Portanto, tudo quanto vos disserem fazei e observai , mas não façais de acordo com suas obras, pois eles dizem e não fazem.
BKJ
Tudo, pois, o que vos disserem, isso observai e fazei; porém não façais segundo as suas obras, porque eles dizem, e não fazem.
LTT
Todas as coisas, pois, todas- e- quaisquer- coisas que(os escribas e os fariseus)vos ordenarem obedecer, obedecei-as e fazei-as. Em conformidade, porém, com as obras deles, não procedais, porque dizem- ensinam, e não fazem;
BJ2
Portanto, fazei e observai tudo quanto vos disserem.[l] Mas não imiteis as suas ações, pois dizem, mas não fazem.
VULG
Omnia ergo quæcumque dixerint vobis, servate, et facite : secundum opera vero eorum nolite facere : dicunt enim, et non faciunt.
mt 23: 4
Versão
Versículo
ARA
Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
ARC
Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los;
TB
Atam fardos pesados e põem-nos sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
Amarram fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, porém eles mesmos, nem com o dedo deles querem movê-los.
BKJ
Porque eles atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem nos ombros dos homens; mas eles nem com seu dedo querem movê-los.
LTT
Atam, pois, fardos pesados e difíceis- de- suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles, porém, nem ainda com um dos seus próprios dedos os querem mover 414;
BJ2
Amarram fardos pesados e os põem sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos nem com um dedo se dispõem a movê-los.
VULG
Alligant enim onera gravia, et importabilia, et imponunt in humeros hominum : digito autem suo nolunt ea movere.
mt 23: 5
Versão
Versículo
ARA
Praticam, porém, todas as suas obrascom o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactériose alongam as suas franjas.
ARC
E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas dos seus vestidos,
TB
Praticam, porém, todas as suas obras para serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios, e alongam as suas fímbrias,
Vós, porém, não sejais chamados “Rabbi”, pois vosso Mestre é somente um, e todos vós sois irmãos.
BKJ
Mas vós não sereis chamados de Rabi, porque um só é o vosso Mestre, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
LTT
Vós, porém, que não sejais chamados de grande- professor, porque exatamente um é o vosso Mestre- Guia, a saber, o Cristo 415, e todos vós irmãos sois(uns dos outros).
BJ2
Quanto a vós,[o] não permitais que vos chamem "Rabi", pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos.
VULG
Vos autem nolite vocari Rabbi : unus est enim magister vester, omnes autem vos fratres estis.
mt 23: 9
Versão
Versículo
ARA
A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.
ARC
E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
TB
A ninguém sobre a terra chameis vosso pai, porque só um é vosso Pai, aquele que está no céu.
e aquele que exaltar a si mesmo será diminuído, e aquele que diminuir a si mesmo será exaltado.
BKJ
E aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado; e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
LTT
E, quem quer que exaltar a si mesmo, será humilhado; e, quem quer que a si mesmo se humilhar, será exaltado.
BJ2
Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado.
VULG
Qui autem se exaltaverit, humiliabitur : et qui se humiliaverit, exaltabitur.
mt 23: 13
Versão
Versículo
ARA
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!
ARC
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
TB
Mas ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem deixais entrar os que estão entrando .
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que cerrais o Reino dos Céus, diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando.
BKJ
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino do céu aos homens; pois nem vós entrais, nem deixais entrar os que estão entrando.
LTT
Ai, porém, de vós, ó escribas e ó fariseus, ó hipócritas! Pois que fechais o reinar dos céuS diante dos homens: porque nem vós entrais, nem mesmo àqueles que estão entrando tolerais entrar.
BJ2
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque bloqueais o Reino dos Céus diante dos homens! Pois vós mesmos não entrais, nem deixais entrar[r] os que querem fazê-lo!
VULG
Væ autem vobis scribæ et pharisæi hypocritæ, quia clauditis regnum cælorum ante homines ! vos enim non intratis, nec introëuntes sinitis intrare.
mt 23: 14
Versão
Versículo
ARA
[Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!]
ARC
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.
TB
[Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas sob pretextos de longas orações; por isso recebereis maior condenação.]
HD
{Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que devorais as casas das viúvas, orando com grande ostentação; por isso recebereis condenação mais severa}.
BKJ
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas, e sob pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis a maior condenação.
LTT
Ai de vós, ó escribas e ó fariseus, ó hipócritas! Pois que(completamente)devorais as casas das viúvas e, como um disfarce, estais fazendo- orações longas; por causa disso recebereis mais rigorosa condenação. 417
BJ2
[14][s]
VULG
Væ vobis scribæ et pharisæi hypocritæ, quia comeditis domos viduarum, orationes longas orantes ! propter hoc amplius accipietis judicium.
mt 23: 15
Versão
Versículo
ARA
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!
ARC
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
TB
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque rodeais o mar e a terra para fazerdes um prosélito; e, depois de feito, o tornais em dobro mais filho da Geena do que vós.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que percorreis o mar e a {terra} seca para fazer um prosélito e, quando se torna, o fazeis filho do Geena duas vezes mais que vós.
BKJ
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito, e depois de o terdes feito, o fazeis duas vezes mais filho do inferno do que vós.
LTT
Ai de vós, ó escribas e ó fariseus, ó hipócritas! Pois que percorreis ao redor do mar e da terra seca para fazer exatamente um prosélito; e, quando ele se torna(um prosélito), o fazeis um filho do Inferno ①duas vezes mais do que vós mesmos.
BJ2
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito,[t] mas, quando conseguis conquistá-lo, vós o tornais duas vezes mais digno da geena do que vós!
VULG
Væ vobis scribæ et pharisæi hypocritæ, quia circuitis mare, et aridam, ut faciatis unum proselytum, et cum fuerit factus, facitis eum filium gehennæ duplo quam vos.
mt 23: 16
Versão
Versículo
ARA
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!
ARC
Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
TB
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso nada é; mas quem jurar pelo ouro do santuário fica obrigado ao que jurou!
Ai de vós, guias de cegos, que dizem: Se alguém jura pelo Santuário , é nada; quem, porém, jura pelo ouro do Santuário, deve.
BKJ
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é um devedor.
LTT
Ai de vós, ó condutores cegos! Que estais dizendo: 'Todo- e- qualquer- homem que jurar pelo lugar- santo(do Templo), nada isso é; mas todo- e- qualquer- homem que jurar pelo ouro do lugar- santo(do Templo), devedor é.'
BJ2
Ai de vós, condutores cegos, que dizeis:[u] "Se alguém jurar pelo santuário, o seu juramento não o obriga, mas se jurar pelo ouro do santuário, o seu juramento o obriga".
VULG
Væ vobis duces cæci, qui dicitis : Quicumque juraverit per templum, nihil est : qui autem juraverit in auro templi, debet.
mt 23: 17
Versão
Versículo
ARA
Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
ARC
Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro?
TB
Néscios e cegos! Pois qual é maior, o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
Se alguém jura pelo altar , é nada; quem, porém, jura pela oferenda, {que está} sobre ele, deve.
BKJ
E aquele que jurar pelo altar, isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre ele, esse é um devedor.
LTT
E(estais dizendo): 'Todo- e- qualquer- homem que jurar pelo altar, nada isso é; mas todo- e- qualquer- homem que jurar pela oferta que está sobre ele, devedor é.'
BJ2
Dizeis mais: "Se alguém jurar pelo altar, não é nada, mas se jurar pela oferta que está sobre o altar, fica obrigado".
VULG
Et quicumque juraverit in altari, nihil est : quicumque autem juraverit in dono, quod est super illud, debet.
mt 23: 19
Versão
Versículo
ARA
Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
ARC
Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta?
TB
Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
E quem jurou pelo céu, está jurando pelo trono de Deus e por {aquele} que está sentado sobre ele.
BKJ
E, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus, e por aquele que está assentado sobre ele.
LTT
E aquele(homem)havendo jurado pelo céu, jura pelo trono de Deus e por Aquele estando- assentado sobre ele.
BJ2
E, por fim, aquele que jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.
VULG
et qui jurat in cælo, jurat in throno Dei, et in eo qui sedet super eum.
mt 23: 23
Versão
Versículo
ARA
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimoda hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!
ARC
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
TB
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque dizimais a hortelã, o endro e o cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, que são a justiça, a misericórdia e a fidelidade; essas coisas, porém, devíeis fazer sem omitirdes aquelas.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã , do endro e do cominho as {coisas} mais pesadas da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Deveis fazer estas {coisas} e não deixar aquelas.
BKJ
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque pagam o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido as questões importantes da lei, juízo, misericórdia e fé; essas coisas devíeis ter feito, e não deixar as outras por fazer.
LTT
Ai de vós, ó escribas e ó fariseus, ó hipócritas! Pois que pagais o dízimo da hortelã e do endro e do cominho, e desprezastes o mais importante da Lei: a justiça no julgar, e a misericórdia, e a fé; estas coisas era necessário fazerdes, e, àquelas, não lançar- para- longe.
BJ2
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho,[v] mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Importava praticar estas coisas, mas sem omitir aquelas.
VULG
Væ vobis scribæ et pharisæi hypocritæ, qui decimatis mentham, et anethum, et cyminum, et reliquistis quæ graviora sunt legis, judicium, et misericordiam, et fidem ! hæc oportuit facere, et illa non omittere.
mt 23: 24
Versão
Versículo
ARA
Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!
ARC
Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo.
TB
Guias cegos, que coais um mosquito e engolis um camelo!
Guias cegos, que coais um mosquito, e engolis um camelo.
LTT
Ó condutores cegos! Aquelesque estaiscoando- para- fora o mosquito mas, ao camelo, completamente- engolindo!
BJ2
Condutores cegos, que coais o mosquito e tragais o camelo!
VULG
Duces cæci, excolantes culicem, camelum autem glutientes.
mt 23: 25
Versão
Versículo
ARA
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
ARC
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade.
TB
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro estão cheios de rapina e de intemperança.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que limpais o {lado} de fora do copo e do prato, mas o {lado} de dentro está cheio do {que provém do} saque e da intemperança.
BKJ
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o lado de fora do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de extorsão e transgressão.
LTT
Ai de vós, ó escribas e ó fariseus, ó hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato; interiormente, porém, eles(copo e prato)estão cheios provenientes- de- dentro- de roubo- com- violência, e de ausência- de- domínio- próprio.
BJ2
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estais cheios de rapina[x] e de intemperança!
VULG
Væ vobis scribæ et pharisæi hypocritæ, quia mundatis quod deforis est calicis et paropsidis ; intus autem pleni estis rapina et immunditia !
mt 23: 26
Versão
Versículo
ARA
Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!
ARC
Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
TB
Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior se torne limpo!
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior se torne limpo.
BKJ
Tu fariseu cego! Limpa primeiro o que está dentro do copo e do prato, para que também o lado de fora seja limpo também.
LTT
Ó fariseU cego! Limpa primeiramente o interior do copo e do prato, a fim de que também o exterior deles se torne limpo.
BJ2
Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior fique limpo!
VULG
Pharisæe cæce, munda prius quod intus est calicis, et paropsidis, ut fiat id, quod deforis est, mundum.
mt 23: 27
Versão
Versículo
ARA
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados,que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!
ARC
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
TB
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que, por fora, parecem realmente vistosos, mas, por dentro, estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que vos assemelhais a sepulcros caiados , os quais se mostram vistosos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda impureza.
BKJ
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de homens mortos e de toda a impureza.
LTT
Ai de vós, ó escribas e ó fariseus, ó hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros tendo sido caiados: os quais, por fora, em verdade, parecem formosos; interiormente, porém, estão cheios de ossos dos(homens)mortos e de toda a imundícia.
BJ2
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão.
VULG
Væ vobis scribæ et pharisæi hypocritæ, quia similes estis sepulchris dealbatis, quæ a foris parent hominibus speciosa, intus vero pleni sunt ossibus mortuorum, et omni spurcitia !
mt 23: 28
Versão
Versículo
ARA
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
ARC
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
TB
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
Assim, também vós, por fora vos mostrais justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade .
BKJ
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
LTT
Assim, também vós, exteriormente, em verdade, pareceis aos homens como se fosseis justos; interiormente, porém, cheios estais de hipocrisia e de desprezo- às- leis.
BJ2
Assim também vós: por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
VULG
Sic et vos a foris quidem paretis hominibus justi : intus autem pleni estis hypocrisi et iniquitate.
mt 23: 29
Versão
Versículo
ARA
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos
ARC
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos.
TB
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque erigis os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos
Serpentes, raça de víboras! Como fugireis do julgamento da Geena?
BKJ
Serpentes, geração de víboras, como podeis escapar da condenação do inferno?
LTT
Ó serpentes, ó descendência de víboras! Como escapardes para longe da condenação do Inferno ①?
BJ2
Serpentes! Raça de víboras! Como haveis de escapar ao julgamento da geena?
VULG
Serpentes, genimina viperarum, quomodo fugietis a judicio gehennæ ?
mt 23: 34
Versão
Versículo
ARA
Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade;
ARC
Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade;
TB
Por isso é que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis, a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade;
Por isso, vede! Eu vos envio profetas, sábios e escribas; {a uns} deles matareis e crucificareis, {a outros} deles açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade,
BKJ
Portanto, eis que eu vos envio profetas, homens sábios e escribas; a alguns deles matareis e crucificareis; e a outros açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade.
LTT
Por causa disso, eis que Eu envio até vós profetas e sábios e escribas; e, aunsprovenientes- de- dentro- deles, matareis e crucificareis; e, a outros provenientes- de- dentro- deles, açoitareis nas vossas sinagogas, e os perseguireis desde junto de cada cidade até dentro decadacidade;
BJ2
Por isso vos envio profetas, sábios e escribas.[a] A uns matareis e crucificareis, a outros açoitareis em vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade.
VULG
Ideo ecce ego mitto ad vos prophetas, et sapientes, et scribas, et ex illis occidetis, et crucifigetis, et ex eis flagellabitis in synagogis vestris, et persequemini de civitate in civitatem :
mt 23: 35
Versão
Versículo
ARA
para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abelaté ao sangue de Zacarias,filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar.
ARC
Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar.
TB
para que venha sobre vós todo o sangue dos justos derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar.
a fim de que venha sobre vós todo sangue justo derramado sobre a terra; desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias , filho de Baraquias, que matastes entre o Santuário e o altar.
BKJ
Para que sobre vós possa vir todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o templo e o altar.
LTT
Para que venha sobre vós todo o sangue justo estando sendo derramado- para- fora sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, ao qual matastes entre o lugar- santo(do Templo)e o altar.
BJ2
E assim cairá sobre vós todo o sangue dos justos derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias,[b] que matastes entre o santuário e o altar.
VULG
ut veniat super vos omnis sanguis justus, qui effusus est super terram, a sanguine Abel justi usque ad sanguinem Zachariæ, filii Barachiæ, quem occidistis inter templum et altare.
mt 23: 36
Versão
Versículo
ARA
Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre a presente geração.
ARC
Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.
TB
Em verdade vos digo que tudo isso virá sobre esta geração.
Amém vos digo: Todas estas {coisas} virão sobre esta geração.
BKJ
Na verdade eu vos digo que todas estas coisas sobrevirão sobre esta geração.
LTT
Em verdade vos digo que virão todas estas coisas sobre esta geração.
BJ2
Em verdade vos digo: tudo isso sobrevirá a esta geração!
VULG
Amen dico vobis, venient hæc omnia super generationem istam.
mt 23: 37
Versão
Versículo
ARA
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!
ARC
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
TB
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar teus filhos, como uma galinha ajunta os do seu ninho debaixo das suas asas, e tu não o quiseste!
Jerusalém, Jerusalém! A que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis juntar teus filhos, do modo como uma galinha junta seus pintainhos, debaixo das asas, e não quiseste!
BKJ
Ó Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes eu quis ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste!
LTT
Jerusalém, Jerusalém, a(cidade)que estámatando os profetas, e matando- por- apedrejamento aqueles tendo sido enviados até ti #! Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como uma galinha ajunta os pintinhos dela debaixo das asas dela, e vós não quisestes!
BJ2
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas[c] e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes[d] quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha recolhe os seus pintinhos debaixo das suas asas, e não o quiseste!
VULG
Jerusalem, Jerusalem, quæ occidis prophetas, et lapidas eos, qui ad te missi sunt, quoties volui congregare filios tuos, quemadmodum gallina congregat pullos suos sub alas, et noluisti ?
mt 23: 38
Versão
Versículo
ARA
Eis que a vossa casa vos ficará deserta.
ARC
Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta;
TB
Eis aí vos é deixada a vossa casa.
BGB
ἰδοὺ ἀφίεται ὑμῖν ὁ οἶκος ὑμῶν ⸀ἔρημος.
HD
Vede! Vossa casa é deixada deserta para vós!
BKJ
Eis que a vossa casa é deixada desolada.
LTT
Eis que a vossa casa vos é deixada deserta;Jr 22:5
BJ2
Eis que a vossa casa vos ficará abandonada[e]
VULG
Ecce relinquetur vobis domus vestra deserta.
mt 23: 39
Versão
Versículo
ARA
Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer:Bendito o que vem em nome do Senhor!
ARC
Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.
TB
Declaro-vos, pois, que, desde agora, não me vereis mais, até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
Pois eu vos digo: Não me vereis, de agora até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.
BKJ
Porque eu vos digo que desde agora não me vereis mais, até que digais: Bendito seja o que vem em nome do Senhor.
LTT
Porque Eu vos digo que de modo nenhum Me vejais mais, desde agora, até que digais: 'Tendo sido bendito é Aquele que está vindo em o nome de o Senhor.'Sl 118:26
BJ2
pois eu vos digo: não me vereis, desde agora, até o dia em que direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor!"[f]
VULG
Dico enim vobis, non me videbitis amodo, donec dicatis : Benedictus, qui venit in nomine Domini.
Referências Cruzadas
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:1
Ajuntando-se, entretanto, muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos, primeiramente, do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
este Esdras subiu de Babilônia; e era escriba hábil na Lei de Moisés, dada pelo Senhor, Deus de Israel; e, segundo a mão do Senhor, seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
E tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que está na tua mão, põe regedores e juízes que julguem a todo o povo que está dalém do rio, a todos os que sabem as leis de teu Deus, e ao que as não sabe as fareis saber.
E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estavam em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, e Sema, e Anaías, e Urias, e Hilquias, e Maaseias; e à sua mão esquerda, Pedaías, e Misael, e Malquias, e Hasum, e Hasbadana, e Zacarias, e Mesulão.
Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas e amam assaudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:3
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
E ele lhe disse: Ai de vós também, doutores da lei,que carregais os homens com cargas difíceis de transportar, e vós mesmos nem ainda com um dos vossos dedos tocais essas cargas!
Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás,que outra carga vos não porei.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:5
E te será por sinal sobre tua mão e por lembrança entre teus olhos; para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto, com mão forte, o Senhor te tirou do Egito.
Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nas bordas das suas vestes façam franjas, pelas suas gerações; e nas franjas das bordas porão um cordão azul.
Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos,
E disse-lhes: Vós sois os que vosjustificais a vós mesmos diante dos homens,mas Deus conhece o vosso coração, porqueo que entre os homens é elevado perante Deus é abominação.
o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:6
Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas e amam assaudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes;
E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, bom é que nós estejamos aqui e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.
Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele.
E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.
Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.
E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes.
E Eliseu estava doente da sua doença de que morreu; e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!
O filho honrará o pai, e o servo, ao seu senhor; e, se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? ? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome e dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?
Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.
Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.
Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele;porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:13
Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?
Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho; a espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá.
Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia.
Seus pais disseram isso, porque temiam os judeus, porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.
E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
Mas oque a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.
tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:15
Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, entre os povos da terra, se fizeram judeus; porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles.
Eu, porém, vos digo quequalquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de racaserá réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco seráréu do fogo do inferno.
Portanto, se o teu olho direito te escandalizar,arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
Vóstendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípioe não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
E, despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos religiosos seguiram Paulo e Barnabé, os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça de Deus.
Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio, que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.
Mas os judeus desobedientes, movidos de inveja, tomaram consigo alguns homens perversos dentre os vadios, e, ajuntando o povo, alvoroçaram a cidade, e, assaltando a casa de Jasom, procuravam tirá-los para junto do povo.
Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.
entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:16
Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe:É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim, esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe,
Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:17
quanto aos incensários daqueles que pecaram contra a sua alma, deles se façam folhas estendidas para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante o Senhor; pelo que santos são e serão por sinal aos filhos de Israel.
Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?
Qualquer,pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
Ide, porém, e aprendei o que significa:Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
Mas ai de vós,fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras.
Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.
Mas também estes erram por causa do vinho e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte, andam errados na visão e tropeçam no juízo.
e, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal, e as camas.
Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
Vi as tuas abominações, e os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição sobre os outeiros no campo; ai de ti, Jerusalém! Não te purificarás? Até quando ainda?
Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis, ó casa de Israel?
Ohomem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.
E todo aquele que sobre a face do campo tocar a algum que for morto pela espada, ou outro morto, ou aos ossos de algum homem, ou a uma sepultura, será imundo sete dias.
Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
E disse-lhes: Vós sois os que vosjustificais a vós mesmos diante dos homens,mas Deus conhece o vosso coração, porqueo que entre os homens é elevado perante Deus é abominação.
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:29
E o Senhor, Deus de seus pais, lhes enviou a sua palavra pelos seus mensageiros, madrugando e enviando-lhos, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação.
Portanto, eis queeu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:31
E eis que vós, uma multidão de homens pecadores, vos levantastes em lugar de vossos pais para ainda mais acrescentar o ardor da ira do Senhor contra Israel.
E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:33
Eu, porém, vos digo quequalquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de racaserá réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco seráréu do fogo do inferno.
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
Vóstendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípioe não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;
De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?
Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus,
E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:34
E o Senhor, Deus de seus pais, lhes enviou a sua palavra pelos seus mensageiros, madrugando e enviando-lhos, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação.
Quando, pois,vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israelsem que venha o Filho do Homem.
E ele disse-lhes: Por isso, todo escriba instruído acerca do Reino dos céus é semelhante a um pai de famíliaque tira do seu tesouro coisas novas e velhas.
Masrecebereis a virtude doEspírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eistestemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio, que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.
Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.
E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim.
E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Mateus 23:35
E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
Assim, não profanareis a terra em que estais; porque o sangue faz profanar a terra; e nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que se derramar nela, senão com o sangue daquele que o derramou.
De mais disso, também Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu a Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado, com que fez pecar a Judá, fazendo o que era mal aos olhos do Senhor.
E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo e lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do Senhor? Portanto, não prosperareis; porque deixastes o Senhor, também ele vos deixará.
Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade; e a terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.
Sabei, porém, com certeza, que, se me matardes a mim, trareis sangue inocente sobre vós, e sobre esta cidade, e sobre os seus habitantes, porque, na verdade, o Senhor me enviou a vós para dizer aos vossos ouvidos todas estas palavras.
Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.
Quando, pois,vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israelsem que venha o Filho do Homem.
E o Senhor, Deus de seus pais, lhes enviou a sua palavra pelos seus mensageiros, madrugando e enviando-lhos, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação.
Porém se obstinaram, e se revoltaram contra ti, e lançaram a tua lei para trás das suas costas, e mataram os teus profetas, que protestavam contra eles, para que voltassem para ti; assim fizeram grandes abominações.
Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.
Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que, com a minha repreensão, faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, pois não têm água e morrem de sede.
Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos.
Porque, deveras, protestei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, até ao dia de hoje, madrugando, e protestando, e dizendo: Dai ouvidos à minha voz.
Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até este dia (que é o ano vinte e três), veio a mim a palavra do Senhor, e vo-la anunciei a vós, madrugando e falando; mas vós não escutastes.
E vos enviei todos os meus servos, os profetas, madrugando, e enviando, e dizendo: Convertei-vos, agora, cada um do seu mau caminho, e fazei boas as vossas ações, e não sigais a outros deuses para servi-los; e assim ficareis na terra que vos dei a vós e a vossos pais; mas não inclinastes os ouvidos, nem me obedecestes a mim.
E não sejais como vossos pais, aos quais clamavam os primeiros profetas, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Convertei-vos, agora, dos vossos maus caminhos e das vossas más obras. Mas não ouviram, nem me escutaram, diz o Senhor.
Jerusalém,Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?
então, destruirei Israel da terra que lhes dei; e a esta casa, que santifiquei a meu nome, lançarei longe da minha presença, e Israel será por ditado e motejo, entre todos os povos.
então, os arrancarei da minha terra que lhes dei, e lançarei da minha presença esta casa que consagrei ao meu nome, e farei com que seja por provérbio e mote entre todas as gentes.
Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,
E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.
Certamente não terei mais piedade dos moradores desta terra, diz o Senhor, mas eis que entregarei os homens cada um na mão do seu companheiro e na mão do seu rei; eles ferirão a terra, e eu não os livrarei da sua mão.
Ora, quando vós virdesa abominação do assolamento, que foi predito, estar onde não deve estar (quem lê, que entenda), então, os que estiverem na Judeia, quefujam para os montes;
Eis que a vossa casa se vos deixarádeserta. E em verdade vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que ostempos dos gentios se completem.
Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.
E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.
E as multidões, tanto as que iam adiante como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
Tudopor meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.
Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido.
Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 23
: 2
cadeira
Lit. “cátedra”, que significa “cadeira”. Nas sinagogas era comum reservar-se um assento macio com encosto para que o mestre, autorizado, pudesse ensinar. Estes assentos ficavam na plataforma, de frente para a congregação, e de costas para a arca na qual eram guardados os rolos da Torah.
Caixinhas de couro, contendo tiras de pergaminho com porções das escrituras, que eram atadas à mão esquerda e à testa. As quatro passagens das Escrituras comumente registradas nessas tiras de pergaminho eram Ex 13:2-10; Ex13 11:17; Dt 6:49; Dt 11:13-21
Mateus 23
: 5
orlas
Lit. “orla, borda, franja das vestes”. Na orla ou borda das vestes judaicas masculinas eram feitos bordados com fio azul-púrpura (Nm 15:38-39). Trata-se de um preceito cuja função era evocar a necessidade de cumprimento dos demais preceitos (619 segundo Maimônides). Desse modo, essa orla era sinal característico dos fiéis observadores da Torah.
Mateus 23
: 6
primeiro reclinatório
Lugar de honra em um jantar, ao lado do dono da casa ou do anfitrião. No Oriente, é relevante o local na mesa, onde o convidado se reclinar para comer, pois evidencia a reputação, posição social do convidado.
Mateus 23
: 6
ceias
Lit. “refeição principal do dia (geralmente o jantar)”, banquete.
Mateus 23
: 6
cadeiras
Lit. “cátedra”, que significa “cadeira”. Nas sinagogas era comum reservar-se um assento macio com encosto para que o mestre, autorizado, pudesse ensinar.
Estes assentos ficavam na plataforma, de frente para a congregação, e de costas para a arca na qual eram guardados os rolos da Torah.
Mateus 23
: 7
“Rabbi”
Em aramaico, significa “meu Mestre”.
Mateus 23
: 10
Cristo
Trata-se do “Messias” da tradição judaica, palavra hebraica, cuja tradução para o grego é “Cristo”.
Mateus 23
: 11
servidor
Lit. “aquele que serve, que presta serviço, que executa tarefas”.
Mateus 23
: 12
exaltar
Lit. “alçar, elevar, engrandecer; exaltar (em sentido metafórico)”.
Mateus 23
: 12
diminuído
Lit. “se rebaixar, se diminuir, se humilhar”.
Mateus 23
: 13
cerrais
Lit. “cerrar, trancar, fechar”. Parece fazer referência à porta de acesso ao Reino, cerrada no rosto dos homens pelos escribas e fariseus.
Mateus 23
: 13
diante dos
Lit. “perante a face, diante de”. Expressão idiomática semítica muito utilizada nas Escrituras. Em português temos uma expressão semelhante “fechar a porta na cara de alguém”.
Mateus 23
: 14
severa}
Esse versículo não é aceito pela crítica textual contemporânea, pois além de estar ausente dos manuscritos mais antigos, quebra a estrutura literária da passagem, composta de sete “Ais”.
Mateus 23
: 15
Geena
Transcrição do vocábulo aramaico “Gê Hinnam” (γεέννης) (Vale do Hinnom), local em que estava situado o altar de Moloch, onde eram queimadas vivas as crianças, em oferenda àquela divindade pagã. O Rei Josias destruiu o local do culto, transformando-o em depósito de lixo de Jerusalém e monturo onde se lançavam os cadáveres de animais, para ser tudo queimado. Após a morte do Rei Josias, o culto a Moloch foi restabelecido. Os apócrifos atribuem ao vale o símbolo do castigo dos maus, passando o local a representar o castigo que purifica os pecadores, também conhecido como “vale dos gemidos”. Essa tradição popular estava viva na época de Jesus.
Mateus 23
: 16
Santuário
Lit. “habitação, habitação de um Deus, templo”. No Novo Testamento, esse vocábulo se refere com frequência ao santuário do Templo de Jerusalém, conhecido pelo nome de “Santo”, local onde eram encontradas várias peças de ouro.
Mateus 23
: 16
é nada
Fórmula para um juramento não obrigatório “é nada”. Uma expressão idiomática utilizada nos juramentos em que a pessoa não se obrigava legalmente a cumpri-los.
Mateus 23
: 16
deve
Lit. “estar obrigado a, estar endividado (dever); ser devido (dívida), ser obrigatório”. Fórmula para um juramento obrigatório “deve (está obrigado a cumprir)”. Uma expressão idiomática utilizada nos juramentos em que a pessoa se obrigava legalmente a cumpri-los.
Mateus 23
: 18
altar
Lit. “altar das ofertas queimadas”.
Mateus 23
: 18
é nada
Fórmula para um juramento não obrigatório “é nada”. Uma expressão idiomática utilizada nos juramentos em que a pessoa não se obrigava legalmente a cumpri-los.
Mateus 23
: 18
deve
Lit. “estar obrigado a, estar endividado (dever); ser devido (dívida), ser obrigatório”. Fórmula para um juramento obrigatório “deve (está obrigado a cumprir)”. Uma expressão idiomática utilizada nos juramentos em que a pessoa se obrigava legalmente a cumpri-los.
Mateus 23
: 23
pagais
Lit. “pagar/dar a décima parte de”. Refere-se à obrigação de dar a décima parte dos produtos colhidos da terra (Lv 27:30-32; Nm 18:20-32). Nessa época, os fariseus e escribas estendiam essa obrigação à colheita dos mais insignificantes produtos da terra.
Mateus 23
: 23
hortelã
Lit. “hortelã, menta”.
Mateus 23
: 23
endro
Lit. “endro”, erva (planta herbácea aromática) usada como condimento.
Mateus 23
: 23
cominho
Lit. “cominho (cuminum salivum)”, planta nativa do Egito e Síria, cujas sementes são aromáticas, de sabor amargo e picante, utilizadas como condimento.
Mateus 23
: 23
as {coisas} mais pesadas
Referência explícita à terminologia rabínica “leve/pesado” utilizada como método de interpretação das Escrituras, com a finalidade de se extrair preceitos a serem, ou não, observados.
Mateus 23
: 23
justiça
Lit. “juízo, julgamento”. Trata-se de expediente linguístico em que se utiliza um vocábulo que nomeia a parte para fazer referência ao todo. No caso, o termo “julgamento, juízo” diz respeito à justiça como um todo. É também uma prática comum na exegese rabínica.
Mateus 23
: 23
fé
πιστις -(pistis) / πίστει - (pistei) Lit. “fé , fidelidade”. Em hebraico, a palavra possui os dois sentidos.
Mateus 23
: 25
limpais
Lit. “limpar, lavar, purificar”.
Mateus 23
: 25
copo
Lit. “taça, copo”.
Mateus 23
: 25
saque
Lit. “saque, pilhagem, rapina, roubo (violento)”, em suma, aquilo que é obtido por práticas violentas ou desonestas.
Lit. “branqueados com cal, tornados brancos”. Antes da Páscoa, era costume caiar os sepulcros, para que as pessoas não os tocassem acidentalmente, ficando contaminadas cerimonialmente, em prejuízo da celebração da festa.
Mateus 23
: 28
iniquidade
Lit. “sem lei ou fora da lei”. O termo “anomia” (sem lei) significa ausência de lei, lacuna legislativa, ausência de regra. No caso, a expressão “iniquidade” transmite parcialmente o sentido.
Mateus 23
: 29
edificais
A edificação de monumentos para marcar os sepulcros dos heróis nacionais de Israel talvez tenha se iniciado durante o reinado de Herodes, o grande, que edificou um monumento no túmulo de Davi.
Mateus 23
: 29
adornais
Lit. “adornar, decorar, embelezar, enfeitar; pôr em ordem, organizar”.
Mateus 23
: 30
estivéssemos
Lit. “estivéssemos existindo”.
Mateus 23
: 30
cúmplices
Expressão idiomática que faz referência ao assassinato dos profetas pelos líderes do povo hebreu, na época.
Mateus 23
: 32
completais
Lit. “encher, tornar cheio; completar; realizar, cumprir”. Visto que a exegese rabínica evita uma abordagem puramente abstrata das escrituras, era comum perguntar-se: “Quem cumpriu esse trecho da escritura”. Essa indagação levava os intérpretes a citar personagens, sobretudo os patriarcas, com o objetivo de demonstrar o cumprimento da escritura em suas vidas, e a escritura sendo cumprida (vivenciada) por suas vidas. No caso em tela, o “cumprimento” se dará com a crucificação de Jesus.
Mateus 23
: 35
Zacarias
No cânone judaico, “Gênesis” era o primeiro livro e “Crônicas (1 e 2)” o último. Nesse caso, Jesus estaria citando o primeiro assassinato bíblico (Gn 4:8) e o último (2Cr 24:20-22), ou seja, os assassinatos de Abel e Zacarias, respectivamente. Por outro lado, o Zacarias que foi assassinado não era o filho de Baraquias, razão pela qual alguns estudiosos atribuem essa filiação a possível confusão com o Zacarias citado em Is 8: Esse tipo de erro é frequente no Evangelho de Mateus, sobretudo em sua genealogia de Jesus.
Mateus 23
: 35
Santuário
Lit. “habitação, habitação de um Deus, templo”. No Novo Testamento, esse vocábulo se refere com frequência ao santuário do Templo de Jerusalém, conhecido pelo nome de “Santo”, local onde eram encontradas várias peças de ouro.
Mateus 23
: 35
altar
Lit. “altar das ofertas queimadas”.
Mateus 23
: 36
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.
Notas de rodapé da LTT
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414
Mt 23:4 "...nem... os querem mover:" Isto inclui não querer ajudar as outras pessoas a suportar os fardos que lançam nas costas delas. Mas vai além: em relação a si mesmos, não dão tanta importância aos fardos que estão sobre si e que lançam sobre os ombros de outras pessoas, ou não fazem tanta força para removê-los de si mesmos. Nos jejuns, e muitas outras regras que inventaram, fazem as cargas mais leves para si mesmos e mais pesadas para os outros.
①
"filactérios" eram 2 pequeninas caixas cúbicas de couro, contendo minutas tiras de pergaminho com passagens da Lei, e usadas no antebraço esquerdo e na testa, durante as orações matinais dos dias da semana.
416
Mt 23:8-10 - Como os romanistas erram extremamente por se ajoelharem ante outro homem, lhe beijarem as mãos ou pés, implorarem serem abençoados por ele, e o considerarem e chamarem de "meu sublime PADRE [que significa ‘pai']"! E chamarem, ao maioral deles, de "Sua Santidade, meu Representante e Substituto de o Cristo, meu infalível e supremo PAPA [que significa ‘pai']"!
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO
JERUSALÉM E SEUS ARREDORES Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.
UM CENTRO RELIGIOSO O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados. As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.
PALÁCIOS Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"
A FORTALEZA ANTÔNIA Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.
OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.
TÚMULOS No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.
FORA DA CIDADE A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.
A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.
Jerusalém no período do Novo Testamento Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.
Lucas 24:50 Jerusalem no período do Novo TestamentoJerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO
537-520 a.C.
SESBAZAR De acordo com Esdras 2:64, um total de 42.360 judeus aceitaram o desafio de voltar a Jerusalém. Não se sabe ao certo a proporção que esse número representa em relação a todos os judeus exilados na Babilônia. O historiador Josefo diz que muitos não se mostraram dispostos a deixar seus bens para trás.' A volta dos judeus foi liderada por Sesbazar, o príncipe de Judá.? O povo levou consigo os utensílios do templo do Senhor que Nabucodonosor havia tirado de Jerusalém.' Sua jornada de volta a Jerusalém provavelmente foi realizada em 537 a.C.
OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS Desse ponto em diante, Sesbazar sai de cena e seu lugar como líder de Judá é ocupado por Zorobabel, filho de Sealtiel e neto de Joaquim. Assim que chegaram, os judeus reconstruíram o altar e voltaram a oferecer sacrifícios. No ano seguinte, lançaram os alicerces do novo templo. O livro de Esdras registra emoções conflitantes: "E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa. Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz [...] muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria." Esdras 3:11b-12 Essa alegria durou pouco, pois, quando sua oferta para ajudar foi recusada, os descendentes dos povos reassentados em Samaria contrataram conselheiros para trabalhar contra os judeus e frustrar seus planos. Assim, as obras no templo ficaram paradas durante o restante do reinado de Ciro e de seu filho, Cambises II (530-522 a.C.), dezesseis anos, no total. Em 400 a.C., os samaritanos obtiveram autorização dos persas para construir um templo ao Senhor no monte Gerizim, próximo a Siquém
UM NOVO COMEÇO: DARIO, AGEU E ZACARIAS A morte de Cambises em 522 a.C. foi seguida de uma luta pelo trono da Pérsia. Quem saiu vitorioso foi Dario, filho do sátrapa Histaspes e membro de uma linhagem secundária da família real. Sua ascensão ao trono da Pérsia é relatada na famosa inscrição em pedra de Behistun, ou Bisitun, a cerca de 30 km de Kermansha, no Irà. (Essa inscrição em babilônio, elamita e pers antigo foi usada para decifrar o sistema de escrita cuneiform da Mesopotâmia.) Em 520 a.C., quando Dario havia se firmado no poder, o Senhor levantou dois profetas: Ageu e Zacarias, para instar o povo a concluir o templo,5 Ageu foi objetivo e direto: "Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? (Ag 1:4). O Senhor falou a Zacarias por meio de várias visões: "Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela!" (Zc 4:6-7). As obras sofreram mais atrasos quando Tatenai, O governador da província dalém do Eufrates, quis saber quem havia autorizado os judeus a reconstruir o templo. Felizmente para os judeus, uma cópia do decreto de Ciro foi encontrada na cidade de Ecbatana (atual cidade iraniana de Hamadà), na província da Média. As palavras dos profetas surtiram o efeito desejado. As obras do templo foram reiniciadas no vigésimo quarto dia do sexto mês (21 de setembro de 520 a.C.) e completadas três anos e meio depois, no terceiro dia de adar (12 de março de 516 a.C.).° O templo de Zorobabel, uma construção menor e menos ornamentada do que o templo de Salomão, foi substituído posteriormente pelo templo suntuoso de Herodes. É possível que parte das pedras do templo de Zorobabel tenha sido preservada.
DARIO Dario (522-486 a.C.) foi um rei guerreiro bem-sucedido. Seus grandes feitos são celebrados pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso (atual Bodrum, no sudoeste da Turquia). Usando uma ponte de barcos que atravessava o Bósforo até o norte da atual Istambul, Dario conquistou os citas do sudeste da Rússia e toda a região dos Bálcás que ficava ao sul do rio Danúbio. Também abriu um canal ligando o rio Nilo ao mar Vermelho e registrou suas obras em quatro estelas de granito vermelho. Seu único insucesso foi a expedição contra a Grécia. Uma tempestade na costa próxima ao monte Atos, na região norte da Grécia, destruiu grande parte de sua frota. Em 490 a.C., as embarcações persas que resistiram à tempestade lançaram âncora na baía de Maratona, na costa leste da península de Ática, apenas 40 km de Atenas. Uma vez que não receberam ajuda dos espartanos, os atenienses tiveram de enfrentar os persas sozinhos. Conseguiram fazer os persas recuarem para o mar e capturaram sete de suas embarcações. Os persas deram meia volta e regressaram à Ásia. Exasperados com essa derrota, organizaram uma invasão muito maior sob o comando de Xerxes, filho de Dario (486 465 a.C.), dez anos depois. Império Persa Os persas dominaram um império que começava no mar Egeu e se estendia até o rio Indo. O rei persa Cambises conquistou o Egito em 525 a.C., e os reis persas Dario e Xerxes empreenderam campanhas malogradas contra a Grécia em 490 e 480 a.C.Muro leste do Templo. Junção da construção herodiana esmerada (à esquerda) com partes edificadas anteriormente. Acredita-se que a parte mais antiga pertencia ao templo de Zorobabel.Persépolis, onde se encontram as ruínas de Apadana, o salão de audiências de Dario I (522-486 a.C.).
As condições climáticas de Canaã
CHUVA No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11). Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm). O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.
O CALENDÁRIO DE CANAÃ Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.
SECAS Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24). terra cultivável no vale de DotachuvasTemperaturas na PalestinaTemperaturas na Palestina
A Agricultura de Canaã
A VEGETAÇÃO NATURAL A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).
O REINO ANIMAL A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).
CULTURAS O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.
A CRIAÇÃO DE ANIMAIS Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.
Uma descrição de Canaã "Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18 ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
GEOLOGIA DA PALESTINA
GEOLOGIA Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.
Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum.
Do abismo a cobriste, como uma veste; as águas ficaram acima das montanhas.
Fugiram sob tua repreensão;
à voz do teu trovão, puseram-se em fuga.
As montanhas elevaram-se, e os vales desceram, até o lugar que lhes determinaste.
Estabeleceste limites para que não os ultrapassassem e voltassem a cobrir a terra.
(SI 104:5-9)
Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno. Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada. Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele. Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais. A Geologia da Palestina
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIA Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates). não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens. Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12). O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado. As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho. Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente. Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29). É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito. Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos. Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril. É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
água como símbolo de bênção (Nm 24:6-7; Is 41:17-20; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is 43:19-21; Jr 31:10-14; Ez 47:1-12; Zc 8:12-14.8; Ap 22:1-2). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez 30:12; Na 1.4);
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais. O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo. Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água. Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh). Os solos da PalestinaMontanhas e rios da PalestinaÍndice pluviométrico na Palestina
CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:
(1) acesso à água; (2) disponibilidade de recursos naturais; (3) topografia da região; (4) topografia do lugar; (5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.
O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza. Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C. A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso. Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares. A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas. Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49. 2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.
A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados. A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7). A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.
Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização. Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável. Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes. Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:
itinerários percorridos por cristãos da Antiguidade (e.g., Etéria, o Peregrino de Bordéus, Teodósio, Antônio Mártir, Beda, o Venerável, Willibald):
geógrafos árabes (e.g., Istakhri, Idrisi, Abulfeda, Ibn Battuta);
escritos de autoria de cruzados e pós-cruzados (e.g., Saewulf, Daniel, o Abade, Frettelus, Pedro Diácono, Burchard de Monte Sião, Marino Sanuto, Rabi Benjamin de Tudela, Rabi Eshtori Haparhi, Ludolph von Suchem, Felix Fabri);
pioneiros ou geógrafos desde o início da Idade Moderna (e.g., Quaresmio, van Kootwijck, Seetzen, Burchardt, Robinson, Reland, Niebuhr, Thomsen, Ritter, Conder, Abel, Musil, Dalman, Albright, Glueck, Aharoni, Rainey) Contudo, a análise literária deve ser acompanhada da análise topográfica. Qualquer dado documental disponível tem de ser correlacionado a lugares já conhecidos de uma determinada área e avaliado numa comparação com a gama de outros tells do terreno ao redor - tells que podem ser igualmente candidatos a uma identificação com o lugar bíblico. Quando a identificação de um lugar é proposta, o tamanho e a natureza do local têm de cumprir as exigências de identificação: qual é seu tamanho? Que vestígios arqueológicos são encontrados ali (e.g., muralhas, construções monumentais, detalhes arqueológicos próprios)? Quais e quantos outros sítios são encontrados em sua vizinhança? Além disso, as ruínas desse lugar têm de datar do(s) período (s) exigido(s) pela identificação.
De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística. Principais cidades da PalestinaPrincipais cidades da PalestinaPrincipais sítios arqueológicos no mundo bíblicoPrincipais sítios arqueológicos da Palestina
ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo. Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício. A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.
No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn 14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era. Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava. Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio. Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo. Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.) , os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.
DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura. Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos. Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos. Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros. Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade. Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros. Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil. Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas. Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:
Abraão, vindo de Berseba (Gn 22:4), avistou o monte Moria (com quase toda certeza nas vizinhancas de Jerusalém) no terceiro dia de sua viagem, e os dois lugares estão separados por cerca de 80 quilômetros.
Vindos de Afeque, Davi e seus homens chegaram em Ziclague no terceiro dia (1Sm 30:1) e, aqui de novo, os dois lugares estão separados por apenas pouco mais de 80 quilômetros.
Cades-Barneia (Ain Qadeis) ficava a 11 dias de viagem do Horebe (no iebel Musa ou perto dele) pela estrada que passava pelo monte Seir (Dt 1:2), e cerca de 305 quilômetros separam os dois lugares.
Uma marcha de Jerusalém para a capital de Moabe (Ouir-Haresete), pelo "caminho de Edom" durava sete dias. e a distância aproximada envolvida nessa rota era de cerca de 185 quilômetros (2Rs 3:5-10).
A Bíblia conta que a caravana de judeus liderada por Esdras partiu da fronteira babilônica (quer tenha sido de Hit, quer de Awana) no dia 12 do primeiro mês (Ed 8:31) e chegou em Jerusalém no dia primeiro do quinto mês (Ed 7:9), o que significa que a jornada levou pouco mais de três meses e meio. Tendo em vista a rota provável percorrida por Esdras e seus compatriotas (8.22,31 - 0 caminho mais curto e mais perigoso adiante de Tadmor, eles viajaram cerca de 1.440 quilômetros em pouco mais de 100 dias, mas o tamanho e a composição de sua caravana podem ter impedido médias diárias maiores.
Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).
A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido. Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco. De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã. De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade. Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.
A ESTRADA REAL Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21. 22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.
A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.
VIAGEM POR MAR As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem. Rotas de Transporte do mundo bíblicoRotas Marítimas do mundo Greco-RomanoAs estradas da Palestina
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMA À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte. A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19). 2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1). 3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo. Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste. Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13. 15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".
ARBORIZAÇÃO Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.); (2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.); (3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18). Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina. Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos. Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos. É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8). Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6). A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina. O Clima no Oriente Médio no VerãoO Clima no Oriente Médio no InvernoTabela do clima da Palestina
Apêndices
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus
Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 1)
Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)
Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.
Roboão: 17 anos
980
Abias (Abião): 3 anos
978
Asa: 41 anos
937
Jeosafá: 25 anos
913
Jeorão: 8 anos
c. 906
Acazias: 1 ano
c. 905
Rainha Atalia: 6 anos
898
Jeoás: 40 anos
858
Amazias: 29 anos
829
Uzias (Azarias): 52 anos
Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.
Jeroboão: 22 anos
c. 976
Nadabe: 2 anos
c. 975
Baasa: 24 anos
c. 952
Elá: 2 anos
Zinri: 7 dias (c. 951)
Onri e Tibni: 4 anos
c. 947
Onri (sozinho): 8 anos
c. 940
Acabe: 22 anos
c. 920
Acazias: 2 anos
c. 917
Jeorão: 12 anos
c. 905
Jeú: 28 anos
876
Jeoacaz: 14 anos
c. 862
Jeoacaz e Jeoás: 3 anos
c. 859
Jeoás (sozinho): 16 anos
c. 844
Jeroboão II: 41 anos
Lista de profetas
Joel
Elias
Eliseu
Jonas
Amós
Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)
Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.
Jotão: 16 anos
762
Acaz: 16 anos
746
Ezequias: 29 anos
716
Manassés: 55 anos
661
Amom: 2 anos
659
Josias: 31 anos
628
Jeoacaz: 3 meses
Jeoiaquim: 11 anos
618
Joaquim: 3 meses e 10 dias
617
Zedequias: 11 anos
607
Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono
Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.
Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses
Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792
c. 791
Salum: 1 mês
Menaém: 10 anos
c. 780
Pecaías: 2 anos
c. 778
Peca: 20 anos
c. 758
Oseias: 9 anos a partir de c. 748
c. 748
Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III
740
A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim
Lista de profetas
Isaías
Miqueias
Sofonias
Jeremias
Naum
Habacuque
Daniel
Ezequiel
Obadias
Oseias
Livros
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Jesus era chamado quase sempre de rabi, quer dizer, mestre. Esse título não era oficial; era como o povo se dirigia aos que ensinavam e tinham discípulos. O clero em Israel era formado por níveis hierárquicos, a começar pelo sumo sacerdote em exercício. O comandante do Templo era o assistente do sumo sacerdote e gerenciava os outros sacerdotes chefes. Esse cargo era pressuposto para se tornar sumo sacerdote. Abaixo do comandante do Templo estava o sacerdote que regulava o revezamento dos 24 grupos de sacerdotes que, dispersos pela Judeia e pela Galileia, compareciam uma vez a cada 24 semanas em Jerusalém, alternadamente, para oficiar as atividades diárias do Templo junto à população (holocaustos, sacrifícios pelos pecados, sacrifícios de reparação e de comunhão). Cada grupo de sacerdotes possuía seu respectivo chefe. Todos somavam aproximadamente 7.200 sacerdotes. Zacarias, pai de João Batista, era um deles, da classe de Abias, a oitava das 24 classes. Isabel, sua mulher, era filha de sacerdote. (LUCAS, 1:5.) Nas festas, todos os grupos de sacerdotes eram convocados conjuntamente para suprir as enormes demandas de atividades.
Depois do chefe do revezamento semanal, estavam os chefes das quatro a nove seções diárias que faziam parte da seção semanal. Na ordem hierárquica seguinte, vinha um sacerdote chefe destacado para zelar pela vigilância do Templo, que dispunha da guarda. Mais abaixo na hierarquia, funcionavam pelo menos três sacerdotes chefes tesoureiros, com vários auxiliares. Eles administravam as finanças do Templo: as rendas, os capitais, os contratos, as vendas de oferendas e as compras. Por fim, como assistentes subalternos estavam os levitas, que constituíam o “baixo clero”, sem serem sacerdotes, divididos igualmente em 24 seções semanárias. O grupo mais eminente de levitas era formado pelos cantores e músicos das liturgias do Templo. O outro grupo reunia os demais funcionários, cerca de 9.600 levitas: guardas, porteiros, faxineiros etc. Foi essa guarda levítica, reforçada pelos guardas do sumo sacerdote em exercício e por soldados romanos, que prendeu Jesus. (JOÃO, 18:3.) Alguns levitas tinham destaque no campo intelectual; eram escribas, como José Barnabé, um dos líderes da cristandade primitiva, companheiro de Paulo em sua primeira viagem apostólica. O título de sacerdote e de levita músico era transmitido por herança. Não havia outra forma de aquisição dessas dignidades. Uma pesquisa detalhada da genealogia do candidato era feita nos arquivos do Templo para se verificar a pureza da descendência. A idade canônica para tornar-se sacerdote era de 20 anos. Israel era uma teocracia. O clero se localizava no topo sociopolítico e econômico da classe alta, que era composta também pela nobreza leiga, não religiosa. A nobreza sacerdotal era fabulosamente rica, enquanto os sacerdotes comuns recebiam baixos salários. Todos aqueles classificados como chefes tinham jurisdição sobre os demais sacerdotes e integravam o Sinédrio, a corte suprema da nação, junto com os sumos sacerdotes passados, os escribas e os anciãos, num total de 71 membros.
O Sinédrio, assim, tinha formação tríplice: sacerdotes, escribas e anciãos. Aqueles chamados anciãos, ou, conforme LUCAS, 19:47, os “chefes do povo”, os notáveis, os grandes de Israel, representavam a nobreza leiga, os chefes de família não sacerdotes, de expressão política e econômico- financeira. Era o caso de José de Arimateia. Grande parte dos membros da nobreza leiga eram saduceus. Os saduceus constituíam um partido religioso fundado próximo de 250 a.C.; sua doutrina aceitava Deus, mas negava a ressurreição dos mortos, ou seja, a imortalidade da alma, e preceituava gozar o mais possível dos bens que a Providência divina favorecesse para a vida terrena. Uma vida sábia e honrada seria recompensada na vida física; o sucesso material seria símbolo de uma vida religiosamente pura. Pode-se dizer que eram os materialistas e sensualistas de Israel. Invariavelmente eram ricos, e os sacerdotes que ocupavam os lugares principais na hierarquia do Templo, sobretudo o sumo sacerdote, costumavam ser saduceus. Após a guerra contra os romanos, entre 66 e 70 d.C., a nobreza leiga e a nobreza sacerdotal, saduceias, entram em declínio. Uma nova classe ascende, a dos escribas, os doutores da Lei. Diferentemente dos nobres leigos e sacerdotes, os escribas não se baseavam em privilégio de origem, e alguns escribas famosos tiveram até sangue pagão. Pessoas de todas as camadas sociais podiam ser escribas, embora a maior parte deles fosse das camadas do povo, não abastadas: mercadores, artesãos, carpinteiros, fabricantes de tendas, trabalhadores diaristas, quase miseráveis, como o célebre Hilel, da Babilônia. Pouquíssimos escribas eram ricos na época de Jesus. Aqiba, o venerado doutor da Lei, e sua mulher dormiam sobre a palha no inverno; Yuda ben Elai tinha uma só capa, que ele e a mulher usavam alternadamente para sair, e seis dos seus discípulos só tinham um casaco para se cobrirem. Nicodemos e Gamaliel (ATOS DOS APÓSTOLOS, 22:3), ao contrário, eram doutores de famílias nobres e ricas, e vestiam a túnica dos escribas de posses, em forma de filactérios, caindo até os pés, com longas franjas. (MATEUS, 23:5.) Joachim Jeremias (2005, p. 320) salienta que o saber era o único e exclusivo fator do poder dos escribas. Quem desejasse se agregar a eles seguia um ciclo regular de estudos em alguns anos, passando de discípulo a rabi. Até os 40 anos, seria “doutor não ordenado”. Alcançada essa idade, era recebido, mediante ordenação, na corporação dos doutores. Estava, com isso, autorizado a fornecer pareceres sobre questões religiosas e legais, inclusive ser juiz em processos criminais e civis. Aliás, no século I, vários cargos importantes da administração pública, anteriormente ocupados apenas por sacerdotes e nobres, estavam dominados pelos escribas. No tempo de Jesus, o título de rabi ainda era dado como título honorífico geral, mesmo a quem não houvesse adquirido formação acadêmica, ou rabínica. A designação estava em evolução. Só mais adiante seria reservada exclusivamente aos escribas ordenados. O grande prestígio dos escribas se concentrava não somente no serem detentores do conhecimento, mas especialmente no serem portadores de conhecimentos esotéricos, não revelados aos leigos, a ciência secreta sobre as maravilhas da criação, do homem e de bar nasa, o “Filho do Homem”. Para essas questões, os ensinos eram particulares e versavam sobre teosofia e cosmogonia. Os ensinamentos esotéricos não constituíam teses isoladas, mas verdadeiros sistemas doutrinários atribuídos à inspiração divina. Do ponto de vista histórico e social, os escribas são os possuidores da ciência secreta de Deus e são os sucessores dos profetas. O povo venerava os escribas como antes fizera aos profetas. À passagem deles, as pessoas se levantavam; nos banquetes, ocupavam os primeiros lugares; nas sinagogas, lugares exclusivos eram destinados a eles. (JEREMIAS, 2005, p. 323-328.) Jesus também reservara muitos ensinos estritamente aos ouvidos dos apóstolos e discípulos. Nicodemos, quando o visitou, estava interessado em aprofundamentos quanto ao reino de Deus e à salvação, e obteve a confirmação da reencarnação. Na carta aos HEBREUS, 5:13 e 14, Paulo observa que a criancinha apenas amamenta, não pode degustar algo que curiosamente chama de “doutrina da justiça”; os adultos, porém, possuem o senso moral exercitado para discernir o bem e o mal, e recebem alimento sólido. A ascensão dos escribas irá alterar profundamente a dinâmica da vida judaica, depois da queda do Templo, no ano 70. De uma aristocracia baseada no sangue, as comunidades israelitas passarão a ser dirigidas por uma aristocracia intelectual, baseada no mérito pessoal. A maioria dos escribas era composta de fariseus, como fora Paulo, mas também havia escribas saduceus. Os fariseus formavam um partido religioso de grande prestígio. Parte deles era constituída de escribas, notadamente os membros influentes. (JEREMIAS, 2005, p. 321.) Mas a maioria era do povo, sem formação de escriba. Fariseu (perushim) significa separado: a “verdadeira comunidade de Israel”, “a comunidade santa” idealizada fazia mais de um século para duas finalidades: resistir à penetração das tendências gregas na cultura judaica e opor-se aos saduceus. Os fariseus se sentiam mais judeus que os outros e eram conservadores ortodoxos dos preceitos da Lei, severos observadores das práticas exteriores e ostentadores de virtudes. De origem contemporânea à dos essênios, viram-se os fariseus, com as lutas políticas e religiosas, valorizados junto à população, até que Herodes, o Grande, acabou por ceder-lhes honras e privilégios, projetando- os para dentro do Poder. Formavam um partido das massas, lutando, em termos sociais e religiosos, contra as pretensões da aristocracia saduceia. Se na ordem religiosa, no tempo de Jesus, os fariseus detinham predominante influência, inclusive definindo prescrições litúrgicas do Templo, na administração pública o seu domínio só iria sobrepor-se aos saduceus após a primeira guerra contra os romanos (66–70 d.C.). Na verdade, os fariseus formavam várias comunidades dentro de uma mesma cidade, com seus chefes e assembleias, como acontecia em Jerusalém, todas elas comprometidas em observar o regulamento geral da grande comunidade quanto às regras de pureza e quanto ao dízimo. Ao mesmo tempo em que representavam o povo, recebendo uma adesão incondicional das massas, os fariseus se “separavam” da população que não observava as prescrições sobre pureza e dízimo. Joachim Jeremias (2005, p. 359) relata que o comércio, o casamento e a comensalidade com o não fariseu, suspeito de impureza, receberam proibições e limitações. Na esteira das grandes religiões e correntes filosóficas da Antiguidade, essênios, saduceus e fariseus viviam, de variadas maneiras, isolados do povo. Os essênios viviam em suas comunidades fechadas, sob as rigorosas regras de seus monastérios. Os saduceus estavam encastelados em seus palácios e em suas posições no Templo, no ponto mais alto de um abismo socioeconômico e religioso. Os fariseus se afastavam pelo impenitente preconceito religioso cultivado contra o homem comum. E Jesus? Jesus foi o rabi dos desfavorecidos e desprezados de Israel. Exceção feita a alguns notáveis, era a boca do povo simples que se comprazia em chamá-lo raboni, mestrezinho. A distância entre a camada social alta e a camada média e baixa fez que muitos dividissem as sociedades da Antiguidade em apenas duas classes — uma pequena classe superior e uma larga classe inferior. Os seguidores de Jesus pertenciam quase inteiramente à camada inferior. A classe média era composta por não assalariados: artesãos com oficinas próprias, pequenos comerciantes, estalajadeiros etc.
A classe pobre (am ha’aretz – pessoas da terra) era formada pelos diaristas alugados, aqueles que garantiam a subsistência pelo trabalho assalariado (um denário por dia, mais a refeição). Também era integrada por aqueles (numerosos) que viviam da ajuda de terceiros ou do auxílio público: desempregados, mendigos, portadores de deficiências físicas ou mentais. A esses se juntavam, ainda, os escravos. Jesus era de família muito pobre. Quando sua mãe compareceu ao Templo, após os quarenta dias do parto, para o sacrifício da purificação, ela precisou valer-se do “privilégio” dos pobres: em vez de ofertar o cordeiro de um ano e uma rolinha, apresentou duas rolinhas em substituição. (LUCAS, 2:24.) Cada rolinha custava um oitavo de denário, em Jerusalém. (JEREMIAS, 2005, p. 159.) Ele não teve onde repousar a cabeça (MATEUS, 8:20); não levava dinheiro consigo, como revelaram os episódios do estáter16 encontrado na boca do peixe (MATEUS, 17:27) e do tributo a César (MATEUS, 22:21); e suas atividades missionárias eram subvencionadas pelos bens das mulheres discípulas (LUCAS, 8:3). Desse quadro geral, entrevê-se a coragem de Jesus em desmascarar o comportamento dos saduceus, dos escribas e dos fariseus na exploração criminosa dos humildes, seja no episódio da expulsão dos vendilhões do Templo, seja na exprobação pública desses grupos. Os escribas e os fariseus deveriam ser atendidos em todas as suas prescrições, mas não imitados em suas ações, porque não faziam o que diziam. (MATEUS, 23:1 a 3.) E as boas ações que praticavam, faziam-nas para serem vistos. Eram hipócritas, condutores cegos, sepulcros caiados por fora, raça de víboras, amigos do dinheiro (LUCAS, 16:14) e devoradores das casas das viúvas (MARCOS, 12:40). Jesus não pretendeu criar um partido religioso, muito menos uma religião para o povo. O reino de Deus que Ele anunciava está dentro das criaturas, e sua construção se desenvolve numa ligação com Deus em espírito e verdade. Deus “habita” a alma e não a magnificência dos templos.
Mas poucos séculos depois de Jesus, o movimento que Ele iniciou para difundir as leis morais e a ética desse reino sofreria uma grande e perniciosa transformação. Nas primeiras comunidades cristãs, após a desencarnação dos apóstolos e dos primeiros discípulos, a direção dos trabalhos estava com aqueles que demonstrassem mais dons do Espírito e mais equilíbrio moral, ou santidade; isto é, a liderança se concentrava na autoridade espiritual e moral. No século II, entretanto, as comunidades começaram a ser dominadas pelas hierarquias. O poder dos bispos se sobrepôs ao valor dos dons espirituais (dos carismas) e da moralidade. Lentamente os dons espirituais passaram a ser malvistos. Os bispos se proclamavam sucessores dos apóstolos e elegiam patriarcas. O patriarca de Roma não demorou a sustentar sua supremacia sobre os outros patriarcados, lançando a base do papado, formalizado no século VII. O termo “católico” vem do grego kata (junto) e holos (todo), designando o que é universal, o que abrange tudo e reúne todos. Inácio de Antioquia foi o primeiro a empregar esse termo para se referir à igreja cristã de Roma, no século II. No ano de 381, o caráter universal foi admitido como um atributo oficial da igreja romana, no concílio realizado em Constantinopla, colocando as demais igrejas abaixo dela. Antes, porém, no Concílio de Niceia, primeiro concílio ecumênico da cristandade, em 325 d.C., ocorreu um dos marcos da desnaturação do ideal de Jesus. Nele, entre outros debates cristológicos, o arianismo foi apontado como doutrina herética. Para Arius, Jesus não era Deus. Para os bispos reunidos na cidade de Niceia, Jesus era Deus. Contudo, algo mais grave iria acontecer no banquete celebrado na conclusão do Concílio de Niceia. Após o encerramento dos trabalhos, os bispos foram ao palácio do imperador romano Constantino e entraram com naturalidade, passando pela guarda real e pelo exército que fazia a segurança do lugar. Ingressando nos aposentos privativos do imperador, os bispos e patriarcas se reclinaram em torno da mesa, cercados por extremo conforto e, ao lado do imperador, esperavam que a criadagem servisse o fino repasto. O banquete do reino de Deus, anunciado na Boa-Nova como resultado da edificação espiritual do ser, estava sendo desfigurado em seu conceito, pois não se concilia com ambições de domínio exterior, principalmente as de influência e poder nos gabinetes da política do mundo. Juan Arias (2001, p. 128), teólogo e filósofo que por quase quinze anos foi correspondente no Vaticano para o jornal El País, lembra que o governo central da Igreja foi copiado basicamente dos imperadores romanos: uma “monarquia absoluta”, “preocupada com os ricos e poderosos”, “contaminada pelos poderes mundanos e políticos”, que tirou “o ouro dos pobres para enriquecer seus templos”. Jesus advertiu seus discípulos, quando censurava os maus escribas e os maus fariseus (MATEUS, 23:8 a 12): — “Quanto a vós, não permitais que vos chamem ‘Rabi’, pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos. A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, que um só é o vosso Pai, o celeste. Nem permitais que vos chamem ‘Guias’, pois um só é o vosso guia, Cristo. Antes, o maior dentre vós será aquele que vos serve. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”. Sendo assim, por que “padre”, do latim pater, “pai”? Por que “papa”, do grego páppas, “pai”? Bonhoeffer, teólogo protestante morto num campo de concentração nazista, escreveu: “Jesus não chamou para uma nova religião, e sim para a vida”. (apud ARIAS, 2001, p. 131.) A verdadeira religião de Jesus é a vida, mas uma vida em abundância com o próximo e com Deus. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (JOÃO, 10:10.) Jesus é o guia e o modelo para uma vida espiritualmente farta. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (JOÃO, 14:6.)
As multidões ficavam extasiadas com seu ensinamento, porque “as ensinava com autoridade”. (MATEUS, 7:28 e 29.) Guia e modelo, com autoridade. Dois títulos apenas Ele aceitou: Mestre e Senhor. “Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou”. (JOÃO, 13:13.) 16 N.E.: Moeda de prata que valia quatro denários.
Saulo Cesar Ribeiro da Silva
mt 23:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador.
N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.
mt 23:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador.
N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.
mt 23:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Ao chegarmos ao terceiro volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
mt 23:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Ao chegarmos ao quarto volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
mt 23:9
Canais da Vida
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
A pedra sonha com a sensação de planta.
A árvore aspira o instinto animal.
A fera vislumbra a inteligência.
O selvagem candidata-se à luz da razão.
O homem deseja para si o brilho do anjo.
E o anjo entrevê a celeste escalada de posições que ainda lhe cabe atravessar, no rumo da integração com a Munificência Divina.
Seres em crescimento, tão distantes da sublimação, quanto o orangotango ainda se encontra longe de nós, na insignificância de nossas aquisições e valores, qualquer definição de Deus nos escapa por insuficiência de percepção e compreensão.
O verme defrontado pela excelsitude da natureza, jamais conseguirá, em sua condição, penetrar as leis da botânica e a ave pequenina, embora refletindo nas asas tenras o fulgor solar, não pode analisar os fenômenos da luz.
Entretanto, o verme e a ave atendem às funções que lhes cabem na economia do mundo e evoluem, dia a dia, para mais altos recursos da forma, no caminho do progresso constante.
Seria temeridade de nossa parte desafiar a Divina Sabedoria com qualquer classificação de seus atributos.
Espíritos humanos em desenvolvimento, no corpo físico ou fora dele, não podemos trair a posição em que nos situamos, competindo-nos, por agora, não a veleidade de compreender o Plano do Universo, mas sim a obrigação de acatar-lhe os desígnios, abraçando o serviço que a Lei nos reserva no campo de aperfeiçoamento que nos cabe lavrar.
Ainda assim, se buscamos exata notícia do Criador, adotemos a do Cristo que no-lo revelou na posição de “Nosso Pai”. (Mt 23:9)
Nosso Pai que nos provê de recursos em todas as necessidades e que se acurva amoroso e solícito na proteção para todas as criaturas.
Nosso Pai que vela pela magnificência dos astros com a mesma ternura com que sustenta a larva no subsolo.
Em verdade, por agora, nossa inteligência é demasiado estreita para conter qualquer conceituação do Infinito, () cabendo-nos, por bênção e honra, o trabalho incessante no bem para libertação e aprimoramento de nossas possibilidades virtuais.
Pelo coração, no entanto, ser-nos-á possível buscar o exemplo de Jesus e sentir o Supremo Senhor por Nosso Pai de Sabedoria e Misericórdia.
Através do amor, a estrela se comunica com o grão de areia e se a gota do oceano não lhe pode medir a extensão e a grandeza, traz consigo, na intimidade da própria estrutura, o gosto característico do mar.
mt 23:11
Caminho, Verdade e Vida
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 169 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou.” — JESUS (Jo 17:14)
Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembleias do engano voluntário.
O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem.
O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É “sal da Terra”, (Mt 5:13) força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.
A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (Mt 16:24)
“Amai vossos inimigos. (Mt 5:44)
“Orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Mt 5:44)
“Bendizei os que vos maldizem. (Lc 6:28)
“Emprestai sem nada esperardes. (Lc 6:35)
“Não julgueis para não serdes julgados. (Lc 6:37)
“Entre vós, o maior seja servo de todos. (Mt 23:11)
“Buscai a porta estreita. (Lc 13:24)
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos. (Mt 10:16)
“No mundo, tereis tribulações.” (Jo 16:33)
Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime d’Ele sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.
Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.
mt 23:11
Dinheiro
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Não é somente o Rico da Parábola (Lc 12:16) o grande devedor diante da vida.
A fortuna amoedada é, por vezes, simples cárcere.
Há outros avarentos que devemos recordar em nossa viagem para a Luz Maior.
Temos, conosco, os sovinas da inteligência, que se ocultam nas floridas trincheiras da inércia;
os abastados da saúde que desamparam os aflitos e os doentes;
os privilegiados da alegria que cerram a porta aos tristes, isolando-se no oásis de prazer;
os felizes da fé que procuram a solidão, a pretexto de se preservarem contra o pecado;
os expoentes da mocidade que menosprezam a velhice;
os favorecidos da família terrestre, que olvidam os andarilhos da penúria que vagueiam sem lar.
Todos esses ricos da experiência comum contraem pesados débitos para com a Humanidade.
Lembremo-nos de que o Tesouro Real da Vida está em nosso coração.
Quem não pode doar algo de si mesmo, na boa vontade, no sorriso fraterno ou na palavra sincera de bondade e encorajamento, debalde estenderá as mãos recheadas de ouro, porque só o amor abre as portas da plenitude espiritual e semeia na Terra a luz da verdadeira caridade, que extingue o mal e dissipa as trevas.
A pobreza é mera ficção.
Todos temos algo.
Todos podemos auxiliar.
Todos podemos servir.
E, consoante a palavra do Mestre, “o maior na vida será sempre aquele que se fizer o devotado servidor de todos”. (Mt 23:11)
(Reformador, julho 1952, p. 158)
mt 23:11
Livro da Esperança
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 78 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
“Não são os que gozam saúde que precisam de médico.” — JESUS (Mt 9:12)
“Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.” —
Milhões de nós outros, — os Espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, — somos almas enfermas de muitos séculos.
Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma.
Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão.
Nas perturbações do egoísmo: “faze aos outros o que desejas que os outros te façam.” (Mt 7:12)
Nas convulsões dá cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.” (Lc 21:19)
Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.” (Lc 18:14)
Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.” (Mt 18:3)
Na paralisia de espírito por falsa virtude: “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.” (Mt 23:11)
Nos quistos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.” (Mt 5:44)
Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará.” (Jo 8:32)
Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.” (Mt 18:22)
Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.” (Mt 5:44)
Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.” (Mt 16:24)
Nós, as consciências que nos reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo:
— “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.” (Mt 9:12)
Sim, somos Espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.
mt 23:11
Monte Acima
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Tantas dívidas acumulou a Humanidade sobre a própria cabeça que, efetivamente, a felicidade integral na Terra ainda está muito distante de ser atingida.
Os efeitos de tantas causas infelizes somam as calamidades e provações que presenciamos no mundo e que, em verdade, muito dificilmente conseguiríamos inventariar.
A propósito e no intuito de resumir as nossas conclusões, permitimo-nos lembrar a ocasião em que o Divino Mestre foi questionado acerca de quem seria o maior no Reino dos Céus.
A resposta de Jesus foi simples e objetiva:
— “O maior no Reino dos Céus será sempre aquele que, entre os homens, se fizer o servidor de todos.” (Mt 23:11)
Gravando semelhante anotação, respeitosamente desdobramos a definição do Senhor, afirmando que, no mundo, a pessoa mais feliz será sempre aquela que se fizer, voluntariamente, a criatura que mais felicidade distribuir com os seus próprios irmãos do caminho terrestre, convertendo-se em fulcro de alegria e paz, esperança e fé para quantos se lhe aproximem do coração.
mt 23:11
Segue-me
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 45 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
“Dei-lhes a tua palavra e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou.” — JESUS (Jo 17:14)
Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembleias do engano voluntário.
O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem.
O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É “sal da Terra”, (Mt 5:13) força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.
A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (Mt 16:24)
“Amai vossos inimigos. (Mt 5:44)
“Orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Mt 5:44)
“Bendizei os que vos maldizem. (Lc 6:28)
“Emprestai sem nada esperardes. (Lc 6:35)
“Não julgueis para não serdes julgados. (Lc 6:37)
“Entre vós, o maior seja servo de todos. (Mt 23:11)
“Buscai a porta estreita. (Lc 13:24)
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos. (Mt 10:16)
“No mundo, tereis tribulações.” (Jo 16:33)
Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime d’Ele sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.
Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1948 pela FEB e é a 169ª lição do livro “”
mt 23:12
Neste Instante
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Se aspiramos conquistar o Reino de Deus, recordemos Jesus que no-lo revelou, conjugando “dizer” e “fazer”.
Ensinou o Divino Mestre:
“Faze aos outros o que desejas que os outros te façam”. (Lc 6:31)
E viveu para os outros, sem nada exigir.
“Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. (Mt 22:21)
E, respeitando as autoridades constituídas no mundo, dedicou-se integralmente aos interesses do espírito.
“Quem se humilhar será exaltado”. (Mt 23:12)
E ninguém se apagou até hoje quanto Ele para que a Infinita Bondade se destacasse.
“Quem procura ser o maior seja o servo de todos.” (Mt 20:26)
E, nas mínimas circunstâncias, colocou-se invariavelmente no lugar de quem serve.
“Não saiba a tua mão esquerda o que dá a direita”. (Mt 6:3)
E ouvido algum jamais lhe escutou qualquer expressão de elogio a si mesmo.
“Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que lhe sai do coração”. (Mt 15:18)
E banqueteou-se com criaturas consideradas desprezíveis, acordando-lhes o sentimento para a realidade superior.
“Ao que te peça mil passos, caminha com ele dois mil”. (Mt 5:41)
E fez-se entre os homens inimitável modelo de tolerância.
“A quem te rogue a capa, cede também a túnica”. (Lc 6:29)
E deu-se constantemente ao próximo, consagrando-lhe a própria existência.
“Ama aos teus inimigos”. (Lc 6:35)
E suportou, em silêncio, as forças das trevas que o situaram em aparente derrota.
“Ora pelos que te perseguem e caluniam”. (Mt 5:44)
E aceitou a flagelação injusta, exorando perdão em favor dos próprios carrascos, no suplício da cruz.
Não precisas aguardar revelações estranhas e nem fenômenos espetaculares para surpreender as maravilhas do Reino de Deus.
Nem catástrofes cósmicas.
Nem convulsões da natureza.
Nem Terra fulminada.
Nem céus abertos.
Tudo pode alterar-se, a teus olhos, se tens a luz por dentro de ti.
E, além disso, a qualquer momento, a verdadeira vida pode trazer-te a Grande Mudança.
Nosso problema será sempre construir na própria alma a perfeição que reclamamos nos outros.
Não nos esqueçamos de que o Evangelho vem preparar no mundo o reino do bem que Jesus anunciou e o próprio Jesus foi suficientemente claro; asseverando que o Reino de Deus está dentro de nós. (Lc 17:20)
mt 23:12
Seara dos Médiuns
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 75 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Reunião pública de 14 de Outubro de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Não desconheces que a Doutrina Espírita é a revivescência do Cristianismo em sua pureza.
Nos primeiros tempos do Evangelho, os apóstolos da ideia edificante eram os médiuns da Boa-Nova, espalhando-lhe os ensinos. Hoje, o Espiritismo é a palavra que os complementa.
Disse Jesus: “Necessário vos é nascer de novo.” (Jo 3:7)
Apontemos que o Mestre não se refere apenas ao renascimento simbólico pela atitude, valioso mas insuficiente, e, sim, à reencarnação, em que o Espírito se aprimora de corpo em corpo.
Disse Jesus: “Enquanto não vos tornardes quais crianças, não entrareis no Reino de Deus.” (Mt 18:3)
Esclareçamos que o Mestre não aprova a inexperiência, e sim nos convida à simplicidade, a fim de que possamos viver sem tabus e sem artifícios.
Disse Jesus: “Considerai os lírios do campo que não fiam e nem tecem e, entretanto, Salomão, com toda a sua glória, jamais conseguiu vestir-se como um deles.” (Lc 12:27)
Registremos que o Mestre não apoia a preguiça, em nome da fé, e, sim, dá ênfase justa ao dever cumprido, no qual ninguém precisa assaltar os recursos dos outros, a pretexto de garantir a própria felicidade, porquanto o lírio do campo, onde medre, atende à função que lhe cabe na economia da Natureza.
Disse Jesus: “Quem se humilhar será exaltado.” (Mt 23:12)
Anotemos que o Mestre não encoraja os que se fazem de tolos para senhorear o melhor quinhão na mesa do oportunismo, e, sim, estimula os que se sustentam leais à reta consciência, prosseguindo, sem perturbar os próprios irmãos, no labor que a Providência Divina lhes concede realizar.
Disse Jesus: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos fazem mal e orai pelos que vos perseguem e caluniam.” (Mt 5:44)
Assinalemos que o Mestre não espera se transformem os discípulos em legião de louvaminheiros dos delinquentes importantes da Terra, e sim nos aconselha a respeitar os adversários pela sinceridade que demonstrem, dando-lhes campo de ação para que façam, melhor que nós, a tarefa em que nos criticam, continuando, de nossa parte, na execução dos compromissos que nos competem, cultivando a paciência praticada por ele mesmo, quando ajudou aos próprios perseguidores, através do exemplo silencioso, sem aplaudir-lhes a crueldade.
Disse Jesus: “Mas aquele Consolador, o Espírito-Santo que meu Pai vos enviará em meu nome, vos esclarecerá em todas as coisas e vos fará lembrar tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14:26)
Mostremos que o Mestre não se reporta a acontecimento cósmico em desacordo com as leis naturais, e sim à Doutrina Espírita, pela qual os Espíritos santificados na evolução voltam ao mundo, aclarando as sendas da vida e reafirmando o que ele próprio nos ensinou.
Não faças de tua convicção incenso à idolatria. Recorda que, em Doutrina Espírita, é preciso estudar e aprender, entender e explicar.
mt 23:23
Luz no Caminho
Categoria: Livro Espírita
Ref: 4082 Capítulo: 7 Página: - Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
“Para que todos sejam um” — JESUS (Jo 17:20)
Reunindo-se aos discípulos, empreendeu Jesus a renovação do mundo.
Congregando-se com cegos e paralíticos, restitui-lhes a visão e o movimento.
Misturando-se com a turba extenuada, multiplicou os pães para que lhe não faltasse alimento.
Ombreando-se com os pobres e os simples, ensinou-lhe as bem-aventuranças celestes.
Banqueteando-se com pecadores confessos, ensinou-lhes o retorno ao caminho de elevação.
Partilhando a fraternidade do Cenáculo, preparou companheiros na direção dos testemunhos de fé viva.
Compelido a oferecer-se em espetáculos na cruz, junto à multidão, despediu-se da massa, abençoando e amando, perdoando e servindo.
Compreendo a responsabilidade da grande assembleia de colaboradores do Espiritismo brasileiro, formulamos votos ardentes para que orientem no Evangelho quaisquer princípios de unificação, em torno dos quais entrelaçam esperanças.
Cremos que a experiência científica e a discussão filosófica representam preparação e adubo no campo doutrinário, porque a semente viva do progresso real, com o aperfeiçoamento do homem interior, permanece nos alicerces divinos da Nova Revelação.
Cultivar o Espiritismo, sem esforço espiritualizante, é trocar notícias entre dois Planos diferentes, sem significado substancial na redenção humana.
Lidar com assuntos do Céu, sem vasos adequados à recepção da essência celestial, é ameaçar a obra salvacionista.
Aceitar a verdade, sem o desejo de irradiá-la, por meio do propósito individual de serviço aos semelhantes, é vaguear sem rumo.
O laboratório é respeitável.
A academia é nobre.
O templo é santo.
A ciência convence.
A filosofia estuda.
A fé converte o homem ao Bem Infinito.
Cérebro rico, sem diretrizes santificantes, pode conduzir à discórdia.
Verbo primoroso, sem fundamentos de sublimação, não alivia nem salva.
Sentimento educado e iluminado, contudo, melhora sempre.
Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação de solidariedade e bondade [pura] que Jesus nos legou.
O mundo conturbado pede, efetivamente, ação transformadora. Conscientes, porém, de que se faz impraticável a redenção do todo sem o burilamento das partes, unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo, em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um, em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor.
(Mensagem recebida em Pedro Leopoldo, Minas, destinada aos irmãos do Primeiro Congresso Nacional Espírita de São Paulo)
Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em setembro de 1977 pela no Reformador e é também a 208ª lição do 4º volume do livro “”
mt 23:27
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 85 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
4 Ao chegarem a Jerusalém, foram recebidos pela Igreja, pelos apóstolos e anciãos, relataram quantas [coisas] fizera Deus com eles. 5 Levantaram-se, porém, alguns do partido dos fariseus, que haviam crido, dizendo: é necessário circuncidá-los e prescrever que observem a Lei de Moisés. 6 Os apóstolos e os anciãos se reuniram para considerar este assunto. — (At 15:4)
Depois de muitos dias, chegaram a Jerusalém, onde foram recebidos por Simão, com inexcedível contentamento. Em companhia de , o generoso Apóstolo ofereceu-lhes fraternal acolhida. Ficaram todos no departamento em que se localizavam numerosos necessitados e doentes. Paulo e Barnabé examinaram as modificações introduzidas na casa. Outros pavilhões, embora humildes, estendiam-se além, cobrindo não pequena área.
— Os serviços aumentaram — explicava Simão, bondosamente —; os enfermos, que nos batem às portas, multiplicam-se todos os dias. Foi preciso construir novas dependências.
A fileira de catres parecia não ter fim. Aleijados e velhinhos distraíam-se ao sol, entre as árvores amigas do quintal.
Paulo estava admirado com a amplitude das obras. Daí a pouco, e outros companheiros vinham saudar os irmãos da instituição antioquense. O ex-rabino fixou o Apóstolo que chefiava as pretensões do judaísmo. O filho de Alfeu aparecia-lhe, agora, radicalmente transformado. Suas feições eram de um “mestre de Israel”, com todas as características indefiníveis dos hábitos farisaicos. Não sorria. Os olhos deixavam perceber uma presunção de superioridade que raiava pela indiferença. Seus gestos eram medidos como os de um sacerdote do Templo, nos atos cerimoniais. O tecelão de Tarso tirou suas ilações íntimas e esperou a noite em que se iniciariam as discussões preparatórias. À claridade de algumas tochas, sentavam-se em torno de extensa mesa diversas personagens que Paulo não conhecia. Eram novos cooperadores da igreja de Jerusalém, explicava Pedro, com bondade. O ex-rabino e Barnabé não tiveram boa impressão, à primeira vista. Os desconhecidos assemelhavam-se a figuras do Sinédrio, na sua posição hierárquica e convencional.
Chegados ao recinto, o convertido de Damasco experimentou sua primeira decepção. Observando que os representantes de Antioquia se faziam acompanhar por um jovem, Tiago adiantou-se e perguntou:
— Irmãos, é justo saibamos quem é o rapaz que trazeis a este cenáculo discreto. Nossa preocupação é fundamentada nos preceitos da tradição que manda examinar a procedência da juventude, a fim de que os serviços de Deus não sejam perturbados.
— Este é o nosso valoroso colaborador de Antioquia — explicou Paulo, entre orgulhoso e satisfeito —, chama-se Tito e representa uma de nossas grandes esperanças na seara de Jesus-Cristo.
O Apóstolo fixou-o sem surpresa e tornou a perguntar:
— É filho do povo eleito?
— É descendente de gentios — afirmou o ex-rabino, quase com altivez.
— Circuncidado? — interrogou o filho de Alfeu ciosamente.
— Não.
Este não, de Paulo, foi dito com tal ou qual enfado. As exigências de Tiago enervavam-no. Ouvindo a negativa, o Apóstolo galileu esclareceu em tom firme:
— Penso então que não será justo admiti-lo na assembleia, visto não ter ainda cumprido todos os preceitos.
— Apelamos para Simão Pedro — disse Paulo, convicto. —Tito é representante de nossa comunidade.
O ex-pescador de Cafarnaum estava lívido. Colocado entre os dois grandes representantes, do judaísmo e da gentilidade, tinha que decidir cristãmente o impasse inesperado.
Como sua intervenção direta demorasse alguns minutos, o tecelão tarsense continuou:
— Aliás, a reunião deverá resolver estas questões palpitantes, a fim de que se estabeleçam os direitos legítimos dos gentios.
Simão, porém conhecendo ambos os contendores, deu-se pressa em opinar, exclamando em tom conciliador:
— Sim, o assunto será objeto de nosso atencioso exame na assembleia. — E dirigindo intencionalmente o olhar ao ex-rabino, prosseguia explicando: — Apelas para mim e aceito o recurso; no entanto, devemos estudar a objeção de Tiago mais detidamente. Trata-se de um chefe dedicado desta casa e não seria justo desprezar-lhe os préstimos. De fato, o conselho discutirá esses casos, mas isso significa que o assunto ainda não está resolvido. Proponho, então, que o irmão Tito seja circuncidado amanhã para que participe dos debates com a inspiração superior que lhe conheço. E tão só com essa providência os horizontes ficarão necessariamente aclarados, para tranquilidade de todos os discípulos do Evangelho.
A sutileza do argumento removeu os empecilhos. Se não agradou a Paulo, satisfez a maioria e, regressando o jovem de Antioquia para o interior da casa, a assembleia começou pelas discussões preliminares. O ex-rabino estava taciturno e abatido. A atitude de Tiago, os novos elementos estranhos ao Evangelho, que teriam de votar na reunião, o gesto conciliador de Simão Pedro, desgostavam-no profundamente. Aquela imposição no caso de Tito figurava-se-lhe um crime. Tinha ímpetos de regressar a Antioquia, acusar de hipócritas e “sepulcros caiados” (Mt 23:27) os irmãos judaizantes. Mas, as cartas de emancipação que havia prometido aos companheiros da gentilidade? Não seria mais conveniente recalcar seus melindres feridos por amor aos irmãos de ideal? Não seria mais justo aguardar deliberações definitivas e humilhar-se? A lembrança de que os amigos contavam com as suas promessas acalmou-o. Fundamente desapontado, o convertido de Damasco acompanhou atento os primeiros debates. As questões iniciais davam ideia das grandes modificações que procuravam introduzir no Evangelho do Mestre.
Um dos irmãos presentes chegava a ponderar que os gentios deviam ser considerados como o “gado” do povo de Deus: bárbaros que importava submeter à força, a fim de serem empregados nos trabalhos mais pesados dos escolhidos. Outro indagava se os pagãos eram semelhantes aos outros homens convertidos a Moisés ou a Jesus. Um velho de feições rígidas chegava ao despautério de afiançar que o homem só vingava completar-se depois de circunciso. À margem da gentilidade, outros temas fúteis vinham à balha. Houve quem lembrasse que a assembleia devia regular os deveres concernentes aos alimentos impuros, bem como sobre o processo mais adequado à ablução das mãos. Tiago argumentava e discorria como profundo conhecedor de todos os preceitos. Pedro ouvia, com grande serenidade. Nunca respondia quando a tese assumia o caráter de conversação, e aguardava momento oportuno para manifestar-se. Somente tomou atitude mais enérgica, quando um dos componentes do conselho pediu para que o Evangelho de Jesus fosse incorporado ao livro dos profetas, ficando subordinado à Lei de Moisés para todos os efeitos. Foi a primeira vez que Paulo de Tarso notou o ex-pescador intransigente e quase rude, explicando o absurdo de semelhante sugestão.
Os trabalhos foram paralisados alta noite, em fase de pura preparação. Tiago recolheu os pergaminhos com anotações, orou de joelhos e a assembleia dispersou-se para nova reunião no dia imediato.
Simão procurou a companhia de Paulo e Barnabé, para dirigir-se aos aposentos de repouso.
O tecelão de Tarso estava consternado. A circuncisão de Tito surgia-lhe como derrota dos seus princípios intransigentes. Não se conformava, fazendo sentir ao ex-pescador a extensão de suas contrariedades.
— Mas que vem a ser tão pequena concessão — interrogava o Apóstolo de Cafarnaum, sempre afável — em face do que pretendemos realizar? Precisamos de ambiente pacífico para esclarecer o problema da obrigatoriedade da circuncisão. Não firmaste compromisso com o gentilismo de Antioquia?
Paulo recordou a promessa que fizera aos irmãos e concordou:
— Sim, é verdade.
— Reconheçamos, pois, a necessidade de muita calma para chegar às soluções precisas. As dificuldades, neste sentido, não prevalecem tão só para a igreja antioquiana. As comunidades de Cesareia, de Jope, bem como de outras regiões, encontram-se atormentadas por esses casos transcendentes. Bem sabemos que todas as cerimônias externas são de evidente inutilidade para a alma; mas, tendo em vista os princípios respeitáveis do judaísmo, não podemos declarar guerra de morte às suas tradições, de um momento para outro. Será justo lutar com muita prudência sem ofender rudemente a ninguém.
O ex-rabino escutou as admoestações do Apóstolo e, recordando as lutas a que ele próprio assistira no ambiente farisaico, pôs-se a meditar silenciosamente.
Mais alguns passos e atingiram a sala transformada em dormitório de Pedro e João. Entraram. Enquanto Barnabé e o filho de Zebedeu se entregavam a animada palestra, Paulo sentou-se ao lado do ex-pescador, mergulhando-se em profundos pensamentos.
Depois de alguns instantes, o ex-doutor da Lei, saindo da sua abstração, chamou Pedro, murmurando:
— Custa-me concordar com a circuncisão de Tito, mas não vejo outro recurso.
Atraídos por aquela confissão, Barnabé e João puseram-se também a ouvi-lo atentamente.
— Mas, curvando-me à providência — continuou com inexcedível franqueza —, não posso deixar de reconhecer no fato uma das mais altas demonstrações de fingimento. Concordarei naquilo que não aceito de modo algum. Quase me arrependo de ter assumido compromissos com os nossos amigos de Antioquia; não supunha que a política abominável das sinagogas houvesse invadido totalmente a igreja de Jerusalém.
O filho de Zebedeu fixou no convertido de Damasco os olhos muito lúcidos, ao passo que Simão respondia serenamente:
— A situação é, de fato, muito delicada. Principalmente depois do sacrifício de alguns companheiros mais amados e prestimosos, as dificuldades religiosas em Jerusalém multiplicam-se todos os dias.
E vagueando o olhar pelo aposento, como se quisesse traduzir fielmente o seu pensamento, continuou:
— Quando se agravou a situação, cogitei da possibilidade de me transferir para outra comunidade; em seguida, pensei em aceitar a luta e reagir; mas, uma noite, tão bela como esta, orava eu neste quarto, quando percebi a presença de alguém que se aproximava devagarinho. Eu estava de joelhos quando a porta se abriu com imensa surpresa para mim. Era o Mestre! Seu rosto era o mesmo dos formosos dias de Tiberíades. Fitou-me grave e terno, e falou: — “Pedro, atende aos “filhos do Calvário”, antes de pensar nos seus caprichos!” A maravilhosa visão durou um minuto, mas logo após, pus-me a recordar os velhinhos, os necessitados, os ignorantes e doentes que nos batem à porta. O Senhor recomendava-me atenção para os portadores da cruz. Desde então, não desejei mais que servi-los.
O Apostolo tinha os olhos úmidos e Paulo sentia-se bastante impressionado, pois que ouvira a expressão “filhos do Calvário” dos lábios espirituais de Abigail, quando da sua gloriosa visão, no silêncio da noite, ao aproximar-se de Tarso.
— Com efeito, grande é a luta — concordou o convertido de Damasco, parecendo mais tranquilo.
E mostrando-se convicto da necessidade de examinar o realismo da vida comum, não obstante a beleza das prodigiosas manifestações do Plano invisível, voltou a dizer:
— Entretanto, precisamos encontrar um meio de libertar as verdades evangélicas do convencionalismo humano. Qual a razão principal da preponderância farisaica na igreja de Jerusalém?
Simão Pedro esclareceu sem rebuços;
— As maiores dificuldades giram em torno da questão monetária. Esta casa alimenta mais de cem pessoas, diariamente, além dos serviços de assistência aos enfermos, aos órfãos e aos desamparados. Para a manutenção dos trabalhos são indispensáveis muita coragem e muita fé, porque as dívidas contraídas com os socorredores da cidade são inevitáveis.
— Mas os doentes — interrogou Paulo, atencioso — não trabalham depois de melhorados?
— Sim — explicou o Apóstolo —, organizei serviços de plantação para os restabelecidos e impossibilitados de se ausentarem logo de Jerusalém. Com isso, a casa não tem necessidade de comprar hortaliças e frutas. Quanto aos melhorados vão tomando o encargo de enfermeiros dos mais desfavorecidos da saúde. Essa providência permitiu a dispensa de dois homens remunerados, que nos auxiliavam na assistência aos loucos incuráveis ou de cura mais difícil. Como vês, estes detalhes não foram esquecidos e mesmo assim a igreja está onerada de despesa e dívidas que só a cooperação do judaísmo pode atenuar ou desfazer.
Paulo compreendeu que Pedro tinha razão. No entanto, ansioso de proporcionar independência aos esforços dos irmãos de ideal, considerou:
— Advirto, então, que precisamos instalar aqui elementos de serviço que habilitem a casa a viver de recursos próprios. Os órfãos, os velhos e os homens aproveitáveis poderão encontrar atividades além dos trabalhos agrícolas e produzir alguma coisa para a renda indispensável. Cada qual trabalharia de conformidade com as próprias forças, sob a direção dos irmãos mais experimentados. A produção do serviço garantiria a manutenção geral. Como sabemos, onde há trabalho há riqueza, e onde há cooperação há paz. É o único recurso para emancipar a igreja de Jerusalém das imposições do farisaísmo, cujas artimanhas conheço desde o princípio de minha vida.
Pedro e João estavam maravilhados. A ideia de Paulo era excelente. Vinha ao encontro de suas preocupações ansiosas, pelas dificuldades que pareciam não ter fim.
— O projeto é extraordinário — disse Pedro — e viria resolver grandes problemas de nossa vida.
O filho de Zebedeu, que tinha os olhos radiantes de júbilo, atacou, por sua vez, o assunto, objetando:
— Mas, o dinheiro? Onde encontrar os fundos indispensáveis ao grandioso empreendimento?!…
O ex-rabino entrou em profunda meditação e esclareceu:
— O Mestre auxiliará nossos bons propósitos. Barnabé e eu empreendemos longa excursão a serviço do Evangelho e vivemos, em todo o seu transcurso, a expensas do nosso trabalho. Eu tecelão, ele oleiro, em atividade provisória nos lugares onde passamos. Realizada a primeira experiência, poderíamos voltar agora às mesmas regiões e visitar outras, pedindo recursos para a igreja de Jerusalém. Provaríamos nosso desinteresse pessoal, vivendo à custa de nosso esforço e recolheríamos as dádivas por toda parte, conscientes de que, se temos trabalhado pelo Cristo, será justo também pedirmos por amor ao Cristo. A coleta viria estabelecer a liberdade do Evangelho em Jerusalém, porque representaria o material indispensável a edificações definitivas no plano do trabalho remunerador.
Estava esboçado, assim, o programa a que o generoso Apóstolo da gentilidade haveria de submeter-se pelo resto de seus dias. No seu desempenho teria de sofrer as mais cruéis acusações; mas, no santuário do seu coração devotado e sincero, Paulo, de par com os grandiosos serviços apostólicos, levaria a coleta em favor de Jerusalém, até ao fim da sua existência terrestre.
Ouvindo-lhe os planos, Simão levantou-se e abraçou-o dizendo comovido:
— Sim, meu amigo, não foi em vão que Jesus te buscou pessoalmente às portas de Damasco.
Fato pouco vulgar na sua vida, Paulo tinha os olhos rasos de pranto. Fitou o ex-pescador de modo significativo, considerando intimamente suas dívidas de gratidão ao Salvador, e murmurou:
— Não farei mais que o meu dever. Nunca poderei olvidar que saiu dos catres desta casa, os quais já serviram igualmente a mim próprio.
Todos estavam extremamente sensibilizados. Barnabé comentou a ideia com entusiasmo e enriqueceu o plano de numerosos pormenores.
Nessa noite, os dedicados discípulos do Cristo sonharam com a independência do Evangelho em Jerusalém; com a emancipação da igreja, isenta das absurdas imposições da sinagoga.
No dia imediato procedeu-se solenemente à circuncisão de Tito, sob a direção cuidadosa de Tiago e com a profunda repugnância de Paulo de Tarso.
As assembleias noturnas continuaram por mais de uma semana. Nas primeiras noites, preparando terreno para advogar abertamente a causa da gentilidade, o ex-pescador de Cafarnaum solicitou aos representantes de Antioquia expusessem a impressão das visitas aos pagãos de Chipre, Panfília, Pisídia e Licaônia. Paulo, fundamente contrariado com as exigências aplicadas a Tito, pediu a Barnabé falasse em seu nome.
O ex-levita de Chipre fez extenso relato de todos os acontecimentos, provocando imensa surpresa a quantos lhe ouviam as referências ao extraordinário poder do Evangelho, entre aqueles que ainda não haviam esposado uma crença pura. Em seguida, atendendo ainda a observações de Paulo, Tito falou, profundamente comovido com a interpretação dos ensinamentos do Cristo e mostrando possuir formosos dons de profecia, fazendo-se admirar pelo próprio , que o abraçou mais de uma vez.
Ao termo dos trabalhos, discutia-se ainda a obrigatoriedade da circuncisão para os gentios. O ex-rabino seguia os debates, silencioso, admirando o poder de resistência e tolerância de Simão Pedro.
(Paulo e Estêvão, FEB Editora. , pp. 340 a 347. Indicadores 23 a 39)
mt 23:27
Paulo e Estêvão
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
O regresso de Paulo e Barnabé foi assinalado em Antioquia com imenso regozijo. A comunidade fraternal admirou, profundamente comovida, o feito dos irmãos que haviam levado a regiões tão pobres, e distantes, as sementes divinas da verdade e do amor.
Por muitas noites consecutivas, os recém-chegados apresentaram o relatório verbal de suas atividades, sem omitir um detalhe. A igreja antioquense vibrou de alegria e rendeu graças ao Céu.
Os dois dedicados missionários haviam voltado em uma fase de grandes dificuldades para a instituição. Ambos perceberam-nas, contristados. As contendas de Jerusalém estendiam-se a toda a comunidade de Antioquia; as lutas da circuncisão estavam acesas. Os próprios chefes mais eminentes estavam divididos pelas afirmativas dogmáticas. Tão alto grau atingiram os discrimes, que do Espírito-Santo não mais se manifestavam. Manahen, cujos esforços na igreja eram indispensáveis, mantinha-se a distância, em vista das discussões estéreis e venenosas. Os irmãos achavam-se extremamente confusos. Uns eram partidários da circuncisão obrigatória, outros se batiam pela independência irrestrita do Evangelho. Eminentemente preocupado, o pregador tarsense observou as polêmicas furiosas, a respeito de alimentos puros e impuros.
Tentando estabelecer a harmonia geral em torno dos ensinamentos do Divino Mestre, Paulo tomava inutilmente a palavra, explicando que o Evangelho era livre e que a circuncisão era, tão somente, uma característica convencional da intolerância judaica. Não obstante sua autoridade inconteste, que se aureolava de prestígio perante a comunidade inteira, em vista dos grandes valores espirituais conquistados na missão, os desentendimentos persistiam.
Alguns elementos chegados de Jerusalém complicaram ainda mais a situação. Os menos rigorosos falavam da autoridade absoluta dos Apóstolos galileus. Comentava-se, à sorrelfa, que a palavra de Paulo e Barnabé, por muito inspirada que fosse nas lições do Evangelho, não era bastantemente autorizada para falar em nome de Jesus.
A igreja de Antioquia oscilava numa posição de imensa perplexidade. Perdera o sentido de unidade que a caracterizava, dos primórdios. Cada qual doutrinava do ponto de vista pessoal. Os gentios eram tratados com zombarias; organizavam-se movimentos a favor da circuncisão.
Fortemente impressionados com a situação, Paulo e Barnabé combinam um recurso extremo. Deliberam convidar para uma visita pessoal à instituição de Antioquia. Conhecendo-lhe o espírito liberto de preconceitos religiosos, os dois companheiros endereçam-lhe longa missiva, explicando que os trabalhos do Evangelho precisavam dos seus bons ofícios, insistindo pela sua atuação prestigiosa.
O portador entregou a carta, cuidadosamente, e, com grande surpresa para os cristãos antioquenos, o ex-pescador de Cafarnaum chegou à cidade, evidenciando grande alegria, em razão do período de repouso físico que se lhe deparava naquela excursão.
Paulo e Barnabé não cabiam em si de contentes. Acompanhando Simão, viera que não abandonara, de todo, as atividades evangélicas. O grupo viveu lindas horas de confidências íntimas, a propósito das viagens missionárias, relatadas inteligentemente pelo ex-rabino, e relativamente aos fatos que se desenrolavam em Jerusalém, , contados por Simão Pedro, com singular colorido.
Depois de bem informado da situação religiosa em Antioquia, o ex-pescador acrescentava:
— Em Jerusalém, nossas lutas são as mesmas. De um lado a igreja cheia de necessitados, todos os dias; de outro as perseguições sem tréguas. No centro de todas as atividades, permanece com as mais ríspidas exigências. Às vezes, sou tentado a lutar para restabelecer a liberdade dos princípios do Mestre; mas, como proceder? Quando a tempestade religiosa ameaça destruir o patrimônio que conseguimos oferecer aos aflitos do mundo, o farisaísmo esbarra na observância rigorosa do companheiro e é obrigado a paralisar a ação criminosa, encetada desde muito tempo. Se trabalhar por suprimir-lhe a influência, estarei precipitando a instituição de Jerusalém no abismo da destruição pelas tormentas políticas da grande cidade. E o programa do Cristo? e os necessitados? seria justo prejudicarmos os mais desfavorecidos por causa de um ponto de vista pessoal?
E ante a atenção profunda de Paulo e Barnabé, o bondoso companheiro continuava:
— Sabemos que Jesus não deixou uma solução direta ao problema dos incircuncisos, mas ensinou que não será pela carne que atingiremos o Reino, e sim pelo raciocínio e pelo coração. Conhecendo, porém, a atuação do Evangelho na alma popular, o farisaísmo autoritário não nos perde de vista e tudo envida por exterminar a árvore do Evangelho, que vem desabrochando entre os simples e os pacíficos. É indispensável, pois, todo o cuidado de nossa parte, a fim de não causarmos prejuízos, de qualquer natureza, à planta divina.
Os companheiros faziam largos gestos de aprovação. Revelando sua imensa capacidade para nortear uma ideia e congraçar os numerosos prosélitos em divergência, Simão Pedro tinha uma palavra adequada para cada situação, um esclarecimento justo para o problema mais singelo.
A comunidade antioquiana regozijava-se. Os gentios não ocultavam o júbilo que lhes ia nalma. O generoso Apóstolo a todos visitava pessoalmente, sem distinção ou preferência. Antepunha sempre um bom sorriso às apreensões dos amigos que receavam a alimentação “impura” (At 10:10) e costumava perguntar onde estavam as substâncias que não fossem abençoadas por Deus. Paulo acompanhava-lhe os passos sem dissimular íntima satisfação. Num louvável esforço de congraçamento, o Apóstolo dos gentios fazia questão de levá-lo a todos os lugares onde houvesse irmãos perturbados pelas ideias da circuncisão obrigatória. Estabeleceu-se, rapidamente, notável movimento de confiança e uniformidade de opinião. Todos os confrades exultavam de contentamento.
Eis, porém, que chegam de Jerusalém três emissários de Tiago. Trazem cartas para Simão, que os recebe com muitas demonstrações de estima. Daí por diante, modifica-se o ambiente. O ex-pescador de Cafarnaum, tão dado à simplicidade e à independência em Cristo Jesus, retrai-se imediatamente. Não mais atende aos convites dos incircuncisos. As festividades íntimas e carinhosas, organizadas em sua honra, já não contam com a sua presença alegre e amiga. Na igreja, modificou as mínimas atitudes. Sempre em companhia dos mensageiros de Jerusalém, que nunca o deixavam, parecia austero e triste, jamais se referindo à liberdade que o Evangelho outorgara à consciência humana.
Paulo observou a transformação, tomado de profundo desgosto. Para o seu espírito habituado, de modo irrestrito, à liberdade de opinião, o fato era chocante e doloroso. Agravara-o a circunstância de partir justamente de um crente como Simão, altamente categorizado e respeitável em todos os sentidos. Como interpretar aquele procedimento em completo desacordo com o que se esperava? Ponderando a grandeza da sua tarefa junto dos gentios, a menor pergunta dos amigos, nesse particular, deixava-o confuso. Na sua paixão pelas atitudes francas, não era dos trabalhadores que conseguem esperar. E após duas semanas de expectação ansiosa, desejoso de proporcionar uma satisfação aos numerosos elementos incircuncisos de Antioquia, convidado a falar na tribuna para os companheiros, começou por exaltar a emancipação religiosa do mundo, desde a vinda de Jesus-Cristo. Passou em revista as generosas demonstrações que o Mestre dera aos publicanos e aos pecadores. Pedro ouvia-o, assombrado com tanta erudição e recurso de hermenêutica para ensinar aos ouvintes os princípios mais difíceis. Os mensageiros de Tiago estavam igualmente surpreendidos, a assembleia ouvia o orador atentamente.
Em dado instante, o tecelão de Tarso olhou fixamente para o Apóstolo galileu e exclamou:
— Irmãos, defendendo o nosso sentimento de unificação em Jesus, não posso disfarçar nosso desgosto em face dos últimos acontecimentos. Quero referir-me à atitude do nosso hóspede muito amado, Simão Pedro, a quem deveríamos chamar “mestre”, se esse título não coubesse de fato e de direito ao nosso Salvador.
A surpresa foi grande e o espanto geral. O Apóstolo de Jerusalém também estava surpreso, mas parecia muito calmo. Os emissários de Tiago revelavam profundo mal-estar. Barnabé estava lívido. E Paulo prosseguia sobranceiro:
— Simão tem personificado para nós um exemplo vivo. O Mestre no-lo deixou como rocha de fé imortal. (Mt 16:18) No seu coração generoso temos depositado as mais vastas esperanças. Como interpretar seu procedimento, afastando-se dos irmãos incircuncisos, desde a chegada dos mensageiros de Jerusalém? Antes disso, comparecia aos nossos serões íntimos, comia do pão de nossas mesas. Se assim procuro esclarecer a questão, abertamente, não é pelo desejo de escandalizar a quem quer que seja, mas porque só acredito num Evangelho livre de todos os preconceitos errôneos do mundo, considerando que a palavra do Cristo não está algemada aos interesses inferiores do sacerdócio, de qualquer natureza.
O ambiente carregara-se de nervosismo. Os gentios de Antioquia fitavam o orador, enternecidos e gratos. Os simpatizantes do farisaísmo, ao contrário, não escondiam seu rancor, em face daquela coragem quase audaciosa. Nesse instante, de olhos inflamados por sentimentos indefiníveis, Barnabé tomou a palavra, enquanto o orador fazia uma pausa, e considerou:
— Paulo, sou dos que lamentam tua atitude neste passo. Com que direito poderás atacar a vida pura do continuador de Cristo Jesus?
Isso, inquiria-o ele em tom altamente comovedor, com a voz embargada de lágrimas. Paulo e Pedro eram os seus melhores e mais caros amigos.
Longe de se impressionar com a pergunta, o orador respondeu com a mesma franqueza:
— Temos, sim, um direito: — o de viver com a verdade, o de abominar a hipocrisia, e, o que é mais sagrado — o de salvar o nome de Simão das arremetidas farisaicas, cujas sinuosidades conheço, por constituírem o báratro escuro de onde pude sair para as claridades do Evangelho da redenção.
A palestra do ex-rabino continuou rude e franca. De quando em quando, Barnabé surgia com um aparte, tornando a contenda mais renhida.
Entretanto, em todo o curso da discussão, a figura de Pedro era a mais impressionante pela augusta serenidade do semblante tranquilo.
Naqueles rápidos instantes, o Apóstolo galileu considerou a sublimidade da sua tarefa no campo de batalha espiritual, pelas vitórias do Evangelho. De um lado estava Tiago, cumprindo elevada missão junto do judaísmo; de suas atitudes conservadoras surgiam incidentes felizes para a manutenção da igreja de Jerusalém, erguida como um ponto inicial para a cristianização do mundo; de outro lado estava a figura poderosa de Paulo, o amigo desassombrado dos gentios, na execução de uma tarefa sublime; de seus atos heroicos, derivava toda uma torrente de iluminação para os povos idólatras. Qual o maior a seus olhos de companheiro que convivera com o Mestre e dele recebera as mais altas lições? Naquela hora, o ex-pescador rogou a Jesus lhe concedesse a inspiração necessária para a fiel observância dos seus deveres. Sentiu o espinho da missão cravado em pleno peito, impossibilitado de se justificar com a só intencionalidade de seus atos, a menos que provocasse maior escândalo para a instituição cristã, que mal alvorecia no mundo. De olhos úmidos, enquanto Paulo e Barnabé se debatiam, teve a impressão de ver novamente o Senhor, no dia do Calvário. Ninguém o compreendera. Nem mesmo os discípulos amados. Em seguida, pareceu vê-lo expirante na cruz do martírio. Uma força oculta conduzia-o a ponderar o madeiro com atenção. A cruz do Cristo parecia-lhe, agora, um símbolo de perfeito equilíbrio. Uma linha horizontal e uma linha vertical, justapostas, formavam figuras absolutamente retas. Sim, o instrumento do suplício enviava-lhe uma silenciosa mensagem. Era preciso ser justo, sem parcialidade ou falsa inclinação. O Mestre amara a todos, indistintamente. Repartira os bens eternos com todas as criaturas. Ao seu olhar compassivo e magnânimo, gentios e judeus eram irmãos. Experimentava, agora, singular acuidade para examinar conscienciosamente as circunstâncias. Devia amar a Tiago pelo seu cuidado generoso com os israelitas, bem como a Paulo de Tarso pela sua dedicação extraordinária a todos quantos não conheciam a ideia do Deus justo.
O ex-pescador de Cafarnaum notou que a maioria da assembleia lhe dirigia curiosos olhares. Os companheiros de Jerusalém deixavam perceber cólera íntima, na extrema palidez do rosto. Todos pareciam convocá-lo à discussão. Barnabé tinha os olhos vermelhos de chorar e Paulo parecia cada vez mais franco, verberando a hipocrisia com a sua lógica fulminante. O Apóstolo preferiria o silêncio, de modo a não perturbar a fé ardente de quantos se arrebanhavam na igreja sob as luzes do Evangelho; mediu a extensão da sua responsabilidade naquele minuto inesquecível. Encolerizar-se seria negar os valores do Cristo e perder suas obras; inclinar-se para Tiago seria a parcialidade; dar absoluta razão aos argumentos de Paulo, não seria justo. Procurou arregimentar na mente os ensinamentos do Mestre e lembrou a inolvidável sentença: — o que desejasse ser o maior, fosse o servo de todos. (Mc 9:35) Esse preceito proporcionou-lhe imenso consolo e grande força espiritual.
A polêmica ia cada vez mais ardida. Extremavam-se os partidos. A assembleia estava repleta de cochichos abafados. Era natural prever uma franca explosão.
Simão Pedro levantou-se. A fisionomia estava serena, mas os olhos estavam orvalhados de lágrimas que não chegavam a correr.
Valendo-se de uma pausa mais longa, ergueu a voz que logo apaziguou o tumulto:
— Irmãos! — disse nobremente — muito tenho errado neste mundo. Não é segredo para ninguém que cheguei a negar o Mestre no instante mais doloroso do Evangelho. Tenho medido a misericórdia do Senhor pela profundidade do abismo de minhas fraquezas. Se errei entre os irmãos muito amados de Antioquia, peço perdão de minhas faltas. Submeto-me ao vosso julgamento e rogo a todos que se submetam ao julgamento do Altíssimo.
A estupefação foi geral. Compreendendo o efeito, o ex-pescador concluiu a justificativa, dizendo:
— Reconhecida a extensão das minhas necessidades espirituais e recomendando-me às vossas preces, passemos, irmãos, aos comentários do Evangelho de hoje.
A assistência estava assombrada com o desfecho imprevisto. Esperava-se que Simão Pedro fizesse um longo discurso em represália. Ninguém conseguia recobrar-se da surpresa. O Evangelho deveria ser comentado pelo Apóstolo galileu, mediante combinação prévia, mas o ex-pescador, antes de sentar-se de novo, exclamou muito sereno:
— Peço ao nosso irmão Paulo de Tarso o obséquio de consultar e comentar as anotações de Levi.
Não obstante o constrangimento natural, o ex-rabino considerou o elevado alcance daquele pedido, renovou num ápice todos os sentimentos extremistas do coração ardente e, num formoso improviso, falou da leitura dos pergaminhos da Boa Nova.
A atitude ponderada de Simão Pedro salvara a igreja nascente. Considerando os esforços de Paulo e de Tiago, no seu justo valor, evitara o escândalo e o tumulto no recinto do santuário. À custa de sua abnegação fraternal, o incidente passou quase inapercebido na história da cristandade primitiva, e nem mesmo a referência leve de Paulo na epístola aos Gálatas, a despeito da forma rígida, expressional do tempo, pode dar ideia do perigo iminente de escândalo que pairou sobre a instituição cristã, naquele dia memorável.
A reunião terminou sem novos atritos. Simão aproximou-se de Paulo e felicitou-o pela beleza e eloquência do discurso. Fez questão de voltar ao incidente para versá-lo com referências amistosas. O problema do gentilismo, dizia ele, merecia, de fato, muito interesse. Como deserdar das luzes do Cristo o que havia nascido distante das comunidades judaicas, se o próprio Mestre afirmara que os discípulos chegariam do Ocidente e do Oriente? A palestra suave e generosa reaproximou Paulo e Barnabé, enquanto o ex-pescador discorria intencionalmente, acalmando os ânimos.
O ex-doutor da Lei continuou a defender sua tese com argumentação sólida. Constrangido a princípio, em face da benevolência do galileu expandiu-se naturalmente, readquirindo a serenidade íntima. O problema era complexo. Transportar o Evangelho para o judaísmo não seria asfixiar-lhe as possibilidades divinas? — perguntava Paulo, firmando seu ponto de vista. Mas, e o esforço milenário dos judeus? — interrogava Pedro, advertindo que, a seu ver, se Jesus afirmara sua missão como o exato cumprimento da Lei, não era possível afastar-se a nova da antiga revelação. Proceder de outro modo seria arrancar do tronco vigoroso o galho verdejante, destinado a frutescer.
Examinando aqueles argumentos — ponderosos, Paulo de Tarso lembrou, então, que seria razoável promover em Jerusalém uma assembleia dos correligionários mais dedicados, para ventilar o assunto com maior amplitude. Os resultados, a seu ver, seriam benéficos, por apresentarem uma norma justa de ação, sem margem a sofismas tão de gosto e hábito farisaicos.
Como alguém que se sentisse muito alegre por encontrar a chave de um problema difícil, Simão Pedro anuiu de bom grado à proposta, assegurando interessar-se para que a reunião se fizesse quanto antes. Intimamente, considerou que seria ótima oportunidade para os discípulos de Antioquia observarem as dificuldades crescentes em Jerusalém.
À noite, todos os irmãos compareceram à igreja para as despedidas de Simão e para as preces habituais. Pedro orou com santificado fervor e a comunidade sentiu-se envolvida em benéficas vibrações de paz.
O incidente a todos deixara tal ou qual perplexidade, mas, as atitudes prudentes e afáveis do pescador conseguiram manter a coesão geral em torno do Evangelho, para continuação das tarefas santificantes.
Depois de observar a plena reconciliação de Paulo e Barnabé, Simão Pedro regressou a Jerusalém com os mensageiros de Tiago.
Em Antioquia, a situação continuou instável. As discussões estéreis prosseguiam acesas. A influência judaizante combatia a gentilidade e os cristãos livres opunham resistência formal ao convencionalismo preconceituoso. O ex-rabino, entretanto, não descansava. Convocou reuniões, nas quais esclareceu as finalidades da assembleia que Simão lhes prometera em Jerusalém, na primeira oportunidade. Combatente ativo, multiplicou as energias próprias na sustentação da independência do Cristianismo e prometeu publicamente que traria cartas da igreja dos Apóstolos galileus, que garantissem a posição dos gentios na doutrina consoladora de Jesus, alijando-se as imposições absurdas, no caso da circuncisão.
Suas providências e promessas acendiam novas lutas. Os observadores rigorosos dos preceitos antigos duvidavam de semelhantes concessões por parte de Jerusalém.
Paulo não desanimou. Intimamente, idealizava sua chegada à igreja dos Apóstolos, passava em revista, na imaginação superexcitada, toda a argumentação poderosa a empregar, e via-se vencedor na questão que se delineava a seus olhos como de essencial importância para o futuro do Evangelho. Procuraria mostrar a elevada capacidade dos gentios para o serviço de Jesus. Contaria os êxitos obtidos na longa excursão de mais de quatro anos, através das regiões pobres e quase desconhecidas, onde a gentilidade havia recebido as notícias do Mestre com intenso júbilo e compreensão muito mais elevada que a dos seus irmãos de raça. Alargando os projetos generosos, deliberou levar em sua companhia o jovem , que, embora oriundo das fileiras pagãs e não obstante contar vinte anos incompletos, representava na igreja de Antioquia uma das mais lúcidas inteligências a serviço do Senhor. Desde a vinda de Tarso, Tito afeiçoara-se-lhe como um irmão generoso. Notando-lhe a índole laboriosa, Paulo ensinara-lhe o ofício de tapeceiro e fora ele o seu substituto na tenda humilde, por todo o tempo que durou a primeira missão. O rapaz seria um expoente do poder renovador do Evangelho. Certamente, quando falasse na reunião, surpreenderia os mais doutos com os seus argumentos de alto teor exegético.
Acariciando esperanças, Paulo de Tarso tomou todas as providências para que o êxito de seus planos não falhasse.
Ao fim de quatro meses, um emissário de Jerusalém trazia a esperada notificação de Pedro, referente à assembleia. Coadjuvado pela operosidade de Barnabé o ex-rabino acelerou as providências indispensáveis. Na véspera de partir subiu à tribuna e renovou a promessa das concessões esperadas pelo gentilismo, insensível ao sorriso irônico que alguns israelitas disfarçavam cautelosamente.
Na manhã imediata, a pequena caravana partiu. Compunham-na Paulo e Barnabé, Tito e mais dois irmãos, que os acompanhavam em caráter de auxiliares.
Fizeram uma viagem vagarosa, escalando em todas as aldeias, para as pregações da Boa Nova, disseminando curas e consolações.
Depois de muitos dias, chegaram a Jerusalém, onde foram recebidos por Simão, com inexcedível contentamento. Em companhia de , o generoso Apóstolo ofereceu-lhes fraternal acolhida. Ficaram todos no departamento em que se localizavam numerosos necessitados e doentes. Paulo e Barnabé examinaram as modificações introduzidas na casa. Outros pavilhões, embora humildes, estendiam-se além, cobrindo não pequena área.
— Os serviços aumentaram — explicava Simão, bondosamente —; os enfermos, que nos batem às portas, multiplicam-se todos os dias. Foi preciso construir novas dependências.
A fileira de catres parecia não ter fim. Aleijados e velhinhos distraíam-se ao sol, entre as árvores amigas do quintal.
Paulo estava admirado com a amplitude das obras. Daí a pouco, e outros companheiros vinham saudar os irmãos da instituição antioquense. O ex-rabino fixou o Apóstolo que chefiava as pretensões do judaísmo. O filho de Alfeu aparecia-lhe, agora, radicalmente transformado. Suas feições eram de um “mestre de Israel”, com todas as características indefiníveis dos hábitos farisaicos. Não sorria. Os olhos deixavam perceber uma presunção de superioridade que raiava pela indiferença. Seus gestos eram medidos como os de um sacerdote do Templo, nos atos cerimoniais. O tecelão de Tarso tirou suas ilações íntimas e esperou a noite em que se iniciariam as discussões preparatórias. À claridade de algumas tochas, sentavam-se em torno de extensa mesa diversas personagens que Paulo não conhecia. Eram novos cooperadores da igreja de Jerusalém, explicava Pedro, com bondade. O ex-rabino e Barnabé não tiveram boa impressão, à primeira vista. Os desconhecidos assemelhavam-se a figuras do Sinédrio, na sua posição hierárquica e convencional.
Chegados ao recinto, o convertido de Damasco experimentou sua primeira decepção. Observando que os representantes de Antioquia se faziam acompanhar por um jovem, Tiago adiantou-se e perguntou:
— Irmãos, é justo saibamos quem é o rapaz que trazeis a este cenáculo discreto. Nossa preocupação é fundamentada nos preceitos da tradição que manda examinar a procedência da juventude, a fim de que os serviços de Deus não sejam perturbados.
— Este é o nosso valoroso colaborador de Antioquia — explicou Paulo, entre orgulhoso e satisfeito —, chama-se Tito e representa uma de nossas grandes esperanças na seara de Jesus-Cristo.
O Apóstolo fixou-o sem surpresa e tornou a perguntar:
— É filho do povo eleito?
— É descendente de gentios — afirmou o ex-rabino, quase com altivez.
— Circuncidado? — interrogou o filho de Alfeu ciosamente.
— Não.
Este não, de Paulo, foi dito com tal ou qual enfado. As exigências de Tiago enervavam-no. Ouvindo a negativa, o Apóstolo galileu esclareceu em tom firme:
— Penso então que não será justo admiti-lo na assembleia, visto não ter ainda cumprido todos os preceitos.
— Apelamos para Simão Pedro — disse Paulo, convicto. —Tito é representante de nossa comunidade.
O ex-pescador de Cafarnaum estava lívido. Colocado entre os dois grandes representantes, do judaísmo e da gentilidade, tinha que decidir cristãmente o impasse inesperado.
Como sua intervenção direta demorasse alguns minutos, o tecelão tarsense continuou:
— Aliás, a reunião deverá resolver estas questões palpitantes, a fim de que se estabeleçam os direitos legítimos dos gentios.
Simão, porém conhecendo ambos os contendores, deu-se pressa em opinar, exclamando em tom conciliador:
— Sim, o assunto será objeto de nosso atencioso exame na assembleia. — E dirigindo intencionalmente o olhar ao ex-rabino, prosseguia explicando: — Apelas para mim e aceito o recurso; no entanto, devemos estudar a objeção de Tiago mais detidamente. Trata-se de um chefe dedicado desta casa e não seria justo desprezar-lhe os préstimos. De fato, o conselho discutirá esses casos, mas isso significa que o assunto ainda não está resolvido. Proponho, então, que o irmão Tito seja circuncidado amanhã para que participe dos debates com a inspiração superior que lhe conheço. E tão só com essa providência os horizontes ficarão necessariamente aclarados, para tranquilidade de todos os discípulos do Evangelho.
A sutileza do argumento removeu os empecilhos. Se não agradou a Paulo, satisfez a maioria e, regressando o jovem de Antioquia para o interior da casa, a assembleia começou pelas discussões preliminares. O ex-rabino estava taciturno e abatido. A atitude de Tiago, os novos elementos estranhos ao Evangelho, que teriam de votar na reunião, o gesto conciliador de Simão Pedro, desgostavam-no profundamente. Aquela imposição no caso de Tito figurava-se-lhe um crime. Tinha ímpetos de regressar a Antioquia, acusar de hipócritas e “sepulcros caiados” (Mt 23:27) os irmãos judaizantes. Mas, as cartas de emancipação que havia prometido aos companheiros da gentilidade? Não seria mais conveniente recalcar seus melindres feridos por amor aos irmãos de ideal? Não seria mais justo aguardar deliberações definitivas e humilhar-se? A lembrança de que os amigos contavam com as suas promessas acalmou-o. Fundamente desapontado, o convertido de Damasco acompanhou atento os primeiros debates. As questões iniciais davam ideia das grandes modificações que procuravam introduzir no Evangelho do Mestre.
Um dos irmãos presentes chegava a ponderar que os gentios deviam ser considerados como o “gado” do povo de Deus: bárbaros que importava submeter à força, a fim de serem empregados nos trabalhos mais pesados dos escolhidos. Outro indagava se os pagãos eram semelhantes aos outros homens convertidos a Moisés ou a Jesus. Um velho de feições rígidas chegava ao despautério de afiançar que o homem só vingava completar-se depois de circunciso. À margem da gentilidade, outros temas fúteis vinham à balha. Houve quem lembrasse que a assembleia devia regular os deveres concernentes aos alimentos impuros, bem como sobre o processo mais adequado à ablução das mãos. Tiago argumentava e discorria como profundo conhecedor de todos os preceitos. Pedro ouvia, com grande serenidade. Nunca respondia quando a tese assumia o caráter de conversação, e aguardava momento oportuno para manifestar-se. Somente tomou atitude mais enérgica, quando um dos componentes do conselho pediu para que o Evangelho de Jesus fosse incorporado ao livro dos profetas, ficando subordinado à Lei de Moisés para todos os efeitos. Foi a primeira vez que Paulo de Tarso notou o ex-pescador intransigente e quase rude, explicando o absurdo de semelhante sugestão.
Os trabalhos foram paralisados alta noite, em fase de pura preparação. Tiago recolheu os pergaminhos com anotações, orou de joelhos e a assembleia dispersou-se para nova reunião no dia imediato.
Simão procurou a companhia de Paulo e Barnabé, para dirigir-se aos aposentos de repouso.
O tecelão de Tarso estava consternado. A circuncisão de Tito surgia-lhe como derrota dos seus princípios intransigentes. Não se conformava, fazendo sentir ao ex-pescador a extensão de suas contrariedades.
— Mas que vem a ser tão pequena concessão — interrogava o Apóstolo de Cafarnaum, sempre afável — em face do que pretendemos realizar? Precisamos de ambiente pacífico para esclarecer o problema da obrigatoriedade da circuncisão. Não firmaste compromisso com o gentilismo de Antioquia?
Paulo recordou a promessa que fizera aos irmãos e concordou:
— Sim, é verdade.
— Reconheçamos, pois, a necessidade de muita calma para chegar às soluções precisas. As dificuldades, neste sentido, não prevalecem tão só para a igreja antioquiana. As comunidades de Cesareia, de Jope, bem como de outras regiões, encontram-se atormentadas por esses casos transcendentes. Bem sabemos que todas as cerimônias externas são de evidente inutilidade para a alma; mas, tendo em vista os princípios respeitáveis do judaísmo, não podemos declarar guerra de morte às suas tradições, de um momento para outro. Será justo lutar com muita prudência sem ofender rudemente a ninguém.
O ex-rabino escutou as admoestações do Apóstolo e, recordando as lutas a que ele próprio assistira no ambiente farisaico, pôs-se a meditar silenciosamente.
Mais alguns passos e atingiram a sala transformada em dormitório de Pedro e João. Entraram. Enquanto Barnabé e o filho de Zebedeu se entregavam a animada palestra, Paulo sentou-se ao lado do ex-pescador, mergulhando-se em profundos pensamentos.
Depois de alguns instantes, o ex-doutor da Lei, saindo da sua abstração, chamou Pedro, murmurando:
— Custa-me concordar com a circuncisão de Tito, mas não vejo outro recurso.
Atraídos por aquela confissão, Barnabé e João puseram-se também a ouvi-lo atentamente.
— Mas, curvando-me à providência — continuou com inexcedível franqueza —, não posso deixar de reconhecer no fato uma das mais altas demonstrações de fingimento. Concordarei naquilo que não aceito de modo algum. Quase me arrependo de ter assumido compromissos com os nossos amigos de Antioquia; não supunha que a política abominável das sinagogas houvesse invadido totalmente a igreja de Jerusalém.
O filho de Zebedeu fixou no convertido de Damasco os olhos muito lúcidos, ao passo que Simão respondia serenamente:
— A situação é, de fato, muito delicada. Principalmente depois do sacrifício de alguns companheiros mais amados e prestimosos, as dificuldades religiosas em Jerusalém multiplicam-se todos os dias.
E vagueando o olhar pelo aposento, como se quisesse traduzir fielmente o seu pensamento, continuou:
— Quando se agravou a situação, cogitei da possibilidade de me transferir para outra comunidade; em seguida, pensei em aceitar a luta e reagir; mas, uma noite, tão bela como esta, orava eu neste quarto, quando percebi a presença de alguém que se aproximava devagarinho. Eu estava de joelhos quando a porta se abriu com imensa surpresa para mim. Era o Mestre! Seu rosto era o mesmo dos formosos dias de Tiberíades. Fitou-me grave e terno, e falou: — “Pedro, atende aos “filhos do Calvário”, antes de pensar nos seus caprichos!” A maravilhosa visão durou um minuto, mas logo após, pus-me a recordar os velhinhos, os necessitados, os ignorantes e doentes que nos batem à porta. O Senhor recomendava-me atenção para os portadores da cruz. Desde então, não desejei mais que servi-los.
O Apostolo tinha os olhos úmidos e Paulo sentia-se bastante impressionado, pois que ouvira a expressão “filhos do Calvário” dos lábios espirituais de Abigail, quando da sua gloriosa visão, no silêncio da noite, ao aproximar-se de Tarso.
— Com efeito, grande é a luta — concordou o convertido de Damasco, parecendo mais tranquilo.
E mostrando-se convicto da necessidade de examinar o realismo da vida comum, não obstante a beleza das prodigiosas manifestações do Plano invisível, voltou a dizer:
— Entretanto, precisamos encontrar um meio de libertar as verdades evangélicas do convencionalismo humano. Qual a razão principal da preponderância farisaica na igreja de Jerusalém?
Simão Pedro esclareceu sem rebuços;
— As maiores dificuldades giram em torno da questão monetária. Esta casa alimenta mais de cem pessoas, diariamente, além dos serviços de assistência aos enfermos, aos órfãos e aos desamparados. Para a manutenção dos trabalhos são indispensáveis muita coragem e muita fé, porque as dívidas contraídas com os socorredores da cidade são inevitáveis.
— Mas os doentes — interrogou Paulo, atencioso — não trabalham depois de melhorados?
— Sim — explicou o Apóstolo —, organizei serviços de plantação para os restabelecidos e impossibilitados de se ausentarem logo de Jerusalém. Com isso, a casa não tem necessidade de comprar hortaliças e frutas. Quanto aos melhorados vão tomando o encargo de enfermeiros dos mais desfavorecidos da saúde. Essa providência permitiu a dispensa de dois homens remunerados, que nos auxiliavam na assistência aos loucos incuráveis ou de cura mais difícil. Como vês, estes detalhes não foram esquecidos e mesmo assim a igreja está onerada de despesa e dívidas que só a cooperação do judaísmo pode atenuar ou desfazer.
Paulo compreendeu que Pedro tinha razão. No entanto, ansioso de proporcionar independência aos esforços dos irmãos de ideal, considerou:
— Advirto, então, que precisamos instalar aqui elementos de serviço que habilitem a casa a viver de recursos próprios. Os órfãos, os velhos e os homens aproveitáveis poderão encontrar atividades além dos trabalhos agrícolas e produzir alguma coisa para a renda indispensável. Cada qual trabalharia de conformidade com as próprias forças, sob a direção dos irmãos mais experimentados. A produção do serviço garantiria a manutenção geral. Como sabemos, onde há trabalho há riqueza, e onde há cooperação há paz. É o único recurso para emancipar a igreja de Jerusalém das imposições do farisaísmo, cujas artimanhas conheço desde o princípio de minha vida.
Pedro e João estavam maravilhados. A ideia de Paulo era excelente. Vinha ao encontro de suas preocupações ansiosas, pelas dificuldades que pareciam não ter fim.
— O projeto é extraordinário — disse Pedro — e viria resolver grandes problemas de nossa vida.
O filho de Zebedeu, que tinha os olhos radiantes de júbilo, atacou, por sua vez, o assunto, objetando:
— Mas, o dinheiro? Onde encontrar os fundos indispensáveis ao grandioso empreendimento?!…
O ex-rabino entrou em profunda meditação e esclareceu:
— O Mestre auxiliará nossos bons propósitos. Barnabé e eu empreendemos longa excursão a serviço do Evangelho e vivemos, em todo o seu transcurso, a expensas do nosso trabalho. Eu tecelão, ele oleiro, em atividade provisória nos lugares onde passamos. Realizada a primeira experiência, poderíamos voltar agora às mesmas regiões e visitar outras, pedindo recursos para a igreja de Jerusalém. Provaríamos nosso desinteresse pessoal, vivendo à custa de nosso esforço e recolheríamos as dádivas por toda parte, conscientes de que, se temos trabalhado pelo Cristo, será justo também pedirmos por amor ao Cristo. A coleta viria estabelecer a liberdade do Evangelho em Jerusalém, porque representaria o material indispensável a edificações definitivas no plano do trabalho remunerador.
Estava esboçado, assim, o programa a que o generoso Apóstolo da gentilidade haveria de submeter-se pelo resto de seus dias. No seu desempenho teria de sofrer as mais cruéis acusações; mas, no santuário do seu coração devotado e sincero, Paulo, de par com os grandiosos serviços apostólicos, levaria a coleta em favor de Jerusalém, até ao fim da sua existência terrestre.
Ouvindo-lhe os planos, Simão levantou-se e abraçou-o dizendo comovido:
— Sim, meu amigo, não foi em vão que Jesus te buscou pessoalmente às portas de Damasco.
Fato pouco vulgar na sua vida, Paulo tinha os olhos rasos de pranto. Fitou o ex-pescador de modo significativo, considerando intimamente suas dívidas de gratidão ao Salvador, e murmurou:
— Não farei mais que o meu dever. Nunca poderei olvidar que saiu dos catres desta casa, os quais já serviram igualmente a mim próprio.
Todos estavam extremamente sensibilizados. Barnabé comentou a ideia com entusiasmo e enriqueceu o plano de numerosos pormenores.
Nessa noite, os dedicados discípulos do Cristo sonharam com a independência do Evangelho em Jerusalém; com a emancipação da igreja, isenta das absurdas imposições da sinagoga.
No dia imediato procedeu-se solenemente à circuncisão de Tito, sob a direção cuidadosa de Tiago e com a profunda repugnância de Paulo de Tarso.
As assembleias noturnas continuaram por mais de uma semana. Nas primeiras noites, preparando terreno para advogar abertamente a causa da gentilidade, o ex-pescador de Cafarnaum solicitou aos representantes de Antioquia expusessem a impressão das visitas aos pagãos de Chipre, Panfília, Pisídia e Licaônia. Paulo, fundamente contrariado com as exigências aplicadas a Tito, pediu a Barnabé falasse em seu nome.
O ex-levita de Chipre fez extenso relato de todos os acontecimentos, provocando imensa surpresa a quantos lhe ouviam as referências ao extraordinário poder do Evangelho, entre aqueles que ainda não haviam esposado uma crença pura. Em seguida, atendendo ainda a observações de Paulo, Tito falou, profundamente comovido com a interpretação dos ensinamentos do Cristo e mostrando possuir formosos dons de profecia, fazendo-se admirar pelo próprio , que o abraçou mais de uma vez.
Ao termo dos trabalhos, discutia-se ainda a obrigatoriedade da circuncisão para os gentios. O ex-rabino seguia os debates, silencioso, admirando o poder de resistência e tolerância de Simão Pedro.
Quando o ex-pescador reconheceu que as divergências prosseguiriam indefinidamente, levantou-se e pediu a palavra, fazendo a generosa e sábia exortação de que os At 15:7 fornecem notícia:
— Irmãos — começou Pedro, enérgico e sereno —, bem sabeis que, de há muito, Deus nos elegeu para que os gentios ouvissem as verdades do Evangelho e cressem no seu Reino. O Pai, que conhece os corações, deu aos circuncisos e aos incircuncisos a palavra do Espírito-Santo. No dia glorioso do Pentecostes as vozes falaram na praça pública de Jerusalém, para os filhos de Israel e dos pagãos. O Todo-Poderoso determinou que as verdades fossem anunciadas indistintamente. Jesus afirmou que os cooperadores do Reino chegariam do Oriente e do Ocidente. Não compreendo tantas controvérsias, quando a situação é tão clara aos nossos olhos. O Mestre exemplificou a necessidade de harmonização constante: palestrava com os doutores do Templo; frequentava a casa dos publicanos; tinha expressão de bom ânimo para todos os que se baldavam de esperança; aceitou o derradeiro suplício entre os ladrões. Por que motivo devemos guardar uma pretensão de isolamento daqueles que experimentam a necessidade maior? Outro argumento que não deveremos esquecer é o da chegada do Evangelho ao mundo, quando já possuíamos a Lei. Se o Mestre no-lo trouxe, amorosamente, com os mais pesados sacrifícios, seria justo enclausurarmo-nos nas tradições convencionais, esquecendo o campo de trabalho? Não mandou o Cristo que pregássemos a Boa Nova a todas as nações? Claro que não poderemos desprezar o patrimônio dos israelitas. Temos de amar nos filhos da Lei, que somos nós, a expressão de profundos sofrimentos e de elevadas experiências que nos chegam ao coração através de quantos precederam o Cristo, na tarefa milenária de preservar a fé no Deus único; mas esse reconhecimento deve inclinar nossa alma para o esforço na redenção de todas as criaturas. Abandonar o gentio à própria sorte seria criar duro cativeiro, ao invés de praticar aquele amor que apaga todos os pecados. É pelo fato de muito compreendermos os judeus e de muito estimarmos os preceitos divinos, que precisamos estabelecer a melhor fraternidade com o gentio, convertendo-o em elemento de frutificação divina. Cremos que Deus nos purifica o coração pela fé e não pelas ordenanças do mundo. Se hoje rendemos graças pelo triunfo glorioso do Evangelho, que instituiu a nossa liberdade, como impor aos novos discípulos um jugo que, intimamente, não podemos suportar? Suponho, então, que a circuncisão não deva constituir ato obrigatório para quantos se convertam ao amor de Jesus-Cristo, e creio que só nos salvaremos pelo favor divino do Mestre, estendido generosamente a nós e a eles também.
A palavra do Apóstolo caíra na fervura das opiniões como forte jato de água fria. Paulo estava radiante, ao passo que Tiago não conseguia ocultar o desapontamento.
A exortação do ex-pescador dava margem a numerosas interpretações; se falava no respeito amoroso aos judeus, referia-se também a um jugo que não podia suportar. Ninguém, todavia, ousou negar-lhe a prudência e bom-senso indubitáveis.
Terminada a oração, Pedro rogou a Paulo falasse de suas impressões pessoais, a respeito do gentio. Mais esperançado, o ex-rabino tomou a palavra pela primeira vez, no conselho, e convidando Barnabé ao comentário geral, ambos apelaram para que a assembleia concedesse a necessária independência aos pagãos, no que se referia à circuncisão.
Havia em tudo, agora, uma nota de satisfação geral. As observações de Pedro calaram fundo em todos os companheiros. Foi então que Tiago tomou a palavra, e, vendo-se quase só no seu ponto de vista, esclareceu que Simão fora muito bem inspirado no seu apelo; mas pediu três emendas para que a situação ficasse bem esclarecida. Os pagãos ficavam isentos da circuncisão, mas deviam assumir o compromisso de fugir da idolatria, evitar a luxúria e abster-se das carnes de animais sufocados.
O Apóstolo dos gentios estava satisfeito. Fora removido o maior obstáculo.
No dia seguinte os trabalhos foram encerrados, lavrando-se as resoluções em pergaminho. Pedro providenciou para que cada irmão levasse consigo uma carta, como prova das deliberações, em virtude da solicitação de Paulo, que desejava exibir o documento como mensagem de emancipação da gentilidade.
Interpelado pelo ex-pescador, quando se achavam a sós, sobre as impressões pessoais dos trabalhos, o ex-doutor de Jerusalém esclareceu com um sorriso:
— Em suma, estou satisfeito. Ficou resolvido o mais difícil dos problemas. A obrigatoriedade da circuncisão para os gentios representava um crime aos meus olhos. Quanto às emendas de Tiago, não me impressionam, porquanto a idolatria e a luxúria são atos detestáveis para a vida particular de cada um; e, quanto às refeições, suponho que todo cristão poderá comer como melhor lhe pareça, desde que os excessos sejam evitados.
Pedro sorriu e explicou ao ex-rabino seus novos planos. Comentou, esperançoso, a ideia da coleta geral em favor da igreja de Jerusalém, e, evidenciando a peculiar prudência, falou preocupado:
— Teu projeto de excursão e propaganda da Boa Nova, procurando angariar alguns recursos para solução de nossos mais sérios encargos, causa-me justa satisfação, entretanto, venho refletindo na situação da igreja antioquena. Pelo que observei de viso, concluo que a instituição necessita de servidores dedicados que se substituam nos trabalhos constantes de cada dia. Tua ausência, ao demais com Barnabé, trará dificuldades, caso não tomemos as providências precisas. Eis por que te ofereço a cooperação de dois companheiros devotados, que me têm substituído aqui nos encargos mais pesados. Trata-se de Silas e Barsabás, dois discípulos amigos da gentilidade e dos princípios liberais. De vez em quando, entram em desacordo com Tiago, como é natural, e, segundo creio, serão ótimos auxiliares do teu programa.
Paulo viu no alvitre a providência que desejava. Junto de Barnabé, que participava da conversação, agradeceu ao ex-pescador, profundamente sensibilizado. A igreja da Antioquia teria os recursos necessários que os trabalhos evangélicos requeriam. A medida proposta era-lhe muito grata, mesmo porque, desde logo tivera por Silas grande simpatia, presumindo nele um companheiro leal, expedito e dedicado.
Os missionários de Antioquia ainda se demoraram três dias na cidade, após o encerramento do Conselho, tempo esse que Barnabé aproveitou para . Paulo, contudo, declinou do convite de e permaneceu na igreja, estudando a situação futura, em companhia de Simão Pedro e dos dois novos colaboradores.
Em atmosfera de grande harmonia, os trabalhadores do Evangelho versaram todos os requisitos do projeto.
Fato digno de nota a reclusão de Paulo, junto aos Apóstolos galileus, jamais saindo à rua, para não entrar em contato com o cenário vivo do seu passado tumultuoso.
Finalmente, tudo pronto e ajustado, a missão se dispôs a regressar. Havia em todas as fisionomias um sinal de gratidão e de esperança santificada nos dias do porvir. Verificava-se, no entanto, um detalhe curioso, que é indispensável destacar. Solicitado pela irmã, Barnabé dispusera-se a aceitar a contribuição de , em nova tentativa de adaptação ao serviço do Evangelho. Considerando a boa intenção com que acedera aos pedidos da irmã, o ex-levita de Chipre achou desnecessário consultar o companheiro de esforços comuns. Paulo, porém, não se magoou. Acolheu a resolução de Barnabé, um tanto admirado, abraçou o jovem afetuosamente e esperou que o discípulo de Pedro se pronunciasse, quanto ao futuro.
O grupo, acrescido de Silas, Barsabás e João Marcos, pôs-se a caminho para Antioquia, nas melhores disposições de harmonia.
Revezando-se na tarefa de pregação das verdades eternas, anunciavam o Reino de Deus e faziam curas por onde passavam.
Chegados ao destino, com grandes manifestações de júbilo da gentilidade, organizaram o plano colimado para dar-lhe imediata eficiência. Paulo expôs o propósito de voltar às comunidades cristãs já fundadas, estendendo a excursão evangélica por outras regiões onde o Cristianismo não fosse conhecido. O plano mereceu aprovação geral. A instituição antioquena ficaria com a cooperação direta de Barsabás e Silas, os dois companheiros devotados que, até ali, haviam constituído duas fortes colunas de trabalho em Jerusalém.
Apresentado o relatório verbal dos esforços em perspectiva, Paulo e Barnabé entraram a cogitar das últimas disposições particulares.
— Agora — disse o ex-levita de Chipre —, espero concordes com o que resolvi relativamente a João.
— João Marcos? — interrogou Paulo admirado.
— Sim, desejo levá-lo conosco, a fim de afeiçoá-lo à tarefa.
O ex-rabino franziu o sobrecenho num gesto muito seu, quando contrariado, e exclamou:
— Não concordo; teu sobrinho está ainda muito jovem para o cometimento.
— Entretanto, prometi à minha irmã acolhê-lo em nossos labores.
— Não pode ser.
Estabeleceu-se entre os dois uma contenda de palavras, na qual Barnabé deixava perceber seu descontentamento. O ex-rabino procurava justificar-se ao passo que o discípulo de Pedro alegava o compromisso assumido e impugnava, com tal ou qual amargura, a atitude do companheiro. O ex-doutor, contudo, não se deixou convencer. A readmissão de João Marcos, dizia, não era justa. Poderia falhar novamente, fugir aos compromissos assumidos, desprezar a oportunidade do sacrifício. Lembrava as de Antioquia de Pisídia, as inevitáveis, as experimentadas em Icônio, o cruel na praça de Listra. Acaso o rapaz estaria preparado, em tão pouco tempo, para compreender o alcance de todos esses acontecimentos, em que a alma era compelida a regozijar-se com o testemunho?
Barnabé estava magoado, de olhos úmidos.
— Afinal, disse em tom comovedor, nenhum desses argumentos me convence e me esclarece, em consciência. Primeiramente, não vejo por que desfazer nossos laços afetivos…
O ex-rabino não o deixou terminar e concluiu:
— Isso nunca. Nossa amizade está muito acima destas circunstâncias. Nossos elos são sagrados.
— Pois bem — acentuou Barnabé —, como interpretar, então, tua recusa? Por que negarmos ao rapaz uma nova experiência de trabalho regenerativo? Não será falta de caridade desprezar um ensejo talvez providencial?
Paulo fixou demoradamente o amigo e acrescentou:
— Minha intuição, neste sentido, é diversa da tua. Quase sempre, Barnabé, a amizade a Deus é incompatível com a amizade ao mundo. Levantando-nos para a execução fiel do dever, as noções do mundo se levantam contra nós. Parecemos maus e ingratos. Mas, ouve-me: ninguém encontrará fechadas as portas da oportunidade, porque é o Todo-Poderoso quem no-las abre. A ocasião é a mesma para todos, mas os campos devem ser diferentes. No trabalho propriamente humano, as experiências podem ser renovadas todos os dias. Isso é justo. Mas considero que, no serviço do Pai, se interrompemos a tarefa começada, é sinal de que ainda não temos todas as experiências indispensáveis ao homem completo. Se a criatura ainda não sabe todas as noções mais nobres, relativas à sua vida e deveres terrestres, como consagrar-se com êxito ao serviço divino? Naturalmente que não podemos ajuizar se este ou aquele já terminou o curso de suas demonstrações humanas e que, de hoje por diante, esteja apto ao serviço do Evangelho, porque, neste particular, cada um se revelará por si. Creio, mesmo, que teu sobrinho atingirá essa posição, com mais algumas lutas. Nós, entretanto, somos forçados a considerar que não vamos tentar uma experiência, mas um testemunho. Compreendes a diferença?
Barnabé compreendeu o imenso alcance daquelas razões concisas, irrefutáveis, e calou-se para dizer daí a momentos:
— Tens razão. Desta vez não poderei, portanto, ir contigo.
Paulo sentiu toda a tristeza que transbordava daquelas palavras e, depois de meditar longo tempo, acentuou:
— Não nos entristeçamos. Estou refletindo na possibilidade de tua partida, com João Marcos, para Chipre. Ele encontraria, ali, um campo adequado aos trabalhos que lhe são necessários e, ao mesmo tempo, cuidaria da organização que fundamos na ilha. Dentro deste plano, continuaríamos em cooperação perfeita, mesmo no que se refere à coleta para a igreja de Jerusalém. Desnecessário será dizer da utilidade de tua presença em Nea-Pafos e Salamina. Quanto a mim, tomaria a Silas, internando-me pelo Tauro, e a igreja de Antioquia ficará com a cooperação de Barsabás e Tito.
Barnabé ficou contentíssimo. O projeto pareceu-lhe admirável. Paulo continuava, a seus olhos, como o companheiro das soluções oportunas.
E dentro de breves dias, a caminho de Chipre, onde serviria a Jesus até que partisse, mais tarde, para Roma, Barnabé foi com o sobrinho para Selêucia, depois de se abraçarem, ele e Paulo, como dois irmãos muito amados, que o Mestre chamava a diferentes destinos.
As observações de Paulo na Gl 2:11 referem-se a um fato anterior à reunião dos discípulos. (Nota de Emmanuel)
mt 23:37
Há dois mil anos...
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Saulo Cesar Ribeiro da Silva
Reportando-nos à dolorosa e comovedora cena do sacrifício dos mártires cristãos, na arena do circo, somos compelidos a acompanhar a entidade de Lívia na sua augusta trajetória para o Reino de Jesus.
Nunca os horizontes da Terra foram brindados com paisagens de tanta beleza, como as que se abriram nas Esferas mais próximas do planeta, quando da partida em massa dos primeiros apóstolos do Cristianismo, exterminados pela impiedade humana, nos tempos áureos e gloriosos da consoladora doutrina do Nazareno.
Naquele dia, quando as feras famintas estraçalhavam os indefesos adeptos das ideias novas, toda uma legião de Espíritos sábios e benevolentes, sob a égide do Divino Mestre, lhes rodeava os corações dilacerados no martírio, saturando-os de força, resignação e coragem para o supremo testemunho de sua fé.
Sobre as nefastas paixões desencadeadas naquela assistência ignorante e impiedosa, desdobravam os poderes do Céu o manto infinito de sua misericórdia, e além daquele vozeio sinistro e ensurdecedor havia vozes que abençoavam, proporcionando aos mártires do Senhor uma fonte de suaves e ditosas consolações.
Entardecia já, quando tombavam as últimas vítimas ao choque brutal dos leões furiosos e implacáveis.
Abrindo os olhos entre os braços carinhosos do seu velho e generoso amigo, Lívia compreendera, imediatamente, a consumação do angustioso transe. Simeão tinha nos lábios um sorriso divino e lhe acariciava os cabelos, paternalmente, com meiguice e doçura. Estranha emoção vibrava, porém, na alma liberta da esposa do senador, que se viu presa de lágrimas dolorosas. A seu lado notou, com penosa surpresa, os despojos sangrentos do corpo dilacerado e entendeu, embora o seu espanto, o doce mistério da ressurreição espiritual, (Jo 3:5) de que falava Jesus nas suas lições divinas. Desejou falar, de modo a traduzir seus pensamentos mais íntimos e, todavia, tinha o coração repleto de emoções indefiníveis e angustiosas. Aos poucos, notou que, da arena ensanguentada, se erguiam entidades, qual a sua própria, ensaiando passos vacilantes, amparadas, porém, por criaturas etéreas, aureoladas de graça incomparável, como jamais contemplara em qualquer circunstância da vida. Aos seus olhos desapareceu o cenário colorido e tumultuoso do circo da ignomínia e aos ouvidos não mais ressoaram as gargalhadas irônicas e perversas dos espectadores impiedosos. Notou que, do firmamento constelado, fluía uma luz misericordiosa e compassiva, afigurando-se-lhe que nova claridade, desconhecida na Terra, se acendera maravilhosamente dentro da noite. Imensa multidão de seres, que lhe pareciam alados, cercava-os a todos, enchendo o ambiente de vibrações divinas.
Deslumbrada, viu, então, que entre a Terra e o Céu se formava radioso caminho…
Através de uma esteira de luz intraduzível, que não chegava a ofuscar o brilho caricioso e terno das estrelas que bordavam, cintilando, o azul macio do firmamento, observou novas legiões espirituais que desciam, celeremente, das maravilhosas regiões do Infinito…
Empolgados com as sonoridades delicadas daquele ambiente indescritível, seus ouvidos escutaram, então, melodias cariciosas do Plano invisível, como se, de envolta com liras e flautas, harpas e alaúdes, cantassem no alto as divinas toutinegras do Paraíso, projetando as alegrias siderais nas paisagens escuras e tristes da Terra…
Seu Espírito, como que impulsado por energia misteriosa, conseguiu, então, manifestar as emoções mais íntimas e mais queridas.
Abraçando-se ao velho e generoso amigo de Samaria, pôde murmurar banhada em lágrimas:
— Simeão, meu benfeitor e mestre, roga comigo a Jesus para que esta hora me seja menos dolorosa…
— Sim, filha — respondeu o venerável apóstolo aconchegando-a ao coração, como se o fizesse a uma criança —, o Senhor, na sua infinita misericórdia, reserva o seu carinho a quantos lhe recorrem à magnanimidade, com a fé ardente e sincera do coração!… Acalma o teu espírito porque estás, agora a caminho do Reino do Senhor, destinado aos corações que muito amaram!…
Naquele instante, porém, uma força incompreensível parecia impelir para as Alturas quantos ali se conservavam sem a pesada indumentária da Terra…
Lívia sentiu que o terreno lhe faltava e que todo o seu ser volitava em pleno espaço, experimentando estranhas sensações, embora fortemente amparada pelos braços generosos do venerando amigo.
Era, de fato, uma radiosa caravana de entidades puríssimas, que se elevava em conjunto, através daquele cintilante caminho traçado de luz, em pleno éter!…
Experimentando singulares sensações de leveza, a esposa do senador sentiu-se mergulhada num oceano de vibrações cariciosas e suavíssimas.
Todos os companheiros lhe sorriam e, contemplando-os, igualmente amparados pelos mensageiros divinos, ela identificava, um a um, quantos lhe haviam sido irmãos no cárcere, no martírio e na morte infamante. Em dado instante, todavia, como se a memória fosse chamada a todos os pormenores da realidade ambiente, lembrou-se de Ana, sentindo-lhe a falta naquela jornada de glorificação em Jesus-Cristo.
Bastou que a recordação lhe aflorasse no íntimo, para que a voz de Simeão esclarecesse com a proverbial bondade:
— Filha, mais tarde poderás saber tudo… Na tua saudade, porém, inclina-te sempre aos desígnios divinos, inspirados em toda a sabedoria e misericórdia… Não te impressiones com a ausência de Ana neste banquete de alegrias celestiais, porque aprouve a Jesus conservá-la ainda algum tempo na oficina de suas bênçãos, entre as sombras do degredo terrestre…
Lívia ouviu e resignou-se, silenciosa.
Reconheceu que seguiam sempre pela mesma estrada maravilhosa, que, a seus olhos, parecia ligar o Céu e a Terra num carinhoso amplexo de luz, afigurando-se-lhe que todos os divinos componentes da luminosa caravana flutuavam num movimento de ascensão, em pleno espaço, demandando regiões gloriosas e desconhecidas. No seio dos elementos aéreos, admirava-se de conservar todo o mecanismo de suas sensações físicas, através do eterizado e radioso caminho.
Ao longe, nos abismos do ilimitado, parecia divisar novos firmamentos estrelados, que se multiplicavam maravilhosamente no seio do Infinito, e observava radiações fulgurantes que, por vezes, lhe ofuscavam os olhos deslumbrados…
De outras vezes, olhando furtivamente para trás, via um acervo de sombras compactas e movediças, onde se localizavam as Esferas de vida na Terra distante.
Em ambas as margens do caminho verificou a existência de flores graciosas e perfumadas, como se os lírios terrestres, com expressões mais delicadas, se houvessem transportado aos jardins do Paraíso.
A eternidade apresentava-se-lhe com encantos e venturas indizíveis!…
Simeão falava carinhosamente da sua adaptação à vida nova e das belezas sublimadas do Reino de Jesus, recordando com alegria as penosas angústias da vida na Terra, quando aos seus ouvidos ecoaram vozes argentinas e harmônicas dos rouxinóis siderais que festejavam, nas Alturas, a redenção dos mártires do Cristianismo, como se estivessem chegando às cercanias de uma nova Galileia, saturada de melodias e perfumes deliciosos, erguida à luz plena do Infinito, como se fosse um ninho de almas santificadas e puras balouçando, aos ventos perfumados de interminável primavera, na árvore maravilhosa e sem fim da Criação…
Aquele hino suave e claro, ora se elevava às alturas em sonoridades prodigiosas, como se fora um incenso sutil das almas procurando o sólio do Sempiterno em hosanas de amor, de alegria e de reconhecimento, ora descia em melodias arrebatadoras, demandando as sombras da Terra, como se fosse um brado de fé e esperança em Jesus-Cristo, destinado a acordar no mundo os corações mais perversos e mais empedernidos…
A linguagem humana não traduz fielmente as harmoniosas vibrações das melodias do Invisível, mas aquele , ao menos palidamente, deve ser lembrado por nós outros como suave reminiscência do Paraíso:
“— Glória a Ti, Senhor do Universo, Criador de todas as maravilhas!…
“É por tua sabedoria inacessível que se acendem as constelações nos abismos do Infinito e é por tua bondade que se desenvolve a erva tenra na crosta escura da Terra!…
“Por tua grandeza inapreciável e por tua justiça misericordiosa, abre o Tempo os seus ilimitados tesouros para as almas!…
“Por teu amor, sacrossanto e sublime, florescem todos os risos e todas as lágrimas no coração das criaturas!…
“Abençoa, Senhor do Universo, as sagradas esperanças deste Reino. Jesus é para nós o teu Verbo de amor, de paz, de caridade e beleza!… Fortalece as nossas aspirações de cooperar em sua Seara Santa!…
“Multiplica as nossas energias e faze chover sobre nós o fogo sagrado da fé, para espalharmos na Terra as divinas sementes do amor de teu Filho!…
“Basta uma gota do orvalho divino de tua misericórdia para que se purifiquem todos os corações mergulhados no lodo dos crimes e das impenitências terrestres, e basta um raio só do teu poder para que todos os Espíritos se convertam ao bem supremo!…
“E agora, ó Jesus, Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, recebe as nossas súplicas ardentes e fervorosas!
“Abençoa, ó Divino Mestre, os que chegam redimidos da terra da amargura, santifica-lhes as esperanças com o anélito criador de tuas bênçãos sacratíssimas!…
“Vítimas da perversidade humana, cumpriram, valorosamente, os teus missionários, todas as obrigações que os prendiam ao cárcere do penoso degredo!…
“O mundo, no torvelinho de suas inquietações e iniquidades, não lhes compreendeu o coração amantíssimo, mas, na tua bondade e misericórdia, abres aos mártires da verdade as portas divinas do teu Reino de luz!…”
Estrofes de profunda beleza espalhavam nas estradas claras e sublimadas do éter universal as bênçãos da paz e das alegrias harmoniosas!
Os seres inferiores, das Esferas espirituais mais próximas do planeta, recebiam aqueles eflúvios sacrossantos do celeste banquete reservado por Jesus aos mártires da sua doutrina de redenção, como se fossem também convidados pela misericórdia do Divino Mestre e muitos deles recebendo no íntimo aquelas vibrações maravilhosas, se converteram para sempre ao amor e ao bem supremos.
Harmonias suavíssimas saturavam todas as atmosferas espirituais, derramando sobre a Terra claridades augustas e soberanas.
Naquela região de belezas ignotas e prodigiosas, intraduzíveis na pobreza da linguagem humana, Lívia retemperou as forças morais, depois do austero cumprimento de sua missão divina.
Ali, compreendeu a extensão do conceito de “muitas moradas”, (Jo 14:2) dos ensinamentos de Jesus, contemplando junto de Simeão as mais diversas Esferas de trabalho localizadas nas cercanias da Terra ou estudando a grandeza dos mundos disseminados pela sabedoria divina no oceano imensurável do éter, na imortalidade. Obedecendo às tendências do seu coração, não se esqueceu das antigas amizades nos círculos espirituais, colocados nas zonas terrestres.
Depois de alguns dias de emoções suaves e carinhosas, todos os Espíritos, reunidos naquela paisagem luminosa, se prepararam para receber a visita do Senhor, como quando da sua divina presença na bucólica moldura da Galileia.
Num dia de rara e indefinível beleza, em que uma claridade de cambiantes divinos entornava saboroso mel de alegria em todos os corações, descia o Cordeiro de Deus da Esfera superior de suas glórias sublimes e, tomando a palavra naquele cenáculo de maravilhas, recordava as suas inesquecíveis pregações junto às águas tranquilas do pequeno “mar” da Galileia. De modo algum se poderia traduzir fielmente, na Terra, a beleza nova da sua palavra eterna, substância de todo o amor, de toda a verdade e de toda a vida, mas constitui para nós um dever, neste escorço, lembrar a sua ilimitada sabedoria, ousando reproduzir, imperfeitamente e de leve, a essência de sua lição divina naquele momento inesquecível.
Figurava-se, a todos os presentes, a cópia fiel dos quadros graciosos e claros do Tiberíades. A palavra do Mestre derramava-se no ádito das almas, com sonoridades profundas e misteriosas, enquanto de seus olhos vinha a mesma vibração de misericórdia e de serena majestade.
“— Vinde a mim, vós todos que semeastes, com lágrimas e sangue, na vinha celeste do meu Reino de amor e verdade!…
“Nas moradas infinitas do Pai, há luz bastante para dissipar todas as trevas, consolar todas as dores, redimir todas as iniquidades…
“Glorificai-vos, pois, na sabedoria e no amor de Deus Todo Poderoso, vós que já sacudistes o pó das sandálias miseráveis da carne, nos sacrifícios purificadores da Terra! Uma paz soberana vos aguarda, para sempre, no reino dilatado e sem fim, prometido pelas divinas aleluias da Boa-Nova, porque não alimentastes outra aspiração no mundo, senão a de procurar o Reino de Deus e de sua justiça.
“Entre a Manjedoura e o Calvário, tracei para as minhas ovelhas o eterno e luminoso caminho… O Evangelho floresce, agora, como a seara imortal e inesgotável das bênçãos divinas. Não descansemos, contudo, meus amados, porque tempo virá na Terra, em que todas as suas lições hão-de ser espezinhadas e esquecidas… Depois de longa era de sacrifícios para consolidar-se nas almas, a doutrina da redenção será chamada a esclarecer o governo transitório dos povos; mas o orgulho e a ambição, o despotismo e a crueldade hão-de reviver os abusos nefandos de sua liberdade! O culto antigo, com as suas ruínas pomposas, buscará restaurar os templos abomináveis do bezerro de ouro. Os preconceitos religiosos, as castas clericais, os falsos sacerdotes, restabelecerão novamente o mercado das coisas sagradas, ofendendo o amor e a sabedoria de Nosso Pai, que acalma a onda minúscula no deserto do mar, como enxuga a mais recôndita lágrima da criatura, vertida no silêncio de suas orações ou na dolorosa serenidade de sua amargura indizível!…
“Soterrando o Evangelho na abominação dos lugares santos, os abusos religiosos não poderão, todavia, sepultar o clarão de minhas verdades, roubando-as ao coração dos homens de boa vontade!…
“Quando se verificar este eclipse da evolução de meus ensinamentos, nem por isso deixarei de amar intensamente o rebanho das minhas ovelhas tresmalhadas do aprisco!…
“Das Esferas de luz que dominam todos os círculos das atividades terrestres, caminharei com os meus rebeldes tutelados, como outrora entre os corações impiedosos e empedernidos de Israel, que escolhi, um dia, para mensageiro das verdades divinas entre as tribos desgarradas da imensa família humana!…
“Em nome de Deus Todo Poderoso, meu Pai e vosso Pai, regozijo-me aqui convosco, pelos galardões espirituais que conquistastes no meu reino de paz, com os vossos sacrifícios abençoados e com as vossas renúncias purificadoras! Numerosos missionários de minha doutrina ainda tombarão, exânimes, na arena da impiedade, mas hão-de constituir convosco a caravana apostólica, que nunca mais se dissolverá, amparando todos os trabalhadores que perseverarem até ao fim, no longo caminho da salvação das almas!…
“Quando a escuridão se fizer mais profunda nos corações da Terra, determinando a utilização de todos os progressos humanos para o extermínio, para a miséria e para a morte, derramarei minha luz sobre toda a carne e todos os que vibrarem com o meu reino e confiarem nas minhas promessas, ouvirão as nossas vozes e apelos santificadores!…
“Pela sabedoria e pela verdade, dentro das suaves revelações do Consolador, meu verbo se manifestará novamente no mundo, para as criaturas desnorteadas no caminho escabroso, através de vossas lições, que se perpetuarão nas páginas imensas dos séculos do porvir!…
“Sim! amados meus, porque o dia chegará no qual todas as mentiras humanas hão-de ser confundidas pela claridade das revelações do Céu. Um sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra, que pagará, então, à evolução dos seus institutos, os mais pesados tributos de sofrimentos e de sangue… Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade de seus habitantes, o próprio planeta protestará contra a impenitência dos homens, rasgando as entranhas em dolorosos cataclismos… As impiedades terrestres formarão pesadas nuvens de dor que rebentarão, no instante oportuno, em tempestades de lágrimas na face escura da Terra e, então, das claridades de minha misericórdia, contemplarei meu rebanho desditoso e direi como os meus emissários: “Ó Jerusalém, Jerusalém!…” (Mt 23:37)
“Mas Nosso Pai, que é a sagrada expressão de todo o amor e sabedoria, não quer se perca uma só de suas criaturas, transviadas nas tenebrosas sendas da impiedade!…
“Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros, reorganizaremos todos os elementos destruídos, examinaremos detidamente todas as ruínas buscando o material passível de novo aproveitamento e, quando as instituições terrestres reajustarem a sua vida na fraternidade e no bem, na paz e na justiça, depois da seleção natural dos Espíritos e dentro das convulsões renovadoras da vida planetária, organizaremos para o mundo um novo ciclo evolutivo, consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos definitivos do homem espiritual.”
A voz do Mestre parecia encher os âmbitos do próprio Infinito, como se Ele a lançasse, qual baliza divina do seu amor, no ilimitado do espaço e do tempo, no seio radioso da Eternidade.
Terminando a exposição de suas profecias augustas, sua figura sublimada elevava-se às Alturas, enquanto um oceano de luz azulada, de mistura aos sons de melodias divinas e incomparáveis, invadia aqueles domínios espirituais, com as tonalidades cariciosas das safiras terrestres.
Todos os presentes, genuflexos na sua doce emoção, choravam de reconhecimento e alegria, enchendo-se de santificada coragem para as elevadas tarefas que lhes competia levar a efeito, no curso incessante dos séculos. Flores de maravilhoso azul-celeste choviam do Alto sobre todas as frontes, desfazendo-se, todavia, ao tocarem nas delicadas substâncias que formavam o solo daquela paisagem de soberana harmonia, como se fossem lírios fluídicos, de perfumada neblina.
Lívia chorava de comoção indefinível, enquanto Simeão, com seus generosos ensinamentos a instruía das novas missões de trabalho santificante, que lhe aguardavam a dedicação no Plano espiritual.
— Meu amigo — disse ela, entre lágrimas —, as agonias terrestres são um preço misérrimo para estas recompensas radiosas e imortais!… Se todos os homens tivessem conhecimento direto de semelhantes venturas, não possuiriam outra preocupação além da de buscar o glorioso Reino de Deus e de sua justiça.
— Sim, filha — acrescentou Simeão, como se os seus olhos pousassem serenamente nos quadros do futuro —, um dia, todos os seres da Terra hão-de conhecer o Evangelho do Mestre, observando-lhe os ensinos!… Para isso, haveremos de sacrificar-nos pelo Cordeiro de Deus, quantas vezes forem necessárias. Organizaremos avançados postos de trabalho entre as sombras terrestres, buscaremos acordar todos os corações adormecidos nas reencarnações dolorosas, para as harmonias sublimes destas divinas alvoradas!…
Se for preciso, voltaremos de novo ao mundo, em missões santificadoras de paz e verdade… Sucumbiremos na cruz infamante, ou daremos o sangue em repasto às feras da ambição e do orgulho, do ódio e da impiedade, que dormitam nas almas dos nossos companheiros da existência terrestre, convertendo todos os corações ao amor de Jesus Cristo!…
Nesse instante, todavia, Lívia notou que um grupo gracioso de entidades angélicas distribuía as graças do Senhor naquela paisagem florida do Infinito, organizada no Além como estância de repouso, recompensando os que haviam partido das angústias terrenas, após o cumprimento de missão divina.
Todos os que haviam alcançado a vitória celeste com os seus esforços, nos martírios santificantes, retemperavam agora as forças morais e desejavam conhecer novas Esferas de gozo espiritual, novas expressões da vida noutros mundos, recebendo outros conhecimentos nos templos radiosos e sublimes da Eternidade e restabelecendo, ao mesmo tempo, o equilíbrio de suas emoções.
Junto à magnanimidade dos mensageiros de Jesus, sublimados planos foram arquitetados. Novos cenários, novas oficinas de estudo, novas emoções no reencontro de afetos inesquecíveis, que haviam antecedido os missionários do Senhor na noite escura e fria da morte.
Mas, chegando-lhe a vez de externar seus mais recônditos desejos, a nobre companheira do senador, depois de auscultar os seus sentimentos mais profundos, respondeu, entre lágrimas, ao emissário de Jesus que a interpelava:
— Mensageiro do Bem — as maravilhas do Reino do Senhor teriam para mim uma nova beleza, se eu pudesse penetrar-lhes a excelsitude, em companhia do coração que é metade do meu, da alma gêmea da minha, que a sabedoria de Deus, em seus profundos e doces mistérios, destinou ao meu modo de ser, desde a aurora dos tempos!…
Não desejo menosprezar a glória sublime destas regiões de felicidade e de paz indizíveis, mas no meio de todas estas alegrias que me rodeiam, sinto saudades da alma que é o complemento da minha própria vida!…
Dai-me a graça de voltar às sombras da Terra e erguer, do lodaçal do orgulho e das vaidades impiedosas, o companheiro do meu destino!… Permiti que possa protege-lo em Espírito, a fim de um dia traze-lo aos pés de Jesus, igualmente, de modo que também receba as suas divinas bênçãos!…
A entidade angélica sorriu com profunda compreensão e terna complacência, exclamando:
— Sim — o amor é o laço de luz eterna que une todos os mundos e todos os seres da imensidade; sem ele, a própria Criação Infinita não teria razão de ser, porque Deus é a sua expressão suprema… As perspectivas deslumbrantes das Esferas felizes perderiam a divina beleza, se não guardássemos a esperança de participar, um dia, de suas ilimitadas venturas, junto dos nossos bem-amados, que se encontram na Terra ou noutros círculos de provação, do Universo…
E, fixando o lúcido olhar nos olhos serenos e deslumbrados de Lívia, continuou como se lhe devassasse os pensamentos mais secretos e mais profundos:
— Conheço toda a tua história e sei de tuas lutas incessantes e redentoras, nas encarnações do passado, justificando assim os teus propósitos de prosseguir, em Espírito, trabalhando na Terra pelo aperfeiçoamento daqueles a quem muito amaste!…
Também o Cordeiro de Deus, por muito amar a Humanidade, não desdenhou a humilhação, o martírio, o sacrifício…
Vai, minha filha. Poderás trabalhar livremente entre as falanges radiosas que operam na face sombria do planeta terrestre. Voltarás aqui, sempre que necessitares de novos esclarecimentos e novas energias. Regressarás junto de Simeão, logo que o desejares. Ampara o teu infeliz companheiro na longa esteira de suas expiações rudes e amargas, mesmo porque o desventurado Públio Lêntulus não está longe da sua mais angustiosa provação na atual existência, perdida, infelizmente, pelo seu desmarcado orgulho e pela sua vaidade fria e impiedosa!…
Lívia sentiu-se tomada de indizível emoção em face daquela revelação dolorosa, mas, simultaneamente, externou todo o seu reconhecimento à misericórdia divina, na intimidade do seu coração sensível e carinhoso.
Naquele mesmo dia, em companhia de Simeão, a generosa criatura voltava à Terra, afastando-se provisoriamente daqueles domínios esplendorosos.
Através da sua excursão espiritual, sublime e vertiginosa, observou as mesmas perspectivas encantadoras e deslumbrantes do caminho, recebendo, extasiada, elevados ensinamentos do venerando amigo da Samaria.
Em pouco tempo aproximavam-se ambos de larga mancha escura.
Já na atmosfera da Terra, Lívia sentiu a singular diversidade da natureza ambiente, experimentando os mais penosos choques fluídicos.
Num ápice, notou que se encontravam na mesma Roma da sua infância, da sua juventude e das suas amargas provações.
Era meia-noite. Todo o hemisfério estava mergulhado nos abismos de sombra.
Amparada pelos braços e pela experiência de Simeão, chegou ao seu antigo palácio do Aventino, identificando-lhe os mármores preciosos.
Em lá penetrando, Lívia e Simeão se dirigiram imediatamente ao quarto do senador, então iluminado por frouxa claridade.
Com exceção das ruas, onde se movimentavam ruidosamente os escravos, nos serviços noturnos de transporte, segundo os costumes do tempo, toda a cidade repousava na sombra.
De joelhos ante a relíquia de Simeão, como de seu recente costume, Públio Lêntulus meditava. Seu pensamento descia aos abismos tenebrosos do passado, onde buscava rever, angustiadamente, as afeições carinhosas que o haviam precedido nas sendas tristes da morte. Fazia mais de um mês que a esposa havia demandado, igualmente, os mistérios do túmulo, em trágicas circunstâncias.
Mergulhado nas trevas do seu exílio de amargores e profundas saudades, o orgulhoso patrício serenava as inquietações dolorosas do dia, a fim de melhor consultar os mistérios do ser, do sofrimento e do destino… Em dado instante, quando mais fundas e melancólicas as penosas reminiscências, notou, através do véu de suas lágrimas, que a pequena cruz de madeira como que emitia delicados fios de luz prateada, qual se fora banhada de luar misericordioso e brando.
Públio Lêntulus, absorto nas vibrações pesadas e obscuras da carne não viu a nobre silhueta de sua mulher, que ali se encontrava junto do venerável apóstolo da Samaria, regozijando-se no Senhor, ao verificar as profundas e benéficas modificações espirituais da alma gêmea da sua, na peregrinação iterativa das encarnações terrenas. Tomada de alegria e reconhecimento para com a Providência Divina, Lívia beijou-lhe a fronte num transporte de indefinível ternura, enquanto Simeão erguia aos Céus uma prece de amor e agradecimento.
O senador não lhes percebeu, diretamente, a presença suave e luminosa, mas no íntimo d’alma sentiu-se tocado por uma força nova, ao mesmo tempo que o seu coração amargurado se viu envolto na luz cariciosa de uma consolação inefável e até então desconhecida.
Eliseu Rigonatti
mt 23:1
O Evangelho dos Humildes
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 23 Eliseu Rigonatti
(Mt 23:1-39; Mc 12:38-40; Lc 11:37-54, Lc 11:20:45-47)
1 Então falou Jesus às turbas e aos seus discípulos.
Até aqui vimos o Mestre ensinando quais as regras que devem ser postas em prática, pelos que, verdadeiramente, procuram a elevação espiritual. Agora Jesus inicia a censura aos escribas e aos fariseus, isto é, a todos os que se arvoram em guias religiosos dos homens. Nestas censuras, Jesus enumera os erros em que não devem incidir os ministros do Senhor. Aos espíritas, aos quais, nos tempos atuais, foi outorgado o trabalho máximo de reacender na terra a chama sagrada do Cristianismo, e de reviver a era apostólica, oferecem estas censuras ensejo para profunda meditação. Impõe-se aos espíritas, mormente aos de responsabilidades definidas no campo do Espiritismo, muita vigilância para não incidirem nos mesmos erros dos escribas, fariseus e seus modernos seguidores e tão asperamente censurados por Jesus. Este Capítulo patenteia a nossos olhos a hipocrisia dos supostos guias religiosos da humanidade, não importa a que credo pertençam.
2 Dizendo: Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus.
O povo hebreu foi monoteísta desde sua origem. A missão sublime dessa raça foi a de trazer à terra o culto de um Deus único, Supremo Criador do Universo.
A crença num Deus Uno constituiu a base da religião dos israelitas. Moisés assenhoreou-se dessa crença, deu-lhe forma, estabeleceu leis, e fundou o Mosaísmo, que se tornou a religião oficial de Israel.
Moisés deu a seu povo duas espécies de leis: as leis espirituais, que tratavam das relações do culto devido a Deus; e as leis materiais, que regiam a nação politicamente.
Aos poucos, as leis espirituais foram esquecidas e substituidas por um sistema de práticas exteriores, em que não trans parecia mais o antigo espírito religioso. Os escribas e os fariseus, encarregados de zelarem pela lei, isto é, pela religião de Moisés, moldaram-na de acordo com suas conveniências, de sorte que a lei existia para os outros, que não para eles.
Tal sucede com o catolicismo, que sobrecarregou o Cristianismo de tanta materialidade, apagando dele até o mais leve traço dos ensinamentos simples e puros de Jesus.
É mister que os Espíritas vigiem sem cessar, e zelem muito bem pela Doutrina Espírita, a fim de que ela prossiga sempre iluminando as consciências e purificando os corações, segundo o Evangelho, jamais deixando que nela se imiscuam práticas que lhe alterem a pureza e a simplicidade primitivas.
3 Observai pois, e fazei tudo quanto eles vos disserem; porém não obreis segundo a prática das suas ações; porque dizem e não fazem.
Jesus nos previne contra os eloquentes pregadores do Evangelho, cujas palavras facilmente fluem de seus lábios, mas cujo comportamento não confirma o que pregam. Daí deriva a grande responsabilidade dos que pregam: é bom pregar pela palavra, porém, sempre secundada pelo exemplo.
4 Porque atam cargas pesadas e incomportáveis, e as põem sobre os ombros dos homens; mas nem com o seu dedo as querem mover.
É grande o número dos que ditam deveres aos outros; reduzidíssimo o número dos que traçam normas de boa conduta para si próprios.
Há muitos que pregam e se esquecem de viver conforme pregam.
O essencial para que cada um consiga o seu progresso espiritual é cumprir rigorosamente seus deveres, e observar os preceitos divinos, consubstanciados no Evangelho, que tão bem sabem pregar aos outros.
5 E fazem todas as suas obras para serem vistos dos homens por isso trazem as suas largas tiras de pergaminho, e grandes franjas.
Não é a prática de uma caridade espetacular, nem o uso de distintivos ou de trajes religiosos, o que demonstra aos olhos de Deus um homem verdadeiramente religioso.
O homem verdadeiramente, religioso traz por único distintivo um coração puro e uma consciência tranquila. Tolera o modo de pensar dos outros, por não se julgar o único detentor da verdade. Cultiva a pureza de pensamentos, de palavras e de atos. Exteriormente não usa distintivos, nem fardamentos ou vestes que indiquem a religião que professa.
Ao passo que poderá passar por religioso aos olhos dos homens, mas não o é aos olhos de Deus, quem não tem o coração puro nem a consciência tranquila; quem faz o bem por calculado interesse; quem não cultiva a pureza de pensamentos nem de palavras nem de atos; quem é intolerante; para estes, não adianta o uso de emblemas ou de vestes religiosas; enganam os homens, mas não enganam a Deus.
6 E gostam de ter nos banquetes os primeiros lugares, e nas sinagogas as primeiras cadeiras.
7 E que os saúdem na praça, e que os homens os chamem mestres.
Os ministros religiosos, esquecidos de que seus lugares são junto dos sofredores que enxameiam pela terra, procuram aliança com os grandes e com os poderosos, e se esforçam por tirar o máximo proveito material do cargo que ocupam. Evidentemente não são mais ministros do Senhor, mas ministros das coisas da terra.
A verdadeira religiosidade se expressa pela humildade posta a serviço do próximo, e não pelo orgulho, o qual exige ser servido. É prova de orgulho e presunção querer alguém intitular-se mestre das coisas divinas. Mesmo os que desempenham cargos religiosos, qualquer que seja a religião a que• pertençam, são simples espíritos em aprendizado na escola terrena.
8 Mas vós não queirais ser chamados mestres; porque um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.
9 E a ninguém chameis pai vosso sobre a terra; porque um só é vosso Pai, que está nos céus.
10 Nem vos intituleis mestres; porque um só é vosso Mestre, o Cristo.
Aqui Jesus nos ensina a lei da fraternidade universal: temos por Pai, Deus; e por irmãos, a humanidade, da qual fazemos parte, constituínck uma grande e única família, cujos membros se encontramem diversos graus de evolução. E nesta nossa escola milenária, temos por Mestre a Jesus. É um erro, por conseguinte, dar-se o título de Mestre ou de pai a ministros religiosos.
11 O que dentre vós é o maior, será vosso servo.
Servir, tornar-se servo dos outros para poder ser o maior aos olhos de Deus, é não poupar esforços para facilitar a todos a conquista da felicidade espiritual, dando provas de renúncia e desprendimento. Tal é o médium que não poupa sacrifícios para levar o socorro de sua mediunidade aos sofredores, que o solicitam.
12 Porque aquele que se exaltar será humilhado; e o que se humilhar será exaltado.
O indivíduo que se orgulha das altas posições que ocupa na terra, desperta humilhado no mundo espiritual, porque honras, títulos, fortuna, tudo aqui fica.
Ao passo que o indivíduo que viveu sem orgulho e sem vaidades, cultivando a mais doce fraternidade, ao desencarnar é bem recebido no mundo espiritual, onde nada terá do que se envergonhar.
As moedas terrenas, que tanto orgulho alimentam nos corações da maioria de seus possuidores, não têm curso no mundo espiritual. Nesse mundo, para o qual seremos transladados mais cedo ou mais tarde, a única moeda corrente são as boas ações, as virtudes da alma. Logo, é tolice alguém se orgulhar dos bens materiais que possui, e cuja perda pelo desencarne o poderá humilhar. É sabedoria praticar boas ações, ser humilde de coração, manso, compassivo, fraterno, não se ensoberbecer pelo que possui na terra, nem pelos seus talentos, a fim de não sofrer decepções ao passar para o estado de espírito, livre da matéria, em que cada um será exaltado ou humilhado, segundo o bom ou mau emprego do tempo e dos bens, que lhe forem confiados na terra.
13 Mais ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; que fechais o reino dos céus diante dos homens; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam deixais entrar.
14 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; porque devorais as casas das viúvas, fazendo largas orações; por isso levareis um juízo mais rigoroso.
Todas as religiões têm os seus escribas e fariseus hipócritas que fecham a porta dos céus a si e aos outros. São aqueles que, vivendo em completo desacordo com a doutrina que professam e pregam, contribuem para que a descrença se espalhe entre os homens, fazendo da religião um meio de explorar o próximo, e não o de encaminhá-lo para Deus.
15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; porque rodeais o mar e a terra, por fazerdes um prosélito; e depois de o terdes feito, o fazeis em dobro mais digno do inferno do que vós.
Jesus clama contra as religiões organizadas, cujos sacerdotes, por quaisquer meios, procuram atrair adeptos, não para esclarecê-los, ampará-los e indicar-lhes o reto caminho que os conduziria a Deus; mas para conservá-los na ignorância e ainda aumentá-la, com o único fito de explorá-los materialmente.
Este versículo é digno de ser bem meditado pelos espíritas ansiosos de proselitismo. Dada a grande responsabilidade que há em fazer prosélitos, é bom que os espíritas se abstenham de insistir neste ponto. Quando procurados, deverão ajudar em tudo o que lhes for possível, e pregarem a Verdade, sempre que houver oportunidades favoráveis; mas nunca deverão insistir para com alguém que siga o Espiritismo. Muitas vezes, os espíritas são procurados por irmãos, os quais necessitam de um auxílio, recebem o que pedem e se afastam. Isto acontece porque são irmãos que ainda não estão suficientemente preparados para assimilarem ensinamentos mais adiantados sobre espiritualidade.
16 Ai de vós, condutores cegos, que dizeis: Todo o que jura pelo templo, isso não é nada; mas o que jurar pelo ouro do templo fica obrigado ao que jurou.
17 Estultos e cegos; pois qual é mais: o ouro ou o templo. que santifica o ouro?
18 E todo o que jurar pelo altar, isso não é nada; mas qualquer que jurar pela oferenda que está sobre ele, está obrigado ao que jurou.
19 Cegos; pois qual é mais, a oferenda ou o altar que santifica a oferenda?
20 Aquele pois que jura pelo altar, jura por ele e por tudo quanto sobre ele está.
21 E todo o que jurar pelo templo, jura por ele e pelo que habita nele;
22 E o que jura pelo céu, jura pelo trono de Deus, e por aquele que está sentado nele.
Há indivíduos que, sem vontade firme de arcarem com a responsabilidade total que uma religião lhes acarreta, procuram adaptá-la a suas conveniências e ao seu comodismo; e assim aceitam a parte que lhes convém na religião e desprezam a outra. Por exemplo: vemos católicos que aceitam o catolicismo, mas excluem dele a parte da confissão; outros que excluem dele as missas; e outros que não aceitam seus sacerdotes. No Espiritismo acontece o mesmo: há espíritas que só aceitam a parte científica do Espiritismo; outros que desprezam a mediunidade, olhando-a com grande desconfiança. E lá também espíritas que misturam as religiões, tais como aqueles que frequentam a Igreja, aceitando e praticando certos ritos católicos, tais como: batizarem-se e casarem-se na Igrejas chegando alguns ao absurdo de mandarem dizer missas pelos seus desencarnados. Isto não é aceitar, e muito menos praticar uma determinada religião; mas sim é uma demonstração de grande comodismo, de muito preconceito e de muita preocupação pelas conveniências sociais. Os que assim agem, aceitam a oferta e não o altar; o ouro do templo, e não o templo: é evidente que semelhantes indivíduos são hipócritas, que torcem as religiões segundo suas necessidades do momento.
Quando a humanidade ensaiava os primeiros passos no caminho da espiritualidade, a religião tinha de, necessariamente, revestir-se de um aspecto material. Assim, vemos todos os povos primitivos santificarem as coisas materiais, e procurarem adquirir bens à custa de ofertas materiais à divindade.
Não só ofereciam coisas materiais, como também julgavam que somente em determinados lugares consagrados, é que se podia prestar culto ao Senhor.
Moisés, condutor do povo hebreu, ainda muito próximo da animalidade, dá ao seu povo normas materiais, por cujo meio começaria a dirigir-se a Deus. Com o decorrer do tempo, o povo se esclareceria, e passaria a adorar a Deus em espírito e verdade, abolindo do culto todos os traços de práticas materiais.
Entretanto, os sacerdotes encarregados de educarem religiosamente o povo, não acompanharam a evolução da inteligência humana e, por todos os modos, procuraram manter o povo nos princípios materiais da religião, o que acontece até hoje, não só por comodismo, como, principalmente, para acumularem riquezas e desfrutarem do poder.
Aqui Jesus condena a hipocrisia do clero, que torce a religião de conformidade com suas conveniências, procurando tirar dela o máximo proveito material.
Essas práticas absurdas de quererem os homens alcançar os favores divinos por meio de oferendas materiais, persistem até nossos dias. As coisas divinas não se vendem, não se trocam, e não se compram; e também não são privilégio de nenhuma religião e de nenhum indivíduo. As coisas divinas são adquiridas por meio de um trabalho perseverante para aperfeiçoarmos nossa alma, pelo amor ao próximo, e pela pureza de pensamentos, palavras e atos.
23 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e haveis deixado as coisas que são mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas eram as que vós devíeis praticar, sem que entretanto omitísseis aquelas outras.
Ávidos das coisas materiais, os sacerdotes, não só os antigos como também os modernos, não ensinam aos povos a prática da justiça, da misericórdia e da fé, isto é, não ensinam a observância dos preceitos divinos. E tratam apenas de aumentar seu patrimônio terreno, usando para isso da religião. O resultado é viver o povo imerso na ignorância das coisas divinas, e, por conseguinte, afastado de Deus.
Nos tempos atuais, vem o Espiritismo, o Consolador prometido, esclarecer os povos no que toca às coisas divinas, deixando de lado as coisas materiais, porque os que pregam o Espiritismo e trabalham por ele, não precisam viver dele.
24 Condutores cegos, que coais um mosquito, e engolir um camelo.
Há os que professam hipocritamente uma religião, dando excessivo apreço às coisas de somenos importância, tais como: pompas, o aparato exterior, as fórmulas vãs, mas fecham os olhos quanto à observância das leis divinas, à reforma íntima do caráter, que é o que mais importa.
25 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; porque alimpais o que está por fora do copo e do prato; e por dentro estais cheios de rapinas e de imundícies.
26 Fariseu cego: purifica primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
27 Ai de vós escribas e fariseus hipócritas; porque sois semelhantes aos sepulcros caiados que parecem por fora formosos aos homens, e por dentro estão cheios de ossos de mortos, e de toda a asquerosidade.
28 Assim também vós outros por fora vos mostrais na verdade justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade.
Aqui Jesus profliga a desarmonia reinante entre o exterior e o interior, isto é, entre o que os sacerdotes aparentam ser e o que trazem no Intimo. Essa desarmonia também se nota na maioria dos adeptos de qualquer doutrina religiosa. Dessa desarmonia se origina a hipocrisia, um dos defeitos da alma, que Jesus combateu acerrimamente. No afã de parecerem justos aos olhos dos homens, tratam só do exterior, isto é, observam apenas a parte material da religião cumprindo todas as formalidades prescritas. Todavia, não cumprem a parte moral, que trata da reforma Intima das suas abas. Aos olhos dos homens podem parecer justos; aos olhos de Deus, não. Encobrem assim a falta de virtude e à avidez com que buscam os bens terrenos, com que se entregam aos gozos inferiores, aos vícios, às vinganças, à maledicência, desrespeitando a Deus e ao próximo.
Os médiuns deverão ter o máximo cuidado de cultivarem a harmonia entre o exterior e o interior, a fim de não merecerem estas mesmas censuras de Jesus. Os médiuns são os sacerdotes do Espiritismo. Por isso deverão cumprir a parte material da doutrina, e não se esquecerem da parte moral, que é o cumprimento das virtudes; assim darão o bom exemplo. Há necessidade de educarem o eu interior, isto é, o coração, para fazê-lo sentir com sinceridade, não só os preceitos do Evangelho, como também o sofrimento do próximo, para levar-lhe o amparo; e não se esquecerem de que os pensamentos deverão ser sempre puros; as palavras, honestas; e os atos, bons. Não basta ser assíduo às sessões e aos trabalhos espirituais, que constituem o exterior; é absolutamente necessária a reforma íntima, a melhoria do caráter, e o viver de acordo com o que ensina a Doutrina Espírita trazendo-se assim limpo também o interior.
Rapinas são os pensamentos de cobiça, de ambição, de inveja, de ódio, e quaisquer pensamentos malévolos. Imundicias são os pensamentos de vícios e de gozõs inferiores. Esses pensamentos que constituem o interior, o hipócrita os encobre com a falsa piedade e com a meticulosa observância da religião diante do público. Deus não leva em conta a observância exterior; mas sim a observância interior, que consiste em cada um vigiar e trabalhar para ter o coração puro e a consciência tranquila.
É bom notar que não é somente entre os sacerdotes que se encontram túmulos caiados. Em todas as religiões e em todas as classes sociais eles existem, e simbolizam os homens justos na aparência, porém, cuja hipocrisia esconde o mal, que dissimuladamente praticam, e os vícios nos quais se comprazem.
29 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que edificais os sepulcros dos profetas, e adornais os monumentos dos justos.
Periodicamente baixaram à terra missionários encarregados de instruírem o povo nas leis divinas, promovendo-lhe o progresso espiritual. O primeiro obstáculo com o qual defrontaram foi o endurecimento do povo, que a princípio não aceitou os ensinamentos deles.
Todos os ensinamentos novos encontram sérios adversários, não só porque a humanidade se compraz no comodismo que aqueles ensinamentos vieram quebrar, como também porque há grupos organizados, os quais exploram habilmente a ignorância, o endurecimento e o comodismo do povo.
Assim, contrariado em seus hábitos viciosos, e instigado por seus condutores, ordinariamente o povo acabou sacrificando os que lhe vieram trazer ensinamentos superiores. Contudo, a evolução continua, e as lições novas abrem caminho até serem aceitas.
30 E dizeis: Se nós houvéramos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus companheiros no sangue dos profetas;
31 E assim dais testemunho contra vós mesmos, de que sois filhos daqueles que mataram os profetas.
32 Acabai pois de encher a medida de vossos pais.
(Lc 13:31-35, Lc 13:19:41-44)
33 Serpentes, raça de víboras, como escapareis vós de serdes condenados ao inferno?
Na realidade, como já compreendia os ensinamentos que os profetas do passado tinham trazido, o clero já não instigaria o povo a matá-los. Todavia, Jesus faz ver aos sacerdotes o erro em que incidiam não seguindo os ensinamentos recebidos, pois, uma vez que os entendiam e ensinavam, deveriam seguilos. Ë verdade que não sacrificavam mais os profetas; porém, a todos os momentos, agiam ao contrário do que os missionários do Senhor tinham ensinado. Agora, o erro não tinha desculpas, porque estava sendo cometido com pleno conhecimento de causa. Dessa maneira, acompanhavam seus pais nos mesmos erros do passado, senão contra os profetas, pelo menos contra os mandamentos divinos. Assim agiam pior do que seus antepassados. Estes sacrificavam os profetas, movidos pela ignorância; seus descendentes praticavam o mal todos os dias, apesar de saberem que estavam desrespeitando as leis de Deus. Portanto, não poderiam salvar-se dos sofrimentos que atraíam para si, não só no presente como também nas encarnações futuras.
Analisando-se o panorama religioso atual, nota-se a mesma coisa. Se o clero e o povo de hoje não sacrificam Jesus, vivem, contudo, tão afastados de seus exemplos e ensinamentos, repetindo os erros que os profetas e Jesus vieram combater.
34 Por isso eis que estou eu que vos envio profetas e sábios e escribas, e deles matareis e crucificareis a uns, e deles açóitareis a outros nas vossas sinagogas, e os perseguireis de cidade em cidade.
35 Para que venha sobre vós todo o sangue dos justos, que se tem derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem vós destes a morte entre o templo e o altar.
36 Em verdade vos digo. que todas estas coisas. virão a cair sobre esta geração.
Jesus, zelando pelo progresso espiritual dos espíritos, que se encarnam aqui na terra, tem enviado continuamente elevados espíritos, que trouxeram proveitosas lições à humanidade. E porque conclamassem os rebeldes e os endurecidos ao cumprimento de seus deveres; e porque verberassem os vícios dos homens, eram os abnegados apóstolos, missionários e instrutores, cruelmente perseguidos. E como a humanidade, uma vez esclarecida, é plenamente responsável pelos seus atos, terá de prestar contas de todos os crimes, que cometeu contra os mensageiros do Senhor.
37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes quis eu ajuntar teus filhos, do modo que uma galinha recolhe debaixo das asas os seus pintos, e tu o não quiseste!
38 Eis aí vos ficará deserta a vossa casa.
39 Porque eu vos declaro que desde agora, não me tornareis a ver até que digais: Bendito seja o que vem em nome do Senhor.
Jerusalém, tomada em sentido particular, simboliza o povo hebreu, cuja principal missão consistia em trabalhar pela espiritualização da humanidade.
Povo mais adiantado em espiritualidade, cumpria-lhe receber em primeiro lugar os ensinamentos divinos, assimilá-los, praticá-los e depois espalhá-los pelo mundo. Por isso, desde Moisés até os apóstolos, vemos a longa série de missionários que se encarnaram naquela nação, quase que ininterruptamente, trazendo sempre revelações e guiando o povo para um estágio espiritual superior. Mas, os missionários não eram ouvidos, e acabavam sendo massacrados, em virtude de contrariarem o interesse material dos poderosos e dos que viviam do altar.
Jerusalém, tomada em sentido geral, simboliza a humanidade, à qual, periodicamente. Jesus tem mandado missionários para instruí-la nas leis divinas e para espiritualizá-la. Esses missionários se encarnaram em todos os países; porém eles, em sua maioria, foram sacrificados, por causa do grande apego da humanidade às conveniências mundanas, à vida profana, aos vícios e às paixões inferiores, e, sobretudo, por irem de encontro aos grupos religiosos que exploram os povos.
Ao verificar os crimes cometidos contra seus emissários Jesus predíz grandes sofrimentos para a humanidade, até o dia em que se convença do caminho errado que tomou e procure, com humildade, viver mais dignamente de conformidade com as leis divinas.
Grupo Emmanuel
mt 23:2
Luz Imperecível
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7 Grupo Emmanuel
Mt 3:7
E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
E, VENDO ELE MUITOS DOS FARISEUS E DOS SADUCEUS, - Fariseus e saduceus - pertenciam os últimos a seitas derivadas da arraigada tradição que reinava no seio do povo judeu. A dos fariseus era considerada das mais importantes e se fundava no fato de que só se devia depositar fé nas escrituras. Rígidos cumpridores das práticas exteriores do culto, cheios de ardente zelo de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios. Ocultavam costumes dissolutos, muito orgulhoso e excessiva ânsia de dominação. Acreditavam ou diziam acreditar na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos.
Quanto aos saduceus não criam na imortalidade nem na ressurreição, crendo no entanto, e, Deus. A satisfação dos sentidos físicos era tida por objetivo essencial da vida. Atinham-se ao texto da Lei antiga, não admitindo a tradição, nem interpretações. Caracterizavam-se portanto, como materialistas, deístas e sensualistas da época. Tais notas registradas pela História e incluídas na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo nos informam da existência, já à época de Jesus, das lutas e dissensões religiosas ainda vigentes em nosso tempo.
Espiritualmente estão eles personificados naqueles que, ainda apegados a expressões exteriores, cristalizações e interesses imediatistas, fazem da religião trampolim para o atendimento de seus objetivos imediatistas. Não foi sem razão que o Mestre orientava: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam; (Mt 23:2 e Mt 23:3).
QUE VINHAM AO SEU BATISMO, - Apesar de suas ideias normalmente afastadas das reais metas da edificação espiritual, a voz do profeta, como trombeta a despertar as criaturas, acordou o interesse daqueles que o buscavam. Dentre os muitos que se dirigiam a João, como entre os muitos chamados hoje pelas vozes dos espíritos, são poucos os que se dispõem às mudanças indispensáveis. a estes abrem-se as portas de uma etapa que será estruturada a partir do arrependimento e do firme propósito de uma nova vida.
DIZIA-LHES: RAÇA DE VÍBORAS, - Por sua capacidade de realização, embasada em firme vontade, tinha O Precursor suficiente autoridade para assim se dirigir àqueles elementos.
Raça de víboras expressão forte e também usada por Jesus, é uma forma de tocar a criatura adormecida e envolvida pela crosta de valores do mundo, a permanecer nos séculos dissociada dos efetivos interesses do espírito imortal.
A víbora, simbolicamente personificando as forças inferiores, por sua característica astuta a rastejar no piso físico, expressa, em todo seu potencial, a mentalidade característica de quem vive exclusivamente em termos materialistas, apegado ao chão do mundo.
QUEM VOS ENSINOU A FUGIR DA IRA FUTURA? - Se humildade e confiança caracterizam a vida de quem está em paz interior, no cumprimento de seus deveres, a apreensão, a cautela e a desconfiança revestem a personalidade de quem permanece à margem da reta conduta.
Fugir da ira futura envolve luta e atenção constantes no sentido de reduzir ou tentar iludir a manifestação plena a Lei a que todos, estamos sujeitos.
Honório Onofre de Abreu
mt 23:2
As Chaves do Reino
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21 Wagner Gomes da Paixão Honório Onofre de Abreu
A hipocrisia caracteriza o termo "fariseu", que, embora tenha sido a mais influente seita da época em que Jesus viveu, serviu de base para a lamentável percepção das falsas ideologias, especialmente nos terrenos religiosos. O assunto interessa não somente ao plano social em que vivemos na Terra, por efeito das reencarnações sucessivas mas, principalmente, como estudo da personalidade humana, com seus sofismas e desvios comportamentais.
Os fundamentos dessa notória "hipocrisia" são facilmente encontrados nos livros históricos da Bíblia, pois os profetas, em seus discursos veementes, citavam os termos "víbora" ou "serpente" para caracterizarem, aos olhos de todos, os "enganadores", os "surripiadores" de bens alheios. Mas foi Jesus, com sua autoridade irretocável, quem os catalogou definitivamente: "Acautelai-vos porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas mas interiormente são lobos devoradores" (MT 7:15). No livro Gênesis, Eva é "seduzida" pela serpente, estabelecendo-se essa cultura simbólica do poder enganoso da víbora ("Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis" - Gênesis 3:4), enquanto nos Salmos há o desenvolvimento da ideia sobre a função da serpe vinculando-a aos homens enganadores e oportunistas: "Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tem tapados os seus ouvidos" (Salmos 58:4).
Nas linhas de abordagem espírita, não poderíamos ignorar nessa "serpente", que enganou Eva, a imagem que retrata os Espíritos endurecidos que vieram de Capela para a Terra, em regime de degredo. "Caíram" de uma condição muito melhor em termos evolutivos, pois seu mundo de origem conhecia os progressos próprios de um orbe que apresenta bases de projeção para a condição de regeneração dos seres para expiarem seus desvios e vícios num orbe ainda primitivo.
É que o Espírito simples, ainda ignorante, que existia naturalmente no planeta, não operava pela sagacidade e pelos jogos vaidosos presunçosos e de exploração indevida, como se identifica no símbolo da serpente e, consequentemente, no comportamento dos fariseus: "E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo [referência a João, o Batista], dizia-lhes: Raça de víboras quem vos ensinou a fugir da ira futura?" (MT 3:7).
Se João, o Batista, com sua sinceridade rude, porque assentada na vivência da Lei, os conhecia de sobra, Jesus, o Mestre por excelência identifica-os na organização de cunho politiqueiro e usurpador do direito alheio, quando afirma que "na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus" (MT 23:2), e propõe claramente aos discípulos: "Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus" (MT 16:6).
No plano íntimo, essa "víbora" ou a condição de "fariseu" ou "saduceu" tem sido o nosso grande desafio. Porque a tendência para o desvio (personalismo, interesse pessoal) está na base de nosso aprendizado mais amplo, até mesmo como um contraponto à proposta divina, a fim de dar-lhe dinâmica experimental, de testemunho vivencial (o que atesta o livre-arbítrio como prerrogativa dos filhos de Deus).
Ela tem o papel de "tentar" - o que acontece somente nos estágios mais elementares do processo evolutivo, quando a individualidade, de algum modo já ilustrada e se afirmando perante o Universo, então descortinado a seus sentidos, facilmente se toma por referência e deixa, por sugestão do orgulho, filho do egoísmo, de comungar com a Criação, submetendo-a a seus critérios fechados, ilusórios: "Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou" (JO 8:42).
Se, no plano histórico, o farisaísmo, expressando o interesse pessoal e o materialismo (símbolo da serpente que rasteja e se nutre das energias mais densas do orbe), "tentou" Jesus, que expressava o "Filho de Deus" o "espírito vivificante" (1 Coríntios 15:45), também no plano interno de cada um de nós somos permanentemente "tentados" pelas próprias imperfeições, que encontram ressonância no mundo externo em que vivemos: "Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tiago 1:14). No dia a dia, acontecimentos nos induzem a determinadas reações, a posturas determinadas, e é diante dessas induções, tendo em vista nossas fragilidades (concupiscências) que a vigilância necessita ter vez. No entanto, para se ter vigilância, é imprescindível conhecer o que é melhor e meditar longamente sobre isso. Daí o Evangelho, sentido e vivido no cotidiano da existência representar a porta libertadora: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (JO 8:32).
O mundo terreno há milênios sofre o efeito da ignorância espiritual de seus habitantes, e, regidos pela Lei de Causa e Efeito, os homens permanecem como "servos do pecado", pois, mesmo sofrendo o efeito de seus desmandos e desvios, continuam pecando (agem contra o que já sabem ser o caminho melhor - farisaísmo): "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (JO 8:36). É o que o Celeste Amigo resume num formoso discurso, que repercute na acústica de nossas almas ainda débeis no plano da aplicação do amor: "Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca" (MT 12:34).
mt 23:3
O Evangelho por Dentro
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 41 Wagner Gomes da Paixão Honório Onofre de Abreu
MT 23:3
PORTANTO, TUDO QUANTO VOS DISSEREM FAZEI E OBSERVAI, MAS NÃO FAÇAIS DE ACORDO COM SUAS OBRAS, POIS ELES DIZEM E NÃO FAZEM.
PORTANTO, TUDO QUANTO VOS DISSEREM FAZEI E OBSERVAI, - Em pauta, nesta passagem, a questão do ENSINO e da PRÁTICA. se o ensino adverte e orienta, descortinando horizontes novos à mente do aprendiz, somente a prática é capaz de consolidar a transformação do indivíduo, na grande subida vibratória rumo à perfeição.
As revelações sempre surgiram na Terra, oriundas dos territórios mais evolvidos da Vida Espiritual, sejam através dos profetas, dos filósofos, dos humanistas, dos artistas, dos religiosos et cetera, em várias culturas e regiões do Planeta (A Caminho da Luz, Capítulo 9, subtítulo A GÊNESE DAS CRENÇAS RELIGIOSAS), de modo que há uma unidade substancial das religiões, pois todas elas encontram sua gênese no augusto coração do Cristo - o Governador espiritual de nosso Orbe.
Os ensinos tomam formas e contornos segundo as épocas e os interesses culturais vigentes, mas, por expressarem a Verdade Divina, se refundem no tempo e tornam à sua beleza essencial, consoante Jesus no-la demonstrou, vivendo a Lei de Amor do Pai (O Livro dos Espíritos, questão 626; 1Co 3:2; Hb 6:1) .
MAS NÃO FAÇAIS DE ACORDO COM SUAS OBRAS, - O livre-arbítrio expressa o respeito do Criador em relação a seus filhos, e é pelo 122 seu uso irrefletido que os seres se equivocam, gerando malefícios para si e para seus semelhantes (O Consolador, questão 135). A mais alta aquisição íntima da criatura é o seu poder de decisão, pois destacando-se de grupos afins com os quais, em regime de comunhão compulsória e inconsciente, exercitou a sobrevivência elementar, desenvolvendo alicerces de projeção mental, passa a escolher e seguir o que lhe parece melhor. Essa autonomia se equilibra entre o que a criatura traz de experiência e diante do que observa e registra dos que seguem à sua frente. Por isso, as revelações sérias e bem fundamentadas em exemplos e testemunhos são caminhos de luz abertos aos homens (Fp 3:13-14).
POIS ELES DIZEM E NÃO FAZEM. - se Moisés abriu a era da consciência desperta para os homens, inaugurando, com a divulgação das TÁBUAS DA LEI, a fase de expiação e provas da Terra, em sentido universal, os que se apoderaram de seus méritos (sua CADEIRA, em simbologia de AUTORIDADE) não corresponderam, pois ambicionavam o PODER e a respeitabilidade do grande legislador (Mt 7:15-20; O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 21, item 7).
Quando a mensagem do Evangelho, à luz da Revelação Espírita, adentrar os corações humanos, o jogo das vaidades e das ambições indignas não mais encontrará almas incautas e despreparadas, pois a simplicidade do Mestre, em espírito e verdade, fará triunfar o sentimento verdadeiro da fé, na sua legítima expressão de fraternidade (O Livro dos Espíritos, questões 798 a 802; Jo 16:12-14).
Humberto de Campos
mt 23:4
Reportagens de além-túmulo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2 Francisco Cândido Xavier Humberto de Campos
Severiano Fagundes era dos melhores doutrinadores do Espiritismo numa das grandes capitais brasileiras. Sua palavra vibrante era muito admirada nas tribunas doutrinárias; sua presença, um estímulo aos companheiros. Temperamento expansivo, era portador de expressões alegres e vivas. Ótimo organizador dos serviços de intercâmbio com o Invisível, tinha especial aptidão para convencer as entidades recalcitrantes, embora não as convencesse de todo, relativamente aos deveres espirituais. Sabia elucidar os médiuns, formar as sessões práticas, transmitir verbalmente os ensinamentos recebidos. Surgiam obsidiados? Lá estava o Severiano combatendo os agentes da discórdia, esclarecendo obsessores infelizes.
Entretanto, o poderoso doutrinador, além de profundamente arbitrário em seus modos de agir, parecia comprazer-se em certas irregularidades da vida. Se algum companheiro se aproximava, prudentemente, e lhe falava dos perigos que semelhante situação poderia acarretar, Severiano dava de ombros e interrogava: — “Ora, mas que tem isso? São futilidades da existência humana. A verdade é que nunca me viram faltar aos deveres para com a Doutrina. Compareço pontualmente às reuniões, não me furto ao trabalho de esclarecimento dos irmãos perturbados, nem me nego ao concurso fraternal nas atividades mais pesadas do nosso grupo.”
E a vida passava.
O nosso amigo tinha os seus casos tristes, suas situações escabrosas, mas continuava impávido no arrojo da pregação.
Não faltava às sessões, mas esquecia a família; doutrinava os Espíritos mais cruéis, entretanto, alegava não tolerar a esposa que Deus lhe havia confiado, porque não pudera compreender o Espiritismo à sua maneira; preparava bem os médiuns; contudo, não se interessava pelos filhos, como devia.
E era um companheiro valente o Severiano. Sabia animar, corrigir, resolver problemas difíceis, lançar incentivos eficazes.
Os anos passaram sobre o quadro de seus serviços e o ardoroso doutrinador foi chamado à Esfera espiritual.
Em virtude de seus conhecimentos, relativamente à Doutrina, Severiano percebeu que não mais pertencia ao número dos adormecidos na carne. Estava plenamente convencido da transição fenomênica da morte do corpo. No entanto, como no Plano invisível cada criatura somente poderá ver através da luz que acendeu na própria alma, o grande propagandista dos princípios doutrinários, com imensa surpresa, não encontrou os amigos espirituais com que contava, não obstante o esforço de todos em seu favor. Viu-se sem rumo, entre sombras e paisagens confusas. Ao contrário de suas ilusões no período de atividades que lhe antecedera ao desprendimento do mundo, começou a refletir mais seriamente na vida particular que a esponja do tempo havia absorvido. Revia, agora, os mínimos detalhes das ocorrências pequeninas. Ter-se-ia portado bem nessa ou naquela circunstância? A consciência dizia-lhe que não, que ficaram muitas tarefas por fazer, em virtude da deficiência de seu esforço, sempre tão pronto para ensinar aos outros.
À medida que se escoavam os dias, observava a multiplicação dos remorsos e dores íntimas. O pobre amigo não sabia como explicar o seu mal-estar, qual o motivo da paisagem escura que o cercava.
Certo dia, Severiano chorou como criança, nas súplicas que procurou elevar a Deus. Lembrou as reuniões em que ensinara austeras disciplinas, via-se à frente das entidades perturbadas que se comunicavam, e recordava as exortações que lhes dirigia corajosamente.
Severiano chorou. É verdade que, como homem, havia errado muito, fugindo aos trabalhos próprios de sua vida; no entanto, devotara-se à doutrina dos Espíritos, espalhara consolações e conselhos. Nesse instante, uma sincera compunção parecia arrebatá-lo a lugar diferente. Viu-se numa paisagem mais leve, à frente de uma entidade de semblante divino, que o contemplava carinhosamente.
— Irmão querido — perguntou o ex-doutrinador, sensibilizado —, por que sofro tanto, em caminhos sem luz?
— É que acendeste muita claridade nos outros, mas esqueceste de ti mesmo — esclareceu a nobre entidade com amoroso sorriso.
Severiano começou a explicar-se: lamentou a sua situação, falou longamente, mas o mensageiro de Jesus interrogou com solicitude fraternal:
— Irmão Severiano, serviste de fato ao Evangelho?
— Sim — replicou o mísero, hesitante —, disciplinei muitos Espíritos perturbadores, fazendo-lhes sentir os deveres que lhes competiam.
A generosa entidade tomou então de um grande volume e afirmou com bondade:
— Temos aqui o Evangelho, tal como o estudaste no mundo. Observemos o que nos diz a lição de Jesus, com respeito à tua primeira alegação.
E o livro abriu-se, automaticamente, impulsionado por energias luminosas, apresentando o versículo 4 do capítulo 23, de Mateus: “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los.” (Mt 23:4)
Severiano Fagundes ficou muito pálido. Recordou, instintivamente, tudo o que deixara de fazer no círculo de suas obrigações justas. Como o generoso amigo espiritual o contemplava em silêncio, sorrindo com amor, o pobre irmão, que lembrava as lutas da Terra, murmurou:
— Sei que não cuidei de mim, como deveria; entretanto, tive muita fé.
Essas palavras foram proferidas com enorme desapontamento. Mas o emissário do Cristo voltou a dizer:
— Vejamos, então, o que nos diz o Evangelho, relativamente à tua segunda alegação.
E surgiu o versículo 17 do capítulo 2 da Epístola universal de Tiago, em caracteres radiosos: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” (Tg 2:17)
Severiano baixou os olhos e começou a chorar amargamente, pois só agora reconhecia que ensinara muito Evangelho aos outros, lendo-o com leviandade; todavia, não aplicara o código divino à própria vida. Nada mais disse ao mentor carinhoso e justo que, abraçando-o fraternalmente, murmurou com bondade infinita:
— Irmão Severiano, levanta os olhos para o Mestre e anima-te! Voltarás à Terra para o serviço redentor; mas, não te esqueças de que, como encarnado, serás também Espírito em doutrinação. É preciso escutar o dever, a luta e o sofrimento… São mensageiros de Jesus os que ensinam o Evangelho na Terra. Precisamos ser canal de verdade para os outros; mas não é só isso, porque é indispensável sejamos canais e reservatórios ao mesmo tempo, a fim de que, como discípulos de um Mestre tão rico de sabedoria e amor, não venhamos a sucumbir pela miséria própria.
A generosa entidade continuou a exaltar a beleza das obrigações cumpridas e, cheio de lágrimas e esperanças novas, Severiano Fagundes começou a preparar-se para recomeçar a lição na vida humana.
(.Irmão X)
mt 23:27
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Humberto de Campos
Meus caros filhos. Venho falar-vos do trabalho em que agora colaborais com o nosso amigo desencarnado, no sentido de esclarecer as origens remotas da formação da Pátria do Evangelho a que tantas vezes nos referimos em nossos diversos comunicados. O nosso irmão Humberto tem, nesse assunto, largo campo de trabalho a percorrer com as suas facilidades de expressão e com o espírito de simpatia de que dispõe, como escritor, em face da mentalidade geral do Brasil.
Os dados que ele fornece nestas páginas foram recolhidos nas tradições do mundo espiritual, onde falanges desveladas e amigas se reúnem constantemente para os grandes sacrifícios em prol da humanidade sofredora. Este trabalho se destina a explicar a missão da terra brasileira no mundo moderno. Humboldt, visitando o vale extenso do Amazonas, exclamou, extasiado, que ali se encontrava o celeiro do mundo. O grande cientista asseverou uma grande verdade: precisamos, porém, desdobrá-la, estendendo-a do seu sentido econômico à sua significação espiritual. O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro. Nestes tempos de confusionismo amargo, consideramos de utilidade um trabalho desta natureza e, com a permissão dos nossos maiores dos Planos elevados, empreendemos mais esta obra humilde, agradecendo a vossa desinteressada e espontânea colaboração. Nossa tarefa visa esclarecer o ambiente geral do país, argamassando as suas tradições de fraternidade com o cimento das verdades puras, porque, se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do Ocidente; se o império português e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento no relógio que marca os dias da evolução da humanidade. (Mt 21:43)
Se outros povos atestaram o progresso, pelas expressões materializadas e transitórias, o Brasil terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz. Eis, em síntese, o porquê da nossa atuação, nesse sentido. O nosso irmão encontra mais facilidade para vazar o seu pensamento em soledade com o médium, como se ainda se encontrasse no seu escritório solitário; daí a razão por que as páginas em apreço foram produzidas de molde a se aproveitarem as oportunidades do momento. Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres. E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe, sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material.
Léon Denis
mt 23:8
Cristianismo e Espiritismo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7 Léon Denis
O pecado original é o dogma fundamental em que repousa todo o edifício dos dogmas cristãos - ideia verdadeira, no fundo, mas falsa em sua forma e desnaturada pela Igreja - verdadeira, no sentido de que o homem sofre com a intuição que conserva das faltas cometidas em suas vidas anteriores e pelas consequências que acarretam para ele. Esse sofrimento, porém, é pessoal e merecido.
Ninguém é responsável pelas faltas de outrem, se nelas não tomou alguma parte. Apresentado em seu aspecto dogmático, o pecado original, que pune toda a posteridade de Adão, isto é, a Humanidade inteira, pela desobediência do primeiro par, para depois salvá-la por meio de uma iniquidade inda maior - a imolação de um justo - é um ultraje à razão e à moral, consideradas em seus princípios essenciais - a bondade e a justiça. Mais contribuiu para afastar o homem da crença em Deus, que todas as agressões e todas as críticas da Filosofia.
Não é, com efeito, impunemente que se tenta separar, no pensamento e na consciência, a ideia de Deus da de justiça. Com isso, o que se logra é lançar a perturbação nas almas e provocar um trabalho mental que conduz, forçosamente, à exclusão de uma dessas duas ideias. Ora, foi a ideia de Deus que esteve quase a perecer, porque o homem não pode ver em Deus senão a mais alta personificação da justiça, do amor e da sabedoria. Todas as perfeições devem encontrar-se reunidas no Ser eterno.
Do seu passado criminoso perdeu o homem a recordação precisa, mas conservou um vago sentimento. Daí proveio essa concepção do pecado original, que se encontra em muitas religiões, e da expiação que ele requer. Dessa concepção errônea derivam as da queda, do resgate e da redenção pelo sangue do Cristo, os mistérios da encarnação, da virgem-mãe, da imaculada conceição, numa palavra, todo o amontoado do Catolicismo. (Nota lxviii: A queda da humanidade em Adão - diz o abade de Noirlieu em seu Catecismo filosófico para uso dos seculares - e a sua reparação em JesusCristo, são os dois grandes fatos sobre que repousa o Cristianismo. Sem o dogma do pecado original não mais se concebe a necessidade do Redentor. Por isso, nada é ensinado mais explicitamente pela Igreja do que a queda de Adão e as suas funestas conseqüências, para todos os seus descendentes.") Todos esses dogmas constituem verdadeira negação da razão e da justiça divinas, desde que tomados ao pé da letra, como o quer a Igreja, e em seu sentido material.
Não é admissível houvesse Deus criado o homem e a mulher com a condição de não se instruírem. Menos admissível, ainda, é que ele tenha, por uma única desobediência, condenado a sua posteridade e a Humanidade inteira à morte e ao inferno. "Que pensar, diz com razão E. Bellemare, de um juiz que condenasse um homem sob o pretexto de que, há milhares de anos, um seu antepassado cometera um crime?" É, entretanto, esse odioso papel que o Catolicismo atribui ao juiz supremo - Deus!
É por motivos tais que se justificou o afastamento e a ojeriza que certos pensadores conceberam pela ideia de Deus. É o que explica, sem a desculpar, a veemente acusação de um célebre escritor: Deus é o mal!
Se considerarmos o dogma do pecado original e da queda qual o é, realmente, isto é, como um mito, uma lenda oriental, exatamente como se depara em todas as cosmogonias antigas; se destruirmos com um sopro tais quimeras, todo o edifício dos dogmas e mistérios imediatamente se desmorona. Que restará, então, do Cristianismo? pode-se-me perguntar. Restará o que ele em si contém de verdadeiramente grande, de vivo e racional, isto é, tudo o que é suscetível de elevar e fortalecer a Humanidade.
Prossigamos em nosso exame. A soberania de Deus, dizem os teólogos, manifesta-se pela predestinação e pela redenção. Sendo Deus absoluto soberano, sua vontade é a causa final e decisiva de tudo quanto ocorre no Universo. Agostinho é o autor desse dogma, que ele institui em sua luta com os maniqueus, partidários de dois princípios opostos: o bem e o mal, e contra Pelágio, que reivindicava os direitos da liberdade humana. Todavia, Agostinho louva-se, para defender o seu dogma, na autoridade de S. Paulo, verdadeiro criador da doutrina da predestinação, cujo enunciado, pouco concludente ao nosso ver, está no capítulo IX da Epístola aos Romanos.
Segundo S. Paulo, cuja teoria foi adotada sucessivamente por Agostinho, pelos reformadores do século XVI e, mais tarde, por Jansen, Pascal, etc., o homem não pode obter a salvação por suas próprias obras, arrastando-o sua natureza, como invariavelmente o arrasta, ao mal.
Essa inclinação funesta é o resultado da queda do primeiro homem e da corrupção que dela deriva para toda a Humanidade, tendo-se tornado a herança de todos os filhos de Adão. É pela concepção que aos filhos se transmite o pecado dos pais. Esse dogma denomina-se traducianismo e as igrejas cristãs parece não perceberem que, com essa afirmação monstruosa, se fazem aliadas do materialismo, que proclama a mesma teoria sob o nome de lei da hereditariedade.
Todos os homens, perdidos pelo pecado de Adão, seriam votados à condenação eterna, se Deus, em sua misericórdia, não tivesse encontrado um meio de os salvar. Esse meio é a redenção.
O filho de Deus se faz homem. Em sua vida terrestre, cumpriu a vontade do Pai e satisfez sua justiça, oferecendo-se em holocausto para salvação de todos os que se ligam à sua igreja.
Desse dogma resulta que os fiéis não são salvos por um exercício da sua livre vontade, nem por seus próprios merecimentos, porque não há livre-arbítrio em face da soberania de Deus, mas por efeito de uma graça que Deus concede a seus eleitos.
Levando esse argumento a todas as suas consequências lógicas, poder-se-ia dizer: É Deus quem atrai os escolhidos e quem endurece os pecadores. Tudo se faz pela predestinação divina.
Adão, por conseguinte, não pecou por seu livre-arbítrio. Foi Deus, absoluto soberano, que o predestinou à queda.
Esse dogma conduz a tão deploráveis resultados, que o próprio Calvino, que o afirmou com todas as suas consequências, o denomina, falando dos homens predestinados à condenação eterna, um "horrível decreto" (decretum horribile). "Mas Deus falou, acrescenta, e a razão deve submeter-se".
Deus falou! Onde e por quem falou ele? Em obscuros textos, obra de uma imaginação perturbada.
E para impor tais opiniões, para as incutir nos espíritos, Calvino não recuou nem ante o emprego da violência! A fogueira de Servet no-lo atesta.
Lógica terrível que, procedendo de verdades mal compreendidas, como dissemos mais acima, confunde-se em seus próprios sofismas e recorre ao ferro e ao fogo, com o fim de se impor e resolver questões inextricáveis, com o fim de elucidar um imbróglio criado pelas paixões e pela ignorância. "Como - redarguia Pelágio a Agostinho - nos perdoa Deus nossos pecados e imputar-nos-ia os de outrem?"
* "Só há um Deus - diz S. Paulo (Nota lxix: I Epístola a Timóteo, II, 5.) e um só mediador (Nota lxx: Essa expressão "mediador" é, além disso, aplicada três vezes a Jesus pelo autor da "Epístola aos Hebreus".) entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo, homem. " Mediador, isto é, intermediário, médium incomparável, traço de união que liga a Humanidade a Deus, eis o que é Jesus! Mediador e não redentor, porque a ideia de redenção não suporta exame. E contrária à justiça divina; é contrária à ordem majestosa do Universo. Entre os mundos que rolam no espaço, a Terra não é o único lugar de dor. Outras estâncias há de sofrimento, em que as almas, cativas na matéria, aprendem, como aqui, a dominar seus vícios e adquirir qualidades que lhes permitirão o acesso a mundos mais felizes.
Se o sacrifício de Jesus fosse necessário para salvar a Humanidade terrestre, Deus deveria o mesmo socorro a outras Humanidades desgraçadas. Sendo, porém, ilimitado o número dos mundos inferiores em que dominam as paixões materiais, o filho de Deus seria, por isso mesmo, condenado a sofrimentos e sacrifícios infinitos. É inadmissível semelhante hipótese.
Com o seu sacrifício, dizem outros teólogos, Jesus "venceu o pecado e a morte, porque a morte é o salário do pecado e uma tremenda desordem na Criação". (Nota lxxi: De Pressensé, Jesus Cristo, seu tempo, sua vida, sua obra, pág. 654. Encontra-se essa opinião em muitos autores católicos.) Entretanto, morre-se depois da vinda de Jesus, como antes dele se morria. A morte, considerada por certos cristãos como consequência do pecado e punição do ser, é, todavia, uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. Não pode ser elemento de desordem no Universo. Julgá-la por esse modo não é insurgir-se contra a divina sabedoria?
É assim que, partindo de um ponto de vista errôneo, os homens da Igreja chegam às mais estranhas concepções. Quando afirmam que, por sua morte, Jesus se ofereceu a Deus em holocausto, para o resgate da Humanidade, não equivale isso a dizer, na opinião dos que creem na divindade do Cristo, que se ofereceu a si mesmo? E do que terá ele resgatado os homens? Não é das penas do inferno, pois que todos os dias nos repetem que os indivíduos que morrem em estado de pecado mortal são condenados às penas eternas.
A palavra pecado não exprime, em si mesma, senão uma ideia confusa. A violação da lei acarreta a cada ser um amesquinhamento moral, uma reação da consciência, que é uma causa de sofrimento íntimo e uma diminuição das percepções animais. Assim, o ser pune-se a si mesmo. Deus não intervém, porque Deus é infinito; nenhum ser seria capaz de lhe produzir o menor mal.
Se o sacrifício de Jesus resgatou os homens do pecado, porque, então, inda os batizam? Essa redenção, em todo caso, não se pode estender senão unicamente aos cristãos, aos que têm conhecido e aceitado a doutrina do Nazareno. Teria ela, pois, excluído da sua esfera de ação a maior parte da Humanidade? Existem ainda hoje na Terra milhares, milhões de homens que vivem fora das igrejas cristãs, na ignorância das suas leis, privados desse ensino, sem cuja observância, dizem, "não há salvação". Que pensar de opiniões tão opostas aos verdadeiros princípios de amor e justiça que regem os mundos?
Não, a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da Humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que os Espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo. Das esferas de luz, onde tudo é serenidade e paz, desceu o Cristo às nossas obscuras e tormentosas regiões, para mostrar-nos o caminho que conduz a Deus: tal o seu sacrifício. A efusão de amor em que envolve os homens, sua identificação com eles, nas alegrias como nos sofrimentos, constituem a redenção que nos oferece e que somos livres de aceitar. Outros, antes dele, haviam induzido os povos ao caminho do bem e da verdade.
Nenhum o fizera com a singular doçura, com a ternura penetrante que caracteriza o ensino de Jesus. Nenhum soube, como ele, ensinar a amar as virtudes modestas e escondidas. Nisso reside o poder, a grandeza moral do Evangelho, o elemento vital do Cristianismo, que sucumbe ao peso dos estranhos dogmas de que o cumularam.
* * *
O dogma das penas eternas deve prender-nos a atenção. Arma temível nas mãos do padre, nas épocas de fé, ameaça suspensa sobre a cabeça do homem, ele foi para a Igreja um instrumento incomparável de domínio.
Donde procede essa concepção de Satanás e do inferno?
Unicamente das noções falsas que o passado nos legou a respeito de Deus. Toda a Humanidade primitiva acreditou nos deuses do mal, nas potências das trevas, e essa crença traduziu-se em lendas de terror, em imagens pavorosas, que se transmitiram de geração a geração, e inspirando grande número de mitos religiosos. As forças misteriosas da Natureza, em suas manifestações, lançavam o terror no espírito dos homens primitivos.
Em torno de si, na sombra, em toda a parte, julgavam ver formas ameaçadoras, prontas a agarrá-los, a se apoderar deles.
Essas potências malignas foram personificadas, individualizadas pelo homem. Desse modo, criou ele os deuses do mal. E essas remotas tradições, legado das raças desaparecidas, perpetuadas de idade em idade, encontram-se ainda nas atuais religiões.
Daí Satanás, o eterno revoltado, o inimigo eterno do bem, mais poderoso que o próprio Deus, pois que reina como senhor no mundo, e as almas criadas para a felicidade caem, na maior parte, debaixo do seu jugo; - Satanás, a astúcia, a perfídia personificadas; depois, o inferno e suas torturas requintadas, cuja descrição faz desvairarem as imaginações simples.
Assim é que, em todos os domínios do pensamento, o homem terrestre substituiu as claras luzes da razão, que Deus lhe deu como seguro guia, pelas quimeras da sua imaginação desnorteada.
É verdade que nossa época, motejadora e céptica, já não acredita absolutamente no diabo; mas os padres não continuam menos, por esse motivo, a ensinar a sua existência e a do inferno. De tempos a tempos, pode-se ouvir, do alto do púlpito, a descrição dos castigos reservados aos condenados, ou das façanhas de Satanás. E não se trata já de modestas cátedras de aldeia: era sob as abóbadas de Nossa Senhora de Paris, que o padre Janvier, na quaresma de 1907, pronunciava estas palavras: "Imagina muita gente que o demônio não é mais que um símbolo, uma figura literária que não corresponde a coisa alguma na Criação, uma ficção poética, uma palavra que serve para designar o mal e as paixões: é um erro. O demônio, na doutrina católica é um ser perfeitamente real, uma personalidade distinta do resto da Natureza, tendo vida, ação e domínio próprios. O que, porém, é infinitamente mais temível é a ação ordinária, contínua, exercida por Satanás na Criação, a intervenção real e oculta que tem no curso dos sucessos e das estações, na germinação das plantas, no desencadear dos ventos e das tempestades". (Nota lxxii: P Janvier, Explicação da moral católica. O vício e o pecado. - ver também La libre Parole, 3 de novembro de 1907.) Assim se atasca a Igreja nas doutrinas do passado. Continua a proscrever a ciência e o conhecimento, a introduzir em todas as coisas o demônio, até mesmo no domínio da moderna Psicologia.
Ameaça com as chamas eternas todo indivíduo que procura emancipar-se de um Credo que a sua razão e consciência repudiam.
Em suas mãos, o Evangelho do amor se converteu num instrumento de terror.
Justo é, sem dúvida, que a Igreja recomende prudência aos seus fiéis; errada, porém, em lhes proibir as práticas espíritas, a pretexto de que emanam do demônio. É, porventura, demônio o Espírito que se confessa arrependido e pede preces? Demônio o que nos exorta à caridade e ao perdão? Na maioria dos casos, em lugar de ser essa personagem astuciosa e maligna descrita pela Igreja, Satanás seria completamente destituído de bom senso, não percebendo que trabalha contra si.
Se há maus espíritos, aos quais se poderia com razão aplicar esse qualificativo, é preciso também não esquecer que esses demônios são perfectíveis. São, por exemplo, os criminosos que a pena de morte faz passar para a outra vida, com a blasfêmia nos lábios e o ódio no coração. Esses não cessam de dirigir contra os homens sua maléfica influência, que, com mais forte razão, se há de fazer sentir quando se apresentem nas sessões espíritas em que não haja, para os afastar, um conjunto de vontades suficientemente enérgicas.
Mas não basta refletir um momento na obra divina, para repelir toda crença no demônio? Como admitir que o supremo foco do Bem e do Belo, a inesgotável fonte de misericórdia e bondade, tenha podido criar esse ser hediondo e malfazejo? Como acreditar que Deus lhe tenha podido conceder, com a consciência do mal, todo o poder sobre o mundo, e lhe tenha abandonado, como presa fácil, toda a família humana? Não, Deus não podia criar a imensa maioria de seus filhos para os perder, para fazer a sua desgraça eterna; Deus não outorgou o poder a quem mais dele abusaria, ao mais iníquo, ao mais perverso. Isso é inadmissível, indigno de uma alma que crê na justiça e na bondade do Criador. Admitir Satanás e o inferno eterno é insultar a Divindade. De duas uma: ou Deus possui a presciência e soube, de antemão, quais os resultados da sua obra, e, neste caso, executando-a, fez-se o carrasco de suas criaturas; ou não previu esse resultado, não possui a presciência, é falível como a sua própria obra, e então, proclamando a infalibilidade do papa, a Igreja o colocou superior a Deus. É com semelhantes concepções que se induzem os povos ao cepticismo, ao materialismo. A Igreja Romana com um tal princípio incorre nas mais graves responsabilidades.
Quanto aos castigos reservados aos culpados, como sanção penal e para assegurar a execução da lei de justiça, não há necessidade de os criar imaginários.
Se repararmos em torno de nós, veremos que por toda parte, na Terra, a dor nos espreita. Não é necessário sair deste mundo para encontrar sofrimentos proporcionais a todas as faltas, condições expiatórias para todos os culpados. Porque buscar o inferno em regiões quiméricas? O inferno está em torno de nós. Qual o verdadeiro sentido da palavra inferno? Lugar inferior! Ora, a Terra é um dos mundos inferiores do Universo. O destino do homem aqui é muitas vezes cruel, muito grande a soma dos seus males, para que se devam tornar sombrias, por concepções fantásticas, as perspectivas do futuro. Semelhantes ideias são um ultraje lançado a Deus. Não pode haver eternos sofrimentos, mas unicamente sofrimentos temporários, apropriados às necessidades da lei de evolução e de progresso. O princípio das reencarnações sucessivas é mais equitativo que a noção do inferno eterno; torna efetiva a justiça e a harmonia do Universo. É no decurso de novas e penosas existências terrestres que o culpado resgata o seu passado de crimes. A teia do destino é tecida individualmente por nós, na trama das ações boas e más, que todas em nós se refletem através dos tempos, com suas consequências felizes ou funestas. É assim que cada qual prepara o seu céu ou o seu inferno.
A alma, no período inferior de sua evolução, encerrada no círculo das vidas terrestres, hesitante, incerta, oscilante entre diversas atrações, ignorante dos grandiosos destinos que a esperam e do fim da Criação, erra, fraqueja, abandona-se às paixões, às correntes materiais que a arrebatam. Mas, pouco a pouco, pelo desenvolvimento de suas forças psíquicas, de seus conhecimentos, de sua vontade, a alma se eleva, liberta-se das influências inferiores e paira nas regiões divinas.
Tempo virá em que o mal já não será a condição desta existência; em que os seres, purificados pelo sofrimento, depois de haverem recebido a longa educação dos séculos, deixarão a senda obscura para se encaminharem à luz eterna. As Humanidades, vinculadas pelos elos de uma íntima solidariedade e de uma afeição profunda, caminharão de progresso em progresso, de perfeição em perfeição, para o grande foco, para o alvo supremo que é Deus, assim realizando essa obra do Pai, que não quer a perdição, mas a felicidade e a elevação de todos os filhos.
* * *
O argumento principal dos defensores da teoria do inferno é que a ofensa feita pelo homem, ser finito, a Deus, ser infinito, é, por consequência, infinita e merece pena eterna. Ora, qualquer matemático dirá que a relação de uma quantidade finita ao infinito é nula. Poder-se-ia inverter o argumento e dizer que o homem, finito e ignorante, não seria capaz de ofender o infinito, e que a sua ofensa é nula em relação a este. Ele não pode fazer mal senão a si mesmo, retardando a sua elevação e atraindo os sofrimentos que toda ação culposa engendra.
Estarão os chefes da Igreja realmente convencidos da existência do inferno eterno, não verão nele, de preferência, um ilusório espantalho, necessário, porém, à conduta da Humanidade?
É o que se poderia crer, comentando as seguintes palavras de S.
Jerônimo, o tradutor da Vulgata: ... Tais são os motivos em que se apoiam os que querem fazer compreender, que, depois dos suplícios e tormentos, haverá Consolação, o que presentemente se deve ocultar àqueles a quem é útil o temor, a fim de que, receando os suplícios, se abstenham de pecar. (Quae nunc abscondenda sunt ab his quibus timor est utilis, ut, dum suplicia reformidant, peceare desistant). (Nota lxxiii: S. Jerônimo, Obras, edição beneditina de 1704, t. III, col. 514; S. Jerônimo cita os seguintes textos: Romanos, XI, 25, 26, 32; Miquéias, VII, 9, 19, etc.)
É verdade que S. Jerônimo não hesitou em fazer figurar, no texto do Evangelho segundo Mateus, estas expressões: "o fogo eterno, o suplício eterno". Mas as palavras hebraicas que assim foram traduzidas não parece, de modo algum, terem o sentido que os latinos lhes atribuíram. (Nota lxxiv: A palavra eterno, que tão freqüentes vezes se encontra nas Escrituras, parece não dever ser tomada ao pé da letra, mas como uma dessas expressões enfáticas, hiperbólicas, familiares aos orientais. É um erro esquecer que tudo são símbolos e imagens em seus escritos. Quantas promessas, pretensamente eternas, feitas ao povo hebreu ou a seus chefes, não tiveram realização! Onde está essa terra que os israelitas deviam possuir eternamente - in aeternum - (Pentateuco, passim). Onde essas pedras do Jordão, que Deus anunciava deverem ser, para o seu povo, um monumento eterno (Josué, VI, 7)? Onde essa descendência de Salomão, que devia reinar eternamente em Israel (I Paralipom., XXII, 10), e tantas outras, idênticas promessas? Em todos esses casos, a palavra eterno parece simplesmente significar: longa duração. O termo hebraico ôlam, traduzido por eterno, tem como raiz o verbo âlam, ocultar. Exprime um período cujo fim se desconhece. O mesmo acontece à palavra grega aion e à latina aeternitas. Tem esta como raiz aetas, idade, Eternidade, no sentido em que o entendemos hoje, dir-se-ia em grego aidios e em latim sempiternus, de semper, sempre. (Ver abade J. Petit, Résurrection, de abril 1903). As penas eternas significam então: sem duração limitada. Para quem não lhes vê o termo, são eternas. As mesmas formas de linguagem eram empregadas pelos poetas latinos Horácio, Virgílio, Estácio e outros. Todos os monumentos imperiais de que falam devem ser, diziam eles, de eterna duração.) Não pode ser esse o pensamento daquele que disse: "Deus não quer que pereça um só desses pequeninos. " Estas palavras são confirmadas pelos apóstolos: "Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem a ter o conhecimento da verdade. " (S. Paulo, I Timóteo, II, 4) "Deus é o salvador de todos os homens. " (S. Paulo, I Timóteo, IV, 10.) "Deus não quer que homem algum pereça, mas que todos se convertam à penitência. " (S. Pedro, II Epístola, III, 9) Muitos, entre os padres da Igreja, opinam no mesmo sentido.
Primeiro é o mestre de Orígenes, S. Clemente de Alexandria, que diz: "O Cristo Salvador opera finalmente a salvação de todos, e não apenas a de alguns privilegiados. O soberano Mestre tudo dispôs, quer em seu conjunto, quer em seus pormenores, para que fosse atingido esse fim definitivo. " Em seguida, é S. Gregório de Nissa que do modo mais formal se pronuncia contra a eternidade das penas. A seu ver: "Há necessidade de que a alma imortal seja purificada das suas máculas e curada de todas as suas enfermidades. As provações terrestres têm por objetivo operar essa cura, que depois da morte se completa, quando não pôde ser concluída nesta vida. Quando Deus faz sofrer o pecador, não é por espírito de ódio ou de vingança; quer reconduzir a alma a ele, que é a fonte de toda felicidade. O fogo da purificação dura mais que um tempo conveniente e o único fim de Deus é fazer definitivamente participar todos os homens dos bens que constituem a sua essência. " (Nota lxxv: Extraído do Exame critico das doutrinas da religião cristã, de Patrício Laroque. As palavras são citadas em grego.) Em nossos dias é monsenhor Méric, diretor do Seminário de S.
Suplício, que longamente expõe em suas obras a teoria da mitigação dos sofrimentos. E a Igreja, sentindo talvez que a ideia de um inferno eterno fez sua época, não se opôs à divulgação dessa tese.
Radica nas mesmas preocupações a noção do purgatório, termo médio adotado pela Igreja, que recuou ante a enormidade das penas eternas aplicadas a ligeiras faltas. A questão do purgatório é da mais alta importância, podendo constituir um vínculo, um traço de união entre as doutrinas católicas e as do moderno Espiritualismo.
No pensamento da Igreja Romana o purgatório é um lugar não definido, indeterminado. Nada impede o católico de conceber os sofrimentos purificadores da alma sob a forma de vidas planetárias ulteriores, ao passo que o protestante ortodoxo, para adotar a noção das vidas sucessivas, é obrigado a abrir mão de suas convicções, em que o purgatório não é admitido.
Na maioria dos casos, o purgatório é a vida terrestre com as provações que a acidentam. Os primeiros cristãos não o ignoravam.
A Igreja da Idade Média repeliu essa explicação, que teria acarretado a afirmação da pluralidade das existências da alma e a ruína da instituição das indulgências - fonte de grandes proventos para os pontífices romanos. Sabe-se quantos abusos daí se originaram.
Realmente, Satanás não passa de alegoria. Satanás é o símbolo do mal. O mal, porém, não é um princípio eterno, coexistente com o bem. Há de passar. O mal é o estado transitório dos seres em via de evolução.
Não há nem lacuna nem imperfeição no Universo. A obra divina é harmônica e perfeita. Dessa obra o homem não vê senão um fragmento e, todavia, pretende julgá-la através de suas acanhadas percepções. O homem, na vida presente, não é mais que um ponto no tempo e no espaço. Para julgar a Criação, ser-lhe-ia preciso abrangê-la inteiramente, medir a escala dos mundos que é chamado a percorrer e a sucessão das existências que o aguardam no seio dos séculos por vir. Esse vasto conjunto escapa às suas concepções; daí os seus erros; daí a deficiência de suas apreciações.
Quase sempre o que chamamos o mal é apenas o sofrimento; mas este é necessário, porque só ele conduz à compreensão. Por ele aprende o homem a diferençar, a analisar suas sensações.
A alma é uma centelha projetada do eterno foco criador. É pelo sofrimento que ela atinge a plenitude do seu brilho, a plena consciência de si mesma. A dor é como a sombra que faz sobressair e apreciar a luz. Sem a noite, acaso contemplaríamos as estrelas? A dor quebra as algemas das fatalidades materiais e franqueia à alma evasões para a vida superior.
Do ponto de vista físico, o mal, o sofrimento, são muitas vezes coisas relativas e de pura convenção. As sensações variam ao infinito, conforme as pessoas; agradáveis para uns, dolorosas para outros. Há mundos muito diferentes do meio terrestre, nos quais tudo seria penoso para nós, ao passo que outros homens podem neles viver comodamente.
Se fizermos abstração do acanhado meio em que vivemos, o mal já nos não aparecerá como causa fixa, princípio imutável, mas como efeitos passageiros variando com os indivíduos, transformando-se e atenuando-se com o seu aperfeiçoamento.
O homem, ignorante no começo de sua jornada, tem que desenvolver a inteligência e a vontade por meio de constantes esforços. Na luta que empenha contra a Natureza, a energia se lhe retempera, o ser moral se afirma e engrandece. Graças a essa luta é que se realiza o progresso e se efetua a ascensão da Humanidade, subindo, de estância em estância, de degrau em degrau, para o bem e o melhor, conquistando ela própria a sua preponderância sobre o mundo material.
Criado feliz e perfeito, o homem teria ficado confundido na perfeição divina; não teria podido individualizar o princípio espiritual nele existente. Não teria havido no Universo nem trabalho, nem esforços, nem progresso; nada, a não ser a imobilidade, a inércia. A evolução dos seres seria substituída por triste e monótona perfeição. Seria o paraíso católico.
Sob o látego da necessidade, sob o aguilhão da dor, o homem caminha, avança, eleva-se e, de existência em existência, de progresso em progresso, chega a imprimir ao mundo o cunho do seu domínio e inteligência.
O mesmo acontece com o mal moral. Como o mal físico, este não é mais que um aspecto passageiro, uma forma transitória da vida universal. O homem pratica o mal por ignorância, por fraqueza, e os seus atos reagem contra ele. O mal é a luta que se trava entre as potências inferiores da matéria e as potências superiores que constituem o ser pensante, o seu verdadeiro "eu".
Do mal, porém, e do sofrimento nascerão, um dia, a felicidade e a virtude. Quando a alma tiver suplantado as influências materiais, será como se para ela o mal nunca houvesse existido.
Não é, pois, o inferno que luta contra Deus; não é Satanás que arma as ciladas pelo mundo, não; é a alma humana que procura, na sombra, o seu roteiro; ela que envida esforços por afirmar sua personalidade progressiva e, depois de muitos desfalecimentos, quedas e reerguimentos, domina os vícios, conquista a força moral e a verdadeira luz. É assim que, lentamente, de idade em idade, através do fluxo e refluxo das paixões, o progresso se acentua, o bem se realiza.
O império do mal são os mundos inferiores, tenebrosos; é a multidão das almas retardatárias que se agitam nas veredas do erro e do crime, torvelinhando no círculo das existências materiais, e que, ao atrito das provações, sob o látego da dor, emergem lentamente desse pelago de sombra, de egoísmo e de miséria, para se iluminarem aos raios da caridade e da ciência. Satanás é a ignorância, a matéria e suas grosseiras influências; Deus é o conhecimento, a sublime claridade, da qual um raio ilumina toda consciência humana.
A marcha da Humanidade se efetuará em demanda dos elevados cimos. O espírito moderno se libertará, cada vez mais, dos preconceitos do passado. A vida perderá o aspecto cruel dos séculos ferrenhos, para tornar-se o campo fecundo e pacífico, no qual o homem trabalhará no desenvolvimento de suas faculdades e qualidades morais.
Lá não chegamos certamente, ainda; o mal na Terra não está extinto; a luta não terminou. Os vícios e as paixões fermentam no fundo da alma humana. Há que temer ainda conflitos terríveis e tempestades sociais. Por toda parte, surdos ruídos, veementes reivindicações se fazem ouvir.
A luta é necessária nos mundos da matéria, para arrancar o homem ao seu torpor, aos seus grosseiros apetites, para preparar o advento de uma nova sociedade. Como a centelha brota do atrito das pedras de fuzil, assim, ao choque das paixões pode surgir um ideal novo, uma forma superior da justiça, pela qual a Humanidade modelará as suas instituições.
O homem moderno já sente aumentar em si a consciência do seu papel e do seu valor. Em breve ele se sentirá vinculado ao Universo, participando da sua vida imensa; reconhecer-se-á para sempre cidadão do céu. Por sua inteligência, por sua alma, o homem saberá intervir, colaborar na obra universal; tornar-se-á criador por sua vez; far-se-á operário de Deus.
A nova revelação ter-lhe-á ensinado a conhecer-se, a conhecer a natureza da alma, o seu mister e os seus destinos. Ela lhe atestará o duplo poder que possui sobre o mundo da matéria e o do espírito.
Todas as incoerências, todas as aparentes contradições da obra divina ser-lhe-ão esclarecidas. O que denominava mal físico e mal moral, tudo o que se lhe figurava negação do bem, do belo, do justo, se unificará nos contornos de uma obra majestosa e sólida, na harmonia de sábias e profundas leis.
* * *
O homem verá desvanecer-se o sonho aterrador, o pesadelo da condenação; elevará a alma até ao espaço em que se expande o divino pensamento, até ao espaço de onde desce o perdão de todas as faltas, o resgate de todos os crimes, a consolação para todas as dores, até ao espaço radiante em que a misericórdia eterna assenta o seu império.
As potências do inferno se dissiparão para sempre; o reino de Satanás terá findado; a alma, liberta dos seus terrores, rir-se-á dos fantasmas que tanto tempo a amedrontaram.
Deveremos falar da ressurreição da carne, dogma segundo o qual os átomos do nosso corpo carnal, disseminados, dispersos por mil novos corpos, devem reunir-se um dia, reconstituir nosso invólucro e figurar no juízo final?
As leis da evolução material, a circulação incessante da vida, o jogo das moléculas que, em inúmeras correntes, passam de forma em forma, de organismo em organismo, tornam inadmissível essa teoria.
O corpo humano constantemente se modifica; os elementos que o compõem renovam-se completamente em alguns anos. Nenhum dos átomos atuais da nossa carne se tornará a achar na ocasião da morte, por pouco que se prolongue nossa vida, e os que então constituírem o nosso invólucro, serão dispersos aos quatro ventos do infinito.
A maior parte dos padres da Igreja o entendiam de outro modo.
Conheciam eles a existência do perispírito, desse corpo fluídico, sutil, imponderável, que é o invólucro permanente da alma, antes, durante e depois da vida terrestre; denominavam-no corpo espiritual. São Paulo, Orígenes e os sacerdotes de Alexandria afirmavam a sua existência. Na sua opinião, os corpos dos anjos e dos escolhidos, formados com esse elemento sutil, eram "incorruptíveis, delgados, tênues e soberanamente ágeis". (lxxvi) Por isso não atribuíam eles a ressurreição senão a esse corpo espiritual, o qual resume, em sua substância quintessenciada, todos os invólucros grosseiros, todos os revestimentos perecíveis que a alma tomou, depois abandonou, em suas peregrinações através dos mundos.
O perispírito, penetrando com a sua energia todas as matérias passageiras da vida terrestre, é de fato o corpo essencial.
A questão achava-se, por esse modo, simplificada. Essa crença dos primeiros padres no corpo espiritual lançava, além disso, luz vivíssima sobre o problema das manifestações ocultas.
Tertuliano diz (De carne Christi, cap. VI): "Os anjos têm um corpo que lhes é próprio e que se pode transfigurar em carne humana; eles podem, por certo tempo, tornarse perceptíveis aos homens e com eles comunicar visivelmente. " Torne-se extensivo aos espíritos dos mortos o poder que Tertuliano atribui aos anjos e aí teremos explicado o fenômeno das materializações e das aparições!
Por outro lado, se consultarmos com atenção as Escrituras, notaremos que o sentido grosseiro atribuído à ressurreição, em nossos dias, pela Igreja, não se justifica absolutamente. Aí não encontraremos a expressão: ressurreição da carne, mas antes: ressuscitar dentre os mortos (a mortuis resurgere) e, num sentido mais geral: a ressurreição dos mortos (resurrectio mortuorum). É grande a diferença.
Segundo os textos, a ressurreição tomada no sentido espiritual é o renascimento na vida de além-túmulo, a espiritualização da forma humana para os que dela são dignos, e não a operação química que reconstituísse elementos materiais; é a purificação da alma e do seu perispírito, esboço fluídico que conforma o corpo material para o tempo de vida terrestre.
É o que o apóstolo se esforçava por fazer compreender: (Nota lxxvii: I Epístola aos Coríntios XV, 42-50 (traduzido do texto grego); ver também XV, 52-56; Epístola aos Filipenses, III, 21; S. João, V, 28 e 29; S. Inácio, Epístola aos Trallianos, Ix.) "Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção; semeia-se em vileza, ressuscitará em glória; semeia-se em fraqueza, ressuscitará em vigor. E semeado o corpo animal, ressuscitará o corpo espiritual. Eu vo-lo digo, meus irmãos, a carne e o sangue não podem possuir o reino de Deus, nem a corrupção possuirá a incorruptibilidade. " Muitos teólogos adotam essa interpretação, dando aos corpos ressuscitados propriedades desconhecidas da matéria carnal, fazendo-os luminosos, ágeis como Espíritos, sutis como o éter e impassíveis. (Nota lxxviii: Abade Petit, A renovação religiosa, págs. 4 e 53. Ver também nota complementar nº 9.) Tal o verdadeiro sentido da ressurreição dos mortos, como os primeiros cristãos a entendiam. Se vemos, em uma época posterior, aparecer em certos documentos, e em particular no símbolo apócrifo dos apóstolos, a expressão "ressurreição da carne", é isso sempre no sentido da reencarnação (Nota lxxix: Abade Petit, obra citada, pág. 53.)
– isto é, de volta à vida material - ato pelo qual a alma reveste uma nova carne para percorrer o campo de suas existências terrestres.
* * *
O Cristianismo, sob o tríplice aspecto que revestiu em nossos dias - catolicismo romano, protestantismo ortodoxo, ou religião grega –, não se constituiu integralmente em um só momento, como acreditam muitos, mas lentamente, através dos séculos, no meio de hesitações, de lutas encarniçadas e de profundas comoções políticosociais. Cada dogma que se edificava sobre outro vinha afirmar o que os anteriores tempos haviam repelido. O próprio século XIX viu promulgados dois dogmas dos mais contestados e controvertidos: Os da imaculada conceição e da infalibilidade papal, dos quais disse um padre católico de grande merecimento: "inspiram muito pouca veneração, quando se viu como são feitos". (Nota lxxx: Padre Marchal, O Espírito Consolador. pág. 24.) Entretanto, essa obra dos séculos, de que a tradição eclesiástica fez uma doutrina ininteligível, teria podido tornar-se o implemento de uma religião racional, de conformidade com os dados da Ciência e as exigências do senso comum, se, em lugar de tomar cada dogma ao pé da letra, tivessem querido ver uma imagem, um símbolo transparente.
Despojando o dogma cristão do seu caráter sobrenatural, poderse-ia quase sempre encontrar nele uma ideia filosófica, um ensinamento substancial.
A Trindade, por exemplo, definida pela Igreja "um só Deus em três pessoas", não seria, daquele ponto de vista, senão um conceito do espírito representando a Divindade sob três aspectos essenciais: a Lei viva e imutável é o Pai; a Razão ou sabedoria eterna é o Filho; o Amor, potência criadora e fecundante é o Espírito-Santo.
A encarnação do Cristo é a divina sabedoria descendo do céu à Humanidade, nela tomando corpo para constituir um tipo de perfeição moral, oferecido como exemplo aos homens, que ele iniciou na grande lei do sacrifício.
O pecado original, a culpa de que o homem tem a responsabilidade, é a de suas anteriores existências que lhe cumpre extinguir por seus méritos, resignação e intrepidez nas provações.
Assim se poderiam explicar de modo simples, claro, racional, todos os antigos dogmas do Cristianismo, os que procedem da doutrina secreta ensinada nos primeiros séculos, cuja chave se perdeu e cujo sentido ficou desconhecido.
Quanto aos dogmas modernos, neles não se pode ver mais que um produto da ambição sacerdotal. Não foram promulgados senão para tornar mais completa a escravização das almas.
Por profundo, porém, que seja o pensamento filosófico, oculto sob o símbolo, ele não bastaria, doravante, para uma restauração das crenças humanas. As leis superiores e os destinos da alma nos são revelados por vozes muito mais autorizadas que as dos antigos pensadores: são as dos seres que habitam o espaço e vivem dessa vida fluídica, que há de um dia ser a nossa.
Essa revelação há de servir de base às crenças do futuro, porque oferece brilhante demonstração dessa outra vida de que a alma tem sede, desse mundo espiritual a que ela aspira, e que até agora as religiões lhe apresentaram sob formas tão incompletas ou quiméricas.
* * *
A explicação racional dos dogmas pode ser estendida aos sacramentos, instituições respeitáveis, consideradas como figuras simbólicas, como meios de adestramento moral e disciplina religiosa, mas que se não poderiam tomar ao pé da letra, no sentido imposto pela Igreja.
O que dissemos do pecado original nos conduz a considerar o batismo como simples cerimônia iniciática, ou de consagração, porque a água é impotente para limpar de suas máculas a alma.
A confirmação, ou imposição das mãos é o ato de transmissão dos dons fluídicos, do poder do apóstolo a outra pessoa, que ele assim colocava em relação com o invisível. (lxxxi) Esse poder não se justifica senão por merecimentos adquiridos no decurso de anteriores existências.
A penitência e a remissão dos pecados deram origem à confissão, pública a princípio e feita a outros cristãos, ou diretamente a Deus; depois auricular, na Igreja Católica, e dirigida ao padre. Este, constituído árbitro exclusivo, julgou indispensável esse meio para se esclarecerem e discernirem os casos em que era merecida a absolvição. Pode, ele, porém, pronunciar-se jamais com segurança? A contrição do penitente, diz a Igreja, é necessária.
Mas, como assegurar seja suficiente e verdadeira essa contrição? A decisão do padre decorre da confissão das faltas; é sempre certo que essa confissão seja completa?
Se consultarmos todos os textos em que se funda a instituição da confissão (Nota lxxxii: Mateus, III, 6; Lucas, XVIII, 13; Tiago, Epístola, V, 16; João, I Epístola, I, 9; etc.) neles só encontramos uma coisa: é que o homem deve reconhecer as ofensas cometidas contra o próximo; é que ele deve confessar diante de Deus as suas faltas. Desses textos antes resulta esta consideração: a consciência individual é sagrada; só depende de Deus diretamente. Nada aí autoriza a pretensão do padre, de se erigir em julgador.
Que diz S. Paulo, falando da comunhão e dos que dela são dignos? "Examine-se, pois, a si mesmo o homem. " (I Epístola aos Coríntios, XI, 28) Ele guarda silêncio no que respeita à confissão, em nossos dias considerada indispensável em circunstância equivalente. S. João Crisóstomo, em um caso semelhante, diz: "Revelai a Deus vossa vida; confessai vossos pecados a Deus; confessai-os ao vosso juiz, suplicando-lhe, senão com a voz, ao menos mentalmente, e suplicai-lhe de tal sorte que ele vos perdoe. " (Homília. XXXI, sobre a Epístola aos Hebreus.) A confissão auricular nunca foi praticada nos primeiros tempos do Cristianismo; não foi instituída por Jesus, mas pelos homens.
Quanto à remissão dos pecados, deduzida destas palavras do Cristo: "O que for ligado na terra será ligado nos céus", parece que este modo de exprimir se aplica, de preferência, aos hábitos, aos apetites materiais contraídos pelo Espírito durante a vida terrestre, e que o prendem, fluidicamente à Terra depois da morte.
Vem depois a Eucaristia, ou presença real do corpo e do sangue de Jesus Cristo, a hóstia consagrada, o sacrifício da cruz todos os dias renovado sobre os milhares de altares da catolicidade, à voz do padre, e com absorção pelos fiéis, do corpo vivo e sangrento do Cristo, segundo a fórmula do catecismo do concílio de Trento: "Não é somente o corpo de Jesus Cristo que se contém na Eucaristia, com tudo o que constitui um verdadeiro corpo, como os ossos e os nervos; é inteiramente o próprio Jesus Cristo. " Donde provém esse mistério afirmado pela Igreja? De palavras de Jesus, tomadas ao pé da letra, e que tinham caráter puramente simbólico. Esse caráter, ao demais, é claramente indicado na frase por ele acrescentada: "Fazei isto, em memória de mim". (Nota lxxxiii: Lucas, XXII, 19; I Cor., XI, 23-25.) Com isso afasta o Cristo qualquer ideia de presença real. Não pretendeu, evidentemente, falar senão do seu corpo espiritual, personificando o homem regenerado pelo espírito de amor e caridade. A comunhão entre o ser humano e a natureza divina se opera pela união moral com Deus; ela se realiza por enérgicos surtos da alma para seu Pai, por aspirações constantes ao divino foco. Toda cerimônia material é vã, se não corresponde a um estado elevado do coração e do pensamento. Preenchidas essas condições, estabelece ao contrário, como ao começo acontecia, uma relação misteriosa entre o homem fervoroso e o mundo invisível.
Influências magnéticas baixam a esse homem e à assembleia da qual faz parte, e muitos experimentam seus benefícios.
O culto religioso é uma legítima homenagem prestada à Onipotência; é a elevação da alma para o seu Criador, a relação natural e essencial do homem com Deus. As práticas desses cultos são de utilidade; as aspirações que despertam, a poesia consoladora que daí deriva, são um sustentáculo para o homem, uma proteção contra as suas próprias paixões. Para falar, porém, ao espírito e ao coração do crente, deve o culto ser sóbrio em suas manifestações; deve renunciar a qualquer ostentação de riqueza material, sempre prejudicial ao recolhimento e à oração; não deve ceder o menor lugar às superstições pueris. Simples e grande em suas formas, deve dar a impressão da divina majestade.
Nas épocas remotas, o culto exterior quase sempre ultrapassou os limites que lhe assina uma fé pura e elevada. Induzido pelo fanatismo religioso resultante da sua inferioridade moral e da sua ignorância, o homem ofereceu à Divindade sanguinolentos sacrifícios; o padre encerrou o espírito das gerações em trama de terrificantes cerimônias.
Mudaram-se os tempos; a inteligência se desenvolveu; suavizaram-se os costumes; mas a opressão sacerdotal manifesta-se ainda em nossos dias, nesses ritos sob os quais a ideia de Deus se oculta e obscurece, nesse cerimonial cujo esplendor e luxo subjugam os sentidos e desviam o pensamento do elevado fim a que devera encaminhar-se. Não há, sob esse fausto, nessas brilhantes pompas do Catolicismo, um espírito de domínio que tudo procura invadir, enlaçar, e que, sob essas diferentes formas, com tais práticas exteriores se afasta, cada vez mais, do verdadeiro ideal cristão?
É necessário, é urgente que o culto rendido a Deus volte a ser simples e austero em seu princípio, como em suas manifestações.
Quantos progressos se realizariam se o culto, praticado na família, permitisse a todos os seus membros, reunidos e em recolhimento, elevar, num mesmo impulso de fé, pensamentos e corações para o Eterno; se, em determinadas épocas, todos os crentes se reunissem para ouvir, de uma voz autorizada, a palavra da verdade! Então, a doutrina de Jesus, melhor compreendida, seria amada e praticada; o culto, restituído ao seu caráter simples e sincero, exerceria ação eficacíssima nas almas.
A despeito de tudo, o culto romano se obstina em conservar formas adotadas das antigas religiões orientais, formas que nada mais dizem ao coração e são para os fiéis um hábito rotineiro, sem influencia em sua vida moral. Persiste em dirigir-se a Deus, há dois mil anos, em língua que não mais se compreende, com palavras que os lábios murmuram, mas cujo sentido já se não percebe.
Todas essas manifestações tendem a desviar o homem do estudo aprofundado e da reflexão que nele desenvolvessem a vida contemplativa. As longas orações, o cerimonial pomposo, absorvem os sentidos, mantêm a ilusão e habituam o pensamento a funcionar mecanicamente, sem o concurso da razão.
Todas as formas do culto romano são uma herança do passado.
Suas cerimônias, seus vasos de ouro e prata, os cânticos, a água lustral, são legados do Paganismo. Do Bramanismo tomaram o altar, o fogo sagrado que nele arde, o pão e o licor de soma consagrados à Divindade. Do Budismo copiaram o celibato dos padres e a hierarquia sacerdotal.
Uma lenta substituição se produziu, na qual se encontram os vestígios das crenças desaparecidas. Os deuses pagãos tornaram-se demônios. As divindades dos fenícios e dos assírios: Baal-Zebud (Belzebu), Astarot, Lúcifer, foram transformados em potências infernais. Os demônios do Platonismo, que eram Espíritos familiares, tornaram-se diabos. Dos heróis, das personagens veneradas na Gália, na Grécia, na Itália, fizeram santos. Conservaram as festas religiosas dos antigos povos, dandolhes apenas formas diferentes, como a dos Mortos. Por toda parte enxertaram no antigo culto um culto novo, que era a sua reprodução sob outros nomes. Os próprios dogmas cristãos se encontram na Índia e na Pérsia.
O Zendavestá (Nota lxxxiv: Emílio Burnouf, A ciência das religiões, pág. 222.) como a doutrina cristã, contém as teorias da queda e da redenção, a dos anjos bons e maus, a desobediência inicial do homem e a necessidade da salvação mediante a graça.
Sob esse amontoado de formas materiais e concepções envelhecidas, no meio desse incômodo legado de religiões extintas, que constitui o Cristianismo moderno, tem-se dificuldade em reconhecer o pensamento do seu fundador. Os autores do Evangelho não previram, decerto, nem os dogmas, nem o culto, nem o sacerdócio. Nada de semelhante se encontra no pensamento evangélico. Ninguém foi menos imbuído do espírito sacerdotal do que Jesus; ninguém foi menos afeiçoado às formas, às práticas exteriores. Tudo nele é sentimento, elevação do pensamento, pureza do coração, simplicidade.
Nesse ponto, seus sucessores desvirtuaram completamente as suas intenções. Induzidos pelos instintos materiais que na Humanidade predominam, sobrecarregaram a religião cristã de um pomposo aparato, sob o qual foi sufocada a ideia máter. "Mas vós não queirais ser chamados mestres", (Nota lxxxv: Mateus XXIII, 8.) dissera Jesus, e os papas se fazem chamar Santidade e consentem em ser incensados. Esqueceram o exemplo do apóstolo Pedro, quando ao centurião Cornélio, prosternado a seus pés, advertia: "Levanta-te, que eu também sou homem!". (Nota lxxxvi: Atos, X, 26.) Já não consideram que, à semelhança do Mestre, deveriam ter permanecido mansos e humildes de coração; o orgulho os avassalou. Na Igreja se constituiu uma imponente hierarquia, fundada não já nos dons espirituais, como nos primeiros tempos, mas numa autoridade puramente humana. A influência do Alto, única que dirigia a primitiva Igreja, foi sendo pouco a pouco substituída pelo princípio de obediência passiva às regras fixadas. Cedo ou tarde, porém, o pensamento do Mestre, restituído à sua pureza primitiva, fulgirá com um brilho novo. As formas religiosas passarão; as instituições humanas se hão de desmoronar; a palavra do Cristo viverá eternamente para fortalecer as almas e regenerar as sociedades.
Joanna de Ângelis
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Convites da Vida
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16 Página: 56 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
Tarefa de todos nós – a educação.
Ajusta-se a peça na engrenagem a benefício do conjunto.
Harmoniza-se a nota musical em prol do poema melódico.
Submete-se o instrumento ao mister a que se destina.
O esforço pela educação não pode ser desconsiderado. Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da Família Universal.
Ninguém consegue realizar-se isolado.
Ignorância representa enfermidade carecente de imediata atenção.
O labor educativo, por isso mesmo, impõe incessantes contribuições, exigindo valiosos investimentos de sacrifício a benefício do conjunto.
Educa-se sempre, quer se pense fazê-lo ou não.
Da mesma forma que a imobilidade seria impossivel, a inércia humana e a indiferença são apenas expressões enfermiças.
Mesmo nesses estados criam-se condicionamentos que geram hábitos, educando-se mal, em tais circunstâncias, os que se fazem nossos cômpares.
A anarquia que distila vapores alucinantes, conduzindo à estroinice, fomenta estados de vandalismo e educação perniciosa.
A ordem dispõe à disciplina que promove a equídeoss, atendendo à justiça – educação edificante.
A educação, assim examinada, traslada-se dos bancos escolares para todos os campos de atividade, fazendo que todos nos transformemos em educadores, vinculados, sem dúvida, àqueles que se nos transformam em seguidores conscientes ou não, aprendizes conosco dos recursos de que nos fazemos portadores.
Jesus, o Educador por Excelência, deu-nos o precioso legado vivo da Sua vida que é sublime lição de como ensinar sempre e incessantemente, produzindo saúde, harmonia e esperança em volta dos passos.
E o Espiritismo, que nos concita a incessante exame educativo de atitudes e comportamentos, conscientiza-nos sobre a responsabilidade de que, mediante a educação correta, chegaremos ao fanal da caridade perfeita.
mt 23:27
Diretrizes Para o Êxito
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 23 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
De tal maneira predominam o pessimismo e a maledicência, a ira mal contida e o ódio contra as pessoas, os ideais e as instituições que, não raro, uma psicosfera pestífera envolve os indivíduos particularmente e os grupos em geral, impregnando-os de desconfiança e revolta.
Os milênios, que têm varrido a Terra oferecendo admiráveis realizações humanas, não conseguiram alterar a conduta atávica de centenas de milhões de Espíritos, mantendo-os resistentes ao engrandecimento moral e ao crescimento íntimo, de forma que contribuam em favor da fraternidade real.
Predomina em a natureza do indivíduo a habilidade para a intriga, para a competição infeliz, para a censura pertinaz, para o reproche contínuo...
Enquanto alguns poucos se afadigam nas atividades relevantes, um número maior se detém a apontar erros e a descobrir falhas morais, de forma que diminuam ou anulem os efeitos saudáveis decorrentes do bem.
Conseguem interpretar os melhores conceitos de maneira destrutiva, utilizar as palavras ouvidas como armas contra aqueles que as emitem, confundir as informações apresentadas, gerar cizânia com argumentação falsa revestida de autoridade...
Estão sempre vigilantes para combater o próximo, jamais para o auxiliar, permitindo-se corroer pelo ciúme e pela inveja, que os atiram uns contra os outros, numa guerra surda ou declarada que divide os grupos em minorias incapazes de resistir aos naturais embates do processo da evolução.
Fingem-se possuidores de conhecimentos que, em verdade, não possuem, de capacidade de realização que não resiste ao menor tentame, escusando-se invariavelmente toda vez quando convocados a demonstrar as habilidades de que se fazem divulgadores.
A sua é uma atitude tão perversa e constante que, muitas vezes, conseguem impregnar aqueles que os cercam, contaminando-os com o seu morbo e neles matando os nascentes ideais do bem ainda não fortalecidos.
Ferem, com certo prazer mórbido, dando a impressão de que a sua censura fundamenta-se em fatos que devem ser revelados, a fim de desmascarar aqueles a quem chamam de mistificadores, sendo eles os ideais e verdadeiros...
Estão sempre prontos a reclamar, embora não estejam envolvidos com a realização que a outrem pertence, fiscais psicóticos da conduta alheia em que se transformam.
Encontram-se por todo lado, pois que esse comportamento enfermiço faz parte da alma humana em seu processo de desenvolvimento.
Para eles é mais fácil atirar pedras do que juntá-las.
Reclamar contra os obstáculos, ao invés de retirá-los do caminho.
Condenar a sombra do que acender uma lamparina.
Maldizer o pântano, ao revés de abrir uma vala para conveniente drenagem.
São, porém, irmãos da retaguarda, ainda debatendo-se no primarismo em que se comprazem, impedindo-se o próprio crescimento espiritual.
Não te molestes com eles nem te deixes impregnar pela sua maldade.
Apieda-te deles, mas segue adiante.
Encontrá-los-ás, também, nas fileiras do Movimento Espírita, que reúne almas de todos os níveis, a fim de facilitar-lhes o progresso intelecto-moral.
Quase todos aqueles que aportam nas fileiras do ideal espírita libertador são possuidores de mazelas que os impulsionam para a Grande Luz, mas antes de atingi-la, o que certamente demorará muito, expressam-se como são, vivenciando aquilo que os caracteriza, avançando conforme a estrutura que possuem.
Diversos que se intelectualizam, raramente utilizam da conquista do conhecimento para servir, mas servem-se do tesouro mental para a presunção, mantendo-se distantes da ação diária que revela a qualidade interna de cada um, para mais facilmente dispor de tempo para a insana guerra contra todos quantos elegem como adversários...
Inspirados pelos Espíritos inferiores afins, com os quais sintonizam por identidade de propósitos e conduta, ufanam-se da falha cultura que possuem, gerando embaraços para os menos dotados, mas que se estafam na luta pela transformação moral para melhor, na prática dos postulados doutrinários, não se permitindo trégua ao trabalho nem repouso injustificado, porque sabem que as obras são o reflexo do valor íntimo de cada um.
Estes últimos, no entanto, pelo esforço que envidam, por fidelidade ao dever a que se entregam, em face do espírito de serviço que demonstram, são inspirados pelos guias da Humanidade, que deles se utilizam para tornar o mundo melhor e mais feliz, ampliando a área de esperança que deve viger de forma constante.
Permanecem impregnados pelas forças da dignidade e do altruísmo, não se deixando atingir pelos petardos que lhes são atirados nem pelas campanhas sórdidas que são engendradas contra os seus propósitos.
O hálito superior da Espiritualidade sustenta-os, impulsionando-os sempre para a frente, mesmo quando sofrendo ou perseguidos pela hostilidade dos famigerados adversários do bem, porque sabem que se encontram na Terra para reparar equívocos cometidos anteriormente, para conquistar o patrimônio de luz que lhes está reservado.
Narra-se que certo indivíduo pediu a Deus em prece que o ajudasse a ser menos presunçoso, porquanto aspirava a alcançar a perfeita identificação com a Verdade.
Passaram-se alguns dias e, oportunamente, enquanto orava, deu-se conta de que já não se sentia tão jactancioso como antes, e que o Senhor da Vida auxiliara-o no propósito acalentado.
Tomado de grande emoção, expressando reconhecimento, murmurou:
—Muito obrigado, meu Pai, agora, sim, sei que já sou perfeito!...
A presunção não tem medida, não se examina, sempre dispõe de mecanismos para a exaltação de si mesma.
Fascina o indivíduo e condu-lo a situações ridículas, quando não infelizes.
Resguarda-te desse inimigo sutil que destrói muitas intenções edificantes, inumeráveis realizações positivas.
Segue, simples de coração e compassivo, fazendo o que te esteja ao alcance.
Busca a iluminação pelo estudo, pela reflexão, pela prece e entrega-te a ação, cujo mecanismo de serviço de ti fará um verdadeiro servidor do Cristo.
Nem Jesus transitou na Terra sem a vigilante perseguição dos pérfidos e invejosos, que não titubeavam em criar-Lhe embaraços, tentando-O a cada passo.
Sobranceiro e amoroso, entretanto, o Mestre compreendia-os, mas não se permitia atingir pelas suas peçonhas nem pelos seus arremedos puritanos.
Utilizavam-se dos códigos falsos que elaboravam para gerar perturbação em volta do Senhor, até o momento quando Ele exprobrou-os com severidade, dizendo: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia.
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade. (Mateus, 23, 27 e 28.), E prosseguiu integérrimo até o fim do ministério...
Vinícius
mt 23:12
Nas Pegadas do Mestre
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 106 Página: 237 Vinícius
No homem verificam-se duas entidades: a personalidade e a individualidade.
Aquela passa, esta permanece. A primeira é mortal, morre e renasce muitas vezes. A segunda é imortal, indestrutível, eterna.
Quase sempre o interesse da personalidade se acha em conflito com o interesse da individualidade. Esta deve predominar sobre aquela, no entanto, é o contrário que comumente se dá. Deus organizou a personalidade como instrumento da individualidade;
mas o homem, desconhecendo-o, tenta contrariar a sabedoria do programa divino, sacrificando a evolução da individualidade.
A individualidade é filha de Deus, a personalidade é filha do homem. Uma é sombra, outra é luz. Uma natureza é humana, outra é divina. Acham-se temporariamente entrelaçadas, até que o espírito triunfe da carne.
Muitas vezes é preciso humilhar a personalidade para exalçar a individualidade.
"Aquele que se humilha será exaltado. " O mundo ilude o homem frequentemente neste particular, de modo que, na defesa de pseudo-direitos, na submissão às vaidades do século, ele sacrifica o maior ao menor, o superior ao inferior.
O homem, enquanto se deixa conduzir pela personalidade, infirma sua individualidade, não tem aquele traço indelével que o deve distinguir e se denomina caráter.
O caráter é a manifestação do poder da individualidade sobre a personalidade;
sobrepondo-se aos desejos e às cobiças, que são preconceitos e vícios da personalidade, o caráter forma-se e consolida-se. Daí o dizer de um grande educador: A vontade é a força principal do caráter; é, numa palavra, o próprio homem.
Conclusão: enquanto a individualidade não domina a personalidade, o homem não é Homem: é uma sombra que passa.
mt 23:12
Na Seara do Mestre
Categoria: Livro Espírita
Ref: 3390 Capítulo: 20 Vinícius
Vanitas vanitatum, et omnia vanitas.
(ECLESIASTES, 1:2.)
Este mundo, como planeta de categoria inferior, é um grande palco de vaidades onde se entrechocam as vítimas daquele mal.
Dizemos — vítimas — porque realmente o são todos os que se deixam enredar nas malhas urdidas pelas múltiplas modalidades em que o orgulho se desdobra.
A vaidade sempre produz resultado oposto àquele a que suas vítimas aspiram, confirmando destarte a sábia assertiva do Mestre: "Os que se exaltam serão humilhados". (Mateus, 23:12.)
Se meditássemos na razão por que Jesus, no Sermão do Monte, primeiro contato que teve com o povo, iniciou aquela prédica dizendo — "bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos Céus" —, ficaríamos sabendo que a soberba, sob seus vários aspectos, constitui a pedra de tropeço que embarga nossos passos na conquista dos bens imperecíveis consubstanciados no Reino de Deus.
*Vaidade das vaidades, é tudo vaidade.
Geralmente se costuma glosar em todos os tons a vaidade da mulher. E que diremos da do homem? A vaidade da mulher está na periferia, é inócua, quase inocente. Seus efeitos recaem sobre ela própria, não afeta terceiros; demais,o tempo mesmo se incumbe de corrigi-la, mostrando-lhe a ingenuidade de sua presunção. E a do chamado sexo forte?
Realmente, ao menos nesse particular a denominação assenta-lhe perfeitamente. A vaidade do homem é profunda, radica-se nos refolhos recônditos do seu coração. É cruel, é feroz e sinistra em seus malefícios, cujos efeitos, por vezes, separam amigos, destroem povos e arruínam nações. A vaidade do homem tem feito correr rios de sangue e torrentes de lágrimas, estendendo o negro véu da orfandade sobre milhares de seres que mal haviam iniciado a existência.
Para comprovarmos o asserto, temos o testemunho da história do passado e a do presente. Que fizeram os tiranos ditadores de ontem e de hoje? Que fator, senão a vaidade, preponderou no ânimo dos Napoleões, dos Júlios Césares, dos Hitlers e dos Mussolinis, levando-os a desencadearem conflagrações, cada um na sua época, tripudiando sobre a vida humana, o direito, a liberdade e a justiça?
Diante, pois, dos flagelos e das hecatombes deflagradas pela vaidade masculina, que representam o batom, o rouge, o esmalte, as permanentes? Coisas infantis, ingenuidades!
Cumpre ainda assinalarmos aqui que os edificantes exemplos de humildade registrados nos Evangelhos não tiveram nos homens os seus protagonistas, mas nas mulheres. Haja vista a atitude de Maria de Nazaré, já quando recebeu a investidura de Mãe do Cristo de Deus, já no que respeita à compostura em que se manteve, acompanhando o desenrolar dos acontecimentos que se relacionavam com seu Filho, da manjedoura à cruz. A figura quase apagada em que Maria se conservou é o pedestal de glória em que refulge seu adamantino Espírito, justificando assim a justeza e a propriedade da sentença do Senhor: "Os que se humilham serão exaltados".
* * *
Dizem que as guerras também contribuem para a obra da evolução. É certo que Deus sabe tirar das próprias loucuras que os homens cometem, os meios de corrigi-los e aperfeiçoá-los; todavia, não é menos certo que Deus não precisa nem necessita de tais insânias para realizar seus desígnios.
A guerra, portanto, sendo uma calamidade, uma infração monstruosa das leis humana e divina, nada pode apresentar que a justifique. Como fruto do atraso moral, da cegueira espiritual e da vaidade dos homens, está condenada e proscrita pela consciência cristã revivida e proclamada pela Terceira Revelação.
“Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! Porque fecham aos homens o Reino dos Céus; pois nem vós entrais, nem deixais entrar os que desejam entrar! “Ai de vós, porque rode ais a Terra e o Mar para fazer um prosélito, e o fazeis em dobro mais filho da Geena do que vós! “Ai de vós, guias de cegos que dizeis: quem jurar pelo santuário, isso nada é; mas quem jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado ao que jurou! “Ai de vós que dizimais o endro, a hortelã, o cominho e vos esqueceis dos pontos principais da Lei, que são a justiça, a misericórdia e a fé! “Ai de vós que limpais o exterior do copo e do prato, mas estais cheios de rapina e podridão! Bois semelhantes aos sepulcros branqueados, que, por fora parecem vistosos, mas por dentro são cheios de ossos e imundícies. “Ai de vós que erigis os túmulos dos profetas, que os vossos pais mataram! Bois, na verdade, filhos daqueles que mataram os profetas. Raça de víboras, como escapareis da condenação da Geena?"
(Mateus, XXIII, 13-33.)
A população mundial está dominada por uma tríade devastadora: Política, Religião, Ciência; Política sem ideal e sem caráter, Religião sem fé, Ciência sem sabedoria.
Todas as baixezas que caracterizam e deprimem a pobre Humanidade, todas as enfermidades físicas, morais e espirituais que afetam os homens, têm fundas raízes nessa árvore genealógica de todos os vícios e paixões más que bestializam as pobres almas e as agrilhoam a esse terrível suplício de Tântalo. “Mistério humano", semelhante ao da “Trindade Papalina", que escravizou os mais sagrados dotes da Liberdade e da Justiça, produto teratológico do egoísmo e do orgulho dos Átilas e dos Herodes de todos os tempos: “tríade devastadora", demolidora pelos seus princípios, astuciosa pelas suas manifestações, pérfida pelos seus fins mercatórios, tem aniquilado todos os ditames do bom senso, abastardado todas as inteligências e abafado todas as luzes com que o Sol pujante do progresso aquece a Terra.
Nos governos, como nas igrejas e nas academias, lavra desoladamente o dolo, a má fé, a fraude consciente, o monopólio das posições para a exploração do direito das gentes, o espírito de mercancia que, na pretensão astuta de poder, de crer e de saber, não respeita a Justiça, espezinha a Caridade e agride a Verdade, a célica virtude à qual o Cristo dedicou uma vida inteira.
É de indispensável urgência uma reação forte, vigorosa contra esse mal acabrunhador que vem, há longos séculos, falseando todos os princípios da ordem, todas as manifestações da moral, todas as luzes da sabedoria!
E o Espiritismo aí está, com os seus prepostos visíveis e invisíveis, para dar o golpe fatal às instituições cujo maquiavelismo ensombra as consciências, mantendo-as na ignorância dos Divinos Preceitos do Cristianismo.
A sua tarefa é a mesma inscrita no estandarte do Cristianismo, erguido bem alto pelo grande Apóstolo dos Gentios: Restaurare Omnia — restaurar tudo, o indivíduo, a família, a sociedade, os governos, a Religião, a Ciência.
Infundir o Espírito Novo nas gerações, presente e vindoura, e aniquilar para sempre o Reinado da Matéria, que tanto tem infelicitado a Humanidade.
A luta está travada, e dos formidáveis monumentos que simbolizam a supremacia humana, não ficará pedra sobre pedra, que todas serão derribadas!
Os pegureiros do enorme rebanho, que do Alto velam pelo destino das almas, já entraram em ação decisiva, e a Tríade Devastadora será precipitada como a Grande Babilônia, cidade que nunca mais será achada.
Então sob os impulsos regeneradores do progresso e bafejos incessantes da Verdade, governos e povos, igrejas e crentes, academias e alunos se orientarão na senda gloriosa do porvir, guiados pelo Espírito, em busca da felicidade imperecível.
A nós espíritas resta a solidariedade na fé, a união no trabalho, a energia na luta para que cada qual, em seu posto, cumpra a tarefa que lhe foi confiada.
Ai dos escribas e fariseus!
Ai dos cegos, guias de cegos! Ai dos sepulcros caiados!
Ai dos sacerdotes, rabinos, pastores e políticos venais!
ODRES NOVOS — VINHO NOVO ODRES VELHOS — PANOS NOVOS
Allan Kardec
mt 23:13
A Gênese
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17 Página: 378 Allan Kardec
Tendo vindo à sua terra natal, Jesus os instruía nas sinagogas, de sorte que, tomados de espanto, diziam: De onde lhe vieram essa sabedoria e esses milagres? – Não é o filho daquele carpinteiro? Não se chama Maria, sua mãe, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não se acham todas entre nós? De onde então lhe vêm todas essas coisas? – E assim faziam dele objeto de escândalo. Mas Jesus lhes disse: Um profeta só não é honrado em sua terra e na sua casa. – E não fez lá muitos milagres devido à incredulidade deles. (São Mateus, 13:54 a 58.)
mt 23:14
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Categoria: Livro Espírita
Ref: 10333 Capítulo: 26 Página: 380 Allan Kardec
Disse em seguida a seus discípulos, diante de todo o povo que o escutava: Precatai-vos dos escribas que se exibem a passear com longas túnicas, que gostam de ser saudados nas praças públicas e de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos festins - que, a pretexto de extensas preces, devoram as casas das viúvas. Essas pessoas receberão condenação mais rigorosa. (Lucas 20:45-47; Marcos 12:38-40; Mateus 23:14)
Amélia Rodrigues
mt 23:23
Há Flores no Caminho
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
O Seu, era um estranho poder. . .
Toda a força, porém, da Sua mensagem encontra-se no exemplo da vivência de que Ele deu mostras, seguido com fidelidade pelos que O amavam.
A urdidura da frase sem qualquer retoque, penetrando no âmago da questão que deveria ser examinada, refletia, em Jesus, a Sua procedência, a Sua sabedoria.
Nunca derivava o pensamento; jamais divagava, procurando a sobriedade verbal sem escassez, nunca a prolixidade confusa, utilizando verdadeiros apotegmas.
Recorrendo ao recurso dialético, propunha a tese e comentava-a, utilizando da antítese para robustecer o ensinamento.
Agredido pela astúcia dos fariseus, mediante as inquirições habilmente formuladas para O confundir ou comprometer, sem fugir à proposta mesmo desonesta, Ele devolvia a indagação, facultando ao interlocutor responder-se.
Essa técnica revelava a Sua compaixão pelos infelizes, permitindo-os despertar para as realidades que buscavam ignorar.
— É lícito pagar-se o tributo? — inquiriram, astuciosamente.
E Ele, pulcro e honrado, redarguiu, tomando de uma moeda:
— Que vedes?
— A efígie de César — aclamaram.
— Dai, então, a César o que é de César. . . — concluiu, fundamentado nas palavras do interrogante.
Não poucas vezes, o fato se repetiria.
Sua palavra era aragem abençoada e refrescante que perpassava, adentrando-se pelos poros do sentimento; outras vezes, alteava-se, vibrante, verberando o erro, o crime, como vento forte que afasta os miasmas da atmosfera e purifica o tempo. . .
Quando os Seus silêncios selavam-Lhe os lábios, um murmúrio de esperanças levantava-se discreto nas vagas aéreas, iluminando a melancolia das horas com as suaves claridades do Seu amor sem limite.
Porque penetrasse o cerne das necessidades humanas, o Seu era sempre o verbo da misericórdia e da compaixão, aplicado como bálsamo nas feridas abertas das aflições prementes, facultando alegrias porvindouras.
Nunca se detinha em frivolidades ou escavava os abismos das almas, aprofundando dores.
Quando se referia às coisas simples do dia a dia, fazia-as fulgurar como arquipélagos sidéreos jamais ultrapassados, nunca mais esquecidos.
Jesus falava muito em poucas palavras.
Vestia o pensamento sem os atavios das superficialidades. Todavia, seus conceitos jamais foram superados, seja na beleza da forma e poesia ou na profundidade da ideia.
Com o verbo em luz entreteceu as mais resistentes considerações em torno da vida, consubstanciando os valores transcendentes para que a criatura pudesse superar-se, sublimando as aspirações e fruindo a paz.
Legou-nos a técnica do amor, mediante a palavra de bondosa diretriz.
As ocasiões faziam-se propícias para que os adversários da paz tentassem perturbá-lO.
Convidado a um banquete, o Mestre aquiesceu e sentou-se à mesa, para escândalo do anfitrião, que o não viu lavar-se. . .
Sem perturbar-se, o Puro esclareceu:
— Limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade. Insensatos, porventura quem fez o exterior, não fez também o interior? Dai em esmolas o que está no copo e no prato, e eis que todas as coisas vos são limpas.
De forma alguma compactuava com as conveniências sociais advindas da pusilanimidade, por considerar a vida integral, sem as ardilosas injunções do engodo terreno.
Valorizando o espírito eterno, buscava sempre retirá-lo do anestésico da ilusão.
Não obstante, compreendia o caído e o atormentado, soerguendo-os com o estímulo da esperança.
O hipócrita é gerador de incontáveis males para si mesmo e para os outros, fomentando prejuízos e desequilíbrios na economia sócio moral da Terra.
Terapeuta excepcional, Jesus foi severo para com eles, que não entenderiam outra linguagem.
Dedicou-lhes, por isso mesmo, a trágica litania dos ais, que ainda repercute na acústica do mundo e que os incursos procuram não ouvir: Ai de vós, fariseus! porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus!
Estas coisas porém deveis fazer sem omitirdes aquelas.
Ai de vós, fariseus! porque gostais das primeiras cadeiras nas sinagogas e das saudações nas ruas!
Ai de vós! porque sois semelhantes aos túmulos que não aparecem, sobre os quais andam os homens sem o saberem!
Não havia impiedade na voz, antes, compaixão no sentimento.
E porque se apresentasse falsamente incluído, pressupondo-se melhor, reagiu um doutor da lei, crendo-se insultado, embora não fugindo à regra.
Sem o temer, prosseguiu o Senhor: Ai de vós, também, doutores da lei!
porque carregais os homens com fardos difíceis de suportar, enquanto sequer com um dedo vosso os tocais!
Ai de vós! porque erigis os túmulos dos profetas que vossos pais mataram!
Assim dais testemunhos e consentis nas obras de vossos pais, porque eles os mataram, e vós lhes erigis os túmulos!. . .
. . . Ai de vós, doutores da lei! porque tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes (no conhecimento perfeito) e impedistes aos que entravam.
A triste melodia provocou-lhes a ira, armando-lhes a consciência entenebrecida para calar aquela voz. . .
A trama contra a verdade corporificou-se e prossegue até hoje, ainda dominando, por enquanto, fazendo vítimas, porém aos seus famanazes vítimando.
Prometem o que não possuem e aparentam o que não são, na vergonhosa fragilidade do lodo carnal em que transitam, fátuos, sem poderem fugir à noite do túmulo, nem à madrugada do amanhecer!
A litania dos ais permanece severa, verberando a mentira e concitando o homem à renovação enquanto é tempo, porque logo mais já será tarde demais. . .
O de Jesus era, sim, um estranho poder: a Verdade!
mt 23:39
…Até o Fim dos Tempos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
Naqueles tumultuados dias, a presença de Jesus era um refrigério para as almas.
Suave-doce, o Seu verbo não se compadecia dos erros e das defecções, advertindo com energia e orientando com segurança todos aqueles que se dispunham em segui-Lo.
A longa ausência da disciplina moral e emocional dos companheiros, que haviam vivido longe das severas condutas que ora se deviam impor, gerava dificuldades comportamentais compreensíveis, que o Amigo sereno corrigia apresentando a excelência do bem proceder em favor do próprio indivíduo.
Nos intervalos das pregações não se descuidava de orientar os que deveriam ficar com a incumbência de levar às futuras gerações os Seus ensinamentos, na condição de Educador vigilante que percebe os perigos do caminho e norteia com sabedoria.
Amava-os, e por essa razão, entendia quanto lhes seria exigido, talvez, sem que se apresentassem equipados com os instrumentos hábeis para os enfrentamentos cruéis.
Por sua vez, os amigos distraídos ainda não se haviam dado conta da magnitude da tarefa que deveriam desempenhar, face às limitações que lhes bloqueavam o raciocínio, recurso que lhes fora aplicado antes do nascimento, e que seria liberado no momento próprio, após a crucificação. . .
Por enquanto, eram homens comuns, lutando contra as deficiências carnais no jogo ilusório do corpo. Espíritos dignificados alguns, estavam preparados para as atividades dilaceradoras, mesmo sem dar-se conta do significado da adesão aos postulados da Boa Nova.
Momentaneamente jaziam esquecidos os compromissos assumidos e a gravidade do empreendimento que aceitaram desenvolver pelos dias do futuro.
O amor, que os alimentava, serviria de base de sustentação para o sofrimento que experimentariam, funcionando como buril lapidador das arestas espirituais, a fim de facilitar o despertamento das responsabilidades internas, que assumiriam com o magnífico desempenho, quando chamados ao confronto do mundo.
Naquela ocasião inicial, entretanto, agiam como os demais, sofriam as pressões com tormentos infantis, não percebendo a magnitude do significado de se encontrarem ao lado do Mestre nesse ministério transformador da Humanidade.
Agastavam-se, uns aos outros, disputavam mesquinharias, invejavam-se em relação à afetividade do Amigo, cuja presença diluía as incompreensões com um olhar de compaixão ou uma palavra de esclarecimento.
Ninguém igual a Jesus no trânsito multimilenário da História.
Sua conduta, Seu amor e misericórdia ainda permanecem como o zênite e o nádir das mais elevadas aspirações da criatura humana.
Ele realmente passou e jamais deixará de estar presente entre aqueles que aspiram o triunfo imortal.
* * *
Após as fadigas dos dias cálidos de primavera ou ardentes de verão, terminadas as jornadas e as pregações para as multidões, o Mestre se utilizava do relaxamento das tensões dos companheiros, a fim de norteá-los em relação aos compromissos do porvir.
Reunia-os, à sua volta, como Benfeitor incansável e dialogava com eles em dulcíssimo convívio, descendo até às suas necessidades.
Já não lhe falava através de parábolas, mas com a linguagem franca e desvestida de símbolos, a fim de que se identificassem com seu conteúdo profundo, condutor dos passos nas conjunturas futuras.
Foi numa dessas ocasiões, ante o piscoso mar da Galileia que, tomado de infinita compreensão, advertiu os discípulos.
A noite respirava perfumes de rosas silvestres enquanto que as estrelas piscavam luzes no zimbório veludoso.
Ouviam-se as ânsias e onomatopeias da Natureza ao ritmo das ondas suaves que se espreguiçavam nas areias brancas e repousadas da praia.
—Há pouco, vos disse a todos que me escutastes: Não mais me vereis até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.
" Possivelmente não me entendestes, porquanto me referia a separação física que haverá entre nós, quando o Cordeiro for imolado e pendurado a um madeiro de infâmia a balouçar como um trapo ao vento. . . " "Passados esses terríveis dias, o mundo, que não está preparado para a Mensagem, se voltará contra vós. O ódio urdirá infâmias e perversidades jamais vistas antes, a fim de desanimar-vos; a inveja semeará cardos e abrirá abismos pelo vosso caminho, tentando impedir-vos o avanço; as paixões se levantarão açoitando os vossos sentimentos mais nobres e provocando vossas emoções mais belas, de forma que vos sintais esmagados ao peso da crueldade, tentados a desistir. . . " " Tende, porém, bom ânimo, e lembrai-vos de mim, que conquistei o mundo de interesses mesquinhos, mas venci o mundo que esgrimiu suas armas covardes contra mim. " Calou-se por um pouco, permitindo que fossem ouvidas as vozes inarticuladas da noite festiva, para logo prosseguir: " - A doutrina de amor, que o Pai me deferiu para apresentar ao mundo, é como o punhal que fere fundo o mal e extirpa-o, ou como um raio de luz que cinde a noite e se derrama em claridade inapagável, vencendo a escuridão. Chamará a atenção e encontrará adversários hábeis que estão ocultos na consciência humana, à qual deve atingir, alterando-lhe o campo do discernimento. Assim, ainda que o denso primarismo, erguerá a clava destruidora para silenciar as vossas vozes e interromper os vossos passos. " " Não temais, porém. O que vier de fora servirá de combustível para o vosso labor. No entanto, haverá inimigos mais perigosos, que se levantarão contra o vosso ministério: aqueles que dormem no íntimo dos companheiros invigilantes que sintonizarão com o Mal, atraindo-o das suas furnas para o combate inglório. " "Dormem ou se agitam nas regiões do Hades muitos que fracassaram no mundo e não despertaram para Deus, contra Ele se levantando em alucinadas competições. . . " "Impossibilitados de enfrentar o Supremo Pai, vigiar-vos-ão, inspirando-vos dissenções e controvérsias, ironizando-vos a pureza e simplicidade, anatematizando-vos nas realizações edificantes, combatendo-vos, oculta ou publicamente, a fim de destruírem além de vós a Obra do Senhor. . . " " Não duvideis da interferência desses seres infelizes e perversos, nossos irmãos infortunados que se acreditam deuses e por um tempo dominaram o panteão mitológico de muitos povos, que exigiam sacrifícios humanos, a fim de saciarem a sua fome de volúpia. " "Retidos os dolorosos sítios onde se homiziam, acompanham o processo de libertação da Terra entre odientos e desditosos. " "Orai sempre e servi com abnegação desmedidas, não vos deixando atingir por eles e por aqueles de quem se utilizem, mesmo sendo corações afetuosos a quem amais. . . " "Lutai, para preservardes a união, evitando separar-vos, porque a vara é fácil de ser quebrada, duas ainda podem ser arrebentadas, no entanto, todo um feixe harmônico opõe grande resistência e nem sempre é despedaçado. . . " " Assim sucederá convosco, se permanecerdes identificados pela união de propósitos em nome do Senhor. " "O Senhor é a Vida, que merece total dedicação. "
Os companheiros entreolharam-se surpresos. Muitas vezes tinham a sensação de que outras mentes pensavam nas suas mentes, utilizando suas vozes e ações contra a própria vontade, em cujos momentos nasciam agressões e susceptibilidades que o Divino Terapeuta diluía.
Davam-se conta das injunções penosas que lhes surgiriam, dificultando o entendimento fraterno, gerando perturbações e desordem emocional, ira e queixa. . .
Compreendiam, por fim, a interferência de outros seres infelizes nos seus campeonatos de insensatezes.
Alguns deixaram-se comover, e lágrimas, de profundo sentimento, escorriam-lhes nas faces crestadas pelo Sol.
O Mestre, porém, prosseguiu:
—Eu vos escolhi a vós, não fostes vós quem me escolhestes. Eu vos chamei, porque vos conheço, embora ainda não me conheçais, como seria de desejar. Por isso, tende coragem e não desanimeis nunca.
" Não é importante como ajam os outros, mas como vos conduzais. A vós, vos cabe semear, servir e passar. " " O Pai é o Grande Ceifeiro, e Ele saberá quem foi o semeador e quem descuidou da seara, permitindo que a erva má igualmente medrasse junto ao trigo bom. " " Fica em paz, e não vos atemorizeis nunca. Jamais o mal venceu o bem, ou a sombra predominou ante o impacto da luz. " " Eu me irei, mas nunca vos deixarei. . . Seguirei somente um pouco antes, a fim de preparar um lugar. Permanecei confiante e felizes, porque fostes escolhidos. . . "
Os discípulos, habitualmente barulhentos e interrogativos, nesse momento recolheram-se em reflexão e permaneceram silenciosos, deixando-os penetrar pelas orientações que deveriam assinalar os dias do futuro de todos os tempos.
Aquelas diretrizes significavam os roteiros a seguir nas situações embaraçosas e perturbadoras pelas quais teriam que passar.
A implantação de novas condutas enfrenta as situações lamentáveis das antigas convicções em que se comprazem os ociosos e desfrutadores.
Toda renovação se dá através de revoluções, de mudanças, de combates aos velhos costumes para a instalação das novas realizações.
Assim tendo sido, e, por muito tempo, ainda assim será.
Mateus - 23:39
Eduardo Carvalho Monteiro
mt 23:27
Chico Xavier Inédito
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3 Francisco Cândido Xavier Espíritos Diversos Eduardo Carvalho Monteiro
A década de 1930 foi especialmente agitada na política brasileira, conforme abordamos no capítulo anterior. A revolta de São Paulo em 1932; a nova Constituição promulgada em 1934; o Estado Novo em 1937, reflexo da situação internacional que favorecia governos totalitários de direita; o contragolpe fracassado e a extinção da Constituição foram alguns dos graves acontecimentos vividos naqueles anos, isso para não se falar da Segunda Grande Guerra, deflagrada em 1938. A toda essa ebulição política não podiam ficar indiferentes os espíritas. Independente de sua convicção religiosa, o espírita não pode se afastar de suas obrigações cívicas e nem deixar de exercer sua cidadania, tendo a obrigação de ser um formador de opinião, já que tem uma bagagem espiritual que deve ser exercida em sua plenitude, em face da responsabilidade que se impõe àquele que recebe essa dádiva do Criador.
Atento às necessidades de dar uma diretriz a essa importante questão, a FEB lançou, em 1934, o opúsculo “Espiritismo e Política — Modos de ver da Federação Espírita Brasileira”, no qual expõe sua opinião sobre a matéria e oferece sugestões ao movimento espírita de como proceder diante do problema.
Da mesma maneira, Chico Xavier também é instado a submeter aos Espíritos a matéria, e em várias ocasiões estes se manifestam, sendo mais conhecidas as mensagens contidas em “Palavra do Infinito”. Outras manifestações da Espiritualidade através do Chico podem ter ficado desconhecidas do grande público, como esta mensagem que aqui reproduzimos e que permanece atualíssima e atemporal. Destacamos um pequeno trecho para ilustrar nossa afirmativa: “Que os nossos irmãos, portanto, consultando a própria consciência, evitem a queda sob o chicote de novas ditaduras implacáveis, que constituiriam retrocesso da mentalidade humana; acima de todas as cogitações, convém que saibam que lhes compete defender, não as moedas dos bancos, as prerrogativas das classes e as falsidades de certos princípios sociais, mas a luz do santuário, a claridade divina que lhes foram confiadas, a fim de que o mundo não as perdesse, nestes tempos de desenfreado utilitarismo.”
A psicografia de Chico aconteceu em 30 de junho de 1937.
***
Dentro dos quadros do Espiritismo Evangélico no Brasil, algumas coletividades se levantam, buscando colaborar nos arraiais políticos, objetivando, com os seus nobres intentos conduzir as claridades do Evangelho às casas legislativas na Nação, a fim de norteá-las nos caminho reto.
Esse propósito dos nossos irmãos espíritas é realizável. Como outros homens possuem também o direito de admissão a essas atividades, salientando-se que, em razão do seu esclarecimento espiritual, muito se lhes deverá pedir, em matéria de caridade, no seio da política administrativa.
Todavia, é preciso considerar que, se é lícito aos espíritas içarem bandeiras, em meio desses campo inimigos de sua sinceridade, da sua ânsia fraterna e da sua boa fé, não será ocioso chamar-lhes a atenção para os perigos da caminhada em perspectivas, a fim de afastarem dos desfiladeiros íngremes e escabrosos, onde perderão, fatalmente, a flâmula sagrada de seu idealismo. Requer-se todo o zelo de suas preferências pessoais, nos quadros do partidarismo, procurando discernir a situação com clareza devida, evitando as ilusões perigosas que percorrem todos os departamentos das atividades do homem moderno.
O grande problema, por enquanto, ainda não é o de espalharem nossos irmãos pelos arraiais políticos desejando transformá-los sem o concurso do tempo, mas resume-se na questão simples e básica da necessidade de levar, cada um deles, através de exemplos e ensinos aos nossos semelhantes, os conhecimentos evangélicos para que os homens transformem a si mesmos para o bem.
Essa solução conduzir-nos-á à equação de todos os problemas da felicidade humana, porque todos os esforços dos pedagogos modernos, para serem construtivos, têm de ser efetuados no sentido de melhorar o homem. Esclarecido esse, estará a sociedade reformada, pois bem sabemos que quase todas as tentativas de renovação exterior redundam sempre em tentativas inúteis, quando não constituem, em si mesmas, aquele “túmulo caiado”, (Mt 23:27) que não é símbolo morto.
Os espíritas podem perfeitamente integrar as fileiras do mundo político, mas que não desconheçam em todas as circunstâncias a magnitude dos seus deveres, em face mesmo dos princípios de fraternidade e de amor da doutrina que representam.
As místicas nacionalistas têm a sua beleza estrutural, como teorias de igualdade, mas, ficará no plano mitológico se continuarem desconhecendo os grandes princípios da solidariedade universal e da fraternidade humana, diante dos quais todos os homens são filhos de Deus e candidatos às mais elevadas posições na única vida verdadeira, que é a vida espiritual.
Que os nossos irmãos, portanto, consultando a própria consciência, evitem a queda, sob o chicote de novas ditaduras implacáveis, que constituiriam retrocesso da mentalidade humana; acima de todas as cogitações, convém que saibam que lhes compete defender, não as moedas dos bancos, as prerrogativas das classes e as falsidades de certos princípios sociais, mas a luz do santuário, a claridade divina que lhes foi confiada, a fim de que o mundo não a perdesse, nestes tempos de desenfreado utilitarismo.
Que os nossos amigos ponderem sobre a necessidade de esclarecimento do homem. Desse esclarecimento advirá a regeneração compulsória das coletividades, porque Deus não poderia criar linhas divisoras na Terra, que é patrimônio da humanidade. Franceses e hotentotes são seus filhos bem amados, e o que caracteriza a diversidade de posições dos homens sobre o mundo é a aplicação da justiça divina que se processa segundo os méritos de cada qual.
Os espíritas, pois, podem colaborar na política, mas entendendo sempre que a sua missão evangelizadora é muito mais delicada e muito mais nobre. Concentrando possibilidades nesse labor, que aprendam com os padres católicos, os quais, se hoje não mais são os apóstolos humildes e desprotegidos do mundo, como viviam outrora e vivem na atualidade, cheios de poderes temporais e de expressões financeiras, não podem mais dizer ao paralítico, em nome do Senhor — “levanta-te e anda” (At 3:6) — porque, voluntariamente, desejaram trocar as posições celestes pelas posições terrestres e não souberam colher na árvore da Vida o fruto maravilhoso do mundo espiritual.
Referências em Outras Obras
CARLOS TORRES PASTORINO
mt 23:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 7
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 23:1-12
1. Então Jesus falou ao povo e aos discípulos,
2. dizendo: "Nas cadeiras de Moisés sentaramse os escribas e os fariseus.
3. Tudo, pois, quanto vos disserem, fazei e observai; mas não façais segundo suas obras, pois dizem e não fazem.
4. Amarram fardos pesados e insuportáveis e impõem sobre os ombros dos homens, mas eles não querem movê-los com o dedo deles.
5. Fazem todas as obras deles para serem vistos pelos homens; alargam os filactérios delas e alongam as túnicas,
6. e gostam do primeiro lugar nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas,
7. e das saudações nas praças, e de serem chamados mestres pelos homens.
8. Mas vós não vos chameis mestres, pois um só é vosso mestre, e todos vós sois irmãos.
9. E não chameis ninguém vosso pai sobre a terra, pois um só é vosso pai, o celestial.
10. Nem vos chameis mentores, porque vosso mentor é um só, o Cristo.
11. O maior de vós, será vosso servidor.
12. Quem se exaltar será apequenado, e quem se apequenar será exaltado".
MC 12:38-40
38. E no seu ensino dizia: "Cuidado com os escribas, que gostam de andar com vestes compridas e das saudações nas praças,
39. e das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes,
40. e dilapidam as casas das viúvas e fazem como desculpa, longas orações: estes receberão maior condenação".
LC 20:45-47
45. Ouvindo todo o povo, disse a seus discípulos:
46. "Atentai aos escribas, que querem andar com vestes compridas e gostam das saudações nas praças, das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes;
47. eles dilapidam as casas das viúvas e, como desculpa, fazem longas orações: estes receberão maior condenação".
Lição pública, fora dos muros da Assembleia do Caminho; ao lado dos discípulos estavam fariseus, saduceus, escribas, anciãos e a massa do povo fiel. Jesus inicia um discurso, em que focaliza a posição do clero de Sua época e de todas as épocas, os sacerdotes de Sua religião e de todas as religiões, as autoridades eclesiásticas de Seu país e de todos os países: a raça humana é a mesma, ainda hoje, e onde entra o elemento humano, com ele entram a vaidade, a cobiça e a hipocrisia - os três vícios focalizados nesta lição.
De início, salienta que "se sentaram" (ekáthisan), por iniciativa própria, os escribas e fariseus. Não foram aí colocados por ordem superior, mas assaltaram as cadeiras e os púlpitos, de onde pregam -
MAS NÃO PRATICAM - a doutrina de Moisés.
O assalto é consumado, por vezes, por via diplomática ou política, por influência de elementos de projeção intelectual ou social; mas doutras vezes é assalto à mão armada, como ocorreu no século 4. º(ver nota no vol. 4), quando, por exemplo, o cristianismo se transformou em "catolicismo".
Amarram (desmeúousin, isto é, unem os fardos entre si) fardos pesados e insuportáveis (baréa kaì adysbastakta) e os colocam sobre os ombros dos fiéis, embora eles mesmos não queiram movê-los nem com um só dedo (dáktylô).
Jesus passa a enumerar outros atos errados: tudo o que fazem, é para serem vistos e aplaudidos pelos homens, em triste vaidade exibicionista. Para isso, "alargam seus filactérios", ou seja, colocam em lugares bem visíveis, símbolos religiosos, como vimos no capítulo anterior. Hoje, as cruzes chamadas episcopais são bem grandes, douradas ou de ouro e com pedrarias preciosas, pendentes de correntes de ouro; e mais: "alongam suas túnicas", em batas ou batinas pretas, brancas, roxas, púrpuras; e mais: " gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas ". Bastará trocar" sinagogas" por igrejas, onde o clero tem especiais regras para acomodar-se hierarquicamente; e também os fiéis adquirem o direito de possuir "genuflexórios" próprios, nas primeiras filas, de acordo com a importância de seu donativo à sua igreja, e conforme os títulos que possuam: as "autoridades" e os benfeitores" têm direito às primeiras filas (contrariamente ao que nos deixou escrito Tiago em sua epístola, 2:1-8; vale a pena reler). E mais ainda: "gostam das saudações nas praças", esperando que todos beijem suas mãos ou seus anéis de ouro, quando não seus pés, revestidos de sandálias bordadas a ouro.
Não pára aí: "gostam de ser chamados mestres". Mas logo vem o conselho positivo: "vós - meus discípulos - não vos chameis mestres: todos sois irmãos". O "mestre", em hebraico RAB (ou RABBI, "meu mestre", ou RABBAN, "nosso mestre") era o título usual e corrente dado pelo povo aos homens letrados, escribas e fariseus - coisa que Jesus adverte jamais dever ser praticada pelos que O seguem. A advertência, porém, continua sendo letra morta...
Mais ainda: "a ninguém na terra chameis vosso pai". Os hebreus, inicialmente, só davam o título de" Pai" (AB) a Abraão, Isaac e Jacob (e o nome de "Mãe" só a Sara, Rebeca, Lia e Raquel). Mas os escribas mais em evidência gostavam de ser chamados "pai" - havendo até um livro com esse título: Pirqê Abhôth, "Sentenças dos Pais" - Ainda hoje, os sacerdotes católicos, desobedecendo frontalmente à ordem taxativa e indiscutível de Jesus (a Quem chamam seu "Deus"!) fazem chamar-se e assinam-se PAl ou PADRE, ou PÈRE, ou FATHER etc., em qualquer língua. Os primeiros escritores, são chamados os "Pais da Igreja". E chegam até ao máximo de denominar SANTO PAI (ou PADRE) a seu chefe.
Interessante observar que a vaidade inominável não está circunscrita aos encarnados: acompanha a personagem para além da sepultura, e vemos os "pretos velhos" da Umbanda (e muitos kardecistas) com o mesmo prazer, querendo ouvir-se chamar "pai" ...
Em Mateus, nas traduções vulgares, parece haver uma repetição, onde se lê: "não vos chameis mestres, porque vosso mestre é um só, o Cristo". O termo aqui empregado não é didáskalos, como acima, mas kathêgêtês, hápax neotestamentário, que significa: "guia que vai à frente e ensina o caminho", ou "diretor espiritual", ou "mentor".
A razão é dada: um só é vosso mentor: o Cristo!
Em Mateus, segue-se a lição de humildade, mais uma vez repisada: "o maior de vós, será vosso servidor", mas não apenas dizendo-se "servo dos servos de Deus", e colocando-se num trono dourado, para que todos lhe beijem os pés ("dizem, mas não fazem"!). E ainda a frase repetida: "quem se exaltar será apequenado, e quem se apequenar, será exaltado".
Marcos e Lucas trazem mais uma frase violenta: dilapidam as casas das viúvas, e fazem, como desculpa, longas orações ". Ainda hoje. A pretexto de ofícios e missas e "gregorianas", conseguem, com a promessa de libertar as almas dos maridos falecidos, fartas "esmolas" das viúvas, para que obtenham" indulgências". Monsenhor L. Pirot (o. c., vol. 9. º, pág. 555), ao comentar este trecho, deixa escapar uma frase que revela bastante prática do assunto; citamos textualmente: "Luc (20:47) a distingué les deux défauts qui peuvent, d"ailleurs, fort bien se combiner avec des conseils juridiques en acceptant des aumônes sous promesse de prières. Les femmes surtout y sont sensibles" (o grifo é nosso).
Estes, diz Jesus, "receberão maior condenação".
* * *
Encontramos, pois, avisos oportunos para que os discípulos de Jesus não imitem o clero judaico da época do Mestre. Inutilmente foi dada a lição, porque os homens, imperfeitos ainda, vaidosos e cúpidos, fazem exatamente o inverso do que lhes foi ordenado. Com isso provam que perderam totalmente sua ligação com o Cristo, preferindo ligar-se a seus adversários, por Ele condenados.
Resumamos, para maior fixação mnemônica, os itens:
1. intitulam-se sucessores do Mestre, tendo-se sentado nas cadeiras dos apóstolos para comandar;
2. dizem-se "servos", mas agem como senhores;
3. impõem obrigações, que eles mesmos não cumprem;
4. procuram aparecer, exibindo roupas compridas (diferentes das dos outros homens) e grandes símbolos religiosos, em material precioso;
5. reservam para si os primeiros lugares nas igrejas e nos banquetes;
6. fazem tudo para serem saudados e homenageados nas praças, dando a beijar suas mãos;
7. requisitam "esmolas" das viúvas, em troca da promessa de missas e longas orações;
8. julgam-se e dizem-se "mestres";
9. fazem-se chamar PAIS (ou PADRES, que é o mesmo) por todos;
10. inculcam-se como guias e "diretores espirituais" das almas.
Qualquer semelhança será mera coincidência? Inegavelmente Jesus era PROFETA, com ampla e segura visão do futuro!
Assim NÃO DEVE e NÃO PODE agir o discípulo VERDADEIRO de Jesus: este tem que SERVIR por amor, e AMAR através do serviço.
O discípulo real SABE que não é "mestre" de ninguém; de fato, é o servidor incondicional, sem dia nem hora para o serviço, sem condições nem exigências, sem distinções nem restrições: servir inteira e alegremente a cada momento, "dando de si sem pensar em si".
Ao homem profano comum, ainda sob a legislação mosaica dirigida à personagem, bastará "amar o próximo como a si mesmo" (LV 19:18); ao discípulo, todavia, foi dado outro mandamento: "amar o próximo como Jesus nos amou", dando até a vida, se necessário, pelo próximo. Se isso for feito por amor e renúncia, não será considerado suicídio indireto nem suicídio lento (desculpas cômodas de muitos médiuns que não querem trabalhar em certas horas). Não: isso será a expansão máxima do Amor, que nos foi pedida como testamento, pelo Mestre que, não satisfeito com o ensino, deu o exemplo, e deixou que O imolassem por nosso amor.
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* * *
Mas de toda a lição há uma frase que sobressai pela profundidade: "um só é vosso Mentor: o Cristo".
Observemos que Jesus - que falava - não se dá como sendo Ele o Mentor nosso: distinguindo bem Sua pessoa sublime da sublimidade maior do Cristo Divino, que em todos e em cada um "construiu seu tabernáculo" indica como ÚNICO MENTOR e guia esse Cristo Interno.
Nenhum homem - nem Ele mesmo, Jesus - pode fazer-nos progredir: só o CRISTO dentro de cada um de nós.
Alerta, pois, a todos os espiritualistas que se julgam, se dizem ou deixam chamar-se mestres ou mentores.
Não iludam as criaturas, nem se enganem a si mesmos: ninguém pode ser mentor de ninguém: o nascimento do Cristo, é virginal em cada um, e só ocorre quando o "Espírito Santo" obumbra a criatura, fazendo-Se sentir pela união mística profunda.
No máximo, podem abrir-se as janelas, para mostrar o céu estrelado ou o sol a brilhar acima do horizonte; mas não pode dar-se a visão aos cegos: a criatura, para discernir o que mostramos, tem que ter capacidade de "visão". Pode escancarar-se uma porta, para facilitar o trânsito da criatura; mas não se pode carregá-la no colo nem fornecer-lhe pernas. Podem tirar-se os véus que encobrem os grandes símbolos, e mostrar toda a nudez puríssima da verdade; mas jamais terá alguém capacidade para fazer que a criatura compreenda Ou olhando, logo vêem, ou, tendo olhos, nada enxergam; ou ouvindo, logo percebem, ou, tendo ouvidos; nada escutam; ou tendo inteligência; logo compreendem, ou, possuindo intelecto, nada entendem em seus corações...
Ninguém - nenhum ser humano - pode dizer-se Pai, Mestre, Mentor: PAI - só o Ancião dos Dias, Melquisedek;
MESTRE - só a encarnação crística que nos traz os ensinos;
MENTOR - só o Cristo, no âmago mais profundo de nosso ser, tão no profundo, que é necessário mergulhar quase no infinito para perceber-Lhe a presença em nós mesmos...
Mas quando descobrimos esse Mentor sublime, esse Guia divino, daí por diante Ele será nosso CAMINHO; que nos conduzirá à VERDADE de nosso Mestre e à VIDA de nosso Pai.
Esse Cristo Interno divino só se encontra através do EU verdadeiro, como no-lo ensinou nosso Mestre:
"Ninguém vai ao Pai senão através do EU" (João; 14:6), que é precisamente o Cristo Interno, o" Caminho".
mt 23:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 5
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 11:25
25. Naquela ocasião Jesus disse: "Abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios intelectuais e as revelaste aos pequeninos;
26. Sim, Pai, pois assim se torna bom perante ti.
27. Todas as coisas me foram transmitidas por meu Pai; e ninguém tem a gnose do Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho quer revelar.
28. Vinde a mim todos os fatigados e sobrecarregados, e eu vos repousarei.
29. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou doce e modesto de coração e achareis repouso para vossas almas,
30. porque meu jugo é benéfico e meu fardo é leve".
MT 13:16-17
16. Mas felizes são vossos ouvidos porque ouvem.
17. pois em verdade vos digo, que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvis, e não ouviram.
LC 10:17-24
17. Voltaram os setenta e dois com alegria, dizendo: "Senhor, até os espíritos se nos submetem em teu nome".
18. Respondeu-lhes Jesus: "Eu via o adversário cair, como relâmpago do céu.
19. Atenção: dei-vos poder para pisardes sobre serpentes e escorpiões e sobre toda a força do inimigo, e nada, de modo algum, vos fará mal.
20. Mas não vos alegreis de que os espíritos se vos submetam: alegrai-vos antes de que vossos nomes estão inscritos nos céus".
21. Nessa hora Jesus alegrou-se em espírito e disse: "Abençôote, Pai, senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios intelectuais e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, pois assim se torna bom diante de ti.
22. Tudo me foi transmitido por meu Pai, e ninguém tem a gnose do Filho, senão o Pai, e ninguém tem a gnose do Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar".
23. E voltando-se para seus discípulos, disse: "Felizes os olhos que vêem o que vedes,
24. pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram".
Não nos foi esclarecido quanto tempo demorou o trabalho da segunda leva, dos setenta e dois Emissários.
Nem se sabe se todo chegaram no mesmo dia, por ter sido antecipadamente marcado um término a essa excursão, ou se foram regressando aos poucos. O fato comprovado pelas anotações de Lucas, é que chegaram "alegres", por haverem realizado com êxito a tarefa missionária recebida.
A impressão causada é que, todos reunidos, foi estabelecida uma assembleia ("igreja", ekklêsia), tendo o evangelista resumido, numa frase, a impressão e o relatório deles, salientando a surpresa de terem conseguido "até" dominar os Espíritos desencarnados obsessores.
Jesus responde com uma frase para nós enigmática: ethéôroum tòn satanãs hôs astrapên ek toú ouranoú pesónta, cuja tradução pode ser dupla, conforme prendamos ek toú ouranoú a astrapén (l. ª) ou a pesónta (2. ª):
1. ª - eu via o adversário caindo, como relâmpago do céu;
2. ª - eu via o adversário caindo do céu, como relâmpago.
Alguns autores, aceitando a segunda, vêem na frase uma alusão à "queda dos anjos" (cfr. AP 10:7-9) . Nada, porém, justifica tal afirmação. Dizem outros que Jesus "via" as vitórias de Seus discípulos, como derrota e queda dos espíritos atrasados.
Observamos claramente repetido que o "poder" (exousía) dado aos setenta e dois foi o mesmo que aos primeiros doze, embora lá (cfr. vol 3) não se tenha acenado a esse poder: "de caminhar sobre serpentes e escorpiões e sobre a força (dynamis) inimiga". Sabemos que, de fato (cfr. MC 16:18) segundo palavras do Mestre, os que crerem expulsarão espíritos, falarão línguas novas (que não conheçam por outras vias), pegarão em serpentes, nenhum veneno mortal lhes causará danos e, com a simples imposição das mãos curarão enfermos. Os verdadeiros enviados não são atingidos por males externos.
O Mestre afirma que o domínio sobre espíritos obsessores pode causar a alegria da vitória do bem.
Mas a alegria profunda e íntima deve ser proporcionada, quando sabemos que temos os "nomes inscritos nos céus". Esta é uma expressão antiga entre os israelitas. Deparamo-la pela primeira vez, proferida por Moisés, quando diz a YHWH: "perdoa-lhes o erro, ou senão risca-me do livro que escreveste" (EX 32:32-33). E aparece ainda em IS 4:3; DN 12:1; Salmo 68:29; Filp. 4:3 e Apo. 20:15. A expressã "ter o nome escrito ou inscrito nos céus" ou "no livro da Vida", significa "estar salvo".
Logo após, Jesus dirige-se ao Pai, numa oração de "ação de graças" (eucharistía) em termos que merecem análise. " Naquela hora (en autéi têi hôrai) alegrou-se (égalliásato, cfr. LC 1:47, vol. 1) em espírito (tôi pneúmati)".
Alguns manuscritos acrescentam "santo", que é omitido no papiro 45, nos códices E, F, G e H, em muitíssimos minúsculos e em Clemente de Alexandria. Suprimimo-lo, porque o sentido não o pede, já que a alegria é do próprio Espírito da criatura, e o de Jesus (cfr. LC 1:35) era um Espírito Santo. Nessa suprema alegria espiritual, fala Jesus: exomologoúmai soi, páter, kyrie toú ouranoú kaì tês gês, "abençoo-te, Pai, senhor do céu e da Terra", hóti apekrypsas tauta, "porque ocultaste estas coisas" apò sophôn kaì synetôn, "dos sábios intelectuais", kaì apekalypsas autà nêpíois "e as desvelaste aos pequeninos".
Preferimos considerar sophôn kai synetôn como uma hendíades (ver vol. 1) e traduzir "sábios intelectuais", ao invés de "sábios e inteligentes", ou "sábios e hábeis". Com efeito, a dificuldade de aceitar a revelação, reside nos sábios do intelecto, que só atribuem valor aos raciocínios horizontais, recusando a intuição a inspiração, as revelações e o mergulho interno. Os "pequeninos" traduz nêpíois, que literalmente significa "infantes", isto é, as criancinhas que ainda não falam: são os humildes que aceitam as coisas espirituais sem pretender falar por si mesmos nem querendo expender suas próprias opiniões personalistas. E continua: " Sim, ó Pai, porque assim se torna agradável diante de ti " (naí, ho pater, hótí hoútôs eudokía egéneto émprosthen sou). É a conformação plena e explícita com a vontade do Pai, que se manifesta sempre através dos acontecimentos que nos ocorrem, independentemente de nossa atuação voluntária. E prossegue: " tudo (pánta = todas as coisas) me foi transmitido (moi paredóthê) por meu Pai (hypó toú pa trós mou)", numa declaração explícita de iniciação natural e divina (cfr. JO 3:35). E depois a frase mais reveladora: "e ninguém tem a gnose (kaì oudeís ginóskei - em Mateus, epiginôskei) quem é o Filho (tís estin hyiós) senão o Pai (ei mê ho patêr), e quem é o Pai senão o Filho (kaì tis estin ho patêr ei mê ho hyiós) e aquele a quem o Filho quer revelar (kaì hôi eán boúlêtai ho hyiós apokalypsai)". O verto usado por Mateus é mais forte: "reconhecer" ou melhor, "aprender a conhecer", o que supõe "ter a gnose", o conhecimento pleno ou a plenitude do conhecimento (cfr. JO 6:46). Esse trecho foi classificado como "a revelação do mistério essencial da fé cristã", por Cirilo de Jerusalém (Patrol. Graeca, v, 35, c. 464) e por João Crisóstomo) (Patrol, Graeca, v. 58, c. 534).
Voltando-se, depois, para Seus discípulos em particular (os 12 mais os 72), continua a manifestação de alegria plena, numa frase em que os felicita pela imensa ventura de ali conviverem com Ele, na intimidade da vida diária: "felizes vossos olhos por verem o que vedes, que tão ansiosamente foi desejado por profetas e reis, que quiseram ver e ouvir e não no conseguiram". Essa frase acha-se, em Mateus, em outro local, mas trouxemo-la para cá pelo indiscutível paralelismo com Lucas.
A seguir aparecem mais alguns conceitos, só em Mateus. São belíssimos, justificando o que a respeito deles escreveu Lagrange ("L"Évangile selon St Matthieu", Paris, 1923, pág. 226): "é a pérola mais preciosa de Mateus". E prossegue (id. ib.) : "O principal mérito do estudo de Norden (Agnostos Theos pág. 227-308) é o de ter mostrado que um convite ao estudo da sabedoria seguia normalmente os elogios da sabedoria, isto é, o conhecimento de Deus". E seguem-se os exemplos: "E agora, meus filhos, escutaime: felizes os que guardam meus caminhos" (PV 8:32); "Vinde a mim, vós que me desejais, e saciaivos de meus frutos" (EC 24:18); "Aproximai-vos de mim, ignorantes, e estabelecei vossa morada em minha escola" (EC 51:23); e sobretudo: "Dobrai vosso pescoço sob o jugo e que vossa alma receba a instrução. Vede com vossos olhos que, com pouco trabalho, conquistei grande repouso" (EC 51:34 e EC 51:35).
Mas as frases de Jesus são mais belas que essas e que todas as posteriores que lemos no Talmud: "Efraim, nosso justo messias, possa teu espírito encontrar repouso, pois o trouxeste ao espírito do Criador e ao nosso" (Pesiq, 163a); "Bendita a hora em que nasceu o Messias! Feliz a geração que o viu!
Felizes os olhos julgados dignos de contemplá-lo! Pois seus lábios abrem-se em bênçãos e paz e suas palavras são repouso ao espírito" (Pesiq, 140a); "Possa teu espírito repousar, pois repousaste o meu" (Sabbat, 152b).
A expressão "jugo" era comum. No sema (oração diária), o israelita dizia, duas vezes por dia, o "jugo do reino dos céus" e ainda falava no "jugo da Torah", no jugo dos Mandamentos", no "jugo do Santo" ou do "céu", no "jugo da carne e do sangue" (a encarnação), etc. Assim também quanto à palavra "fardo": o "fardo da Lei" (cfr. MT 23:4). Por aí vemos como Jesus se servia de palavras e expressões já conhecidas e correntes, mas apresentando-as em conceitos novos e originais. Por isso, todos compreendiam seu ensino externo, mas de tal forma era nova a maneira de dizer, que afirmavam: "ninguém jamais falou como esse homem" (JO 7:46).
Vejamos, pois, os maravilhosos conceitos do Mestre: "Vinde a mim (deúte pròs me) todos os fatigados (pántes hoi kopiôntes) e sobrecarregados (kaì pephortisménoi) e eu vos repousarei (kagô anapáúsô hymãs). Tomai sobre vós o meu jugo (árate tòn zygòn mou eph"hymãs) e aprendei de mim (kai máthete ap"emoú, no sentido de "tornai-vos meus discípulos"), porque sou doce e modesto de coração (hóti prays eimi kaì tapeinòs têi kardíai) e achareis repouso para vossas almas (kai eurêsete anápausin tais psychaís hymõn). Porque meu jugo é benéfico (ho gàr zygòs mou chrêstós) e meu fardo é leve (kaì to phortíon mou elaphròn estin)".
A tradução que fizemos, conforme acatamos de demonstrar, é a que mais se aproxima do texto original, palavra por palavra, embora diferindo das traduções correntes.
Muito temos que aprender neste trecho. Acompanhemos seu desenvolvimento.
Inicialmente o regresso da segunda leva dos novos iniciados, que voltam da sua primeira missão. A comprovação de que se tratava de verdadeiros iniciados, embora ainda no primeiro plano (veja vol.
4) e de que o processo criado por Jesus continuou em expansão, tanto em número quanto em ascensão, são os numerosíssimos "mártires" (testemunhas) que, nos primeiros séculos inundaram com seu sangue a superfície da Terra, tendo sido "o sangue deles, no dizer de Tertuliano, a semente de novos cristãos".
A felicidade dos que iniciaram o "Caminho" (nome da Escola iniciática cristã) sob a orientação de Jesus, é imensa e extravasa de seus corações: verificaram que realmente possuíam os "poderes" externos, que a verdadeira iniciação propícia naturalmente: domínio da matéria na cura das enfermidades, domínio dos espíritos na libertação dos obsidiados.
A frase de Jesus é uma afirmativa de alcance e profundidade incomensuráveis: "eu via o adversário cair, como o relâmpago do céu", ou seja, eu via a vitória do espírito, como emissão fúlgida de luz, provocando a queda e o aniquilamento das personagens (adversárias da individualidade). O Espírito iluminado brilha com fulgor invulgar, aos experimentados olhos do Mestre Vidente, que percebe as mais abscônditas reações de Seus discípulos. A manifestação crística luminosa abafa todos os veículos físicos inferiores, derrubando-os inexoravelmente: caem por terra definitivamente derrotados e consumidos na fulgurante e enceguecedora luz espiritual do Cristo-que-em-todos-habita. Nesse sentido, percebemos o significado real e profundo dessas palavras "enigmáticas". A meta a atingir é a união com o Cristo Interno. Nessa união, dá se a iluminação do espírito (da individualidade). Essa luz" queima" e ajuda a aniquilar os veículos da personagem (o "adversário"). Ora, diz Jesus, enquanto vocês agiam, eu via o adversário cair (as personagens serem anuladas, cfr. "negue-se a si mesmo"), superadas pela luz interna do Cristo, que se expandia "como um relâmpago do céu".
Logo após, entretanto, chega o aviso, com a instrução correspondente: "Atenção! (idou) Dei-vos o poder (exousía) para caminhar sobre serpentes e escorpiões e para vencer a força (dynamis) dos inimigos, nada de mal podendo atingir-vos. MAS não vos alegreis por isso: são coisas secundárias e transitórias; não é o domínio da matéria nem dos espíritos que significa evolução nem libertação do plano terreno: é ter o nome inscrito nos céus".
Segundo as Escolas Iniciáticas, todo aquele que atingia os graus da iniciação maior (sobretudo o 7. º passo), entrava a fazer parte da família do "deus" e, em muitos casos, chegava a abandonar os nomes terrenos da família carnal, para assumir os nomes específicos de suas atividades, isto é, nomes iniciáticos, costume ainda hoje usado em certas ordens monásticas do ocidente e nos ashrams orientais.
Isso era comum na Grécia.
Dos filósofos e escritores gregos, chegaram a nós exatamente os nomes iniciáticos, como, a título de exemplo: Aristoclês (a melhor chave) que recebeu, mais tarde, o apelido de Platão (o "largo") pela larga e vasta amplitude de seus conhecimentos (interessante observar que os autores profanos dizem que o apelido lhe foi imposto "por ter ombros largos... "), Aristóteles (o melhor fim); Pitágoras (o anunciador da revelação); Sócrates (senhor seguro, ou infalível); Demóstenes (a força do povo); Demócrito (escolhido pelo povo); Isócrates (senhor equânime); Anaxágoras (poderoso em público);
Epicuro (o socorro); Arquimedes (primeiro inventor), etc. etc.
Esse mesmo fato de passar a pertencer à "família do Deus" é assinalado por João (João 1:12) "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se filho de Deus", por Paulo (RM 8:16) "somos filhos de Deus; se filhos, herdeiros", e por Pedro (2PE 1:3) "participamos da natureza divina. "
Fica bem claro, portanto que os "poderes" (siddhis) de pouco valem, sejam eles de que natureza forem: domínio de animais traiçoeiros ou venenosos, de espíritos ignorantes ou rebeldes, do próprio corpo e das sensações, das emoções, e até do intelecto vaidoso. Tudo isso é apenas a limpeza do terreno, a desbravarão da mata, a desinfecção do ambiente, indispensáveis a uma caminhada tranquila.
Mas não exprime, ainda, a caminhada em si. Mister aprontar todos os preparativos para a viagem, sem o que esta não poderá ser feita; mas, efetuada a total preparação, nem por isso começou a jornada: só tem ela início quando nos pomos a caminho. E só à chegada, no final da estrada, poderemos ter a garantia de estar nosso nome "inscrito no livro da Vida", no registro dos viajantes que chegaram a bom termo, sabendo que Alguém nos espera no pórtico da entrada da cidade.
Tivemos, pois, na escala iniciática, o conferimento de poderes (exousía) para ajudar os outros. E quando a ajuda foi eficiente, comprovada a metánoia, alegra-se o Hierofante Divino em Seu Espírito e entra em êxtase (samadhi) unindo-se ao Pai, pronto para fazer a revelação do mistério máximo da iniciação, ensinando a todos a unificação final com o Verbo (Pai). É então que lhes anuncia que seus nomes foram inscritos nos céus, isto é, que foram aceitos como "familiares de Deus" (EF 2:19) e que, portanto, poderão dar o passo supremo, atingindo a cristificação.
Em oração de louvor e ação de graças (no mistério augusto da "eucaristia"), alegra-se por ver cumprirse a vontade do Pai, que oculta os mistérios do reino (cfr. 13:11) aos "sábios intelectuais" das personagens vaidosas, e os revela ou "desvela" (apokálypsai) aos que são pequeninos no mundo (nêpíois = infantes) e nem sequer sabem "falar" a linguagem do mundo. Esse é o modo agradável ao Pai: "seja feita Sua vontade"!
Passa, então, ao ensino secreto, ao mistério propriamente dito. Confessa, antes, que foi o próprio Pai (o Verbo Divino, o Som Incriado e Criador) que diretamente transmitiu (parédothê) a Ele (Cristo Interno) todas as coisas, todos os ensinos e revelações. Nenhum ser humano Lhe serviu de Mistagogo nem de mestre. E revela: "Ninguém tem a gnose (o conhecimento pleno e experimental) do Filho (do Cristo) senão o Pai (o Verbo): e vice-versa, só o Cristo Interno, em cada um, pode ter a gnose (a plenitude experimental do conhecimento) de quem é o Pai. E só o Cristo Interno tem a capacidade, ou poder (exousía), a força (dynamis) e a energia (érgon) de revelá-Lo, a quem Ele julga apto a receber essa gnose do mistério.
Portanto, conforme vemos, nenhum mestre humano, nem mesmo Jesus, pode propiciar-nos, de fora, esse contato divino, essa gnose, essa plenitude: só nós mesmos, em nossos próprios corações, unidos ao Cristo Interno, poderemos, através Dele, encontrar e unir-nos ao Pai. A união ou fusão (que produz a transubstanciação) é que lhes dará o pleno conhecimento experimental (gnose), que só chega precisamente por meio da experiência vivida (páthein). "Conhecer" é unir-se e fundir-se. Daí a expressão bíblica, usando o verbo conhecer para exprimir a união sexual. Só quando se une intimamente ao ser amado é que realmente o Amante o "conhece", e vice-versa. Só quem se unifica com o Pai, com Ele fundindo-se e transubstanciando-se Nele, é que verdadeiramente o conhece. E a união só pode realizar-se entre Pai e Filho, entre o Verbo e o Cristo, entre o Amante e o Amado. Nessa união, incendiando-se e iluminando, é que se manifesta a Luz Incriada, o Deus-Amor-Concreto, que cria e sustenta todas as coisas com seu aspecto de Pai ou Verbo Criador, e que impregna e permeia tudo com seu aspecto de Filho ou Cristo.
Após essa revelação beatifica os novos promovidos com o título de "Felizes" (Bem-Aventurados) e declara que muitos profetas (os iniciantes da escala, na evolução consciente, quando ainda permanecem no uso dos poderes); muitos justos (aqueles que iniciaram o exercício real da própria espiritualização, conquistando mais alguns passos iniciáticos, cfr. vol. 3 e vol. 4); e muitos reis (aqueles que haviam atingido o 6. º passo da iniciação, já tendo todo o conhecimento intelectual dos mistérios e suficiente conhecimento experimental dos mesmos), tinham desejado ver e ouvir esse mistério último, mas não no haviam conseguido.
A iniciação real (régia) ou hierofântica conferia ao iniciado, o título de REI (basileus). Plotino dedica sua 5. ª Enéada a essa iniciação. Cfr. também Victor Magnien, "Les Mysteres d"Eleusis", Payot, Paris,
1929, pág 193 a 216. Sinésio (Patrol. Graeca, v. 66, c. 1144) no Tratado "Dion", descreve os planos iniciáticos: 1. º, pequenos mistérios (purificação) ; 2. º grandes mistérios (confirmação e metánoia); 3. º epoptía (contemplação); 4. º holocleria ou coreutía (participantes); 5. º dadukía (portador da tocha, ou iluminado); 6. º hierofante ou REI; do sétimo passo, união divina, só fala em seu Tratado "De providentia".
Com efeito, após a consagração do iniciado como "rei", havia mais um passo a dar: a deificação (cfr. Plotino, Enéada 6. ª, 9 e 11). Essa deificação é aqui revelada pelo Mestre, que utiliza exatamente as expressões iniciáticas dos mistérios gregos: ver e ouvir (epoptía e Akouein lógon). Todos haviam sido profetas, justos e conquistado o título de "reis" (ou hierofantes). Mas o último passo, a cristificação pela unificação com a Divindade, só o Filho, o Cristo Interno, poderia dá-lo em cada criatura, e concedêlo aos que Ele julgasse aptos ao "reino dos céus".
Após essa revelação sublime, o Mestre se cala, apagando a personagem, e deixa que Nele se manifeste plenamente o Cristo Interno, pois "nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E o Cristo, tomando a palavra convoca os novos hierofantes, convoca a todos nós Seus discípulos de todos os séculos, para que seja dado o último passo: "Vinde a mim"! É o dramático apelo do Amante ao Amado: "Vinde a mim"! Unificai-vos comigo! E especifica: todos aqueles que estiverem cansados do mundo, sobrecarregados de aflição, fatigados das dores, exaustos das lutas, aniquilados pelo sofrimento, unam-se a MIM, e se sentirão aliviados, repousados, pacificados e felizes, no reduto inatingível da Paz Íntima, na Paz do CRISTO (cfr. JO 14:27).
Convida-os insistente: "Tomai sobre vós meu jugo, porque sou doce e modesto de coração, e achareis repouso para vossas almas". O Cristo é, realmente, o Grande Escondido por Sua modéstia e pequenez (sentido literal da palavra grega tapeinós, cfr. LC 1:48, vol. 1) e precisa ser ardentemente desejado e ardorosa e permanentemente procurado, até ser encontrado.
Para experimentar se realmente O amamos, Ele coloca em nosso caminho evolutivo centenas de coisas amáveis, para experimentar-nos, se de fato as amamos mais do que a Ele: conforto, bens, riquezas, prazeres, fama, intelectualismo, glória, arte, religiões, cultos, etc. Só quando, desiludidos de tudo, tudo abandonamos para dedicar-nos só a Ele, é que positivamente comprovamos nosso amor por Ele.
Só então o Cristo nos atende e Se revela a nós.
Mas, uma vez que O descobrimos, e a Ele nos unimos, nunca mais nos "perdemos": conquistamos a Paz Absoluta e Indestrutível, porque, sem engano, Seu jugo é grandemente benéfico (chrêstós), é útil a nós, é bom de suportar-se, é confortador, faz-nos bem e faz-nos bons. E o fardo que nos impõe é leve e fácil de transportar, dá alegria carregá-lo, inunda-nos de felicidade levá-lo pelo mundo: é o jugo suave e sublime do AMOR a Ele, o Deus em nós, e o fardo leve e altamente compensador do AMOR ao próximo, que somos nós mesmos com outras aparências externas, e que é Ele mesmo, manifestado sob outras formas.
mt 23:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 8
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4 CARLOS TORRES PASTORINO
JO 15:18-27
18. "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro que a vós, me odiou.
19. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria do (que lhe é) próprio; mas porque não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, o mundo vos odeia.
20. Lembrai-vos do ensino que eu vos falei: não é o servo maior que seu senhor; se me perseguiram, também a vós perseguirão; se executaram meu ensino, também o vosso executarão.
21. Mas todas essas coisas farão a vós por causa do meu nome, porque não sabem quem me enviou.
22. Se eu não viesse e não falasse a eles, não teriam erro; agora, porém, não têm desculpa quanto a seus erros.
23. Quem me odeia, também odeia meu Pai.
24. Se não tivesse feito as obras neles, que nenhum outro fez, não teriam erro; agora, porém, também viram e odiaram tanto a mim, quanto a meu Pai.
25. Mas para que se plenifique o ensino escrito na lei deles: odiaram-me sem motivo.
26. Todas as vezes que vier o Advogado, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito verdadeiro que saiu do Pai, ele testificará a respeito de mim,
27. e vós testificareis, porque desde o principio estais comigo".
Neste trecho o Cristo avisa a Seus discípulos daquela época e aos porvindouros de todos os tempos, que todos eles receberão o impacto do ódio do "mundo". O termo "kósmos" é aqui empregado no sentido antitético, em oposição a "Reino de Deus", como diria Ubaldi: Antissistema oposto a Sistema, ou seja, Mundo oposto a Reino dos céus. O mundo é o reino do antagonista (satanás) ou adversário (diabo), que é a personagem transitória (intelecto) que se opõe ao Espírito eterno (Cristo). Mundo é tudo aquilo que gira fora, que é externo, ao passo que reino dos céus é o dentro, o Eu profundo. Esse sentido é dado com frequência a esse termo por João (cfr. 7:7; 8:23; 12:31, 14:17, 30; 16:8, 11; 17:6, 9, 11,
16, 25; 1JO, 2:15, 16 e 3:1, 13).
Muitos comentadores interpretam essas palavras como realizadas pelas perseguições dos imperadores romanos contra os cristãos. Esquecem, entretanto, que a igreja que assumiu abusivamente o título d "cristã" em Roma, conquistado a fio de espada, já se havia bandeado para o pólo do "mundo", e perseguiu com muito mais violência os lídimos cristãos, por eles classificados de "arianos"; e no espaço de poucos dias, no ano de 380 (após o edicto de Milão de 3 de agosto de 379 e o edicto de Tessalônica, publicado por Teodósio em 27 de fevereiro de 380) só na cidade de Roma massacraram cerca de 30. 000 verdadeiros seguidores de Cristo - ou seja, um número muito mais elevado do que os assassinados pelos imperadores durante três séculos.
Quando a igreja de Roma, aliando-se aos imperadores romanos Constante e sobretudo Graciano, em 378, abandonou o Espírito do Cristo e aliou-se ao mundo, com esse gesto triste passou a perseguir e matar friamente - sobretudo com a fogueira e a espada - todos aqueles que possuíam o verdadeiro Esp írito crístico: os místicos, os profetas (médiuns, que eles chamavam "feiticeiros"), os enviados e mensageiros celestes que encarnavam, para tentar abrir os olhos dos homens ambiciosos de posses e posições mundanas, que haviam usurpado o mando na sociedade cristã.
Os primeiros assassinados como "feiticeiros", cujo registro ficou na história (Cfr. Amiano Marcelino) foram Hilarius e Patrícius, no ano 370; a última foi Anna Goeldi supliciada em Glaris (Suíça) em 17 de junho de 1782. Foram 1412 anos de assassinatos de médiuns! Catorze séculos!
Todas essas matanças e perseguições, de que a história registra horrorizada a maldade manifestada na época da Inquisição e da conquista sobretudo do México e do Peru, atestam a nítida e inegável posição que a igreja, que se dizia "do Cristo", assumira contra o próprio Cristo; haviam esquecido que o Novo Mandamento era o amor mútuo, e não a matança fratricida de criaturas, que amavam com o coração o mesmo Cristo que vivia profanado nos lábios hipócritas e mendazes das autoridades eclesiásticas, durante o longo espaço de 1. 400 anos. Somente agora, com o papa João XXIII, é que se começou a perceber o absurdo de suas atitudes e, oficialmente, se adotou o "ecumenismo", embora esparsamente ainda continuem, por obra de elementos avulsos, as mesmas incompreensões e ataques.
* * *
O texto original apresenta o verbo miséô, que significa precisamente "odiar", e não apenas "aborrecer" . O ódio é o pólo oposto do amor pregado pelo Cristo, e esse ódio resolvia-se pela impiedosa destrui ção das formas físicas, a fim de tirar de seu caminho de conquista das vantagens materiais, todos aqueles que falavam nas prerrogativas do Espírito e na ilusão da matéria, constituindo uma acusação viva e irrespondível à cobiça dos homens que se haviam apoderado do mando.
Essa perseguição e esse ódio, que Cristo assinalou ser "sem motivo" (cfr. Salmos 25:19 e Salmos 69:5), cumpriuse in totum: os perseguidos jamais concorreram com os dominadores violentos, jamais ambicionaram seus bens: limitavam-se a amar o Cristo e a servi-Lo, gritando ao povo que os bens materiais são transitórios e perecíveis. Mas os poderosos, apoiados na espada do poder Leigo ou, mais tarde, tomando em suas próprias mãos a espada sangrenta do poder mundano, não na deixavam enferrujar-se na bainha: usaram-na vigorosamente, servindo-se da maior falsidade hipócrita para decepar as cabeças que pensavam certo, fazendo parar os corações que Cristo tinha constituído como moradia Sua e do Pai.
Basílio (século IV) deixou escrito: "As doutrinas dos Pais são desprezadas, as especulações dos inovadores criam raízes na igreja... a sabedoria do mundo toma lugar de honra, derrubando a glória da cruz.
Os pastores foram expulsos e em seu lugar subentraram afrontosos lobos que maltratam o rebanho. As casas de oração já não encontram quem nelas se reuna e os desertos estão cheios de gente enlutada" (Epístola 90).
J. G. Davies ("As Origens do Cristianismo", pág. 252), apesar de absolutamente parcial em favor do catolicismo, comenta: "A crescente secularização da igreja, devida à incursão dos que eram movidos por interesses e dos pagãos semi-convertidos, levou muitos a protestar. Os cristãos (ele escreve os padres" !) do deserto, na verdade fugiam não tanto do mundo, quanto do mundo na igreja". E mais adiante, verificando a aversão das autoridades eclesiásticas a todos os que buscavam o verdadeiro Espírito do Cristo, escreve: "Assim, no período entre Nicéia e Constantinopla, enquanto o movimento (monástico) criava raízes sólidas, só gradualmente pôde ganhar para sua causa os principais dirigentes da igreja, que o podiam defender de seus detratores. Um pagão convertido, cerca de 360, perguntou: Explicaime, agora, o que é a congregação ou seita dos monges, e por que é ela objeto de aversão, mesmo entre os nossos" (in Consul. Zacch. et Apoll., III, 3).
Observe-se que, no vers. 24 não se fala em "sinais" (sêmeion), mas em "obras" (érga), realizadas neles, ou seja, nos homens do mundo, e que eram próprias para abrir-lhes os olhos à realidade. Mas em todos os tempos e climas, as obras espirituais que beneficiam as criaturas servem, em grande parte, para dar-lhes forças de continuar realizando suas conquistas mundanas e terrenas.
O fato de "testificar" de "dar testemunho" (martyrein) é várias vezes repetido por João como fundamental para alertar as consciências dos homens (cfr. JO 1:7, JO 1:8, JO 1:15, JO 1:32, 34; 3:11, 33; 5:31, 32, 36ss; 8:13ss; 10:25; 15:26ss; 18:37; 19:35 e 21:24).
Novamente fala o Cristo no "Advogado" (paráclêtos), que repete ser o Espírito verdadeiro, e que procede do Pai, ou seja, "sai de dentro" (ekporeúetai) do Pai, onde tem origem.
Para finalizar, anotemos que o Cristo fala-nos "que estão com Ele desde o começo". Não cremos que essa afirmativa se refira apenas aos que O acompanharam, durante alguns anos, em Sua peregrinação física na Palestina, sentido que é adotado em outros passos do Novo Testamento: é a convicção muito humana de que mais vale a convivência de corpos, do que a união profunda do Espírito; no entanto, esta é muito mais importante que o contato de corpos (cfr. AT 1:21, AT 1:22; 10:40, 42; 1JO, 1:1, 2; 2:7, 24; 3:11 e 2. ª JO 5 e 6). Prova viva em contrário encontramos em Paulo de Tarso que muito mais fez na divulgação do espírito crístico, que os "apóstolos" que tiveram convivência física com o Mestre Jesus.
Avisos preciosos que todos nós, sobretudo aqueles que, viciados por longos séculos de vivência no seio da igreja "oficial" romana, ainda sentem no subconsciente instintivo a tentação das posições de destaque, das posses materiais, (que garantem o amanhã!), dos títulos hierárquicos, dos templos de pedra grandes, ricos e solenes, da escala sacerdotal cheia de privilégios e exceções em flagrante diferenciação da massa ignara: "Amarram fardos pesados e insuportáveis e impõem sobre os ombros dos homens, mas eles não querem movê-los com o dedo deles" (MT 23:4; vol. 7). Trata-se da adaptação que nós, homens imperfeitos, fizemos da doutrina de Cristo, moldando-a segundo a fôrma mundana da qual provínhamos. Agora cabe a nós mesmos, arduamente e com grande fadiga, tornar a trazê-la a seu ponto exato de sacrifício.
O "mundo" não pode admitir em seu seio, não pode aceitar, o espírito crístico de renúncia e de perdão.
Encontrando-se no pólo oposto, condena e persegue seus maiores adversários. Pertence e vive bem no pólo do ódio, em franca e confessada oposição ao pólo do amor.
Por isso é indispensável que o pólo do amor atraia a si, mais pelo exemplo que pelas palavras, todos os elementos das forças constitutivas desse pólo negativo e, atraindo-os, os transforme em forças positivas.
Seguindo o Cristo, passam as criaturas para o Sistema e de imediato levantam-se contra elas, odiando-as, as forças cegas e violentas do Antissistema.
Devem todos ter conhecimento e consciência desse fato, para não se deixarem desanimar nos tremendos embates que têm sobre eles, como avalanches titânicas para derrubá-los: apesar do barulho exterior e das basófias que arrotam pedantemente, jamais conseguem destruir as "forças do Cordeiro" que, em sua mansidão e amor se sobrepõem rígida e inexpugnavelmente: "as portas inferiores não prevalecerão" contra os escolhidos. (MT 16:18).
O mundo gosta dos que a ele pertencem, vivendo segundo suas leis e costumes, na busca infrene de bens, de prazeres, de fama, de posições e vantagens, de títulos e honrarias externas, embora pisando os concorrentes. Mas aqueles que o Cristo escolheu do mundo, segregando-os espiritualmente desse ambiente maquiavélico de competições; aqueles que renunciaram de coração a todo o acervo que constitui o ponto alto da primazia no mundo, e vivem apagados e apagando-se, recebendo golpes e dores como incentivo para galgar novos degraus na subida, alegrando-se nas tribulações, sorrindo impávidos ante as tempestades, amando quando afrontados, dando a capa quando lhes roubam a túnica, inatingíveis aos golpes da malícia e da maldade, - esses tomam-se insuportáveis ao mundo, que os considera covardes por não reagirem, já que o involuído não sabe que há mais necessidade de coragem para perdoar como os anjos, do que para vingar-se como os animais.
A humanidade, contudo, assaltando o poder e conseguindo posses materiais, terrenos, palácios, templos suntuosos, grandes extensões de latifúndios, esqueceu a advertência de que o "servo não é maior que seu senhor", e não refletem que o Senhor "não possuía uma pedra onde repousar a cabeça" (MT 8:20, LC 9:58): tornaram-se, perante o mundo, maiores que o humilde carpinteiro pobre. E aqueles que O imitaram, foram perseguidos, tal como o havia sido o Mestre.
Se não tivesse Ele vindo à Terra, não teria havido erro. Mas o sublime Pastor aqui veio, deu o exemplo vivo, serviu de modelo: portanto não há desculpa para esse erro clamoroso.
E, falando o Cristo, é claro que quem odeia o Filho, odeia o Pai que O enviou. Odeia, no sentido de permanecer no pólo negativo, opondo-se pela vivência ao pólo positivo. Apesar de todas as obras de grandiosidade e benemerência, desprezam tudo o que é do Espírito, só cuidando da parte material terrena.
Na realidade "não há motivo" para esse ódio: por que o mau odeia o bom? Porque a vivência do bem é uma condenação patente do mal e a consciência íntima mais profunda grita dentro deles que estão errados. Por mais que procurem abafar a voz silenciosa da consciência que provém do Eu profundo, não conseguem eliminá-la.
Mais uma vez aparece o esclarecimento indispensável de que "todas as vezes que vier o Advogado que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito verdadeiro, ele testificará a respeito do mim".
Vale a pena pararmos para tecer alguns comentários sobre isso.
O homem lentamente evolui, saindo do estágio animal puramente psíquico para o estágio hominal pneumático. Aí chegando, vive milênios para firmar em si mesmo a consciência intelectiva de suas novas faculdades, que vão surgindo e aperfeiçoando-se. Ao atingir um grau de desenvolvimento capaz de perceber a fixação de seu Eu profundo, que constitui o somatório das aquisições e experiências conquistadas durante os milênios de evolução, o homem sente a necessidade de fazer que sua consciência
—que só vibrava até então na personagem transitória - se aprimore e eleve sua frequência vibratória, até que possa sintonizar na faixa superior do Espírito.
Ao sentir essa necessidade - o que ocorre como impulso que vem de dentro - quer por si mesmo, quer alertado por leituras e conhecimentos que vai adquirindo, inicia o processo longo e árduo de buscar unir-se a esse Eu profundo que permanece em outro plano. Esforça-se, tenta, prepara-se, coloca todas as condições requeridas para isso, e começa a perceber, de princípio como lampejos, mais tarde como permanente conscientização, a existência real dessa Individualidade superior, cujos primórdios de contato já fora levado a sentir de modo automático, embora inconscientemente, durante milênios, nos momentos de clímax do orgasmo sexual e do sono profundo sem sonhos.
Atingido esse estágio, vai recebendo gradualmente a resposta a seus anseios: o próprio Eu profundo, o Espírito verdadeiro, vem contatar com a personagem intelectiva, atraindo-a a si.
A Centelha crística - o Cristo interno - que funciona como impulsor constante desde que se individuou, saindo do Pai, como partícula indivisa, age positivamente e envia, condicionando-o e impelindo-o a isso, esse Eu profundo, essa Individualidade superior, esse Espírito verdadeiro, a vir até a personagem a fim de testificar a respeito do próprio Cristo. E então ocorre que essa Individualidade - à qual o Cristo fala diretamente, interpelando-a de "vós" - passará a testificar a respeito da real essência e da veracidade de todo o processo.
E o Mestre termina: "porque desde o princípio estais comigo".
Incongruente seria interpretar-se a frase no sentido limitado das personagens em contato com a personagem: ficaria o ensino cósmico reduzido a um episódio transitório de três anos, dentro de um período que conta muitos milhões de anos. O sentido é bem mais amplo.
Sendo individuação do Cristo cósmico, a Individualidade está com o Cristo desde o princípio de sua individuação, mesmo que ignore totalmente essa realidade.
Eis então a gnose total e plena da posição que precisamos assumir, para defender-nos do ódio destruidor do mundo. Procuremos resumir esquematicamente essa "obra" (érgon) que Cristo "realizou em nós" (vers. 24), a ver se damos forma didática.
* * *
Dentro do infinito adimensional e do eterno atemporal do Cristo Cósmico, que é resultante necessário e sem princípio (Filho unigênito) do Som (Pai), que é a vibração energética produzida pela degradação das vibrações da Luz Incriada (Espírito-Santo), processa-se uma individuação: uma Centelha que é lançada para atuar (passa de potência a ato) sem destacar-se do Todo. Portanto, também não tem princípio, a não ser "externo", já que existia em potência desde toda a eternidade.
Essa Centelha decresce suas vibrações até o estado de "núcleo", que passa a girar por efeito das vibrações energéticas do Som (Pai), mantendo em si a vida própria, que é a do Espírito (Luz), a mesma que mantém a Energia (Som) e vivifica o Cristo Cósmico (Filho unigênito), permanecendo tudo ligado como um só Todo, apenas desomogeneizado.
Esse núcleo vai agregando a si elétrons e prótons, mésons e néutrons, e outros elementos desconhecidos a nós, até constituir um átomo, que também degrada suas vibrações até materializar-se no reino mineral (o estado mais baixo e menor da matéria que até agora podemos conhecer, o que não impede que possa haver outros ainda inferiores).
Começa daí a linha evolutiva para o Sistema, após essa "queda" no Antissistema. Sempre sustentado pelo Som, vivificado pelo Espírito, e mergulhado no Cristo, desenvolve-se o átomo primitivo, atravessando eons incomensuráveis como mineral, depois como vegetal, adquirindo envoltórios sempre mais desenvolvidos: duplo etérico e a seguir corpo astral, onde aprimora o psiquismo mais animal.
Prosseguindo na linha ascensional, o psiquismo se vai elevando aos poucos no reino hominal, até atingir o estado de pneuma, no qual aprimora o intelecto, enriquecendo-se com a cultura diferenciada que avoluma seu potencial.
Já nessa altura, o Eu profundo começa a situar-se com independência, preparando-se para receber conscientemente o influxo crístico, e expandindo, cada vez mais, sua gama vibratória, de tal forma que sua faixa mais alta sintoniza com a frequência crística, e a mais baixa com a personagem encarnada.
Não deve causar estranheza que o Eu profundo venha a existir já bem mais tarde, só quando adquire potencialidade suficiente para isso, em virtude do acúmulo de experiência conquistada durante a evolução de seus veículos: grande maioria dos seres, apesar de sua forma externa humana, ainda não atingiram o estágio de Homem, e se isso não foi conseguido, "ainda não tem Espírito" (JO 7:39 e Judas, 19; cfr. vol. 4), ou seja, ainda não possuem Eu profundo conscientizado. Este surge aos poucos, consolidando-se pela impulsão interna do Cristo, e só então toma consciência de seu papel de criar personagens transitórias que O ajudem mais rapidamente na evolução sem princípio e sem fim. Até esse ponto, tudo se passa unicamente sob a impulsão direta do Cristo Interno (Mente Cósmica) constituindo para todos os seres e inclusive para aquele que não formou seu Eu profundo, embora sendo "homem", um evoluir automático, do qual não toma conhecimento.
Ao tomar consciência dessa realidade espiritual, o homem encarnado começa a interessar-se pelos assuntos espirituais internos a si mesmos - não se trata, porém, do interesse pelos assuntos religiosos externos, coisa natural ao homem desde que o psiquismo iniciou sua transformação em pneuma, na primeira infância do reino hominal - e começa também a buscar a elevação de seu nível consciencial, para poder transferi-lo da personagem para a Individualidade.
É nesse ponto que o Eu profundo forceja por entrar em contato com aquele que O busca; constitui-se, então, em "Advogado" ou seja, "o que é chamado para junto da personagem".
Então, "todas as vezes que o Advogado (o Eu Profundo) vier, ele será enviado (ou "impelido") pelo Cristo Interno; e essa impulsão é dada da parte do Pai (ou Som energético) de onde ele saiu. E esse Eu profundo atestará a realidade da essência do Cristo, demonstrando-o claramente à personagem, de tal forma, que esta também poderá dar seu testemunho à humanidade. E esse testemunho da individualidade é sólido, convincente e irrespondível, porque a individualidade está com o Cristo interno desde o desabrochar de sua existência (EX+SISTERE, isto é, exteriorizar-se), desde sua individuação.
Se a personagem o ignora, nada importa: o Cristo tem disso consciência, e já a passou para o Eu profundo, e este encontra-se capacitado para garantir essa verdade à personagem, dando testemunho da realidade do fato. Figuremos um bebê recém-nascido: embora produzido pelo pai, plasmado e alimentado pela mãe, ele ignora esse fato.
À proporção que vai crescendo e desenvolvendo seu cérebro, vai tomando consciência do que se passa.
Ao atingir certo grau de amadurecimento, recebe o testemunho dos pais acerca de sua filiação; testemunho válido, porque proveniente do conhecimento pessoal das ocorrências.
Assim, na infância de seu Eu, a personagem nada percebe. Mas ao atingir certo grau de maturidade espiritual, o Eu profundo, o Espírito verdadeiro, testifica a origem divina do ser, porque SABE donde veio e para onde vai, coisa ainda desconhecida à personagem (cfr. JO 3:8).
Recebido esse testemunho, e certa de sua veracidade, a própria personagem passará também a testificar tudo o que sabe a respeito do Eu e do Cristo. E desde o primeiro instante que isso ocorrer, começará a sofrer os impactos violentos da perseguição do "mundo", que desconhece totalmente tudo isso, e crê que a única realidade, é o corpo físico, com as sensações e emoções que pensa serem dele. Daí dizer que, com a morte, tudo acaba!
mt 23:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 4
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 24 CARLOS TORRES PASTORINO
JO 7;11-13
11. Os judeus, então, procuravam-no na festa e perguntavam: "onde está ele"?
12. E grande murmuração havia a respeito dele entre as multidões. Uns diziam: "Ele é bom". Diziam outros; "Não, antes engana o povo".
13. Entretanto, ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus.
Texto privativo de João.
Quando este emprega o epíteto "os judeus", refere-se exclusivamente às autoridades constituídas da religião israelita, que então dominavam; jamais às massas, ao povo. Aqui é dito que estas "o procuravam" nas comitivas dos galileus. E mostraram-se decepcionados ao não encontrar o operário carpinteiro que tanta celeuma levantava.
As opiniões divergiam profundamente, uns julgando-o bom, outros um impostor. Ninguém ousava, contudo, manifestar de público sua opinião (cfr. 7:26; 16:29; 18:20) porque era grande o medo do "principais sacerdotes" (cfr. 9:22; 12:42) que tinham sentenciado a morte de Jesus, sob pretexto de blasfêmia (5:18).
O sacerdócio que então dominava e o Sinédrio, em sua maioria, estavam comprometidos com Roma, por cujo intermédio haviam conseguido suas posições políticas de mando. Desde o domínio romano (63 A. C.) . as "raposas" herodianas (cfr. Lc. 13:22) tinham comprado aos dominadores os cargos, e estes haviam afastado as autoridades legítimas, substituindo-as por elementos "de sua confiança", dispostos a qualquer transação, mesmo de consciência, contanto que não perdessem suas posições de destaque. Contra esses levantava Jesus sua voz (cfr. MT 23:13-29 e Lc. 11:39-43).
No entanto, o povo judaico aceitava o Mestre, tanto que as autoridades vendidas aos romanos tinham muito cuidado em não por suas mãos sobre Jesus "diante do povo", pois sabiam que este defenderia com ardor o seu taumaturgo: prisão, pseudo-julgamento castigo e morte foram realizados quase às ocultas, durante a noite e a madrugada, para que o povo ficasse diante do fato consumado, sem poder reagir.
Estabeleçamos, pois, claramente: "OS JUDEUS", em João (e Pedro), são as autoridades que, àquela época, usurpavam as principais posições politico-religiosas de mando, NÃO O POVO.
Neste episódio também descobrimos o lado oposto: o povo que não se manifestava abertamente, com medo dos sacerdotes mais influentes, que já haviam excomungado Jesus e podiam tomar atitudes drásticas sobre aqueles que exteriorizassem sua simpatia pelo galileu. Nas brigas de gigantes, os pequeninos recebem a pior, pois a corda arrebenta sempre do lado mais fraco.
Mostra-nos aqui João o que acontece a todos os "espirituais", quando entram em contato com os "terrenos".
Nesses encontros, aparece a grande diferença entre "psíquicos" e "pneumáticos". Qualquer criatura que passe a viver na individualidade, demonstrando por seus atos - mesmo sem qualquer intenção ostensiva - que compreende o mundo de modo diverso da maioria, ocasiona de imediato discussões e cria pelo menos dois partidos opostos: os "a favor" e os "contra"; os que o adoram, por vezes, até a fanatismo, e os que não acreditam e o combatem até com a calúnia.
Aliás, nem sequer é preciso SER "espiritual" para provocar esses choques: quantos se limitam a falar de espiritualidade, a emitir opiniões até calcadas sobre outros, a imitar vestes, barbas, gestos, cita ções, atitudes (cfr. MT 23:5) e imediatamente arrastam em suas pegadas pequenas multidões que nele vêem o máximo, o melhor, o "santo". Mas também outros, de logo, assumem atitude oposta, e não o poupam em suas diatribes.
Esse é o quadro descrito em rápidas e vivas pinceladas por João, quadro que se vem reproduzindo, em clichê, por todos os séculos, até nossos dias.
Não devem assustar, portanto, - se somos sinceros - a assuada do combate nem a conjuração do silêncio, os ataques soezes e as calúnias: são normais. Até pelo contrário: se combatidos e caluniados pelo maior número, teremos a certeza de estar com o Mestre (cfr. MT 10:25). E se muito aplaudidos pelas multidões, é porque talvez. estejamos sintonizados com "este eon", com o pólo negativo, com o Antissistema.
mt 23:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 6
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 20:20-28
20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.
21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"
22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".
24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.
25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.
26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,
27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,
28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".
MC 10:35-45
35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".
36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?
37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".
38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,
40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".
41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.
42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.
43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,
44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.
45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".
Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.
Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.
Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"
Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).
Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.
Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).
A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?
Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!
Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.
Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).
Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!
Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!
Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.
51:17,22; EZ 23:31-33).
Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.
Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell
& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.
2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".
Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".
Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).
As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?
Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?
Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".
Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.
Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.
Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".
Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!
Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?
Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.
Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".
Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.
O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.
Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.
Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.
Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!
Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).
Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).
Esta lição abrange vários tópicos:
a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;
b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";
c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);
d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).
Vejamo-lo em ordem.
I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.
O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.
Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".
O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?
Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.
Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.
O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).
II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!
O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...
Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".
Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.
Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.
Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.
A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.
Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO
15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).
Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.
O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?
A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.
Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";
ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.
(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.
III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;
16:15, etc. etc.) .
Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.
Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".
Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...
IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.
Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS
DO SERVIÇO.
Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.
O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".
Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.
Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.
DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.
Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.
Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.
Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.
Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.
Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.
Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).
mt 23:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 1
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 26 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 4:1-11
1. Então foi levado Jesus pelo espírito ao deserto para ser posto à prova pelo adversário.
2. E tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.
3. Chegando o tentador disselhe: "se és filho de Deus, dize que estas pedras se tornem em pães".
4. Mas Jesus respondeu: "Está escrito: "Não só de pão viverá o homem, mas de tudo o Que sai da boca de Deus".
5. Então o adversário o levou à cidade santa e o colocou sobre o pináculo do templo,
6. e disse-lhe: "se és filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: "a seus anjos ordenará a teu respeito e eles te susterão em suas mãos, para não tropeçares em alguma pedra".
7. Tornou-lhe Jesus: "Também está escrito: não tentarás o Senhor teu Deus",
8. De novo o adversário o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o apreço deles,
9. e disse-lhe: "tudo isto te darei se, prostrado, me adorares".
10. Respondeu-lhe Jesus: "Vai para trás, antagonista, porque está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto".
11. Então o adversário o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviam.
LC 4:1-13
1. Cheio de um espírito santo, voltou Jesus do Jordão e foi levado com o espírito ao deserto,
2. durante quarenta dias, sendo experimentado pelo adversário. E nada comeu nesses dias; mas, passados eles, teve fome.
3. Então lhe disse o adversário: "se és Filho de Deus, manda que esta pedra se torne em pão".
4. Respondeu-lhe Jesus: "Está escrito que não só de pão viverá o homem".
5. E levando-o a uma altura, mostrou-lhe num relance de tempo todos os reinos habitados.
6. Disse-lhe o adversário: "dar-te-ei o domínio absoluto e o apreço deles, porque eles me foram entregues e os dou a quem eu quiser;
7. se tu, pois, me adorares, tudo será teu".
8. Respondeu Jesus: "Está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele darás culto".
9. Então o levou a Jerusalém e o colocou sobre o pináculo do templo e lhe disse : "se és filho de Deus, lança-te daqui abaixo,
10. porque está escrito: "a os seus anjos ordenará a teu respeito para te guardarem,
11. e "eles te susterão nas mãos para não tropeçares em alguma pedra".
12. Respondendo disse-lhe: "dito esta que não tentarás ao Senhor teu Deus".
13. Tendo o adversário acabado toda sorte de tentação, apartou-se dele até ocasião oportuna.
MC 1:12-13
12. Imediatamente o espírito o imliu para o deserto,
13. e ali ficou quarenta dias tentado pelo antagonista; e estava com as feras e os anjos o serviam.
Estudemos, inicialmente, três palavras que aparecem no texto, uma hebraica e duas gregas. E completaremos logo a seguir o estudo de um assunto que tem sido mal conduzido, por interpretações viciosas.
SATÃ ou SATANÁS - Em hebraico aparece (...) (satan) e em aramaico (...) (sitená), mas também se encontram as duas palavras iniciadas por samech: (...) Essa palavra significa literalmente "o opositor, o antagonista, o adversário, ou seja A PESSOA QUE SE OPÕE.
Foi transliterado em muitos lugares para o grego σατανάς. No entanto, desde os Setenta até o Novo Testamento, essa palavra aparece também traduzida em grego, por uma equivalente: DIABO - que é o adjetivo διάβολος,ος,ον O verbo grego διαβάλλω - composto da partícula διά (que exprime separação em duas ou mais direções) e o verbo simples βάλλω (que quer dizer "lançar, jogar, impelir") - tem o sentido de "desunir, separar"; daí derivam outros sentidos, como "intrigar", donde: "acusar, caluniar, opor-se". Esse verbo é usado, nestes trechos que estamos comentando, duas vezes na forma simples: βάλε - lança-te (MT 4:6 e LC 4:9) e uma vez no composto: έиβάλλει - impeliu (MC 1:12). Desse verbo derivam: a) o substantivo διαβολή, ης (f.), que significa "divisão, desunião", donde "intriga, acusação, calúnia", e b) o adjetivo διάβολος,ος,ον com o sentido "que separa, que divide", donde "adversário, opositor, provocador, acusador, caluniador". TENTADOR - Em grego é um verbo ζαdιзд (só conjugado no presente e no aoristo), cujo particípio presente é substantivado: o πειραζων . O verbo quer dizer "experimentar, tentar, pôr à prova" e o partic ípio tem o sentido de "o tentador".
Concluímos, pois, que há sinonímia entre os dois primeiros, e sempre os traduziremos assim: "o antagonista" (satanás) ; "o adversário" (diabo) e "o tentador".
Antes de prosseguir, todavia, expliquemos o sentido REAL atribuído pelo Novo Testamento às palavra "antagonista", "adversário" e "tentador".
Todos os três epítetos referem-se à PERSONALIDADE: é o quaternário inferior que, pela encarnação, estabelece a separação, a divisão, a desunião entre as criaturas, e que se opõe à espiritualização;
é o adversário e antagonista da evolução, que tenta o homem para que volte sempre à matéria. O Espírito (Cristo) é um só em todos ("um só Espírito há", EF 4:4), porque o Foco Incriado (Deus) é um só ("há um só Deus e Pai de todos", EF 4:6). Quando as Centelhas se afastam do Foco, se esfriam ou congelam (por estarem distantes vibratoriamente do calor) e se cristalizam na matéria densa opaca (que é "trevas" por distanciamento vibratório do Foco de Luz). Então, as Centelhas ficam separadas umas das outras pelo corpo denso de que se revestiram, seja ele mineral, vegetal ou animal; não obstante, mesmo sendo a personalidade "o antagonista, o adversário", continua sendo "Lúcifer", ou seja, o "portador da luz", porque tem dentro de si a Luz Divina. Divididas e separadas em corpos diferentes, estabelece-se toda a sequência de contrastes, egoísmos, vaidades, ciúmes, ódios, etc.
O trabalho evolutivo consiste na reunificação de todos em UM; em outros termos, no AMOR total entre todos, sem distinções e qualquer espécie. O que se opõe a esse AMOR-UNIÃO e a personalidade, que é o "antagonista" (satanás), o "adversário" (diabo), o "tentador", que atrai o espírito para a separação, querendo sobrepujar os demais.
A personalidade é que, separada como está, distingue o "eu" do "tu", opondo o "eu" a "todo o resto".
Quando conseguirmos reunir, ou melhor, reunificar tudo NUM só Cristo ("para que sejam UM comigo, assim como sou UM contigo, Pai", JO 17:22) teremos alcançado a meta da evolução. E então a personalidade (opositor, diabo, satanás, tentador) e sua consequência inevitável, a morte, estarão dominadas e vencidos: "a morte foi aniquilada pela vitória (cfr. IS 25:8). Onde está ó morte a tua vitória? (cfr. Oséas, 13:14). Onde está ó morte o teu aguilhão (teu estimulante)? O aguilhão da morte é a queda (o erro, a involução na matéria), e a força da queda é a lei (da evolução)", lemos em Paulo (1CO 15:54-55).
No entanto, há outras palavras vulgarmente tidas como sinônimos de diabo e satanás, mas que nada têm que ver com esse sentido. Esclareçamos logo.
DEMÔNIO- Nada autoriza a confundi-lo com os termos acima.
O substantivo grego δαιµων, ονος (masc. e fem.) é simplesmente um espírito desencarnado, de homem ou de mulher, podendo ser bom (guia), regular (familiar) ou perverso (obsessor). A literatura grega é farta de exemplos dos três graus, embora os dois primeiros sejam os mais comuns, ao passo que nos Evangelhos o mais comum é o terceiro. Platão usa o adjetivo δαιµονιος; ao lado do substantivo σωφια para exprimir "a sabedoria divina" ... (Crat, 396 d) e Herodoto (4, 126 e 7, 48) emprega o mesmo adjetivo ao lado de "homem", no sentido de "homem excelente". O próprio Platão (Ap. 40 a) refere que Sócrates dizia ter um "guia" (δαίµων) que o ajudava em todas as dificuldades da vida, aconselhandoo para o bem. Os verbos δαιµονίζοµαι e δαιµόνω significam "receber espírito", ou "estar sob a ação de um espírito desencarnado", fosse ele bom ou mau. Do substantivo, deriva o adjetivo δαιµόνιος, ος (α), ον que significa "maravilhoso, extraordinário"; esse adjetivo é substantivado em το δαιµόνιον, para exprimir "espírito desencarnado", ou seja, o ser que está na escala entre Deus e o homem. Observe-se que em o Novo Testamento só é usada essa forma do adjetivo substantivado, aparecendo o substantivo δαίµων apenas em MT 4:3. Demônio, pois, é apenas um "espírito desencarnado", com três graus de evolução: bons e regulares (nos autores profanos) e pouco elucidados (nos autores do Novo Testamento), Mas há ainda duas outras espécies de "espíritos" citados: IMPURO - πνεΰµα άиάθαρτον com o sentido exato de "não-purificado" ainda, ou melhor, de "atrasado", de não-evoluído. MAU - πνεΰµα πονερόν, que preferimos chamar "sofredor". Com efeito, πονερός tem esse sentido: " sofredor, infeliz, defeituoso ", donde passou a "mau"; tanto assim que o substantivo exprime "o sofrimento", e daí "o mal" porque, segundo a concepção terrena, todo sofrimento é um mal. Mas ambos são derivados do substantivo πόνος, que quer dizer "esforço", donde "fadiga", e daí "sofrimento" (compare com o latim poena e o português "pena"). SANTO - Quando, porém, o "espírito" é bom, esclarecido, ou melhor, iluminado, o Novo Testamento o chama "santo" (άγιος), isto é, puro, sadio, são.
Resumindo, temos as seguintes qualificações para os espíritos humanos desencarnados, de acordo com seus graus evolutivos: 1) - santo - sadio, bom, iluminado, superior a nós; 2) - demônio - regular, não-esclarecido, familiar, igual a nós; 3) - sofredor - que está sofrendo, mas esforçando-se por melhorar; 4) - impuro, isto é, atrasado - não evoluído ainda, e que se obstina no erro.
A estes, podemos acrescentar mais um termo: é um espírito humano desencarnado, já iluminado (santo) que tem missão especial: e um mensageiro, um encarregado de tarefa especial junto aos homens; denominado, então, ANJO.
Passemos, agora, aos comentários exegéticos dos trechos, procurando ater-nos à cronologia. das ocorr ências.
(1) Lucas diz que "Jesus voltou do Jordão cheio de um espírito santo" (em grego sem artigo; portanto, é indeterminado, um epíteto comum: um espírito bom, iluminado), e foi com o (com esse) espírito para o deserto. Aí temos mais uma vez a preposição grega en, com valor associativo, que comentamos nas págs. 32 e 80.
(2) Mateus afirma simplesmente que "foi conduzido ao deserto pelo espírito" (agente da passiva, com a preposição "hypó", que literalmente daria o sentido "sob um espírito", podendo entender-se: conduzido sob a influência do espírito, ou ainda "incorporado").
(3) O "deserto" não foi localizado até hoje. Pela tradição seria o "Monte da Quarentena" (Djebel Karantal) a 4 quilômetros a nordeste da moderna Jericó, lugar ermo e cheio de grutas naturais. O deserto, segundo informam as Escrituras, era o local preferido dos espíritos atrasados (cfr. MT 12:43; LC 11:24; IS 13:21 e IS 34:14; Bar. 4:35 e 2CR 8:3).
(4) Temos a notícia do jejum de quarenta dias e quarenta noites. Não se trata de um hebraísmo essa repetição, mas salienta o narrador que Jesus não comeu nem de dia nem de noite; há razão para essa afirmativa, pois no oriente, depois de ocultar-se o sol, os jejuadores podiam alimentar-se, como ainda se usa hoje no Ramadan.
(5) Por que quarenta? É um número simbólico e cabalístico, que vemos repetido no Velho Testamento: o dilúvio dura quarenta dias (GN 7:17); Moisés jejua no Sinai, por duas vezes, durante quarenta dias de cada vez (DT 9:9 e DT 9:18); os israelitas ficam 40 anos a peregrinar pelo deserto (NM 14:33) ; Elias jejua 40 dias (1RS 19:8); David e Salomão reinam quarenta anos cada um
(1RS 2:11 e 1RS 11:42) e outros passos ainda. Na própria vida de Jesus temos esse jejum e mais tarde sua permanência na Terra entre a ressurreição e a ascensão, durante quarenta dias (AT 1:3).
Deve haver algum significado nesse número.
(6) Depois assinalam os evangelistas que Jesus teve fome.
(7) Aparece então o "tentador". Discutem os hermeneutas se Lhe apareceu sob forma humana corpórea, se "pegou" mesmo a pedra com sua mão, ou se a cena se passou em "pensamento". Na primeiSABEDORIA DO EVANGELHO ra hipótese teríamos um fenômeno de materialização, e assim costumam representá-la os pintores.
Na segunda, seria apenas um fato intelectual. Não discutiremos essas minúcias, pois o fato será esclarecido no comentário simbólico, compreendendo-se que se trata de "pensamentos", que, aliás, nem sequer chegaram a tomar consistência, tão rapidamente foram esmagados pelo Espírito de Jesus.
(8) A seguir são enumeradas as "tentações". Parece-nos mais lógica a sequência dada por Mateus: I - de EGOÍSMO - transformar as pedras em pães, para saciar a própria fome. Trata-se do desejo animal de satisfazer à "fome", isto é, aos apetites egoístas do quaternário inferior. A resposta de Jesus, extraída de Deuteronômio 8:3, faz-nos compreender que a alimentação espiritual da tríade superior também pode saciar, essas "fomes".
II - de VAIDADE - lançar-se de grande altura, confiando que Deus mandará "mensageiros" para ajud á-lo. O adversário apresenta-se com uma frase do Salmo 91:11-12, mas Jesus lhe responde com outra do Deuteronômio 6:16. É a tentação de ceder à vaidade de demonstrações taumatúrgicas, onde não haja necessidade delas, confiando em proteções "especiais" superiores.
III - de ORGULHO - usar qualquer meio bajulatório para obter fama e poder de domínio. Volta Jesus com um versículo do Deuteronômio 6:13, mostrando que Deus está acima de tudo e só a Ele podemos e devemos prestar culto, reverência e obediência, não devendo utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais nem para grupos.
(9) Discute-se também se o "diabo" carregou Jesus em suas mãos, para levá-lo a Jerusalém, colocandoo sobre o pináculo do Templo; e se O transportou carregando-O para o cume da montanha; e pergunta-se qual seria essa montanha, "de onde se viam todos os reinos do mundo" ... As soluções oferecidas por alguns comentadores são lamentáveis do ponto de vista do bom senso. Acreditamos que a explicação não esteja na "letra" e sim no "espírito" ou seja, no sentido global das "tentações".
(10) O sentido de "mostrou os reinos do mundo e o apreço deles" em Mateus; e a expressão: "darteei o domínio absoluto e o apreço deles", podem resumir-se: "o domínio das criaturas, e o apreço ou fama que obteria entre elas". A palavra grega δόζαν, derivada do verbo δοиεω tem vários sentidos: 1) aparência; 2) opinião; crença; 3) doutrina, ensino (por oposição a άληθεια "verdade pura"; a γνώσις "conhecimento adquirido; e a έπιστήµη "ciência"); 4) apreço, reputação, donde 5) glória. (11) Em Mateus, no final do episódio, Jesus usa uma expressão autoritária: "retira-te, antagonista", que foram as mesmas palavras dirigidas a Pedro, quando este se opunha à revelação do sofrimento de Jesus (MC 8:33). O verbo grego υπαγε tem o sentido exato de "retira-te submetendo-te, capitula, rende-te, subordina-te", porque é composto de υπο (para baixo) e αγω (agir, ir).
(12) A conclusão é que, afastado o adversário, os anjos apresentaram-se para servir a Jesus.
No trecho resumidíssimo de Marcos há um pormenor: Jesus, no deserto, "estava com as feras" e com os anjos, que O serviam. Na Palestina da época, as feras que perambulavam eram chacais, lobos, raposas, gazelas e, menos provavelmente, hienas, panteras e leopardos.
Mais alguns ensinamentos de profundo alcance, nesta lição da Boa Nova.
Após ter a individualidade (Jesus) realizado o Sublime Encontro ou Mergulho no Fogo, Cristo Interior, é ela levada para consolidar essa união no "deserto", onde permanece em oração e meditação.
Realmente, só no isolamento podemos conseguir uma fixação e vibrações em faixas tão delicadas de frequência tão elevada. Qualquer distração faria fugir a sintonia. E o burburinho ocasionaria distra ção. Por isso, quando o Momento Sublime se apresenta, o Discípulo é levado pelo Espírito (individualidade) ao isolamento, onde viverá em oração e meditação. Isso ocorria muito entre eremitas e cenobitas em tempos idos. Hoje ainda é frequente no Oriente. (Índia e Tibet) embora menos comum no Ocidente, onde existe, porém, nos conventos das Trapas.
O "deserto" exprime um lugar "sem habitantes". O planeta Terra é de fato um local em que não são vistos os "espíritos". Nesse sentido, é um deserto de espiritualidade, embora seja densamente habitado por criaturas físicas. Qualquer espírito elevado, que saia de seu "hábitat" natural no mundo dos espíritos e venha à Terra, penetra realmente num deserto e, como diz Marcos, "vive entre as feras", embora "os anjos o sirvam", ou seja, os "espíritos" bons jamais o deixem abandonado.
O número quarenta tem um significado especial: exprime o arcano do plano físico, sublinhando seu caráter material. Representa a esfera da concretização das formas nervosas, isto é, a materialização (encarnação) do astral e do etérico. "Quarenta" significa também a "luta do espírito com o mundo exterior", ou seja, a realização da Mônada ou Centelha divina do lado de fora de si mesma. O discípulo, no Caminho, sabe, porém, que todos os estados materiais (o deserto) são efêmeros e cessarão um dia. E apesar de só haver dificuldades, sabe que essas dificuldades são momentâneas e não impedir ão a ascensão que buscamos (cfr. Serge Marcotoune, "La Science Secrete des Initiés", pág. 203 ss., éd. André Delpeuch, Paris, 1928).
Então, os quarenta dias no deserto, entre feras (mas servido pelos anjos) é a vida da Centelha divina no planeta Terra, entre criaturas involuídas.
E sua passagem pela Terra tem justamente a finalidade de "ser tentada", ou melhor, ser "experimentada" através do "espírito" a que deu nascimento. Assim como em nossas escolas ninguém é promovido de ano sem prestar exames, assim na vida espiritual ninguém ascende de plano sem passar pelos "exames" das provações. E é exatamente por isso que se torna imprescindível a encarnação no plano físico. Com efeito, se a encarnação pudesse ser dispensável, acreditamos que muitos "espíritos" não viriam ao planeta, e evoluiriam diretamente no mundo espiritual (doutrina aceita por Swedenborg): uma vez abandonada a matéria, nunca mais a ela voltariam. A teoria pode ser sedutora, mas não corresponde aos FATOS comprovados. Ora, contra fatos não há argumentação filosófica que se sustente. E os fatos, cientificamente experimentados e comprovados, demonstram que o "espírito"
vem à Terra a cada novo passo que tenha que conquistar. Como não podemos admitir que a Sabedoria da Vida obrigue a passos inúteis, concluímos que a única via de acesso a novos planos seja atrav és da materialização temporária na Terra, com esquecimento do passado, para que, como nova criatura (nova personalidade), possa assumir a responsabilidade de seus atos, merecendo assim integralmente a melhoria a que fez jus (ou a consequência dolorosa de seus erros).
Uma vez na matéria, o Espírito (individualidade) está preso ao "tentador", que pode chamar-se "diabo" ou "satanás", mas é simplesmente a PERSONALIDADE, o quaternário inferior. E por mais consciente que esteja o Espírito (individualidade), as "tentações" (experimentações ou provas) são inevit áveis, porque são inerentes à própria personalidade, são a condição "sine qua non" da encarnação ou "crucificação" na matéria. O Espírito, com seu mergulho no quaternário, assume novo "eu", um" eu" externo e pequeno, que é porém o "eu" que se manifesta consciente de si e que, por isso, assume a liderança da consciência. Esse "eu" menor (ou "espírito") abafa o Espírito (individualidade) e o Eu Profundo, e passa a agir como se fora o único chefe, comandando o processo evolutivo: o "eu" menor quer agir por si e dirigir tudo, não tomando conhecimento de que exista outro "EU" superior a ele: é, por isso, o verdadeiro adversário ou antagonista do Espírito (individualidade) e do EU REAL, que se vê escondido e sediado no coração (embora em outra dimensão), forcejando por agir - o que nem sempre consegue. Dessa luta titânica entre o "eu" pequeno ou personalidade (o "espírito") e o Espírito, ou individualidade, vai resultar o progresso. Se o "eu" pequeno vence, o Espírito derrotado terá que voltar mais tarde à matéria, com outro "eu" pequeno diferente, para ver se consegue conquistar a palma da vitória. E um dia obterá inevitavelmente o triunfo, embora demore séculos ou milênios nessa árdua batalha interna, tão bem descrita no Bhagavad-Gita. Quando o "eu" pequeno se anula pela humildade, dando ansas à individualidade de dirigi-lo, a vitória do Espírito se afirma, e ele prossegue para o plano superior seguinte.
Dessa luta (tentação) dá-nos conta o relato evangélico.
Depois de "mergulhar" na água (de renascer através do mergulho no líquido amniótico) o Espírito é levado ao "deserto (aos embates da Terra) para ficar em contato com as "feras" (homens atrasados, pequenos "eus" ferozes e egoístas), permanecendo "quarenta" dias e quarenta noites (permanecendo na matéria) em jejum absoluto (em isolamento total do EU REAL). É aí que o Espírito encontra o antagonista personalizado (satanás, nosso próprio "eu" menor) que quer arrastá-lo a seus caprichos.
Surgem então as três "tentações" principais, as mais difíceis de vencer por qualquer pessoa (o arcano 3 representa a "obra completa", e dá o resumo esquemático de um todo). Com efeito, as três provas citadas englobam os três aspectos da personalidade: as sensações (etérico), as emoções (astral) e o intelecto (mental concreto). 1. º TENTAÇÃO - O egoísmo na luta da sobrevivência e do bem estar, da satisfação das necessidades básicas da criatura humana: a fome, o repouso, as ânsias fisiológicas do sexo, as angústias das sensa ções chamadas "físicas", mas na realidade pertencentes ao duplo etérico. Então, o Espírito é instado a ceder aos desejos egoísticos dos sentidos do "eu" menor dando-lhe a "alimentação" que o satisfa ça, simbolizada no "pão" que mata a fome. O ato de "matar a fome" faz bem compreender a índole dessa tentação, muito mais vasta que a simples fome estomacal: trata-se de SACIAR os instintos inferiores do etérico que se manifesta através do corpo denso.
Além disso, outro aspecto transparece: preso no mundo material das formas, o "espírito" (personalidade) tenta transformar as "pedras" (que exprimem os ensinamentos interpretados à letra) em "pão", isto é, em alimento. Explicamos: o "espírito", ao invés de adorar espiritualmente ("em Espírito de verdade", JO 4:23 e 24), pretere a exteriorização material da religião, que lhe possa satisfazer aos sentidos físicos, aos instintos sensoriais, emocionais e intelectuais, e por isso transforma os vãos do espírito em "pães" materiais, visíveis e sensíveis, chegando ao clímax de pretender transformar o próprio Deus em pão. Todo seu espiritualismo reduz-se a liturgias e ritos, a atos externos e poderes ocultos de magia, de vaidade, de vestimentas diferentes e exóticas, de tudo o que satisfaça à "separação", ao luxo, à ostentação da "pompa de satanás" (que é exatamente a vaidade das criaturas humanas), assim, a espiritualização nesse grau visa à elevação do próprio "eu" pequeno, em detrimento de todos os outros "eus", julgados "outras" pessoas. E a criatura cega transforma os preceitos evangélicos, interpretados ao pé da letra (pedras) em satisfações egolátricas de instinto que lhes saciem a fome de vaidade (pães).
O combate a essa tentação é feito pela auto-disciplina, isto é, pela disciplina que o Espírito, guiado pelo EU REAL impõe ao "eu" menor, fazendo-lhe ver que o Homem (integral) vive de tudo o que vem de Deus, desse Deus residente no coração do homem, e não apenas das exterioridades transitórias da personalidade efêmera. 2. ª TENTAÇÃO - A vaidade própria do "eu" personalístico que se julga separado, diferente, e sempre (são raríssimas as exceções!) superior a todos os demais, é outra das mais difíceis provas a ser superada pelo "espírito" mergulhado na Cruz da personalidade ("cruz", quatro pontas, significando o quaternário inferior). " Lançar-se do pináculo do templo" (emoção de grandes efeitos mágicos) na certeza de que Deus o protege em tudo, mesmo nas loucuras insensatas de pretensões vaidosas, por um privilégio a que se julga "com direito". De fato, o desenvolvimento do corpo astral aguça as emoções e as hipertrofia de tal forma, que elas empanam o raciocínio equilibrado, toldam a razão, fazem perder o senso das propor ções" Nas criaturas emocionalmente desequilibradas vemos a ânsia de "operar milagres"; a rebeli ão contra a autoridade da Razão superior, a pretensão egocêntrica de que "ele" sabe e os outros são ignorantes; a ambição de possuir poderes para comandar movimentos religiosos; o desejo de se "chefe" espiritual ou religioso, nem que seja de um pugilo de criaturas que se fascinam por suas palavras, e as acompanham cegamente, tributando-lhes elogios a cada palavra que proferia, e que ele aceita, com gratidão, porque lhe acaricia a vaidade.
Essa a razão de vermos, desde que a história regista os acontecimentos da sociedade humana, essa constante fragmentação religiosa, que se opera logo após o desaparecimento do "Mensageiro" divino que as revelou. Numerosas são as criaturas que se julgam "taumaturgos", com poderes sobre os" anjos " e, rebelando-se contra o meio ambiente, instituem a própria seita. Daí verificarmos que esses homens não defendem ideias novas, divulgando-as em estudos e pesquisas impessoais, mas antes, querem logo iniciar grupos novos e dissidentes, dos quais passam eles ser o chefe, o cabeça. Quantas" heresias " se multiplicaram nos primeiros séculos do cristianismo, quantas seitas pulularam nos meios evangélicos, quantos movimentos teosóficos e rosa-cruzes que se combatem, quantos milhares de" centros" espíritas se fragmentam do pensamento original, criando "inovações", quase nunca com sentido lógico, quase sempre sem razão de ser; mas o móvel subconsciente e o desejo de "chefiar"
alguma coisa, de "separar-se" do grupo, de concorrer demonstrando gozar de proteções especiais do mundo espiritual. Não é esta uma característica apenas das criaturas encarnadas: também os desencarnados que carregam para além do túmulo, no "espírito", seus defeitos personalísticos, também eles gostam muito de criar seus "grupinhos", onde possam pontificar, conseguindo no mundo astral o que não conseguiram na Terra; aproveitam médiuns invigilantes, e aí temos outra "facção" a surgir.
E é típico exigirem "separação", proibirem estudos e leituras, colocando livros no índex particular, e garantindo que a "salvação" (ou pelo menos especiais privilégios) só se dará dentro daquele pugilo.
Como isto se passa no mundo material, que é o mundo da divisão, é natural que arrastem após si todos os que sintonizam com o "separatismo", cedendo à tentação de "atirar-se do pináculo do templo"
da Verdade, para os labirintos barônticos do personalismo satânico.
Outro ângulo dessa tentação é a ambição de poderes mágicos, a crença de que "gestos" e atos físicos criem efeitos espirituais; a pretensão de dominar "espíritos" e elementais, sem pensar nos resultados que daí possam advir. Os poderes "ocultos", que envaidecem e separam as criaturas, é aspecto importante dessa prova de fogo por que todos os que já desenvolveram o corpo emocional (astral) têm que passar.
O combate a essa tentação, isto é, a vitória sobre essa prova, esse "exame" - a que só é submetida certa classe de pessoas mais evoluídas que as da anterior tentação porque já desenvolveram o corpo astral - é realizada com a auto-renúncia do "eu" menor: "não tentarás o Senhor teu Deus" exprime, pois, "não quererás ser superior ao teu EU REAL, não pretenderás exigir dele favores especiais nem quererás impor-te a ele". Renunciar à própria vaidade de querer ser chamado "pai" ou "mestre" ("a ninguém na Terra chameis vosso pai, porque só UM é vosso Pai: aquele que está nos céus; nem queirais ser chamados mestres, porque um só é vosso mestre: o Cristo" MT 23:9-10), esse Cristo Interno que está dentro de TODOS, e não apenas de alguns privilegiados.
Jesus deu-nos o exemplo típico dessa vitória: pregou um IDEAL, mas não chefiou nenhum movimento religioso; atendeu aos judeus, sem afastá-los de Moisés; socorreu à siro-fenícia, sem arrancá-la de seus ídolos; elogiou o centurião romano, sem exigir o seu repúdio a Júpiter; e, no exemplo da "caridade perfeita", citou o samaritano, de religião diferente da Sua. E de tal forma renunciou à Sua personalidade, que o Cristo agiu plenamente através dele ("Nele habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade" CL 2:9) de tal maneira, que, durante séculos, foi Ele confundido com o próprio Deus.
E isso foi conseguido com o Seu mergulho humilde nas águas da matéria, na Sua encarnação como ser humano: "aniquilou-se tomando a forma de servo, feito semelhante aos homens e, sendo reconhecido como homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (FP 2:7-8). 3. ª TENTAÇÃO - Esta é a experimentação que as criaturas encarnadas (presas à personalidade, crucificadas no quaternário inferior) têm maior dificuldade em superar. Não é mais no duplo etérico, com as sensações; nem no astral, com as emoções, mas no mais terrível de todos os adversários, maior que os prazeres (sensações), maior que a vaidade (emoções): trata-se do INTELECTO, isto é, do ORGULHO de julgar-se melhor que os "outros". Daí parte a oposição máxima, não mais no mesmo plano, de "ser diferente", mas num plano "acima", de ser superior. Todas as criaturas se julgam ACIMA DOS OUTROS. Pode tratar-se de um ignorante: há um ponto em que "não cede", há sempre um aspecto em que "ninguém o iguala". Por ínfima que seja a criatura, embora reconhecendo a superioridade de outrem num ou noutro pormenor, descobre sempre algo em que ninguém lhe é superior.
Daí a crítica e o julgamento que sempre todos nos acreditamos autorizados a fazer.
E a ambição orgulhosa do mando ataca a todos, ao lado da ambição de posses materiais (riquezas) que lhes dê prestígio e superioridade no mundo material, para garantir-lhe a força da superioridade.
Todos querem ter mais e melhor do que o vizinho. Se o não conseguirem, não importa: são "mais educados", "mais generosos", "mais inteligentes", "mais fortes", "mais saudáveis", ou "gozam de amizades mais ilustres", qualquer coisa se arrumará, pela qual eles "não se trocam" pelo fulano...
Comum é que o chefe religioso venha a ambicionar logo a seguir o domínio político, para ampliar sua ascendência sobre as massas e fazer crescer sua autoridade "carismática", outorgada por Deus. Os meios para conseguí-lo não lhe ferem o escrúpulo. E uma vez guindados ao poder, não mais desejam apear. Nem sempre isso ocorrerá visando a uma nação: pode ser apenas pequeno grupo e até uma família reduzida. Isso explica o desgosto dos pais ao verem seus filhos crescerem e se independizarem.
Daí a rebeldia dos filhos, em certa idade, sentindo também a "tentação" do mando, pretendendo derrubar os pais do pedestal em que se encontram.
Provenientes desse "messianismo" do poder, os ditadores, da direita, da esquerda ou do centro cercearem a liberdade dos súditos, certos de que só eles, e os que os aplaudem, são "iluminados", têm sabedoria e compreensão, constituindo "os outros" um rebanho sem espírito. Desconhecem que cada criatura tem Deus dentro de si: para eles, Deus está só com eles, porque eles são os "protegidos", colocados "pela Divindade" acima de todos os mortais.
Não estamos falando de "alguns" homens, mas de TODAS AS CRIATURAS HUMANAS. Sem exceção, somos todos experimentados nesse setor.
Para superar essa "tentação" há um só remédio: o auto-sacrificio, não mais adorando a personalidade (satanás), mas unicamente cultuando a Deus que está DENTRO DE NÓS, como também DENTRO DE TODAS AS CRIATURAS: moços e velhos, homens maduros e crianças, mulheres e homens, brancos.
e negros, ignorantes e sábios, santos e criminosos.
Quando compreendermos e "sentirmos" isso, sacrificaremos nosso personalismo, e ligaremos nosso" espírito " ao EU REAL. Colocaremos a personalidade em seu lugar, submetendo-a, como o fez Jesus: " rende-te, satanás", submete-te à individualidade!
Prestar culto à personalidade (satanás) é IDOLATRIA, e praticara idolatria é, seguindo as Escrituras, pecar por adultério contra Deus. O Espirito tem que estar ligado ao EU REAL e não à personalidade; se ele se afasta do primeiro para ligar-se ao segundo, está cometendo adultério, está separando o que Deus uniu ("O que Deus uniu o homem não separe", MT 19:6 e Mc. 10:9).
Só o sacrifício, com a submissão do "eu" menor, é que pode conferir a vitória sobre o orgulho da personalidade, que desejaria dominar e submeter a si a individualidade, pedindo: "adore-me!"
Quando, porém, o homem vence as três etapas, dominando as sensações, as emoções e o intelecto, ele vê que os anjos de Deus vêm servi-lo, e o "eu menor" (satanás o antagonista), se retira vencido, até o" momento oportuno", porque outras provas ainda virão, todas elas ensinadas nos Evangelhos.
mt 23:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 2
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 41 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 6:5-15
5. Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens; em verdade vos digo, já receberam sua recompensa.
6. Tu, porém, quando orares, entra em teu quarto e, fechada a porta, ora a teu Pai que está no secreto; e teu Pai que vê no secreto te retribuirá (na luz plena).
7. Quando orais, não useis de repetições inúteis como os gentios, pensam que pelas muitas palavras serão ouvidos.
8. Não sejais como eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes que lho peçais.
9. Portanto, orai vós deste modo: "Nosso Pai, que estás nos céus; santificado seja teu Nome;
10. venha o teu reino; seja feita tua vontade, como no céu, assim na terra;
11. o pão nosso sobressubstancial dános hoje;
12. e perdoa-nos nossas dívidas assim como nós já perdoamos aos nossos devedores;
13. e não nos induzas em tentação, mas liberta-nos do mal".
14. Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará;
15. Mas se não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai celestial perdoará vossas ofensas.
MC 11 : 25-26
26. Quando estiverdes de pé, orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoailha; para que também vosso Pai que está nos céus.
vos perdoe vossas ofensas.
27. Mas se não perdoardes, também vosso Pai que está nos céus não vos perdoará vossas ofensas.
Lc. 11:1-4
1. E aconteceu que estava (Jesus) orando em certo lugar e, quando acabou, um de seus discípulos disse-lhe: "Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos".
2. Ele lhes respondeu: quando orardes, dizei: Pai, santificado seja teu Nome; venha teu reino;
3. o pão nosso sobressubstancial dá-nos diariamente;
4. e perdoa-nos nossos erros, porque também perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos entregues à tentação".
São as mais perfeitas instruções que, neste trecho, recebemos a respeito da prece, seguindo-se-lhes o modelo ditado por Jesus.
Antes dele, todavia, são dadas as atitudes a assumir. No contato com o Pai, deve evitar-se qualquer intromissão de outras criaturas: nada de assumir posições especiais, nem de fazê-la em público para ser admirado e louvado pelos homens.
Assim, é condenada a posição ostensiva, de ficar de pé (hestãtes) nas sinagogas (isto é, nos locais de oração) e nas praças públicas (referência ao hábito de orar em horas prefixadas, onde quer que se esteja, e que era prescrito aos israelitas, como ainda hoje aos muçulmanos).
A essa publicidade, Jesus opõe o segredo de entrar no quarto (eis tò tameiõn, que era o "quarto de guardados", jamais frequentado por pessoas estranhas); e além disso trancar a porta, para que ninguém presencie o contato íntimo com o Pai. Exemplo frequente disso deu-nos o Mestre, relatado pelos evangelistas: " retirou-se sozinho ao monte para orar". Lucas aproveita uma dessas situações, dizendo que, após ter Jesus orado "em certo lugar", os discípulos Dele se aproximaram pedindo-Lhe lhes ensinasse a orar, como João o fizera. Essa solicitação esclarece que Jesus orava sempre retirado e só, tanto que os discípulos não sabiam como fazer suas preces.
Outros ensinos ainda são trazidos: não repetir muitas palavras, falando muito "como os gentios, que pensam que, pela muita repetição é que são ouvidos". Portanto, condenação absoluta de repetir 10, 50 ou 150 vezes as mesmas fórmulas, o que acaba provocando a mecanização de sons, sem que haja interfer ência do sentimento quanto ao sentido das palavras.
Diz-nos mais, que não adianta PEDIR coisas ao Pai, pois Ele sabe mais e melhor que nós o de que necessitamos: habitando DENTRO DE NÓS, em nosso coração, Ele vê e sabe de tudo; inútil, além de ridículo se torna" querer ensinar a Deus aquilo que deve Ele dar-nos...
Vem, então, a fórmula perfeita, que passamos a analisar.
ANÁLISE DO "PAI NOSSO"
Nessa prece Jesus criou admirável síntese das fórmulas empregadas nas preces judaicas, escoimandoas apenas do exagerado nacionalismo e materialismo, dando-lhes sentidos espirituais profundos, que veremos adiante. Mas as expressões ensinadas são lidimamente judaicas, pois Jesus nascera e se filiara à religião mosaica, nela vivendo e morrendo, sem jamais ter tido a menor ideia de fundar nova religião.
Portanto, o "Pai nosso" é uma prece totalmente israelita, repetindo fielmente a piedade judaica.
Provemos nossas assertivas, que poderão ser verificadas com facilidade (cfr. Strack e Billeberck, o. c., pág. 410 a 422).
1) A primeira invocação pertence à oração, dos rabinos: "Nosso Pai, que estás nos céus, que teu nome seja louvado por rodas as eternidades"; e "Nosso Pai, que estás nos céus, fazei-nos misericórdia pelo amor de teu grande nome, que é invocado por nós".
2) a segunda frase é encontrada no Qaddich, oração diária dos judeus: "seja exaltado e santificado teu grande nome".
3) "Venha a nós teu reino" é frase frequente nas jaculatórias dos rabinos: "que o reino de Deus se manifeste ou apareça (Targum de Miquéias, 4:8) e "reina sobre nós Tu só" (Chêmonê-esrê, 11).
4) Rabbi Eliézer dizia: "Fazei tua vontade no céu, no alto, e dá tranquila coragem aos que te temem na Terra, e fazem o teus olhos".
5) "Não me dês pobreza nem riqueza: dá-me o pão necessário", lemos em Provérbios, 30:8; e o Targum parafraseia: "dá-me o pão que me baste".
6) "Perdoa-nos, nosso Pai, porque pecamos contra ti", está na sexta bênção do Chêmonê-esrê e tamb ém em Abina Malkênu, de que Rabbi Aqiba diz o início: "nosso Pai, nosso Rei, perdoa e resgata todas as nossas faltas.
7) "Perdoa ao próximo sua injustiça, e então, se orares, teus erros serão perdoados", lemos em Eclesiástico, 28:2.
8) Na oração da noite há: "não nos conduzas ao poder do erro, nem ao poder da tentação, nem ao poder da traição".
9) E nos Berakkot se encontra: seja feita tua vontade, YHWH, nosso Deus e nosso Pai, salva-nos (...) do homem mau, do mau encontro, da força má, do mau companheiro, do mau vizinho, do adversário corruptor, do julgamento rigoroso, dos maus adversários no tribunal".
DIVISÃO DO "PAI NOSSO"
O "Pai nosso" consta de uma invocação, seguida de três pedidos espirituais e de quatro solicitações a respeito das necessidades do homem na matéria.
INVOCAÇÃO - Jesus não manda dirigir-nos a Deus como Criador, nem como Rei, nem como Deus, mas como PAI; e mesmo assim, Pai de todas as criaturas. Pai é a mais carinhosa atribuição divina, já usada diariamente na época de Jesus pelos israelitas, como vemos várias vezes repetida na oração Chêmonê-esrê ou Tephillah, sobretudo nas bênçãos. E de tal forma Pai, que Jesus adverte: "a ninguém chameis de pai, na Terra, a não ser vosso Pai que está nos céus" (MT 23:9).
Logicamente, quando uma pessoa orar sozinha, dirá "meu Pai", e não "nosso", fórmula reservada às preces em grupo.
A expressão "que estás nos céus" (beshamaim) era também usual como sequência da invocação. Recordemos que shamaim em hebraico e "ouranós" em grego expressam a atmosfera que envolve a Terra, e não, jamais, um lugar geográfico específico. Para dar ideia precisa dessas palavras (já que "céus" foi semanticamente alterado em seu sentido etimológico), deveríamos dizer: "nosso Pai que estás no ar que nos circunda, impregna e vivifica pela respiração" (cfr. "visto ele mesmo dar a todos vida respiração e todas as coisas", AT 17:25).
1. ª PETIÇÃO - Seja santificado Teu nome". O "nome" é usado como expressão da essência, como a manifestação externa da substância última. Refere-se, pois, o pedido ao mundo, e mais particularmente às criaturas que, sendo a manifestação divina, em nosso globo, expressam Seu nome. A petição, portanto, revela o voto de que todas as criaturas se santifiquem (se tornem sadias moral e fisicamente), para que o nome de nosso Pai seja santificado em nós: assim como um filho diria a seu pai: "que possa eu honrar, com meu comportamento, o teu nome usado por mim". Com efeito, sendo nós filhos de Deus, trazemos em nós Seu nome e, santificando-nos o santificamos. Dizia Gregório de Nissa que, com as boas obras, levamos os homens a glorificar a Deus (Patrol. Graeca, 44. 1153).
2. ª PETIÇÃO - "Venha o Teu reino". Exprime o desejo ardente de que o mundo se coloque sob o reinado do Pai - Espírito - e não de satanás, a matéria. Que as criaturas se submetam ao Pai, que sabe governar Sua casa com justiça, misericórdia e amor. Alguns Pais da igreja atribuíam a esse pedido o caracter escatológico, como Tertuliano (Patrol. Lat. 1, 1158-1159), Cipriano (Patrol. Lat. 4,527 ss) e Agostinho (Patrol. Lat. 47, 1118).
3. ª PETIÇÃO - "Seja feita Tua vontade na Terra, como é ela feita nos céus". Esta petição falta em Lucas.
Manifesta a aspiração firme de que saibamos conformar-nos à vontade do Pai, obedecendo-lhe às ordens (que são as circunstâncias que surgem sem nossa interferência na vida) com amor, ao invés de pretender fazer prevalecer nossa vontade pequena, caprichosa e, sobretudo, ignorante de nossa verdadeira vantagem no que nos concerne.
4. ª PETIÇÃO - "Dá-nos hoje o pão sobressubstancial". Esse vocábulo, hápax absoluto do "Pai nosso (epioúsion) foi traduzido pela Vulgata como "cotidiano" ou "de cada dia" (epi tèn oúsan hêméran), seguindo a opinião de João Crisóstomo (Patrol. Graeca, 67, 280). Na interpretação de Orígenes significava o "pão para a subsistência" (epì ousía, Patrol, Graeca, 11, 475). Jerônimo (Patrol. Lat. 26,43) fala: "dá-nos hoje o pão de amanhã"; mas essa interpretação seria contrária ao ensino de Jesus: "não vos preocupeis com o manhã" (MT 6:34). No entanto, nesse mesmo local citado, Jerônimo interpreta o pedido como "o pão espiritual", de acordo também com Orígenes (ibidem), Cipriano (Patrol. Lat. 4, 531-533) e Agostinho (Patrol. Lat. 38, 381 e 289-390).
5. ª PETIÇÃO - "Perdoa nossas dívidas, assim como já perdoamos aos nossos devedores", é a condição sine qua, salientada expressamente por Jesus, depois de ensinar a orar (versículo 14-15). Se não soubermos perdoar, não poderemos jamais ser perdoados. Nossa tradução, "como JÁ perdoamos" foi feita para corresponder mais exatamente ao original aphékamen (segunda forma de aoristo 2. º apheíme) cujo tempo supõe a ação já realizada. Esse mesmo ensino voltará exemplificado na parábola do servo sem compaixão (MT 18:23-35).
Após a prece, Jesus volta a insistir no sexto pedido, referente às emoções, salientando a importância do perdão. Essa repetição explicativa na sublime lição da prece vem esclarecer que a condição do perdão é INDISPENSÁVEL à libertação do Espírito. As frases são repetidas em Mateus e Lucas; e Marcos, de toda a lição, fixou apenas esse ensinamento, como resumo básico para nosso aprendizado. Assim como se quisesse dizer que, se soubermos perdoar realmente, nada mais é preciso fazer; pois fazendo as pazes com os outros, podemos conseguir a paz de Deus.
6. ª PETIÇÃO - "Não nos induzas em tentação". O conjuntivo aoristo segundo, eisenégkêis (de eisph érô) tem o sentido de "conduzir para dentro" ou "induzir; e peirasmós é a prova, o exame, a experimenta ção. Pedido de socorro que fazemos, para que não sejamos colocados em situações perigosas que nos experimentem as forças, pois tememos sucumbir, já que conhecemos nossas fraquezas. Suplicamos, então, à misericórdia do Pai, que nos poupe as experimentações, que talvez nos levem à derrota.
Tentação, pois, não é o "pecado", mas a prova (cfr. LC 22:28). Segundo Tiago (Tiago 1:2) as provações" são úteis" à evolução. Essa opinião é de que Deus não nos leva ao mal, embora nos submeta à prova (cfr. Tiago 1:13; Agostinho, Patrol. Lat. 38, 390-391 e Hilário, Patrol. Lat. 9, 510).
7. ª PETIÇÃO - "Mas livra-nos do mal". O genitivo grego poneroú tanto pode ser masculino (do mau), quanto do neutro (do mal). Da interpretação dependerá exclusivamente a escolha de um ou de outro.
Como sequência do versículo anterior que fala em "provações", e como consequência do ensino "não resistais ao homem mau" (MT 5:39), pode compreender-se "do MAU". Com efeito, desde que não podemos nem defender-nos, quando um mau nos ataca, ainda que nos mate (tal como o fez Jesus, que não levantou um dedo em defesa própria quando foi assassinado, dando o exemplo vivo do que ensinou); e como sabemos que não temos ainda capacidade de agir assim, então pedimos que nos salve o Pai desses encontros com homens maus.
SENTIDO DO "PAI NOSSO"
Ensina-nos a individualidade que a prece deve ser sempre uma aproximação máxima possível entre nós e nossa origem; e por isso recorda-nos que Deus é O PAI, já que "somos gerados por Deus "(AT 17:28), somos partículas do Grande Foco de Luz Incriada. Nessas condições, quando nos dirigimos a esse Pai, "que reside no secreto" de nós mesmos, devemos voltar-nos e mergulhar nesse secreto (entrar em nosso quarto) e além disso "trancar as portas" de nossos sentidos, isolando-nos de tudo quanto é externo e material. Isolar-nos inclusive e sobretudo de nosso próprio eu pequeno, de nossa personalidade, para que o contato seja o mais lídimo possível.
Nossas primeiras palavras devem constituir um apelo que nos recorde nossa filiação divina, confessandonos FILHOS no real sentido, mais real ainda do que a simples e transitória filiação humana do corpo físico. Adverte-nos então que a filiação terrena não é propriamente uma filiação (cfr. MT 23:9). De Deus é a verdadeira paternidade, porque Ele é a origem de nosso Espírito de nosso verdadeiro EU profundo, a Centelha divina e eterna. Só a Ele devemos dirigir nossas preces: Jesus jamais ensina que nos dirijamos a intermediários, mas sim diretamente ao Pai que habita DENTRO DE NÓS, no secreto de nossos corações.
Isso mesmo exprime a cláusula apositiva "que estás nos céus". Os céus que exprimem o "reino que está dentro de nós" (cfr. LC 17:21) levam nosso pensamento ao coração; o Pai, que está nos céus, está então no reino dos céus, que está dentro de nós. A consequência é lógica e irrefutável: nosso Pai que estás em nosso coração, nesse reino dos céus que ansiosamente buscamos, como mendigos do Espírito.
E continuamos, fazendo três petições referentes à individualidade:
1 - "Seja santificado Teu nome". Sendo nós a manifestação externa de nossa essência profunda, constitu ída pela Centelha divina pedimos que seja santificada nossa personalidade, exteriorização de Deus. Que nossa parte transitória - que no planeta manifesta Deus, se torne "sadia e sábia". E, por isso, que nem nos atos, nem nas palavras, nem mesmo nos pensamentos, deixemos jamais de ver em todos, em tudo e em toda parte, a manifestação do Nome de Deus. Pois todos e tudo exprimem esse Nome santo, embora exteriorizado com defeitos, por deficiência dos canais que O manifestam. Que tudo se harmonize sitonicamente com a Santidade divina, que todos, inclusive nós e nossos veículos, se santifiquem ao contato com a Centelha Divina. Tudo o que conhecemos, que vemos, e que existe é constituído pela mesma e única essência profunda íntima de Deus, que sustenta tudo com Seu ser.
2 - A segunda petição para a individualidade ou Espírito é "venha o Teu reino" . Trata-se da express ão mais ardente do contato íntimo com a Centelha divina, com Deus através de nosso Cristo Interno, a fim de que mergulhemos na Consciência Cósmica, tornando-nos UM com O TODO, UM com o PAI.
"O reino de Deus (ou dos céus) está dentro de vós": "que Teu reino venha", que nós o encontramos o mais depressa possível, que nos unifiquemos ao Pai no prazo mais curto e da maneira mais íntima, numa unificação total e definitiva.
3 - A última das petições referentes à individualidade refere-se ao desejo real de que o Espírito siga a Vontade do Cristo Interno, e não a vontade da personalidade. De fato, o Espírito se encontra entre dois pólos opostos, antagônicos: o pólo superior influi o Espírito para sua evolução, induzindo-nos às ações superiores de fidelidade e gratidão, de bondade e amor; o pólo inferior puxa-o para o materialismo do "antissistema" (Ubaldi), impelindo-o à infidelidade, à ingratidão, aos prazeres e gozos egoístas. Nessa situação contraditória, o Espírito é batido de um lado e de outro, internamente tendendo ao bem, e externamente tentado pelo mal; pelo Cristo Interno convidado a subir, por satanás arrastado ao abismo: perene luta entre Sistema e Anti-sistema, entre espírito e matéria, entre positivo e negativo, entre bem e mal, entre sabedoria e ignorância, entre egoísmo e amor.
Todos somos testemunhas e atores nessas lutas titânicas que nos envolvem a todos. E muitos se esforçam e sofrem nesse árduo combate, procurando fazer a vontade divina com sacrifícios inauditos. Ora, o pedido salienta a necessidade de o Espírito fazer espontânea e naturalmente a vontade do Pai, que se manifesta através de Sua Partícula em nós, o Cristo Interno, que constitui nosso EU Profundo, e que sempre nos chega ao eu pequeno através da voz silenciosa de nossa consciência. Isso, exatamente, está expresso com clareza na fórmula: "seja feita Tua vontade na Terra (na personalidade) assim como nos céus (na individualidade)". O que mais uma vez comprova que o "estás nos céus" significa," que estás em nosso íntimo, dentro de nós, em nosso coração", isto é, na individualidade.
São, portanto, três pedidos referentes à individualidade (ou triângulo superior): o primeiro relativo à Centelha Divina, logo após a invocação: "Seja santificado o Teu nome"; o segundo relativo à mente chamada "abstrata", que deseja a união integral: "venha o Teu reino"; o terceiro dizendo respeito ao Espírito, que engloba as três manifestações: "seja feita Tua vontade".
São-nos apresentados a seguir quatro pedidos que se referem à personalidade, (ou quaternário inferior) isto é ao "espírito" encarnado provisoriamente.
1 - O primeiro, "dá-nos hoje o pão supersubstancial", refere-se ao intelecto, e solicita o pão, isto é, o alimento do "espírito", que é o conhecimento da Espiritualidade, a Sabedoria, Salienta bem Jesus que se trata do pão "supersubstancial" ou "sobresubstancial", ou seja, em nossa interpretação, o alimento do contato com o Eu Superior. Nenhum maior nem melhor alimento para nós, do que mergulhar na Consciência Cósmica, onde encontramos todo o conhecimento, por meio de visões intuitivas, que nos esclarecem totalmente sobre a Verdade, que é Deus. Não se trata de um conhecimento livresco e externo de um aprendizado racional e discursivo; mas de conquistas instantâneas, que chegam de dentro de nós mesmos, como respostas seguras a todas as dúvidas, como lições maravilhosas que obtemos, por contato com o Infinito, fora do espaço, e com a Eternidade, fora do tempo. Só pelo Esponsalício Místico da Unificação conseguiremos crescer, infinitizando-nos e mudar de dimensão, saindo da limita ção do finito das formas para o ilimitado do infinito; das trevas para a luz, do frio congelado para o Foco Incriado, da divisão para a união, do antissistema para o Sistema, do egoísmo para o amor total.
2 - A segunda solicitação para a personalidade é a que cuida do corpo de emoções (astral ou animal), dizendo: "perdoa nossas dívidas (cármicas) assim como já perdoamos aos nossos devedores".
O corpo emocional é o responsável pelo carma, já que ele vibra no terceiro plano, o que está sujeito à Lei da Justiça. Portanto, é em referência ao corpo emocional que pedimos o perdão, o resgate dos débitos contraídos por nossas emoções descontroladas em todos os campos, pelos desejos que nos causam as dores. Mas a condição indispensável para nossa libertação é não termos outros devedores presos a nós pela nossa exigência de pagamento. Quando tivermos perdoado (libertado) todos aqueles que nos devem, por qualquer motivo, então poderemos pedir que o Pai também nos liberte de nossos próprios erros do passado.
3 - Lembramo-nos, depois, do duplo etérico, das sensações, no terceiro pedido, solicitando que o Pai, que está dentro de nós, "não nos induza às provações". Isto porque, dado o olvido total que ocorre na reencarnação, perdemos o contato com o passado e as provações nos aparecem como novidades que nos apavoram, pois podemos fracassar por ignorância. Não estando em contato com o Mundo Espiritual, donde proviemos, surgem-nos as experimentações a que estamos sujeitos neste pólo negativo em que nos achamos, com o emborcamento da realidade, Então, a transitoriedade da riqueza nós a vemos como garantia de segurança; a ilusão da posse é considerada qual valor de realidade; a mentira do prazer engana-nos com alegrias que amanhã se transformarão em sofrimentos; mas nada disso percebemos. Por isso as provações ou tentações de riqueza, de posse, de prazer são, em vista de nossa opacidade visual, inversões da realidade da Vida. Pedimos, pois, ao Pai não nos induza a essas prova ções, colocando-nos em posição de poder cair por causa de nossa cegueira temporária. Melhor a pobreza, o trabalho e a dificuldade, que são os maiores incentivos ao progresso do "espírito".
4 - O quarto e último pedido "liberta-nos do mal" refere-se ao corpo denso, isto é, à matéria. Aqui interpretamos MAL (e não mau), por causa da simbologia que, entre os hebreus, denominava a matéria de "satanás" ou "diabo", isto é, o opositor, o adversário do espírito. Para esta interpretação mais profunda, o sentido preferível é este: liberta-nos da matéria, isto é, do ciclo reencarnatório que nos obriga a voltar periodicamente ao planeta, prendendo-nos já há tantos milênios ao cadáver de carne que nos cerceia os voos do Espírito, a este escafandro que nos mantém colados ao chão da Terra sob o oceano atmosférico.
Apelo dramático que nós, os encarnados, gritamos aflitos ao Pai que está dentro de nós: "liberta-nos da matéria, do mal aonde mergulhamos por nosso egoísmo divisionista, do abismo em que caímos por nossa rebeldia orgulhosa".
Eis, então, reduzida a seus termos reais e belíssimos, a prece mais concisa e perfeita, que deve ser proferida com o coração, meditando em cada um dos pedidos, sem que haja mister repeti-la mais de uma vez em cada caso.
Não nos esqueçamos das palavras taxativas de Jesus: assim deveis orar.
Mais que um ensino, é uma ordem. Aprendamos a obedecer a Quem sabe mais do que nós, conquistando a felicidade, afastando-nos da materialidade deprimente e alçando-nos às altitudes do Espírito que se unifica ao Pai.
mt 23:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 3
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 12:46-50
46. Enquanto ele ainda falava à multidão, a mãe e os irmãos dele estavam de fora, procurando falar-lhe.
47. E alguém disse-lhe: "olha, tua mãe e teus irmãos estão lá fora e procuram falarte".
48. Mas ele respondeu ao que lhe falava: "quem é minha mãe e quem são meus irmãos"?
49. E estendendo a mão para seus discípulos, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos;
50. porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe"! Mc 3:20-21 e Mc 3:31-35
20. E entrou em casa; e mais uma vez a multidão afluiu de tal modo que nem sequer podiam comer pão.
21. Quando seus parentes souberam disso, saíram para segurá-lo, porque, diziam está fora de si"
31. Chegaram sua mãe e seus irmãos; e ficando do lado de fora, mandaram chamá-lo.
#fonte 32. E muita gente estava sentada ao redor dele e disseram-lhe: "Olha, tua mãe e teus irmãos [e tuas irmãs] estão lá fora e te procuram".
33. Ele perguntou-lhes dizendo: "quem é minha mãe ou meus irmãos"?
34. E olhando em torno para os que estavam sentados em roda, disse: "eis minha mãe e meus irmãos;
35. pois quem fizer a vontade de Deus, esse é irmão, irmã e mãe".
LC 8:19-21
19. Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele por causa da multidão.
20. E foi-lhe dito: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora querendo ver-te".
21. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a praticam".
Aqui são-nos apresentados os familiares de Jesus, numa cena curta e objetivas. Jesus achava-se em casa, e a multidão o comprimia de tal forma que ninguém podia chegar até ele (cfr. MC 2:1-2; vol. 2. º pág. 81). E quando se apresentam Sua Mãe e Seus irmãos e querem falar-Lhe.
Em Mateus, o vers. 47 parece apócrifo, pois falta nos códices aleph e B, em quatro manuscritos, nas versões siríacas (sinaítica e curetoniana) e na saídica. Por isso não é aceito por Hort, Soden, Tischendorf, Lagrange e Pirot. Com efeito é redundante, com um pormenor desnecessário, podendo passar-se do 46 ao 48.
Em Marcos, que apesar de mais sucinto é o que traz mais minúcias, a cena é descrita em dois lances.
No primeiro dá-nos ciência de que seus parentes (hoi par’autou) vieram a saber, em Nazaré (que distava de Cafarnaum cerca de 30 km) do que se passava com Jesus. As notícias chegam sempre aumentadas, mormente após caminharem trinta quilômetros! Tão exageradas, que seus "parentes" o julgaram" fora de si" e foram depressa "para segurá-lo", a fim de impedir que Seu entusiasmo e Sua exaltação mística Lhe prejudicassem a saúde. A expressão "fora de si" é usada por Paulo (2CO 5:13) para exprimir exatamente o êxtase místico, e não (como traduziu a Vulgata) a loucura.
Entre a notícia recebida e a chegada a Cafarnaum, Jesus tem tempo de discutir com os escribas de Jerusalém.
Quando seus "parentes" chegam, é que ficamos sabendo de quem se tratava: "sua mãe, seus irmãos e suas irmãs".
A expressão "suas irmãs" está nos códices A, D, E, F, H, M, S, U, V, Gama, e na maior parte das antigas versões latinas; é aceita por Soden e Merck; Vogel e Nestle a colocam entre colchetes. Não aparece nos códices Aleph, E, C, G, K, Delta, Pi, 1, 13, 33 e 69 e na Vulgata, sendo recusada por Westcott-Hort, Souter, Swete, Lagrange e Pirot.
A pergunta, aparentemente desrespeitosa para com Sua mãe, vem demonstrar que Jesus. Em Sua missão, não está preso pelos laços sanguíneos, tão frágeis que só vigoram numa dada encarnação. A família espiritual é muito mais sólida, pois os vínculos são espirituais (sintônicos) e não materiais (sangue e células perecíveis). Jesus não pode subordinar-se às exigências do parentesco terreno, mesmo em se tratando de Sua mãe. Com o olhar benévolo sobre os que O rodeavam, Jesus lança Sua doutrina nítida: o ideal é superior aos laços de sangue; a família espiritual é mais importante que a natural e sobreleva a ela. Nem se diga que há mais obrigação de cuidar dos "próximos" consanguíneos, mais do que dos estranhos, já que aqueles constituem uma "obrigação" (e por isso os romanos os designavam com a palavra "necessários"), e os outros "apenas" amizade. Não vale isso: pois se os parentes consanguíneos realmente amam o idealista e querem sua presença e assistência constante, por que também não se tornam seus discípulos espirituais e o acompanham por toda parte como os demais adeptos?
Para o que se dedica ao ministério espiritual contam apenas, como "parentes" aqueles que lhes bebem os ensinos e dele se aproveitam para evoluir. Se os consanguíneos quiserem, podem agregar-se aos discípulos (como o fizeram os irmãos de Jesus Tiago e Judas Tadeu, que até se tornaram Seus emissários (apóstolos).
Quanto aos quatro irmãos de Jesus (Tiago, Judas Tadeu, Simão e José) e às duas irmãs (Maria e Salomé), já apresentamos o problema do parentesco no vol. 2. º, pág- 111-112.
A lição de Jesus (individualidade) quanto ao modo de serem tratados os parentes consanguíneos, vale hoje e sempre. Não é o fato, repitamos, de haver um laço de parentesco, que pode desviar o curso evolutivo de um espírito. O parentesco espiritual de fraternidade REAL com todas as criaturas (porque filhos do mesmo PAI celestial), é muito mais forte; e Jesus ensina (categoricamente: "a ninguém na Terra chameis vosso Pai, porque só um é vosso Pai: aquele que está nos céus" (MT 23:9), ou seja, no imo do coração: a Centelha Divina, o Cristo Interno.
Os parentes - inclusive pai, mãe, irmãos e irmãs - são acidentes temporários que se desfazem ao terminar essa encarnação, renovando-se a cada novo nascimento (salvo exceções em que se verifica uma repetição que, por vezes, dura duas ou três vidas).
Mas os sintonicamente afins, esses seguem em grupos homogêneos que, mesmo sem parentesco físico algum, se reencontram seguidamente durante milênios.
Outra lição que depreendemos do texto, é que os parentes representam os veículos do espírito (físico, etérico, astral e intelecto), que são os "parentes" terrenos mais próximos e chegados ao espírito encarnado.
E a descrição do modo de tratá-los mereceu um tratado especial, o Bhagavad-Gita.
A cena evangélica, neste passo, mostra-nos como a individualidade deve tratar seus veículos. Muitas vezes o Espírito se retira ou trabalha, na meditação ou no estudo; e os veículos físicos vêm chamá-lo, porque o acham "fora de si", desequilibrado. Mas o Espírito, de acordo com a lição de Jesus, precisa colocá-los em seu devido lugar. Eles têm que ser veículos que façam a vontade do Pai (Centelha Divina) e conduzam à espiritualização. Se quiserem atrapalhar, conclamando o Espírito para satisfação dos apelos do físico, das sensações do etérico; das emoções desequilibradas do astral e dos prazeres puramente intelectuais, não devem ser atendidos, mas rejeitados, enquanto o Espírito busca seus pares, os que estão na mesma faixa vibratória.
As exigências fisiológicas tendem sempre a afastar o Espírito de sua ascensão evolutiva, e por isso a personalidade é, realmente, um "satanás" ou "diabo", que tenta desviar todos os impulsos que levam ao Sistema, ao pólo positivo - que é árduo de conquistar - para arrastá-lo para o pólo negativo, onde tudo é mais fácil, agradável e satisfatório. Mas o Espírito, prevenido pelo ensino do Mestre, recusa ouvir-lhe essas exigências, e lhe responde autoritariamente que, se quiserem algo dele, o acompanhem em sua evolução, como servos dóceis e eficientes.
Huberto Rohden
mt 23:23
Nosso Mestre
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 109 Huberto Rohden
Muitos judeus, querendo parecer piedosos, copiavam mandamentos de Deus em umas tiras de couro e as enrolavam no braço ou encerravam numa caixinha presa à testa. Jesus, porém, lhes declarou que nada valiam as cerimônias exteriores se dentro da alma faltasse o amor de Deus manifestado pela caridade do próximo (cap. 109) Jesus repreende os fariseus porque só rezavam com os lábios, e não com a alma; davam muita importância às cerimônias exteriores e não faziam caso da virtude interior. Ainda estava Jesus falando, quando um dos fariseus o convidou a jantar em sua casa. Foi, e sentou-se à mesa. Reparando o fariseu que Jesus não se lavara antes da refeição, admirou-se. Ao que o Senhor lhe disse: "Vós, fariseus, limpais a parte exterior da taça e do prato, ao passo que por dentro estais cheios de rapina e iniquidade. Insensatos! Acaso, quem fez o exterior não fez também o interior? Dai antes de esmola o que está por dentro, e tudo vos será limpo. Mas, ai de vós, fariseus! Que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de toda a casta de hortaliças; mas não fazeis caso da justiça e do amor de Deus. Uma coisa se deve fazer, e a outra não omitir. Ai de vós, fariseus, que gostais de ocupar lugar de honra nas sinagogas e receber cumprimentos nas praças públicas. Ai de vós! Que sois como sepulcros que não aparecem e sobre os quais a gente passa sem o saber" (Lc. 11, 37-44).
Locais
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
AI
Atualmente: ISRAEL
Cidade conquistada por Josué no período do Bronze Antigo. Rodeada por um muro de pedra com cerca de 8 metros de espessura.
JERUSALÉM
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217) Nome Atual: Jerusalém Nome Grego: Ἱεροσόλυμα Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.
Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Comentários Bíblicos
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Beacon
Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
a) Posição e Orgulho (Mt 23:1-12). Jesus se dirigiu à multidão e aos seus discípulos (1). Os fariseus haviam revelado a maldade de seu coração em seus esforços para armar uma cilada para Jesus. Então, Aquele que "sabia o que havia no homem" (Jo 2:25) retra-tou os pecados que estavam abrigados no interior desses líderes religiosos.
A posição que os escribas e os fariseus (2) adotavam era de que eles ocupavam a cadeira de Moisés (kathedra). Portanto, eles falavam ex-cathedra — com autorida-de oficial — e assim as suas palavras deveriam ser obedecidas (3). Mas suas obras não deveriam ser imitadas, pois diziam uma coisa e faziam outra. Obviamente, as regras que ditavam, sobre como proceder, deveriam ser entendidas com um sentido diferente, pois em outra passagem o Mestre os condena por estarem anulando a Pa-lavra de Deus quando ensinavam a tradição dos anciãos (Mt 15:1-6). Morison sugere aqui o seu verdadeiro significado: "Façam todas as coisas que os escribas e os fariseus lhes apresentarem ao traduzir as palavras do Livro de Deus, e qualquer coisa que eles lhe mostrarem em seus ensinos como sendo agradáveis a Deus, e que estejam de acordo com o Livro de Deus"."
Jesus denunciou a insensibilidade desses mestres da Lei: Pois atam fardos pesa-dos e difíceis de suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los (4). Carr entendeu a imagem transmitida por essas palavras: "Trata-se da imagem de um condutor de camelo ou de jumento... que inventa cargas, não apenas pesadas, mas também desajeitadas e difíceis de carregar, e as coloca nos ombros do animal, e que se mantém indiferente e não levanta sequer um dedo para aliviar ou mesmo para ajustar essa carga"." Essa atitude está em alarmante contraste com o bondoso convite do Mestre em Mt 11:28-30. A religião legalista sempre re-presenta um fardo demasiado pesado para se carregar. Nela não existem alegrias.
A atitude de orgulho ostensivo era um dos constantes pecados dos fariseus. Je-sus os acusou de praticar as suas boas ações a fim de serem vistos pelos homens (5). Naturalmente, nem todos os fariseus eram assim, mas a maioria deles adotava essa conduta. De acordo com essa exibição exterior de piedade, eles usavam grandes filactérios. Essa é uma palavra grega que só é encontrada no Novo Testamento. No grego clássico ela significava um "posto avançado" ou uma "fortaleza". Plutarco em-prega essa palavra para "amuleto", isto é, um talismã para fins de proteção. Essa palavra vem de um verbo que significa "proteger", mas aqui ela está se referindo a pequenas caixas de couro sobre a testa e o braço esquerdo, usadas durante as orações matinais.
A caixa sobre a testa tinha quatro pequenos compartimentos, e em cada um deles havia um minúsculo pergaminho que trazia uma parte das Escrituras. As quatro passa-gens eram: Êxodo 13:1-10, 11-16; Deuteronômio 6:4-9; 11:13-21. O filactério usado sobre o braço tinha apenas um compartimento e um único rolo com as Escrituras. A ordem de atar as palavras das Escrituras "por sinal na tua mão" e "por testeiras entre os teus olhos" era obedecida literalmente, quando provavelmente deveria ser entendida de for-ma figurada.
Jesus também disse que os fariseus alargavam as franjas das suas vestes. A Lei prescrevia que os judeus piedosos deveriam colocar franjas em suas vestes com um "cor-dão azul" (Nm 15:38).
Portanto, os judeus colocavam borlas azuis nas barras de seus mantos. Mas Cristo declarou que os escribas só faziam isso para se exibir publicamente, e não por razões de piedade pessoal.
O orgulho egoísta deles também se manifestava na maneira como procuravam os primeiros lugares nas ceias (6). Estes eram literalmente "os primeiros divãs" — aque-les sobre os quais as pessoas se reclinavam em volta da mesa nas refeições (exceto nas casas mais pobres). As primeiras cadeiras também formavam um conjunto especial. M'Neile diz: "As cadeiras principais ficavam sobre uma plataforma de frente para a con-gregação com as costas voltadas para a arca na qual estavam guardados os rolos das Escrituras"."
Jesus prosseguiu, dizendo que os escribas adoravam as saudações nas praças (Agora) e serem chamados... Rabi (7)." Essa era a forma habitual de tratamento com que os sábios eram saudados".88 Essa palavra significa "meu mestre" (o "i" final repre-senta "meu" em hebraico). Dalman diz que "por consenso geral o 'Rabi' era reconhecido como superior a `Rab', e `Rabban' era mais importante que 'Rabi' "89
Mas os discípulos não deveriam almejar ser chamados de Rabi (8). Essa ordem devia ser entendida "no espírito, não na letra" (Rm 2:29), pois "a letra mata, e o Espírito vivifica" (2 Co 3.6). Jesus não estava ditando regras precisas sobre o uso técnico de títu-los como "Doutor" ou "Reverendo". Antes, Ele estava falando contra o espírito de orgulho que faz com que os homens exijam homenagens por parte de outros. A atitude mais adequada é reconhecer que somente um é Mestre — outro texto grego diz "professor"' -a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. É sempre adequado chamar um companheiro cristão de "irmão" (cf. Atos 9:17).
Jesus também advertiu contra chamar alguém na terra de nosso pai, porque um só é o nosso Pai, o qual está nos céus (9). Shurer diz: "Os Rabis exigiam de seus alunos a mais absoluta reverência, sobrepondo-se até mesmo à honra que sentiam em relação aos seus pais"."
Ele cita um número considerável de sólidas declarações dos rabinos judeus para dar suporte a essa afirmação. Essa era exatamente a atitude que Cristo estava condenando.
Vocês não deverão ser chamados de mestres, disse Jesus, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo (10). A palavra para Mestre é kathegetes, e esse termo só é encon-trado nessa passagem, no Novo Testamento. Ele vem de um verbo cujo significado é "ir adiante, guiar", e assim o seu significado básico é "dirigir". Mas ele também pode ser usado para "professor" e, no grego moderno, este é o seu significado. Um só é o vosso Mestre é uma expressão que está enfatizando a autoridade singular de Jesus como o Filho de Deus.
Então, Jesus estabeleceu os princípios gerais (já enunciados em 20,26) : Porém o maior dentre vós será vosso servo (11). A última palavra é diakonos, cuja origem é desconhecida. Mas foi usada no grego clássico para pessoas que costumavam servir às mesas, e essa é a idéia transmitida aqui. Esse parágrafo termina com uma advertência de que o que a si mesmo se exaltar será humilhado, mas o que a si mesmo se humilhar (a mesma palavra grega) será exaltado (12).
b) Os "Ais" Proferidos Contra os Hipócritas (Mt 23:13-36). Nessa seção existem sete" "ais" pronunciados contra os escribas e os fariseus por causa de sua hipocrisia. Cada um deles começa com a fórmula: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! (Mt 23. 13, 14, 15, 23, 25, 27, 29), exceto o versículo 16 que diz: Ai de vós, condutores cegos! Contando o versículo 13 como 14, M'Neile faz o seguinte resumo: "Três ais (vv. 14-22) se referem aos ensinos dos escribas, três (vv. 23-28) à vida dos fariseus, e o último (vv. 29-32) é dirigido diretamente à nação como um todo"."
A expressão Ai de vós pode ser traduzida como "Cuidai-vos!". Thayer diz que ouai é uma "interjeição de dor e de denúncia".94 Seria melhor tratar esse termo como a expres-são das duas idéias. A compaixão de Cristo fez com que Ele sentisse tristeza pelo egoísmo dos escribas e fariseus. A santidade de Cristo o impelia a denunciar os pecados daqueles homens, e a pronunciar a sentença que mereciam.
Hipócritas é a exata transliteração da palavra grega hypocrites (singular). Esse termo é usado no grego clássico para designar um ator que se apresenta em um palco. Naqueles dias, quando não havia meios eletrônicos de amplificação da voz, era difícil para os atores no palco serem ouvidos por uma platéia composta por 25.000 ou mais pessoas acomodadas em um anfiteatro. Portanto, eles usavam máscaras com pequenos megafones escondidos. Dessa forma, literalmente falando, o hipócrita é aquele que usa uma máscara, ou que mostra um rosto falso para o público.
1) Perversidade (23.13). Essa é uma terrível acusação que Jesus faz contra os líderes judeus. Ele os acusa de fechar o Reino dos céus aos homens quando o rejeitam, porque Ele é a personificação desse Reino; eles não entram, nem deixam que os outros entrem. Essa é a acusação mais grave de todas, e Lucas a coloca no final da sua relação como um clímax (Lc 11:52). Sobre a ordem observada aqui, M'Neile comenta: "Em Mateus, a sua posição produz um agudo contraste entre o efeito intimidador do ensino dos escribas e seus esforços de proselitismo (v.15), e também entre 'Reino dos Céus' e 'Geena' "95 João Batista havia aberto a porta do arrependimento para que as pessoas tivessem acesso ao Reino, porém os escribas tentavam fechá-la. Para comentários sobre o versículo 14, veja a análise de Marcos 12:40 e Lucas 20:47.
Proselitismo (23.15). O zelo típico dos judeus é retratado de forma vívida por Jesus, ao dizer que eles percorriam o mar e a terra para fazer um prosélito. Essa frase é ilustrada pelo que aconteceu em Roma, onde os judeus viviam desde o século II a.C. Pope escreve: "Desde o início, os judeus em Roma demonstraram um espírito tão agres-sivo de proselitismo, que foram acusados de procurar infectar os romanos com a sua religião, e o governo expulsou da cidade os seus principais propagadores em 139 a.C."." Pope também diz que a última parte desse versículo, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós, é uma referência à obsessão que os fariseus tinham pela pure-za ritual, que incutiam com redobrado esforço em seus prosélitos."
Os Juramentos (Mt 23:16-22). A ridícula casuística da maior parte do raciocínio dos rabinos está claramente ilustrada aqui. Esses condutores cegos ensinavam que jurar pelo Templo nada significava, mas jurar pelo ouro do Templo resultava em um compro-misso obrigatório. Parece não haver nenhuma explicação disponível sobre a razão desse tipo de pensamento religioso ter se desenvolvido entre os fariseus. Jesus respondeu a tal absurdo com uma simples lógica. A única coisa que torna o ouro sagrado é o fato de ele estar ligado ao Templo (17). O mesmo acontece com a oferta sobre o altar (18-19). Cristo advertiu claramente contra os juramentos descuidados (20-22).
Dízimo (Mt 23:23-34). Os fariseus eram muito escrupulosos a respeito do pagamento do dízimo sobre a hortelã, o endro (ou "anis"), e o cominho (23) [ervas pequenas]. Os israelitas eram obrigados por Lei a pagar o dízimo sobre suas colheitas — "de toda a novidade" — e especificamente sobre o cereal, o mosto, e o azeite (Dt 14:22-23). "Os rabinos, ao construírem uma barreira em torno da lei, incluíam vegetais, frutas e nozes nesse mandamento.""
Em sua escrupulosa atenção aos mínimos detalhes do pagamento do dízimo, os escribas e os fariseus haviam dezprezado (ou negligenciado) o mais importante da lei. Isso parece refletir a distinção feita pelos rabinos entre mandamentos "pesados" e "le-ves"." O Talmude judaico faz a seguinte declaração: "A observância dos menores precei-tos é recompensada na terra; a observância dos maiores preceitos é recompensada no céeloo O mais importante da Lei é juízo ("justiça"), misericórdia e fé ("ou fidelida-de"). Jesus disse que eles deveriam fazer essas coisas sem "negligenciar" (o mesmo verbo utilizado acima) as outras — o pagamento dos vários dízimos.
A frase coais um mosquito (24) sugere o quadro mental de um homem se esforçan-do para apanhar um mosquito que está no ar. Esta interpretação está de acordo com o significado do texto grego. A tradução certa do termo grego é "coar", como Tyndale adotou na primeira versão do Novo Testamento impressa em inglês (1525). Goodspeed, por exem-plo, diz: "Trata-se de um erro de impressão [traduzir a palavra grega como retirar] que foi aceito na King James Version, o qual, por alguma razão, nunca foi corrigido".'
O verdadeiro quadro é o de um rigoroso fariseu coando cuidadosamente a água que vai beber através de um coador feito de tecido, para ter certeza de não engolir acidental-mente um mosquito, o menor animal impuro que existe.
Enquanto está envolvido nessa meticulosa tarefa, eis que ele está engolindo um camelo inteiro — um dos maiores animais impuros. Como na referência a um camelo passando pelo fundo de uma agulha (19.24), Jesus estava propositalmente usando uma figura de retórica para sacudir os seus ouvintes, e levá-los a entender o assunto. Atualmente, os rígidos legalistas muitas vezes oferecem exemplos dessa atitude farisaica a que Jesus estava se referindo.
Com base nesse capítulo, Richard Glover indica os perigos da hipocrisia.
1) A hipo-crisia é um capataz exigente, 4;
2) A hipocrisia vive apenas para louvar o homem, 5-7;
3) Os danos da hipocrisia, 13-22;
4) A hipocrisia só se preocupa com os aspectos menores da religião, 23-24.
Purificação (Mt 23:25-26). Jesus disse que os fariseus limpavam o exterior do copo e do prato ("travessa"),' mas que o interior daqueles homens estava cheio de rapina -"pilhagem, roubo" — e de iniqüidade ("incontinência" ou "auto-indulgência"; 25). Ele mandou que o fariseu cego (26) limpasse primeiro o interior do copo e do prato. O significado dessa frase é o seguinte: "O exterior do copo e do prato representa o compor-tamento e a conduta exterior dos fariseus, e o interior do copo é o seu coração e a sua vida real"?' Essas duas referências mostram a diferença básica entre o judaísmo daquela época, e o cristianismo.
Sepulcros Caiados (Mt 23:27-28). M'Neile nos dá a seguinte explicação sobre o que Jesus está dizendo: "Caminhar sobre um sepulcro causava contaminação, que deveria ser evitada por todos aqueles que desejassem entrar no Templo (cf. Nm 19:16) ; daí o costume... de pintar as sepulturas com cal no 15' dia do mês de Adar [março-abril], antes da Páscoa"?' Jesus estava pleiteando algo melhor do que um cristianismo caiado, de excelente aparência superficial, porém repleto de atitudes pecaminosas.
A principal culpa era a falta de sinceridade interior. A justiça deles era totalmente superficial; portanto, era apenas um engodo. Ela foi posteriormente condenada por cau-sa de sua exagerada piedade em coisas triviais, por ser apenas uma fachada para a negligência em relação aos princípios importantes como o juízo, a misericórdia e a fé. Se desejarmos fugir desta rigorosa condenação, nossa ética deverá ser profundamente sóli-da e nosso coração genuinamente santo. Devemos ter uma beleza interior, sempre e em primeiro lugar aos olhos de Deus, mesmo que não consigamos atingir, às vezes, uma conduta exterior perfeitamente bela. Tal pureza espiritual requer um Salvador santificador, e a constante presença do Espírito Santo habitando em nosso interior.
Adorar o Passado (Mt 23:29-36). Existem três estágios na vida de toda organização religiosa. Primeiramente, a organização se caracteriza por ser um movimento vibrante, vigoroso, ativo e agressivo. Depois, torna-se uma instituição com "mais arreios do que cavalos". Finalmente, sua vitalidade desaparece e ela se torna um museu onde os ossos dos antigos líderes são colocados em exposição. O judaísmo havia alcançado esse terceiro estágio. De forma irônica, porém triste, Jesus declarou aos escribas: Enchei vós, pois, a medida de vossos pais (32) ; isto é, eles estavam concluindo as perseguições que os seus pais haviam iniciado. Estavam admitindo que eram os filhos ("descendentes") da-queles que mataram os profetas (31). As palavras do versículo 33 soam de forma estra-nha nos lábios de Cristo. Mas, aqueles a quem Ele se dirigia já estavam tramando matar o imaculado Salvador da humanidade. O Livro de Atos (por exemplo, Mt 7. 5-8; 8:1-3; 9:1-2) relata o cumprimento das profecias do versículo 34.
Abel (35) foi o primeiro homem a ser assassinado. O caso de Zacarias' está registrado no livro que faz parte do final do Antigo Testamento da Bíblia hebraica (Crônicas). Por-tanto, essa expressão corresponde aqui, mais ou menos, à frase atual "de Gênesis a Apocalipse".
O versículo 35 sugere uma participação nacional na culpa das gerações precedentes. Essa geração havia cometido o supremo pecado de rejeitar a Jesus Cristo. De certa for-ma, a culpa acumulada das gerações precedentes ao perseguir os profetas poderia, por-tanto, recair sobre ela.
As palavras do versículo 36 se concretizaram com terrível precisão no ano 70 d.C., quando Jerusalém foi invadida pelos romanos e seu Templo foi destruído.
A angústia contida nessas palavras desafia qualquer descrição. Jesus havia se ofe-recido aos judeus como seu Rei e Messias. Os líderes o rejeitaram e logo iriam condená-lo à morte. Tu não quiseste (37) são as palavras escritas como um epitáfio dos séculos. Cristo declarou que os judeus não o veriam mais até à ocasião em que o receberiam com alegria em sua segunda vinda à terra, com a mesma aclamação que os peregrinos da Galiléia o haviam recebido em sua Entrada Triunfal (39; cf. Mt 21:9).
Champlin
Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 2
Na cadeira de Moisés: Lit. sentaram-se na cadeira de Moisés. Refere-se a uma cadeira na sinagoga reservada ao mestre que ensinava a Lei de Moisés; a expressão significava, por extensão, a autoridade oficial em relação à interpretação oficial da Lei.
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 5
Mt 6:1,Mt 6:5.Mt 23:5Filactérios: Termo que se refere às caixinhas de pele que os judeus atavam na frente e no braço esquerdo, na hora da oração, e que continham passagens especiais das Escrituras do AT. Isso era feito cumprindo-se lit. o que estava prescrito em Ex 13:9,Ex 13:16; Dt 6:8; Dt 11:18.Dt 23:5 Os judeus piedosos levavam franjas ou borlas costuradas nas quatro pontas do manto, em sinal de devoção (Nu 15:38; Dt 22:12).
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 6
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 7
Mestres: Palavra que pode ser substituída por Rabi, que significa “meu mestre”, e que era usada como título para os que ensinavam as Escrituras do AT. Daí provêm os termos portugueses rabi e rabino.
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 8
Em diversos manuscritos aparece: o Cristo, após a palavra Mestre.Mt 23:8,Mt 23:10Jc 3:1. Advertência para que os dirigentes na igreja não se considerem chefes, nem usurpem a autoridade de Cristo como Mestre e Guia.
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 9
Pai: Título de respeito às vezes aplicado, no AT, a um mestre (1Sm 10:12; 2Rs 2:12); no NT, se aplica especialmente a Deus (Mt 6:9,).
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 11
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 23
A fé: Ou fidelidade.Mt 23:23Am 5:21-24; Mq 6:8. A ordenança da Lei mosaica de se separar para Deus a décima parte do todo (Lv 27:30; Dt 14:22-23) foi aplicada rigorosamente pelos rabinos a determinados artigos de pouco valor, que, no entanto, eram aspectos importantes da mensagem dos profetas.
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 24
Dos animais mencionados na Lei mosaica como imundos, o mosquito era o menor (Lv 11:20-23), e o camelo, o maior (Lv 11:4).
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 25
Refere-se à purificação ritual (conforme Mc 7:3-4).
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 27
Os sepulcros eram pintados de branco para evitar que alguém os tocasse acidentalmente, tornando-o ritualmente impuro (Nu 19:16).
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 29
Os estudos arqueológicos indicam que foi precisamente por volta do tempo de Jesus quando na Palestina começaram a construir monumentos funerários para honrar os profetas.
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 31
Filhos: Ou descendentes. Entra aqui em jogo o duplo sentido desta palavra: o da relação filial propriamente dita e o de mostrar a uma pessoa as qualidades de outras; neste caso, dos antepassados. Lc 11:48 utiliza o segundo sentido.
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 33
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 35
Abel: A primeira vítima de assassinato (Gn 4:8). Zacarias: Talvez se refira ao último dos assassinados que são mencionados nas Escrituras do AT (2Cr 24:20-21), já que 2Cr é o último livro segundo a ordem do cânon hebraico. Sem dúvida, este Zacarias aparece ali como “filho do sacerdote Joiada”, não como filho de Baraquias, que corresponde ao profeta Zacarias (conforme Zc 1:1).
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 37
Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
*
23.1-39
Alguns consideram este capítulo como outro discurso (neste caso seriam seis discursos e não cinco, Introdução: Características e Temas), ou o consideram como parte do discurso escatológico, nos capítulos 24:25. Entretanto, o discurso não é concluído pela frase que encerra os outros discursos (“quando Jesus acabou de proferir estas palavras ou expressões análogas — Mt 7:28; 11:1; 19:1; 26:1). Continua a atividade profética de Jesus de pronunciar os oráculos dos “ais” aos líderes infiéis de Israel (vs. 13-36, nota). Está relacionado com o discurso seguinte, no qual estipula a razão para a destruição de Jerusalém, anunciada na linguagem da profecia do Antigo Testamento.
* 23:2
Na cadeira de Moisés, se assentaram. Ainda que Jesus, em outros lugares, condene os escribas e fariseus por acrescentarem tradições humanas à lei e por distorcerem o espírito da lei (vs. 13—32; 15:1-9), aqui ele reconhece o legítimo ofício de ensinar, que eles exerciam (Dt 17:8-13).
Ao proibir o uso dos títulos “Mestre” (v. 8), “Pai” (v. 9) e “guias” (lit. v.10), Jesus não proíbe a organização ou o uso de todos esses títulos na igreja (conforme At 20:17;1Co 9:1; 1Tm 3:1, 2, 8, 12; Tt 1:5-7). A advertência de Cristo é contra a tentação de conceder, aos líderes humanos, a autoridade e prerrogativa que pertencem só a Deus — uma tentação aqui exemplificada pelo uso de pretensas formas de tratamento.
* 23.13-36
Lucas 11:37-54 registra uma primeira proclamação de seis ais. Esta série de sete ais eram um pronunciamento profético do processo legal de Deus contra seu povo, anunciando um iminente cumprimento das maldições da Aliança (cf.Is 5:8-23; Hc 2:6-20). Tais advertências expressam a preocupação de Deus por seu povo e seu desejo de que eles se arrependam (vs. 37-39).
* 23:13
hipócritas. Ver nota em 6.2.
fechais o reino. Os mestres da lei e os fariseus fizeram isto, afastando o povo de Cristo e de sua justiça. Os discípulos devem fazer o oposto, proclamando livremente o evangelho.
* 23:15
inferno. Ver nota em 5.22. Os que eram legalistas fizeram prosélitos iguais a eles mesmos, predispondo-os contra o recebimento da justiça que vem pela fé.
* 23:16
Quem jurar. Ver 5:33-37. Este modo de fazer votos é semelhante às crianças, que fazem promessas com seus dedos cruzados escondidos atrás das costas. Deus deseja a verdade em todas as nossas palavras (5.37).
* 23:24
mosquito... camelo. O mosquito era o menor dos animais impuros e o camelo era o maior. No aramaico as duas palavras soam de modo semelhante.
* 23.35 Abel... Zacarias. Abel foi a primeira pessoa a ser morta por causa da justiça (Gn 4:8). A identidade de Zacarias com este caso é problemática, e todas as soluções sugeridas têm suas dificuldades. Zacarias, o profeta, era “filho de Baraquias”, mas não há evidência de que ele tenha sido martirizado. Houve um Zacarias que era filho de Baruque, e que foi morto pelos zelotes, como foi mencionado por Josefo (“Guerras dos Judeus”, 4:334-44). Ele foi morto na área do templo, porém, provavelmente não entre o santuário e o altar. Zacarias, filho de Joiada, é o último mártir mencionado no Antigo Testamento, na ordem canônica hebraica (2Cr 24:20-22). Ele foi morto no pátio do templo por ordem de Joás. Se não fosse pelas palavras “filho de Baraquias”, o Zacarias do texto seria mais provavelmente o Zacarias de 2Cr 24, uma vez que Abel e Zacarias são o primeiro e o último mártires do cânon hebraico. É remotamente possível que a expressão “filho de Baraquias” tenha sido uma inserção feita por um copista da época da igreja primitiva. (Lucas 11:51 não registra essa expressão).
a quem matastes. Por perseguirem a Cristo, os fariseus foram identificados com seus ancestrais assassinos.
* 23:36
A punição “sobre a presente geração” sofreu foi a destruição de Jerusalém e do templo, no ano 70 d.C.. Ver nota em 24.34.
* 23:39
já não me vereis, até. Alguns interpretam este versículo como uma promessa de conversão dos judeus, no fim dos tempos (Rm 11:25-32 e nota), ainda que o contexto pareça apontar mais para o julgamento do Israel nacional e para a extensão das promessas ao Israel espiritual, composto de gentios e de judeus (v. 38; conforme 21.43).
Matthew Henry
Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
23:2,3 As tradições dos fariseus e suas interpretações e aplicações da lei chegaram a ser tão importantes como a lei mesma. Suas leis não eram tão más. Algumas eram boas. O problema surgiu quando os líderes religiosos (1) tomaram as normas feitas pelo homem com tanta seriedade como as leis de Deus, (2) ao dizer às pessoas que deviam as obedecer, sem incluir-se eles mesmos, (3) ao obedecer as regras não para honrar a Deus a não ser para se sobressair. Jesus não condenou o que ensinavam, a não ser o que eram: hipócritas.23:5 Estas caixas pequenas de couro, chamadas filacterias, continham versículos da Escritura. Os fariseus as levavam porque Dt 6:8 e Ex 13:9, Ex 13:16 dizem que a gente deve levar a Palavra de Deus perto a seu coração e eles o interpretaram em forma literal. Mas estas pequenas caixas que também usavam para orar chegaram a ser mais importantes pelo nível social que outorgavam que pela verdade que continham.23.5-7 Jesus outra vez pôs ao descoberto a hipocrisia dos líderes religiosos. Conheciam as Escrituras mas não viviam de acordo às mesmas. Não se preocupavam com ser Santos, mas sim por ver-se Santos a fim de receber a admiração da gente e seu louvor. Hoje, como os fariseus, muita gente conhece a Bíblia mas não lhe permitem que troque suas vidas. Dizem que seguem a Cristo mas não vivem de acordo a suas regras de amor. As pessoas que vivem desta maneira são hipócritas. Devemos estar seguros de que nossas ações sejam coerentes com nossas crenças.23.11, 12 Jesus desafiou as normas da sociedade. Para O, a verdadeira grandeza surge do serviço, é o que se obtém quando um se entrega para servir a Deus e a outros. O serviço nos mantém a par das necessidades de outros e evita que nos detenhamos nos olhar a nós mesmos. Jesus veio como servo. Que tipo de grandeza procura você?23.13, 14 Ser um líder religioso em Jerusalém era muito diferente a ser um pastor em uma sociedade secular como a de hoje. A história da nação, sua cultura e a vida cotidiana estavam centradas ao redor da relação com Deus. Os líderes religiosos eram os mais conhecidos, poderosos e respeitados de todos os líderes. Jesus lançou seu agudo acusação porque a fome de poder, dinheiro e posição daqueles líderes os tinha levado a perder de vista a Deus, e sua cegueira se pulverizava por toda a nação.23:15 Os convertidos dos fariseus eram atraídos ao fariseísmo, não a Deus. Por haver-se enfrascado tanto nos detalhes de suas leis tradicionais e regulações, tinham perdido de vista ao que as leis assinalavam: Deus. Como religião de obras ao fim, punham pressão na gente para que superassem a outros em conhecimento e obra. Um professor hipócrita o mais provável é que tenha estudantes ainda mais hipócritas. nos guardemos de criar fariseus por uma ênfase desmedida na obediência superficial a gastos da renovação interior.23.23, 24 É possível obedecer os detalhes da lei e ser desobedientes em nossa conduta geral. Por exemplo, podemos ser muito precisos e fiéis em dar dez por cento de nosso dinheiro a Deus, mas podemos nos recusar a dar um minuto de nosso tempo em ajudar a outros. O dizimar é importante, mas o pagar o dízimo não nos libera de cumprir com outras diretivas de Deus.23:24 Os fariseus penetravam a água de maneira que não pudessem acidentalmente tragar um mosquito, inseto impuro de acordo à lei. Eram muito meticulosos quanto aos detalhes do cerimonial de limpeza ao grau que perderam sua perspectiva do que é a pureza verdadeira. Por fora, limpos no cerimonial; por dentro, corruptos em seus corações.23.25-28 Jesus condenou aos fariseus e aos líderes religiosos por aparentar santidade no exterior e manter em sua interior corrupção e cobiça. Viver nosso cristianismo só como um espetáculo para outros é como lavar um copo só por fora. Quando estamos limpos por dentro, nossa limpeza exterior não será fingida.23.34-36 Estes profetas, sábios e escritores que seriam enviados possivelmente foram os líderes na igreja primitiva que foram feridos, açoitados e algumas vezes crucificados, como Jesus o predisse. Os contemporâneos do Jesus disseram que não atuariam como seus pais, dando morte aos profetas que Deus lhes tinha enviado (23.30), mas estiveram dispostos a dar morte ao Messías e a seus seguidores fiéis. Por esta razão todo o julgamento através dos séculos recairia sobre suas cabeças.23:35 Estava dando um breve resumo dos mártires do Antigo Testamento. Abel foi o primeiro mártir (Gênese 4); Zacarías foi o último (porque a Bíblia hebréia terminava com II Crônicas). Zacarías foi o clássico exemplo de um homem de Deus que morria à mãos dos que diziam ser o povo de Deus (veja-se 2Cr 24:20).23:37 Jesus quis juntar a seu povo assim como a galinha protege seus pintinhos sob suas asas, mas não o permitiram. Jesus também quer nos proteger se nos aproximarmos do. Muitas vezes nos ferimos e não sabemos a quem recorrer. Rechaçamos a ajuda de Cristo porque não acreditam que O pode nos dar o que necessitamos. Mas quem conhece melhor nossas necessidades que nosso Criador? Os que acudam ao Jesus acharão que O consola e conforta como ninguém mais pode fazê-lo.23:37 Jerusalém era a capital do povo escolhido de Deus; a cidade ancestral do Davi, o maior rei do Israel; e o lugar onde estava o templo, a morada terrestre de Deus. Devia ser o centro de adoração ao verdadeiro Deus e um modelo de justiça para toda a gente, mas Jerusalém chegou a ser uma cidade cega a Deus e insensível às necessidades humanas. Aqui podemos ver a profundidade dos sentimentos do Jesus pelos perdidos e por sua cidade amada, que muito em breve seria destruída.AS SETE CALAMIDADES 23.14: Não permitir a outros entrar em reino dos céus e não entrar nós mesmos 23.15: Afastar às pessoas de Deus como vocês mesmos 23:16-22: Cegamente permitir que a gente de Deus siga as tradições feitas pelo homem em lugar da Palavra de Deus 23.23, 24: Envolver-se em detalhes insignificantes passando por cima o que realmente é importante: justiça, misericórdia e fé 23.25, 26: Guardar aparências enquanto que seu mundo privado é corrupto 23.27, 28: Atividade espiritual para cobrir o pecado 23:29-36: Pretender que se aprendeu da história passada, mas seu comportamento presente mostra que ou aprendeu nada Jesus mencionou sete formas para evitar a ira de Deus, freqüentemente chamadas "as sete Estas calamidades sete declarações a respeito dos líderes religiosos devem ter sido sortes com uma mescla de julgamento e tristeza. Eram firmes e inesquecíveis. Estão em vigência cada vez que entramos tanto em aperfeiçoar a prática da religião que esquecemos que a Deus também interessam a misericórdia, o amor verdadeiro e o perdão.
Wesley
Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
4. pronunciar ais contra fariseus (23: 1-39) 1. Sentado na cadeira de Moisés (23: 1-12) 1 Então falou Jesus à multidão e aos seus discípulos, 2 dizendo: Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés: 3 todas as coisas, pois, que vos disserem, isso fazei e observai, mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não fazem.4 Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos não querem movê-los com o seu dedo. 5 Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes , 6 e amar o chefe lugar nos banquetes, o primeiros assentos nas sinagogas, 7 e das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Rabi. 8 Mas Não sejais chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. 9 E a ninguém seu pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, mesmo aquele que está nos céus. 10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, até mesmo o Cristo. 11 Mas o que é o maior entre vós será vosso servo. 12 E todo aquele que se exalta será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar será exaltado.
Assento é kathedra . A frase ex cathedra significa, literalmente, "a partir da sede"; isto é, pela autoridade pública. Jesus disse que os escribas e os fariseus falaram ex cathedra , porque eles se sentaram na cadeira de Moisés; ou seja, eles foram os professores autorizados da Lei. Portanto, todas as coisas que eles foram intimados a serem observados (v. Mt 23:3 ). Tomado em um sentido absoluto, este parece ser incompatível com as críticas anteriores de Cristo dos fariseus para substituir a sua própria "tradição dos anciãos" Porque a palavra de Deus (15: 1-6 ). Evidentemente, o pensamento aqui é: "Fazei todas as coisas que eles ensinam, na medida em que este está em harmonia com o espírito da lei mosaica." Para eles dizem, e não , não significa que os fariseus esqueceram de praticar a sua religião. Na verdade, eles foram mais escrupulosos na observância de suas muitas necessidades, mas eles perderam as coisas centrais na Lei, como a justiça, a misericórdia ea fé (v. Mt 23:23 ).
Os fardos pesados (v. Mt 23:4) foram os minutos, regras e regulamentos multitudinária com a qual os escribas haviam selado a religião de Israel. Havia tantos itens detalhados que as pessoas comuns não podiam observar todos eles. A religião, em vez de ser uma alegria e inspiração, havia se tornado um fardo insuportável. No entanto, os escribas se recusou a aliviar esta carga (v. Mt 23:4 ). Eles fizeram amplo seus filactérios . Estes eram pequenas caixas feitas de pele de animais cerimonialmente limpos e usado na testa e no braço esquerdo. O phylactery cabeça tinha quatro compartimentos, cada um com uma passagem do Velho Testamento (Ex 13:1 ; 11-16 ; Dt 6:4. ; Dt 11:13 ). O braço phylactery continha todas as quatro passagens em um compartimento. O costume de usar estes surgiu de uma interpretação muito literal de Dt 6:8 . Os fariseus fizeram muitas vezes essas phylacteries largos para provar a sua grande piedade. Para eles, a religião era algo externo, para ser colocado na parada. Eles também ampliou as fronteiras das suas vestes exteriores; ou seja, usava longas franjas nos cantos de suas vestes. Estes deveriam ser a marca de um judeu piedoso.
Os fariseus também procurou os primeiros lugares nos banquetes e nas sinagogas. Eles não conseguiram perceber que o amor de destaque é uma das mais seguras negações de piedade genuína. Eles gostavam de ser chamados Rabi . Jesus advertiu Seus discípulos contra uma atitude tão arrogante (vv. Mt 23:8-10 ). Estas instruções devem ser tomadas como advertência contra um espírito de ostentação e orgulho, ao invés de regras específicas sobre o uso de títulos técnicos.
O princípio de que Jesus tentou fazer valer é declarado no versículo 11 (conforme Mt 20:26 ). Humildade e serviço são as verdadeiras marcas de piedade. O versículo 12 expressa o princípio da vida que "o caminho para cima é para baixo."
b. Sete ais (23: 13-36) (1) Encerramento do Reino (Mt 23:13) 13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem aos que estão entrando na para entrar.
Jesus pronunciou sete ais sobre os fariseus. A versão ReiTiago tem oito, mas o versículo 14 é omitido nos primeiros manuscritos gregos.
Ai de vós pode ser traduzida como "Ai de vós!" (conforme Mt 11:21 ). A nota de julgamento aqui é melhor expressa pela primeira. Por outro lado, este último reflecte mais claramente a compaixão de Cristo. Talvez ambas as expressões devem ser mantidas.
Seis das desgraças (exceção, v. Mt 23:16) são dirigidas especificamente para os escribas e fariseus, hipócritas . A primeira acusa de fechar o Reino contra os homens. O grego diz que "diante dos homens"; isto é, em seus rostos enquanto procuram entrar. Por sua interpretação legalista do Antigo Testamento, os escribas fechou a porta da fé nos rostos daqueles que ensinavam.
(2) Bússola da Terra (Mt 23:15) 15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois vós mar bússola ea terra para fazer um prosélito; e quando ele se tornou assim, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós.
Um prosélito (literalmente, "aquele que veio sobre") era um convertido do paganismo ao judaísmo. O zelo proselitismo dos judeus neste momento é amplamente corroborado por Philo e outros escritores. Eles cercaram o mar ea terra -nós diria: "terra e mar" -no esforço para fazer um prosélito . Isto sugere a dificuldade de conseguir gentios para ser circuncidados e observar todas as muitas exigências da lei judaica, apesar de muitos deles estavam prontos para se converterem da idolatria e politeísmo ao culto do verdadeiro Deus.
(3) Confundir o Sagrado (23: 16-22) 16 Ai de vós, condutores cegos, que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. 17 Insensatos e cegos:? para o qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro 18 E aquele que jurar pelo altar, isso não é nada; mas o que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. 19 Cegos!? Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta Dt 20:1) 23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e deixado de lado os assuntos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia ea fé; e elas vos devia ter feito, e não ter deixado a outra desfeita. 24 Guias cegos, que estirpe do mosquito e engolir o camelo!
Os fariseus eram muito escrupulosos em pagar seus dízimos. Eles ainda contou as sementes, e tirou um em cada dez. Eles dizimavam a hortelã , literalmente, de cheiro doce e anis -possibly dill, ou outra planta com sementes semelhantes a Sementes de alcaravia e do cominho -as sementes das quais foram utilizadas como tempero para o pão e carne, e também para fins medicinais. Estes foram três ervas Jardim comum, todos utilizados na culinária. Mas os escribas negligenciado o mais pesado (mais importante, ou, eventualmente, "mais difícil" para cumprir) assuntos da lei, a justiça, a misericórdia ea fé (ou fidelidade). Estes (a última) que deveriam ter praticado e não deixou o outro (o ex-) unpracticed.
Estirpe do mosquito (v. Mt 23:24) é a tradução correta. O verbo significa "filtrar", especialmente de vinho. A imagem é a de um fariseu rigoroso esticar sua água potável através de um pano-de certificar-se de que ele não engoliu a menor "animal impuro", o mosquito-e, entretanto, engolindo um camelo todo. Obviamente, Jesus tinha um senso de humor e destinados isso como uma hipérbole ridículo para o efeito dramático. Cada ouvinte podia ver a imagem viva e se lembrar dela.
"Strain at" (KJV) é definitivamente enganosa para o leitor de hoje. A primeira versão em Inglês, Wycliffe de, tinha "clensenge" (limpeza). Tyndale, o primeiro a traduzir do grego original, "strayne fora". A versão ReiTiago é a única tradução em Inglês que tem "tensão em" -que sugere um homem tentando pegar um mosquito. Goodspeed sustenta que este é um "enorme erro de impressão", que deveria ter sido corrigido há muito tempo, como centenas de outros erros de impressão na edição de 1611 foram corrigidos.Possivelmente pode ser que os tradutores da ReiTiago estavam seguindo um uso que tinha ganhado alguma moeda, mas se assim for, eles eram certamente imprudente na sua escolha.
(5) A limpeza da parte externa (23: 25-26) 25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. 26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior se torne limpo.
Este parágrafo resume a diferença essencial entre o judaísmo daquele dia e a religião de Jesus. O primeiro deu importância primordial para o lado de fora (v. Mt 23:25 ), esta última para o interior (v. Mt 23:26 ). O primeiro estava preocupado com limpezas cerimoniais, este último com um coração limpo.
"Full of" (KJV) está corretamente traduzido cheio de (v. Mt 23:25 ). A preposição sugere que o conteúdo dos pratos foram obtidos por extorsão -a palavra grega significa "pilhagem", ou "roubo" -e excesso, ou "falta de auto-controle." Em outras palavras, os copos e pratos de os hipócritas foram preenchidos com os frutos da desonestidade e auto-indulgência. Para limpar o interior significa se livrar de práticas injustas. Admoestação de Jesus reduz a isto: A religião é justiça, não ritual (conforme Amos e Micah).
(6) Corrompendo a Inside (23: 27-28) 27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. 28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
Um mês antes da Páscoa, todos os túmulos foram deve ser caiadas, de modo que ninguém teria acidentalmente entrar em contato com um, e, portanto, ser processado impuro e impedida de comer a Páscoa (Nu 19:16. ). Uma vez que esta foi a época da Páscoa, Jesus comparou os escribas para as sepulturas recém-caiadas de branco (sepulcros caiados) -boa aparência por fora, mas cheio de corrupção dentro. Seus pecados habituais foram hipocrisia e de iniqüidade (v. Mt 23:28 ). Este último é, literalmente, "ilegalidade". Este termo é particularmente notável, tendo em vista o fato de que esses mesmos fariseus alegaram que eles, e apenas eles, realmente manteve a Lei. Mas eram os reais infratores (conforme v. Mt 23:23 ).
(7) Dando continuidade à perseguição (23: 29-36) 29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos, 30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas. 31 Assim, vós testemunhar contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. 33 Serpentes, raça de víboras!, como crereis escapar da condenação do inferno? 34 Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas: algumas delas vós vos matar e crucificar; e alguns deles sereis açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade: 35 que sobre vós caia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário eo altar. 36 Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.
É a tendência de quase todos os grupos religiosos para adorar o seu passado. Só assim nos dias de Jesus os judeus construir e enfeite (decorar) os túmulos de seus mártires profetas e justos homens. Eles declararam se tivessem vivido nos dias de seus antepassados não teriam matado os profetas (v. Mt 23:30 ). Mas por suas ações eles mostraram que eles eram filhos de seus pais, para que eles rejeitaram João Batista e procurou matar Jesus. Grimly Cristo ordenou-lhes encher a medida do pecado (v. Mt 23:32 ). A linguagem do verso Mt 23:34 é explicada somente à luz de seu ódio assassino de Jesus, cuja morte eles logo trazer.
Não contente com isso último crime, eles perseguem e até mesmo matar os mensageiros cristãos (v. Mt 23:34 ). Portanto sobre eles viriam todo o sangue justo que havia sido derramado desde o início da história, da de Abel ao de Zacarias, filho de Baraquias (v. Mt 23:35). A última frase é difícil, uma vez que a Zacarias que foi morto entre o santuário eo altar (do sacrifício) é declarado para ser o filho de Joiada (2Cr 24:20. ). O filho de Berequias foi o profeta (Zc 1:1 ). A frase é omitido no texto original do Sinaiticus, e pode ser a inserção equivocada de um copista, embora a sua presença no resto dos manuscritos antigos não representar um problema que no momento parece insolúvel.
A previsão do versículo 36 foi horrivelmente cumprida em AD 70, o ano com que esta geração terminou. Jerusalém foi tomada, o seu templo destruído, e os seus habitantes mortos ou enviados como escravos.
c. Entristecendo sobre Jerusalém (23: 37-39) 37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! 38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta.39 Pois eu vos digo: Vós não me vereis , até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.
Este é um dos gritos mais melancólicos do Cristo compassivo. Foi a Sua palavra de despedida para "a cidade do grande Rei" (Mt 5:35 ), que tinha, no entanto, acaba de rejeitar o seu Rei (cap. Mt 21:1 ). Em vez de ser protegido (v. Mt 23:37) seria abandonado (v. Mt 23:38 ). Nunca seria vê-lo novamente até que o recebeu como Messias (v. Mt 23:39 ). E vós não (v. Mt 23:37) estão entre as palavras mais tristes já escritos.
Wiersbe
Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
A explanação para a multidão e os discípulos (Mt 23:1-40)
Durante uma época da história de Israel em que a nação foi pressiona-da pelos gregos a fim de abandonar suas leis e tornar-se mais liberal, os fariseus surgiram como um grupo. Homens como Esdras (Ed 7:10) per-maneceram verdadeiros em sua fé, protegeram a Lei e separaram-se da profanação pagã. Eles se tornaram os intérpretes oficiais da Lei quan-do Israel não tinha profetas nem sacerdotes mestres. Nesse sentido, os fariseus sentaram-se na "cadeira de Moisés". Jesus não mandou que as pessoas obedecessem a tudo que os fariseus ensinavam, mas apenas aos ensinamentos que eram fiéis à Lei de Moisés. Cristo rejeitou muitos ensinamentos dos fariseus (veja Mt 5:21-40). Eles amavam os dízimos e o reconhecimento público, como também exaltavam a si mesmos à custa dos outros. Eles usavam caixas em que punham as Escrituras ("filac- térios" — supostamente com base emÊxodo 13:16; Dt 6:8; Dt 11:18) e alongavam as franjas das vestes (Nu 15:38) com a finalidade de mostrar seu ardor religioso. Eles assumiam uma "forma de piedade", mas não tinham poder (2Tm 3:5), ao mesmo tempo que a orla da veste de Jesus tinha o poder de transformar vidas (Mt 9:20; Mt 14:36).
Os versículos 8:10 apresentam a Trindade. Temos o Mestre (que sig-nifica "professor"), o Espírito Santo (v 8; "a saber; o Cristo" (ARC) deve ser omitido), o Pai (v. 9) e o Guia, que é Cristo (v. 1 0). Os homens to-mam o lugar do Pai, ou do Filho, ou do Espírito Santo quando desobede-cem à Palavra do Senhor e levam as pessoas a se desviar.
Nessa passagem, há oito "ais", e podemos contrastá-los com as oito bem-aventuranças (bênçãos) de Ma-teus 5:3-12. "Os humildes de espíri-to" herdam o reino (5:3), enquanto o orgulhoso "fecha [...] o reino" (v. 13). Os que choram são confortados (5:4), e os que devoram recebem "ri-goroso juízo" (v. 14). O manso "her-da [...] a terra" (5:5), mas o orgulho-so manda as pessoas para o inferno ív. 15). Deus sacia os que têm fome de justiça (5:6), contudo os que têm ganância de ganhos materiais não recebem nada (vv. 1 6-22). O miseri-cordioso "alcançar[á] misericórdia" (5:7), mas os fariseus rejeitaram a misericórdia ao especializar-se em trivialidades (vv. 23-24). "Os limpos de coração" vêem a Deus (5:8), to-davia os que são religiosos no exte-rior têm o interior sujo (vv. 25-28). Os pacificadores e os perseguidos são "filhos de Deus" (5:9-12), mas os assassinos e os perseguidores são chamados de filhos do diabo (vv. 29-33).
Jesus não profere esses "ais" com sentimento de raiva ou malícia no coração. Nesses versículos, há um sentimento de tristeza piedosa à medida que o coração amoroso de Cristo revela o coração perverso de seus inimigos. Ele externa angústia, não raiva.
Como eles "fecha[m] o reino" (v. 13)? Primeiro, ao recusar receber a mensagem de João Batista (21:25- 27; 11:16-19). Segundo, ao recusar reconhecer a Cristo (Jo 7:47ss). Ter-ceiro, ao impedir que o povo tives-se acesso ao verdadeiro significado das Escrituras (Lc 11:52). Na verda-de, os escribas e fariseus fecharam a porta do reino dos céus ao esconder "a chave da ciência" (essa é a for-ma como as Escrituras vêem Cristo) por trás das tradições criadas pelo homem! Como é trágico perceber que os "líderes religiosos" de hoje também afastam as pessoas do céu quando rejeitam a Cristo, resistem ao seu Espírito e recusam-se a pre-gar e a ensinar sua Palavra.
Os fariseus roubavam as viú-vas pobres ao tirar suas posses sob
pretexto de usá-las para Deus (v. 14). Eles eram mentirosos, avarentos e espoliadores religiosos.
Os valores deles eram confusos (vv. 16-22). Estavam interessados no ouro e nas ofertas, mas não na ado-ração espiMritual no templo (veja Lc 6:14ss).
"Sepulcros caiados" (v. 27) refere-se à prática de caiação das sepulturas para que os judeus não pudessem acidentalmente ser con-siderados imundos ao tocá-las (veja Nu 19:16).
"A medida de vossos pais" (v. 32) diz respeito ao aumento do pe-cado na nação da época do Antigo Testamento atéAt 7:0; Mt 12:34; Jo 8:44 e reveja a parábola do joio narrada em Mt 13:0).
As palavras finais de pesar por Cristo indicam que Deus dera mui-tas oportunidades de salvação ao povo, no entanto este não aceitara a oferta dele. O Senhor não manda as pessoas para o inferno; elas se mandam para lá por causa de sua obstinação.
É provável que "vossa casa" (v. 38) refira-se à casa de Israel, retra-tada pelo templo. Em 24:1, Cristo deixa o templo e nunca mais volta a ele, dizendo simbolicamente: "Você tem me rejeitado, por isso seu tem-plo está vazio". (VejaMt 13:1, em que ele sai de casa — Israel — e vai para o litoral — os gentios.) Em 21:13, ele chama o templo de "mi-nha casa", mas agora refere-se a ele como "vossa casa".
Israel receberá seu Messias quando ele retornar para estabe-lecer o reino sobre a terra (veja Zc 12:10). A era da igreja, que ainda não fora revelada, situa-se entre a expressão "bendito o que vem" de Mt 21:9 e a de 23:39 (ainda no futuro). Hoje, os crentes não pro-curam pelo reino terreno, mas pelo noivo celestial que retornará em um piscar de olhos.
Russell Shedd
Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
23.2 Cadeira de Moisés. A autoridade legislativa que era de Moisés.
• N. Hom. 23.3 Não os imiteis nos suas obras. 1) Não praticam o que pregam; 2) Dificultam a prática da lei (4); 3) Fazem tudo para produzir falsas aparências (5); 4) Buscam a primazia nas sinagogas (6); 5) Fazem questão de ser lisonjeados (7); 6) Procuram honra e glória (8, 10).
23.5 Filactérios. Eram cápsulas, ou rolos: de couro, que os judeus usavam na testa, perto do coração, e no braço esquerdo. Continham quatro passagens bíblicas:13 1:2'> Êx 13:1-10, ; 11-16; Dt 6:4-5; Dt 11:13-5, usadas de maneira singular, como lembrete visível da profissão religiosa dos judeus e que, também Jesus usava (conforme Mt 9:20 onde se traduz por "orla'). os fariseus desenvolveram esse costume até sobrecarregá-lo de minúcias, esquecendo-se porém da sua singela mensagem espiritual.
• N. Hom. 23:13-31 "Ai" é uma exclamação de Jesus, profunda, penetrante e enérgica, que parte do coração do Mestre contra a hipocrisia dos fariseus e escribas. São oito, aqui: 1) O ai contra a impenitência dos fariseus (13); 2) O ai contra a avareza dos fariseus (14); 3) O ai contra o zelo cego dos fariseus em conseguir adeptos (15); 4) O ai contra os juramentos levianos dos fariseus que invalidavam a lei (16-22); 5) O ai contra o grande valor que os fariseus davam aos pormenores legais em detrimento dos valores reais (2324,); 6) O ai contra a aparência exterior ostentada pelos fariseus (25-26); 7) Idem (27-28); 8) O ai contra a veneração, hipócrita que os fariseus tinham para com os profetas (29-36). 23.23 HorteIã. Usada para cobrir o chão nas casas e sinagogas, e como especiaria. Endro. Planta medicinal perfumada. Cominho. Sementes de erva doce, de vários usos culinários. As três hortaliças teriam algum valor comercial, mas o dízimo obtido seria o mínimo. Os fariseus, ao se mostrarem zelosos nos pormenores, pensaram que podiam esconder, de si mesmos e de Deus, o fato de não estarem à altura da verdadeira religião.
23.24 Os insetos eram cerimonialmente imundos. Mas um camelo também o era, e ainda, o maior animal imundo conhecido por eles. Este versículo, cujo sentido figurado salienta a prática de deixar passar grandes erros enquanto se evitavam os pequenos. 23.27 Sepulcros caiados. Simples túmulos no chão eram caiados na época da vinda dos peregrinos, por ocasião da Páscoa, para que os estranhos não pisassem neles, tornando-se, assim, cerimonialmente imundos e excluídos então da celebração religiosa. Era justamente naquela época do ano que Jesus estava falando.
23.35 Até... Zacarias. Se é o Zacarias cujo livro consta na Bíblia, então é só aqui que se registra seu martírio. Sé é o Zacarias mencionado em 2Cr 24:17-14, então historicamente não seria o último caso de perseguição contra os profetas, pois a data do assassinato é 796 a.C.; Jesus pode ter citado Zacarias como o último registrado nas Escrituras (pois na Bíblia hebraica os livros das Crônicas constam por último).
23.37 Jerusalém. Reconhecimento pleno da rejeição dos judeus (conforme Jo 1:11). Deus fez tudo para Seu povo, mas este rejeitou a Jesus.
23.38 Vossa casa. A cidade e a nação seriam assoladas em 70 d.C.
23.39 A salvação dos judeus não tem outro caminho senão a confissão do Senhor Jesus Cristo, reconhecendo-o como Salvador e Filho de Deus. Os líderes religiosos terão de participar do júbilo das multidões, descrito em 21.9, e não confiar na sua própria religiosidade.
NVI F. F. Bruce
Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
Ais contra os escribas e fariseus (23:1-36)
Conforme Mc 12:38-41; Lc 11:39-42; Lc 20:45ss. Acerca de mestres da lei,v.comentário de 13.52; acerca de fariseus,v. “Pano de fundo religioso judaico do Novo Testamento ” (p. 1 458) e os artigos “Judaísmo” e “Fariseus” no NBD\ acerca de hipócritas,v.comentário no final do cap. 6. O leitor desse capítulo não pode esquecer que o grosso do povo apoiava os fariseus, embora tentasse evitar os pontos mais onerosos da sua legislação, legislação que eles não conseguiram colocar completamente em prática até depois de 70 d.C. Por isso, Jesus deve estar falando das coisas mais profundas do espírito, onde somente o seu olho pode penetrar. Nessa seção, temos sete ais (v. 13-31) com introdução e conclusão.
Introdução (v. 1-12). Jesus não estava atacando o ensino deles em geral, mas a forma em que eles o aplicavam à vida (v. 3). Ao dizer que eles se assentavam na cadeira de Moisés (v. 2), ele reconheceu que em geral isso era correto e apropriado. Se a pessoa quer guardar a Lei de Moisés, é praticamente impelida a aceitar a abordagem dos escribas. Sentar era a posição de um mestre (conforme Lc 4:20). No século IV d.C., havia cadeiras especiais nas sinagogas chamadas de “cadeiras de Moisés” para os rabinos, mas é questionável se existiam no século I; o sentido é que eles eram expositores oficiais da Lei.
O judeu moderno considera os v. 3,4 um insulto enorme, e de fato são, se os tomarmos pelo seu significado básico. Nenhum fariseu teria mantido o seu lugar na comunidade por muito tempo se tivesse ficado evidente que ele não praticava o que pregava. Na ampliação da Lei realizada pelos rabinos, muitos aspectos eram mandamentos feitos por homens para garantir que as leis dadas por Deus fossem guardadas. O homem instruído podia ignorar ou contornar grande parte dessa legislação feita por homens de formas que o homem comum não conhecia. Num nível mais profundo, Jesus estava condenando não a falta de cumprimento da lei por parte dos que pregavam a lei, mas, antes, um rigor, especialmente entre os discípulos de Shammai, que era suportável para os mais ricos e mais desocupados, mas quase impossível para os pobres. Há muito disso na igreja.
Cp. os v. 5-7 Ct 6:1-22; é a condenação de todo comportamento e ritual, até o antiritual do protestante mais extremo, que, professando dirigir-se a Deus, mantém ao menos um olho fixo no homem. v. 5. filactérios: V. NBD(“Filactérias”). No século I d.C., o seu uso ainda não tinha se tornado obrigatório, de modo que os piedosos tinham a forte tentação de censurar os não observantes ao usá-los de maneira muito vistosa, franjas: (Dt 22:12,Nu 15:39 e conforme 9.20; 14.36); v. HDB, v. II, P- 68ss. Eram usados de forma quase geral na época; tinham o propósito de servir como lembrete à pessoa que as usava (Nu 15:39 apresenta os títulos comuns de respeito pelo mestre judaico: “Vocês me chamam ‘Mestre’ \rabbíle ‘Senhor’ \marí\”. Jesus era Senhor de forma tão singular que não havia pessoa na igreja que pudesse ser chamada assim. O título “mestre” continuou existindo (At 13:1; Jc 3:1; 1Co 12:28; Ef 4:11), mas não há evidência de seu uso como título de respeito. Até kyrios(senhor), que para o falante grego no contexto secular não significava mais do que o nosso termo de tratamento “senhor”, se encontra após a ressurreição no NT somente em Ap 7:14 como um título de tratamento para com outros que não Cristo, isto é, nos lábios dos cristãos, v. 9. A ninguém na terra chamem “pai”:Jesus não está abolindo o quinto mandamento. Os rabinos não gostavam de usar o título “pai”, a não ser com relação aos patriarcas, mas estavam dispostos a usá-lo no caso de um rabino extraordinário. Precisamos de uma sensibilidade maior para essas coisas, e não só crítica, na 1greja de hoje.
O primeiro Ai (v. 13). O significado desse versículo está estritamente ligado ao v. 15. O fato de que eles rejeitaram tanto João Batista quanto Jesus mostrou que não tinham se submetido à soberania de Deus. O seu ensino, se aceito no sentido que tinha para eles, também tornava impossível que os outros se submetessem. Depois da destruição de Jerusalém, esse foi o maior fator humano individual que fez os judeus como povo rejeitarem a Cristo.
As casas das viúvas (v. 14) (conforme Mc 12:40; Lc 20:47). Os manuscritos concordam de forma quase irrefutável a favor da exclusão desse versículo; o argumento de Edersheim (II, p. 410) de que os oito Ais contrabalançam as oito Bem-aventuranças parece um tanto improvável. Qualquer interpretação que inclua a desonestidade intencional está propensa a entender os fariseus de forma totalmente errônea, embora eles também tivessem suas ovelhas negras; alguns dos atos destas estão registrados no Talmude. A insistência no cumprimento dos votos e no encorajamento às contribuições, quando esse era o caso, é uma interpretação satisfatória.
O segundo Ai (v. 15). Tanto os imperadores romanos quanto mais tarde a igreja triunfante castigaram o proselitismo judaico com a morte, mas a atividade era bem difundida nessa época. A sinagoga atraía muitos simpatizantes, os sebomenoiou phoboumenoi ton theon, que a NVI traduz por “tementes a Deus” (At 10:2), “temente a Deus” (At 10:22), “que temem a Deus” (At 13:16), “mulher temente a Deus” (At 16:14). A prontidão com que muitos davam ouvidos a Paulo mostra que o ensino que tinham recebido em muitos casos era para sempre. Tornar-se um prosélito completo (ger tsedeq) incluía adotar todos os detalhes legais dos fariseus. E notável que somente um, talvez dois, dessa última classe tenham se tornado comprovadamente cristãos, i.e., Nicolau de Antioquia (At 6:5) e talvez o eunuco etíope (At 8:27). Esse princípio também é válido para a pessoa que está mais preocupada em ganhar um convertido para a sua denominação do que para Cristo.
O terceiro Ai (v. 16-22). V.comentário de 5:33-37. guias cegos:E o ensino deles, e não a sua prática, que é condenado aqui. Cegos insensatos (mõroi):Jesus, o Juiz, usa linguagem que é proibida aos seus seguidores (5.22). mõroiaqui, como no Sermão do Monte, é uma reprodução da palavra aramaica.
O quarto Ai (v. 23,24). Uma coisa é se sou muito rigoroso comigo mesmo por causa do testemunho do Espírito em mim. Se, por outro lado, eu decido que preciso observar tudo que encontro nas Escrituras, por menor que seja, a experiência mostra que eu me torno cada vez mais legalista nas minhas exigências para com os outros e cada vez mais cego para as verdadeiras exigências de Deus para comigo mesmo. O quinto Ai (v. 25,26). O quinto Ai é uma ampliação e intensificação do quarto. Se os fariseus tivessem se comportado literalmente da maneira exposta no v. 25, nunca teriam sido admirados pelo povo. Mas a sua estimativa do caráter dos outros normalmente era baseada na medida em que eles observavam as aparências. A aceitação de um convite para uma refeição dependia em grande parte da medida em que as leis dos dízimos e da purificação eram observadas ali. A atitude deles pode ser comparada com o juízo que fazemos dos nossos companheiros cristãos pela sua ortodoxia aparente, v. 26. Fariseu cegokO singular provavelmente é devido ao aramaico subjacente, que poderia ser compreendido como singular ou plural. “Mas dêem o que está dentro do prato como esmola” (Lc 11:41): Se o meu copo e prato estiverem cheios de extorsão e ganância, eu também estarei; a minha disposição de abrir mão do que tenho inclui renunciar a mim mesmo. Isso parece ser o significado da frase extremamente difícil em Lucas.
O sexto Ai (v. 27,28). Esse é o auge dos dois Ais anteriores. Em adar (março), depois das intensas chuvas, os sepulcros eram caiados para prevenir que as pessoas que iam ao templo, especialmente os sacerdotes, fossem contaminados pelo contato com os mortos. Os túmulos se tornavam resplendentes só porque eram túmulos. Os fariseus se destacavam pela sua piedade e legalismo somente porque eram pecadores. Se não fossem, não teriam se sentido compelidos a agir como agiam. A sua hipocrisia consistia em não perceberem isso. O sétimo Ai (v. 29-31). Assim como os cristãos estão sempre prontos a usar desculpas pelos muitos crimes cometidos ao longo dos séculos em nome de Cristo (a forma como a Igreja tratou os judeus provavelmente é o pior de todos), assim os rabinos tinham grande dificuldade em fazer uma denúncia sincera dos pecados dos seus ancestrais. Na prática, eles estavam dizendo: “Isso não poderia acontecer aqui”. A rejeição de Jesus por parte dos líderes religiosos mostra a legitimidade das suas palavras. Condenação final (v. 32-36). Os profetas, sábios e mestressão cristãos (conforme Ef 2:20; Mt 13:52). A perseguição dos cristãos judeus aqui anunciada (não muitos cristãos gentios foram envolvidos) se dividiu em duas partes, um período mais suave antes de 70 d.C. e um período mais sério que culminou com a rebelião de Bar Cochba (132-135). Da mesma forma, para os judeus a derrota sangrenta de Bar Cochba provavelmente foi um golpe mais pesado do que até mesmo a destruição de Jerusalém. Não temos direito algum de estender esse Ai além do ano 135; ele é também uma advertência contra a interpretação muito rígida do termo geração,v. 35. Zacarias, filho de Ba-raquias: Jesus estava apresentando o equivalente ao nosso “de Gênesis a Apocalipse”, pois a Bíblica hebraica termina com 2Crôni-cas (e não com Malaquias!), e o último homem justo mencionado por nome em II Crônicas a ser assassinado é Zacarias (2Cr 24:20,2Cr 24:21). Ele era filho de Joiada, sendo Baraquias o pai do profeta Zacarias (Zc 1:1). Lc 11:51 não contém “o filho de Baraquias”. E possível que Mateus tenha acrescentado essas palavras como indicador para os, talvez, piores assassinatos jurídicos nosdias finais de Jerusalém (Josefo, GuerrasIV, v.4). V. a discussão completa em Williams, v. II, p. 45-8.
O lamento sobre Jerusalém (23.3739). Conforme Lc 13:34,Lc 13:35. Que essas palavras se encaixam de forma magnífica na sua atual posição, é evidente. A condenação dos escribas e fariseus mostrou que não existe nada mais para esperar. Só restou o caminho para a cruz. Isso poderia ter sido dito duas vezes; é mais provável que Lucas tenha deslocado a expressão, pois ele não tem esse contexto no seu evangelho. Jerusalém: Desde o tempo em que a arca foi levada para lá por Davi e que Salomão construiu o seu templo, Jerusalém se tornou a expressão de Israel de forma especial. debaixo das suas asas:Conforme Rt 2:12.
O cumprimento do v. 39 e também de Lc 13:35 ocorre na segunda vinda.
Moody
Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46
A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46
Ao traçar os movimentos de Jesus a caminho de Jerusalém, Mateus omite a viagem de Jericó a Betânia, seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1), que foi um dia antes da Entrada Triunfal (Jo 12:12).
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 12
1-12. Advertência contra os fariseus. Esta porção foi dirigida diretamente para os discípulos, embora na presença da multidão.
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 3 até o 4
3, 4. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem. Até onde o ensinamento deles apresentava o que Moisés ensinou, o povo devia obedecer. Porém, não os imiteis nas suas obras. Suas obras incluíam suas interpretações e perversões forçadas da Lei, que os capacitavam a zombar da importância espiritual do V.T. Suas múltiplas adições à Lei, aqui chamadas de fardos pesados e difíceis de carregar, faziam parte das suas obras. Nem com o dedo querem movê-los. Embora a casuística dos rabinos sem dúvida encontraria meios de escapar ao que era desagradável esta declaração provavelmente significa que eles nunca moviam um dedo para remover qualquer desses fardos (movê-los está em paralelo oposto a atam).
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 6 até o 7
6, 7. Lugar de honra nos banquetes e nas sinagogas eram objetos da ambição dos fariseus, além das efusivas saudações nas praças públicas, as quais chamavam a atenção para sua destacada posição. Mestre. Um título equivalente a professor ou doutor, que os judeus aplicavam aos seus instrutores espirituais.
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 8 até o 12
8-12. As próximas palavras foram dirigidas especificamente aos discípulos. Os seguidores de Cristo não deveriam procurar serem chamados por esses títulos de mestre, Pai ou Guia, como os fariseus. Entretanto, esta não é uma proibição absoluta de hierarquia ou uso apropriado de títulos, pois o próprio Paulo se intitulou "pai" dos coríntios e chama Timóteo de "filho" (1Co 4:15, 1Co 4:17). O maior mostra claramente a validade da diferença de postos. Mas um espírito de humildade deveria governar os crentes, não a ambição egoísta dos fariseus que usurpavam para si mesmos a autoridade que pertence a Deus.
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 13 até o 36
13-36. Sete "ais" contra os fariseus. Aqui a atenção foi desviada dos discípulos para os fariseus, que faziam parte da multidão.
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 16 até o 22
16-22. O terceiro "ai" chama os fariseus de guias cegos e insensatos por terem pervertido a verdade do juramento. Já é bastante mau não se poder confiar na palavra de um homem sem o juramento. Mas os fariseus ensinavam que havia diferença na obrigatoriedade do cumprimento dos diversos votos. Os juramentos que usavam referências gerais ao templo ou ao altar não obrigava a pessoa a cumpri-los, mas se mencionasse mais especificamente o ouro do santuário ou a oferta do altar ficava obrigada a cumpri-los. Jesus mostrou o absurdo de tal raciocínio destacando que o maior (santuário, altar, Deus) inclui o menor (ouro, oferta, céu). À vista de tal perversidade, Cristo ensinou "De maneira nenhuma jureis" (Mt 5:33-37).
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 23 até o 24
23,24. O quarto "ai" descreve o cuidado escrupuloso dos fariseus nas questões menos importantes e a sua negligência nos deveres mais importantes. O dízimo das diversas ervas baseava-se em Lv 27:30.
Hortelã, endro, e cominho eram plantas de hortas, usadas para temperar alimentos.
Justiça, misericórdia e fé. Essas obrigações éticas e espirituais (conforme Mq 6:8) são o mais importante da lei e são portanto de importância primária, embora aquelas (o dízimo) também são próprias do povo de Deus. Através de tal prática os fariseus tinham escrupulosamente coado o mosquito (inseto leviticamente imundo que poderia cair no copo), mas engoliam um camelo (o maior dos animais imundos da Palestina; Lv 11:4).
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 25 até o 26
25, 26. O quinto "ai" descreve a deslocada ênfase dos fariseus sobre as coisas externas. Limpais o exterior do copo. A figura aponta para a preocupação dos fariseus com a purificação ritualística (rabínica, não de Moisés) e a negligência com o conteúdo do copo. Mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Os fariseus sustentavam seu modo de vida pressionando os outros. Obediência ao ritual rabínico não poderia alterar esta corrupção interior.
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 27 até o 28
27, 28. O sexto "ai" descreve a influência secreta dos fariseus. Sepulcros caiados. Na primavera, após a estação das chuvas, as sepulturas eram caiadas para que uma pessoa desavisada não se contaminasse cerimonialmente tocando-as por descuido. (Nu 19:16; conf. Ez 39:15). Esse costume há pouco cumprido forneceu uma ilustração oportuno da aparência atraente dos fariseus mas corrupção interna. Lc 11:44 usa sepulturas em uma ilustração um pouco diferente.
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 29 até o 31
29-31. O sétimo "ai" descreve os ouvintes do Senhor como participantes da mesma natureza de seus perversos antepassados. Construindo e embelezando sepulturas de profetas assassinados, supunham que estivessem desautorizando esses homicídios. Mas Jesus declarou que seus atos provavam exatamente o oposto. Pois, construindo sepulturas, eles apenas completavam o que seus pais (espirituais, como também raciais) tinham começado. Sua própria conspiração de matar Jesus (Mt 21:46; Mt 22:15; Jo 11:47-53) provou serem filhos dos que mataram os profetas.
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 37 até o 39
37-39. Lamentação sobre Jerusalém. Jesus já expressou sentimentos semelhantes anteriormente (Lc 13:34, Lc 13:35; Lc 19:41-44).
Dúvidas
Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 9
Mt 23:9-10 - É errado chamarmos os outros de nosso pai?
PROBLEMA: Aqui Jesus ordena: "A ninguém sobre a terra chameis vosso pai". Contudo, em outras partes a Bíblia não somente nos diz: "Honra teu pai e tua mãe" (Ex 20:12), mas ainda emprega o termo "pai" referindo-se àqueles que são mentores espirituais (2Rs 2:12; conforme 1Co 4:15).
SOLUÇÃO: O contexto da afirmação de Jesus indica que ele está-se referindo a considerar seres humanos como mestres espirituais infalíveis, e não que ele se oponha a termos mentores espirituais falíveis. De fato, Paulo foi um pai espiritual de Timóteo (1Co 4:15), a quem ele se referiu como sendo seu "amado filho" (2Tm 1:2). Entretanto, Paulo teve o cuidado de instruir seus filhos espirituais a que somente fossem seus imitadores "como eu sou de Cristo" (1Co 11:1). Demonstrar respeito devido ao nosso líder espiritual é uma coisa (conforme 1Tm 5:17), mas dar-lhe obediência incondicional e a reverência que somente a Deus devemos dar, isso é outra coisa.
Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 10
Mt 23:9-10 - É errado chamarmos os outros de nosso pai?
PROBLEMA: Aqui Jesus ordena: "A ninguém sobre a terra chameis vosso pai". Contudo, em outras partes a Bíblia não somente nos diz: "Honra teu pai e tua mãe" (Ex 20:12), mas ainda emprega o termo "pai" referindo-se àqueles que são mentores espirituais (2Rs 2:12; conforme 1Co 4:15).
SOLUÇÃO: O contexto da afirmação de Jesus indica que ele está-se referindo a considerar seres humanos como mestres espirituais infalíveis, e não que ele se oponha a termos mentores espirituais falíveis. De fato, Paulo foi um pai espiritual de Timóteo (1Co 4:15), a quem ele se referiu como sendo seu "amado filho" (2Tm 1:2). Entretanto, Paulo teve o cuidado de instruir seus filhos espirituais a que somente fossem seus imitadores "como eu sou de Cristo" (1Co 11:1). Demonstrar respeito devido ao nosso líder espiritual é uma coisa (conforme 1Tm 5:17), mas dar-lhe obediência incondicional e a reverência que somente a Deus devemos dar, isso é outra coisa.
Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 17
Mt 23:17 - Por que Jesus chama outras pessoas de tolas, e ao mesmo tempo condena os que procedem da mesma forma?
PROBLEMA: Jesus disse: "Quem ... chamar [a seu irmão]: 'Tolo', estará sujeito ao inferno de fogo" (Mt 5:22). Contudo, ele mesmo disse aos escribas e fariseus: "Tolos e cegos!" (Mt 23:17, TLH). O apóstolo Paulo, imitando, disse: "Ó galatas tolos!" (Gl 3:1; conforme 1Co 15:36, TLH).
SOLUÇÃO: Há boas razões para o fato de haver uma forte diferença entre os dois usos do termo "tolo". Primeiro, esse é outro exemplo do princípio de que uma mesma palavra pode ser usada com diferentes significados em diferentes contextos (veja a Introdução). Por exemplo, a palavra "cachorro" pode designar um animal como também pode ser aplicada a uma pessoa detestada.
Segundo, em Mt 5:1) não fosse chamado de "tolo", não um incrédulo. De fato a descrição bíblica do que seja um tolo é que ele é aquele que pensa assim: "Deus não existe" (Sl 14:1, TLH). Em vista disso, pode-se ver a seriedade de se chamar um irmão de tolo; é equivalente a chamá-lo de incrédulo. Portanto, quando Jesus, que "sabia o que era a natureza humana" (conforme 2:25), chamou incrédulos de "tolos", usou a descrição mais apropriada do que eles realmente eram.
Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 34
Mt 23:34-35 - Será que Jesus cometeu um erro ao referir-se a Zacarias, filho de Joiada, em vez de a Zacarias, filho de Baraquias?
PROBLEMA: Jesus disse aos escribas e fariseus que a culpa de todo o sangue justo, desde Abel até Zacarias, recairá sobre eles. Quanto a Zacarias, Jesus disse que ele foi morto entre o santuário e o altar. Alguns concluem que esse Zacarias ao qual Cristo se referiu seria então o filho de Joiada (2Cr 24:20-22).
SOLUÇÃO: O Zacarias que foi mencionado tem de ser o filho de Baraquias, um dos profetas menores (Zc 1:1). Ele é o mais provável, porque o outro Zacarias (filho de Joiada) morreu por volta de 800 a.C. Se Cristo tivesse se referido a esse Zacarias, então o tempo decorrido desde Abel até ele não cobriria todo o período do AT, que se estendeu até 400 a.C. De Abel até Zacarias, filho de Baraquias, seria uma abrangência bem maior do período do AT do que de Abel até Zacarias, fi-1 io de Joiada. Já que muitos Zacarias são mencionados no AT, não seria muito difícil imaginar que dois deles tivessem sido mortos em circunstâncias semelhantes.
Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 35
Mt 23:34-35 - Será que Jesus cometeu um erro ao referir-se a Zacarias, filho de Joiada, em vez de a Zacarias, filho de Baraquias?
PROBLEMA: Jesus disse aos escribas e fariseus que a culpa de todo o sangue justo, desde Abel até Zacarias, recairá sobre eles. Quanto a Zacarias, Jesus disse que ele foi morto entre o santuário e o altar. Alguns concluem que esse Zacarias ao qual Cristo se referiu seria então o filho de Joiada (2Cr 24:20-22).
SOLUÇÃO: O Zacarias que foi mencionado tem de ser o filho de Baraquias, um dos profetas menores (Zc 1:1). Ele é o mais provável, porque o outro Zacarias (filho de Joiada) morreu por volta de 800 a.C. Se Cristo tivesse se referido a esse Zacarias, então o tempo decorrido desde Abel até ele não cobriria todo o período do AT, que se estendeu até 400 a.C. De Abel até Zacarias, filho de Baraquias, seria uma abrangência bem maior do período do AT do que de Abel até Zacarias, fi-1 io de Joiada. Já que muitos Zacarias são mencionados no AT, não seria muito difícil imaginar que dois deles tivessem sido mortos em circunstâncias semelhantes.
Francis Davidson
O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
h) A denúncia dos fariseus (Mt 23:1-40; Lc 20:45-42. Na cadeira de Moisés (2). Sinônimo da autoridade de Moisés. Observai pois... o que vos disserem (3). Em consideração das censuras que se seguem, é patente que o Senhor se refere às coisas lícitas. Muito depende do sentido em que ocupam a cadeira de Moisés. Não se pode incluir, por exemplo, a tradição dos anciãos, condenada em Mt 15:1-40. Como o texto revela, o pecado dos fariseus consistia mais em suas práticas más do que nos seus ensinamentos, visto que eles mesmos não praticavam o que pregavam. Alargam as franjas dos seus vestidos (5). A franja era um amuleto que consistia numa fita de pergaminho em que foram inscritos certos trechos do Pentateuco. A franja era enrolada e colocada dentro de um pequeno cilindro de metal, levado num estojo quadrado, de couro. Os judeus prendiam esses estojos à testa e no dorso da mão direita, com correias, como interpretação literalíssima de Dt 6:8-5. Normalmente eram usados somente durante a oração, mas parece que os fariseus os usavam sempre com muita ostentação. Alargam as franjas (5). Usavam tais franjas em obediência a Nu 15:38-4.
Rabi (7-8) -gr. Rabbei, que significa literalmente do hebraico "meu professor". Mestre (8), isto é, professor. O Cristo, omitido nos melhores textos, provavelmente uma glosa.
A ninguém chameis vosso Pai (9), isto é, no sentido espiritual. Este mandamento condena o uso da palavra Padre, com referência ao Clero ou Capelão. Mestres (10) -gr. kathegetai, lit. guias ou dirigentes-professores. Servo (11) -gr. diakonos, ministro ou servidor. Os vers. 10,12 são muito típicos dos ensinos de Nosso Senhor. Cfr. Lc 14:11; Lc 18:14.
Fechais aos homens o reino dos céus (13). Dificultavam o progresso do pecador em busca do arrependimento e conversão. Devorais as casas das viúvas (14). Extorquiam dinheiro dos indefesos, de forma que estes contraíam dívidas embaraçosas, enquanto eles mesmos exibiam sua religião. Mais rigoroso juízo (14). Frase omitida nos melhores textos. Prosélito (15). Os judeus reconheciam duas classes de prosélitos: os que aceitavam os chamados sete preceitos de Noé e os que se submetiam à circuncisão, tornando-se, pela religião, autênticos judeus.
Os vers. 16,22 ilustram bem os sofismas dos fariseus quanto aos juramentos. Templo (16) -gr. naos, "santuário". O Senhor ensina que todos os juramentos são de igual valor e que ninguém pode fugir das conseqüências perante Deus, sob os pretextos citados neste versículo.
Dizimais (23). Pela lei mosaica, a décima parte de toda a produção devia ser dada para uso dos sacerdotes e levitas. Ver Lv 27:30. Diversas qualidades da hortelã crescem na Palestina Endro, gr. anethon, planta da Palestina que nasce sem cultivo, cuja fruta é usada na medicina. A semente do cominho tinha valor como especiaria. Os fariseus observavam minuciosamente a lei a respeito dessas coisinhas e se esqueciam por completo dos preceitos mais importantes.
Coais um mosquito (24). Os judeus coavam vinho antes de o tomar, a fim de evitar qualquer contato com coisas imundas. O interior está cheio de rapina e de iniqüidade. Os fariseus viviam do que extorquiam de outrem.
Sepulcros caiados (27). Desde que qualquer contato com um cadáver produzia imundície na pessoa, conforme a lei de Moisés, era costume caiar os sepulcros para serem bem visíveis e assim evitar qualquer contato com os mesmos.
Condenação do Inferno (33). Seriam considerados dignos do Geena. Ver 5.22 n.
Para que sobre vós caia (35). A geração à qual estas palavras foram dirigidas representa o auge na história pecaminosa da nação, começando com o assassínio de Abel, por seu irmão Caim (ver Gn 4 e He 11:4) e continuando até a morte de Zacarias, filho de Baraquias. Em 2Cr 24:20-14 lemos a narrativa do homicídio de Zacarias, filho de Jeoiada, "no pátio da casa do Senhor". Sabemos que os livros de Crônicas encerram o Cânon Hebraico do Velho Testamento. Então, se este é o incidente ao qual o Senhor alude, a menção de Abel e Zacarias pode ser considerada como uma referência a todo o Velho Testamento. É problema que o Zacarias que foi morto em 2Cr 24:0). Este viveu depois do cativeiro, na época que encerra a história do Velho Testamento. Contudo, não há tradição nem evidência de que fosse assassinado. Outra possibilidade é que este Zacarias é idêntico ao Zacarias, filho de Jeberequias, mencionado em Is 8:2. Deste último não há outros dados. Este trecho de Mateus é também incluído no Evangelho de Lucas (Lc 11:49-42).
Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta (38). Referência a 1Rs 9:7-11; Jr 12:7; Jr 22:5. Aqui o Senhor prediz a destruição do templo. O ministério do Senhor aos judeus termina com o vers. 39, que prenuncia sua morte, ressurreição e ascensão à presença do Pai. Dali em diante Ele seria conhecido somente pelo novo nascimento. Bendito o que vem... (39). Estas palavras são tiradas dos LXX do Sl 118:26.
John MacArthur
Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
121. O Caráter de falsos líderes espirituais (Mateus 23:1-12)
Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos, dizendo: "Os escribas e os fariseus têm-se sentado na cadeira de Moisés, portanto, tudo o que eles dizem, fazei e observai, mas não façais segundo as ações deles, pois eles dizer as coisas, e não fazê-las e eles amarram cargas pesadas, e os põem aos ombros dos homens;. mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo, mas eles fazem todas as obras a ser percebido pelos homens.; para eles alargar os seus filactérios, e alongar as borlas das suas vestes. E eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi. Mas fazer não ser chamados Rabi, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos E não ninguém na terra chameis vosso pai;. porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus E não ser chamado de líderes;. porque um só é o seu Líder, isto é, Cristo Mas o maior dentre vós será vosso servo e quem se exalta será humilhado..; e quem se humilha será exaltado. (23: 1-12)
Mateus 23 registra último sermão público de Jesus. Não era um sermão sobre a salvação, sobre a ressurreição, ou em princípios para viver a vida do reino, mas sim uma mensagem vital e sóbria de condenação contra os falsos mestres. Nos versículos 1:7 Ele avisa ao povo sobre falsos líderes religiosos em Israel, e nos versículos 8:12 Ele adverte os discípulos e outros líderes espirituais verdadeiros não imitá-los. Em seguida, ele volta sua atenção diretamente para os falsos-se líderes, simbolizadas pelos escribas e fariseus, e dá-lhes Sua denúncia final e mais mordaz (vv. 13-36). Em seus comentários finais (vv. 37-39) Ele expressa sua compaixão intensa para Israel descrente e dá a certeza de que um dia, em cumprimento da promessa soberana de Deus, o Seu povo escolhido vai voltar a Ele com fé.
Desde a queda, o mundo sempre teve falsos líderes religiosos, fingindo representar a Deus, mas que representa apenas a si mesmos. Falsos líderes estavam ativos no esquema rebelde para erguer a torre de Babel. Moisés entrou em conflito sério com os feiticeiros religiosos e mágicos do Egito quando ele exigiu a libertação do povo de Deus pelo Faraó, que provavelmente se considerava um deus (ver Ex. 7: 11-12, Ex 7:22; Ex 8:7). Paulo chamou-os pregadores de um evangelho pervertido (Gl 1:8, 1Jo 2:22). Jude chamou-os sonhadores que "contaminam a sua carne, e rejeitam a autoridade, e insultam majestades angélicas" (Jd 1:8).
As páginas dos principais jornais religião em nossos dias estão cheios de anúncios de todo o tipo de seita e religião falsa, incluindo formas desviantes do cristianismo, bem como cultos e ocultismo. Muitos desses grupos mascarar como formas de cristianismo e pretendem ensinar uma nova e melhor evangelho. Mas enquanto pretendendo oferecer vida espiritual e ajuda, eles em vez ensinar o caminho da morte espiritual e condenação. Com o pretexto de levar as pessoas para o céu, eles inaugurar-los diretamente para o inferno.
As Escrituras deixam claro que, como a segunda vinda de Cristo se aproxima, os falsificadores do evangelho vão proliferar e acumular para si grandes séquitos e imensa influência (ver, por exemplo, II Tessalonicenses 2:3-4; 1 Tim. 4: 1-3. ; 2 Tm 3: 1-9; 2 Pe. 2: 1-3;).. A única vez na história igual a que o futuro idade de inspiração demônio vai ser como foi o tempo do ministério de nosso Senhor na terra.Naquela época todo o inferno ganhou suas forças em um ataque de três anos contra o Filho de Deus em um esforço desesperado para contradizer o que Ele ensinou e para neutralizar o que Ele fez. É contra os instrumentos humanos de que o ataque satânico que Jesus dirige esta última mensagem pública e permanentemente instrutiva, uma vez perto do fim de um dia longo e cansativo de ensino e de confronto no Templo.
O diálogo entre Jesus e as autoridades do Templo tinha terminado, porque "ninguém foi capaz de responder [Jesus] uma palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia para pedir-lhe outra pergunta" (Mt 22:46). Embora o Senhor tinha falado freqüentemente contra os líderes religiosos não crentes (ver Mt 5:20; 15: 1-9.; 16: 6-12; Jo 8:44), era necessário para dar uma palavra final, uma última advertência abrangente , para eles e para todos os outros, sobre o perigo eterno de seus ensinamentos perversos. Jesus também, sem dúvida, queria dar os próprios líderes incrédulos oportunidade para se converterem da sua falsidade e segui-Lo para o perdão e salvação.
Parece evidente que muitos corações foram suavizadas com o evangelho naquele dia, incluindo os corações de alguns dos líderes. No dia de Pentecostes sozinho cerca de três mil almas veio ao Senhor (At 2:41), e pode muito bem ter sido que oito ou dez vezes esse número acreditava dentro de mais alguns meses, como os apóstolos "encheu Jerusalém com o [seu ] ensinar "(At 5:28). Podemos estar certos de que muitos, e talvez a maioria, dos convertidos naqueles primeiros dias tinha visto e ouvido Jesus pessoalmente e foi atraído pelo Espírito Santo a Sua verdade e de graça. Talvez para alguns, esta mensagem foi o ponto de atração inicial para Jesus Cristo.
A descrição de falsos líderes espirituais
Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos, dizendo: "Os escribas e os fariseus têm-se sentado na cadeira de Moisés, portanto, tudo o que eles dizem, fazei e observai, mas não façais segundo as ações deles, pois eles dizer as coisas, e não fazê-las e eles amarram cargas pesadas, e os põem aos ombros dos homens;. mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo, mas eles fazem todas as obras a ser percebido pelos homens.; para eles alargar os seus filactérios, e alongar as borlas das suas vestes. E eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi. (23 : 1-7)
Neste momento Jesus falou diretamente às multidões e aos seus discípulos , mas os líderes religiosos, mais particularmente os escribas e os fariseus , estavam ao alcance da voz nas proximidades (ver v. 13).
Quando os judeus voltaram à Palestina após os setenta anos de cativeiro na Babilônia, as Escrituras por um tempo recuperou o seu lugar central na vida e culto de Israel, humanamente falando, devido em grande parte ao renascimento sob os líderes piedosos Neemias e Esdras (ver Ne 8:1, Jesus apresenta cinco características dos incrédulos escribas e os fariseus , características que tipificam todos os falsos líderes espirituais.
Falsos líderes não têm autoridade
[Eles] têm-se sentado na cadeira de Moisés; (23: 2b)
A característica inicial descrevendo falsos líderes religiosos é a falta de autoridade divina. A chave para o ponto de nosso Senhor é o fato de que os escribas e fariseus tinham -se sentado . Eles não foram nomeados por Deus para se sentar na cadeira de Moisés e nem sequer tinha sido eleito pelo povo. Eles tinham simplesmente arrogou para si que a posição de autoridade que era, portanto, falsas.
Presidente é de kathedra , o termo grego de que cheguemos a catedral , que originalmente se referia a um lugar ou assento, da autoridade eclesiástica. A mesma idéia é encontrada hoje em expressões como "cadeira de filosofia" ou "cadeira da história", que se referem às cátedras mais estimados em uma faculdade ou universidade. Quando o Papa da Igreja Católica Romana fala em sua autoridade ecclesiatical completo, ele disse estar falando ex cathedra .
Para os judeus, Moisés foi o legislador supremo, o porta-voz do supremo para Deus. Portanto, para sentar-se na cadeira de Moisés era equivalente a ser porta-voz da autoridade de Deus, e foi muito que afirmam que muitos dos escribas e fariseus, feita para si .
Foi por essa razão que eles tinham inveja de Jesus e tão determinado a minar-Lo. Eles ficaram furiosos porque o povo percebeu que Jesus ensinou com uma autoridade que parecia genuíno (Mt 7:29).Mesmo para as massas incultas, algo sobre o ensino dos escribas e fariseus não soa verdadeiro, ao passo que o ensino de Jesus fez. Jesus era, portanto, uma ameaça para os líderes e à sua autoridade religiosa até então incontestado.
Jeremias foi confrontado por falsos profetas em seus profetas dia o Senhor disse repetidamente não foram enviados por Ele e não estavam pregando a Sua palavra. "Eu não enviei nem lhes ordenei, nem falei com eles", declarou Deus ao profeta; "Eles vos profetizam uma visão falsa, e adivinhação, e vaidade, eo engano de suas próprias mentes" (Jr 14:14). "Não mandei esses profetas, mas eles correram", o Senhor disse mais tarde a Jeremias. "Eu não falei com eles, mas eles profetizaram .... 'Eis que eu sou contra aqueles que profetizaram sonhos mentirosos, diz o Senhor, e relacioná-las, e levou meu povo extraviado por suas falsidades e jactância imprudente; ainda que eu não enviá-los ou comandá-los, nem fornecer este povo a menor benefício, diz o Senhor "(23:21, 32; conforme 27:15; 28:15; 29: 9).
Deus disse a Isaías que muitas das pessoas não iria ouvir as suas palavras. "Porque este é um povo rebelde," ele disse, "falsos filhos, filhos que se recusam a ouvir a instrução do Senhor; que dizem aos videntes:" Você não deve ver visões "; e aos profetas: 'Você deve Não profetizeis para nós o que é certo, falar-nos palavras agradáveis, ilusões profetizam "(Isa. 30: 9-10). Povo pecador resistir a verdade de Deus, porque é uma repreensão a eles, e eles tão naturalmente se voltam para as falsas religiões e filosofias porque esses sistemas, de uma forma ou de outra aprovar e entregar suas inclinações perversas e desejos. Eles são, portanto, presa fácil para os falsos mestres que apelar para suas naturezas de base.
Jesus advertiu que esses professores e líderes estão mentindo pastores que não entram no aprisco das ovelhas pela porta, mas subir em sub-repticiamente por cima da cerca para causar estragos entre o rebanho. Eles são ladrões que vêm ", apenas para roubar, matar e destruir" (Jo 10:1). Eles não representam Deus ou falar em seu nome ou em sua autoridade, mas são enganadores, usurpadores, e destruidores da Palavra de Deus, a obra de Deus, e as pessoas de Deus.
Eles estão em nítido contraste com aqueles que estão realmente enviado pelo Senhor como ministros de Seu evangelho, o qual Ele se comprometeu a eles (Gl 1:15). Como Timóteo, eles foram chamados e designados por Deus, pela imposição das mãos como uma confirmação da sua comissão e autoridade (1Tm 4:14) divina. Eles são como os apóstolos, a quem o Senhor soprou, dizendo: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20:22) e para quem Mais tarde, ele disse: "Toda a autoridade foi-me dada no céu e na terra. Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações "(Mat. 28: 18-19).
Falsos líderes, por outro lado, a falta de autoridade divina no que dizem e fazem. Eles são auto-nomeados ministros de idéias e tradições humanas, e como eles promovem suas falsas noções que obscurecer a verdade de Deus e perverter a justiça de Deus para os seus próprios fins egoístas. Como em 'tempos e em Jesus, os profetas do tempo, o mundo ainda está repleta de professores que afirmam falar em nome e no poder de Deus, mas não o fazem. Eles usurpar o lugar dos verdadeiros pastores do Senhor com mentiras, falsas promessas, ilusões, sonhos, visões, e, geralmente, são culpados de vida imoral.
Líderes falsos falta de integridade
portanto tudo o que eles dizem, fazei e observai, mas não façais conforme as suas obras; pois eles dizem as coisas, e não fazê-las. (23: 3)
Em segundo lugar, falsos líderes religiosos são caracterizados pela falta de integridade, hipocritamente exigente com os outros muitas coisas que eles nunca fazem a si mesmos. Em exortando seus seguidores: " Tudo o que eles dizem, fazei e observai , "Jesus, obviamente, não estava falando de forma abrangente das mentiras e erros que ensinavam, mas apenas de suas instruções que conformaram a Escritura. Ele havia deixado claro que a justiça aceitável a Deus deve exceder o hipócrita, trabalha orientado a auto-justiça dos escribas e fariseus defendida e praticada (Mt 5:20). Em suas observações seguintes Ele também deixou claro que suas inúmeras tradições humanas, muitos dos quais, na verdade, contradiziam a lei de Deus eram absolutamente inútil e levou as pessoas para longe de Deus, em vez de a Ele. Eles estavam errados sobre o assassinato, a fornicação, o divórcio, o adultério; jurando, orando, adoração, e praticamente todas as outras áreas de vida (ver 5: 21-48). Eles "invalidado a palavra de Deus por causa da [sua] tradição" (15: 6).
Jesus não estava dando aprovação cobertor para seguir os ensinamentos dos escribas e fariseus, mas foi um pouco alertando contra deitar fora o bebé com a água do banho suja. Em outras palavras, se eles falam a verdade de Deus, você deve fazer e observar isso, Jesus estava dizendo. A Palavra de Deus ainda é a Palavra de Deus, mesmo na boca de um falso mestre. Na medida em que os escribas e fariseus ensinavam com precisão a lei e os profetas, seu ensino era para ser atendido.
O verbo poieō ( fazer ) é um aoristo imperativo e exige uma resposta imediata. tereo ( observar ) é um imperativo presente e carrega a idéia de ação contínua. Jesus foi, portanto, dizendo: "obedecer imediatamente e continuar a obedecer a tudo o que os escribas e fariseus ensinar se segue-se a Palavra de Deus."
Mas não faça de acordo com as suas obras . Quando os escribas e fariseus fez ocasionalmente ensinar a verdade de Deus, eles não obedeceram-lo eles mesmos. " Eles dizem que as coisas, e não fazê-las", declarou Jesus. Eles foram phonies religiosas, hipócritas consumados que não praticam o que pregava.
Os líderes religiosos incrédulos não têm a capacidade de manter a lei de Deus, mesmo se eles tivessem realmente queria, porque eles não possuíam recursos espirituais para fazer tal obediência possível.Sendo não resgatados, eles viveram apenas na carne e pelo poder do carne, a carne não é capaz de cumprir a lei de Deus (Rm 3:20.). Ele não tem competência para restringir o mal ou para fazer o bem. Pode-se desenvolver sistemas impressionantes e sofisticadas de moralidade externa e códigos éticos de conduta, mas não pode capacitar os homens a viver de acordo com eles. Ele pode falar muito sobre o amor de Deus e da Sua vontade para o homem viver no amor, mas não pode produzir amor em um coração pecaminoso. Ele pode falar muito sobre a servir os pobres e viver em paz, mas ele não pode produzir amor genuíno para a paz pobre ou genuína no coração, e muito menos no mundo. Muitas religiões, seitas e cultos têm elevados padrões morais, promover estreitos laços familiares e defensor generosidade vizinhança, e boa cidadania. Mas porque todos esses sistemas são feitas pelo homem, eles trabalham inteiramente no poder da carne, o que só pode produzir as obras da carne. Somente a pessoa nova em Cristo pode "alegremente concordar com a lei de Deus no homem interior", e só a vida redimida, a vida "criados em Cristo Jesus para boas obras" (Ef 2 (Rm 7:22.).: 10) é capaz de fazer boas obras.
Mais tarde neste diatribe contra os escribas e fariseus o Senhor fala de seu dízimo cuidadosamente "hortelã, do endro e do cominho", mas negligenciar "os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e fidelidade" (Mt 23:23).. Hortelã, do endro, e do cominho não eram culturas agrícolas cultivados para o lucro, mas foram especiarias jardim utilizadas na culinária, e um dízimo dessas ervas era, portanto, vale muito pouco. Mas, enquanto os líderes eram meticulosos em dar todas as sementes de erva décimo à sinagoga ou templo, eles estavam totalmente despreocupado sobre cumprir as exigências morais da lei de Deus representado por justiça, misericórdia e fidelidade. Eles foram hábeis em fazer boas aparições do bem viver, de limpar o exterior do copo. Mas por dentro, Jesus declarou: eles não eram nada, mas ladrões auto-indulgente, as carcaças em decomposição de homens mortos espiritualmente. You "por fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade" (vv. 25-28).
As falsas tentativas líder religioso, muitas vezes, sem sucesso, colocar uma tampa sobre o seu comportamento perverso para mantê-lo fora de vista, mas ao fazê-lo apenas aprisiona-lo debaixo da superfície, onde se agrava, putrefies, e torna-se ainda mais corrupto. Paulo fala de tais hipócritas como sendo "cauterizada a sua própria consciência, como com um ferro em brasa" (1Tm 4:2.). Ele descreve-los ainda mais como,
aqueles que se entregam a carne em seus desejos corruptos e desprezam a autoridade. Daring, obstinado, ... animais irracionais, como criaturas de instinto de ser capturado e morto, injuriando onde eles não têm conhecimento, ... manchas e máculas, deleitando-se em seus enganos, ... tendo os olhos cheios de adultério e que nunca parar de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos malditos, ... fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, ... falando palavras arrogantes de vaidade que seduzir por desejos carnais, pela sensualidade, aqueles que mal escapar os que vivem no erro, prometendo-lhes liberdade, enquanto eles mesmos são escravos da corrupção. (Vv. 10, 12-14, 17-19)
Como observado anteriormente, Jude se refere a eles em termos semelhantes, chamando-os sonhadores dos sonhos maus, profanadores da carne, rejeitam a autoridade, e maldizentes de majestades angélicas, animais irracionais, recifes escondidos, nuvens sem água, "as árvores sem frutos, duplamente mortas, desarraigadas; ondas furiosas do mar, lançando a sua própria vergonha como espuma, estrelas errantes, para os quais as obscuridades negros tem sido reservado para sempre "(Jd 1:8, 12-13).
No coração não regenerado, vice não pode ser contido e virtude não pode ser produzido. É por isso que mesmo o melhor sistema criado pelo homem, mesmo um que defende muitas normas que a própria Escritura defende, não pode manter seus seguidores fazendo de errado ou capacitá-los a fazer o que é verdadeiramente o botão direito do pela simples razão de que ela não pode mudar seus corações que É também por isso que cada sistema que dá ao homem o dever de fazer-se bem diante de Deus está condenado a hipocrisia e farsa, porque o melhor que pode produzir é exteriormente justiça, para fora boas obras, o amor para fora, para fora a paz, enquanto a pessoa interior depravado permanece inalterado .
Líderes falsos Falta Sympathy
E eles amarram cargas pesadas, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo. (23: 4)
, Líderes religiosos falsos terceiros são caracterizados por falta de simpatia. Eles não só são usurpadores e hipócritas, mas são sem amor e indiferente. A imagem de Jesus dá aqui reflete o costume comum daquela época, e de pessoas em muitos países subdesenvolvidos hoje; de carregar até um camelo burro, ou outro animal de carga para o ponto em que dificilmente pode se mover. Enquanto viajavam pela estrada, o proprietário poderia caminhar ao lado, nada levando a si mesmo, repreendendo e espancando o animal se aconteceu a tropeçar ou se recusar, sem nenhuma preocupação com os sentimentos ou o bem-estar do animal. Isso, disse Jesus, é exatamente a maneira como os escribas e fariseus tratavam seus companheiros judeus. Eles empilharam -se cargas pesadas de regulamentos religiosos, regras e rituais sobre os ombros dos homens , até que foram insuportável e impossível de realizar. E quando as pessoas não conseguiu manter todos os requisitos, como eles estavam condenados a fazer, eles foram repreendeu e repreendidos pelos líderes, que, assim, acrescentado o fardo da culpa aos de cansaço e frustração.
As pessoas eram ensinadas que foi apenas por suas próprias boas obras que pudessem agradar a Deus. Se, no final da vida as boas obras ultrapassado o mau, então Deus iria conceder a entrada no céu. Mas os escribas e fariseus ofereceu ao povo não ajuda em conseguir até mesmo esses objetivos carnais, muito menos qualquer espirituais. Eles mesmos estavam dispostos a ajudar a mover esses fardos insuportáveis com tanto como um dedo. Por conseguinte, o judaísmo havia se tornado insuportavelmente deprimente e debilitante.
A boa notícia que Jesus trouxe, por outro lado, foi a de que ele iria tirar a carga do pecado que sempre superavam suas boas obras. É por isso que Paulo estava furioso com os judaizantes, que tentaram tirar os crentes gálatas volta no legalismo. Ele não se importava quem eram ou dizia ser. "Mesmo que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a você, seja anátema. Como já dissemos antes, então eu digo novamente agora, se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema "(Gálatas 1:8-9.). "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou", disse ele mais tarde, na mesma carta; "Permanecei, pois, firmes e não estar sujeito novo, a jugo de escravidão" (5: 1).
Os escribas e fariseus não tinha interesse em graça, perdão e misericórdia de Deus, porque essas disposições divinas não fazem nenhuma provisão para créditos de mérito humano ou boas obras. Eles não podiam compreender e foram totalmente ofendido por um evangelho que não creditar sua própria bondade. E eles ficaram escandalizados por um evangelho que declarou: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus" (1Pe 5:6)..
Falso líderes religiosos hoje ainda estão construindo impérios e acumulando fortunas por espoliar aqueles que fingem servir. Seria impossível determinar os milhões de crentes e não crentes que estão enganados espiritualmente abusado emocionalmente e financeiramente bilked em nome de Cristo. Como os falsos pastores do antigo Israel, eles se alimentam de suas próprias ovelhas.
No início de seu ministério, como Ele olhou para as multidões que durante tanto tempo foram explorados pelos líderes religiosos corruptos de Israel, Jesus "sentiu compaixão por eles, porque estavam aflitas e abatido, como ovelhas sem pastor" (Mt 9:36.).
Seguindo o espírito e exemplo de seu Mestre, o apóstolo Paulo sempre ministrou para aqueles sob seus cuidados como o mais gentil dos pastores, mesmo como a mais carinhosa das mães. "Nós provou ser brandos entre vós", ele lembrou os tessalonicenses ", como uma mãe que amamenta se preocupa com ternura para seus próprios filhos. Tendo assim um carinho Apaixonado por você, nós estávamos bem o prazer de comunicar-vos não somente o evangelho de Deus mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito caro para nós. Para você lembrar, irmãos, do nosso trabalho e dificuldades, como a noite eo dia de trabalho para não ser um fardo para qualquer um de vocês, que proclamou o evangelho de Deus "(I Tessalonicenses 2:7-9.).
Líderes falsos Falta Espiritualidade
Mas eles fazem todas as suas obras para serem notadas por homens; para eles alargar os seus filactérios, e alongar as borlas das suas vestes. (23: 5)
Em quarto lugar, falsos líderes religiosos são caracterizados pela falta de espiritualidade, pela ausência de um verdadeiro desejo de agradar a Deus. Como os escribas e fariseus, a motivação para todas as suas atividades religiosas pretensiosos e obras é para ser notado por homens . Tudo é feito para mostrar para fora, em vez de partir do coração, para a gratificação carnal de ego ao invés de serviço desinteressado para com Deus e para os outros em seu nome. O problema para eles não é um caráter divino, mas aparência carnal, a realização de "uma boa exibição na carne" (Gl 6:12). Seu propósito é glorificar a si mesmos, e não Deus.
Os líderes religiosos judeus desfilou sua piosity onde quer que fossem. O centro de sua vida foi "praticar [sua] justiça diante dos homens, para ser notado por eles" (Mt 6:1; Dt 6:8), o Senhor ordenou que Sua lei era para ser em cima das mãos e testas de Seu povo como um lembrete de Deus. Os antigos judeus entenderam que comando, uma vez que foi dada, não deve ser tomada literalmente, mas como símbolo da lei de Deus ser o fator de controle em suas vidas, não só no que eles fizeram, representada pela mão, mas em que eles pensavam, representado por a testa. Ambos os seus pensamentos e suas ações eram para ser dirigido pela Palavra de Deus. Longe de ter a Proposito de promover a pretensão humana externa e orgulho, que a instrução era para elevar o Senhor e para desenhar o seu povo mais perto de Si mesmo.
Como o passar dos séculos, muitos judeus vieram olhar sobre a liminar não como um meio de tornar a Palavra de Deus dominante em suas vidas, mas de tornar-se dominante nos olhos de seus compatriotas judeus. Eles literarizada e exterioriza o comando e transformou-o em um meio de alimentar seus próprios egos.
Phylacteries foram chamados às vezes tephillin , um nome derivado da palavra hebraica "frontais" traduzidos em Dt 6:8.). Phylacteries eram pequenas caixas quadradas, feitas de couro de um animal cerimonialmente limpo. Depois de ser tingido de preto, o couro foi costurado em uma caixa usando doze pontos, cada ponto representando uma das doze tribos de Israel.Colocados em cada phylactery eram cópias de 13 1:2-13:10'>Êxodo 13:1-10 e 13 11:16 e de Deuteronômio 6:4-9 e 11: 13-21. O talismã usado na cabeça tinha quatro compartimentos, cada um contendo um dos textos sobre um pequeno pedaço de pergaminho. O talismã usado na mão continha um único pedaço de pergaminho em que todos os quatro textos foram escritos. A letra shin hebraico (y) se inscreve em ambos os lados da caixa usado na cabeça, e a cinta de cabeça foi amarrado para formar o daleth letra (d) e da alça de mão para formar o yodh letra (j). As três letras em conjunto formado Shaddai , um dos antigos nomes de Deus geralmente traduzida como "Todo-poderoso" tiras de couro longa foram usadas para ligar uma caixa para a testa e outro no braço e na mão esquerda, porque o lado esquerdo foi considerado mais perto para o coração.
No judaísmo ortodoxo, ainda hoje, todo menino é dado um conjunto de filactérios quando ele vem de idade em seu décimo terceiro aniversário. Tal como os outros homens judeus, ele então usa suas phylacteries em oração da manhã, como era o costume geral nos dias de Jesus. Não há registro do uso de filactérios até cerca de 400 AC , durante o período intertestamental. Relíquias de lhes foram encontrados na comunidade dos essênios em Qumran, perto do Mar Morto.Phylacteries é uma transliteração do grego phulaktēria , que se referia a um meio de protecção ou uma salvaguarda. Nas sociedades pagãs às vezes era usado como sinônimo de amuleto ou encanto. Embora a confiança de tal proteção mágica foi claramente condenado no Antigo Testamento, como os judeus apóstatas se afastaram da Palavra-a própria Palavra de Deus de que o talismã era para lembrá-los, eles invariavelmente pegou crenças pagãs. Consequentemente, alguns judeus passaram a olhar para os seus filactérios como amuletos mágicos para afastar os maus espíritos e outros perigos.
A história é contada na literatura rabínica de um rabino que teve uma audiência com um rei. Costume antigo ditado que uma pessoa que saiu da presença do rei sempre se afastou para trás enquanto curvando-se, uma vez que foi considerada uma marca de grande desonra para virar as costas a um monarca. Isso rabino particular, no entanto, simplesmente se virou e foi embora, aparentemente, para demonstrar a sua convicção de que, devido à sua elevada posição diante de Deus, rabinos foram superiores à realeza. Quando o rei irado ordenou a seus soldados para matar o homem para o seu descaramento as tiras de seus filactérios foram disse a arder com fogo, colocando o medo nos corações dos soldados e do rei e poupando assim o rabino da morte. Alguns escribas e fariseus, considerou os filactérios ser ainda mais sagrado do que a placa de cabeça de ouro usado pelo sumo sacerdote, porque o nome de Deus foi escrita vinte e três vezes nos filactérios mas apenas uma vez na placa de cabeça dourada. Deus tinha sido tão transformados em sua própria imagem que muitos fariseus acreditavam que o próprio Senhor usava filactérios. Alguns escritos judaicos da época intertestamentários e do Novo Testamento dão a impressão de que Deus foi muitas vezes visto como pouco mais do que um rabino glorificado que estudou a lei três horas por dia. Ao invés de desgastar seus filactérios apenas em tempo de oração, como era o costume para a maioria dos homens judeus, os fariseus usavam continuamente como um sinal de espiritualidade superior. Eles também poderiam ampliar seus filactérios , tornando-as maiores que o normal para significar suposta maior devoção a Deus. De um modo semelhante e com a mesma Proposito, que se alongam as borlas de suas roupas .
Tal como acontece com os filactérios, o uso de borlas teve sua origem nas Escrituras. O Senhor disse a Moisés que dizer aos filhos de Israel ", que eles devem fazer por si próprios borlas nos cantos de suas vestes, pelas suas gerações, e que eles devem colocar sobre a borla de cada canto um cordão de azul. E será uma borla para que você possa olhar e lembrar de todos os mandamentos do Senhor, de modo a fazê-las e não segue após o seu próprio coração e os seus próprios olhos, após o qual você se prostituiu, a fim de que você pode se lembrar de todos os meus mandamentos, e ser santo para o seu Deus "(Num. 15: 38-40).
O próprio Jesus usava borlas , e foi essas borlas, ou franjas, em sua capa que a mulher com a hemorragia tocou (Mt 9:20). No judaísmo mais tarde as borlas eram usados em peças de vestuário interior do homem, e hoje os remanescentes da tradição borla é visto nos xales de oração, chamada tallithim, usado por homens judeus ortodoxos.
O objetivo de ambos os filactérios e as borlas foi ostensivamente para lembrar o povo de Deus e Sua Palavra e separá-los como Seu povo (conforme Zc 8:23). Ambos os símbolos externos se destinavam a ser lembretes para dentro e motivadores. Eles receberam um meio de chamar a atenção para Deus, mas os escribas e fariseus os transformou em um meio de chamar a atenção para si. Por causa de seu mau uso, os filactérios ampliado e borlas alongaram tornou-se marcas de carnalidade, em vez de espiritualidade
Líderes falsos Falta humildade
E eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi. (23: 6-7)
Em quinto lugar, falsos líderes religiosos são caracterizados por falta de humildade. Tal como acontece com os seus homólogos modernos, os escribas e fariseus amava o lugar de honra nos banquetes .Eles competiram entre si por um lugar na mesa do anfitrião, a fim de estar no centro das atenções. Eles vangloriou de ser dadas lugares de prestígio e eminência. Foi esse espírito centrado no ego que levou Tiago e João para pedir a sua mãe para o pedido de Jesus que eles são nomeados para sentar-se na Sua mão direita e esquerda no reino (Mateus 20:20-21.).
Da mesma motivação dos escribas e fariseus valorizada os primeiros assentos nas sinagogas . Como na maioria das igrejas hoje sinagogas tipicamente teve uma plataforma elevada em frente, onde os líderes de louvor sentava. Visitando rabinos e outros dignitários religiosos eram freqüentemente convidados a participar, lendo as Escrituras e dando uma homilia. Foi com base no que o costume que Jesus foi convidado a ler e expor o texto de Isaías 61:1-2 em sua sinagoga casa em Nazaré (Lucas 4:16-21). Longe de ter espírito humilde de Jesus, no entanto, os líderes religiosos frequentemente utilizados tais oportunidades para apresentar-se ostensivamente diante da congregação.
Pastores cristãos são tentados, por vezes, de usar as suas posições e as atividades cristãs em que estão envolvidos para sua própria gratificação e glória. Infelizmente, muitas congregações incentivar ostentação e mostra, fornecendo púlpitos elaborados e ornamentados e outros móveis da plataforma e tratando seus pastores com distinção injustificada. Além de ter lugares de honra, os escribas e fariseus também gostava de ter respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi . Enquanto viajavam pela cidade que adorava ser tratado com honra especial. Escritos rabínicos relatam que um certo governador pagão em Caesarea flatteringly falou dos rostos dos rabinos como rostos de anjos.
Eles especialmente amei o título formal e respeitoso rabino , que foi utilizado naquele dia tanto como "doutor" é hoje. Na verdade, o equivalente latino de rabino vem de doce4re , o que significa ensinar e é o termo a partir do qual a palavra Inglês médico é derivado. Nos dias de Jesus o título rabino levou as ideias exaltados de "um supremo, excelência mais experiente, grande," e tal. Um rabino insistiu que ele fosse enterrado em roupas brancas quando ele morreu, porque ele queria que o mundo sabe como ele era digno de comparecer perante a presença de Deus.
Escritos rabínicos incluídos sistemas detalhados de protocolo para coisas como dirigir, a consulta com, e entreter rabinos e escribas. Eles foram detidos em tão alta conta que, de acordo com uma passagem no Talmud ( Sanhedrin , 88 b ), considerou-se mais punível a agir contra as palavras dos escribas do que contra as palavras da Escritura.
A Declaração de Líderes Espirituais 5erdadeiros
Mas não ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E não se ninguém na terra chameis vosso pai; porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. E não se chamados líderes; porque um só é o vosso Líder, isto é, Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. E quem se exalta será humilhado; e quem se humilha será exaltado. (23: 8-12)
Ao contrário do que as práticas orgulhosos e ostentação dos escribas e fariseus, Jesus declarou: líderes espirituais verdadeiros são para evitar títulos elevados e estar disposto a aceitar o serviço humilde.
Verdadeiros líderes Evite Títulos elevados
Mas não ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E não se ninguém na terra chameis vosso pai; porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. E não se chamados líderes; porque um só é o vosso Líder, isto é, Cristo. (23: 8-10)
Líderes espirituais divinos são a evitar títulos pretensiosos, como o rabino , o que levou a idéia básica do professor, mas tinha chegado a significar muito mais do que isso. O próprio Jesus é único e verdadeiro do crente Professor no elevado sentido em que os rabinos e escribas eram comumente abordados e tratados nos dias de Jesus. Ele é a fonte suprema e apenas da verdade divina, para que os professores humanos, mas são canais de comunicação.
Professores Humanos que fielmente proclamam e interpretar a Palavra de Deus são para ser apreciado, amado e muito estimado por aqueles a quem servem (I Tessalonicenses 5:12-13.). Mas eles não estão a procurar honra, muito menos exigir isso ou glória na mesma. Eles precisam lembrar que eles não são nem a fonte da verdade, que é a Palavra de Deus, nem a iluminação da verdade, que é o Espírito de Deus. Professores humanos, incluindo os apóstolos a quem Jesus dirigiu nesta ocasião, são todos irmãos com todos os outros crentes. Chamada de nenhum homem, no entanto única, justifica seu ser dado um título destinado a retratá-lo como sendo espiritualmente superior.
Consequentemente, o Senhor passou a ordem: " Não chame ninguém na terra chameis vosso pai . " Jesus era, claro, usando o sentido do espiritual pai , indicando uma posição espiritual superior e até mesmo sugerindo fato de ser uma fonte de vida espiritual. Os membros do Sinédrio, o alto conselho judaico, gostava de ser chamado pelo título pai , especialmente quando actua em capacidades oficiais.
Em contradição direta da proibição de Jesus, a Igreja Católica Romana e até mesmo algumas igrejas protestantes formais usar o termo pai como uma forma oficial de endereço para o seu clero. Mesmo os títulos abade e papa são formas de pai.
" Por um só é vosso Pai, aquele que está nos céus ", disse Jesus. O título de Pai no sentido espiritual, deve ser reservado a Deus, o único que é a fonte de toda a vida espiritual e bênção. Para ligar para qualquer ser humano por esse nome é uma clara violação das Escrituras.
E não se chamados líderes; porque um só é o vosso Líder, isto é, Cristo . Tal como acontece com os outros títulos, este é proibido quando usado em sentido formal, exaltado que era comum no judaísmo antigo e ainda hoje é comum em muitos círculos religiosos. Quando usado de forma errada, tais títulos pode colocar barreiras entre aqueles em posições de liderança e outros na igreja, mas, pior ainda, que arrogam para instrumentos humanos de Deus honra e glória que pertence somente a Ele.
Verdadeiros líderes Aceitar Lowly Serviço
Mas o maior dentre vós será vosso servo. E quem se exalta será humilhado; e quem se humilha deve ele exaltou. (23: 11-12)
Líderes piedosos não só evitar títulos elevados, mas também aceitar de bom grado serviço humilde de seu nome do Senhor, seguindo o exemplo de seu Senhor. Como o próprio Jesus lindamente exemplificada, a maior pessoa é aquele que é um disposto servo . Grandeza humana de Jesus não só se manifestou em Sua perfeita impecabilidade e amor, mas no seu ser o perfeito servo . Em Sua humanidade, Ele era o servo dos servos, assim como em Sua divindade Ele é o Senhor dos senhores e Rei dos reis. Sua missão na Terra não era para ser servido, mas para servir, Ele disse, "e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20:28).
Durante seus últimos tempo a sós com os discípulos no Cenáculo, Jesus reiterou a lição de servidão Ele tinha ensinado e demonstrado com tanta frequência. No meio da ceia Ele se levantou,
e deixou de lado suas vestes; e tomando uma toalha, cingiu-se sobre Ele. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, ea enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido .... E assim, quando Ele lavou os pés, e tomou as suas vestes, e reclinou-se ? a tabela novamente, Ele lhes disse: "Você sabe o que eu fiz para você Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou, se eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés. .., também vós deveis lavar os pés uns dos outros Porque eu vos dei o exemplo de que você também deve fazer o que eu fiz para você verdade, em verdade vos digo que, um escravo não é maior que seu senhor, nem é aquele que é enviado maior do que aquele que o enviou. Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las. " (13 4:43-13:5'>João 13:4-5, 13 12:43-13:17'>12-17)
A melhor pessoa aos olhos de Deus não é aquele com o maior número de graus ou títulos ou prêmios, mas o que serve com humildade genuína como um servo abnegado. Jesus resume o ensino sobre os verdadeiros e os falsos mestres, declarando: " E quem se exalta humilhou; e quem se humilha deve ele exaltado . " Isso é o oposto do padrão do mundo para a exaltação. O mundo ensina que é aquele que se exalta quem fica em frente e quem se humilha quem perde fora e é empurrado para o lado. Olhando para o número um é o princípio aceito para o sucesso.
Mas, em sua sabedoria soberana Deus decretou o contrário, e auto-exaltação não tem lugar na aqueles que representam Cristo. O paradoxo Jesus ensina aqui representa a verdade absoluta de Deus, e uma vida que não se conforma com que a verdade está fadado ao fracasso e insignificância, não importa o que as realizações humanas, títulos e reconhecimento pode ser alcançado. A, ostentação, arrogante, egoísta pessoa orgulhosa, em última instância , ele deve humilhado . E assim como seguramente o humilde, despretensiosa, doar-se, em última análise, servindo pessoa deve ele exaltou .
Pedro exortou presbíteros na igreja: "pastorear o rebanho de Deus no meio de vós, exercer a fiscalização não por força, mas voluntariamente, segundo a vontade de Deus, e não por torpe ganância, mas com ânsia; nem como dominadores sobre os que sua carga, mas provando ser exemplos para o rebanho "(I Pedro 5:2-3.). Para todos os líderes da igreja, jovens e velhos, então ele deu a admoestação: "Revesti-vos com humildade para com o outro, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa. mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo devido "(vv. 5-6).
O pregador escocês do século XIX e autor André Bonar disse que sabia que um cristão foi crescendo quando ele falou mais de Cristo do que de si mesmo. A maturidade cristã, Bonar disse, vê-se cada vez menor até que, como a estrela da manhã, ele dá lugar ao sol nascente. Tomé Pastor, fundador e primeiro presidente da Universidade de Harvard escreveu em seu diário de 10 de novembro de 1642: "Hoje eu mantive um rápido privada para ver a glória do evangelho e buscar a conquista do restante orgulho no meu coração."
Ao contrário dos escribas e fariseus orgulhosas e arrogantes, o verdadeiro líder espiritual trabalha em autoridade de Deus e vive na espiritualidade integridade simpatia humildade e serviço humilde. Ele está cheio de graça, amor misericórdia, e dispostos doação. Tal como o seu mestre, o Senhor Jesus Cristo, ele manifesta o coração de um servo que se humilha e exalta a Deus.
122. A condenação de falsos líderes espirituais — parte 1: Expressando a condenação (13 40:23-33'>Mateus 23:13-33)
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você desligou o reino dos céus dos homens; para você não entrar em vós mesmos, nem você permitir que aqueles que estão entrando para ir no [Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações.; portanto, você deve receber maior condenação.] Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você viaja sobre o mar ea terra para fazer um prosélito; e quando ele se torna um, você fazê-lo duas vezes mais filho do inferno do que vós. Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas quem jura pelo ouro do templo, ele é obrigado '. Você tolos e cegos; o que é mais importante: o ouro ou o santuário que santificou o ouro? E, "Quem jurar pelo altar, isso não é nada, mas o que jurar pela oferta em cima dele, ele é obrigado." Você cegar os homens, o que é mais importante, a oferta ou o altar que santifica a oferta? Portanto, aquele que jura, jura pelo altar e por tudo sobre ela. E aquele que jurar pelo santuário, jura pelo templo e por aquele que habita dentro dela. E aquele que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado sobre ele. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade; mas estas são as coisas que você deve ter feito sem omitir aquelas. Guias cegos, que coais um mosquito e engolem um camelo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para limpar o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de auto-indulgência. Você cegar fariseu, primeiro limpe o interior do copo e do prato, para que a parte externa pode tornar-se limpo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Mesmo assim você também fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para você construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: 'Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas. Conseqüentemente, você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas. Encha-se, em seguida, a medida da culpa de seus pais. Serpentes, raça de víboras, como você deve escapar da sentença do inferno? (23: 13-33)
Ao longo de suas páginas, a Escritura altamente homenageia líderes espirituais genuínos que, com razão, e fielmente representam Deus e procuram nenhuma auto-glória. Deus levanta Seus verdadeiros servos e os apresenta como exemplo para os outros seguirem e respeito. Os cristãos da Galácia deve ter coração muito contente de Deus quando eles receberam o apóstolo Paulo "como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus" (Gl 4:14). Paulo convidou a igreja de Filipos para receber Epafrodito "no Senhor de todo o gozo e mantenha homens como ele em alta conta, porque ele chegou perto da morte para a obra de Cristo" (Filipenses 2:29-30.). Ele implorou aos Tessalonicenses: ". Apreciar os que trabalham entre vós, e tem carga sobre vós no Senhor e dar-lhe instruções e ... estima-los muito bem no amor por causa de seu trabalho" (I Tessalonicenses 5:12— 13). Ele aconselhou Timoteo "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e ensino" (1Tm 5:17). O escritor de Hebreus exorta os crentes: "Obedeçam aos seus líderes e submeter-se a eles, pois eles velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não seria lucrativo para. you "(He 13:17).
Por outro lado, ninguém na Escritura é mais condenados do que o charlatão religioso que ensina e pratica a mentira. Ira mais furioso de Deus está reservada para aqueles homens que desfilam-se como Seus servos, mas que são servos apenas de mentirosos e enganadores do mal e da mentira, cujo pai espiritual própria é o próprio Satanás (Jo 8:44).
O pregador puritano do século XVII, Richard Baxter escreveu: "Muitos um alfaiate pode ir em trapos ao fazer roupas caras para os outros. Muitos um cozinheiro pode mal lamber os dedos quando ele preparou os pratos mais suntuosos para os outros para comer" ( O Pastor peformed [Portland. Ore .: Multnomah, 1982], p. 28). Seu ponto era que muitos líderes religiosos supostamente oferecer disposição espiritual para aqueles sob seus cuidados, mas são-se espiritualmente pobre e faminto. Tais eram a maioria dos líderes religiosos judeus na época do Novo Testamento.
Muitos cristãos hoje estão muito preocupados com as influências crescentes de comunismo, o humanismo, o secularismo, e da injustiça social. No entanto, esses males, grandes como eles são, não em conjunto representam a ameaça ao cristianismo que falsos pastores e pastores fazem. Ao longo da história da redenção, a maior ameaça para a verdade de Deus e da obra de Deus tem sido falsos profetas e mestres, porque se propõem a falar em seu nome. É por isso que as denúncias mais contundentes do Senhor foram reservados para os falsos mestres de Israel, que alegou a falar e agir em nome de Deus, mas que eram mentirosos. No entanto, por alguma razão, o cristianismo evangélico é muitas vezes hesitante para enfrentar os falsos mestres com a seriedade e gravidade que Jesus e os apóstolos fizeram, e que os profetas divinos antes deles tinha feito. Hoje, mais do que em qualquer outro momento da história moderna e talvez mais do que em qualquer momento na história da igreja, as religiões pagãs e cultos estão seriamente invadindo sociedades que durante séculos foram nominalmente cristã. Mesmo dentro da igreja, muitas idéias, ensinamentos e filosofias que são pouco mais do que mal paganismo velada tornaram-se populares e influentes. Como no antigo Israel, o povo ainda mais de Deus afastar o fundamento da Sua Palavra, a mais falsa religião floresce no mundo e até mesmo em seu próprio meio. Em nenhum momento os cristãos tinham uma maior necessidade de ser exigentes. Eles precisam reconhecer e respeitar verdadeiros pastores piedosos que os alimentam da Palavra de Deus e edificá-los na fé, e eles também devem reconhecer e denunciar aqueles que torcer e minar a Palavra de Deus, que corrompem a igreja e que levam as pessoas perderam ainda mais longe a verdade de Deus e da salvação.
Os profetas divinos do Antigo Testamento eram constantemente oposta e, muitas vezes perseguido pelos profetas ímpios, que, invariavelmente, desenhou muitas das pessoas depois deles. Isaías declarou, "o povo vai ser como o sacerdote" (Is 24:2.) E "Muitos pastores arruinou minha vinha, eles têm pisada Meu campo, pois eles fizeram My campo agradável um deserto desolado" (12:10).
Em 13 40:23-33'>Mateus 23:13-33 Jesus incansavelmente condenou os falsos líderes espirituais de Israel, em particular, os escribas e fariseus, que então detinham o poder dominante e influência no Judaísmo. Jesus advertiu sobre eles em seu primeiro sermão, o Sermão da Montanha (ver, por exemplo, 5:20; 7:15), e seu último sermão (Mateus 23). Composto quase inteiramente de avisos sobre eles e para eles. Nesta mensagem público final, o Senhor quis tirar as pessoas longe dos falsos líderes e transformá-los para o verdadeiro ensinamento e os exemplos piedosos dos seus apóstolos, que se tornaria sua representantes exclusivamente comissionados e dotados na Terra durante os primeiros anos do igreja. Ele também deu os próprios apóstolos um último exemplo da postura de confronto que logo achar que é necessário tomar em sua proclamação e defesa do evangelho.
Os escribas e fariseus incrédulos quem Jesus dirigiu no Templo ficou sozinho em seu pecado e foram condenados sozinhos em sua culpa por apropriação indébita e pervertendo a lei de Deus e por liderar Israel em heresia, assim como os falsos profetas entre os seus antepassados tinham feito (vv 30. 32). Mas eles também manteve-se como modelos de todos os falsos líderes espirituais que viriam depois deles.Portanto, o que Jesus disse sobre eles e para eles é de muito mais do que um significado histórico. É de instrução essencial para lidar com os falsos líderes que abundam no nosso próprio dia. Nos primeiros doze versículos do capítulo 23, Jesus tinha declarado que os escribas e fariseus, típicas de todos os falsos líderes espirituais, estavam sem autoridade, sem integridade sem simpatia, sem espiritualidade sem a humildade e, portanto, sem a aprovação ou a bênção de Deus. Agora falando diretamente para eles, Ele afirma que eles estão sob mais dura condenação de Deus. Nos versículos 13:33 Jesus pronuncia sete maldições, ou desgraças, sobre esses líderes iníquos. Se o versículo 14 foram incluídos haveria oito desgraças, mas que o verso não é encontrado nos melhores manuscritos iniciais de Mateus (conforme indicado pelo seu que está sendo desencadeada por colchetes no NASB texto). Provavelmente foi adicionado mais tarde por um copista bem-intencionado que o pegou de Mc 12:40 ou Lc 20:47. Embora a afirmação é verdadeira, não será discutido aqui, porque inicialmente não era provável uma parte desta passagem.
A cena no templo naquele dia tornou-se volátil ao extremo, em alguns aspectos, mais voláteis do que quando Jesus tinha expulsado os comerciantes e cambistas no dia anterior. Naquele tempo a raiva de Jesus foi ventilado contra o que os líderes religiosos estavam fazendo para o exterior e que o ataque deles (21:16, 23) tinha ultrajado. Agora, no entanto, Ele atacou o que eram interiormente e que enfureceu-los ainda mais.
Em nossos dias de tolerância e ecletismo, o tipo de confronto Jesus teve com os escribas e fariseus parece estranha e sem caridade. Uma pessoa que fala muito duramente contra uma falsa religião ou ensino antibíblico ou movimento é considerado cruel, displicente, e preconceituosa. Indiciamentos de Jesus em Mateus 23, assim como em outras partes dos evangelhos, são tão inconsistente com a idéia do amor cristão realizada por alguns teólogos liberais e estudiosos da Bíblia, por exemplo, que eles concluem Ele não poderia ter falado deles. O que Jesus realmente disse, eles mantêm, foi modificado e intensificado tanto pelos escritores do evangelho ou as fontes de quem receberam suas informações.
Mas a natureza da condenação daqueles líderes religiosos corruptos Jesus 'é perfeitamente coerente com o resto da Escritura, tanto do Antigo e do Novo Testamento. Não só isso, mas as palavras de Jesus nesta passagem voar de Seus lábios, como alguém disse, como trovões e lanças de um raio. De sua boca, nesta ocasião, vieram as declarações mais temíveis e terríveis que Jesus pronunciou na terra. Eles não dão a mínima impressão de ser o adendo de um escritor com excesso de zelo ou copista.
Mateus 23 é um dos mais graves passagens bíblicas. Jesus faz aqui a palavra hipócrita sinônimo de escrivão e para fariseu. Ele os chama de filhos do inferno, guias cegos, loucos, ladrões, sepulcros caiados auto-indulgente, cheios de hipocrisia e de iniqüidade, serpentes, víboras, e perseguidores e assassinos do povo de Deus. Ele proferiu cada sílaba com a auto-controle absoluto, mas com intensidade devastadora.
No entanto, Jesus nunca foi frio ou indiferente, mesmo contra os seus inimigos, e nesta ocasião Seu julgamento está misturada com tristeza e pathos profundo. Não são os Sons vai mais do que o Pai do que uma única pessoa perecer, porque é o desejo divino gracioso que todos viriam ao arrependimento e à salvação (2Pe 3:9) .
Como Jesus se aproximou de Jerusalém durante a Sua entrada triunfal "Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo:" Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos (Lc 19:1Ai é de ouai , o que não é tanto uma palavra no sentido comum como um onomatopoeic interjeição, sugerindo um clamor gutural de raiva, dor, ou ambos. Ele é usado na Septuaginta (Antigo Testamento grego) para expressar a dor, o desespero, a insatisfação tristeza, dor e medo de perder a vida. No Novo Testamento, ele é usado para falar da tristeza e do juízo, levando as idéias se misturavam de punição e piedade, xingando e compaixão.
Mas Jesus usou ai contra os escribas e fariseus não como uma exclamação, mas como uma declaração, um pronunciamento divino de julgamento de Deus. Ele não usou o termo no sentido da frase profanar "Dane-se!" Ele não estava desejando a condenação desses falsos líderes, mas certificando-lo. Como já foi referido, não era Seu desejo que eles sejam condenados, mas sim que eles se arrependam e venham para a salvação. Mas sabia que, se eles não se arrependeram e acredito que eles estavam condenados ao inferno sob a ira justo e correto de Deus. Quando Deus pronuncia ai dos homens malignos Ele define juízo divino em movimento.
Hipócritas é de hupokritēs , cujo significado original era a de responder ou responder. Ele mais tarde veio a referir-se a atores, que responderam a um ao outro e para trás no diálogo, e de lá veio a significar pretensão enganoso, a colocação de uma frente falsa. Ele foi usado para descrever o que poderia ser chamado de bondade fingiu-bondade teatral que é simplesmente para show.
Em sua série de sete maldições, ou desgraças, contra os escribas e fariseus, Jesus condenado por extensão mestres espirituais todos falsos. Ele condena-los para a sua exclusão de pessoas do Reino de Deus, para a sua subversão do povo, pela sua perversão da verdade, para a sua inversão de prioridades de Deus, por sua extorsão e auto-indulgência, por seu relatominação, e para a sua pretensão.
Líderes falsos são amaldiçoados para a sua exclusão
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você desligou o reino dos céus dos homens; para você não entrar em vós mesmos, nem você permitir que aqueles que estão entrando para entrar. (23:13)
Primeiro Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus para a sua exclusão de homens do reino dos céus . O mal-chefe de toda religião falsa é que ele fecha as pessoas para fora do reino de Deus.
Independentemente da frente atraente, benigno, e prometendo que um falso sistema de religião ou filosofia pode ter, a sua realização final é desligar o reino dos céus dos homens . Pode alimentar seus corpos, estimular suas mentes, e acalmar suas emoções, mas, inevitavelmente, condenar as suas almas. Pode elevar os seus padrões morais, aumentar o seu sucesso mundano, resolver os problemas práticos, e melhorar suas relações externas com outras pessoas, mas não irá remover o seu pecado ou melhorar a sua relação com Deus. Ele pode prometer o céu, mas ele só pode entregar o inferno.
" Você não entram os Reino -vos ", disse Jesus," nem você permitir que aqueles que estão entrando para ir . " Em sua hipocrisia dos escribas e fariseus incrédulos fingia conhecer a Deus, mas não o fez, fingiu ser seu porta-voz, mas não foram, fingiu estar em Seu reino, mas não eram. Em seu orgulho sem limites eles ainda acreditavam que eles próprios foram os porteiros do reino.
Em sua carta à igreja romana, Paulo disse:
Se você carregar o nome "judeu" e contar com a Lei e te glorias em Deus, e conhece a Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei e estão confiantes de que você mesmo é um guia para os cegos, uma luz para os que estão em trevas, um dos néscios, mestre de o imaturo, tendo na lei a forma da ciência e da verdade, você, portanto, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? .. . Você que te glorias na lei através de sua transgressão da lei você desonrar a Deus? Para o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de você. (Rom. 2: 17-21, 23-24)
Os escribas e fariseus, e todos os outros judeus que seguiam suas tradições hipócritas, viveu sob a ilusão de que, porque eles eram seus chamados povos e os receptores e depositários humanos da lei de Deus (Rm 3:2), eles estavam de alguma forma destinado automaticamente a viver sob a aprovação de Deus. Na sua escuridão espiritual confundiram apenas conhecer a lei com mantê-lo, e apenas saber sobre a luz com vivendo nele.
Mas Jesus declarou que eles não tinham parte na de Deus reino , que é a esfera de seu reinado e poder, e, neste contexto, refere-se especialmente à esfera da salvação em que Seu povo redimido viver.
A imagem de Jesus dá aqui sugere a ideia de os escribas e fariseus que estão do lado de fora dos portões do reino e batendo-los fechados nos rostos daqueles que estavam prestes a entrar . As pessoas que vieram para aqueles líderes religiosos para a direção e ajuda para encontrar Deus estavam realmente sendo desligado dele, mesmo quando eles estavam à beira da salvação.
No contexto histórico imediato, Jesus estava dizendo que ele tinha vindo para Israel para proclamar o reino de Deus e para fornecer entrada para todos os que crêem nEle. Mas assim que um judeu mostrou interesse no evangelho, os escribas e fariseus pisaria entre essa pessoa e Cristo, por assim dizer. Tragicamente, eles conseguiram transformar muitos candidatos a distância. Eles haviam feito a mesma coisa para aqueles que foram atraídos para Deus através da pregação de João Batista, e que em breve fazer a mesma coisa para aqueles que foram atraídos para Deus através da pregação dos apóstolos.
Assim como os homens e as mulheres de Jerusalém e de "toda a Judéia, e toda a zona em torno do Jordão" saiu para ouvir João Batista e "estavam sendo batizados por ele no rio Jordão, como eles confessaram os seus pecados", e aos incrédulos e fariseus impenitentes e saduceus mostrou-se, tentando trabalho corrupto de João e confundir o povo, pretensiosamente submeter ao batismo, mas, sem uma verdadeira confissão de seus pecados. Discernir a sua hipocrisia, João chamou-os de "raça de víboras" que estavam sob o julgamento da ira ardente de Deus (Mat. 3: 5-8.; 10 conforme vv, 12), utilizando-se praticamente as mesmas palavras que Jesus estava agora prestes a usar contra eles no Templo (23:33).
É doloroso para considerar-e foi infinitamente mais doloroso para Jesus considerar-os incontáveis milhares de pessoas que haviam sido desligados do Seu reino por falsos líderes religiosos de Israel. Em sua passagem paralela Lucas relata Jesus dizendo: "Ai de vós advogados Para você ter tirado a chave da ciência;! Você não entra em vós mesmos, e aqueles que estavam entrando em você prejudicado" (Lc 11:52).
Os falsos líderes tirou a chave do conhecimento, tendo interpretado errAdãoente a Palavra de Deus, ao negar o Messias, negando a necessidade de arrependimento, e ao negar a salvação pela graça. Seu sistema de trabalho justos não havia lugar para o evangelho da graça, que é o único caminho para o reino. Ao desenhar as pessoas longe de Jesus Cristo, os líderes frustrada a sua salvação e confirmou sua condenação. É por isso que a maior batalha no mundo não é contra o comunismo ou o humanismo ou secularismo e da injustiça social. A maior batalha de longe é a batalha pela alma dos homens, uma batalha que poderia ser perdido, mesmo que de alguma forma todas as outras batalhas foram vencidas. O grande desafio da Igreja em nossos dias é de forma clara e corajosamente articular a verdade de Deus e com a mesma clareza e ousadia de expor mentiras de Satanás. A grande necessidade do mundo de hoje é transformar a partir de suas falsidades e de ouvir e atender a verdade de Deus e ser salvo. Quando almas eternas dos homens estão em jogo, a igreja não pode ser passivo e indiferente. Também não se pode esconder atrás de falsa humildade que teme ser amor julgamento ou atrás falso que teme ofender. Cristo era extremamente humilde, mas Ele nunca ligou nada mal, mas o que era. Cristo era extremamente amoroso, mas Ele nunca retido um aviso de que pode salvar seus ouvintes do inferno. E Ele não tinha nada, mas intensa raiva para aqueles que com seus falsos ensinos levou os homens para longe de Deus e diretamente para o inferno.
Em nenhum lugar é a dureza da fariseus de coração mais graficamente retratada do que na conta do cego Jesus curou no sábado. Quando o homem curado foi trazido para os fariseus e souberam que ele havia sido curado no sábado, sua única preocupação era com Jesus 'quebrando uma de suas tradições sábado (Jo 9:16). O fato de que este homem que viveu toda sua vida em cegueira e desespero agora tinha sido dado visão era de nenhuma conseqüência para eles. Nem foi o fato de que Jesus tinha, obviamente, realizada a cura pelo poder divino de qualquer conseqüência para eles. Eles eram totalmente desprovido de compaixão e cegos para a verdade. Eles eram indiferentes à confirmação por parte dos pais do homem que seu filho realmente nasceu cego (v. 20) e impermeável aos próprios argumentos astutos do homem sobre a origem divina de sua cura (30-33 vv.). O factualness de sua cura não foi uma consideração para eles. Eles tinham feito as suas mentes que Jesus não era o Cristo (ver v 22)., E nenhuma evidência em contrário realizado qualquer peso com eles. Neste um incidente os fariseus conclusivamente demonstrado sua rejeição de Jesus como o Messias, sua rejeição de Sua natureza e poder divino, e seu desprezo por Sua graça divina e para as almas dos homens.
Quando a igreja começou a se mover com grande força depois de Pentecostes, proclamando o poder de Cristo para salvar as almas dos homens e demonstrando seu poder para curar os corpos dos homens, os líderes religiosos judeus voltou a demonstrar sua dureza de coração. "O que vamos fazer com esses homens?" eles disseram de Pedro e João, após a cura do homem coxo fora do Templo. "Para o fato de que um milagre digno de nota aconteceu através deles é evidente para todos os que vivem em Jerusalém, e não podemos negá-lo. Mas, para que ele não pode se espalhar ainda mais entre o povo, vamos avisá-los para falar mais nada a qualquer homem neste nome "(Atos 4:16-17). Em suas mentes, nem o poder, os apóstolos se manifesta nem a verdade que proclamava era de qualquer relevância. Eles mesmos haviam rejeitado o reino e, assim como durante o ministério de Jesus, eles estavam determinados a impedir outros de entrar .
Paulo lembrou aos crentes de Tessalônica que eles sofreram perseguição nas mãos de seus próprios compatriotas incrédulos, assim como os crentes judeus na Judéia havia sofrido nas mãos de deles. Esses líderes judeus "também mataram o Senhor Jesus e os profetas, e nos levou para fora Eles não são agradáveis a Deus, mas hostil a todos os homens, impedindo-nos de falar aos gentios para que sejam salvos;. Com o resultado que eles sempre encher a medida dos seus pecados "(1 Ts 2: 14-16.).
Alguns anos atrás, um jovem ligou e me informou que ele estava planejando deixar a nossa igreja e junte-se o mormonismo, dois trabalhadores a partir do qual estavam indo visitá-lo novamente em breve. Eu imediatamente fui até sua casa e confrontou-o com o perigo extremo do que ele estava prestes a fazer. Eu disse a ele que se ele não era agora um verdadeiro cristão, que condenaria sua alma, conduzindo-o para longe de Cristo e que, se ele fosse um cristão eles iriam fazer uma confusão de sua vida espiritual. Quando os trabalhadores chegaram 1 se recusou a discutir doutrina com eles, mas sim no espírito de Mateus 23 apresentou o verdadeiro evangelho de Cristo e denunciou os erros não-bíblicas e contundentes que sua seita ensinou. No entanto, o jovem caiu no culto e não foi capaz de escapar para um número de anos.
Toda religião não cristã é uma religião de obras de justiça própria, e que faz a justiça é inerentemente em inimizade mortal com o evangelho da graça de Deus. Pela sua própria natureza de tais sistemas de crenças excluir pessoas do reino de Deus.
Líderes falsos são amaldiçoados por sua Subversion
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você viaja sobre o mar ea terra para fazer um prosélito; e quando ele se torna um, você fazê-lo duas vezes mais filho do inferno do que vós. (23:15)
Em segundo lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus por sua subversão das pessoas. Eles não só os excluiu da verdadeira fé, mas subverteu-los com falsa fé.
Nos tempos do Novo Testamento um grande esforço estava sendo feito para converter os gentios ao Judaísmo. Eles trabalharam de forma agressiva, viajando sobre sobre o mar ea terra para fazer um prosélito . A palavra prosélito tinha o significado básico de uma pessoa que chegou, e chegou a ser comumente usado de um estranho que foi trazido em uma religião.
Teve esse esforço judaica foi feita da maneira certa e pelas razões certas, que teria sido louvável, porque Israel havia sido chamado para ser o canal de Deus para alcançar o mundo para Si mesmo. Em sua aliança com Abraão, o Senhor prometeu que, por meio dele e de seus descendentes "todas as famílias da terra serão abençoados" (Gn 12:3.. ). Quando o rei Josias, declarou o lugar imundo (2Rs 23:10), tornou-se um depósito de lixo, e por chamas e fumaça surgiu a partir do vale continuamente ele também se tornou uma imagem viva do eterno fogo do inferno.
Como grato cada crente deve ser que em algum momento de sua vida, ele foi confrontado por um porteiro eletrônico espiritual, em vez de uma porta mais estreita espiritual, alguém que mostra o caminho para o reino, em vez de se fecha pessoas de fora. E quão grato cada crente deve ser quem tem a oportunidade de ouvir e estudar a Palavra de Deus em verdade. Mesmo uma apresentação sem brilho do verdadeiro evangelho é incomensuravelmente superior à apresentação mais emocionante de um falso evangelho que condena ao inferno.
Como um cidadão do reino de Deus, todo o crente deve ser aquele que abre a porta do reino para os outros. Todos os santos têm as chaves do reino, que é o evangelho salvador de Jesus Cristo (Mt 16:19), e cada professor falsa tira a chave do conhecimento que leva ao reino (Lc 11:52). Quando os cristãos são confrontados por um representante de um falso culto, seita ou religião, eles devem oferecer para explicar o caminho da salvação em Cristo para ele, na esperança de arrebatá-lo para fora do fogo, por assim dizer (Jd 1:23.), E seu povo são, portanto, a ser pessoas de verdade.Por outro lado, não há nenhuma verdade em Satã. "Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio", diz Jesus; "Porque ele é um mentiroso, e pai da mentira" (Jo 8:44). Seus seguidores também são hábeis em mentir, e deturpação da verdade é a marca de todo sistema religioso falso. Desde o início, aqueles que rejeitaram a Deus rejeitaram Sua verdade. Eles têm "mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador" (Rm 1:25).
Neste acusação particular, Jesus não chamou seus adversários hipócritas, mas guias cegos , enfatizando seu desconhecimento de que eles eram ignorantes da verdade. Como povo escolhido de Deus, que foram encarregados de sua revelação, os judeus há muito se consideravam como guias para cegos, luzes para aqueles na escuridão, correctores dos néscios, e professores da imaturo (Rom. 2: 19-20; conforme Rm 3:2). Os escribas e fariseus se orgulhavam em seu conhecimento superior religioso e compreensão, mas eles eram líderes cegos que tentam levar cegar Israel, e juntos eles foram condenados a julgamento se não se chega para a luz.
Entre suas muitas perversões de verdade era o ensinamento de que Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas quem jura pelo ouro do templo, ele é obrigado . O próprio fato de que eles tinham desenvolvido um padrão tão duplo para palavrões dá provas de que sua preocupação não era de verdade, mas para a evasão dela quando ela não atender os seus interesses egoístas. O objectivo subjacente à primeira parte do padrão era fornecer justificativa hipócrita por mentir impunemente. Uma pessoa poderia mentir tudo o que queria, desde que ele jurou pelo templo e não pelo ouro do santuário . Uma vez que nenhuma sociedade pode sobreviver sem alguma provisão para verificar e garantir coisas como promessas e contratos, a segunda parte do padrão foi desenvolvido como um expediente necessário. Se uma pessoa queria fazer absolutamente certo de que alguém estava dizendo a verdade ou seria ao vivo a um acordo, ele faria com que ele jura pelo ouro do santuário , que supostamente fez a ligação sua palavra. Uma pessoa que quebrou sua palavra depois de tomar tal juramento foi objecto de sanções ao abrigo lei judaica.
Sociedades tiveram vários meios de tentar fazer seu povo manter sua palavra. Em alguns, o voto mais sagrado e ligação foi selada com o sangue das partes envolvidas. Em outros, um acordo está escrito em um contrato, que cada parte sinais e que muitas vezes especifica sanções por incumprimento. Até há poucos anos, muitos tribunais ocidentais de lei exigia daqueles que testemunham a jurar dizer a verdade, colocando a sua mão direita sobre um exemplar da Bíblia e invocando a ajuda de Deus. O uso dos juramentos tinha se tornado tão perverso em Israel, que foram utilizados até mesmo a renegar promessas feitas a Deus. Se uma pessoa, por exemplo, prometeu dar uma certa quantia para a obra do Senhor, ele costumava jurar o seu voto pelo templo. Se mais tarde ele decidiu que ele tinha prometido muito, ou se ele nunca teve a intenção de dar o valor total, ele tinha um fora, porque esse voto foi considerado nada.
No Sermão da Montanha, Jesus condenou todo juramento de votos. "Mas eu vos digo, não fazem juramento em tudo, nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei, nem farás um juramento pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto Mas deixe sua declaração de ser, "Sim, sim", ou "Não, não.». e nada além deles é do mal " (Mat. 5: 34-37). Uma pessoa piedosa irá sempre dizer a verdade, e para ele um simples sim ou não é suficiente, porque o seu caráter virtuoso é o seu vínculo.
Jesus não estava ensinando um novo princípio. O salmista declarou: "Oferece a Deus sacrifício de louvor, e pagar seus votos para com o Altíssimo" (Sl 50:14). Em outras palavras, um voto feito é um voto para ser guardado. Davi testemunhou, "Teus votos vinculam-me, ó Deus, retribuirei a ações de graças a ti" (. Sl 56:12), e novamente, "Eu cantarei louvores ao teu nome para sempre, para que eu possa pagar o meu dia de votos por dia "(Sl 61:8; Sl 76:11). É significativo que em cada uma dessas citações a manutenção de votos a Deus está diretamente relacionada com louvor e gratidão a Ele.
A grande ofensa de Ananias e Safira não estava em dar menos para a obra do Senhor do que eram capazes de dar, mas em mentir sobre isso. Quando Pedro confrontado eles, ordenou-lhes com mentindo para o Espírito Santo e colocar Deus à prova. O Senhor se deitado muito a sério e para a sua decepção esses dois crentes perderam suas vidas. Não é de estranhar que, como resultado, "um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas" (Atos 5:1-11).
A idéia de que jurar pelo ouro do Templo foi vinculativo, mas jurando pelo Templo em si não era vinculativo era chicana moral e absurdo lógico " Você tolos e cegos ", disse Jesus; " o que é mais importante: o ouro ou o santuário que santificou o ouro ? " Em outras palavras, por que a lógica pervertida que havia sido determinado que fazer um voto em algo menor era mais vinculativo do que uma feita em algo maior? A única razão que o ouro poderia ser pensado como sagrado, e, assim, tornar o voto supostamente mais obrigatório, era o templo que santificou o ouro .
Os líderes religiosos aplicou a mesma lógica distorcida para jurar pelo altar , o que foi considerado nada , ou seja, não obrigatório e jurando por oferta em cima dele, que foi pensado para fazer uma pessoaobrigada a manter o seu voto " Vocês, homens cegos "Jesus disse:" o que é mais importante, a oferta ou o altar que santifica a oferta ? " A ideia geral era tanto teológica e logicamente absurdo. Essas normas não eram nada mais do que pretextos perversos para usar coisas sagradas para disfarçar sua propensão profana mentir.
Como Jesus passou a apontar, a jurar pelo altar era a jurar por tudo nele ; jurar pelo santuário foi a jurar por Aquele que habita dentro dele , ou seja, o próprio Deus; ea jurar pelo céu era a jurar tanto pelo trono de Deus e por aquele que está assentado sobre ele . Em outras palavras, tudo que está envolvido com o templo e tudo que está envolvido com o céu envolvido Deus. Na verdade, uma vez que Deus é o criador de tudo, a jurar por qualquer coisa envolve Deus.
Líderes falsos são amaldiçoados por sua Inversion
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade; mas estas são as coisas que você deve ter feito sem omitir aquelas. Guias cegos, que coais um mosquito e engolem um camelo! (23: 23-24)
Em quarto lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus para inverter prioridades divinas. Eles ampliaram o insignificante e minimizou o essencial.
Hortelã, do endro e do cominho eram ervas do jardim utilizadas como especiarias da cozinha, e não eram geralmente considerados produtos agrícolas, das quais a lei mosaica exigia um dízimo ser pago ao Tesouro em Israel (Lv 27:30). Porque ele ajudou a apoiar o governo, que era uma teocracia operado em grande medida pelo sacerdócio, o dízimo era uma forma de tributação. Um segundo décimo devia ser pago a cada ano para o apoio das várias cerimônias de adoração e festivais nacionais (12:11 Deut., 17). Outra dízimo era para ser pago a cada três anos para um modelo de bem-estar, para apoiar os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas (Deut. 14: 28-29), o que equivale a um adicional Dt 3:3 por cento ao ano. Israelitas foram, portanto, obrigado a pagar pouco mais de 23 por cento de sua renda por ano em impostos para financiar a teocracia.
As instruções para o dízimo produtos (ver também Dt 14:22) relacionados com culturas agrícolas comercializáveis, como cereais, azeite, vinho, frutas, legumes e verduras. Mas os escribas e fariseus legalistas alargar a oferta de incluir o mais pequeno vaso de plantas cultivadas em uma janela da cozinha. Como hoje ervas então foram cultivadas principalmente para suas folhas e sementes, e quando os escribas e fariseus pegou folhas de uma hortelã planta ou sementes reunidos a partir da endro e do cominho plantas, eles cuidadosamente contar as folhas e sementes, separar um para Deus de cada dez contadas. Eles glorificou o farisaísmo de subscrever tais minúcias.
Mas, com todo o seu cuidado em tais assuntos insignificantes e muitas vezes não obrigatórias, eles negligenciado disposições do peso da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade . Eles eram obcecados com a contagem folhas e sementes, mas indiferente à ética básica.
Jesus pediu a palavra mais pesada da tradição rabínica, que tinha dividido a lei nas categorias leves e pesados. Em suas prioridades invertidas os escribas e fariseus tinham reduzido a questões como a justiça, a misericórdia ea fidelidade à categoria leve e elevou o dízimo de ervas do jardim ao weightier categoria. Em Sua referência aos verdadeiramente gravosas assuntos, Jesus parafraseado as palavras de Micah. Cerca de 700 anos antes, o profeta havia declarado: "[O Senhor] lhe disse, ó homem, o que é bom; e o que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, amar a bondade, e andes humildemente com o teu Deus? " (Mq 6:8; Lc 18:12). No livro de Hebreus o dízimo Mosaic é mencionado apenas em conta a sua utilização no antigo Israel (Heb. 7: 8-9; 5-6 vv.). Em nenhum momento, no Novo Testamento, o dízimo é mencionado como vinculativa para a igreja ou mesmo recomendado como padrão para a doação do Cristão. Isso é fácil de compreender se se reconhece que os dízimos eram uma forma de tributação para apoiar a vida nacional de Israel (ver do autor 1 Corinthians [Chicago: Moody, 1984], pp 454-55.).O mais próximo do Novo Testamento paralela é a obrigação de pagar impostos indicadas em 13 6:45-13:7'>Romanos 13:6-7.
Quase sem exceção, falsas religiões ampliar fortemente a insignificante e minimizar ou ignorar totalmente o verdadeiramente espiritual. O mundano é idolatrado; o espiritual é desconsiderada. Também é possível para os verdadeiros crentes a tornar-se preso em minúcias. Alguns estudantes da Bíblia, por exemplo, afirmam ter apurado o significado de praticamente todos os sinais obscuro e símbolo nas Escrituras ainda dão pouca atenção em suas vidas a verdades morais claras e inequívocas da Bíblia. Jesus ilustrado graficamente os escribas e fariseus "inversão de prioridades, dizendo que eles iriam coais um mosquito e engolem um camelo . O mosquito eo camelo representou o menor e maior, respectivamente, dos animais o cerimonial (ver Lv 11:4). Fariseus Fastidious iria beber o seu vinho com os dentes cerrados, a fim de filtrar quaisquer pequenos insetos que poderiam ter ficado para o vinho. Em sua reversão típica dos valores, os líderes religiosos judeus estavam mais preocupados em ser contaminado por um minúsculo mosquito do que por uma enorme camelo . Eles foram meticuloso sobre trivialidades, cerimoniais formais, mas eram despreocupados com sua ganância hipocrisia desonestidade crueldade, a auto-adoração, e uma série de outros pecados graves. Eles substituído atos exteriores da religião para as virtudes essenciais do coração.
Líderes falsos são amaldiçoados por sua rapina e de Indulgence
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para limpar o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de auto-indulgência. Você cegar fariseu, primeiro limpe o interior do copo e do prato, para que a parte externa pode tornar-se limpo. (23: 25-26)
Em quinto lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus por sua extorsão de outros e indulgência de si mesmos.
Para ilustrar mais uma vez a sua hipocrisia, Jesus usou a figura de limpeza do lado de fora de um copo e ... prato, mas não o interior . A frase grega atrás prato foi muitas vezes utilizado de um prato em que iguarias requintadas foram servidos. A idéia é de uma pessoa que oferece um hóspede de um aparentemente bela refeição servida com o melhor vinho. Mas acontece que, apesar de os utensílios são lindos e cerimonialmente purificado, a comida servida sobre eles era podre.
Exteriormente os líderes religiosos deram a aparência de devoção piedosa ao Senhor, mas, interiormente, eram cheio de o filfth moral e espiritual de roubo e auto-indulgência . Eles foram cerimonialmente impecável e atraente, mas espiritualmente esquálido e repulsivo.
Harpagē ( roubo ) carrega as idéias de saque, pilhagem e extorsão, e akrasia ( auto-indulgência ) tem o significado básico de falta de auto-controle e foi muitas vezes utilizado para designar desenfreada auto-gratificação. Os líderes religiosos inescrupulosos roubado as pessoas que deveriam servir para satisfazer sua própria ganância. Eles saquearam ambas as almas e as carteiras das pessoas e usou os ganhos ilícitos para servir a si mesmos.
Fazendo a acusação mais pessoal e direta, Jesus disse: " Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que a parte externa pode tornar-se limpo também . " No utensílio é limpo que mantém comida ou bebida ilícitos.
Ao longo da história falsos líderes religiosos se tornaram ricos e gordura por espoliar aqueles que fingem servir. Exteriormente eles parecem justos, atencioso e exemplar, mas por dentro são lobos vorazes.
Líderes falsos são amaldiçoados por seu relatominação
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Mesmo assim você também fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. (23: 27-28)
Em sexto lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus por contaminar espiritualmente todos que tocavam.
Após as chuvas de primavera havia cessado, os judeus da Palestina nos tempos do Novo Testamento tinham o costume de casas whitewashing, paredes, e particularmente túmulos. Eles começaram a esta tarefa no dia quinze de Adar, o que corresponde a março, a fim de tornar suas comunidades mais atraente para os peregrinos da Páscoa. Eles tinham um propósito adicional para branquear túmulos, no entanto, especialmente aquelas dentro e perto de Jerusalém. Porque uma pessoa se tornou impuro por sete dias, se tocasse um corpo morto ou mesmo um túmulo (Nu 19:16), todos os túmulos foram cuidadosamente camufladas para identificá-los para viajantes incautos. Eles seriam impedidos de tocar inadvertidamente os túmulos e tornando-se contaminaram e, assim, impedido de participar de muitas das atividades da Páscoa, incluindo a oferta de sacrifícios. Em alguns casos, toda a tumba foi pintada, e em outros desenhos de ossos foram pintado nele para marcá-lo como um sepulcro. Por causa de toda a cal, Jerusalém e seus arredores brilhava à luz do sol durante a época de Páscoa.
Como os sepulcros caiados , os escribas e fariseus do lado de fora apareceu bonito, mas por dentro também eram como os túmulos, cheios de ossos de mortos e de toda imundícia . Eles foram mortos espiritualmente e não tinha genuíno respeito pela lei de Deus, apesar de seu louvor para fora dele e afirmam ser seus verdadeiros intérpretes e professores. De uma forma infinitamente pior do que os túmulos cerimonialmente contaminado aqueles que os tocou, os escribas e fariseus contaminaram espiritualmente aqueles a quem eles se tocaram.
Líderes falsos são amaldiçoados por sua Pretensão
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para você construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: 'Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas. Conseqüentemente, você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas. Encha-se, em seguida, a medida da culpa de seus pais. Serpentes, raça de víboras, como você deve escapar da sentença do inferno? (23: 29-33)
Sétimo e último, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus para a sua pretensão em presumir-se superior aos outros, incluindo seus antepassados.
Para muitas centenas de anos, esses líderes haviam estado na vanguarda de empreendimentos para construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos santos e heróis de Israel. Eles teriam sido na plataforma do alto-falante em cerimônias em honra dos grandes homens do passado e teria manifestado as adulações mais altos.
Percebendo que muitos desses santos tinham sido perseguidos e martirizados por seus próprios antepassados, os escribas e fariseus fizeram negações veementes para si, afirmando hipocritamente: " Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas ".
Mas Jesus repudiou a sua pretensão e exposto seu verdadeiro caráter, declarando que " consequentemente, você dar testemunho contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas . "Naquele exato momento em que eles estavam conspirando para matar Jesus, o Messias e do Profeta dos profetas, provando que eles eram ainda piores do que os seus antepassados ímpios. Eles foram tão consumido pelo ódio da verdade e da justiça de Deus que eles estavam totalmente cegos para o fato de que eles estavam prestes a crucificar o próprio Filho de Deus.
" Encha então a medida da culpa de seus pais ", disse Jesus. "Seu conspirações para entregar à morte o maior profeta de todos", declarou Ele, com efeito, "será a última medida das conspirações assassinas de seus pais contra os mensageiros de Deus. " Eles estavam prestes a culminar toda a culpa daqueles que, no passado, que matou os mensageiros de Deus. Este foi o supremo ato de pecado contra os profetas de Deus, como eles assassinaram o Profeta-Messias.
Em uma maldição final, Jesus exclamou: " Serpentes, raça de víboras, como você deve escapar da sentença do inferno? " A pergunta era retórica, o que significa que eles não poderiam escapar da sentença do inferno se realizou a má intenção que agora envenenado seus corações.
Ophis ( serpentes ) era uma palavra geral para as cobras, mas Echidna ( víboras ) a que se refere a pequenas cobras venenosas que viviam principalmente nas regiões do deserto da Palestina e de outras partes do Mediterrâneo oriental. Porque eles parecia um galho seco quando eles ainda eram, uma pessoa recolhendo lenha para uma fogueira, muitas vezes, inadvertidamente, uma pick up e ser mordido, como aconteceu com Paulo na ilha de Malta. Essa víbora particular era mortal e quando Paulo sofreu nenhum dano da mordida, os ilhéus supersticiosos achava que ele era um deus (At 28:3). Vipers , portanto, tinha a reputação de ser compreensível tanto mortal e enganoso.
No início do seu ministério, João Batista tinha chamado os fariseus e saduceus que vinham a ele para o batismo de uma "raça de víboras" incrédulos e impenitentes (Mt 3:7)
Portanto, eis que eu vos envio profetas e homens sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar; e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade, que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Berequias , a quem matastes entre o templo eo altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. (23: 34-36)
Durante séculos os judeus esperavam a chegada do Messias. A esperança habita no coração do judeu era que o dia chegaria logo quando a chegada do Messias e estabelecimento de Seu reino seria inaugurar a era duradouro da bênção prometida para o povo de Deus. Toda mulher judia desejava ser mãe de que o Messias, e todo homem judeu pensou em subir para aquele lugar de destaque, honra e serviço. No entanto, quando o Messias veio e fez oferecem Seu reino e fez promessa bênção, esperança e salvação, em vez de recebê-Lo na fé e no amor o Seu povo rejeitaram na incredulidade e repulsa. Eles tão desprezaram que o assassinou e perseguidos e muitas vezes assassinados Seus seguidores. Naquela época grave na história de Israel, as pessoas exclusivamente escolhidos e abençoados de Deus confirmou que eles preferiram a mentira acima da verdade, a escuridão acima de luz, iniqüidade acima justiça, suas próprias obras sem valor acima graça divina de Deus, a condenação acima a salvação, o caminho de Satanás acima de Deus. Eles foram chamados pela graça de Deus e dado Suas promessas e convênios e leis. No entanto, quando essas bênçãos veio a consumação perfeita na vinda de seu há muito prometido Messias, o Senhor e Salvador, se rebelaram contra ele e colocá-lo à morte.
Liderando que a rejeição foram os escribas e fariseus, a epítome da falsos líderes espirituais. Esses hipócritas, legalistas, aborrecedores de Deus hipócritas fome e não tinham sede de justiça, mas por causa do sangue dos justos. No momento em que Jesus se dirigiu a eles face a face no templo, eles estavam tramando Sua prisão e assassinato. Ao fazê-lo, eles foram, como Jesus tinha acabado de declarar, enchendo ", pois, a medida da culpa de [seus] pais" (Mt 23:32).
A frase "encher-se" é frequentemente utilizado nas Escrituras em relação ao pecado, ira e julgamento, quando os atingiram o seu limite total. Descreve um copo cheio até a borda com o pecado, que se torna uma xícara de condenação. O copo que está cheio de pecado é cheio de punição para o mesmo nível. Quando o pecado é cheia traz ira, que quando completa traz julgamento, que quando completa traz destruição eterna. Isaías exclamou: "Levanta-te, ó Jerusalém, que bebeste da mão do Senhor o cálice da sua ira; o cálice de atordoamento de ter drenado até a última gota" (Is 51:17).. Jeremias declarou: "Porque assim o Senhor, o Deus de Israel, diz-me:" Tome este cálice do vinho da ira da minha mão, e fazer com que todas as nações, a quem eu te enviar, para beber "(Jr 25:15). Habacuque advertiu Judá que "o copo na mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia total virá sobre a sua glória" (Hc 2:16). No sétimo julgamento bowl nos últimos dias, Deus vai dar a Babilônia, o paradigma da falsa religião ", o cálice do vinho do furor da sua ira" (Ap 16:19).
Os escribas e fariseus, e com eles a maior parte de Israel, estavam prestes a encher-se o limite de seu pecado. Quando o homem irrevogavelmente rejeita Deus, Deus o rejeita de forma irrevogável, dando-lhe sobre a sua própria maldade intencional. Quando os homens "não de ter conhecimento de Deus por mais tempo", Paulo diz: "Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para fazerem coisas que não são próprios, ... e, embora eles sabem o decreto de Deus, que os que praticam tais coisas são dignos de morte, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam "(01:28 Rom., 32). Porque o faraó tinha irrevogavelmente endureceu o coração contra Deus, Deus confirmou que o endurecimento (Ex. 9: 34-35; conforme Ex 4:21; Ex 7:3; Ex 10:1), não aprova o que Judas havia determinado a fazer, mas divinamente confirmar essa decisão.
Desde então tem havido homens justos tem havido perseguidores e os assassinos de homens justos, que são uma repreensão a injustiça. Sempre que uma sociedade tem a oportunidade de expressar seu ódio da justiça, o que reflecte o seu ódio a Deus, ele vai abusar e, se possível, destruir as pessoas justas que pertencem a Deus. Depois de Jesus terminou Sua série de sete maldições contra os escribas e fariseus (13-33 vv.), E acrescentou uma outra palavra de aviso, declarando que seu julgamento era inevitável e iminente.
Julgamento era inevitável
Portanto, eis que eu vos envio profetas e homens sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar; e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade, que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Berequias , a quem matastes entre o templo eo altar. (23: 34-35)
Porque o copo do seu pecado e do cálice da ira de Deus iria muito em breve ser preenchido (vv. 32-33), portanto, o julgamento dos escribas e fariseus era inevitável.
"Como prova e verificação de que o julgamento", disse Jesus, " Eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade para a cidade . " Em outras palavras, após o crucificaram, seu Messias, eles iriam continuar a matar e crucificar seus seguidores, especialmente os homens de Deus que Ele enviaria como Seus emissários-do Novo Testamento profetas, sábios e escribas .
Ao mencionar tanto matar e crucificar, Jesus provavelmente estava se referindo aos meios de execução judaicas e romanas, respectivamente. Jesus foi crucificado, é claro, como também foi Pedro, segundo a tradição. Estêvão foi apedrejado, e Tiago foi condenado à morte pela espada (Atos 7:58-60; At 12:2). Antes de sua conversão, Paulo tinha sido ele próprio na vanguarda daqueles que perseguia os cristãos de cidade em cidade (Atos 8:1-4; 9: 1-2), e depois de sua conversão, ele foi o destinatário de tal perseguição. Ele se opôs e frequentemente expulsos de muitas cidades, incluindo Antioquia da Pisídia (At 13:45, At 13:50), Icônio (14: 1-2), Listra (14: 19-20), Tessalônica (17: 5-10) , Berea (17: 13-14), Corinto (18: 12-18), Jerusalém (21:27; 23:12), e Cesaréia (24: 1-9). Os crentes na igreja primitiva eram continuamente perseguido pelos falsos líderes espirituais de Israel, que buscavam para acabar com o evangelho de Cristo.
Característica do Evangelho de Mateus, os três títulos profetas e homens sábios e escribas eram exclusivamente judaica. Embora Ele estava falando dos apóstolos e dos outros professores, pregadores e escritores da era do Novo Testamento, Jesus usou termos do Antigo Testamento Seus ouvintes seria certeza de entender. Esses líderes dotados de espírito seria usado por Deus para ministrar Seu evangelho para o mundo e para completar a Sua Palavra escrita, a fim de que os homens pudessem ouvir com precisão a mensagem cheia de Sua graça e ser salvo.
Mas aqueles homens também iria cumprir outro objetivo, menos conscientemente, mas como divinamente ordenado que um positivo. Assim como eles seriam ministros da salvação eles também seriam ministros do julgamento. Assim como eles levaria muitos a aceitar a Jesus como Salvador e Senhor, eles também levar outros a confirmar a sua rejeição de Jesus Cristo como Salvador e Senhor. " Estou enviando-os para você. " Jesus disse aos escribas e fariseus incrédulos ", que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado sobre a terra. " Enquanto os outros estavam tendo a oportunidade de recebê-lo, eles teriam mais oportunidade de rejeitá-lo-que eles fariam. Eles teriam chances adicionais para rejeitá-lo, a fim de que eles possam acumular sobre si um peso ainda maior de culpa, que iria ganhar-lhes ainda mais severo julgamento (conforme Rm 2:5 anos. No entanto, cada geração parece rejeitar o evangelho com mais veemência acumulando para si maior culpa e, portanto, maior o julgamento.
Paulo testificou: "Porque somos um aroma de Cristo a Deus entre os que estão sendo salvos e entre os que estão perecendo". A grande diferença, ele passou a explicar, era que, para os salvos que eles eram "um aroma de vida para vida", enquanto que para os perdidos que eles eram "um aroma da morte para a morte" (2 Cor. 2: 15-16) . Em outras palavras, toda vez que o evangelho é proclamado, ou ele atrai os homens a Cristo ou os leva mais longe. Porque ele é executado de modo contrário à noção popular a respeito de Deus, que a verdade é difícil para muitos cristãos a aceitar. Mas o Novo Testamento deixa claro que o propósito do evangelho nem sempre para trazer a salvação é; tem a Proposito tão divino de trazer julgamento. Como diz o ditado, o mesmo sol que suaviza a cera endurece o barro. Deus não só é um Deus de amor, misericórdia e graça, mas de santidade, ira e julgamento; e Escritura é igualmente enfático sobre ambos os aspectos de sua natureza.
Quando os homens receberam o Filho de Deus e são salvos, Ele é glorificado porque a Sua graça é justificado; e quando eles se recusam Seu Filho e estão condenados, Ele é glorificado porque a Sua santidade é justificada. Saber como problemático a segunda parte do que a verdade é mesmo para muitos crentes a aceitar, Paulo passou a afirmar que ele foi "não gosto de muitos falsificadores da palavra de Deus" de maneiras que eram agradáveis aos homens ", mas a partir de sinceridade, mas como de Deus, [ele falou] em Cristo, diante de Deus "(2Co 2:17). Para que nenhum de seus leitores acho que ele estava simplesmente expressando fanatismo pessoal, o apóstolo categoricamente afirmou que ele estava falando não só sinceramente, mas de Deus e aos olhos de Deus.
Em sua carta aos Romanos, Paulo apresenta a mesma verdade em uma luz um pouco diferente. Ele antecipou que algumas pessoas se oporia a seu ensinamento de que Deus "tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja", e perguntava: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" (Rm. 9: 18-19). Em resposta, o apóstolo disse:
Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E fê-lo a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia que Ele preparou de antemão para a glória (vv. 20-23) Deus é Deus, e tudo o que Ele faz é certo, por definição, porque Ele é a fonte e a medida do que é certo.
Na palavra final de Deus para a humanidade nas Escrituras, Ele declarou: "Deixe aquele que faz o mal, ainda fazem errado, e deixa aquele que é imundo ainda será imundo; e deixe aquele que é justo, ainda praticam a justiça, e deixar que o aquele que é santo ainda manter-se santo "(Ap 22:11). Como os homens são, no final, de modo que será para sempre. E se em Sua graciosa poupança daqueles que recebem o seu filho ou no seu santo julgamento daqueles que não o fazem, Ele será glorificado para sempre.
A partir do sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, os judeus tinham sido matando o povo de Deus e guardar-se maior e maior ira e julgamento. Unrighteous matou Caim justo Abel, seu irmão.Ele não podia tolerar pureza e santidade de seu irmão, porque a própria justiça é um tipo de julgamento sobre o pecado, expondo-a para o que é.
A identidade de Zacarias, filho de Berequias, tem sido muito debatido entre os estudantes da Bíblia. De acordo com 2 Crônicas 24: 20-21, Zacarias, filho de Jeoiada, foi apedrejado até a morte por ordem do rei Joás, por sua posição inflexível contra a idolatria. Seu assassinato "no átrio da casa do Senhor" ocorreu cerca de 800 AC , muito antes do fim da escrita do Antigo Testamento.
Mais de vinte homens pelo nome de Zacarias são mencionados na Bíblia, indicando que era um nome muito popular. Entre as centenas ou talvez milhares de Zacarias que viveram antes de Cristo não seria surpreendente se mais do que um tinha sido morto no Templo. Porque Jesus estava apontando a extensão da perseguição de pessoas justas, começando com Abel e terminando com Zacarias , isso sugeriria que Ele estava cobrindo toda a história do Antigo Testamento, desde a criação até o fim do período profético. É também significativo que Zacarias escreveu mais da vinda do Messias do que qualquer outro profeta, exceto Isaías.
O profeta Zacarias, cujo nome do pai era Berechiah (Zc 1:1). Ele tinha em mente não só aqueles a quem Ele foi, então, falando, mas todos os outros falsos líderes e judeus incrédulos vivendo naquela época, em outras palavras, a nação de Israel como um todo. Em uma crônica trágica, o seu povo ter continuado no sofrimento desde então até agora.
No ano de 66, revolução judaica quebrou novamente contra Roma. Tendo tomado o máximo que podia tolerar a opressão romana, injustiça e costumes pagãos, os judeus se voltou contra seus governantes.Em grande parte inspirado nos Zealots, o partido de nacionalistas radicais, conhecidos por suas táticas de guerrilha e terrorismo freqüente, muitos judeus da Palestina assumiu que quer que os braços que poderiam encontrar e juntou-se em rebelião. Roma contra-atacou através do abate de milhares de judeus no norte da Galiléia, e, eventualmente, Tito veio a Jerusalém com um exército de mais de 80.000 homens. Depois de estacionar o seu exército em toda a cidade, bem como toda a sua volta, o general exigiu sua rendição imediata. Quando os judeus respondeu com risada zombeteira e os ataques contra os soldados, as tropas começaram um massacre que quase desafia a descrição. (Veja o capítulo 29 deste volume para uma conta de testemunha ocular vívida pelo historiador judeu Flávio Josefo famoso.) Naquela mesma época, os habitantes de Damasco gentios são disse ter cortado a garganta de dez mil judeus que vivem entre eles. Vários séculos depois, o imperador romano Teodósio II promulgou um código legal que declarou os judeus eram inerentemente inferiores e não merecia a mesma proteção legal e privilégios como as outras pessoas. Tragicamente, os pontos de vista anti-semitas veio a permear a cultura ocidental posterior e de direito. Em AD 630, o imperador bizantino Heráclito banido de Jerusalém, os judeus que haviam começado a reassentar lá.
Durante a primeira cruzada, que começou em 1096, a igreja estabelecida na Europa instigado o que foi declarada uma guerra santa para entregar a Terra Santa dos turcos muçulmanos que tinham governado por muitos séculos. Temendo judeus gostaria de reassentar e recuperar a terra para si, muitos cruzados envolvidos em massacres brutais de judeus europeus, supostamente em nome de Cristo, enquanto marchavam em direção a Palestina. Às vezes, os soldados efectivo, todos os judeus em uma vila ou cidade juntos e dar-lhes um ultimato para confessar a Cristo e ser batizado ou então publicamente ser morto. Alguns judeus fizeram uma profissão verbal apenas para salvar suas vidas, enquanto outros se recusaram e foram mortos onde eles estavam. As atrocidades incluído atropelamento judeus sob os cascos dos cavalos, bem como outros meios de execução brutal demais para mencionar. Em vez de rosto tamanha humilhação e horror, muitos judeus se suicidou quando eles foram informados de que os cruzados estavam se aproximando. Por muitos anos, os judeus tinham experimentado um asilo relativamente seguro e sereno na 1nglaterra. Mas, quando um monge dominicano no século XIII, começou a estudar as Escrituras Hebraicas, a fim de ser mais capaz de testemunhar aos judeus, ele próprio se converteu ao judaísmo e foi circuncidado. Em uma reação irada, a Igreja Católica Romana tinha todos os judeus expulsos de Cambridge. Em outras partes de judeus europeus foram falsamente acusado de falsificação de moedas e outros crimes graves. Depois de testes simulados ou sem julgamento de todo, os acusados seriam torturados, presos, exilados ou executados. Às vezes, todos os judeus em uma comunidade seriam obrigados a usar a identificação de bandas de braço ou emblemas para separá-las. Em Londres, um grupo de judeus tiveram seus braços e pernas amarrados aos cavalos que, em seguida, foram conduzidos em direções opostas, e depois os corpos foram dilacerados, os restos mortais foram drapeado na forca para o povo da cidade para ver. Quando a peste negra varreu a Europa no século matando centenas de milhares XIV, muitas pessoas culpou os judeus. Na França, eles foram acusados de envenenar os poços de água, e em uma cidade uma sinagoga cheio de fiéis foi queimada até o chão. Em desespero, muitos judeus fugiram para a Polônia e Rússia nos confins da Europa, onde muitos de seus descendentes ainda vivem hoje. Ter liberdade considerável na Polônia, eles estabeleceram várias escolas talmúdicas pendentes e seminários. Mais tarde, foram oprimidos pela igreja por um tempo, mas, no entanto, se juntou ao governo e da igreja na luta contra os cossacos russos. Quando os cossacos foram vitoriosos, eles vengefully massacraram milhares de judeus. Judeus que fugiram para a Espanha encontrou pobre refúgio. Entre os seus piores perseguidores eram Rei Fernando e Isabel, os dois monarcas que encomendou primeiros empreendimentos de Cristóvão Colombo ao novo mundo. Esse país foi descrito por um poeta judeu como o inferno dos judeus. Durante a Inquisição Espanhola, os túmulos daqueles que se converteram ao judaísmo foram desenterrados e os corpos profanados. Os herdeiros desses prosélitos teve suas propriedades confiscadas como um aviso para outros que possam considerar a conversão. Todo judeu foi obrigada a usar um símbolo de cruzes em chamas, e em 1492, ano em Columbus começou sua primeira viagem, a maioria deles foram expulsos do país. Um grande número emigrou para a Rússia, onde a perseguição em diferentes graus tem persistido até hoje. Na Alemanha medieval, os judeus foram acusados de usar o sangue de crianças cristãs em seus ritos da Páscoa. Alguns foram mesmo acusado de esfaquear o host (o pão servido na missa católica e acredita-se transformar no próprio corpo de Cristo) para fazê-lo sangrar-assim reencenando Sua crucificação. Os acusados de tais coisas foram torturados e mortos em uma variedade de formas cruéis. Por muitos séculos, o anti-semitismo mais poluído da civilização ocidental. Em 1894, um oficial do exército judeu chamado Alfred Dreyfus foi falsamente acusado e condenado por traição, simplesmente porque ele era judeu. Sua convicção precipitou a remoção de todos os judeus de alto escalão do exército francês. Apesar da perseguição continuou, vinte milhões de judeus ainda viviam na Europa, no início da Segunda Guerra Mundial. Em o que veio a ser chamado de "O Holocausto", Adolph Hitler hideously exterminados pelo menos seis milhões de judeus na Alemanha e territórios ocupados pelos nazistas. Essas atrocidades de inspiração demônio não foram fundamentadas tanto no religioso como o preconceito racial, com os judeus sendo declarado racialmente inferiores. Com pouco descanso, há dois mil anos, os judeus sofreram perseguição após perseguição, sendo difamado, falsamente acusado, injustamente tratado, negou dignidade e postos de trabalho e escolaridade e cidadania, expulso do país após o outro e não raro massacrou sem piedade-por nenhuma outra razão de ser judeu. O moderno Estado de Israel traz as marcas de grande parte do que a perseguição, incluindo a destruição de Tito do Templo, o Muro das Lamentações parcial escavado de que agora é chamado de Muro das Lamentações. Há também relíquias mais modernos lá, como tanques e outros veículos blindados intencionalmente deixadas à ferrugem em público como lembranças de batalhas dispendiosas israelenses lutaram e continuam a lutar em defesa de sua nova nação desde que foi fundada em 1948. Através de todos esses horrores e tentativas sistemáticas em seu extermínio, os judeus permanecem. Eles permanecem porque o Deus santo que lhes preserva não será impedido pelos anfitriões do mal de homens e demônios que buscam destruí-los.
No entanto, como Jesus gravemente declara nessa passagem, a preservação divina dos judeus não é somente para a Proposito de a redimir o seu povo escolhido de Deus, mas é também uma perpetuação de sua punição. É um contínuo castigo que eles vão aguentar até Israel declara na fé, "Bendito o que vem em nome do Senhor" (Mt 23:39; Sl 118:26)
"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas" aqueles que te são enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos juntos. como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas. " e você não estavam dispostos. Eis aqui. ' sua casa está sendo abandonada vos! Pois eu digo a você. ' a partir de agora você não me vereis, até que você diz. ""Bendito o que vem em nome do Senhor!" (23: 37-39)
Desde a chamada de Abraão, os judeus têm sido povo especial de Deus, e um cristão que verdadeiramente ama a Deus não pode deixar de amar o povo judeu. Ele tem uma profunda preocupação com a sua situação no nosso dia e um fardo pesado para a sua salvação em Cristo, o Messias. Ao longo de todos os séculos de sua opressão, incluindo tentativas de exterminá-los, como no holocausto nazista, eles sobreviveram e foram divinamente preservados em sua identidade racial. Apesar de terem sido espalhados para todas as partes do mundo, tornaram-se cidadãos em inúmeros países diferentes, casaram com os gentios, e até mesmo ter opiniões divergentes entre si como a que um judeu real é, eles continuam como um povo distinto. Para aqueles que conhecem e acreditam Escritura, a sua perpetuação não é surpreendente, porque, uma vez que Ele fez sua aliança com Abraão, cerca de quatro mil anos atrás, Deus se comprometeu a preservar o seu povo escolhido e um dia para pode-los permanentemente de volta a Ele. Enquanto isso, eles clamam a um Deus que nunca responde. Eles se perguntam por que, se eles são de fato o seu povo escolhido, que sofreram muito nas mãos de pessoas mais perversas do mundo? Por que, se as suas Escrituras são verdadeiramente as palavras de Deus, eles têm sido tão abandonada por Deus, que nos oráculos tantas vezes prometido para ser o seu Provedor e Libertador? Porque se Ele chamou todos os seus santos profetas, dentre eles, tem ele desde os abandonou ao preconceito e maldade dos homens ímpios? Se eles são a menina dos olhos de Deus, por que tanto ódio surgido especificamente contra eles e lhes causou sofrimento incalculável e angústia? No fechamento desta Sua última mensagem pública, Jesus deu a resposta séria a essas perguntas, mas Ele deu-lhe com intensa compaixão e com a garantia de conversão definitiva de Israel.
A Compaixão Intense
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e não estavam dispostos. Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos! (23: 37-38)
Como Jesus tinha entrado em Jerusalém pela manhã, antes, "Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo:" Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos '" (Lucas 19:41-42). Jeremias expressou tristeza semelhante quando considerada a perspectiva de estar de Judá levado cativo pela Babilônia por causa de seu desafio a Deus:. "A minha alma vai chorar em segredo por tanto orgulho, e meus olhos amargamente chorar e fluir em lágrimas" (Jr 13:17); e quando Ele disse: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo" (Lc 22:31); e quando Ele diria que alguns anos mais tarde, "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9:4.).
Ele nunca foi o plano final de Deus e desejo de seu povo para ser punido, mas para que elas voltem a Ele em fidelidade e devoção. " Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas , "Jesus lamentou. Ele desejava chamar a Israel para Si mesmo e protegê-la apenas como uma mãe galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas para protegê-los de uma tempestade que iria bater-los ou um falcão que iria devorá-los. Houve uma bela intimidade e ternura nas palavras de Jesus e, sem dúvida em sua voz quando ele lamentou sobre o seu povo. Ele tinha vindo "a Sua própria, e aqueles que foram os seus não o receberam" (Jo 1:11).
Davi exultou: "Quão preciosa é a tua benignidade, ó Deus, os filhos dos homens se refugiam à sombra das tuas asas!" (Sl 36:7.).
Mas você não estavam dispostos , disse ele. Ele veio para o Seu povo na verdade e luz, amor e ofereceu-lhes do reino de Deus há muito prometida, mas eles rejeitaram o Rei e perdeu o reino. Em vez de herdar a bênção que Deus proferida por sua fé, eles herdaram o julgamento Ele prometeu por sua incredulidade.
Nada nas Escrituras é mais certo do que a verdade de que Deus é soberano sobre todas as coisas; mas a Palavra de Deus ensina a lugar nenhum determinismo, como este versículo deixa claro. Deus era abundantemente dispostos para Israel e todos os homens para receber e acompanhar seu filho, mas a maioria deles não estavam dispostos . Eles não vire de Cristo por causa do destino, mas apenas por causa de sua própria vontade. Quando uma pessoa rejeita a Cristo, nunca é o desejo de Deus ou culpa de Deus, mas sempre sua.
Um privilégio foi dado a Israel que é absolutamente único na história da humanidade, e com esse privilégio veio grande oportunidade e responsabilidade. O Filho de Deus encarnado entrou em seu meio como o Filho de Davi, seu próprio Messias, Senhor, e Salvador. Ele ensinou e curou e exortou e orou. Em Sua verdade incomparável e amor que Ele demonstrou Deus tão perfeitamente que Ele podia dizer "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). No entanto, Israel rejeitou essa revelação e abandonaram essa oportunidade e, assim fazendo trouxe sobre si mesma ira e julgamento de Deus.
Porque os judeus são o povo escolhido de Deus são os objetos da mais feroz ódio de Satanás. Portanto, quando Deus tirou a mão protetora de Israel era para expô-la aos piores fúrias que Satanás poderia trazer sobre um povo. É o desejo contínuo de Satanás para eliminá-los, porque eles são especialmente amado por Deus e porque para destruí-los seria frustrar a promessa de trazê-los de volta a Ele (Rm 11:26) e dando-lhes a Cristo como uma herança de Deus.
No entanto, apesar de Israel como povo tem sofrido porque Deus retirou Sua bênção a partir deles, muitos judeus individuais vieram e continuam a vir a Cristo na fé salvadora. Deus nunca está sem um remanescente escolhido (Is 10:22; Jr 23:1; Ez 6:8; Rm 9:27...).
Durante os dias de Isaías, o Senhor lembrou Israel de Seu grande amor e cuidado em chamar-los e construí-los para cima, como um povo, usando a figura de um produtor que cuidadosamente plantada e cultivada uma vinha apenas para descobrir que ele produziu uvas sem valor. Por causa de sua infidelidade e esterilidade, o Senhor declarou que Ele iria remover a cobertura de proteção em torno da vinha, quebrar o seu muro, e colocá-lo perder. Deus passou a explicar por intermédio do profeta: "Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá a sua deliciosa planta Assim Ele olhou para a justiça, mas eis que o derramamento de sangue;. De justiça, mas eis que, um grito de angústia "(Is. 5: 1-7). Essa previsão foi cumprida quando Judá foi conquistada pela Babilônia em 586 AC e teve muitos de seus habitantes, incluindo três de seus reis, levados para o exílio por Nabucodonosor durante um período de anos.
Ao declarar: " Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos ! " Jesus estava dizendo que, tanto quanto naquela época anterior do julgamento, Israel seria deixou devastado e desolado . Apenas alguns dias antes, tinha Ele referiu-se ao Templo como casa de Seu Pai (Mt 21:13; conforme Mt 12:4), o Templo e todo o Israel poderá em breve ser chamado Ichabod, porque a glória de Deus iria afastar-se delas. Na época atual, enquanto a glória de Deus e mão protetora são retirados de Israel, a casa de Deus é a igreja de Cristo ", a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade" (1Tm 3:15).
No início de sua história, Deus tinha advertido Israel de que, se ela não obedecê-lo ", cuidando de fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos," que as maldições Ele estava prestes a enumerar viria sobre ela (Deut. 28: 15-68) . Porque ela não só tinha abandonado os mandamentos de Deus, mas até mesmo o seu próprio Filho, Israel estaria agora deixou desolado , sujeito aos caprichos de um mundo ímpio que zombam dela, desprezam, e perseguir o seu povo de cidade em cidade, assim como ela logo fazer com os profetas, sábios e escribas Cristo iria enviar a ela (v. 34).
No fim dos tempos a perseguição dos judeus vai se transformar em um holocausto como nenhum outro que experimentaram. Esse sofrimento irá ocorrer em um período chamado de tempo da angústia de Jacó (Jr 30:7; Is 66:1).
Jesus não disse: "a menos", fazendo a restauração de Israel apenas uma possibilidade, mas até que , tornando-se uma certeza. Mesmo no contexto de suas maldições mais severas sobre o Israel incrédulo e seus falsos líderes, essa palavra ofereceu esperança. Um dia, Israel vai finalmente dizer com fé: " Bendito o que vem em nome do Senhor ", e nesse dia ela vai ser para sempre redimidos, restaurado, e abençoada.
Apenas alguns dias antes, essas mesmas palavras do Sl 118:26). Continuando a descrever a grande inversão nos últimos dias, Ele disse:
E quem é mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. E isso vai acontecer no dia em que eu vou definir a ponto de destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. E eu vou derramar sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por ele, como o choro amargo ao longo de um primeiro-nascido. (Zacarias 12:8-10.)
Quando o cálice da ira de Deus está vazio, Ele soberanamente vai derrubar e destruir o sistema mundial do mal de Satanás que Ele deu rédea temporária para tiranizar o seu povo. Quando Israel se volta para Ele, Ele vai voltar a eles e derramar sobre eles o Seu Espírito Santo de graça e de bênção, e ambos irão riem e choram. Eles se alegrarão em ação de graças pela sua recém-descoberta Salvador e Senhor, mas eles vão chorar em penitência como eles se lembram o que tinham feito a Ele. "Naquele dia haverá grande pranto em Jerusalém, ... E a terra se lamentarão, cada família por si mesma" (Zc. 12: 11-12). Seu luto será esmagadora e seu senso de pecado totalmente consumindo.
Em resposta gracioso para que a dor penitencial, o Senhor vai buscá-los e levá-los mais uma vez a Si mesmo. "Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza. E isso vai acontecer naquele dia", diz o Senhor dos Exércitos, "Que eu vou cortar a nomes dos ídolos da terra, e eles deixarão de ser lembrado, e eu também irá remover os [falsos] profetas eo espírito imundo da terra "(13 1:38-13:2'>Zc 13:1-2.). "Então o Senhor sairá e pelejará contra estas nações, como quando ele luta em um dia de batalha .... E isso vai acontecer no dia em que águas vivas fluirão de Jerusalém, metade delas para o mar oriental ea outra metade para o mar ocidental, que será no verão assim como no inverno E o Senhor será rei sobre toda a terra;. Naquele dia o Senhor será o único, e seu nome o único "( 14: 3, 8-9).
Falando dos judeus, que eram o seu próprio povo, o apóstolo Paulo escreveu: "Digo, porém, eles não tropeçar, de modo a cair, não é? De modo nenhum! Mas por sua transgressão veio a salvação aos gentios, para torná-los com ciúmes. Agora, se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é a riqueza dos gentios, quanto mais a sua realização ser! " (Rom. 11: 11-12).
Israel não tem permanentemente se afastado de Deus. "Eles também, se não permanecerem na incredulidade", diz Paulo, "serão enxertados, pois Deus é capaz de enxertar novamente .... Porque eu não quero que você, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais sábios em vós mesmos: que o endurecimento parcial que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo "(vv 23, 25-26.).
Barclay
O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
Aqui vemos aparecer os primeiros esboços dos fariseus. Vemos a convicção judaica sobre a continuidade da fé. Deus deu a Lei a Moisés. Moisés a entregou a Josué, Josué a transmitiu aos anciãos, os anciãos a entregaram aos profetas, e os profetas a deram aos escribas e fariseus.
Não se deve pensar nem por um momento que Jesus elogia os escribas e fariseus com todas as suas regras e normas. O que diz é o seguinte: "Na medida em que estes escribas e fariseus lhes ensinaram os grandes princípios da Lei que Moisés recebeu de Deus, devem obedecê— los." Quando estudamos Mateus 5:17-20 vimos quais eram estes princípios. Os Dez Mandamentos, apóiam-se sobre estes dois grandes princípios. Apóiam-se sobre a reverência: reverência para com Deus, para com o nome de Deus, o dia de Deus, os pais que Deus nos deu. Apóiam-se sobre o respeito: o respeito pela vida do homem, seus pertences, sua personalidade, e seu bom nome, e por si mesmo. Estes princípios são eternos, e na medida em que os fariseus e escribas ensinam a reverência a Deus e o respeito pelo homem, seu ensino é eternamente válido.
Mas toda a sua visão da religião tinha tido uma conseqüência fundamental. Fazia da religião um conjunto de milhares e milhares de regras e normas e por isso a tinha transformado em uma carga insuportável. Eis aqui a prova de toda apresentação da religião. Transforma-se a religião em asas para elevar o homem, ou em um peso para afundá-lo? Transforma-se a religião em uma alegria ou em algo deprimente? O homem recebe ajuda da religião ou esta o tortura? A religião leva o homem, ou ele tem que carregá-la? No exato momento em que a religião se transforma em uma multidão de cargas, proibições e interdições, deixa de ser uma religião autêntica.
Os fariseus não toleravam a mais mínima falta. Todo seu objetivo, confessado por eles mesmos, consistia em "construir uma cerca ao redor da Lei". Não afrouxavam nem tiravam uma só regra. Quando a religião se converte em uma carga, pode ser algum tipo de religião, porém não há a menor dúvida de que não é a cristã.
A religião dos fariseus se tornou quase inevitavelmente uma religião de ostentação. Se a religião consistir em obedecer inumeráveis regra e normas, é fácil para qualquer um ver que os demais percebem quão bem cumpre suas obrigações e quão perfeita é sua piedade. Jesus escolhe algumas atitudes e costumes nos quais os fariseus manifestavam sua ostentação. Usavam filactérios muito grandes. Em Ex 13:9 se diz a respeito dos mandamentos de Deus: “E isto será como sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos” (Ex 13:16; Dt 6:8; Dt 11:18). A fim de cumprir este mandamento o judeu levava, e o faz até hoje, algo que chama tetilin ou filactérios; leva-os durante as orações. Usa-os todos os dias exceto no sábado e em festas especiais. São umas pequenas caixas de couro, uma das quais é posta ao redor do punho e a outra sobre a fronte. A que se porta no punho é uma caixinha de couro com uma só divisão. Dentro dela coloca-se um cilindro de pergaminho no qual estão escritas as seguintes passagens das Escrituras: 13 1:2-13:10'>Êxo. 13 1:10; 13 11:2-13:16'>13 11:16; Deut. 6:4-9; 13 5:11-21'>11:13-21. A que se leva na fronte é igual com a única diferença de que tem quatro divisões em lugar de uma. Em cada uma das divisões havia um rolinho com uma destas quatro passagens. A fim de chamar a atenção sobre si mesmo, o fariseu não só usava os filactérios, mas também as usava particularmente para demonstrar sua obediência exemplar e sua piedade incomparável.
Usam borlas exteriores. Em grego as borlas se chamam kraspeda e em hebreu zizith. Em Números 15:37-41 e em Dt 22:12 lemos que Deus mandou a seu povo que usasse franjas nas bordas de suas vestimentas para que ao vê-los lembrassem dos mandamentos de Deus. Estas franjas eram como borlas que se levavam nas quatro bordas do vestido exterior. Mais tarde foram levados na roupa interior e hoje subsistem no xale que o judeu piedoso usa durante suas orações. Era muito fácil fazer estas borlas de um tamanho muito grande de modo que se tornavam uma amostra ostentosa de piedade, que era usada, não para recordar os mandamentos de Deus, e sim para chamar a atenção para quem as portava.
Além disso, os fariseus gostavam que lhes dessem os postos especiais durante as refeições, à direita e à esquerda do anfitrião. Gostavam dos primeiros assentos na sinagoga; na Palestina os últimos assentos eram ocupados pelos meninos e as pessoas sem nenhuma importância; quanto mais adiante estava o assento, maior era a honra. Os assentos mais honoráveis eram os dos anciãos de frente para a congregação. Se alguém se sentava ali, todos viam que estava presente e, durante todo o serviço, podia adotar uma pose de piedade que a congregação não podia deixar de observar. Além disso, os fariseus gostavam que os chamassem Rabino e que os tratassem com o maior respeito. De fato, exigiam mais respeito do que se manifestava para com os pais porque, segundo eles, os pais dão a vida física, comum ao homem, mas seu mestre dá a vida eterna. Inclusive preferiam que os chamassem pai, como Eliseu chamava a Elias (2Rs 2:12) e como eram conhecidos os pais da fé.
Jesus insiste em que o cristão deve recordar que só há um Mestre, que é Cristo, e só um Pai na fé, e esse pai é Deus.
Toda a intenção dos fariseus consistia em vestir-se e comportar-se de maneira a atrair a atenção. O objetivo do cristão consiste em desaparecer para que se os homens virem suas boas obras, não o glorifiquem a ele, e sim a seu Pai nos céus. Toda religião que gera a ostentação na aparência e o orgulho no coração é uma religião falsa.
Os versículos 13:26 deste capítulo são a denúncia mais terrível e extensa do Novo Testamento. Aqui escutamos o que A. T. Robert chamou "os trovões da ira de Cristo". Como escreveu Plummer, estes ais são "como trovões em sua severidade incontestável, e como raios pela forma desapiedada em que esclarecem tudo... Iluminam ao golpear." Aqui Jesus dirige uma série de sete ais aos escribas e fariseus. Cada um deles começa com: "Ai de vós!" A palavra grega que significa ai é ouai: fica difícil traduzi-la porque implica ira como dor. Trata-se de uma ira justa, mas é a ira que surge do coração que ama e está destroçado pela cegueira teimosa dos homens. Aqui não há apenas uma atmosfera de denúncia selvagem, mas também de azeda tragédia.
A palavra hipócrita aparece de vez em quando. Originariamente a palavra grega hupokrites significava o que responde; logo foi relacionada de maneira especial com a afirmação e a resposta, o diálogo no cenário, e é a palavra que se usa em grego para designar ator. Mais adiante chegou a significar ator no pior sentido da palavra, um simulador, alguém que desempenha um papel, alguém que põe uma máscara para esconder seus verdadeiros sentimentos, alguém que representa um determinado papel por fora enquanto em seu interior seus pensamentos e emoções são muito diferentes. Para Jesus, os escribas e fariseus eram homens que representavam um papel. O que queria dizer era o seguinte: Toda sua noção da religião consistia em obediências externas, o uso de borlas e filactérios muito complicados, a observância meticulosa das regras e normas da lei. Mas em seus corações alimentavam amargura, inveja, orgulho e arrogância. Para Jesus estes escribas e fariseus eram homens que, sob uma máscara de piedade muito elaborada, escondiam corações nos quais dominavam os sentimentos e emoções menos piedosos que se pudesse imaginar. E essa acusação é válida, em maior ou menor grau, para qualquer um que vive sob o suposto de que a religião consiste em observâncias externas e obras externas de qualquer tipo.
Há uma frase de Jesus que não está escrita que diz o seguinte: "Esconderam a chave do Reino." A condenação dos fariseus e escribas da parte de Jesus diz que eles não só não entraram no Reino, mas também fecharam as portas àqueles que procuravam entrar nele. O que Jesus quis dizer com essa acusação?
Devemos lembrar o que é o Reino. Já vimos (Mt 6:10) que a melhor forma de imaginá-lo é pensar em uma sociedade sobre a Terra na qual se faz a vontade de Deus com a mesma perfeição com que é feita no céu. Ser cidadão do Reino e fazer a vontade de Deus são uma e a mesma coisa. Os fariseus criam que fazer a vontade de Deus era cumprir milhares de regras e regulamentações corriqueiras; e nada podia estar mais longe de um Reino cuja idéia essencial é o amor.
Quando as pessoas tentavam entrar no Reino os fariseus lhes apresentavam estas regras e normas que era o mesmo que lhes fechar na cara a porta do Reino. Os fariseus preferiam sua própria idéia de religião à idéia de Deus sobre a religião. Esqueceram-se da verdade fundamental de que se alguém quer ensinar a outros deve primeiro ouvir a Deus. O mais grave perigo que todo professor ou pregador enfrenta é o de querer transformar seus próprios preconceitos em princípios universais, e o querer substituir a verdade de Deus por suas próprias idéias. Quando faz algo assim não é um guia, e sim uma barreira que impede a entrada ao Reino porque ao seguir um caminho errado, leva outros a errarem.
Uma das características estranhas do mundo antigo é a repulsão e atração simultâneas que o judaísmo exercia sobre os homens. Não havia um povo mais odiado que o povo judeu. Seu separatismo, seu isolamento e seu desprezo por outros povos, granjeava esse ódio. De fato, cria-se que uma parte fundamental de sua religião era um juramento pelo qual jamais, sob nenhuma circunstância ajudariam a um gentio, nem sequer lhe dariam alguma indicação se perguntasse o caminho para algum lugar. Sua observância do sábado lhes granjeava uma reputação de vadiagem. Sua recusa em comer carne de porco fazia com que outros zombassem deles a ponto de murmurar que adoravam o porco como seu deus. O anti— semitismo era uma força real e universal no mundo antigo. E entretanto, exercia uma certa atração. A idéia de um só Deus aparecia como algo maravilhoso a um mundo que acreditava em uma multidão de deuses. A pureza e os valores éticos dos judeus fascinavam a um mundo submerso na imoralidade, em especial no que se referia às mulheres. Como resultado, muitos se sentiam atraídos pelo judaísmo. Mas essa atração se dava em dois níveis. Estavam aqueles aos quais chamava-se tementes a Deus. Aceitavam a idéia de um Deus único e a Lei moral dos judeus, mas não se interessavam no mais mínimo pela Lei cerimonial e não se circuncidavam. Havia muita gente assim; a via escutando e adorando em todas as sinagogas e foram o campo mais frutífero para a pregação do Paulo. São, por exemplo, os gregos piedosos da Tessalônica (At 17:4). Os fariseus se propunham converter a estes tementes a Deus em partidários. A palavra partidário vem do grego e significa alguém que se aproximou. O partidário era o converso que tinha aceito a Lei cerimonial e a circuncisão e se converteu em judeu em todo o sentido da palavra. Como acontece com muita freqüência, "os mais convertidos eram os mais pervertidos". Um homem que recém se converteu costuma transformar-se em um devoto fanatizado pela religião a que ingressou e muitos destes partidários eram mais fanáticos pela Lei judia que os próprios judeus.
Jesus acusou estes fariseus de ser missionários do mal. Era certo que os que se faziam partidários eram poucos, mas quando o faziam iam para o outro extremo. O pecado dos fariseus consistia em que não tratavam de aproximar as pessoas a Deus, e sim ao farisaísmo. Um dos perigos mais sérios que corre todo missionário é buscar converter as pessoas a uma seita em vez de a uma religião e que se preocupe mais por aproximar alguém a uma igreja que a Jesus Cristo. O grande místico cristão da Índia, Premanand, diz algumas coisas em sua autobiografia sobre este sectarismo que tão freqüentemente desfigura ao assim chamado cristianismo. "Falo como cristão, Deus é meu Pai, a Igreja é minha Mãe. Cristão é meu nome, Católico meu sobrenome. Católico, porque pertencemos nada menos que à Igreja Universal. De maneira que, para que necessitamos outros nomes? Por que temos que lhe acrescentar anglicano, episcopal, protestante, presbiteriano, metodista, congregacional, batista, etc., etc.? Estes temas nos separam, fazem-nos sectários, de mente estreita. Diminuem a alma."
Os fariseus não buscavam levar as pessoas a Deus, e sim à sua própria seita, o farisaísmo. Esse era seu pecado. E acaso desapareceu esse pecado do mundo quando em certos lugares ainda se insiste em que se deve abandonar uma igreja para ir a outra se a gente quer sentar-se à mesa do Senhor? A maior das heresias é a convicção pecaminosa de que uma igreja em particular tem um monopólio de Deus, ou da verdade de Deus, ou que alguma igreja em particular é a única porta de acesso à presença de Deus e a seu Reino.
Já vimos que no que se refere aos juramentos, os judeus legalistas eram mestres da evasão (Mateus 5:33-37). O princípio geral da evasão era o seguinte. Para o judeu um juramento criava obrigação, sempre que fosse um juramento que obrigasse. Em termos gerais, um juramento que criava obrigação era aquele em que se empregava em forma clara e inequívoca o nome de Deus; era preciso cumprir um juramento desse tipo, custasse o que custasse. Qualquer outro tipo de juramento se podia romper com toda legitimidade. A idéia que sustentava esta prática era que se se empregava o nome de Deus, o introduzia como sócio no acordo e quebrar um juramento desse tipo não só era quebrantar a confiança dos homens mas também insultar a Deus.
Em todo caso, a ciência da evasão se elaborou a um grau muito alto. É muito provável que nesta passagem Jesus apresente uma caricatura dos métodos legalistas judeus. O que diz é o seguinte: "convertestes a ciência da evasão em uma arte tão sutil que se pode considerar que um juramento pelo templo não obriga, enquanto que o juramento pelo ouro do templo certamente obriga. E um juramento pelo altar não obriga, enquanto que o juramento pela oferenda que está sobre o altar sim cria obrigação." É mais provável que isto deva ser considerado como uma redução ao absurdo dos métodos judeus, mais que como uma descrição literal desses métodos.
A idéia que está por trás desta passagem é a seguinte. Toda a idéia de tratar os juramentos desta maneira, toda a noção de uma espécie de técnicas da evasão, nasce de um engano básico. O homem autenticamente religioso jamais fará uma promessa com a intenção deliberada de não cumpri-la. Jamais se procurará, junto com a promessa, uma série de escapatórias para empregar em caso de descobrir que é muito difícil cumpri-la. Não devemos condenar a ciência de evasão dos fariseus com um sentimento de superioridade. Ainda não passou o momento de alguém procurar fugir de uma obrigação, fazendo uso de algum tecnicismo, ou de que recorra no sentido mais literal da Lei para evitar o que o espírito dessa mesma lei lhe dita com a maior clareza.
Para Jesus, o princípio que criava obrigação era duplo: Deus ouve cada palavra que pronunciamos e vê cada um dos pensamentos secretos de nossos corações. De maneira que ouve as palavras e percebe todas as intenções. Em vista disso, o cristão deve ignorar por completo a arte da evasão. A técnica da evasão pode funcionar muito bem dentro do mundo, mas jamais pode adequar-se à franca honestidade da mentalidade cristã.
O dízimo era uma parte essencial das regulamentações religiosas judias. “Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo” (Dt 14:22). “Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR” (Lv 27:30). O objetivo principal do dízimo era manter os levitas cuja tarefa era cumprir o trabalho material do templo. A Lei definia com maior clareza as coisas pelas quais era preciso pagar um dízimo: "Tudo o que é comestível e se conserva e se nutre da terra pode ter que pagar dízimo." Estabelece-se: "Do endro se deve pagar o dízimo da semente, das folhas e dos caules." Estava estabelecido, pois, que todos deviam entregar um dízimo de sua produção a Deus.
Agora, o objetivo das palavras de Jesus é o seguinte: Aceitava-se em todas partes que se devia pagar um dízimo dos grãos mais importantes. Mas a hortelã, o endro e o cominho se semeavam nos pomares familiares e nunca se obtinha uma quantidade muito grande. Qualquer um semeava apenas um pouco destas ervas no jardim de sua casa, os três se usavam para cozinhar e o endro e o cominho tinham aplicações medicinais. Aplicar-lhes a lei do dízimo significava aplicar um imposto a uma colheita ínfima, possivelmente não muito mais que o produto de uma só planta. Só os exageradamente meticulosos aplicavam o dízimo às poucas plantas do pomar. Isso era justamente o que faziam os fariseus. Eram tão meticulosos com o dízimo que o aplicavam a um só raminho de hortelã. E entretanto, esses mesmos homens podiam ser culpados de cometer injustiças, eram duros, arrogantes e cruéis, e esqueciam a obrigação da misericórdia, eram capazes de fazer juramentos e promessas com a deliberada intenção de quebrantá-los e assim faziam caso omisso da fidelidade. Em outras palavras, obedeciam as pequenezes da Lei e esqueciam as coisas que realmente importam. Esse espírito ainda não morreu; jamais morrerá até Cristo governar o coração dos homens. Há muitos homens que usam a roupa adequada para ir à igreja, são cuidadosos em suas ofertas, adotam uma atitude correta durante a oração, nunca faltam à celebração do sacramento mas que, em seu trabalho diário não são honestos, são irritáveis, mal— humorados e egoístas com seu dinheiro. Há mulheres que estão cheias de boas obras, participam de toda classe de comissões mas seus filhos sentem saudades pelas noites. Não há nada mais fácil que observar todas as atitudes exteriores da religião e, ao mesmo tempo, ser profundamente irreligioso.
Não há nada mais necessário que o sentido de proporção para evitar a confusão entre a observância externa da religião e a autêntica devoção.
Jesus emprega um exemplo muito gráfico. A figura é a seguinte. O mosquito era um inseto e portanto era impuro, o mesmo que o camelo, Para evitar o risco de beber algo impuro penetrava o vinho com um filtro de musselina de modo a deixar fora qualquer possível impureza. Este é um dos momentos humorísticos que devem ter levado as pessoas a rir, porque é a imagem de alguém que coa com todo cuidado seu vinho para não engolir um inseto microscópico e, entretanto, engole-se tranqüilamente um camelo. Trata-se da imagem de alguém que perdeu por completo todo sentido de proporção.
A idéia de impureza surge continuamente na lei judia. Devemos ter presente que não se trata de uma impureza física. Um copo impuro não era um copo sujo, no sentido que nós damos ao termo. Se uma pessoa era impura no sentido cerimonial significava que não podia entrar no templo ou na sinagoga, estava excluída da adoração de Deus. Um homem era impuro se tocava um corpo morto ou se tinha algum contato com um gentio. Uma mulher era impura se tinha fluxo de sangue embora este fosse normal e sadio. Se uma pessoa impura tocava um copo, este se convertia em algo impuro e, portanto, qualquer outra pessoa que tocasse o copo se fazia também impura. De maneira que era de capital importância manter todos os copos limpos e a Lei sobre a limpeza é de uma complicação extrema. Só podemos citar alguns exemplos básicos. Um copo de argila que é oco só é impuro por dentro e não por fora, e a única forma de limpá-lo é rompendo-o. Alguns recipientes de argila nunca podem transformar-se em algo impuro: um prato sem borda, um braseiro aberto para carvão, uma churrasqueira de ferro com buracos para secar os grãos de trigo. Por outro lado, um prato com borda, uma
caixa de especiarias ou uma mesa de escrever podem transformar-se em impuros. Os recipientes de couro, osso, madeira e vidro que são chatos não se transformam em impuros, os fundos sim. Se se romperem se purificam. Qualquer recipiente de metal oco e de superfície lisa pode tornar impuro mas uma porta, um ferrolho, uma fechadura, uma dobradiça, uma aldrava não podem fazer-se impuros. Se algo for feito de madeira e metal, a madeira pode fazer-se impura mas o metal não. Estas regras nos parecem fantásticas e entretanto, os fariseus as observavam com toda meticulosidade e com um sentimento profundamente religioso.
A comida ou bebida que estava dentro do recipiente podia ter sido obtida por meio de enganos, extorsão ou roubo, podia ser luxuosa e excessiva, tudo isso carecia de importância enquanto o recipiente estivesse cerimonialmente limpo. Esta é outra instância em que se manifesta uma grande preocupação pelos detalhes e se deixam passar as coisas de maior peso.
Por mais grotesco que pareça tudo isto, ainda pode acontecer. Qualquer igreja se pode dividir por uma discussão sobre a cor do tapete, a pintura do púlpito ou a forma e o material dos cálices que se empregarão na Eucaristia. A última coisa que parecem aprender os homens em questões de religião é um sentido relativo dos valores, e o trágico é que com muita freqüência o que arruína a paz é a discussão e exagero de temas corriqueiros.
Aqui voltamos a nos encontrar com uma imagem muito conhecida para qualquer judeu. Um dos lugares mais comuns para erigir tumbas era à beira do caminho. Vimos que qualquer pessoa que tocava um cadáver se tornava impura (Nu 19:16). Por conseguinte, qualquer pessoa que entrava em contato com uma tumba automaticamente se convertia em impuro. Havia uma época em que os caminhos da Palestina estavam cheios de peregrinos — era no tempo de Páscoa. Se alguém se tornava impuro quando ia assistir à festa da Páscoa era um desastre, porque isso significava que não poderia participar da celebração. De maneira que os judeus tinham o costume de branquear todos os sepulcros que estavam a um lado do caminho durante o mês de Adar para que nenhum peregrino os tocasse sem querer. Portanto, ao viajar pelos caminhos da Palestina nos dias de sol da primavera esses sepulcros brilhavam com a luz do Sol e até pareciam belos, mas por dentro estavam cheios de ossos e corpos cujo contato teria convertido a qualquer um em uma pessoa impura. Segundo Jesus, isso era exatamente o que acontecia com os fariseus. Suas atitudes externas correspondiam a homens intensamente religiosos, mas seus corações estavam sujos e podres com o pecado.
Isso pode acontecer ainda hoje. Como diz Shakespeare, o homem pode sorrir e ser um criminoso. Qualquer um pode caminhar de cabeça baixa, passos respeitosos, as mãos cruzadas em uma posição muito humilde mas ao mesmo tempo pode olhar com frio desprezo àqueles que considera pecadores. Sua própria humildade pode ser a pose do orgulho; e enquanto caminha com humildade pode estar pensando com prazer na imagem de piedade que apresenta perante aqueles que o observa. Não há coisa mais difícil que um homem bom não saber que é bom; e uma vez que sabe que é bom, desaparece sua bondade, embora aqueles que o vêem de fora pensem o contrário.
Aqui Jesus acusa os judeus de que sua história está manchada pelo crime, e que essa mancha ainda não desapareceu. Os escribas e fariseus cuidam os sepulcros dos mártires e adornam seus monumentos e afirmam que, se tivessem vivido naqueles tempos, eles não teriam matado os profetas e os mensageiros de Deus. Mas isso é justamente o que teriam feito e o que farão no futuro imediato.
A acusação que Jesus faz é que a história de Israel é a história do assassinato dos homens de Deus. Diz que os homens justos, desde Abel até Zacarias foram assassinados. Por que escolhe a esses dois? O assassinato de Abel pelas mãos de Caim todos conhecem, mas o assassinato de Zacarias não é tão conhecido. A história aparece em uma lúgubre passagem de 2 Crônicas 24:20-22. Aconteceu nos tempos de Joás. Zacarias acusou o povo por seu pecado e Joás incitou o povo a que o apedrejasse até matá-lo no próprio pátio do templo. Zacarias morreu dizendo: “O SENHOR o verá e o retribuirá.” Mas por que teria que escolher a Zacarias? Na Bíblia hebraica Gênesis é o primeiro livro, o mesmo que a nossa, mas a diferença reside em que na ordem que nós demos aos livros o livro de 2 Crônicas vem por último. Quer dizer que o assassinato de Abel é o primeiro que aparece no relato bíblico e o de Zacarias é o último. De princípio a fim a história de Israel é a história do rechaço e freqüentemente o assassinato dos homens de Deus.
E Jesus torna claro que essa propensão ao crime ainda está presente. Sabe que deve morrer e que no futuro seus mensageiros serão perseguidos, maltratados, rechaçados e justiçados.
Não resta dúvida de que se trata de algo trágico: o povo que Deus tinha escolhido e amado havia voltado suas mãos contra Ele; e o dia do juízo logo chegaria.
Isso nos leva a refletir. Quando a história nos julgue o veredicto dirá que fomos um obstáculo ou uma ajuda para Deus? Esta é uma pergunta que todo indivíduo e todo povo deve responder.
Aqui vemos a impetuosa tragédia do amor que foi rechaçado. Aqui Jesus fala, não tanto como o juiz severo de toda a Terra, mas sim como alguém que ama as almas dos homens.
Esta passagem nos mostra um detalhe curioso a respeito da vida de Jesus; podemos apontá-lo de passagem. Segundo o relato dos evangelhos sinóticos Jesus nunca esteve em Jerusalém, uma vez começado seu ministério público, até que foi a essa cidade para esta última Páscoa. Vemos quantas coisas não menciona o relato evangélico; pois Jesus não poderia ter dito isto se não tivesse feito várias visitas a Jerusalém e a menos que tivesse repetido seus chamados às pessoas. Uma passagem como esta nos demonstra que o evangelho só nos dá uma síntese muito apertada da vida de Jesus.
Esta passagem nos assinala quatro grandes verdades.
Mostra-nos a paciência de Deus. Jerusalém tinha matado os profetas e tinha apedrejado os mensageiros de Deus. Entretanto, Deus não a rechaçou e no final enviou a seu Filho. O amor de Deus manifesta uma paciência ilimitada que tolera o pecado do homem e não o rechaça.
Mostra-nos o chamado de Jesus. Aqui Jesus fala como alguém que ama. Não quer forçar sua entrada; a única arma que pode usar é o chamado do amor. Levanta-se com as mãos estendidas em posição de chamar os homens, um chamado que os homens têm a terrível responsabilidade de aceitar ou rejeitar.
Mostra-nos o caráter deliberado do pecado do homem. Os homens viram cristo em todo o esplendor de seu chamado, e o rejeitaram. A porta do coração não tem trinco do lado exterior, deve ser aberto por dentro; e o pecado é o rechaço decisivo do chamado de Deus em Jesus Cristo.
Mostra-nos as conseqüências de rejeitar a Cristo. Passariam só quarenta anos e em 70 d. C. Jerusalém ficaria convertida em um montão de ruínas. Esse desastre foi conseqüência direta da rejeição de Jesus Cristo. Se os judeus tivessem aceito o caminho cristão do amor e tivessem abandonado o caminho da política do poder, Roma jamais teria pesado sobre eles com sua força vingadora. É uma realidade que o povo que rejeita a Deus está condenado ao desastre.
Notas de Estudos jw.org
Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 2
se sentaram no lugar de Moisés: Ou: “assumiram o lugar de Moisés”. Lit.: “se sentaram na cadeira de Moisés”. Os escribas e os fariseus eram tão arrogantes que afirmavam que tinham a mesma autoridade que Moisés e por isso podiam interpretar a lei de Deus.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 4
cargas pesadas: Pelo visto, essas cargas eram as regras e as tradições orais criadas pelos líderes religiosos judaicos. Essas regras e tradições eram muito difíceis de seguir.
movê-las com o dedo: Essa expressão pode se referir ao fato de que os líderes religiosos não estavam dispostos a mover, ou deixar de lado, nem mesmo a menor das regras para aliviar a carga pesada que tinham colocado sobre as pessoas.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 5
as caixinhas com textos que usam como proteção: Ou: “os seus filactérios”. Essas caixinhas eram de couro e tinham quatro trechos da Lei mosaica dentro delas. (Ex 13:1-10, 11-16; Dt 6:4-9; 11:13-21) Os homens judeus costumavam usar essas caixinhas na testa e no braço esquerdo. Esse costume começou porque alguns interpretaram literalmente a ordem que Deus tinha dado aos israelitas em Ex 13:9-16; Dt 6:8-11:18. Jesus condenou os escribas e os fariseus porque eles faziam caixinhas maiores só para impressionar outros e porque achavam que essas caixinhas eram amuletos, ou talismãs, que poderiam protegê-los.
alongam as franjas: Em Nm 15:38-40, Jeová tinha mandado os israelitas fazer franjas na barra de suas roupas. Mas, para se mostrar, os escribas e os fariseus usavam franjas mais compridas do que as usadas por outros judeus.
Caixinha com textos, ou filactério
O filactério é um pequeno estojo de couro onde se guardam tiras de pergaminho em que estão escritos quatro trechos das Escrituras: Ex 13:1-10, 11-16; Dt 6:4-9 e 11:13-21. Algum tempo depois que os judeus voltaram do exílio em Babilônia, surgiu o costume de os homens usarem, na testa ou no braço, essas caixinhas com textos durante a oração da manhã, exceto nos dias de festividade e no sábado. A foto mostra um filactério datado do século 1 d.C. que foi achado numa das cavernas de Qumran. O desenho mostra como esse filactério talvez fosse quando novo.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 6
primeiros assentos: Ou: “melhores assentos”. Os presidentes da sinagoga e os convidados importantes pelo visto se sentavam perto dos rolos das Escrituras, onde todos podiam vê-los. É provável que esses lugares especiais já estivessem reservados para essas pessoas de destaque.
Sinagoga do século 1 d.C.
Esta representação inclui alguns detalhes de uma sinagoga do século 1 d.C. encontrada em Gamla, cerca de 10 quilômetros ao nordeste do mar da Galileia. Ela dá uma ideia de como era uma sinagoga antiga.
Esta animação se baseia, em parte, nas ruínas de uma sinagoga do século 1 d.C. em Gamla, cidade localizada cerca de 10 quilômetros ao nordeste do mar da Galileia. Nenhuma sinagoga do século 1 d.C. permaneceu intacta até os dias de hoje. Assim, não é possível confirmar os detalhes com exatidão. Mas esta representação inclui alguns detalhes que provavelmente faziam parte de muitas sinagogas daquela época.
1. Os primeiros (ou melhores) assentos da sinagoga talvez ficassem na plataforma do orador ou perto dela.
2. A plataforma do orador, de onde as Escrituras eram lidas. O local da plataforma talvez variasse de uma sinagoga para outra.
3. Os assentos ao longo das paredes talvez fossem para pessoas de destaque na comunidade. Outras pessoas talvez se sentassem em esteiras no chão. Parece que a sinagoga em Gamla tinha quatro degraus de assentos ao longo das paredes.
4. Na parede do fundo, talvez ficasse a arca ou o armário onde eram guardados os rolos sagrados.
A organização dos lugares na sinagoga era um lembrete constante de que algumas pessoas eram consideradas mais importantes do que outras. Os discípulos de Jesus discutiram várias vezes sobre quem tinha mais destaque entre eles. — Mt 18:1-4; 20:20, 21; Mc 9:33-34; Lc 9:46-48.
No século 1 d.C., as pessoas costumavam se recostar à mesa para comer. Elas apoiavam o cotovelo esquerdo em uma almofada e comiam com a mão direita. De acordo com o costume greco-romano, a sala de jantar geralmente tinha três divãs em volta de uma mesa baixa. Os romanos chamavam esse tipo de sala de jantar de triclinium. (Essa palavra latina vem de uma palavra grega que significa “sala com três divãs”.) Era comum três pessoas se recostarem em cada divã, o que dava um total de nove pessoas. Mas com o tempo começaram a ser usados divãs maiores para acomodar mais de três pessoas. Segundo a tradição, cada posição na sala de jantar tinha um nível de honra diferente. Um dos divãs era o menos honroso (A), um tinha um nível de honra intermediário (B) e um era o mais honroso (C). As posições em cada divã também tinham níveis diferentes de importância. Cada pessoa era considerada mais importante do que quem estava à sua direita e menos importante do que quem estava à sua esquerda. Num banquete formal, o anfitrião costumava se recostar no divã menos honroso, na primeira posição (1). Nesse caso, a posição mais importante de todas (2) ficava no divã do meio, à esquerda do anfitrião. Não se sabe exatamente até que ponto os judeus adotaram esse costume, mas parece que Jesus estava se referindo a ele quando ensinou a seus seguidores que eles precisavam ser humildes.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 7
nas praças públicas: Ou: “nos mercados; nos lugares de reunião”. A palavra grega agorá é usada aqui para se referir a uma área aberta que existia nas cidades do Antigo Oriente Próximo e de outras regiões influenciadas pelos impérios grego e romano. Essas praças públicas serviam como centro de compras e vendas e como local de reuniões públicas.
Rabi: Lit.: “meu grande”. Vem da palavra hebraica rav, que significa “grande”. No uso comum, “Rabi” significava “instrutor” (Jo 1:38), mas com o tempo se transformou em um título de honra. Alguns escribas, instrutores da Lei e outros homens instruídos exigiam que as pessoas usassem esse título ao falar com eles.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 9
pai: Aqui, Jesus proibiu que seus seguidores usassem a palavra “pai” como um título formal ou religioso para algum homem. Isso também se aplica à palavra “padre”, que vem do latim e significa “pai”.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 10
líderes: A palavra grega usada aqui tem o mesmo sentido da palavra grega para “instrutor” que aparece no versículo 8. Neste contexto, ela se refere àqueles que orientam e instruem outros como líderes espirituais. É provável que essa palavra fosse usada como título religioso.
Líder: Nenhum humano imperfeito pode ser o Líder espiritual dos cristãos verdadeiros. Por isso, só Jesus tem o direito de usar esse título. — Veja a nota de estudo em líderes neste versículo.
o Cristo: Aqui, Mateus usou o artigo definido em grego antes do título “Cristo”, que significa “ungido”. Isso indicava que Jesus era o prometido Messias, aquele que foi ungido, ou escolhido, para um cargo especial. — Veja as notas de estudo em Mt 1:1-2:4.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 11
servo: Ou: “ministro”. — Veja a nota de estudo em Mt 20:26.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 13
Ai de vocês: Este é o primeiro dos sete “ais” que Jesus declarou contra os líderes religiosos de sua época. Nessas declarações, Jesus chamou esses líderes de hipócritas e de guias cegos.
fecham o: Ou: “fecham a porta do”. Ou seja, impedem as pessoas de entrar.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 14
Alguns poucos manuscritos adicionam estas palavras: “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devoram as casas das viúvas e, para impressionar, fazem longas orações. Por causa disso receberão um julgamento mais severo.” Mas esse versículo de Mateus não aparece nos manuscritos mais antigos e mais importantes. Palavras parecidas podem ser encontradas nos relatos inspirados por Deus em Mc 12:40 e em Lc 20:47. — Veja o Apêndice A3.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 15
prosélito: Ou: “convertido”. A palavra grega prosélytos se refere a uma pessoa de outra nação que se converte ao judaísmo. Se fosse um homem, tinha que ser circuncidado.
merecedor da Geena: Lit.: “filho da Geena”, ou seja, alguém que merece a destruição eterna. — Veja o Glossário, “Geena”.
Vale de Hinom (Geena)
O vale de Hinom, chamado de Geena em grego, é um vale profundo e estreito que se estendia do sul ao sudoeste da Jerusalém antiga. Na época de Jesus, esse local era usado para queimar lixo. Por isso, ele servia bem para simbolizar a destruição total.
Esta foto mostra o vale de Hinom (1), chamado de Geena nas Escrituras Gregas Cristãs, e o Monte do Templo (2). O conjunto de prédios do templo judaico do século 1 d.C. ficava nesse monte. Hoje em dia, a construção que se destaca no Monte do Templo é o santuário muçulmano chamado de Cúpula da Rocha. — Veja o mapa no Apêndice B12-A.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 17
Tolos e cegos!: Ou: “Seus tolos cegos!” A Bíblia geralmente usa a palavra “tolo” para se referir a uma pessoa que despreza o bom senso e segue um caminho que vai contra os padrões de moral de Deus.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 23
décimo da hortelã, do endro e do cominho: A Lei mosaica dizia que os israelitas tinham que dar o dízimo de suas colheitas. (Lv 27:30; Dt 14:22) A Lei não dizia especificamente que os israelitas deviam dar um décimo de ervas como a hortelã, o endro e o cominho, mas Jesus também não disse que essa tradição era errada. O que Jesus condenou foi o fato de que os escribas e os fariseus insistiam demais em detalhes da Lei que tinham pouca importância, mas não ensinavam os princípios por trás da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade.
Hortelã, endro e cominho
Desde os tempos antigos, a hortelã tem sido usada para fins medicinais e como tempero. A palavra grega hedýosmon, traduzida como “hortelã”, significa literalmente “de cheiro agradável (doce)”. Ela provavelmente incluía os diversos tipos de hortelã encontrados em Israel e na Síria, como a hortelã-silvestre (Mentha longifolia). O endro (Anethum graveolens) é cultivado por causa de suas sementes aromáticas, que são muito apreciadas como tempero e como remédio para tratar problemas de estômago. O cominho (Cuminum cyminum) é da família da cenoura e da salsa e é mais conhecido pelas suas sementes de aroma intenso. Ele é usado no Oriente Médio e em outras regiões como especiaria para dar sabor e aroma a pães, bolos, cozidos e até bebidas alcoólicas.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 24
que coam o mosquito, mas engolem o camelo: Entre os animais impuros que os israelitas conheciam, o mosquito era um dos menores e o camelo era um dos maiores. (Lv 11:4-21-24) Usando uma hipérbole com um toque de humor, Jesus disse que os líderes religiosos filtravam suas bebidas para não ficar impuros por causa de um mosquito, mas ao mesmo tempo ‘engoliam um camelo’ por não dar atenção aos assuntos da Lei que eram realmente importantes.
Camelo
Na época de Jesus, o camelo era o maior animal domesticado da região. Acredita-se que o camelo mencionado na Bíblia seja o camelo-árabe, ou dromedário (Camelus dromedarius), que só tem uma corcova. A Bíblia menciona o camelo pela primeira vez quando relata que Abraão morou por um tempo no Egito. Ali ele comprou vários desses animais de carga. — Gn 12:16.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 27
sepulcros caiados: No Israel antigo, era comum que os sepulcros, ou túmulos, fossem pintados com cal para deixá-los brancos e bem visíveis. Assim, as pessoas que passassem por eles não correriam o risco de ficar impuras por terem ‘tocado numa sepultura’. (Nm 19:16) A Mishná judaica (Shekalim 1: 1) diz que os sepulcros eram caiados uma vez por ano, um mês antes da Páscoa. Jesus usou essa metáfora para representar a atitude hipócrita daqueles líderes religiosos.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 28
do que é contra a lei: Veja a nota de estudo em Mt 24:12.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 29
túmulos: Ou: “túmulos memoriais”. — Veja o Glossário.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 32
completem a medida dos seus antepassados: Ou: “terminem o trabalho que os seus antepassados começaram”. O sentido literal dessa expressão idiomática é “completar a medida que outra pessoa já começou a encher”. Jesus não estava mandando os líderes religiosos terminarem o que os antepassados deles tinham começado. Na verdade, ele estava sendo irônico e predizendo que aqueles líderes iam matá-lo, assim como os antepassados deles tinham matado os profetas de Deus.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 33
Serpentes, descendência de víboras: Satanás, “a serpente original” (Ap 12:9), é o pai espiritual de todos os inimigos da adoração verdadeira. Por isso, Jesus tinha motivos para chamar aqueles líderes religiosos de “serpentes, descendência de víboras”. (Jo 8:44-1Jo 3:12) Eles eram pessoas más, e os que seguissem os ensinos falsos deles poderiam perder sua amizade com Deus. João Batista também usou a expressão “descendência de víboras”. — Mt 3:7.
Geena: Veja a nota de estudo em Mt 5:22 e o Glossário.
Víbora-cornuda
Tanto João Batista como Jesus chamaram os escribas e fariseus de “descendência de víboras”, porque seus ensinos falsos eram como um veneno para as pessoas que acreditassem neles. (Mt 3:7-12: 34) Esta foto é de uma víbora-cornuda, que tem um pequeno corno, ou chifre, acima de cada olho. Outras espécies perigosas de víboras nativas de Israel são a amódita (Vipera ammodytes) do vale do Jordão e a víbora palestina (Vipera palaestina).
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 34
instrutores públicos: Ou: “pessoas instruídas”. A palavra grega grammateús é traduzida como “escriba” quando se refere a um dos instrutores judaicos que eram peritos na Lei. Mas neste versículo ela se refere aos discípulos de Jesus que seriam enviados para ensinar outros.
sinagogas: Veja o Glossário.
Açoite
O instrumento mais terrível usado para açoitar era conhecido como flagellum. Era um tipo de chicote com vários cordões ou tiras de couro amarradas a um cabo. Nas tiras havia pedaços pontiagudos de osso ou de metal, para que os golpes machucassem mais.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 35
desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias: Com esta declaração, Jesus se referiu a todos os servos de Jeová mencionados nas Escrituras Hebraicas que foram assassinados: desde Abel, que aparece no primeiro livro (Gn 4:8), até Zacarias, mencionado em 2Cr 24:20. Crônicas é o último livro do cânon tradicional judaico. Assim, quando Jesus disse ‘desde Abel até Zacarias’, ele estava dizendo “do primeiro até o último caso”.
filho de Baraquias: De acordo com 2Cr 24:20, o nome do pai de Zacarias era “Jeoiada”, não “Baraquias”. Alguns sugerem que o pai de Zacarias talvez tivesse dois nomes, como acontece com outros personagens da Bíblia (compare Mt 9:9 com Mc 2:14), ou que Baraquias fosse avô ou outro antepassado de Zacarias.
a quem vocês assassinaram: Não foram aqueles líderes religiosos que mataram Zacarias, mas Jesus os considerou culpados porque eles tinham o mesmo espírito assassino que seus antepassados. — Ap 18:24.
entre o santuário e o altar: De acordo com 2Cr 24:21, Zacarias foi assassinado “no pátio da casa de Jeová”. O altar da oferta queimada ficava no pátio interno, em frente à entrada do santuário. (Veja o Apêndice B8.) Assim, o que Jesus disse estava de acordo com o relato em 2Cr 24:21.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 36
Eu garanto a vocês: Veja a nota de estudo em Mt 5:18.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 37
Jerusalém, Jerusalém: Jesus fez a declaração sobre Jerusalém que aparece neste versículo no dia 11 de nisã, durante a última semana de seu ministério. De acordo com Lc 13:34, Jesus tinha feito uma declaração muito parecida algum tempo antes, enquanto estava na Pereia. — Veja o Apêndice A7-G.
Galinha ajuntando seus pintinhos
Para mostrar sua preocupação com o povo de Jerusalém, Jesus usou uma comparação tocante: uma galinha protegendo seus pintinhos debaixo de suas asas. Em outra ocasião, Jesus falou sobre um filho pedir um ovo ao pai. (Lc 11:11-12) Isso indica que era comum criar galinhas em Israel no século 1 d.C. A palavra grega órnis, usada em Mt 23:37 e Lc 13:34 pode se referir a qualquer ave, silvestre ou domesticada. Mas entende-se que nesse contexto órnis se refere a uma galinha, que das aves domésticas é a mais comum e mais útil.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 38
casa: Ou seja, o templo.
ficará abandonada: Alguns manuscritos bem antigos acrescentam a palavra “deserta”. Assim, o texto também poderia ser traduzido “será deixada deserta”.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 39
Jeová: Esta é uma citação direta do Sl 118:26. No texto hebraico original desse salmo, aparecem as quatro letras hebraicas que formam o nome de Deus (que equivalem a YHWH). — Veja o Apêndice C1.
Dicionário
Abel
Dicionário Comum
Nome Hebraico - Significado: Sopro, esvanecimento.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Abel [Respiração ? Pastor ? Filho ?]
Segundo filho de Adão e Eva. Foi morto por Caim, seu irmão (Gn 4:1-16).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Abel Em hebraico Hebel, sopro. Conforme alguns, o nome estaria relacionado à efemeridade de sua existência. Para outros, derivaria do acádio “ablu”, filho. Era filho de Adão e Eva (Gn 4:2). Pastor e tendo melhor relação com o Criador, sofria a inveja de seu irmão Caim, que era agricultor. A inveja de Caim o levaria, finalmente, a assassinar seu irmão Abel (Gn 4). Para Jesus, é um dos modelos do justo assassinado por um ímpio e, nesse sentido, sua própria prefiguração (Mt 23:35).
Nahum m. Sarna, Understanding Genesis, Nova York 1970; G. von Rad, El libro del Génesis, Salamanca 1982; P. Bonnard, o. c.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
Nome Hebraico - Significado: Sopro, esvanecimento.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Respiração ou vapor. l. o segundofilho de Adão e Eva, pastor de ovelhas, assassinado pelo seu irmão Caim. Caim ofereceu ao Senhor dos frutos da terra, e Abel a principal rês do seu rebanho. A oferta de Caim foi rejeitada, e aceita a de Abel; movido de inveja, Caim irou-se contra seu irmão e o matou (Gn 4:2-15, cp.com Hb 11:4). Jesus Cristo falou de Abel, como primeiro mártir (Mt 23:35). Em Hb 12:22 -24 a frase de Gn 4:10 (‘A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim’) é modificada, fazendo ver o contraste entre antiga e a nova aliança: ‘Mas tendes chegado… ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.’ 2. Prado.
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
O segundo filho de Adão e Eva, irmão de Caim. “Abel” pode ser um derivado de um vocábulo hebraico que significa “sopro” ou “vaidade”, para prefigurar assim que sua vida seria curta. Ele se tornou pastor de ovelhas (Gn 4:2), enquanto Caim, agricultor. Na época das colheitas, o mais velho ofereceu a Deus alguns dos frutos colhidos; o mais novo, porém, apresentou os melhores animais do rebanho, para enfatizar o valor e o custo deles. O sacrifício de Abel foi recebido favoravelmente pelo Senhor, mas o de Caim, não. A despeito de uma advertência feita por Deus sobre a necessidade de que ele dominasse o ímpeto do pecado, Caim conspirou contra seu irmão e o matou. Seu ato pecaminoso não ficou escondido do Senhor e a morte de Abel trouxe-lhe o juízo divino.
Abel representou a primeira fatalidade subseqüente à maldição de Deus sobre a humanidade, por causa da desobediência de Adão e Eva; essa tragédia, como resultado direto do pecado de Caim, cumpriu a promessa de que o ato de comerem o fruto do conhecimento do bem e do mal traria a morte física. Esta enfatizava o desenvolvimento rápido da transgressão, quando Deus entregou a humanidade às conseqüências do pecado, com um mínimo de graça para refrear a maldade.
Tanto Caim como Abel ofereceram sacrifícios, para demonstrar assim que a humanidade, apesar da maldição de Deus, ainda conserva um desejo de adorálo. O fato de que a adoração envolvia sacrifícios indica o reconhecimento de que o verdadeiro culto a Deus devia custar algo. A natureza exata das ofertas não é mencionada, mas o padrão herdado por Noé (Gn 8:20) sugere que um altar era construído e a oferta, queimada sobre ele. A maneira como Deus expressou sua aceitação a Abel não é clara, mas possivelmente isso se deu por uma manifestação do fogo divino. Talvez sua oferta tenha sido consumida pelo fogo e a de Caim, não (cf. Lv 9:24; Jz 6:21-1Rs 18:38).
O Senhor aceitou a oferta de Abel, em detrimento da de Caim, porque o mais moço era justo (Mt 23:35; Hb 11:4; cf Gn 4:7) e oferecia o melhor do seu rebanho; sua justiça, porém não foi demonstrada pelo valor da oferta e sim pela sua fé (Hb 11:4). A repreensão de Deus a Caim, portanto, focalizou sua atitude de coração (Gn 4:7). Essa foi a primeira revelação de que o Senhor preocupava-se em que a adoração fosse uma expressão exterior de um coração devotado e obediente e não apenas um comportamento religioso.
O assassinato de Abel, como um homem de fé, tornou-se um protótipo dos que seriam martirizados por sua confiança (Mt 23:35; Lc 11:49-51). Nesse sentido, a fé de Abel ainda fala (Hb 11:4), porque sua confiança ainda espera uma vindicação. Ele nunca recebeu a bênção da aprovação de Deus por sua fé sobre a Terra (Hb 11:39). A morte prematura de Abel mostrou que a vindicação final da fé é uma esperança futura, mantida com a confiança em Deus. Um contraste, contudo, é estabelecido em Hebreus 12:24 entre o testemunho do sangue de Abel e o de Jesus; o de Abel providenciou um testemunho para Deus e trouxe uma maldição sobre Caim (Gn 4:10-12); o de Cristo é superior porque, embora derramado por pecadores, traz bênção e não maldição. O sacrifício de Jesus não representa um martírio, mas um meio eficaz de salvação. R.M.
Autor: Paul Gardner
Agora
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Ai
Dicionário da Bíblia de Almeida
Ai 1) Cidade de Canaã que ficava a leste de Betel. Ai já existia no tempo de Abraão (Gn 12:8). Foi a segunda cidade que o povo de Israel conquistou e destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Jos 7:12)
interjeiçãoExpressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar! substantivo masculinoManifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai! Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai. Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
interjeiçãoExpressão de dor, de desaprovação, de susto: ai, que tristeza esta conta para pagar! substantivo masculinoManifestação de dor; grito de aflição: suportou seu parto sem dar um ai! Intervalo de tempo excessivamente pequeno; momento: sua visita foi como um ai. Etimologia (origem da palavra ai). De origem onomatopaica.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Montão. 1. Cidade de Canaã, que já existia no tempo de Abraão (Gn 12:8). Foi a segunda cidade que israel conquistou e totalmente destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Js 7:8-9,10, 12). ‘os homens de Betel e Ai’, em número de 223, voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2:28). Aiate, por onde Senaqueribe passou na sua marcha sobre Jerusalém, e Aia, são outras formas de Ai (is 10:28 – Ne 11:31). 2. Cidade dos amonitas (Jr 49:3).
Fonte: Dicionário Adventista
Ajunta
Dicionário Comum
substantivo femininoAção ou efeito de ajuntar. Etimologia (origem da palavra ajunta). De ajuntar.
Fonte: Priberam
Ajuntar
Dicionário Comum
verbo bitransitivo e pronominalJuntar, colocar junto ou perto; unir-se: ajuntar os alunos da escola; os melhores se ajuntaram. Reunir pessoas ou coisas que têm relações entre si; unir uma coisa com outra: ajuntar os bons e os maus. Juntar em grande quantidade; acumular, acrescentar, coligir: ajuntar dinheiro. verbo intransitivo Unir de maneira muito próxima: não temos o dinheiro todo, estamos ajuntando. Etimologia (origem da palavra ajuntar). A + juntar.
Fonte: Priberam
Altar
Dicionário Comum
substantivo masculinoAntigamente, mesa para os sacrifícios: ergueu um altar aos deuses. Mesa onde é celebrada a missa. Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião. Figurado A religião, a Igreja: o trono e o altar (o poder monárquico e a Igreja ou religião). Amor fortíssimo, adoração: aquela mãe tinha um altar no coração do filho. Objeto santo, venerável, digno de sacrifícios: o altar da pátria. [Astronomia] Constelação austral. Sacrifício do altar, a missa. Ministro do altar, padre da religião cristã. Conduzir ao altar uma pessoa, desposá-la.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43:15), e uma em grego (At 17:23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8:20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12:7-22.9, 35.1,1 – Êx 17:15-24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20:24-25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27:1-8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9:3-4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30:1-10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141:2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20:24-26), mas somente um santuário (Êx 25:8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16:21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20:24-26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1,50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5:23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 10:18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Altar Mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os SACRIFÍCIOS (Ex 27:1); 20.24; (Dt 27:5). Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4:25). Fugitivos ficavam em segurança quando c orriam e se agarravam a essas pontas (1Rs 2:28). Havia também o altar do INCENSO, que ficava no SANTO LUGAR (Ex 30:1-10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Altar O lugar diante do qual se apresentavam as oferendas a Deus. Jesus considerava-o digno de respeito (Mt 5:23ss.; 23,18-20) e exigia, por isso, a prévia reconciliação daqueles que se acercavam dele.
a·sa (latim ansa, -ae, asa, cabo, atacador de sapato, oportunidade)
nome feminino
1.
[Zoologia]
Membro anterior das aves.
2.
EntomologiaApêndice membranoso de vários insectos.
3.
Parte saliente de um recipiente que serve para lhe pegar.
=
PEGA
4.
Arco (de cesto, cabaz, etc.).
5.
Orelha (de alcofa, seirão, etc.).
6.
Parte lateral do nariz.
7.
Cartilagem na parte superior da orelha.
8.
BotânicaPétala lateral das flores das papilionáceas.
9.
[Aeronáutica]
Cada uma das estruturas laterais perpendiculares à fuselagem de uma aeronave, responsáveis pela sua sustentação em voo.
10.
FiguradoLigeireza, velocidade, rapidez.
11.
Protecção.
12.
Vela de barco ou de moinho.
13.
Remo.
14.
[Arquitectura]
[Arquitetura]
Ala; nave.
15.
[Marinha]
Prolongamento da moldura do beque.
16.
[Técnica]
Parte da plaina, do serrote ou de outros instrumentos para por ela se empunharem.
17.
Anel por onde se dependura um quadro.
18.
Parte lateral que faz dobrar o sino.
adjectivo de dois géneros e dois números e nome masculino
adjetivo de dois géneros e dois números e nome masculino
19.
[Direito]
Diz-se de ou cada um dos magistrados que acompanham o juiz presidente num colectivo de juízes.
arrastar a asa Requebrar.
bater (as) asas Pairar, adejar.
FiguradoFugir.
cortar as asas Retirar a liberdade ou a capacidade de agir.
dar asas Dar liberdade, soltar a rédea.
querer voar sem ter asas Empreender qualquer coisa sem ter os meios para o conseguir.
Fonte: Priberam
Assentado
Dicionário Comum
adjetivoQue se assentou; que tomou assento; sentado. Disposto ou colocado de modo fixo e estável: piso assentado. Resolvido com convicção; decidido: prazos assentados para este ano. Que demonstra equilíbrio; prudente: personalidade assentada. Que é membro de um assentamento, local onde estão acampados trabalhadores rurais. Terreno sem desníveis no alto de uma montanha, morro, serra. substantivo masculinoAquele que faz parte de um assentamento. Religião Em algumas religiões afro-brasileiras, algo ou alguém que recebeu o axé de um orixá. Etimologia (origem da palavra assentado). Particípio de assentar.
Fonte: Priberam
Assim
Dicionário Comum
advérbioDeste modo, desta forma: assim caminha a humanidade. Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim. Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim! Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim. conjunçãoPortanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular. Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos. locução adverbialDe valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu. locução interjeiçãoAssim seja. Queira Deus, amém; oxalá. expressãoAssim ou assado. De uma maneira ou de outra. Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora! Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças. Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
Fonte: Priberam
Aí
Quem é quem na Bíblia?
(Heb. “meu irmão”).
1. Um gadita que vivia em Gileade e Basã. Filho de Abdiel, é listado nas genealogias do tempo do rei Jotão, de Judá (1Cr 5:15).
2. Mencionado como um dos filhos de Semer, um homem valente e chefe de príncipes na tribo de Aser (1Cr 7:34).
adjetivoQue foi alvo de bênçãos; abençoado, louvado. Que expressa generosidade ou busca sempre fazer o bem; generoso. Repleto de felicidade, de alegria e contentamento; feliz, oportuno: bendito dia em que te conheci! substantivo masculinoReligião Oração que principia por esta palavra. [Regionalismo: Minas Gerais] Inseto que, quando em repouso, junta as patas dianteiras lembrando uma pessoa orando; louva-a-deus. Etimologia (origem da palavra bendito). Do latim benedictus.
substantivo femininoAssento ou banco para uma só pessoa, com costas e algumas vezes com braços. Figurado Qualquer ramo dos conhecimentos humanos, considerado como objeto do ensino de um lente ou professor; cátedra: ele regeu a cadeira de Português. Lugar que ocupa cada um dos membros de uma corporação política, literária ou científica: cadeira de senador, de acadêmico etc. Falar de cadeira, falar com autoridade, com profundo conhecimento do assunto. Cadeira de São Pedro ou Cadeira Pontifícia, o trono ou sólio pontifício; p. ext., a sede do governo da Igreja, em Roma, considerada como capital da Cristandade. Cadeira episcopal, espécie de trono com dossel, que se eleva, do lado do evangelho, junto ao primeiro degrau do altar-mor, e que nas sés episcopais serve para o bispo sentar-se. Cadeira furada, a que tinha o assento furado e era usada como privada. Cadeira de arruar, liteira, cadeirinha. Cadeira elétrica, instrumento de execução por meio de corrente de alta voltagem. Cadeira de balanço, cadeira ou poltrona, fixa em peças oscilantes, que se faz balançar apenas com um leve movimento do corpo. substantivo feminino pluralOs quadris do corpo humano; ilhargas.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Sua origem está no grego káthedra, local de assento. A palavra "catedral", ou seja, o lugar onde fica a mais alta autoridade eclesiástica de uma região, tem a mesma origem. Fazendo analogia, quando alguém conhece algum assunto "de cátedra" é porque é uma autoridade no tema.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Cadeiras
Dicionário Comum
cadeirass. f. pl. Os quadris.
Fonte: Priberam
Caia
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de cair, de perder o equilíbrio e levar uma queda: cuidado, não caia do telhado! Etimologia (origem da palavra caia). Forma regressiva de cair. substantivo femininoNa china, rede que protege contra mosquitos; mosquiteiro. Etimologia (origem da palavra caia). Do japonês ka, "mosquito" + ya "recinto".
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de cair, de perder o equilíbrio e levar uma queda: cuidado, não caia do telhado! Etimologia (origem da palavra caia). Forma regressiva de cair. substantivo femininoNa china, rede que protege contra mosquitos; mosquiteiro. Etimologia (origem da palavra caia). Do japonês ka, "mosquito" + ya "recinto".
Camelo Animal de montaria e tiro característico do Oriente Médio. Aproveitava-se sua pele para confeccionar vestimentas (Mt 3:4). Seu tamanho era expressão comum que Jesus empregou para indicar que os fariseus se ocupavam de minúcias, mas se esqueciam do mais importante (Mt 23:24), assim como para indicar que o amor às riquezas impede totalmente a entrada no Reino de Deus (Mt 19:24; Mc 10:25; Lc 18:25).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoNome comum dado ao mamífero ruminante da família dos camelídeos que possui duas corcovas sobre o dorso e é utilizado como meio de locomoção e como animal de carga em regiões desérticas. Figurado Homem estúpido, pouco inteligente ou que possui pouca instrução; camelório. [Gíria] Veículo de duas rodas movido por um sistema de pedais e correia de transmissão; bicicleta. Antigo Antiga peça de artilharia de pequeno calibre. Etimologia (origem da palavra camelo). Do latim camelus.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoNome comum dado ao mamífero ruminante da família dos camelídeos que possui duas corcovas sobre o dorso e é utilizado como meio de locomoção e como animal de carga em regiões desérticas. Figurado Homem estúpido, pouco inteligente ou que possui pouca instrução; camelório. [Gíria] Veículo de duas rodas movido por um sistema de pedais e correia de transmissão; bicicleta. Antigo Antiga peça de artilharia de pequeno calibre. Etimologia (origem da palavra camelo). Do latim camelus.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
o mais valioso de todos os animais nas desertas regiões do oriente. os camelos serviam para levar pessoas (1 Sm 30.17), para transportar cargas, e para puxar carros (is 21:7). os camelos pequenos podem com uma carga de 800 arratéis, e os grandes com meia tonelada. Assim carregados, eles percorrem 45 a 60 km por dia, num andamento regular de cerca de cinco quilômetros por hora. o grande valor do camelo é poder ele estar sem comer e sem beber por um longo período de tempo, não lhe fazendo mal essa falta de alimentação. É sabido que eles podem viajar uns dez dias sem necessidade de beber. o camelo da Arábia é dotado de uma série de bolsas d”água que guarnecem o primeiro estômago, podendo, assim, levar consigo, como reserva, perto de sete litros d”água. A sua corcova é composta de gordurosas células, o que representa uma reserva de alimento, aumentando o seu volume quando o animal se acha bem tratado, e trabalha pouco, enrugando-se quando tem trabalho pesado e má alimentação. A carne do camelo era alimento proibido pela Lei, porque, embora o camelo seja animal ruminante, não tem unhas fendidas (Lv 11:4 – Dt 14:7). o seu leite é muito usado. Jacó preparou um presente, incluindo trinta camelas de leite, para Esaú (Gn 32:15). o pêlo do camelo, tecido em pano, era usado para fazer as sacolas do selim, tendas, e a roupa simples do deserto. João Batista tinha um vestido de pêlos de camelo, o vestido de profeta (Mt 3:4 – Mc 1:6 – *veja 2 Rs 1.8 e Zc 13:4). Faziam-se com a pele do camelo tendas, escudos, arneses e baús. os aparelhos de um camelo constavam de uma grande sela de madeira, em volta da corcova, e sobre a qual se prendia um tapete, e um pano de lã. Sentam-se em cima os homens com as pernas cruzadas, mas as mulheres e crianças são levadas dentro de uma leve armação de madeira suspensa como um cesto grande sobre os lados da sela. A proverbial expressão ‘é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha’ (Mt 19:24) está perfeitamente em harmonia com a linguagem oriental: não se sabe bem se ‘o fundo da agulha’ era a pequena porta de um portão.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Camelo Animal de carga (2Rs 8:9), IMPURO (Lv 11:4). Com o seu pêlo se fazia um tecido (Mt 3:4).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Camelô
Dicionário Etimológico
A origem da palavra é o árabe khamlat , nome que se dava aos tecidos rústicos comercializados em feiras livres e apregoados aos berros pelos vendedores, os camelôs de séculos atrás. Foi quando se popularizou, na França, o verbo cameloter, vender quinquilharias, coisas de pouco valor, na palavra eloqüente e vibrante do camelô, aquele que escolhe lugar movimentado em via pública: de preferência, com intenso passa-passa: para anunciar suas mercadorias. É o vendedor ambulante que apregoa bungigangas a platéias bestificadas. Com seu poder de convencimento, muitas vezes esses verdadeiros artistas, vitoriosos no ofício, enricam e viram donos de impérios. Que o diga o magnata Sílvio Santos: que, entretanto, jamais se esqueceu do apinhado Largo da Carioca. Foi lá que começou sua fulgurante carreira.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Casa
Dicionário Comum
substantivo femininoConstrução em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares. Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros. Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa. Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores. Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil. [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas. Em costura, fenda usada para pregar botões. [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20. [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado. Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoConstrução em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares. Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros. Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa. Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores. Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil. [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas. Em costura, fenda usada para pregar botões. [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20. [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado. Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja Jó 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (Jó 24:16 – Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Sinônimos
morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
Fonte: Dicio
Dicionário da FEB
[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos. Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
1.
Nome genérico de todas as construções destinadas a habitação.
2.
Construção destinada a uma unidade de habitação, geralmente unifamiliar, por oposição a apartamento.
=
MORADIA, VIVENDA
3.
Cada uma das divisões de uma habitação.
=
CÓMODO, COMPARTIMENTO, DEPENDÊNCIA
4.
Local de habitação (ex.: pediram financiamento para a compra de casa própria).
=
DOMICÍLIO, LAR, MORADA, RESIDÊNCIA
5.
Anexo a um edifício.
6.
[Náutica]
Compartimento destinado a máquinas ou equipamento especial (ex.: casa das máquinas).
7.
Conjunto de pessoas da família ou de pessoas que habitam a mesma morada.
8.
Conjunto de despesas com a habitação.
9.
Estabelecimento comercial ou industrial (ex.: casa de chá, casa de fados, casa de hóspedes, casa de saúde).
=
EMPRESA, FIRMA
10.
Lotação de um estabelecimento comercial, geralmente de diversão ou espectáculo (ex.: casa cheia).
11.
Local ou instalação que se considera pertença de algo ou alguém (ex.: equipa da casa; jogar em casa).
12.
Designação dada a algumas repartições ou instituições, públicas ou privadas (ex.: Casa da Moeda; Casa dos Açores). (Geralmente com inicial maiúscula.)
13.
Conjunto de pessoas que trabalham directamente com um chefe de estado (ex.: casa civil).
14.
Família pertencente à nobreza ou à realeza (ex.: casa de Bragança).
15.
Cada uma das divisões resultantes da intersecção de linhas em tabela, tabuleiro, tabuada, mapa, etc.
16.
[Jogos]
Escaninho do tabuleiro do gamão.
17.
Posição respectiva dos algarismos.
18.
Pequena abertura em peça de vestuário por onde entra um botão.
=
BOTOEIRA
19.
Número arredondado aproximado (ex.: ele anda na casa dos 40).
20.
Posição de um algarismo em relação aos outros que compõem um número (ex.: casa das unidades, casa das centenas, casa decimal).
21.
[Encadernação]
Espaço entre dois nervos, na lombada de um livro encadernado.
=
ENTRENERVO
casa comercial Estabelecimento onde se efectuamtransacções comerciais.
casa da adova AntigoSala, nas cadeias, onde os presos passeavam e recebiam visitas.
casa da Joana
[Informal]
Aquela onde não há regras ou disciplina, onde reinam a confusão e a desordem.
casa da mãe Joana
[Informal]
O mesmo que casa da Joana.
Casa da Moeda Instituição pública responsável pela cunhagem de moeda e impressão de cédulas de dinheiro de um país.
casa da sogra
[Informal]
O mesmo que casa da Joana.
casa de banho Compartimento dotado de equipamento sanitário que permite realizar as necessidades fisiológicas e a higiene pessoal.
=
BANHEIRO, CASINHA
casa de correcção Prisão de menores.
=
REFORMATÓRIO
casa de farinha
[Brasil]
Lugar equipado com utensílios (triturador, prensa, peneira) e forno próprios para transformar a mandioca em farinha.
casa de jantar Divisão de uma habitação geralmente usada para tomar as refeições.
=
SALA DE JANTAR
casa de malta Casa onde moram muitas pessoas de baixa condição e que não têm parentesco entre si.
casa de orate Casa de malucos.
=
HOSPÍCIO
casa de passe Habitação onde se pratica a prostituição.
=
BORDEL, PROSTÍBULO
casa de pasto Estabelecimento modesto onde se servem comidas.
casa de penhores Casa onde se empresta dinheiro sobre objectos de valor.
casa de tolerância Casa onde se pratica a prostituição.
Casa onde é possível alugar quartos para encontros amorosos.
casa lotérica
[Brasil]
Estabelecimento que comercializa lotarias ou onde se registam apostas (ex.: a família já foi dona de uma casa lotérica).
=
LOTÉRICA
casa nocturna Estabelecimento de espectáculo ou de diversão aberto toda a noite.
casa pia Estabelecimento de caridade, onde se educam crianças pobres.
casa professa Convento de religiosos professos.
de casa e pucarinho
[Portugal, Informal]
Diz-se de casal que faz vida em comum, sem laços de casamento (ex.: resolveram casar ao fim de dez anos de casa e pucarinho).
[Portugal, Informal]
Diz-se das pessoas que partilham grande intimidade, que são muito próximas (ex.: amigos de casa e pucarinho).
deitar a casa abaixo Fazer grande agitação a propósito de algo.
estar de casa e pucarinha Ser hospedado e alimentado por alguém.
sentir-se em casa Estar à vontade.
ca·sar
-
(casa + -ar)
verbo transitivo
1.
Unir por casamento.
2.
[Brasil]
Fazer uma aposta.
=
APOSTAR
verbo transitivo , intransitivo e pronominal
3.
Unir-se por casamento.
4.
FiguradoCondizer, combinar.
Fonte: Priberam
Cego
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não consegue ver; indivíduo que, por alguma razão, foi privado de sua visão. adjetivoQue não consegue ver; que perdeu a visão: aluno cego. Desvairado; que deixou de possuir razão: amor cego. Figurado Que não está perfeitamente afiado: faca cega. Figurado Desmedido; que perdeu o controle: subordinação cega. Figurado Que não se desmancha facilmente: nó cego. Etimologia (origem da palavra cego). Do latim caecus.a.um.
2.
Última refeição do dia, geralmente ligeira e feita depois do jantar ou antes de deitar.
3.
O mesmo que última ceia. (Geralmente com inicial maiúscula.)
ceia do Senhor O mesmo que última ceia. (Geralmente com inicial maiúscula.)
santa ceia O mesmo que última ceia. (Geralmente com inicial maiúscula.)
última ceia Episódio bíblico da última refeição de Jesus Cristo com os seus discípulos, na qual foi instituída a eucaristia, celebrada no ritual da missa católica. (Geralmente com inicial maiúscula.)
Representação artística dessa refeição. (Geralmente com inicial maiúscula.)
Fonte: Priberam
Cheio
Dicionário Comum
adjetivoQue contém tudo de que é capaz; preenchido, repleto. Que está completamente ocupado; atarefado: dia cheio. Que não está vazio, oco; maciço, compacto. Em quantidade excessiva; repleto: casa cheia de poeira. Que alcançou seu limite máximo; ocupado: o salão já está cheio. De formas arredondadas, com aspecto redondo: rosto cheio. [Astronomia] Cuja face completa está voltada para a Terra, possuindo um aspecto circular, falando especialmente da lua: Lua Cheia. No nível mais elevado, no ponto mais alto, falando da maré: maré cheia. Figurado Condição de quem foi invadido por sensações, repleto de sentimentos: vida cheia de amor. Que expressa determinada condição física ou moral: cheio de raiva. [Popular] Que demonstra uma irritação exagerada; enfadado, irritado: já estou cheio disso! Cujo som ou voz apresenta intensidade e nitidez corretas, sem interferências. substantivo masculinoParte ocupada de um todo sem espaços vazios: o cheio do tecido não precisa ser preenchido com mais cores. expressãoEstar cheio. Estar saturado, no limite da paciência. Etimologia (origem da palavra cheio). Do latim plenu.
1.
Que tem dentro tanto quanto pode conter.
=
REPLETO
≠
VAZIO
2.
Que tem muito.
≠
VAZIO
3.
Que tem em abundância.
=
ABUNDANTE, FARTO, RICO
≠
PARCO
4.
Que tem grande volume ou é muito arredondado.
=
GORDO, REDONDO, VOLUMOSO
≠
MAGRO
5.
Compenetrado.
≠
VAZIO
6.
Coberto.
7.
Cujo interior é maciço.
=
COMPACTO
≠
OCO
8.
Que soa nitidamente.
=
FORTE, SONORO
9.
Que tem o tempo bem preenchido.
≠
MORTO
10.
[Informal]
Que está em período de gestação (ex.: vaca cheia).
=
GRÁVIDO, PRENHE
11.
[Informal]
Que está sem paciência ou sem tolerância para algo ou alguém.
=
FARTO, SATURADO
nome masculino
12.
Espaço preenchido.
≠
OCO, VAZIO
13.
Parte sólida (entre vãos ou vazios).
≠
VÃO, VAZIO
14.
Grosso da letra.
15.
Parte em que entram todos os instrumentos e vozes (na música).
16.
[Marinha]
Voz de comando ao homem do leme, quando o navio tem vento.
dar em cheio Conseguir-se o que se deseja, acertar.
em cheio Completamente, de chapa.
Fonte: Priberam
Cidade
Dicionário Comum
substantivo femininoPovoação de maior amplitude e importância. Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe. A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade. Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade. Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo). Parte central ou o centro comercial de uma cidade. Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária. [Popular] Grande formigueiro de saúvas. Antigo Estado, nação. expressãoCidade santa. Jerusalém. Cidade aberta. Cidade não fortificada. Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa. Cidade dos pés juntos. Cemitério. Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer. Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições. Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoPovoação de maior amplitude e importância. Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe. A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade. Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade. Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo). Parte central ou o centro comercial de uma cidade. Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária. [Popular] Grande formigueiro de saúvas. Antigo Estado, nação. expressãoCidade santa. Jerusalém. Cidade aberta. Cidade não fortificada. Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa. Cidade dos pés juntos. Cemitério. Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer. Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições. Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.
Fonte: Dicionário Adventista
Coisas
Dicionário Comum
coisa
| s. f.
| s. f. pl.
coi·sa (latim causa, -ae, causa, razão)
nome feminino
1.
Objecto ou ser inanimado.
2.
O que existe ou pode existir.
3.
Negócio, facto.
4.
Acontecimento.
5.
Mistério.
6.
Causa.
7.
Espécie.
8.
[Informal]
Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.
9.
[Informal]
Órgão sexual feminino.
10.
Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).
11.
[Informal]
Órgão sexual masculino.
=
COISO
12.
[Brasil: Nordeste]
Cigarro de haxixe ou marijuana.
=
BASEADO
coisas
nome feminino plural
13.
Bens.
aqui há coisa
[Informal]
Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas.
=
AQUI HÁ GATO
coisa alguma O mesmo que nada.
coisa de
[Informal]
Aproximadamente, cerca de.
coisa nenhuma Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante).
=
NADA
coisas da breca
[Informal]
Coisas inexplicáveis, espantosas.
coisas do arco-da-velha
[Informal]
Histórias extraordinárias, inverosímeis.
coisas e loisas
[Informal]
Grande quantidade de coisas diversificadas.
[Informal]
Conjunto de coisas indeterminadas.
como quem não quer a coisa
[Informal]
Dissimuladamente.
fazer as coisas pela metade
[Informal]
Não terminar aquilo que se começou.
mais coisa, menos coisa
[Informal]
Aproximadamente.
não dizer coisa com coisa
[Informal]
Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.
não estar com coisas
[Informal]
Agir prontamente, sem hesitar.
não estar/ser (lá) grande coisa
[Informal]
Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.
ou coisa que o valha
[Informal]
Ou algo parecido.
pôr-se com coisas
[Informal]
Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.
que coisa
[Informal]
Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.
ver a (s): coisa (s): malparada(s)
[Informal]
Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.
Sinónimo Geral:
COUSA
Fonte: Priberam
Cominho
Dicionário Comum
substantivo masculinoPlanta da família das umbelíferas, cultivada principalmente na Europa central, por suas sementes aromáticas, base de um licor chamado cúmel. A própria semente dessa planta.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
É uma pequena e tenra semente,que era debulhada, batendo-a com uma vara (is 28:25-27). os antigos empregavam o cominho como condimento no peixe e em certos guisados, e como estimulante do apetite – e os cozinheiros egípcios costumavam salpicar de cominho os bolos e o pão. Em Mt 23:23 menciona-se o cominho entre as pequenas ervas, das quais os escribas e fariseus escrupulosamente pagavam dízimos.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Cominho Pequena planta cujas sementes são usadas como tempero (Mt 23:23).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Cominho Nigella sativa. Grãos negros com os quais se polvilhava o pão para dar-lhe sabor. Os fariseus pagavam o dízimo dessa planta, embora, a rigor, a Lei não o exigisse (Mt 23:23). Jesus critica esse exagero legalista que, por ser aceitável, não poderia converter-se em argumento para abandonar deveres mais importantes da Lei de Deus.
Autor: César Vidal Manzanares
Como
Dicionário de Sinônimos
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Fonte: Priberam
Condenação
Dicionário Bíblico
Situação de tormento a que é definitivamente destinado quem morre em inimizade com Deus. É um ponto de nossa fé que para muitos fica muito difícil de aceitar. A causa é que se entende como se Deus se vingasse de quem não lhe obedeceu. Tal visão repugna com a idéia correta de Deus, que é todo bondade. A condenação deve ser entendida como separação voluntária de Deus. Deus é felicidade para si e para quem se adere a Ele pelo amor. Pelo amor experimentamos e fazemos própria a felicidade do ser amado, como o comprovante frente a familiares e amigos. Para quem não ama a Deus, é intrinsecamente impossível gozar de sua felicidade. E esta separação daquilo que constitui nossa realização e nossa felicidade é o que é traduzido por condenação. O que nos é incompreensível é como o ser humano pode escolher de modo definitivo o que o faz desgraçado e permanecer nessa aberrante escolha.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoAção de condenar, de atribuir a alguém a culpa por determinada coisa; punição: juiz ressaltou que condenação deverá ser cumprida em presídio. [Jurídico] Decisão de um tribunal que pronuncia uma sentença contra o autor de um crime, delito, contravenção: no tribunal do júri, os jurados julgam a culpabilidade do réu e o juiz pronuncia a sentença. [Jurídico] A pena que se atribui a alguém: condenação a reclusão. Figurado Ato de censurar; censura, reprovação: pagou pelos seus erros com uma condenação pública. Figurado Diagnóstico em que não há esperança de cura, sendo o doente declarado possuidor de uma patologia que inevitavelmente o matará. Figurado Algo extremamente desagradável que se faz por obrigação; obrigação: aquele emprego era minha condenação! Etimologia (origem da palavra condenação). A palavra condenação deriva do latim "condemnatio, onis", com o sentido de pena, punição.
Fonte: Priberam
Conformidade
Dicionário da FEB
A conformidade! Trabalhai por adquirir essa ciência divina, que nela reside toda a sabedoria moral que possais imaginar. É, sim, a Ciência das ciências, a Sabedoria das sabedorias. Porém, não espereis que isso vos venha do exterior; tem que sair de vós mesmos. A conformidade, estado glorioso, está em potência no mais íntimo do vosso ser e se vai desenvolvendo à medida que ides adquirindo maior conhecimento da Verdade divina, à medida que vos ides emancipando de vossos vícios e defeitos e esgotando o fardo de vossas responsabilidades, que diminuem com os sofrimentos expiatórios e com as demais provas a que a Providência vos submete. Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 5
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
conformidades. f. Qualidade do que é conforme ou de quem se conforma.
Fonte: Priberam
Copo
Dicionário Comum
substantivo masculinoVaso geralmente cilíndrico, que de ordinário se usa para beber líquidos. Objeto semelhante, de couro, que se usa para lançar dados. Conteúdo de um copo: bebeu três copos.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Copo Figuradamente quer dizer ou consolação (Jr 16:7) ou castigo (Ez 23:31-34).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Cristo
Dicionário Comum
substantivo masculinoDesignação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas. Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado. Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos. Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã. Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã. Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa! Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Ungido , (hebraico) – Messias.
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
(Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da FEB
[...] o Mestre, o Modelo, o Redentor. Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão
Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...] Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23
[...] arquétipo do Amor Divino [...]. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2
[...] modelo, paradigma de salvação. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5
[...] médium de Deus [...]. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8
Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani
Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra
O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz
[...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega
Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1
O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172
[...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5
[...] O Cristo é o amor vivo e permanente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6
[...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9
[...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5
O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.
Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.
As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.
Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).
O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.
J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.
Autor: César Vidal Manzanares
Céu
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).
m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Céu 1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).
2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2
[...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016
[...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...]. Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1
[...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão
O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus
O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2
[...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu
[...] o céu começará sempre em nós mesmos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno
Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57
Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspaço infinito no qual se localizam e se movem os astros. Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu. Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro. Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu. Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem. Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus. Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus. Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre. expressãoA céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto. Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa. Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu. Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (Jó 35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13 – Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34 – Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43 – Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).
Fonte: Dicionário Adventista
Debaixo
Dicionário Comum
advérbioQue se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo. Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo. Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa. Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo. Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.
Fonte: Priberam
Dedo
Dicionário Comum
substantivo masculinoCada um dos prolongamentos distintos e articulados que terminam a mão e o pé do homem, e os membros de outros animais. Cada uma das partes da luva correspondente a um dedo. Dedo anular, aquele em que habitualmente se usa anel, sobretudo a aliança. Dedo auricular, o menor dos dedos da mão; O mesmo que dedo mínimo (pop., mindinho ou minguinho). Dedo índex ou indicador, o que está entre o polegar e o médio (assim chamado porque é com ele que habitualmente se aponta ou se indica alguma coisa). Dedo médio, o que está no meio. Dedo polegar (pólex ou pólice), o primeiro, o mais grosso dos dedos da mão (pop.: mata-piolho). Cheio de dedos, confuso, embaraçado. Pôr o dedo na ferida, indicar ou reconhecer o ponto vulnerável. Contar pelos dedos, fazer cálculos com muito vagar.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Dedo Medida de comprimento igual a um pouco menos de dois centímetros (1,85 cm). É um quarto da MÃO Ex 25:25, RA).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dentre
Dicionário Comum
contraçãoNo interior de; no meio de; indica inclusão, seleção, relação, ligação etc.: dentre os candidatos, um conseguiu a vaga; um dentre os demais receberá o pagamento. Gramática Contração da preposição "de" com a preposição "entre". Etimologia (origem da palavra dentre). De + entre.
Fonte: Priberam
Depois
Dicionário Comum
advérbioSeguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h. Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda. Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo. Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.
Fonte: Dicio
Derramar
Dicionário Comum
verbo transitivo Cortar os ramos de; aparar, podar, desramar: derramar árvores. Fazer correr um líquido, verter, entornar: derramar a água servida da bacia. Esparzir, espalhar: derramar flores pelo caminho. Distribuir, repartir: derramar muito dinheiro para corromper autoridades. verbo pronominal Espalhar-se; dispersar-se; propagar-se; difundir-se. Entornar-se. Derramar o sangue (de alguém), matar ou ferir (alguém). Derramar lágrimas, chorar. Derramar lágrimas de sangue, chorar de arrependimento, de sentimento de culpa.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
entornar. – Por mais que se confundam na linguagem vulgar estes dois verbos, é preciso não esquecer que há entre eles uma distinção que se pode ter como essencial. – Derramar é deixar sair pelos bordos, ou “verter-se o líquido que excede à capacidade” do vaso, ou que sai deste “por alguma fenda ou orifício.” – Entornar é “derramar virando ou agitando o vaso; verter todo ou parte do líquido que o recipiente contém. Uma vasilha, mesmo estando de pé, pode derramar; só entorna quando voltada”. – Acrescentemos que entornar se aplica tanto à coisa que se contém no vaso como ao próprio vaso. Entorna-se o copo; e entorna-se o vinho. Derrama-se o vinho (agitando o copo ou enchendo-o demais); mas não se derrama o copo. – Se alguém dissesse a um rei: – “Entornai, senhor, sobre mim a vossa munificiência, ou as vossas graças” – esse rei responderia naturalmente: – “Sim, derramarei sobre ti das minhas graças”... (se as entornasse... decerto não teria o rei mais graças que dar a outros).
Fonte: Dicio
Deus
Quem é quem na Bíblia?
Introdução
(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.
Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).
As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).
A existência do único Deus
A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).
Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).
No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.
Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.
O Deus criador
A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.
O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também Jó 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).
No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).
Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).
O Deus pessoal
O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).
O Deus providencial
Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.
Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).
A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (Jó 1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).
Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).
A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).
O Deus justo
A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.
O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).
Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.
Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.
Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).
Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).
Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).
O Deus amoroso
É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.
Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.
A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.
Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).
A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.
O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).
O Deus salvador
O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).
A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).
Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).
Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).
Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).
Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).
O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).
A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
O Deus Pai
Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.
Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).
O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).
Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).
Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).
O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.
Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).
Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).
Os nomes de Deus
Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus. O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.
Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).
Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).
Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.
É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).
Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente. El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).
A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).
O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2). Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.
Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor. Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.). Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.). Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (Jó 6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros. Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.
A Trindade
O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).
Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).
No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).
Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).
São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.
Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).
As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.
Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).
Conclusão
O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).
Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.
Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).
Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4. 18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).
Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.
Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.
Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.
Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.
m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]
O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).
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NOMES DE DEUS
Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Bíblico
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador. (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8). (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael). (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel. (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel. (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética. (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6 – os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13 – Mt 3:17). ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto. (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir. (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda. (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1 – At 17:24 – Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado. (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra: (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16). (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença. iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoO ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito. Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem. Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo. Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza. Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe. Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina. Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito. Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem. Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo. Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza. Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe. Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina. Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam
Devedor
Dicionário da FEB
[...] O devedor é alguém que deve também utilizar a terapia do perdão. Precisa perdoar a si mesmo as escolhas equivocadas do passado, para criar condições psíquicas de quitação dos próprios débitos perante a vida. Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Juventude – tempo de fazer escolhas
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
devedor (ô), adj. e s. .M Que, ou aquele que deve.
Fonte: Priberam
Discípulos
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).
Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).
Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).
Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).
E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.
Autor: César Vidal Manzanares
Dizimo
Dicionário Bíblico
Décima parte. Abraão apresentouo dizimo de tudo a Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14:20). Jacó, depois de ter a visão dos anjos, prometeu ao Senhor o dízimo do que o Senhor lhe desse, se de novo voltasse em paz à casa de seu pai (Gn 28:22). A Lei de Moisés declarava que a décima parte dos produtos da terra, bem como dos rebanhos e manadas, pertencia ao SENHoR e devia ser-lhe oferecido. os dízimos haviam de ser pagos na mesma espécie, e, havendo resgate deles, tinha de fazer-se o aumento de um quinto do seu valor (Lv 27:30-33). Para dizimar as ovelhas, era costume encerrá-las num curral, e à maneira que os animais iam saindo, eram marcadas de dez em dez com uma vara, que tinha sido imersa em vermelhão. Era isto a passagem ‘debaixo da vara’. Este dízimo recebiam-no os levitas, que, pela sua vez, dedicavam uma décima parte dele ao sustento do sumo sacerdote (Nm 18:21-28). Esta legislação foi modificada ou aumentada em tempos posteriores (Dt 12:5-18 – 14.22 a 27 – 26.12,13). Parece mostrarem estas passagens que, além do primeiro dízimo para a subsistência dos levitas e do sumo sacerdote, havia um segundo dízimo, que se aplicava a fins festivos. De três em três anos tinham os levitas e os pobres uma parte no dízimo para festas. No tempo dos reis, um dízimo adicional era cobrado com fins seculares (1 Sm 8.15,17) – mas o sistema religioso do dízimo foi caindo em desuso. Todavia, Ezequias o restabeleceu, como também Neemias, depois da volta do cativeiro (2 Cr 31.5,12,19 – Ne 12:44). Empregados especiais eram nomeados para tomar conta dos armazéns e depósitos, com o fim de procederem à dizimação. A prática de dizimar, especialmente para socorro dos pobres, era realizada também no Reino do Norte, porque o profeta Amós a isso se refere, embora em tom irônico, como coisa que era costume fazer-se em seus dias (Am 4:4). Malaquias queixa-se de que o dízimo estava sendo posto de parte (Ml 3:8-10). o sistema foi depois sustentado com todas as particularidades por aqueles que, como os fariseus, pretendiam que fosse inteiramente cumprida a Lei (Mt 23:23 – Lc 18:12 – Hb 7:5-8).
Fonte: Dicionário Adventista
Duas
Dicionário Comum
numeralUma mais outra (2); o número que vem imediatamente após o 1 (na sua forma feminina): lá em casa somos três, eu e minhas duas irmãs. Gramática Feminino de dois, usado à frente de um substantivo que pode ser contado. Etimologia (origem da palavra duas). Feminino de dois; do latim duas.
Fonte: Priberam
Dízimo
Dicionário Comum
substantivo masculinoA décima parte de algo; décimo. Religião Contribuição dada pelos fiéis à igreja que, geralmente, corresponde à décima parte de seus rendimentos. Antigo Imposto que, pago pelos fiéis à igreja, correspondia à décima parte da colheita, renda, salário etc. adjetivoRelacionado com a décima parte de algo. Etimologia (origem da palavra dízimo). Do latim decimus.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Dízimo A décima parte, tanto das colheitas como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus (Lv 27:30-32); (He 7:1-10). O dízimo era usado para o sustento dos LEVITAS (Nu 18:21-24) , dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Dt 14:28-29).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Dízimo Entrega da décima parte dos produtos da agricultura e da pecuária, que se oferecia ao Templo de Jerusalém e ao Deus de Israel (Dt 14:22-29; Lv 27:30-33). Embora inicialmente o dízimo destinado ao culto fosse dado uma vez a cada três anos e os outros dois se destinassem a outras finalidades como a atenção aos carentes, na época de Jesus essa imposição estava completamente nas mãos dos sacerdotes. Os fariseus eram especialmente rigorosos na prática do dízimo. Jesus manifestou-se contra a anteposição do dízimo a outras obrigações espirituais mais importantes (Mt 23:23); não o desautorizou, mas colocou-o no devido lugar dentro da religião de Israel. Também é certo que não temos nenhuma notícia que nos permita afirmar ter Jesus recebido o dízimo de seus seguidores. Ao que parece, a norma do dízimo não foi aplicada mais tarde, nem entre os judeu-cristãos, nem entre os cristãos pagãos.
Autor: César Vidal Manzanares
E
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Eis
Dicionário Comum
advérbioAqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava. Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou. Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.
Fonte: Priberam
Endro
Dicionário da Bíblia de Almeida
Endro Pequena planta, cujos ramos, folhas e sementes são usados como tempero (Mt 23:23).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoPlanta da família das umbelíferas.
Fonte: Priberam
Entrar
Dicionário Comum
verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite. Recolher-se à casa. Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher. Invadir. Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura. Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido. Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento. Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.
Fonte: Priberam
Então
Dicionário Comum
advérbioAgora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada! Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão. Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando. interjeiçãoQue demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou? Que se utiliza para animar (alguém): então, força! substantivo masculinoPeríodo de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude. Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.
Fonte: Priberam
Envio
Dicionário Comum
envios. .M Ato de enviar.
Fonte: Priberam
Escribas
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Escribas Com essa palavra designou-se, inicialmente, o trabalho relacionado com a capacidade de ler ou escrever. Devido ao grau de analfabetismo da sociedade antiga, não é de estranhar que constituíram um grupo específico, embora não se possa afirmar que, pelo menos no começo, tivessem uma visão tão delimitada como a dos fariseus ou dos saduceus. Sua estratificação era bastante variada, vindo desde os altos funcionários até aos escribas de aldeias. Evidentemente havia escribas na maioria dos diferentes grupos religiosos judeus.
Os intérpretes da Lei entre os fariseus com certeza foram escribas; os essênios contaram com escribas, e o mesmo se pode dizer em relação ao serviço do Templo ou da corte. Nas fontes judaicas, os escribas aparecem geralmente relacionados à Torá. Assim, no livro que leva seu nome, Esdras é apontado exatamente como escriba (Ed 7:6). Na literatura rabínica, aparecem ainda como copistas ou como especialistas em questões legais.
Flávio Josefo fala-nos tanto de um corpo de escribas do Templo, praticamernte equivalente a um funcionário (Ant. 11,5,1; 12,3,3), como de um escriba que pertencia à alta classe (Guerra 5:13,1). O retrato contido nos evangelhos é coerente com essas fontes e reflete a mesma diversidade.
Algumas vezes, os escribas estão ligados ao serviço do Templo (como nos informa Josefo); em outras, aparecem como intérpretes da Lei (como nas fontes rabínicas). Nem Jesus nem os apóstolos parecem ter recebido formação como escribas (Jo 7:15; At 4:13). Em geral, Jesus opôs-se aos escribas pelo seu desejo de honrarias e por praticarem uma exegese que abandonava o mais importante da Lei de Deus para perder-se em discussões legalistas (Mt 23:1-22:29-36; Lc 11:45-52; 20,46ss.). No geral, pelo menos conhecemos um caso em que a opinião de um escriba coincidiu com a de Jesus: em relação aos mandamentos que eram os mais importantes (Mc 12:28-34). Algumas passagens parecem indicar ainda a presença de algum escriba entre os discípulos (Mt
A. J. Saldarini, Pharisees, Scribes and Sadduccees in Palestinian Society: A. Sociological Approach, Wilmington 1988; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da FEB
Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores. Daí o envolvê-los Jesus na reprovação que lançava aos fariseus. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
No sentido antigo, [os escribas] eram os copistas mestres das Escrituras. No sentido moderno, escrivães públicos, notários. Também assim se denominam os judeus letrados. Fig.: Escritor medíocre, de falsos méritos. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•
Por escriba designava Jesus o homem mais esclarecido do que as massas e encarregado de espalhar no meio delas as luzes contidas no tesouro da sua erudição e da sua inteligência. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Fonte: febnet.org.br
Exaltado
Dicionário Comum
exaltado (z), adj. 1. Ardente, apaixonado. 2. Exagerado. 3. Que se irrita facilmente. S. .M O que facilmente se irrita.
Fonte: Priberam
Exaltar
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Colocar num local mais elevado; erguer. Fazer com que se torne grandioso (imponente); louvar: exaltava o santo de sua devoção. Provocar arrebatamento (entusiasmo): o show exaltou o público. verbo transitivo direto e pronominalFazer com que (algo ou alguém) se torne proeminente; engrandecer: a honestidade exalta o indivíduo; a inteligência se exalta sobre os ignorantes. Alcançar o patamar mais elevado de atividade; fazer com que (algo ou alguém) consiga atingir o maior grau em: o sofrimento exaltava-lhe a criatividade; as vontades se exaltaram. Ficar ou se tornar impaciente ou nervoso; ficar zangado: a espera excessiva a exalta; por favor, não se exalte agora! verbo pronominal Ficar muito envaidecido; glorificar: exaltava-se à frente dos amigos. Etimologia (origem da palavra exaltar). Do latim exaltare.
adjetivoQue está por fora; na parte de fora; externo: parte exterior de um edifício. Que diz respeito aos países estrangeiros: política, comércio exterior. Cuja existência se dá fora do indivíduo: vida exterior. Que não faz parte da essência de; extrínseco: críticas exteriores ao texto. substantivo masculinoO que está ou se vê pela parte de fora: o exterior de uma igreja. Exterioridade de algo ou de alguém; aspecto, aparência: não julgues ninguém pelo exterior. País estrangeiro: recebi boas notícias do exterior. [Matemática] Conjunto que se forma a partir dos pontos externos de um outro conjunto. [Física] Parte do universo que, num sistema físico, está fora do sistema. Etimologia (origem da palavra exterior). Do latim exterior.ius, "na parte de fora".
1.
Coisa ou conjunto de coisas mais ou menos volumosas e comprimidas, que se destinam ao transporte (ex.: fardo de palha).
2.
Pacote, embrulho, volume.
3.
FiguradoAquilo que pesa, que é difícil de suportar (ex.: fardo das sanções económicas; não queria tornar-se um fardo para a família).
=
CARGA, PESO
4.
FiguradoAquilo que impõe responsabilidades (ex.: é um fardo ser o único ganha-pão da família ).
Fonte: Priberam
Fariseu
Dicionário Comum
substantivo masculinoReligião Membro de um grupo de judeus que obedecia a leis religiosas rígidas, viveram durante o século II a.C., não mantinham relações com os não-crentes ou com os judeus estranhos ao seu próprio grupo, e foram considerados hipócritas e formalistas pelos Evangélicos. Figurado Pessoa que busca transparecer uma piedade, honestidade ou caridade que não possui; falso, mentiroso. Figurado Indivíduo que age com hipocrisia e orgulho; hipócrita, orgulhoso. Por Extensão Aquele que segue uma religião de uma maneira formalista, excessivamente apegado às formalidades. adjetivoQue finge ser honesto, caridoso, piedoso; falso, mentiroso, fingido. Que expressa uma caridade e bondade que não possui; hipócrita. Religião Que segue estritamente as formalidades de uma religião. Religião Relativo ao grupo religioso composto por judeus que viveu no século II a.C. Etimologia (origem da palavra fariseu). Do latim pharisaeus, forma derivada do grego "pharisaios".
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Fariseu [Separado; Separatista]
Membro de um dos principais grupos religiosos dos judeus. Os fariseus seguiam rigorosamente a Lei de Moisés e as tradições e os costumes dos antepassados (Mt 23:25-28). Acreditavam na ressurreição e na existência de seres celestiais (At 23:8). Os fariseus não se davam com os SADUCEUS, mas se uniram com eles para combater Jesus e os seus seguidores (Mt 16:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Fariseus
Dicionário da FEB
Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). – A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tornadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade, detestando-se umas às outras, como sói acontecer. [...] Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
Fariseus eram os seguidores de uma das mais influentes seitas do Judaísmo. Demonstravam grande zelo pelas suas tradições teológicas, cumpriam meticulosamente as práticas exteriores do culto e das cerimônias estatuídas pelo rabinismo, dando, assim, a impressão de serem muito devotos e fiéis observadores dos princípios religiosos que defendiam. Na realidade, porém, sob esse simulacro de virtudes, ocultavam costumes dissolutos, mesquinhez, secura de coração e sobretudo muito orgulho. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola do fariseu e do publicano
[...] indivíduos que, conquanto pertençam a esta ou àquela igreja, não pautam seus atos pela doutrina que dizem esposar, só guardam a aparência de virtuosos e, nessas condições, não podem exercer nenhuma influência benéfica naqueles que os rodeiam. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Vós sois o sal da terra
Uma das principais seitas dos judeus; membros de uma seita judaica que ostentava, hipocritamente, grande santidade. Fig.: Fariseu: hipócrita, fingido, falso. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•
Pelas palavras fariseus e saduceus – neles empregadas, os apóstolos designavam, de um modo geral, os incrédulos. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Fariseu ainda é todo homem presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso privilegiado das forças divinas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 54
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fariseus Uma das principais seitas no judaísmo do Segundo Templo. Os dados de que dispomos acerca dos fariseus chegaram-nos, principalmente, a partir dos documentos de Qumrán, de Josefo, do Novo Testamento e dos escritos rabínicos. Os escritos de Qumrán evidenciam clara animosidade contra os fariseus, a quem qualificam de “falsos mestres”, “que caminham cegamente para a ruína” e “cujas obras não são mais do que engano” (Livro dos Hinos 4:6-8), o que recorda bastante a acusação de Jesus de serem “cegos e guias de cegos” (Mt 23:24). Quanto à acusação de Jesus de não entrarem nem deixarem entrar no conhecimento de Deus (Lc 11:52), é menos dura do que a de Pesher de Na 2:7-10, que deles diz: “cerram a fonte do verdadeiro conhecimento aos que têm sede e lhes dão vinagre para aplacar sua sede”.
Ponto de vista diferente é o de Flávio Josefo. Este se encontrava ligado aos fariseus e tinha mesmo um especial interesse em que os ocupantes romanos os aceitassem como coluna vertebral do povo judeu após a destruição do Templo em 70 d.C. Não nos estranha, portanto, que o retrato que nos apresenta seja muito favorável (Guerra 2:8,14; Ant. 13 5:9; Ant. 18,1,3). Contudo, as referências aos fariseus contidas nas obras de Josefo são contraditórias entre si em alguns aspectos. Assim, a descrição das Antigüidades (escrituras c. 94 d.C.) contém um matiz político e apologético que não aparece na Guerra (c. 75 d.C.). Em Ant. 18,1,2-3, Josefo apresenta-os dotados de grande poder (algo bem tentador, evidentemente, para o invasor romano), embora seja mais do que duvidoso que sua popularidade entre o povo fosse tão grande. O relato da influência dos fariseus sobre a rainha Alexandra (Ant. 13 5:5) ou sobre o rei Herodes (Ant. 17,2,4) parece ter sido concebido apenas para mostrar o benefício de ter os fariseus como aliados políticos para um governante que desejasse controlar a Judéia. Nesta mesma obra, Josefo retrocede a influência dos fariseus ao reinado de João Hircano (134-104 a.C.). Na autobiografia de Josefo, intitulada Vida, escrita em torno de 100 d.C., encontra-se a mesma apresentação dos fariseus, mas com algumas referências muito importantes sobre eles. Assim, sabemos que acreditavam na liberdade humana; na imortalidade da alma; em um castigo e uma recompensa eternos; na ressurreição; na obrigação de obedecer à sua tradição interpretativa. Sustentavam, além disso, a crença comum no Deus único e em sua Lei; a aceitação do sistema de sacrifícios sagrados do Templo (que já não era comum a todas as seitas) e a crença na vinda do messias (que tampouco era sustentada por todos). Estavam dispostos, além do mais, a obter influência política na vida de Israel.
O Novo Testamento oferece uma descrição dos fariseus diferente da apresentada por Josefo e nada favorável a eles. Especialmente o evangelho de Mateus apresenta uma forte animosidade contra eles. Se realmente seu autor foi o antigo publicano chamado Levi ou Mateus, ou se foram utilizadas tradições recolhidas por ele mesmo, explica-se essa oposição, recordando o desprezo que ele sofreu durante anos da parte daqueles “que se consideravam justos”. Jesus reconheceu (Mt 23:2-3) que os fariseus ensinavam a Lei de Moisés e que era certo muito do que diziam. Mas também repudiou profundamente muito de sua interpretação específica da Lei de Moisés ou Halaká: a referente ao cumprimento do sábado (Mt 12:2; Mc 2:27), as abluções das mãos antes das refeições (Lc 11:37ss.), suas normas alimentares (Mc 7:1ss.) e, em geral, todas aquelas tradições interpretativas que se centralizavam no ritualismo, em detrimento do que Jesus considerava o essencial da lei divina (Mt 23:23-24). Para Jesus, era intolerável que tivessem “substituído os mandamentos de Deus por ensinamentos dos homens (Mt 15:9; Mc 7:7).
Jesus via, portanto, a especial religiosidade farisaica não como uma ajuda para chegar a Deus, mas como uma barreira para conhecê-lo (Lc 18:9-14) e até como motivo de “uma condenação mais severa” (Mc 12:40). O retrato que os evangelhos oferecem dos fariseus é confirmado, em bom número de casos, por testemunhos das fontes rabínicas e é semelhante, em aspecto doutrinal, ao que encontramos em Josefo. Embora emitidos por perspectivas bastante diversas, os dados coincidem. E, em que pese tudo o que já foi mencionado, foi com os fariseus que Jesus e seus discípulos mais semelhanças apresentaram. Como eles, acreditavam na imortalidade da alma (Mt 10:28; Lc 16:21b-24), num inferno para castigo dos maus (Mt 18:8; 25,30; Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24 etc.) e na ressurreição (Lc 20:27-40); e esta última circunstância, em certa ocasião, salvou um seguidor de Jesus dos ataques dos saduceus (At 23:1-11).
As tradições rabínicas a respeito dos fariseus se revestem de especial importância porque foram estes os predecessores dos rabinos. Acham-se recolhidas na Misná (concluída por volta de 200 d.C., embora seus materiais sejam muito anteriores), na Tosefta (escrita cerca de 250 d.C.) e nos do Talmudim, o palestino (escrito entre 400-450 d.C.) e o babilônico (escrito entre 500-600 d. C.). Dada a considerável distância de tempo entre estes materiais e o período de tempo abordado, devem ser examinados criticamente. J. Neusner ressaltou a existência de 371 tradições distintas, contidas em 655 passagens, relacionadas com os fariseus anteriores a 70 d.C. Das 371, umas 280 estão relacionadas com um fariseu chamado Hillel (séc. I a.C.). A escola a ele vinculada, e oposta à de Shamai, converter-se-ia na corrente dominante do farisaísmo (e do judaísmo) nos finais do séc. I d.C.
As fontes rabínicas coincidem substancialmente com o Novo Testamento e com Josefo (não tanto com Qumrán), embora nos proporcionem mais dados quanto aos personagens-chave do movimento.
Também nos transmitiram críticas dirigidas aos fariseus semelhantes às pronunciadas por Jesus. O Talmude (Sota 22b; TJ Berajot - 14b) fala de sete classes de fariseus das quais somente duas eram boas, enquanto as outras cinco eram constituídas por hipócritas. Entre estes, estavam os fariseus que “colocavam os mandamentos nas costas” (TJ Bejarot 14b), o que recorda a acusação de Jesus de que amarravam cargas nas costas das pessoas, mas nem com um dedo eles queriam tocá-las (Mt 23:4). Das 655 passagens ou perícopes estudadas por Neusner, a maior parte refere-se a dízimos, ofertas e questões parecidas e, depois, a preceitos de pureza ritual. Os fariseus concluíram que a mesa das refeições era um altar e que as normas de pureza sacerdotal, somente obrigatórias aos sacerdotes, deviam estender-se a todo o povo. Para eles, essa medida era uma forma de estender a espiritualidade mais refinada a toda a população de Israel, fazendo-a viver em santidade diante de Deus; para Jesus, era acentuar a exterioridade, esquecendo o mais importante: a humildade, o reconhecimento dos pecados e a própria incapacidade de salvação, o arrependimento, a aceitação de Jesus como caminho de salvação e a adoção de uma forma de vida em consonância com seus próprios ensinamentos. Não é estranho que, partindo de posturas tão antagônicas, apesar das importantes coincidências, elas se tornaram mais opostas e exacerbadas com o passar do tempo.
L. Finkelstein, The Pharisees, 2 vols., Filadélfia 1946; Schürer, o. c.; J. Neusner, The Rabbinic Traditions About the Pharisees Before 70, 3 vols., Leiden 1971; Idem, Judaism in the Beginning of Christianity, Londres 1984; Idem, From Politics to Piety: The Emergence of Rabbinic Judaism, Nova York 1979, p. 81; J. Bowker, Jesus and the Pharisees, Cambridge 1973; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Los Documentos del Mar Muerto...; Idem, El judeo-cristianismo...; H. Maccoby, Judaism in the first century, Londres 1989; E. E. Urbach, o. c.; A. Saldarini, o. c.; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991; D. de la Maisonneuve, Parábolas rabínicas, Estella 1985.
Autor: César Vidal Manzanares
Quem é quem na Bíblia?
Uma das três seitas judaicas descritas por Josefo, historiador judeu do século I (as outras duas são os saduceus e os essênios). Provavelmente não mais do que 5 a 10% de todos os judeus pertenciam a esse grupo, o qual era uma mistura de partido político e facção religiosa. É provável que o nome signifique “separatistas” e fosse aplicado a um movimento que cresceu no tempo dos Macabeus, composto de líderes religiosos e estudantes da Lei que tentavam criar uma “cerca” em torno da Torá — um bem elaborado sistema de legislação oral e de interpretações que capacitaria os judeus fiéis a obedecer e aplicar os mandamentos de Deus em todas as áreas da vida. Originalmente reformadores piedosos, eram bem respeitados pelos judeus comuns, menos piedosos, apesar de às vezes os fariseus os criticarem por não serem suficientemente escrupulosos em guardar a Lei. Diferentemente dos saduceus, eles observavam Roma como um governo ilegítimo e opressor que impedia Israel de receber as bênçãos divinamente ordenadas de paz e liberdade na Terra. De maneira alguma eram todos hipócritas, como os cristãos geralmente supõem erroneamente. A tradição talmúdica descrevia sete categorias de fariseus, relacionadas de acordo com a motivação para o comportamento, e somente um grupo dos sete tinha fama de agir sem escrúpulo.
No evangelho de Marcos, alguns fariseus perguntaram a Jesus por que Ele comia com cobradores de impostos e pecadores (Mc 2:16). Alegaram que jejuavam e os discípulos de Cristo não faziam isso (2:18), acusaram Jesus de não respeitar o sábado (2:24), começaram a tramar a morte dele (3:6), questionaram por que Ele não seguia as tradições do ritual da purificação (7:1,3,5) e exigiram um sinal sobrenatural que autenticasse seu ministério (8:11). Os ensinos deles foram comparados a uma força maligna e insidiosa (8:15); prepararam uma armadilha para Jesus, quando pediram sua opinião sobre o divórcio (10: 2) e os impostos (12:13).
Mateus repete todas essas referências, mas reforça a animosidade, pois acrescenta vários outros eventos e mantém sua posição de antagonismo para com os líderes judaicos. Os fariseus que estavam presentes questionaram o ministério e o batismo de João Batista (Mt 3:7). Jesus declarou que a justiça de seus discípulos precisava exceder a dos fariseus (5:20). Eles o acusaram de que só expulsava os espíritos imundos pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios (9:34; 12: 24) e identificaram-se com os lavradores ímpios da parábola (21:45). Um deles, doutor da lei, questionou Jesus sobre qual era o maior mandamento (22:34,35). Cristo os acusou de toda sorte de hipocrisia, em seu mais longo discurso de acusação nos evangelhos (Mt 23), e eles solicitaram a Pilatos que lhes desse autorização para colocar guardas no túmulo de Jesus (27:52).
Lucas difere de Mateus e Marcos em várias passagens. Algumas de suas referências aos fariseus são também negativas. Contrapuseram-se à afirmação de Jesus de ter poder para perdoar pecados (Lc 5:21); “rejeitaram o conselho de Deus” (7:30), murmuraram por causa da associação de Cristo com os impenitentes (15:2), rejeitaram o ensino de Jesus sobre a mordomia porque “eram avarentos” (16: 14) e disseram a Cristo que repreendesse seus seguidores, quando o aclamaram rei (19:39). A parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano chocou a audiência, porque o popular líder judeu não foi justificado e sim o notório empregado do governo imperialista romano (18:10-14). Por outro lado, Lucas foi o único evangelista que incluiu numerosos textos que retratam os fariseus de forma mais positiva, muitas vezes no contexto da comunhão com Jesus. Simão convidou Cristo para jantar em sua casa, mas foi Jesus quem usou a ocasião para criticar sua hospitalidade (7:36-50). Lucas 11:37-53 e 14:1-24 descrevem duas festas semelhantes nas quais os fariseus agiram em favor de Cristo, o qual os criticou por algum aspecto comportamental. Em Lucas 13:31 advertiram Jesus contra a fúria do rei Herodes e pareceram genuinamente preocupados com seu bem-estar. Em Lucas 17:20-21, os fariseus perguntaram sobre o advento do reino de Deus e criaram uma oportunidade para que Jesus declarasse que o reino já estava entre eles, em sua própria pessoa e ministério.
João assemelha-se mais a Mateus, pois retrata os fariseus como extremamente hostis a Jesus. Ele enviaram os guardas do Templo numa tentativa fracassada de prendê-lo (Jo 7:32-46). Alegaram que o testemunho de Cristo não tinha validade, pois falava a seu próprio favor (8:13). Investigaram a cura de um cego, rejeitando as declarações dele sobre Jesus e revelando no processo a sua própria cegueira espiritual (9:13-41). Formaram um concílio no qual decidiram prender Cristo e tentar matá-lo em segredo (11:45-57); lamentaram o fato de “todo o mundo” ir após Jesus, quando o Filho de Deus entrou triunfalmente em Jerusalém (12: 19) e fizeram parte do grupo que foi ao Jardim Getsêmani para prendê-lo (18:3). O medo em relação aos fariseus impediu alguns judeus que creram em Jesus de confessar isso publicamente (12:42). Por outro lado, pelo menos um dos mais proeminentes deles apareceu sob uma perspectiva mais positiva — Nicodemos (3:1), que, apesar de inicialmente não entender a afirmação de Cristo sobre o novo nascimento (vv. 3,4), tempos depois levantou-se em defesa de Jesus (7:50,51) e ajudou José de Arimatéia a sepultar Cristo (19:39). Há também outros textos mais brandos que envolvem os fariseus, como a discussão sobre a identidade do Batista (1: 24) e o registro de que Jesus batizava mais pessoas do que João (4:1).
Como no evangelho de Lucas, o livro de Atos alterna referências positivas e negativas. Um importante membro da suprema corte judaica, Gamaliel, saiu em defesa dos apóstolos. Alguns fariseus tornaram-se cristãos, mas erroneamente pensavam que os novos convertidos entre os gentios eram obrigados a obedecer à Lei mosaica (At 15:5). Em sua audiência diante do Sinédrio, Paulo causou uma divisão entre seus membros; alinhou-se com os fariseus contra os saduceus, ao alegar que era julgado porque cria na ressurreição. Novamente em Atos 26:5, quando se defendia diante do rei Agripa, o apóstolo referiu-se ao seu passado como membro da seita dos fariseus. Filipenses 3:5 registra esse mesmo testemunho, mas nos dois contextos Paulo também deixou claro que, como cristão, muitas de suas convicções fundamentais mudaram. C.B.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Bíblico
Separados. Formavam os fariseus a mais importante das escolas judaicas, de caráter religioso, que funcionaram, depois que, 150 anos antes do nascimento de Cristo, mais ou menos, o espírito de profecia já tinha deixado de existir. Receberam aquele nome porque eles, na sua vida, separavam-se de todos os outros judeus, aspirando a mais do que uma simples santidade e exato cumprimento de deveres religiosos: mas a sua separação consistia principalmente em certas distinções a respeito do alimento e de atos rituais. A maior parte das vezes isso era apenas exterioridade religiosa, sem profundeza de religião (Mt 23:25-28), embora, em geral, não fossem faltos de sinceridade. Não tardou muito tempo para que esta seita obtivesse reputação e poder entre o povo – e passava já como provérbio o dizer-se que se apenas duas pessoas entrassem no céu, uma delas havia de ser fariseu. Foi a seita farisaica a única que sobreviveu depois da destruição do estado judaico, imprimindo as suas doutrinas em todo o Judaísmo posterior. A literatura talmúdica é unicamente obra sua. As suas principais doutrinas eram as seguintes: a lei oral que eles supunham ter Deus entregado a Moisés por meio de um anjo no monte Sinai, e que tinha sido preservada e desenvolvida pelo ensino tradicional, tinha autoridade igual à da lei escrita. Na observância destas leis podia um homem não somente obter a sua justificação com Deus, mas realizar, também, meritórias obras. o jejum, as esmolas, as abluções e as confissões eram suficiente expiação pelo pecado. os pensamentos e desejos não eram pecaminosos, a não ser que fossem postos em ação. Reconheciam que a alma é imortal e que a esperavam futuros castigos ou futuras recompensas – acreditavam na predestinação, na existência de anjos bons e maus, e na ressurreição do corpo. (*veja Ressurreição.) o estado de felicidade futura, em que criam alguns dos fariseus, era muito grosseiro. imaginavam eles que no outro mundo se come, bebe, e goza dos prazeres do amor, vivendo cada homem com a sua primeira mulher. E derivou desta maneira de pensar a astuta questão dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição – eles perguntaram a Jesus de quem seria no céu a mulher que tivesse tido sete maridos na terra. No seu vestuário, os fariseus manifestavam muitas particularidades. As suas filactérias (peças de pergaminho com textos escritos e que se punham na testa ou no braço) eram mais largas do que as da outra gente (Dt 6:8) – estendiam a orla dos seus vestidos (Mt 23:5) – alargavam as franjas (Nm 15:38-39) – e adotavam uma especial vestimenta e cobertura da cabeça, quando estavam cumprindo um voto.
Fonte: Dicionário Adventista
Fazer
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar. Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc. Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas. Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens. Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã. Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção. Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô. Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar. Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi. Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor. Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte. Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo. Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta. Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia. Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus. Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama. Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo. Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível. verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora. verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho. Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas. Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos. verbo transitivo direto e bitransitivoPreparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos. Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes. Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei. Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia. Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio. Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal. Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar. Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço. Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto. Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio. Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada. verbo transitivo indireto predicativo e intransitivoAgir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer. verbo transitivo direto e pronominalAtribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado. verbo transitivo direto e transitivo direto predicativoSer o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor. verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativoMudar a essência de: queria fazer do filho um médico. verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais. Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo. Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.
Fonte: Priberam
Feito
Dicionário Comum
adjetivoRealizado, consumado; constituído. Adulto: homem feito. conjunçãoComo, tal como: chorava feito criança. locução adverbialDe feito, O mesmo que de fato.
Amuleto ou encanto. Certosversos da Lei eram escritos em caracteres hebraicos muito pequenos sobre quatro peças de pergaminho, sendo estas colocadas num estojo de couro com quatro divisões. os pequenos pergaminhos eram dobrados e muito apertadamente postos nas cavidades ligados com cabelos de animais limpos. o estojo era, então, posto sobre três pedaços de couro para formar a base que assenta sobre a testa, sendo essas peças unidas com doze pontos, para representarem as doze tribos, três de cada lado. Eram usados, em lugar de fio, finos nervos, tirados do pé de um animal limpo. Tiras de couro se ligavam ao frontal, com o fim de prenderem o filactério à testa. Nos filactérios do braço, a caixa não está dividida em seções, mas dentro há um pedaço de pergaminho, contendo os designados versos da Escritura, escritos em quatro colunas. Ela está ligada ao braço esquerdo perto do coração. Usam esses filactérios as pessoas piedosas do sexo masculino, da idade de treze anos para cima, em um dos dias da semana, em todo o ano, por ocasião da oração da manhã – e era costume trazê-los, segundo parece, durante todo o dia. Não se usavam nos dias de sábado ou em qualquer dia santificado, porque estes já eram assinalados em si mesmos. Jesus Cristo condenou o uso ostentoso dos filactérios entre os fariseus (Mt 23:5). o uso de tais distintivos vem desde o terceiro ou quarto século antes de Cristo. Além dos filactérios usados pelas pessoas, há ainda outro chamado ‘mezuza’ (ombreira da porta), que se fixava na peça de pedra, à direita, de cada ombreira de uma casa judaica. o judeu religioso toca esse sítio todas as vezes que por ali passa – e beijando os seus dois dedos, repete em hebreu: ‘o Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre’ (Sl 121:8). os versículos que invariavelmente se colocam nos filactérios são Êx 13:1-16 – Dt 6:4-9, 13 a 21. A figura desenhada no exterior da caixa é a letra hebraica Shin, a primeira letra de Shadai (Todo-poderoso). A explicação deste costume vamos certamente encontrá-la em Dt (6.6 a 8) – Moisés diz ao povo que deve mostrar reverência e obediência aos mandamentos do Senhor, acrescentando: ‘Também as atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal entre os teus olhos.’ isto, na verdade, era para se compreender espiritualmente. Lídia, sede de uma das sete igrejas da Ásia, às quais foram dirigidas as cartas do Apocalipse (Ap 1:11 – 3.l). Hoje tem o nome de Allah Sheher (cidade de Deus), com uma considerável população, havendo ali muitos cristãos. A cidade foi fundada por Átalo Filadelfo (138 a.C.), para ser um mercado dos vinhos produzidos no território circunjacente, que é descrito como maravilhosamente fértil, embora sujeito a abalos de terra. Em tempos romanos teve alguma importância, mas estava ligada à jurisdição de Sárdis. A sua situação era no caminho entre Esmirna e as terras altas da Ásia Menor Central, parecendo que à igreja ali estabelecida se ofereceu boa ocasião de propagar as doutrinas do Evangelho.
Fonte: Dicionário Adventista
Filho
Dicionário da Bíblia de Almeida
Filho 1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)
Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...] Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19
[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...] Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1
O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39
Os filhos são doces algemas de nossa alma. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49
Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2
[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135
[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoO descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho. Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas. Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra. Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento. Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé. Por Extensão A cria de descente de algum animal. Por Extensão O broto e/ou semente da planta. [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques. Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus. adjetivoFigurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância. substantivo masculino pluralFilhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência. Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho. Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas. Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra. Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento. Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé. Por Extensão A cria de descente de algum animal. Por Extensão O broto e/ou semente da planta. [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques. Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus. adjetivoFigurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância. substantivo masculino pluralFilhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência. Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho. Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas. Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra. Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento. Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé. Por Extensão A cria de descente de algum animal. Por Extensão O broto e/ou semente da planta. [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques. Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus. adjetivoFigurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância. substantivo masculino pluralFilhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência. Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam
Filhós
Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino[Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).
Fonte: Priberam
Fim
Dicionário da FEB
O fim é aquilo que se pretende realizar na vida real, quer no campo empírico, quer no meio social, quer na educação. Por exemplo, o fim do educador espírita é o desenvolvimento da espiritualidade do educando. [...] Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoCircunstância que termina outra: fim de um livro. Extremidade no tempo e no espaço: fim do ano. Interrupção de; cessação: o fim de uma luta. Perda da existência; morte, desaparecimento: sentir chegar o fim. Objetivo para o qual se tende; intenção: alcançar seus fins. Parte que está no final de; final: fim de semana. O que motiva ou determina algo; motivo, razão: fins lucrativos. Destino: o fim do homem. expressãoPôr fim a. Terminar, concluir: pôs fim ao casamento. locução prepositivaA fim de. Com a intenção de; para: casou a fim de ser feliz. locução adverbialPor fim. Finalmente: por fim, apresento os resultados da tese. Etimologia (origem da palavra fim). Do latim finis.is.
Fonte: Priberam
Fora
Dicionário Comum
advérbioNa parte exterior; na face externa. Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside. Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora. interjeiçãoVoz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc. preposiçãoCom exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados. substantivo masculinoErro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida. Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro. Não aceitação de; recusa. locução prepositivaFora de. Sem: fora de propósito. Distante de: fora da cidade. Do lado externo: fora de casa. expressãoDar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro. Dar um fora. Cometer um erro grosseiro. Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa. Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.
Fonte: Priberam
Franjas
Dicionário Bíblico
É a borda de um vestido judaico. Quando o transgressor do sábado foi apedrejado até morrer (Nm 15:32-41), foi ordenado a Moisés que falasse aos filhos de israel e lhes dissesse ‘que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações’, e também seriam ‘as borlas em cada canto presas por um cordão de azul’, como recordação dos mandamentos de Deus e aviso visível contra os maus desejos e idólatras inclinações. Estas franjas eram uma espécie de borlas que se colocavam principalmente nas pontas do vestido. Foi esta parte do vestido de Jesus, tida como coisa sagrada, que a mulher tocou (Mt 9:20). Ainda hoje, nos serviços da sinagoga, os judeus fazem uso de uma espécie de banda, de 90 a 150 cm. de comprimento, com 30 cm. de largura, e que é guarnecida de franjas nas pontas. Estas compridas borlas constam de fios de lã branca, unidos por cinco nós como pequenos botões, e abertos e destorcidos na extremidade.
Fonte: Dicionário Adventista
Fé
Dicionário Comum
substantivo femininoConvicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença. Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião. Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito. Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade. Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé. Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe. [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade. Etimologia (origem da palavra fé). Do latim fides.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoConvicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença. Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião. Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito. Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade. Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé. Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe. [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade. Etimologia (origem da palavra fé). Do latim fides.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2 – Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6 – Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2 – Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16. 17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
[...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19
[...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3
Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6
[...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7
Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11
No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12
[...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...] Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1
No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11
A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica. Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer. Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44
A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25
O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...]. Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista
Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar. Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23
A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5
[...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê. Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
A fé é divina claridade da certeza. Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16
A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece. Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35
[...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim
Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...] Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5
Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14
A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...] Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28
A fé significa um prêmio da experiência. Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13
Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba
[...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8
Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44
[...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39
Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69
[...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9
Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354
A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22
A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade
É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação
A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40
[...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141
Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29
Fé O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).
Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).
A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo femininoConvicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença. Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião. Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito. Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade. Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé. Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe. [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade. Etimologia (origem da palavra fé). Do latim fides.
Fonte: Priberam
Galinha
Dicionário Comum
substantivo femininoA fêmea do galo; ave criada para produção de carne e ovos. Embora as galinhas tenham asas, não são capazes de voar mais que alguns metros de cada vez. A galinha pouco difere das outras aves nos demais aspectos.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
vem do Latim gallina, "a fêmea do galo", o qual se chamava gallus lá em Roma.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Geração
Dicionário da FEB
[...] a geração a quem Jesus se dirigia é a geração de Espíritos que, purificados com o auxílio do tempo, das expiações e das reencarnações sucessivas, executarão, nas épocas preditas, as coisas anunciadas. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Geração adúltera Aquela geração, que resistia a todos os esforços empregados para conduzi-la ao caminho era má e adúltera. Era adúltera no sentido de desprezar a fé no seu Deus para se entregar a práticas materiais. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Geração 1) Sucessão de descendentes em linha reta: pais, filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos (Sl 112:2); (Mt 1:17)
2) Conjunto de pessoas vivas numa mesma época (Dt 32:5); (Fp 2:15).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Emprega-se esta palavra no Sl 24 (*veja 6) para designar uma certa classe de povo. Dum modo prático e equivalente a ‘genealogia’ em Mt 1:1 e a ‘história’ em Gn 2:4 (Versão Bras.). Na longa vida patriarcal parece ter sido calculado em 100 anos o tempo de uma geração (Gn 15:16) – mas em cálculos posteriores era esta de 30 a 40 anos (Jó 42:16).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoAto de gerar ou de ser gerado: geração de energia. Função pela qual os seres organizados se reproduzem; concepção. Série de organismos semelhantes que se originam uns dos outros. Parentesco direto; linhagem, ascendência, genealogia. Espaço de tempo que separa cada grau de filiação: cada século compreende cerca de três gerações. Etapa da descendência natural que deve ser seguida por outra; considera-se como período de tempo de cada geração humana cerca de 25 anos: os pais representam uma geração, os filhos representam a geração seguinte. [Biologia] Qualquer fase necessária para manter a sobrevivência de uma espécie. Etimologia (origem da palavra geração). Do latim generatio.onis.
Fonte: Priberam
Hipocrisia
Dicionário Comum
substantivo femininoParticularidade ou modos de hipócrita; falsidade. Ação ou efeito de fingir; capacidade para esconder os sentimentos mais sinceros. Característica daquilo (ou de quem) que não é honesto: a hipocrisia do discurso. Hábito que se baseia na demonstração de uma virtude ou de um sentimento inexistente. Etimologia (origem da palavra hipocrisia). Do grego hypokrisía.as.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Hipocrisia Ato de fingir o que a gente não é, ou não sente, ou não crê; falsidade (Mc 12:15).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Hipócritas
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Hipócritas No ensinamento de Jesus, o termo serve para qualificar vários tipos de pessoas (sempre religiosas):
1. aqueles que cumprem as normas externas da religião somente para se destacarem (Mt 6:2ss.; 6,16ss.);
2. os que sobrepõem à Revelação divina uma tradição que invalida seu espírito
3. os que se consideram espiritualmente superiores aos demais (Mt 7:5ss.);
4. os que fingem, ocultando um propósito perverso em seus corações (Mt 22:18ss.);
5. os que desenvolvem um código de severas leis religiosas, às quais eles mesmos não obedecem (Lc 13:10ss.). O discurso encontrado em Mt 23 (especialmente v. 13-27) é um conjunto de ditos de Jesus que contém exemplos bem reveladores sobre o que pensava da hipocrisia.
P. Bonnard, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Driver, o. c.; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...
1.
[Biologia]
Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).
2.
Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)
3.
Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).
5.
Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem).
=
HOMEM-FEITO
6.
Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher).
=
CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO
7.
Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje).
=
COMPANHEIRO, PARCEIRO
8.
Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).
9.
Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
10.
Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).
abominável homem das neves Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas.
=
YETI
de homem para homem Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).
homem de armas FiguradoAquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção).
=
LUTADOR
AntigoGuerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).
homem de Deus FiguradoO que é bondoso, piedoso.
[Informal, Figurado]
Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).
homem de Estado
[Política]
Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado).
=
ESTADISTA
homem de lei(s) Aquele que é especialista em leis.
=
ADVOGADO, LEGISTA
homem de letras Literato, escritor.
homem de mão Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).
homem de Neandertal
[Antropologia]
Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral.
=
NEANDERTAL
homem de negócios Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem.
=
EMPRESÁRIO
homem de palha
[Depreciativo]
Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.
homem de partido
[Política]
Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).
homem de pé Peão.
homem público Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).
1.
[Biologia]
Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).
2.
Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)
3.
Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).
5.
Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem).
=
HOMEM-FEITO
6.
Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher).
=
CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO
7.
Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje).
=
COMPANHEIRO, PARCEIRO
8.
Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).
9.
Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
10.
Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).
abominável homem das neves Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas.
=
YETI
de homem para homem Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).
homem de armas FiguradoAquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção).
=
LUTADOR
AntigoGuerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).
homem de Deus FiguradoO que é bondoso, piedoso.
[Informal, Figurado]
Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).
homem de Estado
[Política]
Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado).
=
ESTADISTA
homem de lei(s) Aquele que é especialista em leis.
=
ADVOGADO, LEGISTA
homem de letras Literato, escritor.
homem de mão Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).
homem de Neandertal
[Antropologia]
Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral.
=
NEANDERTAL
homem de negócios Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem.
=
EMPRESÁRIO
homem de palha
[Depreciativo]
Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.
homem de partido
[Política]
Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).
homem de pé Peão.
homem público Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).
Plural: homens.
Fonte: Priberam
Hortelã
Dicionário Comum
substantivo femininoNome comum atribuído às plantas odoríferas do gênero Mentha, pertencentes à família das labiadas, de folhas verdes, largamente usadas na culinária ou por suas propriedades terapêuticas; menta. Botânica Essência ou óleo aromático retirado dessa planta. Etimologia (origem da palavra hortelã). Do latim hortulana.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Diversas espécies desta planta, que se usa como condimento, cultivam-se na Palestina. A única menção que desta planta se faz na Bíblia é uma referência à escrupulosidade ostentosa e hipócrita dos fariseus, quando pagavam o dízimo das mais pequenas plantas dos seus jardins (Mt 23:23 – Lc 11:42).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Hortelã Erva rasteira cujas folhas têm cheiro forte e agradável, usada como remédio e como tempero (Mt 23:23).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Humilhar
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Rebaixar alguém colocando essa pessoa em situações humilhantes, vexatórias; vexar: humilhou os funcionários diante do chefe. Tratar desdenhosamente, com soberba: humilhar os menos favorecidos. Buscar desqualificar alguém atacando seus valores morais: ninguém tinha razão para a humilhar. verbo bitransitivo e pronominalTornar humilde; demonstrar obediência, respeito, submissão em relação a algo ou alguém; humildar-se: os desgostos da vida humilharam-no; humilhou-se com a falência. verbo intransitivo Ter um caráter humilhante; ser capaz de degradar, de rebaixar alguém: a fome atrelada à miséria humilha. Etimologia (origem da palavra humilhar). Do latim humiliare.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
A palavra humilhar vem do latim humiliare, que significa rebaixar.
importanteadj. .M e f. 1. Que tem importância. 2. Digno de apreço, de estima, de consideração. 3. Pop. Que se dá importância. S. .M O que mais interessa; o essencial.
Fonte: Priberam
Imundícia
Dicionário Bíblico
v. imundo
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
imundícias. f. 1. Falta de limpeza; imundice, imundície. 2. Porcaria, sujidade.
Inferno Lugar e estado de castigo em que os perdidos estão eternamente separados de Deus (Mt 18:8-9; 25.46; Lc 16:19-31; 2Pe 2:4; Ap 20:14). “Inferno”, no NT, traduz as palavras hades (uma vez) e geena (v. HINOM).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
[...] O inferno reduz-se à figura simbólica dos maiores sofrimentos cujo termo é desconhecido. [...] O Cristo serviu-se da palavra inferno, a única usada, como termo genérico, para designar as penas futuras, sem distinção. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5, it• 9 e 10
[...] Inferno se pode traduzir por uma vida de provações, extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra melhor [...]. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1014
[...] o verdadeiro inferno é um estado de consciência em que esta se acha como que de todo anulada, não permitindo se aprecie o mais ligeiro resquício de bem. Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 7
O dogma do inferno – de uma região horrível de dores, sem esperança, sem termo, síntese de todas as dores, de todas as agonias, de todas as angústias, de todos os suplícios que possam conceber o coração mais desumano, a mais requintada crueldade, é, como o dogma do diabo, uma grande blasfêmia e a negação de Deus, em sua bondade, sua misericórdia, em sua justiça, em sua sabedoria, e, pode-se acrescentar, em sua imensidade, pois que não se concebe a presença da divina substância na tenebrosa região do crime eterno e do desespero sem-fim. [...] Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos
[...] A desarmonia entre a razão e a consciência, efeito sempre das nossas tendências sensuais, é o inferno. [...] Referencia: AQUINO• O inferno, ou, A barqueira do Júcar: novela mediúnica• Dirigido por José Maria Fernandez Colavida• Trad• de Guillon Ribeiro• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15
[...] [é] (tal qual o céu) como um estado de consciência. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 24
[...] não é outra coisa senão o remorso e a ausência do amor. [...] Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2
O inferno [...] é construção nossa e vive conosco, enquanto perseverarmos no desrespeito ao Código Divino do Amor. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 3
O inferno é a nossa consciência; é o remorso que nos acompanha sempre, depois que cometemos um crime, e enquanto o não resgatarmos. Referencia: IMBASSAHY, Carlos• À margem do Espiritismo: refutação à crítica feita à parte filosófica do Espiritismo• Prefácio de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O inferno não existe
[...] Um inferno racional pode constituir freio, por ser possível acreditar-se nele; mas um inferno que revolta a consciência já não é um inferno, porque nele ninguém mais crê. Nem mesmo os bons cristãos se acham persuadidos da realidade de semelhante inferno, razão pela qual se lhes permite que sejam tolerantes, visto não ser fácil viver em paz com gente tida por condenada. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 16a efusão
[...] estado consciencial. Na concepção teológica, é um lugar onde as almas sofrem eternamente; na 1 I concepção espírita, é um estado d’alma, transitório, efêmero. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 50
[...] Por inferno [Jesus] designava, veladamente, as penas que os Espíritos culpados sofrem, primeiro, na erraticidade e, depois, reencarnando na Terra ou em mundos inferiores, de provações e expiação. [...] é a consciência do culpado e o lugar, qualquer que este seja, onde expia suas faltas. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
A geena, o inferno, é a imensidade onde, quando errante, o Espírito culpado passa pelos sofrimentos ou torturas morais apropriados e proporcionados às faltas que haja cometido. Aquele termo abrange também, na sua significação, as terras primitivas e todos os mundos inferiores, de prova e expiação, onde, pela encarnação ou reencarnação, se vêem lançados os Espíritos culpados, e onde o corpo que os reveste por si só também é para eles uma geena, como o são, na erraticidade, aqueles sofrimentos ou torturas morais. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
O inferno, como já vimos, é a consciência do culpado e o lugar onde ele sofre a expiação de seus crimes, qualquer que seja esse lugar. Onde quer que o Espírito se ache presa de contínuas torturas, quer encarnado, quer desencarnado, é o seu inferno, termo de que Jesus usava alegoricamente. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] o inferno exterior, que nada mais é que o reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento e pela crueldade, nos entregamos à prática de ações deprimentes, que nos constrangem à temporária segregação nos resultados deploráveis de nossos próprios erros. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante o centenário
[...] nas zonas infernais propriamente ditas, apenas residem aquelas mentes que, conhecendo as responsabilidades morais que lhes competiam, delas se ausentaram, deliberadamente, com o louco propósito de ludibriarem o próprio Deus. O inferno [...] pode ser [...] definido como vasto campo de desequilíbrio, estabelecido pela maldade calculada, nascido da cegueira voluntária e da perversidade completa. Aí vivem domiciliados, às vezes por séculos, Espíritos que se bestializaram, fixos que se acham na crueldade e no egocentrismo. Constituindo, porém, larga província vibratória, em conexão com a Humanidade terrestre, de vez que todos os padecimentos infernais são criação dela mesma, estes lugares tristes funcionam como crivos necessários para todos os Espíritos que escorregam nas deserções de ordem geral, menosprezando as responsabilidades que o Senhor lhes outorga. Dessa forma, todas as almas já investidas no conhecimento da verdade e da justiça e por isso mesmo responsáveis pela edificação do bem, e que, na Terra, resvalam nesse ou naquele delito, desatentas para com o dever nobilitante que o mundo lhes assinala, depois da morte do corpo estagiam nestes sítios por dias, meses ou anos, reconsiderando as suas atitudes, antes I da reencarnação que lhes compete abraçar, para o reajustamento tão breve quanto possível. [...] o inferno, como região de sofrimento e desarmonia, é perfeitamente cabível, representando um estabelecimento justo de filtragem do Espírito, a caminho da Vida Superior. Todos os lugares infernais surgem, vivem e desaparecem com a aprovação do Senhor, que tolera semelhantes criações das almas humanas, como um pai que suporta as chagas adquiridas pelos seus filhos e que se vale delas para ajudá-los a valorizar a saúde. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1
[...] a rigor, existe para controlar o trabalho regenerativo na Terra. [...] [...] O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se molda convenientemente... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3
O inferno, a rigor, é obra nossa, genuinamente nossa, mas imaginemo-lo, assim, à maneira de uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é criação de Deus. Tendo abusado de nossa razão e conhecimento para gerar semelhante monstro, no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
[...] O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
[...] o inferno é a rede de pensamentos torturados, em que nos deixamos prender, com todos aqueles que nos comungam os problemas ou as aflições de baixo nível. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38
[...] o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno
[...] é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritas diante da morte
O inferno, por isto mesmo, é um problema de direção espiritual. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
[...] é construção mental em nós mesmos. O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propício aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas; arquitetamos penitenciárias sombrias com a negação voluntária, ante os benefícios da Providência. Desertos calcinantes de ódio e malquerença estendem-se aos nossos pés, seguindo-se a jornadas vazias de tristeza e desconsolo supremo. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 8
Além-túmulo, no entanto, o estabelecimento depurativo como que reúne em si os órgãos de repressão e de cura, porquanto as consciências empedernidas aí se congregam às consciências enfermas, I I na comunhão dolorosa, mas necessária, em que o mal é defrontado pelo próprio mal, a fim de que, em se examinando nos semelhantes, esmoreça por si na faina destruidora em que se desmanda. É assim que as Inteligências ainda perversas se transformam em instrumentos reeducativos daquelas que começam a despertar, pela dor do arrependimento, para a imprescindível restauração. O inferno, dessa maneira, no clima espiritual das várias nações do globo, pode ser tido na conta de imenso cárcere-hospital, em que a diagnose terrestre encontrará realmente todas as doenças catalogadas na patologia comum, inclusive outras muitas, desconhecidas do homem, não propriamente oriundas ou sustentadas pela fauna microbiana do ambiente carnal, mas nascidas de profundas disfunções do corpo espiritual e, muitas vezes, nutridas pelas formas-pensamentos em torturado desequilíbrio, classificáveis por larvas mentais, de extremo poder corrosivo e alucinatório, não obstante a fugaz duração com que se articulam, quando não obedecem às idéias infelizes, longamente recapituladas no tempo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 19
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoLugar destinado ao suplício dos condenados às penas eternas: os tormentos do inferno. Figurado Lugar onde se tem de sofrer muito. Lugar de desordem e de confusão: esta casa é um inferno. substantivo masculino pluralMitologia Os 1nfernos, morada das almas depois da morte.
Fonte: Priberam
Iniquidade
Dicionário Comum
substantivo femininoQualidade de iníquo, contrário à equidade, à justiça. Aquilo que injusto, oposto ao que é justo e igualitário. Ato ou comportamento contrário à moral, à religião, à igualdade. Comportamento ou ação perversa e maldosa; malevolência. Etimologia (origem da palavra iniquidade). Do latim iniquitas.atis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista
Iniqüidade
Dicionário da Bíblia de Almeida
Iniqüidade Pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso (Sl 25:11); 51.5; (Is 13:11); (Mt 7:23); (He 1:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista
Interior
Dicionário Comum
adjetivoSituado na parte de dentro, em oposição ao que está na parte de fora; interno. No espaço compreendido entre os limites de: pátio interior. Figurado Que se refere à alma, à natureza moral: sentimento interior. Localizado entre terras ou rodeado por elas: nascente interior. Que não tem acesso à luz, devido à sua localização: banheiro interior. [Anatomia] Que se pode referir à parte de dentro de um órgão ou cavidade corporal: hemorragia interior (interna). Usado sob outras roupas, normalmente junto ao corpo: roupa interior. substantivo masculinoA parte de dentro: o interior do corpo. Figurado Aquilo que se carrega consigo, falando especialmente da índole, caráter: pessoa que se finge de boa, mas tem o interior ruim. Parte central de um país, longe da região costeira: o interior do Brasil. Parte interna de um país, região; sertão. [Medicina] Os órgãos ou estruturas internas de um corpo; entranhas. Etimologia (origem da palavra interior). Do latim interior, ius, “perto do centro, no interior”.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
interno, íntimo, intrínseco; próprio, inerente, essencial, inseparável. – Segundo Lac.: Interior é o que está debaixo da superfície, o que não aparece exteriormente. – Interno é o que está mais dentro de alguma coisa, que está profundamente encerrado dentro de alguma coisa, que opera dentro da coisa onde se acha. – Intrínseco designa o que forma parte de uma coisa, aquilo sem que uma coisa não pode ser porque com outras coisas a constitui internamente. – Íntimo é o que não só está oculto numa coisa, mas também está nela oculto ou encerrado muito profundamente. O que não é aparente e visível é interior. Com relação ao homem diz-se alegria ou tristeza interior. O que está tão concentrado que é preciso penetrar muito dentro da coisa para o descobrir, é interno; e com relação ao homem diz-se, com referência à parte corpórea: frio, calor interno. É intrínseco o que faz parte de um objeto não acessoriamente, ou não acidentalmente (mas essencialmente). É, ou diz-se íntimo, em sentido moral, o que queremos encarecer como estando no fundo da alma: dor íntima, afeição íntima. – Próprio é, aqui, “o que pertence de natureza ou de direito, o que é peculiar, inerente à pessoa ou coisa”. – Inerente é “o que está ligado, o que se acha tão intimamente unido a uma coisa que parece fazer parte dela”. – Essencial é “o que é da própria natureza da coisa; é aquilo sem o que a coisa não existiria”. – Inseparável não é propriamente o mesmo que essencial. Este encerra uma ideia de “próprio por ser da mesma natureza”; enquanto que inseparável diz apenas – “que anda sempre unido; que acompanha de ordinário; que se não pode separar da coisa a que se acha unido”. 432 Rocha Pombo
Fonte: Dicio
Irmãos
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Jerusalém
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a 4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.
No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.
Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.
O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).
J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Jesus
Dicionário Comum
interjeiçãoExpressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo? Ver também: Jesus. Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45 – Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...]. Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18
[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus. Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2
[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...] Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50
[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625
[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...]. Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem
Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele. Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•
Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...]. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8
Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere. Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71
Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos. Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24
Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...] Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual
Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••
[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1
Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...] Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos
[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade. Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão
[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes. Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5
Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar. Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus. Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo
[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23
Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo! Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ... Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16
[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2
[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
J [...] é o guia divino: busque-o! Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5
[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos! Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13
[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...] Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho
De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos
[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva
[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus
[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus
[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações
Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus
[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão
[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão
Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo. Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1
Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4
[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação. Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5
esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem. Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4
Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22
Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45
Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11
[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós. Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45
Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo. Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•
[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...]. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2
Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...]. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...]. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...]. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...] Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios! Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa
Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal
Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo
[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19
J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17
[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...]. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal
Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem
Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux
Jesus é a história viva do homem. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história
[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino
[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2
Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8
[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9
[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2
[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•
[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18
[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23
Jesus é também o amor que espera sempre [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6
J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13
[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30
[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
[...] é a única porta de verdadeira libertação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178
[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32
Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50
Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o salário da elevação maior. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5
[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1
[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110
[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3
Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86
[...] é a verdade sublime e reveladora. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175
Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36
[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86
[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.
O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).
Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).
Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.
Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).
O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.
Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.
Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).
Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.
Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.
Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.
No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).
O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).
Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).
2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.
Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.
Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).
3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.
Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).
À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.
R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.
Autor: César Vidal Manzanares
Jura
Dicionário de Sinônimos
juramento, protesto, promessa, afirmação. – Entre jura e juramento é preciso estabelecer uma distinção essencial. “Fazemos, ou damos, ou prestamos um juramento, quando invocamos a Deus, ou as coisas santas, para confirmação da verdade das nossas palavras, ou dos nossos testemunhos, ou da sinceridade das nossas promessas. Fazemos uma jura, ou fazemos juras, quando empregamos certas frases ou fórmulas de baixo estilo, de que a gente da plebe se serve para o mesmo fim. O juramento supõe reflexão: é um ato sério, e religioso, e às vezes judicial, público, solene. A jura emprega-se as mais das vezes por hábito, e sem reflexão, sem verdadeira intenção de jurar propriamente; e pertence aos modos usuais de falar da gente baixa, e mal-educada”. – Promessa, aqui, é “o ato de dar segurança formal de que é verdade o que se afirma”. Substitui hoje o juramento nas cerimônias ou atos civis. F. fez a promessa da lei, isto é – garantiu formal, expressamente e de consciência, que assume a responsabilidade do que vai dizer ou do que vai fazer. – Protesto é, aqui, “toda declaração pública ou solene, ou categórica da consciência, contra ou a favor do que se ouve ou do que se vê”. Sugere ideia da energia e veemência com que é feita a afirmação. F. fez-nos o protesto de que nunca faltará ao seu dever de justiça. – Afirmação é o “ato de afirmar, isto é – de declarar com toda força e firmeza”. F. fez a afirmação solene de que não transigirá.
Fonte: Dicio
Jurar
Dicionário Comum
verbo transitivo Prometer ou afirmar solenemente, tomando por testemunha divindade, santo, ou coisa tida por sagrada: juro por Nossa Senhora, juro pela felicidade de minha filha. Prometer mediante juramento: juraram entre si amor eterno. Jurar falso, jurar de má-fé ou desconhecendo o fato.
Fonte: Priberam
Justo
Dicionário Comum
justoadj. 1. Conforme à justiça, à razão e ao direito. 2. Reto, imparcial, íntegro. 3. Exato, preciso. 4. dir. Legítimo. 5. Que tem fundamento; fundado. 6. Merecido: Pena justa. 7. Que ajusta bem, que se adapta perfeitamente. 8. Ajustado. 9. Estreito, apertado, cingido. S. .M 1. Homem virtuoso, que observa exatamente as leis da moral ou da religião. 2. O que é conforme à justiça. 3. Gír. Chefe de polícia. Adv. Exatamente, justamente.
2) A pessoa que, numa causa judicial, tem razão (Dt 25:1).
3) No sentido religioso judeu, aquele que pratica a Lei e as cerimônias judaicas (Mc 2:17).
4) A pessoa que está corretamente relacionada com Deus pela fé (Rm 1:17) e, por isso, procura nos seus pensamentos, motivos e ações obedecer àquilo que Deus, em sua Palavra, estabelece como modelo de vida (Rm 4:3; v. JUSTIÇA 2, e 3).
5) A pessoa que está de acordo com a justiça de Deus (Sl 145:17; v. JUSTIÇA 1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Quem é quem na Bíblia?
1. Sobrenome de José Barsabás. Foi indicado, juntamente com Matias, para substituir Judas 1scariotes no colégio apostólico (At 1:23). Foi discípulo de Jesus durante todo o seu ministério público, desde o tempo de João Batista. Também testemunhou a ressurreição e a ascensão; portanto, possuía as qualificações necessárias para ser um apóstolo (vv. 21,22). Depois de orarem em busca da direção divina, Matias foi o escolhido, por meio de sorteio (vv. 24-26).
2. Tito Justo, morador de Corinto, mencionado em Atos 18:7 como “homem temente a Deus”, em cuja casa Paulo se hospedou depois de ser proibido de pregar na sinagoga, que ficava exatamente ao lado de sua casa. O abrigo que ele concedeu ao apóstolo provocou consideravelmente os judeus. Como de costume, a abordagem de Paulo visava primeiramente aos israelitas e, em seguida, aos gentios, quando os judeus não queriam mais ouvir. Tito Justo provavelmente era um cidadão romano e começou a adorar a Deus sob a influência do ensino judaico. Sua hospitalidade proporcionou a Paulo um local relativamente seguro, de onde pôde prosseguir com seu ministério na cidade.
3. Jesus Justo uniu-se a Paulo na saudação aos colossenses (Cl 4:11). Foi um dos amigos pessoais do apóstolo durante sua primeira prisão em Roma. Paulo chama a atenção para o fato de que ele era um judeu convertido, o que lhe proporcionava um conforto especial em meio à tribulação. P.D.G.
______________
1 Nas versões da Bíblia em português esta expressão, “filhos de Jásen”, foi traduzida como nome próprio, “Bene-Jásen” (Nota do Tradutor)
2 Idem
L
Autor: Paul Gardner
Dicionário Bíblico
Reto. 1. o sobrenome de José, também chamado Barsabás, que foi nomeado para suceder como apóstolo a Judas iscariotes (At 1:23). 2. Um crente de Corinto, hospedeiro de Paulo (At 18:7). 3. Um cristão romano, judeu, que estava com Paulo, quando este escreveu a sua epístola à igreja de Colossos, e a quem o Apóstolo chamou cooperador (C14.11). o seu primeiro nome era Jesus.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Ser perfeitamente justo é atributo da Natureza Divina; sê-lo no mais alto grau das suas possibilidades é glória do homem. Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 15
O justo é aquele que se esforça por trilhar os caminhos do Senhor e por não sair deles; é o que pratica, em toda a extensão, as virtudes impostas aos homens como condição para chegarem a Deus; é o que pratica a verdadeira caridade; o que se oculta, vela seus atos e palavras, se faz humilde ante os homens e procura mesmo fazer-se humilde no segredo do coração [...]. O justo é aquele que faz o bem sem egoísmo, sem idéia preconcebida, sem esperar o reconhecimento dos beneficiados ou o louvor dos indiferentes e, ainda mais, sem contar com a recompensa que possa obter do Mestre. O justo é aquele que tem fé, forte e tenaz, que não pode ser abalada, que a tudo resiste, fé bondosa para com todos, que não se impõe pela força, que se insinua pouco a pouco pelo exemplo e pela prática das boas obras [...]. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
[...] o justo, [...] onde estiver, é sempre um cooperador de Deus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 150
pagar o justo pelo pecador Recair um castigo ou uma consequência sobre quem não tem culpa ou sobre um grupo onde há inocentes e culpados.
Fonte: Priberam
Juízo
Dicionário da Bíblia de Almeida
Juízo 1) Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97:2)
2) Sentença dada por Deus (Jr 48:47). 3 A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119:39).
4) Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1:5); (Mt 10:15); (At 24:25).
5) Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72:1); (Pv 21:3).
substantivo masculinoAção de julgar; faculdade intelectual de julgar, entender, avaliar, comparar e tirar conclusões; julgamento. Apreciação acerca de algo ou alguém; opinião. Qualidade de quem age responsável e conscientemente; prudência. [Popular] Capacidade de agir racionalmente; razão: perder o juízo. [Jurídico] Tribunal em que questões judiciais são deliberadas ou analisadas: o divórcio está em juízo. [Jurídico] Reunião das ações realizadas pelos juízes no exercício de suas funções. Etimologia (origem da palavra juízo). Do latim judicium.ii.
1.
[Música]
Diz-se de ou andamento executado devagar, entre o adágio e o alegro.
advérbio
2.
[Música]
Com andamento entre o adágio e o alegro.
lar·go1 (latim largus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo
1.
De bastante ou muita largura.
2.
Que ocupa muito espaço.
=
AMPLO, ESPAÇOSO, VASTO
≠
ACANHADO, APERTADO, PEQUENO
3.
Que não cinge a parte que cobre o corpo.
≠
APERTADO
4.
Lasso.
5.
Dilatado.
6.
Prolixo, difuso.
7.
Importante, considerável.
8.
Copioso.
9.
Generoso.
nome masculino
10.
Área urbana espaçosa na confluência de ruas.
=
PRAÇA, TERREIRO
11.
Largura (ex.: o pátio tem 12 metros de largo).
12.
Parte do mar afastada da costa.
=
ALTO-MAR
advérbio
13.
Com largueza.
ao largo A uma distância considerável (ex.: fica ao largo e não te aproximes demasiado).
A alguma distância de terra firme, mas fora de um porto (ex.: o barco ficava ao largo e os passageiros desembarcavam de bote).
fazer-se ao largo Partir para o alto-mar (ex.: tiveram de esperar por tempo favorável para se fazerem ao largo).
=
FAZER-SE AO MAR
Partir ou afastar-se de determinado sítio ou ponto.
passar ao largo Não se aproximar da costa ou passar perto sem entrar num porto.
Evitar ou não abordar determinado assunto ou problema.
Fonte: Priberam
Lei
Dicionário Comum
substantivo femininoRegra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei. [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei. [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei. [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos. Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez. Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor. expressãoLei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação. Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra. Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas. Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal. Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade. Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional. Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoRegra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei. [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei. [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei. [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos. Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez. Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor. expressãoLei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação. Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra. Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas. Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal. Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade. Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional. Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
[...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
[...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão
A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...]. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos
A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Lei 1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)
4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal
A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17 – At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17 – Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15 – Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42 – Js 10:40 – Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13 – Ez 20:11 – Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto (1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc. (2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins. (3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária. (4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
adjetivoSem mancha; asseado; desembaraçado de imundícies. Mondado: terrenos limpos. Expurgado, isento: vida limpa de mistérios. Sereno, claro, desanuviado: céu limpo de outono. [Brasil] Pop. Sem dinheiro, liso. Estar limpo com alguém, gozar da confiança de alguém. Tirar a limpo, averiguar, tirar as dúvidas. Pôr em pratos limpos, evidenciar uma questão, ou assunto, aclarar os pontos duvidosos. substantivo masculino[Brasil] Faixa de terreno em que não há vegetação.
2) Objeto, lugar ou pessoa que, por estarem cerimonialmente puros, podiam ser usados ou tomar parte no culto de adoração a Deus (Is 66:20); (Lv 4:12); 13.6).
lu·gar (latim localis, -e, relativo a um lugar, local)
nome masculino
1.
Espaço ocupado ou que pode ser ocupado por um corpo.
2.
Ponto (em que está alguém).
3.
Localidade.
4.
Pequena povoação.
5.
Trecho, passo (de livro).
6.
Posto, emprego.
7.
Dignidade.
8.
Profissão.
9.
Ocasião.
10.
Vez.
11.
Azo.
12.
Dever, obrigação.
13.
Situação, circunstâncias.
14.
Posto de venda.
dar lugar a Ser seguido de ou ser a causa de algo.
em lugar de Em substituição de.
=
EM VEZ DE
em primeiro lugar Antes de tudo, antes de mais nada.
haver lugar O mesmo que ter lugar.
lugar do morto Lugar ao lado do condutor num veículo ligeiro.
lugar de honra O principal, o que se dá a quem se quer honrar.
lugar geométrico Linha cujos pontos satisfazem às condições exigidas.
lugares tópicos Lugares-comuns.
não aquecer o lugar Não ficar muito tempo num local ou numa situação.
ter lugar Tornar-se realidade, devido a uma acção ou a um processo.
=
ACONTECER, OCORRER
um lugar ao sol Situação de privilégio ou de vantagem.
Confrontar: logar.
Fonte: Priberam
Maior
Dicionário Comum
substantivo masculino e femininoPessoa que atingiu a maioridade penal, civil ou eleitoral: maior de idade. adjetivoSuperior; que está acima de outro; que supera ou excede outro em grandeza, tamanho, intensidade, duração: São Paulo é maior que Belo Horizonte. Que tem mais idade; que é mais velho que outro: aluno maior de 18 anos. Pleno; que está completo; que se apresenta acabado. Etimologia (origem da palavra maior). Do latim major.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculino e femininoPessoa que atingiu a maioridade penal, civil ou eleitoral: maior de idade. adjetivoSuperior; que está acima de outro; que supera ou excede outro em grandeza, tamanho, intensidade, duração: São Paulo é maior que Belo Horizonte. Que tem mais idade; que é mais velho que outro: aluno maior de 18 anos. Pleno; que está completo; que se apresenta acabado. Etimologia (origem da palavra maior). Do latim major.
Fonte: Priberam
Mar
Dicionário Comum
substantivo masculinoGrande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra. Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar. A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar! Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria. Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue. Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo. Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoGrande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra. Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar. A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar! Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria. Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue. Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo. Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – Jó 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19 – Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3 – Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11 – Mt 4:15 – Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Sinônimos
oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.
Fonte: Dicio
Dicionário da FEB
O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus
O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).
1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).
2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).
Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).
Autor: César Vidal Manzanares
Maís
Dicionário Comum
substantivo masculinoVariedade de milho graúdo, bem desenvolvido. Não confundir com: mais. Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.
Fonte: Priberam
Medida
Dicionário da Bíblia de Almeida
Medida Medida de capacidade para secos (2Rs 7:1, RC; RA, alqueire), também chamada de chaliche e seá (hebr.). É igual a um pouco menos de 6 l (5,87 l). É 1/3 do EFA. Em Ap 6:6, medida (choinix) é igual a 1 l.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Medida Essa palavra traduz vários termos que aparecem nos evangelhos.
1. A metreta (hebraico: efa e bat). Medida grega de capacidade para líquidos de 1/10 de coro ou 36:44 litros (Jo 2:6).
2. O saton (hebraico sea). Medida de capacidade para sólidos, equivalente a 3/4 de efá ou 12:13 litros (Mt 13:33; Lc 13:21).
3. O coro (hebraico kor). Medida de capacidade para sólidos e líquidos, equivalente a 10 efás ou 364 litros. Equivale a homer, que geralmente designava a carga apropriada para um jumento (Lc 16:7).
4. O xestes ou sextário. Equivalente a uma jarra (0,46 litros) (Mc 7:4). Além dessas, os judeus usavam medidas de comprimento que eram determinadas pelas partes do corpo humano: o côvado (desde o cotovelo até a ponta do dedo médio), o palmo, quarta ou meio côvado (a mão aberta, do polegar ao dedo mínimo), o palmo menor (um terço de palma ou quarta, que correspondia à largura da mão); o dedo ou polegada (equivalente a um quarto do palmo menor). Para as distâncias, os judeus utilizavam a vara (seis codos) e o caminho do sábado (entre 1.100 e 1.250 m).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo femininoMedição; ação ou efeito de medir: você sabe a medida disso? Quantidade previamente determinada e usada para avaliação de outras: medida de comprimento. Recipiente utilizado para medir a quantidade ou o volume; o conteúdo que esse recipiente suporta: medida de litro. Vestuário. Valor numérico do tamanho de alguém ou de uma parte do seu corpo: a costureira tomou as medidas. Figurado Limite; o que não se pode ultrapassar: sua grosseria passou da medida. Providência; o que se faz na tentativa de obter algo ou para alcançar uma meta: medida de precaução. [Jurídico] Mecanismo de segurança usado judicialmente para defender um direito ou uma determinação legal: medida provisória. Por Extensão O que pode ser avaliado através de instrumentos. Sob Medida. Cujas formas se adaptam perfeitamente ao corpo: vestido feito sob medida; muito apropriado: sua palavra foi sob medida. Etimologia (origem da palavra medida). Feminino de medido.
Fonte: Priberam
Mesmo
Dicionário Comum
adjetivoExprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto. O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo. Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo. Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região. Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa. substantivo masculinoQue ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma. conjunçãoApesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar. advérbioDe modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui. De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora! Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento. locução conjuntivaMesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram. locução adverbialNa mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma. Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.
Fonte: Priberam
Mestre
Dicionário da FEB
[...] o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mestre 1. “Epistates” (o que está por cima). No evangelho de Lucas, é equivalente a rabie, por definição, um título apropriado para Jesus (Lc 5:5; 8,24.45; 9,33.49; 17,13).
2. “Didaskalos” (o que ensina). Por antonomásia, Jesus, o único que merece receber esse tratamento (Mt 8:19; Mc 4:38; Lc 7:40; Jo 1:38), proibido até mesmo a seus discípulos (Mt 23:8).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoProfessor de grande saber. Perito ou versado em qualquer ciência ou arte. Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras. Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro. Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre. [Marinha] Comandante de pequena embarcação. [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais. Chefe ou iniciador de um movimento cultural. O que tem o terceiro grau na maçonaria. adjetivoDe caráter principal; fundamental: plano mestre. Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre. De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra. Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoProfessor de grande saber. Perito ou versado em qualquer ciência ou arte. Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras. Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro. Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre. [Marinha] Comandante de pequena embarcação. [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais. Chefe ou iniciador de um movimento cultural. O que tem o terceiro grau na maçonaria. adjetivoDe caráter principal; fundamental: plano mestre. Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre. De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra. Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.
mes·tre (latim magister, -tri, o que comanda ou dirige, chefe, professor)
nome masculino
1.
Pessoa que ensina.
=
DOCENTE, PROFESSOR
2.
Indivíduo que exerce um ofício por sua conta, ou que trabalha sem indicações técnicas de outrem.
3.
Aquele que dirige uma oficina.
4.
Artista (pintor ou escultor) de grande mérito.
5.
Pessoa que domina muito bem uma profissão, uma arte, uma actividade.
6.
Iniciador de uma escola literária.
7.
Superior de ordem militar.
8.
Tudo o que pode servir de ensinamento (sendo geralmente do género masculino).
9.
Pessoa que detém um mestrado.
10.
[Maçonaria]
Terceiro grau da ordem maçónica.
11.
[Maçonaria]
Pessoa que tem esse grau.
12.
[Náutica]
Comandante de barco.
=
ARRAIS, PATRÃO
adjectivo
adjetivo
13.
Que é o mais importante (ex.: ideias mestras, trave mestra).
=
PRINCIPAL
14.
Que tem grande importância.
=
IMPORTANTE
de mestre De grande qualidade (ex.: foi um trabalho de mestre).
Feminino: mestra.
Fonte: Priberam
Misericórdia
Dicionário Comum
substantivo femininoSentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão. Ação real demonstrada pelo sentimento de misericórdia; perdão concedido unicamente por bondade; graça. Antigo Local onde os doentes, órfãos ou aqueles que padeciam, eram atendidos. Antigo Punhal que outrora os cavaleiros traziam à cintura no lado oposto da espada que lhes servia para matar o adversário, caso ele não pedisse misericórdia. Misericórdia divina. Atribuição de Deus que o leva a perdoar os pecados e faltas cometidas pelos pecadores. Bandeira de misericórdia. Pessoa bondosa, sempre pronta a ajudar o próximo e a desculpar-lhe os defeitos e faltas. Golpe de misericórdia. O Ferimento fatal feito com o punhal chamado misericórdia; o golpe mortal dado a um moribundo. Mãe de misericórdia. Denominação dada à Virgem Maria para designar a sua imensa bondade. Obras de misericórdia. Nome dado aos quatorze preceitos da Igreja, em que se recomendam diferentes modos de exercer a caridade, como: visitar os enfermos, dar de comer a quem tem fome etc. Estar à misericórdia de alguém. Depender da piedade de alguém. Pedir misericórdia. Suplicar caridade. Etimologia (origem da palavra misericórdia). Do latim misericordia.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto, aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10, it• 4
2) Bondade, AMOR e GRAÇA de Deus para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Ex 20:6; Nu 14:19, RA; Sl 4:1). Essa disposição de Deus se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1:50).
3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5:7; Jc 2:13).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Misericórdia O termo reúne em si o sentimento de compaixão (Mt 9:36; 14,14; 15,32; 20,34; Mc 9:22; Lc 10:33; 7,13 15:20) e, ocasionalmente, a fidelidade à Aliança. É este último sentido que explica, pelo menos em parte (comp. Jo 3:16), a busca do pecador por parte de Deus (Lc 1:54.72; Mt 5:7; 23,23). Deus é um Deus de misericórida (Lc 1:50) e essa virtude deve ser encontrada também nos discípulos de Jesus (Mt 9:13; 12,7; 18,23-35; Lc 6:36; 10,37).
Autor: César Vidal Manzanares
Moisés
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.
A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.
O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).
J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...
Autor: César Vidal Manzanares
Quem é quem na Bíblia?
Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.
Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).
O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).
Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).
O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).
A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.
A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).
Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)
Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).
A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).
Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).
O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!
Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num 36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo 3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20 – Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10 – At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21 – At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa. Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas. Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.
ma·tar
-
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo
1.
Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).
2.
Abater (reses).
3.
Causar aflição ou sofrimento a.
=
AFLIGIR
4.
[Brasil]
[Jogos]
Meter a bola de bilhar no buraco.
verbo transitivo
5.
Causar grande dano ou prejuízo a.
=
ARRUINAR
6.
Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação).
=
DESTRUIR
7.
Causar grande sofrimento a.
=
AFLIGIR, MORTIFICAR
8.
Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).
9.
Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).
10.
Fazer desaparecer.
=
EXTINGUIR
11.
Saciar (ex.: matar a sede).
12.
Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).
13.
Levar à exaustão; causar grande cansaço.
14.
Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).
15.
[Brasil, Informal]
Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).
16.
[Informal]
Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).
17.
[Futebol]
Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).
18.
[Angola, Informal]
Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.
verbo pronominal
19.
Tirar a própria vida.
=
SUICIDAR-SE
20.
FiguradoSacrificar-se, cansar-se.
21.
FiguradoEntregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).
a matar Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).
ma·tar
-
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo
1.
Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).
2.
Abater (reses).
3.
Causar aflição ou sofrimento a.
=
AFLIGIR
4.
[Brasil]
[Jogos]
Meter a bola de bilhar no buraco.
verbo transitivo
5.
Causar grande dano ou prejuízo a.
=
ARRUINAR
6.
Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação).
=
DESTRUIR
7.
Causar grande sofrimento a.
=
AFLIGIR, MORTIFICAR
8.
Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).
9.
Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).
10.
Fazer desaparecer.
=
EXTINGUIR
11.
Saciar (ex.: matar a sede).
12.
Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).
13.
Levar à exaustão; causar grande cansaço.
14.
Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).
15.
[Brasil, Informal]
Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).
16.
[Informal]
Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).
17.
[Futebol]
Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).
18.
[Angola, Informal]
Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.
verbo pronominal
19.
Tirar a própria vida.
=
SUICIDAR-SE
20.
FiguradoSacrificar-se, cansar-se.
21.
FiguradoEntregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).
a matar Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).
12.
Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).
nome masculino
13.
Acto de morrer.
14.
Morte.
mor·to
|ô|
|ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino
1.
Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida.
=
DEFUNTO, FALECIDO
≠
VIVO
adjectivo
adjetivo
2.
Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).
≠
VIVO
3.
Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta).
=
PARADO
≠
ACTIVO, MOVIMENTADO
4.
Que não tem vigor.
=
DEBILITADO, ENFRAQUECIDO
≠
FORTE, ROBUSTO, VIGOROSO
5.
Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas).
=
DESUSADO, OBSOLETO
6.
Que já não se fala (ex.: língua morta).
≠
VIVO
7.
Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta).
=
DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDO
≠
BRILHANTE, COLORIDO, VIVO
8.
Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto).
=
INEXPRESSIVO, INSÍPIDO
≠
EXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO
9.
Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas).
=
MURCHO, SECO
≠
VIÇOSO
10.
Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar).
=
ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO
11.
Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto).
=
APAGADO, EXTINTO
≠
ACESO
12.
FiguradoExtremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar).
=
EXAUSTO
não ter onde cair morto
[Informal]
Ser muito pobre.
nem morto
[Informal]
De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).
Plural: mortos |ó|.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS
V. NECROMANCIA.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Mosquito
Dicionário Comum
substantivo masculinoZoologia Nome comum dos insetos dípteros do gênero culex, de que há grande número de espécies. Diamante miúdo, de menos de um grão. [Popular] Brincadeira de mau gosto que consiste em espetar sorrateiramente na vítima um pedacinho de pau, geralmente um palito de fósforo, e depois acendê-lo para que a pontinha da brasa cause uma sensação de picada; mosquitinho; mutuca. [Brasil: Nordeste] Busca-pé sem bomba; bicha de rabear. (MG) Mosca de qualquer espécie.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
vem do Espanhol mosquito, diminutivo de mosca.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Multidão
Dicionário Comum
substantivo femininoAgrupamento de pessoas, de animais ou de coisas. Grande número de; montão: multidão de roupa para passar! Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar. Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho. Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.
Fonte: Priberam
Nome
Dicionário da Bíblia de Almeida
Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18 v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoDenominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém. A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria. Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome. Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome. Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade. Apelido; palavra que caracteriza alguém. Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo. Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura. Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos. Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24 – Êx 2:22 – Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
Fonte: Dicionário Adventista
Nunca
Dicionário Comum
advérbioJamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido. De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo. De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa! Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca? Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.
Fonte: Priberam
Não
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
Obras
Dicionário da FEB
As obras que construímos na Terra são raízes profundas de nossa alma, retendo nosso coração no serviço. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
6.
Expulsar os excrementos pelo ânus.
=
DEFECAR, EVACUAR
o·bra (latim opera, -ae, trabalho manual)
nome feminino
1.
Produto de um agente.
2.
Produção intelectual.
3.
Manifestação dos sentimentos.
4.
Edifício em construção.
5.
Compostura, conserto.
6.
Qualquer trabalho.
7.
[Informal]
Tarefa ou empresa difícil e custosa (ex.: acabar isto foi obra!).
8.
[Popular]
Tramóia; malícia.
obra de Cerca de (ex.: o caminho até lá é obra de 7 quilómetros).
=
APROXIMADAMENTE, QUASE
obra de arte Artefacto, objecto ou construção que é considerado com valor estético ou artístico.
[Pouco usado]
Designação dada a pontes, aquedutos, viadutos, túneis ou qualquer outro tipo de estrutura necessária à construção de estradas.
obra de fancaria Trabalho pouco esmerado, feito à pressa, tendo-se apenas em vista o lucro.
obras mortas
[Náutica]
Parte de uma embarcação que não se encontra submersa, acima da linha de água.
obras vivas
[Náutica]
Parte de uma embarcação que se encontra submersa, entre o lume de água e a quilha.
Fonte: Priberam
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Obras A obra fundamental de Jesus é sua morte na cruz em favor dos homens (Jo 17:4) e através da qual o Pai se revela (Jo 14:9ss.). Jesus deixa bem claro quais são as boas obras e quais não são (Jo 3:19-21). A obra de Deus — que exige de cada pessoa para sua salvação — é que creia em Jesus (Jo 6:29. Comp.com Jo 12:36ss.; 3,16-17; 5,24 etc.).
ofertas. f. 1. Ação de oferecer(-se); oferecimento. 2. Oblação, oferenda. 3. Retribuição de certos atos litúrgicos. 4. Dádiva. 5. Promessa. 6. Co.M Produto exposto a preço menor, como atrativo à freguesia.
Fonte: Priberam
Omitir
Dicionário Comum
verbo pronominal Não se manifestar nem agir; deixar de se expressar da maneira como se espera: omitiu-se diante dos questionamentos do professor. verbo transitivo direto e bitransitivoNão dizer nem escrever; deixar de fazer alusão a: no testamento, omitia os filhos; no relatório, omitiu os gastos. verbo transitivo direto Fazer com que seja postergado; preterir: na carta, omitiu a razão de sua desistência. Não se importar com; ser indiferente a: omitiu os motivos da separação. [Jurídico] Não declarar algo que pode prejudicar o cumprimento de um dever jurídico: omitiu os bens na declaração do imposto de renda. Não demonstrar cuidado com; negligenciar: omitia os seus deveres e foi despedido. Etimologia (origem da palavra omitir). Do latim omittere.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
suprimir, cortar, elidir, eliminar, cancelar. – Omite-se alguma coisa quando se deixou de indicá-la, de incluí-la, de mencioná-la. Suprime-se alguma coisa quando se retira essa coisa do lugar em que estava com outras. – Corta-se quando se suprime separando, rescindindo, como destacando porção de alguma coisa por meio de instrumento de gume. Elide-se quando se suprime para abreviar. – Elimina-se quando se risca, se põe fora, se exclui ou se faz sair. – Cancela-se quando se risca, e se apaga, para que não tenha efeito, para que fique como se nunca tivesse existido. – Contou-me a história omitindo o nome do herói. – Suprimiu da relação o nome do mais digno. – Cortou do artigo muita coisa inútil. – Elidiu da frase aquela letra. – Foi eliminado do clube por indigno. – Cancelou-se a nota por injusta.
Fonte: Dicio
Ossos
Dicionário Comum
osso
| s. m.
| s. m. pl.
os·so
|ô|
|ô|
(latim ossum, -i)
nome masculino
1.
Parte dura e sólida que forma a armação do corpo dos vertebrados.
2.
Cada um dos fragmentos ou partes dessa armação.
3.
FiguradoDificuldade, contrariedade.
4.
[Brasil, Informal]
Namorada, amante ou esposa.
5.
O que há de desagradável em alguma coisa.
ossos
nome masculino plural
6.
Restos mortais.
7.
[Informal]
As mãos (ex.: deixe-me apertar esses ossos).
8.
[Informal]
O corpo.
em osso Em pêlo; sem arreios.
Que só tem as paredes.
osso da sorte
[Informal]
Osso em forma de forquilha pequena, que corresponde, no esqueleto das aves, à fusão das duas clavículas.
=
FÚRCULA
osso de correr Osso de tutano.
osso duro de roer Coisa ou pessoa muito difícil.
osso inominado Osso ilíaco.
osso marsupial
[Anatomia]
Lâmina óssea no fundo da cavidade cotilóide do osso ilíaco.
ossos da suã Os ossos do espinhaço do porco.
ossos do ofício Conjunto dos problemas ou desvantagens inerentes a uma função ou a uma actividade.
osso zigomático
[Anatomia]
Cada um dos dois ossos salientes da face, abaixo dos olhos, que forma a zona da bochecha e parte da órbita ocular; cada um dos dois ossos das maçãs do rosto.
=
MALAR, ZIGOMA
Plural: ossos |ó|.
Fonte: Priberam
Ouro
Dicionário Comum
substantivo masculino[Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au. Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro. Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro! Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro. substantivo masculino pluralUm dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha. expressãoCoração de ouro. Coração generoso. Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência. Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei. Ouro fino. Ouro sem liga. Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza. Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre. Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro. Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros. Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro. Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade. Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Bíblico
o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36:34-38 – 1 Rs 7.48 a 50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (Jó 28:16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27:22-23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3:1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (Mt 2:11). Jesus ordena a seus discípulos que não o levem consigo (Mt 10:9) e censura os que o sobrepõem — por seu valor material — às coisas espirituais, pois só estas podem acompanhá-los (Mt 23:16ss.).
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12
Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46
[...] [Os pais são os] primeiros professores [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
País
Dicionário Comum
substantivo masculinoLocal de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil. Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares. Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região. Reunião das pessoas que habitam uma nação. Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio. Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas. Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoLocal de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil. Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares. Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região. Reunião das pessoas que habitam uma nação. Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio. Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas. Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.
1.
Cria de galinha, recém-nascida ou que ainda tem o corpo coberto de penugem, sem penas.
=
PINTAINHO
2.
[Numismática]
Antiga moeda portuguesa equivalente a 480 réis.
3.
[Brasil, Informal]
Órgão sexual masculino.
=
PÉNIS
Fonte: Priberam
Prato
Dicionário Comum
substantivo masculinoUtensílio de forma geralmente circular onde se serve a comida à mesa. Por Extensão A própria comida. Cada uma das conchas da balança ordinária onde se põem os pesos e os objetos que se vão pesar. Pôr tudo em pratos limpos, esclarecer um assunto.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
’o que mete comigo a mão no prato’ (Mt 26:23 – Mc 14:20), disse Jesus na última ceia, referindo-se a Judas. os convivas tomavam o alimento com os dedos. Cada pessoa partia um pedacinho de pão, e metia-o no prato, levando-o depois à boca com qualquer comida que apanhava, carne ou outro alimento.
Fonte: Dicionário Adventista
Praças
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Pretexto
Dicionário da Bíblia de Almeida
Pretexto Razão falsa que é dada para esconder o motivo real; desculpa (1Pe 2:16), RA).
1.
Que precede a todos (na série do tempo, do lugar ou da ordem).
2.
O mais antigo.
3.
Anterior, primitivo.
4.
O melhor e mais notável.
5.
O mais rico e opulento.
6.
Essencial, fundamental, principal.
7.
Inicial, rudimentar.
nome masculino
8.
O que está em primeiro lugar (no espaço ou no tempo).
9.
Indica aquele de vários indivíduos de quem se falou antes dos outros.
advérbio
10.
Antes de tudo.
11.
Antes de todos; na dianteira de todos; em primeiro lugar.
de primeiro Primeiramente, antes de tudo ou de todos.
primeiro que Antes que.
pri·mei·ra (feminino de primeiro)
nome feminino
1.
A sílaba ou palavra simples por onde começa o vocábulo que faz o objecto de uma charada.
2.
[Música]
Primeira e mais delgada das cordas ede alguns intrumentos como guitarra, viola ou violino.
=
PRIMA
à primeira Logo à primeira vez; logo no princípio; à primeira vista ou à tentativa inicial (ex.: o carro não arrancou à primeira).
de primeira De boa qualidade.
[Informal]
O mesmo que de primeira.
Fonte: Priberam
Primeiro
Dicionário Comum
adjetivoQue precede os outros no tempo, no lugar e na ordem. O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe. Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades. Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos. Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho. Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei. [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira. advérbioAnterior a qualquer outra coisa; primeiramente. substantivo masculinoAlgo ou alguém que está à frente dos demais. numeralNuma sequência, o número inicial; um. Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue precede os outros no tempo, no lugar e na ordem. O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe. Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades. Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos. Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho. Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei. [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira. advérbioAnterior a qualquer outra coisa; primeiramente. substantivo masculinoAlgo ou alguém que está à frente dos demais. numeralNuma sequência, o número inicial; um. Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.
1.
Que precede a todos (na série do tempo, do lugar ou da ordem).
2.
O mais antigo.
3.
Anterior, primitivo.
4.
O melhor e mais notável.
5.
O mais rico e opulento.
6.
Essencial, fundamental, principal.
7.
Inicial, rudimentar.
nome masculino
8.
O que está em primeiro lugar (no espaço ou no tempo).
9.
Indica aquele de vários indivíduos de quem se falou antes dos outros.
advérbio
10.
Antes de tudo.
11.
Antes de todos; na dianteira de todos; em primeiro lugar.
de primeiro Primeiramente, antes de tudo ou de todos.
primeiro que Antes que.
Fonte: Priberam
Prosélito
Dicionário Comum
substantivo masculinoPessoa que passou a fazer parte de uma seita, um partido; adepto. Religião Pessoa que se converteu ao judaísmo ou a qualquer outra religião. Antigo Quem abdicava de sua fé para adotar a religião judaica; convertido. Etimologia (origem da palavra prosélito). Do grego prosélytos, estrangeiro naturalizado.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Um estrangeiro. Era o nome que os judeus davam àqueles que não eram judeus por nascimento, mas que vinham viver no seu país, colocando-se sob a proteção do Senhor – e também eram chamados prosélitos os que abraçavam a religião judaica em outras terras. No N.T. algumas vezes se lhes dá o nome de prosélitos, e outras vezes o de ‘piedosos, tementes a Deus’ (At 2:10 – 10.2,22 – 13 16:43). Mais tarde os judeus distinguiam duas espécies de prosélitos: Prosélitos da Porta, que habitavam na Terra Santa, ou mesmo fora dali – os quais, sem circuncisão ou qualquer cerimônia da Lei, prestavam culto a Deus, e observavam as regras de Noé. E estas eram: (1). abster-se da idolatria – (2). da blasfêmia – (3). do assassinato – (4). do adultério – (5). do roubo – (6). nomear juizes justos e íntegros – (7). não comer a carne cortada de qualquer animal estando este vivo. os privilégios de que gozavam os prosélitos da Porta eram: pela sua vida santa podiam ter esperança da vida eterna, e concedia-se-lhes habitarem na Palestina, partilhando a sua prosperidade. Prosélitos da Justiça eram aqueles que se convertiam ao Judaísmo, depois de um cuidadoso exame, e se circuncidavam, observando toda a lei de Moisés.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Prosélito GENTIO que segue a religião judaica (Mt 23:15); (At 13:43).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Prosélito Gentio convertido ao judaísmo. Em termos rabínicos, era um “nascido de novo” e estava obrigado a guardar toda a Lei. Jesus criticou asperamente o proselitismo fariseu (Mt 23:15), que levava a pessoa não tanto a uma conversão ao Deus de Israel mas às doutrinas dos fariseus e ao que elas tinham de censuráveis. Para Jesus, o novo nascimento não se limitava aos pagãos: era extensivo a toda a humanidade.
1. Pai de Saul, o primeiro rei deisrael (1 Sm 9 – 2 Sm 21.14). 2. indivíduo de Benjamim (1 Cr 9.36). 3. Benjamita, que foi bisavô de Mordecai (o primo da rainha Ester). Foi levado cativo para Babilônia pela mesma ocasião em que o rei Joaquim o foi (Et 2:5). 4. Merarita, da casa de Mali, da tribo de Levi (1 Cr 23.21, 22 – 24.28, 29). A frase ‘Quis, filho de Ad’ (2 Cr 29.12), indica mais a casa levítica ou qualquer ramo sob o seu chefe, do que um indivíduo.
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
1. Um dos filhos de Jeiel e sua esposa Maaca. Foi um dos ancestrais de Quis, pai de Saul; é mencionado em I Crônicas 8:29-30 (cf. 1Cr 9:35).
2. Pai do rei Saul, da tribo de Benjamim (1Cr 8:33-1Cr 9:39; 1Cr 12:1-1Cr 26:28). Era um homem “forte e valoroso”, filho de Abiel (1Sm 9:1-1Sm 10:11-21; 1Sm 14:51). Após sua morte, Quis foi sepultado em Zela, no território de Benjamim (2Sm 21:14). Numa ocasião, ele perdeu algumas de suas jumentas e enviou seu filho Saul para procurá-las, o qual percorreu toda região (1Sm 9:3). A busca fracassou e Saul foi incentivado pelo seu servo a consultar Samuel, o “homem de Deus”. As jumentas foram recuperadas, mas aquele encontro entre Saul e Samuel foi o primeiro de muitos outros e o profeta o ungiu rei de Israel (1Sm 9:19-20; 1Sm 10:1; At 13:21).
3. Um levita do clã de Merari; filho de Mali e pai de Jerameel (1Cr 23:21-22; 1Cr 24:29).
4. Outro levita do clã dos meraritas. Viveu na época do rei Ezequias, de Judá, e talvez descenda do personagem do item anterior. Foi chamado para fazer parte da equipe que trabalhou na purificação do Templo, durante o avivamento ocorrido no reinado de Ezequias (2Cr 29:12).
5. Benjamita, foi bisavô de Mordecai, que, junto com a rainha Ester, foi responsável pela preservação do povo judeu (Et 2:5). P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Rabi
Dicionário Comum
substantivo masculinoReligião Líder espiritual de uma congregação ou comunidade de origem judaica, que professa o judaísmo como religião. Pessoa que conhece ou entende profundamente da religião judaica. Etimologia (origem da palavra rabi). Do hebraico rabbi, "mestre, doutor".
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Título de honra, que significa ‘Mestre’, e que era empregado pelos judeus, sendo muitas vezes esse o tratamento dado a Jesus (Mt 23:7-8 – 26.25,49 – Mc 9:5 – 11.21 – 14.45 – Jo 1:38-49 – 3.2,26 – 4.31 – 6.25 – 9.2 – 11.8). “Rab”, na sua significação de grande, entra na composição de muitos nomes de altos cargos.
(Heb. “meu senhor”, “meu mestre”, etc.; rab significa “grande”). Vocábulo usado apenas no Novo Testamento, embora a raiz rab ocorra ocasionalmente no Antigo Testamento como uma demonstração de respeito por alguém que ocupa um cargo oficial. Gradativamente, o termo foi usado apenas para os mestres e líderes religiosos entre os judeus.
Jesus deu estritas instruções aos discípulos para que não fossem chamados de “Rabi”, com o intuito de informar que era um título que gerava orgulho. “Vós, porém, não sereis chamados Rabi, pois um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos” (Mt 23:8). Esta era uma das mais importantes lições que Cristo tinha para ensinar aos discípulos sobre a constituição do Reino de Deus. Os membros deste reino não deviam buscar posição privilegiada.
Em várias ocasiões Jesus foi chamado de “Rabi”, em sinal de respeito (Mc 9:5; Mc 10:51; Mc 1:49; Mc 3:2; etc.), embora em outras situações houve esse também um senso de ironia no seu uso, como na atitude de Judas 1scariotes (Mt 26:25-49). Quando dois dos discípulos de João referiram-se a Jesus como “Rabi”, o Batista interpretou o termo para sua audiência como “professor” (Jo 1:38). João Batista também foi respeitosamente chamado dessa maneira (Jo 3:26). Lucas não usa de maneira alguma tal vocábulo, pois substitui os termos “mestre” ou “senhor” por outros. P.D.G.
Termo popular de insulto, significando ‘vil’, ‘desprezível’ (Mt 5:22). Está em estreita conexão com a palavra ‘rekim’, que em Juízes (11,3) se acha traduzida por ‘homens levianos’. os rabinos ensinavam que o uso de tal expressão era quase tão grande crime como o assassinato.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Raca Palavra ARAMAICA que quer dizer “Você não presta!” (Mt 5:22, RC).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Raca Palavra aramaica de etimologia duvidosa (vazio?), que transmite a idéia de imoral ou tolo. Jesus a considera um grave insulto cujo uso é indigno de seus discípulos (Mt 5:22).
Autor: César Vidal Manzanares
Rapina
Dicionário Comum
substantivo femininoAto de roubar astuciosa e violentamente; rapinação. Ato de pegar com violência (uma presa). O que é assim tomado: viver de rapina. Figurado Roubo à mão armada; pilhagem, extorsão. expressãoAve de Rapina. Ave carnívora, relativamente grande, com bico adunco e garras muito potentes; abutre. Etimologia (origem da palavra rapina). Do latim rapina.ae.
substantivo femininoCategorização que pretende classificar os seres humanos, pautando-se em caracteres físicos e hereditários. Grupo de indivíduos cujos caracteres biológicos são constantes e passam de uma geração para outra: raça branca, raça negra etc. Sucessão de ascendentes e descendentes de uma família, um povo; geração, descendência, linhagem: raça de Davi. Subdivisão de uma espécie: raças humanas. [Popular] Desejo intenso, constante de quem busca algo e não desiste com facilidade daquilo que quer: o jogador ganhou na raça! Figurado Categoria de pessoas da mesma profissão, de inclinações comuns; classe: os agiotas constituem má raça. expressãoAnimal de raça. Animal de boa origem. Etimologia (origem da palavra raça). Do latim ratio, "espécie".
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoCategorização que pretende classificar os seres humanos, pautando-se em caracteres físicos e hereditários. Grupo de indivíduos cujos caracteres biológicos são constantes e passam de uma geração para outra: raça branca, raça negra etc. Sucessão de ascendentes e descendentes de uma família, um povo; geração, descendência, linhagem: raça de Davi. Subdivisão de uma espécie: raças humanas. [Popular] Desejo intenso, constante de quem busca algo e não desiste com facilidade daquilo que quer: o jogador ganhou na raça! Figurado Categoria de pessoas da mesma profissão, de inclinações comuns; classe: os agiotas constituem má raça. expressãoAnimal de raça. Animal de boa origem. Etimologia (origem da palavra raça). Do latim ratio, "espécie".
Fonte: Priberam
Reino
Dicionário da Bíblia de Almeida
Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.
G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoNação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca. Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha. Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem. Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira! [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista . [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral. [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente. expressãoReligião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus. Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu. Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.
Fonte: Priberam
Rigoroso
Dicionário Comum
rigoroso (ô), adj. 1. Cheio de rigor; que mostra rigor; que procede com rigor; austero, rude, severo. 2. Exigente em excesso. 3. Cruel, desumano. 4. Difícil de suportar-se; áspero. 5. Feito com todo o rigor. 6. Exato, preciso. 7. Escrupuloso, minucioso.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue mostra ou dá prova de rigor, de força, rijeza, dureza. Que expressa exatidão, precisão; exato, preciso: raciocínio rigoroso. Que demonstra intransigência, severidade; intransigente, austero, exigente. De natureza dura, inflexível; rude: castigo rigoroso. Com crueldade, impiedade; cruel, desumano, impiedoso: destino rigoroso. Difícil de aguentar; que é insuportável: inverno rigoroso. Repleto de escrúpulo, detalhe, minúcia; escrupuloso, minucioso: inquérito rigoroso. Etimologia (origem da palavra rigoroso). Do latim rigorosus, "com rigor".
Fonte: Priberam
Saber
Dicionário Comum
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivoTer conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha. verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar. Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer. Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios. Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios. verbo transitivo direto predicativoJulgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado. verbo transitivo indireto e intransitivoSentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo. substantivo masculinoConjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber. Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivoTer conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha. verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar. Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer. Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios. Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios. verbo transitivo direto predicativoJulgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado. verbo transitivo indireto e intransitivoSentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo. substantivo masculinoConjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber. Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário da FEB
Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância. Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 22
O saber é qual árvore de crescimento demorado: todos os anos lhe caem as folhas que serviram para sua nutrição; ela, porém, se mostra, lenta mas firmemente, aumentada na altura e na grossura. [...] Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 13
[...] saber é duvidar, porque é apreender que nada se sabe. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão
[...] O saber, no seu verdadeiro e reto uso, é a mais nobre e mais poderosa aquisição dos homens. [...] Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14
[...] Quantas criaturas há, no meio espírita, que não têm condições de fazer amplos estudos da Doutrina, talvez até desconheçam os mais credenciados autores de nossa leitura e, no entanto, vivem a Doutrina pelo exemplo... Pode ser que não tenham estrutura intelectual para dissertar sobre uma tese espírita, mas absorvem o pensamento da Doutrina às vezes muito mais do que gente intelectualizada. E entre elas, não poderá haver Espíritos que já trazem muito conhecimento de outras vidas? Parece que sim. Tudo nos conduz afinal o raciocínio a um ponto de remate: também na seara espírita, como em qualquer seara do conhecimento, o saber da erudição e da pesquisa é necessário, tem o seu inegável valor. Mas o saber daqueles que não são cultos perante os valores intelectuais e, no entanto, vivem a Doutrina através da experiência cotidiana, é claro que têm muita autoridade pelo exemplo! Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
Fonte: febnet.org.br
Sangue
Dicionário Comum
substantivo masculinoLíquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração. Por Extensão Seiva; sumo ou líquido que, num vegetal, circula no interior do seu organismo. Figurado Família; quem compartilha a mesma descendência ou hereditariedade. Figurado A existência; a ação de permanecer vivo: deram o sangue pela causa! Figurado Vigor; energia, força e vitalidade: a empresa contratou sangue novo. Figurado Violência; excesso de confrontos físicos; em que há morte: só se via sangue naquele espetáculo. Por Extensão Menstruação; eliminação mensal de sangue proveniente do útero. [Teologia] A natureza, contrapondo-se à graça. Etimologia (origem da palavra sangue). Do latim sanguen.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4:10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9:4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17:10-12), e tratada pela igreja cristã (At 15:20-29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12:7-13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9:10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5:9 – Ef 1:7 – Cl 1:20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7 – Ap 1:5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes 1Co 15:50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1:16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17:8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
[...] é, provavelmente, o veículo da vida e, assim sendo, concebe-se que o corpo espiritual carregue consigo elementos vitais. [...] Referencia: WYLM, A• O rosário de coral: romance baseado na fenomenologia psíquica• Trad• de Manuel Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - pt• 2
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Sangue 1) Líquido que circula no coração, artérias e veias, contendo em si a vida (Gn 9:4)
Sangue Símbolo da vida. Os sacrifícios do Antigo Testamento exigiam, na maior parte, o derramamento de sangue (Lv 17:10-14; Dt 12:15-16); também seu aproveitamento — incluindo animais não dessangrados — era proibido aos israelitas, mas não aos gentios que viviam entre eles (Dt 12:16-24; 14,21). A expressão carne e sangue refere-se ao ser humano em sua condição terrena (Mt 16:17). O sangue de Jesus — derramado pela humanidade (Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20) — é o fundamento sobre o qual se obtém o perdão dos pecados.
L. Morris, The Cross...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...
Autor: César Vidal Manzanares
Santuário
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Santuário O edifício do Templo (naos, em grego) considerado lugar santo (Mt 23:16; 27,40).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoA parte secreta do templo judaico de Jerusalém. Parte da igreja onde está o altar-mor. Edifício consagrado às cerimônias de uma religião. Capela onde são guardadas e veneradas relíquias de vários santos. Figurado Asilo sagrado e inviolável; sede de nobres sentimentos; o que há de mais íntimo: o santuário da sua alma.
Lugar consagrado a Deus, e emprega-se o termo a respeito da Terra Prometida (Êx 15:17 – Sl 78:54), do tabernáculo (Êx 25:8 – 36.1), do lugar santo (Lv 4:6), do templo (1 Cr 22.19), da habitaçâo de Deus (Sl 102:19), e de um refúgio (is 8:14).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Todos os santuários consagrados a Deus são refúgios da Luz Divina. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Fonte: febnet.org.br
Senhor
Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29 – At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor 1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.
2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.
Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).
Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.
W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoProprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto. História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal. Pessoa nobre, de alta consideração. Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você. Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas. Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si. Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui. Pessoa distinta: senhor da sociedade. Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas. Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos. Antigo O marido em relação à esposa. adjetivoSugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel! Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
[...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5
[...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade. Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8
[...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
verbo predicativoPossuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar. Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz. Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris. verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será. Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários. verbo predicativo e intransitivoPossuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja. Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso? Existir: era uma vez um rei muito mau. Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe. verbo predicativo e auxiliarUne o predicativo ao sujeito: a neve é branca. Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos. Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas. Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo. Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado. substantivo masculinoPessoa; sujeito da espécie humana. Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário. A sensação ou percepção de si próprio. A ação de ser; a existência. Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.
Fonte: Priberam
Sera
Dicionário Bíblico
abundância
Fonte: Dicionário Adventista
Serpentes
Dicionário Comum
substantivo masculino pluralTríbo indígena da América do Norte.
Fonte: Priberam
Servo
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29 – Tt 1:1 – Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1 – Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)
3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Será
Quem é quem na Bíblia?
(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).
Autor: Paul Gardner
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor. Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico. Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem. Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor. Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico. Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem. Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam
Sois
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros. Não confundir com: sóis. Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam
Suportar
Dicionário Comum
suportar v. tr. dir. 1. Sustentar o peso de, ter sobre si. 2. Sofrer com paciência. 3. Fazer face a, resistir à ação enérgica de, ser firme diante de. 4. Acomodar-se a, admitir, achar tolerável. 5. Estar à prova de: S. críticas.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Resistir; aguentar algo doloroso; manter-se firme diante de uma situação desfavorável: suportava a dor; suportou a pobreza. P.met. Tolerar; aceitar sem se opor: suportou as injúrias e não disse nada! Aguentar; não ceder ao que está sobre: a coluna suporta o telhado. Ter capacidade para transportar ou segurar: o caminhão suporta 200 quilos. verbo transitivo direto e pronominalAturar-se; ter um convívio pacífico: suportava o colega chato; nunca se deram bem, mas se suportavam. Etimologia (origem da palavra suportar). Do latim supportare.
Fonte: Priberam
São
Dicionário Comum
adjetivoQue se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são. Que não está estragado: esta fruta ainda está sã. Que contribui para a saúde; salubre: ar são. Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã. Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são. Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo. Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs. Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs. substantivo masculinoParte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém. Aquele que está bem de saúde; saudável. Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca). Condição do que está completo, perfeito. expressãoSão e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo! Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um. substantivo masculinoForma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito! Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são. Que não está estragado: esta fruta ainda está sã. Que contribui para a saúde; salubre: ar são. Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã. Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são. Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo. Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs. Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs. substantivo masculinoParte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém. Aquele que está bem de saúde; saudável. Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca). Condição do que está completo, perfeito. expressãoSão e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo! Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um. substantivo masculinoForma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito! Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
sãoadj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.
Fonte: Priberam
Sô
Dicionário Comum
substantivo masculinoSenhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco. Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada. Não confundir com: só. Etimologia (origem da palavra sô). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoSenhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco. Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada. Não confundir com: só. Etimologia (origem da palavra sô). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.
Templo Santuário destinado ao culto divino. No judaísmo, estava situado em Jerusalém. O primeiro foi construído por Salomão, em torno de 950 d.C., e substituiu o tabernáculo portátil e os santuários locais. Levantado sobre o monte do templo, identificado como o monte Moriá, tinha uma superfície de 30x10x15m aproximadamente. Entrava-se por um pórtico ladeado por dois pilares de bronze denominados Jaquin e Booz e, em seu interior, havia um vestíbulo (ulam), uma sala principal (hekal) e o Santíssimo (Debir), ao qual só o Sumo Sacerdote tinha acesso uma vez por ano, no dia de Yom Kippur. Dentro do Templo, destinado às tarefas do culto, estavam o altar para os sacrifícios, a arca e os querubins, a menorah de ouro e a mesa para a exposição do pão.
Os sacerdotes ou kohanim realizavam o culto diário no Hekal, existindo no pátio do Templo exterior uma seção reservada para eles (ezrat cohanim). Nos outros dois pátios havia lugar para os homens (ezrat 1srael) e para as mulheres de Israel (ezrat nashim). Esse Templo foi destruído no primeiro jurbán.
Reconstruído depois do regresso do exílio babilônico (c. 538-515 a.C.), passou por uma ambiciosa remodelação feita por Herodes (20 a.C.), que incluía uma estrutura duplicada da parte externa. Durante esse período, o Sumo Sacerdote desfrutou de considerável poder religioso, qual uma teocracia, circunstância desastrosa para Israel à medida que a classe sacerdotal superior envolvia-se com a corrupção, o roubo e a violência, conforme registram as próprias fontes talmúdicas.
Destruído no ano 70 pelos romanos, dele apenas restou o muro conhecido por Muro das Lamentações. A sinagoga viria a suprir, em parte, o Templo como centro da vida espiritual.
Jesus participou das cerimônias do Templo, mas condenou sua corrupção (Mt 5:23ss.; 12,2-7; 23,16-22; Lc 2:22-50). Anunciou sua destruição (Mt 23:38ss.; 24,2; 26,60ss.; 27,39ss.), o que não pode ser considerado “vaticinium ex eventu” já que, entre outras razões, está registrado em Q, que é anterior a 70 d.C. Essa destruição, prefigurada pela purificação do Templo (Mt 21:12ss. e par.), aconteceria por juízo divino. O episódio recolhido em Mt 27:51 e par. — que, curiosamente, conta com paralelos em alguma fonte judaica — indica que a existência do Templo aproximava-se do seu fim.
J. Jeremias, Jerusalén...; A. Edersheim, El Templo...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da FEB
[...] O templo é a casa onde se reúnem os que prestam culto à divindade. Não importa que se lhe chame igreja, mesquita, pagode ou centro. É sempre o local para onde vão aqueles que acreditam no Criador e que em seu nome se agregam, se unem, se harmonizam. Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•
Templo de fé é escola do coração. Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Templo de fé
Templo é o Universo, a Casa de Deus tantas vezes desrespeitada pelos desatinos humanos. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Desvios da fé
A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 65
O templo é obra celeste no chão planetário objetivando a elevação da criatura [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Templo Edifício construído no monte Moriá, em Jerusalém, no qual estava centralizado o culto a Javé em Israel. Substituiu o TABERNÁCULO. O primeiro Templo foi construído por Salomão, mais ou menos em 959 a.C., e destruído pelos babilônios em 586 a.C. (2Rs 25:8-17). O Templo propriamente dito media 27 m de comprimento por 9 de largura por 13,5 de altura. Estava dividido em duas partes: o LUGAR SANTÍSSIMO (Santo dos Santos), que media 9 m de comprimento, e o LUGAR SANTO, que media 18 m. Encostados nos lados e nos fundos do Templo, havia três andares de salas destinadas a alojar os sacerdotes e servir como depósito de ofertas e de objetos. Na frente havia um PÓRTICO, onde se encontravam duas colunas chamadas Jaquim e Boaz. No Lugar Santíssimo, onde só o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, ficava a ARCA DA ALIANÇA, cuja tampa era chamada de PROPICIATÓRIO. No Lugar Santo, onde só entravam os sacerdotes, ficavam o ALTAR de INCENSO, a mesa dos PÃES DA PROPOSIÇÃO e o CANDELABRO. Do lado de fora havia um altar de SACRIFÍCIOS e um grande tanque de bronze com água para a purificação dos sacerdotes. Em volta do altar estava o pátio (ÁTRIO) dos sacerdotes (1Rs 5—7; a NTLH tem as medidas em metros). A construção do segundo Templo foi feita por Zorobabel. Começou em 538 a.C. e terminou em 516 a.C., mais ou menos (Ed 6). O terceiro Templo foi ampliado e embelezado por Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. Jesus andou pelos seus pátios (Jo 2:20). As obras só foram concluídas em 64 d.C. Nesse Templo havia quatro pátios: o dos sacerdotes, o dos homens judeus, o das mulheres judias e o dos GENTIOS. No ano 70, contrariando as ordens do general Tito, um soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. No seu lugar está a mesquita de Al Acsa. O Templo da visão de Ezequiel é diferente dos outros (Ez 40—46).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoEdifício consagrado ao culto religioso; igreja. Local em que se realizam as sessões da maçonaria. Nome de uma ordem religiosa Ver templários. Figurado Lugar digno de respeito: seu lar é um templo.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Vamos fazer a descrição de trêstemplos em Jerusalém – o templo de Salomão – o templo reedificado sob a direção de Neemias – e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até ao mar, sendo depois feita a sua condução em navios até Jope, e deste porto de mar até Jerusalém, numa distância apenas de 64 km, mais ou menos (1 Rs 5.9). Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários. Havia 160.000 palestinos divididos em duas classes: a primeira compreendia israelitas nativos, dos quais 30:000, ou aproximadamente 1 por 44 da população vigorosa do sexo masculino, foram arregimentados para aquela obra numa ‘leva’. Estes homens trabalhavam em determinados espaços de tempo, funcionando 10.000 durante um mês, depois do que voltavam por dois meses para suas casas. A segunda classe de operários (1 Rs 5.15 – 2 Cr 2.17,18), era constituída por 150.000 homens, dos quais 70:000 eram carregadores, e 80.000 serradores de pedra. os da primeira dasse, sendo hebreus, eram trabalhadores livres, que trabalhavam sob a direção de inteligentes artífices de Hirão, ao passo que os da outra classe, que eram os representantes dos antigos habitantes pagãos da Palestina, eram realmente escravos (1 Rs 9.20,21 – 2 Cr 2.17,18 – 8.7 a 9). Além destes homens foram nomeados 3:300 oficiais (1 Rs 5.16), com 550 ‘chefes’ (1 Rs 9.23), dos quais 250 eram, na verdade, israelitas nativos (2 Cr 8.10). o contrato entre Salomão e Hirão era assim: Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, que haviam de receber certa quantidade de trigo batido, cevada, vinho e azeite (2 Cr 2,10) – ao passo que, enquanto os materiais para a edificação fossem requisitados, impunha Hirão, por esse beneficio, uma contribuição anual de 20.000 medidas de trigo, e 20 medidas do melhor azeite do mercado. A Fenícia dependia principalmente da Palestina para seu abastecimento de pão e azeite (Ez 27:17 – At 12:20). o mestre de obras, que o rei Hirão mandou, chamava-se Hirão-Abi, um homem que descendia dos judeus, pela parte da mãe (2 Cr 2.13,14). o templo estava voltado para o oriente – quer isto dizer que os adoradores, entrando pela parte oriental, tinham em frente o Lugar Santíssimo e olhavam para o ocidente – e, com efeito, sendo o véu desviado para o lado, a arca na parte mais funda do Santuário era vista, estando voltada para o oriente. Entrando, pois, pelo lado oriental, o crente achar-se-ia no vestíbulo, que ocupava toda a largura do templo, isto é, cerca de 9 metros, com uma profundidade de 10,5 metros. Propriamente o Santuário tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura, e 13,5 de altura – constava do Santo Lugar e do Santo dos Santos. Estas medições dizem respeito ao interior – se se quiser saber qual seria a área do templo, temos já de considerar para a avaliação as paredes e a cadeia circunjacente de construções laterais. Estas câmaras serviam para armazenagem dos vasos sagrados – também, talvez, de quartos de dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo. Era a entrada nessas câmaras por uma porta, que estava ao meio do frontispício do sul, de onde também havia uma escada de caracol que ia ter aos compartimentos superiores (1 Rs 6.8). As janelas do próprio templo, que deviam estar acima do telhado das câmaras, eram de grades, não podendo ser abertas (1 Rs 6.4). os objetos mais proeminentes no vestíbulo eram dois grandes pilares, Jaquim e Boaz, que Hirão formou por ordem de Salomão (1 Rs 7.15 a 22). Jaquim (‘ele sustenta’) e Boaz (‘nele há força’), apontavam para Deus, em Quem se devia firmar, como sendo a Força e o Apoio por excelência, não só o Santuário, mas também todos aqueles que ali realmente entravam. o vestíbulo dava para o Santo Lugar por meio de portas de dois batentes. Estas portas eram feitas de madeira de cipreste, sendo os seus gonzos de ouro, postos em umbrais de madeira de oliveira. Tinham a embelezá-las diversas figuras esculpidas de querubins entre palmeiras, e por cima delas botões de flor a abrir e grinaldas. Dentro do Santuário todos os móveis sagrados eram de ouro, sendo os exteriores feitos de cobre. o sobrado, as paredes (incrustadas, se diz, de pedras preciosas), e o teto eram cobertos de ouro. Tudo isto devia luzir com grande brilho à luz dos sagrados candelabros, sendo dez, e de ouro puro, os que estavam no Santo Lugar, cada um deles com sete braços: havia cinco do lado direito e cinco do lado esquerdo, em frente do Santo dos Santos (1 Rs 7.49). A entrada para o Santo dos Santos estava vedada por um véu ‘de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino’, e bordados nele se viam querubins (2 Cr 3.14). Entre os castiçais estava o altar do incenso, feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1 Rs 6.20,22 – 7,48) – e colocados à direita e à esquerda estavam dez mesas de ouro com os pães da proposição (2 Cr 4.8). os instrumentos necessários para o uso desta sagrada mobília eram, também, de ouro puro (1 Rs 7.49,50). Passava-se do Santo Lugar para o Santo dos Santos por portas de dois batentes, feitas de madeira de oliveira. Dentro do Santo dos Santos estava a arca, a mesma que tinha estado no tabernáculo. Salomão mandou pôr do lado setentrional da mesma arca e do lado do sul duas gigantescas figuras de querubim, esculpidas em madeira de oliveira, e revestidas de ouro. Cada um deles tinha a altura de 4,5 metros, e os dois com as suas asas estendidas, cobrindo o propiciatório, tinham a largura de 4,5 metros. Saía-se do vestíbulo para o átrio interior, ou ‘pátio dos sacerdotes’ (1 Rs 6.36 – 2 Cr 4.9). Era este um pavimento, formado de grandes pedras, como também o era o ‘pátio grande’ do povo (2 Cr 4.9). No ‘pátio dos sacerdotes’ estava o altar dos holocaustos (1 Rs 8.64), de bronze, com 4,5 metros de altura, sendo a base de 9 me
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Sinônimos
igreja (igrejório, igrejário, igrejinha, igrejola), basílica, ermida, capela, delubro, fano, edícula, santuário. – Segundo S. Luiz, “convêm estes vocábulos (os três primeiros) em exprimir a ideia genérica de lugar destinado para o exercício público da religião; mas com suas diferenças”. – Templo refere-se diretamente à divindade; igreja, aos fiéis; basílica, à magnificência, ou realeza do edifício. – Templo é propriamente o lugar em que a divindade habita e é adorada. – Igreja é o lugar em que se ajuntam os fiéis para adorar a divindade e render-lhe culto. Por esta só diferença de relações, ou de modos de considerar o mesmo objeto, vê-se que templo exprime uma ideia mais augusta; e igreja, uma ideia menos nobre. Vê-se ainda que templo é mais próprio do estilo elevado e pomposo; e igreja, do estilo ordinário e comum. Pela mesma razão se diz que o coração do homem justo é o templo de Deus; que os nossos corpos são templos do Espírito Santo, etc.; e em nenhum destes casos poderia usar-se o vocábulo igreja. – Basílica, que significa própria e literalmente “casa régia”, e que na antiguidade eclesiástica se aplicou às igrejas por serem casas de Deus, Rei Supremo do Universo – hoje se diz de algumas igrejas principais, mormente quando os seus edifícios são vastos e magníficos, ou de fundação régia. Tais são as basílicas de S. Pedro e de S. João de Latrão em Roma; a basílica patriarcal em Lisboa, etc. Quando falamos das falsas religiões, damos às suas casas de oração, ou o nome geral de templo, ou os nomes particulares de mesquita, mochamo, sinagoga, pagode, etc., segundo a linguagem dos turcos e mouros, dos árabes, judeus, gentios, etc. – Igreja e basílica somente se diz dos templos cristãos, e especialmente dos católicos romanos”. – Os vocábulos igrejário, igrejório, igrejinha e igrejola são diminutivos de igreja, sendo este último, igrejola, o que melhor exprime a ideia da insignificância do edifício. A primeira, igrejário, pode aplicar-se ainda com a significação de – “conjunto das igrejas de uma diocese ou de uma cidade”. – Ermida Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 473 é propriamente igrejinha em paragem desolada; e também pequeno, mas belo e artístico templo em aldeia, ou povoado. – Capela é “propriamente a sala destinada ao culto, o lugar onde se faz oração nos conventos, nos palácios, nos colégios, etc. Em sentido mais restrito, é pequena igreja pobre de bairro, de fazenda, de sítio, ou de povoação que não tem ainda categoria eclesiástica na diocese”. – Delubro = templo pagão; capela de um templo; e também o próprio ídolo. – Fano – pequeno templo pagão; lugar sagrado, onde talvez se ouviam os oráculos. – Edícula = pequena capela ou ermida dentro de um templo ou de uma casa; oratório, nicho. – Santuário = lugar sagrado, onde se guardam coisas santas, ou onde se exercem funções religiosas.
Fonte: Dicio
Tempo
Dicionário Comum
substantivo masculinoPeríodo sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta? Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo. O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo. Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos. Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice. Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo! Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala. Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar. Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo. Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita. [Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo. [Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo. Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais. Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo. [Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação. [Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento. Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Bíblico
os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas: i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1). ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...] Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2
O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...]. Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2
Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...] Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12
[...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7
[...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...] Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -
O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação
[...] O advogado da verdade é sempre o tempo. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54
O tempo é inexorável enxugador de lágrimas. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6
[...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...] Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro. Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4
[...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano
O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...] Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz
[...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...] Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] O tempo é o maior selecionador do Cristo. Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários
A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica. Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe
[...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
[...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•
Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26
O tempo é o nosso grande benfeitor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia
Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36
[...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel
[...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
[...] O sábio condutor de nossos destinos (...). Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42
O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente
[...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16
[...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63
O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50
[...] é o nosso silencioso e inflexível julgador. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima
O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento
[...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Terra
Dicionário da FEB
[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos. Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23
O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros. Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132
Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça
[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...] Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos
[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus. Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11
O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...] Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -
[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração. Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito
Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa
O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos. Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital
[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão
[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão
[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão
Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...] Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -
[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23
[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola. Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional. Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu! Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•
Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade. Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra
O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis
A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?
[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1
A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4
A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53
O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25
Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é o nosso campo de ação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71
O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma
O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos
A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39
A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338
A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347
[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403
O mundo em que vivemos é propriedade de Deus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças
[...] é a vinha de Jesus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33
[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28
Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria
[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6
A Terra é também a grande universidade. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado
Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15
A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12
Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33
[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo femininoGeografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida. Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra. Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil. País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira. Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra. Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada. Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra. [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos. [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento. expressãoBeijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora. Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção. Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura. Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação. Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina. Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
substantivo femininoGeografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida. Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra. Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil. País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira. Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra. Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada. Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra. [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos. [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento. expressãoBeijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora. Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção. Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura. Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação. Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina. Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19 – Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5 – Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).
Fonte: Dicionário Adventista
Trono
Dicionário Bíblico
A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10 – Pv 9:14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: ‘o trono do reino’ (Dt 17:18 – 1 Rs 1.46 – 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19 – 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1:16, os ‘tronos’ representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)
1.
Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).
≠
IR
verbo transitivo
2.
Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).
3.
Derivar (ex.: o tofu vem da soja).
4.
Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).
5.
Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina).
=
PROVIR
6.
Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).
7.
Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).
8.
Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).
9.
Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).
10.
Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).
11.
Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).
12.
Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).
verbo transitivo e intransitivo
13.
Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram).
=
COMPARECER
verbo intransitivo
14.
Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).
15.
Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).
16.
Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).
17.
Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).
18.
Surgir (ex.: a chuva veio em força).
19.
Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio).
=
IRROMPER
20.
Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).
verbo copulativo
21.
Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).
verbo pronominal
22.
[Portugal, Informal]
Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa).
=
GOZAR
vir abaixo Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão).
=
IR ABAIXO
Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628
[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...] Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux
O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade
[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas. Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3
[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17
[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...]. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade
A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade
[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo
[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião
A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões
A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe
Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173
[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças
[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
A verdade é a essência espiritual da vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193
Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Verdade 1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).
3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).
4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo femininoQue está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime. Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade! Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia. Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade. Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade. [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta. Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.
Fonte: Priberam
Vestes
Dicionário Bíblico
Do Lat. vestes Vestuário; fato; vestido; véstia; vestidura sacerdotal.
Fonte: Dicionário Adventista
Vir
Dicionário Comum
verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominalDirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia. verbo transitivo indireto e intransitivoCaminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha. Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano. Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem. Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem. verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio. Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória. Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto. Demonstrar aprovação; concordar com; convir. Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios. Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio. Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres. verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm. Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora. Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações. Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar. Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente. Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai. Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano. verbo predicativoComeçar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas. Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.
4.
Fórmula ou assinatura que dá validade a um documento.
5.
Autorização de entrada num país estrangeiro (ex.: foi à embaixada pedir o visto).
6.
Sinal gráfico, geralmente semelhante à letra V, que indica que algo foi feito ou verificado.
preposição
7.
Indica causa (ex.: visto haver muitas dúvidas, é necessário um esclarecimento).
=
DADO, POR
está visto que É claro que, é óbvio que.
pelos vistos A julgar pelo que se vê; ao que tudo indica; na aparência (ex.: pelos vistos, mudaram de planos).
=
APARENTEMENTE
pelo visto O mesmo que pelos vistos.
visto que Expressão que indica causa e introduz uma frase subordinada (ex.: visto que estamos atrasados, não vamos fazer uma pausa).
=
DADO QUE, POSTO QUE, UMA VEZ QUE
1.
Mulher a quem morreu o cônjuge e que não contraiu ainda novas núpcias.
2.
OrnitologiaPássaro conirrostro.
=
VIUVINHA
3.
IctiologiaPeixe dos Açores.
4.
BotânicaNome de várias plantas brasileiras.
5.
[Gíria]
Corda.
viúvas
nome feminino plural
6.
BotânicaPlanta da família das campanuláceas, vulgar em Portugal.
Fonte: Priberam
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Viúvas No judaísmo da época de Jesus, o auxílio às viúvas era considerado demonstração obrigatória de misericórdia, pois a situação delas costumava ser de extrema necessidade (Mc 12:41ss.).
Isso explica a severa condenação de Jesus àqueles que se aproveitavam de desculpas religiosas para espoliá-las (Mc 12:40; Lc 20:47). Jesus realizou o milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17).
Autor: César Vidal Manzanares
Víboras
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Zacarias
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
o Senhor se lembra de nós. lo autor do livro de Zacarias. 2. Porteiro do tabernáculo da congregação. Ele é julgado o ‘conselheiro prudente’ (1 Cr 9.21 – 26.2,14). 3. Príncipe de Judá no reinado de Josafá, que foi mandado a instruir o povo na Lei (2 Cr 17.7). 4. Filho do sumo sacerdote Joiada. *veja Zacarias l. É aquele a quem Jesus Se refere em Mt 23:35. 5. o capataz dos operários, empregados na restauração do templo (2 Cr 34.12). 6. Chefe do povo, associado com Esdras na volta de Babilônia e na leitura da Lei (Ed 8:16 – Ne 8:4). 7. Sacerdote que tocava as trombetas na dedicação dos muros da cidade, efetuada por Esdras e Neemias (Ne 12:35-41). 8. outras pessoas com o nome de Zacarias são mencionadas em diversos lugares, mas nada se sabe delas.
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
(Heb. “o Senhor lembra”).
1. Profeta menor, do Antigo Testamento. Ele exerceu seu ministério após o exílio na Babilônia e é identificado como filho de Baraquias e neto de Ido (Zc 1:1). Evidências cronológicas e genealógicas sugerem que este Ido é o sacerdote que retornou do exílio sob a liderança de Zorobabel e Jesua (Ne 12:4-16). Isso implicaria que Zacarias também era sacerdote, especificamente “de Ido” (v. 16), isto é, da mesma família. Seu papel duplo como sacerdote e profeta não é único no Antigo Testamento (veja Samuel, Jeremias e Ezequiel) e explica o seu interesse incomum pelas questões sacerdotais (veja Zc 3:1-5; Zc 4:1-6, 11-14; 6:9-15; 8:18-19; 14:16-21).
Zacarias estabeleceu cuidadosamente a data de seus oráculos, uma prática condizente com os costumes relacionados com as técnicas de composição da época, as quais asseguravam que seu ministério não seria abstrato, mas bem relacionado com os tempos e as circunstâncias dos quais fazia parte. Seu primeiro pronunciamento público foi no oitavo mês do segundo ano de Dario Hispastes, rei da Pérsia de 522 a 486 a.C. De acordo com nosso calendário moderno, a Palavra do Senhor veio a Zacarias em outubro/novembro de 520 a.C. Notações cronológicas subsequentes aparecem em Zacarias 1:7 (janeiro/fevereiro de 520 a.C.) e 7:1 (7 de dezembro de 518 a.C.). Assim, todo o ministério documentado de Zacarias abrange um período de apenas dois anos, embora muitos estudiosos acreditem que Zacarias 9:14 provavelmente tenha sido escrito mais tarde.
Em 520 a.C. o retorno do exílio da Babilônia já acontecia há 18 anos (Ed 1:1). Por volta do segundo mês do segundo ano (abril/maio de 536 a.C.), Zorobabel e Jesua lideraram a colocação dos alicerces do Templo (Ed 3:8-10), um trabalho que mal começara e foi interrompido pelos inimigos dos judeus, os quais convenceram o rei Artaxerxes, predecessor de Dario, a proibir a continuação da obra (Ed 4:23-24). A ascensão de Dario causou uma revogação do edito real e o trabalho de reconstrução foi reiniciado (Ed 6:12-13). É digno de nota o papel que os profetas Ageu e Zacarias desempenharam no reinício e na finalização do trabalho de reconstrução do Templo (Ed 5:1; Ed 6:14-15). Como já foi dito, a linhagem sacerdotal de Zacarias provavelmente lhe proporcionou um elemento adicional em seu interesse no Templo e no restabelecimento dos cultos de adoração.
Nada sabemos sobre a vida pessoal de Zacarias. O próprio profeta Ageu, que foi seu contemporâneo, não o menciona em seus escritos, e só encontramos algumas breves referências a ele em Esdras e Neemias (citadas acima). As Escrituras, portanto, nada falam sobre sua vida e vocação. Isso inclui a declaração feita por Jesus aos escribas e fariseus de que eles (seus ancestrais) assassinaram os profetas, de Abel até Zacarias, a quem mataram “entre o santuário e o altar” (Mt 23:35). Apesar de ele ser identificado por Cristo como o filho de Baraquias, Jesus tinha outra pessoa em mente com o mesmo nome, e não este profeta menor. Isso fica evidente pela referência à morte de Zacarias, um fato não comprovado com relação ao escritor canônico, mas bem conhecido em outros textos referentes a outro Zacarias, ou seja, o filho do sacerdote Jeoiada, morto violentamente por ordem do rei Joás (2Cr 24:20-22). Assim, os profetas de Gênesis (Abel) até o final da Bíblia (Crônicas, de acordo com o cânon judaico) sofreram perseguições. Quanto ao aparente conflito entre Zacarias “filho de Jeoiada” (2Cr 24) e o “filho de Baraquias” (Mt 23), muitos eruditos sugerem que Jeoiada era, de fato, o avô do profeta; portanto, o nome de seu pai, Baraquias, foi omitido no registro de Crônicas.
Algo particularmente interessante nos escritos de Zacarias é o registro das oito visões, cheias de imagens dramáticas (Zc 1:7-21; Zc 2:1-13; Zc 3:1-10; Zc 4:1-14; Zc 5:1-11; Zc 6:1-15). Essas imagens e outros aspectos da obra do profeta, tanto nas visões como nos oráculos que se seguem (Zc 9:1-11:17; 12:1 a 14:21), são elementos de um tipo especial de profecia, descrita tecnicamente como “apocalíptica”. Esses elementos incluem o uso abundante de animais simbólicos, intervenções dramáticas e impressionantes de Yahweh na história humana, cenas bizarras de vasos e rolos voadores etc. Essa linguagem apocalíptica já fora empregada antes por Ezequiel e até mesmo por Isaías, mas nenhum profeta supera Zacarias no uso desse método de revelação. A razão, sem dúvida, era que os horizontes da história de Judá haviam sido ampliados até os confins da civilização humana sob o domínio persa. Yahweh não era mais entendido como o Deus apenas de uma pequena comunidade judaica. Pelo contrário, ele já havia demonstrado sua soberania aos impérios poderosos como Assíria, Babilônia e Pérsia; portanto, precisava ser visto em termos universais e cósmicos. A contribuição de Zacarias para esse entendimento mais amplo da obra de juízo e salvação de Yahweh é extremamente importante e jamais pode ser ignorada.
Proporcionalmente ao seu tamanho, Zacarias é o livro do Antigo Testamento citado com mais freqüência no Novo Testamento. É especialmente rico em alusões messiânicas (Zc 9:9 — Mt 21:5; Jo 12:15; Zc 9:11 — Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20-1Co 11:25; Hb 13:20; Zc 11:12 — Mt 26:15; Mt 27:9; Zc 12:10 — Jo 19:37; Zc 13:7 — Mt 26:31; Mc 14:27), o que indica sua importância para a primitiva comunidade cristã. Seu lugar quase no término do cânon dos profetas do Antigo Testamento dá a esse livro um senso de antecipação, como se já observasse a obra salvadora de Deus em Cristo.
2. Rei de Israel. Último governante da perversa dinastia de Jeú (2Rs 15:12), foi sucessor de seu pai, Jeroboão II (2Rs 14:29), e reinou por apenas seis meses (753 a.C.). Foi assassinado por Salum, o qual reinou em seu lugar (2Rs 15:8-10).
4. Descendente de Rúben e líder de um clã dos rubenitas (1Cr 5:7).
5. Filho de Meselemias, da tribo de Levi. Foi porteiro do Templo após o retorno do exílio na Babilônia (1Cr 9:21).
6. Descendente de Jeiel, de Gibeom, e parente de Ner, avô do rei Saul (1Cr 9:37). Veja Zequer.
7. Levita nomeado pela liderança da tribo para ocupar uma posição no segundo escalão dos músicos, na época do rei Davi (1Cr 15:18). Designado especialmente para tocar lira (v. 20; veja 16:5).
8. Sacerdote, nomeado pelo rei Davi para tocar trombeta diante da Arca da Aliança (1Cr 15:24).
9. Levita, descendente de Uziel, filho de Issias. Foi escolhido por meio de sorteio para servir no Tabernáculo, nos dias do rei Davi (1Cr 24:25).
10. Levita, filho de Meselemias e porteiro do Tabernáculo nos dias do rei Davi (1Cr 26:2; cf. v.14); não deve ser confundido com o referido no item 5, o qual retornou do exílio na Babilônia e cujo pai também se chamava Meselemias.
11. Levita, filho de Hosa, do clã dos meraritas; estava entre os porteiros do Tabernáculo nos dias do rei Davi (1Cr 26:11).
12. Da tribo de Manassés. Era pai de Ido, o qual era líder de seu povo durante o reinado de Davi (1Cr 27:21).
13. Um dos oficiais da corte do rei Jeosafá, de Judá. Fez parte do grupo enviado pelo monarca para ensinar sobre a Lei de Deus em todas as cidades do país (2Cr 17:7).
14. Levita, pai de Jaaziel, o qual profetizou o livramento do rei Jeosafá e de Judá das mãos dos amonitas e moabitas (2Cr 20:14).
15. Filho do rei Jeosafá. Era um dos irmãos de Jeorão, sucessor de seu pai no trono de Judá (2Cr 21:2).
16. Profeta, filho do sacerdote Jeoiada, profetizou contra o rei Joás, de Judá, e foi apedrejado até a morte por causa disso (2Cr 24:20; cf. 26:5); provavelmente foi este o profeta mencionado por Jesus como vítima da perseguição dos judeus (Mt 23:34-55). Não deve ser confundido com o referido no item 1.
17. Levita, descendente de Asafe. Ajudou o rei Ezequias na purificação do Templo e na reforma que se seguiu (2Cr 29:13).
18. Levita, descendente de Coate. Ajudou a supervisionar a restauração do Templo e o início da reforma no reinado de Josias, de Judá (2Cr 34:12; veja 35:8).
19. Judeu que liderou um grupo de 150 homens descendentes de Parós no retorno do exílio na Babilônia (Ed 8:3; cf 10:26?).
20. Descendente de Bebai. Judeu que voltou do exílio na Babilônia com Esdras, na liderança de um grupo de 28 homens (Ed 8:11; cf. v.16?).
21. Líder da comunidade que se estabeleceu em Judá depois do exílio na Babilônia. Ficou ao lado esquerdo de Esdras enquanto este lia o livro da Lei para o povo (Ne 8:4); talvez seja o mesmo referido no item 19 ou 20.
22. Da tribo de Judá, avô de Ataías, um dos líderes judeus que viveu nos dias de Neemias (Ne 11:4). Era descendente de Perez.
23. Da tribo de Judá, ancestral de Maaséias, líder judeu que viveu nos dias de Neemias (11:5). Era descendente de Selá.
24. Levita (?), filho de Pasur. Foi líder dos cidadãos de Jerusalém nos dias de Neemias (Ne 11:12).
25. Sacerdote, chefe da família de Ido, na época do retorno do exílio na Babilônia com Zorobabel e Jesua (Ne 12:16).
26. Levita, descendente de Asafe. Foi colocado por Neemias sobre o muro reformado de Jerusalém como parte da cerimônia de dedicação (Ne 12:35-41).
27. Filho de Jeberequias. Foi uma das testemunhas diante das quais 1saías atestou o nome de seu filho Maer-Salal-HasBaz (Is 8:2). E.M.
28. Sacerdote judeu, pai de João Batista. Mencionado na Bíblia somente em Lucas 1. Sua esposa chamava-se Isabel (v. 5), uma parente de Maria, que se tornaria a mãe de Jesus (v. 36). Ambos eram justos; em avançada idade, não tinham filhos (vv. 6,7), quando ocorreram os eventos de Lucas 1. Zacarias cumpria suas funções sacerdotais (vv. 9,10) no Templo em Jerusalém quando um anjo do Senhor lhe apareceu e deixou-o aterrorizado (vv. 10,11). O mensageiro celestial predisse que Isabel teria um filho, o qual se chamaria João. Este seria “grande diante do Senhor” (vv. 13,15) como precursor de Jesus Cristo. Devido a sua idade, foi muito difícil Zacarias crer naquela profecia. Por causa de sua dúvida, o anjo lhe disse que ficaria mudo até o nascimento do bebê (vv. 18-21).
Logo depois 1sabel ficou grávida, retirando assim o seu “opróbrio perante os homens” (v. 25), por ser estéril. Zacarias permaneceu mudo durante todo o período de gestação da esposa, até que o bebê nasceu e foi circuncidado (vv. 57-64). Assim que escreveu numa tábua, a fim de dizer aos parentes que o nome do filho João (v. 63), ele recuperou a fala (v. 64) e profetizou (vv. 67-79). O povo daquela região ficou muito interessado nesses acontecimentos e no menino chamado João, o qual desempenharia um papel único, a fim de preparar o caminho para o Senhor Jesus Cristo (vv. 65,66). Veja João Batista. A.B.L.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
Zacarias [Javé Se Lembra]
1) Profeta que foi assassinado no tempo do rei Joás (2Cr 24:20-22).
2) Décimo quarto rei de Israel, que reinou seis meses, em 743 a.C., depois de Jeroboão II, seu pai (2Rs 15:8-12; 18.2).
3) Profeta, companheiro de Ageu, que profetizou entre 520 e 518 a.C. (Ed 5:1; 6.14).
Livro que contém as mensagens de ZACARIAS 3, um dos profetas que voltaram do CATIVEIRO. Nos caps. 1—8 há uma série de visões referentes à reconstrução de Jerusalém e do Templo. Zacarias fala também do perdão de Deus e da vinda do Messias. Os caps. 9—14 falam a respeito do Messias e do juízo final.
2. Sacerdote da classe de Abias, esposo de Isabel, pai de João Batista (Lc 1:5-67).
Autor: César Vidal Manzanares
Strongs
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - Masculino no Singular genitivo
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
usado para o assento exaltado ocupado por homens de posto ou influência eminente, como professores e juízes
καθίζω
(G2523)
kathízō (kath-id'-zo)
2523καθιζω kathizo
outra forma (ativa) para 2516; TDNT - 3:440,386; v
fazer sentar
colocar, apontar, conferir um reino a alguém
intransitivamente
sentar-se
sentar
ter residência de alguém fixa
permanecer, assentar, estabelecer-se
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
Μωσεύς
(G3475)
Mōseús (moce-yoos')
3475Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses
de origem hebraica 4872משה; TDNT - 4:848,622; n pr m
Moisés = “o que foi tirado”
legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
Φαρισαῖος
(G5330)
Pharisaîos (far-is-ah'-yos)
5330φαρισαιος Pharisaios
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
ποιέω
(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)
4160ποιεω poieo
aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v
fazer
com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
ser os autores de, a causa
tornar pronto, preparar
produzir, dar, brotar
adquirir, prover algo para si mesmo
fazer algo a partir de alguma coisa
(fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
(fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
(fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
tornar alguém manifesto, conduzi-lo
levar alguém a fazer algo
fazer alguém
ser o autor de algo (causar, realizar)
fazer
agir corretamente, fazer bem
efetuar, executar
fazer algo a alguém
fazer a alguém
com designação de tempo: passar, gastar
celebrar, observar
tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v
dos deveres que Cristo impôs aos seus seguidores. Jesus usa a palavra “carga” a fim de contrastá-la com os preceitos dos Fariseus, a observância dos quais era muito opressiva
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
lugar fortificado provisto com uma garnição, um posto para uma guarda ou guarnição
preservativo ou salvaguarda, um amuleto. Os judeus usavam esta palavra para descrever pequenas tiras de pergaminho nas quais eram escritas as seguintes passagens da lei de Moisés, Ex 13:1-10,Ex 13:11-16; 11.13-21, e que, fechado em caixinhas, costumavam, quando em oração, usar preso por uma tira de couro à testa e ao braço esquerdo, à altura do coração, para que eles pudessem ser solenemente lembrados da obrigação de guardar os mandamentos de Deus na mente e no coração, de acordo com as orientações dadas em Ex 13:6; Dt 6:8; 11.18. Pensava-se que estes pergaminhos tinham o poder, como amuletos, de prevenir diferentes males e expulsar demônios. Os fariseus costumavam aumentar, agrandar, seus filactérios, para torná-los mais evidentes e mostrar que eles eram mais zelosos do que a maioria em lembrarem da lei de Deus.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ceia, especialmente uma refeição formal geralmente realizada à noite
usado em referência à festa do Messias, simbolizando salvação no reino
comida tomada à noite
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
a importância hierárquica dos vários lugares à mesa variavam entre os persas, gregos, e romanos; não se pode ter saber com certeza que arrumação os judeus tinham no tempo de Cristo
συναγωγή
(G4864)
synagōgḗ (soon-ag-o-gay')
4864συναγωγη sunagoge
da (forma reduplicada de) 4863; TDNT - 7:798,1108; n f
ajuntamento, recolhimento (de frutas)
no NT, uma assembléia de homens
sinagoga
assembléia de judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembléia de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos
as construções onde aquelas assembléias judaicas solenes eram organizadas. Parece ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico. Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes judeus, tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das sinagogas nas grandes cidades tinha diversas, ou mesmo muitas. As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições.
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula
não, que... (não)
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
ῥαββί
(G4461)
rhabbí (hrab-bee')
4461ραββι rhabbi
de origem hebraica 7227רבי com sufixo pronominal; TDNT - 6:961,982; n m
meu grande mestre, meu ilustre senhor
Rabi, título usado pelos judeus para dirigir-se a seus mestres (e também honrá-los, mesmo quando não se dirigem a eles)
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
ἀδελφός
(G80)
adelphós (ad-el-fos')
80αδελφος adelphos
de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);
TDNT 1:144,22; n m
um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
qualquer companheiro ou homem
um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
um associado no emprego ou escritório
irmãos em Cristo
seus irmãos pelo sangue
todos os homens
apóstolos
Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
gerador ou antepassado masculino
antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
alguém avançado em anos, o mais velho
metáf.
o originador e transmissor de algo
os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
um título de honra
mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
Deus é chamado o Pai
das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
de seres espirituais de todos os homens
de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
por Jesus Cristo mesmo
pelos apóstolos
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
μέγας
(G3173)
mégas (meg'-as)
3173μεγας megas
[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj
grande
da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
massa e peso: grande
limite e extensão: largo, espaçoso
medida e altura: longo
estatura e idade: grande, velho
de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
de idade: o mais velho
usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
atribuído de grau, que pertence a
pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
esplêndido, preparado numa grande escala, digno
grandes coisas
das bênçãos preeminentes de Deus
de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino do céu aos homens; pois nem vós entrais, nem deixais entrar os que estão entrando.
Mateus 23: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
ἀφίημι
(G863)
aphíēmi (af-ee'-ay-mee)
863αφιημι aphiemi
de 575 e hiemi (enviar, uma forma intensiva de eimi, ir); TDNT - 1:509,88; v
enviar para outro lugar
mandar ir embora ou partir
de um marido que divorcia sua esposa
enviar, deixar, expelir
deixar ir, abandonar, não interferir
negligenciar
deixar, não discutir agora, (um tópico)
de professores, escritores e oradores
omitir, negligenciar
deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
desistir, não guardar mais
permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
partir, deixar alguém
a fim de ir para outro lugar
deixar alguém
deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
desertar sem razão
partir deixando algo para trás
deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
Ai de vós, ó escribas e ó fariseus, ó hipócritas! Pois que(completamente)devorais as casas das viúvas e, como um disfarce, estais fazendo- orações longas; por causa disso recebereis mais rigorosa condenação. 417
Mateus 23: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
διά
(G1223)
diá (dee-ah')
1223δια dia
preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep
através de
de lugar
com
em, para
de tempo
por tudo, do começo ao fim
durante
de meios
atrave/s, pelo
por meio de
por causa de
o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
por razão de
por causa de
por esta razão
consequentemente, portanto
por este motivo
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
condenação do erro, decisão (seja severa ou branda) que alguém toma a respeito das faltas de outros
num sentido forense
sentença de um juiz
punição com a qual alguém é sentenciado
sentença condenatória, julgamento penal, sentença
um assunto a ser decidido judicialmente, ação judicial, um caso na corte
λαμβάνω
(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)
2983λαμβανω lambano
forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v
pegar
pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
pegar algo para ser carregado
levar sobre si mesmo
pegar a fim de levar
sem a noção de violência, i.e., remover, levar
pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
reinvindicar, procurar, para si mesmo
associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
capturar, alcançar, lutar para obter
pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
pegar
admitir, receber
receber o que é oferecido
não recusar ou rejeitar
receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
pegar, escolher, selecionar
iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
χήρα
(G5503)
chḗra (khay'-rah)
5503χηρα chera
feminino de um suposto derivado, aparentemente da raiz de 5490 pela idéia de deficiência; TDNT - 9:440,1313; n f
viúva
metáf. uma cidade despojada de seus habitantes e riquezas é representada na figura de uma viúva
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito, e depois de o terdes feito, o fazeis duas vezes mais filho do inferno do que vós.
Mateus 23: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
de origem hebraica 1516 and 2011; TDNT - 1:657,113; n f
“Geena” ou “Geena de fogo” traduz-se como inferno, isto é, o lugar da punição futura. Designava, originalmente, o vale do Hinom, ao sul de Jerusalém, onde o lixo e os animais mortos da cidade eram jogados e queimados.
É um símbolo apropriado para descrever o perverso e sua destruição futura.
γίνομαι
(G1096)
gínomai (ghin'-om-ahee)
1096γινομαι ginomai
prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v
tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
tornar-se, i.e. acontecer
de eventos
erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
alguém que veio de uma religião pagã para o judaísmo
Os rabinos distinguiam duas classes de prosélitos, prosélitos de retidão, que recebiam a circuncisão e se comprometiam em guardar toda a lei mosaica e cumprir todas exigências do judaísmo, e os prosélitos da entrada, que habitavam entre os judeus, e mesmo incircuncisos observavam algumas leis específicas, esp. os sete preceitos de Noé, i.e., contra os sete pecados capitais, idolatria, blasfêmia contra Deus, homicídio, lascívia, roubo ou saque, rebelião contra governantes, e o uso de “carne com sangue”.
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
υἱός
(G5207)
huiós (hwee-os')
5207υιος huios
aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m
filho
raramente usado para filhote de animais
generalmente usado de descendente humano
num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
os filhos de Israel
filhos de Abraão
usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
aluno
filho do homem
termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
no AT, usado dos judeus
no NT, dos cristãos
aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ἄν
(G302)
án (an)
302αν an
uma partícula primária; partícula
não tem um equivalente exato em Português
ναός
(G3485)
naós (nah-os')
3485ναος naos
da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m
usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)
qualquer templo ou santuário pagão
metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
forma prolongada de uma palavra primária, mas arcaica ομω omo, para a qual outra forma prolongada (ομοω omoo) é usado em determinados tempos; TDNT - 5:176,683; v
jurar
afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento
num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por
ὅς
(G3739)
hós (hos)
3739ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
quem, que, o qual
οὐαί
(G3759)
ouaí (oo-ah'-ee)
3759ουαι ouai
exclamação primária de tristeza; interj
exclamação de pesar, tristeza, preocupação como: ai de mim! meu Deus!
οὐδείς
(G3762)
oudeís (oo-dice')
3762ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἤ
(G2228)
ḗ (ay)
2228η e
partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula
ou ... ou, que
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
μέγας
(G3173)
mégas (meg'-as)
3173μεγας megas
[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj
grande
da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
massa e peso: grande
limite e extensão: largo, espaçoso
medida e altura: longo
estatura e idade: grande, velho
de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
de idade: o mais velho
usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
atribuído de grau, que pertence a
pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
esplêndido, preparado numa grande escala, digno
grandes coisas
das bênçãos preeminentes de Deus
de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus
μωρός
(G3474)
mōrós (mo-ros')
3474μωρος moros
provavelmente da raiz de 3466; TDNT - 4:832,620; adj
tolo
ímpio, incrédulo
ναός
(G3485)
naós (nah-os')
3485ναος naos
da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m
usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)
qualquer templo ou santuário pagão
metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
entregar ou reconhecer, ou ser repeitado ou santificado
separar das coisas profanas e dedicar a Deus
consagrar coisas a Deus
dedicar pessoas a Deus
purificar
limpar externamente
purificar por meio de expiação: livrar da culpa do pecado
purificar internamente pela renovação da alma
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
o altar de todas as oferendas queimadas que encontrava-se na corte dos sacerdotes no templo em Jerusalém
o altar de incenso que encontra-se no santuário ou no Santo Lugar
algum outro altar
metáf., a cruz na qual Cristo sofreu uma morte expiatória: comer deste altar, i.e., apropriar-se dos frutos da morte expiatória de Cristo
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
ἄν
(G302)
án (an)
302αν an
uma partícula primária; partícula
não tem um equivalente exato em Português
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὀμνύω
(G3660)
omnýō (om-noo'-o)
3660ομνυω omnuo
forma prolongada de uma palavra primária, mas arcaica ομω omo, para a qual outra forma prolongada (ομοω omoo) é usado em determinados tempos; TDNT - 5:176,683; v
jurar
afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento
num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por
ὅς
(G3739)
hós (hos)
3739ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
quem, que, o qual
οὐδείς
(G3762)
oudeís (oo-dice')
3762ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden
altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
o altar de todas as oferendas queimadas que encontrava-se na corte dos sacerdotes no templo em Jerusalém
o altar de incenso que encontra-se no santuário ou no Santo Lugar
algum outro altar
metáf., a cruz na qual Cristo sofreu uma morte expiatória: comer deste altar, i.e., apropriar-se dos frutos da morte expiatória de Cristo
μέγας
(G3173)
mégas (meg'-as)
3173μεγας megas
[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj
grande
da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
massa e peso: grande
limite e extensão: largo, espaçoso
medida e altura: longo
estatura e idade: grande, velho
de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
de idade: o mais velho
usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
atribuído de grau, que pertence a
pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
esplêndido, preparado numa grande escala, digno
grandes coisas
das bênçãos preeminentes de Deus
de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
entregar ou reconhecer, ou ser repeitado ou santificado
separar das coisas profanas e dedicar a Deus
consagrar coisas a Deus
dedicar pessoas a Deus
purificar
limpar externamente
purificar por meio de expiação: livrar da culpa do pecado
purificar internamente pela renovação da alma
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
o altar de todas as oferendas queimadas que encontrava-se na corte dos sacerdotes no templo em Jerusalém
o altar de incenso que encontra-se no santuário ou no Santo Lugar
algum outro altar
metáf., a cruz na qual Cristo sofreu uma morte expiatória: comer deste altar, i.e., apropriar-se dos frutos da morte expiatória de Cristo
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὀμνύω
(G3660)
omnýō (om-noo'-o)
3660ομνυω omnuo
forma prolongada de uma palavra primária, mas arcaica ομω omo, para a qual outra forma prolongada (ομοω omoo) é usado em determinados tempos; TDNT - 5:176,683; v
jurar
afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento
num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m
usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)
qualquer templo ou santuário pagão
metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὀμνύω
(G3660)
omnýō (om-noo'-o)
3660ομνυω omnuo
forma prolongada de uma palavra primária, mas arcaica ομω omo, para a qual outra forma prolongada (ομοω omoo) é usado em determinados tempos; TDNT - 5:176,683; v
jurar
afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento
num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m
deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
Deus, Trindade
Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
Cristo, segunda pessoa da Trindade
Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
dito do único e verdadeiro Deus
refere-se às coisas de Deus
seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
representante ou vice-regente de Deus
de magistrados e juízes
θρόνος
(G2362)
thrónos (thron'-os)
2362θρονος thronos
de thrao (sentar), um assento nobre (“trono”); TDNT - 3:160,338; n m
trono
cadeira estatal que tem um escabelo
atribuído no NT a reis, por esta razão, poder real ou realeza
metáf. a Deus, o governador do mundo
ao Messias, Cristo, o companheiro e assistente na administração divina
por isso poder divino que pertence a Cristo
a juízes, i.e., tribunal ou juizado
ao anciões
κάθημαι
(G2521)
káthēmai (kath'-ay-mahee)
2521καθημαι kathemai
de 2596, e hemai (sentar, semelhante a raiz de 1476); TDNT - 3:440,386; v
sentar-se, acomodar-se
sentar, estar sentado, de um lugar ocupado
ter uma habitação fixa, habitar
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὀμνύω
(G3660)
omnýō (om-noo'-o)
3660ομνυω omnuo
forma prolongada de uma palavra primária, mas arcaica ομω omo, para a qual outra forma prolongada (ομοω omoo) é usado em determinados tempos; TDNT - 5:176,683; v
jurar
afirmar, prometer, ameaçar, com um juramento
num juramento, mencionar uma pessoa ou coisa como testemunha, invocar, jurar por
οὐρανός
(G3772)
ouranós (oo-ran-os')
3772ουρανος ouranos
talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m
espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
universo, mundo
atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
os céus siderais ou estrelados
região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque pagam o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido as questões importantes da lei, juízo, misericórdia e fé; essas coisas devíeis ter feito, e não deixar as outras por fazer.
Mateus 23: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
δέ
(G1161)
dé (deh)
1161δε de
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
mas, além do mais, e, etc.
δεῖ
(G1163)
deî (die)
1163δει dei
terceira pessoa do singular presente ativo de 1210; TDNT - 2:21,140; v
é necessário, há necessidade de, convém, é correto e próprio
necessidade encontrada na natureza do caso
necessidade provocada pelas circunstâncias ou pela conduta de outros em relação a nós
necessidade com referência ao que é requerido para atingir algum fim
uma necessidade de lei e mandamento, de dever, justiça
necessidade estabelecida pelo conselho e decreto de Deus, especialmente por aquele propósito seu que se relaciona com a salvação dos homens pela intervenção de Cristo e que é revelado nas profecias do Antigo Testamento
relativo ao que Cristo teve que finalmente sofrer, seus sofrimentos, morte, ressurreição, ascensão
convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
relativo a Deus
a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
relativo a Cristo
convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
a fé religiosa dos cristãos
fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
fidelidade, lealdade
o caráter de alguém em quem se pode confiar
ποιέω
(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)
4160ποιεω poieo
aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v
fazer
com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
ser os autores de, a causa
tornar pronto, preparar
produzir, dar, brotar
adquirir, prover algo para si mesmo
fazer algo a partir de alguma coisa
(fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
(fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
(fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
tornar alguém manifesto, conduzi-lo
levar alguém a fazer algo
fazer alguém
ser o autor de algo (causar, realizar)
fazer
agir corretamente, fazer bem
efetuar, executar
fazer algo a alguém
fazer a alguém
com designação de tempo: passar, gastar
celebrar, observar
tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
δέ
(G1161)
dé (deh)
1161δε de
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
mas, além do mais, e, etc.
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
prato que acompanha a comida principal, um prato de iguarias ou comida selecionada, apropriado não tanto para saciar como para agradar o apetite
acompanhamento especial à comida principal
o prato em si mesmo, no qual as guloseimas eram servidas
ποτήριον
(G4221)
potḗrion (pot-ay'-ree-on)
4221ποτηριον poterion
de um derivado do substituto de 4095; TDNT - 6:148,841; n n
copo, cálice
metáf. porção ou experiência de alguém, seja prazenteira ou adversa.
Designações divinas, sejam favoráveis ou desfavoráveis. Comparável a um cálice que Deus apresenta a alguém para beber: tanto de prosperidade, como de adversidade
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
prato que acompanha a comida principal, um prato de iguarias ou comida selecionada, apropriado não tanto para saciar como para agradar o apetite
acompanhamento especial à comida principal
o prato em si mesmo, no qual as guloseimas eram servidas
ποτήριον
(G4221)
potḗrion (pot-ay'-ree-on)
4221ποτηριον poterion
de um derivado do substituto de 4095; TDNT - 6:148,841; n n
copo, cálice
metáf. porção ou experiência de alguém, seja prazenteira ou adversa.
Designações divinas, sejam favoráveis ou desfavoráveis. Comparável a um cálice que Deus apresenta a alguém para beber: tanto de prosperidade, como de adversidade
πρῶτον
(G4412)
prōton (pro'-ton)
4412πρωτον proton
neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de homens mortos e de toda a impureza.
Mateus 23: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
num sentido amplo, reto, justo, vituoso, que guarda os mandamentos de Deus
daqueles que se consideram justos, que se orgulham de serem justos, que se orgulham de suas virtudes, seja reais ou imaginárias
inocente, irrepreensível, sem culpa
usado para aquele cujo o modo de pensar, sentir e agir é inteiramente conforme a vontade de Deus, e quem por esta razão não necessita de reticação no coração ou na vida
na verdade, apenas Cristo
aprovado ou aceitado por Deus
num sentido mais restrito, dar a cada um o que merece e isto em um sentido judicial; emitir um juízo justo em relação aos outros, seja expresso em palavras ou mostrado pelo modo de tratar com eles
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
num sentido amplo, reto, justo, vituoso, que guarda os mandamentos de Deus
daqueles que se consideram justos, que se orgulham de serem justos, que se orgulham de suas virtudes, seja reais ou imaginárias
inocente, irrepreensível, sem culpa
usado para aquele cujo o modo de pensar, sentir e agir é inteiramente conforme a vontade de Deus, e quem por esta razão não necessita de reticação no coração ou na vida
na verdade, apenas Cristo
aprovado ou aceitado por Deus
num sentido mais restrito, dar a cada um o que merece e isto em um sentido judicial; emitir um juízo justo em relação aos outros, seja expresso em palavras ou mostrado pelo modo de tratar com eles
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
promover crescimento em sabedoria cristã, afeição, graça, virtude, santidade, bemaventurança
cresçer em sabedoria e piedade
ὅτι
(G3754)
hóti (hot'-ee)
3754οτι hoti
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
que, porque, desde que
οὐαί
(G3759)
ouaí (oo-ah'-ee)
3759ουαι ouai
exclamação primária de tristeza; interj
exclamação de pesar, tristeza, preocupação como: ai de mim! meu Deus!
προφήτης
(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)
4396προφητης prophetes
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
daquelas coisas que se assemelham a sangue, suco de uva
derramamento de sangue, ser espalhado pela violência, morte violenta, assassinato
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
εἰ
(G1487)
ei (i)
1487ει ei
partícula primária de condicionalidade; conj
se
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
ἡμέρα
(G2250)
hēméra (hay-mer'-ah)
2250ημερα hemera
de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f
o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
durante o dia
metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.
do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.
usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa
πατήρ
(G3962)
patḗr (pat-ayr')
3962πατηρ pater
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
gerador ou antepassado masculino
antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
alguém avançado em anos, o mais velho
metáf.
o originador e transmissor de algo
os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
um título de honra
mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
Deus é chamado o Pai
das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
de seres espirituais de todos os homens
de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
por Jesus Cristo mesmo
pelos apóstolos
προφήτης
(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)
4396προφητης prophetes
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
dar (não reter) testemunho
proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
conjurar, implorar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅτι
(G3754)
hóti (hot'-ee)
3754οτι hoti
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
que, porque, desde que
προφήτης
(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)
4396προφητης prophetes
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m
filho
raramente usado para filhote de animais
generalmente usado de descendente humano
num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
os filhos de Israel
filhos de Abraão
usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
aluno
filho do homem
termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
no AT, usado dos judeus
no NT, dos cristãos
aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
μέτρον
(G3358)
métron (met'-ron)
3358μετρον metron
palavra aparentemente primária; TDNT - 4:632,590; n n
medida, instrumento para medir
vasilha para receber e determinar a quantidade das coisas, sejam elas secas ou líquidas
vara graduada para medida, bastão de medida
proverbialmente, a regra ou norma de julgamento
extensão determinada, porção medida de, medida ou limite
a medida requerida, obrigação, ajuste, proporção
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πατήρ
(G3962)
patḗr (pat-ayr')
3962πατηρ pater
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
gerador ou antepassado masculino
antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
alguém avançado em anos, o mais velho
metáf.
o originador e transmissor de algo
os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
um título de honra
mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
Deus é chamado o Pai
das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
de seres espirituais de todos os homens
de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
tornar pleno, i.e., completar
preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
consumar: um número
fazer completo em cada particular, tornar perfeito
levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
efetuar, trazer à realização, realizar
relativo a deveres: realizar, executar
de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
de origem hebraica 1516 and 2011; TDNT - 1:657,113; n f
“Geena” ou “Geena de fogo” traduz-se como inferno, isto é, o lugar da punição futura. Designava, originalmente, o vale do Hinom, ao sul de Jerusalém, onde o lixo e os animais mortos da cidade eram jogados e queimados.
É um símbolo apropriado para descrever o perverso e sua destruição futura.
Portanto, eis que eu vos envio profetas, homens sábios e escribas; a alguns deles matareis e crucificareis; e a outros açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade.
Mateus 23: 34 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus
διά
(G1223)
diá (dee-ah')
1223δια dia
preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep
através de
de lugar
com
em, para
de tempo
por tudo, do começo ao fim
durante
de meios
atrave/s, pelo
por meio de
por causa de
o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
por razão de
por causa de
por esta razão
consequentemente, portanto
por este motivo
διώκω
(G1377)
diṓkō (dee-o'-ko)
1377διωκω dioko
uma forma prolongada (e causativa) de um verbo primário dio (fugir; cf a raíz de 1169 e 1249); TDNT - 2:229,177; v
fazer correr ou fugir, afugentar, escapar
correr prontamente a fim de capturar um pessoa ou coisa, correr atrás
correr com determinação: figurativamente de alguém que, numa corrida, dispara em direção ao ponto de chegada
perseguir (de um modo hostil)
de qualquer forma, seja qual seja, incomodar, preocupar, molestar alguém
perseguir
ser maltratado, sofrer perseguição por causa de algo
sem a idéia de hostilidade, correr atrás, seguir após: alguém
metáf., perseguir
procurar ansiosamente, esforçar-se com todo o empenho para adquirir
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
εἰς
(G1519)
eis (ice)
1519εις eis
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
em, até, para, dentro, em direção a, entre
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
metáf. crucificar a carne, destruir totalmente seu poder (a natureza da figura implica que a destruição está ligada a dor intensa)
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
συναγωγή
(G4864)
synagōgḗ (soon-ag-o-gay')
4864συναγωγη sunagoge
da (forma reduplicada de) 4863; TDNT - 7:798,1108; n f
ajuntamento, recolhimento (de frutas)
no NT, uma assembléia de homens
sinagoga
assembléia de judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembléia de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos
as construções onde aquelas assembléias judaicas solenes eram organizadas. Parece ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico. Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes judeus, tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das sinagogas nas grandes cidades tinha diversas, ou mesmo muitas. As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições.
Para que sobre vós possa vir todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o templo e o altar.
Mateus 23: 35 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
num sentido amplo, reto, justo, vituoso, que guarda os mandamentos de Deus
daqueles que se consideram justos, que se orgulham de serem justos, que se orgulham de suas virtudes, seja reais ou imaginárias
inocente, irrepreensível, sem culpa
usado para aquele cujo o modo de pensar, sentir e agir é inteiramente conforme a vontade de Deus, e quem por esta razão não necessita de reticação no coração ou na vida
na verdade, apenas Cristo
aprovado ou aceitado por Deus
num sentido mais restrito, dar a cada um o que merece e isto em um sentido judicial; emitir um juízo justo em relação aos outros, seja expresso em palavras ou mostrado pelo modo de tratar com eles
ἐκχέω
(G1632)
ekchéō (ek-kheh'-o)
1632εκχεω ekcheo ou (pela variação) εκχυνω ekchuno
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v
vir
de pessoas
vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
aparecer, apresentar-se, vir diante do público
metáf.
vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m
usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)
qualquer templo ou santuário pagão
metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
quem, que, o qual
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
υἱός
(G5207)
huiós (hwee-os')
5207υιος huios
aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m
filho
raramente usado para filhote de animais
generalmente usado de descendente humano
num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
os filhos de Israel
filhos de Abraão
usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
aluno
filho do homem
termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
no AT, usado dos judeus
no NT, dos cristãos
aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
γενεά
(G1074)
geneá (ghen-eh-ah')
1074γενεα genea
de (um suposto derivado de) 1085; TDNT - 1:662,114; n f
paternidade, nascimento, natividade
aquele que foi gerado, homens da mesma linhagem, família
os vários graus de descendentes naturais, os membros sucessivos de uma genealogia
metáf. grupo de pessoas muito semelhantes uns com os outros nos dons, ocupações, caráter
esp. em um mau sentido, uma nação perversa
totalidade das pessoas que vivem numa mesma época
época, (i.e. espaço de tempo normalmente ocupado por cada geração sucessiva), espaço de 30 - 33 anos
ἐπί
(G1909)
epí (ep-ee')
1909επι epi
uma raíz; prep
sobre, em cima de, em, perto de, perante
de posição, sobre, em, perto de, acima, contra
para, acima, sobre, em, através de, contra
ἥκω
(G2240)
hḗkō (hay'-ko)
2240ηκω heko
verbo primário; TDNT - 2:926,306; v
ter vindo, ter chegado, estar presente
metáf.
vir a alguém, i.e. procurar intimidade com alguém, tornar-se seu seguidor: surpreender alguém (inesperadamente)
surpreender alguém, de coisas suportáveis
ἀμήν
(G281)
amḗn (am-ane')
281αμην amen
de origem hebraica 543אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável
firme
metáf. fiel
verdadeiramente, amém
no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὗτος
(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)
3778ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
Ó Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes eu quis ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Mateus 23: 37 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
reunir com outros, trazer para juntar-se com os que já estão reunidos
juntar-se contra
juntar-se em um lugar
θέλω
(G2309)
thélō (thel'-o)
2309θελω thelo ou εθελω ethelo
em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v
de origem hebraica 3389ירושלימה, cf 2414; TDNT - 7:292,1028; n pr loc
Jerusalém = “habita em você paz”
denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
“a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
“Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico
“a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo
“a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
nome transferido para aquele relacionamento íntimo e recíproco formado entre os homens pelos laços do amor, amizade, confiança, da mesma forma que pais e filhos
em atitude amorosa, como usado por patrões, auxiliares, mestres e outros: minha criança
no NT, alunos ou discípulos são chamados filhos de seus mestres, porque estes pela sua instrução educam as mentes de seus alunos e moldam seu caráter
filhos de Deus: no AT do “povo de Israel” que era especialmente amado por Deus. No NT, nos escritos de Paulo, todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus e assim estreitamente relacionados com Deus
filhos do diabo: aqueles que em pensamento e ação são estimulados pelo diabo, e assim refletem seu caráter
metáf.
de qualquer que depende de, é possuído por um desejo ou afeição para algo, é dependente de
alguém que está sujeito a qualquer destino
assim filhos de uma cidade: seus cidadãos e habitantes
os admiradores da sabedoria, aquelas almas que foram educadas e moldadas pela sabedoria
filhos amaldiçoados, expostos a uma maldição e destinados à ira ou penalidade de
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
ἔρχομαι
(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)
2064ερχομαι erchomai
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v
vir
de pessoas
vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
aparecer, apresentar-se, vir diante do público
metáf.
vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ἄν
(G302)
án (an)
302αν an
uma partícula primária; partícula
não tem um equivalente exato em Português
μή
(G3361)
mḗ (may)
3361μη me
partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula
não, que... (não)
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὄνομα
(G3686)
ónoma (on'-om-ah)
3686ονομα onoma
de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n
nome: univ. de nomes próprios
o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém
pessoas reconhecidas pelo nome
a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão
ὁράω
(G3708)
horáō (hor-ah'-o)
3708οραω horao
propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v
ver com os olhos
ver com a mente, perceber, conhecer
ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar