu corpo voltou ao leito de cinzas! Não poderá ser útil ao esposo e ao filhinho, em semelhantes condições de desespero.

Olhou-me, angustiada, como a desfazer-se em ataque de revolta inútil. Mas, antes que explodisse em rugidos de dor, acrescentei:

— Já orou, minha amiga? Já se lembrou da Providência Divina?

— Quero um médico, depressa! Só ouço padres! — Bradou irritadiça, — não posso morrer… Despertem-me! Despertem-me!…

— Jesus é nosso Médico Infalível, — tornei, — e indico-lhe a oração como remédio providencial para que Ele a assista e cure.

A infeliz, entretanto, parecia distanciada de qualquer noção de espiritualidade. Tentando agarrar-me com as mãos cheias de manchas estranhas, embora não me alcançasse, gritou estentoricamente:

— Chamem meu marido! Não suporto mais! Estou apodrecendo!… Oh! Quem me despertará?!

Da fúria aflita, passou ao choro humilde, ferindo-me a sensibilidade. Compreendi, então, que a desventurada sentia todos os fenômenos da decomposição cadavérica e, examinando-a detidamente, reparei que o fio singular, sem a luz prateada que o caracterizava em Dimas, pendia-lhe da cabeça, penetrando chão a dentro.

Ia exortá-la, de novo, recordando-lhe os recursos sublimes da prece, quando de mim se aproximou simpática figura de trabalhador, informando-me, com espontânea bondade:

— Meu amigo, não se aflija.

A advertência não me soou bem aos ouvidos. Como não preocupar-me, diante de infortunada mulher que se declarava esposa e mãe? Como não tentar arrancá-la à perigosa ilusão? Não seria justo consolá-la, esclarecê-la? Não contive a série de interrogações que me afloraram do raciocínio à boca.

Longe de o interpelado perturbar-se, respondeu-me tranquilamente:

— Compreendo-lhe a estranheza. Deve ser a primeira vez que frequenta um cemitério como este. Falta-lhe experiência. Quanto a mim, sou do posto de assistência espiritual à necrópole.

Desarmado pela serenidade do interlocutor, renovei a primeira atitude. Reconheci que o local, não obstante repleto de entidades vagabundas, não estava desprovido de servidores do bem.

— Somos quatro companheiros, apenas, — prosseguiu o informante, — e, em verdade, não podemos atender a todas as necessidades aparentes do serviço. Creia, porém, que zelamos pela solução de todos os problemas fundamentais. Apesar de nosso cuidado, não podemos, todavia, esquecer o imperativo de sofrimento benéfico para todos aqueles que vêm dar até aqui, após deliberado desprezo pelos sublimes patrimônios da vida humana.

Atingi o sentido oculto das explicações. O cooperador queria dizer, naturalmente, que a presença, ali, de malfeitores e ociosos desencarnados se justificava em face do grande número de ociosos e malfeitores que se afastam diariamente da Crosta da Terra. Era o similia similibus em ação, cumprindo-se os ditames da lei do progresso. Castigando-se e flagelando-se, mutuamente, alcançariam os desviados a noção do verdadeiro caminho salvador.

Fitei a infeliz e expus meu propósito de auxiliá-la.

— É inútil, — esclareceu o prestimoso guarda, equilibrado nos conhecimentos de justiça e seguro na prática, pelo convívio diário com a dor, — nossa desventurada irmã permanece sob alta desordem emocional. Completamente louca. Viveu trinta e poucos anos na carne, absolutamente distraída dos problemas espirituais que nos dizem respeito. Gozou, à saciedade, na taça da vida física. Após feliz casamento, realizado sem qualquer preparo de ordem moral, contraiu gravidez, situação esta que lhe mereceu menosprezo integral. Comparava o fenômeno orgânico em que se encontrava a ocorrências comuns, e, acentuando extravagâncias, por demonstrar falsa superioridade, precipitou-se em condições fatais. Chamada ao testemunho edificante da abelha operosa, na colmeia do lar, preferiu a posição da borboleta volúvel, sequiosa de novidades efêmeras. O resultado foi funesto. Findo o parto difícil, sobrevieram infecções e febre maligna, aniquilando-lhe o organismo. Soubemos que, nos últimos instantes, os vagidos do filhinho tenro despertaram-lhe os instintos de mãe e a infortunada combateu ferozmente com a morte, mas foi tarde. Jungida aos despojos por conveniência dela própria, tem primado aqui pela inconformação. Vários amigos visitadores, em custosa tarefa de benefício aos recém-desencarnados, têm vindo à necrópole, tentando libertá-la. A pobrezinha, porém, após atravessar existências de sólido materialismo, não sabe assumir a menor atitude favorável ao estado receptivo do auxílio superior. Exige que o cadáver se reavive e supõe-se em atroz pesadelo, quando nada mais faz senão agravar a desesperação. Os benfeitores, desse modo, inclinam-se à espera da manifestação de melhoras íntimas, porque seria perigoso forçar a libertação, pela probabilidade de entregar-se a infeliz aos malfeitores desencarnados.

Indiquei, porém o laço fluídico que a ligava ao envoltório sepulto e observei:

— Vê-se, entretanto, que a mísera experimenta a desintegração do corpo grosseiro em terríveis tormentos, conservando a impressão de ligamento com a matéria putrefata. Não teremos recursos para aliviá-la?

Tomei atitude espontânea de quem desejava tentar a medida libertadora e perguntei:

— Quem sabe chegou o momento? Não será razoável cortar o grilhão?

— Que diz? — Objetou, surpreso, o interlocutor, — não, não pode ser! Temos ordens.

— Porque tamanha exigência, — insisti.

— Se desatássemos a algema benéfica, ela regressaria, intempestiva, à residência abandonada, como possessa de revolta, a destruir o que encontrasse. Não tem direito, como mãe infiel ao dever, de flagelar com a sua paixão desvairada o corpinho tenro do filho pequenino e, como esposa desatenta às obrigações, não pode perturbar o serviço de recomposição psíquica do companheiro honesto que lhe ofereceu no mundo o que possuía de melhor. É da lei natural que o lavrador colha de conformidade com a semeadura. Quando acalmar as paixões vulcânicas que lhe consomem a alma, quando humilhar o coração voluntarioso, de modo a respeitar a paz dos entes amados que deixou no mundo, então será libertada e dormirá sono reparador, em estância de paz que nunca falta ao necessitado reconhecido às bênçãos de Deus.

A lição era dura, mas lógica.

A infortunada criatura, alheia a nossa conversação, prosseguia gritando, qual demente hospitalizada em prisão dolorosa.

Tentei ampliar as minhas observações, mas o servidor chamou-me a outras zonas, de onde partiam gemidos estridentes.

— São vários infelizes, na vigília da loucura, — disse calmo.

E designando um velhote desencarnado, de cócoras sobre a própria campa, acrescentou:

— Venha e escute-o.

Acompanhando meu novo amigo, reparei que o sofredor mantinha-se igualmente em ligação com o fundo.

— Ai, meu Deus! — Dizia, — quem me guardará o dinheiro? Quem me guardará o dinheiro?

Observando-nos a aproximação, rogava, súplice:

— Quem são? Querem roubar-me! Socorram-me, socorram-me!…

Debalde enderecei-lhe palavras de encorajamento e consolação.

— Não ouve, — informou o sentinela, obsequioso, — a mente dele está cheia das imagens de moedas, letras, cédulas e cifrões. Vai demorar-se bastante na presente situação e, como vê, não podemos em sã consciência facilitar-lhe a retirada, porque iria castigar os herdeiros e zurzi-los diariamente.

Porque não pudesse dissimular o espanto que me tomara o coração, o servidor otimista acentuou:

— Não há motivo para tamanho assombro.

Estamos diante de infelizes, aos quais não falecem proteção e esperança, porquanto outros existem tão acentuadamente furiosos e perversos que, do fundo escuro do sepulcro, se precipitam nos tenebrosos despenhadeiros das Esferas subcrostais,  tal o estado deplorável de suas consciências, atraídas para as trevas pesadas.

Sem fugir ao padrão de tranquilidade do colaborador cônscio do serviço a realizar, acrescentou:

— Segundo concluímos, se há alegria para todos os gostos, há também sofrimento para todas as necessidades.

Nesse instante, Jerônimo chamou-me a postos.

Agradeci ao amável informante, profundamente emocionado pelo que vira, e despedi-me incontinente. Esvaziara-se de companheiros encarnados a necrópole e o próprio coveiro dirigia-se à saída.


Foi comovente o adeus entre Dimas e a genitora, que prometeu visitá-lo, sempre que possível.

Após agradecimentos mútuos e recíprocos votos de paz, sentimo-nos, enfim, em condições de partir por nossa vez.

Antes, porém, minha curiosidade inquiridora desejava entrar em ação. Como se sentiria Dimas, agora? Não seria interessante consultar-lhe as opiniões e os informes? Testemunho valioso poderia fornecer-me para qualquer eventualidade futura de esclarecer a outrem.

Em minha esfera pessoal de observação, não pudera colher pormenores, uma vez que a morte me surpreendera em absoluto alheamento das teses de vida eterna e, no derradeiro transe carnal, minha inconsciência fora completa.

Nosso dirigente percebeu-me o propósito e falou, bem humorado:

— Pode perguntar a Dimas o que você deseja saber.

Manifestei-lhe reconhecimento, enquanto o recém-liberto aquiescia, bondoso, aos meus desejos:

— Sente, ainda, os fenômenos da dor física? — Comecei.

— Guardo integral impressão do corpo que acabei de deixar, — respondeu ele, delicadamente. — Noto, porém, que, ao desejar permanecer ao lado dos meus, e continuar onde sempre estive durante muitos anos, volto a experimentar os padecimentos que sofri; entretanto, ao conformar-me com os superiores desígnios, sinto-me logo mais leve e reconfortado. Apesar da reduzida fração de tempo em que me vejo desperto, já pude fazer semelhante observação.

— E os cinco sentidos?

— Tenho-os em função perfeita.

— Sente fome?

— Chego a notar o estômago vazio e ficaria satisfeito se recebesse algo de comer, mas esse desejo não é incômodo ou torturante.

— E sede?

— Sim, embora não sofra por isso.

Ia continuar o curioso inquérito, mas Jerônimo, sorridente, desarmou-me a pesquisa, asseverando:

— Você pode intensificar o relatório das impressões, quanto deseje, interessado em colaborar na criação da técnica descritiva da morte, certo, porém, de que não se verificam duas desencarnações rigorosamente iguais. O plano impressivo depende da posição espiritual de cada um.

Sorrimos todos, ante meus impulsos juvenis de saber, e, amparando Dimas, carinhosamente, efetuamos, satisfeitos, a viagem de volta.




[Vide o capítulo 17 do livro .]



Geraldo Lemos Neto

mt 8:22
Bastão de Arrimo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6
Francisco Cândido Xavier
William Machado de Figueiredo
Geraldo Lemos Neto

“Meu agradecimento e amor de filho lhe vertem no cálice do coração o orvalho dos afetos que nem a morte poderá destruir.”


Minha querida mamãe. Deus conceda ao seu coração todas as luzes do amor e da paz.

Valho-me desta hora para trazer a sua alma o meu coração reconhecido de todos os instantes.

Não se sinta desamparada nestes dias em que a incompreensão lhe rodeia o espírito nas lutas em casa.

Lembre-se que eu estou vivo para compreendê-la e estimá-la cada vez mais. Julgo hoje que existem túmulos na natureza criados por Deus, estes são de carne. Sei agora quanto devemos ao templo do corpo, entretanto, é muito impróprio chamar por mortos aos que, como eu, se transportaram para a vida verdadeira. 

Não, mamãe, não se desanime assim. O espírito de mãe sofre sempre, bem sei, mas procure repartir com Jesus as suas mágoas, porque Ele nos chama ao seu coração toda a vez que as lágrimas nos umedecem os olhos. As meninas têm suas lutas e provas também, qual acontece com a senhora e comigo mesmo. É necessário entender isto, ajudá-las como nos seja possível e caminhar para o futuro.

Aí na Terra, mamãe, tudo é figuração passageira. É a escola onde nos preparamos para Cá.

Nunca receberemos trabalho de elevação espiritual sem boas notas do aprendizado humano.

Estou a seu lado. Não esmoreça. Nosso alfabeto é da solidão espiritual; nosso giz, por vezes, é feito de pranto.

Mas como não ser assim se é preciso lavar a nossa Veste Espiritual para a Vida Eterna?

Não se sinta só.

Meu agradecimento e amor de filho lhe vertem no cálice do coração o orvalho dos afetos que nem a morte poderá destruir.

Coragem e fé! Jesus não nos abandonará ao longo das purificações amargas, por mais ásperas que sejam.

Compreendo como têm agravado os seus sofrimentos morais, mas faça o possível por manter os próprios pensamentos na bondade de Deus, esquecendo os obstáculos transitórios do mundo.

Aos Nossos, minha esperança de crescermos todos, um dia, para a grande compreensão, e para a sua alma generosa, guarde a saudade e a gratidão do filho que não a esquece,




Mensagem psicografada em Pedro Leopoldo no ano de 1945.


Clara alusão de William à passagem evangélica constante em Mt 8:22, na qual Nosso Mestre Jesus nos diz: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus próprios mortos.” (Ver O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, .)



Humberto de Campos

mt 8:22
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

Após o reinado de esbanjamento de D. João V, sobe ao trono de Portugal D. José I, como o quinto rei da dinastia bragantina. O soberano escolhe para seu primeiro ministro a Sebastião José de Carvalho e Melo,  depois Conde de Oeiras e, mais tarde, Marquês de Pombal.

As falanges espirituais, desvelando-se pela evolução portuguesa, haviam escolhido previamente esse homem, para a reconstrução das energias da pátria após os desvarios de D. João V, o monarca esbanjador e arbitrário que nunca reuniu as cortes para uma consulta, necessária aos interesses do povo. O escolhido porém, não soube corresponder integralmente às sagradas expectativas dos gênios espirituais da terra portuguesa. Se construiu, cometeu graves injustiças com a sua ditadura renovadora.

Pombal  ascendera à posição de ministro, depois de absorver as ideias novas que percorriam os setores de todas as atividades do Velho Mundo, ao sopro dos enciclopedistas. O campo diplomático já lhe dera a conhecer a técnica política de um Roberto Walpole  e, enquanto a sua pátria se algemava aos tribunais da Inquisição, com sérios prejuízos para a educação nacional, o cérebro se lhe povoava de planos audazes e reformadores.

Elevando-se ao trono em 1750, D. José I escolhe-o imediatamente, para chefe supremo do seu governo e, quando em 1755 foi Lisboa parcialmente destruída por um terremoto, o ministro renovador teve oportunidade de demonstrar a sua capacidade criadora reedificando a cidade, que renasceu dos seus esforços mais engrandecida e mais bela.

O Marquês de Pombal, todavia, desde os primórdios de sua ação no governo, não tolerava os jesuítas que, nas cortes europeias, se intrometiam em todos os negócios da política do século, com a pretensão de imunizar o mundo inteiro das correntes de pensamento da Reforma.

Os missionários humildes da célebre companhia, radicados no Brasil, diga-se em honra da verdade, estavam muito longe das criminosas disputas em que se empenhavam seus irmãos no outro lado do Atlântico; mas sofreram com eles a incessante perseguição, tão logo se apossou do governo o famoso ministro.

Surge, afinal, o atentado contra a vida de D. José I, em 1758. No dia 3 de Setembro desse ano, quando regressava de uma entrevista ao palácio da Ajuda, o soberano foi alvejado a tiros de bacamarte, partidos de um grupo de pessoas desconhecidas. As suspeitas recaíram no Marquês de Távora e seus filhos, no conde de Atouguia  e no duque de Aveiro.  Conquanto fosse este último um dos implicados no movimento regicida, o mesmo não acontecia aos Távoras, inocentes daquele delito. Instaurou-se um processo que terminou, apesar de todas as suas clamorosas irregularidades, com a sentença de morte para todos os implicados. Em vão, procuram os portugueses influentes na corte modificar a decisão do ministro. Os condenados sofrem os mais horrorosos suplícios em Belém e a própria D. Leonor Tomásia, Marquesa de Távora, foi decapitada.

Pombal aproveita o ensejo que se lhe oferece para justificar a expulsão dos jesuítas, apontando-os como autores indiretos do atentado e D. José I, a instâncias do seu valido, assina sem hesitar o decreto de banimento.

Esse ato de Pombal se reflete largamente na vida do Brasil. Todo o movimento de organização social se devia, na colônia, aos esforços dos dedicados missionários. O clero comum possuía escravos numerosos e chegava a defender o suposto direito dos escravagistas incentivando a caça aos índios e abençoando a carga misérrima dos navios negreiros. Os jesuítas, porém, sempre trabalharam, no início da organização brasileira, dentro dos mais amplos sentimentos de humanidade. Aldeavam os índios, aprendiam a “língua geral”, a fim de influenciarem mais diretamente no ânimo deles trazendo as tabas rústicas às comunidades da civilização e foram, talvez, naqueles tempos longínquos, os únicos refletores dos ensinamentos do Alto, advogando o seu verbo inspirado a causa de todos os infelizes. A sua expulsão do Brasil retardou de muito tempo a educação das classes desfavorecidas e, se o ministro de D. José I estendeu algumas vezes o seu dinamismo renovador até à Pátria do Evangelho sua ação poucas vezes ultrapassou o terreno material, tanto que, mesmo alguns melhoramentos introduzidos no Rio de Janeiro pelo Conde de Bobadela, que levantou aí a primeira oficina tipográfica do país, foram por ele destruídos à força de obstáculos à facilidade de educação no território da colônia.

A esse tempo, observando a anulação dos seus esforços, os missionários humildes da cruz procuraram Ismael com instantes apelos. Seus trabalhos eram abandonados, por força das determinações do ministro arbitrário. Suas intenções ficavam incompreendidas, suas ações baldadas, no sentido de espalharem entre os sofredores as claridades consoladoras do ensino de Jesus. Mas, o generoso mensageiro pondera bondosamente aos seus dedicados colaboradores:

— “Irmãos — diz ele — muitas vezes, os próprios espíritos que escolhemos para determinados labores terrestres não resistem à sedução do dinheiro e da autoridade. Sentem-se traídos em suas próprias forças e se entregam, sem resistência, ao inimigo oculto que lhes envenena o coração. Deixai aos déspotas da Terra a liberdade de agir sob o império da sua prepotência. Por mais que operem dentro das suas possibilidades no Plano físico, a vitória pertencerá sempre a Jesus, que é a luminosidade tocante de todos os corações. Temos, porém, de considerar, a par da tirania política que tenta destruir a nossa ação, o lamentável desvio dos nossos irmãos incumbidos de velar pelo patrimônio do Evangelho, no mundo europeu. Infelizmente, não têm eles procurado levar a luz espiritual às almas aflitas e sofredoras, clareando a estrada dos ignorantes e abençoando o rude labor dos simples, ao contrário, buscam influenciar os príncipes do planeta, disputando os mais altos lugares de domínio no banquete dos poderes temporais, em todos os países onde milita a igreja do Ocidente. Peçamos a Jesus pelos tiranos e pelos nossos companheiros desviados da consciência retilínea. Se terminamos agora uma etapa da nossa tarefa, em que aproveitamos os elementos que nos oferecia a disciplina da Companhia fundada por Loiola, prosseguiremos o nosso trabalho dentro de novas modalidades. Deixemos aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos, (Mt 8:22) como ensinou o Divino Mestre em suas lições sublimes. Vossos irmãos transformando a cruz do Cristo num símbolo de opressão e despotismo nos tribunais malditos da Inquisição, cavam a sepultura moral de suas almas que se amoldam ao sacrilégio e à ignomínia. Quanto aos políticos, esses têm uma órbita de ação que não lhes é possível ultrapassar. O tempo e a experiência, com a dor, eterna aliada de ambos, ensinarão as suas consciências a lei de fraternidade e de amor, que esqueceram nos dias do fastígio e da glória efêmera sobre a face do mundo. Oremos por eles e que Jesus, na sua bondade infinita, nos acolha os corações sob o manto da sua misericórdia.”

Enquanto oravam, gotas suaves de luz se derramavam do Céu sobre os caminhos tenebrosos da Terra e a palavra profética de Ismael teve, em breve, a sua confirmação.

A Companhia de Jesus foi suprimida pelo próprio papa Clemente XIV,  em 1773, para reaparecer somente em 1814, com Pio VII.  Nunca mais, todavia, puderam os jesuítas readquirir o imenso prestígio que possuíram no Ocidente. Quanto ao Marques de Pombal,  conheceu no silêncio a lição do abandono e do olvido dos homens. No dia em que agonizava D. José I, o cardeal de Lisboa, D. João Cosme da Cunha, que devia ao famoso ministro a altura da sua posição eclesiástica, lhe declara no aposento do moribundo: — “V. Excia. já nada mais tem que aqui fazer” testemunhando-lhe venenosa ingratidão. Daí a algum tempo, em subindo ao trono, D. Maria I destituía o marquês de todas as suas funções no reino banindo-o da corte após rumoroso processo, em que procurou fundamentar a sua condenação. Retirando-se para a Vila de Pombal, desprendeu-se do mundo em 1782, humilhado e esquecido, sob o jugo dos mais pungentes desgostos.


(.Irmão X)

mt 8:22
Crônicas de Além-Túmulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

— O amigo sabe que os fotógrafos ingleses registraram a presença de sir Conan Doyle  no enterro de Lady Gaillard?

Esta pergunta me foi dirigida pelo coronel C. da C.,  que eu conhecera numa das minhas viagens pelo Nordeste. O coronel lia por desfastio as minhas crônicas e em poucos minutos nos tornamos camaradas. Há muito tempo, todavia, soubera eu da sua passagem para o outro mundo em virtude de uma arteriosclerose generalizada. Tempo vai, tempo vem, defrontamo-nos de novo no vagão infinito da vida, em que todos viajamos, através da eternidade. E, como o melhor abraço é o que podemos dar longe dos vivos, ali estávamos os dois, “tête-à-tête”, sem pensar no relógio que regulava os nossos atos no presídio da Terra, nem nos ponteiros do estômago, que aí trabalham com demasiada pressa.

C., tinha no mundo ideias espíritas e continuava, na outra vida, a interessar-se pelas coisas de sua doutrina.

— Então, coronel, a vida que levaremos por aqui não será muito diversa da que observávamos lá em baixo? Um morto, por exemplo, pode apresentar-se nas solenidades dos vivos, participar das suas alegrias e das suas tristezas, como no presente caso? Aliás, já sabemos do capítulo evangélico que manda os mortos enterrar os seus mortos. (Mt 8:22)

— Pode, sim, menino — replicou o meu amigo como quem evocasse uma cena dolorosa —, mas, isso de acompanhar enterros, sobra-me experiência para não mais faze-lo. Costumamos observar que, se os vivos têm medo dos que já regressaram para cá, nós igualmente, às vezes, sentimos repulsa de topar os vivos. Porém, o que lhe vou contar ocorreu entre os considerados mortos. Tive medo de dois espectros num ambiente soturno de cemitério.

E o meu amigo, com o olhar mergulhado no pretérito longínquo, monologava:

— Desde essa noite, nunca mais acompanhei enterros de amigos… Deixo isso para os encarnados, que vivem brincando de cabra-cega no seu temporário esquecimento…


— Conte-me, coronel, o acontecimento, disse eu, mal sopitando a curiosidade.

— Lembra-se — começou ele — da admiração que eu sempre manifestava pelo Dr. A. F., que você não chegou a conhecer em pessoa?

— Vagamente…

— Pois bem, o Antonico, nome pelo qual respondia na intimidade, era um dos meus amigos do peito. Advogado de renome na minha terra, já o conheci na elevada posição que usufruía no seio da sociedade que lhe acatava todas as ações e pareceres.

Pardavasco insinuante, era o tipo do mulato brasileiro. Simpático, inteligente, captava a confiança de quantos se lhe aproximavam. Era de uma felicidade única. Ganhava todas as causas que lhe eram entregues. O crime mais negro apresentava para a sua palavra percuciente uma argumentação infalível na defesa. Os réus, absolvidos com a sua colaboração, retiravam-se da sala de sessões da justiça quase canonizados. O Antonico se metera em alguma pendência? O triunfo era dele. Isso era certo. Gozava de toda a nossa consideração e estima. Criara a sua família com irrepreensível moralidade. Em algumas cerimônias religiosas a que compareci, recordo-me de lá o haver encontrado, como bom católico, em cuja personalidade o nosso vigário via um dos mais prestigiosos dos seus paroquianos. Chefiava iniciativas de caridade, presidia a associação religiosa e primava pela austeridade intransigente dos seus costumes.

Quando voltei desse mundo, que hoje representa para nós uma penitenciária, trouxe dele saudosas recordações.

Imagine, pois, o meu desejo de reencontrá-lo, quando vim a saber, nestas paragens, que ele se achava às portas da morte. Obtive permissão para excursionar à Terra e fui revê-lo na sua cama de luxo, rodeado de zelos extremos, numa alcova ensombrada de sua confortável residência. As poções eram ingeridas. Injeções eram aplicadas. Os médicos eram atenciosamente ouvidos. Contudo, a morte rondava o leito de rendas, com o seu passo silencioso. Depois de ter o abdômen rasgado por um bisturi, uma infecção sobreviera inesperadamente.

Apareceu uma pleurisia e todas as punções foram inúteis. Antonico agonizava. Vi-o nos seus derradeiros momentos, sem que ele me visse na sua semi-inconsciência. Os médicos, à sua cabeceira, deploravam o desaparecimento do homem probo. O padre, que sustinha naquelas mãos de cera um delicado crucifixo, recitando a oração dos moribundos, fazia ao Céu piedosas recomendações. A esposa chorava o esposo, os filhos o pai. Aos meus olhos, aquele quadro era o da morte do justo. Transcorridas algumas horas, acompanhei o fúnebre cortejo que ia entregar à terra aqueles despojos frios.

Desnecessário é que lhe diga das pomposas exéquias que a igreja dispensou ao morto, em virtude da sua posição eminente. Preces. Aspersões com hissopes ensopados nágua benta e latim agradável.

Mas, como nem todos os que morrem se desapegam imediatamente dos humores e das vísceras, esperei que o meu amigo acordasse para ser o primeiro a abraçá-lo.

Era crepúsculo. E, naquela tarde de agosto, as nuvens estavam enrubescidas, em meio do fumo das queimadas, parecendo uma espumarada de sangue. Havia um cheiro de terra brava, entre as lousas silenciosas, ao pé dos salgueiros e dos ciprestes. Eu esperava. De vez em quando, o vento agitava a ramaria dos chorões, que pareciam soluçar, numa toada esquisita. Os coveiros abandonaram a sua tarefa sinistra e eu vi um vulto de mulher, esgueirando-se entre as lápides enegrecidas. Parou junto daquela cova fresca. Não se tratava de nenhuma alma encarnada. Aquela mulher pertencia também ao reino das sombras. Observei-a de longe. Todavia, gritos estentóricos ecoaram aos meus ouvidos.

— A. F., exclamou o espectro, chegou o momento da minha vingança!… Ninguém poderá advogar a tua causa. Nem Deus, nem o demônio poderão interceder pela tua sorte, como não puderam cicatrizar no mundo as feridas que abriste em meu coração. Todas as nossas testemunhas agora são mudas. Os anjos aqui são de pedra e as capelas de mármore, cheias de cruzes caladas, são estojos de carne apodrecida. Lembras-te de mim? Sou a R. S., que infelicitaste com a tua infâmia!

Já não és aquele moreno insinuante que surripiou a fortuna de meus pais, destruindo-lhes a vida e atirando-me no meretrício abominável. A fortuna que te deu um nome foi edificada no pedestal do crime.

Recordas-te das promessas mentirosas que me fizeste? Envergonhada, abandonei a terra que me vira nascer para ganhar o pão no mais horrendo comércio. Corri mundo, sem esquecer a tua perversidade e sem conseguir afogar o meu infortúnio na taça dos prazeres.

Entretanto, o mundo foi teu. Réu de um crime nefando, foste sacerdote da justiça; eu, a vítima desconhecida, fui obrigada a sufocar a minha fraqueza nas sentinas sociais, onde os homens pagam o tributo das suas misérias. Tiveste a sociedade, eu os bordéis. O triunfo e a consideração te pertenceram; a mim coube o desprezo e a condenação. Meu lar foi o hospital, donde se escapou o último gemido de meu peito.

Meus braços, que haviam nascido para acariciar os anjos de Deus, como dois galhos de árvores cheios de passarinhos, foram por ti transformados em tentáculos do perdição. Eu poderia ter possuído um lar, onde as crianças abençoassem os meus carinhos e onde um companheiro laborioso se reconfortasse com o beijo da minha afeição Venho te condenar, ó desalmado assassino, em nome da justiça eterna que nos rege, acima dos homens. Há mais de um lustro, espero-te nesta solidão indevassável, onde não poderás comprar a consciência dos juízes… Viveste com o teu conforto, enquanto eu penava com a minha miséria; mas, o inferno agora será de nós dois!…

O coronel fez uma pausa, enquanto eu meditava naquela história.

— A mulher chorava — continuou ele — de meter dó. Aproximei-me dela, não sendo, porém, notada a minha presença. Olhei a cruz modesta e carcomida que havia sido arrancada poucas horas antes, daqueles sete palmos de terra, para que ali fosse aberto um novo sepulcro, e, não sei se por artes do acaso, nela estava escrito um nome com pregos amarelos, já desfigurados pela ferrugem: R. S. — ORAI POR ELA.

Por uma coincidência sinistra, reencontravam-se os dois corpos e as duas almas. Procurei fazer tudo pelo Antonico, mas quando atravessei com o meu olhar a terra que lhe cobria os despojos, afigurou-se-me ver um monte de ossos que se moviam. Crânio, tíbias, úmero, clavículas, se reuniam sob uma ação misteriosa e vi uma caveira chocalhando os dentes de fúria, ao mesmo tempo que umas falangetas de aço pareciam apertar o pescoço do cadáver do meu amigo.

— E ele, coronel, isto é, o Espírito, estava presente?

— Estava, sim. Presente e desperto. Lá o deixei, sentindo os horrores daquela sufocação…

— Mas, e Deus, coronel? Onde estava Deus que não se compadeceu do pecador arrependido?

O coronel me olhou, como se estivesse interrogando a si mesmo, e declarou por fim:

— Homem, sei lá!… Acredito que Deus tenha criado o mundo; porém, acho que a Terra ficou mesmo sob a administração do Diabo.


(.Irmão X)


9 de abril de 1935.


No original da mensagem foram dados por extenso os nomes das pessoas nela mencionadas. Como, porém, essas pessoas deixaram descendentes que poderiam molestar-se com as referências que lhes fez o Espírito de Humberto de Campos, resolvemos indicá-las apenas pelas suas iniciais (Nota da Editora).



Francisco Cândido Xavier e Clementino Alencar

mt 8:22
Notáveis Reportagens com Chico Xavier

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Francisco Cândido Xavier e Clementino Alencar

PEDRO LEOPOLDO, 26 (Do enviado especial do GLOBO, Clementino de Alencar) — A crônica de Humberto de Campos a que nos referimos, ao fim da correspondência enviada esta manhã, tem um título: “”. Conforme a observação escrita ao pé, foi psicografada por Chico Xavier a 9 do corrente.

Nela, nos é feita uma narrativa verdadeiramente curiosa e impressionante, e capaz de demonstrar como não estão definitivamente sepultados os segredos que a morte levou…

Essa crônica é a seguinte: 


— O amigo sabe que os fotógrafos ingleses registraram a presença de no enterro de Lady Gaillard?

Esta pergunta me foi dirigida pelo coronel Cantidiano da Cunha que eu conhecera numa das minhas viagens pelo Nordeste. O coronel lia, por desfastio, as minhas crônicas e em poucos minutos nos tornamos camaradas. Há muito tempo, todavia, soubera eu da sua passagem para o outro mundo, em virtude de uma arteriosclerose generalizada. Tempo vai, tempo vem, defrontamo-nos de novo no vagão infinito da Vida, em que todos nós viajamos através da eternidade.

E, como o melhor abraço é o que podemos dar longe dos vivos, ali estávamos os dois, “tête-à-tête”, sem pensar no relógio que regulava os nossos atos no presídio da Terra, nem nos ponteiros do estômago que aí trabalham com demasiada pressa.

Cantidiano tinha no mundo ideias espíritas e continuava, na outra vida, a se interessar pelas coisas da sua doutrina.

— Então, coronel, a vida que levaremos por aqui não será muito diversa da que observávamos lá embaixo? Um morto, por exemplo, pode apresentar-se nas solenidades dos vivos participar das suas alegrias e das suas tristezas, como no presente caso? Aliás, já sabemos do capítulo evangélico que manda os mortos enterrar seus mortos. (Mt 8:22)

— Pode sim, menino — replicou o meu amigo, como quem evocasse uma cena dolorosa —, mas, isso de acompanhar enterros, sobra-me experiência para não mais fazê-lo. Costumamos observar que, se os vivos têm medo dos que já regressaram para cá, nós igualmente, às vezes, sentimos repulsa de topar os vivos. O que lhe vou contar, porém, ocorreu entre os considerados mortos. Tive medo de dois espectros num ambiente soturno de cemitério.

E o meu amigo, com o olhar mergulhado no pretérito longínquo, monologava:

— Desde essa noite, nunca mais acompanhei enterros de amigos… deixo isso para os encarnados que vivem brincando de cabra-cega, no seu temporário esquecimento…

— Conte-me, coronel, o acontecido — disse eu, mal sopitando a curiosidade.

— Lembra-se — começou ele — da admiração que eu sempre manifestava pelo Dr. Antônio F. que você não chegou a conhecer em pessoa?

— Vagamente…

— Pois bem, o Antonico, nome pelo qual respondia na intimidade, era um dos meus amigos do peito. Advogado de renome na minha terra, já o conheci na elevada posição que usufruía no seio da sociedade que lhe acatava todas as ações e pareceres.

Pardavasco insinuante, era o tipo do mulato brasileiro. Simpático, inteligente, captava a confiança de quantos se lhe aproximavam. Era de uma felicidade única. Ganhava todas as causas que lhe eram entregues. O crime mais negro apresentava, pata a sua palavra percuciente, uma argumentação infalível na defesa. Os réus, absolvidos com a sua colaboração, retiravam-se da sala de sessões da justiça quase canonizados. O Antonico se metera em alguma pendência? O triunfo era dele. Isso era certo. Gozava de toda a nossa consideração e estima. Criara a sua família com irrepreensível moralidade. Em algumas cerimônias religiosas a que compareci, recordo-me de lá haver encontrado Antonico, como bom católico, em cuja personalidade o nosso vigário via um dos mais prestigiosos dos seus paroquianos.

Antonico chefiava iniciativas de caridade, presidia associações religiosas e primava pela austeridade intransigente dos costumes.

Quando voltei desse mundo que hoje representa para nós uma penitenciária, trouxe dele saudosas recordações.

Imagine, pois, o meu desejo de reencontrá-lo, quando vim a saber nestas paragens que ele se achava às portas da morte. Obtive permissão para excursionar pela Terra e fui revê-lo na sua cama de luxo, rodeado de zelos extremos numa alcova ensombrada de sua confortável residência. As poções eram ingeridas. Injeções eram aplicadas. Os médicos eram atenciosamente ouvidos. Contudo, a morte rondava o leito de rendas, com o seu passo silencioso. Depois de ter o abdômen rasgado por um bisturi, uma infecção sobreviera inesperadamente.

Apareceu uma pleurisia e todas as punções foram inúteis. Antonico agonizava. Vi-o nos seus derradeiros momentos sem que ele me visse na sua semi-inconsciência. Os médicos, à sua cabeceira, deploravam o desaparecimento do homem probo. O padre, que sustinha naquelas mãos de cera um delicado crucifixo, recitando a oração dos moribundos, fazia ao céu piedosas recomendações. A esposa chorava o esposo, os filhos o pai. Aos meus olhos, aquele quadro era o da morte do justo. Transcorridas algumas horas, acompanhei o fúnebre cortejo que ia entregar à terra aqueles despojos frios.

Desnecessário é que lhe diga das pomposas exéquias que a Igreja dispensou ao morto, em virtude da sua posição eminente. Preces. Aspersões com hissopos ensopados na água benta e latim agradável.

Mas, como nem todos os que morrem se desapegam imediatamente dos humores e das vísceras, esperei que o meu amigo acordasse para ser o primeiro a abraçá-lo.

Era crepúsculo. E naquela tarde de agosto, as nuvens estavam enrubescidas, em meio do fumo das queimadas, parecendo uma espumarada de sangue. Havia um cheiro de terra brava, entre as lousas silenciosas, ao pé dos salgueiros e dos ciprestes. Eu esperava. De vez em quando, o vento agitava a ramaria dos chorões, os quais pareciam soluçar, numa toada esquisita. Os coveiros abandonaram a tarefa sinistra e eu vi um vulto, de mulher, esgueirando-se entre as lápides enegrecidas. Parou junto daquela cova fresca. Não se tratava de nenhuma alma encarnada. Aquela mulher pertencia também ao reino das sombras. Observei-a de longe. Todavia gritos estentóricos ecoaram aos meus ouvidos:

— Antonio F.! — exclamou o espectro —, chegou o momento da minha vingança!… Ninguém poderá advogar a tua causa. Nem Deus, nem o Demônio poderão interceder pela tua sorte, como não puderam cicatrizar no mundo as feridas que abriste em meu coração. Todas as nossas testemunhas, agora, são mudas. Os anjos aqui são de pedra e as capelas de mármore, cheias de cruzes caladas, são estojos de carne apodrecida. Lembras-te de mim? Eu sou a Rosinha Sanches, que infelicitaste com a tua infâmia!

Já não és aquele moreno insinuante que surrupiou a fortuna de meus pais, destruindo-lhes a vida e atirando-me no meretrício abominável. A fortuna que te deu um nome foi edificada no pedestal do crime.

Recordas-te das promessas mentirosas que me fizeste?… Envergonhada, abandonei a terra que me vira nascer para ganhar o pão no mais horrendo comércio. Corri mundo sem esquecer a tua perversidade e sem conseguir afogar o meu infortúnio na taça dos prazeres.

Entretanto, o mundo foi teu. Réu de um crime nefando, foste sacerdote da justiça; eu, a vítima desconhecida, fui obrigada a sufocar a minha fraqueza nas sentinas sociais, onde os homens pagam o tributo das suas misérias. Tiveste a sociedade; eu, os bordéis. O triunfo e a consideração te pertenceram; a mim coube o desprezo e a condenação. Meu lar foi o hospital donde se escapou o último gemido de meu peito.

Meus braços, que haviam nascido para acariciar os anjos de Deus, como dois galhos de árvores cheios de passarinhos, foram por ti transformados em tentáculos de perdição. Eu poderia ter possuído um lar, onde as crianças abençoassem os meus carinhos e onde um companheiro laborioso se reconfortasse com o beijo da minha afeição. Venho condenar-te, oh! desalmado assassino, em nome da justiça eterna que nos rege, acima dos homens. Há mais de um lustro, espero-te nesta solidão indevassável, onde não poderás comprar a consciência dos juízes… Viveste com o teu conforto, enquanto eu penava com a minha miséria, mas o inferno agora será de nós dois!…

O coronel fez uma pausa, enquanto eu meditava tristemente naquela história.

— A mulher chorava — continuou ele — de meter dó. Aproximei-me dela, não sendo, porém, notada a minha presença. Olhei a cruz modesta e carcomida que havia sido arrancada poucas horas antes, daqueles sete palmos de terra, para que ali fosse aberto um novo sepulcro, e, não sei se por artes do acaso, nela estava escrito um nome com pregos amarelos, já desfigurados pela ferrugem: “Rosa Sanches — Orai por ela”.

Por uma coincidência sinistra, reencontravam-se os dois corpos e as duas almas. Procurei fazer tudo pelo Antonico, mas, quando atravessei com o meu olhar a terra que lhe cobria os despojos, afigurou-se-me ver um monte de ossos que se moviam. Crânio, tíbias, úmeros, clavículas se reuniam sob uma ação misteriosa e vi uma caveira chocalhando os dentes de fúria, ao mesmo tempo que umas falangetas de aço pareciam apertar o pescoço do cadáver do meu amigo.

— E ele, coronel, isto é, o Espírito, estava presente?

— Estava sim. Presente e desperto. Lá o deixei, sentindo os horrores daquela sufocação…

— Mas, e Deus, coronel? Onde estava Deus que não se compadeceu do pecador arrependido?

Cantidiano me olhou, como se estivesse interrogando a si mesmo, declarando por fim:

— Homem, sei lá!… Eu acredito que Deus tenha criado o mundo, mas eu acho que a Terra ficou mesmo sob a administração do Diabo.

Humberto de Campos

O “F.”


Atendendo a um pedido de Chico Xavier, substituímos, na mensagem acima, o sobrenome do “Dr. Antonio” pela letra “F”.

Ao nos fazer esse pedido, ele o justificou assim: pessoas daqui, que leram essas páginas, pouco depois de serem elas psicografadas, dizem saber da existência, em Minas e São Paulo, de famílias com o sobrenome que apareceu na mensagem.

Dado o fato na mesma narrado, compreendem-se o escrúpulo e a delicadeza do médium em pedir a supressão que nos apressamos a fazer [. Como pode ser visto na mensagem, os nomes originais “Dr. Antônio F.”, “Antonico” e “Rosinha Sanches” aí estão; que os homônimos nos perdoem].


A repercussão em Minas


BELO HORIZONTE,  10 (Especial para O GLOBO) — Têm tido grande repercussão na capital as reportagens feitas pelo enviado especial do GLOBO em Pedro Leopoldo sobre as mensagens vindas do além-túmulo. As edições se esgotam, sendo as mensagens comentadas em todas as rodas. A respeito da realidade das cartas psicografadas por Chico Xavier o vespertino “Diário da Tarde” ouviu, hoje, o Sr. Raul Henriot, autoridade espírita nesta capital, que declarou:

— Ando a par dos trabalhos de Chico Xavier, a quem conheço pessoalmente e cujo poder mediúnico a ninguém é lícito negar. De fato, trata-se de um fenômeno nitidamente espírita. São reais e insofismáveis as mensagens recebidas de além-túmulo por Xavier, não se podendo pôr a menor dúvida em que elas partam daquelas eminentes figuras já falecidas. O mesmo braço que psicografou aquelas produções deixou abaixo delas a assinatura de seus autores. Foi Humberto de Campos quem transmitiu a Chico Xavier os seus novos trabalhos no mundo espiritual. Aliás, é fácil, pelo conhecimento do estilo, reconhecer a identidade do autor.


Clementino de Alencar


Essa mensagem foi publicada primeiramente em 1935 pela LAKE e é a 4ª da 1ª Parte do livro “”



Irmão Jacob

mt 8:22
Voltei

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Irmão Jacob

Em muitas ocasiões colaborei nos serviços de socorro aos recém-desencarnados, mormente nas preces memorativas, mas estava longe de calcular as lutas de um “morto”.

Amargurado e aflito qual me achava, ponderei os sofrimentos dos que abandonam a experiência física sem qualquer preparação. Se eu, que consagrara longos anos aos estudos espiritualistas, encontrava óbices tão grandes, que não ocorreria aos homens comuns, que não cogitam dos problemas relativos à alma? Ali, à frente de meus próprios amigos, sentia-me num torvelinho de contraditórias sensações. Para quem apelar?



Marta afagou-me a cabeça exausta e pediu-me calma. Esclareceu que as dificuldades eram justas. Muita gente se despede do mundo carnal sem obstáculos e sem desagradáveis incidentes. Inúmeras almas dormem longuíssimos sonos, outras nada percebem, na inconsciência infantil em que vazam as impressões. Comigo, porém, a situação se modificava. Adestrara a mente para enfrentar a grande transição, no campo de serviço ativo a que me dedicara. Convivera com os problemas do espírito durante muito tempo, em esforço diário. Fizera relações extensas entre encarnados e desencarnados. E não poderia evitar que perante o corpo inerte se concentrassem manifestações mentais heterogêneas. Nem todos os pensamentos ali congregados traduziam amor e auxílio fraternais. As opiniões a meu respeito divergiam entre si, formavão correntes de força menos simpáticas. Alguns conhecidos me atiravam flores que eu não merecia, ao passo que outros me crivavam de espinhos dilacerantes. Situava-me, pois, num quadro de impressões complexas.

As informações procediam da filha querida, em suaves esclarecimentos.

Acrescentou que não devia preocupar-me em excesso. A perturbação era passageira. Quando se dispersassem as atenções centralizadas no funeral respiraria contente.

Contrafeito, registrei as explicações, meditando no ensinamento que recebia.

A vida real para mim, agora, era a do Espírito, a que recomeçava com a extinção da carcaça física.

Que desejo experimentei de materializar-me diante de todos, rogando a esmola da oração sincera! Como suspirei pela concessão de uma oportunidade de solicitar desculpas pelas minhas fraquezas! Se os amigos presentes me esquecessem os erros humanos e me auxiliassem com a prece, naturalmente o equilíbrio me beneficiaria imediatamente. Vigorosos recursos me sustentariam o coração. Mas, era tarde para ensinar atitudes íntimas de caridade e perdão.

Pensei nos que haviam partido antes de mim, experimentando as aflições que me assaltavam, e consolei-me. E não me esqueci de que os encarnados a ajuizarem com tanta facilidade relativamente à minha situação, também seriam chamados, depois, à verdade espiritual, tanto quanto ocorria a mim mesmo.

Não me cabia reagir inutilmente por intermédio da angústia. O tempo é o nosso abençoado renovador.



Mais alguns instantes escoaram difíceis, quando inopinado abalo me revolveu o ser. Supus haver sido projetado a enorme distância. O Irmão Andrade e Marta, naturalmente prevenidos, ampararam-me com mais força.

Confesso que o choque me assaltou com tão grande violência que julguei chegado o momento de “outra morte”.

Dentro em pouco, no entanto, o coração se refez, equilibrou-se a respiração e Bezerra surgiu, sorridente, a indagar se o desligamento ocorrera normal.

Abraçaram-me os três, satisfeitos.

Explicou-me o respeitável benfeitor que até ali meu corpo espiritual fora como que um “balão cativo”, mas doravante disporia de real liberdade interior. Pensaria com clareza, movimentar-me-ia  sem obstáculos e deteria faculdades mais precisas.

Com efeito, não obstante sentir-me enfraquecido e sonolento, guardava mais segurança. Meus olhos e ouvidos, principalmente, registravam imagens e sons com relativa exatidão. As perturbações da hora não me afetavam com a intensidade de minutos antes.

Esclareceu Bezerra que na maioria dos casos não seria possível libertar os desencarnados tão apressadamente, que a rápida solução do problema liberatório dependia, em grande parte, da vida mental e dos ideais a que se liga o homem na experiência terrestre. Recomendou-me observar por mim mesmo as transformações de que era objeto.

Examinei-me, com atenção, e reparei efetivamente que no íntimo me achava fortalecido e remoçado, sem a carga de mazelas fisiológicas.

Conseguia locomover-me sem auxílio, embora imperfeitamente. Inalava o ar com alegria e Marta notou que meu júbilo seria maior e minha sensação de leveza mais fascinante quando eu pudesse respirar o oxigênio de cima, qual nadador que bebe  a água cristalina da corrente purificada, distante do tisnado líquido das margens.

Francamente, a morte do corpo fora milagroso banho de rejuvenescimento. Sentia-me alegre, robusto e feliz.

Readquirindo minhas possibilidades de analisar com exatidão, passei a refletir nos problemas de ordem material.

Como se fixaria o futuro doméstico? Que providências mobilizar a benefício de todos? Tais indagações como que me requisitavam a mente a plano diverso.

Faleciam-me as forças de novo.

Bezerra percebeu o que se passava, bateu-me nos ombros amigavelmente, e aconselhou:

— Você conhece agora, mais que nunca, o poder do pensamento. Procure o Alto.

Compreendi a referência e modifiquei-me interiormente.



Reajustado, notei que podia enfrentar os conflitos da hora sem embaraços de vulto.

O Irmão Andrade acentuou que livre dos últimos remanescentes do corpo carnal eu conseguiria aproximar-me dos amigos sem choques de maior importância, aconselhando, porém, a não me avizinhar em demasia das vísceras cadavéricas, em cuja contemplação talvez fosse acometido por impressões desequilibrantes.

As novidades sucediam-se umas às outras.

Aquinhoado por visão mais segura, reparei, estupefato, que desencarnados em grande número se apinhavam ao redor.

Entidade menos simpática, quase rente a nós, dizia para outra que lhe era semelhante:

— O enterro é do velho Jacob, aquele mesmo que nos doutrinou, há tempos. Não se recorda?

— Perfeitamente — respondeu o interlocutor, gargalhando —, daria tudo para ver-lhe a “cara”.

Riram-se gostosamente.

Memória funcionando sem empecilhos, registrando-lhes os apontamentos sarcásticos, localizei-os na lembrança.

Eram perseguidores de uma jovem internada numa casa de nervosos. Evoquei as particularidades da reunião em que me havia entendido com eles. Achava-me sumamente enfraquecido. Mesmo assim, gostaria de responder-lhes. Rememorei o interesse com que eu recebera a descrição da médium vidente em relação a ambos, e confirmava, admirado, por mim mesmo, os informes com que fora presenteado. Sacrificaria muita coisa para interpelá-los, fazendo-lhes sentir o erro em que laboravam, e dispunha-me a interferir quando o Irmão Andrade me controlou os impulsos, acrescentando:

— Não faça isso! Provocaria contenda desagradável e inútil. Além do mais, eles não nos veem. Respiram noutra faixa vibratória.

Realmente, procediam como se nos não vissem. Permaneciam junto de nós, sem perceber-nos, tanto quanto noutro tempo me movimentava, por minha vez, ao pé das entidades desencarnadas, sem notar-lhes a presença.

— Haverá tempo — frisou o amigo, bondoso e calmo.

Observando-me o encorajamento, conduziram-me os três à vizinhança imediata do corpo hirto.

Não obstante as melhoras de que me sentia possuído, não consegui atravessar a onda de força que se improvisara ao longo dos veículos.

Desejava ardentemente penetrar o recinto doméstico e, sobretudo, espargir, sobre os entes amados que ficariam distantes, os meus pensamentos de amor, reconhecimento e esperança. Bezerra, porém, avisou prudentemente:

— Não insistamos. É desaconselhável, por agora, a perda de reservas.

Contentei-me, buscando avistar amigos nos automóveis.

Grupinho de conhecidos atraiu-me a atenção. Avancei para eles, mas fui constrangido a afastar-me, decepcionado. Comentavam a política, em agressiva atitude. Mergulhavam a mente em disputas desnecessárias.

Pela primeira vez verifiquei que os Espíritos inferiores não se comunicam somente nas sessões doutrinárias. A palestra, apesar de desenvolver-se discreta, apresentava notas de intercâmbio com o Plano invisível, em cujos domínios ingressava eu, receoso e encantado. Um amigo expressava-se quanto aos problemas da vereança municipal, perfeitamente entrosado com uma entidade menos digna que, ali, ante meus olhos espantados, o subjugava quase que por completo, obrigando-o a proferir sentenças desrespeitosas e cruéis.

Retrocedi, instintivamente.

— Você, Jacob — falou Bezerra, em tom grave, — por enquanto ainda não pode suportar estes dardos mentais.

Encaminhamo-nos, então, para outro ângulo da rua.

Descobri nova agremiação de pessoas às quais me afeiçoara profundamente. Busquei-lhes a companhia, ansioso, seguido de perto pelos benfeitores; contudo, outra desilusão me aguardava. Falava-se, em voz baixa, sobre as despesas prováveis com o enterramento dos meus despojos. Emitia-se julgamento apressado, envolvendo-se-me o nome em impressões desarmoniosas e rudes.

Recuei, como já o fizera.

Bezerra abraçou-me, compreensivo, e receitou paciência.

Abeirava-me de profundo desalento, quando, não longe, em certo veículo, observei a formação de lindos círculos de luz.

O Irmão Andrade, atendendo-me à indagação silenciosa, esclareceu:

— Naquele carro, temos a claridade da oração sincera.

Pedi aos protetores me auxiliassem a procurar semelhante abrigo mais depressa.

Alcancei-o e rejubilei-me. Alguns companheiros ofertavam-me os recursos da prece santificante. Tamanho foi o meu contentamento que quase me ajoelhei feliz.

Aquela rogativa que formulavam a Jesus, em benefício de minha paz, constituía dádiva celeste. Do pequeno conjunto emanavam energias confortadoras que me penetravam à maneira de chuva balsâmica.

A oração influenciara-me docemente.

Creio que os recém-desencarnados quase sempre necessitam do pensamento fraterno dos que se demoram no Círculo carnal. Explicou Bezerra que os recém-libertos comumente precisam do socorro espiritual dos entes queridos para se desembaraçarem sem delonga dos liames que ainda os prendem à experiência material.

Com o auxílio dos que ficam, aqueles que partem seguem mais livremente ao encontro do porvir.



Assistia, enfim, ao sepultamento de minhas vísceras cansadas. A solenidade, referentemente à qual tanta vez me reportara, descortinava-se-me ao olhar possuído de assombro.

De envolta com as relações afetivas do mundo, compacta assembleia de desencarnados se pôs em movimento.

Nosso grupo continuava reduzido, mas aumentara. Outros amigos se reuniram a nós, abraçando-me. Declaravam-se desejosos de me acompanhar na passagem para a Esfera próxima.

Intensa curiosidade dominava-me as emoções, quando o cortejo estacou. Era a entrada para a necrópole, afinal.

Todo o local se enchia de gente desencarnada.

Francamente, intentei seguir para dentro, mas Bezerra, num abraço fraternal, recomendou, compassivo:

— Meu amigo, não tente a lição agora. Recordemos a parábola e deixemos aos mortos o cuidado de enterrar os mortos. (Mt 8:22)

Em seguida, solicitou aos novos circunstantes nos deixassem a sós, até o instante da retirada definitiva.

Percebendo-me o desapontamento, observou-me, bem-humorado:

— Jacob, você não sabe o que está desejando. Por enquanto, os enterros muito concorridos impõem grandes perturbações à alma. Além disso, não desconhece que as vibrações daqueles que o amam procurá-lo-ão em qualquer parte.

Em virtude do parecer respeitável, afastei-me do corpo morto, no momento em que penetrava a nova moradia.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 8:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 51
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 7:28-29 e MT 8:1

28. E aconteceu que, tendo Jesus terminado essas Palavras, a multidão estava admirada do ensino dele,


29. porque ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como quem tinha autoridade, e não como os escribas.


1. Quando Jesus desceu do monte, acompanhavam-no grandes multidões.


LC 7:1


1. Tendo Jesus concluído todos os seus discursos dirigidos ao povo, entrou em Cafarnaum A admiração do povo provinha da autoridade pessoal com que Jesus ensinava. Os rabinos repetiam Moisés, mas Jesus modificava os preceitos básicos. Embora muitas das expressões usadas fossem correntes à Sua época, todavia, muita coisa nova aparece no chamado "Sermão do Monte". São flores e frutos maravilhosos, que resumem tudo o que deve praticar o Homem que realmente queira evoluir.


Terminado o ensino da Palavra (Logos), Jesus reentra em Cafarnaum, a fim de prosseguir no ministério do serviço e no magistério da palavra e ao exemplo.


A distinção assinalada por Mateus é exatamente a diferença existente entre o ensino dado pela personalidade transitória (repetição do que os mestres ensinaram) e o ensino ministrado pela individualidade, que é feito com a autoridade de quem bebe diretamente da Fonte Divina, no Encontro Místico, as Palavras que profere, sublinhando-as com seu exemplo vivo e com sua vida perfeita de amor e de humildade.






FIM



mt 8:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 8:5-13


5. Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, chegouse a ele um centurião e, dirigindo-se a ele, disse:


6. "Senhor, meu criado jaz em casa paralítico padecendo horrivelmente".


7. Disse-lhe Jesus; "eu irei curá-lo".


8. Mas o centurião respondeu: "Senhor, não sou digno de que entres em minha casa: mas fala somente ao Verbo e meu criado há de sarar;


9. porque também sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens. E digo a este: vai lá, e ele vai; e a outro: vem cá, e ele vem; e a meu servo: fazei isto, e ele faz".


10. Ouvindo isto, Jesus admirou-se e disse aos que o acompanhavam: "Em verdade vos afirmo, que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé;


11. e digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão com Abraão, Isaac e Jacó no reino dos céus;


12. mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes".


13. Então disse Jesus ao centurião: "vai e, como creste, assim te seja feito". E naquela mesma hora sarou o criado.


LC 7:2-10


2. Um servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte.


3. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, o centurião enviou-lhe alguns dos anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar seu servo.


4. E estes, chegando-se a Jesus, suplicaram-lhe com insistência: "ele é digno de que lhe faças isso,


5. pois ele ama nosso povo, e ele mesmo edificou a sinagoga para nós".


6. Jesus foi com eles. E quando já estava a pequena distância da casa, o centurião envioulhe amigos para dizer-lhe: "Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa,


7. por isso, eu mesmo não me julguei digno de vir a ti; mas fala ao Verbo e meu criado ficará são;


8. pois também sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai lá, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; e a meu servo: fazei isso, e ele faz".


9. Ouvindo isso, Jesus admirou-se e, virandose para a multidão que o acompanhava, disse: "Eu vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé".


10. Regressando a casa, os que haviam sido enviados encontraram o servo de perfeita saúde.


Logo após o "Sermão do Monte", reentra Jesus em Cafarnaum, onde estabelecera sua residência há algum tempo (veja vol. 2. º), talvez como hóspede de Pedro e sua esposa. Na casa morava ainda a sogra e a filha (ou os filhos) de Pedro (cfr. Clemente de Alexandria, Strom. III, 6, tomo 7, col. 1156).


Aparece em cena um centurião romano (exatóntarchos). Lembramos que o exército romano era dividido a essa época em legiões de 6000 infantes e 300 cavaleiros, comandadas por seis tribunos militares.


Cada legião constava de dez coortes de 600 homens, e cada coorte tinha três manípulos de 200 homens.


O manípulo constituía-se de duas centúrias, à frente de cada uma se achava um centurião. Por conseguinte, o centurião era o mais subalterno dos oficiais.


Sendo Cafarnaum importante entroncamento de estradas, naturalmente requeria a presença de uma centúria para garantir a ordem política e vigiar os movimentos das caravanas.


As narrativas de Mateus e Lucas divergem. Diz-nos o primeiro que o servo estava apenas paralítico, enquanto o segundo, sem precisar a enfermidade, anota que se achava "em perigo de vida".


Mateus usa o termo país, que pode ser filho ou servo (geralmente jovem), enquanto Lucas esclarece tratar-se de "servo" (doulos).


Em Mateus o centurião vai pessoalmente a Jesus; em Lucas ele se serve de uma embaixada de anciãos judeus.


Dadas as características da história, parece-nos que os pormenores de Lucas contribuem para atestar maior fidelidade, acrescendo que, pelo movimento psicológico da humildade do centurião, há também mais lógica no andamento narrativo de Lucas.


O centurião, filiado à religião oficial romana, cujo Sumo Pontífice era o próprio Imperador Augusto, apreciava no entanto o mosaísmo - o que vem provar, de imediato, sua evolução espiritual, já que compreendera que o Espírito está acima de qualquer divisão de religiões humanas - e por isso havia feito construir uma sinagoga para a cidade de Cafarnaum. Isso grangeara-lhe a simpatia dos judeus, sobretudo dos mais idosos que, nesse gesto deviam ter visto a realização de velhas aspirações sempre insatisfeitas.


No momento de aflição, os anciãos judeus prontificam-se a atender ao desejo manifestado pelo centurião, de recorrer aos préstimos do novo taumaturgo, cuja fama crescia cada vez mais. Não desejando apresentar-se pessoalmente (ignorava como o novo profeta, julgado talvez rigoroso ortodoxo, reagiria diante de um pagão romano), solicita a interferência dos anciãos, que teriam oportunidade de explicar ao jovem galileu a simpatia do centurião pelos judeus, como um penhor de garantia para obter o favor impetrado. Eles sabem interceder com insistência, servindo de testemunhas do mérito do romano.


Jesus acede ao pedido, encaminhando-se para a residência do centurião, acompanhado pela pequena multidão de discípulos e anciãos. Quando o romano se certifica de que foi atendido - talvez por vê-lo aproximar-se numa esquina próxima ("já estava a pequena distância") - envia outros emissários para fazê-lo deter-se: sendo pagão em longo contato com judeus, sabia que nenhum israelita podia entrar em sua casa, nem mesmo falar com ele, sem incidir nas impurezas legais, que requeriam vários ritos cerimoniais de limpeza posterior. Daí dirigir-se a Jesus por intermediários: "ele mesmo não se julgava digno de vir a ti".


Cônscio, entretanto, do poder taumatúrgico do Nazareno, o centurião expressa-Lhe, ainda por emissários (em Mateus, pessoalmente), o conhecimento iniciático profundo da GNOSE e das doutrinas de Alexandria, numa frase que - ele o sabia - seria compreendida por Jesus: "fala somente ao Verbo (ao Lagos) e meu servo ficará curado".


As traduções vulgares (porque os tradutores, de modo geral, desconhecem essas doutrinas ou não aceitam sua veracidade) estão falseadas neste ponto, exceção feita da do Prof. Humberto Rohden (cfr. "Novo Testamento". 4. ª edição, pag. 11 e 119). Traduzem, pois, como acusativo (objeto direto): dize uma palavra; mas em grego está em dativo (objeto indireto): eipè lógoi. Note-se que a Vulgata reproduziu bem o original, conservando o dativo: dic Verbo, isto é, "dize AO Verbo" o nosso desejo, e seremos satisfeitos: o servo ficará curado.


Com essas palavras, demonstrava o centurião o conhecimento que possuía dos segredos da Vida Espiritual, difundida, àquela época, entre os gnósticos. E para confirmá-lo, traz o exemplo de sua própria pessoa, sujeita à autoridade superior (e portanto obrigada a obedecer), mas ao mesmo tempo com autoridade sobre seus subordinados (e portanto sendo imediatamente obedecido). Ora - depreende-se de seu raciocínio - sendo Jesus sujeito à Divindade, tinha poder, todavia, por sua evolução elevadíssima, sobre o Logos, a quem já se unira permanentemente no contato com o Eu Interno ou Consciência Cósmica. Bastava-lhe, então, expressar seu desejo para vê-lo satisfeito.


Jesus admira-se profundamente, pois nem entre seus compatriotas jamais encontrara um conhecimento (pistis, fé) tão exato e vasto. Dentre seus apóstolos, com efeito, só João, o Evangelista, revelaria mais tarde ter adquirido esses conhecimentos gnósticos, sobretudo quando escreve o prólogo de seu Evangelho.


Mas este, ele o escreve cerca de cinquenta anos depois deste episódio. Nessa época nada nos diz que já o conhecesse. Nem pode saber-se se o aprendeu do próprio Jesus (o que é bem provável) ou se mais tarde e encontrou pela meditação ou em livros publicados pelos alexandrinos.


Desse fato aproveita-se Jesus para afirmar que não é a raça e a religião que influem na conquista d "reino dos céus", mas o conhecimento da Verdade adquirido pela elevação pessoal de cada um. E di-lo com palavras acessíveis a todos: "muitos virão do oriente e do ocidente para sentar-se com Abraão, Isaac e Jacó no reino dos céus". Não apenas alguns privilegiados de outras religiões, mas MUITOS.


Enquanto isso, os filhos do reino (os israelitas), embora convictos de que são os únicos que possuem a verdadeira religião, ficarão de fora, sem conseguir a herança de um reino de que se dizem filhos.


Recordemos que a expressão "filhos" significava, entre os israelitas, os participantes da qualidade expressa pelo genitivo que lhe está ao lado: "filho da paz" (LC 10:6), "pacíficos"; filhos da perdição" (JO 17:12), perdidos; "filhos da geena" (MT 23:15), condenados; "filhos do trovão" (MC 3:17), zangados; "filhos deste século e filhos da luz" (LC l6:8), mundanos e iluminados ou materialistas e espiritualistas. Esse modo de expressar-se é também muito encontrado no Talmud.


Vem a seguir a conclusão: o servo do centurião é curado na mesma hora. Jesus, portanto, confirma a convicção do centurião, e realiza a cura a distância, fazendo a ligação através do Logos ou Cristo Cósmico.


Admirável centurião! Conhecedor profundo e sempre seguro da iniciação da Verdade, revela-se homem de grande evolução, pois vivia as duas qualidades máximas do evoluído: o AMOR e a HUMILDADE.


Diz-nos Lucas que ele AMAVA o empregado; seu amor era tão grande, que ele o estendia não apenas aos parentes, mas até aos humildes servos. E sua humildade era tão sincera, que acredita não ser sua casa digna de receber um profeta; e nem ele mesmo se julga digno de entrevistar-se com ele!


...

Com essas amostras, compreendemos bem que Espírito de escol ali se achava encarnado, oculto sob as modestas roupagens de um centurião, o oficial mais subalterno do exército romano.


Cônscio de sua situação intermediária, reconhecendo haver seres mais evoluídos a quem devia obediência, e outros seres menos evoluídos sobre quem exercia autoridade, o centurião se colocava na posi ção exata da HUMIILDADE, que é o reconhecimento natural e sincero de nossa verdadeira situação perante as demais criaturas. O ser humilde sabe obedecer aos maiores, mas também sabe comandar aos menores. Quem não sabe obedecer jamais saberá mandar. Mas o não saber mandar aos inferiores é sinal de fraqueza, e não de humildade. No máximo, seria falsa-humildade.


Compreende-se bem a interpretação mística do fato.


Quando a criatura atinge o grau evolutivo intelectual de saber comportar-se equilibradamente, compreendendo o valor e a necessidade do Encontro Supremo com o Cristo Interno, a Ele se dirige com humildade, confessando-se indigno de recebê-Lo em sua personalidade; mas como já sabe comandar com autoridade a seus veículos inferiores (a seu servos), dominando suas paixões e desvios, reconhece que um desses seus "servos", a quem ele amava porque o servia e muito bem, está grave e perigosamente enfermo. Recorre, então, à individualidade para que esta, falando ao Verbo ou Cristo Interno, o ajude a curar as fraquezas desse seu servo, desse veículo ainda sofredor em sua animalidade, pois se acha "paralisado" pela inação.


Não requisita de imediato o Encontro porque, em seu conhecimento seguro, reconhece não haver chegado ainda o momento oportuno; indispensável, antes, que a saúde seja perfeita em todos os planos.


A individualidade (Jesus) tece elogios a essa personalidade lúcida, equilibrada e humilde, declarando que "nem em Israel", isto é, nem entre os religiosos, encontrou tão preciso e consciente conhecimento da Verdade.


Não bastam a religiosidade e a devoção (representada pelos judeus: lembremo-nos de que Judeia quer dizer "louvor a Deus" nos textos evangélicos). E por isso acrescenta que "muitos virão do oriente e do ocidente", ou seja, muitos chegarão de outros setores de atividade humana e permanecerão no Contato da Unificação com o Cristo Interno, enquanto os religiosos profissionais (os "filhos do reino") continuarão nas trevas exteriores (na ignorância) onde há dores e sofrimentos cármicos inevitáveis.


A citação tão frequente no Antigo Testamento e na boca de Jesus, dos três primeiros patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, tem sua razão de ser. Os três expoentes máximos e primeiros do povo israelita representam o ternário superior ou individualidade, primeiro e principal princípio da criatura humana no atual estágio evolutivo. A individualidade, portanto, pode ser representada por uma só personagem.


JESUS, que engloba as três facetas; ou pode ser simbolizada pelas três separadamente, figurada pelos três patriarcas.


Com efeito, ARRAÃO exprime a Centelha Divina, que dá origem a tudo (tal Como ele deu origem a "povo escolhido") e daí seu nome: AB (pai) RAM (luz), ou seja, LUZ PAI; o segundo, ISAAC, significa" que ri", à primeira vista sem nenhum sentido especial; no entanto, se refletirmos que só o ser racional que tem raciocínio abstrato é capaz de rir, podemos entender que Isaac é a Mente no seu estado de perfeição, que é alegria; o terceiro, JACÓ, significa "o que vence", no sentido de "o que suplanta os adversários"; representa, pois, o Espírito, que suplantará todos os obstáculos e vencerá na linha evolutiva.


Observemos, então, que isso constitui a Trindade, a qual, apesar da trina, é una, pois constitui uma única individualidade. Assim o Ser Absoluto, sem perder sua unidade, também se manifesta sob tríplice aspecto: o ESPÍRITO, (o Amor); o PAI, Verbo ou Logos (o Amante), e o FILHO (O Amado). Assim também a individualidade única de cada um pode ser considerada sob três aspectos: a Centelha Divina (o Eu Verdadeiro, partícula do Cristo cósmico, que é o Amor; sua Mente Criadora pela Palavra ou Som (Pai, Logos, Verbo que é a palavra que ama) e o Espírito individualizado, que é o resultado da criação dos dois primeiros, que são o PAI-MÃE (Centelha Divina-Mente), e que constitui o Filho, o Amado.


mt 8:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).


mt 8:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 35
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:1-14


1. E respondendo Jesus, de novo falo-lhes em parábolas, dizendo:

2. "É semelhante o reino dos céus a um homem rei, que fez o casamento de seu filho.

3. E enviou seus servos a chamar os convidados para o casamento, e não quiseram vir.

4. De novo envia outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis preparei meu almoço, meus touros e cevados estão abatidos e tudo preparado, vinde ao casamento.

5. Eles, porém, não ligando, foram um para seu campo, outro para seu negócio,

6. e outros, prendendo os escravos dele, ultrajaram e mataram.

7. O rei, contudo, aborreceu-se e mandou suas tropas e matou aqueles e incendiou a cidade deles.

8. Então disse a seus escravos: O casamento está preparado, os convidados, porém, não eram dignos.

9. Ide, pois, às encruzilhadas das estradas e chamai todos quantos achardes, para o casamento.

10. Saindo aqueles escravos para as estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons, e encheu-se a sala de convivas.

11. Entrando o rei, porém, para ver os convivas, viu aí um homem não vestido de roupa de casamento,

12. e disse-lhe: Companheiro, como entraste aqui não tendo roupa de casamento?

13. Então o rei disse aos servos: Amarrando-lhe pés e mãos, lançai-o às trevas de fora: ali haverá o choro e o ranger de dentes.

14. Muitos, pois, são chamados, poucos escolhidos".

LC 14:15-24


15. Ouvindo essas coisas, um dos que se reclinavam (ao triclínio) disse-lhe: "Feliz quem comer pão no reino de Deus"!

16. Ele disse-lhe: "Certo homem fazia um grande jantar e convidou muitos.

17. E enviou seu escravo, na hora do jantar, dizer aos convidados: Vinde, já está tudo preparado.

18. E começaram todos à uma a desculpar-se.

O primeiro disse-lhe: comprei um campo e tenho necessidade de sair para vê-lo. Peçote ter-me por escusado.


19. E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e irei examiná-las. Peço ter-me por escusado.

20. E disse outro: Casei-me, e por isso não posso ir.

21. Voltando, o escravo narrou isso a seu senhor. Então, insatisfeito, o dono da casa disse a seu escravo: Sai depressa às ruas e vielas da cidade e introduze aqui os mendigos e aleijados, cegos e coxos.

22. E disse o escravo: Senhor, feito o que mandaste, e ainda há lugar.

23. E disse o Senhor ao escravo: Sai pelas estradas e atalhos e obriga a entrar, para que se encha a casa,

24. pois digo-vos que nenhum dos homens convidados me provará o jantar".



A parábola das bodas, em Lucas, não apresenta dificuldade. É introduzida pelo comentário de um dos presentes à última frase de Jesus: a ressurreição dos justos, que lhe provoca a exclamação: "feliz o que comer pão no reino de Deus". A metáfora é comum em vários pontos das escrituras (cfr. MT 8:11; 26:29; MC 14:25: LC 13:29; LC 22:30; Ap. 19:9) para designar a intimidade dos eleitos com o Rei, pois o Reino de Deus era compreendido como verdadeiro reino, segundo o modelo dos impérios e reinos da Terra (compare MT 10:35-37), todo externo, com trono, coroa, ministros. etc.


Todavia Jesus alerta o interpelante para o fato de que nem todos os convidados (só por fazerem parte dos "filhos de Abraão, por seguirem à risca os mandamentos, etc.) terão a sorte de comparecer a ele.


Narra-lhes, então, uma parábola.


Quem oferece o jantar é "um homem", e quando tudo está pronto, manda o escravo para convocar os convidados. A expressão toú doúlou autoú, "o escravo dele", não exprime que só tivesse esse escravo, mas que mandou "o" escravo que tinha essa função específica de fazer contato com os amigos, o "public relation".


Todos recusam "à uma (apò mías) com as mais variadas desculpas. O dono da casa ficou "insatisfeito" (orgistheis, cfs. vol. 2) e mandou convocar mendigos, aleijados, cegos e coxos (tal como ensinara no vers 13 deste capítulo) até que se encha a casa, pois os convidados não eram dignos e não provariam do jantar.


Já em Mateus a parábola apresenta outros pormenores e alguns contraditórios entre si, a ponto de alguns hermeneutas afirmarem não se tratar da mesma parábola. Analisemos.


O convite parte de um rei que celebra o casamento do filho. Seus emissários são vários escravos: Os convidados recusam sem desculpar-se. São novamente instados a comparecer. Mas não fazem caso e vão a seus afazeres normais. E aqui entra um procedimento novo: alguns ferem outros matam os escravos do rei que, aborrecido, manda suas tropas para matá-los e queimar a cidade deles.


Alguns exegetas vêem aqui uma interpolação de outra parábola, e argumentam: como queimar a cidade, se possívelmente era a própria cidade em que morava o rei? E se a cidade fosse incendiada, como realizar o banquete, e como buscar os que estavam nas ruas e encruzilhadas? E enquanto as tropas iam e vinham, as comezainas se estragariam.


Depois, aparece outro fator ainda. Foram chamados bons e maus. Por que então zangar-se, por ver um conviva sem o trajo de cerimônia? Sugerem, então, que se trata de nova interpolação de terceira parábola.


E como lançar às "trevas exteriores" (contrastantes com a luz do banquete) se se tratava de almoço (áriston), portanto à luz do dia? Verdade é que Gregório Magno (Patrol. Lat, v. 76, col, 1282) afirma que a designação era elástica, podendo tratar-se de jantar.


Loisy (o. c., tomo 2. º, pág. 324/5) diz tratar-se de uma alegoria, em vista das contradições que tornam a parábola ininteligível. Pirot (o. c, vol. 10 pág. 291) sugere que aí vejamos três parábolas, cujos "resíduos" se conglomeraram numa só.


A "veste nupcial", segundo Jerônimo (Patrol. Lat. v. 26 col. 1601) são os mandamentos e as boas obras. Para Gregório Magno (Patrol. Lat. v. 76 col. 1287) é a caridade, e o expulso é o homem que tem fé, mas não caridade. Dom Calmet ("L"Evangile de Matthieu", pág. 472/3) interpreta que é o "homem novo" de que fala Paulo, ou seja, a fé e a caridade.

No vers. 12 traduzimos "companheiro", em lugar de "amigo", das traduções correntes, pois o original tem hetaíre, e não phíle (como em LC 14:10).


Nenhum desses problemas típicos do intelectualismo perquiridor chega a afetar a interpretação profunda da parábola, que é realmente uma nos dois evangelistas, ou seja, que traz um ensino cujos pormenores se acham mais ampliados em Mateus e mais simplificados em Lucas.


O "senhor" que convida para a refeição - para Sua intimidade - envia aos homens e às nações seus servos (os Emissários que pregam o progresso e o amor, sem distinção de raças, credos ou pátrias).


Mas indivíduos e nações recusam, porque estão demasiadamente ocupados com os negócios da maté ria: campos, compra de bois, casamentos. E alguns até prendem e matam os Enviados. Evidentemente o castigo não tardará para os que assim agem, sejam indivíduos ou povos.


Ainda aqui descobrimos diversos graus interpretativos.


No campo humano, em geral, evidente tratar-se da vida espiritual em contraposição à material. Muitos comprometem-se, enquanto na espiritualidade, a realizar trabalhos meritórios no campo do espírito: pregadores, servidores da caridade, socorristas de órfãos, atendentes das mesas mediúnicas, escritores, sustentadores financeiros de obras espiritualistas. etc. Mas, em aqui chegando, o mergulho da carne os faz esquecerem as resoluções. Distraídos com os bens móveis e imóveis, com casamentos e compras de fazendas, com construção de apartamentos e de casas de campo confortáveis, e com a modernização do tipo de automóvel e a prosperidade financeira sempre maior, enveredam pelo mundo dos negócios, engolfados em preocupações que aumentam dia a dia.


O Senhor envia emissários para recordar-lhes os compromissos, manda verdadeiros convites para banquetes espirituais. E aí manifesta-se o apego material superposto aos benefícios do espírito. O comportamento varia. Em Lucas, vemos: a desculpa da aquisição de imóveis: não posso aceitar o convite para o trabalho espiritual: tenho que superintender a construção de minha casa; a desculpa dos bens materiais: não posso comparecer à mesa do banquete do espírito: preciso atender a meus empregos, para dar conforto à minha família; a desculpa da vida amorosa: não posso ir: tenho que manter a paz do lar e a esposa (ou o marido) não gosta que eu saia, não admite o espiritualismo, etc. Ou então: preciso atender a esse caso de amor, que é cármico, não tenho tempo de comparecer (todos os casos amorosos dos espiritualistas são "cármicos"!).


Conforme vemos, são enumerados os bens da terra (campos) correspondentes ao corpo físico; os bens animais para a movimentação do veículo, que correspondem às sensações; e o casamento, que simboliza as necessidades emotivas.


São escolhidos, pelo Senhor, os mendigos, ou seja, os que não possuem bens terrenos e portanto, simbolicamente, são desapegados; os aleijados, isto é, os que dominaram as sensações a ponto de "não terem" mais certos membros vivos; os cegos, aqueles que não têm mais olhos físicos para contemplar as coisas materiais e podem, por isso, ensimesmar-se na meditação; e os coxos, os que não mais correm atrás de bens e riquezas.


Aqui somos alertados para outro principio: ninguém é indispensável. Se alguém recusar a tarefa de que foi encarregado, outro virá substitui-lo, mas o serviço será realizado. Não importa que o trabalho não venha a ter a perfeição "humana" esperada. Pode o substituto ter suas deficiências (ser aleijado, cego ou coxo, ou não ter o dinheiro que o outro tinha), mas o resultado será obtido. Porque o homem é simplesmente instrumento, e o verdadeiro executante é a Força Cósmica que age em todos. Se o instrumento for bom, tudo será ótimo. Se o instrumento for defeituoso, o operador é tão formidável, que obterá o mesmo êxito maravilhoso. Quando a corda do violino arrebentou em pleno concerto, no palco, fenômeno que teria perturbado qualquer violinista, Paganini prosseguiu o concerto sem dar a menor importância, utilizando-se apenas das três cordas restantes. É fato registrado na história.


Quanto mais não fará a Força Cósmica!


Em Mateus o comportamento dos "convidados" é mais violento. Parece-nos referir-se mais a povos que a indivíduos. Há nações ou raças predestinadas a exercitar tarefas de responsabilidade espiritual no planeta. Vimos - são rápidos exemplos - a Itália receber o bastão orientador da religião cristã no ocidente, e transformá-lo em instrumento de domínio e prepotência, tendo por isso sua estrela decaído no firmamento; vimos a França, luminar da libertação, malbaratar pela violência a pregação dos missionários, perdendo, por isso, o posto, em favor dos Estados Unidos; agora estamos observando que este último, destinado a educar as massas, dá-lhes como pasto histórias, filmes e exemplos de violência injustificável, que seus próprios cidadãos estão empregando contra os missionários encarregados de levar esse povo ao caminho de que se desviou. O "Senhor" enviará suas tropas, suas cidades serão incendiadas e seus habitantes mortos. Muito se fala da missão do Brasil no terceiro milênio.


Mas se seu povo não corresponder, a tarefa será cometida a outra nação. Mister cuidar em não perseguir nem anular as forças dos missionários que cumprem seu dever.


Podemos, ainda, interpretar a parábola como o episódio do despertamento. O Eu Profundo (o Rei da criatura) deseja realizar as bodas (união mística) de seu filho (a personagem) consigo mesmo (o Cristo Interno). Manda que o escravo (o intelecto) convide os demais veículos para esse banquete (a que assistirão). Mas, apegada ao físico, às sensações, às emoções, a personagem recusa recolher-se interiormente e busca apenas exteriorizar-se (campos, bois, sensualidade). O Eu Profundo decepcionase, e manda que suas tropas destruam a cidade e exterminem seus habitantes (que sobrevenha a morte física da personagem) e convoca outros convidados (outros veículos, em nova encarnação) para que possam assistir às bodas sem distrair o Espírito. Como os primeiros convidados recusaram, por estarem voltados para o mundo externo, o Eu Profundo faz vir à luz outros convidados (outra personagem) que possuam impedimentos sérios à exteriorização. São criaturas que terão como dotes a pobreza ("mendigos", para que os bens materiais não os distraiam); a deficiência física ("aleijados", ou seja, com fraquezas orgânicas ou doenças congênitas, que cortem os abusos das sensações); a cegueira (a fim de que, fechadas as janelas para a contemplação das formas físicas, não haja tentações fortes a desviá-los do caminho); e a dificuldade no caminhar (para que nem sequer se tente perseguir as riquezas e os postos honoríficos). A tudo isso, costuma chamar-se "resgate". Mas muitas vezes, é simples" estímulo evolutivo".


Na nova personagem, há coisas (convivas) boas e más, porque a evolução não dá saltos; mas, pelo menos externamente, surge uma impossibilidade inata de desvios perigosos. A luta prosseguirá, sem dúvida, mas para que se consiga dar um passo à frente, o Eu Profundo examinará os novos veículos com todos seus órgãos e células.


Se entre eles descobrir algum elemento estranho que envolva (como veste negra) o novo ser (por exemplo algum obsessor renitente), fazendo que não apareça à vista sua "veste de casamento", ele será expulso para nova encarnação compulsória ("amarrados pés e mãos será lançado às trevas exteriores", a matéria, onde haverá choro e ranger de dentes, ou seja, dores e sofrimentos). Muitas personagens são chamadas pelo Eu Profundo para esse passo definitivo, mas muito poucas são realment "eleitas", por sua correspondência integral ao convite, a fim de assistir às bodas do intelecto com o Eu Maior.


Mais uma interpretação especial merece o caso da "veste do casamento". O trecho não tem defesa na lógica racional: o rei manda chamar a todos, nas ruas e encruzilhadas, e os servos os recolhem diretamente da rua à sala do banquete, bons e maus. Será que todos estavam vestidos de gala? Não é possível.


Referir-se-á a "veste nupcial" à parte moral da virtude? Não, porque entraram bons e maus, e no entanto só um não estava adequadamente trajado. De que se trata? Que o fato era grave, verificase pelo castigo aplicado. Que será a "roupa de casamento"? A conclusão tem, bem manifesta, sua contradição evidente. Se a sala se encheu de convivas, e só um foi expulso, como são "muitos chamados e poucos escolhidos, se foi escolhida a totalidade menos um?


Toda essa contradição in términis indica-nos que só pode haver uma explicação: trata-se de simbolismo, e simbolismo iniciático, totalmente incompreensível para os profanos. Tentemos decifrar o enigma. Analisemos.


Trata-se, aqui, da admissão de discípulos aos graus iniciáticos, nas Escolas, e a lição versa a respeito desse tema, sobretudo em Mateus.


Observemos que o evangelista fala num "homem-rei", ou seja, um ser que tem a categoria de hierofante.


Os primeiros convidados recusam segui-lo. Então ele "queima a cidade", abandonando-a, e transferindo-se para outra loca1idade; os primeiros, que não atenderam ao chamado, "morrem" para o caminho iniciático. Feita a transferência, faz-se a convocação de novos elementos, de todas as partes, classes, culturas, raças, profissões: arrebanhamento atabalhoado, para que o tempo precioso que o "rei" (hierofante) destinou à formação de novos candidatos não se perca no vazio.


Feita a introdução na Escola de bons e maus - ou seja, de aparentemente aptos e ineptos - o hierofante vai observar a aura ("veste") dos convivas e verifica que um deles não na tem própria para o" casamento", isto é, para a união de amor. Encarrega, então, seus representantes encarnados de afastá-lo da Escola, não sem antes dirigir-lhe a palavra, denominando-o "companheiro". Significativo: trata-se, pois, de alguém que é companheiro (que já está no segundo grau iniciático, sendo o primeiro o de "aprendiz", e do terceiro em diante, "irmão") e portanto, possui algum conhecimento, mas não tem ainda a "aura de amor" (roupas de casamento). Não operou ainda a "metánoia" (mudança de mentalidade). Trata-se, pois, de adepto da "matéria-negra". Conhece algo, iniciou a caminhada, mas volta-se para o mal, para o egoísmo, para o auto-interesse, a venda de benefícios por dinheiro ou joias, a escravidão do livre-arbítrio dos que o seguem. Daí a condenação ser severa: "trevas exteriores", ou seja, perda dos poderes psíquicos externos, que já adquirira, regressando à treva cega da matéria densa, onde as dores e sofrimentos cármicos se encarregarão de purificá-lo (de fazer nova catarse) a fim de que, mais tarde, operada então a "metánoia", possa reabilitar-se e ingressar na Escola.


O vers. 14 não se refere a essa conclusão apenas, nem a expressão "um homem" exprime somente a unidade. São elementos simbólicos. O "muitos chamados" atinge a todos os que primeiramente tinham sido convidados, mas que, experimentados nos "testes" da vida, sucumbiram à ambição terrena e se afastaram; aos que, levados por vaidades, abandonaram o caminho; aos que, presos aos interesses materiais, aos sonhos de grandeza, à sede de postos, às exigências de família ou das conquistas amorosas absorventes, ao conforto material, não se dispõem a seguir. Outros os substituirão. Mas o local será outro, bem diferente, bem distante, e a frustração que os invadir no mundo espiritual pela oportunidade perdida, os preparará para um regresso à carne com melhores disposições.


Os "poucos escolhidos" são aqueles que, mesmo após a aceitação, e o ingresso na Escola, tenham capacidade de prosseguir e chegar a "saltar sobre o abismo". Poucos, sem dúvida, muito poucos galgarão o cimo, sustentados pelo irmão mais velho (espiritualmente). Mas, embora somente número reduzido atinja o cume (poucos escolhidos), o fato de muitos já se equilibrarem na encosta da montanha é um consolo e um prêmio, para quem os tirou da profundeza do vale, "das ruas e encruzilhadas" do mundo.






FIM



mt 8:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 8
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 13:36-43


36. Tendo, então, deixado as turbas, veio para casa. E, aproximando-se dele seus discípulos, disseram: "Explica-nos a parábola do joio do campo".

37. Respondendo, disse: "O semeador da boa semente é o Filho do Homem.

38. O campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do mal;

39. o inimigo que o semeou é o adversário; a colheita é o término do eon; os ceifeiros são os espíritos (mensageiros).

40. Então, como é colhido o joio e queimado no fogo, assim será no término do eon:

41. enviará o Filho do Homem seus mensageiros e recolherão de seu reino todas as pedras de tropeço e os que agem ilegalmente,

42. e os lançarão na fornalha de fogo; aí haverá choro e ranger de dentes.

43. Então os justos brilharão como o sol no reino do Pai deles. Quem tem ouvidos, ouça".



Mais uma vez o Mestre explica a parábola aos "discípulos", em particular, depois que chegaram a casa.


O uso de parábolas no ensino iniciático, quando dado ao povo, era comum desde a antiguidade. O Salmo (78:2) de Asaph, que conforme 2CR. (28:30) era profeta, já dizia: "abrirei minha boca em parábolas, narrar-lhes-ei os mistérios ocultos desde a fundação do mundo". Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 93) afirmava que os acontecimentos da história bíblica no Antigo Testamento deviam entenderse parabólice, isto é, alegoricamente.


Vemos, assim, que Jesus se serve do mesmo estilo dos antigos profetas hebreus. E aqui mesmo dá a explicação alegórica desta parábola.


ALEGORIA - Uma alegoria pode ser explicada por três processos:

—1 - Equação ou aplicação direta, em que cada palavra tem seu próprio significado;


—2 - Por substituição, quando as figuras são substituídas pela realidade;


—3 - Por comparação, como nas parábolas simples.


Nesta explicação, como anota Pirot, o Mestre utiliza simultaneamente os três processos. Trata-se, portanto, de um paradigma de interpretação parabólica. Encontramos, por exemplo:

1. º - Equação: "o campo é o mundo"; "a boa semente são os filhos do reino", etc.


2. º - Substituição: "O Filho do Homem enviará seus mensageiros";


3. º - Comparação: "Assim como é colhido o joio e queimado no fogo, assim será no término do eon".


Analisemos os termos.


"O Semeador é o Filho do Homem", ou seja, aquele que já atingiu a superação do estágio hominal. " O campo é o mundo " (kósmos), isto é, todo o planeta, não apenas determinada região nem raça. " A boa semente são os filhos do reino ", ou seja, aqueles que, em sua vida interna e externa, seguem os preceitos do Espírito, filiando-se às Escolas ou independentes. " O joio são os filhos do mal". Aqui o genitivo poneroú pode ser do substantivo ponerón (o "mal") ou do adjetivo ponerós, (o "mau"). O comum das interpretações traz "o mau", referindo-se ao "diabo", citado no vers. 39. Ora, assim teríamos que as criaturas podiam provir de duas origens: ou "filhos de Deus " ou "filhos do diabo". Dois criadores. Dois princípios autônomos e poderosos. Não podemos aceitar essa interpretação. Resta-nos, pois, considerar o genitivo poneroú como do substantivo, e compreender" filhos do mal", isto é, da matéria. Temos, então, que o Criador é um só, o Pai, que dá origem aos Espíritos; estes, ao mergulhar na matéria, que é o mal (cfr. vol. 2) tornam-se "filhos do mal", isto é, sujeitos à matéria. Então, o semeador do joio é o "adversário" (diábolos, acusador, adversário) ou seja, o baixamento de vibrações e sua condensação.


"A colheita é o término do eon", isto é, do presente ciclo evolutivo, e não do "fim do mundo". " Os ceifeiros são os espíritos" (mensageiros), os chamados "anjos". Espíritos bons, sem corpo físico ou com ele, que se dedicam a cumprir, como "Mensageiros", a Vontade do Pai. Estes, no corpo físico ou fora dele, estão encarregados de fazer a triagem (em grego krisis, que geralmente é traduzido mal como "julgamento") dos bons e dos maus, daqueles que seguem já o caminho evolutivo, embora ainda apresentem alguns defeitos, e daqueles que voluntariamente se opõem à evolução.


A separação será feita "no fim do ciclo". Na Terra permanecerão os "filhos do reino", enquanto os "filhos do mal", os substancialmente maus, dela serão afastados para a "fornalha de fogo inextinguível", em outro planeta, porque "meus escolhidos herdarão a Terra, e meus servos habitarão nela" – (IS

65:9).


Constitui este versículo uma das provas, para certas seitas, da "eternidade" do fogo do inferno. Não há a menor razão para isso. O "fogo inextinguível", segundo Emmanuel, é o fogo do Amor Divino, que faz que todos se purifiquem de seus erros. Nós diríamos, o "fogo do carma", que não se apaga enquanto a catarse não estiver terminada, e esse fogo causa "choro e ranger de dentes" em todos os que a eles estão sujeitos. Essa expressão aparece em MT 8:12; MT 13:50; MT 22:13; MT 24:51; MT 25:30; LC 13:28.


Já os justos (aqui não se fala nem dos profetas nem dos discípulos) os simples "justos" brilharão como o sol, na comparação de Daniel (Daniel 12:3), ou seja, expandirão luz sobre todos o João Crisóstomo (Patrol.


Gr. vol. 58 col. 475) afirma ter Jesus apresentado essa parábola, a fim de evitar que, no futuro, as comunidades cristãs se perturbassem diante dos maus elementos que contra ela agiriam. De qualquer forma, não há outro remédio: a convivência de bons e maus é inevitável. Resta aproveitar o máximo de bem que se possa extrair dos maus, "exercitando-os no bem", como escreveu Tomás de Aquino. Agostinho (Patrol. Lat. vol. 30, colo 1371) também diz que "os maus exercitam a paciência dos bons, e que estes se esforçam por trazê-los ao bem". Por isso Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 260 col. 93) aconselha: ne cito amputemus fratrem, ou seja, "não cortemos depressa um irmão".


A separação só ocorrerá no fim do ciclo (do eon).


João Crisóstomo, ao aplicar a parábola aos "herejes", diz que "é permitido reprimi-los, fechar-lhes a boca, tirar-lhes a liberdade de palavra, dissolver suas assembleias, rescindir seus contratos, mas é proibido matá-los" (Patrol. Lat. vol. 33, col. 477), lição de que a "Inquisição" não tomou conhecimento: preferiu a opinião de Agostinho, quando já no fim da vida escreveu que "a violência não deixa de produzir bons resultados" (Patrol. Lat. vol. 33, col. 321); e a de Tomás de Aquino que autorizou a violência, embora "usada com discrição" (Ópera, vol. 10, pág. 131); e sobretudo a do jesuíta Maldonado, frontalmente oposta à de Jesus, pois escreveu: quid opus est messem exspectare? mature evellenda sunto mature comburenda sunt, ou seja, "por que é preciso esperar a colheita? Devem ser logo arrancados, devem ser logo queimados" (Commentarii in Quattuor Evangelistis, pág. 277).


Quem escreveu essas linhas se diz cristão e não é julgado "hereje", por contradizer taxativamente o Mestre. E muitos preferiram seguir Maldonado, a seguir Jesus... apesar de se dizerem "representantes oficiais e exclusivos de Jesus na Terra"!


Encontramos aqui a interpretação alegórica externa, que o próprio Mestre Jesus deu da parábola do trigo e do joio, ensinando a Seus discípulos como fazer para interpretar todas as demais parábolas diante do público que deixara de ser "profano" para ser "catecúmeno".


Agora, à distância de dois milênios, outras interpretações já podem ser dadas; acreditamos que, mesmo àquela época, em particular aos discípulos, e sem autorização para divulgar, já tivessem sido ensinados outros modos de entendê-las.


A primeira versão que nos ocorre é a compreensão do homem em si mesmo. Cada criatura é constituída do "trigo" do Espírito (Individualidade) e do "joio" do quaternário inferior (personagem).


A palavra "semear" (speírô) nesse sentido de "nascer, surgir" é usada por Paulo: "semeia-se em corrupção, é ressuscitado em incorrupção; semeia-se em vileza, é ressuscitado em glória; semeia-se em fraqueza, é ressuscitado em poder; semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual" (l. ª cor.


15:42-44). Então, "semear" é utilizado como significando a formação do corpo físico, da personagem; e o verbo ressuscitar ou levantar-se (anístêmi) para exprimir a libertação do Espírito do quaternário inferior. A interpretação, portanto, tem base escriturística.


Ora, criado ou semeado o Espírito, o "inimigo" (isto é, a vibração material) semeia a personagem, que vai perturbar o crescimento desse Espírito, entravando-o como se lhe fora real inimigo. A proposta de "arrancar de imediato" o joio (destruir os veículos inferiores) para favorecer o crescimento do Espírito é inviável: a própria evolução do ser vai depender do atrita com sua personagem rebelde.


Mister portanto que se deixem ambos crescer juntos até a colheita (o final do eon), quando então aqueles que tiverem superado a inferioridade do polo negativo poderão "brilhar como o sol"; ao passo que os que permaneceram estacionários no Anti-sistema, serão "lançados nas chamas inextinguíveis" da correção e purificação cármicas, a fim de prosseguir sua evolução em outros planetas.


Outra justificativa desse modo de ver transparece do próprio texto parabólico, quando se diz que "a boa semente são os filhos do reino, e o joio são os filhos do mal", designando-se com isso a individualidade e a personagem, que representa o mal para o Espírito. Daí o último pedido do "Pai Nosso" ser exatamente esse: "liberta-nos do mal", isto é, da matéria.


Para a Escola iniciática apresenta-se bastante clara a interpretação. Os emissários (apóstolos) e todos os que atingiram o grau de Filho do Homem na escala iniciática superior, são semeadores da boa doutrina, exemplificadores de atos corretos, diretores de consciências, instrutores dos discípulos que lhes seguem os passos. Ora, o próprio Mestre Jesus não se livrou de ter entre seus mais íntimos, um traidor. Assim, somos avisados, pela parábola e pelo exemplo do Mestre, que, entre aqueles que nos seguem, há de tudo: trigo e joio.


Não devem, pois, os encarregados de ensinar, entristecer nem julgar-se fracassados porque, entre a semente que lançaram, venha a ser semeado o joio das más interpretações, da discórdia, da ambição do mando, do desejo de desviar a Escola do caminho traçado, tornando-se joguete de vaidades pessoais e busca de grandezas financeiras, exibicionismo, etc. Sempre haverá, nos melhores ambientes, o joio que se misturará ao trigo, penetrando nos recintos mais sagrados e recônditos (como na "Assembleia do Caminho"), com o fito de destruir a obra benéfica em benefício próprio. Os homens tornamse, então, simples marionetas insconscientes nas mãos das forças do mal. Não haja pânico. Ação segura e firme em todos os momentos, é a ordem. Não afrouxar as rédeas, embora jamais se deva tentar arrancar o joio, como Jesus também não expulsou Judas do Colégio Apostólico, apesar de saber de antemão o que estava para suceder. Os elementos que não se afinarem sairão por seus próprios pés no momento exato em que devem sair. Os mensageiros (Espíritos bons) se encarregam de "recolher todas as pedras de tropeço e os que agem ilegalmente", afastando-os do convívio das obras, para que estas não se desviem da rota traçada. A "Assembleia do Caminho" não sofreu abalo ao perder o concurso de Judas. Assim prosseguirão seu curso normal as obras que estiverem realmente ligadas às forças Superiores.


O momento da colheita poderá chegar individualmente para cada criatura. Nessa hora crítica dá-se a separação do joio, que será afastado e, ligado "em feixes" (em conjunto com outros elementos que com eles sintonizem) será lançado à fornalha de fogo das provações espirituais, onde "o choro e o ranger de dentes" os farão ver o erro cometido, incentivando-os a humildemente voltar ao caminho certo. Se houver humildade verdadeira, regressarão à "Casa Paterna" e prosseguirão na felicidade do lar espiritual a participar do banquete eucarístico. Mas se o orgulho e a vaidade predominarem, só em outras vidas, e depois de passar pelo fogo da dor, receberão novas oportunidades, porque o Amor do Pai é incomensurável, ilimitado, infinito, eterno, e a "Hora do Encontro" soará para todos.


Não nos esqueçamos, porém, de que essa separação será feita automaticamente, pelo princípio da frequência vibratória, sendo atraído cada espírito para o ambiente de acordo com sua sintonia íntima (tal como, em nossos rádios, selecionamos as estações, recebendo-as conforme sintonizamos o "dial").


mt 8:20
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 27
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 3:23

23. Ora, o mesmo Jesus, ao começar seu ministério, tinha cerca de trinta anos.


JO 1 : 35-42

35. No dia seguinte João estava outra vez com dois de seus discípulos


36. e, olhando para Jesus que passava., disse: "eis ali o Cordeiro de Deus".


37. Ouvindo-o dizer isto, os dois discípulos seguiram a Jesus.


38. Voltando-se Jesus e vendo-os a seguí-lo, perguntou-lhes: "Que buscais"? Disseramlhe: "Rabbi (que quer dizer Mestre) onde moras"?


39. Respondeu ele: "Vinde e vereis". Foram, pois, e viram onde morava, e ficaram aquele dia com ele; era mais ou menos a hora décima.


40. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e que seguiram a Jesus.


41. Ele procurou ao alvorecer seu irmão Simão e lhe disse: "encontramos o Messias" (que quer dizer Cristo).


42. E o levou a Jesus. Olhando para ele, disse Jesus: "Tu és Simão, o filho de Jonas: tu serás chamado Cefas (que significa. Pedro).


A primeira frase de Lucas dá-nos conta da idade de Jesus ao iniciar seu ministério: "cerca de trinta anos".


Estávamos nos primeiros meses do ano 29 de nossa era, isto é, 782 de Roma, e Jesus, que nasceu em 7 A. C. (747 de Roma), contava precisamente 35 anos. A anotação de Lucas visava apenas a esclarecer que Jesus já tinha a idade "legal" para sua vida pública, quer civil, quer religiosa.


No trecho de João, volta. como primeiras palavras, a expressão: "no dia seguinte". Se começarmos a contar partindo do primeiro episódio (as respostas de João aos emissários do Sinédrio), o fato aqui narrado situa-se no 3. º dia. Será interessante notar que a sequência prosseguirá até o 7. º dia.


Observemos a cena. Trata-se dos dois primeiros discípulos que Jesus aceita (segundo a narrativa evang élica) e portanto da inauguração oficial de seu magistério na Palestina.


O evangelista foi testemunha ocular: dá-nos os pormenores. João, meio afastado, conversava com dois discípulos seus, quando viu Jesus passar a distância. Num desabafo de admiração, repete a frase da véspera: "vejam ali o Cordeiro de Deus"! Essa repetição constituiu um impacto no espírito dos dois que, apressadamente, se afastaram do Batista, fascinados pelo anseio de encontrar o melhor Mestre. E se o próprio mestre deles O indicava, podiam confiar com total segurança. Além disso, a Força Interna deles os impelia, e a de Jesus os atraía irresistivelmente.


Jesus volta-se espontâneo e, fixando-os com olhar penetrante que lhes perscruta o coração, pergunta:

—Que desejais?


Os dois entreolham-se. Que dizer? A primeira ideia é enunciada, daí subentendendo-se o resto: - Mestre, onde moras?


O título "Mestre", dito em hebraico-talmúdico, RABBI, era o título oficial reservado aos Doutores da Lei. Mas também se aplicava por delicadeza ou para demonstrar admiração por alguém mais sábio.


A resposta de Jesus: "vinte e vereis" correspondia à aceitação tácita dos dois novos discípulos. O narrador, que era um deles, continua com simplicidade: "eles foram e viram, e ficaram aquele dia com ele". E para firmar que não foi uma conversa rápida e cerimoniosa, acrescenta o pormenor da hora do encontro: "era mais ou menos a hora décima ", isto é, dezesseis horas. Essa anotação da hora é comum em João (cfr. 4:52; 18:28; 19:14 e 20:19), o que nos revela, ainda uma vez, a preocupação de João com a numerologia, que atinge o clímax no Apocalipse.


Como se julgava inadmissível e desrespeitoso chegar a essa hora da tarde em casa de alguém e retirarse para pernoitar em outro local, deduz-se que os dois passaram a noite entretendo-se com o Rabbi, de lá saindo só depois do nascer do sol.


Mas, quem eram os dois? De um, o narrador dá o nome: André (nome tipicamente grego, o que era comum na Galileia "dos gentios") e acrescenta para identificá-lo melhor: "irmão de Simão Pedro".


Simão é a helenização do hebraico Shim’on ("YHWH ouviu"). Eram ambos naturais da cidade de Bethsaida-Júlia (hoje El-Tell) a nordeste do Tiberíades (cfr. vers. 44). E o outro? Reza a tradição tratarse do próprio evangelista João, em vista dos pormenores narrados (é o único a documentá-los). E em todo o seu Evangelho, ele jamais se cita.


Ao "despontar do dia" (em grego πρωι), André e João retiram-se. E o primeiro corre a buscar seu irm ão Simão, anunciando-lhe o encontro do Messias.
Há três lições nos manuscritos: 1) Veronese (5. º séc.), Palatino (4. º-5. º séc.), a versão siríaca curetoniana e a sinaítica (3. º-4. º séc.) trazem πρωι (ao despontar do dia); 2) Vaticano (4. º séc. ) Alexandrino (5. º séc.) , Korodethi (7. º-9. º séc.), a "família" 1 e 13 e a Vulgata trazem πρωτον (em primeiro lugar). 3) Sinaítico (8. º séc.), Régio (8. º séc.), Freer III (4. º-6. º sec.) e o Sangaliense (9. º sec.) trazem: πρωτος (foi o primeiro).
Seguindo L. Pirot ("La Sainte Bible", vol. 10, pág. 325) preferimos a primeira lição, por dois motivos:
# 1 - como acertadamente anota Pirot, é mais fácil a corrupção d e ПРΏІТΟΝΑΔΕΔΦΟΝ
para ПРΏΤΟΝΤΟΝΑΔΕΔΦΟΝ ou para ΠΡΏΤΟΣΤΟΝΑΔΕΔΦΟΝ do que vice-versa. 2 - porque temos, com a primeira leitura, a sequência dos acontecimentos: I - Testemunho de João aos emissários do Sinédrio (1. º dia) II - No dia seguinte a apresentação de Jesus aos discípulos (2. º dia) III - No dia seguinte a adesão de André e João a Jesus (3. º dia) IV- No dia seguinte o encontro com Simão Pedro (4. º dia) V - No dia seguinte Jesus parte para a Galileia (5. º dia) VI - No 3. º dia (dois dias depois) as bodas de Caná (7. º dia).

E essa sequência revela ensinamentos simbólicos de valor inestimável, e João não podia perder a oportunidade de ensiná-los aos leitores de seu Evangelho.


O anúncio de André a Pedro é taxativo: "encontramos o Messias".


A palavra Messias (µεσσιας, helenização do hebraico π מש׳ mashiah) só é empregada em o Novo Testamento duas vezes, e ambas por João o evangelista, neste passo e em 4:25. Em ambos, o evangelista se apressa em explicar que "Messias" se traduz por "Cristo". Realmente.
Do verbo משװ (mosha - cfr. Moshe Moisés) que significa "ungir", vêm o adjetivo e substantivo משיח (mashiah) que significa "o ungido" (para uma missão), ou seja, o Messias. Em grego, do verbo Χριω, significando "ungir" (com óleo ou perfume) - provém o adjetivo Хριστος, η, ον, com o sentido de "ungido, untado"; e daí o substantivo o Хριστος, "o ungido" com significação iniciática e simbólica: "o impregnado de divindade". Assim como o óleo impregna e embebe os tecidos, assim o Cristo é o embebido de Deus, aquele cujas células todas estão permeadas da Divindade.
Simeão deixa-se levar a Jesus, que olha para ele com a mesma penetração (θεσαµενος) e pronuncia suas primeiras palavras mudando-lhe o nome. O fato de mudar o nome de alguém revela autoridade e representa o inicio de nova função ou situação (cfr. GN 32:28; GN 17:5; GN 22:8; IS 62:2, etc.) . Começa citando o nome antigo completo: "tu és Simão Barjonas (filho de Jonas ou João, já que Jonas" e a abreviatura de "Yohanan"): tu serás chamado Kefas.
A palavra иφάς; é uma helenização do aramaico Kephá. proveniente do caldaico פּיּמּאָ (siríaco ئإؤآ), do hebraico פֿ ٩, que significa "pedra, rocha", e só é usado no plural פמים (JR 4:29 e JÓ 30:6).

A exigência dos trinta anos para início da vida pública, baseava-se também num simbolismo numerol ógico: a completação do desenvolvimento da personalidade (3 X 10), embora se houvesse já de há muito esquecido a razão que havia feito escolher essa idade.


Aqui observamos o fato de um mestre indicar a seus discípulos (talvez os melhores que possuía) o caminho de outro mestre: completa ausência de ciúmes! Mas verificamos que é a personalidade (o intelecto iluminado, João) que compreende que, quando o discípulo chegou a determinado grau evolutivo, tem que ser entregue à individualidade (Jesus) para que continue o aprendizado.


Os discípulos percebem a insinuação da personalidade (João) e seu desprendimento, e voltam-se, sem titubear, para a individualidade (Jesus) perguntando-lhe: "Onde moras"? A sede da personalidade, eles bem o sabem, é o intelecto. Também sabem que, para ter esse desprendimento sem ciúme e sem vaidade, o intelecto já está iluminado, esclarecido nas grandes verdades. Dirigem-se pois à individualidade e lhe perguntam "onde mora", porque ainda ignoram qual a sede desse novo plano. A resposta não poderia jamais ser o nome de uma rua nem o número de uma casa (observamos que os Evangelhos jamais disseram onde Jesus residia) porque a individualidade não tem sede no mundo físico. Daí poder Jesus dizer: "as raposas têm seus covis e os pássaros seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça" (MT 8:20). No mundo físico só a personalidade é situada e tem "casa". Então a resposta de Jesus é perfeita: "vinde e vede", isto é, aproximai-vos de mim (individualidade) e vereis qual meu pouso: o Espírito.


E os discípulos foram e viram sua elevação espiritual; penetraram no coração e descobriram o Espírito e "ali permaneceram", em meditação, todo aquele dia.


Era mais ou menos a "hora décima". Essa anotação numerológica não se refere aos novos discípulos, mas a Jesus, à individualidade. Os nove primeiros arcanos referem-se ao desenvolvimento do homem interno. O décimo exprime o início da atividade exterior. Não foi para ele mesmo que o evoluído viveu as etapas do Conhecimento Profundo e triunfou de uma série de provações. Uma vez atingido o ápice e superadas as "tentações", ele precisa aplicar seu saber e sua experiência, levando outros pelo mesmo caminho. A anotação do evangelista, pois, tem todo o cabimento, no momento exato em que Jesus (a individualidade) recebe e aceita os primeiros discípulos, a fim de aplicar seus’ conhecimentos: para ele, soara a décima hora. A João interessava assinalar quais os discípulos que seguiram Jesus. Cita-lhes os nomes. O primeiro, André, representa exatamente o HOMEM; o segundo, que era ele mesmo, é omitido; o terceiro, ao despontar da aurora do outro dia, é Simão (nome que significa: YHWH ouviu", da raiz shama). Mas Jesus lhe muda o nome para Pedro, como representante daqueles que interpretam as Escrituras à letra, levados pela emoção. Ele adere de imediato à individualidade, embora, por falta de intelectualismo e do domínio das emoções, tenha de passar por muitas provas, nem sempre saindo vencedor. No entanto, em vista do desenvolvimento emocional, é escolhido para dirigir o Colégio Apostólico, que está fixado no Raio da Devoção, dirigido por Jesus.


O nome com que Jesus é apresentado corresponde exatamente à realidade: o CRISTO INTERNO, a parte espiritual impregnada da Divindade, ou CRISTO CÓSMICO, da qual a parte material é apenas a contraparte, a condensação ou materialização, dando origem à personalidade visível no plano físico e transitório na dimensão tempo e espaço.


mt 8:20
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:18-27


18. "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro que a vós, me odiou.

19. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria do (que lhe é) próprio; mas porque não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, o mundo vos odeia.

20. Lembrai-vos do ensino que eu vos falei: não é o servo maior que seu senhor; se me perseguiram, também a vós perseguirão; se executaram meu ensino, também o vosso executarão.

21. Mas todas essas coisas farão a vós por causa do meu nome, porque não sabem quem me enviou.

22. Se eu não viesse e não falasse a eles, não teriam erro; agora, porém, não têm desculpa quanto a seus erros.

23. Quem me odeia, também odeia meu Pai.

24. Se não tivesse feito as obras neles, que nenhum outro fez, não teriam erro; agora, porém, também viram e odiaram tanto a mim, quanto a meu Pai.

25. Mas para que se plenifique o ensino escrito na lei deles: odiaram-me sem motivo.

26. Todas as vezes que vier o Advogado, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito verdadeiro que saiu do Pai, ele testificará a respeito de mim,

27. e vós testificareis, porque desde o principio estais comigo".



Neste trecho o Cristo avisa a Seus discípulos daquela época e aos porvindouros de todos os tempos, que todos eles receberão o impacto do ódio do "mundo". O termo "kósmos" é aqui empregado no sentido antitético, em oposição a "Reino de Deus", como diria Ubaldi: Antissistema oposto a Sistema, ou seja, Mundo oposto a Reino dos céus. O mundo é o reino do antagonista (satanás) ou adversário (diabo), que é a personagem transitória (intelecto) que se opõe ao Espírito eterno (Cristo). Mundo é tudo aquilo que gira fora, que é externo, ao passo que reino dos céus é o dentro, o Eu profundo. Esse sentido é dado com frequência a esse termo por João (cfr. 7:7; 8:23; 12:31, 14:17, 30; 16:8, 11; 17:6, 9, 11,

16, 25; 1JO, 2:15, 16 e 3:1, 13).


Muitos comentadores interpretam essas palavras como realizadas pelas perseguições dos imperadores romanos contra os cristãos. Esquecem, entretanto, que a igreja que assumiu abusivamente o título d "cristã" em Roma, conquistado a fio de espada, já se havia bandeado para o pólo do "mundo", e perseguiu com muito mais violência os lídimos cristãos, por eles classificados de "arianos"; e no espaço de poucos dias, no ano de 380 (após o edicto de Milão de 3 de agosto de 379 e o edicto de Tessalônica, publicado por Teodósio em 27 de fevereiro de 380) só na cidade de Roma massacraram cerca de 30. 000 verdadeiros seguidores de Cristo - ou seja, um número muito mais elevado do que os assassinados pelos imperadores durante três séculos.


Quando a igreja de Roma, aliando-se aos imperadores romanos Constante e sobretudo Graciano, em 378, abandonou o Espírito do Cristo e aliou-se ao mundo, com esse gesto triste passou a perseguir e matar friamente - sobretudo com a fogueira e a espada - todos aqueles que possuíam o verdadeiro Esp írito crístico: os místicos, os profetas (médiuns, que eles chamavam "feiticeiros"), os enviados e mensageiros celestes que encarnavam, para tentar abrir os olhos dos homens ambiciosos de posses e posições mundanas, que haviam usurpado o mando na sociedade cristã.


Os primeiros assassinados como "feiticeiros", cujo registro ficou na história (Cfr. Amiano Marcelino) foram Hilarius e Patrícius, no ano 370; a última foi Anna Goeldi supliciada em Glaris (Suíça) em 17 de junho de 1782. Foram 1412 anos de assassinatos de médiuns! Catorze séculos!


Todas essas matanças e perseguições, de que a história registra horrorizada a maldade manifestada na época da Inquisição e da conquista sobretudo do México e do Peru, atestam a nítida e inegável posição que a igreja, que se dizia "do Cristo", assumira contra o próprio Cristo; haviam esquecido que o Novo Mandamento era o amor mútuo, e não a matança fratricida de criaturas, que amavam com o coração o mesmo Cristo que vivia profanado nos lábios hipócritas e mendazes das autoridades eclesiásticas, durante o longo espaço de 1. 400 anos. Somente agora, com o papa João XXIII, é que se começou a perceber o absurdo de suas atitudes e, oficialmente, se adotou o "ecumenismo", embora esparsamente ainda continuem, por obra de elementos avulsos, as mesmas incompreensões e ataques.


* * *

O texto original apresenta o verbo miséô, que significa precisamente "odiar", e não apenas "aborrecer" . O ódio é o pólo oposto do amor pregado pelo Cristo, e esse ódio resolvia-se pela impiedosa destrui ção das formas físicas, a fim de tirar de seu caminho de conquista das vantagens materiais, todos aqueles que falavam nas prerrogativas do Espírito e na ilusão da matéria, constituindo uma acusação viva e irrespondível à cobiça dos homens que se haviam apoderado do mando.


Essa perseguição e esse ódio, que Cristo assinalou ser "sem motivo" (cfr. Salmos 25:19 e Salmos 69:5), cumpriuse in totum: os perseguidos jamais concorreram com os dominadores violentos, jamais ambicionaram seus bens: limitavam-se a amar o Cristo e a servi-Lo, gritando ao povo que os bens materiais são transitórios e perecíveis. Mas os poderosos, apoiados na espada do poder Leigo ou, mais tarde, tomando em suas próprias mãos a espada sangrenta do poder mundano, não na deixavam enferrujar-se na bainha: usaram-na vigorosamente, servindo-se da maior falsidade hipócrita para decepar as cabeças que pensavam certo, fazendo parar os corações que Cristo tinha constituído como moradia Sua e do Pai.


Basílio (século IV) deixou escrito: "As doutrinas dos Pais são desprezadas, as especulações dos inovadores criam raízes na igreja... a sabedoria do mundo toma lugar de honra, derrubando a glória da cruz.


Os pastores foram expulsos e em seu lugar subentraram afrontosos lobos que maltratam o rebanho. As casas de oração já não encontram quem nelas se reuna e os desertos estão cheios de gente enlutada" (Epístola 90).


J. G. Davies ("As Origens do Cristianismo", pág. 252), apesar de absolutamente parcial em favor do catolicismo, comenta: "A crescente secularização da igreja, devida à incursão dos que eram movidos por interesses e dos pagãos semi-convertidos, levou muitos a protestar. Os cristãos (ele escreve os padres" !) do deserto, na verdade fugiam não tanto do mundo, quanto do mundo na igreja". E mais adiante, verificando a aversão das autoridades eclesiásticas a todos os que buscavam o verdadeiro Espírito do Cristo, escreve: "Assim, no período entre Nicéia e Constantinopla, enquanto o movimento (monástico) criava raízes sólidas, só gradualmente pôde ganhar para sua causa os principais dirigentes da igreja, que o podiam defender de seus detratores. Um pagão convertido, cerca de 360, perguntou: Explicaime, agora, o que é a congregação ou seita dos monges, e por que é ela objeto de aversão, mesmo entre os nossos" (in Consul. Zacch. et Apoll., III, 3).


Observe-se que, no vers. 24 não se fala em "sinais" (sêmeion), mas em "obras" (érga), realizadas neles, ou seja, nos homens do mundo, e que eram próprias para abrir-lhes os olhos à realidade. Mas em todos os tempos e climas, as obras espirituais que beneficiam as criaturas servem, em grande parte, para dar-lhes forças de continuar realizando suas conquistas mundanas e terrenas.


O fato de "testificar" de "dar testemunho" (martyrein) é várias vezes repetido por João como fundamental para alertar as consciências dos homens (cfr. JO 1:7, JO 1:8, JO 1:15, JO 1:32, 34; 3:11, 33; 5:31, 32, 36ss; 8:13ss; 10:25; 15:26ss; 18:37; 19:35 e 21:24).


Novamente fala o Cristo no "Advogado" (paráclêtos), que repete ser o Espírito verdadeiro, e que procede do Pai, ou seja, "sai de dentro" (ekporeúetai) do Pai, onde tem origem.


Para finalizar, anotemos que o Cristo fala-nos "que estão com Ele desde o começo". Não cremos que essa afirmativa se refira apenas aos que O acompanharam, durante alguns anos, em Sua peregrinação física na Palestina, sentido que é adotado em outros passos do Novo Testamento: é a convicção muito humana de que mais vale a convivência de corpos, do que a união profunda do Espírito; no entanto, esta é muito mais importante que o contato de corpos (cfr. AT 1:21, AT 1:22; 10:40, 42; 1JO, 1:1, 2; 2:7, 24; 3:11 e 2. ª JO 5 e 6). Prova viva em contrário encontramos em Paulo de Tarso que muito mais fez na divulgação do espírito crístico, que os "apóstolos" que tiveram convivência física com o Mestre Jesus.


Avisos preciosos que todos nós, sobretudo aqueles que, viciados por longos séculos de vivência no seio da igreja "oficial" romana, ainda sentem no subconsciente instintivo a tentação das posições de destaque, das posses materiais, (que garantem o amanhã!), dos títulos hierárquicos, dos templos de pedra grandes, ricos e solenes, da escala sacerdotal cheia de privilégios e exceções em flagrante diferenciação da massa ignara: "Amarram fardos pesados e insuportáveis e impõem sobre os ombros dos homens, mas eles não querem movê-los com o dedo deles" (MT 23:4; vol. 7). Trata-se da adaptação que nós, homens imperfeitos, fizemos da doutrina de Cristo, moldando-a segundo a fôrma mundana da qual provínhamos. Agora cabe a nós mesmos, arduamente e com grande fadiga, tornar a trazê-la a seu ponto exato de sacrifício.


O "mundo" não pode admitir em seu seio, não pode aceitar, o espírito crístico de renúncia e de perdão.


Encontrando-se no pólo oposto, condena e persegue seus maiores adversários. Pertence e vive bem no pólo do ódio, em franca e confessada oposição ao pólo do amor.


Por isso é indispensável que o pólo do amor atraia a si, mais pelo exemplo que pelas palavras, todos os elementos das forças constitutivas desse pólo negativo e, atraindo-os, os transforme em forças positivas.


Seguindo o Cristo, passam as criaturas para o Sistema e de imediato levantam-se contra elas, odiando-as, as forças cegas e violentas do Antissistema.


Devem todos ter conhecimento e consciência desse fato, para não se deixarem desanimar nos tremendos embates que têm sobre eles, como avalanches titânicas para derrubá-los: apesar do barulho exterior e das basófias que arrotam pedantemente, jamais conseguem destruir as "forças do Cordeiro" que, em sua mansidão e amor se sobrepõem rígida e inexpugnavelmente: "as portas inferiores não prevalecerão" contra os escolhidos. (MT 16:18).


O mundo gosta dos que a ele pertencem, vivendo segundo suas leis e costumes, na busca infrene de bens, de prazeres, de fama, de posições e vantagens, de títulos e honrarias externas, embora pisando os concorrentes. Mas aqueles que o Cristo escolheu do mundo, segregando-os espiritualmente desse ambiente maquiavélico de competições; aqueles que renunciaram de coração a todo o acervo que constitui o ponto alto da primazia no mundo, e vivem apagados e apagando-se, recebendo golpes e dores como incentivo para galgar novos degraus na subida, alegrando-se nas tribulações, sorrindo impávidos ante as tempestades, amando quando afrontados, dando a capa quando lhes roubam a túnica, inatingíveis aos golpes da malícia e da maldade, - esses tomam-se insuportáveis ao mundo, que os considera covardes por não reagirem, já que o involuído não sabe que há mais necessidade de coragem para perdoar como os anjos, do que para vingar-se como os animais.


A humanidade, contudo, assaltando o poder e conseguindo posses materiais, terrenos, palácios, templos suntuosos, grandes extensões de latifúndios, esqueceu a advertência de que o "servo não é maior que seu senhor", e não refletem que o Senhor "não possuía uma pedra onde repousar a cabeça" (MT 8:20, LC 9:58): tornaram-se, perante o mundo, maiores que o humilde carpinteiro pobre. E aqueles que O imitaram, foram perseguidos, tal como o havia sido o Mestre.


Se não tivesse Ele vindo à Terra, não teria havido erro. Mas o sublime Pastor aqui veio, deu o exemplo vivo, serviu de modelo: portanto não há desculpa para esse erro clamoroso.


E, falando o Cristo, é claro que quem odeia o Filho, odeia o Pai que O enviou. Odeia, no sentido de permanecer no pólo negativo, opondo-se pela vivência ao pólo positivo. Apesar de todas as obras de grandiosidade e benemerência, desprezam tudo o que é do Espírito, só cuidando da parte material terrena.


Na realidade "não há motivo" para esse ódio: por que o mau odeia o bom? Porque a vivência do bem é uma condenação patente do mal e a consciência íntima mais profunda grita dentro deles que estão errados. Por mais que procurem abafar a voz silenciosa da consciência que provém do Eu profundo, não conseguem eliminá-la.


Mais uma vez aparece o esclarecimento indispensável de que "todas as vezes que vier o Advogado que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito verdadeiro, ele testificará a respeito do mim".


Vale a pena pararmos para tecer alguns comentários sobre isso.


O homem lentamente evolui, saindo do estágio animal puramente psíquico para o estágio hominal pneumático. Aí chegando, vive milênios para firmar em si mesmo a consciência intelectiva de suas novas faculdades, que vão surgindo e aperfeiçoando-se. Ao atingir um grau de desenvolvimento capaz de perceber a fixação de seu Eu profundo, que constitui o somatório das aquisições e experiências conquistadas durante os milênios de evolução, o homem sente a necessidade de fazer que sua consciência

—que só vibrava até então na personagem transitória - se aprimore e eleve sua frequência vibratória, até que possa sintonizar na faixa superior do Espírito.


Ao sentir essa necessidade - o que ocorre como impulso que vem de dentro - quer por si mesmo, quer alertado por leituras e conhecimentos que vai adquirindo, inicia o processo longo e árduo de buscar unir-se a esse Eu profundo que permanece em outro plano. Esforça-se, tenta, prepara-se, coloca todas as condições requeridas para isso, e começa a perceber, de princípio como lampejos, mais tarde como permanente conscientização, a existência real dessa Individualidade superior, cujos primórdios de contato já fora levado a sentir de modo automático, embora inconscientemente, durante milênios, nos momentos de clímax do orgasmo sexual e do sono profundo sem sonhos.


Atingido esse estágio, vai recebendo gradualmente a resposta a seus anseios: o próprio Eu profundo, o Espírito verdadeiro, vem contatar com a personagem intelectiva, atraindo-a a si.


A Centelha crística - o Cristo interno - que funciona como impulsor constante desde que se individuou, saindo do Pai, como partícula indivisa, age positivamente e envia, condicionando-o e impelindo-o a isso, esse Eu profundo, essa Individualidade superior, esse Espírito verdadeiro, a vir até a personagem a fim de testificar a respeito do próprio Cristo. E então ocorre que essa Individualidade - à qual o Cristo fala diretamente, interpelando-a de "vós" - passará a testificar a respeito da real essência e da veracidade de todo o processo.


E o Mestre termina: "porque desde o princípio estais comigo".


Incongruente seria interpretar-se a frase no sentido limitado das personagens em contato com a personagem: ficaria o ensino cósmico reduzido a um episódio transitório de três anos, dentro de um período que conta muitos milhões de anos. O sentido é bem mais amplo.


Sendo individuação do Cristo cósmico, a Individualidade está com o Cristo desde o princípio de sua individuação, mesmo que ignore totalmente essa realidade.


Eis então a gnose total e plena da posição que precisamos assumir, para defender-nos do ódio destruidor do mundo. Procuremos resumir esquematicamente essa "obra" (érgon) que Cristo "realizou em nós" (vers. 24), a ver se damos forma didática.


* * *

Dentro do infinito adimensional e do eterno atemporal do Cristo Cósmico, que é resultante necessário e sem princípio (Filho unigênito) do Som (Pai), que é a vibração energética produzida pela degradação das vibrações da Luz Incriada (Espírito-Santo), processa-se uma individuação: uma Centelha que é lançada para atuar (passa de potência a ato) sem destacar-se do Todo. Portanto, também não tem princípio, a não ser "externo", já que existia em potência desde toda a eternidade.


Essa Centelha decresce suas vibrações até o estado de "núcleo", que passa a girar por efeito das vibrações energéticas do Som (Pai), mantendo em si a vida própria, que é a do Espírito (Luz), a mesma que mantém a Energia (Som) e vivifica o Cristo Cósmico (Filho unigênito), permanecendo tudo ligado como um só Todo, apenas desomogeneizado.


Esse núcleo vai agregando a si elétrons e prótons, mésons e néutrons, e outros elementos desconhecidos a nós, até constituir um átomo, que também degrada suas vibrações até materializar-se no reino mineral (o estado mais baixo e menor da matéria que até agora podemos conhecer, o que não impede que possa haver outros ainda inferiores).


Começa daí a linha evolutiva para o Sistema, após essa "queda" no Antissistema. Sempre sustentado pelo Som, vivificado pelo Espírito, e mergulhado no Cristo, desenvolve-se o átomo primitivo, atravessando eons incomensuráveis como mineral, depois como vegetal, adquirindo envoltórios sempre mais desenvolvidos: duplo etérico e a seguir corpo astral, onde aprimora o psiquismo mais animal.


Prosseguindo na linha ascensional, o psiquismo se vai elevando aos poucos no reino hominal, até atingir o estado de pneuma, no qual aprimora o intelecto, enriquecendo-se com a cultura diferenciada que avoluma seu potencial.


Já nessa altura, o Eu profundo começa a situar-se com independência, preparando-se para receber conscientemente o influxo crístico, e expandindo, cada vez mais, sua gama vibratória, de tal forma que sua faixa mais alta sintoniza com a frequência crística, e a mais baixa com a personagem encarnada.


Não deve causar estranheza que o Eu profundo venha a existir já bem mais tarde, só quando adquire potencialidade suficiente para isso, em virtude do acúmulo de experiência conquistada durante a evolução de seus veículos: grande maioria dos seres, apesar de sua forma externa humana, ainda não atingiram o estágio de Homem, e se isso não foi conseguido, "ainda não tem Espírito" (JO 7:39 e Judas, 19; cfr. vol. 4), ou seja, ainda não possuem Eu profundo conscientizado. Este surge aos poucos, consolidando-se pela impulsão interna do Cristo, e só então toma consciência de seu papel de criar personagens transitórias que O ajudem mais rapidamente na evolução sem princípio e sem fim. Até esse ponto, tudo se passa unicamente sob a impulsão direta do Cristo Interno (Mente Cósmica) constituindo para todos os seres e inclusive para aquele que não formou seu Eu profundo, embora sendo "homem", um evoluir automático, do qual não toma conhecimento.


Ao tomar consciência dessa realidade espiritual, o homem encarnado começa a interessar-se pelos assuntos espirituais internos a si mesmos - não se trata, porém, do interesse pelos assuntos religiosos externos, coisa natural ao homem desde que o psiquismo iniciou sua transformação em pneuma, na primeira infância do reino hominal - e começa também a buscar a elevação de seu nível consciencial, para poder transferi-lo da personagem para a Individualidade.


É nesse ponto que o Eu profundo forceja por entrar em contato com aquele que O busca; constitui-se, então, em "Advogado" ou seja, "o que é chamado para junto da personagem".


Então, "todas as vezes que o Advogado (o Eu Profundo) vier, ele será enviado (ou "impelido") pelo Cristo Interno; e essa impulsão é dada da parte do Pai (ou Som energético) de onde ele saiu. E esse Eu profundo atestará a realidade da essência do Cristo, demonstrando-o claramente à personagem, de tal forma, que esta também poderá dar seu testemunho à humanidade. E esse testemunho da individualidade é sólido, convincente e irrespondível, porque a individualidade está com o Cristo interno desde o desabrochar de sua existência (EX+SISTERE, isto é, exteriorizar-se), desde sua individuação.


Se a personagem o ignora, nada importa: o Cristo tem disso consciência, e já a passou para o Eu profundo, e este encontra-se capacitado para garantir essa verdade à personagem, dando testemunho da realidade do fato. Figuremos um bebê recém-nascido: embora produzido pelo pai, plasmado e alimentado pela mãe, ele ignora esse fato.


À proporção que vai crescendo e desenvolvendo seu cérebro, vai tomando consciência do que se passa.


Ao atingir certo grau de amadurecimento, recebe o testemunho dos pais acerca de sua filiação; testemunho válido, porque proveniente do conhecimento pessoal das ocorrências.


Assim, na infância de seu Eu, a personagem nada percebe. Mas ao atingir certo grau de maturidade espiritual, o Eu profundo, o Espírito verdadeiro, testifica a origem divina do ser, porque SABE donde veio e para onde vai, coisa ainda desconhecida à personagem (cfr. JO 3:8).


Recebido esse testemunho, e certa de sua veracidade, a própria personagem passará também a testificar tudo o que sabe a respeito do Eu e do Cristo. E desde o primeiro instante que isso ocorrer, começará a sofrer os impactos violentos da perseguição do "mundo", que desconhece totalmente tudo isso, e crê que a única realidade, é o corpo físico, com as sensações e emoções que pensa serem dele. Daí dizer que, com a morte, tudo acaba!



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

CAFARNAUM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.883, Longitude:35.567)
Nome Grego: Καπερναούμ
Atualmente: Israel
Cidade em que situava-se a casa de Pedro. Mateus 4:13
Mapa Bíblico de CAFARNAUM


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


Precipício

Monte Precipício (hebraico: har haqefitsá, inglês: Mount Precipice) é um morro perto de Nazaré onde Jesus desapareceu, fugindo os membros da sua sinagoga. Jesus teria sido levado pelos nazarenos enfurecidos e resgatados pelos anjos de Deus.

Logo ao sul de Nazaré, nas falésias do Monte Kedumim, encontra-se o Monte Precipício, o local tradicional do precipício do qual uma multidão enfurecida tentou jogar Jesus depois de sua proclamação ousada na sinagoga de Nazaré (Lucas 4:16-30). O local oferece uma vista panorâmica da colcha de retalhos do Vale de Jezrael e do Monte Tabor, especialmente agradável ao nascer do sol. As escavações do Monte Precipício encontraram a Caverna de Qafzeh, com evidências de assentamentos pré-históricos, incluindo 13 esqueletos da Idade da Pedra do período Neanderthal. Uma lenda local diz que a caverna se abriu para esconder Jesus da multidão enfurecida. Outra tradição diz que Jesus saltou do monte, caindo a 9 km de distância no Monte Tabor, daí o nome árabe para o monte, Jebel Qafzehwhich, que significa "monte do salto".

Mapa Bíblico de Precipício



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34
SEÇÃO III

NARRATIVA RETOMADA:

UM MINISTÉRIO DE MILAGRES
Mateus 8:1-9.34

Uma das principais características deste Evangelho é o seu arranjo sistemático (veja Introdução). Depois de três capítulos de ensinos, agora encontramos dois capítulos de poderosos milagres. As palavras de Jesus são seguidas pelas suas obras. Da mesma maneira que Moisés, depois de dar aos israelitas a Lei no monte Sinai começou a realizar milagres para o povo, assim também o novo Moisés, depois de dar no monte os manda-mentos básicos do Reino, realizou milagres para dar provas do poder do Reino. A respeito dele, ainda mais verdadeiramente do que a respeito do primeiro Moisés, poderia ser dito que "era poderoso em suas palavras e obras" (Atos 7:22).

Pode-se definir "milagre", de uma maneira muito resumida e simples, como "uma interferência na Natureza por um poder sobrenatural"! O homem moderno questionou a credibilidade dos milagres. Mas C. S. Lewis coloca toda a questão sob o enfoque adequa-do ao escrever que: "O milagre central afirmado pelos cristãos é a Encarnação... qual-quer outro milagre é a preparação para isso, ou é o resultado disso".2

Há dez "milagres do Messias" que estão registrados nos capítulos oito e nove. A predileção de Mateus por um arranjo sistemático também aparece no agrupamento dos acontecimentos destes dois capítulos. Primeiramente, ele apresenta três milagres – a cura de um leproso (8:1-4), de um paralítico (8:5-13) e da sogra de Pedro (Mateus 8:14-17). Esses milagres são seguidos por uma breve seção de ensinos (8:18-22). Em seguida, vêm outros três milagres – a transformação da tempestade em bonança (8:23-27), a libertação de dois endemoninhados (8:28-34) e a cura de outro paralítico (9:1-8). A seguir, estão o chamado de Mateus (9.9), a festa em sua casa (Mt 9:10-13), e uma discussão sobre o jejum (9.14-17). O terceiro grupo de milagres inclui a cura da mulher com hemorragia e a ressurrei-ção da filha de Jairo, mencionados juntos (9:18-26), a cura de dois cegos (9:27-31) e a cura do mudo endemoninhado (Mt 9:32-34). Estes são seguidos por uma afirmação de que Jesus passou por toda a Galiléia, ensinando, pregando e curando; também há uma ob-servação a respeito da necessidade de obreiros.

Dos dez milagres mencionados nestes dois capítulos, nove são curas, e o outro é um milagre da natureza. Jesus mostrou a sua autoridade divina sobre as enfermidades, a morte, os demônios e as tempestades.

A. TRÊS MILAGRES DE CURA, 8:1-17

  • A Purificação de um Leproso (8:1-4)
  • Este acontecimento também está registrado em Marcos 1:40-45 e em Lucas 5:12-16. Como de costume, o relato de Marcos é o mais vívido dos três. Marcos coloca o episódio no final de uma viagem de pregação pela Galiléia. Lucas o coloca depois do chamado dos quatro primeiros discípulos. Mas Mateus o coloca depois do Sermão do Monte. Isto está de acordo com o seu padrão de arranjo sistemático, agrupando em um lugar os ensinos de Jesus, e em outro os seus milagres.

    Um exemplo interessante das diferenças de vocabulário dos três Evangelhos Sinóticos, embora com o mesmo significado, se encontra aqui. Mateus diz que veio um leproso e o adorou (2). Marcos diz: "rogando-lhe e pondo-se de joelhos". E Lucas diz: "prostrou-se sobre o rosto e rogou-lhe". Os três autores utilizam uma considerável liberdade de ex-pressão para relatar os mesmos fatos, como seria de se esperar.

    Quando Jesus tocou o leproso (3), Ele se tornou cerimonialmente impuro, de acordo com a Lei. Mas, na verdade, o seu poder purificou a doença. Assim nós, ao invés de ficarmos contaminados pelo contato com os pecadores, deveríamos, pelo poder do Espírito Santo, ter uma influência redentora sobre eles. Como a lepra, na sua maneira de espalhar-se pelo corpo e de devastá-lo, é um tipo impressionante do pecado na alma, é completamen-te adequado que a sua cura seja mencionada como uma "purificação" (cf. Lv 14:2).

    Os versículos 2:3 sugerem o tópico "A Disposição do Amor" com três pontos:

    1) O medo do homem — se quiseres;
    2) A fé do homem — podes tornar-me limpo;
    3) o cumprimento por parte do Mestre — Quero; sê limpo.

    Cristo mandou que o homem curado se apresentasse ao sacerdote, para que pudesse ser oficialmente declarado purificado (cf. Lv 14:1-52). A expressão para lhes servir de testemunho (4) se refere aos sacerdotes, pois Jesus já lhe tinha dado a ordem de não divulgar o ocorrido. Marcos conta que o homem curado desobedeceu esta ordem. O resul-tado foi que o Mestre passou a enfrentar um obstáculo em seu ministério de ensino; as grandes multidões que vinham em busca de curas (Mac 1.45; cf. Lc 5:15). Como de costu-me, a narrativa de Mateus é a mais curta das três.

  • A Cura do Servo do Centurião (Mateus 8:5-13)
  • Este episódio não é registrado por Marcos, mas somente por Lucas 7:1-10). Aconteceu em Cafarnaum, a cidade que Jesus tinha adotado como seu quartel-general. Um centurião — que era o oficial encarregado de cem soldados romanos — veio até Cristo com um pedido urgente. Um dos seus servos, "a quem... muito estimava" (Lc 7:2) jazia em casa paralítico e violentamente atormentado (6). Lucas diz que ele estava "doente e moribundo".

    Jesus imediatamente respondeu: Eu irei e lhe darei saúde (7). Mas o centurião objetou, dizendo que ele não era digno de que o Mestre viesse à sua casa (8). Tudo o que Jesus precisava fazer era dizer somente uma palavra e o seu servo seria curado. Ele argumentou que, assim como ele dava as ordens e elas eram obedecidas, da mesma ma-neira as ordens do Mestre teriam completa autoridade para a sua execução (9). Quando Jesus ouviu esta incomum declaração de fé no seu divino poder, maravilhou-se (10) e disse aos seus seguidores de pouca fé: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.

    Há somente uma outra ocasião em que se diz que Cristo se maravilhou, ou se admi-rou, e esta foi diante da incredulidade das pessoas da sua cidade (Mc 6:6). O Mestre deve ter sentido uma mistura de emoções ao ouvir as palavras do centurião — uma vibração de alegria diante da fé de um gentio, e uma pontada de tristeza diante da descrença dos seus companheiros judeus. Não se pode deixar de imaginar quais podem ser as Suas reações diante das atitudes dos membros da Sua igreja na atualidade. Será que estamos alegrando o coração de Jesus com uma convicta fé nele?

    Somente Mateus registra, nesta ocasião,' a advertência de Cristo de que muitos gentios virão do Oriente e do Ocidente (11) para se sentarem à mesa com os patriar-cas no Reino dos céus, ao passo que os filhos do Reino (12) — os judeus — serão lançados nas trevas exteriores (11-12). Este é um dos diversos pontos onde Jesus faz uma forte advertência quanto a estar perdido na noite da eternidade. Vindo no final desta demons-tração de fé, o ensino é claro. Aqueles que vêm ao Reino dos céus o fazem por meio da fé. Aqueles que não possuírem esta fé serão lançados fora.

    O Mestre mandou que o centurião fosse para casa, com fé. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou (13).

    William Barclay desenvolve essa história sob três títulos:

    1) Um pedido de um bom homem (5-6) ;

    2) O passaporte da fé (7-12) ;

    3) O poder que aniquila as distâncias (13).

    Em um exame superficial, parece que Mateus e Lucas apresentam uma séria con-tradição em suas narrativas (veja o comentário sobre Lc 7:1-10). Lucas diz que o centurião não veio pessoalmente até Jesus, mas enviou alguns "anciãos dos judeus" para fazerem o pedido. Eles rogaram muito, dizendo que o centurião amava a nação judaica e que tinha construído a sinagoga deles (Lc 7:5). Quando Jesus estava a caminho da casa do homem, ele "enviou-lhe... uns amigos" para lhe dizer que não precisava vir, mas apenas pronunciar uma palavra de cura.

    Todo o problema fica resolvido quando identificamos o hábito de Mateus de enfocar os acontecimentos através de um "telescópio", resumindo os fatos por meio de uma des-crição breve e genérica, sem dar todos os detalhes. Inúmeros exemplos desse fenômeno podem ser encontrados no seu Evangelho. Neste caso, o centurião veio até Jesus repre-sentado por seus amigos.

    É interessante observar que todos os centuriões mencionados no Novo Testamento aparecem sob uma luz favorável. Além deste, os outros Evangelhos Sinóticos falam sobre o centurião junto à cruz, que deu um testemunho favorável por ocasião da morte de Jesus. Os demais centuriões são mencionados no livro de Atos. Um deles é Cornélio, (Atos 10), e o outro, Júlio, Atos 27. Eles foram melhores do que os governadores, que eram os seus superiores hierárquicos, e do que os soldados que lhes eram subordinados.

    3. A Cura da Sogra de Pedro (8:14-17)

    Este milagre está registrado nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 1:29-34; Lc 4:38-41). Marcos e Lucas indicam que ele aconteceu quando Jesus e os seus discípulos retornavam de um culto na sinagoga, no sábado. Mas Mateus o coloca junto com uma série de eventos de cura, sem uma seqüência cronológica.

    Talvez Pedro estivesse embaraçado pelo fato de sua sogra não poder servir os convi-dados em sua casa. Mas Jesus tocou-lhe na mão, e a febre a deixou (15). O fato de que ela foi curada imediata e completamente está demonstrado pela afirmação de que ela levantou-se e serviu-os. Que emoção: "O toque da mão do Mestre na minha!"

    Os três Evangelhos Sinóticos também narram os muitos milagres de cura que ocor-riam após o pôr-do-sol, quando o sábado já tinha terminado. Uma característica notória desta ocasião foi a expulsão dos demônios, ou espíritos (16). Como é característico, Mateus cita uma passagem do Antigo Testamento como tendo sido cumprida: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças (17).

    Na versão ARC da Bíblia, em Isaías 53:4 lemos: "Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si". Morison afirma que essas pala-vras, como estão apresentadas em Mateus: Ele tomou sobre si as nossas enfermida-des e levou as nossas doenças são "uma tradução mais literal do original hebraico do que a que está apresentada na nossa versão do Antigo Testamento".4 Além disso, "a pala-vra hebraica traduzida como tristezas em algumas versões, na verdade significa doenças, e é assim traduzida em quase todas as outras passagens onde aparece".' Filson observa que tomou e levou "têm aqui um significado Pouco comum: levou embora, removeu".6

    B. O CUSTO DO DISCIPULADO, 8:18-22

    Jesus era um trabalhador vigoroso. Mas apesar disso percebeu que Ele e os seus discípulos precisavam às vezes afastar-se da grande multidão (18) que constantemen-te se aglomerava em volta dele. Então, Ele ordenou que fizessem a travessia para a outra margem — a margem leste do lago da Galiléia, onde poderiam ter um período tranqüilo para descanso e isolamento.

    Um escriba (19) ansioso — um professor da Lei — aproximou-se de Jesus com uma oferta que soou como uma completa consagração: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. Mas Cristo pôs à prova este possível discípulo, lembrando-o de que as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (20). Em outras palavras, Ele disse: "Pense no custo dessa decisão".

    Esta é a primeira vez, no texto de Mateus, que aparece o título Filho do Homem. Ele é usado oitenta e três vezes nos Evangelhos — sempre saindo dos lábios de Jesus e sempre se aplicando a Ele mesmo. Exceto nos Evangelhos, ele só aparece no Novo Testa-mento — com o artigo definido "o Filho do Homem" — em Atos 7:56.

    Já houve uma considerável discussão sobre o significado desta expressão. Vincent Taylor escreve: "Já se afirmou que bar nasha não pode querer dizer nada além de 'um homem' ou 'homem' em geral; mas agora se reconhece amplamente que o termo pode carregar o sentido de 'o Homem', e desta maneira poderia ser usado como um nome para o Messias".7 Manson encontra uma correlação íntima entre Filho de Deus, Servo do Se-nhor (em Isaías) e Filho do Homem. Ele diz: "... funções a princípio atribuídas pelos profetas ao príncipe da linhagem de Davi e que nos Salmos reaparecem em uma forma transfigurada ou infiltrada de sofrimento na pessoa do Servo, e finalmente investida de todas as características de glória e esplendor apocalípticos na figura do sobrenatural Filho do Homem".8 Este último uso se encontra em Daniel 7:13.

    Um outro discípulo de Jesus lhe disse: Senhor, permite-me que, primeiramen-te, vá sepultar meu pai (21). A resposta do Mestre parece áspera: Segue-me e deixa aos mortos sepultar os seus mortos (22). Mas não devemos supor que o pai já estives-se morto e que Jesus estivesse tentando evitar a ida do discípulo ao sepultamento. A exigência na Palestina era que o corpo fosse sepultado no mesmo dia da morte. Provavel-mente o pai desse discípulo ainda viveria por alguns anos. Mas, sendo o filho mais velho (aqui implícito), era sua responsabilidade cuidar para que quando o seu pai morresse, tivesse um sepultamento adequado. Jesus lhe informou que havia coisas mais importan-tes para fazer. Aqueles que estavam espiritualmente mortos poderiam sepultar aqueles que passassem a estar fisicamente mortos.

    Esta passagem só tem um paralelo em Lucas 9:57-62. Ali, um terceiro indivíduo é quem se oferece para seguir a Cristo. Mas antes ele quer se despedir dos que estão em casa. Isto poderia significar dias de festas e de visitas a todos os seus parentes. Jesus o advertiu do perigo de "olhar para trás".

    Bonhoeffer expressou bem o principal impulso desta seção. Ele diz: "Jesus convoca os homens para segui-lo, não como um professor ou como um padrão de uma vida de caridade, mas como o Cristo, o Filho de Deus... Quando somos convocados para seguir a Cristo, somos convocados para uma ligação exclusiva com a sua pessoa".9

    C. MAIS TRÊS MILAGRES, 8:23-9.8

    1. Acalmando a Tempestade (8:23-27)

    Depois do atraso causado pela conversa com os dois homens (cf. v. 18), Jesus entrou em um barco com os seus discípulos (23). Este era provavelmente o pequeno barco de pesca de Pedro. Quando eles estavam cruzando o lago, se levantou (24) uma tempesta-de (seismos, "terremoto"). Enquanto o barco era coberto pelas ondas, Jesus estava dormindo (tempo imperfeito). Ele estava tão cansado que a tempestade não o despertou (veja também Mac 4:35-41; Lc 8:22-25).

    Muito assustados, os discípulos o despertaram com o grito: Senhor, salva-nos, que perecemos (25). Ele primeiro os repreendeu por temerem (26; de forma literal, "covar-demente") e então repreendeu os ventos e o mar. O resultado foi uma grande bonan-ça. Não é de surpreender que aqueles homens tenham se maravilhado (27). Em seus anos de pescaria no lago eles já tinham passado por muitas tempestades graves, mas nunca por uma que tivesse sido subitamente acalmada pela ordem de uma pessoa. A reação deles ainda hoje é pertinente: Que homem é este! Como um mero homem Ele seria completamente inexplicável.

    2. Os Endemoninhados Gadarenos (8:28-34)

    Quando Jesus e os seus discípulos chegaram ao lado leste do lago da Galiléia — cerca de onze quilômetros de travessia — eles se encontraram no país dos Gergesenos. Isto pode representar a vila de Khersa, cujas ruínas estão próximas à única colina perto da costa leste. Mas em alguns manuscritos gregos consta "gerasenos" (a leitura em Marcos e Lucas). Gerasa estava a cerca de 48 quilômetros a sudeste do lago. "Gadareno" é o termo que os mais antigos manuscritos gregos apresentam no texto de Mateus. Gadara era a cidade mais próxima, a quase dez quilômetros de distância.

    O fato de Mateus mencionar dois (28) endemoninhados, ao passo que Marcos e Lucas falam somente de um, pode ser devido à sua mente de contador. Sendo um coletor de impostos, ele tinha que manter estatísticas cuidadosas. Os outros dois evangelistas podem ter mencionado somente o mais proeminente dos dois.

    Embora a descrição de Marcos seja mais completa e vívida, Mateus é o único que diz que tão ferozes eram, que ninguém podia passar por aquele caminho. Esses dois homens estavam colocando em perigo a vida dos habitantes daquela região.

    Os demônios, como em outras ocasiões, reconheceram Cristo como sendo o Filho de Deus e temeram o tormento que inevitavelmente sofreriam (29). Atendendo um pedido, Jesus permitiu que os demônios entrassem em uma manada de porcos que estava nas proximidades — Marcos afirma que eram quase dois mil. O resultado foi que toda a manada morreu nas águas do lago (30-32). Aqueles que guardavam os porcos fugiram até à cidade para contar tudo o que havia ocorrido (33). Toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus (34). O povo, tomado pelo medo (Lc 8:38) rogou que Ele se retirasse do seu território (das suas "fronteiras" ou do seu "distrito"). Eles tiveram medo do poder de Jesus.

    Como de costume, a narrativa de Mateus é muito mais curta do que a de Marcos 5:1-20, ou mesmo do que a de Lucas (8:26-39). Ele deixa de lado muitos dos detalhes encontrados nos relatos dos outros dois evangelistas, de acordo com o seu procedimento usual de resumir o material da narrativa.

    Algumas vezes, duas questões têm sido formuladas a respeito desse acontecimento. A primeira é: Por que Jesus permitiu que esses porcos fossem destruídos? Houve quem sugerisse que Ele queria confirmar a fé dos dois endemoninhados curados, por esta evi-dência visível de que os demônios haviam realmente deixado os seus corpos. Alguns pen-sam que Jesus fez isso para mostrar à multidão o poder tremendo e as tendências destrutivas que os demônios possuem. Trench escreve sobre o relato onde somente é mencionado um endemoninhado: "Se esta concessão ao pedido dos espíritos maus ajudou de alguma manei-ra a cura deste sofredor, fazendo com que eles relaxassem a sua posse do corpo dele com maior facilidade, aliviando o ataque através de sua saída, este teria sido um motivo suficiente para permitir que aqueles animais morressem. Para a cura definitiva do ho-mem poderia ter sido necessário que ele tivesse esta evidência exterior e o testemunho de que os poderes infernais que o mantinham aprisionado agora o haviam deixado".'

    Uma segunda pergunta que se faz é a seguinte: Que direito tinha Jesus de destruir a propriedade de outras pessoas? A resposta para esta pergunta é mais difícil. Se tivésse-mos certeza de que os donos eram judeus, isto ofereceria uma solução simples. Os judeus deveriam evitar as carnes impuras, o que incluía os porcos. Mas Decápolis era uma região de população predominantemente gentílica. De qualquer forma, o caráter de Cris‑to garante que Ele não faria nada injusto. Os atos de Deus não podem ser sempre julga-dos segundo os padrões dos homens. Porém devemos sempre nos lembrar de que Deus não fica devendo nada a ninguém. Se tivéssemos mais informações, poderíamos enten-der melhor esta situação.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 1
    Esta seção narrativa, colocada entre dois sermões, contém dez milagres de Jesus e outros relatos. Mostra um importante aspecto da atividade de Jesus além do ensinamento:
    os seus atos. Ver a Introdução.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 2
    Leproso:
    Que tem lepra, uma repugnante enfermidade da pele. A pessoa enferma era considerada ritualmente impura e, portanto, curá-la também significava limpá-la ou deixá-la ritualmente limpa. Qualquer que tocasse um leproso era considerado impuro (conforme Lv 5:3); mesmo assim, Jesus estendeu a mão e o tocou para curá-lo.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 4
    Conforme Mt 9:30; Mt 12:16. Não o digas a ninguém:
    Sobre a proibição de falar abertamente dos milagres de Jesus, ver Mc 1:34,Mt 8:4 A oferta que Moisés ordenou:
    Refere-se à purificação ritual (Lv 14:1-32).

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 5
    Um dos poucos casos nos Evangelhos em que uma pessoa não judia procura a Jesus. Conforme também Mt 15:21-28. O relato apresenta muitas semelhanças com o de Jo 4:46-53.Mt 8:5 Centurião:
    Lit. chefe de cem:
    Oficial militar que, provavelmente, tinha a seu cargo o quartel local das tropas romanas que ocupavam o país.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 7
    Eu irei curá-lo:
    Outra tradução possível:
    Hei de ir curá-lo.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 11
    Conforme Sl 107:2-3.Mt 8:11 Lc 13:29. A futura salvação é representada aqui com a imagem de um banquete (conforme Is 25:6; Lc 14:15; Ap 19:9).

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 12
    Ali haverá choro e ranger de dentes:
    Outra tradução possível:
    virá o pranto e o desespero; expressão que aparece também em Mt 13:42,Mt 13:50; Mt 22:13; Mt 24:51; Mt 25:30; Lc 13:28.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 17
    Is 53:4. Ver Mt 1:22,

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 18
    Para a outra margem:
    Para a margem oriental do lago.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 20
    Raposas:
    Ver Lc 13:32,Mt 8:20 Filho do Homem:
    O título que Jesus usava com maior freqüência para referir-se a si próprio (ver a Concordância Temática).

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 21
    Conforme Gn 50:5.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 22
    Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos:
    Possivelmente fosse uma expressão proverbial que fez um jogo de palavras com os sentidos literal e figurado da palavra mortos. O texto indica que seguir a Jesus é obrigação ainda mais importante que os deveres familiares e sociais. Conforme Mt 10:37; Lc 14:26.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 27
    Conforme Sl 107:29.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 28
    À outra margem:
    O lado oriental do lago.Mt 8:28 Dos gadarenos:
    Conforme Mc 5:1; Lc 8:26. A região de Gadara pertencia a Decápolis (Mt 4:25,), onde uma boa parte da população não era judia; ali predominava a cultura helenística grega. Gadarenos:
    Outros manuscritos dizem:
    gergesenos, e outros:
    gerasenos.Mt 8:28 Dois endemoninhados:
    Em vários relatos, Mateus menciona dois participantes, enquanto Marcos e Lucas falam somente de um (conforme Lc 20:29-34,

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 29
    Antes do tempo:
    Isto é, antes do dia do juízo.

    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 31
    Visto que os habitantes daquela região não eram judeus, não consideravam os porcos animais impuros, como faziam os judeus (conforme Lv 11:7).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34
    *

    8.1—9.38 A ordem dos milagres e eventos, nestes capítulos, difere da ordem encontrada em Marcos e Lucas. Provavelmente, a disposição de Mateus obedece temas, preferencialmente à cronologia.

    * 8:2

    leproso. Várias doenças de pele são referidas pela palavra grega empregada aqui e provavelmente não a hanseníase (a moderna "lepra"). Tocar num leproso tornava a pessoa cerimonialmente imunda (conforme Lv 15:7); porém, neste caso o leproso é curado e torna-se limpo, ao invés de Jesus tornar-se cerimonialmente imundo.

    * 8:4

    não o digas a ninguém. Recomendar ao leproso (curado) que não dissesse a ninguém, era evitar que os procuradores de milagres prejudicassem a principal missão de Jesus (Mc 1:45). Ao mostrar-se ao sacerdote o leproso (agora curado) cumpriria os requisitos da Lei e estaria em condições de ser reintroduzido na sociedade judaica (Lv 14:1-32).

    * 8:5

    centurião. Oficial militar romano encarregado de comandar aproximadamente cem homens. Este centurião admirava a autoridade de Jesus, que superava qualquer coisa em Israel. Ele tinha consciência das dificuldades impostas pela sua própria indignidade, e fé que Jesus podia sobrepujá-las. Mateus, que freqüentemente prefere um estilo condensado, não menciona os intermediários, que aparecem no relato paralelo em Lucas (7.1-10).

    * 8.10-12

    A fé mostrada pelo centurião gentio oferece ocasião para a predição de que Israel será endurecido e o Evangelho será estendido aos gentios.

    * 8:11

    tomarão lugares...com Abraão, Isaque e Jacó. Uma referência ao tema do banquete messiânico de Is 25:6-9. Os gentios agora aparecem no lugar dos filhos naturais. Este tema reaparece na parábola dos lavradores maus (21.33-44, especialmente v. 43), e na parábola das Bodas (22.1-14). A predição de Jesus é um primeiro exemplo do princípio desenvolvido por Paulo, em Rm 9:30-32: Israel tenta alcançar a justiça por meio de obras, e não consegue; mas os gentios, que sabem que só merecem a condenação, buscam a misericórdia de Deus e alcançam-na.

    * 8:12

    trevas... choro. Essas figuras de linguagem representam a dor e o desespero daqueles que são excluídos do reino.

    * 8:17

    nossas enfermidades. Is 53:4 usa enfermidades (ver referência lateral lá) para representar os pecados pelos quais elas são a maldição (Is 53:5). Jesus veio para levar a maldição, bem como, a culpa do pecado. Em seu ministério, ele demonstrou seu poder sobre os sofrimentos físicos. Contudo, ele não prometeu remover a doença do mundo ou da igreja, antes de sua Segunda Vinda (8.20-23; 1Co 15:26; Ap 21:4).

    * 8.18-22

    Estes dois eventos mostram radical compromisso que Jesus exige dos Seus discípulos. Aqueles que se identificam com Jesus, serão "peregrinos e forasteiros” no mundo (1Pe 2:11). Honrar os pais providenciando um sepultamento adequado, era uma obrigação estrita na sociedade judaica; porém, Jesus exige mais fidelidade para com ele.

    * 8:20

    Filho do homem. Este título só ocorre três vezes no Novo Testamento, fora dos Evangelhos (At 7:56; Ap 1:13; 14:14). Todas as muitas ocorrências, nos Evangelhos, envolvem afirmações feitas por Jesus a respeito de si mesmo, e podem ser classificadas em três categorias: “Filho do homem” significa "um ser humano", especialmente nas declarações daquilo que é típico da humanidade, em geral. Este uso é semelhante à chamada de Ezequiel por Deus, "Filho do homem" (Ez 2:1, nota), ou à referência de Paulo à raça humana, como "os filhos dos homens" (Ef 3:5). Com este título Jesus também se refere a si mesmo, quando prediz os sofrimentos, morte e ressurreição, que ele cumpriria em prol da humanidade (17.22, 23, nota). Finalmente, poder referir-se ao apocalíptico título "Filho do homem", que aparece no julgamento do fim dos tempos (24.30; 26.64, nota). Este uso provém de Dn 7:13,14, onde "um semelhante ao Filho do homem" aparece diante do Ancião de Dias, e recebe domínio e culto mundiais. Jesus pode ter usado a expressão "Filho do homem" para evitar o uso de "Messias", por causa das concepções populares de que o Messias seria um líder político-militar.

    * 8:27

    os ventos e o mar lhe obedecem. Só Deus pode abrandar o mar e aparecer como o Senhor da tempestade (Sl 29:3-4; 65.5-7; 89:9; 107.23-30).

    * 8:28

    à terra dos gadarenos. A região é identificada em Marcos e Lucas como o "terra dos gadarenos" (conforme referência lateral). Ver nota em Mc 5:1.

    dois endemoninhados. Provavelmente, um destes dois endemoninhados era excessivamente violento e, assim, Marcos e Lucas mencionam apenas um. Mateus está interessado na dupla prova do testemunho.

    * 8:29

    Filho de Deus. Ver nota em 16.16.

    antes do tempo. Os demônios, aparentemente, fazem uma reclamação legítima, ainda não é o “tempo", o Dia do Juízo. Porém, Jesus está presente, quebrando o poder das trevas (12.28).

    * 8:31

    demônios. A palavra grega traduzida por "demônios" é um termo amplo para "deuses" (At 17:18) e seres sobrenaturais. "Espíritos imundos" (10,1) provocavam dano nos homens, algumas vezes pela possessão. Eles são da parte de Satanás, o príncipe dos demônios (9.34; 12:24-28). Jesus expulsa os servos de Satanás, como sinal da chegada do reino de Deus (12.28).

    * 8:32

    Jesus permitiu que os demônios entrassem nos porcos, talvez porque o Dia do Juízo ainda não tinha chegado. Eventos subseqüentes demonstraram os perversos valores da comunidade, que preferia seus porcos ao livramento de dois seres humanos. Lucas 8:31 registra o apelo dos demônios para não serem enviados ao abismo.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34
    8.2, 3 A lepra, como o é o SIDA hoje, era uma enfermidade temida porque não havia padre conhecida. No tempo do Jesus, a palavra lepra denotava várias enfermidades similares, e algumas delas eram contagiosas. Se uma pessoa a contraía, o sacerdote o declarava leproso e o afastavam de seu lar e cidade. Enviavam-no a viver em uma comunidade com outros leprosos até que se recuperasse ou morrera. Quando o leproso rogou ao Jesus que o sanasse, Jesus lhe aproximou e o tocou, ainda quando sua pele estava coberta do temido mau. Como a lepra, o pecado é uma enfermidade incurável, e todos o temos. Solo o toque curador de Cristo pode milagrosamente pôr a um lado nossos pecados e nos restaurar para que possamos viver em plenitude. Mas primeiro, ao igual ao leproso, devemos reconhecer que não podemos nos curar nós mesmos e pedir a Cristo sua ajuda salvadora.

    8:4 A Lei demandava que ao leproso sanado o examinasse o sacerdote (Levítico 14). Jesus quis que aquele homem de primeira mão desse a conhecer sua história ao sacerdote, de maneira que pudesse provar que sua lepra tinha desaparecido totalmente e que portanto podia voltar para sua comunidade.

    8.5, 6 O centurião pôde ter deixado que muitos obstáculos se interpor entre ele e Jesus, como o orgulho, a dúvida, o dinheiro, o idioma, a distância, o tempo, a auto-suficiência, o poder ou a raça, mas não o fez. Se não permitiu que essas barreiras lhe impedissem de aproximar-se do Jesus, nós tampouco devemos permiti-lo. O que o afasta a você de Cristo?

    8.8-12 Um centurião era um militar de carreira no exército romano que tinha uns cem soldados sob seu mando. Os judeus odiavam aos soldados romanos por sua tirania e desprezo. Entretanto a fé daquele homem maravilhou ao Jesus! A fé genuína daquele odiado gentil envergonhou a piedade estancada de muitos judeus que eram líderes religiosos.

    8.10-12 Jesus disse à multidão que muitos judeus religiosos, que poderiam formar parte do Reino, seriam excluídos por ter perdido sua fé. Estavam muito obstinados a suas tradições religiosas, ao grau que não podiam aceitar a Cristo e sua nova mensagem. Devemos tomar cuidado em não nos encerrar em nossos costumes religiosas ao ponto de esperar que Deus obre sozinho em certas formas. Não limite a Deus com seus preconceptos e falta de fé.

    8:11, 12 "O oriente e o ocidente" representam os quatro rincões da terra. Toda a gente fiel a Deus se reunirá no banquete do Messías (Isaías 6:55). Os judeus deviam ter sabido que quando o Messías chegasse, os gentis participariam também de suas bênções (veja-se Is 66:12, Is 66:19). Mas esta mensagem chegou como um golpe porque estavam muito absortos em seus próprios assuntos e destino. Quando apelarmos às promessas de Deus, não devemos nos apropriar delas tão pessoalmente que esqueçamos ver o que Deus quer fazer para alcançar a toda a gente que ama.

    8:11, 12 Mateus enfatiza que a mensagem do Jesus é para todos. Os profetas do Antigo Testamento sabiam (vejam-se Is 56:3, Is 56:6-8; Is 66:12, Is 66:19; Ml 1:11) mas muitos líderes judeus neotestamentarios optaram por ignorá-lo. Cada pessoa tem que escolher entre aceitar ou rechaçar as boas novas, e ninguém passa a formar parte do Reino de Deus por herança ou conexão familiar.

    8:14 Pedro foi um dos doze discípulos. Seus dados aparecem no capítulo 27.

    8.14, 15 A sogra do Pedro nos dá um formoso exemplo. Sua resposta ao toque do Jesus foi lhe servir imediatamente. recebeu você a ajuda de Deus em alguma situação perigosa ou dificultosa? Se for assim, devesse perguntar-se: "Como posso expressar meu agradecimento?" Sendo que Deus nos prometeu as recompensas de seu Reino, devêssemos procurar formas de lhe servir agora.

    8:16, 17 Mateus continua mostrando a natureza soberana do Jesus. Por meio de um simples toque, sanou (8.3, 15); a uma simples palavra dela, os demônios fogem de sua presença (8.16). Jesus tem autoridade sobre os poderes satânicos e as enfermidades terrenales.También tem poder e autoridade para dominar o pecado. As enfermidades e a maldade são conseqüências de viver em um mundo cansado. Mas no futuro, quando Deus limpe a terra do pecado, não haverá mais enfermidade nem morte. Os milagres de sanidade do Jesus foram uma demonstração do que o mundo experimentará no Reino de Deus.

    8.19, 20 Seguir ao Jesus não sempre é fácil. Com freqüência implica pagar um alto custo e sacrifício, sem recompensa terrena nem segurança. Jesus não teve um lugar que pudesse ter chamado lar. Possivelmente para você o custo de seguir a Cristo será perder popularidade, amizades, tempo de descanso ou hábitos. Mas embora o custo de seguir a Cristo pode ser alto, o valor de ser discípulo de Cristo é um investimento que repercute pela eternidade e rende incríveis recompensa.

    8.21, 22 É possível que este discípulo não estava pedindo permissão para ir ao funeral de seu pai, mas sim desejava esperar que seu ancião pai falecesse antes de seguir a Cristo. Talvez era o primogênito e desejava estar seguro de receber sua herança. Talvez não queria enfrentar a irritação de seu pai por abandonar os negócios da família para seguir a um pregador itinerante. Seja que se tratasse de uma segurança financeira, uma aprovação familiar ou qualquer outra coisa, não estava disposto a seguir ao Jesus naquele preciso momento. Jesus não aceitou suas desculpas.

    8.21, 22 Jesus sempre foi direto com os que lhe seguiam. assegurou-se de que calculassem o custo de lhe seguir e que não pusessem condições. Como Filho de Deus, não titubeou em demandar lealdade total. Até o dar sepultura ao morto não devia ter prioridade sobre suas demandas de obediência. Seu desafio direto nos força a nos perguntar a respeito de nossas prioridades ao lhe seguir. A decisão de seguir a Cristo não devesse ser relegada, mesmo que um acontecimento importante esteja a ponto de ter lugar. Nada devesse ocupar o lugar de uma entrega total a Cristo.

    8:23 Pôde ter sido um bote de pesca porque muitos dos discípulos do Jesus eram pescadores. Josefo, um historiador da época, escreveu que usualmente havia mais de trezentos botes pesqueiros no Mar da Galilea. Este bote tinha espaço para dar capacidade ao Jesus e a seus doze discípulos e era impulsionado por meio de remos e velas. Durante a tormenta, entretanto, as velas se baixavam para que não se rompessem e facilitar o controle do bote.

    8:24 O mar da Galilea possui um caudal de água pouco comum. É relativamente pequeno (21 km de comprimento por 11 de largura). Jaz 208 m sob o nível do mar e sua profundidade chega a 48 M. De um momento a outro podem apresentar-se tormentas repentinas que agitam as águas, originando ondas de até sete metros de altura. Os discípulos se viram apanhados sorpresivamente pela tormenta e o perigo era grande.

    8:25 Apesar de que os discípulos tinham sido testemunhas de muitos milagres, encheram-se de pânico nesta tormenta. Como navegantes experimentados, estavam conscientes do perigo existente; o que não sabiam era que Cristo podia dominar as forças da natureza. Há sempre uma dimensão de nossas vidas em que sentimos que Deus não pode obrar ou não tem que obrar. Quando compreendemos bem quem é O, entendemos que O calma o mesmo as tormentas da natureza que as tormentas do coração aflito. O poder do Jesus que acalmou esta tormenta pode também acalmar as tormentas que bramam em nossas vidas. O está disposto a nos ajudar se o pedimos. Não é necessário excluir o de nenhum aspecto de nossa vida.

    8:28 A região dos gadarenos estava localizada ao sudeste do mar da Galilea. O povo da Gádara, capital da região, era uma das dez cidades (ou Decápolis, veja-a nota a Mc 5:20). Eram dez cidades com governo independente e com população principalmente gentil, o que explica o da marmita de porcos (Mc 8:30). Os judeus não criavam porcos porque eram considerados imundos e não os comiam.

    8:28 Os endemoninhados estão sob o controle de um ou mais demônios. Os demônios são anjos cansados que se uniram a Satanás em sua rebelião contra Deus e agora são espíritos maus às ordens do diabo. Ajudam a Satanás a tentar às pessoas e desdobrar seu grande poder destrutivo. Mas cada vez que se enfrentavam com o Jesus, perdiam seu poder. Os demônios reconhecem ao Jesus como Filho de Deus (8.29), mas pensam que não têm que lhe obedecer. Você pode acreditar que Jesus é o Filho de Deus mas acreditar não basta (veja-se em Jc 2:19 mas informação sobre a fé e os demônios). A fé é mais que acreditar. Pela fé, deve aceitar o que O fez em seu favor, recebê-lo como o único que pode salvar o de seu pecado e mostrar sua fé por meio da obediência a sua Palavra.

    8:28 Mateus diz que eram dois endemoninhados, enquanto que Marcos e Lucas se referem só a um. Aparentemente Marcos e Lucas se referem só ao homem que tomou a palavra.

    8:28 Em concordância com as leis cerimoniosas feijões, os homens que Jesus achou eram imundos em três sentidos: eram gentis (não eram judeus), estavam poseídos pelo demônio e viviam em um cemitério. Jesus lhes deu ajuda apesar de tudo. Não devêssemos dar as costas às pessoas "imundas" ou que nos são repulsivas. Devemos chegar à conclusão de que cada ser humano é uma criação única de Deus que necessita de seu amor.

    8:29 A Bíblia nos diz que ao final Satanás e seus anjos serão jogados ao lago de fogo (Ap 20:10). Quando os demônios dizem ao Jesus que não os atormente "antes de tempo", dão a entender que sabiam qual será seu destino final.

    8:32 Quando os demônios entraram nos porcos, estes se despenharam e caíram ao lago. A ação dos demônios prova sua intenção destrutiva: como não puderam destruir aos homens destruíram aos porcos. A ação do Jesus, por contraste, mostra o valor que dá a cada vida humana.

    8:34 por que a gente pediu ao Jesus que se fora? A diferença dos deuses pagãos que adoravam, Jesus não podia ser contido, controlado ou aplacado. Temiam o poder sobrenatural do Jesus, poder que não tinham visto nunca antes. E estavam muito molestos com a perda da marmita de porcos e não podiam alegrar-se com a liberação dos homens que estavam poseídos pelo demônio. Preocupam-lhe mas as propriedades e os programas que a gente? Os seres humanos foram criados à imagem de Deus e têm um valor eterno. Que néscio e quão fácil é dar mais valor a posses, investimentos e inclusive a animais, que à vida humana. Permite que Jesus termine sua obra em você?


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34
    E. SEU PODER (8: 1-9: 38)

    Os capítulos oito e nove não contêm menos de dez milagres realizados por Jesus. Eles eram "as credenciais do Rei." Tudo foi feito em resposta às necessidades humanas, mostrando a compaixão do Rei. Tudo foi feito em resposta à vontade divina, mostrando o poder do rei. Nove eram milagres de cura. O outro era um milagre da natureza-o acalmar da tempestade.

    O agrupamento desses milagres ilustra uma das principais características do arranjo Mateus-sistemática. O primeiro grupo de três cura de um leproso, um paralítico, e de Pedro mother-in-law-é seguido pela demanda que os discípulos de deixar tudo para segui-Lo (vv. Mt 8:18-22 ). O segundo grupo-o acalmar da tempestade, e a cura de dois endemoninhados e outro paralítico-é seguido pela chamada de Mateus (v. Mt 8:9 ). O terceiro grupo, a cura da mulher com hemorragia e a filha morta (tratado em conjunto), um dos dois homens cegos, e das demoníacas fins-de-mudos com um ensinamento, pregação, excursão da Galiléia cura. Assim Jesus exibido Sua autoridade sobre os homens, bem como sobre a doença, os demônios, e da morte.

    Lenski sustenta que Mateus relata estes milagres na ordem de sua ocorrência. Mas uma comparação com Mc 1:21 (. conforme vv Mt 8:29 , Mt 8:32 , Mt 8:35) sugere que Marcos dá a ordem cronológica correta, enquanto que grupos Mateus-los juntos em um lugar por tópico em vez de razões cronológicas.

    É conveniente que estes dois capítulos deve vir imediatamente após os três contendo o Sermão da Montanha. O novo Moisés, como o velho, não era apenas um legislador, mas também um fazedor de milagres. Aquele que declarou: "Mas eu vos digo!" Deve dar provas suficientes de Sua autoridade divina. Estas foram as credenciais de Jesus a uma nação duvidar.

    1. Ao longo da Hanseníase (8: 1-4)

    1 E quando Jesus desceu do monte, grandes multidões o seguiam. 2 E eis que veio a ele um leproso, eo adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. 3 E, estendendo a sua mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. . E logo ficou purificado da lepra 4 E disse-lhe Jesus: o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.

    Como no caso de Moisés, Jesus desceu da montanha para encontrar grandes multidões esperando por ele. Mas havia um na multidão que tinha uma necessidade especial. Este leproso se aproximou de Jesus e caiu de joelhos diante dele. Ele tinha certeza de poder de Jesus para curá-lo, mas não completamente certo de Sua vontade. Mas o Mestre tocou -o, e a lepra foi curada . No Antigo Testamento, o leproso era considerada impura. Sua cura é, portanto, falado como uma "limpeza" (Lv 14:2 . Para lhes servir de testemunho , evidentemente, significa para os sacerdotes, e não as pessoas, uma vez que Jesus tinha dito: "Diga a ninguém."

    2. Ao longo Paralisia (8: 5-13)

    5 E quando ele entrado em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, 6 e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente. 7 E disse-lhe: Eu irei, e curá- Lv 8:1 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; mas dizei uma palavra, eo meu servo será curado. 9 Pois eu também sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados sob: e digo a este: Vai, e ele vai; ea outro: Venha, e ele vem; e ao meu servo: Faça isto, e ele o faz. 10 E Jesus, ouvindo isto, admirou-se e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que, eu não encontrei tão grande fé, não, não em Israel. 11 E eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente e deve sentar-se com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; 12 mas os filhos do reino serão lançados para fora, para o exterior escuridão.: ali haverá choro e ranger de dentes 13 E disse Jesus ao centurião: Vai-te; como creste, que assim seja feito a ti. E o servo ficou curado naquela hora.

    O Monte das Bem-aventuranças é perto de Cafarnaum , a cidade que Jesus tinha escolhido como seu quartel-general (Mt 4:13 ). Quando Ele entrou naquela cidade um centurião -officer mais de cem homens-veio a ele com o pedido de que Ele curar seu servo de uma paralisia muito doloroso. A palavra grega Pais (servo) também pode significar "filho". Mas Lucas usa o termo doulos (Lc 7:10 ), que significa "escravo".

    Jesus ofereceu-se para ir à casa do centurião. Mas o último protestou e disse que não era digno de ter o Mestre vir. Tudo o que era necessário era uma palavra . Jesus falou esta palavra, e ao servo ficou curado naquela hora . Cristo expressou seu espanto com a fé desta estrangeiro. A incredulidade de Seu próprio povo foi um triste contraste (v. Mt 8:10 ). No banquete messiânico, Ele profetizou, muitos gentios estaria presente (v. Mt 8:11 ), enquanto os filhos do reino -os judeus da época de Jesus que O rejeitaram-iria ser lançado fora, nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes (v. Mt 8:12 ). Esta é uma das várias passagens em que Cristo soa um aviso severo contra os horrores do inferno.

    Tanto o leproso eo centurião (a Gentile) foram considerados párias pelos judeus. Mas Jesus respondeu ao seu pedido de ajuda.

    3. Ao longo Fever (8: 14-17)

    14 E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste deitada com febre. 15 E tocou-lhe a mão, ea febre a deixou; e ela se levantou, e serviam. 16 E, quando já era tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os que estavam enfermos; 17 para que se cumprisse o que foi falado pelo profeta Isaías, dizendo: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.

    Parece que Jesus fez a casa de Pedro Sua casa em Cafarna1. Aqui Um dia ele encontrou a mãe-de-lei de Pedro de cama com febre . Ele tocou a mão dela , e ela estava bem imediatamente. Este milagre contrasta com a cura do servo do centurião, que veio simplesmente por uma palavra falada à distância, ou a cura do cego de nascença, quando Jesus usou argila feita de terra e saliva (Jo 9:6 ), o povo de Cafarnaum correram para Jesus, trazendo seus amigos e parentes doentes. Especialmente importante foram os endemoninhados , uma aflição comum naqueles dias. Com a Sua palavra de ordem do Mestre expulsou os maus espíritos e curou todos os que estavam doentes . Assim, Ele cumpriu a profecia de Isaías (Is 53:4)

    18 Ora, quando Jesus viu uma grande multidão a respeito dele, ele deu ordem de partir para o outro lado. 19 E veio um escriba, disse-lhe: Mestre, eu te seguirei withersoever fores. 20 E disse-lhe Jesus: O raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; ., mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça 21 E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai. 22 Mas Jesus disse-lhe: Segue-me, e deixar que os mortos sepultem os seus próprios mortos.

    Constantemente se aglomeravam pelas multidões, Jesus finalmente deu ordens para ir para o outro lado , o lado leste do lago da Galiléia. Esta praia não foi tão fortemente habitada como eram as costas oeste e norte.

    Como ele estava saindo, um escriba impetuoso ofereceu para segui-Lo. Jesus advertiu-o de que o Filho do homem não tinha casa.

    A expressão do Filho do homem (v. Mt 8:20) é encontrado aqui, pela primeira vez em Mateus. Ele é usado nos Evangelhos só por Jesus e sempre como uma designação de si mesmo (31 vezes em Mateus, 14 em Marcos, 25, em Lucas, e 13 em João). Fora dos Evangelhos que ocorre no Novo Testamento apenas em At 7:56 (sem o artigo em He 2:6 ; Ap 14:14 ).

    Nos Salmos "Filho do homem" é equivalente a "homem" (eg, Sl 8:4 , onde se diz que o Filho do homem virá "com as nuvens do céu." Este significado apocalíptico é intensificado no livro apócrifo de Enoque , onde é usado para designar uma pré-existente, Messias pessoal. Ao usar o termo, Jesus fez a alegação de ser esse Messias.

    Outro discípulo queria seguir Jesus, mas ele teria que esperar, ele disse, até que seu pai e sua mãe morreu-que possam implicar um atraso de vários anos. Jesus disse-lhe para deixar o espiritualmente mortos sepultar os seus física mortos . O dever do discípulo foi: Segue-me . Assim, Jesus afirmou sua autoridade sobre não só os corpos dos homens, mas suas mentes e vidas também.

    5. Mais de Storms (8: 23-27)

    23 E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. 24 E eis que se levantou uma grande tempestade no mar, de modo que o barco era coberto pelas ondas; mas ele estava dormindo. 25 E vieram a ele, e despertaram, dizendo Save, Senhor; estamos perecendo. 26 E disse-lhes: Por que sois tão tímidos, ó homens de pouca fé? Então ele se levantou e repreendeu os ventos eo mar; e houve grande bonança. 27 E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos eo mar lhe obedecem?

    Como eles estavam atravessando o lago uma grande tempestade surgiu. A palavra grega é seismos , o significado usual de que é "terremoto". Ele ressalta a violência da tempestade, que sacudiu o navio. Mas Jesus ainda continuou a dormir (imperfeito).

    Finalmente, os discípulos não aguentou mais. Eles despertado Jesus e pediu a Ele para salvá-los. Depois de repreendê-los por ser medroso (literalmente, covarde) Ele repreendeu a tempestade, como se fosse uma pessoa. O resultado foi uma grande calma .Não só os ventos deixam de soprar, mas as ondas deixaram de rolar. Não é de admirar que os homens se maravilharam . Eles nunca tinha presenciado nada parecido com isso antes.

    Alguns estudiosos tentam explicar este milagre em bases puramente psicológicas. Jesus acalmou a mente dos homens, e não as ondas do mar. Mas por que não os dois? Aquele que teve a tempestade dentro de sua alma acalmado pela voz do Salvador não tem dificuldade em acreditar que o Criador poderia exercer autoridade sobre a Sua criação.

    6. Mais de Demons (8: 28-34)

    28 E, quando chegou ao outro lado para o país dos gadarenos, lhe ao encontro dois endemoninhados,, saindo dos túmulos, tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 E eis que eles gritaram, dizendo: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? 30 Ora, havia de longe deles uma manada de muitos porcos. 31 E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, manda-nos entrar naquela manada de porcos. 32 E disse-lhes: Ide. E eles saíram, e entraram no suína: e eis que toda a manada se precipitou pelo despenhadeiro no mar e morreram nas águas. 33 E os que os alimentou, fugiu, e foi à cidade, e disse tudo, e . o que acontecera aos que estavam possuídos por demônios 34 E eis que toda a cidade saiu ao encontro de Jesus e quando viram o, rogaram -lhe que se retirasse dos seus termos.

    O país dos gadarenos foi leste do lago da Galiléia e nomeado após a cidade grande mais próxima, Gadara, que era de seis quilômetros ao sudeste. A versão ReiTiago tem "Gergesenes." Provavelmente Gergasa foi o Khersa moderno, cujas ruínas estão na costa oriental. Alguns manuscritos gregos têm "Gerasenes." Gerasa estava 30 milhas a sudeste do lago.

    Mateus menciona dois endemoninhados, enquanto Marcos e Lucas falam de apenas 1. Evidentemente Marcos e Lucas mencionar apenas a um proeminente dos dois. Estes endemoninhados eram tão feroz que os viajantes evitada a área.

    Quando os demônios viu Jesus que ruidosamente aclamaram como Filho de Deus . Eles o reconheceram como seu juiz, que iria finalmente entregue-os ao tormento. Quando dada a permissão para entrar em uma manada de porcos pastando nas proximidades, que fez com que toda a manada para cometer suicídio em massa. Os swineherds correram para dentro da cidade para denunciar o desastre. Toda a cidade saiu para ver o que tinha acontecido. Jesus foi convidado a sair. O povo não queria perder mais de seus porcos.

    Tem sido dito muitas vezes que estas pessoas não tinham o direito de manter porcos, uma vez que a alimentação destes animais foi proibido como impuros na lei de Moisés. Mas os proprietários foram, provavelmente, os gentios, e não judeus. O fato de que Jesus permitiu uma manada de porcos para ser destruído, a fim de salvar dois homens não devem dar lugar a tergiversações críticas. A libertação dos endemoninhados estava relacionada com a destruição dos porcos. O destino do último destaque para os homens curados a desesperança de sua condição anterior e do milagre de sua libertação.

    Quais são as lições deste incidente? (1) Não é o fato da existência de demônios. Isso já foi discutido nos comentários sobre Mt 4:24 . (2) Jesus tem poder sobre o mundo espiritual. Os demônios não poderia desafiar seu comando, Go (v. Mt 8:32 ). (3) "Tanto a loucura e possessão demoníaca são símbolos da mais terrível tirania do pecado". (4) O pecado, como esses demônios, pede a destruição de suas vítimas. (5) Os homens são geralmente mais preocupados com os seus próprios bens materiais do que o bem-estar das almas.O Gadarenes não queria que Jesus ao redor se ele estava indo para interferir com o seu negócio. (6) Jesus deixa quando solicitado, mas aqueles que O rejeitam sustentar a maior perda.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34
    Mudamos agora para uma nova se-ção do relato de Mateus em que o Rei revela seu poder (caps. 8—10). Mateus agrupa dez milagres para provar a seus leitores que Jesus Cris-to possui os poderes do Rei que o Antigo Testamento prometeu que o Messias teria. Em seu primeiro ser-mão (Lc 4:18-42), ele anunciou que provaria que o Espírito estava sobre ele ao curar e ajudar as multidões. Is 35:0), e talvez a sogra vivesse com a filha e ele. Ele serviu a Cristo depois que este a curou, o que mostra como a cura foi comple-ta e como ela ficou agradecida pelo

    que Jesus fez. Devemos fazer a mes-ma coisa.

    Observe que Mateus cita Isaí- as 53:4 para apresentar fundamen-to bíblico ao ministério de Jesus. Alguns intérpretes acham que essa passagem significa que há "cura na expiação", e que a morte de Cris-to nos dá, hoje, o privilégio da cura física. Todavia, observe que Mateus não fala da morte de Jesus, mas de sua vida! Is 53:4 não se refere ao Calvário, mas ao ministério terreno de cura de Cristo. Em 1Pe 2:24, Is 53:4 é aplicado à cura de nos-sos pecados. Com certeza, Deus tem o poder de curar hoje, e, por causa da morte de Cristo, algum dia, tere-mos redenção física (Rm 8:18-45). Contudo, não apliquemos esse ver-sículo à cura hoje. Mateus não fez isso, nem nós devemos fazê-lo.

    1. Poder sobre a natureza (Mt 8:18-40)

    Jesus, em vez de bajular a multi-dão, afastou-se! Muito diferente de algumas celebridades cristãs atu-ais que apelam para as multidões e amam o aplauso das pessoas. Os versículos 19:22 mostram por que Jesus não se impressionava com as grandes multidões: as pessoas não estavam dispostas a abandonar tudo para seguir a Cristo. Elas estavam in-teressadas em ver milagres, não em dar tudo de si por Cristo.

    Algumas pessoas acreditam que a origem dessa tempestade era sa-tânica, já que os discípulos (alguns deles homens do mar experientes) estavam petrificados de medo. Tal-vez fosse um ataque satânico para destruir Cristo. Sabemos que as tem-pestades repentinas são comuns no mar da Galiléia. Veja a paz que Je-sus demonstra — dormiu em meio a uma tempestade perigosa. Esse é o tipo de paz que temos quando sa-bemos que seguimos a vontade de Deus. De novo, ele controla o vento e o mar, e há calma imediata. Passa-mos de uma "grande tempestade" (v. 24) a uma "grande bonança" (v. 26) por causa de um Salvador podero-so! Como devemos ser agradecidos por Cristo acalmar as tempestades da vida (veja SI 107:23-31).

    1. Poder sobre Satanás (8:28-34)

    Cristo encontra seu inimigo de novo, dessa vez no cemitério. Essa é uma boa ilustração de Ef 2:1-49! Te-mos a morte (o cemitério), a posses-são satânica, a imundícia da carne e a horrível demonstração de animo-sidade contra Deus. Mateus men-ciona dois homens, mas os outros evangelhos, apenas um homem; talvez estes falem apenas do mais notório. Mateus não contradiz Mar-cos e Lucas; apenas complementa o relato deles.

    Temos de admitir a existência de poderes demoníacos em nosso mundo hoje (Ef 6:12), bem como o desejo de Satanás de destruir o cor-

    po humano e de condenar a alma dos homens ao inferno. O temor dos endemoninhados de que Cristo os atormentasse "antes do tempo" (v. 29) indica que haverá um julga-mento futuro contra Satanás e seus exércitos. Os demônios têm de ter corpo para fazer o trabalho deles neste mundo, da mesma forma que o Espírito precisa do corpo dos cris-tãos (Rm 12:1-45). Por isso, os demô-nios rogaram para entrar nos porcos. Aos olhos de Satanás, os porcos são tão bons quanto os homens! (Veja qual o fim do filho pródigo — entre os porcos; Lc 1:5:1 Lc 1:5 Lc 1:6.)

    Os demônios têm de obede-cer à sua Palavra, e aquela palavra que proferiu: "Ide", expulsou-os do meio dos homens. Os porcos morre-ram porque Satanás é homicida (Jo 8:44). Se Cristo não tivesse interfe-rido em amor e graça, Satanás teria feito isso aos homens. Jesus estava disposto a atravessar uma tempes-tade para salvar esses homens das garras de Satanás! Isso mesmo, e ele estava disposto a atravessar a tem-pestade do ódio dos homens e a do Calvário para salvar nossa alma!

    Como os cidadãos foram insen-satos ao pedir que Jesus deixasse sua região. Quando comparamos essa passagem com os evangelhos de Lu-cas e Marcos, descobrimos que hou-ve três "orações" naquele cemitério: os demônios oraram por permissão para entrar nos porcos; um dos ho-mens curados orou para ter o privilé-gio de seguir Jesus; e os cidadãos ora-ram para que Jesus os deixasse.

    Hoje, Jesus Cristo tem poder sobre o demônio (Jo 12:31; Jo 14:30; Cl 2:15). Talvez os poderes demo-níacos do diabo ajam de forma di-ferente daquela que agiam quando Jesus estava na terra, mas eles estão fazendo seu trabalho da mesma for-ma que na época dele. Um homem é atacado pelo orgulho; outro, pela luxúria; um terceiro, pelo amor ao dinheiro. Apenas Cristo pode liber-tar os cativos.

    No capítulo 8, observe o po-der da Palavra do Senhor (vv. 8,16,26,32). A Palavra de Deus é poderosa, não a nossa palavra (He 4:12). Devemos fundamentar nossa pregação, nosso testemunho pesso-al e nosso viver diário na Bíblia.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34
    8.1 Descendo. Encerrou-se um dos cinco grandes grupos de ensinamentos que Mateus ajuntou, em Mt 5:0; Mt 7:0; os outros encontram-se em Mt 10:13 ; Mt 24:0; Mt 25:0. • N. Hom. A doença e sua cura, 8:1-4. Os males lamentáveis são físicos e espirituais. A enfermidade física é uma infelicidade, mas a da alma envolve pecado. A cura do corpo pode advir de remédios ou da intervenção divina, mas os males da alma só podem ser curados pelo sangue de Jesus.

    8.4 Moisés ordenou. As leis sobre a lepra (Lv 13 ; 14) eram pormenorizadas, e o conceito da quarentena teve seu início naquela época. A palavra traduzida por "lepra" (heb çãra'ath) é uma definição genérica de várias desordens: na pele, havendo rara coincidência com o tipo hoje mais comumente conhecido. Para os hebreus, simbolizava o pecado, por ser nojento, contagioso e incurável. Jesus, ao curá-la, revela parte da natureza do Seu ministério.

    8.5 Um centurião. Oficial do império Romano, comandante de uma centúria ou destacamento de 100 soldados. O procedimento e a fé que este homem manifestou, provocaram a admiração de Jesus (10).'

    8.9 Para o centurião era tão natural Jesus ter plenos poderes sobre as influências invisíveis do universo, como o era para um oficial romano ter confiança no cumprimento de suas ordens.

    8.14,15 Esta passagem dos evangelhos indica que Pedro era casado e que possuía casa, como se vê em Mc 1:29. Paulo menciona que Pedro levava a esposa nas viagens missionárias (1Co 9:5).

    8.16 Endemoninhados. Para desafiar o ministério de Jesus, Satanás lançou uma ofensiva concentrada de forças malignas (Lc 4:33). Não é valida a idéia que diz que os antigos confundiam doenças com possessão demoníaca, revelando ignorância e superstição. A Bíblia define doenças e também é específica quando se trata de possessão de demônios.

    8.17 Para que se cumprisse. Mateus mostra a Jesus Cristo como o Rei prometido pelas profecias do AT Por isso há tantos textos que vinculam Jesus com as profecias (93 citações). Isto, porém, não significa que Jesus procurasse profecias do AT para depois se esforçar para cumpri-las.

    8:18-22 Segue-me. A prova de alguém ser discípulo de Cristo é o fato de segui-lO, procurando executar Sua vontade (28.20). Sepultar. Conforme Lc 9:59,Lc 9:60 n.

    8.20 O Filho do homem. Título que Jesus aplicou a si mesmo, cerca de 80 vezes Não se referia a algum profeta futuro, como certos judeus imaginavam. A comparação Dt 16:13-5 com Lc 9:22 mostra que o título pertencia a Jesus. O termo pode ter dois sentidos:
    1) Possivelmente mostra que Jesus era plenamente humano, o Homem ideal e representante da raça humana;
    2) Mostra claramente, também, que Jesus é o Messias eterno, vindo do próprio céu, segundo a profecia de Ez 7:13-27, a qual Jesus aplicava a Si mesmo (26.64). Os dois sentidos reúnem-se na missão de Jesus, 12 incluindo-se a parte final desta missão, a futura segunda vinda na qual Jesus será juiz do universo (Jo 5:22, Jo 5:27)

    8:23-27 Jesus ia atravessando o lago da Galiléia, saindo de Cafarnaum e indo para Gadara, uma travessia Dt 10:02n).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34
    II. 1. NARRATIVA: MILAGRES NA GALILÉIA (8.1—9.34)

    A escolha dos incidentes nessa seção foi feita em todos os casos para destacar a autoridade de Jesus em ação. É difícil, no entanto, explicar a ordem dos eventos, sempre que ela difere da de Marcos. Não há base para a sugestão de que Mateus está tentando corrigir a ordem de Marcos.

    A cura de um leproso (8:1-4)

    V.comentário de Mc 1:40-41 (Lc 5:12

    16). Lc 5:12 deixa claro que a cura foi realizada numa cidade. Na época do NT, a impureza causada por um leproso era destacada fortemente, mas a regulamentação de Lv 13 tinha sido amenizada em um detalhe importante. Exceto no caso de cidades muradas, o leproso tinha permissão para morar entre os seus compatriotas, desde que ele vivesse sozinho numa casa (SB IV, p. 751-7; Edersheim I, p. 492). Com freqüência, se cita Josefo contra esse ponto, mas em Ant. III, xi.3, e Guerras V, v.6, ele quer dizer Jerusalém com a expressão “a cidade”; em Contra Apion 1.31, ele talvez esteja se referindo à execução original dessa ordem. R. G. Gochrane, Biblical Leprosy, demonstrou que Lv 13 não está descrevendo casos típicos de lepra (han-seníase), e não se tem por certo se a lepra no sentido moderno era conhecida na Palestina dos tempos do AT, embora tenha existido como tal no NT. Não há evidência de que se esperava do Messias que fosse curar os leprosos (Edersheim I, p. 495).

    A cura do servo de um centurião (8:5-13)

    V.comentário de Lc 7:1-42. Não parece haver razão para a tentativa de harmonizar os dois relatos. Ao tratar com os representantes do centurião, Jesus estava tratando com ele mesmo. Para leitores principalmente gentílicos, Lucas destaca como Jesus honra o amor de um gentio pelos judeus; para leitores principalmente judaicos, Mateus destaca a aceitação da fé onde quer que ela é encontrada; ou seja, os judeus não são os únicos que têm fé que agrada a Cristo. Não há fundamento para identificarmos a cura anterior de Jo 4:4654 com esse milagre; no entanto, ela pode ter dado ao centurião esperança e coragem para se aproximar de Jesus.

    A cura da sogra de Pedro (8.14,15)

    V.comentário de Mc 1:29-41 (Lc 4:38,Lc 4:39).

    A cura das multidões ao pôr-do-sol (8.16,17)

    V.comentário de Mc 1:32-41 (Lc 4:40,Lc 4:41). A citação de Is 53:4 provavelmente tem a intenção de deixar claro que os milagres de cura de Jesus não foram realizados só por uma palavra de poder; antes, por meio de um ato de auto-identificação com o enfermo. O trecho, incidentalmente, é uma resposta à afirmação de que o cristão pode reivindicar a cura física por direito como parte da obra de Cristo na cruz.

    O verdadeiro discipulado (8:18-22)

    Conforme Lc 9:57-42. Essa seção está aqui para indicar que já no início do ministério de Jesus havia pouca seriedade por parte de muitos que o seguiam. As raposas têm suas tocas..:. Isso não significa que Jesus tinha de dormir no chão duro a maioria das noites (a hospitalidade oriental normalmente evitava isso), mas que ele não tinha nada, por insignificante que fosse, em que se refugiar na hora da necessidade. (Isso não está em conflito com Mc 2:1; a casa em Cafarnaum, sem dúvida, tinha sido adquirida para a sua mãe.) O simples fato de que esse Outro discípulo (v. 21) estava com ele é prova suficiente de que o seu pai ainda não estava morto. Ele não queria estar muito distante quando o seu pai falecesse, talvez porque quisesse garantir a sua herança.

    v. 22. A expressão os mortos significa, como às vezes em escritos rabínicos, os espiritualmente mortos. Acerca de Filho do homem, v.comentário no final do capítulo.

    A tempestade no lago (8:23-27)

    V.comentário de Mc 4:35-41 (Lc 8:22-42).

    Os endemoninhados gadarenos (8:28-34)

    V.comentário de Mc 5:1-41 (Lc 8:26-42). Mateus apresenta um relato muito mais breve, mas menciona um segundo endemoninhado (v. 28), que não é mencionado nos outros dois evangelhos, visto que não teve papel importante na história. Pode haver pouca dúvida de que o nome correto do distrito tenha sido “terra dos gergesenos”, embora não apareça nas melhores combinações de manuscritos em qualquer dos Evangelhos sinópticos. V. uma discussão detalhada disso em Dalman, p. 176-80.

    Observações adicionais acerca do Filho do homem. O título “Filho do homem” (ko hyios tou anthrõpou) ocorre 31 vezes em Mateus, 14 em Marcos, 25 em Lucas, 13 em João e uma vez em At 7:56 (há também três ocorrências sem o artigo, significando um homem). Exceto no último caso, sempre é usado pelo próprio Jesus. Isso sugere que tinha a intenção de dissimular as reais reivindicações de Jesus, e que os apóstolos cessaram de usar o título depois que a sua morte e ressurreição o tornaram desnecessário.

    Ele parece ter dois usos principais, ambos com algum paralelo no uso judaico, embora nunca sejam combinados. Jesus é o homem, o homem celestial ideal (1Co 15:451Co 15:47), o Servo de Javé; conforme 8.20; 9.6; 20.28; Mc 8:31. Além disso, ele é o homem celestial que virá com as nuvens do céu como o juiz (Ez 7:13; Enoque; 2Esdras), conforme 16.28; 19.28; 24.27,37-44; 25:31-46; 26.64; Mc 8:38; Lc 17:2. O título era uma reivindicação óbvia de um status especial, mas dissimulava a sua natureza exata até que viesse o tempo da sua revelação. Em ambos os sentidos, destacava o elo entre Jesus e aqueles a quem tinha vindo salvar e governar. Conforme Moule, p. 11-22.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 4

    Mt 8:1, e os dicionários bíblicos. No V.T., esta enfermidade repugnante foi transformada em símbolo dos efeitos do pecado sobre o homem. (As leis não eram primordialmente higiênicas, pois uma pessoa completamente coberta com lepra podia ser declarada limpa; Lv 13:12, Lv 13:13.)

    Adorou-o. A fé que o leproso demonstrou no poder de Jesus (Se quiseres; não "Se puderes") demonstra que o seu ato de prostrar-se era adoração religiosa e não cortesia oriental.

    Tocou-lhe. Um ato simultâneo com a declaração de cura pronunciada por Jesus, e assim não foi uma quebra do cerimonial relativo à impureza.

    Não digas a ninguém. Não teve a intenção de evitar publicidade, pois grandes multidões testemunharam o milagre, mas para evitar que a notícia chegasse prematuramente aos ouvidos do sacerdote, o qual poderia formar um preconceito contra o homem. Cristo queria que a purificação fosse oficialmente declarada primeiro, para que a explicação fosse um testemunho contra eles (isto é, contra os sacerdotes que se lhe opunham). Infelizmente, o homem não deu importância à advertência e conseqüentemente causou muitos inconvenientes a Cristo (Mc 1:45).


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 38


    5) Dez milagres e Acontecimentos Relacionados. 8:1 - 9:38.

    A narrativa desses dois capítulos está arrumada por tópicos, e a ordem difere um pouco de Marcos e Lucas. Entretanto, a descrição que Mateus faz da purificação do leproso logo após ao Sermão da Montanha deve ser cronológica (conf. Mt 8:1), enquanto que nem Marcos nem Lucas são específicos quanto à ocasião.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 5 até o 13

    5-13. A cura do servo de um centurião. Centurião. Lucas indica que ele apelou para Jesus por intermédio de anciãos judeus e outros amigos (Lc 7:1-10). Os centuriões são uniformemente descritos no N.T, como homens de bom caráter (Mt 27:54; At 10:22; At 27:3, At 27:43; e outros).

    Este homem era provavelmente um comandante gentio à frente do exército de Herodes Antipas, que mantinha tropas estrangeiras (Josefo, Antig. xvii. 8.3). Paralítico. A palavra grega paralytikos indica paralisia causada por uma variedade de doenças afetando os músculos e órgãos do corpo.

    Não sou digno. Este gentio, talvez nem mesmo um prosélito (ainda que tivesse construído uma sinagoga judia, Lc 7:5), achou que era presunção de sua parte pedir a Jesus que fosse à sua casa.

    Eu sou homem sujeito à autoridade. O significado é: Se este oficial de baixa patente podia dar ordens aos seus subordinados, quanto mais Cristo, que possui toda a autoridade, pode dar uma ordem para que a Sua vontade seja feita.

    Admirou-se Jesus. Uma indicação de que a onisciência da natureza divina de Cristo não impedia as reações humanas normais. Apesar da riqueza de revelações que Israel possuía, foi a fé de um gentio na autoridade de Cristo que brilhou com mais intensidade. Assim Jesus anuncia que o seu reino messiânico será desfrutado por muitos que não são judeus. Tomarão lugares à mesa com Abraão. Ao se falar no Reino, usa-se muitas vezes a figura de um banquete (Is 25:6; Lc 14:15-24).

    Os filhos do reino. Os judeus, recipientes das profecias, e conseqüentemente os herdeiros originais, são informados aqui que sem fé, o simples fato de pertencer a uma raça não é suficiente qualificação para o reino de Cristo.

    Para fora nas trevas. As trevas do lado de fora do salão iluminado do banquete (conf. Mt 22:13). Conforme a tua fé. O homem creu que Jesus podia curar à distância, e Ele o fez.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 14 até o 17

    14-17. A cura da sogra de Pedro e outros. Tendo Jesus chegado à casa. Vindo de um culto na sinagoga (Lc 4:38; Mc 1:29). Ardendo em febre. Esperando hóspedes, esta enfermidade deve ter perturbado muito todos de casa. Servi-lo. A cura foi completa, sem recuperação gradual. A sugestão de que a esposa de Pedro já tinha morrido, considerando que sua sogra o serviu, contradiz 1Co 9:5.

    Chegada a tarde. Ao pôr-do-sol, ao findar do sábado, muitos doentes e endemoninhados foram trazidos em busca de cura.

    Ele mesmo tomou as nossas enfermidades. Mt 9:6 mostra que a cura de doenças (um dos efeitos do pecado) efetuada por Cristo, indica sua competência em lidar com a causa principal. Assim, essas curas foram um cumprimento parcial de Is 53:4, que foi completado no calvário quando o pecado do homem foi levado por Cristo.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 18 até o 22

    18-22. Entrevista com possíveis seguidores. A ligação cronológica desta passagem complica-se quando comparada com Lucas (Lc 9:57 e segs), que a coloca muita mais tarde. Talvez a primeira entrevista acontecesse quando Jesus preparava-se para embarcar, e Mateus acrescenta o último incidente no mesmo parágrafo, enquanto que Lucas agrupa três incidentes parecidos na ocasião.

    Um escriba. Ainda que poucos desses mestres religiosos se sentissem inclinados a seguir Cristo (conf.com Mc 12:28-34; contraste com Lc 11:53, Lc 11:54), este se ofereceu para se tornar seu discípulo permanente. Entretanto, Jesus evidentemente viu neste propósito a falta de estimar devidamente os rigores do verdadeiro discipulado.

    Filho do homem. Um título que os judeus entendiam pertencer ao Messias (Jo 12:34) e equivalente a "Filho de Deus" (Lc 22:69, Lc 22:70). Era a maneira costumeira de Cristo se intitular, aparentemente de Dn 7:13,Dn 7:14.

    Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Este homem, já um discípulo, foi convidado por Jesus a segui-lo (Lc 9:59). Tendo acabado de receber a notícia da morte de seu pai, pediu um prazo. A sugestão de que o pai do homem ainda estivesse vivo (considerando que os sepultamentos judeus são feitos no dia da morte, e uma pequena demora não justificaria a resposta de Cristo), não diminui a dificuldade, pois entre os judeus a responsabilidade de um homem diante de um pai idoso era tão grande quanto o seu dever para com os mortos. Jesus viu na hesitação do homem uma fraqueza de fidelidade. Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.

    Quando Cristo chama um homem para uma tarefa específica (Lc.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 5
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 6
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 7
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 8
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 9
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 10
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 11
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 12
    Mt 8:12 - O inferno é um lugar de trevas, ou há luz lá?


    PROBLEMA:
    Jesus descreveu o inferno como um lugar "para fora, nas trevas" (Mt 8:12; conforme Mt 22:13 e Mt 25:30). Ao invés disso, a Bíblia diz que o inferno é um lugar em que há "fogo" (Ap 20:14), e um fogo que não "se apaga" (Mc 9:48). Ora, o fogo gera luz. Como pode então o inferno ser completamente escuro, em trevas, se há luz lá?

    SOLUÇÃO: Tanto o "fogo" como as "trevas" são poderosas figuras de linguagem que apropriadamente descrevem a realidade inimaginável do inferno. Ele é como o fogo porque é um lugar de destruição e de tormento. Ainda assim, é um lugar separado, em trevas, porque lá as pessoas estão perdidas para sempre. Embora o inferno seja um lugar no sentido exato da palavra, nem toda descrição dele feita deve ser tomada literalmente.

    Para fornecer uma imagem desse lugar, são empregadas figuras de linguagem fortes e de impacto. Trata-se de uma terrível realidade, onde corpo e alma sofrerão eternamente, e, portanto, não há figura de linguagem que possa descrevê-lo de maneira adequada. Constitui um grave erro, porém, tomar literalmente uma figura de linguagem. Quem faz isso pode concluir que Deus tem penas, já que ele é descrito como tendo asas e penas com as quais pode nos cobrir! (Sl 91:4).

    Há outras figuras de linguagem empregadas para descrever o destino eterno dos perdidos que, se tomadas literalmente, se contradizem entre si. Por exemplo, o inferno é pintado como sendo um eterno depósito de lixo (Mc 9:43-48), que tem um fundo, onde o verme atua. Mas é também descrito como sendo um profundo abismo (Ap 20:3). Cada uma dessas é uma vivida descrição desse lugar de castigo eterno.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 13
    Mt 8:5-13 (conforme Lc 7:2-10) - Há um erro nos relatos a respeito de Jesus e o centurião?


    PROBLEMA:
    Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt 8:5); mas Lucas parece dizer que o centurião enviou anciãos, como seus representantes, até Jesus .c Lc 7:3).

    SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 20
    Mt 8:20 (cf. Mt 20:18; Mt 24:30 etc.) - Se Jesus é o Filho de Deus, por que ele chamava a si mesmo de o Filho do Homem?


    PROBLEMA:
    Jesus referiu-se a si mesmo muitas vezes como o Filho do Homem. Isso parece apontar mais para a sua humanidade do que para a sua deidade. Se ele é realmente o Messias, o Filho de Deus, por que empregou a expressão "Filho do Homem" ao referir-se a si mesmo?

    SOLUÇÃO: Em primeiro lugar, mesmo que a expressão "Filho do Homem" seja uma referência à humanidade de Jesus, ela não constitui uma negação de sua divindade. Por tornar-se homem, Jesus não deixou de ser Deus. A encarnação de Cristo não envolveu a perda da divindade, mas sim o acréscimo da humanidade. Jesus com toda clareza reivindicou ser Deus em muitas ocasiões (Mt 16:16-17; Jo 8:58; Jo 10:30). Mas, além de ser divino, ele foi também humano. Ele tinha duas naturezas coexistentes numa só pessoa.

    Jesus não estava negando a sua divindade quando se referia a si mesmo como o Filho do Homem, pois essa expressão é usada também para descrever a deidade de Cristo. A Bíblia diz que somente Deus pode perdoar pecados (Is 43:25; Mc 2:7), e Jesus, na condição de "Filho do Homem", tem o poder para perdoar pecados (Mc 2:10). De igual modo, Cristo retornará à terra como "Filho do Homem" nas nuvens de glória, para reinar sobre a terra (Mt 26:63-64). Nessa passagem Jesus está citando Dn 7:13, em que o Messias é descrito como o "Ancião de dias", uma expressão usada para indicar a sua divindade (conforme Dn 7:9).

    Além disso, quando Jesus foi questionado pelo sumo sacerdote se ele era o "Filho de Deus" (Mt 26:63), ele respondeu afirmativamente, declarando que era o "Filho do Homem", que viria em poder e grande glória (v. Mt 26:64). Isso nos mostra que o próprio Jesus empregou a expressão "Filho do Homem" para indicar sua divindade como Filho de Deus.

    Finalmente, a expressão "Filho do Homem" enfatiza quem Jesus é em relação à sua encarnação e à sua obra de salvação. No AT (veja Lv 25:25-26,Lv 25:48-49).


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 22
    Mt 8:22 (conforme Lc 9:60) - Não foi um absurdo Jesus ter dito que os mortos sepultassem os seus próprios mortos?


    PROBLEMA:
    Um certo homem queria seguir Jesus, mas pediu-lhe permissão para primeiro ir enterrar seu pai. Jesus respondeu-lhe: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos" (Mt 8:22). Mas os mortos não podem enterrar ninguém. Isso parece não fazer sentido.

    SOLUÇÃO: Jesus não estava falando daqueles que estão fisicamente mortos, mas daqueles que estão espiritualmente mortos (Ef 2:1). Ele pediu que o homem o seguisse (Lc 9:59) e este respondeu-lhe dizendo que desejava primeiro dar assistência à sua família.

    A questão então é: o que está em primeiro lugar - a família de alguém ou Jesus Cristo. A resposta de Jesus indica o estado espiritual da família daquele homem. Aparentemente eles não eram crentes, e a Bíblia diz que aqueles que não são crentes estão "mortos em seus delitos e pecados" (Ef 2:1,Ef 2:5). Jesus estava dizendo ao homem que a sua família, que estava morta espiritualmente, cuidaria do enterro. Jesus queria que ele o seguisse. O discipulado cristão requer uma forte disposição.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 28
    Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


    PROBLEMA:
    Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

    SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

    Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
    Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 29
    Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


    PROBLEMA:
    Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

    SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

    Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
    Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 30
    Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


    PROBLEMA:
    Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

    SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

    Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
    Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 31
    Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


    PROBLEMA:
    Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

    SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

    Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
    Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 32
    Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


    PROBLEMA:
    Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

    SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

    Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
    Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 33
    Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


    PROBLEMA:
    Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

    SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

    Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
    Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 34
    Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


    PROBLEMA:
    Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

    SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

    Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
    Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 4
    V. OS MILAGRESMt 8:1-40, Lc 5:12-42. Podes tornar-me limpo (2). Conforme a lei de Moisés, a imundícia cerimonial era aplicável aos casos de lepra. Ver Lv 13, especialmente 13 45:3'>Lv 13:45-46. Jesus tocou-o... (3). Por tal gesto notável normalmente se tornava imundo cerimonialmente o agente. Porém, no caso de Jesus, Ele purificou o leproso pelo contacto. Olha não o digas a alguém (4). Há diversas interpretações desta ordem de Jesus, que Ele manifestou em outras ocasiões também. Provavelmente Ele não queria atrair a multidão por meio de milagres somente, nem tão pouco apresentar-se no papel de um pregador popular, fazendo propaganda com curas miraculosas. Mostra-te ao sacerdote (4). Em obediência à lei mosaica (ver Lv 13). Apresenta a oferta que Moisés determinou (4). As instruções mosaicas para a purificação do leproso, que tipificam a redenção de Cristo encontram-se em Lv 14:2-32. Para lhes servir de testemunho (4), isto é, como evidência ao sacerdote que o leproso foi curado.

    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 5 até o 13
    b) A cura do criado do centurião (Mt 8:5-40 (ver notas). Centurião (5). O posto de centurião era entre sargento e tenente, que correspondia a subtenente e era de muita responsabilidade. Criado (6) -gr. país, lit. "rapaz". Esta palavra tinha diversos sentidos, como no português, às vezes significando menino e outras, criado. Paralítico e violentamente atormentado (6). Não significa necessariamente que sentia muita dor. O centurião, respondendo, disse (8). O centurião não assistiu pessoalmente como se vê no trecho paralelo de Lc 7:1-42. A resposta foi dada por intermédio de mensageiros. Uso semelhante da palavra "disse" se acha em Mt 11:3. Criado (9). Aqui significa escravo. Maravilhou-se (10). Uma indicação da perfeita humanidade de Cristo. Tanta fé (10). O centurião compara Jesus a si mesmo, no sentido de que Ele está sob autoridade. Indica assim que crê que Jesus tem todo o poder de Deus a seu dispor, e que sua palavra será obedecida incontinenti, mesmo em questões de doença e de morte. Do oriente e do ocidente (11). Citação dos LXX do Sl 107:3. Cfr. também Is 49:12, 59.19, Ml 1:11. O Senhor se refere à entrada dos gentios no reino, mercê do evangelho, e à vasta assembléia final, quando Ele voltar. Assentar-se-ão (11) -lit. reclinar-se-ão à mesa. Os antigos tomavam as refeições reclinados num divã, apoiados no cotovelo esquerdo. O Senhor pinta o quadro oriental de um grande banquete para ilustrar o mundo vindouro, não somente aqui como nas parábolas das bodas (Mt 22:1-40) e da grande ceia (Lc 14:15-42). Filhos do reino (12). Os judeus, a quem o reino pertencia em realidade. Trevas exteriores (12). Quer dizer a perdição, a segunda morte. Ali haverá pranto e ranger de dentes (12). A palavra ali é enfática. A frase alude ao Sl 112:10. Como creste (13). A nossa fé é sempre a medida da bênção almejada.

    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 14 até o 17
    c) A cura da sogra de Pedro (Mt 8:14-40; cfr. Lc 4:38-42. Jazendo (14). No chão, num colchão de palha. Serviu-os (15). Este pormenor é incluído para chamar a atenção à natureza imediata e completa da cura. Expulsou os espíritos (16). Esses espíritos eram maus, diabólicos. Tais seres pertencem a outro mundo invisível, cuja natureza e características ignoramos, apesar do progresso científico. Ver notas em 4.24 n. e 9.32 n.

    >Mt 8:16

    Com a sua palavra (16). Melhor, "com uma palavra". Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças (17). Esta citação, tirada do hebraico de Is 53:4, é importante pela razão que estabelece o sentido da primeira frase desse verso. Refere-se ao ministério de curas e não ao Calvário. A frase não está bem traduzida nos LXX. Mc 5:30 e Lc 8:46 dão a entender que as curas feitas pelo Senhor custaram-lhe caro, fisicamente.


    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 18 até o 27
    d) O preço do discipulado e uma tempestade apaziguada (Mt 8:18-40; Lc 8:22-42; Lc 9:57-42. Ordenou que passassem (18). Muitas vezes o Senhor desejou evitar as massas, para estar a sós com Deus ou com os discípulos. Um escriba (19). Quase sempre os escribas são mencionados no plural. Mestre... eu te seguirei (19). Tais palavras têm uma significação tanto espiritual como literal. Ver Ap 14:4. Mestre, lit. "professor". É notável que o Senhor não faz do discipulado uma coisa fácil, mas exige que cada um pague o preço. O Filho do homem (20). O título que o Senhor adotava com mais freqüência quando falava de Si mesmo. Talvez se origine em Ez 7:13, onde o título leva uma significação messiânica. Na visão de Daniel, o reino do Filho do homem segue os remos dos quatro animais grandes e os substitui. Nas escolas apocalípticas, no tempo do Senhor, o título era aplicado ao Messias. Outro de seus discípulos (21). Por isso concluímos que aquele que achou dificuldade em aceitar Cristo incondicionalmente era um discípulo professo. Sepultar meu pai (21). Significa que desejava ficar em casa até a morte de seu pai. Deixa aos mortos sepultar os seus mortos (22). Uma resposta difícil. Temos que deixar, em certo sentido, o mundo aos que são do mundo, para que sigam a vida comum do mundo e nos dediquemos à tarefa urgente do reino. Notem que a chamada de Cristo há de ter precedência sobre todos os deveres da vida, inclusive os da família. Ver Mt 10:37 n. Tempestade (24). Gr. seismos, "perturbação". Seus discípulos (25). Mais exato "eles". Os melhores textos omitem também a palavra "nos" de "salva-nos". Temeis (26) -gr. deiloi, "covardes".

    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 28 até o 34
    e) A cura dos endemoninhados gergesenos (Mt 8:28-40; Lc 8:26-42. Gergesenos (28). Melhor, gadarenos. Gergesa era uma cidade da banda oriental do mar da Galiléia, cujo sítio consta ser o de algumas ruínas descobertas recentemente, de nome Kersa. A cidade pertencia ao distrito de Gádara, tendo o mesmo nome como o de uma das cidades de Decápolis. Tanto a cidade como o distrito de Gádara formavam parte da maior região administrativa de Gerasa, cujo centro era a cidade de Gerasa, em Gileade. Dois endemoninhados (28). Somente Mateus faz menção de dois endemoninhados; os trechos paralelos dos outros evangelistas sinóticos falam de um apenas. Uma possível explicação é que o caso de um deles era mais notável devido a sua conversação com Cristo e testemunho subseqüente naquela região. Assim seria provável que ele seria o único dos dois sobre quem os evangelistas Marcos e Lucas tinham informações. Mesmo se o evangelista Mateus não tivesse assistido à cura, e sua chamada é narrada no cap. 9, ele era íntimo daqueles que testemunharam este duplo feito. Ver notas sobre Mt 20:30; Mt 21:7. Que temos nós contigo (29) -gr. ti heimin kai soi. O sentido é "o que há de comum entre nós". A pergunta expressa ressentimento com a intromissão. Atormentar-nos antes do tempo (29). No Novo Testamento a palavra grega basanisai não se limita ao uso primitivo de "torturar", mas tem o sentido mais amplo de "causar sofrimento ou perda de qualquer maneira". É notável que os espíritos malignos sabem que a futura retribuição os espera. Uma grande manada de porcos (30). Estes animais eram imundos pelas ordenanças da lei mosaica. Era proibido aos judeus possuí-los. Toda aquela manada se precipitou... e morreu (32). Este é o único milagre em que Nosso Senhor destruiu vida animal. Não é fácil compreender porque Ele cedeu ao desejo dos demônios. Pode ser que o princípio, neste caso, seja que os que desobedecem com conhecimento de erro, como no caso dos porqueiros, privam-se da proteção divina e se expõem à vontade das forças maléficas. Talvez sirva como exemplo aos que tentaram a Deus (Sl 78:41). Ver Mq 5:11-33 n. Rogaram-lhe que se retirasse (34). O incidente terminou em tragédia. O povo preferiu seus negócios ao Salvador.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34

    45. O Poder de Jesus sobre a doença (Mateus 8:1-15)

    E quando Ele havia descido do monte, grandes multidões o seguiam. E eis que um leproso veio a Ele, e inclinou-se diante dele, dizendo: "Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo."E, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: "Eu estou disposto; será purificado." E logo ficou purificado da lepra. E Jesus disse-lhe: "Veja que você não contar a ninguém;. Mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés determinou, para servir de testemunho para eles"
    E quando Ele havia entrado em Cafarnaum, um centurião veio a Ele, suplicando-lhe, dizendo: "Senhor, meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo muita dor." E disse-lhe: "Eu irei curá-lo". Mas o centurião, respondendo, disse: "Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas apenas dizer uma palavra, eo meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu ; e digo a este: 'Vai!' e ele vai; a outro: 'Vem!' e ele vem, e ao meu servo: 'Faça isso!' e ele o faz. " Agora, quando Jesus ouviu isto, admirou, e disse aos que o seguiam: "Em verdade eu vos digo, eu não encontrei tão grande fé com ninguém em Israel. E eu digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente , e reclinar-se à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus, mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes ". E Jesus disse ao centurião: "Siga o seu caminho;. Deixá-lo ser feito para você como você ter acreditado" E o servo ficou curado na mesma hora.
    E quando Jesus tinha chegado à casa de Pedro, viu a sua mãe-de-lei que encontra-se doente, de cama, com febre. E tocou-lhe a mão, ea febre a deixou; e ela se levantou, e esperou-Lo. (8: 1-15)

    Mateus 8 começa onde o capítulo 4 deixa de fora, com o Sermão da Montanha como uma espécie de parêntese no meio. No final do capítulo 4, Jesus foi "indo sobre em toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, proclamando o evangelho do reino e curando todo tipo de doença e todos os tipos de enfermidades entre o povo. E a notícia sobre Ele foi por toda a Síria; e trouxeram-lhe todos os enfermos, feita com várias doenças e dores, possessos, os lunáticos, os paralíticos, e ele os curou E grandes multidões o seguiam desde a Galiléia e da Decápole, de Jerusalém e Judéia e de além do. Jordan "(vv. 23-25).Jesus, então, "subiu ao monte" (5: 1), onde ele pregou Seu grande sermão, e, em seguida, desceu da montanha, ainda seguido por "grandes multidões" (8: 1).

    No Sermão da Montanha, Jesus virou as crenças e práticas religiosas do judaísmo populares, especialmente as dos escribas e fariseus, de cabeça para baixo. Ele lhes tinha dito, com efeito, que o seu ensino estava errado, a sua vida estava errado, e sua atitude foi errada. Praticamente tudo o que acreditava, representava, e esperava na era antibíblica e ímpios. O Senhor anulou todo o seu sistema religioso e expô-los como hipócritas religiosos e falsos amigos espirituais.

    Ao contrário de outros mestres judeus daquele dia, Jesus não citou o Talmude, o Midrash, a Mishná, ou outros rabinos. Ele reconheceu nenhuma autoridade escrita, mas a Escritura do Antigo Testamento e até mesmo colocar suas próprias palavras em pé de igualdade com as Escrituras. "O resultado foi", Mateus explica, "que quando Jesus concluído estas palavras [o Sermão da Montanha], as multidões ficaram admirados com seu ensinamento, pois Ele estava ensinando-os como um com autoridade e não como os escribas" (Mateus 7:28-29.).

    Ao estabelecer messianidade de Jesus Mateus demonstrou sua qualificação jurídica por meio de Sua genealogia, a sua qualificação profética por meio do cumprimento da profecia de seu nascimento e infância, a sua qualificação divina pelo próprio atestado do Pai pelo Seu batismo, Sua qualificação espiritual por Sua perfeita resistência às tentações de Satanás , e sua qualificação teológica através do ensino do Sermão da Montanha.
    Nos capítulos 8:9 Mateus define dramaticamente diante ainda outra qualificação: o poder divino de Jesus. Através dos milagres desses dois capítulos, Mateus mostra sem sombra de dúvida de que Jesus é, de fato, o próprio Filho de Deus, porque só Deus pode realizar tais façanhas sobrenaturais. Em uma exibição impressionante de poder, Jesus limpou um leproso, curado dois paralíticos, arrefecido a febre, acalmou uma tempestade no mar, expulsar demônios, levantou uma menina de entre os mortos, deu vista a dois cegos, restaurado discurso para um homem feito mudo por demônios, e curou todos os outros tipos de doenças e enfermidades.
    Estes dois capítulos são particularmente críticos para a compreensão da vida e ministério de Cristo. Nesta seção Mateus registra uma série de nove milagres realizados pelo Senhor, cada um selecionado entre os milhares que realizou durante seu ministério de três anos. Os nove milagres de Mateus 8:9 são apresentados em três grupos de três milagres cada. Em cada grupo Mateus narra os milagres e, em seguida, relatórios resposta dos judeus.
    Os milagres de Jesus eram a prova suprema de Sua divindade e as credenciais irrefutáveis ​​de Sua messianidade. O propósito de Mateus na gravação dos milagres, como o propósito de Jesus em realizá-las, foi confirmar a Sua divindade e sua afirmação de ser o Messias de Israel e Salvador do mundo. Em muitos aspectos, esta seção é o coração da mensagem de Mateus.
    Quando Jesus chamou os seus doze discípulos, Ele ordenou-lhes para não ir aos gentios ou samaritanos, mas "às ovelhas perdidas da casa de Israel." E como você vai, pregar, dizendo: "O Reino dos céus está próximo." Heal os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios; livremente que recebeu, de graça dai "(10: 5-8).

    Tragicamente, no entanto, e inexplicavelmente, do ponto de vista humano, muitos dos judeus que viam os milagres de Jesus concluiu que Ele realizou-los por demoníaca, e não por poder divino (Mt 12:24).À medida que mais e mais judeus rejeitaram, Jesus voltou sua atenção para o estabelecimento da igreja Gentil. Ele também começou a falar mais em parábolas, que os judeus incrédulos não conseguia entender por causa de seus corações endurecidos espiritualmente (13 11:13).

    Deve-se notar que o apóstolo João também gravou os milagres em seu evangelho como sinais de prova da divindade e da messianidade de Jesus. Quando os líderes judeus criticaram Jesus para a cura no sábado, acusaram de blasfêmia, e depois procuravam matá-lo por afirmar ser igual a Deus, "Jesus respondeu, e, portanto, estava dizendo-lhes:" Em verdade, em verdade vos digo que , o Filho nada pode fazer de si mesmo, a menos que seja algo que Ele vê o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, essas coisas também o Filho faz da mesma maneira Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que ele mesmo. está fazendo, e maiores do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer "(Jo 5:16). Um pouco mais tarde Ele explicou ainda: "As obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, dão testemunho de mim, que o Pai me enviou" (v. 36).

    Ainda mais tarde, Jesus disse aos seus ouvintes judeus, "Eu disse a você, e você não acredita, as obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim ... Eu eo Pai somos um" (Jo 10:25 , Jo 10:30). Quando "os judeus pegaram pedras novamente para apedrejá-lo," Jesus disse: "Eu mostrei muitas boas obras da parte do Pai? Para qual deles você está apedrejando-me ... Se eu não faço as obras de Meu Pai, Não acredito Me;. mas se as faço, embora você não acredita em mim, crede nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim e eu no Pai "(vv 31-32, 37— 38).

    Para Seus discípulos conturbados, que mesmo no final de Seu ministério não poderia compreender sua relação com o Pai, Jesus teve que explicar novamente, "Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu digo . a você que eu não falo por mim mesmo, mas o Pai, que permanece em mim, faz as Suas obras Crede-me que estou no Pai e que o Pai está em mim, caso contrário acredito que por conta das próprias obras "João 14:10— 11; Jo 15:24.

    Em seu propósito declarado para escrever este evangelho, João diz: "Muitos outros sinais, portanto, Jesus também realizada na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "20: 30-31.
    Os três primeiros milagres relatados em detalhe por Mateus (conforme 4: 23-24) todos envolvem a cura de aflição física. No Novo Testamento vezes doença era galopante e ciência médica como a conhecemos não existia. Se uma pessoa sobreviveu a uma doença grave que era normalmente porque a doença havia se esgotado. Se é ou não foi fatal, mais doença causou grande dor e sofrimento, para o qual havia pouca remédio. Sofrem foram muitas vezes deixados com cicatrizes, deformado, aleijado, ou de outra forma debilitado para o resto de suas vidas. Pragas, às vezes, acabar com aldeias inteiras, cidades ou mesmo regiões. A lista de doenças foi longa, ea expectativa de vida era curto.
    Muitas doenças são mencionados na Bíblia. Lemos de várias formas de paralisia e atrofia, o que abrangem coisas como distrofia muscular e poliomielite. A Bíblia fala freqüentemente de cegueira, que era galopante, pois poderia ser causado por inúmeras formas de doenças, infecções e lesões. Surdez era quase tão comum e tinha quase tantas causas. Somos informados de furúnculos, glândulas infectadas, várias formas de edema, disenteria, mutismo e outros distúrbios da fala, epilepsia, desordens intestinais, e muitas doenças não identificadas.
    Quando Jesus curou, Ele o fez com uma palavra ou um toque, sem truques, fórmulas, ou fanfarra. Ele curou instantaneamente, sem prolongado período de espera ou de restauração gradual. Ele curou totalmente, não parcialmente, não importa quão grave da doença ou deformidade. Ele curou todos que vieram a Ele e até mesmo alguns que nunca mais o vi. Ele curou orgânico, bem como as aflições funcionais. Mais dramática e poderosa de tudo, Ele mesmo ressuscitou os mortos.

    Não é de admirar, portanto, que as curas de Jesus trouxe tanta atenção imediata e generalizada. Para as pessoas que raramente tinha meios para aliviar mesmo os sintomas da doença, a perspectiva de cura completa era quase muito surpreendente para ser acreditado. Até mesmo o rumor de uma coisa tão traria uma multidão de curiosos e esperançosos. Para aqueles de nós que vivemos em uma sociedade onde a boa saúde básica é aceita em grande parte como uma questão de disciplina, é difícil avaliar o impacto do ministério de cura de Jesus teve na Palestina. Jesus instruiu os discípulos a não ter nenhum dinheiro, porque as pessoas teria pago-lhes tudo o que tinham para a saúde, e que poderia facilmente ter corrompido motivos e objetivos dos discípulos (ver 10: 8-9). Por um breve período de doença tempo e outros males físicos foram praticamente eliminados como Jesus passou pela terra curando milhares e milhares (ver Mateus 4:23-24; 8:. 16-17; Mt 9:35; Mt 14:14; Mt 15:30; etc.). Como o próprio Jesus disse em várias ocasiões, Suas obras miraculosas por si só deveria ter sido mais do que a razão suficiente para acreditar nele (Jo 10:38; Jo 14:11). Essas coisas nunca tinha acontecido antes na história do mundo e só poderia ter uma causa divina. Isso é o que fez a rejeição dos escribas, fariseus, saduceus, e outros, de modo auto-condenatória. Ninguém podia negar que Jesus realizou milagres, e só a resistência mais dura de coração à verdade poderia fazer uma pessoa rejeitar Sua divindade em face de tais provas avassalador. Aqueles que não acreditam em Jesus foram indiciados por cada milagre Ele realizou.

    Nos três primeiros milagres de Mateus 8 o Senhor curou um leproso, um paralítico, e uma mulher com uma febre. Para além do facto de que cada um deles envolvido cura, estas três milagres têm outras quatro características comuns. Em primeiro lugar, em cada um deles Jesus tratadas com o menor nível de necessidade humana, a física. Embora até mesmo a vida terrena envolve muito mais do que o físico, a parte física tem sua importância, e Jesus era carinhosamente simpático para as pessoas com necessidades físicas. Desse modo, ele revelou a compaixão de Deus para com aqueles que sofrem nesta vida.

    Em segundo lugar, em cada um dos três primeiros milagres Jesus respondeu aos apelos diretos, quer pela própria pessoa aflita ou por um amigo ou parente. No primeiro caso, o leproso se perguntou a Jesus para fazê-lo limpo (8: 2); no segundo, o centurião pediu em nome do seu servo (v. 6); e no terceiro (v. 14), vários amigos sem nome ou parentes pediu em nome da mãe-de-lei de Pedro como nós aprendemos com o relato paralelo em Lc 4:38.

    Em terceiro lugar, em cada um dos três primeiros milagres Jesus agiu por sua própria vontade. Embora Ele era simpático às necessidades daqueles que estavam aflitos e se comoveu com os apelos de ajuda, Ele, no entanto, agiu soberanamente por Sua própria vontade (vv. 3, 13, 15).

    Em quarto lugar, em todos os três milagres Jesus ministrou às necessidades de alguém que, especialmente aos olhos dos líderes judeus orgulhosos, estava no plano mais baixo da existência humana. A primeira pessoa que ajudou foi um leproso, o segundo era um soldado Gentil e seu escravo, ea terceira era uma mulher. Nós aprendemos com João que Jesus revelou Sua primeira messiahship a uma adúltera samaritano desprezado em Sicar (João 4:25-26), e aprendemos a partir de Mateus que esses três milagres de Seu ministério cedo servido os membros mais humildes da sociedade. Nosso Senhor mostrou compaixão especial para com aqueles para quem a sociedade teve desdém especial.

    O homem miserável: um leproso

    E quando Ele havia descido do monte, grandes multidões o seguiam. E eis que um leproso veio a Ele, e inclinou-se diante dele, dizendo: "Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo."E, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: "Eu estou disposto; será purificado." E logo ficou purificado da lepra. E Jesus disse-lhe: "Veja que você não contar a ninguém;. Mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés determinou, para servir de testemunho para eles" (8: 1-4)

    As grandes multidões que seguiram Jesus quando Ele havia descido da montanha não fazê-lo porque eles adoravam-Lo como seu Messias. A maior parte da multidão, sem dúvida, foi simplesmente curioso, nunca antes ter visto ninguém fazer milagres ou ouvi ninguém falar com tanta autoridade (4: 23-25; 7: 28-29). Eles eram observadores não confirmadas, espantado com o que Jesus disse e fez, mas não condenado por sua necessidade dEle como Senhor e Salvador.

    A raiz da palavra atrás lepros ( leproso ) significa "escamas", que descreve uma das características mais antigos e mais evidentes de lepra. Continua a haver muito debate entre os estudiosos quanto à possibilidade ou não a doença comumente chamada de doença de Hansen, hoje, é o mesmo que a lepra bíblica. Muitos termos bíblicos para doenças simplesmente descrever sintomas observáveis ​​que podem ser aplicados a vários males físicos diferentes. Além disso, algumas doenças mudar ao longo do ano, como imunidades e desenvolver novas estirpes de microrganismos infecciosos são formados.

    A maioria dos historiadores médicos acreditam que a hanseníase teve origem no Egito, e o bacilo da lepra chamada miobact�ia leprae foi encontrado em pelo menos uma múmia que também mostrou a evidência escamosa típico da doença sobre a sua pele. O estudioso do Antigo Testamento RK Harrison afirma que os sintomas descritos em Levítico 13 "poderia pressagiar lepra clínica" (Colin Brown, ed. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento [Grand Rapids: Zondervan, 1975], 2: 465). Parece seguro afirmar, portanto, que a antiga lepra era praticamente o mesmo que a doença contemporânea de Hansen.

    Esta forma grave da hanseníase foi a doença mais temida do mundo antigo, e até hoje ela não pode ser totalmente curado, embora possa ser colocada em xeque por medicação adequada. Embora cerca de 90 por cento das pessoas nos tempos modernos são imunes a tais contágio da lepra, era muito mais transmissível em tempos antigos. Esponjosa, inchaços semelhantes a tumores, acabaria por crescer no rosto e corpo, e o bacilo se tornaria sistêmica e afetar órgãos internos, enquanto os ossos iria começar a se deteriorar. Se não for tratada, nos tempos antigos, ele produziu uma fraqueza que fez a vítima vulnerável à tuberculose ou outras doenças.

    A fim de proteger o seu povo escolhido, Deus deu a normas rígidas e específicas a Moisés a respeito da hanseníase, cujos detalhes são encontrados em Levítico 13. A pessoa suspeita de ter a doença foi levado a um sacerdote para exame. Se ele mostrou sinais de ter mais do que um problema de pele superficial, ele foi isolado por sete dias. Se os sintomas pioraram, a pessoa foi isolado por mais sete dias. Se, naquela época a erupção não havia se espalhado ainda mais; a pessoa foi declarado limpo. Se, no entanto, a erupção havia se tornado pior, ele foi declarado impuro. Quando a lepra era imediatamente evidente a partir cabelos de uma pessoa que gira branco e sua tendo carne inchada cru, ele foi declarado imundo no local e sem período de isolamento estava envolvido. Um tipo menos grave da doença causada toda a pele fique branco, caso em que a pessoa afectada pode ser considerado limpo. Essa doença foi, provavelmente, uma forma de psoríase, eczema, vitiligo, hanseníase tuberculóide, ou talvez uma condição que Heródoto e o grande médico grego Hipócrates chamado leukodermia. Quando uma pessoa foi encontrado para ter a forma grave da hanseníase, suas roupas eram para ser rasgado, a cabeça descoberta, a boca coberta (para evitar a propagação da doença), e ele estava a chorar, "Imundo! Imundo!" onde quer que fosse para alertar outras pessoas para ficar longe dele. Os leprosos eram legalmente ostracismo e proibidos de viver em qualquer comunidade com os seus irmãos israelitas (Nu 5:2; Ap 4:10; Ap 19:10). Da natureza reverencial do seu pedido, parece que o leproso dirigiu a Jesus como Senhor e não apenas no sentido de "Sir", mas como um reconhecimento da divindade. Ele sentiu que estava na presença de Deus e que, portanto, Jesus poderia curá-lo de sua doença terrível. É ao mesmo tempo interessante e instrutivo observar que os escribas e fariseus que estavam, sem dúvida, por causa da multidão naquele dia foram lindamente e ricamente vestida, ainda eram interiormente corrupto, orgulhoso, e aos incrédulos. Em contrapartida, o leproso apareceu repugnante e repulsivo do lado de fora, mas por dentro ele era reverente e acreditando.

    Em terceiro lugar, o leproso veio a Jesus com humildade. Ele veio com expectativa, mas não demandingly, dizendo: Senhor, se você estiver disposto . Ele pediu para ser curado apenas se fosse a vontade do Senhor. Ele não pretendem ser digno ou merecedor, mas se deixou nas mãos do Senhor para fazer o que Ele faria. A implicação parece ser que o leproso estava muito disposto a permanecer leproso se isso fosse a vontade do Senhor. Obviamente, ele queria ser curado, mas ele não explicitamente pedir a Jesus para a cura, quase como se isso fosse demais para presumir. Ele simplesmente reconheceu a capacidade de Jesus para curá-lo. Quão longe que humilde espírito é a partir das demandas de muitos cristãos de hoje que fazem alegações sobre a cura, bênção e favor de Deus, como se aqueles eram seus direitos inerentes. Este homem alegou nenhum direito, e sua primeira preocupação não era o seu próprio bem-estar a todos, mas a vontade do Senhor e da glória.

    Em quarto lugar, o leproso veio com fé, declarando: Você pode limpar-me. Ele disse literalmente: "Você tem o poder de tornar-me limpo." Essa é a fé no seu mais elevado-a convicção absoluta de que Deus é capaz, juntamente com humilde submissão à Sua soberania no exercício do seu poder. O homem sabia que Jesus não era obrigado a curá-lo, mas ele também sabia que Ele era perfeitamente capaz de fazê-lo. Ele tinha a fé de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que declarou a Nabucodonosor: "Se é assim, o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente, e Ele nos livrará de sua mão, ó rei. Mas, mesmo se Ele não, deixá-lo ser conhecido a ti, ó rei, que não vão serviremos a teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que você configurou "Dan. 3: 17-18.

    O leproso veio com confiança, porque ele acreditava que Jesus era compassivo, com reverência, porque ele acreditava que Jesus era Deus, com humildade, porque ele acreditava que Jesus era soberano, e com fé, porque ele acreditava que Jesus tinha o poder para curá-lo.
    Em resposta a essa fé, Jesus estendeu a mão, tocou-o, dizendo:; "Estou disposto a limpar." Os judeus foram proibidos pela lei mosaica para tocar um leproso, porque ele estava imundo (Lv 5:3; João 9:6-7). Quando ele tocou profanação ele foi embora. A cena, nesta ocasião, deve ter sido surpreendente para ver um deformado, enrugado, escamoso, dolorido-coberto, abandonado de repente, ficar de pé, com os braços e pernas perfeitas, com o rosto liso e sem cicatrizes, seu cabelo restaurado, com a voz normal, e os olhos brilhantes. As maravilhas da ciência médica moderna empalidecem diante tal recuperação milagrosa.

    A primeira exigência da fé é a obediência, e assim que o leproso foi purificado, Jesus disse-lhe: "Veja que você não contar a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou, para testemunho para eles. " Antes de ele comemorou seu novo sopro de vida, e até mesmo antes que ele testemunhou a outros sobre a sua purificação milagrosa, o homem foi para cumprir as exigências da lei mosaica por ter os sacerdotes do templo atestar a sua cura.

    Este processo, descrito em Levítico 14, tendo envolvido dois pássaros e matando um deles sobre águas vivas. A ave viva, juntamente com madeira de cedro, um fio de escarlate, e alguns hissopo, foi então mergulhado no sangue da ave imolada. O ex-leproso foi então aspergido sete vezes e declarado limpo pelo sacerdote, e a ave viva foi libertado. A pessoa limpa foi então para lavar suas roupas, raspar todo o cabelo, e se banhará. Ele poderia, então, se reintegrar à sociedade israelita, embora ele teve que permanecer fora da sua tenda por sete dias. O ato final no oitavo dia era trazer a culpa exigido, pecado e ofertas de acordo com grãos para o que poderia ser proporcionado e de ser ungido pelo sacerdote em várias partes do corpo.

    Jesus pode ter dito o homem não dizer nada sobre sua cura, a fim de não aumentar a adulação do público Dele simplesmente como um fazedor de milagres, ou talvez Ele queria desencorajar o seu olhar para Ele como um libertador político. Pode ter sido que o Senhor ainda estava em seu período de humilhação e que sua exaltação pela multidão neste momento teria sido prematuro no plano divino.
    Todas essas razões poderiam ter sido envolvidos, mas a instrução de Jesus para ir, mostrar-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, especificamente foi dada para que o testemunho deles, isto é, para a multidão e, especialmente, para os judeus líderes. Embora Jesus devastou as normas e práticas dos escribas e fariseus hipócritas, superficiais, e não bíblicas, Ele não queria que as pessoas a pensar que ele estava violando as exigências de leis que de Deus Ele tinha acabado declarou Ele veio para cumprir, não destruir (5 : 17). Além disso, quando o padre declarou o homem limpo, como ele teria que fazer por causa do milagre o óbvio cura-de Jesus seria confirmada oficialmente pelo estabelecimento judaico. É provável também por esta razão que Jesus disse ao homem para não contar a ninguém antes de ele se apresentou ao sacerdote para exame. Se a palavra que sua cura foi feito por Jesus chegou a Jerusalém à frente do homem, os sacerdotes, sem dúvida, têm sido relutantes para verificar a limpeza.

    Infelizmente, o homem que tinha mostrado essa fé confiante e humilde em sua exuberância alegre não mostram também obediência imediata. Aprendemos com Marcos que ele se tornou tão animado que "ele saiu e começou a proclamá-la livremente e de espalhar a notícia sobre, a tal ponto que Jesus já não podia entrar publicamente mais de uma cidade, mas ficou de fora das zonas pouco, e eles vinham a Ele de todo o lado "Mc 1:45.

    Como Jesus comentou várias vezes em várias palavras ", que é mais fácil, dizer: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te e anda?" (Mt 9:5). Maior propósito do Senhor era para limpar o pecado, não a doença, e até mesmo sua cleansings físicas tornou-se ilustrações da limpeza espiritual Ele ofereceu. A cura da lepra era especialmente poderoso, a este respeito, porque a sua grande destruição física, abrangência feiúra, e incurableness representam a maior destrutividade, abrangência feiúra, e incurableness do pecado. Assim como a lepra destrói a saúde física e torna a pessoa um pária com outros homens, então o pecado destrói a saúde espiritual e torna a pessoa um pária com Deus. Mas, assim como Cristo pode curar a lepra, ele também pode curar o pecado; e assim como sua purificação da lepra restaurado homens à comunhão humana, Sua purificação do pecado restaura-los à vontade de Deus.

    Evangelismo moderno muito e testemunho pessoal é enfraquecida pela falta de confrontar os homens com o espanto e perigo de seu pecado. Vir a Cristo não está recebendo em um movimento popular de sentimentalismo religioso. Ele está enfrentando e confessando o próprio pecado e trazê-lo ao Senhor para a limpeza. A verdadeira conversão ocorre quando, como o leproso, pessoas desesperadas vir a Cristo humildemente confessando sua necessidade e com reverência buscando Sua restauração. A pessoa verdadeiramente arrependido, como este leproso, vem sem orgulho, sem vontade própria, sem direitos e sem a pretensão de merecimento. Ele se vê como um pecador repulsivo que não tem absolutamente nenhuma pretensão de salvação à parte da graça abundante de Deus. Ele vem acreditando que Deus pode e vai salvá-lo apenas como ele coloca sua confiança em Jesus Cristo.
    Depois que uma pessoa é salva do pecado, primeiro requisito de Jesus é que ele doravante obedecer à Palavra de Deus. Apenas um estilo de vida de uma vida santa pode dar testemunho adequado para o que Jesus Cristo fez para nos salvar. É melhor não dizer nada de nossa relação com Jesus Cristo, a menos que nossa vida reflita algo da Sua santidade e da vontade. Quando um cristão vive obediente, então ambos os seus atos e suas palavras testemunhar a bondade e poder de Cristo.

    O homem respeitado: A Gentil

    E quando Ele havia entrado em Cafarnaum, um centurião veio a Ele, suplicando-lhe, dizendo: "Senhor, meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo muita dor." E disse-lhe: "Eu irei curá-lo". Mas o centurião, respondendo, disse: "Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas apenas dizer uma palavra, eo meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu ; e digo a este: 'Vai!' e ele vai; a outro: 'Vem!' e ele vem, e ao meu servo: 'Faça isso!' e ele o faz. " Agora, quando Jesus ouviu isto, admirou, e disse aos que o seguiam: "Em verdade eu vos digo, eu não encontrei tão grande fé com ninguém em Israel E eu digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus, mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes ". E Jesus disse ao centurião: "Siga o seu caminho;. Deixá-lo ser feito para você como você ter acreditado" E o servo ficou curado na mesma hora. (8: 5-13)

    Muitos comentaristas acreditam que os três primeiros milagres de Mateus 8 ocorreram no mesmo dia. Se assim for, Jesus entrou em Cafarnaum, pouco tempo após a cura do leproso. Porque Jesus pronunciou uma maldição sobre ele (Mt 11:23), a cidade antiga já não existe, a não ser sob a forma de as ruínas de uma sinagoga e de algumas casas, incluindo, de acordo com a tradição, o de Pedro. Foi uma linda cidade nos dias de Jesus e Ele passou um tempo considerável lá, muito do que, talvez, em casa de Pedro (Ver 8:14).

    centurião que veio a Ele não só era um gentio, mas um oficial do exército de ocupação romana, um homem que normalmente teria sido muito odiado pelos judeus. Esses soldados eram muitas vezes odiado ainda mais porque os romanos geralmente escolheu estrangeiros residentes de uma região para compensar a sua ocupação força de tomada aqueles soldados não só opressores mas traidores aos olhos da população.

    Aprendemos com Lucas que este centurião , na verdade, veio a Jesus através de intermediários judeus, porque ele sentia espiritualmente indigno de se aproximar de Jesus pessoalmente e talvez também porque ele pensou que seria rejeitado por causa de sua posição militar. Ele foi, provavelmente, nas tropas dos ímpios Antipas e foi, possivelmente, até mesmo um samaritano, um judeu mestiço que era tradicionalmente odiavam ainda mais do que os gentios por "puros" judeus. No entanto, este homem foi realizada em grande estima pelos judeus de Cafarnaum, porque, como disseram a Jesus: "Ele é digno de que conceder isso para ele, porque ele ama a nossa nação, e foi ele quem nos edificou a sinagoga" (Lucas 7:2-5). Como Cornélio (At 10:2;. Mt 24:51), mas Ele declarou-los totalmente errado sobre a identidade desses pecadores condenados.

    O inferno é um lugar tanto de trevas e de fogo, uma combinação não foi encontrado em nosso mundo atual. Parte da qualidade sobrenatural do inferno é que ele vai ser um lugar de fogo, dor e tormento que continuará por toda a eternidade na escuridão total.

    Sendo um descendente físico de Abraão era um grande privilégio e vantagem (Rom. 3: 1-2), mas, apesar de que a maioria dos judeus acreditavam, não garante a salvação. São os filhos da fé espiritual de Abraão, e não os filhos de seu corpo físico, a quem Deus adota como seus próprios filhos (Rom. 8: 14-17; Gl 3:7-9, 26-29; conforme Rm 4:11). Aqueles que rejeitam a Cristo, mesmo que eles são descendentes físicos de Abraão, não terão lugar à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus. Por sua rejeição do Filho de Deus, especialmente à luz do prova irrefutável de seus milagres, eles provar que são realmente filhos de Satanás (João 8:42-44). Porque eles são falsos filhos do reino , eles anular a promessa divina, perde a bênção divina, e são para sempre impedido de o divino reino . Essa foi a substância da breve, mas sóbria mensagem de Jesus aos judeus incrédulos pouco antes de ele pronunciou a cura do servo do centurião.

    Jesus novamente reafirmou a grandeza da fé do centurião como Ele lhe disse: "Siga o seu caminho; faça-se a você como você acreditou." E o servo ficou curado na mesma hora. Que o servo foi curadofoi a afirmação de Jesus de que o centurião realmente acreditava , porque, caso contrário, seu servo teria ficado doente e provavelmente logo morreu. Cura do servo era de acordo com a fé do centurião (como você ter acreditado ), e porque a cura foi completa por isso teve de ter sido a fé. E se o centurião tinha tanta fé antes do milagre, quanto maior deve ter sido quando ele viu o seu jovem amigo querido se levantar de seu leito de morte e ir sobre seu trabalho com a saúde perfeita e sem dor?

    Jesus não deu a princípio como você ter acreditado como uma promessa universal a todos os crentes. O princípio de cura em proporção à fé foi soberanamente aplicado como o Senhor achou por bem (ver também, por exemplo, Mt 9:29). Paulo tinha fé absoluta na capacidade de Deus para curá-lo, e ele experimentou pessoalmente, e foi muitas vezes utilizado como instrumento de, a cura milagrosa de Deus.Mas quando ele orou três vezes em grande seriedade para seu "espinho na carne" para ser removido, a resposta do Senhor a ele foi: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" 2 Cor.12: 7-9.

    O Relativa: A Woman

    E quando Jesus tinha chegado à casa de Pedro, viu a sua mãe-de-lei que encontra-se doente, de cama, com febre. E tocou-lhe a mão, ea febre a deixou; e ela se levantou, e esperou-Lo. (8: 14-15)

    A primeira coisa que muitos judeus do sexo masculino fazia todas as manhãs foi a orar: "Senhor, eu Te agradeço que eu não nasceu escravo, um gentio, ou uma mulher." Nos dois primeiros milagres de Mateus 8, Jesus mostrou misericórdia e compaixão, não só para um leproso pária, mas para um pária Gentil e seu escravo. Agora Ele mostra misericórdia e compaixão para com uma mulher. Os orgulhosos, os homens judeus hipócritas não poderia ter perdido o ponto de Jesus: saúde física, raça, condição social ou sexo não fez diferença para ele. Nenhuma dessas coisas em si foi uma vantagem ou desvantagem, na medida do seu ministério e mensagem estavam preocupados. Que a desvantagem mais vezes recebeu a Sua bênção era devido ao seu mais frequentemente ser humilde e consciente de sua necessidade. Da mesma forma, que a vantagem mais frequentemente não conseguiu receber a Sua bênção era devido ao seu mais frequentemente ter orgulho e auto-satisfeito.

    Marcos diz-nos que, quando Jesus, Pedro, André, Tiago e João chegou à casa de Pedro , alguns do grupo descobriu que a de Pedro A sogra estava doente ", e imediatamente eles lhe falavam sobre ela" (Mc 1:30 ). Lucas acrescenta a informação de que a febre é alta e que os amigos não identificados ou parentes "fez pedido daquele em seu nome" (Lc 4:38). Em resposta ao seu pedido, Jesus, em seguida, foi para o quarto e viu seu doente deitado na cama com uma febre.

    Nós não sabemos a causa da febre, mas os fatos de que era alta e que a mulher estava doente demais para chegar até sugerir uma doença extremamente grave e, provavelmente, com risco de vida. As exigências da vida cotidiana não permitiu que a maioria das pessoas em que dia o luxo de ir para a cama sempre que se sentia mal. A dor física e desconforto eram uma parte normal da vida, e, a menos que eles foram graves, não interferem com as responsabilidades de uma pessoa.
    Mais uma vez a resposta e cura de Jesus foram imediatos . E tocou-lhe a mão, ea febre a deixou; e ela se levantou e esperou Ele. Sabemos de Marcos e Lucas, que ela também atuou as outras pessoas lá (Mc 1:31; Lc 4:39), mas Mateus enfatiza seu ministério especial para Jesus: ela esperou nele . Seu toque de cura tinha removido imediatamente a febre e dor, e muito provavelmente salvou sua vida. Podemos ter certeza de que ela serviu-lhe Senhor misericordioso com especial atenção e cuidado.

    Embora a mãe-de-lei de Pedro, obviamente, era uma mulher, ela também era judeu. Portanto, pode ser que, depois de sua forte palavras de versículos 11:12, Jesus não queria deixar a impressão de que Deus havia abandonado o seu povo escolhido, embora a maioria deles havia abandonado. Que o reino estava aberto para os gentios fiéis certamente não significa que ele foi fechado para os judeus fiéis. Como Paulo deixa claro em sua carta aos Romanos, "Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu ... Há também passou a ser no tempo presente ficou um remanescente segundo a eleição da graça ... Porque, se você [gentios] foram cortadas a partir do que é, por natureza, zambujeiro, e foram enxertados contrário à natureza em boa oliveira, quanto mais esses, que são os ramos naturais serão enxertados na sua própria oliveira? " (Rm 11:2, Rm 11:24).

    46. O que impede os homens de Cristo? (Mateus 8:16-22)

    E, quando já era tarde, trouxeram-lhe muitos que estavam possuídos pelo demônio; e Ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os que estavam doentes, a fim de que o que foi dito pelo profeta Isaías que se cumprisse, dizendo: "Ele mesmo tomou as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças."
    Vendo Jesus uma multidão ao redor de si, deu ordens para partir para o outro lado. E se um escriba, disse-lhe: "Mestre, eu te seguirei aonde quer que vá." E Jesus disse-lhe: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos;. Mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça" E outro de seus discípulos lhe disse: "Senhor, permita-me ir primeiro enterrar meu pai." Mas Jesus disse-lhe: "Segue-me,. E permitir que os mortos sepultem os seus próprios mortos" (8: 16-22)

    Depois que Jesus curou o leproso, menino escravo do centurião, e mãe-de-lei de Pedro, Mateus relata que a multidão O trouxe inúmeras outras pessoas para ser curado. Porque estes foram trazidos a elequando já era tarde , é possível que as três primeiras curas tinha sido feito no sábado. Por causa de seus líderes religiosos, muitos judeus tinham medo de perguntar a Jesus para curar no sábado, e uma vez que terminou no pôr do sol, eles agora se sentia à vontade para trazer muitos que estavam possuídos pelo demônio; e Ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os que estavam doentes.

    Como tinha feito antes (ver 4: 23-24) e muitas vezes depois (ver 14:14; Lc 5:17; Lc 9:6;. Mt 15:32; Mc 1:41; Lc 10:33). Tão certo como então, Ele agora sabe as agonias de Seus filhos ", pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas" (He 4:15). Não era que Jesus levado nossas doenças através da contratação, mas pela experiência vicária a dor que elas trazem.

    Em segundo lugar, Jesus tomou as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças , no sentido de que Ele viu e sentiu o poder destrutivo de sua causa raiz, que é o pecado. Jesus não chorou sobre o túmulo de Lázaro em remorso pela morte de um amigo querido, porque ele sabia que seu amigo seria logo ressuscitou dentre os mortos. Ele chorou por causa do mal, o poder pecaminoso que trouxe sofrimento e morte para cada homem. Ele não podia ver a dor da doença e da morte, sem sentir a dor do pecado. O pecado, a doença ea morte estão todos intrinsecamente ligada à maldição. É por isso que Jesus perguntou retoricamente: "Que é mais fácil dizer: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, e anda?" (Mt 9:5).

    Mas antes que ele estabeleceu Seu reino terreno que estaria livre do sofrimento e da morte, o próprio Messias teria de sofrer e morrer para redimir os homens do pecado. Ele estaria "ferido por causa das nossas transgressões, e ... moído pelas nossas iniqüidades; o castigo para o nosso bem-estar [cairia] sobre ele, e por Sua flagelação nós [seria] sarados" (Is 53:5; Rm 13:11). Cristo morreu pelos pecados dos homens, mas os cristãos ainda caem em pecado; Ele venceu a morte, mas seus seguidores continuam a morrer; e Ele venceu a dor ea doença, mas o seu povo ainda sofrem e adoecem. Não há cura física na expiação, assim como há uma libertação total do pecado e da morte na expiação; mas ainda aguardam o cumprimento dessa libertação no dia em que o Senhor traz o fim do sofrimento, do pecado e da morte.

    Aqueles que afirmam que os cristãos nunca devem estar doente, porque não é a cura na expiação também deve afirmar que os cristãos nunca deve morrer, porque Jesus também venceu a morte na expiação.A mensagem central do evangelho é a libertação do pecado. É a boa notícia sobre o perdão, não a saúde. Cristo foi feito pecado, não a doença, e Ele morreu na cruz pelos nossos pecados, e não nossa doença.Como Pedro deixa claro, as chagas de Cristo curar-nos do pecado, não de doença. "Ele mesmo levou os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça" 1Pe 2:24). Desde o começo Jesus sabia que a rejeição seria superior a aceitação, e Ele disse aos que o procuravam matá-lo, "Você não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou. Examinais as Escrituras, porque você acho que neles você tem a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim, e não estão dispostos a vir a mim, que você pode ter a vida "(João 5:38-40). Como os cidadãos rebeldes em uma das parábolas de Jesus sobre o Reino, aqueles que rejeitaram a Cristo disse, com efeito, "Nós não queremos que este homem reine sobre nós" Lc 19:14.

    Aqueles que rejeitaram a Jesus Cristo, mesmo depois de testemunhar seus milagres eram como um juiz ou júri que, depois de ouvir um caso em tribunal aberto e fechado, toma uma decisão que é exatamente o oposto do que a prova exige. A autoridade de Jesus era evidente, como o povo reconheceu desde o início de seu ministério (Mt 7:29). Seu ensino era único, como os oficiais contaram aos chefes dos sacerdotes e os fariseus, que lhes tinha enviado para prender Jesus. "Nunca um homem falar a maneira que este homem fala", disseram eles (Jo 7:46). Para os líderes judeus incrédulos que o questionaram sobre sua cura por Jesus, o ex-cego disse: "Bem, aqui está uma coisa incrível, que você não sabe de onde ele é, e ainda Ele abriu meus olhos ... Uma vez que o começando de tempo que nunca foi ouvido que alguém abrisse os olhos de um cego de nascença. Se esse homem não fosse de Deus, Ele não podia fazer nada "(Jo 9:30, 32-33). Quando os representantes dos fariseus e herodianos tentou prender Jesus com uma pergunta sobre o pagamento de impostos a César, ele respondeu: "Dai a César o que é de César, ea Deus o que é de Deus." Sua resposta foi tão astuto que Suas perguntas "maravilhou-se, e deixá-lo, eles foram embora" (Mat. 22: 21-22). Os judeus estavam maravilhados com o seu ensino no templo, dizendo: "Como é que este homem tornar-se aprendeu, nunca ter sido educado?" (Jo 7:15). Apesar de muitas acusações foram feitas contra Jesus, ninguém poderia condená-lo por falsidade ou qualquer outro pecado (Jo 8:46). Quando Jesus curou o paralítico, a multidão estava "cheio de temor," (Mt 9:8). Compostura de Jesus também foi além do humano. Quando Ele estava diante de Pilatos, que tinha o poder de libertá-lo ou pedir a Ele crucificado, Jesus não iria dar uma única palavra em sua própria defesa ", de modo que o governador ficou espantado" Mt 27:14). Outros são atraídos ao carisma e poder de Jesus.Eles se maravilhar com as coisas maravilhosas que ele diz e faz, mas eles levam nada a sério. Eles seguem Jesus de longe, querendo ser feliz, mas não mudou, entretidos, mas não salva. Muitas vezes, eles estão dispostos a ser identificado como um seguidor de Jesus Cristo, mas seu compromisso é superficial e não têm poder de permanência.

    Em 9: conforto pessoal e riquezas pessoais 18:22 Mateus nos duas das coisas que muitas vezes mantêm essas pessoas de conversão genuína mostra.

    A Barreira de Conforto Pessoal

    Vendo Jesus uma multidão ao redor de si, deu ordens para partir para o outro lado. E se um escriba, disse-lhe: "Mestre, eu te seguirei aonde quer que vá." E Jesus disse-lhe: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos;. Mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça" (8: 18-22)

    Jesus e seus discípulos foram, na margem ocidental do Mar da Galiléia, e a multidão tornou-se tão grande que Ele deu ordens para partir para o outro lado. Embora Ele era completamente Deus, Jesus também era completamente humano. Ele precisava de descanso ocasional e descanso das exigências intermináveis ​​daqueles que vieram a Ele por ajuda.

    Quando Jesus decidiu atravessar o lago, a questão do compromisso foi pressionado por vários homens que aparentemente estavam reavaliando sua relação com Ele. De Marcos aprendemos que alguns da multidão entrou em outros barcos, a fim de ir em frente ao lago, com Jesus (04:36), mas três homens (um terço é mencionado em Lucas 9), obviamente, não queria sair e eles se aproximaram de Jesus pouco antes de ele partiu.

    O primeiro homem era um escriba, que lhe disse: "Mestre, eu te seguirei aonde quer que vá." Uma vez que ele não perguntou Jesus a uma pergunta ou um favor, só podemos adivinhar o motivo do homem para fazer essa declaração a Jesus. Como um escriba que ele teria rompido com a maioria de seus colegas escribas tinha ele se tornou um discípulo dedicado de Jesus. Ele sabia que uma tal decisão seria caro, e talvez ele queria ver como Jesus reagiu à sua declaração de lealdade.

    Os escribas eram autoridades em lei judaica e estavam intimamente associados com os fariseus. Eles eram altamente educados e eram a classe acadêmica da sociedade judaica. Eles eram ferozmente leal ao sistema de tradições religiosas que muitos de seus antecessores tinham sido instrumental na concepção. Normalmente os escribas eram professores, e não seguidores de professores, e eles foram especialmente relutantes em seguir um professor, como Cristo, que não só não foi educado em uma escola rabínica, mas, na verdade, denunciou as tradições que mantinham sacrossanto.
    Para um escriba para tratar Jesus como didaskalos ( Professor ) foi, portanto, uma concessão considerável em si mesmo, e sem dúvida a multidão, assim como o círculo interno dos doze discípulos, ficamos impressionados que o Senhor foi falado tão favoravelmente por um dos líderes judeus. Em sua própria mente do homem, sem dúvida, acreditava que ele disse para Jesus era verdade, assim como Pedro foi mais tarde convicto em sua própria mente que ele nunca abandonaria Jesus (Mt 26:33, Mt 26:35). Mas nem o homem conhecia a si mesmo, assim como ele pensava. O escriba pode ter sinceramente pensava que Jesus foi o maior professor que já tinha ouvido e o maior fazedor de milagres que o mundo já viu. Ele provavelmente sinceramente reconhecido que o ensino e poder de Jesus eram de Deus e que Ele era, de alguma forma excepcionalmente especial homem de Deus para a hora. Ele encontrou Jesus atraente e queria ser associado com Ele. Eu seguirei aonde quer que vá, ele disse a Jesus.

    Ao contrário de muitas igrejas e organizações cristãs hoje, que estão ansiosos para abraçar qualquer personalidade famosa que faz uma profissão de Cristo, Jesus sabia que uma profissão forte não necessariamente reflete um forte compromisso. Mesmo sem conhecer o coração dos homens, como o fez, os cristãos hoje podem beneficiar de tomar essa verdade em conta.
    Jesus respondeu a declaração do escriba, fazendo uma declaração de Sua própria. Ele não verbalmente questionar a sinceridade do homem, mas simplesmente mencionou algumas exigências do verdadeiro discipulado o homem nunca tinha considerado. Jesus disse-lhe: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. " À primeira vista, as palavras de Jesus parecem alheios a afirmação do escriba. Ele estava dizendo, em forma proverbial, que, apesar de sua autoridade divina e poder milagroso, auto-indulgência não estava em seu plano, e Ele tinha menos conforto físico do que muitos animais. As raposas têm covis eles podem chamar de seu, e as aves do céu têm ninhos para que eles possam voltar e descansar.

    O Messias é convocado pela primeira vez como o Filho do Homem em Dn 7:13. Jesus é chamado por esse título mais de oitenta vezes nos Evangelhos e foi o nome mais comum que Ele usou para si próprio. Era um termo de Sua humilhação, e foi especialmente apropriado na figura de Sua ter onde reclinar a cabeça . Em sua humilhação não têm sequer os confortos básicos da vida. Jesus não tinha um lugar de sua própria não-casa ou propriedade, nem mesmo uma barraca. Após a disputa sobre a cura do cego de Jesus, "todo mundo foi para a sua casa", João nos diz: "Mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras" (João 7:53-8: 1). Enquanto outros foram para casa para passar a noite, Jesus passou sozinho, sob as estrelas, na oração com o Pai. Somos informados de seus gastos muitas vezes o tempo na casa de Pedro em Cafarnaum e de Maria, Marta e Lázaro, em Betânia, mas nunca são informados de seus gastos até mesmo uma hora em sua própria casa, porque Ele não tinha nenhuma.

    O propósito de Jesus em fazer tal declaração era, obviamente, para fazer o escriba fazer um balanço da autenticidade de seu compromisso. Impressionantes palavras de afirmação são fáceis de fazer, especialmente quando não se sabe o custo de compromisso envolvido. O Senhor sabia que a fé declarou inicial de muitos de seus seguidores era rasa e superficial. Quando Jesus estava em Jerusalém durante a primeira Páscoa depois de começar o seu ministério ", muitos crêem no seu nome, vendo os sinais que ele estava fazendo." No entanto, João continua a dizer, "Jesus de Sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisa de ninguém para testemunho do homem porque ele bem sabia o que havia no homem" (João 2:23-25). O Senhor não tinha fé em sua fé, porque Ele sabia que não era genuíno. Essas pessoas só foram comprometidos com a maravilha e emoção que acompanhou o seu trabalho, e não a Ele como Senhor ou para o trabalho do próprio evangelho.Jesus repetidamente recusou-se a tirar proveito da popularidade temporária, que Ele sabia que logo iria voltar para a rejeição permanente.

    Na parábola do semeador, Jesus dá uma ilustração vívida de tais pessoas. Eles são os lugares rochosos que não têm muita terra. A semente molas imediatamente acima e dá a aparência de uma planta forte e saudável. Mas porque não tem raiz logo é queimada pelo sol e cernelha. "Este é o homem", diz Jesus ", que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas não tem raízes firmes em si mesmo, mas é apenas temporária, e quando tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se cai fora "13 5:40-13:6'>Matt. 13 5:6, 13 20:40-13:21'>20-21.

    Jesus sabia que a natureza humana é inconstante, instável e egocêntrico, e que muitas pessoas são atraídas a Ele pela emoção, glamour, ou a esperança de benefícios pessoais, como ser curado ou alimentados. Eles são rápidos para saltar no movimento, quando as coisas estão indo bem, mas assim que a causa se ​​torna impopular ou demandas sacrificar eles querem pular. No início, eles olham como se eles estão vivos para Cristo e muitas vezes dão testemunhos brilhantes, mas quando sua associação com Ele começa a custar mais do que esperava para eles perdem o interesse e nunca são vistos novamente na igreja ou no trabalho cristão. Como o comentarista da Bíblia RCH Lenski observa, essa pessoa "vê os soldados em desfile, os uniformes finos, e os braços brilhantes e está ansioso para se juntar, esquecendo as marchas extenuantes, as batalhas sangrentas, as sepulturas, talvez não marcados" A Interpretação dos Evangelho de São Mateus [Minneapolis: Augsburg, 1961], pp 338-39..

    Jesus sabia que o escriba estava muito ansioso para declarar sua lealdade. Ele não contar o custo do discipulado, que envolve abnegação, sacrifício e muito possivelmente sofrendo. Provérbio de Jesus sobre as raposas e aves representou o sacrifício relativamente mínima de ser sem-teto-entanto, mesmo que o custo era, obviamente, muito alta, porque o escriba simplesmente desaparece sem dizer uma palavra dita por ou sobre ele. As palavras do Senhor acertá-lo onde ele era fraco e sem vontade, e sua verdadeira lealdade apenas para o seu próprio conforto foi rápido para mostrar-se.

    Sugarcoating a mensagem do evangelho, tentando fazer com que pareça ser menos exigente do que é, ou mesmo não exigindo a todos, não só compromete a Palavra de Deus e faz desserviço ao Senhor, mas também faz desserviço para aqueles a quem assiste. Jesus não fez tal coisa. Ele advertiu Seus discípulos com candidness preocupante: "Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos" (Mt 10:16).Em seguida, ele continuou a dizer-lhes: "E o irmão entregará à morte o irmão, e um pai a seu filho; e filhos se levantarão contra os pais e levá-los a ser condenado à morte E sereis odiados por todos por causa de. Meu nome, mas é o único que resistiu até o fim quem será salvo ... O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. É o suficiente para o discípulo que ele tornar-se como o seu mestre, e o escravo como o seu mestre. Se chamaram o chefe da casa Belzebu, quanto mais os membros de sua família! " (Vv. 21-22, 24-25).

    Perto do fim do Seu ministério, o Senhor disse a seus discípulos: "Eles vão fazer você párias da sinagoga, mas uma hora está chegando para todos que mata-lo a pensar que ele está oferecendo o serviço a Deus" (Jo 16:2). Após a apresentação do longa lista de santos do Antigo Testamento fiéis, o escritor de Hebreus diz que alguns deles "foram torturados, não aceitando o seu lançamento, a fim de que eles possam obter uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, sim, também correntes . e prisão Eles foram apedrejados, serrados ao meio, eles foram tentados, eles foram condenados à morte com a espada; andaram de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo foi não é digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão "11: 35-38.

    escriba que veio para Jesus na costa do Mar da Galiléia, não estava disposto a pagar qualquer preço para a sua fé. Ele apenas queria acrescentar emoção à sua vida, ter o prestígio de ser identificado com um líder popular, ou algum outro objectivo igualmente egocêntrica.

    Um explorador pode ter muitos voluntários para ir com ele em uma expedição, até que ele explica que a equipe estará trabalhando em um calor abrasador, de zero sub pântanos frios, ou sufocantes, com apenas rações de subsistência, poucas chances de tomar um banho, e pouco entre em contato com o mundo exterior por meses em um tempo. A jovem atleta pode sonhar em ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, até que ele aprende sobre o treinamento rigoroso, dieta rigorosa, a vida social limitada e concorrência feroz que ele teria de enfrentar por muitos anos.

    Não há emoção como a alegria de conhecer e seguir a Cristo, mas não é uma emoção que o mundo pode compreender ou apreciar. Jesus Cristo dá grande paz para aqueles que pertencem a Ele, mas a Sua paz não é o tipo do mundo dá ou procura (Jo 14:27). Sua alegria e paz vir pelo caminho do ridículo, do sofrimento e da cruz, que os discípulos devem tomar-se quando segui-Lo. "Se alguém quer vir após mim," ele disse, "negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16:24). A vida cristã não é a adição de Jesus ao seu próprio modo de vida, mas renunciando dessa forma pessoal de vida para o Seu e estar disposto a pagar qualquer preço que pode exigir.

    A Barreira de riquezas pessoais

    E outro de seus discípulos lhe disse: "Senhor, permita-me ir primeiro enterrar meu pai." (08:21)

    Este homem, como o escriba do versículo 19, foi um dos de Jesus os discípulos , no sentido de ser um seguidor que foi oficialmente identificado com Ele. Ele não era um dos doze, mas um cabide-on que talvez tivesse seguido Jesus sobre o campo por algumas semanas ou meses.

    Como o escriba, ele assumiu que seu relacionamento com Jesus era tudo o que deveria ser, e ele fez o que parece ter sido um pedido razoável: . Senhor, permita-me ir primeiro enterrar meu pai Uma vez que os judeus não praticar embalsamamento, uma cadáver teve de ser rapidamente preparados e enterrado. Não só isso, mas a tradição judaica exigia que uma pessoa chorar por seu falecido pai ou mãe por um período de trinta dias. O ato final da devoção aos pais foi vendo que eles foram devidamente enterrado. Uma vez que Jesus estava prestes a ir para o outro lado do mar da Galiléia, um enterro, obviamente, não podia esperar até o seu retorno.

    Pedindo ao homem permissão para enterrar [seu] pai, no entanto, não quis dizer que seu pai já estava morto. A frase era uma figura comum do Oriente Próximo de discurso que se refere à responsabilidade de um filho para ajudar seu pai no negócio da família até que o pai morreu ea herança foi distribuído. Obviamente tal compromisso poderia envolver um longo período de tempo, trinta ou quarenta anos ou mais, se o pai era relativamente jovem.

    A expressão é usada ainda em partes do Oriente Médio de hoje. Há alguns anos, um missionário perguntou a um homem turco jovem rico para ir com ele em uma viagem à Europa, durante o qual o missionário esperava discipular o homem. Quando o jovem respondeu que ele deve enterrar seu pai, o missionário ofereceu a sua simpatia e expressou surpresa que o pai tinha morrido. O homem explicou, porém, que seu pai estava vivo e saudável e que a expressão "enterrar meu pai" significava simplesmente ficar em casa e cumprir suas responsabilidades familiares, até que seu pai morreu e ele recebeu a sua parte da herança.
    Como a herança de um homem foi habitualmente perdido ou reduzido, se ele não cumprir suas responsabilidades esperadas para a família, a frase "I deve sepultar meu pai" era frequentemente equivalente ao "Quero esperar até que eu receber a minha herança."
    Este segundo discípulo superficial não queria correr o risco de perder a sua herança, comprometendo-se totalmente a Jesus. Ele queria ser associado com Jesus no nome, mas o foco de sua vida estava em sua prosperidade e no bem-estar, e não em servir ao Senhor. Portanto, Jesus disse-lhe: "Segue-me, e permitir que os mortos sepultem os seus próprios mortos." Like "raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos", a expressão aparentemente sem sentido (v 20). permitir que os mortos sepultar os seus próprios mortos era uma figura de expressão proverbial. Isso significava, "Deixe o mundo cuidar das coisas do mundo." Os mortos espiritualmente pode cuidar de suas próprias coisas.

    Em seu relato paralelo desta história, Lucas acrescenta ainda a instrução de Jesus "Quanto a você, vá em todos os lugares e proclamar o reino de Deus" (9:60). Responsabilidade primária do homem como um discípulo de Jesus Cristo seria a proclamar o evangelho, para trazer as boas novas da vida eterna ao espiritualmente mortos . A responsabilidade do cristão não é seguir e imitar o mundo, mas para ser um testemunho para o mundo em nome e no poder de Cristo. Sua cidadania está na vida, reino eterno de Deus, não no reino morta e apodrecida deste mundo.

    Novamente, como o escriba, este segundo dos discípulos que se aproximaram de Jesus, nesta ocasião, também desaparece sem mais menção. Aparentemente, nem o homem queria discutir o assunto.Exigências de Jesus eram muito alto, eo apelo do discipulado desapareceu. Como o jovem rico que perguntou a Jesus o bom coisa que ele deve fazer para herdar a vida eterna (Mt 19:16-22.), Quando este discípulo professa ouviu a resposta de Cristo, ele perdeu seu entusiasmo pelas coisas do Senhor.

    Para Jesus a dizer, Siga-me , é que ele dissesse, "negar a si mesmo, tome a sua cruz" (Mt 16:24). Não é que qualquer quantidade de abnegação ou sacrifício pode ganhar a salvação, mas qualquer coisa que está mais caro do que o Cristo é uma barreira para Cristo e vai ficar entre a pessoa não salva e salvação.

    Lucas diz-nos de um terceiro homem que veio a Jesus nesta ocasião e fez uma profissão de discipulado. "Eu te seguirei, Senhor", disse ele; "Mas em primeiro lugar, permita-me dizer adeus para os que estão em casa" (9:61). Tal como acontece com os outros dois homens, a declaração deste homem parece perfeitamente razoável. Levaria apenas alguns dias ou algumas semanas, no máximo, para ele pagar seus pais a simples cortesia de dizer adeus.
    Mas Jesus conhecia o coração do homem e que sua motivação era fraco e sua lealdade dividida. Ele ainda não estava pronto para entregar-se de todo o coração a Jesus como Senhor. Ele ainda foi amarrado a barra da saia da sua mãe e estava sob seu domínio e controle. A decisão de seguir a Jesus Cristo é a decisão mais exclusivamente pessoal que podem ser feitas. É maravilhoso quando amigos e parentes encorajar alguém a decidir por Cristo, e é trágico quando eles aconselham contra Cristo. Mas o que quer que as influências externas podem ser, o compromisso é o indivíduo de fazer sozinho. Portanto, Jesus respondeu: "Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus" (v. 62). Estas palavras, talvez, foram adaptados de um provérbio atribuído ao famoso poeta grego Hesíodo, que viveu por volta de 800 AC — ". Você não pode arar um sulco reto quando se olha para trás" Uma pessoa não pode fazer o trabalho de forma satisfatória à mão se ele está continuamente à procura de volta para o seu trabalho passado e lealdades Uma pessoa não pode seguir a Jesus Cristo, se ele ainda anseia por caminhos da vida antiga.

    Destes três homens que vieram a Jesus e depois desapareceu, William MacDonald diz acertAdãoente: "Eles deixaram Cristo para fazer um lugar confortável para si no mundo e passar o resto de suas vidas abraçando o subordinado".

    Jesus deixou claro que compromisso com Ele é total e sem reservas ou não é compromisso de todo. "Não penseis que vim trazer paz à terra", disse Ele. "Eu não vim trazer paz, mas espada Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e uma filha-de-lei contra a mãe-de-lei;. E os inimigos do homem serão os membros de sua família Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim;. e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim E quem não toma a sua cruz e siga depois. a mim não é digno de mim "(Mt 10:1). Aqueles homens veio pessoalmente a Cristo, e eles pareciam vir de forma positiva, falar bem dele e proclamando seu desejo de segui-Lo. Mas outras palavras de Jesus em João 6 explicar por que tantas pessoas que professam a vir a Cristo realmente não vir a Ele em tudo. Ele disse: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (v. 54).Em outras palavras, a crença em Jesus Cristo é total identidade com Ele. Não existe tal coisa como a crença parcial ou salvação parcial. Uma pessoa que não totalmente comprometer-se com Cristo não acredita nele, não importa quantas coisas positivas que ele pode ter a dizer sobre ele. Jesus, portanto, passou a dizer: "Há alguns de vocês que não crêem" e, logo depois que nos é dito que "como resultado desta [isto é, de todos os ditos difíceis Jesus tinha acabado de dar], muitos dos Seus discípulos se retiraram e não andavam com Ele mais "vv. 64, 66.

    Vindo de Jesus Cristo está vindo em Seus termos, não a nossa. A pessoa que vem a Cristo vem em humildade, mansidão, um mendigo carente de espírito que tem fome e sede de justiça de Deus, que chora por misericórdia, e está disposto a ser odiado, injuriados, e perseguidos por causa de seu Senhor (Matt. 5: 3-12). O Senhor não pode tirar confortos, dinheiro ou relações com os outros, mas todas essas coisas, e tudo o mais além-deve ser dada a Ele, para fazer o que lhe agrada. Caso contrário, ele não é o Senhor, não importa o quanto a fidelidade a Ele é professada.

    47. poder de Jesus sobre o Natural (Mateus 8:23-27)

    E quando Ele entrou no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que se levantou uma grande tempestade no mar, de modo que o barco era coberto pelas ondas; mas Ele mesmo estava dormindo. E eles vieram a ele, o despertaram, dizendo: "Salva-nos, Senhor;! Estamos perecendo" E Ele lhes disse: "Por que você tímidos, homens de pouca fé?" Então Ele se levantou e repreendeu os ventos eo mar; e tornou-se perfeitamente calmo. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: "Que tipo de homem é este, que até os ventos eo mar lhe obedecem?" (8: 23-27)

    Na criação, Deus ordenou o homem para ser o rei da terra, a "regra sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre o gado e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra" (Gn 1:26). Mas quando o homem caiu no pecado, ele foi destronado e perdeu a soberania sobre a terra. Ele perdeu a majestade dado por Deus, juntamente com a sua inocência. Com o resto do homem terra foi amaldiçoada e corrompido. Ele perdeu o seu domínio, e tanto o homem ea terra perdeu sua glória. O controle da terra caiu nas mãos do usurpador, Satanás, que agora reina como príncipe deste mundo e idade (Jo 12:31; Jo 14:30). O pecado do homem, a corrupção da Terra, e governo de Satanás trouxeram doença, dor, morte, sofrimento, tristeza, a guerra, a injustiça, a mentira, a fome, desastre natural, a atividade demoníaca, e todos os outros males que assola o mundo.

    Mas desde o início, e até mesmo antes do início, Deus planejou a redenção do homem e da terra, revertendo a maldição. De acordo com Seu plano divino, o próprio Filho de Deus viria à Terra duas vezes no processo de que-o resgate primeira vez para redimir o homem e pela segunda vez para resgatar a terra. Em sua primeira vinda de Jesus Cristo veio na humildade, indo para a cruz e ressurreição do túmulo para redimir o homem do pecado. Em sua segunda vinda Ele virá na glória de ardência e estabelecer Seu reino de mil anos, o Milênio, e depois que um completamente novo céu e terra-redimir toda a criação por toda a eternidade
    Na vinda do reino de Deus, Seu plano final para a terra será restaurada, sem pecado, dor, doença, ódio, sofrimento, tristeza, desastre, ou demônios. Haverá apenas santidade, a justiça, a verdade, a paz, o amor ea beleza. Tudo o que agora destrói a felicidade do homem, que quebra seu coração, que frustra as esperanças, que perturba e perverte o seu domínio será removido para sempre. Por todo o tempo e eternidade do universo serão resgatadas.
    Quando olhamos para a humanidade e do presente da terra, no entanto, é muito óbvio que o próprio homem nunca poderia efetuar essas mudanças. O homem não pode resolver os problemas naturais do ambiente, o clima, as secas, fome, doença, e doença. Alguém já disse que para cada problema resolve ciência, seis outros são criados em seu lugar. Quanto maior os nossos avanços, mais grave das complicações.
    Muito menos o homem pode resolver os seus problemas morais e espirituais. À medida que se tornam mais avançados em psicologia, sociologia, criminologia e diplomacia, nós também tornar-se mais envolvido em distúrbios psicológicos, problemas sociológicos, e no crime e guerra.
    O poder de reverter a maldição e trazer um novo céu e uma nova terra, não só é infinitamente além do homem, mas é inconcebível para o homem. Não podemos imaginar o poder necessário para fazer uma recriação tão radical do universo, não mais do que podemos imaginar o poder que levou a criá-lo em primeiro lugar e para sustentá-la. O homem tem a capacidade de destruir o seu mundo, mas não o poder de aperfeiçoá-lo.

    O salmista nos diz que "o poder pertence a Deus" (Sl 62:11). Ele fala de "a grandeza do Teu poder" (79:
    11) e de "aquele que fazes estabelecer as montanhas por Sua força, que cingia poder." (65:
    6) Davi gritou: "Ó Deus, Tu és o meu Deus; eu te buscam sinceramente, a minha alma tem sede de ti, minha carne anseia por ti, numa terra seca e cansada, onde não há água Assim eu. Te vi no santuário, para ver a tua força e tua glória "(Sl. 63: 1-2). Paulo nos lembra que, "desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito" Rm 1:20). . Como Ele ensinou na sinagoga de Cafarnaum um sábado, o povo "foram surpreendidos com sua doutrina, porque a Sua mensagem era com autoridade" (Lc 4:32). Quando Ele expulsou um demônio de um homem em que sinagoga, eles ainda mais espantado foram e exclamou: "Com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem." (V.
    36) Nas palavras de sua carta aos Romanos, Paulo fala de ser de Jesus de abertura ", declarou o Filho de Deus em poder," (1:
    4) e na Primeira Carta aos Coríntios fala de Deus como "Cristo, o poder de Deus e sabedoria de Deus "(1:24). A prova suprema da divindade e da messianidade de Jesus era a Sua autoridade absoluta e poder sobre tudo na terra.

    Em Mateus 8:23-27 Jesus demonstra Seu poder ilimitado sobre o mundo natural. Sua acalmar a tempestade é o primeiro milagre do segundo grupo de três milagres apresentados nos capítulos 8:9.

    As indicações

    E quando Ele entrou no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que se levantou uma grande tempestade no mar, de modo que o barco era coberto pelas ondas; mas Ele mesmo estava dormindo. (8: 23-24)

    Depois de enfrentar os três seguidores superficiais com o verdadeiro custo do discipulado (8: 18-22; Lucas 9:61-62), Jesus entrou no barco para ir para o outro lado do mar da Galiléia, que é cerca de 13 quilômetros de comprimento e tanto quanto 8 quilômetros de largura.

    Os discípulos que O seguiam incluídos os doze, alguns dos quais estavam no mesmo barco que Jesus, junto com outros seguidores que entraram em barcos separados (Mc 4:36). Porque Jesus curou muitas pessoas e conversou com os três discípulos que professam depois de "cair da tarde," (v. 16) foi, provavelmente, até a noite, quando a pequena flotilha partiu.

    Mathetes ( discípulo ) significa simplesmente um seguidor, aluno ou aluna. A palavra em si não tem nenhuma conotação espiritual, e é usado de seguidores superficiais de Jesus, bem como de crentes genuínos. Porque o Sermão da Montanha é essencialmente uma mensagem sobre a salvação, os discípulos que se reuniram na montanha para ouvir Jesus (Mt 5:1;.. Conforme v 19), mas sua saída Ele provou que eles estavam a ser discípulos falsos. Os homens do círculo íntimo de Jesus são muitas vezes referidos como discípulos (Mt 10:1, Jo 6:60, Jo 6:66.

    A segunda categoria de discípulo incluídos aqueles que foram intelectualmente convencido da mensagem e poder divino de Jesus. Quando Nicodemos foi ter com Jesus de noite, ele disse: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus, como um professor, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (Jo 3:2).

    Na quarta categoria de discípulos eram os verdadeiros crentes e abertos, aqueles que eram publicamente e permanentemente empenhada em Jesus Cristo. O pequeno grupo de discípulos que seguiam era mais do que apenas os doze e, sem dúvida, incluídos todos os quatro tipos.

    barco foi, provavelmente, uma pequena e aberta embarcações de pesca do tipo comumente usado pelos pescadores como Pedro, Tiago e João. O Mar da Galiléia se encontra pouco mais de 600 metros abaixo do nível do mar, perto da extremidade norte do Rio Jordão. Mt. Hermon sobe 9.200 pés para o norte, e fortes ventos do norte, muitas vezes despencar para baixo do vale do Jordão superior com muita força. Quando eles se encontram o ar mais quente sobre a Bacia Galilee, a intensidade é maior. Bater as falésias da costa oriental, os ventos rodam e torção, fazendo com que as águas debaixo deles para agitar violentamente. O fato de que eles vêm de forma rápida e com pouco aviso faz com que as tempestades ainda mais perigosa e assustadora.

    Seismos ( tempestade ) significa, literalmente, um tremendo e é o termo da qual nós temos sísmica, sismógrafo, e termos relacionados. A tempestade foi tão violento que sacudiu a água do lago, como se fosse um copo de água nas mãos de um grande gigante. A exclamação eis que intensifica a forma rápida e surpreendente, em que houve uma grande tempestade no mar. A tempestade se tornou tão forte que o barco era coberto pelas ondas, e Marcos explica que "as ondas estavam quebrando sobre o barco tanto que o barco já estava enchendo "Mc 4:37.

    No entanto, Jesus Ele mesmo estava dormindo, sem dúvida, a ser esgotada a longo dia de trabalho de cura e ensino. Pouco antes de ver uma de Suas manifestações mais terríveis da divindade, vemos uma imagem comovente de sua humanidade. O Senhor era osso cansado, e ele dormiu tão profundamente que nem mesmo a jogar do barco, o barulho do vento, ou a água soprando no seu rosto despertou Ele. Ele estava molhado até os ossos enquanto estava deitado em tábuas duras com apenas uma almofada para a cabeça (Mc 4:38).

    No entanto, isso era tudo parte do plano divino. A tempestade estava uivando, o vento e as ondas estavam prestes a inundar o barco, uma vez que jogou sobre a água como uma rolha e o Criador do mundo dormia profundamente no meio de tudo isso. Embora em Sua divindade Ele era onisciente, na Sua humanidade Ele estava neste momento alheio ao tumulto que o rodeava.

    O Panico

    E eles vieram a ele, o despertaram, dizendo: "Salva-nos, Senhor;! Estamos perecendo" E Ele lhes disse: "Por que você tímidos, homens de pouca fé?" (8: 25-26)

    Vários dos doze discípulos eram pescadores, e podemos estar certos de que eles tinham feito todo o possível para salvar-se. Eles eram provavelmente tão cansado como Jesus era, mas eram muito medo de dormir. Eles tinham a quem recorrer, mas para Jesus e foram exatamente onde Deus queria que eles fossem. Às vezes, o Senhor tem para nos levar a um ponto de desespero absoluto antes que Ele pode chamar nossa atenção, e é isso que Ele fez com aqueles discípulos cujo barco estava prestes a ser inundado ou rasgado em pedaços. Eles tinham acabado de soluções humanas e tinha apenas Jesus a quem recorrer. Talvez o único que poderia purificai os leprosos, restaurar a vista aos cegos, e curar qualquer outro tipo de doença também tinha poder sobre o vento e do mar. Seu grande medo foi misturado com um lampejo de fé como eles vieram a ele, o despertaram, dizendo: "Salva-nos, Senhor;! estamos perecendo" Se eles tivessem tido a confiança em Jesus que Ele tinha em Seu Pai, eles teriam sido tão calmo e indiferente como Ele.

    A história é contada de um endurecido capitão de mar de idade que foi bastante vocal sobre seu ateísmo. Uma noite, durante uma tempestade, ele foi lavado ao mar e os seus homens ouviu clamando a Deus por ajuda. Quando ele finalmente foi resgatado um dos homens perguntou-lhe: "Eu pensei que você não acredita em Deus." Ele respondeu: "Bem, se não há um Deus, deve haver um para momentos como este." Muitas pessoas recorrem ao Senhor somente quando todos os outros recursos foi esgotado. Quando a doença, a morte, a perda do emprego, ou alguma outra tragédia vem, eles clamam a Deus tanto quanto os discípulos fizeram a Jesus.
    Deus está sempre satisfeito quando os homens se voltam para Ele, especialmente para a salvação. As pessoas podem ser curadas, consolado, salvou da ruína financeira, e ajudou em muitas outras maneiras, sem intervenção direta de Deus, mas a pessoa que não é salva não tem absolutamente nenhum recurso, mas o Senhor. Deus ama ouvir o choro de um pecador de desespero, porque percebendo sua própria incapacidade é o primeiro passo para transformar a Ele. Ele também gosta de ouvir seu próprio povo clamar a Ele, mesmo em desespero, porque isso é um sinal de que se lembra a quem pertencem.

    Mesmo os maiores santos de Deus têm, por vezes esquecido seu Pai celestial e tornar-se inundado por circunstâncias. Exclamou o salmista: "Por que tu de longe, ó Senhor? Por que tu te escondas em tempos de angústia?" (Sl 10:1).

    Mas Jesus, voltando a repreensão de volta em cima deles. Por que você é tímido, ele perguntou, e, em seguida, deu a resposta, como parte da pergunta: vocês, homens de pouca fé? Eles estavam com medo porque eles eram infiéis, tímida , porque eles tinham pouca  . "Você não acredita em mim e em meu poder?" Ele perguntou, com efeito. "Você não viu o suficiente do meu poder e experiente o suficiente do Meu amor saber que você está perfeitamente seguro comigo? Você viu Me realizar milagre após milagre, mesmo em nome daqueles que nunca confiou em mim ou sequer se preocupou em agradecer Me . Você viu meu poder e minha compaixão, e você deve saber que, por causa do Meu poder que posso ajudá-lo e que, por causa da Minha compaixão eu vou ajudá-lo. Mesmo que você deve se afogar, você não sabe que isso significaria o céu instant ? O que, então, você tem que estar preocupado? "

    Os discípulos sabiam os Salmos. Muitas vezes o que tinham ouvido e repetiu as palavras do Salmo 89: "O Senhor Deus dos Exércitos, que é semelhante a ti, ó Senhor poderoso tua fidelidade também envolve Ti Tu és governar o inchaço do mar; quando as suas ondas se levantam, Thou?. Dost ainda eles "(vv. 8-9). Eles haviam cantado, "Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente em apuros Portanto, não temeremos, ainda que a terra deve mudar, e ainda que os montes escorregar para o coração do mar.: Ainda que as águas rujam e espuma, embora o terremoto montanhas no seu orgulho inchaço "(Sl. 46: 1-3). Eles sabiam muito bem o majestoso e consoladoras palavras do Salmo 107:

    Os que descem ao mar em navios, que fazem negócios com os grandes águas; eles têm visto as obras do Senhor, e as suas maravilhas no profundo. Pois ele falou e levantou-se um vento tempestuoso, que eleva as ondas do mar. Eles levantaram-se para os céus, desceram às profundezas; sua alma derreteu em sua miséria. Eles cambaleou e cambaleou como um homem embriagado, e foram no final o tino.Então clamaram ao Senhor na sua angústia, e os tirou de suas angústias. Ele causou a tempestade a ser ainda, para que as ondas do mar foram abafado. Em seguida, eles estavam contentes porque eles ficaram quietos; por isso Ele guiou ao porto desejado. (Sl. 107: 23-30)

    Foi um cumprimento literal desses versos que Jesus estava prestes a realizar, no Mar da Galiléia.
    O crente que está ciente do poder e do amor de Deus não tem nenhuma razão para ter medo de nada. Porque Deus tanto pode e vai cuidar de seus filhos, não há nenhuma dificuldade ou perigo através do qual Ele não pode ou não levá-los. Poder e do amor de Deus nos ajudará a vencer qualquer tempestade, e que é a essência do que precisamos saber e considerar quando estamos em apuros.
    No entanto, todo o crente percebe a partir de sua própria experiência que saber sobre o poder eo amor de Deus e confiando neles nem sempre andam juntos. Nossas fraquezas e fragilidades são tanto uma parte de nós que, mesmo depois de ter testemunhado a Deus fazendo coisas maravilhosas, ainda ficamos em dúvida e medo. Na verdade, como Elias após o grande milagre em Mt. Carmel e os discípulos após os grandes milagres em Cafarnaum, que às vezes são mais medo apenas depois de ter sido esmagada com a grandeza de Deus. Estamos maravilhados com a sua grandeza, mas assim que o problema vem nos esquecemos de Sua grandeza e ver apenas o problema.

    A fé precisa de reforço constante, como os discípulos, eventualmente, veio a perceber. "Aumenta a nossa fé!" rogaram de Jesus (Lc 17:5). Sabemos que Deus pode proporcionar, mas também sabemos quão facilmente podemos deixar de confiar em Sua disposição. Sabemos que Deus nos ama, mas também sabemos quão facilmente podemos esquecer Seu amor. Sabemos que Ele dá a paz que excede todo o entendimento, mas também sabemos quão facilmente podemos cair na preocupação e desespero. Quando ele é acoplado com pouca fé , mesmo muito conhecimento a respeito de Deus nos deixa tímido e com medo quando o problema vem.

    O Poder

    Então Ele se levantou e repreendeu os ventos eo mar; e tornou-se perfeitamente calmo. (8: 26b)

    Jesus se levantou e repreendeu os ventos eo mar, dizendo: "Silêncio, ser ainda" (Mc 4:39). Ao ouvir a palavra do Criador a tempestade poderia fazer nada, mas tornam-se perfeitamente calmo . Os ventos parou, as ondas cessaram, o ar clareou e a água tornou-se como o vidro. Storms normalmente diminuem gradualmente, com ventos e ondas diminuindo pouco a pouco até que a calma seja restaurada.Mas esta tempestade amainou mais rápido até do que ele tinha vindo; ele veio de repente e deixou instantaneamente. Embora pequeno em comparação com furacões e tufões, que tempestade no Mar da Galiléia tinha gerado multiplicado milhões de unidades de potência. No entanto, Jesus parou com uma palavra-uma tarefa fácil em comparação com Sua trazendo todo o mundo à existência com uma palavra.

    Aquele que tinha o controle sobre doenças e demônios também tinha controle sobre a natureza. E, como Mateus iria proceder para mostrar, Ele também tinha o poder de perdoar os pecados e ressuscitar os mortos.

    O Portent

    E aqueles homens se maravilharam, dizendo: "Que tipo de homem é este, que até os ventos eo mar lhe obedecem?" (8:27)

    Thaumazō ( maravilhou ) refere-se ao extremo espanto e pode levar a idéia de presságio. Os homens não podiam imaginar que tipo de homem era Jesus, que até os ventos eo mar lhe obedecem. Marcos relata que, junto com seu grande espanto, o os homens também eram "muito medo" (04:41). Eles estavam agora mais medo do que tinha acalmou a tempestade do que tinham sido da própria tempestade.Muitos deles tinham encontrado tempestades perigosas, mas nenhum havia encontrado tal poder sobrenatural como Jesus aqui apresentado.

    Depois que Deus havia declarado seu grande poder e majestade, Job, exclamou: "Tenho ouvido falar de ti pela audição do ouvido, mas agora os meus olhos vê-Te, por isso eu retrair, e eu me arrependo no pó e na cinza" (42:5 —6). Quando Isaías "viu o Senhor sentado num trono, elevado e exaltado, com o trem de seu manto enchiam o templo", ele declarou: "Ai de mim, porque estou arruinado! Porque eu sou um homem de lábios impuros, e eu viver entre um povo de lábios impuros, porque os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos "(Is 6:1).. Depois de Daniel viu o Senhor, ele testemunhou: "Não ficou força em mim, para a minha cor natural virou-se para uma palidez mortal, e não retive força Mas eu ouvi o som das suas palavras; e, logo que ouvi o som. das suas palavras, eu caí em um sono profundo em meu rosto, com o meu rosto em terra "(Dan. 10: 8-9). Quando Pedro viu Jesus milagrosamente fornecer a grande captura de peixe ", prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo:" Apartai-vos de mim, porque sou um homem pecador, Senhor! '"(Lc 5:8.).

    Isaque Watts escreveu:
    Nós cantamos o poder de Deus, 
    que ordenou a montanhas ascensão.

    Quem espalhou os mares fluindo no exterior, 
    e construiu o céu elevados.

    Cantamos a sabedoria que ordenou 
    o sol para governar o dia.

    A lua brilha completa no seu comando, 
    e todas as estrelas obedecer.

    Senhor, como as tuas maravilhas são exibidos 
    Onde e'er voltamos nossos olhos,

    Quando e'er vemos o chão que pisamos, 
    Ou contemplar os céus.

    Não há uma planta nem flor abaixo 
    Mas faz tuas glórias conhecido,

    E surgem nuvens e tempestades golpe 
    Por despacho do teu trono.

    Ele fecha com as belas linhas:
    Em Ti cada momento nós dependemos, 
    Se Tu retirar morremos.

    O que possamos ne'er que Deus ofender, 
    que está sempre próximo.

    O mesmo Cristo, que acalmou o mar da Galiléia é o Cristo que mantém cada átomo e cada estrela em sua órbita. Ele mantém o universo em equilíbrio e fornece para cada planta e animal. Um dia, Ele está vindo para restaurar o mundo de que o pecado contaminou, para tornar completamente nova dos céus e da terra. Mesmo agora, Ele é o Deus que dá a vida eterna para aqueles que confiam nEle, e que vai acalmar a sua tempestade cada e dar força para todos os seus tragédia.

    48. poder de Jesus sobre a Sobrenatural (Mateus 8:28-34)

    E quando Ele veio para o outro lado para o país dos gadarenos, dois homens que estavam possuídos por demônios O encontrou como eles estavam saindo dos sepulcros; eles eram tão excessivamente violento que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que gritaram, dizendo: "O que nós temos a ver com você, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" E havia em uma distância deles uma manada de muitos porcos. E os demônios começaram a suplicar-lhe, dizendo: "Se você estiver indo para nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos." E Ele lhes disse: "Vá embora!" E eles saíram, e entraram no suína, e eis que toda a manada precipitou-se o banco despenhadeiro no mar e morreram nas águas. E os pastores fugiu, e foi para a cidade, e contaram tudo, inclusive o incidente dos endemoninhados. E eis que toda a cidade saiu ao encontro de Jesus; e quando o viram, rogaram-lhe que se a partir de sua região. (8: 28-34)

    Mateus adiciona à evidência convincente de messianismo e divindade de Jesus, mostrando o Seu poder sobre o sobrenatural, bem como sobre a doença, deformidade e do mundo natural. Para Jesus para redimir a terra e reverter a maldição, ele teria que ter total poder sobre Satanás e suas hostes demoníacas. A fim de resgatar a humanidade decaída Ele teria que ser capaz de dominar as forças do mal que mantêm os homens em escravidão física, mental e espiritual. Durante todo o registro do evangelho, portanto, encontramos repetidamente contas da habilidade de Jesus para expulsar demônios daqueles sob seu controle o mal. Ele exerceu seu poder instantaneamente, com autoridade, e com sucesso total, muitas vezes com o uso de uma única palavra, mas, como no caso em apreço.

    Nas tentações do deserto Jesus demonstrou seu poder de resistir a Satanás; agora Ele demonstra Seu poder para vencer e subjugar completamente Satanás. Em Seu trato com o reino das trevas Ele não só não iria dobrar a Satanás, mas fez Satanás curva a Ele. Como o apóstolo João nos diz: "O Filho de Deus se manifestou: para este fim, para que pudesse destruir as obras do diabo" (Jo 3:8.

    Quando os discípulos tentaram expulsar os demônios que eles descobriram como extremamente difícil que é. Embora Jesus lhes tinha dado "poder e autoridade sobre todos os demônios" (Lc 9:1). Porque Jesus expulsava os demônios com tanta facilidade, algumas das pessoas concluiu que Ele deve, portanto, estar em conluio com o diabo, e declararam: "Ele expulsa os demônios por Belzebu, príncipe dos demônios" (Lc 11:15). Quando os sete filhos de Ceva tentaram expulsar um espírito maligno de um homem com o poder de "Jesus a quem Paulo prega, ... o espírito maligno, respondendo, disse-lhes:" Eu reconheço Jesus, e sei quem é Paulo, mas quem é você? ' E o homem, no qual estava o espírito maligno, saltando sobre eles e subjugado todos eles e dominou-los, para que eles fugiram daquela casa nus e feridos "13 44:19-16'>Atos 19:13-16.

    Na conta dos dois homens possuídos por demônios, Mateus primeiro descreve a posse pelos demônios, então o poder de Cristo sobre os demônios, e, finalmente, a perspectiva das pessoas em relação a Jesus.

    O Possession pelos Demons

    E quando Ele veio para o outro lado para o país dos gadarenos, dois homens que estavam possuídos por demônios O encontrou como eles estavam saindo dos sepulcros; eles eram tão excessivamente violento que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que gritaram, dizendo: "o que nós temos a ver com você, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" E havia em uma distância deles uma manada de muitos porcos. E os demônios começaram a suplicar-lhe, dizendo: "Se você estiver indo para nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos." (8: 28-31)

    Depois de o silenciar milagrosa da tempestade, Jesus e seus discípulos continuaram através do Mar da Galiléia para o outro lado . Até agora era a luz do dia e do grupo de barcos (ver Mc 4:36) desembarcou no país dos gadarenos. Aqueles a quem chama Mateus Gadarenes também foram chamados Gerasenes (Mc 5:1) ou Gergesenes, como encontrado em alguns textos gregos.A pequena cidade de Gerasa, ou Gergesa (de onde vêm Gerasenes e Gergesenes, respectivamente) foi na costa nordeste do Mar da Galiléia, cerca de seis milhas através da água de Cafarnaum, e os penhascos íngremes perto caber a configuração geográfica descrita aqui. A cidade de Gadara (de onde vem Gadarenes ) está localizada mais ao sul e é interior; mas a região em geral, incluindo Gerasa, foi muitas vezes referido como o país dos gadarenos.

    A recepção pelos Demons

    dois homens que estavam possuídos pelo demônio O encontrou como eles estavam saindo dos sepulcros; eles eram tão excessivamente violento que ninguém podia passar por aquele caminho. (8: 28b)

    Em seus relatos sobre este incidente, Marcos (5:
    2) e Lucas (8:
    27) mencionar apenas um homem possuído pelo demônio, mas não indica que apenas um estava presente. Para seus propósitos particulares que eles escolheram para se concentrar no mais dominante dos dois homens. daimonizomai ( -endemoninhado ) significa simplesmente a ser demonizado, estar sob o controle de um espírito demoníaco, sem levar em conta o tipo ou grau de controle. Apesar de suas contas das pessoas demonizadas refletir muitas condições e graus diferentes de controle, a Escritura não distingue claramente entre ser possuído, obcecado, ou oprimidos por demônios.

    Demonização pode ser definida como uma condição na qual um ou mais demons habita e ganhos de controlar ao longo de um ser humano. Demons pode atacar os homens espiritualmente, mentalmente e fisicamente. No reino espiritual que promovem falsas religiões, culto ao demônio, o oculto, e inúmeros tipos de imoralidade, incluindo assassinato (Ap 9:20-21; 18: 23-24). Na esfera intelectual e psicológica eles promovem tais coisas como falsas doutrinas; insanidade e masoquismo, como neste endemoninhado homem, que se cortou com pedras (Mc 5:5).

    Dominação Demônio era uma aflição comum nos tempos do Novo Testamento, mesmo entre o povo escolhido de Deus, os judeus. Na igreja apostólica, o dom dos milagres, ou poderes, foi a capacidade de expulsar os demônios. É interessante, no entanto, que lemos de nenhuma conta de possessão demoníaca, na cidade de Jerusalém. Ao longo da história, incluindo tempos modernos, esse aspecto particular da atividade de Satanás parece surgir mais frequentemente em áreas rurais e pouco sofisticados do que na sociedade urbana sofisticada. Ele também é mais comum onde a religião animista e seu medo de acompanhamento e de culto dos espíritos malignos são fortes. Em sociedades mais avançadas, uma pessoa que está seriamente perturbado por demônios é susceptível de ser considerado louco e colocado em uma instituição mental, e parece certo que muitas pessoas que são diagnosticadas como doentes mentais são realmente demonizado.
    É significativo que Jesus nunca culpou uma pessoa por ser ou doente ou demônio controlado. Ele reconheceu-os como vítimas de poderes além de seu próprio controle e, como na necessidade de libertação, não exortação ou condenação.
    Como podemos ver com esses dois homens que estavam possuídos pelo demônio, a personalidade ea voz de um demônio pode à vontade, e, por vezes, de forma contínua, eclipsar a personalidade e voz da pessoa ocupada. Quando Jesus perguntou a um dos homens: "Qual é seu nome?" o demônio respondeu através da boca do homem, dizendo: "Meu nome é Legião, porque somos muitos" Mc 5:9Lucas 8:27-29.

    O reconhecimento por parte das Demons

    E eis que gritaram, dizendo: "O que nós temos a ver com você, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" (8:29)

    O que temos a ver com Você quis dizer: "O que você está fazendo aqui e por que você está nos incomodando?" Ao tratar de Jesus como Filho de Deus os demônios mostrou que eles imediatamente reconhecido quem Ele era. Marcos relata que um dos homens "correu e prostrou-se diante dele" (5: 6). A palavra da qual "inclinou-se" vem ( proskuneo ) é geralmente traduzida como "adoração", porque representa o ato mais comum do Oriente Próximo de adoração e reverência. O termo carrega a idéia de profunda admiração e respeito. Demons ódio e nojo de tudo sobre Deus, mas são impotentes para fazer qualquer coisa, mas curvar-se diante dele, quando na Sua presença, assim como um dia de seu nome todo joelho se "curva dos que estão nos céus e na terra, e sob a terra "Fp 2:10).

    Eles sabiam que Jesus era o seu antagonista divina e que Ele tinha plenos poderes e autoridade para destruí-los à vontade. Por sua causa, Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? reconheceram que eles sabiam que havia um divinamente tempo, ainda não chegou, quando ele seria de fato julgá-los e puni-los com a condenação eterna. Sua escatologia, como o resto de sua teologia, era factualmente correctas. Como Tiago nós ", os demônios o crêem, e estremecem" conta (Jc 2:19). Eles tremer porque sua crença é a de reconhecimento, mas não aceitação, e eles percebem plenamente a consequência da rejeição de Deus.

    À luz do seu conhecimento sobre o seu poder divino e planejar parece estranho que Satanás e suas hostes caídas preocupou em tentar e atacar Jesus. Mas os enganadores supremos são também extremamente auto-enganados, e em seus delírios do mal que de alguma forma a esperança de frustrar Cristo em sua humanidade. Ao induzir a Ele para o pecado, talvez eles poderiam arrastá-lo para o lago de fogo com eles quando veio o juízo. Talvez eles pensaram que ele era de alguma forma menos poderoso e justo sobre a terra que eles sabiam que ele foi no céu. Em qualquer caso, é a natureza de Satanás e dos que pertencem a ele se opor a Deus, não importa o que as consequências ou perspectiva de sucesso.

    Os demônios entendido muito mais sobre a identidade de Jesus e sobre o plano divino de redenção e julgamento do que os doze discípulos naquela época. Foi muito mais tarde que Pedro confessou antes de Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", uma verdade que ele veio a saber apenas pela revelação divina (Matt. 16: 16-17).

    Os demônios sabiam que não eram destinados a julgamento até depois do Milênio e que, consequentemente, se perguntou por que Cristo já tinha relações com eles. Era muito cedo para a sua agendadotempo de tormento , e ainda assim eles perceberam que Jesus estava prestes a interromper e destruir o seu presente trabalho mal.

    A pedido do Demons

    E havia em uma distância deles uma manada de muitos porcos. E os demônios começaram a suplicar-lhe, dizendo: "Se você estiver indo para nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos." (8: 30-31)

    Em desespero, os demônios olhei em torno de um meio de escape, e eles avistaram uma manada de muitos porcos em um pasto. O grande tamanho do rebanho, que somava 2.000 animais (Mc 5:13), indica que o número de demônios também foi grande (ver também Mc 5:9;. Mc 9:29). Mas Jesus expulsou toda a legião de demônios para fora dos dois homens com mas uma palavra: Begone! Ele deu permissão para os demônios (Lc 8:32), na forma de um comando que eles não tinham poder para desobedecer, e imediatamente eles vieram para fora, e entrou na suína.

    Mais uma vez, só podemos admirar a "razão demônios para fazer o que eles fizeram. Se eles dirigida toda a manada se apressar para baixo do banco despenhadeiro no mar , onde eles morreram nas águas, ou se aquilo era simplesmente a resposta frenética dos animais para ser habitado pelos espíritos malignos, parece provável que os demônios sabia o resultado com antecedência . Mas não sei por que eles fizeram o que fizeram ou o que aconteceu com eles depois que os porcos se afogou.

    Como os anjos caídos, demônios são seres extremamente poderosos (ver 2Rs 19:35; Sl 103:1:.. Sl 103:20; 2Pe 2:112Pe 2:11). Quando um anjo foi enviado com uma mensagem para o profeta Daniel, ele foi adiado por um demônio (chamado de "o príncipe do reino da Pérsia") durante três semanas, e que o Senhor teve que enviar o arcanjo Miguel em seu auxílio (Dn 10:13). É, portanto, surpreendente que Paulo nos adverte que, mesmo como filhos de Deus, não podemos resistir aos ataques de demônios para além da armadura do Senhor, sobretudo o escudo da fé (Ef 6:16).

    Os demônios têm inteligência superior (. Ez 28:3-4), a força superior (Mc 5:4), poderes sobrenaturais superiores para executar "sinais e prodígios de mentira" (2Ts 2:9).

    As pessoas da cidade, provavelmente incluindo os donos dos porcos, foram tão impressionado com o relatório que toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Que eles vieram especificamente para atender Jesus mostra que Ele era o foco de atenção. Ele era do maior interesse para eles do que tanto os suínos ou os dois homens possuíam anteriormente. Ao contrário do que a sugestão de muitos intérpretes através dos séculos, não há nenhuma indicação no texto de que a resposta do povo foi devido a sua preocupação materialista sobre a perda de tantos porcos. Embora fossem possivelmente presentes, os proprietários dos porcos não são mencionadas em nenhum dos três relatos evangélicos. A questão não era os demônios, os porcos, ou os dois homens, mas Jesus.

    As pessoas da cidade (provavelmente Gerasa) nem sequer dar-Lhe a reverência relutantes mostrado pelos demônios. Eles não parecem menos interessados ​​em descobrir quem ele era ou por que Ele veio para a sua área. Eles não queriam nada a ver com Ele, e suplicou-lhe afastar-se da sua região. Eles tinham a princípio simplesmente sair "para ver o que era o que tinha acontecido", mas quando "eles chegaram a Jesus e observou o homem que tinha sido demônio —possessed sentado, vestido e em perfeito juízo, o homem que teve a 'legião' ... eles ficaram assustados "(Marcos 5:14-15). Eles não estavam com raiva ou ressentimento, mas com medo.

    Quando os homens profanos ficar cara-a-cara com o santo Deus, eles estão apavorados. Mais uma vez somos lembrados de que quando Isaías "viu o Senhor sentado num trono, elevado e exaltado", ele exclamou: "Ai de mim, porque estou arruinado! Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos "(Is 6:1).. Depois que Pedro testemunhou Jesus 'milagrosa provisão de peixes que quase inundado dois barcos de pesca ", prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo:" Apartai-vos de mim, porque sou um homem pecador, ó Senhor "(Lc 5:8). Eles eram mais medo de Jesus do que a tempestade, porque perceberam que o próprio Deus estava no barco com eles. O pecador que ele sabe enfrenta Deus só pode ver seu pecado, e o resultado é o medo.

    Não nos é dito exatamente o que as pessoas da cidade pensou em Jesus. Sabemos apenas que eles tinham uma visão do sobrenatural e isso os levou a entrar em pânico. Eles viram que podia controlar demônios, que podia controlar os animais, e que poderia restaurar mentes despedaçadas à sanidade-e eles não queria nada com ele.

    Aqui encontramos o primeiro oposição a Jesus registradas nos evangelhos. O povo não ridicularizar ou perseguir Jesus; eles simplesmente pedimos a Ele que deixá-los sozinhos. Talvez eles se ressentiam Sua justiça expondo seu pecado, seu poder expor suas fraquezas, ou Sua compaixão expondo sua dureza de coração. Talvez eles não podiam tolerar Jesus por causa de Sua perfeição. Mas, ao contrário dos escribas e fariseus, essas pessoas não mostrou nenhum interesse em tudo em que Jesus era ou em Seu ensino ou trabalho. Eles pareciam totalmente indiferentes à Sua pessoa e ministério. Eles não se importavam se Ele era o Messias. Eles não parecem se importar se seus poderes eram bons ou se ele era de Deus. Eles não se importavam nada sobre ele, exceto que ele iria embora. Sua rejeição de Jesus estava na forma de grande indiferença, a mesma indiferença a Deus demonstrado pela maioria dos homens ao longo da história, a indiferença que quer deixar que Deus sozinho e de ser deixado sozinho por Deus. O Senhor foi uma intrusão com quem não quer ser incomodado.

    Em grande contraste com a atitude dessas pessoas, um dos homens que tinham sido possuído por um demônio implorou Jesus "para que pudesse acompanhá-Lo" (Mc 5:18). Ele era tão grato a Jesus por libertação e assim atraída por ele em amor e adoração que ele não podia suportar a ser separados de Deus. Mas Jesus tinha outros planos para o homem, e "Ele não deixá-lo, mas ele disse-lhe: 'Vá para casa para o seu povo e que lhes transmitam as grandes coisas que o Senhor tem feito por você, e como teve misericórdia de você . '"(v. 19) Jesus mandou o homem de volta para o seu próprio povo, muito provavelmente, as mesmas pessoas que tinham pedido Jesus a deixar-a testemunhar-lhes do amor e da misericórdia do Senhor. O homem era para ser um evangelista e missionário para o seu próprio povo, testemunho de que aquele a quem eles tinham rejeitado, no entanto, amado e procurado para redimi-los vivos. Mesmo para aqueles que rogar -lhe que se, Jesus estende a Sua graça.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 8 do versículo 1 até o 34

    Mateus 8

    O amor em ação

    O morto em vida — Mat. 8:1-4

    Uma compaixão que vai além da lei — Mat. 8:1-4 (cont.) A verdadeira prudência — Mat. 8:1-4 (cont.)

    A súplica de um homem bom — Mat. 8:5-13

    A fé como passaporte — Mat. 8:5-13 (cont.)

    Um poder capaz de vencer as distâncias — Mat. 8:5-13 (cont.)

    Um milagre em um lar humilde — Mat. 8:14-15 Milagres na multidão — Mat. 8:16-17

    A exortação a calcular o custo do discipulado — Mat. 8:18-22 A tragédia do momento desperdiçado — Mat. 8:18-22 (cont.)

    A paz de sua presença — Mat. 8:23-27

    A calma em meio à tormenta — Mat. 8:23-27 (cont.) Um universo possuído por demônios — Mat. 8:28-34 A derrota dos demônios — Mat. 8:28-34 (cont.)

    O AMOR EM AÇÃO

    Entre todos os evangelistas, Mateus é o mais organizado. Nunca distribui seus materiais ao acaso. Se em Mateus há uma ordem particular das distintas passagens que compõem o relato, essa ordem ou seqüência obedece a uma razão bem fundada. Assim ocorre neste lugar.

    Nos capítulos Mt 5:1, Mt 6:1 e 7 Mateus nos deu o Sermão da Montanha. Quer dizer, em três capítulos nos ofereceu seu relato de palavras pronunciadas

    por Jesus. Agora, no capítulo 8, nos oferecerá o relato dos fatos de Jesus.

    Os capítulos Mt 5:1, Mt 6:1 e 7 nos mostram a sabedoria divina em palavras. O capítulo 8 nos mostra o amor divino em ação. O capítulo 8 é um capítulo de milagres. Vejamos o conjunto destes milagres, antes de entrar em seu estudo detalhado.

    Neste capítulo há sete ações milagrosas.

    1. A cura do leproso (vs. Mt 8:1-4). Aqui vemos a Jesus tocando o intocável. Os leprosos eram expulsos da sociedade humana; tocá-los, e até aproximar-se deles, era quebrantar a Lei.

    Aqui vemos o homem que sempre devia manter-se à distância dos homens, sendo abraçado, envolto pela piedade e a compaixão de Deus.

    1. A cura do servo do centurião (vs. Mt 8:5-13). O centurião era um

    gentio, e portanto o judeu estritamente ortodoxo teria opinado que somente servia para alimentar os fogos do inferno; era servo de uma potência inimiga e membro do exército de ocupação que oprimia os judeus, e portanto um judeu nacionalista o teria considerado candidato a ser assassinado, não a ser ajudado. O servo do centurião, por outro lado, era um escravo, e os escravos naquela época não eram senão ferramentas animadas.

    Aqui vemos o amor de Deus indo em auxílio de um homem a quem todos odiavam e de um escravo, a quem todos desprezavam.

    1. A cura da sogra do Pedro (vs. Mt 8:14 e 15). Este milagre aconteceu em um humilde lar da Palestina, em uma casa despretensiosa. Não esteve rodeado de publicidade nem de público. Encontravam-se presentes só Jesus e o círculo familiar mais íntimo. Aqui vemos o infinito amor do

    Deus de todo o Universo, desdobrando todo seu poder quando só um pequeno círculo íntimo de pessoas podia vê-lo.

    1. A cura de todos os doentes que foram levados à porta da casa ao

    pôr-do-sol (versículos 16:17). Aqui vemos em ação a universalidade do amor de Deus. Ninguém jamais incomodou a Jesus; não tinha horas de atendimento aos necessitados e horas em estivesse "fora de serviço". Qualquer um podia chegar até Ele em qualquer momento e receber a ajuda da graça e o amor divinos.

    1. A reação do escriba (vs. Mt 8:18-22). À primeira vista se poderia pensar que esta passagem está fora de lugar em um capítulo dedicado a milagres. Mas este é também milagre operado sobre a personalidade de um homem. Que possa ter havido um escriba disposto a seguir a Jesus não é um fato comum, antes um verdadeiro milagre. De algum modo teve que esquecer sua devoção à lei dos escribas. Apesar de que Jesus contradizia todas as coisas às quais ele tinha dedicado sua vida, não viu nele um inimigo, mas um amigo; não um opositor, mas um mestre. Deve ter sido uma reação instintiva.

    Negley Farson recorda uma história de seu ancião avô. Quando menino, Farson não conhecia a história de seu avô, e todas as coisas que tinha feito, mas, conforme diz, "Tudo o que sabia era que só com sua presença fazia com que todos os outros homens se sentissem diminuídos, fora de lugar." O escriba viu em Jesus um esplendor e magnificência que nunca tinha visto em nenhum outro homem. Aconteceu então o milagre e o coração do escriba correu para Jesus.

    1. O milagre do sujeição da tempestade (vs. Mt 8:23-27). Aqui vemos Jesus enfrentando as ondas e os redemoinhos que podem afogar a qualquer um. Como recorda Pusey, quando morreu sua esposa, "todo esse tempo foi como se alguém me tivesse estado sustentando a cabeça no alto". Aqui temos ao amor de Deus produzindo paz e serenidade no meio do tumulto e da confusão.
    2. A cura do endemoninhado gadareno (vs. Mt 8:28-34). Na antiguidade se acreditava que todas as enfermidades se deviam à ação dos demônios. Aqui vemos o poder de Deus frente a frente com o poder do demônio. Vemos a bondade de Deus invadindo a maldade do mundo. O amor de Deus travando batalha contra a malignidade e a malevolência. Aqui vemos em ação a bondade e o amor que salvam os homens, triunfando sobre o mal e o ódio que arruínam o homem.

    O MORTO EM VIDA

    Mateus 8:1-4

    Na antiguidade a lepra era a mais terrível de todas as enfermidades.

    1. W. G. Masterman escreve: "Nenhuma outra enfermidade converte o ser humano em uma ruína tão total e horrível à vista, e durante tanto

    tempo." A princípio são pequenos nódulos que terminam ulcerando-se. Estas úlceras produzem um líquido de aspecto desagradável e vão

    aumentando. Caem as sobrancelhas. Os olhos assumem um aspecto fantasmagórico, como se nunca deixassem de olhar fixamente a outros. Ulceram-se as cordas vocais e a voz se torna afônica e a respiração

    sibilante. Pouco a pouco o doente se converte em uma só massa de excrescências ulcerosas. Este tipo de lepra, termina com o doente em uns nove anos, ao final dos quais se perde a razão, o paciente entra em coma e finalmente morre.

    A lepra pode começar com a perda da sensibilidade em qualquer parte do corpo. Neste caso a afecção atacou os nervos. Pouco a pouco os músculos do corpo se desintegram, os tendões se contraem até que as

    mãos adquirem o aspecto de garras. Seguem as ulcerações nas mãos e nos pés e a perda progressiva dos dedos de ambos. Por último se vão perdendo as mãos e os pés inteiros, até que sobrevém a morte. A duração

    desta classe de lepra, é entre vinte e trinta anos. É uma espécie de morte horrenda, na qual o homem morre polegada a polegada.

    (É importante esclarecer que hoje tudo isto, graças à medicina moderna, virtualmente desapareceu, e é perfeitamente possível controlar e até curar a lepra. Mas nos tempos de Jesus não se conheciam os tratamentos que hoje estão ao alcance de qualquer pessoa.)

    A condição física do leproso era terrível. Mas havia algo que a fazia pior ainda. Josefo diz que os leprosos eram tratados "como se fossem mortos". Quando se diagnosticava lepra, o doente era instantânea e

    automaticamente excluído de toda sociedade humana. "Todo o tempo que a chaga estiver nele será imundo; estará impuro e habitará sozinho; fora do acampamento será sua morada" (Lv 13:46). O leproso devia vestir-se com farrapos, usar o cabelo despenteado, com o lábio superior coberto por uma bandagem, e enquanto caminhava devia gritar todo o tempo "Imundo! Imundo!" (Lv 13:45).

    Durante a Idade Média quando alguém contraía a lepra, o sacerdote devia colocar-se a estola, tomar seu crucifixo, introduzi-lo na igreja e ler

    o serviço de defuntos. Para todo propósito humano esse homem tinha morrido.

    Na Palestina, nos tempos de Jesus, ao leproso era proibida a entrada

    a Jerusalém e a todas as cidades muradas. Nas sinagogas havia uma pequena habitação isolada, de três metros de altura por dois de lado, chamada mechitsah, na qual podia ouvir o culto. A lei enumerava sessenta e um contatos que podiam tornar o judeu em impuro, e o segundo em importância, depois do contato direto com um morto era o contato com leprosos. Pelo fato de um leproso apenas introduzir a cabeça em uma casa, esta ficava poluída dos alicerces até as vigas do teto. Até em um lugar aberto era ilegal saudar um leproso, e ninguém podia aproximar-se de mais de quatro cotovelos –uns dois metros do leproso; mas se o vento soprava do lado onde estava o leproso, este devia manter— se a não menos de cem côvados de distância. Um rabino nem sequer teria comido um ovo comprado em uma rua por onde tinha passado um leproso. Outro rabino se gabava de que atirava pedras nos leprosos para que não se aproximassem dele. Outros se escondiam ou saíam correndo cada vez que viam um leproso mesmo à distância.

    Nunca houve uma enfermidade que separasse um homem de seus semelhantes como a lepra. E este homem foi o que Jesus tocou. Para um judeu a frase mais extraordinária de todo o Novo Testamento provavelmente seja: "Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe (ao leproso)"

    UMA COMPAIXÃO QUE VAI ALÉM DA LEI

    Mateus 8:1-4 (continuação)

    Nesta história devemos notar duas coisas – o leproso se aproxima e Jesus responde. Na aproximação do leproso há três elementos que

    convém destacar.

    1. O leproso se aproximou com confiança. Não duvidava de que se Jesus quisesse, podia curá-lo. Isto é fé. Nenhum leproso se aproximou de

    um rabino ortodoxo ou de um escriba. Sabia perfeitamente que eles lhe jogariam pedras para afastá-lo. Mas este homem se aproxima de Jesus. Tinha perfeita confiança que Jesus daria as boas-vindas ao homem que

    todos tinham rechaçado. Ninguém deve sentir-se muito impuro para aproximar-se de Jesus. O leproso, além disso, tinha perfeita confiança no poder de Jesus. A lepra era o único mal para o qual a medicina rabínica não prescrevia remédio algum. Mas este homem tinha a segurança de

    que Jesus podia fazer o que ninguém podia fazer. Ninguém deve sentir que sua enfermidade, do corpo ou da alma, é incurável, enquanto Jesus Cristo siga existindo.

    1. O leproso acudiu a Jesus humildemente. Não exigiu a cura; limitou-se a dizer: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me." Era como se houvesse dito: "Eu sei que sou um lixo, sei que qualquer outro homem

    fugiria de mim; sei que não tenho direito algum, mas possivelmente você, na misericórdia divina, comunicará seu poder a alguém como eu." Somente o coração humilde, consciente apenas de sua necessidade, é o

    que encontra seu caminho para Cristo.

    1. O leproso se aproximou com reverência. Em nossa versão da Bíblia diz que o leproso se prostrou diante de Jesus. O verbo grego é

    proskuein, que só se usa com relação à adoração dos deuses; sempre descreve os sentimentos e a atitude de um homem frente à divindade. O leproso não poderia dizer a ninguém o que pensava sobre Jesus, mas sabia que na presença de Jesus estava na presença de Deus. Não é

    necessário que traduzamos isto a uma terminologia filosófica ou

    teológica. É suficiente que saibamos que ao estar na presença de Jesus nos encontramos ante o amor e o poder do Deus Todo-poderoso.

    Sendo esta a atitude com que o leproso se aproximou de Jesus, produz-se, então, a resposta de Jesus. Em primeiro lugar, sua reação foi a

    compaixão. A Lei dizia que Jesus não devia tocar nesse homem; ameaçava-o com uma terrível impureza se permitia que o leproso se aproximasse dele de menos de dois metros de distância. Mas Jesus estendeu sua mão e tocou o leproso. A medicina da época teria advertido

    a Jesus que corria o risco de uma severa infecção; mas Jesus estendeu a mão e tocou o leproso. Para Jesus a vida impunha somente uma obrigação – a de ajudar. Havia somente uma lei – a lei do amor. O dever

    da compaixão, a obrigação do amor, tinham precedência sobre todas as outras regras, mandamentos e leis; esta obrigação o fazia desafiar todos os riscos físicos.

    Para um bom médico um doente de uma enfermidade repugnante não é um espetáculo asqueroso, mas um ser humano que necessita de sua habilidade para curar. Para o médico o menino atacado de uma

    enfermidade contagiosa não é uma ameaça, mas um ser tenro que necessita ajuda. Assim era Jesus. Deus é assim e nós devemos ser assim. O verdadeiro cristão rompe todas as convenções e assume todos os riscos

    quando se trata de ajudar ao próximo necessitado.

    A VERDADEIRA PRUDÊNCIA

    Mateus 8:1-4 (continuação)

    Mas há outros dois detalhes do incidente que demonstram como, embora Jesus estava disposto a desafiar a Lei e expor-se a qualquer

    contágio para ajudar, não era um ser desatento e rebelde sem sentido, nem esquecia as exigências da verdadeira prudência.

    1. Ordenou ao homem que guardasse silêncio e não publicasse a todo mundo o que Jesus fez com ele. Esta ordem de guardar silêncio é

    freqüente nos lábios de Jesus (Mt 9:30; Mt 12:16; Mt 17:9; Mc 1:34;

    Mc 5:43; Mc 7:36; Mc 8:26). Por que Jesus ordenaria este silêncio? Palestina era um país ocupado, e os judeus eram uma raça orgulhosa. Nunca esqueciam que eram o povo eleito de Deus. Sonhavam com o dia quando viria seu divino libertador. Mas a maioria pensava que esse seria um dia de conquista militar e poder político. Por isso, Palestina era a região mais inflamável do mundo antigo. Líder após líder se levantou entre os judeus, teve seu dia de glória, e foi esmagado pelo poder de Roma.

    Se o leproso tivesse divulgado o que Jesus fez com ele, iria produzir-se um movimento popular para colocar um homem com os

    poderes de Jesus à frente de um movimento de libertação militar e política. Antes que Jesus tivesse podido fazer algo para deter o

    movimento, teria estalado mais outra sangrenta rebelião na história da Palestina. Jesus tinha como alvo educar as mentes dos homens e transformar suas idéias; devia levá-los a ver de algum modo que seu

    poder era o amor e não a força das armas. Viu-se obrigado a trabalhar virtualmente em segredo até que os homens o conhecessem bem e soubessem que o motivo de sua vida e liderança não era a destruição da

    vida, mas sim o amor. Jesus ordenava aos que ajudava que guardassem silêncio a fim de que não pretendessem utilizá-lo para fazer com que seus sonhos se convertessem em realidade, em vez de esperar o

    cumprimento do sonho de Deus. Deviam guardar silêncio até não ter aprendido a dizer com respeito a ele o que era correto.

    1. Jesus enviou o leproso aos sacerdotes, para que fizesse a

    oferenda correspondente segundo a Lei, e recebesse assim o certificado de saúde. Os judeus tinham tal terror da lepra, que até havia um ritual

    prescrito para o caso pouco provável de uma cura. O ritual aparece em Levítico 14.

    O leproso era examinado por um sacerdote. Levava duas aves, uma das quais era morta sobre água corrente. Além disso se tomava cedro, hissopo e grão. Estas três substâncias junto com a ave viva, umedeciam-

    se no sangue da ave morta, e então ficava em liberdade a ave viva. O ex— doente se lavava, lavava sua roupa e se barbeava. Depois de sete dias era

    novamente revisado. Então devia barbear-se a cabeça e as sobrancelhas. Nessa ocasião se fazia o sacrifício de dois cordeiros machos sem mancha nem defeito algum, e um cordeiro fêmea, certa quantidade de farinha mesclada com azeite e uma medida de azeite. O leproso curado era aspergido com o sangue dos animais e o azeite no lóbulo da orelha direita, no polegar da mão direita e no dedo gordo do pé direito. Ele voltava a ser examinado, e se a cura demonstrava ser autêntica, podia ir embora, com um certificado que estabelecia sua cura.

    Jesus ordenou ao leproso que se submetesse a todo esse processo. Esta ordem de Jesus também nos ensina algo. Recomendou-lhe que não descuidasse o único tratamento que se conhecia naqueles dias. Não recebemos milagres descuidando o tratamento que a medicina e a ciência põem a nosso alcance. Devemos fazer tudo o que possamos antes de esperar que Deus coopere com nossos esforços. Os milagres não acontecem se esperarmos de braços cruzados que Deus faça tudo, antes são o resultado do esforço cheio de fé do homem e da graça ilimitada de Deus.

    A SÚPLICA DE UM HOMEM BOM

    Mateus 8:5-13

    Apesar de sua muito breve aparição na cena do relato evangélico, este centurião é um dos personagens mais simpáticos de toda a história. Os centuriões eram a espinha dorsal do exército romano. Cada legião

    romana constava de 6:000 homens divididos em sessenta centúrias de cem homens cada uma. À frente de cada centúria se encontrava um centurião. Estes centuriões, os verdadeiros soldados profissionais,

    veteranos do exército, eram os responsáveis pela disciplina do regimento, e os que davam coesão ao exército romano. Tanto na guerra como na paz a moral das tropas dependia deles.

    Em

    sua

    descrição

    do

    exército

    romano,

    Políbio

    enumera

    as

    condições que devia reunir um centurião: "Não devem ser tanto atrevidos

    que buscam o risco inútil, como homens capazes de dar ordens, firmes na ação e dignos de confiança; não devem estar ansiosos por lançar-se ao combate, mas quando a pressão é muito grande, devem estar dispostos a manter o terreno, e morrer em seu posto." Os centuriões eram os melhores homens do exército romano.

    É interessante assinalar que todos os centuriões que se mencionam no Novo Testamento são pessoas respeitáveis. Menciona o centurião que reconheceu a Jesus como Filho de Deus quando estava na cruz;

    menciona Cornélio, o primeiro pagão convertido ao cristianismo; menciona o centurião que reconheceu ao Paulo como cidadão romano e o resgatou da multidão avivada; menciona o centurião que se inteirou do

    plano dos judeus de assassinar a Paulo no caminho entre Jerusalém e Cesaréia e deu os passos necessários para frustrar esse plano homicida; menciona o centurião a quem Félix encomendou a vigilância de Paulo, e

    o que o acompanhou em sua última viagem a Roma, tratando-o com suma cortesia e aceitando-o como líder quando o navio em que navegavam foi surpreendido por uma tormenta (Mt 27:34; At 10:22,

    26; At 23:17, At 23:24; At 24:23 e At 27:43).

    Mas há algo muito particular com respeito a este centurião da Cesaréia, e é sua atitude para com seu servo. Este servo deve ter sido um

    escravo, mas o centurião estava preocupado pela enfermidade que o afligia, e estava disposto a fazer tudo o que estivesse em suas mãos para curá-lo. Esta não era a atitude comum entre senhores e escravos naquela época. No Império Romano os escravos não contavam. Ninguém se

    importava se ficavam doentes, se morriam ou viviam.

    Aristóteles fala sobre as amizades possíveis na vida, e diz: "Não pode haver justiça nem amizade com as coisas inanimadas, nem sequer

    com um cavalo, ou com um boi, ou com um escravo, enquanto escravo. Porque o senhor e o escravo não têm nada em comum. Um escravo é uma ferramenta dotada de vida, assim como uma ferramenta é um

    escravo sem vida." O escravo não era melhor que uma coisa; carecia de direitos legais; o senhor tinha plena liberdade para tratá-lo bem ou

    maltratá-lo, como quisesse. Gayo, o maior especialista em leis que Roma já teve, estabelece em seu Institutos: "Temos que saber que é um princípio aceito universalmente que o senhor tem poder de vida e morte sobre

    seus escravos." Varrón, o escritor romano especialista em agricultura, tem em suas obras uma passagem muito desagradável, na qual divide os instrumentos agrícolas em três classes – os invertebrados, os inarticulados e os mudos, "os invertebrados incluem os escravos, os inarticulados os animais de lavoura e os mudos os veículos". A única diferença entre um escravo, um animal ou um carro era que o primeiro podia falar.

    Catão, outro autor romano que escreveu sobre agricultura, tem uma passagem que demonstra até que ponto a atitude do centurião era pouco

    comum. Está dando conselhos a um homem que comprou uma granja. "Examina o gado e realiza uma venda. Vende o azeite, se o preço nesse

    momento é satisfatório, e vende o restante do vinho e os cereais. Vende os bois muito velhos, o gado com defeitos, as ovelhas com defeitos, a lã, os couros, os carros velhos, as ferramentas velhas, os escravos velhos e

    os doentes, e tudo é desfazer-se do escravo doente.

    Pedro Crisólogo resume aquilo que possa ser supérfluo. A recomendação de Carrón coloca a questão na seguinte passagem: "Tudo

    o que um senhor faça com um escravo, consciente ou inconscientemente, tendo previsto as conseqüências ou improvisadamente, depois de havê-lo pensado ou de modo irrefletido, voluntária e involuntariamente, é juízo, justiça e lei."

    É evidente que este centurião era um homem pouco comum, porque amava a seu escravo. É possível que tenha sido este sentimento tão totalmente incomum e inesperado o que tenha movido a Jesus quando o

    centurião foi a ele pela primeira vez. O amor sempre cobre uma multidão de pecados; o homem que se preocupa com outros homens sempre está perto do coração de Jesus.

    A FÉ COMO PASSAPORTE

    Mateus 8:5-13 (continuação)

    O centurião não somente era um homem extraordinário pela atitude que manifestou com respeito a seu escravo. Além disso, era um homem

    de extraordinária fé. Queria que o poder de Jesus ajudasse e curasse a seu escravo; mas havia um problema. Ele era gentio, e Jesus judeu, e segundo a lei judia, um judeu não podia entrar na casa de um gentio,

    porque os lugares onde viviam os gentios eram considerados imundos.

    A Mishná o estabelece da seguinte maneira: "As moradas dos gentios são imundas." Jesus se refere a esta proibição quando pergunta:

    "Tenho que ir e curá-lo?" (Barclay). Não é que a lei da impureza significasse algo para Jesus, não é que se negasse a entrar na casa de alguém porque não fosse judeu. Simplesmente está pondo à prova a fé do centurião. E é precisamente nesse momento quando essa fé chega à sua

    culminância.

    Como soldado, sabia perfeitamente bem o que significava dar ordens e que suas ordens se cumpriram de maneira indiscutida e

    instantânea. Por isso responde: "Não é necessário que venhas a minha casa. Não sou digno de que entres nela; tudo o que precisas fazer é dar a ordem, e essa ordem será obedecida." Nestas palavras fala a voz da fé, e

    Jesus afirma, continuando, que a fé é o passaporte que pode nos fazer ingressar na bem-aventurança e felicidade de Deus.

    Jesus usa aqui uma famosa imagem judia muito vívida. Os judeus acreditavam que quando viesse o Messias todos se sentariam a um grande banquete para celebrar o acontecimento. O Beemote, a maior das bestas terrestres, e o "Leviatã", o maior dos monstros marinhos, seriam os manjares que se comeriam nesse banquete. "Tu os reservaste para serem comidos por quem escolheres, e no momento em que tu o decidas" (4 Ed 6:52). "Beemote sairá de sua toca, e Leviatã subirá do fundo do mar, esses dois grandes monstros que criei no quinto dia da criação, e

    que guardei até o grande dia, e servirão de alimento para todos os que fiquem" (2 Baruque 29:4). Os judeus esperavam este banquete com uma inflamada expectativa, mas nunca imaginariam que a ele poderiam sentar-se gentios. Quando o banquete tivesse lugar, os gentios teriam sido destruídos. "Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas" (Is 60:12).

    Mas Jesus, nesta passagem, afirma que muitos virão do oriente e do ocidente, e se sentarão à mesa daquele banquete. O que é ainda pior, diz

    que muitos dos filhos do reino ficarão de fora. O filho é herdeiro, portanto o filho do reino é aquele a quem corresponde herdar o reino. Mas os judeus, segundo Jesus, perderão sua herança. Ficando sempre

    dentro do marco do pensamento judeu, convém recordar que "a herança dos pecadores são as trevas" (Salmos de Salomão Mt 15:1). Os rabinos afirmavam: "Os pecadores, no Geena, estarão cobertos de trevas." Para

    um judeu o mais extraordinário e inaudito de toda esta passagem é que um gentio, a quem segundo seu pensamento só esperava as trevas de fora, fosse mencionado como possível candidato a participar do banquete

    messiânico, e que com respeito aos judeus, que ele esperava ver recebidos com os braços abertos, fosse arrojado às trevas exteriores. Evidentemente segundo Jesus as coisas seriam à inversa do esperado, e

    todas as concepções sustentadas pelo judaísmo eram transtornadas.

    O judeu devia aprender que o passaporte para chegar à presença de Deus não é o pertencer a uma nação determinada, mas sim a fé. O judeu acreditava que por pertencer ao povo eleito Deus o amava. Pertencia ao povo do Senhor, e isso bastava para ser salvo. Jesus ensinou que a única aristocracia no reino de Deus é a aristocracia da fé. Jesus Cristo não é posse de raça alguma; pode ser possuído por qualquer homem, de qualquer raça, em cujo coração haja fé.

    UM PODER CAPAZ DE VENCER AS DISTÂNCIAS

    Mateus 8:5-13 (continuação)

    De maneira que Jesus disse as palavras necessárias, e deu a ordem, e o escravo do centurião foi curado. Até há pouco tempo este milagre

    teria maravilhado grandemente aos homens. Não é difícil imaginar-se a Jesus capaz de curar a alguém que estivesse diante dEle; mas que pudesse curar um homem a quem jamais tinha visto nem tocado, que

    estava longe dele, parecia ser algo quase completamente incrível. A ciência mais recente, enquanto isso, tem descoberto que existem forças muito pouco conhecidas, mas cuja existência é agora inegável, que

    podem agir desta maneira.

    Em repetidas ocasiões os homens foram confrontados por poderes que não transitam os canais ordinários de comunicação, as rotas ou os canais mais evidentes.

    Um dois exemplos clássicos mais notáveis da operação positiva destes poderes é oferecido pela vida de Emanuel Swedenborg. Em 1759 Swedenborg estava em Gotenburgo e descreveu um incêndio que ocorria

    nesse momento em Estocolmo, a 500 quilômetros de distância. Fez um relato muito detalhado do sinistro às autoridades da cidade, dizendo onde tinha começado, quando, qual era ou nome dos donos da casa, e quando

    e como se conseguiu apagar o incêndio. As investigações ulteriores demonstraram que Swedenborg tinha comunicado a informação correta até nos mais mínimos detalhes. A visão destes fatos lhe tinha chegado

    por uma rota que não está entre as que são conhecidas pelos homens.

    W. B. Yeats, o famoso poeta irlandês, tinha experiências desta natureza. Tinha elaborado um código de símbolos que era capaz de

    transmitir a outras pessoas pelo poder de seu pensamento. Nunca estudou este fenômeno cientificamente, mas a freqüência de suas demonstrações não permite duvidar da veracidade dos testemunhos. Tinha um tio em Sligo, que não era um homem de inclinações particularmente místicas ou

    espirituais, ou religiosas. Quase todos os verões costumava visitá-lo em

    sua casa. Perto dali havia uma praia rodeada por dunas e escarpados, e Yeats adotou o costume de caminhar pela costa enquanto seu tio o fazia pelos escarpados. "Sem dizer uma palavra, eu imaginava um símbolo e ele, à distância, percebia-o com os olhos de sua mente. Depois de pouco tempo chegou a não equivocar-se. Praticamente nunca e recebia todas as minhas mensagens."

    O próprio Yeats nos conta um incidente sucedido em Londres, durante um jantar na qual todos os participantes eram amigos íntimos.

    “Eu tinha escrito em um papel – diz Yeats – ‘dentro de cinco minutos York Powell falará de uma casa que se está queimando', e pus o papel debaixo do prato de meu vizinho de mesa. Pus-me a imaginar meu

    símbolo de fogo e esperei em silêncio. Powell foi mudando o tema da conversação, e dentro de cinco minutos se pôs a descrever um incêndio de uma casa da qual tinha sido testemunha quando era jovem.”

    Sempre houve testemunhos desta natureza, mas na atualidade há um cientista que experimentou com rigoroso critério o que ele denomina "percepção extra-sensorial". Refiro-me ao Dr. J. B. Rhine. Na

    Universidade Duke, dos Estados Unidos, o Dr. Rhine realizou milhares de experimentos que demonstram que os homens são capazes de perceber certas coisas por meios diferentes dos sentidos comuns.

    Rhine usa um maço de cartas que têm certos símbolos especiais impressos. Pede-se ao sujeito que vá identificando as cartas à medida que as põe sobre a mesa, voltadas para baixo, de tal modo que ele não pode vê-las. Um dos estudantes que participou destes experimentos,

    Hubert Pearce, obteve uma média de dez acertos (entre vinte e cinco possibilidades), durante as mil primeiras tiragens de cartas. A média estatística estabelece que os acertos atribuíveis à casualidade são de

    apenas quatro em vinte e cinco. Em uma ocasião, quando as circunstâncias se prestavam particularmente à concentração no jogo, pôde acertar corretamente os símbolos de vinte e cinco cartas. A

    probabilidade matemática de que isto se pode atribuir à casualidade é de 298.023.223.876.953.125 para 1.

    Outro experimentador, chamado Bruman, efetuou uma prova diferente. Escolheu dois temas. Colocou o "remetente" da mensagem em uma habitação, no piso superior da casa, e o "destinatário" em outro, na piso inferior. Entre as duas habitações havia um painel de vidro duplo que tornava absolutamente impossível a transmissão de nenhuma mensagem mediante o som. Através do painel de vidro, o remetente podia ver as mãos do destinatário. Frente ao destinatário havia uma mesa, e sobre ela quarenta e oito quadrados. O destinatário tinha os olhos tampados. Entre ele e a mesa com os quadrados havia uma grossa cortina. Na mão tinha um ponteiro, com o que podia assinalar os quadrados que havia na mesa. O experimento consistia em que o remetente pensasse em um dos quadrados da mesa, que ele queria que o destinatário assinalasse. Segundo as leis da probabilidade o destinatário podia acertar uma em cada cento e oitenta ordens. De fato, acertou em sessenta. É muito difícil chegar a outra conclusão que não seja que a mente do remetente estava influindo na do destinatário.

    É um fato demonstrado que um tal Dr. Jante era capaz de hipnotizar à distância a dezoito de vinte e cinco pessoas, e tinha êxito parcial em

    outros quatro casos.

    Não há dúvida de que as mentes podem agir entre si apesar das distâncias, em uma forma que na atualidade só agora estamos

    começando a compreender, embora falta muito para que possamos explicá-lo totalmente. Se as mentes humanas podem fazer tanto como isto, quanto mais não terá podido fazer a mente de Jesus? O mais

    estranho deste milagre é que a ciência moderna em vez de tornar mais difícil tornou mais fácil acreditar nele.

    UM MILAGRE EM UM LAR HUMILDE

    Mateus 8:14-15

    Comparando a narração de Marcos com a de Mateus, vemos que

    este episódio aconteceu em Cafarnaum, no sábado, depois do culto na

    sinagoga. Quando estava em Cafarnaum, Jesus se hospedava em casa de Pedro, porque nunca teve casa própria. Pedro estava casado, e segundo a lenda, mais tarde sua esposa colaborou com ele na proclamação do evangelho.

    Clemente de Alexandria (Strómateis Mt 7:6) afirma que Pedro e sua esposa foram martirizados juntos. Pedro, segundo a lenda, viu a sua esposa sofrer antes de ser ele mesmo vítima do martírio. “Vendo como sua esposa era levada até a morte, regozijou-se pelo chamado a dar testemunho desta maneira que ela tinha recebido, e falou estimulando-a e dando-lhe coragem, chamando-a por seu nome e lhe dizendo: ‘Lembre— se do Senhor’.”

    Nesta ocasião a sogra de Pedro estava doente, com uma febre. Na Palestina havia três classes de febre muito comuns. Havia a febre de Malta, acompanhada por grande fraqueza, anemia e um declínio geral das energias que, depois de muitos anos de sofrimento, podia terminar com a morte do doente. Havia o que poderia denominar-se "febre intermitente", algo muito similar ao que hoje conhecemos como febre tifóide. Mas, sobretudo, havia a malária. Nas regiões em que o rio Jordão entrava e saía do mar da Galiléia, havia zonas pantanosas onde se criavam e multiplicavam os mosquitos da malária. Cafarnaum e Tiberíades eram cidades onde abundavam os casos desta enfermidade. Em geral era acompanhada de icterícia e o doente experimentava acessos de febre com calafrios que o faziam sentir-se muito mal. O mais provável é que a sogra do Pedro sofresse de malária

    Este milagre diz muito sobre Jesus, e não pouco sobre a mulher que ele curou.

    1. Jesus acabava de chegar da sinagoga. Ali Ele havia enfrentado o

    endemoninhado, e o tinha curado (Marcos 1:21-28). Se tomarmos a seqüência de Mateus, acabava de curar o escravo do centurião, enquanto se dirigia à casa. Jesus não fazia milagres sem esforço algum. Com cada milagre saía dele "virtude". Sem dúvida, a esta altura do dia, Jesus devia estar cansado. Ao chegar à casa do Pedro seu propósito era descansar,

    mas não havia sequer transposto a soleira da porta quando novamente foi-lhe requerida sua ajuda frente à enfermidade. Aqui não havia publicidade alguma; não havia uma multidão que admirasse a cura e contasse o fato a outros. Só havia um lar humilde, onde uma pobre mulher do povo se agitava presa de uma febre muito comum. E entretanto, nessas circunstâncias, Jesus exerceu todo seu poder.

    Jesus nunca estava muito cansado para ajudar. As demandas da necessidade humana nunca o incomodaram. Não foi uma dessas pessoas

    que mostram sua melhor cara em público, mas que em particular são insuportáveis. Nenhuma situação era muito humilde para que ele ajudasse. Não necessitava a presença de um público admirador para

    exercer sua compaixão. Tanto em meio à multidão como em um lar humilde, seu poder estava à disposição de todos os que pudessem requerer sua ajuda.

    1. Mas este milagre também nos diz algo a respeito da mulher a quem Jesus curou. Logo que foi curada ela se pôs a atender o Mestre e aqueles que estavam com Ele. Evidentemente se considerava "salva para

    servir". Ele a tinha curado, e seu único desejo, agora que se sentia bem, era ser de utilidade para ele e os outros. Que uso fazemos nós dos dons de Cristo?

    Oscar Wilde escreveu o que ele mesmo denominava "o melhor e mais breve conto do mundo". W. B. Yeats o cita, em sua autobiografia, fazendo especial menção do que para ele é "sua terrível beleza". A versão de Yeats é a mais simples, e carece das ornamentações que depois

    lhe acrescentariam arruinando sua simplicidade original:

    “Cristo desceu de uma planície branca a uma cidade púrpura, e ao atravessar a primeira rua estreita escutou gritos, e viu um homem jovem, bêbado, reclinado sobre uma janela. Perguntou-lhe: ‘Por que você esbanja a sua alma embebedando-se?’. ‘Senhor’, respondeu o bêbado, ‘eu era leproso e me curaste; que outra coisa posso fazer?’ Tendo entrado mais na cidade, viu outro homem jovem, que seguia uma prostituta, e lhe disse: ‘Por que você destrói sua alma em uma vida perdida?’ E o jovem lhe respondeu:

    ‘Senhor, eu era cego, e me deste a visão; que outra coisa posso fazer?’ E por fim, já no centro da cidade, viu um ancião, deitado em um canto, que chorava amargamente. Quando Jesus lhe perguntou por que chorava, o ancião lhe disse: ‘Senhor, eu tinha morrido, e Tu me ressuscitaste; que outra coisa posso fazer a não ser chorar?’ ”

    Esta é uma terrível parábola da forma em que os homens usam os dons de Cristo e a misericórdia de Deus. A sogra do Pedro usou o dom de sua saúde restabelecida para servir a Jesus e a outros. Essa é a forma em que deveríamos usar todos os dons de Deus.

    MILAGRES NA MULTIDÃO

    Mateus 8:16-17

    Como já vimos, o relato que Marcos faz destes acontecimentos estabelece claramente que ocorreram na tarde de um sábado (Marcos 1:21-34). Isso nos explica por que esta cena tem lugar pela tarde, depois

    do pôr-do-sol. Segundo a lei do Sábado, que proibia todo trabalho, era ilegal curar no sábado. Nesse dia podia fazer-se o necessário para impedir que uma pessoa piorasse de sua enfermidade, mas não podia

    fazer-se nada para melhorá-la. A disposição geral era que durante o sábado só podiam ser atendidos aqueles doentes cujas vidas corressem perigo. Além disso, estava proibido levar cargas no sábado, e uma carga

    era algo que pesasse mais que dois figos secos. Portanto, estava proibido levar um doente de um lugar a outro, quer em uma maca, entre duas pessoas, ou carregando-o sobre as próprias costas, ou nos braços, porque

    isso era levar uma carga. O sábado terminava oficialmente quando podiam ver-se duas estrelas no céu, pois naqueles dias não havia relógios. É por isso que a multidão de Cafarnaum aguardou o entardecer

    para levar até Jesus os doentes necessitados da cura que ele podia lhes oferecer.

    Mas devemos pensar no que Jesus tinha estado fazendo durante aquele sábado. Esteve na sinagoga e tinha curado o endemoninhado.

    Tinha enviado a saúde ao escravo do centurião. Tinha curado a sogra de Pedro. Sem dúvida, tinha ensinado e pregado, e certamente se teria encontrado com seus acérrimos adversários. Agora tinha chegado a tarde. Deus deu aos homens o dia para trabalhar e a noite para o descanso. A tarde é o momento quando se deixa de lado o trabalho e começa o repouso. Mas não era assim para Jesus. No momento em que ele também necessitava o descanso, viu-se rodeado das clamorosas necessidades humanas e sem egoísmo, sem protestar, com uma generosidade divina, saiu ao encontro dos homens. Enquanto houvesse uma alma necessitada, não haveria descanso para Jesus.

    Esta cena traz à mente de Mateus certas palavras de Isaías (Is 53:4) onde se diz que o Servo de Deus levou nossas enfermidades e

    sofreu nossas dores.

    O discípulo de Cristo não pode procurar descanso quando ainda há quem necessita ajuda e saúde; e o mais estranho é que seu cansaço

    desaparecerá e sua fraqueza se fortalecerá quando usar suas energias para ajudar a outros. De algum modo, quando chegarem as demandas,

    também virá o poder. E sentirá que pode seguir adiante por amor dos outros quando por si mesmo não daria mais nenhum passo.

    A EXORTAÇÃO A CALCULAR O CUSTO DO DISCIPULADO

    Mateus 8:18-22

    À primeira vista esta passagem parece estar fora de lugar neste

    capítulo. Ele inclui vários milagres e a primeira impressão é que esta passagem não encaixa bem em um capítulo onde se narram somente feitos milagrosos. Por que Mateus o inclui aqui?

    Sugeriu-se que Mateus inclui esta passagem porque estava pensando em Jesus como o "Servo Sofredor". Acaba de citar Is 53:4: "Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças" (Mt 8:17). De maneira muito natural, afirma-se, esta

    imagem leva o pensamento de Mateus à imagem seguinte, a de alguém que não tem um lugar onde repousar sua cabeça.

    Como diz Plummer: "A vida de Jesus começou em um estábulo emprestado, e terminou em uma tumba emprestada". Sugere-se, pois,

    que Mateus inseriu esta passagem aqui porque tanto esta como a anterior, mostram a Jesus como o Servo Sofredor de Deus.

    É possível. Mas muito mais possível é que Mateus tenha incluído esta passagem em um capítulo sobre milagres porque entendia que nela

    se relatava um milagre. Deve-se levar em conta que quem queria seguir a Jesus era um escriba. Dirigiu-se a Jesus usando o título mais alto que conhecia: "Mestre". A palavra grega é didaskalos, que equivale ao

    hebreu rabbi. Para este escriba Jesus era o maior mestre que tinha ouvido ou visto em sua vida. Era verdadeiramente um milagre que um escriba outorgasse a Jesus esse título, e que queria segui-lo. Jesus propugnava a

    destruição e o fim do estreito legalismo sobre o qual estava construída a religião dos escribas. Era realmente um milagre que um escriba visse algo de atrativo e apetecível em Jesus. Trata-se do milagre do impacto da

    personalidade de Jesus Cristo sobre os homens.

    O impacto de uma personalidade sobre outra pode certamente produzir os efeitos mais maravilhosos. Muitos grandes eruditos foram

    lançados à sua carreira de estudo pela personalidade de algum de seus professores ou mestres, durante os anos formativos. Muitos são cristãos e servem como cristãos a seus semelhantes graças ao impacto que alguma grande personalidade cristã fez sobre sua vida. A própria pregação foi

    definida e descrita por alguém como "a verdade através de uma pessoa".

    W. H. Elliot, em sua autobiografia Undiscovered Ends, conta algo muito interessante com respeito à grande atriz Edith Evans: "Quando

    morreu seu marido, veio até nós, angustiada pela dor... Em nossa sala da casa em Chester Square derramou seus sentimentos e falou de sua perda durante mais ou menos uma hora. Eram sentimentos que surgiam das

    fontes mais profundas de sua alma. Sua personalidade enchia totalmente a habitação. Que devo dizer, a habitação não era o suficientemente

    grande para contê-la!... Durante vários dias a sala de nossa casa ficou como 'eletrizada', segundo eu disse então. As potentes vibrações emitidas por aquela mulher ainda não tinham desaparecido."

    Esta história é similar a do impacto que produziu a personalidade de Jesus sobre o escriba. Até nossos dias segue sendo verdade que o mais

    necessário não é tanto falar com os homens sobre Jesus, como confrontá— los com Ele, e deixar que sua personalidade se ocupe do resto.

    Mas há muito mais que isto. Não termina o escriba de manifestar

    sua devoção quando Jesus lhe diz que as raposas têm covis, e as aves têm lugares para descansar nos ramos das árvores, mas o Filho do Homem não tem onde repousar sua cabeça. É como se Jesus dissesse: "Antes de me seguir, pensa muito bem o que vais fazer; antes de me seguir, calcula o custo." Jesus não queria seguidores arrastados por um momento de emoção que tão logo se acende como se apaga. Não queria homens que fossem arrastados por um mero sentimentalismo, que com a mesma facilidade que podia levá-los a ele, podia apartá-los.

    Queria seguidores que soubessem o que estavam fazendo. Falou de carregar uma cruz (Mt 10:38). Falou até de ficar acima das relações

    mais tenras e potentes da vida (Lc 14:26). Falou de dar tudo aos pobres (Mt 19:21). Sempre dizia aos homens: sim, já sei que seu

    coração corre para mim, e quer me seguir, mas, ama-me o suficiente para isso?"

    Em qualquer esfera da vida os homens devem confrontar-se com a realidade. Se um jovem expressa o desejo de cultivar a erudição,

    devemos lhe dizer: "Muito bem, mas está preparado para deixar de lado os prazeres e viver dedicado ao trabalho intelectual?" Quando um explorador está formando sua equipe, muitas pessoas se oferecem para

    acompanhá-lo, mas deve separar os românticos dos realistas, dizendo: "Bem, mas está preparado para o gelo e a neve, para os pântanos e o calor tropical, para a fadiga e o esgotamento de dias e dias de marcha?"

    Quando um jovem quer chegar a ser um atleta, o treinador deve lhe dizer: "Muito bem, mas estás preparado para a abnegação e a auto-

    disciplina que são as únicas coisas capazes de te dar a eminência a que aspiras?"

    Não se trata de apagar o entusiasmo, mas sim de reconhecer que o entusiasmo que não enfrenta a realidade muito em breve se consome, e

    somente ficam cinzas no lugar da chama. Ninguém poderá jamais dizer que seguiu a Jesus enganado. Jesus é absolutamente franco.

    Não estamos servindo a Jesus Cristo como ele quer que o façamos se levamos os homens a pensarem que o cristianismo é um caminho fácil

    de transitar. Não há coisa mais maravilhosa que seguir a Cristo, e não há glória como a que espera aos que chegam ao final do caminho; mas Jesus Cristo nunca disse que era um caminho fácil. O caminho para a glória

    sempre passa pela cruz.

    A TRAGÉDIA DO MOMENTO DESPERDIÇADO

    Mateus 8:18-22 (continuação)

    Mas havia outro homem que também queria seguir a Jesus. Este disse que seguiria o Mestre se Ele lhe permitisse primeiro ir e enterrar a

    seu pai. A resposta de Jesus foi: "Segue-me, e deixa que os mortos enterrem a seus mortos." As palavras de Jesus, à primeira vista, parecem tremendamente duras. Para o judeu enterrar de maneira decente a seu

    progenitor era um dever dos mais sagrados.

    Quando morreu Jacó, José pediu permissão a faraó para ir enterrar a seu pai. "Meu pai me fez jurar, declarando: Eis que eu morro; no meu

    sepulcro que abri para mim na terra de Canaã, ali me sepultarás. Agora, pois, desejo subir e sepultar meu pai, depois voltarei" (Gn 50:5). Devido ao caráter aparentemente severo e até ofensivo desta passagem,

    deram-se muitas interpretações de seu significado.

    Sugeriu-se que na tradução do aramaico, que Jesus falava, ao grego do Novo Testamento, houve um engano de termos, e que Jesus em realidade lhe disse que bem podia deixar a tarefa de enterrar a seu pai

    aos coveiros profissionais.

    Há um versículo muito estranho em Ez 39:15, que diz: "Os que percorrem a terra, a percorrerão e quando algum deles vir um osso de homem, por-lhe-á ao pé um sinal, até que os enterradores o tenham enterrado no vale de Hamom-Gogue." (TB) Este texto sugere que haveria entre os judeus uma classe de funcionários chamados enterradores. Sugeriu-se que Jesus recomendou ao homem cujo pai tinha morrido, que deixasse em mãos desses coveiros a tarefa de enterrar o defunto. Esta é uma explicação muito pouco provável.

    Sugeriu-se, por outro lado, que Jesus quis dizer exatamente o que lemos, acusando a sociedade de estar morta no pecado, e que recomenda a seu seguidor potencial abandoná-la logo que puder, embora fazê-lo signifique deixar sem enterro a seu pai; nada, nem sequer um dever tão sagrado, devia tardar a decisão de embarcar-se no seguimento de Cristo.

    Mas a verdadeira explicação, reside indubitavelmente na forma em que os judeus usavam esta frase, que ainda segue sendo comum, com o

    mesmo significado, no Oriente Médio.

    Wendt relata um incidente no qual teria participado um missionário sírio, M. Waldmeier. Este missionário era muito amigo de um turco

    jovem, inteligente e rico. Em uma conversação, recomendou-lhe que ao terminar seus estudos universitários fizesse uma viagem por distintos

    países da Europa, o que podia ajudá-lo a ampliar suas perspectivas. Mas o turco replicou: "Acima de tudo preciso enterrar o meu pai." O missionário, muito triste, deu seus pêsames ao jovem, desculpando-se por não ter-se informado da morte de seu pai. Mas o jovem turco sorriu e

    lhe explicou que seu pai estava bem vivo e gozava de boa saúde, e que sua expressão na linguagem local significava que estava obrigado a cumprir todos os seus deveres para com seus pais e parentes antes de

    poder fazer a viagem sugerida; que, em realidade não poderia abandonar seu lar até depois da morte de seu pai, que poderia não ocorrer até depois de passados muitos anos.

    Isto, muito provavelmente, é o que quis dizer o homem que aparece no evangelho. Ao dirigir-se a Jesus disse: "Vou seguir-te algum dia,

    depois que meu pai tenha morrido e esteja livre para dispor de mim mesmo." De fato, então, estava adiando sua decisão possivelmente por um lapso de muitos anos.

    Jesus era sábio. Conhecia o coração humano e sabia perfeitamente que se esse homem não se decidia a segui-lo ali mesmo, jamais o faria.

    Uma e outra vez atravessamos por momentos de entusiasmo em que nos sentimos impulsionados às ações mais nobres; e uma e outra vez também, deixamos que esses momentos passem de lado, sem agir de

    acordo com sua inspiração suprema. A tragédia da vida com muita freqüência é a do momento desperdiçado. Sentimo-nos movidos a uma determinada ação criativa, sentimo-nos movidos a abandonar uma

    fraqueza ou um hábito maligno, sentimo-nos movidos a dizer uma palavra a alguém, de simpatia, de advertência, de estímulo. Mas deixamos que passe o momento, que se desvaneça a inspiração, e nunca

    fazemos o que poderíamos ter feito, nunca dizemos essa palavra. Até nos melhores de entre nós há certa inércia e letargia, o hábito de adiar as coisas, de deixá-las para amanhã; e o momento nunca volta, e nunca

    passamos aos fatos.

    Jesus recomendou àquele homem: "Neste momento você sente que deve sair da sociedade morta em que você se move. Você diz que a

    abandonará quando tiver passado alguns anos e seu pai tenha morrido. Saia agora, abandone tudo hoje, porque de outro modo jamais o fará."

    Em sua autobiografia H. G. Wells conta um dos momentos cruciais de sua vida. Era aprendiz de lojista, com um comerciante que traficava com tecidos e a vida parecia carecer de toda perspectiva para ele. Então, um dia, sentiu o que ele denomina "uma voz interior e profética": "Saia imediatamente deste ofício, antes que seja muito tarde, abandone-o, deixe-o para trás." E não esperou voltar a ouvir outra vez a mesma voz. Imediatamente deixou o seu trabalho e começou a procurar outra coisa. A decisão desse instante fez com que houvesse um H. G. Wells. Que

    Deus nos dê esse poder de decisão para nos salvar de arruinar nossas melhores oportunidades!

    A PAZ DE SUA PRESENÇA

    Mateus 8:23-27

    Esta cena é muito freqüente no Mar da Galiléia. O Mar da Galiléia é pequeno; mede somente uns vinte e um quilômetros do norte ao sul, e

    treze do leste ao oeste, em sua parte mais larga. O vale do Jordão segue a linha de um profunda falha na crosta terrestre, e o Mar da Galiléia é parte dessa depressão. Está a 210 metros abaixo de nível do mar. Isto faz que

    seu clima seja quente e agradável, mas também tem seus perigos. Sobre o oeste, há montanhas com quebradas e vales; quando sopram os ventos frios do oeste, estes vales e quebradas atuam como gigantescos ventiladores. Neles o vento se comprime, por assim dizer, e baixa sobre

    o lago com uma violência inusitada, selvagem, fazendo-o, além disso, repentinamente. Em um instante a calma pode converter-se em pavorosa tempestade. As tormentas do Mar da Galiléia combinam, como em

    nenhum outro lugar, tanto a violência como o caráter repentino.

    W. M. Thompson, em Land and the Book, descreve suas experiências à beira do Mar da Galiléia:

    "Na ocasião a que me refiro, levantamos nossas carpas sobre a margem, e ficamos nesse lugar durante três dias e três noites, açoitado por esses terríveis vendavais. Tivemos que pôr dupla estaca em cada um dos ventos das carpas, e mais de uma vez, quando aumentava a tempestade, nos víamos obrigados a ajudar com todo nosso peso, nos apoiando sobre as sogas, para que o vento não levasse pelos ares nossas fracas moradas... O lago inteiro, ante nossos olhos, desatava-se em uma fúria incrível; as ondas chegavam às vezes até a porta de nossas carpas, batendo com tanta força contra as estacas, que nos infundia o temor de ser arrastados por sua força. Mais ainda, estes ventos não só são muito violentos, mas também sopram quando menos se espera, até com o céu claro e limpo. Em certa oportunidade tinha ido banhar-me nas águas termais e repentinamente

    começou a soprar um desses vendavais, tão inusitado em seu furor que com muita dificuldade consegui retornar ao acampamento."

    O Dr. W. M. Christie, que passou vários anos na Galiléia, descreve suas experiências. Diz que durante essas tormentas o vento parece soprar de todas as direções ao mesmo tempo, porque ao descer pelas estreitas gargantas das montanhas, tocam a superfície da água quase perpendicularmente. Conta de uma ocasião quando:

    Um grupo de visitantes se encontrava na margem do mar, em Tiberíades, e vendo a tranqüilidade transparente das águas e as reduzidas dimensões do lago, alguns expressaram dúvidas em relação à fidelidade do relato evangélico em que se menciona uma tormenta. Quase imediatamente o vento começou a soprar. Em vinte minutos o mar se via branco pela espuma das ondas. Grandes massas de água rompiam contra os muros da cidade, e os visitantes precisaram buscar refúgio para que não os molhasse a garoa que vinha como resultado desses abrolhos, embora se encontravam a mais de duzentos metros da margem.

    Em menos de meia hora a plácida superfície do lago se converteu em uma selvagem tormenta marinha.

    Isso é o que aconteceu a Jesus e seus discípulos. As palavras do relato em grego são muito vívidas. A tormenta se denomina seismós, termo que usualmente designa um terremoto. As ondas eram tão altas que o navio ficava oculto entre elas. Jesus, por outro lado, estava dormindo. Se lermos a narração de Mc 4:1, Mc 4:35 veremos que antes de sair para essa travessia, tinham estado usando a mesma embarcação como púlpito, de onde Jesus tinha ensinado a uma enorme multidão. Sem dúvida deve ter ficado exausto. E então, no momento do terror, os discípulos despertam, e a tormenta se calma.

    A CALMA EM MEIO À TORMENTA

    Mateus 8:23-27 (continuação)

    Nesta história há muito mais que o simples aquietar do mar e a tormenta. Suponhamos que Jesus verdadeiramente tenha acalmado uma

    tempestade marinha ao redor do ano 28 de nossa era. Isto seria algo maravilhoso. Entretanto, teria muito pouco a ver conosco. Seria a história de um milagre isolado, sem relação alguma conosco, homens do

    século

    XX. Se este fosse o significado da história, estaríamos autorizados a nos perguntar, por que Ele não repete o milagre em nossos tempos? Por que permite que muitos, crentes nEle, a quem Ele ama,

    sejam tragados pelo mar em meio de similares cataclismos naturais? Por que não intervém hoje para salvá-los? Se interpretarmos esta história simplesmente como o apaziguamento de uma tormenta meteorológica, apresentam-se problemas que, para alguns de nós, podem chegar a

    significar uma profunda tristeza.

    Mas o significado desta passagem vai muito além de tudo isto. O significado que devemos procurar nela não é que Jesus tenha sido capaz

    de acalmar uma tormenta na Galiléia, mas sim, quando Jesus está presente, todas as tormentas da vida se acalmam. Significa, em outras palavras, que quando Ele está presente há paz, seja qual for o tipo de

    tormenta que nos acosse. Quando sopra o vento frio, gélido da tristeza, podemos encontrar calma e consolo na presença de Jesus Cristo. Quando sopra o ardente vento da paixão, temos paz e segurança na presença de

    Jesus Cristo. Quando a tormenta da dúvida ameaça desarraigar os mais profundos fundamentos de nossa fé, há segurança e firmeza na presença de Jesus Cristo. Em todas as tormentas que sacodem o coração do

    homem, Jesus Cristo nos oferece a paz.

    Margaret Avery conta uma história maravilhosa. Em uma pequena escola rural, em uma zona montanhosa, a professora tinha contado a seus alunos a história da sujeição da tempestade. Muito pouco tempo depois

    se desatou uma tremenda nevasca, acompanhada de fortes ventos. A

    professora teve virtualmente que arrastar a seus alunos, no meio do vendaval, para deixá-los seguros em suas casas. O perigo que corria o grupo de meninos não era imaginário, mas muito real. Em meio de tudo isto, ouviu a voz de um dos meninos que dizia, como se estivesse falando consigo mesmo: "Esse Jesus poderia vir e nos dar uma mão agora."

    Esse menino tinha entendido perfeitamente bem a história; a professora deve ter sido uma excelente docente. A lição desta história, o significado que podemos extrair dela, o que nos ensina, é que quando as

    tormentas da vida sacodem nossa alma, Jesus Cristo está ali conosco, e que graças à sua presença o furor da tormenta se transforma em uma paz que nenhum cataclismo poderá nos roubar.

    UM UNIVERSO POSSUÍDO POR DEMÔNIOS

    Mateus 8:28-34

    Antes de começarmos o estudo detalhado desta passagem, possivelmente convenha que nos detenhamos para esclarecer uma dificuldade que o estudioso dos evangelhos enfrenta. Evidentemente os

    autores evangélicos tinham dúvidas sobre o lugar onde tinha acontecido este incidente. O desconhecimento exato deste dado se reflete nas diferenças que encontramos nos distintos evangelhos com respeito ao

    nome da região. Na Nova Versão Internacional lemos que Jesus chega à "região dos gadarenos". Mas há diferenças consideráveis entre os diversos manuscritos. A mesma versão, como também a Almeida

    Revista e Atualizada, que seguem os melhores manuscritos, dizem em Marcos e Lucas "gerasenos" (Mc 5:1; Lc 8:26).

    A dificuldade está em que ninguém conseguiu identificar o lugar

    exato. Gerasa não pode ser, pois a única Gerasa de que se tem conhecimento estava a mais de cinqüenta quilômetros da costa do mar, para o sudeste, em Gileade. E é evidente que Jesus não viajou, pelo menos naquela oportunidade, uma distância tão longa. Gadara pode ser a cidade de referência, porque está somente a uns dez quilômetros do

    Mar da Galiléia, e é perfeitamente possível que o cemitério e as pastagens para o gado de Gadara estivessem a alguma distância do centro povoado.

    Orígenes duvidava das duas possibilidades anteriores, e conhecendo a existência de uma aldeia chamada Gerasa; situada na margem a leste

    do lago, supôs que este fosse o lugar. As diferenças se devem ao fato de que os copistas dos manuscritos gregos não conheciam a Palestina o suficientemente bem para poder localizar exatamente o lugar real.

    Este milagre expõe o conceito da posse demoníaca, que é tão comum nos evangelhos. Na antiguidade se acreditava firmemente e sem vacilação alguma na existência de demônios e espíritos malignos. O ar

    estava tão cheio destas criaturas que, conforme diziam alguns, era impossível mover um alfinete pelo vazio sem cravar algum. Outros opinavam que havia sete milhões e meio; ou que havia dez mil à direita e

    dez mil à esquerda de cada ser humano. E todos estes espíritos a única coisa que faziam era esperar para ver que mal podiam fazer ao homem. Viviam habitualmente em lugares impuros, como por exemplo nas

    tumbas ou nos lugares onde era impossível conseguir água para lavar-se, ou nos desertos onde se podia ouvir seus uivos. Eram especialmente perigosos para o viajante solitário, para a mulher no transe de dar à luz,

    os recém casados, para os meninos que ficavam fora de suas casas quando já era escuro, e para todos os que viajavam durante a noite. Eram especialmente perigosos na hora de mais calor, ao meio dia, e entre o pôr-do-sol e a alvorada. Os demônios masculinos se chamavam shedim e

    os femininos lilin. Os demônios femininos tinham cabelo comprido e atacavam preferentemente os meninos: por isso é que os meninos tinham anjos da guarda que os protegiam (conforme Mt 18:10).

    Com respeito à origem dos demônios, sustentavam-se diversos pontos de vista. Alguns afirmavam que existiam desde a criação do mundo; outros afirmavam que eram os espíritos das pessoas más, que

    depois da morte seguiam praticando suas más obras. A opinião mais corrente os relacionava com a estranha história que encontramos em

    Gênesis 6:1-8. Nesta antiga passagem lemos como os anjos pecadores desceram à Terra e seduziram as filhas dos homens. Os demônios, sustentava-se, eram os descendentes dos filhos nascidos dessa maligna união.

    Todas as enfermidades se atribuem à ação desses demônios. Não somente eram responsáveis por enfermidades como a epilepsia ou a loucura, mas também pelas enfermidades especificamente físicas. Os egípcios sustentavam que o corpo estava formado por trinta e seis partes, e que cada uma delas podia estar habitada por um demônio. Um dos métodos que usavam para introduzir-se no corpo era rondar a sua vítima enquanto comia, entrando com os mantimentos.

    Tudo isto pode nos parecer fantástico; mas na antiguidade se acreditava nos demônios com convicção. Se alguém se convencia de que um demônio tinha penetrado em seu corpo, não era muito difícil que começassem a manifestar-se nele todos os sintomas da posse demoníaca. Estava genuinamente convencido que era habitava por um espírito maligno. Sabemos que qualquer um pode adoecer fisicamente se está convencido de que possui uma doença; isto era muito mais fácil em uma época quando havia muito do que hoje nós chamaríamos superstição, e os conhecimentos científicos eram muito mais primitivos que na atualidade. Embora não existam os demônios, só era possível curar agindo a partir do suposto do doente de que para ele os demônios eram a coisa mais real.

    A DERROTA DOS DEMÔNIOS

    Mateus 8:28-34 (continuação)

    Quando Jesus chegou ao outro lado do lago, saíram a seu encontro dois endemoninhados que viviam nos sepulcros, porque os sepulcros eram um lugar muito adequado para a habitação dos demônios. Estes dois homens chegavam a enfurecer-se tanto que constituíam um perigo

    para os transeuntes, e em geral ninguém se atrevia a aproximar-se muito deles.

    W. M. Thompson, no Land and the Book, relata sua experiência de ter conhecido, em pleno século XIX, ao viajar pela Terra Santa, homens

    em similar condição à que se descreve no relato evangélico:

    "Até hoje há casos muito similares – maníacos furiosos, de grande perigo, que vagam pelas montanhas e dormem em cavernas e em sepulcros. Em seus piores paroxismos é impossível controlá-los e têm uma força incrível... Uma das características destes doentes é que se negam a pôr roupa. Vi-os, absolutamente nus, nas ruas cheias de transeuntes de Beirute ou Sidom. Há casos em que se põem a correr desvairadamente pelo campo, assustando a todos os habitantes da região."

    Além de tudo o mais que se pode fazer, Jesus começou demonstrando uma coragem fora do comum ao deter-se para falar com estes dois homens.

    Se seriamente queremos conhecer os detalhes desta história, devemos nos remeter a Marcos (Mc 5:1-19), onde a narração é bem mais longa. O que Mateus nos oferece é um resumo da outra. Esta história

    milagrosa deu lugar a muitas discussões, e estas em geral se concentram em torno da destruição da manada de porcos Muitos consideraram um tanto estranho e desumano que Jesus destruir assim uma piara de

    animais. Mas é caso seguro que Ele não destruiu deliberadamente os porcos. Devemos buscar visualizar o que aconteceu.

    Os homens gritavam em alta voz (Mc 5:7; Lc 8:28). Devemos recordar que esses dois homens acreditavam firmemente que estavam

    possuídos por demônios. Uma das crenças ortodoxas do judaísmo era que com a vinda do Messias todos os demônios seriam aniquilados e destruídos. É por isso que os dois homens perguntam a Jesus por que

    tinha vindo a torturá-los antes de que fosse sua hora. Estes homens estavam tão convencidos de que os demônios habitavam em seus corpos, que nada teria podido "curá-los" a menos que vissem com seus próprios

    olhos como os demônios saíam deles e eram destruídos. Devia ocorrer algo que fosse para eles uma prova irrebatível de sua liberação. É

    provável que seus gritos em alta voz tenham espantado os porcos, que se lançaram ao lago. A água era fatal para os demônios. Jesus aproveitou a oportunidade. "Olhem", disse-lhes, "seus demônios saíram de vocês e se colocaram nesses porcos, que agora se precipitam no lago, e ficam destruídos para sempre jamais."

    Jesus sabia que não se poderia convencer a esses pobres miseráveis de que estavam curados sem que eles o vissem com seus próprios olhos. Se as coisas ocorreram deste modo, não se pode dizer que Jesus tenha

    destruído deliberadamente os porcos. Valeu-se dessa imagem como um recurso útil para convencer a esses dois pobres homens da realidade de sua cura.

    Mas embora Jesus tivesse ocasionado deliberadamente a destruição dos porcos, não se pode culpá-lo de ter feito algo improcedente. É possível chegar a ser excessivamente melindroso.

    T. R. Glover diz que muitas pessoas acreditam que são muito piedosas, quando em realidade o que fazem é ser melindrosas. Evidentemente não se pode comparar o valor de um montão de porcos

    com o de dois seres humanos, cujas almas são imortais. Bem poucos entre nós se negarão a comer presunto, ou costelas de porco. Nossa simpatia para com os porcos não nos impede de comer isso. Podemos

    então nos queixar de que Jesus tenha devolvido a saúde a dois seres humanos à custa de uma vara de porcos? Ninguém diria que esta ação significa estimular a crueldade para com os animais. Apenas significa que devemos manter certa proporção em nossa atitude diante da vida.

    A suprema tragédia desta história está na forma como que termina. Os que cuidavam dos porcos correram à cidade e contaram o ocorrido aos habitantes desta. O resultado foi que os gadarenos acudiram a Jesus e lhe pediram que abandonasse essa região. Aqui vemos o egoísmo humano em sua expressão concreta. Não se importavam com o fato de que dois semelhantes tivessem recuperado a razão. Tudo o que lhes importava era que tinham perdido seus porcos.

    Com muita freqüência encontramos quem opina: "Não me importa o resto do mundo enquanto conserve meus lucros e meus bens e minha comodidade." Possivelmente nos surpreenda a dureza do coração daqueles gadarenos, mas é necessário que mantenhamos uma atitude vigilante para não cairmos também na atitude dos muitos que se negam a ajudar a outros quando a ajuda implica renunciar a algum privilégio.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 2
    um leproso: Pessoa que sofria de uma grave doença de pele. A lepra mencionada na Bíblia não é apenas a doença que hoje é chamada de lepra (hanseníase). Se uma pessoa tivesse lepra, ela tinha que viver isolada até que ficasse curada. — Lv 13:2, nota de rodapé, 45, 46; veja o Glossário, “Lepra; Leproso”.

    se curvou diante dele: Ou: “lhe prestou homenagem; o honrou”. De acordo com as Escrituras Hebraicas, era comum as pessoas se curvarem quando encontravam profetas, reis ou outros representantes de Deus. (1Sm 25:23-24; 2Sm 14:4-7; 1Rs 1:16-2Rs 4:36,
    37) Pelo visto, o leproso reconheceu que estava falando com um representante de Deus que tinha o poder de curar pessoas. Era correto que uma pessoa se curvasse para mostrar respeito ao futuro Rei escolhido por Deus. — Mt 9:18; para mais informações sobre a palavra grega usada aqui, veja a nota de estudo em Mt 2:2.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 3
    tocou no homem: Para que os leprosos não contaminassem outras pessoas, a Lei mosaica mandava que eles ficassem em isolamento. (Lv 13:45-46; Nm 5:1-4) Mas líderes religiosos judaicos criaram outras regras. Por exemplo, ninguém podia ficar a menos de 4 côvados (1,8 metro) de distância de um leproso. E, se estivesse ventando, a distância mínima aumentava para 100 côvados (45 metros). Por causa dessas regras, os leprosos eram muito maltratados. Uma obra judaica fala em tom positivo de um rabino que se escondia de leprosos e de outro que jogava pedras nos leprosos para que eles não chegassem perto. Mas Jesus era totalmente diferente. Ele se sentiu tão comovido com o pedido do leproso que fez algo que, para os outros, era absurdo: ele tocou no leproso. E Jesus fez isso mesmo tendo o poder de curar o homem sem tocar nele. — Mt 8:5-13.

    Eu quero: Jesus não apenas ouviu o pedido do leproso; ele deixou claro que queria atender àquele pedido. Jesus mostrou assim que não estava fazendo aquele milagre por um senso de dever.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 4
    não contar nada a ninguém: Veja a nota de estudo em Mr 1:​44.

    mostre-se ao sacerdote: De acordo com a Lei mosaica, quando um leproso achava que estava curado, um sacerdote precisava examiná-lo para confirmar isso. O leproso tinha que ir até o templo e levar como dádiva, ou oferta, “duas aves puras, vivas, madeira de cedro, tecido escarlate e hissopo”. — Lv 14:2-​32.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 5
    Cafarnaum: Veja a nota de estudo em Mt 4:13.

    oficial do exército: Ou: “centurião”, um oficial que comandava cerca de cem soldados do exército romano.


    Centurião (oficial do exército) romano vestido para a batalha

    O posto de centurião era o mais alto que um soldado comum podia alcançar. Além de dar treinamento militar aos soldados, ele inspecionava suas armas, suprimentos e alimentos, e mantinha a disciplina. Em geral, a prontidão e a eficiência do exército romano dependiam mais dos centuriões do que de qualquer outra pessoa. Eles costumavam ser os homens mais experientes e valiosos do exército romano. Por isso, a humildade e a fé do centurião que foi falar com Jesus eram impressionantes.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 8:5

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 6
    meu servo: A palavra grega que foi traduzida aqui como “servo” significa literalmente “criança” ou “jovem”. Essa palavra podia ser usada para se referir a um escravo (talvez um criado particular) que era querido pelo seu senhor.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 11
    muitos virão do leste e do oeste: Com essas palavras, Jesus indicou que não judeus também fariam parte do Reino.

    se recostarão à mesa: Ou: “jantarão”. Nas grandes refeições e banquetes realizados nos tempos bíblicos, as pessoas muitas vezes deitavam em divãs colocados em volta da mesa. A pessoa ficava com a cabeça voltada para a mesa. Ela podia se apoiar com o cotovelo esquerdo em uma almofada e usar a mão direita para pegar comida. Quando alguém ‘se recostava à mesa’ junto com outra pessoa, isso indicava que ele queria passar tempo na companhia daquela pessoa. Os judeus daquela época dificilmente teriam esse tipo de contato com pessoas de outras nações.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 12
    ranger dos seus dentes: Ou: “apertar os seus dentes”. Expressão que pode indicar sentimentos de angústia, raiva e desespero, possivelmente acompanhados por palavras ofensivas e violência.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 14
    a sogra deste: Veja a nota de estudo em Lc 4:38.

    com febre: Veja a nota de estudo em Lc 4:38.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 16
    Depois de anoitecer: Ou seja, depois que o sábado judaico terminou, conforme mostram os relatos paralelos em Mc 1:21-32 e Lc 4:31-40.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 17
    para que se cumprissem as palavras de Isaías, o profeta: Veja a nota de estudo em Mt 1:22.

    carregou: Ou: “levou embora; removeu”. Sob inspiração, Mateus escreveu que as curas feitas por Jesus eram um cumprimento de Is 53:4. Essa profecia vai se cumprir em escala muito maior quando Jesus levar embora o pecado completamente, assim como o bode “para Azazel” levava embora para o deserto os pecados de Israel no Dia da Expiação. (Lv 16:10-20-22) Ao levar embora o pecado, Jesus eliminaria a causa das doenças para beneficiar todas as pessoas que tivessem fé no sacrifício dele.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 18
    a outra margem: Ou seja, a margem leste do mar da Galileia.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 20
    Filho do Homem: Ou: “Filho de um Humano”. Essa expressão aparece umas 80 vezes nos Evangelhos, e Jesus a usava para se referir a ele mesmo. Pelo visto, ele queria destacar que era realmente um humano, nascido de uma mulher, e que era um equivalente perfeito de Adão. Assim, ele poderia dar a sua vida para livrar a humanidade do pecado e da morte. (Rm 5:12-14,
    15) A expressão também mostrava que Jesus era o Messias, ou o Cristo. — Dn 7:13-14; veja o Glossário.

    não tem onde deitar a cabeça: Ou seja, não tinha uma casa própria.


    Tocas de raposas e ninhos de aves

    Jesus disse que as raposas tinham tocas e as aves tinham ninhos, mas ele não tinha uma casa própria. O tipo de raposa mostrado na foto (Vulpes vulpes) pode ser encontrado no Oriente Médio, na África, na Ásia, na Europa e na América do Norte, e foi levado para a Austrália. Às vezes as raposas usam como toca uma fenda natural, roubam uma toca de outro animal ou aproveitam uma toca abandonada. Mas, quando não fazem isso, elas costumam cavar buracos no chão para fazer suas tocas. O pássaro mostrado na foto é um rouxinol-bravo (Cettia cetti). Ele é uma das 470 variedades de aves que, segundo estimativas, podem ser encontradas em Israel ao longo de um ano. Essas aves fazem ninhos em árvores, em troncos ocos e em penhascos. Elas usam vários tipos de materiais, como gravetos, folhas, algas marinhas, lã, palha, musgo e penas. A região de Israel favorece isso porque sua topografia é bastante diversificada: montanhas com ar fresco, vales profundos e quentes, desertos áridos e planícies costeiras; tudo isso perto da extremidade sudeste do mar Mediterrâneo. Por isso, é um habitat ideal para aves que vivem no país ou que passam por ali em suas migrações.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 8:20; Lc 9:58

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 21
    enterrar meu pai: Veja a nota de estudo em Lc 9:59.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 22
    deixe que os mortos enterrem seus mortos: Veja a nota de estudo em Lc 9:60.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 24
    grande tempestade: Grandes tempestades são comuns no mar da Galileia. A superfície desse lago (veja a nota de estudo em Mt 4:18) fica uns 210 metros abaixo do nível do mar. O ar sobre ele é mais quente do que o ar das planícies e montes que ficam em volta. Essa diferença de temperatura causa perturbações atmosféricas e ventos fortes que, de uma hora para outra, podem começar a levantar grandes ondas.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 26
    homens de pouca fé: Jesus não quis dizer que os discípulos não tinham nenhuma fé, mas que precisavam ter mais fé. — Mt 14:31-16:8; Lc 12:28; veja a nota de estudo em Mt 6:30.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 28
    região dos gadarenos: Uma região na outra margem (a margem leste) do mar da Galileia. Muitas moedas da cidade de Gadara têm a imagem de um barco. Isso sugere que a região talvez se estendesse de Gadara até o mar da Galileia, que ficava a uns 10 quilômetros dali. Marcos e Lucas dizem que o local onde Jesus desembarcou ficava na “região dos gerasenos”. (Veja a nota de estudo em Mc 5:1.) É possível que o local fosse considerado parte tanto da “região dos gadarenos” como da “região dos gerasenos”. — Veja “Acontecimentos no mar da Galileia” no Mapa 3B do Apêndice A7-D e o Apêndice B10.

    dois: Os relatos de Marcos (5:
    2) e de Lucas (8:
    27) mencionam apenas um homem possesso de demônio. — Veja a nota de estudo em Mc 5:2.

    túmulos: Ou: “túmulos memoriais”. (Veja o Glossário.) Pelo visto, esses túmulos eram cavernas naturais ou câmaras escavadas em rochas e geralmente ficavam fora das cidades. Os judeus evitavam esse tipo de lugar para que não ficassem impuros de acordo com a Lei. Por isso, pessoas loucas ou possessas de demônios gostavam desses lugares isolados.


    Penhascos do lado leste do mar da Galileia

    Foi na margem leste do mar da Galileia que Jesus expulsou demônios de dois homens e mandou os demônios para uma manada de porcos.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 8:28; Mc 5:1-2; Lc 8:26-27

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 29
    O que você quer conosco, . . . ?: Ou: “O que nós temos a ver com você?” Lit.: “O que para nós e para você?” Essa pergunta retórica é uma expressão idiomática semítica que também é usada nas Escrituras Hebraicas. (Js 22:24; Jz 11:12-2Sm 16:10; 19:22; 1Rs 17:18-2Rs 3:13; 2Cr 35:21; Os 14:8) Nas Escrituras Gregas Cristãs, essa expressão semítica foi traduzida literalmente para o grego. (Mt 8:29; Mc 1:24-5:7; Lc 4:34-8:28; Jo 2:4) O significado dela depende do contexto. Neste versículo, ela é usada para expressar agressividade e rejeição, e alguns tradutores sugerem traduções como: “Nos deixe em paz!” ou “Vá embora!” Em outros contextos, a expressão indica apenas que a pessoa não concorda com algo ou que não quer se envolver em uma determinada ação, sem nenhum tom de desprezo, arrogância ou agressividade. — Veja a nota de estudo em Jo 2:4.

    atormentar: A palavra grega usada aqui está relacionada com a palavra que foi traduzida em Mt 18:34 como “carcereiros”. Assim, parece que, quando os demônios perguntaram se Jesus tinha ido lá para ‘atormentá-los’, eles estavam perguntando se Jesus ia prendê-los no “abismo” mencionado no relato paralelo de Lc 8:31.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 8 versículo 30
    porcos: Os judeus não criavam porcos; esses animais eram impuros de acordo com a Lei. A Bíblia não diz se “os que cuidavam dos porcos” (Mt 8:33) eram judeus que estavam desobedecendo a Lei ou se eram pessoas de outras nações. O que se sabe é que a carne de porco era comercializada na região de Decápolis, porque muitos gregos e romanos moravam ali, e eles consideravam a carne de porco uma iguaria.


    Dicionário

    Abraão

    Dicionário Comum
    Nome Hebraico - Significado: Pai das multidões.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Abraão 1. Patriarca. Filho de Taré ou Tera, pai dos hebreus, pai dos que crêem e amigo de Deus (Gn 15:1-18; 16,1-11; 18,1-19.28; 20,1-17; 22,1-14; 24). Segundo Jesus, no final dos tempos e junto ao patriarca, desfrutarão do banquete do Reino de Deus não somente os israelitas como também os gentios que creram no Cristo. 2. Seio de. Na literatura judaica, como por exemplo: Discurso a los griegos acerca del Hades, de Flávio Josefo, o lugar do sheol ou hades, donde os justos esperavam conscientemente a descida do Messias, que os arrebataria ao céu. Esse é o sentido que os Evangelhos expressam, como o relato do homem rico e Lázaro de Lc 16:19-31.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    pai de muitos povos
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Abraão [Pai de uma Multidão] - Filho de Terá e descendente de Sem. Deus o chamou em Ur da CALDÉIA para dar começo à nação hebraica (Gn 12:1—25:
    1) 0). Por causa da sua fidelidade, tornou-se o pai dos crentes de todos os tempos (Gl 3:6-7).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Ali

    Dicionário Comum
    advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
    Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
    Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
    Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
    Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
    Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.
    Fonte: Dicio

    Antes

    Dicionário Comum
    antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.
    Fonte: Priberam

    Aonde

    Dicionário Comum
    advérbio Numa direção específica, num lugar conhecido: aonde você vai?
    Gramática Usa-se somente com verbos que expressam movimento, exceto quando acompanhados de preposição, neste caso utiliza-se: onde.
    interjeição Expressão de incerteza, de descrença: aquele ator morreu! Aonde!
    Etimologia (origem da palavra aonde). A + onde.
    Fonte: Priberam

    Aqui

    Dicionário Comum
    advérbio Neste lugar: aqui não há preconceitos raciais.
    A este lugar: jamais voltarei aqui.
    Nesta ocasião, neste momento, agora: nunca simpatizei com ele, e aqui o digo sem rebuços.
    locução adverbial Aqui e ali, ora num lugar, ora noutro; esparsamente.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    cá. – Escreve Roq., que estes dois advérbios“ valem o mesmo que ‘este lugar’, ou ‘neste lugar’ onde se acha a pessoa que fala. A diferença entre os dois consiste em que aqui designa o lugar de um modo absoluto, e sem referência alguma a outro lugar;
    v. g.: Aqui vivo, aqui estou, etc. Cá tem maior extensão, pois além de designar o lugar onde se está, acrescenta por si só a exclusão de outro lugar determinado (lá) que direta ou indiretamente se contrapõe àquele em que nos achamos. Vivo aqui; janto aqui – supõe, só e absolutamente, o lugar onde vivo e onde janto, sem excluir determinadamente outro lugar, e sem sugerir a menor ideia de dúvida, preferência, ou relação alguma respetivamente a outro. Mas – janto hoje cá; esta noite durmo cá – exclui determinadamente o lugar onde costumo jantar ou dormir. No estilo familiar entende-se – aqui por ‘nesta casa’; pois quando alguém diz – F. jantou aqui ontem; ou – passou ontem aqui a noite – é como se dissesse – jantou, passou a noite ‘nesta casa’. Quando cá se contrapõe a lá indica a terra ou o lugar em que estamos comparando com outro de que já falamos, e a que nos referimos como se vê no ditado vulgar – Cá e lá más fadas há”.
    Fonte: Dicio

    Assentar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Dispor de forma estável sobre; acomodar: assentar os tijolos.
    Anotar por escrito; registrar: assentar as ideias no papel.
    Deixar arrumado; manter arrumado: assentar o cabelo.
    verbo intransitivo e pronominal Fazer alguém tomar assento; tomar assento: assentar a criança na cadeira; assentou-se na cama.
    Conceder posse legal da terra: o governo assentou centenas de famílias.
    verbo bitransitivo Ter como base, fundamento; fundamentar: assenta algo em princípio constitucional.
    Determinar, estipular: assentaram as bases do acordo.
    verbo transitivo indireto Ser harmônico; combinar, condizer: o verde não assenta bem com o azul.
    Ajustar-se adequadamente a; acomodar-se bem: a roupa assenta-lhe bem.
    Aplicar golpe, soco; golpear: assentou-lhe uma bofetada na cara.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Colocar sobre o solo ou sobre qualquer outra superfície: a poeira assentou sobre o terreiro; o pó ainda não assentou.
    Etimologia (origem da palavra assentar). Do latim assentare; pelo espanhol asentar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Basear-se, Firmar-se, Fundar-se, Fundamentar-se.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Atormentado

    Dicionário Comum
    atormentado adj. 1. Submetido a tormentos. 2. Aflito, atribulado, mortificado.
    Fonte: Priberam

    Atormentar

    Dicionário Comum
    atormentar
    v. 1. tr. dir. Infligir tormento a; molestar, torturar. 2. tr. dir. e pron. Afligir(-se), mortificar(-se).
    Fonte: Priberam

    Autoridade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Direito que determina o poder para ordenar; poder exercido para fazer com que (alguém) obedeça.
    O organismo que possui esse poder.
    Designação atribuída ao representante de um governo ou de determinado seguimento: autoridade eleitoral.
    Liberação oficial que permite a realização de alguma coisa.
    Quem possui muito conhecimento em determinada área/assunto: ela é uma autoridade em genética.
    Que pode ser utilizado como fundamento; base: quem te deu autoridade para dizer isso?
    Que adiciona força para convencer: o professor adicionou autoridade à palestra.
    Tipo de personalidade que faz com que alguém tenha domínio sobre outra pessoa.
    Etimologia (origem da palavra autoridade). Do latim auctoritas.atis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    poder, potestade, força. – Segundo Lacerda, “autoridade é a superioridade legal, quer a lei seja divina, quer natural, humana, ou de opinião”. – Poder é a autoridade que se acompanha da força necessária para fazer-se obedecer. Potestade supõe o poder que a sustenta. Os nossos clássicos davam a esta palavra a significação geral de poder. “Pobre está já (Roma) tão decaída da antiga potestade”. – Força, aqui, é “a resultante dos elementos materiais em que funda o poderoso o seu poder”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    A autoridade [...] é uma delegação de que terá de prestar contas aquele que se ache dela investido. [...] Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando o entende, e a retira quando julga conveniente.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18, it• 9

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Autoridade
    1) Poder (Mt 9:6).


    2) Pessoa que tem poder público (At 4:5, RA).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Autoridade Poder assentado sobre a legitimidade (Mt 12:2.10; 22,17). A que Jesus possui permite-lhe fazer milagres de cura, expulsar demônios e reinterpretar a Lei de Deus (Mt 7:29; 9,6; 9,8; Mc 1:27); purificar o Templo (Mt 21:23-27 e par.); julgar os seres humanos (Jo 5:27); entregar sua vida e ressuscitar (Jo 10:18. Comp. Jo 2:19-22) e dar a vida eterna (Jo 17:2). Jesus possuía essa autoridade onipotente (Mt 28:19-20) antes mesmo de nascer (Jo 17:1ss.) e a delega agora a

    seus discípulos (Mt 10:1ss.), que devem exerce-la da mesma forma que ele o fez como Servo de Javé (Mt 20:25-28; Mc 10:42-45; Lc 22:24-27).

    Ao lado dessa autoridade única, legítima, encontram-se outras constituídas, cuja origem não é humana, mesmo que tenha essa aparência (Jo 19:10-11). Assim a possui o Diabo sobre os reinos deste mundo (Lc 4:6).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Aves

    Dicionário Comum
    fem. pl. de ave

    a·ve 1
    (latim avis, -e)
    nome feminino

    1. [Zoologia] Animal vertebrado, ovíparo, de respiração pulmonar, sangue quente, pele coberta de penas. (Os membros posteriores servem-lhe para andar e os anteriores, ou asas, para voar; tem bico córneo e desdentado.)

    2. Figurado Pessoa que aparece numa terra e tem ali pouca demora.

    3. Vagabundo.


    ave de arribação
    Ornitologia A que muda de região em certas épocas do ano.

    ave de mau agouro
    Ave que, por superstição, se crê ser presságio de desgraça ou fatalidade.

    Figurado Pessoa a cuja presença se associa, por superstição, o prenúncio de desgraça ou fatalidade.

    ave de rapina
    Ornitologia Ave carnívora de bico curto e adunco e garras fortes. = RAPACE

    Pessoa com grande ambição, que não olha a meios para atingir o que quer.

    ave rara
    Pessoa ou coisa com características originais e pouco frequentes.


    ave |àvé| 2
    (palavra latina)
    interjeição

    Expressão designativa de saudação, de cumprimento. = SALVE

    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    As aves achavam-se divididas em animais limpos e imundos na Lei de Moisés. As aves imundas, que por isso mesmo não podiam servir de alimento, eram aquelas que se alimentavam de carne, peixe e animais mortos. As que se alimentavam de insetos, de grãos e de fruta eram ‘animais limpos’. Esta classificação pode, facilmente, concordar com as idéias modernas sobre o assunto. outra cláusula da lei judaica proibia que se tirasse do ninho a ave-mãe, embora os seus filhinhos ou os seus ovos pudessem dali ser levados. Há várias referências aos hábitos das aves. Jeremias (8,7) fala da chegada da cegonha, do grou e da andorinha – e em Cantares de Salomão (2.11,12) o canto das aves e a voz da rola são anunciativos da primavera. Em Ec 12:4 acha-se esta expressão, ‘a voz das aves’: é a do rouxinol, que existe em grande número ao longo das margens do Jordão e na vizinhança do mar Morto. Canta muito bem, e é uma ave que facilmente se domestica. Tais aves são muito procuradas no oriente, e há uma referência a este costume em Jó (41.5): ‘Brincarás com ele, como se fora um passarinho?’ A grande maioria das aves que se encontram na Palestina, pertence à classe das aves de arribação. Nos lugares mais baixos do vale do Jordão acham-se aves subtropicais, que não se vêem nas regiões mais ao norte. Além destas, há umas quinze espécies peculiares à Palestina. As aves eram muito empregadas como alimento pelos habitantes da Terra Santa, e ainda o são hoje. Nos tempos primitivos eram elas apanhadas principalmente por meio de redes e armadilhas (Sl 124:7Pv 7:23) – mas atualmente são caçadas com a espingarda nos arrabaldes de Jerusalém. outro sistema de caçar aves, principalmente perdizes e abetardas, consiste em arremessar uma pequena vara. A uma caça deste gênero faz-se alusão em 1 Sm 26.20. Em uma única passagem menciona Bildade quatro diferentes métodos de apanhar aves (18:8-10). Aves marítimas e aves aquáticas são raras na Palestina – mas aves de presa, como abutres, açores, etc., são numerosas, e há muitas referências a elas na Bíblia. No livro de Deuteronômio (32,11) diz-se que Deus ensinou israel como a águia ensina os filhos. (*veja Águia.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Barco

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Nome comum dado às embarcações pequenas: barco a vela.
    Qualquer tipo de embarcação: andei de barco.
    expressão Deixar correr o barco. Deixar as coisas como estão para ver o que acontecerá; não se preocupar com o desenrolar dos acontecimentos.
    Etimologia (origem da palavra barco). Masculino de barca.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    embarcação, navio; nau, fragata, caravela, galera, galé, iate, batel, batelão, alvarenga, lancha, barca, chata, catraia, bote, xaveco, tartana, manchua, gôndola, galeota, canoa, junco, piroga, igara, barcaça, galeão, bergantim, brigue, escuna. – Barco é “termo genérico, menos porém que embarcação, pois é restrito à ideia de construção; enquanto que embarcação designa qualquer corpo flutuante que pode conter pessoas ou coisas. A jangada é uma embarcação, mas não é um barco. – Navio é a embarcação destinada a navegar no mar alto, mas só se diz dos barcos cobertos, para os quais é termo genérico. – Embarcação não se diz hoje dos navios de guerra; barco, sim”. – Como os precedentes, todos os vocábulos que se seguem apresentam de comum a ideia de “próprios para transporte por água (rio, ou mar)”. – Nau era o maior navio outrora empregado principalmente na guerra. – A fragata, como força agressiva, era inferior à nau. – A caravela era menor que a fragata, e servia tanto para a guerra como para o tráfego marítimo. – Galera = “antiga embarcação, estreita e comprida, de vela e remos, com dois ou três mastros”. – Galé é embarcação de baixo bordo, de vela e remos, usada outrora. – Galeota (diminutivo de galé) é pequeno barco, elegante e luxuoso; e, como o iate, serve mais para recreio. O iate, no entanto, é maior, e pode até prestar-se para longas viagens. – Batel e escaler são pequenas embarcações que conduzem para bordo dos navios não atracados ao cais. O escaler distingue-se do outro em ser movido ou poder mover-se tanto a remos como a vela, sendo o batel movido só a esforço do remeiro. Talvez por isso é que se diz – “batel da vida” (e nunca – escaler...) fazendo alusão ao esforço e trabalho com que é levado. – Batelão (aumentativo de batel) é “barca rasa e grande, larga e aberta como a alvarenga”. Servem ambas para o trasbordo de cargas, rebocadas dos navios para os trapiches ou vice-versa. – Lancha é “embarcação pequena e sem tilha (coberta) que anda tanto à vela como a remos”, e que serve também para o serviço de carga e descarga de navios, e transporte de passageiros de terra para os vapores, e vice-versa. – Barca = “embarcação larga e pouco funda” (C. de Fig.). – Barcaça é barca maior. – Chata é “barcaça larga e de pouco fundo, empregada, como o batelão e a alvarenga, no serviço de transporte de cargas dentro da baía”. – Catraia é bote pequeno. – Bote é batel de rio, pequeno escaler, movido a remos. – Xaveco – espécie de fragata usada outrora pelos mouros no corso do Mediterrâneo. – Tartana era um xaveco menor, de um só mastro. – Manchua – “pequeno barco usado nas costas da Ásia”. – Gôndola – “pequena embarcação (como a galeota) movida a remos, usada principalmente para recreio”. – Galeão (aum. de galé) – “antigo navio Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 235 de alto bordo; nau de guerra”. (C. de Fig.) – Bergantim – “pequena fragata, de dois mastros, e também movida a remos”. – Brigue – “bergantim maior”. – Escuna – “brigue tendo vergas no mastro da proa e sem mastaréu de joanete”. – Canoa – “pequena embarcação, feita quase sempre de um só tronco de árvore escavado”, e de uso nas enseadas e nos rios. – Junco – “pequena canoa ou batel, fino e leve, usado pelos chineses”. – Piroga e igara – “canoas de índios”.
    Fonte: Dicio

    Bonança

    Dicionário Comum
    bonança s. f. 1. Estado do mar propício à navegação. 2. Calma, sossego, tranqüilidade.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Bonança Bom tempo no mar; calma, sossego (Sl 107:30; Mc 4:39).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Do Casteliano bonanza
    Calmaria, bom tempo no mar; fig., calma, serenidade.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Cabeça

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Cafarnaum

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Lugar em que se guardam muitos objetos, sem ordem.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Aldeia de Naum. Achava-se situada ao norte do mar da Galiléia. A sentença contra ela pronunciada e contra outras povoações foi singularmente cumprida. Cafarnaum é, para nós, um lugar interessante pelo fato de ter sido residência de Jesus Cristo e dos Seus Apóstolos, e centro de tantas maravilhas. Cafarnaum era a Sua própria cidade (Mt 9:1). Era quando voltava para ali que se dizia estar Jesus na Sua casa (Mc 2:1). Foi aqui que se deu a chamada de Mateus (Mt 9:9). os irmãos Simão Pedro e André eram de Cafarnaum (Mc 1:29). Aqui, também, Jesus operou a cura do criado do centurião (Mt 8:5Lc 7:1), e da sogra de Simão Pedro (Mt 8:14Mc 1:30Lc 4:38), mandou levantar o paralítico (Mt 9:6Mc 2:9Lc 5:24), e curou aquele homem atormentado de um espírito imundo (Mc 1:32Lc 4:33). o filho do homem nobre (Jo 4:46), apesar de habitar em Cafarnaum, foi curado por meio de palavras, que parece terem sido proferidas em Caná de Galiléia. Foi em Cafarnaum que ocorreu aquele caso de ser chamado um menino para uma lição aos Seus discípulos (Mt 18:1Mc 9:33) – e, estando ele na sinagoga, foi pronunciado o maravilhoso discurso que se lê em Jo 6. Era uma importante estação de alfândega, e tinha uma guarnição de tropas romanas.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cafarnaum [Aldeia de Naum] - Cidade que ficava junto ao mar da Galiléia. Foi o centro das atividades de Jesus durante o seu ministério na Galiléia (Mt 4:13); 8:5-17; 9:1-26).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Cafarnaum Literalmente, povo de Nahum. Cidade galiléia situada à margem oeste do lago de Tiberíades, próximo à desembocadura do Jordão. Por sua situação de fronteira, contava com aduana (Mt 9:9) e com um destacamento de soldados romanos (Mt 8:5-13), embora não pareça tratar-se de um local helenizado. Durante certo tempo foi local de residência de Jesus (Mt 4:13; 9,1), que a amaldiçoou por sua incredulidade (Mt 11:23).

    Escavações realizadas neste século apresentaram os restos do que pode ter sido a casa de Pedro — segundo outros autores, a do próprio Jesus — e os restos de uma sinagoga construída sobre as bases da que este conheceu.

    E. Hoade, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Caminho

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Sinônimos
    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Casa

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Centurião

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Centurião Literalmente, o que manda em cem, suboficial romano. Comandava uma unidade de 60 a 100 homens, e não era incomum receber competências judiciais ou administrativas, especialmente se desempenhava suas funções em províncias. Ao que parece, costumava ser mais independente na tomada de decisões do que seus superiores. No Novo Testamento sua figura aparece não poucas vezes vinculada a pessoas que se sentiam atraídas pelo Deus de Israel e pela pregação do evangelho: um centurião, cujo servo Jesus curou, foi considerado por este como modelo de fé; outro, ao pé da cruz, chegou à conclusão de que Jesus era um homem justo (Mt 8:5.8.13; Lc 7:2.6; Mt 27:54; Mc 15:39.44ss.; Lc 23:47 etc.).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino História Na organização militar romana, chefe que comandava um grupo de cem homens, a centúria; centenário, centúrio.
    Etimologia (origem da palavra centurião). Do latim centurionis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Centurião Oficial que comandava cem soldados do exército romano (Mt 8:5).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Acham-se referências a ‘centurião’ em Mt 8:5-27.54, e freqüentemente nos Atos. Era o capitão de cem homens, entre os romanos. (*veja Exército.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Chegada

    Dicionário Comum
    chegada s. f. 1. Ato ou efeito de chegar. 2. Termo do movimento de ida ou vinda.
    Fonte: Priberam

    Chegado

    Dicionário Comum
    adjetivo Próximo, contíguo.
    Dado, propenso. Antôn (acepção 1): afastado.
    Etimologia (origem da palavra chegado). Particípio de chegar.
    Fonte: Priberam

    Cidade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Coberto

    Dicionário Comum
    adjetivo Tapado, revestido, recoberto.
    Protegido, defendido, resguardado.
    Pago, liquidado: promissória coberta.
    Excedido, ultrapassado: lanço coberto.
    substantivo masculino Lugar coberto; telheiro, alpendre.
    Pôr a coberto, pôr a salvo; defender, abrigar.
    Fonte: Priberam

    Como

    Dicionário de Sinônimos
    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
    Fonte: Priberam

    Criado

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Criado Empregado que faz serviço doméstico (Pv 9:3); (Mt 8:6).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Indivíduo que auxilia nos afazeres domésticos; empregado.
    adjetivo Que se criou, que foi gerado; produzido.
    Que recebeu educação formal; instruído: foi criado no cristianismo.
    Que se encontra bem alimentado, bem nutrido; gordo: bezerro bem criado.
    Etimologia (origem da palavra criado). Do latim creatus, creatu, de creare, “criar”.
    Fonte: Priberam

    Céu

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
    Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
    Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
    Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
    Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
    Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
    Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
    Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
    expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
    Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
    Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
    Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

    [...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

    [...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

    [...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

    O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

    O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

    [...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

    [...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

    Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Céu
    1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


    2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

    2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

    3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

    4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

    m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Darei

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. fut. ind. de dar

    dar -
    (latim do, dare)
    verbo transitivo

    1. Ceder gratuitamente (ex.: dar um cigarro).

    2. Entregar como presente (ex.: não dou mais brinquedos a ninguém). = OFERECER, PRESENTEARRECEBER

    3. Fazer doação de. = DOAR

    4. Fazer esmola de. = ESMOLAR

    5. Passar para a posse ou para as mãos de (ex.: já demos a procuração ao advogado). = CONCEDER, CONFERIR, ENTREGAR, OUTORGARTIRAR

    6. Tornar disponível (ex.: deram mais uma oportunidade ao candidato; dar uma ajuda; dar atenção). = CONCEDER, PROPICIAR, PROPORCIONARRECUSAR

    7. Distribuir (ex.: dar cartas).

    8. Tornar patente ou visível (ex.: quando estiver pronto, dê um sinal; ele já dá mostras de cansaço).

    9. Gerar ou produzir (ex.: a árvore já deu muitas laranjas).

    10. Ser suficiente para algo ou alguém (ex.: uma garrafa dá cerca de 5 copos; a comida não dá para tantos convidados). = BASTAR, CHEGAR

    11. Ter algo como resultado (ex.: isto dá uma bela história; a nota do exame não dá para passar).

    12. Ter determinado resultado aritmético; ser igual a (ex.: dois mais dois dá quatro).

    13. Entregar uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: dei demasiado dinheiro pelo casaco). = PAGARRECEBER

    14. Sacrificar (ex.: dar a vida).

    15. Destinar, consagrar, dedicar (ex.: todas as manhãs dá uma hora ao ioga).

    16. Receber uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: disse à vendedora que lhe desse dois quilos de arroz). = VENDER

    17. Fazer tomar (ex.: já deu o medicamento ao doente?). = ADMINISTRAR, MINISTRAR

    18. Administrar um sacramento (ex.: dar a extrema-unção).

    19. Fazer uma acção sobre alguma coisa para alterar a aparência (ex.: falta dar uma demão na parede; dê uma limpeza a este quarto, por favor). = APLICAR

    20. Fazer sair de si ou de algo que pertence a si (ex.: dar gritos; dar vivas; dar um tiro). = SOLTAR

    21. Provocar o efeito de uma acção física (ex.: dar um abraço; dar uma cabeçada; dar um beijo; dar um pontapé). = APLICAR

    22. Ser a causa de (ex.: este cheirinho dá fome; dar vontade). = ORIGINAR, PROVOCAR

    23. Despertar ideias ou sentimentos (ex.: temos de lhes dar esperança). = IMPRIMIR

    24. Ministrar conhecimentos (ex.: a professora dá português e latim). = ENSINAR

    25. Receber ou abordar conhecimentos (ex.: já demos esta matéria nas aulas).

    26. Aparecer subitamente no seguimento de algo (ex.: deu-lhe um enfarte; os remorsos que lhe deram fizeram-no confessar). = SOBREVIR

    27. Tomar conhecimento na altura em que acontece (ex.: a vítima nem deu pelo furto). = APERCEBER-SE, NOTAR

    28. Achar, descobrir, encontrar (ex.: deu com a fotografia escondida no livro).

    29. Avisar, comunicar, participar (ex.: o chefe vai dar as instruções; dar ordens).

    30. Incidir, bater (ex.: a luz dava nos olhos).

    31. Ir ter a ou terminar em (ex.: os rios vão dar ao mar). = DESEMBOCAR

    32. Ter determinadas qualidades que permitam desempenhar uma actividade (ex.: eu não dava para professor).

    33. Promover ou organizar (ex.: dar uma festa; dar cursos de formação).

    34. Transmitir ou manifestar (ex.: dar parabéns; dar condolências; dar um recado).

    35. Trazer algo de novo a alguém ou a algo (ex.: ele deu algumas ideias muito interessantes).

    36. Ser divulgado ou noticiado, transmitido (ex.: isso deu nas notícias; o falecimento deu na rádio, mas não na televisão). = PASSAR

    37. Atribuir uma designação a algo ou alguém (ex.: ainda não deu nome ao cão).

    38. Fazer cálculo ou estimativa de (ex.: eu dava 40 anos à mulher; deram-lhe poucos meses de vida). = CALCULAR, ESTIMAR

    39. Estar virado em determinada direcção (ex.: a varanda dá para o mar; o quarto dá sobre a rua).

    40. [Brasil, Calão] Ter relações sexuais com (ex.: ela dá para quem ela quiser).

    41. Conseguir ou ser possível (ex.: sei que prometemos, mas não deu para ir). [Verbo impessoal]

    42. Começar a fazer algo (ex.: agora é que me deu para arrumar o quarto).

    43. Permitir a alguém uma acção (ex.: deu a ler a tese ao orientador; não quis dar a conhecer mais pormenores).

    44. É usado como verbo de suporte, quando seguido de certos nomes, sendo equivalente ao verbo correlativo de tais nomes (ex.: dar entrada é equivalente a entrar).

    verbo transitivo e intransitivo

    45. Estar em harmonia para formar um todo esteticamente agradável (ex.: essa cortina não dá com a decoração da sala; a camisa e as calças não dão). = COMBINAR, CONDIZER

    verbo transitivo e pronominal

    46. Ter determinado julgamento sobre algo ou alguém ou sobre si (ex.: deu o trabalho por terminado; antes do julgamento, já a davam como culpada; nunca se dá por vencido). = CONSIDERAR, JULGAR

    verbo intransitivo

    47. Estar em funcionamento (ex.: o televisor não dá). = FUNCIONAR

    48. Acontecer (ex.: há pouco deu uma chuvada). [Verbo unipessoal]

    verbo pronominal

    49. Ter relações sociais ou afectivas (ex.: ele não se dá com ninguém; os vizinhos dão-se bem). = CONVIVER

    50. Viver em harmonia (ex.: não se dá com a irmã; eram amigos, mas agora não se dão).

    51. Fazer algo com dedicação ou muita atenção ou concentração (ex.: acho que nos demos completamente a este projecto; nunca se deu aos estudos). = APLICAR-SE, DEDICAR-SE, EMPENHAR-SE

    52. Ter determinado resultado (ex.: ele vai dar-se mal agindo assim).

    53. Adaptar-se ou ambientar-se (ex.: esta planta não se dá dentro de casa).

    54. Sentir-se (ex.: acho que nos daríamos bem aqui).

    55. Render-se, apresentar-se, entregar-se.

    56. Ter lugar (ex.: os fogos deram-se durante a noite). [Verbo unipessoal] = ACONTECER, OCORRER, SOBREVIR, SUCEDER

    57. Efectuar-se, realizar-se (ex.: o encontro deu-se ao final da tarde). [Verbo unipessoal]

    58. Apresentar-se como ou fazer-se passar por (ex.: dava-se por médico, mas nunca tirou o curso). = INCULCAR-SE

    59. Agir de determinada forma ou ter determinado comportamento ou iniciativa (ex.: o jornalista não se deu ao trabalho de confirmar a informação; dar-se à maçada; dar-se ao desfrute).

    verbo copulativo

    60. Tornar-se (ex.: ela deu uma boa profissional).


    dar certo
    [Informal] Ter bom resultado ou o resultado esperado (ex.: claro que a empresa vai dar certo!). = RESULTARDAR ERRADO

    dar de si
    Abalar, ceder, desmoronar.

    dar em
    Tornar-se, ficar (ex.: se continuar assim, eles vão dar em malucos).

    dar errado
    [Informal] Ser malsucedido; não obter sucesso ou o resultado desejado (ex.: essa história tem tudo para dar errado).DAR CERTO

    dar para trás
    [Informal] Recuar em determinada posição (ex.: ele disse que concordava, mas no último momento, deu para trás).

    dar tudo por tudo
    [Informal] Fazer todos os esforços possíveis para alcançar um objectivo.

    quem dera
    [Informal] Usa-se para exprimir desejo. = OXALÁ, TOMARA

    tanto dá
    [Informal] Expressão para indicar indiferença. = TANTO FAZ


    Ver também dúvida linguística: "provêem" segundo o Acordo Ortográfico de 1990.
    Fonte: Priberam

    Debaixo

    Dicionário Comum
    advérbio Que se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo.
    Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo.
    Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa.
    Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo.
    Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.
    Fonte: Priberam

    Deixa

    Dicionário Comum
    deixa s. f. 1. Ato ou efeito de deixar. 2. Legado. 3. Teatro. Última palavra ou últimas palavras de uma fala.
    Fonte: Priberam

    Demônios

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Demônios Termo derivado da palavra grega “daimon”, que originalmente designava seres superiores situados, em certas ocasiões, entre os deuses e os homens. Outras vezes, o termo referia-se a seres que falavam no interior da pessoa.

    Nas Escrituras, o termo refere-se a espíritos imundos ou anjos decaídos voltados para o mal, cujos poderes eram mobilizados através da magia. O Antigo Testamento apresenta diversas referências aos demônios, acusados de ter relações sexuais com mulheres (Gn 6:2-4) antes do dilúvio e de serem comandados por Satanás (literalmente, o adversário).

    Este era o causador de enfermidades (Jó 2), inimigo e acusador dos servos de Deus (Zc 3:1ss.) e regente oculto dos poderes mundiais opostos ao povo de Deus (Dn 10:13ss.). No judaísmo do Segundo Templo, era muito comum a crença nos demônios e nas suas possessões. Além de serem considerados origem de muitas doenças, afirmava-se que eles estavam por trás das divindades e dos poderes políticos do paganismo. Essas idéias não foram abandonadas — mas até desenvolvidas — no judaísmo do Talmude e da Cabala.

    No que se refere à demonologia, os evangelhos refletem idéias bastante semelhantes às do judaísmo do Segundo Templo. Longe de interpretar Satanás e os demônios como símbolos ou arquétipos (nem como forças ou energias impessoais), os evangelhos descrevem-nos como seres espirituais absolutamente reais. Assim, afirma-se que os demônios podem possuir as pessoas Jesus expulsa os demônios que passam a atacar os porcos (manuscrito do séc. XII) (Mc 5:1ss. e par. etc.) ou que Satanás — o Diabo — controla os poderes políticos mundiais (Lc 4:5-8 e par.). Os demônios se encontram por trás de muitas situações de enfermidades (Mc 9:14-29).

    Seu chefe Satanás lança mão da mentira e da violência (Jo 8:44); arranca a mensagem evangélica do coração das pessoas que não a incorporaram às suas vidas (Mt 13:19); semeia a cizânia no Reino (Mt 13:38); e dirige a conspiração para matar Jesus (Jo 13:26-27). O certo é que o Diabo e seus demônios foram derrotados pelo ministério de Jesus (Lc 11:20-23) e, especialmente, pelo seu sacrifício na cruz (Jo 16:32-17:26; ver também Hc 2:14-15; Cl 2:13-15). Essa visão de Jesus tradu-Zse também nos demais escritos do Novo Testamento em situações em que os cristãos devem opor-se (Jc 4:7; 1Pe 5:8-9) aos ataques do Diabo, revestindo-se da armadura de Deus (Fp 6:10ss.); e devem estar conscientes de que sua luta é um combate espiritual contra forças demoníacas (2Co 10:3-5), na certeza da vitória que Cristo já lhe conquistou. De fato, a expulsão de demônios em nome de Jesus — bem distinta do conceito de exorcismo — faz parte do anúncio evangélico (Mc 16:15-18).

    A segunda vinda de Cristo implicará a derrota definitiva de Satanás e seus demônios que, segundo Mt 25:41.46, serão lançados ao castigo eterno e consciente no inferno.

    m. I. Bubeck, The Adversary, Chicago 1975; L. S. Chafer, o. c.; m. Harper, o. c. ; J. L. Nevius, o. c.; J. E. Orr, o. c.; m. f. Unger, o. c.; C. Vidal Manzanares, Diccionario...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; ERE, I, pp. 669ss.; IV, 615-619; Hughes, pp. 84. 137ss. e 196.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dentes

    Dicionário Comum
    substantivo masculino plural Estruturas de natureza óssea que cortam, rasgam ou trituram os alimentos: o cálcio é essencial para a formação dos ossos e dos dentes.
    Por Extensão Saliências, recortes ou pontas, encontradas nos mais variados objetos: essas folhas estão cheias de dentes!
    expressão Com unhas e dentes. Com todas as forças, com muito empenho: agarrei aquele emprego com unhas e dentes.
    Etimologia (origem da palavra dentes). Plural de dente, do latim dente.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino plural Estruturas de natureza óssea que cortam, rasgam ou trituram os alimentos: o cálcio é essencial para a formação dos ossos e dos dentes.
    Por Extensão Saliências, recortes ou pontas, encontradas nos mais variados objetos: essas folhas estão cheias de dentes!
    expressão Com unhas e dentes. Com todas as forças, com muito empenho: agarrei aquele emprego com unhas e dentes.
    Etimologia (origem da palavra dentes). Plural de dente, do latim dente.
    Fonte: Priberam

    Despenhadeiro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Precipício; lugar excessivamente elevado e de difícil acesso.
    Figurado Circunstância de perigo iminente ou de desgraça: com o desemprego, ele caiu no despenhadeiro.
    Etimologia (origem da palavra despenhadeiro). Despenhar + deiro.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Despenhadeiro Ladeira a pique (Mc 5:13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Deus

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico

    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?
    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Digno

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Digno
    1) Merecedor (Sl 18:3); (Mt 3:11)

    2) Apropriado (Ef 4:1).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    adjetivo Honesto; que expressa decência: trabalho digno.
    Merecedor; que merece admiração: filme digno de ser assistido.
    Apropriado; que é conveniente: função digna do chefe.
    Decente; que tem bom caráter; de boa conduta; que demonstra dignidade: presidente digno.
    Etimologia (origem da palavra digno). Do latim dignus.a.um.
    Fonte: Priberam

    Discípulos

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).

    Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13 Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).

    Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).

    Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).

    E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dissê

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

    Fonte: Priberam

    Distante

    Dicionário Comum
    distante adj. .M e f. 1. Que dista, ou está a certa distância. 2. Remoto. 3. Falto de calor humano.
    Fonte: Priberam

    Dito

    Dicionário Comum
    adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
    substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
    Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Dito
    1) Palavra (Nu 24:4)

    2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Diz

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

    Fonte: Priberam

    Dize

    Dicionário Comum
    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

    Fonte: Priberam

    Doenças

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dois

    Dicionário Comum
    numeral Um mais um (2); o número imediatamente após o 1; segundo.
    Equivalente a essa quantidade: dois carros na garagem.
    Segundo dia do mês: dia um, dia dois.
    Segundo elemento numa contagem, série, lista.
    substantivo masculino Algarismo que representa esse número (2).
    Nota dois: tirei dois no exame.
    Carta do baralho, marcada com dois pontos: o dois de ouros.
    Etimologia (origem da palavra dois). Do latim duos; pelo espanhol dos.
    Fonte: Priberam

    E

    Dicionário Comum
    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
    Fonte: Priberam

    Eis

    Dicionário Comum
    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.
    Fonte: Priberam

    Encontro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ato ou efeito de encontrar, de estar diante de alguém.
    Ficar imprevistamente face a face com uma pessoa ou coisa.
    Colisão de dois corpos: encontro de veículos.
    Competição esportiva; luta, duelo: encontro de adversários.
    Confluência de rios: encontro de águas.
    Pessoas que se reúnem para debater um assunto; congresso.
    Choque de alguém com outra pessoa ou coisa; encontrão.
    Combate físico; briga.
    [Militar] Combate imprevisto entre duas tropas em marcha.
    [Zoologia] Ponto de articulação das asas das aves com o rádio e o cúbito.
    locução prepositiva Ao encontro de. À procura de, a favor de: meu pensamento vai ao encontro do seu.
    De encontro a. Contra; em oposição a: o que você pensa vai de encontro ao que acreditamos, você está demitido!
    Etimologia (origem da palavra encontro). Forma regressiva de encontrar, do latim incontrare, ir na direção, ao encontro de.
    Fonte: Priberam

    Enfermos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de enfermo

    en·fer·mo |ê| |ê|
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Doente.

    adjectivo
    adjetivo

    2. Débil.

    3. Figurado Que não funciona bem; anormal.

    Fonte: Priberam

    Então

    Dicionário Comum
    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.
    Fonte: Priberam

    Era

    Dicionário Bíblico
    outro
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Eram

    Dicionário Comum
    3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

    ser |ê| |ê| -
    (latim sedeo, -ere, estar sentado)
    verbo copulativo

    1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

    2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

    3. Consistir em.

    4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

    5. Estar, ficar, tornar-se.

    6. Exprime a realidade.

    7. Acontecer, ocorrer, suceder.

    8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

    verbo transitivo

    9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

    10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

    11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

    verbo intransitivo

    12. Exprime a existência.

    13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

    14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

    verbo auxiliar

    15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

    nome masculino

    16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

    17. O ente humano.

    18. Existência, vida.

    19. O organismo, a pessoa física e moral.

    20. Forma, figura.


    a não ser que
    Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

    não poder deixar de ser
    Ser necessário; ter forçosamente de ser.

    não poder ser
    Não ser possível.

    não ser para graças
    Não gostar de brincadeiras; ser valente.

    o Ser dos Seres
    Deus.

    qual é
    [Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

    ser alguém
    Ser pessoa importante e de valia.

    ser com
    Proteger.

    ser dado a
    Ter inclinação para.

    ser da gema
    Ser genuíno.

    ser de crer
    Ser crível; merecer fé.

    ser humano
    O homem. = HUMANO

    ser pensante
    O homem.

    Fonte: Priberam

    Erã

    Quem é quem na Bíblia?

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.

    Autor: Paul Gardner

    Escriba

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Pessoa responsável por ler e interpretar as leis dos judeus.
    Figurado Funcionário que apenas copia textos; escrivão.
    Antigo Na Antiguidade, pessoa encarregada de escrever aquilo que lhe ditavam ou copiava textos manuscritos; copista, secretário, redator.
    substantivo masculino e feminino [Pejorativo] Mau escritor; autor medíocre; escrevinhador.
    Etimologia (origem da palavra escriba). Do latim scriba,ae, “escrivão público”.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Escritor. Antes do cativeiro empregava-se esta palavra para significar a pessoa que tinha certos cargos no exército (Jz 5:14 – 2 Rs 25.19 – is 33:18Jr 52:25) – e também se chamava escriba o secretário do rei, constituindo este emprego, junto das pessoas reais, uma alta posição (2 Sm 20.25 – 1 Rs 4.3 – 2 Rs 12.10). Na história judaica dos tempos mais modernos os escribas são os intérpretes ou copistas da lei. Esdras é descrito como ‘escriba versado na lei de Moisés’ (Ed 7:6) – e proclamavam os escribas os seus direitos, dizendo: ‘Somos sábios, e a lei do Senhor está conosco’ (Jr 8:8). Quando o povo começou a falar o aramaico, a língua hebraica lhes era familiar. Eram eles de profissão os estudantes da Lei, escrita ou oral, e no tempo de Jesus tinham de tal forma obscurecido a primeira com as suas explicações e adições que foram acusados pelo Divino Mestre de transgredir os mandamentos de Deus por causa da sua tradição, e de ensinar ‘doutrinas que são preceitos de homens’ (Mt 15:1-9Mc 7:7). A maior parte das vezes eles são mencionados juntamente com os fariseus, certamente pelo fato de mostrarem a mesma atitude para com a lei e o mesmo formalismo na vida religiosa (Mt 5:20 – 12.38 – etc.). Mas, embora os escribas possam, na maior parte das vezes, ter sido fariseus, não pertenciam todos eles àquela seita (*veja Mc 2:16Lc 5:30At 23:9). A sua influência é manifesta pelas suas estreitas relações com os principais sacerdotes e anciãos (Mt 16:21 – 20.18 – 26.3 – Mc 10:33 – 14.53 – At 6:12). os ensinamentos de Jesus eram de tal modo opostos ao formalismo dos escribas, que não admira a sua hostilidade para com o nosso Salvador (Lc 5:30 – 6.7, etc.) – e essa hostilidade continuou a manifestar-se contra os apóstolos (At 4:5 – 6.12).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Escriba
    1) Homem que copiava e interpretava a lei de Moisés (Ed 7:6). Os escribas criaram aos poucos um sistema complicado de ensinamentos conhecido como “a tradição dos ANCIÃO” (Mt 15:2-9). Jesus os censurou (Mt 23). Os escribas tiveram parte na morte de Cristo (Mt 26:57) e perseguiram a Igreja primitiva (At 4:5); 6.12). Eles eram chamados também de “doutores da lei” (Lc 5:17), RC; RA, mestres).

    2) Oficial do exército (
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Espíritos

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Espíritos Ver Alma, Anjos, Demônios, Espiritismo.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Faz

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
    2ª pess. sing. imp. de fazer

    fa·zer |ê| |ê| -
    (latim facio, -ere)
    verbo transitivo

    1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

    2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

    3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

    4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

    5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

    6. Compor (ex.: fazer versos).

    7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

    8. Praticar (ex.: ele faz judo).

    9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

    10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

    11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

    12. Ultimar, concluir.

    13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

    14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

    15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

    16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

    17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

    18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

    19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

    20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

    21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

    22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

    23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

    24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

    25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

    26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

    27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

    verbo pronominal

    28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

    29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

    30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

    31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

    32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

    33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

    34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

    35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

    36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

    37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

    38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

    39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

    nome masculino

    40. Obra, trabalho, acção.


    fazer das suas
    Realizar disparates ou traquinices.

    fazer por onde
    Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

    Dar motivos para algo.

    fazer que
    Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

    não fazer mal
    Não ter importância; não ser grave.

    tanto faz
    Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.

    Fonte: Priberam

    Febre

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Elevação anormal da temperatura constante (animais superiores e homem) sob a influência de uma causa mórbida.
    Conjunto de perturbações que acompanham esse estado (agitação, aceleração do pulso, sensação de calor e de doença).
    Figurado Agitação, paixão viva e desordenada: febre política.
    Volúpia, mania, desejo ardente: febre de colecionar.
    Febre aftosa, doença infecciosa que ataca sobretudo o gado vacum.
    Febre amarela, doença tropical endêmica, com surtos epidêmicos, causada por vírus e transmitida ao homem por mosquitos (especialmente o Aedes aegypti).
    Febre do feno, manifestação alérgica provocada pela inalação do pólen de certas gramíneas, na época da floração.
    Febre paludosa, malária, impaludismo. (O mesmo que febre palustre.).
    Febre terçã, forma clínica do impaludismo em que o acesso febril sobrevém cada 48 horas (ou de três em três dias).
    Febre tifóide, doença infecciosa produzida pelo bacilo de Eberth.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    As doenças febris são muito comuns nos países do oriente. os médicos dividiam as febres em ‘grandes’ e ‘menores’, e Lucas, como médico, é exato quando escreve que a sogra de Pedro sofria de uma febre muito alta. (Lc 4:38) – comparai com as narrativas paralelas de Mt 8:14 e Mc 1:30). outros de que fala o N.T. e que tiveram febre, são o filho do régulo (Jo 4:52) e o pai de Públio (At 28:8).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Febre No Antigo Testamento, a febre era considerada um dos castigos de Deus contra seu povo, quando este incorria em infidelidade (Lc 26:16). Ocasionalmente, a ela se atribui uma causa demoníaca (Lc 4:39; Mt 8:15; Mc 1:31), que obriga uma atuação de caráter sobrenatural (Jo 4:52). Os evangelhos citam várias curas de febre realizadas por Jesus.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Feito

    Dicionário Comum
    adjetivo Realizado, consumado; constituído.
    Adulto: homem feito.
    conjunção Como, tal como: chorava feito criança.
    locução adverbial De feito, O mesmo que de fato.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Feito Ato; obra (Sl 9:11; Cl 3:9).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Filho

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário da FEB
    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Filhós

    Dicionário Comum
    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).
    Fonte: Priberam

    Fora

    Dicionário Comum
    advérbio Na parte exterior; na face externa.
    Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
    Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
    interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
    preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
    substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
    Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
    Não aceitação de; recusa.
    locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
    Distante de: fora da cidade.
    Do lado externo: fora de casa.
    expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
    Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
    Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
    Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16.
    17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    [...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19

    [...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3

    Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6

    [...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7

    Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11

    No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12

    [...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1

    No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11

    A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44

    A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25

    O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista

    Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23

    A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    [...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    A fé é divina claridade da certeza.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16

    A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35

    [...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim

    Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5

    Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

    A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28

    A fé significa um prêmio da experiência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba

    [...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44

    [...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

    Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69

    [...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354

    A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

    É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação

    A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

    [...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141

    Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).

    Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).

    A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida

    1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt 15:28; Mc 11:22-24; Lc 17:5).


    2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm 1:16-17;
    v. CONVERSÃO).


    3) A doutrina revelada por Deus (Tt 1:4).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Grande

    Dicionário Comum
    adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
    Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
    Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
    Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
    Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
    Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
    Forte; em que há intensidade: grande pesar.
    Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
    Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
    Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
    Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
    Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
    Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
    Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
    Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
    Que é austero; rígido: um grande problema.
    Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
    substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
    Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
    Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.
    Fonte: Priberam

    Homem

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
    (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
    (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
    (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
    (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
    (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
    (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

    O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

    H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

    O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

    [...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

    O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

    Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

    [...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

    Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

    Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

    [...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

    Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

    [...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
    Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

    O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

    Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    [...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

    [...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

    [...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

    Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

    O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

    [...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

    [...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

    [...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

    Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

    [...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
    Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

    [...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

    [...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

    Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

    [...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

    [...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    [...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

    No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

    Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    [...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

    Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

    O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

    Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

    [...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Homem
    1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
    v. IMAGEM DE DEUS).

    2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

    4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

    5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

    6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Homens

    Dicionário Comum
    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.
    Fonte: Priberam

    Hora

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Cada uma das 24 partes em que se divide o dia (1/24), com duração de 60 minutos (h), usada para marcar o tempo.
    Oportunidade, ensejo: esperar a hora propícia.
    Momento favorável: o dinheiro chegou bem na hora.
    Momento de importância ou de destaque: o Modernismo teve sua hora.
    Qualquer espaço de tempo marcado; horário: você chega a que horas?
    Carga horária a ser cumprida por um funcionário: você fez quantas horas?
    Antigo Na Antiguidade, a duodécima parte do dia, excluindo-se a noite.
    expressão Hora de aperto. Momento difícil.
    Hora extra. Hora de trabalho prestada além do expediente ou do tempo contratado.
    Horas contadas. Pouco tempo de vida que se supõe restar a alguém.
    Hora extrema. Hora da morte de alguém.
    Hora h. Momento oportuno.
    Hora legal. Hora oficial adotada pela vida civil.
    Hora local ou do lugar. Hora referida ao meridiano do lugar.
    Hora solar. Hora calculada pelo movimento do Sol.
    Hora santa. Devoção da vigília de preces diante do Santíssimo Sacramento.
    Horas canônicas. Horas regulares em que padres e freiras devem rezar o Ofício Divino.
    Horas mortas. Diz-se das altas horas da noite ou da madrugada.
    Hora civil, hora solar média ou verdadeira. Aquela contada de zero a 24 (meia-noite).
    Militar Hora H. Hora marcada para determinada operação.
    Estar pela hora da morte. Estar muito caro.
    Hora da onça beber água. Momento crítico ou hora perigosa.
    Etimologia (origem da palavra hora). Do grego horas.as.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    os antigos contavam o tempo desdeo nascer ao pôr do sol. o dia estava dividido em doze horas, que eram mais ou menos longas segundo a estação: e desta maneira a hora do verão era maior que a hora do inverno. Era, também, conhecida uma divisão do dia em três partes: manhã, meio-dia, e tarde (Sl 55:17). Entre os hebreus dividia-se a noite em primeira, segunda, e terceira vigília (Jz 7:19) – mas entre os romanos eram quatro as vigílias, e a estas se refere o N.T. (Mc 13:35). No N.T. temos também a divisão do dia em doze horas ou período’ (Mt 20:1-10Jo 11:9At 23:23), que começavam ao nascer do sol. (*veja Tempo.) Em muitas passagens emprega-se o termo hora para exprimir uma curta duração de tempo, ou mesmo uma determinação de tempo (Dn 3:6-15 – 4.33 – Mt 8:13 – 10.19). A freqüente frase ‘na mesma hora’ significa ‘imediatamente’ (Dn 5:5At 16:18).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Hora 1. Curto espaço de tempo que não deve ser identificado com nossa atual divisão do tempo (Jo 5:35).

    2. Momento concreto em que se dá um acontecimento (Mt 8:13; 9,22; Jo 4:21-23). Em sentido paradigmático, refere-se ao sacrifício de Jesus (Mt 26:45; Mc 14:35.41; Jo 2:4; 7,30; 8,20; 12,23.27; 13,1;17,1) ou à consumação da história por suas mãos (Mt 24:36.44.50; 25,13; Jo 5:25.28).

    3. Divisão do dia. Do nascer do sol ao seu ocaso, contavam-se dez horas que, logicamente, variavam na duração, de acordo com o período do ano, podendo ser aumentada ou diminuída em onze minutos. A primeira hora correspondia às 6h (Mt 20:1; Lc 24:1; Jo 8:2); a terceira, às 9h (Mt 20:3; Mc 15:25); a sexta, às 12h (Mt 20:5; 27,45; Mc 15:33; Lc 23:44; Jo 4:6; 19,14); a nona, às 15h (Mt 27:46). Nos evangelhos, também se faz referência à sétima hora (
    - 13h) (Jo 4:52); à décima (
    - 18h) (Jo 1:39) e à undécima (
    - 17h) (Mt 20:9).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Cada uma das 24 partes em que se divide o dia (1/24), com duração de 60 minutos (h), usada para marcar o tempo.
    Oportunidade, ensejo: esperar a hora propícia.
    Momento favorável: o dinheiro chegou bem na hora.
    Momento de importância ou de destaque: o Modernismo teve sua hora.
    Qualquer espaço de tempo marcado; horário: você chega a que horas?
    Carga horária a ser cumprida por um funcionário: você fez quantas horas?
    Antigo Na Antiguidade, a duodécima parte do dia, excluindo-se a noite.
    expressão Hora de aperto. Momento difícil.
    Hora extra. Hora de trabalho prestada além do expediente ou do tempo contratado.
    Horas contadas. Pouco tempo de vida que se supõe restar a alguém.
    Hora extrema. Hora da morte de alguém.
    Hora h. Momento oportuno.
    Hora legal. Hora oficial adotada pela vida civil.
    Hora local ou do lugar. Hora referida ao meridiano do lugar.
    Hora solar. Hora calculada pelo movimento do Sol.
    Hora santa. Devoção da vigília de preces diante do Santíssimo Sacramento.
    Horas canônicas. Horas regulares em que padres e freiras devem rezar o Ofício Divino.
    Horas mortas. Diz-se das altas horas da noite ou da madrugada.
    Hora civil, hora solar média ou verdadeira. Aquela contada de zero a 24 (meia-noite).
    Militar Hora H. Hora marcada para determinada operação.
    Estar pela hora da morte. Estar muito caro.
    Hora da onça beber água. Momento crítico ou hora perigosa.
    Etimologia (origem da palavra hora). Do grego horas.as.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    A palavra hora vem do latim hora, que, nesta língua, tinha o sentido amplo de tempo, época, estação. Anterior ao latim e ao grego, havia a raiz iora, com este mesmo sentido, da qual vem a palavra inglesa year, isto é, ano.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Ide

    Dicionário Comum
    2ª pess. pl. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR

    Fonte: Priberam

    Idé

    Dicionário Comum
    2ª pess. pl. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR

    Fonte: Priberam

    Idê

    Dicionário Comum
    2ª pess. pl. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR

    Fonte: Priberam

    Isaias

    Dicionário Bíblico
    Salvação do Senhor. É isaías justamente chamado ‘o mais ilustre dos profetas’. Mas ele foi tão grande estadista como era profeta, tomando parte ativa nos negócios públicos durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. A respeito de seu pai Amoz nada se sabe (1.1 – 2.1). É, também, incerta a tradição de que isaías foi condenado à morte por Manassés. Era casado, e sua mulher foi por ele apelidada de ‘a profetisa’ (is 8:3). Tiveram dois filhos, dos quais nada se sabe, a não ser os seus nomes simbólicos (is 7:3 – 8.3,4). Deve ter exercido a sua missão de profeta durante um longo período de tempo. Calculando pelo menor tempo, passaram-se quarenta anos desde o último ano de Uzias (c. 740 a.C. – is 6:1) até ao ano em que Jerusalém foi libertada dos ataques de Senaqueribe (701 a.C.), sendo então que o profeta desaparece da história. Foram contemporâneos de isaías os profetas oséias e Miquéias. Além do livro de isaías, sabemos por 2 Cr 26.22 que o Profeta escreveu uma narração dos ‘atos de Uzias’. Perdeu-se esta obra, bem como outros escritos do profeta. A vida de isaías está intimamente relacionada com as histórias de Samaria e Judá, mas principalmente com este reino, e deve ser estudada nesta relação.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Isaque

    Quem é quem na Bíblia?

    “Os que somente se sentam e esperam também ajudam.” Esse ditado aplica-se bem a Isaque. Teve uma vida longa (Gn 35:28), mas nunca se afastou da mesma região (Gn 35:27; cf. 13:18; cf. 24:62; cf. 25:11). Quando comparado com os solenes incidentes que marcaram a vida de Abraão e a atividade frenética de Jacó, ele praticamente nada fez. Ainda assim, juntamente com os nomes aparentemente mais expressivos de Abraão e Jacó, Isaque é um dos patriarcas de grande influência no meio do povo de Deus — um dos membros do trio para quem os descendentes foram prometidos (Dt 9:27; etc.); para os quais a terra foi garantida (Gn 50:24; Ex 33:1; etc.); com quem a aliança foi feita (Ex 2:24; Sl 105:9; etc.); cujos nomes são parte da identificação do próprio Deus (Ex 3:6-15,16); a quem o Senhor garante a segurança dos descendentes (Ex 32:32; Dt 29:13) e eles próprios têm um lugar de destaque no reino sobre o qual Jesus pregou (Mt 8:11; Lc 13:28); que são usados por Cristo como uma prova do céu (Mt 22:32); e cujo Deus ressuscitou Jesus dos mortos (At 3:13). A importância, do ponto de vista do Senhor, não está em “fazer”, mas em “ser”.

    Embora a Bíblia coloque Isaque diante de nós, ela nada explica sobre ele. Existem coisas, porém, que chamam a atenção quando se tenta montar um quadro coerente desse personagem. Assim, ele precisava de uma esposa a quem amasse, para confortá-lo depois da morte de sua querida mãe (Gn 24:67); ficava satisfeito em permanecer quieto (1Ts 4:11); experimentava as alegrias do casamento (Gn 26:6); sonhava em ter filhos (Gn 25:21); alegrava-se com a paternidade e com os simples prazeres de uma boa comida (Gn 25:28); gostava de viver sem a agitação das viagens e das novidades (veja acima); queria ficar na lembrança dos filhos como um homem que conhecia e temia ao Senhor. Deus se revelaria a Jacó como “o Deus do teu pai Isaque” e fez isso em duas ocasiões nas quais seu filho tinha boas razões para estar nervoso, diante de um futuro desconhecido (Gn 28:13; Gn 46:1-3; cf. 32:9). Era como se o maior conforto que receberia do Céu fosse a mensagem: “Lembre-se do Deus que seu pai adorava e sobre o qual falava”. Duas vezes, também Jacó falou sobre “o temor de Isaque” (Gn 31:42-53). Que título fantástico para Deus! De alguma maneira a imagem que este filho tinha na memória era que como seu pai falava sobre o Senhor como aquele que podia confortar diante da incerteza do futuro, mas que, ao mesmo tempo era tão digno de reverência que “Temor”, de certa forma, era seu segundo nome. Além do mais, a Bíblia somente menciona Beer-Laai-Roi em conexão com Isaque (onde o anjo apareceu a Hagar; Gn 24:62; cap 35; cf. 16:13-14). Qual seria o significado disso? Diferentemente de Abraão e Jacó, o Senhor nunca “apareceu” a Isaque: almejaria ele passar por tal experiência e especialmente por uma semelhante a de Hagar, quando Deus apareceu para uma pessoa abatida, a fim de confortar e dar esperança? Finalmente, Hebreus 11:20 faz seu comentário sobre a fé de Isaque, que “abençoou a Jacó e a Esaú, no tocante às coisas futuras”. O que foi que produziu esse homem submisso, de vida pacata? O que o levou a falar de Deus de forma tão pessoal e com tanta reverência? Por que tinha tanta esperança de encontrar o anjo bondoso que apareceu a Hagar? Por que possuía tamanha convicção quanto ao futuro?

    Isaque é a única pessoa em toda a Bíblia que foi amarrada e colocada sobre um altar; o único que viu um cutelo prestes a matá-lo, mas ouviu a voz do anjo do Senhor, a fim de impedir o sacrifício. Naquele momento doloroso, soube que Deus cuidava dele e o preservou; o futuro prometido, portanto, viria; com igual intensidade, sabia que o Senhor, o qual preservara a vida dele, era digno de toda reverência. Após ouvir a voz do anjo (Gn 22:11), será que almejava escutá-la novamente — em Beer-Laai-Roi? (Gn 16:7-14). Por outro lado, será que tal experiência — que hoje seria chamada de “trauma” — não teria produzido um temperamento submisso e uma grande necessidade de amor, tanto humano como divino? Tudo isso, também, era parte de Isaque.

    A história de Isaque em si mesma é simples. Nascido quando seus pais eram humanamente incapazes de gerar filhos (Gn 17:17; Gn 18:9-14; Gn 21:1-7) era proeminentemente o filho da promessa (Gl 4:28) e, por uma direção divina complementar, foi destinado como tal (Gn 21:9-12; Rm 9:17). Com a idade de 40 anos — note-se que por iniciativa de seu pai e após o falecimento de sua mãe (Gn 24:1-3 ss,
    67) — casou-se com a prima Rebeca, por quem apaixonou-se à primeira vista. Eles compartilhavam uma profunda espiritualidade (Gn 25:21-23), mas falharam como pais. Primeiro, cada um deles demonstrava uma nítida preferência por um dos dois gêmeos (Gn 25:28); segundo, não levaram os filhos ao conhecimento da palavra de Deus que precedeu o nascimento deles. Seria bem mais fácil se tivessem compartilhado com eles, quando ainda eram adolescentes, que, embora Esaú fosse tecnicamente o “primogênito”, Deus já tinha determinado de outra maneira. Os filhos teriam absorvido essa informação, que ficaria gravada em suas consciências, sem efeitos negativos; isso moldaria a estrutura familiar e o relacionamento entre os irmãos. A palavra de Deus, entretanto, foi negligenciada e posteriormente gerou todos os lamentáveis eventos que abalaram a família (Gn 27:41): levou Esaú a envolver-se em outro casamento (Gn 26:34-35; Gn 28:6), separou Rebeca para sempre de seu filho querido e impôs sobre Jacó um exílio de 25 anos. Ainda mais lamentável foi que, quando deixaram de compartilhar a palavra do Senhor com os filhos 1saque e Rebeca esqueceram-se dela também, de maneira que o patriarca, quando chegou o momento de passar adiante a bênção de Deus, seguiu a lógica e voltou-se para Esaú, embora o Senhor já tivesse dito que escolhera Jacó; e Rebeca, após esquecer-se de que Deus já decidira o que aconteceria, sentiu que tinha a obrigação de usurpar a bênção para Jacó.

    O casamento de Isaque começou cheio de esperanças, mas na velhice o casal não se comunicava, nem descansava na palavra de Deus, nem muito menos um no outro. Este incidente é a única nota dissonante dentro da música — orquestrada por Deus no concerto patriarcal — da vida de Isaque. Viveu até os 180 anos de idade e morreu na presença dos dois filhos, que o colocaram para descansar naquele local cheio de túmulos memoráveis, a caverna de Macpela (Gn 35:28).

    J.A.M.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Isaque [Riso] - O filho único de Abrão com Sara (Gn 17:19); 18:1-15) e segundo PATRIARCA dos israelitas. Abraão estava pronto para oferecê-lo em SACRIFÍCIO (Gn 22). Isaque casou-se com Rebeca, de quem teve dois filhos, Esaú e Jacó (Gen 2)
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Riso. Era filho de Abraão e Sara. Foi-lhe dado este nome por sua mãe, porque, quando um anjo lhe anunciou que havia de ter um filho, embora já tivesse passado a idade de ter filhos, ela riu-se consigo (Gn 18:10-12). Quando nasceu o menino, disse ela: ‘Deus me deu motivo de riso’ (Gn 21:6). o nascimento de isaque foi assunto de várias profecias e promessas. Esse fato foi por Deus adiado até serem já velhos Abraão e Sara, a fim de ser pelo Senhor experimentada a fé dos Seus servos, e tornar evidente que a criança era um dom de Deus, um filho da promessa (Gn 17:19). Nasceu isaque em Gerar (*veja esta palavra), sendo já seu pai da idade de cem anos. Quando foi desmamado, zombou dele o seu irmão ismael, filho de Hagar (Gn 21:9) – e mais tarde esteve a ponto de ser sacrificado pelo seu pai, havendo então a intervenção de Deus (Gn 22:6-19). Casou, quando tinha quarenta anos, e teve dois filhos, Jacó e Esaú, de sua mulher Rebeca, que era também sua prima. Estava já na sua meia idade quando a fome o levou a Gerar, onde Deus lhe apareceu, proibindo-lhe que fosse ao Egito. Foi, também, naquela povoação que ele repetiu o erro de Abraão, sujeitando-se à censura de Abimeleque por ter declarado falsamente que Rebeca era sua irmã (Gn 26:7). Vindo a ser um homem rico apesar da oposição dos filisteus, ele edificou em Berseba um altar ao Senhor. Quando o seu filho Jacó obteve de modo enganador a sua bênção, isaque o mandou para Padã-Arã (Gn 28:5), de onde, passados anos, ele voltou em prosperidade e com numerosa família. Viveu até a idade de 180 anos, e foi sepultado em Macpela pelos seus filhos, na mesma sepultura em que ele e seu irmão ismael tinham colocado muitos anos antes o corpo de Abraão. (*veja Abnuío, Jacó e Esaú.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Isaías

    Dicionário Comum
    Nome Hebraico - Significado: Deus é a minha salvação.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    Provavelmente, o profeta Isaías nasceu e foi educado em Jerusalém. Exceto pelo nome de seu pai, Amoz, sua genealogia é desconhecida. Alguns supõem que fosse parente do rei Uzias (791 a 740 a.C.) porque tinha acesso à corte e preocupava-se muito com a questão da liderança. Não é possível provar que pertencia à linhagem real, embora sua forma de escrever revele uma pessoa extremamente talentosa, com excelente formação acadêmica.

    O profeta é incomparável em sua expressão literária, conforme o livro de Isaías demonstra, com sua forma de expressão, seus artifícios retóricos e imagens literárias. Seu estilo demonstra um vocabulário rico e imaginativo, com palavras e expressões exclusivas. O livro também revela brilhantismo em seu uso das expressões retóricas: a guerra (Is 63:1-6), os problemas sociais (3:1-17) e a vida rural (5:1-7). Ele também personifica a criação: o sol e a lua (24:23), o deserto (35:1), as montanhas e as árvores (44:23; 55:12). Emprega zombarias (14:4-23), expressões apocalípticas (Is 24:27), sarcasmo (44:9-20), personificações, metáforas, jogos de palavras, aliterações e assonâncias.

    Isaías era um pregador extremamente talentoso, que empregava plenamente toda a riqueza da língua hebraica. Sua imaginação poética e sua mensagem provocam uma reação. Sua profecia não foi escrita para que se concordasse com ela, mas para gerar uma resposta. O piedoso respondia com temor e adoração, enquanto o ímpio endurecia o coração contra o Senhor.

    A posição fundamentalista é a favor da unidade de Isaías (Is 1:66), com base na similaridade e na repetição dos temas e no vocabulário empregado por todo o livro. Os críticos tiveram de reconhecer que os antigos argumentos da coleção de passagens isoladas e a divisão do livro em diferentes seções não são mais defensáveis. Isso não significa que tenham aceito a unidade do livro; pelo contrário, apenas reconheceram a similaridade dos temas. A mensagem unificada de julgamento e salvação é um dos temas prevalecentes.

    Isaías era casado com uma “profetisa” (Is 8:3). Não se sabe se este era realmente seu ministério ou se era chamada assim por ser esposa do profeta. Por meio desta união, tiveram dois filhos, cujos nomes simbólicos refletiam toda a mensagem do livro. O primeiro recebeu o nome de Sear-Jasube, que significa “(somente) um remanescente voltará” (Is 7:3; veja adiante). O segundo chamou-se Maer-Salal-Has-Baz, que significa “rápido-despojo-presa-segura” (Is 8:1; veja adiante).

    Isaías ministrou ao povo de Deus durante uma época de grande instabilidade política (740 a 686 a.C.). Seu ministério está dividido em cinco períodos:
    (1). o da crítica social (caps. 1 a 5), 740 a 734 a.C.;
    (2). o da guerra siro-efraimita (caps. 7 a 9), 734 a 732 a.C.;
    (3). o da rebelião anti-Assíria (caps. 10 a 23), 713 a 711 a.C.;
    (4). o da rebelião anti-Assíria e do cerco de Jerusalém (caps. 28 a 32; 36 a 39), 705 a 701 a.C.; (5.) e o dos últimos dias de Ezequias e possivelmente início do reinado de Manassés (caps. 56 a 66), 701 a 686 a.C. Esses períodos correspondem aos reis mencionados na introdução: “Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (Is 1:1). Veja Profetas e Profecia.

    Uzias (Is 6)

    O início do ministério de Isaías é datado pela referência à morte do rei Uzias (Is 6:1), por volta de 740 a.C. Sob esse reinado, Judá alcançara notável progresso econômico (2Cr 26:6-15) e fizera uma tentativa de se restabelecer como potência política. O ano da morte de Uzias é mencionado em conexão com a extraordinária visão que Isaías experimentou (6:1), a qual também marcou o início de um ministério profético que se estendeu por um período de 40 anos. De acordo com alguns teólogos, a visão não constituiu o chamado original, mas significou uma renovação do chamado profético.

    A visão de Deus transformou Isaías em um servo do Senhor com uma mensagem única. Trata-se de um texto com um contraste radical. Por um lado, apresenta o Senhor em sua exaltação como Rei e em sua perfeição como Santo e glorioso. Pelo outro, apresenta o povo no estado de impureza e debaixo da condenação de Deus. A mensagem de Isaías engloba três ênfases, que emanam da experiência dessa visão:
    (1). somente Deus é exaltado e santo;
    (2). como o Rei glorioso de toda a criação, Ele julga a humanidade pecadora; e
    (3). manterá um remanescente, que planeja consagrar para si e com o qual compartilhará sua glória. Essas ênfases são características do texto como um todo e são discutidas nos primeiros capítulos do livro (veja a seguir).

    Jotão: O período da crítica social (Is 1:5)

    Jotão reinou sobre Judá de 750 a 731 a.C., primeiro como co-regente com o pai Uzias e depois com seu próprio filho, Acaz. Ele herdou um reino materialmente forte, mas corrupto em seus valores e totalmente apóstata. Isaías protestou contra o poder, a ganância e a injustiça em Israel e Judá, antes de falar sobre o que aconteceria no panorama político do Antigo Oriente Médio. A Assíria, sob o reinado de TiglatePileser III (745 a 727 a.C., chamado de “Pul” em II Reis 15:19), subjugara as cidades ao longo da rota de Nínive até Damasco, inclusive a própria capital da Síria (732 a.C.). Quando Jotão morreu, nuvens negras, como prenúncio de uma grande tempestade, formavam-se no horizonte de Judá e logo o reino foi lançado no meio de uma torrente de eventos internacionais que o reduziriam a um estado vassalo do Império Assírio. Durante este período, o profeta criticou a religiosidade do povo (Is 1:10-16), a insensibilidade e injustiça dos líderes (1:21ss), o orgulho (2:6ss) e a vida de licenciosidade moral que haviam abraçado (Is 3:5).

    A mensagem de Isaías 1:5 antecipou e preparou a visão de Deus que o profeta teve (Is 6). Ele apresenta a exaltação e a glória do Senhor em contraste com o orgulho humano, o estilo de vida vigente (na religião, na política, na legislação e na economia) que virtualmente excluía Deus. Por um lado, esse modo de existência às vezes é extremamente religioso, como era o caso do povo de Judá. Iam ao Templo, faziam seus sacrifícios, comemoravam os dias santos e oravam (Is 1:10-15), mas não encontravam o favor do Senhor. Por outro lado, estruturavam a vida a partir de uma complexa trama, por meio da qual buscavam a segurança para se proteger de qualquer adversidade possível. O profeta, porém, declarou que essa segurança seria derrubada no dia do julgamento, a fim de que somente Deus fosse exaltado: “Os olhos do homem arrogante serão abatidos, e o orgulho dos homens será humilhado; só o Senhor será exaltado naquele dia” (2:11).

    Santidade e esperança. O ensino sobre a santidade de Deus serve como base para estabelecer toda a diferença entre o Senhor e os seres humanos. Deus é diferente de nós em sua natureza e em suas conexões. Ele é santo, ou seja, separado de toda a existência criada. Como soberano sobre a criação, exige que todo aquele com quem, em sua graça, Ele estabelece uma comunhão se aproxime dele, mediante a negação de qualquer dependência das estruturas criadas que moldam a existência humana e a busca de significado para a vida. O ensino sobre a santidade de Deus tem duas implicações. Primeiro, ela é a base para a esperança. Porque Deus é santo, Ele estabelece seu governo pela manutenção da justiça (imparcialidade) e pela criação da ordem. Em oposição aos julgamentos arbitrários dos líderes humanos e à anarquia social, o profeta projetou o reino de Deus como caracterizado pela justiça e pela integridade. Justiça é a qualidade da imparcialidade por meio da qual o Senhor trata com seus súditos. Ele governa de modo a fazer da maneira certa o que os líderes humanos fazem de forma desonesta, para pronunciar julgamentos baseados em sua vontade, e não em sentimentos ou resultados pragmáticos, e para manter as normas que incentivam a vida, ao invés de reprimi-la. Os juízos de Deus trazem resultados positivos, porque Ele faz o que é justo e vindica aquele que pratica a justiça. O resultado do seu domínio é a ordem, enquanto o governo do homem freqüentemente gera a desordem. O profeta, portanto, encorajava o necessitado que clamava por ajuda com o conforto da esperança de que haveria restauração da ordem neste mundo: “Dizei aos justos que bem lhes irá, pois comerão do fruto das suas obras” (Is 3:10).

    Santidade e condenação. Segundo, a santidade de Deus é a base para a condenação: “Mas o Senhor dos Exércitos será exaltado por sua justiça, e Deus, o Santo, será santificado por sua retidão” (Is 5:16). O profeta viu que só o Senhor é o Rei verdadeiro e fiel, cuja soberania se estenderá a toda a humanidade. Nenhum poder na Terra pode comparar-se ao seu domínio. Esse contraste absoluto entre Deus e o homem, que prevalece por toda a mensagem, originou-se na visão do Senhor. O profeta tivera uma visão de Deus como o grande Rei, no ano em que Uzias, um rei humano, morrera: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo” (Is 6:1). Desde que a glória do Senhor enchia toda a Terra (6:3), excluía qualquer glória vã dos reis humanos, os quais estavam condenados em sua presença (3:8), porque não tinham tratado de forma apropriada seus semelhantes. Não haviam mantido a ordem. Pelo contrário, os efeitos do seu egoísmo e ganância tinham gerado a anarquia: “Esperou que exercessem justiça, mas viu opressão; retidão, mas ouviu clamor” (5:7). Exaltado em santidade e imparcial em seus julgamentos, o Senhor tem contas a acertar com os líderes, por causa das ações deles: “O Senhor se levanta para pleitear; sai a julgar os povos. O Senhor vem em juízo contra os anciãos do seu povo, e contra os seus príncipes: Sois vós os que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está em vossas casas” (3:13,14). O remanescente. Terceiro, o Senhor reservará um remanescente para si. Esse tema reforça a ênfase bíblica na fidelidade de Deus. O Senhor se manterá fiel às suas alianças e às promessas que fez aos patriarcas. Esse remanescente será lavado, purificado e restaurado à comunhão com o Deus santo (Is 4:3-4). Verão sua glória (4:2; cf. 40:
    6) e experimentarão a bênção de sua proteção (4:5,6).

    O profeta projetou o governo glorioso de Deus na imagem dupla de uma alta montanha (Is 2:2-4) e de um povo santo e glorioso sob sua proteção especial (4:2-6). Na segunda, encorajou o remanescente dos judeus com um futuro além do exílio. Na primeira, Isaías projetou a inclusão dos gentios, os quais se submeteriam à Lei de Deus e o adorariam. Esses também experimentariam sua proteção. A mensagem de Isaías era uma preparação para o Evangelho do Senhor Jesus, na maneira como profetizou sobre a plena inclusão dos gentios na aliança e nas promessas de Deus.

    Acaz (Jeoacaz): A guerra siro-efraimita (Is 7:9)

    Acaz reinou sobre Judá no período de 735 a 715 a.C. e era extremamente corrupto (2Rs 16:3). O cronista relaciona as práticas idolátricas instituídas por ele e explica que essa foi a causa dos seus problemas internacionais (2Cr 28:2-4). Acaz era um homem insolente, que confiava em soluções políticas e não nas promessas de Deus. Quando enfrentou a aliança do rei Rezim, da Síria, com Peca, rei de Israel, e o avanço expansionista da Assíria, quis agir por conta própria, independentemente de Yahweh. Respondeu, entretanto, com grande temor quando a Síria e Israel vieram contra ele, com o propósito de destroná-lo e levantar outro rei que fosse simpático aos esquemas políticos deles (2Rs 16:5; Is 7:6). Neste contexto, Isaías o desafiou a não temer o poder dos inimigos (Is 7:4), mas, ao invés disso, olhar para a presença de Deus em Jerusalém, como o poderio de Judá (Is 7:7; Is 8:10). Acaz, entretanto, ignorou a mensagem do profeta, e pediu ajuda a Tiglate-Pileser, rei da Assíria (2Rs 16:7). Este, reagindo rapidamente diante da ameaça da aliança siro-efraimita na frente ocidental, marchou através da Fenícia até a Filistia (734 a.C.), destruiu Damasco (732 a.C.) e subjugou Israel. Também reduziu Judá a um estado vassalo (2Rs 15:29-2Rs 16:7-9; 2Cr 28:19; Is 8:7-8).

    Quando o rei Oséias, de Israel, recusou pagar tributo à Assíria, Salmaneser (727 a 722 a.C.) fez uma campanha contra Samaria, derrotou a cidade e exilou toda a população (722 a.C.). Acaz não se voltou para o Senhor, porque seus olhos estavam fixos em seu próprio reino e nas mudanças que ocorriam na configuração política sob os reinados de Salmaneser V e de Sargão II.

    Durante esse período, o profeta desafiou Acaz a ser um homem de fé (Is 7:9) e olhar para o “Emanuel” (Deus conosco) como o sinal da proteção divina sobre seu povo. Também profetizou que Ele se tornaria rei (uma clara rejeição à liderança de Acaz!). O governo do Emanuel traria paz e seria caracterizado pela justiça e imparcialidade (Is 9:6-7). De fato, seu governo correspondia ao domínio de Deus, de maneira que, como resultado, traria o reino do Senhor à Terra.

    A mensagem do livro é reafirmada no contexto dos eventos históricos que cercavam o futuro de Judá. Também é reiterado nos nomes de Isaías e nos de seus filhos. Esta era a intenção profética que surge em Isaías 8:18: “Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor. Somos sinais e maravilhas em Israel da parte do Senhor dos Exércitos, que habita no monte de Sião”. Esses nomes confirmavam o aspecto duplo de salvação e juízo.

    O nome Isaías (“Yahweh é salvação”) carrega o tema da exaltação do Senhor. Toda a profecia coloca diante do leitor a ênfase distinta de que devemos confiar somente em Deus. Só os seus caminhos devem moldar a vida de seu povo, porque o Senhor exige fé exclusiva nele, como o único Deus e Salvador. Para Isaías, a fé é a confiança absoluta no Senhor como o único Redentor e a total lealdade em fazer a sua vontade. Esse duplo aspecto expressa-se nestas palavras: “Ata o testemunho, e sela a lei entre os meus discípulos. Esperarei no Senhor, que esconde o seu rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei” (Is 8:16-17).

    O nome do segundo filho de Isaías, Maer-Salal-Has-Baz (rápido-despojo-presasegura: Is 8:1-3), amplia a mensagem da soberania de Deus no juízo. Quando seu povo recusava a fazer sua vontade, rejeitava o Santo: “Deixaram ao Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás” (Is 1:4). As nações também farão uma tentativa de estabelecer uma “nova ordem”, mas no final o vontade de Deus prevalecerá (Is 8:10).

    O nome do primeiro filho do profeta, Sear-Jasube (“um remanescente voltará”: Is 7:3) traz uma dimensão tanto negativa como positiva. Negativamente, haverá apenas um remanescente, depois que Deus lançar seu juízo (Is 6:13). Positivamente, nem todos serão destruídos. Pelo menos alguns serão poupados, com os quais o Senhor renovará seu compromisso (Is 1:9; Is 4:2-4). Esse remanescente seria caracterizado pela confiança no Senhor: “Naquele dia os restantes de Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu, mas se estribarão lealmente sobre o Senhor, o Santo de Israel” (Is 10:20).

    Ezequias: a rebelião anti-Assíria e o cerco de Jerusalém: 705 a 701 a.C

    Ezequias (729 a 686 a.C.) foi um rei piedoso, que buscou o conselho do profeta Isaías nos períodos de dificuldade, tanto pessoal como nacional. Reinou independentemente de qualquer jugo, de 715 até sua morte em 686 a.C. Liderou Judá numa série de reformas (2Rs 18:4-22), que chegaram ao clímax com a celebração da festa da Páscoa (2Cr 30); enfrentou a difícil tarefa de ajustar-se à presença assíria; encarou a política expansionista de Sargão II (722 a 705 a.C.), o qual se envolvera em campanhas militares e subjugara as nações ao leste (Elão, Babilônia), oeste (região da Síria e Efraim) e também mais ao sul, até Wadi-el-Arish, na fronteira sudoeste de Judá (715 a.C.).

    Na providência de Deus, Ezequias foi capaz de fazer exatamente isso! Tratou de desenvolver os interesses do Senhor, ao convidar o remanescente do reino do Norte para a festa da Páscoa e liderar a nação numa verdadeira reforma. A reação de Sargão veio em 711 a.C., quando voltou da campanha na qual subjugou a Filístia e exigiu que Ezequias lhe pagasse tributo. Naquele ano, o Senhor comissionou o profeta a andar com os pés descalços e a tirar o pano de saco que usava (Is 20:2). Essa aparência incomum do profeta deveria atrair a curiosidade do povo e serviria como ilustração prática que ensinaria sobre a certeza da derrota do Egito. Assim como o profeta andou despido e descalço, da mesma maneira os egípcios seriam despojados no exílio e serviriam à Assíria. Além disso, os israelitas descobririam que eram verdadeiros tolos, porque Judá resistira ao Santo de Israel e confiara no Egito para receber apoio político. Deus falou sobre eles: “Ai dos que descem ao Egito a buscar socorro, que se estribam em cavalos, e têm confiança em carros, porque são muitos, e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor” (Is 31:1).

    Com a morte de Sargão (705 a.C.), seu sucessor Senaqueribe (705 a 681 a.C.) enfrentou uma coalizão composta por Egito, Filístia e Judá (2Rs 18:7). Suas tropas seguiram através de Judá (701 a.C.) e conquistaram mais de 46 cidades (algumas das quais provavelmente estejam relacionadas em Is 10:28-32 e Mq 1:10-16). Senaqueribe registrou sua vitória em seus anais: “Quanto a Ezequias, o judeu, que não se inclinou em submissão sob o meu jugo, quarenta e seis de suas cidades fortes e muradas, e inumeráveis vilas menores em sua vizinhança, sitiei e conquistei, fazendo rampas de terra e então pressionando por meio do ataque de soldados a pé, fazendo brechas no muro, cavando túneis e enfraquecendo suas defesas. Obriguei 200:150 pessoas a saírem das cidades: jovens e velhos, homens e mulheres, inumeráveis cavalos, mulas, jumentos, camelos, gado grande e miúdo, considerando tudo como espólio de guerra”.

    Finalmente, Senaqueribe sitiou Jerusalém. Ezequias ficou preso na cidade, cercado pelas tropas assírias. Estava bem preparado para o cerco, mas o inimigo tinha tempo e paciência para esperar a rendição de Jerusalém (701 a.C.). Senaqueribe descreveu a situação da seguinte maneira: “Ele próprio eu tranquei dentro de Jerusalém, sua cidade real, como um pássaro numa gaiola. Coloquei postos de observação ao redor de toda a cidade e lancei o desastre sobre todos aqueles que tentaram sair pelo portão”.

    O Senhor foi fiel à sua promessa de livrar seu povo e enviou seu anjo. Senaqueribe bateu em retirada com uma vitória vazia, enquanto os judeus celebravam o livramento miraculoso de um tirano cruel que praticamente destruíra Judá (2Rs 19:35-36). Essa situação desesperadora está retratada em Isaías 1:5-9.

    Na mesma época, Ezequias adoeceu, mas foi curado por meio de um milagre e recebeu mais 15 anos de vida (2Rs 20:1-19; 2Cr 32:24-26; Is 38:1-22). Durante esse tempo, o Senhor fez com que ele prosperasse e realizasse muitas obras para fortalecer Jerusalém e Judá contra um futuro ataque assírio (2Cr 32:27-29). Esses anos de vida, entretanto, tornaram-se uma bênção parcial. Numa atitude arrogante, Ezequias mostrou todos seus tesouros e fortificações aos enviados do rei da Babilônia, MerodaqueBaladã (bab. Marduque-apla-iddina). Por isso, a condenação de Deus assombraria Judá por mais um século: “Certamente virão dias em que tudo o que houver em tua casa, e tudo o que entesouraram os teus pais até ao dia de hoje, será levado para Babilônia. Não ficará coisa alguma, diz o Senhor” (Is 39:6). Essas palavras estabeleceram o pano de fundo para a interpretação dos oráculos de Isaías sobre o livramento da Babilônia (Is 40:48).

    A mensagem final

    A mensagem, que pode ser datada no período final do ministério do profeta, é notavelmente coerente com os capítulos iniciais:


    1. O profeta projetou uma modalidade diferente de liderança. Ezequias era o representante desse tipo de líder, pois era fiel ao Senhor e fez tudo para levar o povo de volta a Deus. Ainda assim, ele também falhou. O ideal “messiânico” é bem retratado em Isaías 11. O Messias é um descendente de Davi que, ungido pelo Espírito de Deus, é uma pessoa de integridade, julga com imparcialidade, estabelece a ordem e traz paz à Terra. Seu reino inclui judeus e gentios justos, mas não tem lugar para pecadores: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11:9).


    2. O julgamento de Deus repousa sobre todas as nações, porque o Senhor é Todo-poderoso sobre toda a Criação (Is 13:1-27:13).


    3. O Senhor abrirá um novo tempo de salvação (Is 25:1-27:13). Ambos os temas (juízo e salvação) encontram um desenvolvimento adicional em Isaías 28:1-35:10 e foram ilustrados na vida de Ezequias (Is 36:39). O significado da nova ordem de salvação recebeu uma elaboração profética em Isaías 40:55. Esta seção começa com a nota de conforto (Is 40:1) e termina com um convite para experimentar livremente a salvação de Deus, comparada com o pão e o vinho (Is 55:1-3). Dentro desses capítulos o profeta elaborou o tema do servo, que inclui o bem conhecido Servo Sofredor (Is 52:13-53:12), o que sofre em favor de outros, embora Ele próprio seja inocente. A combinação desse tema com a profecia messiânica de Isaías 11 nos dão a base do ensino apostólico de que o Messias, descendente de Davi, primeiramente sofreria para depois assentar-se na glória.

    Na última parte do livro, Isaías desafia o piedoso a perseverar na piedade, enquanto aguarda a salvação de Deus (Is 56:66). O profeta enfatizou cuidadosamente a salvação do Senhor, a fim de equilibrar a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Por um lado, dosou as promessas de Deus com um modo de vida comprometido com a responsabilidade social (Is 56:9-58:14). Também equilibrou a realidade da demora com a perspectiva do poder de Deus e do futuro glorioso preparado para o remanescente (Is 59:1-62:12). Isaías afirmou o juízo universal do Senhor (Is 63:66), enquanto abria a porta para os judeus e gentios participarem da nova obra de Deus: a criação de um novo céu e uma nova terra (Is 65:13-25). A mensagem profética antecipa o futuro, a fim de revelar o plano de Deus no ministério do Senhor Jesus e na mensagem dos apóstolos. W.A.VG.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Isaías [Salvação de Javé] - NOBRE 1, e profeta de Judá nos reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (1.1). Sua chamada se deu em 740 a.C. (cap. 6), e o seu ministério se estendeu por 47 anos (V. ISAÍAS, LIVRO DE).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Israel

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Quem é quem na Bíblia?

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
    Fonte: Priberam

    Jaco

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O mesmo que jaque1.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O mesmo que jaque1.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O mesmo que jaque1.
    Fonte: Priberam

    Jacó

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jacó 1. Patriarca, filho de Isaac (Gn 25:50; Mt 1:2; 8,11; 22,32). 2. Pai de José, o esposo de Maria e pai legal de Jesus.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Quem é quem na Bíblia?

    Seu nascimento (Gn 25:21-34; Gn 27:1-45) - Jacó nasceu como resposta da oração de sua mãe (Gn 25:21), nas asas de uma promessa (vv. 22,23). Será que Isaque e Rebeca compartilharam os termos da bênção com os filhos gêmeos, enquanto eles cresciam? Contaram logo no início que, de acordo com a vontade de Deus, “o mais velho serviria o mais novo”? Deveriam ter contado, mas as evidências indicam que não o fizeram. De acordo com o que aconteceu, o modo como Jacó nasceu (“agarrado”, Gn 25:26) e o nome que lhe deram (Jacó, “suplantador”), por muito tempo a marca registrada de seu caráter foi o oportunismo, a luta para tirar vantagem a qualquer preço e desonestamente. Além disso, a própria Rebeca, diante da possibilidade de que Esaú alcançasse a preeminência, não apelou para a confiança na promessa divina, e sim para seu próprio oportunismo inescrupuloso (Gn 25:5-17) — ou seja, sendo de “tal mãe, tal filho”.

    Esaú era um indivíduo rude e despreocupado, que não levava nada muito a sério e que dava um valor exagerado aos prazeres passageiros. Jacó percebeu que essa era sua chance. Certo dia, Esaú voltou faminto de uma caçada e encontrou a casa imersa no aroma de uma apetitosa refeição preparada por Jacó. Esaú não teve dúvidas em trocar seu direito de primogenitura por um prato de comida e podemos imaginar um sorriso de maliciosa satisfação nos lábios de Jacó pelo negócio bem-sucedido! (Gn 25:27-34).

    A família patriarcal era a administradora da bênção do Senhor para o mundo (veja Abraão, Gn 12:2-3), e a experiência traumática de Gênesis 22:1-18 deve ter gravado essa promessa em Isaque. Quando, porém, ele sentiu a aproximação da morte (Gn 27:1-2) — de maneira totalmente equivocada, o que não é raro nos idosos (Gn 35:27-29) —, percebeu que era uma questão de extrema importância assegurar a transmissão da bênção. Quantas tragédias seriam evitadas se vivêssemos plenamente conscientes das promessas e da Palavra de Deus! Rebeca achava que era sua obrigação providenciar o cumprimento da promessa feita no nascimento dos gêmeos; Isaque esqueceu totalmente a mensagem. Uma terrível fraude foi praticada, e Rebeca corrompeu aquela sua característica positiva, que era parte de seu charme durante a juventude (Gn 24:57); e Jacó, por sua vez, temeu ser descoberto, em lugar de arrepender-se do pecado que praticava (Gn 27:12). As conseqüências foram a inimizade entre os irmãos (Gn 27:41), a separação entre Rebeca e seu querido Jacó (Gn 25:28-27 a 45), o qual de fato ela nunca mais viu, e, para Jacó, a troca da segurança do lar por um futuro incerto e desconhecido (Gn 28:10).

    Um encontro com Deus (Gn 28:1-22)

    Logo depois que Jacó sentiu a desolação que trouxera sobre si mesmo, o Senhor apareceu a ele e concedeu-lhe uma viva esperança. Embora ele desejasse conquistar a promessa de Deus por meio de suas próprias manobras enganadoras, o Senhor não abandonou seu propósito declarado. A maior parte do restante da história gira em torno dessa tensão entre o desejo de Deus em abençoar e a determinação de Jacó de conseguir sucesso por meio da astúcia. Gênesis 28:13, que diz: “Por cima dela estava o Senhor”, tem uma variação de tradução que seria mais apropriada: “Perto dele estava o Senhor”, pois a bênção de Betel foi: “Estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores” (v. 15). Tudo isso sugere que a escada é uma ilustração do Senhor, que desce a fim de estar com o homem a quem faz as promessas (vv. 13,14). Numa atitude típica, Jacó tenta transformar a bênção de Deus numa barganha e literalmente coloca o Senhor à prova (vv. 20-22), ao reter o compromisso pessoal da fé até que Deus tivesse provado que manteria sua palavra. Quão maravilhosa é a graça do Senhor, que permanece em silêncio e busca o cumprimento de suas promessas, mesmo quando são lançadas de volta em sua face! Oportunistas, entretanto, não fazem investimentos sem um retorno garantido do capital! Jacó precisava trilhar um duro caminho, até aprender a confiar.

    A história dentro da história (Gn 29:31)

    Gênesis 29:31 conta a chegada de Jacó à casa de seus parentes, em Padã-Hadã, no extremo norte, onde Palestina e Mesopotâmia se encontram, separadas pelo rio Eufrates (29:1); registra seu encontro com Raquel e sua apresentação aos familiares da mãe dele (29:2-14); menciona como foi enganado e obrigado a casar-se com Lia e Raquel (29:14-30), formou uma numerosa família (29:31 a 30:24), trabalhou como empregado para o sogro Labão (30:25 a 31:
    1) e finalmente voltou para Canaã (31:2-55). É uma história fascinante — o oportunista, suplantador e autoconfiante Jacó e o astuto Labão. Seu tio tramou com sucesso para casar a filha Lia, que não tinha pretendentes (Gn 29:17) — interessante, aquele que alcançou a condição de primogênito por meio do ardil (25:29ss) foi enganado na mesma área, no tocante à primogenitura (29:26)! “Deus não se deixa escarnecer” (Gl 6:7) — mas, depois disso, embora as coisas fossem difíceis (Gn 31:38-41), Jacó sempre foi bem-sucedido. Ele sabia como “passar Labão para trás”. O sogro decidia qual parte do rebanho seria dada a Jacó como pagamento e tomava as medidas para garantir a sua vantagem no acordo (30:34-36), mas o filho de Isaque sempre tinha um ou dois truques “escondidos na manga” — simplesmente tirando a casca de alguns galhos, de acordo com a orientação divina!

    Dentro da narrativa dos galhos descascados, havia uma outra história e Jacó começou a aprender e a responder a ela. O Senhor prometera cuidar dele (Gn 28:15) e cumpriu sua palavra. Sem dúvida, Jacó estava satisfeito com o resultado dos galhos, mas uma visão de Deus colocou as coisas às claras (Gn 31:3-10-13). Não foi a eugenia supersticiosa de Jacó, mas o cuidado fiel de Deus que produziu rebanhos para benefício dele. Posteriormente ele reconheceu esse fato, quando Labão o perseguiu furioso por todo a caminho até Mispa, já na fronteira com Canaã (Gn 31:38-42). Ao que parece, entretanto, o aprendizado de Jacó não foi muito além da capacidade de falar a coisa certa.

    A oração de Jacó (Gn 32:1-21)

    Seria uma crítica injusta dizer que Jacó ainda não havia aprendido a confiar no cuidado divino, em vez de confiar no esforço humano? Duas outras questões indicam que essa avaliação é correta: por que, encontrando-se em companhia dos anjos do Senhor (Gn 32:1), Jacó estava com medo de Esaú e seus 400 homens (vv. 6,7)? E por que, quando fez uma oração tão magnífica (Gn 32:9-12), voltou a confiar nos presentes que enviaria ao irmão (vv. 13-21)? Foi uma oração exemplar, de gratidão pelas promessas divinas (v. 9), reconhecendo que não era digno da bênção (v. 10), específica em seu pedido (v. 11), e retornando ao princípio, para novamente descansar na promessa de Deus (v. 12). Seria difícil encontrar oração como esta na Bíblia. Jacó esperava a resposta de Deus, mas, sabedor de que Esaú já fora comprado uma vez por uma boa refeição (Gn 25:29ss), tratou de negociar novamente com o irmão. Ele ainda se encontrava naquele estado de manter todas as alternativas à disposição: um pouco de oração e um pouco de presentes. Estava, contudo, prestes a encontrar-se consigo mesmo.

    Bênção na desesperança (Gn 32:22-31)

    Uma cena resume tudo o que Jacó era: enviou toda sua família para o outro lado do ribeiro Jaboque, mas algo o reteve para trás. “Jacó, porém, ficou só, e lutou com ele um homem até o romper do dia” (Gn 32:24). Na verdade sempre foi assim: “Jacó sozinho” — usurpando o direito de primogenitura, apropriando indevidamente da bênção, medindo forças com Labão, fugindo de volta para casa, negociando (Gn 31:44-55) uma esfera segura de influência para si próprio —, entretanto, é claro, ninguém negociaria a posse de Canaã! O Senhor não permitiria isso. Portanto, veio pessoalmente opor-se a Jacó, com uma alternativa implícita muito clara: ou você segue adiante dentro dos meus termos, ou fica aqui sozinho. Jacó não estava disposto a abrir mão facilmente de sua independência, e a disputa seguiu por toda a noite (Gn 32:24). Se ele tivesse se submetido, em qualquer momento da luta, teria terminado a batalha inteiro, mas o seu espírito arrogante e individualista o impeliu adiante até que, com a facilidade consumada de quem é Todo-poderoso, um simples toque de dedo deslocou a coxa de Jacó (v. 25). Que agonia! Que desespero! Que humilhação saber que só conseguia manter-se em pé porque os braços fortes do Senhor o amparavam!

    Até mesmo o oportunismo, entretanto, pode ser santificado! O desesperado Jacó clamou: “Não te deixarei ir, se não me abençoares” (v. 26) e o grito do desesperado pela bênção transformou Jacó num novo homem, com um novo nome (v. 28). Ele de fato tinha “prevalecido”, pois essa é a maneira de agir do Deus infinito em misericórdia: ele não pode ser derrotado pela nossa força, mas sempre é vencido pelo nosso clamor. E, assim, o Jacó sem esperança saiu mancando, agora como Israel, pois tinha “visto a face de Deus” (v. 30).

    O homem com uma bênção para compartilhar (Gn 33:1-50:13)

    Quando, porém, o relato da vida de Jacó prossegue, vemos que as coisas velhas não passaram totalmente, nem todas tornaram-se novas. O mesmo homem que “viu Deus face a face” (Gn 32:30) encontrou Esaú sorrindo para ele e toda a hipocrisia aflorou novamente: “Porque vi o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus” (Gn 33:10)! O homem que fora honesto (pelo menos) com Deus (Gn 32:26) ainda era desonesto com as pessoas, pois prometeu seguir Esaú até Edom (33:13,14 Seir) e não cumpriu a promessa; de fato, não planejara fazê-lo (33:17). Por outro lado, estava espiritualmente vivo e cumpriu fielmente a promessa que tinha feito ao declarar o Senhor de Betel (28:20,21) como seu Deus (33:20), ansioso para cumprir seu voto na íntegra (35:1-4) e trazer sua família ao mesmo nível de compromisso espiritual.

    Em seu retorno à Canaã, o Senhor lhe apareceu, a fim de dar-lhe esperança e reafirmar as promessas: confirmou seu novo nome (35:9,10) e repetiu a bênção da posteridade e possessão (vv. 11-15). A grande misericórdia de Deus marcou esse novo começo, pois Jacó precisaria de toda essa segurança nos próximos eventos: a morte de Raquel (Gn 35:16-19), a imoralidade e deslealdade de Rúben (v. 21), a morte de Isaque (vv. 27-29) e aquele período de anos perdidos e desolados, piores do que a própria morte, quando José também se foi (Gn 37:45). A disciplina de Deus, porém, educa e santifica (Hb 12:1-11) e Jacó emergiu dela com uma vida gloriosa: a cada vez que o encontramos, é como um homem que tem uma bênção para compartilhar — abençoou o Faraó (Gn 47:7-10), abençoou José e seus dois filhos (Gn 48:15-20) e abençoou toda a família, reunida ao redor do seu leito de morte (Gn 49). Agora, seu testemunho também é sem nenhuma pretensão: foi Deus quem o sustentou, o anjo o livrou (Gn 48:15). O antigo Jacó teria dito: “Estou para morrer e não posso imaginar o que será de vocês, sem a minha ajuda e sem as minhas artimanhas”. “Israel”, porém, o homem para quem Deus dera um novo nome, disse para José: “Eis que eu morro, mas Deus será convosco” (Gn 48:21). Um homem transformado, uma lição aprendida.

    J.A.M.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jacó [Enganador] -

    1) Filho de Isaque e Rebeca e irmão gêmeo de Esaú (Gn 25:21-26). A Esaú cabia o direito de PRIMOGENITURA por haver nascido primeiro, mas Jacó comprou esse direito por um cozido (Gn 25:29-34). Jacó enganou Isaque para que este o abençoasse (Gn 27:1-41). Ao fugir de Esaú, Jacó teve a visão da escada que tocava o céu (Gn 27:42—28:) 22). Casou-se com Léia e Raquel, as duas filhas de Labão (Gn 29:1-30). Foi pai de 12 filhos e uma filha. Em Peniel lutou com o Anjo do Senhor, tendo recebido nessa ocasião o nome de ISRAEL (Gn 32). Para fugir da fome, foi morar no Egito, onde morreu (Gn 42—46; 49).

    2) Nome do pov
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Suplantador. o filho mais novo deisaque e Rebeca. Na ocasião do seu nascimento ele segurava na mão o calcanhar do seu irmão gêmeo, Esaú, e foi por causa disto que ele recebeu o seu nome (Gn 25:26). Não devemos, porém, supor que este nome era desconhecido antes deste fato, pois ele se encontra gravado em inscrições muito mais antigas. Jacó era dotado de temperamento meigo e pacífico, e gostava de uma vida sossegada e pastoril. E era nisto muito diferente do seu irmão, que amava a caça, e era de caráter altivo e impetuoso! Quanto à predileção que tinha Rebeca por Jacó, e às suas conseqüências, *veja a palavra Esaú. Foi por um ardil que Jacó recebeu do seu pai isaque, já cego, aquela bênção que pertencia a Esaú por direito de nascimento. Este direito de primogênito já tinha sido assunto de permutação entre os irmãos, aproveitando-se Jacó de certa ocasião, em que Esaú estava com fome, a fim de tomar para si os privilégios e direitos de filho mais velho. (*veja Primogênito.) Embora fosse desígnio de Deus que a sua promessa a Abraão havia de realizar-se por meio de Jacó, contudo os pecaminosos meios empregados por mãe e filho foram causa de resultados tristes. Ambos sofreram com a sua fraude, que destruiu a paz da família, e gerou inimizade mortal no coração de Esaú contra seu irmão (Gn 27:36-41). o ano de ausência (Gn 27:42-44), que Rebeca imaginou ser suficiente para abrandar a cólera de Esaú, prolongou-se numa separação de toda a vida entre mãe e filho. Antes da volta de Jacó já Rebeca tinha ido para a sepultura, ferida de muitos desgostos. o ódio de Esaú para com Jacó foi perdurável, e, se Deus não tivesse amaciado o seu coração com o procedimento de Jacó, ele sem dúvida teria matado seu irmão (Gn 27:41). Antes de Jacó fugir da presença de Esaú, foi chamado perante isaque, recebendo novamente a bênção de Abraão (Gn 28:1-4). Ele foi mandado a Padã-Arã, ou Harã, em busca de uma mulher de sua própria família (Gn 28:6). Foi animado na sua jornada por uma visão, recebendo a promessa do apoio divino. (*veja Betel.) Todavia foi forçado a empregar-se num fastidioso serviço de sete anos por amor de Raquel – e, sendo no fim deste tempo enganado por Labão, que, em vez de Raquel, lhe deu Lia, teve Jacó de servir outros sete anos para casar com Raquel, a quem ele na verdade amava. Depois disto, foi ainda Jacó defraudado por Labão numa questão de salários – e foi somente depois de vinte anos de duro serviço, que conseguiu ele retirar-se furtivamente, com sua família e bens (Gn 31). Queria Labão vingar-se de Jacó pela sua retirada, mas Deus o protegeu. o ponto em que principia uma mudança na vida de Jacó foi Penuel – ali foi humilhado pelo anjo, e renunciou aos seus astutos caminhos, aprendendo, por fim, a prevalecer com Deus somente pela oração. (*veja israel.) Ele teve grandes inquietações domésticas: a impaciência da sua favorita mulher Raquel, com os seus queixumes, ‘Dá-me filhos, senão morrerei’ – a morte dela pelo nascimento de Benjamim – o pecado da sua filha Diná (Gn 34:5-26), e a conseqüente tragédia em Siquém – o mau procedimento de Rúben, e o desaparecimento de José, vendido como escravo – todos estes males juntos teriam levado Jacó à sepultura, se Deus não o tivesse fortalecido. Deus foi com ele, sendo calmos, felizes e prósperos os últimos dias do filho de isaque. Quase que as suas últimas palavras foram a predição da vinda do Redentor (Gn 49:10). Doze filhos teve Jacó, sendo somente dois, José e Benjamim, os nascidos de Raquel. (*veja israel, Esaú, Raquel, José, Gileade, etc., a respeito de outros incidentes na vida deste patriarca.) A certos fatos faz referências o profeta oséias (12.2 a 12). *veja também Dt 26:5. 2. o pai de José, casado com Maria (Mt 1:15-16). 3. o nome de Jacó era também empregado figuradamente, para significar os seus descendentes (Nm 23:7, e muitas outras passagens).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Jesus

    Dicionário Comum
    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Junto

    Dicionário Comum
    junto adj. 1. Posto em contato; chegado, unido. 2. Reunido. 3. Adido: Embaixador brasileiro junto ao Vaticano. 4. Chegado, contíguo, muito próximo. Adv. 1. Ao pé, ao lado. 2. Juntamente.
    Fonte: Priberam

    Lepra

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Lepra Entre os judeus, palavra que se referia a um bom número de enfermidades (moléstias) da pele. A Lei de Moisés considerava impuros os seres humanos, objetos e animais afetados por esse mal (Lv 13:14). Cada caso devia ser examinado por um sacerdote, que julgava se era contagioso e se o enfermo estava curado. Jesus realizou a cura de vários leprosos e respeitou a lei mosaica (Mt 10:8; 11,5; 26,6; Mc 1:40-44; Lc 4:27; 17,12-19).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Lepra Doença caracterizada pela brancura (Ex 4:6) e por inchações, tumores ou manchas que desfiguram a pele. Sua descrição no Livro de Levítico (Lev
    13) e
    14) provavelmente incluía outras doenças da pele, além da lepra conhecida hoje. Um tipo de mofo era chamado de lepra (Lv 13:47-59); 14:33-57). Os leprosos eram forçados a morar longe das outras pessoas e, quando se aproximassem delas, deviam gritar: “Imundo, imundo!” Jesus curou leprosos (Mt 8:2-4); (Lc 17:11-)
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quem é quem na Bíblia?

    Doença que ataca a pele das pessoas; embora seja curável em nossos dias, é uma moléstia grave e apresenta-se em diferentes formas. Nos tempos bíblicos, não havia tratamento disponível para esta enfermidade, que causava sérias desfigurações no físico dos infectados. Geralmente os sinais da doença apareciam primeiro no rosto. No Antigo Testamento, os leprosos eram isolados. Levítico 13 oferece descrições detalhadas de alguns dos sintomas das enfermidades consideradas “impurezas cerimoniais”. De acordo com os sintomas, a pessoa ficava isolada da comunidade por um determinado período de tempo. Às vezes esse isolamento durava alguns anos. Se os sintomas desaparecessem com o tempo, a pessoa voltava à vida normal, mas somente depois da verificação do sacerdote, o qual dava a palavra final nesta questão.

    No Novo Testamento, vários leprosos encontraram-se com Jesus. Assim como fazia com outros grupos marginalizados, Cristo os aceitava, conversava com eles e os curava (Mt 8:2-3; Mt 17:2; Mt 26:6; Mc 14:3; Lc 7:22; etc.). O único leproso citado pelo nome foi Simão (Mc 14:3), o qual proporciona um interessante exemplo de como Cristo era inteiramente capaz de aceitar as pessoas socialmente desprezadas. Mateus e Marcos registram que Jesus jantou na casa dele (Mt 26:6-7; Mc 14:3). Veja Simão, o leproso. P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Na antiguidade, qualquer patologia que, atingindo a pele de uma maneira geral, se caracterizava por ser contagiosa ou crônica.
    [Medicina] Doença crônica infecciosa causada pelo bacilo de Hansen, definida por lesões na pele e transmitida pelo contato direto com essas lesões; hanseníase.
    Figurado Defeito difícil de erradicar; vício moral.
    Figurado Aquilo que pode possui consequências danosas ou contagiosas: a preguiça é a lepra da atualidade.
    [Pejorativo] Pessoa de que não possui uma boa reputação.
    [Informal] Jogador que não possui habilidade.
    [Informal] Designação comum da sarna canina.
    Etimologia (origem da palavra lepra). Do grego lépra.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Hoje conhecida como “hanseníase”, se bem que o termo bíblico abarcasse também outros tipos de doença da pele. Pode provocar paralisia, deformidades e gangrena.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Leproso

    Dicionário Comum
    adjetivo, substantivo masculino Que ou aquele que tem lepra; morfético, hanseniano, lázaro.
    Figurado Nojento, repulsivo, repugnante; vicioso, vil.
    Fonte: Priberam

    Limpo

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Limpo
    1) Livre de sujeira (Mt 27:59)

    2) Objeto, lugar ou pessoa que, por estarem cerimonialmente puros, podiam ser usados ou tomar parte no culto de adoração a Deus (Is 66:20); (Lv 4:12); 13.6).

    3) Que tem pureza moral (Sl 24:4).

    4) Curado (2Rs 5:14), RA).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    adjetivo Sem mancha; asseado; desembaraçado de imundícies.
    Mondado: terrenos limpos.
    Expurgado, isento: vida limpa de mistérios.
    Sereno, claro, desanuviado: céu limpo de outono.
    [Brasil] Pop. Sem dinheiro, liso.
    Estar limpo com alguém, gozar da confiança de alguém.
    Tirar a limpo, averiguar, tirar as dúvidas.
    Pôr em pratos limpos, evidenciar uma questão, ou assunto, aclarar os pontos duvidosos.
    substantivo masculino [Brasil] Faixa de terreno em que não há vegetação.
    Fonte: Priberam

    Manada

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Manada REBANHO de gado (Mt 8:30).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Rebanho de gado; conjunto composto por um grande número de cavalos e bois.
    Figurado Conjunto de pessoas que se comportam sem expressar sua própria opinião ou vontade.
    Por Extensão Conjunto de éguas e mulas que acompanham um reprodutor, garanhão.
    Etimologia (origem da palavra manada). Do latim manuata; de manuatus.
    Fonte: Priberam

    Mar

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

    O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


    1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


    2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


    3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

    ====================================

    O MAR

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Margem

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Faixa exterior que circunda algo; beira, borda.
    Faixa de terra que cerca uma porção de água; orla, fímbria, riba.
    Espaço lateral, em branco, das páginas de um livro.
    Espaço livre entre uma coisa e outra.
    Figurado Circunstância propícia, vantajosa; ensejo: não há margem para tantos gastos.
    expressão Dar margem a. Dar lugar, proporcionar ocasião.
    Deixar à margem. Pôr de lado.
    Valor relativo a; quantidade, importância: margem de lucro.
    Etimologia (origem da palavra margem). Do latim marginem.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Margem Beira (Ez 47:6); (Mc 5:1), RA).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Mesa

    Dicionário Bíblico
    1. Rei de Moabe nos reinados de Acabe e de seus filhos Acazias e Jorão, reis de israel. Mesa era vassalo de Acabe, pagando-lhe um tributo de ‘cem mil cordeiros, e a 1ã de cem mil carneiros’ (2 Rs 3.4). Quando Acabe foi morto em Ramote-Gileade, Mesa sacudiu o jugo. Mas Jorão, rei de israel, uniu-se a Josafá, rei de Judá, e ao rei de Edom, numa expedição contra os moabitas, que foram completamente derrotados. Em tais extremos ofereceu Mesa o seu filho primogênito, que havia de suceder no reino, em holocausto a Camos, o desapiedado deus do fogo, adorado em Moabe, resultando deste fato o retirarem-se para as suas terras horrorizados os três exércitos. Em 1868 foi descoberto nas ruínas de Divom um grande fragmento que pertencia a um monumento de pedra, levantado por Mesa (c. 850 a.C.). Na sua inscrição estavam registradas as vitórias de Mesa sobre israel. Essa pedra, restaurada com a adição de outros fragmentos, existe hoje no Museu Britânico. É conhecida pelo nome de Pedra Moabita. 2. Um benjamita (1 Cr 8.9).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mesa [Salvação]

    Rei MOABITA que reinou no tempo de Acabe, de Acazias e de Jorão, reis de Israel. Mesa ofereceu o seu filho mais velho em sacrifício ao deus QUEMOS (2Rs 3).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mesa 1. Móvel, geralmente com pés, utilizado para comer (Mt 15:27; Mc 7:28) ou para trabalhar (Mt 21:12; Mc 11:15; Jo 2:15).

    2. Banco (Lc 19:23; comp.com Mt 25:27). Mesa de três pés “cabriolé” para as refeições.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Móvel, em geral de madeira, formado por uma tábua horizontalmente assentada em um ou mais pés.
    Figurado Alimentação habitual, diária; passadio: mesa frugal.
    Conjunto de presidentes e secretários de uma assembléia: a mesa do Senado.
    Geologia Camada plana, horizontal e rodeada de escarpas.
    [Brasil] Pop. Seção de feitiçaria.
    Mesa de cabeceira, pequena mesa que se coloca ao lado do leito.
    Mesa de operação, mesa articulada, na qual se opera o doente.
    Pôr a mesa, colocar na mesa os alimentos e objetos necessários à refeição.
    Fonte: Priberam

    Mesmo

    Dicionário Comum
    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.
    Fonte: Priberam

    Mestre

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mestre 1. “Epistates” (o que está por cima). No evangelho de Lucas, é equivalente a rabie, por definição, um título apropriado para Jesus (Lc 5:5; 8,24.45; 9,33.49; 17,13).

    2. “Didaskalos” (o que ensina). Por antonomásia, Jesus, o único que merece receber esse tratamento (Mt 8:19; Mc 4:38; Lc 7:40; Jo 1:38), proibido até mesmo a seus discípulos (Mt 23:8).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mestre
    1) Professor; instrutor (Sl 119:99; Mt 10:24).


    2) Título de Jesus, que tinha autoridade ao ensinar (Mc 12:14).


    3) Pessoa perita em alguma ciência ou arte (Ex 35:35).


    4) Pessoa que se destaca em qualquer coisa (Pv 24:8; Ez 21:31, RA).


    5) Capitão (Jn 1:6).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário da FEB
    [...] o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.
    Fonte: Priberam

    Moisés

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Monte

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
    substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
    Serra, cordilheira, montanha.
    Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
    Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
    Grupo, ajuntamento.
    Grande volume, grande quantidade.
    O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
    O total dos bens de uma herança.
    Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
    Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
    Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
    Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
    Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

    =======================

    O MONTE

    V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Mortos

    Dicionário Comum
    masc. pl. part. pass. de matar
    masc. pl. part. pass. de morrer
    masc. pl. de morto

    ma·tar -
    (latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

    2. Abater (reses).

    3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

    4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

    verbo transitivo

    5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

    6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

    7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

    8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

    9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

    10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

    11. Saciar (ex.: matar a sede).

    12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

    13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

    14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

    15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

    16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

    17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

    18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

    verbo pronominal

    19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

    20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

    21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


    a matar
    Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


    mor·rer |ê| |ê| -
    (latim vulgar morere, do latim morior, mori)
    verbo intransitivo

    1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

    2. Secar-se.

    3. Extinguir-se, acabar.

    4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

    5. Não vingar.

    6. Não chegar a concluir-se.

    7. Desaguar.

    8. Cair em esquecimento.

    9. Definhar.

    10. Perder o brilho.

    11. Ter paixão (por alguma coisa).

    12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

    nome masculino

    13. Acto de morrer.

    14. Morte.


    mor·to |ô| |ô|
    (latim mortuus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

    adjectivo
    adjetivo

    2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

    3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

    4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

    5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

    6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

    7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

    8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

    9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

    10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

    11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

    12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


    não ter onde cair morto
    [Informal] Ser muito pobre.

    nem morto
    [Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

    Plural: mortos |ó|.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    masc. pl. part. pass. de matar
    masc. pl. part. pass. de morrer
    masc. pl. de morto

    ma·tar -
    (latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

    2. Abater (reses).

    3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

    4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

    verbo transitivo

    5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

    6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

    7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

    8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

    9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

    10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

    11. Saciar (ex.: matar a sede).

    12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

    13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

    14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

    15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

    16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

    17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

    18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

    verbo pronominal

    19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

    20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

    21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


    a matar
    Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


    mor·rer |ê| |ê| -
    (latim vulgar morere, do latim morior, mori)
    verbo intransitivo

    1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

    2. Secar-se.

    3. Extinguir-se, acabar.

    4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

    5. Não vingar.

    6. Não chegar a concluir-se.

    7. Desaguar.

    8. Cair em esquecimento.

    9. Definhar.

    10. Perder o brilho.

    11. Ter paixão (por alguma coisa).

    12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

    nome masculino

    13. Acto de morrer.

    14. Morte.


    mor·to |ô| |ô|
    (latim mortuus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

    adjectivo
    adjetivo

    2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

    3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

    4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

    5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

    6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

    7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

    8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

    9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

    10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

    11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

    12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


    não ter onde cair morto
    [Informal] Ser muito pobre.

    nem morto
    [Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

    Plural: mortos |ó|.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS

    V. NECROMANCIA.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Mostra

    Dicionário Comum
    mostra s. f. 1. Ato ou efeito de mostrar. 2. Manifestação, sinal. 3. Exibição. 4. Aparência, aspecto, exterioridade. 5. Exemplar, modelo, tipo. S. f. pl. Aparências, atos exteriores, gestos, manifestações, sinal.
    Fonte: Priberam

    Multidão

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.
    Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
    Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
    Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
    Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.
    Fonte: Priberam

    Mão

    Dicionário Bíblico
    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Ninhos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de ninho

    ni·nho
    nome masculino

    1. Estrutura ou abrigo que as aves constroem para si e para os seus ovos e crias.

    2. Lugar em que dormem certos animais.

    3. Figurado Abrigo, refúgio.

    4. Casa.

    5. Cama.

    6. Conforto, amparo.

    7. Pátria.

    8. Toca, covil.


    fazer o ninho atrás da orelha
    Enganar, ludibriar.

    ninho de guincho
    Ninho em que a ave faz provisões de cibo.

    Casa bem provida.

    Pechincha.

    Fonte: Priberam

    Não

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Ocidente

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Lado do horizonte onde o sol se põe; poente; oeste; ocaso.
    Parte do mundo que está do lado em que o sol se põe (grafado com letra maiúscula).
    Geografia Lado esquerdo de um mapa ou de uma carta geogrática.
    Geografia Designação comum usada para se referir à Europa ocidental, setentrional e meridional, aos Estados Unidos da América e ao Canadá.
    Conjunto de Estados do pacto do Atlântico.
    Etimologia (origem da palavra ocidente). A palavra ocidente deriva do latim "occidens, entis", do verbo “occidere”, com o sentido de descer, pôr-se, falando dos astros.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ocidente Lado ou parte da terra em que o sol se põe (Gn 13:14); (Mt 8:11).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Oferta

    Dicionário Comum
    oferta s. f. 1. Ação de oferecer(-se); oferecimento. 2. Oblação, oferenda. 3. Retribuição de certos atos litúrgicos. 4. Dádiva. 5. Promessa. 6. Co.M Produto exposto a preço menor, como atrativo à freguesia.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Oferta V. SACRIFÍCIOS E OFERTAS (Is 1:13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Olha

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Comida de origem espanhola feita de chouriço, carne, grão-de-bico, ervilhas e diversos temperos.
    Panela que serve para fazer a olha.
    Fonte: Priberam

    Ondas

    Dicionário Comum
    fem. pl. de onda

    on·da
    (latim unda, -ae)
    nome feminino

    1. Cada uma das massas líquidas que ora se elevam ora se cavam na superfície das águas, geralmente por efeito, do vento ou das marés. = VAGA

    2. [Linguagem poética] Água; rio; mar.

    3. [Por extensão] Porção de líquido que flui ou está derramado.

    4. O que é ondulado.

    5. Figurado Aglomeração de pessoas em movimento.

    6. Tumulto.

    7. Ímpeto; agitação do ânimo.

    8. Ataque de fúria.

    9. [Física] Cada uma das linhas ou superfícies concêntricas de um fluido agitado num dos seus pontos.


    onda curta
    Onda de pequeno comprimento.

    onda eléctrica
    O mesmo que onda electromagnética.

    onda electromagnética
    Onda que se origina no éter ao produzir-se uma faísca eléctrica.

    onda luminosa
    A que se origina num corpo luminoso e transmite a sua luz.

    onda sonora
    A que se origina num corpo elástico e transmite o som.

    tirar onda
    [Brasil, Informal] Agir de forma pretensiosa, dando-se ares de importância ou superioridade (ex.: alugaram um apê nas férias, só para tirar onda).

    [Brasil, Informal] Fazer troça ou rir de (ex.: o cara achou que ia tirar onda comigo; qualquer dia não se pode mais tirar onda de nada nem de ninguém). = DEBOCHAR, GOZAR, TROÇAR, ZOMBAR

    tirar onda de
    [Brasil, Informal] Fazer-se passar por; fingir ser (ex.: tirar onda de hippie).

    Fonte: Priberam

    Ordens

    Dicionário Comum
    fem. pl. de ordem

    or·dem
    (latim ordo, -inis, ordem, disposição, arranjo)
    nome feminino

    1. Disposição conveniente.

    2. Conserto, arranjo.

    3. Acto de indicar com autoridade de que modo se devem fazer ou dispor as coisas.

    4. Mandado.

    5. Boa administração.

    6. Regularidade.

    7. Modo conveniente de se portar ou proceder.

    8. Disciplina.

    9. Paz, tranquilidade.

    10. Natureza, modo de ser.

    11. Posição relativa.

    12. Categoria.

    13. Qualidade.

    14. Corporação ou associação de um grupo profissional sujeito a um conjunto de normas (ex.: ordem dos advogados, ordem dos enfermeiros, ordem dos engenheiros, ordem dos médicos).

    15. Instituição honorífica para recompensar serviços públicos, enaltecer o mérito ou saciar vaidades.

    16. [Arquitectura] [Arquitetura] Cada um dos sistemas clássicos de dispor as partes principais de um edifício.

    17. [Biologia] Grau de classificação imediatamente superior ao das famílias.

    18. [Religião católica] Instituto religioso que obedece a uma regra.

    19. Sacramento que consegue carácter eclesiástico.

    20. Coro celestial.


    ordem compósita
    [Arquitectura] [Arquitetura] Ordem arquitectónica com elementos coríntios e jónicos.

    ordem do dia
    Assunto destinado a ser debatido numa assembleia.

    ordem terceira
    Religião Confraria ou associação de leigos, geralmente associada à devoção de um santo e tutelada por uma ordem religiosa (ex.: Ordem Terceira de São Francisco). (Geralmente com inicial maiúscula.)

    ordem toscana
    [Arquitectura] [Arquitetura] Ordem arquitectónica da Antiguidade romana, quase sem ornamentos. = TOSCANO

    Fonte: Priberam

    Oriente

    Dicionário Bíblico
    os hebreus exprimiam o oriente, ocidente, Norte e Sul por palavras que significavam ‘adiante’, ‘atrás’, ‘à esquerda’, ‘à direita’, em conformidade da posição da pessoa que está com a sua face para o lado onde nasce o sol (23:8-9). Por oriente eles freqüentemente querem dizer, não somente a Arábia Deserta, e as terras de Moabe e Amom, que ficam ao oriente da Palestina, mas também Assíria, Mesopotâmia, Babilônia e Caldéia, embora estes países estejam situados mais ao norte do que ao oriente da Judéia. Balaão, Ciro, e também os magos que visitaram Belém quando Jesus nasceu, diz-se terem vindo do oriente (Nm 23:7is 46:11Mt 2:1). ‘os povos do oriente’ são, em particular, as várias tribos desertas ao oriente da Palestina (Jz 6:3).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Oriente 1. O mundo situado do outro lado do Jordão (Mt 2:1; 8,11; 24,27).

    2. Em sentido simbólico, a luz que vem depois da escuridão (Mt 4:16) e o astro ou sol de justiça (Lc 1:78).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Direção em que o olhar enxerga o nascer do sol; lado do horizonte em que é possível ver o nascer do sol.
    Um dos quatro pontos cardeais que corresponde ao Leste (lado do horizonte onde nasce o sol).
    Geografia Lado direito de uma carta geográfica.
    Geografia Conjunto dos países situados a leste da Europa do qual fazem parte a Ásia, parte da África e a própria Europa.
    Nome pelo qual, na maçonaria, se designam as lojas.
    Etimologia (origem da palavra oriente). Do latim oriens.entis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Oriente LESTE (Gn 2:14); (Mt 2:2).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Pai

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Palavra

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Etimológico
    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
    Fonte: Priberam

    Paralítico

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Paralítico Pessoa que perdeu os movimentos, especialmente nas pernas (Mc 2:3).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Indivíduo que possui algum tipo de paralisia, perda da movimentação voluntária de um músculo, causada por uma lesão neurológica.
    adjetivo Diz-se da pessoa que é portadora de paralisia.
    Etimologia (origem da palavra paralítico). Do grego paralutikós.é.ón.
    Fonte: Priberam

    Passar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Ir de um local para outro; atravessar: passamos a cerca para entrar no prédio.
    Ir através de: passar a água pela peneira.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Ultrapassar ou transpor algo; exceder um limite: o caminhão passou o carro; ela passou pela criança.
    verbo bitransitivo Fazer o transporte de: o barco passa as mercadorias pelo rio.
    Espalhar algo sobre: passou a geleia no pão.
    Obstruir a passagem de; fechar: passou o cadeado na porta.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Fazer com que algo ou alguém chegue a algum lugar: eles passaram pela fronteira; não conseguiu passar sobre a ponte.
    Causar movimento: passou as páginas da Bíblia; passou os livros para a estante.
    Fazer com que chegue ao destino: não consegue passar o jogo; passou a bola ao adversário.
    verbo transitivo indireto e pronominal Deixar de ser uma coisa para se tornar outra: passou da música para a dança; passei-me de história para medicina.
    verbo transitivo indireto Ir a um local sem permanecer por lá: passaram pelo bairro.
    Seguir para o interior de; penetrar: o vento passou pela roupa; a cadeira não passa pela porta.
    verbo pronominal Ter razão de ser; correr: não sei o que se passa com ela.
    verbo intransitivo Deixar de existir; acabar: a tempestade passou.
    Sobreviver a: o doente não passa desta semana.
    Etimologia (origem da palavra passar). Do latim passare; passus.us.
    Fonte: Priberam

    Pedro

    Dicionário Comum
    Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    pedra, rocha
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).

    Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).

    A vocação de Pedro

    Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).

    Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).

    Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.

    O apostolado de Pedro

    Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).

    De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).

    Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).

    Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).

    Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).

    Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).

    Os escritos de Pedro

    De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.

    I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).

    Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.

    Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.

    Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).

    Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).

    Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).


    1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).


    2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).

    A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..

    A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).

    Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).

    Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).

    Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Pedro [Pedra] - APÓSTOLO (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18); (Lc 5:1-11); 8:40-56; (Mt 8:14-15); 14:28-33; 16:13 23:17-1-13 26:36-46,69-75; (Lc 24:34); (Jo 18:10-18), 25-27; 21:1-23; At 1:13—5.42; 8:14-25; 10.1—11.18; 12:1-19; 15:1-11; (1Co 9:5); (Gl 1:18); 2:6-14. Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 d.C., no tempo de NERO. V. PEDRO, P
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).

    Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.

    Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).

    Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.

    Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.

    Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.

    Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.

    C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre

    (ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Pequena

    Dicionário Comum
    adjetivo Diz-se da coisa que não é grande.
    substantivo feminino Moça; namorada, garota.
    Fonte: Priberam

    Porcos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de porco

    por·co |ô| |ô|
    (latim porcus, -i)
    nome masculino

    1. [Zoologia] Mamífero da família dos suídeos.

    2. Carne desse animal, usada na alimentação.

    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    3. [Informal, Depreciativo] Que ou quem tem pouca higiene ou apresenta sujidade. = BADALHOCO, JAVARDO

    4. [Informal, Depreciativo] Que ou quem faz as coisas atabalhoadamente. = TRAPALHÃO

    5. [Informal, Depreciativo] Que ou quem é indecente, obsceno ou grosseiro. = BADALHOCO, JAVARDO


    ir com os porcos
    [Portugal, Informal] Morrer (ex.: o gajo já foi com os porcos há muito tempo). = IR DESTA PARA MELHOR

    [Portugal, Informal] Ser eliminado (ex.: se a equipa empatar, vai com os porcos). = PERDER

    [Portugal, Informal] Não ser bem-sucedido ou não se concretizar (ex.: a alternativa foi com os porcos).

    [Portugal, Informal] Desaparecer (ex.: as telhas foram com os porcos).

    Plural: porcos |ó|.
    Fonte: Priberam

    Pranto

    Dicionário da FEB
    [...] é vibração dolorosa, tão angustiosa que comunica ao observador a amargura deprimente, e sabe-se por que e por quem alguém sofre e chora, porque o pensamento do sofredor reflete as imagens que o torturam, focaliza cenas e o drama todo no qual se debate, revela-se seja o observador espiritual de elevada categoria ou de inferior condição na hierarquia da vida invisível. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• O drama da Bretanha• Pelo Espírito Charles• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 8

    [...] O pranto e o ranger de dentes são os remorsos que brotam das consciências dos culpados.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] pranto e ranger de dentes – sabeis que alegoricamente aludem aos sofrimentos e torturas morais, às expiações que, visando exclusivamente a seu aperfeiçoamento moral e a seu progresso, o Espírito tem que sofrer e sofre na erraticidade, de modo apropriado e proporcionado aos crimes e faltas que cometeu.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    O pranto é a água da purificação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O pranto é a preparação do sorriso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No correio do coração

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    pranto s. .M 1. Choro, lágrimas, lamentação. 2. Antiga poesia elegíaca em que se lamenta a morte de pessoa ilustre.
    Fonte: Priberam

    Profeta

    Dicionário Bíblico
    Porta-voz de Deus, que recebe uma mensagem da parte de Deus e proclama a um grupo específico de ouvintes.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Pode, pois, um homem ser profeta, sem fazer predições. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 21, it• 4

    O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 624

    Em sentido restrito, profeta é aquele que adivinha, prevê ou prediz o futuro. No Evangelho, entretanto, esse termo tem significação mais extensa, aplicando-se a todos os enviados de Deus com a missão de edificarem os homens nas coisas espirituais, mesmo que não façam profecias.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pelos seus frutos os conhecereis

    Em linguagem atual, poderíamos definir os profetas como médiuns, indivíduos dotados de faculdades psíquicas avantajadas, que lhes permitem falar e agir sob inspiração espiritual.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Profetas transviados

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Profeta Pessoa que profetiza, isto é, que anuncia a mensagem de Deus (v. PROFECIA). No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jr 27:4). No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (At 13:1; 1Co 12:28-29; 14.3; Fp 4:11). A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista (Mt 14:5; Lc 1:76) e Jesus (Mt 21:11-46; Lc 7:16; 24.19; Jo 9:17) também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus (Dt 18:20-22; At 13:6-12; 1Jo 4:1).

    ====================

    O PROFETA

    O novo Moisés, o profeta prometido (Dt 18:15-18). Pode ser aquele que deveria anunciar a vinda do MESSIAS (Mt 11:9-10) ou então o próprio Messias (Mt 21:9-11; Lc 24:19-21; Jo 6:14; 7.40).

    =====================

    OS PROFETAS

    Maneira de os israelitas se referirem à segunda divisão da Bíblia Hebraica (Mt 5:17). Esses livros são os seguintes: Js, Jz 1:2Sm, 1 e 2Rs 1s, Jr, Ez e os doze profetas menores. Embora o nosso AT contenha os mesmos livros que estão na Bíblia Hebraica, a ordem em que eles estão colocados não é a mesma.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Profeta No judaísmo, o profeta é o escolhido por Deus para proclamar sua palavra em forma de exortação e, outras vezes, como advertência de castigo. A mensagem profética não estava necessariamente ligada ao anúncio de acontecimentos futuros.

    Embora Moisés fosse o maior de todos os profetas (Dt 34:10), o período principal da atividade profética estende-se de Samuel (séc. XI a.C.) até Malaquias (séc. V a.C.). As fontes destacam dois tipos de profetas.

    O primeiro (Samuel, Natã, Elias, Eliseu) não deixou obras escritas e, ocasionalmente, viveu em irmandades proféticas conhecidas como “filhos dos profetas”.

    O segundo (Amós 1saías, Jeremias etc.) deixou obras escritas. A atividade profética estendia-se também às mulheres, como foi o caso de Maria (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 2:14) e a não-judeus, como Balaão, Jó etc. Conforme os rabinos, a presença de Deus ou Shejináh abandonou Israel após a morte do último profeta (Yoma 9b), desaparecendo o dom de profecia depois da destruição do Templo (BB 12b).

    Nos evangelhos, Jesus é apresentado como o Profeta; não um profeta melhor, mas o Profeta escatológico anunciado por Moisés em Dt 18:15-16, que surgiria no final dos tempos e que não seria inferior a Moisés, porque significaria o cumprimento das profecias anteriores (Jo 6:14ss.; Mc 13:22 e par.; Mt 13:57 e par.; 21,11; 21,46 e par.; Lc 7:39; 13,33; Jo 4:44). A isso acrescentem-se os textos em que se emprega a expressão Amém (mesmo não as limitando a um cariz profético). A expectativa desse “Profeta” devia ser comum na época de Jesus, como se deduz de Jo 1:21. Essa pessoa tem também um paralelo evidente na doutrina samaritana do “taheb” (o que regressa ou o restaurador), uma espécie de Moisés redivivo (Jo 4:19.25). Também nos deparamos com uma figura semelhante na teologia dos sectários de Qumrán e no Testamento dos Doze patriarcas, embora já apresentando essenciais diferenças.

    L. A. Schökel, o. c.; A. Heschel, o. c.; I. I. Mattuck, El pensamiento de los profetas, 1971; G. von Rad, Teología...; vol. II; J. D. G. Dunn, “Prophetic I-Sayings and the Jesus Tradition: The Importance of Testing Prophetic Utterances within Early Christianity” em NTS, 24, 1978, pp. 175-198; D. Hill, New Testament Prophecy, Atlanta 1979; D. E. Aune, Prophecy in Early Christianity, Grand Rapids 1983; G. f. Hawthorne, The Presence and the Power: The Significance of the Holy Spirit in the Life and Ministry of Jesus, Dallas, 1991; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Resenha Bíblica, n. 1, Los profetas, Estella 1994.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Província

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Divisão territorial, política, administrativa usada em certos países.
    História Cada uma das grandes divisões administrativas que, governadas por um presidente, faziam parte do Brasil imperial.
    Região afastada da capital, do governo central e, por isso, menos avançada ou sofisticada; interior.
    História Na Roma Antiga, designação do país ou grande região que havia sido conquistada pelos romanos (no exterior de Roma).
    [Portugal] Região definida pela etnia de seus habitantes, por suas tradições que se distinguem das demais.
    Religião Reunião dos conventos ou ordens religiosas de um país.
    Etimologia (origem da palavra província). Do latim provincia.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Divisão territorial, política, administrativa usada em certos países.
    História Cada uma das grandes divisões administrativas que, governadas por um presidente, faziam parte do Brasil imperial.
    Região afastada da capital, do governo central e, por isso, menos avançada ou sofisticada; interior.
    História Na Roma Antiga, designação do país ou grande região que havia sido conquistada pelos romanos (no exterior de Roma).
    [Portugal] Região definida pela etnia de seus habitantes, por suas tradições que se distinguem das demais.
    Religião Reunião dos conventos ou ordens religiosas de um país.
    Etimologia (origem da palavra província). Do latim provincia.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Província Cada uma das regiões em que se divide um império, administrada por um representante do imperador (At 1:1). Os atuais Estados do Brasil correspondem mais ou menos às províncias do tempo do Império.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quero

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. pres. ind. de querer

    que·rer |ê| |ê| -
    (latim quaero, -ere, procurar, buscar, perguntar, informar-se, procurar obter, pedir)
    verbo transitivo

    1. Ter a vontade ou a intenção de.

    2. Anuir ao desejo de outrem.

    3. Ordenar, exigir.

    4. Procurar.

    5. Poder (falando de coisas).

    6. Requerer, ter necessidade de.

    7. Fazer o possível para, dar motivos para.

    8. Permitir, tolerar (principalmente quando acompanhado de negação).

    9. Admitir, supor.

    verbo intransitivo

    10. Exprimir terminantemente a vontade.

    11. Amar, estimar.

    verbo pronominal

    12. Desejar estar, desejar ver-se.

    13. Amar-se.

    nome masculino

    14. Desejo, vontade.


    queira Deus!
    Designativa de ameaça ou intimação para que alguém não pratique qualquer acto.

    Expressão que traduz um desejo, uma ansiedade, uma súplica.

    querer bem
    Amar.

    querer mal
    Odiar.

    queira
    Usa-se, seguido de verbo no infinitivo, em fórmulas de cortesia; faça o favor de (ex.: queira dizer ao que vem).

    sem querer
    Não de propósito.


    Ver também dúvida linguística: regência dos verbos gostar e querer.
    Fonte: Priberam

    Ranger

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ranger Esfregar os dentes uns contra os outros em desespero (Mt 8:12) ou como sinal de ódio (16:9).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    verbo intransitivo Produzir ruído áspero como o de um objeto duro que roça contra outro: a porta rangia nos gonzos.
    Dar pequenos estalidos, ou chiados, breves e intermitentes: o soalho novo rangia.
    Fonte: Priberam

    Raposas

    Dicionário Comum
    fem. pl. de raposa

    ra·po·sa |ô| |ô|
    nome feminino

    1. [Zoologia] Mamífero carnívoro, da família dos canídeos (Canis vulpes), que compreende animais de cauda espessa e focinho pontiagudo.

    2. A pele desse animal.

    3. Figurado Pessoa fina e manhosa.

    4. Cesto cilíndrico usado na vindima.

    5. Reprovação num exame escolar.

    6. [Náutica] Forro de madeira debaixo das mesas do traquete.

    7. Raízes que se introduzem nos canos condutores de água.

    8. [Informal] Bebedeira.

    9. [Jogos] Jogo popular.

    adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
    adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

    10. [Brasil] [Desporto] Relativo ao Cruzeiro Esporte Clube ou o que é seu jogador ou adepto. = CRUZEIRENSE

    Fonte: Priberam

    Reclinar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Afastar da posição perpendicular; inclinar, dobrar.
    Deitar, encostar.
    Figurado Repousar, descansar, pousar.
    verbo pronominal Encostar-se, inclinar-se, recostar-se.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Reclinar
    1) Descansar (Mt 8:20).


    2) Inclinar (Jo 13:23-25). As mesas eram baixas, e as pessoas se sentavam no chão, encostando-se em almofadas.


    3) Sentar-se para tomar refeição (Mc 14:3, RA).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Reino

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
    Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
    Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
    Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
    [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
    [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
    [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
    expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
    Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
    Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

    G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Sacerdote

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Sacerdote No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21:1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hc 7:1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1:6; 5.10;
    v. SACERDÓCIO).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] sacerdotes são os ungidos do Senhor; a fim de, por bom caminho, conduzir os inúmeros cegos que tropeçam nas paixões e caem nos vícios. [...] Esta é a missão dos que se chamam ministros de Deus! [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] o verdadeiro sacerdote é o pai de todos os desgraçados. [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Sacerdote é todo aquele que chora com o órfão, que assiste a desolada viúva, que partilha do desespero materno ante um berço vazio; é todo aquele que chora com o preso a sua liberdade, que busca, enfim, todos os meios de melhorar a sorte dos infelizes. Sacerdote é também todo aquele que, por suas faltas anteriores, tem que vir à Terra para viver completamente só, sem tomar parte nos gozos terrenos, e, dotado de claro entendimento, se consagra à difusão da luz, vivendo embora entre sombras, não entre as brumas do erro e as trevas do pecado, entenda-se, mas entre as sombras da própria solidão.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] Sacerdotes, com ou sem indumento próprio, são todos aqueles que propagam e pregam o bem, a caridade e o amor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.
    Fonte: Priberam

    Salva

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Militar] Descarga simultânea de armas de fogo, em combate, em sinal de festa ou em honra de alguém.
    [Militar] Cumprimento feito pela descarga de armas de fogo.
    [Militar] Sequência de tiros com um objetivo determinado.
    Sequência de sons que não se consegue interromper.
    Desculpa de quem se esquiva ardilosamente de alguma coisa.
    Espécie de bandeja para copos, taças ou outros objetos: salva de prata.
    expressão Salva de palmas. Demonstração pública de clamor, de alegria e entusiasmo, por meio de aplausos vibrantes e unânimes; ovação.
    Etimologia (origem da palavra salva). Forma regressiva de salvar.
    substantivo feminino Botânica Erva do gênero Salvia officianalis, de origem mediterrânica, com flores azuis, cultivada por suas propriedades terapêuticas e pelo óleo extraído de suas folhas.
    Etimologia (origem da palavra salva). Do latim salviam.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Salva Bandeja (Pv 25:11; Ap 16:1).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Sarará

    Dicionário Comum
    sarará adj. .M e f. 1. Albino. 2. Di-Zse da cor do cabelo alourado ou arruivado. 3. Di-Zse do cabelo dessa cor. 4. Di-Zse do mestiço com cabelo arruivado. 5. Falador. S. .M 1. Mulato sarará. 2. Zool. Pequeno crustáceo de água salobra.
    Fonte: Priberam

    Saúde

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Estado do organismo que está em equilíbrio com o ambiente, mantendo as condições necessárias para dar continuidade à vida.
    Estado habitual de equilíbrio mental, físico e psicológico.
    Condição de são, de quem está saudável: boa saúde.
    Demonstração de força; vigor, robustez.
    interjeição Saudação que se faz bebendo à saúde de alguém; brinde.
    Expressão que se diz após alguém espirrar.
    expressão Vender saúde. Ter uma saúde excelente.
    Casa de saúde. Estabelecimento hospitalar; hospital.
    Etimologia (origem da palavra saúde). Do latim salute, salvação.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    A suprema saúde [...] é [...] aquela de que goza todo ser, em perfeito estado de equilíbrio e funcionamento do corpo e da alma.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

    Segundo a Organização Mundial de Saúde, o conceito de saúde deve incluir um completo bem-estar físico, mental e social. Com tal abrangência fica difícil a delimitação dos conceitos de saúde e doença. Convém antecipar aqui que, com o Espiritismo, tal conceito ganha uma nova dimensão, que se vem agregar às anteriormente citadas, ou seja, a dimensão espiritual, o que aumenta enormemente a complexidade do tema. É conveniente repisar aqui o caráter científico da Doutrina Espírita, que de modo algum abdica dos modernos avanços da Anatomia, da Fisiologia, da Bioquímica, da Patologia Geral e da Psicopatologia em particular, passando, pois, necessariamente pelos campos da Psiquiatria, da Psicologia, da Antropologia, da Psicofarmacologia etc. etc. [...]
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 8

    A saúde é compromisso de alta relevância e responsabilidade ainda mal conduzida por aqueles que a desfrutam e menoscabando-a, perdem-na, a fim de se afadigarem pela sua recuperação mais demorada e mais difícil.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 26

    [...] instrumento de realizações sublimes, que nos foi dada para que realizemos a nossa romagem terrestre a coberto dos assaltos microbianos e dos germens patogênicos [...].
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Diz-se ter boa saúde aquele que tem em funcionamento normal todos os implementos do corpo.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - Mediunidade e saúde

    [...] a saúde do corpo é reflexo da har-monia espiritual [...].[...] porque a saúde, na essência, é har-monia de vibrações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    É questão de equilíbrio vibracional, de conformação de freqüências. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

    Saúde é o pensamento em harmonia com a Lei de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

    [...] A saúde humana é dos mais preciosos dons divinos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] A saúde humana é patrimônio divino e o médico é sacerdote dela. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    Fonte: febnet.org.br

    Se

    Dicionário Comum
    pronome Expressa reciprocidade; indica a ação do verbo cujo sujeito é alterado: Capitu penteava-se em frente ao espelho.
    Indica indeterminação; algo ou alguém indefinido: ainda não se sabe o resultado?
    conjunção Introduz uma oração com sentido adicional ao da oração principal: não tinha certeza se ele chegaria.
    Partindo de alguma coisa; caso: se você conseguir dizer, tentarei entender!
    Tendo em conta algo; já que: se ele precisa de mais tempo, é necessário adiar o casamento.
    Etimologia (origem da palavra se). Do latim se.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    se s. f. 1. Igreja episcopal, arquiepiscopal ou patriarcal. 2. Jurisdição episcopal ou prelatícia. — Sé Apostólica: o Vaticano.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    pronome Expressa reciprocidade; indica a ação do verbo cujo sujeito é alterado: Capitu penteava-se em frente ao espelho.
    Indica indeterminação; algo ou alguém indefinido: ainda não se sabe o resultado?
    conjunção Introduz uma oração com sentido adicional ao da oração principal: não tinha certeza se ele chegaria.
    Partindo de alguma coisa; caso: se você conseguir dizer, tentarei entender!
    Tendo em conta algo; já que: se ele precisa de mais tempo, é necessário adiar o casamento.
    Etimologia (origem da palavra se). Do latim se.
    Fonte: Priberam

    Seja

    Dicionário Comum
    seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!
    Fonte: Priberam

    Senhor

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    Fonte: febnet.org.br

    Sepulcros

    Dicionário Comum
    masc. pl. de sepulcro

    se·pul·cro
    nome masculino

    1. Sepultura; túmulo.

    2. Figurado O que cobre ou encerra como um túmulo.

    Fonte: Priberam

    Sepultar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Enterrar: sepultar os mortos no cemitério.
    Fazer desaparecer sob um amontoamento: aldeia sepultada sob a neve.
    Figurado Guardar, levar: ele sepultou consigo seu segredo.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    sepultar
    v. 1. tr. dir. e pron. Encerrar(-se) em sepultura; enterrar(-se), inumar(-se). 2. tr. dir. Aterrar, soterrar. 3. tr. dir. Lançar em lugar profundo (abismo, poço, oceano etc.). 4. tr. dir. Enclausurar, prender. 5. tr. dir. Afundar, meter. 6. pron. Fugir à vida mundana; recolher-se, retrair-se. 7. tr. dir. Pôr fim a .
    Fonte: Priberam

    Servir

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
    Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
    verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
    verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
    Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
    Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
    Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
    verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
    verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
    Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
    [Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
    verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
    Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
    Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
    Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

    Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Serão

    Dicionário Comum
    serão s. .M 1. Tarefa ou trabalho noturno. 2. Duração ou remuneração desse trabalho. 3. Reunião familiar à noite. 4. Sarau.
    Fonte: Priberam

    Sogra

    Dicionário Comum
    sogra s. f. A mãe da mulher, em relação ao genro, ou a mãe do marido em relação à nora.
    Fonte: Priberam

    Soldados

    Dicionário Comum
    masc. pl. part. pass. de soldar
    masc. pl. de soldado

    sol·dar -
    (solda + -ar)
    verbo transitivo

    1. Unir peças metálicas por meio de uma composição metálica que se funde; fechar com solda.

    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    2. Ligar dois ou mais elementos ou coisas, formando um todo ou uma unidade. = PEGAR, UNIR

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    3. [Agricultura] Variedade de cereja.


    sol·da·do 2
    (particípio de soldar)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que se soldou.

    2. Unido com solda.


    sol·da·do 1
    (italiano soldato)
    nome masculino

    1. Militar sem graduação.

    2. [Por extensão] Qualquer militar.

    3. Figurado O que milita numa bandeira qualquer ou que serve um partido ou ideia notável.


    soldado da paz
    Indivíduo do corpo especializado em extinção de incêndios ou em apoio a acidentes. = BOMBEIRO

    soldado raso
    Militar que não é graduado.

    Feminino: soldada.
    Fonte: Priberam

    Somente

    Dicionário Comum
    somente adv. Unicamente, apenas, só.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio Nada mais que: os produtos são entregues somente aos donos.
    Exclusivamente, só: somente o prefeito foi favorável às demissões.
    Apenas: falava somente português.
    Etimologia (origem da palavra somente). Do latim feminino de solus - sola + mente.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    s. f. 1. Igreja episcopal, arquiepiscopal ou patriarcal. 2. Jurisdição episcopal ou prelatícia. — Sé Apostólica: o Vaticano.
    Fonte: Priberam

    Tao

    Dicionário Comum
    substantivo masculino [Filosofia] Ser supremo que, para o Taoismo, é a razão e fonte encontrada em tudo o que tem existência no mundo; tau.
    Capacidade de fazer alguma coisa em completa harmonia com a sua essência própria.
    Etimologia (origem da palavra tao). Do mandarim dào.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino [Filosofia] Ser supremo que, para o Taoismo, é a razão e fonte encontrada em tudo o que tem existência no mundo; tau.
    Capacidade de fazer alguma coisa em completa harmonia com a sua essência própria.
    Etimologia (origem da palavra tao). Do mandarim dào.
    Fonte: Priberam

    Tarde

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Tarde Começo da noite ou fim da primeira vigília (Mt 28:1; Mc 11:19; 13,35).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Parte do dia que vai do meio-dia ao começo da noite: a tarde está linda.
    advérbio Depois da hora marcada: chegou tarde à reunião.
    A uma hora avançada da noite: dormiu tarde.
    locução adverbial À tarde, depois do meio-dia e antes do anoitecer: trabalho à tarde.
    Mais tarde, posteriormente, em ocasião futura: volte mais tarde.
    Antes tarde do que nunca, expressão de agrado pelo que acontece depois de longamente esperado.
    Figurado Ser tarde, já não haver remédio ou solução (para alguma coisa), por haver chegado fora de tempo: agora é tarde para arrependimento.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    tarde adv. 1. Fora do tempo ajustado, conveniente ou próprio. 2. Próximo à noite. S. f. Parte do dia entre as 12 horas e o anoitecer.
    Fonte: Priberam

    Telhado

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Telhado Em Canaã, a cobertura das casas era um terraço, cercado por um PARAPEITO (Dt 22:8); (Mc 2:4). Esse telhado era usado para diversos fins: depósito de tranqueiras (Js 2:6), recreação (2Sm 11:2); (Is 22:1-2), NTLH), dormitório (1Sm 9:25-26); (1Rs 17:9); (2Rs 4:10), NTLH), lamentações (Is 15:3); (Jr 48:38), devoção (At 10:9), culto a Deus (Ne 8:16) e até culto idolátrico (Jr 19:13). V.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Conjunto de telhas que, encaixadas umas nas outras e simetricamente dispostas, cobrem uma construção.
    Por Extensão Qualquer cobertura de outro material (que para isso se preste): barraco com telhado de zinco.
    Fonte: Priberam

    Tem

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.
    Fonte: Priberam

    Tempestade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Temporal; perturbação atmosférica violenta, geralmente associada à chuva forte, ao granizo, ao vento, aos trovões, raios ou nevascas: tempestade de neve.
    Figurado Sofrimento ou desgraça: "depois da tempestade vem a bonança".
    Figurado Agitação; grande confusão: o divórcio foi a tempestade da sua vida.
    Figurado Barulho repentino, intenso e violento.
    Figurado Perturbação moral: tempestade de sentimentos.
    Tempestade em copo d'água. Efeito negativo, exagerado e causado por algo insignificante: vivia fazendo tempestade em copo d'água!
    Etimologia (origem da palavra tempestade). Do latim tempestas.atis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    tempestade s. f. 1. Agitação violenta da atmosfera, acompanhada muitas vezes de relâmpagos, trovões, chuva e granizo. 2. Temporal, procela. 3. Grande estrondo. 4. Agitação, desordem, perturbação.
    Fonte: Priberam

    Tempo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
    Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
    O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
    Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
    Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
    Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
    Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
    Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
    Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
    Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
    [Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
    [Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
    Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
    Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
    [Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
    [Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
    Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
    i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
    ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    [...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

    [...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

    [...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

    O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

    [...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

    A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

    O tempo é o nosso grande benfeitor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

    Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

    [...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

    [...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    [...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

    [...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    [...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

    O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

    [...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

    O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

    [...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Território

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Território A área de um país, ou estado, ou província, ou cidade (RA: (Nu 2:13); (Mt 19:1); (1Sm 6:12).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Grande extensão de terra; área extensa de terra; torrão.
    Área de um país, de um Estado, de uma cidade, município etc.
    Área de um país sujeita a uma autoridade, a uma jurisdição qualquer; essa jurisdição: o território de uma região militar.
    Espaço terrestre, marítimo, aéreo, sobre o qual os órgãos políticos de um país exercem seus poderes.
    [Jurídico] Divisão territorial peculiar a uma Federação, e que, por não possuir população e recursos naturais suficientes para constituir um Estado, é administrada diretamente pelo poder central: Território de Roraima.
    [Ecologia] Área habitada por uma espécie ou grupo de animais que a defende de possíveis invasões de animais ou espécies diferentes.
    Etimologia (origem da palavra território). Do latim territorium, ii “área delimitada, terra sob jurisdição”.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Grande extensão de terra; área extensa de terra; torrão.
    Área de um país, de um Estado, de uma cidade, município etc.
    Área de um país sujeita a uma autoridade, a uma jurisdição qualquer; essa jurisdição: o território de uma região militar.
    Espaço terrestre, marítimo, aéreo, sobre o qual os órgãos políticos de um país exercem seus poderes.
    [Jurídico] Divisão territorial peculiar a uma Federação, e que, por não possuir população e recursos naturais suficientes para constituir um Estado, é administrada diretamente pelo poder central: Território de Roraima.
    [Ecologia] Área habitada por uma espécie ou grupo de animais que a defende de possíveis invasões de animais ou espécies diferentes.
    Etimologia (origem da palavra território). Do latim territorium, ii “área delimitada, terra sob jurisdição”.
    Fonte: Priberam

    Testemunho

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Testemunho Ver Apóstolos, Espírito Santo, Evangelho, Mártir.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Declaração feita pela testemunha, pela pessoa que estava presente ou viu algum acontecimento ou crime; depoimento.
    O que pode ser usado para comprovar a veracidade ou existência de algo; prova.
    Registro que se faz com o intuito de fundamentar algo, geralmente uma uma passagem da própria vida: testemunho religioso; comprovação.
    Geologia Os restos ou aquilo que resta de antigas superfícies destruídas pelo efeito da erosão.
    Ação ou efeito de testemunhar, de manifestar algo por palavras ou gestos.
    Etimologia (origem da palavra testemunho). Do latim testimonium.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Testemunho
    1) Declaração de uma TESTEMUNHA 1, (Ex 20:16); (Mc 14:55)

    2) Declaração; afirmação (Jo 1:19); (At 10:43). 3 Ensinamento divino (Sl 119:22).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Tornar

    Dicionário Comum
    tornar
    v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
    Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
    verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
    Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
    Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
    verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
    Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
    verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
    Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
    verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
    Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.
    Fonte: Priberam

    Torno

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Pronuncia-se: /tôrno/. Ação ou efeito de tornar.
    Mecânica. Máquina, que possui a capacidade de girar, dotada de um eixo estendido na horizontal, utilizado para dar acabamento em peças - torniquete.
    Também conhecido como: chave de torneira.
    Antiga roda colocada em hospícios ou hospitais.
    Pino ou prego feito em madeira de forma quadrada ou arredondada - pina.
    Etimologia (origem da palavra torno). Do latim tornus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    torno (ô), s. .M 1. Mec. Máquina empregada para dar acabamento a peças, fixando-as entre as pontas de eixos revolventes e trabalhando-as com ferramentas adequadas; torno mecânico. 2. Prego quadrado ou roliço de madeira; cavilha, pino.
    Fonte: Priberam

    Trevas

    Dicionário Bíblico
    Escuridão absoluta, noite. o ofício divino celebrado nesse dia e nos seguintes, no qual se comemoram as trevas que caíram sobre Jerusalém, quando da morte de Cristo na cruz.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Trevas 1. A falta de luz própria da noite (Jo 6:17; 12,35; 20,1).

    2. O que está oculto (Mt 10:27; Lc 12:3).

    3. O mal (Mt 6:23; 27,45; Lc 22:53).

    4. A situação de escravidão espiritual em que se encontra o ser humano perdido e da qual só poderá sair aderindo a Jesus pela fé (Jo 1:5; 3,16-19; 8,12).

    5. Um dos elementos que integram o castigo do inferno (Mt 8:12; 22,13 25:30).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Trevas Escuridão profunda (At 26:18).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Escuridão total; ausência completa de luz: cavaleiro que vive nas trevas.
    Figurado Ignorância; ausência de conhecimento; expressão de estupidez.
    Religião Designação dos três dias que, na Semana Santa, antecedem o sábado de Aleluia, sendo as igrejas privadas de iluminação.
    Etimologia (origem da palavra trevas). Plural de treva.
    Fonte: Priberam

    Tão

    Dicionário Comum
    tão adv. Tanto. T. somente: forma reforçada de somente.
    Fonte: Priberam

    Vai

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
    2ª pess. sing. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR

    Fonte: Priberam

    Veio

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.
    Fonte: Priberam

    Vem

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de vir
    2ª pess. sing. imp. de vir
    Será que queria dizer vêm?

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.
    Fonte: Priberam

    Ventos

    Dicionário Comum
    vento | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ventó

    ven·to
    (latim ventus, -i)
    nome masculino

    1. Ar atmosférico que se desloca naturalmente, seguindo determinada direcção.

    2. Movimento do ar assim deslocado.

    3. Ar agitado, por qualquer meio (ex.: vento do ar condicionado).

    4. Ar em geral.

    5. Falha ou defeito em obra fundida, proveniente de algum ar, que entrou no metal durante a solidificação.

    6. Gás contido no corpo do homem e dos animais. = FLATULÊNCIA, VENTOSIDADE

    7. Figurado Influência favorável ou desfavorável (ex.: sentiu que maus ventos se aproximavam; foi levado por bons ventos). = SORTE

    8. Vaidade, orgulho.

    9. Faro.

    10. Figurado Coisa rápida.

    11. Coisa vã, inane.


    ventos
    nome masculino plural

    12. [Portugal: Trás-os-Montes] Fendas de uma pedra.

    13. [Brasil, Gíria] Dinheiro.


    andar com todos os ventos
    [Informal] Ser inconstante, concordar com qualquer opinião.

    aos quatro ventos
    [Informal] Muito alto ou em todas as direcções.

    beber os ventos por
    [Informal] Gostar muito de ou estar disposto a tudo para servir alguém.

    cheio de vento
    [Informal] Com muita vaidade, imodéstia ou presunção (ex.: ninguém gosta de pessoas cheias de vento).

    com vento fresco
    [Informal] Sem dizer nada, sem-cerimónia.

    de vento em popa
    Com vento favorável (ex.: navegar de vento em popa).

    [Informal] De maneira próspera ou favorável (ex.: a loja vai de vento em popa).

    vento encanado
    [Informal, Regionalismo] Movimento de ar num espaço geralmente fechado. = AR ENCANADO, CORRENTE DE AR

    vento ponteiro
    O que sopra do lado para onde se quer navegar.


    ven·tó
    nome masculino

    Espécie de escrivaninha acharoada.

    Fonte: Priberam

    Verdade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    | adj. f.
    | interj.
    Será que queria dizer ou ?


    adjectivo feminino
    adjetivo feminino

    de vão.



    (forma do verbo ir)
    interjeição

    Exclamação usada para encorajamento ou incentivo (ex.: vá, vamos embora).

    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    | adj. f.
    | interj.
    Será que queria dizer ou ?


    adjectivo feminino
    adjetivo feminino

    de vão.



    (forma do verbo ir)
    interjeição

    Exclamação usada para encorajamento ou incentivo (ex.: vá, vamos embora).

    Fonte: Priberam

    águas

    Dicionário Comum
    água | s. f. | s. f. pl.
    2ª pess. sing. pres. ind. de aguar
    Será que queria dizer águas?

    á·gua
    (latim aqua, -ae)
    nome feminino

    1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.

    2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

    3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

    4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

    5. Suor.

    6. Lágrimas.

    7. Seiva.

    8. Limpidez (das pedras preciosas).

    9. Lustre, brilho.

    10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

    11. [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).

    12. [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

    13. [Brasil, Informal] Bebedeira.

    14. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA


    águas
    nome feminino plural

    15. Sítio onde se tomam águas minerais.

    16. [Informal] Urina.

    17. Ondulações, reflexos.

    18. Líquido amniótico.

    19. Limites marítimos de uma nação.


    água chilra
    Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

    Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

    água de Javel
    [Química] Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

    água de pé
    Água de fonte.

    água doce
    Água que não é salgada, que não é do mar.

    água lisa
    Água não gaseificada.

    água mineral
    Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

    água no bico
    [Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

    água panada
    Água em que se deita pão torrado.

    água sanitária
    [Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

    água tónica
    Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

    água viva
    Água corrente.

    capar a água
    [Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou dois saltos.

    com água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

    comer água
    [Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

    dar água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

    deitar água na fervura
    [Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

    em água de barrela
    [Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

    em águas de bacalhau
    [Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

    ferver em pouca água
    [Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

    ir por água abaixo
    [Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

    levar a água ao seu moinho
    Conseguir obter vantagens pessoais.

    mudar a água às azeitonas
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    pôr água na fervura
    [Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

    primeiras águas
    As primeiras chuvas.

    sacudir a água do capote
    Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

    Atribuir as culpas a outrem.

    tirar água do joelho
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    verter águas
    [Informal] Urinar.


    a·guar |àg| |àg| -
    (água + -ar)
    verbo transitivo

    1. Molhar com água ou outro líquido (ex.: tem de aguar estas plantas, se não secam). = BORRIFAR, REGAR

    2. Misturar com água. = DILUIR

    3. Tornar insípido, geralmente por excesso de água ou por pouco tempero. = DESTEMPERAR

    4. Fazer malograr ou frustrar algo.

    5. Pôr nota discordante em.

    verbo intransitivo

    6. Ficar muito desejoso de algo, geralmente comida ou bebida; ficar com água na boca. = SALIVAR

    7. Sentir grande desprazer por não comer ou beber coisa que agrada.

    8. [Veterinária] Sofrer de aguamento.

    verbo pronominal

    9. Tornar-se ralo e fino por doença (ex.: o cabelo está a aguar-se).

    Fonte: Priberam

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ καταβαίνω αὐτός ἀπό ὄρος πολύς ὄχλος αὐτός ἀκολουθέω
    Mateus 8: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Quando ele desceu do monte, grandes multidões o seguiram.
    Mateus 8: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G2597
    katabaínō
    καταβαίνω
    descer, vir para baixo, abaixar
    (descending)
    Verbo - particípio atual ativo - neutro acusativo singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3735
    óros
    ὄρος
    (I
    (was grieved)
    Verbo
    G3793
    óchlos
    ὄχλος
    impressão, inscrição, marca
    (and any)
    Substantivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    καταβαίνω


    (G2597)
    katabaínō (kat-ab-ah'-ee-no)

    2597 καταβαινω katabaino

    de 2596 e a raiz de 939; TDNT - 1:522,90; v

    1. descer, vir para baixo, abaixar
      1. o lugar do qual alguém desceu
      2. descer
        1. como do templo de Jerusalém, da cidade de Jerusalém
        2. dos seres celestiais descendo à terra
      3. ser lançado para baixo
    2. de coisas
      1. vir (i.e. ser enviado) para baixo
      2. vir (i.e. cair) para baixo
        1. das regiões superiores

          metáf. (ir, i.e.) ser lançado ao estágio mais baixo da miséria e vergonha



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄρος


    (G3735)
    óros (or'-os)

    3735 ορος oros

    provavelmente de uma palavra arcaica oro (levantar ou “erigir”, talvez semelhante a 142, cf 3733); TDNT - 5:475,732; n n

    1. montanha

    ὄχλος


    (G3793)
    óchlos (okh'los)

    3793 οχλος ochlos

    de um derivado de 2192 (que significa veículo); TDNT - 5:582,750; n m

    1. multidão
      1. ajuntamento informal de pessoas
        1. multidão de pessoas que se reuniram em algum lugar
        2. tropel
      2. multidão
        1. povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância
        2. com desprezo: a multidão ignorante, o populacho
      3. multidão
        1. multidões, parece denotar grupo de pessoas reunidas sem ordem

    Sinônimos ver verbete 5927


    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί ἰδού λεπρός ἔρχομαι προσκυνέω αὐτός λέγω κύριος ἐάν θέλω δύναμαι καθαρίζω μέ
    Mateus 8: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se tu queres, podes limpar-me.
    Mateus 8: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 28
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2511
    katharízō
    καθαρίζω
    tornar limpo, limpar
    (to cleanse)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3015
    leprós
    λεπρός
    escameado, áspero
    (a leper)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G4352
    proskynéō
    προσκυνέω
    beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
    (to worship)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    καθαρίζω


    (G2511)
    katharízō (kath-ar-id'-zo)

    2511 καθαριζω katharizo

    de 2513; TDNT - 3:413,381; v

    1. tornar limpo, limpar
      1. de mancha física e sujeira
        1. utensílios, comida
        2. um leproso, limpar pela cura
        3. remover pela limpeza
      2. num sentido moral
        1. livrar da contaminação do pecado e das culpas
        2. purificar de iniqüidade
        3. livrar da culpa de pecado, purificar
        4. consagrar pela limpeza ou purificação
        5. consagrar, dedicar

          anunciar que está limpo num sentido levítico


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λεπρός


    (G3015)
    leprós (lep-ros')

    3015 λεπρος lepros

    do mesmo que 3014; TDNT - 4:233,529; adj

    escameado, áspero

    leproso, infectado com lepra


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    προσκυνέω


    (G4352)
    proskynéō (pros-koo-neh'-o)

    4352 προσκυνεω proskuneo

    de 4314 e um provável derivado de 2965 (significando beijar, como um cachorro que lambe a mão de seu mestre); TDNT - 6:758,948; v

    1. beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
    2. entre os orientais, esp. persas, cair de joelhos e tocar o chão com a testa como uma expressão de profunda reverência
    3. no NT, pelo ajoelhar-se ou prostrar-se, prestar homenagem ou reverência a alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar
      1. usado para reverência a pessoas e seres de posição superior
        1. aos sumo sacerdotes judeus
        2. a Deus
        3. a Cristo
        4. a seres celestes
        5. a demônios

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί Ἰησοῦς ἐκτείνω χείρ ἅπτομαι αὐτός λέγω θέλω καθαρίζω καί εὐθέως καθαρίζω αὐτός λέπρα
    Mateus 8: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Jesus estendeu a sua mão e tocou-o, dizendo: Eu quero; sê limpo. E imediatamente sua lepra foi purificada.
    Mateus 8: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 28
    G1614
    ekteínō
    ἐκτείνω
    enxofre
    (brimstone)
    Substantivo
    G2112
    euthéōs
    εὐθέως
    imediatamente
    (immediately)
    Advérbio
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2511
    katharízō
    καθαρίζω
    tornar limpo, limpar
    (to cleanse)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3014
    lépra
    λέπρα
    leproso
    (leprosy)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5495
    cheír
    χείρ
    mão
    (hand)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G680
    háptomai
    ἅπτομαι
    separar, reservar, retirar, reter
    (reserved)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐκτείνω


    (G1614)
    ekteínō (ek-ti'-no)

    1614 εκτεινω ekteino

    de 1537 e teino (estender); TDNT - 2:460,219; v

    1. estender, alargar, avançar
      1. sobre, em direção a, contra alguém

    εὐθέως


    (G2112)
    euthéōs (yoo-theh'-oce)

    2112 ευθεως eutheos

    de 2117; adv

    1. diretamente, imediatamente, em seguida

    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    καθαρίζω


    (G2511)
    katharízō (kath-ar-id'-zo)

    2511 καθαριζω katharizo

    de 2513; TDNT - 3:413,381; v

    1. tornar limpo, limpar
      1. de mancha física e sujeira
        1. utensílios, comida
        2. um leproso, limpar pela cura
        3. remover pela limpeza
      2. num sentido moral
        1. livrar da contaminação do pecado e das culpas
        2. purificar de iniqüidade
        3. livrar da culpa de pecado, purificar
        4. consagrar pela limpeza ou purificação
        5. consagrar, dedicar

          anunciar que está limpo num sentido levítico


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λέπρα


    (G3014)
    lépra (lep'-rah)

    3014 λεπρα lepra

    do mesmo que 3013; TDNT - 4:233,529; n f

    leproso

    moléstia cutânea muito desagradável, irritante e perigosa. Seu vírus, que geralmente impregna o corpo inteiro, é comum no Egito e no Oriente



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    χείρ


    (G5495)
    cheír (khire)

    5495 χειρ cheir

    talvez da raiz de 5494 no sentido de seu congênere, a raiz de 5490 (pela idéia de cavidade para apertar); TDNT - 9:424,1309; n f

    1. pela ajuda ou ação de alguém, por meio de alguém
    2. fig. aplica-se a Deus simbolizando sua força, atividade, poder
      1. em criar o universo
      2. em sustentar e preservar (Deus está presente protegendo e ajudando)
      3. em castigar
      4. em determinar e controlar os destinos dos seres humanos

    ἅπτομαι


    (G680)
    háptomai (hap'-tom-ahee)

    680 απτομαι haptomai

    reflexivo de 681; v

    1. firmar-se em, aderir a, apegar-se
      1. tocar
      2. relações sexuais com uma mulher, coabitação
      3. prática levítica de não ter comunhão com práticas pagãs. Mulheres e certos tipos de comida parecem ter sido as coisas que não deveriam ser tocadas, por isso o celibato e abstinência de certos tipos de comida e bebida eram recomendadas.
      4. tocar, assaltar ou atacar alguém

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    λέγω αὐτός καί Ἰησοῦς ὁράω ἔπω μηδείς ἀλλά ὑπάγω δεικνύω σεαυτοῦ ἱερεύς καί προσφέρω δῶρον Μωσῆς προστάσσω εἰς μαρτύριον αὐτός
    Mateus 8: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E disse-lhe Jesus: Olha, não o digas a nenhum homem; mas vai pelo teu caminho, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés ordenou, como testemunho para eles.
    Mateus 8: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 28
    G1166
    deiknýō
    δεικνύω
    casar, dominar sobre, possuir, ser proprietário
    (is married)
    Verbo
    G1435
    dōron
    δῶρον
    o líder de uma família de servidores do templo que retornou do exílio com Zorobabel
    (of Giddel)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2409
    hiereús
    ἱερεύς
    sacerdote, alguém que oferece sacrifícios e em geral está ocupado com os ritos sagrados
    (priest)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3142
    martýrion
    μαρτύριον
    ()
    G3367
    mēdeís
    μηδείς
    Ninguém
    (no one)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G3475
    Mōseús
    Μωσεύς
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G4367
    prostássō
    προστάσσω
    um dos filhos de Bani que mandou embora a sua esposa estrangeira por causa da ordem
    (Machnadebai)
    Substantivo
    G4374
    prosphérō
    προσφέρω
    levar a, conduzir a
    (they offered)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G4572
    seautoû
    σεαυτοῦ
    um exilado dos filhos de Bani que mandou embora uma esposa estrangeira na época de
    (Maadai)
    Substantivo
    G5217
    hypágō
    ὑπάγω
    conduzir sob, trazer
    (Get you away)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δεικνύω


    (G1166)
    deiknýō (dike-noo'-o)

    1166 δεικνυω deiknuo

    forma prolongada da palavra primária arcaica do mesmo sentido; TDNT - 2:25,*; v

    1. mostrar, expor aos olhos
    2. metáf.
      1. fornecer evidência ou prova de algo
      2. mostrar pelas palavras ou ensino

    δῶρον


    (G1435)
    dōron (do'-ron)

    1435 δωρον doron

    presente; TDNT - 2:166,166; n n

    1. dom, presente
      1. presentes oferecidos em expressão de honra
        1. de sacrifícios e outros presentes oferecidos a Deus
        2. do dinheiro lançado no tesouro para uso do templo e para o socorro do pobre
    2. oferta de um presente ou de presentes

    Sinônimos ver verbete 5839


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἱερεύς


    (G2409)
    hiereús (hee-er-yooce')

    2409 ιερευς hiereus

    de 2413; TDNT - 3:257,349; n m

    1. sacerdote, alguém que oferece sacrifícios e em geral está ocupado com os ritos sagrados
      1. refere-se aos sacerdotes dos gentios ou dos judeus

        metáf. dos cristãos, porque, purificados pelo sangue de Cristo e conduzidos à comunhão plena com Deus, dedicam suas vidas somente a Ele e a Cristo


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μαρτύριον


    (G3142)
    martýrion (mar-too'-ree-on)

    3142 μαρτυριον marturion

    de um suposto derivado de 3144; TDNT - 4:474,564; n n

    1. testemunho

    μηδείς


    (G3367)
    mēdeís (may-dice')

    3367 μηδεις medeis

    incluindo o feminino irregular μηδεμια medemia, e o neutro μηδεν meden

    de 3361 e 1520; adj

    1. ninguém, nenhum, nada

    Μωσεύς


    (G3475)
    Mōseús (moce-yoos')

    3475 Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses

    de origem hebraica 4872 משה; TDNT - 4:848,622; n pr m

    Moisés = “o que foi tirado”

    1. legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    προστάσσω


    (G4367)
    prostássō (pros-tas'-so)

    4367 προστασσω prostasso

    de 4314 e 5021; TDNT - 8:37,1156; v

    1. designar ou atribuir, limitar a
    2. mandar, ordenar, prescrever, comandar
      1. apontar, definir

    προσφέρω


    (G4374)
    prosphérō (pros-fer'-o)

    4374 προσφερω prosphero

    de 4314 e 5342 (que inclue seu substituto); TDNT - 9:65,1252; v

    1. levar a, conduzir a
      1. alguém que pode curar uma pessoa ou estar pronto a mostrá-la alguma gentileza, alguém que pode julgar uma pessoa
      2. trazer um presente ou algo, alcançar ou pegar algo para alguém
      3. juntar
    2. ser impelido em direção a alguém, atacar, assaltar
      1. conduzir-se em direção a alguém, tratar ou lidar com alguém

    σεαυτοῦ


    (G4572)
    seautoû (seh-ow-too')

    4572 σεαυτου seautou

    caso genitivo de 4571 e 846; pron

    1. te, ti mesmo

    ὑπάγω


    (G5217)
    hypágō (hoop-ag'-o)

    5217 υπαγω hupago

    de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

    conduzir sob, trazer

    retirar-se, ir embora, partir


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    εἰσέρχομαι Ἰησοῦς εἰσέρχομαι εἰς Καπερναούμ προσέρχομαι αὐτός ἑκατοντάρχης παρακαλέω
    Mateus 8: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E quando Jesus estava entrando em Cafarnaum, veio até ele um centurião, implorando-lhe,
    Mateus 8: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1525
    eisérchomai
    εἰσέρχομαι
    veio
    (came)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G1543
    hekatontárchēs
    ἑκατοντάρχης
    recipiente arredondado, fonte, bacia
    (also springs)
    Substantivo
    G2584
    Kapernaoúm
    Καπερναούμ
    Cafarnaum
    (Capernaum)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G3870
    parakaléō
    παρακαλέω
    o nome primitivo de Betel e provavelmente o nome da cidade que fica próxima à
    ([was called] Luz)
    Substantivo
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἰσέρχομαι


    (G1525)
    eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

    1525 εισερχομαι eiserchomai

    de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

    1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
      1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
      2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
      3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
    2. metáf.
      1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
        1. aparecer, vir à existência, começar a ser
        2. de homens, vir perante o público
        3. vir à vida
      2. de pensamentos que vêm a mente

    ἑκατοντάρχης


    (G1543)
    hekatontárchēs (hek-at-on-tar'-khace)

    1543 εκατονταρχης hekatontarches ou εκατονταρχος hekatontarchos

    de 1540 e 757; n m

    1. oficial do exército romano

    Καπερναούμ


    (G2584)
    Kapernaoúm (cap-er-nah-oom')

    2584 Καπερναουμ Kapernaoum

    de origem hebraica, provavelmente 3723 e 5151 כפר נחום; n pr loc

    Cafarnaum = “vila de conforto”

    1. cidade próspera da Galiléia, situada na margem ocidental do Mar da Galiléia ou Lago de Genesaré, próximo ao lugar onde o Jordão deságua no lago

    παρακαλέω


    (G3870)
    parakaléō (par-ak-al-eh'-o)

    3870 παρακαλεω parakaleo

    de 3844 e 2564; TDNT - 5:773,778; v

    1. chamar para o (meu) lado, chamar, convocar
    2. dirigir-se a, falar a, (recorrer a, apelar para), o que pode ser feito por meio de exortação, solicitação, conforto, instrução, etc.
      1. admoestar, exortar
      2. rogar, solicitar, pedir
        1. esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho
      3. consolar, encorajar e fortalecer pela consolação, confortar
        1. receber consolação, ser confortado
      4. encorajar, fortalecer
      5. exortando, confortando e encorajando
      6. instruir, ensinar

    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    κύριος μοῦ παῖς βάλλω ἔν οἰκία παραλυτικός βασανίζω δεινῶς
    Mateus 8: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    e dizendo: Senhor, o meu servo jaz em casa doente com uma paralisia, gravemente atormentado.
    Mateus 8: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1171
    deinōs
    δεινῶς
    uma cidade destacada pela adoração a Baal, localizada no extremo norte ou noroeste até
    (Baal-gad)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3614
    oikía
    οἰκία
    casa
    (house)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G3816
    paîs
    παῖς
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    G3885
    paralytikós
    παραλυτικός
    hospedar, ter um parada, passar a noite, habitar
    (and stay all night)
    Verbo
    G906
    bállō
    βάλλω
    lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    (is thrown)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G928
    basanízō
    βασανίζω
    testar (metais) pelo pedra de toque, que é um pedra silicosa preta usada para testar a
    (tormented)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Singular nominativo


    δεινῶς


    (G1171)
    deinōs (di-noce')

    1171 δεινως deinos

    de um derivado do mesmo que 1169; adv

    1. terrívelmente, gravemente

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οἰκία


    (G3614)
    oikía (oy-kee'-ah)

    3614 οικια oikia

    de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

    1. casa
      1. edifício habitado, moradia
      2. habitantes de uma casa, família
      3. propriedade, riqueza, bens

    Sinônimos ver verbete 5867


    παῖς


    (G3816)
    paîs (paheece)

    3816 παις pais

    talvez de 3817; TDNT - 5:636,759; n m/f

    1. criança, menino ou menina
      1. infantes, crianças
    2. servo, escravo
      1. servente, servo, espec. assistente do rei, ministro

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    παραλυτικός


    (G3885)
    paralytikós (par-al-oo-tee-kos')

    3885 παραλυτικος paralutikos

    de um derivado de 3886; adj

    1. paralítico
      1. que sofre de atrofia dos nervos da face
      2. inválido, débil nos membros (braço, perna, etc.)

    βάλλω


    (G906)
    bállō (bal'-lo)

    906 βαλλω ballo

    uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

    1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
      1. espalhar, lançar, arremessar
      2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
      3. de fluidos
        1. verter, lançar aos rios
        2. despejar
    2. meter, inserir

    βασανίζω


    (G928)
    basanízō (bas-an-id'-zo)

    928 βασανιζω basanizo

    de 931; TDNT - 1:561,96; v

    1. testar (metais) pelo pedra de toque, que é um pedra silicosa preta usada para testar a pureza do ouro ou prata pela cor da listra que se forma nela ao friccioná-la com qualquer dos dois metais
    2. questionar através de tortura
    3. torturar
    4. vexar com com dores horríveis (no corpo ou na mente), atormentar
    5. ser molestado, afligido
      1. daqueles que no mar estão lutando com um vento contrário

    Ἰησοῦς αὐτός λέγω ἐγώ ἔρχομαι θεραπεύω αὐτός
    Mateus 8: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Jesus lhe disse: Eu irei e o curarei.
    Mateus 8: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2323
    therapeúō
    θεραπεύω
    servir, realizar o serviço
    (healing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    θεραπεύω


    (G2323)
    therapeúō (ther-ap-yoo'-o)

    2323 θεραπευω therapeuo

    do mesmo que 2324; TDNT - 3:128,331; v

    servir, realizar o serviço

    sarar, curar, restaurar a saúde


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἑκατοντάρχης ἀποκρίνομαι κύριος οὐ εἰμί ἱκανός ἵνα εἰσέρχομαι ὑπό μοῦ στέγη ἀλλά μόνον ἔπω λόγος καί μοῦ παῖς ἰάομαι
    Mateus 8: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E o centurião, respondendo, disse: Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu servo será curado.
    Mateus 8: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1525
    eisérchomai
    εἰσέρχομαι
    veio
    (came)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G1543
    hekatontárchēs
    ἑκατοντάρχης
    recipiente arredondado, fonte, bacia
    (also springs)
    Substantivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2390
    iáomai
    ἰάομαι
    curar, sarar
    (will be healed)
    Verbo - futuro do indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G2425
    hikanós
    ἱκανός
    viver, ter vida, estar vivo, manter a vida, viver prosperamente, viver para sempre, reviver,
    (and live)
    Verbo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3440
    mónon
    μόνον
    o segundo filho de Saul com sua esposa Ainoã
    (and Isui)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3816
    paîs
    παῖς
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    G4721
    stégē
    στέγη
    ()
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G5346
    phēmí
    φημί
    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar
    (Said)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰσέρχομαι


    (G1525)
    eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

    1525 εισερχομαι eiserchomai

    de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

    1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
      1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
      2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
      3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
    2. metáf.
      1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
        1. aparecer, vir à existência, começar a ser
        2. de homens, vir perante o público
        3. vir à vida
      2. de pensamentos que vêm a mente

    ἑκατοντάρχης


    (G1543)
    hekatontárchēs (hek-at-on-tar'-khace)

    1543 εκατονταρχης hekatontarches ou εκατονταρχος hekatontarchos

    de 1540 e 757; n m

    1. oficial do exército romano

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἰάομαι


    (G2390)
    iáomai (ee-ah'-om-ahee)

    2390 ιαομαι iaomai

    voz média de um verbo aparentemente primário; TDNT - 3:194,344; v

    1. curar, sarar
    2. tornar perfeito
      1. livrar de erros e pecados, levar alguém à salvação

    ἱκανός


    (G2425)
    hikanós (hik-an-os')

    2425 ικανος hikanos

    de hiko [hikano ou hikneomai, semelhante a 2240] (chegar); TDNT - 3:293,361; adj

    1. suficiente
      1. mais do que suficiente, bastante
      2. suficiente em habilidade, i.e., adequado, próprio

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    μόνον


    (G3440)
    mónon (mon'-on)

    3440 μονον monon

    de 3441; adv n

    1. único, sozinho, apenas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    παῖς


    (G3816)
    paîs (paheece)

    3816 παις pais

    talvez de 3817; TDNT - 5:636,759; n m/f

    1. criança, menino ou menina
      1. infantes, crianças
    2. servo, escravo
      1. servente, servo, espec. assistente do rei, ministro

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    στέγη


    (G4721)
    stégē (steg'-ay)

    4721 στεγη stege

    reforçado da palavra primária tegos (“telhado” ou “coberta” de uma construção); n f

    1. telhado: de uma casa

    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    φημί


    (G5346)
    phēmí (fay-mee')

    5346 φημι phemi

    propriamente, o mesmo que a raiz de 5457 e 5316; v

    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar

    dizer


    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    γάρ καί ἐγώ εἰμί ἄνθρωπος ὑπό ἐξουσία ἔχω στρατιώτης ὑπό ἐμαυτοῦ καί λέγω τούτῳ πορεύομαι καί πορεύομαι καί ἄλλος ἔρχομαι καί ἔρχομαι καί μοῦ δοῦλος ποιέω τοῦτο καί ποιέω
    Mateus 8: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Pois eu também sou homem sob autoridade, e tenho soldados sob mim; e digo a este homem: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.
    Mateus 8: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1401
    doûlos
    δοῦλος
    escravo, servo, homem de condição servil
    (servant)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1683
    emautoû
    ἐμαυτοῦ
    a ama de Rebeca que a acompanhou desde a casa de Betuel
    (Deborah)
    Substantivo
    G1849
    exousía
    ἐξουσία
    bater, bater em ou a
    (and if men should overdrive them)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G243
    állos
    ἄλλος
    outro, diferente
    (another)
    Adjetivo - Feminino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4198
    poreúomai
    πορεύομαι
    conduzir, transportar, transferir
    (Having gone)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - Nominativo Masculino no Plural
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4757
    stratiṓtēs
    στρατιώτης
    soldado (comum)
    (soldiers)
    Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
    G5021
    tássō
    τάσσω
    colocar em ordem, situar
    (I appoint)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Singular nominativo
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    δοῦλος


    (G1401)
    doûlos (doo'-los)

    1401 δουλος doulos

    de 1210; TDNT - 2:261,182; n

    1. escravo, servo, homem de condição servil
      1. um escravo
      2. metáf., alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para extender e avançar a sua causa entre os homens
      3. dedicado ao próximo, mesmo em detrimento dos próprios interesses
    2. servo, atendente

    Sinônimos ver verbete 5928


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐμαυτοῦ


    (G1683)
    emautoû (em-ow-too')

    1683 εμαυτου emautou

    caso genitivo composto de 1700 e846; pron

    1. Eu, me, eu mesmo

    ἐξουσία


    (G1849)
    exousía (ex-oo-see'-ah)

    1849 εξουσια exousia

    de 1832 (no sentido de abilidade); TDNT - 2:562,238; n f

    1. poder de escolher, liberdade de fazer como se quer
      1. licença ou permissão
    2. poder físico e mental
      1. habilidade ou força com a qual alguém é dotado, que ele possui ou exercita
    3. o poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio)
    4. o poder de reger ou governar (o poder de alguém de quem a vontade e as ordens devem ser obedecidas pelos outros)
      1. universalmente
        1. autoridade sobre a humanidade
      2. especificamente
        1. o poder de decisões judiciais
        2. da autoridade de administrar os afazeres domésticos
      3. metonimicamente
        1. algo sujeito à autoridade ou regra
          1. jurisdição
        2. alguém que possui autoridade
          1. governador, magistrado humano
          2. o principal e mais poderoso entre os seres criados, superior ao homem, potestades espirituais
      4. sinal de autoridade do marido sobre sua esposa
        1. véu com o qual a mulher devia propriamente cobrir-se
      5. sinal de autoridade real, coroa

    Sinônimos ver verbete 5820


    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    ἄλλος


    (G243)
    állos (al'-los)

    243 αλλος allos

    uma palavra primária; TDNT - 1:264,43; adj

    1. outro, diferente

    Sinônimos ver verbete 5806


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    πορεύομαι


    (G4198)
    poreúomai (por-yoo'-om-ahee)

    4198 πορευομαι poreuomai

    voz média de um derivado do mesmo que 3984; TDNT - 6:566,915; v

    1. conduzir, transportar, transferir
      1. persistir na jornada iniciada, continuar a própria jornada
      2. partir desta vida
      3. seguir alguém, isto é, tornar-se seu adepto
        1. achar o caminho ou ordenar a própria vida

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    στρατιώτης


    (G4757)
    stratiṓtēs (strat-ee-o'-tace)

    4757 στρατιωτης stratiotes

    de um suposto derivado do mesmo que 4756; TDNT - 7:701,1091; n m

    soldado (comum)

    metáf. um campeão da causa de Cristo


    τάσσω


    (G5021)
    tássō (tas'-so)

    5021 τασσω tasso

    forma prolongada de um verbo primário (que mais tarde aparece apenas em determinados tempos); TDNT - 8:27,1156; v

    1. colocar em ordem, situar
      1. colocar em uma determinada ordem, organizar, designar um lugar, apontar
        1. designar (apontar) algo para alguém
      2. apontar, ordenar, arrumar
        1. designar por responsabilidade ou autoridade própria
        2. apontar mutualmente, i.e., concordar sobre

    Sinônimos ver verbete 5844


    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    ἀκούω θαυμάζω Ἰησοῦς καί ἔπω ἀκολουθέω ἀμήν ὑμῖν λέγω οὐδέ ἔν Ἰσραήλ εὑρίσκω πίστις τοσοῦτος
    Mateus 8: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Jesus, ouvindo isso, maravilhou-se e disse aos que o seguiam: Na verdade eu vos digo que não tenho encontrado tão grande fé, não em Israel.
    Mateus 8: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2147
    heurískō
    εὑρίσκω
    o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
    (and Zichri)
    Substantivo
    G2296
    thaumázō
    θαυμάζω
    cingir, vestir, cingir-se, colocar um cinto
    (girded)
    Verbo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2474
    Israḗl
    Ἰσραήλ
    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)
    (Israel)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G4102
    pístis
    πίστις
    (faith)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5118
    tosoûtos
    τοσοῦτος
    de quantidade: tão grande, tantos
    (so great)
    Pronome demonstrativo - feminino acusativo singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    εὑρίσκω


    (G2147)
    heurískō (hyoo-ris'-ko)

    2147 ευρισκω heurisko

    forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

    1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
      1. depois de procurar, achar o que se buscava
      2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
      3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
    2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
      1. ver, aprender, descobrir, entender
      2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
      3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
      4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

        descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


    θαυμάζω


    (G2296)
    thaumázō (thou-mad'-zo)

    2296 θαυμαζω thaumazo

    de 2295; TDNT - 3:27,316; v

    admirar-se, supreender-se, maravilhar-se

    estar surpreendido, ser tido em admiração


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    Ἰσραήλ


    (G2474)
    Israḗl (is-rah-ale')

    2474 Ισραηλ Israel

    de origem hebraica 3478 ישראל; TDNT - 3:356,372; adj

    Israel = “ele será um príncipe de Deus”

    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)

    família ou descendentes de israel, a nação de Israel

    cristãos, o Israel de Deus (Gl 6:16), pois nem todos aqueles que são descendentes de sangue de Israel são verdadeiros israelitas, i.e., aqueles a quem Deus declara ser israelitas e escolhidos para salvação


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    πίστις


    (G4102)
    pístis (pis'-tis)

    4102 πιστις pistis

    de 3982; TDNT - 6:174,849; n f

    1. convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
      1. relativo a Deus
        1. a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
      2. relativo a Cristo
        1. convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
      3. a fé religiosa dos cristãos
      4. fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
    2. fidelidade, lealdade
      1. o caráter de alguém em quem se pode confiar

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τοσοῦτος


    (G5118)
    tosoûtos (tos-oo'-tos)

    5118 τοσουτος tosoutos

    de tosos (tanto, aparentemente de 3588 e 3739) e 3778 (inclue suas variações); adj

    de quantidade: tão grande, tantos

    de tempo: tão longo


    λέγω ὑμῖν ὅτι πολύς ἥκω ἀπό ἀνατολή καί δυσμή καί ἀνακλίνω μετά Ἀβραάμ Ἰσαάκ καί Ἰακώβ ἔν βασιλεία οὐρανός
    Mateus 8: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e sentarão com Abraão, Isaque e Jacó, no reino do céu.
    Mateus 8: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G11
    Abraám
    Ἀβραάμ
    ()
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1424
    dysmḗ
    δυσμή
    pôr do sol
    (west)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2240
    hḗkō
    ἥκω
    ter vindo, ter chegado, estar presente
    (will come)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
    G2384
    Iakṓb
    Ἰακώβ
    visão
    (vision)
    Substantivo
    G2464
    Isaák
    Ἰσαάκ
    gálbano
    (and galbanum)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3326
    metá
    μετά
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G347
    anaklínō
    ἀνακλίνω
    Trabalho
    (Job)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G395
    anatolḗ
    ἀνατολή
    ação de levantar (do sol e das estrelas)
    (east)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    Ἀβραάμ


    (G11)
    Abraám (ab-rah-am')

    11 Αβρααμ Abraam

    de origem hebraica85 אברהם; TDNT 1:8,2; n pr m

    Abraão = “pai de uma multidão”

    1. o filho de Terá e o fundador da nação judaica.

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δυσμή


    (G1424)
    dysmḗ (doos-may')

    1424 δυσμη dusme

    de 1416; n f

    1. pôr do sol
    2. região do ocaso, oeste

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἥκω


    (G2240)
    hḗkō (hay'-ko)

    2240 ηκω heko

    verbo primário; TDNT - 2:926,306; v

    1. ter vindo, ter chegado, estar presente
    2. metáf.
      1. vir a alguém, i.e. procurar intimidade com alguém, tornar-se seu seguidor: surpreender alguém (inesperadamente)
      2. surpreender alguém, de coisas suportáveis

    Ἰακώβ


    (G2384)
    Iakṓb (ee-ak-obe')

    2384 Ιακωβ Iakob

    de origem hebraica 3290 יעקב; TDNT - *,344; n pr m

    Jacó = “que pega no calcanhar ou suplantador”

    foi o segundo filho de Isaque

    pai de José, marido de Maria


    Ἰσαάκ


    (G2464)
    Isaák (ee-sah-ak')

    2464 Ισαακ Isaak

    de origem hebraica 3327 יצחק; TDNT - 3:191,*; n pr m

    Isaque = “para rir”

    1. filho de Abraão e Sara

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μετά


    (G3326)
    metá (met-ah')

    3326 μετα meta

    preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com, depois, atrás

    ἀνακλίνω


    (G347)
    anaklínō (an-ak-lee'-no)

    347 ανακλινω anaklino

    de 303 e 2827; v

    1. reclinar-se, inclinar-se sobre
      1. prostrar-se
      2. fazer ou mandar reclinar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    ἀνατολή


    (G395)
    anatolḗ (an-at-ol-ay')

    395 ανατολη anatole

    de 393; TDNT - 1:352,57; n f

    1. ação de levantar (do sol e das estrelas)
    2. o leste (a direção do nascer do sol)

    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

    δέ υἱός βασιλεία ἐκβάλλω εἰς σκότος ἐκεῖ ἔσομαι κλαυθμός καί βρυγμός ὀδούς
    Mateus 8: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas os filhos do reino serão lançados em trevas profunda; ali haverá pranto e ranger de dentes.
    Mateus 8: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1030
    brygmós
    βρυγμός
    rangido de dentes
    (gnashing)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1544
    ekbállō
    ἐκβάλλω
    expulsar, expelir, mandar sair
    ( I might cast out)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 1ª pessoa do singular
    G1563
    ekeî
    ἐκεῖ
    lá / ali
    (there)
    Advérbio
    G1857
    exṓteros
    ἐξώτερος
    ()
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2805
    klauthmós
    κλαυθμός
    cinto, faixa, obra engenhosa
    (and the skillfully woven band)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3599
    odoús
    ὀδούς
    bolsa, sacola
    (in your bag)
    Substantivo
    G4655
    skótos
    σκότος
    escuridão
    (darkness)
    Substantivo - neutro neutro no Singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    βρυγμός


    (G1030)
    brygmós (broog-mos')

    1030 βρυγμος brugmos

    de 1031; TDNT - 1:641,110; n m

    1. rangido de dentes
      1. usado para denotar extrema agonia e despero total das pessoas destinadas à punição eterna no inferno
    2. a ação de rosnar, raivar: ameaça de morder

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐκβάλλω


    (G1544)
    ekbállō (ek-bal'-lo)

    1544 εκβαλλω ekballo

    de 1537 e 906; TDNT - 1:527,91; v

    1. expulsar, expelir, mandar sair
      1. com noção de violência
        1. expelir (expulsar)
        2. expulsar
          1. do mundo, i.e. ser privado do poder e influência que se exerce no mundo
          2. uma coisa: excremento da barriga na fossa
        3. expelir uma pessoa de uma sociedade: banir de uma família
        4. compelir alguém a partir; mandar alguém partir, de modo severo ainda que não violento na linguagem
        5. empregado para expressar a idéia de que o movimento rápido de algo saindo é transferido para algo sendo lançado
          1. ordenar ou fazer alguém sair apressadamente
        6. fazer sair com força, puxar
        7. com implicacões da força superar força oposta
          1. fazer uma coisa se mover em linha reta até o seu alvo pretendido
        8. rejeitar com desprezo, rejeitar ou jogar fora
      2. sem noção de violência
        1. fazer sair, extrair, algo inserido em outra coisa
        2. fazer sair, gerar
        3. excetuar, omitir, i.e. não receber
        4. levar ou conduzir a algum lugar com uma força que não se pode resistir

    ἐκεῖ


    (G1563)
    ekeî (ek-i')

    1563 εκει ekei

    de afinidade incerta; adv

    1. lá, em ou para aquele lugar

    ἐξώτερος


    (G1857)
    exṓteros (ex-o'-ter-os)

    1857 εξωτερος exoteros

    comparativo de 1854; adj

    1. fora, externo

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κλαυθμός


    (G2805)
    klauthmós (klowth-mos')

    2805 κλαυθμος klauthmos

    de 2799; TDNT - 3:725,436; n m

    1. choro, lamento


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀδούς


    (G3599)
    odoús (od-ooce)

    3599 οδους odous

    talvez da raiz de 2068; n m

    1. dente

    σκότος


    (G4655)
    skótos (skot'-os)

    4655 σκοτος skotos

    da raiz de 4639; TDNT - 7:423,1049; n n

    1. escuridão
      1. da escuridão da noite
      2. da visão obliterada ou cegueira
    2. metáf.
      1. da ignorância a respeito das coisas divinas e dos deveres humanos, e da impiedade e imoralidade que a acompanha, junto às suas misérias conseqüentes no inferno
      2. pessoas nas quais a escuridão se torna uma realidade que as governa

    Sinônimos ver verbete 5926


    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

    καί ἔπω Ἰησοῦς ἑκατοντάρχης ὑπάγω καί γίνομαι ὡς πιστεύω καί ἔν ἐκεῖνος ὥρα παῖς ἰάομαι
    Mateus 8: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então Jesus disse ao centurião: Vai no teu caminho, e como tu creste, assim seja feito a ti. E o seu servo foi curado naquela mesma hora.
    Mateus 8: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Julho de 28
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1543
    hekatontárchēs
    ἑκατοντάρχης
    recipiente arredondado, fonte, bacia
    (also springs)
    Substantivo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2390
    iáomai
    ἰάομαι
    curar, sarar
    (will be healed)
    Verbo - futuro do indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3816
    paîs
    παῖς
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    G4100
    pisteúō
    πιστεύω
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5217
    hypágō
    ὑπάγω
    conduzir sob, trazer
    (Get you away)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G5610
    hṓra
    ὥρα
    hora
    (hour)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    ἑκατοντάρχης


    (G1543)
    hekatontárchēs (hek-at-on-tar'-khace)

    1543 εκατονταρχης hekatontarches ou εκατονταρχος hekatontarchos

    de 1540 e 757; n m

    1. oficial do exército romano

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἰάομαι


    (G2390)
    iáomai (ee-ah'-om-ahee)

    2390 ιαομαι iaomai

    voz média de um verbo aparentemente primário; TDNT - 3:194,344; v

    1. curar, sarar
    2. tornar perfeito
      1. livrar de erros e pecados, levar alguém à salvação

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παῖς


    (G3816)
    paîs (paheece)

    3816 παις pais

    talvez de 3817; TDNT - 5:636,759; n m/f

    1. criança, menino ou menina
      1. infantes, crianças
    2. servo, escravo
      1. servente, servo, espec. assistente do rei, ministro

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    πιστεύω


    (G4100)
    pisteúō (pist-yoo'-o)

    4100 πιστευω pisteuo

    de 4102; TDNT - 6:174,849; v

    1. pensar que é verdade, estar persuadido de, acreditar, depositar confiança em
      1. de algo que se crê
        1. acreditar, ter confiança
      2. numa relação moral ou religiosa
        1. usado no NT para convicção e verdade para a qual um homem é impelido por uma certa prerrogativa interna e superior e lei da alma
        2. confiar em Jesus ou Deus como capaz de ajudar, seja para obter ou para fazer algo: fé salvadora
      3. mero conhecimento de algum fato ou evento: fé intelectual
    2. confiar algo a alguém, i.e., sua fidelidade
      1. ser incumbido com algo

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὑπάγω


    (G5217)
    hypágō (hoop-ag'-o)

    5217 υπαγω hupago

    de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

    conduzir sob, trazer

    retirar-se, ir embora, partir


    ὥρα


    (G5610)
    hṓra (ho'-rah)

    5610 ωρα hora

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 9:675,1355; n f

    1. certo tempo definido ou estação fixada pela lei natural e que retorna cada ano
      1. das estações do ano, primavera, verão, outono, inverno

        as horas do dia (limitadas pelo erguer e pôr do sol), um dia

        a décima segunda parte das horas do dia, uma hora, (as doze horas do dia são contadas do nascer até o pôr do sol)

        qualquer tempo definido, momento


    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἔρχομαι Ἰησοῦς ἔρχομαι εἰς οἰκία Πέτρος εἴδω πενθερά αὐτός βάλλω καί πυρέσσω
    Mateus 8: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E quando Jesus estava entrando na casa de Pedro, ele viu a mãe de sua esposa deitada, doente de febre.
    Mateus 8: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 28
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3614
    oikía
    οἰκία
    casa
    (house)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3994
    pentherá
    πενθερά
    [a] sogra
    ([the] mother-in-law)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G4074
    Pétros
    Πέτρος
    um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
    (and Madai)
    Substantivo
    G4445
    pyréssō
    πυρέσσω
    o deus dos amonitas e fenícios a quem alguns israelitas sacrificaram seus filhos no vale
    (Milcom)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G906
    bállō
    βάλλω
    lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    (is thrown)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οἰκία


    (G3614)
    oikía (oy-kee'-ah)

    3614 οικια oikia

    de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

    1. casa
      1. edifício habitado, moradia
      2. habitantes de uma casa, família
      3. propriedade, riqueza, bens

    Sinônimos ver verbete 5867


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    πενθερά


    (G3994)
    pentherá (pen-ther-ah')

    3994 πενθερα penthera

    de 3995; n f

    1. sogra

    Πέτρος


    (G4074)
    Pétros (pet'-ros)

    4074 πετρος Petros

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

    1. um dos doze discípulos de Jesus

    πυρέσσω


    (G4445)
    pyréssō (poo-res'-so)

    4445 πυρεσσω puresso

    de 4443; TDNT - 6:956,981; v

    1. estar doente com febre

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βάλλω


    (G906)
    bállō (bal'-lo)

    906 βαλλω ballo

    uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

    1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
      1. espalhar, lançar, arremessar
      2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
      3. de fluidos
        1. verter, lançar aos rios
        2. despejar
    2. meter, inserir

    καί ἅπτομαι αὐτός χείρ καί πυρετός αὐτός ἀφίημι ἐγείρω καί διακονέω αὐτός
    Mateus 8: 15 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.
    Mateus 8: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 28
    G1247
    diakonéō
    διακονέω
    o filho
    (the son)
    Substantivo
    G1453
    egeírō
    ἐγείρω
    despertar, fazer levantar
    (having been awoken)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4446
    pyretós
    πυρετός
    calor ardente
    (fever)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G5495
    cheír
    χείρ
    mão
    (hand)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G680
    háptomai
    ἅπτομαι
    separar, reservar, retirar, reter
    (reserved)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G863
    aphíēmi
    ἀφίημι
    um comandante geteu procedente de Gate no exército de Davi
    (the Ittai)
    Substantivo


    διακονέω


    (G1247)
    diakonéō (dee-ak-on-eh'-o)

    1247 διακονεω diakoneo

    de 1249; TDNT - 2:81,152; v

    1. ser um servo, atendente, doméstico, servir, atender
      1. ministrar a alguém, render ofícios ministériais a
        1. ser servido ou ministrado a
      2. atender a mesa e oferecer comida e bebida para os convidados
        1. de mulheres preparando comida
      3. ministrar i.e. fornecer alimento e necessários para a vida
        1. aliviar as necessidades de alguém (p.e. por meio de recolhimento de donativos), prover ou cuidar de, distribuir (as coisas necessárias para sustentar a vida)
        2. cuidar do pobre e doente, o que caracteriza o ofício de um diácono
        3. em igrejas cristãs, servir como diácono
      4. ministrar
        1. participar de qualquer evento que possa servir aos interesses de outros
        2. ministrar uma coisa para alguém, servir alguém ou suprir alguma necessidade

    ἐγείρω


    (G1453)
    egeírō (eg-i'-ro)

    1453 εγειρω egeiro

    provavelmente semelhante a raíz de 58 (pela idéia de estar em controle das próprias faculdades); TDNT - 2:333,195; v

    1. despertar, fazer levantar
      1. despertar do sono, acordar
      2. despertar do sono da morte, chamar de volta da morte para a vida
      3. fazer levantar de um assento ou cama etc.
      4. levantar, produzir, fazer aparecer
        1. fazer aparecer, trazer diante do público
        2. levantar-se, insurgir-se contra alguém,
        3. levantar i.e. fazer nascer
        4. de construções, levantar, construir, erigir

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πυρετός


    (G4446)
    pyretós (poo-ret-os')

    4446 πυρετος puretos

    de 4445; TDNT - 6:956,981; n m

    calor ardente

    febre


    χείρ


    (G5495)
    cheír (khire)

    5495 χειρ cheir

    talvez da raiz de 5494 no sentido de seu congênere, a raiz de 5490 (pela idéia de cavidade para apertar); TDNT - 9:424,1309; n f

    1. pela ajuda ou ação de alguém, por meio de alguém
    2. fig. aplica-se a Deus simbolizando sua força, atividade, poder
      1. em criar o universo
      2. em sustentar e preservar (Deus está presente protegendo e ajudando)
      3. em castigar
      4. em determinar e controlar os destinos dos seres humanos

    ἅπτομαι


    (G680)
    háptomai (hap'-tom-ahee)

    680 απτομαι haptomai

    reflexivo de 681; v

    1. firmar-se em, aderir a, apegar-se
      1. tocar
      2. relações sexuais com uma mulher, coabitação
      3. prática levítica de não ter comunhão com práticas pagãs. Mulheres e certos tipos de comida parecem ter sido as coisas que não deveriam ser tocadas, por isso o celibato e abstinência de certos tipos de comida e bebida eram recomendadas.
      4. tocar, assaltar ou atacar alguém

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἀφίημι


    (G863)
    aphíēmi (af-ee'-ay-mee)

    863 αφιημι aphiemi

    de 575 e hiemi (enviar, uma forma intensiva de eimi, ir); TDNT - 1:509,88; v

    1. enviar para outro lugar
      1. mandar ir embora ou partir
        1. de um marido que divorcia sua esposa
      2. enviar, deixar, expelir
      3. deixar ir, abandonar, não interferir
        1. negligenciar
        2. deixar, não discutir agora, (um tópico)
          1. de professores, escritores e oradores
        3. omitir, negligenciar
      4. deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
      5. desistir, não guardar mais
    2. permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
    3. partir, deixar alguém
      1. a fim de ir para outro lugar
      2. deixar alguém
      3. deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
      4. desertar sem razão
      5. partir deixando algo para trás
      6. deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
      7. deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
      8. partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
      9. abandonar, deixar destituído

    γίνομαι ὄψιος προσφέρω αὐτός πολύς δαιμονίζομαι καί λόγος ἐκβάλλω πνεῦμα καί θεραπεύω πᾶς ἔχω κακῶς
    Mateus 8: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Chegando a tarde, trouxeram-lhe muitos que estavam possuídos por demônios, e ele expulsou os espíritos com a sua palavra, e curou todos os que estavam enfermos.
    Mateus 8: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 28
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1139
    daimonízomai
    δαιμονίζομαι
    estar sob o poder de um demônio.
    (being possessed by demons)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Plurak acusativo acusativo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1544
    ekbállō
    ἐκβάλλω
    expulsar, expelir, mandar sair
    ( I might cast out)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 1ª pessoa do singular
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2323
    therapeúō
    θεραπεύω
    servir, realizar o serviço
    (healing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2560
    kakōs
    κακῶς
    ferver, espumar, produzir espuma, fermentar
    (and daubed)
    Verbo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3798
    ópsios
    ὄψιος
    noite
    (evening)
    Adjetivo - Feminino no Singular genitivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G4374
    prosphérō
    προσφέρω
    levar a, conduzir a
    (they offered)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δαιμονίζομαι


    (G1139)
    daimonízomai (dahee-mon-id'-zom-ahee)

    1139 δαιμονιζομαι daimonizomai

    voz média de 1142; TDNT - 2:19,137; v

    1. estar sob o poder de um demônio.

      No NT, estas são pessoas afligidas por enfermidades particularmente severas, tanto corporais como mentais (tais como paralisia, cegueira, surdez, perda da fala, epilepsia, melancolia, insanidade, etc.). Na opinião dos judeus, seus corpos eram invadidos por demônios, que os possuíam não apenas para afligir-los com males, mas também para destronar sua razão e tomar seu próprio lugar. Conseqüentemente, os possuídos eram compelidos a expressar a mente e consciência dos demônios que neles residiam. Acreditava-se que a cura deles requeria a expulsão dos demônios.


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐκβάλλω


    (G1544)
    ekbállō (ek-bal'-lo)

    1544 εκβαλλω ekballo

    de 1537 e 906; TDNT - 1:527,91; v

    1. expulsar, expelir, mandar sair
      1. com noção de violência
        1. expelir (expulsar)
        2. expulsar
          1. do mundo, i.e. ser privado do poder e influência que se exerce no mundo
          2. uma coisa: excremento da barriga na fossa
        3. expelir uma pessoa de uma sociedade: banir de uma família
        4. compelir alguém a partir; mandar alguém partir, de modo severo ainda que não violento na linguagem
        5. empregado para expressar a idéia de que o movimento rápido de algo saindo é transferido para algo sendo lançado
          1. ordenar ou fazer alguém sair apressadamente
        6. fazer sair com força, puxar
        7. com implicacões da força superar força oposta
          1. fazer uma coisa se mover em linha reta até o seu alvo pretendido
        8. rejeitar com desprezo, rejeitar ou jogar fora
      2. sem noção de violência
        1. fazer sair, extrair, algo inserido em outra coisa
        2. fazer sair, gerar
        3. excetuar, omitir, i.e. não receber
        4. levar ou conduzir a algum lugar com uma força que não se pode resistir

    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    θεραπεύω


    (G2323)
    therapeúō (ther-ap-yoo'-o)

    2323 θεραπευω therapeuo

    do mesmo que 2324; TDNT - 3:128,331; v

    servir, realizar o serviço

    sarar, curar, restaurar a saúde


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κακῶς


    (G2560)
    kakōs (kak-oce')

    2560 κακως kakos

    de 2556; TDNT - 4:1091,*; adv

    miserável, estar doente

    impropriamente, erradamente

    falar mal de, expressar ódio contra alguém


    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄψιος


    (G3798)
    ópsios (op'-see-os)

    3798 οψιος opsios

    de 3796; adj

    1. tardio
    2. vespertino
      1. entre três e seis horas da tarde
      2. das seis horas da tarde até o começo da noite

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    προσφέρω


    (G4374)
    prosphérō (pros-fer'-o)

    4374 προσφερω prosphero

    de 4314 e 5342 (que inclue seu substituto); TDNT - 9:65,1252; v

    1. levar a, conduzir a
      1. alguém que pode curar uma pessoa ou estar pronto a mostrá-la alguma gentileza, alguém que pode julgar uma pessoa
      2. trazer um presente ou algo, alcançar ou pegar algo para alguém
      3. juntar
    2. ser impelido em direção a alguém, atacar, assaltar
      1. conduzir-se em direção a alguém, tratar ou lidar com alguém

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὅπως πληρόω ῥέω διά προφήτης Ἡσαΐας αὐτός λαμβάνω ἡμῶν ἀσθένεια καί βαστάζω νόσος
    Mateus 8: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Para que pudesse se cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías, dizendo: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
    Mateus 8: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 28
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2268
    Hēsaḯas
    Ἡσαΐας
    o queneu, marido de Jael, que matou Sísera cravando uma estaca na sua testa
    (Heber)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2983
    lambánō
    λαμβάνω
    descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
    (the Jebusites)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3554
    nósos
    νόσος
    queimar, ressecar, marcar
    (do be burned)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3704
    hópōs
    ὅπως
    faixa, fita, amuletos cobertos, falsos filactérios
    (pillows)
    Substantivo
    G4137
    plēróō
    πληρόω
    tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
    (might be fulfilled)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G769
    asthéneia
    ἀσθένεια
    um rio e vale que o circunda no sul da Palestina, forma a fronteira entre Moabe e os
    (of Arnon)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G941
    bastázō
    βαστάζω
    pegar com as mãos
    (to carry)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    Ἡσαΐας


    (G2268)
    Hēsaḯas (hay-sah-ee'-as)

    2268 Ησαιας Hesaias

    de origem hebraica 3470 ישעיהו; n pr m

    Isaías = “socorro de Javé”

    1. famoso profeta hebreu que profetizou no reinado de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λαμβάνω


    (G2983)
    lambánō (lam-ban'-o)

    2983 λαμβανω lambano

    forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

    1. pegar
      1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
        1. pegar algo para ser carregado
        2. levar sobre si mesmo
      2. pegar a fim de levar
        1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
      3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
        1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
          1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
        2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
        3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
        4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
        5. capturar, alcançar, lutar para obter
        6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
      4. pegar
        1. admitir, receber
        2. receber o que é oferecido
        3. não recusar ou rejeitar
        4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
        5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
      5. pegar, escolher, selecionar
      6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
    2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

    Sinônimos ver verbete 5877


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    νόσος


    (G3554)
    nósos (nos'-os)

    3554 νοσος nosos

    de afinidade incerta; TDNT - 4:1091,655; n f

    1. doença, enfermidade


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅπως


    (G3704)
    hópōs (hop'-oce)

    3704 οπως hopos

    de 3739 e 4459; partícula

    1. como, para que

    πληρόω


    (G4137)
    plēróō (play-ro'-o)

    4137 πληροω pleroo

    de 4134; TDNT - 6:286,867; v

    1. tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
      1. fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
        1. Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
    2. tornar pleno, i.e., completar
      1. preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
      2. consumar: um número
        1. fazer completo em cada particular, tornar perfeito
        2. levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
      3. efetuar, trazer à realização, realizar
        1. relativo a deveres: realizar, executar
        2. de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
        3. cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    ἀσθένεια


    (G769)
    asthéneia (as-then'-i-ah)

    769 ασθενεια astheneia

    de 772; TDNT - 1:490,83; n f

    1. falta de força, fraqueza, debilidade
      1. do corpo
        1. sua fraqueza natural e fragilidade
        2. saúde debilidada ou enfermidade
      2. da alma
        1. falta de força e capacidade requerida para
          1. entender algo
          2. fazer coisas grandes e gloriosas
          3. reprimir desejos corruptos
          4. suportar aflições e preocupações

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βαστάζω


    (G941)
    bastázō (bas-tad'-zo)

    941 βασταζω bastazo

    talvez remotamente derivado da raíz de 939 (através da idéia de remoção); TDNT - 1:596,102; v

    1. pegar com as mãos
    2. pegar a fim de carregar ou levar, colocar sobre a si mesmo (algo) para ser carregado
      1. levar o que é duro de suportar
    3. levar, carregar
      1. levar consigo
      2. sustentar, i.e. apoiar, suportar
    4. levar, tirar

    εἴδω Ἰησοῦς πολύς ὄχλος αὑτοῦ περί κελεύω ἀπέρχομαι εἰς πέραν
    Mateus 8: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ora, vendo Jesus grande multidão ao seu redor, deu ordens para que passassem para o outro lado.
    Mateus 8: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2753
    keleúō
    κελεύω
    um horeu, filho de Lotã, o filho de Seir
    (Hori)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3793
    óchlos
    ὄχλος
    impressão, inscrição, marca
    (and any)
    Substantivo
    G4008
    péran
    πέραν
    sobre
    (over)
    Preposição
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G565
    apérchomai
    ἀπέρχομαι
    declaração, discurso, palavra
    (to my speech)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    κελεύω


    (G2753)
    keleúō (kel-yoo'-o)

    2753 κελευω keleuo

    da palavra primária kello (incitar); v

    1. comandar, ordenar

    Sinônimos ver verbete 5844



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὄχλος


    (G3793)
    óchlos (okh'los)

    3793 οχλος ochlos

    de um derivado de 2192 (que significa veículo); TDNT - 5:582,750; n m

    1. multidão
      1. ajuntamento informal de pessoas
        1. multidão de pessoas que se reuniram em algum lugar
        2. tropel
      2. multidão
        1. povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância
        2. com desprezo: a multidão ignorante, o populacho
      3. multidão
        1. multidões, parece denotar grupo de pessoas reunidas sem ordem

    Sinônimos ver verbete 5927


    πέραν


    (G4008)
    péran (per'-an)

    4008 περαν peran

    aparentemente caso acusativo de um derivado absoleto de peiro (“furar”); adv

    1. através, do outro lado

    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    ἀπέρχομαι


    (G565)
    apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

    565 απερχομαι aperchomai

    de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

    1. ir embora, partir
      1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
    2. passar, terminar, abandonar
      1. de deixar maldades e sofrimentos
      2. de coisas boas roubadas de alguém
      3. de um estado transitório das coisas

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί προσέρχομαι εἷς γραμματεύς ἔπω αὐτός διδάσκαλος ἀκολουθέω σοί ἐάν ὅπου ἀπέρχομαι
    Mateus 8: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, chegando um certo escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.
    Mateus 8: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 29
    G1122
    grammateús
    γραμματεύς
    escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e
    (scribes)
    Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
    G1320
    didáskalos
    διδάσκαλος
    carne
    (the flesh)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3699
    hópou
    ὅπου
    onde
    (where)
    Advérbio
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G565
    apérchomai
    ἀπέρχομαι
    declaração, discurso, palavra
    (to my speech)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γραμματεύς


    (G1122)
    grammateús (gram-mat-yooce')

    1122 γραμματευς grammateus

    de 1121; TDNT - 1:740,127; n m

    1. escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
    2. na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
    3. professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus

    διδάσκαλος


    (G1320)
    didáskalos (did-as'-kal-os)

    1320 διδασκαλος didaskalos

    de 1321; TDNT - 2:148,161; n m

    1. professor
    2. no NT, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem
      1. alguém que é qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira
      2. os mestres da religião judaica
      3. daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, i.e., João Batista, Jesus
      4. pela sua autoridade, usado por Jesus para referir-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação
      5. dos apóstolos e de Paulo
      6. daqueles que, nas assembléias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito
      7. de falsos mestres entre os cristãos

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ὅπου


    (G3699)
    hópou (hop'-oo)

    3699 οπου hopou

    de 3739 e 4225;

    1. onde, enquanto que

    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀπέρχομαι


    (G565)
    apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

    565 απερχομαι aperchomai

    de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

    1. ir embora, partir
      1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
    2. passar, terminar, abandonar
      1. de deixar maldades e sofrimentos
      2. de coisas boas roubadas de alguém
      3. de um estado transitório das coisas

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί Ἰησοῦς αὐτός λέγω ἀλώπηξ ἔχω φωλεός καί πετεινόν οὐρανός κατασκήνωσις δέ υἱός ἄνθρωπος οὐ ἔχω ποῦ κλίνω κεφαλή
    Mateus 8: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Jesus lhe disse: As raposas têm tocas, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde deitar a sua cabeça.
    Mateus 8: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 29
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G258
    alṓpēx
    ἀλώπηξ
    uma raposa
    (foxes)
    Substantivo - nominativo Feminino no Plural
    G2682
    kataskḗnōsis
    κατασκήνωσις
    grama, alho-poró, grama verde, ervas
    (the leeks)
    Substantivo
    G2776
    kephalḗ
    κεφαλή
    uma montanha habitada por amorreus em Moabe; o lugar de onde Gideão retornou após
    (Heres)
    Substantivo
    G2827
    klínō
    κλίνω
    transitivamente
    (he might lay)
    Verbo - presente do subjuntivo ativo - 3ª pessoa do singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G4071
    peteinón
    πετεινόν
    que voa, alado
    (birds)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G4226
    poû
    ποῦ
    onde
    (Where)
    Advérbio
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5454
    phōleós
    φωλεός
    o 3o
    (and Sabtah)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀλώπηξ


    (G258)
    alṓpēx (al-o'-pakes)

    258 αλωπηξ alopex

    de derivação incerta; n f

    1. uma raposa
    2. metáf. astuto, velhaco

    κατασκήνωσις


    (G2682)
    kataskḗnōsis (kat-as-kay'-no-sis)

    2682 κατασκηνωσις kataskenosis

    de 2681; n n

    1. armação de tendas, acampamento
    2. lugar de permanência, acampamento, moradia
      1. do ninho de pássaros

    κεφαλή


    (G2776)
    kephalḗ (kef-al-ay')

    2776 κεφαλη kephale

    da palavra primária kapto (no sentido de ligar); TDNT - 3:673,429; n f

    1. cabeça, de seres humanos e freqüentemente de animais. Como a perda da cabeça destrói a vida, esta palavra é usada em frases relacionadas com a pena capital e extrema.
    2. metáf. algo supremo, principal, proeminente
      1. de pessoas, mestre senhor: de um marido em relação à sua esposa
      2. de Cristo: Senhor da Igreja
      3. de coisas: pedra angular

    κλίνω


    (G2827)
    klínō (klee'-no)

    2827 κλινω klino

    palavra raiz; v

    1. transitivamente
      1. inclinar, curvar
      2. fazer recuar
      3. reclinar
        1. num lugar para repouso
    2. intransitivamente
      1. inclinar-se
        1. do declínio do dia

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    πετεινόν


    (G4071)
    peteinón (pet-i-non')

    4071 πετεινον peteinon

    de um derivado de 4072; n n

    1. que voa, alado
    2. animal que voa ou tem asas, pássaros
      1. as aves do céu, i.e., voando no céu (ar)

    ποῦ


    (G4226)
    poû (poo)

    4226 που pou

    caso genitivo de um pronome interrogativo pos (o que) de outra forma arcaica (talvez do mesmo que 4225 usado com o ato de levantar indagação); adv

    algum lugar

    aproximadamente, quase

    com numerais: mais ou menos, cerca de


    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    φωλεός


    (G5454)
    phōleós (fo-leh-os')

    5454 φωλεος pholeos

    de derivativo incerto; n m

    buraco oculto, esconderijo

    toca


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    δέ ἕτερος μαθητής αὐτός ἔπω κύριος ἐπιτρέπω μοί ἀπέρχομαι πρῶτον θάπτω μοῦ πατήρ
    Mateus 8: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai.
    Mateus 8: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 29
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2010
    epitrépō
    ἐπιτρέπω
    passar para, transferir, comprometer, instruir
    (allow)
    Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Ativo - 2ª pessoa do singular
    G2087
    héteros
    ἕτερος
    o outro, próximo, diferente
    (other)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G2290
    tháptō
    θάπτω
    cinturão, cinto
    (loincloths)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3101
    mathētḗs
    μαθητής
    filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    ([pertained] to Joash)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4412
    prōton
    πρῶτον
    primeiro
    (first)
    Advérbio - superlativo
    G565
    apérchomai
    ἀπέρχομαι
    declaração, discurso, palavra
    (to my speech)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐπιτρέπω


    (G2010)
    epitrépō (ep-ee-trep'-o)

    2010 επιτρεπω epitrepo

    de 1909 e a raiz de 5157; v

    passar para, transferir, comprometer, instruir

    permitir, consentir, dar permissão


    ἕτερος


    (G2087)
    héteros (het'-er-os)

    2087 ετερος heteros

    de afinidade incerta TDNT - 2:702,265; adj

    1. o outro, próximo, diferente
      1. para número
        1. usado para diferenciar de alguma pessoa ou coisa anterior
        2. o outro de dois
      2. para qualidade
        1. outro: i.e. alguém que não é da mesma natureza, forma, classe, tipo, diferente

    Sinônimos ver verbete 5806


    θάπτω


    (G2290)
    tháptō (thap'-to)

    2290 θαπτω thapto

    raíz; v

    1. sepultar, enterrar

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μαθητής


    (G3101)
    mathētḗs (math-ay-tes')

    3101 μαθητης mathetes

    de 3129; TDNT - 4:415,552; n m

    1. aprendiz, pupilo, aluno, discípulo


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πρῶτον


    (G4412)
    prōton (pro'-ton)

    4412 πρωτον proton

    neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv

    1. primeiro em tempo ou lugar
      1. em qualquer sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro em posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro


    ἀπέρχομαι


    (G565)
    apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

    565 απερχομαι aperchomai

    de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

    1. ir embora, partir
      1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
    2. passar, terminar, abandonar
      1. de deixar maldades e sofrimentos
      2. de coisas boas roubadas de alguém
      3. de um estado transitório das coisas

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἔπω αὐτός δέ Ἰησοῦς ἀκολουθέω μοί καί ἀφίημι νεκρός θάπτω ἑαυτού νεκρός
    Mateus 8: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas Jesus disse-lhe: Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos.
    Mateus 8: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 29
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1438
    heautoû
    ἑαυτοῦ
    cortar, talhar, picar, derrubar, separar, cortar em dois, raspar
    (cut down)
    Verbo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G2290
    tháptō
    θάπτω
    cinturão, cinto
    (loincloths)
    Substantivo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3498
    nekrós
    νεκρός
    ser deixado, sobrar, restar, deixar
    (the remainder)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G863
    aphíēmi
    ἀφίημι
    um comandante geteu procedente de Gate no exército de Davi
    (the Ittai)
    Substantivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἑαυτοῦ


    (G1438)
    heautoû (heh-ow-too')

    1438 εαυτου heautou

    (incluindo todos os outros casos)

    de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron

    1. ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    θάπτω


    (G2290)
    tháptō (thap'-to)

    2290 θαπτω thapto

    raíz; v

    1. sepultar, enterrar

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    νεκρός


    (G3498)
    nekrós (nek-ros')

    3498 νεκρος nekros

    aparentemente de uma palavra primária nekus (cadáver); TDNT - 4:892,627; adj

    1. propriamente
      1. aquele que deu o seu último suspiro, sem vida
      2. falecido, morto, alguém de quem a alma esta no céu ou inferno
      3. destituído de vida, sem vida, inanimado
    2. metáf.
      1. espiritualmente morto
        1. destituído de vida que reconhece e é devotada a Deus, porque entreguou-se a transgressões e pecados
        2. inativo com respeito as feitos justos
      2. destituído de força ou poder, inativo, inoperante


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἀφίημι


    (G863)
    aphíēmi (af-ee'-ay-mee)

    863 αφιημι aphiemi

    de 575 e hiemi (enviar, uma forma intensiva de eimi, ir); TDNT - 1:509,88; v

    1. enviar para outro lugar
      1. mandar ir embora ou partir
        1. de um marido que divorcia sua esposa
      2. enviar, deixar, expelir
      3. deixar ir, abandonar, não interferir
        1. negligenciar
        2. deixar, não discutir agora, (um tópico)
          1. de professores, escritores e oradores
        3. omitir, negligenciar
      4. deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
      5. desistir, não guardar mais
    2. permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
    3. partir, deixar alguém
      1. a fim de ir para outro lugar
      2. deixar alguém
      3. deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
      4. desertar sem razão
      5. partir deixando algo para trás
      6. deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
      7. deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
      8. partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
      9. abandonar, deixar destituído

    καί ἐμβαίνω εἰς πλοῖον αὐτός μαθητής αὐτός ἀκολουθέω
    Mateus 8: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
    Mateus 8: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1684
    embaínō
    ἐμβαίνω
    ()
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3101
    mathētḗs
    μαθητής
    filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    ([pertained] to Joash)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4143
    ploîon
    πλοῖον
    ()
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐμβαίνω


    (G1684)
    embaínō (em-ba'-hee-no)

    1684 εμβαινω embaino

    de 1722 a a raíz de 939; v

    1. entrar, subir

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μαθητής


    (G3101)
    mathētḗs (math-ay-tes')

    3101 μαθητης mathetes

    de 3129; TDNT - 4:415,552; n m

    1. aprendiz, pupilo, aluno, discípulo


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πλοῖον


    (G4143)
    ploîon (ploy'-on)

    4143 πλοιον ploion

    de 4126; n n

    1. um navio

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί ἰδού γίνομαι ἔν θάλασσα μέγας σεισμός ὥστε πλοῖον καλύπτω ὑπό κύμα δέ καθεύδω
    Mateus 8: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eis que surgia uma grande tempestade no mar, de modo que o barco foi coberto com as ondas. Ele, porém, dormia.
    Mateus 8: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2281
    thálassa
    θάλασσα
    o mar
    (of [the] sea)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G2518
    katheúdō
    καθεύδω
    pai de Eliaquim, um oficial de Ezequias
    (of Hilkiah)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2572
    kalýptō
    καλύπτω
    cinquenta
    (fifty)
    Substantivo
    G2949
    kŷma
    κῦμα
    uma onda (vaga) esp. do mar ou de um lago
    (waves)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G4143
    ploîon
    πλοῖον
    ()
    G4578
    seismós
    σεισμός
    órgãos internos, partes internas, entranhas, intestinos, ventre
    (from your own body)
    Substantivo
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G5620
    hṓste
    ὥστε
    de modo a
    (so that)
    Conjunção
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θάλασσα


    (G2281)
    thálassa (thal'-as-sah)

    2281 θαλασσα thalassa

    provavelmente prolongado de 251; n f

    1. o mar
      1. usado para o mar em geral
      2. usado especificamente do Mar Mediterrâneo ou Mar Vermelho

    Sinônimos ver verbete 5931


    καθεύδω


    (G2518)
    katheúdō (kath-yoo'-do)

    2518 καθευδω katheudo

    de 2596 e heudo (dormir); TDNT - 3:431,384; v

    1. cair no sono
    2. dormir
      1. dormir normalmente
      2. eufemisticamente, estar morto
      3. metáf.
        1. cair em preguiça e pecado
        2. ser indiferente à própria salvação

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καλύπτω


    (G2572)
    kalýptō (kal-oop'-to)

    2572 καλυπτω kalupto

    semelhante a 2813 e 2928; TDNT - 3:536,405; v

    1. ocultar, cobrir
      1. esconder o conhecimento de algo

    κῦμα


    (G2949)
    kŷma (koo'-mah)

    2949 κυμα kuma

    de kuo (crescer [de novo], i.e, dobrar, curvar); n n

    1. uma onda (vaga) esp. do mar ou de um lago
      1. de pessoas impulsivas e impacientes, arrastados de um lado para outro por suas paixões violentas

    Sinônimos ver verbete 5857


    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    πλοῖον


    (G4143)
    ploîon (ploy'-on)

    4143 πλοιον ploion

    de 4126; n n

    1. um navio

    σεισμός


    (G4578)
    seismós (sice-mos')

    4578 σεισμος seismos

    de 4579; TDNT - 7:196,1014; n m

    agitação, comoção

    tempestade

    terremoto


    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    ὥστε


    (G5620)
    hṓste (hoce'-teh)

    5620 ωστε hoste

    de 5613 e 5037; partícula

    assim que, de tal modo que

    então, portanto


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί μαθητής προσέρχομαι ἐγείρω αὐτός λέγω κύριος σώζω ἡμᾶς ἀπόλλυμι
    Mateus 8: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E vindo até ele os seus discípulos, acordaram-no, dizendo: Senhor, salva-nos; estamos perecendo.
    Mateus 8: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1453
    egeírō
    ἐγείρω
    despertar, fazer levantar
    (having been awoken)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G4982
    sṓzō
    σώζω
    um sacerdote, filho de Joiaribe, na época de Joiaquim
    (Mattenai)
    Substantivo
    G622
    apóllymi
    ἀπόλλυμι
    reunir, receber, remover, ajuntar
    (and you shall gather)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐγείρω


    (G1453)
    egeírō (eg-i'-ro)

    1453 εγειρω egeiro

    provavelmente semelhante a raíz de 58 (pela idéia de estar em controle das próprias faculdades); TDNT - 2:333,195; v

    1. despertar, fazer levantar
      1. despertar do sono, acordar
      2. despertar do sono da morte, chamar de volta da morte para a vida
      3. fazer levantar de um assento ou cama etc.
      4. levantar, produzir, fazer aparecer
        1. fazer aparecer, trazer diante do público
        2. levantar-se, insurgir-se contra alguém,
        3. levantar i.e. fazer nascer
        4. de construções, levantar, construir, erigir

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    σώζω


    (G4982)
    sṓzō (sode'-zo)

    4982 σωζω sozo

    de uma palavra primária sos (contração da forma arcaica saos, “seguro”); TDNT - 7:965,1132; v

    1. salvar, manter são e salvo, resgatar do perigo ou destruição
      1. alguém (de dano ou perigo)
        1. poupar alguém de sofrer (de perecer), i.e., alguém sofrendo de uma enfermidade, fazer bem, curar, restaurar a saúde
        2. preservar alguém que está em perigo de destruição, salvar ou resgatar
      2. salvar no sentido técnico usado na Bíblia
        1. negativamente
          1. livrar das penalidade do julgamento messiânico
          2. livrar dos males que dificultam a recepção do livramento messiânico

    ἀπόλλυμι


    (G622)
    apóllymi (ap-ol'-loo-mee)

    622 αποολλυμι apollumi

    de 575 e a raiz de 3639; TDNT - 1:394,67; v

    1. destruir
      1. sair inteiramente do caminho, abolir, colocar um fim à ruína
      2. tornar inútil
      3. matar
      4. declarar que alguém deve ser entregue à morte
      5. metáf. condenar ou entregar a miséria eterna no inferno
      6. perecer, estar perdido, arruinado, destruído
    2. destruir
      1. perder

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    λέγω αὐτός καί τίς ἐστέ δειλός ὀλιγόπιστος τότε ἐγείρω ἐπιτιμάω ἄνεμος καί θάλασσα καί γίνομαι μέγας γαλήνη
    Mateus 8: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele lhes disse: Por que temeis, Oh! gente de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se grande bonança.
    Mateus 8: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1055
    galḗnē
    γαλήνη
    uma calma
    (a calm)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1169
    deilós
    δειλός
    ()
    G1453
    egeírō
    ἐγείρω
    despertar, fazer levantar
    (having been awoken)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2008
    epitimáō
    ἐπιτιμάω
    aqui
    (here)
    Advérbio
    G2281
    thálassa
    θάλασσα
    o mar
    (of [the] sea)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3640
    oligópistos
    ὀλιγόπιστος
    ()
    G417
    ánemos
    ἄνεμος
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5119
    tóte
    τότε
    então
    (Then)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γαλήνη


    (G1055)
    galḗnē (gal-ay'-nay)

    1055 γαληνη galene

    de derivação incerta; n f

    1. bonança, tranqüilidade (do mar), calmaria

    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δειλός


    (G1169)
    deilós (di-los')

    1169 δειλος deilos

    de deos (medo); adj

    1. tímido, medroso

    ἐγείρω


    (G1453)
    egeírō (eg-i'-ro)

    1453 εγειρω egeiro

    provavelmente semelhante a raíz de 58 (pela idéia de estar em controle das próprias faculdades); TDNT - 2:333,195; v

    1. despertar, fazer levantar
      1. despertar do sono, acordar
      2. despertar do sono da morte, chamar de volta da morte para a vida
      3. fazer levantar de um assento ou cama etc.
      4. levantar, produzir, fazer aparecer
        1. fazer aparecer, trazer diante do público
        2. levantar-se, insurgir-se contra alguém,
        3. levantar i.e. fazer nascer
        4. de construções, levantar, construir, erigir

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐπιτιμάω


    (G2008)
    epitimáō (ep-ee-tee-mah'-o)

    2008 επιτιμαοω epitimao

    de 1909 e 5091; TDNT - 2:623,249; v

    1. mostrar honra a, honrar
    2. aumentar o preço de
    3. julgar, outorgar, no sentido de penalidade merecida
    4. acusar, repreender, admoestar, exprobar, reprovar, censurar severamente
      1. admoestar ou exigir com severidade

    Sinônimos ver verbete 5884


    θάλασσα


    (G2281)
    thálassa (thal'-as-sah)

    2281 θαλασσα thalassa

    provavelmente prolongado de 251; n f

    1. o mar
      1. usado para o mar em geral
      2. usado especificamente do Mar Mediterrâneo ou Mar Vermelho

    Sinônimos ver verbete 5931


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀλιγόπιστος


    (G3640)
    oligópistos (ol-ig-op'-is-tos)

    3640 ολιγοπιστος oligopistos

    de 3641 e 4102; TDNT - 6:174,849; n f

    1. de pequena fé, que confia pouco

    ἄνεμος


    (G417)
    ánemos (an'-em-os)

    417 ανεμος anemos

    da raiz de 109; n m

    1. vento, uma agitação violenta e corrente de ar
    2. um vento tempestuoso muito forte
    3. as quatro direções ou os pontos cardeais, por isso os quatro cantos da terra

    Sinônimos ver verbete 5923


    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    τότε


    (G5119)
    tóte (tot'-eh)

    5119 τοτε tote

    do (neutro de) 3588 e 3753; adv

    então

    naquele tempo


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    δέ θαυμάζω ἄνθρωπος λέγω ποταπός ἐστί οὗτος ὅτι καί ἄνεμος καί θάλασσα αὐτός ὑπακούω
    Mateus 8: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas os homens se maravilharam, dizendo: Que espécie de homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?
    Mateus 8: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2281
    thálassa
    θάλασσα
    o mar
    (of [the] sea)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G2296
    thaumázō
    θαυμάζω
    cingir, vestir, cingir-se, colocar um cinto
    (girded)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G417
    ánemos
    ἄνεμος
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G4217
    potapós
    ποταπός
    lugar do nascer do sol, oriente
    (on the east)
    Substantivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G5219
    hypakoúō
    ὑπακούω
    uma especiaria
    (spices)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    θάλασσα


    (G2281)
    thálassa (thal'-as-sah)

    2281 θαλασσα thalassa

    provavelmente prolongado de 251; n f

    1. o mar
      1. usado para o mar em geral
      2. usado especificamente do Mar Mediterrâneo ou Mar Vermelho

    Sinônimos ver verbete 5931


    θαυμάζω


    (G2296)
    thaumázō (thou-mad'-zo)

    2296 θαυμαζω thaumazo

    de 2295; TDNT - 3:27,316; v

    admirar-se, supreender-se, maravilhar-se

    estar surpreendido, ser tido em admiração


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ἄνεμος


    (G417)
    ánemos (an'-em-os)

    417 ανεμος anemos

    da raiz de 109; n m

    1. vento, uma agitação violenta e corrente de ar
    2. um vento tempestuoso muito forte
    3. as quatro direções ou os pontos cardeais, por isso os quatro cantos da terra

    Sinônimos ver verbete 5923


    ποταπός


    (G4217)
    potapós (pot-ap-os')

    4217 ποταπος potapos

    aparentemente de 4219 e a raiz de 4226; adj

    1. de que país, nação ou tribo
    2. de que tipo ou qualidade (de que maneira)
      1. de pessoas
      2. de coisas

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    ὑπακούω


    (G5219)
    hypakoúō (hoop-ak-oo'-o)

    5219 υπακουω hupakouo

    de 5259 e 191; TDNT - 1:223,34; v

    1. ouvir, escutar
      1. de alguém que ao toque na porta vem ver quem é (responsabilidades de um porteiro)
    2. ouvir uma ordem
      1. obedecer, ser obediente a, submeter-se

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἔρχομαι αὐτός ἔρχομαι εἰς πέραν εἰς χώρα Γεργεσηνός ὑπαντάω αὐτός δύο δαιμονίζομαι ἐξέρχομαι ἐκ μνημεῖον λίαν χαλεπός ὥστε μή τίς ἰσχύω παρέρχομαι διά ἐκεῖνος ὁδός
    Mateus 8: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, tendo chegado ao outro lado, à região dos gergesenos, vieram-lhe ao encontro dois homens possuídos por demônios, que saíam dos sepulcros; tão ferozes eram que nenhum homem podia passar por aquele caminho.
    Mateus 8: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1046
    Gadarēnós
    Γαδαρηνός
    ()
    G1139
    daimonízomai
    δαιμονίζομαι
    estar sob o poder de um demônio.
    (being possessed by demons)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Plurak acusativo acusativo
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1417
    dýo
    δύο
    alguma coisa cortada, sulco, corte
    (the furrows)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G1831
    exérchomai
    ἐξέρχομαι
    ir ou sair de
    (will go forth)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2480
    ischýō
    ἰσχύω
    ser forte
    (it is potent)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3029
    lían
    λίαν
    ()
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3419
    mnēmeîon
    μνημεῖον
    objeto visível para preservar ou recordar a memória de alguém ou algo
    (tombs)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3598
    hodós
    ὁδός
    propriamente
    (route)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G3928
    parérchomai
    παρέρχομαι
    ensinado, instruído, discipulado
    (among my disciples)
    Adjetivo
    G4008
    péran
    πέραν
    sobre
    (over)
    Preposição
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5221
    hypantáō
    ὑπαντάω
    golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    (should kill)
    Verbo
    G5467
    chalepós
    χαλεπός
    uma cidade dos cananeus, geralmente ligada a Gomorra, localizada na área do mar Morto
    (to Sodom)
    Substantivo
    G5561
    chṓra
    χώρα
    especiaria
    (sweet)
    Substantivo
    G5620
    hṓste
    ὥστε
    de modo a
    (so that)
    Conjunção
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    Γαδαρηνός


    (G1046)
    Gadarēnós (gad-ar-ay-nos')

    1046 γαδαρηνος Gadarenos

    de Gadara (uma cidade ao leste do Jordão); adj

    Gadareno = “recompensa do fim”

    1. também chamados de Gergesenos. [Gadara] era a capital da Peréia, situada no lado oposto da extremidade sul do Lago de Genesaré ao sudeste, mas a alguma distância do lago, às margens do rio Hieromax

    δαιμονίζομαι


    (G1139)
    daimonízomai (dahee-mon-id'-zom-ahee)

    1139 δαιμονιζομαι daimonizomai

    voz média de 1142; TDNT - 2:19,137; v

    1. estar sob o poder de um demônio.

      No NT, estas são pessoas afligidas por enfermidades particularmente severas, tanto corporais como mentais (tais como paralisia, cegueira, surdez, perda da fala, epilepsia, melancolia, insanidade, etc.). Na opinião dos judeus, seus corpos eram invadidos por demônios, que os possuíam não apenas para afligir-los com males, mas também para destronar sua razão e tomar seu próprio lugar. Conseqüentemente, os possuídos eram compelidos a expressar a mente e consciência dos demônios que neles residiam. Acreditava-se que a cura deles requeria a expulsão dos demônios.


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    δύο


    (G1417)
    dýo (doo'-o)

    1417 δυο duo

    numeral primário; n indecl

    1. dois, par

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἐξέρχομαι


    (G1831)
    exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

    1831 εξερχομαι exerchomai

    de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

    1. ir ou sair de
      1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
        1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
        2. daqueles que são expelidos ou expulsos
    2. metáf.
      1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
      2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
      3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
      4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
      5. de coisas
        1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
        2. tornar-se conhecido, divulgado
        3. ser propagado, ser proclamado
        4. sair
          1. emitido seja do coração ou da boca
          2. fluir do corpo
          3. emanar, emitir
            1. usado de um brilho repentino de luz
            2. usado de algo que desaparece
            3. usado de uma esperança que desaparaceu

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἰσχύω


    (G2480)
    ischýō (is-khoo'-o)

    2480 ισχυω ischuo

    de 2479; TDNT - 3:397,378; v

    1. ser forte
      1. ser forte fisicamente, ser robusto, ter boa saúde
    2. ter poder
      1. ter poder, exibido através de feitos extraordinários
        1. externar, mostrar poder, ter a força para vencer
      2. ser uma força, ser eficaz
      3. ser útil
      4. ser capaz, poder

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λίαν


    (G3029)
    lían (lee'-an)

    3029 λιαν lian

    de afinidade incerta; adv

    1. grandemente, excedentemente, medida excessivamente além dos limites

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    μνημεῖον


    (G3419)
    mnēmeîon (mnay-mi'-on)

    3419 μνημειον mnemeion

    1. de 3420; TDNT - 4:680,596; n n

      objeto visível para preservar ou recordar a memória de alguém ou algo

      1. memorial, monumento, especificamente, um monumento sepulcral

        sepúlcro, tumba



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁδός


    (G3598)
    hodós (hod-os')

    3598 οδος hodos

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f

    1. propriamente
      1. caminho
        1. caminho transitado, estrada
      2. caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
    2. metáf.
      1. curso de conduta
      2. forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir

    παρέρχομαι


    (G3928)
    parérchomai (par-er'-khom-ahee)

    3928 παρερχομαι parerchomai

    de 3844 e 2064; TDNT - 2:681,257; v

    1. ir por, passar por
      1. de pessoas indo adiante
        1. passar por
      2. do tempo
        1. um ato que continua por um tempo
      3. metáf.
        1. morrer, perecer
        2. passar por (transpor), isto é, negligenciar, omitir, (transgredir)
        3. ser conduzido por, ser levado por, ser afastado

          chegar a, adiantar-se, chegar


    πέραν


    (G4008)
    péran (per'-an)

    4008 περαν peran

    aparentemente caso acusativo de um derivado absoleto de peiro (“furar”); adv

    1. através, do outro lado

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ὑπαντάω


    (G5221)
    hypantáō (hoop-an-tah'-o)

    5221 υπανταω hupantao

    de 5259 e um derivado de 473; TDNT - 3:625,419; v

    1. ir ao encontro, encontrar
    2. em referência militar
      1. de um encontro hostil

    χαλεπός


    (G5467)
    chalepós (khal-ep-os')

    5467 χαλεπος chalepos

    talvez de 5465 pela idéia de reduzir a força; adj

    1. difícil de fazer, de pegar, de aproximar-se
    2. difícil de tolerar, preocupante, perigoso
      1. duro, feroz, selvagem

    χώρα


    (G5561)
    chṓra (kho'-rah)

    5561 χωρα chora

    de um derivado da raiz de 5490 pela idéia de espaço vazio; n f

    1. espaço localizado entre dois lugares ou limites
    2. região ou país, i.e., um espaço de terreno
      1. região (rural) que cerca uma cidade ou vila, país
      2. região com cidades e vilas que cercam uma metrópole

        terra que lavrada ou cultivada, chão

    Sinônimos ver verbete 5875


    ὥστε


    (G5620)
    hṓste (hoce'-teh)

    5620 ωστε hoste

    de 5613 e 5037; partícula

    assim que, de tal modo que

    então, portanto


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί ἰδού κράζω τίς ἡμῖν καί σοί υἱός θεός ἔρχομαι ὧδε βασανίζω ἡμᾶς πρό καιρός
    Mateus 8: 29 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
    Mateus 8: 29 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2540
    kairós
    καιρός
    uma cidade em Aser, aparentemente não distante de Sidom-Rabá
    (and Hammon)
    Substantivo
    G2896
    krázō
    κράζω
    bom, agradável, amável
    ([it was] good)
    Adjetivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G4253
    pró
    πρό
    trança, cacho
    (locks)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5602
    hōde
    ὧδε
    aqui
    (here)
    Advérbio
    G928
    basanízō
    βασανίζω
    testar (metais) pelo pedra de toque, que é um pedra silicosa preta usada para testar a
    (tormented)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Singular nominativo


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καιρός


    (G2540)
    kairós (kahee-ros')

    2540 καιρος kairos

    de afinidade incerta; TDNT - 3:455,389; n m

    1. medida exata
    2. medida de tempo, maior ou menor porção de tempo, daí:
      1. tempo fixo e definido, tempo em que as coisas são conduzidas à crise, a esperada época decisiva
      2. tempo oportuno ou próprio
      3. tempo certo
      4. período limitado de tempo
      5. para o qual o tempo traz, o estado do tempo, as coisas e eventos do tempo

    Sinônimos ver verbete 5853


    κράζω


    (G2896)
    krázō (krad'-zo)

    2896 κραζω krazo

    palavra primária; TDNT - 3:898,465; v

    1. grasnar
      1. do grito de um corvo
      2. daí, gritar, berrar, vociferar
      3. clamar ou pedir por vingança
    2. chorar
      1. chorar alto, falar com uma voz alta

    Sinônimos ver verbete 5823


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    πρό


    (G4253)
    pró (pro)

    4253 προ pro

    preposição primária; TDNT - 6:683,935; prep

    1. antes

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ὧδε


    (G5602)
    hōde (ho'-deh)

    5602 ωδε hode

    da forma adverbial de 3592; adv

    1. aqui, para este lugar, etc.

    βασανίζω


    (G928)
    basanízō (bas-an-id'-zo)

    928 βασανιζω basanizo

    de 931; TDNT - 1:561,96; v

    1. testar (metais) pelo pedra de toque, que é um pedra silicosa preta usada para testar a pureza do ouro ou prata pela cor da listra que se forma nela ao friccioná-la com qualquer dos dois metais
    2. questionar através de tortura
    3. torturar
    4. vexar com com dores horríveis (no corpo ou na mente), atormentar
    5. ser molestado, afligido
      1. daqueles que no mar estão lutando com um vento contrário

    δέ ἦν βόσκω μακράν ἀπό αὐτός πολύς ἀγέλη χοῖρος
    Mateus 8: 30 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E havia a uma boa distância deles uma manada de muitos porcos alimentando-se.
    Mateus 8: 30 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1006
    bóskō
    βόσκω
    alimentar
    (feeding)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - nominativo feminino no singular
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G3112
    makrán
    μακράν
    rei de Judá, filho de Jeoaquim, e o penúltimo rei de Judá antes do cativeiro babilônico;
    (of Jehoiachin)
    Substantivo
    G34
    agélē
    ἀγέλη
    pobre, carente, necessitado
    (of your poor)
    Adjetivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G5519
    choîros
    χοῖρος
    ()
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    βόσκω


    (G1006)
    bóskō (bos'-ko)

    1006 βοσκω bosko

    uma forma prol. de um verbo primário, cf 977 e 1016; v

    1. alimentar
      1. retrata o dever de um mestre cristão de promover por todos os meios o bem estar espiritual dos membros da igreja

    Sinônimos ver verbete 5824


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    μακράν


    (G3112)
    makrán (mak-ran')

    3112 μακραν makran

    feminino acusativo singular de 3117 (3598 sendo subententido); TDNT - 4:372,549; adv

    longe, a grande distância

    longe de


    ἀγέλη


    (G34)
    agélē (ag-el'-ay)

    34 αγελη agele

    de 71 [cf 32]; n f

    1. manada de bois ou gado, um bando ou uma companhia; vara de porco

    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    χοῖρος


    (G5519)
    choîros (khoy'-ros)

    5519 χοιρος choiros

    de derivação incerta; n m

    1. suíno

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    δέ δαίμων αὐτός παρακαλέω εἰ ἡμᾶς ἐκβάλλω ἐπιτρέπω ἡμῖν εἰς ἀγέλη χοῖρος
    Mateus 8: 31 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Assim os demônios imploraram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos.
    Mateus 8: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1142
    daímōn
    δαίμων
    ()
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1544
    ekbállō
    ἐκβάλλω
    expulsar, expelir, mandar sair
    ( I might cast out)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 1ª pessoa do singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G34
    agélē
    ἀγέλη
    pobre, carente, necessitado
    (of your poor)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3870
    parakaléō
    παρακαλέω
    o nome primitivo de Betel e provavelmente o nome da cidade que fica próxima à
    ([was called] Luz)
    Substantivo
    G5519
    choîros
    χοῖρος
    ()
    G649
    apostéllō
    ἀποστέλλω
    ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    (having sent forth)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δαίμων


    (G1142)
    daímōn (dah'-ee-mown)

    1142 δαιμων daimon

    de daio (distribuir fortunas); TDNT - 2:1,137; n m/f

    1. deus, deusa
      1. deidade inferior, seja boa ou má
    2. no NT, espírito mau

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐκβάλλω


    (G1544)
    ekbállō (ek-bal'-lo)

    1544 εκβαλλω ekballo

    de 1537 e 906; TDNT - 1:527,91; v

    1. expulsar, expelir, mandar sair
      1. com noção de violência
        1. expelir (expulsar)
        2. expulsar
          1. do mundo, i.e. ser privado do poder e influência que se exerce no mundo
          2. uma coisa: excremento da barriga na fossa
        3. expelir uma pessoa de uma sociedade: banir de uma família
        4. compelir alguém a partir; mandar alguém partir, de modo severo ainda que não violento na linguagem
        5. empregado para expressar a idéia de que o movimento rápido de algo saindo é transferido para algo sendo lançado
          1. ordenar ou fazer alguém sair apressadamente
        6. fazer sair com força, puxar
        7. com implicacões da força superar força oposta
          1. fazer uma coisa se mover em linha reta até o seu alvo pretendido
        8. rejeitar com desprezo, rejeitar ou jogar fora
      2. sem noção de violência
        1. fazer sair, extrair, algo inserido em outra coisa
        2. fazer sair, gerar
        3. excetuar, omitir, i.e. não receber
        4. levar ou conduzir a algum lugar com uma força que não se pode resistir

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἀγέλη


    (G34)
    agélē (ag-el'-ay)

    34 αγελη agele

    de 71 [cf 32]; n f

    1. manada de bois ou gado, um bando ou uma companhia; vara de porco


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παρακαλέω


    (G3870)
    parakaléō (par-ak-al-eh'-o)

    3870 παρακαλεω parakaleo

    de 3844 e 2564; TDNT - 5:773,778; v

    1. chamar para o (meu) lado, chamar, convocar
    2. dirigir-se a, falar a, (recorrer a, apelar para), o que pode ser feito por meio de exortação, solicitação, conforto, instrução, etc.
      1. admoestar, exortar
      2. rogar, solicitar, pedir
        1. esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho
      3. consolar, encorajar e fortalecer pela consolação, confortar
        1. receber consolação, ser confortado
      4. encorajar, fortalecer
      5. exortando, confortando e encorajando
      6. instruir, ensinar

    χοῖρος


    (G5519)
    choîros (khoy'-ros)

    5519 χοιρος choiros

    de derivação incerta; n m

    1. suíno

    ἀποστέλλω


    (G649)
    apostéllō (ap-os-tel'-lo)

    649 αποστελλω apostello

    de 575 e 4724; TDNT - 1:398,67; v

    1. ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    2. mandar embora, despedir
      1. permitir que alguém parta, para que alcance a liberdade
      2. ordenar a partida de alguém, enviar
      3. expulsar

    Sinônimos ver verbete 5813


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὑπάγω ἔπω αὐτός δέ ἐξέρχομαι ἀπέρχομαι εἰς χοῖρος καί ἰδού πᾶς ἀγέλη ὁρμάω κρημνός κατά εἰς θάλασσα καί ἔν ὕδωρ ἀποθνήσκω
    Mateus 8: 32 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, entraram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos desceu violentamente pela encosta no mar, e pereceu nas águas.
    Mateus 8: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1831
    exérchomai
    ἐξέρχομαι
    ir ou sair de
    (will go forth)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G2281
    thálassa
    θάλασσα
    o mar
    (of [the] sea)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2596
    katá
    κατά
    treinar, dedicar, inaugurar
    (do dedicated)
    Verbo
    G2911
    krēmnós
    κρημνός
    ()
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G34
    agélē
    ἀγέλη
    pobre, carente, necessitado
    (of your poor)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3729
    hormáō
    ὁρμάω
    amarrar
    (to tie)
    Verbo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G5204
    hýdōr
    ὕδωρ
    água
    (water)
    Substantivo - Dativo neutro no Singular
    G5217
    hypágō
    ὑπάγω
    conduzir sob, trazer
    (Get you away)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G5519
    choîros
    χοῖρος
    ()
    G565
    apérchomai
    ἀπέρχομαι
    declaração, discurso, palavra
    (to my speech)
    Substantivo
    G599
    apothnḗskō
    ἀποθνήσκω
    estar irado, estar descontente, respirar de forma ofegante
    (was angry)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐξέρχομαι


    (G1831)
    exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

    1831 εξερχομαι exerchomai

    de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

    1. ir ou sair de
      1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
        1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
        2. daqueles que são expelidos ou expulsos
    2. metáf.
      1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
      2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
      3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
      4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
      5. de coisas
        1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
        2. tornar-se conhecido, divulgado
        3. ser propagado, ser proclamado
        4. sair
          1. emitido seja do coração ou da boca
          2. fluir do corpo
          3. emanar, emitir
            1. usado de um brilho repentino de luz
            2. usado de algo que desaparece
            3. usado de uma esperança que desaparaceu

    θάλασσα


    (G2281)
    thálassa (thal'-as-sah)

    2281 θαλασσα thalassa

    provavelmente prolongado de 251; n f

    1. o mar
      1. usado para o mar em geral
      2. usado especificamente do Mar Mediterrâneo ou Mar Vermelho

    Sinônimos ver verbete 5931


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κατά


    (G2596)
    katá (kat-ah')

    2596 κατα kata

    partícula primária; prep

    abaixo de, por toda parte

    de acordo com, com respeito a, ao longo de


    κρημνός


    (G2911)
    krēmnós (krame-nos')

    2911 κρημνος kremnos

    de 2910; n m

    1. penhasco, precipício

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἀγέλη


    (G34)
    agélē (ag-el'-ay)

    34 αγελη agele

    de 71 [cf 32]; n f

    1. manada de bois ou gado, um bando ou uma companhia; vara de porco


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὁρμάω


    (G3729)
    hormáō (hor-mah'-o)

    3729 ορμαω hormao

    de 3730; TDNT - 5:467,730; v

    colocar em movimento rápido, incitar, apressar

    arrojar para frente impetuosamente, impelir


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    ὕδωρ


    (G5204)
    hýdōr (hoo'-dore)

    5204 υδωρ hudor caso genitivo υδατος hudatos etc.

    da raiz de 5205; TDNT - 8:314,1203; n n

    1. água
      1. de água dos rios, das fontes, das piscinas
      2. da água do dilúvio
      3. da água em algum repositório da terra
      4. da água como elemento primário, da qual e por meio da qual o mundo existente antes do dilúvio formou-se e foi compactado
      5. das ondas do mar
      6. fig. usado de muitas pessoas

    ὑπάγω


    (G5217)
    hypágō (hoop-ag'-o)

    5217 υπαγω hupago

    de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

    conduzir sob, trazer

    retirar-se, ir embora, partir


    χοῖρος


    (G5519)
    choîros (khoy'-ros)

    5519 χοιρος choiros

    de derivação incerta; n m

    1. suíno

    ἀπέρχομαι


    (G565)
    apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

    565 απερχομαι aperchomai

    de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

    1. ir embora, partir
      1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
    2. passar, terminar, abandonar
      1. de deixar maldades e sofrimentos
      2. de coisas boas roubadas de alguém
      3. de um estado transitório das coisas

    ἀποθνήσκω


    (G599)
    apothnḗskō (ap-oth-nace'-ko)

    599 αποθνησκω apothnesko

    de 575 e 2348; TDNT - 3:7,312; v

    1. morrer
      1. de morte natural do ser humano
      2. de morte violenta de seres humanos ou animais
      3. perecer por meio de algo
      4. de árvores que secam, de sementes que apodrecem quando plantadas
      5. de morte eterna, estar sujeito ao sofrimento eterno no inferno

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    φεύγω βόσκω καί ἀπέρχομαι εἰς πόλις ἀπαγγέλλω πᾶς καί δαιμονίζομαι
    Mateus 8: 33 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Os que guardavam os porcos, foram pelo seu caminho para a cidade, e contaram tudo o que acontecera aos possuídos pelos demônios.
    Mateus 8: 33 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1006
    bóskō
    βόσκω
    alimentar
    (feeding)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - nominativo feminino no singular
    G1139
    daimonízomai
    δαιμονίζομαι
    estar sob o poder de um demônio.
    (being possessed by demons)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Plurak acusativo acusativo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G518
    apangéllō
    ἀπαγγέλλω
    se
    (If)
    Conjunção
    G5343
    pheúgō
    φεύγω
    fugir, procurar segurança pela fuga
    (flee)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G565
    apérchomai
    ἀπέρχομαι
    declaração, discurso, palavra
    (to my speech)
    Substantivo


    βόσκω


    (G1006)
    bóskō (bos'-ko)

    1006 βοσκω bosko

    uma forma prol. de um verbo primário, cf 977 e 1016; v

    1. alimentar
      1. retrata o dever de um mestre cristão de promover por todos os meios o bem estar espiritual dos membros da igreja

    Sinônimos ver verbete 5824


    δαιμονίζομαι


    (G1139)
    daimonízomai (dahee-mon-id'-zom-ahee)

    1139 δαιμονιζομαι daimonizomai

    voz média de 1142; TDNT - 2:19,137; v

    1. estar sob o poder de um demônio.

      No NT, estas são pessoas afligidas por enfermidades particularmente severas, tanto corporais como mentais (tais como paralisia, cegueira, surdez, perda da fala, epilepsia, melancolia, insanidade, etc.). Na opinião dos judeus, seus corpos eram invadidos por demônios, que os possuíam não apenas para afligir-los com males, mas também para destronar sua razão e tomar seu próprio lugar. Conseqüentemente, os possuídos eram compelidos a expressar a mente e consciência dos demônios que neles residiam. Acreditava-se que a cura deles requeria a expulsão dos demônios.


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    ἀπαγγέλλω


    (G518)
    apangéllō (ap-ang-el'-lo)

    518 απαγγελλω apaggello

    de 575 e a raiz de 32; TDNT - 1:64,10; v

    1. trazer novidades (de uma pessoa ou uma coisa), produzir notícia, noticiar
    2. proclamar, tornar abertamente conhecido, declarar

    φεύγω


    (G5343)
    pheúgō (fyoo'-go)

    5343 φευγω pheugo

    aparentemente, verbo primário; v

    fugir, procurar segurança pela fuga

    metáf. fugir (escapar ou evitar pela fuga) algo abominável, esp. vício

    ser salvo pelo vôo, escapar com segurança do perigo

    poeticalmente, escapar, desaparecer


    ἀπέρχομαι


    (G565)
    apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

    565 απερχομαι aperchomai

    de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

    1. ir embora, partir
      1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
    2. passar, terminar, abandonar
      1. de deixar maldades e sofrimentos
      2. de coisas boas roubadas de alguém
      3. de um estado transitório das coisas

    καί πόλις πᾶς ἐξέρχομαι εἰς συνάντησις Ἰησοῦς καί εἴδω αὐτός παρακαλέω ὅπως μεταβαίνω ἀπό ὅριον
    Mateus 8: 34 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus, e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse da sua região.
    Mateus 8: 34 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1831
    exérchomai
    ἐξέρχομαι
    ir ou sair de
    (will go forth)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3327
    metabaínō
    μεταβαίνω
    Isaac
    (Isaac)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3704
    hópōs
    ὅπως
    faixa, fita, amuletos cobertos, falsos filactérios
    (pillows)
    Substantivo
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3725
    hórion
    ὅριον
    fronteiras
    (vicinity)
    Substantivo - neutro neutro no Plural
    G3870
    parakaléō
    παρακαλέω
    o nome primitivo de Betel e provavelmente o nome da cidade que fica próxima à
    ([was called] Luz)
    Substantivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G5222
    hypántēsis
    ὑπάντησις
    ()
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐξέρχομαι


    (G1831)
    exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

    1831 εξερχομαι exerchomai

    de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

    1. ir ou sair de
      1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
        1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
        2. daqueles que são expelidos ou expulsos
    2. metáf.
      1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
      2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
      3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
      4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
      5. de coisas
        1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
        2. tornar-se conhecido, divulgado
        3. ser propagado, ser proclamado
        4. sair
          1. emitido seja do coração ou da boca
          2. fluir do corpo
          3. emanar, emitir
            1. usado de um brilho repentino de luz
            2. usado de algo que desaparece
            3. usado de uma esperança que desaparaceu

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μεταβαίνω


    (G3327)
    metabaínō (met-ab-ah'-ee-no)

    3327 μεταβαινω metabaino

    de 3326 e a raiz de 939; TDNT - 1:523,90; v

    1. passar de um lugar para outro, remover, partir


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅπως


    (G3704)
    hópōs (hop'-oce)

    3704 οπως hopos

    de 3739 e 4459; partícula

    1. como, para que

    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅριον


    (G3725)
    hórion (hor'-ee-on)

    3725 οριον horion

    de um derivado de uma palavra aparentemente primária horos (fronteira ou limite); n n

    1. fronteiras
      1. para uma região, distrito, terra, território

    παρακαλέω


    (G3870)
    parakaléō (par-ak-al-eh'-o)

    3870 παρακαλεω parakaleo

    de 3844 e 2564; TDNT - 5:773,778; v

    1. chamar para o (meu) lado, chamar, convocar
    2. dirigir-se a, falar a, (recorrer a, apelar para), o que pode ser feito por meio de exortação, solicitação, conforto, instrução, etc.
      1. admoestar, exortar
      2. rogar, solicitar, pedir
        1. esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho
      3. consolar, encorajar e fortalecer pela consolação, confortar
        1. receber consolação, ser confortado
      4. encorajar, fortalecer
      5. exortando, confortando e encorajando
      6. instruir, ensinar

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    ὑπάντησις


    (G5222)
    hypántēsis (hoop-an'-tay-sis)

    5222 υπαντησις hupantesis

    de 5221; TDNT - TDNT - 3:625,419; n f

    1. encontrar-se com

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo