Enciclopédia de João 1:1-51

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Índice

Perícope

jo 1: 1

Versão Versículo
ARA No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
ARC NO PRINCÍPIO era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
TB No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
BGB Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
HD No princípio havia o Verbo , e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus.
BKJ No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus.
LTT  737 No princípio 738 era o Palavra, e o Palavra estava junto de o Deus, e o Palavra era Deus 739.
BJ2 No princípio era o Verbo[a] e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.
VULG In principio erat 5erbum, et 5erbum erat apud Deum, et Deus erat 5erbum.

jo 1: 2

Versão Versículo
ARA Ele estava no princípio com Deus.
ARC Ele estava no princípio com Deus.
TB Ele estava no princípio com Deus.
BGB οὗτος ἦν ἐν ἀρχῇ πρὸς τὸν θεόν.
HD Ele estava, no princípio, junto de Deus.
BKJ Ele estava no princípio com Deus.
LTT Ele (o Palavra), estava no princípio, junto de o Deus.
BJ2 No princípio, ele estava com Deus.
VULG Hoc erat in principio apud Deum.

jo 1: 3

Versão Versículo
ARA Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
ARC Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
TB Tudo foi feito por ele; e nada do que tem sido feito foi feito sem ele.
BGB πάντα δι’ αὐτοῦ ἐγένετο, καὶ χωρὶς αὐτοῦ ἐγένετο οὐδὲ ἕν. ὃ γέγονεν
HD Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada que se encontra feito se faria.
BKJ Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
LTT Todas as coisas foram feitas por- ação- dEle (o Palavra), e sem Ele nem mesmo exatamente uma coisa, que foi feita, tem sido feita.
BJ2 Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito.
VULG Omnia per ipsum facta sunt : et sine ipso factum est nihil, quod factum est.

jo 1: 4

Versão Versículo
ARA A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.
ARC Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;
TB Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
BGB ἐν αὐτῷ ζωὴ ἦν, καὶ ἡ ζωὴ ἦν τὸ φῶς τῶν ἀνθρώπων·
HD Nele havia vida, e a vida era a luz dos homens
BKJ Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
LTT Dentro dEle (o Palavra) estava a vida, e a vida era a Luz dos homens;
BJ2 Nele[b] estava a vida[c] e a vida era a luz dos homens;
VULG In ipso vita erat, et vita erat lux hominum :

jo 1: 5

Versão Versículo
ARA A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
ARC E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
TB A luz resplandece nas trevas, e contra ela as trevas não prevaleceram.
BGB καὶ τὸ φῶς ἐν τῇ σκοτίᾳ φαίνει, καὶ ἡ σκοτία αὐτὸ οὐ κατέλαβεν.
HD e a luz brilha na treva, e a treva não a reteve.
BKJ E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
LTT E a Luz resplandece na treva, e a treva não a compreendeu.
BJ2 e a luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam.[d]
VULG et lux in tenebris lucet, et tenebræ eam non comprehenderunt.

jo 1: 6

Versão Versículo
ARA Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João.
ARC Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
TB Houve um homem enviado por Deus e chamava-se João;
BGB Ἐγένετο ἄνθρωπος ἀπεσταλμένος παρὰ θεοῦ, ὄνομα αὐτῷ Ἰωάννης·
HD Houve um homem, enviado da parte de Deus, cujo nome era João,
BKJ Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João.
LTT Houve um homem tendo sido enviado proveniente- de- junto- da vontade de Deus, e o nome dele era João.
BJ2 Houve um homem enviado por Deus. Seu nome era João.[e]
VULG Fuit homo missus a Deo, cui nomen erat Joannes.

jo 1: 7

Versão Versículo
ARA Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.
ARC Este veio para testemunho para que testificasse da luz; para que todos cressem por ele.
TB este veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
BGB οὗτος ἦλθεν εἰς μαρτυρίαν, ἵνα μαρτυρήσῃ περὶ τοῦ φωτός, ἵνα πάντες πιστεύσωσιν δι’ αὐτοῦ.
HD que veio para testemunho, a fim de testemunhar a respeito da luz, para que todos cressem por meio dele;
BKJ Este veio como testemunha, para dar testemunho da Luz, para que todos os homens através dele pudessem crer.
LTT Este (João) veio para testemunho, a fim de que testificasse concernente à Luz (o Palavra), a fim de que todos os homens cressem por intermédio dele (João).
BJ2 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
VULG Hic venit in testimonium ut testimonium perhiberet de lumine, ut omnes crederent per illum.

jo 1: 8

Versão Versículo
ARA Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz,
ARC Não era ele a luz; mas para que testificasse da luz,
TB Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
BGB οὐκ ἦν ἐκεῖνος τὸ φῶς, ἀλλ’ ἵνα μαρτυρήσῃ περὶ τοῦ φωτός.
HD não era a luz, mas {veio} para que testemunhasse a respeito da luz.
BKJ Ele não era aquela Luz, mas foi enviado para dar testemunho da Luz.
LTT Não era ele a Luz (o Palavra), mas foi enviado a fim de que testificasse concernente à Luz.
BJ2 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
VULG Non erat ille lux, sed ut testimonium perhiberet de lumine.

jo 1: 9

Versão Versículo
ARA a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem.
ARC Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo,
TB Havia a verdadeira luz que, vinda ao mundo, alumia a todo homem.
BGB ἦν τὸ φῶς τὸ ἀληθινὸν ὃ φωτίζει πάντα ἄνθρωπον ἐρχόμενον εἰς τὸν κόσμον.
HD Ele {Jesus} era a luz verdadeira, que ilumina todo homem que vem para o mundo.
BKJ Aquele era a verdadeira Luz, que ilumina a todo homem que vem ao mundo.
LTT Ele (o Palavra) era a Luz verdadeira, aquela Luz que ilumina a todo o homem que está vindo para dentro do mundo.
BJ2 a luz verdadeira que, vindo ao mundo,[f] ilumina todo homem.
VULG Erat lux vera, quæ illuminat omnem hominem venientem in hunc mundum.

jo 1: 10

Versão Versículo
ARA O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
ARC Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
TB Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
BGB Ἐν τῷ κόσμῳ ἦν, καὶ ὁ κόσμος δι’ αὐτοῦ ἐγένετο, καὶ ὁ κόσμος αὐτὸν οὐκ ἔγνω.
HD Estava no mundo, e o mundo por meio dele foi feito, e o mundo não o conheceu.
BKJ Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
LTT No mundo estava Ele (o Palavra), e o mundo por- ação- dEle foi feito, mas o mundo não O conheceu.
BJ2 Ele estava no mundo e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu.[g]
VULG In mundo erat, et mundus per ipsum factus est, et mundus eum non cognovit.

jo 1: 11

Versão Versículo
ARA Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
ARC Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
TB Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
BGB εἰς τὰ ἴδια ἦλθεν, καὶ οἱ ἴδιοι αὐτὸν οὐ παρέλαβον.
HD Veio para suas próprias coisas, mas os seus não o acolheram.
BKJ Ele veio para os seus, e os seus não o receberam.
LTT Para dentro das Suas próprias coisas Ele (o Palavra) veio, e os Seus próprios compatriotas varões (os judeus) não O receberam;
BJ2 Veio para o que era seu e os seus[h] não o receberam.
VULG In propria venit, et sui eum non receperunt.

jo 1: 12

Versão Versículo
ARA Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;
ARC Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no seu nome;
TB Mas a todos os que o receberam, aos que creem em seu nome, deu ele o direito de se tornarem filhos de Deus,
BGB ὅσοι δὲ ἔλαβον αὐτόν, ἔδωκεν αὐτοῖς ἐξουσίαν τέκνα θεοῦ γενέσθαι, τοῖς πιστεύουσιν εἰς τὸ ὄνομα αὐτοῦ,
HD Mas a todos que o receberam, deu-lhes, aos que creem no seu nome, o poder de se tornarem filhos de Deus,
BKJ Mas a todos quantos o receberam, a eles deu o poder de se tornarem os filhos de Deus, aqueles que creem em seu nome;
LTT A tantos, porém, quantos O receberam, Ele (o Palavra) deu a estes a autoridade para serem tornados os filhos de Deus, (a deu) àqueles que estão crendo ① 740 para dentro de o nome dEle (o Palavra),
BJ2 Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem[i] filhos de Deus: aos que crêem em seu nome,[j]
VULG Quotquot autem receperunt eum, dedit eis potestatem filios Dei fieri, his qui credunt in nomine ejus :

jo 1: 13

Versão Versículo
ARA os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
ARC Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
TB os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.
BGB οἳ οὐκ ἐξ αἱμάτων οὐδὲ ἐκ θελήματος σαρκὸς οὐδὲ ἐκ θελήματος ἀνδρὸς ἀλλ’ ἐκ θεοῦ ἐγεννήθησαν.
HD os que não foram gerados nem de sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade de homem, mas de Deus.
BKJ os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
LTT Os quais não foram nascidos provenientes- de- dentro- de sangueS 741, nem provenientes- de- dentro- de vontade de carne, nem provenientes- de- dentro- de vontade de varão 742, mas provenientes- de- dentro- de Deus.
BJ2 ele, que não foi gerado nem do sangue, nem de uma vontade da carne, nem de uma vontade do homem, mas de Deus.[l]
VULG qui non ex sanguinibus, neque ex voluntate carnis, neque ex voluntate viri, sed ex Deo nati sunt.

jo 1: 14

Versão Versículo
ARA E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
ARC E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
TB O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
BGB Καὶ ὁ λόγος σὰρξ ἐγένετο καὶ ἐσκήνωσεν ἐν ἡμῖν, καὶ ἐθεασάμεθα τὴν δόξαν αὐτοῦ, δόξαν ὡς μονογενοῦς παρὰ πατρός, πλήρης χάριτος καὶ ἀληθείας·
HD E o Verbo se fez carne e tabernaculou entre nós, e contemplamos a sua glória, semelhante à de Unigênito junto do Pai, pleno de graça e verdade.
BKJ E a Palavra se fez carne, e habitou entre nós, (e nós contemplamos sua glória, como a glória do unigênito do Pai), cheio de graça e verdade.
LTT E o Palavra se fez carne, e estendeu- Seu- tabernáculo- tenda ① entre nós (e contemplamos a Sua glória, glória na- Sua- qualidade- de o Filho unigênito ② 743 de o Pai), cheio de graça e de verdade.
BJ2 E o Verbo se fez carne,[m] e habitou entre nós;[n] e nós vimos a sua glória,[o] glória que ele tem junto ao Pai como Filho único, cheio de graça e de verdade.[p]
VULG Et 5erbum caro factum est, et habitavit in nobis : et vidimus gloriam ejus, gloriam quasi unigeniti a Patre plenum gratiæ et veritatis.

jo 1: 15

Versão Versículo
ARA João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim.
ARC João testificou dele; e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
TB João deu testemunho dele e clamou, dizendo: Este é o de quem falei: Aquele que há de vir depois de mim tem passado adiante de mim, porque existia antes de mim.
BGB (Ἰωάννης μαρτυρεῖ περὶ αὐτοῦ καὶ κέκραγεν λέγων· Οὗτος ἦν ⸂ὃν εἶπον⸃· Ὁ ὀπίσω μου ἐρχόμενος ἔμπροσθέν μου γέγονεν, ὅτι πρῶτός μου ἦν·)
HD João testemunha a respeito dele e tem clamado dizendo: “Este era aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é antes de mim, porque existia primeiro do que eu,
BKJ João deu testemunho dele, e clamou, dizendo: Este é aquele de quem eu falei: O que vem após mim existia antes de mim; porque ele era antes de mim.
LTT João testifica concernente a Ele (o Palavra), e tem clamado, dizendo: "Este Varão era Aquele concernente a Quem eu disse: 'Aquele que está vindo após mim tem tido precedência sobre mim, porque antes de mim Ele era';"
BJ2 João dá testemunho dele e clama: "Este é aquele de quem eu disse: o que vem depois de mim passou adiante de mim, porque existia antes de mim".
VULG Joannes testimonium perhibet de ipso, et clamat dicens : Hic erat quem dixi : Qui post me venturus est, ante me factus est : quia prior me erat.

jo 1: 16

Versão Versículo
ARA Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.
ARC E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.
TB Pois todos nós recebemos da sua plenitude e graça sobre graça;
BGB ⸀ὅτι ἐκ τοῦ πληρώματος αὐτοῦ ἡμεῖς πάντες ἐλάβομεν, καὶ χάριν ἀντὶ χάριτος·
HD pois da sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça.
BKJ E de sua plenitude todos nós recebemos, e graça sobre graça.
LTT E, provenientes- de- dentro- da Sua plenitude, todos nós (já no passado) recebemos (dádivas), e (recebemos) graça em- lugar- de ① graça;
BJ2 Pois de sua plenitude todos nós recebemos graça por graça.[q]
VULG Et de plenitudine ejus nos omnes accepimus, et gratiam pro gratia :

jo 1: 17

Versão Versículo
ARA Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
ARC Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
TB porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
BGB ὅτι ὁ νόμος διὰ Μωϋσέως ἐδόθη, ἡ χάρις καὶ ἡ ἀλήθεια διὰ Ἰησοῦ Χριστοῦ ἐγένετο.
HD Porque a Lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
BKJ Porque a lei foi dada por meio de Moisés, mas graça e verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
LTT Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; mas a graça e a verdade vieram por- ação- de Jesus Cristo;
BJ2 Porque a Lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
VULG quia lex per Moysen data est, gratia et veritas per Jesum Christum facta est.

jo 1: 18

Versão Versículo
ARA Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.
ARC Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
TB Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
BGB θεὸν οὐδεὶς ἑώρακεν πώποτε· ⸂μονογενὴς θεὸς⸃ ὁ ὢν εἰς τὸν κόλπον τοῦ πατρὸς ἐκεῖνος ἐξηγήσατο.
HD Ninguém jamais viu Deus; o que está no seio do Pai, deus unigênito, este o explicou.
BKJ Nenhum homem viu a Deus em qualquer tempo; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, ele o declarou.
LTT A Deus nenhum homem tem visto, em tempo algum. O Seu Filho unigênito 744 745, Aquele estando no seio do ① Pai, Esse O declarou (a nós).
BJ2 Ninguém jamais viu a Deus: o Filho unigênito,[r] que está voltado para o seio do Pai, este o deu a conhecer.
VULG Deum nemo vidit umquam : unigenitus Filius, qui est in sinu Patris, ipse enarravit.

jo 1: 19

Versão Versículo
ARA Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?
ARC E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: quem és tu?
TB Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntar: Quem és tu?
BGB Καὶ αὕτη ἐστὶν ἡ μαρτυρία τοῦ Ἰωάννου ὅτε ⸀ἀπέστειλαν οἱ Ἰουδαῖοι ἐξ Ἱεροσολύμων ἱερεῖς καὶ Λευίτας ἵνα ἐρωτήσωσιν αὐτόν· Σὺ τίς εἶ;
HD Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém, para o interrogarem: Quem és tu?
BKJ E este é o testemunho de João, quando os judeus enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém para lhe perguntarem: Quem és tu?
LTT E este é o testemunho de João quando os judeus enviaram, provenientes- de- dentro- de Jerusalém, sacerdotes e levitas, a fim de que lhe perguntassem: "Tu, quem és tu?"
BJ2 Este foi o testemunho de João, quando os judeus[s] enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para o interrogarem: "Quem és tu?"
VULG Et hoc est testimonium Joannis, quando miserunt Judæi ab Jerosolymis sacerdotes et Levitas ad eum ut interrogarent eum : Tu quis es ?

jo 1: 20

Versão Versículo
ARA Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
ARC E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
TB Ele confessou e não negou, e a sua confissão foi: Eu não sou o Cristo.
BGB καὶ ὡμολόγησεν καὶ οὐκ ἠρνήσατο, καὶ ὡμολόγησεν ὅτι ⸂Ἐγὼ οὐκ εἰμὶ⸃ ὁ χριστός.
HD Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
BKJ E ele confessou, e não negou; mas confessou: Eu não sou o Cristo.
LTT E ele confessou, e não negou; e confessou que: "Eu não sou o Cristo."
BJ2 Ele confessou e não negou; confessou: "Eu não sou o Cristo".
VULG Et confessus est, et non negavit, et confessus est : Quia non sum ego Christus.

jo 1: 21

Versão Versículo
ARA Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não.
ARC E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
TB Perguntaram-lhe eles: Que és, então? És tu Elias? Ele respondeu: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não.
BGB καὶ ἠρώτησαν αὐτόν· Τί οὖν; ⸂σὺ Ἠλίας εἶ⸃; καὶ λέγει· Οὐκ εἰμί. Ὁ προφήτης εἶ σύ; καὶ ἀπεκρίθη· Οὔ.
HD E interrogaram-no: Então, quem {és}? Tu és Elias? Ele diz: Não sou. Tu és o Profeta? Respondeu: Não.
BKJ E eles lhe perguntaram: Então quem és? És tu Elias? E ele disse: Eu não sou. És tu o profeta? E ele respondeu: Não.
LTT E lhe perguntaram: "O que, pois (, dizes)? És tu Elias?" E ele diz: "Não sou." "És tu O Profeta 746?" E ele respondeu: "Não."
BJ2 Perguntaram-lhe: "Quem és, então? És tu Elias?"[t] Ele disse: "Não o sou". - "És o profeta?"[u] Ele respondeu: "Não".
VULG Et interrogaverunt eum : Quid ergo ? Elias es tu ? Et dixit : Non sum. Propheta es tu ? Et respondit : Non.

jo 1: 22

Versão Versículo
ARA Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo?
ARC Disseram-lhe pois: quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?
TB Disseram-lhe, pois: Quem és, para que possamos dar resposta aos que nos enviaram? Que pensas de ti mesmo?
BGB εἶπαν οὖν αὐτῷ· Τίς εἶ; ἵνα ἀπόκρισιν δῶμεν τοῖς πέμψασιν ἡμᾶς· τί λέγεις περὶ σεαυτοῦ;
HD Disseram-lhe, então: Quem és, para darmos uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes a respeito de ti mesmo?
BKJ Então eles disseram-lhe: Quem és tu? Para que possamos dar uma resposta àqueles que nos enviaram. O que tu dizes de ti mesmo?
LTT Disseram-lhe, pois: "Quem és tu? (a fim de que resposta demos àqueles havendo-nos enviado.) Que dizes concernente a ti mesmo?"
BJ2 Disseram-lhe, então: "Quem és, para darmos uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?"
VULG Dixerunt ergo ei : Quis es ut responsum demus his qui miserunt nos ? quid dicis de teipso ?

jo 1: 23

Versão Versículo
ARA Então, ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
ARC Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
TB Ele replicou: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
BGB ἔφη· Ἐγὼ φωνὴ βοῶντος ἐν τῇ ἐρήμῳ· Εὐθύνατε τὴν ὁδὸν κυρίου, καθὼς εἶπεν Ἠσαΐας ὁ προφήτης.
HD Disse: Eu sou Voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
BKJ Ele disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do -Senhor, como disse o profeta Isaías.
LTT Ele (João) dizia: "Eu sou a voz clamando no deserto 'Endireitai o caminho de o Senhor (Jesus)', como disse Isaías, o profeta." Is 40:3
BJ2 Disse ele: "Eu sou uma voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías".
VULG Ait : Ego vox clamantis in deserto : Dirigite viam Domini, sicut dixit Isaias propheta.

jo 1: 24

Versão Versículo
ARA Ora, os que haviam sido enviados eram de entre os fariseus.
ARC E os que tinham sido enviados eram dos fariseus;
TB Ora, eles tinham sido enviados pelos fariseus.
BGB ⸀Καὶ ἀπεσταλμένοι ἦσαν ἐκ τῶν Φαρισαίων.
HD E os que tinham sido enviados eram dos fariseus.
BKJ E os que foram enviados eram dos fariseus.
LTT E aqueles homens tendo sido enviados (a João) eram provenientes- de- dentro- dos fariseus,
BJ2 Alguns dos enviados eram fariseus.
VULG Et qui missi fuerant, erant ex pharisæis.

jo 1: 25

Versão Versículo
ARA E perguntaram-lhe: Então, por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
ARC E perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Por que batizas pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
TB Perguntaram-lhe também: Por que, então, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
BGB καὶ ἠρώτησαν αὐτὸν καὶ εἶπαν αὐτῷ· Τί οὖν βαπτίζεις εἰ σὺ οὐκ εἶ ὁ χριστὸς ⸂οὐδὲ Ἠλίας οὐδὲ⸃ ὁ προφήτης;
HD Interrogaram-no, e disseram-lhe: Então por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?
BKJ E eles perguntaram-lhe, dizendo: Por que então tu batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
LTT E lhe perguntaram, e lhe disseram: "Por que, pois, submerges, uma vez que 747 não és o Cristo, nem Elias, nem O ① Profeta?"
BJ2 Perguntaram-lhe ainda: "E por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?"
VULG Et interrogaverunt eum, et dixerunt ei : Quid ergo baptizas, si tu non es Christus, neque Elias, neque propheta ?

jo 1: 26

Versão Versículo
ARA Respondeu-lhes João: Eu batizo com água; mas, no meio de vós, está quem vós não conheceis,
ARC João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis.
TB Respondeu-lhes João: Eu batizo com água; no meio de vós está quem vós não conheceis;
BGB ἀπεκρίθη αὐτοῖς ὁ Ἰωάννης λέγων· Ἐγὼ βαπτίζω ἐν ὕδατι· ⸀μέσος ὑμῶν ⸀ἕστηκεν ὃν ὑμεῖς οὐκ οἴδατε,
HD Respondeu-lhes João, dizendo: Eu mergulho na água. No meio de vós, está quem vós não conheceis,
BKJ João lhes respondeu, dizendo: Eu batizo com água, mas está um entre vós, a quem vós não conheceis;
LTT Respondeu-lhes João, dizendo: "Eu estou submergindo ① dentro de água; no meio de vós, porém, tem se postado Um (Jesus) a Quem vós não tendes conhecido.
BJ2 João lhes respondeu: "Eu batizo com água. No meio de vós, está alguém que não conheceis,
VULG Respondit eis Joannes, dicens : Ego baptizo in aqua : medius autem vestrum stetit, quem vos nescitis.

jo 1: 27

Versão Versículo
ARA o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias.
ARC Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca,
TB é aquele que há de vir depois de mim, e ao qual eu não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias.
BGB ⸀ὁ ὀπίσω μου ⸀ἐρχόμενος, οὗ ⸂οὐκ εἰμὶ⸃ ἄξιος ἵνα λύσω αὐτοῦ τὸν ἱμάντα τοῦ ὑποδήματος.
HD aquele que vem depois de mim, do qual não sou digno de desatar a correia das sandálias.
BKJ este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, cujos calçados eu não sou digno de desatar as correias.
LTT Este Varão é Aquele que está vindo após mim, mas que precedência sobre mim tem tido 748; do Qual eu não sou digno a fim de que desate dEle a correia do sapato."
BJ2 aquele que vem depois de mim, do qual não sou digno de desatar a correia da sandália".
VULG Ipse est qui post me venturus est, qui ante me factus est : cujus ego non sum dignus ut solvam ejus corrigiam calceamenti.

jo 1: 28

Versão Versículo
ARA Estas coisas se passaram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
ARC Estas coisas aconteceram em Betânia, da outra banda do Jordão, onde João estava batizando.
TB Isso passou-se em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando.
BGB ταῦτα ἐν Βηθανίᾳ ἐγένετο πέραν τοῦ Ἰορδάνου, ὅπου ἦν ⸀ὁ Ἰωάννης βαπτίζων.
HD Estas {coisas} ocorreram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.
BKJ Essas coisas aconteceram em Betábara, além do Jordão, onde João batizava.
LTT Estas coisas em Betábara aconteceram, do outro lado do (rio) Jordão, onde estava João submergindo;
BJ2 Isso se passava em Betânia, do outro lado do Jordão,[v] onde João batizava.
VULG Hæc in Bethania facta sunt trans Jordanem, ubi erat Joannes baptizans.

jo 1: 29

Versão Versículo
ARA No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
ARC No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
TB No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
BGB Τῇ ἐπαύριον βλέπει τὸν Ἰησοῦν ἐρχόμενον πρὸς αὐτόν, καὶ λέγει· Ἴδε ὁ ἀμνὸς τοῦ θεοῦ ὁ αἴρων τὴν ἁμαρτίαν τοῦ κόσμου.
HD No {dia} seguinte, ele vê Jesus vindo até ele, e diz: Eis o cordeiro de Deus, que remove o pecado do mundo!
BKJ No dia seguinte, João vê Jesus vindo até ele, e diz: Eis o Cordeiro de Deus, que carrega o pecado do mundo.
LTT No dia seguinte, vê João a Jesus vindo até ele, e diz: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele (Cordeiro) que (completa e definitivamente) está levantando- e- carregando- (sobre Si) para- longe o pecado do mundo!
BJ2 No dia seguinte, ele vê Jesus aproximar-se dele e diz: "Eis o Cordeiro de Deus,[x] que tira o pecado do mundo.
VULG Altera die vidit Joannes Jesum venientem ad se, et ait : Ecce agnus Dei, ecce qui tollit peccatum mundi.

jo 1: 30

Versão Versículo
ARA É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim.
ARC Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um varão que foi antes de mim; porque já era primeiro do que eu.
TB Este é o mesmo de quem eu disse: Depois de mim há de vir um homem que tem passado adiante de mim, porque existia antes de mim.
BGB οὗτός ἐστιν ⸀ὑπὲρ οὗ ἐγὼ εἶπον· Ὀπίσω μου ἔρχεται ἀνὴρ ὃς ἔμπροσθέν μου γέγονεν, ὅτι πρῶτός μου ἦν·
HD Este é {aquele} acerca de quem eu disse: Após mim vem um varão que está adiante de mim, porque existia primeiro do que eu.
BKJ Este é aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é superior a mim, porque ele era antes de mim.
LTT Este Varão é Aquele concernente a o Qual eu disse: 'Após mim vem um varão que precedência sobre mim tem tido, porque antes de mim Ele era.'
BJ2 Dele é que eu disse: Depois de mim, vem um homem que passou adiante de mim, porque existia antes de mim.
VULG Hic est de quo dixi : Post me venit vir qui ante me factus est : quia prior me erat :

jo 1: 31

Versão Versículo
ARA Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água.
ARC E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.
TB Eu não o conhecia, mas para que ele fosse manifestado a Israel é que eu vim batizar com água.
BGB κἀγὼ οὐκ ᾔδειν αὐτόν, ἀλλ’ ἵνα φανερωθῇ τῷ Ἰσραὴλ διὰ τοῦτο ἦλθον ἐγὼ ⸀ἐν ὕδατι βαπτίζων.
HD E eu não o conhecia, mas por isso é que eu vim batizando com água: para que ele fosse manifestado a Israel.
BKJ E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse revelado a Israel, por isso vim batizando com água.
LTT E eu não O tinha conhecido; mas, a fim de que Ele fosse feito manifesto a Israel, por causa disso vim eu, submergindo dentro da água."
BJ2 Eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim batizar com água".
VULG et ego nesciebam eum, sed ut manifestetur in Israël, propterea veni ego in aqua baptizans.

jo 1: 32

Versão Versículo
ARA E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele.
ARC E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e repousar sobre ele.
TB João deu testemunho, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba, e permaneceu sobre ele.
BGB καὶ ἐμαρτύρησεν Ἰωάννης λέγων ὅτι Τεθέαμαι τὸ πνεῦμα καταβαῖνον ⸀ὡς περιστερὰν ἐξ οὐρανοῦ, καὶ ἔμεινεν ἐπ’ αὐτόν·
HD João testemunhou, dizendo: Contemplei o espírito descendo como pomba do céu; e permaneceu sobre ele.
BKJ João testemunhou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e permaneceu sobre ele.
LTT E testificou João, dizendo que: "Eu tenho visto o Espírito (Santo) descendo (à semelhança de uma pomba) proveniente- de- dentro- do céu; e (o Espírito) permaneceu sobre Ele.
BJ2 E João deu testemunho, dizendo: "Vi o Espírito descer, como uma pomba[z] vindo do céu, e permanecer sobre ele.
VULG Et testimonium perhibuit Joannes, dicens : Quia vidi Spiritum descendentem quasi columbam de cælo, et mansit super eum.

jo 1: 33

Versão Versículo
ARA Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com3 o Espírito Santo.
ARC E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
TB Eu não o conhecia, mas o que me enviou a batizar com água disse-me: Aquele sobre quem vires descer o Espírito e ficar sobre ele, este é o que batiza com o Espírito Santo.
BGB κἀγὼ οὐκ ᾔδειν αὐτόν, ἀλλ’ ὁ πέμψας με βαπτίζειν ἐν ὕδατι ἐκεῖνός μοι εἶπεν· Ἐφ’ ὃν ἂν ἴδῃς τὸ πνεῦμα καταβαῖνον καὶ μένον ἐπ’ αὐτόν, οὗτός ἐστιν ὁ βαπτίζων ἐν πνεύματι ἁγίῳ·
HD E eu não o conhecia, mas aquele que me enviou para batizar com água, esse me disse: Sobre quem vires o espírito descendo e permanecendo sobre ele, este é o que batiza com o Espírito Santo.
BKJ E eu não o conhecia; mas aquele que me enviou para batizar com água, este disse para mim: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
LTT E eu não O conhecia, mas Aquele havendo-me enviado a submergir dentro de água, Esse me disse: 'Aquele sobre Quem vires o Espírito descendo e permanecendo sobre Ele, esse é Aquele que estará submergindo dentro de o Espírito Santo.'
BJ2 Eu não o conhecia, mas aquele que me enviou para batizar com água disse-me: "Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é o que batiza com o Espírito Santo".[a]
VULG Et ego nesciebam eum : sed qui misit me baptizare in aqua, ille mihi dixit : Super quem videris Spiritum descendentem, et manentem super eum, hic est qui baptizat in Spiritu Sancto.

jo 1: 34

Versão Versículo
ARA Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.
ARC E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus.
TB Eu tenho visto e testificado que ele é o Filho de Deus.
BGB κἀγὼ ἑώρακα, καὶ μεμαρτύρηκα ὅτι οὗτός ἐστιν ὁ ⸀ἐκλεκτὸς τοῦ θεοῦ.
HD E eu vi e tenho testemunhado que este é o filho de Deus.
BKJ E eu vi, e testemunho de que este é o Filho de Deus.
LTT E eu tenho visto ①, e tenho testificado que Este Varão é o Filho de Deus."
BJ2 E eu vi e dou testemunho que ele é o Filho de Deus".[b]
VULG Et ego vidi : et testimonium perhibui quia hic est Filius Dei.

jo 1: 35

Versão Versículo
ARA No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos
ARC No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos;
TB No dia seguinte, João estava lá outra vez com dois de seus discípulos
BGB Τῇ ἐπαύριον πάλιν εἱστήκει ⸀ὁ Ἰωάννης καὶ ἐκ τῶν μαθητῶν αὐτοῦ δύο,
HD No {dia} seguinte, novamente, João, com dois dos seus discípulos, estava de pé {ali}.
BKJ No dia seguinte, João estava novamente ali, com dois de seus discípulos;
LTT  ① No dia seguinte, outra vez tinha-se postado ali João (e dois provenientes- de- entre os seus discípulos).
BJ2 No dia seguinte, João se achava lá de novo, com dois de seus discípulos.
VULG Altera die iterum stabat Joannes, et ex discipulis ejus duo.

jo 1: 36

Versão Versículo
ARA e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!
ARC E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
TB e, olhando para Jesus, que passava, disse: Eis ali o Cordeiro de Deus!
BGB καὶ ἐμβλέψας τῷ Ἰησοῦ περιπατοῦντι λέγει· Ἴδε ὁ ἀμνὸς τοῦ θεοῦ.
HD Ao ver Jesus circulando , diz: Eis o cordeiro de Deus.
BKJ e olhando para Jesus enquanto ele caminhava, disse: Eis o Cordeiro de Deus!
LTT E, havendo (João) contemplado Jesus caminhando, diz: "Eis o Cordeiro de Deus!"
BJ2 Ao ver Jesus que passava, disse: "Eis o Cordeiro de Deus".
VULG Et respiciens Jesum ambulantem, dicit : Ecce agnus Dei.

jo 1: 37

Versão Versículo
ARA Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus.
ARC E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.
TB Os dois discípulos, ouvindo dizer isso, seguiram a Jesus.
BGB καὶ ἤκουσαν ⸂οἱ δύο μαθηταὶ αὐτοῦ⸃ λαλοῦντος καὶ ἠκολούθησαν τῷ Ἰησοῦ.
HD Os seus dois discípulos ouviram-no falando {isto}, e seguiram a Jesus.
BKJ E os dois discípulos o ouviram falar, e eles seguiram a Jesus.
LTT E os dois discípulos (de João) o ouviram falando isto, e seguiram Jesus.
BJ2 Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus.
VULG Et audierunt eum duo discipuli loquentem, et secuti sunt Jesum.

jo 1: 38

Versão Versículo
ARA E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes?
ARC E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi, (que, traduzido, quer dizer Mestre) onde moras?
TB Voltando-se Jesus e vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer, Mestre), onde assistes?
BGB στραφεὶς δὲ ὁ Ἰησοῦς καὶ θεασάμενος αὐτοὺς ἀκολουθοῦντας λέγει αὐτοῖς· Τί ζητεῖτε; οἱ δὲ εἶπαν αὐτῷ· Ῥαββί (ὃ λέγεται ⸀μεθερμηνευόμενον Διδάσκαλε), ποῦ μένεις;
HD E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, diz-lhes: Que buscais? Eles lhe disseram: Rabbi – que se diz ao ser traduzido “Mestre” – onde moras?
BKJ Então, Jesus virou-se, e vendo que o seguiam, disse-lhes: O que buscais? E eles disseram: Rabi (que traduzido significa: Mestre), onde tu moras?
LTT E, havendo Jesus Se voltado e havendo-os visto seguindo-O, lhes diz: "O que buscais?" E eles Lhe disseram: "Rabi" (que quer dizer, sendo traduzido: 'Ó (meu) Professor- Mestre'), "onde moras?"
BJ2 Jesus voltou-se e, vendo que eles o seguiam, disse-lhes: "Que estais procurando?" Disseram-lhe: "Rabi (que, traduzido, significa Mestre), onde moras?"
VULG Conversus autem Jesus, et videns eos sequentes se, dicit eis : Quid quæritis ? Qui dixerunt ei : Rabbi (quod dicitur interpretatum Magister), ubi habitas ?

jo 1: 39

Versão Versículo
ARA Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima.
ARC Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia: e era já quase a hora décima.
TB Ele respondeu: Vinde e vereis. Foram, pois, e viram onde assistia; e ficaram aquele dia com ele; era mais ou menos a hora décima.
BGB λέγει αὐτοῖς· Ἔρχεσθε καὶ ⸂ὄψεσθε. ἦλθαν οὖν⸃ καὶ εἶδαν ποῦ μένει, καὶ παρ’ αὐτῷ ἔμειναν τὴν ἡμέραν ἐκείνην· ὥρα ἦν ὡς δεκάτη.
HD Diz a eles: Vinde e vede. Então foram e viram onde mora, e permaneceram com ele naquele dia. Era aproximadamente a hora décima.
BKJ Ele disse-lhes: Vinde, e vereis. Eles foram e viram onde morava, e permaneceram com ele aquele dia, porque era cerca da hora décima.
LTT Ele lhes diz: "Vinde, e vede." Foram, e viram onde Ele mora, e permaneceram ao lado dEle durante aquele dia; e era quase a hora décima ①.
BJ2 Disse-lhes: "Vinde e vede". Então eles foram e viram onde morava, e permaneceram com ele aquele dia. Era a hora décima, aproximadamente.[c]
VULG Dicit eis : Venite et videte. Venerunt, et viderunt ubi maneret, et apud eum manserunt die illo : hora autem erat quasi decima.

jo 1: 40

Versão Versículo
ARA Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus.
ARC Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.
TB André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e que seguiram a Jesus.
BGB ἦν Ἀνδρέας ὁ ἀδελφὸς Σίμωνος Πέτρου εἷς ἐκ τῶν δύο τῶν ἀκουσάντων παρὰ Ἰωάννου καὶ ἀκολουθησάντων αὐτῷ·
HD André, o irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram {isso} da parte de João, e seguiram a ele {Jesus}.
BKJ Um dos dois, que ouviram João falar e o seguiram, era André, irmão de Simão Pedro.
LTT Era André (o irmão de Simão Pedro) um proveniente- de- entre os dois (aqueles (discípulos) havendo ouvido ao- lado- de João e havendo seguido a Ele (a Jesus));
BJ2 André, o irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus.
VULG Erat autem Andreas, frater Simonis Petri, unus ex duobus qui audierant a Joanne, et secuti fuerant eum.

jo 1: 41

Versão Versículo
ARA Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo),
ARC Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).
TB Ele procurou primeiro seu irmão Simão e lhe disse: Temos achado o Messias (que quer dizer, Cristo).
BGB εὑρίσκει οὗτος ⸀πρῶτον τὸν ἀδελφὸν τὸν ἴδιον Σίμωνα καὶ λέγει αὐτῷ· Εὑρήκαμεν τὸν Μεσσίαν (ὅ ἐστιν μεθερμηνευόμενον χριστός).
HD Ele encontrou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Encontramos o Messias – que ao ser traduzido é “Cristo” –
BKJ Ele encontra primeiro a seu próprio irmão Simão, e disse-lhe: Nós encontramos o Messias, que é (sendo interpretado) o Cristo.
LTT Este (André) acha primeiro o seu próprio irmão Simão, e lhe diz: "Temos encontrado o Messias (que é, sendo traduzido, 'o Cristo');"
BJ2 Encontrou primeiramente[d] Simão e lhe disse: "Encontramos o Messias (que quer dizer Cristo)".
VULG Invenit hic primum fratrem suum Simonem, et dicit ei : Invenimus Messiam (quod est interpretatum Christus).

jo 1: 42

Versão Versículo
ARA e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
ARC E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
TB E o levou a Jesus. Jesus, olhando para ele, disse: Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas (que significa Pedro).
BGB ⸀ἤγαγεν αὐτὸν πρὸς τὸν Ἰησοῦν. ἐμβλέψας αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς εἶπεν· Σὺ εἶ Σίμων ὁ υἱὸς ⸀Ἰωάννου, σὺ κληθήσῃ Κηφᾶς (ὃ ἑρμηνεύεται Πέτρος).
HD e o conduziu a Jesus. Ao fitá-lo , disse Jesus: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas, que interpretado {é} Pedro.
BKJ E ele o trouxe a Jesus. E olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas, que traduzido significa: Uma pedra.
LTT E o levou em direção a Jesus. E, havendo Jesus olhado para ele (Simão), disse: "Tu és Simão, o filho de Jonas; tu serás chamado de Cefas (que é traduzido como 'uma pedra- pequena')."
BJ2 Ele o conduziu a Jesus. Fitando-o, disse-lhe Jesus: "Tu és Simão, o filho de João; chamar-te-ás Cefas" (que quer dizer Pedra).[e]
VULG Et adduxit eum ad Jesum. Intuitus autem eum Jesus, dixit : Tu es Simon, filius Jona ; tu vocaberis Cephas, quod interpretatur Petrus.

jo 1: 43

Versão Versículo
ARA No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galileia e encontrou a Filipe, a quem disse: Segue-me.
ARC No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
TB No dia seguinte, resolveu Jesus ir à Galileia e encontrou a Filipe. E disse-lhe: Segue-me.
BGB Τῇ ἐπαύριον ἠθέλησεν ἐξελθεῖν εἰς τὴν Γαλιλαίαν. καὶ εὑρίσκει Φίλιππον καὶ λέγει αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς· Ἀκολούθει μοι.
HD No {dia} seguinte, Jesus quis sair para a Galileia, encontra Filipe e lhe diz: Segue-me.
BKJ No dia seguinte, Jesus queria partir para a Galileia, e encontra a Filipe, e lhe diz: Segue-me.
LTT No dia seguinte, quis Jesus partir para dentro da Galileia. E encontra Filipe, e lhe diz: "Segue-Me."
BJ2 No dia seguinte, Jesus resolveu partir para a Galiléia e encontrou Filipe. Jesus lhe disse: "Segue-me".
VULG In crastinum voluit exire in Galilæam, et invenit Philippum. Et dicit ei Jesus : Sequere me.

jo 1: 44

Versão Versículo
ARA Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
ARC E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
TB Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro.
BGB ἦν δὲ ὁ Φίλιππος ἀπὸ Βηθσαϊδά, ἐκ τῆς πόλεως Ἀνδρέου καὶ Πέτρου.
HD Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
BKJ Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro.
LTT Ora, era Filipe proveniente- de- junto- de Betsaida, proveniente- de- dentro- da cidade de André e de Pedro.
BJ2 Filipe era de Betsaida, a cidade de André e de Pedro.
VULG Erat autem Philippus a Bethsaida, civitate Andreæ et Petri.

jo 1: 45

Versão Versículo
ARA Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José.
ARC Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
TB Filipe encontrou a Natanael e declarou-lhe: Temos achado aquele de quem escreveu Moisés na Lei e de quem falaram os profetas, Jesus de Nazaré, filho de José.
BGB εὑρίσκει Φίλιππος τὸν Ναθαναὴλ καὶ λέγει αὐτῷ· Ὃν ἔγραψεν Μωϋσῆς ἐν τῷ νόμῳ καὶ οἱ προφῆται εὑρήκαμεν, ⸀Ἰησοῦν υἱὸν τοῦ Ἰωσὴφ τὸν ἀπὸ Ναζαρέτ.
HD Filipe encontra Natanael e lhe diz: Encontramos aquele {a respeito de quem} Moisés escreveu, na Lei, bem como os Profetas: Jesus, filho de José, de Nazaré.
BKJ Filipe encontra a Natanael, e lhe diz: Nós encontramos aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
LTT Filipe encontra Natanael e lhe diz: "Aquele concernente a Quem escreveram Moisés (na Lei) e os Profetas, temos achado: Jesus (o filho de José), proveniente- de- junto- de Nazaré."
BJ2 Filipe encontrou Natanael[f] e lhe disse: "Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas: Jesus, filho de José, de Nazaré".
VULG Invenit Philippus Nathanaël, et dicit ei : Quem scripsit Moyses in lege, et prophetæ, invenimus Jesum filium Joseph a Nazareth.

jo 1: 46

Versão Versículo
ARA Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.
ARC Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
TB Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair coisa que boa seja? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.
BGB καὶ εἶπεν αὐτῷ Ναθαναήλ· Ἐκ Ναζαρὲτ δύναταί τι ἀγαθὸν εἶναι; λέγει αὐτῷ ⸀ὁ Φίλιππος· Ἔρχου καὶ ἴδε.
HD Disse-lhe Natanael: De Nazaré, pode sair algo bom? Disse-lhe Filipe: Vem e vê.
BKJ E Natanael lhe disse: Pode haver coisa boa vinda de Nazaré? Filipe respondeu: Vem e vê.
LTT E lhe disse Natanael: "Porventura pode alguma coisa boa ser proveniente- de- dentro- de Nazaré?" Diz-lhe Filipe: "Tu vens, e vê tu."
BJ2 Perguntou-lhe Natanael: "De Nazaré pode sair algo de bom?" Filipe lhe disse: "Vem e vê".
VULG Et dixit ei Nathanaël : A Nazareth potest aliquid boni esse ? Dicit ei Philippus : Veni et vide.

jo 1: 47

Versão Versículo
ARA Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!
ARC Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
TB Jesus, vendo a Natanael aproximar-se, disse dele: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!
BGB εἶδεν ⸀ὁ Ἰησοῦς τὸν Ναθαναὴλ ἐρχόμενον πρὸς αὐτὸν καὶ λέγει περὶ αὐτοῦ· Ἴδε ἀληθῶς Ἰσραηλίτης ἐν ᾧ δόλος οὐκ ἔστιν.
HD Jesus viu Natanael, que vinha até ele, e diz a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há malícia.
BKJ Jesus vendo Natanael aproximar-se dele, disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há engano!
LTT Viu Jesus a Natanael vindo em direção a Ele, e diz concernente a ele: "Eis aqui, verdadeiramente, um israelita, em quem enganosa- maquinação não há!"
BJ2 Jesus viu Natanael vindo até ele e disse a seu respeito:[g] "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude".
VULG Vidit Jesus Nathanaël venientem ad se, et dicit de eo : Ecce vere Israëlita, in quo dolus non est.

jo 1: 48

Versão Versículo
ARA Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
ARC Disse-lhe Natanael: Donde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira.
TB Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu Jesus: Antes de Filipe chamar-te, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
BGB λέγει αὐτῷ Ναθαναήλ· Πόθεν με γινώσκεις; ἀπεκρίθη Ἰησοῦς καὶ εἶπεν αὐτῷ· Πρὸ τοῦ σε Φίλιππον φωνῆσαι ὄντα ὑπὸ τὴν συκῆν εἶδόν σε.
HD Natanael lhe diz: Donde me conheces? Em resposta, disse-lhe Jesus: Antes de Filipe te chamar, enquanto estavas sob a figueira, eu te vi.
BKJ Natanael lhe disse: De onde tu me conheces? Jesus respondeu, dizendo: Antes que Filipe te chamasse, quando tu estavas debaixo da figueira, eu te vi.
LTT Diz-lhe Natanael: "De onde me conheces?" Respondeu Jesus, e lhe disse: "Antes de Filipe te chamar, ainda estando tu debaixo da figueira, contemplei Eu a ti."
BJ2 Natanael lhe disse: "De onde me conheces?" Respondeu-lhe Jesus: "Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas sob a figueira".[h]
VULG Dicit ei Nathanaël : Unde me nosti ? Respondit Jesus, et dixit ei : Priusquam te Philippus vocavit, cum esses sub ficu, vidi te.

jo 1: 49

Versão Versículo
ARA Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!
ARC Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei d?Israel.
TB Replicou-lhe Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.
BGB ἀπεκρίθη ⸂αὐτῷ Ναθαναήλ⸃· Ῥαββί, σὺ εἶ ὁ υἱὸς τοῦ θεοῦ, σὺ ⸂βασιλεὺς εἶ⸃ τοῦ Ἰσραήλ.
HD Respondeu-lhe Natanael: Rabbi , tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel!
BKJ Natanael respondeu, dizendo: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.
LTT Respondeu Natanael, e Lhe diz: "(ó meu) Grande- Professor, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!"
BJ2 Então Natanael exclamou: "Rabi, tu és o Filho de Deus,[i] tu és o Rei de Israel".
VULG Respondit ei Nathanaël, et ait : Rabbi, tu es Filius Dei, tu es rex 1sraël.

jo 1: 50

Versão Versículo
ARA Ao que Jesus lhe respondeu: Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois maiores coisas do que estas verás.
ARC Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? coisas maiores do que estas verás.
TB Disse-lhe Jesus: Por eu te dizer que te vi debaixo da figueira, crês? Maiores coisas do que estas verás.
BGB ἀπεκρίθη Ἰησοῦς καὶ εἶπεν αὐτῷ· Ὅτι εἶπόν σοι ⸀ὅτι εἶδόν σε ὑποκάτω τῆς συκῆς πιστεύεις; μείζω τούτων ⸀ὄψῃ.
HD Em resposta, disse-lhe Jesus: Porque {eu} te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Maiores {coisas} do que essas verás.
BKJ Jesus respondeu, dizendo: Porque eu te disse: Vi-te debaixo da figueira, tu crês? Coisas maiores do que estas verás.
LTT Respondeu Jesus, e lhe disse: "Porque te disse: 'Contemplei-te debaixo da figueira', crês? Maiores coisas do que estas verás."
BJ2 Jesus lhe respondeu: "Crês, só porque te disse: "Eu te vi sob a figueira"? Verás coisas maiores do que essas".
VULG Respondit Jesus, et dixit ei : Quia dixi tibi : Vidi te sub ficu, credis ; majus his videbis.

jo 1: 51

Versão Versículo
ARA E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.
ARC E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem.
TB E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.
BGB καὶ λέγει αὐτῷ· Ἀμὴν ἀμὴν λέγω ⸀ὑμῖν, ὄψεσθε τὸν οὐρανὸν ἀνεῳγότα καὶ τοὺς ἀγγέλους τοῦ θεοῦ ἀναβαίνοντας καὶ καταβαίνοντας ἐπὶ τὸν υἱὸν τοῦ ἀνθρώπου.
HD E diz a ele: Amém , amém, {eu} vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o filho do homem.
BKJ E ele lhe disse: Na verdade, na verdade eu vos digo: De agora em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo em direção ao Filho do homem.
LTT E (Jesus) lhe diz: "Em verdade, em verdade vos digo: Desde agora em diante vereis o céu tendo sido aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem." Gn 28:12
BJ2 E lhe disse: "Em verdade, em verdade, vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem".[j]
VULG Et dicit ei : Amen, amen dico vobis, videbitis cælum apertum, et angelos Dei ascendentes, et descendentes supra Filium hominis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:1

Gênesis 1:1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Salmos 45:6 O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade.
Provérbios 8:22 O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas.
Isaías 7:14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 40:9 Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.
Mateus 1:23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).
João 1:2 Ele estava no princípio com Deus.
João 1:14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 1:18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
João 10:30 Eu e o Pai somos um.
João 16:28 Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai.
João 17:5 E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
João 20:28 Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Romanos 9:5 dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
Efésios 3:9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
Filipenses 2:6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
Colossenses 1:17 E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
I Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.
Tito 2:13 aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
Hebreus 1:8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
Hebreus 7:3 sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.
Hebreus 13:8 Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.
II Pedro 1:1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo:
I João 1:1 O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida
I João 5:7 Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Apocalipse 1:2 o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.
Apocalipse 1:8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.
Apocalipse 1:11 que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia.
Apocalipse 1:17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último
Apocalipse 2:8 E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu:
Apocalipse 3:14 E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.
Apocalipse 19:13 E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.
Apocalipse 21:6 E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
Apocalipse 22:13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:2

Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:3

Gênesis 1:1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Gênesis 1:26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
Salmos 33:6 Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca.
Salmos 102:25 Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.
Isaías 45:12 Eu fiz a terra e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens.
Isaías 45:18 Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro.
João 1:10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
João 5:17 E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
I Coríntios 8:6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
Efésios 3:9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
Colossenses 1:16 porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
Hebreus 1:2 a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
Hebreus 1:10 E: Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos;
Hebreus 3:3 Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
Apocalipse 4:11 Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:4

Salmos 49:6 Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas,
Salmos 60:1 Ó Deus, tu nos rejeitaste, tu nos espalhaste, tu tens estado indignado; oh! Volta-te para nós!
Salmos 84:11 Porque o Senhor Deus é um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.
Isaías 35:4 Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará.
Isaías 42:6 Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por concerto do povo e para luz dos gentios;
Isaías 42:16 E guiarei os cegos por um caminho que nunca conheceram, fá-los-ei caminhar por veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles e as coisas tortas farei direitas. Essas coisas lhes farei e nunca os desampararei.
Malaquias 4:2 Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro.
Mateus 4:16 o povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou.
Lucas 1:78 pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto nos visitou,
Lucas 2:32 luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel.
João 1:8 Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
João 5:21 Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer.
João 5:26 Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
João 8:12 Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
João 9:5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
João 11:25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
João 12:35 Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo; andai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai.
João 12:46 Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
João 14:6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Atos 26:23 isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios.
I Coríntios 15:45 Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão, em espírito vivificante.
Efésios 5:14 Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
Colossenses 3:4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória.
I João 1:2 (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada),
I João 1:5 E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
I João 5:11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.
Apocalipse 22:1 E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
Apocalipse 22:16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:5

Jó 24:13 Eles estão entre os que se opõem à luz; não conhecem os seus caminhos e não permanecem nas suas veredas.
Provérbios 1:22 Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?
Provérbios 1:29 Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do Senhor;
João 1:10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
João 3:19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
João 12:36 Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Essas coisas disse Jesus; e, retirando-se, escondeu-se deles.
Romanos 1:28 E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém;
I Coríntios 2:14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:6

Isaías 40:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
Malaquias 3:1 Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
Malaquias 4:5 Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor;
Mateus 3:1 E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia
Mateus 11:10 porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho.
Mateus 21:25 O batismo de João donde era? Do céu ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não o crestes?
Marcos 1:1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Lucas 1:13 Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João.
Lucas 1:15 porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.
Lucas 1:61 E disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que se chame por este nome.
Lucas 1:76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,
Lucas 3:2 sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias.
João 1:33 E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
João 3:28 Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.
Atos 13:24 tendo primeiramente João, antes da vinda dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo do arrependimento.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:7

João 1:9 Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
João 1:12 Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,
João 1:15 João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
João 1:19 E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
João 1:26 João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água, mas, no meio de vós, está um a quem vós não conheceis.
João 1:32 E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele.
João 1:36 E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
João 3:26 E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele.
João 5:33 Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade.
Atos 19:4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
Efésios 3:9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
I Timóteo 2:4 que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.
Tito 2:11 Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
II Pedro 3:9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:8

João 1:20 E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
João 3:28 Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.
Atos 19:4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:9

Isaías 8:20 À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.
Isaías 49:6 Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.
Mateus 6:23 Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
João 1:4 Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
João 1:7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
João 6:32 Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
João 7:12 E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não; antes, engana o povo.
João 12:46 Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
João 14:6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
João 15:1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
I Tessalonicenses 5:4 Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;
I João 1:8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
I João 2:8 Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele e em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz alumia.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:10

Gênesis 11:6 e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Gênesis 16:13 E ela chamou o nome do Senhor, que com ela falava: Tu és Deus da vista, porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?
Gênesis 17:1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
Gênesis 18:33 E foi-se o Senhor, quando acabou de falar a Abraão; e Abraão tornou ao seu lugar.
Êxodo 3:4 E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
Jeremias 10:11 Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo deste céu.
Mateus 11:27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
João 1:5 e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
João 1:18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
João 5:17 E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
João 17:25 Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.
Atos 14:17 contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração.
Atos 17:24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens.
I Coríntios 1:21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.
I Coríntios 2:8 a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
Hebreus 1:2 a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
Hebreus 11:3 Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
I João 3:1 Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:11

Isaías 53:2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
Mateus 15:24 E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Lucas 19:14 Mas os seus concidadãos aborreciam-no e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.
Lucas 20:13 E disse o senhor da vinha: Que farei? Mandarei o meu filho amado; talvez, vendo-o, o respeitem.
João 3:32 E aquilo que ele viu e ouviu, isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho.
Atos 3:25 Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra.
Atos 7:51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim, vós sois como vossos pais.
Atos 13:26 Varões irmãos, filhos da geração de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a vós vos é enviada a palavra desta salvação.
Atos 13:46 Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios.
Romanos 9:1 Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
Romanos 9:5 dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
Romanos 15:8 Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;
Gálatas 4:4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:12

Isaías 56:5 Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles que nunca se apagará.
Jeremias 3:19 Mas eu dizia: Como te porei entre os filhos e te darei a terra desejável, a excelente herança dos exércitos das nações? E eu disse: Pai me chamarás e de mim te não desviarás.
Oséias 1:10 Todavia, o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que não pode medir-se nem contar-se; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo.
Mateus 10:40 Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.
Mateus 12:21 E, no seu nome, os gentios esperarão.
Mateus 18:5 E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe.
João 1:7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
João 2:23 E, estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.
João 3:18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
João 11:52 E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.
João 20:31 Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
Atos 3:16 E, pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.
Romanos 8:14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
II Coríntios 6:17 Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei;
Gálatas 3:26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus;
Gálatas 4:6 E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
Colossenses 2:6 Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,
II Pedro 1:4 pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo,
I João 3:1 Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
I João 3:23 E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.
I João 5:12 Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:13

Gênesis 25:22 E os filhos lutavam dentro dela; então, disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao Senhor.
Gênesis 25:28 E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó.
Gênesis 27:4 e faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma, e para que minha alma te abençoe, antes que morra.
Gênesis 27:33 Então, estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça e ma trouxe? Eu comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o; também será bendito.
Salmos 110:3 O teu povo se apresentará voluntariamente no dia do teu poder, com santos ornamentos; como vindo do próprio seio da alva, será o orvalho da tua mocidade.
Mateus 3:9 e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
João 3:5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
João 8:33 Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?
Romanos 9:1 Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
Romanos 9:7 nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
Romanos 10:1 Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.
I Coríntios 3:6 Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
Filipenses 2:13 porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
Tito 3:5 não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
Tiago 1:18 Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.
I Pedro 1:3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
I Pedro 1:23 sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.
I Pedro 2:2 desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
I João 2:28 E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.
I João 3:9 Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.
I João 4:7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
I João 5:1 Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.
I João 5:4 Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
I João 5:18 Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:14

Salmos 2:7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
Salmos 45:2 Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso, Deus te abençoou para sempre.
Isaías 7:14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
Isaías 40:5 E a glória do Senhor se manifestará, e toda carne juntamente verá que foi a boca do Senhor que disse isso.
Isaías 53:2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
Isaías 60:1 Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.
Mateus 1:16 e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.
Mateus 1:20 E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
Mateus 17:1 Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte.
Lucas 1:31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.
Lucas 2:7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Lucas 2:11 pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Lucas 9:32 E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois varões que estavam com ele.
João 1:1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
João 1:16 E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça.
João 2:11 Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
João 6:51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
João 11:40 Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?
João 12:40 Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure.
João 14:6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
João 14:9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
João 17:22 E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Atos 13:33 como também está escrito no Salmo segundo: Meu filho és tu; hoje te gerei.
Romanos 1:3 acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
Romanos 8:3 Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
Romanos 9:5 dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
I Coríntios 15:47 O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.
II Coríntios 4:4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
II Coríntios 12:9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Gálatas 4:4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Efésios 3:8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo
Efésios 3:18 poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade
Filipenses 2:6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
Colossenses 1:19 porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse
Colossenses 2:3 em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.
Colossenses 2:9 porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
I Timóteo 1:14 E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo.
I Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.
Hebreus 1:3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;
Hebreus 1:5 Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
Hebreus 2:11 Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
Hebreus 2:14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo,
Hebreus 5:5 Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.
Hebreus 10:5 Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste;
I Pedro 2:4 E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
II Pedro 1:16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,
I João 1:1 O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida
I João 4:2 Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
I João 4:9 Nisto se manifestou 4o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
I João 4:14 e vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
II João 1:7 Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
Apocalipse 21:3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:15

Provérbios 8:22 O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas.
Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Miquéias 5:2 E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Mateus 3:11 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Mateus 3:13 Então, veio Jesus da Galileia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Marcos 1:7 e pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandálias.
Lucas 3:16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
João 1:1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
João 1:7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
João 1:27 Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandálias.
João 1:29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
João 3:26 E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele.
João 5:33 Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade.
João 8:58 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.
João 17:5 E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
Filipenses 2:6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
Colossenses 1:17 E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
Hebreus 13:8 Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.
Apocalipse 1:11 que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia.
Apocalipse 1:17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último
Apocalipse 2:8 E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu:
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:16

Zacarias 4:7 Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel, serás uma campina; porque ele trará a primeira pedra com aclamações: Graça, graça a ela.
Mateus 3:11 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Mateus 3:14 Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Mateus 13:12 porque àquele que tem se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
Lucas 21:15 porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem.
João 3:34 Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.
João 15:1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Atos 3:12 E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?
Romanos 5:2 pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
Romanos 5:17 Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
Romanos 5:20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
Romanos 8:9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
I Coríntios 1:4 Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo.
Efésios 1:6 para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
Efésios 1:23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.
Efésios 2:5 estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
Efésios 3:19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Efésios 4:7 Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.
Colossenses 1:19 porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse
Colossenses 2:3 em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.
Colossenses 2:9 porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
I Pedro 1:2 eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.
I Pedro 1:11 indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:17

Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Gênesis 22:18 E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.
Êxodo 20:1 Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo:
Deuteronômio 4:44 Esta é, pois, a lei que Moisés propôs aos filhos de Israel.
Deuteronômio 5:1 E chamou Moisés a todo o Israel e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis e guardá-los-eis, para os cumprir.
Deuteronômio 33:4 Moisés nos deu a lei por herança da congregação de Jacó.
Salmos 85:10 A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.
Salmos 89:1 As benignidades do Senhor cantarei perpetuamente; com a minha boca manifestarei a tua fidelidade de geração em geração.
Salmos 98:3 Lembrou-se da sua benignidade e da sua verdade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus.
Miquéias 7:20 Darás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a benignidade que juraste a nossos pais, desde os dias antigos.
Lucas 1:54 e auxiliou a Israel, seu servo, recordando-se da sua misericórdia
Lucas 1:68 Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo!
João 1:14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 5:45 Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.
João 7:19 Não vos deu Moisés a lei? E nenhum de vós observa a lei. Por que procurais matar-me?
João 8:32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
João 9:29 Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos de onde é.
João 14:6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Atos 7:38 Este é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar.
Atos 13:34 E que o ressuscitaria dos mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei.
Atos 28:23 E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde.
Romanos 3:19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
Romanos 5:20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
Romanos 6:14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Romanos 15:8 Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;
II Coríntios 1:20 Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para glória de Deus, por nós.
II Coríntios 3:7 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Gálatas 3:10 Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
Gálatas 3:17 Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa.
Hebreus 3:5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
Hebreus 8:8 Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um novo concerto,
Hebreus 9:22 E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
Hebreus 10:4 porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados.
Hebreus 11:39 E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
Apocalipse 5:8 E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
Apocalipse 7:9 Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:18

Gênesis 16:13 E ela chamou o nome do Senhor, que com ela falava: Tu és Deus da vista, porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?
Gênesis 18:33 E foi-se o Senhor, quando acabou de falar a Abraão; e Abraão tornou ao seu lugar.
Gênesis 32:28 Então, disse: Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel, pois, como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.
Gênesis 48:15 E abençoou a José e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia,
Êxodo 3:4 E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
Êxodo 23:21 Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o provoques à ira; porque não perdoará a vossa rebelião; porque o meu nome está nele.
Êxodo 33:18 Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.
Êxodo 34:5 E o Senhor desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele apregoou o nome do Senhor.
Números 12:8 Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?
Deuteronômio 4:12 Então, o Senhor vos falou do meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes semelhança nenhuma.
Josué 5:13 E sucedeu que, estando Josué ao pé de Jericó, levantou os seus olhos, e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos inimigos?
Juízes 6:12 Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo, varão valoroso.
Juízes 13:20 E sucedeu que, subindo a chama do altar para o céu, o Anjo do Senhor subiu na chama do altar; o que vendo Manoá e sua mulher, caíram em terra sobre seu rosto.
Provérbios 8:30 então, eu estava com ele e era seu aluno; e era cada dia as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo,
Isaías 6:1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.
Isaías 40:11 Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.
Lamentações de Jeremias 2:12 Dizem a suas mães: Onde há trigo e vinho? Quando desfalecem como o ferido pelas ruas da cidade, derramando-se a sua alma no regaço de suas mães. Mem.
Ezequiel 1:26 E, por cima do firmamento, que estava por cima da sua cabeça, havia uma semelhança de trono como de uma safira; e, sobre a semelhança do trono, havia como que a semelhança de um homem, no alto, sobre ele.
Oséias 12:3 No ventre, pegou do calcanhar de seu irmão e, pela sua força, como príncipe, se houve com Deus.
Mateus 11:27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Lucas 10:22 Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Lucas 16:22 E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
João 1:14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 6:46 Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai.
João 12:41 Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele.
João 13:23 Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus.
João 14:9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
João 17:6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.
João 17:26 E eu lhes fiz conhecer o teu nome e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
Colossenses 1:15 o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
I Timóteo 1:17 Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém!
I Timóteo 6:16 aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!
I João 4:9 Nisto se manifestou 4o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
I João 4:12 Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor.
I João 4:20 Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:19

Deuteronômio 17:9 e virás aos sacerdotes levitas e ao juiz que houver naqueles dias e inquirirás, e te anunciarão a palavra que for do juízo.
Deuteronômio 24:8 Guarda-te da praga da lepra e tem grande cuidado de fazer conforme tudo o que te ensinarem os sacerdotes levitas; como lhes tenho ordenado, terás cuidado de o fazer.
Mateus 21:23 E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?
Lucas 3:15 E, estando o povo em expectação e pensando todos de João, em seu coração, se, porventura, seria o Cristo,
João 2:18 Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isso?
João 5:10 Então, os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama.
João 5:33 Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade.
João 6:41 Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
João 6:52 Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?
João 10:24 Rodearam-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente.
Atos 13:25 Mas João, quando completava a carreira, disse: Quem pensais vós que eu sou? Eu não sou o Cristo; mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as sandálias dos pés.
Atos 19:4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:20

Mateus 3:11 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Marcos 1:7 e pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandálias.
Lucas 3:15 E, estando o povo em expectação e pensando todos de João, em seu coração, se, porventura, seria o Cristo,
João 3:28 Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:21

Deuteronômio 18:15 O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;
Malaquias 4:5 Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor;
Mateus 11:9 Mas, então, que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;
Mateus 11:14 E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.
Mateus 16:14 E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas.
Mateus 17:10 E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem, então, os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
Lucas 1:17 e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.
João 1:25 e perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
João 7:40 Então, muitos da multidão, ouvindo essa palavra, diziam: Verdadeiramente, este é o Profeta.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:22

II Samuel 24:13 Veio, pois, Gade a Davi e fez-lho saber; e disse-lhe: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra; ou que por três meses fujas diante de teus inimigos, e eles te persigam; ou que por três dias haja peste na tua terra? Delibera, agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:23

Isaías 40:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
Mateus 3:3 Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Marcos 1:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Lucas 1:16 E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus,
Lucas 1:76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,
Lucas 3:4 segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.
João 3:28 Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:24

Mateus 23:13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
Mateus 23:26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
Lucas 7:30 Mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos, não tendo sido batizados por ele.
Lucas 11:39 E o Senhor lhe disse: Agora, vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade.
Lucas 11:53 E, dizendo-lhes ele isso, começaram os escribas e os fariseus a apertá-lo fortemente e a fazê-lo falar acerca de muitas coisas,
Lucas 16:14 E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele.
João 3:1 E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
João 7:47 Responderam-lhes, pois, os fariseus: Também vós fostes enganados?
Atos 23:8 Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa.
Atos 26:5 Sabendo de mim, desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
Filipenses 3:5 circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:25

Deuteronômio 18:15 O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;
Deuteronômio 18:18 Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
Daniel 9:24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
Mateus 21:23 E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?
João 1:20 E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
Atos 4:5 E aconteceu, no dia seguinte, reunirem-se em Jerusalém os seus principais, os anciãos, os escribas,
Atos 5:28 Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:26

Malaquias 3:1 Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
Mateus 3:11 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Marcos 1:8 Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.
Lucas 3:16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
João 1:10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
João 8:19 Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.
João 16:3 E isso vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.
João 17:3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
João 17:25 Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.
Atos 1:5 Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Atos 11:16 E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.
I João 3:1 Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:27

Mateus 3:11 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Marcos 1:7 e pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandálias.
Lucas 3:16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
João 1:15 João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
João 1:30 Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu.
Atos 19:4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:28

Juízes 7:24 Também Gideão enviou mensageiros a todas as montanhas de Efraim, dizendo: Descei ao encontro dos midianitas e tomai-lhes as águas até Bete-Bara, a saber, o Jordão. Convocados, pois, todos os homens de Efraim, tomaram-lhes as águas até Bete-Bara e Jordão.
João 3:23 Ora, João batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali e eram batizados.
João 3:26 E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele.
João 10:40 e retirou-se outra vez para além do Jordão, para o lugar onde João tinha primeiramente batizado, e ali ficou.
João 12:5 Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:29

Gênesis 22:7 Então, falou Isaque a Abraão, seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
Êxodo 12:3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
Êxodo 28:38 E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniquidade das coisas santas, que os filhos de Israel santificarem em todas as ofertas de suas coisas santas; e estará continuamente na sua testa, para que tenham aceitação perante o Senhor.
Levítico 10:17 Por que não comestes a oferta pela expiação do pecado no lugar santo? Pois uma coisa santíssima é e o Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniquidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do Senhor.
Levítico 16:21 E Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso.
Números 18:1 Então, disse o Senhor a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio.
Números 18:23 Mas os levitas administrarão o ministério da tenda da congregação e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdarão.
Números 28:3 E dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor: dois cordeiros de um ano, sem mancha, cada dia, em contínuo holocausto.
Isaías 53:7 Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Isaías 53:11 O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
Oséias 14:2 Tomai convosco palavras e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Expulsa toda a iniquidade e recebe o bem; e daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios.
Mateus 1:21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Mateus 20:28 bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.
João 1:36 E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Atos 8:32 E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.
Atos 13:39 E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê.
I Coríntios 15:3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
II Coríntios 5:21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Gálatas 1:4 o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai,
Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
I Timóteo 2:6 o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
Tito 2:14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Hebreus 1:3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;
Hebreus 2:17 Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.
Hebreus 9:28 assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
I Pedro 1:19 mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
I Pedro 2:24 levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
I Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,
I João 2:2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
I João 3:5 E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.
I João 4:10 Nisto está 4o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
Apocalipse 1:5 e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
Apocalipse 5:6 E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra.
Apocalipse 5:8 E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
Apocalipse 5:12 que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.
Apocalipse 6:1 E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê!
Apocalipse 6:16 e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro,
Apocalipse 7:9 Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
Apocalipse 7:14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Apocalipse 7:17 porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.
Apocalipse 12:11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.
Apocalipse 13:8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Apocalipse 14:1 E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.
Apocalipse 14:4 Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.
Apocalipse 14:10 também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
Apocalipse 15:3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos!
Apocalipse 17:14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis.
Apocalipse 19:7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
Apocalipse 19:9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
Apocalipse 21:9 E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
Apocalipse 21:14 E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Apocalipse 21:22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
Apocalipse 21:27 E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:30

Lucas 3:16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
João 1:15 João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
João 1:27 Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandálias.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:31

Isaías 40:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
Malaquias 3:1 Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
Malaquias 4:2 Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro.
Mateus 3:6 e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
Marcos 1:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
Lucas 1:17 e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.
Lucas 1:76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,
Lucas 2:39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia, para a sua cidade de Nazaré.
Lucas 3:3 E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados,
João 1:7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
João 1:33 E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
Atos 19:4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:32

Mateus 3:16 E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
Marcos 1:10 E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele.
Lucas 3:22 e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido.
João 1:7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
João 5:32 outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:33

Mateus 3:11 E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Mateus 3:13 Então, veio Jesus da Galileia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Marcos 1:7 e pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandálias.
Lucas 3:16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
João 1:31 E eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.
João 3:5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
João 3:34 Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.
Atos 1:5 Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Atos 2:4 E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Atos 10:44 E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
Atos 11:15 E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio.
Atos 19:2 disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
I Coríntios 12:13 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.
Tito 3:5 não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:34

Salmos 2:7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
Salmos 89:26 Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação.
Mateus 3:17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Mateus 4:3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Mateus 4:6 e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
Mateus 8:29 E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
Mateus 11:27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Mateus 16:16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Mateus 17:5 E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.
Mateus 26:63 E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Mateus 27:40 e dizendo: Tu, que destróis o templo e, em três dias, o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és o Filho de Deus, desce da cruz.
Mateus 27:43 confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus.
Mateus 27:54 E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor e disseram: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus.
Marcos 1:1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Marcos 1:11 E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Lucas 1:35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.
Lucas 3:22 e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido.
João 1:18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
João 1:49 Natanael respondeu e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:35 O Pai ama o Filho e todas as coisas entregou nas suas mãos.
João 5:23 para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou.
João 6:69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus.
João 10:30 Eu e o Pai somos um.
João 10:36 àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?
João 11:27 Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.
João 19:7 Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.
João 20:28 Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
João 20:31 Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
Romanos 1:4 declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, ? Jesus Cristo, nosso Senhor,
II Coríntios 1:19 Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim.
Hebreus 1:1 Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,
Hebreus 1:5 Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
Hebreus 7:3 sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.
I João 2:23 Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai.
I João 3:8 Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.
I João 4:9 Nisto se manifestou 4o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
I João 4:14 e vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
I João 5:9 Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
II João 1:9 Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho.
Apocalipse 2:18 E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente:
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:35

Malaquias 3:16 Então, aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome.
João 3:25 Houve, então, uma questão entre os discípulos de João e um judeu, acerca da purificação.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:36

Isaías 45:22 Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.
Isaías 65:1 Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui.
João 1:29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Hebreus 12:2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
I Pedro 1:19 mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:37

Provérbios 15:23 O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!
Zacarias 8:21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei.
João 1:43 No dia seguinte, quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
João 4:39 E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
Romanos 10:17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
Efésios 4:29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
Apocalipse 22:17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:38

Rute 1:16 Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.
I Reis 10:8 Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria!
Salmos 27:4 Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo.
Provérbios 3:18 É árvore da vida para os que a seguram, e bem-aventurados são todos os que a retêm.
Provérbios 8:34 Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada.
Provérbios 13:20 Anda com os sábios e serás sábio, mas o companheiro dos tolos será afligido.
Cântico dos Cânticos 1:7 Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma: onde apascentas o teu rebanho, onde o recolhes pelo meio-dia, pois por que razão seria eu como a que erra ao pé dos rebanhos de teus companheiros?
Mateus 23:7 e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens: ? Rabi, Rabi.
Lucas 7:24 E, tendo-se retirado os mensageiros de João, começou a dizer à multidão acerca de João: Que saístes a ver no deserto? Uma cana abalada pelo vento?
Lucas 8:38 E aquele homem de quem haviam saído os demônios rogou-lhe que o deixasse estar com ele; mas Jesus o despediu, dizendo:
Lucas 10:39 E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
Lucas 14:25 Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:
Lucas 15:20 E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou.
Lucas 18:40 Então, Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe,
Lucas 19:5 E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa.
Lucas 22:61 E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
João 1:49 Natanael respondeu e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.
João 3:2 Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
João 3:26 E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele.
João 6:25 E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?
João 12:21 Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus.
João 18:4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais?
João 18:7 Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus, o Nazareno.
João 20:15 Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
Atos 10:21 E, descendo Pedro para junto dos varões que lhe foram enviados por Cornélio, disse: Sou eu a quem procurais; qual é a causa por que estais aqui?
Atos 10:29 Pelo que, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto, pois: por que razão mandastes chamar-me?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:39

Provérbios 8:17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.
Mateus 11:28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Lucas 24:29 E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles.
João 1:46 Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê.
João 4:40 Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
João 6:37 Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
João 14:22 Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo?
Atos 28:30 E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara e recebia todos quantos vinham vê-lo,
Apocalipse 3:20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:40

Mateus 4:18 E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
Mateus 10:2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
Marcos 1:16 E, andando junto ao mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
Lucas 5:2 E viu estar dois barcos junto à praia do lago; e os pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes.
João 6:8 E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
Atos 1:13 E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:41

II Reis 7:9 Então, disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que agora vamos e o anunciemos à casa do rei.
Salmos 2:2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
Salmos 45:7 Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
Salmos 89:20 Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi;
Isaías 2:3 E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor.
Isaías 11:2 E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
Isaías 61:1 O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;
Daniel 9:25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
Lucas 2:17 E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita.
Lucas 2:38 E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
João 1:36 E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
João 1:45 Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
João 4:25 A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
João 4:28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
Atos 4:27 Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel,
Atos 10:38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
Atos 13:32 E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus,
Hebreus 1:8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
I João 1:3 o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:42

Mateus 10:2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
Mateus 16:17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Marcos 3:16 Simão, a quem pôs o nome de Pedro;
Lucas 5:8 E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador.
Lucas 6:14 Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;
João 1:47 Jesus viu Natanael vir ter com ele e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
João 2:24 Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia
João 6:70 Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo.
João 13:18 Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar.
João 21:2 estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia, e os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
João 21:15 E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
I Coríntios 1:12 Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.
I Coríntios 3:22 seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso,
I Coríntios 9:5 Não temos nós direito de levar conosco uma mulher irmã, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?
I Coríntios 15:5 e que foi visto por Cefas e depois pelos doze.
Gálatas 2:9 e conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:43

Isaías 65:1 Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui.
Mateus 4:18 E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
Mateus 9:9 E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.
Mateus 10:3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
Lucas 19:10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
João 1:28 Essas coisas aconteceram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
João 1:35 No dia seguinte João estava outra vez ali, na companhia de dois dos seus discípulos.
João 6:5 Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
João 6:7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
João 12:21 Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus.
João 14:8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Filipenses 3:12 Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.
I João 4:19 Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:44

Mateus 10:3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
Mateus 11:21 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido com pano de saco grosseiro e com cinza.
Marcos 3:18 André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o Zelote,
Marcos 6:45 E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
Marcos 8:22 E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego e rogaram-lhe que lhe tocasse.
Lucas 6:14 Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;
Lucas 9:10 E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida.
Lucas 10:13 Ai de ti, Corazim, ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se fizessem as maravilhas que em vós foram feitas, já há muito, assentadas em saco de pano grosseiro e cinza, se teriam arrependido.
João 12:21 Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus.
João 14:8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Atos 1:13 E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:45

Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Gênesis 22:18 E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.
Gênesis 49:10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
Deuteronômio 18:18 Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
Isaías 4:2 Naquele dia, o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra, excelente e formoso para os que escaparem de Israel.
Isaías 7:14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 53:2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
Miquéias 5:2 E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Zacarias 6:12 E fala-lhe, dizendo: Assim fala e diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor.
Zacarias 9:9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
Mateus 2:23 E chegou e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Mateus 13:55 Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas?
Mateus 21:11 E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia.
Marcos 6:3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
Marcos 14:67 e, vendo a Pedro, que estava se aquentando, olhou para ele e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.
Lucas 2:4 E subiu da Galileia também José, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi),
Lucas 3:23 E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José, de Eli,
Lucas 4:22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?
Lucas 24:27 E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
Lucas 24:44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
João 1:46 Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê.
João 5:45 Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.
João 6:42 E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?
João 18:5 Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava também com eles.
João 18:7 Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus, o Nazareno.
João 19:19 E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.
João 21:2 estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia, e os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos.
Atos 2:22 Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
Atos 3:6 E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.
Atos 10:38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
Atos 22:8 E eu respondi: Quem és, Senhor? E disse-me: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues.
Atos 26:9 Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus, o Nazareno, devia eu praticar muitos atos,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:46

Lucas 4:28 E todos, na sinagoga, ouvindo essas coisas, se encheram de ira.
Lucas 12:57 E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?
João 4:29 Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo?
João 7:41 Outros diziam: Este é o Cristo; mas diziam outros: Vem, pois, o Cristo da Galileia?
João 7:52 Responderam eles e disseram-lhe: És tu também da Galileia? Examina e verás que da Galileia nenhum profeta surgiu.
I Tessalonicenses 5:21 Examinai tudo. Retende o bem.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:47

Salmos 32:2 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.
Salmos 73:1 Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.
João 8:31 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos
João 8:39 Responderam e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
Romanos 2:28 Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
Romanos 9:4 que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
Romanos 9:6 Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;
Filipenses 3:3 Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.
I Pedro 2:1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
I Pedro 2:22 o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano,
Apocalipse 14:5 E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:48

Gênesis 32:24 Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia.
Salmos 139:1 Senhor, tu me sondaste e me conheces.
Isaías 65:24 E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
Mateus 6:6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
João 2:25 e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.
I Coríntios 4:5 Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor.
I Coríntios 14:25 Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.
Apocalipse 2:18 E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente:
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:49

Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
Salmos 110:1 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
Isaías 9:7 Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Jeremias 23:5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Ezequiel 37:21 Dize-lhes, pois: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra.
Daniel 9:25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
Oséias 3:5 Depois, tornarão os filhos de Israel e buscarão o Senhor, seu Deus, e Davi, seu rei; e temerão o Senhor e a sua bondade, no fim dos dias.
Miquéias 5:2 E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Sofonias 3:15 O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum.
Zacarias 6:12 E fala-lhe, dizendo: Assim fala e diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor.
Zacarias 9:9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
Mateus 2:2 e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo.
Mateus 14:33 Então, aproximaram-se os que estavam no barco e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.
Mateus 21:5 Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, humilde e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
Mateus 27:11 E foi Jesus apresentado ao governador, e o governador o interrogou, dizendo: És tu o Rei dos judeus? E disse-lhe Jesus: Tu o dizes.
Mateus 27:42 Salvou os outros e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça, agora, da cruz, e creremos nele;
Lucas 19:38 dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!
João 1:18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
João 1:34 E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus.
João 1:38 E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras?
João 12:13 tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor!
João 18:37 Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
João 19:19 E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.
João 20:28 Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:50

Mateus 13:12 porque àquele que tem se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
Mateus 25:29 Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.
Lucas 1:45 Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas!
Lucas 7:9 E, ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé.
João 11:40 Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?
João 20:29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 1:51

Gênesis 28:12 E sonhou: e eis era posta na terra uma escada cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
Ezequiel 1:1 E aconteceu, no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês, que, estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu vi visões de Deus.
Daniel 7:9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça, como a limpa lã; o seu trono, chamas de fogo, e as rodas dele, fogo ardente.
Daniel 7:13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
Zacarias 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos; fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos.
Mateus 3:16 E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
Mateus 4:11 Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.
Mateus 8:20 E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
Mateus 9:6 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra autoridade para perdoar pecados ? disse então ao paralítico: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa.
Mateus 16:13 E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?
Mateus 16:27 Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras.
Mateus 25:31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória;
Mateus 26:24 Em verdade o Filho do Homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.
Marcos 1:10 E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele.
Marcos 14:62 E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
Lucas 2:9 E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
Lucas 2:13 E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo:
Lucas 3:21 E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu,
Lucas 22:43 E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.
Lucas 22:69 Desde agora, o Filho do Homem se assentará à direita do poder de Deus.
Lucas 24:4 E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes.
João 3:3 Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
João 3:5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
João 3:13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.
João 5:19 Mas Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
João 5:24 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
João 5:27 E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do Homem.
João 6:26 Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.
João 6:32 Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
João 6:47 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.
João 6:53 Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
João 8:34 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.
João 8:51 Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.
João 8:58 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.
João 10:1 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
João 10:7 Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.
João 12:23 E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado.
João 13:16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
João 13:20 Na verdade, na verdade vos digo que se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim recebe aquele que me enviou.
João 13:38 Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes.
João 14:12 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
João 16:20 Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
João 16:23 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
João 21:18 Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras.
Atos 1:10 E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,
Atos 7:56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus.
Atos 10:11 e viu o céu aberto e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, vindo para a terra,
II Tessalonicenses 1:7 e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder,
II Tessalonicenses 1:9 os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,
I Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.
Hebreus 1:14 Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
Judas 1:14 E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos,
Apocalipse 4:1 Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.
Apocalipse 19:11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 1 : 1
Verbo
λόγος (lógos) – palavra, verbo, discurso, narrativa; razão, raciocínio, inteligência; conta, cálculo – O vocábulo λόγος (lógos) deriva do verbo λέγω  (légo – narrar, dizer; reunir; contar, enumerar), e apresenta ampla gama de significados, tanto na literatura clássica (grega), quanto nos escritos do Novo Testamento. A ideia subjacente, neste versículo, é de personificação do λόγος (lógos). A literatura sapiencial (Pr 1:20-33; 3:13 19:8-22-36; Sab 7:22-30, 8:1; Ecl 1:1-10, 4:11-19, 14:20-27, 15:10, 24:1-34) e do judaísmo helenístico (Sirácida 1:1-10, 24:1-22), ensaiou essa personificação ao tratar da Sabedoria/Palavra como sendo uma personagem poética dotada de autonomia, uma espécie de mensageira e conselheira de Deus, com encargos específicos na obra divina. Por esta razão, alguns estudiosos chegaram a afirmar que a “Palavra”, nesta coletânea de textos, indica Deus em ação, especialmente na criação, na revelação e na libertação do povo hebreu. Assim, a sua presença junto de Deus, seu papel na criação, o fato de ter sido enviada ao mundo com a missão de revelar e/ou ensinar representam um conjunto de temas ligados tanto à Sabedoria quanto à Palavra. Inicialmente, os textos da bíblia hebraica repetem expressões como: “Disse Deus... e assim se fez” (Gn 1:3-26) ou “Disse o Eterno a Isaías” (Is 7:3). De modo semelhante, ao lado dessas afirmações, encontramos “Os céus por sua Palavra se fizeram” (Sl 33:6) ou “veio a Palavra do Eterno a Isaías” (Is 38:4), demonstrando uma clara personificação, ainda que literária, da “Palavra”, que passa a ser entendida como um agente da criação ou mensageiro enviado ao profeta. Com o tempo, surgem textos (bíblia hebraica) que desenvolvem de forma mais completa a ideia de personificação, como no caso do Mensageiro enviado para curar (Sl 107:20), do anjo que feriu de morte os primogênitos (Sab 18:14-19), ou ainda, o mensageiro enviado ao profeta (Is 55:11). O evangelista João, por sua vez, ultrapassa a personificação meramente literária atribuindo existência real ao Verbo. Neste evangelho, de modo especial, lo,goj (lógos) é visto como o próprio Jesus Cristo, mediador da revelação divina, Palavra encarnada, desempenhando todas as funções outrora conferidas à Sabedoria/Palavra nos textos da bíblia hebraica. Considerando que a obra foi produzida em Éfeso, importante cidade grega do Império Romano, não se pode desconsiderar, também, a influência da cultura helenística, ou mesmo do judaísmo helenístico, nesta formulação joanina, ainda que se atribua papel secundário a esta influência. Desse modo, é conveniente registrar que, na filosofia grega, λόγος (lógos) é concebido como (1) Regra, Princípio, Lei; (2) Substância ou Causa do mundo; (3) Razão, Raciocínio, Faculdade racional, Teoria abstrata, Raciocínio discursivo; (4) Proposição, Explicação, Tese, Argumento; (5) Medida, Relação, Proporção; (6) Valor.

João 1 : 1
junto
πρὸς (prós) – A) sentido geral: para, em direção a, rumo a (movimentação); diante de, na presença de, voltado para (interrupção da movimentação); B) empregada com acusativo: com, junto de, perto de (pessoa/coisa); em relação a, a respeito de (assunto) – Essa preposição, empregada com diversos casos (acusativo, genitivo ou dativo), apresenta um leque enorme de significados, todos ligados à ideia de movimento em direção a algo/alguém (movimentação), ou, à ideia de posição/estado de quem olha em direção a algo/alguém, ou seja, a posição de quem está diante do objeto em direção ao qual houve o deslocamento (resultado da movimentação). Por outro lado, quando utilizada com acusativo, ela transmite a ideia de proximidade imediata (com, junto de). Nesse caso específico, embora a ideia de direção, movimento não se perca inteiramente, permanece mais ou menos enfraquecida. É verdade que na literatura clássica grega não é comum usar-se πρὸς (prós) com este sentido (com, junto de), mas nos evangelhos encontramos muitas ocorrências desse uso, sobretudo quando a referida preposição é precedida de verbos que indicam permanência, residência, estadia, especialmente do verbo ser/estar (Mt 13:56; Mc 6:3-9:19, 14:49; Lc 9:41; João 1:1; I João 1:2; I Tes 3:4; II Tes 2:5, 3:10). Esse emprego peculiar de πρὸς (prós) no Novo Testamento sugere que a proximidade (com, junto de), expressada pela preposição, é decorrência de se estar sempre voltado na direção de alguém ou de sempre se dirigir àquela pessoa. O relacionamento, a comunhão, a intimidade, a proximidade entre eles (Verbo e Deus), por sinal, é um tema frequente no Evangelho de João (João 5:17-30), o que reforçou a nossa opção pela tradução: “e o Verbo estava junto de Deus”.

João 1 : 1
era Deus
 θεὸς ἦν (Theós ên) – era Deus – Verbo no imperfeito do indicativo grego (ação durativa no passado), ligando dois substantivos na relação sujeito-predicativo (Deus e Verbo). Trata-se, claramente, de predicação nominal (sujeito + verbo “ser” + predicativo do sujeito), cuja estrutura sintática seria predicativo do sujeito (Deus) + verbo (era) + sujeito (o Verbo), numa típica inversão dos termos, à moda grega, utilizada com a função de imprimir destaque especial ao predicativo, disposto como primeiro elemento da oração. Seguindo as regras gramaticais gregas, o sujeito é precedido de artigo definido, ao passo que o predicativo não possui artigo. Vale ressaltar que a função de predicativo do sujeito, nessa oração, é exercida por um substantivo ( θεὸς – Theós), o que não altera, de forma alguma, sua função sintática. Nesse caso, o predicativo ( θεὸς – Theós) não pretende individualizar (λόγος – lógos) – afirmando ser ele um Deus – mas qualificar, especificar sua natureza – indicando-lhe a essência divina. Do contrário, haveria um rompimento irreconciliável com o monoteísmo judaico, ideia difícil de ser aceita, mesmo no ambiente do judaísmo helenizado de Éfeso. A questão, posta nestes termos, nos permite concluir que a identificação de Jesus com Deus somente foi possível no ambiente greco-romano, no qual histórias de deuses e filhos de deuses, que se corporificavam na Terra, eram muito comuns. Para um judeu, ainda que helenizado, soaria como idolatria a ideia de fracionar o “Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. A ideia de identidade substancial entre Jesus de Nazaré e o Todo-Poderoso (Deus) é obra, intricada e laboriosa, de intérpretes tardios, que expuseram suas teologias muitas décadas após a crucificação. A questão foi motivo de muitas disputas no segundo século do Cristianismo, motivando os quatro principais concílios Nicéia (325d.C), Constantinopla (381d.C), Éfeso (431d.C) e Calcedônia (451d.C) que terminaram por dogmatizar a referida interpretação, classificando como hereges aqueles que defendiam posição contrária.

João 1 : 5
reteve
Lit. “tomar posse, segurar; obter, conseguir; encontrar subitamente, surpreender; depreender, apanhar (mentalmente), detectar no ato; compreender, apreender (sentido metafórico)”. O Evangelista utiliza um vocábulo polissêmico com o objetivo de criar uma ambiguidade proposital: a treva não compreendeu nem subjugou Jesus. Por esta razão escolhemos o verbo “reteve” que mantém parcialmente esse duplo sentido em nossa língua.

João 1 : 14
tabernaculou
Lit. “habitar em tendas, acampar, aquartelar; residir, habitar (sentido ampliativo); armar a tenda/tabernáculo; receber alguém em sua tenda”. A palavra “tenda/tabernáculo”, na língua grega, também pode significar metaforicamente o “corpo” de uma pessoa, razão pela qual João utiliza mais uma vez o expediente de criar ambiguidades. Ao mesmo tempo em que se refere à encarnação de Jesus, também nos remete à peregrinação do povo hebreu no deserto, ocasião em que habitaram em tendas, por serem peregrinos naquela terra.

João 1 : 18
deus unigênito
A Crítica Textual contemporânea se divide quanto à autenticidade destas duas palavras, consideradas em conjunto. Nos papiros mais antigos não consta o termo “unigênito”, ao passo que diversos manuscritos ora mantém o termo “deus”, ora o termo “unigênito”, o que dificulta um pronunciamento seguro a respeito do tema. Todos os textos que se manifestam sobre a natureza de Jesus apresentam esses delicados problemas textuais (divergência entre manuscritos antigos), o que nos leva a adotar o máximo de prudência quanto ao tema.

João 1 : 26
mergulho
βαπτίζω (baptizo) / βαπτισμα (baptisma)

Lit. “lavar, imergir, mergulhar”. Posteriormente, a Igreja conferiu ao termo uma nuance técnica e teológica para expressar o sacramento do batismo.


João 1 : 28
batizando
βαπτίζω (baptizo) / βαπτισμα (baptisma)

Lit. “lavar, imergir, mergulhar”. Posteriormente, a Igreja conferiu ao termo uma nuance técnica e teológica para expressar o sacramento do batismo.


João 1 : 29
remove
Lit. “erguer (com as mãos) para carregar; levantar um objeto a fim de transportá-lo”.

João 1 : 36
circulando
Lit. “andar ao redor; vagar, perambular; circular, passear; viver (seguir um gênero de vida)”.

João 1 : 38
Rabbi
Em aramaico, significa “meu Mestre”.

João 1 : 38
moras
Lit. “onde permaneces”. Trata-se de expressão idiomática que pode ser substituída por: “onde moras”.

João 1 : 39
hora décima
Os hebreus computavam as horas do dia de forma diversa da nossa. Para eles, o dia se iniciava às 18 horas da tarde, e era divido em doze horas de luz (dia) e doze horas de treva (noite). As doze horas de luz (dia) eram contadas das 6 horas da manhã às 18 horas (crepúsculo), ao passo que as doze horas de treva tinham início às 18 horas e terminavam às 6 horas da manhã. Sendo assim, os fatos acima narrados ocorreram por volta das 16 horas da tarde (hora décima).

João 1 : 42
fitá-lo
Lit. “fixar os olhos em alguém/algo, fitar, focar (pessoa/objeto); olhar incisivamente, minuciosamente, pormenorizadamente, atentamente; distinguir, discernir”. A preposição “em”, prefixada ao verbo “ver”, confere-lhe o sentido de foco, penetração.

João 1 : 42
Pedro
Lit. “pedra”. Costumamos utilizar o nome Pedro, nos esquecendo que em grego significa “pedra”.

João 1 : 46
pode
Lit. “pode ser algo bom”. Expressão idiomática semelhante àquela utilizada no português “pode vir algo bom”.

João 1 : 47
malícia
Lit. “armadilha ou estratagema para capturar”, astúcia, malícia; engano, fraude, trapaça.

João 1 : 49
Rabbi
Em aramaico, significa “meu Mestre”.

João 1 : 51
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Jo, todo o livro: ver nota preambular (antes do verso 1 do cap. Jo 1:1) de Hebreus: em boa parte ela também se aplica ao presente livro, particularmente quando fala sobre a salvação na 70ª Semana Daniel e no reinar dos CÉUS (o Milênio prometido a Israel).


 738

Jo 1:1 "PRINCÍPIO", aqui, é a eternidade passada, é o infinito "tempo" anterior à criação do universo, inclusive anterior à criação, por Deus, do tempo mensurável! Mesmo antes da Sua encarnação, o Palavra de Deus sempre existiu como Deus e junto a Deus (na Triúna Divindade) através de toda a eternidade passada, sem jamais ter tido um início. Em contraste, observe que "princípio", em Gn 1:1, é um instante de tempo, fala da ocasião do absoluto começo do universo todo.


 739

Jo 1:1 "O PALAVRA DE DEUS" é Deus mesmo! Isto significa que:
(1) A Palavra saída dos lábios de Deus e ESCRITA na Bíblia é o próprio Deus eterno (mas não confundamos palavras com a representação física das mesmas sobre quaisquer meios físicos, referimo-nos às palavras tomadas em si mesmas, imaterialmente);
(2) O Palavra ENCARNADO, o Filho (cujo corpo foi gerado dentro de Maria em um determinado dia), é o próprio Deus eterno;
(3) Resumindo: o Palavra é Deus Eterno, a segunda pessoa de a Trindade; o Filho é o mesmo Palavra manifestado ENCARNADO; e a Bíblia é o mesmo Palavra manifestado de forma ESCRITA. Adoremos e tenhamos suprema reverência à Palavra de Deus, tanto o Palavra Tendo Tomado Carne como a Palavra Escrita (e recusemos o insulto de que isto é "Bibliolatria": ao adorarmos o Palavra Vivo e a Palavra Escrita, estamos adorando o Deus verdadeiro e único e indivisível e triúno, na Sua 2ª Pessoa de a Trindade).


 740

Jo 1:12 Em português dos descrentes, o verbo "CRER" a maioria das vezes é usada apenas significando "crer na EXISTÊNCIA" (como quando se diz "creio no rei Dário"). Este não é o pleno sentido da Bíblia. Neste sentido, até os demônios creem em Deus (Tg 2:19).
- Em Português dos descrentes, a palavra "creio" muitas vezes é usada apenas significando "creio nas PALAVRAS, mas não estou disposto a obedecer tudo que ele disse" (como quando, muitos anos atrás, uma devassa que alegava ser devotíssima católica, e um perdido gay que alegava ser devotíssimo kardecista, juntamente me disseram que criam em o Cristo e na Bíblia, mas que, de modo nenhum e jamais, abandonariam sequer 1 mm do modo de vida deles). Este não é o sentido da Bíblia. Nela, "crer" infalivelmente exige a total disposição para total e eterna submissão e obediência.
- Portanto, em todas as vezes que lermos na Bíblia "crê tu em o Cristo", entendamos que isto significa "ferventemente crê na existência e na ABSOLUTA PERFEIÇÃO do caráter e natureza de o Cristo, crê EM CADA PALAVRA DELE, crê em TUDO QUE A BÍBLIA ENSINA A RESPEITO DELE, crê EM CADA PALAVRA DELE NA BÍBLIA. E, com toda sinceridade do meu coração, totalmente determina-te a PERFEITA E ETERNAMENTE TÊ-LO COMO TEU SENHOR, TEU DONO E CONTROLADOR ÚNICO E TOTAL, O DEUS, A OBEDECER-LHE EM TUDO."


 ①

 742

Jo 1:13 "nem provenientes- de- dentro- de vontade de varão": a imagem é a de um varão decidindo adotar uma criança como filho, tal como em Et 2:7; aqui, um pai crente não pode, pela sua vontade, determinar a adoção de seu filho por Deus.


 ①

ou "tabernaculou". Refere-se a ter tomado um corpo sobre Si.


 ②

 ①

"em- lugar- de": KJB, harmonizando-se com v. 17; ou "sobre", no sentido de infinito empilhamento dos tesouros da graça.


 744

Jo 1:18 "O Seu Filho unigênito" significa, literalmente "o Seu Filho ÚNICO- GERADO" e remete-nos ao dia de Lc 1:26-38 em que Deus- o Pai, através de Deus- o Espírito Santo, em ato milagroso, gerou o CORPO humano (nota Hb 1:5) para Deus- o Palavra, cumprindo literalmente a profecia de Sl 2:7. Este corpo foi metade descendente de Maria (portanto de Davi) mas metade criado diretamente por Deus. E foi corpo de homem perfeito, sem pecado e, mais que o de Adão, incapaz de pecar, todavia, ainda assim, não glorificado, mas limitado e mortal. Deus- o Palavra, é Deus eterno (Jo 1:1), sem princípio nem fim, com toda a natureza e atributos divinos. Os três são o Deus eterno que é o único (Dt 6:4-9) Deus, mas que eternamente subsiste nestas três pessoas distintas e inconfundíveis, igualmente eternas e divinas (notas sobre a Trindade em Gl 4:4 e 1Jo 5:7-8).


 ①

 746

Jo 1:21 "O Profeta": aquele prometido a Moisés em Dt 18:15 (que nem todos discerniam ser o mesmo que o Messias)?


 747

Jo 1:25 "UMA VEZ QUE": Embora o modo do verbo da condição não seja subjuntivo (e, a rigor, talvez não tenhamos uma condição de 3ª classe, explicada em Jo 14:3), vale aqui a nota de Rm 8:17: há situações em que o verbo não está rigorosamente no subjuntivo, mas a construção força que seja entendido como equivalente a um subjuntivo, então a regra também pode e deve ser estendida a esses casos.


 ①

 ①

isto está no presente do indicativo, mas "submirjo" ainda não soa bem a muitos ouvidos.


 ①

comp. v. Jo 1:32.


 ①

versos Jo 1:35-41.


 ①

hora judaica: 6+10 = 16 horas, 2 horas antes do pôr do sol.



Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.

Dez (10)

Moisés esteve ali com Iahweh quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. Ele escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.

(Êxodo 34:28)

 


Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?

(Lucas 15:8)

 


Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos,

(Mateus 25:28)

A gematria é uma técnica cabalística que atribui a cada letra do alfabeto hebraico um valor numérico. A letra Yod, a décima do alfabeto, tem o valor de 10.

O significado da palavra Yud pode ser "Judeu",  mão (a mão de Deus), impulsionar, dar continuidade.

Ele representa a perfeição, a plenitude, a totalidade. É o número da criação, da ordem, da lei. O número 10 representa, também, a obra de Deus, criado pelas mãos de Deus, usando o homem como ferramenta, o homem como sendo as mãos de Deus.

Na Bíblia, o número 10 aparece em muitas passagens importantes, como:

A Yod é a letra menor do alfabeto hebraico, com apenas um traço. Ela é frequentemente associada à ideia de essência, de potencialidade, de potência.

O nome do Mestre Yoda, do universo Jedi, é inspirado na letra Yod. Yoda é um personagem pequeno, mas sábio e poderoso. Sua estatura reflete a sua essência, que é pequena e compacta, mas que contém uma grande sabedoria e poder.

No livro de Mateus, no versículo Mt 5:18:"pois amém vos digo: até que passem o céu e a terra, não passará um iota ou traço da Lei, até que tudo se realize". Isso significa que a lei de Deus é perfeita e completa, e que nenhuma parte dela pode ser ignorada ou alterada.

No livro de Lucas, em Lc 15:8: "Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?". Neste versículo, a parábola destaca a importância da única dracma perdida em um conjunto de dez, simbolizando a totalidade e a atenção cuidadosa de Deus por cada indivíduo.

Em Mateus 25:28 temos: "Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos". Este trecho faz parte da parábola dos talentos, onde o número 10 é usado para representar uma quantidade significativa. O servo recebeu dez talentos como uma medida de grande responsabilidade.

A letra Yad (יד), por outro lado, é a palavra hebraica para "mão" ou "braço". A mão é um símbolo poderoso em muitas culturas, representando a ação, a realização e a força. A associação com os 10 dedos é uma extensão lógica, visto que os dedos são instrumentos fundamentais para realizar tarefas e agir sobre o mundo ao nosso redor.

Portanto, a interpretação sugere que a letra Yod, com seu valor numérico de 10, está simbolicamente ligada à ideia de totalidade e realização. A relação com a letra Yad (mão) e os 10 dedos enfatiza a ideia de ação e poder associados à plenitude simbolizada pelo número 10. Esses conceitos são frequentemente explorados na interpretação simbólica e mística das Escrituras hebraicas.

Além de "Israel", "YHWH", "Judá" e "Jesus", outras palavras importantes que começam com a letra Yod são:


Aqui está uma lista de 10 nomes significativos da Bíblia que começam com "Yod," incluindo Jesus e João, com seus equivalentes em português, em hebraico e a pronúncia aproximada:

O número 10 ainda pode aparecer oculto nos versículos

Em Mateus 17:1, temos: "E depois de seis dias, Jesus toma consigo a Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os leva em particular a um alto monte.".

Neste contexto, temos "depois de 6 dias", o que indica "no sétimo" e temos 3 discípulos.

 

A Gematria desse versículo é, então, 7 + 3 = 10.

 

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O MINISTÉRIO DE JESUS: PRIMEIRO ANO

30 d.C. a março de 31 d.C.
JOÃO BATISTA
Um indivíduo um tanto incomum que se vestia com roupas de pelo de camelo e coma gafanhotos e mel silvestre apareceu no deserto da Judeia, uma região praticamente desprovida de vegetação entre Jerusalém e o mar Morto, e começou a pregar: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3:2). Devido as batismos em massa realizados por ele no rio Jordão, esse profeta veio a ser chamado de João Batista. Era um parente de Jesus, pois suas mães eram aparentadas. Lucas data o início do ministério de João do décimo quinto ano de Tibério César. Augusto, o antecessor de Tibério, havia falecido em 19 de agosto de 14 .C., de modo que João iniciou seu ministério em 29 .dC. Jesus saiu da Galileia e foi a Betânia, na margem leste do Jordão, para ser batizado por João. De acordo com Lucas, nessa ocasião o Espírito Santo desceu sobre Jesus e ele começou seu ministério, tendo, na época, cerca de trinta anos de idade.

OS QUATRO EVANGELHOS
Dependemos inteiramente dos quatro Evangelhos para um registro detalhado da vida e ministério de Jesus. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são visivelmente semelhantes. O. Evangelho de Mateus contém 91% do Evangelho de Marcos, enquanto o de Lucas contém 53% de Marcos: o uso de fontes comuns, tanto orais quanto escritas, costuma ser postulado como motivo para essas semelhanças. O Evangelho de João apresenta a vida de Jesus de um ponto de vista diferente, enfatizando os ensinamentos de Jesus. De acordo com os Evangelhos, Mateus e loão foram apóstolos de Jesus que passaram três anos com ele. Acredita-se que joão Marcos trabalhou com Pedro. Lucas, um médico e companheiro de viagens do apóstolo Paulo, não foi testemunha ocular do ministério de Jesus, mas compilou o seu relato a partir de informações de outras testemunhas oculares.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES CRONOLÓGICAS
Apesar dos quatro Evangelhos tratarem do ministério de Jesus em detalhes, seu conteúdo é organizado de forma temática, e não de acordo com uma cronologia rígida. Neste Atlas procuramos colocar os acontecimentos da vida de Jesus numa sequência cronológica. Se outros que estudaram as mesmas evidências chegaram a conclusões diferentes, estas devem ser igualmente respeitadas, sendo necessário, porém, levar em consideração alguns indicadores cronológicos. O Evangelho de João registra três Páscoas, incluindo aquela em que Jesus morreu. Assim, o ministério de Cristo se estendeu por pelo menos dois anos, apesar do consenso acadêmico favorecer um período de três anos. Na primeira Páscoa, os judeus comentam que o templo de Herodes estava em construção há 46 anos. Uma vez. que Herodes "se pôs a construir" o templo em Jerusalém em 19 a.C., há quem considere que o ministério de Jesus se iniciou em 25 d.C., quatro anos antes da data calculada de acordo com o Evangelho de Lucas, como mencionamos anteriormente. Argumenta-se, portanto, que os 46 anos mencionados não incluem o tempo gasto para juntar os materiais necessários antes do início da construção.

JESUS É TENTADO POR SATANÁS
Conforme o relato dos Evangelhos, depois de seu batismo Jesus foi conduzido pelo Espírito para o deserto e tentado por Satanás. Numa das tentações, Jesus foi transportado a Jerusalém e tentado a se lançar do ponto mais alto do templo, talvez uma referência à extremidade sudeste do templo, da qual havia uma queda de cerca de 130 m até o fundo do vale do Cedrom. Em outra tentação, Jesus foi levado ao alto de um monte de onde Satanás lhe mostrou todos os reinos da terra e seu esplendor.

O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Jesus e sua mãe, Maria, foram convidados para um casamento em Caná da Galileia. Quando o vinho acabou, Maria pediu a ajuda de Jesus e ele realizou seu primeiro milagre, transformando em vinho a água que havia em seis talhas grandes de pedra usadas para as lavagens de purificação, num total de cerca de 600 litros. O mestre do banquete ficou justificadamente impressionado com a qualidade do vinho. Juntos, os quatro Evangelhos registram uns 35 milagres de Jesus.

JESUS PURIFICA O TEMPLO
Jesus foi a Jerusalém na época da Páscoa. Caso se adote a data de 30 d.C., nesse ano a Páscoa foi comemorada em 7 de abril. Irado com os comerciantes de bois, ovelhas e pombos e com os cambistas no pátio do templo, Jesus fez um chicote com cordas e os expulsou do local. "Não façais da casa de meu Pai casa de negócio" Jo 2:16, disse ele.

NICODEMOS E A MULHER SAMARITANA
Não é de surpreender que a medida tomada por Jesus no templo tenha suscitado a indignação das autoridades religiosas judaicas. Ainda assim, Nicodemos, um membro do concílio dirigente dos judeus, procurou Jesus durante a noite. A resposta de Jesus a ele é um resumo breve do plano de Deus para salvar a humanidade: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (jo 3:16). No caminho de volta à Galileia, Jesus parou numa cidade de Samaria chamada Sicar (atual Aksar). Os samaritanos eram inimigos de longa data dos judeus. Seu templo ao Senhor em Gerizim, perto de Siquém, havia sido destruído pelo governante judeu João Hircano em 128 a.C. Sentado junto ao poço de Jacó ao meio-dia, Jesus teve uma longa conversa com uma mulher samaritana sobre a água viva e a verdadeira adoração e lhe revelou que era o Messias, chamado Cristo.

JESUS VOLTA À GALILEIA
De volta à Galileia, Jesus encontrou um oficial do rei cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. O Evangelho de João 4.43 45 relata como foi necessária apenas uma palavra de Jesus para restaurar a saúde do filho. Ao voltar a Nazaré, a cidade de sua infância, Jesus leu um trecho do profeta Isaías na sinagoga:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor."
Lucas 4:18-19
Quando Jesus afirmou que estas palavras das Escrituras estavam se cumprindo naquele momento, o povo da sinagoga se enfureceu e o expulsou da cidade.

JESUS CHAMA OS PRIMEIROS DISCÍPULOS
Jesus se dirigiu a Cafarnaum, junto ao lago da Galileia, no qual, hoje em dia, há dezoito espécies de peixe, dez delas comercialmente expressivas. Ali, chamou dois pares de irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; e Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Os quatro eram pescadores, mas Jesus lhes disse para deixarem suas redes e segui-lo. Esse encontro talvez não tenha corrido Dor acaso como os evangelistas dão a entender. Provavelmente loo e. sem duvida. André, haviam sido discipulados de João Batista e encontrado com Jesus depois de seu batismo, quando André Lhe apresentou seu irmão, Pedro. Ademais, Tiago e João talvez fossem primos de Jesus caso, conforme proposto por alguns, sui mãe, Salomé, fosse irmã de Maria, mãe de Jesus.

JESUS NA GALILEIA
Marcos e Lucas descrevem como Jesus confrontou um homem possuído de um espírito mundo na sinagoga em Cafarnaum. As ruínas da sinagoga em Cafarnaum são datas do século IV d.C., mas debaixo delas, pode-se ver paredes parcialmente preservadas de basalto negro provavelmente construídas no seculo I. Essa pode ter sido a sinagoga que um centurião havia dado de presente à cidade e que foi visitada por Jesus. 10 Kim seguida, Jesus percorreu Galileia ensinando nas sinagogas, pregando as boa novas do reino de Deus e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Muitos outros enfermos toram levados até ele e grandes multidões acompanhavam. Algumas dessas pessoas vinham de regiões mais distantes, fora da Galileia, de Jerusalém e dalém do Jordão. Numa ocasião quando uma grande multidão se reuniu a beira do lago, Jesus ensinou o povo sentado num barco Em seguida, seguindo às instruções de Jesus, os discípulos levaram o barco a uma parte mai funda do lago e, lançando suas redes, pegaram tantos peixes que as redes começaram a romper.
Em 1985, houve uma seca em Israel e a água do lago da Galileia chegou a um nível incomumente baixo, revelando o casco de um barco antigo com 8.2 m de comprimento e 2,35 de largura, próximo de Magdala. Uma panela e uma lamparina encontradas no barco sugerem uma data do seculo I. confirmada por um teste de carbono 14 numa amostra da madeira do barco. Não ha como provar nenhuma ligação entre esse barco e qualquer pessoa dos Evangelhos, mas e quase certo que c barco e do período correspondente ao dos Evangelhos ou de um período bastante próximo Não é de surpreender que jornalistas tenham chamado a descoberta de "barco de Jesus"

JESUS ESCOLHE OS APÓSTOLOS
Em Cafarnaum, Jesus chamou Mateus, também conhecido como Levi, para ser seu discípulo Mateus era um coletor de impostos para o governo romano. Sua profissão era desprezada por muitos judeus, pois era considerada uma forma de colaboração com os conquistadores pagãos e vários coletores abusavam de seu cargo e defraudavam o povo. Numa ocasião, Jesus subiu em um monte e chamou doze de seus discípulos mais próximos, homens que receberam a designação de "apóstolos" (um termo que significa "os enviados") e, durante os dois anos seguintes, foram treinados e preparados por Jesus. Vários deles se tornaram líderes importantes da igreja primitiva.

O primeiro ano do ministério de Jesus Os números se referem, em ordem cronológica, aos acontecimentos do primeiro ano do ministério de Jesus.

Referências

Lucas 3:1

Lucas 3:23

Colossenses 4:14

Lucas 1:2

João 2.13

João 6:4

João 13:1

Mateus 4:5

Lucas 4:9

Mateus 27:56

Marcos 15:40

Marcos 1:21-27

Lucas 4:31-36

Lucas 7:4-5

Marcos 3:14

Lucas 6:13

primeiro ano do ministério de Jesus
primeiro ano do ministério de Jesus
Ruínas da sinagoga em Cafarnaum, datadas do século IV d.C. Na parte inferior, pode-se ver parte de uma parede de basalto negro, possivelmente de uma sinagoga construída no século I d.C.
Ruínas da sinagoga em Cafarnaum, datadas do século IV d.C. Na parte inferior, pode-se ver parte de uma parede de basalto negro, possivelmente de uma sinagoga construída no século I d.C.
Região de deserto do vale do Jordão, onde Jesus foi tentado por Satanás.
Região de deserto do vale do Jordão, onde Jesus foi tentado por Satanás.
Casco do assim chamado "barco de Jesus" uma embarcação de pesca do século I d.C. encontrada no mar da Galiléia em 1985.
Casco do assim chamado "barco de Jesus" uma embarcação de pesca do século I d.C. encontrada no mar da Galiléia em 1985.

O Tabernáculo

século XV ou XIII a.C.
O QUE ERA O TABERNÁCULO?
Enquanto o povo de Israel se encontrava acampado no deserto junto ao monte Sinai, o Senhor deu a Moisés instruções detalhadas para a construção de uma tenda de culto,' chamada de "santuário", "tabernáculo" e "tenda da congregação" O termo "tabernáculo" (da palavra latina tabernaculum, tenda) se referia à tenda de culto e ao átrio ao seu redor. A tenda propriamente dita era constituída do Santo Lugar, medindo 20 por 10 côvados (9 por 4,5 m) e do Lugar Santíssimo, também chamado de "Santo dos Santos", com 10 côvados (4,5 m) de cada lado, onde ficava a "arca da aliança". As duas partes do santuário eram separadas por uma cortina de fio azul, púrpura e escarlate. Ao redor da tenda de culto, havia um átrio retangular cercado de cortinas com 100 por 150 côvados (45 por 22,5 m). A estrutura era feita de madeira de acácia, resistente aos insetos como os cupins, comuns na península do Sinai. Sobre esta estrutura, era esticada uma cobertura feita de peles de carneiros e bodes, e de um animal cuja identificação ainda é incerta.? Há quem proponha que essas "peles finas" fossem provenientes de dugongos, mamíferos aquáticos encontrados no mar Vermelho, uma hipótese bem mais provável do que os "'exugos" mencionados na 5ersão Revista e Corrigida.

SANTUÁRIOS MÓVEIS DO EGITO E DO SINAI
Moisés e seus artífices tinham à sua disposição a tecnologia egípcia tradicional de construção de santuários móveis. exemplo mais antigo do qual se tem conhecimento é estrutura de um pavilhão laminado em ouro da rainha Hetepheres (c. 2600 a.C.), a mãe de Khufu (Quéops), o faraó que construiu a grande pirâmide. Vários santuários móveis revestidos de ouro foram encontrados no túmulo do rei egípcio Tutankamon (1336-1327). Antes do êxodo, Moisés passou quarenta anos na península do Sinai com midianitas da família de sua esposa.? Um santuário em forma de tenda datado de 1100 a.C. proveniente de uma mina de core em Timna (Khibert Tibneh), no vale da Arabá ao sul do mar Morto, pode ter sido confeccionado por midianitas. Varas de madeira com vestígios de cortinas vermelhas e amarelas foram encontradas nesse local. Além da experiência egípcia, Moisés talvez tenha lançado mão de térnicas dos midianitas na construção do tabernáculo.

A MOBÍLIA DO TABERNÁCULO
Vários objetos colocados no tabernáculo são descritos em detalhe em Êxodo 25:10-40; 27:1-8. O lugar de honra foi reservado para a "arca da aliança", uma arca de madeira de acácia revestida de ouro medindo 1,1 m de comprimento e 70 centímetros de largura e altura, contendo as duas tábuas de pedra onde os Dez Mandamentos haviam sido gravados. Sobre sua tampa de ouro maciço ficavam dois querubins com as asas estendidas. O nome dessa tampa, chamada tradicionalmente de "propiciatório", deriva do verbo hebraico "expiar" ou "fazer propiciação". Nas laterais da arca havia quatro argolas de ouro, pelas quais eram passadas varas de acácia revestidas de ouro para carregar a arca, um método semelhante àquele usado para carregar uma caixa encontrada no túmulo de Tutankamon
Reconstituição do tabernáculo, a Arca da aliança e o candelabro de ouro podem ser vistos dentro da tenda de adoração.
Reconstituição do tabernáculo, a Arca da aliança e o candelabro de ouro podem ser vistos dentro da tenda de adoração.

O NASCIMENTO DE JESUS

c. 5 a.C.
O NASCIMENTO DE JESUS EM BELÉM
Na pequena cidade de Belém, na Judeia, ocorreu um fato que, apesar do cálculo errado feito no sexto século pelo monge Dionísio Exíguo, é usado para dividir a história em duas partes: a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo). Localizada 9 km ao sul de Jerusalém, Belém era a cidade de origem da família de Davi e, de acordo com o profeta Miquéias, seria o lugar onde nasceria aquele "cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".
O Evangelho de Lucas relata que a mãe de Jesus, Maria, e seu marido José cumpriram um decreto de César Augusto (31 a.C. - 14 d.C.) e viajaram 120 km de Nazaré até Belém para serem registrados. Também observa que esse foi primeiro censo realizado quando Quirino era governador da Síria. Sabe-se que Públio Sulpício Quirino cumpriu dois mandatos governador da Síria: de 6 a 4 a.C. e de 6 a 9 d.C. Assim, o censo não pode ter sido realizado no período entre 3 a.C.e 5 d.C. e, portanto, Jesus não pode ter nascido no ano designado de forma conjetural como 1 d.C. A proposta de que seu nascimento ocorreu antes dessa data corroborada pela morte de outro personagem histórico importante: Herodes, o Grande, no final de marco de 4 a.C

NÃO HAVIA LUGAR NA HOSPEDARIA
A história do nascimento de Jesus em Belém é descrita nos Evangelhos de Mateus e Lucas. Marcos e loão não a mencionam. Lucas diz apenas: "Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2:6-7). O termo grego para "hospedaria" é usado posteriormente por Lucas em seu Evangelho para se referir ao "aposento" "salão de hóspedes" onde Jesus realizou refeição pascal com seus discípulos pouco antes de sua crucificação. Assim, tendo em vista grande número de pessoas de fora de Belém em função do censo, Maria e José não conseguiram encontrar um quarto de hóspedes. Não sabemos a certo onde o nascimento ocorreu. Na metade do século II, Justino Mártir escreveu que Jesus nasceu numa caverna. Os escritores dos Evangelhos são menos específicos, mas sabe-se que alguém providenciou uma comida manjedoura (um cocho em que se colocava a de animais), na qual Maria e José colocaram Jesus. A "Igreja da Natividade", que fica sobre uma caverna considerada tradicionalmente como o local do nascimento de Jesus, foi construída pelo imperador Constantino em 325 d.C. e ampliada por Justiniano (527-565 d.C.).

PASTORES NOS CAMPOS
Lucas registra que um anjo apareceu à noite a alguns pastores que estavam nos campos guardando seus rebanhos do ataque de ladrões e animais predadores. Esses rebanhos tão próximos de Jerusalém talvez fossem reservados para os sacrifícios no templo. O anjo anunciou: "Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura" (Lc 2:11-12). Os pastores se dirigiram apressadamente a local indicado e encontraram o bebê deitado na manjedoura, conforme o anjo tinha dito.
Talvez tenhamos aqui uma indicação da época do ano, pois as ovelhas normalmente ficavam nos pastos entre os meses de marco e novembro. Os meses de inverno_ eram frios e, portanto inadequados para os animais pastarem. Assim, ao que parece, Jesus não nasceu em dezembro quando se celebra essa ocasião. Comemoramos o Natal em dezembro porque os cristãos primitivos decidiram celebrar a vinda do Senhor ao mundo durante o festival romano do "sol invicto" no solstício de inverno, observado em 25 de dezembro. Lucas registra que Jesus foi circuncidado e recebeu seu nome no templo, depois de "completados oito dias". Descreve também como Simeão, um homem devoto, e a profetisa Ana identificaram o bebê de imediato como o redentor prometido dos judeus.

OS MAGOS
De acordo com o Evangelho de Mateus, Maria e o menino Jesus receberam visitantes misteriosos
vindos do Oriente, os quais o texto grego chama de magoi, um termo latinizado para magi e traduzido como "magos" ou "sábios". Esse acontecimento parece ter ocorrido algum tempo depois do nascimento de Jesus, pois sua família estava vivendo numa casa. Talvez as acomodações de emergência, quaisquer que fossem, tenham se mostrado inadequadas para uma criança pequena. A reação de Herodes ao ordenar que todos os meninos de Belém com até dois anos de idade fossem mortos pode indicar que Jesus estava com quase três anos de idade quando os visitantes chegaram. De onde esses magos vieram? Muitos propõem que eram da Babilônia, o centro da astronomia ,antiga. Astrólogos babilônios ocupavam-se desde tempos remotos com a observação dos astros que pressagiavam o bem ou o mal para a "terra do Ocidente", ou seja, a Síria-Palestina. No entanto. é mais provável que os magos fossem provenientes_ da Pérsia. A palavra magos é derivada do termo persa magush, que denotava uma classe de astrólogos. O número três é associado tradicinnalmente aos magos devido as três presentes oferecidos. A designação "reis" não possui base neotestamentária, originando-se de um desejo de retratar os visitantes do Oriente com o cumprimento de três profecias do Antigo Testamento nas quais reis prestam homenagem ao Senhor.

SEGUINDO A ESTRELA
De acordo com o Evangelho de Mateus, os magos ficaram sabendo do nascimento de Jesus pela observação das estrelas. Uma estrela específica chamou a sua atenção e reconheceram que anunciava o nascimento do "rei dos judeus". Conforme Mateus relata, a estrela que conduziu os magos a Belém havia aparecido no Oriente numa determinada ocasião e se movido adiante deles até parar no local onde o menino se encontrava. Pesquisas sobre essa estrela que deve ter aparecido antes da morte de Herodes, o Grande, no final de março de 4 a.C. sugerem as seguintes hipóteses:

OURO, INCENSO E MIRRA
Mateus registra que os magos presentearam o menino Jesus com ouro, incenso e mirra. O incenso e a mirra eram originários do sul da Arábia, o reino de Sabá no Antigo Testamento. Isso não significa, porém, que os magos vieram de lá, pois as caravanas percorriam rotas movimentadas levando esses produtos para a Síria e a Palestina ao norte e também para a Babilônia, de modo que os magos podem ter comprado o incenso e a mirra na Babilônia. É igualmente possível que tenham comprado os presentes a caminho da Palestina, no bazar de Damasco, ou mesmo no mercado de Jerusalém. O ouro representa o esplendor real, O incenso era um ingrediente do incenso sagrado queimado no tabernáculo em sinal de adoração e para fumigar o ambiente. A mirra, um dos ingredientes do óleo da unção era usada em cosméticos e no embalsamamento. Foi misturada com aloés e aplicada ao corpo de Jesus depois da crucificação.

A FUGA PARA O EGITO
Conforme o Evangelho de Mateus, a pressuposição dos magos de que o "rei dos judeus" nasceria em Jerusalém os• levou a informar Herodes, o Grande (37-4 a.C.), do nascimento desse rei que desejavam visitar. Advertido por um anjo num sonho, José levou sua família para o Egito.

A VOLTA A NAZARÉ
Depois da morte de Herodes, a família de Jesus voltou a se estabelecer em Nazaré, uma cidade pequena e inexpressiva nos montes da Galileia. Com exceção do registro de uma viagem a Jerusalém quando Jesus estava com doze anos de idade, não sabemos mais nada sobre a vida dele até o início de seu ministério público, cerca de dezoito anos depois. Maria, sua mãe, deve ter se perguntado como o nascimento virginal! e os acontecimentos extraordinários relacionados a ele preparariam Jesus para cumprir a missão divina resumida no nome que o anjo instruiu José a dar ao menino: "Lhe porás o nome de Jesus [o Senhor salva], porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt 1:21).

 

Referências

Samuel 16.1

Miquéias 5.2

Lucas 2:2

Lucas 22:11

Lucas 2:21-38

Salmo 72:10;

Isaías 49.7

Isaías 60:3

Mateus 2:2-9

Êxodo 30:23-34

João 19.39

Mateus 1:23

Visitantes em Belém O mapa mostra o caminho que Maria e José provavelmente percorreram de Nazaré a Belém, e também o caminho percorrido pelos magos. Também mostra o provável caminho de José e Maria ao fugirem para o Egito quando Jesus ainda era bebê.
Visitantes em Belém O mapa mostra o caminho que Maria e José provavelmente percorreram de Nazaré a Belém, e também o caminho percorrido pelos magos. Também mostra o provável caminho de José e Maria ao fugirem para o Egito quando Jesus ainda era bebê.
Interior da Igreja da Natividade, em Belém.
Interior da Igreja da Natividade, em Belém.

JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO

JERUSALÉM E SEUS ARREDORES
Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.

UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.

PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"

A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.

OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.

TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.

FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.

A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.

Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.

 

Referências

Ezequiel 5:5-38.12

Salmos 122:4-125.2

Lucas 10:30

Mateus 17:24

João 19.13

João 9.7

João 5:2-9

Mateus 23:29

Marcos 11:11;

Mateus 21:17:

Lucas 24:50

Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

Região da Sefalá

VALE DO RIFTE DO JORDÃO
As forças geológicas dominantes que esculpiram as características mais proeminentes do Levante são mais visíveis no Vale do Rifte do Jordão. Estendendo-se para além do Levante, a fissura geológica é conhecida como Vale do Rifte Afro-Árabe. Um bloco rebaixado confinado por duas falhas geológicas paralelas começa no sudeste da Turquia e se estende para o sul, atravessando o Levante e chegando até o golfo de Ácaba. A partir daí, a fratura avança para o sul, numa linha que corre paralela ao mar Vermelho, até a Etiópia, resultando na separação entre a península Árabe e a África. Na base do mar Vermelho, a própria falha geológica se divide: um braço oriental faz separação entre, de um lado, a placa Árabe e, de outro, a placa Somali e o "Chifre da África" e se estende até as profundezas do oceano Indico; um braço ocidental começa a penetrar diagonalmente na Etiópia, Quênia, Uganda, Tanzânia, Malaui e Moçambique. Conhecida naqueles segmentos como o "Grande Vale do Rifte Africano", essa rachadura geológica é a responsável pela criação dos lagos mais alongados da África Oriental (Turkana, Alberto, Eduardo, Kivu, Tanganica, Malaui), pela formação do lago Vitória e por fazer a ilha de Madagascar se separar do continente africano, Aqui, entalhada na crosta terrestre, há uma falha geológica que, sozinha, estende-se continuamente por mais de 6.400 quilômetros - 60 graus de latitude ou cerca de um sexto da circunferência da Terra. Pelo que se sabe, essa falha representa também a mais profunda fissura na superfície da Terra, e o ponto mais profundo ao longo do corte continental fica às margens do mar Morto. Aí, ao lado da margem ocidental, uma sucessão de falhas secundárias, bem próximas umas das outras e que correm em paralelo com a falha principal, tem dado aos cientistas oportunidade de estudar e avaliar a profundidade de deslocamento. Perfurações demonstraram ocorrência de deslocamentos verticais que chegam 3:580 metros e testes geofísicos realizados na região têm levado a estimativas de até 7 mil metros de espessura. A região ao redor do mar Morto iá fica numa altitude extremamente baixa (420 metros abaixo do nível do mar), o que leva a se estimar que depósitos não consolidados sobre o leito cheguem abaixo do nível do Mediterrâneo, alcançando quase 7.600 metros. Em outras palavras, se alguém escavasse em certos lugares ao longo do mar Morto, encontraria apenas aluvião sedimentar descendo até aproximadamente 7.560 metros, antes de, finalmente, encontrar estratificação rochosa." Espalhando-se em todas as direções a partir desta "fissura-mãe", existem dezenas de fraturas secundárias que tornam a região ao redor um mosaico geológico; algumas dessas ramificações criaram, elas mesmas, vales laterais (Harode, Far'ah, Jezreel). De acordo com registros sismográficos, cerca de 200 a 300 "microterremotos" são atualmente registrados todos os dias em Israel. É claro que a imensa maioria desses abalos é humanamente indetectável. Às vezes, no entanto, um terremoto devastador atinge essa terra, como é o caso de alguns mencionados a seguir.


1) Há relatos de que, em 7 e 8 de dezembro de 1267, um abalo desmoronou o rochedo íngreme existente ao lado do rio Jordão, em Damiya, o que causou o represamento do Jordão durante cerca de 10 horas.

2) Por volta do meio-dia de 14 de janeiro de 1546, ocorreu um terremoto cujo epicentro foi perto da cidade samaritana de Nablus (Siquém), de novo interrompendo a vazão do rio Jordão - desta vez durante cerca de dois dias.

3) Em 1.° de janeiro de 1837, um forte terremoto, com múltiplos epicentros, atingiu Israel e Jordânia. Na Galileia, quatro mil moradores da cidade de Safed foram mortos, bem como outros mil nas regiões ao redor. Toda a aldeia de Gush Halav foi destruída. No centro de Israel, duas ruas residenciais desapareceram completamente em Nablus, e um hotel desabou em Jericó, provocando ainda mais mortes. Os dois lados do que atualmente é conhecido como ponte Allenby foram deslocados.

Até mesmo em Amã, a mais de 160 quilômetros de distância, há registros de muitos danos causados por esse tremor.
4) Em 11 de julho de 1927, houve um terremoto no início da tarde, seu epicentro parece ter sido em algum ponto do lado norte do mar MortoS Há informações de que esse tremor provocou o desabamento de um paredão de terra de 45 metros, próximo de Damiya. Esse desabamento destruiu uma estrada e represou o Jordão durante 21 horas e meia (embora esta seja uma informação de segunda mão que, em anos recentes, tem sido questionada). Não se pode excluir a possibilidade de que um acontecimento semelhante tenha ocorrido quando Israel atravessou o Jordão "a seco" (Js 3:7-17).
Depois de fazer um levantamento do Vale do Rifte do Jordão como um todo, examinemos suas várias partes.
Primeiro, a uma altitude de 2.814 metros, o monte Hermom tem uma precipitação anual de 1.520 milímetros de chuva e permanece coberto de neve o ano todo (cp. Jr 18:14).
Descendo pelas encostas ou borbulhando em seu sopé, existem centenas de fontes e regatos que se juntam para formar os quatro principais cursos d'água que dão origem ao Jordão. O curso d'água mais a oeste - Ayun (n. Bareighit) - surge perto da moderna Metulla, cidade fronteiriça israelense, e segue quase diretamente para o sul. Não longe dali, fica o curso maior, o rio Senir (n. Habani), que tem origem no lado ocidental do Hermom, em frente à aldeia libanesa de Hasbiyya. O rio Da/Leda nasce no sopé do sítio bíblico de Dá (n. Qadi), e o rio Hermom (n. Banias) aflora das cavernas próximas ao local da moderna Banyas. Quando, por fim, juntam-se para formar um único curso d'água perto do lago Hula, as águas já desceram a uma altitude aproximada de apenas 90 metros acima do nível do mar.
Prosseguindo seu fluxo descendente, as águas chegam ao mar da Galileia (Mt 4:18-15.29; Mc 1:16-7.31; Jo 6:1), que também é conhecido por outros nomes: Quinerete (Nm 34:11; Dt 3:17; Js 12:3-13.27), Genesaré (Lc 5:1), Tiberíades (Jo 6:1-21.
1) ou simplesmente "o mar" (Mt 9:1; Jo 6:16). O mar da Galileia é um lago interior de água doce com medidas aproximadas de 21 quilômetros de norte a sul, 13 quilômetros de leste a oeste e cerca de 46 metros de profundidade. A superfície desse lago fica aproximadamente 212 metros abaixo do nível do mar, o que faz com ele seja a mais baixa massa de água doce no planeta.
Flanqueado pela região montanhosa da Baixa Galileia a oeste e pelo Gola a leste, no mar da Galileia deve ter havido intensa atividade ao longo de todo o período bíblico.
Cafarnaum, próxima de onde passa a Grande Estrada Principal, revela indícios de ocupação já em 8000 a.C. e pelo menos 25 outros locais na Baixa Galileia foram ocupados já na 1dade do Bronze Inicial. Mas foi no período romano que a atividade humana na região alcançou o ápice. Os rabinos afirmavam: "O Senhor criou sete mares, mas o mar de Genesaré é seu deleite.
O mar da Galileia também deleitou Herodes Antipas, que, as suas margens, construiu a cidade de Tiberíades, com seus inúmeros adornos arquitetônicos de grandeza romana.
Nas proximidades, foram construídos banhos romanos em Hamate, um hipódromo em Magdala (Tariqueia), bem como muitas aldeias, casas suntuosas, muitas ruas pavimentadas e numerosas arcadas. Desse modo, na época do Novo Testamento, o mar estava experimentando tempos de relativa prosperidade, em grande parte relacionada com uma florescente indústria pesqueira que, estima-se, chegava a apanhar 2 mil toneladas de peixe. Em meados da década de 1980, quando o nível da água ficou bem baixo, descobriu-se mais de uma dúzia de portos romanos circundando o mar da Galileia. Essa prosperidade se reflete em vários incidentes narrados nos Evangelhos e que aconteceram perto do Mar. Por exemplo, a parábola de Jesus sobre um rico tolo que achou recomendável derrubar seus celeiros e construir outros ainda maiores foi proferida às margens do Mar (Lc 12:16-21). Sua parábola sobre o joio e o trigo gira em torno da prosperidade de um chefe de família que possuía celeiros e servos (Mt 13:24- 43). Como parte do Sermão do Monte - que, de acordo com a tradição, foi pregado na área logo ao norte de Tabga -, Jesus tratou dos assuntos: dar esmolas e acumular bens terrenos (Mt 6:1-4,19-34). E sua famosa pergunta nas proximidades de Cesareia de Filipe - "Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?" - foi dirigida a ouvintes galileus, alguns dos quais, sem dúvida alguma, possuíam grandes riquezas ou conheciam alguém que possuía (Mc 8:27-37; Lc 9:23-25).
Há uma distância em linha reta de apenas 120 quilômetros separando o mar da Galileia e o mar Morto. No entanto, entre um e outro, o rio Jordão serpenteia por cerca de 240 quilômetros (observe-se, que é possível que, da Antiguidade bíblica para cá, tenha ocorrido uma mudanca no ponto em que o Jordão entra no mar da Galileia e no ponto em que dele sai). Aí o rebaixado Vale do Rifte, às vezes chamado de "o Ghor" ("depressão"), varia de largura, entre 3,2 e 6,4 quilômetros, embora alargue nas bacias de Bete-Sea e Jericó. O próprio Jordão corre ao longo do leito sinuoso mais baixo do Ghor - atravessando uma mata fechada, baixa e emaranhada de tamargueiras, álamos e oleandros, espinheiros pontudos e toras espalhadas e podres trazidas pela água (2Rs 6:2-7). Esse leito às vezes é chamado de "floresta do Jordão" (Jr 12:5-49.19; 50.44; Zc 11:3).
Alguns textos bíblicos dão a entender que, na Antiguidade, animais selvagens habitavam essa mata fechada (1Sm 17:34-36 (implicitamente]; 2Rs 2:24; Mc 1:13). Restos de esqueletos de várias espécies de animais selvagens foram exumados do leito do vale e, em tempos modernos, viajantes relataram terem avistado, na região, leões, ursos, leopardos, lobos, chacais, hienas e uma ampla variedade de aves aquáticas.? Além disso, muitas cidades árabes modernas no vale ou nas proximidades parecem ter o nome de animais selvagens e o mapa de Medeba (um mosaico de chão, do sexto século d.C., com o desenho de um mapa - a mais antiga representação conhecida da região) mostra um leão rondando, à espreita, no vale.2 Não há nenhum indício de que, antes do sexto século d.C., tenham existido pontes cruzando o Jordão, de modo que é preciso imaginar que, durante o período bíblico, a maneira normal de atravessar o rio era a nado, algo que exigia grande esforço e era potencialmente perigoso (Jz6.33; 1Sm 13:7-31:11-13; 2Sm 2:29-10.17; 17.22; 24.5), o que provavelmente acontecia com mais frequência nos inúmeros vaus ao longo do rio (Js 2:7; Jz 3:28-12.5,6).
No fim de seu curso, o rio Jordão desaguava no mar Morto ou, tal como é chamado na Bíblia, mar Salgado (Gn 14:3; Nm 34:3-12; Dt 3:17; Js 3:16-12.3; 15.2,5; 18.9), mar da Arabá (Dt 3:17-4.49; Js 3:16-12.3; 2Rs 14:25) ou mar do Oriente (Ez 47:18: I1 2.20; Zc 14:8). O nome "mar Morto" aparece em textos gregos a partir do início do século primeiro,3 e aparentemente foi introduzido na tradição crista por meio da obra de São Jerônimo." Com a superfície da água a 420 metros abaixo do nível do mar (e baixando ainda mais ano a ano!), o mar Morto é, de longe, a depressão continental mais baixa do planeta. À guisa de comparação, a grande depressão de Turfan - que, com exceção do mar Morto, é o ponto mais baixo da Ásia continental - fica 150 metros abaixo do nível do mar. Na África, o ponto mais baixo (a depressão de Qattara, situada no Saara) está 156 metros abaixo do nível do mar. O ponto mais baixo da América do Norte (o vale da Morte, na Califórnia) se encontra 86 metros abaixo do nível do mar.
O mar Morto é um lago sem saída (sem acesso para os oceanos) que mede cerca de 16 quilômetros de largura, aproximadamente 80 quilômetros de comprimento e alcança uma profundidade de pouco mais de 300 metros em um ponto de sua bacia norte. Contrastando fortemente com isso, nos dias atuais a bacia rasa no sul não tem água, mas é quase certo que teve um mínimo de 3 a 9 metros de água durante toda a era bíblica. A altitude extremamente baixa do mar Morto cria uma imensa e extensa bacia de captação de aproximadamente 70 mil quilômetros quadrados, o que faz dele o maior sistema hidrológico do Levante em área. Antes da construção de açudes e da escavação de canais de drenagem nessa área de captação, durante o século 20.9 calcula-se que o mar Morto recebia um total de 2,757 bilhões de metros cúbicos anuais de água, o que teria exigido uma média diária de evaporação na ordem de 5,47 milhões de metros cúbicos a fim de manter um equilíbrio no nível da água. Antes que houvesse esses modernos esforços de conservação, o despejo de água apenas do sistema do rio Jordão era de cerca de 1,335 bilhão de metros cúbicos por ano, o que significa que, durante a maior parte da Antiguidade bíblica, o Baixo Jordão deve ter tido uma vazão com o volume aproximado de rios como o Colorado ou o Susquehanna, ao passo que, hoje, sua vazão é de apenas uma fração disso. O mar Morto também é o lago mais hipersalino do mundo.
A salinidade média dos oceanos é de 3,5%. O Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos, tem aproximadamente 18% de sal, e a baía Shark, na Austrália, tem um índice de salinidade pouco superior a 20%. Mas vários fatores combinam para criar, no mar Morto, uma salinidade hídrica que vai de 26 a 35%: (1) ele é alimentado por alguns cursos d'água que têm uma salinidade incomum, passando por solo nitroso e fontes sulfurosas; (2) é contaminado pela adição de sais químicos encontrados na falha geológica que existe embaixo dele (cloreto de sódio, cloreto de cálcio. cloreto de potássio. brometo de magnésio); (3) é exposto à contaminação resultante da erosão do monte Sedom, que é um plugue de rocha salina muito profundo e massivamente poroso que se estende por 8 quilômetros ao longo de sua margem sudoeste. O elevado teor de sal impede a vida aquática no mar Morto.com exceção de uns poucos micro-organismos (bactérias simples, algas verdes e vermelhas, protozoários) descobertos recentemente  Contudo, ao longo da história, os minerais do mar Morto às vezes levaram a um aumento do valor das propriedades ao redor. Pelo menos desde o período neolítico um produto primário bastante valorizado é o betume. uma forma de petróleo endurecido por meio da evaporação e oxidação. utilizado para vedar e colar, confeccionar cestos, na medicina e na fabricação de tijolos de barro. Betume do mar Morto foi empregado como conservante em múmias do Egito antigo. Durante o período do Novo Testamento, os nabateus controlavam o comércio do betume do mar Morto, e há uma teoria de que a ânsia de Cleópatra em controlar o comércio de betume estimulou seu desejo de governar a região ao redor do mar Morto.
Também havia grande procura pelo bálsamo do mar Morto, o perfume e medicamento mais apreciado no mundo clássico.  Dizem que Galeno, o eminente médico do segundo século d.C. ligado ao famoso Asclépio, em Pérgamo, viajou de sua cidade na Ásia Menor até o mar Morto com o propósito específico de voltar com o "bálsamo verdadeiro" O cloreto de potássio, outro mineral do mar Morto, tornou-se popular no século 20 devido ao emprego na fabricação de fertilizantes químicos. Ao mesmo tempo, banhos nas fontes termominerais ao longo das margens do mar Morto tornaram-se um tratamento popular para vários problemas de pele, especialmente a psoríase. Com isso, talvez se possa dizer que, em tempos recentes, o mar Morto passou a viver. Na Antiguidade, porém, a descrição sinistra do precipício do mar Morto se reflete nas páginas das Escrituras. A destruição de Sodoma e Gomorra (Gn
19) ocorreu bem próximo desse mar. Embora haja interpretações diferentes sobre a natureza exata da destruição que caiu sobre as duas cidades, seja como erupção vulcânica seja como explosão espontânea de bolsões de betume abaixo da superfície do solo, colunas cársticas de sal (conhecidas como "mulher de L6") são um fenômeno frequente na região do mar Morto. Pode-se quase adivinhar que o deserto uivante ao redor do mar Morto deve ter proporcionado um refúgio apropriado para o fugitivo Davi (1Sm 21:31), bem como para os essênios de Qumran e os marginalizados judeus insurgentes da Primeira Revolta Judaica. Foi num lugar estéril e árido assim que Jesus enfrentou suas tentações (Mt 4:1-11); talvez esse tipo de ambiente sombrio tenha contribuído para a angústia que sofreu.
Por outro lado, o profeta Ezequiel (47.1-12; Zc
148) vislumbrou um tempo quando até mesmo as águas salgadas do mar Morto passarão por uma recriação total e não serão mais sombrias e sem vida, mas estarão plenas de vitalidade. Começando com o Sebkha (pântanos salgados) ao sul do mar Morto, o Grande Vale do Rifte forma uma espécie de vala arredondada que se estreita até chegar ao golfo de Ácaba. Ali começa a se alargar de novo, na direção do mar Vermelho, e o golfo é flanqueado por encostas escarpadas e penhascos altos que superam os 750 metros de altura. Por sua vez, no golfo de Ácaba, a apenas 1,6 quilômetro de distância desses penhascos, há abismos cuja profundidade da água ultrapassa os 1:800 metros.

PLANALTO DA TRANSJORDÂNIA
A quarta zona fisiográfica, a que fica mais a leste, é conhecida como Planalto da Transjordânia. A região do planalto ladeia imediatamente a Arabá, e é chamada na Bíblia de "além do Jordão" (Gn 50:10; Nm 22:1; Dt 1:5; Js 1:14-1Sm 31.7; 1Cr 12:37). No geral, a topografia da Transjordânia é de natureza mais uniforme do que a da Cisjordânia. A elevada chapada da Transjordânia tem cerca de 400 quilômetros de comprimento (do monte Hermom até o mar Vermelho), de 50 a 130 quilômetros de largura e alcança altitudes de 1.500 metros acima do nível do mar. A sua significativa precipitação escavou quatro desfiladeiros profundos e, em grande parte, laterais, ao longo dos quais correm os rios Yarmuk, Jaboque, Arnom e Zerede. Cobrindo uma base de arenito que fica exposta nessas quatro ravinas cavernosas e em uns poucos segmentos no sul, no norte a superfície da Transjordânia é composta basicamente de calcário, com uma fina camada de basalto cobrindo a área ao norte do Yarmuk. A região elevada prossegue na direção sul com afloramentos de granito que formam o muro oriental da Arabá. Por esse motivo, na época de atividade agrícola, as regiões do norte da Transjordânia são férteis, pois o solo mais bem irrigado consegue produzir grandes quantidades de diferentes cereais, especialmente trigo (cp. Am 4:1-3). Durante o periodo romano. essa região produziu e forneceu cereais para toda a província siro-palestina. A leste do principal divisor de águas, que fica a uma altitude de cerca de 1.800 metros e a uma distância entre 25 e 65 quilômetros do Rifte do Jordão, há uma transicão repentina da estepe para o deserto Oriental. Por exemplo, muitas partes do domo de Gileade têm grande quantidade de fontes e ribeiros com boa; agua potável, ao passo que a leste do divisor de águas há necessidade de cisternas. A abundância sazonal das plantações de cereais cede lugar para a pastagem superficial e intermitente de que se alimentam os animais pertencentes aos nomades migrantes.

UMA TERRA SEM RECURSOS
A terra designada para o Israel bíblico possui bem poucos recursos físicos e econômicos. Ela não contem praticamente nenhum metal precioso (pequenas quantidades de minério de cobre de baixo valor e um pouco de ferro e manganês) e uma gama bem limitada de minerais (alguns da área do mar Morto tendem a evaporar). Descobriu-se gás natural no Neguebe. Apesar de repetidas afirmações em contrário, ali não foram encontrados campos significativos de petróleo. A terra tem escassos recursos de madeira de lei e não tem suprimento suficiente de água doce (v. seções seguintes sobre hidrologia e arborização).
Região da Defalá
Região da Defalá
A falha Geológica afro-árabe
A falha Geológica afro-árabe
O Mar da Galileia
O Mar da Galileia
O Mar Morto
O Mar Morto

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

O MINISTÉRIO DE JESUS: SEGUNDO ANO

Março de 31 d.C. a abril de 32 d.C.
JESUS VOLTA A JERUSALÉM
De acordo com João 5.1, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Não há como dizer ao certo a qual festa o escritor está se referindo, mas muitos sugerem a Páscoa que, no ano 31 d.C., foi comemorada no dia 27 de março. Essa data é considerada, portanto, o início do segundo ano do ministério de Jesus. Em sua viagem a Jerusalém, Jesus curou um enfermo junto ao tanque de Betesda.

JESUS, O MESTRE
Os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) possuem seções extensas de ensinamentos atribuídos a Jesus. Para alguns estudiosos essas passagens foram, na melhor das hipóteses, redigidas pelos evangelistas e, na pior das hipóteses, por escritores desconhecidos de um período que poderia se estender até o século II. Descobertas recentes tornam asserções como essas praticamente insustentáveis. Tábuas de escrever feitas de madeira ou tabletes revestidos de cera, dos quais foram encontrados cerca de 1.900 num arquivo em Vindolanda (Chesterholm), junto ao muro de Adriano no norte da Inglaterra, eram usados para anotar informações de vários tipos. Alguns ouvintes talvez tivessem aptidão suficiente para registrar as palavras de Jesus literalmente, transferindo-as, depois, para materiais mais duráveis como papiro ou pergaminho, usados pelos evangelistas para compilar suas obras. No "sermão do monte", seu discurso mais longo, Jesus apresenta vários ensinamentos de cunho ético, enfatizando a importância do pensamento e das motivações, em contraste com a tradição judaica. No final, Jesus insta seus ouvintes a colocarem suas palavras em prática e serem como o homem sábio que construiu a casa sobre uma rocha. O local onde esse sermão foi proferido não é facilmente identificável, mas deve atender a dois critérios: ser um lugar plano na encosta de um monte.

OS MILAGRES DE JESUS NA GALILEIA
E difícil determinar a ordem dos acontecimentos relatados nos Evangelhos, mas pode-se deduzir que, ao voltar de Jerusalém, Jesus permaneceu o restante do segundo ano de seu ministério nas redondezas do lago da Galileia. Nesse ano, chamado por vezes de "ano da popularidade", Jesus foi seguido constantemente pelas multidões, tornando-se cada vez mais conhecido por seus milagres. Nesse período João Batista, um parente de Jesus, foi preso depois de censurar Herodes Antipas, "o tetrarca" (4a.C.-39 d.C.), filho de Herodes, o Grande, por ter se casado com Herodias, esposa de seu irmão, Filipe.? Quando João pediu a alguns de seus discípulos para averiguar os relatos que tinha ouvido acerca de Jesus, o próprio Jesus enviou a João uma mensagem que pode ser considerada uma síntese de seu ministério:
"Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho."
Mateus 11:4-5

Os evangelistas registram uma grande variedade de milagres:

AS PARÁBOLAS DE JESUS
Os evangelistas registram cerca de quarenta parábolas de Jesus. As parábolas eram histórias curtas sobre a vida diária usadas para ensinar verdades espirituais. Algumas, como a da ovelha perdida, do filho pródigo e do bom samaritano, são bem conhecidas. No entanto, o significado de várias parábolas nem sempre era evidente e, em diversas ocasiões, Jesus teve de explicá-las aos seus discípulos, como no caso da parábola do semeador

JOÃO BATISTA É DECAPITADO
João Batista permaneceu encarcerado na fortaleza de Maqueronte, no alto de um monte do lado leste do mar Morto, até o aniversário de Herodes Antipas. Nessa ocasião, a filha de Herodias, a nova esposa do rei, foi chamada para dançar. Herodes ficou tão impressionado que prometeu lhe dar o que desejasse e, seguindo a instrução da mãe, a jovem pediu a cabeça de João Batista num prato.

JESUS ALIMENTA CINCO MIL PESSOAS
Quando soube da morte de João, Jesus quis passar algum tempo sozinho, mas as multidões o seguiram. Jesus se compadeceu deles e curou os enfermos. A Páscoa, que no ano 32 d.C. foi comemorada em 13 de abril, se aproximava e faltava apenas um ano para a morte de Jesus. A multidão estava ficando faminta e, no lugar remoto onde se encontrava, não havia como - conseguir alimento. Através da multiplicação miraculosa de cinco pães de cevada e dois peixinhos, Jesus alimentou a multidão de cinco mil homens, mais as mulheres e crianças. O milagre foi realizado perto de Betsaida, na extremidade norte do lago da Galileia, uma região com muita relva. Convém observar que depois desse milagre Jesus passou a evitar as multidões, pois sabia que desejavam proclamá-lo rei à força.

JESUS DEIXA A GALILEIA
Percebendo que não teria privacidade na Galileia, Jesus viajou para o norte, deixando o reino de Herodes Antipas e se dirigindo a Tiro e Sidom, na costa do Mediterrâneo (atual Líbano). Quando regressou, encontrou tanta oposição que, por vezes, a etapa final de seu ministério é chamada de "o ano de oposição". Desse ponto em diante, os evangelistas se concentram cada vez mais no sofrimento e morte iminentes de Jesus.
O segundo ano do ministério de Jesus Os números referem-se os acontecimentos ocorridos nos arredores do mar da Galileia durante o segundo ano do ministério de Jesus.

 

Referências:

Mateus 5:1

Lucas 6:17

Mateus 14:3-4

Marcos 6:17-18

Mateus 8:23-27;

Marcos 4:35-41;

Lucas 8:22-25

Mateus 8:28-34

Mateus 13:58;

Marcos 6:5-6

Mateus 13:18-23

Marcos 4:13-20

Lucas 8:11-15

Mateus 14:3-12

Marcos 6:14-29

João 6.4

Marcos 6:39

Lucas 9:10

João 6.10

O segundo ano do ministério de Jesus
O segundo ano do ministério de Jesus
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Os quatro Evangelhos em ordem cronológica

As tabelas a seguir estão relacionadas aos mapas das viagens de Jesus e seu trabalho de pregação. As setas nos mapas não representam exatamente as rotas usadas, mas indicam principalmente a direção. O símbolo “c.” significa “cerca de” ou “por volta de”.

Acontecimentos que antecederam o ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

3 a.C.

Templo em Jerusalém

Anjo Gabriel profetiza a Zacarias o nascimento de João Batista

   

Lc 1:5-25

 

c. 2 a.C.

Nazaré; Judeia

Anjo Gabriel profetiza a Maria o nascimento de Jesus; ela visita Elisabete

   

Lc 1:26-56

 

2 a.C.

Região montanhosa da Judeia

Nasce João Batista e recebe nome; Zacarias profetiza; João vive no deserto

   

Lc 1:57-80

 

2 a.C., c. 1.º de outubro

Belém

Nasce Jesus; “a Palavra se tornou carne”

Mt 1:1-25

 

Lc 2:1-7

Jo 1:1-5, 9-14

Perto de Belém; Belém

Anjo anuncia as boas novas aos pastores; anjos louvam a Deus; pastores visitam o bebê Jesus

   

Lc 2:8-20

 

Belém; Jerusalém

Jesus é circuncidado (8.º dia); seus pais o apresentam no templo (após 40.º dia)

   

Lc 2:21-38

 

1 a.C. ou 1 d.C.

Jerusalém; Belém; Egito; Nazaré

Visita dos astrólogos; família foge para o Egito; Herodes mata meninos de até dois anos; família volta do Egito e vai morar em Nazaré

Mt 2:1-23

 

Lc 2:39-40

 

12 d.C., Páscoa

Jerusalém

Jesus, aos 12 anos, faz perguntas aos instrutores no templo

   

Lc 2:41-50

 
 

Nazaré

Volta a Nazaré; continua sujeito aos pais; aprende carpintaria; Maria cria mais quatro filhos, além de filhas (Mt 13:55-56; Mc 6:3)

   

Lc 2:51-52

 

29 d.C., c. abril

Deserto, rio Jordão

João Batista inicia seu ministério

Mt 3:1-12

Mc 1:1-8

Lc 3:1-18

Jo 1:6-8, 15-28


O tabernáculo e o sumo sacerdote

O tabernáculo e seus componentes

1 Arca (Ex 25:10-22; 26:33)

2 Cortina (Ex 26:31-33)

3 Coluna da cortina (Ex 26:31, 32)

4 Santo (Ex 26:33)

5 Santíssimo (Ex 26:33)

6 Cortina (Reposteiro) (Ex 26:36)

7 Coluna da cortina (do reposteiro) (Êx 26:37)

8 Base de cobre com encaixe (Ex 26:37)

9 Altar do incenso (Ex 30:1-6)

10 Mesa dos pães da proposição (Êx 25:23-30; 26:35)

11 Candelabro (Ex 25:31-40; 26:35)

12 Panos de linho (Ex 26:1-6)

13 Panos de pelo de cabra (Ex 26:7-13)

14 Cobertura de pele de carneiro (Êx 26:14)

15 Cobertura de pele de foca (Êx 26:14)

16 Armação (Ex 26:15-18, 29)

17 Base de prata com encaixe para armação (Ex 26:19-21)

18 Travessa (Ex 26:26-29)

19 Base de prata com encaixe (Ex 26:32)

20 Bacia de cobre (Êx 30:18-21)

21 Altar da oferta queimada (Ex 27:1-8)

22 Pátio (Ex 27:17, 18)

23 Entrada (Ex 27:16)

24 Cortinados de linho (Êx 27:9-15)

Sumo sacerdote

Êxodo, capítulo 28, descreve em detalhes as vestes do sumo sacerdote de Israel

Turbante (Ex 28:39)

Sinal sagrado de dedicação (Ex 28:36-29:6)

Pedra de ônix (Ex 28:9)

Correntinha (Ex 28:14)

Peitoral do julgamento com 12 pedras preciosas (Êx 28:15-21)

Éfode e cinto (Ex 28:6, 8)

Túnica sem mangas azul (Êx 28:31)

Barra com sinos e romãs (Êx 28:33-35)

Veste comprida de linho fino (Ex 28:39)


Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O começo do ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

29 d.C., c. outubro

Rio Jordão, talvez em Betânia do outro lado do Jordão, ou perto dela

Jesus é batizado e ungido; Jeová o reconhece como seu Filho e lhe dá sua aprovação

Mt 3:13-17

Mc 1:9-11

Lc 3:21-38

Jo 1:32-34

Deserto da Judeia

É tentado pelo Diabo

Mt 4:1-11

Mc 1:12-13

Lc 4:1-13

 

Betânia do outro lado do Jordão

João Batista identifica Jesus como o Cordeiro de Deus; os primeiros discípulos se juntam a Jesus

     

Jo 1:15-29-51

Caná da Galileia; Cafarnaum

Primeiro milagre, água transformada em vinho; visita Cafarnaum

     

Jo 2:1-12

30 d.C., Páscoa

Jerusalém

Purifica o templo

     

Jo 2:13-25

Conversa com Nicodemos

     

Jo 3:1-21

Judeia; Enom

Vai à zona rural da Judeia, seus discípulos batizam; João dá seu último testemunho sobre Jesus

     

Jo 3:22-36

Tiberíades; Judeia

João é preso; Jesus viaja para a Galileia

Mt 4:12-14:3-5

Mc 6:17-20

Lc 3:19-20

Jo 4:1-3

Sicar, em Samaria

Ensina samaritanos no caminho para a Galileia

     

Jo 4:4-43


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Israel nos dias de Jesus

Informações no mapa

Sídon

ABILENE

Damasco

Sarefá

Mte. Hermom

FENÍCIA

Tiro

Cesareia de Filipe

ITUREIA

TRACONITES

Ptolemaida (Aco)

GALILEIA

Corazim

Betsaida

Cafarnaum

Caná

Magadã

Mar da Galileia

Gergesa

Rafana

Séforis

Tiberíades

Hipos

Diom

Nazaré

GADARA

Abila

Dor

Naim

Gadara

DECÁPOLIS

Cesareia

Citópolis (Bete-Seã)

Betânia do outro lado do Jordão ?

Pela

SAMARIA

Enom

Salim

Sebaste (Samaria)

Gerasa

Sicar

Mte. Gerizim

Poço de Jacó

Antipátride (Afeque)

PEREIA

Jope

Planície de Sarom

Arimateia

Lida (Lode)

Efraim

Rio Jordão

Filadélfia (Rabá)

Jâmnia (Jabné)

Ramá

Jericó

Emaús

Jerusalém

Betfagé

Asdode, Azoto

Belém

Betânia

Qumran

Asquelom (Ascalom)

JUDEIA

Herodium

Gaza

Hebrom

Deserto da Judeia

Mar Salgado (Mar Morto)

Macaeros

IDUMEIA

Massada

Berseba

NABATEIA

ARÁBIA

Informações no mapa

Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos

Região governada por Herodes Antipas

Região governada por Filipe

Cidades de Decápolis


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Vinícius

jo 1:17
Na Seara do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3406
Capítulo: 36
Vinícius
Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? Respondeu Jesus: 'Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é o que te pede de beber, tu, antes, lhe terias pedido e ele te daria da água-viva'.

(JOÃO, 4:9 e 10.)


A mulher de Samaria escandalizou-se de o judaísmo de Jesus não impedi-lo de comunicar-se com a filha duma tribo considerada inimiga e da qual os judeus viviam divorciados por questões de ordem política e religiosa, a ponto de não se comunicarem. A essa admiração, o Mestre retruca com estas palavras de profundo alcance. Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é que te pede de beber, etc.


Realmente a Samaritana ignorava a existência da maior de todas as mercês que o Pai celestial prodigaliza a seus filhos, que é o amor; como também não sabia que aquele com quem ela falava era precisamente o veículo divino através do qual nos foi concedida a celeste dádiva, conforme acertadamente disse João, o evangelista: "A lei veio por Moisés, mas a Verdade e a Graça (que é amor) vieram por Jesus Cristo". (João, 1:17.) Na ignorância desse fato de suma importância, vive a maioria dos homens. Daí as rivalidades, a inveja, as contendas e as lutas fratricidas que entre eles reinam. Não se habilitam a receber o dom de Deus, por isso não chegam jamais a se compreenderem.


A Verdade veio justamente com a graça, isto é, com o amor, e os homens pretendem encontrá-la hostilizando-se mutuamente! A condição precípua para descobrir-se a verdade é buscá-la com amor. Só vivem na verdade os que vivem no amor.


Ora, as atitudes agressivas e as palavras contundentes são geradas do desamor, por isso que "a boca fala do que está cheio o coração" Portanto, como resolver as questões que interessam à Humanidade, se os homens permanecem em estado de mútua e contínua agressão?


Judeus e samaritanos não se entendiam, porque eram de tribos rivais, predominando entre eles o fermento do ciúme, que gera a malquerença. Os samaritanos rejeitavam os livros proféticos, porque estes prediziam a vinda do Messias, procedendo do tronco de Judá. Os judeus, cheios de jactância, julgavam-se, por isso, o povo eleito, os únicos escolhidos e dignos dos favores e da assistência do Alto. A inveja de uma facção se chocava com a presunção de outra, mantendo separadas e inimigas as duas tribos irmãs.


Mutatis mutandis [Com as devidas alterações], é o que ainda sucede no cenário terreno, entre os que militam em todos os campos de atividade, principalmente nos setores da política e da religião. Desprovidos do dom de Deus, por isso que não o pedem nem o procuram, todos tratam de digladiar-se, enfunando as velas da vaidade própria, através dos pontos de vista que defendem.


Quando Jesus se dirigiu à Galileia, havia deixado a Judeia exatamente porque notara ali certa rivalidade entre seus discípulos e os do Batista. Foi no decurso dessa viagem que o Senhor, passando por Sicar, assentou-se à beira do poço de Jacó, enquanto os seus foram a Samaria comprar alimentos.


"O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" meditava nas grandes dificuldades com que toparia para erradicar o egoísmo das profundezas da alma humana, quando chegou a Samaritana, com seu cântaro, a buscar água. O sábio Mestre se prevalece da oportunidade para entabular com ela o diálogo donde extraímos a frase ora comentada.


Dentre os muitos ensinamentos que a referida passagem encerra, destaca-se, de modo evidente, esse, que se reporta ao "dom de Deus", de cuja posse depende todo o nosso bem, presente e futuro, por isso que contém a chave com que solucionaremos todos os problemas que nos afetam.


jo 1:1
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 109
Página: 242
Vinícius

"No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. "


(Evangelho.)


Verbo é a palavra dútil, maleável, que se dobra e desdobra sobre si mesma, assumindo uma série de modalidades como nenhum outro vocábulo é capaz de comportar. O Verbo é por isso a palavra por excelência, a palavra que enuncia a ação.


Quando Deus disse: Faça-se a luz — já a luz existia no seu pensamento eterno. O complemento que se segue àquela ordem do Verbo divino — e a luz foi feita — marca apenas o início da criação para a consciência humana.


Do seu pensamento infinito Deus tirou o Universo. A obra da criação é uma obra eterna, que se ostenta através de formas e aspectos inumeráveis.


O que se admira nas obras de Deus é o mesmo que se admira nas obras do homem: é a inteligência. Quando vemos um edifício majestoso, não nos maravilhamos da pedra, da caliça, da madeira, do ferro, ou de qualquer outro elemento que haja entrado na sua feitura. O que nos empolga é o arranjo, a combinação, o aproveitamento na harmonia do conjunto, na obediência aos preceitos e requisitos que regem a arte de edificar, produzindo estética, solidez, higiene e utilidade.


Quem tudo isso concebe é a inteligência. A inteligência é a faculdade mercê da qual o pensamento é orientado, dirigido e aproveitado.


O pensamento, inteligentemente acionado, põe e dispõe os materiais nas edificações.


De um edifício que se abate, dizemos: é um montão de ruínas. Porquê? Não está ali tudo de que o mesmo se compunha? Falta-lhe a magia da inteligência, o fruto do pensamento.


Outro tanto podemos dizer da música. O encanto da música, que extasia e arrebata, fazendo vibrar as cordas dos nossos mais íntimos sentimentos, não está nas sete notas; está na inteligência do artista que as coordena e harmoniza, nesta ou naquela gama, criando melodias, tonalidades e modulações que podem variar ao infinito.


Deus, atuando sobre seu pensamento, gera mundos e seres, que d

'Ele vivem, e para Ele gravitam na eternidade do tempo e no ilimitado do espaço.


O pensamento é força. Não se concebe força sem substância, visto como é agindo sobre a substância, que a força se manifesta. Logo, o pensamento é alguma coisa no homem, é o tudo em Deus.


Antes que nossas obras se revelassem como tal, elas estavam em nossos pensamentos, faziam parte de nós mesmos.


Deus, antes de nos revelar como obra sua, tinha-nos com Ele, éramos seu pensamento, seu Verbo. Esse pensamento e esse Verbo tornou-se criação sua, feita à sua mesma imagem e semelhança.


João Evangelista, descrevendo a origem de Jesus Cristo, delineou a história da criação. Tomou naturalmente por modelo a Jesus, porque, de fato, Jesus é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito.


Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.


O homem é obra em via de acabamento: caminha para a perfeição conforme determina aquela sábia e eloquente sentença evangélica: "Sede perfeitos como vosso Pai que está nos céus é perfeito. "

Tal é o selo que o Eterno imprimiu em suas obras.


Não se compreende a criação sem um objetivo. Sede perfeitos é a lei inexorável da evolução, a que o Universo em peso está submetido. Da sua poderosa influência nada escapará: é o programa divino que se cumpre.



André Luiz

jo 1:1
Missionários da Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
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Francisco Cândido Xavier
André Luiz

A conselho de orientadores experimentados, o agrupamento a que Alexandre emprestava preciosa colaboração reunia-se, em noites previamente determinadas, para atender aos casos de obsessão. Era necessário reduzir, tanto quanto possível, a heterogeneidade vibratória do ambiente, o que compelia a direção da casa a limitar o número de encarnados nos serviços de benefício espiritual.

Semelhante capítulo de nossas atividades impressionava-me fortemente, razão por que, depois de obter a permissão de Alexandre para acompanhá-lo ao trabalho, interroguei-o com a curiosidade de sempre:

— Todo obsidiado é um médium, na acepção legítima do termo?

O instrutor sorriu e considerou:

— Médiuns, meu amigo, inclusive nós outros, os desencarnados, todos o somos, em vista de sermos intermediários do bem que procede de Mais Alto, quando nos elevamos, ou portadores do mal, colhido nas Zonas Inferiores, quando caímos em desequilíbrio. O obsidiado, porém, acima de médium de energias perturbadas, é quase sempre um enfermo, representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano. Por isto mesmo, constitui, em todas as circunstâncias, um caso especial, exigindo muita atenção, prudência e carinho.

Lembrando as conversações ouvidas entre os companheiros encarnados, cooperadores assíduos do esforço de Alexandre e outros instrutores, acrescentei:

— Pelo que me diz, compreendo as dificuldades que envolvem os problemas alusivos à cura; entretanto, recordo-me do otimismo com que nossos amigos comentam a posição dos obsidiados que serão trazidos a tratamento…

O generoso mentor fixou um sorriso paternal e observou:

— Eles, por enquanto, não podem ver senão o ato presente do drama multissecular de cada um. Não ponderam que obsidiado e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente ligadas nas perturbações que lhes são peculiares. Nossos irmãos na carne procedem acertadamente entregando-se ao trabalho com alegria, porque de todo esforço nobre resulta um bem que fica indestrutível na Esfera espiritual; no entanto, deveriam ser comedidos nas promessas de melhoras imediatas, no campo físico, e, de modo algum, deveriam formular julgamento prematuro em cada caso, porquanto é muito difícil identificar a verdadeira vítima com a visão circunscrita do corpo terrestre.

Depois de pequena pausa, continuou:

— Também observei o exagerado otimismo dos companheiros, vendo que alguns deles, mais levianos, chegavam a fazer promessas formais de cura às famílias dos enfermos. Claro que serão enormes os benefícios a serem colhidos pelos doentes; todavia, se devemos estimar o bom ânimo, cumpre-nos desaprovar o entusiasmo desequilibrado e sem rumo.

— Já conhece todos os casos? — indaguei.

— Todos, — respondeu Alexandre, sem hesitar. — Dos cinco que constituirão o motivo da próxima reunião, apenas uma jovem revela possibilidades de melhoras mais ou menos rápidas. Os demais comparecerão simplesmente para socorro, evitando agravo nas provas necessárias.

Considerando muito interessante a menção especial que se fazia, perguntei:

— Gozará a jovem de proteção diferente?

O instrutor sorriu e esclareceu:

— Não se trata de proteção, mas de esforço próprio. O obsidiado, além de enfermo, representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. Se lhe falta vontade firme para a autoeducação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte. Que acontece a um homem indiferente ao governo do próprio lar? Indubitavelmente será assediado por mil e uma questões, no curso de cada dia, e acabará vencido, convertendo-se em joguete das circunstâncias. Imagine agora que esse homem indiferente esteja cercado de inimigos que ele mesmo criou, adversários que lhe espreitam os menores gestos, tomados de sinistros propósitos, na maioria das vezes… Se não desperta para as realidades da situação, empunhando as armas da resistência e valendo-se do auxílio exterior que lhe é prestado pelos amigos, é razoável que permaneça esmagado. Esta, a definição da maior percentagem dos casos espirituais de que estamos tratando. Não representa, porém, a característica exclusiva das obsessões de ordem geral. Existem igualmente os processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias. Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura. Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua cegueira; a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade. Ante obstáculos dessa natureza, embora sejamos chamados com fervor por aqueles que amam particularmente os enfermos, nada podemos fazer, senão semear o bem para a colheita do futuro, sem qualquer expectativa de proveito imediato.

O instrutor imprimiu ligeiro intervalo à conversação, e, porque visse minha necessidade de esclarecimento, prosseguiu:

— A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação. Não está esperando o milagre da cura sem esforço e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso Plano projetam em seu círculo pessoal. A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contato com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante.

Compreendi a elucidação e esperei a noite de socorro aos obsidiados, como Alexandre designava esse gênero de serviço.


Não decorreram muitos dias e, em companhia do instrutor, penetrei, sumamente interessado, o conhecido recinto.

O pessoal estava agora reduzido. Em derredor da mesa, reuniam-se tão somente dois médiuns, seis irmãos experimentados no conhecimento e prática de problemas espirituais e os obsidiados em tratamento.

Os enfermos, em número de cinco, apresentavam características especiais. Dois deles, uma senhora relativamente jovem e um cavalheiro maduro, demonstravam enorme agitação; dois outros, ambos moços e irmãos pelo sangue, pareciam completamente imbecilizados, e, por último, observamos a jovem a que Alexandre se referira, que se controlava com esforço, ante o assédio de que era vítima.

As entidades inferiores que rodeavam os doentes compareciam em grande número. Nenhuma delas nos registrava a presença, em virtude do baixo padrão vibratório em que se mantinham, mas se sentiam à vontade, no contato com os companheiros encarnados. Permutavam impressões, entre si, com grande interesse, e através das conversações deixavam perceber seus terríveis projetos de ataque e vingança.

Seguia-lhes atentamente a movimentação, quando fui surpreendido com a chegada de dois amigos de nosso Plano, para os quais olharam os obsessores, com certo receio.

— São nossos intérpretes junto das entidades perseguidoras, — exclamou Alexandre, elucidando-me. — Em virtude da condição em que se encontram, podem ser percebidos por elas e manter estreita ligação conosco, ao mesmo tempo.

Assinalando a serenidade com que sorriam para nós, sem partilharem de entendimento direto com os instrutores de nossa Esfera, ali presentes, ouvi o meu orientador explicar:

— Já se encontram de posse das instruções precisas aos trabalhos da noite.

As criaturas desencarnadas, que se congregavam ali em dolorosa perturbação, retificaram, de algum modo, a linguagem que lhes era própria, ao avistarem os dois missionários. Verifiquei, pela modificação havida, que ambos eram já conhecidos de todas.

Um dos obsessores, evidentemente cruel, falou em tom discreto a um dos companheiros.

— Estão chegando os pregadores. Oxalá não nos venham com maiores exigências.

— Não sei o que desejam estes ministros respondeu o interlocutor, algo irônico, — porque, afinal de contas, conselho e água dão-se a quem pede.

— Parece-me que convidaram os da mesa a cansar-nos até ao esquecimento de nossos propósitos de fazer justiça pelas próprias mãos.

— Palavras o vento leva, — aduziu o outro.

A essa altura, os novos amigos entravam em palestra com as entidades da sombra. Um deles dirigiu-se a uma senhora desencarnada, em tristes condições, que se ligava a um dos obsidiados em posição de idiotia, e falou-lhe, bondoso:

— Com que então, minha irmã parece melhorada, mais forte! Ainda bem!

Ela explodiu em crise de pranto. Todavia, prosseguiu o missionário, sem qualquer inquietude:

— Acalme-se! A vingança agrava os crimes cometidos. Para restabelecer a felicidade perdida, minha amiga, é necessário esquecer todo o mal. Enquanto abrigar pensamentos de ódio, não poderá atingir as melhoras que deseja. A cólera perseverante constitui estado permanente de destruição. Não conseguirá articular os elementos da paz íntima, até que perdoe de coração.

— É quase impossível, — respondeu a interpelada, — este homem afrontou meu ideal de mulher, lançou-me à corrupção, escarneceu de minha sorte, transformou-me o destino em corrente de males. Não será justo que pague agora? Não apregoam que o Pai é justo? Eu não vejo, porém, o Pai, e preciso fazer justiça, usando minhas próprias forças.

E, porque o doutrinador desencarnado a fitasse, compadecido, murmurou:

— E se fosse o senhor a mulher? ponha-se no meu caso e pense como procederia. Prontificar-se-ia a desculpar os malvados que lhe atiraram lama ao coração? Cerraria as portas da memória, a ponto de anestesiar os mais belos sentimentos do caráter? Não acredito. O senhor reagiria como estou reagindo. Há condições para perdoar. E as condições que eu imponho, na qualidade de vítima, são as de que o meu verdugo experimente também o sarcasmo da sorte. Ele infelicitou-me e voltou ao mundo. Preparou-se para uma vida regalada de considerações sociais. Titulou-se para conquistar a estima alheia. E o que me deve? Também eu, noutro tempo, não era digna de respeito geral? Não me candidatara a uma existência laboriosa e honesta, com o firme propósito de servir a Deus?

Acompanhava a discussão com forte interesse, admirando o individualismo que caracteriza cada criatura, ainda mesmo além da morte do corpo.

O intérprete de nossa Esfera, contemplando-a, sem irritação, observou:

— Todas as suas considerações, minha amiga, são aparentemente muito respeitáveis. Todavia, em todos os desastres que nos ocorram, devemos examinar serenamente a percentagem de nossa coparticipação. Apenas em situações raríssimas, poderíamos exibir, de fato, o título de vítimas. Na maioria dos acontecimentos dessa natureza, porém, temos a nossa parte de culpa. Não podemos evitar que a ave de rapina, cruze os ares, sobre a nossa fronte, mas podemos impedir que faça ninho em nossa cabeça.

Nesse ponto, a interlocutora, parecendo melindrada, acentuou asperamente:

— Suas palavras são filhas da pregação religiosa, mas eu estou à procura da justiça…

E com riso irônico, terminava:

— Aliás, da justiça apregoada por Jesus.

O missionário não se exaltou ante o sarcasmo do gesto que acompanhou a observação ingrata e disse-lhe, bondoso:

— A justiça! Quantos crimes se praticam no mundo em seu nome! Quantos homens e mulheres, que, em procurando fazer justiça sobre si mesmos, nada mais fazem que incentivar a tirania do “eu”? Refere-se a irmã ao Divino Mestre. Que espécie de justiça reclamou o Senhor para Ele, quando vergava sobre a cruz? Nesse sentido, minha amiga, o Cristo nos deixou normas de que não deveremos esquecer. O Mestre mantinha-se vigilante em todos os atos alusivos à justiça para os outros. Defendeu os interesses espirituais da coletividade, até a suprema renunciação; entretanto, quando surgiu a ocasião do seu julgamento, guardou silêncio e conformação até ao fim. Naturalmente não desejou o Mestre, com semelhante atitude, desconsiderar o serviço sagrado dos juízes retos, no mundo carnal, mas preferiu adotá-la, estabelecendo o padrão de prudência para todos os discípulos de seu Evangelho, nas mais diferentes situações. Ao se tratar de interesses alheios, minha irmã, devemos ser rápidos na justificação legítima; entretanto, quando os assuntos difíceis e dolorosos nos envolvem o “eu”, convém moderar todos os impulsos de reivindicação. Nem sempre a nossa visão incompleta nos deixa perceber a altura da dívida que nos é própria. E, na dúvida, é lícita a abstenção. Acredita que Jesus tivesse algum débito para merecer a sentença condenatória? Ele conhecia o crime que se praticava, possuía sólidas razões para reclamar o socorro das leis; no entanto, preferiu silenciar e passar, esperando-nos no campo da compreensão legítima. É que o Mestre, acima do “olho por olho” das antigas disposições da lei, (Dt 19:21) ensinou o “amai-vos uns aos outros”, (Jo 13:34) praticando-o invariavelmente. Confirmou a legalidade da justiça, mas proclamou a divindade do amor. Demonstrou que será sempre heroísmo o ato de defender os que merecem, mas se absteve de fazer justiça a si mesmo, para que os aprendizes da sua doutrina estimassem a prudência humana e a fidelidade divina, nos problemas graves da personalidade, fugindo aos desvarios que as paixões do “eu” podem desencadear nos caminhos do mundo.

A interlocutora, em face da argumentação veemente e bela, emudeceu, fortemente impressionada.

E Alexandre, que seguia, também comovido, as explicações do intérprete, observou-me:

— O trabalho de esclarecimento espiritual, depois da morte, entre as criaturas, exige de nós outros muita atenção e carinho. É preciso saber semear na “terra abandonada” dos corações desiludidos, que se afastam da Crosta sob tempestades de ódio e angústia desconhecida. Diz o Livro Sagrado que no princípio era o Verbo… (Jo 1:1) Também aqui, diante do caos desolado dos Espíritos infelizes, é necessário utilizar o verbo no princípio da verdadeira iluminação. Não podemos criar sem amor, e somente quando nos preparamos devidamente, edificaremos com êxito para a vida eterna.


Silenciando a entidade que fora criteriosamente advertida, passei a observar a senhora, ainda jovem, que se mostrava sob irritação forte, no recinto, preocupando os amigos encarnados. Diversos perseguidores, invisíveis à perquirição terrestre, mantinham-se ao lado dela, impondo-lhe terríveis perturbações, mas de todos eles sobressaia um obsessor infeliz, de maneiras cruéis. Colara-se-lhe ao corpo, em toda a sua extensão, dominando-lhe todos os centros de energia orgânica. Identificava a luta da vítima, que buscava resistir, quase inutilmente.

Meu bondoso orientador percebeu-me a estranheza e explicou:

— Este, André, representa um caso de possessão completa.

E, dirigindo-se ao intérprete que argumentava momentos antes, recomendou-lhe estabelecer ligeiro diálogo com o perseguidor temível, para que eu ajuizasse quanto ao assunto.

Sentindo-se tocado pela destra carinhosa do nosso companheiro, o infortunado gritou:

— Não! Não! Não me venha ensinar o caminho do Céu! Conheço minha situação e ninguém pode deter o meu braço vingador!…

— Não desejamos forçá-lo, meu irmão, — acentuou o amigo com serenidade evangélica, — tranquilize-se! Enquanto alimentar propósitos de vingança, será castigado por si mesmo. Ninguém o molesta, senão a própria consciência; as algemas que o prendem à inquietude e à dor foram fabricadas pelas suas próprias mãos!

— Nunca! — Bradou o desventurado, — nunca! E ela?

Fez acompanhar a pergunta de horrível expressão e continuou:

— O senhor que prega a virtude justifica a escravidão de homens livres? Acredita no direito de construir senzalas para humilhar os filhos do mesmo Deus? Esta mulher foi perversa para nós todos. Além de meu esforço vingador, vibram de ódio outros corações que não a deixam descansar. Perseguí-la-emos onde for.

Esboçou um gesto sinistro e prosseguiu:

— Por simples capricho, ela vendeu minha esposa e meus filhos! Não é justo que sofra até que mos restitua? Será crível que Jesus, o Salvador por excelência, aplaudisse o cativeiro?

O nosso intérprete, muito calmo, obtemperou:

— O Mestre não aprovaria a escravidão; contudo, meu amigo, recomendou-nos o perdão recíproco, sem o qual nunca nos desvencilharemos do cipoal de nossas faltas. Qual de nós, antigos hóspedes da carne, conseguirá exibir um passado sem crimes? Neste momento, seus olhos revelam a culpa de uma irmã infeliz. Sua alma, entretanto, meu irmão, permanece desvairada pelo furacão da revolta. Sua memória está consequentemente desequilibrada e ainda não pode reapossar-se das lembranças totais que lhe dizem respeito. Não lhe sendo possível recordar o pretérito, com exatidão, não seria mais razoável esperar, em seu caso, pelo Justo Juiz? como julgar e executar alguém, pelas próprias mãos, se ainda não pode avaliar a extensão dos seus próprios débitos?

O revoltado parecia chocar-se ante os argumentos ouvidos, mas, longe de capitular em sua posição de perseguidor, respondeu asperamente:

— Para os mais fracos, suas observações serão valiosas. Não para mim, porém, que conheço as sutilezas dos pregadores de sua esfera. Não abandonarei meus propósitos. Minha situação não se resolverá com simples palavras.

Nosso companheiro, compreendendo o endurecimento do antagonista e apiedando-se-lhe da ignorância, continuou, em tom fraterno:

— Não se trata de sutileza e sim de bom senso. Aliás, não desejo retirar-lhe as razões de natureza individualista, mesmo porque vigorosos laços unem-lhe a influenciação à mente da vítima. Entretanto, apelo para os sentimentos nobres que ainda vibram em seu coração, fazendo-lhe reconhecer que, sem as desculpas recíprocas, não liquidaremos nossos débitos. Em geral, o credor exigente é cego para com os próprios compromissos. A sua reclamação, na essência, deve ser legítima; no entanto, é estranhável o seu processo de cobrança, no qual não descubro qualquer vantagem, visto que suas atividades de vingador, além de aprofundar suas chagas íntimas, tornam-no antipático aos olhos de todos os companheiros.

Ferido talvez, mais fundamente, em sua vaidade, o obsessor calou-se, enquanto o intérprete se voltava para nós outros, indagando de meu orientador quanto à conveniência de ajudar-se magneticamente ao infeliz, a fim de que as reminiscências dele pudessem abranger alguns quadros do passado distante.

Alexandre, todavia, considerou:

— Não seria oportuno dilatar-lhe as lembranças. Não conseguiria compreender. Antes de maior auxílio ao seu entendimento, é necessário que sofra.

Aproveitando a pausa mais longa que se fizera entre todos, observei detidamente a pobre obsidiada. Cercada de entidades agressivas, seu corpo tornara-se como que a habitação do perseguidor mais cruel. Ele ocupava-lhe o organismo desde o crânio até os pés, impondo-lhe tremendas reações em todos os centros de energia celular. Fios tenuíssimos, mas vigorosos, uniam-nos ambos, e, ao passo que o obsessor nos apresentava um quadro psicológico de satânica lucidez, a desventurada mulher mostrava aos colaboradores encarnados a imagem oposta, revelando angústia e inconsciência.

— “Salvem-me do demônio! Salvem-me do demônio! — Gritava sem cessar, comovendo os companheiros em torno da mesa humilde, — oh! Meu Deus, quando terminará meu suplício?”

Olhos desmesuradamente abertos, como a fixar os inimigos invisíveis à observação comum, bradava angustiosamente, após ligeiros instantes de silêncio:

— “Chegaram todos do inferno! Estão aqui! Estão aqui! Ai! Ai!”

Seus gemidos semelhavam-se a longos silvos estertorosos.

Atendendo-me à expectação, esclareceu o instrutor:

— Esta jovem senhora apresenta doloroso caso de possessão. Desde a infância, era perseguida pelos adversários tenazes de outro tempo. Na vida de solteira, porém, no ambiente de proteção dos pais, ela conseguiu, de algum modo, subtrair-se à integral influenciação dos inimigos persistentes, embora lhes sentisse a atuação de maneira menos perceptível. Sobrevindo, no entanto, as responsabilidades do matrimônio, em que, na maioria das vezes, a mulher recebe maior quinhão de sacrifícios, não pôde mais resistir. Logo após o nascimento do primeiro filhinho, caiu em prostração mais intensa, oferecendo oportunidade aos desalmados perseguidores e, desde então, experimenta penosas provas.


Ia expor novas questões que o assunto suscitava, mas o instrutor amigo fez-me ver que a reunião de auxílio, por parte dos encarnados, teria início naquele mesmo instante.

Precisávamos manter o concurso vigilante da fraternidade.

Observei, agradavelmente surpreendido, as emissões magnéticas dos que se reuniam ali, em tarefa de socorro, movidos pelo mais santo impulso de caridade redentora. Nossos técnicos em cooperação avançada valiam-se do fluxo abundante de forças benéficas, improvisando admiráveis recursos de assistência, não só aos obsidiados, mas também aos infelizes perseguidores.

De todos os enfermos psíquicos, somente a jovem resoluta a que nos referimos conseguia aproveitar nosso auxílio cem por cento. Identificava-lhe o valoroso esforço para reagir contra o assédio dos perigosos elementos que a cercavam. Envolvida na corrente de nossas vibrações fraternas, recuperara normalidade orgânica absoluta, embora em caráter temporário. Sentia-se tranquila, quase feliz.

Apesar de manter-se em trabalho ativo, Alexandre chamou-me a atenção, assinalando o fato.

— Esta irmã, — disse o orientador, — permanece, de fato, no caminho da cura. Percebeu a tempo que a medicação, qualquer que seja, não é tudo no problema da necessária restauração do equilíbrio físico. Já sabe que o socorro de nossa parte representa material que deve ser aproveitado pelo enfermo desejoso de restabelecer-se. Por isso mesmo, desenvolve toda a sua capacidade de resistência, colaborando conosco no interesse próprio. Observe.

Efetivamente, sentindo-se amparada pela nossa extensa rede de vibrações protetoras, a jovem emitia vigoroso fluxo de energias mentais, expelindo todas as ideias malsãs que os desventurados obsessores lhe haviam depositado na mente, absorvendo, em seguida, os pensamentos regeneradores e construtivos que a nossa influenciação lhe oferecia. Aprovando-me o minucioso exame com um gesto significativo, Alexandre tornou a dizer:

— Apenas o doente convertido voluntariamente em médico de si mesmo atinge a cura positiva. No doloroso quadro das obsessões, o princípio é análogo. Se a vítima capitula sem condições, ante o adversário, entrega-se-lhe totalmente e torna-se possessa, após transformar-se em autômato à mercê do perseguidor. Se possui vontade frágil e indecisa, habitua-se com a persistente atuação dos verdugos e vicia-se no círculo de irregularidades de muito difícil corrigenda, porquanto se converte, aos poucos, em pólos de vigorosa atração mental aos próprios algozes. Em tais casos, nossas atividades de assistência estão quase circunscritas a meros trabalhos de socorro, objetivando resultados longínquos. Quando encontramos, porém, o enfermo interessado na própria cura, valendo-se de nossos recursos para aplicá-los à edificação interna, então podemos prever triunfos imediatos.


Calando-se o instrutor, prossegui observando os serviços que se desenrolavam no recinto.

O doutrinador encarnado, companheiro de grande e bela sinceridade, era o centro dum quadro singular. Seu tórax convertera-se num foco irradiante, e cada palavra que lhe saía dos lábios semelhava-se a um jato de luz alcançando diretamente o alvo, fosse ele os ouvidos perturbados dos enfermos ou o coração dos perseguidores cruéis. Suas palavras eram, com efeito, de uma simplicidade encantadora, mas a substância sentimental de cada uma assombrava pela sublimidade, elevação e beleza.

Reparando-me a estupefação, Alexandre veio em meu socorro, esclarecendo:

— Estamos aqui numa escola espiritual. O doutrinador humano encarrega-se de transmitir as lições. Você pode registrar, porém, que, para ensinar com êxito, não basta conhecer as matérias do aprendizado e ministrá-las. Antes de tudo, é preciso senti-las e viver-lhes a substancialidade no coração. O homem que apregoa o bem deve praticá-lo, se não deseja que as suas palavras sejam carregadas pelo vento, como simples eco dum tambor vazio. O companheiro que ensina a virtude, vivendo-lhe as grandezas em si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo positivo, estabelecendo edificações espirituais nas almas que o ouvem. Sem essa característica, a doutrinação, quase sempre, é vã.

Vendo o quadro expressivo, analisado pelos esclarecimentos do instrutor, compreendi que o contágio pelo exemplo não constitui fenômeno puramente ideológico, mas, sim, que é um fato científico nas manifestações magnético-mentais.

Com exceção da pobre irmã, que se encontrava possessa, os demais obsidiados, naqueles momentos, ficavam livres da influência direta dos perseguidores; entretanto, menos a jovem que reagia valorosamente, os outros apresentavam singular inquietude, ansiosos de se reunirem de novo ao campo de atração dos algozes. Auxiliares nossos haviam arrebatado os verdugos, expulsando-os daqueles corpos enfermos e atormentados; todavia, os interessados nas melhoras fisicopsíquicas primavam pela ausência íntima, conservando-se a longa distância espiritual dos ensinamentos que o doutrinador encarnado, ao influxo dos mentores de Mais Alto, ministrava com admirável sentimento. A atitude deles era de insatisfação e ansiedade. Dir-se-ia que não suportavam a separação dos obsessores invisíveis. Habituado a enfermos que, pelo menos aparentemente, demonstravam desejo de cura, estranhei a posição mental daqueles que se reuniam em pequenino grupo, à nossa frente, tão lamentavelmente desinteressados do remédio que a Espiritualidade lhes oferecia, por amor.

Alexandre percebeu-me a surpresa e observou-me:

— Em geral, noventa por cento dos casos de obsessão que se verificam na Crosta, constituem problemas dolorosos e intricados. Quase sempre, o obsidiado padece de lastimável cegueira, com relação à própria enfermidade. E, porque não atende ao chamamento da verdade pela cristalização personalista, torna-se presa fácil e inconsciente, embora responsável, de perigosos inimigos das zonas de atividades grosseiras. Comumente, verificam-se casos dessa natureza, em vista de ligações vigorosas e profundas pela afetividade mal dirigida ou pelos detestáveis laços do ódio que, em todas as circunstâncias, é a confiança desequilibrada convertida em monstro.

O orientador amigo fez longa pausa, verificando os trabalhos em curso, mas como quem desejasse socorrer-me, com lições inesquecíveis na luta prática, prosseguiu, apesar das absorventes obrigações da hora:

— Por este motivo, André, ainda mesmo para o psiquiatra esclarecido à luz do Espiritismo cristão, a maioria dos casos desta ordem é francamente desconcertante. Em virtude dos ascendentes sentimentais, cada problema destes exige solução diferente. Além disso, importa notar que os nossos companheiros encarnados observam somente uma face da questão, quando cada processo desse teor se caracteriza por aspectos infinitos, com vistas ao passado dos protagonistas encarnados e desencarnados. Diante do obsidiado, fixam apenas um imperativo imediato — o afastamento do obsessor. Mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares, forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? como separar seres que se agarram um ao outro, ansiosamente, por compreenderem que na dor de semelhante união permanece o preço do resgate indispensável? Efetivamente, não faltam os casos, raros embora, de libertação quase instantânea. Aí, porém, vemos o fim de laborioso processo redentor, ou então encontramos o doente que, de fato, faz violência a si mesmo, a fim de abreviar a cura necessária.

Examinando a extensão dos obstáculos ao restabelecimento completo dos enfermos psíquicos, considerei:

— Depreende-se então que…

Alexandre, porém, não me deixou terminar. Cortando-me a frase inoportuna, respondeu:

— Já sei o que vai dizer. Verificando as dificuldades que relaciono para o seu aprendizado natural, você pergunta se não será infrutífero o nosso trabalho e se não será melhor entregar o obsidiado à própria sorte. Esta observação, contudo, é um contrassenso. Se você estivesse na Terra, ainda na carne, e visse um filho amado, em condições pré-agônicas, totalmente desenganado pela medicina humana, teria coragem de abandoná-lo ao sabor das circunstâncias? Não confiaria nalgum recurso inesperado da Providência Divina? não aguardaria, ansioso, a manifestação favorável da Natureza? Quem está firmemente no âmago do coração de um homem, nosso irmão, para dizer, com certeza matemática, se ele vai reagir contra o mal ou deixar de faze-lo, se pretende o repouso ou o trabalho ativo? Não podemos, desse modo, mobilizar qualquer argumento intelectual para fugir ao nosso dever de assistência fraterna ao ignorante e sofredor. Urge atender à nossa parte de obrigação imediata, compreendendo que a construção do amor é também uma obra de tempo. Nenhuma palavra, nenhum gesto ou pensamento, nos serviços do bem, permanece perdido.

Compreendi a nobreza da observação e mantive-me em silêncio. E porque o meu orientador voltasse a cooperar ativamente nos trabalhos em andamento, passei a examinar os doentes psíquicos, enquanto o doutrinador terreno prosseguia em sua luminosa tarefa de evangelização.


A jovem que reagia contra a perigosa atuação dos habitantes das sombras, demonstrava regular normalidade em seu aparelho fisiológico. Semelhava-se a alguém que movimentava todas as possibilidades da defensiva para conservar intacto o equilíbrio da própria casa; entretanto, os demais exibiam lamentáveis condições orgânicas. A desventurada possessa apresentava sérias perturbações, desde o cérebro até os nervos lombares e sacros, demonstrando completa desorganização do centro da sensibilidade, além de lastimável relaxamento das fibras motoras. Tais desequilíbrios não se caracterizavam apenas no sistema nervoso, mas igualmente nas glândulas em geral e nos mais diversos órgãos. Nos demais obsidiados, os fenômenos de degradação física não eram menores. Dois deles revelavam estranhas intoxicações no fígado e rins. Outro mostrava singular desequilíbrio do coração e pulmões, tendendo à insuficiência cardíaca em conúbio com a pré-tuberculose avançada.

Enquanto examinava, atento, aqueles inquietantes quadros clínicos, o orientador encarnado da assembleia, fazendo-se intérprete de grandes benfeitores do nosso Plano de ação, espalhava o amor cristão e a sabedoria evangélica, a longos jorros, efetuando, com extrema fidelidade ao Cristo, a semeadura da caridade, da luz, do perdão.

Desejando a minha elevação nas atividades construtivas, Alexandre aproximou-se de mim e observou:

— Repare no serviço de fraternidade legítima. Não temos o milagre das transformações repentinas, nem a promoção imediata, aos Planos mais elevados, dos que se demoram no campo inferior. A tarefa é de sementeira, de cuidado, persistência e vigilância. Não se quebram grilhões de muitos séculos num instante, nem se edifica uma cidade num dia. É indispensável desgastar as algemas do mal, com perseverança, e praticar o bem, com ânimo evangélico.

Os serviços iam a termo.

Percebendo que o meu instrutor voltava à nossa conversação mais fácil, expus-lhe as minhas observações, perguntando, em seguida:

— Ante os distúrbios fisiológicos que me foi dado verificar nos enfermos psíquicos, devo considerá-los como doentes do corpo também?

— Perfeitamente, — asseverou o instrutor, — o desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas. É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de característicos muito dolorosos. As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo.

Antes que eu pudesse voltar a perguntas, percebi que a reunião estava sendo definitivamente encerrada, por parte dos amigos da Crosta. Interrompera-se a cadeia magnética defensiva. Notei, surpreendido, que a jovem resoluta e firme na fé alcançara melhoras consideráveis, enquanto a possessa ia retirar-se com a situação inalterada. Reparei os três outros enfermos. Tão logo se quebrou a corrente de vibrações benéficas, ali estabelecida, voltaram a atrair intensamente os verdugos invisíveis, a cuja influenciação se haviam habituado, demonstrando escasso aproveitamento.

Valendo-me da hora, acerquei-me de Alexandre, para não perder as suas lições alusivas ao assunto, e indaguei:

— Como atingir as conclusões finais, no tratamento aos obsidiados?

Ele sorriu e respondeu:

— Em todas as nossas atividades de socorro há sempre imenso proveito, ainda mesmo quando a sua extensão não seja perceptível ao olhar comum. E qualquer doente dessa natureza que se disponha a cooperar conosco, em benefício próprio, colaborando decididamente na restauração de suas atividades mentais, regenerando-se à luz da vida renovada no Cristo, pode esperar o restabelecimento da saúde relativa do corpo terrestre. Quando a criatura, todavia, roga a assistência de Jesus com os lábios, sem abrir o coração à influência divina, não deve aguardar milagres de nossa colaboração. Podemos ajudar, socorrer, contribuir, esclarecer; não é, porém, possível improvisar recursos, cuja organização é trabalho exclusivo dos interessados.

— Penaliza-me, porém, o quadro clínico dos obsidiados infelizes, — considerei, sob forte impressão. — Quão dolorosa a condição física de cada um!

— Sim, sim! — Revidou o instrutor, — o problema da responsabilidade não se circunscreve a palavras. É questão vital no caminho da vida. Preservando os seus filhos contra os perigos do rebaixamento, criou Deus o aparelhamento das luzes religiosas, acordando as almas para a glorificação imortal. Raros homens, entretanto, se dispõem a respeitar os desígnios da Religião, olvidando, voluntariamente, que as menores quedas e mínimas viciações ficam impressas na alma, exigindo retificação. Você está observando aqui alguns pobres obsidiados em processo positivo de tratamento, mas esquece que inúmeras criaturas, ainda na carne, não obstante informadas pela Religião quanto às necessidades do espírito, se deixam empolgar pelo apego vicioso ao campo de sensações de vária ordem, contraindo débitos, assumindo compromissos pesados e arrastando companheiros outros em suas aventuras menos dignas, forjando laços fortes para os dolorosos dramas de obsessão do futuro.

E, depois de sorrir paternalmente, acrescentou:

— Que deseja você? É certo que devemos trabalhar tanto quanto esteja ao nosso alcance, pelo bem do próximo; todavia, não podemos exonerar os nossos semelhantes das obrigações contraídas. O servo fiel não é aquele que chora ao contemplar as desventuras alheias, nem o que as observa, de modo impassível, a pretexto de não interferir no labor da justiça. O sentimentalismo doentio e a frieza correta não edificam o bem. O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina.


Alexandre não podia ser mais claro. Compreendi-lhe o esclarecimento instrutivo, mas, notando a saída dos enfermos, sob o amparo vigilante dos familiares, que os aguardavam à porta, voltei a indagar:

— Meu amigo, e se conseguíssemos o afastamento definitivo dos perseguidores implacáveis? Na qualidade de antigo médico do mundo, reconheço que estes doentes psíquicos não trazem as enfermidades, de que são portadores, circunscritas à mente. Com exceção da jovem que reage valorosamente, os demais revelam estranhos desequilíbrios do sistema nervoso, com distúrbios no coração, fígado, rins e pulmões. Admitamos que fosse obtida a conversão dos verdugos que os atormentam. Voltariam depois disto à normalidade orgânica, alcançariam o retorno à saúde completa?

Alexandre meditou alguns momentos, antes de responder, e asseverou, em seguida:

— André, o corpo de carne é como se fora um violino entregue ao artista, que, nesse caso, é o Espírito reencarnado. Torna-se indispensável preservar o instrumento dos animálculos destruidores e defendê-los contra ladrões. Observou a jovem que tudo faz por guardar-se do mal? Tem estado a cair sob os golpes dos perseguidores que lhe assediam impiedosamente o coração. Entretanto, como alguém que atravessa longa e perigosa senda sobre o abismo, confiante em Deus, ela tem recorrido à prece, incessantemente, estudando a si mesma e mobilizando as possibilidades de que dispõe para não perturbar a ordem dentro dela própria. Na tentação de que é vítima, tem essa irmã a provação que a redime. Ela, porém, com o heroísmo silencioso de seu trabalho, tem esclarecido os próprios perseguidores, compelindo-os à meditação e à disciplina. Segundo vê, essa lutadora sabe preservar o instrumento que lhe foi confiado e, convertida em doutrinadora dos verdugos, pelo exemplo de resistência ao mal, transforma os inimigos, iluminando a si mesma. Ante colaboração dessa natureza, temos o problema da cura altamente facilitado. Não se verificará, porém, o mesmo com aqueles que não se acautelam com a defesa do instrumento corporal. Entregue aos malfeitores, o violino simbólico a que nos referimos pode permanecer semidestruído. E, ainda que seja restituído ao legítimo possuidor, não pode atender ao trabalho da harmonia, com a mesma exatidão de outro tempo. Um stradivarius pode ser autêntico, mas não se fará sentir com as cordas rebentadas. Como vemos, os casos de obsessão apresentam complexidades naturais e, na solução deles, não podemos prescindir do concurso direto dos interessados.

— Compreendo! — Exclamei.

E, em virtude da pausa mais longa que o mentor imprimiu à conversação, obtemperei:

— Convenhamos, porém, que os perseguidores se convertam, que se afastem definitivamente do mau caminho, depois de seviciarem o organismo das vítimas, durante longo tempo… Nesse caso, não terão elas o restabelecimento imediato? não recuperarão o equilíbrio fisiológico integral?

Com a bondade que lhe é peculiar, Alexandre respondeu:

— Já observei acontecimentos dessa ordem e, quando se verificam, os antigos verdugos se transformam em amigos, ansiosos de reparar o mal praticado. Por vezes, conseguem, recebendo a ajuda dos Planos superiores, a restauração da harmonia orgânica naqueles que lhes suportaram a desumana influência; no entanto, na maioria dos casos, as vítimas não mais restabelecem o equilíbrio do corpo.

— E permanecem de saúde incompleta até ao sepulcro? — Perguntei, fortemente impressionado.

— Sim, — elucidou Alexandre, tranquilamente.

Observando-me, porém, o espanto enorme, o orientador acrescentou:

— Seu assombro prende-se ainda à deficiente análise humana. O perseguidor, reconhecido como tal, entre os companheiros encarnados, pode revelar modificações, mas talvez a suposta vítima não esteja convertida. Na obsessão, as dificuldades não são unilaterais. O eventual afastamento do perseguidor nem sempre significa a extinção da dívida. E, em qualquer parte do Universo, André, receberemos sempre de acordo com as nossas próprias obras. (Mt 16:27)

O assunto sugeria grandes e belas interrogações, mas exigências outras requisitavam-nos mais além.

Alexandre dispôs-se a partir, despedindo-se, afetuoso, dos cooperadores, e acompanhei-o, em silêncio, meditando na grandeza das mínimas disposições da Justiça Divina.




Espíritos Diversos

jo 1:1
Taça de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 35
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Aprendamos a sentir com amor, a fim de que venhamos a pensar com justiça e a falar para o bem.


* * *

O próprio Testamento Divino assegura que no "no princípio era verbo".


Depois do amor e da justiça do Criador, apareceu a expressão verbal como fermento vivo da Criação.


* * *

Em todos os avisos da caridade não nos esqueçamos da boa palavra que socorre e ilumina sempre.


Para usá-la com segurança, não é preciso assumas posição compulsória de santidade, transformando a frase em látego de chamas sobre os enganos que ainda entenebrecem o roteiro do próximo.


Basta que a tua diligência no bem se faça incessante.


* * *

À frente do comentário calunioso, lembra alguma virtude da criatura visada pela chuva injustificável de lodo e lama.


Perante as anotações do desânimo, fala acerca das esperanças do Céu que ainda não apagou o sol com que nos clareia o caminho.


Diante da delinquência, recorda a Misericórdia Celestial que a todos nos provê de recursos para o pagamento das próprias faltas.


Ante a irritação e a crítica, não pronuncies o venenoso apontamento que dilacera à distância, mas sim procura algum fato ou alguma lição em que a pessoa reprovada encontre alívio e consolo.


* * *

**

Sobretudo, auxilia aos ausentes que não podem cogitar da própria defesa.


Lembra-te de que todo aquele que hoje desaprova os outros contigo, amanhã te desaprovará também diante dos outros.


* * *

Guarda-te contra a insinuação maledicente que supõe encontrar serpente e lagarto, pedra e espinho no roteiro dos semelhantes e, procurando o bem sem desfalecer, através da boa palavra constante, atingirás o rio abençoado da simpatia, em cuja corrente límpida alcançarás o porto da paz, com a vitória de tuas esperanças mais belas, então convertidas em verdadeira felicidade na Vida Superior.


Emmanuel


Psicografia em Reunião Pública. Data – 1956.


Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.


jo 1:38
O Espírito da Verdade

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3602
Capítulo: 54
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO —


“Que buscais?” — JESUS (Jo 1:38)


Esta simples indagação do Senhor, aos dois discípulos que o seguiam, é dirigida presentemente a todos os lidadores do Espiritismo, diante da Boa Nova renascente no mundo.

   Ao obreiro modesto da assistência fraternal, exprime a Voz Superior a reclamar-lhe os frutos na colheita do bem.

   Ao colaborador da propaganda doutrinária, representa a interpelação incessante acerca da tarefa de resguardar a pureza dos postulados que consolam e instruem.

   Ao orientador das assembleias de nossa fé, é a pergunta judiciosa, quanto à qualidade do esforço no cumprimento dos deveres que lhe competem.

   Ao servidor da evangelização infantil, surge a interrogação do Divino Mestre qual brado de alerta relativamente ao rumo escolhido para a sementeira de luz.

   Ao portador da responsabilidade mediúnica, inquire Jesus pela aplicação dos talentos que lhe foram confiados.

   Ao aprendiz incipiente da oficina espírita cristã constitui adequada sindicância quanto à sinceridade que traz consigo, alertando-o para os deveres justos.


A cada criatura que desperta em mais altos níveis da fé raciocinada, soa a interpelação do Senhor como sendo convite às obras em que se afirme a caridade real.

Assim, escuta no íntimo, em cada lance das próprias atividades, a austera palavra do Condutor Divino, convocando-te à coerência entre o ideal e o esforço, entre a promessa e a realização.

Analisa o que fazes.

Observa o que dizes.

Medita em torno de tuas aspirações mais ocultas.

Que resposta forneces à indagação do Senhor?

Quem segue o Cristo, vive-lhe o apostolado.

Serve, coopera e caminha avante, sem temor ou vacilação, lembrando-te de que o Verbo da Verdade incide sobre nós, cada dia, perguntando incessantemente: — Que buscais?




(Psicografia de Waldo Vieira)



Cairbar Schutel

jo 1:1
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3739
Capítulo: 93
Página: -
Cairbar Schutel

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Tudo foi feito por Ele, e nada do que tem sido feito foi feito sem Ele. Nele estava a vida, e a vida era a Luz dos homens. A Luz resplandece nas trevas, e contra ela as trevas não prevaleceram. Houve um homem enviado por Deus, e chamava-se João;


este veio como testemunha para dar testemunho da Luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da Luz. Havia a verdadeira Luz que, vinda ao mundo, alumia a todo homem. Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos que o receberam, aos que crêem em seu nome, deu Ele o direito de se tornarem filhos de Deus: os quais não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. O Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de Verdade, e vimos a sua glória, glória como do Filho Unigênito do Pai;


João deu testemunho dele e clamou dizendo: “Este é o de quem falei: Aquele que há de vir depois de mim, tem passado adiante de mim, porque existia antes de mim. Pois todos nós recebemos da sua plenitude, e graça sobre graça: porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.


Ninguém jamais viu a Deus; o Filho Unigênito que está no seio do Pai, esse o revelou. "


(João, I, 1-18.)


O Verbo de Deus é a causa eficiente de todas as coisas. “Tudo foi feito por Ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele. " Ele estava no Espírito de Jesus, a Vida que era a Luz dos homens. A Luz resplandeceu nas trevas, e contra ela as trevas não prevaleceram, porque a Luz rebrilhou além do túmulo quando os homens a julgaram extinta.


Houve um homem, João Batista, que, sendo o maior dos profetas, teve a missão de dar testemunho da Luz, a fim de que todos cressem por seu intermédio.


João não era a Luz, porque a Luz só estava na Vida; o Espírito de Jesus era a Vida; João só veio para testificá-lo: havia a verdadeira Luz, que, vinda ao mundo, alumia a todo homem.


O Cristo estava no mundo, o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos os que o receberam, deu Ele o direito de se tornarem filhos de Deus: os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.


O Verbo se fez carne, viveu com um corpo humano, habitou entre nós, cheio de graça, de poder, de verdade; o Verbo com a Luz afugentou as trevas; com a Vida aniquilou e venceu a Morte, fazendo-se o Caminho sem Trevas e sem Morte para subir ao Pai; vimos a sua glória, glória como a do Unigênito de Deus, porque nenhum outro, senão Jesus, Sacrário do Verbo de Deus, desempenhou missão igual.


João Batista deu testemunho de Jesus Cristo, dizendo: “Este é o de quem falei: Aquele que há de vir depois de mim, tem passado adiante de mim, é mais adiantado do que eu, porque já existia antes de mim; o seu Espírito é Primogênito do Pai, com relação a este mundo, que já é uma construção sua. Pois todos nós recebemos da sua graça porque somos seus súditos. Ele é o Governador da Terra. " A lei foi dada por intermédio de Moisés, que foi o médium encarregado de receber a Lei, para reger o povo hebreu, que se achava sob a sua direção; mas a Graça e a Verdade vieram por Jesus Cristo, porque só Ele foi Portador do Verbo de Deus, que é a Graça e ao mesmo tempo, a Verdade; por isso Jesus é a Verdade. Ninguém jamais viu a Deus, porque Deus não se revelou pessoalmente ao mundo, mas unicamente pelo seu Verbo; esse o revelou; por isso o Verbo “era Deus".


Jesus é o Caminho, a Verdade, a Vida; o Sal da Terra, a Luz dos Homens; só por Ele subiremos ao Pai; tudo isso o Verbo de Deus disse e João Batista o testificou.



Emmanuel

jo 1:1
Antologia Mediúnica do Natal

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 66
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Nenhuma expressão fornece imagem mais justa do poder d’Aquele a quem todos os Espíritos da Terra rendem culto do que a de João, no seu Evangelho — “No princípio era o Verbo…” (Jo 1:1)

Jesus, cuja perfeição se perde na noite imperscrutável das eras, personificando a sabedoria e o amor, tem orientado todo o desenvolvimento da humanidade terrena, enviando os seus iluminados mensageiros, em todos os tempos, aos agrupamentos humanos e, assim como presidiu à formação do orbe, dirigindo, como Divino Inspirador, a quantos colaboraram na tarefa da elaboração geológica do planeta e da disseminação da vida em todos os laboratórios da Natureza, desde que o homem conquistou a racionalidade, vem-lhe fornecendo a ideia da sua divina origem, o tesouro das concepções de Deus e da imortalidade do Espírito, revelando-lhe, em cada época, aquilo que a sua compreensão pode abranger.

Em tempos remotos, quando os homens, fisicamente, pouco dissemelhavam dos antropopitecos, suas manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os anos, no labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros organizadores do pensamento religioso que, de acordo com a mentalidade geral, não conseguiram escapar das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles seres egressos do egoísmo animalesco da irracionalidade. Começaram aí os primeiros sacrifícios de sangue aos ídolos de cada facção, crueldades mais longínquas que as praticadas nos tempos de Baal, das quais tendes notícia pela História.



Vamos encontrar, historicamente, as concepções mais remotas da organização religiosa na civilização chinesa, nas tradições da Índia védica e bramânica de onde também se irradiaram as primeiras lições do Budismo, no antigo Egito, com os mistérios do culto dos mortos, na civilização resplandecente dos faraós, na Grécia com os ensinamentos órficos e com a simbologia mitológica, existindo já grandes mestres, isolados intelectualmente das massas, a quem ofereciam os seus ensinos exóticos, conservando o seu saber de iniciados no círculo restrito daqueles que os poderiam compreender devidamente.



Fo-Hi, os compiladores dos Vedas, Confúcio, Hermes, Pitágoras, Gautama, os seguidores dos mestres da antiguidade, todos foram mensageiros de sabedoria que, encarnando em ambientes diversos, trouxeram ao mundo a ideia de Deus e das leis morais a que os homens se devem submeter para a obtenção de todos os primores da evolução espiritual. Todos foram mensageiros daquele que era o Verbo do Princípio, emissários da sua doutrina de amor. Em afinidade com as características da civilização e do costumes de cada povo, cada um deles foi portador de uma expressão do “amai-vos uns aos outros”. Compelidos, em razão do obscurantismo dos tempos, a revestir seus pensamentos com os véus misteriosos dos símbolos, como os que se conheciam dentro dos rigores iniciáticos, foram os missionários do Cristo, preparadores dos seus gloriosos caminhos.



A lei moisaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis, depois de se beneficiar com a cultura que o Egito lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito, se bem que as doutrinas antigas já tivessem arraigado a crença de Deus único, sendo o politeísmo apenas uma questão simbológica, apta a satisfazer à mentalidade geral.

A legislação de Moisés está cheia de lendas e de crueldades compatíveis com a época, mas, escoimada de todos os comentários fabulosos a seu respeito, a sua figura é, de fato, a de um homem extraordinário, revestido dos mais elevados poderes espirituais. Foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a síntese luminosa de grandes verdades.



Com o nascimento de Jesus, há como que uma comunhão direta do Céu com a Terra. Estranhas e admiráveis revelações perfumam as almas e o Enviado oferece aos seres humanos toda a grandeza do seu amor, da sua sabedoria e da sua misericórdia.

Aos corações abre-se nova torrente de esperanças e a Humanidade, na Manjedoura, no Tabor e no Calvário, sente as manifestações da vida celeste, sublime em sua gloriosa espiritualidade.

Com o tesouro dos seus exemplos e das suas palavras, deixa o Mestre entre os homens a sua boa-nova. O Evangelho do Cristo é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o Espírito, norteando-lhe a vida e as aspirações.

Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita.



Raças e povos ainda existem, que o desconhecem, porém não ignoram a lei de amor da sua doutrina, porque todos os homens receberam, nas mais remotas plagas do orbe, as irradiações do seu Espírito misericordioso, através das palavras inspiradas dos seus mensageiros.

O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirarão contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança. Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, verdade e a vida.



jo 1:1
Emmanuel

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Nenhuma expressão fornece imagem mais justa do poder d’Aquele a quem todos os Espíritos da Terra rendem culto do que a de João, no seu Evangelho — “No princípio era o Verbo…” (Jo 1:1)

Jesus, cuja perfeição se perde na noite imperscrutável das eras, personificando a sabedoria e o amor, tem orientado todo o desenvolvimento da humanidade terrena, enviando os seus iluminados mensageiros, em todos os tempos, aos agrupamentos humanos e, assim como presidiu à formação do orbe, dirigindo, como Divino Inspirador, a quantos colaboraram na tarefa da elaboração geológica do planeta e da disseminação da vida em todos os laboratórios da Natureza, desde que o homem conquistou a racionalidade, vem-lhe fornecendo a ideia da sua divina origem, o tesouro das concepções de Deus e da imortalidade do Espírito, revelando-lhe, em cada época, aquilo que a sua compreensão pode abranger.

Em tempos remotos, quando os homens, fisicamente, pouco dissemelhavam dos antropopitecos, suas manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os anos, no labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros organizadores do pensamento religioso que, de acordo com a mentalidade geral, não conseguiram escapar das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles seres egressos do egoísmo animalesco da irracionalidade. Começaram aí os primeiros sacrifícios de sangue aos ídolos de cada facção, crueldades mais longínquas que as praticadas nos tempos de Baal, das quais tendes notícia pela História.



Vamos encontrar, historicamente, as concepções mais remotas da organização religiosa na civilização chinesa, nas tradições da Índia védica e bramânica de onde também se irradiaram as primeiras lições do Budismo, no antigo Egito, com os mistérios do culto dos mortos, na civilização resplandecente dos faraós, na Grécia com os ensinamentos órficos e com a simbologia mitológica, existindo já grandes mestres, isolados intelectualmente das massas, a quem ofereciam os seus ensinos exóticos, conservando o seu saber de iniciados no círculo restrito daqueles que os poderiam compreender devidamente.



Fo-Hi, os compiladores dos Vedas, Confúcio, Hermes, Pitágoras, Gautama, os seguidores dos mestres da antiguidade, todos foram mensageiros de sabedoria que, encarnando em ambientes diversos, trouxeram ao mundo a ideia de Deus e das leis morais a que os homens se devem submeter para a obtenção de todos os primores da evolução espiritual. Todos foram mensageiros daquele que era o Verbo do Princípio, emissários da sua doutrina de amor. Em afinidade com as características da civilização e do costumes de cada povo, cada um deles foi portador de uma expressão do “amai-vos uns aos outros”. Compelidos, em razão do obscurantismo dos tempos, a revestir seus pensamentos com os véus misteriosos dos símbolos, como os que se conheciam dentro dos rigores iniciáticos, foram os missionários do Cristo, preparadores dos seus gloriosos caminhos.



A lei moisaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis, depois de se beneficiar com a cultura que o Egito lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito, se bem que as doutrinas antigas já tivessem arraigado a crença de Deus único, sendo o politeísmo apenas uma questão simbológica, apta a satisfazer à mentalidade geral.

A legislação de Moisés está cheia de lendas e de crueldades compatíveis com a época, mas, escoimada de todos os comentários fabulosos a seu respeito, a sua figura é, de fato, a de um homem extraordinário, revestido dos mais elevados poderes espirituais. Foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a síntese luminosa de grandes verdades.



Com o nascimento de Jesus, há como que uma comunhão direta do Céu com a Terra. Estranhas e admiráveis revelações perfumam as almas e o Enviado oferece aos seres humanos toda a grandeza do seu amor, da sua sabedoria e da sua misericórdia.

Aos corações abre-se nova torrente de esperanças e a Humanidade, na Manjedoura, no Tabor e no Calvário, sente as manifestações da vida celeste, sublime em sua gloriosa espiritualidade.

Com o tesouro dos seus exemplos e das suas palavras, deixa o Mestre entre os homens a sua boa-nova. O Evangelho do Cristo é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o Espírito, norteando-lhe a vida e as aspirações.

Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita.



Raças e povos ainda existem, que o desconhecem, porém não ignoram a lei de amor da sua doutrina, porque todos os homens receberam, nas mais remotas plagas do orbe, as irradiações do seu Espírito misericordioso, através das palavras inspiradas dos seus mensageiros.

O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirarão contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança. Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, verdade e a vida.



jo 1:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Ao chegarmos ao quarto volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.



jo 1:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas Universais e ao Apocalipse

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” — (Tg 1:22)


Nunca é demasiado comentar a importância e o caráter sagrado da palavra.

O próprio Evangelho assevera que no princípio era o Verbo, (Jo 1:1) e quem examine atentamente a posição atual do mundo reconhecerá que todas as situações difíceis se originam do poder verbalista mal aplicado.

Falsos discursos enganaram indivíduos, famílias e nações. Acreditaram alguns em promessas vãs, outros em teorias falaciosas, outros, ainda, em perspectivas de liberdade sem obrigações. E raças, agrupamentos e criaturas, identificando a ilusão, atritam-se, mutuamente, procurando a paternidade das culpas.

Muito sangue e muita lágrima tem custado a criação do verbo humano. Impossível, por agora, computar esse preço doloroso ou determinar quanto tempo se fará necessário ao resgate preciso.

No turbilhão de lutas, todavia, o amigo do Cristo pode valer-se do tesouro evangélico, em proveito de sua esfera individual.

Cumprir a palavra do Mestre em nós é o programa divino. Sem a execução desse plano de salvação, os demais serviços sob nossa responsabilidade constituirão sublimada teologia, raciocínios brilhantes, magnífica literatura, muita admiração e respeito do campo inferior do mundo, mas nunca a realização necessária.

Eis o motivo pelo qual é sempre perigoso estacionar, no caminho, a ouvir quem foge à realidade de nossos deveres.



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Pão Nosso

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 165
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” — (Tg 1:22)


Nunca é demasiado comentar a importância e o caráter sagrado da palavra.

O próprio Evangelho assevera que no princípio era o Verbo, (Jo 1:1) e quem examine atentamente a posição atual do mundo reconhecerá que todas as situações difíceis se originam do poder verbalista mal aplicado.

Falsos discursos enganaram indivíduos, famílias e nações. Acreditaram alguns em promessas vãs, outros em teorias falaciosas, outros, ainda, em perspectivas de liberdade sem obrigações. E raças, agrupamentos e criaturas, identificando a ilusão, atritam-se, mutuamente, procurando a paternidade das culpas.

Muito sangue e muita lágrima tem custado a criação do verbo humano. Impossível, por agora, computar esse preço doloroso ou determinar quanto tempo se fará necessário ao resgate preciso.

No turbilhão de lutas, todavia, o amigo do Cristo pode valer-se do tesouro evangélico, em proveito de sua esfera individual.

Cumprir a palavra do Mestre em nós é o programa divino. Sem a execução desse plano de salvação, os demais serviços sob nossa responsabilidade constituirão sublimada teologia, raciocínios brilhantes, magnífica literatura, muita admiração e respeito do campo inferior do mundo, mas nunca a realização necessária.

Eis o motivo pelo qual é sempre perigoso estacionar, no caminho, a ouvir quem foge à realidade de nossos deveres.



jo 1:5
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 106
Página: 245
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“A luz resplandece nas trevas…” — (Jo 1:5)


Não te aflijas porque estejas aparentemente só no serviço do bem.

Jesus era sozinho, antes de reunir os companheiros para o serviço apostólico. Sozinho, à frente do mundo vasto, à maneira de um lavrador, sem instrumentos de trabalho, diante da selva imensa…

Nem por isso o Cristianismo deixou de surgir, por templo vivo do amor, ainda hoje em construção na Terra, para a felicidade humana.

Jesus, porém, não obstante conhecer a força da verdade que trazia consigo, não se prevaleceu da sua superioridade para humilhar ou ferir.

Acima de todas as preocupações, buscou invariavelmente o bem, através de todas as situações e em todas as criaturas.

Não perdeu tempo em reprovações descabidas. Não se confiou a polêmicas inúteis.

Instituiu o reinado salvador de que se fizera mensageiro, servindo e amando, ajudando sempre e alicerçando cada ensinamento com a sua própria exemplificação.

Continuemos, pois, em nossa marcha regenerativa para a frente, ainda mesmo quando nos sintamos a sós.

Sirvamos ao bem, acima de tudo, entretanto, evitemos discussões e agitações em que o mal possa expandir-se.

Foge a sombra ao fulgor da luz. Não nos esqueçamos de que milhares de quilômetros de treva, no seio da noite, não conseguem apagar alguns milímetros da chama brilhante de uma vela, contudo, basta um leve sopro de vento para extingui-la.



jo 1:5
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



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Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



jo 1:14
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 430
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Se devemos considerar o Velho Testamento como a pedra angular da Revelação Divina, qual a posição do Evangelho de Jesus na educação religiosa dos homens?

— O Velho Testamento é o alicerce da Revelação Divina. O Evangelho é o edifício da redenção das almas. Como tal, devia ser procurada a lição de Jesus, não mais para qualquer exposição teórica, mas visando cada discípulo o aperfeiçoamento de si mesmo, desdobrando as edificações do Divino Mestre no terreno definitivo do Espírito.


— Com referência a Jesus, como interpretar o sentido das palavras de João:  (Jo 1:14) — “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça, e verdade”?

— Antes de tudo, precisamos compreender que Jesus não foi um filósofo e nem poderá ser classificado entre os valores propriamente humanos, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, na direção das coletividades terrícolas.

Enviado de Deus, Ele foi a representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no Infinito.

Diretor angélico do orbe, seu coração não desdenhou a permanência direta entre os tutelados míseros e ignorantes, dando ensejo às palavras do apóstolo, acima referidas.


— O apóstolo João recebeu missão diferente, na organização do Evangelho, considerando-se a diversidade de suas exposições em confronto com as narrações de seus companheiros?

— Ainda aí, temos de considerar a especialização das tarefas, no capítulo das obrigações conferidas a cada um. As peças nas narrações evangélicas identificam-se naturalmente, entre si, como partes indispensáveis de um todo, mas somos compelidos a observar que, se Mateus, Marcos e Lucas receberam a tarefa de apresentar, nos textos sagrados, o Pastor de Israel na sua feição sublime, a João coube a tarefa de revelar o Cristo Divino, na sua sagrada missão universalista.


— “Jesus-Cristo é sem pai, sem mãe, sem genealogia.” (Hb 7:3) — Como interpretar essa afirmativa, em face da palavra de Mateus [Paulo]?

— Faz-se necessário entendermos a missão universalista do Evangelho de Jesus, através da palavra de João,  (Jo 1:14) para compreender tal afirmativa no tocante à genealogia do Mestre Divino, cujas sagradas raízes repousam no infinito do amor e de sabedoria em Deus.


— O sacrifício de Jesus deve ser apreciado tão somente pela dolorosa expressão do Calvário?

— O Calvário representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta. E o cristão deve buscar, antes de tudo, o modelo nos exemplos do Mestre, porque o Cristo ensinou com amor e humildade o segredo da felicidade espiritual, sendo imprescindível que todos os discípulos edifiquem no íntimo essas virtudes, com as quais saberão remontar ao calvário de suas dores, no momento oportuno.


— Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Como conceituar essa suposição em face da intensidade do sofrimento moral que a cruz lhe terá oferecido?

— A dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais.

Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal.

Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo a imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.

De modo algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus, estabelecendo dados comparativos entre o Senhor e o homem.

Em sua exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a sua humildade, a sua renúncia por toda a Humanidade.

Examinadas esses fatores, a dor material teria significação especial para que a obra cristã ficasse consagrada? A dor espiritual, grande demais para ser compreendida, não constituiu o ponto essencial da sua perfeita renúncia pelos homens?

Nesse particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão discutindo, como as crianças que somente admitem as realidades da vida de um adulto, quando se lhes fornece o conhecimento tomando para imagens o cabedal imediato dos seus brinquedos.


— “Meu Pai e eu somos Um.” (Jo 10:30) — Poderemos receber mais algum esclarecimento sobre essa afirmativa do Cristo?

— A afirmativa evidenciava a sua perfeita identidade com Deus, na direção de todos os processos atinentes à marcha evolutiva do planeta terrestre.


— São muitos os Espíritos em evolução na Terra, ou nas Esferas mais próximas, que já viram o Cristo, experimentando a glória da sua presença divina?

— Toda a comunidade dos Espíritos encarnados na Terra, ou localizados em suas Esferas de labor espiritual mais ligadas ao planeta, sentem a sagrada influência do Cristo, através da assistência de seus prepostos; todavia, pouquíssimos alcançaram a pureza indispensável para a contemplação do Mestre no seu Plano divino.


— Poder-se-á reconhecer nas parábolas de Jesus a expressão fenomênica das palavras, guardando a eterna vibração de seu sentimento nos ensinos?

— Sim. As parábolas do Evangelho são como as sementes divinas que desabrochariam, mais tarde, em árvores de misericórdia e de sabedoria para a Humanidade.


— Como interpretar o Anticristo?

— Podemos simbolizar como Anticristo o conjunto das forças que operam contra o Evangelho, na Terra e nas Esferas vizinhas do homem, mas, não devemos figurar nesse Anticristo um poder absoluto e definitivo que pudesse neutralizar a ação de Jesus, porquanto, com tal suposição, negaríamos a previdência e a bondade infinitas de Deus.



jo 1:23
Caminho, Verdade e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Página: 47
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” — JOÃO BATISTA (Jo 1:23)


A exortação do Precursor permanece no ar, convocando os homens de boa vontade à regeneração das estradas comuns.

Em todos os tempos, observamos criaturas que se candidatam à fé, que anseiam pelos benefícios do Cristo. Clamam pela sua paz, pela presença divina e, por vezes, após transformarem os melhores sentimentos em inquietação injusta, acabam desanimadas e vencidas.

Onde está Jesus que não lhes veio ao encontro dos rogos sucessivos? em que Esfera longínqua permanecerá o Senhor, distante de suas amarguras? Não compreendem que, através de mensageiros generosos do seu amor, o Cristo se encontra, em cada dia, ao lado de todos os discípulos sinceros. Falta-lhes dedicação ao bem de si mesmos. Correm ao encalço do Mestre Divino, desatentos ao conselho de João: “endireitai os caminhos.”

Para que alguém sinta a influência santificadora do Cristo, é preciso retificar a estrada em que tem vivido. Muitos choram em veredas do crime, lamentam-se nos resvaladouros do erro sistemático, invocam o Céu sem o desapego às paixões avassaladoras do campo material. Em tais condições, não é justo dirigir-se a alma ao Salvador, que aceitou a humilhação e a cruz sem queixas de qualquer natureza.

Se queres que Jesus venha santificar as tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua bênção.



jo 1:29
Renúncia

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Um ano depois da morte de Damiano, houve na casa humilde do burgo de São Marcelo  grande e desconcertante surpresa.

Orientado pela paróquia de São Jaques,  Carlos Clenaghan, ansioso e comovido, bate à porta de Madalena Vilamil. Nos primeiros meses que se seguiram à morte do tio, resolvera abandonar a batina, apesar do ressentimento dos colegas. Jamais pudera esquecer Alcíone, jamais conseguira manter um equilíbrio entre o dever e os impulsos da mocidade. Enquanto recebia as longas cartas de Damiano, a palavra amorosa do tutor lhe sofreava as preocupações tormentosas; mas, tão logo se viu sem o preservativo dos seus conselhos, entrou a meditar resoluto na mudança de situação. Anelava um lar, ardentemente, jamais renunciaria à afeição de Alcíone, não conseguia sopitar o desejo de ser pai e esposo feliz. Após algumas lutas em Ávila, desprezara o apelo dos superiores hierárquicos e, sem dar qualquer satisfação do feito aos parentes irlandeses, desligara-se do voto sacerdotal, cheio de esperança no futuro. Seu primeiro cuidado foi correr a Paris, por buscar a noiva amada. Como o receberia ela? Conhecia-lhe a pureza dos princípios e a formosura do caráter cristão. Suspeitava que lhe não sancionaria a decisão, atento o conceito que fazia da fé; mas, faria o possível por demonstrar-lhe o seu amor imenso, convencê-la-ia com instâncias afetuosas, tanto mais quanto ela, agora, já não poderia contar com a assistência paternal de Damiano, que a morte arrebatara, e no lar, pelas notícias que recebia frequentemente em Castela-a-Velha,  arcava com muitas dificuldades, em vista da moléstia incurável da genitora. Talvez os trabalhos do mundo lhe houvessem modificado a opinião, relativamente ao enlace para uma vida tranquila e risonha. Oferecer-lhe-ia o braço protetor, voltariam à Espanha, onde pretendia continuar, em Ávila ou Valladolid,  dedicando-se ao comércio. Ébrio de esperanças, Clenaghan erguia castelos maravilhosos na mente exaltada. Edificariam um lar venturoso, Madalena Vilamil seria também uma segunda mãe, aprimorariam a educação de Robbie e teriam filhinhos amados. Impossível que ela relutasse, quando não desejava senão a suprema felicidade de ambos, diante de Deus e dos homens.


Enlevado nestes sublimes projetos, esperou que alguém viesse atender. Depois de alguns instantes de espera em que o coração lhe palpitava descompassado, surgiu a figura de Robbie, que lhe caiu nos braços afetuosamente. Conduzido ao interior, foi enorme a alegria da filha de D. Inácio ao receber as carinhosas saudações do amigo, e não menor a surpresa quando ele falou da sua renúncia eclesiástica.

Depois de longa troca de ideias e impressões afetuosas, referentes à vida em Castela e à enfermidade que aniquilara Damiano, o ex-padre aproveitou certas observações mais íntimas e sentenciou:

— Como bem pode avaliar, D. Madalena, eu nunca poderia esquecer Alcíone, e ciente de que o seu coração de mãe carinhosa compreende e justifica os meus propósitos, devo dizer que aqui estou para reconduzi-las aos caros penates… A senhora não gostaria de regressar a Castela para revivermos nossos tempos mais venturosos?…

Aquelas palavras eram pronunciadas com tanto carinho que a senhora Vilamil sentiu lágrimas de reconhecimento a lhe aflorarem dos olhos.

— Não sei se Alcíone me perdoará haver procedido em desacordo com o seu ponto de vista, mas tenho para mim que procedi nobremente. Fui lógico, sincero, coerente, creia. De que me valeria continuar, sem a vocação imprescindível? Desde que a senhora saiu de Ávila, debalde procurei repouso para o espírito atormentado. A ânsia de construir um lar tornou-se-me obsessão permanente. Às vezes, quando erguia a hóstia consagrada, assustava-me com as sugestões da natureza… Enquanto o padre Damiano me escrevia as suas exortações, eu me sentia fortalecido para prosseguir na batalha silenciosa; mas verifiquei, depois, que seria inútil combater o impossível…


A pobre enferma recebia a confissão com tristeza inexplicável, e, tendo o rapaz notado que o coração maternal se encontrava embaraçado para responder, prosseguiu:

— Se lhe for possível, ajude-me neste passo… Quem sabe recuperará a saúde, regressando comigo? Se lhe prouver, poderemos residir nas cercanias de Ávila, organizaremos uma chácara como aquela onde a senhora viveu longos anos e que está sempre em suas recordações!…

Falava como filho afetuoso, pondo no olhar e na voz toda a ternura do coração bem formado. Depois de ligeira meditação, a senhora Vilamil ponderou, com acento triste:

— Sou muito grata à tua lembrança! Ah! quem me dera voltar para esperar a morte, contemplando o céu da Espanha! A paisagem da Guadarrama  nunca sairá de minh’alma…


E depois de enxugar o pranto da evocação amarga, voltava a dizer:

— Esta cidade parece marcar as horas mais terríveis do meu destino. Aqui em Paris conheci, na mocidade, a pobreza mais dura, experimentei a ironia e a crueldade de pessoas ingratas, perdi meus pais carinhosos, abracei meu esposo pela última vez! Agora, neste mesmo lugar, encontrei a paralisia completa, vi morrer o padre Damiano em situação quase miserável!… Desde que aqui cheguei, jamais pude arredar-me do leito para uma visita ao túmulo dos meus inesquecíveis genitores. Não sei se estarei condenada a também exalar aqui o derradeiro suspiro… Por meu gosto, devo confessar francamente, estou ansiosa por voltar à Espanha; entretanto, preciso ouvir Alcíone que me tem sido verdadeiro anjo guardião nos dias amargos, de necessidade e sofrimento. Como mãe, não me sinto com ânimo para induzi-la a casar-se. Minha filha, antes de tudo, tem sido para mim uma conselheira respeitável. Não seria justo obrigá-la a aceitar minhas ideias, mas podes crer que eu receberia o assentimento dela com o maior contentamento. Voltei à França no propósito de conseguir recursos para de demandar as plagas Americanas, mas, logo que o padre Damiano apresentou os primeiros sintomas da enfermidade do peito, perdi as esperanças!…


Clenaghan estava mais esperançado. Sentia-se plenamente garantido, no tocante às concessões maternas. O sincero desabafo de Madalena encorajava-lhe as pretensões. A pobre senhora, extremamente abatida, inspirava-lhe simpatia e enternecimento filiais. Tal qual acontecera à genitora, a filha de D. Inácio viu chegar, devagarinho, o mal do coração. Suas noites estavam agora povoadas de aflições repetidas. Além das pernas inchadas pela continuidade da mesma posição no leito, sentia-se presa de outros sintomas alarmantes. Debalde, Alcíone e Luísa preparavam tisanas e aplicavam fomentações, em cansativas vigílias. A senhora Vilamil piorava sempre. Esse o motivo pelo qual as observações de Carlos lhe falavam tão fortemente ao coração.

— Pois bem — acrescentou o sobrinho de Damiano, mais animado —, Deus há de permitir que a senhora encontre a meu lado a tranquilidade merecida.

— Alcíone decidirá — acentuou a enferma resignada. — Até que minha filha se pronuncie, nada poderei dizer em caráter definitivo.

A conversação continuou afetuosa, permanecendo Clenaghan em São Marcelo, à espera de Alcíone, que regressava habitualmente à noitinha.


Mal começavam a brilhar no céu os primeiros astros, a filha de Cirilo voltou da sua faina diária.

A surpresa foi demasiado chocante para sua alma sensível. Cumprimentou o rapaz, muito pálida, na atitude de íntima e penosa expectativa. Naquela hora, o pupilo de Damiano, entestando com a sua superioridade moral, sentia-se acovardado para as explicações indispensáveis. A princípio, a moça julgou que ele tivesse vindo a Paris no só intuito de visitar o sepulcro do tio querido, prestando-lhe a derradeira homenagem e valendo-se de alguma autorização especial para levar a efeito tão longa excursão, sem a batina comum. Mas, em breves minutos, Carlos, não sem enleio, notificava-lhe a verdade. Estupefata, Alcíone indagou:

— Como pudeste cometer semelhante desvario?

O rapaz, algo confuso, tentava esclarecer:

— Supus que seria melhor assim… Era impossível continuar. O coração inquieto, desde que vieste, nunca me permitiu reaver a paz interior. Pedi a Deus me inspirasse a melhor solução, supliquei ardentemente do céu um recurso, até que o propósito de renunciar ao compromisso eclesiástico de todo me empolgou.


No íntimo, a filha de Cirilo estava profundamente comovida com aquela espontânea confissão de fraqueza, mas, certa de que o dever espiritual deve ser cumprido até ao fim, alcançou energias para observar:

— Pediste, mas não oraste. Como te sentiste forte para esquecer as obrigações assumidas, sem considerar a questão do proveito próprio? Será isso a renúncia cristã? Não creio. Declaras que imploraste uma inspiração do Céu e resolveste o problema distanciando-te do compromisso; mas eu não posso admitir, em nenhuma hipótese, que Deus nos dispense dos seus trabalhos; nós é que por vezes ouvimos o apelo da natureza inferior e abandonamos o serviço divino, em prejuízo de nós mesmos…

— Não desconheço, Alcíone — aventou humilde — que minha atitude inesperada desagradaria muito ao teu bondoso coração. Entretanto, o que aconteceu é humano e peço me perdoes pelo muito bem que te desejo… Esquece esta falta, dize que me compreendes e serei feliz!…


A nobre criatura, pelo tom carinhoso com que Clenaghan falava, compreendeu que ele desejava reatar os antigos laços afetivos. Experimentou sincero desejo de lhe tomar as mãos, ternamente, confessando os seus anseios e saudades. Ele agora estava livre. Observando-o, naquela atitude amorosa, recordou as jovens da sua idade, que se apresentavam a cada passo, em Paris, exibindo os seus eleitos. Muitas vezes, quando acompanhava Susana a certas festividades públicas, vinha-lhe à mente Clenaghan, ao contemplar os pares venturosos que perambulavam nas praças e jardins. E sentia, então, frio no coração. A própria Beatriz, aos quinze anos, começava a receber as visitas afetuosas do noivo. A filha de Madalena fitou o rapaz, demoradamente, e teve ímpetos de ceder ao primeiro impulso, mas a consciência lhe dizia que resistisse, que era indispensável atender a Deus acima de quaisquer contingências mundanas, e que ainda não havia cumprido todos os deveres, para que pudesse pensar na sua felicidade pessoal.


Muito sensibilizada pela atitude humilde, penitencial do bem-amado, retrucou:

— Não me suponhas capaz de condenar-te por coisa alguma desta vida. Apenas lamento o que sucedeu, porque é razoável te deseje no caminho da fidelidade a Jesus, até ao fim.

Sinceramente embaraçado, o ex-eclesiástico não sabia como reatar a explanação dos seus projetos. A senhora Vilamil, no entanto, acudiu a socorre-lo, advertindo;

— Carlos, minha filha, faculta-nos o ensejo de regressarmos a Espanha.

— Sim — prosseguiu o rapaz —, agora estou liberto e apto para reorganizar a vida, mas nada quero fazer sem te ouvir. Desde que nos vimos, compreendi que Deus não me poderia destinar outro coração feminino, além do teu. Tomo, portanto, tua mãe, como testemunha da minha afeição pura e devo dizer que vim a Paris só para buscar-te. Estou certo de que acreditas no meu devotamento e de que nos uniremos para sempre, eternamente felizes sob as bênçãos de Deus.


A jovem contemplou-o ofegante, e como se sentisse em hora das mais difíceis de toda a sua vida, implorou a inspiração de Jesus e silabou:

— É impossível!…

Clenaghan empalidecera. Adivinhava nos olhos da escolhida que a sentença não lhe provinha do coração.

— Por quê? — indagou exaltado — o que poderá impedir nossa ventura na Terra? Serei assim tão detestável? Desde que te ausentaste tenho vivido como louco. A saudade e a inquietação começaram a nevar-me os cabelos. Voltemos a Castela,  Alcíone! Levaremos tua mãezinha por dar-lhe uma vida tranquila e feliz!…

Tais palavras ecoavam nos ouvidos da jovem como doce harmonia de uma felicidade inatingível. Contemplou a genitora, que parecia aguardar sua decisão, ansiosamente, mas recordou também o palacete da Cité, onde seu pai não era menos doente da alma, arrostando absconsos pesares. Lembrou as reuniões evangélicas em que Cirilo Davenport ouvia as lições de Jesus e as suas explicações como se estivesse a receber suaves mensagens do Céu; considerou as transformações de Susana, a mudança de Beatriz, o enternecido carinho do velho Jaques… Seu coração estava sufocado. Fitou o escolhido, longamente, e esclareceu em voz pausada:

— Não posso, Carlos! A felicidade tem base no dever cumprido. Ainda não terminei minha tarefa de filha, como queres que assuma novas obrigações?!…


Isto, ela o dizia desfeita em lágrimas O pupilo de Damiano, todavia, longe de conhecer todas as angústias e sacrifícios daquela alma heroica, tomou as suas palavras alusivas ao dever cumprido como acusatórias da sua renúncia eclesiástica e objurgou:

— Queres dizer que ainda não concluí minhas tarefas sacerdotais e desejo assaltar novo plano de obrigações?

Acabrunhada por se ver incompreendida, Alcíone reviu mentalmente a figura do padre Damiano, relembrou a sua franqueza, que chegava a ser quase áspera, e certificou-se de que necessitava de muita energia para defender-se dignamente naquele lance. Recobrando a serenidade íntima, em virtude da poderosa confiança em Cristo, explicou-se com bondade sincera:

— Que não terminaste o serviço começado, é inegável; mas semelhante circunstância, Carlos, já entrou no domínio de minha compreensão. Somos agora como duas criaturas as quais se reservou uma herança de ventura imortal, sob a condição de executarem determinadas tarefas. Infelizmente, não pudeste chegar à conclusão da tua. Toda vez que fugimos ao desígnio sagrado de Deus, erramos no labirinto da indecisão e da amargura. Não te doerá o coração arrebatar-me aos deveres que o Pai me destinou? Consideras, então, o amor como coisa tão frágil que se despedace num momento, apenas porque não nos foi dada a satisfação passageira de um capricho sentimental? Onde colocas a divina união das almas? Nossa concepção deve ir muito além da alucinada impressão dos sentidos…


O sobrinho de Damiano e a enferma ouviam-na, profundamente admirados. Alcíone fizera-se de uma palidez transfiguradora, parecendo haurir as palavras em fonte estranha à esfera material. Ouvindo tantas alusões a compromissos, o ex-padre supôs que suas obrigações espirituais não ultrapassavam o acanhado círculo familiar do burgo de São Marcelo e objetou humildemente:

— Curvo-me às tuas exortações, mas, podes crer que não abandonei a batina tão só pela inquietude dos desejos humanos. É verdade que sou um homem carregado de fraquezas, mas também tenho um coração. Se é inegável que encareço ardentemente a tua companhia, não é menos certo que te desejo tomar sob os meus cuidados afetuosos. Que te prenderá em Paris, se te vejo sobrecarregada de trabalhos mortificantes? De um lado, vejo D. Madalena presa a um leito de dor, de ti segregada durante o dia e, ao demais, carecida de outros ares; de outro lado, o nosso Robbie necessitando educação. Entre os dois, tu, abatida e inquieta para dar conta exata dos teus encargos. Não será mais justo atenderes aos meus apelos? Tua genitora confugiria aos teus constantes e diretos cuidados e Robbie tomaria o lugar de primeiro filho em nosso lar. É impossível que Jesus nos negue a bênção a propósitos tão elevados. Sairias então do labirinto de vicissitudes e responsabilidades de governanta, não precisarias pensar nas viagens diárias a Cité nos dias de chuva, nem te atribulares em casa alheia por tua mãe distante, quando a tempestade se forma no céu! Se puderes, esquece o meu passado de sacerdote e pensa, ao invés, que, com tua inspiração permanente, alcançarei novas forças para ser um homem digno nas lutas da vida. Esquece o mal que eu tenha praticado pelo muito de bem que poderei fazer com o teu auxílio constante. Medita na tranquilidade futura de D. Madalena, que está definhando a olhos vistos!… Será que nenhum dos meus argumentos te poderá convencer?


Tocada novamente pela doce humildade do querido postulante, Alcíone chorava. Ele jamais poderia aquilatar a intensidade da sua angústia. Ela não poderia afastar-se de Paris sem lacerar a consciência. Jesus não a conduziria, sem uma finalidade, à casa paterna, onde era tratada como filha, não obstante o título de serva com que se apresentava. Em profundas reflexões, lobrigou no olhar da genitora sincero desejo de se afastar de Paris para sempre. Adivinhava-lhe os pensamentos mais secretos. Longos instantes passaram, em que se sentia atormentada por terríveis indecisões. Reportou-se às últimas palavras de Damiano, quando lhe recomendara procurasse o socorro de Clenaghan nos transes mais difíceis. Firme, porém, no propósito de manter ilibada a consciência até ao fim das lutas humanas, enxugou as lágrimas e reafirmou:

— Não posso… Sei o que mamãe tem sofrido em tão longos anos de martírio, físico e moral, e espero que Deus nos estenda a mão, para que suas dores sejam aliviadas; no entanto, agora, não me é possível deixar Paris…

A filha de D. Inácio esboçou um gesto de resignação, respeitando, sem discutir, a decisão da filha. Não assim, o pupilo de Damiano, que deixou transparecer no olhar uma profunda desconfiança.

— Ah! compreendo agora — disse desapontado —, não podes sair de Paris! Louco que fui, presumindo que a vida aqui seria a mesma de Ávila. As atrações parisienses modificam as criaturas…


Notando-lhe a profunda tristeza, a jovem Vilamil experimentou indefinível aflição por se declarar abertamente, revelar a natureza dos sagrados deveres que a escravizavam prisioneira, mas a verdade dolorosa lhe morria no coração. Ferida nos mais nobres sentimentos, encontrou forças para murmurar:

— Não deves fazer semelhante juízo a meu respeito…

E muito enleada sob o olhar indagador do rapaz, que a envolvia em atmosfera de humilhação, concluía:

— Ouve, Carlos! Quando houver cumprido meus deveres, quando minha consciência permitir que pense em mim, irei procurar-te onde estiveres! Guardaremos, eu e mamãe, toda a nossa gratidão e confiança em ti. Não importa hajas renunciado ao ministério sacerdotal, porque, então, quando me sinta livre, poderemos iniciar nova e venturosa tarefa.

Clenaghan, entretanto, ouviu-a quase friamente, com o ciúme que lhe envenenava o coração. Conturbado pelas sugestões inferiores, cada afirmativa de Alcíone, agora, lhe parecia diferente. Teve a impressão de que ela se deixara levar em Paris pelas promessas de algum homem criminoso e inconsciente. As palavras “quando me sinta livre” toavam-lhe dolorosamente. Sentia-se estranho a tudo e não pôde murmurar senão evasivas ligeiras, até ao momento em que se despediu para voltar ao hotel.

Alcíone compreendeu o que se passava com ele, mas, ainda que amargurada, chamou Luísa para os serviços de cada noite, relativos ao tratamento de sua mãe e cumpriu, rigorosamente, o programa do lar. Madalena Vilamil se envolvera num véu de tristeza silenciosa. Então, fazendo o possível por dissimular as amarguras íntimas, a jovem procurou desfazer o ambiente pesado, pedindo a Robbie para tocar alguma coisa, enquanto lia à enferma certas páginas de sua predileção.


No dia seguinte, pela manhã, saiu de casa como de costume, a fim de esperar o carro do Sr. Davenport, na pequena praça, defronte da igreja mais próxima. Um carro ia-lhe no encalço, discretamente, sem que ela o suspeitasse. Era Carlos que, informado na véspera por Madalena, das regalias e atenções que a filha desfrutava na casa onde servia resolvera não deixar Paris sem uma prova da singular transformação que injustamente atribuía à criatura eleita. Cada pormenor da conversa com a senhora Vilamil, no dia anterior, gravara-lhe indelével no coração. Por que motivo ela não esperava o carro à porta de casa? Não havia necessidade de caminhar quase um quilômetro para encontrar a viatura. Preocupado com essa primeira observação, reparou a carruagem garbosa que Alcíone tomou, a breve trecho. A suntuosidade do veículo pareceu-lhe excessivamente inadequada para a jovem humilde dos idos tempos de Ávila. Seguiu-a, mais ou menos de perto, até que chegou ao destino. Viu-a descer e receber com evidentes mostras de satisfação o abraço acolhedor de um homem que a esperava junto do rico portão de acesso ao jardim. Considerou o palacete de linhas nobres, poucos passos distante do seu carro de aluguel e, dando ouvidos ao despeito venenoso, concluiu que Alcíone não era mais aquela criança meiga e carinhosa que entregava costuras nas ruas empedradas da cidade onde se haviam encontrado e embebido de sublime e santo idealismo. Perplexo, alimentando mil ideias errôneas, deliberou fugir no mesmo dia, da capital francesa, demandando o Havre, onde não lhe seria difícil o retorno à Espanha.

Mandando tocar de volta ao burgo de São Marcelo, procurou despedir-se de Madalena.

Quando anunciou a intenção de regressar, a pobre senhora não ocultou a surpresa amarga:

— Não posso crer que volte tão depressa — afirmou com bondade.

— Não se preocupe por isso — exclamou o rapaz fingindo-se tranquilo —, não vim com a intenção de demorar-me. Tenho alguns amigos que me esperam no Havre, por estes dias.


A resignação da enferma, aliada ao seu profundo abatimento, inspiravam-lhe sincera preocupação, mas não podia suportar o ludibrio de que se julgava vítima.

— Alcíone vai sentir muito a tua partida súbita.

Carlos sentiu que o coração se lhe descompassara no peito e respondeu:

— Pode ser que não. De qualquer modo, porém, vejo-a satisfeita e isto me conforta o espírito. Muito desejava reconduzi-las à nossa terra distante, mas reconheci que a providência não é mais possível, por importuna.

Madalena esboçou um gesto triste, murmurando:

— Tenho desejado, ardentemente, sair de Paris, mas minha filha discorda e eu creio que terá razões ponderosas para isso.

— Mas, que razões seriam essas? — perguntou Clenaghan exaltado.

— Desconfio que o meu médico desaconselha a medida, porquanto, há muito, venho apresentando sintomas de grave afeção cardíaca… Vejo que Alcíone me oculta esse detalhe, carinhosamente, mas, devo dizer, isso nada me assusta. Tenho sofrido demais para disputar uma longevidade improdutiva.


Carlos não concordou, intimamente atribuindo as palavras da pobre senhora a simples fruto do carinho maternal. Depois de longa pausa, desejando reforçar a nociva atitude mental, perguntou:

— Alcíone foi sempre bem tratada na casa onde trabalha?

— Sim — confirmou Madalena, convicta. — Lutamos terrivelmente, nos primeiros dias de Paris, visto haver adoecido o padre Damiano, mas, desde que minha filha se empregou na Cité, nunca mais sofremos qualquer necessidade. Com o seu salário, não somente foram atendidas as despesas domésticas, como também tivemos a alegria de saber que nada faltou ao nosso velho amigo.

— E a senhora está informada a respeito dessa família que lhe contratou os serviços de governanta.

— Trata-se de um rico negociante de fumo — informou a interpelada, atenciosa. 

— E a senhora nunca visitou essa gente?

— Nunca, até agora. De há muito venho desejando visitar a casa que acolheu Alcíone como filha; entretanto, estou à espera de melhoras que me permitam faze-lo.


O rapaz calou-se. Quis manifestar à enferma a venenosa desconfiança que o consumia, exteriorizar todo o rancor que lhe afluía ao espírito despeitado, mas a doce resignação de Madalena Vilamil, presa ao leito naquele estado, inspirava-lhe respeito sagrado. Era preciso ter um coração bem cruel para tirar a derradeira partícula de esperança e tranquilidade daquela alma sofredora de mãe sacrificada.

Com estranho brilho nos olhos o sobrinho de Damiano voltou a dizer:

— Onde está Robbie? Quero abraçá-lo antes de partir.

A filha de D. Inácio percebeu nessas palavras a funda contrariedade que absorvia o interlocutor, compreendeu quanto lhe magoava a atitude firme de Alcíone, com relação ao desejado regresso à Espanha, e esclareceu conformada:

— A esta hora Robbie deve estar na igreja de São Jaques de Passo Alto,   em trabalhos de limpeza que padre Amâncio lhe confiou.

E como notasse que Clenaghan se dispunha a partir em deplorável estado de espírito, a pobre senhora aduziu:

— Não te vás querendo mal a Alcíone. Carlos! Podes crer que minha filha nunca te esqueceu a bondade fraternal e a sublime afeição. É bem possível que, intimamente, ela deseje partir em busca da felicidade, junto do teu coração, mas, talvez por minha causa sacrificasse os mais caros desejos. Conheço-lhe o espírito de sacrifício. Sou testemunha silenciosa das suas lutas nesta casa, onde sua dedicação é o nosso manancial de bênçãos!…


O ex-sacerdote, porém, estava obcecado pelo ciúme. Trazia óculos negros nos olhos exacerbados da imaginação e não prestou atenção maior ao que lhe fora dito, continuando inalteradas as próprias suspeitas. O olhar fixo, como que alheio ao ambiente, despediu-se de Madalena, que o recomendou à proteção divina. Horas depois, abraçava Robbie, pela última vez, tomando rumo norte, de regresso a Ávila, profundamente desditoso.

À noite, Alcíone foi informada da precipitada deliberação do rapaz.

— Carlos pareceu-me bastante abatido e desesperado — afirmava a genitora — e lastimei sinceramente vê-lo em tão penosa conjuntura.

A jovem, com expressão de indefinível tristeza, acentuou:

— Jesus há de proporcionar-lhe ao coração aquilo que presentemente não lhe podemos dar.

— Qual será o motivo — perguntou a enferma com interesse — que leva o pobre Clenaghan a sofrer tanto? Ele é moço, talentoso, cheio de possibilidades e, no entanto, daqui saiu como se fora um pária da sorte!…

— A senhora não presume — aventou Alcíone com um gesto significativo — seja isso a primeira consequência da sua renúncia ao voto contraído? Clenaghan, para nós, é criatura muito amada, mas, nem por isso, podemos isentá-lo da rede de amarguras e tentações que constringe a criatura quando se evade ao mais sagrado dos deveres. Continuo a pensar que uma consciência pura é o melhor tesouro do mundo. Nas melhores posições terrenas o homem será positivamente um desventurado, sem o refúgio desse santuário interior, onde Deus nos fala, consolando e esclarecendo, em sua infinita misericórdia!…


A doente pôs-se a meditar nessas verdades sublimes, enquanto a filha, adivinhando a onda de preocupações acerbas que afogava o ser amado, retirava-se para orar em silêncio, de modo a diminuir as próprias amarguras.

Dentro das vibrações poderosas da sua fé, Alcíone pareceu consolada, buscando nas tarefas ingentes de cada dia o olvido das penas amargas.

Não se haviam passado muitos dias do incidente, quando Madalena Vilamil começou a apresentar sintomas de acentuada fraqueza. A moléstia do coração não se limitava, agora, a sintomas vagos e intermitentes. Surgiram as dispneias noturnas, que lhe reavivavam a lembrança dos derradeiros dias de sua mãe, na velha casa de Santo Honorato. Face macilenta, angustiada, contemplava demoradamente a filha, como a lhe anunciar o fim próximo. Passava as noites a falar das experiências da vida, das necessidades de Robbie, da gratidão devida à boa serva, dando a entender que se preparava corajosamente para a grande jornada. Alcíone tudo ouvia recalcando as lágrimas de amor filial. Compreendia a gravidade do mal e dissimulava o prognóstico médico, revelando-se confiante em melhoras futuras. Ainda assim, não conseguia arrebatar a carinhosa genitora à invariável tristeza que lhe ensombrava a fronte.


Uma noite em que as tisanas caseiras não atenuavam a aflição dolorosa, Madalena chamou a filha e falou francamente:

— Alcíone, algo me diz ao coração que me reunirei a teu pai, muito breve…

— Ora, mamãe — exclamou a jovem, solícita —, combatamos a tristeza! Sejamos confiantes, Deus ouvirá nossas preces.

E dosando cada palavra com o mel das consolações carinhosas, continuava:

— Logo que a senhora puder viajar, voltaremos à Espanha. Notei que a senhora entristeceu-se quando recusei a proposta de Carlos; mas, tratando-se da sua saúde, a coisa é outra. Pense que teremos novamente um clima restaurador e não se preocupe com os desgostos que aqui passou. A mão de Jesus nos traçará o roteiro.

Em lhe ouvindo tais palavras de conforto e piedade filial, tomou a mimosa mão da filha e selou-a com um beijo, acrescentando:

— Não te mortifiques, filhinha! Jamais duvidarei ou perderei a confiança em Deus; antes continuarei tudo esperando do Pai misericordioso que nos acompanha lá dos Céus; mas julgo, também, que a resistência física, após mais de vinte anos de enfermidade, vai chegando a termo… Estas dispneias não podem enganar.


Depois, fixando o olhar enternecido nos olhos da filha afetuosa, prosseguia, melancólica:

— Não ficarás zangada comigo se te disser que estou muito saudosa. Desde que Cirilo se foi, nunca mais senti o prazer da vida… Reconheço, contudo, que o Senhor tem sido magnânimo, concedendo-me socorros inesperados. Basta lembrar que meu pobre esposo morreu no mar, enquanto eu me via socorrida num oceano de lágrimas, por teu amor. Tua afeição tem sido meu santo consolo, iluminado refúgio sobre a Terra… Jesus te concederá tudo o que te não pude dar na minha pobreza de mãe!…

A moça ouvia-lhe os conceitos carinhosos, de coração sufocado. Nunca sua mãe lhe parecera tão triste, jamais se queixara assim, em qualquer outra circunstância passada. Então, começou a soluçar, mas a enferma, afagando-a com ternura, prosseguiu:

— Não chores… Para esta hora nos temos preparado desde a tua infância… Não sei em que dia o relógio da eternidade terá marcado meu derradeiro alento neste corpo; mas nós ambas estamos cientes de que a veste carnal é também uma ilusão. Estou certa de que Jesus me restituirá a companhia de Cirilo, para sempre. Cercar-te-emos, então, do nosso afeto e te esperaremos num mundo mais feliz, onde não haja lágrimas, nem morte. Se pudesse, ficaria contigo, a fim de partirmos juntas; mas, algo me diz que não poderei realizar este desejo. Não fossem tua afeição e as necessidades de Robbie, creio que partiria sem qualquer outro laço… Tenho, no entanto, a consciência tranquila, embora não me possa furtar a estas preocupações! Se morrer de um instante para outro, confio o nosso Robbie aos teus cuidados!… Ele é uma criatura caprichosa, difícil de educar, mas não cabe repetir recomendações que bem conheces.


Diante de tantas resignação, Alcíone sentia certa dificuldade para iludir a triste realidade, no intuito de confortar o coração materno, mas, ainda assim, lidando por mostrar-se esperançada, falou com brandura:

— Confiemos em Deus, acima de tudo! A senhora, mamãe, tem estado muito sozinha, tem-se entregado em excesso aos pensamentos de morte. Sinto que nossa casa necessita de alegria. Reanime-se para nós. Vou pedir uma licença temporária para ficar a seu lado, e com um saldo de vencimentos do que tenho a receber, vamos comprar um cravo. Quem sabe a música, que a senhora sempre cultivou, não virá melhorar nosso ambiente?

A senhora Vilamil tentou um sorriso apagado, obtemperando:

— Teus sacrifícios já são muitos.

— Amanhã mesmo, pedirei aos pais de Beatriz que me ajudem na aquisição. Não há de ser difícil.

Recordaremos nosso antigo repertório espanhol e creio que irá sentir muita satisfação em reviver essas lembranças.

— Sim, certamente que nos sentiremos transportadas a Castela,  onde, tantas vezes, encontramos a felicidade nas coisas mais simples…


Observando a consolação que o assunto produzia, a cândida Alcíone prosseguiu:

— Ah! como estou satisfeita por vê-la confortada com este projeto. Teremos muitas vantagens com essa compra. A senhora vai experimentar novo ânimo e Robbie, por sua vez, poderá ter minha cooperação, novamente, nos seus estudos domésticos. E depois, quando as suas melhoras se positivarem, pensaremos, seriamente, na mudança, à procura de melhor clima, onde a senhora possa ficar boa.

A enferma mostrou-se mais consolada com as palavras carinhosas da filha e considerou:

— Teu plano me reconforta pela ternura que traduz e rogo a Deus te abençoe tanta bondade. Agora, porém, quero fazer-te dois pedidos, dado as minhas preocupações.

A filha demorou nela o olhar inteligente e respondeu comovida:

— A senhora não deve pedir-me coisa alguma e sim mandar sempre.

— Pois desejaria — disse algo hesitante — que me conduzisses ao cemitério, a fim de orar no túmulo de meus pais, assim satisfazendo uma velha aspiração de minh’alma. Não poderei ajoelhar-me junto dos sepulcros, mas talvez consiga chegar até lá, carregada na poltrona, tal como quando visitei o padre Damiano pela última vez…


A moça não conseguia ocultar a impressão de penosa surpresa.

— A outra coisa que desejo — continuou confiante — é que tragas até aqui a senhora a quem serves e que tem sido tão generosa contigo, isso para que lhe peça maternal amparo à tua mocidade, caso eu morra mais cedo, como aliás pressinto.

Alcíone procurou não trair na face a estranha emoção que experimentava. Madalena pleiteava duas coisas inadmissíveis. Mas, longe de quebrar o padrão de tranquilidade da querida enferma, concordou nestes termos:

— Tão logo se encontre mais forte para viajar de carro, iremos ao túmulo de meus avós, mas, penso que mamãe não deve afligir-se por isso. Que é, mamãe, a sepultura senão um monte de cinzas? Quanto a genitora de Beatriz, hei de traze-la a São Marcelo na primeira oportunidade. Espero, porém, que a senhora esteja descansada na fé em Deus. Repousemos a mente na inesgotável bondade divina. É certo que temos muitas e grandes necessidades, mas o Altíssimo tem tudo para nos dar e somente espera saibamos compreender a sua misericórdia.

A enferma calou-se, conformada. A moça, no entanto, confiava-se a Jesus em preces fervorosas. Como solucionar o delicado problema? Não encontrava recursos para atender mentalmente à questão obscura, mas contava com o socorro do Cristo no momento oportuno.


No dia seguinte, um tanto acanhada, dirigiu-se a Cirilo, falando-lhe receosa:

— Sr. Davenport, espero não me leve a mal se lhe pedir um grande obséquio…

— Dize, confiante, minha filha! — respondeu o chefe da casa com inflexão afetuosa — Poderá dispor de mim em qualquer circunstância.

Ela esboçou um gesto de reconhecimento e continuou:

— É que minha mãe, apesar de doente, gosta muitíssimo de música e, de tempos a esta parte, noto-a excessivamente tristonha. Pensei então, em pedir-lhe um adiantamento sobre os meus ordenados, a fim de comprar um cravo de segunda mão. Creio que isso reavivará o ânimo da pobre enferma.

Cirilo Davenport ouviu-a comovidíssimo.

— Com muito prazer — respondeu, solícito — e se quiseres eu próprio me incumbirei da compra.

— Não, não — atalhou a jovem, temendo a informação do endereço —, o senhor não precisará ter esse incômodo. Padre Amâncio, em São Jaques, me fará esse favor. É pessoa entendida e não fará uma aquisição muito cara.


Cirilo contemplou-a edificado com aquelas reiteradas provas de humildade e concluiu:

— Esperarei, então, a conta das despesas e podes estar certa de que tenho nisso grande satisfação.

Ela ia referir-se ao plano de resgate, mas o interlocutor antecipou-se dizendo:

— Não penses em pagamento. Há muito que Beatriz me pediu um instrumento desses para que o guardasses em penhor de nossa amizade. Não será esta a ocasião de satisfaze-la?

Alcíone rejubilava-se de encontrar tamanha generosidade.

Não se passaram muitos dias e a casinha pobre, de São Marcelo, todas as noites se impregnava de melodias maravilhosas. A doente amada submergia-se em ondas de sonoridade divina, encontrando ternas consolações às penas diuturnas. Robbie também percebeu que sua mãe adotiva não estava longe do termo fatal. Nessa angustiosa perspectiva, imprimia ao violino acordes de profunda beleza, traduzindo saudade e sofrimento indefiníveis. Alcíone, a seu turno, mostrava-se incansável no carinho dispensado à enferma idolatrada. Cada noite eram recordadas velhas árias castelhanas, antigas músicas da juventude de sua mãe, que a filha de D. Inácio escutava entre lágrimas de profunda emoção. Para Madalena, a ternura dos filhos era uma gloriosa compensação do mundo aos seus martírios inomináveis de esposa e mãe.

— Tenho a impressão, minha filha — dizia com um sorriso de sincera conformação — que nossa casinha se transformou num templo. Estou quase convencida de que disponho, agora, da estação religiosa, da qual poderei partir para a vida espiritual.


A filha multiplicava as expressões confortadoras e as melodias cariciosas vibravam no ar, transportando a enferma a sublimes estâncias de puro gozo espiritual.

Semanas se passaram assim, contemporizadoras, até que um dia Madalena acusou astenia geral. Grandemente assustada, Luísa esperava por Alcíone com angustiosa ansiedade. Robbie, porém logo que chegou do trabalho, resolveu procurar o socorro do médico assistente. A enferma estivera desacordada alguns minutos e, em seguida, sucessivas aflições lhe causavam verdadeiro tormento.

À tarde, como de costume, Alcíone voltou ao lar, experimentando dolorosa surpresa com a gravidade do caso. Abraçou a mãezinha, mal podendo conter as lágrimas.

— Que foi isso, mamãe?

Percebendo a aflição que lhe transparecia do olhar afetuoso, a doente buscou tranquilizá-la:

— Creio que não estou pior!… Talvez seja alguma perturbação do estômago. Aliás, nunca me senti tão bem como nas últimas semanas.


O coração filial, porém, adivinhava naqueles olhos túmidos um esforço supremo para tranquilizá-lo. Ambas estavam convictas de que o fim se avizinhava. A jovem fez o possível para renovar-lhe as forças com palavras encorajadoras, murmurando em seguida:

— Suponho que, por estes dias, poderemos ir ao cemitério visitar o túmulo dos nossos entes caros, como a senhora deseja. Reanime-se, mamãe! Pense nos passeios que gostaria de fazer, pense na saúde e verá que as dores desaparecem.

Entretanto, naquele momento, era a genitora quem se esforçava por consolar a filha ansiosa.

— Ora, filhinha — objetava com um sorriso forçado —, que iria fazer ao cemitério? Não sei onde tinha a cabeça, quando pensei e desejei conhecer a sepultura de papai, visitando igualmente a de mamãe!… Com o correr dos dias, fui ponderando melhor e acabei compreendendo que era mesmo um capricho extravagante. Nossos amados não devem mesmo lá estar, envoltos em montes de lodo. Cheguei mesmo a sonhar com mamãe a elucidar-me da impropriedade do meu desejo, afirmando que seu coração está comigo, junto de mim, fortalecendo-me nas provações em curso…


Alcíone ouvia confortada e surpreendida. A senhora Vilamil fez uma pausa mais longa, devido à dispneia, e prosseguiu ofegante:

— Espero, porém, que Deus me ajude a realizar o outro desejo. Quando pensas que vamos ter a visita dos teus patrões?

Alcíone esboçou um gesto indefinível e asseverou:

— Os pais de Beatriz, segundo creio, não tardarão a vir…

— Ainda bem que assim é, pois quero agradecer-lhes o bem que nos têm feito, no desdobramento de nossas lutas em Paris.

A chegada do médico, em companhia de Robbie, interrompeu o diálogo.

O facultativo examinou a doente com minuciosa atenção, formulando conceitos otimistas que Madalena acolhia com melancólico sorriso, mas, ao retirar-se, chamou Alcíone em particular, afiançando-lhe gravemente:

— Apesar de nossos esforços e da tua valiosa dedicação, minha boa menina, tua mãe está chegando a termo de vida.

A moça não conseguia articular palavra, sufocada pela dolorosa surpresa, enquanto o velho esculápio prosseguia:

— Qualquer medicação não passará de paliativo destinado a manter-lhe uns restos de vitalidade. Pelos meus conhecimentos e longa prática, digo que ela poderá expirar de um momento para outro; mas, na melhor das hipóteses, não irá além de um mês…


Enquanto a desolada Alcíone enxugava as lágrimas discretamente, o médico procurava confortá-la, exclamando:

— Procura entregar o caso a Deus. Não te martirizes com a ideia de perde-la, porque a paralisia de tua mãe é um dos casos mais angustiosos que conheço, de há muitos anos, na minha clínica. D. Madalena tem sofrido heroicamente, não seria justo perturbar-lhe o coração nestes dias em que se prenuncia o termo de longos padecimentos…

Alcíone fitou-o reconhecidamente, murmurando:

— O senhor tem razão.

No dia seguinte, a jovem Vilamil chegou ao palacete da Cité, assomada de profunda tristeza. Olhos encovados, muito pálida, esperou que Susana se levantasse, e, quando a atividade doméstica entrou no ritmo habitual, chamou-a por obséquio, em particular, assim falando:

— Senhora Davenport, infelizmente a situação em que me encontro obriga-me a importuná-la com um pedido de licença por alguns dias. Creio que minha mãe não terá mais que um mês de vida… Ontem sofreu a primeira crise cardíaca mais grave, e o médico me declarou que suas horas estão contadas…


A filha de Jaques condoeu-se sinceramente da governanta de Beatriz, pela comoção e humildade com que lhe confiava a amargura do seu lar, e respondeu com interesse amistoso:

— Sem dúvida. Faço questão que permaneças ao lado de tua mãe, pelo tempo que for preciso. Não tens somente um irmão adotivo?

— Sim — disse a moça, desejando conhecer a intenção da pergunta.

— Neste caso, poderei combinar com Cirilo, e tua mãezinha, se julgares conveniente e útil, virá para nossa casa. Como sabes, temos muitas dependências desocupadas. Com isto não estou considerando a pausa das tuas obrigações, mesmo porque, há muito, pretendia oferecer-te alguma oportunidade de repouso no que concerne ao tratamento da enferma. De antemão, estou convencida de que a providência daria a Cirilo muito prazer. Aqui na Cité, os recursos são mais fáceis e sua mãe seria uma doente também nossa.


A filha de Madalena confortou-se com tamanha afabilidade, verificando o poder regenerador do Evangelho sobre aquela alma, e respondeu comovida:

— Pode crer, senhora Davenport, que minha mãe e eu lhe seremos eternamente reconhecidas pela lembrança amável; no entanto minha genitora não poderia deixar nossa casinha. Seria impossível transportá-la…

— Já que assim é — explicou Susana atenciosa —, levarás contigo uma de nossas criadas para ajudar no trabalho necessariamente aumentado nestes transes.

— Agradeço muito, senhora, mas nós temos uma velha criada de confiança, que se incumbe de todos os serviços. A senhora pode estar descansada.

Susana, porém, desejando externar, de qualquer modo, o desejo de ser útil, buscou uma centena de escudos, colocando-os nas mãos da governanta, a murmurar:

— Então, leve este dinheiro. Talvez sobrevenha alguma despesa imprevista.


Alcíone aceitou, emocionada, e, quando pretendia retirar-se, a dona da casa perguntou solícita:

— E o teu endereço? Antes que te vás, desejo sabe-lo, para que Beatriz lá chegue de vez em quando e nos traga notícias.

— Nossa casinha — esclareceu a filha de Madalena dissimulando o embaraço — não tem uma característica com que se possa identificar, mas a senhora pode ficar tranquila que eu aqui virei sempre que for possível e, no caso de qualquer ocorrência mais grave, não deixarei de mandar um portador.

Mais uma vez, Susana preocupou-se com as evasivas da moça, nesse particular, mas não fez qualquer objeção. Todos os familiares se interessaram pelo caso e procuraram expressar votos sinceros de solidariedade e feliz desfecho.

Alcíone afastou-se apressadamente para o arrabalde de São Marcelo, toda entregue a penosas cogitações. Observara em Susana sincero desejo de aproximar-se. Que aconteceria se os Davenport lhe descobrissem a residência? Infelizmente, o estado da genitora não lhe permitia ponderar a possibilidade de se retirarem para alguma aldeia distante. Rogava a Deus o socorro divino de sua bondade nas inquietantes expectativas que lhe assaltavam o espírito. Prometia a si própria voltar sempre à Cité, para desviar da segunda esposa de seu pai a ideia de uma visita a São Marcelo, cujas consequências seriam demasiadamente dolorosas para todos. De volta ao lar, verificara que a doente querida não obtivera qualquer melhora. Fez o possível para dissipar os pensamentos que a torturavam, entregando-se à tarefa de enfermeira carinhosa, com todos os desvelos do coração.


Os dias escoavam-se com expectativas atrozes. A senhora Vilamil alcançava apenas rápidos minutos de repouso, para voltar logo às dispneias angustiantes. De quando em quando, vinha o médico e esperançava a enferma com palavras amigas, meneando, porém, tristonhamente a cabeça, tão logo se via a sós com a filha, a comentar a situação.

A pobre moça não sabia como atender à complexidade dos problemas torturantes. De três em três dias, corria à Cité, onde, exibindo olhos fundos e considerável abatimento, procurava tranquilizar os Davenport. Ante as interrogações afetuosas de Cirilo, ou de Susana, alegava que a enferma estava melhor e mais forte, ansiosa por lhes desvanecer a intenção da visita.

A situação, porém, era outra. A filha de D. Inácio, ao fim de três semanas, apresentou os sintomas inequívocos da morte. O facultativo recomendou o derradeiro socorro da religião. Desfeita em lágrimas, seguida de Robbie que não sabia como disfarçar a imensa dor, Alcíone pediu a assistência do padre Amâncio, dadas as relações de amizade. Madalena Vilamil confessou-se, recebeu religiosamente as bênçãos da extrema-unção. O velho pároco de São Jaques do Passo Alto  dirigiu-lhe palavras de fé e consolação, que a nobre senhora recebeu com serenidade.


Mas, nada obstante a firmeza dos seus princípios religiosos, não conseguia eximir-se à mágoa da separação da filha e de Robbie, as duas afeições que lhe haviam sustentado a alma sofredora, por longos anos de provações atrozes. Naquela noite que se seguira às últimas providências religiosas, a agonizante parecia mais lúcida. Seus olhos haviam adquirido brilho diferente. Dizia entrever paisagens extraterrenas, que a criada tomava à conta de alucinações.

Enquanto Robbie soluçava baixinho, no quintal, Alcíone aproximou-se do leito e perguntou, como costumava fazer todas as noites:

— Mamãe, a senhora prefere agora a leitura?

A agonizante tinha as faces banhadas de suor. E enquanto a filha lhe enxugava a fronte, respondeu na sua aflição:

— Hoje, minha filha, gostaria que lesses o Novo Testamento, o capítulo da Paixão. 

Sufocando as impressões dolorosas, a jovem tomou o livro e leu vagarosamente, observando o profundo interesse maternal pela triste narrativa da passagem de Jesus pelo Horto. 


Nessa noite, por mais que se esforçasse, Alcíone não conseguiu fazer o comentário. Com inaudita dificuldade, continha as lágrimas que lhe bailavam à flor dos olhos. A enferma interrogou-a com o olhar muito lúcido, e ela respondeu beijando-a:

— A senhora hoje está fatigada. Minhas palavras poderiam incomodá-la… Além disso, quero preparar-lhe umas gotas calmantes para o sono necessário.

A agonizante pareceu conformar-se e perguntou:

— Onde está Robbie?

A jovem foi buscá-lo imediatamente. Instado por ela, o rapazinho enxugou o pranto, compôs a fisionomia como pôde e acorreu à cabeceira da mãezinha adotiva. Madalena deu-lhe a destra muito branca, que ele beijou enternecido; mas, notando-lhe o abatimento extremo, o nariz afilado pela dor da agonia, as unhas roxeadas, os olhos fulgurantes dos últimos lampejos, não pôde atender aos rogos da irmã e rojou-se de joelhos, a soluçar convulsivo. A senhora Vilamil deitou à filha um olhar de quem roga cooperação e, passando a mão descarnada e trêmula pela sua cabeça, perguntou:

— Por que choras assim, meu filho?


Alcíone procurava ergue-lo com delicadeza, mas Robbie, como que desejando desabafar com a enferma, que sempre o tratara com ternuras de mãe, murmurou em pranto:

— Ah! que será de mim se a senhora morrer?

— Que é isso, Robbie? — falou Alcíone com afetuosa energia — pois mamãe está doente e cansada e tu não tens pena de vê-la com tanta necessidade de dormir?!…

Madalena sorriu tristemente, mostrando que desejava consolá-lo, e disse com esforço:

— Deus é Pai, meu filho, e nunca nos separará em espírito… A morte aniquila o corpo, mas a alma é indestrutível… Não chores assim, porque essa atitude demonstra falta de confiança no Todo Poderoso…

— Sei que a senhora não me esquecerá — disse o rapaz comovedoramente — e que, se partir, pedirá por mim, lá no Céu… mas por que não morro em seu lugar, se vivo tão escarnecido neste mundo? Sem a senhora, como suportarei as ironias da rua e as sátiras ferinas daqueles próprios meninos confiados aos meus cuidados para os serviços da música, na igreja?


E vendo que Madalena olhava para a filha, como a inculcá-la sua substituta, para o futuro, Robbie reclamava em tom de lástima:

— Alcíone trabalha fora o dia inteiro, nunca terá tempo de ouvir-me!… Luísa não me pode compreender. Se a senhora se for, a casa para mim fica vazia, sem ninguém…

A filha de D. Inácio deixou escapar uma lágrima.

— Se Deus me chamar Robbie, lembra que aqui estarei guardando-te em espírito… Seguirei teus trabalhos com o mesmo interesse, cuidarei da tua saúde, dar-te-ei forças para ouvir os ditos ingratos do mundo, enquanto o Todo Poderoso for servido…

Alcíone avaliou a angústia materna e, abraçando-se com o irmão adotivo, observou:

— Vamos, Robbie! Estás muito nervoso. Luísa te levará um cordial, logo que te deites. Quem te disse que mamãe vai morrer? Não achas que é ingratidão atormentá-la com estes pensamentos lúgubres?

O rapaz atendeu e retirou-se amparado pela irmã, a esfregar nervosamente os olhos.


Alcíone regressou ao quarto da enferma para desmanchar-se em carinhos. De minuto a minuto, passava-lhe na fronte um fino lenço, enxugando o suor abundante. Em dado instante, Madalena Vilamil pareceu sossegar. À dispneia sucedia uma relativa serenidade. Em preces fervorosas, a filha observou, porém, que os olhos estavam demudados, qual se apresentam nas febres intensivas. A agonizante parecia delirar de alegria. Começara um período de perturbação, natural em muitos casos de desprendimento, no qual a senhora Vilamil não sabia se estava na Terra ou noutra região.

— Por que vos demorastes tanto, padre? — insistia em perguntar, dando a entender que falava a uma sombra.

— A quem se refere, mamãe? — inquiriu Alcíone impressionada.

— Padre Damiano aqui está… Não o vês?

E olhando, ansiosa, para um canto do aposento, a agonizante perguntava:

— Ah! — quem sois vós?

Mas, quase no mesmo instante, olhos desmesuradamente abertos, rematava:

— Minha mãe!… minha mãe!…


Alcíone acompanhava-lhe o pranto natural, rogando a Jesus lhes enviasse o socorro divino da sua misericórdia.

Depois de um minuto, a filha de D. Inácio voltava a dizer:

— Minha mãe veio interpretar, para nós, a leitura evangélica… Sim, todos nós temos um horto de agonias, que atravessaremos a sós, no esforço valoroso da fé… todos teremos um caminho doloroso e um calvário… mas, além de tudo isso… a criatura de Deus encontrará a ressurreição e a vida eterna…

A moça, que a ouvia entre lágrimas, não duvidou da visita espiritual de que era testemunha. Decorridos alguns instantes, sempre dando a entender que recebia a voz do invisível, a agonizante voltou a interpelar as sombras:

— E Cirilo, minha mãe? — por que não veio em sua companhia?

Os traços de Madalena iluminaram-se de contentamento.

— Amanhã? — bradou a enferma desvairada de júbilo.


Em seguida, misturando as impressões espirituais com as do Plano físico, dizia à filha, surpresa:

— Teu pai chegará amanhã! Como me sinto melhor, minha filha!… Nosso quarto está cheio de luzes! Minha mãe diz que chegou o tempo da minha cura e que partirei com ela, amanhã, ao entardecer…

A moça estremeceu. Seu pai viria no dia seguinte? Como interpretar semelhante afirmativa? Tratar-se-ia de uma expressão confortadora ou de promessa justa do Plano espiritual? Fundamente espantada, pedia a Deus lhe iluminasse a razão para o entendimento de sua divina vontade.

Desde essa hora, Madalena, semi-inconsciente, dava a impressão de preparar-se para o amanhã jubiloso.

— Vai, minha filha — dizia inquieta —, abre a grande mala e traze os dois grandes cadernos de anotações de teu pai, a velha Bíblia, o livro de orações…

Alcíone sentia-se compelida a obedecer maquinalmente. Minutos depois, as pequenas lembranças de Cirilo estavam alinhadas sobre a mesa rústica, ao lado das drogas medicamentosas. Só então, quando as viu a todas, envolvendo uma a uma em delicioso olhar, conseguiu entrar em branda sonolência, como quem repousa após cumprir um sagrado dever. Alcíone, porém, continuou vigilante, certa de que a mãezinha amada vivia na Terra os minutos derradeiros. Pela madrugada, voltaram as crises. Madalena abandonava o corpo, devagarinho, entre dispneias dolorosas e visões do mundo espiritual, que lhe deixavam o espírito meio confuso. Pela manhã, duas vizinhas solícitas vieram ajudar nos afazeres domésticos. Alcíone, sempre colada à cabeceira da mãe, que continuava a falar em voz alta, prosseguia em oração silenciosa, imprecando a intervenção de Jesus no lutuoso transe.


Voltemos agora ao palacete da Cité, onde, não obstante as informações tranquilizadoras da governanta de Beatriz, reinava certa inquietude pela sua ausência prolongada. Todos sentiam a sua falta, não no trabalho propriamente dito, mas na assistência que seu coração dedicado sabia proporcionar a cada um. O culto doméstico, sem a sua presença, parecia desprovido das luzes ardentes que caiam sobre os textos aparentemente obscuros, dilatando confortadoras e divinas inspirações.

Na véspera daquele mesmo dia em que a jovem aguardava o traspasse da genitora, os Davenport comentavam, durante o almoço, a sua demora, quando Susana obtemperou:

— Alcíone cá esteve há cinco dias. Tranquilizou-nos sobre o estado da enferma, mas eu tenho necessidade de visitá-la, de qualquer modo.

— Muito bem — respondeu Cirilo com atenção —, também acordei hoje com a ideia de fazer o mesmo. Poderemos então faze-lo amanhã.

— E o endereço? — objetou a senhora — até hoje, por mais que me esforçasse, não consegui obtê-lo. Quando o solicito, Alcíone perturba-se e há muito, por isso, deixei de lhe exprimir o sincero desejo de me aproximar dos seus.

— É o acanhamento natural — justificou o chefe da casa, com bonomia.


O velho professor de Blois interveio, murmurando:

— O endereço? É muito fácil. Sabemos que Alcíone tem relações afetivas com o pessoal da igreja de São Jaques do Passo Alto. Basta recordar que ali visitamos os despojos do seu tutor…

— É verdade — concordou Cirilo —, como não me havia lembrado antes? Mandaremos o cocheiro tomar informações ainda hoje.

Susana, que se interessara vivamente pela lembrança paterna, tomou as primeiras providências, chamando o servo para a incumbência.

— Então, Cirilo — disse a dona da casa —, podemos ir amanhã cedo a São Marcelo, caso tenhas tempo disponível.

— Eu também vou — disse Beatriz, resolutamente.

Observando a atitude da neta, o velho Jaques lembrou:

— Será melhor irmos todos. Além de atender a uma obrigação agradável, creio que faremos belo passeio, em arrabalde que pouco conhecemos.

O chefe da família concordou alegremente, apesar da objeção que a esposa fazia com o olhar.


No dia imediato, por volta das dez horas, elegante carruagem entrava na ruazinha modesta, em que Madalena curtia a sua pobreza. Muitos moradores entreolhavam-se espantados.

Arrancada por Luísa da cabeceira da enferma, cuja agonia se prolongava dolorosamente, Alcíone foi à porta atender a quem a chamava com tanta insistência. Reconhecendo que os Davenport se aproximavam sorridentes, seu primeiro impulso foi recuar, tal o assombro. Nunca encontrara na vida momento tão amargo. Quis caminhar, sorrir, mostrar-se calma e, no entanto, seus lábios se prenderam, enquanto estranho palor lhe cobria a face num ricto de espanto. O coração batia-lhe descompassado. Que iria suceder em tais circunstâncias? A agonizante, desde a madrugada, falava em voz alta, da chegada do esposo. Impossível evitar que os Davenport a ouvissem. Num ápice, porém, lembrou-se do seu contato com as lições de Jesus e procurou dominar-se. Certo, o Evangelho não seria apenas um roteiro para os momentos fáceis. Era indispensável provar-lhe o valimento em todas as situações da vida. Olhou instintivamente o céu e disse consigo mesma: — “Senhor, ajudai-me a compreender vossa divina vontade!”

Seu desfalecimento durara um instante. Energias cariciosas balsamizavam-lhe o coração dorido e ansioso. Não lhes podia determinar a fonte, mas estava certa de que Jesus lhe enviava sua bênção.


Nesse comenos, os visitantes já estavam junto dela, menos risonhos, por haverem percebido na sua atitude algo de grave, que não podiam prever.

— Que foi, Alcíone? — perguntou Susana preocupada, abraçando-a. — Assim tão pálida? A doente piorou?

Mais calma, a jovem teve forças para murmurar:

— Mamãe está expirando.

Cirilo e Jaques, sinceramente compadecidos, abraçaram-na, comovidamente. Beatriz, como se desejasse prestar serviço imediato, adiantou-se ao grupo, varando casa a dentro. Alcíone acompanhou-os à pequena sala de visitas, que dava justamente para o quarto da agonizante, convidando-os a sentar-se, com a gentileza que lhe era inata. Percebendo o empenho que tinham em socorre-la naquele transe, seu primeiro desejo era correr ao quarto de sua mãe e esconder as lembranças paternas, que lá estavam em cima da mesa; mas Susana e Cirilo, poderosamente atraídos para o quarto da agonizante, levantaram-se procurando lá entrar, no intuito de prestar qualquer auxílio.

A moça empalideceu e exclamou:

— Por favor, não entrem agora!…


A voz timbrava um mundo de aflições, que ninguém poderia perceber. Cirilo, porém, afagando-lhe a cabeça num gesto afetuoso, tentava dissipar-lhe a inquietude:

— Não te acanhes, minha filha! Tuas dores são nossas também!…

Ela os acompanhou, quase cambaleante.

Nesse momento, Madalena deu um grande grito, misto de emoção e júbilo.

— Cirilo!… Cirilo!… — bradou, julgando-se visitada por uma sombra — por que demoraste tanto? Ai! que longos anos de separação, que noites de angústia! Mas, agora, me levarás contigo para o mundo onde não existem nem sorvedouros, nem mar!…

O casal dava mostras de profundo terror. Magnetizado por estranha força, o filho de Samuel colou-se à cabeceira do leito. Não podia enganar-se. Era Madalena, sim, envelhecida e semimorta. As mãos de cera, as rugas do rosto, a cabeleira maltratada de moribunda, não revelavam a carinhosa e bela companheira da mocidade; mas aqueles olhos profundos e lúcidos, a voz inesquecível, não podiam deixar qualquer dúvida.

— Que vejo? Que vejo eu? — murmurava o negociante de fumo, terrivelmente surpreendido.


Madalena como que alucinada de alegria e de dor, estendia-lhe as mãos cadavéricas, exclamando:

— Vê como Alcíone cresceu. Moça e bela!… Nunca contemplamos juntos a nossa filha!… Ela foi o meu consolo na viuvez, o meu refúgio nos dias de saudade… Vê nossa casa como está pobrezinha! Mas Deus habita conosco em santa paz! Antes que a notícia da tua partida para o Céu me chegasse aos ouvidos, eu já havia perdido tudo da nossa felicidade de outros tempos… Fiquei só, Cirilo, mas Jesus começou a restituir-me a ventura que desaparecera… Não haverá no mundo hora mais feliz do que esta em que nos reunimos, para sempre, depois de tão longa separação…

Alcíone, revelando poderosa energia moral, aproximou-se da genitora, enxugou-lhe o suor e afagou-a murmurando:

— É preciso acalmar-se, mamãe…

— Não estou alucinada, filhinha — retrucava Madalena de olhos fulgentes —, não vês o que vejo no limiar da morte… Ainda não podes divisar as feições de teu pai, que voltou do sepulcro para me levar com ele…

— Minha mãe tem experimentado longos delírios — exclamava Alcíone timidamente…


Mas, voltando-se para os dois circunstantes, observou que Susana, lívida de mármore, ajoelhara-se, enquanto o genitor fixava a agonizante com ares de alucinado.

— Tua lembrança — continuou a dizer Madalena, dirigindo-se ao esposo — sempre andou conosco, em tudo e em cada dia. Ali estão os teus cadernos de anotações, tua Bíblia, o livro de contos irlandeses…

Cirilo Davenport esboçou um gesto de profundo espanto, como a registrar a confirmação da tremenda surpresa.

— Estão limpos e intactos… — prosseguia a agonizante, dando satisfações do seu cuidadoso dever — todas as semanas, repetíamos o trabalho de conservação e limpeza, com o pensamento em ti, para que nos visses lá do Céu!…

O filho de Samuel, mudo e trêmulo, aproximou-se da mesa. Sua palidez aumentava à medida que ia reconhecendo antigas notas de trabalho na Sorbona.


Susana, a seu turno, jamais poderia definir a angústia que lhe oprimia o coração. Via o que nunca poderia prever, na sua perversidade de outrora. Madalena Vilamil ali estava à sua frente, desafiando-lhe a consciência onusta de acerados remorsos. Anos de angustiosa expiação íntima haviam passado. Quantas vezes procurara, à sombra dos altares, um bálsamo para as torturas do coração? Tudo inútil! Apenas, naqueles últimos tempos, conseguira um farrapo de esperança com o culto doméstico em que Alcíone esclarecia tão bem o problema das fraquezas humanas e da bondade de Deus. Agora, entretanto, sentia-se convocada ao testemunho pungente. Somente agora compreendia a primeira impressão de repulsa, quando Alcíone lhe entrara em casa, simpatizada por todos. Era impossível que ela ignorasse o segredo terrível. Contudo, pelas palavras da agonizante, pela situação geral, compreendera que a filha de Madalena dispusera-se a um sacrifício quase sobre-humano. Filha de Cirilo, suportara o papel de serva em sua casa e vítima do seu crime, nunca levantara a voz para fazer a mínima acusação… Quem teria dado forças àquela criatura tão simples, para tolerar tamanho opróbrio do destino, sem um gesto de indignação e desespero? A filha de Jaques lembrou as magníficas inspirações no culto doméstico do Evangelho. Alcíone sempre se referira a Jesus como divino hóspede do seu coração. Do Mestre é que devia escorrer o manancial de tantas energias. E foi assim, ali, defrontando sua vítima nas vascas da morte, que a infeliz criatura experimentou sincera e dolorosa contrição. Os sofrimentos de Madalena e os heroísmos de Alcíone falavam-lhe muito alto daquele Cristo, que tantas vezes lutara por compreender, sem resultados apreciáveis. Entendia, afinal, que um exemplo, às vezes, podia substituir um milhão de palavras. Naquele momento, por certo, Jesus lhe impunha a confissão do crime nefando. Angustiosa batalha travava-se-lhe no íntimo atormentado. Onde estaria Antero de Oviedo, o comparsa da trama sombria? Não seria melhor atribuir-lhe a culpa do feito execrável? A família Davenport estava certa de que ela apenas assistira à morte de D. Inácio. Sempre afirmara ter chegado a Paris no dia seguinte ao sepultamento da rival e para comprová-lo tinha o documento do cemitério. Seu velho pai era testemunha da sua saída de Blois  e podia conferir mentalmente a data da sua chegada a Paris. Ela também já havia lutado muito. O consórcio, não obstante a vida de fausto que levavam, nunca lhe dera a felicidade ardentemente esperada. Alguns fios brancos já lhe riscavam a cabeleira, traduzindo o cansaço da vida. Não seria, também, mais acertado preservar a ventura de Beatriz, isentando-a da venenosa recordação de uma mãe ignóbil? E seu venerando pai? Como receberia a confissão dolorosa? Nessa terrível batalha em que os impulsos inferiores propendiam para exibir uma falsa inocência, para que o sobrinho de D. Inácio fosse o único culpado, Susana Davenport sentia-se morrer. Daria mil vezes a vida para tomar o leito da agonizante e entregar-se à morte, em seu lugar. Quando o mal estava a pique de triunfar concretizado em ato extremo, ela relembrou o vulto de Alcíone nos seus sacrifícios diários. Quanto não teria sofrido a pobre menina para suportar o serviço a que fora conduzida, talvez ignorante de que, ao procurar a subsistência, batia à porta do próprio pai? E Madalena? Quantas privações duras e amargosas não deveria ter experimentado? Acerbo sentimento de pejo empolgou-a inteiramente. Sentiu-se, depois, envolvida nas alocuções evangélicas do culto familiar. Jesus estava sempre pronto a acolher os desamparados, os falidos, os criminosos e impenitentes do mundo; mas não era lícito recalcitrar. O Mestre fornecia recursos à retificação dos erros; entretanto, o maior dos crimes deveria ser o reincidir no mal, perante o Mestre, tendo a noção de seus ensinamentos. Um vulcão de lavas ardentes rompia-lhe do peito, devorava-lhe o cérebro em cachoar de brasas vivas. Em meio de tanta desolação íntima, dúlcida voz lhe falava à consciência dilacerada: — “Confessa! Confessa e acharás o caminho para Deus…”


Nesse instante, Cirilo Davenport, aterrado com os documentos que revirava nas mãos, voltou-se para Alcíone, buscando esclarecimentos, mas, vendo-a tão calma e transparente de candura, desistiu de lhe magoar o coração tão cedo sacrificado e dirigiu-se automaticamente a Susana, que se mantinha muda e genuflexa.

Alcíone percebeu que se iniciava o penoso processo de reparação e aclaramento, e sentou-se ao lado de sua mãezinha, murmurando com carinho:

— Quem sabe, mamãe, a senhora desejará um pouco d’água?…

— Não… não… — dizia a agonizante, parecendo interessada em não perder de vista a silhueta de Cirilo — onde está Robbie? Quero apresentá-lo a Cirilo como nosso filho de criação…


Cirilo, porém, profundamente acabrunhado, retirara-se a um canto do quarto, onde Susana continuava ajoelhada.

— Que pensa de tudo isso? — inquiriu ele extremamente pálido.

Ela teve a impressão de que aquela voz era um libelo terrível. Como se despertasse de medonho pesadelo, respondeu confusa:

— É ela!…

— Mas… explica-te — insistiu transfigurado pelo sofrimento.

A filha do professor de Blois, no último esforço para vencer-se a si mesma, olhou para Alcíone como a buscar na sua efígie a energia precisa à confissão dolorosa, afirmando em seguida:

— Foi o maior crime da minha vida!

Cirilo fez um esforço inaudito para não baquear aturdido.

— Que diz? — perguntou aterrado.


Mas Susana enterrara novamente a cabeça nas mãos; e o marido, cambaleante, deu alguns passos, abriu a porta e chamou o velho Jaques. O venerando ancião, pela fisionomia estuporada do sobrinho, compreendeu de relance que algo havia de muito grave. Beatriz ficou só, folheando um livro.

— Meu tio — exclamou Cirilo amargamente, designando a agonizante —, esta é Madalena e Alcíone é minha filha!…

O velho Jaques estuporou-se também. Era ela, sim! Não obstante o abatimento físico da extrema hora, identificava a filha de D. Inácio Vilamil, detalhe por detalhe. E sentia-se estrangulado pela surpresa angustiosa. Dava a impressão de se haver petrificado pelo sofrimento. Queria amparar Cirilo, mas todo o corpo lhe tremia ao impulso da violenta comoção. Foi o próprio sobrinho quem lhe deu a mão, impedindo-o de tombar, ali mesmo, diante da agonizante. Nesse instante, porém, Jaques orou com fervor jamais sentido em toda a vida, exorando forças para atender a amarga conjuntura do momento. Passado o primeiro choque, teve forças para interrogar:

— Como se explica isso?


A filha levantou-se, em pranto convulsivo, emocionada com o testemunho inelutável, e arrostando a angústia paterna, abraçou-se ao velho genitor, como a procurar o perdão de um espírito sempre generoso.

— Meu pai!… meu pai! — clamava entre lágrimas.

Foi aí que Cirilo, respondendo à pergunta do tio, exclamou quase sufocado:

— Susana deve saber tudo!… Já me afirmou que esse foi o maior crime de sua vida!…

O velhinho, estupefato, a remota noite de Blois, quando a filha se agastara com a sua adesão ao projeto do sobrinho, de esposar a senhorita Vilamil. Parecia-lhe ter diante dos olhos o quadro que o tempo não conseguira esfumar, ouvindo a confissão de Susana, de que também amava o rapaz. Relembrou as suas atitudes no lar, a ojeriza constante à Madalena, a insistência em desposar o primo viúvo, lá nas plagas americanas.


De pronto repassou a tela das reminiscências vivas, para fixar depois o olhar na agonizante e na filha, considerando a dolorosa jornada de ambas. De que paragens de dor chegava Madalena Vilamil até ali, com as rugas lavadas de lágrimas e coberta de cãs prematuras? Pelas informações de Alcíone, deveria ter vivido muito tempo na Espanha… Quem a teria conduzido a regiões tão distantes? A exemplificação da filha constituía, naquele momento, um atestado de glória espiritual. Somente agora compreendia o suave e irresistível magnetismo que ela exercia sobre todos os de casa. Era preciso, entretanto, ter um coração perpetuamente unido a Deus para praticar o amor qual o fazia a jovem humilde, que ali se encontrava em atitude confiante, no cumprimento de um dever tão sagrado quão doloroso. O quadro o impressionava para sempre. Ponderando tudo isso, Jaques Davenport convocou as suas possibilidades morais para conservar a serenidade imprescindível e obtemperou, com afetuosa energia: 

— Avalio que ação negra se mascara por detrás da nossa angústia!…


E observando que os dois se achavam incapacitados de dominar a própria emoção, lembrou sensatamente:

— Deus nos está mostrando o ígneo bulcão de amarguras em que Madalena consumiu as energias de esposa e mãe! Podemos imaginar que espécie de infâmia lhe argamassou o infortúnio. Mas, penso que se a pobrezinha foi reduzida a tamanha expressão de sofrimento, em toda a vida, não devemos perturbar-lhe o sono da extrema hora. É preciso defender a paz dos mortos!…

Ditas essas palavras, dirigiu-se à filha, exclamando: 

— Vai-te para casa com a Beatriz. Depois falaremos.

E voltando o olhar para o sobrinho, murmurava comovido:

— Quanto a ti, meu filho, que Deus te dê forças!…

Susana contemplou, pela última vez, Madalena no seu leito de morte e encaminhou-se para a porta, vacilante. Beatriz, que esperava calmamente na sala, não dissimulou o espanto ao ver a transfiguração da genitora.

— Que foi, mamãe? — interrogou ansiosa.

— Não te assustes — esclareceu a infeliz com dificuldade —, a mãe de Alcíone está expirando… Vamos. Teu pai e teu avô ficam até mais tarde…

— Pobre Alcíone! — murmurou a mocinha ingenuamente.


Enquanto a carruagem regressava, depois do meio dia, no quarto modesto de Madalena Vilamil a cena dolorosa continuava. Jaques identificou um por um dos papéis que estavam sobre a mesa. Depois de muito lagrimar, sentou-se contemplando a agonizante, com grande amargura. Sufocado de dor, o esposo apoiava-se no leito mortuário, como querendo galvanizar as últimas manifestações da agonizante com indomável ansiedade. Jamais Cirilo conhecera pranto tão acerbo. Obedecendo às reclamações insistentes da genitora, Alcíone trouxe Robbie ao aposento.

— Este, Cirilo — dizia a agonizante, exânime —, é também nosso filho pelo coração…

Criei-o amorosamente desde o dia em que nasceu… Ajudar-me-ás a pedir por ele aos pés de Jesus! Nunca o deixaremos só!…

E dando a impressão de querer consolar o rapazinho, acrescentava:

— Estás vendo, Robbie? Por que temer os padecimentos do mundo, se temos outra vida? Não dês importância aos que te escarneçam, meu filho!… Tudo passa na Terra!… Por que haverás de permanecer em tristeza no mundo, quando sabes que te esperamos no Céu?

Fez uma longa pausa, que ninguém se sentia com coragem de interromper. Ao cabo de alguns instantes, acentuava com placidez inconcebível, dirigindo-se ao filho adotivo:

— Toma a bênção a teu pai, Robbie!… Pede-a também ao amigo que o acompanha!… 


Então, verificou-se a cena tocante, que provocava novo contingente de lágrimas copiosas. Com sincera humildade, o pequenote atendeu, beijando a mão dos dois homens para ele desconhecidos.

O filho de Samuel contemplou-o, comovido. Jamais poderia dizer porque o pequeno descendente de escravos o atraía tão fortemente. Num gesto espontâneo, abraçou-o com ternura e murmurou:

— Serás também meu filho!…

Decorreram longas horas, pesadas, tristes.

À tarde, Madalena Vilamil pareceu mais serena e mais lúcida. Em dado instante chamou a filha e declarou:

— Minha mãe e padre Damiano também chegaram… É o momento de partir…

Alcíone recordou a revelação da véspera e ajoelhou-se. Em preces silenciosas, rogou a Jesus recebesse a genitora em seu Reino de verdade e de amor, que lhe atenuasse as últimas amarguras. A agonizante manifestou desejos de confortar a filhinha, formulando carinhosas promessas de amor maternal; contudo, seus lábios apenas denunciavam o esforço supremo. Em profundo desespero íntimo, Cirilo estendeu-lhe a mão, que ela apertou fortemente, como a selar uma eterna aliança e, aos poucos, entregava-se ao grande sono.


Belos tons de crepúsculo invadiam a natureza, quando Madalena partiu. Pesada angústia desabara sobre a casa de São Marcelo, onde se ouvia a voz de Robbie em dolorosos lamentos de criança inconsolável.

O velório teve a presença de numerosos vizinhos, tão pobres quanto os Vilamil.

No entanto, Cirilo Davenport, embora taciturno e desesperado, tomou todas as providências que a situação exigia. A modesta vivenda encheu-se de servas improvisadas, proporcionando à Alcíone e à velha Luísa o repouso de que necessitavam. O cadáver foi amortalhado regiamente. As pessoas presentes, que tinham relações com a morta, surpreendiam-se em face de tamanha generosidade.


O esposo de Madalena Vilamil não saberia explicar o seu estado íntimo. Mil pensamentos lhe turbilhonavam no cérebro incandescido. Tinha ânsias de conhecer todos os informes de Susana, para avaliar a natureza da sua falta e puni-la sem quartel. Procurava recordar as lições do culto doméstico, concernentes à confiança em Cristo e ao perdão, mas os ensinamentos evangélicos pareciam-lhe agora envolvidos em nuvem distante. A ideia de uma reparação à esposa, ofendida e sacrificada, era a nota dominante no seu espírito. Procuraria conhecer toda a extensão do crime que reduzira a companheira a situação tão amarga, castigaria severamente os algozes. Desejava aproximar-se das recordações filiais, sentando-se junto de Alcíone com a poesia do seu coração de pai; mas, era indispensável resolver primeiramente o caso da esposa traída. Depois de tranquilizar a consciência, então elevaria Alcíone ao merecido altar. Aquilatava-lhe o valor moral, a grandeza dos sentimentos. Quanto não teria sofrido antes de fazer-se simples cantora da rua, qual a encontrara pela primeira vez?! Ele ainda não sabia entregar a Jesus situações sem remédio no mundo, desejava dar uma satisfação plena ao seu amor próprio ofendido. A seu ver, impunha-se, antes de tudo, restabelecer a honra pessoal. Submerso em amargura sombria, passou a noite vígil sem um momento de tréguas à mente incendiada por ideias quase sinistras. Que fizera Madalena durante tantos anos na Espanha? Quem havia forjado a burla da sua morte? Como vivera em separação tão amarga? As conjeturas atropelavam-se-lhe no cérebro, sem resposta. Depois de uma consulta ao cemitério dos Inocentes,  recebia na manhã seguinte a notícia de que era impossível abrir um túmulo na mesma zona onde se haviam sepultado os variolosos de 63. Embora não pudesse satisfazer o desejo de inumar a morta inesquecível ao lado dos despojos do fidalgo espanhol, ordenou que o funeral se fizesse com o destaque possível. Alcíone acatou-lhe os mínimos desejos, com humildade. Padre Amâncio, solícito, cuidou de todos os pormenores, sem disfarçar a surpresa que a atitude dos Davenport lhe suscitava.


Quase à noitinha, grande carro estacionou junto ao palacete da Cité. Dele apeavam-se Jaques e Cirilo, acompanhados de Robbie e Alcíone. Na antiga casinha de São Marcelo, apenas ficara a velha serva, aguardando solução definitiva a seu respeito.

Cirilo demandou o ambiente doméstico, assomado de poderosa inquietação. Susana recebeu-o desfigurada, abatida, parecendo haver envelhecido vertiginosamente.

— Não temos tempo a perder — disse ele com expressão rancorosa —, precisamos ouvir-te na sala de leitura. Onde está Beatriz?

— Por piedade! — exclamou ela desesperada — poupa-me a vergonha de apresentar-me a nossa filha como criminosa!

— Não posso — respondeu Cirilo inflexível —, ignoro que providências terei de tomar para desobrigar-me com a minha consciência e não quero que Beatriz mais tarde possa julgar-me injustamente.


Muito pálida, Susana encaminhou-se ao local indicado. Nesse momento, a pedido de Alcíone, Robbie era recolhido ao leito por um velho criado.

Daí a minutos, a filha de Madalena, muito constrangida, figurava ao lado dos Davenport para as investigações amargas. Depois de sentados, Cirilo dirigiu-se a Beatriz nestes termos:

— Minha filha, ontem tivemos a revelação de que Alcíone não é tua governanta e sim irmã mais velha. A agonizante que fomos visitar, e que o túmulo recebeu à tarde, era minha primeira esposa — Madalena Vilamil! Nunca pude saber o drama cruel que se formou no meu caminho, mas tua mãe, que deve ter lembranças bem nítidas do passado vai expor certos fatos que nos poderão esclarecer.

A jovem Davenport tornou-se lívida. Jamais pudera imaginar que, por trás da felicidade doméstica, dormissem angústias como a daquela hora inesquecível.


Susana, que se assentara um tanto afastada, afigurava-se antes uma ré acabrunhada e aflita, sem saber como iniciar a confissão do seu crime.

O velho Jaques, referto de experiências da vida, contemplava a filha num misto de dor e de vergonha. Cirilo tinha os olhos fuzilantes de ansiedade. Alcíone recolhia-se em preces fervorosas no santuário do coração.

A infeliz criatura começou, dificilmente, a revelar, detalhe por detalhe, a enorme culpa da sua vida. De vez em quando, um soluço abafado a interrompia. A confissão prolongava-se por mais de uma hora, e, como se obedecesse a poderosos imperativos da consciência, Susana não omitiu a menor particularidade. Emocionadíssima, pintava os seus estados d’alma na época em que estudava todas as possibilidades do plano criminoso, para conquistar definitivamente o homem amado. Minudenciou as atitudes de Antero Oviedo, descrevendo os antecedentes de suas relações com ele, os passeios que faziam e nos quais o sobrinho do fidalgo espanhol dava-lhe a conhecer a imensa paixão pela prima. Por fim, em frases comovedoras, narrou as cenas da varíola, de 63, a visita ao cemitério dos Inocentes, as sugestões sinistras que um nome lido ao acaso, no velho registro de notas fúnebres, lhe suscitara.


Quando terminou, sob o olhar aterrado do genitor e do companheiro, e com os soluços abafados das duas jovens, ajoelhou-se e suplicou:

— Conheço a vileza do meu crime e Jesus, que me preparou a alma para fazer esta confissão dolorosa e horrível, é testemunha dos longos sofrimentos que tenho amargado. A paixão me levou ao desvario de comprometer para sempre a paz de minh’alma. Realizei o louco intento, vali-me de todos os recursos, meus e de meus amigos, para esposar Cirilo, crente de que, aparceirada com Antero, poderia corrigir um erro do destino. Mas a verdade é que nunca encontrei um ceitil da felicidade ardentemente desejada… Os criminosos não podem lograr, nunca, a realidade do seu ideal. Aprendi cruelmente que não pode haver paz fora do dever cumprido; que não há alegria sem aprovação da consciência tranquila. É verdade que infelicitei Madalena com a minha insânia de amor mas não o é menos que lhe invejo agora a calma espiritual, a fé sincera e confiante com que se entregou a Deus no último transe! Ai de mim! O conforto material que o mundo me concedeu é uma ironia da sorte. Para mim, que atravesso a vida taganteada pelo remorso impiedoso, os palácios são túmulos dourados, tudo se resume em punhados de sombra e de miséria! Sei que perante Beatriz sou mãe desnaturada e alma mesquinha; que perante meu pai sou a imagem da ingratidão imperdoável; que perante Alcíone sou mulher sem coração! Para Cirilo não passarei de malvada e diabólica; mas, se puderem, peço de joelhos que me ajudem o espírito cansado, com o perdão da imensa falta! Não sei quantos anos me restam de vida neste mundo, mas prometo-lhes humilhar-me a todo instante, penitenciar-me como serva de todos, a fim de trabalhar pela minha salvação… Jesus, que me deu a coragem de confessar o crime, não me há de faltar com as energias necessárias ao esforço regenerador!…


Nesse momento, fez uma pausa mais longa. Jaques, estático, permanecia calado, Alcíone e Beatriz choravam amargamente. O marido infelicitado, porém, parecia dementado pela dor. Olhos arregalados como a fitar o passado de sombras, Cirilo Davenport transportara-se em espírito ao ano de 63, esquecera momentaneamente todos os trabalhos e deveres das segundas núpcias. À sua frente via Madalena ultrajada, humilhada, perseguida. Sentia-se rodeado de inimigos implacáveis, que se haviam alojado em seu próprio coração. A ideia de vingança se lhe embutira no cérebro com vigor incoercível. Apesar dos conhecimentos evangélicos, não podia libertar-se da velha concepção que impunha lavar com sangue a dignidade ferida. Pela primeira vez, experimentava o supremo ultraje ao nome, à honra pessoal, ao amor próprio ofendido. Enquanto se perdia em dolorosas reflexões, Susana fixou nele o olhar e exclamou compungidamente:

— Perdoa-me e terei forças para me transformar!…

Soluços amargos acompanharam o apelo. Mas o filho de Samuel, com feições de louco sacou de um punhal e, cambaleando e rugindo, ameaçadoramente, acercou-se da postulante, bradando:

— Não há perdão para o teu crime, Susana! As víboras hediondas devem ser esmagadas.


Entretanto, num ápice, Alcíone colocou-se entre ele e a infeliz. Observando a atitude impulsiva e resoluta do genitor, abraçou-se à filha de Jaques e, quando viu que a mão armada ia desferir o golpe, exclamou com acento inesquecível:

— E Jesus, meu pai?

O braço ultriz pendeu inerte. Era preciso recordar Aquele que não desdenhara o madeiro infamante. Cirilo sentiu-se apossado de estranhas e novas sensações. Pela primeira vez, Alcíone lhe chamava “meu pai”. Por que não lhe seguir a exemplificação de sofrimento e sacrifício? Madalena havia partido em paz. Quem sabe poderia acompanhá-la na mesma tranquilidade de coração? Por que arruinar o porvir com uma ação execrável? Recordava, agora que as lágrimas lhe manavam dos olhos doridos, as lições evangélicas do culto doméstico. Ninguém poderia sanar um mal com outro mal, resgatar um crime com outro crime. O pranto corria-lhe em onda volumosa, quis andar livremente, mas uma sensação de súbito mal-estar lhe anulava as forças. Não conseguiu senão arrastar-se com dificuldade e, apoiando-se em Alcíone, que acabava de acomodar Susana no divã, entregou-lhe a arma perigosa, como a dizer que renunciava a toda ideia de vingança por suas próprias mãos. Jaques e Beatriz perceberam que Cirilo sentia algo de grave e correram a ampará-lo.

— Meu pai, meu pai — dizia a filha de Susana em tom angustiado —, não te entregues assim ao sofrimento!…

Ele, porém, não mais respondeu ao chamado dos circunstantes e foi conduzido ao leito, desfalecido, em deplorável situação.


Cirilo Davenport não resistiu ao sofrimento que lhe causara a revelação tenebrosa. Alguns vasos cerebrais se romperam em penhor de morte. Mais de um médico foi convocado a salvar o rico negociante de fumo, mas não houve meios de o sequestrar ao coma.

Beatriz estava inconsolável. Enquanto Jaques e Susana atendiam à situação angustiosa, no quarto do enfermo, Alcíone, considerando que a mocidade é sempre mais inquieta e inconformada, dirigiu-se ao aposento da irmã, no intuito de lhe preparar o espírito em tão graves circunstâncias. Era indispensável manter-se acima do próprio sofrimento, por corrigir o que fosse possível.

— Ah! Alcíone — exclamava a mocinha soluçando —, como detesto minha mãe!…

— Não diga isso! — revidava a interlocutora emocionada — então, Beatriz, em tão poucos momentos de provação e testemunho, já esqueceste o perdão que Jesus nos ensinou? Recorda os deveres filiais que devem ser sagrados em nossa vida!…

A filha de Susana, contudo, dando expansão a velhos sentimentos, não concordava, murmurando:

— Mas a mãe que Deus me deu é desleal e criminosa!…

— Por que não dizer antes que D. Susana foi doente do espírito quando lhe despontaram os primeiros sonhos da mocidade? Não seria mais nobre julgar assim? Por que, Beatriz, ver tão somente o mal, quando Jesus sempre nos inclina a ver as qualidades mais preciosas da criatura? Nesta casa, há velhas servas trazidas da América, que abençoam tua mãe todos os dias, pelos benefícios dela recebidos… Nada se perde no caminho da vida… Quem encontra forças para julgar os próprios erros já recebeu do Senhor alguma luz.


E vendo que Beatriz se lhe conchegava ao peito, com lágrimas angustiosas, continuava:

— Não te penalizou vê-la soluçante, em confissão que nos foi particularmente dolorosa? Não lhe notaste a expressão de vergonha e padecimento quando se ajoelhou a exorar perdão? Cala as tuas mágoas e procuremos compreender a mensagem que Jesus nos destinou.

— Mas, quanto haverá sofrido tua mãe em consequência desse crime?

— Sim, sofreu e lutou muito, mas hoje descansa das fadigas terrenas, abençoando, talvez, as lágrimas vertidas neste mundo. E, porque tenhamos chorado muito, será justo atormentar a mãe que Deus te concedeu?…

— Ouço as tuas observações carinhosas, quero guardá-las no espírito, mas não posso! A lembrança da confissão desta noite destrói minha felicidade, alguma coisa me turva o pensamento… desejo raciocinar, esquecendo o mal, e não posso.

— É porque ousas enfrentar as penas do mundo sem o Cristo. Estamos na Terra para adquirir ou provar alguma virtude. Na realização desse escopo não podemos desafiar a luta sozinhas! É imprescindível buscar a companhia do Divino Amigo, para sermos esclarecidas a tempo! Jesus tem uma palavra luminosa para cada situação, uma energia inspiradora a cada momento mais amargo, desde que lhe busquemos o socorro divino!…


A jovem Davenport sentiu profundamente o alcance sublime da advertência e acalmou-se. Daí a instantes, voltou a dizer:

— Compreendo, sim, a elevação de teus conselhos fraternos; entretanto, não me furto ao receio de que papai não resista a esta tragédia que nos aperta o coração… Esperarei que Henrique chegue para contar-lhe o que se passa. Muitas vezes tem ele falado da possibilidade de nos casarmos breve. Se o papai não escapar da morte, concordarei, pois assim, pelo menos, poderei deixar a companhia de mamãe e oferecer ao vovô tranquilidade para o resto dos seus dias.

— Não penses tal. Não poderemos desamparar tua mãe. Quanto ao mais, nada dirás ao Sr. de Saint-Pierre. Não temos o direito de confiar a ninguém a dolorosa revelação do nosso caso. É preciso lançar a rega do silêncio e da paz à fogueira das lucubrações tormentosas, para que nossa existência não se transforme em voraginoso inferno.

Beatriz concordou.


Dentro de poucas horas o noivo aparecia cheio de interesse familiar. Outras visitas se sucederam durante a noite. Fatigadíssima, Alcíone manteve-se no seu papel de serva, em que todos a conheciam. A alvorada encontrara Cirilo moribundo. Decorridas vinte e quatro horas do tremendo choque, o filho de Samuel desprendia-se do mundo para a vida espiritual.

O palacete da Cité logo se cobriu de crepes negros. Pesada atmosfera se espalhou no solar do abastado comerciante de fumo.

No dia seguinte o velho Jaques teve forças para providenciar o enterramento do sobrinho, ao lado do túmulo de Madalena Vilamil. O amoroso casal, que vivera separado pela astúcia maliciosa do mundo, reunia-se agora para sempre.

O funeral realizou-se com muita pompa, na tarde imediata à do falecimento. Numerosos eclesiásticos acompanharam o féretro com luxuosas exéquias. A viúva, com ares de alucinada, seguiu o cortejo amparada por Alcíone, que lhe dava o braço com zelos filiais. Mas, quando os padres disseram as últimas palavras do ritual para que o corpo baixasse à campa, ouviu-se estranha gargalhada no ambiente silencioso e triste.

A assistência numerosa entreolhou-se atônita e curiosa!

Susana Davenport havia enlouquecido…




Compelida pelas circunstâncias, a jovem Vilamil nunca forneceu à genitora o nome exato da família a que servia. — Nota de Emmanuel.


Madalena Vilamil permanecia entre as impressões de dois mundos como acontece à maioria dos moribundos. — Nota de Emmanuel.


jo 1:42
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 46
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo, e, na época da tentação, se desviam.” — JESUS (Lc 8:13)


A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no entanto, convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para significar a firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da fé”. (Jo 1:42)

O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época das tentações.

Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências imprescindíveis.

Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.

O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.

Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará tranquilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.

Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.

Respeitemos a firmeza de fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.




Fernando Worm e Francisco Cândido Xavier

jo 1:1
Janela Para a Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Fernando Worm e Francisco Cândido Xavier

“Morte clínica” e desencarne, amor, eutanásia, psicanálise, vida pulsante do Universo, sexo e evolução, divórcio, marxismo, o fim das guerras, a arte de envelhecer, etc.

Com mais de dez comensais à mesa, naquele meio-dia de sábado, o médium Xavier pede que cada um se sirva daquilo que preferir, enquanto ele próprio serve refrigerante aos presentes.

Finda a refeição, e antes que Chico Xavier se retire para um repouso de meia hora recuperando energias para a tarefa evangélica de sábados à tarde, retenho-o por alguns instantes em palestra sobre planos para este livro. Sugeri-lhe que o título fosse “Janela para o Céu”, tendo ele preferido que o título seja “Janela para a Vida”, já que seu tema principal é a mediunidade.

Enquanto concordava com ele que sua sugestão era a mais indicada, notei que o médium Xavier me observava com uma expressão indefinível. Ou melhor, aquele olhar compassivo e doce, compreensivo e profundo, não era o olhar de Chico Xavier a que eu me habituara.

Aquela luz vertendo do Mais Alto proporcionava-me sentimentos de profunda paz, aliados a uma indescritível vontade de superar-me em minhas limitações, de já me ter libertado das algemas das ilusões materiais. Uma luz de inavaliável beleza, vinda de regiões desconhecidas de minha alma, mas presentes nas mais recônditas esperanças de meu espírito sedento de Luz e Sabedoria Divina.

Poderia afirmar tratar-se de Emmanuel, o Benfeitor e o Amigo dos necessitados. Seja como for, penso que nunca esquecerei os vívidos sentimentos que me avassalaram a alma naqueles breves e infinitos minutos de enlevo espiritual.

Antes de recolher-se aos seus aposentos, o médium Xavier entregou-me um envelope contendo respostas às perguntas que eu lhe formulara em várias folhas datilografadas.

Tratando de muitos e variados assuntos, disse ao médium que respondesse somente as que lhe parecessem mais apropriadas ou significativas. Apesar disso, nem uma só ficou sem resposta. Ei-las:


Psicanálise

— A psicanalista Karen Horney afirma que enquanto dormimos verifica-se oculta atividade mental inconsciente, fazendo com que, ao acordarmos, encontremos a impensada solução para esse ou aquele problema que nos preocupava até antes de adormecermos. Como no caso do famoso problema matemático, cuja solução aparece pronta pela manhã… Acha que essa imperceptível atividade onírica, que tantas vezes nos oferece soluções surpreendentes, é de ordem puramente mental, da própria pessoa, ou pode ter o concurso de Espíritos afins?

R — Respeito a interpretação da ciência psicológica com referência à nossa vida mental inconsciente, entretanto, creio que, na maioria dos casos em que despertamos após o sono comum com determinadas “soluções prontas” para problemas que nos inquietavam, isso se deve ao amparo de Espíritos Amigos e Benfeitores que nos estendem auxílio, quando a nossa mente repousa entre as atividades de vigília. Aliás, não nos seria licito esquecer que os magnetizadores, mesmo entre nós, os espíritos encarnados, conseguem prestar valioso auxílio aos companheiros por eles magnetizados, enquanto se encontram esses, no estado de hipnose, sem que eles, os magnetizados, conservem, pelo menos temporariamente, qualquer lembrança dos benefícios recebidos.


— Mais ou menos dentro dessa mesma teorização Karen Horney denomina de insight o fenômeno conscientizador da mente humana, termo que em nossa língua equivaleria ao famoso “estalinho do Padre Vieira”. Por exemplo, segundo Horney: se eu sinto medo de lugares altos, no instante em que me dou conta desse temor, tenho um primeiro insight conscientizador. Se, eventualmente, mais tarde consigo descobrir as causas desse medo das alturas, tenho um novo e mais amplo insight, capaz até mesmo de diluir o medo que me atormenta. À luz da Espiritualidade, como definiria o enfoque dessa lúcida psicanalista?

R — Compreendemos o fenômeno não só por socorro indireto de amigos desencarnados, como também por impacto de recordações instintivas, decorrente de circunstâncias em que a personalidade reencarnada recapitula experiências pelas quais haverá passado em existências anteriores.


— De acordo com teorias psicanalistas, a neurose é uma anomalia que induz o paciente a sentir exagerada necessidade de afeto e aprovação por parte das pessoas e do meio em que vive. Qual o remédio eficaz para as afecções neuróticas e as obsessões da alma?

R — Admitimos que o conhecimento dos princípios reencarnacionistas, auxiliando-nos a aceitar com paciência e coragem os problemas e provações criados por nós mesmos, com o aprendizado e prática da tolerância recíproca nos imunizará contra os prejuízos das neuroses, auxiliando-nos, igualmente, na cura das obsessões.


— Que diria aos pais que inconscientemente suscitam em suas crianças a ideia de que seu direito à vida de certa forma depende exclusivamente de que elas, como filhos, correspondam às expectativas nelas depositadas pelos pais?

R — Com a maturidade espiritual necessária, o homem perceberá que os filhos são Espíritos imortais, independentes dos pais, que lhes são tutores perante Deus e a Vida. Isso desfará a ilusão de que os filhos são cópias dos genitores que lhes propiciaram a formação de novo corpo, na Terra, conquanto saibamos que, em numerosos casos, os filhos se parecem extraordinariamente com os pais, conforme os princípios da afinidade, compreensíveis em nossas vivências comuns.


— Goethe afirmou certa vez que no mundo só existiu e existe um único conflito: o conflito entre a incredulidade e a fé. Você concorda com tal síntese?

R — Cremos que o admirável poeta condensou todo um mundo de pensamentos complexos na síntese apresentada, porque renteando com esse conflito entre a incredulidade e a fé, somos induzidos a reconhecer outros, como sejam os conflitos entre o ódio e o amor, entre o equilíbrio e o desequilíbrio, e outros muitos, entre os quais lidamos e lutamos, todos, nós, à busca de nosso próprio burilamento.


— Você concorda com a teoria freudiana quando diz que problemas afetivo-sexuais mal resolvidos na infância e na mocidade criam problemas ao longo de toda a existência?

R — A educação do impulso sexual é trabalho não só para a infância e para a juventude, mas para todo o tempo da existência terrestre, continuando além da morte para as inteligências desencarnadas.


— Acha válido o dogma psicanalítico que diz que até a idade de 3 ou 4 anos TUDO está formado na personalidade da criança, sendo o restante da existência nada mais que uma continuação do que até ali ficou construído dentro dela?

R — Ao que nos parece, o conteúdo da personalidade, formada na criança, é um testemunho eloquente da reencarnação, compelindo toda criatura humana a ser educada e a educar-se no curso da existência berço-túmulo.


— Acha que a mamadeira, dada desde muito cedo à criança, pode criar um clima de artificialismo entre a mãe e o bebê, suscitando neste uma senda de insegurança que poderia prolongar-se pela vida a fora?

R — Um assunto para a pediatria que merece consideração.


— Por que as crianças não têm medo da morte?

R — A amnésia parcial ou total em que se encontra o espírito encarnado no período da infância equivale a um estado de semi-consciência no qual a criança não dispõe de recursos para raciocínios mais profundos.


— Há pais que a pretexto de uma educação liberal e sem tramas preferem nada esconder dos filhos, em termos de educação sexual. Alguns chegam a tomar banho despidos junto aos filhos, apesar de que isso poderia suscitar complexos de inferioridade ou outros. Alguns pais se permitem acariciar seus rebentos de maneira inconveniente, originando nestes uma espécie de pudor doentio. Peço consideração sobre isso.

R — Somos partidários do respeito recíproco entre pais e filhos, adultos e jovens, em todas as fases da vida. Cada espírito é um mundo por si, com a obrigação de descobrir-se a aprimorar-se, conquanto deva e possa receber o auxílio de outrem para isso, mas sempre na base do apreço mútuo.


— Afirmam os médicos que uma criança já nascida sente inconscientemente, por intuição ou telepaticamente, quando seus pais tentam rejeitá-la, sendo que tal fato transparece nos desenhos e criações infantis pois ela considera o fato um assassínio embora nem justo nem injusto.

R — Verdade. O espírito do nascituro, mais ou menos conscientemente, conhece as disposições dos pais a seu respeito.


— Que é pior para a criança ou para o adolescente: a violência que vê na televisão ou no cinema, ou a que presencia ao redor de si?

R — Qualquer violência, em qualquer lugar e em qualquer tempo, é prejudicial ao autor e aos que lhe assistem a exteriorização, seja qual for a idade do espectador.


— No livro , Emmanuel nos fala dos problemas das minorias sexuais e a necessidade de respeito fraterno para com esses irmãos em prova. Observa-se na sociedade atual que a predominante maioria dos heterossexuais habitualmente ridiculariza aqueles que não lhe seguem a prática, o mesmo acontecendo com certos núcleos religiosos que veem o problema sob o prisma de endemonianamento no plano da unicidade da existência. Acha você que, no futuro, as religiões irão compreender melhor a situação de resgate desses irmãos, amparando-os mais adequadamente?

R — Em matéria de relacionamento sexual tão só o tempo com a maturidade espiritual da maioria das criaturas encarnadas na Terra é que solucionará o problema da compreensão necessária ao equilíbrio e à segurança dos grupos sociais.


— De todos os relacionamentos entre seres humanos (materno-paterno, amistoso, social, profissional, de companheirismo, etc.), nenhum me parece mais conflitante que o relacionamento entre homem e mulher. Por que são tão raros os casais que vivem num clima de harmonia perfeita?

R — O relacionamento entre os parceiros da vida íntima no lar, na essência, é uma escola ativa de aperfeiçoamento do espírito. Até que duas criaturas alcancem o amor integral, uma pela outra, sob todos os aspectos da individualidade, é compreensível o atrito mais ou menos frequente entre ambas, visando ao burilamento recíproco.


— Quando um dos cônjuges não assume a responsabilidade na parte que lhe toca na sustentação do equilíbrio recíproco, qual a responsabilidade do outro que for buscar fora do lar vinculações extraconjugais?

R — Alguém que fira outro alguém, depois dos compromissos afetivos devidamente assumidos em dupla, é responsável pela lesão psicológica que cause, criando para outrem e para si mesmo dificuldades que só pelo amparo do tempo conseguirá resgatar.


— Por que nunca há divórcio entre os Espíritos sublimados no Bem?

R — Os espíritos sublimados nas leis do Bem aprenderam a amar sem exigência e a aceitar as pessoas amadas como realmente são ou estão.


Emmanuel

Mediunidade

— Muitas pessoas presumem ou estão convictas de que você, não possuindo nenhum curso acadêmico capaz de oferecer condições de poder escrever os livros que levam seu nome, dedica-se intensivamente ao hábito da leitura, surgindo daí a cultura que adquiriu ao longe dos anos. Pode dizer-nos quantos livros lê por mês? Poderia acrescentar algo acerca desse presumido autodidatismo?

R — Realmente são muitas as pessoas que me supõem na condição de uma criatura que devora livros e mais livros. Não me ofendem com isso. Ficaria até mesmo feliz se assim fosse. Acontece, porém, que comecei a trabalhar profissionalmente aos dez janeiros de idade e, desde 1931, sou portador de enfermidade irreversível num dos olhos. Em vista disso, nunca pude ler excessivamente, conquanto seja um dever para cada pessoa cultivar-se quanto lhe seja possível. Nos anos últimos, a fim de poupar trabalho aos poucos recursos visuais de que disponho, procuro realmente ler apenas livros que me sejam recomendados por amigos para não perder forças experimentando leituras que não me trariam qualquer proveito.


— Ao descrente não será difícil afirmar que o livro psicografado, do Espírito André Luiz, sob o título Nosso lar, é pura ficção científica sob enfoque espiritual. Qual sua opinião?

R — Pessoalmente guardo a convicção de que o livro Nosso Lar nos oferece plena realidade da vida além da morte física. Os contatos mediúnicos com André Luiz e outras entidades da Vida Maior não me deixam qualquer dúvida quanto a isso.


— A respeito da auto-imunização contra os males e tentações da fama, Einstein fez o seguinte comentário: “A única forma de iludir a corrupção pessoal dos elogios é seguir trabalhando. A gente sente a tentação de deter-se para escutar os que nos elogiam. A única coisa a fazer é não prestar atenção e continuar trabalhando. Não há nada melhor que o trabalho”. Qual sua fórmula ou meio de defesa ante as tentações da fama?

R — Não me considero com créditos para adquirir popularidade. Mas devendo responder à pergunta creio que a fama é uma grande oficina de fotografias. Uma criatura conquista renome e, com isso, passa a ser vista por numerosas pessoas que simpatizam ou não simpatizam com ela. Começam aí as “fotos” da pessoa em causa. Cada amigo ou cada adversário apresenta a imagem que mentaliza e os retratos falados ou comentados vão aparecendo. Entretanto, no íntimo penso que uma criatura famosa se vê, na realidade, tal qual é, com muito mais necessidade de amparo a fim de viver do que de popularidade, embora, a meu ver, as pessoas famosas devam ser agradecidas a quantos lhes dispensam atenção. Não conhecia a fórmula de Einstein para que alguém se imunize contra os riscos do elogio, mas nela encontro um modelo de equilíbrio e sensatez. Aliás, Emmanuel sempre me adverte que o trabalho é o caminho para a verdadeira paz, quando o trabalho se encontre alicerçado no bem. Refiro-me ao assunto com o respeito que me vincula à indagação, mas preciso esclarecer que, quanto a mim, nunca precisei estar vigilante contra os inconvenientes da fama, de vez que nada fiz para conquistá-la e se trabalho sempre é porque preciso aprender a servir, em meu próprio benefício, competindo-me ainda acrescentar que os Espíritos Amigos me ensinam que devo sempre trabalhar porque, sinceramente, não tenho algo de melhor para fazer.


— Uma das afirmações mais interessantes de Einstein é a de que o ser humano, de um modo geral, não utiliza mais do que 10% de sua capacidade mental. Quanto aos restantes 90% dessa capacidade, poderiam ser alcançados exclusivamente através de desdobramentos mentais, isto é, sem o concurso do Espírito?

R — Os Benfeitores Espirituais comumente nos dizem que, o tempo, com a evolução do ser humano, através de múltiplas experiências, a todos nos ensinará como aproveitar toda a capacidade mental de que somos dotados.


— Durante os quase seis anos da Segunda Guerra Mundial, médicos e psicólogos europeus constataram um decréscimo no número de doenças mentais enquanto perdurou o conflito. Encerrada a guerra, as estatísticas constataram a reintensificação das doenças psíquicas. Como isso pode ser explicado?

R — A opinião aqui exposta pertence ao nosso Emmanuel. Diz nosso Amigo Espiritual que, no curso das provações coletivas, somos instintivamente induzidos a trabalhar em auxílio do próximo, com esquecimento de nós mesmo e, com isso, aprendemos espontaneamente solidariedade, união, tolerância e entendimento recíproco, imunizando-nos contra muitas das doenças consideradas mentais. E acrescenta que se nos decidirmos a trabalhar, todos nós, voluntariamente, uns pelos outros, sem propósitos de egoísmo e ambição, nos tempos de paz, teremos sempre os mesmos resultados. Isso acontece em nosso atual estágio evolutivo, porque carregar as dificuldades alheias, auxiliando aos outros com amor e desinteresse é muito mais fácil que carregar, sozinhos, o peso mental de nós mesmos.


Moradas do Universo

— A cada 76 anos o cometa Halley visita regularmente o nosso Planeta, encantando e ao mesmo tempo atemorizando a comunidade terrestre com sua cauda esplendorosa de 32 milhões de quilômetros. Em 1986 essa “visita luminosa” repetir-se-á indesviavelmente. Haverá algum significado espiritual ou existencial, ainda não percebido pela Humanidade, nessa matemática periodicidade? Que espécie de vida poderia existir num cometa como esse?

R — O assunto é de resposta impraticável para os obreiros do Evangelho do Cristo, de vez que demanda ciência absoluta, o que nos induziria provavelmente a regiões polêmicas sem proveito para as construções do homem interior.


— Os chamados “poços negros” do espaço exterior têm provocado crises de espanto e perplexidade entre físicos e astrônomos de todo o mundo. Com um empuxo gravitacional de força quase infinita, inexistindo em seu interior o espaço-tempo e a matéria tais como os conhecemos, o aturdimento entre os cientistas é tal que até aqui eles não encontraram um caminho ou premissa capaz de induzi-los, pelo menos, a conjeturas teóricas. Há algo que possa ser dito capaz de libertar alguma luz sobre o impenetrável significado dessa incógnita do mundo físico sustentada pela Sabedoria Divina?

R — Um tema para os cientistas, cujos labores e realizações profundamente respeitamos.


— Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão, além do Sol, são astros do nosso sistema solar que poderiam abrigar a vida em suas variadas manifestações. Você confirma que lá existem formas de vida mais, ou menos, densas em conteúdo perispiritual, ou seja, mais, ou menos, evoluídas que a nossa própria?

R — Uma gota d’água comum é um mundo microscópico, intensamente habitado. Não existem planetas vazios de vida, mas as formas de manifestação da vida variam ao infinito e não nos serviria a penetração num terreno de discussões inoportunas ou estéreis.


— Que é que você provavelmente pensaria se, tal qual os astronautas do Projeto Apolo, pudesse ver a Terra à distância, pequenina e frágil ante a imensidão do Universo?

R — A Terra, observada à imensa distância nas vastidões do Cosmo pode ser considerada pequena moradia das criaturas em evolução, confrontada com outros mundos da galáxia, mas examinada pelo sentimento, em qualquer ângulo pelo qual se nos apresente é maravilhosa mansão do Espírito, pelos bens inestimáveis que a todos nos proporciona.


— De algumas décadas a esta parte vem se acentuando, nos mais variados países e continentes, os testemunhos, alguns insuspeitos, de pessoas que mantiveram contatos diretos com seres de outras civilizações do Espaço Sideral. Seriam seres de mundos mais evoluídos que o nosso, aqui vindos com propósitos ainda não definidos. Você crê que num futuro mais ou menos próximo esses seres venham a estabelecer contatos oficiais com pessoas ou grupos organizados do nosso Planeta? Em que aspecto isso iria contribuir para uma maior elevação do pensamento humano?

R — Consideramos que o problema proposto pertence ao domínio da ciência, mesmo porque, nós outros, os espíritos desencarnados, somos habitantes de outras faixas evolutivas do Planeta, quase que em comunicação constante com os irmãos corporificados no Plano Físico, sem que muitos companheiros da Humanidade estejam conscientizados a respeito disso.


Emmanuel

Acerca da morte

— De acordo com renomados meios científicos a “morte clínica” de uma pessoa se verifica quando o cérebro deixa de dar registros de atividade cerebral, mesmo que o coração ainda esteja batendo. Do ponto de vista espiritual, em que preciso instante ocorre a desencarnação da alma?

R — A desencarnação não é uma ocorrência absolutamente igual para todos. Por isso mesmo consideramos por desencarnação o estado do Espírito que já se desvencilhou de todos os liames que o prendiam ao corpo propriamente material.


— Será lícito manter-se uma pessoa viva por recursos inteiramente artificiais quando não reste nem uma só esperança de que essa pessoa possa sobreviver sem tal artificialismo?

R — A ciência na Terra pode, em muitos casos, realizar processos artificiais de retenção do Espírito no corpo físico, mas sempre a título precário, sem ligação com as realidades definitivas da vida.


— Como se explica o caso da norte-americana que jaz inconsciente num leito há anos e que, mesmo retirada da tenda de oxigênio que amparava sua vida física continua vivendo contra todas as previsões médicas?

R — Um problema na lei de causa e efeito a que a ciência no mundo, muito louvavelmente, não aplicou a eutanásia, permitindo que as leis superiores da existência claramente se manifestem.


— Em meio ao pragmatismo da era atual uma onda de misticismos e magia parece avassalar amplas comunidades humanas, induzindo-as a movimentos de fanatismo e loucura. Tivemos um exemplo disso na Guiana, quando mais de 900 pessoas foram induzidas ao autoextermínio por um desses líderes do fanatismo impregnado de violência. Qual a palavra orientadora do Plano Mais Alto sobre tais movimentos?

R — A doutrina Espírita, restaurando os ensinamentos de Jesus, pede ao homem discernimento e não o exonera da responsabilidade sobre os próprios atos.


Emmanuel

Painel

— O poder da palavra. Com a palavra podemos edificar ou destruir vidas, reerguer ou arruinar esperanças, balsamizar ou acicatar feridas, etc. Quantas pessoas não esperariam apenas uma palavra nossa para se erguerem às alturas celestiais ou se jogarem no mais escuro abismo. Toda palavra é um mundo de cintilação cambiante. Pediria considerações da Espiritualidade acerca da profunda influência e instrumentalidade da palavra nos dois Planos da Vida.

R — A palavra é tão importante, em qualquer domínio da vida, que o próprio Apóstolo João começa a narrativa evangélica que nos legou com o trecho inesquecível: “No princípio era o Verbo…”. (Jo 1:1)


— Espera mudanças ou modificações no instituto do dogma, abrindo oportunidades novas à propagação do Cristianismo Redivivo?

R — Com os instrutores da Vida Maior acreditamos que as instituições cristãs, em futuro próximo ou talvez ainda um tanto distante, farão grandes aberturas nos princípios criados por elas mesmas, para que sejam os ensinamentos de Jesus interpretados com base nas realidades simples da vida.


— Como vê a opção feita por milhares de pessoas entregues à uma religiosidade mística, que se refugiam na intimidade de mosteiros e carmelos, preferindo desta forma a pura contemplação de Deus, em vez do esforço de relacionamento e troca com os seres humanos, seus iguais que vivem no mundo cá fora?

R — Entendemos a inconveniência da solidão e da inércia, em nome da fé; no entanto, será justo reconhecer que os refúgios da Religião para o exercício da vida conventual tiveram manifesto valor para milhares de criaturas portadoras de conflitos psicológicos ou vítimas de anseios que os preconceitos do mundo positivamente hostilizavam e que se reconheciam em muito melhores condições, no passado, nas casas de oração, consagradas à confiança em Deus e ao estudo sos problemas espirituais do que hoje, se procurassem abrigo e segregação em sanatórios e recantos de repouso mental. Conservamos, aliás, a convicção de que esses recantos de solidariedade e disciplina religiosa serão restaurados no futuro, não apenas para a contemplação de Deus, mas para a crença em Deus com trabalho e proveito para a vida comunitária, já que teremos inevitavelmente, reencarnados na Terra, por muito tempo ainda, milhares de companheiros em pesadas dificuldades psicológicas ou marcados por frustrações, para os quais a cura ou o tratamento pela fé e pela terapêutica ocupacional serão de eficiência mais ampla do que os processos curativos aconselhados, na atualidade, nas terapias que se interligam com a patologia da mente, muito embora não nos seja lícito esquecer ou desprezar o valor inconteste da medicação moderna em numerosos casos específicos.


— O instrumento da mediunidade tem sido comparado a um telefone. Toca do lado de lá e alguém poderá ou não atender ao nosso chamado. Às vezes o chamado vem de lá, mas o aparelho não está em condições de recepção. Esta segunda hipótese ocorre com mais frequência do que a primeira, ou se dá o inverso?

R — A segunda hipótese é muito mais frequente nas tentativas de intercâmbio espiritual. Entretanto, qual ocorria nas comunidades terrestres de outro tempo, sequiosas por facilidade de comunicação uma com as outras, antes da era do telefone, há que esperar a época em que os desencarnados consigam recursos mais amplos para a troca de notícias com os irmãos domiciliados no Plano Físico, a fim de que o problema seja devidamente solucionado.


  — Em termos espirituais o marxismo é um mal em si mesmo?

R — O assunto é de natureza política, pertinente à responsabilidade dos irmãos transitoriamente encarnados na Terra, sem conexão com as nossas construções espirituais. Entretanto, os amigos ainda residentes no mundo podem estar de braços dados conosco, os amigos que já atravessamos as barreiras da Grande Mudança.


— Quando jovem, vinculado a conflitos emocionais, frequentei consultórios de psicanalistas por mais de ano. Certos problemas pessoais, como a timidez, por exemplo, foram solucionados com a ajuda dessa venerável ciência. Para outras questões existenciais, tais como “de onde vim, por que estou aqui, para onde vou”, a Psicanálise não teve, não tem, nenhuma resposta. Inobstante, todo o panorama modificou-se para mim a partir do dia em que aceitei convictamente a Lei das Vidas Sucessivas, através da reencarnação. Agora a minha pergunta é: que acontecerá com os líderes religiosos do mundo atual quando ficar cientificamente comprovado ser a Reencarnação uma lei tão precisa e inelutável quanto o é, por exemplo, a lei da gravidade. Quando tal ocorrer não haverá modificações profundas no próprio governo terrestre que esteja na administração do planeta?

R — Os princípios da reencarnação, quando forem aceitos pela Ciência na Terra, conseguirão liquidar aflitivas questões do espírito humano; entretanto, não seria justo, de nossa parte, impor a verdade ou exigi-la em bases de violência. Enquanto na experiência física, saibamos recolher da Ciência os benefícios que ela nos consiga prestar, sem reclamar-lhe realizações que ela própria considere de caráter prematuro.


— Qual a solução profunda para o problema da violência nos grandes centros urbanos?

R — Admitimos que a violência pode e deve ser contida pelos órgãos de repressão, mas acreditamos que será erradicada do campo humano somente quando nos voltarmos todos — os Espíritos vinculados à Terra — para o serviço de educação a partir da criança recém-nascida.


— Jean Jacques Rousseau afirmou que o homem nasce essencialmente bom e a sociedade o torna mau. Certo ramo evolucionista contradiz essa tese ao contrapropor que o ente humano nasce rude e primitivo e que os choques da vida é que o vão tornando bom. Erich Fromm por sua vez acrescenta que o homem não é essencialmente bom nem mau, no fundo ele é apenas contraditório. Sob prisma espiritual, qual é a essência da criatura humana?

R — Ante a grandeza do Universo somos inevitavelmente compelidos a reconhecer na criatura humana um Espírito imortal, em evolução no rumo da Vida Superior, cujo burilamento não prescinde das relações com as demais criaturas do mesmo nível de inteligência, a fim de que se lhe acentue a compreensão e se lhe aprimorem os sentimentos, em demanda dos cimos do progresso e da elevação a que aspira alcançar.


— No Além a decomposição da luz através de um prisma etérico gera cores desconhecidas do homem terrestre? Pode dizer-nos quais e como são essas cores?

R — No Mais Além, outras cores se nos descortinam às percepções, na decomposição da luz, mas não encontramos as palavras adequadas para definir a ocorrência, nas áreas atuais do conhecimento terrestre.


— Afirmam os especialistas terrestres que a cor é dimensão, peso, iluminação, temperatura, simbolismo e emoção. Explicam, por exemplo, que o amarelo é iluminativo, alegre, quente. Alaranjado é cor excitante; ele é eufórico, digestivo, dinâmico. Violeta é cor mística, atormentada, fria. Já o azul é cor atmosférica, tranquilizadora, esperançosa. Alguns estudiosos vêm afirmando que a música, por seu turno, irradia cores, invisíveis ao olho humano, mas nem por isto menos reais, o que, aliás, é amplamente confirmado nos livros de André Luiz. A cor é importante para a interação e evolução do Espírito nos Dois Planos da Vida?

R — Consideramos a poesia dos especialistas terrestres, no terreno das cores, por ingrediente respeitável nas definições expostas e não nos consideramos capazes de lhe aditar ponderações científicas por falta de termos próprios que funcionariam em apoio da argumentação que porventura pudéssemos agora articular. Quanto à música é certo que ela irradia cores, a traduzir-se em espectro multicor. Reconhecemos, outrossim, que a cor se reveste de muita importância para a harmonização e evolução do Espírito, seja no Plano Físico ou no Plano Espiritual.


— Já no crepúsculo da existência física o encanecido Platão deu a seguinte definição de Deus: “Deus deve ser para nós a medida de todas as coisas, muito mais que qualquer homem, como hoje em dia se apregoa. Quem quiser tornar-se agradável a um ser tão eminente, deve, necessariamente, assemelhar-se a Ele o mais possível. Eis a razão por que é agradável a Deus um homem ponderado, pois este se Lhe assemelha, ao passo que o irrefletido não se parece com Ele, incorre na sua inimizade e termina na improbidade; e em tudo o mais acontece o mesmo”. Preponderava na época de Platão a teoria sofista, que pretendia fazer do homem a medida de todas as coisas. De qualquer forma, se refletirmos que tal definição foi emitida quase cinco séculos antes de Cristo, não lhe parecem admiráveis as palavras do discípulo preferido de Sócrates?

R — As expressões do grande filósofo são indiscutivelmente admiráveis e, a nosso ver, preparavam os ouvidos humanos para entenderem a afirmativa do Cristo: “Sede perfeitos, tanto quanto perfeito é o vosso Pai Celestial”. (Mt 5:48)


— Concorda com o pensamento de que a pessoa descrente de Deus, mesmo que tal não seja só por mera revolta, no fundo o que deseja é não acreditar no Espírito imortal e nas implicações morais e de comportamento que uma tal crença na Suprema Divindade trariam para a pessoa?

R — Estamos na convicção de que assim é, Frequentemente observamos que a pessoa culta, quando não admite a sobrevivência do Espírito além da morte, não raro também se declara descrente da existência de Deus, muitas vezes criando teorias que lhe justifiquem o ateísmo, unicamente para não aceitar as responsabilidades que a certeza da existência de Deus e da imortalidade da alma implicam, nela mesma.


— O pensador Holbach, um dos pilares do materialismo dialético, fez certa vez a seguinte afirmação: “À luz de um exame o nome de Deus sobre a Terra se manifesta apenas como pretexto das paixões humanas. Quando o homem adora Deus, adora a si mesmo”. Chegados ao mundo espiritual, o que normalmente ocorre com os superdotados de inteligência e que utilizaram esse dom para negar e confundir os caminhos que levam o homem a Deus?

R — Sabemos que no Plano Espiritual, os que se utilizaram na Terra do nome de Deus para extravasarem as paixões próprias, mais enquistados se tornam nessa atitude infeliz, adorando a si mesmos e tiranizando as criaturas culpadas em nome do Criador. Isso ocorre com as inteligências que desertaram do bem — que é o Bem de todos — de vez que os Espíritos, encarnados ou desencarnados, que amam a Deus, procuram revelar esse amor junto aos semelhantes, neles encontrando os seus próprios irmãos e, igualmente, filhos de Deus.


— Como se explica que homens do porte intelectual de Charles Darwin e Sigmund Freud se tenham auto-proclamado ateus?

R — Temos a impressão de que cientistas do porte de Darwin e Freud, se afirmando ateus estariam intimamente procurando a tranquilidade da fé religiosa, na torturante indagação que lhes assinalava a mente insatisfeita. Na imensidade das perquirições mentais em que viviam, a solução do problemas de vida interior em que se fixavam seria muito difícil, no curto espaço de tempo em que perdura uma só das múltiplas existências humanas.


— Perplexo, bradava Jó em seu infortúnio (Jó 9:32.): “Deus não é um homem semelhante a mim, a quem eu possa retrucar e que possa entrar em juízo comigo. Não existe entre nós juiz intermediário que possa sobre nós estender sua mão. Assim mesmo me dirijo ao Onipotente; desejo unicamente raciocinar com Ele. Oh! Todos os que me cercais, conservai-vos em silêncio, para que eu possa contar o que me está acontecendo! Por que estou dilacerando minhas carnes com meus dentes e trago minha alma entre as mãos? Ainda que Ele me mate, confiarei nEle. Porém, com os olhos fitos n’Ele lhe direi o que tenho a dizer e Ele será meu Salvador! Que Ele me julgue! Sou inocente! Reclamo um árbitro! Silenciar equivale para mim a morrer. Não me queirais amedrontar! Ponhamos as cartas na mesa para então conversarmos um com o outro! Por que Te escondes? O que Te diz que sou Teu inimigo?”. (Jó 13:1.) Na atualidade muitas criaturas parecem repetir o monólogo do atormentado patriarca do Velho Testamento quando, ao se verem fustigadas pelos rigores da adversidade, oscilam radicalmente entre a desesperança e a fé, entre a dor e a certeza de se saberem filhos de Deus. Que dizer dessa repetência das perplexidades de Jó?

R — Cremos que se o ferro, conduzido ao clima de alta temperatura para converter-se em aço, pudesse falar ao homem que o retempera e aperfeiçoa, repetiria as alegações de Jó, clamando diante daquele que o eleva de condição e o habilita para mais nobre destino nas áreas da utilidade.


— Tal como aconteceu a Jó assim acontece a muitas criaturas que só vão encontrar o amor e a misericórdia de Deus dentro do próprio infortúnio. Não será por isso que se diz ser o ateísmo a ante-sala da fé?

R — Os Benfeitores Espirituais asseveram comumente que “a miséria humana é um dos grandes caminhos para o encontro da criatura com a Misericórdia Divina”.


— O filósofo Spinoza afirmou o seguinte: “Um homem livre pensa em último lugar na morte; e sua sabedoria é uma meditação não sobre a morte, mas sobre a vida”. Em termos espirituais, é certa tal acepção?

R — O filósofo apresenta o enunciado com claras razões, a nosso ver, porquanto o homem que se livrou das amarras da ignorância, refletindo na morte, está meditando na vida, compreendendo, perante a imortalidade, que a morte do corpo físico significa renascimento da vida em outras dimensões vibratórias.


— Que dizer daqueles que, mais desapegados da vida, amam a morte na certeza de que ela é libertação para o Espírito?

R — Será justo esclarecer aos que amam a morte, na certeza de que ela expressa libertação, que essa libertação unicamente traduz tranquilidade e renovação, alegria e progresso quando a criatura humana, dentro de si própria, já se libertou de hábitos e paixões nitidamente inferiores.


— Um dos pioneiros dos transplantes cardíacos fez esta afirmação ao referir-se à prática da eutanásia: “Não tenho dúvidas em receitar doses excessivas de morfina para pacientes à beira da morte, quando a anestesia já não consegue exterminar a dor. Sou a favor da eutanásia passiva, ou seja, da não realização de tratamento que simplesmente adiaria a morte, como também sou favorável, em certos casos. à eutanásia ativa, ou seja, a que ajuda o paciente a morrer. São os vivos que temem a morte, não os moribundos”. Deparamos-nos, aqui, pois, com o delicado problema da eutanásia médica. Essa prática é moralmente correta aos olhos de Deus?

R — A eutanásia, observada do Plano Espiritual para o Plano Físico, constitui sempre descaridade e imprudência praticadas pelo homem para com os seus semelhantes. Até nos instantes últimos do veículo físico, o espírito encarnado ainda é suscetível de colher valiosas lições e conquistar recursos de importância inavaliável para os entes que ficam, recursos esses que lhe serão de alto proveito logo após a desencarnação.


. — Diz o atormentado Shakespeare através dos lábios de seu genial personagem Hamlet: “Dialogai com a vida deste jeito: és simplesmente joguete da morte, pois só cuidas de evitá-la e não fazes outra coisa senão correr para ela.” Embora desde o início da era humana o homem tenha sido confundido acerca do fenômeno da morte, a doutrina reencarnacionista veio mostrar-nos que morte física e renascimento são etapas complementares da existência do espírito imortal. Dentro desse prisma parece-nos que o célebre solilóquio hamleteano (SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO), não pode referir-se ao Espírito que, por ser imortal, é por isso mesmo indestrutível.

R — Para nós outros, os leitores do eminente escritor e dramaturgo, a afirmativa dele, “Ser ou não ser”, não se reporta ao Espírito que, por ser imortal, é imperecível. Entretanto, para ele próprio, ao que nos parece, ao gravar tais expressões, estaria Shakespeare procurando retratar a angústia da maioria dos homens, diante das ocorrências da vida fatalmente encaminhadas para as transformações da morte.


Emmanuel

— Uma última pergunta para o término deste capítulo: certa vez você disse que, se pudesse escolher, optaria por continuar médium após seu desencarne. Como se processa a mediunidade em sentido inverso, isto é, ser médium do lado de lá para os que ainda estão domiciliados na Terra?

R — “Caro Fernando, segundo minhas observações modestas, creio que o médium na Terra pode servir aos Espíritos que se comunicam, cedendo-lhes, provisoriamente, o corpo físico em que se encontra, e pode igualmente prestar-lhes cooperação, depois da existência física cedendo-lhes, também provisoriamente, o corpo de natureza espiritual em que se veja nas faixas de trabalho do Mais Além”


Chico Xavier

— Como vê ou espera ver a humanidade terrestre, digamos daqui a um milênio, no que se refere ao amor ao próximo, às guerras fratricidas, às doenças físicas, aos costumes sexuais, aos poderes da mente e do Espírito, à unificação das crenças e ao evoluir das religiões?

R — Com a cooperação do homem, a Divina Providência, no curso de um milênio, pode esculpir primores indefiníveis de paz e amor, progresso e união para a Humanidade.


Emmanuel

Fernando Worm


Eugênio Eustáquio dos Santos

jo 1:1
Registros Imortais

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 43
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Eugênio Eustáquio dos Santos

43ª reunião | 22 de agosto de 1957


Presentes: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Lucília Xavier Silva, Geraldo Benício Rocha, Edmundo Fontenele, Zínia Orsine Pereira, , Áurea Gonçalves e Waldemar Silva.


Meus amigos, Jesus os abençoe!

A palavra propõe. O exemplo dispõe.

A palavra é informação. O exemplo é roteiro.

A palavra semeia. O exemplo colhe.

A palavra inicia. O exemplo completa.

A palavra é promessa. O exemplo é realização.

A palavra induz. O exemplo conduz.

A palavra esclarece. O exemplo arrasta.

A palavra tange. O exemplo transforma.

A palavra mentaliza. O exemplo modela.

A palavra estuda. O exemplo faz.

A palavra é sugestão. O exemplo é força.

A palavra inclina. O exemplo determina.

A palavra acena. O exemplo contagia.

A palavra é plano de ação. O exemplo é a obra em sim mesma.

“No princípio era a palavra”, (Jo 1:1) diz a Sagrada Escritura. Entretanto, cremos poder acrescentar que no fim é o exemplo criando a alegria ou a dor, a luz ou a treva, o céu ou o inferno em nós mesmos.

Saibamos, pois, ensinar com a bênção do Cristo em nós, porque todos os Espíritos desencarnados ou encarnados que nos rodeiam ouvem-nos a voz e acompanham-nos o passo.

Louvado seja Jesus!




Comunicação recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


jo 1:29
Irmãos Unidos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Eugênio Eustáquio dos Santos

Dez opiniões, em torno de Jesus, nas revelações do Velho Testamento, dos Evangelhos e da Doutrina Espírita.


1 — De Isaías: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito…” — Is 53:11.


2 — Do Mensageiro Angélico: “Não temais; eis que vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo, pois, hoje, na cidade de David vos nasceu o Salvador, que é o Cristo Senhor.” — Lc 2:10.


3 — De João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.” — Jo 1:29.


4 — De Nicodemos: “Rabi, sabemos que és Mestre, vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.” — Jo 3:2.


5 — De Simão Pedro: “Tu és o Cristo, filho de Deus vivo.” — Mt 16:16.


6 — De Pilatos: “Não vejo neste homem culpa alguma.” — Lc 23:4.


7 — De Allan Kardec: “Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina.” — .


8 — Do Espírito de Verdade: “Jesus-Cristo é o vencedor do mal…” — .


9 — Do Espírito de Fénelon: “Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo.” — .


10 — E tendo Allan Kardec formulado a seguinte pergunta ao Mundo Espiritual: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao Homem, para lhe servir de guia e modelo?” Os Espíritos Instrutores que orientaram a Codificação Kardequiana responderam: “” — .


(.Humberto de Campos)


Grupo Emmanuel

jo 1:1
Luz Imperecível

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 184
Grupo Emmanuel

Jo 1:14


E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.


E O VERBO SE FEZ CARNE, - Verbo, palavra, ação. Segundo o próprio Evangelista: No princípio era o Verbo (Jo 1:1) .


O Verbo, palavra, verdade que tange o Espírito, é o instrumento que vem preparando-o, através dos séculos para sua concreta afirmação em termos de Amor.


Por muitos milênios, a Verdade foi veiculada verbalmente pelos Profetas e outros emissários, os quais, apesar de seus testemunhos, não conseguiram vivenciá-la integralmente.


Chega o momento, porém, em que a misericórdia do Criador presenteia a Humanidade com Seu Filho, que reuniria, em Si mesmo, todas as expressões do verbo, até então falado e comentado, atingindo seu ápice pela vivenciação, a abrir-se em vida abundante.


Fazendo-se carne, nivelou-se a nós, colocou-se em condições idênticas a todos, para nos ensinar, falando e vivendo, numa linguagem ao alcance de todos.


O verbo é sempre a manifestação daquilo que reside na intimidade.


No plano abrangente da Divindade é a Lei, em Sabedoria e grandeza, tocando todos os ângulos inerentes ao mor que sustenta o Universo.


Irradiado por aqueles que já se identificam com os valores superiores, atinge os que os ouvem com sensibilidade. Entidades sábias e benevolentes, que nos ensinam com Amor, acionando com seu magnetismo, expendido com autoridade, os potenciais de seus ouvintes, induzindo-os a dinamizar os talentos que carreiam, em favor de si mesmos, nos mecanismos que regem o crescimento dos seres. O verbo consubstancia portanto, o melhor que cada um é capaz de refletir.


Em se tratando de Jesus, a Sua materialização ou concretização, indicada no registro se fez carne, nos conduz à essência de todas as potencialidades do Criador, na forma de Amor, colocadas sem símbolos, à percepção das criaturas, por Sua didática viva, em termos de exemplificação.


E HABITOU ENTRE NÓS, - Ou seja, vivendo onde estamos, enfrentando os mesmos problemas, as mesmas dificuldades e, ainda mais, a ignorância dos homens.


Jesus mostrou que Suas lições podem ser entendidas, vividas e exemplificadas, no ambiente em que nos encontramos. E assim fazendo habilitava a Humanidade a penetrar nas faixas do Bem em seu aspecto dinâmico, a pulsar em todo o Universo. E isto Ele fez a céu aberto, nos montes, nos campos, nas praias. Nada de ambientes especiais, nada de mosteiros, de estufas ou templos.


Jesus, orando pelos discípulos, disse: Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. (Jo 17:15) .


E VIMOS A SUA GLÓRIA, - Jesus igual a nós e como nós, também, filho de Deus; mas diferente, porque Sua proposta foi fazer exclusivamente a vontade do Pai. Nisso reside toda a Sua glória. Nós temos feito a nossa vontade, na qualidade de criaturas imperfeitas. Jesus foi glorioso no falar: E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas. (Mc 1:22) . E foi glorioso também na ação: E aqueles homens se maravilharam, dizendo: que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mt 8:27) .


COMO A GLÓRIA DO UNIGÊNITO DO PAI, - Unigênito: filho único. Dos filhos de Deus, Jesus é o maior que a Terra conheceu. Único, na evolução d’Ele, com relação ao mundo em que vivemos, ou seja, dos que passaram e vêm passando pela Terra, somente Jesus, identificando a glória do Pai, fezs e, por afinidade, Filho d’Ele. Filho que, consciente de sua missão, levou a efeito o trabalho que lhe foi conferido, entregando ao Pai, do qual se fazia intérprete, todo o mérito de Sua realização, segundo depreendemos da mensagem do Evangelho: . para que o Pai seja glorificado no filho. (JO

14 e 13) .


Na extensão do Bem Maior que equilibra o Universo, o Cristo é a força dinamizada a partir de cada ser que, consciente ou inconsciente reflete o pensamento de Deus no contexto em que esteja ajustado. É o bloco compacto do Amor, unigênito, ímpar em toda a extensão universal, por existir e se estender para além das individualidades. Operacionalizado, com discernimento, deixa no coração o júbilo do cumprimento da vontade do Pai. É o impulso do Bem que dimana do próprio Criador, garantindo luz e segurança. Glorificados, portanto, serão todos quantos busquem refleti-lo em plenitude, na caminhada de redenção.


CHEIO DE GRAÇA - Graça é a síntese de todas as virtudes. Virtudes perante a Paternidade Divina, a consciência e diante dos homens, cuja vivenciação será sempre o feliz reflexo da infinita Misericórdia de Deus, na faixa de ação em que se localiza o Espírito.


E DE VERDADE. - Se a Verdade absoluta é a palavra de Deus (Jo 17:17) , a expressar-se em Suas Leis, em Seus Ditames, em Jesus está também a Verdade plena, como orientador e educador da Humanidade. E nós, ainda detendo a verdade relativa, somos convidados a nos aproximarmos d’Ele na busca da visão correta dos padrões que nos proporcionarão a libertação.


Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. (Jo 8:31 e Jo 8:32).



Honório Onofre de Abreu

jo 1:1
As Chaves do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

No processo evolutivo, em que o Espírito simples e ignorante passa a se experimentar para revelar, em seu mundo interno, as potências herdadas do Criador, então desconhecidas dele próprio, vamos identificando os componentes circunstânciais a lhe formarem a "ambiência" física e espiritual, para que sua emancipação consciente se realize com naturalidade.


Observamos, assim, não somente o meio físico, que é o berço inarredável de seu despertar consciencial, ponto de partida para acionamento dos valores intrínsecos e dormentes de seu psiquismo ainda embrionário mas, igualmente, o meio "psíquico", definindo sua interação mentoemocional com os semelhantes, dentro do regime universal da interdependência. É essa dinâmica interativa que assegura o fluxo do progresso, por induzir e desafiar, permanentemente, os seres que comungam necessidades e conquistas.


A "primogenitura" expressa, no plano do progresso humano, aqueles padrões até então desconhecidos, que enfeixam possibilidades maiores, marcando um passo substancioso nos terrenos da evolução.


Adão, como figura emblemática no estudo da "criação" terrena, é o primeiro homem, dentro de uma síntese que noticia a conquista do despertamento mental humano, quando o organismo se apresenta após longo e laborioso processo de aperfeiçoamento, à altura do tentame, que seria a "humanização". É, em símbolo, o "primogênito" no contexto da humanidade, embora expresse uma raça que alavancará o crescimento humano.


Quando analisamos a primogenitura de Jesus Cristo, encontraremos um "salto" no plano da evolução intelecto-moral da humanidade: "E quando outra vez introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem" (Hebreus 1:6). Após todos os labores de formação de povos e culturas, com notas decisivas das revelações trazidas para formação de uma mentalidade moral entre os povos com destaque para a Revelação da Justiça, com Moisés e os profetas o Cristo, que é a "missão" de Jesus entre os homens, instaura, na denominada "primeira vinda", o que ficou codificado pelo próprio Mestre: "Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz mas espada" (MT 10:34).


Considerando que o novo, o desconhecido incomoda e ameaça os padrões vigentes e acomodatícios, a vida de Jesus, com seus ensinos de natureza sublimada, estabeleceu uma "guerra", ou conflitos no mundo porque a sua "palavra" é aquela "espada", que fere e desarticula o pseudopoder, a ilusória estabilidade dominante (notadamente inferior personalista). Portanto, num primeiro momento, ou seja, na primeira vinda, Jesus, então "primogênito" (o primeiro entre muitos que o seguirão), vem separar, e não unir (Sua Luz e Seu padrão moralmente superior a tudo o que existe desmontam sistemas de interesse pessoal ou de grupos, porque é a universalidade do Amor, que implanta discernimento e elevação de propósitos). Foi o que Paulo explicou em sua Epístola aos romanos: "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8:29). A obra do Evangelho passa por duas fases distintas. Primeiramente a "primogenitura", que responde pela "instauração" de novas bases morais (Verbo Divino, Luz do mundo - JO 1:1-4), de modo que "[... ] a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus" (JO 1:12). Esse processo de "iniciação" divina não se dá sem luta, sem "morte", naquele sentido de desativar o "homem velho" para que o "Filho do homem" tenha primazia e vigor na gestão das possibilidades da criatura em evolução. Se há perseverança (MT 24:13), que é condição sine qua non para a justa compreensão da próxima etapa, que consolida o mérito do indivíduo perante a própria consciência e em Deus, alcança-se, então, o âmago do que Jesus propõe aos homens, dando-se ele mesmo por amor - a "unigenitura": "Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos" (1 JO 4:9).


Quando João assinala que "Deus nunca foi visto por alguém; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer" (JO 1:18) encontramos o fundamento da Verdade no Amor, o qual unifica todas as propostas numa única expressão universal (JO 1:14; JO 3:16). O princípio da reflexão aí se estampa, com sublime beleza ("A mente é o espelho da vida em toda parte", ensina o benfeitor Emmanuel, na obra Pensamento e vida, pelo médium Francisco Cândido Xavier).


Na primeira vinda, "sintonizamos" Jesus, que nos revela Deus, mas é pelo esforço de superação que identificamos o "Cristo", e com ele nos "afinizamos", para amar como o Senhor nos ama.


Pelo entendimento da "unigenitura", vamos compreender o que significa o "Espírito de Verdade", que nos legou a Revelação Espírita.


Sob essa insígnia, todos os Espíritos que alcançaram esse padrão de entrega ao Cristo, em testemunhos repetidos na carne (condição para se alcançar autoridade moral inquestionável no Universo), passam a compor a plêiade, que sob esse nome se apresenta aos que remanescem em lutas depuradoras no mundo. No entanto, também Jesus, que é a maior autoridade espiritual que já pisou no solo terreno, igualmente recebe esse nome, pois reúne, em seu seio puro e imaculado, todas as virtudes que esse conjunto de entidades espirituais redimidas representa. É por esse motivo que as mensagens do "Espírito de Verdade" aparecem na obra da Codificação tanto no singular (Jesus falando), quanto no plural (Espíritos sublimados falando em nome do Mestre).


Assim, a "segunda vinda" do Cristo não é fenômeno externo, de natureza física, como geralmente é interpretado pelas concepções materializadas de fé das igrejas ainda distanciadas da essencialidade dos Evangelhos. Trata-se da efetiva conversão do coração humano às realidades do amor caridoso que tange a vida eterna e não mais fragmentária, por efeito das ilusões da matéria: "Porque, assim como todos morrem em Adão [necessidade de reencarnar para se depurar espiritualmente], assim também todos serão vivificados em Cristo [obras da fé raciocinada, quando pelo próprio esforço o indivíduo se supera e encontra no amor o seu clima de felicidade, sem ilusões]. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias [primogenitura, revelando a Verdade], depois os que são de Cristo, na sua vinda [corações convertidos ao amor, em franco exercício de fraternidade - Jesus voltando em obras e testemunhos através daqueles que O amam]" (1 Coríntios 15:22-23; JO 3:15-21).


jo 1:1
O Evangelho por Dentro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

MT 10:20


POIS NÃO SOIS VÓS OS QUE FALAM, MAS O ESPÍRITO DO VOSSO PAI FALANDO EM VÓS.

POIS NÃO SOIS VÓS OS QUE FALAM, - O verbo, como palavra de Deus, é a gênese de toda a Criação infinita (Jo 1:1-3). Força soberana de vida e fundamento de toda a Verdade manifestou-se, pleno, em Jesus Cristo, para a glória de nossa evolução na Terra (Jo 1:9-14; A Gênese, Capítulo 15, itens 1:2; O Consolador, questão 261).


Considerando, pois, o verbo em sua máxima expressão de pureza e poder criador, compreenderemos que FALAR é atributo dos que nos exercitamos em atividades inteligentes de maior ou menor expressão (Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 1, subtítulos CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR e CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR).


Criados por Deus e vivendo no que o Criador e Pai igualmente criou para facultar-nos progresso e evolução (O Livro dos Espíritos, questão 27; Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 1, subtítulo PLASMA DIVINO), todas as nossas manifestações representam VERBALIZAÇÃO do que somos ou de como estamos, segundo os degraus evolutivos já alcançados.


A matéria, que se origina em todas as suas expressões - conhecidas ou não - do Fluido Cósmico ou universal é definida didaticamente na Obra Kardequiana como LAÇO QUE PRENDE O ESPÍRITO (O Livro 66 dos Espíritos, questão 22) e será em permanente associação com a matéria, em seus estados múltiplos, que o espírito se revelará, gerando gravitações e, por sua vez, gravitando em torno de outros seres e suas propostas em VERBALIZAÇÃO vibracional, conforme acontece com os elétrons em torno do núcleo atômico ou com os planetas em torno do sol.


Emmanuel assinala que EM QUALQUER PROVIDÊNCIA E EM QUALQUER OPINIÃO SOMOS SEMPRE A SOMA DE MUITOS e resume com sabedoria: EXPRESSAMOS MILHARES DE CRIATURAS E MILHARES DE CRIATURAS NOS EXPRESSAM (Pensamento e Vida, Capítulo 8).


Estudando a fundo o assunto FALAR, VERBALIZAR, com o auxílio das bases doutrinárias do Espiritismo, podemos tirar o tema da vala comum, pois a simples habilidade da fala, como conquista humana, guarda a função de FIXAR CONCEITOS (Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 10, subtítulo PENSAMENTO CONTÍNUO).


E como o objetivo da evolução é o progresso intelecto-moral dos seres, sua qualificação para a vida mais perfeita, DESMATERIALIZAR concepções e hábitos é seu caminho de felicidade (O Livro dos Espíritos, questão 917, nota de Allan Kardec).


Portando, Jesus ensina aos que se convertem à sua PALAVRA (Jo 6:63; Jo 17:15-21; Jo 18:37) que NÃO SOIS VÓS OS QUE FALAM [. ], pois O BEM, ORIGINARIAMENTE, VEM DE DEUS.


MAS O ESPÍRITO DO VOSSO PAI FALANDO EM VÓS. - Nas anotações dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) encontraremos citações que definem o Mestre dizendo: MEU PAI (Jo 10:29-30; Jo 15:1; Jo 16:23; Jo 16:28; Jo 17:21), VOSSO PAI (Mt 5:45; Mt 6:14-26, Mt 6:32; 7:11) e NOSSO PAI (Mt 6:9) .


O termo O ESPÍRITO DO VOSSO PAI FALANDO EM VÓS guarda a justa compreensão dos degraus evolutivos da capacidade íntima de 68 cada ser frente ao universo. Jesus respeitava, em seus ensinos, a gradação espiritual dos seus irmãos perante Deus, embora operasse a disseminação da suprema Verdade pelos próprios exemplos (Jo 1:18) .


Toda vez que priorizamos a VOZ da consciência, registramos a PALAVRA DE DEUS, para repeti-la em ações no plano objetivo da vida terrestre, sempre em acordo com o despertamento de nossa mente ([. ] CAMPO DE NOSSA CONSCIÊNCIA DESPERTA, NA FAIXA EVOLUTIVA EM QUE O CONHECIMENTO ADQUIRIDO NOS PERMITE OPERAR - Pensamento e Vida, Capítulo 1).


jo 1:1
Religião Cósmica

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu
(Gênesis 1:1, JO 1:1-3, Hebreus 1:3, Colossenses 1:16-17, Salmos 19:1, Romanos 1:20)

Muito inspirador distender os olhos para o Céu e sonhar com os mundos felizes, guardando os pés chafurdados na Terra... Curiosamente, ao vencermos as faixas mais densas do planeta, entendemos o quão sagrado é esse solo terráqueo, esse alicerce de vida interior, sem o qual não lograríamos nos projetar ao Infinito... Por mais belas e habilidosas sejam as nossas mãos, elas não seriam o que são sem o apoio dos pés a segurar o corpo em que essas mãos se ajustam. Parece óbvio, mas há aí uma ciência e uma poesia que nos desafiam os sentidos. É o efeito da simplicidade que nunca será sinônimo de inexperiência ou ingenuidade. Naquele ambiente do Instituto de Pitágoras eu bem podia sorver o efeito da depuração espiritual de Seres muito avançados em escalas variadas, porque a nota dominante neles era a tal simplicidade. Uma sabedoria calma e diligente, humilde e fervorosa, como ainda não sentira e não vira na Terra... Definitivamente, a improvisação não é obra de Deus, apenas ansiedade ou vaidade do homem!


Busco, nestes singelos relatos, dividir as notas luminescentes do pensamento de Sócrates para um efeito didático, já que o meio por que pude colher as ondas de vida daquele Arauto do Cristo ultrapassam o mecanismo elementar de aprendizado terreno — que reduz consideravelmente as potências do Espírito que necessita reencarnar e viver mais de sensações do que de sentimentos eletivos. Aí no mundo, predomina a "sobrevivência", pois a grande maioria dos habitantes da Terra está em condição revisional de posturas elementares, para fixação dos alicerces morais. Aqui, no ambiente dos sábios e dos que buscam decifrar a natureza essencial do Criador e Pai, o que prevalece são os valores essenciais do Espírito — e notese que ainda não estamos falando dos anjos, dos arcanjos. O elo que se forma num grupamento como o que integrei por algum tempo se dá por afinidade mental, expressando os anseios de evolução consciente em Deus, mas com lastro em sentimentos laborados nas pelejas das reencarnações, mesmo que essas experiências não contenham, todas, um cunho de acerto e de correção, mas que expressem, porém, notas de conscientização e abertura de alma, de coração, para a vida mais alta.


Ao expor, com poderosa carga vibracional que nos impactou a todos, a verdade de que "pensamento é vida", o grande Instrutor encadeou, através de imagens sublimes que se projetavam de sua mente, o Princípio e o Verbo, os Seres e os mundos, os átomos e as consciências, os orbes e as mentes que os acrisolam em galáxias, em constelações, demonstrando que tudo está contido na Emanação Inteligentíssima de Deus... Ali estava a divina síntese: Deus, Espírito e Matéria! "As criações mentais ainda primitivas ajudam a formar os fulcros de vida embrionária, quando os Princípios Inteligentes se agrupam, formando ninhos de possibilidades energéticas como elementos coaguladores dos anseios imediatistas dos que apenas se despertam para a vida, com suas mentes embotadas pela matéria diversificada em que foram acalentados e donde surgem para a depuração psíquica, no rumo da espiritualidade genuína... ".


Ao sintetizar a Lei de Interdependência para surgimento de "campos vibratórios" como os que conhecemos na Crosta terrena, na feição de elementos minerais, vegetais e animais — que formam os alicerces para surgimento do homem —, vislumbrava as multiformas desses reinos naturais, recamados de vida e da vibração pulsante de Princípios e Seres, uns ansiando embrionariamente e outros coordenando a força desses anseios, num ensaio de humanização, prestes a se desabrochar em vida organizada e moral... "É real?... " - indagou o ex-esposo de Xantipa, provocandonos as percepções em desenvolvimento no Além. "Sim, essas cocriações elementares são reais para o universo da relatividade, porque no Plano do Absoluto, do Insondável, todas essas formalizações são irreais, são apenas "plasmagens" sem fundamento espiritual de longo curso... Os homens começam a estudar a força do pensamento e vão descobrindo que todo o sensório cerebral é simples decodificador da potência que estua no Cosmos. A música existe em cadências diversas, em oitavas múltiplas, para interpretação momentânea dos Seres, consoante sua capacidade de auscultação e sensibilidade, mas as notas essenciais que são ordenadas pelas pautas, compondo as sinfonias, revelam o sentimento do Criador, a se expressar na Criação em dinamismo e beleza sem fim. São ondas de amor que se propagam, se refundem, se reinventam... ".


O sublime expositor nos capacitava a compreender que as cadeias de pensamento são como as estruturas que vão da intimidade atômica às estrelas em conjugação, associando Princípios e Seres em evolução, em expansão de possibilidades, para cumprimento do determinismo divino: a perfeição e a felicidade!



Honório Abreu

jo 1:1
O Caminho do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Wagner Gomes da Paixão
Honório Abreu

Allan Kardec, no primeiro capítulo da obra A Gênese, demonstra a sublime natureza do Espiritismo, que cumpre, em tudo o que o constitui, a promessa de Jesus concernente à vinda do Consolador à Terra. E, nesse passo, não há dúvida quanto ao cumprimento de um ciclo evolutivo que se inicia com Moisés e culmina com a Revelação do Espírito de Verdade, ou o Espírito Santo que o Pai envia aos homens.


A geratriz da Vida está no poder criador do Pai, e toda a proposta crística, definida por João no Verbo do princípio (JO 1:1-5), guarda os fundamentos do Espírito de Verdade, que resume a pureza indissociável que tão somente o Amor define. Não dispondo dos sentidos próprios para "ver" Deus e comungar-Lhe os eternos dons na infinitude que os caracteriza, esbarramos, ainda que filosoficamente, nas expressões do Cristo Jesus, para balizamento ou ajuizamento de nossos processos intrínsecos, no plano da evolução cósmica. Inconscientemente, mas também de modo refletivo para alguns, os "filhos de Eva" - esse filtro oriundo da miscigenação de graus evolutivos, imprescindível à dinâmica do progresso e Lei Universal em todos os domínios da Criação - sentem o poder de Jesus que, ao formar o globo terreno sob os auspícios do Pai e tendo por apoio as plêiades afins, imprimiu e mantém, nas estruturas vibratórias desse Mundo, sua natureza divina, em harmonias e na ordem inviolável do Amor, em sublime reflexão do Pai.


A criatura encarnada ou mesmo a desencarnada, mas ainda incapaz de "ler" vibrações essenciais, se move consoante os desejos que lhe inflamam, e isso constitui o ego, a personalidade, a ilusão. Em plano externo de busca e movimento, mas também com identificação ou afinidade no plano interno para usufruto do que lhe seduz por fora, trabalha a instrumentalidade mental por milênios sucessivos, até que logre as sínteses evolutivas, ou seja, conquiste internamente os estados simplificados, mas riquíssimos de conteúdo, nas concepções de ordem moral, sem os exotismos da adoração externa que as religiões materializadas propõem por fator condicionante das almas aos propósitos divinos.


O Consolador, para muito além do alento, da esperança que refaz, do reconforto após desgastes e dores, significa efetivamente o religare.


O Espírito de Verdade, que pode ser compreendido por conjunto dos princípios da Vida e também pelo próprio Jesus que nos governa espiritualmente neste Mundo, resume todo o processo de depuração evolutiva que se dá através das vicissitudes e pelejas reencarnatórias, anunciando a imersão do Espírito na Verdade Divina, quando se liberta efetivamente das impressões materiais e se capacita a operar conscientemente sua marcha de aperfeiçoamento, com benefícios evidentes a toda ordem de Espíritos que se lhe colocam aquém das conquistas.


Exercitando-se filosoficamente e tendo por fecundação da mente os exercícios diários de ajuste pessoal às propostas captadas das experiências de melhor nível, o Espírito em pelejas reencarnatórias se elevará em ideais e submergirá em provas, para alcançar o equilíbrio das potências íntimas. Daí o Consolador por excelência, na feição do Cristo de Deus que esteve entre nós, assinalar: "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós" (JO 14:18). Realmente, Jesus lançou mão da prerrogativa de um corpo físico, consoante a Codificação Espírita explicita sem rodeios, para fundar com seu imenso sacrifício a era do despertamento espiritual no Globo. E prometeu a vinda do Consolador, para que não ficássemos órfãos, ou seja, o Mestre "causou" no plano denso da matéria, imprimindo ao Mundo melhor noção do poder de Deus que Ele intermediava. Pouco depois, após o fluxo e refluxo das forças que lançou nos corações humanos e no meio ambiente, orquestrou do Alto os movimentos de expansão e recolhimento observados na História, para, em momento adequado, com relativo amadurecimento intelecto-moral de grupos capazes de liderar o processo evolutivo, permitir a chegada do Consolador em aspectos filosóficos e científicos, apontando, entre fatos e ensinos inteligentíssimos, a moral que constitui a Verdade, a imagem do Criador estampada nas fímbrias dos filhos convertidos ao Seu Amor. Aí está a segunda vinda do Mestre e Senhor de nossa evolução planetária.


Eis o Consolador, que "vos guiará em toda a Verdade" (JO 16:13).



Léon Denis

jo 1:5
Cristianismo e Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: -10
Léon Denis

Sobre a autenticidade dos Evangelhos Um atento exame dos textos demonstra que, em meio das discussões e das perturbações que agitaram, nos primeiros séculos, o mundo cristão, não se hesitou, para aduzir argumentos. em desvirtuar os fatos, em falsear o verdadeiro sentido do Evangelho.


Celso, desde o século II, no Discurso verdadeiro, lançava aos cristãos a acusação de retocarem constantemente os Evangelhos e eliminarem no dia seguinte o que havia sido inserido na véspera.


Muitos fatos parecem imaginários e acrescentados posteriormente. Tais, por exemplo, o nascimento em Belém, de Jesus de Nazaré, a degolação dos inocentes, de que a História não faz menção alguma, a fuga para o Egito, a dupla genealogia, contraditória em tantos pontos, de Lucas e Mateus.


Como, também, acreditar na tentação de Jesus, que a Igreja admite nesse mesmo livro em que acredita encontrar as provas da sua divindade? Satanás leva Jesus ao monte e lhe oferece o império do mundo, se ele lhe quiser prestar obediência. Se Jesus é Deus, poderia Satanás ignorá-lo? E, se conhecia sua natureza divina, como esperava exercer influência sobre ele?


A ressurreição de Lázaro, o maior dos milagres de Jesus, é unicamente mencionada no quarto Evangelho, mais de 60 anos depois da morte do Cristo, ao passo que as suas menores curas são citadas nos três primeiros.


Com o quarto Evangelho e Justino Mártir, a crença cristã efetua a evolução que consiste em substituir à ideia de um homem honrado, tornado divino, a de um ser divino que se tornou homem.


Depois da proclamação da divindade do Cristo, no século IV, depois da introdução, no sistema eclesiástico, do dogma da Trindade, no século VII, muitas passagens do Novo Testamento foram modificadas, a fim de que exprimissem as novas doutrinas (Ver João, I, 5,7). "Vimos, diz Leblois, (Nota cxli: As bíblias e os iniciadores religiosos da humanidade, por Leblois, pastor em Strasburgo.) na Biblioteca Nacional, na de Santa Genoveva, na do mosteiro de Sannt-Gall, manuscritos em que o dogma da Trindade está apenas acrescentado à margem.


Mais tarde foi intercalado no texto, onde se encontra ainda. "



Amélia Rodrigues

jo 1:7
Trigo de Deus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 22
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

A Sua presença incomodava.


A pulcritude e o absoluto desinteresse pelas quinquilharias humanas tornaram-nO antipático aos poderosos, e a Sua autoridade moral apavorava os fracos que se haviam investido de falsa força.


À medida que crescia sua realidade entre as pessoas, mais aumentava a onda dos ódios e ressentimentos contra Ele.


Insubmisso aos dominadores de Roma e de Jerusalém, não os respeitava, porque lhes conhecia as misérias, embora não os combatesse. Eles eram necessários aos seus coevos, que se lhes assemelhavam.


Seria breve o curso da Sua realização e Ele o sabia. Por isso, não se detinha ante nada, parecendo mesmo querer que tudo acontecesse, que Lhe chegasse a Morte, a fim de que triunfasse a Vida.


* * *

Desde a morte de Herodes, o Grande, a Palestina estava em conflitos, que se alastraram a partir da sua enfermidade.


Na demência do poder, a sua crueldade fez-se insuportável, e temendo não ser pranteado, após o decesso, quanto gostaria, deu ordens para que fossem aniquilados os judeus ilustres que mandara aprisionar no hipódromo, igualmente deixando instruções para que os seus guarda-costas matassem Antípatro, seu filho.


O reino ficou dividido entre os seus outros vários filhos, incapazes e pusilânimes, à exceção de Herodes Antipas, outro filho de Maltace da Samaria, sua quarta mulher, que mandaria degolar João Batista, a instância de sua sobrinha Salomé.


Sucederam-se, então, atos intérminos de violência, inclusive perpetrados por Arquelau, etnarca dos territórios da Judeia, da Samaria e da Iduméia. Incapaz de frear os acontecimentos em Jerusalém, convocou o exército e, num banho de sangue, ceifou três mil vidas, sendo exilado para Viena depois, aproximadamente em VI d. C. por ordem de Augusto...


Em tal desordem, a Palestina passou a ser administrada por procuradores militares, destacando-se, entre eles, Pôncio Pilatos, que se tornou famoso em razão dos acontecimentos que lhe assinalaram o período, com a prisão, julgamento e morte arbitrários de Jesus.


O poder religioso, confundindo-se com o civil e militar, criava no país uma rede infindável de intrigas, suspeitas e perseguições que tornavam insuportáveis as vidas brilhantes.


Os triunfadores de um momento eram, noutro instante, combatidos pelo medo de derrubarem os seus chefes, e as ameaças sucediam-se em malhas perigosas.


A Fortaleza Antônia, a noroeste do monte do Templo, vigiava a inquieta Jerusalém, desafiando o poder do Sinédrio e a prosápia exagerada dos sacerdotes.


É neste cenário de conturbação e paixões que se encontra Jesus.


Depois de preso sem culpa formal, vendido traiçoeiramente pelo amigo invigilante, Ele foi conduzido à presença de Pilatos, que desconhecia as tricas e astúcias religiosas desse povo apaixonado e vingador.


Aguardando um Messias que lhe concedesse o mundo, repudiava Jesus, que lhe oferecia a paz.


À doação eterna preferia a transitoriedade terrena e, para consegui-la, utilizava-se de todos os instrumentos imagináveis.


Após dialogar com o prisioneiro e deslumbrar-se com a Sua altivez, Pilatos não Lhe notara qualquer conduta ou pensamento passível de punição, desabonador. Tentara, por isso mesmo, negociar a Sua pela vida do salteador Barrabás, sem conseguir êxito.


A alucinação que tomara conta da massa, sustentada pelos profissionais açuladores dos ódios ali mesclados, queria o Justo, não o criminoso; o Sábio, rião o selvagem.


Para a multidão, é melhor matar quem lhe dá a vida, àquele que lhe insufla o ódio em cuja faixa sintoniza...


O herói provoca inveja, enquanto o réprobo, que inspira desprezo, é aceito, pois que serve de patamar para outros seus semelhantes mais astutos, que se destacam graças a eles...


Jesus não devia continuar vivo, pensavam os famanazes do poder temporal, e Pilatos não sabia como solucionar honradamente a questão.


Pusilânime, não impôs a autoridade que a Lex Romana lhe concedia. Quis negociar com o crime organizado e tornou-se um cristicida.


Mandou, antes, que O açoitassem, que O flagelassem, a fim de acalmar a malta, que se nutre de sangue inocente.


* * *

Cícero considerava a crucificação como a mais cruel e repugnante das penas, que os romanos aplicavam contra os rebeldes escravos e criminosos bárbaros. Em Jerusalém, ela era reservada aos criminosos comuns.


Parece ter-se originado entre os persas, com o objetivo de impedir-se a ação da impiedade dos delinqu

̈entes, coarctando a onda que se espraiava do crime pelo terror.


Jamais, porém, a pena de morte trará efeitos benéficos à sociedade ou evitará a criminalidade. Onde viceje, à sua sombra alastram-se a violência, o vício, os delitos mais vis.


Só a educação pode prevenir o mal e corrigir o erro.


Posteriormente, crê-se que foi Alexandre Magno, no seu expansionismo, quem difundiu a crucificação pelo Oriente Médio, sendo aprimorada e mais refinada pelos métodos romanos.


A vítima deveria antes ser despida e atada a um poste, passando a receber os açoites, normalmente em número de trinta e nove ou mais, com o flagrum, um chicote de couro com várias tiras ou correias, em cujas extremidades havia bolas de chumbo ou afiados pedaços de ossos de carneiro para dilacerar as carnes. Dois sicários aplicavam os golpes, nas costas e nas pernas, sucessivamente, lanhando-as e despedaçando-as, a fim de que as hemorragias quebrassem as resistências da vítima, sem possibilidade de sobrevivência ou de mais demora na cruz...


Jesus havia sido mandado de um para outro lugar e estava exausto, percorrendo, naquela noite sinistra, mais de quatro quilômetros entre um palácio e outro...


Ao ser retirado do madeiro de flagício, foi envolvido por uma túnica de púrpura escarlate e coroado de espinhos, em ultraje à Sua pessoa, em ironia ao Seu reino, sendo cuspido e azucrinado pela soldadesca.


Na mais terrível solidão humana Ele aceitou o fardo cruel da ingratidão dos amigos, um dos quais O negara, há pouco, por três vezes consecutivas...


O sangue e o suor abundante misturavam-se na borda das carnes dilaceradas.


Empurrado para o centro do pátio onde Pilatos se encontrava, este gritou para a turba:

— Eis aqui o homem!


Nenhuma emoção nos inimigos, príncipes dos sacerdotes e soldados. Mais ódio e rancor.


Em uma só voz, decretaram e selaram, não o destino dEle, mas, o próprio:

— Crucifica-O! Crucifica-O!


— Mas eu não encontro culpa nEle. Tomai-O vós e crucificai-O vós!


Um reino em desafio e um Rei em julgamento, numa noite de horror, que nunca mais passaria na história de trevas da humanidade.


— Nós temos uma Lei —bradaram os enlouquecidos adversários da Luz — e, segundo a nossa Lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus!


Jamais Ele dissera ser Deus, afirmando-se Seu Filho, como todos nós, e tornando-se o caminho para o Pai.


Era necessário demonstrá-lo, porém.


A luz cega os que se aprisionaram longamente nas trevas, e será aceita, bem recebida, vagarosamente. Assim, era necessária a Sua morte, para que das sombras do sepulcro viesse a claridade imortalista encontrar os Seus assassinos, na longa estrada das reencarnações, erguendo-os para os altiplanos da Verdade.


O processo era já irreversivel. Instalara-se a hora dolorosa na consciência terrena. As criaturas mergulhavam no abismo da insensatez, nele demorando-se milênios afora, em peregrinação de retorno.


Em Jerusalém preferiram Barrabás e rejeitaram Jesus.


Pilatos prosseguiu lavando as mãos sem limpara consciência culpada, sem jamais O esquecer, ele que teve a oportunidade máxima. Suicidando-se depois, mais perturbou o próprio futuro, ao invés de solucioná-lo.


Na sucessão dos séculos a consciência humana procura a vida, a libertação, enquanto ouve a voz confusa do procurador romano gritar para a massa, na noite hedionda:

— Eis aqui o homem!


(Nota) João 1:7 (Nota da Autora espiritual)


jo 1:9
Primícias do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

 

“Mostrai-me uma moeda.

De quem tem a imagem e a inscrição?

E, respondendo eles, disseram: De César.

Disse-lhes, então: Dai, pois, a César o que é

de César, e a Deus o que é de Deus. ”

(Lucas, 20:24 e 25)

 

Nesse vigoroso e expressivo diálogo, defrontam-se dois reinos em litígio: o material e o espiritual. (2) A efígie de Augusto e as inscrições na moeda de trocas e de valor aquisitivo representavam o poder temporal: as hostes guerreiras vencendo cidades, as glórias efêmeras de trânsito breve, as fronteiras ensanguentadas espalhadas por toda parte, o luxo, o gozo, as ambições, o crime desenfreado, as vaidades e a morte...

O Imperador, alçado ao poder por uma série intérmina de acontecimentos imprevisíveis, estendia sua força por todos os rincões e estava presente em todo lugar. O sonido das suas moedas significava grandeza, abastança, poder.

O Sol não interrompia sua marcha sobre as terras do fulgurante império.

Jesus, no entanto, era o Príncipe de outro reino, aquele reino de paz e justiça onde a sabedoria sublima as aspirações. Imenso reino além da Terra, cujos alicerces, entretanto, se consubstanciam na argamassa da terra.

Augusto semeava o terror, o ódio, devastava...

Jesus trazia o convite enérgico e desataviado à escolha, ao dever maior do amor.

O primeiro combatia como as águias: inesperadamente, com violência, astúcia, impiedade.

O segundo semelhava-se à pomba mansa, mensageira da paz.

Os dois reinos tinham e têm bem definidas finalidades, perfeitamente delineados roteiros.

Augusto reinava; Ele, porém, viera ter com os homens para oferecer as primícias do Reino que lentamente conquistaria os amargurados e desiludidos Espíritos humanos, após os insucessos e frustrações no reino fantasista dos triunfos passageiros.

Inquirindo sobre o dono da efígie insculpida na moeda, Jesus omitia-se em reconhecer o domínio do Imperador, por ser uma autoridade que lhe era dada e não uma legítima posição, aquela que vem de Mais Alto.

Aprofundando meditações nos programas da Era Espacial, nos esquemas ultramodernos sobre a planificação da família, nos esboços ousados da Psicologia juvenil, nas arremetidas avançadas da Sociologia, que experimenta a aplicação de doutrinas perigosas, não podemos ignorar a onda avassaladora das paixões, das lutas e dos naufrágios morais.

No momento em que o homem, apesar de todas as conquistas que lhe enriquecem o parque das experiências, parece desumanizar-se, em que a volúpia da velocidade avassala todos os empreendimentos e as estatísticas apresentam índices surpreendentes nos seus diversos aspectos com a aflição que campeia infrene, sem mãos que lhe estanquem as lágrimas ou corações que se transformem em conchas vivas; desejamos, respeitosamente, testemunhar reconhecimento e afeição às células espíritas-cristãs, que se espalham, fraternalmente, abrindo suas portas à dor e ao desespero, oferecendo repouso e esperança a todos, sob a égide excelsa do Consolador.

Células que instruem, esclarecem, albergam, consolam, alimentam, iluminam, sustentam e encorajam os Espíritos atormentados, vítimas de si mesmos, do medo ou das neuroses de difícil classificação; células nas quais alguns cireneus ofertam com a própria vida as primícias daquele Reino que virá, tendo em vista o atual declínio de César, conquanto o brilho das suas últimas luzes; Reino cujas fundações há dois mil anos Ele veio lançar no sofrido solo moral do Planeta.

Pensando nesses lutadores estoicos, cristãos da última hora, naqueles sofredores que o vendaval colhe e esfacela a cada instante, e naquele outros ainda não vencidos, encorajamo-nos a alinhavar alguns pensamentos, estudos e evocações dos “ditos do Senhor” e das personagens que participam da sua mensagem, em despretensioso convite para o retorno às coisas simples, belas e profundas do Evangelho, hoje escassamente divulgadas, controvertidas, propositalmente ignoradas, violentamente combatidas...

Há falta de bálsamo evangélico nas realizações ditas cristãs da atualidade, fazendo pensar num Cristianismo ao qual falta o espírito enérgico e manso, suave e nobre do Cristo.

No justo instante em que o Cientificismo enregela os corações e comanda as mentes com vigor inusitado, a evocação de Jesus e Sua vida, Suas palavras e feitos podem ser comparados a orvalho balsâmico depositado sobre pústula ultriz em ardência cruel.

Fazer homens fortes e puros “como criancinhas” — eis a meta do Espiritismo —, tornando-os “hoje melhores do que ontem e amanhã melhores do que hoje”.

Não pretendemos realizar trabalho de exegese evangélica por nos faltarem os mínimos títulos para tão grande empreendimento.

Na literatura terrestre enxameiam “Vidas de Jesus”.

Nosso esforço alinhou algumas páginas escritas com o carinho de espírito imortal após a transposição da reveladora aduana da sepultura. Objetivamos contribuir com a gloriosa Obra Doutrinária do Espiritismo, iniciada pelo eminente mestre lionês Allan Kardec, a quem tributamos nossos profundos respeitos e homenagens pelos ingentes esforços de restaurador da “palavra de vida”, mediante o todo granítico e harmonioso da Codificação, nos tumultuados dias do século XIX e que, inalterada e atual, resiste às investidas da leviandade e da jactância dos aventureiros das questões espirituais ao longo dos tempos.

Alguns apontamentos que se alongam além das anotações evangélicas ou que apresentam comentários não insertos nos escritos da Boa-nova, extraímo-los de obras consultadas em nosso plano de atividade ou são resultado de esclarecimentos e comentários recolhidos em fontes históricas do lado de cá.

 

*

 

A semelhança dos dias em que Jesus viveu entre nós, os tempos atuais ensejam a restauração viva e atuante da Mensagem cristã, pois que, convertida em laboratório de experiências aflitivas, a Terra continua sendo campo rico de oportunidades para a vivência evangélica.

Há incontáveis portas de serviço esperando por nós.

Nestes dias de cultura e abastança pululam também a miséria física e moral aguardando socorro.

Faz-se necessário que repontem como primavera de bênçãos as sementes da esperança e surjam como antes novos “homens do caminho ”.

Esperando ter respondido ao chamado do dever, mediante a contribuição deste desvalioso conjunto de páginas, formulamos votos de êxito nas arremetidas do bem aos infatigáveis obreiros, enquanto recordamos com João que “Ele era a luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo” (João, 1: 9), tendo a certeza de que Sua Luz, desde já, nos clareia interiormente, conduzindo-nos às sendas redentoras do Seu Reino de amor incomparável

 

AMÉLIA RODRIGUES

 

Salvador, 25 de fevereiro de 1967.

jo 1:43
Vivendo Com Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Uma psicosfera inusual dominava a paisagem das almas naqueles dias.


A região do mar da Galileia, especialmente no lado em que repousavam próximas às suas praias as cidades movimentadas de Cafarnaum, Magdala, Dalmanuta e as aldeias humildes com o seu casario em tonalidade cinza, fruía de uma desconhecida paz.


Praticamente dedicada à pesca nas águas quase sempre tranquilas do mar gentil, vivia-se naquela região um período de estranha harmonia.


Suas gentes pobres, com as raras exceções dos poderosos transitórios que nunca ambicionaram sair dali ou desfrutar dos prazeres da fortuna, sem que pudessem explicar, experi-mentavam estranho bem-estar.


Os pescadores estavam acostumados à sua diária labuta: conserto de redes, aventuras nas águas, movimentação na praia e discussão com os compradores dos peixes, conversas infindáveis sobre as questões modestas dos seus interesses, pagamentos dos impostos absurdos, todos descendiam de outros que se haviam dedicado ao mesmo mister.


A rotina era quase insuportável, o mesmo acontecendo com os agricultores, oleiros, marceneiros, construtores e comerciantes...


Cafarnaum era uma cidade grandiosa, considerando-se os padrões da época, pois que ali havia uma sinagoga importante e possuía ruas calçadas, praças formosas, mansões e casebres como em toda parte.


O luxo de uns humilhava a miséria de outros. Mas todos conviviam dentro dos seus padrões, acostumados que estavam às circunstâncias e às condições existentes.


A política infame de César esmagava os dominados em toda parte; e a luxúria, o fausto, os constantes desafios do tetrarca, desde há muito silenciaram os ideais libertários, esmagando com os impostos exorbitantes os trabalhadores e o povo sempre reduzido à miséria.


Nesse quase lúgubre cenário humano, soprava uma diferente brisa de paz e de espontânea alegria, como se algo estivesse acontecendo, o que, em verdade, ocorria...


Chegara o momento em que Jesus deveria iniciar o Seu ministério.


Ele havia elegido aquela região simples, de onde, por ironia, asseverava-se que nada de bom poderia sair. Seria, portanto, um paradoxo, porque os fatos iriam demonstrar o equívoco desse comentário desairoso.


Num magnífico dia de sol, enquanto todos laboravam como de costume, Ele saiu a pescar homens para o Seu Reino, Vivendo com Jesus para a implantação de uma diferente Era, como jamais dantes ou depois houvera, ou se repetiria.


Caminhando vagarosamente acercou-se de uma barca onde os irmãos Pedro e André, os irmãos Boanerges (por Jesus apelidados como filhos do trovão) se encontravam, e, após fitá-los demoradamente, produzindo nos observados certa estranheza, pois que O não conheciam, disse:

— (...) Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens? (Mateus 4:21 (nota da Autora espiritual) Uma harmonia incomum penetrou-lhes as almas e eles ficaram extasiados. Ninguém nunca lhes falara naquele tom, daquela forma. O estranho continuou olhando-os de maneira transparente e doce, aguardando.


Na acústica do ser identificaram aquela voz que parecia adormecida por muito tempo e agora ecoava suavemente.


Não sabiam qual era a intenção dele, nem os recursos que possuía, nem sequer podiam identificar o a que se referia, percebendo somente que era irresistível Seu convite.


Desse modo, magnetizados pela Sua presença, deixaram o que estavam diligenciando e O seguiram.


Ele não deu explicação nenhuma, tampouco os convidados fizeram qualquer pergunta. Poder-se-ia pensar que era o senhor chamando os seus servidores, que o atenderam sem protesto, sem vacilação.


De certo, a sua rotina era cansativa e estavam saturados, mas era aquele o único recurso de sobrevivência de que dispunham, por isso, amavam o que faziam.


Aquele foi-lhes o momento definitivo da existência, que se modificaria para sempre.


Caminhando com alegria em silêncio, Jesus foi adiante e convidou outros dois pescadores, um dos quais muito jovem e de aparência sonhadora, e falou-lhes com a mesma candura.


Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. (8) Eles não relutaram nada indagaram, como se estivessem apenas aguardando o convite, e as redes que estavam con-sertando caíram nas areias, e deixando imediatamente o barco e o pai, O seguiram.


No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me? (9) Ele levantou a cabeça quando O viu chegar e sorriu, enquanto ouvia a invitação: — Segue-me!


A partir dali toda a região foi modificada. Os comentários tornaram-se focos de controvérsias e de considerações incongruentes. Ninguém entendia o que acontecera com aqueles antigos pescadores e outros, como o cobrador de impostos, que deixou também a sua coletoria para segui-lo, apenas recebeu o chamado...


Pode-se asseverar que todos haviam sido escolhidos muito antes daqueles momentos e que somente aguardavam ser convocados.


(8) Mateus 4:20

(9) João 1:43 (notas da Autora espiritual)


O mundo, no entanto, é fascinante nas suas ilusões, e os desejos humanos em forma de ambições de poder e de gozo tem suas raízes profundamente fincadas no solo da memória por atavismo e imposição das vivências anteriores.


Trata-se de um grande risco abandonar tudo e seguir um estranho. Isso se, realmente, Ele fosse um estranho, o que não tinha fundamento, porque todos experimentavam a sensação de O conhecerem, de O amarem, de Lhe sentirem a ausência...


Afinal, a vida na Terra é uma sucessão de riscos calculados ou não, de tentativas de erros e de acertos.


Aquela desconhecida aventura, no entanto, era tecida pelos sonhos de um mundo melhor, um amálgama de anseios do coração e da mente anelando por melhores condições de vida, por felicidade.


Jesus, porém, nada lhes ofereceu por enquanto. Somente os convidou, reunindo-os como discípulos para o grande empreendimento que viria depois.


Aquele chamado era aguardado por Israel, que esperava um rei ameaçador e perverso, que lhe restituísse a liberdade política, dando-lhe poderes para tornar-se tão cruel quanto o Império que o estraçalhava.


Com esse grupo de galileus e, mais tarde, com um judeu de Keriot, iniciou-se a mais fantástica façanha de que a História guarda notícia.


O primeiro encontro foi na casa de Pedro, que era casado, e certamente o mais velho de todos, embora ainda não houvesse alcançado os cinquenta anos.


Todos estavam dominados pelo brilho dos Seus olhos e pela ternura da Sua presença.


De alguma forma eles sonhavam com esse futuro que chegara somente que não sabiam como se apresentaria, de que era constituído, o que deveriam fazer.


Tudo, porém, foi-se apresentando a seu tempo e as revelações começaram a diluir a cortina de sombras e a vitalizar a debilidade das forças.


Em breve, a revolução iria começar e, para tanto, era necessário que se fortalecessem, que abandonassem os velhos hábitos do egoísmo e passassem a viver em grupo, repartindo o pão e o teto, a alegria e a tristeza, a esperança e as dúvidas que, periodicamente, os assaltavam...


Eram quase todos analfabetos, com exceção de Mateus, de Judas, de Tiago, e de Pedro e João, que adquiririam o conhecimento das letras mais tarde, deixando a grandeza de sua epístola e as narrações evangélicas assim como o Apocalipse...


Judas, o mais letrado e hábil em administração, que foi encarregado de guardar as pequenas reservas monetárias do grupo, era dedicado e fiel enquanto se deslumbrava ante as promessas do Senhor, até quando começou a atormentar-se ao constatar que o Seu Reino era outro, muito diferente daquele que excogitava e tinha ânsias por fruir.


Insinuando-se-lhe a dúvida, o ressentimento encontrou guarida nos seus sentimentos, e ele tornou-se vítima infeliz de si mesmo, quando se permitiu perder na ambição acalentada.


O grupo humilde tinha tudo para fracassar, menos o Mestre que o guiava, que lhe trabalhava as anfractuosidades íntimas, que lhe construía a nova personalidade, modelando a pedra bruta representativa da ignorância atual, para arrancar o que se encontrava oculto, a essência sublime da vida...


(...) E eles se tornaram os construtores do Novo Mundo, deram-se integralmente à causa que abraçaram, testemunharam, após as fraquezas humanas, a grandeza de que eram constituídos.


Nunca mais a sociedade seria a mesma, jamais se repetiriam aqueles dias, que se transformaram no marco definidor do futuro, bem diferente do passado...



Wesley Caldeira

jo 1:14
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11469
Capítulo: 29
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Ressurreição em Israel possuía vários significados.
Dizia-se, com o termo, de um evento escatológico, isto é, um episódio que aconteceria no fim da história humana: o despertar do sono da morte para o julgamento final, no antigo corpo, cujos elementos dispersos voltariam a se agregar.
Com a ressurreição da filha de Jairo, a de Lázaro e a de Êutico (ATOS DOS APÓSTOLOS, 20:7 a 12), ressurreição equivale à reanimação de um corpo com sinais vitais debilitados, imperceptíveis, ou restituição da normalidade fisiológica, antes da extinção da vida orgânica. Disse Jesus: “[...] a menina não morreu, está dormindo” (MATEUS, 9:24); “[...] nosso amigo Lázaro dorme, mas vou despertá-lo” (JOÃO, 11:11). Paulo tranquilizou seus companheiros a respeito do jovem Êutico, acidentado e tido como morto: “[...] Não vos perturbeis: a sua alma está nele!” (ATOS DOS APÓSTOLOS, 20:10).
Noutros contextos, ressurreição indicava uma experiência psíquica, a denominada (impropriamente) incorporação mediúnica. Outras vezes, a palavra significava reencarnação.
Em LUCAS, 9:7 e 8, numa só passagem, obtêm-se exemplos dessas duas concepções.

“O tetrarca Herodes, porém, ouviu tudo o que se passava, e ficou muito perplexo por alguns dizerem: ‘É João que foi ressuscitado dos mortos’; e outros: ‘É Elias que reapareceu’; outros ainda: ‘É um dos antigos profetas que ressuscitou’.”
Fazia pouco tempo que João Batista tinha sido decapitado, estivera encarnado no mesmo período que Jesus, era seis meses mais velho. Como João poderia ressuscitar em Jesus? Pela incorporação mediúnica, ou seja, a manifestação de um desencarnado no plano terreno por intermediário de um encarnado.
Elias e os antigos profetas viveram séculos antes. Como um deles poderia ser Jesus? Pela reencarnação, o regresso do Espírito à vida corporal.
Ressurreição ainda traduzia a volta depois da morte, em Espírito, numa aparição.
Com Jesus, depois do sepulcro, ressurreição assume este último sentido — fenômeno mediúnico de efeitos visuais, por vidência ou materialização.
Os evangelhos apoiam essa interpretação?
Basta examinar os indícios sobre a natureza do corpo de Jesus ressurrecto, para se verificar que não foi um corpo flagelado e morto que ressurgiu.
JOÃO, 20:19 informa que, estando fechadas as portas do lugar onde se achavam os apóstolos, Jesus veio e se pôs no meio deles.
Em várias passagens, as testemunhas não reconheceram o semblante de Jesus ressuscitado. Aos caminheiros de Emaús, Marcos esclarece que Jesus se “manifestou de outra forma” (MARCOS, 16:12), o que explica LUCAS, 24:16: “seus olhos, porém, estavam impedidos de reconhecê-lo”. JOÃO, 20:14 relata que Maria de Magdala “voltou-se e viu Jesus de pé. Mas não sabia que era Jesus”. Pouco adiante, JOÃO, 21:4 informa: “Jesus estava de pé, na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus”; e depois:

“[...] nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: ‘Quem és tu?’, porque sabiam que era o Senhor” (21:12).
Trata-se de um corpo apto a vencer as barreiras da matéria, capaz de alterar-se para se fazer irreconhecível e, num instante depois, fazer-se reconhecer com a aparência humana habitual.
A primeira carta de Paulo aos CORÍNTIOS auxilia a entender a natureza do corpo ressuscitado de Jesus. Os coríntios também tinham dificuldade em admitir que um corpo morto pudesse ressuscitar. Paulo, em socorro a eles, elucidou:
Mas, dirá alguém, como ressuscitam os mortos? Com que corpo voltam? Insensato! O que semeias não readquire vida a não ser que morra. E o que semeias não é o corpo da futura planta que deve nascer, mas um simples grão de trigo ou de qualquer outra espécie. A seguir, Deus lhe dá corpo como quer; a cada uma das sementes ele dá o corpo que lhe é próprio. [...]. Há corpos celestes e há corpos terrestres. Um é o brilho do sol, outro o brilho da lua, e outro o brilho das estrelas. E até de estrela para estrela há diferença de brilho. O mesmo se dá com a ressurreição dos mortos; semeado corpo corruptível, o corpo ressuscita incorruptível; semeado desprezível, ressuscita reluzente de glória; semeado na fraqueza, ressuscita cheio de força; semeado corpo psíquico, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo psíquico, há também um corpo espiritual. [...] Digo-vos, irmãos: a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus [...]. Quando, pois, este ser corruptível tiver revestido a incorruptibilidade e este ser mortal tiver revestido de imortalidade, então cumprir-se-á a palavra da Escritura: A morte foi absorvida na vitória. Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão? (1 CORÍNTIOS, 15:35 a 55.)
O apóstolo dos gentios inicia a dissertação recordando que tudo possui um corpo apropriado — lei extensiva aos denominados mortos. A atividade nos corpos corruptíveis da matéria enseja conquistas que enchem de glória o corpo espiritual, apropriado à vida do Espírito na dimensão espiritual. Todo investimento evolutivo no corpo psíquico, ou corpo mental, ou mente, repercute no corpo espiritual. Um corpo de carne e sangue não poderá experienciar no reino de Deus, isto é, na realidade espiritual. Somente um corpo não corruptível poderá experienciar no reino de Deus, afirma Paulo. Esse corpo é o que pode preservar a pureza crescente do conteúdo, a alma. Vaso que é, o corpo espiritual reflete também, em pureza crescente, seu conteúdo.
JOÃO, 1:14 ensinou que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Se o Verbo não estaria mais entre nós, e regressaria para as esferas de sua origem, por que se manter carne?
Para o Espiritismo, o homem possui uma composição ternária. Há nele três partes essenciais: primeiro, o corpo ou ser material, o seu instrumento de inserção na vida planetária, semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; segundo, a alma ou ser imaterial, o Espírito imortal; terceiro, o laço que une a alma ao corpo, o corpo intermediário entre a matéria e o espírito — o corpo espiritual ou, como bem o designou Allan Kardec, o perispírito. Com a morte do corpo orgânico, o Espírito passa a se apresentar e se exprimir por meio do corpo espiritual. (KARDEC, 2013a, q. 135a.)
O perispírito é conhecido desde a mais remota antiguidade. No Egito, foi chamado Ka; na China, “corpo aeriforme”; na Grécia, “carro sutil da alma”.
Homero (1987, p. 248), em A Ilíada, descreveu maravilhosamente o perispírito na aparição de Pátroclo a Aquiles: “Apareceu-lhe a alma do infortunado Pátroclo, em tudo semelhante ao homem, na altura, nos olhos e na voz, e envolto em igual radiação”.
Para Paulo e a ciência espírita, as aparições de Jesus ocorreram pela manifestação de seu corpo espiritual; não foi um corpo carnal que voltou à vitalidade.
Em todos os significados do termo ressurreição há uma ideia essencial: ressurgimento, ato ou efeito de ressurgir.

Jesus predisse sua morte e ressurgimento em diversas ocasiões (MATEUS, 17:22 a 23; 20:19; MARCOS, 8:31; 9:30 e 31; 10:33 e 34).
Após sua viagem a Cesareia, oportunidade em que conferiu a Pedro a direção da comunidade (MATEUS, 16:18), “Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia” (MATEUS, 16:21).
Entre as referências à ressurreição anotadas por Lucas, destaca-se, em especial, o teor da conversa entre Jesus e os dois visitantes espirituais no Tabor: “[...] eram Moisés e Elias que, aparecendo envoltos em glória, falavam de sua partida que iria se consumar em Jerusalém”. (LUCAS, 9:30 e 31.)
A ressurreição de Jesus não foi descrita pelos evangelhos; somente o túmulo vazio e as aparições.
Há quem entenda que a ressurreição foi um delírio da mente enferma de Maria de Magdala que se propagou entre os discípulos conturbados pelos acontecimentos recentes.
Ernest Renan (2003, p. 393 e 394) foi dos primeiros a propor isso:
A vida de Jesus, para o historiador, acaba com seu último suspiro. Mas a marca que ele deixara no coração dos seus discípulos e de algumas amigas devotadas foi tamanha que, durante semanas ainda, ele esteve vivo e consolador para eles. Por quem seu corpo foi levado? Em que condições de entusiasmo, sempre crédulo, eclodiu o conjunto de relatos através do qual se estabelece a fé na ressurreição? É o que, por causa de documentos contraditórios, sempre ignoraremos. Digamos, no entanto, que a forte imaginação de Maria de Magdala desempenhou, nessa circunstância, papel essencial. Poder divino do amor! Momentos sagrados em que a paixão de uma alucinada dá ao mundo um Deus ressuscitado!
Os apóstolos teriam desejado tão ardentemente a ressurreição, que suas mentes teriam simulado o fato, confundindo alucinação com ocorrência real? Numa extensão maior do fenômeno, a visão dos quinhentos da Galileia seria uma alucinação coletiva?
Não é esse, porém, o estado emocional dos apóstolos e discípulos revelados no doloroso transe da paixão. Frustração e desolação, desesperança e mesmo revolta foram a tônica. Maria de Magdala acreditava que alguém subtraíra o corpo de Jesus: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. (JOÃO, 20:15.) Tomé, ríspido, duvidou do testemunho dos colegas de apostolado. Sobre os testemunhos de Maria de Magdala, Joana de Cusa, Maria de Cléofas, Salomé e das outras mulheres, escreveu LUCAS, 24:11 que aos apóstolos essas palavras “lhes pareceram desvario, e não lhes deram crédito”.
E o que dizer da visão de Jesus por Paulo, que partiu para Damasco “respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor?” (ATOS DOS APÓSTOLOS, 9:1.)
Explicações de outras naturezas não faltaram.
José de Arimateia e Nicodemos seriam ligados aos essênios. Os dois varões teriam simulado o sepultamento. Daí, a pressa que tiveram em colocar Jesus no túmulo; Ele ainda estaria vivo. Os dois anjos de branco seriam essênios buscando Jesus na sepultura de Arimateia.
Outra teoria.
Simplesmente, o corpo teria sido furtado.
A proeza de ludibriar uma guarda romana, removendo a imensa rocha e retirando do túmulo o corpo, enquanto soldados profissionais dormiam, é desconcertante. Mas foi a saída entrevista pelos sacerdotes do Templo: “Dizei que os seus discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e o roubaram” (MATEUS, 28:13).
Ladrões não se teriam preocupado em separar os panos e colocá-los em ordem; deixá-los-iam de qualquer modo, a esmo; ou melhor, nem teriam desenfaixado o corpo. Todavia, não foi assim: “O sudário não estava com os panos de linho no chão, mas enrolado em um lugar, à parte”. (JOÃO, 20:7.)

Os espiões e a polícia do Templo certamente realizaram investigações e buscas, em vão. Jesus, sua doutrina, seus feitos e sua vida acuaram os príncipes do clero judaico. O desaparecimento de seu corpo, é claro, provocou a reação das autoridades, obstinadas em demonstrar fraude. Aqueles que tanto lutaram por sua morte tudo devem ter feito para encobrir aos olhos do povo a evidência do crime contra o Enviado celeste.
Outras hipóteses — como a de Madalena ter-se enganado de sepulcro, ou ter havido dois enterros, um provisório, no túmulo de Arimateia, e outro definitivo, após o Shabat — não resistem aos detalhes das narrativas evangélicas: os guardas, a pedra, os panos no sepulcro, as visões.
Mas um dos elementos que tornaram o relato evangélico mais convincente foi a qualidade das testemunhas: mulheres. Para que um testemunho tivesse crédito, era necessário que estivesse amparado por outro; duas pessoas eram indispensáveis, porém, homens. (GHIBERTI, 1986, p. 700.)
Joachim Jeremias (2005, p. 492) ressalva que o testemunho de uma mulher somente era aceito em casos excepcionais, conforme se constata no estudo de documentos rabínicos antigos. E, para se ter uma ideia do quanto era desvalorizado o testemunho feminino, nos mesmos casos em que era admitido também era permitido o testemunho de um escravo pagão.
Diferente dos demais rabis, Jesus revelava terna solicitude pelas mulheres e se deixava acompanhar por elas, “ensejando-lhes o engrandecimento moral e renovando-lhes os sentimentos ultrajados”. Por isso, “nos seus passos e ministério sempre estavam presentes mulheres abnegadas, que constituíam apoio e nobreza caracterizando a singularidade superior dos seus ensinamentos”. (FRANCO, 2000, p. 101.)
Foram elas que o seguiram na via dolorosa, enfrentando o ambiente hostil e repleto dos tóxicos da ingratidão e da violência. Na cruz, as mulheres. Em seu sepultamento, as mulheres. Depois do Shabat, foram elas que se dispuseram a render homenagens de saudade. Era comum aspergir essências perfumadas sobre o corpo, já enrolado nos panos sepulcrais, ou deixar esses aromas pelo túmulo.
Os apóstolos não acreditaram nas mulheres. E raras sociedades na história teriam acreditado. Elas estavam relegadas à indiferença social, jurídica e religiosa. No entanto, a elas coube a tarefa de transmitir a mais importante mensagem dos milênios, a mensagem da imortalidade. Eram as últimas entre os seguidores de Jesus, e Ele as tornou as primeiras.
Jacques Duquesne (2005, p. 265) salientou:
Este último ponto tem grande importância. Pois deixa mal a hipótese, repetida ao longo de séculos, de uma operação montada pelos companheiros de Jesus, que teriam feito desaparecer o corpo antes de anunciar a ressurreição. Se tivessem querido montar tal operação, tal manipulação, teriam escolhido outros mensageiros que não as mulheres. Fazer anunciar a ressurreição por mulheres, quem quer que fossem, era o meio mais seguro de não acreditarem.
Uma conspiração jamais teria nas mulheres as escolhidas para a notícia da ressurreição. O mais simplório dos apóstolos elegeria um homem para ser o anunciador, e não faltariam homens eminentes para o papel, como Nicodemos ou José de Arimateia.
Diante de tudo isso, é preciso questionar: o que transformou aqueles homens rústicos, infundindo-lhes tamanha força altruística ao caráter, de modo a sustentarem contra todos os perigos uma luta sem violência, ao sacrifício de suas famílias e das próprias vidas, para que outros pudessem conhecer o amor e a liberdade como os ensinara Jesus? Algo extraordinário aconteceu e modificou para sempre a trajetória e a vida dos discípulos — acovardados, antes, heroicos depois; inseguros no passado, agora invencíveis na fé.
Jacques Duquesne (2005, p. 267) concorda:
Algo aconteceu, portanto, naqueles dias, que irrompeu em fé, que mudou esses homens. Eles declararam, até o fim da vida, que esse ‘algo’ tinha sido a ressurreição de Jesus e sua aparição diante deles.

Ninguém pode provar. Todos têm direito de duvidar. O Deus que Jesus anunciou respeita a liberdade dos homens até o ponto de permitir que duvidem Dele ou O rejeitem.
Sepulcro vazio — “um vazio que, contra as aparências, canta a vida, tornando possível uma presença que não se interromperá nunca mais”, poetizou Giuseppe Ghiberti (1986, p. 714).


Joanna de Ângelis

jo 1:18
Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)

Categoria: Livro Espírita
Ref: 9678
Capítulo: 10
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.


Mateus, 5:9


A mais remota hipótese de considerar-se Jesus como Deus repugna ao esforço desenvolvido pela Psicologia Profunda e pela razão, que discordam veementemente da possibilidade de um Deus-Homem ou de um Homem-Deus, configurando o Supremo Criador vestido pela tangibilidade transitória para vivenciar os postulados por Ele concebidos, envolvendo-se em interpretação mitológica, que deságua no ultrapassado labirinto conceituai do mistério para o ainda precário entendimento humano.


O evangelista João é peremptório, quando afirma: Ninguém jamais viu a Deus. (João, 1:18)


É da mais recuada antiguidade, e mesmo modernamente em diversas culturas do Oriente, a conceituação da humanização divina assim como da divinização humana, em frontal agressão ao bom sentido da lógica e da Criação.


Conceber-se o Absoluto sintetizado no relativo é torná-lo finito, palpável, retido em pequenez, sem os atributos que O caracterizam, diminuindo-Lhe a grandeza da Infinitude e Causalidade, que somente se explicam a si mesmas.


A visão, porém, de um Jesus-Homem, que compreende a necessidade da paciência para que sejam conseguidas as metas desafiadoras, dá muito mais sentido lógico e ênfase ao Seuministério, do que se fora o próprio Deus revestindo-se de uma forma tão desnecessária quão absurda.


Era um Homem dotado de extrema paciência, por conhecer o passado das almas e prever o seu futuro, como resultado da conduta e do empenho a que se entreguem.


A paciência também pode ser considerada como a ciência da paz, e por isso são bem-aventurados os pacíficos, aqueles que trabalham com método e confiança tranquila em favor da renovação do mundo e das suas criaturas, conseguindo ser chamados filhos de Deus que representam toda a paz.


A paz deve constituir a meta do ser pensante que luta em contínuas tentativas de adquirir a plenitude.


A paz é tesouro que não pode ser afetado em circunstância alguma, que a leve a desaparecer. E a paciência é sua exteriorização, porque é o mecanismo não violento de que se utiliza, a fim de alcançar os objetivos a que se propõe.


A paciência conquista individual através do esforço pela autoiluminação, pelo autoconhecimento e descoberta dos objetivos da existência, transforma-se em caridade de essencial significado quando direcionada aos que sofrem, ajudando-os com benignidade, trabalhando a resignação que dela também se deriva.


Há sofrimentos ocultos e desvelados, muito variados e complexos, que são desafiadores da sociedade. Aqueles que são mais vistos, às vezes sensibilizam os indivíduos, que se comovem e se oferecem para minimizá-los, embora as multidões de aflitos e sofredores se apresentem em desalinho pelas ruas, vielas e campos do mundo. . . Todavia, aqueles que são ocultos, que poucos percebem, estiolando os sentimentos mais belos do indivíduo, esses esperam mãos compassivas e corações pacientes para auscultá-los e escutar-lhes os gemidos quase inaudíveis, arrancando das carnes das almas os espinhos dilaceradores que as mortificam. Nem sempre ou quase nunca a tarefa é fácil.


Alguns seres se encontram tão doentes moralmente e tão descrentes da caridade, que se fazem agressivos, difíceis deserem ajudados, exigindo paciência perseverante e desinteressada para os alcançar.


Outros tantos, através das suas reações afetivas encolerizadas, constituem prova áspera que a paciência deverá suplantar com bondade e compaixão.


Quanto mais doente, mais atendimento paciente necessita a ave humana ferida no seu voo de crescimento interior.


Nem sempre é fácil entender o desespero de outrem, quando não se experimentou algo semelhante. São muitos os fatores de aflição, desde pequeninas dificuldades até as exaustivas e quase insuportáveis expiações, todas exigindo paciência a fim de serem atendidas e solucionadas.


A paciência encoraja o ser, porque o ajuda a enfrentar quaisquer situações, tomado pela ciência da paz.


Jesus deu mostras significativas dessa conduta, quando deixou de fazer muita coisa que parecia indispensável e solucionadora.


Não se apressou em iniciar o ministério, senão quando os tempos haviam chegado e as circunstâncias se faziam auspiciosas.


Aguardou que João O anunciasse e, quando aquele estava quase terminando o ministério, Ele deu início ao Seu conforme o anúncio das velhas profecias.


Submeteu-se a todas as injunções impostas pelas revelações antigas que caracterizariam o Messias. Pacientemente aceitou a observação do Batista que O testificou após o fenômeno da Voz espiritual que se fez ouvida, informando ser este o Filho dileto, em quem me agrado,(S. Lucas: 3-17.) Confirmando a independência entre o Pai e o Descendente.


Jesus viveu a Sua humanidade com singular elevação, suportando fome, dor, abandono e morte sem impacientar-se, submisso e confiante, ultrapassando todas as barreiras então conhecidas a respeito das resistências humanas, assim tornando-se um Paradigma a ser seguido, destroçando o que era comum, corriqueiro, banal, fixo em torno dos indivíduos: o limite das suas forças.


Já se disse que o homem é um milagre, certamente um milagre da vida, que transcende o convencional e conhecido, porque sempre se apresenta acima de qualquer interpretação eentendimento. A sua constituição física perfeita é uma maquinaria incomum, a sua emotividade extraordinária em mecanismos de altíssima sensibilidade, e o Espírito, viandante de mil jornadas, constituem um enigma para uma rápida definição ou profunda interpretação, estando, por enquanto, além do entendido. . .


Humano, porém, Jesus foi especial em razão dos Seus valores.


Tornou-se pequeno para fazer-se semelhante aos que O acompanhavam e não diminuiu a grandeza interior.


Ele se fez um novo biótipo, trazendo um conteúdo diferente ao convencional e aceito, realizando o antes impossível graças à Sua paranormalidade excepcional, demonstrando quem Ele é.


Tornou-se, para todos os tempos, um convite desafiador que não pode ser desconsiderado, transformando-se em exemplo humanizado de todas as possibilidades. Ele foi livre e atingiu as culminâncias do amor imaginável, da paixão pelas criaturas às quais veio socorrer e conduzir como Pastor que arrisca a vida para salvar do perigo as ovelhas que tresmalharam.


As Suas ideias mereceram estudos acurados de ateus e religiosos, de místicos e de cépticos, sendo unânimes em afirmar que a Sua justiça social é irretocável e que o Seu amor é incomum, rompendo com os tempos dos Seus dias para antecipar um futuro que ainda não foi conseguido.


O Seu compromisso com a sociedade de todas as épocas d'Ele fez um revolucionário que não instiga ódio, demonstrando que são todas as criaturas iguais, sem diferenças de credos, de raças, de nações, de classes, na condição de filhos de Deus, Seus irmãos, aos quais veio ensinar como poderiam ser felizes. No entanto, não almejou que essa felicidade fosse lograda somente após a morte, mas, no instante mesmo da renovação interior, que é o momento azado para haurir paz e harmonia.


(. . .) E tudo com inexcedível paciência, não antecipando informações que a mentalidade da época estivesse impossibilitada de entender, razão por que anunciou que enviaria o Consolador, que o mundo ainda não conhece. . . porque não o pode suportar. . . para fazê-lo. Tempo e espaço na Sua dimensão encontram-se ultrapassados, valendo o momento hoje, a oportunidade apresentada para encetar a marcha da busca de Deus.


Deus é a Meta, Ele é o Meio, a vida é o caminho que Ele ilumina de exemplos para que todos se encontrem e se engrandeçam.


Surge, então, com a Psicologia Profunda uma nova imagem de Jesus, o Homem que ama que serve que espera que ensina e, pacientemente, intercede junto ao Pai por todos aqueles que estão na retaguarda.


Ele deixa de ser uma lembrança da ortodoxia ou da teologia para tornar-se vivo e atuante, próximo sempre de quem O queira escutar e seguir os Seus ensinamentos atuais e palpitantes.


A Sua proposta não é para que se fuja deste mundo enfermo, da sociedade empobrecida moralmente, mas para que se consiga curar a doença com a conquista da saúde para cada membro do planeta, e haja enriquecimento moral de todas criaturas membros do organismo social.


Tal cometimento é um grave desafio, que somente os Espíritos pacientes irão conseguir, e, por isso, serão chamados filhos de Deus. . .


jo 1:46
Lições para a Felicidade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 24
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

"A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola; abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. (...) (Comentários de Allan Kardec à resposta de n° 886) A civilização, dita cristã, no ocidente, ainda não compreendeu que Jesus é o exemplo da centralidade mais admirável que se conhece. Em todo o Seu ministério jamais houve lugar para a exclusão, para a exceção. Ele sempre se caracterizou pela proposta de solidariedade humana e pela igualdade dos direitos humanos.


A Sua proposta renovadora tem uma direção certa: a transformação moral da criatura para melhor, sempre e incessantemente. Nesse sentido, ninguém se pode considerar indene ao crescimento interior ou pelos demais excluído da oportunidade.


Jamais o Mestre preferiu aqueles que têm mais ou que pensam ser mais, preterindo aqueloutros detestados, marginalizados, esquecidos.


À semelhança dos profetas antigos, Ele veio resgatar os mais sofridos, os mais perseguidos, os mais desesperados. Não há lugar em Sua palavra para qualquer tipo de preconceito. Ele próprio pertenceu a um lugar de excluídos, conforme anotou João no comentário feito por Natanael, quando convidado por Filipe para conhecê-IO: - Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? (Jo 1:46) Não poucas vezes Ele sofreu o opróbrio, a humilhação, o acinte, a perseguição sistemática.


Conhecendo, portanto, a hediondez da perversidade e da injustiça humana, Ele coloca no centro aqueles que são empurrados para a periferia, para a marginalidade, fazendo com eles um pacto de amor. É esse amor que viceja em toda a mensagem neotestamentária, renovando as esperanças do mundo e apontando um rumo de segurança onde predomine a vera fraternidade.


Os indivíduos que se apresentam como sendo mais poderosos, mais possuidores, também não foram rejeitados, porquanto Ele sabia que esses igualmente são infelizes, refugiando-se no terror, na opressão, na vingança, na exploração do seu próximo, por cujos artifícios se sentem seguros nos tronos de mentira em que se assentam.


Os opressores, os perseguidores, são pessoas que perderam a direção de si mesmas, tornando os corações empedrados, por não se permitirem a doçura que tanto desejam e de que sentem irresistível falta, invejam-na, em quem a tem, e por isso, mediante a projeção do seu conflito, perseguem-no implacavelmente, com violência, como se a houvessem roubado do seu sacrário íntimo.


Jesus respeitou todas as vidas, concedendo o direito de cidadania igualitária a todos quantos adotassem o reino de Deus e se empenhassem pelo conseguir.


Os modernos cristãos, conforme ocorreu com muitos outros no passado, não compreenderam esse ensinamento, que registraram no cérebro, mas não insculpiram nos sentimentos. São capazes de abordar o tema da solidariedade com lágrimas, no entanto, não saem do pedestal em que se encastelam para proporcionar centralidade ao seu próximo, arrancando-o da periferia marginalizadora.


Não obstante as gloriosas conquistas culturais, científicas e tecnológicas, o ser humano ainda mantém o seu próximo em muitos porões de exclusão, que são habitados pelos que se fizeram ou foram tornados marginais: crianças que se prostituem por imposição da crueldade moral, geradora da miséria socioeconômica, pela escravidão do indivíduo que não tem escolha e perdeu a liberdade de decisão e de movimento, e os que vivem nas ruas do mundo, desconsiderados e sem quaisquer direitos, perfeitamente descartáveis pela sociedade hedonista.


Suas dores, suas necessidades, são propositalmente ignoradas, e não raro, tidos como lixo social, são assassinados, exilados, expulsos dos seus guetos, porque enxovalham a sociedade que os excluiu.


Trata-se de hediondez da modernidade, que somente pensa no crescimento horizontal do seu poder e da sua libertinagem, esquecendo-se do ser humano em si mesmo, que é o grande investimento da vida.


Nesse lixo socialencontram-se também muitas joias perdidas: homens e mulheres de bem e de valor, que derraparam nas ruelas da existência e não tiveram resistência para enfrentar e vencer as vicissitudes, enveredando peio alcoolismo, pela toxicomania, pela perversão de conduta nos vícios sexuais, vivendo nos escuros porões que lhes servem de refúgio.


Perdida a dignidade humana, eles relutam para permanecer nesses sítios de vergonha e sombras, sendo denominados como criminosos, mesmo que crime algum hajam cometido.


Rotulados de lixo, criminosos, excluídos, gentalha, vidas inúteis, perdem a identidade e não se encorajam a recuperar a sua humanidade, aquela que lhes foi tirada e nunca devolvida.


Afirma-se que esses irmãos da agonia se recusam a sair dos porões onde se encontram, e que, ao serem retirados, fogem de retorno aos mesmos lugares nos quais se entregam aos disparates da vergonha moral. Talvez tenham razão com a exceção, jamais com a totalidade.


Ocorre, muitas vezes, que se encontram enfermos, sem autoconfiança, sem nenhuma autoestima, e autopunem-se, após haverem sido torturados, estuprados, pervertidos. A sua terapia de recuperação é lenta, quanto o foi a imposição da degradação, da perda de sentido existencial.


É impressionante observar como poucos cristãos dão-se conta do que está ocorrendo à sua volta e poderá atingir o seu castelo de refúgio e de ilusão. Mesmo quando vêm à superfície as denúncias contra a dignidade do seu próximo e eles aparecem como fantasmas apavorantes, esses cristãos cerram os olhos para não os ver e tapam os ouvidos, a fim de não escutarem o clamor das suas vozes, porque isso os perturba e inquieta, tirando-lhes alguns momentos de sono ou de excesso de alimentos.


... E confessam a crença em Deus, a Quem dizem amar, em Jesus, que tomam por modelo teórico, mas não Lhe seguem os ensinamentos libertadores.


Perfumados e bem vestidos, evitam o contato com eles, nunca se permitem ir aos porões, temem-nos e abandonam-nos, quando deveriam visitá-los e amá-los, procurando conviver com eles, trazendo-os à luz do dia da compreensão de todos.


Eles ficam nos seus porões, e os cristãos nos seus esconderijos de luxo e de proteção, com medo deles, aqueles a quem Jesus procurou trazer para o centro, retirando-os do abismo escuro em que se refugiavam.


Felizmente, nem todos os cristãos se escondem do seu próximo retido nos porões. Eles denunciam a sua existência, tentam arrancálos dos sórdidos lugares onde jazem, esquecidos e perseguidos, recordando-se de Jesus e imitando-O.


Raia uma luz na treva em favor dos excluídos, ainda muito débil, é certo, mas que se expandirá como o rosto brilhante da manhã após a noite renitente que vai devorada pela claridade.


O novo Cristianismo propõe que se acabem com os porões, que se recicle o lixo social mediante os mecanismos do amor, que se traga para o centro da comunidade todos aqueles que têm sido excluídos, de forma que a sociedade se torne verdadeiramente digna do Mestre e Senhor, que é Modelo e Guia para todos através dos evos...



Eliseu Rigonatti

jo 1:19
O Evangelho dos Humildes

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Eliseu Rigonatti

MT 3:1-12


MC 1:1-8

LC 3:1-20


JO 1:19-34

1 Naqueles dias pois veio João Batista pregando no deserto da Judeia.


2 E dizendo: Fazei penitência; porque está próximo o reino dos céus.


3 Porque este é de quem falou o Profeta Isaías, dizendo: Voz do que clama no deserto; aparelhai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.


4 Ora o mesmo João tinha um vestido de peles de camelo e uma cinta de couro em roda de seus rins; e a sua comida era gafanhotos e mel silvestre.


5 Então vinha a ele Jerusalém e toda a Judeia e toda a terra da comarca do Jordão.


6 E confessando os seus pecados, eram por ele batizados no Jordão.


7 Mas vendo que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham ao seu batismo, lhes disse: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?


8 Fazei pois dignos frutos de penitência.


9 E não queirais dizer dentro de vós mesmos: Nós temos por pai a Abrahão; porque eu vos digo que poderoso é Deus para fazer que nasçam destas pedras filhos a Abrahão.


10 Porque já o machado está posto à raiz das árvores. Toda a árvore pois que não dá bom fruto será cortada e lançada no fogo.


11 Eu na verdade vos batizo em água para vos trazer d penitência; porém o que há de vir depois de mim émais poderoso do que eu; e eu não sou digno de lhe ministrar o calçado; ele vos batizará no Espírito Santo: e no fogo.


12 A sua pá na sua mão se acha; e ele a limpará muito bem a sua eira; e recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará as palhas num fogo que jamais se apagará.


A figura máscula de João Batista inicia a idade evangélica, na qual estamos. Pregador rude, homem de um viver austerissimo, desprezou as comodidades da vida, a ponto de se alimentar com o que achava no deserto e de se vestir com a pele de animais. Assim impressionou fortemente o povo, que acorria a ouvi-lO e a pedir-lhe conselhos. Poderoso médium inspirado, foi o transmissor das mensagens do Alto, pelas quais se anunciava a chegada do Mestre e o começo dos trabalhos de regeneração da humanidade.


A todos os que queriam tornar-se dignos do reino dos céus, João aconselhava que fizessem penitência.


Qual seria essa penitência, primeiro passo a ser dado em direção ao reino de Deus?


Não eram as longas orações, nem os donativos e esmolas; nem as peregrinações aos lugares santos nem as construções de capelas; nem os jejuns nem os votos nem as promessas; não era a adoração de imagens nem a entronização delas.


A penitência não consistia em formalidades exteriores, mas sim na reforma do caráter e na retificação dos atos errados que cada um tinha praticado.


De que valem formalidades exteriores se o íntimo de cada qual permanece o mesmo? As práticas exteriores podem enganar os homens, mas não enganam a Deus, nosso Pai.


Qual o valor da confissão de erros a um homem, que, geralmente, erra tanto quanto seus irmãos?


Permanecendo o erro de pé, pode haver justificativa diante de Deus, nosso Pai?


A verdadeira confissão se faz quando se procura a pessoa a quem se ofendeu e com ela se conserta o erro.


Roubaste teu irmão? Restitui-lhe o que lhe roubaste.


Defraudaste alguém? Entrega-lhe o que lhe pertence.


Cometeste adultério? Purifica-te por um viver honesto. Tens vícios?


Abandona-os.


És mau, vingativo, rancoroso? Torna-te bom, perdoas sê indulgente.


És rico? Ajuda o pobre.


És pobre? Não murmures contra tua situação.


És sábio? Instrui o ignorante.


És forte? Ampara o fraco.


És empregado Obedece diligentemente.


És patrão? Sê humano para com teus subalternoS.


Sois pais? Encaminhai VOSSOS filhos pelas veredas do bem.


Sois esposos? Tratai-vos com carinho, amor e amizade, fazendo do lar um santuário de virtudes, de abnegação e de devotamento.


Sois filhos? Respeitai vossos pais.


Estes são alguns dos dignos frutos de penitência que João ordenava que se fizessem.


Já o machado está posto à raiz das árvores é uma das mais belas, sugestivas e vigorosas das figuras usadas por João, para demonstrar-nos o que sucederá depois de a Terra ter recebido o Evangelho.


O Evangelho é a lei eterna de Deus, reguladora dos atos de cada um de nós, não só no plano terreno, como em qualquer outro plano do Universo. O Pai promulgou uma só lei para seus filhos, não importa em que plano habitem.


O Evangelho é o Regulamento Moral que cumpre observar. Ora, acontecerá que serão banidos da Terra os espíritos que não se conformarem com a lei evangélica. Os endurecidos no mal e nos vícios e sem vontade de se reformarem, desencarnarão. Depois de desencarnados não se reencarnarão mais na terra; emigrarão da terra para planos do Universo que estiverem de acordo com seus caracteres.


E Jesus terá limpa sua eira, isto é, a terra será habitada somente pelos espíritos evangelizados. E a palha, isto é, os espíritos que não aceitarem o Evangelho, em novos ambientes sofrerão as transformações que os levarão, futuramente, a caminho do Bem.


O BATISMO DE JESUS


(Mt 3:13-17; MC 1:9-11; Lc 3:21-23)

13 Então veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele.


14 Porém João impedia, dizendo: Eu sou o que devo ser batizado por ti e tu vens a mim?


15 E respondendo, Jesus lhe disse: Deixa por ora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. E ele então o deixou.


16 E depois que Jesus foi batizado, saiu logo para fora da água; e eis que se lhe abriram os céus; e viu o Espírito de Deus, que descia como pomba e que vinha sobre ele.


17 E eis uma voz dos céus que dizia: — Este é meu filho amado, no qual tenho posto toda minha complacência.


Este ponto, em que os EvangeliStaS tratam do batismo do Mestre, deu origem a intermináveis discussões, que sempre se reacendem ao depararem com circunstâncias favoráveis.


Todas as seitas que se constituíram ao influxo das palavras evangélicas, adotaram o batismo. Algumas de um modo racional, pois só permitem que seus adeptos se batizem na idade em que possam julgar o ato que praticam. Outras obrigam seus seguidores a se batizarem na prmeira infância, idade em que lhes é impossível avaliarem a cerimônia na qual tomam parte inconscientemente.


O batismo em nossos dias é uma formalidade exterior, sem significado moral e serve apenas para a satisfação de vaidades e preconceitos arraigados nos coraçõeS dos pais. o Espiritismo não adota o batismo. O batismo, diante das revelações do Espiritismo. é uma cerimônia do passado, inútil no presente.


E por que Jesus se batizou?


Porque lhe convinha cumprir toda a justiça, segundo ele próprio o declara a João.


O precursor encerra o período das fórmulas exteriores, quais até então se adorava o Pai. Jesus inaugura o período em que se presta veneração a Deus em espírito e verdade, no santuário da consciência de cada um de seus filhos.


O batismo de João era bem diferente do que conhecemos em nossos dias.


Pregando no deserto as alvoradas do reino dos céus, dirigia enérgico convite a todos para que se preparassem para o luminoso dia da redenção. Seduzidos pela sua palavra vibrante de fé, muitos dos ouvintes se arrependiam da vida delituosa que tinham levado e confessavam-lhe as faltas, como penhor e que não tornariam a cometê-las. E João batizava-os, isto é, lavava-os, dando a entender que o arrependimento sincero, seguido do firme propósito de não mais reincidir no erro, limpa o espírito como a água limpa o corpo.


E João prega que Jesus batizaria no Espírito Santo e no fogo. Entrando jesus na água para ser batizado, é como se dissesse: Até agora foi assim; daqui por diante, será conforme lhes vou ensinar.


E seu batismo é do Espírito Santo e de fogo.


O avaro que deixa de ser avarento.


O hipócrita, que se torna sincero.


O orgulhoso que se torna humilde.


O mau que se torna bom.


Os viciados que abandonam os vícios.


Os inimigos que esquecem os ódios que os separavam se abraçam à luz do Evangelho.


O forte que se lembra de proteger o fraco.


O rico que procura concorrer para o bem-estar dos pobres.


O pobre que não murmura.


Os que, apesar de seus padecimentos, bendizem a vontade de Deus.


Todos esses não sofrem um verdadeiro batismo de fogo?


O batismo de fogo, pois, com o qual Jesus nos batiza, é o esforço que ele nos convida a fazer para que nos livremos das paixões inferiores, que nos dominam; livres delas, estaremos batizados, isto é, puros diante de Deus, nosso Pai.


O Espírito Santo é a denominação dada à coletividade dos espíritos desencarnados, que lutam pela implantação do reino de Deus na face da terra.


Batizar-se no Espírito Santo significa receber-se a mediunidade. Todos os que recebem a mediunidade se colocam àdisposição dos espíritos do Senhor para os trabalhos de evangelização que se desenvolvem no plano terrestre. É um batismo de renúncia, devotamento, abnegação e humildade. Todos são chamados para o sagrado batismo do Espírito Santo, porque todos podem trabalhar para o advento do reino dos céus.


Quando Jesus saiu da água, João viu a legião dos fulgurantes espíritos que seguiam Jesus e ouviu o cântico que entoavam ao Senhor nas alturas. E para ser compreendido pelo povo, traduziu a visão celeste por um símbolo material.



Humberto de Campos

jo 1:23
Boa Nova

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

Após a famosa apresentação de Jesus aos doutores do Templo de Jerusalém, (Lc 2:41) Maria recebeu a visita de Isabel e de seu filho, em sua casinha pobre de Nazaré.

Depois das saudações habituais, do desdobramento dos assuntos familiares, as duas primas entraram a falar de ambas as crianças, cujo nascimento fora antecipado por acontecimentos singulares e cercado de estranhas circunstâncias. Enquanto o patriarca José atendia às últimas necessidades diárias de sua oficina humilde, entretinham-se as duas em curiosa palestra, trocando carinhosamente as mais ternas confidências maternais.

— O que me espanta — dizia Isabel com caricioso sorriso — é o temperamento de João, dado às mais fundas meditações, apesar da sua pouca idade. Não raro, procuro-o inutilmente em casa, para encontrá-lo, quase sempre, entre as figueiras bravas, ou caminhando ao longo das estradas adustas, como se a pequena fronte estivesse dominada por graves pensamentos.

— Essas crianças, a meu ver — respondeu-lhe Maria, intensificando o brilho suave de seus olhos —, trazem para a Humanidade a luz divina de um caminho novo. Meu filho também é assim, envolvendo-me o coração numa atmosfera de incessantes cuidados. Por vezes, vou encontrá-lo a sós, junto das águas, e, de outras, em conversação profunda com os viajantes que demandam a Samaria ou as aldeias mais distantes, nas adjacências do lago. Quase sempre, surpreendo-lhe a palavra caridosa que dirige às lavadeiras, aos transeuntes, aos mendigos sofredores… Fala de sua comunhão com Deus com uma eloquência que nunca encontrei nas observações dos nossos doutores e, constantemente, ando a cismar, em relação ao seu destino.

— Apesar de todos os valores da crença — murmurou Isabel, convicta —, nós, as mães, temos sempre o espírito abalado por injustificáveis receios.

Como se se deixasse empolgar por amorosos temores, Maria continuou:

— Ainda há alguns dias, estivemos em Jerusalém, nas comemorações costumeiras, e a facilidade de argumentação com que Jesus elucidava os problemas, que lhe eram apresentados pelos orientadores do templo, nos deixou a todos receosos e perplexos. Sua ciência não pode ser deste mundo: vem de Deus, que certamente se manifesta por seus lábios amigos da pureza. Notando-lhe as respostas, Eleazar chamou a José, em particular, e o advertiu de que o menino parece haver nascido para a perdição de muitos poderosos em Israel.

Com a prima a lhe escutar atentamente a palavra, Maria prosseguiu, de olhos úmidos, após ligeira pausa:

— Ciente desse aviso, procurei Eleazar, a fim de interceder por Jesus, junto de suas valiosas relações com as autoridades do templo. Pensei na sua infância desprotegida e receio pelo seu futuro. Eleazar prometeu interessar-se pela sua sorte; todavia, de regresso a Nazaré, experimentei singular multiplicação dos meus temores. Conversei com José, mais detidamente, acerca do pequeno, preocupada com o seu preparo conveniente para a vida!… Entretanto, no dia que se seguiu às nossas íntimas confabulações, Jesus se aproximou de mim, pela manhã, e me interpelou: — “Mãe, que queres tu de mim? Acaso não tenho testemunhado a minha comunhão com o Pai que está no Céu?!” Altamente surpreendida com a sua pergunta, respondi-lhe, hesitante: — Tenho cuidado por ti, meu filho! Reconheço que necessitas de um preparo melhor para a vida… Mas, como se estivesse em pleno conhecimento do que se passava em meu íntimo, ponderou ele: — “Mãe, toda preparação útil e generosa no mundo é preciosa; entretanto, eu já estou com Deus. Meu Pai, porém, deseja de nós toda a exemplificação que seja boa e eu escolherei, desse modo, a escola melhor.” No mesmo dia, embora soubesse das belas promessas que os doutores do templo fizeram na sua presença a seu respeito, Jesus aproximou-se de José e lhe pediu, com humildade, o admitisse em seus trabalhos. Desde então, como se nos quisesse ensinar que a melhor escola para Deus é a do lar e a do esforço próprio — concluiu a palavra materna com singeleza —, ele aperfeiçoa as madeiras da oficina empunha o martelo e a enxó, enchendo a casa de ânimo com a sua doce alegria!

Isabel lhe escutava atenta a narrativa, e, depois de outras pequenas considerações materiais, ambas observaram que as primeiras sombras da noite desciam na paisagem, acinzentando o céu sem nuvens.

A carpintaria já estava fechada e José buscava a serenidade do interior doméstico para o repouso.

As duas mães se entreolharam, inquietas, e perguntavam a si próprias para onde teriam ido as duas crianças.




Nazaré, com a sua paisagem, das mais belas de toda a Galileia,  é talvez o mais formoso recanto da Palestina.  Suas ruas humildes e pedregosas, suas casas pequeninas, suas lojas singulares se agrupam numa ampla concavidade em cima das montanhas, ao norte do Esdrelon.  Seus horizontes são estreitos e sem interesse; contudo, os que subam um pouco além, até onde se localizam as casinholas mais elevadas, encontrarão para o olhar assombrado as mais formosas perspectivas. O céu parece alongar-se, cobrindo o conjunto maravilhoso, numa dilatação infinita.

Maria e Isabel avistaram seus filhos, lado a lado, sobre uma eminência banhada pelos derradeiros raios vespertinos. De longe, afigurou-se-lhes que os cabelos de Jesus esvoaçavam ao sopro caricioso das brisas do alto. Seu pequeno indicador mostrava a João as paisagens que se multiplicavam a distância, como um grande general que desse a conhecer as minudências dos seus planos a um soldado de confiança. Ante seus olhos surgiam as montanhas de Samaria,  o cume de Magedo,  as eminências de Gelboé,  a figura esbelta do Tabor,  onde, mais tarde, ficaria inesquecível o instante da Transfiguração, (Lc 9:28) o vale do rio sagrado  do Cristianismo, os cumes de Safed,  o golfo de Khalfa, o elevado cenário do Pereu, num soberbo conjunto de montes e vales, ao lado das águas cristalinas.

Quem poderia saber qual a conversação solitária que se travara entre ambos? Distanciados no tempo, devemos presumir que fosse, na Terra, a primeira combinação entre o amor e a verdade, para a conquista do mundo. Sabemos, porém, que, na manhã imediata, em partindo o precursor na carinhosa companhia de sua mãe, perguntou Isabel a Jesus, com gracioso interesse: — Não queres vir conosco? — ao que o pequeno carpinteiro de Nazaré respondeu, profeticamente, com inflexão de profunda bondade: — “João partirá primeiro.”

Transcorridos alguns anos, vamos encontrar o Batista na sua gloriosa tarefa de preparação do caminho à verdade, precedendo o trabalho divino do amor, que o mundo conheceria em Jesus-Cristo.

João, de fato, partiu primeiro, (Mc 6:14) a fim de executar as operações iniciais para grandiosa conquista. Vestido de peles e alimentando-se de mel selvagem, esclarecendo com energia e deixando-se degolar em testemunho à Verdade, ele precedeu a lição da misericórdia e da bondade. O Mestre dos mestres quis colocar a figura franca e áspera do seu profeta no limiar de seus gloriosos ensinos e, por isso, encontramos em João Batista um dos mais belos de todos os símbolos imortais do Cristianismo. Salomé  representa a futilidade do mundo, Herodes  e sua mulher  o convencionalismo político e o interesse particular. João era a verdade, e a verdade, na sua tarefa de aperfeiçoamento, dilacera e magoa, deixando-se levar aos sacrifícios extremos.

Como a dor que precede as poderosas manifestações da luz no íntimo dos corações, ela recebe o bloco de mármore bruto e lhe trabalha as asperezas para que a obra do amor surja, em sua pureza divina. João Batista foi a voz clamante do deserto. (Jo 1:23) Operário da primeira hora, é ele o símbolo rude da verdade que arranca as mais fortes raízes do mundo, para que o Reino de Deus prevaleça nos corações. Exprimindo a austera disciplina que antecede a espontaneidade do amor, a luta para que se desfaçam as sombras do caminho, João é o primeiro sinal do cristão ativo, em guerra com as próprias imperfeições do seu mundo interior, a fim de estabelecer em si mesmo o santuário de sua realização com o Cristo. Foi por essa razão que dele disse Jesus: — “Dos nascidos de mulher, João Batista é o maior de todos.” (Lc 7:28)


(.Irmão X)


Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 1:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
CARLOS TORRES PASTORINO
JOÃO 1:1-18

Neste preâmbulo do Evangelho de João, o mais altaneiro e Inspirado, temos revelada, em poucas mas profundas palavras, a teologia que Jesus ensinou a discípulos.


Não temos um tratado completo, mas as noções básicas para. que a humanidade possa compreender o assunto.


O evangelista define, desde o início, o que pretende: falar de Deus através de suas manifestações. Não só do ABSOLUTO (no sentido que os hindus emprestam à palavra BRAHMAN).


A única ideia que nossa imperfeição pode fazer de Deus, é que o Absoluto, sem princípio nem fim, sem limitação alguma. Não uma pessoa, mas uma Força Infinita, uma Razão Ilimitada, a Mente Universal.


Falando a respeito dessa Força (de Deus), Jesus assim se expressa (JO 4:24) : "Deus é ESPÍRITO" . Então, ESPÍRITO é a palavra que pode exprimir essa Inteligência Divina, essa Inteligência Universal, essa Força Cósmica, que está em toda parte, permeando e impregnando tudo: o Absoluto, o TODO inteligente, que faz brotar as plantas e impele ao nascimento os seres, e ao mesmo tempo, que regula o movimento dos astros nos espaços infinitos.


Mas, desde o princípio (e poderíamos dizer, desde o principio sem princípio), esse ESPÍRITO era ATIVO. Ora, a atividade fundamental da Inteligência é o pensamento, ou a PALAVRA (em grego Logos, em latim Verbo).


Então, a primeira manifestação da Divindade é a PALAVRA, ou seja, o PODER CRIADOR, o PAI.


Mas, toda palavra produz seu efeito, toda criação produz o ser no qual o criador se transforma. E isto está dito no versículo 14: "o Verbo se tornou carne", isto é, produziu seu efeito, e apareceu o FILHO.


Eis, portanto, esboçada a teologia joanina, que, sem dúvida, devia representar a que Jesus lhe ensinou: DEUS, o Absoluto, junto ao qual e no qual se encontrava a própria manifestação que é sua PALAVRA, e logo a seguir o efeito dessa palavra, o FILHO. Daí a concepção da Trindade como DEUS ou ESPÍRITO - o VERBO ou PAI - o FILHQ ou CRISTO.


Em outras palavras, poderíamos dizer: DEUS - o Amor.


O PAI - o Amante.


O FILHO - o Amado.


Por causa da aproximação do versículo 1 com o 14, houve confusão, e acreditou-se que o Verbo era o Filho, não se reparando na contradição dos termos: Verbo é palavra ativa, ao passo que Filho é palavra passiva. Verbo é o Criador, Filho é o Criado.


Então, o Filho é o resultado do Verbo, o produto do Pai, embora esteja perfeitamente certo dizer-se que o "Verbo se tornou carne". Isto - porque em Deus não há "pessoas" nem divisões possíveis: é o Absoluto, o Infinito, o Todo. Quer o denominemos Espírito, Pai ou Filho, tudo constitui o UM, o único.


Desde O princípio incriado existe em Deus o Poder Criador, o Verbo.


Por isso tem razão o evangelista quando diz: "no princípio havia o Verbo, ou Pai, que estava em Deus e que era o próprio Deus". Esse Verbo, ao ser emitido, produziu o som, o seu efeito, a manifestação divina, que é o Espírito Divino (o Espírito Santo) em todos os Universos, ao qual chamamos o CRISTO, o FILHO UNIGÊNITO DE DEUS.


O homem, feito à imagem e semelhança de Deus, tem em si as mesmas propriedades: ele, o homem, "centelha divina", o "raio de luz que emanou da Fonte da Luz", possui em si a Palavra Criadora" o Pensamento, que constitui a individualidade perene; mas esta, ao produzir seu efeito, torna-se a personalidade que busca a matéria para aperfeiçoar-se, surgindo então a personalidade, que é o Filho.


Deus é a Fonte da Luz, O ESPÍRITO; sua emissão é o VERBO ou PAI CRIADOR, que ilumina os raios luminosos que da Fonte partem constituem o Filho, o CRISTO, O Filho Unigênito do Pai. Então, CRISTO é a manifestação sensível de Deus, é a Força Divina que impregna tudo.


Tudo provém de Deus, tudo está EM Deus, e Deus está EM tudo, por sua manifestação cristônica. No entanto, erram os panteístas, quando afirmam que todas as coisas reunidas e somadas formariam Deus.


Jamais poderia isto ocorrer. Mas tem razão o Monismo quando afirma que Deus está em todos e em tudo, conforme diz Paulo em EF 4:5 e em 1CO 14:28. Deus é o substractum, a substância última de todas as coisas, de tudo o que existe, porque tudo o que existe, existe em Deus.


No versículo 3 esta dito: "tudo foi feito por ele". Logicamente, tudo promana do Verbo, do Pai Criador, que é o Pai "nosso", cujo poder é emprestado ao homem, imagem de Deus e centelha divina. " Nele estava a Vida", porque a Vida é Deus, a Vida é a manifestação da Divindade. A Luz resplandece nas trevas, e contra ela as trevas não prevaleceram". O sentido literal é de absoluta clareza"; por maiores que sejam as trevas, elas não prevalecem nem mesmo contra um pequenino palito de fósforo que se acenda. Entretanto, observamos que há outro sentido, que pode deduzir-se das palavras anteriores. No versículo 4 está explicado: "A Vida é a Luz dos homens". Se a Vida é a Luz dos homens, então as trevas exprimem a morte. Compreendemos, pois: a morte não prevalece contra a vida. Tudo o que nos parece morte, é apenas o desfazimento dos veículos materiais de que está revestido o espírito.


Nos versículos 6 a 8, encontramos uma pequena intromissão, falando a respeito de João Batista: "houve um homem, chamado João, ENVIADO por Deus". A dedução lógica é evidente: se ele foi ENVIADO, é porque já existia. Com efeito, o evangelista não diz: houve um homem CRIADO por DEUS"

mas ENVIADO por Deus... Observe-se: bem o sentido certo das palavras. Se foi enviado, é porque existia antes de nascer, e não apenas existia, como devia sei um espírito de rara inteligência, de grande elevação moral e de muito adiantamento espiritual, com profundo conhecimento da Luz, da qual devia dar testemunho. Deus o ENVIOU para que ele dissesse aos homens aquilo que ele conhecia, que havia visto, que podia testemunhar por experiência própria e direta.


Não estranhemos o modo de expressar-se do evangelista: quase a cada passo do Novo Testamento, encontramos uma referência clara ou velada à vida do espírito anterior ao nascimento na Terra, ao que chamamos reencarnação.


João Batista conhecia a Luz ANTES DE NASCER NA TERRA, porque tinha existência plenamente consciente, era dotado de inteligência, e podia testificar aquilo que vira. Podia, pois, afirmar: "eu sei, eu vi". E os outros podiam crer nas palavras dele. Mas o evangelista não deixa de chamar a atenção dos leitores: "ele NÃO ERA a Luz", apenas a conhecia.


Depois de falar nisso, o evangelista alça-se a falar na Luz Verdadeira, na Verdadeira Vida, que vivifica toda criatura, Vida que é uma das manifestações da Divindade nos seres criados. Essa manifestação divina está no mundo, mas o mundo não a reconhece, embora tire dela sua própria origem.


E dessa Luz, passa logo a falar na Luz que se materializou na Terra: a figura ímpar de Jesus, aquele de quem justamente João viera para dar testemunho. E o apóstolo diz que Jesus era "a verdadeira Luz que ilumina todos os homens que vêm à Terra". E Jesus estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, ele estava entre "os seus" e "os seus não o reconheceram"...


Precisamos distinguir aqui entre JESUS, o homem, e o CRISTO, a força divina que impregna todas as coisas, todos os seres.


JESUS é um espírito humano, com uma evolução incalculável à nossa dianteira. Foi ele quem criou este globo terráqueo (senão todo o sistema solar). Ele mesmo, Jesus - habitante elevadíssimo de algum planeta divino - ("na casa de meu Pai há muitas moradas", JO 14:2) teve o encargo de criar mais um planeta no Universo infinito.


Assim como determinamos a uma criança que, de um pedaço de madeira, faça uma espátula; ou encarregamos a um mestre de obras a construção de uma casa; ou solicitamos de um engenheiro a construção de uma máquina eletrônica; assim Jesus foi o encarregado de construir um planeta. E ele o fez.


Não num abrir e fechar d’olhos, como num passe de mágica; nem sozinho, mas com auxiliares diretos seus arquitetos divinos e de força transcendente. A Bíblia, no Gênesis, confirma isso, quando diz que o mundo (a Terra) foi feita pelos "elohim". A palavra hebraica "elohim" é o plural de "elohá", e exprime os espíritos. Todos os "elohim" estavam sob a direção de um Espírito-Chefe, que o Velho Testamento chama "Jeová" (YHVH).


Esse espírito Jeová foi o construtor ou criador da Terra; ele agora estava na Terra, a Terra foi feita por ele, e "os seus" não o reconheceram"... Vemos uma semelhança entre Jeová e Jesus; Jeová, o Espírito diretor das atividades da Terra, tomou o nome de Jesus quando reencarnou em nosso (melhor, em SEU planeta). Leia-se o que está escrito em Isaías, quando esse profeta fala ao povo israelita: "EM TI NASCERÁ JEOVÁ" (IS 60:2). Além disso, se dividirmos ao meio o tetragrama sagrado (YHVH), e no centro acrescentarmos um schin, a leitura será exatamente o nome YEH-SH-UAH, ou seja, JESUS em hebraico: ׳תות - . ׳תשות

"Ele veio entre os seus, e os seus não o receberam". Realmente, todos nós, na Terra, pertencemos a ele, que nos veio trazendo desde o início da evolução, acompanhando nossos passos com carinho e amor.


E o apóstolo prossegue: "deu o poder de tornar-se filhos de Deus a todos os que o receberam e acreditaram em seu nome". Não por causa de privilégios, mas por evolução própria, veremos mais abaixo.


A expressão "filho de", muitíssimo usada na Bíblia, é um hebraísmo que exprime o ser, que possui a qualidade do substantivo que se lhe segue. Por exemplo: "filho da paz" é o pacifico; "filho da luz" é o iluminado; então, "filho de Deus" é o ser que se divinizou, que se tornou participante da Divindade, que conseguiu ser "um com o Pai". E todos os que nele acreditam e obedecem a seus preceitos, tornamse divinos: "eu e o Pai viremos e NELE faremos morada" (JO 14:23).


Aí reside o segredo de a criatura tornar-se divina.


Mas esses seres que se divinizaram, "não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus". São três expressões claras: o sangue, a carne, o homem. Desses três não depende o tornar-se divino. O sangue exprime a alma, ou corpo astral, ou perispírito, conforme se lê "a alma da carne é o sangue" (LV 17:11); a carne representa o corpo físico, a matéria densa, acompanhada logicamente do duplo etérico; o homem simboliza o intelecto. Essas são as partes constituintes da PERSONALIDADE. E realmente não depende da personalidade o encontro com Deus, e sim da INDIVIDUALIDADE SUPERIOR. Tornam-se unidos a Deus aqueles que já vivem na individualidade, embora ainda encarcerados na matéria, presos à personalidade inferior e transitória da carne.


Continua o evangelista a explanar o mesmo assunto: "o Verbo se fez carne e construiu seu tabernáculo dentro de nós (verifique-se o sentido do original grego: έσиήуωσЄу ‘EN ήµτу . Precisamente o grande mistério revelado: o CRISTO, em que se transformou o Verbo, reside DENTRO de cada um de nós, dentro de nossa matéria, de nossa carne: o Verbo se tornou carne. E espera que vamos ao encontro dele, que nele acreditemos, porque ele aí está, "cheio de graça e de verdade", ou seja, cheio da verdadeira graça que é a benevolência (хαρις) e o amor.

A glória do CRISTO dentro de cada um de nós ainda não se manifesta exteriormente, por causa de nossa imperfeição: somos como lâmpadas poderosíssimas e acesas, mas revestidas de grossa camada de lama, que não deixa transparecer a luz que existe internamente. Em Jesus, não: a limpeza era absoluta, sua transparência era mais límpida que a do mais puro cristal imaginável, e a luz interna do CRISTO era totalmente visível, a tal ponto que Paulo pôde escrever: "nele habitava TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE " (CL 2:9) . Por isso foi Jesus chamado "O CRISTO", e dele disse o evangelista: " nós contemplamos a sua glória, glória IGUAL A DO FILHO UNIGÊNITO DO PAI", ou seja, a glória de Jesus era igual à glória do Cristo Eterno, Filho de Deus, terceiro aspecto da Divindade.


Não podemos, pois, condenar aqueles que, durante tantos séculos, adoraram e adoram a Jesus como Deus: sim, Jesus é a manifestação plena da Divindade. Em todas as criaturas reside Deus no mesmo grau, mas em nós, imperfeitos, Deus se acha encoberto por nossa personalidade vaidosa; em Jesus, todavia, perfeitíssimo como era, o Cristo Eterno transparecia com assombrosa pureza. E todos os qu "tinham olhos de ver", reconheceram essa manifestação cristônica.


Não viram Deus EM SI, ou seja, o ESPÍRITO ABSOLUTO. O próprio evangelista esclarece: "Ningu ém jamais viu Deus". Mas "o Filho Unigênito (o Cristo), que está no seio do Pai" o revelou, manifestandose em Jesus. E está conclamando todos os homens para que o revelem. Paulo o descreve com palavras sentidas: "o Espirito vem em auxílio de nossa fraqueza... e intercede por nós com gemidos indizíveis" (RM 8:26).


João Batista reconhecia que Jesus era maior e anterior a ele, Mas assim como em Jesus. ’habitava toda a plenitude da Divindade". assim também NÓS TODOS recebemos de sua plenitude. Deus não faz acepção de pessoas. Dá tudo a todos igualmente. Mas cada um recebe de acordo com sua capacidade receptiva, com sua evolução. Isto também afirma o evangelista: "De sua plenitude TODOS NÓS recebemos, e GRAÇA POR GRAÇA". Sem dúvida, a cada passo que damos, aumentamos nossa capacidade evolutiva, ao que corresponde um acréscimo da manifestação divina em nós: a cada aumento do recipiente corresponde um pouco mais de conteúdo. Assim conosco: "todos nós recebemos DE SUA PLENITUDE, mas GRAÇA POR GRAÇA".


Chegando ao fim desse introito sublime, o evangelista acrescenta mais uma pérola: "porque a Lei foi dada por Moisés, mas a Graça e a Verdade vieram por Jesus, o Cristo". Não percamos de mira que Graça (em grego charis... ) exprime o sentido de "benevolência, boa vontade". Nem nos esqueçamos de que a construção grega "graça e verdade" pode formar uma hendíades. Então, o sentido que, legitimamente, pode deduzir-se daí é o seguinte: "A LEI foi revelada por Moisés" (a Lei de Causa e Efeito = dente por dente), mas a VERDADEIRA BENEVOLÊNCIA veio com Jesus o Cristo", que nos ensinou a "misericórdia, isto é, o segredo para libertar-nos dessa Lei.


Realmente, Moisés foi o Legislador para a personalidade humana, estabelecendo numerosas restrições e proibições. Jesus foi o Legislador divino para a individualidade eterna, estabelecendo as bases para o contato do homem insignificante com o Cristo, da criatura com o Criador, na "gloriosa liberdade dos Filhos de Deus" (RM 8:21), porque ’onde há o Espirito de Deus, aí há liberdade" (2CO 3:17).


Em todos os capítulos, em todas as palavras dos Evangelhos, encontramos chamamentos angustiosos do Cristo, para que o homem siga seu caminho infinito ao encontro do Pai.


E além das palavras, encontramos o magnífico exemplo de Jesus, nosso irmão primogênito, que segue à nossa frente, indicando-nos o caminho com sua própria vida, com seus atos, com seu amor, ensinandonos que só no AMOR, semelhante ao dele, podemos encontrar a rota definitiva: "um novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros TANTO, QUANTO eu vos amei" (JO 34:13).


Como fecho sublime do introito, a frase lapidar: "Ninguém jamais viu a Deus: O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou. " Na realidade. Deus, o Pensamento ou Mente Universal, é invisível: é uma Força, é a Vida, é o Amor, é a Substância e a Essência de todas as coisas que existem. Ningu ém pode vê-lo no sentido do verbo grego oráo (...), ou seja, "contemplar com os olhos".


O "Filho Unigênito é o CRISTO, o terceiro aspecto da Divindade, o "produto do pensamento divino, que se encontra em todas as coisas". O evangelista esclarece: "que está no seio do Pai", o que é lógico: assim como o Pai (o Verbo) está com Deus, está em Deus e é Deus (vers, 1), assim também o Filho (Cristo) está com o Pai, está no Pai, e é o Pai (cfr. : "eu e o Pai SOMOS UM", JO 10:30; e "Eu estou NO Pai e o Pai está EM mim", JO 14:11). São apenas ASPECTOS (não "pessoas") de UM SÓ DEUS, de UMA SÓ FORÇA CÓSMICA.


Então, o FILHO ou CRISTO, que está em todos e em tudo, é que revela, "ensina, explica" (grego exegésato,

...) o que seja DEUS. Sua Manifestação, por intermédio de Jesus, veio trazer-nos a verdadeira benevolência " de Deus em relação a nós, seus filhos, para convidar-nos a voltar a ser UM com Ele.


jo 1:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).


jo 1:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:1-17


1. "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor.

2. Todo ramo, em mim, não dando fruto, ele o tira; e todo o que produz fruto, purifica-o para que produza mais fruto.

3. Vós já estais purificados, por meio do Logos que vos revelei.

4. Permanecei em mim e eu em vós. Como o ramo não pode produzir fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim não podeis vós, se não permaneceis em mim.

5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada.

6. Se alguém não permanece em mim, foi lançado fora como o ramo, e seca, e esses ramos são ajuntados e jogados ao fogo e queimam.

7. Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos acontecerá.

8. Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos.

9. Como o Pai me amou, assim eu vos amei: permanecei em meu amor.

10. Se executais meus mandamentos, permaneceis no meu amor, assim como executei os mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.

11. Isso vos disse, para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria se plenifique.

12. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.

13. Ninguém tem maior amor que este, para que alguém ponha sua alma sobre seus amigos.

14. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos ordeno.

15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o senhor dele; a vós, porém, chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos fiz conhecer.

16. Não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos pus, para que vades e produzais frutos e vosso fruto permaneça, a fim de que o Pai vos dê aquilo que lhe pedirdes em meu nome.

17. Isso vos ordeno: que vos ameis uns aos outros".



Entramos com os capítulos 16 e 17, antes de apresentar os versículos 27 a 31 do capítulo 15, pois essa distribuição de matéria satisfaz à crítica interna plenamente e à sequência das palavras. Com efeito, logo após dizer: "Levantemo-nos, vamos daqui" (14:31) João prossegue: "Tendo dito isso, Jesus saiu com Seus discípulos", etc. (18:1). Não se compreenderia que, após aquela frase de fecho, ainda fossem proferidos 86 versículos.


Alguns comentadores (Maldonado, Shanz, Calmes, Knabenbauer, Tillmann) opinam que, após a despedida e a ordem de saída, ainda permaneceu o Mestre no Cenáculo, de pé, a conversar com os discípulos.


Outros (Godet, Fillion, Wescott, Sweet) julgam que todo o trecho (inclusive a prece do cap. 17?) foi proferido durante o trajeto para o monte das Oliveiras.


Um terceiro grupo (Spitta, Moffat, Bernard) propõe a seguinte ordem:
cap. 13- 1 a 31a
cap. 15- todo
cap. 16- todo
cap. 13- 31b a 38
cap. 14- 1 a 31
cap. 17- todo

Essa ordem não satisfaz, pois a prece não cabe depois da palavra de ordem da saída.


Outros há (Lepin, Durand, Lagrange, Lebretton, Huby) que sugerem que os capítulos 15 e 16 (por que não o 17?) foram acrescentados muito depois pelo evangelista.


Nem a ordem original, nem as quatro propostas, nos satisfazem. O hábito diuturno com os códices dos autores clássicos profanos revela-nos que, no primitivo códice de João, com o constante manuseio, pode ter saído de seu lugar uma folha solta, contendo 5 versículos (27 a 31), que foi colocada, por engano,

17 folhas antes, pois 17 folhas de 5 versículos perfazem exatamente 85 versículos. O engano tornou-se bem fácil, de vez que o versículo último do cap. 17, é o 26. º, assim como é o 26. º o último do cap. 14. Tendo em mãos os vers. 27 a 31, ao invés de colocar a folha no fim do cap. 17, esta foi inserida erradamente no fim do cap. 14.


"Mas - objetarão - naquela época o Novo Testamento não estava subdividido em versículos"! Lógico que nossa hipótese não é fundamentada na "numeração" dos versículos. Pois embora os unciais B (Vaticano 1209) do século 4. º e o CSI (Zacynthius) do 6. º já tenham divisões em seções, que eram denominadas
иεφάλαια ("Capítulos") maiores, com seus τίτλοι (títulos) menores; em Amônio (cerca de 220 A. D.) em sua concordância dos quatro Evangelhos os tenha dividido também em seções (chamadas ora perícopae, ora lectiones, ora cánones, ora capítula) e essas fossem bastante numerosas (Mateus tinha 355; MC 235; LC 343 e JO 232); embora Eusébio de Cesareia tenha completado o trabalho de Amônio em 340 mais ou menos (cfr. Patrol. Graeca vol. 22, col. 1277 a 1299); no entanto, a divisão atual em capítulos foi executada pela primeira vez pelo Cardeal Estêvão Langton (+ 1288) e melhorada em 1240 pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher; mas os versículos só foram colocados, ainda na margem, pelo impressor Roberto Estienne, na edição greco-latina do Novo Testamento em 1555; e Teodoro de Beza, na edição de 1565, os introduziu no próprio texto.
Acontece, porém, que a numeração dos versículos nos ajuda a calcular o número de linhas de cada folha. E existe um testemunho insuspeito que, apesar de sozinho, nos vem apoiar a hipótese. Trata-se do papiro 66, do 29 século, possívelmente primeira cópia do manuscrito original no qual, segundo nossa hipótese, já se teria dado a colocação errada da folha já muito manuseada. Ora, ocorre que nesse papiro, atualmente na Biblioteca de Genebra, Cologny, sob a indicação P. Bodmer II, nós encontramos o Evangelho de João em dois blocos:
1. º) o que vai de JO 1:1 até 14:26;
2. º) o que vai de JO 14:27 até 21:25.

Conforme vemos, exatamente nesse ponto, entre os versículos 26 e 27 do capítulo 14, ocorre algo de anormal, a ponto de ter estabelecido dúvida na mente do copista, que resolveu assinalá-la na cópia: era a folha que devia estar no final do cap. 17 e que caíra de lá, tendo sido colocada, por engano, no final do cap. 14.


Em vista desses dados que, a nosso espírito, se afiguraram como perfeitamente possíveis, intimamente afastamos qualquer hesitação, e apresentamos a ordem modificada.


* * *

Interessante notar-se que, nestes capítulos (14 a 17) algumas palavras são insistentemente repetidas, como άγάπη (amor) quatro vezes; иαρπός (fruto) oito vezes; e µήνω (habitar ou permanecer morando) onze vezes.

No cap. 14 firma-se a ideia da fidelidade em relação aos mandamentos; no 15, salienta-se a ideia da perfeita união e da absoluta unificação da personagem com o Eu e, em consequência, com o Cristo interno; a seguir, é chamada nossa atenção para o ódio, que todo o que se uniu ao Cristo, no Sistema, receberia da parte das personagens do Antissistema.


Não se esqueça, o leitor, de comparar este trecho com o ensino sobre o "Pão Vivo", em JO 6:27-56 (cfr. vol. 3) e sobre a Transubstanciação (vol. 7).


* * *

No Antigo Testamento, a vinha é citada algumas vezes como o protótipo de Israel (cfr. IS 5:1; JR 2:21; EZ 15:1ss e 19:10ss; SL 80:8-13).


Nos Sinópticos aparece a vinha em parábolas (cfr. MT 20:1-16 e MT 21:33-46) e também temos o vinho na ceia de ação de graças (cfr. MT 26:29; MC 14:21 e LC 22:18).


Nos comentários desses trechos salientamos que o vinho simboliza a Sabedoria; e ainda no vol. 6 e no 7 mostramos que Noé, inebriado de Sabedoria, alcançou o conhecimento total e desnudou-se de tudo o que era externo, terreno ou não, de tal forma que sua sabedoria ficou patente aos olhos de todos. Não tendo capacidade, por involução (por ser o mais moço, isto é, o menos evoluído) de compreende-lo, seu filho Cam riu do pai, julgando-o bêbado e louco. Mas os outros dois, mais velhos (ou seja, mais evoluídos, porque espíritos mais antigos em sua individuação), Sem e Jafet, encobriram com o véu do ocultismo a sabedoria do pai, reservando-a aos olhos do vulgo. E eles mesmos, não tendo capacidade para alcançá-la, caminharam de costas, para nem sequer eles mesmos a descobrirem. Daí dizer o pai, que Cam seria inferior aos dois, e teria que sujeitar-se a eles.


Aqui é-nos apresentada, para estudo e meditação, a videira verdadeira (he ámpelos he alêthinê), ou seja, a única digna desse nome, porque é a única que vem representar o símbolo em toda a sua plenitude.


A videira expande-se em numerosos ramos e o agricultor está sempre atento aos brotos que surgem, aos ramos e racemos, aos que começam a secar, aos que não trazem "olhos" promissores de cacho. Os inúteis são cortados, para não absorverem a seiva que faria falta aos outros, e os portadores de frutos, ele os limpa, poda e ajeita, para que o fruto surja mais gordo e mais doce e sumulento.


Depois desse preâmbulo parabolístico, vem o Mestre à aplicação: "vós já estais purificados por meio do Logos que vos revelei", muito mais forte no original, que nas traduções vulgares: "pela palavra que vos falei".


A união nossa com o Cristo, em vista da comparação, demonstra que três condições são exigidas, segundo nos diz Bossuet ("Méditations sur L’Évangile", 2. ª parte, 1. º dia):
a) "que sejamos da mesma natureza, como os ramos o são da vinha;
b) que sejamos um só corpo com Ele; e
c) que Ele nos alimente com Sua seiva".

Esse ensino assemelha-se à figura do "Corpo místico" de que nos fala Paulo (1CO 12:12,27; CL 1:18 e EF 4:15).


No vers. 16, as duas orações finais estão ligadas entre si e dependem uma da outra: "a fim de que vades
... para que o Pai vos dê" (ϊνα ύµείς ύπάγητε ... ϊνα ό τι άν αίτητε ... δώ ύµϊ

ν).


A lição sobre o Eu profundo foi de molde a esclarecer plenamente os discípulos ali presentes e os que viessem após e tivessem a capacidade evolutiva bastante, para penetrar o ensino oculto pelo véu da letra morta. Aqui, pois, é dado um passo à frente: não bastará o conhecimento do Eu: é absolutamente indispensável que esse Eu permaneça em união total com o Cristo interno, sem o Qual nada se conseguirá na vida do Espírito, na VIDA IMANENTE (zôê aiónios).


Magnífica e insuperável a comparação escolhida, para exemplificar o que era e como devia realizarse essa união.


Já desde o início, ao invés de ser trazida à balha qualquer outra árvore, foi apresentada como modelo a videira, produtora da uva (Escola de Elêusis), matéria-prima do vinho, símbolo da sabedoria espiritual profunda que leva ao êxtase da contemplação: já aí tem os discípulos a força do simbolismo que leva à meditação.


Mas um ponto é salientado de início: se o Cristo é a Lideira, o Pai é o viticultor, ao passo que o ramo que aí surge é o Eu profundo de cada um. Então, já aqui não mais se dirige o Cristo às personagens: uma vez explicada a existência e a essência do Eu profundo, a este se dirige nosso único Mestre e Senhor.


E aqui temos a base da confirmação de toda a teoria que estamos expondo nestes volumes, desde o início: o PAI, Criador e sustentador, o CRISTO, resultado da criação do Pai ou Verbo, e o EU PROFUNDO, individuação da Centelha Crística, como o ramo o é da videira.


Da mesma forma, pois, que o ramo aparentemente se exterioriza do tronco, mas com ele continua constituindo um todo único e indivisível (se se destacar, seca e morre), assim o Eu profundo se individua, mas tem que permanecer ligado ao Cristo, para não cair no aniquilamento. A vida dos ramos é a mesma vida que circula no tronco; assim a vida do Eu profundo é a mesma vida do Cristo.


O ramo nasce do tronco, como o Eu profundo se constitui a partir da individuação de uma centelha do Cristo, que Dele não se destaca, não se desliga: a força cristônica que vivifica o Cristo, é a mesma que dá vida ao Eu: é o SOM ou Verbo divino (o viticultor) que tudo faz nascer e que tudo sustenta com Sua nota vibratória inaudível aos ouvidos humanos.


Se houver desligamento, a seiva não chega ao ramo, e este se tornará infrutífero. Assim o Eu profundo, destacado do Cristo, se torna improdutivo e é cortado e lançado ao fogo purificador, para que sejam queimados seus resíduos pelo sofrimento cármico e regenerador.


No entanto, quando e enquanto permanecer ligado ao Cristo, ipso facto se purifica, já não mais pelo fogo da dor, mas pelas chamas do amor. E uma vez que é vivificado pela fecundidade do amor, muito mais fruto produzirá. Essa purificação é feita "por meio do Logos que cos revelei", ou seja, pela intensidade altíssima do SOM (palavra). Hoje, com o progresso científico atingido pela humanidade, compreende-se a afirmativa. Já obtemos resultados maravilhosos por meio da produção do ultrassom, a vibrar acima da gama perceptível pela audição humana; se isso é conseguido pelo homem imperfeito ainda, com seus instrumentos eletrônicos primitivos, que força incalculável não terá o Logos divino, o Som incriado, para anular todas as vibrações baixas das frequências mais lentas da gama humana! E, ao lado de Jesus, veículo sublime em Quem estava patente e visivelmente manifestado o Cristo, a frequência vibratória devia ser elevadíssima; e para medi-la, nenhuma escala de milimicra seria suficiente! Se o corpo de Jesus não estivera preparado cuidadosamente, até sua contraparte dos veículos físicos materiais poderia ter sido destruída.


O Cristo Cósmico, ali presente e falando, podia afirmar tranquilamente, pela boca de Jesus: "EU sou a videira, vós os ramos". Compreendamos bem: não se tratava de Jesus e dos discípulos, mas do CRISTO: o Cristo é a videira e cada "Eu profundo", de cada um de nós, é um ramo do Cristo único e indivisível que está em todos e em tudo. Então, o "vós", aqui, é genérico, para toda a humanidade.


Cada um de nós, cada Eu profundo, é um ramo nascido e proveniente do Cristo e a Ele tem que permanecer unido, preso, ligado, para que possa produzir fruto.


Realmente, qualquer ramo que venha a ser destacado do tronco, murcha, estiola, seca e morre, perecendo com ele todos os brotos e frutos a ele apensos. Assim, a personagem que por seu intelectualismo vaidoso e recalcitrante se desliga do Cristo interno, prendendo-se às exterioridades, nada mais proveitoso produzirá para o Espírito: é o caso já citado (vol. 4) quando a individualidade abandona a personagem que se torna "animalizada" e "sem espírito", ou seja, destacada do Cristo.

E didaticamente repete o Cristo a afirmativa, para que se fixe na mente profunda: "Eu sou a videira vós os ramos". E insiste na necessidade da união: "Quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada". Verificamos que, sem a menor dúvida, não há melhor alegoria para ensinar-nos a fecundidade vitalizante da Divindade em nós.


A vida, que a humanidade vive em seu ramerrão diário, na conquista do pão para sustentar o corpo, das comodidades para confortar o duplo, dos prazeres para saciar as emoções, do estudo para enriquecer o intelecto, leva o homem a permanecer voltado para fora de si mesmo, à cata de complementos externos que preencham seu vazio interno. Encontra mil coisas em seu redor, que o desviam do roteiro certo e o fazem esquecido e despercebido do Eu profundo que, no entanto, é o único "caminho da Verdade e da Vida". Com esse tipo de existência, nada podemos conseguir para o Espírito, embora possa haver progresso material. Em outros termos: desligados do Cristo, podemos prosperar no Anti-

Sistema, mas não no Sistema; podemos ir longe para fora, mas não daremos um passo para dentro; fácil será exteriorizar-nos, mas não nos interiorizamos: nenhum ato evolutivo poderá ser feito por nós, se não estivermos unidos ao Cristo.


Daí tanto esforço e tantas obras realizadas pelas igrejas "cristãs", durante tantos séculos, não terem produzido uma espiritualização de massas no seio do povo; ao invés, com o aprimoramento intelectual e o avanço cultural, a população da Terra filiada a elas, vem dando cada vez menos importância aos problemas do Espírito (excetuando-se, evidentemente, casos esporádicos e honrosos) e ampliando sua ambição pelos bens terrenos.


Ao contrário, ligando-nos ao Cristo, unidos e unificados com Ele, frutos opimos colhe o Espírito em sua evolução própria e na ajuda à evolução da humanidade. Aos que se desligam, sucede como aos ramos: secam e são ajuntados e lançados ao fogo das reencarnações dolorosas e corretivas.


Outro resultado positivo é revelado aos que permanecem no Cristo, ao mesmo tempo em que Suas palavras (ou seja, Suas vibrações sonoras) permanecem na criatura: tudo o que se quiser pedir, acontecerá. Não há limitações de qualquer espécie. E explica-se: permanecendo na criatura a vibração sonora criadora do Logos, tudo poderá ser criado e produzido por essa criatura, até aquelas coisas que parecem impossíveis e milagrosas aos olhos dos homens comuns. Daí a grande força atuante daqueles que atingiram esse degrau sublime no cimo da escalada evolutiva humana, com total domínio sobre a natureza, quer material, quer astral, quer mental. Em todos os reinos manifesta-se o poder dessa criatura unificada com o Cristo, pois nela se expressa a vibração sonora do Verbo ou SOM criador em toda a Sua plenitude.


E chegamos a uma revelação estupefaciente: "Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos". Então, não é apenas a vibração sonora em toda a Sua plenitude: é a própria essência do Logos Divino que se transubstancia na criatura! Daí a afirmativa: "Eu e o Pai somos UM". Já não é apenas o Cristo, mas o próprio Pai ou Verbo, que passa a constituir a substância íntima e profunda da criatura, com o fito de multiplicar os frutos espirituais, de tal forma que a criatura se torna, de fato, um discípulo digno do único Mestre, o Cristo (cfr. MT 23:8-10) e não apenas um aluno repetidor mecânico de Seus ensinos (cfr. Vol. 4).


Coisa muito séria é conseguir alguém atingir o grau de "discípulo" do Cristo, e muito rara na humanidade.


Embora para isso não seja mister que se esteja filiado a qualquer das igrejas cristãs, muito ao contrário. Gandhi, o Mahatma, constitui magnífico exemplo de discípulo integral do Cristo, em pleno século vinte. E poucos mais. Pouquíssimos. Efetivamente raríssimos os que negam a si mesmos, tomam sua cruz e palmilham a mesma estrada, colocando seus pés nas pegadas que o Cristo, através de Avatares como Jesus, deixam marcadas no solo do planeta, como reais seguidores-imitadores, que refletem, em sua vida, a vida crística; verdadeiros Manifestantes divinos, discípulos do Cristo, nas quais o Pai se transubstancia, unificando-se com eles pelo amor divino e total.


O amor desce a escala vibracional até englobar em Si a criatura, absorvendo-a integralmente, em Si mesmo, tal como o SOM absorve o Cristo, e o Cristo nos absorve a nós. A nós bastará permanecer ligados, unidos, sintonizados, unificados com o Cristo, mergulhados nele (cfr. RM 6:3 e GL 3:27), como peixes no oceano. Permanecer no Cristo, morar no Cristo, como o Cristo mora em nós, e exe cutar, em todos os atos de nossa vida, externa e interna, em atos, palavras e nos pensamentos mais ocultos, todas as Suas ordens Suas diretrizes, Seus conselhos. Assim faz Ele em relação ao Pai, e por isso permanece absorvido pelo Amor do Pai; assim temos nós que fazer, permanecendo absorvidos pelo Amor do Cristo, vivendo Nele como Ele vive no Pai, sintonizados no mesmo tom.


Esse ensino - diz-nos o próprio Cristo - nos é dado "para que Sua alegria esteja em nós". Observemos que o Cristo deseja alegria e não rostos soturnos, com que muitos pintam a piedade. Devoto parece ser, para muitos, sinônimo de luto e velório. Mas o Cristo ambiciona que Sua alegria, que a alegria crística, esteja EM NÓS, dentro de nós, em vibração magnífica de euforia e expansionismo do Espírito.


Alegria esfuziante e aberta, alegria tão bem definida e descrita na Nona Sinfonia de Beethoven.


Nada de tristezas e choros, pois o Cristo é alegria e quer que "nossa alegria se plenifique": alegria plena, sem peias, sem entraves, luminosa, sem sombras: esfuziante, sem traves: vibrante, sem distorções; constante, sem interrupções; acima das dores morais e físicas, superiores às injunções deficitárias e às incompreenções humanas, às perseguições e às calúnias. Alegria plena, total, integral, ilimitada, que só é conseguida no serviço incondicional e plenamente desinteressado, através do amor.


E chega a ordem final, taxativa, imperiosa, categórica, dada às individualidade, substituindo, só por si, os dez mandamentos que Moisés deu às personagens. Basta essa ordem, basta esse mandamento, para que todas as dez sejam dispensados, pois é suficiente o amor para cobrir a multidão dos erros que as personagens são tentadas a praticar.


Quem ama, não furta, não desobedece, não abandona seus pais, não cobiça bens alheios, não tira nada de ninguém: simplesmente AMA. Esse amor é doação integral, sem qualquer exigência de retribuição.


O modelo é dado em Jesus, o Manifestante crístico: amai-vos "tal como vos amei". E o exemplo explica qual é esse amor: por sua alma sobre seus amigos. Já fora dita essa frase: "Eu sou o bom pastor... o bom pastor põe sua alma sobre suas orelhas" (JO 10:11). Já falamos a respeito do sentido real da expressão, que é belíssima e profunda: dedicação total ao serviço com disposição até mesmo para dar sua vida pelos outros (cfr. 2CO 4:14, 15; 1JO, 3:16 e 1PE 2:21).


A afirmação "vós sois meus amigos" é subordinada à condição: "se fazeis o que vos ordeno". Entendese, portanto, que a recíproca é verdadeira: se não fizerdes o que vos ordeno, não sereis meus amigos.


E que ordena o Cristo? Na realidade, uma só coisa: "que vos ameis uns aos outros". Então, amor-doação, amor-sacrifício, amor através do serviço. E explica por que os categoriza como amigos: "o servo não sabe o que faz o senhor dele, mas vós sabeis tudo o que ouvi do Pai". Realmente, a amizade é um passo além, do amor, já que o amor só é REAL, quando está confundido com a amizade.


Como se explica a frase: "tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer", diante da afirmativa posterior: "muito tenho que vos dizer, que não podeis compreender agora" (JO 16:12)? Parece-nos que se trata de um sentido lógico: tudo o que ouvi de meu Pai para revelar-vos, eu vos fiz conhecer; mas há muita coisa ainda que não compreendeis, pois só tereis alcance compreensivo mais tarde, após mais alguns séculos ou milênios de evolução. Não adianta querer explicar cálculo integral a um aluno do primário, ao qual, entretanto, se diz tudo o que se tem que dizer sem enganá-lo, mas não se pode "avançar o sinal". A seu tempo, quando o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, estiver amadurecido pela unificação com o Cristo, então será possível perceber a totalidade complexa e profunda do ensino.


A anotação da escolha é taxativa e esclarecedora: "não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi". Não é o discípulo que escolhe o Mestre, mas este que o escolhe, quando vê que está apto a ouvir suas lições e a praticar seus ensinos. Muita gente, ainda hoje, pretende escolher seu Mestre: um quer seguir Ramakrishna, outro Râmana Maharshi, outro Yogananda, outro Rudolf Steiner, outro Max Heindel.


Livres de fazê-lo. Mas será que esses Espíritos os aceitam como discípulos? Será que estes estão à altura de compreender seus ensinamentos e imitar suas vidas, seguindo-os passo a passo na senda evolutiva? O Mestre nos escolhe de acordo com nossa tônica vibratória, com o Raio a que pertencemos, aceitando-nos ou rejeitando-nos segundo nossa capacidade, analisada por meio de sua faculdade perceptiva.


Essa é uma das razões da perturbação de muitos espiritualistas, que peregrinam de centro em centro, de fraternidade em fraternidade, perlustrando as bancas de muitas "ordens" e não se fixando em nenhuma: pretendem eles escolher seu Mestre, de acordo com seu gosto personalístico, e só conseguem perturbar-se cada vez mais.


Como fazer, para saber se algum Mestre nos escolheu como discípulos? e para saber qual foi esse Mestre? O caminho é bastante fácil e seguro: dedique-se a criatura ao trabalho e ao serviço ao próximo durante todos os minutos de sua vida, e não se preocupe. Quando estiver "maduro", chegará a mão do Mestre carinhosa e o acolherá em seu grupo: será então o escolhido. O mais interessante é que a criatura só terá consciência disso muito mais tarde, anos depois. E então verificará que todo o trabalho anteriormente executado, e que ele acreditava ter sido feito por sua própria conta, já fora inspiração de seu Mestre, que o preparava para recebê-lo como discípulo. Naturalidade sem pretensões, trabalho sincero sem esperar retribuições, serviço desinteressado e intenso, mesmo naqueles setores que a humanidade reputa humildes são requisitos que revelarão o adiantamento espiritual da criatura.


A esses "amigos escolhidos", o Mestre envia ao mundo, para que produzam frutos, e frutos permanentes que não apodrecem. Frutos de teor elevado, de tal forma que o Pai possa dar-lhes tudo o que eles pedirem em nome de Cristo.


Tudo se encontra solidamente amarrado ao amor manifestado através do serviço e ao serviço realizado por amor.


E para fixação na memória do Espírito, e para que não houvesse distorções de seu novo mandamento, a ordem é repisada categoricamente: "Isso VOS ORDENO: que vos ameis uns aos outros"! Nada de perseguições entre os fiéis das diversas seitas cristãs, nada de brigas nem de emulações, nem ciúmes nem invejas, nem guerras-santas nem condenações verbais: AMOR!
Amai-vos uns aos outros, se quereis ser discípulos do Cristo!
Amai-vos uns aos outros, católicos e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, católicos e espíritas!
Amai-vos uns aos outros, hindus e budistas!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e umbandistas!
Amai-vos uns aos outros, teósofos e rosacruzes!
Amai-vos uns aos outros, é ORDEM de nosso Mestre!
Amai-vos uns aos outros!
jo 1:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 2
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 3:16-21


16. Deus teve, pois, tanta predileção pelo mundo, que deu seu Filho, o Unigênito, para que todo o que nele crê, ao invés de perder-se, tenha a vida imanente.


17. Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja preservado por meio dele.


18. Quem nele crê não é julgado; o que não crê, já está julgado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.


19. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois eram más suas obras,


20. porque todo o que faz coisas inferiores aborrece a luz, e não vem para a luz, para que suas obras não sejam inculpadas;


21. mas aquele que faz a verdade, chega-se para a luz, para que sejam manifestadas suas obras, porque foram feitas em Deus.


Neste ponto, o evangelista toma a palavra para comentar os ensinos de Jesus a Nicodemos. Os verbos são empregados agora no passado, e suas primeiras palavras ουτως γαρ são as que geralmente iniciam seus comentários pessoais (cfr. 2:25; 4:8; 5:13, 20; 6:6, 33; 13:11).
Convida-nos João a buscar a razão íntima dos ensinamentos: o amor de Deus, que é universal, e não apenas restrito aos elementos de uma determinada religião: Deus ama O MUNDO τον κοσµον.
Interessante observar o verbo utilizado no início do versículo. Em grego há três verbos que exprime "amar" : φιλειν, que é "amar de amizade, querer bem"; εραν, que significa "amar de amor, apaixonarse"; e αγαπειν que quer dizer "amar com preferência, ter predileção por". Neste trecho, é empregado esse último: "ter predileção ou carinho especial pelo mundo".

Tanto assim, que (oração consecutiva) deu seu Filho, aquele Filho Unigênito que é a própria manifesta ção divina nos universos ilimitados, o Cristo C6smco, para que "todo aquele que nele crê", e que viva a sua vida, não se perca. mas obtenha uma vida divina IMANENTE na perfeita união.


VIDA "ETERNA" = VIDA IMANENTE


A tradução corrente das palavras gregas ξωη αιωνιος é "VIDA ETERNA".

No entanto, essa interpretação não nos parece correta. Senão vejamos.


1. º - Se esse fora o sentido: "quem crer nele terá a vida eterna, isto significaria que, quem não cresse não teria a vida eterna, e portanto deveria ter seu "espírito" destruído, aniquilado (morte do espírito).


Mesmo se admitíssemos o "castigo eterno" (absurdo inconcebível), mesmo assim o espírito teria a vida eterna, embora não crendo em Jesus. Então, que "promessa" seria essa, que vantagem traria o fato de crer em Cristo?


2. º - Poderia admitir-se que Jesus aceitava, com isso, a doutrina dos fariseus, tão bem esplanada por Josefo (Ant. Jud. 18, 1, 3): "Os fariseus acreditam que possuem um vigor imortal e os virtuosos terão o poder de ressuscitar e viver de novo"; e mais (Bell. Jud. 2, 5, 11): "Ensinam os fariseus que as almas são imortais; que as almas dos justos passam, depois desta vida, para outros corpos, e as dos maus sofrem tormentos eternamente". Quando fala do suicídio, repete essa mesma teoria (Bell. Jud. 2, 5, 14): "Os corpos de todos os homens são, sem dúvida, mortais e feitos de matéria corruptível; mas a alma é sempre imortal e é uma partícula de Deus, que habita em nossos corpos... Recordam (os fariseus) que todos os espíritos puros, quando partem desta vida, obtêm um lugar mais santo no céu, donde, no transcurso dos tempos, são novamente enviados em corpos puros; ao passo que as almas dos que cometeram sua auto-destruição, são condenadas à região tenebrosa do hades".


Realmente, em linhas gerais, os livros do Novo Testamento confirmam e reproduzem as crenças dos fariseus. Mas não é só isso que está na promessa, pois isso seria obtido mesmo sem crer em Jesus, por qualquer fariseu sincero.


A solenidade da repetição dessa promessa, feita 45 vezes em o Novo Testamento, sobretudo por João (25 vezes), por Paulo (9 vezes), por Lucas Ev. e At. (5 vezes), por Mateus (3 vezes), por Marcos (2 vezes) e por Judas (1 vez), parece exprimir algo mais profundo e de grande importância.


Tentemos compreender, pesquisando o sentido do adjetivo empregado, assim como do substantivo do qual se originou.


O substantivo que exprime ETERNO, em grego, é άίδιος assim definido por Platão (Definições, 411a):
τό иατά πάντα Χρόνον иαί πρότερον όν иαί νύν µή έφθαρµένον, ou seja, "o que é anterior, e através de todo o tempo e agora, não podendo ser destruído".

Em outras palavras: "o que não tem princípio nem fim".


O advérbio άεί (sempre) também é colocado com a ideia de eternidade: ό άεί Χρόνος = o tempo eterno (Platão, Fedon, 103e).
Outro substantivo αίών - que é correntemente traduzido como "eterno" - aparece assim definido por Aristóteles: το τέλος τό πε ριέиον τόν τής έиάστου ζωής Χρόνον ... αίών έиάστου иέиλεται (Arist., Do Céu, 1,9,15), isto é: "o período que abarca o tempo da vida de cada um, chama-se o "aiôn" dele (a permanência na Terra).

Realmente, "aiôn" tem seu paralelo em latim aiuom (aevum), que deu, em português, a palavra "evo".


Desse substantivo originou-se o adjetivo αίώνιος, ος, ογ a que o "Greek-English Lexicon" (Oxford) dá os seguintes sentidos (jamais aparecendo "eterno", que realmente não tinha): " I - uma vida, a vida de alguém (sentido mais comum nos poetas) cfr. Homero, Odisseia, 5:160; Ilíada, 5:685 e 24:725;

Herodoto, 1, 32; Ésquilo, Prometeu, 862; Eumênides, 315; Sófocles, Ajax, 645.


2. uma época, uma geração, cfr. Ésquilo, Tebas, 744: Demócrito, 295, 2 ; Platão, Axíolos, 370 c.


3. uma parte da vida, cfr. Eurípedes, Andrômaca, 1215.


II - 1. longo espaço de tempo, uma idade (lat. aevum) cfr. Menandro, Incert 7; usado especialmente com preposiçõe "pelas idades, pelas gerações" ; cfr. Hesiodo, Teogonia, 609; Ésquilo, Suplicantes, 582 e 574; Agamemnon, 554; Platão, Timeu 37 d; Aristóteles, do Céu, 1. 19. 14; Licurgo, 155, 42; Filon, 2. 608.


2. um espaço de tempo claramente definido e destacado, uma era, uma idade. período, o "mundo presente" em oposição ao" mundo futuro"; cfr. MT 13:22; LC 16:8. Nesse sentido também usado no plural cfr. Romanos, 1:25: Filipenses, 4:20;


Efésios, 3:9; 1 Coríntios 2:7 e 1 Coríntios 2:1 Coríntios 10:11. etc. ".


Ora, "eterno" é filosoficamente, outra coisa; é o QUE ESTA FORA do tempo, como diz Aristóteles (Física, 4. 12, 221 b) : ώστε φανερόν ότι τά άεί όντα,ή άεί όντα, ούи έστιν έν Χρόνω: ού γάρ περιέΧεται
ύπό Χρόνον, ούδε µετρείται τό εί-ναι αύτών ύπό τού Χρόνου: σηµείον δέ τούτου ότι ούδε πάσΧει ούδεν ύπό τού Χρόνου ώς ούи όντα ένΧρόνω - que significa: "Vê-se, portanto, que os seres eternos, enquanto seres eternos, não estão no tempo, porque o tempo não os envolve, nem mede a existência deles; a prova é que o tempo não tem efeito sobre eles, porque eles não estão no tempo".

Quando se fala de "eterno" em grego, são as palavras que aparecem.


Mas há um trecho importante de Platão (Timeu, 37 e 38) em que sentimos bem a diferença entre αιδιος e αιωνιος . Vamos citá-lo na íntegra e no original, para bem compreender-se o sentido, e para quc os conhecedores controlem a veracidade do que afirmamos.
Ώς δέ иινηθέν αύτό иαί ζών ένόησεν τών άϊδίων θεών γεγο-νός άγαλµα ό γεννήσας πατήρ, ήγάσθη τε
иαί εύφρανθείς έτι δή µάλλον όµοιον πρός τό παράδειγµα έπενόησεν άπεργάσασθαι. Κα-θάπερ ούν αύτό τυγχάνει ζώον άίδιον όν,иαί τόδε τό πάν ούτως είς δύναµιν έπεχείρξσε τοίούτον άποτελεϊν. Н µέν ούν τού ζώ-ου φύσις έτύγχανεν ουσα αίώνιος, иαί τούτο µέν δή τώ γεννετώ παντελώς προσαπτειν ούи ή δυνατονúείиώ δ’έπενόει иίνητόν τί να αίώνος ποιήσαι, иαί διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος
αίώνος έν ένί иατ’διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος αίώνος έν ένί иατ’άριθµόν ίούσαν αίώνιον είиόνα, τούτον όν δή χρονον ώνοµάиαµεν. Нµέρας γάρ иαρ иαί νύиτας иαί µήνας иαί ένιαυτούς, ούи όντας πρίν ουρανον γενέσθαι, τόδε άµα έиείνω συνισταµένω τήν γένεσιν αύτών µηχανάται-ταΰτα δέ πάντα µέ-ρη χρόνου, иαί τό τ’ήν τό τ’έσται χρόνου γεγονότα είδη, & δή φέροντες λανθάνοµεν έπί τήν άίδιον αύσίαν ούи όρθώς. Λέγοµεν γάρ δή ώς ήν έστιν τε иαί έσται, τή δέ τό έστιν µόνον иατά τόν άγηθή λόγον προσήиει, τό δέ ήύ τό τ’έσται περί τήν έν χρόνω γένεσιν ίοϋσαν πρέπει λέγεσθαι-
иινήσεις γάρ έστον, τό δέ άέί иατά ταύτα έχον άиινήτως ούτε πρεσβύτερον ούτε νεώτε-ρον προσήиει γίγνεσθαι διά χρόνου ούδε γενέσθαι ποτέ ούδέ γε γονέναι νϋν ούδ’ είς αύθις έσεσθαι, τό παράπαν τε ούδέν όσα γε-νεσις τοϊς έν αίσθήσει φεροµένοις προσήψενάλλά χρόνου ταϋτα αίώνα µιµουµένου иαί
иατ’άριθµόν иυиλουµένου γέγονεν είδη-иαί πρός τούτοις έτι τά τοιάδε, τό τε γεγονός είναι γεγονός
иαί τό γιγνόµενον είναι γιγνόµενον, έτι τε τό γενεσοµενον εί-ναι γενεσοµενον иαί τό µή όν µή όν είναι, ών ούδέν άиριβές λέγοµεν ... χρόνος δ’ ούν µετ’ ούρανοϋ γέγονεν, άµα ίνα γεννη-θέντες άµα
иαί λυθώσιν, άν ποτε λύσις τις αύτών γίγνηται, иαί иατά τό παράδειγµα τής διαιωνίας φύσεως, ίν’ ώς όµοιότατος, αύ τώ иατά δύναµιν ή τό µέν γάρ δή παράδειγµα πάντα αίώνά έσ-τιν όν, ό δ’ αύ διά τέλους τόν άπαντα χρονον γεγονώς τε иαί ών иαί έσοµενος.
Eis a tradução literal, em que traduzimos αιωνιος por "permanente", para compreendermos bem as diferenças. Platão explica, pela boca de Timeu, qual a diferença entre eternidade e tempo, e fala na criação do tempo juntamente com o "céu", isto é, com a abóbada celeste. Esclarece que a eternidade é estável, imóvel, permanente em realidade, ao passo que o tempo imita essa permanência. com uma" permanência " relativa. Eis o texto: " Quando então o Pai Genitor percebeu que este (mundo), que foi a joia dos deuses eternos, se movia e vivia, ficou admirado e, alegrando-se, concebeu elaborá-lo ainda mais semelhante ao modelo. E como ele é um Vivente Eterno, e este é O TODO, empreendeu aperfeiçoá-lo dentro do possível. Sendo porém permanente a natureza do Vivente, não seria possível em vista disso igualar totalmente a ela o que teve princípio. Doutro lado, tinha feito uma imagem móvel do permanente e, organizando juntamente o céu, faz uma imagem permanente ritmada segundo o número, de acordo com a permanência imutável do UM, e isto é o que chamamos tempo.

Com efeito, não existindo os dias, as noites, os meses e os anos antes de ter sido produzido o céu, ele os produziu então juntamente com a constituição do mesmo. Todas essas coisas, porém, são parte do tempo, e o passado e o futuro são aspectos do tempo que evolui, e não percebemos que (falamos) impropriamente quando os aplicamos à essência eterna. Com efeito, dizemos que (ela) "era", "é" e "será"; mas uma única palavra verdadeiramente lhe convém: "é"; "era" e "será" só devem ser ditos a respeito da evolução que se processa no tempo, porque são movimentos; o eterno, porém, sendo imutável, não cabe (ser) mais velho, nem mais moço, nem evoluir através do tempo, nem ter aparecido outrora, nem ter acabado de aparecer agora, nem retroceder, nem (ter) qualquer qualidade que a evolução atribuiu às coisas que são percebidas, porque estes são aspectos pertencentes ao tempo, que imita a permanência e que gira segundo o número.


Além disso, estas outras expressões "o evoluído é (como se fora) mesmo evoluído", "o que evoluirá, evoluirá mesmo", "o não-ser é mesmo não-ser", são expressões inexatas... Então, o tempo evolui com o céu, para que, tendo nascido juntos, juntos também sejam dissolvidos – caso um dia se dê a dissolução dos mesmos - e (o tempo foi feito) segundo o modelo da natureza permanente, para que seja o mais semelhante possível a ela. Com efeito, o modelo é todo permanente, mas este (o tempo) é para sempre um tempo inteiro de passado, presente e futuro".


Agora vejamos o emprego dessas palavras em o Novo Testamento.


I - O substantivo αιδιος só aparece duas vezes:

1) na Epístola de Paulo aos Romanos (Romanos 1:20) "o Poder e a Divindade dele são eternos".


2) na Epístola de Judas (6-7), numa frase que é iniciada dizendo que Jesus salvou do Egito os israelitas (logo, sentido simbólico), e prossegue: "prendeu os anjos nos cárceres eternos sob a treva; Sodoma e Gomorra suportando a justiça do fogo permanente".


II - O substantivo αιων aparece 120 vezes, empregado com os sentidos: a) os séculos, isto é, uma época, um lapso de tempo (92 vezes);

MT 6:13; MT 21:19; MC 3:29; MC 11:14; Lc. 1:33. 55, 70; JO 4:14; 8:35 (2x), 51; 52; 10:28; 11:26; 12:34;


13:8; 14:6; AT 3:21; AT 15:18; RM 1:25;, 9:5; 11:36; 16:27; 1CO 2:7; 1CO 8:13; 1CO 10:11; 2CO 9:9; 2CO 11:31;


GL 1:5; EF 2:7; EF 3:9, EF 11:21 (2x); FP 4:20 (2x); CL 1:26; 1TM 1:17 (3x); 2TM 4:18 (2x); HB 1:2, HB 1:8 (2x); 5:6; 6:20; 7:17, 21, 24, 28; 11:13; 13:8, 21 (2x); 1PE 1:25; 1PE 4:11 (2x); 5:11 (2x); 1 JO
2:17; 2 JO 2; Jud. 13, 25 (2x); AP 1:6 (2x), 18 (2x); 4:9 (2x); 10 (2x); 5:13 (2x); 7:12 (2x); 10:6

(2x); 11:15 (2x); 14:11 (2x); 15:3, 7 (2x); 19:3 (2x); 20:10 (2x); 22:5 (2x).


b) o século, com o significado de "o mundo material" (em oposição ao mundo espiritual), ou com o sentido de "uma geração" – 28 vezes: MT 12:32; MT 13:22, MT 13:39, MT 13:40. 49; 24:3; 21:20; MC 4:19; MC 10:30; Lc. 16:8; 18:30; 20:34,35; RM 12:2; 1CO 1:20; 1CO 2:6 (2x), 8; 3:18; 2CO 4:4; EF 1:21; EF 2:2; 1TM 6:17; 2 Tim. - 4:20; TT 2:12; HB 6:5;


9:26; 1PE 3:18.


III - o adjetivo αιωνιος é empregado, ao lado de vários substantivos, qualificando-os, em 72 lugares: Uma única vez aparece com o sentido que pode ser interpretado como "eterno", usado por Paulo, em Romanos (Romanos 16:26) ao lado do substantivo "Deus" : Κατ’επιταγεν του αιωνιου θεου (segundo o preceito do Deus sempiterno), em oposição ao que escreve na 2. ª Coríntios (os 4:4) : o θεος του αιωνιος τουτου "o deus deste século", isto é, deste mundo.

Eis os sentidos : a) futuro, ou seja, no século ou na época vindoura, na vida seguinte, 19 vezes: MT 18:8; MT 25:41; MT 25:46; MC 3:29; LC 16:9; RM 16:25; 2 Th. 1:9; 2:16; 2TM 2:10; HB 5:9;


6:2; 9:12, 14, 15; 13:20; 1PE 5:10; 2PE 1:11; Jud. 7; Ap. 14:16.


b) permanente ou perene, no sentido de durar muito tempo, quase um século, 5 vezes:

2CO 4:17, 2CO 4:18; 5:1; 1TM 6:16; Film. 15.


c) os tempos atuais, ou seja, este século, 2 vezes:

2TM 1:9; TT 1:2.


d) com o substantivo VIDA (cujo sentido estudaremos agora), 45 vezes: MT 19:16, MT 19:29; 25:46; MC 10:17, MC 10:30; Lc. 10:25; 18:18. 30; AT 13:46 48; JO 3:15, 16, 36; 4:14,36;


5:24,39; 6:27, 40,47, 51, 54. 58, 68; 10:28; 12:25, 50; 17:2, 3; RM 2:7; RM 5:21; RM 6:22, RM 6:23; GL 6:8; 1 Tim. 1:16; 6:12; TT 1:2; TT 3:7; 1 JO 1:2; 2:25; 3:15; 5:11, 13, 20; Jud. 21.


O sentido de ζωή αίώνιος é dado pelo próprio Jesus, no evangelho de João, que é o que emprega mais vezes a expressão (25 vezes, contra 20 em todos os demais livros do novo Testamento). Lemos aí:
αύτη δέ έστιν ή αίώνιος ζωή, ϊνα γινώσиωσιν σέ, τόν µόνον άληθινόν θεόν, иαί όν άπέστειλας
‘Ιησοϋν χριστόν ou seja, "a vida IMANENTE é esta: 1) que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e

2) a quem enviaste, Jesus Cristo".


Por aí verificamos que a ζωήûαίώνιος NÃO É uma vida QUE DURA ETERNAMENTE (todas as vidas têm essa qualidade); não se refere à DURAÇÃO da vida, mas a uma QUALIDADE ESPECIFICA, que reside no CONHECIMENTO DA VERDADE TEOLÓGICA. E, ao conhecer essa verdade, haverá então a unificação total com o Cristo (cfr. JO 17:11,21,22), que dá a IMANÊNCIA perfeita, que resultar á na liberdade (cfr. JO 8:32) dos filhos de Deus (cfr. RM 8:21), que existe onde está o Espírito do Cristo (cfr. 1CO 10:29).
Paulo também explica qual a origem dessa VIDA IMANENTE, quando esclarece aos Romanos (Romanos 6:23):
τά γάρ όψώνα τής άµαρ-τίας θάνατος, τό δέ χαρισµα τοϋ θεοϋ ζωή αίώνιος, έν χριστώ ‘Ιησοϋ τώ
иυρίω ήµώ

ν isto é, "o salário do erro é a morte, a recompensa de Deus é a VIDA PERMANENTE em Cristo Jesus, o Senhor nosso".


Depois de tudo isso, podemos perceber a profundidade do sentido de "zoé aiónios".


É a VIDA PERMANENTE ou IMANENTE EM CRISTO. Em outros termos, é a união total do "eu" pequeno com o EU profundo, do "espírito" personalístico, com o Espírito ou Individualidade. A crença em Cristo, baseada no CONHECIMENTO e na CONVICÇÃO (fé), produzirá seus efeitos com a "nega ção da personalidade" (cfr. MT 16:24), que fica absorvida pela individualidade, pelo Cristo, que passa a "viver em nós" (cfr. GL 2:20 e GL 2:2CO 13:5). É o MERGULHO na Divindade, na qual nos dissolvemos, e isso se realiza através do Cristo.


Pelo oposição dos termos, salienta-se o significado: o erro nos trouxe a condição de encarnados, sujeitos à morte, e por isso o "salário do erro é o a morte". Mas a recompensa de Deus é o tirar-nos, quando nós o quisermos (por nosso esforço), desse cativeiro, dando-nos a VIDA IMANENTE de unifica ção com o Cristo, não mais sujeita a reencarnações e à morte.


Concluindo, pois, temos que "zoé aiónios": a) não pode ser vida "eterna" (como duração), de que todos participam; b) não pode ser vida "futura" (como reencarnação) porque todos os espíritos a vivem; c) não pode ser a vida "espiritual" (do "espírito") porque todos a têm, na alegria ou na dor.


Então, resta que é uma vida diferente dessas todas.


Por isso, compreendemos que só pode ser a vida NO REINO DE DEUS ou no REINO DOS CÉUS, que é a VIDA IMANENTE em Cristo.


Portanto, o melhor adjetivo para traduzir "aiónios", quando ao lado do substantivo VIDA, é IMANENTE, embora essa tradução não se encontre nos dicionários de grego.


No entanto, o sentido cabe perfeitamente. O latim manere significa "ficar". Com o preverbo PER, dá ideia de tempo ou duração; com o preverbo IN, exprime penetração, interiorização, união interna e íntima, "dentro de". Os dois são, pois, um mesmo verbo: MANERE, formando dois compostos: PERmanere e INmanere; e os sentidos também correspondem: a PERmanência é "ficar durante algum tempo" e a Imanência é "ficar dentro de", ou "penetrar em algo e lá permanecer".


Passemos ao versículo 17. Afirma o evangelista que Deus enviou seu Filho NÃO para julgar o mundo, mas para encaminhá-lo na direção certa.


Parece, à primeira vista, haver contradição entre essa frase e o que se diz logo adiante (5:22): "o Pai a ninguém julga, mas entregou todo julgamento ao Filho", acrescentando-se (5:27) : "Ele Lhe deu o poder de julgar, porque é Filho do Homem". Também em Mateus se descreve o Filho a julgar 25:31-3.


Entretanto, a contradição é mais aparente que real. Uma coisa é dizer que "o Filho julgará", ou "que o julgamento Lhe foi entregue", e outra, totalmente diferente, é dizer que foi essa a CAUSA da descida do Filho. Neste passo que comentamos, afirma-se que a RAZÃO de Sua vinda NÃO FOI o julgamento da humanidade (embora isto Lhe tenha sido colocado nas mãos), mas a missão de tirar a humanidade do caminho errado (αφεσις αµαρτιων) para orientá-la pelo caminho certo (σω-ζειν), isto é, para "preserv á-la" ou "salvá-la".

O sentido dos versículos seguintes (18-21) é bastante claro na sua interpretação literal, não carecendo de comentários.


Nesse trecho verificamos que mais clara se torna a linguagem mística de João.


O mundo - expresso pela palavra "cosmo (que significa "ordem" ou "harmonia do universo") - é a manifestação visível do Cristo Cósmico, ou seja, do "Filho Unigênito". Portanto, a própria exterioriza ção do Cosmo é, já de per si, uma doação que o Pai faz de seu "FILHO UNIGÊNITO".


Recordemos. Já falamos que Deus é O ESPÍRITO (JO 4:24), isto é, O AMOR, o qual, ao expandirse e manifestar-se, assume a atitude de PAI, ou VERBO (Logos, Palavra) isto é, O AMANTE, e que o resultado de sua manifestação ou exteriorização é O FILHO, que é o Universo em sua totalidade absoluta, e que, portanto, é realmente UNIGÊNITO, ou seja, o AMADO.


Por tudo isso, vemos que o CRISTO (CÓSMICO) é o FILHO UNIGÊNITO que está dentro de todos (sendo então chamado CRISTO INTERNO ou mônada divina).


Ora, todos aqueles espíritos que, por sua evolução, chegam a compreender, a buscar e a conseguir a Consciência Cósmica (ou consciência do Cristo Cósmico) também denominada União com o Cristo Interno - porque acreditaram nas palavras do Manifestante divino esses conseguirão a VIDA IMANENTE, a vida UNA com a Divindade que está em todos e em tudo, vida que flui internamente de dentro deles como fonte de água viva (cfr. JO 4:14). Esses não mais "se perderão" na ilusão da mat éria "satânica" ou opositora, a ela regressando constantemente vida após vida, mas empreenderão o caminho libertador da evolução sem fim.


E Jesus, o maior Manifestante da Divindade entre as criaturas terrenas - a quem Bahá’u’lláh denomin "Sua Santidade o Espírito" não veio para julgar os homens: apontou o caminho com Suas palavras e, muito mais, com Seus exemplos. Mas deixou as criaturas livres para escolher a estrada longa ou curta, larga ou estreita. A finalidade de Sua encarnação foi, apenas, conservar ou preservar o mundo, dando-lhe Seus exemplos, ensinando-lhe Sua doutrina, e derramando sobre o globo terrestre o Seu sangue vivificador.


No entanto, aqueles que não creem e se apegam à matéria (ao opositor ou satanás) já se julgam a si mesmos por sua própria atitude; ao renegar o Espírito ("mas aquele que se rebelar contra o Espírito, o Santo, não será libertado nem neste século (aiõni) nem no futuro", MT 12:33, cfr. MC 3:29 e LC 12:10) renunciam espontaneamente à evolução e, nem nesta encarnação nem na próxima, poder ão ser libertados do carma. Com efeito, a base ou o barema do julgamento é que a Luz Cristônica baixou até o mundo na Manifestação de Jesus; mas os homens preferiram as trevas à Luz. E justificase a preferência: suas obras (de separatismo, sectarismo, divisão, concorrência, egoísmo, ambição material, ódios, etc.) são más, ou seja, não sintonizam com o Amor que é Deus. Já aqueles que agem e vivem a Verdade, se aproximam vibracionalmente da Luz e deixam que suas obras se manifestem, porque, sendo realizadas em união total com o Amor (com Deus), são obras boas.


Mas, por que diz "crer NO NOME do Unigênito Filho de Deus" (vers. 18) ? O nome é a identificação da essência que se manifesta. Trata-se, portanto, de crer na manifestação do Filho de Deus, que é a Força Crística exteriorizada nos Universos (cfr. "seja santificado o Teu Nome", MT 6:9) a ela unindose a criatura através da "infinitização" própria, realizando a "consciência cósmica". O "nome" exprime, pois, a realidade mesma do Cristo divino que está em nós.


jo 1:3
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:41-46


41. Estando reunidos os fariseus, perguntou-lhes Jesus,

42. dizendo: "Que vos parece a respeito do Cristo? De quem é filho"? Disseramlhe: De David.

43. Disse-lhes: "como então David, em espírito, chamouo Senhor, dizendo:

44. Disse o Senhor à meu Senhor, senta à minha direita, até que ponha teus inimigos sob teus pés?

45. Se, pois, David chama-o Senhor, como é filho dele"?

46. E ninguém pode responderlhe uma palavra, nem ninguém ousou mais interrogálo desde esse dia.

Mc 12:35-37


35. E respondendo, Jesus disse, ao ensinar no templo: "Como dizem os escribas que o Cristo é filho de David?

36. O próprio David falou no espírito, o Santo: Disse o Senhor ao meu Senhor, senta à minha direita, até que ponha teus inimigos sob teus pés.

37. O próprio David di-lo Senhor, donde pois, é filho, dele"? Grande multidão ouvia-o com satisfação.

34b E ninguém ousava mais interrogá-lo.


Lc 20:41-44


41. Disse-lhes: "Como dizem ser o Cristo filho de David?

42. Pois o próprio David, no livro dos Salmos, diz: Disse o Senhor ao meu Senhor, senta à minha direita,

43. até que ponha teus inimigos escabelo de teus pés.

44. David, pois, chama-o Senhor como então é filho dele"?

40. E não ousavam mais perguntarlhe nada.



Depois de ter sido posto à prova, como se tivesse sido "examinado" a respeito de Seus conhecimentos, tendo-Se saído bem de todos os quesitos que Lhe foram propostos, volta-se agora o Mestre e lança uma só pergunta, dirigida ao grupo de fariseus ali na expectativa. E de tal sutileza foi, que nada puderam responder, nem mesmo conseguiram sair do embaraço com um sofisma! Só o silêncio. Emudeceram.


E depois disso, "ninguém ousou mais fazer-lhe perguntas": o Mestre estava muito acima de todos eles, reconheciam-no, e nada adiantava terçar armas de inteligência e de conhecimento. Só poderiam vencê-lo, como queriam, com as armas da violência. E, como todos os involuídos do Antissistema, apelaram para a violência, cuidando destruí-Lo, sem sequer desconfiar que essa mesma violência por eles praticada representava um imperativo histórico, e provocou para Ele a conquista de mais um passo evolutivo e a vitória total sobre a "morte".


Isso ocorre com frequência entre as criaturas do pólo negativo: pensando que destroem, provocam evolução; crendo deter, impulsionam maior velocidade; julgando que derrubam, elevam; pretendendo matar, dão vida mais abundante.


Jesus pede as opiniões deles a respeito do Cristo (no sentido de "messias"). "De quem é filho"? A resposta poderia ter sido dada por qualquer pessoa, qualquer criança israelita: filho de David. A referência é dos protetas: IS 11:1; JR 23:5; JR 30:9; JR 33:15; Ez. 34:23; 37:24; Os. 3:5; Amós, 9:11.


Isaías o diz "saído do tronco de Jessé" (l. c.) ; denomina-o Immanu-ei" ("Deus conosco"); e qualifica-o de "maravilhoso conselheiro, poderoso Deus, eterno pai, príncipe da paz" (IS 9:6), que os LXX traduzem como "Anjo do Grande Conselho". Miquéias (Miquéias 5:2) diz que "as saídas do messias são desde os tempos antigos, desde a eternidade", e Daniel afirma que o Filho do Homem tem origem celestial e se apresenta diante do "Ancião dos Dias" (DN 7:13). Também os apócrifos dizem o mesmo (cfr. 4. º Esdras e Henoch, 37:71).

A exegese bíblica era o "forte" dos fariseus e escribas. Todos os textos eram estudados e perquiridos (embora, na prática, apenas intelectualmente), mas muitos trechos resultavam obscuros, inexplicáveis, incompreendidos. É um desses trechos que Jesus sorteia como ponto de exame, embora sabendo que todos eles "cristalizariam" diante do enunciado da pergunta.


O Salmo (110:1) é citado pelo texto dos LXX: "disse o Senhor ao meu Senhor", pois o texto hebraico massorético está: "disse YHWH ao meu Senhor".


E a pergunta sibilina: se é filho dele, como o chama Senhor?


Os comentaristas das teologias ortodoxas escapam da dificuldade dizendo simplesmente que em Jesus há duas naturezas, a humana, descendente de David, e a divina, como segunda pessoa da Trindade.


Entreviram a realidade, mas não na compreenderam in toto, por faltar-lhes dados concretos de um conhecimento que foi perdido através das gerações, que se voltaram para as exterioridades, perdendo contato com as liçôes-mestras das iniciações antigas.


Provém a confusão da má interpretação dos textos escriturísticos, tomados à letra e moldados segundo teorias prefabricadas, ao invés de serem olhados no sentido em que foram escritos. Daí confundirse causa com efeito, atribuindo ao Cristo o segundo lugar ao invés do terceiro, na expressão da Divindade, esquecendo-se, ao mesmo tempo, a imanência, e só se considerando a transcendência. Daí o conceito distorcido e o privilégio incompreensível, da Divindade imanente só em Jesus, ao passo que em todas as outras criaturas estava imanente o Diabo, de cujas mãos o messias teria vindo arrancar a humanidade...


Essa concepção teológica, basicamente distorcida, foi causa de muitos outros erros consequentes.


Voltando, porém, ao verdadeiro conceito da Trindade considerada em Seus três ASPECTOS (não trê "pessoas" - embora nos primeiros tempos, a palavra "pessoa" em latim e "prósôpon" em grego, significassem realmente "aspectos", "aparências"), e colocando a sequência na ordem certa: (1) Espírito Santo; (2) Palavra Criadora, Som; (3) Cristo (Filho Unigênito), como representação de tudo o que existe espiritual e material (efeito do SOM que é a causa, e resultado da condensação da LUZ e do SOM incriados) - tudo se esclarece e explica com lógica irrespondível, de acordo com a verdade (isto é, com a verdade que pode ser atingida por nós atualmente, da mesma forma que a explicação dada e que criticamos, era a única verdade possível de ser captada pela evolução dos estudiosos daquela época).


Atualmente, pelo contato refeito com as doutrinas iniciáticas antigas (sobretudo através do Espiritismo, da Rosacruz e da Teosofia) torna-se clara e evidente a pergunta de Jesus, que distingue categoricamente o CRISTO, de JESUS (como o fará mais taxativamente ainda no próximo capitulo MT 23:10). Baseado na ignorância dos fariseus e escribas não iniciados, coloca-os diante de uma pergunta que jamais poderiam responder.


Hoje é compreensível o ensino, pois já foi revelado, não obstante possibilite, ainda, duas interpretações:

I - CRISTO CÓSMICO


A LUZ (Espírito-Santo), baixando Sua vibração, produz o SOM (Logos, Verbo, Palavra) que, como PAI, gera as vibrações perceptíveis do CRISTO CÓSMICO (filho realmente UNIGENITO) que dá origem a tudo ("todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada foi feito", JO 1:3) e sustenta tudo, porque está imanente, dentro de tudo: "O Verbo (Pai) se fez (transformou-Se em) carne (matéria) e construiu seu tabernáculo dentro de nós" (JO 1:14).


Esse Cristo Cósmico, portanto, o terceiro aspecto que a Trindade assume, está DENTRO DE TUDO, e nós O denominamos didaticamente, o Cristo INTERNO, a Centelha Divina, o Átomo Monádico, etc.


Em nós outros, a personagem é demais grosseira e O oculta totalmente, sendo Ele como uma lâmpada acesa dentro de um revestimento de barro opaco e rude. Em Jesus, ser humano evoluidíssimo, o revestimento da personagem estava purificado: é como uma cobertura de cristal puríssimo, que deixa ver a lâmpada acesa em seu interior. Por isso, olhando para Jesus, vemos nele O Cristo em todo o Seu esplendor. Essa visão começou a dar-se quando, em profundo ato de humildade, Ele aniquilou a sua personalidade, ao submeter-se ao mergulho diante de João Batista, seu inferior hierárquico. Foi a última renúncia de Jesus, ao seu eu menor personalístico, anulado daí em diante. Por isso, Ele passou a denominar-se, com justiça, JESUS, O CRISTO.


Daí dizermos que os cristãos das religiões ortodoxas não deixam de ter sua razão, quando afirmam que em Jesus havia duas naturezas: a humana (Jesus) e a divina (o Cristo). Só que eles limitam a Jesus esse que lhes parece um "privilégio", quando, ao invés, isso deverá ocorrer com todos os seres.


II - CRISTO-MAYTREA


A segunda interpretação prende-se à Fraternidade Branca - a Hierarquia que se manifesta em Shamballa - e que está, no planeta Terra, como representante da Verdadeira Fraternidade Branca Suprema, existente num planeta da constelação de Sírius, constelação que é o núcleo central da molécula de nosso Universo, molécula denominada pelos cientistas de Galáxia, da qual nosso Sistema Solar é simples átomo.


Anteriormente, o Cristo Cósmico se tornou visível em outro ser humano, cujo nome é Maytréa, e por isso também Ele é denominado Maytréa o Cristo.


No Supremo Conselho da Fraternidade Branca de Shamballa, sob a chefia de Sanat Kumara (que a Bíblia denomina Melquisedek ou o Ancião dos Dias - e em Hebreus (Hebreus 5:6) é dito claramente que Jesus era "sacerdote da Ordern de Melquisedek, e por meio da 5. ª iniciação, na cruz, se tornou sumosacerdote dessa ordem (HB 5:10 e HB 6:20 -) existe uma Hierarquia de Seres que dirigem a evolução do Planeta. Vamos tentar esclarecer, dentro de nossas parcas possibilidades.


O Apocalipse de João, em seu cap. 4. º, descreve a visão que ele teve da sede dessa Fraternidade Branca no mundo espiritual (Shamballa). Aí viu um trono, "no qual estava sentado UM", e ao lado desse trono outros vinte e quatro, onde se achavam outros tantos anciãos de vestes brancas, coroados de ouro: é o que conhecemos como o "Grande Conselho de Shamballa".


Diante do trono havia "sete Tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus", assim representados os chefes dos sete Raios; e ainda em redor do trono "quatro Seres viventes", simbolizando os denominados três Buddhas ("iluminados") mais o Cristo-Maytréa.


Representante dos sete Espíritos de Deus (cfr. cap. 5), e englobando em si a força deles (sete chifres) e o conhecimento deles (sete olhos), um dos sete sacrificou-se, encarnando na Terra com o nome Jesus, e por seu sacrifício de amor foi comparado a um Cordeiro que, ao regressar, recebeu as homenagens de todos e a glorificação merecida.


O "UM", sentado no trono, é, exatamente, o "Ancião dos Dias" ou Melquisedek (Sanat-Kurnara) a Quem Jesus denomina "O Pai", afirmando ser "UM com Ele".


Segundo essa teoria, alguns místicos - embora aceitando como legítima a primeira tese que expusemos - atribuem a classificação de "Cristo" a um lato diferente. Ou seja, durante o ministério de Jesus encarnado no planeta, e a partir do mergulho diante de João Batista, o Cristo-Maytréa uniu-se a Ele, e os dois trabalharam identificados durante aqueles anos. No momento em que Jesus se submetia à quinta iniciação, na Cruz ("morte de Osíris"), é que o Cristo-Maytréa deixou que Ele galgasse sozinho esse degrau de tão grande importância, permanecendo-Lhe ao lado, embora não unificado com Ele.


Em conclusão, pois, dizem esses místicos que o atributo "Cristo" é devido à união com Maytréa, e não pela permeabilização total do Cristo Cósmico em Jesus - ainda que essa permeabilização tenha sido real, mas não perceptível ao ponto de justificar o atributo. A outra união (com Maytréa), sendo mais fácil de perceber-se, é que lhe provocou o título de Cristo.


Hipótese que pode ser aceita, mas que não invalida a outra. A palavra Christós em grego significa precisamente "ungido", ou seja "permeado" pela Força Cristônica divina (como ocorre com Maytréa) e não simplesmente "mediunizado" nem "unificado" a outro ser humano, ainda que esse outro ser esteja, ele mesmo, "permeado" pela Força Cristônica.


Julgamos, pois, - salvo erro de nossa parte, o que é bem possível que a primeira tese é mais válida, sem que afaste a hipótese de que Maytréa o Cristo tenha trabalhado unido a Jesus, o que nos parece perfeitamente lógico e viável.


* * *

Por fora desses que, à época, eram "segredos iniciáticos", os letrados nas Escrituras - título que bem exprime o que eram: intérpretes da letra - não podiam perceber o alcance da pergunta, e calaram. O ponto sorteado para exame era de curso superior, e eles estavam no curso primário: só o silêncio lhes cabia.


Mas a tese ficou posta, para que a humanidade, mais tarde, pudesse basear-se nessas palavras a fim de penetrar o sentido profundo e oculto.


Mas não podemos deixar de salientar o que se diz de David: que falou "em espírito", isto é, mediunizado por um Espírito que era Santo: escreveu divinamente inspirado.


Salientemos, ainda, a diferença importantíssima que existe entre os dois termos: a DIVINDADE ABSOLUTA, Suprema e Impenetrável, e DEUS, termo que se refere a um Espírito-Guia.


Os deuses tinham manifestações várias, de acordo com sua evolução própria, desde o Deus-Máximo da Terra, Melquisedek, o Ancião dos Dias até o Deus Guia-Nacional dos judeus, o "nosso" Deus, YHWH, e os guias individuais de cada criatura.


A hierarquização é segura e rígida, mas todos, por falta de outro termo, são chamados "deuses": os elohim que plasmaram como arquitetos o planeta e presidiram à evolução de todos os seres e do homem, que eles fizeram à sua semelhança; os elohim que dirigiam outras nações, embora alguns bem atrasados ainda, como Moloch, Baal, etc., de espírito sanguinário; os elohim que dirigiam o Egito, a Grécia, a Fenícia, a Babilônia, a Caldeia, a Índia, Roma, as Gálias, etc. etc., todos eram denominado "Deus".


Nem por isso, entretanto, se justifica o crasso erro histórico de classificar esses povos de "politeístas" no sentido moderno dessa palavra, pois embora os "deuses" (Espíritos-Guias) fossem numerosos, a DIVINDADE SUPREMA era urna só para todos (a massa ignara do povo é que não entendia isso, como até hoje).


Eles eram "politeístas", sim, mas no sentido que os antigos emprestavam a esse termo: reconheciam muitos Espíritos Guias (deuses). E o "monoteísmo" mosaico apenas dizia reconhecer UM ÚNICO ESPÍRITO GUIA para todos os israelitas: YHWH, e proibia contato psíquico com outros Espíritos-Guia "estrangeiros" ...


Todos, porém, - pelo menos os espíritos evoluídos - só aceitavam uma Divindade Suprema e Absoluta.


Nasceu a confusão da ignorância que via, nos Espíritos Guias, a Divindade Máxima, coisa corriqueira aos indivíduos profanos, que jamais passaram pelas Escolas iniciáticas, existentes desde o longínquo passado (e diga-se de passagem: que ocorreu até mesmo entre os próprios israelitas e seus sucessores, os católicos, que elevaram o Espírito Guia YHWH à Suprema Divindade, personalizando e dando forma humana ao Absoluto...) .


jo 1:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 8:12-20


12. Então Jesus falou-lhes de novo, dizendo: "Eu sou a luz do mundo: quem me segue, de modo algum andará nas trevas, mas terá a luz da vida"

13. Disseram-lhe pois os fariseus: "Tu dás testemunho de ti mesmo: teu testemunho não é verdadeiro".

14. Respondeu Jesus e disse-lhes: "Embora eu dê testemunho de mim mesmo, meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho nem para onde vou 15. Vós escolheis segundo a carne eu não escolho ninguém.

16. E se escolho, minha escolha é verdadeira porque não sou só, mas eu e quem me enviou,

17. e na vossa lei foi escrito que o testemunho de dois homens é a verdade.

18. Eu sou o testemunho de mim mesmo e o Pai que me enviou testifica a meu respeito".

19. Eles lhe perguntaram: "Onde está teu Pai"? Respondeu Jesus: "Não vedes nem a mim nem a meu Pai. Se me vísseis, também veríeis meu Pai"

20. Proferiu essas palavras na câmara do tesouro no templo; e ninguém o prendeu porque ainda não chegara sua hora.



Aqui aparece o segundo EU SOU, enfaticamente proferido pelo Cristo, a modo de esclarecimento a Seu respeito. Ei-los na ordem em que aparecem no Evangelho de João:
1. Eu sou o Pão da Vida ou o Pão Vivo (6:35);

2. Eu sou a Luz do mundo (8:12);

3. Eu sou a Porta das Ovelhas (10:7);

4. Eu sou o Bom Pastor (10:11);

5. Eu sou a Ressurreição da Vida (11:25);

6. Eu sou o Caminho da Verdade e da Vida (14:6); e 7. Eu sou a Vinha verdadeira (15:1).

Examinemos as comparações com a LUZ.


O Salmista (27:1) escreve: "YHWH é minha Luz" e Isaias (42:6 e 49:6) faz YHWH dizer que porá o Messias "como Luz dos gentios".


No Novo Testamento, o sacerdote Simeão (LC 2:32) afirma que o recém-nascido Jesus "é a Luz para guiar os gentios", e Mateus atribui a Jesus a profecia de Isaías (Isaías 9:2): "Nasceu uma Luz para os que estavam sentados na região sombria da morte". O próprio Mestre ensina que a luz deve ser colocada à vista para iluminar a todos (MT 5:15-16) e mais, que Seus discípulos são "A Luz do mundo" (MT 5:14), isto é, o mesmo título que atribui a si mesmo neste passo.


Em seu Evangelho, João escreveu (1:4) que "a Vida é a Luz dos homens"; e ao falar de Si mesmo, o Cristo confirma que "a Luz veio a este mundo" (JO 3:19); cada vez que estou neste mundo, sou a Luz do mundo" (JO 9:5); e mais tarde: "ainda por um pouco a luz está dentro de vós - en humin (JO 12:35). E na primeira epístola (1:5) ensina-nos esse evangelista que "Deus é Luz".


Os judeus, desde alta antiguidade, utilizavam a luz no culto, rememoranduoa nuvem luminosa que os guiara no deserto (EX 13:21). Desde Moisés, permanecia perenemente acesa a lâmpada no santuário (EX 27:20 LV 24:2, LV 24:4), além do candelabro de sete braços (Êx: 25:37, NM 8:2) com minuciosa descrição.


Eis a descrição: "Farás um candelabro de ouro puro lavrado, com seu pedestal, e sua haste, seus cálices, maçãs e açucenas, formando com ele uma só peça. Seis braços sairão de seus lados, três de um lado e três de outro.


Num braço haverá três copos em forma de flor de amendoeira, com uma maça e uma açucena; na outro braço haverá três copos em forma de flor de amendoeira, com uma maçã e uma açucena e assim em cada um dos seis braços que saem do candelabro. No próprio candelabro haverá quatro copos em forma de flor de amendoeira, com suas maçãs e suas açucenas: uma maçã sob os dois primeiros braços que saem do candelabro, formando uma só peça com a haste; uma maçã sob os outros dois braços e outra maçã sob os dois últimos braços, igual para os seis braços que saem do candelabro. Essas maçãs e braços formarão uma só peça com a haste, sendo tudo obra lavrada de ouro puro" (EX 25:21-36).


Salomão colocou, no Templo que construiu sobre o Monte Moriah, em Jerusalém, dez desses candelabros, cinco de cada lado do tabernáculo (1RS 7:49 e 1RS 7:2CR. 4:7).


Depois de declarar solenemente que "é a LUZ do mundo", acrescenta que jamais estará em trevas aquele que O siga, tal como ocorria com a nuvem luminosa durante a travessia do deserto em relação aos israelitas. Mas, além da garantia de ter seu "caminho" iluminado, é ainda assegurado que terá em si mesmo "a luz da vida" ou "a luz-Vida" pois já fora dito que "a Vida é a Luz dos homens" (JO 1:4).


Essas afirmativas desagradam aos ouvintes que objetam não poder acreditar num testemunho proferido a favor de si mesmo. Como em JO 5:31 (ver vol. 3) dá o Mestre a garantia da veracidade de Suas expressões, pelo fato de ter a consciência desperta em todos os planos, e portanto de conhecer-Se perfeitamente, sabendo de onde vem e para onde vai, o que é ignorado por todos os presentes, que não O conhecem. Observemos que todos os profetas sempre deram testemunho de si mesmos, quando se apresentaram, sendo feita a comprovação da veracidade de suas assertivas pelos frutos que produziam e pelo acerto de suas palavras. Eles mesmos, porém, só se baseavam na força interna que os impulsionava a falar ou a agir. O consenso externo pode testificar a santidade ou não de alguém, mas o "recado" que o profeta recebe para transmitir e a lição que o mestre sabe para ensinar, só podem ser garantidas pela própria autoridade sua pessoal e pelo conjunto de obras e palavras de atitudes e sentimentos que manifesta. Além disso, a voz do verdadeiro Mestre e do verdadeiro Profeta ecoa dentro do coração dos evoluídos que "sentem" a legitimidade ou não do que é dito.


Aqui aparece novamente o verbo krino, que significa "separar, triar, distinguir, escolher", podendo, por extensão, expressar "decidir, resolver, explicar, interpretar, opinar", e mais: "julgar (no sentido de" avaliar, estimar, apreciar") atribuir e adjudicar". (ve: -. vol. 2 e vol. 3). Neste trecho, o sentido "escolher" cabe perfeitamente aos conceitos expendidos: o vulgo geralmente discrimina e escolhe de acordo com as aparências do corpo físico, com a beleza, a elegância, as maneiras e atitudes, o modo de vestir e de falar. No entanto, os mestres de modo geral não escolhem ninguém, mas aguardam e acolhem os que espontaneamente os buscam.


Vem aí a pergunta das personagens, que só dão valor às exterioridades e as coisas palpáveis: "onde está teu pai"? Embora alguns hermeneutas queiram supor que a pergunta se refere a Deus, acreditamos mais designasse mesmo o pai terreno requerido para comparecer ao agrupamento a fim de confirmar ou não as afirmativas de seu filho; seu pai fora invocado como testemunha pelo próprio orador, onde estava ele para ser inquirido?


A resposta é desconcertante e desanimadora, porque constitui um enigma para as personagens, ignaras da Grande Realidade: "Não vedes nem a mim nem ao Pai. Se me vísseis, também veríeis ao Pai". No âmbito do corpo físico, isso é irreal: quem vê o filho não está vendo o pai, pois são seres destacados.


Mas o Espírito é, concomitantemente, a própria centelha do Pai à qual damos o nome de Filho. Como a Centelha é interna (Cristo Interno) e espiritual, jamais pode ser vista com os olhos carnais. Essa mesma frase será repetida, mais tarde, a Filipe (JO 14:9). As traduções correntes trazem, ao invés de "ver"," conhecer". Mas o original grego não é gignôscô, e sim eídô, que significa "ver". Os tradutores evitaram esse verbo porque não penetraram o sentido espiritual do trecho; não compreenderam que era o Cristo Interno invisível, que falava, e julgaram que era a pessoa física de Jesus. Ora, essa pessoa física estava diante deles, sendo vista por eles; logo, não podiam traduzir eídô por "ver", pois seria, no entender deles, um contrassenso, e escolheram um sinônimo, "conhecer". Por aí vemos como os tradutores torcem o sentido do texto, para adaptá-lo à sua mentalidade intelectualista e racional, e não obedecem ao que diz o original, mas "traem" o sentido, tornando perigoso fiar-se na simples leitura das traduções.


Ora, o original diz claramente: "Não me VEDES", e isso desnorteou os ouvintes (que se afastaram) e os tradutores que todos julgavam ser Jesus que estava falando...


O término abrupto desse discurso, aqui resumido, em que o evangelista se limita a esclarecer o local da entrevista, dá-nos a sensação de que os ouvintes, desesperançados de entender se afastaram, dispersandose pelos arredores, numa descrença total. O local apontado é o "gazofilácio", isto é, a câmara do tesouro. Ora, aí ninguém podia penetrar. Parece evidente tratar-se das "proximidades" da câmara, mas do lado de fora, no pórtico do ádrio das mulheres, onde ficava a abertura por onde eram lançadas as ofertas, como novamente veremos no "óbulo da viúva" (LC 21:2), onde se juntava sempre pequena aglomeração curiosa, que os ricaços adoravam, por ver comentadas suas doações materiais.


A anotação de que não foi preso "porque não chegara sua hora" é aqui repetida (cfr. JO 7:30, vol. 4), como indicação de que nada ocorre sem que soe a hora preestabelecida pela determinação da vontade da Vida.


As lições vão assumindo cada vez maior profundidade simbólica, ampliando o campo de conhecimentos iniciáticos. A cada novo episódio ou lição, mais um passo é dado à frente, tornando-se, inclusive, mais difícil a compreensão e, portanto, a interpretação dos textos.


A afirmativa de SER A LUZ, conforme vimos, é abundante e variada nas Escrituras judaicas e sobretudo em o Novo Testamento. No entanto, a sequência da frase traz aqui nova revelação: o Cristo que fala, usa a mesma expressão que em MT 5:14 usara a respeito dos discípulos. Não há distinção entr "Vós sois a Luz do Mundo" e "Eu sou a Luz do mundo". Igualdade plena. Ora, não eram as personagens encarnadas dos discípulos que constituíam a luz do mundo mas exatamente o Cristo Interno, que era O MESMO, quer em Jesus, quer em Seus discípulos, quer em qualquer criatura. Todos os que se unificam com o Cristo se tornam, ipso facto, LUZ para o mundo, isto é, para seus veículos.


E a continuação confirma: "quem me segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da Vida". Trata-se, pois, de seguir, não fisicamente, pois o físico transitório não interessa ao Espírito, mas seguir nos passos da evolução espiritual. Não é uma imitação de atos físicos, mas uma vivência de essência mística.


Os que souberem repetir o caminho iniciático do Mestre-Modelo, "não andarão nas trevas", porque terão em si mesmos a "Luz da Vida" ou a Luz viva. A unificação com o Cristo interno equivale ao acender-se da Luz em si mesmo. E ninguém que tenha em si mesmo a luz poderá jamais andar em trevas.


As trevas só podem cercar uma lâmpada apagada, nunca uma lâmpada acesa porque a lâmpada tem a luz em si. Ora, se a criatura acendeu em si mesma a luz crística, não conseguirá, nem que o queira, andar nas trevas, porque ela eles objetavam e perguntavam, embora sempre o fizessem manifestando que a mesma iluminará o ambiente circundante. Daí ter escrito João (1JO, 3:6): "Todo o que permanece (em Cristo) não erra" e (1JO, 5:18): "Todo o que nasceu de Deus (fez seu segundo nascimento unindo-se a Deus) não erra".


As palavras são do Cristo, do Cristo Cósmico que é o mesmo Cristo Interno dentro de cada um de nós.


Quem O segue, com Ele unificando-se, participa de Sua luz, acende em si sua própria luz" e portanto se torna capaz de iluminar por si mesmo, tornando-se isento de qualquer erro.


A objeção dos ouvintes é material, proveniente do raciocínio discursivo, como não pode deixar de ser.


Essas objeções e perguntas parecem feitas por adversários (fariseus, doutores, saduceus). No entanto, João diz apenas "os judeus", isto é, os "religiosos apegados ainda às religiões ortodoxas", literalmente," os adoradores". Às vezes as objeções eram dos próprios discípulos chamados (que já eram, como vimos atrás, 516 a frequentar a Escola Iniciática "Assembleia do Caminho"), nem todos evolutivamente adiantados para penetrarem a fundo o sentido e a realidade dos ensinos. Talvez perguntassem e objetassem com intenção de aprender. Todavia, fariseus e doutores costumavam mesclar se aos discípulos, pois Jesus falava de público, e também eles objetavam e perguntavam, embora sempre o fizessem manifestando má vontade e superioridade cheia de empáfia. Aqui, a objeção é típica dos fariseus: o testemunho de um só homem não tem valor.


A resposta do Cristo é de molde a fazer-nos compreender que não era Jesus que falava, mas o Cristo: "sei donde vim e para onde vou", coisa que as criaturas humanas são incapazes de saber em plena consciência. E logo a seguir vem a confirmação, com a assertiva profundamente verdadeira, de que os homens só podem estabelecer o veredicto para a escolha, baseando-se nos atributos externos da matéria, isto é, da carne. Só a aparência, a superfície, os "rictus" faciais, são percebidos e analisados e computados para uma escolha. Aviso importante para as Escolas Iniciáticas: jamais basear a escolha dos elementos para galgar passos superiores, nas aparências exteriores!


Já com o Cristo não ocorre assim. Luz vital do Cosmo, luz vital de cada criatura, habitante do âmago mais profundo, essência última, o Cristo impulsiona tudo de dentro, obrigando a evoluir ("o amor de Cristo nos impulsiona", 2. ª Cor. 5:14). Tudo o que atinge o ponto crítico de maturação é impelido a prosseguir para o próximo passo, seguindo à frente. Essa "escolha" acertada da hora precisa de "elevar" a criatura, só pode ser executada com segurança absoluta pelo Cristo Interno e pelo Pai, pois conhecem melhor a criatura do que ela própria se conhece. Jesus, porém, mesmo em Sua qualidade Incontestável de Mestre, mas Espírito humano, a ninguém escolhe, pois não veio para isso (JO 3:17 e 12:47), mas para salvar o que estava perdido (MT 18:11), isto é, para reorientar no rumo certo o que se havia extraviado da rota evolutiva. E quando o homem já se acha unido ao Cristo Interno e portanto com o Pai, já são duas pessoas a testemunhar, o que satisfaz à exigência da lei (DT 19:15).


A pergunta feita a "Jesus" a respeito do pai dele, só podia referir-se a José o carpinteiro. Mas como não é Jesus que está falando, mas o Cristo, a resposta desnorteia os ouvintes, que pensavam estar falando a um homem igual a eles, e Quem lhes estava a responder era o Filho de Deus, o Cristo Divino.


Considerada sob esse ponto-de-vista: a resposta é de suma beleza e verdade: "não vedes nem a mim nem a meu Pai". Quem dos humanos pode "ver" o Cristo? Só quem com Ele já se unificou. E quem pode "ver" o Pai? Só quem se unificou com o Cristo. Por isso diz: "se me vísseis, veríeis o Pai".


Só a unificação permite à criatura "ver" o Cristo experimentalmente, fundindo-se na Luz, vivendo o Cristo, mergulhando na Consciência Cósmica, inflamando-se no incêndio de Amor que abrasa sem consumir, que purifica sem desgastar, que abrasa sem aniquilar.


A verdade, conforme vemos, é de profundidade absoluta, e só interpretando-a "em Espírito" pode ser entendida. Ao ser revelada pela primeira vez, traz todo o sabor de lição nova e estonteante: só unificandonos, "veremos" o Cristo, e vendo-O, veremos o Pai que é UNO com Ele, e portanto também veremos o Espírito. Daí ter ensinado que Ele, o Cristo, é o Caminho da Verdade (Pai) e da Vida (Espírito Santo).


Mais uma observação: diz-nos o evangelista que essas palavras foram proferidas na "câmara do tesouro" no Templo, isto é, no ádito mais recôndito do coração, onde reside o Cristo, o máximo tesouro de nossas vidas. Já escrevemos (vol. 2) e o recordamos atrás que quando o sentido é obscuro ou absurdo, parecendo-nos um erro, aí se oculta algo de simbólico. Para as personagens intelectualizadas, temos que esclarecer que na câmara do tesouro (gazolifácio, como dão as traduções correntes, usando um termo incompreensível) ninguém podia penetrar, e naturalmente o evangelista quis dizer "próximo" à câmara. Mas para as individualidades intuitivas já podemos expor a realidade: o evangelista está certo: é mesmo "na câmara do tesouro (coração) do templo (corpo humano)", que o Cristo pro clama a grande verdade até então oculta. Embora também seja verdade o que se diz: nenhum "profano" podia (nem pode) penetrar nessa "câmara do tesouro", se antes não tiver percorrido os passos da" Escola do Caminho".


Por aí, verificamos que os objetantes também não são "externos" (fariseus e doutores), mas os próprios veículos personativos com o intelecto à frente, que não aceitam as realidades do Espírito. Tão comum ouvirmos o intelecto objetar que "não entende" e que "quer ver" com os olhos físicos! Não precisaremos procurar muito longe de nós mesmos essa incredulidade por falta de capacidade espiritual de intuição.


jo 1:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 23
CARLOS TORRES PASTORINO

II - RESSURGIMENTO DA VIDA


JO 11:17-27


17. Chegando, então, Jesus, achou-o já há quatro dias no túmulo.

18. Ora, Betânia estava longe de Jerusalém cerca de quinze estádios.

19. Muitos dos judeus tinham vindo a Marta e Maria para que as consolassem em relação ao irmão.

20. Então Marta, quando ouviu que Jesus vinha, foi-lhe ao encontro. Maria, porém, permaneceu em casa.

21. Disse, pois, Marta a Jesus: "Senhor, se estivesses aqui, não teria morrido meu irmão;

22. mas agora sei, que tudo o que pedires a Deus, Deus te dará".

23. Disse-lhe Jesus: "Teu irmão reerguer-se-á".

24. Disse-lhe Marta: "Sei que se reerguerá na ressurreição, no último dia".

25. Disse-lhe Jesus: "Eu sou o ressurgimento da vida. Quem crê em mim, mesmo se morreu, viverá.

26. E todo o que vive e crê em mim, certamente não morrerá para o eon. Crês isto"?

27. Disse-lhe: "Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que veio ao mundo".



Quando Jesus atingiu os arredores de Betânia, já havia quatro dias que Lázaro fora sepultado. Isso porque, em virtude do clima quente e úmido da Palestina, e sobretudo da Judeia, a putrefação do cadáver era rápida.


Estava-se, pois, no período do "luto", que durava sete dias (cfr. EC 22:13) e portanto justificadas eram as visitas de condolências (2SM 10:2 e EDr. 10:2). Daí a permanência de "muitos dos judeus" de Jerusalém, que distava de Betânia apenas três quilômetros.


Marta "ouviu que Jesus vinha", por alguém que lho fora dizer, e foi a Seu encontro, a fim de poder-Lhe falar com mais liberdade, longe de testemunhas. Nem mesmo chamou Maria.


A primeira frase do encontro é carinhosa queixa, com o acréscimo de total confiança: "tudo o que pedires a Deus te será concedido". Ao que o Mestre retruca, assegurando-lhe desde logo que seu irmão se reerguerá do túmulo. Marta não entende o sentido da frase, atribuindo a promessa à esperada "ressurrei ção do último dia", ou seja, a que se realizaria, segundo a crença vulgar dos israelitas da época, no final do ciclo.


Mas Jesus garante, com uma de Suas afirmativas categóricas: "Eu sou o ressurgimento da vida"!


As traduções correntes dão literalmente a transferência da frase: "a ressurreição E a vida". No entanto, sentimos de modo indiscutível que estamos diante de uma hendíades. E o principal motivo que nos leva a compreender assim é a lógica, isto é, o sentido das palavras e da ideia (além da confirmação que encontraremos no vers. 42). Vejamos.


O termo "ressurgimento" (anástasis) exprime exatamente o reerguimento ou ressurgimento, isto é, a volta de alguma coisa que se levanta, e que "outra vê "(anã) "fica de pé" (stásis). Ora, o que "novaSABEDORIA DO EVANGELHO mente fica de pé " é a vida, que se retirara, deixando o corpo cair por terra. Então, entendemos a frase: " eu sou o que faz a vida ficar de novo em pé", ou seja: "eu sou o ressurgimento DA vida".


O que encontramos nas traduções correntes é uma redundância: "sou o ressurgimento E a vida". Só pode entender-se, por conseguinte, como hendiades : sou o retorno da vida (que esse era precisamente o caso em questão). O corpo de Lázaro havia cessado de viver; o Mestre o faria ressurgir, ou reerguerse, fazendo-lhe voltar a vida: tenho o poder de fazer reviver um corpo morto.


Isso, porém, não significava ser Ele A VIDA, o que vem confirmar nossa hipótese, de refusar as traduções vulgares. Mesmo na concepção católico-romana, de que Jesus, como segunda "pessoa" da Trindade, era Deus, mesmo assim não seria "a vida", atributo do DEUS ABSOLUTO (o Espírito Santo) ou, na teoria deles, o Pai. Tanto que o próprio João (João 1:4) escreveu: "Nele estava a Vida", e não "ele era a vida".


HENDÍADES


Falsa a objeção de que a hendíades era figura retórica, somente usada pelos clássicos, e que os evangelistas eram "iletrados"; alguns os dizem até analfabetos! (1) . Lembremo-nos de que Lucas, grego de nascimento e não-judeu, escrevia em estilo ático; de que Mateus era cobrador de impostos, e portanto pelo menos contabilista, com seguro conhecimento do grego, para poder entender-se com seus patrões romanos de que João e Marcos, embora judeus, escreviam em grego, o que revela cultura acima da normal. Chamaríamos "iletrado" a um brasileiro que escrevesse um livro em inglês? ou a um francês que editasse uma obra escrita diretamente em alemão?


(1) Cfr. Brassac, "Manuel Vigouraux-Bras ac", tomo 3. º, 3. ª edição, pág. 106; Mangenot, "Les Évangiles Synoptique", pág. 1; A. Dufourcq, "Histoire de la Fondation de l"Église", 1909, pág. 240;

Strauss, "Nouvelle Vie de Jésus", tomo 1, pág. 252.


Falsa, também a objeção de que a hendíades era comum só ao latim e ao grego literário. Também o hebraico está cheio dessa figura, mormente na poesia em virtude do paralelismo. E no grego e no latim a figura em estudo aparece frequente no estilo coloquial epistolar.


Para que não pairem dúvidas alinharemos alguns exemplos. Já vimos (vol. 1) que existem constantes hendíades tanto no hebraico do Antigo quanto no grego do Novo Testamentos. Recordemos que essa figura pode aparecer de duas maneiras, sempre exprimindo UMA ideia (hen) em DUAS palavras (dya): a) ou dois substantivos ligados por uma preposição, em lugar de um substantivo e um adjetivo (obras de fé" por "obras fiéis"); b) ou dois substantivos ligados pela conjunção "e", ao invés de o serem por uma preposição, subordinando um substantivo ao outro.


Deste segundo caso, para confirmar nossa hipótese ("ressurgimento DA Vida", em lugar de "ressurreição E vida"), apresentaremos as seguintes frases colhidas ao acaso de uma leitura nos textos originais:

A - Do hebraico:



  • 1. Êxodo, 15:16- "caiu sobre eles o terror E a angústia", isto é, "caiu sobre eles o terror DA angústia" (חפל עליהם אימה זפחך)

  • 2. DT 4:6 - "porque essa é a sabedoria E inteligência", isto é, "porque essa é a sabedoria da inteligência" (פי הוא תכמתכם וכינתבס)

  • 3. DT 33:8 - "Tua perfeição E tua doutrina para o homem santo", isto é, "a perfeição DE tua doutrina para o homem santo". (תמיר זאוריך לאיש חסידך)

  • 4. SL 42:5 - "em gritos pela alegria e pelo agradecimento", isto é, "em gritos pela alegria DO agradecimento" (פקול־רפה ותודה)


B - Do grego:



  • 1. MC 6:26 - "pelo juramento E pelos convidados", isto é, "pelo juramento DIANTE DOS convidados" (διά τούς όρиους иαί τούς άναиειµένους)

  • 2. MC 11:24 - "quando orardes E pedirdes", isto é, "quando orardes COM pedidos, ou pedindo" (όσα προσεύχεσθε иαί αίτεϊσθε)

  • 3. LC 6:48 - "cavou E aprofundou", isto é, "cavou EM profundidade" (έσиαψεν иαί έβάθυνεν)

  • 4. AT 14:17 - "dando tempos E chuvas frutíferas", isto é, "dando tempos DE chuvas frutíferas" (ύετούς διδούς иαί иαιρούς иαρποφόρους)

  • 5. Ibidem, - "enchendo com a alegria E o alimento", isto é "enchendo com a alegria DO alimento" (έµπιπλών τροφής иαί εύφροσύνης)

  • 6. AT 23:6 - "sou julgado pela esperança E pela ressurreição", isto é, "sou julgado pela esperança NA ressurreição" (περί έλπίδος иαί άναστάσεως τών νεиρών έγώ иρίνοµαι)


Conforme estamos vendo, por exemplos colhidos ao folhear a Bíblia, pudemos em cerca de uma hora de pesquisa trazer à consideração do leitor dez exemplos de hendíades, o que prova a frequência de seu emprego, não apenas nas obras literárias clássicas, mas inclusive no grego familiar (koinê) em que se acha escrito o Novo Testamento.


Tendo visto a lógica da frase em si, sigamos em frente. E vamos encontrar a confirmação plena de todo o nosso raciocínio que poderia permanecer hipotético, não fora a continuação. Porque a sentença seguinte o faz tornar-se tese: "quem crê em mim, mesmo se morreu, viverá". Como verificamos, é explícita explicação, embora paratáxica: "eu sou o ressurgimento da vida, pois quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá". Não é possível clareza maior.


As duas sentenças seguintes são verdadeiro clímax de espiritualidade e plena compreensão entre duas almas que se amam incondicionalmente, sem restrições nem segredos: o Mestre Amante dá à Discípula Amada a garantia de que, quem Lhe for fiel, não morrerá para o eon. E a Discípula Amada faz voto de fidelidade total e cega, confessando sentir (emocionalmente), saber (intelectualmente) e perceber (espiritualmente) através da intuição e do contato íntimo, que ela está diante do Cristo (não apenas do Jesus humano), do Filho de Deus, que se manifesta a este planeta.


jo 1:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 40
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 5:30-47


30. Não posso fazer nada por mim mesmo; conforme ouço, escolho, e minha escolha é justa, porque não procuro minha vontade, mas a vontade do que me enviou.


31. Se eu testifico a meu respeito, não é verdadeiro meu testemunho?


32. Há outro que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que ele testifica a meu respeito.


33. Vós enviastes a João e ele testificou a verdade.


34. Eu porém não recebo testemunho de homem, mas digo estas coisas para que vos salveis.


35. Ele era a lâmpada que ardia e brilhava: vós quisestes alegrar-vos por uma hora na luz dele.


36. Eu porém tenho um testemunho maior que o de João: pois as obras que o Pai me deu para que eu as termine, essas obras que produzo, testificam acerca de mim, que o Pai me enviou.


37. E o Pai que me enviou, esse testificou a meu respeito. Nem a voz dele nunca ouvistes, nem a forma dele vistes,


38. e não trazeis imanente em vós o seu ensino, porque não confiais em quem ele enviou.


39. Examinais as Escrituras, porque pensais ter nelas a vida imanente, e são elas que testificam a meu respeito.


40. E não quereis vir a mim, para que tenhais vida.


41. Não recebo doutrina de homens,


42. mas conheci-vos, e não tendes em vós o amor de Deus.


43. Eu vim por meu Pai e não me recebeis; se vier outro por si mesmo, esse recebereis.


44. Como podeis confiar, recebendo uns dos outros uma doutrina, e não procurais a doutrina que vem da parte do único Deus?


45. Não penseis que vos acusarei ao Pai: há quem vos acuse, Moisés, no qual esperastes.


46. Pois se tivésseis confiado em Moisés, teríeis confiado em mim, pois de mim escreveu ele.


47. Se porém não confiais em seus escritos, como confiareis em minhas palavras? Continuaremos a dar o texto, frase por frase, seguida logo pelo original grego.




30. Não posso fazer nada por mim mesmo (ou dúnamai egô poieín ap’emautou oudén): conforme ouço, escolho (kathôs akoúô krínô) e minha escolha é justa (kaì he krísis he emê dikaía estin) porque não procuro minha vontade (hóti ou zêtô tò thélêma tò emón) mas a vontade do que me enviou (allà tò thélêma tóu pémpsantós me).


31. Se eu testifico (eàn egô marturĉ) a respeito de mim mesmo (perì emautou) não é verdadeiro meu testemunho (he marturía mou ouk estin alêthês;)? A frase só pode ser interrogativa, já que em JO 8:14, o Cristo diz: "se eu testifico a meu respeito, meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou". E Cristo não podia contradizer-se.


32. Há outro que testifica a meu respeito (állos estin ho marturôn peri emou) e sei que é verdadeiro (kaì oida hóti alêthês estin) o testemunho (he marturía) que ele testifica (hèn martureí) a meu respeito (perì emou).


33. Vós enviastes a João (humeís apestálkate pròs Iôánnén) e ele testificou a verdade (kai memart úréken têi alêtheíai) 34. Eu porém (egô dè) não recebo testemunho de homem (ou parà anthrópou tèn marturían lambánô) mas digo-vos estas coisas (allà taúta legô) para que vos salveis (hína humeís sôthête) . O verbo sôzô, cuja tradução de "salvar" aqui aceitamos, embora não totalmente satisfeitos, exprime o "livrar de perigos", o "ajudar a escapar de um perigo", ou "conservar com saúde"; não resta dúvida de que o verbo que, em português, exprime essas coisas é "salvar"; se não ficamos satisfeitos, é porque esse verbo tomou o sentido de "ir para o céu", coisa de que aqui não se cogita em absoluto. Mas não conseguimos encontrar outro verbo que exprimisse a ideia do verbo sôzô, sem ser salvar. Pedimos, então, aos leitores, que não o interpretem como "ir para o céu".


35. Ele era a lâmpada (ekeínos hèn ho lúchnos) que ardia e brilhava (ho kaiómenos kaì phaínôn), vós porém quisestes alegrar-vos (huméis dè êthelésate agalliathénai) por uma hora (prós hôran) na luz dele (en tôi phôtì autóú).


36. Eu porém tenho um testemunho (egô dè échô tèn marturían) maior que o de João (meízô tou Iôannou): pois as obras que o Pai me deu (tà gàr érga há dédôken moi ho patêr) para que as termine (hína teleiôsô autà) essas obras que eu produzo (autà tà érga hà poiô) testificam acerca de mim (martureí perì emou) que o Pai me enviou (hóti ho patêr me apéstalken). O verbo teleióô significa exatamente "levar ao fim" ou "terminar, concluir" trabalho, e não apenas "executá-lo", como se lê nas traduções vulgares.


37. E o Pai que me enviou (kaì ho pémpsas me patêr) esse testificou a meu respeito (ekéínos memart úrêken perì emou). Nem a voz dele nunca ouvistes (oúte phônên autou pôpote akêkóate) nem a forma dele vistes (oúte eídos autou eôrákate).


38. E não trazeis imanente em vós seu ensino (kaì tòn lógon autou ouk échete en humín ménonta) porque vós não confiais naquele que ele enviou (hóti hòn apésteilen ekeínos toútôi humeís ou pisteúete).


39. Examinais as Escrituras (eraunãte tàs graphas) porque pensais ter nelas a vida imanente (hóti hum éis dokeíte en autoís zôên aiônion échein) e são elas que testificam a meu respeito (kaì ekeínai eisin hai marturoúsai peri emou).


40. E não quereis vir a mim (kaì ou thélete éltheín pròs me) para que tenhais a vida (hína zôên échete).


41. Não recebo doutrina de homens (dóxan parà anthrópôn ou lambánô). Aqui mais uma vez (cfr. vol. 1) não podemos traduzir dóxa por "glória", como nas versões correntes, mas seu sentido etimológico, derivado do verbo dokéô, "ensinar"; aquilo que se ensina é o ensinamento, é "a doutrina".


Caso aqui se tivesse que aceitar o sentido de "glória", que ocorreria? Tendo Cristo declarado que "não recebia glória dos homens", verificaríamos que, durante séculos, a ele teriam desobedecido todos os que o glorificaram e lhe renderam culto e veneração... Esses sentidos absurdos, é que não compreendemos como foram e são mantidos até hoje. Já o sentido exato: "não recebo DOUTRINA de homens" é perfeitamente lógico: o Cristo divino não vai receber imposições humanas e prescrições de leis criadas pelos homens, como a lei mosaica do sábado.


42. Mas conheci-vos (allà égnôka humãs) que não tendes em vós o amor de Deus (hóti tén agápén tou theoú ouk échete en heautois).


43. Eu vim por meu Pai (egô elélutha en tôi onómati tou patròs mou) e não me recebeis (kaì ou lamb ánete me); se vier outro por si mesmo (eàn állos élthêi en tôi onómati tôi idiôi) esse recebereis (ekeínon lêmpsesthe). Já vimos que "em nome de" significa "no lugar de", "por". 44. Como podeis confiar (pôs dúnasthe humeís pisteúsai) recebendo uns dos outros uma doutrina (dóxan parà allélôn lambánontes) e não procurais a doutrina que vem da parte do único Deus (kaì tên dóxan tên parà tou mónou theoú ou zêteite;)? Aqui mais uma vez se confirma que doxa não pode significar "glória". Qual é a glória que Deus dá aos homens? Mas "doutrina" ou ensinamento, sim, vem de Deus para os homens, por meio dos Emissários divinos, sobretudo por meio de quem falava, o Cristo de Deus. Trouxe-nos ele a doutrina de Deus, que os homens não recebem, preferindo cada um receber a doutrina que os outros homens lhe dão.


45. Não penseis (mê dokeíte) que eu vos acusarei (hóti egô kategorêsô humôn) ao Pai (pròs tòn patéra); há quem vos acuse (estin ho katêgorôn humôn) Moisés, no qual esperastes (Môusês, eis tòn humeís elpíkate).


46. Pois se tivésseis confiado em Moisés (ei gàr episteúete Môusés) teríeis confiado em mim (episteúete an emoì) pois de mim escreveu ele (perì gàr emou ekeínos égrapsen).


47. Se porém não confiais em seus escritos (ei dè toís ekeínou grámmasin ou pisteúete) como confiareis em minhas palavras (pôs toìs emoís rhêmasin pisteúesete;) ?


Nesta segunda parte da aula, o Cristo fala-nos da legitimidade dos mestres e das doutrinas que são trazidas aos homens. Muitos foram os que se intitularam "mestres" e ensinaram às criaturas as "suas" doutrinas, elaboradas por seu intelecto personalista, inventando teorias e impondo obrigações a seus sequazes, traindo a verdade que devia chegar límpida diretamente do Pai através do Cristo Interno.




30. Por isso, o primeiro cuidado do Cristo é declarar peremptoriamente que nem Ele mesmo pode fazer qualquer coisa por si. Na realidade, sendo "O Amado" passivo, toda ação provém do" Amante", que é ativo. Distinção que é apenas filosófica e didática, já que, na prática, ambos são Um só. Daí a sequência: "conforme ouço, escolho", isto é, de acordo com a inspiração ou sugest ão das vibrações que provêm do Pai Criador e Sustentador permanente de todas as coisas. Mas são as vibrações ativas do som, que moldam as ações realizadas pelo Filho: o livre-arbitrio do intelecto (personalidade) pode opor-se a elas, resolvendo por conta própria até em sentido contrário. Mas o Cristo, UM com o Pai, jamais se afasta das diretrizes deste. E sendo o Pai o Verbo, a Palavra, o SOM, o termo empregado OUÇO é tecnicamente o correto: "conforme OUÇO, escolho".


Ora, sendo sua escolha sempre de acordo com as vibrações sonoras emitidas pelo VERBO (Palavra), será logicamente sempre uma escolha justa. E a razão dada do acerto da escolha é exatamente a que nós demos, mas, como é óbvio, é apresentada com termos conformes à compreensão possível na época: "não procuro a minha vontade, mas a vontade de Quem me enviou". As palavras diferem, mas a ideia é a mesma: é a adaptação de suas vibrações às do Pai, é a sintonização, é o ajustamento perfeito, salientado na 4. ª bem-aventurança: "felizes os famintos e sequiosos de perfeição (de ajustamento ou sintonia perfeita) porque serão satisfeitos" MT 5:6; cfr. vol. 2).


31. A seguir, talvez respondendo a alguma pergunta formulada ou apenas mental, indaga por que não seria verdadeiro o testemunho que desse a seu próprio respeito, em sinal de garantia de seu ensino. Se Ele, o Cristo Unigênito, o FILHO AMADO, não tivesse consciência plena do que era e do que podia, quem dos homens poderia fazê-lo? Então, sendo Ele consciente eternamente desde o princípio sem princípio, conhecedor ab imo de tudo numa onisciência absoluta, seria incompetente para testificar a seu próprio respeito? não lemos suas palavras (JO 8:14): "se eu testifico a meu respeito, meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou"?


32. Concede, entretanto, a objeção, e afirma categoricamente: "não importa, há outro que testifica a meu respeito". Desde que o testemunho venha de alguém digno de crédito, pode e deve ser aceito de olhos fechados. No entanto Ele, o Cristo, dá sua garantia: "sei que seu testemunho é verdadeiro".


33. Alguns devem ter pensado no testemunho dado por João o Batista, a respeito da personalidade Jesus, que encarnara qual o Messias prometido (cfr. JO 1:29-42; vol. 1). E o Cristo não desauSABEDORIA DO EVANGELHO toriza seu testemunho. Ao contrário, confirma-o: "vós enviastes a perguntar a João, e ele testemunhou a verdade". Observe-se que o Cristo não diz "a meu respeito", pois na realidade João falou de JESUS, personalidade humana, e não do Cristo, terceiro aspecto da Divindade, que vive EM TODOS NÓS, aguardando a hora em que o deixemos manifestar-se plenamente, como Jesus o deixou.


34. Mas aquele que falava, o Cristo, era caso diferente. Por isso afirma solenemente: "mas eu não recebo testemunho de homem" ... Em sua posição de manifestação divina, qual o homem que poderia dar testemunho a seu respeito? Nenhum. O finito não pode testificar sobre o Infinito, nem o temporal sobre o Eterno, nem o transitório sobre o Permanente, nem o limitado sobre o Semlimite, nem o ignorante sobre o Onisciente, nem o homem sobre Deus.


Vem então a declaração da razão da sua lição: tudo o que diz tem um motivo sério, e é que os homens possam conservar-se ilesos (dos perigos). O significado preciso do verso sôzô é "salvar" no sentido de" conservar ileso, manter livre de perigos, conservar sadio, proteger", donde analogicamente "salvar".


Pena que o sentido atual desse verbo tenha adquirido uma nuança especial teológica, que suponha "fazer ir para o céti’, ou então "livrar do inferno". Ora, os perigos a evitar são neste planeta, e não depois da desencarnação. Dai a necessidade de encontrar outro sinônimo que exprima a mesma ideia, sem nenhum substrato teológico, já enquistado no verbo "salvar", distorcendo-lhe o sentido através dos séculos.


35. Depois do parêntese, explicando porque dava esses ensinamentos, volta a falar a respeito do Batista, dando belo testemunho dele: "era a lâmpada que ardia e brilhava", inflamado que estava de amor pelo Cristo, seu Mestre, e pelos homens, seus irmãos; de si lançava a luz que iluminava as inteligências e o calor que acalentava os corações. Depois declara que os "judeus" quiseram realmente alegrar-se por um instante na luz dele, mas logo em seguida o esqueceram, voltando-se para os interesses materiais.


36. Aproveitando esse assunto, que voltará à tona, afirma que o testemunho que tem para citar de si mesmo é maior que o do Batista: são as obras que o pai Lhe deu para que as termine. Aqui mais uma vez se prova que interpretamos corretamente o sentido das palavras do Mestre. Nas traduções correntes, o verbo teleíô é traduzido como "executar". Mas seu sentido verdadeiro é "levar ao fim, terminar, concluir" alguma coisa que foi começada por outrem (ou por si mesmo).


Temos, pois, exatamente o que dissemos. O Pai Criador e Sustentador cria e mantém em movimento constante os sistemas atômicos e estelares, mas o Cristo-que-em-todos-habita (Cristo Cósmico - Cristo Interno) é Quem leva todas as coisas, de dentro de cada coisa, ao término de seu aperfeiçoamento, à meta de sua evolução. Perfeita a expressão: o Pai deu ao Filho as obras que criou, para que o Filho AS TERMINE, levando-as de volta ao Sistema, ao pólo positivo.


Então conclui: "essas obras que eu produzo é que testificam a meu respeito, confirmando que o Pai me enviou". Não era, absolutamente, uma referência às curas e chamados "milagres", que tantos outros taumaturgos também já realizaram. Muito pouco para o Cristo.


Refletindo sobre essas palavras, percebemos a realidade do processo: DESCIDA VIBRATÓRIA - SUBIDA EVOLUTIVA. A Luz Incriada baixa sua frequência vibratória, transformando-se em Som; este, descendo sua frequência vibratória, solidifica-se em átomos que, dentro de si, contém a VIDA, a Centelha divina, o CRISTO. Do átomo até o arcanjo (cfr. Allan Kardec, "O Livro dos Espiritos", resposta 540) e além ainda, o Cristo Interno TERMINA a obra do Pai, levando os seres à evolução ilimitada para o reino dos céus, para o Espírito.


Então, realmente, esse trabalho hercúleo testemunha a divindade do Cristo, da Mônada divina que, no íntimo de todos e de tudo, reside essencialmente e integralmente.


37. Então, através dessas obras é que o próprio Pai dá testemunho do Cristo, pelo Amor que manifesta em relação a Ele, pela confiança (pístís, fé) que Nele depositou. Depois, ainda esclarecendo dúvidas, tácitas ou manifestadas, confessa que realmente o Pai não é percebido pelas criaturas humanas.


Sendo Ele o Verbo, a Palavra, o Som, é perfeitamente natural que empregue palavras próprias: "nunca lhe ouvistes a VOZ". Com efeito, a voz é, de fato, produto do Som. Mas, assim também como o Som não tem forma, assim pode acrescentar: "nem vistes sua forma".


Todas as palavras do Cristo confirmam plenamente nossa teoria que, aliás, foi exatamente deduzida destas palavras que comentamos. Não "criamos" uma teoria, para a ela aplicar o sentido do ensinamento do Cristo; ao contrário: meditando longamente sobre esses conceitos, chegamos à conclusão de que a origem e sustentação dos universos era a que o Cristo nos revelara. No fim deste capítulo, exporemos nossa teoria a respeito da origem da matéria e da formação dos universos.


38. Além de afirmar que nem a voz do Pai foi ouvida, nem sua forma percebida pelos olhos, acrescenta uma acusação séria: não trazeis imanente em vós seu ensino (muito mais lógico do que "não permanece em vós sua palavra" das traduções vulgares; como permaneceria uma palavra pendurada em alguém?); e logo a seguir dá a razão: "porque não confiais naquele que Ele enviou". Aqui já não é simples verificação de um fato, mas uma acusação verdadeira porque o ensino está sendo dado, mas os homens não estão entendendo nem aceitando, porque não confiam no Cristo, não acreditam no que está dizendo. Talvez não tenham compreendido plena e profundamente nessa hora. Mas, mesmo séculos após, ainda não compreendem. O essencial, portanto, não será apenas ouvir, nem somente aprender, mas TRAZER FIXO, IMANENTE EM SI esse ensino, vivendo-o dia a dia, hora a hora, quase que respirando-o à vida e permanentemente.


39. Depois, já que falava a israelitas que aceitavam as Escrituras como de inspiração divina, e nelas colocavam toda a sua fé, certos de que, obedecendo a elas, teriam garantida a vida imanente, ou seja, o encontro final com a Divindade "no seio de Abraão", o Cristo apela para o testemunho das Escrituras, declarando taxativamente que elas testificam a respeito dele.


40. Queixa-se então, num lamento amoroso, que é ao mesmo tempo um apelo ao coração dos homens: "e não quereis vir a mim, para que tenhais vida"! ...


Com todo o trabalho que o Cristo vem realizando desde miríades de milênios por nossa evolução, impulsionando todo o progresso, não encontra senão raros exemplares que a Ele se dirigem para o Encontro Místico no imo do coração. A grande maioria ainda corre atrás de riquezas, de prazeres de fama, de domínio, de glórias efêmeras, de celebridade intelectual e até mesmo de santidade religiosa, em nome de um Cristo externo, em corpo perecível; e não atinam com o Cristo Verdadeiro e Vivo, que habita em nós, silenciosamente, ávido de receber nosso amor, nossa adesão a Ele, nossa unificação com Ele (cfr. JO 17:21-24).


Nesse Encontro, nessa unificação com o Cristo Interno, é que encontraremos a Vida Real, e só assim teremos a Vida em nós.


41. Depois, numa frase rápida e incisiva declara que "não recebe doutrinas de homens". É a resposta à acusação de não respeitar a lei sabática, promulgada por Moisés. Todas as prescrições criadas pelos homens só atingem as personalidades transitórias, jamais alcançando o Cristo Interno, soberano divino que está acima de todas as leis inventadas pelos que ambicionam dominar as massas com a autoridade de legisladores de almas. O Cristo, e aqueles que com Ele já vivem unificados, não precisam mais sujeitar-se a essas injunções que, em muitos casos, chegam ao absurdo e ao ridículo.


42. E logo a seguir afirma tê-los conhecido a todos. Realmente, habitando no coração de cada um, nada Lhe escapa à visão e ao conhecimento. Ninguém melhor e mais que o Cristo pode declarar ter-nos conhecido e conhecer-nos. Ele, que perscruta o coração dos homens (cfr. 1CR 28:9,. Rom. 8:27 e 1CO 2:10).


Conhecendo-nos assim, podia afirmar com toda a segurança e verdade: "não tendes em vós o Amor de Deus". O que neles (e em tantos outros...) predominava e predomina, são os amores das coisas terrenas, de si mesmos, de suas vantagens pessoais, incluindo embora a conquista do "céu", totalmente egoística, pois se sentem felizes quando seus antagonistas vão para o inferno...


Não é o Amor de Deus que os move: é a ambição pessoal em todas as direções; é a vaidade de acreditarse melhores que os outros, superiores em seu orgulho e conhecimento. E por isso capacitam-se de que podem, do alto de suas falazes cátedras, julgar e condenar a todos os que com eles não concordam, ou se afastam de suas ordenações.


43. Faz então o Cristo uma declaração que mais uma vez confirma sua atuação: eu vim POR meu Pai, em lugar de meu Pai ou, literalmente: "em nome de meu Pai". É a materialização do Verbo Criador, a solidificação, o congelamento, do som e, portanto, representa-o plenamente.


E no entanto, não é recebido, apesar de apresentar credenciais tão valiosas e seguras.


Neste ponto, faz uma oposição, a fim de mostrar como gostam as criaturas de ser enganadas: "se vier outro em seu próprio nome, esse recebereis". Com frequência vemos isso ainda hoje. Não são ouvidos aqueles que trazem a doutrina lídima do Cristo, mas aqueles que inventam novos sistemas pessoais e lideram grupos de autoelogio; esses vivem rodeados de sequazes aduladores, que os julgam superhomens e missionários privilegiados, semi-deuses a viver no plano humano. A massa dá mais valor aos que se endeusam, do que aos que reproduzem a humildade e a simplicidade do Cristo. Daí todos os que pretendem angariar gloríolas humanas fazerem algo que possa atrair os humildes pequeninos: roupagens exóticas, cabelos e barbas compridas, sinais cabalísticos como emblemas, alimentação especial bem anunciada diante de todos, qualquer coisa, enfim, para que sua presença seja de imediato percebida e honrada.


44. Então pergunta-nos o Cristo como os homens confiam, se recebem uma doutrina "de outro homem", igual a eles; como pode uma personalidade transitória falar das realidades eternas, se não tem unificado a si o Cristo Eterno? Como pode o intelecto limitado, encarcerado dentro de uma caixa ossa craniana, dogmatizar sobre o infinito, se seu Espírito ainda não se "infinitizou" imergindo no Cristo Cósmico? Por que então, não procurar, no Esponsalício Místico, no mergulho interno, a doutrina que provém da parte do Deus único, que é o AMOR?


Só quando o Espírito expandir sua consciência pequena na imensidão da Consciência Cósmica; só quando deixar a criatura de viver a SUA vida, personalística e pequenina, permitindo que o cristo viva nela, é que terá capacidade para transmitir e interpretar os ensinos do Cristo Interno, que fala silenciosamente em seu próprio coração, como no coração de todas as criaturas.


Então, ao invés de procurar em livros, em ensinamentos externos, temos que, após compreender a fonte verdadeira que jorra incessantemente água viva em nosso íntimo, buscar a doutrina verdadeira que provém do único Deus que em nosso âmago habita.


45. A seguir, manifestando ainda sua bondade imensa, o Cristo diz que não acusará ninguém perante o Pai. Cada um dará conta de suas próprias obras, de seus atos, de suas palavras, de seus pensamentos. O Cristo convoca e impulsiona a todos, mas a ninguém acusa, a ninguém castiga, porque a ninguém julga. No entanto, há alguém, cujas palavras serão por si mesmas uma acusação a todos os que Neles não acreditam: é o próprio Moisés, em quem todos colocaram suas esperanças. 46. E isso, porque Moisés escreveu a respeito do Cristo, mas eles não confiam nas palavras que lêem.


47. E se não confiam nas palavras escritas por Moisés, como confiariam nas palavras proferidas por ele?


Com a tristeza de quem se vê incompreendido, encerra mais uma aula magistral em que, resumindo fatos extraordinários, nos dá lições sublimes de profundidade e elevação, dando-nos o roteiro que todos temos que seguir, para alcançar os cimos da evolução, onde o Cristo nos espera a todos de braços abertos.


HIPÓTESE COSMOGÔNICA


De tudo o que até agora vimos nos Evangelhos, chegamos a deduzir como se formaram os universos. E o mais impressionante é sua concordância com as recentes descobertas científicas. O que aqui publicamos é simples esboço, aguardando maior aprofundamento do assunto.


João, o discípulo que reproduz os ensinos mais profundos de Jesus, o Cristo, revela-nos o segredo dos três aspectos do DEUS ÚNICO.


Lemos em seu Evangelho (4:24), com palavras do Mestre de Sabedoria, que "DEUS É O ESPÍRITO", ou seja, o ABSOLUTO.


No prólogo desse mesmo Evangelho (1:1 e 14) é-nos ensinado o segundo aspecto desse Espírito, como o VERBO (a Palavra) ou LOGOS CRIADOR, a Quem Jesus chama o PAI; e aí mesmo se diz que esse Verbo baixou Suas vibrações até a matéria ("fez-se carne"), assumindo então o terceiro aspecto do Espírito, o FILHO. (Já nos ocupamos dessas relações no 1. º vol. da "Sabedoria do Evangelho").


Aí temos o tríplice aspecto do DEUS-UNO: Espírito, Pai, Filho.


No entanto, o próprio João revela-nos outro ângulo da questão, quando diz (l. ª JO 4:8 e JO 4:16): ho theòs agápé estin, DEUS É AMOR. Ainda o Absoluto, o "Espírito Santo", conforme escreve Gregório Magno: Ipse Spiritus Sanctus est AMOR, ou seja, "o próprio Espírito Santo é o Amor" (Hom. de Pentecostes, XXX, Patrol. Lat. vol. 76 col. 1220). Então, é o AMOR-CONCRETO e REAL.


Esse Amor, quando age (ativo), apresenta-nos o segundo aspecto, o AMOR-AÇÃO, isto é, o AMANTE.


Mas para que o Amante possa expandir-se, é indispensável haja o objeto de seu Amor, e então surge o terceiro aspecto, o AMOR-PRODUTO, ou o AMADO.


Novamente encontramos o tríplice aspecto do DEUS-UNO: o Amor, o Amante, o Amado.


Tomás de Aquino (Summ. Theol. I, q. 37, art. 1 ad 3um) compreendeu bem a questão, só tendo dificuldade de explicá-la a fundo, porque o ensino de Jesus sofrera má interpretação, e a "trindade" tivera seus aspectos invertidos para "Pai-Filho-Espírito Santo", ao invés do correto "Espírito-Pai-Filho". Eis a palavra do Angélico: "Diz-se que o Espírito-Santo é a união entre o Pai e o Filho, já que é o AMOR; porque como o Pai ama num único amor a si e ao Filho, e vice-versa, é expressada no Espírito-Santo, como AMOR, a relação do Pai ao Filho, e vice-versa, como do AMANTE ao AMADO.



spiritus Sanctus dicitur esse nexus Patris et Filii inquantum est AMOR: quia cum Pater amet única dilectione Se et Filium, et e converso, importatur in Spiritu Sancto, prout est AMOR, habitudo Patris ad Filium, et e converso, ut AMANTIS AD AMATUM. sed ex hoc ipso quod Pater et Filius se mutuo amant, oportet quod mutuus Amor, qui est Spiritus Sanctus, ab utroque procedat" (Summ. Theol. I, q. 37, art. 1, ad 3um).



Até aqui perfeito. Daí por diante, vemos a dificuldade de Tomás, por causa da inversão dos aspectos trinitários; continua ele: "Mas pelo fato mesmo de que o Pai e o Filho se amam reciprocamente, é necessário que o amor mútuo, que é o Espírito-Santo, proceda de um e de outro". Neste final está o equívoco.


Nas criaturas, sendo o amor abstrato (um acidente, não a substância), é ele a resultante das relações entre amante e amado. Mas em Deus, sendo o Amor substancial e concreto, é Dele, do Amor, que procedem o Pai e o Filho, gerados pelo próprio Amor-Concreto.


Escreve Agostinho: "Não deve compreender-se confusamente o que diz o Apóstolo: dele, por ele e nele" ("Non confuse accipiendum est quod ait Apostolus: ex ipso, et per ipsum, et in ipso" - Ag. De Trinit., 6,10; Patrol. Lat. vol. 42, col. 932); e mais adiante: "Diz Dele por causa do Pai; por Ele, por causa do Filho; e Nele, por causa do Espírito-Santo" ("Ex ipso dicens propter Patrem, per ipsum, propter Filium, et in ipso, propter spiritum Sanctum" - Ag. Contra Maxim., Patrol. Lat. vol. 42, col. 800).


E Tomás continua a completar a objeção ("Sed videtur inconvenienter. Quia per hoc quod dicit IN IPSO, videtur importari habitudo causae finalis, quae est prima causarum" - Summ. Theol. I, q. 39, art. 8, obj. 4. º): "Mas parece que incorretamente, porque nele parece implicar a relação de causa final, mas esta é a primeira das causas". Esta objeção contém grande verdade, pois tudo existe NELE, no Amor, no Espírito-Santo, que é realmente a Causa Primeira; tudo provém DELE, do Pai do Amante-

Criador; e tudo é feito por ELE, pelo Filho, pelo Amado, o Cristo. Realmente é assim, pois hoje já não mais pode admitir-se a criação INSTANTÂNEA, ex nihilo, aparecendo tudo pronto e feito de um golpe: o que a ciência prova, é que o PAI imergiu na matéria tomando a aparência de FILHO, penetrando na matéria para que ela EVOLUA POR SI MESMA, isto é, POR ELE, pelo Filho, que lhe constitui a essência última e profunda, sua alma, seu espírito.


Ainda em João temos uma terceira revelação (l. ª JO 1:5): DEUS É LUZ (ho theòs phôs estin).


E aqui chegamos à parte científica da Física de vibrações, já comprovada modernamente: tudo o que existe é produto de vibrações, e a vibração que dá origem a tudo é a LUZ. Mas, como se condensou a Luz?


Facilmente se comprova. que a Luz, sendo vibração, produz SOM. E quanto mais alta a frequência vibratória da luz, mais forte, (embora inaudível a nossos ouvidos físicos) o som. Que força não terá o som produzido pela Luz Infinita, eterna e incriada?


Então, temos o primeiro aspecto: o Absoluto, a LUZ, o Espírito. Essa LUZ produz o SOM, que é chamado A PALAVRA (em latim, VERBO, em grego, LOGOS). E esses nomes são bem característicos, de que o Pai-Criador é, realmente, SOM, pois que é PALAVRA.


Esse SOM produz as massas que se movimentam com rotação e translação constantes, enquanto perdura o som que as criou e as re-cria a cada instante (cfr. : "meu Pai trabalha até hoje, e eu também trabalho", JO 5:17); essas massas em movimento constante (se parasse o movimento, tudo cairia no nada) podem ser macroscópicas (sistemas estelares) ou microscópicas (sistemas atómicos): "o que há em cima, é como o que há em baixo" (Hermes). Essas massas, em que se tornou o Som Criador, são O FILHO, pois são animadas e constituídas pela essência do SOM-CRIADOR, mas existem EM SI, como FILHO, o terceiro aspecto.


Resta provar que o som produz sistemas estelares ou atômicos.


O Dr. Hans Jenny, médico em Dornak (Basiléia, Suíça), conhecido técnico em acústica experimental, ampliou de muito as experiências de Chladni, operando com diversos materiais. De suas pesquisas, as que vem em apoio de nossa terioria são as realizadas com pó de licopódio, colocado em finas camadas sobre membranas vibrante.


Espalhado o pó, foi produzido o SOM, controlado em suas vibrações em Hz; e as figuras formadas, foram filmadas durante todo o processo por Hans Peter Widmer. De seus filmes foram extraídas as gravuras que reproduzimos.


Uma das observações básicas, comprovadas pelo Dr. Jenny, foi de que as massas redondas de licopódio, aglutinadas do pó, pelo som, mantinham permanentemente um movimento de rotação sobre si mesmas e outro de translação, "parecendo, escreve ele, semelhantes a sistemas cósmicos, e dando a sensação de reproduzir as estruturas que unem entre si as várias partes da criação". Realmente, "as figuras pulsam e oscilam enquanto permanece o som, apresentando correntes e rotações regulares".


Nas quatro figuras, vemos: FIG. 1 - Na produção do som, o pó de licopódio se reúne em pequenas massas esféricas, que jamais se imobilizam; mas além do movimento de rotação sobre si mesmas, tem o movimento traslação, caminhando da periferia para o centro grudadas à membrana, emergindo no centro, e regressando à periferia por cima das outras, numa circulação contínua.


FIG. 2 - Aumentanda-se a amplitude da vibraçãa sonara, as massas esféricas se vão aglomerando umas às outras tendendo para o centro e aumentando de volume por aglutinação.


FIG. 3 - A aglomeração vai crescendo ao ampliar-se a frequência vibratória do som, até formar-se uma grande ESFERA, que prossegue em seu movimento regular de rotação sobre si mesma, o qual causa desenhos de altorelevo (montanhas e vales!) como manifestação desse movimento; mas além dele, continua sua rota constante de translação. O autor faz aqui uma observação: de que todo o processo aparece como uma tentativa de modelo das relações entre a parte e o todo num sistema unitário: cada parte, em seu próprio campo, se comporta como o todo, pois faz exatamente tudo o que o todo faz; ao passo que o todo-aparente, apesar de sua unidade, se divide em vários elementos.


FIG. 4 - Aumentando ainda mais a amplitude da vibração sonora, vemos que os movimentos se tornam mais violentos (Jenny os chama "dramáticos"), e as massas esféricas são atiradas "como o jato de uma fonte" para a periferia, enquanto os da periferia voltam em grande velocidade para o centro, sem jamais perder o movimento rotativo.


Resta esclarecer um ponto básico: o som atua na matéria (pó de licopódio) fazendo-a movimentar-se; mas a matéria já existe. Como se explicaria, porém, o fato do aparecimento da matéria? Já existiria ela antes de ser movimentada pelo Som Inaudível (talvez aquele a que alguns chamam a "música das esferas")?


Ou terá surgido como que criada pelo som? Neste último caso, esse surgimento daria a real impressão de ser verdadeira criação ex nihilo (do nada).


Acreditamos nesta segunda hipótese que, no entanto, ainda não podemos comprovar cientificamente, mas apenas expô-la teórica e racionalmente.


Já foi provado pelas experiências atômicas que, na desintegração do átomo, a matéria desaparecia totalmente, transformando-se em energia. Donde a dedução correta de que a matéria é simples congelamento ocasionado pelo baixamento de vibrações na degradação da energia.


Por outro lado, sabemos que a mais baixa frequência vibratória do som audível é de 16 ciclos por segundo.


Se descermos mais, entramos na vibração da matéria, que vai diminuindo até frações ínfimas da unidade, embora sem jamais atingir o zero (teoria dos limites), senão cairia no nada absoluto. Raciocinando ao revés, verificamos que se a matéria ativar suas vibrações, crescendo-as acima de 16, produzirse-á o som... São, pois, vizinhos na escala vibratória o som e a matéria, bastando uma fração de grau a mais ou a menos, para que de um estado se passe a outro.


Compreendemos então que, ao degradar-se ("Degradarse" no sentido de diminuir o grau, fisicamente, sem nenhuma influênda moral) o Som Infinito, suas vibrações baixaram a tal ponto que se tornaram "poeira cósmica": o som se transformou em matéria ("o Verbo se fez carne" ...), criando-a (Interessante observar que foi dito: "YHWH formou o homem do pó da terra" - GN 2:7). Ao continuar o som a agir sobre a poeira cósmica, começa ela a movimentar-se reunindo-se em pequenos agregados - elementos atômicos - que acabam formando os átomos; estes, as moléculas; estas, os agregados moleculares, que se vão complicando até possibilitar, pela reunião de H, O, C e N o surgimento da vida, impulso elétrico da eterna energia sonora, manifestação da Inteligência que atuará daí por diante, impelindo e dirigindo a evolução no processo inverso de regresso ao Espírito. Utilíssimo consultar, a propósito, "Grande Síntese", de Pietro Ubaldi (sobretudo o cap. 48).


Com essa hipótese, ficaria explicada cientificamente a discutida origem da matéria, que teria sido criada pela degradação da energia sonora, a qual provém da degradação da Luz (Einstein). A Luz lncriada baixou suas vibrações tornando-se SOM, e o Som degradando sua energia, solidificou-se, tornando-se

MATÉRIA.


Compreendemos, dessa forma, porque uma partícula ultra-microscópica, como o átomo, tem em si tão grande energia concentrada que, ao ser ele desintegrado, detona forças imensuráveis.


E é por isso que os antigos mestres denominavam a matéria Lúcifer (portador da luz), pois sua substância ultérrima é, realmente, a luz.


Por aí vemos a confirmação de nossa teoria: o SOM produz os sistemas estelares gigantescos e os sistemas atômicos ultra-microscópicos. O SOM é realmente o VERBO-CRIADOR, que se torna FILHO criando a matéria. E de dentro dessa mesma matéria, como elemento impulsionador, como ALMA, vai fazendo que a matéria evolua, até atingir novamente a espiritualização completa. Tudo se resume num baixamento de vibrações altíssimas, até o limite máximo que conhecemos no sopé da escala, a matéria.


E tudo tende a evoluir subindo novamente de vibração até o ponto máximo na elevação da vibração do Espírito ("até que todos cheguemos à medida da evolução de Cristo", EF 4:13). Compreendemos, pois, que a matéria, expressão e manifestação da Divindade, existe desde que a LUZ-INCRIADA produziu o SOM -CRIADOR.


Resumamos os três aspectos daquilo que costumamos chamar DEUS:




SISTEMAS
(atómicos e estelares)













FILHO UNIGÊNITO


AMADO (Passivo)







A - o Abosluto Imanifestado B - a Manifestação C - o Manifestado
1. Na Física de Vibrações:
LUZ INCRIADASOM CRIADOR
ESPÍRITOENERGIA MATÉRIA
2. Na Física dinâmica:
FORÇA POTENCIALFORÇA MOTORA MOVIMENTO
3. Na Biologia:
VIDA AMORFA FORMADOR DE VIDA
(Vivificante)
FORMAS VIVAS
4. Na Filosofia:

MENTE (Inteligência)
Pensamento absoluto
PENSAMENTO
PALAVRA CRIADORA
Verbo ou Lagos
VONTADE
CRISTO CÓSMICO
Alma dos Universos
AÇÃO
5. No Psiquismo:
ESPÍRITO SANTO PAI CRIADOR
6. Na Mística:
AMOR CONCRETO AMANTE (Ativo)
Esses três aspectos se refletem no HOMEM, quando a matéria já atingiu, em sua eterna evolução, um estágio superior, de forma a permitir a manifestação inteligente do CRISTO, através dele ("feito segundo a imagem e semelhança de Deus"):
CENTELHA DIVINA
Mente
ESPÍRITO
Individualidade
VEÍCULOS FÍSICOS
Personalidade (intelecto, astral, elétrico, corpo)
Allan Kardec chamou a esses três aspectos principais de :
ESPÍRITOPERISPÍRITO CORPO





FIM




Huberto Rohden

jo 1:20
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 19
Huberto Rohden
Era tão grande a santidade de João Batista que o povo pensava que ele fosse o próprio Cristo. João, porém, protestou contra essa ideia, dizendo que nem era digno de ser o último escravo de Jesus; até seria honra demais para ele desatar-lhe as correias das sandálias.
Foi este o testemunho que João deu, quando os judeus lhe enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém com a pergunta: "Quem és tu?" Confessou sem negar, declarando: "Eu não sou o Cristo".
Perguntaram-lhe eles: "Quem és, pois? És Elias?"
"Não sou" - respondeu.
"És o profeta?"
"Não" - tornou ele.
Responderam eles: "Quem és, pois? Para podermos dar resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?"
Tornou ele: "Eu sou a voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, conforme disse o profeta Isaías".
Ora, os embaixadores pertenciam aos fariseus. E continuaram a interrogá-lo: "Por que batizas, pois, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?"
Respondeu-lhes João: "Eu batizo com água; mas no meio de vós está, desconhecido de vós, aquele que virá após mim; e que, todavia, é anterior a mim. Eu nem sou digno de lhe desatar as correias do calçado".
Deu-se isto em Betânia, para além do Jordão, onde João batizava (Jo. l, 19-28).

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BETÂNIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.767, Longitude:35.267)
Nome Atual: al-Eizariya
Nome Grego: Βηθανία
Atualmente: Israel
Cidade próxima a Jerusalém.Mateus 21:7

Betânia foi originalmente uma aldeia da antiga Judeia, tradicionalmente identificada com a cidade de al-Eizariya, também chamada Azariyeh ou Lazariyeh (em árabe, significando "lugar de Lázaro"), na atual Cisjordânia ocupada, onde se encontra a tumba de Lázaro.

Fica a cerca de 3 km a leste da Cidade Velha de Jerusalém e do Monte das Oliveiras.

O nome vem do grego Bethania, possivelmente a partir do hebraico bét nîyyah, contração de bét nanîyah significando "casa de Ananias". Outros significados possíveis são "casa ou lugar dos figos verdes" ou, ainda, "casa dos pobres" .

A mais antiga casa atualmente existente em al-Eizariya, uma habitação de 2:000 anos, é tida como tendo sido a casa de Marta e Maria, as irmãs de Lázaro. Trata-se de um local muito popular de peregrinação.

Betânia é mencionada diversas vezes (doze, mais exactamente) na Bíblia, como um local visitado por Jesus Cristo. Seu nome foi dado a diversas outras localidades em todo o mundo, de acordo com as variantes em cada idioma. Nos Estados Unidos por exemplo, várias cidades têm o nome de Bethany.

Há uma outra Betânia bíblica, a Betânia do Além Jordão, que não deve ser confundida com a Betânia próxima a Jerusalém.[carece de fontes?]

Mapa Bíblico de BETÂNIA


BETÂNIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.767, Longitude:35.267)
Nome Atual: al-Eizariya
Nome Grego: Βηθανία
Atualmente: Israel
Cidade localizada na região da Peréia, a leste do rio Jordão, reino de Heródes Antipas
Mapa Bíblico de BETÂNIA


BETSAIDA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.917, Longitude:35.633)
Nome Grego: Βηθσαϊδά
Atualmente: Israel
Cidade. Mateus 11:21
Mapa Bíblico de BETSAIDA


GALILÉIA

Atualmente: ISRAEL
Região de colinas áridas e vales férteis, que se estende a leste e norte do Mar da Galiléia
Mapa Bíblico de GALILÉIA


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


JERUSALÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)
Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Mapa Bíblico de JERUSALÉM


JORDÃO

Atualmente: ISRAEL
Constitui a grande fenda geológica O Rift Valley, que se limita no sentido norte-sul, pela costa mediterrânea ao ocidente, e pela presença do grande deserto ao oriente, divide a região em duas zonas distintas: a Cisjordânia, entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, onde se localiza o atual Estado de ISRAEL e a Transjordânia entre o rio Jordão e o deserto Arábico, que corresponde a atual Jordânia. Neste vale, ocorre um sistema hidrográfico que desemboca no Mar Morto. As nascentes principais do rio Jordão são três. A primeira nasce em Bânias, no monte Hermom (2814 m), que é a última elevação da cordilheira do Antilíbano e serve de marco divisório entre Israel e Líbano. Neste vale ficava a cidade de Cesaréia de Filipe, capital da tetrarquia deste principe herodiano. A segunda nascente do Jordão, mais a oeste, é Ain Led dan, próximo às ruinas de Dâ (Tel Dan), hoje, um Parque Nacional. E a terceira é o Hasbani, arroio que desce de Begaa no Líbano. Os três formavam o lago Hule – hoje seco e com suas águas canalizadas. A seus lados emergem colinas verdes que dão início aos sistemas montanhosos da Galiléia e de Basã na Cisjordânia e na Transjordânia, respectivamente. A partir daí o Jordão se estreita numa paisagem de basaltos em plena fossa tectônica, e desce em corredeiras desde o nível do Mediterrâneo, até o Mar da Galiléia, a 211 metros abaixo do nível do mar. Fatos citados: a travessia para entrar em Canaâ no tempo de Josué, a cura de Naamã, a vida de João Batista, que nesse rio batizou Jesus.
Mapa Bíblico de JORDÃO


NAZARÉ

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.7, Longitude:35.3)
Nome Atual: Nazaré
Nome Grego: Ναζαρέτ
Atualmente: Israel
Cidade pequena situada na região da Galiléia. Jesus nasceu nesta cidade. A anunciação do nascimento de Jesus ocorreu em Nazaré. Nazaré era uma pequena cidade, situada na Galiléia (norte de Israel). Não é citada no Antigo Testamento. E aparece apenas 9 vezes no NT. Em Jo 1:46 – aparece como uma cidade desprezada e de má fama. A IMPORTÂNCIA de Nazaré veio com o Senhor Jesus, porque ele foi criado em Nazaré, vivendo nesta cidade até aos 30 anos (Lc 3:23). Em seu ministério Jesus voltou a Nazaré, mas foi rejeitado. Localiza-se numa região mais baixa a 370m acima do nível do mar. A arqueologia aponta para uma civilização que viveu nesta região na idade do ferro (900 a 550 anos antes de Cristo). Hoje Nazaré é uma cidade relativamente grande. A distância de Nazaré a região de Jerusalém é de 150 quilômetros aproximadamente, lugar em que nasceu João Batista numa região montanhosa. E que Maria visitou Isabel e permaneceu certo tempo. Durante o alistamento, quando Jesus estava para nascer, Maria teve que refazer o percurso, agora mais longo, pois Belém, está 10 Km à sul de Jerusalém, em companhia de José e de outras pessoas que iam para a Judéia pelo mesmo motivo.
Mapa Bíblico de NAZARÉ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Introdução ao Livro de João
O Evangelho Segundo

JOÃO

Introdução

O quarto Evangelho é um retrato escrito do maior dos eventos históricos. Na ver-dade, este evento é o tema do Evangelho. "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (1.14). Tudo o que o escritor registrou teve a finalidade de tornar tal evento claro e significativo para o leitor.

Os primeiros leitores do quarto Evangelho provavelmente eram cristãos da segunda e terceira gerações. O que sabiam sobre a vida, o ministério, a morte e a ressurreição de Jesus, aprenderam ou de ouvir falar, ou por meio da leitura dos primeiros relatos cris-tãos. Existem evidências de que entre os primeiros cristãos havia erros de concepção dos fatos e seus respectivos significados, o que fez surgir algumas heresias.

  1. Autoria

Uma antiga evidência externa aponta o apóstolo João como o autor. O testemunho dos patriarcas da igreja é quase unânime em favor desta posição. A evidência interna é dupla em tipo. A evidência indireta indica que o autor era judeu, um judeu da Palestina, uma testemunha, um apóstolo, e que o apóstolo era João'.

Uma evidência interna direta não é, em si, conclusiva, exceto pelo fato de que está claro que o próprio autor testemunhou grande parte daquilo que registrou. Ela não será conclu-siva se o nome da testemunha não for citado. João escreve que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (1.14), indicando que o Deus encarnado esteve entre aqueles com quem o próprio escritor estava associado. Novamente ele declara ser testemunha da cena da cruci-ficação. Quando o soldado perfurou o lado do Senhor, saíram sangue e água. O escritor atesta o seu testemunho: "E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro" (19.35). Sem apresentar seu nome, o autor se identifica, em sua conclusão do Evangelho, como uma testemunha: "Este é o discípulo que testifica dessas coisas e as escreveu" (21.24).

  1. O Autor

João era filho de Zebedeu, um pescador, e de Salomé (Mac 15.40; 16.1; cf. Mt 27:56). Pensa-se que era mais jovem do que seu irmão, Tiago. Evidentemente, eram os membros da família de Zebedeu pessoas que detinham posses. Eles haviam contratado emprega-dos (Mc 1:20) e, de acordo com João 19:27, João cuidou de Maria após a morte de Jesus.

Embora o nome do apóstolo não seja mencionado como discípulo de João Batista, há razão para crer que ele era um dos dois discípulos citados em João 1:35-40. Se este for o caso, fica evidente que o apóstolo foi primeiro um discípulo de João Batista e, mais tarde, deixou-o para seguir a Jesus, tornando-se um discípulo que dedicou tempo integral a servir o Mestre (Mt 4:18-22; Mac 1:19-20; Lc 5:1-11; cf. Jo 1:29-46).

João fazia parte do círculo íntimo de discípulos, juntamente com seu irmão, Tiago, e também Pedro. Em várias ocasiões, durante a última metade do ministério de Jesus, os três discípulos foram atraídos para um relacionamento mais íntimo com Jesus, mais do que os outros discípulos (Mt 17:1-8; Mc 9:2-8; Lc 9:28-36,49ss.; 22.8). Pedro e João foram os únicos a seguir Jesus até o lugar do julgamento (Jo 18:15-16), e somente João foi com Ele até o Gólgota (Jo 19:26). Foram João e Pedro que correram até o sepulcro na primei-ra manhã de Páscoa (Jo 20:3-4).

O apóstolo é mencionado nove vezes no livro de Atos. Ali, sua presença ficou obscure-cida diante do destaque da liderança de Pedro. Paulo o cita nominalmente como um dos líderes da igreja em Jerusalém (G12.9).

O Apocalipse, cuja autoria é comumente atribuída a João, é a última referência das Escrituras ao apóstolo. O seu auto-retrato mostra-o na ilha de Patmos (Ap 1:9), como um profeta e homem de Deus que recebeu visões da parte do Senhor.

A antiga literatura patrística faz referências ocasionais ao apóstolo, deixando evi-dente que este era morador de Éfeso. Westcott cita Jerônimo, que relatou: "Permanecendo em Efeso até uma idade avançada — podendo ser transportado para a igreja apenas nos braços de seus discípulos, e incapaz de pronunciar muitas palavras — João costuma-va dizer não muito mais do que: 'Filhinhos, amai-vos uns aos outros'. Por fim, os discípulos e patriarcas que ali estavam, cansados de ouvir sempre as mesmas palavras, pergun-taram: — Mestre, por que sempre dizes isto? — É o mandamento do Senhor — foi a sua digna resposta — e se apenas isto for feito, será o suficiente".2

Uma vez que o apóstolo era da Galiléia, e de ascendência judaica, sua formação dava-lhe a amplitude de experiência necessária para entender e interpretar a vida, os ensinos, o ministério, a morte e a ressurreição de Jesus, tanto do ponto de vista judaico quanto do helenístico.

C. Data

As estimativas quanto à data da escrita têm variado entre a metade do século I até a metade do século II. Aqueles que não aceitam a autoria de João tendem a favorecer a data posterior. Alguns estudiosos recentes defendem a primeira data com base nas descobertas arqueológicas na antiga colônia grega de Pella. No entanto, tanto as evi-dências internas como as externas apontam de forma bastante consistente para uma data em torno de 95 d.C.

D. Propósito

O propósito do autor é claramente declarado: "Jesus, pois, operou também, em pre-sença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20:30-31). Uma análise das idéias-chave poderá ajudar-nos a entender melhor esta declaração.

1. Os Milagres (Sinais)

A palavra grega usada aqui é semeion. Em seu uso clássico, significava: (a) uma mar-ca, sinal ou símbolo pelo qual algo é conhecido; um traço, um rastro; (b) um sinal dos deuses, um presságio; (c) um sinal para fazer qualquer coisa; um sinal para a batalha.' No grego Koinê, a palavra significava "milagre" ou "maravilha", bem como "sinal". A versão King James, em inglês, traduz a palavra quatro vezes como "sinal", e treze vezes como "milagre". Sendo utilizada na declaração do propósito de João, a palavra apresenta duas idéias distintas. Certamente refere-se aos milagres realizados por Jesus, alguns dos quais são registrados exclusivamente no quarto Evangelho. Mas ela também oferece uma pista diante da pergunta: Por que ele registrou estes milagres como sinais? Traduzida literal-mente, a resposta é: "para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus". João viu os milagres de Jesus como sinais para ação, e designou o ato de fé como sendo a ação desejada.

  1. A

O substantivo "fé" (pistis) não aparece no Evangelho de João. No entanto, o verbo "crer" (pisteuo) é usado em várias formas 94 vezes. Ela é uma palavra-chave no Evangelho. O ato da fé é uma resposta total e pessoal àquele que Deus enviou, o Verbo encarnado. De acordo com L. H. Marshall, a fé possui três elementos claramente discerníveis: a crença, a confiança e a lealdade.' Assim como a pólvora não é pólvora se um de seus três elementos — carbono, nitrato de potássio e enxofre — estiver faltando, a fé só é genuína se os seus três elementos estiverem presentes. Um exemplo excelente disto está em João 11.

  1. Jesus É o Cristo

Tanto o produto quanto o objeto da fé são fundidos em uma única essência. O produ-to de uma fé realizadora é um entendimento correto do fato histórico do cumprimento messiânico na Encarnação. Mas a fé está em sua realização mais elevada quando o seu objeto é Jesus, o Cristo, o Filho de Deus.

João planejou intencionalmente a sua escrita selecionando e colocando em ordem os eventos e as palavras, a fim de mostrar que o Logos de Deus, o Verbo encarnado, é o cumprimento completo e final de tudo o que está prefigurado na lei e nos profetas. Embo-ra João não registre a própria declaração de Jesus (Mt 5:17) a este respeito, ele demons-trou por "sinais" cuidadosamente escolhidos que Jesus veio não para destruir a lei e os profetas, mas para cumprir tudo o que fora dito.

  1. A Vida

A palavra "vida" (zoe) é utilizada 36 vezes. Em dezessete, é usada com o adjetivo "eterna" (aionios), mas sem qualquer mudança evidente de significado.' Além disso, o verbo "viver" (zen) ocorre dezesseis vezes, e há três ocorrências de zoopoiein, que signifi-ca "vivificar". Portanto, fica evidente que "vida" é um grande tema do quarto Evangelho. A forma substantiva (zoe) é definida por Arndt e Gingrich tendo o significado de "vida no sentido físico", "um meio de sustento ou subsistência". Ela também significa "a vida dos crentes que procede de Deus e de Cristo" e se refere à "vida de graça e santidade [...] Especialmente no uso joanino, o conceito zoe é abundantemente empregado, como uma regra para designar o resultado da fé em Cristo; na maioria dos casos é declarado expres-samente que o seguidor de Jesus possui vida mesmo neste mundo".6 Em muitas passa-gens, como aqui, a palavra "vida" (zoe) é usada como sinônimo de vida eterna (zoe aionios). Dessa forma, é visto que o propósito de João ao escrever é que o leitor, alcançando a fé, possa se tornar aquele que recebe a vida eterna, uma vida atual de graça e santidade.

E. Palavras-chave

Contrastes vívidos fornecem boa parte da imagem de fundo e do simbolismo no Evan-gelho. Um destes contrastes é a luz e as trevas — "E a luz resplandece nas trevas" (1.5). A palavra "luz" (phos) aparece 21 vezes, e "trevas" (skotia) é usada seis vezes. Jesus é a Luz (8.12), e Ele veio para expulsar as trevas (1.5), que representa o mal em todas as suas formas, tanto no sentido individual como cósmico. Há a garantia de que, em última instância no propósito e tempo de Deus, tudo o que a luz representa triunfará, e tudo o que as trevas representam será removido e derrotado (cf. Ap 20:10). É bastante claro que o autor tinha em mente escrever uma polêmica contra a crença gnóstica. Esta era uma doutrina filosófica de um dualismo metafísico de luz e trevas, bem e mal, sem a garantia do triunfo final de Deus e daquilo que é certo.

Um outro conjunto de palavras-chave é "verdade" e "testemunho". Jesus disse di-ante de Pilatos: "... para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade" (18.37). A palavra "verdade" (aletheia) ou uma forma cognata é usada 49 vezes, en-quanto "testemunho", freqüentemente no mesmo contexto da palavra "verdade", apa-rece 42 vezes. O próprio Senhor Jesus é a Verdade manifestada na carne, o verdadeiro Testemunho (3.33), pois Ele mesmo é a Verdade (14.6). Então, existem aqueles que dão testemunho de Jesus: o Pai (5.37), o próprio Jesus (8.14), João Batista (1.15), as próprias obras ou sinais de Jesus (10.25), as Escrituras (5:39-40), os discípulos (15.27; 21.24), e o Espírito (15.26; 16.14).

"Vida" e "juízo" (krisis) também representam idéias-chave. A palavra "vida" foi dis-cutida acima. Da mesma maneira que é usada ao lado do adjetivo "eterna" com riqueza de significado, ela também é colocada em contraste com o juízo ou a morte. A palavra "juízo" é usada 26 vezes e retrata consistentemente a condição atual daqueles que recu-saram-se a crer (3:18-19) naquele que é a Luz (9:39-41). A vinda da Luz constitui o juízo final sobre o pecado e a morte (16:8-11).


Beacon - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 2
SEÇÃO I

PRÓLOGO
João 1:1-18

O prólogo é, simultaneamente, uma clara declaração dos grandes temas do Evange-lho e uma fusão do melhor do pensamento helenista e da religião judaica. O Logos (Pala-vra) dos estóicos e Filo é aqui apresentado não como uma "fria abstração filosófica",1 mas como a Pessoa de Deus vivendo entre os homens que vieram reconhecê-lo e adorá-lo, e que deram testemunho a seu respeito. Embora a palavra logos apareça somente em 1.1 e 1.14, fica evidente que a idéia da revelação pessoal de Deus descrita no Verbo nunca está longe da mente do autor (cf. Ap 19:13). Estes primeiros dezoito versículos, com exceção de 6-8 e 15, são, às vezes, chamados de "Hino Logos".

A. O VERBO: NATUREZA ESSENCIAL E RELAÇÕES, 1:1-5

As palavras de abertura, No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (1), lembram ao leitor a passagem de Gênesis 1:1. Não há maneira mais apropriada de iniciar o relato do maior acontecimento da história. Foi aqui que a religião hebraica começou — "No princípio Deus..." (cf. 1 Jo 1:1). Assim como Deus é eterno, o Verbo também o é. Ele é "o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim" (Ap 1:8). Os verbos ser e estar, usados neste primeiro versículo, descrevem uma ação contínua, sem levar em consideração o princípio ou o fim. Como diz Westcott, "O tempo verbal imperfei-to do original sugere nesta relação, até onde a linguagem humana pode ir, a noção de uma existência supratemporal absoluta".2

O Verbo eterno é descrito como com Deus. A preposição com perde um pouco da força da palavra original, que indica "movimento voltado para" ou "face a face". Assim, o Verbo está em um relacionamento mais íntimo com Deus.

A última oração, e o Verbo era Deus, levanta a questão: Qual é a natureza essen-cial do Verbo? Tem havido muitas tentativas de identificar o Verbo com a razão univer-sal dos estóicos, ou com o uso de Platão da "palavra", ou até mesmo com o conceito hebraico, às vezes personalizado, de sabedoria. No entanto, todas mostram-se insuficientes em relação ao uso que João faz do termo. Quando João escreveu E o Verbo era Deus, queria que o leitor entendesse que a natureza essencial do Verbo é a Divindade, Deus falando ao homem. É uma descrição da "auto-revelação de Deus".3 Além disso, no grego, o artigo definido não é usado com a palavra Deus (theos). A omissão do artigo definido enfatiza o tipo ou a qualidade. Assim, a natureza essencial do Verbo é descrita. O retrato que João faz do Verbo, como eterno e como Deus, deve servir para responder àqueles que insistem na idéia de que o Verbo foi apenas uma criatura primogênita divina!

O versículo 2 reitera enfaticamente a eternidade do Verbo. Quando traduzido lite-ralmente, lê-se: "Este (o Verbo) estava no princípio face a face com Deus".


Beacon - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 3 até o 51
Quatro relações do Verbo são descritas em 1:3-5.

  1. Com o Mundo

Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez (3; cf. Sl 33:6-9; Cl 1:15-17; Hb 1:2). A última oração, que é enfática, foi acrescentada para se guardar contra as falsas doutrinas do século I "que atribuíam a origem de certas existên-cias a criadores inferiores, ou consideravam a matéria como auto-existente".4

  1. Com a Vida e a Luz

Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens (4). Aqui, o Verbo é visto como a Fonte da vida. A vida biológica vem dele, com certeza, mas há mais. Regularmente usada neste Evangelho, a palavra vida (zoe, 36 vezes; nunca bios, vida biológica) se refere à vida "do alto" (3.3), à "vida eterna" (3:15-16; 20.31), à vida abundante (10.10). Como Ele é a Fonte de toda a vida, também é Ele a Fonte de toda a luz. A primeira criação do Verbo divino foi a luz (Gn 1:3). Da mesma forma, o salmista fala da vida e da luz juntas: "porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz" (S136.9). O Verbo encarnado descreve a si mesmo como "a luz do mundo" (Jo 8:12). A luz e a vida estão na ofensiva. A morte está destinada à derrota (11,26) ; as trevas do túmulo são dispersadas pela luz penetrante e resplandecente.

  1. Com o Homem

E a vida era a luz dos homens (4). O Verbo é a Revelação pessoal de Deus aos homens. É pessoal porque procede de Deus e é direcionada aos homens. O Verbo é "a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo" (1.9).

  1. Com as Trevas

E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (5). O Verbo eterno, em figuras de luz e vida, veio aos homens que estão em trevas e morte. Por todo o quarto Evangelho, estão os retratos da conseqüente luta entre a Luz e as trevas, geralmente coroados de vitória pela Luz, mas às vezes não. Jesus deu vista (luz) a um homem cego de nascença (cap. 9). Ele trouxe Lázaro do túmulo, da morte e das trevas (cap. 11). Mas um que estava próximo a Ele, Judas 1scariotes, entrou na noite de trevas eternas (13.30). A palavra traduzida como compreenderam, significando "entender", também significa "vencer". Embora João pudesse ter em mente ambos os significados, o segundo, juntamente com o tempo aoristo5 do verbo, é a promessa da vitória definitiva e final para a luz, e para tudo aquilo que ela representa.

  1. JOÃO BATISTA E A Luz, 1:6-8.

Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz (6-8). João Batista é apresenta-do no início da história. Em seu recital do Hino Logos, na citação da Luz, o autor quer que fique claramente entendido que João Batista não é a Luz. Então, como será visto mais tarde, o escritor João foi um discípulo de João Batista, antes de deixá-lo para seguir a Jesus. Conseqüentemente, estando próximo a João Batista, ele conhecia bem o relaci-onamento mantido entre João Batista e Jesus.

O autor é cuidadoso em sua escolha de um verbo para descrever a vinda de João. Houve um homem significa literalmente "veio a existir (ou apareceu na história) um homem". A sua "vinda" não deve ser confundida com o "ser" do Verbo eterno (1.1).

João Batista representava para a antiga ordem um profeta e sacerdote (Mt 11:9-10), mas para a nova ordem, um mensageiro. O testemunho do próprio João Batista (1,33) deixa claro que ele assim concebeu o seu papel. Os homens creriam através dele. Ele deveria ser a ocasião para que os homens tivessem fé. Mas o objeto da fé dos homens deveria sempre ser o Verbo eterno, Jesus Cristo.

  1. O VERBO ENTRE OS HOMENS, 1:9-13

Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo (9). Isaías, o profeta, clamou, "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti" (60.1). A profecia é cumprida; veio a verdadei-ra Luz. Cristo é a Luz. O significado de verdadeira precisa de esclarecimento. Dizer que Cristo é a Luz verdadeira sugere que todas as outras luzes são enganadoras ou falsas. Mas isto não é o que João está dizendo. Antes, Cristo é a Luz real, perfeita e genuína. As outras, por comparação (e.g., João Batista), são imperfeitas, são sombras, ou não têm essência. Entretanto, embora não sejam a luz verdadeira, não são falsas.'

O Evangelho de João tem sido freqüentemente chamado de Evangelho Universal, e assim ele é. Aqui, o autor escreve que o Logos, o Cristo, é a Luz... que alumia a todo homem que vem ao mundo.

Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam (10-11). Em um estilo majestoso, porém usando uma linguagem mais simples, João retrata o fato, o propósito e o resultado da Encarnação. O fato: Ele estava no mundo, um mundo e um povo de sua própria cria-ção. O propósito: Ele veio para o que era seu. Mas o resultado, a resposta do homem à ação de Deus em relação ao próprio homem, foi o fracasso em conhecê-lo, a recusa em recebê-lo. O propósito de Deus e a recusa do homem são colocados aqui em um vívido contraste. Uma tradução literal seria a seguinte: "Ele veio para as suas próprias coisas, e o seu próprio povo não o recebeu". Não foi o mundo natural que recusou aceitá-lo. A recusa e a rebeldia vieram dos corações dos homens. João usa a palavra "conhecer" para abraçar mais do que um entendimento intelectual. "O fracasso em conhecer a Deus é um fracasso sobre um plano ético. É a rejeição voluntária de Deus, e o repúdio à sua justi-ça".' Sem dúvida, a rejeição completa — da melhor e mais elevada revelação de Deus -foi demonstrada pelos líderes de Israel, geralmente descritos por João como "os judeus".8

Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus (12-13).

Embora muitos tenham rejeitado a Luz resplandecente, a revelação pessoal de Deus, muitos a receberam. A palavra traduzida como poder (ou, melhor, "direito") "não descre-ve uma mera capacidade, mas uma autoridade legítima e por direito, derivada de uma fonte competente que inclui a idéia do poder" (cf. Jo 5:27-10.18; 17.2; 19:10-11).9 Na Encarnação, Deus fez a provisão adequada para que os homens tenham o direito -baseado na autoridade e no poder apropriados — de se tornarem "filhos" de Deus. Tal direito não é uma capacidade humana inerente, separada da graça de Deus. É dado por Deus. Somente os homens que o recebem, i.e., aqueles que têm fé, são filhos de Deus. A auto-revelação de Deus é universal; é para todos os homens (9), mas a resposta do ho-mem, não. Nem todos os homens têm fé.

Há apenas uma maneira de se tornar filho de Deus, que é ser gerado "de Deus". Nem mesmo ser o ancestral humano mais ilustre e religioso é suficiente para se fazer parte da família de Deus. A mulher samaritana (Jo 4:12) recorreu a Jacó como uma certificação de sua posição religiosa, e os judeus freqüentemente falavam com Jesus a respeito de seu pai Abraão (Jo 8:33-39,53,57), como uma justificativa suficiente de sua posição diante de Deus. O ensino de Jesus a Nicodemos, que era um mestre de Israel, centralizou-se neste fato (Jo 3:3-5). Somente Deus pode dar vida espiritual.

Um sermão intitulado "A Verdadeira Luz", descrevendo a missão do Verbo vivo po-deria ser construído em torno destes pontos: 1. O Verbo é vida (4) ; 2. O Verbo vence tudo (5) ; 3. O Verbo é Deus entre os homens (1,14).

D. A ENCARNAÇÃO, 1:14-18

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (14). Westcotti° destaca as quatro partes essenciais desta grande declaração.

1. A Natureza da Encarnação

O Verbo se fez carne. O termo aqui traduzido como se fez na verdade significa "tornou-se" (cf. Jo 1:6) ; portanto, ele descreve com exatidão a entrada de Jesus na história.

Falando ao mundo grego de seus dias, João disse nos melhores termos possíveis que "o Logos da filosofia é o Jesus da história"» Além disso, os gnósticos docéticos daquela época afirmavam que não houve uma encarnação real — pensavam que o corpo de Jesus fosse apenas uma "semelhança". Para eles, Cristo era, no máximo, uma teofania — uma aparição de Deus em forma humana. Alegavam que o Verbo nunca se tornou carne, real-mente. Em oposição, João fez uma declaração simples, direta e poderosa: O Verbo se fez carne (cf. 1 Jo 4:2-2 Jo 7). Hoskyns diz:

O Verbo se fez carne — uma linguagem perigosa quando separada de seu con-texto no quarto Evangelho, pois o autor não quer dizer que o Espírito se transfor-mou em carne e, portanto, tornou-se inútil, ou que o Espírito ou o Verbo de Deus tornou-se algo visível ao olhar histórico. Ele, porém, quer dizer que a carne de Jesus é o lugar onde os homens creram e descreram, e ainda o fazem; onde a divisão entre aqueles que crêem e aqueles que não crêem torna-se uma divisão definitiva entre os filhos de Deus e os filhos do Diabo. Qualquer distinção relativa entre a fé e a des-crença é impensável.'

A natureza da Encarnação, como aqui apresentada, esclarece vários pontos. De acordo com Westcott:

a. A humanidade do Senhor era completa... (O Verbo se fez carne, e não um corpo ou coisa semelhante.) ; b. Ahumanidade do Senhor era real e permanente... (O Verbo se fez carne, e não se revestiu de carne) ; c. As naturezas humana e divina do Senhor permaneceram sem mudanças, cada uma delas cumprindo o seu papel de acordo com as suas próprias leis... (O Verbo se fez carne, ambos os termos são pre-servados lado a lado.) ; d. A humanidade do Senhor era universal e não individual, incluindo tudo o que pertence à essência do homem, sem levar em consideração sexo, raça ou tempo (O Verbo se fez carne e não um homem.) ; e. As naturezas huma-na e divina'clo Senhor estavam unidas em uma única pessoa...; f. O Verbo não ad-quiriu personalidade através da Encarnação.'

A. T. Robertson argumenta que a declaração O Verbo se fez carne é uma alusão à concepção virginal. Ele faz a pergunta retórica: "Que significado inteligente pode-se dar à linguagem de João, aqui, separado da concepção virginal? Que mãe ou pai comum fala de um filho 'tornando-se carne'?""

  1. A Vida Histórica do Verbo Encarnado (1.
    - 14b)

Ele habitou entre nós. A temporalidade da Encarnação é mostrada na figura de uma tenda para habitação temporária. João escreveu literalmente: "O Verbo levantou um tabernáculo ou uma tenda entre nós". A historicidade da Encarnação é certificada no lugar da habitação — entre nós (cf. Si 85:9-10).

  1. Testemunho Pessoal da Vida Humana-Divina (1.
    - 14c)

Vimos a sua glória. Talvez o melhor comentário sobre isto seja feito pelo pró-prio João em sua primeira epístola: "O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida" (1.1). A oração "o que temos contemplado" é exatamente a mesma forma usada em 1.14 para vimos. Este é o aoristo histórico e se refere a um momento definido no passado. O que estas testemunhas apostólicas contemplaram foi a sua glória. João "fala por aqueles que têm fé e, portanto, visão"." Eles viram a manifestação da pre-sença e do poder de Deus operando entre eles. Esta manifestação estava presente em toda a vida, obra, morte e ressurreição de Jesus. Seus discípulos viram a sua glória e creram nele (Jo 2:14-11.4,40; 12.41; 17.5, 22,24).

4. O Verbo Encarnado como o Revelador de Deus (1.14d-18)

Uma palavra precisa ser dita sobre a frase o Unigênito do Pai. Comparada a Colossenses 1:15, onde Cristo é descrito como "o primogênito de toda a criação", a frase apresenta a filiação de Cristo sob aspectos complementares. "A primeira marca a sua relação com Deus como absolutamente sem paralelos; a outra marca a sua relação com a criação como preexistente e soberana"." O significado é claro e poderoso. "A glória do Verbo encarnado era como a glória que o Filho único do Pai eterno derivaria dele, e assim a poderia exibir aos fiéis".'

A palavra graça só aparece aqui e em 1:16-17. É a graça que Ele veio dar aos homens. E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça (16). A palavra que acompanha graça é verdade (17), e a verdade é o caráter essencial do Verbo. Esta é a verdade no sentido filosófico da realidade, no sentido ético da santidade, e no sentido moral do amor. Jesus disse a respeito de si mesmo: "Eu sou... a verdade" (14.6).

O versículo 15 é uma reiteração a respeito de João Batista. Em 1.7 ele testificou da Luz; aqui, ele testifica ou faz uma afirmação que anuncia a vinda de Cristo, enquanto afirma a sua existência eterna. João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.

A idéia de abundância do rico depósito da graça infinita de Deus é proeminente em João. A linha de ação é definida aqui no prólogo. E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça (16). Esta idéia de abundância ocorre repeti-damente nas palavras e nas obras de Jesus. Em Caná da Galiléia, havia abundância do melhor vinho (2.10). Ele deu à mulher samaritana "uma fonte de água a jorrar para a vida eterna" (4.14). Para a multidão faminta, havia mais do que o suficiente (6.13). Para a alma sedenta, Ele prometeu não só o suficiente para satisfazer, mas um transborda-mento de "rios de água viva" (7.38). A vida abundante para os verdadeiros crentes se tornou possível pela entrada de Jesus no mundo (10.10). João não só exibe um evangelho que é universal no sentido explícito (i.e., um evangelho para "todo aquele que quiser"), como também em um sentido implícito. Todas as áreas da vida do homem de fé são permeadas pela graça abundante de Deus.

A expressão graça sobre graça é literalmente "graça tomando o lugar da graça". Robertson observa que ela é "como o maná fresco a cada manhã, a nova graça para o novo dia, e para o novo serviço"."

Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo (17). Este contraste vívido proporciona simultaneamente: (a) um plano para a organização dos materiais no quarto Evangelho; e (b) o cenário para o conflito e a controvérsia que culminaram na cruz.

A organização dos materiais no Evangelho de João mostra que a revelação através do Verbo é superior à da lei, e que somente em Jesus Cristo a lei encontra o seu cumpri-mento completo (Ele veio não para destruir, mas para cumprir). Esta revelação superior é a revelação plena, pessoal e final de Deus (14.9).
Jesus não estava em conflito com a lei. Aqueles que representavam a lei, sim, esta-vam em conflito com Ele. Isto resultou em uma prolongada controvérsia entre Jesus e os judeus, a qual teve início com a questão relacionada às leis do sábado (5,10) e culminou na cruz (19.18).
Não é que João pensasse na lei e na graça como antitéticas, ou que a lei não fosse verdadeira. Ela era verdadeira, porém limitada. A lei era insuficiente em relação às necessidades mais profundas do homem, ao passo que Cristo é mais do que suficiente, uma vez que Ele é a Fonte de toda a verdade e graça.
Aqui, João usa o nome histórico completo, Jesus Cristo. Nos Sinóticos, este nome completo só é encontrado em Mateus 1:1 e Marcos 1:1; e novamente em João, somente em Jo 17:3.

Uma firme tradição judaica afirmava que ninguém jamais vira a Deus com olhos físicos (Êx 33:20; Dt 4:12). Conseqüentemente, João escreveu: Deus nunca foi visto por alguém (18). Mas isto proporciona a ocasião para que ele declare a plena verdade que está prestes a descrever em detalhes. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer. Aqui estão descritos em afirmações majestosas: a preexistência de Cristo e o seu relacionamento inigualável com o Pai, o Filho unigênito; a sua encarnação, este o fez conhecer; e a sua condição como eterno e exaltado, que está no seio do Pai. O melhor comentário sobre a expressão no seio do Pai foi feito pelo pró-prio João, quando escreveu uma frase que pode ser literalmente traduzida assim: "O Verbo estava face a face com Deus" (1.1).

SEÇÃO II

OS TESTEMUNHOS

João 1:19-51

A. JoÃo BATISTA, 1:19-42

1. O Testemunho de João a respeito de si mesmo (1:19-23)

A história do evangelho na verdade começa em Jo 1:19. No prólogo, o autor mencionou João Batista e seu testemunho de uma forma geral (Jo 1:6-7,15), mas aqui volta-se para alguns detalhes sobre ele, dentro de um cenário histórico. O tema para a seção é a decla-ração aberta: "Este é o testemunho de João" (19).

Ninguém estava em posição mais favorável do que João Batista para testificar a respeito do Verbo encarnado. Havia a profecia de que ele viria preparar "o caminho do Senhor" (Is 40:3). De acordo com as próprias palavras de Jesus, esta profecia cumpriu-se através da vinda de João. Jesus disse acerca dele: "E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir" (Mt 11:14).

A investigação cuidadosa dos sacerdotes e levitas' — uma delegação oficial do Templo, enviada pelos judeus de Jerusalém para descobrir, se possível, a origem e a missão de João — marca o início de uma hostilidade sempre crescente, primeiro a João, depois a Jesus. Isto culminou com o assassinato prematuro de João Batista (Mt 14:3-10) e com a crucificação de Jesus.

A primeira conversa do quarto Evangelho (há muitos diálogos no livro) inicia com a pergunta apresentada pelos sacerdotes e levitas: Quem és tu? (19) A primeira resposta de João, Eu não sou o Cristo (20), é mais explícita porque afirma o que ele não é. Os homens não deveriam, de forma alguma, pensar nele como o Messias prometido e espe-rado (Is 7:14-9.6).

Os interrogadores prosseguiram no assunto, posteriormente. Então, quem és, pois? És tu Elias? (21) Com base em Malaquias 4:5, os judeus esperavam a vinda de Elias antes que viesse "o dia grande e terrível do Senhor"; portanto, sua pergunta era apropri-ada. A resposta de João, não sou (21), em nenhuma hipótese é uma contradição das palavras de Jesus em Mateus 11:14, pois embora João Batista estivesse cumprindo o ministério preliminar de que Malaquias falara, ele não era Elias de volta à terra em uma forma corpórea.

A resposta negativa de João evocou uma pergunta adicional: És tu o profeta? -aquele predito em Deuteronômio 18:15. A partir de João 6:14-7.40, fica claro que os judeus aguardavam o profeta, mas a resposta de João Batista foi outro sonoro Não! As três respostas para essas perguntas variadas tornaram-se consistentemente curtas, menos explicativas, tendendo mais à negação. Os interrogadores, então, explicaram por que precisavam de uma resposta para a pergunta: Quem és tu? ... para que demos res-posta àqueles que nos enviaram. E persistiram, Que dizes de ti mesmo? (22) A resposta de João é tanto uma afirmação quando uma negação: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías (Is 23). A negativa está implícita. Ele não era o Verbo, mas uma voz para declarar o Verbo. Conseqüentemente, esta era tanto uma afirmação quanto um cumprimento.

2. O Relacionamento de João com Aquele que Viria (1:24-28)

E os que tinham sido enviados eram dos fariseus (24). Esta frase pode ser traduzida também da seguinte forma: "Eles tinham sido enviados pelos fariseus". Desse modo, a pergunta foi colocada de uma maneira que cobrisse o assunto já revisto inteira-mente, e também tinha a finalidade de introduzir um novo interrogatório a respeito do batismo. Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? (25) Visto que o grupo investigador se originara em Jerusalém, do meio dos fariseus, é bastante natural que este devesse ser um ponto de discussão, pois pensavam eles que eram os guardiões da ortodoxia judaica, particularmente relacionada a formas e práti-cas associadas ao batismo.

A resposta de João é uma pronta admissão desta prática de batismo com água, um rito simbólico de purificação (cf. Mt 3:6; Mc 1:8; Lc 3:3-12; 7.29). Evidentemente, Jesus acompanhava os que estavam presentes quando João falou sobre o batismo, visto que este acrescentou: Mas, no meio de vós, está um a quem vós não conheceis (26). Há uma traduçãol de 1.27 que também é atestada através dos manuscritos gregos: "... aque-le que há de vir depois de mim, e ao qual eu não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias". João cumpriu a sua missão de arauto ao reconhecer aquele cujo valor é ver-dadeiro e inestimável, ainda que profundamente ciente de sua própria indignidade em tal Presença.

O autor faz menção do local onde estes eventos ocorreram. Essas coisas acontece-ram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando (28). Tais indicações são uma característica do quarto Evangelho, e constituem evidência de que o autor era certamente uma testemunha ocular. A localização exata deste lugar não é co-nhecida hoje, e o problema complica-se um pouco pelo fato de que nos manuscritos mais antigos lê-se: "Betânia além do Jordão". "Orígenes, um estudioso do século III d.C., que residia na Palestina, insistia em afirmar que o nome correto era Betábara".2 Provavelmente é ele o responsável pela mudança no texto grego. Visto que os primeiros manuscri-tos não apóiam a posição de Orígenes, pode-se concluir que o autor tinha em mente um lugar chamado Betânia. Do outro lado do Jordão seria a leste do Jordão, talvez na margem leste do rio (ver o mapa 1).

3. O Testemunho de João a respeito do Cordeiro de Deus (1:29-34)

No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordei-ro de Deus, que tira o pecado do mundo (29). O dia seguinte foi o dia que sucedeu os eventos iniciais do relato (1.19). Eis o Cordeiro de Deus. Este título atribuído a Jesus rapidamente evoca a profecia do Servo sofredor em Isaías 53, particularmente as palavras em 53.7: "...como um cordeiro, foi levado ao matadouro" (cf. Jr 11:19). No Novo Testamento, há abundantes alusões a esta idéia (cf. Act 8:32-1 Co 5.7; 1 Pe 1.19; Ap 5:6-8,13 6:16-7.9; 12.11). Fica evidente, a partir destas passagens, que o título aqui atribuído a Jesus sugere a idéia de sofrimento vicário e paciente resignação, bem como

um sacrifício apropriado. Como poderia ser de outra forma? O homem não providenciou a redenção; esta procede de Deus. Assim, João Batista declara "ser Jesus a propriedade de Deus, por cuja completa obediência os sacrifícios normais no Templo... foram cumpri-dos e excedidos" (cf. Êx 29:38-46; Jo 2:18-22).3

É bem verdade que o cordeiro pascal não era um sacrifício "para tirar o pecado" em um sentido expiatório, nem tinha a função de levar o pecado para longe, como acontecia com o bode. Contudo, o pleno simbolismo da Páscoa — juntamente com o cordeiro imoladoretratava a luta entre a vida e a morte, a pureza e a impureza, a perfeição e a imperfeição. A raiz é o pecado. Cristo veio de Deus para tirar o pecado do mundo. "O pecado do mundo — não pecados, no plural — é aqui contemplado... O pecado do mundo é uma mancha mais profunda do que os pecados de homens e mulheres ndividualmente; e o quarto evangelista, que vê a missão sub specie aeternitatis, percebe que o assunto da redenção é o pecado do kosmos (cf. v. 9), a impiedade e rebelião de todos os seres criados".4 João se refere ao seu testemunho proferido nos dias anteriores (cf. 1.27,30), com uma reafirmação dos seguintes tópicos: 1. Jesus é um ser absolutamente superior e eterno: Após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu (30) ; 2. A sua própria limitação: Eu não o conhecia (31,33) ; 3. A sua posição favorável como uma testemunha: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba (32), E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus (34).

A expressão Eu não o conhecia (31,33) provavelmente significa que João não ti-nha a completa certeza de que Jesus era o Messias. Sendo um parente de Jesus, muito provavelmente o conhecia (cf. Mt 3:14). Mas a completa certeza de que Jesus é o Messias só veio através do sinal do Espírito, que desceu como uma pomba.

E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele (32). Esta é a primeira menção do Espírito Santo no Evangelho de João. A experiência do Espírito e o ensino a seu respeito eram temas centrais na vida da Igreja Primitiva, e são características evidentes neste Evangelho: João Batista predisse um batismo com o Espírito Santo (Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16; Jo 1:33) ; o próprio Senhor Jesus foi ungido pelo Espírito Santo (Mt 3:16; Mac 1.10; Lc 3:22; Jo 1:32) ; Ele prometeu aos discípulos que lhes enviaria o Espírito Santo (Jo 14:16-17; 15.26; 16,7) ; e a promessa foi cumprida (Jo 20:22; Atos 1:8).

O testemunho de João Batista a respeito da unção de Jesus apresenta a ocorrência visível e a verdade invisível lado a lado,' marcando o início do ministério público de Jesus. "Por isto Ele recebe, como verdadeiro Homem, os dons apropriados. O Espírito por quem os homens são subjetivamente unidos a Deus desce sobre o Verbo que se fez carne, por quem Deus é objetivamente revelado aos homens".6

E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo (33). Esta declaração apresenta um vívido contras-te. Em declarações ousadas, João simultaneamente afirma a sua genuína ignorância humana, Eu não o conhecia, e a completa certeza da revelação certa e compreensível: esse me disse. Então, há o contraste dos dois batismos: um com água, o outro com o Espírito. O primeiro fala da antiga aliança — a Lei, os profetas, os ritos e cerimônias judaicas. Era esta aliança a que João pertencia em parte. Mas o seu batismo de arrepen-dimento (Lc 3:3) e confissão (Mc 1:5) conduz à nova aliança realizadora e centralizada na pessoa e obra de Jesus Cristo, e com o clímax no batismo no Espírito Santo (cf. JI 2.28; Act 2:17). O batismo de João é "com água apenas, e por esta razão não pode purificar o povo de Deus. Ele só pode tornar conhecida a necessidade universal de santificação. O batismo de João pode apenas direcionar os homens a Cristo".7

Este contraste entre o antigo e o novo — sendo o novo sempre o cumprimento com-pleto e perfeito de tudo o que está encoberto pelo antigo — é um padrão recorrente de modo regular tanto no diálogo quanto nos eventos ao longo de todo o quarto Evangelho. Embora a declaração de Jesus: "não vim ab-rogar, mas cumprir" (Mt 5:17) não apareça em João como uma passagem paralela, seu significado está muitas vezes ilustrado por palavras e ações.

A veracidade do testemunho de João a respeito de Jesus é certificada por seu reco-nhecimento da pessoa de Jesus como o Filho de Deus. E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus (34). Este título, Filho de Deus, é atribuído a Jesus por Natanael (1,49) e Marta (11.27), e é usado pelos Sinóticos (Mt 14:33-26.63; 27.40; Mcc 3.11; Lc 22:70). Era um título que possuía "um significado definido aos ouvidos judeus, aplicado com o sentido de 'Messias'".8

4. O Testemunho de João aos seus Discípulos (1:35-42)

No dia seguinte João estava outra vez ali, na companhia de dois de seus discípulos. E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus! (35-36) Este, o terceiro dia destas cenas de abertura, marca o verdadeiro início do ministério de Jesus. A transição do personagem e da obra de João Batista para Jesus e sua obra é retratada neste texto da Bíblia Sagrada. João passa gradualmente ao segundo plano; Jesus assume rapidamente o lugar de proeminência (3.30).

O testemunho de João a respeito de Jesus, Eis aqui o Cordeiro de Deus!, foi expresso na presença de dois de seus discípulos, dos quais um era André (1.41). A identi-dade do segundo discípulo não foi diretamente declarada, mas se presume que era o apóstolo João. Apontam-se, para tanto, as seguintes razões: 1. O uso da palavra "primei-ro" em Jo 1:41, Este [André] achou primeiro a seu irmão Simão, sugere que André encontrou primeiro seu irmão, e depois, por dedução, o outro discípulo encontrou o seu irmão. Ou André primeiramente encontrou Simão antes de ele mesmo fazer qualquer outra coisa. Muitos estudiosos (e.g., Westcott, Hoskyns) preferem a primeira interpreta-ção, que aponta para João e seu irmão, Tiago. 2. De acordo com o relato Sinótico, o cha-mado de André e Pedro está intimamente relacionado com o chamado do outro par de irmãos, Tiago e João (Mt 4:18-22; Mc 1:16-20; Lc 5:4-11). 3. O anonimato do outro discí-pulo está de acordo com a relutância constante do autor em usar o próprio nome (cf. Jo 13:23-19.26; 20.2; 21.20).

Tendo estabelecido a identidade dos dois discípulos de João Batista, é apropriado agora seguir a seqüência de eventos naquele importante terceiro dia. Quando testificou a respeito de Jesus, João aparentemente não se dirigiu aos seus dois discípulos, embora leiamos: E os dois discípulos ouviram-no [João] dizer (37). O testemunho de João também não foi dirigido a Jesus: vendo passar a Jesus (36), João deu o seu testemu-nho, e os dois discípulos seguiram a Jesus (37), evidentemente afastando-se de João. Este é o último trecho que lemos a respeito de João, o precursor, até 3.23, onde há uma alusão ao seu batismo.

Quando os dois discípulos o seguiram, Jesus voltou-se e perguntou: Que buscais? (38) Estas primeiras palavras de Jesus no Evangelho de João constituem a pergunta para os dois discípulos. São palavras apropriadas para um diálogo significativo. Procu-ravam os discípulos algo para si mesmos? Sua busca nascera do egoísmo? A mudança de João Batista para Jesus implicava uma busca de vantagens? Esperavam encontrar sa-tisfação para os apetites físicos (cf. 6.26), ou um discipulado fácil que não envolvia arre-pendimento e confissão? A resposta de ambos mostrou inspiração. Eles estavam procu-rando alguém e não alguma coisa. Rabi, onde moras? Esta foi uma excelente resposta, pois ao mesmo tempo respondia a pergunta de Jesus e afirmava o seu profundo interes-se. "Estes primeiros discípulos substituíram alguma coisa (o quê?) por uma Pessoa. Eles precisavam primeiro de Cristo, e não de qualquer dádiva especial de Cristo".9 O título pelo qual dirigiram-se a Jesus, Rabi, é traduzido por João com o significado de "Mestre" (gr., "ensinador"). Este título ocorre freqüentemente no quarto Evangelho, e é geralmen-te usado para introduzir "uma pergunta ou ação não inteligente, ou ao menos inadequa-da" (cf. Jo 1:49-3.2; 4.31; 6.25; 9.2; 11.8; 20.16).'

A resposta de Jesus para os discípulos é tanto um imperativo quanto um convite: Vinde e vede. Eles associaram o imperativo Vinde com a obediência: Foram. O convi-te, vede, foi recompensado: Viram onde morava (39).

Alexander Maclaren encontra, nos versículos 37:39, "Os Primeiros Discípulos": 1. Que buscais? (3) ; 2. Vinde e vede (39) ; 3. Foram e viram, (39).

Os irmãos André e Pedro eram pescadores, assim como Tiago e João (Mt 4:18-21; Mac 1.16; Lc 5:3-10). Foi André que, mesmo sendo um novo discípulo de Jesus, achou pri-meiro a seu irmão (41). Que lugar maravilhoso para testificar — em sua própria casa, aos seus entes queridos! Ali também está implícito um testemunho de busca. Alguns devem ser buscados. Os perdidos devem ser encontrados. Além disso, o testemunho de André foi claro. Achamos o Messias. Procurado há muito tempo, prometido por Deus através dos profetas, o Messias foi identificado; Ele foi achado! O testemunho de André não só foi pessoal e claro, mas foi poderoso. E levou-o a Jesus (42). Os homens têm de ser levados a uma posição de confrontação com Jesus Cristo.

João não dá nenhuma indicação de que Pedro tenha dito alguma coisa neste primei-ro encontro com Jesus. Há um tempo em que Deus fala e tudo o que o homem precisa fazer é ouvir o que Ele diz. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro) (42). Jesus não viu Pedro como ele era, mas como poderia se tornar através da graça transformadora de Deus -Tu és... tu serás. Seu nome natural era Simão, porém o novo homem seria Cefas (aramaico) ou Pedro (grego), significando a nova natureza, uma rocha. O nome natural tinha sido dado por seus pais; o nome "Pedro" (uma nova natureza) fora dado como um dom de Deus, um dom que alcança todos aqueles que respondem ao Senhor com fé. O que Deus quer fazer, é capaz de fazer, e fará por qualquer homem que responda com uma fé submissa, está prefigurado aqui, no que aconteceu a Pedro.

B. FILIPE E NATANAEL, 1:43-51

Jesus, então, tomou a iniciativa. Foi seu desejo ir de Betânia para a Galiléia (ver o mapa 1), onde Ele intencionalmente achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me (43)." O chamado a Filipe — a quem João descreve como sendo da mesma cidade galiléia (Betsaida) de André e Pedro — foi o resultado de sua busca pessoal. E ele testemunhou a Natanael: Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José (45). Nesta declaração, é importante observar: (a) as palavras do testemunho de Filipe e (b) a pessoa a quem ele testemunhou.

O testemunho de Filipe indica que ele mesmo vinha pesquisando as Escrituras do Antigo Testamento. Esta busca revelara que Moisés e os profetas tinham escrito semelhantemente sobre aquele que deveria vir. A esperança messiânica ardia no peito de Filipe. Também fica evidente que Filipe reconheceu a Jesus de Nazaré como o Messias. No entanto, o seu testemunho não expressou completamente a verdade a respeito da natureza de Jesus, pois ele o descreveu como "Jesus de Nazaré, filho de José".'

Natanael significa "dom de Deus" e é comparável ao nome grego Teodoro. Alguns o têm identificado como o Bartolomeu dos Sinóticos, particularmente tendo em vista o fato de que Bartolomeu não é mencionado em João, e Natanael só é citado no Evangelho de João.

Natanael era, evidentemente, um estudioso das Escrituras do Antigo Testamento, pois a declaração de Filipe sobre Moisés e a lei era significativa para ele. Baseando-se nas profecias, Natanael também não tinha motivos para esperar que o Messias viesse de uma aldeia tão pobre — Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? (46) O ceticismo de Natanael foi logo vencido pela insistência de Filipe; Vem e vê (46). Tal ação sempre fornece o cenário para o encontro do homem com Deus.

A pergunta de Natanael, Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? (46), provoca uma interrogação à mente humana: Quem é Jesus? O contexto da pergunta proporciona uma resposta esclarecedora: 1. Ele é o Sacrifício adequado para o pecado do homem (29) ; 2. Ele é aquele que batiza com o Espírito Santo (33) ; 3. Ele é o grande Mestre dos homens (38) ; 4. Ele é o Rei, o Único que é digno da mais elevada lealdade do homem (49).

Natanael é a imagem do filho ideal de Jacó, um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! (47) Ele é descrito sentado debaixo de sua figueira, um símbolo do mais elevado e do melhor que a antiga aliança da lei e dos profetas poderia produzir (cf. I Reis 4:25; Mq 4:4). Foi este tipo de homem que Jesus viu em Natanael, e foi este tipo de homem (um verdadeiro israelita) que ousaria fazer a grande confissão: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel (49).

Jesus, então, pergunta a Natanael: Porque te disse: vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás (50). Um homem não tem uma fé verdadei-ra porque vê, ou porque recebe. Antes, um homem de fé é aquele que sabe; e, por saber, ele vê coisas maiores — um céu aberto, e até mesmo a plena revelação de Deus no Filho do Homem. Daí, disse Jesus a Natanael: Na verdade, na verdade vos digo que, da-qui em diante, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre

  1. Filho do Homem (51).

A frase Na verdade, na verdade só é encontrada no Evangelho de João — e sem-pre nos lábios de Jesus. Ela significa "verdadeiramente, verdadeiramente".

A imagem do versículo 51 lembra a visão de Jacó (Gn 28:12). Em ambos os casos, os anjos que estavam ministrando aos homens são vistos primeiro subindo ao céu e então descendo novamente para a terra.

A escada que Jacó viu, que ia da terra até o céu, tipificava Cristo Jesus, o único "mediador entre Deus e os homens" (1 Tm 2.5). Os anjos que ministravam foram repre-sentados como subindo e descendo sobre Ele. O antigo sonho de Jacó foi cumprido atra-vés do Messias de Israel.

Neste primeiro capítulo de João, há oito títulos altamente descritivos e diferentes atribuídos ao Deus encarnado. Ele é o Logos, o "Verbo" vivo (1,14) ; "O Cordeiro de Deus", o Sacrifício perfeito (29) ; "O Filho de Deus", o próprio Deus (34,49) ; "Rabi", o Mestre por excelência (38) ; "O Messias", "O Cristo", O Ungido (41) ; "Jesus de Nazaré", o Deus-ho-mem na história (45) ; "O Rei de Israel", aquele que é coroado Rei por aqueles que nele colocam a sua fé (49) ; e "O Filho do Homem", completamente humano (51).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de João
Introdução ao Livro Propósito João, o autor do quarto Evangelho, manifesta com admirável concisão o propósito que o move para escrevê-lo. Como que dialogando figuradamente com os seus futuros leitores, explica-lhes que os sinais milagrosos feitos por Jesus e recolhidos “neste livro... foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20:30-31). Esta é, em resumo, a intenção que guia o evangelista a coligir também o conjunto de ensinamentos e discursos reveladores da natureza e razão de ser da atividade desenvolvida por Jesus, o Messias, o Filho unigênito (Jo 1:14), enviado pelo Pai para tirar “o pecado do mundo” (Jo 1:29) e para dar vida eterna a “todo o que nele crê” (Jo 3:13-17). O autor do Evangelho de João (= Jo) apresenta-se, tal qual João Batista, como uma testemunha viva da revelação de Deus. Ninguém jamais viu a Deus (Jo 1:18), mas agora deu-se a conhecer por intermédio do seu Filho (Jo 19:35; Jo 21:24. Conforme Jo 1:6-8,Jo 1:15). Encarnado na realidade humana, o Cristo preexistente e eterno veio conferir à nossa história um novo sentido, uma categoria que excede a toda a nossa capacidade de compreensão e raciocínio. Disso, João Batista prestou um testemunho precursor no começo do ministério público de Jesus. Agora, o faz João, o evangelista, a partir da perspectiva do Cristo que vive apesar da morte, do Senhor que, com a sua morte, venceu o mundo (Jo 16:33) e que é vida para todo aquele que o aceita pela fé (Jo 11:25-26). A lembrança do Ressuscitado está sempre presente no coração do autor deste Evangelho, como, sem dúvida, ela esteve em cada um dos discípulos que acompanharam o Senhor durante os dias da sua existência terrena (Conforme Jo 2:17,Jo 2:22; Jo 12:16; Jo 14:26; Jo 15:20; Jo 16:4). E o acontecimento da ressurreição é como uma linha luminosa que percorre o livro de João desde o princípio até o fim e permite contemplar a figura única e irrepetível do Messias Salvador. Mais que oferecer uma biografia de Jesus no sentido estrito que hoje damos à palavra, João pretende introduzir o leitor numa profunda reflexão acerca da pessoa do Filho de Deus e do mistério da redenção que nele nos tem sido revelado. Em Cristo manifestou-se o amor de Deus, e, por meio dele, o crente tem acesso às moradas eternas (Jo 14:2,Jo 14:23), isto é, a uma vida de comunhão com o Pai. Particularidades do Evangelho O ponto de partida do quarto evangelista para as suas considerações sobre o Messias não é o mesmo que o de Mateus, Marcos e Lucas. João busca outros enfoques, de maneira que, freqüentemente, se refere a situações e eventos ou inclui palavras, ensinamentos e discursos de Jesus não testificados pelos sinóticos. Isso permite supor que, provavelmente, João, contando com alguma fonte de informação própria, tenha podido ampliar determinados dados conhecidos e transmitidos por aqueles, admitindo-se sobretudo que, de acordo com o critério mais amplamente aceito, a redação do quarto Evangelho teve lugar depois da aparição dos outros três, em datas próximas ao final do séc. I. Um aspecto singular deste Evangelho é o persistente interesse em fixar os lugares dos acontecimentos. E curiosamente, enquanto Mateus, Marcos e Lucas dão maior atenção às atividades de Jesus na Galiléia, João fixa-se de modo especial nos fatos que têm lugar em Jerusalém (mas conforme Jo 2:12; Jo 4:43-54; Jo 6:1; Jo 7:9). Ao mesmo tempo enfatiza que determinadas festas do calendário judaico parecem marcar os momentos escolhidos pelo Senhor para entrar na cidade: a Páscoa (Jo 2:23; Jo 11:55), a Festa dos Tabernáculos (Jo 7:2), a Festa da Dedicação do Templo (Jo 10:22) e, inclusive, uma festa não referida com precisão (Jo 5:1). Essa relação simultânea de Jesus com Jerusalém e com as festividades judaicas é um dos elementos de composição que contribuem a dar ao texto deste Evangelho o seu colorido peculiar. Mas não é o único, pois existem outros traços igualmente característicos que é necessário ter presentes. Destacamos entre eles: (a) A linguagem simbólica (p. ex.: o Verbo: Jo 1:1; a água: Jo 7:37; o pão: Jo 6:35; a luz: Jo 8:12). (b) As imagens tiradas do Antigo Testamento (p. ex.: o pastor e as ovelhas: Jo 10:1-18; conforme Sl 23:1) remonta ao séc. II. Conteúdo No decorrer dos anos têm sido feitos diversos esforços para estabelecer de algum modo a cronologia dos acontecimentos referidos no quarto Evangelho ou para agrupar logicamente os seus elementos literários. Como é evidente que o propósito de João não foi redigir uma crônica, mas criar uma atmosfera de reflexão que conduza o leitor à fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, a composição do livro também deve ser considerada desse ponto de vista. Por outro lado, aquilo que se torna claro num primeiro contato com o texto é a sua divisão em duas grandes seções. Delas, uma chega até o final do cap. Jo 12:1 e está centrada no ministério público de Jesus; a outra, que compreende os caps. 13 1:21-25'>13-21, narra o acontecido em Jerusalém durante a última semana da vida terrena de Jesus, incluindo a sua paixão e morte e a sua ressurreição. O conjunto de caps. que forma a primeira seção do livro abre-se com um Prólogo (Jo 1:1-18) que, com ressonâncias de Gn 1:1, exalta a encarnação da Palavra de Deus, eterna e criadora, na pessoa de Jesus, o Cristo. Junto a outros assuntos, o Evangelho se refere aqui a um total de sete milagres ou sinais realizados pelo Senhor para manifestar a sua glória e para que os seus discípulos cressem nele (Jo 2:11; Jo 4:48; Jo 5:18; Jo 6:14; Jo 9:35-38; Jo 11:15,Jo 11:40). São os seguintes: 1. A conversão da água em vinho (Jo 2:1-11) 2. A cura do filho de um oficial do rei (Jo 4:46-54) 3. A cura de um paralítico (Jo 5:1-18) 4. A alimentação de uma multidão (Jo 6:1-14) 5. Jesus caminha sobre as águas (Jo 6:16-21) 6. A cura de um cego de nascença (Jo 9:1-12) 7. A ressurreição de Lázaro (Jo 11:1-44). Com respeito a esses atos milagrosos é importante sublinhar o que também se percebe em primeiro lugar na intenção do evangelista, isto é, o seu propósito em destacar o sentido profundo desses milagres como manifestações da atividade messiânica de Jesus. Para dar realce a esse enfoque contribuem os diálogos e discursos que em diversas ocasiões acompanham o relato dos sinais (assim em Jo 5:17-47; Jo 6:25-70; Jo 9:35-42; Jo 11:7-16,Jo 11:21-27). A segunda parte do livro mostra Jesus no seu confronto com os poderes públicos, representados particularmente pelas autoridades religiosas dos judeus. Encabeça a seção o lavamento dos pés dos discípulos e a predição da traição de Judas (Jo 13:1-30); logo depois há um longo discurso dirigido aos discípulos (Jo 14:1-33), concluído com uma oração conhecida como “sacerdotal” (Jo 17:1-26). Os caps. Jo 18:1 e 19 contêm o relato da prisão, julgamento, morte e sepultamento de Jesus; e os caps. Jo 20:1 e 21 são o testemunho que João presta da ressurreição de Jesus e das diversas aparições do Ressuscitado. Esboço: Prólogo (Jo 1:1-18) 1. Ministério público de Jesus, o Cristo (Jo 1:19-50) a. João Batista (Jo 1:19-34) b. Jesus começa o seu ministério (Jo 1:35-36) c. Revelação de Jesus como o Cristo e confronto com as autoridades judaicas (Jo 4:1-71) d. Revelação de Jesus como a luz e a vida para o mundo (Jo 7:1-50) 2. Paixão, morte e ressurreição (Jo 13:1-23) a. A última ceia (Jo 13:1-26) A ceia. O novo mandamento. Discursos de despedida (Jo 13:1-33) A oração sacerdotal (Jo 17:1-26) b. Prisão, julgamento, morte e sepultamento (Jo 18:1-42) c. A ressurreição (Jo 20:1-23) O sepulcro vazio (Jo 20:1-10) Jesus aparece a Maria Madalena (Jo 20:11-18) Jesus aparece aos discípulos (Jo 20:19-23) Epílogo (Jo 21:24-25)

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 1
O Evangelho começa com um hino (Jo 1:1-18; Sl 33:6), à sua palavra reveladora (Sl 33:4; Sl 119:89), à sua palavra salvadora (Sl 107:20) e à sabedoria divina (Pv 8:22-31). Ver Jo 8:58,; Jo 17:5, O termo grego logos também tem sido traduzido por Palavra.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 3
Cl 1:15-17; He 1:2.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 4
Outra pontuação do texto grego dos vs. Jo 1:3-4 permite a seguinte tradução:
nada do que existe foi feito sem ele, **4 e o que foi feito tinha vida nele.Jo 1:4 Sobre o termo vida, ver Jo 3:15, Sobre o termo luz, ver Jo 1:9,

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 5
Prevaleceram:
Outras traduções possíveis:
receberam (conforme v. 11) ou compreenderam.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 6
As menções a João Batista em Jo 1:6-8,Jo 1:15 são dois parênteses no hino, que preparam para a narração de Jo 1:19-34.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 7
Mt 3:1-12; Mc 1:1-8; Lc 3:1-9,Lc 3:15-17.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 9
É freqüente João designar a ação reveladora e salvadora de Cristo com o simbolismo da luz. Jo 8:12; Jo 9:5; Jo 12:46. Conforme Is 49:6.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 10
Em João, a palavra mundo pode designar toda a humanidade (conforme Jo 3:16) ou, mais particularmente, os que não crêem em Jesus (conforme Jo 7:7; Jo 12:31; Jo 14:17; Jo 16:8,Jo 16:11; Jo 17:9,Jo 17:14).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 12
João distingue claramente entre Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus (v. 18), e aqueles que chegam a ser filhos de Deus por crerem em Jesus Cristo.Jo 1:12 Crêem no seu nome:
João ressalta fortemente o valor de crer em Jesus Cristo. Crer é a resposta do homem com a mente, o coração, com toda a vida, à ação salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo. Quando uma pessoa “crê”, recebe a vida eterna (conforme Jo 3:14-16; Jo 6:40; Jo 11:25-26; Jo 20:31).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 13
Algumas antigas versões têm compreendido este v. assim:
Ele é o Filho de Deus, não por natureza ou por desejos humanos, mas porque Deus o tem gerado, referindo estas palavras a Cristo.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 14
Carne:
A natureza humana. João ressalta que o Verbo preexistente assumiu plenamente a existência humana, para se fazer igual aos seres humanos, ser aperfeiçoado em aflições e manifestar-lhes a glória de Deus (conforme Fp 2:5-11; He 2:10-11,He 2:14). Em Jesus Cristo (Jo 1:17), o Deus invisível se faz visível (Cl 1:15). Ver Jo 1:14, notas p e q e Jo 1:17,Jo 1:14 Habitou:
Lit. pôs a sua tenda de acampamento. Alude-se assim à presença de Deus no meio do seu povo, no Tabernáculo ou santuário do AT (conforme Ex 40:34-38; Ap 21:3).Jo 1:14 Deus se revelou a Moisés como grande em misericórdia e fidelidade (Ex 34:6). Com a expressão graça e verdade, que também pode ser traduzida por amor e fidelidade, João proclama que em Jesus Cristo ele reconhece o próprio Deus.Dt 1:14 A glória refere-se à presença ativa de Deus para salvar o seu povo (1Rs 8:10-11; Is 6:3; Is 58:8; Is 60:1; Jo 2:11; Jo 17:5).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 15
Jo 1:30.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 16
Graça sobre graça:
Como se explica no v. seguinte, o dom da Lei foi superado pela revelação definitiva (“a graça e a verdade”) que Jesus traz. Outros traduzem esta expressão por bênção traz bênção.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 17
Este texto identifica Jesus Cristo com os termos simbólicos já usados antes (Verbo, luz, vida).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 18
Ex 33:18-20.Jo 1:18 O Deus unigênito:
Outros manuscritos dizem:
o Filho unigênito.Jo 1:14-18 Mt 11:27; Lc 10:22; 1Jo 1:2.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 19
Os judeus:
Aqui e em outros lugares de João, esta expressão designa as autoridades religiosas de Jerusalém (conforme Jo 2:18; Jo 5:10; Jo 7:1).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 21
Elias:
Ml 4:5-6; Mt 17:10-12.Jo 1:21 És tu o profeta:
Alguns esperavam, para os tempos messiânicos, um profeta especial, de acordo com Dt 18:15-18. Conforme também Jo 6:14; Jo 7:40.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 23
Is 40:3. Conforme Mt 3:3 e paralelos.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 27
Mc 1:7.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 28
Betânia:
Um lugar situado ao oriente do rio Jordão. Outros manuscritos dizem:
Betábara.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 29
Aqui e em Jo 1:36 Jesus é designado com o título de Cordeiro de Deus. A imagem do cordeiro também se aplica a Jesus em outros lugares do NT e pode aludir ao cordeiro da Páscoa (Ex 12:1-24; 1Co 5:7; 1Pe 1:18-19; ver Jo 19:36,), o qual era oferecido diariamente em sacrifício (Ex 29:38-42), ao Servo sofredor do Senhor (Is 53:4-7; conforme At 8:32) e ao Cordeiro vencedor universal de todo o mal (conforme Ap 17:14).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 30
Jo 1:15,Jo 1:27.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 33
Mt 3:11,Mt 3:16-17; Is 42:1; Is 61:1).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 35
O autor começa a mostrar agora como alguns, a partir do testemunho de João, encontram-se com Jesus e crêem nele. Jesus irá aperfeiçoando a fé que têm com atos e palavras (conforme Jo 2:11; Jo 6:68-69; Jo 16:1; Jo 20:8).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 38
Rabi:
Palavra hebraica que significa “meu mestre” e que era usada como título para aqueles que ensinavam as Escrituras do AT. Daí provém o termo rabino.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 39
A hora décima:
Isto é, aprox. às 16 horas.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 41
Cristo é a tradução grega do termo hebraico Messias. Os dois termos significam “ungido”.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 42
Mt 4:18-20; Mc 1:16-18.Mc 1:42 Filho de João:
Outros manuscritos dizem:
filho de Jonas.Jo 1:42 Cefas e Pedro são duas formas do mesmo nome, aramaica e grega respectivamente (conforme Mt 16:18; Mc 3:16). Significam “pedra”.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 44
Betsaida:
Cidade situada ao norte do mar da Galiléia, perto da desembocadura do Jordão. A sua localização precisa é desconhecida. A palavra significa casa (ou lugar) de pesca. Jesus freqüentava este lugar (conforme Mt 11:21).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 45
Moisés... os Profetas:
Para os judeus, as duas partes principais das Escrituras (conforme Mt 5:17).Jo 1:45 Filho de José: Conforme Mt 1:18-25; Lc 1:26-38; Lc 3:23.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 46
Nazaré era uma pequena povoação da Galiléia e sem importância na época, não mencionada no AT.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 48
Com esta menção tão precisa, Jesus mostra o seu conhecimento pessoal e completo dos seres humanos. Conforme Jo 2:24-25; Jo 4:17-19,Jo 4:29; Jo 13:11; Jo 16:30.Jo 1:48 Debaixo da figueira:
A figueira é uma árvore frondosa que produz sombra abundante. Para os judeus, essa sombra era símbolo de paz e segurança (1Rs 4:25; Mq 4:4). Segundo relatos rabínicos, a sombra da figueira era um lugar ideal para a leitura das Escrituras.

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 49
O Filho de Deus:
Usado aqui como apelativo messiânico. Conforme Mt 3:17; Mt 14:33; Mt 16:16; Jo 11:27.Jo 1:49 O Rei de Israel:
Título messiânico. João mostra que Jesus é rei, porém de forma diferente da que muitos esperavam. Conforme Jo 6:15; Jo 18:33-36; Jo 19:19. Ver Jo 18:37, O Sl 2:1).

Champlin - Comentários de João Capítulo 1 versículo 51
Filho do homem:
Neste v., alude-se ao sonho de Jacó (Gn 28:10-17), quando este compreendeu que o lugar onde estava era sagrado e, por isso, lhe deu o nome de Betel, “casa de Deus”. Os discípulos, ao presenciarem as obras, a morte e a ressurreição de Jesus, compreenderam que Jesus é a verdadeira e definitiva casa de Deus entre os homens.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Introdução ao Livro de João
O Evangelho segundo João

O Autor

O autor deste Evangelho quase certamente foi um judeu. Ele exibe um profundo conhecimento dos costumes, festas e crenças judaicas. Seu conhecimento geográfico detalhado sugere que ele era natural da Palestina e parece que ele foi uma testemunha ocular de muitos dos acontecimentos registrados no seu Evangelho (19.35).

Embora a obra não registre o nome do autor, contém algumas idéias a respeito. Este é o único Evangelho que se refere a um dos apóstolos com a expressão “a quem Jesus amava” (13,23) em lugar do seu nome. Esse discípulo é aquele identificado como a testemunha ocular que “dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu” (21.24). Além do mais, qualquer leitor cuidadoso observaria que João, filho de Zebedeu, um dos mais destacados discípulos, não é mencionado pelo nome no Evangelho. É difícil explicar esta omissão, a não ser que se admita que o Evangelho foi escrito por João e que ele evitou identificar-se.

A tradição da Igreja primitiva, tal como os textos de Irineu no segundo século, atribui este Evangelho de forma consistente e explícita ao apóstolo João. As dúvidas modernas sobre a confiabilidade daquela tradição levaram muitos estudiosos a rejeitar a autoria joanina do livro, mas nenhuma outra opinião oferece uma explicação satisfatória dos fatos.

Data e Ocasião

A tradição da Igreja Primitiva sugere que João escreveu o Evangelho beirando o final de sua vida, em torno do ano 90 d.C. Alguns eruditos do final do século XIX e início do século XX, ao abandonarem a autoria de João, argumentavam que o Evangelho não era anterior à segunda metade do século II. As descobertas dos papiros de Rylands (um fragmento manuscrito datado de aproximadamente 125 d.C., contendo algumas poucas linhas de João 18) e os rolos de pergaminho do Mar Morto (que melhoraram nossa compreensão da Palestina no século I) levaram a maioria dos estudiosos a retornar à data tradicional do Evangelho. Alguns especialistas foram além e o dataram antes de 70 d.C.

O próprio autor descreve seu propósito ao escrever: “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.31).

Dificuldades de Interpretação

Um desafio especial para os intérpretes do Evangelho de João é a relação entre ver “sinais” e crer. O autor dá grande ênfase à relevância incomparável dos milagres de Jesus por eles revelarem muito sobre sua pessoa e sua obra (20.30, 31). Mas algumas passagens parecem sugerir que a fé baseada exclusivamente no fato de se ter pessoalmente visto os sinais não é algo bom. Em 4.48, por exemplo, Jesus repreende seus ouvintes, “Se, porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crereis”. Esta passagem traz à mente a afirmação de Tomé em 20.25, “Se eu não vir... de modo algum acreditarei”. Portanto, muitos leitores concluíram que uma fé ideal não tem interesse em milagres. O problema com esta conclusão é duplo. Primeiro, se a fé resultante de milagres não é boa, por que Jesus realiza milagres? Segundo, por que João liga estes sinais à fé em Cristo (20.31)?

Crer em Jesus significa não somente reconhecer sua capacidade de realizar milagres, mas também aceitar o que aqueles milagres como “sinais” revelam sobre sua pessoa e sua obra. O evangelista indica que o registro escrito dos sinais de Jesus é testemunho suficiente para aqueles que não são testemunhas oculares. Este modo de compreender está implícito no que Jesus disse a Tomé, “Bem-aventurados os que não viram e creram” (20.29). A formulação de Paulo oferece uma relação semelhante entre a fé e a vista: “andamos por fé, não pelo que vemos” (2Co 5:7; conforme Rm 8:24, 25).

A fé pode ser produzida e encorajada pelos sinais que Jesus realizou. Mas o objetivo desta fé é compreender Jesus em sua totalidade, não meramente como um operador de milagres. Jesus é revelado por seus “sinais” como a eterna Palavra de Deus, uno em glória com o Pai e o Espírito. Não é necessário ser testemunha ocular dos sinais: o seu registro é suficiente para transmitir seu poder para descobrirmos e fortalecermos a nossa fé em Jesus como o Messias, o Filho de Deus.

Características e Temas

Os ensinamentos de Jesus registrados em João tendem a ser longas considerações de um simples tema, em contraste com os ditos expressivos, no estilo de provérbios, encontrados nos outros três Evangelhos. O material de ensino é freqüentemente embutido nas conversações, na medida em que Jesus interage em debates com pessoas ou grupos. Quase não há parábolas neste Evangelho.

A interação de Jesus com aqueles que não o receberam embora fossem “seus” (1,11) é um enfoque importante do ministério público (capítulos 1—12). Jesus aparece freqüentemente em Jerusalém por ocasião das festas judaicas. Estas festas têm especial importância por causa do modo como Jesus relaciona seu próprio trabalho com o que elas significam (7.37-39). Apesar deste ministério, sua nação não o recebeu, um fato que João explica como resultado do pecado humano. Jesus é rejeitado não por que ele é um estranho, mas por que as pessoas amam mais as trevas do que a luz.

O Evangelho de João faz uso de nítidos contrastes: luz e trevas (1.4-9), amor e ódio (15.17,18), de cima e de baixo (8.23), vida e morte (6.57,58), verdade e falsidade (8.32-47). Outros traços distintivos são o tema da má compreensão (2.21; 6:51-58, notas ), o uso de duplo sentido (3.14; 6.62, notas) e o papel dos ditos “Eu sou” (6.35, nota).

João destaca de vários modos a realidade do pecado, mas especialmente pela ênfase na nossa total dependência de Deus para a salvação. Assim como nosso nascimento físico não foi o resultado de nosso próprio esforço ou desejo, também nosso nascimento espiritual não depende de nós, mas da vontade de Deus e do poder de seu Espírito (1.12,13 3:5-8). Homens e mulheres pecadores são incapazes de chegar à salvação em Jesus se não forem atraídos pelo Pai (6.44). Mas quando vêm a Jesus, eles têm vida eterna, e não entram em juízo” (5.24); eles pertencem ao Pai, e ele não os deixará morrer (10.27-29).

Uma das características mais marcantes deste Evangelho é o Prólogo (1.1-18) que apresenta Jesus como o eterno Logos, ou Palavra, aquele que revela o Pai. Cristo revela o Pai porque compartilha da divindade do Pai. Ele é quem criou o universo (1.3). Ele satisfez as necessidades dos israelitas no deserto, e agora oferece o pão e a água espirituais (4.13 14:6-35). Em resumo, ele é uno com o Pai, o “EU SOU” (5.18; 8.58; 10:30-33; conforme Êx 3:14).


Esboço de João

I. Prólogo (1.1-18)

II. Ministério Público (1.19-12.50)

A. O Testemunho de João Batista (1.19-34)

B. O Chamado dos Primeiros Discípulos (1.35-51)

C. O Primeiro Milagre: Transformando Água em Vinho em Caná (2.1-12)

D. A Purificação do Templo em Jerusalém (2.13-25)

E. Nicodemos (3.1-21)

F. O Testemunho de João Batista (3.22-36)

G. Jesus em Samaria (4.1-42)

1. Viagem a Sicar (4.1-6)

2. A Mulher Samaritana à beira do Poço (4.7-30)

3. O Alimento Espiritual (4.31-38)

4. Fé Samaritana (4.39-42)

H. Cura do Filho do Oficial em Caná da Galiléia (4.43-54)

I. Visita a Jerusalém (cap. 5)

1. Cura no Tanque de Betesda (5.1-15)

2. Jesus e o Pai (5.16-47)

J. O Enviado pelo Pai (cap. 6)

1. Alimentando Cinco Mil (6.1-15)

2. Jesus Caminha sobre a Água (6.16-21)

3. Exposição e Controvérsia: Jesus, o Pão da Vida (6.22-71)

K. Jesus Assiste à Festa dos Tabernáculos em Jerusalém (caps. 7, 8)

1. Viagem a Jerusalém (7.1-13)

2. É Jesus o Messias? (7.14-52)

3. A Mulher Surpreendida em Adultério (7.53-8.11)

4. Jesus Testifica sobre si Mesmo (8.12-59)

L. A Cura de Um Cego de Nascença (cap. 9)

M. O Discurso do Bom Pastor (10.1-21)

N. Jesus assiste à Festa de Dedicação em Jerusalém (10.22-39)

O. O Ministério Além do Jordão (10.40-42)

P. A Ressurreição de Lázaro (11.1-54)

Q. Término do Ministério Público (11.55-12.50)

1. A Unção em Betânia (11.55-12.11)

2. A Entrada Triunfal (12.12-19)

3. Gentios vêm a Jesus (12.20-36)

4. A Incredulidade dos Judeus (12.37-50)

III. A Semana da Paixão (caps. 13-19)

A. O Ministério Privado de Jesus para os Discípulos (caps. 13-17)

1. O Lavapés: Traição Predita (cap. 13)

2. Discurso de Despedida (caps. 14-16)

3. Oração Intercessória (cap. 17)

B. Prisão e Julgamento (cap. 18)

C. Crucificação, Morte e Sepultamento (cap. 19)

IV. A Ressurreição (cap. 20)

V. Epílogo (cap.
21)

A. A Pesca Milagrosa (21.1-14)

B. Pedro Reintegrado (21.15-25)

Mapa da página 1661 em arquivo

Batismo e Tentação. Jesus veio de Nazaré na Galiléia para ser batizado por João Batista. Embora João estivesse batizando no rio Jordão próximo a Enom e Salim (João 3:23), o local exato do batismo de Jesus é incerto. Imediatamente após o batismo, Jesus é conduzido para o deserto da Judéia abaixo de Jericó. Após sua tentação, Jesus retornou à Galiléia.


Mapa da página 1666 em arquivo

A Região de João Batista. Pouco se sabe sobre a vida de João Batista até que ele apareceu pregando no deserto da Judéia. Ele pode ter tido alguma ligação com os grupos Essênios, tal como a comunidade de Qumran. Ele batizava no rio Jordão próximo a Enom e Salim (João 3:23), e próximo também a uma cidade chamada Betânia (Jo 1:28). Sua pregação contra Herodes Antipas levou à sua prisão em Maquero.

Mapa da página 1700 em arquivo

Controle Romano da Palestina nos Tempos de Cristo.

Depois de uma campanha militar bem-sucedida contra os Selêucidas em 64 a.C., Pompeu dirigiu os exércitos romanos para o sul e conquistou Jerusalém em 63 a.C. Inicialmente, o exército de Roma fora convidado por alguns judeus, para protegê-los dos Nabateus. Assim que os romanos se estabeleceram na Palestina, não saíram mais, apesar das repetidas revoltas contra o controle de Roma.

A MORTE DE JESUS (19.42)


Aspectos da Morte de Jesus

Ref. V. T.


Em obediência a seu Pai (18.11)

Sl 40:8

Os judeus encararam a morte

Anunciada por ele mesmo (18.32; ver 3.14)

Nm 21:8,9

de Jesus como uma infâmia.

Em lugar de seu povo (18.14)

Is 53:4-6

A Igreja entendeu sua morte

Com malfeitores (19.18)

Is 53:12

como o cumprimento das

Em inocência (19.6)

Is 53:9

profecias do Velho Testamento

Crucificado (19.18)

Sl 22:16


Sepultado em jazigo de rico (19.38-42)

Is 53:9


Genebra - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51
*

1.1-18

Este "Prólogo" ao Evangelho é um prefácio à narrativa que começa no v. 19.

* 1:1

o Verbo. O termo “verbo” (grego logos) designa Deus, o Filho, referindo-se à sua Divindade; "Jesus" e "Cristo" referem-se à sua encarnação e obra salvífica. Durante os primeiros três séculos as doutrinas a respeito da Pessoa de Cristo incidiram intensamente sobre sua posição como o Logos. Na filosofia grega, o Logos era a "razão" ou a "lógica", como força abstrata que trazia ordem e harmonia ao universo. Porém, nos escritos de João, tais qualidades do Logos estão unidas na Pessoa de Cristo. Na filosofia neo-platônica e na heresia gnóstica (segundo e terceiro séculos d.C.), o Logos era visto como um dos muitos poderes intermediários entre Deus e o mundo. Tais noções estão bem longe da simplicidade do Evangelho de João.

Neste v. I João afirma expressamente que o Verbo é Deus. "No princípio" (uma clara referência às palavras de abertura da Bíblia), o Logos já existia, e esta é uma maneira de afirmar a eternidade que só Deus possui. João afirma claramente que "o Verbo era Deus". Alguns têm observado que a palavra traduzida "Deus", aqui, não é precedida do artigo definido e, com base nisto, dizem que a expressão significa "um deus", mais do que propriamente "Deus". É um erro entender assim. O artigo é omitido por causa da ordem da palavra na sentença grega (o predicado "Deus" foi colocado antes para ser enfatizado). O Novo Testamento nunca sustenta a idéia de "um deus", expressão que implica politeísmo e conflitaria com o consistente monoteísmo da Bíblia. No Novo Testamento, a palavra grega para "Deus" ocorre freqüentemente sem o artigo definido, dependendo da exigência da gramática grega.

A expressão "o Verbo estava com Deus", indica uma distinção de Pessoas, dentro da unidade da Trindade. Pai, Filho e Espírito Santo não são formas sucessivas de aparecimento de uma Pessoa, mas são Pessoas eternas presentes desde "o princípio" (v. 2). A preposição "com" sugere uma relação de estreita intimidade pessoal. Ver "Um e Três: A Trindade", em Is 44:6.

* 1:3

Todas as coisas foram feitas por intermédio dele. Este versículo também dá ênfase à deidade do Verbo, uma vez que a criação é obra só de Deus. Ver também v. 10; Cl 1:16-17; "Deus o Criador", no Sl 148:5.

* 1:4

A vida estava nele. Outra afirmação de deidade: o Filho, bem como o Pai, "tem vida em si mesmo" (5.26).

* 1:5

e as trevas não prevaleceram contra ela. Ver referência lateral. É característica do estilo deste Evangelho dar ênfase a conceitos contrastantes (Ver Introdução). O enredo deste Evangelho pode ser visto em termos de uma luta entre as forças da fé e as da descrença.

* 1.7-9

todos... todo homem. A relevância universal do Evangelho é afirmada (v. 7) tanto quanto a iluminadora atividade da graça comum de Deus (v.9). A atividade salvadora de Deus não se restringe a nenhum povo em particular.

* 1:9

a verdadeira luz. Neste Evangelho "verdade" e "verdadeiro(a)" são termos empregados frequentemente para significar aquilo que é eterno ou celestial em oposição ao meramente temporal ou terreno. Ver notas sobre 4.24; 6.32. "A Culpa da Humanidade e o Conhecimento de Deus" em Rm 1:19.

* 1:11

e os seus não o receberam. O ministério público de Jesus foi rejeitado pelo “seu próprio povo". Ver referência lateral.

* 1:12

Ver referência lateral. Os seres humanos decaídos não são filhos de Deus por natureza; este é um privilégio só daqueles que têm fé, uma fé gerada neles pela soberana ação de Deus (v. 13). Ver "Adoção", em Gl 4:5.

* 1:13

os quais não nasceram. As primeiras versões latinas entenderam isto como descrevendo o nascimento virginal de Cristo. Contudo, o verbo "nasceram", no plural, mostra que este versículo se refere ao novo nascimento dos crentes cristãos (conforme 3.3,5,7,8). Este novo nascimento tem lugar pela ação do Espírito que dá vida àqueles que estavam mortos em delitos e pecados (Ef 2:1). O novo nascimento, frequentemente chamado de "regeneração", é explicado mais plenamente em 3:1-21. Paulo usa a metáfora da ressurreição de mortos no pecado mais do que a figura de um novo nascimento (Rm 6:4-6; Ef 2:5,6; Cl 2:13; 3:1 conforme Jo 5:24). A obra de salvação que Deus realiza é totalmente soberana e graciosa, mas a realidade da resposta humana em crer e receber nunca é revogada. Ver "Eleição e Reprovação", em Rm 9:18.

* 1:14

E o Verbo se fez carne. Nesta afirmação o Prólogo atinge o seu clímax. Para alguns contemporâneos de João, o espírito e o divino eram totalmente opostos à matéria e à carne. Outros pensavam que os deuses visitavam a terra disfarçados de seres humanos (At 14:11). Mas aqui um abismo é transposto: o Verbo Eterno de Deus não só parece um ser humano, mas realmente tornou-se carne. Tomou sobre si a plena e genuína natureza humana. Ver nota teológica "Jesus Cristo, Deus e Homem", índice .

e habitou entre nós. "Habitou" significa "armou sua tenda". Isto não só indica a natureza temporária da existência terrena de Jesus, mas o faz de um modo que recorda o antigo tabernáculo de Israel, onde Deus podia ser encontrado (Êx 40:34,35).

cheio de graça e de verdade. Estas palavras correspondem aos termos do Antigo Testamento, que descrevem a Aliança da graça de Deus, freqüentemente traduzidas, como "graça e verdade" (Gn 24:27; Sl 25:10; Pv 16:6; conforme Êx 34:6; Sl 26:3). O Verbo feito carne manifesta plenamente a realização graciosa da Aliança e o caráter de Deus, como guardador da Aliança.

vimos a sua glória. "Sua glória" é vista mesmo quando era a glória de Deus no deserto (Êx 16:1-10; 33.18-23), no tabernáculo (Êx 40:34,35) e, depois, no templo (1Rs 8:1-11). Pode haver também uma referência à Transfiguração, uma vez que João foi testemunha dela (Mt 17:1-5). O termo "glória" aplica-se de modo supremo a Deus, que é o Criador e Governador do universo, diante de quem todo joelho se curvará. O Filho tem a glória divina por direito (17.5). Os Reformadores declararam sua fé com o lema Soli Deo Gloria ("glória só a Deus").

como do unigênito. Essa expressão traduz uma única palavra grega e refere-se explicitamente à geração eterna do Filho na Trindade. É também possível traduzir a palavra por “Filho único”, sem a idéia de geração, mas referindo-se à singularidade do Filho.

* 1:15

O ministério de João Batista precedeu o ministério público de Jesus (Mt 3), ainda que o Verbo, sendo eterno, existisse antes de João (conforme 8.58).

* 1:16

graça. Esta palavra, freqüente nas epístolas de Paulo, aparece nos escritos de João só nesta passagem, e como saudação costumeira em Ap 1:4; 22:21. Ela acentua que a salvação é um dom. A Reforma expressou isto com o lema Sola Gratia ("Só pela Graça").

* 1:17

Moisés... Jesus Cristo. Há aqui tanto um contraste como uma comparação. A graça e a verdade verdadeiramente existiram nos dias de Moisés, mas foram plenamente reveladas com a vinda de Cristo.

* 1:18

Ninguém jamais viu a Deus. É fundamental que Deus seja invisível e sem forma (1Tm 6:16). Contudo, Cristo revela Deus. Em si ele une o invisível e o visível e isto de um modo sem paralelo nem analogia.

* 1:19

testemunho de João. O testemunho de João Batista àqueles que o questionaram revela que seu papel era o de preparar o mundo para Cristo.

* 1:21

És tu Elias. Em Mt 11:14, Jesus, claramente, se refere a Ml 4:5 e diz à multidão que João "é Elias, que estava para vir". João Batista vem “no espírito e poder de Elias” (Lc 1:17), mas o Batista aqui afirma que ele próprio não é o mesmo Elias.

o profeta. Havia diferentes expectativas entre os judeus do primeiro século a respeito do "Profeta... semelhante a mim", que Moisés anunciou em Dt 18:15. Aqui sacerdotes e levitas querem saber se João se considera ser aquele Profeta.

* 1:23

Ao citar Is 40:3, João aplica a Cristo aquilo que é dito de Yahweh naquela passagem. A mesma verdade aparece mais claramente ainda em Mc 1:1-3.

* 1:29

Eis o Cordeiro de Deus. Compare o v. 36. Se “o Cordeiro” é o cordeiro da Páscoa ou se é o cordeiro Servo de Is 53:7, não pode ser facilmente determinado. Há alguma evidência de que as duas figuras foram combinadas bem cedo no pensamento cristão.

que tira o pecado do mundo. O "mundo" significa a humanidade em sua hostilidade contra Deus, como ocorre em outra parte deste Evangelho. Ainda que todas as pessoas indiscriminadamente não serão salvas, o sacrifício é a única expiação para o pecado humano, e sua eficácia não é limitada por tempo ou lugar (3.16, nota).

* 1:31

não o conhecia. Ainda que João Batista possa ter tido contato pessoal anterior com Jesus (conforme Lc 1:39-45), ele não sabia quem era Jesus (o Cordeiro e Filho de Deus), até que o Espírito o identificou (v. 32). Ver "O Batismo de Jesus", em Mc 1:9.

* 1:33

que batiza com o Espírito Santo. O Antigo Testamento previu o tempo de redenção como o tempo quando o Espírito seria derramado sobre o povo de Deus. Paulo se refere a Jesus como o segundo Adão, que veio "como espírito vivificante" (1Co 15:45, nota). É depois de seu retorno ao céu que Jesus envia este Ajudador Celestial, para habitar com o seu povo sobre a terra (14.26; 16.7). O Batismo no Espírito Santo ocorre com o novo nascimento, que faz de pecadores desamparados filhos e filhas de Deus (vs. 12, 13; 1Co 12:13). Esse batismo também lhes dá poder para o serviço cristão (Lc 24:49; At 1:8).

* 1:34

ele é o Filho de Deus. Este é o modo de João referir-se à voz celestial que acompanhou o Espírito enviado do céu, como é registrado em Mt 3:17, “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo". Embora a expressão "Filho de Deus" fosse usada diferentemente por judeus (2Sm 7:14; Sl 2:7) e gentios (Mc 15:39, nota), o testemunho de João Batista, que é o último dos profetas da antiga ordem (Mt 11:11-14) é claro. Jesus é o Filho de Deus, o "unigênito do Pai" (v. 14).

* 1.35-51

Jesus chama seus primeiros discípulos. Desde que os apóstolos tiveram autoridade ímpar de Cristo para dar o testemunho sobre o qual a Igreja se estabeleceria (Ef 2:20), era necessário que eles fossem particularmente identificados, como tendo sido escolhidos pelo próprio Cristo (conforme 15.16).

* 1:37

seguiram Jesus. Tradicionalmente, os alunos de um rabino judeu andavam atrás dele. Os discípulos de Jesus o seguiram fisicamente, mas não se trata só disso. “Seguiram a Jesus" adquire níveis mais profundos de significado ao longo deste Evangelho (13 36:38 conforme 21:15-22).

* 1:45

de quem Moisés... se referiram os profetas. Felipe reconhece que todo o Antigo Testamento, tanto a Lei como os Profetas, previu uma grande obra redentiva de Deus, que seria realizada por um Ungido especial. A antecipação de Cristo e sua obra, no Antigo Testamento, foi afirmada pelo próprio Cristo (Lc 24:25-27, 44-47) e foi central na pregação dos apóstolos (At 2:29-32; 3.18,21,24; 7.52,53; 8:30-35; 26.22,23; 28.23)

filho de José. Isto não implica numa negação do nascimento virginal do qual Filipe, em todo caso, pode não ter tido ciência; é simplesmente uma referência que identifica Jesus por sua cidade e família (Mt 1:24).

* 1:46

De Nazaré pode sair alguma coisa boa. Natanael, aparentemente expressa um ceticismo contemporâneo, negando que um profeta poderia surgir da Galiléia (7.52). Nazaré era uma aldeia insignificante não mencionada no Antigo Testamento ou em qualquer outra literatura judaica da época.

* 1:47

Eis um verdadeiro israelita. A frase, provavelmente, visa a chamar a atenção sobre Israel como povo de Deus, a quem o Messias foi prometido. Esta frase também alude aos vs. 50,51, onde é prometida a Natanael uma experiência semelhante àquela da primeira pessoa chamada Israel (Gn 28:12; 32:28), cujo caráter enganoso foi transformado por Deus.

* 1:49

Mestre, tu és o Filho de Deus. A confissão de Natanael parece uma reação exagerada ao conhecimento sobrenatural de Jesus. Porém, Filipe já tinha indicado a Natanael que Jesus era aquele previsto pela Lei e os Profetas (v. 45). Natanael foi a Jesus buscando razões para crer ou descrer, e achou o conhecimento de Jesus convincente.

Rei de Israel. Este é o título para Messias usado nas expressões de louvor, na Entrada Triunfal de Jerusalém (12.13), semelhante à anunciação dos magos (Mt 2:2) e à inscrição sobre a cruz (19.19).

* 1:50

maiores coisas do que estas. Os milagres terrenos de Jesus são sinais de seu poder e da sua obra redentora. Eles devem ser apreciados não meramente por si mesmos, mas pelas realidades redentivas que prometem. Maiores do que essas obras é a salvação que Cristo traz (v. 51).

* 1:51

vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo. Este versículo alude à visão de Jacó de uma escada cujo topo atingia o céu e os anjos subiam e desciam por ela (Gn 28:12). Jesus se apresenta como a realidade para a qual a escada apontava. Jacó viu num sonho a reunião do céu e da terra e Cristo transformou-o em realidade.

Filho do homem. Jesus aplica este nome freqüentemente a si mesmo. Ele dá ênfase à sua natureza humana, que o capacita a morrer por seu povo. Se refere também à figura messiânica celestial conhecida em Daniel (7.13; ver Mt 8:20, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Introdução ao Livro de João
João

Cronologia

Herodes o Grande começa a governar 37 a.C

Nasce Jesus 6/5 a.C.

Fuga ao Egito 5/4 a.C.

Herodes o Grande morre 4 a.C.

Retorno ao Nazaret 4/3 a.C.

Judea passa a ser uma província romana 6 D.C.

Tiberio César eleito imperador 14

Poncio Pilato eleito governador 26

Jesus inicia seu ministério 26/27

Jesus e Nicodemo 27

Jesus escolhe aos doze discípulos 28

Jesus alimenta a cinco mil e 29

Jesus é crucificado, ressuscita e ascende 30

DADOS ESSENCIAIS

PeROPÓSITO:

Provar que Jesus é o Filho de Deus e que todos os que criam nele terão vida eterna

AUTOR:

João, o apóstolo, filho do Zebedeo, irmão do Jacóo, chamado < filho do trovão >

DESTINATÁRIO:

Novos crentes e inconversos que lhe buscam

DATA:

Provavelmente entre 85-90 D.C.

MARCO HISTÓRICO:

Escrito depois da destruição de Jerusalém em 70 D.C. e antes do exílio do João na ilha do Patmos

VERSÍCULOS CHAVE:

< Fez além Jesus muitas outros sinais em presença de seus discípulos, as quais não estão escritas neste livro. Mas estas se escrito para que criam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que acreditando, tenham vida em seu nome > (Jo 20:30-31).

PESSOAS CHAVE:

Jesus, João o Batista, os discípulos, María, Marta, Lázaro, a mãe do Jesus, Pilato, María Madalena

LUGARES CHAVE:

Território da Judea, Samaria, Galilea, Betania, Jerusalém

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:

Dos oito milagres descritos, seis são únicos (em relação com os Evangelhos), como é o caso do discurso no aposento alto (capítulos 14:17). Mais de noventa por cento do João é único, peculiar. João não inclui uma genealogia nem referência alguma ao nascimento do Jesus, sua infância, tentação, transfiguración, eleição de seus discípulos, tampouco há parábolas, ascensão nem a Grande Comissão.

éL DISSE e as galáxias rodaram em seu lugar, as estrelas resplandeceram nos céus e os planetas começaram a girar nas órbitas ao redor de seus sóis: palavras imponentes, sem limites, poder sem ataduras. Falou outra vez e as águas e moderadas se encheram de novelo e criaturas que corriam, nadavam, cresciam e se multiplicavam: palavras que dão vida, inspiração, que fazem vibrar a vida. Voltou a falar e se formaram o homem e a mulher, pensavam, falavam e amavam: palavras de glória pessoal e criativas. Eterno, infinito e ilimitado: ele foi, é e sempre será o Fazedor e Senhor de tudo o que existe.

E logo veio na carne a um ponto do universo chamado planeta terra. O Criador capitalista deveu formar parte da criação, limitado por tempo e espaço, suscetível à idade, às enfermidades e à morte. Mas o amor o impulsionou e por isso deveu salvar e a resgatar aos que estavam perdidos e lhes dar o dom da eternidade. ele é o Verbo; ele é Jesus, o Cristo.

Esta é a verdade que o apóstolo João nos revela em seu livro. O Evangelho do João não é a narração da vida do Jesus, é um argumento poderoso quanto à encarnação, uma demonstração concludente de que Jesus foi e é o Filho de Deus enviado do céu e a única fonte de vida eterna.

João expõe a identidade de Cristo desde suas primeiras palavras: < No princípio era o Verbo, e o Verbo era com Deus, e o Verbo era Deus > (Jo 1:1-2) e no resto do livro continua o tema. João, a testemunha, escolheu oito dos milagres de Cristo (ou sinais, como ele as chamou), que revelam a natureza divina/humana de Cristo e sua missão em que dá sua vida. Estes sinais são: (1) trocar a água em vinho (Jo 2:1-11), (2) sanar ao filho de um oficial do rei (Jo 4:46-54), (3) sanar ao paralítico da Betesda (Jo 5:1-9), (4) alimentar a mais de cinco mil com uns quantos pães e peixes (Jo 6:1-14), (5) caminhar sobre o mar (Jo 6:15-21), (6) sanar a vista a um cego (Jo 9:1-41), (7) ressuscitar ao Lázaro (Jo 11:1-44) e, mais tarde, ressuscitá-la ele, (8) dar aos discípulos uma entristecedora pesca de peixes (Jo 21:1-14).

Em cada capítulo a divindade de Cristo se revela. E João sublinha a verdadeira identidade do Jesus mediante os títulos que utiliza: Verbo, Filho unigénito, Cordeiro de Deus, Filho de Deus, Pão de vida, ressurreição e vida, videira. E a fórmula é: < Eu sou >. Quando Jesus usa esta frase, afirma sua preexistência e sua deidade eterna. Jesus diz: < Eu sou o pão de vida > (Jo 6:35), < Eu sou a luz do mundo > (Jo 8:12; Jo 9:5); < Eu sou a porta > (Jo 10:7); < Eu sou o bom pastor > (Jo 10:11, Jo 10:14); < Eu sou a ressurreição e a vida > (Jo 11:25); < Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida > (Jo 14:6) e < Eu sou a videira verdadeira > (Jo 15:1).

Sem dúvidas, o sinal mais sobressalente é a ressurreição e João nos brinda um comovedor testemunho do achado da tumba vazia. Logo narra várias aparições posteriores a este fato.

João, o fiel seguidor de Cristo, deu-nos uma visão pessoal e capitalista do Jesus, o Filho eterno de Deus. À medida que você leia sua história proponha-se acreditar e lhe seguir.

Bosquejo

A. NASCIMENTO E PREPARAÇÃO DO Jesus, O FILHO DE DEUS (1.1-2,11)

João esclarece que Jesus não é sozinho um homem, é o eterno Filho de Deus. É a luz do mundo porque oferece este presente de vida eterna a todo o gênero humano. Que cegueira e necedad ao considerar o Jesus simplesmente como um bom homem pouco comum ou um professor moral. E até algumas vezes atuamos como se isto fora certo sobre tudo quando nos movemos ao redor de suas palavras e vivemos a nossa maneira. Se Jesus for o eterno Filho de Deus, devêssemos pôr atenção a sua identidade divina e a sua vida que comunica uma mensagem.

B. MENSAGEM E MINISTÉRIO DO Jesus, O FILHO DE DEUS (2.12-12,50)

1. Jesus enfrenta fé e incredulidade na gente

2. Jesus enfrenta conflitos com os líderes religiosos

3. Jesus enfrenta acontecimentos cruciais em Jerusalém

Jesus se reúne com indivíduos, prega a grandes multidões, prepara a seus discípulos e debate com os líderes religiosos. A mensagem, de que é o Filho de Deus, recebe uma reação mista. Alguns o adoram, outros duvidam, outros se retiram e alguns querem seu silêncio. Vemos a mesma diversidade de reações hoje. Os tempos trocaram, mas os corações das pessoas seguem duros. Podemos nos ver nestes encontros que Jesus tinha com a gente e nossa reação poderia ser lhe adorar e lhe seguir.

C. MORTE E RESSURREIÇÃO DO Jesus, O FILHO DE DEUS (13 1:21-25)

1. Jesus ensina a seus discípulos

2. Jesus termina sua missão

Jesus cuidadosamente instrui a seus discípulos a respeito de como continuar acreditando até depois de sua morte, embora não tomaram em conta. Depois que ele morreu e vieram os primeiros informe que estava vivo, os discípulos não puderam acreditar. Tomam se recorda em forma especial como um dos que recusou acreditar mesmo que ouviu o testemunho de outros discípulos. Possivelmente não sejamos como Tomam, ao demandar um encontro físico cara a cara, mas podemos aceitar o testemunho dos discípulos que João inclui em seu Evangelho.

Megatemas

TEMA

EXPLICAÇÃO

IMPORTÂNCIA

Jesucristo, Filho de Deus

João nos mostra que Jesus é único como o Filho especial de Deus e ao mesmo tempo é totalmente Deus. Por isso, está em condições de nos revelar a Deus de maneira clara e detalhada.

devido a que Jesus é o Filho de Deus, podemos confiar por completo no que diz. Ao confiar nele, receberemos uma mente aberta para entender a mensagem de Deus e levar a cabo seu propósito em nossas vidas.

Vida eterna

devido a que Jesus é Deus, vive para sempre. antes de que o mundo existisse, viveu com Deus e reinará com ele para sempre. No João vemos o Jesus revelado em poder e magnificência até antes de sua ressurreição.

Jesus nos oferece vida eterna. Convida-nos a começar a viver em uma relação pessoal e eterna com ele, que se inicia agora. Embora devamos crescer e mais tarde morrer, confiando nele teremos uma nova vida que perdura para sempre.

Acreditar

João descreve oito sinais específicos ou milagres que mostram a natureza do poder e o amor do Jesus. Vemos seu poder sobre o criado e seu amor por todos. Estes sinais nos animam a acreditar nele.

Fé demanda confiança ativa, viva e contínua no Jesus como Deus. Quando acreditam em sua vida, suas palavras, sua morte e sua ressurreição, ele nos limpa de nossos pecados e recebemos poder para lhe seguir. Mas nossa resposta a ele deve ser mediante a fé.

Espírito Santo

Jesus ensinou a seus discípulos que o Espírito Santo viria depois que ele subisse da terra. O Espírito Santo logo moraria, guiaria, aconselharia e consolaria a quem segue. A presença e o poder de Cristo se multiplicam através do Espírito Santo em todos os que acreditam.

Através do Espírito Santo de Deus vamos a ele pela fé. Devemos conhecer espírito Santo para compreender tudo o que Jesus ensinou. Podemos experimentar o amor e a direção do Jesus na medida que permitamos ao Espírito Santo fazer seu trabalho em nós.

Ressurreição

Ao terceiro dia de sua morte, Jesus ressuscitou. Isto o verificaram os apóstolos e muitas testemunhas presenciais. A realidade trocou aos discípulos de desertores assustados a líderes dinâmicos dentro da nova igreja. Este fato é o fundamento da fé cristã.

Podemos trocar como os discípulos e ter a segurança de que um dia nossos corpos se levantarão para viver com Cristo por sempre. O mesmo poder que levantou o Jesus dos mortos pode nos capacitar para seguir a Cristo cada dia.

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LUGARES CHAVE NO João

A história do João começa com o ministério do João o Batista ao outro lado do Jordão (1.28ss). Jesus também inicia seu ministério falando com alguns homens que mais tarde deveriam ser seus doze discípulos. O ministério do Jesus na Galilea começou com uma visita a umas bodas no Caná (2.1ss). Logo passou ao Capernaum, que deveu ser seu novo lar (2.12). Viajou a Jerusalém para participar de uma festa especial (2,13) a seguir teve um encontro com o Nicodemo, um líder religioso (3.1ss). Quando deixou Judea, viajou através da Samaria e ministró aos samaritanos (4.1ss). Jesus fez milagres na Galilea (4.46ss), na Judea e Jerusalém (5.1ss). Seguimo-lo até que alimentou a mais de cinco mil perto da Betsaida junto ao mar da Galilea (mar do Tiberias; 6.1ss), caminhou sobre as águas ante seus assustados discípulos (6.16ss), pregou na Galilea (7.1), retornou a Jerusalém (7.2ss), pregou ao outro lado do Jordão na Perea (10.40), ressuscitou ao Lázaro na Betania (11.1ss) e finalmente entrou em Jerusalém por última vez para celebrar a Páscoa com seus discípulos e lhes dar mensagens chave sobre o futuro e de como deveriam atuar. Suas últimas horas, antes de sua crucificação, passou-as na cidade (13.1ss), no horta do Getsemaní (18.1ss) e por último em diferentes edifícios nos que lhe ajuizou (18.12ss). Crucificariam-no, mas ressuscitaria outra vez, tal como o prometeu.


Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51
1:1 O que Jesus ensinou e o que fez estão ligados em forma inseparável com o que O é. João mostra ao Jesus como totalmente humano e totalmente divino. Apesar de que Jesus tomou por completo nossa humanidade e viveu como um homem, nunca deixou de ser o Deus eterno que sempre existiu, o criador e sustentador de todas as coisas, a força que une a criação e a fonte da vida eterna. Esta é a verdade a respeito do Jesus e o fundamento da verdade. Se não podermos ou não acreditam esta verdade básica, não teremos a fé suficiente para lhe confiar nosso destino eterno. Por isso João escreveu seu Evangelho: para edificar a fé e a confiança no Jesucristo, ao grau que criamos que O em realidade era e é o Filho de Deus (20.30, 31).

1:1 João escreveu aos crentes em todo lugar, sejam ou não judeus (gentis). Como um dos doze discípulos, João foi uma testemunha presencial, de maneira que sua história é confiável. Seu livro não é uma biografia (como o livro do Lucas), a não ser uma apresentação temática da vida do Jesus. Muitos dos ouvintes originais tinham um trasfondo grego. A cultura grega estimulava a adoração de muitos deuses mitológicos cujas características sobrenaturais eram tão importantes para os gregos como as genealogias para os judeus. João mostrou que Jesus não só era diferente de seus deuses mitológicos, a não ser superior a eles.

1.1ss O que quer dizer João com o Verbo? O Verbo era uma expressão usada por teólogos e filósofos, judeus e gregos por igual, de muitas maneiras diferentes. Nas Escrituras hebréias, o Verbo era um agente de criação (Sl 33:6), a fonte da mensagem de Deus a seu povo por meio de seus profetas (Os 1:2) e a lei de Deus, sua norma de santidade (Sl 119:11). Na filosofia grega, o Verbo era o princípio da razão que governava ao mundo ou o pensamento que estava ainda na mente, enquanto que no pensamento hebreu o Verbo era outra forma de dizer Deus. A descrição do João mostra claramente que se refere ao Jesus (veja-se especialmente 1.14); um ser humano que conhecia e amava, mas que era de uma vez o Criador do universo, a suprema revelação de Deus, a imagem vivente da santidade de Deus, e "todas as coisas no subsistem" (Cl 1:17). Para os leitores judeus, "o Verbo era Deus" era uma blasfêmia. Para os leitores gregos, "aquele Verbo foi feito carne" (Cl 1:14) era impensável. Para o João, este novo entendimento do Verbo era o evangelho, as boas novas do Jesucristo.

1:3 Quando Deus criou, fez um pouco de um nada. devido a que somos seres criados, não há razão para ser orgulhosos. Recorde que você existe sozinho porque Deus o fez e tem dons especiais unicamente porque Deus os deu. Com Deus você é algo especial; separado de Deus não é nada, e se tenta viver sem O, abandonará o propósito pelo qual foi feito.

1.3-5 Pensa freqüentemente que Deus alguma vez conseguirá entendê-lo porque sua vida é muita complexa? Recorde: Deus criou todo o universo e nada é muito complexo para O. Criou-o a você, vive hoje e seu amor é maior que qualquer problema que você possa enfrentar.

1.4, 5 "As trevas não prevaleceram contra ela" significa que as trevas de maldade nunca triunfaram nem triunfarão nem apagarão a luz de Deus. Jesucristo é o criador da vida e sua vida oferece luz à humanidade. Em sua luz, vemo-nos tal como somos: pecadores em necessidade de um Salvador. Quando seguimos ao Jesus, a luz verdadeira, evitamos andar como cegos e cair no pecado. O ilumina o caminho que temos diante a fim de que saibamos como viver. O dissipa a escuridão do pecado de nossas vidas. permitiu que a luz de Cristo brilhe em sua vida? Permita que Cristo guie sua vida e nunca tropeçará na escuridão.

1.6-8 Neste livro, o nome João se refere ao João o Batista. se desejar mais informação sobre o João o Batista, veja-se seu perfil neste capítulo.

1:8 Nós, como João o Batista, não somos a fonte da luz de Deus; simplesmente refletimos essa luz. Jesucristo, que é a luz verdadeira, ajuda-nos a ver nosso caminho a Deus e nos mostra como transitar ao longo desse caminho. Mas Cristo quer refletir sua luz através de seus seguidores a um mundo incrédulo, possivelmente porque os incrédulos não são capazes de suportar a poderosa glória resplandecente de sua luz pura. A palavra testemunho se refere a nosso papel de refletir a luz de Cristo. Nunca devemos nos apresentar ante outros como a luz, a não ser lhes indicar que olhem a Cristo, a Luz.

1:10, 11 Apesar de que Cristo criou o mundo, a gente que criou não o reconheceu (1.10). Até a que Deus escolheu para preparar ao resto do mundo para a vinda do Messías o rechaçou (1.11), em que pese a que todo o Antigo Testamento falava de sua vinda.

1:12, 13 Todos os que aceitam a Cristo como Senhor de suas vidas renascem espiritualmente e recebem nova vida de Deus. Através da fé em Cristo, este novo nascimento nos troca de dentro, reacondicionando nossas atitudes, desejos e motivos. O nascimento faz que alguém esteja vivo fisicamente e permite ser parte da família. Ao nascer de Deus, formamos parte de sua família (1.12). pediu que Cristo lhe faça uma nova pessoa? Este novo começo está a disposição de todo aquele que acredita em Cristo.

1:14 O "Verbo foi feito carne", significa: converteu-se em humano. Cristo deveu ser (1) o Professor perfeito: na vida do Jesus vemos como Deus pensa e portanto como devêssemos pensar (Fp 2:5-11); (2) o exemplo perfeito: O é o modelo do que devemos ser, mostra-nos como viver e nos dá poder para viver dessa maneira (1Pe 2:21); (3) o sacrifício perfeito: Jesus veio como um sacrifício por todos os pecados e sua morte satisfaz as demandas de Deus para o cancelamento do pecado (Cl 1:15-23).

1:14 O "unigénito do Pai" significa que Jesus é o único e singular Filho de Deus. A ênfase está posta no singular. Jesus é único e desfruta de uma relação com Deus que é diferente da dos crentes chamados "filhos" que afirmam ser "engendrados de Deus".

1:14 Quando Jesus nasceu, Deus se fez homem. Não era metade homem nem metade Deus, era todo Deus e todo homem (Cl 2:9). antes de que Cristo viesse, a gente podia conhecer deus em parte. Logo depois de sua vinda, conheceu-o em sua totalidade porque veio visível e tangível no Jesus. Cristo é a expressão perfeita de Deus em forma humana. Os dois enganos mais comuns som minimizar sua humanidade ou minimizar sua divindade. Jesus é tanto Deus como homem.

1:17 O amor e a justiça formam parte da natureza divina que Deus usa para lutar conosco. Moisés enfatizou a justiça e a Lei de Deus, enquanto que Cristo veio para ressaltar a misericórdia, o amor e o perdão de Deus. Moisés só pôde ser o veículo da Lei, enquanto que Cristo veio para cumpri-la (Mt 5:17). A natureza e a vontade de Deus se revelaram na Lei; agora a natureza e a vontade de Deus se revelam no Jesucristo. Em lugar de vir em pranchas frite de pedra, a revelação de Deus ("sua verdade") vem à vida da pessoa. Na medida que conhecemos melhor a Cristo, nosso entendimento de Deus se incrementa.

1:18 Deus se comunicou mediante várias pessoas no Antigo Testamento, pelo geral profetas que recebiam mensagens específicas. Mas ninguém viu deus. Em Cristo, Deus revelou sua natureza e essência de uma forma que podia ver-se e tocar-se. Em Cristo, Deus se fez homem e habitou entre nós.

1:19 Em Jerusalém, os sacerdotes e levita eram líderes religiosos de respeito. Os sacerdotes serviam no templo e os levita os ajudavam. Os líderes que foram ver o João eram fariseus (1.24), um grupo que João o Batista e Jesus criticavam com freqüência. Muitos obedeciam levianamente as leis de Deus para parecer piedosos enquanto que, no profundo de seus corações, estavam cheios de orgulho e avareza. Os fariseus acreditavam que suas tradições orais eram tão importantes como a Palavra inspirada de Deus. se desejar mais informação a respeito dos fariseus, veja-os dados que se oferecem no Mateus 3 e Marcos 2.

Estes líderes deveram ver ao João o Batista por várias razões: (1) Sua tarefa como guardiães da fé os motivou a investigar qualquer mensagem nova (Dt 13:1-5; Dt 18:20-22). (2) Tratavam de averiguar se tinha os créditos de um profeta. (3) João tinha um grupo considerável de seguidores e seu número crescia. Talvez estavam ciumentos e queriam ver por que este homem era tão popular.

1.21-23 Na mente daqueles fariseus havia só quatro possibilidades no que respeita à identidade do João o Batista. Era (1) o profeta anunciado pelo Moisés (Dt 18:15), (2) Elías (Ml 4:5), (3) o Messías, ou (4) um falso profeta. João negou ser estes personagens, em troca se proclamou, em palavras do profeta Isaías no Antigo Testamento, como a "voz que clama no deserto; preparem caminho para o Jeová" (Is 40:3). Os líderes seguiram apressando-o para que dissesse quem era, porque a gente esperava a vinda do Messías (Lc 3:15). Mas João enfatizou sozinho a razão pela que veio: a preparar o caminho para o Messías. Os fariseus não entendiam o mais importante. Queriam saber quem era João, mas este queria que eles soubessem quem era Jesus.

1.25, 26 João estava batizando judeus. Os esenios (uma estrita seita monástica de judeus) praticavam o batismo para purificação, mas pelo general só os que não eram judeus (gentis) batizavam-se ao converter-se ao judaísmo. Quando os fariseus perguntaram com que autoridade batizava, estavam dizendo: "por que tráficos ao povo escolhido de Deus como se fossem gentis?" João respondeu: "Eu batizo com água". Simplesmente ajudava às pessoas a cumprir com um ato simbólico de arrependimento. Mas muito em breve viria um que na verdade perdoaria pecados, algo que solo o Filho de Deus, o Messías, poderia fazer.

1:27 João o Batista manifestou que não era digno nem de ser escravo de Cristo. Entretanto, em Lc 7:28 Jesus disse que João foi o maior dos profetas. Se uma pessoa como João se sente indigno de ser escravo de Cristo, quanto mais nós devêssemos depor nosso orgulho para servir a Cristo! Quando entendemos seriamente quem é Cristo, nosso orgulho e prestígio desaparecem.

João O BATISTA

Não cabe dúvida alguma, João o Batista foi único. Vestiu em forma estranha, alimentou-se com coisas estranhas e apresentou uma mensagem pouco usual aos habitantes da Judea que saíram a seu encontro em regiões desoladas.

Entretanto, João não tentava procurar proveito pessoal com sua peculiaridade. Em troca, propôs-se obedecer. Sabia que tinha um papel específico que cumprir no mundo: anunciar a vinda do Salvador, e pôs todas suas energias para cumprir esta tarefa. Lucas nos diz que João esteve no deserto quando recebeu a palavra de Deus. João estava preparado e esperava. O anjo que anunciou seu nascimento ao Zacarías deixou em claro que este menino seria nazareo, a gente afastado para o serviço de Deus. João se manteve fiel a essa descrição.

Este homem de aspecto selvagem não tinha poder nem posição no sistema político judeu, mas falou com uma autoridade quase irresistível. A gente se comovia com suas palavras porque dizia a verdade, desafiava-os a deixar o pecado e a batizar-se em sinal de arrependimento. Responderam por centenas. Embora as multidões o rodeavam, não procurou ser o centro, nunca esqueceu que seu papel principal foi anunciar a vinda do Salvador.

As palavras de verdade que moveram a muitos ao arrependimento aguilhoou a outros, motivando resistência e irritação. João até desafiou ao rei Herodes a que admitisse seu pecado. Herodías, a mulher com a que Herodes se uniu ilegalmente, decidiu livrar-se deste pregador solitário. Apesar de que o matou, não foi possível deter sua mensagem. Aquele ao que João anunciou já estava em ação. João cumpriu com sua missão.

Deus nos deu um propósito para viver e podemos confiar que O nos guiará. João não tinha a Bíblia completa, como a temos hoje, entretanto, centrou sua vida à luz do que sabia das Escrituras do Antigo Testamento. Do mesmo modo, nós podemos descobrir na Palavra de Deus as verdades que Deus quer que saibamos. E à medida que estas verdades obrem em nós, outros irão ao. Deus pode usá-lo a você como a nenhum outro. lhe diga sua disposição a lhe seguir hoje.

Pontos fortes e lucros:

-- O mensageiro que Deus escolheu para anunciar a vinda do Jesus

-- Um pregador cujo tema foi o arrependimento

-- Um confrontador intrépido

-- Conhecido por seu estilo de vida notável

-- Inflexível

Debilidades e enganos:

-- Dúvida temporária a respeito da identidade do Jesus

Lições de sua vida:

-- Deus não garante uma vida segura nem fácil aos que lhe servem

-- Cumprir com os desejos de Deus é o investimento maior que se faz na vida

-- Defender a verdade é mais importante que a vida mesma

Dados gerais:

-- Onde: Judea

-- Ocupação: Profeta

-- Familiares: Pai: Zacarías. Mãe: Elisabet. Parente longínquo: Jesus

-- Contemporâneos: Herodes, Herodías

Versículo chave:

"De certo lhes digo: Entre os que nascem de mulher não se levantou outro maior que João o Batista; mas o mais pequeno no reino dos céus, major é que ele" (Mt 11:11).

A história do João se narra nos quatro Evangelhos. Sua vinda se anunciou em Is 40:3 e Ml 4:5ss; e se menciona em At 1:5, At 1:22; At 10:37; At 11:16; At 13:24-25; At 18:25; At 19:3-4.

1:29 Cada manhã e tarde, sacrificava-se um cordeiro no templo pelos pecados do povo (Ex 29:38-42). Is 53:7 profetizou que o Messías, o Servo de Deus, seria devotado como um cordeiro. Para pagar a culpa pelo pecado, tinha que entregar uma vida; e Deus quis dar-se a si mesmo em sacrifício. Os pecados do mundo foram tirados quando Jesus morreu como o sacrifício perfeito. Desta maneira se perdoam nossos pecados (1Co 5:7). "Pecado do mundo" significa o pecado de todos, o de cada indivíduo. Jesus pagou o preço de nosso pecado com a morte. Você pode receber perdão ao lhe confessar seu pecado e lhe pedir seu perdão.

1:30 Apesar de que João o Batista tinha sido um pregador muito conhecido e atraiu grandes multidões, sentiu-se muito feliz de que Jesus ocupasse o lugar mais importante. Esta é a verdadeira humildade, a base da grandeza na predicación, ensino ou qualquer outro trabalho que façamos por Cristo. Quando você se sinta feliz de fazer as coisas que Deus quer que faça e permita que Cristo receba a honra por isso, Deus fará grandes costure através de você.

1.31-34 No batismo do Jesus, João o Batista o declarou como o Messías. Nesse momento Deus deu um sinal ao João de que na verdade O tinha enviado ao Jesus (1.33). João e Jesus eram parentes (veja-se Lc 1:36), de modo que João sabia quem era. Mas não foi a não ser até seu batismo que João compreendeu que Jesus era o Messías. O batismo do Jesus se relata em Mt 3:13-17; Mc 1:9-11 e Lc 3:21-22.

1:33 O batismo do João o Batista em água foi preparatório, porque era para arrependimento e simbolizava a lavagem dos pecados. Jesus, em contraste, batizaria com o Espírito Santo. Enviaria ao Espírito Santo sobre os crentes para que lhes repartisse poder para viver e ensinar a mensagem de salvação. Isto ocorreu depois de que Jesus ressuscitou e subiu ao céu (veja-se 20.22; Feitos 2).

1:34 A tarefa do João o Batista era a de guiar às pessoas para Cristo, o Messías que esperavam. Hoje muitas pessoas andam em busca de alguém que lhes dê segurança em um mundo inseguro. Nossa tarefa é guiá-los a Cristo e lhes mostrar que O é o que procuram.

1.35ss Estes novos discípulos chamaram de várias formas ao Jesus: Cordeiro de Deus (1.36), Senhor (literalmente, Rabino ou Professor) (1.38), Messías (1.41, 45), Filho de Deus (1.49), Rei do Israel (1.49). À medida que o conheceram, sua avaliação pelo cresceu. quanto mais tempo passemos com Cristo conhecendo-o, mais compreenderemos e apreciaremos o que O é. Seus ensinos nos atrairão, mas chegaremos a conhecê-lo como o Filho de Deus. Apesar de que estes discípulos estiveram falando nesses termos em poucos dias, não o entenderiam de tudo até três anos mais tarde (Feitos 2). O que consideraram como uma profissão fácil tiveram que convertê-lo em experiência. Vemos que as palavras de fé brotam com facilidade, mas a apreciação profunda por Cristo vem como produto de viver por fé.

1:37 Um dos dois discípulos foi Andrés (1.40). O outro possivelmente foi João, o escritor deste livro, ou Felipe, ao que se menciona freqüentemente. por que estes discípulos deixaram ao João o Batista? Porque isso é o que João quis que fizessem; guiou-os a Cristo, preparou-os para que o seguissem. Estes foram os primeiros discípulos do Jesus, junto com o Simón Pedro (1,42) e Natanael (1.45).

1:38 Quando os dois discípulos começaram a lhe seguir, Jesus lhes perguntou: "O que desejam?" Seguir ao Jesus não é suficiente: devemos lhe seguir pelas razões devidas. lhe seguir por nossos fins é pedir a Cristo que nos siga, que se ajuste a nós para edificar nossa causa, não a sua. Devemos examinar nossos motivos para lhe servir. Procuramos sua glória ou a nossa?

1.40-42 Andrés aceitou o testemunho do João o Batista a respeito do Jesus e imediatamente foi dizer o a seu irmão, Simón Pedro. Não havia dúvidas em sua mente: para ele Jesus era o Messías. Não somente o disse ao Pedro; através dos Evangelhos acham ao Andrés desejoso de levar a outros ao Jesus (vejam-se 6.8, 9; 12.22).

1:42 Jesus não só viu quem era Pedro, a não ser quem chegaria a ser. Por isso lhe atribuiu um novo nome: Cefas em aramaico, Pedro em grego (o nome significa "uma rocha"). Através dos Evangelhos, não se apresenta ao Pedro como "pedra sólida", mas chegou a ser uma "rocha" nos dias da igreja primitiva, como nos relata isso o livro dos Fatos. Ao dar ao Pedro um novo nome, Jesus apresenta uma mudança em seu caráter. se desejar mais informação sobre o Simón Pedro, veja-se seu perfil no Mateus 27.

1:46 Os judeus menosprezavam ao Nazaret porque uma guarnição romana estava localizada ali. Alguns especularam que uma atitude fria ou uma baixa reputação moral e religiosa do povo do Nazaret conduziu ao comentário duro do Natanael. A cidade natal do Natanael foi Caná, situada a um pouco mais de seis quilômetros do Nazaret.

1:46 Quando Natanael ouviu que o Messías procedia do Nazaret, surpreendeu-se. Felipe lhe respondeu: "Vêem e vê". Por fortuna, Natanael foi ver o Jesus e chegou a ser seu discípulo. Se tivesse atuado em apóie a seus prejuízos, sem uma investigação maior, tivesse perdido seu encontro com o Messías! Não permita que os estereótipos da gente a respeito de Cristo sejam causa de que percam poder e amor. Convide-os a que se aproximem do e comprovem quem é Jesus.

PRIMEIRAS VIAGENS DO Jesus: Depois que João batizou ao Jesus no rio Jordão e que Satanás o tentou no deserto(veja-se mapa no Marcos 1), Jesus voltou para a Galilea. Visitou Nazaret, Caná e Capernaum, logo retornou a Jerusalém para a Páscoa.

1.47-49 Jesus conhecia todo o referente ao Natanael antes de que se encontrassem cara a cara. Jesus também nos conhece bem. Uma pessoa honesta se sentirá a gosto sabendo que Jesus a conhece tal qual é. Uma desonesta se sentirá molesta. Não pode fingir ser algo que não é. Deus sabe como é você verdadeiramente e deseja que o siga.

1:51 Esta é uma referência ao sonho do Jacó que aparece em Gn 28:12. Em sua condição singular de Deus-Homem, Jesus seria a escada entre o céu e a terra. Jesus não diz aqui que ia ser uma experiência física (quer dizer que veriam a escada com seus olhos), como no caso da transfiguración, mas sim teriam uma percepção espiritual da verdadeira natureza do Jesus e do propósito de sua vinda.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Introdução ao Livro de João
O Evangelho Segundo São João

por Harvey JS Blaney

Prefácio do Editor para João

O AUTOR DA EXPOSIÇÃO DO EVANGELHO SEGUNDO JOÃO na Commentary Wesleyan Bíblia é o Dr. Harvey JS Blaney, Professor de Religião e Presidente da Divisão de Pós-Graduação em Estudos Teológicos na Eastern Nazarene College. Professor Blaney detém os seguintes graus: AB, Eastern Nazarene College; BD, da Universidade de Yale; STM, Universidade de Harvard; e Th. D., da Universidade de Boston. Dr. Blaney ocupou sua posição atual na Eastern Nazarene College desde 1945. Sua área de ensino é nas áreas de estudos do Velho e do Novo Testamento. Um recente verão foi gasto ensinando em Pasadena College, Pasadena, Califórnia.

Dr. Blaney é um ministro ordenado na 1greja do Nazareno, e tem pastoreado Batista, Congregacional, e congregações nazarenas em New Brunswick, Canadá, Maine, Connecticut e Massachusetts. Ele é co-autor de Explorando o Novo Testamento , e autor dolivro da faculdade para o volume anterior (Beacon Hill Press). Ele tem escrito extensivamente para publicações religiosas.

Professor Blaney é membro da Associação Nacional de instruções bíblicas, a Sociedade de Literatura Bíblica e Exegese, e as Escolas Americanas de Pesquisa Oriental. Ele é ex-presidente do Boston bíblica Club.

O autor do comentário sobre João teve um ministério longa e rica de pregação, além de seus muitos anos fecundos de trabalho em sala de aula. A riqueza de sua erudição e da força do seu ministério prático são abundantemente evidente em suas exposições do Evangelho segundo São João. Aqui, a mente ea alma do Apóstolo é feito para viver de novo sob a pena hábil de Professor Blaney. Seu estilo agradável e penetrantes insights sobre a profundidade espiritual dos ensinamentos do Apóstolo são uma delícia contínua para o leitor. O Evangelho Segundo João também se qualifica como um verdadeiro clássico religioso em razão de seu apelo universal à natureza humana e sua capacidade de satisfazer as necessidades mais profundas da natureza espiritual do homem.Professor Blaney admiravelmente retratado essas qualidades desse grande Evangelho em suas exposições de João.

CHAS. W. CARTER

Presidente e Editor Geral

Wesleyan Comentário Bíblico

Esboço

I. INTRODUÇÃO

A. Prólogo: O Verbo se fez carne (1: 1-18)

B. testemunho do Batista (1: 19-34)

C. Jesus escolhe Disciples (1: 35-51)

D. As Bodas de Caná (2: 1-12)

. II MINISTÉRIO PÚBLICO (13 12:50'>2: 13 12:50)

A. limpeza do templo (2: 12-25)

B. O Novo Nascimento (3: 1-15)

C. amor redentor de Deus (3: 16-21)

D. mais um testemunho de João Batista (3: 22-30)

E. A Commentary on João Witness (3: 31-36)

F. Jesus ea Samaritana (4: 1-26)

G. consequências da entrevista (4: 27-42)

H. Son Cura do Oficial (4: 43-54)

I. Jesus e no sábado (5: 1-18)

J. Jesus eo Pai (5: 19-47)

K. alimentar a multidão (6: 1-15)

L. Jesus que anda na água (6: 16-21)

M. Jesus o Pão da Vida (6: 22-71)

N. Incompreensão e Delay (7: 1-13)

O. Controvérsia com e entre os judeus (7: 14-52)

P. Jesus ea mulher adúltera (7: 53-8: 11)

Q. A Luz do Mundo (8: 12-20)

R. Não podeis Siga (8: 21-30)

S. A verdade vos gratuito (8: 31-59)

T. Jesus eo cego (9: 1-41)

U. Jesus a porta eo Pastor (10: 1-21)

V. Além disso polêmica com os judeus (10: 22-39)

W. A Ressurreição de Lázaro (10: 40-11: 44)

X. A Conspiração Contra Jesus (11: 45-54)

Y. a unção de Betânia (11: 55-12: 11)

Z. A Entrada Triunfal em Jerusalém (12: 12-19)

Z 1 . gregos 1nquire por Jesus (12: 20-43)

Z 2 . Conclusão do Ministério Público (12: 44-50)

. III DO MINISTÉRIO PRIVATE (Jo 13:17)

B. I Go Away: I Will Come Again (14: 1-31)

C. The Vine 5erdadeiro e os Ramos (15: 1-17)

D. O ódio do mundo (15: 18-27)

E. Promessa de perseguição e o Consolador (16: 1-33)

F. A oração de Jesus (17: 1-26)

. IV A história da paixão (Jo 18:19)

B. O julgamento Judeu (18: 12-27)

C. O Julgamento Diante de Pilatos (18: 28-19: 16)

D. A Crucificação (19: 17-42)

E. A Ressurreição (20: 1-31)

F. O Epílogo (21: 1-25)

Introdução

I. PRESCRIPT

O Evangelho de João sempre foi muito amado pela Igreja Cristã e tem sido utilizado de forma consistente como uma porção escolha da Bíblia em introduzir o Evangelho de Jesus Cristo para os não convertidos. Descrição de Isaías de "O caminho da santidade", como aquele em que "o viajante, sim tolos, não errarão" (Is 35:8 ). Mas o próprio autor estava em cima história como ele escreveu, ao mesmo tempo, estar envolvido no processo histórico. Ele escreveu a partir do ponto de vista de seu sujeito que transcendeu história, do tempo e do espaço. Em João "experiência cristã assumiu a caneta para escrever." A história de Jesus é necessário para a sua narrativa, a fim de mostrar que o todo não foi apenas a experiência mística da comunidade crente, mas a história é subsumido sob a ótica da Jesus como o Filho eterno de Deus. "Cada parte de sua narrativa é referida uma verdade final deixou claro, por experiência, que" Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. " "

O leitor deve tentar ficar onde o autor estava se ele iria entender sua mensagem, uma mensagem profundamente preocupado com "a relação entre o que é finito e temporal eo que é infinito e eterno, entre" carne "e Espírito, e entre a 'carne' e Word. "BH Streeter diz que o Quarto Evangelho pertence ao" Library of Devotion. "Vai ser mal interpretado, a menos que seja abordada em um espírito comparável àquela em que nos aproximamos das Confissões de Agostinho ou a imitação de Kempis. "

II. AUTORIA E DATA

O projeto e escopo do presente trabalho impede um tratamento exaustivo dos problemas associados com a autoria e data do Evangelho de João. Estes problemas têm sido tratados pelas autoridades qualificados, com especial interesse nesta área, eo material é facilmente disponível em obras listadas na bibliografia de acompanhamento. Será suficiente aqui para esboçar as linhas gerais dos diferentes argumentos envolvidos, as conclusões que têm sido sugeridas, bem como a posição que possa ser considerado mais sustentável em um problema que ainda está à espera de mais evidências para a resposta final.

A partir da última metade do século II ANÚNCIO até o século XVIII, o autor aceitou foi o apóstolo João, filho de Zebedeu, que escreveu no final da vida perto do fim do primeiro século. Uma excelente demonstração dessa posição é dada por BF Westcott, cujo argumento essencial é dada por Alfred Plummer, e George Salmon, e por muitos escritores conservadores desde a virada do século atual. É seguro dizer que esta conclusão é em aceitação geral no cristianismo evangélico de hoje.

Este argumento em breve é ​​que o autor era um judeu, um judeu da Palestina, uma testemunha ocular do que ele descreveu, um apóstolo, e, assim, o apóstolo João. Esta evidência é derivado do próprio livro, a linguagem e forma de que revelam que o autor conhecia e compreendia a Antigo Testamento, a fé judaica, a terra e os costumes da Palestina. Ele também tinha conhecimento de primeira mão de muitos acontecimentos da vida de Cristo, os tempos em que ele viveu, e de suas associações com os Doze.

Além disso, há a evidência externa, composta por referências ao Evangelho de escritores cristãos. Westcott diz:

Ao rever esses vestígios do uso do Evangelho nos primeiros três quartos de um século depois de ter sido escrito, nós prontamente admitem que eles são menos distintos e numerosas do que as poderia ter esperado que não estão familiarizados com o personagem dos restos literários de o período. Mas pode-se observar que todas as evidências apontam na mesma direcção. Não há, com uma exceção questionável, qualquer indicação positiva de que a dúvida foi em qualquer lugar lançada sobre a autenticidade do livro. ... Todos os novos elementos de prova que veio à luz apoiou esta crença universal da Sociedade Cristã, embora tenha modificado a sério teorias rivais que foram criados contra ele.

Uma análise mais penetrante desta posição foi dada pelo HS Holland, cujo trabalho, juntamente com o de Westcott, pode ser considerado normativo para os estudiosos britânicos desse período. Estes homens foram criados em estrita oposição à escola crítica, não porque eles se opunham às ferramentas de investigação crítica, com os quais foram totalmente familiar, mas porque eles foram bem orientados na tradição cristã primitiva do que os seus adversários.

A visão tradicional tem mantido a uma data final do primeiro século para a escrita do Evangelho de João. Este baseia-se na tradição que João viveu em Éfeso, após a saída do Apóstolo Paulo a partir da cidade, que ele permaneceu lá até a velhice, e que ele recebeu a visão apocalíptica, na 1lha de Patmos tarde na vida. Além disso, o conteúdo do Evangelho revelar um conhecido assumido com os evangelhos sinóticos, por parte da comunidade cristã, e o autor, lidando com as crenças e as condições, tanto na 1greja e no mundo de uma data posterior à dos escritores sinóticos e Paulo, depende de suas próprias reminiscências de testemunhas oculares. A mudança de atitude para com os judeus, também é evidente.

Em oposição à escola tradicional era a escola fundamental, decorrente em grande parte da Alemanha. Os resultados da crítica liberal foram apresentados na sua forma mais extrema por Johannas Strauss em sua Vida de Cristo e pelo FC Baur, fundador da chamada escola de Tübingen do pensamento. Em resumo esta posição pode ser resumido como se segue.

A visão crítica rejeitou a posição tradicional na base da evolução assumida de tradição cristã Jesus era um homem com uma mensagem e um seguinte que permitiu que fosse martirizado na hora mais escura de sua carreira, na esperança de inspirar os discípulos a um zelo renovado para o novo movimento. Ele provou ser um movimento mestre, e como os anos passaram e a igreja foi estabelecida em seu nome, mais maravilhas veio a ser atribuída a ele. Sentiam-Lo tão perto que eles começaram a acreditar que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Em seguida, os milagres foram atribuídos a ele, e logo eles acreditavam que em Seu ministério Jesus tinha prometido tudo o que eles estavam enfrentando. Alguém tomou o nome de João, um discípulo, e é usado por escrito o que ele chamou de uma testemunha ocular da vida e os ensinamentos de seu Senhor, que havia sido conhecido por ser divino desde o início e vivera e morrera de acordo com um plano prescrito de Deus.

O Evangelho foi condenado porque toda a reivindicação para a divindade de Jesus era falsa. João, o apóstolo não poderia ter escrito it-a alegação do autor a ser uma testemunha ocular e que o discípulo a quem Jesus amava também era falsa. O Evangelho era de origem muito tarde, talvez tão tarde quanto a segunda metade do século II, o autor era totalmente desconhecido.

Embora esta crítica veio principalmente da Alemanha, o campo não foi indivisa no continente, como WF Howard mostra. Theodor Zahn e Bernhard Weiss ficou para a visão tradicional, H. Holzmann, Paulo W. Schmiedel e Adolf Jülicher para a vista liberal, enquanto Adolf von Harnack tomou uma posição intermediária. William Sanday, o estudioso britânico, representado uma cegueira de alguns dos movimentos progressistas da Europa, nomeadamente a ênfase teológica, que teve uma profunda influência sobre bolsa de estudos mais tarde. BW Bacon, o estudioso norte-americano na Universidade de Yale, serviu como uma força de mediação significativa. Sanday, no entanto, foi bastante sarcástica acerca da obra de Bacon.

Fora do impasse virtual a posição mediadora levantou-se, e continua em muitas modificações até os dias atuais. Baseia-se em grande parte de considerações que os conservadores tinham negligenciado ou ignorado ou que não estavam ainda disponíveis para eles, mas que foram forçadas para a discussão com os resultados da crítica literária e achados arqueológicos. Mesmo Westcott tinha sido consciente de que a evidência externa não foi conclusivo. Dúvida tinha sido lançada sobre o João referido em algumas das fontes, bem como em certas referências ao Evangelho. Um segundo olhar teve de ser tomada na referência de Papias que João, o apóstolo tinha sofrido martírio cedo com seu irmão Tiago, por esta tradição foi reconhecidamente muito tarde. Percebeu-se que a solução do problema sinóptico era uma solução literária, alguma forma de uma hipótese fonte. Assim, o Evangelho de João também "estava em um relacionamento literário." As várias discrepâncias, tanto literária e cronológica, entre os sinóticos e do Quarto Evangelho não podia mais ser ignorado. A precisão histórica completa de ambos não podia ser reconhecida a um e ao mesmo tempo; em geral, os Sinópticos foram preferidos acima João com exceção da história da Paixão. Além disso, de João próprio Evangelho produziu um verdadeiro problema quando se reconheceu que os discursos de Jesus são no estilo do autor e que eles nem sempre são distinguíveis das exortações do autor.

A posição permite reconstruída para que o Evangelho de João, sem ser necessariamente alegando João Apóstolo como verdadeiro autor. O autor pode ser outra João-João, o Velho ou Presbítero. Ele também é visto que a autoria deste Evangelho não pode ser resolvido sem considerar todos os materiais revelant. Esta posição é bem representada por Wm. Temple, que apoia a autoridade apostólica do Evangelho, o escritor real sendo João, o Velho, um discípulo próximo de João, o apóstolo. Ele é pouco mais que um gravador, enquanto o apóstolo continua a ser a testemunha e o discípulo a quem Jesus amava . Esta posição é tomada essencialmente por BW Robinson, que detém o autor a ser João Presbítero, idêntico com o autor do joanina epístolas. JHC Macgregor sugere que o autor era um seguidor mais novo de João, o discípulo amado. Dois escritores de data mais recente alegaram o mesmo caso, em grande parte da evidência externa.

Outro argumento para a postura mais recente é dado por BPWS Hunt, que afirma que o Evangelho foi editada por algumas "pessoas de autoridade", após a morte do autor, que foi o apóstolo João. A linguagem, Hunt argumenta, poderia ter sido aplicável apenas em Alexandria; João fundou a igreja lá, e ele nunca estava em Éfeso (a prova tradicionalmente aceita é muito fraco). Ele aceita a tradição, vindo de Papias, que o apóstolo João sofreu o martírio no início (embora esta tradição é geralmente considerado fraco, vindo do setima-nona séculos). A escrita original do Evangelho é colocado antes DO ANÚNCIO de 70 ", quando o culto de Philo estava no seu auge entre os judeus de Alexander".

Barrett mantém essencialmente a mesma opinião final por motivos leves. João, o apóstolo morreu em uma data desconhecida, mas relativamente cedo, deixando atrás de si um grupo de alunos e um corpo de escritos inéditos. Três, ou talvez quatro, os alunos foram responsáveis ​​pela Apocalypse, as Epístolas e do Evangelho. Foi por causa da referência ao discípulo amado (João, o Apóstolo) tornou-se associado com a autoria de que a autoria joanina tradicional tornou-se equivocadamente estabelecida.

Desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, em 1947, uma nova dimensão foi adicionado ao estudo do Evangelho de João, uma dimensão que tem implicações ainda pouco claro, a sua data e autoria para. Tradicionalmente, pensava-se que a Igreja Cristã desenvolvida através judaísmo ao helenismo. O elemento helenístico no Evangelho de João, especialmente no prólogo, parecia discutir uma data final para. WF Howard, já em 1935, reconheceu a força do elemento judeu e disse: "... não precisamos ir além judaísmo para a idéia do Logos, e ... misticismo helenístico, ao invés de estoicismo, em seu impacto sobre a vida e pensou na Diáspora, tinha preparado o caminho para algumas das frases notáveis ​​deste Evangelho ".

A literatura recente sobre o fundo do cristianismo à luz dos pontos Rolos do Mar Morto para uma possível conexão entre João Batista e os essênios da comunidade de Qumran, e, assim, através dos discípulos de João entre Jesus ea seita Qumran. "Essa conexão direta, no entanto, não pode ser provado com certeza."

Além disso, alguns relação também é sugerida entre o Quarto Evangelho e os helenistas, e entre o Quarto Evangelho e da seita de Qumran. Ao postular uma ligação de três vias entre o Evangelho, os helenistas, e da seita de Qumran, Oscar Cullman associa o termo "helenista" com um grupo judaico semelhante às que estão em Qumran, o helenismo sendo o único prazo aplicável para aqueles que não pertencem a normativa judaísmo. Se estas conclusões provar ser válida, pode revelar-se que "... João tem suas afinidades fortes, não com o mundo grego, ou Philonic judaísmo, mas com o judaísmo palestino. ... Então, que ao invés de ser o mais helenístico dos Evangelhos, João agora revela-se, em alguns aspectos, o mais judeu. "

Em uma excelente revisão do actual estatuto do problema joanina, AM Hunter afirma que os Manuscritos do Mar Morto têm estabelecido o judaísmo essencial do Evangelho de João. Comparações do mundo do pensamento de João não tem necessidade de ir para helenístico gnosticismo do século II, porque os paralelos mais próximos dos expressões antitéticas no Evangelho são encontrados nos documentos de Qumran.

A peça mais decisiva da prova, que tem contribuído para a datação do Evangelho de João foi a descoberta de um fragmento do Robert do Evangelho, encontrado no Egito em 1935 e agora em biblioteca de o João Ryland, em Manchester 1nglaterra. Embora contenha apenas cinco versos (18: 31-33 ; Jo 37:1 ). Uma outra indicação disto pode ser visto na declaração de Jesus para a mulher cananéia: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15:24. ). O registro Synoptic deixa espaço para um ministério na Judéia e Evangelho de João pode refletir o interesse idealista de João em mostrar o ensinamento de Jesus e morrer na sede da religião judaica, como Macgregor sugere.

Foi nesta base de perspectiva adequada do todo que Moffatt afirmou que o problema da relação entre a Sinópticos e João era "muito delicado e complexo" para ser resolvido por estresse sobre a antítese factual rígida entre os dois. Eles estavam sendo aproximadas pelo reconhecimento de que os Sinópticos não são "crónicas objetivo", e que "em Marcos, especialmente, a presença de ... interpretação foi provado."

Outras discrepâncias ou contrastes entre o testemunho de João e os Sinópticos pode ser em grande parte reconciliado com base na escolha dos materiais, ênfases e interpretação dos acontecimentos dos vários autores. O Evangelho de João afirma que os milagres de Jesus eram sinais para o fim de gerar a fé em Cristo por parte dos observadores; nos Sinópticos milagres foram realizados em resposta à fé. Em contraste com os Sinópticos, João negligencia alguns dos elementos mais humanos da pessoa de Jesus, como as tentações. Este Evangelho sublinha também a divindade de Jesus, desde o início de seu ministério, ao passo que os Sinópticos retratar um desenvolvimento gradual dessa consciência até o momento da crucificação. Estes não são tanto as contradições de fatos históricos como as diferenças de ênfase para uma melhor compreensão de Cristo e Sua obra. O excelente exemplo disso é encontrado nas duas contas da crucificação. Todos os quatro Evangelhos colocá-lo na sexta-feira, mas para os Sinópticos foi o dia 15 de Nisan, o dia seguinte à Páscoa, enquanto que para João era o dia 14, o dia da festa da Páscoa. João é provavelmente correta.

Há também muitas semelhanças entre o Evangelho de João e os Evangelhos sinópticos, mas estes são encontrados em palavras e frases e que não seja deles representam a dependência, a um sobre o outro. O Evangelho de João revela uma independência por parte do evangelista, uma independência não de material histórico essencial, mas do ambiente e da perspectiva e interpretação. Os longos discursos em João pode ser tão fiel aos ensinamentos de Jesus como a cortada, forma proverbial de expressão no Sermão da Montanha, em Mateus, nenhum deles com a intenção de simplesmente repetir as palavras nuas e expressões de nosso Senhor. Nem pretende ser um gravador, mas sim um instrumento nas mãos de Deus, sendo cada uma voz da igreja, um intérprete de vida dos ensinamentos e espírito de Cristo.

Não há dúvida de que João quer se familiarizar com o Sinópticos ou que ele compartilhou com eles uma tradição comum, especialmente com Marcos, como Moffatt mostra. Barnett e Lightfoot acreditam que João é dependente dos sinóticos. Que ele fez uso delas não pode ser comprovada, pois mesmo a identidade de expressão e de pensamento não garante a dependência. A data geralmente aceite de João (90-100) e o namoro um pouco tarde dos Sinópticos (70-90), que é comumente aceitos hoje em dia, enfatizar a probabilidade de que os dois representam lojas básicas de material realizada pela igreja em alguma forma ordenada que cada uma adaptada de acordo com o seu próprio propósito, sob a orientação do Espírito Santo. A tendência, hoje, é de salientar a independência do João. O maior maturidade do pensamento do Evangelho de João não pode ser um indicativo de crescimento depois de pensamento na igreja, mas sim da maturidade do pensamento do próprio João.

Os dois registros não vai se encaixar perfeitamente em conjunto, como um quebra-cabeça, mas eles dão uma imagem maravilhosa daquele que foi a um e ao mesmo tempo humana e divina, o Filho de Deus, bem como o Filho do Homem, o Messias de Israel e a esperança dos gentios, o único que poderia salvar os outros, mas não conseguiu salvar a si mesmo (Mc 15:31 ). João e os sinóticos pode ser visto como dando um retrato estereográfica de Cristo e Seu ministério, enfatizando ambos os contrastes e harmonias. "Deve-se lembrar que a igreja nunca esteve ciente de qualquer incompatibilidade fundamental entre o retrato do Senhor no Evangelho de João e que nos outros três. Esta pergunta já há muito sido liquidado pela consciência religiosa da cristandade ".

Em relação ao padrão de pensamento dualista do Evangelho de João, não é mais necessário ir até o helenístico gnosticismo do século II como tem sido defendido por R. Bultmann e outros. Mesmo aqueles que não assumem nenhuma dependência de João sobre o gnosticismo eram livres para vê-lo tentando refutar a sua filosofia. Agora, porém, paralelos suficientes para o Evangelho a este respeito podem ser encontradas no Manual de Disciplina da Qumran Sect. Não o dualismo de João é visto como uma versão modificada dualism- "monoteísta, ética e escatológica" ao invés de "física ou substancial (como no gnósticos grego)." O Evangelho "deve ser interpretado no contexto de pressupostos gnósticos, mas contra a da Palestina, do Antigo Testamento, o pensamento teológico e de uma piedade arraigados e alicerçados na Bíblia. "

O Logos conceito é, no Novo Testamento, peculiar do Evangelho de João. Ele tem sido habitual para descobrir o uso de João do termo em um desenvolvimento da filosofia grega. No século VI AC , Heráclito usou para designar o princípio racional do universo. A idéia também é encontrado no pensamento indiano, egípcio e persa. Philo e os filósofos alexandrinos combinado o termo com a sabedoria do Antigo Testamento ou Palavra de Deus, pela qual Deus criou os céus ea terra, e veio com um princípio intermediário ou mensageiro de Deus, às vezes, pouco mais do que a atividade de Deus e pelo outros mais de um representante pessoal, independente de Deus.

Os Targuns substituído a "Palavra de Deus" para "Deus em ação" -como e um evento como esse, por exemplo, chegou a passar "pela Palavra de Deus." Philo estava familiarizado com este uso, e, embora ele procurou a confirmação de sua conceito grego de Logos como Reason do Antigo Testamento, ele permaneceu um filósofo abstrato e não foi capaz de trazer os dois juntos. João escolheu o termo mais concreto, a Palavra, e assim os dois usos do Logos por Philo e João estão em contraste, a um para o outro.

Philo, seguindo de perto na trilha da filosofia grega, viu no Logos de Inteligência divino em relação ao universo: o Evangelista, confiando firmemente para a base ética do judaísmo, estabelece o Logos principalmente como o revelador de Deus ao homem, por meio de criação, através de teofanias, através dos profetas, através da Encarnação. ... Em suma, o ensino de St. João é caracteristicamente hebraico e não Alexandrine.

WF Howard confirma esta conclusão com a sua opinião, isso não quer dizer que João não pode ter tido as pessoas de língua grega em mente quando escreveu: "não é necessário ... para ir além do judaísmo para a idéia do Logos, em João."; ao contrário, significa que o fundo do prólogo não era necessariamente o da filosofia grega. Howard salienta ainda que "embora o autor deste Evangelho escreveu com simples facilidade em um estilo do grego koiné que tem muitas semelhanças com vernáculo grego, existem ainda muitos idiomas modernos que sugerem que ele pensou em aramaico. "

Enquanto o Logos conceito não é expresso neste Evangelho além do prólogo, assumiu-se que pelo menos a impressão perdura por toda parte. Scott acha que isso é verdade até certo ponto, e que o autor procurou "para descobrir a presença do Logos na vida terrena de Jesus." Isto pode ser visto, Scott acredita que, nos milagres realizados por Jesus, na atribuição de Ele da onisciência (Jo 2:25 ), poderes sobrenaturais (Jo 8:59 ; Jo 9:35) e majestade de pessoa (7:46 ; 0:21 ); na indiferença de Jesus a partir do elemento comum do mundo, e em seu espírito de independência e auto-determinação (Jo 7:30 ; Jo 8:20 ; Jo 10:18 ; Jo 19:11 ), bem como a sua forma de expressão (Jo 6:63 ).

Ele tem sido habitual dizer que Philo popularizou o Logos conceito e que João emprestado, colocar um significado mais pessoal no mesmo, e usou-o para um retrato instalação de Jesus, que foi o revelou palavra ou razão de Deus em forma humana. É evidente que o interesse de João não estava no princípio filosófico, mas no fato de que "o Verbo se fez carne". CH Dodd argumenta que o uso que João fez do Logos conceito só pode ser determinada por uma compreensão de "o significado do . o evangelho como um todo "Floyd Filson diz:" O papel redentor histórica do Filho encarnado tem uma vitalidade encorpado que o conceito Logos é pouco equipada para exprimir, e ao fato de que o autor deixa cair o termo antes do Prologue é concluído deixa claro que ele não é capaz de expressar adequadamente o que ele quer dizer sobre Jesus ".

Como grande parte da filosofia de sua época, consciente ou inconscientemente estava embutido no pensamento de João, ou o quanto ele pode ter emprestado dos outros, longe e de perto, nunca pode ser conhecido com certeza. Mas torna-se cada vez mais claro que este Evangelho é um tratado completamente cristã, tendo como objetivo principal a fixação diante daquele que era o Cristo pré-existente de Deus, a fim de que os homens possam crer nEle e ter a vida eterna. É também claro que João estava mid-stream no onflowing da mensagem do Evangelho, influenciado, mas não muito fortemente, pelas correntes em torno dele. Enquanto outros escreveram de sua fé em termos de acontecimentos históricos, ele falou de eventos históricos em termos de sua fé. Ele era um homem de fé e visão.

Lloyd C. Douglas em The Robe , descrevendo o soldado que estava junto como Estêvão foi apedrejado, tem o soldado diz: "Esse homem está olhando para algo." João estava olhando para algo, alguém. E todos os estudantes do Evangelho de João deve tentar ver o que João viu.

IV. O DISCÍPULO AMADO

Desde a época de Irineu, que primeiro fez referência específica à identificação, até o período moderno do estudo da Bíblia crítico, o Discípulo Amado foi identificado com o apóstolo João e continua a ser por muitos estudiosos. No último capítulo do Evangelho de João, o discípulo amado é a testemunha ocular que escreveu. Ele escolheu esse termo para si, provavelmente não se sentir a necessidade de se distinguir de outro homem com o mesmo nome, João Batista; ele chama o último João enquanto os sinóticos se referem a ele pelo título completo. Os Evangelhos Sinópticos dizer que os Doze (Lucas usa o termo Apóstolos) reuniu-se com Jesus para a Última Ceia, quando João diz que os discípulos estavam ali, nenhum número a ser especificado. Deve-se supor que o Discípulo Amado estava entre eles. FF Bruce expressa a posição tradicional, quando ele diz que "devemos naturalmente esperar que o discípulo amado seria um" dos três que foram repetidamente com Jesus em ocasiões especiais: Pedro, Tiago e João. Tiago foi martirizado antes do momento da escrita deste Evangelho. Pedro se distingue deste discípulo na última ceia (Jo 13:24 ), no túmulo (Jo 20:2 ). Sozinho de todos os discípulos João é deixado para reivindicar o título de O Discípulo Amado.

O Evangelho de João usa a palavra Agapan , amor, mais do que qualquer dos outros Evangelhos-44 vezes, contra 14 vezes em Lucas e ainda menos vezes em Mateus e Marcos. Isso aponta também para João como sendo consciente de uma relação de amor com o seu Mestre.

Foi feita uma tentativa recente de identificar o discípulo amado como Lázaro. Quatro vezes antes da Última Ceia é dito que Jesus tem um amor especial para ele (Jo 11:3 ; Jo 11:36 ). Ao observar uma unidade íntima entre capítulos doze e treze anos, sugere-se que aquele a quem Jesus amava, em Betânia (Lázaro) é a mesma pessoa amada na ceia. Além disso, Lazaro, um nativo perto de Jerusalém, se encaixa algumas das circunstâncias melhor do que um pescador galileu. E o fato de que o discípulo amado primeiro percebeu que Jesus havia ressuscitado do túmulo, tendo superar Pedro em sua ânsia, parece apontar para Lazaro, que se tinha acabado de experimentar uma ressurreição.

Esta sugestão poderia surgir apenas no clima descompromissado de joanina bolsa hoje. Ele fornece alimento para o pensamento, mas não é conclusivo, mesmo na visão de seu criador. É um subproduto de sua alta consideração para a "unidade substancial" do Evangelho de João.

V. ESTRUTURA LITERÁRIA

Há uma qualidade dramática sobre o Evangelho de João, que não é encontrada nos sinóticos-o uso natural da linguagem e estilo de um artista inconsciente que coloca João em uma classe por si mesmo. Com um pequeno vocabulário, ele tem sido capaz de expressar-se com clareza e de forma impressionante. O uso repetido de certas palavras favoritas, combinado com a mesmice da fraseologia, leva o leitor através de uma impressão de monotonia para a frente a um grande sentido de a eficácia do todo. Existem vários grandes ênfases no Evangelho, cada um dos quais pode ser visto a subir a um clímax dramático. Por exemplo, o Evangelho pode ser visto como um testemunho evangélico de Jesus como o Cristo, pontuando o propósito expresso em Jo 20:31 . Primeiro, João Batista é apresentado como um "homem enviado de Deus" (Jo 1:6 ).

Natanael, um Galileu, próximos testemunhas de Jesus, proclamando: "Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel "( Jo 1:49 ). Este foi o resultado da capacidade de Cristo para julgar o caráter à primeira vista. Então um milagre-a transformação de água em vinho na Cana-de casamento revela o poder de Cristo sobre a natureza e as suas leis. Para João, todos os milagres aconteceram com o propósito de testemunhar a divindade de Cristo. Em seguida, vem a mulher samaritana no poço de Jacó em Sicar. Após a conversa estendida com Jesus, ela correu para a cidade com o que pode ser chamado de acreditar em vez de uma questão de duvidar em seus lábios: "Pode ser este o Cristo?" (Jo 4:29 ). Como resultado, muitos samaritanos creram nele, não só porque ela tinha falado, mas também porque eles tinham ouvido falar por si mesmos. Não é o testemunho das pessoas que foram milagrosamente alimentados com pães e dos peixes (cap. Jo 6:1 ), o testemunho de quem viu Jesus andar sobre a água (cap. Jo 6:1 ), também das pessoas a quem Ele ensinou na Festa dos Tabernáculos (cap. Jo 7:1 ), e do testemunho de um homem cego de nascença (cap. Jo 9:1 ). Outros poderiam ser listados, mas todo o esquema da testemunha chega ao seu clímax quando Tomé é trazido para o palco imaginário. Seu testemunho é mais significativo, porque ele era um cético, embora um cético honesto. Seu testemunho é o que João tentou tirar de cada um e de todos os que lêem o seu Evangelho: "Meu Senhor e meu Deus" (Jo 20:28 ).

Uma ênfase igualmente significativa do Evangelho apresenta Jesus como um testemunho de sua própria messianidade. Ele testemunha a Nicodemos, o judeu (cap. Jo 3:1 ), com a mulher samaritana no poço (cap. Jo 4:1 ), para o nobre Gentile cujo filho curado (cap. Jo 4:1 ), para a multidão mista por vários sinais (caps. Jo 5:12 ), para o círculo íntimo de discípulos (caps. 13 1:17-26'>13-17 ), e, no clímax final, para o mundo inteiro para todas as gerações de ver, na cruz.

Este Evangelho também pode ser visto como o Evangelho da Vida. No prólogo, a vida de toda a criação tem a sua fonte em Cristo, a Palavra. "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; e sem ele não era nada do que tem sido feito. Nele estava a vida "(1: 3-4 ). A fé em Cristo dá a vida eterna (Jo 3:36 ); Suas palavras são espírito e vida (Jo 6:63 ). Ele é "o pão da vida" (Jo 6:35 ; Jo 6:51 ), "a ressurreição ea vida" (Jo 11:25 ), e "o caminho, ea verdade, ea vida" (Jo 14:6 ).

Nos capítulos cinco e seis, há dois milagres-a cura do paralítico e da alimentação dos pelos discursos de Jesus sobre si mesmo como o doador e sustentador da vida seguiu-multidão. Os capítulos sete e oito conter um outro discurso que é um comentário sobre "Nele estava a vida ea vida era a luz dos homens." Ele é apresentado como a fonte da verdade e da luz, e isso é ilustrado (cap. Jo 9:1) pela doação da luz física e espiritual para o cego. O clímax é atingido com a ressurreição de Lázaro dentre os mortos (cap. Jo 10:1 ).

Marcus Dods disse:

Em toda a gama de literatura não há nenhuma composição que é uma obra mais perfeita de arte, ou o que mais rigidamente exclui tudo o que não subserve seu fim principal. ... Parte trava juntamente com parte em perfeito equilíbrio. A sequência pode às vezes ser obscuro, mas seqüência sempre há. A relevância desta ou daquela observação pode não à primeira vista ser aparente, mas irrelevância é impossível a este escritor.

Nenhum outro livro do Novo Testamento tem o seu fim tão explicitamente como o Evangelho de João. "Portanto, muitos outros sinais fez Jesus na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "( 20: 30-31 ). Este propósito é evidente em todo o Evangelho como João procurou não só informar, mas também de convencer. Ao se referir a determinados eventos que ele não incluiu em seu Evangelho, ele reconheceu que ele era seletiva no uso de material, escolher apenas aquelas coisas que melhor servem o seu propósito. A inferência é que este efeito, não a relação de seus materiais em qualquer tipo de seqüência de tempo, determinada forma e arranjo no Evangelho. Em outras palavras, João não escrever o que chamaríamos de uma vida de Cristo; quando ele pensou que o momento do incidente era importante ele localizou-lo para os seus leitores. Ele disse que o milagre nas bodas de Cana foi "o início de sinais" que Jesus fez (evidentemente no início de seu ministério), enquanto que, por vezes, ele introduziu um evento ou série de eventos pela frase "depois destas coisas" ou "novamente. "Às vezes João colocado eventos em qualquer Judéia ou Galiléia.Este tipo de associação de eventos não é básico. Em um dos casos (Jo 6:1 ); nos serviços batismais na Judéia (Jo 3:22 ); junto ao poço de Jacó (Jo 4:1 ); na cura do cego (Jo 9:2 ); na entrada triunfal (00:16 ); no momento das grandes discursos (13-17 ); e é claro que eles estavam intimamente consciente de tudo o que transpareceu na crucificação e sepultamento. Existem apenas alguns casos em que João não conseguiu indicar a presença dos discípulos com Jesus-na festa em Jerusalém quando Jesus curou o homem na piscina (5 ); por inferência, apenas discípulos foram com Jesus na Festa dos Tabernáculos (7 ).

Talvez isso é pouco mais do que a reiteração do que é aparente, mas não tão frequentemente expressa, de que Jesus sempre teve seguidores sobre Ele e que os Doze especialmente estavam próximos a ele. Mas João fez questão de que: o seu testemunho de Jesus e Sua obra tem o apoio dos discípulos que viram suas maravilhas e creram nele por causa deles (Jo 2:11 ).

O propósito do Evangelho de João leva o pleno reconhecimento da tensão sob a qual o ministério de Jesus foi conduzido. A oposição de seus inimigos é imputado a lealdade de seus amigos. Suas palavras e obras decisões demanda. Os homens nunca foram capazes de ser neutra em relação a Jesus. Ele estabeleceu boas contra o mal, da luz contra as trevas, da verdade contra a falsidade, a vida contra a morte. Homens respondeu quer pela aceitação ou rejeição, crença ou descrença. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, aos que crêem no seu nome" (Jo 1:12 ). Os discípulos, vendo os milagres e acredita (Jo 2:11 ), juntamente com muitos outros (Jo 2:23 ). Por causa do testemunho da mulher no poço de Jacó muitos samaritanos acreditavam (Jo 4:39) e muitos mais creram quando ouviram Jesus por si mesmos (4: 41-42 ). O nobre e toda a sua família acredita que o resultado da cura de seu filho (Jo 4:53 ). Após o discurso de Jesus sobre a luz do mundo, muitos creram nele (Jo 8:30 ). O cego que foi curado acreditou quando soube quem era Jesus (Jo 9:38 ). Além Jordan muitos creram nele (Jo 10:42 ). Após a ressurreição de Lázaro muitos creram nele (Jo 11:45 ). Mais tarde, muitos judeus que viram Lázaro também acreditava (Jo 12:11 ). Depois de seu último discurso público, muitos dos líderes religiosos acreditavam (00:42 ).

Muitas vezes, João disse que a resposta foi um dos incredulidade. Quando Jesus procurou identificar-Se como o pão da vida, cuja carne era carne e cujo sangue foi bebida, muitos dos seus discípulos disseram: "Isso é mais do que podemos tolerar" (Weymouth) e afastou-se em descrença (Jo 6:66) . Seus "irmãos não acreditavam nele" (Jo 7:5 ). Os judeus não acreditam que Jesus tinha realmente curou o cego (Jo 9:18 ). A ressurreição de Lázaro causou um conselho a ser chamado entre os sacerdotes e os fariseus para tentar impedir as pessoas de acreditar em Jesus por causa do milagre (Jo 11:47 ). Aqueles que não acreditam que não podia, porque eles estavam cegos para a verdade (12: 39-40 ). Quatro vezes os discípulos não apreender o significado de algumas palavras de Jesus (02:22 ; 08:27 ; 11: 6 ; 00:16 ).

Estes são apenas alguns dos casos em que crer ou descrer é registrada como a resposta às palavras e obra de Jesus. Desta forma, João mostrou não só que ele escreveu seu Evangelho que os homens possam acreditar, mas também que Jesus ensinou e realizou milagres para o mesmo fim. Ele afirmou que o objetivo de toda a vida e ministério de Cristo foi resumida em seu próprio propósito para escrever o Evangelho.

O uso de tensão entre forças opostas por João parece surgir de uma espécie de base de dualismo em seu pensamento, o que corresponde um pouco para os níveis superior e inferior do gnosticismo. Ele falou de Jesus que diz aos fariseus: "Vós sois de baixo; Eu sou de cima: Vós sois do mundo; Eu não sou deste mundo "( Jo 8:23 ). Não há antinomia entre o espírito ea carne, luz e trevas, vida e morte, o bem eo mal, a verdade ea mentira. Fora deste regime surge uma série de alegorias, quando Jesus, procurando retratar a verdade espiritual em termos do mundo mundano, não foi compreendido. Perguntas "estúpido" foram convidados: Nicodemos perguntou como um homem poderia ter um segundo nascimento físico. No início, a mulher samaritana só conseguia pensar em retirar a água do poço. Ambas as pessoas estavam olhando para baixo em vez de para cima. Jesus estava falando de uma vida que veio de cima. Para eles, era totalmente misterioso, embora Jesus repreendeu Nicodemos por ser tão carente de percepção quando ele deveria ser versado nas Escrituras do Antigo Testamento. O incidente do lava-pés segue esse padrão: o mundo espiritual superior de luz e de fé e na verdade confrontado com o mundo inferior da escuridão, incredulidade e falsidade. Mas João estava certo de que a escuridão não conseguiu superar a luz (Jo 1:5) como um exemplo.

Embora reconhecendo a sobreposição dessas duas formas literárias, a distinção entre parábola e alegoria vem da maneira como eles são interpretados. Na alegoria a coisa significando ea coisa significada são misturados em conjunto, enquanto que na parábola são mantidos lado a lado. A interpretação da parábola deve ser levado a ele a partir do conhecimento dos ouvintes, enquanto a interpretação da alegoria é inerente. Em geral esta distinção é válida para interpretar os ensinamentos do Sinópticos e do Evangelho de João.

Em alguns casos, uma parábola tem uma instância alegoria-for paralelo a parábola da ovelha perdida (Mt 18:12. ; Lc 15:4 ). O fato de que, na interpretação que Jesus deu da parábola do semeador e da semente (Mc 4:2 ), ele tratou como uma alegoria contribui para a quebra da distinção comum entre os dois. Alguns leitores podem ser causa de pedir que formam o próprio Jesus realmente utilizados. A resposta não pode ser uma coisa ou outra, nem seria inteiramente correto dizer que Ele usou ambos. Ambos parábola e alegoria ascensão para fora da forma proverbial de falar com a qual Jesus e seus discípulos estavam familiarizados, pois a maneira de ensinar nesse dia entre os rabinos era concentrar um discurso em forma proverbial para uso de memorização.

A distinção entre o provérbio, parábola e alegoria não parecem ser importantes para os escritores do Evangelho, talvez não ser tão evidente como é para nós hoje. Testemunhe o fato de que a maioria dos Pais da Igreja interpretaram as parábolas como alegorias. Nossas traduções inglesas têm feito muito para criar as distinções. Lc 4:23 cita um modelo proverb- "Médico, cura-te a ti mesmo" -e chama de parabolee . Este termo é traduzido de diversas "provérbio" (KJV, RSV, NEB) e "parábola" (ASV). Nos Sinópticos, o termo é constantemente utilizado para descrever a forma de parábola padrão. No entanto, nem de Thayer Lexicon nem a de Liddell e Scott dar "parábola" como o significado de paraboleen .

O Evangelho de João não usar parabolee , mas paroimia . Este também foi traduzido em várias maneiras: "parábola" e "provérbio" (KJV), "figura" (RSV), "parábola" e "figura de linguagem" (NEB), e "parábola" e "ditado dark" (ASV) com "provérbio" e "parábola" como alternativas marginais.

A conclusão deve ser que os escritores do Novo Testamento não observar o grau de significado entre parábola e alegoria que é colocado sobre eles hoje. Eles estavam familiarizados com o método comparativo geral de apresentar a verdade, ea razão para o uso das duas palavras, parabolee e paroimia , pode ter sido pouco mais do que as escolhas dos autores, determinada em grande parte pelo método peculiar pelo qual cada um se aproximou da vida e ministério de Jesus.

João retratou Jesus em perspectiva mais ousado do que os Sinópticos, ele disse que não é só como algo, Ele é alguma coisa. Ele não é apenas como pão; Ele é o pão, o pão da vida. Ele não é apenas como um bom pastor, mas Ele é o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Para ilustrar o significado disto, João omitido da Ceia do Senhor, provavelmente porque era estrangeiro para o seu pensamento para fazer o tipo de comparação entre o pão e do corpo de Cristo que os Sinópticos faça-o pão é o corpo de Cristo.Seu pensamento não era apenas do Crucificado Jesus, mas também de Cristo ressuscitado, o Filho Eterno de Deus, que é a fonte e o sustentador da vida ", a ressurreição ea vida", "o pão da vida."

Outro exemplo desse mesmo princípio no trabalho é o relato de Jesus falando com a mulher samaritana (4: 7-42 ). Seria naturalmente esperava que ele dissesse: "Eu sou a água da vida." Mas, tendo ido além do conceito de seu ser como a água e de Sua água ser, Ele foi para o coração do que todo o Seu ensinamento foi sobre-He abertamente proclamou o tão esperado Messias. A mulher pegou a lição inerente à comparação entre o poço de água e a água que Jesus ofereceu a ela. Ele lembrou do Messias prometido e as bênçãos da idade, talvez messiânico "com alegria tirareis águas das fontes da salvação" (12 Isa:. 3 ), e ela sugeriu a relação com Jesus. Ele respondeu: "Eu que vos falo sou ele." Com certeza ela não entendia tudo o que isso significava, mas sua mente tinha sido transformado a partir de água para Cristo, e isto foi toda a intenção de Jesus como Ele falou e de como João escreveu ele.

João passou, assim, além de fazer comparações entre Jesus e coisas familiares ao seu redor. Com gênio verdadeiro e profundo discernimento espiritual que viu Jesus no centro da vida em todas as suas formas, presente, pelo Seu Espírito, presente para o homem em todas as suas necessidades. Jesus não só mostra o caminho-Ele é o caminho; Ele não só ensina a verdade, Ele é a verdade; Ele não só dá vida, Ele é a vida. E o crente se torna o possuidor dos atributos de Jesus em virtude de uma relação compartilhada por meio da fé. A fé em Cristo traz uma nova vida e o fornecimento de todos os que as demandas da vida. Assim, João viu Jesus.

No melhor abordagem foi feita do que a de João testemunhando a divindade de Jesus para explicar o inexplicável, para descrever o indescritível, em breve, para testemunhar na forma mais clara a Ele que era Deus encarnado. Donald M. Baillie diz que "é apenas como cristãos que podemos esperar para entender a Encarnação. Por que, então, devemos como teólogos trabalhar com qualquer outra concepção de Deus do que o que nós, como cristãos acreditam ser verdade? "E assim João apresentou o Cristo Encarnado que as pessoas possam conhecer a Deus.

Nenhum escritor sagrado conseguiu, assim como João em deixar claro o significado da Encarnação para a salvação do mundo. Mas mesmo que ele não disse a última palavra. Ele não poderia descrever o Cristo suficientemente claro para todos os que lêem.Cada um deve pegar onde João parou, e pela visão da fé completar o quadro para sua própria salvação. O texto bonito e vívido do Evangelho de João é na melhor das hipóteses um veículo imperfeito para retratar o Cristo como João viu. Mas quando as palavras são complementados pela fé de quem vê, Cristo torna-se para ele uma realidade viva.

A grande obra de arte de Leonardo da Vinci, A Última Ceia , tem falado de forma tão convincente de Cristo no centro do grupo de discípulos, símbolo de seu lugar central no Cristianismo, que o mundo cristão tem tudo, mas esqueceram que o artista não fez completar o retrato do Cristo. Finalmente, incapaz de retratar o que ele mesmo viu e sentiu, ele gritou: "Eu não posso terminar o rosto de Cristo; ninguém pode terminá-lo. "Nenhum homem pode perfeitamente representar Cristo para outro. Cada homem deve vê-lo por si mesmo. Isto é o que João quis dizer; ele testemunhou a fim de que os homens possam crer e viver.

IV. CONTEÚDO

Uma grande variedade de contornos são encontrados em muitos comentários sobre o Evangelho de João, mas todos eles reconhecem a simples divisão em Introdução (1: 1-2: 12 ), Ministério Público (2: 18-12: 50 ), o Ministério Privado (12 : 1-17: 26 ), História da Paixão (Jo 18:20 ). Alguns estudiosos preferem usar apenas o prólogo (1: 1-18) para a introdução, incluindo 1: 19-2: 11 no Ministério Público.

Em vez de um resumo da vida de João, o apóstolo, o seguinte poema imaginativa é aqui anexada. Ele pega o espírito do Evangelho de João e sugere muito da tradição que cresceu em torno do nome do Apóstolo nos primeiros dias da igreja. Tem sido impossível identificar o autor deste poema.

A REVERIE DE JOÃO THE BELOVED

Na hora da tarde haverá luz .

Estou ficando muito velho. Esta cabeça cansada

Que tem tantas vezes se inclinou sobre o peito de Jesus

Em dias passados ​​longo que parecem quase um sonho,

É dobrado e grisalho com o seu peso de anos.

Estes membros que seguiam-meu Mestre-oft,

A partir de Galileia a Judá, que estava

Abaixo da cruz, e tremeu com seus gemidos,

Recuse-se a me suportar até mesmo pelas ruas

Para proclamar aos meus filhos. E'en meus lábios

Recuse-se a formar as palavras meu coração envia,

Dos meus queridos filhos se reuniram em volta do meu sofá;

Deus coloca sua mão sobre mim, sim, Sua mão

E não a sua vara na mão suave que eu

Felt, esses três anos, de modo que muitas vezes pressionado na minha,

Na amizade, como passa o amor da mulher.

Eu sou velho; tão velho não me lembro

Os rostos dos meus amigos; e eu esqueço

As palavras e ações que compõem a vida diária,

Mas esse rosto querido, e cada palavra que ele falou,

Crescer mais distintos como os outros desaparecem,

Assim que eu vivo com Ele e santo morto

Mais do que com a vida.

Algumas 70 anos atrás

Eu era um pescador pelo mar sagrado.

Foi ao pôr do sol. Como a maré tranquila

Banhada dreamily as pedras! Como a luz

Subiu as montanhas distantes, e na sua esteira,

Sombras roxas macias envolto os campos orvalhadas!

E então Ele veio e me chamou. Então eu olhei

Pela primeira vez em que o rosto doce.

Aqueles olhos,

A partir de que, a partir de uma janela, brilhou

Divindade, olhou na minha alma mais profunda,

E acendeu-o para sempre. Então Suas palavras

Quebrou-se no silêncio do meu coração e fez

O musical mundo inteiro. Amor Encarnado

Tomou conta de mim e me alegou para a sua própria.

Segui na penumbra, retendo seu manto.

O, o que passeios que tivemos santo,

Através de campos de colheita e resíduos tristes desolados!

Cansados ​​e wayworn. Eu era jovem e forte,

E assim upbore Ele. Agora, Senhor, eu sou fraco,

E o velho e fraco! Deixe-me descansar em Ti!

Então, colocar teu braço em volta de mim. Mais perto ainda!

Quão forte és Tu! O crepúsculo desenha em ritmo acelerado.

Venha, vamos deixar essas ruas barulhentas e tomar

O caminho para Betânia; para o sorriso de Maria

Aguarda-nos no portão, e as mãos de Marta

Há muito tempo preparado a refeição da noite.

Venha, Tiago, as esperas Mestres; e Pedro, veja,

Tem ido algumas etapas antes.

O que você diria, amigos?

Que este é Éfeso, e Cristo passou

Voltar para o Seu reino? Ay, 'tis assim,' tis-lo.

Eu sei que todos; e, no entanto, só agora, eu parecia

Para ficar mais uma vez sobre os meus montes nativos,

E tocar meu Mestre. Oh, quantas vezes eu já vi

O toque de Suas vestes trazer de volta a força

Para paralisada membros! Eu sinto que tem para o meu.

Acima! ter-me mais uma vez a minha igreja! Uma vez mais

Não deixe-me dizer-lhes do amor de um Salvador;

Pois, pela doçura da voz de meu Mestre

Só agora, acho que ele deve ser muito quase-

Vindo, eu confio, para quebrar o véu, que o tempo

Tem ficado tão fina que eu possa ver além,

E assistir Seus passos.

Então, levante a cabeça.

Como escuro que é! Eu não consigo ver

Os rostos do meu rebanho. É que o mar

Isso murmúrios assim, ou é chorando? Silêncio,

Meus filhinhos! Deus amou o mundo

Ele deu Seu Filho. Assim, o amor vos uns aos outros.

Amar a Deus e ao homem. Amém. Agora me ter de volta.

Meu legado até um mundo com raiva é isso.

Eu sinto o meu trabalho está terminado. As ruas são tão cheio?

O que, chamar os povos meu nome? O Santo João. Nay, escreva-me um pouco, amado de Jesus Cristo.

E amante dos meus filhos.

Deite-me

Mais uma vez sobre o meu sofá, e abertos

A janela oriental. Veja, aí vem uma luz

Como a que se abateu sobre a minha alma na véspera,

Quando, na 1lha de Patmos triste, Gabriel veio

E me tocou no ombro. Veja cresce

Como quando montamos em direção aos portões de pérolas.

Eu sei o caminho! Pisei uma vez antes.

E ouça! É a canção os resgatados cantou

De glória ao Cordeiro! Quão alto que parece!

E isso não escrita de um methinks minha alma

Pode juntar-lo agora. Mas quem são estes que aglomeram

A maneira que brilha? Diga! -joy! 'Tis a onze,

Com Pedro primeiro! Como ansiosamente que olha!

Como brilhante os sorrisos são radiante no rosto de Tiago!

Eu sou a última. Mais uma vez estamos completos

Para se reúnem em volta da festa Pascal. Meu lugar

É seguinte, meu Mestre. O, meu Senhor, meu Senhor!

Como brilhante és Tu! e ainda a mesma

Eu amei na Galiléia! 'Tis a pena os cem anos

Para sentir essa felicidade! Então, me levanta, querido Senhor,

Unto teu seio. Não devo respeitar.

-HJSB

Wesley - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51
Comentário ao Evangelho de João

I. INTRODUÇÃO: (1: 1-2: 12)

A. Prólogo: O Verbo se fez carne (1: 1-18)

1 No princípio era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, eo Verbo era Dt 2:1 ), o significado do Logos como ele é usado para a pessoa de Cristo está lá. João desce, por assim dizer, com a utilização de determinado nome de Jesus Cristo, quando se refere a Ele, mas esta é, aparentemente, um alojamento para a existência terrena de Cristo, que é o mais importante, porque o Verbo se fez carne . Ao mesmo tempo, a compreensão de João da Pessoa de Jesus encontra a sua expressão mais verdadeira nas palavras da mulher de Samaria: "Não é este o Cristo?" (Jo 4:29 ); de Natanael: "Rabi, tu és o Filho de Deus" (Jo 1:49 ); de Martha: "Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus" (Jo 11:27 ); e de Tomé: "Meu Senhor e meu Deus" (Jo 20:28 ).

O Logos era Jesus, e Jesus era o Cristo, o Filho de Deus. O termo Cristo torna-se o foco do corpo deste Evangelho. Cristo é tanto Criador e Revelador.

No princípio era o Verbo . Não apenas a partir do início, mas quando o início começou a ser, a Palavra era. Ele não era um produto do processo de início, nem ele começar com o início, mas no começo a Palavra já estava lá. Explicar quando o início começou equivale a explicar quanto tempo é eternidade. O problema de João é mais do que um problema de expressão; ele também é um dos compreensão. Pois, quando ele foi para trás, tanto quanto a mente humana vai, já a Palavra tinha existência. Que poder e significado do Apóstolo tem embalado para essas seis palavras curtas!

Não podemos continuar como se estivéssemos ignorante do que João quis dizer com a palavra . Por um grande movimento da sua pena, mergulhado na mais pura retórica, ele introduziu a Cristo como tendo existência ainda mais para trás do que o homem é capaz de filosofar. Ele não introduzir-lo como um novo bebê virgem-nascido, ou como um homem de iniciar seu ministério, como fazem os Sinópticos, mas ele proclamou-Lo como o Eterno. Não houve tempo em que Cristo não era. "A única perspectiva em que a obra de Jesus, e sua relação com o Pai, poderia ser realmente visto e avaliado foi o da eternidade."

O Verbo estava com Deus . A idéia aqui expressa é o da Palavra ficar cara a cara com Deus. A idéia inicial é a de duas pessoas distintas, enquanto a próxima frase que os une em um só: O Verbo era Deus . Talvez uma distinção pode ser feita para o nosso pensamento que irá parar de curto parecendo fazer de Deus uma dualidade, e, assim, manter sua unidade essencial. Vamos pensar em Deus em seu ser essencial e também na sua atividade criadora e redentora. Nós só podemos conhecer a Deus como Ele escolheu para revelar-se. A palavra --Jesus é o revelador de Deus, que diz que nós não conhecem a Deus, exceto na Encarnação. Assim, torna-se possível dizer que Jesus estava com Deus, cara a cara com ele, igual a Ele. Os gregos pros não nos ajuda muito aqui.Significa "direcção", ou "em pé defronte ou por alguma coisa." Para evitar o perigo de se supor duas pessoas envolvidas, considerar tanto um carimbo ou selo e sua marca. O primeiro é expressivo e outro receptivo. O selo é colocado contra a impressão, no entanto, é inseparável dele. O autor da Epístola aos Hebreus expressa um conceito similar ao falar de Cristo como a "imagem" ou carimbo da substância de Deus. Enquanto um materialista ainda pode insistir em uma dualidade nesta descrição, os autores destes dois livros do Novo Testamento encontrar tais analogias bastante suficientes para transmitir a verdade, mesmo que por necessidade aquém da descrição exata. O objeto por trás da linguagem é Cristo, Deus encarnado.

E o Verbo era Deus . Não podemos ler este em sentido inverso por Deus era o Verbo. "O assunto deve ser a Palavra, pois João não está tentando nos mostrar quem é Deus, mas que é a Palavra." Vincent diz que, se João tinha mudado a ordem da frase, ele teria destruído a distinção apenas entre Deus como substância e Deus como Verbo encarnado. Note-se também que o tempo passado do verbo- se não -devem ser pensado para transmitir a idéia de que a relação anterior entre Deus e Jesus tinha chegado ao fim com a Encarnação. João tem o cuidado de citar Jesus, "Eu eo Pai somos 1." Ele era Deus e Ele ainda é Deus.

Verso 2 simplesmente repete o que o versículo 1 tem dito, mas com maior força o Logos é eterno e é a revelação de Deus ao homem. Este segue o padrão de paralelismo hebraico, e alguns escritores pensam que o prólogo foi um hino ao Logos que João adaptado ao seu propósito, ou que ele mesmo compôs para seu Evangelho. O mínimo que se pode dizer é que tem as marcas de um poema em hebraico, quando as passagens sobre João Batista são desconsiderados.

Todas as coisas foram feitas por intermédio dele . O universo inteiro é a criação do Logos , Cristo. Ele não era apenas o agente de Deus na criação, depois da moda do Demiurgo gnóstico; Ele era Deus revelando-se como Criador. Toda a vida tem a sua fonte em Deus. A vida, mais do que qualquer outro fenômeno, iludiu a compreensão dos cientistas. Eles não têm sido capazes de isolá-lo, nem reproduzi-lo. Mesmo a tentativa chocante para unir o espermatozóide eo óvulo vivendo sob vidro ou em um tubo de ensaio e produzir uma criatura viva, se bem sucedida, haveria mais de perpetuação da vida em circunstâncias anormais. E, embora a ciência nuclear reduziu tudo a energia, que vai muito além do nosso conceito comum do que é material, que ainda não chegou a dimensão da vida das coisas. João diz que a vida só vem de Deus como Ele se revela no processo criativo.

O Verbo se fez carne . Este conceito é mais profunda do que a luz resplandece nas trevas e Ele estava no mundo , os quais sugerem a Encarnação. O eterno Logos , Cristo, se fez carne, tomou sobre Si a forma completa da humanidade, e tornou-se homem no verdadeiro sentido do termo, sem deixar de ser o Logos . A hipótese de uma forma temporal fez não roubar-lhe a forma eterna; a adoção de carne humana não terminar sua existência como espírito eterno. St. Paulo sugere em sua grande kenosis passagem (Fp 2:5.) que Cristo colocou de lado, ou se esvaziou de, alguma coisa no momento da Encarnação. Mas nem a adição (João) ou subtração (Paulo) mudou sua divindade essencial. Divindade tornou-se "velado em carne", verdadeiro Deus e verdadeiro homem. No entanto, foi não só que Ele tornou-se "um homem"; Ele se tornou "homem", tomou sobre Si a carne da humanidade.

Além de se tornar carne, o Logos habitou entre nós . "Habitou" é uma tradução mais precisa do verbo, e sugere uma analogia que lança alguma luz sobre o mistério da Encarnação. A imagem do tabernáculo do deserto do Antigo Testamento vem à mente, especialmente a "glória do Senhor [que] encheu o tabernáculo" (Ex 40:34 ). A glória, ou Shekinah, representava a presença de Deus no meio do povo, que geralmente presença chegaram a um lugar específico. A Arca da Aliança representava a mesma presença, bem como as nuvens no qual Deus veio falar com Moisés, ou o que levou os israelitas do Egito. João aparentemente tinha esta comparação em mente quando escreveu sobre a Palavra se tornar carne e habita com o homem. "O que o tabernáculo tinha sido a morada de Deus no meio do povo, a humanidade do Logos agora era. "Paulo diz que a luz que brilha dentro do cristão é a revelação de Deus-" o conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo "( 2Co 4:6 ).Luz sobre o mistério em torno deste tema começa a quebrar quando nos damos conta de que só conhecemos a Deus como Ele se revelou, ou, no pensamento de João, na Encarnação. Donald M. Baillie fez algumas sugestões valiosas para uma melhor compreensão do problema. Ele escreve:

Estamos aptos a começar com alguma concepção de Deus, pegou não sabemos onde ... o que é diferente da concepção cristã; e, em seguida, para tentar a impossível tarefa de entender como um Deus pode ser encarnado em Jesus. Se a Encarnação foi supremamente revelada Deus, mostrou-lhe a nós em uma luz nova e esclarecedora, colocar um novo significado para a palavra que é o seu nome, que é o sentido que devemos usar para enfrentar o problema da Encarnação, porque isso é o que Deus realmente é. É apenas como cristãos que podemos esperar compreender a Encarnação. Por que, então, devemos como teólogos trabalhar com qualquer outra concepção de Deus do que aquela que, como cristãos, acreditamos que para ser verdade?

A vida era a luz dos homens . Jesus é a vida ea luz. Vida e luz, como os experimentamos, são interdependentes. A vida de João falou que era a vida eterna, a vida de Deus que se revelou ao homem, e foi assim luz para o mundo escurecido pelo pecado. O mundo é a escuridão; Cristo é luz. Vida e luz corresponder à graça e verdade (Jo 1:7 ). Neste breve, tratado poético sobre Cristo, a Palavra, dois homens são introduzidos em contraste com Cristo. O primeiro é João Batista (1: 6-8 , Jo 1:15 ). Jesus foi -João foi enviada . Eles em nada deve ser confundido ou pensado como iguais ou como líderes de movimentos rivais. Jesus era o Cristo; João era apenas uma testemunha para Ele. Batista negou todos os status em contraste com Cristo; ele alegou ser apenas uma voz que clama no deserto. Ele não tinha nenhuma mensagem original de sua autoria; ele falou as palavras de outro (Isaías) em seu testemunho de Cristo. Não houve rivalidade entre ele e Cristo. Cada conhecia sua vocação e papel na vida, João nada menos do que Cristo. João era uma voz;Jesus foi o homem-Deus. João era uma testemunha; Jesus era a verdade. Este grande sentido da subordinação do João para Jesus fez o apóstolo João acha que qualquer ensaio do início da vida e do ministério de João Batista era irrelevante para sua narrativa, mesmo o batismo de Jesus por João. O próprio Batista disse de Jesus, Aquele que vem depois de mim é tornar-se diante de mim, porque existia antes de mim "(v. Jo 1:15 ).

. Moisés também é mencionado A Lei foi dada por Moisés; a graça ea verdade vieram por Jesus Cristo (v. Jo 1:17 ). Em certo sentido, esse é um contraste entre o Antigo eo Novo-entre o judaísmo e do Evangelho, e o apóstolo João provavelmente significava que ele seja. Mas é apenas um contraste parcial. Segundo a crença comum, a religião do Antigo Testamento era uma religião de lei enquanto a religião do Novo Testamento é um dos graça; lei é nula de graça, e graça revogada a lei, quando Cristo veio.Consequentemente, o Antigo Testamento é de pouco, se houver, o valor para o ensino e instrução cristã. Mas não é isso que João tinha em mente. A graça de Deus é mais que evidente em todo o judaísmo, eo Evangelho é o maior apoio possível para a lei moral de Moisés. O apóstolo procurou apenas para mostrar que a revelação por meio de Cristo foi maior do que por meio de Moisés, dando maior ênfase a Cristo. Nenhum homem (nem mesmo Moisés) jamais viu a Deus a qualquer momento; mas Jesus deu a conhecer-Jesus unigênito Filho ou "Deus unigênito", como alguns manuscritos permitir. Em deferência às limitações humanas, Jesus revelou Deus como Pai: "Neste contexto, a descrição da relação da Palavra de Deus ... é visto como complementar à da relação do Filho com o Pai. A única marca uma relação absoluta na Divindade. O outro uma relação apreendida no que diz respeito à criação ".

Esta introdução do conceito de Deus como Pai, e essa relação de Deus com pai e filho, ou vice-versa, foi o início de retrato da revelação de Deus como Trindade de João. Pai, Filho e Espírito-na totalidade de sua expressão, constituem tudo o que sabemos sobre a natureza de Deus.

B. TESTEMUNHO DE BATISTA (1: 19-34)

19 E este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar-lhe: Quem és tu? 20 E confessou, e não negou; e ele confessou: Eu não sou o Cristo. 21 E perguntaram-lhe, então? És tu Elias? E ele disse, eu não sou. És tu o profeta? E ele respondeu: Não. 22 Disseram-lhe, pois: Quem és? para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo? 23 Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Is 24:1 E eles tinham sido enviados eram dos fariseus. 25 E perguntaram-lhe e disse-lhe: Por que batizas tu, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? 26 João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis, 27 mesmo aquele que vem após mim, a correia dos cuja sapato eu não sou digno de desatar. 28 Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.

29 No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 30 Este é aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é tornar-se diante de mim; pois ele estava diante de mim. 31 E eu não o conhecia; mas que ele fosse manifestado a Israel, por isso vim batizando em água. 32 E João deu testemunho, dizendo: Eu vi o Espírito descer como uma pomba do céu; e repousar sobre ele. 33 E eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e permanente sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Santo. 34 E eu vi, e já vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus.

O testemunho de João Batista foi dada da maneira mais franca antes de sacerdotes e levitas, que foram enviados de Jerusalém para questioná-lo. Ele negada sendo o Cristo, Elias (cujo corporal devolver os judeus esperavam), e o profeta , provavelmente o mencionado em Dt 18:15 . Em suas mentes que ele deveria ter alegou ser um deles, a fim de validar a sua marca particular de batismo. Mas ao invés de respondê-las diretamente, ele aproveitou a oportunidade para anunciar a presença entre eles de alguém cujo trabalho excederia o significado mais pleno do batismo judaico. Esse foi tanto mais digno do que João se como um homem é mais digno do que o seu cadarço. Ele não tentou posterior identificação de Cristo, aparentemente porque, desta forma, para os cínicos e os incrédulos, teria sido "jogar pérolas aos porcos." De qualquer forma, o que João disse que não foi muito convincente para eles, porque sua curiosidade não estava excitada o suficiente para perguntar-lhe todas as perguntas.

Este encontro entre João Batista e os judeus aconteceu em Betânia, além do Jordão. Esta não era a casa de Maria, Marta e Lázaro, que não estava longe de Jerusalém. Este Betânia nunca foi identificada. Os judeus, que no Evangelho de João estão sempre em oposição a Jesus, aparentemente, voltou para casa após o encontro do primeiro dia. Nenhuma menção é feita de sua presença durante toda esta "semana de testemunhar"; e liberdade de João Batista de expressão sobre a identidade de Cristo, em contraste com sua vaga alusão anterior, parece indicar uma ausência de quaisquer pessoas que estariam unappreciative de seu anúncio.

No segundo dia, Jesus apareceu, e João, na verdade sacerdotal moda para ele era um padre-hereditária gritou: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Sem dúvida, João havia batizado Jesus antes deste tempo, embora não o Evangelho de João não dizê-lo; João disse que ele reconheceu Jesus como o Messias em seu batismo, quando o Espírito desceu sobre Ele como uma pomba. Além disso, um dos objetivos de seu rito do batismo era isto mesmo; para descobrir o Messias, batizasse, e anunciá-lo ao mundo. Deus havia revelado isso a ele, chamando-o assim para "endireitar o caminho do Senhor." Em outras palavras, baptismal cerimônia de João pode ter sido o ritual de purificação de um grupo escatológica que, entre outros, tais como os essênios, procurou a vinda do Messias. Esta expectativa por muitos fazia parte da preparação geral para a vinda de Cristo. Percepção espiritual de João era mais aguçada do que a dos outros. Só ele podia ouvir e ver o que Deus estava fazendo. Só Ele reconheceu Jesus, quem Ele era eo que Ele veio fazer.

No dia seguinte, João revelou sua grande descoberta para dois de seus seguidores, que imediatamente deixei e fui com Jesus. Apenas um deles é identificado com o André, irmão de Simão Pedro. Dirigiam-Lo como Rabi (Mestre) e pediu-lhe a pergunta que um aluno em potencial daquele dia iria perguntar: "Onde você mora?" Sua compreensão de quem era Jesus, ficou muito aquém do mesmo a expectativa judaica de um Messias político. João tinha sido incapaz de transmitir tudo o que ele mesmo sabia. A revelação, como ele havia recebido pode ser descrita, mas nunca pode ser transmitida com sucesso para os outros à vontade. As coisas profundas do Espírito só pode ser recebido por corações e mentes preparadas para compreendê-los preparados pelo Espírito de Deus.

O encontro entre Jesus e os dois homens foi casual e conversa muito Ct 1:1)

35 Mais uma vez, no dia seguinte, estava João, e dois de seus discípulos; 36 e ele olhou para Jesus, que passava, disse: Eis o Cordeiro de Deus! 37 E os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. 38 E Jesus voltou-se e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? E eles disseram-lhe: Rabi (que quer dizer, traduzido, Mestre), onde permaneces tu? 39 Disse-lhes: Vinde, e vereis. Foram, pois, e viram onde pousava; e ficaram com ele aquele dia: era cerca da hora décima. 40 , um dos dois que ouviram João falar , e seguiu-o, foi André, irmão de Simão Pedro. 41 Ele achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que é, sendo intérprete, Cristo). 42 E levou-o a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas (que é, por interpretação, Pedro).

43 No dia seguinte, ele estava disposto a partir para a Galiléia, e achando a Felipe: e Jesus disse-lhe: Segue-me. 44 Ora, Filipe era de Betsaida, da cidade de André e de Pedro. 45 Filipe encontrou Natanael e disse- lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés na, a lei e os profetas, escreveu, Jesus de Nazaré, filho de José. 46 E Natanael disse-lhe: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê. 47 Jesus viu Natanael que vinha para ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! 48 Natanael disse-lhe: Donde me conheces? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, quando tu estavas debaixo da figueira, eu te vi. 49 Respondeu-lhe Natanael: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. 50 Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? verás coisas maiores do que estas. 51 E disse-lhe: Em verdade, em verdade eu vos digo: vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.

Neste momento Jesus começou a recrutar discípulos, mais especialmente, aquele pequeno grupo de doze homens que mais tarde viriam a ser chamados de apóstolos. Nós não temos o registro da chamada de cada um, mas, na conta-nos dada por João, três elementos da chamada se destacam. Em primeiro lugar, há a força de atração de Cristo. Não foi João introdução do Batista, tanto quanto algo em Jesus que causou André para ir de um para o outro. Há um magnetismo sobre Cristo e do Evangelho que leva os homens a Ele, aqueles que não são isolados contra ele por preconceito ou pecado voluntário. Em segundo lugar, há o testemunho de pessoas dedicadas. João Batista trouxe André, que por sua vez levou Pedro; Felipe trouxe Natanael. Há uma naturalidade, para aquele que nele crê, para testemunhar sobre Jesus. De uma forma simples André testemunhou, Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas, escreveu, Jesus de Nazaré . No fim de, por um lado, para se proteger contra uma reticência que staunches o fluxo de palavras e, por outro, uma compulsão na qual alega a cada conhecido como um objeto de solicitação, vamos observar que este testemunho cedo ou introdução de pessoas a Cristo começou com companheiros próximos, mesmo com os irmãos, que eram aparentemente da mesma idade e status cultural. André e Felipe começou com aqueles que os conhecia e confiava neles. Isso é mais difícil do que assistir a um estranho a quem nunca pode ver de novo, mas é mais eficaz porque pode ser seguida por uma vida piedosa e atitudes cristãs. Isto sugere que testemunhar de Cristo é mais do que a fala, porém entusiasmado. Discurso vale pouco menos que haja evidências de uma medida de caráter cristão, e, a menos que o testemunho é um canal através do qual o Espírito pode falar.

Em terceiro lugar, há o convite de Cristo. Antes de Seu apelo para Felipe, Siga-me , não é a imagem do Cristo buscando que encontrou Felipe. Teve André e Pedro lhe disse de Cristo? (Eles eram da mesma cidade.) Se Jesus aprendeu de Felipe e ido procurá-lo?É o suficiente para nós saber que ao lado de cada discípulo apaixonado que dá testemunho de seu Senhor é o próprio Senhor, a busca de Salvador, o pastor da ovelha perdida. A mesma coisa, ainda pensado em termos diferentes, é o poder de atração do Espírito Santo. Testemunhando ou testemunhar à pessoa e poder de Cristo para os não convertidos é mais eficaz quando a mensagem é um ingrediente arraigada da vida do cristão, e quando os esforços humanos são enriquecidos pela unção do Espírito Santo.

Nem todo mundo responde ao apelo para seguir a Cristo tão facilmente como fez André e Felipe. Houve Natanael, que era mais como Tomé em sua abordagem cética ao que seus amigos alegou ser verdade. A resposta de Filipe para esta atitude foi igual para a ocasião: "Venha e descubra por si mesmo." Natanael veio, e vendo estava acreditando, em grande parte por causa do conhecimento e visão superiores de Cristo. Jesus podia dizer: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! , porque ele bem sabia o que havia no homem (Jo 2:25) e por Natanael era um exemplo excepcional de um povo escolhido, em quem a lei moral de Moisés tornou-se eficaz. A resposta de Natanael mostrou um alto grau de perceptividade e discernimento espiritual, talvez. Mas ele ainda não conseguia pensar em termos universais como fez João Batista; para ele o Messias não seria mais do que o Rei de Israel. Essa compreensão de Cristo, maravilhosa, tanto quanto foi, foi apenas o começo. Com base na sua fé Jesus prometeu-lhe coisas maiores do que estas. Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem . Ao referir-se a Si mesmo como Filho do homem , Jesus foi focar a atenção sobre sua pessoa visível e não sobre o seu ser essencial. O objetivo deste era que os discípulos não poderiam deixar de observar o que Ele, o Encarnado, iria realizar em sua forma humana. Sua atenção foi "orientada para lá, a fim de que eles possam ver o que está além da observação histórica. Jesus é o lugar da revelação "céus abertos e anjos descendo têm claramente referência a experiência de Jacó em Betel em seu caminho para Paddanaram (. Gn 28:10 ). De acordo com a Epístola aos Hebreus anjos eram mensageiros da revelação de Deus nos tempos dos profetas. Jesus falou de si mesmo como a escada em cima de que os anjos de Deus descem e sobem. O método de Jesus era começar com as coisas terrenas e, em seguida, virar mente dos discípulos às coisas celestes ou espirituais.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Introdução ao Livro de João
João

Esboço

Prólogo (1:1 -18)

  1. Período de consideração (1:19—6:71)

"Ainda não é chegada a minha hora" (2.4)

  1. Cristo e os discípulos (1:19—2:12)
  2. Cristo e os judeus (2:13—3:36)
  3. Cristo e os samaritanos (4:1-54)
  4. Cristo e os líderes judeus (5:1 -47)
  5. Cristo e as multidões (6:1-71)

Crise nQ 1: eles não caminham com ele (6:66-67)

  1. Período de conflito (7:1—12:50)

(Observe como os judeus se opõem a Cristo: 7:1,19,23,30,32,44; 8:6,37,48,59; 9:22,34; 10:20,31-33,39; 11:8,16,46-57; 12:10.) "Mas ninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada a sua hora" (7:30).

  1. Conflito sobre Moisés (7:1—8:11)
  2. Conflito sobre Abraão (8:12-59)
  3. Conflito sobre sua filiação (9:1—10:42)
  4. Conflito sobre seu poder (11:1—12:11)

Crise Ne 2:0). Observe outras ocasiões em que Cristo fala de si mesmo usando EU SOU: 4:26; 8:28,58; 13 19:18-5- 6,8. À medida que lê esse evange-lho, você percebe que Cristo é o verdadeiro Filho de Deus!

  1. Os sinais no evangelho de João

João selecionou sete dos muitos mila-gres que Cristo fez a fim de provar a divindade dele. (No capítulo 21, ele apresenta oito que foram realizados apenas para os discípulos e formam o poslúdio do evangelho.) João apresen-ta esses sete sinais em uma ordem es-pecífica (veja 4:54: "Foi este o segundo sinal") e forma um quadro da salvação. Os três primeiros sinais mostram como a salvação vem para o pecador:

  1. Água em vinho (2:1-11) — a salvação pela Palavra
  2. Filho do oficial do rei (4:46-
    54) — a salvação pela fé
  3. Cura do paralítico (5:1-9) — a salvação pela graça

Os últimos quatro sinais mos-tram o efeito da salvação no crente:

  1. Alimentação de 5 mil (6:1-
    14) — a salvação traz satisfação
  2. Apaziguamento da tempesta-de (6:16-21) — a salvação traz paz
  3. Cura do cego (9:1-7) — a salvação traz luz
  4. Ressuscitação de Lázaro (11:38-45) — a salvação traz vida

Claro que cada milagre reve-la a divindade de Jesus Cristo (veja 5:20,36). Esses sinais também ser-vem como ocasiões para os discur-sos e as conversas de Cristo. Nico- demos foi até Cristo por causa de um sinal que este fez (3:2); a cura do paralítico (5:1-9) leva ao dis-curso de 5:10-47; no capítulo 6, a alimentação dos 5 mil fundamen-tou o sermão sobre o Pão da vida; a expulsão do cego curado do tem-plo (9:
34) resulta no sermão sobre o bom Pastor que não expulsa nin-guém (cap. 10).

  1. A fé e a descrença no evangelho de João

No evangelho de João, um tema maior é o conflito entre fé e des-crença. João inicia com a rejeição por parte de Israel (1:
11) que, por fim, culmina com a crucificação. Ao longo do relato, vemos os ju-deus recusarem-se a aceitar as evi-dências e crescerem mais e mais em sua descrença. Por outro lado, vemos também um pequeno gru-po de pessoas dispostas a crer em Cristo — os discípulos, o nobre e sua família, os samaritanos, o para-lítico, o cego, etc. Hoje acontece a mesma coisa: o mundo, como um todo, não crê em Cristo, mas aqui e ali encontramos pessoas que vêem a evidência e o aceitam como o Fi-lho de Deus.

No esboço, você observa que os judeus começaram sua contro-vérsia com Cristo depois do mila-gre do capítulo 5, pois a cura ocor-reu no sábado. Nos capítulos 7:12, o conflito fica mais sério, e eles tentam diversas vezes prendê-lo e apedrejá-lo. Os capítulos 18—19 apresentam a culminância do con-flito em que eles o prendem e o crucificam.
O evangelho de João apresenta três eventos de crise (veja o esboço):

  1. 6:66-71, em que a multidão o deixa depois de querer torná-lo Rei;
  2. 12:12-50, em que as pessoas recusam-se a crer nele; e (3) 19:13- 22, em que o crucificam. Na primei-ra crise, eles queriam transformá-lo em Rei, mas acabam por rejeitá-lo; e na terceira, eles clamam: "Não te-mos rei, senão César!" (19:15).

Ele é o caminho, mas eles não caminham com ele; é a verdade, no entanto não crêem nele; é a vida, porém o matam.


Wiersbe - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51
O tema do evangelho de João é que Jesus é o Filho de Deus (20:30-31), e, nesse primeiro capítulo, ele pro-va essa afirmação de Cristo. Ao ler esse capítulo maravilhoso, você não pode deixar de ver que Cristo é o Filho de Deus por causa dos nomes e títulos que tem, das obras que faz e do testemunho dos que o conhe-ceram pessoalmente, em que decla-ram que ele é.

  1. O nome de Cristo prova que ele é Filho de Deus
  2. Ele é a Palavra (1:1-3,14)

Cristo revela a mente e o coração de Deus para os homens, da mes-ma forma que nossas palavras reve-lam nosso coração e nossa mente. "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). A palavra é composta de le-tras, e Cristo é o Alfa e o Ômega (a primeira e a última letras do alfa-beto grego; Ap 22:13), aquele que explica o amor de Deus por nós. Em Gênesis 1, Deus criou tudo por intermédio de sua Palavra, e Colos- senses 1:16 e 2Pe 3:5 indicam que essa Palavra era Cristo. Embo-ra possamos, em parte, conhecer Deus por meio da natureza e da história, o conhecemos totalmen-te por intermédio de seu Filho (He 1:1-58). Cristo como Palavra traz graça e verdade (1:14 e 17); toda-via, se os homens não a recebem, essa mesma Palavra transforma-se em ira e julgamento (Ap 19:13). Cristo é a Palavra de Deus viva e encarnada; a Bíblia é a Palavra do Senhor escrita.

  1. Ele é a luz (1:4-13)

Em Gênesis 1, o primeiro ato cria-tivo de Deus foi produzir luz, pois a vida vem da luz. Jesus é a verda-deira luz, isto é, a luz original da qual se origina toda luz. No evan-gelho de João, vemos, o conflito entre a luz (Deus, a vida eterna) e as trevas (Satanás, a morte eterna). Jo 1:5 indica isso: "A luz resplan-dece [presente] nas trevas, e as tre-vas não conseguem extingui-la ou prendê-la" (tradução literal). Veja 3:19-21, 8:12 e 12:46. Em 2 Co- ríntios 4:3-6, a salvação é retratada como a entrada de luz nas trevas do coração do pecador (veja tam-bém Gn 1:1 -3).

  1. Ele é o Filho de Deus (1:15-18,30-34,49)

Essa afirmação deu origem à per-seguição de Cristo pelos judeus (10:30-36). No evangelho de João, observe as sete pessoas que cha-mam Cristo de Filho de Deus: João Batista (1:34); Natanael (1:49); Pe-dro (6:69); o cego curado (9:35-38); Marta (11:27); Tomé (20:
28) e o apóstolo João (20:30-31). O pecador que não crê que Jesus é Filho de Deus não pode ser salvo (8:24).

  1. Ele é o Cristo (1:19-28,35-42)

"Cristo" significa o Messias, o Un-gido. Os judeus questionaram João, pois esperavam a vinda de seu Mes-sias. Até os samaritanos o procura-vam (4:25,42). Expulsavam da sina-goga qualquer judeu que declarasse que Jesus era o Cristo (9:22).

  1. Ele é o Cordeiro de Deus (1:29,35-36)
  2. anúncio de João responde à pergunta de Isaque: "Onde está o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22:7). Em Êxodo 12, o cordeiro pascal e, em Is 53:0 Ez 7:3-27 7, os pecadores estão longe de casa e na escuridão do pecado. No entan-to, Cristo revela a glória do céu e abre-o para que entremos. Cristo é a "escada para a glória" de Deus.

    1. Testemunhos provam que Cristo é o Filho de Deus

    João, com freqüência, usa a pala-vra "testemunho", como também o verbo "testemunhar", em seu evan-gelho (1:7-8,15; 3:26,28; 5:31-37; 8:18; 15:27; 18:23). As testemunhas bíblicas são confiáveis porque tive-ram contato pessoal com Cristo e não ganharam nada dos homens ao testemunhar por Cristo. (Na verda-de, elas sofreram por causa disso.) O testemunho delas passaria por uma corte hoje, não há evidência de que mentiram. Essas testemunhas foram:

    1. João Batista (1:7,15,29; veja também 5:35)
    2. João, o apóstolo (1:14: "Vimos a sua glória [...]")
    3. Os profetas do Antigo Testamento (1:30,45)

    E provável que Natanael estivesse lendo os relatos de Moisés quando Filipe o encontrou.

    1. O Espírito Santo (1:33-34)
    2. André (1:41)

    Ele foi um ganhador de almas e co-meçou por sua família.

    E Filipe (1:41)

    Filipe apoiou seu testemunho com a Palavra de Deus, uma política sábia para todas as testemunhas.

    1. Natanael (1:49)

    João Batista foi o pregador que sal-vou João e André. Pedro encontrou Cristo por causa da obra pessoal de André. Cristo chamou Filipe pessoalmente, e Natanael encon-trou Cristo por meio da Palavra e do testemunho de Filipe. Deus usa pessoas e circunstâncias distintas para trazer as pessoas para seu Fi-lho. Ele é um Deus com variedade infinita.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Introdução ao Livro de João
O Evangelho Segundo João

Análise

O quarto evangelho declara francamente o propósito do livro: "...fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais... Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (20.30, 31).
Desde o prólogo 1:1-18 com seu grande clímax: "...e vimos a sua glória..." (v. 14), até à confissão final de Tomé: "Senhor meu e Deus meu!" (20.28), o leitor é constantemente impelido a prostrar-se de joelhos em adoração. Jesus Cristo aparece como mais que um mero homem; de fato, mais do que um simples enviado sobrenatural ou representante da Divindade,. Ele é o verdadeiro Deus que veio em carne.
Os hebreus, esperando pelo seu Messias vindouro, entretanto (1:19-26), necessitavam de prova sobre a reivindicação de Jesus de ser o prometido Messias do Antigo Testamento. João apresenta essas provas. Milagres e discursos selecionados dentre apenas vinte dias dos três anos de ministério público de Jesus validam dramaticamente Sua posição de Cristo, o Filho de Deus. Oito sinais ou ações revelam não apenas o Seu poder, mas igualmente atestam a Sua glória como o divino possuidor da graça redentora, Jesus é o grande "Eu Sou”, a única esperança de uma raça em tudo mais destituída de Liderança. Água transformada em vinho, comerciantes e animais para sacrifícios expulsos do templo; o filho do nobre curado à distância; o paralítico curado no sábado; as multiplicações de pães; Jesus a andar sobre a superfície da água; a vista restaurada ao cego de nascença; Lázaro chamado de volta de entre os mortos: todos esses milagres revelam Quem Jesus é e o que Ele faz. Progressivamente, João o retrata como a fonte da nova vida, a água da vida, e o pão da vida. Até os Seus próprios inimigos recuam e caem perante o "Eu Sou", que se entregava voluntariamente ao sofrimento da cruz (18.5, 6).

Procurando salvar o homem do pecado e da condenação, e restaurá-lo à comunhão divina e à santidade, o Logos eterno fez deste mundo Sua habitação temporária (1.14). Através de Sua graça, homens caídos se tornam qualificados para habitar em Deus (14,20) e, finalmente, para entrarem nas mansões eternas (14.2,3). Em Sua própria pessoa, Jesus cumpre o significado das profecias o das festividades do Antigo Testamento. Triunfa, finalmente, até mesmo sobre a morte e a sepultura, e deixa aos Seus seguidores um notável legado para dar prosseguimento à missão misericordiosa, sem igual na história.
Estendendo-se de eternidade a eternidade, o quarto evangelho liga o destino tanto dos judeus como dos gentios, como parte da criação inteira, à ressurreição do encarnado e crucificado Logos.

Autor

Embora o quarto evangelho em parte alguma dê claramente o nome de seu escritor, pouca dúvida existe de que João, "o discípulo amado", foi o seu autor. Somente uma testemunha ocular dentre o círculo mais íntimo dos seguidores do Senhor (conforme 12.16; 13,29) poderia fornecer os detalhes íntimos que aparecem no livro. Outrossim, o relato especial e algumas vezes indireto da participação de João parece confirmar igualmente sua autoria (1:37-40;.19.26; 20.2, 4, 8; 21.20, 23, 24). O fragmento de uma antiga cópia, que data do início do segundo século, indica que o original, naturalmente, é mais antigo ainda e pertencente ao período da vida de João. Os eruditos conservadores situam-no depois da escrita dos outros evangelhos, ou seja, algum tempo entre 69 d.C. (antes da queda de Jerusalém) e 90.d.C.

Esboço

REVELAÇÃO DA PALAVRA NA ETERNIDADE, 1.1,2
REVELAÇÃO DA PALAVRA NA CRIAÇÃO, 13 4:9
REVELAÇÃO DA PALAVRA NA REDENÇÃO, 1:5-21.25
O Lato Testemunho do Prólogo, 1:9-14,16-18
O Testemunho que Coroa a Antiga Dispensação, 1:5-8,15,19-28
O Testemunho Inicial da Nova Dispensação, 1:29-51
Os Grandes Sinais e os Discursos Públicos 2:1-12.11

Primeiro Sinal: Água e Vinho, 2:1-12

Segundo Sinal: Purificação do Templo, 2:13-22

FESTA: o Messias no Templo: Páscoa, 2:23-25
Discurso (Nicodemos): Cristo, a Fonte da Nova Vida, 3:1-21
Disputa sobre João Batista e Jesus, 3:22-4.3
Discurso (a Samaritana): Cristo, a Água da Vida, 4:4-42

Terceiro Sinal: Curando à Distância, 4:43-54

FESTA: O Messias no Templo; Páscoa, 5.1

Quarto Sinal: A Cura do Paralítico no Sábado, 5:2-16

Discurso (Escribas e Fariseus): Cristo, o Filho Divino, 5:17-47

Quinto Sinal: Alimentando os Cinco Mil, 6:1-15

Sexto Sinal: Andando sobre a Água, 6:16-21

Discurso (Multidões): Cristo, o Pão da Vida, 6:22-59
Discurso (Discípulos): Cristo, o Espírito Doador da Vida, 6:60-71
FESTA: o Messias no Templo: Tabernáculos 7:1-52
A Mulher Apanhada em Adultério, 7:53-8.11
Discurso (Fariseus): Cristo, a Luz do Mundo, 8:12-30
Discurso (Seguidores Professos): Cristo, a Fonte da liberdade, 8:31-59

Sétimo Sinal: Cura do Cego de Nascença, 9:1-41

Discurso (Fariseus): Cristo, o Bom Pastor, 10:1-21
FESTA: o Messias no Templo: A Dedicação, 10:22-42

Oitavo Sinal: A Ressurreição de Lázaro, 11:1-47

Retira-se para Efraim, enquanto Judeus o esperam 11:47-54
Jesus Ungido por Maria, em Betânia, 11:55-12.11
A Grande Semana da Paixão, 12:12-19.42
Entrada Triunfal em Jerusalém (Domingo), 12:12-19
Os Gentios Buscam Jesus (terça-feira), 12:20-36
Os Judeus Rejeitam a Jesus, 12:37-50
FESTA: o Messias no Templo: a Páscoa e a Ceia do Senhor (quinta-feira), 13 1:30 Discursos de Despedida (Discípulos): O Legado de Cristo a Seus Seguidores, 14:1-16.33 Oração de Intercessão, 17:1-26
Traição e Aprisionamento no Getsêmani (sexta-feira), 18:1-22
O Julgamento de Jesus, 18:13 19:16
A Crucificação e o Sepultamento, 19:16-42
O Senhor Ressurreto e Sua Família Redimida, 20:1-21.25
O Túmulo Vazio, 20:1-18
Outras Aparições de Ressuscitado, 20:19-21.1
Instruções a seus Discípulos 21:3-23

Post-Scriptum Devocional, 21.24,25


Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51
1.1 No princípio. Antes da criação (conforme Gn 1:1), Verbo (gr logos). Não denota o logos de Platão, que significava a Idéia universal e absoluta, nem de Filo, que identificava o logos com a sabedoria de Deus. Logos para João é uma pessoa, que comunica a realidade de Deus aos homens pela Sua encarnação e sacrifício na cruz. Logos. Servia o termo de ponte entre o mundo grego e judaico. Sendo Deus, o Logos é a perfeita expressão de Deus. A revelação no AT era perfeita mas incompleta; no NT é perfeita e completa (cf. 14.9; He 1:1, He 1:2). O Verbo era Deus. A falta do artigo no original não quer dizer "um Deus" mas que o Verbo tinha a natureza divina. "O Filho está destacado na Trindade, mas a Trindade toda não é o Verbo".

1.3 A atuação de Cristo na criação também se encontra em Cl 1:16, Cl 1:17.

1.4 Vida estava nele. Pode referir-se à provisão do Espírito que pela morte de Cristo passaria a habitar nos crentes (7.37ss).

1.5 A luz. É identificada com a vida que Deus compartilha: é o contrário de trevas, existência sem Deus que equivale à morte eterna. A luz não pode ser vencida pelo mal, absolutamente (1Jo 2:8).

1.6;7 Um homem. Foi João, o Batizador, quem primeiro apontou Jesus aos homens como luz, e foi através da fé desses homens que outros vieram a crer (conforme 5.35).

1.9 Verdadeira luz. Cristo e só Ele, vindo ao mundo ilumina a todo homem. Não há salvação das trevas, à parte, dEle (At 4:12).

1.10 Mesmo antes de Sua encarnação Cristo estava ativo na criação e na revelação de Deus por intermédio dos profetas e patriarcas.
1.11 Seu, e os seus. "Seu", no grego, significa "sua casa"; "Seus" significa Seu povo. Mesmo rejeitado pela maioria de Israel, Cristo se oferece a todos entre os quais alguns O recebem.

1.12 Filhos de Deus. Ninguém nasce de Deus pelo primeiro nascimento (o carnal). A filiação se limita aos que crêem e recebem a Cristo.

1.13 Do sangue (gr ex haimatõn "dos sangues”. O plural indica que o nascimento concedido por Deus não vem por descendência humana nem através de descendência privilegiada (conforme 3.4, 6; 6.44).

1.14 O Verbo se fez carne. O eterno Filho, o Verbo de Deus, se encarnou como homem, (conforme Rm 8:3). Esta_verdade essencial nega terminantemente a heresia gnóstica que afirmava que a encarnação não foi real (conforme 1Jo 4:2, 1Jo 4:3). Habitou, gr skenoõ "tabernaculou". Em Cristo vemos a realidade da glória divina, o zelo de Deus em se aproximar dos homens mesmo sendo pecadores. Graça. Favor de Deus não merecido. Verdade. A fidelidade de Deus.

1.16 Plenitude (gr plerõma, conforme Cl 1:19; Cl 2:9, Cl 2:10). E o Espírito Santo que habitou em Cristo e nos crentes, tornando-os "co-participantes da natureza divina" (2Pe 1:4).

1.18 Deus unigênito. Esta é uma declaração clara da deidade de Jesus Cristo. No seio. Modo hebraico de indicar proximidade de amigos, (3.23, 25).

1.21 Elias. Ml 4:5 deu origem à esperança :do reaparecimento de Elias (conforme Mt 11:14, Mt 11:18; Mt 17:9-40);
2) Ver o Pai por Seu intermédio (Jo 14:9);
3) Estar com e nEle (Jo 15:2, Jo 15:4-43) se cumprem em Cristo que é maior que esse patriarca (conforme 4.12).

• N. Hom. 1:43-51 Como Testemunhar:
1) Dar a maior importância à pessoa de Cristo (36):
2) apelar aos amigos (41; 45);
3) convidar outros após sentir a emoção da descoberta pessoal (45);
4) não debater apenas com argumentos mas com desafio à investigação (46);
5) não perder tempo.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Introdução ao Livro de João
JOÃO

DAVID J. ELLIS
O falecido arcebispo William Temple escreveu:    o ponto de importância vital é
a declaração da Palavra de Deus à alma, a autocomunicação do Pai aos seus filhos. O quarto evangelho foi escrito com completa consciência dessa verdade...”. Nisso consiste, de fato, a diferença do quarto evangelho. Pois aqui a Palavra de Deus está viva e ativa. E Jesus Cristo.
É possível, por incorreto que seja, concluir dos Evangelhos sinópticos que a essência do cristianismo está em tentar obedecer às ordens morais de Cristo e em imitar a sua vida altruísta. Da mesma forma, podemos ler Paulo cegos para a determinante personalidade do Cristo que ele adorava. Mas ninguém consegue terminar de ler o quarto evangelho sem ter percebido que o autor cria profundamente na possibilidade da comunhão diária com o Senhor exaltado, pois ele era essencialmente a mesma Pessoa que o homem de carne e osso que atuou e ensinou na Palestina.
Sabemos hoje que o evangelho de João foi considerado pelos seus primeiros leitores uma exposição autorizada da vida da Igreja, na medida em que isso está representado pela união de cada membro com o Cristo ressurreto. A universalidade da origem dos seus membros pode bem ser retratada na pregação de Jesus aos samaritanos e na presença dos gregos na festa da Páscoa. Seu ensino acerca da natureza espiritual da adoração é refletida na conversa entre o Salvador e a mulher de Samaria, e talvez na parábola encenada por Jesus na purificação do templo. As ordenanças cristãs são simbolizadas no discurso do Senhor acerca da “água e do Espírito”, e a operação efetiva na vida do crente por meio do seu ensino acerca do pão da vida. Aqui, especialmente, João enxerga os perigos associados a qualquer ênfase excessiva no sinal exterior acima da graça interior que ele simboliza. João não registra a instituição da ceia do Senhor. Em vez disso, ele registra de forma dramática a lição de humildade que Jesus ensinou aos seus “amigos”, mostrando-lhes a necessidade de estarem entretecidos uns nos outros por seu amor mútuo, e advertindo-os da possibilidade fatal de comerem o “pão dele” e ao mesmo tempo agirem de forma traiçoeira contra o seu reino. A alegoria da videira verdadeira possivelmente é a expressão mais completa no ensino de Jesus do que significa ser um discípulo — um membro da Igreja, um membro dele.
Em João, há uma notória concordância subjacente com o ensino distintivo de Paulo. Tanto João quanto Paulo mostram que Cristo é a imagem exata de Deus, que a criação subsiste nele e que por meio da adoção mediante Cristo os homens se tornam filhos de Deus. Mas nenhuma dessas doutrinas é explícita na pregação apostólica registrada no livro de Atos. Nele, a ênfase está na tarefa e missão messiânica de Jesus, na sua morte, ressurreição e exaltação, com a esperança adicional da sua volta para levar à consumação o Reino de Deus. Entrementes, Deus havia provido a presença e orientação do Espírito Santo para todos os que se arrependeram e foram batizados. Contudo, a experiência de João complementa a de Paulo.
Este, constantemente, se regozijava na libertação do pecado e do jugo da lei por meio da morte e ressurreição de Cristo. Isso ele desfrutava como prelúdio da manifestação final e definitiva de todos os filhos de Deus na glória. João, no entanto, não ignora o pecado. Mas ele vê o tabernáculo de Deus com os homens em Jesus Cristo como o meio pelo qual os homens podem desfrutar a verdadeira comunhão com Deus aqui e agora. A vida eterna já é um fato. “Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele” (ljo 4:16).

João é notoriamente diferente dos primeiros três evangelhos. Em uma série de ocasiões, no entanto, o autor pode ter se fundamentado em narrativas dos Sinópticos. A multiplicação dos pães para Dn 5:0). Mas em João há aqueles que, com João Batista, reconhecem desde o início que Jesus é o Messias no momento do seu primeiro encontro com ele. Mas isso é somente o que deveriamos esperar da natureza daquelas manifestações especiais que, como registra João, Jesus fez a João Batista e seus discípulos.

A diferença da apresentação que João faz do ensino de Jesus é comparada por W. F. Howard e outros ao princípio do targum de traduzir as Escrituras hebraicas por um comentário paralelo e contínuo. Aqui e ali no quarto evangelho, fica claro que temos o comentário inspirado do evangelista lado a lado com as palavras e atos do próprio Jesus. O evangelho é obra de reflexão, como também de recordação. Não se poderia fazer comentário mais claro acerca do seu propósito do que o que está nas palavras finais do penúltimo capítulo: “Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome” (20.31). Os milagres de Jesus aqui, então, são indicadores do caminho (gr. semeia) que conduzem aos fundamentos da fé em Jesus. E por isso que só os judeus são especialmente mencionados nesse evangelho. João considera a descrença dos judeus uma das maiores tragédias dos primeiros anos do cristianismo.

Reações mais concretas à mensagem cristã, no entanto, vieram dos docetistas, cujo nome vem do verbo grego dokein, “parecer”. Eram mestres semicristãos que, de formas ligeiramente diferentes de acordo com uma variedade de escolas de pensamento diferentes, ensinavam que, se Cristo fosse Deus, então não poderia ser verdadeiramente humano. Um desenvolvimento posterior do docetismo destacava que Deus é impassível, isto é, ele é incapaz de mudanças como a carne humana permite na humanidade, ou como as emoções humanas manifestam nos seres humanos. Para eles, a deidade estava por necessidade totalmente distante de qualquer tipo de contato humano, e, por isso, quando comentavam acerca da Paixão de Cristo, diziam que “ele só pareceu sofrer”. João combateu essas idéias por meio do destaque especial que deu à humanidade de Jesus (conforme 2.24; 4.6,7; 6.51; 11.35), que atinge o seu clímax nesse evangelho com a declaração solene de Pilatos: “Eis o homem!” (19,5) e os detalhes físicos que marcaram os momentos finais de sofrimento de Jesus na cruz (cf.

19.28,34,35).
“ ‘Jesus’, escreve F. F. Bruce, ‘veio [...] por meio da água e do sangue’; isso quer dizer que Jesus foi manifesto como Messias e Filho de Deus não somente no seu batismo, mas também na cruz; aquele que morreu era tão verdadeiramente a Palavra encarnada como aquele que foi batizado” (The Spreading Flame, 1958, p. 246).

F. von Hügel ressaltou que esse evangelho é história do ponto de vista eterno (F.ncyclopaedia Britannica, 1962, v. 13, p. 99). Assim, os fatos com freqüência elaborados tão claramente nos Sinópticos são interpretados em João. Alguns estudiosos até consideram a relação de João com os Sinópticos uma justaposição de história e teologia. Os Sinópticos, eles alegam, apresentam a teologia do ponto de vista histórico, enquanto João escreve história do ponto de vista teológico. Quando lemos as palavras de Jesus aos discípulos, “... eu os tenho chamado amigos...”

(15.15), sabemos que ele é o Amigo supremo que atrai os filhos a si (conforme Mt 19:13ss) e que falava deles enquanto brincavam em casamentos (e funerais!) na praça (Mt 11:16,Mt 11:17). Ele é o Amigo que contou a história do sama-ritano compassivo e do Pai paciente e sofredor (Lc 10:29-42; Lc 15:11-42). E, por outro lado, se lemos nos Sinópticos da autoridade de Jesus para perdoar pecados, é em João que lemos de onde vem essa autoridade na eternidade e como ela é exercida em completa cooperação com o Pai.

Nenhum argumento acerca da autoria desse evangelho pode ser determinado sem que levemos em consideração todos os fatos, externos e internos. Em geral, se acredita que o autor era judeu, vivendo em Efeso perto do final do século I, embora alguns estudiosos tenham sugerido uma data posterior. Alguns eruditos defendem que três mentes contribuíram para o resultado final — a testemunha (conforme 19.35; 21.24), o evangelista e o redator. Apesar dessa opinião, no entanto, tem havido pouca concordância entre os principais proponentes desse suposto trio quanto à função que cada membro cumpriu na composição do evangelho concluído. Alguns argumentam que a ordem cronológica especial de João é devida ao redator, enquanto outros, notavelmente Bernard, crêem que ele foi responsável por colocar algumas breves observações.
Argumenta-se de forma convincente que o evangelho foi escrito inicialmente em ara-maico, e que, embora o autor fosse bastante influenciado pelo pensamento grego, estava mais interessado no pano de fundo do pensamento judaico como prelúdio da mensagem de Cristo. Aliás, é provável que a suposta influência de idéias gregas em João seja uma opinião que tenha sido levada longe demais por alguns comentaristas modernos. Qualquer uso especial de palavras e idéias gregas pode refletir meramente que havia termos no uso corrente da época em que o evangelho foi escrito que eram especialmente valiosos para retratar a pessoa e obra de Cristo da forma que é apropriada ao quarto evangelho.
Os estudiosos têm feito uma distinção entre o ancião João e o apóstolo com o mesmo nome. Eusébio atribuía o Apocalipse ao ancião e o evangelho a João, o apóstolo. De tempos em tempos, eruditos modernos inverteram essa ordem e atribuíram o evangelho ao ancião e o Apocalipse ao apóstolo. Não importam as dificuldades associadas ao autor do Apocalipse, ele certamente foi identificado como o apóstolo João por Justino Mártir (c. 140 d.C.). Está claro que a perspectiva teológica de ambos os livros é marcantemente semelhante, de modo que podemos dizer com certeza ao menos que o ambiente das duas obras parecia idêntico. Nenhum dos argumentos alegados para distinguir o “discípulo amado” do apóstolo João é de todo convincente. Que ele deve ter sido conhecido dessa forma, está de acordo com as diversas formas em que esse discípulo é retratado no evangelho. Aliás, a afirmação de Papias registrada por Eusébio (HE III. xxxix 4), que tem sido amplamente usada para manter separados o apóstolo João e o ancião, pode ser lida de tal forma que o ancião e o apóstolo sejam a mesma pessoa.

As cartas de João quase certamente vêm do evangelista. A primeira carta aplica o evangelho aos problemas da igreja primitiva. Está menos ocupada com a hostilidade dos judeus, no entanto, e mais com os perigos do gnosticismo. Westcott disse que o tema do evangelho é “Jesus é o Cristo”, e da carta é “o Cristo é Jesus” (p. lxxxviii). (V. p. 1.652ss.)

ANÁLISE

Parte umIntrodução (1.12.11)

I. A PALAVRA QUE SE TORNOU CARNE E FOI MANIFESTA (1.1—2.11)


1)    Prólogo (1:1-18)

2)    O testemunho de João (1:19-34)

3)    Os primeiros seguidores de Jesus (1.35—2.11)

Parte doisO ministério público (2.1212.50)

I. CRISTO PREGA A SUA MENSAGEM (2.12—4.42)


1)    A purificação do templo (2:12-25)

2)    Jesus e Nicodemos (3:1-21)

3)    O testemunho final de João Batista (3:22-36)

4)    A mulher samaritana (4:1-42)

II. REVELAÇÃO POR MEIO DE ATOS E PALAVRAS (4.43—6.71)


1)    O filho do oficial (4:43-54)

2)    O paralítico de Betesda (5:1-47)

3)    Alimentando a multidão (6:1-15)

4)    Uma tempestade no mar (6:16-21)

5)    O pão vivo (6:22-59)

6)    A fé e a incredulidade dos discípulos (6:60-71)

III.    JESUS, A FONTE DE TODAS AS VERDADEIRAS BÊNÇÃOS (7.1—10.39)


1)    Controvérsia na festa das cabanas (7:1-52)

2)    A verdadeira luz e suas implicações (8:12-59)

3)    O homem cego de nascença (9:1-41)

4)    O bom pastor (10:1-21)

5)    O último encontro com os judeus (10:22-42)

6)    A ressurreição de Lázaro e suas conseqüências (11:1-57)

IV.    A ÚLTIMA CENA DE CONFLITO (12:1-50)


1)    O jantar em Betânia (12:1-11)

2)    A entrada messiânica (12:12-19)

3)    O pedido dos gregos e a rejeição dos judeus (12:20-43)

4)    O resumo que Cristo faz da sua mensagem (12:44-50)

Parte trêsDiscursos e eventos finais (13.121.25)

I. O MINISTÉRIO DA SALA DO ANDAR SUPERIOR (13 1:17-1-26)


1)    Prática e prescrição da humildade (13 1:17)

2)    O traidor (13 18:35)

3)    Consolo para os discípulos em aflição (13.36—14.31)

4)    A união com Cristo e suas conseqüências (15:1-27)

5)    Os discípulos, o mundo e o advogado (16:1-33)

6)    A grande oração de Jesus (17:1-26)
II. A TRAIÇÃO, A PRISÃO E A EXECUÇÃO (18.1—19.42)

1)    A prisão. Pedro nega Jesus (18:1-27)

2)    O julgamento diante de Pilatos (18.28—19.16)

3)    A crucificação e o sepultamento de Jesus (19:17-42)
III.    RESSURREIÇÃO E APARIÇÕES (20:1-31)
IV.    APÊNDICE (21:1-25)


NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51
Parte umIntrodução (1.12.11)

I. A PALAVRA QUE SE TORNOU CARNE E FOI MANIFESTA (1.1—2.11)


1) Prólogo (1:1-18)

Provavelmente não há outro lugar no Novo Testamento em que se diga tanto, como aqui, com tão poucas palavras. Aqui estão afirmadas a singularidade de Cristo e as grandes conseqüências desse auto-sacrifício incorporado na encarnação. Nesse prólogo, João anuncia o seu tema principal, que é a glória de Jesus Cristo demonstrada por meio de tudo que ele disse e fez. v. 1. No princípio era aquele que é a Palavra-. Diferentemente dos autores sinópticos, o quarto evangelho começa a história na eternidade; e é a partir daqui que ele entende o significado da obra de Cristo. No princípio (conforme Gn 1:1) leva a nossa concepção do propósito de Deus para além da Criação, de forma que aquela Palavra, como a segunda pessoa da Trindade, existia por si mesma. O termo Palavra (gr. ho logos) foi supostamente empregado pelo autor para tornar o evangelho relevante para os seus primeiros leitores. Contudo, a concepção de ho logos é de suprema importância para a doutrina de Cristo que o autor tem em mente à parte de qualquer outra razão especial que o tenha levado a usar o termo. [V. Comentário adicional 1, p. 1.263). Ele estava com Deus (gr. kai ho logos ên pros ton theon): Isto é, desde a eternidade sempre houve uma distinção entre as pessoas da Trindade. Não nos ajuda muito entender isso como a Palavra que existia em contraste com o Deus absoluto. O sentido mais simples sugerido aqui parece endossado em outros textos em que as preposições são usadas de maneira semelhante (conforme Mc 6:3; conforme tb. Mc 10:27). e era Deus (gr. kai theos ên ho logos): A plenitude da divindade e a Palavra são identificadas. A Palavra ativa imanente no mundo não é menos Deus do que o Deus que transcende todo o tempo e espaço. A ausência do artigo definido diante de “Deus”, interpretado por alguns estudiosos como a Palavra possuindo algo menos do que a divindade completa, sugere, no entanto, que outras pessoas existem além da segunda pessoa na Trindade, v. 2. Ele estava com Deus no princípio: Tanto a Palavra quanto o seu relacionamento com o Eterno são eternos. Nunca houve uma parte da sua preexistência em que ela esteve separado da Trindade em qualquer sentido. Assim, a divindade de Cristo é estabelecida mesmo sem que qualidades pessoais específicas sejam atribuídas a ele como a segunda pessoa da Trindade. C. K. Barrett comenta com propriedade: “Os atos e palavras de Jesus são os atos e palavras de Deus; se isso não for verdade, o livro é blasfemo” (p. 130). v. 3. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele (gr. di’ autou): A Palavra, vinda de Deus, foi o agente na Criação, que, diferentemente dele, não é eterna, e, mesmo assim, sem esse agente nada do que existe teria sido feito (conforme Pv 8:30). Não há, como alguns pensadores gnósticos estavam dispostos a acreditar, qualquer outro meio de criação que não o próprio Deus. Há uma leitura alternativa possível aqui, i.e., “sem ele nada foi feito. O que foi feito, era vida nele”. No entanto, a leitura costumeira é melhor. João conta aos seus leitores que em Cristo há um elo visível entre Deus e o mundo material. Este mundo certamente pertence a Deus, que o fez (conforme He 1:2; He 11:3). Em geral, os estudiosos concordam em que o gnosticismo nunca esteve longe da mente do autor desse evangelho. Os gnósticos ensinavam que somente o espírito pode ser bom, e a matéria é essencialmente má. Mas João, em concordância com Paulo (conforme Cl 1:16), defende pela sua doutrina da criação por intermédio da Palavra de Deus, e por meio da encarnação da Palavra, que este mundo de matéria é de fato a obra da mão do Todo-po-deroso, que entrou nele em Jesus Cristo. O mundo não é essencialmente mau, embora o homem por meio do pecado tenha produzido miséria nele (conforme Gn 1:10,12,18,21,25). v. 4. Nele estava a vida: O Universo, feito pela Palavra de Deus, e imerso na sua vontade viva e ativa, mostra em si mesmo a propriedade orgânica e ativa da vida. E esse princípio no mundo criado se revela novamente em Cristo, que veio para conceder vida por meio da encarnação (conforme 10.10). Essa vida se torna a lu% dos homens. E o elemento vivo, em desenvolvimento no Universo, que mostra Deus ao homem (conforme Rm 1:20); é a base da verdade da religião revelada, v. 5. A luz brilha...: Essa é a ênfase do quarto evangelho, isto é, que Deus foi revelado absolutamente em Jesus Cristo. Tudo que os homens possam esperar por via da revelação e salvação deve ser visto nele. Mas Deus forneceu ao homem a revelação contínua, pois a luz brilha nas trevas, expressão que retrata a distância que separa o homem de Deus e mostra que Deus sempre se revelou ao homem de alguma forma. A encarnação, no entanto, revelou Deus com clareza singular, assim que, de forma correspondente ao caso, “as trevas não a compreenderam” (Nota textual da NVI).

“Vida” e “luz” são duas palavras especialmente associadas com João no NT. Mais tarde no evangelho, Jesus afirma que ele é tanto a vida (conforme 11.25; 14,6) quanto a luz (cf. 8.12; 9.5). No prólogo, contudo, essas duas reivindicações são colocadas no seu contexto essencial. O que Jesus declara ser no mundo ele é sempre. Isso é característico de Deus no AT. A atividade divina criou a vida e a sustenta. Deus é, assim, a fonte da iluminação do homem (conforme Sl 36:9-10). No evangelho, além disso, “vida” traz nuanças distintas de salvação e libertação. Na medida em que é trazida para dentro do mundo por Cristo (cf. 2Tm 1:10), denota sua obra particular a favor da humanidade, a seção mais responsável do mundo criado. “Luz” em João sugere revelação que conduz os homens à “vida”, que coloca uma responsabilidade solene sobre os homens, e assim os conduz ao julgamento se eles a recusarem (conforme 3.19). A presença das trevas é em geral pressuposta onde a “luz” é mencionada. E quando não há resposta à verdadeira luz, então, qualquer que seja a “luz” que eles professem ter, na realidade não têm luz nenhuma (conforme 9.41).

v. 6. Surgiu um homem...: Agora o tema se volta de maneira distinta para a história humana. João Batista é mencionado aqui pela primeira vez, visto que ele agia como testemunha da luz ao ser “uma candeia que queimava e irradiava luz” (5,35) para que assim, por meio da obra dele, todos os homens cressem. v. 9. O significado é obscurecido pela ARG (“a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo”). A melhor formulação associa a expressão chegando ao mundo à expressão verdadeira luz, e não a todos os homens. Ele, em contraste com João, é a verdadeira luz, grego to phõs to alêthinon, significando luz real ou genuína (não verdadeira como distinta de falsa, o que poderia ser expresso por alêthês). De que forma se pode dizer que ele iluminaria todo homem? Somente no sentido de que “luz” traz juízo (conforme v. 5 e 3:19-21). A vinda de Cristo lançou luz sobre as trevas da situação humana e continua a fazê-lo na vida de todo homem. v. 10. o mundo foi feito por intermédio dele...: Isso se aplica à parte da criação que é capaz de fazer escolhas conscientes. O mundo (gr. kosmos) é o mundo das pessoas, especialmente aquelas que, nesse evangelho, são confrontadas com a verdade em Cristo. (Muitas vezes no evangelho, contudo, ele é descrito como “este mundo”, que é uma referência ao nosso mundo em contraste com o mundo de cima, do qual Cristo veio; conforme 8.23.) Ambos os usos do termo sugerem um antagonismo que foi demonstrado a Cristo, o mundo não o reconheceu-. Esse uso do verbo “conhecer” (gr. ginõskõ) significa “reconhecer”. É digno de nota que o evangelista nunca usa o substantivo correspondente “conhecimento” (gr. gnõsis); ele faz todo o possível para evitar essa forma de gnos-ticismo que ensinava a salvação por meio do conhecimento para uma elite inteligente. Visto que “saber” em João implica observação, obediência e confiança, não é de admirar que “conhecer” e “crer” sejam quase sinônimos (conforme 17.3; 6.69). v. 11. Veio para o que era seu, mas os seus é uma tradução para-frástica do grego ta idia, embora expresse de forma adequada o que o autor tinha em mente ao se referir a uma área particular — a Palestina — que no mundo ocupava uma posição especial no favor de Deus (conforme 19.27). Mas os seus (hoi idioi) não o receberam, embora a partir Dt 13:1 o título hoi idioi seja restrito àqueles que de fato o receberam. Isso imediatamente resume a rejeição demonstrada contra Cristo e as razões, humanamente falando, do seu sofrimento. Aos que, contudo, o receberam por fé em seu nome, deu-lhes (gr. edõken) o direito de se tornarem filhos de Deus. Esse é o presente de Deus. Os homens não têm direito algum de reivindicar serem filhos de Deus. Somente Cristo dá aos homens o poder (gr. exousia — “direito”) de se tornarem filhos de Deus .filhos [...] nasceram-. Visto que a vida em Cristo começa por meio do nascimento, i.e., por meio da atividade distinta de Deus como fonte de tudo. Esse nascimento não contém nenhum elemento humano; nem está no escopo da realização humana, nem [ocorrei por vontade da carne, nem é mediado por motivo de maturidade — pela vontade de algum homem (gr. ek thelmatos andros). v. 14. a Palavra tomou-se carne-. Não há nenhuma sugestão nessas palavras de que na encarnação a Palavra se tornou uma pessoa. A personalidade sempre tinha sido sua propriedade. “Carne” (gr. sarx) denota o âmbito humano comparado ao celestial (conforme 3.6; 6.63). Aqui, então, está a grande parte inexplicável da doutrina de Cristo, que a Palavra eterna entrou na vida humana. Ele, tampouco, entregou sua identidade à carne, pois, enquanto ele habitou entre os homens — um fato para o qual essencialmente o evangelho se volta —, houve aqueles que viram (vimos) a sua glória, i.e., a manifestação visível de Deus, que era, em sua natureza, como os homens haviam entendido no passado, cheio de graça, denotando a iniciativa tomada por Deus quando ele concede seu favor aos homens, e de verdade como a definitiva e perfeita personificação da revelação divina. A graça de Deus e a verdade de Deus estão igualmente envolvidas pela mensagem cristã. Deus em Cristo chama as pessoas a adorá-lo e a confiar nele. E o equilíbrio perfeito entre graça e verdade, demonstrado na serenidade infatigável exercida por Jesus na terra, é mostrada nos capítulos seguintes. Com freqüência, ele tomou a iniciativa de ir ao encontro das pessoas quando elas precisavam dele; e ele personificou a verdade na sua pessoa (conforme Ex 34:6; Jo 14:6), como o Unigénito vindo do Pai, isto é, singularmente Filho de Deus. Sua eternidade impede qualquer noção de que seu ser era derivado do Pai, mas, como as palavras sugerem, sua existência e obra nunca foram independentes do Pai — um fato de que o próprio Jesus deu testemunho (conforme 10.25,30). João deixa a doutrina do Logos nesse ponto e agora se concentra no relacionamento entre o Pai e o Filho. v. 16. Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça-. A doutrina de Cristo e de Deus que abre esse evangelho nunca deve ser considerada uma mera declaração de um credo. A plenitude de graça e verdade é algo que é mediado aos homens por meio da experiência. E o evangelista não está sozinho nisso. “Nós a recebemos”, ele escreve, talvez associando o testemunho de outros crentes em Efeso nos seus dias, ou se unindo em espírito a todos os que subseqüentemente ao seu próprio testemunho teriam fé em Cristo. Além disso, o testemunho combinado do povo de Deus concluiu que a vida cristã era graça sobre graça, à medida que cada experiência da sua ajuda e amor conduzia a uma experiência mais abrangente e profunda da bondade de Deus. v. 17. Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés: O presente de Deus da salvação ao seu povo antigo veio por meio do poder compulsivo exterior da lei. Agora, em Cristo, os homens são compelidos a amar a Deus pelo poder constrangedor demonstrado em Jesus Cristo, v. 18. Ninguém jamais viu a Deus: Essa é uma pressuposição básica do AT. Até em situações em que se sugeriu que algo de Deus havia sido visto pelos homens (e.g., Êx 33:22,23; Is 6:1; Ez 1:1), os targuns aramaicos, que eram paráfrases de certas partes do AT, tendiam a usar circun-locuções para o nome divino, e o teriam formulado em algum termo como memra, i.e., “a palavra”. Mas a importância disso para a compreensão do pano de fundo de João tem sido exagerada por alguns comentaristas. Deus é visto agora na Palavra encarnada, no “Filho Unigénito” (nota textual da NVI). Há uma leitura variante aqui, i.e., Deus Unigénito (como está no texto da NVI em português; conforme tb. ARA), que tem apoio de um bom número de manuscritos importantes. Isso estaria em concordância com o que João registra em outros trechos com relação à divindade de Cristo (conforme 20.28; ljo 5:20). Mas a aceitação da leitura costumeira (“Filho Unigénito”; ARC, ACF) parece preferível, visto que isso também harmoniza bem com o estilo de João (conforme 3.16,18; ljo 4:9). Cristo está junto do Pai, uma expressão que denota o relacionamento de amor e perfeita compreensão.


2) O testemunho de João (1:19-34)
O evangelista agora se volta para João Batista a fim de destacar a pessoa de Jesus por meio do seu ministério. A linguagem filosófica do prólogo é abandonada, e agora passamos a um registro cronológico de uns seis dias (não sete, como alguns deduzem do v.
41), conduzindo-nos por fim a 2.11.
v. 19. os judeus: Eles têm uma menção especial em todo esse evangelho. Aqui parecem ser os líderes do povo na Judéia, e são os oponentes mais ferrenhos do Senhor. Possivelmente João quer retratar a tragédia dos que não reconhecem Jesus como o Messias, ou a sua vinda como o advento do reino, levitas'. Faziam parte do corpo de assistentes do templo que tomavam conta das coisas materiais do templo e eram os seus guardiões, v. 20. Não sou o Cristo'. A resposta de João à primeira pergunta mostra quão dramática deve ter sido sua aparição na Judéia como o Batista. Poucos não o perceberam, v. 21. E então, quem é você? E Elias?'. João nega qualquer conexão com o cumprimento messiânico (conforme Mc 9:13; Ml 4:5,Ml 4:5). É o profeta?'. O profeta como Moisés (Dt 18:15ss) que naqueles dias era esperado ansiosamente na véspera da época messiânica (conforme 6.14; 7.40). Não: Assim, a negação tríplice em auto-abnegação é completa. As três respostas que ele dá soam verdadeiras com as que se sucederiam naturalmente numa discussão acalorada. Quando é pressionado, contudo, o Batista admite que ele é a voz... (v. 23). Ele não reivindica nenhuma dignidade, a não ser a que lhe é conferida como pregador da Palavra (cf. Is 40:3). um caminho reto para o Senhor. Stauffer mostrou que essa concepção está no coração dos primeiros registros do ministério de Jesus (NTT, p. 25-9). v. 24.Algunsfariseus (cf. NB D): Eles, evidentemente, tinham um interesse especial na autoridade que estava por trás da prática batismal de João. v. 26. Eu batizo com água...: João não faz referência aqui ao batismo de Cristo com o Espírito Santo. Isso não foi compreendido, podemos pressupor, até que ele tivesse visto o Espírito descendo sobre Jesus no batismo. Mas ele sinaliza que há alguém próximo que não está sendo esperado. O conhecimento que eles tinham da prática batismal é evidente (conforme v. 25). Mas Cristo vai exceder a compreensão que eles têm do que faz parte da verdadeira religião. Para João, isso está baseado em pura fé; ele nem mesmo quer ser presunçoso a ponto de se chamar o servo dele (v. 27). v. 28. Betânia não é a Betânia de Maria e Marta (conforme 11.1; Mc 14:3-41). Alguns textos trazem “Betabara”. Mas, embora a sua localização exata seja incerta na altura do século III, o cap. 11 indica uma clara distinção entre dois lugares conhecidos pelo mesmo nome (conforme 10.40 com 11.18), e a referência aí ao “lugar onde João batizava nos primeiros dias” é significativa, v. 29. Vejam! E o Cordeiro de Deus: Aqui parece que temos um amálgama de metáforas do AT. Podemos lembrar o cordeiro pascal (Ex 12) ou a oferta apresentada a Deus por Abraão (Gn 22:8), em que o significado do texto hebraico pode ser: “Deus vai ver [...] um cordeiro...”. Ou podemos pensar nos sacrifícios expiatórios em geral na prática litúrgica judaica (conforme Lv 23.12ss). Parece haver um elo óbvio com Is 53:7, em que, na LXX, o grego amnos, “cordeiro”, traduz o hebraico rahel (conforme At 8:32). Aqui a função de levar o pecado está mais implícita do que explícita. Mas não é improvável que os sacrifícios diários judaicos estivessem na mente de João aqui. O principal trecho do AT é o que retrata o bode Azazel, que levava os pecados de Israel (cf. Lv 16:21) para um lugar deserto. Barrett considera a referência de João de forma dupla: o cordeiro pascal de Ex 12, junto com a vítima que vicariamente leva o pecado de Israel em Lv 16. E muito improvável, como sugere Dodd, que o título seja puramente messiânico e sinônimo dos títulos de 1.49 e do cordeiro (gr. amiori) do Apocalipse (conforme Ap 14:1), que conduz o seu povo à vitória. No entanto, é significativo que somente aqui e em Apocalipse Cristo seja descrito como o Cordeiro de Deus (conforme comentário de 19.36). Burney sugere que surgiu alguma confusão aqui entre o termo aramaico “servo” e “cordeiro” (talya-, conforme AOFG, p. 104-9), mas isso está fundamentado inteiramente na validade da tese geral de Burney segundo a qual João era inicialmente uma obra aramaica. o pecado do mundo: João viu pela fé que Cristo era capaz de levar embora todo o pecado, e esta idéia certamente estava próxima da sua mente se pensarmos em termos da profecia de Isaías (conforme Is 53:11). Esse é, então, o princípio sobre o qual começa a vida na era nova, de que Cristo é o Salvador universal, v. 32. Eu vi o Espírito descer...: A obra de João era mostrar aos homens o caminho para Cristo. Assim, também, desde o princípio, o Espírito destaca Cristo. Ele desce sobre Cristo e, assim fazendo, dá o seu testemunho singular de que Jesus é o Filho de Deus (conforme v. 34). E a concessão do Espírito que o próprio Senhor faz é igualmente para testemunho dele mesmo (conforme 16.14). Observe o fato de que nos Sinópticos (conforme Mt 3:16) é Jesus quem vê o Espírito descendo, enquanto aqui ele é observado por João Batista. Isso faz todo o incidente ser claramente compartilhado por Cristo e por seu predecessor, e não uma experiência particular conhecida somente de um ou de outro. v. 34. ... Filho de Deus (conforme Mc

1.11): O vínculo próximo entre o reconhecimento por parte de João e a manifestação do Espírito precisa ser observado. Somente pelo Espírito é que uma verdadeira confissão de Cristo pode ser feita (conforme 16:8-11; ICo

12.3). Algumas autoridades antigas traziam aqui “o Escolhido de Deus”. Mas essa leitura, provavelmente, é uma adequação a Lc 9:35; Is 42:1).


3) Os primeiros seguidores de Jesus (1.35—2.11)

A confissão renovada de João agora induz dois dos seus discípulos a irem após Jesus (cf. Mt 11:2-40; Lc 7:18-42). v. 37. seguiram: Nenhuma dúvida estava na mente daqueles que entenderam a mensagem de João. v. 38. Rabi: O termo ocorre com freqüência em João (cf. 1.49; 3.2; 4.31; 6.25 et alia). É um título dado a um mestre ou professor. Havia muitos na época do NT (conforme NBD, p. 1.072). v. 39. por volta das quatro horas da tarde: Os versículos seguintes (40-42) são um apêndice ao evento que acaba de ser descrito nos v. 35-39. v. 40. Simão Pedro: É o nome duplo geralmente empregado em João. v. 41. o Messias-. Somente João usa essa transliteração do termo hebraico mãshiah. A menção do título aqui de forma nenhuma conflita com o “segredo messiânico” de Marcos. Aqui é um testemunho pessoal e particular, e no seu contexto harmoniza bem com a pregação apostólica (conforme At 10:38). Além disso, a seqüência dos eventos que acabam de ser realizados foi tal que inevitavelmente conduziria alguns a reconhecer em Jesus a personificação de ideais e expectativas do AT (conforme Ez 9:25; acerca do termo em geral no AT, v. NBD, p. 811-8). v. 42. Cefas (conforme Mc 3:16): A palavra é aramaica. Atualmente, não há sugestão quanto ao propósito pelo qual Simão recebeu esse nome. v. 45. Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu-. Barrett sugere que isso seja uma referência à interpretação rabínica de uma série de trechos do Pentateuco. (Mas conforme 3.14; v. tb Gn 49.10; Dt 18:15; At 3:22-7.37.) Mas Filipe torna Jesus conhecido em termos que seriam compreendidos pela maioria: ... o filho de José. v. 46. Venha e veja-. Natanael reflete a prudência geral dos judeus na época do NT e responde que nenhum reconhecimento do Messias poderia ser esperado até que ele fosse visto. Assim, a resposta de Filipe convida Natanael a descobrir por si mesmo, v. 47. At está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade-. Diferentemente de Simão, Natanael não recebe um segundo nome. A onisciência de Jesus pode ser vista na sua referência à figueira (v. 48). Não há significado alegórico aqui. v. 49. o Filho de Deus: Nos lábios de Natanael, isso talvez signifique pouco mais do que “Messias” (conforme Sf 2:7); para o evangelista, significa muito mais. o Rei de Israel: O artigo definido é omitido no texto grego. A confissão de Natanael foi espontânea e englobava tudo. Temos aí uma confissão messiânica. O verdadeiro israelita reconhecia o seu verdadeiro Rei. v. 50. Você crê: No entanto, talvez a aclamação de Natanael estivesse restrita ao sentido messiânico e nacionalista (conforme 2Sm 7:13,2Sm 7:14). Se for esse o caso, Natanael vai de fato ver coisas maiores. v. 51. Vocês verão o céu aberto (gr. aneõgota): Talvez isso seja um retrato escatológico (cf. Mt 26:64; mas v. tb. Mc 1:10, em que o verbo usado significa “rasgar”, fazendo eco de Is 64:1). os anjos de Deus subindo e descendo: Uma referência indubitável a Jacó novamente (cf. Gn 28:10-17). Westcott entende que se trate de orações levadas a Deus por meio de Cristo, e as respostas que estão nele, vendo que ele está sempre presente (conforme Mt 28:20). Mas as palavras de Jesus mais provavelmente estavam tingidas da teologia e da apocalíptica judaicas (conforme Dt 33:2,Dt 33:3; Zc 14:5,Zc 14:6; Ez 7:13,Ez 7:14). sobre o Filho do homem: O texto hebraico de Gn 28:12 é gramaticalmente ambíguo. Alguns rabinos interpretavam a expressão “sobre ele/ela” (heb. bõ) como uma referência ao próprio Jacó e viam no evento uma interação entre o homem celestial e o homem terreno. E mais provável que devamos entender esse retrato como denotando a encarnação, em Jesus, da comunhão celestial entre Deus e o homem, gerada pela morte de Jesus, que João interpreta como sendo uma com a sua glorificação, e que deve ser destacada por esse uso da expressão “Filho do homem”. Nos Sinópticos, a idéia não está fundamentada em SI 8, mas em Ez 7:0Mc 14:62). A sua aparição na terra é somente parte de uma jornada que no final vai levá-lo novamente para o céu (conforme 6.27; 8.28; Ap 1:14). O ensino de Jesus, provavelmente, não era estático nessa questão, mas compreendia um amplo alcance de conotações. Independentemente do que os discípulos entenderam com o termo como foi usado por ele, precisava de alguma reinterpretação (Mc 8:31). T. W. Manson sugeriu que a idéia da “personalidade corporativa” foi usada pelo nosso Senhor, com base na interpretação do “remanescente” de trechos em Isaías referentes ao Servo do Senhor, mas com ele mesmo como o ponto de partida e o centro, “o Homem Perfeito, que o próprio Deus tinha enviado”. Não importa que outras idéias possamos ter, Jesus usou o termo enquanto falava de si mesmo como o Homem celestial preexistente, que havia entrado no mundo para realizar o propósito de Deus (conforme S. Mowinckel, He ThatCometh, 1956; J. Klausner, The Messianic Idea in Israel, 1956).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 2

A. O Logos Preexistente. Jo 1:1,Jo 1:2.

1, 2. O princípio do Evangelho (Mc 1:1) foi ligado ao princípio da criação (Gn 1:1) e vai além dela dando uma visão da Deidade "antes que o mundo existisse" (conforme Jo 17:5). A Palavra não se fez; era. Com Deus sugere igualdade e também associação. O Verbo era Deus (divindade) sem confusão de pessoas.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

INTRODUÇÃO

Caráter do Livro. Simples na linguagem e estrutura, este livro é, não obstante, uma exposição profunda da pessoa de Cristo colocada em cenário histórico. Tem uma mensagem para o discípulo humilde do Senhor e também para o mais adiantado teólogo.

Certas semelhanças existentes entre ele e os Evangelhos Sinóticos são facilmente percebidas. Apresenta a mesma pessoa como figura central. Encontramo-lo como o Filho de Deus, o Filho do homem, o Messias, o Senhor do Salvador, e outros títulos. Há alguns anos atrás era moda, em alguns círculos, dizer-se que o Jesus de João era o resultado de um processo teológico dentro da igreja primitiva, por meio do qual o homem de Nazaré fora elevado à posição de divindade. Esse ponto de vista já não é mais sustentável, pois estudos posteriores estabeleceram a convicção de que a Cristologia dos Sinóticos e a Cristologia de João são fundamentalmente a mesma. Um Jesus meramente humano é completamente estranho tanto aos Sinóticos quanto a João.

Conforme o padrão histórico se desdobra no Quarto Evangelho, mostra-se parecido, no esboço geral do curso dos acontecimentos, com o quadro dos Sinóticos o ministério preparatório de João Batista, a vocação de certos discípulos para aprender e servir, o ministério duplo da palavra e dos feitos (milagres), a mesma tensão entre o entusiasmo popular pelo Senhor e a oposição do judaísmo oficial, a importância crítica da pessoa e autoridade de Jesus. Do mesmo modo, no que se refere aos acontecimentos finais da vida de Cristo na terra, encontramos o mesmo quadro da traição, prisão e julgamento, morte pela crucificação, e a ressurreição.

Sem dúvida, também encontramos uma considerável diferença dos Sinóticos. Enquanto os Sinóticos mencionam apenas uma Páscoa, parecendo portanto limitar o ministério de Cristo a um ano somente, João menciona pelo menos três Páscoas (Jo 2:23; Jo 6:4; Jo 13:1), sugerindo que o ministério estendeu-se por três anos. Nos Sinóticos o ministério limitase quase que exclusivamente à Galiléia, enquanto João enfatiza a atividade de Jesus na Judéia e pouco diz sobre a campanha na Galiléia.

Nos Sinóticos os ensinamentos públicos de nosso Senhor tratam do "reino de Deus". Essa expressão está quase ausente no Quarto Evangelho, onde os discursos centralizam-se grandemente no próprio Jesus, seu relacionamento com o Pai, e a sua indispensabilidade às necessidades espirituais do homem (cons. os Eu sou). Alguns detalhes históricos criam problemas. Um exemplo é a purificação do Templo, colocada por João logo no começo do ministério (capítulo 2), mas no final do ministério pelos escritores dos Sinóticos. A explicação mais simples aqui é provavelmente a melhor – houve duas purificações.

Outro exemplo relaciona-se com a vocação dos discípulos, a qual de acordo com os Sinóticos aconteceu na Galiléia. João narra a chamada de diversos homens em cenário da Judéia, bem no encetamento do ministério (capítulo 1). O problema diminui quando se imagina que a própria prontidão dos pescadores galileus em abandonar suas redes para seguirem a Jesus é mais fácil de se explicar com base em conhecimento anterior e um discipulado experimental, tal como o Quarto Evangelho revela. É um tanto perturbador encontrar Jesus já considerado o Messias, neste Evangelho, logo no começo de sua obra (Jo 1:1) não precisa ser aceito como uma convicção à qual ele houvesse chegado pela primeira vez (cons. Mt 14:33). Uma verdade já conhecida antes foi então aprofundada através de uma experiência pessoal com o Filho de Deus.

O Autor. Embora o livro não cite o nome do autor, foi chamado de "discípulo a quem Jesus amava" (Jo 21:20, Jo 21:23, Jo 21:24) e íntimo companheiro de Pedro. O testemunho da igreja primitiva inclina-se a confirmar que é João, filho de Zebedeu (cons. Jo 21:2). Irineu é a testemunha principal. Alguns mestres têm discutido a possibilidade de uma pessoa sem preparo e experiência (At 4:13) escrever tal obra. O tempo, a motivação e a capacitação do Espírito não devem ser subestimados na avaliação da capacidade de João e na anulação das desvantagens.

Muitos mestres modernos preferem defender a idéia de que um discípulo desconhecido foi o verdadeiro autor deste Evangelho, ainda que grande parte do material possa muito bem ter encontrado em João a sua fonte. Mas isto é uma troca inútil do conhecido pelo desconhecido.

A Data e o Lugar da Composição. De acordo com a tradição cristã, João gastou os últimos anos de sua vida em Éfeso, onde desempenhou um ministério de pregação e ensino, como também escrevendo. Desse lugar partiu para o exílio em Patmos, durante o governo do Imperador Domiciano. Seu Evangelho parece pressupor um conhecimento da tradição sinótica e por isso deve ser colocado no fim da série, possivelmente entre os anos 80:90 mais ou menos. Alguns o colocam ainda mais tarde. O descobrimento de fragmentos do Evangelho no Egito, datados da primeira metade do segundo século, exige que se coloque o Evangelho dentro dos limites do primeiro século.

Propósito. Jo 20:30, Jo 20:31 declara construtivamente que foi escrito com a esperança de se criar nos leitores a convicção de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, para que a vida viesse através da fé nEle. A escolha do material foi calculada exatamente para ajudar a chegar a esta conclusão. Objetivos subordinados podem ser aceitos, tais como a refutação do Docetismo, um ponto de vista que negava a verdadeira humanidade de Jesus (cons. Jo 1:14), e a denúncia do judaísmo como sistema inadequado de religião que coroava seus outros pecados com a recusa em aceitar o Messias prometido (Jo 1:11, e outros).

COMENTÁRIO

Jo 1:1,Jo 1:18).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 3

B. O Logos Cósmico. Jo 1:3-5. Ele foi o agente da criação. Por ele. Por meio dele.

3. Todas as coisas inclui a totalidade da matéria e existência, mas considerada aqui em seu "status" individual e não universal.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 4

4. A vida está nEle, não simplesmente através dEle. Como vida, a Palavra comunicava luz (conhecimento de Deus) aos homens.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 5

5. As trevas são em primeiro lugar morais. Nem todos têm vantagem da luz (cons. Jo 3:19). Provavelmente o pensamento não é idêntico a Jo 1:9, Jo 1:10; assim as trevas não a prevaleceram é uma tradução menos aceitável do que as trevas não a venceram.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 6

6. Houve. Antes, veio. Esta é a aparição de João na história, como enviado por Deus. A frase resume o material contido em Lc 1:5-80; Lc 3:1-6.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 6 até o 18

C. O Logos Encarnado. Jo 1:6-18.

Aqui está incluído um sumário da missão de João, o precursor.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 7

7. Que João veio para testemunho, ou para testificar, é a maior ênfase deste Evangelho (Jo 1:15, Jo 1:34; Jo 5:33, Jo 5:36, Jo 5:37; Jo 15:26, Jo 15:27; Jo 19:35; Jo 21:24). Sua missão foi testemunhar da luz, que brilhava desde a Criação e estava ali para iluminar os homens com a sua presença. O testemunho foi idealizado para que os homens viessem a crer (a palavra "fé" não aparece neste Evangelho, mas o verbo quase se transforma em um refrão; cons. Jo 20:31).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 9

9. A luz verdadeira não transforma João em uma luz falsa. Dá a entender que é uma luz antitípica, máxima – o sol, não uma vela. Daí, venerar João indevidamente, depois que a Luz despontou, é errado (Jo 3:30; At 19:1-7). A sintaxe do versículo no grego é difícil. A verdadeira luz que, vinda ao mundo; ilumina a todo homem é a tradução mais provável. Através de sua presença entre os homens o Logos traria uma iluminação superior àquela que fora proporcionada aos homens antes de sua vinda.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 10 até o 11

10, 11. A Luz era verdadeira e resplandecente, mas a acolhida que teve foi desapontadora. Além da semelhança que há nos dois versículos, jazem neles diferenças deliberadas: estava, mundo; veio, o que era seu; e os seus não o receberam. Deixar de discernir o Logos pré-encarnado é mais compreensível do que a recusa trágica de seu próprio povo, em aceitá-lo quando veio entre eles.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 12 até o 13

12, 13. Nem todos recusaram a Luz. Aqueles que a receberam ganharam poder (autoridade, direito) de serem feitos (naquele exato momento) filhos de Deus. Aqueles que o receberam são descritos como aqueles que crêem no seu nome (pessoa). Veja Jo 20:31. Há duas maneiras de se dizer a mesma coisa. Os crentes são mais adiante descritos em termos do que Deus faz por eles.

Eles nasceram ... de Deus. Não é um processo natural que traz pessoas ao mundo – não do sangue (literalmente, sangues), sugerindo a mescla das correntes sanguíneas paterna e materna na procriação. Da vontade da carne sugere o desejo natural e humano de se ter filhos, como da vontade do varão (a palavra usada para marido) sugere o desejo especial de se ter uma descendência que continue com o nome da família. Assim, o novo nascimento, algo sobrenatural, foi cuidadosamente resguardado da confusão com o nascimento natural.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 14

14. Antes que a fé possa produzir o novo nascimento, deve haver um objeto sobre o qual repousar, tal como a encarnação do Verbo, o Filho de Deus. Deus, tendo se expressado na criação e na história, onde a atividade do Logos era evidente mas a sua pessoa velada, agora se revelava através do Filho em forma humana, que não era simples semelhança, mas carne, João poderia ter usado "homem" mas escolheu declarar a verdade da encarnação enfaticamente como se quisesse contrariar aqueles que tinham tendências gnósticas. Essa falsa visão de Cristo recusava-se a aceitar que a divindade pura pudesse assumir corpo material, uma vez que a matéria era considerada má (cons. I Jo 4:2, Jo 4:3; II Jo 7:1). O Verbo encarnado é também a resposta à oração de Moisés (Ex 33:18). João não narra a Transfiguração, pois apresenta todo o ministério como uma transfiguração, exceto quanto à luz da qual fala, que é moral e espiritual (cheio de graça e de verdade e não algo visível, cons. Jo 1:17).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 15

15. Mais informações (cons. Jo 1:7) são apresentadas sobre o testemunho do Batista à luz do aparecimento público de Jesus. Jesus veio depois de João em tempo mas veio antes dele em importância, pois era antes dele na qualidade de Eterno (cons. Jo 1:1).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 16

16. O Evangelista confirma a singularidade de Cristo. Não só João Batista mas todos os crentes participaram de sua plenitude – a perfeição da divindade (cons. cheio em Jo 1:14). Graça por graça descreve uma manifestação acumulada sobre outra – uma verdadeira plenitude.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 17

17. Assim como Jesus Cristo ultrapassou a João (Jo 1:15), assim também foi superior a Moisés. Ambos trouxeram algo de Deus, mas um trouxe a lei que condena, o outro a graça que redime da lei. Verdade sugere a realidade da revelação divina de Cristo.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 18

18. Deus é invisível, porque é Espírito (cons. Jo 4:24;1Tm 6:16). Teofanias não revelam sua essência. Mas o Filho unigênito de Deus (aqui, os principais manuscritos têm Deus em vez de Filho; cons. Jo 1:1) revela. No seio do Pai dá a entender com Deus (Jo 1:1). A missão do Filho foi declarar (fez conhecer; a palavra grega dá-nos o nosso "exegeta") o Pai. Cristo interpretou Deus ao homem. Nada é perdido (cons. He 1:2, He 1:3; Gl 1:15).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 19

19. Os judeus. Como de costume, João está se referindo aos líderes da nação. Esses sacerdotes eram fariseus (v. 24). Duas coisas provocaram a delegação: a forte pregação de João, que cativava multidões (Mt 3:5), e sua atividade, batizando (Jo 1:26). Tal pessoa despertou tanta preocupação nesses líderes que eles perguntaram, Quem és tu?


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 19 até o 36

II. O Ministério de Cristo no Mundo. 1:19 - 12:50.

A. O Testemunho de João Batista. Jo 1:19-36.

Em seu desejo ardente de magnificar Cristo, João transformou um interrogatório sobre si mesmo em um forte testemunho sobre o Maior que ia se manifestar. O batismo de Jesus executado por João, que não foi narrado neste Evangelho, já tinha acontecido (veja Jo 1:26).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 20

20. João leu seus pensamentos. Eles, tal como as multidões (Lc 3:15), ficavam imaginando se ele poderia ser o Cristo prometido.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 21

21. Sua negação levou-os à segunda pergunta. Elias era esperado antes da vinda do Messias (Ml 4:5). Embora João não fosse o Elias pessoalmente, estava em sua função (Mt 17:11-13). Por profeta devemos provavelmente entender o profeta de Dt 18:15, Dt 18:18. Alguns o consideravam distintamente do Messias (Jo 7:40).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 22 até o 24

22-24. A delegação não podia ser satisfeita com negativas. Pressionado a revelar seu papel, João replicou na linguagem profética (Is 40:3). Era uma verdadeira identificação. João vivera no deserto e ali elevara sua voz para anunciar a aproximação do reino (Lc 1:80; Lc 3:2, Lc 3:3).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 25 até o 28

25-28. Um papel assim secundário parecia não ser justificativa suficiente para João administrar o batismo. Mas ele se defendeu – era simplesmente com água. Ele proclamava a presença do pecado e a necessidade de uma purificação que ele mesmo não podia efetuar. A obra final da purificação (ele deu a entender) repousava sobre alguém maior do que ele, Alguém que ainda era desconhecido das autoridades (Jo 1:26). João considerava-se indigno de ser Seu servo. Essa conversa foi mantida em Betânia, a leste do Jordão. Não deve ser confundida com Betânia de Jo 11:1,Jo 11:18.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 29

29. No dia seguinte surge uma nova situação. A delegação partiu e Jesus apareceu no cenário. Mas não houve nenhuma troca de palavras entre ele e João. Satisfeito por ter afirmado aos fariseus a grandeza de Cristo, João tornou-se agora específico quanto à Sua pessoa e obra. Seu próprio ministério baseava-se sobre o fato do pecado; o de Cristo relacionava-se com a remoção do pecado. Cristo era o Cordeiro de Deus. A História (Ex 12:3) e a profecia (Is 53:7) juntam-se para fornecer os antecedentes desse título. É preciso ter em mente também os sacrifícios diários no templo.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 31 até o 34

31-34. Quando Jesus procurou o batismo de João, o Batista não o reconheceu (cons. Lc 1:80), mas ele tinha recebido um sinal de identificação de Deus – o Espírito descer do céu como pomba permanecendo sobre Ele. Além do sinal foi-lhe dada uma palavra referente à obra que Ele realizaria com a capacitação celestial para tanto concedida – Ele batizaria com o Espírito. Tal pessoa, João sabia, não poderia ser ninguém menos que o Filho de Deus. Ninguém de menor estatura poderia usar com tanta autoridade o divino Espírito. João deu três testemunhos excelentes da pessoa e obra de Cristo. Como Cordeiro, sua missão era a da redenção. Ao batizar com o Espírito, Ele fundaria a Igreja. Como Filho de Deus, Ele seria digno de adoração e obediência.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 35 até o 36

35, 36. Estes versículos são de transição. Eles nos informam que João tinha discípulos e que ele também desejava transferi-los para Jesus. Esta era importante parte de sua tarefa de precursor, como o restante do capítulo declara.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 37 até o 42

37-42. Seguiram a Jesus. O ato físico expressou a intenção de segui-lo no sentido espiritual. Que buscais? Tal pergunta poderia ser uma demonstração de repulsa, mas não quando pronunciada com delicadeza. A contra-pergunta, Onde assistes? Tal como o fato de o seguirem, pode sugerir um sentido mais profundo – Qual é o segredo de sua vida e poder espirituais? Sua habitação poderia não atraí-los, mas a conversa sublime que se seguiu permaneceu como flagrante memória. Anos mais tarde João se lembrou da hora do dia – quatro da tarde.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 37 até o 51

B. A Vocação dos Discípulos. Jo 1:37-51.

O desejo altruísta de João de glorificar Cristo produziu frutos entre seus seguidores. Sem nenhuma ordem ou sugestão de sua parte além do seu testemunho, dois discípulos seguiram Jesus. Um é identificado como sendo André. O silêncio quanto ao nome do outro aponta para o escritor do Evangelho, que não menciona o seu nome por causa da modéstia.


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 41

41. O significado de primeiro não está claro. Nenhuma atividade posterior de André foi declarada. Possivelmente, primeiro tem a intenção de sugerir que o outro discípulo (João) também procurou seu irmão Tiago, que aparece antes, nos Sinóticos, como discípulo de Jesus (Mc 1:16-20). Achou... achamos. A narrativa está cheia da alegria do descobrimento (cons. Jo 1:43, Jo 1:45). Messias, o termo hebreu para "o ungido", tem o seu correlativo na palavra grega Cristo. André atreveu-se a chamar Jesus de Cristo porque o Batista o apresentou assim aos seus seguidores, ou por causa das horas passadas na companhia de Jesus?


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 42

42. O trabalho pessoal de André começou cedo e com seus parentes. A troca do nome de Simão para Cefas, o termo aramaico para Pedro, significando pedra, provavelmente indica uma mudança prometida da fraqueza para a estabilidade e força (Lc 22:31, Lc 22:32).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 versículo 43

43. Novamente a mudança do dia foi observada (cons. Jo 1:29, Jo 1:35, em contraste à ausência de tais traços no Prólogo). Desta vez Jesus faz a descoberta (cons. Lc 19:10), e ordena a Filipe que o siga (contraste com Jo 1:37).


Moody - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 45 até o 51

45-51. Filipe vindicou a confiança de Jesus nele como discípulo buscando Natanael e transmitindo-lhe a convicção de que Jesus de Nazaré era o muito esperado que preencheria as predições de Moisés e dos profetas. Pode-se testemunhar do Senhor mesmo quando o conhecimento ainda é incompleto ou defeituoso. Jesus, o Nazareno, revelou-se concisamente como o celestial Filho do homem (v. Jo 1:51). Mesmo Natanael percebeu rapidamente que o filho de José era o Filho de Deus (v. Jo 1:49). O primeiro impulso de Natanael foi o de duvidar que Nazaré fosse capaz de produzir alguma coisa boa, muito menos o Messias (v. Jo 1:46). Isso não implica necessariamente que a cidade tivesse má reputação, mas antes sugere o caráter irrelevante do lugar.

Vem, e vê. Experiência é melhor do que argumentação. Israelita sem dolo sugere um contraste de Jacó, que se tornou Israel só através da experiência da conversão. A mesma penetração que leu o coração de Simão (v. 42) como num livro aberto e que penetrou na vida íntima de Natanael (vs. Jo 1:47, Jo 1:48) foi agora cordialmente reconhecida na confissão deste último – Filho de Deus... Rei de Israel. A sombra da figueira, um sossegado refúgio para a alma reverente, foi silenciosamente partilhada pelo Cristo perspicaz. Filipe compreendeu que o mestre tinha de ser mais do que ela entendia. E o fim não era aquele, pois o Salvador prometia coisas maiores. Jacó continuava no fundo da cena (v. Jo 1:51). A visão que ele teve dos anjos em Betel seria ultrapassada quando os discípulos vissem no Filho do homem aquele a quem o céu seria aberto (cons. Mt 3:16) e aquele que na qualidade de Mediador, liga o céu à terra. Filho do homem. Um título indicando uma figura sobrenatural e celestial em Dn 7:13 e no apocalipse judeu, foi o método preferido por Jesus para designar-se a si mesmo, de acordo com os Evangelhos. Esse nome era preferido ao de "Messias" porque não sugeria aspirações políticas ao longo de um reino temporal, tal como a maioria dos judeus aguardava. A glória do Filho (Jo 1:14), vista em parte por esses primeiros discípulos (vs. 39, 46), foi ainda mais desdobrada daqui em diante (ERC).


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de João Capítulo 1 versículo 1
Jo 1:1 - Jesus é Deus ou apenas um deus?

PROBLEMA: Os cristãos crêem que Jesus é Deus, e com freqüência citam essa passagem para provar isso. Entretanto, as Testemunhas de Jeová traduzem esse versículo assim: "e o Verbo (Cristo) era um deus", porque rio grego não há um artigo definido ("o") antes da última palavra.

SOLUÇÃO: No grego, quando o artigo definido é usado, normalmente e3e destaca o indivíduo e, quando não, a referência é à natureza daquilo que é indicado. Assim, esse versículo poderia ser traduzido "e o Verbo era da natureza de Deus". A completa deidade de Cristo tem o suporte não somente no uso dessa mesma construção, em geral, mas também em outras referências a Jesus como Deus, em João (conforme Jo 8:58; Jo 10:30; Jo 20:28) e no restante do NT (conforme Cl 1:15-16; Cl 2:9; Tt 2:13).

Além disso, alguns textos do NT usam o artigo definido e falam de Cristo como "o Deus". Portanto, não importa se João empregou ou não o artigo definido - a Bíblia claramente ensina que Jesus é Deus, não apenas um deus (conforme He 1:8).

E que Jesus é Jeová (Yahveh), isso está claro pelo fato de o NT atribuir a Jesus características que no AT se aplicam somente a Deus (conforme Jô Jo 19:37 e Zc 12:10).


Dúvidas - Comentários de João Capítulo 1 versículo 18
Jo 1:18 - Por que João diz que ninguém jamais viu a Deus, se outros versículos declaram que veremos a Deus?


PROBLEMA:
Por um lado a Bíblia declara que ninguém pode ver a Deus, mas por outro ela diz: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus" (Mt 5:8). Diz também que os servos do Senhor "contemplarão a sua face" (Ap 22:4) e ainda que "haveremos de vê-lo como ele é"

SOLUÇÃO: Os versículos que ensinam que ninguém pode ver a Deus referem-se ao homem mortal nesta vida. Até mesmo a Moisés foi recusado esse privilégio (Ex 33:23). O homem mortal não tem condições para ser exposto assim. Entretanto, o que o mortal não pode ver nesta vida, o homem imortal verá na próxima vida (1Co 13:12; Ap 22:4).

Isso é conhecido como a visão beatífica (bem-aventurada), e será o clímax espiritual do crente ao ver a Deus face a face, ao conhecê-lo diretamente em sua essência e não meramente de forma indireta, como reflexo através das coisas criadas (Rm 1:18-20).

Jo 1:18 - Somente Jesus é o Filho de Deus?

PROBLEMA: Jesus é chamado de "o Filho unigênito" (SBTB) nesse versículo. Contudo, num dos versículos anteriores João nos informa de que pela fé podemos ser feitos "filhos de Deus" (Jo 1:12). Se somos filhos de Deus, como Jesus pode ser o unigênito (o único Filho) de Deus?

SOLUÇÃO: Há uma gigantesca diferença entre os sentidos das expressões "Jesus é o Filho de Deus" e "nós somos filhos de Deus". Primeiro, ele é o único Filho de Deus; eu sou apenas um filho de Deus. Ele é o Filho de Deus com "F" maiúsculo; os seres humanos podem tornar-se filhos de Deus somente com "f" minúsculo.

Jesus é o Filho de Deus pelo direito eterno de herança (Cl 1:15); nós somos filhos de Deus apenas por adoção (Rm 8:15). Ele é o Filho de Deus porque é Deus por sua própria natureza (Jo 1:1), ao passo que nós tão-somente fomos feitos à imagem de Deus (Gn 1:27) e refeitos "segundo a imagem daquele" que nos criou, por meio da redenção (Cl 3:10).

Jesus é de Deus por sua própria natureza; nós apenas procedemos de Deus. Ele é divino pela sua própria natureza, mas nós apenas participamos dela por meio da salvação (2Pe 1:4). Podemos ser co-participantes da natureza divina apenas no que diz respeito aos seus atributos morais (como santidade e amor), não no tocante aos seus atributos não-morais (como infinidade e eternidade). Em resumo, as diferenças são:

JESUS COMO
O FILHO DE DEUS

HOMENS COMO
FILHOS DE DEUS

Filho natural

Filhos adotivos

Sem começo

Com começo

Criador

Criatura

Deus por natureza

Não divinos por natureza



Dúvidas - Comentários de João Capítulo 1 versículo 33
Jo 1:33 - João Batista conhecia Jesus antes do batismo dele, ou não?

PROBLEMA: Antes do batismo de Jesus, João disse categoricamente: "Eu não o conhecia". Entretanto, em Mt 3:13-14 João reconheceu Jesus antes de o batizar e disse: "Eu é que preciso ser batizado por ti".

SOLUÇÃO: João pode ter conhecido Jesus antes do batismo somente pela reputação que ele tinha, não por reconhecimento. Ou, talvez o conhecesse apenas por apresentação, mas não por manifestação divina. Afinal de contas, Jesus e João Batista eram parentes entre si (Lc 1:36), muito embora tivessem sido criados em lugares diferentes (Lc 1:80; Lc 2:51).

Entretanto, embora João possa ter tido anteriormente algum contato familiar com Jesus, ele nunca o conhecera como Jesus foi revelado em seu batismo, quando o Espírito desceu sobre ele e o Pai falou-lhe do céu (Mt 3:16-17). O contexto indica que, até o seu batismo, realmente ninguém conhecia Jesus da forma como Ele então seria "manifestado a Israel" (Jo 1:31).


Dúvidas - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 37 até o 49
Jo 1:37-49 - Os apóstolos foram chamados nesse tempo ou depois?


PROBLEMA:
João registra que Jesus chamou André, Pedro, Filipe, Natanael e outro discípulo nesse tempo. Entretanto, os outros Evangelhos registram que o seu chamado ocorreu bem depois (conforme Mt 4:18-22; Mc 1:16-20; Lc 5:1-11). Quando eles foram chamados?

SOLUÇÃO: Essa primeira passagem nos mostra uma entrevista inicial de Jesus com aqueles discípulos, não a sua chamada permanente. Em decorrência desse primeiro contato, eles permaneceram com Jesus somente "aquele dia" (Jo 1:39), depois do que retornaram a seus lares e a seu trabalho normal.

As outras passagens referem-se ao tempo em que eles deixaram o trabalho anterior que possuíam e assumiram o ministério em tempo integral como discípulos de Cristo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Introdução ao Livro de João
O EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO

INTRODUÇÃO

Ver também o Artigo Geral, "Os Quatro Evangelhos".

I. AUTORIA

É geralmente aceito que o autor do Evangelho foi um judeu que viveu na Palestina, porém muitos comentaristas não o identificam com João, o apóstolo. Entretanto, há convincentes provas de que ele é o autor deste Evangelho. Admite-se que o Evangelho tenha sido escrito por uma testemunha ocular. O discípulo a quem Jesus amava e que estava presente à última ceia e, finalmente, à crucificação e ao túmulo vazio é o mesmo "que dá testemunho destas coisas" Jo 21:24. Estes fatos a respeito da testemunha ocular advogam a autoria de João, o apóstolo.

Há evidências internas que são decisivamente favoráveis à identificação do discípulo amado com João, o apóstolo. Seu conhecimento de costumes, festas e topografia judaicos é incontestável. Muitos críticos, entretanto, aceitam como autor do Evangelho um certo João, o presbítero, que foi um discípulo do apóstolo. Esta hipótese é baseada na evidência de Papias, bispo de Hierápolis, que se refere a dois João em sua Exposição dos oráculos do Senhor um dos quais ele chama o "Presbítero". Outros prestam certo respeito à posição tradicional, sugerindo que João, o Presbítero, fosse apenas o amanuense do apóstolo. O testemunho dos Alogoi é também tomado como evidência de que o apóstolo João não foi o autor. Este nome foi dado a uma seita obscura que não aceitava o Evangelho como obra de João. Esta posição deles foi seriamente criticada por Irineu. Estes pontos de vista têm recebido mais atenção do que merecem. A limitação de espaço não permite um estudo completo do problema da autoria num comentário desta natureza. Para breve, porém adequado estudo ver: F. F. Bruce, Are the New Testament Documents Reliable? e H. P. V. Nunn, The Fourth Gospel (Tyndale Press).

II. RELAÇÃO COM OS EVANGELHOS SINÓTICOS

Alguns sentem dificuldade em reconciliar a apresentação de Cristo, no quarto Evangelho, com o quadro tal qual se apresenta nos Evangelhos sinóticos. Aparentemente, há divergências na apresentação e duração do ministério de Jesus e no conteúdo de seus ensinos. Contudo, é fácil exagerar estas diferenças. Jo 7:1 mostra conhecimento do ministério de Jesus na Galiléia, ao qual os sinóticos dão testemunho principal. Eles, por sua vez, confirmam certo ministério em algum tempo no sul do país, desde que se referem a discípulos por lá. É bem razoável acreditar num ministério, tendo Jerusalém como centro, assim como narra este Evangelho (Mc 11:3-41; Mc 14:12-41). Este ministério estende-se, aproximadamente, por três anos, enquanto que nos sinóticos, o ministério ocupa um ano.

A cronologia geral da semana da paixão parece discordar daquela dos sinóticos. Em João, por exemplo, o incidente da unção precede à entrada triunfal em Jerusalém e aconteceu seis dias antes da páscoa. A crucificação ocorreu antes de os judeus terem comido a refeição pascoal a 14 de Nisã, enquanto que os sinóticos dão a entender que Cristo a comeu com os seus discípulos. A maioria dos problemas a este respeito pode ser enquadrada na presente inabilidade de estabelecer alguma cronologia, devido aos dados incompletos. Deve ser lembrado que os Evangelhos são apresentações de Cristo; não são biografias no moderno sentido da palavra. (Ver nota em Jo 1:1-43).

III. DATA E LUGAR

Ao chegarmos a uma data, os seguintes fatos precisam ser lembrados. Uma vez que Inácio conheceu o Evangelho, este deve ter sido escrito antes de 115 A. D. Por outro lado, se Marcos e Lucas foram usados em sua composição, a data deve ser depois do ano 85 A. D. Um fragmento do Evangelho encontrado recentemente no Egito é datado entre 130 e 150 A. D. Daí se deduz que o Evangelho foi publicado alguns anos antes de ter sido possível sua circulação naquele país. Mas ainda, outro fragmento de extratos do Evangelho, o qual é datado entre 110 e 150 A. D., faz uso também do quarto Evangelho. Concluímos, portanto, que o Evangelho em grego foi escrito, provavelmente, entre 90 e 110 A. D., ainda que haja possibilidade de o epílogo (Jo 21:1-43) ter sido escrito tempos talvez mais tarde. Se aceitarmos a hipótese dum original aramaico, é claro que esse aramaico é mais antigo, e provavelmente não foi escrito mais tarde que 70 A. D. (Ver Burney, The Aramaic Origin of the Fourth Gospel). Considerando o lugar onde foi escrito, Irineu menciona o apóstolo residindo em Éfeso, e a tradição da Igreja sempre liga o quarto Evangelho com esta cidade.

IV. O SIGNIFICADO DO EVANGELHO

O princípio de interpretação é de importância para quem procura expor o significado deste Evangelho. Ele é o registro da revelação da Palavra encarnada, e deve ser estudado no seu contexto histórico. Para tanto uma análise crítica se faz necessária. Porém a estrutura literária, a unidade de ensino, o desenvolvimento das reivindicações de Cristo, o transcrito lúcido da consciência de Jesus em relação aos grandes temas, exigem uma exposição teológica. O Evangelho é de tal maneira unido no seu conteúdo teológico, que é crescente o sentimento de que este é o princípio chave do seu significado interior. O ensino teológico salientado nos sete sinais, as reivindicações messiânicas de Cristo, as controvérsias entre Jesus e os judeus, e a revelação da incredulidade dos judeus, preparam o palco para eventos finais, no ministério de Cristo.

Os temas principais do Evangelho são vida, luz, amor. Cristo veio dar aos homens uma vida mais abundante. Ele é a luz que estava no mundo, em conflito com as trevas, a fonte da verdadeira vida do homem. O sacrifício de sua vida para o mundo foi a expressão do amor de Deus para com o homem.

No prólogo temos a identificação do Jesus histórico com o Verbo Eterno que estava com o Pai. Enquanto a etimologia dos termos mostra certa influência do pensamento grego, a principal inspiração vem da concepção do Verbo no Velho Testamento. O Verbo foi personificado na filosofia do Velho Testamento, e no prólogo deste Evangelho temos um reflexo deste pensamento. A idéia do Verbo manifesto em carne era realmente alheia ao pensamento grego.


Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 2
I. PRÓLOGO Jo 1:1-18

O prólogo ao Evangelho não é um mero prefácio ou introdução, mas uma declaração do tema central e básico no ensino do Filho de Deus, a saber, a encarnação do Verbo. O evangelista pinta o pano de fundo necessário para a revelação do evento redentor, isto é, o Verbo feito carne. O prólogo é poético na sua forma e estrutura, e constitui um hino à Palavra de Deus.

a) O Verbo em relação ao ser (Jo 1:1-2)

Nos primeiros versículos encontramos um eco claro das primeiras palavras do Velho Testamento e também uma indicação do conceito joanino do Logos. Em Gn 1:1 encontra-se o ato criativo de Deus, porém Jo 1:1 revela O Verbo que existiu antes da criação. O pensamento do escritor é impregnado do Velho Testamento e não devemos imaginar que o evangelista esteja tomando emprestado um termo ou conceito da filosofia grega daquela época. Ele expõe uma idéia que remonta ao ensino rabínico, concernente à Palavra de Deus. O logos é o Ser cuja existência transcende o tempo. Sua preexistência eterna é implícita. O Verbo estava com Deus (1). A preposição com (gr. pros) implica relação e distinção. Usada com o acusativo significa não somente coexistência mas intercomunicação direta. Plummer sugere "face a face com Deus". O verbo era Deus (1). Dito isto, não se deduz que o Verbo era Deus, no sentido exclusivo que o identifica com a totalidade da existência e atributos divinos; entretanto, significa mais do que divindade. Há uma implicação definida na reivindicação de Ele ser Deus. O substantivo theos é colocado em primeiro lugar sem o artigo, dando-lhe mais força. O logos é então identificado com Deus no sentido de que Ele é coparticipante da essência e natureza divinas e, em virtude de tal relação, pode ser considerado como Deus. No vers. 2, João reúne todas as três cláusulas da primeira sentença. O verbo era se usa no sentido absoluto de "existir" e não no sentido de "tornar-se". Sua existência transcende o tempo, não sendo Ele criado.


Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 3 até o 5
b) O Verbo em relação à criação (Jo 1:3-5)

Salienta-se agora o fato de o Verbo "tornar-se" algo, o que corresponde ao processo criativo. O Verbo é o instrumento da criação pois todas as coisas foram feitas por ele (3); literalmente pode-se dizer que "todas as coisas foram criadas por intermédio dele." Ver ARA. A origem última é o Pai, e nenhum agente intermediário teve parte no trabalho da criação, apesar da crença sustentada pelos gnósticos. E sem ele nada do que foi feito se fez. A vida estava nEle e a vida era a luz dos homens (3-4). É excluída a possibilidade de qualquer processo criativo à parte dele. Salienta-se o pensamento que todas as coisas criadas são sustentadas por Ele e se coadunam através do princípio de vida emanada dEle. "A fonte de vida é necessariamente a fonte de luz" (Cambridge Bible).

>Jo 1:5

A luz resplandece nas trevas (5). O pensamento do evangelista agora abrange a esfera espiritual. O homem recebeu iluminação espiritual. Tal revestimento emana da vida que tem seu fundamento na Palavra de Deus. A conexão entre vida e luz é apontada pelo salmista (Sl 36:9, ver também a 1Jo 1:5). A luz brilha no mundo, e ela está em conflito com as espessas trevas originadas na desobediência e ignorância do homem. Não se pode apagar o testemunho à verdade divina. A luz é inextinguível e inconquistável, "as trevas não prevaleceram contra ela".


Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 5 até o 13
c) O Verbo em relação com a História (Jo 1:5-13)

O Verbo é agora contemplado em sua relação com a história humana. Sua vinda foi proclamada por João, o qual não é conhecido neste Evangelho como o Batista. Este fato é testemunho acidental à autoria de João, o qual devia ser ligado a outro fato de o próprio apóstolo João nunca ser mencionado pelo nome. João Batista se levanta para dar testemunho da luz e, através dele, conduzir os homens a uma fé vivificante no enviado de Deus, (6-7). "João era a lâmpada que ardia e alumiava" (Jo 5:35) porém Ele é somente um reflexo da verdadeira luz, não derivada, que veio ao mundo (9).

Não necessitamos considerar os vers. 6-8, como alguns comentaristas pensam, no sentido que fossem escritos por um redator que desejou exaltar Cristo a expensas do Batista. A introdução destes versos e a aparente interrupção do contexto podem ser explicadas por referência à situação histórica. O testemunho do Batista é parte integral do texto. Por outro lado, o evangelista insiste na subordinação de João Batista ao Verbo, que há de ocupar o primeiro lugar.

A luz criadora estava presente no mundo, antes da encarnação. Ela se tinha revelado imanentemente ao mundo que fora criado por ela, entretanto o mundo não a conhecia (10). Mais, ainda, Jesus, a Luz, revelou-se historicamente ao seu próprio povo, Israel, que não o recebeu (11). Aqui notamos a manifestação progressiva do Verbo. Ele estava (2)... estava no mundo (10)... Ele veio para o que era seu (11). Seu próprio povo recusou acolhê-lo. A tragédia desta oposição torna-se evidente. Contudo, todos quantos o receberam entraram em uma nova relação com Deus tornando-se filhos de Deus (12), através do renascimento espiritual. Esta nova condição, que resulta da regeneração, não se explica como fenômeno psíquico, nem como experiência espírita. Esta experiência não é devido a um processo natural, envolvendo a vontade da carne, nem a vontade do homem (13). Não é alcançada por nenhuma faculdade inerente do homem, mas por meio de um novo nascimento, provindo de Deus.


Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 14 até o 18
d) O Verbo Encarnado (Jo 1:14-18)

Há uma relação notável entre a declaração fundamental do vers. 1 e a do vers. 14. O Verbo que estava no princípio com Deus tornou-se homem; O Verbo que estava com Deus tabernaculou com os homens. Aquele que era Deus estava cheio de Graça e de Verdade. O Verbo eterno é agora identificado com o Cristo da História. O Verbo se fez carne e habitou entre nós (14). Note-se que ao mencionar "carne" exclui-se qualquer espécie de Docetismo e outras noções semelhantes dos tempos modernos. Nosso Senhor assumiu um corpo humano real; ele tabernaculou entre os homens. A essência de Deus se manifesta naquele que é Graça e Verdade encarnadas. A majestade e o poder de Deus se encobriram na carne.

E vimos a sua glória (14). João, o Evangelista, está falando como testemunha ocular da glória de Deus. O conceito deve ser tomado subjetivamente. "Este conceito é moral e espiritualmente grandioso" (Plummer). Esta "glória" se define como a "glória do Unigênito do Pai" (14). "A glória de Jesus é proveniente da exclusividade de sua filiação com o Pai" (Hoskyns, The Fourth Gospel). A palavra "como" sugere que a filiação de Jesus é diferente de qualquer outra espécie de filiação (como no vers. 12). "Tamanha glória do Verbo encarnado era também a do único filho de Deus, derivada do Pai, para ser revelada aos fiéis" (Bernard, ICC).

Unigênito. A palavra monogenes é sinônimo da palavra "amado", que também significa "único filho", sem porém querer dizer "gerado". Sua glória foi manifesta não somente em majestade e poder, (o conceito de glória no Velho Testamento) mas em Graça e Verdade. Graça e Verdade, como atributos característicos do Verbo encarnado, correspondem espiritualmente à vida e luz do Verbo Eterno, no vers. 4.

>Jo 1:15

João Batista dá testemunho da filiação de Jesus (15-17) e este testemunho serve como reforço profético ao testemunho ocular da glória do Verbo. Sua voz é apenas a do arauto. Ele reconhecia suas próprias limitações e declarou que aquele que o seguia, realmente, o precedia. Antes de mim (15). Protos refere-se tanto a tempo como a posição e é usada por João para designar a exclusividade da autoridade, dignidade, e pré-existência de Jesus. Este testemunho é também confirmado por todos os cristãos que têm recebido de sua plenitude (16), uma plenitude de atributos divinos e de graça. Graça sobre graça (16). A preposição grega anti significa "em lugar de" ou "em troca de". "Cada bênção apropriada torna-se o fundamento de uma bênção maior" (Westcott). Cada graça usada e apropriada é renovada em medida maior.

A menção de graça sugere um contraste entre Moisés, o profeta de Israel, e Jesus, O Cristo, agora mencionado pelo nome pela primeira vez (17). O evangelista contrasta a lei de Moisés que exigia a obediência do homem embora sem poder para conceder-lhe vida, com a graça que perdoa e a verdade que liberta. Deus agora se revela em Cristo e não está mais oculto. Se Deus estava outrora oculto dos homens, era por causa da refulgência de sua intensa luz que os homens não podiam vê-Lo. Agora Ele é conhecido através de seu Filho, que é a luz do mundo. A expressão monogenes theos "Deus unigênito" (ARA) é sustentada pela maioria dos MSS. Theos tal qual está no vers. 1 é usado sem o artigo e refere-se a Jesus. Deus, o Pai, foi revelado por seu Filho, referido como Deus, e participante da natureza divina. A outra versão "Filho Unigênito" (18 ARC) salienta a singularidade de sua filiação, a qual aparece no contexto para definir a expressão que está no seio do Pai. O significado está claro: o Senhor Jesus tem, de uma vez para sempre, revelado o Pai aos homens. Ele é a perfeita exegese de Deus.


Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 19 até o 34
II. JOÃO BATISTA E OS PRIMEIROS DISCÍPULOSJo 1:19-43, ou ao cordeiro de Is 53:4-23. Há também o Cordeiro mencionado em Gn 22:7. A concepção do Messias, como o Cordeiro de Deus, tomando sobre si o pecado do mundo, abrange a idéia de sua morte em termos de sacrifício vicário e redentivo. Jesus é o Cordeiro de Deus "cuja completa obediência cumprira os sacrifícios oferecidos no templo" (Hoskyns). E quase certo que aqui há uma referência à profecia de Isaías. Há também a idéia de remoção das culpas pelo tomar vicariamente o pecado. Vê-se uma sugestão de redenção no sofrimento do cordeiro pascoal com quem Jesus é freqüentemente identificado.

Alguns comentaristas modernos julgam que estas gloriosas palavras sejam uma interpolação posterior, acrescentada à narrativa. Segundo eles a significação universal do ato redentivo de Jesus estava além da compreensão do Batista. O pensamento joanino deve ser entendido como revelação divina pronunciada por João Batista, que como muitos profetas antes dele, falou melhor do que conhecia. Alguns sugerem que João se tivesse embebido nas Escrituras do Velho Testamento, especialmente Isaías, onde o significado universal do ministério do Messias é ressaltado. Há certa evidência para tal conclusão no fato de Simeão e Ana e seu ambiente serem familiarizados com aquelas escrituras (Lc 2:32; Is 42:6; Is 49:6).

>Jo 1:30

João aponta mais uma vez para o Messias que vem após ele em manifestação histórica, mas que o precede no que se refere à dignidade e prioridade (30). Eu não o conhecia; a frase implica que João não confiava no seu próprio julgamento. Não há contradição aqui às palavras de Mt 3:14. João está afirmando que ele não sabia que Jesus era o Messias. Tal conhecimento João recebeu de Deus. Como uma pomba (32). O aparecimento de uma pomba que Lucas afirma ter sido um fato objetivo (Lc 3:22), serviu de confirmação celestial da descida do Espírito Santo sobre o Filho de Deus. Através deste sinal João teve certeza que Jesus era, realmente, o Messias. Assim sendo, João interpreta o seu ministério messiânico em termos de filiação (34). Não há nenhuma justificação aqui da teoria que Jesus não fosse o Filho de Deus até este momento.


Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 35 até o 51
b) A chamada dos primeiros discípulos (Jo 1:35-43 n.; Mc 1:16-41; cfr. Lc 5:1-42).

>Jo 1:43

O círculo dos discípulos está aumentando e nos vers. 43-51 temos a chamada de Filipe e Natanael. No dia seguinte, no quarto dia, Jesus propõe uma nova viagem à Galiléia (43). Ele encontra Filipe que, por sua vez, apresenta Natanael (45). Natanael foi cedo identificado com o Bartolomeu da narrativa sinótica, pelo fato de seu nome ser associado com o de Filipe. Filipe, então, confessa que Jesus é o Cristo, predito por Moisés e os profetas. Filho de José (45). Isto não quer dizer que João desconhece o nascimento virginal. Esta verdade é implícita no prólogo deste Evangelho. "Filho de José" é talvez a designação pela qual Jesus era geralmente conhecido. Natanael se declara francamente incrédulo de que qualquer coisa boa, muito menos o Messias, saia de Nazaré. Filipe, porém, insistindo, lhe diz vem e vê (46) assim demonstrando "uma profunda apologética" (Godet). Jesus percebe o valor do seu caráter e afirma ser Natanael aquele em quem não há dolo (47). Há aqui talvez um contraste com Jacó, de quem os israelitas derivam o seu nome. Jesus informa a Natanael que o conhece desde antes mesmo que Filipe o tivesse chamado (48). O trecho revela o poder de Jesus em esquadrinhar o coração do homem. A figueira (48) era lugar próprio para meditação. Natanael fica profundamente impressionado com Jesus e proclama que este é O Filho de Deus e Rei de Israel (49). Jesus então lhe diz que, devido à sua experiência e sua fé, ele receberá uma compreensão mais profunda e um percebimento mais nítido da natureza da obra messiânica (51). Jesus usa o termo Filho do Homem em conexão com sua obra messiânica, suprindo o que faltava na confissão de Natanael. A visão da glória do "Filho do Homem" seria a recompensa à fé. A visão de Jacó é lembrada (Gn 28:12) e Jesus descreve a nova ordem messiânica, a qual está inaugurada com a sua vinda.


John Gill

Adicionados os Comentário Bíblico de John Gill, Ministro Batista
John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 1

No princípio era a Palavra,... Que isso é dito não da palavra escrita, mas da Palavra essencial de Deus, o Senhor Jesus Cristo, é claro, de tudo que é dito, portanto, a Jo 1:14 de que essa Palavra estava no princípio, estava com Deus, e era Deus; desde a criação de todas as coisas sendo elas atribuídas a ele, e sua vida sendo dita como sendo a vida e a luz dos homens; de sua vinda ao mundo, e sua convenção nele; de conceder o privilégio de adoção para os crentes;[1] e de sua encarnação. E também há uma aplicação particular a tudo isso a Cristo, Jo 1:15. E da mesma forma do que esse evangelista em outros lugares diz sobre ele, quando ele o chama de a Palavra da vida, e o coloca entre o Pai e o Espírito Santo; e fala do registro da Palavra de Deus, e o testemunho de Jesus, como a mesma coisa; e o representa como um Guerreiro e Conquistador, 1Jo 1:1. Além disso, isso parece falar de Cristo, do que outros escritores inspirados disseram dele, debaixo do mesmo caráter; como o Evangelista Lucas, Lc 1:2, o apóstolo Paulo, At 20:32 e o apóstolo Pedro, 2Pe 3:5. E que é chamado a Palavra, não como um homem; porque no princípio, ele não era um homem, quando estava com Deus, mas se tornou assim no pleno limite do tempo, nem é um Homem-Deus; além do mais, como tal,[2] ele é uma criatura. E não o Criador, nem é ele a vida que ilumina todos os homens; Além do mais, ele era a Palavra, antes dele ser homem, e, portanto, não como tal: nem pode nenhuma parte da natureza humana ser chamada dessa forma; nem a carne, porque a Palavra fora feita carne; nem sua alma humana, sua auto subsistência, divindade, eternidade, e a criação de todas as coisas, nunca podem ser atribuída a isso; mas ele é a Palavra, como o Filho de Deus, como é evidente do que é aqui atribuída a ele, e da Palavra sendo dita a ser assim e assim, como em Jo 1:14 e desses lugares, aonde a Palavra é explicada pelo Filho, compare com 1Jo 5:5. E é assim chamada de sua natureza, sendo gerado do Pai; porque quanto à Palavra, quer silenciosa ou expressa, é o nascimento da mente, a imagem dela, e igual a ela, e distinta dela; assim Cristo é o único filho gerado do Pai, a imagem expressa da sua pessoa,[3] e em todas as coisas igual a ele, e uma pessoa distinta dele: e ele pode ser assim chamado, de alguma ação, ou ações, ditas dele, ou atribuídas a ele, como as coisas que ele falou, e em favor dos eleitos de Deus, no conselho eterno e pacto da graça e paz. E fala de todas as coisas do nada, na criação;[4] porque com respeito a essas palavras tão frequentemente mencionadas na história da criação, e Deus disse; pode assim Jeová, o Filho, ser chamado a Palavra; também ele falou do prometido Messias, e através de toda a dispensação do Antigo Testamento; e é a interpretação da mente de seu Pai, quando ele estava no jardim do Éden, bem como nos dias da sua carne; e agora fala nos céus pelos santos. A frase, מימרא דיי, “a Palavra do Senhor”, tão frequentemente usada pelos Targumistas, é bem conhecida: e deve ser observado que as mesmas coisas que João aqui diz da Palavra, eles dizem da mesma forma, como será observado em muitas cláusulas; de onde é mais provável que João tenha tirado essa frase, visto que a paráfrase de Onkelos e Jonathan ben Uzziel fora escrita antes desse tempo, do que ele poderia ter tomado emprestado dos escritos de Platão, ou de seus seguidores, como alguns têm pensado; com cuja filosofia, Ebion e Cerinto são ditos como sendo próximos; por conseguinte, João, mais habilitado para superá-los, usa essas frase, quando o filho de Deus teria sido desagradável com eles: que há algumas similaridades entre o Evangelista João e Platão em seus sentimentos concernente a palavra, não pode ser negado. Amélio,[5] um filosofo platônico, que viveu depois dos tempos de João, se refere manifestadamente a essas suas palavras, em concordância com a doutrina de seu mestre: suas palavras são estas:

“E esse era verdadeiramente o “Logos”, ou a Palavra, por quem sempre existiu, as coisas que são feitas, foram feitas, como também Heráclito pensou; e quem, assim como aquela Bárbaro (se referindo ao Evangelista João) relata a ordem e a origem do princípio, constituído com Deus, e era Deus, e por meio de quem todas as coisas são inteiramente feitas; em quem, tudo quanto é feito, vive, e tem vida, e existe;[6] e que entrou nos corpos, e foi revestido de carne, e parecia um homem; então, apesar disso, que ele exibiu a majestade de sua natureza; e depois de sua dissolução, ele foi de novo deificado, e era Deus, assim como ele era antes dele descer em corpo, carne e homem.”

Em quais palavras é fácil observar traços plenos do que o Evangelista diz nos primeiros quarto versículos, o versículo 14 desse capítulo; no entanto, é muito mais provável que Platão tinha essa noção do Logos, ou Palavra, dos escritos do Antigo Testamento, do que João ter tomado essa frase, ou o que ele diz concernente a Palavra, dele; visto ser um assunto incontestável que Platão foi ao Egito adquirir conhecimento: não apenas Clemente de Alexandria, um escritor cristão, diz que ele era um filosofo dos hebreus[7] e entendia as profecias,[8] e fomentou o fogo da filosofia hebraica;[9] mas é afirmado pelos escritores gentílicos que ele foi até o Egisto aprender dos sacerdotes,[10] e entender os rituais dos profetas;[11] e Aristóbulo, um judeu, afirma[12] que ele estudou a lei deles; e Numênio, um filosofo Pitagoreano,[13] o acusa de roubar o que ele escreveu, com respeito a Deus e ao mundo, do livro de Moisés; e costumava dizer a ele: O que é Platão, a não ser um Moisés “Ateniense”? ou Moisés de língua grega: e Eusébio,[14] um escritor cristão antigo, coloca nos mesmos lugares, de onde Platão tirou sua alusão: Portanto, é mais provável que o evangelista recebeu essa frase da palavra, como uma pessoa divina, dos Targuns, aonde há uma frequente menção dela; ou, no entanto, há um grande acordo entre o que esses antigos escritos judaicos diziam da Palavra, como será mais adiante mostrado. Além do mais, a frase é frequentemente usada de uma maneira similar nos escritos de Filo, o judeu; daí então é manifestado, que o nome era bem conhecido aos judeus, e pode ser a razão pelo qual o evangelista o usou. Essa Palavra, ele diz, estava no princípio; pela qual entendemos, não o Pai de Cristo; porque ele nunca é chamado de o princípio, mas apenas do Filho; e era ele, ele deve ser tal princípio como é sem um; nem pode se dizer dele como sendo tal, com respeito ao Filho ou Espírito, que é tão eterno quanto ele mesmo; apenas com respeito as criaturas, de quem ele é o autor e a causa eficaz: Cristo está, de fato, no Pai, e o Pai nele, mas isso não pode ser o significado aqui; nem é o inicio do evangelho de Cristo, pela pregação de João, o batizador, intencionado aqui: O ministério de João era evangélico, e o Evangelho fora mais claramente pregado por ele, e depois dele, por Cristo e seus apóstolos, do que antes; mas não começou então; fora pregado antes pelos anjos aos pastores, no nascimento de Cristo;[15] e, antes disso, pelos profetas debaixo da primeira Dispensação, como por Isaías, e outros; fora pregado antes a Abraão, e aos nossos primeiros pais, no jardim do Éden:[16] nem começou com Cristo, quando João começou a pregar; porque a pregação e o batismo de João eram para a manifestação dele:[17] sim, Cristo existiu como homem, antes de João começar a pregar; e embora ele tenha nascido depois dele como homem, ainda assim como a Palavra e Filho de Deus, ele existiu antes de João nascer;[18] ele já existia nos tempos dos profetas, que era antes de João; e nos tempos de Moisés, e antes de Abraão, e nos dias de Noé: mas, pelo princípio, que é aqui entendido, o princípio do mundo, ou a criação de todas as coisas; e que é a expressão da eternidade de Cristo, ele estava no princípio, como o Criador de todas as criaturas, e, portanto, deve ser antes deles todos: e deve ser observado, que é dito dele, que no princípio ele era; não feito, como os céus e a terra, e como as coisas neles são; nem estava ele simplesmente no propósito e predestinação de Deus, mas realmente existiu como pessoa divina, como ele fez por toda a eternidade; como parece de seu ser firmado em seu ofício desde a eternidade; de todos os eleitos escolhidos nele, e dados a ele antes da fundação do mundo; do pacto da graça, que é de eternidade, sendo feitos com ele; e das benção e promessas da graça, sendo desde outrora, e colocado em suas mãos; e de sua natureza como Deus, e sua relação com o seu Pai: assim, Filo, o judeu, frequentemente chama o Logos, ou Palavra, a Palavra eterna, a mais antiga Palavra, e a mais antiga do que qualquer coisa feita.[19] A eternidade do Messias é reconhecida pelos judeus antigos: Mq 5:2 é uma prova plena disso; que por eles[20] é assim parafraseado: “de ti, antes de mim, virá o Messias, para que ele possa exercer domínio sobre Israel, cujo nome é de eternidade, dos dias antigos.”

Jarchi, sobre isso, apenas menciona Sl 72:17, que é traduzido pelo Targum no lugar, antes do sol, o seu nome foi preparado; que pode ser traduzido, “antes do sol seu nome era Yinnon”; ou seja, o Filho, a saber o Filho de Deus; e Aben Ezra a interpreta, יקרא בן, “ele será chamado o filho”; e isso se harmoniza com o que o Talmude diz,[21] que o nome do Messias existia antes do mundo ser criado; na prova de que eles produziram a mesma passagem,

E a Palavra estava com Deus;... Não com os homens ou anjos; porque ele existia antes desses; mas com Deus, não essencialmente, mas pessoalmente considerado; com Deus seu Pai: não em um sentido Sociano, que ele era apenas conhecido dele, e a nenhum outro antes do ministério de João Batista; porque ele foi conhecido e mencionado anteriormente pelo anjo Gabriel; e era conhecido a Maria e José; e a Zacarias e Elisabete; aos pastores, e aos homens sábios; a Simão e a Ana, que o viu no templo; e aos profetas e os patriarcas, em todas as eras, desde o princípio do mundo; mas essa frase denota existência do mundo com o Pai, sua relação e aproximação come ele, sua igualdade com ele, e particularmente sua distinção de pessoa com ele, bem como seu ser eternal com ele; porque ele sempre esteve com ele, e está, e sempre estará; ele estava com ele no conselho e pacto da graça, e na criação do universo, e está com ele no governo providencial do mundo; ele estava com ele como a Palavra e Filho de Deus, nos céus, enquanto ele estava como homem, ele estava aqui na terra; e ele está agora com ele, e sempre estará: e como João fala aqui da Palavra, como uma pessoa distinta de Deus, o Pai, assim fazem os Targuns, ou o paráfrase Caldeu; Sl 110:1 “O Senhor disse a meu Senhor”, é vertido, “O Senhor disse a sua Palavra”; aonde ele é manifestadamente distinguido de Jeová, que fala com ele; e em Dn 1:7, o Senhor promete “ter misericórdia com a casa de Judá”, e “Salvá-los pelo Senhor seu Deus”. O Targum diz: “Eu os redimirei pela Palavra do Senhor seu Deus”; aonde a Palavra do Senhor, que é mencionada como Libertadora e Salvadora, é distinguida do Senhor, que prometeu os salvar por ele. Essa distinção de Jeová e sua Palavra pode ser observada em muitos lugares, na paráfrase Caldeia, e nos escritos de Filo, o Judeu; e essa frase, “da Palavra” estando “com Deus”, é no Targum expressa por, מימר מן קדם, “a Palavra de diante do Senhor”, ou “que está diante do Senhor”: estando sempre em sua presença, e o anjo dela; assim Onkelos parafraseia Genesis 31:22: “e a Palavra diante do Senhor, veio a Labão, etc. E Êxodo assim: “e não permitas que a Palavra de diante do Senhor fale conosco, pois morreremos”; porque assim é lido na Bíblia do Rei da Espanha; e a Sabedoria, que é o mesmo que a Palavra de Deus, é dito ser por ele, ou com ele, em Pv 8:1, em harmonia com o que João fala aqui. João faz uso aqui da palavra “Deus”, no lugar de “Pai”, porque a palavra é normalmente chamada de a Palavra de Deus, e por causa do que se segue...

E a Palavra era Deus;... Não feito um Deus, como ele é dito aqui depois de ser feito carne; nem constituído ou designado um Deus, ou um Deus por ofício; mas verdadeira e apropriadamente Deus, no mais alto sentido da palavra, como parece dos nomes pelos quais ele é chamado; Onipotente; como Jeová, Deus, nosso, vosso, deles, e meu Deus, Deus conosco, o Deus poderoso, Deus sobre tudo, o Grande Deus, o Deus vivente, o verdadeiro Deus, e a vida eterna; e de suas perfeições, e a total plenitude da Trindade que habita nele, como Independente, Eterna 1mutável, Onipresente, Onisciente e Onipotente; e de suas obras de criação e providência, seus milagres, a obra de redenção, o perdão de pecados, a ressurreição de si mesmo e outros da morte, e a administração do último julgamento; e da adoração dada a ele, como orações a ele, fé nele, e a realização do batismo em seu nome: nem há qualquer objeção a deidade própria de Cristo, que o artigo não esteja presente; visto que quando a palavra é aplicada ao Pai, não é sempre usada, e mesmo neste capítulo, Jo 1:6, e que mostra, que a palavra “Deus”, não é o sujeito, mas o predicado dessa preposição, como nós traduzimos: então os Judeus sempre usavam a Palavra do Senhor para Jeová, e o chamavam de Deus. Assim as palavras em Gênesis 28:20 são parafraseadas por Onkelos:

“Se “a Palavra do Senhor” será minha ajuda, e me ajudará, etc, então “a Palavra do Senhor será”, לי לאלהא, “meu Deus”: de novo, Lev. 26:12 é parafraseado, pelo Targum atribuído a Jonatã Ben Uzziel, assim: “Eu causarei a glória da minha shekiná habitar entre vós, e minha Palavra será “vosso Deus”” mais uma vez, Dt 26:17 é traduzido pelo Targum de Jerusalém dessa maneira: "Vós tendes feito “a Palavra do Senhor” rei sobre vós neste dia, para que ele possa ser vosso Deus: e isso é bem frequente com Filo, o Judeu, que diz que o nome de Deus é sua Palavra, e o chama, meu Senhor, a Palavra Divina; e afirma que a palavra mais antiga é Deus:






_________________
Notas:
[22]
[1] Conforme Jo 1:12. N do T.
[2] I.e, como homem.
[3] Conforme He 1:3. N do T
[4] Em referência à Palavra de Deus sendo dita em Gênesis cap. 1, e em alusão ao versículo 1, onde ocorre o verbo hebraico בָּרָא, que significa basicamente “criar do nada”. N do T.
[5] Apud Euseb. Prepar. Evangel. l. 11. c. 19.
[6] Conforme At 17:28. N do T.
[7] Stromat. l. 1. p. 274.
[8] Ib. p. 303.
[9] Ib. Paedagog. l. 2. c. 1. p. 150.
[10] Valer. Maxim. l. 8. c. 7.
[11] Apuleius de dogmate Platonis, l. 1. in principio.
[12] Apud. Euseb. Prepar. Evangel. l. 13. c. 12.
[13] Hesych. Miles. de Philosophis. p. 50.
[14] Prepar. Evangel. l. 11. c. 9.
[15] Conforme Lc 2:10. N do T.
[16] Conforme Gênesis 3:15. N do T.
[17] Conforme Jo 1:8. N do T.
[18] Conforme Jo 1:30. N do T.
[19] De Leg. Alleg. l. 2. p. 93. de Plant. Noe, p. 217. de Migrat. Abraham, p. 389. de Profugis, p. 466. quis. rer. divin. Haeres. p. 509.
[20] Targum Jon. in loc.
[21] T. Bab. Pesachim, fol. 54. 1. & Nedarim, fol. 39. 2. Pirke Eliezer, c. 3.
[22] De Allegor. l. 2. p. 99, 101. & de Somniis, p. 599.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 2

O mesmo estava no princípio com Deus. Essa é uma repetição do que foi dito antes, e é assim feito para mostrar a importância das verdades entregues antes; a saber, a eternidade de Cristo, sua personalidade distinta, e divindade; e que a frase no início deve ser unida a cada sentença acima; e assim prova, não apenas sua existência eterna, mas sua existência eterna com o Pai, e também sua deidade eterna; e é feita para dá início ao discurso, com respeito à Palavra, e não Deus, o Pai; e para expressar, não apenas sua co-existência na natureza, mas sua cooperação da criação mencionada a seguir.




Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 3

Todas as coisas foram feitas por ele,... Que é imediatamente uma prova de tudo aquilo é dito antes; como ele estava no princípio; e que ele estava no princípio com Deus, o Pai; e que ele era Deus; caso contrário, todas as coisas não poderiam ter sido feitas por ele, ou estas coisas não seriam verdade: que será entendido, não da criação nova; porque isto estaria restringindo "todas" as coisas a "poucas" pessoas apenas; nem é qualquer um onde disse que todas as coisas são feitas novas, mas feitas; e é falso que todos foram convertidos pelo ministério de Cristo, como homem: todos os homens não são renovados, regenerados, nem reformados; e a maior parte desses que eram renovados, foram renovados antes de Cristo existir como homem; e, então, não pôde ser renovado por ele como tal: embora realmente, pôde este sentido ser estabelecido, que não responderia a finalidade para o qual foi feito; isto é, destruir a prova da deidade de Cristo, e da existência dele antes da sua encarnação; porque em todas as eras, desde o princípio do mundo, alguns foram renovados; e a nova criação é um trabalho de Deus, do Ser Todo-Poderoso; porque, quem pode criar luz espiritual, infundir um princípio de vida espiritual, transformar o coração de pedra, e dá um coração de carne,[1] ou produzir fé, a não ser Deus? A regeneração é negada para ser do homem, e sempre é atribuída a Deus; nem o fato de Cristo ser o autor da nova criação é qualquer contradição ao ser o autor da velha criação, que é planejada aqui dele: por “todas as coisas”, é significado o céu, e todos os seus habitantes criados, o céu estrelado, e o terceiro céu,[2] e a terra, e tudo nela, o mar, e toda coisa que está nela; e a Palavra, ou Filho de Deus, é a Causa Eficiente de tudo isso, não um mero instrumento da formação deles; porque a preposição “por”, nem sempre denota um instrumento, mas às vezes um eficiente, como em 1Co 1:9 e assim aqui, embora não para a exclusão do Pai, e do Espírito:

E sem ele nenhuma única coisa foi feita: No qual pode ser observado a operação em conjunto da Palavra, ou Filho, com o Pai, e Espírito, na criação; e a extensão de sua ação em tudo que é feito; porque sem ele não haviam nem uma única coisa no inteiro compasso da criação feita; e a limitação disso, das coisas que são feitas; e assim exclui os seres não criados, Pai, Filho e Espírito; e o pecado também, que não é um princípio feito por Deus, não tem nenhuma eficiência, mas uma causa deficiente. Assim os Judeus atribuíam a criação de todas as coisas a Palavra. Os Targumistas atribuíam a criação do homem, em particular, a Palavra de Deus: é dito em Gênesis 1:27: “Deus criou o homem a sua própria imagem”: O Targum de Jerusalém diz:

“E a Palavra do Senhor criou o homem a sua semelhança.”

E Gênesis 3:22 “e o Senhor Deus disse: Eis que o homem se tornou como um de nós”, o mesmo paráfrase Targumista diz:

“E a Palavra do Senhor Deus disse: Eis que o homem a quem eu tenho criado, é único no mundo”.

Também nos mesmos escritos, a criação de todas as coisas, em geral, é atribuída a Palavra: a passagem em Dt 33:27 “o Deus eterno é teu refúgio, e debaixo estão os braços eternos”, é parafraseado por Onkelos:

“O Deus eterno é uma habitação, por cuja Palavra o mundo foi feito.”

Em Is 48:13 é dito: “minha mão tem lançado a fundação da terra”. O Targum de Jonatã ben Uzziá diz sobre isso:

“Sim, por minha Palavra eu tenho fundado a terra”

Que concorda com o que é dito em He 11:3, e o mesmo diz Filo, o Judeu, que não apenas chama ele de Arquiteto, e o Exemplo do mundo, mas o Poder que fez o mundo: ele freqüentemente descreve a criação dos céus, e a terra para com ele, e da mesma forma a criação do homem diante de cuja imagem, ele diz, que ele foi feito.



Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible


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Notas:
[3] A versão Etíope acrescenta no final desse versículo: “e também que aquilo que é feito é feito para si mesmo”.
[1] Conforme Ezequiel 11:19. N do T.
[2] Conforme 2Co 12:2. N do T.
[3] De Mundi Opificio, p. 4, 5, 31, 32. De Alleg. l. 1. p. 44. De Sacrificiis Abel & Cain, p. 131. De Profugis, p. 464. & de Monarch. p. 823.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 4

E nele estava a vida,... A versão Persa lê no plural, “vidas”. Havia vida na Palavra com respeito a si mesmo; uma vida divina, o mesmo com a vida do Pai e do Espírito; e está nele, não por dádiva, não por derivar ou pela comunhão; mas original e independentemente, e de toda a eternidade: de fato, ele viveu antes de sua encarnação como Mediador, e Redentor. Jó o conhecia nesse tempo, como seu Redentor vivente;[1] mas isso diz respeito a ele como a palavra e o Deus vivente, e distingue ele da Palavra escrita,[2] e que mostra que ele não é apenas uma mera idéia na mente divina, mas verdadeiramente uma pessoa divina: e havia vida em Cristo, a Palavra, com respeito aos outros; a fonte de vida natural está nele, ele é a Causa Eficiente, e o Preservador dela; quer seja vegetal, animal, ou racional; e prova ele como sendo o verdadeiro Deus, e que ele existiu antes de sua encarnação; visto que criaturas, que têm recebido tal vida dele, podem existir: e a vida espiritual também estava nele; e todos os eleitos estão mortos em suas falhas e pecados,[3] e não podem levantar a si mesmos. Cristo buscou a vida para eles, e a deu a eles, e implantou-a neles; uma vida de santificação vem dele; e uma vida de justificação está sobre ele, e da fé que é por ele; todos os confortos de uma vida espiritual, e todas as coisas pertencentes disso vêm dele, e ele mantém e preserva a vida. A vida eterna está nele, e com ele; não apenas o propósito dela, nem apenas a promessa dela; que é concedida em consequência de seu pedir, e que ele tinha por estipulação; e, portanto, tem direito a ela e poder para concedê-la: agora, isso sendo ele, prova ele ser o verdadeiro Deus, e nos mostra aonde há vida, segura e certa:

E a vida era a luz dos homens;... A vida que estava na e pela Palavra, era com respeito aos homens, uma vida de luz, ou um vida assistida com luz: pela qual é entendida, não meramente a faculdade visível, recebida pela luz do sol, mas o conhecimento racional e entendimento; porque quando Cristo, a Palavra, soprou no homem a sopro da vida, e se tornou uma alma viva,[4] ele o encheu com luz racional e conhecimento. Adão tinha um conhecimento de Deus; de seu Ser, e perfeições; das pessoas da Trindade; de sua relação com Deus, dependência Dele, e a obrigação para com ele; de sua mente e vontade; e conhecia a comunhão com ele. Ele sabia muito de si mesmo, e de todas as criaturas; esse conhecimento era natural e perfeito em seu tipo, mas perecível; e diferente do que os santos agora têm de Deus, através de Cristo, o Mediador; e visto que sua luz natural era de Cristo, a Palavra, como um Criador, ele deve ser o Deus eterno. Os Socianos não estão dispostos a permitir esse sentido, mas diz que Cristo é a luz dos homens por pregar a doutrina celestial, e pelo exemplo de sua vida santa; mas, no entanto, ele não ilumina todo homem que entra no mundo; e a maior parte dos homens, antes da pregação, e o exemplo de Cristo, sentaram na escuridão;[5] e a maior parte dos Judeus permaneciam na escuridão, apesar de sua pregação, e exemplo; e os patriarcas que foram iluminados debaixo da primeira Dispensação, não foram iluminados dessa forma: será admitido que toda luz espiritual e natural, que qualquer um dos homens têm tido, desde a que queda de Cristo[6] que era sua luz espiritual; até mesmo toda luz espiritual na conduta; através dele, eles desfrutavam a luz da face de Deus, e tinham a luz da alegria e felicidade, e o regozijo do por vir.







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Notas:
[1] Conforme 19:25. N do T.
[2] Principalmente em referência a He 4:12. N do T.
[3] Conforme Ef 2:1. N do T.
[4] Conforme Gênesis 2:7. N do T.
[5] Conforme Mt 4:16. N do T.
[6] No sentido que os humanos se afastaram de Cristo e não que Cristo tenha falhado. N do T


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 5

E a luz brilha na escuridão,... Que, através do pecado, veio sobre as mentes dos homens; que estão naturalmente na escuridão da natureza e apartados das perfeições de Deus; sobre o pecado, e as consequências dele; sobre Cristo, e a Salvação por ele; sobre o Espírito de Deus e sua obra sobre a alma; e sobre as Escrituras da verdade, e as doutrinas do Evangelho. O homem foi criado como uma criatura racional, mas não contente com o seu conhecimento, ele pecou; em sua natureza ele é banido da presença de Deus, a fonte de luz; o que trouxe uma escuridão sobre ele, e sua posteridade, e que é aumentada neles pela iniquidade pessoal, e sobre quem satanás, o deus desse mundo,[1] tem a sua mão; e, às vezes, eles são deixados a cegueira judicial,[2] e que cai em pior escuridão, se a graça não prevalecer:[3] agora, no meio dessa escuridão, há alguns restos de luz da natureza: com respeito ao ser de Deus, que brilha nas obras da criação,[4] providência e a adoração de Deus; e ao conhecimento moral do bem e do mal:[5]

E a escuridão não a compreendeu;... Ou “não a percebeu”; como verte a versão Siríaca. Pela luz da natureza, e os restos dela, os homens não poderia vir a qualquer conhecimento claro e distinto das coisas de cima; e muito menos de qualquer conhecimento da verdadeira salvação: a menos que, antes, possamos entender de “luz”, como a luz do Messias, ou do Evangelho, brilhando nas figuras, tipos, e sombras da lei, e nas profecias e promessas do Antigo Testamento: e ainda, tal era a escuridão sobre a mente dos homens, que não podiam entendê-lo muito claramente, e muito menos compreendê-lo totalmente, por isso havia a necessidade de uma nova e completa revelação: um registro do qual se segue.





Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible

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Notas:
[1] Conforme 2Co 4:4. N do T.
[2] Conforme Jo 12:40. N do T.
[3] Conforme Jo 9:41. N do T.
[4] Conforme Rm 1:10. N do T.
[5] Conforme Rm 2:14. N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 6

Havia um homem enviado de Deus,... João Batista: ele não era o Logos, ou a Palavra, nem era ele um anjo, mas um homem; ainda assim um homem extraordinário, em sua concepção de uma mulher estéril, e em ser nascido quando ambos os pais eram avançados em anos; [1] e no ventre de quem ele estava, ele pulou de alegria na saudação de Maria; [2] e assim que nasceu, se encheu de alegria com o Espírito Santo; e quando ele cresceu e apareceu em público, foi de uma forma incomum: suas roupagem e sua dieta eram incomum; e seu caráter e espírito era o mesmo de Elias o profeta; e quanto a sua obra e seu ofício, era muito peculiar; ele era o precursor de Cristo, e o primeiro administrador da nova ordenança do batismo, e o maior dos profetas: essa pessoa tem sua missão de Deus, tanto para pregar e batizar:

Cujo nome era João;... O nome dado a ele pelo anjo antes de sua concepção,[3] e pela sua mãe Elisabete, depois que seus parentes e primos tinha lhe dado outro;[4] e que foi confirmado pelo seu pai Zacarias, quando mudo e surdo:[5] e que significa graça, ou gracioso; e, de fato, um homem gracioso era; ele era muito querido pelos seus pais; um homem que tinha a graça de Deus nele, e grandes graças foram derramadas sobre ele; ele era um pregador das doutrinas da graça; e seu ministério era, deveras, bastante agradável para muitos.





Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible________________
Notas:[1] Conforme Lc 1:8. N do T.[2] Conforme Lc 1:44. N do T.[3] Conforme Lc 1:13. N do T.[4] Conforme Lc 1:58-42. N do T.[5] Conforme Lc 1:62, Lc 1:63. N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 7

O mesmo veio como uma testemunha,... A finalidade dele ser enviado, e o objetivo de sua vinda era...

Dar testemunho da luz: Pela qual se quer dizer, não a luz da natureza, ou a razão; nem a luz do Evangelho: mas o próprio Cristo, o autor da luz natural, spiritual e eterna. Esse era um dos nomes do Messias com os Judeus; de quem eles dizem,[1]נהירא שמו, “luz é o seu nome”; como é dito em Ez 2:22, que a luz habita com ele; no qual eles têm[2]em outro lugar, a expressão, esse é o Rei Messias; e assim eles interpretam Sl 43:3 dele.[3] Filo, o Judeu, frequentemente fala do Logos, ou Palavra, como a Luz, e o chama de Luz inteligente; a Luz universal, a mais perfeita Luz; o representa como a plena Luz divina; e diz que ele é chamado o Sol.b[4] Agora João veio para dar testemunho dele, como, de fato, ele fez; de cujo relato é dado nesse capítulo, muito amplamente, e em outros lugares; como que ele testificou de sua existência antes de sua encarnação; de estar com o Pai, e em seu seio: de sua deidade e filiação divinal; dele sendo o Messias; a plenitude da graça que estava nele; de sua encanação e satisfação; da sua descida dos céus; e de sua relação com a sua igreja, como em Jo 1:15 e a finalidade dessa testemunha era...

Que todos os homens através dele possam crer;... Ou seja, que os Judeus, a quem ele pregou, possam, através de seu testemunho, acreditar que Jesus era a luz, e o verdadeiro Messias; porque essas palavras devem ser tomadas em um sentido limitado, e não devem ser estendidas a cada individuo da humanidade; visto que milhões estavam mortos antes de João começar seu testemunho, e as multidões então em existência, nunca seriam, por ele só, alcançadas: nem pode designar mais do que os Judeus, a quem apenas ele deu testemunho de Cristo; e a fé que ele ensinou, e requereu pelo seu testemunho, era uma firmação de que Jesus era o Messias; assinalava o objeto da fé, e incentivava as almas a acreditarem em Cristo, e, consequentemente, os ministros do Evangelho, são os instrumentos pelos quais outros creem; a fé vem pelo ouvir,[5] e o ouvir pela Palavra de Deus, e então é essa a finalidade atingida pelo ministério Evangélico.





Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible


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Notas:[1] Echa Rabbati, fol. 50. 2.[2] Bereshit Rabba, fol. 1. 3.[3] Jarchi in ibB De Maudi Opificio, p. 6. De Allegor. l. 2. p. 80. & de Somniis, p. 576, 578.[4] Conforme Ml 4:2. N do T.[5] Conforme Rm 10:17. N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 10

1:10 - Ele estava no mundo,... Isso deve ser entendido, não de sua encarnação; porque a Palavra “era” denota existência passada no mundo, até mesmo todo o tempo passado da criação do mundo; e o “mundo” dá a entender o mundo no geral, em oposição a Judéia, e o povo Judeu no próximo versículo; além disso, a encarnação da palavra é mencionada em Jo 1:14, como uma coisa nova e distinta disso: mas o seu estar no mundo, se refere a sua essência, pela qual que ele preenche o mundo inteiro; e pelo seu poder, sustentando-o e preservando-o; e pela sua providência, ordenando e manobrando todos os assuntos, e influenciando e governando todas as coisas: ele estava no mundo como uma luz e vida, dando luz natural e vida a todas as criaturas nele, e preenchendo-as, e eles, com várias bênçãos de bondade; e ele estava na promessa e tipo antes, bem como depois dos judeus serem diferenciados de outras nações, como um povo peculiar; e ele era frequentemente visível no mundo, em uma forma humana, antes de sua encarnação, como no jardim do Éden para nossos primeiros pais, para Abraão, Jacó, Manoá e sua esposa e outros,

E o mundo foi feito por ele;... Assim Filo, o Judeu, designa frequentemente a criação do mundo ao Logos, ou Palavra, como antes observado em Jo 1:3, e isto considera o universo inteiro, e todos os seres criados nele, e então não pode projetar a nova criação: além disso, se todos os homens no mundo fossem criados novamente por Cristo, eles o conheceriam; pois uma considerável parte da nova criação jaz no conhecimento; considerando que, bem na próxima cláusula, é afirmado que o mundo não o conheceu; e eles também o amariam, e o obedeceriam, o qual a generalidade do mundo não o fez; eles pareceriam estar nele, e assim não são condenado por ele, como serão as multidões. Entender isto da velha criação, melhor se enquadra no contexto, e prova da deidade de Cristo, e a sua preexistência, como a Palavra, e Filho de Deus, pela a seu encarnação.

E o mundo não o conheceu;... Quer dizer, os habitantes do mundo não o conheceram como o Criador deles: nem eles reconheceram as clemências que eles receberam dele; nem eles o adoraram, o serviram, e o obedeceram, ou amaram, nem o temeram; nem eles, a maior parte deles, o reconheceram como o Messias, Mediador, Salvador, e Redentor. Havia, no princípio, um conhecimento geral de Cristo, ao longo do mundo entre todos os filhos de Adão, depois da sua primeira promessa, e o qual, durante algum tempo, foi continuado; mas isto, no decorrer do tempo, foi negligenciado e desprezado, foi esquecido, e totalmente perdido, sobre a maior parte de gênero humano; porque os Gentios, por muitas centenas de anos, não conheceram o verdadeiro Deus, assim eles estavam sem Cristo, sem qualquer noção do Messias; e esta ignorância deles, como era primeiro o pecado, se tornou o castigo deles.


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Notas[1] Conforme Ef 1:23. N do T. [2] Conforme He 1:3. N do T. [3] Conforme Gênesis 3:8. N do T. [4] Conforme Jz 13:2. N do T. [5] Conforme Gênesis 3:15. N do T. [6] Conforme Ef 2:12. N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 11

1:11 - Ele veio aos seus próprios,... Não todo o mundo que é dele por força de criação; porque estes, os seus próprios, são opostos ao mundo, e distintos deles;[1] e a sua vinda para eles projeta algum favor em particular, que não é concedida a todos: nem ainda é o eleito de Deus pretendido aqui; embora eles sejam de Cristo, em um sentido muito especial; eles são dele pela Sua própria escolha, pelo presente do seu Pai, pela sua própria compra, e pela conquista da sua graça, e são os objetos do seu amor especial; e por causa deles que ele entrou na carne, e a eles ele vem de uma maneira espiritual, e pela causa deles que ele aparecerá uma segunda vez ao último dia na salvação: mas eles não podem ser as pessoas intencionadas aqui, porque quando ele vem a eles, eles o recebem; considerando que estes não o fizeram, como afirma a próxima cláusula: mas pelos “seus próprios” é significado o corpo inteiro da nação Judia; assim chamado, porque eles eram escolhidos por Deus acima de todos os povos; os favores distintivos que foram dados neles, como a adoção, as convenções, as promessas, a lei, e o serviço de Deus; e a Shekiná, o símbolo da Presença Divina de uma maneira notável entre eles; e a promessa do Messias, que era de uma maneira particular feita a eles; e realmente, ele tinha que nascer deles, de forma que eles eram a sua própria família, o seu próprio povo, e a sua própria nação: e a vinda dele para eles não será entendida da sua encarnação; embora quando ele entrou na carne, como ele veio deles, assim ele veio a eles, sendo enviado particularmente às ovelhas perdidas da casa de Israel,[2] e foi rejeitado por eles como o Messias; ainda, a sua encarnação é mencionada depois em Jo 1:14, como uma coisa nova e distinta disso; e entender isto de alguma vinda dele antes da sua encarnação, melhor se adapta com o contexto, e o desígnio do evangelista. Agora Cristo, a Palavra, veio aos judeus antes da sua encarnação, não só em tipos, pessoais e reais, e em promessas e profecias, e na palavra e ordenações, mas pessoalmente; sobre Moisés no arbusto,[3] e deu ordens para levar os filhos de Israel para fora do Egito: ele veio e os resgatou com uma mão poderosa, e um braço estendido; no seu amor os conduziu pelo Mar Vermelho como em chão seco; e pelo deserto em uma coluna de nuvem de dia, e uma coluna de fogo à noite; e ele apareceu a eles no Monte Sinai, onde os deu os oráculos do Deus vivo:

E os seus próprios não o receberam;... Eles não acreditaram nele, nem obedeceram a sua voz; eles se rebelaram contra ele, e o testaram várias vezes em Massa e Meribá[4]; eles o provocaram ao furor e magoaram o Espírito Santo, quando eles, mais tarde, desprezaram o seu Evangelho pelos profetas. Dessa concepção da Palavra da parte dos Judeus, e sua punição, o Targum em Dn 9:17 assim fala:

“Meus Deus removerá eles para longe, porque, לא קבילו למימריה, “eles não receberam a sua Palavra”; e eles vaguearam entre os povos.”

E assim eles trataram esse mesmo “Logos”, ou a Palavra de Deus, quando ele se fez carne, e habitou entre eles. De alguma forma notável é o discurso de alguns dos Judeus entre eles:[5]

“Quando a Palavra de Deus veio, que é seu Mensageiro, nós o honraremos. Diz R. Saul, não vieram os profetas, e os mataram, e derramaram o seu sangue? (Compare com Mt 23:30) Como agora, נקבל מדברו, “receberemos a sua palavra?” ou, portanto, acreditaremos? Diz R. Samuel, o Levita, a ele, porque ele os curará, e os livrará em suas destruições; e por causa de seus sinais nós acreditaremos nele, e o honraremos.”

Mas eles não fizeram isso.


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Notas
[1] Conforme Jo 17:9. N do T.
[2] Conforme Mt 15:24. N do T.
[3] Conforme Êxodo 3:2. N do T.
[4] Conforme Sl 95:8-19. N do T.
[5] Ben Arama em Gen. xlvii. 4. apud Galatin. de Arcan. Cathol. Ver. l. 3. c. 5,


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 12

1:12 - Mas a tanto quantos o receberam,... Isso é explicado, na última parte do texto, por acreditar em seu nome; porque a fé é recebê-lo como a Palavra, e o Filho de Deus, como o Messias, Salvador, e Redentor; um recebimento de graça de sua plenitude, e cada benção dele, como retidão justificativa, perdão de pecados, e uma herança entre eles que são santificados; porque embora a generalidade o tenha rejeitado, houve poucos e alguns que o receberam:

E a eles deu poder para se tornar filhos de Deus;... Assim como eram tão cedo chamados, em distinção dos filhos dos homens, ou do mundo; veja Gên. 6:2. Ser os filhos de Deus é um favor muito especial, uma grande benção, e uma alta honra: os santos, de fato, não são, em tão grande sentido, Filhos de Deus assim como Cristo é; nem em tão baixo sentido como os anjos são; nem em tal sentido como os Magistrados civis; nem meramente pela profissão da religião; muito menos pela descendência natural; mas pela adoção da graça, e nisso, em Cristo, a Palavra, que é o ponto central, assim como todas as três pessoas divinas. O Pai predestinou os homens a adoção de Filhos, garantiu essa benção a eles no pacto da graça, aplicou essa benção a eles, e testemunhou a seus espíritos;[1] mas, na verdade, derramou sobre eles o “poder”, como é aqui chamado, para tornarem-se Filhos de Deus: pela qual é significado, não o poder da livre vontade para fazerem de si mesmos Filhos de Deus, se eles farão uso disso; mas significa a honra e dignidade conferida a tais pessoas: Assim Nonnus o chama, “a honra celestial”; como de fato, o que poderia ser maior? É mais honroso do que ser filho ou filha da maior autoridade na terra: e é expressivo de ser um privilégio; porque é algo distinto e imerecido, e é assistido com muitos outros privilégios; porque tais são da casa de Deus e família, e são servidos por muitos; têm uma liberdade com ele; são os homens livres de Cristo, e são herdeiros de uma herança incorruptível. Esse é um privilégio que ultrapassa todos os outros, até mesmo a justificação e remissão dos pecados; e é algo eterno: e também dá a entender um direito aberto com o qual os crentes têm esse privilégio: como segue...

Porque acreditaram em seu nome;... Ou seja, nele mesmo, em Cristo, a Palavra: a frase é explanatória da primeira parte do versículo, e é descritiva de uma manifestação do caráter dos Filhos de Deus; porque embora o eleito de Deus, pela virtude da graça eleita, e o pacto da graça, sejam os Filhos de Deus diante da fé; e foram assim considerados a dádiva deles para com Cristo, e quando ele entrou no mundo para unir os seus, e salvá-los; e assim, antecedente ao Espírito de Deus, sendo enviados para seus corações, para fazer isso conhecido a eles; ainda assim nenhum homem pode saber de sua adoção, nem usufruir o conforto dela ou interesse nisso, até que eles acreditem.
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Notas
[1] Conforme Rm 8:16. N do T.




John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 13

1:13 Os quais não nasceram de sangue,... Ou de sangues, no plural. O nascimento, aqui mencionado, é a regeneração, expressado por ser nascido de novo, ou de cima;[1] por ser levantado pelo Espírito e graça de Deus; e por Cristo ser formado nos homens; por participarem da natureza divina; e por serem feitos novas criaturas, como todos os que acreditam no nome de Cristo são; e que é a evidência deles serem Filhos de Deus; mas isso não é devido a sangue, ou sangues; não ao sangue da circuncisão; ou da Páscoa, que os judeus tinham em alta consideração, e atribuía a suas vidas e salvação, e para cuja opinião deve-se se opor: assim seus comentadores[2] sobre Eze. 16:6 aonde a palavra “vida” é usado duas vezes, observam pela primeira “vida”, o sangue pascoal, a segunda “vida”, pelo sangue da circuncisão; mas, eis que isso não contribui em nada para a vida da nova criatura: nem é a regeneração pertencente ao sangue dos ancestrais, aos descendentes naturais, como de Abraão, que os Judeus tanto se vangloriavam, mas o sangue de Cristo, que nos purifica de todo pecado.

Nem da vontade da carne;... Da vontade, que é carnal e corrupta, é inimiga de Deus, e impotente a tudo que é bom: a regeneração é atribuída a uma outra vontade e poder, a própria vontade e o poder de Deus:

Nem da vontade do homem: Do melhor dos homens, como Abraão, Davi, e os outros; que, embora tão dispostos e desejosos que seus filhos, parentes, amigos e servos, pudessem nascer de novo, e serem participantes da graça de Deus, e vivessem em sua vista, ainda assim não puderam efetuar nada dessa natureza: tudo que eles podem fazer é orar por eles, dar conselhos, e trazê-los debaixo dos meios da graça; mas tudo isso não tem efeito sem a energia divina. Assim os Judeus dizem que, איש, “um homem”, significa um grande homem, em oposição a “Adão”, ou “Enoque”, que significa fraco, homem frágil; e nossos tradutores têm observado essa distinção, em Is 2:9 e o homem simples (Adão) ajoelhado, e o grande homem (Ish) “se humilha”: sobre o qual Jarchi tem essa nota: “Adão se ajoelha”, i.e. homens pequenos; “e um homem se humilha”; i.e. príncipes, e homens poderosos, homens de poder: e assim Kimchi sobre Sl 4:2. “Ó filhos dos homens”, observa, que o salmista os chama de filhos dos homens, com respeito aos grandes de Israel; porque havia com Absalão os filhos dos grandes homens. Embora, às vezes, os Judeus digam[3] que Adão é maior do que qualquer nome dos homens, como Geber, Enoque, Ish. Mas agora o evangelista observa, que um homem é assim tão grande, ou bom, ou eminente, por dádiva e graça, ele não pode comunicar graça a um outro; nem são nascidos de novo de qualquer outra vontade:

Mas de Deus;… De Deus, o Pai de Cristo, que gera para a esperança viva; e do Filho, que dá vida a quem quiser; e da graça do Espírito, a quem a regeneração geralmente é atribuída,


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Notas
[1] Conforme Jo 3:3. N do T.
[2] Jarchi & Kimchi em loc. Shemot Rabba, sec. 19. fol. 103. 2. & 104. 4. & Mattanot Cehuna em Vajikra Rabba, sec. 23. fol. 164. 2. Zohar em Lev. fol. 39. 2.
[3] Zohar em Lev. fol. 20. 2.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 14

1:14 - E a Palavra se fez carne,... A mesma Palavra, de quem tantas coisas são ditas nos versículos precedentes; e não é nenhum outro do que o Filho de Deus, ou a segunda pessoa da Trindade; porque nem o Pai, nem o Espírito Santo foram feitos carne, como aqui é dito da Palavra, mas apenas o Filho: e “carne” aqui significa, não a parte do corpo, nem do corpo inteiro apenas, mas do inteiro ser humano, consistindo de um verdadeiro corpo, e uma alma consciente; e é assim chamado para denotar a fragilidade, sendo propensa a enfermidades, embora não pecaminosa;[1] e para mostrar que era um verdadeiro ser humano, e não um fantasma, um espectro encarnado: quando é dito que ele se tornou “carne”, isso não é feito pela mudança de uma natureza para outra, a natureza divina para a humana, ou a Palavra no homem; mas por assumir a natureza humana, a Palavra, tomou isso com união pessoal; ao passo que a natureza não é alterada; Cristo permanece o que ele era, e se torna o que ele não era; nem são eles confundidos, e assim forma uma terceira natureza; nem são eles separados, e divididos a ponto de constituirem duas pessoas, uma pessoa divina, uma pessoa humana; mas são assim unidos para serem uma só pessoa; e isso é tal união que nunca pode ser dissolvida, e é a fundação da virtude e eficiência de todas as obras e ações de Cristo, como Mediador:

E habitou entre nós;... Ou “tabernaculou entre nós”; uma alusão ao tabernáculo, que era um tipo da natureza humana de Cristo: o modelo do tabernáculo que era de Deus, e não do homem, mas cheia de coisas divinas; neste Deus habitou, concedeu a sua presença, e a sua glória foi vista; neste os sacrifícios eram trazidos, oferecidos, e aceitos. Assim a natureza humana de Cristo era a tenda de Deus,[2] e não a do homem; e embora parecesse simples, a plenitude da Divindade habitava nele, bem como a plenitude da graça e verdade; na face de Cristo a glória de Deus é vista, e através dele, a cortina da sua carne,[3] os santos tem acesso a ele, e desfrutam de sua presença; e por eles seus sacrifícios espirituais se tornam aceitáveis a Deus:[4] ou isso é observado, na alusão das festas dos tabernáculos como típico de Cristo, ou de sua natureza tabernácula. O templo de Salomão, que também era típico de Cristo, foi dedicado no tempo dessa festa; e parece provável que nosso Senhor nasceu nessa mesma época; porque como ele sofreu no tempo da páscoa, que dizia respeito a ele, e o derramamento do Espírito foi no dia de Pentecostes, que prefigurou isso; assim é altamente provável que Cristo tenha nascido durante a festividade dos tabernáculos, o que aponta para o fato dele habitar entre nós; e assim é muito pertinente essa menção quando é feito aqui a menção de sua encarnação. No entanto, a referência é feita a Shekiná, e a glória dela no tabernáculo e no templo; e quase a mesma palavra é aqui usada. Os Targumistas às vezes falam da Shekiná habitando entre os 1sraelitas: assim Onkelos em Nu 11:20, aonde os 1sraelitas são ameaçados de comer carne até que vomitem; diz a paráfrase:

“Rejeitasses “a Palavra do Senhor”, a Shekiná que habita entre vós”

Jonatan ben Uzziel, no mesmo lugar, se expressa assim:

“Porque tens rejeitado a Palavra do Senhor, a glória de cuja Shekiná habita entre vós.”

E segue aqui...

E nós observamos a sua glória;... A glória de sua natureza divina, que é essencial a ele, que é igual a glória do Pai, é transcendente a todas as criaturas, e é inefável, incompreensível; tudo aquilo que foi observado pelo evangelista e seus companheiros; que, em vários exemplos, via plenamente que Cristo possuía as perfeições divinas, tais como onisciência, e onipotência; visto que ele conhecia os pensamentos dos seus corações,[5] e poderia fazer as coisas que ele fazia: seu Pai declarou que ele era seu Filho amado;[6] e os milagres que ele operou, e as doutrinas que ele ensinou, manifestaram a sua glória; e não apenas que havia alguns raios de sua glória na transfiguração, que foi visto pelos apóstolos,[7] entre os Evangelistas como João, e a qual ele pode ter feito uma referência em particular; mas até mesmo em sua prisão, e morte, e especialmente em sua ressurreição dentre os mortos. Os Judeus falam da glória do Messias ser vista no mundo por vir. Eles dizem:[8]

“Se um homem é digno do mundo por vir, (i.e dos tempos do Messias) ele “verá a glória” do Rei Messias.”

E de Moisés, eles dizem:[9]

“Não havia (ou haverá) nenhuma geração como aquela que ele viveu, até a geração na qual o Rei Messias vem, que “contemplará a glória” do Santo, o Deus Abençoado, como ele.”

Isso nosso evangelista, e os outros discípulos de Cristo têm visto:

Como a glória de um filho unigênito do Pai;... Uma glória pertencente a ele, digna dele; a própria glória real do Filho de Deus; porque o “como”, aqui, não é apenas uma nota de similitude, mas de certeza, como em Mt 14:5, e a Palavra é aqui chamada “o filho unigênito do Pai”; que não pode ser dito de Cristo, como homem; porque como tal, ele não podia ser “gerado” de forma alguma: nem por causa de sua ressurreição dos mortos; porque ele não poderia ser chamado o “filho unigênito”, visto que há outros que tinham sido, e milhões que serão levantados dos mortos além dele: nem por razão da adoção; porque se for adotado então não é gerado; esses dois são inconsistentes; além disso, ele não poderia ser chamado de filho unigênito nesse sentido, porque há muitos filhos adotados, até mesmo os eleitos de Deus: nem por virtude de seu ofício, como magistrados são chamados os filhos de Deus; porque então ele seria assim apenas na figura e no sentido metafórico, e não apropriadamente; ao passo que ele é chamado de Filho do próprio Deus, o Filho da mesma natureza que ele; e, como aqui, o filho único do Pai, gerado por ele na mesma natureza, em uma forma muito incompreensiva e inexplicável por nós:

Cheio de graça e de verdade;... Ou seja, ele habitou entre os homens, e apareceu ter a mesma plenitude de cada um desses: porque essa cláusula não deve ser unida com a glória do filho unigênito; mas, antes, diz respeito a ele como encarnado, em seu ofício, como Mediador; que, como tal, estava cheio de graça; o Espírito, e os dons do Espírito; de todas as bênçãos da graça, de justificativa, perdão, adoção, santificação, e graça perseverante; de todas as promessas da graça; de toda a luz, vida, força, conforto, paz, e alegria: e também da verdade, de todas as verdades do Evangelho; e como ele tinha a verdade, a soma, e substância de todos os tipos e profecias concernente a ele nele; e como ele cumpriu suas designações, e as promessas de seu Pai; e como possuído de sinceridade para com os homens, e plenitude e integridade a Deus,


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Notas
[1] Conforme He 4:15. N do T.
[2] Conforme Ap 21:3 . N do T.
[3] Conforme Mt 27:51 . N do T.
[4] Conforme He 13:15 . N do T.
[5] Conforme Jo 2:25 . N do T.
[6] Conforme Mt 3:17 . N do T.
[7] Conforme Mt 17:2 . N do T.
[8] Gloss. em T. Bab. Beracot, fol. 58. 1.
[9] Zohar em Lev. fol. 9. 4.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 15

1:15 - João deu testemunho dele,... Que era seu ofício e negócio, por cujo propósito ele foi enviado, Jo 1:6 .

E clamava;... Isso está em harmonia com seu trabalho e ofício, de acordo com a profecia dele em Is 40:3 e com o tempo de seu ministério, o ano do Jubileu; e com a natureza de seu ministério, que era claro, aberto, e público; e realizou com vigor, e em uma forma poderosa, com muita segurança e certeza, com coragem e intrepidez, e com grande zelo e fervor, e uma forma evangélica; porque era um clamor de uma criatura, e exaltou a Cristo:

Esse era aquele de quem eu falei;... Quando ele primeiro entrou no seu ministério e batismo, antes dele ver Jesus, ou o batizado; veja Mt 3:11 .

Aquele que vem depois de mim;... Porque Cristo veio ao mundo depois de João; ele nasceu seis messes depois dele; ele veio depois dele para ser batizado por ele, e assistido em seu ministério; e veio depois em seu ministério público.

É antes de mim;... Pois Deus, o Pai, o designou como Mediador; constituindo ele o cabeça da igreja; causando a plenitude da graça que habita nele; apontando ele com o Salvador de seu povo; e o ordenando como juiz dos vivos e dos mortos. E pelos profetas, que falavam muito dele, e principalmente João; e dele como o Messias e Salvador: e pelo próprio João, que o representou como descendo de cima e acima de todas as coisas;[1] e dele mesmo como da terra, e terreno: Cristo é antes de todos os ministros do Evangelho, e de cada verdadeiro crente; e uma razão explicativa da afirmação acima é...

Porque ele era antes de mim;... O que não pode dizer da honra e da dignidade; porque isso é expresso antes; e seria uma prova de si mesma: nem de seu nascimento, como homem; porque João, nesse sentido, era antes dele, sendo nascido primeiro que ele; além disso, nascer antes dele não seria de valor superior algum, visto que muitos nasceram antes de João, e ainda assim não foram superiores: mas, aqui a referência é de sua existência eterna, como a Palavra, e o Filho de Deus, que era antes de João, ou qualquer dos profetas; antes de Abraão, Noé e Adão, ou de qualquer criatura: as versões Árabe e Pérsia leem: “porque ele era mais antigo do que eu”; sendo de eternidade, desde o início, antes da terra existir.[2]

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Notas
[1] Conforme Jo 3:31. N do T.
[2] Conforme Jo 17:5. N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 16

1:16 - E de sua plenitude todos nós recebemos,... Estas não são as palavras de João Batista; mas do evangelista que continua o seu relato de Cristo, depois que ele tivesse inserido o testemunho de João batista, com relação a Jo 1:14, onde é dito que ele está cheio de graça e verdade; e a qual plenitude é aqui planejada; porque a plenitude da Divindade em ornamento é incomunicável; e a plenitude da aptidão dele, e habilidade para o seu ofício, como Mediador, era para ele; mas a sua plenitude de graça e verdade é dispensatório, e está nele, de propósito a ser comunicado até os outros: e “de sua”, diz o evangelista, “todos nós recebemos”; não todo o gênero humano, embora todos eles recebam luz natural e vida dele; nem somente todos os profetas do Antigo Testamento, embora eles tivessem os seus dons e graça dele, que era então, como agora, o cabeça da igreja; nem apenas todos os apóstolos de Cristo, embora estes podem ser pretendidos principalmente; mas todos os crentes que, embora eles não tenham todos a mesma medida de graça, nem os mesmos dons, contudo, todos receberam algo: nem há qualquer razão para desânimo, inveja, ou repreensão. Fé é a mão que recebe o Cristo, e a sua graça; e o ato de receber, sendo expresso no tempo passado, parece considerar conversão primeiro, quando a fé é primeiro operada, e junto com isto é recebida na abundância da graça; pois um crente tem nada mais do que o que é determinado a ele, e o que ele tem, está em forma de recebimento;[1] de forma que não há nenhum lugar para jactância, mas grande a razão para a gratidão, e muito encorajamento para aplicar a Cristo para mais graça que é a coisa recebida, como segue:

E graça por graça: De acordo com os sentidos diferentes da preposição αντι, interpretações diferentes são determinadas desta passagem; como isso significa uma substituição de uma pessoa, ou coisa, no lugar de outra, se pensa que o sentido seja que o Evangelho é dado em vez da Lei; ou a graça da Dispensação presente, em vez da graça da Dispensação anterior; graça, diferente da graça anterior, como expresso por Nonnus. Se projetar a glória original, e causa movente, o significado é que a graça é pela causa de graça; pois não há nenhuma outra causa de eleger alguém, enquanto justificado, perdoado, adotado, e regenerado pela graça, e até mesmo a vida eterna, se não a graça, ou favor livre de Deus; e a pessoa é a razão do por que o outro é recebido: se significa a finalidade, ou causa final, então é explicado deste modo; os discípulos receberam a graça de apostolado, ou presente da graça para pregar o Evangelho da graça de Deus, e para a implantação e aumento nos homens; e também a graça, nesta vida, é recebida, em ordem para a perfeição de graça, ou a gloria, no outro: se denota a medida e proporção de uma coisa, como uma coisa é responsável pela outra, então se pode ser interpretado desta maneira; os santos recebem graça da plenitude de Cristo, enquanto outorgada, ou responsável à graça que está nele; ou de acordo com a medida do presente de Cristo, e em proporção ao lugar, estação, e ofício em que eles desempenham na igreja. Alguns pensam que a frase apenas projeta a liberdade da graça, e a maneira livre e liberal na qual é ela distribuída, e recebida; junto com qual, eu também penso, que a abundância dela, no princípio da conversão, supri tudo depois; e aquela graça para a graça, é o mesmo com graça em graça, montões de graça; e que é a mesma fraseologia usada pela Judeu,[2] טיבו על ההוא טיבו, “bondade sobre bondade”, uma bondade adicional; então aqui, graça em graça, uma abundância dela, uma adição a ela, e um aumento a ela: assim חדו על חדו alegria em alegria,[3] uma abundância de alegria é uma medida grande dela; e “santidade em santidade”,[4] abundância dela:

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Notas
[1] Conforme 1Co 4:7 . N do T.
[2] Zohar em Exod. fol. 45. 1.
[3] lb. em Lev. fol. 28. 1. & em Num. fol. 69. 2. & 71. 2.
[4] lb. fol. 40. 3. & em Num. fol. 61. 1.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 17

1:17 - Porque a lei foi dada por Moisés,... Tanto a moral como a cerimonial. A lei moral foi dada a Adão, em inocência, que tendo sido quebrada, e quase perdida de suas mentes, e das memórias dos homens, que foi dado por Moisés em uma nova adição nos escritos; e aponta qual é o dever do homem tanto para com Deus como para com os homens; descobri o pecado,[1] e acusa-o, convence disso, e condena-o; nem poderia dá força para realizar o que se exige; nem dá a menor chance para perdão; nem admitirá o arrependimento: e visto que é oposta a graça; embora fosse de benefício para os homens, sendo em sua própria natureza boa e útil em seus efeitos. A lei cerimonial apontava para poluição da natureza humana, a culpa e a punição do pecado; eram um tipo e sombra da liberdade por Cristo, mas não poderia dá a graça que evidenciava a sombra, e, portanto, é oposto tanto a graça como a verdade. Agora ambas foram dadas por Moisés ao povo dos Judeus, não como o fazedor, mas o ministro deles: foi Deus que o designou a cada uma dessas leis, e as ordenou pela mão de um mediador, Moisés, que as recebeu Dele, pela mão dos anjos,[2] e a entregou ao povo de Israel; e um ofício muito alto que ele obteve, e uma honra muito grande foi conferida sobre ele; mas Jesus Cristo é uma pessoa muito maior, e um ofício bem mais importante:[3]

Mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo: Por graça e verdade, é significado o Evangelho, em oposição à Lei; que é chamado graça, porque é uma declaração do amor, e benevolência de Deus para com os homens; designa salvação, em todas as partes dela, para a graça livre e favor de Deus; e são os meios de implantar e aumentar graça nos corações dos homens. E “verdade”, não só porque contém a verdade,[4] e nada mais do que a verdade, isto que vem do Deus da verdade;[5] e a substância dela que é Cristo, que é a verdade;[6] e sendo revelado, aplicado, e conduzido pelo Espírito da verdade;[7] mas porque é a verdade dos tipos, e a substância das sombras da lei: ou estes dois podem significar coisas distintas; graça pode projetar todas as bênçãos da graça que está em Cristo, e verdade, as promessas, e os cumprimentos delas, que são todas Sim, e Amém, em Cristo:[8] e quando é dito que estas são por ele, o significado é, não que elas são por ele, como um instrumento, mas como o Autor delas; porque Cristo é o Autor do Evangelho, e o Cumpridor das promessas, e o Doador de toda a graça; os quais mostram a excelência superior de Cristo em comparação com Moisés, e para com todos os homens, e até mesmo para com os anjos também.[9]


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Notas
[1] Conforme Gl 3:19. N do T.
[2] Conforme Ibidem. N do T.
[3] Conforme He 3:2, He 3:3 . N do T.
[4] Conforme Jo 17:17 . N do T.
[5] Conforme Sl 31:5 . N do T.
[6] Conforme Jo 14:6 . N do T.
[7] Conforme Jo 14:17 . N do T.
[8] Conforme 2Co 1:10 . N do T.
[9] Conforme He 1:4 . N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 18

1:18 - Nenhum homem tem visto a Deus,... Ou seja, Deus o Pai, cuja voz nunca foi ouvida, nem sua figura vista por anjos ou homens; porque embora Jacó, Moisés, os líderes de Israel, Manoá e sua esposa, são ditos como vendo Deus e Jó tenha esperado ver ele com seus olhos corporais, e os santos o verão como ele é, em que está a sua grande felicidade; ainda assim tudo parece ser a segunda pessoa, em sua forma e natureza humana; ou de Deus por ele: porque a essência de Deus é invisível, e não pode ser vista com os olhos do corpo; nem com os olhos do entendimento a fim de compreendê-lo; nem imediatamente, mas através, e por certos meios: Deus é visto nas obras da criação e providência,[1] nas promessas, em suas ordenanças; mas acima de tudo, em Cristo, o brilho de sua glória,[2] e a expressão de sua imagem em pessoa: isso pode principalmente intencionar aqui, não o saber do homem em qualquer coisa de Deus em uma forma espiritual e salvadora, mas em e por Cristo; visto que segue,

O filho único;... A Palavra que estava com Deus no princípio. O Targum de Jerusalém em Genesis 3:22 diz quase o mesmo da Palavra do Senhor, como aqui, introduzindo-o como dizendo:

“A Palavra do Senhor Deus disse, “o homem que eu criei, o único no meu mundo, assim como eu sou, יחידי, “o único”, (ou, como a Palavra é às vezes vertida, “filho único”,) nos maiores céus.”

E o mesmo propósito do Targum de Jonathan, e também Jarchi, no mesmo lugar. A versão Siríaca aqui verte assim, “o filho unigênito, Deus que está no seio do Pai”; claramente mostrando, que ele é o único gerado, como ele é Deus: a frase...

Que está no seio do Pai,… O que denota unidade de natureza, e essência, no Pai e Filho; a personalidade distinta; forte amor, afeição entre eles; a familiaridade do Filho com os segredos do seu Pai; sendo ao mesmo tempo, como o Filho de Deus, no seio do seu Pai, quando aqui na terra, como filho do homem; e o que qualificou-o para fazer uma declaração dele:

Ele o tem declarado. As versões Persa e Etíope acrescentam: “a nos”; ele tem clara e plenamente declarado sua natureza, perfeições, propósitos, conselhos, aliança, palavra, e obras; seus pensamentos e esquemas da graça; seu amor e favor aos filhos dos homens; sua mente e vontade concernente a salvação de seu povo: ele tem feito, e entregue a revelação completa dessas coisas, como nunca tinha sido antes; e que nenhuma outra revelação no estado presente das coisas será acrescentado. De alguma forma como dizem os Judeus[3] sobre o Messias:

“Não há ninguém que possa declarar o nome de seu Pai, e que o conheça; mas isso é escondido dos olhos da multidão, até que ele venha, ויגידהו, “e ele o declarará”

Ele veio, e o tem declarado: assim Filo fala do “Logos”, ou Palavra, como um interprete da mente de Deus e um professor dos homens.[4]

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Notas
[1] Conforme Rm 1:20. N do T.
[2] Conforme He 1:3. N do T.
[3] R. Moses Haddarsan em Sal. 85. 11. apud Galatin. de Arcan, Cathol. ver. l. 8. c. 2.
[4] De nominum mutat. p. 1047.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 19

1:19 - E esse é o relato de João,... O evangelista prossegue a dar um registro largo e pleno do testemunho de João Batista sobre Cristo, que tinha feito alusão antes, e que era seu trabalho, ofício, e a finalidade dele ser enviado.

Quando os Judeus enviaram sacerdotes e Levitas de Jerusalém, para perguntar-lhe, “quem és?” Os judeus que os enviaram eram o grande Sinédrio que estava em Jerusalém, cujo negócio era inquirir, examinar, e provar os profetas, quer verdadeiros ou falsos;[1] e João aparecendo como um profeta, e sendo estimado pelo povo, assim eles enviaram seus mensageiros para interrogá-lo e saber quem ele era. As pessoas enviadas eram muito provavelmente dos seus, visto que sacerdotes e levitas eram do conselho. Porque é dito:[2]

“Eles não constituíam, ou designavam no Sinédrio, a não ser os sacerdotes, Levitas, e Israelitas, que tinham as suas genealogias
e é ordenado que deveria haver no grande Sinédrio sacerdotes e levitas, como é dito, Dt 17:9 “deverá haver os sacerdotes, e os Levitas”, etc, e se eles não forem achados, embora sejam todos 1sraelitas, (não da tribo de Levi), está correto.”

Tal Sinédrio é um legal; mas os sacerdotes e Levitas, se tais pudessem ser achados, deviam ter suas próprias qualificações, que seria admitido em primeiro lugar. Uma mensagem de tão respeitável assembléia, a tão grande distância, (para o Jordão a viagem era de um dia de distante de Jerusalém;[3] de acordo com Josefo,[4] era 210 quilômetros, ou 26 milhas e um quarto) e pelas mãos de pessoas de tal caráter e figura, estavam dando a João muito honra, e servindo para fazer o testemunho dele e de Cristo o mais público e notável possível; e também mostra o barulho que ministério de João e o batismo fizeram entre os judeus, aponto de chegar até mesmo a Jerusalém, e ao grande Conselho da nação; e igualmente, a forma de pergunta posta a ele, o qual pela resposta de João parece intimar como se fosse pensado entre eles que ele era o Messias, e mostra a opinião que foi entretida sobre ele, que até mesmo o Sinédrio já tinha seus pensamentos sobre o assunto e sabia o que estava acontecendo na nação: e a pergunta que eles puseram pelos seus mensageiros, que não deve ser pensado, como alguns pensam, para enlaçar João, nem de desrespeito para com Jesus, visto que ele ainda não tinha sido feito manifesto; mas poderia ser em séria opinião, enquanto tendo, de muitas circunstâncias, razões para pensar que poderia haver algo na opinião do seu povo; visto que então, embora o governo não fosse partido completamente de Judá, contudo eles não puderam fazer nada a não ser observar. Idumean que tinha estado no trono durante alguns anos, e que tinha sido colocado lá pelo senado romano; e agora o governo estando dividido entre os filhos dele pela mesma ordem; as semanas de Daniel poderiam ser apenas observadas terem seu cumprimento; e, além disso, do aparecimento incomum que fez João, a severidade da sua vida; a doutrina de perdão de pecados que ele pregou, e a ordenação nova de batismo que ele administrou, eles poderiam estar prontos para concluir que ele era a pessoa...


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Notas
[1] Misn. Sanhedrin, c. 1. sect. 5
[2] Maimon. Hilch. Sanhedrin, c. 2. sec. 1, 2.
[3] Misna Maaser Sheni, c. 5. sec. 2. Juchasin, fol. 65. 2. Jarchi em Is xxiv. 16.
[4] De Bello Jud. l. 5. c. 4.




John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 20 até o 21

1:20 - E ele confessou e não negou,... Ele livremente, e sem qualquer reserva, declarou nos termos mais fortes e plenos para com os mensageiros de todo o povo, de que ele não era o Messias; nem ele retraiu sua confissão, ou refreou suas palavras, ou disse qualquer coisa que era duvidosa e suspeitável.

Mas confessou, Eu não sou o Cristo: Ele se apegou firmemente a isso, e insistiu nisso, de que ele não era a pessoa ilustre; nem que eles tinham qualquer razão para ter essa opinião dele; nem iria eles fazer isso então; eles podiam estar certos, por eles mesmos, de que ele não era o Cristo.

1:21 - E eles o perguntaram, o que então? És tu Elias?... Elijá, o profeta; o Tisbita, como Nonnus em sua paráfrase expressa isso; que foi transferido, alma e corpo, para os céus: os judeus tinham a concepção de que o profeta viria em pessoa antes da vinda do Messias; veja notas de Gill em Mt 17:10, portanto, esses mensageiros perguntam, visto que ele tinha tão plenamente satisfeito-os de que ele não era o Messias, eles então introduziriam essa outra pergunta, se ele era Elias ou não:

E ele disse, não sou;... Ou seja, ele não era Elijá o profeta que viveu no tempo de Acabe, e que era chamado o Tisbita; porque a resposta de João a pergunta deles, e o próprio significado nisso, não é nenhuma contradição do que Cristo disse dele, Mt 11:14, que ele era o Elias que estava para vir; porque ele era a pessoa mencionada por ele em Ml 4:5, embora não no sentido de que os judeus entendiam; nem é qualquer contradição ao que o anjo disse em Zacarias, Lc 1:17 porque ele não diz que João devia vir em corpo, mas no poder do espírito de Elias; veja notas de Gill em Mt 11:14

És o profeta? Jeremias, a quem alguns dos Judeus[1] pensavam ser o profeta de que Moisés falou em Dt 18:15 e esperado que ele aparecesse nos tempos do Messias; veja Mt 16:14 ou de qualquer dos outros profetas levantados dentre os mortos, da qual eles também tinha uma noção, Lc 9:8 ou, como pode ser vertido, “És tu um profeta?” porque a profecia tinha cessado a muito tempo com eles.

E ele respondeu, não;... Ele não era Jeremias, nem nenhum dos antigos profetas levantados dentre os mortos, nem um profeta no sentido que eles tinham: ele não era como uma dos profetas do Antigo Testamento, e mais do que um profeta, como disse Cristo, Mt 11:9, ainda não tal profeta como eles eram; seu profetizar não era apenas em predizer o futuro, como apontando para Cristo, e pregando a doutrina da remissão dos pecados por ele,


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Notas
[1] Baal Hatturim em Deut. xviii. 15. Tzeror Hammor, fol. 127. 4. & 143. 4. Siphre em Jarchi em Jer. i. 5.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 22 até o 23

1:22 - Então disse a ele, quem és?... Visto que, como ainda, ele tinha apenas respondido negativamente, quem ele tinha sido, que ele não era o Cristo, nem Elias, nem aquele profeta; eles desejavam que ele desse um relato positivo de quem ele era:

Para que possamos dar uma resposta a quem nos envio;... Para que o labor deles não fosse em vão; para que eles não viessem de tão longe por nada, sem saber quem ele era; e que eles pudessem ser capazes de dar um relato dele ao Sinédrio:

O que dizes de ti mesmo? Eles insistiram nisso, que ele declararia aberta e honestamente quem ele era, e o que era seu ofício e negócio; que de sua própria boca, e não da opinião e conjectura dos outros, eles podem representá-lo na verdadeira luz para aqueles que os tinham enviado.

1:23 - E ele disse, eu sou a voz clamando no ermo,… Estas palavras são citadas pelos outros evangelistas, e aplicadas a João Batista; embora elas só serão consideradas como a citação deles, e como uma aplicação deles para ele por eles: mas aqui elas são usadas pelo próprio João, que tanto as expressa, como também interpreta-as dele mesmo; e em qual ele estava indubitavelmente debaixo da direção infalível do Espírito Abençoado; e que confirma o sentido dos evangelistas que aplicam as palavras a ele. Os judeus dão uma interpretação diferente das palavras; embora um dos seus comentaristas célebres[1] diga que os confortos falados nos versículos precedentes são o que estará presente pelos dias do Messias como Rei: um deles[2] interpreta a palavra “a voz”, se referindo ao Espírito Santo; e o que, sem sombra de dúvidas, pode ser verdade, visto que João estava cheio com o Espírito Santo, e ele falou por ele no seu ministério: e outro,[3] da ressurreição dos mortos, ou a voz que será ouvida então, que será a voz do arcanjo: embora outro deles[4] explique melhor isto por, הם המבשרים, “aqueles que são os que trazem boas novas”, ou notícias boas; tais são os pastores do Evangelho; só deveriam ter estado no singular: porque o texto fala de uma voz; de uma pessoa clamando; e de João Batista que trouxe as boas notícias e novidades alegres de que o Messias estava vindo, sim que ele já chegou, e que o reino do céu estava próximo. Os escritores hebreus geralmente entendem a passagem, do retorno dos judeus do cativeiro de Babilônia, e de remover todas as obstruções do caminho deles para Jerusalém; para o qual sentido do Targum no lugar inclina e parafraseia assim:

“A voz dele que clama no deserto, prepare o caminho diante do Senhor, fazei plano os caminhos diante da congregação de nosso Deus”:

Mas não as pessoas do Senhor, mas o próprio Deus, e não a congregação de Deus, mas o próprio Deus é planejado aqui; de cujos caminhos são preparados, e aplainados, sim, o próprio o Messias Rei; que seria feito, e era terminado pelo precursor dele, João Batista, com grande modéstia, que se expressa no idioma das Escrituras, como sendo uma profecia dele: ele era uma “voz”, mas não uma mera voz; nem era o seu ministério uma mera voz de palavras, como era a lei, mas era a doce voz do Evangelho, enquanto proclamando a vinda do Messias; encorajando os homens a acreditarem nele; os chamados ao arrependimento evangélico, e a publicação do perdão de pecados no nome de Cristo, e a exibição dele como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo: esta voz estava clamando; não era uma voz pequena imóvel, era uma muito alta; João ergueu para cima a sua voz como uma trombeta, que ele se entregou com grande zelo e fervor; e esta voz estava “no ermo” onde esta voz foi ouvida, no deserto da Judéia, como em Mt 3:1, onde Jesus veio, enquanto pregando; a versão de Etíope verte assim as palavras: “eu sou a voz de alguém que anda no ermo”; quer dizer, nas várias cidades e aldeias que estavam no deserto, para quem entrou João e pregou o Evangelho: a versão de Persa lê: “eu sou a voz e o grito que vem do ermo”; recorrendo ao lugar onde ele estava antes dele entrar no seu ministério público, e de onde ele veio; porque ele estava nos desertos até o dia da sua exibição para a nação de Israel, Lc 1:80. As palavras que esta voz clamou foram...

Fazei reto o caminho do Senhor;… Ele chamou as pessoas para reformar seus caminhos, e andarem de maneira digna do Senhor, se arrependerem de seus pecados, acreditarem em Cristo, e se submeterem à ordenança do batismo: e versão Etíope lê: “os caminhos de Deus”; e tal era a pessoa para quem ele veio preparar o caminho, o próprio Filho de Deus, e que é verdadeira e apropriadamente Deus.

Como disse o profeta Isaías,... Em Is 40:3.

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Notas
[1] Kimchi em Is xl. 1.
[2] Jarchi em Isa xl. 3.
[3] Zohar em Gen. fol. 70. 4.
[4] Aben Ezra em Is ib.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 24 até o 25

1:24 - E aqueles que foram enviados dos Fariseus. Que eram os mais estritos entre os religiosos Judeus; eram muito zelosos das tradições dos anciões, e professavam uma expectativa do Messias; e eram famosos na nação por seu conhecimento e erudição, bem como por sua devoção e santificação: e muitos deles eram do Sinédrio, como aparece em Jo 3:1; veja notas em Mt 3:7.

1:25 - E eles o perguntaram, e disseram a ele,... Eles colocaram a pergunta, por dizer a eles...

Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? Visto que ele negou que ele era o Messias, ou Elias que havia de vir antes do Messias, de acordo com a expectativa dos judeus, ou aquele profeta, ou um profeta, eles exigem por qual autoridade que ele apresentou um rito novo e para ordenação entre eles, o qual eles nunca tinham sido acostumados a realizar; porque embora houvesse lavagens, mergulhos ou batismos entre eles, ordenados pela lei de Moisés em certos casos,[1] e outros que obtiveram através de tradição, como a imersão deles depois que eles tinham estado no mercado, e de copos, panelas, recipientes de bronze, e mesas, contudo nada deste tipo era parecido com o que João administrou: e como para o batismo de prosélitos, parece ser de uma data posterior a isto, e não tinha nenhuma maneira à semelhança com este. A ordenação que João administrou era tal, que eles afirmaram que ninguém deveria praticar, a menos que ele fosse o Messias, ou o precursor dele, ou algum profeta eminente; eles insistem então nisto, que visto que ele negou que ele era qualquer um destes, ele deveria mostrar quais as suas credenciais, e provar que a sua comissão vinha de Deus para batizar; ou eles sugerem que ele era responsável para ser chamado perante o Sinédrio, e ser condenado como um falso profeta, ou um inovador em negócios religiosos. Consequentemente, parece que os judeus esperaram que aquele batismo fosse administrado nos tempos do Messias e o seu precursor; mas de onde eles tiveram esta noção, não é fácil dizer, se de Zc 13:1 como Grotius, ou de Eze 36:25 como Ágil; nem eles falam desprezivelmente disto, mas, ao contrário, consideram isto como um afazer muito solene, a apenas ser executado através de grandes personagens: e isto pode ensinar os modernos a pensar e falar mais respeitosamente desta ordenação que eles faziam, de que se deram grandes liberdades, e tratou isto com muito desprezo e virulência; chamando isto pelos nomes de impureza, abominação, água imunda, e uma dedicação de pessoas a Satanás:[2] igualmente, está consequentemente claro de que eles esperavam que esta ordenação fosse administrada primeiro por algumas pessoas de muito grande nota, qualquer um dos profetas muito famosos, como Elias a quem eles procuraram antes da vinda do Messias, ou então o próprio Messias, e não por um professor comum, ou qualquer pessoa simples; portanto, este rito, como executado por João, não poderia ter nenhuma semelhança com qualquer coisa que era de uso em comum entre eles: além disso, era expressamente determinado no nome do Messias, At 19:5, então eles concluem que, ou ele, ou o seu precursor, que havia de vir e realizá-lo; e esse João deve ser alguém, ou outro deles, caso contrário, por que ele administrou esse rito? E também é consequentemente evidente de que nenhuma prática tal tinha sido realizada até então entre eles, caso contrário, eles não teriam estado tão alarmados com isso, como estavam; nem eles teriam se dado o trabalho de enviar comissário até João, e indagar dele quem ele era, e o que ele fazia.

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Notas
[1] Conforme He 9:10. N do T.
[2] Vet. Nizzachon, p. 56, 62, 64, 70, 74, 77, 148, 191, 193.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 26

1:26 - João respondeu a eles, dizendo, Eu voz batizo com água,... Ou em água, assim como na 5ulgata Latina, e todas as versões orientais vertem. O sentido da resposta é, que ele, de fato, batizou pessoas na água, que era tudo que ele poderia fazer, ou pretendida fazer, e ordenou que esse fosse um novo rito, do qual ele era o administrador de uma nova ordenança; mas ele sugere, como muitos podem concluir de Mt 3:11, que havia alguém próximo, e até mesmo agora entre eles, que deveria batizar, e assim é lido em um das cópias de Estevão aqui, no Espírito Santo e em fogo; e era pela sua autoridade, por uma comissão que ele tinha recebido dele, que ele batizou em água; e que a manifestação veloz dele e aparecimento como o Messias seria confirmado pelo seu poder de batizar no Espírito Santo e pelo seu ministério e milagres, seria uma vindicação suficiente da sua conduta, e apoio na sua administração de batismo de água:

Mas há parado entre vós;... Ou “estado parado”, como a Vulgata Latina a verte; se referindo, não a estar ele entre eles agora; porque de Jo 1:29, fica claro que ele não estava agora, ou “hoje”, como Nonnus expressa isso, em pé no meio deles. A versão Etíope verte assim, há alguém em pé no vosso meio, e assim se fez no dia seguinte: embora o significado da frase possa apenas ser que ele estava, então, no processo de estar, e habitou em algum lugar entre eles, e não que ele estava pessoalmente presente nesse tempo:

A quem não conheceis;... Nem de onde ele é, nem quem ele é, ou qual é sua obra e ofício; nem a dignidade de sua pessoa, nem a finalidade de sua vinda ao mundo, nem da natureza de sua atividade.



John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 27

1:27 - Aquele que vem atrás de mim,... Tanto no mundo, como no seu ministério da palavra; porque João era antes de Cristo, em ambos os aspectos, embora claramente atrás dele em outros, e, portanto, ele acrescenta...

É antes de mim: Sendo não apenas de mais excelente natureza, o Filho de Deus, e de maior excelência, o Senhor dos céus; mas em maior ofício, e tendo as maiores dádivas, e o Espírito de Deus sem medida sobre ele; e também sendo seguido pelo povo; porque João diminuía, mas ele crescia: ou, antes, a palavra pode ser vertida, que era “antes de mim”; sendo o Filho eterno de Deus, cuja saída é de muito tempo, de eternidade, que foi designada de eternidade, do início, ou antes da terra existir; o primogênito, ou o primeiro fruto de cada criatura; e, portanto, pode ser antes de todas as coisas, que são criados por ele; veja notas de Gill em Jo 1:15.

Cujas sandálias não sou digno de desatar;... Que era um dos serviços mais humildes feitos por um servo ao seu mestre; veja notas de Gill sobre Mt 3:11.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 28

1:28 - Essas coisas foram feitas em Betânia,... Ou seja, esse testemunho foi dado por João; e esse discurso passou entre ele e os Fariseus, no lugar aqui mencionado; que era uma passagem sobre o Jordão, aonde muitas pessoas andavam para passar para o outro lado.

Além do Jordão;... E era...

Aonde João também estava batizando;... Que reuniu uma grande multidão de pessoas: de forma que este testemunho foi dado de uma maneira muito pública, e diante de um número grande; e é a isto que o Cristo se refere, em Jo 1:33 porque isto era conhecido assim muito bem, que não havia como esconder ou negar: o lugar por onde esta conversação passou, está na 5ulgata Latina, e todas as versões orientais; e na cópia Alexandrina, e muitas outras cópias, e assim em Nonnus; o lugar chamado Betânia; mas como observa De Dieu, Betânia não estava além do Jordão, nem no ermo da Judéia, mas perto de Jerusalém, aproximadamente duas milhas distante; nem foi situado através de águas conveniente para batizar, a menos que eles fossem para o riacho de Kidron que realmente não estava longe disso; mas está claro da história, que João não estava tão perto de Jerusalém; nem parecia daquele riacho, continua o mesmo autor erudito, próprio para, “corporibus de baptizandorum de mergendis”, mergulhar os corpos desses que seriam batizados; portanto ele conclui justamente, que ou esta leitura é um erro, ou havia outra Betânia perto do Jordão: Betabara significa “a casa de passagem”, e se é pensado que é o lugar onde os 1sraelitas passaram sobre o Jordão, para entrar na terra de Canaã, Js 3:16. E o qual, como deve ser um lugar muito conveniente para a administração de batismo por imersão, foi usada por João, assim era muito significante o uso desta ordenação; que é também, por meio dela, que alguém entra no estado da igreja do Evangelho; porque as pessoas devem ser batizadas primeiro, e então sejam admitidos em uma igreja do Evangelho, da mesma acordo que o exemplo dos cristãos primitivos, At 2:41, mas se havia um lugar deste nome onde os 1sraelitas passavam o Jordão, não é certo; e se havia, não parece ser o lugar tão provável aqui projetado, visto que terminava bem oposto a Jericó; considerando que isto parece ser bastante adicional, e acima do oposta da Galiléia: haviam várias passagens do Jordão, Jz 12:5. Havia uma ponte acima, entre o lago de Samochon e Gennesaret, a ponte de Jacó agora chamada, onde é suposto que Jacó tem lutado com o anjo, e tinha se encontrado com o seu irmão, Esaú; e havia outra acima, a Chainmath, perto de Tiberias, e em outros lugares: e poderia ser em uma destas passagens pelas quais eles entraram acima da Galiléia, em que João continuou em pregar e batizar a todos os que viam a ele; em parte por causa do número das pessoas que foram até ele, e a quem ele teve a oportunidade de pregar; e em parte, por causa do batizar desses que se tornaram próprios assuntos daquela ordenação pelo seu ministério. Alguns pensaram, que este lugar é o mesmo com Bete-Bara, em Jz 7:24 que ou era na tribo de Efraim ou de Manasses, e não longe das partes onde este lugar deveria se situar, mas era neste Jordão lateral; e assim Beza diz que as palavras deveriam ser vertidas; e esses que vieram a João no Jordão, não é dito que passaram por aquele rio: outros são da opinião que Bete-Bara é o mesmo com Bete-Bara, Js 15:6, visto que é chamado Beta-Bara pela Septuaginta, em Js 18:22. Porém, seja este lugar qualquer que for, e aonde quer que seja, não era nenhuma dúvida própria para o propósito de João; e então ele escolheu este lugar, e durante algum tempo continuou nele: e aqui, diz Jerom.:[1]

Nesse dia muitos dos irmãos, ou seja, o número dos crentes, desejando nascer de novo, e são batizados nas águas.

Tal veneração tinham eles pelo lugar aonde João primeiro batizou: Origines disse,[2] que em seu tempo foi dito que Bete-bara era mostrado pelas barrancas do Jordão, onde eles relataram estar João batizando.

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Notas
[1] De Locis Hebraicis, fol. 89. L.
[2] Comment em Joannemo, Tom. 8. p. 131.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 29

1:29 - No dia seguinte João o observou vindo a ele,... Não para ser batizado, porque ele tinha sido batizado antes por ele. Isto parece ter sido depois que Cristo tinha passado os quarenta dias no ermo,[1] de onde ele agora retornou, e veio observar o ministério de João; para lhe dar honra, e para que ele pudesse ser feito manifesto por ele; e este era o dia depois que João deu tal testemunho relativo a ele, para os Sacerdotes e Levitas; e o qual Cristo, o Deus onisciente, conhecia plenamente, e então veio a esta ocasião, quando as mentes das pessoas foram preparadas pelo testemunho de João, para tanto esperarem como receberem-no: uma parte do trabalho de Elias, do qual os Judeus atribuem a ele, e o tempo preciso de se fazer isto, e exatamente concorda com este relato de João Batista; eles dizem[2] que o trabalho dele é:

“Para trazer a eles (os 1sraelitas) as boas novas da vinda do Redentor; e esse será, יום אחד, “um dia”, antes da vinda do Messias; e isso é o que está escrito, “observai, eu enviarei Elias, o profeta, antes da vinda do grande e atemorizante dia do Senhor”.” Ml 4:5

Porque para João, o dia antes de Cristo, o Senhor, tinha significado para os sacerdotes e Levitas que o Messias já tinha vindo; e agora no dia seguinte, vendo ele, apontou-lhe com o seu dedo.

E disse, eis o Cordeiro de Deus, que tirou o pecado do mundo: ele o chama de um “cordeiro”, ou com respeito a qualquer cordeiro em comum, devido a inoficiosidade dele e inocência; para a mansidão dele e humildade; para a sua paciência; e para a sua utilidade, tanto para a comida e vestimenta, em um sentido espiritual; como também para sua manifestação como o sacrifício pelos os pecados do seu povo: ou então com respeito aos cordeiros que foram oferecidos em sacrifício, debaixo da Dispensação legal; o cordeiro da Páscoa judaica, ou, antes, para os cordeiros do sacrifício diários que eram oferecidos manhã e noite; como o relato deles melhor concorda com o que é dito deste Cordeiro de Deus, que foi morto em tipo pela manhã do mundo, ou da fundação do mundo; e, de fato, na noite do mundo, ou no fim dela; e que tem uma virtude continuada para tirar os pecados do seu povo, desde o princípio, até o fim do mundo; e os pecados deles, ambos de dia e noite, ou que são diariamente cometidos: porque como eles estão diariamente cometendo pecados, há necessidade da aplicação diária do sangue e sacrifício de Cristo, para os remover; ou de um olhar ininterrupto para ele pela fé, cujo sangue tem uma virtude ininterrupta, de limpar todos os pecados do seu povo: os doutores judeus dizem[3] que “o sacrifício diário matutino faz compensação pelas iniquidades feitas à noite; e o sacrifício da noite faz compensação pelas iniqüidades que eram feitas de dia”:

E em várias coisas eles eram típicos de Cristo, com isso eles eram cordeiros do primeiro ano que pode denotar a fraqueza da natureza humana de Cristo, que teve todas as fraquezas, no entanto, sem pecado; eles, também estavam sem mancha, enquanto significando a pureza da natureza da humanidade de Cristo, que era santa e inofensiva no cordeiro sem mancha e mácula; estes foram oferecidos como um sacrifício, para os filhos de Israel apenas, como Cristo se deu em um oferecimento e um sacrifício para Deus, ambos em alma e corpo, para os pecados do Israel místico de Deus, o Israel a quem Deus escolheu para ele, quer Judeus ou Gentios; porque Cristo, a propiciação, é para os pecados de ambos: e estes foram oferecidos de forma diária, manhã e noite; e Cristo foi apenas uma vez oferecido, caso contrário, ele devia ter sofrido muitas vezes; ainda como ele tem, por só um oferecimento, removido o pecado para sempre, assim há uma virtude perpétua no seu sacrifício de levar embora o pecado sobre si, e há uma aplicação constante disso para esse propósito; para a qual pode ser somado, que estes cordeiros foram oferecidos com farinha excelente, óleo e vinho, como um doce sabor para Deus; denotando aceitação do sacrifício de Cristo ao seu Pai, a quem é um doce cheiro, Ef 5:2. E Cristo é nomeado o Cordeiro “de Deus”, em alusão ao mesmo, a quem os judeus Cabalísticos[4] chamam o segredo do mistério, כבשי רחמנא, “os Cordeiros de Deus”; porque Deus tem uma propriedade especial nele; ele é o seu próprio Filho; e porque ele provê e designa, como um sacrifício pelos pecados, e é aceitável a ele como tal; e o distingue de todos os outros cordeiros; e lhe dar a preferência, visto que ele faz com que aqueles não puderam fazer, que é “tirar o pecado do mundo”:[5] pelo “pecado do mundo”, não é significado o pecado, ou pecados de toda pessoa individualmente falando, no mundo; porque alguns morrem em seus pecados,[6] e os seus pecados vão juntos com eles para o julgamento, e eles entram em castigo perpétuo devido a eles; o que não aconteceria se Cristo os levasse levado embora: antes, o pecado que é comum ao mundo inteiro, isto é: pecado original; embora deva ser observado que este não é o único pecado que Cristo levou embora; porque ele também toma os pecados atuais; e as versões Árabe e Etíope lêem no plural: “os pecados do mundo”; e também que isto que ele leva embora, só diz respeito aos eleitos; portanto, elas são as pessoas pretendidas pelo mundo aqui, como em Jo 6:33, cujo pecado ou pecados, Cristo tirou completamente: e uma consideração peculiar parece ser tida aos eleitos de Deus entre os Gentios, que é chamado o mundo em distinção dos Judeus, como em Jo 3:16, e antes, como os cordeiros do sacrifício diário, para o qual é a alusão aqui, só foram oferecidos pelos pecados dos judeus: mas, João quer dizer aqui, que o Cordeiro de Deus, ao que ele apontou, e que era o antitípico destes cordeiros, não só tirou os pecados do povo de Deus entre os judeus, mas os pecados de tais deles que também estava entre o Gentios;[7] e isto me parece ser, pessoalmente, o verdadeiro sentido da passagem. A frase que “tirado pecado”, significa uma tomada de algo completamente, como fez Cristo; ele levou isto voluntariamente nele, e ficou responsável diante da justiça divina por eles; por levar eles sobre si, ele aceitou o seu próprio corpo ser colocado na árvore maldita,[8] e tirou por completo o pecado, como a bode expiatório fazia debaixo da lei;[9] e tão igualmente ele fez uma tomada de pecados para longe, de maneira mais excelente: Cristo removeu o pecado do mundo tão longe quanto o leste é do oeste,[10] para longe da vista, para nunca ser visto por qualquer outra pessoa; ele destruiu, aboliu, e fez um fim absoluto disso: e este ato é expresso no tempo presente, “tira”: denotar a virtude continuada do sacrifício de Cristo para tirar o pecado, e a eficácia constante do sangue dele para limpar-nos do pecado, e a aplicação diária dele para as consciências do seu povo; e que é devido à dignidade da sua pessoa, como o Filho de Deus; e para a mediação ininterrupta e poderosa dele e intercessão: este deve ser um grande alívio as mentes afligidas com as ebulições contínuas do pecado que são tomadas pelo Cordeiro de Deus; e são chamadas para esse propósito, para “verem”,[11] e os que desejam saber, o amor e graça de Cristo, levando embora, suportando, e limpando para sempre de todos os seus pecados; e olhando continuamente para ele por fé, pela salvação perpétua; amando-o, e lhe dando a honra merecida, e o glorificando por causa disso.

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Notas
[1] Conforme Mt 4:1. N do T.
[2] R. Abraham ben David em Misn. Ediot, c. 8. sect. 7.
[3] R. Menachem, fol. 115. apud Ainsworth, em Exod. xxix. 39.
[4] Raya Mehimna, em Zohar em Lev. fol. 33. 2.
[5] Conforme He 10:4. N do T.
[6] Conforme Jo 8:24. N do T.
[7] Conforme 1Jo 2:2. N do T.
[8] Conforme Gl 3:13. N do T.
[9] Conforme Levítico 16:21. N do T.
[10] Conforme Sl 103:12. N do T.
[11] Se referindo à expressão: “eis o Cordeiro...”, ou “vejam o Cordeiro...”. N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 30 até o 31

1:30 - Esse é aquele de quem é dito,... Ou o dia anterior, como em Jo 1:27, ou algum tempo depois, Jo 1:15, quando ele primeiro começou a batizar, mesmo antes de Cristo vir para ser batizado por ele, e antes dele pessoalmente ter o conhecido; veja Mt 3:11.

Atrás de mim vem um homem;... Não um mero homem, mas o Homem escolhido de Deus: e isso é dito, não porque ele era agora um homem crescido, ou para mostrar a verdade de sua natureza humana; mas parece ser um hebraísmo comum, como se tivesse sido dito, “atrás de mim vem alguém”, ou uma certa pessoa: pelo sentido dessa frase e o que se segue; veja as notas de Gill em Jo 1:15.

1:31 - E eu não o conhecia,... Ομμασιν, “de vista”, como Nonnus parafraseou essa parte; ele não tinha visto a ele pessoalmente, nem tinha tido qualquer conversa e familiaridade com ele; porque embora eles fossem parentes, ainda assim viviam a uma distância considerável, como não conhecia um ao outro, ou tinha a correspondência de um ao outro: João ficava nos desertos, até o dia do seu aparecimento em Israel; e Cristo morava com seus pais em Nazaré, em uma forma ainda muito obscura, até que ele desceu até o Jordão para encontrar João, para ser batizado por ele; e que era o primeiro encontro deles: isso foi realizado pela providência, e isso também é dito por João, para que não se pensasse que o testemunho que ele deu de Jesus, e o grande elogio que ele lhe deu, veio de um parentesco entre eles:

Mas que ele pudesse ser feito manifesto a Israel;... Que tinha estado por muitos anos escondido na Galiléia, uma parte obscura do mundo: embora ele tivesse sido conhecido a José e a Maria, e a Zacarias e Elisabete, e a Simão e a Ana; ainda assim ele não foi feito manifesto ao povo de Israel em comum; nem eles sabiam que o Messias viria: mas ele tinha que ser conhecido:

Portanto, eu vim a estar batizando com água;... Ou “em água”, como antes: porque por administrar essa nova ordenança, o povo era naturalmente curioso sobre a vinda do Messias, se viria, e de onde ele era, visto que tal novo rito era introduzido; e além disso, João, quando batizava alguém, ele o exortava a crer naquele que devia vir depois dele, ou seja, Cristo Jesus; e acima de tudo, pela vinda de Cristo em seu batismo, ele veio a ter um conhecimento especial de si mesmo, e assim era capaz de apontá-lo, fazendo objeto de interesse dos outros, como ele fez.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 32 até o 34

1:32 - E João deu testemunho,... O mesmo dia que ele falou as coisas acima, e ao mesmo tempo.

Dizendo, Eu vi o Espírito;... Ou seja, de Deus, como é dito em Mt 3:16 e que Nonnus aqui expressa; e a versão Etíope lê: “o Espírito Santo”,

Descendo do céu como uma pomba;... No tempo de seu batismo; veja notas de Gill em Mt 3:16.

E pousou sobre ele;... Por algum tempo; o tempo necessário para João observar, e assim estar habilitado em fazer um relato disso, e dar um testemunho perfeito e distinto.

1:33 - E eu não o conhecia,... Ou seja, antes dele vim ser batizado por ele; quando era secretamente sugerido a ele quem ele era, e o sinal seguinte que foi dado a ele, para confirmá-lo:

Mas aquele que me mandou para batizar com água;... Ou “em águas”; ou seja, Deus; porque a missão de João era de Deus, como em Jo 1:6, e seu batismo era dos céus; ele tinha uma comissão dada a ele:

O mesmo me disse;... Ou por uma voz articulada, ou por um impulso divino em sua mente, ou por revelação do Espírito:

Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo;... Ou seja, O Messias; Veja notas de Gill em Mt 3:11-40.

1:34 - E eu vi;... O Espírito descendo dos céus como uma pomba, e iluminando Jesus, e permanecendo sobre ele; ele viu isso com seus próprios olhos carnais:

E deu testemunho;... Ao mesmo tempo, diante de todo o povo que estava com ele, quando ele batizou Jesus:

Que esse é o Filho de Deus;... O natural, essencial, o eterno Filho de Deus; que sendo enviado na plenitude do tempo, tinha assumido a natureza humana, na qual ele se submeteu a todas as ordenanças, e tinha o Espírito sem medida sobre ele; e que era uma evidência de Quem ele era, e de Quem ele veio.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 35 até o 38

1:35 - De novo, no dia seguinte,... O terceiro dia que os sacerdotes e os Levitas tinham estado com João, para saber quem ele era. As versões Siríaca, Árabe e Pérsia omitem a palavra “de novo”:

Estava parado, e dois de seus discípulos;... Um desses eram André, irmão de Simão Pedro, como aparece em Jo 1:40, e muito provavelmente o outro era o evangelista João, o escritor de seu Evangelho, que sempre escolhe se colocar no anonimato. João Batista estava parado, e esses discípulos com ele, em algum lugar perto do Jordão, aonde ele estava pregando e batizando.

1:36 - E olhando para Jesus andando,... Ou por eles; ou como ele estava indo deles para seu alojamento; sendo próximo do fim do dia, quando João tinha terminado seu trabalho do dia, e o povo estava voltando para casa: João fixou seus olhos atentamente em Cristo, com grande prazer e deleite, e apontou para ele.

E disse, Eis o cordeiro de Deus;... Como em Jo 1:29, onde se acrescentou, “que tira o pecado do mundo”; e que a versão Etíope junta aqui.

1:37 - E os dois discípulos o ouviram falar,... As palavras acima, e tomaram nota deles; a fé em Cristo vem pelo ouvir;[1] elas atingiram os seus corações, e eles acharam em suas afeições, e os desejos de suas almas, seguir a Cristo:

E eles seguiram a Jesus;... Deixaram seu mestre, e foram atrás dele, a fim de se familiarizarem mais com ele, e receber dele algumas instruções.

1:38 - Então Jesus se virou e os viu seguindo,... Ou seja, “ele”, como na 5ulgata Latina, e todas as versões acrescentam: ele os viu pelo seu caminhar e por suas afeições, que eles o seguiam; e que ele conhecia antes dele se virar: e sabia o que João tinha dito, e que efeito tinha tido sobre seus discípulos, e o que estava operando sobre seus corações, e quão desejosos eles estavam de ir até ele e conversar com ele; e, portanto, ele se virou, para que eles pudessem ter uma oportunidade de falar com ele; ou, antes, a fim de falar com eles primeiro, como ele fez:

E disse a eles, o que procurais? Isso ele disse, não de ignorância de quem e o que eles estavam procurando, e seus desejosos; mas para encorajá-los a falarem, que, através do medo, eles se refreariam de fazer; e, portanto, assim fazendo, quebraria a timidez e o medo deles, e encorajá-los-ia as primeiras noções da graça, que começou primeiro com eles, e os trata de uma forma familiar e livre; e, então, os anima a usarem sua liberdade com ele, e cuja finalidade foi alcançada:

Ele disso a ele, Rabbi;... Um título que agora começava a estar em muito uso entre os Judeus, e que eles davam a seus doutores célebres; e esses discípulos de João, observando a forma magnificente que o mestre deles falou de Jesus, em grande reverência, se dirigiram a ele debaixo desses termos; veja notas de Gill emMt 23:7.

Que quer dizer, sendo interpretado, Mestre. Essas são as palavras do evangelista, interpretando a palavra “Rabbi”, e não a dos discípulos, e são omitidas nas versões Siríaca e Pérsia, que, por “Rabbi”, lia, “nosso mestre”, ou nosso “Rabbi”; sendo dita por ambos os discípulos, ou por um em nome do outro, colocando a seguinte pergunta:

Aonde habitas? Querendo dizer, que não era um lugar próprio, um caminho público, para se ter uma conversa com ele, e se familiarizarem com o que eles estavam desejosos; mas deviam estar alegres de saber aonde ele repousava, porque assim eles podiam esperar ele lá, ou então, em algum tempo conveniente.

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Notas
[1] Conforme Rm 10:17. N do T.




John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 39 até o 41

1:39 - Ele disse a eles, vem e vê,... Ele lhes fez um convite, para ir com ele diretamente, e ver com seus próprios olhos onde ele habitava, e lá, então, conversar com ele, e em qualquer outro tempo; para a qual eles tiveram uma acolhida calorosa:

Eles vieram e viram onde ele habitava;... Eles aceitaram o convite, e foram com ele imediatamente, e viram, e tomaram nota do lugar onde ele repousava, para que eles pudessem saber isso, e achassem um outro tempo; o Dr. Lightfoot conjectura que fosse em Cafarnaum, o que é muito provável; visto que essa era sua própria cidade, onde ele pagava tributo, na costa do Jordão, perto do Lago de Genesaré; e esses discípulos eram Galileus:

E ficaram com ele esse dia;... Permaneceram essa parte do dia, que eles passaram com uma conversa agradável com ele; pela qual eles souberam que ele era o Messias; para que pelo menos ele fosse melhor instruídos dessa maneira, e mais confirmado nisso. A versão Árabe verte assim: “eles permaneceram com ele aquele dia”; e Dr. Lightfoot acha que o próximo dia é a referência aqui, e que era o sábado deles, em que eles ficaram com ele em devoção privada e conferência:

Era por volta da décima hora;... Que, de acordo com a forma Romana de contar, deve ser dez horas da manhã; de forma que havia uma parte considerável do dia diante deles; mas de acordo com a forma Judaica de contar, que contavam doze horas para um dia, e deviam assim ser 4 horas da tarde, mas havia apenas duas horas para a noite: e esse sendo mais ou menos o tempo onde o cordeiro do sacrifício diário da noite era oferecido, e muito apropriadamente João coloca isso, nesse tempo, Cristo o Cordeiro de Deus, o antitípico daquele sacrifício; porque o sacrifício diário era feito de oito e meia e era oferecido às nove e meia,[1] ou entre a nona e décima hora do dia. A versão Etíope verte assim: “eles permaneceram com ele aquele dia até a décima hora”.

1:40 - Um dos dois que ouviram João falou,... As coisas acima, concernentes Jesus, sendo o Cordeiro de Deus:

E o seguiram;... Ou seja, Jesus, como as versões Siríaca e Árabe lêem: e a versão Persa, Cristo: e a versão Etíope, “o Senhor Jesus”; porque eles seguiram a Jesus, e não a João:

Era André, o irmão de Simão Pedro: Veja Mt 4:18 o outro, como antes observado, pode ser o escritor desse Evangelho.

1:41 - Ele primeiro achou seu próprio irmão,... Ou, antes do outro discípulo, ou antes que ele achasse qualquer outra pessoa: depois que ele e o outro discípulo partiram de Cristo, enquanto sendo afetados com a graça que tinham nele, e o coração dele morno com a conversação ele tinha tido, e transbordando com alegria em achar o Messias, entra com toda a pressa à procura dos seus parentes, amigos, e conhecidos, para comunicar o que ele tinha visto e tinha ouvido, para os trazer ao conhecimento do mesmo; para a tal é a natureza da graça, que é muito comunicativa, e esses que a têm, são muito cobiçosos de que todos os outros fossem parceiros dela: e a primeira pessoa nele iluminado era Simão, que foi chamado Pedro, que era o irmão dele; não um cunhado, mas o seu próprio irmão, pelo pai ou pela mãe, e tão querido por ele pelos laços da natureza e sangue:

E disse a ele;... Com toda a honestidade, e alegria:

Nós achamos o Messias;... Eu, e um discípulo companheiro temos achado o Messias, que por tanto tempo foi predito pelos profetas, e tanto esperado pelos nossos Pais, mostrado a nós; e nós o seguimos e tivemos uma conversa com ele, e estão bem seguros de que ele é uma pessoa ilustre:

Que é, sendo interpretado, o Cristo;... O qual, como emJo 1:38, são as palavras do evangelista, e não a de André, e é omitido então na versão Siríaca; a palavra Messias, que precisa de nenhuma interpretação naquele idioma, e que era o idioma no qual o André falou. Este nome, Messias, era bem conhecido entre os Judeus, porque esse foi prometido, e eles esperavam como um Salvador e Redentor; embora esse termo não seja muito frequentemente mencionado nos livros do Antigo Testamento, principalmente nos lugares seguintes, Sl 2:2; mas é muito usado nas paráfrases dos Caldeus: Elias o Levita[2] diz que ele achou isto em mais de cinquenta versículos; e Buxtorf[3] acrescentou outros a eles, e a palavra aparece em “setenta e um” lugares em que ele toma nota, e é merecedor de consideração; porque eles mostram o sentido da sinagoga antiga, relativo às passagens do Antigo Testamento, com respeito ao Messias: esta palavra hebréia é interpretada pela palavra grega, “Cristo”; e ambas significam “ungido”, e é bem aceita com a pessoa a quem elas pertencem, para o qual há uma alusão à Cântico de Salomão 1:3 “teu nome é como o olho que se derrama”: ele é chamado assim, porque ele foi ungido de eternidade, para ser o profeta, sacerdote, e rei; veja Sl 2:6 Pv 8:22, e ele foi ungido como homem, com o óleo de alegria, com as graças do Espírito, sem medida, Sl 45:7. E é dele que os santos recebem a unção, ou a graça em medida; e é dele que são chamados os cristãos, e que realmente são ungidos; veja 1Jo 2:27, consequentemente é um nome precioso para os santos, e salvação para eles. Estas palavras foram entregues por André, em uma mesma tensão exultante, expressando grande alegria; como realmente o que pode ser maior da alegria a uma alma sensata, do que achar o Cristo? O qual em um sentido espiritual, é ter uma visão clara dele por fé, ir até ele, como o único Salvador e Redentor: que será achado nas Escrituras Sagradas da verdade, que dá testemunho dele; nas promessas da graça que está cheia dele e no Evangelho do qual ele é a soma e substância; e nas ordenações dela, onde ele se mostra para ele; porque ele não será achado pela luz da natureza, ou através de razão carnal, nem pela lei de Moisés, mas por meio do Evangelho, e o Espírito de Deus que assiste a compreensão, como um espírito de sabedoria e revelação, no conhecimento dele: e feliz são essas almas que acham o Cristo debaixo da sua direção; porque eles acham vida, espiritual e eterna nele; uma retidão justificada; perdão livre e pleno dos seus pecados; comida espiritual para as suas almas; e paz, conforto, alegria, e glória eterna: portanto, isto deve ser uma questão de alegria para com eles, visto que tal achado é uma riqueza, uma pérola de grande valor, um bem durável e riquezas; e o qual o homem que achou, não se separaria de todo o mundo; mas reparte tudo que ele tem para ter isso; e é o que nunca pode ser perdido novamente; e, particularmente para tais pessoas, o achado de Cristo dá um prazer peculiar, e uma alegria inexprimível; porque como está debaixo de um sentido de pecado e condenação, e para a tal esteve debaixo de deserção. A frase de “achar” uma pessoa, duas vezes usada neste texto, e daqui por diante em alguns versículos seguintes, e é frequente encontrado nos escritos Talmúdicos e escritos de Rabínicos:

“E ele veio, אשכחיה לרב, “e achou ele com o Rabbi”[4]


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Notas
[1] Misn. Pesachim, c. 5. sec. 1.
[2] Prefat ad Methurgemen, & em voce משח.
[3] Léxico Talmud p. 1268.
[4] T. Bab. Sabbat, fol. 108. 1. Zohar em Lev. fol. 15. 3.

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John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 42

1:42 - E ele o trouxe a Jesus,… Quer dizer, André trouxe o seu irmão Simão a Jesus; ele o persuadiu a ir junto com ele, e mostrou para ele onde ele estava; que descobriu grande zelo para com Cristo, enquanto sendo cobiçoso de achá-lo, ganhando almas para ele; e grande afeto tinha para com o seu irmão, estando cordialmente preocupado para que ele viesse a conhecer o Cristo, como também ele; nem ele escolheu que ele deveria levar consigo apenas um simples relato dele, mas levá-lo para ele mesmo ver, que ele poderia se familiarizar pessoalmente com ele, e se instruiria por ele: e isto também mostra a prontidão e vontade de Simão, de ver e ouvir o próprio Cristo, e não se sentiu contente apenas com o relato que o seu irmão lhe deu: nenhuma dúvida ele achou no seu coração, incitado dentro de si, e os desejos da sua alma perseguindo o Cristo; e então ele se levantou imediatamente e foi com André para ir a ele; e assim uma pessoa pode ser os meios de trazer outro a Cristo: e pode ser observado, que Pedro não foi o primeiro dos apóstolos que foram chamados por Cristo, ou o primeiro a ser conhecido; André foi antes dele, e foi os meios de trazer ele em um conhecimento mais pleno com ele; se tivesse sido o contrário, os Papistas teriam melhorado isto em favor de dizer que Pedro era como o Príncipe dos apóstolos: esta cláusula é omitida na versão de Persa.

E quando Jesus o viu;… Como ele estava vindo, ou veio a ele: ele tinha observado ele antes nos olhos dos propósitos e decretos do Pai; ele o tinha visto em seu sangue, e disse a ele, viva; e ele agora olhando para ele com os olhos do amor, complacência, e deleite:

Ele disse, tu és Simão, o filho de Jonas;… Teu nome é Simão, e o nome de teu pai era Jonas: ele conhecia ambos os seus nomes embora ele nunca tivesse visto sua face antes, nem ouvido deles: isso ele disse para dar a Simão um testemunho de sua Onisciência; e que, se dúvida, permaneceu firme em sua mente. Simão, ou Simeão, era um nome comum entre os judeus, sendo o nome de um dos doze patriarcas; veja as notas de Gill em Mt 10:2; e assim também era Jonas, sendo o nome de um dos seus profetas; Veja as notas de Gill em Mt 16:17; e ao passo que como o profeta Jonas era de Gate-Héfer[1] em Zebulão, que estava na Galiléia; veja as notas de Gill em Jo 7:52; isso pode ser um nome comum entre os Galileus; assim parece haver razão do porque se devia pensar ser o mesmo João, como a versão Etíope lê, e pela forma de interrogação: “não és tu Simão o filho de João?”

Serás chamado Cefas, que é, por interpretação, uma pedra;… Pedro, que pode ser traduzido; e como é na 5ulgata Latina, e na versão Etíope; e como “Cefa”, ou “Cefas”, nas línguas Siríaca e Caldeia significa um pedra, ou rocha,[2] assim “Pedro” em Grego: portanto, a versão Siríaca aqui não dá nenhum interpretação da palavra. Cristo não apenas chama Simão pelo seu nome presente, à primeira vista dele, mas o diz qual será seu nome futuro; e o que dá a entender, não que ele seria uma rocha viva, a igreja, mas que teria uma mão considerável nesse trabalho e se apegaria firmemente a Cristo, e seu interesse, apesar de sua queda; e continuaria constante e imóvel até a sua morte, como ele fez. Os judeus também, em seus escritos, o chamavam Simeão Kefa. [3]


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Notas
[1] Conforme 2Rs 14:25. N do T.
[2] Vid. Targum em Sal. xl. 3. & Prov. xvii. 8. T. Bab. Ceritot, fol. 6. 1. & Gloss. em ib. Tzeror Hammor, fol. 63. 2.
[3] Toldos Jesu, p. 20, 21, 22, 23.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 43 até o 44

1:43 - O dia seguinte,... Não o dia seguinte de que João o tinha apontado, como o Cordeiro de Deus, para dois de seus discípulos; mas o dia seguinte de Simão ter estado com ele, sendo trazido por André:

Jesus estava indo para a Galiléia;... De onde ele veio para o Jordão, para João, para ser batizado por ele; e que sendo feito, e suas tentações no deserto, era sua vontade, resolução, e determinação, retornar a Galiléia, o lugar de sua educação, até esse tempo; e, portanto, escolheu começar lá seu ministério, e milagres, lá, tanto para dar honra, e para cumprir a profecia em Is 9:1; e além disso, ele tinha, sem dúvidas, uma outra finalidade: que era chamar alguns dos outros discípulos que habitavam lá:

E achou Felipe;... Como ele estava indo a Galiléia, ou, antes, quando nela; não por acaso; mas sabendo onde ele estava, como pastor e bispo de almas, o encontrou, o achou, e o chamou pela sua graça, e para ser um discípulo dos seus; Veja notas de Gill sobre Mt 10:3

E disse a ele, segui-me;... Deixe seus amigos, seus negócios, e se torne um dos meus discípulos: e tal poder veio com tais palavras, que ele deixou tudo de uma vez, e seguiu Cristo; como os outros discípulos, Pedro, e André, Tiago e João e Mateus fizeram, como é registrado deles, embora não desse; mas a seguinte história faz parecer que assim ele fez.

1:44 - Filipese era de Betsaida,... Uma cidade no lago de Genesaré, depois feita cidade por Felipe, o tetrarco, e o chamado de Júlias, devido o nome da filha de César:[1] era uma cidade pesqueira, e por isso tinha esse nome; e os discípulos que eram de lá, trabalhavam com isso.

A cidade de André e Pedro;... Ou “Simão”, como é lida nas versões Siríaca e Pérsia: os três apóstolos que foram chamados desse lugar, frágil, e fraco, como era; veja Mt 11:21; que não era nenhuma honra: é um ditado entre os Judeus:[2]

“O lugar de um homem (seu lugar nativo) não o honra, mas um homem honra seu lugar.”

Esse era o caso aqui.

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Notas
[1] Joseph. Antiqu. l. 18. c. 3.
[2] T. Bab. Taanith, fol. 21. 2.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 45

1:45 - Felipe achou Natanael,... Que era de Caná da Galiléia, Jo 21:2, e onde, é muito provável, Felipe o tenha achado; visto que nós lemos rapidamente de Jesus, e os seus discípulos estando lá. Este homem é pensado, por alguns, ser o mesmo que Bartolomeu; e assim ele é chamado o Bartolomeu, em um dicionário Siríaco;[1] e antes, visto que sempre são mencionados junto com ele e Felipe no relato dos apóstolos, Mt 10:3. E certo é, do supracitado lugar, que Natanael estava entre os apóstolos depois da ressurreição de nosso Senhor; e é altamente provável que fosse um deles? O seu nome poderia ser Natanael bar Tholmai, o filho de Tholmai, Ptolom, ou Tholomeu. É o mesmo nome com Nethaneel, e que é lido Natanael, como aqui, em:

“E um dos Faisur; Elionas, Massias Israel, e Natanael, e Ocidelos e Talsas.” (1 Esdras 9:22)

E pela Septuaginta em 1Cr 2:14; Ne 12:36; e significa alguém dado de Deus; e é o mesmo que Teodoro em Grego, Adeodatos em Latim; um doutor de seu nome, R. Natanael que é mencionado nos escritos Judaicos:[2]

Temos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Ele não diz, que ele, e André, e Simão, tinham achado o Messias; embora ele o projete por esta circunlocução; Natanael sendo, como geralmente é pensado, uma pessoa bem versada na lei, e os profetas, e assim saberia imediatamente o que Felipe quis dizer: porque Moisés, na Lei, ou Pentateuco, nos cinco livros escritos por ele, frequentemente fala do Messias como a semente da mulher que deveria esmagar a cabeça da serpente;[3] como a semente de Abraão, em quem deveriam ser abençoadas todas as nações; e como o Siló para quem deveria ser o ajuntamento das pessoas;[4] e como o grande profeta, como a ele,[5] que Deus elevaria entre os seus filhos de Israel, a quem eles eram irmãos: e como para os profetas, eles escreveram do seu nascimento de uma virgem; do lugar do seu nascimento, Belém; dos seus sofrimentos, e a glória que deveria se seguir; da sua ressurreição dos mortos,[6] a ascensão dele para céu, e sentando à mão direita de Deus; e de muitas coisas relativas sua à pessoa, e ofício, e obra. E Felipe que tem dado relato dele, procede a nomeá-lo particularmente; e o afirma sendo...

Jesus de Nazaré, o filho de José;... Que seu nome era Jesus, que significa Salvador; e corresponde as promessas e profecias, e caráter dele no Antigo Testamento; que ele era de Nazaré, um lugar não mais do que três horas de caminhada de Caná, como Adrichomius disse, onde Felipe e Natanael estavam: Nazaré era o lugar onde Jesus tinha vivido quase todo o seu tempo, e, portanto, é dito como sendo de lá; embora Belém fosse o lugar de seu nascimento, que Felipe ainda não conhecia, como Cafarnaum, mais adiante era sua cidade, ou o lugar mais comum de sua residência: e que ele era filho de José; isso Felipe diz, de acordo com a opinião comum entre o povo, porque se dizia que ele era filho de José; que tinha casado com sua mãe Maria.

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Notas
[1] Bar Bahlui apud Castell Lex. Poliglota col. 2437.
[2] Pirke Eliezer, c. 48.
[3] Conforme Gênesus 3:15. N do T.
[4] Conforme Gênesis 49:10. N do T.
[5] Conforme Dt 18:15. N do T.
[6] Conforme Sl 16:10. N do T.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 46

1:46 - E Natanael disse a ele,... Tomando nota disso, e levando em consideração o que Felipe disse, que ele era de Nazaré, que, à princípio, o fez tropeçar e prejudicar contra Jesus, de ser ele o Messias; sabendo muito pouco que Belém devia ser o lugar de seu nascimento:

Pode alguma coisa boa sair de Nazaré? O país inteiro de Galiléia foi tido em desprezo com os Judeus; mas Nazaré era tão má como um lugar na mente deles, que parece ter sido menosprezada até mesmo por seus vizinhos, pelos próprios Galileus; porque Natanael era um Galileu, e mesmo assim disse estas palavras. Era tão miserável lugar que ele quase não poderia pensar que qualquer coisa boa, até mesmo qualquer coisa boa mundana, pudesse vir de lá; e era um lugar tão ruim, como parece sobre os desígnios de assassinarem o próprio Senhor deles, que ele pensou que nenhum homem bom pudesse consequentemente surgir de lá; e ainda menos, qualquer profeta, qualquer pessoa de grande nota; e ainda pior de tudo, que aquela pessoa mais esperada de todas as outras, o Messias, deveria vir de lá: de forma que a objeção dele, não só procedeu no oráculo em Mq 5:2 que mostra Belém como o local de nascimento do Messias; mas na maldade, e obscuridade de Nazaré,

Felipe disse a ele, vem e vê;… Que, embora ele não pudesse ser o mestre nesse assunto, e não sabia como resolver essa dificuldade, e remover o preconceito da mente de Natanael, ainda o persuade a ir com ele até Jesus; o que ele não negou, e que daria plena satisfação nele, e todos os outros pontos; e então iria muito claramente aparecer a ele, como tinha-lhe sido, de que ele era o verdadeiro Messias. A frase, תא חזי, “vem e vê”, é frequentemente usado do livro de Zohar:[1] assim é, e da mesma forma בא וראה, “vem e vê” nos escritos Talmúdicos.[2]


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Notas
[1] Em Gen. fol. 13. 1. & 14. 3. & 16. 1, 2. & em Exod. fol. 83. 4. & passim.
[2] T. Bab. Taanith, fol. 8. 1. & 23. 2. & 24. 1. Kiddushin, fol. 20. 1. & 33. 1. & Sota, fol. 5. 1, 2. & passim.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 47 até o 48

1:47 - Jesus viu Natanael vindo a ele,... Porque, a parte de seu preconceito, ele era um homem de muita retidão e honestidade, que ele pensou no pedido de Felipe de forma razoável; e que era verdadeiro, e justo, que ele devia ir ver, e ouvir, e julgar por si mesmo, se a pessoa que Felipe falou era realmente o Messias, ou não; e assim veio com ele; e assim que ele estava vindo, Jesus o viu, e sabia tudo que tinha se passado entre eles dois:

E disse dele;... A aqueles que estavam parados junto dele, e para Natanael ouvir.

Eis um Israelita de verdade! Um dos filhos de Israel, como a versão Siríaca e Persa lê; um verdadeiro filho de Jacó; um honesto, um homem de coração pleno, como ele; alguém que era Israelita de coração; bem no íntimo; não alguém apenas assim na carne, mas no Espírito; veja Rm 2:28; e que era uma coisa rara naquele tempo; e portanto, uma nota de admiração é colocada aqui; porque nem todos são Israel, esse era de Israel; e de fato, muitos poucos são: e assim, בן ישראל, “um filho de Israel”, e , ישראל גמור, “um perfeito Israelita”, são[1] ditos como tais que são verdadeiros a fé judaica, embora nem sempre da semente de Israel: é acrescentado...

Em quem não há fraude;… Não que ele era sem pecado; nem é dito disso dele; nem era ele nesse sentido sem fraude, como o próprio Cristo; mas a fraude não era um pecado prevalecente dentro dele: o curso de sua vida, e conduta, era com grande integridade, e retidão, e sem qualquer hipocrisia e defeito, nem para com Deus, nem para com os homens. Isso disse Cristo para mostrar o quanto ele aprovava seu caráter; e ele conhecia os segredos dos corações dos homens, e nas partes mais profundas das suas mentes.[2]

1:48 - Natanael disse a ele, de onde me conheces?... Isto que ele disse surpreendido, que ele, que era um estranho a Jesus, não deveria saber do seu caráter geral, e descreve o estado interno da sua alma: isto era mais surpreendente para ele, que se ele tivesse o chamado pelo seu nome, Natanael, como ele o fez com Simão; ou tivesse dito qual que era o lugar de seu domicílio; Caná de Galiléia; visto que isto normalmente poderia ser observado, e instruído, de alguém conhecido e familiar: pela resposta de Natanael, vemos como se ele não tivesse nenhuma dúvida, ou medo, sobre o caráter do que Cristo deu-lhe; mas, ao invés disso, ele acreditou isso, como todo homem bom deve estar consciente da sua própria integridade; o que só estava pasmando a ele era como ele deveria saber disto:

Jesus respondeu e disse a ele;... A fim de satisfazê-lo, como ele poderia saber de quem ele era no íntimo, seu espírito, e dá a ele algumas provas inegáveis de sua Onisciência, que ele teve que reconhecer, sendo este ninguém mais, ninguém menos, do que o Olho que Tudo Vê, e que poderia descobrir tudo.

Antes de Filipe te chamar, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi;... Em cujas palavras Cristo dá dois exemplos da sua onisciência; uma é, que ele sabia que Felipe o tinha chamado; ele estava ciente de tudo aquilo passado entre eles, embora eles estivessem a sós, e a conversação fosse tida da maneira mais privada. Cristo sabia isso, de que Felipe tinha feito um relato dele, e da que objeção que Natanael tinha feito; e o convite que Felipe tinha dado para ir junto com ele ver o Cristo, e julgar por si mesmo quem era ele; que é significado aqui o chamando, e com que ele concordou: e o outro é, que ele o viu debaixo da figueira antes disso: ele estava sentando debaixo dela, como homens nesses países faziam; veja Mq 4:4, onde ele poderia estar lendo as Escrituras, e meditando nelas; e se, como alguns observam, ele estava lendo, e pensando no sonho de Jacó, relativo à escada que alcançou da terra ao céu, e na qual ele viu os anjos de Deus ascendendo e descendo,[3] as palavras de Cristo em Jo 1:51 deve ter golpeado sua mente com grande surpresa, e lhe dado outra prova convincente da sua onisciência: ou ele poderia estar orando aqui em segredo, e assim agiu diferente da generalidade, de homens religiosos daquela nação que escolhia rezar em sinagogas e cantos das ruas para que eles pudessem ser vistos;[4] e igualmente lhe provou ser o que o Cristo tinha dito dele, um verdadeiro e raro Israelita, sem malícia e hipocrisia que eram tão visível e prevalecente entre outros. Era habitual com os doutores ler, e estuda na lei, debaixo de figueiras, e às vezes, embora raramente, orar debaixo delas. É dito:[5]

“R. Jacó, e seus companheiros, estavam “sentados”, estudando a lei, תחות חדא תאינה, “debaixo de uma certa figueira”.

E a regra que eles tinham sobre a oração era:[6]

“Aquele que ora no topo de uma oliveira, ou de uma figueira, ou de qualquer outra arvore, deve descer, “e orar”.

É dito de Natanael, no dicionário Siríaco;[7] que sua mãe colocou ele debaixo de uma figueira, quando as crianças foram assassinadas, i.e em Belém; que, se poder ser confiado, deve ter sido algo muito surpreendente para Natanael e uma prova inegável da divindade de Cristo, e dele ser o verdadeiro Messias; visto que, ao mesmo tempo, ele era uma criança nesse tempo, e era a pessoa que Herodes buscava destruir, como Messias, e Rei dos Judeus,


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Notas
[1] Addareth Eliahu apud Trigland de Sect. Karaeorum, c. 10. p. 175, 176.
[2] Conforme Jo 2:25. N do T.
[3] Conforme Gênesis 28:12. N do T.
[4] Conforme Mt 6:5. N do T.
[5] T. Hieros. Beracot, fol. 5. 3. Vid. Shirhashirim Rabba, fol. 16. 4.
[6] Ib col. 1. & T. Bab. Beracot, fol. 16. 1.
[7] Bar Bahluli apud Castell. Lexic. Poliglota. col. 8437.


John Gill - Comentários de João Capítulo 1 versículo 51

1:51 - E ele disse a ele, em verdade, em verdade, eu vos digo,... Não apenas a Natanael, mas para o resto dos discípulos que estavam então entre ele; e para se mostrar ser o “Amém”, e a fiel testemunha, bem como para asseverar fortemente o que estava para dizer, ele dobra a expressão:

Verás o céu aberto;... Ou em um sentido literal, como tem sido em seu batismo; ou em um sentido místico que devia haver uma manifestação clara das verdades celestiais feitas por seu ministério; e que seu caminho dentro do santíssimo devia ser feito mais manifesto; e mais familiar o caminho que ele abriu entre Deus e seu povo; e também entre os anjos e os santos:

E os anjos ascendendo e descendo sobre o filho do homem;… Ou para o filho do homem, como as versões Siríaca, Árabe e Etíope vertem; significando em natureza humana; o segundo Adão, e semente da mulher; e é expressivo ambos da verdade, e da fraqueza daquela natureza. A referência aqui pode ser tido da escada com que o Jacó sonhou, em Gn 28:12 que era uma representação de Cristo na pessoa dele, como Deus-Homem; a quem, como Deus, estava no céu, ainda ele, como homem, estava em terra; e no ofício dele, como Mediador entre Deus e os homens, enquanto fazendo paz entre eles ambos; e na ministração dos anjos para com ele pessoalmente, e para o seu corpo, a igreja. E é observável, que alguns dos escritores Judeus[1] entendam da ascensão, e descida dos anjos, em Gên. 28:12, para ser, não na escada, mas em Jacó; que lá ainda a frase verte mais concordante com isto; e assim eles vertem עליו, em Gên 28:13, não “sobre ela”, mas “sobre ele”. Ou o sentido é que haverá feito tais descobertas mais claras da sua pessoa imediatamente, e graça pelo seu ministério, e tais milagres seriam realizados por ele em confirmação disto, que olharia como se o céu estivesse aberto, e os anjos de Deus iam continuamente para lá e para cá, e trazendo mensagens novas, e executando operações milagrosas; como se o anfitrião inteiro deles constantemente fosse empregado em tal serviço: e este, ao contrário, parece ser o sentido, visto que o próximo relato que nós temos é do começo dos milagres de Cristo em manifestar a sua glória em Caná de Galiléia onde Natanael viveu; e visto que a palavra vertida “daqui por diante”, significa, “desse momento em diante”; ou, como a versão de Persa a traduz: “desta hora”; embora a palavra seja omitida na 5ulgata Latina e a versão Etíope.

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Notas
[1] Bereshit Rabba, sec. 68. fol. 61. 2. & sec. 69. fol. 61. 3, 4.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Introdução ao Livro de João

JOÃO

Introdução ao João

João é único entre os evangelhos. Os três primeiros, Mateus, Marcos e Lucas, são conhecidos como os Sinópticos (de uma palavra grega que significa "ver juntos") por causa de suas semelhanças com o outro. Embora cada um tem suas próprias ênfases distintas e temas, os Sinópticos têm muito em comum. Eles seguem o mesmo esquema geral da vida de Cristo e são similares em conteúdo, estrutura e perspectiva.
Mas até mesmo uma leitura superficial do evangelho de João revela ser muito diferente dos três primeiros. Todos os quatro contêm uma mistura de história narrativa e discursos de Jesus. O evangelho de João, no entanto, contém uma proporção maior de discurso em relação à narrativa do que os sinóticos. Ao contrário dos Sinópticos, João não contém parábolas narrativas, não há discursos escatológicos, não há relatos de Jesus exorcizar demônios ou leprosos, não existe uma lista dos doze apóstolos, e nenhuma instituição formal da Ceia do Senhor cura. João também não registra nascimento, batismo, transfiguração, a tentação de Jesus, a agonia no Getsémani, ou ascensão.
Por outro lado, João inclui uma grande quantidade de material (mais de 90 por cento do evangelho) não foi encontrado nos sinóticos, tais como o prólogo descrevendo preexistência e encarnação (de Cristo 1: 1-18 ); O ministério de Jesus no início de Judéia e Samaria (caps 2-3.); Seu primeiro milagre ( 2: 1-11 ); Seu diálogo com Nicodemos ( 3: 1-21 ); Seu encontro com uma mulher samaritana ( 4: 5-42 ); Sua cura de um coxo ( 5: 1-15 ) e um homem cego ( 9: 1-41 ); tanto em Jerusalém; Sua Pão de discurso Vida ( 6: 22-71 ); Sua afirmação de ser a água viva ( 7: 37-38 ); Sua tomando para si o nome de Deus (veja a discussão sobre 08:24 no capítulo 29 do presente volume); Seu discurso apresentando-se como o Bom Pastor e suas consequências ( 10: 1-39 ); a ressurreição de Lázaro (11: 1-416); a lavagem dos pés dos discípulos ( 13 1:15 ); Discurso do Cenáculo (caps 13-16.); Alta Priestly Prayer (cap 17). Jesus; a pesca milagrosa ( 21: 1-6 ); e recomissionamento Jesus 'de Pedro e previsão de seu martírio ( 21: 15-19 ).João também contém mais o ensino no Espírito Santo do que é encontrado nos sinóticos.

Duas coisas devem-se ter em mente a respeito das diferenças entre João e os Evangelhos sinópticos. Em primeiro lugar, essas diferenças não são contradições; nada em João contradiz os Sinópticos, e vice-versa. Em segundo lugar, as diferenças entre João e os sinóticos não deve ser exagerada. Tanto João e os sinóticos presente Jesus Cristo como o Filho do Homem, o Messias de Israel ( Mc 2:10 ; Jo 1:51 ), e do Filho de Deus, Deus em carne humana ( Mc 1:1 ). Todos os quatro evangelhos imaginá-Lo como o Salvador, que veio para "salvar o seu povo dos seus pecados" ( Mt 1:21. ; cf.Jo 3:16 ), morreu uma morte sacrificial na cruz e ressuscitou dos mortos.

João e os sinóticos foram desenhados pelo Espírito divino para complementar um ao outro. Eles "representam um encravamento tradição, isto é, ... eles reforçam mutuamente ou se explicam mutuamente "(DA Carson, Douglas J. Moo e Leon Morris, Uma Introdução ao Novo Testamento [Grand Rapids: Zondervan, 1992], 161 . itálico no original.). Por exemplo, no seu julgamento ( Mc 14:58 ) e quando Ele estava na cruz ( Mc 15:29 ), os inimigos de Jesus acusou-o de ter alegou que iria destruir o templo. Os Sinópticos não registram a base para essa alegação falsa, mas João faz ( 02:19 ). Os Sinópticos não explicam por que os judeus tinham que trazer Jesus diante de Pilatos; João explica que os romanos haviam retido a partir-lhes o direito da pena capital ( 18:31 ). O lugar Sinópticos Pedro no pátio do sumo sacerdote ( Mt 26:58. ; Mc 14:54 ; Lucas 22:54-55 ); João explica como ele ganhou acesso ( João 18:15-16 ). A chamada de Pedro, André, Tiago e João ( Mat. 4: 18-22 ) torna-se mais compreensível à luz de João 1:35-42 , o que revela que eles já haviam passado algum tempo com Jesus. O registro Sinópticos que, imediatamente após a alimentação dos cinco mil Jesus enviou as multidões longe ( Mt 14:22. ; Mc 6:45 ); João revela por que ele fez isso: Eles pretendiam tentar fazê-lo rei ( Jo 6:15 ). Do Evangelho de João, é evidente que quando o Sinédrio reuniu-se na quarta-feira da Semana Santa para traçar a prisão de Jesus ( Marcos 14:1-2 ), eles estavam apenas a implementação de uma decisão tomada anteriormente, após a ressurreição de Lázaro ( João 11:47-53 ).

Não só de João informações fundo fazem passagens no Sinópticos mais compreensível; o contrário também é verdadeiro. João, escrita décadas depois que os outros, assumiu seus leitores estavam familiarizados com os eventos registrados nos Sinópticos. As narrativas do nascimento de Mateus e Lucas revelam como a Palavra eternamente preexistente ( Jo 1:1 ). Em 01:40 João introduziu André como o irmão de Pedro, embora ele ainda não tinha mencionado Pedro. Nota explicativa de João que "João [Batista] ainda não tinha sido lançado na prisão" (Jo 3:24 ) assume que seus leitores sabia que eventualmente seria. No entanto, o evangelho de João não registra a prisão de João Batista, que é descrito nos Sinópticos ( 04:12 Matt. ; 14: 3 ; Mc 6:17 ;Lc 3:20 ). João observou que "Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria" ( Jo 4:44 ), ainda que a declaração não foi encontrado em seu evangelho. É, no entanto, registrou nos Sinópticos ( Mt 13:57. ; Mc 6:4 ). Jo 6:67 , 70-71 refere-se aos doze apóstolos; mas como mencionado acima, o evangelho de João, ao contrário dos sinóticos ( Mateus 10:2-4. ; Marcos 3:14-19 ; 13 42:6-16'>Lc 6:13-16 ), não tem uma lista dos doze apóstolos. Do jeito que eles são introduzidos, João evidentemente esperava que seus leitores saibam que Maria e Marta foram ( 11: 1 ), mesmo que ele não tinha anteriormente se referiu a eles. Eles são, no entanto, mencionado no Evangelho de Lucas ( 10: 38-42 ). Nesse mesmo contexto, João notou que Maria era a mesma que ungiu os pés do Senhor ( 11: 2 ). Ele não quis relacionar essa história até o capítulo 12, mas assumiu seus leitores estariam familiarizados com ele a partir das contas sinóticos ( Mateus 26:6-13. ; Marcos 14:3-9 ). O relato de João de hesitação de Filipe para trazer os gregos a Jesus até depois ele consultou primeiro com André ( 12: 21-22 ) pode ter sido motivado pelos leitores 'familiaridade com Jesus' comando, "Não vá no caminho dos gentios" ( Mt 10:5. ; Marcos 14:17-18 ; Lc 22:14 ), o discípulo amado tinha que ter sido um apóstolo (o que significa que ele não pode ter sido João Marcos, Lazarus, ou o jovem rico [que nem sequer era um crente (! Mt 19:22. , como alguns críticos têm proposto))]. Jo 21:2 ; At 4:13 , At 4:19 ; At 8:14 ; Gl 2:9 , que indica apenas que os dois irmãos que sofrem, não necessariamente que eles seriam martirizados.

Outros apontam para um "João O Elder" mencionado (de acordo com a interpretação de Eusébio) por Papias. Mas é pouco provável que tal pessoa sequer existia, muito menos nada escrito (DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 69-70).

Outro argumento infundado estendeu pelos críticos é que a cristologia do quarto evangelho é muito avançado para a primeira geração cristã a tê-lo escrito. Mas de João cristologia foi divinamente revelado (que críticos rejeitam) e está em harmonia com a do resto do Novo Testamento (cf. Rm 9:5 ; 2Pe 1:12Pe 1:1 ) pescador galileu não poderia ter sido suficientemente fluente em grego ter escrito o quarto evangelho. Mas At 4:13 não significa que João era analfabeto, mas apenas que ele não tinha sido treinado nas escolas rabínicas (cf. Jo 7:15 ). Galiléia estava perto da região predominantemente Gentil conhecido como Decápole, que era a leste e ao sul do Mar da Galiléia. Há também evidências de que o grego era falada por toda a Palestina no primeiro século (conforme Robert L. Tomé e Stanley N. Gundry "As línguas Jesus falou:" in. A Harmonia dos Evangelhos [Chicago: Moody, 1978], 309 —12). Além disso, João escreveu este evangelho depois de muitos anos de vida e ministrando entre as pessoas de língua grega em Éfeso (veja abaixo). Por isso, é tolice fazer presunções dogmáticas a respeito de sua competência em grego.

Um olhar mais atento revela que João era o mais novo dos dois filhos de Zebedeu (Tiago é quase sempre o primeiro da lista, quando os dois são mencionados juntos, o que sugere que ele era o irmão mais velho), que era um pescador próspera do Mar da Galiléia e que é dono de seu próprio barco e funcionários contratados ( Mc 1:20 ). A mãe de João era Salomé (cf. Mc 15:40 com Mt 27:56. ), que contribuiu financeiramente para o ministério de Jesus ( Mt 27:1 ). Se assim for, João e Jesus teria sido primos.

João aparece pela primeira vez nas Escrituras como um discípulo de João Batista ( João 1:35-40 ; embora caracteristicamente, João não revelou o nome próprio). Quando o Batista apontou Jesus como o Messias, o apóstolo João deixou-o imediatamente e seguiram Jesus ( 1:37 ). Depois de permanecer com ele por um tempo, João voltou para a empresa de pesca de seu pai. Mais tarde, ele se tornou um discípulo permanente de Jesus ( Mat. 4: 18-22 ).

Junto com seu irmão, Tiago, e seu colega pescador, Pedro, João foi um dos três sócios mais íntimos de Jesus (cf. Mt 17:1 ; Mc 5:37 ; Mc 13:3 ). Depois da ascensão, João tornou-se um dos líderes da igreja de Jerusalém ( At 1:13 ; 3: 1-11 ; 13 44:4-21'>4: 13-21 ; At 8:14 ; . Gl 2:9 ), e os dois irmãos viveu até esse nome. Indignado quando uma aldeia samaritana recusou-se a receber Jesus e os discípulos, e superestimar seu poder apostólico, eles ansiosamente perguntou ao Senhor: "Você quer que a gente mandar descer fogo do céu e os consuma?" ( Lc 9:54 ). No único lugar registrado nos Evangelhos sinópticos, onde João agia e falava sozinho, ele revela a mesma atitude, dizer a Jesus: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome, e tentamos impedi-lo porque ele não segue junto com a gente "( Lc 9:49 ).

Embora ele suavizou para com as pessoas ao longo do tempo (I traçar o desenvolvimento de seu caráter espiritual no meu livro Doze Homens comuns [Nashville: W Publishing Grupo, 2002]), João nunca perdeu sua paixão pela verdade. Duas vinhetas de seus anos em Éfeso revelar isso. De acordo com Policarpo, "João, o discípulo do Senhor, vai tomar banho em Éfeso, e perceber [o herege] Cerinthus dentro, correu para fora da casa de banho sem tomar banho, exclamando: 'Vamos voar, para que até mesmo o banho— casa cair, porque Cerinthus, o inimigo da verdade, está dentro '"(Irineu, Contra as Heresias,3.3.4). Clemente de Alexandria relata como João entrou sem medo o acampamento de um bando de ladrões cujo capitão tinha fé professada uma vez em Cristo, e levou-o ao verdadeiro arrependimento (Quem é o homem rico que será salvo ?, 42).

Data e local da escrita

Não há nada específico no próprio Evangelho para indicar quando foi escrita. Datas dadas por estudiosos conservadores vão desde antes da queda de Jerusalém para a última década do primeiro século.(Como mencionado acima, uma data no segundo século está descartada pela descoberta do papiro fragmenta p 52 e Egerton papiro 2.) Várias considerações a favor de uma data para o fim do intervalo (cad 80-90). O evangelho de João foi escrito por tempo suficiente após a morte de Pedro (cad 67-68) para o boato de que João viveria para ver a segunda vinda de ter desenvolvido ( João 21:22-23 ). Esse boato teria mais plausibilidade quando João era um homem velho. João não menciona a queda de Jerusalém ea destruição do Templo (70 dC). Se o seu evangelho foi escrito uma década ou mais depois desse evento, pode já não ter sido um problema para os seus leitores. (A destruição do Templo, em qualquer caso teria sido menos significativa para os gentios e judeus da diáspora do que para os judeus da Palestina.) Finalmente, embora não seja dependente deles, João estava ciente dos Evangelhos sinópticos. A data posterior permite que o tempo para que eles tenham sido escritos e divulgados entre os leitores de João. O testemunho dos pais da igreja confirma ainda que João foi o último dos quatro evangelhos a ser escrito (por exemplo, Irineu ,, Contra as Heresias, 3.1.1; Eusébio, História Eclesiástica, 3,24, 6,14).

De acordo com a tradição uniforme da igreja primitiva, João escreveu seu evangelho, enquanto vivia em Éfeso.

Propósito

João é o único dos evangelhos que contém uma declaração precisa do objetivo do autor: "Mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "(20:31). O objetivo de João foi tanto apologético ("para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus") e evangelístico ("e para que, crendo, tenhais vida em seu nome"). De acordo com seu propósito evangelístico, João usou o verbo "crer" quase uma centena de vezes, mais do que o dobro do que os Sinópticos, enfatizando que aqueles aqueles que crêem em Jesus receberão a vida eterna (3: 15-16, 36; 4:14; 5:24, 39-40; 6:27, 33, 35, 40, 47-48, 54, 63, 68; 10:10, 28; 12:50; 14: 6; 17: 2 3; 20:31).
Proposito de desculpas de João, que é inseparável do seu propósito evangelístico, era convencer seus leitores de verdadeira identidade de Jesus. Ele apresenta-Lo como Deus encarnado (1: 1, 14; 08:23, 58; 10:30; 20:28), o Messias (1:41; 4: 25-26), e o Salvador do mundo (4 : 42). Para o efeito, João sublinhado repetidamente sinais miraculosos de Jesus (por exemplo, 3: 2; 6: 2, 14; 07:31; 09:16; 11:47; 12:18; 20:30), incluindo oito aquelas específicas: transformar água em vinho (2: 1-11), cura o filho de um oficial do rei (4: 46-54), curando um paralítico no tanque de Betesda (5: 1-18), alimentando os cinco mil (6: 1 —15), andando sobre o mar da Galiléia (6: 16-21), a cura um homem cego de nascença (9: 1-41), ressuscitando Lázaro dentre os mortos (11: 1-45), e proporcionando uma pesca milagrosa de peixes (21: 6-11). Além desses sinais foi o sinal mais convincente da própria ressurreição all-de Jesus (20: 1-29).
Em suma, João apresenta Jesus como o Verbo eterno, Messias e Filho de Deus que, por meio de Sua morte e ressurreição, traz o dom da salvação para a humanidade. As pessoas respondem por aceitar ou rejeitar a salvação que vem somente através da fé nEle.

Esboço

  • A Encarnação do Filho de Deus (1: 1-18)
  • Sua Divindade (1: 1-2)
  • Seu trabalho de pré-encarnado (1: 3-5)
  • Sua Precursor (1: 6-8)
  • Sua rejeição (1: 9-11)
  • Sua recepção (1: 12-13)
  • Sua Carne Tornando-se (1: 14-18)
  • A apresentação do Filho de Deus (1: 19-4: 54)
  • Apresentação por João Batista (1: 19-34)
  • Para os líderes religiosos (1: 19-28)
  • No batismo de Cristo (1: 29-34)
  • Apresentação aos seus primeiros discípulos (1: 35-51)
  • André e Pedro (1: 35-42)
  • Filipe e Natanael (1: 43-51)
  • Apresentação na Galiléia (2: 1-12)
  • Primeiro sinal: a água em vinho (2: 1-10)
  • Disciples acreditar (2: 11-12)
  • Apresentação na Judéia (2: 13 3:36)
  • A limpeza do templo (2: 13-25)
  • Ensinar Nicodemus (3: 1-21)
  • Pregação de João Batista (3: 22-36)
  • Apresentação em Samaria (4: 1-42)
  • Testemunha para a mulher samaritana (4: 1-26)
  • Testemunha aos discípulos (4: 27-38)
  • Testemunha do Samaritans (4: 39-42)
  • Apresentação na Galiléia (4: 43-54)
  • Recepção pelos galileus (4: 43-45)
  • Segundo sinal: curar o filho do nobre (4: 46-54)
  • A oposição ao Filho de Deus (5: 1-12: 50)
  • Oposição na festa em Jerusalém (5: 1-47)
  • Terceiro sinal: a cura do paralítico (5: 1-9)
  • Rejeição pelos judeus (5: 10-47)
  • Oposição na Galiléia (6: 1-71)
  • Quarta sinal: alimentar 5.000 (6: 1-14)
  • Quinto sinal: andar sobre a água (6: 15-21)
  • Pão da Vida discurso (6: 22-71)
  • Oposição na Festa dos Tabernáculos (7: 1-10: 21)
  • Oposição na Festa da Dedicação (10: 22-42)
  • Oposição em Betânia (11: 1-12: 11)
  • Sétimo sinal: ressurreição de Lázaro (11: 1-44)
  • Os Sinédrio lotes para matar Cristo (11: 45-57)
  • Maria unge Cristo (12: 1-11)
  • Oposição em Jerusalém (12: 12-50)
  • A entrada triunfal (12: 12-22)
  • O discurso sobre a fé e rejeição (12: 23-50)
  • A preparação dos Discípulos pelo Filho de Deus (13 1:17-26)
  • No Cenáculo (13: 14/01: 31)
  • Lavar os pés (13 1:20)
  • Ao anunciar a traição (13 21:30)
  • Ensinar em Sua partida (13 31:14-31)
  • No caminho para o jardim (15: 17/01: 26)
  • Instruindo os discípulos (15: 16/01: 33)
  • Intercedendo junto ao Pai (17: 1-26)
  • A execução do Filho de Deus (18: 1-19: 37)
  • A rejeição de Cristo (18: 19/01: 16)
  • Sua prisão (18: 1-11)
  • Seus ensaios (18: 12-19: 16)
  • A crucificação de Cristo (19: 17-37)
  • A ressurreição do Filho de Deus (19: 38-21: 23)
  • O Enterro de Cristo (19: 38-42)
  • A Ressurreição de Cristo (20: 1-10)
  • As aparições de Cristo (20: 11-21: 23)
  • Para Maria Madalena (20: 11-18)
  • Para os discípulos sem Tomé (20: 19-25)
  • Para os discípulos, com Tomé (20: 26-29)
  • O propósito de João ao escrever seu evangelho: Parêntese (20: 30-31)
  • Para os discípulos (21: 1-23)
  • Conclusão (21: 24-25)

  • John MacArthur - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51

    1. A Palavra Divina (João 1:1-5)

    No princípio era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, eo Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada surgiu que tem vindo a ser. Nele estava a vida, ea vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. (1: 1-5)

    A seção do evangelho de João abertura expressa a verdade mais profunda no universo nos termos mais claros. Embora facilmente compreendida por uma criança, inspirados pelo Espírito as palavras de João transmitir uma verdade além da capacidade das maiores mentes da história humana de entender: o Deus infinito eterno tornou-se um homem na pessoa do Senhor Jesus Cristo. O glorioso, verdade incontestável que, em Jesus o divino "Verbo se fez carne" (1,14) é o tema do evangelho de João.
    A divindade do Senhor Jesus Cristo é um princípio essencial, inegociável da fé cristã. Diversas linhas de evidência bíblica fluem juntos para provar conclusivamente que Ele é Deus.
    Em primeiro lugar, as declarações diretas das Escrituras afirmam que Jesus é Deus. De acordo com sua ênfase sobre a divindade de Cristo, João registra várias dessas declarações. O verso do seu evangelho abertura declara: "a Palavra [Jesus] era Deus" (veja a discussão sobre este versículo mais adiante neste capítulo). No evangelho de João Jesus repetidamente assumiu para si o nome divino "Eu sou" (conforme 4:26; 8:24, 28, 58; 13 19:18-5, 6, 8). Em 10:30, Ele alegou ser um em natureza e essência com o Pai (que os judeus incrédulos reconheceu isso como uma reivindicação de divindade resulta da sua reação no v 33;. Conforme 5:18). Nem Jesus corrigir Tomé quando se dirigiu a ele como "meu Senhor e meu Deus!" (20:28); na verdade, Ele elogiou por sua fé (v. 29). A reação de Jesus é inexplicável se Ele não fosse Deus.

    Aos Filipenses Paulo escreveu: "[Jesus], subsistindo em forma de Deus", possuindo "igualdade com Deus" absoluto (Fp 2:6 e 2Pe 1:1).

    Em segundo lugar, Jesus Cristo recebe títulos em outros lugares nas Escrituras dadas a Deus. Como observado acima, Jesus tomou para si o nome divino "Eu sou." Em Jo 12:40 João citou Is 6:10, uma passagem que na visão de Isaías se refere a Deus (conforme Is 6:5); Juiz (2Tm 4:12Tm 4:1); Um Santo (Is 10:1:10 Is 10:20-Ps; At 2:27; At 3:14); Primeiro e último (Is 44:6-Ap 1:17; Ap 22:13.);Light (Sl 27:1.); Senhor do sábado (Ex 16:23, Ex 16:29;Lv 19:1 Mt 12:8; Tt 2:13); Pierced One:; (Zc 12:10 Jo 19:37). Poderoso Deus (Is 10:21-Ap 17:14..) Alpha e Omega (Ap 1:8.); Senhor da Glória (1Co 2:81Co 2:8; Is 48:17; 63:. Is 63:16 Ef 1:7.).

    Em terceiro lugar, Jesus Cristo possui os atributos incomunicáveis ​​de Deus, aqueles única para ele. A Escritura revela que Cristo seja eterno (Mq 5:2; Mt 28:20), onisciente (Mt 11:27; Jo 16:30; Jo 21:17) , onipotente (Fp 3:21.), imutável (He 13:8.), e gloriosa (Jo 17:5, onde Deus diz que Ele não vai dar a Sua glória para outra).

    Em quarto lugar, Jesus Cristo faz as obras que só Deus pode fazer. Ele criou todas as coisas (Jo 1:3), sustenta a criação (Cl 1:17; He 1:3; 11: 25-44), perdoa o pecado (Mc 2:10; conforme v. 7), ea sua palavra permanece para sempre (Mt 24:35; conforme Is 40:8; Mt 28:9; Fp 2:10; He 1:6) e dos santos anjos (Apocalipse 22:8-9) recusou a adoração.

    Por fim, Jesus Cristo recebeu a oração, que só deve ser dirigida a Deus (13 43:14-14'>João 14:13-14; Atos 7:59-60; 13 62:5-15'>113 62:5-15'> João 5:13-15).

    Os versículos 1:18, o prólogo de apresentação de João da divindade de Cristo, são uma sinopse ou visão geral de todo o livro. João definido claramente seu objetivo ao escrever seu evangelho em 20: 31-que seus leitores "creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo [eles], tenhais vida em seu nome." João revelou Jesus Cristo como "o Filho de Deus", a segunda pessoa da Trindade eterna. Ele se tornou um homem, o "Cristo" (Messias), e se ofereceu como sacrifício pelos pecados. Aqueles que colocam a sua fé n'Ele "terá vida em seu nome", enquanto que aqueles que rejeitam serão julgados e condenados à punição eterna.
    A realidade que Jesus é Deus, introduzido no prólogo, é exposta ao longo do livro por uma selecção cuidadosa de João de reivindicações e milagres que selam o caso. Os versículos 1:3 do prólogo ensina que Jesus é co-igual e co-eterno com o Pai; versículos 4:5 relacionar a salvação que Ele trouxe, que foi anunciado pelo seu arauto, João Batista (vv 6-8.); versículos 9:13 descrevem a reação da raça humana a Ele, ou rejeição (. vv 10-11) ou aceitação (vv 12-13.); versículos 14:18 resumir todo o prólogo.
    O prólogo também apresenta vários termos-chave que aparecem ao longo do livro, incluindo a luz (3: 19-21; 8:12; 9: 5; 12: 35-36, 46), as trevas (3:19; 08:12; 12 : 35, 46), vida (3: 15-16, 36; 04:14, 36; 05:21, 24, 26, 39-40; 6:27, 33, 35, 40, 47-48, 51, 53-54, 63, 68; 08:12; 10:10, 28; 11:25; 12:25, 50; 14: 6; 17: 2, 3; 20:31), testemunha (ou testemunhar; 2: 25; 03:11; 05:31, 36, 39; 7: 7; 08:14; 10:25; 12:17; 15: 26-27; 18:37), glória (02:11; 05:41 , 44; 07:18; 08:50, 54; 11: 4, 40; 12:41; 17: 5, 22,
    24) e mundial (3: 16-17, 19; 04:42; 06:14 , 33, 51; 7: 7; 08:12, 23, 26; 9: 5, 39; 10:36; 11:27; 12:19, 31, 46-47; 13 1:14-17, 19 , 22, 27, 30-31; 15: 18-19; 16: 8, 11, 20, 28, 33; 17: 5-6, 9, 11, 13 16:18-21, 23-25; 18 : 36-37).
    Desde os primeiros cinco versículos do evangelho prólogo de João fluir três evidências da divindade do Verbo encarnado, Jesus Cristo: Sua preexistência, Seu poder criador, e sua auto-existência.

    A preexistência da Palavra

    No princípio era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, eo Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. (1: 1-2)

    Arche ( início ) pode significar "fonte" ou "origem" (conforme Cl 1:18; Ap 3:14); ou "regra", "autoridade" "governante", ou "uma autoridade" (conforme Lc 0:11-20:20; Rm 8:38; 1Co 15:241Co 15:24;.. Ef 1:21; Ef 3:10; Cl 1:16; Cl 2:10, Cl 2:15; Tt 3:1; He 1:2; Ef 1:20; Filipenses 2:9-11). Mas Arche refere-se aqui para o início do universo descrito em Gn 1:1; Dt 5:1; conforme Ex 34:28; Dt 9:10) , participou da construção do templo de Salomão (I Reis 6:11-13) (. 1Sm 3:21), revelou Deus para Samuel, pronunciou julgamento sobre a casa de Eli (1Rs 2:27), aconselhou Elias (I Reis . 19: 9 e ss), dirigido Israel através de porta-vozes de Deus (conforme 1Sm 15:10; 17:... 2-4, 8ss .; 18: 1; 21: 17-19.; II Crônicas 11:2-4), foi o agente da criação (Sl 33:6; He 9:15; He 12:24), instrui os crentes (Jo 10:27), une-los em um templo espiritual (I Coríntios 3:16-17; 2 Cor.. . 6:16; Ef 2:21), revelou Deus ao homem (Jo 1:18; 14: 7-9), os juízes aqueles que rejeitam Ele (Jo 3:18; Jo 5:22), dirige a igreja através daqueles a quem Ele levantou-se para conduzi-la (Ef 4:11-12; 1Tm 5:171Tm 5:17; Fm 1:1; 1 Pedro 5: 1-3), foi o agente da criação (Jo 1:3; He 1:2), através do Espírito Santo, que Ele enviou (Jo 15:26). Como o Verbo encarnado, Jesus Cristo é a palavra final de Deus para a humanidade: "Deus, depois de Ele falou há muito tempo para os pais, pelos profetas em muitas vezes e de muitas maneiras, nestes últimos dias falou-nos no seu Filho" (Heb . 1: 1-2).

    Então João tomou seu argumento um passo adiante. Em Sua preexistência eterna do Verbo estava com Deus. A tradução Inglês não trazer toda a riqueza da expressão grega ( pros ton Theon ). Essa frase significa muito mais do que simplesmente que a Palavra existiu com Deus; it "[dá] a imagem de dois seres pessoais que enfrentam entre si e engajar-se em um discurso inteligente" (W. Robert Cook, A Teologia de João [Chicago: Moody, 1979], 49). Desde toda a eternidade Jesus, como a segunda pessoa da Trindade, foi "com o Pai [ pros ton patera ] "(1Jo 1:2). Charles Wesley capturou alguns de a maravilha de que a verdade maravilhosa no hino familiar "E pode ser que eu ganhe?":

     

    Ele deixou o trono de Seu Pai acima,
    Tão livre, tão infinito Sua graça!
    Esvaziou-se de tudo, mas o amor,
    E sangrou por raça indefesa de Adão.

     

    Amor Amazing! Como pode ser
    Que Tu, meu Deus, deverias morrer por mim?
    Amor Amazing! Como pode ser
    Que Tu, meu Deus, deverias morrer por mim?

     

    Descrição de João da Palavra atingiu o seu auge na terceira cláusula deste verso de abertura. Não só a Palavra existe desde toda a eternidade, e ter comunhão face-a-face com Deus, o Pai, mas também o Verbo era Deus. Essa declaração simples, apenas quatro palavras em Inglês e Grego ( theos en ho logos ), é talvez a declaração mais clara e direta da divindade do Senhor Jesus Cristo para ser encontrado em qualquer lugar na Escritura.

    Mas, apesar de sua clareza, grupos heréticos quase desde o momento João escreveu estas palavras têm torcido o seu significado para apoiar suas doutrinas falsas sobre a natureza do Senhor Jesus Cristo.Notando que theos ( Deus ) é anarthrous (não precedido pelo artigo definido), alguns argumentam que é um substantivo indefinido e traduzem erroneamente a frase, "a Palavra era divina" (ou seja, a simples posse de algumas das qualidades de Deus) ou, ainda mais terrível, "o Verbo era um deus ".

    A ausência do artigo antes de theos , no entanto, não significa que seja por tempo indeterminado. Logos ( Palavra ) tem o artigo definido para mostrar que ele é o sujeito da frase (uma vez que é no mesmo caso como theos ). Assim, a tradução "Deus era o Verbo" é inválido, porque "a Palavra", não "Deus" é o tema. Seria também teologicamente errada, porque iria igualar o Pai ("Deus" quem o Verbo estava com o número anterior) com o Palavra, negando assim que os dois são pessoas distintas. O predicado nominal ( Deus ) descreve a natureza da Palavra, mostrando que Ele é da mesma essência que o Pai (conforme HE Dana e Julius R. Mantey, A Gramática manual do grego do Novo Testamento [Toronto: MacMillan, 1957] , 139-40; AT Robertson, o ministro e seu Novo Testamento grego [Separata: Grand Rapids: Baker, 1978], 67-68).

    De acordo com as regras da gramática grega, quando o predicado nominal ( Deus nesta cláusula) precede o verbo, não pode ser considerada indefinida (e, portanto, traduzida como "um deus" em vez de Deus) simplesmente porque ele não tem o artigo. Que o termo Deus é definitiva e se refere ao verdadeiro Deus é óbvia por várias razões. Primeiro, theos aparece sem o artigo definido outras quatro vezes no contexto imediato (vv 6, 12, 13, 18; conforme 3:.. 2, 21; 09:16; Mt 5:9)

    Enfatizando o perigo mortal, tanto Paulo (At 20:29) e Jesus (Mt 7:15) descrito falsos mestres como lobos disfarçados. Eles não estão a ser recebidos no aprisco das ovelhas, mas guardado contra e evitado.

    A confusão sobre a divindade de Cristo é imperdoável, porque o ensino bíblico a respeito é clara e inequívoca. Jesus Cristo é a Palavra eternamente preexistente, que goza de plena comunhão face-a-face e vida divina com o Pai, e é o próprio Deus.

    O poder criador da Palavra

    Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada surgiu que tem vindo a ser. (1: 3)

    Mais uma vez João expressa uma verdade profunda em linguagem clara. Jesus Cristo, o Verbo eterno, criou tudo o que . surgiu João ressaltou que a verdade, repetindo-lo negativamente, sem ele nada (lit., "nem mesmo uma coisa") passou a existir que tem vindo a ser.

    Que Jesus Cristo criou todas as coisas (conforme Cl 1:16; He 1:2; 42:.. Is 42:5; Is 45:18; Mc 13:1; Rm 1:25; Ef 3:9).

    Ao enfatizar o papel da Palavra na criação do universo, João rebateu o falso ensino que mais tarde evoluiu para a heresia perigosa conhecida como gnosticismo. Os gnósticos abraçou o dualismo filosófico comum a filosofia grega, que considerou que o espírito era bom e a matéria era má. Eles argumentaram que, desde a matéria era má, o bom Deus não poderia ter criado o universo físico. Em vez disso, uma série de seres espirituais emanava dele até que finalmente uma dessas emanações descendente foi mal e tolo o suficiente para criar o universo físico. Mas João rejeitou essa visão herética, fortemente afirmando que Jesus Cristo era o agente do Pai na criação de tudo.

    O mundo atual, no entanto, é radicalmente diferente da boa criação original de Deus (Gn 1:31). Os resultados catastróficos da queda não afetou apenas a raça humana, mas também a toda a criação. Jesus, portanto, um dia vai resgatar não só os crentes, mas também o mundo material, assim, como Paulo observou em Romanos 8:19-21:

    Para o desejo ansioso da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da escravidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
    Quando a maldição é levantada durante o reinado milenar de Cristo,

     

    O lobo habitará com o cordeiro,
    E o leopardo se deitará com o cabrito,
    E o bezerro, o leão novo eo animal cevado viverão juntos;
    E um menino pequeno os conduzirá.
    Além disso, a vaca eo urso vai pastar,
    Seus filhotes se deitarão juntos,
    E o leão comerá palha como o boi.
    A criança de enfermagem vai jogar pelo buraco da cobra,
    E a criança desmamada colocará a mão na cova do basilisco.
    Eles não vão ferir ou destruir em todo o meu santo monte,
    Pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor

    Como as águas cobrem o mar. (Is. 11: 6-9)

     

    O lobo eo cordeiro pastarão juntos, o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Eles vão fazer mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor. (Is 65:25)

    A auto-existência da Palavra

    Nele estava a vida, ea vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. (1: 4-5)

    Resultados mais uma vez a sua economia inspirado pelo Espírito de palavras, João nestes dois versos breves resumiu a encarnação. Cristo, a encarnação da vida eo glorioso, eterno Luz do Céu, entrou no mundo escurecido pelo pecado dos homens, e que o mundo reagiu de várias maneiras para ele.

    Como observado anteriormente neste capítulo, a temas de vida e luz são comuns no evangelho de João. Zoe ( vida ) refere-se a vida espiritual em oposição a bios , que descreve a vida física (conforme 1Jo 2:16).Aqui, como em 05:26, refere-se principalmente a Cristo ter vida em si mesmo. Os teólogos se referem a isso como aseity, ou auto-existência. É uma clara evidência da divindade de Cristo, pois só Deus é auto-existente.

    Esta verdade de Deus e de Cristo auto-existência, ter a vida em si mesmos, é fundamental para a nossa fé. Tudo o que é criado pode ser dito para ser "tornar-se", porque não criou nada é imutável. É essencial compreender que permanente, eterna, o ser não-mudança ou a vida é diferente de tudo o que está se tornando. "Ser" é eterno e fonte de vida para o que é "tornar-se". Isso é o que distingue criaturas do Criador, nos de Deus.

    Gn 1:1). Ele é de eternidade a eternidade. At 17:28 diz com razão: "Nele vivemos, nos movemos e existimos." Nós não podemos viver ou mover ou seja, sem a Sua vida. Mas Ele sempre viveu e se mudou e foi.

    Esta é a descrição ontológica mais pura de Deus e dizer Jesus é a vida é dizer a verdade mais pura sobre a natureza de Deus que Ele possui. E, como no versículo 3, Ele, então, é o Criador.

    Enquanto como o Criador Jesus é a fonte de tudo e de todos que vive, a palavra vida no evangelho de João sempre se traduz zōē , que João usa para a vida espiritual ou eterna. Ela é transmitida pela graça de Deus soberano (06:37, 39, 44, 65; conforme Ef 2:8; Rom. 10: 9-10; 1Jo 5:11Jo 5:1, em que Jesus diz: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida." A conexão entre a luz ea vida também é claramente feita no Antigo Testamento. Sl 36:9; Pv 6:23; 2Co 4:42Co 4:4.); moralmente, luz refere-se a santidade (Rm 13:12; 2Co 6:142Co 6:14; Ef 5:1; 1Ts 5:51Ts 5:5; Is 5:20;.. At 26:18). O reino de Satanás é o "domínio das trevas" (Cl 1:13; Lc 22:53; Ef 6:12.), Mas Jesus é a fonte da vida (11:25; 14: 6; conforme At 3:15 alguns demônios "gritou [de Jesus], dizendo:" Que negócio é que temos uns com os outros, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? "" Na casa de Pedro em Cafarnaum, Jesus "expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demónios, porque sabiam quem Ele era" (Mc 1:34). Lc 4:41 registra que "demônios também estavam saindo de muitos, gritando:" Tu és o Filho de Deus! ' Mas repreendê-los, ele não iria permitir que eles falam, porque eles sabiam que ele era o Cristo. " Em Lc 4:34 um demônio apavorada implorou: "Deixe-nos em paz! Que negócio é que temos uns com os outros, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!" Os demônios não só saber a verdade sobre Cristo, mas também acreditar. "Você acredita que Deus é um só", escreveu Tiago, "Fazes bem; os demônios o crêem, e estremecem" (Jc 2:19).

    É porque eles entendem com total clareza o juízo de que os espera que Satanás e os demônios têm tentado desesperAdãoente ao longo da história para matar a vida e extinguir a Luz. No Antigo Testamento, Satanás tentou destruir Israel, a nação a partir do qual o Messias vir. Ele também tentou destruir a linhagem real de que o Messias iria descer (II Reis 11:1-2). No Novo Testamento, ele levou tentativa fútil de Herodes para matar o Jesus infantil (Mt 2:16). No início do seu ministério terreno, Satanás tentou em vão tentar Jesus a desviar-se da cruz (Mt 4:1-11.). Mais tarde, ele repetiu a tentação de novo através de um de seus seguidores mais próximos (Matt. 16: 21-23). Mesmo aparente triunfo de Satanás na cruz, na realidade, marcou sua derrota final (Cl 2:15; Cl 2:14 Heb; conforme 1Jo 3:8)

    (Para uma discussão mais aprofundada sobre este ponto, ver a exposição de 1: 9-11, no capítulo 2 deste volume.)

    Ninguém que rejeita a divindade de Cristo pode ser salvo, pois Ele mesmo disse em Jo 8:24: "Portanto, eu vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados. " É justo, então, que João abre seu evangelho, que enfatiza tão fortemente a divindade de Cristo (conforme 08:58; 10: 28-30; 20:28), com uma poderosa afirmação de que a verdade essencial.

    2. Resposta à Palavra Encarnada (João 1:6-13)

    Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Não era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Ele estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, eo mundo não o conheceu. Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. (1: 6-13)

    A vida sem pecado (Jo 8:46; 2Co 5:212Co 5:21), palavras sem precedentes (Mt 7:29; Jo 7:46.), E reivindicações surpreendentes (João 4:25-26; Jo 8:58) de Jesus Cristo prendeu a atenção das pessoas e obrigou-os a reagir, o que fizeram de várias maneiras.

    Alguns foram superficialmente atraídos para Jesus. Mais tarde, no seu evangelho João registra que "alguns estavam dizendo [de Jesus]:" Ele é um bom homem '"(7:12). Indo um passo além do que, outros reconheceu como um grande líder religioso; um profeta (Mt 21:11, Mt 21:46;. Lc 7:16), possivelmente até mesmo "João Batista ... Elias ... Jeremias ou um dos profetas" (Mt 16:14).. Por causa do Jesus refeição criado para eles, a multidão Galileu decidiu fazê-Lo rei à força (João 6:14-15), esperando que ele se libertar do jugo dos romanos odiavam e continuar a fornecer comida milagrosamente. Mas tal raso, o sentimento material era passageira. O mesmo tipo de multidão da Judeia inconstante que alegrou-se com a Sua entrada triunfal em Jerusalém, gritando: "Hosana ao Filho de Davi: bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas!" (Mt 21:9).

    Alguns foram fortemente atraídos a Jesus, mas dispostos a comprometer-se a Ele. Jo 12:42 registros que "muitos mesmo dos governantes creram nele, mas por causa dos fariseus não estavam confessando-O, por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga." O exemplo clássico de alguém que se encolheu a partir de um compromisso total a Cristo é o jovem rico:

    Como Ele estava assentado em uma viagem, um homem correu para Ele e ajoelhou-se diante dele, e lhe perguntou: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" E Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Sabes os mandamentos: 'Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não defraudar , honra teu pai e mãe. '"E ele disse-lhe:" Mestre, eu guardava todas estas coisas desde a minha juventude. " Olhando para ele, Jesus sentiu um amor por ele e disse-lhe: "Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que possui e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me." Mas com essas palavras que ele estava triste, e ele foi embora de luto, pois ele foi um dos que possuía muitos bens. (Marcos 10:17-22)

    Outros ainda eram abertamente hostis a Jesus. De acordo com Jo 7:12 alguns estavam reivindicando, "Ele leva o povo ao erro." Em seu julgamento diante de Pilatos, as autoridades judaicas "começaram a acusá-lo, dizendo:" Achamos este homem enganosa nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei '"(Lc 23:2).

    Para outros, Jesus era um louco: ou possuído por demônios, ou perturbado. Jo 10:20 registros que "muitos deles estavam dizendo, 'Ele tem um demônio e é insano. Por que você ouvi-lo?'" Os líderes judeus perguntou sarcasticamente: "Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tem ? um demônio ... Agora sabemos que tens demônio "(Jo 8:48, Jo 8:52; conforme Jo 7:20; Mt 9:34; Mt 10:25). Mesmo Sua própria família em um ponto "saiu para assumir a custódia dele; para que eles estavam dizendo, 'Ele perdeu Seus sentidos'" (Mc 3:21).

    Os fariseus e os escribas, incapaz de negar seu poder sobrenatural, e não estão dispostos a atribuí-la a Deus, ficaram com a alternativa blasfemo que Seu poder veio do próprio Satanás (Mt 0:24;. Mc 3:22; Lc 11:15) . Eles aparentemente espalhar essa mentira condenatório em todo Israel, como o evento registrado em Mateus e Marcos ocorreu na Galiléia e o descrito em Lucas meses depois, na Judéia.

    O tema comum que liga todas essas respostas inadequadas é a incredulidade-o pecado que em última análise, condena todos aqueles que rejeitam a Jesus Cristo. Jo 3:18 diz: "Quem nele crê não é julgado;. Aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" Jesus repreendeu aqueles que repetidamente se recusou a acreditar nele:

    Você não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou. (Jo 5:38)

    Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, você vai recebê-lo. (Jo 5:43)

    Mas eu disse a você que você viu-me, e ainda não acredito. (Jo 6:36)

    Mas porque eu digo a verdade, você não acredita em mim. (Jo 8:45)

    Jesus respondeu-lhes: "Eu disse a você, e você não acredita;.. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim Mas você não credes, porque não sois das minhas ovelhas" (João 10:25-26)

    Mas em contraste com a incredulidade dos perdidos, aqueles a quem o Pai deu a Jesus (Jo 6:37) responder por acreditar totalmente em Suas reivindicações e ensino. Eles vão receber todas as bênçãos da salvação, a vida eterna, o perdão dos pecados, e adoção de filhos de Deus:

    Quem acredita que vai nele tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. (João 3:15-17)

    Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. (Jo 3:36)

    Verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. (Jo 5:24)

    Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê nele tenha a vida eterna, e eu Eu o ressuscitarei no último dia. (Jo 6:40)

    Verdade, em verdade vos digo que aquele que crê tem a vida eterna. (Jo 6:47)

    Dele todos os profetas dão testemunho de que em Seu nome todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados. (At 10:43; conforme At 13:39)

    Porque não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. (Rm 1:16)

    Aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus, e todo aquele que ama o Pai ama o filho nascido dele. (1Jo 5:1) (Mt 16:16.), Os discípulos (Mt 14:33.), Uma mulher samaritana (João 4:28-29) e os outros de sua aldeia (Jo 4:42), um homem cego a quem Jesus curou (João 9:35-38), as mulheres que visitaram o túmulo vazio (Mt 28:9). At 1:14 relatos de que os irmãos de nosso Senhor passou a acreditar depois da ressurreição (conforme Jo 7:5). O Antigo Testamento termina com a profecia de Malaquias do profeta Elias, como vir antes do Dia do Senhor (Ml 3:1.), O que o anjo do Senhor disse a Zacarias que se refere o João (Lc 1:17). Em terceiro lugar, o anjo do Senhor veio do céu para dizer a Zacarias que ele e Elisabete teria um filho que seria o arauto do Messias (Lucas 1:8-17). Em quarto lugar, o Espírito Santo encheu Zacharias para profetizar sobre João (Lucas 1:67-79). Em quinto lugar, o Batista foi enviado do Senhor no momento divinamente designado para iniciar seu ministério público (Lc 1:80).

    João foi o primeiro profeta verdadeiro (Mt 14:5) para aparecer em Israel em 400 anos, e seu corajoso, confrontadora pregação criou uma sensação. Mc 1:5). Mesmo que o rei ateu reconheceu que João "era um homem justo e santo, ... e quando ele ouviu, ele estava muito perplexo, mas ele gostava de ouvi-lo" (Mc 6:20). Lucas registra, no entanto, que Herodes tinha João preso por confrontar o seu pecado. Mateus 14:1-12 dá conta da decapitação de João de Herodes.

    Porque a missão de João era também para anunciar a chegada do Messias, "ele estava pregando, e dizendo: 'Depois de mim One está chegando que é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de, abaixando-desatar a correia de suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo "(Marcos 1:7-8). Como Herodes, os líderes religiosos judeus ficamos perplexos com João, e enviou uma delegação para interrogá-lo. Ele reiterou que sua missão era para anunciar a chegada do Messias. O apóstolo João registra o seu testemunho em 1: 19-36 (conforme Mt 3:1-12; Lucas 7:18-23.).

    O ministério do Batista despertou tanto entusiasmo que, embora ele disse de si mesmo em relação a Cristo, "One está chegando que é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de desatar a correia de suas sandálias" (Lc 3:16), um culto de seguidores devotos cresceu em torno dele (conforme Jo 3:25). Infelizmente, alguns foram dedicados a João, em vez de o Messias cuja chegada, proclamou. Anos mais tarde, o apóstolo Paulo encontrou alguns deles em Éfeso:

    Aconteceu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, atravessando a região superior e chegou a Éfeso, e encontrou alguns discípulos. Ele disse-lhes: "Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?"E eles disseram-lhe: "Não, nós nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo." E ele disse: "Em que fostes batizados então?" E eles disseram: "No batismo de João." Paulo disse: "João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que nEle crêem que vinha depois dele, isto é, em Jesus." Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. (Atos 19:1-5)

    Grupos de João Batista os legalistas persistiu no segundo século, e, portanto, ainda estavam por lá quando João escreveu seu evangelho. Portanto, ele salientou inferioridade de João Batista a Cristo.

    João Batista foi o maior homem que já viveu até sua época, como Jesus afirmou: "Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu ninguém maior do que João Batista!" (Mt 11:11). Ele foi o maior homem, porque Deus o escolheu para executar a tarefa mais importante a esse ponto em humano-estar história o precursor do Messias. Ele foi o primeiro a anunciar publicamente que Jesus era o Salvador (Jo 1:29). No entanto, apesar disso, ele próprio reconheceu: "Este é aquele de quem eu disse: 'Aquele que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim" (Jo 1:15). Alguns dos seus discípulos zelosos, preocupado com sua reputação,

    veio a João e disseram-lhe: "Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, eis que está batizando, e todos vão ter com ele." João respondeu e disse: "Um homem não pode receber nada menos que tenha sido dado a ele do céu. Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o Cristo', mas, 'Eu fui enviado na frente dele." Aquele que tem a esposa é o esposo;. Mas o amigo do noivo, que está presente eo ouve, regozija-se muito com a voz do esposo Então, este meu gozo foi feito completo que ele cresça e que eu diminua ".. (João 3:26-30)

    William Hendriksen ressalta o contraste entre João Batista e Jesus:
    Cristo era ( PT ) desde toda a eternidade; João veio ( egeneto ).

    Cristo é a Palavra ( ho logos ); João é um mero homem ( Anthropos ).

    Cristo é o próprio Deus; João é comissionado por Deus.
    Cristo é a luz real; João veio a prestar declarações relativas a luz real.
    Cristo é o objeto de confiança; João é o agente através de cujo testemunho homens passaram a confiar na luz real, mesmo Cristo. ( New Testament Commentary: O Evangelho Segundo João, Vol. 1. [Grand Rapids: Baker, 1953], 76. A ênfase no original)

    A missão de João era não se exaltar, mas para ser uma testemunha sobre Messias, para dar testemunho da luz. Ele é o primeiro de oito testemunhas que aparecem no evangelho de João; os outros são o Pai (05:37), as palavras de Jesus (08:
    18) e obras (05:36; 10:25), Escrituras do Antigo Testamento (5:39), alguns daqueles que se encontrou com Ele (4: 29), os discípulos (15:27; 19:35; 21:24), e do Espírito Santo (15:26). Os termos legal testemunha ( marturia ) e testemunhar ( manureō ) são palavras relacionadas ao fato, não opinião, como em um ambiente de sala de audiências. Os termos são usados ​​principalmente no Novo Testamento pelo apóstolo João (77 de seus 113 ocorrências são no evangelho de João, epístolas, ou Revelação).

    João é propriamente chamado o Batista porque ele foi enviado por Deus para batizar os pecadores arrependidos, em preparação para a vinda do Messias (1:31). No entanto, o propósito de tudo que ele fez foi dar testemunho de Jesus (1:15, 23, 29, 32, 34, 36; 05:33, 36), de modo que todos cressem por meio dele. As pessoas acreditam em Cristo (1: 12; 03:18; 06:29) , através do depoimento de testemunhas como João. Eles são os agentes da crença, mas Cristo é o objeto de crença. Salvação, então, como em todas as vezes era uma questão de fé em Deus e no que Ele disse (conforme Rom. 4: 1-16).

    Para contrariar qualquer exaltação falso de João Batista, o apóstolo João escreveu que ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da Luz. À primeira vista, essa declaração parece contradizer a declaração de Jesus que João Batista "era a lâmpada que ardia e brilhava e você quisestes alegrar-vos por um tempo com a sua luz "(5:35). Duas palavras gregas diferentes são usadas, no entanto. O termoLuz usada nesta passagem para se referir a Cristo Phosphorus , que se refere à essência da luz. Em 5:35, no entanto, Jesus descreveu João como um luchnos , que se refere a uma lâmpada portátil. Jesus é a Luz; João meramente refletiu-lo (veja a discussão de v 4 no capítulo 1 do presente volume.).

    Incrédulos: Testemunho Rejeitado

    Não era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Ele estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, eo mundo não o conheceu. Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam. (1: 9-11)

    Que João Batista tinha que apontar a verdadeira Luz ilustra graficamente a cegueira do mundo, pois só os cegos não podem ver a luz. Os incrédulos são cegos espiritualmente, porque, como Paulo escreveu aos Coríntios, "o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2Co 4:4; Lucas 4:17-18.).

    Cegueira do mundo descrente é imperdoável, porque Jesus era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. alethinos ( verdadeiro ) é outro termo distintamente Joanino; todos, mas cinco de seus vinte e oito usos no Novo Testamento são nos escritos de João. Refere-se ao que é real e genuíno; de acordo com a de Thayer Lexicon grego, alethinos descreve "o que tem não só o nome e aparência, mas a verdadeira natureza correspondente ao nome." O povo de Deus tinha visto reflexos da luz de Sua glória, mas em Jesus o "esplendor da sua glória" full (He 1:3; conforme Ef 4:18.).

    A frase também pode significar que Jesus é a auto-revelação de Deus da maneira mais glorioso para todos os homens que O viu ou ouviu falar sobre ele ou ler a sua história. Alguns poderiam limitar a ideia de restringir cada um somente para aqueles que o recebem. A primeira interpretação parece melhor no contexto, uma vez que se refere a aqueles no mundo que não recebê-lo, bem como aqueles que o fazem. Mesmo aqueles que nunca se tornarem filhos de Deus são responsáveis ​​pelo conhecimento de Deus e Sua luz revelado em Cristo. Apesar de todos os homens são mortos espiritualmente (Ef. 2: 1-3) e cego, eles são responsáveis ​​pelo conhecimento de Deus revelado na criação e na consciência (Rom. 2: 14-15).

    A trágica realidade é que os pecadores rejeitar a "Luz do mundo" (Jo 8:12):

    Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Para todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz para que as suas obras sejam manifestas. (João 3:19-20)

    As pessoas se recusam a vir para a luz de Jesus Cristo, porque eles amam seu pecado e não quer que ele expostos; eles são deliberAdãoente cego. Assim, apesar de Jesus estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, ainda que o mundo não o conheceu. O Criador do mundo (1:
    3) tornou-se seu Salvador (conforme 4:42), mas o mundo rejeitado Ele e, assim, não o conhecia de uma forma de poupança.

    Kosmos ( mundo ) é outro termo usado frequentemente por João; mais da metade de suas ocorrências no Novo Testamento estão em seus escritos. Ele descreve o mundo físico (v 9;. 12:25; 16:21, 28; 21:25);humanidade em geral (3:16; 6:33, 51; 12:19); e, mais freqüentemente, o sistema mal dominada por Satanás (3:19; 7: 7; 14:17, 30; 15: 18-19). É este terceiro sentido de kosmos que João tinha em mente quando escreveu que o mundo não o conheceu Cristo. Apesar de sua rejeição dEle, o mundo incrédulo vai, no entanto, um dia, ser forçado a reconhecer Jesus como Senhor (Fil. 2: 9-11) e juiz (Jo 5:22, Jo 5:27).

    Tão chocante e trágico como a rejeição do mundo de Cristo, João virou-se para o ainda maior tragédia da rejeição de Israel. Que Jesus veio para os Seus lugar pode significar o mundo que Ele criou (conforme o segundo sentido de kosmos acima). Pode significar também o Seu lugar particular, a terra da promessa dada aos judeus por meio de Abraão, incluindo o reino terrestre vindo predito pelos profetas. Ele veio para a terra de Deus, para a cidade de Davi, o terreno do templo. Os judeus haviam esperado ao longo dos séculos para o Messias e Salvador para vir. O mais trágico de tudo foi a triste realidade de que quando Ele o fez, quem fosse o seu próprio povo não o receberam. Este segundo uso próprio refere-se principalmente à nação de Israel, de quem Deus disse: "Você só tem que conhecer de tudo as famílias da terra "(Am 3:2; Ex 6:7; 1Sm 2:291Sm 2:29; 2Sm 3:182Sm 3:18;.. 1Rs 6:131Rs 6:13; 2Rs 20:52Rs 20:5; Sl 50:1; Is 1:1; Jr 2:11; Ez 11:20; Os 4:6; Ob 1:13; Mq 6:1; Sf 2:8), apesar de sua rebelião contra Ele freqüente.

    Tal como os seus antepassados, os israelitas dos dias de Jesus endureceu seus pescoços (Dt 10:16;. 2Rs 17:142Rs 17:14; 2Rs 9:29 Neh;.. Jr 7:26; Jr 17:23) e rejeitaram apesar do testemunho claro da Escrituras do Antigo Testamento (Jo 5:39). Em vez de se arrepender de seus pecados e aceitá-Lo como seu Messias, eles gritaram: "Crucifica-o! ... O seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mt 27:23, Mt 27:25).Rejeição e colaboração de Israel no assassinato de seu Messias era um tema comum na pregação apostólica. No primeiro sermão cristão sempre pregou, Pedro disse às multidões se reuniram em Jerusalém para o Dia de Pentecostes,

    Homens de Israel, ouçam estas palavras: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos sabeis-este, entregou mais pelo plano predeterminado e presciência de Deus, você pregado a uma cruz pelas mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte .... pois, toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez Senhor e Cristo-este Jesus que vocês crucificaram . (Atos 2:22-23, At 2:36; conforme 13 44:3-15'>3: 13-15; At 4:10; At 5:30; 10: 38-39; 13 27:44-13:29'>13 27:29)

    O tema da rejeição será repetido durante todo o evangelho de João.

    Os crentes: o testemunho Acreditado

    Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. (1: 12-13)

    A conjunção de ( mas ) é um pequeno ponto de apoio que marca uma mudança dramática. O ódio do mundo de Deus e rejeição de Cristo, de modo algum anula ou frustra o plano de Deus, pois Ele faz mesmo a ira dos homens louvá-Lo (Sl 76:10). Haverá alguns que receberam. Aqueles a quem Deus quis para a salvação antes da fundação do mundo (Ef 1:4, "Tudo o que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora."

    Lambanō ( recebido ) poderia ser traduzida como "tomar posse", "obter", ou "aperto". Para receber a Cristo envolve mais do que mero reconhecimento intelectual de suas reivindicações. A última cláusula do versículo 12 se refere àqueles que recebeu como aqueles que crêem no seu nome. O conceito de crer em Cristo, outro tema importante para João, será desenvolvido em várias passagens em seu evangelho (06:29; 08:30; 9: 35-36; 0:36, 44; 14: 1; 16:. 9; 17:20; conforme 1Jo 3:23; 1Jo 5:13Seu nome refere-se à totalidade do ser de Cristo, tudo o que Ele é e faz. Assim, não é possível separar a Sua divindade de Sua humanidade, a Sua sendo Salvador a partir de seu ser Deus, ou a Sua pessoa de Sua obra redentora. A fé salvadora aceita Jesus Cristo em tudo o que a Bíblia revela a respeito dele.

    Embora as pessoas não podem ser salvas até que eles recebem e crêem em Jesus Cristo, a salvação não deixa de ser uma obra soberana de Deus sobre o pecador morto e cego. João simplesmente afirma que ninguém viria a crer em Jesus a menos que Ele deu -los . o direito de se tornarem filhos de Deus Eles são salvos inteiramente por "graça ... mediante a fé; e isto não vem de [si], é o dom de Deus, não como resultado de obras, para que ninguém se glorie "(Ef 2:8-9.), porque" Deus escolheu [eles] desde o princípio para a salvação "(2Ts 2:13.). Assim, eles nasceram de novo (Jo 3:3; 1Pe 1:31Pe 1:3. não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus Essas três afirmações negativas salientar o facto que a salvação não pode ser obtido através de qualquer herança racial ou étnica ( sangue), desejo pessoal ( carne), ou sistema feito pelo homem ( homem). (Ver também Mateus 8:11-12; Lc 3:1; Gl 3:28— 29.)

    A grande verdade da eleição e soberana graça é aqui introduzida de forma adequada à própria base de menção da salvação de João. Nosso Senhor vai falar desta verdade em 6: 36-47; 15:16; 17: 6-12.
    Porque todos carregar a culpa de incredulidade e rejeição, a frase , mas de Deus significa que a salvação, ou seja, receber e crer no Senhor Jesus Cristo, é impossível para qualquer pecador. Deus deve conceder o poder sobrenatural e com ela a vida divina e luz para o sem vida, pecador escurecido.

    3. A glória do Verbo encarnado (João 1:14-18)

    E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho sobre Ele e clamou, dizendo: "Este é aquele de quem eu disse:" O que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim '. "Para da sua plenitude todos nós recebemos, e . graça sobre graça Porque a lei foi dada por Moisés, a graça ea verdade vieram por Jesus Cristo Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento;. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele explicou-Lo (1. : 14-18)

    Para os primeiros cinco séculos de sua existência, a igreja primitiva defendeu a verdadeira doutrina da Encarnação. Durante esse tempo, muitos ensinamentos errôneas sobre a união hipostática (a união das naturezas divina e humana em Cristo) foram apresentados, analisados ​​e rejeitados. Por exemplo, alguns argumentaram que Jesus não tinha um espírito humano, mas sim que o Seu espírito divino, com um corpo humano. Essa visão preservada a Sua divindade, mas à custa de negar sua humanidade plena. Outros argumentaram que o divino Cristo espírito entrou no homem Jesus em Seu batismo, e deixou-o antes de sua crucificação. Outra falsa visão defendida por alguns foi a de que Jesus era um ser criado, e, portanto, inferior a Deus Pai. Ainda outros o viram como duas pessoas distintas, uma humana e outra divina; de acordo com que o ensino de Jesus era um homem no qual Deus habitou.
    Todos esses pontos de vista (e outros também) errou fatalmente ou negando plena divindade de Jesus Cristo ou a sua plena humanidade. A verdadeira igreja rejeitou-los todos em favor da visão bíblica de Jesus como o Deus-homem. O Concílio de Calcedônia (451 dC) declarou oficialmente que a verdade em uma das declarações mais famosas e importantes na história da igreja:
    Portanto, seguindo os santos Padres, todos nós com um acordo ensinar os homens a reconhecer um só e mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, ao mesmo tempo completo em Divindade e completo em masculinidade, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto também de uma alma racional e corpo; de uma substância [ homoousios ] com o Pai no que diz respeito a sua Divindade, e ao mesmo tempo de uma substância com a gente no que diz respeito a sua masculinidade; como nós em todos os aspectos, sem pecado; no que respeita à sua divindade, nascido do Pai antes dos séculos, mas ainda no que diz respeito ao seu sexo teve, por nós homens e para nossa salvação, a da Virgem Maria, o portador de Deus [ Theotokos ]; um eo mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação; a distinção de naturezas sendo, de modo algum anulada pela união, mas sim as características de cada natureza a ser preservada e se unindo para formar uma pessoa e subsistência [ hupostasis ], não como parted ou separado em duas pessoas, mas um só e mesmo Filho e unigênito de Deus da Palavra, Senhor Jesus Cristo; até mesmo como os profetas, desde os tempos mais antigos falavam dele, e nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou, e o credo dos Padres foi decretada para nós. (Citado em Henry Bettenson, ed,. Documentos da Igreja Cristã[Londres:. Oxford Univ de 1967], 51-52)

    O fato de que a igreja invisível tem necessariamente sempre realizada a uma verdadeira doutrina da Encarnação, e tem em vários momentos reiterou a afirmação de Calcedônia, não significa que esta doutrina deixou de ser aguerrido. Ele ainda é alvo de falsos mestres, cultos e religiões falsas. O apóstolo João estava claro em suas epístolas que a verdadeira visão de Jesus como divino e humano foi um marco essencial da salvação (conforme I João 1:1-3; 2: 22-24; 4: 1-3, 1Jo 4:14; 1Jo 5:1, 10-12, 1Jo 5:20; 2Jo 1:32Jo 1:3, 2Jo 1:9). Revelação abre com a glória de Cristo (1: 4-20).

    Durante todo o prólogo do seu Evangelho (1: 1-18) João declarou as verdades profundas da divindade e Encarnação de Cristo, chegando a um poderoso crescendo nestes últimos cinco versos. Eles resumem o prólogo, que por sua vez resume todo o livro. Na sua linguagem caracteristicamente simples, João expressou a gloriosa realidade da Encarnação, apontando a sua natureza, as testemunhas, e impacto.

    A Natureza da Encarnação

    E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (1:14)

    O versículo 14 é a declaração bíblica mais concisa da Encarnação, e, portanto, um dos versos mais importantes da Escritura. As quatro palavras com que ele começa, o Verbo se fez carne, expressar a realidade que, na Encarnação Deus assumiu a humanidade; o infinito tornou-se finito; eternidade entrou no tempo; o invisível tornou-se visível (conforme Cl 1:15); Criador entrou Sua criação. Deus se revelou ao homem na criação:, Escrituras do Antigo Testamento (2Tm 3:16; 2 Pe. 1: 20-21) (Rom 1 18-21.), E, acima de tudo e mais claramente, em Jesus Cristo (Hebreus 1:1-2.). O registro de sua vida e obra, e sua aplicação e importância para o passado, presente e futuro, é no Novo Testamento.

    Como observado na discussão Dt 1:1), tornou-se carne. Sarx ( carne ) não tem aqui a conotação moral negativa que, por vezes, leva (eg, Rm 8:3-9; Rm 13:14; Gl 5:13, 16-17, Gl 5:19; Ef 2:1), mas refere-se a estar físico do homem (conforme Mt 16:17; Rom.. 1: 3; 1Co 1:26; 2Co 5:162Co 5:16; Gl 1:16; Ef 5:29; Fp 1:22)...... Que Ele, na verdade, tornou-se carne afirma plena humanidade de Jesus.

    Ginomai ( tornou-se ) não significa que Cristo deixou de ser o Verbo eterno, quando Ele se tornou um homem. Embora Deus é imutável, eterna pura "ser" e não "tornar-se" como todas as Suas criaturas são, na Encarnação o imutável (He 13:8)

    Charles Wesley também capturou a maravilha da Encarnação em seu majestoso hino "Hark O Herald Angels Sing!":

     

    Velado em carne Divindade ver,
    Hail th 'divindade encarnada!
    Satisfeito como o homem com os homens para habitar,
    Jesus, o nosso Emmanuel.

     

    Alguns acharam a Encarnação tão totalmente além da razão humana de compreender que eles se recusaram a aceitá-lo. O grupo herética conhecida como os Docetistas (de dokeo ; "parecer", ou "aparecer"), aceitando o dualismo da matéria e espírito tão predominante na filosofia grega na época, considerou que a matéria era má e espírito era bom. Assim, eles argumentaram que Cristo não poderia ter tido um material (e, portanto, o mal) corpo. Eles ensinaram em vez disso, que seu corpo era um fantasma, ou uma aparição, ou que o espírito divino Cristo desceu sobre o simples homem Jesus em Seu batismo, então o deixou antes de sua crucificação. Cerinthus, adversário de João em Éfeso, foi um docetista. João se opôs fortemente Docetism, o que compromete não só a encarnação de Cristo, mas também a sua ressurreição e expiação substitutiva. Como observado anteriormente neste capítulo, em sua primeira epístola, alertou,

    Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos para ver se são de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Por isso, você sabe o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo. (I João 4:1-3)

    João estava tão horrorizado com a heresia de Cerinthus que, como o historiador da igreja primitiva registros de Eusébio,
    João, o apóstolo entrou de uma vez um banho para lavar; mas apurar Cerinthus estava dentro, ele saltou para fora do lugar, e fugiu da porta, não resistindo a entrar sob o mesmo teto com ele, e exortou os que com ele a fazer o mesmo, dizendo: "Vamos fugir, para que o banho cair, enquanto Cerinthus, esse inimigo da verdade, está dentro. " ( História Eclesiástica, livro III, cap. XXVIII)

    O Filho eterno, não só se fez homem; Ele também habitou entre os homens de 33 anos. Viviam traduz uma forma do verbo skēnoō , que literalmente significa "viver em uma barraca." A humanidade de Jesus Cristo não era uma mera aparência. Ele levou todos os atributos essenciais de humanidade e foi "feito à semelhança de homens" (Fm 1:2). Como o escritor de Hebreus passa a explicar: "Ele tinha que ser feito como seus irmãos em todas as coisas, para que Ele possa se ​​tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, para expiar os pecados do povo" (He 2:17). E Ele armou a sua tenda no meio de nós.

    No Antigo Testamento, Deus de tendas com Israel por meio de Sua gloriosa presença no tabernáculo (Ex. 40: 34-35) e, mais tarde, no templo (I Reis 8:10-11), e revelou-se em algumas aparições pré-encarnado de Cristo (eg, Gn 16:7-14; Ex 3:2.; Jz. 2: 1-4; 6: 11-24; 13 3:7-13:23'>13 3:23; Dn 3:25; Zc 1:11-21).. Durante toda a eternidade, Deus será novamente tenda com Seu povo redimido e glorificado:

    E ouvi uma voz vinda do trono, dizendo: "Eis aqui o tabernáculo de Deus está entre os homens, e Ele habitará [ skēnoō ] entre eles, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará entre eles, e Ele enxugará toda lágrima de seus olhos, e não haverá mais ser qualquer morte, não vai haver mais pranto, nem clamor, nem dor; as primeiras coisas passaram "(Ap 21:3-4; conforme Ap 12:12; Ap 13:6). Essa foi uma prévia da glória revelada para ser visto em seu retorno (Matt. 24: 29-30; Mt 25:31; Ap 19:11-16) e a plenitude da Sua glória celestial como a única luz da Nova Jerusalém (Ap 21:23). Mas os discípulos viram santa natureza Jesus manifesta de Deus principalmente por exibir atributos divinos, como a verdade, a sabedoria, o amor, a graça, conhecimento, poder e santidade.

    Jesus manifesta o mesmo essencial glória como o Pai, porque assim como Deus eles possuem a mesma natureza (10:30). Apesar das alegações dos falsos mestres, através dos séculos, monogenes ( unigênito) não implica que Jesus foi criado por Deus e, portanto, não é eterno. O termo não se refere a origem de uma pessoa, mas descreve-o como único, o único de sua espécie. Assim Isaque poderia ser corretamente chamado de Abraão monogenes (He 11:17), mesmo que Abraão teve outros filhos, porque Isaque sozinho era o filho do pacto. Monogenes distingue Cristo como o único Filho de Deus dos crentes, que são filhos de Deus em um sentido diferente (1Jo 3:2). Apolo "muito ajudado aqueles que pela graça haviam crido" (At 18:27). Paulo descreveu a mensagem que ele pregou como "o evangelho da graça de Deus" (At 20:24). Em Rm 3:24, ele escreveu que os crentes são "justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus", enquanto em Ef 1:7). Ele lembrou a Timóteo que Deus "nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade" (2Tm 1:9), com o resultado de que os crentes ", sendo justificados pela sua graça ... seriam feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna" (Tt 3:7). Em Cl 1:5). Paulo expressou aos Tessalonicenses sua gratidão que "Deus ha [d] escolhida [eles] desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2Ts 2:13). As pessoas são salvas quando "cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2:4..). Por outro lado, "os que perecem" irá fazê-lo ", porque não receberam o amor da verdade para serem salvos" (2Ts 2:10). Todo mundo vai "ser julgados os que não creram a verdade, mas tiveram prazer na iniqüidade" (2Ts 2:12).

    Jesus Cristo foi o completo expressão da graça de Deus. Toda a verdade necessária para salvar está disponível nele. Ele era o completo expressão da verdade de Deus, que foi apenas parcialmente revelado no Antigo Testamento (conforme Cl 2:16-17). O que foi prenunciado por meio da profecia, tipos, e as imagens se tornaram substância realizado na pessoa de Cristo (conforme Heb. 1: 1-2).

    Ele, portanto, poderia declarar: "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida .... Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, ea verdade vos libertará "(Jo 14:6).

    A vaga crença em Deus para além da verdade sobre Cristo não resultará em salvação. Como o próprio Jesus advertiu: "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (Jo 8:24).Aqueles que pensam que estão adorando a Deus, mas são ignorantes ou rejeitar a plenitude do ensinamento do Novo Testamento a respeito de Cristo, estão enganados, porque "quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (Jo 5:23 ; conforme Jo 15:23). Em sua primeira epístola João afirmou que "todo aquele que nega o Filho não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai" (1Jo 2:23; conforme 2Jo 1:92Jo 1:9, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 121-22 . itálico no original.)

    As Testemunhas da Encarnação

    João deu testemunho sobre Ele e clamou, dizendo: "Este é aquele de quem eu disse: 'Aquele que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim'." Para da sua plenitude todos nós recebemos, e graça sobre graça. (1: 15-16)

    De acordo com seu objetivo ao escrever seu evangelho (20:31), João trouxe outras testemunhas da verdade sobre o divino, preexistente, Verbo encarnado, o Senhor Jesus Cristo. Ele primeiro convidou JoãoBatista, que também testemunhou sobre Ele e clamou, dizendo: "Este é aquele de quem eu disse: 'Aquele que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim'." João testemunho será relacionado em mais detalhes a partir do versículo 19. Aqui, o apóstolo João meramente resume ele. João Batista, é claro, havia morrido muito antes de este evangelho foi escrito. Mas, como observado no Capítulo 2 deste volume, ainda havia um João Batista culto na existência. Assim como fez no versículo 8, o apóstolo observa inferioridade de João Batista a Cristo, desta vez nas próprias palavras do Batista. Em contraste com alguns de seus seguidores, ele entendeu claramente e aceitou de bom grado o seu papel subordinado.

    Isso João gritou fala da negrito natureza, pública do seu testemunho de Jesus; ele era "a voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas!" (Mt 3:3; Jo 6:14) veio depois de João no tempo; Ele nasceu seis meses mais tarde (Lc 1:26) e começou Seu ministério público depois de João começou sua. No entanto, como João reconheceu, Jesus tinha um posto mais alto do que ele fez, pois Ele já existia antes dele. A referência aqui, como nos versos 1:2, é a preexistência eterna de Jesus (conforme 8:58).

    Então João convidou o testemunho dos crentes, incluindo a si mesmo e tudo que tiver recebido a plenitude da bênção daquele que é "cheio de graça e de verdade" (v. 14). Porque em Cristo "toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (Cl 2:9.; Cl 1:28; Cl 2:10; 2Pe 1:32Pe 1:3; Lv 26:46; Dt 4:44; 5:... Dt 5:1; Atos 7:37-38), foi imbuídos de Sua glória e refletiu Seu caráter santo e justo. Portanto Paulo pôde escrever: "O que diremos, pois é o pecado lei pode nunca ser ... a lei é santa, eo mandamento é santo, justo e bom?!" (Rm 7:7; cf . 2 Cor. 3: 7-11). No entanto, se Deus foi gracioso no Antigo Testamento (por exemplo, Gn 6:8; Pv 3:34; Jr 31:1; Zc 4:7; Rom 3: 20-22; 8:. Rm 8:3; 10:. Rm 10:4; Gl 2:16; 3: 10-12; Fm 1:3; 10: 1-4); limita-se convence os pecadores de sua incapacidade para manter perfeitamente padrões justos de Deus, e condena-los para o castigo eterno da justiça divina; e revela, assim, a sua necessidade de a graça do perdão. Paulo escreveu aos Gálatas que "a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (Gl 3:24).

    Mas como Filho sobre a casa em que Moisés era apenas um servo (Heb. 3: 5-6), Jesus Cristo trouxe a plena realização de graça e de verdade (conforme a discussão de v 14 acima.). A graça de Deus no Antigo Testamento foi aplicado para os penitentes crentes em antecipação da plena revelação da Sua graça em Jesus Cristo. Na salvação de Deus Lhe verdade foi plenamente revelado e realizado. A "verdade está em Jesus" (Ef 4:21; conforme Jo 14:6; 1Tm 1:171Tm 1:17;.. He 11:27), mas o mais importante, porque para fazê-lo traria morte instantânea (Ex 33:20;. Cf . Gn 32:30;. Dt 5:26;. Jz 13:22), ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento (Jo 6:46;. 1Tm 6:161Tm 6:16; 1Jo 4:121Jo 4:12, 1Jo 4:20). É através de Jesus Cristo, a "imagem do Deus invisível" (Cl 1:15), que Deus é revelado.

    O NASB segue a leitura melhor atestada em manuscritos gregos, Deus unigênito (em vez da leitura alternativa, "Filho unigênito" encontrado em algumas traduções em inglês). É uma conclusão adequada para o prólogo, que sublinhou a divindade de Cristo e absoluta igualdade com o Pai. A expressão íntima , que está no seio do Pai, é uma reminiscência da frase pros ton Theon ("com Deus") no versículo 1 (conforme a discussão no Capítulo 1 deste volume). Ela expressa natureza compartilhada de Cristo com o Pai (conforme 17:24).

    Deus, que não pode ser conhecido, a menos que Ele se revela, tornou-se mais plenamente conhecida, porque Jesus explicou ele. Jesus é a explicação de Deus. Ele é a resposta para a pergunta: "O que é Deus?" Em João 14:7-9, Jesus declarou que a verdade aos Seus discípulos obtusos:

    "Se você me tivesse conhecido, teria conhecido meu Pai; a partir de agora o conheceis, eo tendes visto." Filipe disse-lhe: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso é o suficiente para nós." Jesus disse-lhe: "Estou há tanto tempo convosco, e ainda assim você não chegaram a conhecer-me, Filipe Quem me vê a mim vê o Pai;? Como você pode dizer: 'Mostra-nos o Pai'"

    Explicado traduz uma forma do verbo exēgeomai , a partir do qual a palavra Inglês "exegese" (o método ou prática de interpretar as Escrituras) deriva. Jesus é o único qualificado para exegese ou interpretar Deus ao homem, uma vez que "ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11:27)

    Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviou sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: "Quem é você?" E confessou e não negou, mas confessou: "Eu não sou o Cristo." Perguntaram-lhe: "E então? És tu Elias?" E ele disse: "Eu não sou." "És tu o profeta?" E ele respondeu: "Não." Então eles disseram-lhe: "Quem és tu, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram? O que você diz sobre si mesmo?" Ele disse: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor", como disse o profeta Isaías. " Agora eles tinham sido enviados eram dos fariseus. Perguntaram-lhe, e disse-lhe: "Por que então você está batizando, se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?" João respondeu-lhes, dizendo: "Eu vos batizo com água, mas no meio de vós está um a quem você não conhece. É Ele quem vem depois de mim, a tanga de cuja sandália não sou digno de desatar."Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. No dia seguinte, ele viu Jesus, que vinha para ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Este é aquele em nome de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que tem um posto mais alto do que Eu, por Ele existia antes de mim '. Eu não reconhecê-lo, mas para que Ele possa se manifestar toIsrael, eu vim batizando em água. " João deu testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito descer como uma pomba do céu, e pousar sobre ele. Eu não reconhecê-lo, mas o que me enviou a batizar em água disse-me: 'Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Santo. " Eu mesmo vi e já declarou que este é o Filho de Deus. " Mais uma vez, no dia seguinte, estava João com dois dos seus discípulos, e ele olhou para Jesus como Ele andou, e disse: "Eis o Cordeiro de Deus!" Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. (1: 19-37)

    O mundo antigo tinha visto muitos grandes homens. Ele havia conhecido líderes de guerra temidas, como Alexandre, o Grande; lawgivers judiciosas, como Hammurabi; pensadores profundos, como Sócrates; governantes poderosos, como Augusto César; sábios, como Salomão; e líderes religiosos nobres, como Abraão, Moisés, Davi, e os juízes e profetas de Israel. Mas o maior de todos eles era um candidato mais improvável para os padrões humanos para que a honra suprema. Ele viveu a sua vida na obscuridade no deserto, longe de sociedade e os lugares de poder e influência. Nem era rico; pela forma como ele se vestia e comeu ele identificado com os pobres (Mt 3:4). Ele também disse que toda a gente depois de João no reino era maior do que João, porque eles viviam em plenitude de toda a nova obra aliança do Messias. João morreu, do outro lado da cruz e ressurreição, apesar de seus méritos foram aplicadas a ele como a todos os santos do Antigo Testamento.

    Como mencionado no capítulo 2 deste volume, até mesmo de seu nascimento foi totalmente inesperado, uma vez que sua mãe, Elisabete, tinha sido sempre estéril, e ela e seu marido "eram ambos de idade avançada" (Lc 1:7).Quando a palavra de Deus veio a ele (Lc 3:2.), João exortava os seus ouvintes: "Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo" (Mt 3:2; Jo 3:23).

    Nesta passagem, o apóstolo João dá exemplos de testemunho de João Batista, mencionado anteriormente (1: 6-8, 15). Os eventos registrados aqui teve lugar no auge de seu ministério, posterior ao batismo de Jesus por João. Enquanto o Senhor estava no deserto, sendo tentado (Mateus 4:1-11; Lc. 4: 1-13), João continuou seu ministério de pregação do arrependimento e batismo. Em três dias sucessivos, a três grupos diferentes, enfatizou três verdades sobre Jesus Cristo.

    Primeiro dia, primeiro grupo, Primeiro Ênfase

    Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviou sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: "Quem é você?" E confessou e não negou, mas confessou: "Eu não sou o Cristo." Perguntaram-lhe: "E então? És tu Elias?" E ele disse: "Eu não sou." "És tu o profeta?" E ele respondeu: "Não." Então eles disseram-lhe: "Quem és tu, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram? O que você diz sobre si mesmo?" Ele disse: "Eu sou a voz do que clama no deserto:" Endireitai o caminho do Senhor ", como disse o profeta Isaías." Agora eles tinham sido enviados eram dos fariseus. Perguntaram-lhe, e disse-lhe: "Por que então você está batizando, se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?" João respondeu-lhes, dizendo: "Eu vos batizo com água, mas no meio de vós está um a quem você não conhece. É Ele quem vem depois de mim, a tanga de cuja sandália eu não sou digno de desatar "Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.. (1: 19-28)

    A frase de abertura, este é o testemunho de João, introduz as três contas em versos 19:37. Como observado no capítulo 1 deste volume, o substantivo marturia ( testemunho ) e do verbo relacionadomanureō ("testemunhar") são termos favoritos de João, que aparece mais de setenta e cinco vezes em seus escritos. João Batista foi a primeira testemunha chamada pelo apóstolo João para dar testemunho da verdade sobre Jesus Cristo.

    O termo judeus, embora certamente apropriado para todo o povo de Israel, é na maioria dos seus usos no evangelho de João restrita principalmente às autoridades religiosas (especialmente aqueles em Jerusalém), que eram hostis a Cristo. João fez alusão a que a hostilidade, um tema repetido, quando escreveu: "[Jesus] veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam" (01:11). Neste versículo o termo judeus provável alvo o Sinédrio, o órgão supremo em Israel (sob a autoridade suprema dos romanos). Poderosa pregação de João (incluindo sua denúncia mordaz da instituição religiosa judaica; conforme Mt 3:7-10.) E grande popularidade levou-os a enviar uma delegação para investigá-lo. Que alguns estavam começando a se perguntar se ele poderia ser o Messias (Lc 3:15) alarmado ainda mais as autoridades judaicas. Eles temiam uma revolta popular, que teria sido brutalmente reprimidos pelos Romanos (conforme João 11:47-50) e diminuiu seu poder. Portanto, este estranho profeta não só perturbou as autoridades judaicas religiosamente, mas também politicamente.

    A delegação enviada para investigar João era composta de sacerdotes e levitas, pelo menos, alguns dos quais eram fariseus (veja a discussão sobre v. 24 abaixo). Os sacerdotes eram os intermediários humanos entre Deus eo homem, e oficializou as cerimônias religiosas (conforme Lc 1:8-9). Eles também foram as autoridades teológicas em Israel. Quando eles não estavam servindo no templo para o seu de duas semanas dever anual, eles viveram por toda a terra como especialistas locais sobre religião. Os levitas ajudaram os sacerdotes nos rituais do templo (conforme Nu 3:1). Uma vez que a força policial templo foi feita de levitas (conforme 07:32; Lc 22:4) teria ainda lembrou seus ouvintes de Elias (conforme 1Rs 18:18, 1Rs 18:21; 21: 17-24) .

    Mas, para a questão de saber se ele era Elias João também respondeu: "Eu não sou." Ele não era Elias, pelo menos não no sentido literal que ele sabia que seus interrogadores significava; ele não foi Elias retornou à Terra do céu onde ele tinha ido em um turbilhão (2Rs 2:11). No entanto, havia um sentido em que João era Elias, como Jesus explicou aos seus discípulos:

    E seus discípulos lhe perguntaram: "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E ele, respondendo, disse: "Elias virá e restaurará todas as coisas, mas eu digo-vos que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram Assim também o Filho do Homem vai. sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista.(Mateus 17:10-13.)

    João não era, na verdade, Elias como os judeus esperavam; ao invés disso ele era Elias-like, vindo "no espírito e poder de Elias" (Lc 1:17). Como observado acima, João pregou com a mesma ousadia e poder como Elias fez. Teve o povo judeu acreditava que sua mensagem e aceite Jesus como o Messias, João teria sido o cumprimento da profecia de Malaquias. "Se você estiver disposto a aceitá-lo", declarou Jesus, "o próprio João é o Elias que havia de vir" (Mt 11:14). Com estas palavras, Jesus interpretou a profecia de Malaquias como se referindo a um semelhante a Elias, e não ao próprio profeta. A resposta de João para a delegação também pode sugerir que ele não entendeu-se ser Elijah mesmo no sentido de que Jesus afirmou que ele era. Leon Morris observa,

    Nenhum homem é o que ele está em seus próprios olhos. Ele realmente é apenas como ele é conhecido por Deus. Em um momento posterior Jesus igualou João com o Elias da profecia de Malaquias, mas isso não quer levar com ele a implicação de que o próprio João tinha conhecimento da verdadeira posição .... Jesus confere a João, seu verdadeiro significado. Nenhum homem é o que ele mesmo pensa que é. Ele é apenas o que Jesus sabe que ele seja. ( O Evangelho Segundo João, O Novo Comentário Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 135-36)

    A próxima consulta, ? És tu o profeta veio a profecia de Moisés, em Deuteronômio 18:15-18 sobre um profeta como ele, que viria e falar a palavra de Deus. Não houve consenso no judaísmo do primeiro século sobre a identidade exacta de que Profeta (conforme Jo 6:14; Jo 7:40). Alguns acreditavam que ele, como Elias, seria um precursor do Messias (possivelmente Jeremias ou um dos outros profetas ressuscitado;. Conforme Mt 16:14); outros o viam como o próprio Messias. O último ponto de vista é o correto, já que ambos Pedro (Atos 3:22-23) e Estevão (At 7:37) aplicada Deuteronômio 18:15-18 para Jesus. Assim, João negou ser o profeta, respondendo simplesmente, "Não"

    Frustrado pela seqüência de concisas respostas, negativos de João e fora das opções óbvias, os membros exasperados da delegação finalmente disse-lhe: "Quem é você, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram?" À luz da popularidade de João (e, assim, sua ameaça às autoridades), eles precisavam de uma positiva resposta dele para incluir em seu relatório a quem enviou -los.Desistindo de tentar adivinhar quem ele poderia ser, eles exigiram, "O que você diz sobre si mesmo?"

    A resposta de João foi, sem dúvida, não é o que a delegação esperava ouvir. Ao invés de reclamar de ser alguém importante, ele humildemente referiu a si mesmo apenas como uma voz do que clama no deserto. Leon Morris observa,

    "O ponto da citação é que ele não dá destaque ao pregador o que quer. Ele não é uma pessoa importante, como um profeta ou o Messias. Ele não é mais do que uma voz (compare com a referência a Jesus como" a Palavra ") . Ele é uma voz, por outro lado, com apenas uma coisa a dizer .... 'Endireitai o caminho do Senhor "é uma chamada para estar pronto, para a vinda do Messias está próximo." ( O Evangelho Segundo João, 137)

    Auto-humilhação de João é uma reminiscência de Paulo, que se viram como "o mínimo de todos os santos" (Ef 3:81Co 15:9). Ele também está em sintonia com Jesus 'admoestação: "Então, você também, quando você faz todas as coisas que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos ter feito'" (Lc 17:10, Ez 36:33; Ez 37:23; Zc 13:1 anos mais cedo que o caminho estava a ser preparado para a vinda do Messias estava sendo cumprida. E não seria econômico, militar ou política. A próxima conversa prova que seria uma libertação e um reino que era profundamente espiritual.

    Segundo dia, segundo Grupo, segunda ênfase

    No dia seguinte, ele viu Jesus, que vinha para ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Este é aquele em nome de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que tem um posto mais alto do que Eu, por Ele existia antes de mim '. Eu não reconhecê-lo, mas para que ele fosse manifestado a Israel, vim batizando em água. " João deu testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito descer como uma pomba do céu, e pousar sobre ele. Eu não reconhecê-lo, mas o que me enviou a batizar em água disse-me: 'Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Santo. " Eu mesmo vi e já declarou que este é o Filho de Deus. " (1: 29-34)

    A frase do dia seguinte apresenta uma seqüência de dias, que continua nos versículos 35:43-2: 1. Aparentemente, os eventos da entrevista de João com a delegação de Jerusalém para o milagre de Caná (2: 1-11) (vv 19-28.) Durou uma semana. No dia seguinte, ele falou com a delegação, João viu Jesus, que vinha para ele. Fiel ao seu dever como um arauto, e definindo um momento redentor momentoso, João chamou imediatamente a atenção da multidão a Ele, exclamando: "Eis o Cordeiro de Deus. " Esse título, usado apenas nos escritos de João (conforme v 36; Ap 5:1; Ap 6:9, Ap 7:17; Ap 14:4; Ap 15:3; Ap 19:9; Ap 22:1), é o primeiro de uma série de títulos dados a Jesus nos versículos seguintes deste capítulo; o resto incluem Rabbi (vv. 38, 49), Messias (v. 41), Filho de Deus (vv. 34, 49), o rei de Israel (v. 49), Filho do Homem (v. 51), e " Aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e os Profetas escreveu-Jesus de Nazaré, filho de José "(v. 45). Isso não era uma suposição por parte de João, mas foi revelação de Deus que era absolutamente verdade, como a vida, morte e ressurreição de Jesus provou.

    O conceito de um sacrificial Lamb era algo familiar para o povo judeu. Ao longo da história de Israel, Deus tinha revelado claramente que o pecado e separação de Deus só podia ser removido por sacrifícios de sangue (conforme Lv 17:11). Sem o perdão do pecado poderia ser concedido por Deus para além de um substituto aceitável morrer como um sacrifício. Eles sabiam de confiança de Abraão que Deus providenciaria um cordeiro para oferecer no lugar de Isaque (Gn 22:7-8). Um cordeiro foi sacrificado na Páscoa (Ex. 12: 1-36; Mc 14:12) (Ex. 29: 38-42), nos sacrifícios diários no tabernáculo e mais tarde no templo, e como oferta pelo pecado por indivíduos (Lev. 5: 5-7). Deus também deixou claro que nenhum desses sacrifícios foram suficientes para tirar o pecado (conforme Is 1:11). Eles também estavam cientes de que a profecia de Isaías comparou Messias "um cordeiro que é levado ao matadouro" (Is 53:7; 1Pe 1:191Pe 1:19). Embora Israel procurou um Messias que seria um profeta, rei e conquistador, Deus teve que enviar-lhes um Cordeiro. E Ele o fez.

    O título Cordeiro de Deus prenuncia último sacrifício de Jesus na cruz para o pecado do mundo. Com esta breve declaração, o profeta João deixou claro que o Messias tinha chegado a lidar com o pecado.O Antigo Testamento está cheio com a realidade de que o problema é o pecado e é no coração de cada pessoa (Jr 17:9 é baseado em revelação do Antigo Testamento. Como observado na discussão de 1: 9-11 no capítulo 2 deste volume, kosmos ( mundo ) tem uma variedade de significados, no Novo Testamento. Aqui se refere à humanidade em geral, a todas as pessoas sem distinção, que transcende todas as fronteiras nacionais, raciais e étnicas. O uso do termo singular pecado com o substantivo coletivo mundo revela que o pecado é mundial, então o sacrifício de Jesus é suficiente para todas as pessoas, sem distinção (conforme 1Jo 2:2), é eficaz apenas para aqueles aqueles que crêem nEle (3: 15-16, 18, ​​36; 05:24; 06:40; 11: 25-26; 20:31; Lc 8:12; At 10:43; At 13:39 ; At 16:31; Rm 1:16; 3: 21-24., 4: 3-5; 10: 9-10; 1Co 1:211Co 1:21; Gal. 3: 6-9., Gl 3:22; Ef 1:1; 1Jo 5:11Jo 5:1, Mt 25:46; 2 Tessalonicenses 1:.. 2Ts 1:9; Apocalipse 14:9-11; 20: 11— 15; conforme Ez 18:4; Mt 7:1; Jo 8:24), e apenas alguns serão salvos (13 40:7-14'>Mt 7:13-14)..

    João pela terceira vez (conforme vv. 15, 27), salientou o seu papel subordinado a Jesus, o Verbo eterno, que havia se tornado um homem, reconhecendo, "Este é aquele em nome de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim '. " João foi criado. Jesus ' maior pontuação era infinito. Ele foi quem criou tudo (1: 1-3), incluindo João.Embora João realmente nasceu antes de Jesus, Jesus existia antes dele. E apesar de João era um parente de Jesus '(provavelmente seu primo), uma vez que suas mães foram relacionados (Lc 1:36), ele ainda não reconhecê-Lo como o Messias até que ele batizou, de modo que Ele fosse manifestado a Israel. Por que a maioria significativa de batismos todos de João, ele declarou: "Eu vim batizando em água", embora ele estava relutante em batizar Jesus (Mt 3:14). Foi no batismo de Jesus que Deus, que enviou João para batizar na água, nos revelou plenamente Jesus como o Messias através de um sinal previamente combinado. João deu testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito descer como uma pomba do céu, e ele permaneceu em cima Ele " (conforme Mt 3:16;. Mc 1:10; Lc 3:22). Esse sinal foi a prova sobrenatural da messianidade de Jesus, porque Deus tinha dito a João, "Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Santo."

    Como Pedro (Mt 16:17), João compreendeu que Jesus realmente era apenas através da revelação divina. Que Jesus é muito maior do que João é reforçada em que Ele batiza no Espírito Santo.

    Pela sexta vez em seu evangelho (conforme 1: 7, 8, 15, 19, 32), João, o apóstolo refere-se ao testemunho de João Batista a Cristo, registrando sua afirmação, "Eu mesmo vi e já declarou que este é o Filho de Deus. " Como observado no capítulo 1 deste volume, testemunha, ou testemunhar, é temática neste evangelho. O testemunho de João, no versículo 34 é uma conclusão adequada para esta seção, como a narrativa faz a transição dele para Jesus. . Embora os crentes estão em um número limitado de crianças sentido de Deus (Mt 5:1; Rm 8:14, Rm 8:19; Gl 3:26; conforme Jo 1:12; Jo 11:52; Rm 8:16, Rm 8:21; Rm 9:8; 1 João 3:1-2., 1Jo 3:10), Jesus é exclusivamente o Filho de Deus , em que somente Ele compartilha da mesma natureza que o Pai (1: 1; 5: 16-30; 10: 30-33; 14: 9; 17:11; 1Jo 5:20).

    Para sua primeira ênfase-Messias está aqui-João adicionou uma exortação igualmente convincente: reconhecê-lo pelo que Ele é, o Filho de Deus, o Messias, o Cordeiro do sacrifício final para o pecado do mundo.

    Terceiro dia, terceiro grupo Third Ênfase

    Mais uma vez, no dia seguinte, estava João com dois dos seus discípulos, e ele olhou para Jesus como Ele andou, e disse: "Eis o Cordeiro de Deus!" Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. (1: 35-37)

    A frase do dia seguinte continua a sequência de dias acima descritas em relação com o versículo 29. Este é agora o terceiro dia na seqüência, o segundo depois do encontro de João com a delegação de investigação a partir de Jerusalém. O terceiro grupo é o menor, consistindo apenas em duas das de João discípulos (André [v. 40] e João [que nunca ele mesmo nomes em seu evangelho]). João olhou para Jesus, que passava nas proximidades e repetida aos seus discípulos que ele tinha proclamado às multidões no dia anterior, "Eis o Cordeiro de Deus!" Depois de ouvir o professor falar novamente essas palavras poderosas, os dois discípulos seguiram Jesus. A disposição de João para entregá-los sem hesitação sobre a Ele é mais uma prova de sua humildade modesto e completa aceitação de seu papel subordinado.

    Que os dois discípulos seguiram Jesus não implica que eles se tornaram seus discípulos permanentes neste momento. É verdade que akoloutheō ( seguidas ) é usado no Evangelho de João para significar "a seguir como um discípulo" (eg, 08:12; 10:27; 12:26; 21:19;. conforme Mt 4:20, Mt 4:22 ; Mt 9:9.).

    Terceiro ênfase de João decorre logicamente seu primeiro dois. Desde o Messias, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus, está aqui, a única resposta adequada é a segui-Lo.
    Tendo servido o seu propósito como um testemunho da verdadeira identidade de Jesus, João Batista agora sumiu de cena (para além de uma breve menção em 3:. 23 ss). O resto do evangelho incide sobre o ministério de Jesus, algo que o próprio Batista teria aprovado. Como ele disse a alguns de seus discípulos que estavam com ciúmes por sua reputação,

    Um homem não pode receber nada menos que tenha sido dado a ele do céu. Vocês mesmos são testemunhas de que eu disse: "Eu não sou o Cristo", mas, "Eu fui enviado na frente dele." Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do noivo, que está presente eo ouve, regozija-se muito com a voz do esposo. Então, este meu gozo foi completo. Ele deve crescer, mas eu diminua. (João 3:27-30)

    Ele fez diminuição e, enquanto estava na prisão se perguntando como que se encaixam prisão com a glória antecipada do reino do Messias, foi atingido com dúvidas sobre Jesus ser o Messias. O Senhor graciosamente dissipou essas dúvidas, informando o registro de seus milagres (Mt 11:2-5.; Lucas 7:19-22).

    5.  A Balança da Salvação (João 1:38-51)

    E Jesus virou-se e viu que o seguiam, perguntou-lhes: "Que procurais?" Responderam-lhe: "Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?" Ele disse-lhes: "Vinde, e você vai ver." Então eles vieram e viram onde ele estava hospedado; e ficaram com ele aquele dia, pois era cerca da hora décima. Um dos dois que ouviram João falar eo seguiu, foi André, irmão de Simão Pedro. Ele achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: "Encontramos o Messias" (que traduzido quer dizer Cristo). Ele levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: "Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas" (que é traduzido Pedro). No dia seguinte Ele propôs a ir para a Galiléia, e achando a Felipe. E Jesus disse-lhe: "Segue-Me." Agora Filipe era de Betsaida, da cidade de André e Pedro. Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: "Achamos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e os Profetas escreveu-Jesus de Nazaré, filho de José".Natanael disse-lhe: "Alguma coisa boa pode vir de Nazaré?" Filipe disse a ele: "Vinde e vede". Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!" Natanael disse-lhe: "Como é que você me entende?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Antes de Filipe te chamar, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi." Respondeu-lhe Natanael: "Rabi, Tu és o Filho de Deus;. Tu és o Rei de Israel" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Porque eu disse a você que eu te vi debaixo da figueira, você acredita? Você vai ver coisas maiores do que estas." E ele lhe disse: "Em verdade, em verdade vos digo que, você vai ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." (1: 38-51)

    A Bíblia revela que Deus é infinitamente além da compreensão humana. Em Isaías 55:8-9 Ele disse: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor" Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que o seu. caminhos e os meus pensamentos do que seus pensamentos. "" Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! " exclamou Paulo em Rm 11:33. "Quão insondáveis ​​são os seus juízos e inescrutáveis ​​os seus caminhos!" 5:9 pergunta retoricamente: "Você pode descobrir as profundezas de Deus você pode descobrir os limites do Todo-Poderoso? Eles são de alta como o céu, o que você pode fazer? Mais profundo que Sheol, o que você pode saber? Sua medida é maior do que a Terra e mais amplo do que o mar. " 37:5), como Jesus afirmou: "Porque o Filho do homem é ir assim como está escrito a seu respeito" (Mc 14:21). Mas isso não era desculpa para o seu pecado, que ele entrou em boa vontade (Mt 26:14-16; Jo 12:4 Jesus passou a dizer: "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido." Judas foi condenado ao inferno eterno por causa de sua escolha para trair Jesus. O registro histórico em Êxodo também mostra a interação da soberania de Deus e da responsabilidade humana, anotando dez vezes que Deus endureceu o coração de Faraó (4:21; 7: 3; 09:12; 10: 1, 20, 27; 11:10; 14 : 4, 8,
    17) e dez vezes que ele endureceu o seu próprio coração (7: 13 14:22-08:15, 19, 32; 9: 7, 34-35; 13:15).

    Outro paradoxo aparente envolve a autoria das Escrituras. A Bíblia afirma que Deus como seu autor; "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (2Tm 3:16), e "nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana" (2Pe 1:21). No entanto, Jesus introduziu uma citação do Antigo Testamento com as palavras "Moisés disse" (Mc 7:10; conforme Mc 10:3; Mt 8:4; Lc 5:14; Lc 20:37 ), e se refere ao Antigo Testamento como os escritos de Moisés e os profetas (Lc 24:27, Lc 24:44; João 5:45-46; 7: 19-23). Pedro se referiu aos escritos de Paulo como Escrituras (II Pedro 3:15-16), e observou que no processo de inspiração, "Os homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus" (2Pe 1:21). Assim, a Bíblia, embora escrito por alguns autores humanos quarenta durante um período de aproximAdãoente 1500 anos, é, contudo, um livro unificado com um autor Divino.

    A Bíblia ensina que é impossível para os crentes a viver a vida cristã por conta própria. "Você é tão tolo?" Paulo repreendeu a Gálatas. "Tendo começado pelo Espírito, que está agora a ser aperfeiçoado pela carne?" (Gl 3:3; 2Tm 4:72Tm 4:7), e da agricultura trabalho intensivo (2Tm 2:6).

    Sublinhando a responsabilidade do crente, o Novo Testamento freqüentemente descreve a vida cristã como uma caminhada de obediência (Rm 14:15; 2 Cor. 5:. 2Co 5:7; Ef 2:10; Ef 4:1; Ef 5:2, Ef 5:15; Fp 3:17; Cl 1:10; 2:. Cl 2:6; 1Ts 2:121Ts 2:12; 4:. 1Ts 4:1; 1 João 1:6-7; 1Jo 2:6). Entre as muitas obrigações da caminhada cristã são a oração (.. Rom 0:12; Ef 6:18; Cl 4:2; 1 Tm 2:.. 1Tm 2:8; Jc 5:13), leitura (. 1Tm 4:13), e estudando (At 17:11) A Bíblia, ter um temor reverencial de Deus (At 9:31; conforme 28:28; Sl 111:1:.. Sl 111:10; Pv 1:7; Pv 15:33; Mq 6:9), sendo grato (Fp 4:1; Cl 1:12 ; 3: 15-17; 1Ts 5:181Ts 5:18), sendo alegre (Rm 0:12-15; 14:17; 15:13; 2Co 13:11; Fp 2:18; 3:.... Fp 3:1 ; Fp 4:4), perdoando-vos uns aos outros (Mt 6:14-15; 18:. 21-35; Mc 11:25; Lc 17:3; Cl 3:13), e afastando-se do mal (28:28; Sl 34:14; Sl 37:27; 101:. Sl 101:4; Pv 3:7. ; Pv 16:17; Jr 18:11; 25:.. Jr 25:5; Jr 35:15; Ez 33:11; 1Pe 3:111Pe 3:11), como a mentira (Ef 4:25; Cl 3:9; Ef 5:3; Ef 4:31; Cl 3:1; Tiago 1:19— 20), o discurso abusivo (Ef 4:29; 5:. Ef 5:4; Cl 3:8), e cobiça (Ex 20:17Rom. 7: 7-8Rm 13:9; conforme Fp 4:13.). O apóstolo exemplificado que a verdade; como ele escreveu aos Colossenses, "Para este efeito, também trabalho, combatendo segundo a sua energia, o que poderosamente trabalha dentro de mim" (Cl 1:29; conforme 1Co 15:101Co 15:10; 2 Cor. 3:. 2Co 3:5; Gl 2:8). ", Alienado e hostil em mente, envolvidos em atos malignos "(Cl 1:21), inimigos de Deus (Rm 5:10), inimiga de Deus (Rm 8:7), "tolo ..., desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites, gastando [suas vidas] em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros "(Tt 3:3; 1 Sm. 2:. 1Sm 2:1; Sl 3:8; Sl 98:2; 43:11 Isa; 45: 21-22; Jn 2:9; Ap 19:1; Rom. 3: 20-30; Rm 4:5; Gl 2:16. ; 3: 8-14, Gl 3:24; Ef 1:7, 8-9; Fp 3:9; At 13:48; Rom. 8: 28-30.; Ef 1:4-5; Cl 3:12; 1Ts 1:41Ts 1:4; 2Tm 1:92Tm 1:9; 1Pe 2:9; Mc 6:12; Lc 5:32; Lc 13:3; Lc 15:7; Lc 24:47; At 2:38; At 3:19; At 17:30; At 26:20; 2Pe 3:92Pe 3:9; Lc 8:12; Jo 1:12; 3: 15-18; Jo 4:39, Jo 4:53; Jo 5:24; Jo 6:29, Jo 6:35, Jo 6:40, Jo 6:47; Jo 7:38; 9: 35-38; 11: 25-26; At 16:31; Rm 1:16; 10: 9-10.; 1 Coríntios. . 1:21; Gl 3:22; Ef 1:13; 1Tm 1:161Tm 1:16; 1Jo 3:231Jo 3:23; 5:.. 1Jo 5:1, 1Jo 5:13) é a sua responsabilidade de fazer as duas coisas. Na verdade, a Escritura condena os pecadores por não fazê-las (Mt 11:20-21; Mt 12:41; Jo 3:36; 12:. 36-40; 2Ts 2:122Ts 2:12; Jd 1:5; 1Cr 28:91Cr 28:9), porque, como Ele prometeu: "Se alguém está disposto a fazer a Sua vontade, ele saberá do ensino, se é de Deus ou se eu falo de mim mesmo "(Jo 7:17). Por outro lado, Jesus não vai comprometer-se com o insincero e hipócrita, não importa qual a sua profissão exterior podem ser:

    Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. (2: 23-25; conforme Mt 7:21-23; Lc 6:46; 13 25:42-13:27'>13 25:27.)

    Jesus nunca adiar o, candidato solicitado pelo Espírito sincero. Ele nunca estava ocupado demais para mostrar compaixão para ovelhas perdidas que estavam à procura de um pastor (Mt 9:36). Para alguém tão desesperado para ver-lhe que ele deixar de lado a sua dignidade e subiu em uma árvore Jesus disse: "Zaqueu, pressa e desce, pois hoje tenho de ficar em tua casa" (Lc 19:5) como "Ele explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras" (Lc 24:27 ). O que quer que ele disse foi o suficiente para convencê-los de que ele era de fato o Messias de Israel, como testemunho animado de André para seu irmão Pedro no dia seguinte indica (veja a discussão de vv 40-41 abaixo.).

    A referência à décima hora é a primeira menção de tempo no evangelho de João. Este detalhe oferece uma das muitas evidências de que seu autor foi testemunha ocular dos acontecimentos que ele gravou (veja a discussão sobre este ponto na 1ntrodução). A verdade que os apóstolos foram testemunhas oculares de Jesus é aquele que João salientou em sua primeira epístola: "O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da Vida. .. o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos também "(1Jo 1:1). Porque eles foram "testemunhas de todas as coisas [Cristo] fez, tanto na terra dos judeus e em Jerusalém" (At 10:39), o testemunho dos apóstolos era inatacável (conforme Lc 24:48; Jo 15:27; At 1:8; At 2:32; At 3:15; At 4:33; At 5:32; 10: 39-41; At 13:31; 2Pe 1:162Pe 1:16). Tão importante era que o testemunho de que, quando os apóstolos procurou um substituto para Judas 1scariotes, eles olharam para alguém que tinha ", acompanhado [eles] todo o tempo que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre [eles] que começa com o batismo de João até o dia em que foi recebido em cima de [os] "(Atos 1:22-23). Esse incidente marcou o início da observação direta de João da vida e ministério de Jesus.

    Versículo 40 nomes de um dos dois que ouviram João Batista falar e seguiram Jesus como André. Como observado acima, o outro discípulo era João, que ao longo de seu evangelho não é nome próprio. (Para obter informações biográficas sobre João e provas de que ele é o discípulo sem nome, consulte a introdução deste volume.) André é identificado como irmão de Simão Pedro, já que Pedro era mais conhecida do que seu irmão menos proeminente. Aqui, como em suas outras duas aparições no Evangelho de João, André traz alguém para encontrar Cristo. Em 6: 8-9, ele trouxe um garoto com pães de cevada e peixe com ele antes da alimentação dos 5:000, enquanto em 12: 20-22 ele trouxe alguns gregos para encontrá-Lo. Depois de passar o resto do dia (e, por implicação a noite) com Jesus (v. 39), André dia seguinte encontrou primeiro seu irmão Simão, e disse-lhe: "Encontramos o Messias" (que traduzido significa Cristo) . (A série de comentadores acreditam que o texto grego sugere que João também encontrou seu irmão Tiago pouco depois.) O tempo gasto com Jesus tinha convencido André e João de sua verdadeira identidade. Isso não significa, porém, que eles entenderam plenamente as implicações da messianidade de Jesus; compreensão dos discípulos de que iria crescer ao longo dos anos que passei com ele.

    Messias translitera um termo hebraico ou aramaico que, tal como o seu equivalente grego Cristo, significa "ungido". No Antigo Testamento, foi utilizado do sumo sacerdote (Lv 4:3, Lv 4:16; Lv 6:22), o rei (1Sm 12:3; 16:. 1Sm 16:6; 1Sm 24:6; 2Sm 22:51; 2Sm 23:1). Um (Mt 11:3, meio-irmãos de Jesus são listados, e um deles também foi nomeado Simon. O pai de Judas 1scariotes foi chamado Simon, bem como (Jo 6:71). Mt 26:6). E o homem recrutado para realizar parcialmente a cruz de Jesus para o Calvário era Simão, o Cirineu (Mt 27:32).

    Nosso nome completo de Simon ao nascer era de Simão Barjonas (Mt 16:17), que significa "Simão, filho de Jonas" (João 21:15-17). Nome do pai de Simão Pedro, então, era João (rendido às vezes Jonas ou Jonas). Não sabemos nada mais sobre seus pais.

    Mas note que o Senhor deu-lhe outro nome. Lucas apresenta-o desta forma: "Simon, a quem também chamou Pedro" (Lc 6:14). Escolha de Lucas de palavras aqui é importante. Jesus não se limitou a dar-lhe um novo nome para substituir o antigo. Ele "também" o nomeou Pedro. Este discípulo era conhecido, por vezes, como Simon, por vezes, como Pedro, e às vezes como Simão Pedro.

    Pedro era uma espécie de apelido. Significa "Rock". ( Petros ". um pedaço de pedra, uma pedra" é a palavra grega para) O equivalente aramaico era Cefas (conforme 1Co 1:12; 1Co 3:22; 1Co 9:5 descreve 'primeira reunião face-a-face com Simão Pedro: "Agora, quando Jesus olhou para ele, Ele disse:' Jesus Tu és Simão, filho de Jonas 5ocê será chamado Cefas" (que é traduzido, A. Stone). " Essas foram as primeiras palavras que aparentemente Jesus nunca disse a Pedro. E a partir de então, "Rock" era o seu apelido.

    Às vezes, porém, o Senhor continuou a se referir a ele como Simon de qualquer maneira. Quando você vê que na Escritura, muitas vezes é um sinal de que Pedro fez algo que precisa de repreensão ou correção.

    O apelido foi significativa, e que o Senhor tinha uma razão específica para escolhê-lo. Por natureza Simon era impetuoso, vacilante, e inconfiável. Ele tende a fazer grandes promessas que não poderia seguir com. Ele era uma daquelas pessoas que parece estocada de todo coração em alguma coisa, mas, em seguida, afiança para fora antes de terminar. Ele era geralmente o primeiro em; e, muitas vezes, ele foi o primeiro a sair. Quando Jesus o conheci, ele caber a descrição de Tiago de um homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos (Jc 1:8; Lc 4:38). Quando se fala de sua mãe-de-lei, ele faz isso em termos semelhantes: "a sogra de Simão" (Mc 1:30; Lc 4:38). Lucas 5, descrevendo a empresa de pesca, menciona "um dos barcos, que era o de Simão" (v. 3) —e Lucas diz Tiago e João eram "sócios de Simão" (v. 10). Todas essas expressões referem-se a Simon por seu nome de batismo em contextos puramente seculares. Quando ele é chamado Simon, em tal contexto, o uso de seu nome antigo geralmente não tem nada a ver com a sua espiritualidade, ou o seu caráter. Essa é apenas a maneira normal de significando de que pertencia a ele como um homem-a singular obra, a sua casa, ou a sua vida familiar. Estes são chamados de coisas "de Simon".

    A segunda categoria de referências onde ele é chamado Simon é visto sempre que Pedro estava exibindo as características de sua auto-regenerado quando ele estava pecando em palavra, atitude ou ação.Sempre que ele começa a agir como seu antigo eu, Jesus e os escritores do Evangelho reverter para chamá-lo de Simon. Em Lc 5:5, prevendo a traição de Pedro, Jesus disse: "Simão, Simão! Na verdade, Satanás pediu para você, que ele vos cirandar como trigo." Mais tarde, no Jardim do Getsêmani, quando Pedro deveria ter sido vigiando e orando com Cristo, ele adormeceu. Marcos escreve: "[Jesus] veio e os encontrou dormindo, e disse a Pedro:" Simão, você está dormindo? Não pudeste vigiar uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca "(Marcos 14:37-38). Assim, normalmente, quando Pedro precisava repreensão ou advertência, Jesus se referiu a ele como Simon. Deve ter alcançado o ponto onde sempre que o Senhor disse: "Simon," Pedro encolheu. Ele deve ter pensado, por favor, me chame de Rock! E o Senhor poderia ter respondeu: "Eu vou chamá-lo balançar quando você age como uma rocha."

    É óbvio que as narrativas do Evangelho que o apóstolo João conhecia Pedro muito, muito bem. Eles eram amigos de longa data, colegas de trabalho e vizinhos. Curiosamente, no Evangelho de João, João refere-se ao seu amigo quinze vezes como "Simão Pedro." Aparentemente, João não poderia fazer a sua mente que o nome de usar, porque ele viu ambos os lados do Pedro constantemente. Assim, ele simplesmente colocar os dois nomes juntos. Na verdade, "Simão Pedro" é o que se chama Pedro no endereço de sua segunda epístola: "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo" (2Pe 1:1).

    Depois da ressurreição, Jesus instruiu seus discípulos a voltar para a Galiléia, onde planejava aparecer para eles (Mt 28:7). Por três vezes, Pedro afirmou seu amor.

    Essa foi a última vez que Jesus já teve de chamá-lo de Simon. Poucas semanas depois, no dia de Pentecostes, Pedro e os demais apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo. Foi Pedro, a Rocha, que se levantou e pregou naquele dia.
    Pedro era exatamente como a maioria dos cristãos, tanto carnal e espiritual. Ele sucumbiu aos hábitos da carne, às vezes; ele funcionou no Espírito outras vezes. Ele era pecaminoso, por vezes, mas outras vezes ele agiu como um homem justo deveria agir. Este homem, às vezes vacilante Simon, por vezes, Pedro-era o líder dos Doze. ([Nashville: W. Publishing Grupo, 2002], 33-37 Ênfase no original Veja este mesmo livro para informações biográficas sobre o resto dos Doze...)
    Buscando almas sempre vai encontrar Cristo receptivo; como mais tarde prometeu: "Tudo o que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (06:37).

    O Salvador Procuro

    No dia seguinte Ele propôs a ir para a Galiléia, e achando a Felipe. E Jesus disse-lhe: "Segue-Me." Agora Filipe era de Betsaida, da cidade de André e Pedro. Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: "Achamos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e os Profetas escreveu-Jesus de Nazaré, filho de José". Natanael disse-lhe: "Alguma coisa boa pode vir de Nazaré?" Filipe disse a ele: "Vinde e vede". Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!" Natanael disse-lhe: "Como é que você me entende?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Antes de Filipe te chamar, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi." Respondeu-lhe Natanael: "Rabi, Tu és o Filho de Deus;. Tu és o Rei de Israel" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Porque eu disse a você que eu te vi debaixo da figueira, você acredita? Você vai ver coisas maiores do que estas." E ele lhe disse: "Em verdade, em verdade vos digo que, você vai ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." (1: 43-51)

    Ao contrário dos primeiros discípulos (André, João, Pedro, e, possivelmente, Tiago), que foram introduzidas para Jesus por outra pessoa, Jesus tomou a iniciativa de chamar Filipe. Em todo o caso, quem inicia o contato, aqueles que vêm a Cristo fazê-lo apenas porque Deus em primeiro lugar procurou-los. Em Jo 6:44 Jesus disse: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer", enquanto em 15:16 Ele acrescentou: "Você não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei." Que Jesus encontrou Filipe e ... disse-lhe: "Segue-Me" estabelecido que ele foi criado por ninguém, nem ele olhar para Jesus, mas o contato foi iniciado pelo próprio Senhor. Embora este seja diferente dos outros, serem levadas à Jesus por outro refere-se apenas ao contato humano, e não a eleição divina soberana por Deus. Isso é verdade para todos que vem Salvadora para Jesus. A resposta de Filipe da fé não é registrado, mas certamente teve lugar.

    A frase do dia seguinte indica que ele é agora o dia depois de André encontrou Pedro eo levou ao encontro de Jesus. Jesus propôs deixar a seção do rio Jordão, onde João Batista estava ministrando e ir para a Galiléia. Quando Jesus reuniu Filipe não é indicado, mas ele, como André, Pedro e João, era galileu. Ele era de Betsaida, uma vila de pescadores (seu nome significa "casa de pesca", ou "casa do pescador") localizada na costa nordeste do Mar da Galiléia, não muito longe de Cafarnaum. Betsaida foi também a cidade natal de André e Pedro que, embora mais tarde mudou-se para Cafarnaum (Mc 1:21, Mc 1:29), manteve-se identificado com a aldeia onde eles cresceram. Da mesma forma, Jesus foi associado com Nazaré (Mt 26:71; Lc 18:37; At 10:38; At 26:9).

    Como André, Filipe não conseguiu manter a boa notícia sobre Jesus para si mesmo, mas fui imediatamente e encontrou seu amigo Natanael. "parte de Filipe no chamado de Natanael é como o de André no chamado de Pedro, e que de Pedro e André em . seu próprio One tocha acesa serve para acender outro; assim a fé se propaga "(Frederic Louis Godet, Comentário ao Evangelho de João [Separata; Grand Rapids: Kregel, 1985], 331-32). Nathanael ("Deus deu") é chamado Bartholomew nos Evangelhos Sinópticos, que nunca usar o nome de Natanael, assim como João nunca usa Bartolomeu. Evidentemente Natanael era seu nome de batismo e Bartholomew (Bar-Tolmai; "filho de Tolmai") ​​o seu sobrenome. Nas listas dos doze apóstolos nos Evangelhos sinópticos, seu nome segue imediatamente do Filipe. De João outro apenas menção a ele observa que ele era da aldeia de Caná da Galiléia (21: 2).

    Tendo encontrado Nathanael, Filipe animAdãoente disse-lhe: "Achamos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e os Profetas escreveu-Jesus de Nazaré, filho de José." O uso do pronome plural quemostra que Filipe agora incluído o próprio como um dos seguidores de Jesus. A lei e os profetas é a designação comum do Novo Testamento sobre o Antigo Testamento (05:17 Matt 07:12-11:13 22:40; Lc 16:16; At 13:15; At 24:14; At 28:23). Ciente de amor intenso de Natanael de Escrituras do Antigo Testamento, Filipe declarou que ele havia encontrado Aquele que os cumprida (conforme 05:39; Deut. 18: 15-19; Lucas 24:25-27, 44-47; At 10:43; 26: 22-23.; Rm 1:2; 1 Pedro 1: 10-11.; Ap 19:10). Como observado na discussão do versículo 45, Jesus foi muitas vezes associada a Nazaré, onde ele cresceu. Identificação de Filipe dele como o filho de José não deve ser interpretado como uma negação do nascimento virginal de Cristo (como o foi pelos judeus incrédulos em 6:42). Ele pode sugerir, porém, que Jesus não tinha revelado que a verdade aos discípulos durante o breve tempo que haviam passado com Ele. Filipe identificado Jesus a maneira como as pessoas naquele dia eram normalmente identificados, com o nome de seu pai e da aldeia de onde vieram. Assim, Jesus era comumente visto como o filho de José (Lc 3:23), que Ele era legalmente, embora não biologicamente.

    Ceticismo inicial de Natanael espelha a de Tomé no final do Evangelho de João (20: 24-25). Sua resposta dúbia a Filipe: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" reflete sua incredulidade que o Messias poderia vir de uma tal cidade insignificante, de que Moisés e os profetas não disse nada (Nazaré não é mencionada no Antigo Testamento, o Talmud, o Midrash, ou quaisquer escritos gentios contemporâneos). Ele também mostra o seu desdém para a cidade em si; assim como os judeus desprezavam os galileus em geral (conforme 07:52; At 2:7, A Commentary New American. [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 146. Os itálicos no original)

    Jesus descreveu Nathanael como um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! Seu ponto era que sem corte de Natanael, a resposta honesta a Filipe revelou a sua falta de duplicidade e sempre disposta a examinar as alegações de Jesus para si mesmo. Jesus pode ter sido aludindo ao Jacó (e, por implicação a nação descende dele), que, em contraste com Natanael, foi um enganador (Gn 27:35; Gn 31:20). Mas ao contrário de muitos de seus compatriotas judeus, que eram hipócritas (Mt 6:2, Mt 6:16, Mt 6:15.: Mt 6:7; Mt 22:18; Mt 23:13; 9: 6-7.)

    São aqueles que continuam na palavra de Jesus que são Seus verdadeiros ( alēthōs ) seguidores (08:31). Natanael era um verdadeiro discípulo, desde o início, como sua resposta deixa claro.

    Surpreso por Jesus "reconhecimento onisciente dele, Natanael exclamou: "Como é que você me entende?" Jesus 'resposta foi ainda mais chocante: "Antes de Filipe te chamar, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi." Não só Jesus resumir com precisão o caráter de Natanael sem ter o conheci, Ele também apresentou um conhecimento sobrenatural de informações que só ele conhece. O mais provável é que a figueira em questão era o lugar onde Natanael estudado e meditado sobre as Escrituras do Antigo Testamento. Não só Jesus sobrenaturalmente ver a localização física de Nathanael, mas Ele também viu no seu coração (conforme Sl 139:1-4.).

    O que aconteceu debaixo da figueira, conhecimento sobrenatural de Jesus sobre ele seja removido dúvida de Natanael. Esmagado pela onisciência de Jesus, ele respondeu ele, "Rabi, Tu és o Filho de Deus;. Tu és o Rei de Israel" Nesse explosão de fé confiante, Natanael reconheceu Jesus como o Messias esperado. Os dois títulos são usados ​​também do Messias no Salmo 2:6-7: ". Mas, quanto a mim, eu tenho o meu Rei sobre Sião, meu santo monte Eu certamente irá contar do decreto do Senhor: Ele me disse: "Tu és meu Filho, hoje te gerei".

    O propósito de João ao escrever seu evangelho foi para que as pessoas "podem acreditar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" (20:31), que compartilha a mesma natureza de Deus (1: 1). Para o primeiro testemunho de João Batista que Jesus é o Filho de Deus (1:34), o apóstolo acrescentou que de Natanael. O uso do artigo definido indica que o título aqui é utilizado em seu sentido mais amplo, afirmando a igualdade absoluta de Jesus com Deus. Ao longo de seu ministério terreno, os seguidores de Jesus repetidamente reconheceu que Ele era o Filho de Deus (conforme 6:69; 11:27; 14:33 Matt;. 16:16; conforme Lc 1:32, Lc 1:35), com um crescente compreensão das riquezas do que a verdade maravilhosa.

    O Velho Testamento descreve o Messias como o Rei de Israel em passagens como Sf 3:15 ("O Senhor levou Seus julgamentos contra você, Ele tem varrido seus inimigos. O Rei de Israel, o Senhor, está no meio de vós , você terá medo de desastres no more "), Zc 9:9). O ponto desta declaração é que Jesus é o elo entre o céu ea terra, o revelador da verdade celestial para os homens (01:17; 14: 6; Ef 4:21.), O "único mediador entre Deus ... e os homens "(1Tm 2:5; 0:24.) e melhor (He 8:6 Ele declarou a Nicodemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu: o Filho do Homem" (conforme 06:33, 38, 41-42, 50-51, 58, 62 ; 13 3:16-28; 17: 8). Essa verdade se tornaria cada vez mais claro para Nathanael eo resto dos discípulos como eles observaram a vida e ministério de Jesus.

    Este é o primeiro de treze ocorrências no evangelho do título de João Filho do Homem, a maneira favorita de Jesus de se referir a si mesmo (Ele fez isso cerca de oitenta vezes nos Evangelhos). No evangelho de João, ele é associado com o sofrimento de Jesus e da morte (03:14; 08:28; 12:34), Sua provisão de salvação (06:27, 53), e Sua autoridade para julgar (5:27; 9 : 35, 39). No futuro, o Filho doHomem vai receber o reino do Ancião dos Dias (13 27:7-14'>Dan. 7: 13-14). Como em seus outros títulos desta seção, Nathanael (e os outros que estavam presentes) não compreendeu imediatamente o pleno significado do que significava para Jesus ser o Filho do Homem.

    Esta passagem, que registra chamada de Seus primeiros discípulos de Jesus para a salvação, retrata o equilíbrio da salvação ensinada por toda a Escritura. Salvação ocorre quando procuram almas vêm com fé para o Salvador que já buscou-los.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Introdução ao Livro de João

    JOAO

    ÍNDICE

    JOHN

    WILLIAM BARCLAY
    Título original em inglês:
    The Gospel of John

    Tradução: Carlos Biagini

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay

    ... Introduz e interpreta a totalidade dos livros do NOVO TESTAMENTO. Desde Mateus até o Apocalipse William Barclay explica, relaciona, dá exemplos, ilustra e aplica cada passagem, sendo sempre fiel e claro, singelo e profundo. Temos nesta série, por fim, um instrumento ideal para todos aqueles que desejem conhecer melhor as Escrituras. O respeito do autor para a Revelação Bíblica, sua sólida fundamentação, na doutrina tradicional e sempre nova da igreja, sua incrível capacidade para aplicar ao dia de hoje a mensagem, fazem que esta coleção ofereça a todos como uma magnífica promessa.

    PARA QUE CONHEÇAMOS MELHOR A CRISTO O AMEMOS COM AMOR MAIS 5ERDADEIRO E O SIGAMOS COM MAIOR EMPENHO

    ÍNDICE

    Prefácio

    Introdução Geral Introdução a João

    Capítulo

    1

    Capítulo

    7

    Capítulo 13

    Capítulo

    19

    Capítulo

    2

    Capítulo

    8

    Capítulo 14

    Capítulo

    20

    Capítulo

    3

    Capítulo

    9

    Capítulo 15

    Capítulo

    21

    Capítulo

    4

    Capítulo

    10

    Capítulo 16

    Notas

    Capítulo

    5

    Capítulo

    11

    Capítulo 17

    Capítulo

    6

    Capítulo

    12

    Capítulo 18

    PREFÁCIO

    Com este volume chegamos ao Evangelho Segundo São João. Gostaria de assinalar uma nova característica na disposição destes comentários. Não deixei que nenhuma das seções para cada dia se fizesse muito larga. Nos volumes anteriores pus tudo o que queria dizer sobre uma passagem na leitura atribuída a um mesmo dia. Neste volume, se havia muito que dizer sobre alguma passagem, solicitei ao leitor que passe dois ou três dias estudando à parte comigo.

    Para muita gente o Evangelho Segundo São João é o livro mais valioso da Bíblia. É um livro surpreendente. Pode-se lê-lo e amá-lo sem necessidade de comentário algum. Através de gerações as pessoas simples alimentaram o coração e a alma com ele sem contar mais que com o texto das versões comuns. Mas quanto mais estudamos João, mais riquezas nele encontramos. Houve momentos em que tive que tomá-lo, especialmente no primeiro capítulo, versículo por versículo, porque cada versículo estava pleno de riquezas. Espero e rogo que muitos encontrem a paciência necessária para realizar este estudo detalhado de João, porque só assim suas palavras revelarão todas as suas riquezas. Há em João mais de uma base que ninguém poderia esgotar em toda sua vida, muito menos em um dia.

    Ao escrever sobre João era preciso necessário incluir uma introdução bastante extensa. Não há nenhum outro livro que ganhe tanto ao ser situado no ambiente do qual emergiu. Novamente espero que quem leia este livro tenham a paciência de ler a Introdução tanto antes como depois de ter estudado o próprio evangelho.

    A literatura sobre João é muito vasta. Para quem lê inglês não há nada melhor que o volume de meu superior, o Dr. G. H. C. Macgregor, no Comentário de Moffat. É o comentário ideal para quem lê o idioma inglês. B. F. Westcott escreveu dois comentários magníficos sobre João, um sobre o texto grego e outro sobre o inglês. Há uma grande quantidade de material no comentário de J. H. Bernard no International Criticai Commentary. No comentário de Marcus Dodds no Expositor's Greek Testament pode-se encontrar muita iluminação. Entre os comentários mais antigos se sobressai o do Godet. Meu livro sucedeu a este estado antes que tenha chegado a minhas mãos o prometido comentário de C. K. Barrett, mas não é exagerado afirmar que esse é um volume que todo mundo dos investigadores do Novo Testamento espera com grande expectativa.

    Há excelentes trabalhos gerais sobre o quarto Evangelho por E. F. Scott, R. H. Strachan, W. F. Howard e C. H. Dodd. Há uma breve mas excelente Introduction to the Fourth Gospel, de Basil Redlich, que é o melhor dentro de seu tipo para quem lê inglês, e são muitos os que conhecem e apreciam a exposição sobre este Evangelho do desaparecido William Temple. Resultaria impossível expressar meu agradecimento a todos aqueles que têm escrito sobre este Evangelho.

    Queria expressar minha mais sincera gratidão a quem tem escrito a respeito dos volumes anteriores. Seu agradecimento, sua avaliação e estímulo foram uma grande ajuda; e suas sugestões e críticas me foram de grande utilidade. Minha prece é que este livro, um dos maiores do mundo, revele-nos uma maior porção de seus tesouros à medida que o estudemos juntos.

    William Barclay

    Trinity College, Glasgow,

    Escocia. Mayo, 1955.

    INTRODUÇÃO GERAL

    Pode dizer-se sem faltar à verdade literal, que esta série de Comentários bíblicos começou quase acidentalmente. Uma série de estudos bíblicos que estava usando a Igreja de Escócia (Presbiteriana) esgotou-se, e se necessitava outra para substituí-la, de maneira imediata. Fui solicitado a escrever um volume sobre Atos e, naquele momento, minha intenção não era comentar o resto do Novo Testamento. Mas os volumes foram surgindo, até que o encargo original se converteu na idéia de completar o Comentário de todo o Novo Testamento.

    Resulta-me impossível deixar passar outra edição destes livros sem expressar minha mais profunda e sincera gratidão à Comissão de Publicações da Igreja de Escócia por me haver outorgado o privilégio de começar esta série e depois continuar até completá-la. E em particular desejo expressar minha enorme dívida de gratidão ao presidente da comissão, o Rev. R. G. Macdonald, O.B.E., M.A., D.D., e ao secretário e administrador desse organismo editar, o Rev. Andrew McCosh, M.A., S.T.M., por seu constante estímulo e sua sempre presente simpatia e ajuda.

    Quando já se publicaram vários destes volumes, nos ocorreu a idéia de completar a série. O propósito é fazer que os resultados do estudo erudito das Escrituras possam estar ao alcance do leitor não especializado, em uma forma tal que não se requeiram estudos teológicos para compreendê-los; e também se deseja fazer que os ensinos dos livros do Novo Testamento sejam pertinentes à vida e ao trabalho do homem contemporâneo. O propósito de toda esta série poderia resumir-se nas palavras da famosa oração de Richard Chichester: procuram fazer que Jesus Cristo seja conhecido de maneira mais clara por todos os homens e mulheres, que Ele seja amado mais entranhadamente e que seja seguido mais de perto. Minha própria oração é que de alguma maneira meu trabalho possa contribuir para que tudo isto seja possível.

    INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE JOÃO

    O Evangelho do olho da águia

    Para muitos cristãos o Evangelho Segundo São João é o livro mais valioso do Novo Testamento. É o livro do qual mais alimentam sua mente e coração, e no qual sua alma encontra repouso. Os evangelistas costumam estar representados sobre vitrais e coisas pelo estilo com o símbolo das quatro bestas que o autor do Apocalipse viu ao redor do trono (Ap 4:7). Os emblemas se distribuem com certas variações entre os evangelistas, mas o mais generalizado é que o homem represente a Marcos, que é o mais direto, singelo e humano dos Evangelhos; o leão representa a Mateus, porque foi ele quem viu de maneira especial a Jesus como o Messias e o leão da Tribo do Judá; o boi representa a Lucas, porque o boi é o animal de serviço e sacrifício, porque Lucas viu a Jesus como o grande servidor dos homens e o sacrifício universal para toda a humanidade; a águia representa a João, porque a águia é a única das criaturas viventes que pode olhar diretamente ao Sol sem deslumbrar-se, e, entre todos os evangelistas João é o que olha em forma mais penetrante os mistérios e verdades eternas, e inclusive a própria mente de Deus. O certo é que há muitos que se encontram mais perto de Deus e de Jesus Cristo em João que em qualquer outro livro do mundo.

    O Evangelho diferente

    Basta ler o quarto Evangelho na forma mais superficial para comprovar que é muito distinto dos outros três. Omite muitas coisas que outros incluem. O quarto Evangelho não menciona o nascimento do Jesus, seu batismo e suas tentações; não nos diz nada a respeito da Última Ceia, nada do Getsêmani, nada sobre a Ascensão. Não diz uma só palavra a respeito da cura de pessoas possessas por demônios ou espíritos malignos. E, o que possivelmente resulta mais surpreendente não contém nenhuma parábola, nenhuma dessas histórias que Jesus contou e que formam uma parte de valor inapreciável nos outros três Evangelhos. Nos outros Evangelhos Jesus fala, quer nessas histórias maravilhosas, ou em frases breves, memoráveis, epigramáticas, simples, vívidas, que permanecem na memória. Mas no quarto Evangelho os discursos de Jesus costumam ocupar todo um capítulo; costumam ser pronunciamentos complicados, polêmicos, muito diferentes dos ditos vívidos, expressivos, inesquecíveis dos outros três Evangelhos. O que é ainda mais surpreendente, a versão que dá o quarto Evangelho dos fatos da vida e o ministério de Jesus freqüentemente é diferente da que aparece nos outros três Evangelhos.

    1. João dá uma versão distinta do começo do ministério do Jesus. Nos outros três Evangelhos se estabelece definitivamente que Jesus não fez sua aparição como pregador até depois de terem preso a João Batista. “Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus” (Mc 1:14; Lucas 3:18-20; Mt 4:12). Mas em João há um período bem considerável durante o qual o ministério de Jesus se sobrepõe às atividades de João Batista (João 3:22-30; 4:1-2).
    2. João dá uma versão diferente do cenário onde se desenvolveu o ministério de Jesus. Nos outros três Evangelhos o cenário principal do ministério de Jesus é Galiléia e não chega a Jerusalém até a última semana de sua vida. Em João o cenário principal do ministério de Jesus é Jerusalém e Judéia, com algumas visitas esporádicas a Galiléia (João 2:1-12; 4:35-5:1; 6:1-7:14). Segundo João, Jesus está em Jerusalém para uma Páscoa que se celebra ao mesmo tempo que a Purificação do templo (Jo 2:13); está em Jerusalém durante uma festa a que não dá nenhum nome (Jo 5:1), está nessa cidade para a festa dos tabernáculos (Jo 7:2,Jo 7:10); está ali para a festa da dedicação durante o inverno (Jo 10:22). De fato, segundo o quarto Evangelho, depois dessa festa Jesus não voltou a deixar Jerusalém; depois do capítulo 10 permanece o tempo todo em Jerusalém, o qual significaria uma estada de vários meses, do inverno da festa da dedicação até a primavera da Páscoa durante a qual foi crucificado. Em realidade, não cabe dúvida de que João está certo no que respeita a outro ponto em particular. Os outros Evangelhos mostram Jesus chorando sobre Jerusalém quando se aproxima a última semana. “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23:37 = Lc 13:34).

    Agora, resulta evidente que Jesus não poderia haver dito isso a menos que tivesse feito várias visitas a Jerusalém, e tivesse feito várias exortações à cidade. Era impossível que dissesse isso em uma primeira visita à Cidade Santa. Neste caso, não resta dúvida de que João está certo. De fato, foi esta diferencia no cenário o que proporcionou ao Eusébio uma das primeiras explicações da diferença entre o quarto Evangelho e os outros três. Disse que em sua época (aproximadamente no ano 300 d. C.) muitos estudiosos sustentavam os seguintes pontos de vista a respeito dos quatro Evangelhos. Mateus pregou primeiro ao povo hebreu. Mas chegou o dia em que teve que deixá-los e ir a outros países. Antes de ir embora escreveu sua história da vida de Jesus em hebraico, "e dessa maneira compensou pela perda de sua presença àqueles a quem se via obrigado a abandonar".

    Depois de Marcos e Lucas terem publicado seus Evangelhos, João continuava pregando a história de Jesus em forma oral.

    "Por último decidiu escrever pela seguinte razão. Quando os três Evangelhos que já mencionamos tivessem chegado às mãos de todos, inclusive às suas, dizem que ele os aceitou e deu testemunho de sua veracidade; mas faltava neles uma versão dos fatos de Jesus no princípio de seu ministério... Por isso dizem que João quando lhe pediram que o fizesse por esta razão, deu em seu Evangelho uma versão do período que tinha sido omitido pelos evangelistas anteriores, e dos fatos levados a cabo pelo Salvador durante este período; quer dizer, dos fatos ocorridos antes do encarceramento do João o Batista. . . De maneira que João relata os fatos de Cristo anteriores ao encarceramento do Batista, mas os outros três evangelistas mencionam os eventos que tiveram lugar depois desse momento... O Evangelho Segundo São João contém os primeiros fatos de

    Cristo, enquanto que os outros dão uma versão da última parte de sua vida" (Eusébio, História Eclesiástica Jo 5:24).

    De maneira que, segundo Eusébio não há nenhuma contradição ou diferença, entre o quarto Evangelho e os outros três; a diferença se deve a que o quarto Evangelho descreve o ministério em Jerusalém, ao menos em seus primeiros capítulos, que precederam o ministério na Galiléia, e que tiveram lugar enquanto João Batista ainda estava em liberdade. E pode muito bem ser que esta explicação de Eusébio seja correta, pelo menos em parte.

    1. João dá uma versão diferente da duração do ministério do Jesus. Os outros três Evangelhos implicam que o ministério de Jesus só durou um ano. Dentro do ministério só há uma páscoa. Em João há três páscoas, uma durante a purificação do templo (Jo 2:13); uma próxima à alimentação dos cinco mil (Jo 6:4); e a última páscoa durante a qual Jesus foi crucificado. Se se seguir a João o ministério de Jesus levaria um mínimo de dois anos, e possivelmente um período próximo aos três anos, para poder cobrir todos os fatos. Novamente, não resta dúvida que João está correto. Se lermos os outros três Evangelhos com atenção e cuidado vemos que João está certo. Quando os discípulos recolheram as espigas de trigo (Mc 2:23) deve ter sido a primavera. Quando os cinco mil foram alimentados, sentaram-se sobre a erva verde (Mc 6:39), e portanto deve ter sido outra vez primavera, e deve ter passado um ano entre ambos eventos. Segue a excursão por Tiro e Sidom e a Transfiguração. Durante a Transfiguração Pedro quis fazer três ramagens e ficar ali. O mais natural é pensar que era a época da festa dos tabernáculos ou ramagens e que a isso se deve que Pedro faça essa sugestão (Mc 9:5). Isso o situaria a princípios de outubro. Segue o período entre esta data e a última páscoa em abril. De maneira que, por trás da narração dos outros três Evangelhos está o fato de que o ministério de Jesus durou em realidade pelo menos três anos, e outra vez João está certo.
    2. Às vezes ocorre inclusive que João difere dos outros três Evangelhos nos fatos. Há dois exemplos conspícuos. Em primeiro lugar, põe a purificação do templo no princípio do ministério de Jesus (13 43:2-22'>João 2:13-22), os outros três Evangelhos o situam ao final (Marcos 11:15-17; Mateus 21:12-13; Lucas 19:45-46). Em segundo lugar, quando estudarmos os relatos com atenção, como iremos fazê-lo, veremos que João situa a crucificação no dia antes da páscoa, enquanto que os outros Evangelhos a põem no próprio dia da páscoa.

    Nunca devemos fechar os olhos para as diferenças evidentes entre João e os outros três Evangelhos.

    O conhecimento especial de João

    Há um fato indubitável. Se João diferir dos outros três Evangelhos não se deve à ignorância ou à falta de informação. O fato concreto é que embora omita muito do que eles nos dizem, também nos diz muito a respeito do qual outros não tinham nada que dizer. João é o único que nos relata as bodas de Caná da Galiléia (Jo 2:1-11 nos encontramos com um pequeno grupo de doze homens que estão nos limites da Igreja cristã mas que nunca passaram do batismo de João. Com freqüência o quarto Evangelho relega a João, de maneira silenciosa mas definitiva, seu próprio lugar. Vez por outra o próprio João nega que ele jamais tenha pretendido ou possuído o lugar supremo, e cede incondicionalmente esse lugar a Jesus. Já vimos que nos outros Evangelhos o ministério de Jesus não começa até depois da prisão de

    João, enquanto no quarto Evangelho o ministério de Jesus e o ministério de João se sobrepõem. João pode muito bem ter empregado essa disposição para mostrar o encontro de João e Jesus, e como o Batista tinha usado esses encontros para reconhecer, e animar outros a reconhecer a supremacia de Jesus. Destaca-se com todo o cuidado que João não é essa Luz (Jo 1:8). Mostra-se a João renunciando em forma terminante a toda pretensão messiânica (Jo 1:20 ss.; Jo 3:28; Jo 4:1.; Jo 10:41). Nem sequer se permite pensar que o testemunho de João seja o mais importante (Jo 5:36). Não há no quarto Evangelho crítica alguma a João; mas há uma recriminação para aqueles que queriam dar a João um lugar que corresponde a Jesus e a ninguém mais que a Jesus.

    1. Na época em que se escreveu o quarto Evangelho havia certa heresia muito difundida. Foi-lhe dado o título geral de gnosticismo. Sem uma compressão superficial desta heresia se perderá boa parte da grandeza e do propósito de João. A doutrina básica do gnosticismo era que a matéria é essencialmente má e o espírito é essencialmente bom. Os gnósticos passavam a afirmar que, sendo assim, Deus não pode tocar a matéria, de maneira que Deus não criou o mundo. O que fez Deus foi lançar uma série de emanações. Cada uma destas emanações se afastou mais de Deus, até que por último houve uma emanação tão distante que pôde tocar a matéria. Essa emanação foi a que criou o mundo.

    A idéia em si já for suficientemente má, mas a pioravam com um agregado. Os gnósticos sustentavam que cada emanação conhecia cada vez menos a Deus, até chegar a um ponto em que as emanações não só ignoravam a Deus mas também lhe eram hostis. Assim chegavam, finalmente, à conclusão de que o deus criador não só era distinto do Deus verdadeiro, mas também o ignorava e lhe era ativamente hostil.

    Cerinto, um líder gnóstico, afirmava que "o mundo foi criado, não por Deus, mas sim por certo poder muito separado dele, e muito distante desse poder que está acima do universo, e ignorante do Deus que está acima de todas as coisas."

    Os gnósticos criam que Deus não tinha nada que ver com a criação do mundo. Por isso João começa seu Evangelho com esta ressonante afirmação: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3). Por isso insiste em que "de tal maneira amou Deus o mundo" (Jo 3:16). Em face dos gnósticos que tão equivocadamente espiritualizavam tanto a Deus que o convertiam em um ser que não podia ter nada que ver com o mundo, em resposta ao que só podia ser um mundo sem Deus, João apresentou a doutrina cristã do Deus que fez o mundo e cuja presença inunda o mundo que ele fez.

    As crenças dos gnósticos influíam em suas idéias sobre Jesus, as quais afetavam em duas formas distintas

    1. Alguns dos gnósticos sustentavam que Jesus era uma das emanações que procediam de Deus. Sustentavam que Jesus não era divino em nenhum sentido real; que só era uma espécie de semi-deus que estava mais ou menos distante do Deus verdadeiro; que era só um elo a mais da cadeia de seres inferiores que estavam entre Deus e o mundo.
    2. Outros afirmavam que Jesus não tinha um corpo real. Segundo suas crenças, Jesus não podia ter tido um corpo. Um corpo é matéria e Deus não podia ter tocado a matéria; de maneira que sustentavam que Jesus era uma espécie de fantasma sem carne nem sangue literais. Afirmavam, por exemplo, que quando pisava no chão não deixava rastros, porque seu corpo carecia de peso e substância. Nunca teriam podido dizer: "E o Verbo se fez carne" (Jo 1:14).

    Agostinho nos relata como, lendo grande parte das obras dos filósofos de seu tempo, tinha achado muita coisa parecida com o que estava no Novo Testamento, agregando: “Mas ‘E o Verbo se fez carne e habitou entre nós’ não encontrei ali” É por isso que, em sua primeira epístola, João insiste em que Jesus veio em carne, e declara que qualquer que nega esse fato está movido pelo espírito do anticristo (1Jo 4:3). Esta heresia em particular é conhecida pelo nome de docetismo.

    Docetismo, vem da palavra grega dokein que significa parecer; e se dá esse nomeie à heresia porque sustentava que Jesus só parecia ser um homem.

    1. Havia alguns gnósticos que sustentavam uma variante dessa heresia. Afirmavam que Jesus era um homem em quem o Espírito de Deus entrou no batismo; esse Espírito permaneceu nele durante toda sua vida até o final; mas como o Espírito de Deus jamais podia sofrer e morrer, abandonou-o antes da crucificação. Segundo eles a exclamação na cruz foi: "Poder meu, poder meu, por que me abandonaste?" E em seus livros contavam de pessoas que no Monte das Oliveiras falavam de modo idêntico a Jesus, enquanto o homem Jesus morria na cruz.

    De maneira que as heresias gnósticas apareciam sob a forma de uma de duas crenças. Os gnósticos crivam, ou que Jesus não era em realidade divino, mas simplesmente um na série de emanações de Deus, uma espécie de semi-deus, ou que não era humano em nenhum sentido, mas sim era uma espécie de fantasma com forma de homem. As crenças gnósticas destruíam tanto a deidade como a humanidade real de Jesus.

    A humanidade de Jesus

    O fato de que João se tenha proposto corrigir estas duas tendências gnósticas explica uma dupla ênfase paradoxal que aparece em seu Evangelho. Por um lado, não há outro Evangelho que acentue em forma tão absoluta a autêntica humanidade de Jesus. Jesus se indignou com os que compravam e vendiam no templo (Jo 2:15); estava fisicamente cansado quando se sentou junto ao poço perto de Sicar em Samaria (Jo 4:6); seus discípulos lhe ofereceram comida da mesma maneira forma como teriam oferecido a qualquer homem que sentisse fome (Jo 4:31); sente simpatia por quem sente fome e por aqueles que sentem medo (Jo 6:5,Jo 6:20); conhecia a dor e derramava lágrimas como o teria feito qualquer pessoa que estivesse de luto (Jo 11:33, Jo 11:35, Jo 11:38); na agonia da cruz o grito de seus lábios secos foi: "Tenho sede" (Jo 19:28). O quarto Evangelho nos mostra um

    Jesus que não era nenhuma figura docética, fantasmal; mostra-nos alguém que liga o cansaço de um corpo exausto e as feridas de uma mente e um coração desconsolados. O que o quarto Evangelho nos apresenta é o verdadeiro Jesus humano.

    A deidade de Jesus

    Mas, por outro lado, nenhum outro Evangelho nos apresenta uma visão semelhante da deidade e divindade de Jesus.

    1. João sublinha a preexistência de Jesus. Disse: “antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8:58). Fala da glória que teve com o Pai antes que o mundo existisse (Jo 17:5). Vez por outra se refere à sua descida do céu (Jo 6:33-38). Sua mãe era Salomé, e parece provável que esta Salomé fosse irmã de Maria, mãe do Jesus (Mt 27:56; Mc 16:1). Junto com seu irmão Tiago obedeceu o chamado do Jesus para segui-lo (Mc 1:20). Pareceria que Tiago e João estavam associados com Pedro no trabalho de pesca (Lucas 5:7-10). Era um dos membros do círculo mais íntimo dos discípulos, porque a lista de discípulos sempre começa com os nomes do Pedro, Tiago e João; e houve algumas grandes ocasiões nas quais Jesus levou a estes três com ele em forma especial (Mc 3:17; Mc 5:37; Mc 9:3; Mc 14:33). Seu caráter era sem dúvida o de um homem turbulento e ambicioso. Jesus deu a ele e a seu irmão o nome de Boanerges, que os evangelistas interpretam como filhos do trovão. João e seu irmão Tiago eram totalmente exclusivistas e intolerantes (Mc 9:38; Lc 9:49). Tão violento era seu temperamento, que estavam dispostos a fazer desaparecer uma aldeia samaritana com fogo do céu porque não os receberam quando foram a caminho de Jerusalém (Lc 9:54). Eles como sua mãe Salomé tinham a ambição de que quando Jesus assumisse o seu reino eles fossem seus ministros de Estado mais importantes (Mc 10:37; Mt 20:21).

      A Pedro e a João foram confiados os preparativos para a Última Ceia (Lc 22:8). Nos outros três Evangelhos João aparece como um dos principais membros do grupo apostólico, integrante do círculo íntimo, e mesmo assim dono de um caráter turbulento, ambicioso e intolerante. No livro de Atos, João sempre aparece como companheiro do Pedro e nunca o escuta falar. Seu nome segue sendo um dos três primeiros da lista dos apóstolos (At 1:13). Está com o Pedro quando cura ao coxo frente à Porta Formosa do templo (Atos 3:1ss.). É conduzido junto com Pedro perante o Sinédrio e enfrenta os líderes judeus com uma coragem e valentia que os surpreende e maravilha (Atos 4:1-13). Vai com Pedro de Jerusalém a Samaria para fiscalizar a obra feita por Filipe (At 8:14). Nas epístolas de Paulo aparece só uma vez. Ele é mencionado em Gálatas 2: como uma das colunas da igreja junto com Pedro e Tiago, e aprovando junto com eles a obra de Paulo.

      Evidentemente João era uma mescla estranha. Era um dos líderes dos Doze; era um dos membros do círculo íntimo de Jesus; mas, ao mesmo tempo era um homem temperamental, ambicioso e intolerante e mesmo assim, um homem arrojado.

      Podemos seguir a João através das histórias que se contavam sobre ele na 1greja primitiva. Eusébio nos diz que ele foi exilado em Patmos durante o reinado de Domiciano (Eusébio, História Eclesiástica Jo 3:23). Na mesma passagem Eusébio relata uma história típica sobre João, história que tinha recebido de Clemente de Alexandria.

      João tinha chegado a ser uma espécie de bispo da Ásia Menor. Visitando uma de seu igrejas que ficava perto de Éfeso, viu entre a congregação um jovem alto e bem-vestido. Voltando-se para o ancião a cargo da congregação, João lhe disse: "Ponho a esse jovem sob sua responsabilidade e cuidado, e chamo a congregação a dar testemunho de que o tenho feito". O ancião levou o jovem a sua casa, cuidou-o e o instruiu, e chegou o dia em que o jovem foi batizado e recebido na 1greja. Mas pouco depois entrou em um círculo de amigos viciados e maus e embarcou em uma carreira de crimes e pecados que terminou por converter-se no chefe de uma quadrilha de ladrões e assassinos.

      Algum tempo depois João voltou a visitar a congregação. Disse ao ancião: "Devolva-me o encargo que eu e o Senhor confiamos a você e à Igreja da qual você é responsável". A princípio o ancião não entendia do que João estava falando. "Quer dizer", disse João, "que lhe estou pedindo a alma do jovem que deixei a seu cargo". "Ai!" disse o ancião, "morreu". "Morto?" disse João. "Morreu para Deus", disse o ancião: "Caiu da graça; viu-se obrigado a escapar da cidade devido a seu crimes e agora é um malfeitor que vive nas montanhas."

      João foi imediatamente às montanhas. Com toda deliberação permitiu que a quadrilha de ladrões o capturasse. Levaram-no perante o jovem, que agora se tornou chefe da quadrilha, e, cheio de vergonha, o jovem quis escapar dele. João, apesar de ser um homem velho o seguiu: "Meu filho", exclamou; "você foge de seu pai? Sou débil e de idade avançada; tenha piedade de mim, meu filho; não tenha medo; ainda há esperança de salvação para você. Vou interceder por você perante Cristo nosso Senhor. Se for necessário morrerei por você assim como ele morreu por mim. Pare, fique, creia! É Cristo quem me enviou a você". O apelo destroçou o coração do jovem. Parou, arrojou suas armas e chorou. João e ele desceram juntos a montanha e o jovem voltou para a Igreja e à vida cristã. Aí vemos o amor e a valentia de João ainda em ação.

      Eusébio (Jo 3:28) relata outra historia sobre João que extraiu da obra de Irineu. Vimos que um dos líderes da heresia era um homem chamado

      Cerinto. "Em uma ocasião, o apóstolo João entrou em um banheiro para banhar-se; mas, quando se inteirou de que Cerinto estava no interior, saltou de seu lugar e correu para fora, porque não podia tolerar permanecer sob o mesmo teto. Aconselhou a quem estava com ele que fizessem o mesmo. 'Escapemos', disse, 'não seja que caia o banheiro pois Cerinto, o inimigo da verdade, está em seu interior'." Aqui temos outro característico do temperamento de João. Boanerges não tinha morrido totalmente.

      Cassiano conta outra história famosa sobre João. Um dia o encontraram brincando com uma perdiz domesticada. Um irmão mais estreito e rígido o censurou que perdia tempo nessa forma, ao que João respondeu: "O arco que está sempre dobrado logo deixará de apontar diretamente".

      Jerônimo é quem relata a história das últimas palavras de João. Quando João estava morrendo, seus discípulos lhe perguntaram se tinha uma última mensagem para lhes deixar. "Filhinhos", "amem-se uns aos outros". Repetiu-o uma e outra vez; e lhe perguntaram se isso era tudo o que tinha a lhes dizer. "É suficiente", disse, "porque é o mandamento do Senhor".

      Esta é, pois, a informação que temos sobre João; dela surge uma figura de temperamento fogoso, de ambição, de coragem indubitável, e, no final, de um amor generoso.

      O discípulo amado

      Se tivermos seguido com atenção nossas referências teremos notado um detalhe. Todas as referências, toda nossa informação sobre João, procedem dos três primeiros Evangelhos. O fato surpreendente é que no quarto Evangelho, de principio a fim jamais se menciona o apóstolo João. Mas o quarto Evangelho tem uma espécie de personagem a quem em primeiro lugar, fala do discípulo a quem Jesus amava.

      Há quatro referências a este discípulo. Está reclinado ao lado de Jesus na Última Ceia (13 23:43-13:25'>João 13:23-25); a esse discípulo amado Jesus encomendou Maria quando morria na cruz (Jo 19:25-27), ou com o jovem rico, de quem se diz que “Jesus, fitando-o, o amou” (Mc 10:21). Mas apesar de que o Evangelho jamais o diga em forma explícita, a tradição sempre identificou o discípulo amado com João, e em realidade não há por que duvidar da identificação.

      Mas uma questão muito real é colocada. Suponhamos que João mesmo escreveu o Evangelho; será que se referiu a si mesmo como o discípulo a quem Jesus amava? Escolheu-se a si mesmo e teria dito algo como: "Eu era seu preferido; era a mim a quem Jesus mais amava"? Sem dúvida é muito improvável que João tenha adotado semelhante título. Se foi conferido por outros, é um belo título; se o conferiu ele mesmo, fica bem perto de um presunção quase incrível.

      Há alguma forma pela qual o Evangelho possa ser o testemunho ocular de João e ao mesmo tempo ter sido escrito por algum outro?

      Produção da Igreja

      Em nossa busca da verdade podemos começar apontando uma das características sobressalentes e únicas do quarto Evangelho. O que resulta mais notório no quarto Evangelho são os longos discursos de Jesus. Freqüentemente estes discursos ocupam um capítulo inteiro; e neles Jesus aparece falando em uma forma totalmente distinta da que fala nos outros três Evangelhos. Como vimos, o quarto Evangelho foi escrito ao redor do ano 100, quer dizer, uns setenta anos depois da crucificação. É possível que se trate de discursos ipsis verbis de Jesus? É possível vê— los, depois desses setenta anos como as palavras literais de Jesus? Ou podemos explicá-los de algum jeito que até acrescente sua importância? Devemos começar por ter em mente os discursos e a pergunta que inevitavelmente expõem.

      E agora devemos adicionar algo. Acontece que nos escritos da Igreja primitiva temos toda uma série de informações a respeito da maneira em que se chegou a escrever o quarto Evangelho. A informação mais antiga é a de Irineu que chegou a ser bispo de Lyon em torno do ano 177; e Irineu era discípulo de Policarpo, que por sua vez tinha sido discípulo de João. De maneira que há uma conexão direta entre Irineu e João. Irineu escreve:

      "João, o discípulo do Senhor, que também se reclinou a seu lado,

      também publicou o Evangelho em Éfeso, quando vivia na Ásia."

      O que resulta sugestivo nesta passagem é que Irineu não diz que João escreveu o Evangelho; diz que João publicou (exedoke) o Evangelho em Éfeso. A palavra que Irineu emprega o faz aparecer, não como a publicação privada de algumas memórias pessoais, mas sim como o lançamento público de algum documento quase oficial.

      A segunda informação vem de Clemente de Alexandria que foi diretor da famosa escola de Alexandria cerca do ano 230. Clemente escreve:

      "Em último lugar, João, ao ver que os atos corporais tinham ficado manifestados no Evangelho, a pedido de seus amigos, compôs um evangelho espiritual."

      O que resulta importante nesta passagem são as palavras a pedido de seus amigos. Começa a ficar evidenciado que o quarto Evangelho é muito mais que a produção pessoal de um só homem, que por trás dele há um grupo, uma comunidade, uma Igreja.

      Na mesma linha, há um manuscrito do século X chamado Códice Toledano no qual os livros do Novo Testamento estão prefaciados por breves descrições. O prólogo do quarto Evangelho afirma:

      "O apóstolo João, a quem Jesus amava em forma especial, escreveu este Evangelho em último lugar, ante o pedido dos bispos da Ásia, contra Cerinto e outros hereges."

      Uma vez mais temos a mesma idéia. Atrás do quarto Evangelho está a autoridade de um grupo e de uma Igreja.

      Agora vamos a um documento de suma importância. É conhecido como o Cânon Muratório. Leva esse nome pelo investigador Muratori que foi quem o descobriu. É a primeira lista dos livros do Novo Testamento que a Igreja publicou. Recolheu-se em Roma ao redor do ano 170 d. C. Não somente dá uma lista dos livros do Novo Testamento, mas também dá breves referências sobre a origem, natureza e conteúdo de cada um deles. Sua informação a respeito de como chegou a escrever o quarto Evangelho é de uma importância e muito esclarecedora.

      "Ante o pedido de seus condiscípulos e de seus bispos, João, um dos discípulos, disse: ‘Jejuem comigo durante três dias desde hoje e o que for revelado a cada um de nós, já seja em favor ou contra que eu escreva, relatemos uns aos outros’. Essa mesma noite foi revelado a André que João devia relatar todas as coisas, ajudado pela revisão de todos os outros.”

      É evidente que não podemos aceitar toda a passagem, porque não é possível que André, o apóstolo, tenha estado em Éfeso no ano 100. Mas o fato é que aqui se afirma com a maior clareza possível que, embora a autoridade, a mente e a lembrança que estão por trás do quarto Evangelho pertencem a João, também é, sem dúvida alguma, o produto, não de um homem, mas sim de um grupo e de uma comunidade.

      E agora podemos ver algo do que aconteceu. Cerca do ano 100 havia em Éfeso um grupo de homens, dirigidos por João. Respeitavam— no como se fosse um santo e o amavam como a um pai. Deve ter tido perto de cem anos. Antes de sua morte, esses homens consideraram muito sabiamente que seria uma grande coisa se o santo ancião e apóstolo escrevesse suas lembranças dos anos em que tinha estado com Jesus. Porém no final fizeram muito mais que isso. Podemos imaginá-los sentados, revivendo aqueles tempos. Um deles diria: "Recorda que Jesus disse. . . ?" E João responderia: "Sim, e agora sabemos o que quis dizer..." Em outras palavras, este grupo não se limitava a escrever o que Jesus havia dito; isso não teria sido mais que um prodígio da memória; escreviam o que Jesus tinha querido dizer; nisso consistia a iluminação do Espírito Santo. João tinha pensado sobre cada uma das palavras que Jesus havia dito; tinha meditado nelas sob a direção do Espírito Santo, que era algo tão real para ele.

      W. M. Macgregor tem um sermão intitulado: "O que significa Jesus para alguém que o conheceu durante muito tempo". É uma descrição perfeita do Jesus do quarto Evangelho.

      A. H. N. Green-Armytage expõe o tema à perfeição em seu livro, John who saw (João aquele que viu). Ele diz que Marcos se adapta ao missionário, com seu relato claro dos atos da vida de Jesus; Mateus se adapta ao professor com seu relato sistemático do ensino de Jesus; Lucas se adapta ao ministro ou sacerdote de uma paróquia com sua ampla simpatia e sua imagem de Jesus como o Amigo de todos; mas João é o Evangelho do contemplativo. Passa a falar do contraste aparente entre Marcos e João. "Em um sentido os dois Evangelhos são o mesmo

      Evangelho. Só que, onde São Marcos viu as coisas em forma superficial, literal, evidente, João as viu de maneira profunda, espiritual, sutil. Poderíamos afirmar que João iluminou as páginas de Marcos com a luz da meditação de toda uma vida".

      Wordsworth definiu a poesia como "Emoções recolhidas na tranqüilidade", que é uma descrição perfeita do quarto Evangelho. É por isso que João, sem dúvida alguma, é o maior de todos os Evangelhos. Seu objetivo não é nos dar o que disse Jesus como se fosse a informação que aparece em um periódico, e sim nos dar o que Jesus quis dizer. Nele, o Cristo ressuscitado ainda fala. João não é tanto o Evangelho Segundo São João, é melhor dito o Evangelho Segundo o Espírito Santo. Não foi João de Éfeso quem escreveu o quarto Evangelho. Foi o Espírito Santo quem o escreveu através de João.

      O Escrivão do Evangelho

      Mas ainda devemos nos fazer uma pergunta. Vimos que a mente e a memória que estão atrás do quarto Evangelho pertencem o João o apóstolo; mas também vimos que por trás dele há uma testemunha que foi o autor, no sentido de que foi quem realmente o escreveu. Podemos descobrir quem é? Por isso nos dizem os escritores da Igreja primitiva, sabemos que em Éfeso fala dois Joões na mesma época. Havia João o apóstolo, mas havia outro João, a quem se conhecia com o nome de João o Ancião.

      Papias, que gostava de recolher tudo o que encontrava a respeito da história do Novo Testamento e a história de Jesus, oferece-nos alguma informação muito interessante. Era bispo do Hierápolis, que fica perto de Éfeso, e viveu mais ou menos entre os anos 70:145. Quer dizer, foi contemporâneo de João. Relata como tentou descobrir "o que disse André ou o que disse Pedro, ou o que disseram Filipe, Tomé, Tiago, Mateus, ou qualquer outro dos discípulos do Senhor; e as coisas que dizem Aristeu e João o Ancião, discípulos do Senhor".

      Em Éfeso havia João o apóstolo, e João o Ancião; e o Ancião João era uma personalidade tão querida que o conhecia como O Ancião por excelência. Fica evidente que ocupa um lugar privilegiado dentro da Igreja. Tanto Eusébio como Dionísio o Grande nos dizem que inclusive em seus dias havia duas sepulturas famosas em Éfeso, uma era a de João o Apóstolo e a outra pertencia a João o Ancião.

      Agora vamos às duas Epístolas breves, II João e III João. As Epístolas procedam da mesma mão que o Evangelho, e como começam? A Segunda Epístola começa assim: “O ancião à senhora eleita e a seus filhos” (II João 1, ERC). A Terceira Epístola começa: “O presbítero [NKJV: Ancião] ao amado Gaio” (III João 1). Aqui temos a solução. O escritor das Epístolas foi João o Ancião; a mente e a lembrança que estão por trás pertencem ao ancião apóstolo João, o mestre em quem sempre pensava João o Ancião e a quem descreve como "o discípulo a quem Jesus amava".

      O Evangelho precioso

      Quanto mais sabemos sobre o quarto Evangelho mais precioso se torna. João tinha pensado em Jesus durante setenta anos. Dia a dia o Espírito Santo lhe tinha revelado o significado das palavras do Mestre. De maneira que quando estava chegando a um século de existência, e seus dias estavam contados, João e seus amigos se sentaram a recordar. Então João o Ancião tomou a pena para escrever para seu mestre, o apóstolo João; e o último dos apóstolos pôs sobre o papel, não só o que tinha ouvido Jesus dizer, mas também o que sabia que teria querido dizer. Recordava que Jesus havia dito:

      "Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (João 16:12-13).

      Havia muitas coisas que não tinha compreendido setenta anos atrás; havia muitas coisas que o Espírito de verdade lhe tinha revelado durante esses setenta anos. Estas coisas João as pôs por escrito quando já a glória eterna estava descendo sobre ele. De maneira que quando lermos este Evangelho recordemos que estamos lendo o Evangelho que de todos os que o escreveram é aquele em que o Espírito Santo teve maior participação no que nos fala do significado das palavras de Jesus, através da mente e a memória de João o Apóstolo e mediante a pena de João o Ancião. Atrás do Evangelho está toda a Igreja de Éfeso, toda a companhia dos santos, o último dos apóstolos, o Espírito Santo, o próprio Cristo ressuscitado.


    Barclay - Comentários de João Capítulo 1 do versículo 1 até o 51

    João 1

    O Verbo feito carne — Jo 1:1-18

    Passaremos a estudar esta passagem em seções breves e em detalhe; mas, antes de fazê-lo, devemos buscar compreender o que João estava tentando dizer ao descrever a Jesus como O Verbo.

    O primeiro capítulo do quarto Evangelho é uma das maiores aventuras do pensamento religioso que jamais obteve a mente do homem. Antes de começar a estudá-lo em detalhe, tentaremos ver o que João estava buscando fazer quando o escreveu.
    Não passou muito tempo antes que a Igreja cristã se visse confrontada com um problema básico. A Igreja tivera seus começos dentro do judaísmo. No princípio todos os seus membros tinham sido judeus. Jesus, por descendência humana, era judeu, e, com exceção de breves visitas aos distritos de Tiro e Sidom e a Decápolis, Ele nunca saiu da Palestina. O cristianismo começou entre os judeus; e, devido a isso, era inevitável que falasse o idioma dos judeus, e que empregasse as linhas de pensamento dos judeus.
    Mas embora o cristianismo teve seu berço dentro do judaísmo, pouco tempo depois se estendeu pelo resto do mundo. Trinta anos depois da morte de Jesus, cerca do ano 60, o cristianismo tinha viajado por toda a Ásia Menor e a Grécia e tinha chegado a Roma. Cerca do ano 60 devem ter havido na 1greja cem mil gregos para cada judeu cristão. As idéias judaicas eram completamente estranhas para os gregos. Para tomar um só exemplo revelador, os gregos jamais tinham ouvido falar de um Messias. O próprio centro da esperança dos judeus, chegada do Messias, era uma idéia completamente alheia aos gregos. A própria linha de

    pensamento segundo a qual os judeus concebiam e apresentavam a Jesus não significava nada para um grego.

    Aqui estava o problema — como apresentar o cristianismo ao mundo grego? Lecky, o historiador disse em uma oportunidade que o progresso e a expansão de uma idéia depende, não só da força e o poder da idéia, mas sim da predisposição para receber a da época a que é apresentada. A tarefa da Igreja cristã consistia em criar no mundo grego uma predisposição para receber a mensagem cristã. Como disse E. J. Goodspeed, a questão era esta: "A um grego que está interessado no cristianismo devia ser levado a passar por todas as idéias messiânicas judaicas e pelas formas judaicas de pensamento, ou se poderia encontrar um enfoque novo que pudesse falar com sua mente e coração desde seu próprio pano de fundo?" O problema consistia em apresentar o cristianismo e a Cristo de maneira que um grego pudesse compreendê-lo.
    Ao redor do ano 100 houve um homem em Éfeso que se sentiu fascinado pelo problema: Seu nome era João. Vivia em uma cidade grega. Relacionava-se com gregos aos quais as idéias judaicas eram estranhas e ininteligíveis e até grosseiras.
    Como podia encontrar uma forma de apresentar o cristianismo a esses gregos em seu próprio pensamento e em seu próprio idioma e de maneira tal que o aceitassem e compreendessem? De súbito lhe ocorreu a solução a seu problema. Tanto no pensamento grego como no judeu existia o conceito de O Verbo. Isto era algo que podia elaborar-se para enfrentar tanto ao mundo grego como ao judeu. Algo que permanecia à tradição de ambas as raças, algo que ambos podiam compreender.

    Comecemos, pois, por examinar os dois pano de fundos do conceito do Verbo.

    O pano de fundo judeu

    No pano de fundo judeu havia quatro correntes que contribuíam de certo modo à idéia do Verbo.

    1. Para o judeu uma palavra era muito mais que um mero som; uma palavra era algo que tinha uma existência ativa e independente e que de fato fazia coisas. Como disse o professor John Paterson: "Para o hebreu a palavra falada era algo muito vivo... Era uma unidade de energia carregada de poder. Voa como uma bala a seu destino". Por essa mesma razão o hebreu era parco em palavras. O vocabulário hebreu tem menos de dez mil palavras; o grego tem duzentas mil.

    Um poeta moderno nos relata como em uma ocasião o autor de um fato heróico foi incapaz de relatar-lhe a seus companheiros de tribo por falta de palavras. Diante disso ergueu-se um homem "dotado com a magia necessária das palavras", e relatou a história em termos tão vivos e estremecedores que "as palavras adquiriram vida e caminhavam de um lado a outro no coração de seus ouvintes". As palavras do poeta converteram-se em um poder.
    A história tem muitos exemplos desse tipo de coisas.
    Quando John Knox pregava durante o tempo da Reforma na Escócia se dizia que a voz desse homem só infundia mais coragem no coração de seus ouvintes que dez mil trompetistas soando em seus ouvidos. Suas palavras agiam sobre as pessoas.
    Nos dias da Revolução Francesa, Rouget de Lisle escreveu a Marselhesa e essa canção fez com que os homens partissem à revolução. As palavras faziam coisas.

    Nos dias da Segunda Guerra Mundial, quando a Inglaterra carecia tanto de aliados como de armas, as palavras do Primeiro-Ministro, Sir Winston Churchill, ao falar com todo o país pelo rádio, elas exerciam influência nas pessoas. Isto era mais certo no Oriente, e o é ainda. Para os orientais uma palavra não é um mero som; é uma força que faz coisas.
    O professor Paterson recorda um incidente que Sir Adam Smith relata. Em uma ocasião em que Sir George Adam Smith viajava pelo deserto asiático, um grupo de maometanos lhe deram as costumeiras boas-vindas: "A paz seja contigo". No momento não perceberam que era um cristão; mas quando descobriram que haviam proferido uma bênção a um infiel, apressaram-se a voltar pedindo que a devolvesse. A palavra era como uma coisa que se podia enviar para fazer coisas e a ela se podia trazer de volta.

    Podemos compreender como, para os povos orientais, as palavras tinham uma existência independente, carregada de poder.

    1. O Antigo Testamento está cheio dessa idéia geral do poder das palavras. Uma vez que Isaque foi enganado para que abençoasse a Jacó em lugar de Esaú, não teria podido fazer nada para recuperar essa bênção (Gênesis 27). A palavra tinha saído e tinha começado a agir e não havia nada que pudesse detê-la. Vemos a palavra de Deus em ação de maneira especial no relato da Criação. A cada passo lemos: "E disse Deus...." (Gn 1:3,Gn 1:6,Gn 1:11). A Palavra de Deus é o poder criador.

    Aqui e ali nos confrontamos com esta idéia da palavra de Deus criativa, atuante, dinâmica. “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (Sl 33:6). “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou” (Sl 107:20). “Ele envia as suas ordens à terra, e sua palavra corre velozmente” (Sl 147:15). “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55:11). “Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23:29). "Falaste desde o começo da criação, já no primeiro dia, e disseste: 'Sejam feitos o céu e a terra'. E sua palavra foi uma obra perfeita" (2 Ed 6:38). O autor de Sabedoria se dirige a Deus como "Aquele que com sua palavra fez todas as coisas" (Sabedoria Jo 9:1).

    No Antigo Testamento por toda parte se vê esta idéia da palavra poderosa, criadora. Inclusive as palavras dos homens têm uma sorte de atividade dinâmica; quanto mais a de Deus?

    1. Na vida religiosa hebréia intervinha algo que acentuou em grande medida o desenvolvimento desta idéia da Palavra de Deus. Durante mais de um século antes da vinda de Jesus, o hebraico tinha sido um idioma esquecido. O Antigo Testamento estava escrito em hebraico mas os judeus já não o conheciam. Os estudiosos sabiam, mas não o povo comum.

    O povo comum falava um desenvolvimento do hebraico chamado aramaico. O aramaico é para o hebreu um pouco parecido com o que o inglês moderno é para o anglo-saxão. Visto que essa era a situação, era preciso traduzir as escrituras do Antigo Testamento a este idioma que o povo entendia, e estas traduções eram chamadas targuns. Na sinagoga se liam as escrituras no hebraico original, mas depois eram traduzidas ao aramaico que o povo falava e as traduções que se empregavam eram os targuns. Agora, os targuns foram redigidos em uma hora em que o povo estava fascinado com a transcendência de Deus. Quer dizer, foram produzidos em um momento em que os homens só podiam pensar na distância e Deus como um ser distante e diferente.

    Devido a isso os homens que fizeram as traduções, que aparecem nos targuns sentiam muito temor em atribuir pensamentos e emoções, ações e reações humanas a Deus. Em termos técnicos, fizeram todos os esforços possíveis por evitar o antropomorfismo ao falar de Deus. Quer dizer, fizeram todos os esforços possíveis por evitar atribuir sentimentos e ações humanas a Deus. Agora, o Antigo Testamento em geral fala de Deus de maneira humana; e em qualquer lugar que ocorria algo semelhante no Antigo Testamento, os targuns substituem o nome de Deus por palavra de Deus. Vejamos que efeitos teve este costume.

    Em Ex 19:17 lemos que “E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus". Os targuns consideravam que isso era uma maneira muito humana de falar de Deus e diziam que Moisés tirou o povo do acampamento para ir ao encontro da palavra de Deus. Em Ex 31:13 lemos que Deus disse ao povo que na sábado “é sinal entre mim e vós nas vossas gerações". Essa é uma forma muito humana de falar para os targuns, portanto dizem que o sábado é um sinal "entre minha palavra e vós". Dt 9:3 diz que Deus é um fogo consumidor, mas os targuns traduzem que a palavra de Deus é um fogo consumidor. Is 48:13 mostra uma grande imagem da criação: “Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a palmos”. Para os targuns esta é uma imagem de Deus muito humana, e fazem Deus dizer: "Por minha palavra fundei a terra; e por meu poder suspendi os céus". Inclusive mudam uma passagem tão maravilhosa como Dt 33:27, que fala dos "braços eternos" de Deus, e o convertem nisto: "O eterno Deus é seu refúgio, e por sua palavra o mundo foi criado". No Targum de Jônatas esta frase a palavra de Deus aparece não menos de trezentas e vinte vezes. É certo que não é mais que uma paráfrase do nome de Deus, que os tradutores empregavam quando queriam evitar atribuir pensamentos e ações humanos a Deus; mas o certo é que a frase a palavra de Deus se converteu em uma das formas mais comuns da expressão judaica. Tratava-se de uma frase que qualquer judeu devoto podia ouvir e reconhecer porque a tinha ouvido tantas vezes na sinagoga quando se liam as escrituras. Todo judeu estava acostumado a falar da Memra, a Palavra de Deus.

    1. A esta altura devemos tomar nota de um fato que é fundamental para o desenvolvimento posterior desta idéia da palavra. O termo grego para palavra é Logos; mas Logos, não significa somente palavra, também quer dizer razão. Para João, e para todos os grandes pensadores que fizeram uso desta idéia, estes dois significados sempre estavam intimamente entrelaçados. Quando usavam a palavra Logos sempre tinham presente as idéias paralelas da palavra de Deus e a razão de Deus. Agora, os judeus tinham um tipo de literatura chamada literatura sapiencial. Esta literatura sapiencial era a sabedoria concentrada dos sábios e dos homens inteligentes. Em geral não é especulativa ou filosófica; pelo contrário, trata-se de uma sabedoria prática para a vida e seu desempenho. No Antigo Testamento o maior exemplo deste tipo de literatura é o livro de Provérbios.

    No livro de Provérbios há certas passagens que atribuem um poder misterioso, criativo, vitalizador e eterno à sabedoria (Sophia). Poderia dizer-se que nestas passagens se personificou a sabedoria e ela foi considerada como o agente, instrumento e colaborador eterno de Deus.

    Três são as passagens principais. O primeiro é 13 20:3-26'>Provérbios 3:13-26. De toda a passagem podemos destacar em forma especial:

    “É árvore de vida para os que a alcançam, e felizes são todos os que a retêm. O SENHOR com sabedoria fundou a terra, com inteligência estabeleceu os céus. Pelo seu conhecimento os abismos se rompem, e as nuvens destilam orvalho” (Provérbios 3:18-20).

    Agora recordamos que Logos significa palavra e também significa razão. Já vimos o que pensavam os judeus a respeito da palavra poderosa e criadora de Deus. Aqui vemos o outro aspecto que começa a fazer sua aparição. A sabedoria é o agente de Deus na iluminação e na criação. E a sabedoria e a razão são duas coisas muito parecidas. De maneira que aqui vemos aparecer o outro lado da palavra Logos. Vimos quão importante era esse termo no sentido de palavra; agora vemos que está começando a ser importante no sentido de sabedoria ou razão.

    A segunda passagem importante é Provérbios 4:5-13. Dentro da passagem podemos destacar: “Retém a instrução e não a largues; guarda— a, porque ela é a tua vida”.

    A palavra é a luz dos homens, e a sabedoria é a luz dos homens. Agora as duas idéias se estão amalgamando com rapidez.

    A passagem mais importante é Provérbios 8:1—9:2. Nele podemos fazer ressaltar de maneira especial:

    "O SENHOR me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci. Ainda ele não tinha feito a terra, nem as amplidões, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as fontes do abismo; quando fixava ao mar o seu limite, para que as águas não traspassassem os seus limites; quando compunha os fundamentos da terra; então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo.” (Provérbios 8:22-30).

    Quando lemos essa passagem encontramos um eco atrás de outro do que diz João sobre o Verbo, a Palavra, o Logos, no primeiro capítulo do quarto Evangelho. A sabedoria tinha essa existência eterna, essa função iluminadora, esse poder criador que João atribuía à Palavra, ao Verbo, aos Logos, com o que identificava a Jesus Cristo.

    O desenvolvimento desta idéia de sabedoria não parou aqui. Entre o Antigo e o Novo Testamento, os homens continuaram escrevendo e produzindo este tipo de literatura chamado literatura sapiencial. Possuía tanta sabedoria concentrada; tirava tanto da experiência dos homens sábios que era uma preciosa guia para a vida. Escreveram-se dois grandes livros em particular, que se incluem entre os apócrifos, e que são livros que ajudarão a alma de qualquer pessoa que as leia.

    (a) O primeiro é o livro chamado A Sabedoria de Jesus, filho do Sirac, ou, segundo seu título mais comum, Eclesiástico. Este livro também dá muita importância à sabedoria criadora e eterna de Deus.

    "As areias do mar; as gotas da chuva E os dias do passado, quem poderá contá-los?

    A altura do céu, a amplidão da terra, a profundeza do abismo, quem as poderá explorar?

    Antes de todas estas coisas foi criada a Sabedoria, e a inteligência prudente existe desde sempre."

    (Eclesiástico Jo 1:2-4

    O princípio do Evangelho do João é de uma importância tal e de tal profundeza de sentido que devemos estudá-lo quase versículo por versículo. O grande pensamento do João é que Jesus não é outro senão o Verbo criador, vitalizador e iluminador dos conceitos grandiosos a respeito de Deus, que Jesus é o poder de Deus que criou o mundo e a razão de Deus que o sustenta, que veio à Terra sob uma forma humana e corpórea.
    Aqui, no começo, João diz três coisas sobre o Verbo, e isso quer dizer, que diz três coisas sobre Jesus.

    1. O Verbo existia iá no princípio de todas as coisas. O pensamento de João se remonta ao próprio começo da Bíblia: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1:1). O que João diz é isto —o Verbo não é uma das coisas criadas; estava presente antes da criação. O Verbo não é uma parte do mundo que começou a existir no tempo; o Verbo é uma parte da eternidade e estava com Deus antes do tempo e antes do princípio do mundo. Este pensamento de João recebe um nome técnico na teologia. João estava pensando no que se conhece como a preexistência de Cristo. Em mais de um sentido, esta idéia da preexistência é algo muito difícil de compreender, se não impossível. Mas significa algo muito simples, muito prático e muito tremendo. Se o Verbo estava com Deus antes de que começasse o tempo, se o Verbo de Deus é parte do esquema eterno das coisas, quer dizer que Deus sempre foi como Jesus.

    Às vezes tendemos a pensar em Deus como alguém justo, santo, estrito e vingador; e tendemos a pensar que algo que Jesus fez muda a ira de Deus em amor e alterou a atitude de Deus para os homens. O Novo Testamento desconhece completamente idéia. Todo o Novo Testamento nos diz, e esta passagem de João o faz de maneira especial, que Deus sempre foi como Jesus. O que fez Jesus foi abrir uma janela no tempo para que pudéssemos contemplar o amor eterno e imutável de Deus. Mas podemos nos perguntar: "Se dissermos isso, o que acontece a algumas das coisas que lemos no Antigo Testamento? O que dizer das passagens que falam das ordens de Deus para arrasar cidades inteiras, e destruir homens, mulheres e crianças? Que explicação nos dá da ira, do poder destruidor e do zelo de Deus que aparecem nas partes mais antigas das Escrituras?"
    A resposta a essas perguntas é a seguinte: não é Deus quem mudou; o que mudou é o conhecimento de Deus por parte do homem. Os homens escreveram essas coisas porque não conheciam mais que isso. Esse era o estágio ao que tinha chegado seu conhecimento de Deus. Quando um menino está aprendendo um tema, deve fazê-lo passo a passo. Não começa com um conhecimento completo; começa com o que pode compreender e segue avançando cada vez mais. Quando começa a estudar álgebra não começa com o binômio de Newton; parte de equações simples, e continua passo a passo à medida que aumenta seu conhecimento do tema. O mesmo aconteceu com os homens e Deus. Só podiam entender e compreender partes pequenas de Deus. Só quando veio Jesus, os homens viram em forma completa e total como Deus tinha sido sempre.

    Conta-se que em uma ocasião uma garotinha tomou contato com as partes mais sangrentas e selvagens do Antigo Testamento. Seu comentário foi: "Mas isso aconteceu antes que Deus se tornasse cristão!"
    Se podemos expressá-lo da mesma maneira, com toda reverência, quando João diz que o Verbo existiu sempre, antes do princípio das coisas, o que está dizendo é que Deus sempre foi cristão. Diz-nos que Deus foi, é e sempre será igual a Jesus; mas os homens não podiam saber e conhecer isto antes da vinda de Jesus.

    1. João continua dizendo: o Verbo estava com Deus. O que quer dizer com isto? Quer dizer que sempre existiu a relação mais íntima e mais próxima entre o Verbo e Deus. Ponhamo-lo em outra forma mais simples. Sempre existiu a relação mais íntima entre Jesus e Deus. Isso significa que não há ninguém que possa nos dizer como é Deus, qual é a vontade de Deus para conosco, como são o amor, o coração e a mente de Deus, como Jesus pode demonstrar.

    Tomemos uma analogia humana muito simples. Se queremos saber o que pensa e sente a respeito de algo uma determinada pessoa, e se não podermos nos aproximar dessa pessoa, não nos dirigimos a alguém que apenas a conhece, a alguém que só a conhece há pouco tempo; vamos a alguém que sabemos que é seu amigo íntimo há muitos anos. Sabemos que o íntimo amigo de muitos anos será capaz de nos interpretar o pensamento e sentimento dessa pessoa. Um pouco parecido é o que diz João a respeito de Jesus. Diz que Jesus sempre esteve com Deus. Empreguemos uma linguagem muito humana porque é o único que podemos usar. João está dizendo que Jesus mantém uma relação tão íntima com Deus que Deus não tem segredos para ele; e que, portanto, Jesus é a única pessoa de todo o universo que nos pode revelar como é Deus, e o que sente para nós.

    1. Por último João diz que o Verbo era Deus. Não cabe dúvida que se trata de uma frase difícil de compreender, e é difícil porque o grego, que é o idioma em que escrevia João, diz as coisas de maneira diferente da que nós usamos. Quando o grego emprega um substantivo quase sempre o acompanha com o artigo definido. A palavra grega para Deus é theos, e o artigo definido, é ho. Quando o grega fala de Deus não diz somente theos, e sim ho theos. Agora, quando o grego não emprega o artigo definido com o substantivo, este se converte em algo muito mais parecido a um adjetivo; descreve o caráter, a qualidade da pessoa. João não disse que o Verbo era ho theos; isso teria significado que o Verbo era idêntico a Deus; diz que o Verbo era theos —sem o artigo definido— o que quer dizer, em nossas palavras, que o Verbo era do mesmo caráter, essência, qualidade e ser que Deus. Quando João disse o Verbo era Deus não estava dizendo que Jesus era idêntico a Deus; estava dizendo que Jesus é tão perfeitamente o mesmo que Deus em mente, coração e ser, que em Jesus vemos a perfeição como Deus é.

    Assim, pois, no próprio começo de seu Evangelho João afirma que em Jesus, e só nele, revela-se de maneira perfeita aos homens tudo o que Deus sempre foi e sempre será, e tudo o que Deus sente com relação aos homens e deseja deles.

    O CRIADOR DE TODAS AS COISAS

    Jo 1:3

    Pode parecer-nos estranho que João sublinhe desta maneira a forma em que o mundo foi criado. E pode parecer-nos estranho que relacione a Jesus de maneira tão definida com a obra da criação. Mas se vê obrigado a fazê-lo devido a certa tendência no pensamento de sua época.
    No tempo em que João viveu havia uma espécie de heresia denominada gnosticismo. O ponto característico do gnosticismo era que se tratava de um enfoque intelectual e filosófico do cristianismo. Para os gnósticos as crenças simples do cristão comum não eram suficientes. Tentavam construir um sistema filosófico a partir do cristianismo. sentiam-se preocupados com a existência do pecado, o mal, a dor e o sofrimento neste mundo, de maneira que elaboraram uma teoria e uma filosofia para explicá-los.

    A teoria era a seguinte. No princípio existiam duas coisas: Deus e a matéria. Os gnósticos sustentavam que a matéria sempre tinha existido. Era a matéria-prima a partir da qual se criou, formou e modelou o mundo. Os gnósticos sustentavam que esta matéria original era defeituosa e imperfeita. Quer dizer que, desde o começo, o material a partir do qual se criou o mundo era imperfeito. Dito de outra maneira, o mundo tinha que começar mau. Era feito de um material que continha os germes do mal e da corrupção. Mas os gnósticos foram ainda mais longe. Deus —sustentavam— é espírito puro, e o espírito puro é tão puro que jamais pode tocar a matéria. Muito menos poderá tocar uma matéria cuja essência é a imperfeição. Portanto, não era possível que Deus tivesse levado a cabo a obra da criação por si mesmo. De maneira que, segundo eles, o que Deus tinha feito era lançar de si mesmo uma série de emanações.
    Cada emanação se afastava cada vez mais de Deus. À medida que as emanações se foram afastando de Deus, conheciam cada vez menos a respeito dele. Para a metade da série descendente havia uma emanação que já não sabia nada a respeito de Deus e que era totalmente ignorante sobre Ele. A partir desse estádio as emanações começavam a ser não só ignorantes de Deus, mas também hostis com respeito a Ele. Finalmente, a última emanação da série estava tão longe de Deus que era completamente ignorante e hostil com relação a Ele, e essa emanação foi a força que criou o mundo, porque estava tão longe de Deus que podia tocar esta matéria imperfeita e má. Segundo os gnósticos o Deus criador era um Deus que estava completamente divorciado e em inimizade com o verdadeiro Deus.
    Os gnósticos davam um passo mais. Identificavam o Deus criador com o Deus do Antigo Testamento; e sustentavam que o Deus do Antigo Testamento era completamente distinto, ignorante e hostil com relação ao Deus que era o Deus e Pai de Jesus Cristo. Na época de João esta crença estava muito estendida. Os homens acreditavam que o mundo era mau e que tinha sido criado por um Deus mau.

    Para combater esses ensinos João estabelece aqui estas duas verdades fundamentais do cristianismo. De fato, a relação de Jesus com a criação se sublinha repetidamente no Novo Testamento, justamente em razão desse pano de fundo de pensamento que divorciava a Deus do mundo em que vivemos. Em Cl 1:16 Paulo escreve: “Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra . . . Tudo foi criado por meio dele e para ele.” Em 1Co 8:6 escreve sobre o Senhor Jesus Cristo “pelo qual são todas as coisas”. O autor de Hebreus fala do Filho, “pelo qual também fez o universo” (He 1:2).

    João e os outros evangelistas que falaram desta maneira estavam sublinhando duas verdades muito importantes.

    1. O cristianismo sempre creu no que se chama criação do nada. Não criam que em sua criação Deus teve que trabalhar com uma matéria estranha e má. Não criam que o mundo tenha começado com uma falha essencial. Não criam que o mundo começou com Deus e alguma outra coisa. Criam que por trás de todas as coisas está Deus e só Deus.
    2. O cristianismo sempre creu que este é o mundo de Deus. De maneira, que, longe de estar tão separado do mundo que não podia ter nada que ver com ele, Deus está intimamente comprometido com ele.

    Os gnósticos tratavam de jogar a culpa do mal que existe no mundo a seu criador. O cristianismo acredita que o que anda mal no mundo se deve nada mais que ao pecado do homem. Mas apesar de que o pecado danificou o mundo e impediu que fosse o que poderia ter sido, jamais podemos desdenhá-lo, e jamais podemos odiá-lo, porque este mundo é essencialmente o mundo de Deus. Se crermos nisso adquiriremos um novo sentido do valor do mundo e um novo sentido da responsabilidade para com o mundo.
    Há um conto de uma menina que vivia nas ruas suburbanas de uma grande cidade, e a quem levaram para passar um dia no campo. Quando viu as campainhas no bosque, perguntou: "Crê que a Deus se importaria se eu arrancar algumas de suas flores?"

    Este mundo é de Deus, devido a isso não há nada que não esteja sob seu controle, e por isso devemos usar todas as coisas lembrando que pertencem a Deus. O cristão não despreza o mundo pensando que um deus ignorante e hostil o criou; aprecia-o ao recordar que em todas partes Deus está sempre por trás do mundo e nele: crê que o Cristo que recria o mundo foi o colaborador de Deus quando o mundo foi criado pela primeira vez, e que, no ato da redenção, Deus está buscando recuperar o que sempre lhe pertenceu.

    VIDA E LUZ

    Jo 1:4

    Em uma peça musical importante o compositor está acostumado a começar estabelecendo os temas que vai desenvolver e elaborar no curso de toda a obra. Isso é o que João faz neste verso. No quarto Evangelho, vida e luz são duas das grandes palavras fundamentais sobre as que está construído todo o Evangelho. São dois dos temas principais que o Evangelho se propõe desenvolver e expor. Analisemo-los em detalhe.

    O quarto Evangelho começa e termina com a palavra vida. Aqui, no próprio começo lemos que em Jesus estava a vida; e no final lemos que o objetivo de João ao escrever o Evangelho foi que os homens pudessem crer “que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20:31). Esta palavra está nos lábios de Jesus todo o tempo. Jesus se lamenta de que os homens não se aproximem dele para poder ter vida (Jo 5:40). Afirma que veio para que os homens tenham vida e para que a tenham em abundância (Jo 10:10). Anuncia que dá vida aos homens e que jamais perecerão porque ninguém os arrebatará de sua mão (Jo 10:28). No Evangelho a palavra vida (zoo) aparece mais de trinta e cinco vezes, e o verbo viver ou ter vida (zen) mais de quinze. O que quer dizer João, pois, quando usa a palavra vida?

    1. Simplesmente quer dizer que vida é o contrário de destruição, condenação e morte. Deus enviou seu Filho para "que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). O homem que ouve e crê tem vida eterna e não entrará em juízo (Jo 5:24). Há um contraste entre a ressurreição para a vida e a ressurreição para a condenação (Jo 5:29). Aqueles a quem Jesus dá vida não perecerão jamais (Jo 10:28). Em Jesus há algo que dá segurança ao homem nesta vida e na outra. Não se pode dizer que vivemos até que não aceitamos a Jesus e o tomamos como nosso Salvador e o coroamos como nosso rei. O homem que vive uma vida sem Cristo existe, mas não sabe o que é a vida. Jesus é a única pessoa que pode transformar a vida em algo que merece ser vivida, e em sua companhia a morte não é mais que o prelúdio de uma vida ainda mais plena.
    2. Mas João está seguro de que, embora Jesus é quem traz esta vida, a origem, o autor e o doador da vida é Deus. Com freqüência emprega a frase o Deus vivo, como de fato o faz toda a Bíblia repetidamente. A vontade do Pai que enviou a Jesus é que quem o veja e nele crê tenha vida (Jo 6:40). Jesus é o doador da vida porque o Pai pôs sobre ele seu selo de aprovação (Jo 6:27). Dá vida a todos os que Deus lhe deu (Jo 17:2). Por trás de tudo está Deus. É como se Deus estivesse dizendo: "Eu criei os homens para que tivessem vida autêntica; mediante seu pecado deixaram que viver e só existem; enviei a meu Filho para que saibam o que é a vida verdadeira".
    3. Devemos nos perguntar o que é esta vida. O quarto Evangelho emprega com freqüência a frase vida eterna. Mais adiante discutiremos todo o significado dessa frase. No momento devemos anotar o seguinte. A palavra que João emprega para eterna é aionios. Agora, seja o que for a vida eterna, não é meramente uma vida que dura para sempre. É evidente que uma vida que durasse para sempre poderia ser uma terrível maldição; muito freqüentemente a única coisa que os homens desejaram é ver-se livres da vida.

    Na vida eterna deve haver algo mais que duração; deve haver certa qualidade de vida. A vida não é desejável a menos que se trate de um certo tipo de vida. Aqui temos a chave. Aionios é o adjetivo que se emprega com freqüência para descrever a Deus. No sentido mais exato da palavra, Deus é aionios, eterno; de maneira que a vida eterna é aquela vida que Deus vive. O que nos oferece Jesus de parte de Deus é a mesma vida de Deus. A vida eterna é uma vida que conhece algo da serenidade e o poder de vida do próprio Deus. Quando Jesus precisou oferecer aos homens a vida eterna, Ele os estava convidando a participar da própria vida de Deus.

    1. Como podemos, pois, entrar nessa vida? Entramos nessa vida ao crer em Jesus Cristo. A palavra crer (pisteuein) aparece não menos de setenta vezes no quarto Evangelho. "Quem crê no Filho tem a vida eterna" (Jo 3:36). “Quem crê em mim", diz Jesus, "tem a vida eterna" (Jo 6:47). A vontade de Deus consiste em que os homens vejam o Filho, criam nele e tenham a vida eterna (Jo 5:24).

    O que significa para João crer?

    1. Significa que devemos estar convencidos de que Jesus é real e verdadeiramente o Filho de Deus. Quer dizer que devemos nos decidir a respeito de Jesus. Depois de tudo, se Jesus não for mais que um homem, não há nenhuma razão para lhe prestarmos obediência total e implícita que exige. Devemos pensar por nós mesmos quem foi Jesus. Devemos vê-lo, aprender coisas a respeito dele, estudá-lo, pensar nele até que cheguemos à conclusão que não é outro senão o Filho de Deus.
    2. Mas nisto há mais que uma crença intelectual. Crer em Jesus significa tomá-lo pela palavra. Significa aceitar seus mandamentos como algo absolutamente obrigatório, crer sem questionar que o que ele diz é a verdade, agir sob a convicção de que não podemos fazer outra coisa senão obedecer sua palavra. Para o João, a crença consta de três passos. Primeiro, significa a convicção da mente a respeito de que Jesus é o Filho de Deus. Segundo, significa a confiança do coração em que tudo o que Jesus diz é verdade. Terceiro, significa apoiar toda ação da vida na segurança inamovível de que devemos tomar a Jesus ao pé da letra.

    Quando chegamos a este ponto deixamos de existir e começamos a viver. Sabemos o que quer dizer a Vida, com maiúscula.

    VIDA E LUZ

    Jo 1:4 (continuação)

    A segunda grande palavra chave do João com que nos defrontamos nesta passagem é a palavra luz. Esta palavra luz aparece não menos de vinte e uma vezes no quarto Evangelho. Jesus, como diz João aqui, é a luz dos homens. A função de João Batista consistia em assinalar aos homens essa luz que estava em Cristo. Em duas ocasiões Jesus se denomina a si mesmo a luz do mundo (Jo 8:12; Jo 9:5). Esta luz pode estar nos homens (Jo 11:10), convertendo-os assim em filhos da luz (Jo 12:36). Disse Jesus: “Eu que sou a luz, vim ao mundo” (Jo 12:46, Trad. Brasileira).

    Vejamos se podemos compreender algo desta idéia da luz que Jesus traz para o mundo. Sobressaem-se três pontos:

    1. A luz que Jesus traz é a luz que faz desaparecer o caos. No relato da criação, Deus se movia sobre o abismo escuro e sem forma que existia antes do princípio do mundo, e disse: "Haja luz" (Gn 1:3). A luz recém-criada por Deus, chegando ao caos vazio, eliminou-o. Assim, pois, Jesus era a luz que resplandece nas trevas (Jo 1:5). Jesus é a única pessoa que pode evitar que a vida se converta em um caos. Entregues a nossas próprias forças estamos à mercê de nossas paixões, desejos, temores e medos. Quando Jesus aparece na vida, vem a luz. Um dos temores mais antigos do mundo é o temor à escuridão. A vida está em trevas, cheia de temores sem nome, instintiva, até que vem Jesus.

    Há um conto de um menino que devia dormir em uma casa alheia. A proprietária de casa, acreditando ser amável, ofereceu-lhe deixar a luz acesa quando ele fosse para a cama. Com toda cordialidade, ele declinou o oferecimento. "Pensei", disse a proprietária da casa, "que você poderia ter medo da escuridão." "Oh, não", disse o garotinho, "sabe, é a escuridão de Deus".
    Com Jesus, a noite é luz ao nosso redor, o mesmo que o dia.

    1. A luz que Jesus traz é uma luz reveladora. A condenação dos homens consiste em que amaram as trevas mais do a luz; e foi assim porque suas ações eram más, e aborreceram a luz para que ela não repreendesse as suas obras (Jo 3:19-20

      É um fato curioso que no quarto Evangelho todas as referências a João Batista são referências pejorativas. Existe uma explicação. João era uma voz profética; a voz profética tinha permanecido em silêncio durante quatrocentos anos, e em João voltou a falar. Parece que havia alguns que se sentiam tão fascinados por João que lhe deram um lugar mais alto do que lhe correspondia. De fato, existem referências sobre uma seita que dava a João o lugar supremo. Achamos um eco de tal seita em Atos 19:3-4.

      Em Éfeso, Paulo se encontrou com um grupo de pessoas que só conheciam o batismo de João. Não se trata de que o quarto Evangelho se propõe a criticar a João Batista ou subestimar sua importância. Simplesmente João sabia que havia algumas pessoas que davam ao Batista um lugar que usurpava o que correspondia ao próprio Jesus.
      Assim, pois, ao longo de todo o quarto Evangelho João cuida de assinalar uma e outra vez que o posto de João Batista na estrutura das coisas era elevado, mas que, entretanto, seguia sendo subordinado ao de Jesus Cristo. Aqui se preocupa em assinalar que João não era essa luz, e sim um mero testemunho da luz (Jo 1:8). Mostra a João negando que ele fosse o Cristo, nem sequer o grande profeta que Moisés tinha prometido (Jo 1:20). Quando os judeus se dirigiram a João e lhe disseram que Jesus tinha começado sua carreira como mestre, certamente esperavam que João se sentisse incomodado. Mas o quarto Evangelho mostra a João negando que lhe pertencia o primeiro lugar, e declarando que ele devia minguar enquanto Jesus devia crescer (Jo 3:25-30

      Quando João escreveu esta passagem tinha em mente duas idéias.
      (1) Estava pensando na época antes de Jesus vir ao mundo em carne. Muito antes de Jesus vir ao mundo em carne, desde o início do tempo, desde que o mundo foi criado, o Logos de Deus, o Verbo de Deus, tinha estado em ação no mundo. No princípio, o dinâmico Verbo criador, de Deus, criou o mundo; e após a Palavra, o Logos, a razão de Deus é a que tem feito com que o mundo seja um todo ordenado e que o homem seja um ser pensante. Para os que tivessem abertos seus sentidos, o Logos, a palavra sempre era visível e reconhecível no universo.

      A Confissão de Fé de Westminster começa dizendo que "as luzes da natureza e as obras da criação e da providência manifestam a sabedoria, a bondade e o poder de Deus de tal maneira que o homem carece de desculpas". Faz muito tempo Paulo disse que as coisas visíveis que há no mundo estão destinadas por Deus a dirigir os pensamentos dos homens para as coisas invisíveis, e que se os homens tivessem olhado o mundo com os olhos abertos e com um coração compreensivo seus pensamentos os teriam levado de modo inevitável ao Criador do mundo (Romanos 1:19-20).

      O mundo sempre foi tal que, se se o olhar na forma correta, conduz as mentes dos homens para Deus. A teologia sempre tem feito uma distinção entre a teologia natural e a teologia revelada. A teologia revelada se ocupa das verdades que nos chegaram diretamente de Deus; por intermédio de seus profetas, das páginas de seu Livro e, fundamentalmente, através de Jesus Cristo. A teologia natural se ocupa das verdades que o homem pode descobrir mediante o exercício de sua própria mente e intelecto no mundo em que vive. De que maneira, então, podemos ver o Verbo, o Logos, a Razão, a Mente de Deus no mundo em que vivemos?

      1. Devemos olhar para fora. Entre os gregos sempre existiu uma idéia fundamental: onde há ordem deve haver uma mente. Quando olhamos ao mundo notamos uma ordem surpreendente. Os planetas mantêm seus cursos. As marés seguem um ritmo. A época da semeadura e da colheita, o inverno e o verão, o dia e a noite chegam em sua ordem. É evidente que na natureza existe uma ordem, e portanto, também é evidente que deve haver uma mente por trás. Mais ainda, essa mente deve ser superior à mente humana, porque consegue resultados que a mente humana jamais pode obter. Ninguém pode converter a noite em dia, ou o dia em noite; ninguém pode fazer uma semente que tenha poder germinativo em seu interior; ninguém pode fazer um ser vivente. De maneira que a mente da natureza é muito superior à mente do homem. Portanto, se no mundo há ordem, deve haver uma mente; e se dentro dessa ordem há coisas que estão mais além do poder da mente do homem, a mente que está por trás da ordem da natureza deve ser uma mente que está muito acima da mente do homem. E assim chegamos diretamente a Deus. Olhar para fora o mundo significa enfrentar-se face a face com o Deus que criou o mundo.
      2. Devemos olhar para cima. De todas as coisas que demonstram a ordem assombrosa do mundo, nenhuma é mais demonstrativa que o movimento desse mundo. A astronomia nos diz que há tantas estrelas como grãos de areia nas praias. Se podemos expressá-lo em termos humanos, pensemos nos problemas de trânsito do céu. E entretanto, os corpos celestes mantêm seus cursos e transitam por seus próprios caminhos.

      Um astrônomo é capaz de predizer com a precisão de um minuto e de um centímetro onde e quando aparecerá um planeta determinado. Pode dizer-nos quando e onde haverá um eclipse de Sol, possivelmente dentro de cem anos, e nos pode dizer quanto tempo vai durar. Afirmou— se que "nenhum astrônomo pode ser ateu". Quando olhamos para cima vemos a Deus.

      1. Devemos olhar para dentro. De onde obtivemos o poder de pensar, raciocinar, conhecer? De onde obtivemos nosso conhecimento do bem e do mal? Por que o homem mais descontrolado e perverso sabe em seu interior que está agindo mal?

      Faz muito tempo Kant afirmou que havia duas coisas que o convenciam a respeito da existência de Deus; o mundo estrelado que tinha acima dele e a lei moral que tinha abaixo. Nós nem nos demos a vida a nós mesmos, nem nos demos a razão que guia e dirige a vida. Devem proceder de algum poder exterior a nós. De onde vêm o remorso, o arrependimento e o sentimento de culpa? Por que alguma vez podemos fazer o que queremos e ficar em paz? Quando olhamos para dentro encontramos o que Marco Aurélio chamou "o Deus interior" e o que Sêneca denominou "o espírito santo que habita em nossas almas". Ninguém pode explicar-se a si mesmo prescindindo de Deus.

      1. Devemos olhar para trás. Froude, o grande historiador, afirmou que toda a história é uma demonstração da lei moral em ação. Os impérios surgem e decaem.

      E a história demonstra que a degeneração moral e o colapso nacional vão de mãos dadas. "Nenhuma nação", disse George Bernard Shaw, "sobreviveu à perda de seus deuses". Toda a história é a demonstração prática, nos atos, de que há um Deus.

      De maneira que, embora Jesus Cristo jamais tivesse vindo em carne a este mundo, os homens teria visto a Palavra, o Logos, a Razão de Deus em ação. Mas, embora a ação do Verbo estava à vista de todos os homens, eles jamais a reconheceram.

      NÃO RECONHECIDO

      João 1:10-11 (continuação)

      (2) Por último, a Palavra criadora e diretriz de Deus veio a este mundo sob a forma do homem Jesus. João diz que a Palavra veio “para o que era seu” e que seu próprio povo não a recebeu.

      O que quer dizer com isso?
      O que João quer dizer é que quando a Palavra de Deus veio a este mundo, não veio a Roma ou a Grécia ou ao Egito ou aos 1mpérios orientais. Veio à Palestina. E Palestina era de maneira especial a terra de Deus, e os judeus eram de maneira especial o povo de Deus. A terra da Palestina e a nação dos judeus pertenciam a Deus em uma forma em que não lhe pertencia nenhum outro povo do mundo.

      Os nomes que o Antigo Testamento emprega para designar a terra e o povo o demonstram. A Palestina é freqüentemente chamada a Terra Santa (Zc 2:12; 2 Macabeus Jo 1:7; Sabedoria Jo 12:3). É chamada a terra de Deus; Deus se refere a ela como sua terra (Os 9:3; Jr 2:7; Jr 16:18; Lv 25:23). O povo judeu Ele o chama o especial tesouro de Deus (Ex 19:5; Sl 135:4). Os judeus são o povo escolhido (Dt 14:2; Dt 26:18). São chamados a porção de Jeová (Dt 32:9).

      Quando Jesus veio Ele o fez a uma terra que era de maneira especial a terra de Deus e a um povo que era em forma peculiar o povo de Deus. Uma nação que deveria tê-lo recebido de braços abertos; todas as portas deveriam ter estado abertas; deveriam tê-lo recebido como a um viajante que retorna ao lar; ou, mais ainda, como a um rei que volta para sua própria terra ... e o rechaçaram. Receberam-no com ódio e não com adoração.

      Eis aqui a tragédia de um povo que estava preparado para cumprir uma tarefa e logo a rechaça. Nesta vida pode dar-se o caso de pais que economizam, fazem planos e se sacrificam para dar a seu filho ou filha uma oportunidade na vida, para preparar a esse filho ou filha para uma tarefa ou oportunidade em especial, e quando chega o momento, aquele em cujo benefício se fizeram tantos sacrifícios se nega a aceitar a oportunidade, ou fracassa em forma estrepitosa quando se defronta com o desafio. É uma verdadeira tragédia. E isso foi o que aconteceu a Deus.
      Seria muito errôneo pensar que Deus só preparou o povo judeu. Deus prepara a cada homem, mulher e criança neste mundo para alguma tarefa que lhes reservou.
      Certo novelista escreve sobre uma menina que se negava a tocar as coisas sujas. Quando lhe perguntavam por que, respondia: "Algum dia me vou encontrar com algo bom e quero estar preparada". Mas o que é trágico é que haja tanta gente que rechaça a tarefa que Deus lhes atribuiu. Dito de outra maneira —que fica mais clara— são muito poucos os que chegam a ser o que podem chegar a ser. Isso pode dever— se à ociosidade e a abulia, pode ser, por acanhamento e covardia, por falta de disciplina ou por estar comprometidos em interesses menores e caminhos laterais. O mundo está cheio de pessoas que jamais realizaram as possibilidades que possuem.
      Não temos por que pensar na tarefa que Deus nos atribuiu em termos de algum ato heróico ou alguma grande façanha da qual se inteirarão todos os homens. Pode tratar-se de preparar a um menino para a vida; pode tratar-se de pronunciar em um momento dado a palavra correta e exercer essa influência que evitará que alguém arruíne sua vida; pode consistir em fazer algum trabalho menor particularmente bem; pode consistir em fazer algo que afetará as vistas de muitos através de nossas mãos, nossas vozes ou nossas mentes. O fato é que Deus nos está preparando para algo através de todas as experiências da vida; e apesar disso há tantos que rechaçam a tarefa que lhes é apresentada, e que jamais se dão conta de que a estão rechaçando.

      A simples frase: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”, contém toda a tragédia do mundo. Aconteceu a Jesus faz muito tempo, e continua acontecendo em nossos dias.

      FILHOS DE DEUS

      João 1:12-13

      Nem todos rechaçaram a Jesus quando Ele veio; houve alguns que o receberam e lhe deram as boas-vindas, e a eles Jesus deu o direito de converter-se em filhos de Deus.
      Há um sentido em que o homem não é naturalmente filho de Deus. Um sentido no qual deve converter-se em filho de Deus. Podemos pensá-lo em termos humanos, porque são os únicos termos em que somos capazes de pensar.

      Há duas classes de filhos. Há o filho que jamais faz nada mais que usar sua casa. Durante toda sua juventude toma tudo o que seu lar lhe oferece e não dá nada em troca. Seu pai pode trabalhar e fazer sacrifícios para lhe dar uma oportunidade na vida, e ele toma como se se tratasse de um direito, e jamais se dá conta do que está tomando nem faz esforço algum por merecê-lo ou devolvê-lo. Quando vai embora de casa, não tenta manter-se em contato com seus pais. O lar cumpriu seu propósito e ele já não tem nada que ver com ele. Não toma consciência de nenhum laço que se deva manter nem de dívidas que deva pagar. Esse filho é o filho de seu pai; deve-lhe sua existência; deve-lhe o que é; mas entre ele e seu pai não existe nenhum laço de amor, intimidade ou união. O pai deu todo seu amor; mas o filho não deu nada em troca.
      Por outro lado há o filho que durante toda sua vida tem presente o que seu pai fez e continua fazendo por ele. Aproveita cada oportunidade para demonstrar seu agradecimento buscando ser o filho que seu pai deseja; à medida que passam os anos se vai aproximando cada vez mais ao pai, a relação entre o pai e o filho se converte em uma relação de camaradagem e amizade. Mesmo que vá embora de sua casa, subsiste o vínculo que os une e continua sendo consciente de uma dívida que jamais poderá pagar.
      No primeiro caso o filho se afasta cada vez mais do pai; na segunda a aproximação é cada vez maior. Ambos os som filhos, mas seu caráter de tais é muito distinto. O segundo se converteu em filho em uma forma que o primeiro jamais chegou a ser.
      Podemos ilustrar este tipo de relação desde outra esfera, embora semelhante. A um professor famoso foi mencionado o nome de um jovem que afirmava ter sido aluno dele. O homem mais velho respondeu: "Pode ser que tenha assistido a minhas classes, mas não foi um de meus estudantes". Há uma diferença enorme entre sentar-se nas classes de um professor e ser um de seus alunos. Pode haver contato sem comunhão; pode haver relação sem camaradagem. Todos os homens são filhos de Deus no sentido de que todos devem sua criação e a conservação de sua vida a Deus; mas só alguns homens se convertem em filhos de Deus na verdadeira profundidade e intimidade da autêntica relação entre pai e filho.

      João afirma que os homens só podem entrar nessa relação verdadeira e autêntica através de Jesus Cristo. Quando João diz que não procede de sangue está empregando o pensamento judaico, porque os judeus consideravam que um filho físico nascia da união da semente do pai com o sangue da mãe. Este caráter de filho não procede de nenhum impulso ou desejo humano, nem de nenhum ato da vontade humana;

      procede inteiramente de Deus. Não podemos nos tornar filhos de Deus por nossos próprios meios; devemos entrar em uma relação que Deus nos oferece. Ninguém pode entrar jamais na amizade de Deus por sua própria vontade e suas forças; há um enorme abismo entre o humano e o divino. O homem só pode desfrutar da amizade de Deus quando Deus mesmo abre o caminho.

      Mais uma vez, pensemos em termos humanos. Um plebeu não pode aproximar-se de um rei para oferecer-lhe sua amizade; se ela tiver que existir deve depender exclusivamente da aproximação por parte do rei. O mesmo acontece com Deus e nós. Não podemos entrar em uma relação de amizade com Deus por nossa própria vontade ou méritos, visto que nós somos homens e Deus é Deus. Só podemos participar dessa amizade quando Deus, em sua graça absolutamente imerecida, condescende em seu amor, a abrir o caminho para si mesmo.

      Mas isto tem um lado humano. O homem deve apropriar o que Deus oferece. Um pai humano pode oferecer seu amor, seu conselho, sua amizade a seu filho e este pode rechaçá-lo e preferir tomar seu próprio caminho. O mesmo acontece com Deus. Oferece-nos o direito a nos converter em seus filhos, mas não temos obrigação de aceitar esse direito.

      Nós o aceitamos quando cremos no nome de Jesus Cristo. O que significa isso? O pensamento e a língua hebraica tinham uma forma de usar a expressão o nome que para nós é estranha. Ao falar do nome o pensamento judeu não se referia tanto no nome que se usava para chamar uma pessoa, como à sua natureza na medida em que se mostrava e era conhecida.

      No Sl 9:10, por exemplo, o salmista diz: “Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome”. É evidente que não significa que quem sabe que o nome de Deus é-Jeová serão os que confiarão nele. Quer dizer que quem conhece a personalidade de Deus, sua natureza, como Ele é, estarão dispostos e desejosos de confiar nele para todas as coisas. No Sl 20:7, o salmista diz: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos;

      nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus”. É evidente que não se gloriarão de que Deus é chamado Jeová. Quer dizer que alguns depositam sua confiança em ajudas humanas, mas nós depositaremos nossa confiança em Deus porque sabemos como Ele é.

      Confiar no nome de Jesus, então, significa confiar no que Jesus é. Jesus era a personificação da generosidade, do amor, da amabilidade e do serviço. A grande doutrina central de João é que em Jesus vemos a própria mente de Deus, da atitude de Deus para os homens. Se crerem nisso, também crêem que Deus é como Jesus, tão amoroso e generoso como foi Jesus. Crer no nome de Jesus significa crer que Deus é como Jesus; e só quando crêem isso podemos nos submeter a Deus e nos converter em seus filhos. A menos que vermos em Jesus como é Deus, jamais nos atreveremos a nos considerar capazes de nos converter em filhos de Deus. O que é Jesus é o que nos abre a porta à oportunidade de nos converter em filhos de Deus.

      O VERBO SE FEZ CARNE

      Jo 1:14

      Estas palavras encerram a razão de ser do quarto Evangelho. João pensou e falou sobre o Verbo de Deus, esse Verbo poderoso, dinâmico, criador que foi agente e causa da criação, esse Verbo que guia, dirige, controla e põe ordem no mundo e a mente no homem. Tratava-se de idéias que eram conhecidas e comuns tanto entre os judeus como entre os gregos. Agora diz a coisa mais surpreendente e incrível que pôde haver dito. Diz com a maior naturalidade: "Esse Verbo que criou o mundo, essa Razão que controla a ordem do mundo, converteu-se em uma pessoa e o vimos com nossos próprios olhos". A palavra que emprega João para ver este Verbo é theasthai; esta palavra aparece no Novo Testamento mais de vinte vezes e sempre é usada para indicar a visão física. Não se trata de uma visão espiritual que se vê com o olho da alma ou da mente. João declara que este Verbo veio ao mundo na forma de um homem e que foi visto por olhos humanos. Diz: "Se querem ver como é esse Verbo criador, essa Razão dominante olhem a Jesus de Nazaré".

      Aqui é onde João se afasta de todo o pensamento que o tinha precedido. Este foi o elemento completamente novo que João trouxe ao mundo grego para o qual escrevia. Muito tempo depois Agostinho diria que em seus dias pré-cristãos tinha lido e estudado os grandes filósofos pagãos e suas obras, e que tinha lido muitas coisas, mas que jamais tinha lido que o Verbo foi feito carne. Para um grego isto era o impossível. O que nenhum grego pôde ter sonhado jamais é que Deus pudesse tomar um corpo. Para o grego o corpo era algo mau, uma prisão em que estava presa a alma, uma tumba na qual estava confinado o espírito. Plutarco, o velho sábio grego, nem sequer acreditava que Deus pudesse controlar os eventos deste mundo em forma direta; devia fazê-lo mediante enviados e intermediários, porque, segundo sua opinião não era menos que blasfemo envolver a Deus nos assuntos do mundo. Filo jamais poderia tê-lo dito. Ele disse: "A vida de Deus não desceu a nós; nem chegou até as necessidades do corpo".
      O grande imperador romano estóico, Marco Aurélio, desprezava o corpo em comparação com o espírito. "Portanto desprezem a carne, sangue e ossos e uma rede, um retorcido molho de nervos e veias e artérias". "A composição de todo o corpo está sujeita à corrupção". Aqui estava o pasmoso elemento novo: que Deus podia e de fato se convertia em uma pessoa humana, que Deus podia vir a esta vida que nós vivemos, que a eternidade podia aparecer no tempo, que de algum modo o Criador podia aparecer na criação de maneira tal que os olhos dos homens podiam vê-lo.
      Esta concepção de Deus em forma humana é tão assombrosamente nova e desconhecida que não deve nos surpreender que dentro da mesma Igreja houvesse quem não cresse nela. O que diz João é que o Verbo se tornou sarx. Agora, sarx é a mesma palavra que Paulo emprega uma e outra vez para descrever o que ele chamava a carne, a natureza humana, com todas suas debilidades e toda sua disposição ao pecado. A simples idéia de tomar esta palavra e aplicá-la ao Verbo, a Deus, era algo diante da qual suas mentes titubeavam. De maneira que dentro da Igreja surgiu um grupo de pessoas chamado docetistas. Dokein é a palavra grega para parecer ser. Essas pessoas sustentavam que em realidade Jesus não era mais que um fantasma, uma aparência, que seu corpo humano não era um corpo real, que não era mais que um espírito que caminhava como um fantasma, que em realidade não podia sentir fome ou cansaço, tristeza ou dor, que de fato era um espírito sem corpo sob a forma aparente de um homem. João se ocupou desta gente de maneira muito mais direta em sua primeira Epístola. “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo” (I João 4:2-3). É certo que esta heresia surgiu de uma espécie de reverência equivocada. Surgiu do espírito que temia dizer que Jesus era verdadeiro, real e completamente humano. Segundo a opinião de João, tratava-se de um espírito que contradizia todo o evangelho cristão.

      Bem pode ser que freqüentemente, em nosso afã em conservar o fato de que Jesus era completamente Deus, tendamos a nos esquecer do fato de que era completamente homem. O Verbo se fez carne. Possivelmente aqui, mais que em qualquer outro lugar do Novo Testamento, encontramos a gloriosa proclamação da humanidade de Jesus em toda sua plenitude. Em Jesus vemos o Verbo criador de Deus, a Razão controladora de Deus, assumindo a humanidade. Em Jesus vemos a Deus vivendo a vida tal como Deus a teria vivido se tivesse sido um homem. Embora não pudéssemos dizer nada mais sobre Jesus, poderíamos afirmar que nos mostra como Deus teria vivido esta vida que nós temos que viver.

      O VERBO SE FEZ CARNE

      Jo 1:14 (continuação)

      Poderia afirmar-se que este é o versículo mais importante de todo o Novo Testamento; de maneira que devemos lhe dedicar muito tempo para poder desfrutar de suas riquezas.

      Já vimos que João tem certas palavras fundamentais, que rondam por sua mente e dominam seu pensamento e são os temas a partir dos quais elabora toda a sua mensagem.

      Aqui temos outras três dessas palavras.

      1. A primeira é a palavra graça. Esta palavra graça sempre consta de duas idéias básicas.
      2. Sempre implica a idéia de algo completamente imerecido. Sempre implica a idéia de algo que nunca poderíamos ter obtido ou ganho ou obtido ou alcançado por nosso próprio esforço. O fato de que Deus tenha vindo à Terra para viver e morrer pelos homens não é algo que a humanidade merecesse; é um ato de puro amor da parte de Deus. A palavra graça acentua ao mesmo tempo a total pobreza do homem e a bondade ilimitada do amor de Deus.
      3. Sempre implica a idéia de beleza. Em grego moderno essa palavra significa encanto. Em Jesus vemos a absoluta formosura de Deus. Os homens tinham pensado em Deus em termos de poder, majestade, força e juízo. Tinham pensado no poder de Deus que podia desfazer toda oposição e vencer toda rebeldia; mas em Jesus os homens se encontram com o caráter amoroso do amor de Deus.
      4. A segunda é a palavra verdade. Esta palavra verdade é uma das notas dominantes no quarto Evangelho. À medida que avancemos na leitura do Evangelho nos encontraremos com ela freqüentemente. Aqui só podemos reunir em forma breve e superficial tudo o que João pode dizer sobre Jesus e a verdade.
      5. Jesus é a encarnação da verdade. Disse: "Eu sou a verdade" (Jo 14:6). Para ver a verdade devemos olhar a Jesus. Eis aqui algo imensamente precioso para toda mente e alma singela. Há pouca gente que pode compreender idéias abstratas. A maior parte das pessoas pensa em imagens, não em abstrações. Podemos pensar e discutir pelo resto de nossos dias e é muito provável que não nos aproximemos nem um ápice a uma definição da beleza. Mas podemos apontar uma pessoa bela, podemos dizer que isso é a beleza, e se esclarece toda a questão. Desde que os homens começaram a pensar sobre Deus tentaram definir com exatidão quem e o que é Deus mas suas mentes diminutas não se aproximam no mais mínimo a uma definição. Mas podemos deixar de pensar, e olhar a Jesus Cristo e dizer: "Assim é Deus". Jesus não precisou falar aos homens a respeito de Deus; precisou mostrar aos homens como é Deus, de maneira que a mente mais simples pudesse conhecer a Deus com tanta intimidade como a mente do maior dos filósofos.
      6. Jesus é quem comunica a verdade. Jesus disse a seus discípulos que se permaneciam com ele conheceriam a verdade (Jo 8:31). A Pilatos disse que o propósito de sua vinda a este mundo era dar testemunho da verdade (Jo 18:37). Os homens estão dispostos a seguir a um professor ou pregador que realmente possa guiá-los neste complicado trabalho de pensar e viver. Jesus é o que converte as coisas que estão em sombras em algo claro; é quem, nas muitas encruzilhadas da vida, nos indica qual é o caminho correto; quem, nos momentos de tomar decisões, nos ajuda a escolher bem; quem, em meio das muitas vozes que exigem nossa obediência nos diz o que devemos acreditar.
      7. Mesmo tendo partido desta Terra em seu corpo, Jesus nos deixou seu Espírito para nos dizer qual é a verdade e para nos guiar à verdade. Seu Espírito é o Espírito de verdade (Jo 14:17; Jo 15:26; Jo 16:13). Jesus não nos deixou só um livro de instruções e um conjunto de ensinos. Não temos necessidade de indagar em um texto ininteligível para descobrir o que temos que fazer. Ainda hoje, podemos lhe perguntar o que devemos fazer, porque seu Espírito está conosco em cada passo que damos pelo caminho de Deus.
      8. A verdade é aquilo que nos faz livres (Jo 8:32). Na verdade sempre há certa qualidade libertadora. Um menino está acostumado a adquirir idéias estranhas, equivocadas a respeito das coisas quando pensa por sua própria conta. E muito freqüentemente sente temor. Um homem pode temer que está doente; vai ao médico, e embora o veredicto seja mau, pelo menos se sente livre dos temores difusos que o atormentavam. A verdade que nos traz Jesus nos liberta do afastamento de Deus; nos liberta da frustração na vida; nos liberta de nossos próprios temores e debilidades e fracassos. Jesus Cristo é o maior libertador da Terra.
      9. A verdade pode ofender. Procuraram matar a Jesus porque lhes disse a verdade (Jo 8:40). A verdade pode muito bem condenar a um homem; pode lhe mostrar o quão equivocado está. "A verdade", diziam os cínicos, "pode ser como a luz aos olhos doentes". Os cínicos afirmavam que o professor que jamais incomodava a ninguém, tampouco fazia bem a ninguém. Mas fica um fato concreto: os homens podem fechar seus olhos e mentes à verdade; podem matar o homem que lhes diz a verdade, mas a verdade permanece. Ninguém jamais conseguiu destruir a verdade negando-se a escutar a voz que a pronunciava. E, no final, a verdade o alcançará.
      10. A verdade pode não ser crida (Jo 8:45). Há duas razões principais pelas quais os homens não creram na verdade. Podem não crer nela porque é muito bela para ser certa; ou podem não crer nela porque estão tão atados a suas meias verdades que se negam a separar-se delas. Em muitos casos as meias verdades são os piores inimigos das verdades totais.
      11. A verdade não é algo abstrato; é algo que terá que fazer (Jo 3:21). A verdade é algo que se deve conhecer com a mente, aceitar com o coração e pôr em prática na vida.

      O VERBO SE FEZ CARNE

      Jo 1:14 (continuação)

      Este é um dos versículos das Escrituras ao qual se poderia dedicar toda uma vida de estudo e reflexão sem chegar a esgotar seu significado. Devemos, pois, examiná-lo mais uma vez. Já vimos duas das grandes palavras temáticas que se encontram nele; agora devemos examinar a terceira, a palavra glória. Uma e outra vez João emprega a palavra glória, em relação com o Jesus Cristo. Primeiro analisaremos o que diz João a respeito da glória de Cristo, e logo passaremos a ver se podemos compreender ao menos uma pequena parte do que quer dizer.

      1. A vida de Jesus Cristo foi uma manifestação de glória. Quando fez o milagre da água e o vinho em Cã da Galiléia, João diz que manifestou sua glória (Jo 2:11). Ver a Jesus e experimentar seu poder e seu amor era penetrar em uma glória nova.
      2. A glória que manifesta é a glória de Deus. Não é dos homens de quem recebe a glória (Jo 5:41). Não procura sua própria glória, e sim a glória daquele que o enviou (Jo 7:18). É seu Pai quem o glorifica (Jo 8:50, Jo 8:54). É a glória de Deus a que Marta verá na ressurreição do Lázaro (Jo 11:4). A ressurreição de Lázaro é para a glória de Deus, para que o Filho seja glorificado por ela (Jo 11:4). A glória que estava em Jesus, que o rodeava através dele, que agia nele, é a glória de Deus.
      3. E entretanto, essa glória era algo que pertencia somente a ele. No final roga que Deus o glorifique com a glória que tinha antes que o mundo existisse (Jo 17:5). Não brilha com luz alheia; sua glória é sua e por direito próprio.
      4. Transmitiu a seus discípulos a glória que lhe pertence. Deu-lhes a glória que Deus lhe deu (Jo 17:22). É como se Jesus participasse da glória de Deus e o discípulo participasse da glória de Cristo. Seria como dizer que a vinda de Cristo é a chegada da glória de Deus aos homens.

      Agora, o que quer dizer João com tudo isto? Para responder a esta pergunta devemos nos dirigir ao Antigo Testamento. O judeu amava a idéia da Shekinah. A Shekinah significa aquilo que habita; e é a palavra que se emprega para designar a presença visível de Deus entre os homens. Vez após vez no Antigo Testamento nos deparamos com a idéia de que houve épocas em que a glória de Deus era visível entre os homens. No deserto, antes da vinda do maná, os filhos de Israel “olharam para o deserto, e eis que a glória do SENHOR apareceu na nuvem” (Ex 16:10). Antes de ser feita a entrega dos Dez Mandamentos, “a glória do SENHOR pousou sobre o monte Sinai” (Ex 24:16). Quando o tabernáculo acabou de ser construído e equipado, “a glória do SENHOR encheu o tabernáculo” (Ex 40:34). Quando se dedicou o templo de Salomão os sacerdotes não puderam entrar para ministrar “porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR” (1Rs 8:11). Quando Isaías teve sua visão no Templo, ouviu cantar o coro de anjos que "toda a terra está cheia de sua glória" (Is 6:3). Em seu êxtase, Ezequiel viu "a semelhança da glória de Jeová" (Ez 1:28). No Antigo Testamento a glória do Senhor vinha em momentos em que Deus estava muito perto.

      A glória do Senhor quer dizer simplesmente a presença de Deus. João emprega uma ilustração cotidiana.
      Um pai dá a seu filho mais velho sua própria autoridade, sua própria honra. O herdeiro do trono, o herdeiro do rei, seu filho mas velho, é investido com toda a glória real de seu pai. O mesmo aconteceu com Jesus. Quando Jesus veio à terra os homens viram nele o esplendor de Deus, e no centro desse esplendor há amor. Quando Jesus veio à terra os homens viram nele a maravilha de Deus, e a maravilha era amor. Quando veio Jesus os homens viram que a glória de Deus e o amor de Deus eram uma e a mesma coisa. A glória de Deus não é a glória de um despótico tirano oriental, mas sim esse esplendor do amor perante o qual nos prostramos, não em terror abjeto, e sim perdidos em assombro, amor e louvor.

      A INESGOTÁVEL PLENITUDE

      João 1:15-17

      Já vimos que o quarto Evangelho foi escrito em uma situação em que era necessário assegurar-se de que João Batista não ocupasse uma posição muito exagerada no pensamento dos homens. De maneira que João começa esta passagem com uma frase de João Batista em que outorga o primeiro e único lugar a Jesus.
      João o Batista diz a respeito de Jesus: “O que vem depois de mim é antes de mim.” Esta frase pode significar mais de uma coisa.

      1. Jesus era, em realidade, seis meses mais novo que João e João pode estar dizendo com toda simplicidade: "Alguém que é mais novo que eu ficou na minha frente."
      2. João pode estar dizendo: "Eu saí a campo antes que Jesus; ocupei o centro da cena antes que ele; antes que ele aparecesse, eu já estava trabalhando; mas tudo o que fazia era preparar o caminho para sua vinda; eu não era mais que a vanguarda do exército principal e o arauto do rei."
      3. Pode ser que João tenha estado pensando em termos muito mais profundos que isso. Pode ter estado pensando não em termos de tempo, mas sim de eternidade. Pode estar pensando e recordando que Jesus era o que tinha existido antes de que o mundo existisse, e com quem não se pode comparar nenhuma figura humana. Pode ser que estas três idéias tenham estado presentes na mente do João. Não foi João quem exagerou sua própria posição; tratava-se de um engano que tinham cometido alguns de seus seguidores. Para João, o lugar principal pertencia a Jesus Cristo.

      Esta passagem passa a afirmar três coisas a respeito de Jesus.

      1. De sua plenitude todos nos beneficiamos. A palavra que emprega João para dizer plenitude é uma palavra muito importante: pleroma, e significa a soma total de tudo o que se encontra em Deus. Trata-se de uma palavra que Paulo emprega com freqüência. Em

      Cl 1:19 diz que em Cristo habita toda pleroma. Em Cl 2:9 diz que em Cristo habita toda a pleroma da deidade em forma corporal. Queria dizer que em Cristo habitava a totalidade da sabedoria, do poder e do amor de Deus. Justamente por isso Jesus é inesgotável.

      Um homem pode dirigir-se a Jesus com qualquer necessidade e vê— la satisfeita. Um homem pode dirigir-se a Jesus com qualquer ideal e vê— lo realizado. Em Jesus, o homem que ama a beleza encontrará a beleza suprema. Em Jesus, o homem para quem a vida é a busca do conhecimento encontrará a revelação suprema. Em Jesus, o homem que necessita coragem encontrará o modelo e o segredo da valentia. Em Jesus, o homem que sente que não pode enfrentar com a vida encontrará o Mestre da vida e a força para viver. Em Jesus, o homem que é consciente de seu pecado encontrará o perdão de seu pecado e o poder para ser bom. Em Jesus, a pleroma, a plenitude de Deus, tudo o que está em Deus, o que Westcott denominou "a fonte da vida divina", converte— se em algo acessível ao homem.

      1. Dele recebemos graça sobre graça. Literalmente, em grego significa graça em lugar de graça. O que significa esta frase estranha?

      (a) Pode querer dizer que em Cristo encontramos uma maravilha que conduz a outra.
      Certa vez um dos antigos missionários se aproximou a um dos velhos reis de certa região. O rei lhe perguntou o que podia esperar se se convertia em cristão. O missionário respondeu: "Você encontrará uma maravilha sobre outra e cada uma delas será certa."
      Às vezes, quando viajamos por uma rota muito solitária, uma paisagem sucede à outro. Diante de cada vista pensamos que nada poderia ser mais bonito e depois de uma curva nos deparamos com uma beleza nova e superior à anterior.
      Quando um homem se dedica a estudar algum tema importante, tal como a música, a poesia ou a arte, nunca o esgota. Sempre há novas experiências de beleza à sua espera. O mesmo acontece com Cristo.

      Quanto mais sabemos sobre Ele, mais maravilhoso o encontramos. Quanto mais tempo vivemos com Ele, mais amor descobrimos. Quanto mais pensamos sobre Ele e com Ele mais amplo se faz o horizonte da verdade. Esta frase pode ser a forma que escolheu João para expressar o caráter ilimitado de Cristo. Pode ser sua forma de dizer que o homem que permanece com Cristo encontrará novas maravilhas em sua alma iluminando a sua mente e prendendo o seu coração dia a dia.

      (b) Pode ser que devamos tomar esta expressão ao pé da letra. Em Cristo encontramos graça em lugar de graça. As diferentes idades e as diferentes situações da vida exigem um tipo de graça distinto. Necessitamos uma graça nos dias de prosperidade e outra nos dias da adversidade. Necessitamos uma graça nos dias luminosos da juventude e outra quando as sombras da idade começam a cair sobre a vida. A Igreja necessita uma graça nos tempos de perseguição e outra quando a aceitou. Necessitamos um tipo de graça quando sentimos que estamos por cima de todas as coisas e outro tipo de graça quando nos sentimos deprimidos e descoroçoados e à beira do desespero. Necessitamos um tipo de graça para carregar nossa carga e outro para carregar as cargas do próximo. Necessitamos uma graça quando estamos seguros das coisas e outra quando sentimos que já não fica nada seguro no mundo.

      Esta graça de Deus nunca é algo estático, mas algo dinâmico. Nunca deixa de estar à altura da situação. Uma necessidade entra na vida e junto com ela chega uma graça. Passa essa necessidade e nos assalta outra e com ela vem outra graça. Ao longo de toda a vida sempre estamos recebendo graça em lugar de graça, porque a graça de Cristo é triunfalmente adequada para satisfazer cada situação que se apresenta.

      1. A Lei veio através de Moisés, mas a graça e a verdade vieram através de Jesus Cristo. Na forma antiga de vida, esta estava governada pela Lei. O homem tinha que fazer algo determinado, gostasse ou não, conhecessem ou não a razão para agir dessa maneira; mas depois da vinda de Cristo já não procuramos obedecer a Lei de Deus como escravos; procuramos responder ao amor de Deus como filhos. Através de Jesus Cristo, Deus o legislador se tornou o Deus Pai, Deus o Juiz se tornou o Deus que ama as almas dos homens.

      A REVELAÇÃO DE DEUS

      Jo 1:18

      Quando João diz que nenhum homem jamais viu a Deus qualquer pessoa do mundo antigo concordaria em tudo com ele. No mundo antigo os homens se sentiam fascinados, deprimidos e frustrados pelo que consideravam a distância infinita e a absoluta incognoscibilidade de Deus. No Antigo Testamento Deus é representado dizendo a Moisés: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.” (Ex 33:20). Quando Deus lembra o povo da entrega da Lei, diz: “A voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes aparência nenhuma”. Nenhuma pessoa do Antigo Testamento teria pensado que era possível ver a Deus.

      Os grandes pensadores gregos sustentavam exatamente a mesma opinião. Xenofonte havia dito. "A conjetura é sobre tudo." Platão havia dito: "O homem e Deus nunca se podem encontrar." Celso se tinha rido pela forma em que os cristãos chamavam a Deus de Pai porque "Deus sempre está além de todas as coisas". No melhor dos casos, dizia Apuleyo, os homens podem vislumbrar uma faísca de Deus, tal como um raio ilumina uma noite escura: um milésimo de segundo de iluminação e logo a escuridão absoluta. Como disse Glover: "Algo que fosse Deus, estava muito longe de estar ao alcance do comum dos homens."
      Pode ser que tenha havido momentos muito raros de êxtase em que os homens experimentavam uma fagulha do que chamavam "o Ser absoluto", mas os homens comuns eram prisioneiros da ignorância e da fantasia. Ninguém se oporia a João quando disse que nenhum homem jamais viu a Deus.
      Mas João não se detém aqui; passa a fazer a afirmação surpreendente e reveladora de que Jesus revelou por completo como é

      Deus. O que chegou aos homens é o que J. H. Bernard chama "a exibição ao mundo de Deus em Cristo". Aqui volta a ressoar a chave do evangelho de João: "Se querem ver como é Deus, olhem para Jesus Cristo."

      Por que será que Jesus pode nascer o que nenhum outro jamais fez? Onde reside seu poder de revelar Deus aos homens? João diz três coisas a respeito de Jesus.

      1. Jesus é único. A palavra grega é monogenes, que as versões correntes traduzem por unigênito. É verdade que este é o significado literal de monogenes; mas muito antes desta época tinha perdido seu significado puramente físico e tinha adquirido dois sentidos especiais. Tinha chegado a significar único e especialmente amado. É evidente que um filho único possui um lugar único e um amor único no coração de seu pai. De maneira que esta palavra chegou a expressar o caráter de único antes de qualquer outra coisa. No Novo Testamento está presente a convicção de que Jesus é único, que não existe nenhum outro como Ele, que pode fazer pelos homens o que nenhum outro pode fazer. Ele é o único que pode trazer Deus aos homens e levar os homens a Deus.
      2. Jesus é Deus. Aqui nos encontramos com a mesma frase que vimos no primeiro versículo do capítulo. Isto não quer dizer que Jesus é idêntico a Deus; o que significa é que em mentalidade, em caráter e em ser Jesus é um com Deus. Neste caso seria melhor que pensássemos que quer dizer que Jesus é divino. Vê-lo é ver como é Deus.
      3. Jesus está no seio do Pai. Estar no seio de alguém é uma frase hebraica mediante a qual se expressa a maior intimidade possível na vida humana. A emprega ao referir-se a uma mãe e seu filho; a um marido e sua esposa. Um homem fala da esposa de seu seio (Is 62:5; Ct 4:8); ele a emprega ao referir-se a dois amigos que estão em completa comunhão mútua. Quando João empregou esta frase ao referir-se a Jesus, quis dizer que entre Jesus e Deus há uma intimidade completa, total e ininterrupta devido ao fato de que Jesus é tão íntimo com Deus, é um com ele, e pode revelá-lo aos homens.

      Em Jesus Cristo o Deus distante, incognoscível, invisível, inalcançável chegou aos homens; e Deus já não pode voltar a ser um estranho para nós.

      O TESTEMUNHO DE JOAO

      João 1:19-28

      Com esta passagem João dá começo à parte narrativa de seu Evangelho. No prólogo mostrou o que pensa fazer; escreve seu Evangelho para demonstrar que Jesus é a Mente, a Razão, o Verbo de Deus que veio a este mundo na forma de uma pessoa humana. Uma vez estabelecida sua idéia central, começa a história da vida de Jesus.
      Ninguém é tão cuidadoso com os detalhes do tempo como João. A partir desta passagem e até Jo 2:11, relata passo a passo a primeira semana da vida pública de Jesus. Os eventos do primeiro dia estão em Jo 1:19-28 (continuação)

      Os emissários da ortodoxia podiam pensar em três coisas que João poderia pretender ser:

      1. Perguntaram-lhe se era o Messias. Os judeus esperavam, e esperam até hoje, a chegada do Messias. Todo povo cativo espera a seu libertador. Os judeus se consideravam o povo eleito de Deus; não tinham dúvida de que mais cedo ou mais tarde Deus interviria para salvar a seu povo. Não havia uma idéia única sobre o Messias. Alguns esperavam a alguém que traria a paz a toda a Terra. Alguns esperavam a alguém que trouxesse o reino da justiça. A maioria esperava a alguém que seria um grande líder nacional e guiaria os exércitos dos judeus na conquista do mundo inteiro. Alguns esperavam uma personalidade sobrenatural vinda diretamente de Deus. Em maior número eram os que esperavam um príncipe que surgiria da casa de Davi. Era comum surgirem pretendentes messiânicos que provocavam rebeliões. A época em que Jesus viveu era uma de grande excitação. Era natural que perguntassem a João se pretendia ser o Messias; mas João negava por completo esta pretensão; entretanto em sua negativa insinuava algo. Em grego, a palavra eu se acentua segundo a posição que ocupe dentro da frase. É como se João houvesse dito: "Eu não sou o Messias, mas, se vocês soubessem, o Messias está aqui".
      2. Perguntaram-lhe se era Elias. Os judeus criam que, antes da chegada do Messias, Elias viria como arauto de sua vinda e para preparar o mundo para recebê-lo. Elias viria, de maneira especial, para resolver todas as disputas. Ele deixaria estabelecido que coisas e que gente eram puras e os quais eram os impuros; os que eram judeus e os que não eram; viria para reunir as famílias que se distanciaram. Era tão profunda sua crença neste fato que a lei tradicional dizia que o dinheiro e propriedades que estivessem em disputa, ou algo que se achasse e não se conhecesse o dono, deviam esperar "até que venha Elias". A convicção de que Elias viria antes do Messias retroage até Ml 4:5. Inclusive se cria que Elias ungiria o Messias para seu ofício real, tal como se ungia os reis, e que ressuscitaria os mortos para que compartilhassem o novo reino; mas João negava que qualquer honra deste tipo lhe pertencesse.
      3. Perguntaram-lhe se ele era o profeta esperado e prometido. Às vezes se acreditava que Isaías e, em especial, Jeremias, voltariam quando o Messias chegasse. Mas em realidade se trata de uma referência à segurança que Moisés deu ao povo em Dt 18:15: “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás.” Era uma promessa que nenhum judeu esquecia. Esperavam o surgimento do profeta que seria o maior de todos os profetas, e desejavam sua vinda, o profeta que seria o

      Profeta por excelência. Porém mais uma vez João negou que essa honra lhe pertencesse.

      Então lhe perguntaram quem era: sua resposta foi que não era mais que uma voz que rogava aos homens que preparassem o caminho para o Rei. A citação é de Is 40:3. Todos os Evangelhos citam este texto que fala de João (Mc 1:3; Mt 3:3; Lc 3:4). A idéia que está por trás é a seguinte. Os caminhos do oriente não estavam nivelados nem melhorados. Não eram mais que caminhos. Quando um rei se preparava para visitar uma província, ou quando um conquistador se propunha a percorrer seus domínios, arrumavam-se e endireitavam os caminhos e os punham em boas condições. O que João quis dizer foi isto: "Eu não sou ninguém; só sou uma voz que lhes diz que se preparem para a chegada do Rei". Dizia: "Preparem-se, porque o Rei está a caminho".

      João era o que deveria ser todo verdadeiro mestre e pregador: só era uma voz, alguém que apontava para o Rei. A última coisa que pretendia que os homens fizessem era que olhassem a ele; queria que se esquecessem dele e só vissem o Rei.

      Mas os fariseus se intrigavam com um detalhe. Que direito tinha João de batizar? Se tivesse sido o Messias, ou até Elias ou o profeta, poderia ter batizado. Isaías tinha escrito: “Assim borrifará muitas nações” (Is 52:15, TB.). Ezequiel havia dito: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados” (Ez 36:25). Zacarias havia dito: “Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, contra o pecado e contra a impureza” (Zc 13:1). Mas por que teria João que batizar? E havia algo que o fazia ainda mais estranho. O batismo de mãos dos homens não era para os israelitas. Batizava-se aos prosélitos, pessoas que provinham de outras crenças. Um israelita nunca era batizado; ele já pertencia a Deus; não precisava ser lavado; mas os gentios que vinham de crenças pagãs deviam ser lavados no batismo. João estava levando as israelitas a fazer o que só os gentios deviam fazer. Estava sugerindo que o povo escolhido devia ser purificado. Isso era exatamente o que acreditava João. Mas não deu uma resposta direta.

      Disse: "Eu só batizo com água; mas em meio de vós há um — a quem vós não reconhecem — do qual eu não sou digno de desatar a correia de seu calçado". João não poderia haver-se atribuído uma tarefa mais doméstica. Desatar a correia do calçado era algo que faziam os escravos. Um dito rabínico afirmava que um discípulo podia fazer para seu professor algo que fizesse um serviçal, exceto desatar os sapatos. Era um serviço muito baixo para que até um discípulo o fizesse. O que João dizia, pois, era: "Vem um de quem não sou digno de ser escravo". Devemos inferir que a esta altura já tinha tido lugar o batismo de Jesus no qual João o havia reconhecido. De maneira que aqui João volta a dizer o mesmo: "Vem o Rei. E, para sua vinda, devem limpar tanto como qualquer gentio. Preparem-se para a entrada do Rei na história".

      A função de João se limitava a ser quem preparava o caminho. Qualquer grandeza que possuísse provinha da grandeza daquele cuja vinda anunciava. João é o grande exemplo do homem que está disposto a desaparecer para que se possa ver a Cristo. A seu entender, ele não era mais que um dedo que apontava a Cristo. Deus nos conceda a graça de nos esquecer de nós mesmos e lembrar só de Cristo.

      O CORDEIRO DE DEUS

      João 1:29-31

      Aqui chegamos ao segundo dia desta semana transcendental na vida de Jesus. A esta altura já tinham passado seu batismo e as tentações, e estava disposto a pôr mãos à obra para cuja execução tinha vindo ao mundo. E mais uma vez o quarto Evangelho mostra a João rendendo tributo espontâneo a Jesus. Designa-o com esse tremendo título que chegou a estar entretecido na mesma linguagem da devoção, o Cordeiro de Deus. No que estava pensando e o que tinha em memore João quando empregou esse título? Há pelo menos quatro imagens que podem contribuir em algo a este respeito.

      1. Pode ser que João tenha estado pensando no cordeiro pascual. A festa da Páscoa não estava muito longe (Jo 2:13). Há uma libertação que só podemos obter através de Jesus Cristo.
      2. João era filho de um sacerdote. Sem dúvida conhecia todo o ritual do templo e seus sacrifícios. Agora, cada manhã e cada tarde da vida inteira se sacrificava no templo um cordeiro pelos pecados do povo (Êxodo 29:38-42). Durante todo o tempo que o templo existiu ofereceu— se este sacrifício. Inclusive quando as pessoas morriam de fome durante a guerra ou os cercos, jamais deixaram de oferecer o cordeiro até que no ano 70 o templo foi destruído. Pode ser que João esteja dizendo: "No templo se oferece um cordeiro cada noite e cada manhã pelos pecados do povo; mas o único sacrifício que pode libertar os homens do pecado está neste Jesus".
      3. Há duas grandes imagens do cordeiro nos profetas. Jeremias escreve: “Eu era como manso cordeiro, que é levado ao matadouro” (Jr 11:19). E Isaías tem a grande imagem daquele que foi levado "como cordeiro ao matadouro" (Is 53:7). Estes dois grandes profetas tiveram a visão de alguém que redimiria o seu povo mediante seus sofrimentos e seu sacrifício, aceitos com humildade e amor. Possivelmente o que diz João seja: "Seus profetas sonharam com aquele que amaria, sofreria e morreria por seu povo; eis aqui que chegou". Não resta dúvida que mais adiante a imagem de Isaías 53 veio a ser para a Igreja em uma das profecias mais preciosas de todo o Antigo Testamento a respeito de Jesus. Possivelmente João Batista foi o primeiro em dar-se conta disso.
      4. Mas há uma quarta imagem que seria muito conhecida dos judeus embora seja algo completamente estranho para nós. Na época que transcorreu entre o Antigo e o Novo Testamento aconteceram as grandes lutas em que os macabeus lutaram, morreram e venceram. Nesses tempos, o cordeiro, especialmente o cordeiro com chifres, era o símbolo de um grande conquistador. Assim é como se descreve a Judas Macabeu, e também a Samuel e Davi e Salomão. O cordeiro —por mais estranho que nos seja — representava o que conquistava em nome do Deus. Pode ser que não se trate de uma imagem de humilde e impotente debilidade, mas sim de uma imagem de vitoriosa majestade e poder. Jesus era o cavaleiro de Deus que lutou contra o pecado e o dominou, que venceu e aboliu o pecado em combate singular.

      Esta frase, o Cordeiro do Deus, é simplesmente maravilhosa. Obcecava ao autor do Apocalipse que a emprega vinte e nove vezes em seu livro. Converteu-se em um dos títulos mais apreciados para designar a Jesus. Em uma só palavra resume o amor, o sacrifício, o sofrimento e o triunfo de Cristo.

      João diz que não conhecia a Jesus. Mas era parente de Jesus (Lc 1:36), e deve tê-lo conhecido. O que João diz não é que não sabia quem era Jesus, e sim o que era. Nesse momento foi revelado a João que Jesus não era outro senão o Filho do Deus.

      Mais uma vez, João esclarece qual era sua função. Sua única tarefa era guiar os homens para Cristo. Ele não era nada e Cristo era tudo. Não pretendia nenhuma grandeza e nenhum lugar para si; não era mais que o homem que corria o pano de fundo e deixava a Jesus no lugar central do cenário.

      A VINDA DO ESPÍRITO

      João 1:32-34

      Durante o batismo de Jesus tinha ocorrido algo que convenceu a João além de toda dúvida, de que Jesus era o Filho do Deus. Como o viram os pais da Igreja faz muitos séculos, tratava-se de algo que só o olho da alma podia ver. Mas João o viu e se convenceu.

      Na Palestina a pomba era um ave sagrada. Nem a caçava nem a comia. Filo teve sua atenção voltada para a quantidade de pombas que havia no Ascalom, porque estava proibido caçá-las e matá-las, e, além disso, estavam domesticadas. Em Gn 1:2 lemos sobre o Espírito criador que se movia sobre a face das águas. Os rabinos costumavam relatar que o Espírito do Deus se movia e voava como uma pomba por cima do antigo caos enquanto lhe insuflava ordem e beleza. A imagem da pomba era algo que os judeus conheciam e amavam.

      Foi durante o batismo quando o Espírito desceu sobre Jesus com seu poder. Mas devemos lembrar que, para esta época, ainda não tinha surgido a doutrina cristã sobre o Espírito. Devemos aguardar até os últimos capítulos de João e até Pentecostes para vê-la surgir. Quando João Batista fala do Espírito que desce sobre Jesus, deve estar pensando em termos judaicos.

      Qual era, então, a idéia que tinham os judeus sobre o Espírito?
      A palavra hebraica para designar o Espírito é ruach, que significa vento. Para a mentalidade judaica sempre havia três idéias básicas sobre o Espírito. O Espírito era poder, como o poder de um vento muito forte; o Espírito era vida, o próprio coração e a alma e a essência da vida, a própria dinâmica da existência do homem; o Espírito era Deus; o poder e a vida do Espírito estavam além do lucro e o alcance meramente humanos. A vinda do Espírito à vida de um homem era a vinda de Deus.

      Sobretudo, o Espírito era quem dominava e inspirava os profetas. “Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado” (Mq 3:8). Deus fala com o Isaías de “O meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca” (Is 59:21). “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas” (Is 61:1). “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo ... Porei dentro de vós o meu Espírito” (Ezequiel 36:26-27).

      Podemos dizer que o Espírito de Deus fazia três coisas para o homem sobre quem ele vinha. Em primeiro lugar, trazia aos homens a verdade de Deus. Em segundo lugar, dava aos homens o poder de reconhecer essa verdade quando a viam. Em terceiro lugar, dava-lhes a habilidade e a coragem de pregar essa verdade aos homens. Para o judeu, o Espírito era Deus que descia à vida de um homem.
      Agora, no momento do batismo o Espírito desceu sobre Jesus em forma única. E o fez de maneira diferente a como jamais o fez com nenhum outro homem. A maioria das pessoas vivem o que poderíamos denominar experiências espasmódicas do Espírito. Têm seus momentos de iluminação momentânea, de poder extraordinário, de coragem sobre-humana. Mas estes momentos vêm e vão. Mas em duas oportunidades (versículos 32:33) João sublinha de maneira especial que o Espírito permaneceu, morou e habitou em Jesus. Não se tratava de uma inspiração momentânea. Em Jesus o Espírito ocupou sua morada permanente de maneira unívoca. E essa é outra forma de dizer que a Mente e o Poder do Deus estão em Jesus em forma unívoca.

      Aqui podemos aprender muito do que significa a palavra batismo. O verbo grego baptizein significa imergir ou inundar. Pode-se empregar quando se fala de roupa que se imerge em uma tintura; ou de um barco que se afunda atrás das ondas; ou de uma pessoa que tomou tanto que está empapado em bebida. Quando João diz que Jesus batizará os homens no Espírito Santo, quer dizer que Jesus nos pode trazer o

      Espírito de Deus de maneira tal que nos empapemos nele, que a vida esteja transpassada por ele, que estejamos saturados do Espírito do Deus, que nossa mente, nossa vida, nosso ser estejam alagados do Espírito do Deus.

      Agora, o que significava este batismo para João? O batismo do próprio João significava duas coisas.

      1. Significava limpar. Significava que se lavava a um homem das impurezas que nele havia.
      2. Significava dedicação. Significava que entrava em uma vida nova, diferente e melhor. Mas o batismo de Jesus era um batismo do Espírito. Quando lembramos a concepção que os judeus tinham do Espírito, podemos dizer algumas coisas.

      Quando o Espírito toma posse de um homem ocorrem determinadas coisas.

      1. Sua vida se ilumina. O conhecimento de Deus vem à sua mente. Vê com clareza a vontade do Deus. Sabe qual é o propósito de Deus, o que significa a vida, onde está o dever. Algo da sabedoria e da luz de Deus chegaram até ele.
      2. Sua vida se tonifica. O conhecimento sem poder é algo frustrante e obsessivo. Mas o Espírito não só nos dá conhecimento para saber o que é o correto, mas também força e poder para levá-lo a cabo. O Espírito nos proporciona uma triunfante adequação para encarar a vida.
      3. Sua vida se purifica. O batismo de Cristo com o Espírito seria um batismo de fogo (Mt 3:11; Lc 3:16). A escória das coisas más, a mescla das coisas inferiores, a influência de tudo que é baixo, são limpas e queimadas, até que o homem fica limpo e puro.

      Com muita freqüência, nossas orações ao Espírito são uma espécie de formalidade teológica e litúrgica; mas quando conhecemos aquilo pelo qual oramos, nossas orações ao Espírito se convertem em um clamor desesperado do coração humano.

      OS PRIMEIROS DISCÍPULOS

      João 1:35-39

      Jamais houve uma passagem das Escrituras mais plena que esta com pequenos toques reveladores.
      Mais uma vez vemos a João Batista apontando além de si mesmo. Deve ter sabido muito bem que falar com seus discípulos sobre Jesus desta maneira significava convidá-los a abandoná-lo e transferir sua lealdade a este novo e grande mestre; e isso foi o que ele fez. Não havia nenhum tipo de inveja em João. Tinha chegado a ligar aos homens, não a si mesmo, e sim a Cristo. Não há tarefa mais difícil que passar ao segundo lugar uma vez que se desfrutou do primeiro. Mas uma vez que Jesus tinha aparecido em cena, João não teve outro pensamento senão enviar os homens a Ele.
      De maneira que os dois discípulos de João seguiram a Jesus. Pode ser que fossem muito tímidos para aproximar-se dele de maneira direta e que o seguissem a certa distância, com o major dos respeitos. E então Jesus fez algo que era e é uma atitude que lhe é próprio. Voltou-se e lhes falou. Quer dizer, encontrou-os na metade do caminho. Tornou-lhes as coisas mais fáceis. Abriu-lhes a porta para que pudessem entrar. Aqui nos encontramos com o símbolo da iniciativa divina. Sempre é Deus quem dá o primeiro passo. Quando a mente humana começa a procurar e o coração humano começa a desejar, Deus sai a nosso encontro muito mais que a metade do caminho. Deus não permite que um homem procure e procure até que o encontre; sai a encontrar a esse homem. Como diz Agostinho, nem sequer teríamos podido começar a procurar a Deus se Deus não nos tivesse encontrado antes. Quando nos dirigimos a Deus não vamos ao encontro de alguém que se esconde e se mantém a certa distância; nos dirigimos a alguém que nos está esperando e que inclusive toma a iniciativa ao sair a nos encontrar no caminho.
      Jesus começou por fazer a estes dois homens a pergunta mais fundamental da vida. "O que vocês procuram?" perguntou-lhes. Era

      muito pertinente fazer essa pergunta na Palestina nos tempos de Jesus. Eram legalistas que só procuravam conversações sutis e recônditas a respeito dos pequenos detalhes da Lei, como faziam os escribas e fariseus? Eram oportunistas ambiciosos que procuravam um posto e poder, como faziam os saduceus? Eram nacionalistas, que procuravam um demagogo político e um caudilho militar que derrotasse a potência que estava ocupando seu país, como faziam os zelotes? Eram homens humildes, de oração e esperança, que procuravam a Deus e sua vontade, como faziam os mansos da Terra? Ou não eram mais que homens intrigados e confundidos pecadores que procuravam uma luz no caminho da vida, e o perdão de Deus?

      Far-nos-ia muito bem se de vez em quando, no curso de nossa vida, nos perguntássemos: "O que estou procurando? Que quero tirar da vida? Qual é minha finalidade e meu objetivo? Sinceramente, o que é o que, no âmago de meu coração, estou realmente querendo tirar da vida?
      Alguns procuram segurança. Queriam obter uma posição segura, a suficiente quantidade de dinheiro para satisfazer as necessidades da vida e algo mais para economizar para a velhice, uma segurança material que os alivie da preocupação essencial sobre as coisas materiais. Não é um mau objetivo, mas é inferior, e algo inadequado como finalidade da vida inteira; porque, em última análise, não pode haver nenhuma segurança na incerteza das mudanças e os azares desta vida.

      Há alguns que procuram o que eles denominariam uma carreira, de poder, importância, prestígio, um posto que se adapte à capacidade e habilidade que acreditam possuir, uma oportunidade para levar a cabo o trabalho que se crêem capazes de fazer. Este tampouco é um mau objetivo. Pode sê-lo se está dirigido por razões de ambição pessoal; mas se está motivado por razões de serviço a nosso próximo pode ser um objetivo superior. Mas não é suficiente, visto que seu horizonte está limitado pelo tempo e por este mundo.

      Alguns procuram certo tipo de paz, algo que lhes permita viver em paz consigo mesmos, em paz com Deus e em paz com os homens. Trata— se da busca de Deus; e é um objetivo que só pode ser satisfeito por Jesus Cristo.

      A resposta dos discípulos de João foi que queriam saber onde Jesus morava. Chamaram-no Rabi, uma palavra hebraica que cujo significado literal é Meu grande homem. Era o título de reverência e respeito que outorgavam os estudantes e pesquisadores de sabedoria a seus mestres e aos homens sábios. João, que escreveu o Evangelho, escrevia para os gregos. Sabia que não reconheceriam a palavra hebraica, de maneira que a traduziu pela palavra grega didaskalos, que significa mestre. Não era uma simples curiosidade o que empurrou a estes dois a formular esta pergunta. O que gostariam de dizer foi que não desejavam falar com Jesus com o passar do caminho, ao passar, como algum conhecido casual poderia deter-se e trocar algumas palavras. Queriam entrar e permanecer muito tempo com Ele, e falar de seus problemas e preocupações. O homem que deseja tornar-se um discípulo de Jesus nunca pode sentir-se satisfeito com uma palavra ao passar com Jesus. Quer encontrar-se com Jesus, não como um conhecido de passagem, mas sim como um amigo na própria casa de Jesus.

      A resposta de Jesus foi: "Venham e vejam!" Os rabis judeus tinham uma forma muito especial de empregar essa frase em seus ensinos. Diziam por exemplo: "Querem conhecer a resposta a esta pergunta? Querem conhecer a solução para este problema? Venham e vejam, e pensaremos juntos". Quando Jesus disse: "Venham e vejam!" estava convidando a esses dois, não só a ir e conversar, e sim a ir e descobrir as coisas que só ele era capaz de lhes revelar.

      De maneira que João, que escreveu o Evangelho, termina o parágrafo desta maneira: "Era como a décima hora". Pode ser que o termine assim porque ele mesmo era um desses dois. Podia dizer que hora era, e apontar a própria pedra do caminho sobre a que estava parado quando se encontrou com Jesus. Às quatro de uma tarde da primavera na Galiléia, a vida se converteu em algo novo para João. Quando um homem se encontra autenticamente com Jesus não se esquecerá nunca mais do dia e da hora como tampouco esqueceria a data de seu nascimento. Ele assinala a linha divisória entre a época em que não conhecia a Jesus e o momento em que chegou a conhecê-lo.

      COMPARTILHANDO A GLÓRIA

      João 1:40-42

      As versões comuns dizem que André "achou primeiro a seu irmão Simão", apoiando-se em alguns manuscritos gregos que trazem a palavra proton, que significa primeiro. Em outros manuscritos aparece proi, que significa cedo pela manhã. A nosso entender, a segunda versão se encaixa mais ao relato ao considerar este evento da passagem como desenvolvendo-se ao dia seguinte. Vimos que João nos apresenta o relato da primeira semana de importância na vida de Jesus, e essa relato fica mais adequado se considerarmos que André encontra a Pedro no dia seguinte.

      Mais uma vez, nesta passagem, João explica uma palavra hebraica para ajudar os gregos, a quem escrevia, a compreender melhor. Messias e Cristo são a mesma palavra. Messias é hebraico e Cristo é grego; ambos significam ungido. No mundo antigo, tal como em alguns países nesta época, ungia-se os reis com azeite no momento de sua coroação. E tanto Messias como Cristo significam o Rei ungido por Deus.

      Não temos muita informação sobre André, mas o pouca que sabemos mostra seu caráter de modo perfeito. André é uma das personalidades mais atraentes do grupo de apóstolos. Tem duas atitudes sobressalentes.
      (1) André se destacava por ser o tipo de homem que estava disposto a ocupar o segundo lugar. Uma e outra vez se identifica André como o irmão de Simão Pedro. É evidente que vivia sob a sombra de Pedro. Algumas pessoas poderiam não saber quem era André, mas todos conheciam a Pedro; e quando falavam de André o descreviam como o irmão de Pedro. André não formava parte do círculo íntimo de discípulos. Quando Jesus curou a filha de Jairo, quando foi ao Monte da Transfiguração, quando passou pela tentação no Getsêmani, levou consigo a Pedro, Tiago e João. André facilmente se teria ofendido por isso. Acaso não tinha sido um dos dois primeiros discípulos que seguiram a Jesus? Acaso Pedro não devia a ele seu encontro com Jesus? Não poderia razoavelmente esperar e exigir um lugar privilegiado no grupo apostólico? Mas tudo isto jamais ocorreu a André. Sentia-se muito satisfeito correndo para atrás e deixando que seu irmão mais famoso recebesse todo o brilho. Sentia-se muito satisfeito desempenhando um papel humilde e modesto no grupo dos Doze. Para André, toda questão de precedência, lugar e honras carecia de importância. Tudo o que importava era estar com Jesus e servi-lo como pudesse. André é o santo padroeiro de todos aqueles que com humildade, lealdade e sem remorsos ocupam um segundo lugar.

      (2) André se caracteriza por ser o homem que sempre estava apresentando alguém a Jesus. Em apenas três ocasiões no relato do Evangelho se localiza o André no centro do cenário. Há este incidente, no qual apresenta Pedro a Jesus. Há o incidente em João 6:8-9 em que André apresentou a Jesus o menino que tinha cinco pães de cevada e dois pãezinhos. E está a ocasião do Jo 12:22, em que André apresenta a Jesus os gregos que perguntavam por ele. A grande alegria de André era levar a outros diante da presença de Jesus. Destaca-se como o homem cujo único desejo era compartilhar a glória. É o homem de coração missionário. Tendo encontrado a amizade de Jesus, passou tudo o resto de sua vida apresentando outros a essa amizade. André é nosso grande exemplo de alguém que não podia guardar Jesus para si.

      Quando André levou a Pedro perante a presença de Jesus, este o olhou. A palavra que se emprega para esse olhar é emblepein. Esta palavra descreve um olhar concentrado, profundo. Significa o olhar que não se limita a ver as coisas superficiais que aparecem no exterior, mas sim que lê dentro do coração. Quando Jesus viu a Simão, tal como era chamado então, disse-lhe: "Seu nome é Simão; mas te chamarás Cefas, que significa rocha".

      No mundo antigo quase todos tinham dois nomes. O grego era o idioma universal nesse mundo, e quase todos tinham um nome em seu próprio idioma, pelo que os conhecia entre seus amigos e familiares, e um nome em grego, com o que os conhecia no mundo dos negócios e do comércio. Às vezes, um dos nomes era a tradução do outro. Pedro é a palavra grega que significa rocha e Cefas é a palavra aramaica que significa o mesmo; Tomé é a palavra aramaica e Dídimo a palavra grega que significa gêmeo; Tabita é a palavra aramaica e Dorcas a grega com a que se denomina uma gazela. Às vezes, escolhia-se o nome grego porque seu som se assemelhava ao nome aramaico. Um judeu chamado Eliaquim ou Abel em seu próprio idioma se chamaria Alcimo ou Apeles em grego. De maneira que Pedro e Cefas não são nomes diferentes; são o mesmo nome em distintos idiomas.

      Muito freqüentemente, no Antigo Testamento, uma mudança de nome assinalava uma nova relação com o Deus. Por exemplo, Jacó se converteu em Israel (Gn 32:28), e Abrão se converteu em Abraão (Gn 17:5) quando entraram em uma nova relação com o Deus. Quando alguém entra em um novo tipo de relação com Deus, é como se a vida voltasse a começar e ele se convertesse em um homem novo, de maneira que necessita um nome novo.

      Mas o maior deste relato é que nos diz como Jesus olha aos homens. Jesus não só vê o que é um homem; mas também aquilo no que se pode converter. Não vê somente o atual no homem, mas também suas possibilidades. Jesus olhou a Pedro e viu nele, não só um pescador da Galiléia, viu alguém em cujo interior estava a possibilidade de converter— se na rocha sobre a qual se edificaria sua Igreja. Jesus não só nos vê como somos, mas sim como podemos ser; e nos diz: "Dê-me sua vida, e o converterei naquilo que está em você poder chegar a ser".

      Conta-se que em uma ocasião alguém encontrou a Miguel Ângelo, trabalhando com seu cinzel em uma parte de rocha sem forma.

      Perguntou ao escultor o que estava fazendo. "Liberto o anjo que está preso neste mármore", respondeu. Jesus é aquele que vê e que pode libertar o herói que está oculto em cada homem.

      A RENDIÇÃO DE NATANAEL

      João 1:43-51

      A esta altura do relato Jesus abandonou o Sul e se dirigiu ao norte, para a Galiléia. Aí, possivelmente em Cã mesmo, encontrou e chamou Filipe. Filipe, assim como André, não podia guardar para si as boas novas. Como disse Godet: "Uma tocha acesa serve para acender outra". De maneira que Filipe foi em busca de seu amigo Natanael e lhe disse que cria ter encontrado o Messias prometido durante tanto tempo, em Jesus, o homem de Nazaré. Natanael se riu. Não havia nada no Antigo Testamento que predissera que o escolhido de Deus viria de Nazaré. Nazaré era um lugar muito pouco conspícuo. O próprio Natanael provinha de Caná, outra cidade da Galiléia, e nas regiões rurais a rivalidade entre uma cidade e outra, e a inveja entre os povos é muito notória. A reação de Natanael foi afirmar que Nazaré não era o tipo de lugar de onde pudesse vir nada de bom. Filipe foi sábio. Não discutiu. Limitou-se a dizer: "Vêem e vê!"
      Não há muitas pessoas que foram ganhas para o cristianismo com discussões. Mais de uma vez nossos argumentos fazem mais mal que bem. A única forma de convencer a alguém a respeito da supremacia de Cristo é confrontá-lo com ele. Em geral, é válido afirmar que o que ganhou homens a Cristo não é a pregação e ensino filosófico e apoiado em discussões, mas sim a apresentação do relato da cruz.
      Conta-se que, para fins do século dezenove, Huxley, o grande agnóstico, formava parte de um grupo que estava passando uns dias em uma casa de campo. Chegou no domingo, e a maioria dos membros do grupo se preparou para ir à igreja; mas, como é natural, Huxley não se propunha ir. Aproximou-se de um homem que era conhecido por sua fé cristã simples e radiante. Disse-lhe: "Suponhamos que hoje você não vá à igreja, que fique em casa e me diga com toda simplicidade o que a fé cristã significa para você e por que é cristão". "Mas", disse o homem, "você poderia demolir meus argumentos em um instante. Não sou o suficientemente inteligente para discutir com você". Huxley respondeu com amabilidade: "Não quero discutir com você; só quero que me diga o que este Cristo significa para você". O homem ficou na casa e falou com o Huxley com toda simplicidade a respeito de sua fé. Quando terminou os olhos do grande agnóstico estavam cheios de lágrimas: "Daria minha mão direita", disse, "para poder acreditar isso".
      Não foi uma argumentação brilhante o que chegou ao coração do Huxley. Poderia ter rebatido com a maior eficácia e certeza qualquer argumento que aquele cristão simples poderia lhe apresentar. O que conquistou seu coração foi essa apresentação singela de Cristo. O melhor argumento consiste em dizer às pessoas: "Venham e vejam!" Mas o problema é que nós mesmos devemos conhecer a Cristo antes de poder convidar outros a aproximar-se dele. O único evangelista autêntico é aquele que conhece ele próprio Cristo.

      De maneira que Natanael se aproximou, e Jesus pôde ler seu coração. "Eis aqui", disse Jesus, "um verdadeiro israelita, em quem não há engano". Era uma honra que qualquer israelita devoto agradeceria. O salmista disse: “Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade” (Sl 32:2). “Nunca fez injustiça” disse o profeta sobre o servo do Senhor, “nem houve engano na sua boca.” (Is 53:9). Natanael se sentiu surpreso de que alguém pudesse pronunciar um veredicto como esse quando recém o conhecia, e perguntou como Jesus podia conhecê-lo. Jesus lhe disse que já o tinha visto debaixo da figueira.

      Que significado tem isto? No pensamento judaico uma figueira sempre representava a paz. Sua idéia de paz era quando um homem podia permanecer debaixo de sua própria figueira e sua própria vinha sem que o incomodassem (comp. 1Rs 4:25; Mq 4:4). Mais ainda, a figueira era frondosa e dava muita sombra e era costume sentar— se a meditar sob o amparo de seus ramos. Sem dúvida, isso era o que tinha estado fazendo Natanael. E sem dúvida nenhuma, enquanto estava debaixo da figueira pensava e orava pelo dia em que chegaria o escolhido de Deus. Não cabe dúvida que tinha meditado a respeito das promessas de Deus. E agora sentia que Jesus tinha lido até o mais profundo de seu coração. O que surpreendeu a Natanael não foi tanto que Jesus o tivesse visto debaixo da figueira, e sim o fato de que Jesus tivesse lido os pensamentos que estavam no mais recôndito de seu coração. De maneira que Natanael disse a si mesmo: "Aqui está o homem que entende meus sonhos! Aqui está o homem que sabe de minhas preces! Aqui está o homem que viu meus desejos mais secretos e íntimos, desejos que jamais me animei a expressar em palavras! Aqui está o homem que pode traduzir o suspiro inarticulado de minha alma! Este deve ser o Filho do Deus, o prometido ungido de Deus e nenhum outro". Natanael se rendeu para sempre ao homem que lia e compreendia e satisfazia os desejos de seu coração.

      Pode ser que Jesus tenha sorrido. Citou a velha história de Jacó em Betel onde viu a escada de ouro que conduzia ao céu (Gên. 28:12-13). Era como se Jesus dissesse: "Natanael posso fazer muito mais que ler seu coração. Posso ser para você e para todos os homens, o caminho, a escada que conduz ao céu". Mediante Jesus e só por Jesus, podem as almas dos homens subir a escada que leva a céu.

      Esta passagem nos expõe um problema. Quem era Natanael? No quarto Evangelho é um dos primeiros discípulos; nos outros três Evangelhos nunca aparece absolutamente; nem sequer é mencionado. Que explicação pode ser dada a isto? Sugeriu-se mais de uma.

      1. Sugeriu-se que Natanael não é um personagem real. Que é uma figura ideal e simboliza a todos os reais e autênticos israelitas que rompiam as limitações do orgulho e o preconceito nacionalista e se entregavam a Jesus Cristo. Sugere-se que Natanael não é um único indivíduo, mas representa a todos os verdadeiros israelitas em quem não havia engano e que receberam a Jesus Cristo.
      2. Sobre a mesma base, sugeriu-se que representa ou a Paulo, ou ao discípulo amado a quem se menciona ao longo de todo o quarto Evangelho. Paulo era o grande exemplo do israelita que tinha aceito a Cristo. O discípulo amado era o discípulo ideal. Mais uma vez se supõe que Natanael representa um ideal; que é um arquétipo e não uma pessoa. Se esta fosse a única vez que se menciona a Natanael, se poderia aceitar esta hipótese; mas Natanael volta a aparecer em Jo 21:2 e ali não é apresentado como um ideal
      3. Foi identificado com Mateus, porque tanto Mateus como Natanael querem dizer o dom de Deus. Já vimos que nesses tempos a maioria das pessoas tinha dois nomes; mas nesse caso um dos nomes era grego e o outro judeu; e neste caso tanto Mateus como Natanael são nomes judeus.
      4. Há uma explicação mais simples. Filipe levou Natanael a Jesus. O nome do Natanael não aparece nunca nos outros três Evangelhos; e no quarto Evangelho não se menciona nunca a Bartolomeu. Em primeiro lugar, na lista dos discípulos que aparece em Mt 10:3 e em Mc 3:18, Filipe e Bartolomeu vão juntos, e resultava natural e inevitável relacioná-los. Em segundo lugar, Bartolomeu é realmente um segundo nome. Significa Filho de Ptolomeu. Bartolomeu deve ter tido um primeiro nome; ao menos é possível supor que Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa com nome diferente. Tal hipótese se encaixa aos atos.

      Seja qual for a verdade, não resta dúvida que Natanael representa o israelita cujo coração está limpo de orgulho e preconceito, e que viu em Jesus Aquele que satisfazia o desejo de seu coração a quem esperava e procurava.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 1
    princípio: O significado da palavra “princípio” (em grego, arkhé) nas Escrituras Gregas Cristãs depende do contexto. Ela não pode se referir ao princípio de Deus, o Criador, já que ele é eterno e não teve princípio. (Sl 90:2) Por isso, o “princípio” mencionado aqui deve se referir à época em que Deus começou a criar. A primeira criação de Deus, que no céu recebeu o título de a Palavra, mais tarde se tornou Jesus. (Jo 1:14-17) Assim, Jesus é o único que pode ser chamado de “o primogênito de toda a criação”. (Cl 1:15) Como ele foi “o princípio da criação de Deus” (Ap 3:14), ele foi criado antes de qualquer outra criatura e do Universo. Na verdade, foi por meio de Jesus que “foram criadas todas as outras coisas nos céus e na terra”. — Cl 1:16; para outros exemplos de como a palavra “princípio” é usada, veja a nota de estudo em Jo 6:64.

    a Palavra: Ou: “o Logos”. A expressão “a Palavra” (em grego, ho lógos) é usada aqui como um título e também aparece em Jo 1:14 e Ap 19:13. João mostrou que esse título pertence a Jesus. O título foi usado para se referir a ele antes de vir à Terra, durante o seu ministério como homem perfeito e depois que ele retornou ao céu e foi enaltecido. Deus usava Jesus como seu Porta-Voz para transmitir informações e instruções a seus outros filhos espirituais e aos humanos. Assim, é razoável concluir que, antes de vir a Terra, Jesus tenha sido muitas vezes o anjo usado por Jeová para se comunicar com os humanos. — Gn 16:7-11; 22:11; 31:11; Ex 3:2-5; Jz 2:1-4; 6:11, 12; 13:3.

    com: Lit.: “em direção a; voltado para”. Neste contexto, a preposição grega pros indica grande proximidade e companheirismo. Também indica que havia duas pessoas diferentes: (1) a Palavra e (2) o único Deus verdadeiro.

    a Palavra era um deus: Ou: “a Palavra era divina; a Palavra era semelhante a um deus”. João está se referindo a uma qualidade ou característica de Jesus Cristo, que ele chama aqui de “a Palavra” (em grego, ho lógos; veja a nota de estudo em a Palavra neste versículo). Jesus é o Filho primogênito de Deus, e por meio dele Deus criou todas as outras coisas. Por isso, ele tem uma posição superior a todas as outras criaturas e pode ser descrito como “um deus; alguém semelhante a um deus; divino; um ser divino”. Muitos preferem traduzir essa declaração como “a Palavra (o Verbo) era Deus”, passando a ideia de que a Palavra era o Deus Todo-Poderoso. Mas existem bons motivos para afirmar que João não queria dizer isso. Primeiro: João diz claramente, tanto antes como depois, que “a Palavra” estava “com Deus”. Segundo: a palavra grega theós (deus) aparece três vezes nos versículos 1:2. Na primeira e na terceira ocorrências, João usou o artigo definido antes da palavra theós, mas na segunda ocorrência ele não usou. Muitos estudiosos concordam que essa diferença é importante. Quando a palavra theós está acompanhada do artigo definido nesses versículos, ela se refere ao Deus Todo-Poderoso. Mas, quando ela é usada sem o artigo definido (na segunda ocorrência), ela descreve uma característica da “Palavra”. Por isso, existem Bíblias em alemão, francês e inglês, além de uma Bíblia interlinear em português, que traduzem o texto de um modo parecido com a Tradução do Novo Mundo, passando a ideia de que “a Palavra” era “um deus; divina; um ser divino; de natureza divina; semelhante a um deus”. Antigas traduções do Evangelho de João para o saídico e o boáirico (dialetos da língua copta), que provavelmente foram produzidas nos séculos 3:4 d.C., apoiam essa ideia. Elas também traduzem a segunda ocorrência de theós em Jo 1:1 de maneira diferente da primeira. Na segunda ocorrência, theós é uma qualidade que Jesus (a Palavra) tinha, ou seja, ele tinha a mesma natureza de Deus. Mas essas traduções não dão a entender que “a Palavra” era a mesma pessoa que seu Pai, o Deus Todo-Poderoso. Concordando com esse entendimento de Jo 1:1, o texto de Cl 2:9 diz que Jesus Cristo tem “toda a plenitude da qualidade divina”. E 2Pe 1:4 diz que até mesmo os que iriam reinar com Cristo ‘participariam da natureza divina’. Terceiro: a palavra grega theós geralmente é usada na Septuaginta como equivalente das palavras hebraicas ʼel e ʼelohím. Essas palavras hebraicas são traduzidas como “Deus”, e entende-se que elas têm o sentido básico de “poderoso; forte”. Elas são usadas para se referir ao Deus Todo-Poderoso, a outros deuses e a humanos. (Veja a nota de estudo em Jo 10:34.) Chamar a Palavra de “um deus” ou de “alguém poderoso” estaria de acordo com a profecia de Is 9:6. Esse texto predisse que o Messias seria chamado de “Deus Poderoso” (não “Deus Todo-Poderoso”) e que ele seria o “Pai Eterno” de todos os que tivessem o privilégio de ser governados por ele. O “zelo de Jeová dos exércitos”, o Pai do Messias, faria isso acontecer. — Is 9:7.


    Tradução de João 1:1 em copta saídico

    Esta foto mostra um manuscrito datado de cerca de 600 d.C. Ele foi escrito em saídico, um dialeto da língua copta, e contém uma tradução do Evangelho de João. A língua copta começou a ser falada no Egito não muito depois da época de Jesus e, junto com o siríaco e o latim, foi uma das primeiras línguas em que as Escrituras Gregas Cristãs foram traduzidas. As primeiras traduções para o copta já estavam disponíveis no século 3 d.C. e ajudam a ver como o texto grego era entendido naquela época. O grego coiné, assim como o latim e o siríaco, não tinha artigo indefinido (semelhante a “um; uma”, em português), mas o copta saídico tinha. Isso é especialmente interessante no caso da segunda parte de Jo 1:1, que tem gerado muita controvérsia. Em muitas traduções, a segunda parte desse versículo aparece assim: “E a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus.” A foto destaca as duas ocorrências da palavra “Deus” em copta. É possível notar uma pequena diferença: na primeira (1), a palavra aparece com o artigo definido (circulado em vermelho); na segunda (2), ela aparece com o artigo indefinido (circulado em vermelho). Assim, a tradução literal para o português seria: “E a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era um deus.” — Para mais informações sobre a tradução “e a Palavra era um deus”, veja a nota de estudo em Jo 1:1.

    1. “o” (circulado em vermelho) Deus

    2. “um” (circulado em vermelho) deus

    Texto(s) relacionado(s): Jo 1:1

    Manuscrito do Evangelho de João datado do século 2 d.C.

    Esta foto mostra a primeira página de um manuscrito bíblico muito antigo conhecido como Papiro Bodmer 2 (P66). Ele foi copiado e encadernado em formato de códice por volta do ano 200 d.C. O manuscrito contém grande parte do texto grego do Evangelho de João. A primeira página começa com o título (em destaque) Euaggélion Katá Ioánnen (As Boas Novas [ou: O Evangelho] Segundo João). Tudo indica que os textos originais dos Evangelhos não tinham títulos e que os títulos foram incluídos mais tarde por copistas. É possível que esses títulos, que incluíam o nome do escritor, tenham começado a ser usados porque assim era mais fácil identificar os livros.

    Texto(s) relacionado(s): Jo 1:1

    Evangelho de João — Alguns acontecimentos importantes

    Sempre que possível, os acontecimentos foram alistados em ordem cronológica

    O mapa de cada Evangelho destaca uma série diferente de acontecimentos

    1. Perto de Betânia, do outro lado do Jordão, João chama Jesus de “o Cordeiro de Deus” (Jo 1:29)

    2. Em Caná da Galileia, Jesus realiza seu primeiro milagre (Jo 2:3-7-9, 11)

    3. Jesus purifica o templo pela primeira vez (Jo 2:13-15)

    4. Jesus vai para a zona rural da Judeia; seus discípulos batizam; João batiza em Enom (Jo 3:22-23)

    5. Jesus fala com uma mulher samaritana no poço de Jacó, em Sicar (Jo 4:4-7, 14, 19, 20)

    6. Jesus realiza pela segunda vez um milagre em Caná da Galileia, curando à distância o filho de um funcionário real (Jo 4:46-47, 50-​54)

    7. Jesus cura um homem doente junto ao reservatório de Betezata, em Jerusalém (Jo 5:2-5, 8, 9)

    8. Jesus alimenta cerca de 5.000 homens na margem nordeste do mar da Galileia; o povo tenta fazê-lo rei (Mt 14:19-21; Jo 6:10-14, 15)

    9. Em uma sinagoga em Cafarnaum, Jesus diz que ele é “o pão da vida”; muitos tropeçam por causa de suas palavras (Jo 6:48-54, 59, 66)

    10. Jesus cura um homem cego de nascença no reservatório de Siloé (Jo 9:1-3, 6, 7)

    11. Os judeus tentam apedrejar Jesus no Pórtico de Salomão (Jo 10:22-23, 31)

    12. Quando os judeus tentam prender Jesus, ele vai para o lugar em que João batizava no princípio, do outro lado do Jordão; muitos ali depositam fé em Jesus (Jo 10:39-42)

    13. Jesus ressuscita Lázaro em Betânia (Jo 11:38-39, 43, 44)

    14. Os judeus fazem planos para matar Jesus; ele vai para uma cidade chamada Efraim, na região perto do deserto (Jo 11:53-54)

    15. Jesus vai de Betfagé para Jerusalém montado em um jumentinho; entrada triunfal em Jerusalém (Mt 21:1-7-10; Mc 11:1-7-11; Lc 19:29-30, 35, 37, 38; Jo 12:12-15)

    16. Jesus atravessa o vale do Cédron e vai a Getsêmani com seus discípulos (Mt 26:30; Mc 14:26; Lc 22:39; Jo 18:1)

    17. No jardim de Getsêmani, Judas trai Jesus; Jesus é preso (Mt 26:47-50; Mc 14:43-46; Lc 22:47-48, 54; Jo 18:2-3, 12)

    18. No palácio do governador, soldados espancam Jesus e zombam dele (Mt 27:26-29; Mc 15:15-20; Jo 19:1-3)

    19. Jesus é pregado em uma estaca no lugar chamado Gólgota (Mt 27:33-36; Mc 15:22-25; Lc 23:33; Jo 19:17-18)

    20. Depois de ser ressuscitado, Jesus aparece para Maria Madalena no jardim perto do túmulo (Mt 28:1-5, 6, 8, 9; Jo 20:11-12, 15-17)

    21. Jesus aparece para seus discípulos no litoral do mar da Galileia; Pedro afirma que ama Jesus (Jo 21:12-15)

    Texto(s) relacionado(s): Jo 1:1

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 3
    O que veio a existir: Os manuscritos gregos mais antigos não têm nenhuma pontuação nos versículos 3:4. A Tradução do Novo Mundo segue a pontuação do texto grego das edições eruditas preparadas por Westcott e Hort, por Nestle e Aland, e pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Com essa pontuação, as palavras “o que veio a existir” ficam ligadas ao versículo 4, passando a ideia de que “vida” e “luz” vieram à existência por meio da Palavra. (Cl 1:15-16) Algumas traduções seguem outro entendimento do texto grego e terminam o versículo 3 com um ponto final. Dessa forma, a expressão traduzida como “o que veio a existir” fica ligada ao que João tinha dito antes, passando o seguinte sentido: “. . . e sem ele nem mesmo uma só coisa veio a existir do que veio a existir.” Mas muitos estudiosos apoiam a opção usada na Tradução do Novo Mundo.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 4
    dele: Ou seja, da Palavra, ou do Logos. — Veja a nota de estudo em Jo 1:1.

    vida . . . luz: Estes dois assuntos estão presentes em todo o Evangelho de João. Deus é a Fonte da vida, mas ele usou a Palavra (Jesus) para criar todas as coisas. Visto que foi por meio de Jesus que todas as outras formas de vida “vieram a existir” (Jo 1:3), pode-se dizer que a vida veio por meio dele. Também foi por meio de Jesus que Deus tornou possível que humanos imperfeitos condenados à morte pudessem ter a esperança de vida eterna. Assim, ele pode ser corretamente chamado de a vida que se tornou a luz dos homens. O texto de Jo 1:9 chama a Palavra de “a verdadeira luz, que ilumina todo tipo de pessoas”. Quem segue a Jesus, “a luz do mundo”, “terá a luz da vida”. (Jo 8:12) A Palavra é o “Agente Principal da vida”, que ilumina o caminho da humanidade para a vida eterna. — At 3:15.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 6
    enviado como representante de Deus: Ou: “comissionado por Deus”. Foi Deus quem deu a João Batista sua missão, que envolvia pregar, ou servir como mensageiro. (Lc 3:2) Além de anunciar a chegada do Messias e do Reino de Deus aos judeus que iam até ele, João os incentivava a se arrependerem de seus pecados. (Mt 3:1-3, 11, 12; Mc 1:1-4; Lc 3:7-9) João serviu como profeta, instrutor (ele tinha discípulos) e evangelizador. — Lc 1:76-77; 3:18; 11:1; Jo 1:35.

    João: Ou seja, João Batista. Quando o apóstolo João escreveu este Evangelho, ele se referiu a João Batista 19 vezes. Mas, ao contrário de Mateus, Marcos e Lucas, ele não usou nenhuma vez os termos “Batista” ou “o Batizador”. (Veja as notas de estudo em Mt 3:1; Mc 1:4.) Quando o apóstolo João se referia a uma das três Marias, ele sempre deixava claro sobre qual delas ele estava falando. (Jo 11:1-2; 19:25; 20:
    1) Mas ele não precisava fazer isso no caso de João Batista. Em seu Evangelho, o apóstolo João não menciona a si mesmo por nome nenhuma vez. Assim, quando ele usava o nome “João”, todos sabiam de qual João ele estava falando. Essa é mais uma evidência de que o apóstolo João foi o escritor deste Evangelho. — Veja a “Introdução a João” e a nota de estudo em João: Título.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 7
    como testemunha: Ou: “em testemunho”. A palavra grega para “testemunho” (martyría) aparece no Evangelho de João mais do que o dobro de vezes que nos outros três Evangelhos juntos. O verbo relacionado, martyréo, traduzido aqui como dar testemunho, aparece 39 vezes no Evangelho de João, mas apenas 2 vezes nos outros Evangelhos. (Mt 23:31; Lc 4:22) Esse verbo é usado com tanta frequência para falar de João, o Batizador, que alguns sugerem que ele deveria ser chamado de “João, a Testemunha”. (Jo 1:8-15, 32, 34; 3:26; 5:33; veja a nota de estudo em Jo 1:19.) No Evangelho de João, o verbo martyréo também é usado com frequência com relação ao ministério de Jesus. João fala várias vezes sobre Jesus ‘dar testemunho’. (Jo 8:14-17,
    18) E é especialmente interessante que o próprio Jesus disse para Pilatos: “Para isto nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade.” (Jo 18:37) No livro de Apocalipse, João se refere a Jesus como “a Testemunha Fiel” e como “a testemunha fiel e verdadeira”. — Ap 1:5-3:14.

    dele: Ou seja, João Batista. — Compare com At 19:4.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 9
    mundo: A palavra grega traduzida como “mundo” (kósmos) se refere aqui à humanidade como um todo. Neste versículo, a expressão vir ao mundo parece se referir principalmente ao batismo de Jesus, e não ao nascimento dele. Depois de seu batismo, Jesus se tornou uma luz para a humanidade, realizando o ministério que tinha recebido de seu Pai. — Compare com Jo 3:17-19; 6:14; 9:39; 10:36; 11:27; 12:46; 1Jo 4:9.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 10
    o mundo veio a existir por meio dele: A palavra grega traduzida como “mundo” (kósmos) se refere aqui à humanidade, e não ao planeta Terra. Isso fica claro na parte final do versículo, que diz que o mundo não conheceu a Jesus. Às vezes, a palavra kósmos era usada na literatura grega para se referir ao Universo ou à criação em geral. E pode ser que o apóstolo Paulo tenha usado a palavra com esse sentido quando falou com um grupo de pessoas gregas no Areópago. (At 17:24) Mas nas Escrituras Gregas Cristãs essa palavra geralmente se refere à humanidade como um todo ou a uma parte dela. É verdade que Jesus participou da criação de todas as coisas, incluindo o céu, a Terra e tudo o que há neles. Mas, quando João diz que “o mundo veio a existir por meio” de Jesus, o foco está no papel que ele teve na criação dos humanos. — Gn 1:26; Jo 1:3; Cl 1:15-17.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 14
    carne: Ou: “um ser humano”. A palavra grega traduzida como “carne” (sarx) é usada aqui para se referir a um ser físico, um ser vivo feito de carne e osso. O caso de Jesus era diferente do de anjos que tinham simplesmente assumido um corpo humano. (Gn 18:1-3; 19:1; Js 5:13-15) Quando Jesus nasceu como humano, ele deixou de ser um espírito. Assim, ele podia corretamente dizer que era “o Filho do Homem”. — Jo 1:51-3:14; veja a nota de estudo em Mt 8:20.

    a Palavra se tornou carne: Jesus foi inteiramente humano, desde seu nascimento até sua morte. Ele explicou o motivo de ter se tornado carne quando disse: “O pão que eu darei é a minha carne a favor da vida do mundo.” (Jo 6:51) Além de cumprir esse objetivo, Jesus só pôde se tornar um Sumo Sacerdote capaz de compreender nossas fraquezas porque foi completamente humano e passou pelas mesmas coisas que uma pessoa de carne e osso passa. (Hb 4:15) Jesus não era divino e humano ao mesmo tempo, como alguns afirmam. Em vez disso, as Escrituras dizem que ele foi “feito um pouco menor que os anjos”. (Hb 2:9; Sl 8:4-5; veja a nota de estudo em carne neste versículo.) Algumas pessoas, porém, não concordavam que Jesus tivesse vindo como carne. Um exemplo disso eram os gnósticos, que acreditavam que o conhecimento (em grego, gnósis) podia ser conseguido de modo místico e misturavam ideias da filosofia grega e do misticismo oriental com os ensinamentos do cristianismo apóstata. Eles afirmavam que tudo o que não é espiritual é, em si mesmo, mau. Por isso, diziam que Jesus não tinha vindo na carne e que apenas parecia ter um corpo humano. Ao que tudo indica, alguns pensamentos gnósticos já tinham se espalhado no fim do século 1 d.C. Assim, o apóstolo João pode ter pensado especificamente nessa crença quando afirmou que “a Palavra se tornou carne”. Em suas cartas, João alertou contra o ensino falso de que Jesus não tinha vindo “na carne”. — 1Jo 4:2-3; 2Jo 7.

    residiu: Alguns acham que a declaração “a Palavra . . . residiu [lit.: “habitou em tenda”] entre nós” significa que Jesus não era realmente humano. Eles dizem que Jesus era uma encarnação, ou seja, um espírito que se materializou temporariamente como humano. Mas é interessante que em 2Pe 1:13 o apóstolo Pedro chamou seu próprio corpo de “tenda”, usando uma palavra grega relacionada com a que foi usada aqui. Pedro obviamente não estava dizendo que ele era uma encarnação. Ele falou de seu corpo humano como uma tenda porque sabia que logo morreria e que, quando fosse ressuscitado, receberia um corpo espiritual. — 2Pe 1:13-15; veja também 1Co 15:35-38, 42-44; 1Jo 3:2.

    nós vimos a sua glória: João e os outros apóstolos viram Jesus refletir perfeitamente em sua vida e seu ministério as qualidades de Jeová. Por isso, a glória de Jesus era incomparável. Além disso, João, Tiago e Pedro viram a transfiguração de Jesus. (Mt 17:1-9; Mc 9:1-9; Lc 9:28-36) Assim, quando João falou da glória de Jesus, ele talvez estivesse pensando tanto na maneira como Jesus refletia as qualidades de Jeová como na transfiguração que ele tinha presenciado mais de 60 anos antes. A transfiguração também foi marcante para Pedro, que escreveu suas cartas uns 30 anos depois de ter presenciado esse acontecimento. Pedro disse que a transfiguração foi uma confirmação maravilhosa da “palavra profética”. — 2Pe 1:17-19.

    um filho unigênito: A palavra grega monogenés foi traduzida como “unigênito; unigênita” em todas as ocorrências nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo. Ela pode ser definida como “único de sua espécie; sem igual; ímpar”. A Bíblia também usa monogenés com o sentido de “filho único”, e essa palavra pode se referir tanto a filhos como a filhas. (Veja as notas de estudo em Lc 7:12-8:42; 9:38.) Quando o apóstolo João usa a palavra monogenés, ele está sempre se referindo a Jesus. (Jo 3:16-18; 1Jo 4:9) Mas ele nunca usa essa palavra para se referir a Jesus durante sua vida humana. Em vez disso, ele usa monogenés para falar da vida que Jesus tinha no céu como o Logos, ou a Palavra, aquele que “estava no princípio com Deus”, mesmo “antes de o mundo existir”. (Jo 1:1-2; 17:5,
    24) Jesus pode ser chamado de “filho unigênito” porque ele foi, não apenas o primeiro Filho de Jeová, mas também o único criado diretamente por ele. Apesar de outras criaturas espirituais também serem chamadas de “filhos do verdadeiro Deus” ou “filhos de Deus” (Gn 6:2-4; 1:6-2:1; 38:4-7), Jeová criou todas elas por meio de Jesus, seu Filho primogênito. (Cl 1:15-16). Em resumo, a palavra monogenés se refere tanto a Jesus ser “o único de sua espécie; sem igual; ímpar” como a ele ser o único filho que Jeová criou diretamente, sem a colaboração de mais ninguém. — 1Jo 5:18; veja a nota de estudo em Hb 11:17.

    favor divino: Ou: “bondade imerecida”. A palavra grega kháris aparece mais de 150 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs e pode ter diversas variações de sentido, dependendo do contexto. Quando kháris está relacionada com a bondade imerecida que Deus mostra para com os humanos, a palavra se refere a um presente que Deus dá generosamente, sem esperar uma compensação. É uma demonstração do grande amor e da bondade de Deus, motivada unicamente por sua imensa generosidade, sem que a pessoa que a recebe tenha feito nada para merecer. (Rm 4:4-11:
    6) Mas nem sempre a palavra indica que quem recebe a bondade não a merecia. Assim, ela pode ser usada mesmo quando o alvo da bondade de Deus é Jesus. Nesses casos, kháris não foi traduzida como “bondade imerecida”, mas como “favor divino” (neste versículo) ou “favor” (Lc 2:40-52). Em outros casos, a palavra grega foi traduzida como “favor”, “simpatia” ou “bondosa dádiva”. — Lc 1:30; At 2:47-7:46; 1Co 16:3-2Co 8:19.

    cheio de favor divino e de verdade: Jesus Cristo, chamado aqui de “a Palavra”, tinha o favor de Deus e sempre foi verdadeiro. Mas parece que as palavras de João envolvem algo mais, conforme indica o contexto. Jeová, o Pai, escolheu usar seu Filho, Jesus, para explicar e demonstrar de forma perfeita a bondade imerecida e a verdade. (Jo 1:16-17) E Jesus fez isso tão bem que pôde dizer: “Quem me vê, vê também o Pai.” (Jo 14:9) Assim, Jesus foi o meio que Deus usou para oferecer sua bondade imerecida e o entendimento da verdade a todos os de coração disposto.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 15
    Aquele que vem atrás de mim: Jesus nasceu uns seis meses depois de João Batista e começou seu ministério depois dele. Foi nesse sentido que Jesus veio “atrás”, ou depois, de João. (Lc 1:24-26; 3:1-20) Mas Jesus fez muito mais do que João e, por isso, pode-se dizer que Jesus avançou na frente dele, ou foi superior a ele, em todos os sentidos. O próprio João Batista disse que Jesus existia antes dele, mostrando que reconhecia que Jesus tinha vivido no céu antes de nascer como humano.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 16
    bondade imerecida sobre bondade imerecida: A palavra grega para “bondade imerecida” é kháris. Neste contexto, ela se refere a uma expressão da imensa generosidade, do grande amor e da bondade de Deus. Essa bondade não é merecida; ela é motivada somente pela generosidade de Deus. (Veja o Glossário, “Bondade imerecida”.) O fato de João ter usado a palavra kháris duas vezes, antes e depois da preposição antí (traduzida aqui como “sobre”), passa a ideia de que a bondade imerecida é dada em grande quantidade, de forma contínua ou de forma consecutiva. A ideia também poderia ser expressa como “bondade imerecida contínua [ou: “constante”]”.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 17
    a Lei . . . a bondade imerecida e a verdade: As Escrituras Gregas Cristãs muitas vezes fazem um contraste entre a Lei mosaica e a “bondade imerecida” (em grego, kháris). (Rm 3:21-24; 5:20, 21; 6:14; Gl 2:21-5:4; Hb 10:28-29) A Lei serviu como um “tutor conduzindo a Cristo” e continha ‘sombras’, ou quadros proféticos, que se cumpriram em Jesus. (Gl 3:23-25; Cl 2:16-17; Hb 10:1) Entre outras coisas, a Lei ajudou os humanos a terem “a plena consciência do pecado”. (Rm 3:20) E isso os ajudou a entender que “o salário pago pelo pecado é a morte” e que ‘toda transgressão e desobediência recebia uma punição justa’. (Rm 6:23; Hb 2:2) Aqui, João indica que “a Lei” era diferente da ‘bondade imerecida e da verdade’, que vieram . . . por meio de Jesus Cristo. Jesus tornou realidade as sombras da Lei, incluindo os sacrifícios para perdão de pecados e expiação. (Lv 4:20-26) Jesus também revelou que Deus iria estender a humanos pecadores sua “bondade imerecida” (ou “bondosa dádiva”, como kháris é às vezes traduzida) por dar seu Filho como um sacrifício de expiação. (Cl 1:14-1Jo 4:10, nota de rodapé; veja a nota de estudo em Rm 6:23 e o Glossário, “Bondade imerecida”.) Ao mesmo tempo, Jesus revelou uma nova “verdade”: que seu sacrifício libertaria os humanos do pecado e da morte. — Jo 8:32; veja a nota de estudo em Jo 1:14.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 18
    o deus unigênito: Estas palavras se referem à Palavra, “Jesus Cristo”, que João tinha chamado antes de “um deus”. (Jo 1:1-17) Em outras passagens, João fala que Jesus é o Filho unigênito de Deus. (Jo 1:14-3:
    16) Aqui, João chama Jesus de “o deus unigênito”, um título que destaca a posição especial que Deus lhe deu. Jesus pode ser chamado de “um deus” por causa da maneira em que a Bíblia usa a palavra “deus”. Essa palavra tem o sentido básico de “poderoso” e é usada até mesmo para falar de humanos. (Sl 82:6; veja as notas de estudo em Jo 1:1-10:34.) Jesus é “um deus”, ou alguém poderoso, porque ele recebeu poder e autoridade de seu Pai, o Deus Todo-Poderoso. (Mt 28:18-1Co 8:6; Hb 1:2) Visto que Jesus foi o único a ser criado diretamente por Deus e que foi por meio dele que todas as coisas “vieram a existir” (Jo 1:3), ele pode ser chamado corretamente de “o deus unigênito”. Essa expressão mostra que Jesus ocupa uma posição superior e de mais glória do que a dos outros filhos espirituais de Deus. Alguns manuscritos gregos dizem “o Filho unigênito”, e há traduções da Bíblia que seguem esses manuscritos. Mas os manuscritos gregos mais antigos e confiáveis dizem “o deus unigênito” (com o artigo definido) ou “deus unigênito” (sem o artigo definido).

    ao lado do Pai: Lit.: “no seio do Pai”. Dizer que uma pessoa estava “no seio de” outra pessoa era uma figura de linguagem que indicava que elas tinham uma amizade achegada ou grande consideração uma pela outra. Essa figura de linguagem vinha, muito provavelmente, do costume que as pessoas tinham naquela época de tomar refeições deitadas lado a lado em divãs, o que permitia que um amigo se encostasse no peito do outro. (Jo 13:23-25) Ao dizer que Jesus estava “no seio do Pai”, João estava indicando que Jesus é o melhor amigo de Jeová. Assim, ninguém melhor do que Jesus para revelar quem Jeová é e explicar sua personalidade. — Mt 11:27.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 19
    o testemunho que João deu: O texto de Jo 1:7 diz que João Batista foi uma “testemunha” (uma forma da palavra grega martyría) que veio para dar testemunho sobre a luz. Aqui neste versículo, a palavra “testemunho” (martyría) é usada para se referir à declaração que João Batista fez sobre Jesus, registrada nos próximos versículos.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 21
    Elias: Veja a nota de estudo em Mt 11:14.

    o Profeta: Ou seja, o profeta que Moisés havia predito e que os judeus aguardavam ansiosamente. — Dt 18:18-19; Jo 1:25-27; 6:14; 7:40; At 3:19-26.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 23
    deserto: Veja o Glossário.

    Jeová: Esta é uma citação direta de Is 40:3. No texto hebraico original de Isaías, aparecem as quatro letras hebraicas que formam o nome de Deus (que equivalem a YHWH). (Veja os Apêndices A5 e C1.) Os escritores dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas aplicam essa profecia a João Batista. Aqui, o apóstolo João cita o próprio João Batista aplicando essa profecia a si mesmo. Ele podia dizer que endireitaria o caminho para Jeová porque prepararia o caminho para Jesus, que viria em nome de seu Pai e serviria como representante dele. — Jo 5:43-8:29.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 26
    batizo: Ou: “mergulho”. A palavra grega baptízo significa “imergir; afundar [algo]”. Outros textos da Bíblia indicam que o batismo envolve imergir completamente a pessoa. Por exemplo, o texto de Jo 3:23 diz que João estava batizando em um local no vale do Jordão perto de Salim “porque havia ali uma grande quantidade de água”. Além disso, At 8:39 mostra que, depois de Filipe batizar o eunuco etíope, eles ‘saíram da água’, ou seja, eles estavam dentro da água. E a Septuaginta usou a palavra baptízo em 2Rs 5:14, que diz que Naamã “mergulhou no Jordão sete vezes”.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 27
    sandálias: Desamarrar, tirar ou carregar as sandálias de alguém era um serviço humilde, geralmente feito por um escravo. — Mt 3:11; Mc 1:7; Lc 3:16.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 28
    Betânia: Alguns manuscritos dizem aqui “Betabara”, e há traduções da Bíblia que seguem esses manuscritos. Mas os manuscritos mais confiáveis dizem “Betânia”.

    Betânia, do outro lado do Jordão: Ou seja, ao leste do rio Jordão. Esta Betânia é mencionada apenas uma vez nas Escrituras Gregas Cristãs. Havia outra cidade com o mesmo nome, que ficava perto de Jerusalém. (Mt 21:17; Mc 11:1; Lc 19:29; Jo 11:1) Hoje se sabe apenas que a Betânia mencionada aqui ficava na margem leste do Jordão, mas não é possível saber a localização exata. Alguns dizem que ela ficava mais ou menos em linha reta com Jericó, num lugar que é defendido por muitos como o local do batismo de Jesus. Mas esse local é muito distante de Caná da Galileia, e o relato em Jo 1:29-35, 43 e 2:1 parece indicar um local mais próximo de Caná. Assim, apesar de não ser possível saber a localização exata de Betânia, é mais provável que ela ficasse, não em linha reta com Jericó, mas em um lugar mais ao norte, um pouco mais próximo do mar da Galileia. — Veja o Apêndice B10.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 29
    o Cordeiro de Deus: Depois de Jesus ser batizado e ser tentado pelo Diabo, João Batista apresentou Jesus como “o Cordeiro de Deus”. Essa expressão só aparece aqui e em Jo 1:36. (Veja o Apêndice A7-B.) Comparar Jesus com um cordeiro faz sentido. A Bíblia fala muitas vezes sobre oferecer ovelhas e cordeiros como sacrifício a Deus para mostrar arrependimento pelos pecados e para se aproximar de Deus. Essas ofertas representavam o sacrifício que Jesus faria quando entregasse sua vida humana perfeita pela humanidade. A expressão “o Cordeiro de Deus” pode ser uma referência a várias passagens das Escrituras Hebraicas. Visto que João Batista conhecia bem as Escrituras, ele podia estar pensando em uma ou mais das seguintes coisas: no cordeiro que Abraão ofereceu no lugar de seu filho Isaque (Gn 22:13), no cordeiro pascoal que foi abatido na noite em que os israelitas foram libertados da escravidão no Egito (Ex 12:1-13) ou no cordeiro que era oferecido no altar de Deus em Jerusalém todos os dias de manhã e no início da noite (Ex 29:38-42). João talvez também tivesse em mente a profecia de Isaías que falava sobre um “servo” de Jeová que seria “levado como um cordeiro ao abate”. (Is 52:13-53:5, 7,
    11) Na sua primeira carta aos coríntios, o apóstolo Paulo chamou Jesus de “o nosso cordeiro pascoal”. (1Co 5:7) O apóstolo Pedro falou do “sangue precioso [do Cristo], como o de um cordeiro sem defeito e sem mancha”. (1Pe 1:19) E o livro de Apocalipse se refere mais de 25 vezes ao glorificado Jesus como “o Cordeiro”. — Alguns exemplos são: Ap 5:8-6:1; 7:9; 12:11; 13 8:14-1; 15:3; 17:14; 19:7; 21:9; 22:1.

    do mundo: Na literatura grega e especialmente na Bíblia, a palavra grega traduzida aqui como “mundo” (kósmos) está muito ligada com a ideia de “humanidade”. Neste versículo e em Jo 3:16, kósmos se refere à humanidade como um todo. Toda a humanidade precisa ser livrada do pecado, ou seja, do pecado herdado de Adão.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 32
    como pomba: As pombas eram usadas na adoração a Deus. Elas podiam ser oferecidas como sacrifício (Mc 11:15; Jo 2:14-16) e também serviam para simbolizar inocência e pureza (Mt 10:16). E a pomba que voltou para a arca de Noé com uma folha de oliveira indicava que as águas do Dilúvio estavam baixando (Gn 8:11) e que a Terra estava entrando num período de paz e descanso (Gn 5:29). Assim, Jeová pode ter feito o espírito santo ter a aparência de uma pomba para chamar atenção ao papel de Jesus como Messias que, como Filho de Deus puro e sem pecado, sacrificaria sua vida pela humanidade. Esse sacrifício abriria as portas para que, no futuro, quando Jesus fosse Rei, a humanidade encontrasse paz e descanso. O modo como o espírito santo, ou força ativa de Deus, se aproximou de Jesus pode ter lembrado uma pomba batendo rapidamente suas asas ao se aproximar de seu ninho.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 34
    o Filho de Deus: Esta expressão é usada com frequência na Bíblia para se referir a Jesus. (Jo 1:49-3:16-18; 5:25; 10:36; 11:
    4) Jeová não é humano e não tem uma esposa literal. Assim, essa expressão só pode ser uma figura de linguagem. Ela ajuda a entender que a relação entre Jeová e Jesus é parecida com a de um pai humano com seu filho e mostra que foi Jeová quem criou Jesus e deu vida para ele. A Bíblia também fala do primeiro homem, Adão, como sendo um “filho de Deus”. — Veja a nota de estudo em Lc 3:38.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 35
    João . . .com dois dos seus discípulos: Um destes discípulos de João Batista era “André, irmão de Simão Pedro”. — Veja a nota de estudo em Jo 1:40.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 37
    os dois discípulos . . . seguiram Jesus: Estas palavras indicam que os primeiros discípulos de Jesus eram antes discípulos de João Batista. — Veja as notas de estudo em Jo 1:35-40.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 39
    por volta da décima hora: Ou seja, por volta das 4 horas da tarde. — Veja a nota de estudo em Mt 20:3.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 40
    um dos dois: Os dois discípulos mencionados aqui são os mesmos de Jo 1:35. Neste versículo, aparece o nome de apenas um deles. O outro provavelmente era o apóstolo João, filho de Zebedeu e escritor deste Evangelho. (Mt 4:21; Mc 1:19; Lc 5:10) Isso faz sentido já que o escritor deste Evangelho, que nunca se identifica por nome, não menciona o apóstolo João por nome nenhuma vez e chama João Batista, simplesmente de “João”. — Veja a nota de estudo em Jo 1:6.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 41
    o Messias: Ou: “o Ungido”. A palavra grega Messías (uma transliteração da palavra hebraica mashíahh) aparece apenas duas vezes nas Escrituras Gregas Cristãs. (Veja Jo 4:25.) A palavra hebraica mashíahh é, na verdade, um título que vem do verbo masháhh, que significa “passar ou espalhar (um líquido)” ou “ungir”. (Ex 29:2-7) Nos tempos bíblicos, quando um sacerdote, um governante ou um profeta era escolhido, alguém o ungia, ou seja, derramava óleo em sua cabeça. (Lv 4:3-1Sm 16:3, 12, 13; 1Rs 19:16) Aqui em Jo 1:41, o apóstolo João explica que o título “Messias” traduzido é Cristo. O título “Cristo” (em grego, Khristós) aparece mais de 500 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs e tem o mesmo significado do título “Messias”, ou seja, “ungido”. — Veja a nota de estudo em Mt 1:1.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 42
    Você é Simão: As Escrituras usam cinco nomes diferentes para Simão. (Veja as notas de estudo em Mt 4:18-10:2.) Jesus pelo visto conheceu Simão nessa ocasião e lhe deu o nome semítico de Cefas (Kefás). Esse nome talvez esteja relacionado com a palavra hebraica kefím (rochas), que aparece em 30:6 e Jr 4:29. Aqui, o apóstolo João também explica que “Simão” traduzido é Pedro, um nome grego que significa “um pedaço de rocha”. Na Bíblia, Simão é o único a ser chamado de Cefas ou de Pedro. Jesus conseguiu perceber o que Pedro era no íntimo, assim como ele conseguiu perceber que Natanael era um homem ‘em quem não havia falsidade’. (Jo 1:47-2:
    25) Especialmente depois da morte e da ressurreição de Jesus, Pedro mostrou qualidades semelhantes às de uma rocha. Sua influência fortaleceu e deu estabilidade para a congregação. — Lc 22:32; At 1:15-16; 15:6-11.

    João: De acordo com alguns manuscritos bem antigos, o pai do apóstolo Pedro se chamava João. Mas outros manuscritos do mesmo período dizem que ele se chamava Jona. E em Mt 16:17, Jesus disse que o apóstolo Pedro (Simão) era “filho de Jonas”. (Veja a nota de estudo em Mt 16:17.) De acordo com alguns estudiosos, os nomes gregos traduzidos como João, Jona e Jonas talvez fossem maneiras diferentes de escrever o mesmo nome hebraico.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 45
    Natanael: Nome de origem hebraica que significa “Deus deu”. É provável que Natanael fosse outro nome de Bartolomeu, um dos 12 apóstolos de Jesus. (Mt 10:3) O nome Bartolomeu era um nome patronímico (ou seja, que vem do nome do pai) e significa “filho de Tolmai”. Não seria estranho Natanael ser conhecido também por um nome patronímico, já que em Mc 10:46 outro homem é chamado de Bartimeu, que significa “filho de Timeu”. Um dos motivos para acreditar que Bartolomeu e Natanael sejam nomes da mesma pessoa é que os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mencionam Bartolomeu junto com Filipe, enquanto no Evangelho de João quem é mencionado junto com Filipe é Natanael. (Mt 10:3; Mc 3:18; Lc 6:14; Jo 1:45-46) Nos tempos bíblicos, era comum que uma pessoa fosse conhecida por mais de um nome. — Jo 1:42.

    Moisés . . . na Lei . . . os Profetas: Estas palavras fazem lembrar a expressão “a Lei e os Profetas”, que é usada nos Evangelhos muitas vezes, com pequenas variações. (Mt 5:17-7:12; 11:13 22:40; Lc 16:16) A “Lei” se refere aos livros de Gênesis a Deuteronômio. “Os Profetas” são os livros das Escrituras Hebraicas escritos pelos profetas. Mas, quando as duas expressões são mencionadas juntas, elas podem se referir a todos os livros das Escrituras Hebraicas. Fica claro que os discípulos mencionados aqui eram estudantes dedicados das Escrituras Hebraicas. Quando Filipe falou que Moisés e os Profetas tinham escrito sobre Jesus, ele talvez estivesse pensando em passagens como Gn 3:15-22:18; 49:10; Dt 18:18; Is 9:6-7; 11:1; Jr 33:15; Ez 34:23; Mq 5:2; Zc 6:12 e Ml 3:1. Na verdade, muitos textos indicam que as Escrituras Hebraicas como um todo davam testemunho de Jesus. — Lc 24:27-44; Jo 5:39-40; At 10:43; Ap 19:10.


    Vista do vale de Jezreel

    Esta foto foi tirada do alto de um monte próximo a Nazaré e mostra a vista para o sul. O vale que se estende de leste a oeste é o vale de Jezreel. (Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5) Esse vale fértil foi palco de vários acontecimentos importantes citados na Bíblia. Um pouco mais ao fundo, à esquerda, está a colina de Moré, com a aldeia de Nein em sua encosta. Antigamente, era ali que ficava a cidade de Naim, onde Jesus ressuscitou o filho de uma viúva. (Jz 7:1; Lc 7:11-15) Bem ao fundo, está o monte Gilboa. (1Sm 31:1-8) Visto que Jesus cresceu em Nazaré, é possível que ele tenha vindo ao monte em que esta foto foi tirada, de onde poderia ver vários locais importantes da história de Israel. — Lc 2:39-40.

    Texto(s) relacionado(s): Mt 2:23; Mc 1:9; Lc 2:51; Jo 1:45

    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 46
    Pode sair algo bom de Nazaré?: Muitos estudiosos acham que a pergunta de Natanael indica que Nazaré não era uma cidade, e sim uma aldeia insignificante, menosprezada até mesmo pelas pessoas que viviam na Galileia. (Jo 21:2) Alguns que defendem essa ideia mencionam que Nazaré não foi citada por nome nas Escrituras Hebraicas e nos escritos de Josefo, enquanto Jafia, que ficava menos de 3 quilômetros ao sudoeste de Nazaré, foi mencionada tanto em Js 19:12 como por Josefo. Mas isso não indica necessariamente que Nazaré não era uma cidade, já que nem todas as cidades da Galileia são mencionadas nas Escrituras Hebraicas ou por Josefo. Além disso, é interessante que os Evangelhos sempre se referem a Nazaré usando a palavra grega pólis (cidade), que geralmente indica um local maior do que uma aldeia. (Mt 2:23; Lc 1:26-2:4, 39; 4:
    29) Nazaré ficava em uma área cercada por morros que davam vista para a planície de Esdrelom (Jezreel). Essa era uma região bem povoada que tinha várias cidades. Nazaré também ficava perto de rotas comerciais importantes, o que dava a seus habitantes a chance de serem informados pelos viajantes sobre os últimos acontecimentos políticos, sociais e religiosos. (Compare com Lc 4:23.) E Nazaré era grande o suficiente para ter sua própria sinagoga. (Lc 4:16) Assim, parece provável que Nazaré não fosse uma aldeia insignificante. Natanael pode ter feito sua pergunta simplesmente porque ficou surpreso por Filipe acreditar que um homem de Nazaré, perto de onde estavam, poderia ser o Messias, já que as Escrituras diziam que ele viria de Belém de Judá. — Mq 5:2; Jo 7:42-52.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 47
    um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade: Todos os descendentes de Jacó (Israel) eram israelitas. Mas Jesus não estava simplesmente confirmando que Natanael era descendente de Jacó. O nome Israel significa “aquele que luta (persevera) com Deus”. Jacó ganhou esse nome depois de lutar com um anjo para receber uma bênção. Ele era muito diferente de seu irmão, Esaú, porque dava valor às coisas sagradas e estava disposto a fazer todo esforço necessário para ter a aprovação de Deus. (Gn 32:22-28; Hb 12:16) As palavras de Jesus a Natanael indicavam que ele podia ser chamado de israelita, não apenas por ser descendente de Jacó, mas porque tinha a mesma fé e a mesma determinação em obedecer a Deus mostradas por Jacó. As palavras de Jesus (que talvez se baseassem no Sl 32:2) também indicavam que não havia nada de hipócrita ou enganoso em Natanael.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 50
    Você verá coisas maiores do que estas: Estas palavras de Jesus para Natanael não demoraram em se cumprir. Natanael era de Caná da Galileia e foi ali que Jesus fez seu primeiro milagre transformando água em vinho de excelente qualidade durante uma festa de casamento. (Jo 2:1-11; 21:
    2) Junto com os outros 11 apóstolos, Natanael mais tarde viu Jesus curar doentes, expulsar demônios e até mesmo ressuscitar mortos. Além disso, o próprio Natanael, assim como os outros apóstolos, recebeu poder para realizar milagres e proclamar: “O Reino dos céus está próximo.” — Mt 10:1-8.


    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 1 versículo 51
    com toda a certeza: Ou: “em toda a verdade”. Lit.: “amém, amém”. A palavra “amém” (em português) e a palavra amén (em grego) são transliterações da palavra hebraica ʼamén, que significa “assim seja” ou “com certeza”. Jesus muitas vezes usava essa palavra antes de fazer uma promessa, profecia ou declaração importante. Era um modo de enfatizar que suas palavras iam se cumprir com certeza e que seus ouvintes podiam confiar nelas. Alguns estudiosos afirmam que não há ninguém que use a palavra amén do mesmo modo que Jesus, nem na Bíblia nem em outros livros considerados sagrados. (Mt 5:18; Mc 3:28; Lc 4:24) Nos 25 lugares em que a palavra aparece no Evangelho de João, ela sempre é repetida (amén amén). Essa repetição não aparece em nenhum outro livro bíblico. Nesta edição da Tradução do Novo Mundo, a expressão “amén amén” foi traduzida como “com toda a certeza” em todas as ocorrências. Algumas outras opções de tradução poderiam ser “com muita certeza” ou “com toda a garantia”. As palavras “Digo-lhes com certeza (toda a certeza)” também poderiam ser traduzidas como “Eu garanto a vocês” ou “Eu digo a verdade a vocês”.

    céu: A palavra grega usada aqui pode se referir ao céu físico (visível) ou ao céu espiritual (invisível).

    anjos: Ou: “mensageiros”. A palavra grega ággelos e a palavra hebraica correspondente malʼákh aparecem na Bíblia um total de quase 400 vezes. Elas têm o sentido básico de “mensageiro”. Quando se referem a mensageiros espirituais, elas são traduzidas como “anjos”, e quando que se referem a humanos, são traduzidas como “mensageiros”. (Gn 16:7-32:3; Mt 1:20; Tg 2:25; Ap 22:8) Nos poucos casos em que o contexto não deixa claro a quem elas se referem, notas de rodapé muitas vezes mostram a tradução alternativa. (Veja as notas de rodapé em 4:18-33:23; Ec 5:6; Is 63:9 e o Glossário.) No livro de Apocalipse, que faz uso de muitos simbolismos, algumas vezes a palavra “anjo” pode estar se referindo a humanos. — Ap 2:1-8, 12, 18; 3:1, 7, 14.

    para o Filho do Homem: Ou “a serviço do Filho do Homem”. Quando Jesus falou sobre anjos . . . subindo e descendo, ele talvez estivesse pensando na visão de Jacó em que anjos subiam e desciam uma escada que chegava aos céus. (Gê 28:
    12) Essa visão indicava que os anjos têm um papel importante no modo como Jeová cuida dos humanos que têm a aprovação dele. Da mesma forma, Jesus estava indicando que seus seguidores veriam evidências de que ele tinha a ajuda dos anjos e de que seu Pai o guiava e cuidava dele de maneira especial.

    Filho do Homem: Veja a nota de estudo em Mt 8:20.


    Dicionário

    Aberto

    Dicionário Comum
    adjetivo Que se conseguiu abrir; que não se encontra fechado.
    Desobstruído; sem obstáculos; que possibilita a entrada e saída.
    Amplo; diz-se do espaço sem demarcações ou limites: espaço aberto.
    Desprotegido; sem proteções; que não apresenta defesa.
    Separado; diz-se das partes dos móveis que não estão unidas.
    Desabotoado; que tem o fecho descido.
    Decotado; que possui decote: vestido aberto.
    Diz-se do livro, revista, jornal prontos para a leitura.
    Receptivo; disposto a entender, a compreender: tinha o pensamento aberto.
    Que se expõe ao perigo, aos ricos, às ameças.
    Diz-se da flor que não está fechada, mas se desabrochou.
    Gravado; que se esculpiu, gravou; que foi talhado.
    Destampado; que não possui tampa.
    Limpo; céu límpido e sem nuvens.
    Nítido; de tonalidade suave, clara.
    Claro; sem disfarces, coberturas.
    Por Extensão Franco; que age ou se expressa com sinceridade, franqueza.
    Por Extensão Liberal; sem preconceitos; quem aceita novos pensamentos, ideias.
    Por Extensão Sortudo; que tem boa sorte.
    Gramática Diz-se da sílaba que se termina em vogal.
    substantivo masculino Clareira; espaço vazio, sem mato.
    Esportes. Torneio ou campeonato em que atletas amadores ou profissionais.
    Em aberto. Indefinido: que não se concluiu ou terminou: deixou o convite em aberto.
    Etimologia (origem da palavra aberto). Do latim apertus.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    amplo, largo, espaçoso, vasto, extenso, desenvolvido, dilatado, explanado, lato, estirado. – Aberto é talvez o mais genérico do grupo, e de significação mais vaga. Diz – “o que está desimpedido, livre de obstáculos; e em certos casos sugere ideia de amplitude: “Horizontes abertos”; “campina dilatada e aberta.” – Amplo ajunta à noção de dilatado a ideia de “vasto contorno, de grande circunferência”. (Aul.) “Com grandes poderes e ampla jurisdição” (Dic. da Acad.). “O assunto é muito amplo para ser tratado em meia hora”. – Largo é o que “só tem grande a largura”: muito menos, portanto, diz que amplo, que abrange todas as dimensões. Largo não se poderia também, com muita propriedade, aplicar (como acontece em relação a amplo) em certos sentidos morais: não diríamos, por exemplo: larga jurisdição, larga liberdade, largo direito. O antônimo de largo é estreito; o de amplo é exíguo (ou constrito). – Espaçoso é “o que compreende relativamente grande porção de espaço”; é o que é amplo – largo e comprido – extenso. “Casa espaçosa”. Diz Bruns. que “uma sala é espaçosa quando, contendo muita mobília, ainda nela há muito espaço desocupado; é ampla quando nela folga tudo o que contém; é vasta quando as suas dimensões são extraordinárias”. – Vasto é mais do que amplo e espaçoso, portanto; e em sentido lato dá ideia de “tão desmedido e aberto como se fora feito por arrasamento e assolação”. “Vasta campanha; 30 Rocha Pombo vasto país; vasto mar”. – Extenso diz menos que amplo; e na acepção usual referem-se mais ao comprimento do que à largura, fazendo-se mais convizinho de longo, dilatado, estirado. – Mas, longo exprime ainda mais particularmente a ideia de comprimento. Diríamos indiferentemente longo ou extenso caminho; nem com tanta propriedade, ou pelo menos nem sempre – campo longo. Camões disse: “Esperando com olhos longos o marido ausente”. Não diria decerto: “...com olhos extensos...” – Desenvolvido refere-se a uma grandeza que tomou proporções notáveis: “O menino está desenvolvido”. “Desenvolvido demais foi o discurso”. “Estão bem desenvolvidos os serviços da construção”. – Dilatado diz juntamente o que “é longo, extenso, amplo, vasto, aberto”. “Dilatada campina; dilatados domínios; dilatados tempos”. – Explanado, no sentido próprio, diz “extenso, igual, plano, aberto”. “Chegamos ali, a uma parte do continente explanada como imensa campanha a perder de vista”. – Lato é quase o mesmo que amplo; sugere, no entanto, além da ideia de amplitude propriamente, a “de largura, de extensão, ou (como em semântica) de sentido ilimitado”. “Percorremos as formosas e latas veredas daquela região”... “Este vocábulo, na acepção lata, diz mais, ou diz menos do que largo”. – Estirado quer dizer “estendido, extenso, mais desenvolvido que o normal”. “Não pudemos aguentar toda aquela estirada arenga”...
    Fonte: Dicio

    Achado

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ação de achar; achamento.
    Aquilo que se achou.
    [Brasil] Invento ou descoberta feliz; solução ou ideia providencial.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    invento, invenção, descoberta, descobrimento. – Achado é “aquilo com que se deu, que se encontrou, quase sempre por acaso, mas podendo ser também fruto de esforço”; e, como diz Roq., anda esta palavra em regra associada à ideia de bom, feliz, proveitoso. – Sobre invento e invenção escreve o mesmo autor que “exprimem o que se inventou, o produto da faculdade inventiva (ou criadora), a obra do inventor; com a diferença que invenção é muito mais extensiva, e que invento se restringe às artes. Pode-se, além disso, estabelecer, entre invenção e invento, a mesma diferença que se dá entre ação e ato”. – Descoberta e descobrimento designam o ato de “dar com alguma coisa oculta, ou não conhecida; de revelar o que não era sabido”. Descobrimento aplica-se às descobertas de grande alcance, aos fatos de extraordinárias proporções realizados pelos navegadores e viajantes modernos. Descoberta aplica-se mais particularmente ao que se descobre no domínio das artes e das ciências. Ex.: o descobrimento da América; a descoberta da pólvora10.
    Fonte: Dicio

    Ali

    Dicionário Comum
    advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
    Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
    Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
    Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
    Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
    Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.
    Fonte: Dicio

    André

    Dicionário Comum
    Nome Grego - Significado: Forte, másculo.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    No dia seguinte àquele em que João Batista viu o ES descer sobre Jesus, ele o apontou para dois de seus discípulos, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1:36). Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: “Rabi, onde assistes?” Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite com ele. Um desses homens chamava-se André (Jo 1:38-40). André foi logo à procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem disse: “Achamos o Messias…” (Jo 1:41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor.
    André é tradução do grego Andreas, que significa “varonil”. Outras pistas do Evangelhos indicam que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e Pedro eram donos de uma casa (Mc 1:29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca. Eram Pescadores.
    André nasceu em Betsaida, nas praias do norte do mar da Galiléia. Embora o Evangelho de João descreva o primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo até muito mais tarde (Jo 6:8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha junto ao mar da Galiléia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem discípulos (Mt 4:18-19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente acrescenta um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1:35-40 mostra-nos que Jesus não chamou André e a Pedro para seguí-lo quando se encontraram pela primeira vez.
    André e outro discípulo chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo 12:20-22). Por este motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários estrangeiros da fé cristã.
    Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas um livreto intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 dC) diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz ainda, que ele foi crucificado numa cruz em forma de “X”, símbolo religioso conhecido como Cruz de Sto André.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Este vocábulo deriva do termo grego que significa “hombridade”. André, o primeiro dos doze apóstolos a ser chamado por Jesus, foi rapidamente ofuscado por seu irmão Simão Pedro, que ele próprio levou ao Senhor (Jo 1:40-44). Natural de Betsaida, da Galiléia, André previamente fora seguidor de João Batista e estava presente quando este apontou Jesus como o Cordeiro de Deus. Juntamente com os outros três discípulos chamados em João 1, André recebeu sua comissão formalmente como discípulo itinerante, de tempo integral, no início do ministério de Jesus na Galiléia. Na época, André, Pedro, Tiago e João eram todos pescadores (Mt 4:18; Mc 1:16). André faz par com seu irmão Pedro na lista dos doze discípulos em Mateus 10:2 e Lucas 6:14 (mas não em Mc 3:18 ou At 1:13), para sugerir que pelo menos parte do tempo os dois irmãos formavam uma dupla no ministério de Cristo (cf. Mc 6:7). Marcos 13:3 registra que estes quatro discípulos pescadores estavam presentes no “Discurso de Jesus”, no monte das Oliveiras”. Em João 6:8, André informou a Jesus, um pouco constrangido, que só havia cinco pães e dois peixes disponíveis para a multidão de cinco mil homens. Em João 12:22, ele também foi um dos intermediários os quais disseram a Jesus que certos gregos desejavam falar com Ele. A despeito das alegações contrárias, não existe um padrão consistente no comportamento de André, nem dados suficientes nas páginas das Escrituras para se deduzir qualquer princípio teológico significativo baseado em seu caráter ou sua personalidade. Vários atos apócrifos são atribuídos a ele, embora sem nenhuma evidência histórica. Nada mais é conhecido sobre ele com algum fundamento histórico. C.B.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    André [Varonil]

    Irmão de Pedro e um dos 12 apóstolos. Vivia em Cafarnaum, onde era pescador. A tradição diz que foi morto numa cruz em forma de xis. V. Mc 1:29; Jo 1:35-42; Mt 4:18-19; Mc 3:18; Jo 6:8-9; 12.22.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    André Um dos doze apóstolos de Jesus (Jo 1:35-42; Mt 4:18-20; Mc 13:3ss.). Seguramente, nada sabemos a respeito dele além do que o Novo Testamento apresenta. Segundo uma tradição tardia, foi martirizado em Patras na Acaia, por volta do ano 60. A tradição de ter morrido em uma cruz em forma de aspa com certeza carece de base histórica e não surgiu antes do séc. XIV.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Anjos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de anjo

    an·jo
    (latim angelus, -i)
    nome masculino

    1. Ser espiritual que se supõe habitar no céu.

    2. Figurado Criancinha.

    3. Pessoa de muita bondade.

    4. Figura que representa um anjo.

    5. Criança enfeitada que vai nas procissões.

    6. Mulher formosa.


    anjo custódio
    Religião Anjo que se supõe atribuído por Deus a cada pessoa para a proteger e para a encaminhar para o bem. = ANJO-DA-GUARDA

    anjo da paz
    Pessoa que trata de reconciliar desavindos.


    Ver também dúvida linguística: feminino de anjo.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    Existem aproximadamente 292 referências a “anjos” nas Escrituras, ou seja, 114 no Antigo e 178 no Novo Testamento. Esse número registra mais de 60 referências ao “anjo do Senhor”, mas não inclui as relacionadas aos dois anjos chamados pelo nome na Bíblia, Gabriel (Dn 8:16; Dn 9:21; Lc 1:19-26) e Miguel (Dn 10:13-21; Dn 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Existem também mais de 60 referências aos querubins, seres celestiais que são citados freqüentemente em conexão com a entronização simbólica de Deus no Tabernáculo e no Templo (Ex 25:18-20; Ex 37:7-9; 1Rs 6:23-25; Rs 8:6-7; 2Cr 3:7-14; Ez 10:1-20; Hb 9:5).

    Os anjos no Antigo Testamento

    A palavra usada no Antigo Testamento, para designar anjo, significa simplesmente “mensageiro”. Normalmente, constituía-se em um agente de Deus, para cumprir algum propósito divino relacionado com a humanidade. Exemplo: dois anjos foram a Sodoma alertar Ló e sua família sobre a iminente destruição da cidade, como punição do Senhor por sua depravação (Gn 19:1-12-15).


    Os anjos trazem direção, ajuda ou encorajamento
    Em outras ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa, para o fiel cumprimento da vontade de Deus. Exemplo: o servo de Abraão foi enviado à Mesopotâmia, a fim de encontrar uma esposa para Isaque entre seus parentes, depois que Abraão lhe disse que o Senhor “enviaria seu anjo” adiante dele, para que o ajudasse a alcançar seu propósito (Gn 24:8-40).

    Às vezes os anjos apareciam, no Antigo Testamento, para encorajar o povo de Deus. Assim, o patriarca Jacó, depois que saiu de Berseba, teve um sonho em Betel, no qual viu uma escada “posta na terra, cujo topo chegava ao céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28:12). Por meio dessa experiência, o Senhor falou com Jacó e tornou a prometer-lhe que seria o seu Deus, cuidaria dele e, depois, o traria à Terra Prometida (Gn 28:13-15).

    Essa proteção divina é vista pelo salmista como extensiva a todos os que genuinamente colocam a confiança no Deus vivo: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7; cf. 91:11-12).

    Uma das referências mais interessantes aos anjos foi quando Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom. Ao registrar as dificuldades enfrentadas durante o cativeiro egípcio, o legislador comentou: “Mas quando clamamos ao Senhor, ele ouviu a nossa voz, enviou um anjo, e nos tirou do Egito” (Nm 20:16). Infelizmente, a lembrança da ajuda divina no passado não foi suficiente e a passagem pelo território edomita foi negada (Nm 20:18-20).


    Os anjos como executores do juízo de Deus
    Houve ocasiões em que os anjos tiveram um papel preponderante no propósito divino (Gn 19:12-2Sm 24:16-17). Uma ilustração contundente de um anjo no exercício do juízo divino é encontrada em I Crônicas 21:15: “E Deus mandou um anjo para destruir a Jerusalém”. Nesse caso, felizmente, a aniquilação da cidade foi evitada: “Então o Senhor deu ordem ao anjo, que tornou a meter a sua espada na bainha” (1Cr 21:27). A justiça de Deus foi temperada com a misericórdia divina. Por outro lado, houve ocasiões quando a teimosa oposição ao Senhor foi confrontada com a implacável fúria divina, como nas pragas que caíram sobre o Egito. “Atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira, furor, indignação e angústia” (Sl 78:49).

    Um dos casos mais dramáticos de retaliação divina ocorreu na derrota de Senaqueribe, em 701 a.C., em resposta à oração do rei Ezequias: “E o Senhor enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, os chefes e os oficiais no arraial do rei da Assíria” (2Cr 32:21s.; cf. 2Rs 19:35; Is 37:36). A mesma ação que produziu juízo contra os inimigos de Deus trouxe livramento ao seu povo.


    Anjos interlocutores
    Eles aparecem com freqüência no livro de Zacarias, onde um anjo interlocutor é citado várias vezes (Zc 1:14-18,19; 2:3;4:1-5; 5:5-10; 6:4-5; cf. Ed 2:44-48; Ed 5:31-55). Assim lemos, quando o anjo do Senhor levantou a questão sobre até quando a misericórdia divina seria negada a Jerusalém: “Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, palavras boas, palavras consoladoras” (Zc 1:13). O anjo então transmitiu ao profeta a mensagem dada por Deus (Zc 1:14-17). Esse papel do mensageiro do Senhor de comunicar a revelação divina ao profeta traz luz sobre o Apocalipse, onde um papel similar é dado a um anjo interlocutor (Ap 1:1-2; Ap 22:6).


    Os anjos e o louvor a Deus
    Um dos mais bonitos papéis desempenhados pelos anjos no Antigo Testamento é o louvor. O salmista exortou: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos celestiais, vós, ministros seus, que executais a sua vontade” (Sl 103:20-21). Semelhantemente, o Salmo 148 convoca os anjos a louvar ao Senhor junto com todos os seres criados: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestiais” (v. 2). Quando Deus criou a Terra, todos os anjos (conforme trazem algumas versões) rejubilaram (38:7). Da mesma maneira, os serafins — criaturas celestiais que são citadas somente na visão de Isaías — ofereciam louvor e adoração, por sua inefável santidade: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6:2-4). O próprio nome desses seres (“aqueles que queimam”) indica sua pureza como servos de Deus. Nesse texto, uma grande ênfase é colocada sobre a santidade do Senhor e a importância do louvor por parte dos anjos que o servem.

    Os anjos no período intertestamentário

    Os anjos foram particularmente proeminentes na literatura judaica no período entre os dois testamentos (2 Esdras 6:3; Tobias 6:5; 1 Macabeus 7:41; 2 Macabeus 11:6). Alguns anjos, segundo os livros apócrifos, eram conhecidos pelo nome (Uriel, em 2 Esdras 5:20 e Rafael, em Tobias 5:
    4) e, a partir daí, desenvolveram-se elaboradas angelologias. Tobias, por exemplo, falou sobre “sete santos anjos que apresentam as orações dos santos e entram na presença da glória do Santo”. O livro apócrifo “Os Segredos de Enoque”, que apresenta um forte interesse pelos anjos, menciona quatro deles pelo nome, os quais são líderes e desempenham funções específicas no plano divino (1 Enoque 40:9-10). No entanto, este ensino sobre os anjos é restrito e saturado do elemento especulativo, o qual tornou-se tão dominante no período intertestamentário.

    Os anjos no Novo Testamento

    No Novo Testamento, a palavra grega angelos significa “mensageiro” (usada com referência a João Batista, Mc 1:2-4) ou um “anjo”. Os anjos são mencionados muitas vezes nos Evangelhos, Atos, Hebreus e Apocalipse e ocasionalmente nos outros livros.
    Os anjos e os nascimentos de João e de Jesus
    O elemento do louvor certamente marcou presença no NT. Em Lucas, o nascimento de Jesus é anunciado por uma “multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens...” (Lc 2:13-14). Assim, também no NT os anjos participam do louvor e da adoração ao Senhor, da mesma maneira que faziam no AT. O louvor a Deus era uma de suas atividades primárias (Ap 5:11-12).

    Vários outros aspectos da história do nascimento de Jesus são dignos de nota. Primeiro, o anjo do Senhor teve um papel preponderante no anúncio dos nascimentos tanto de João Batista como de Jesus, ao aparecer a José (Mt 1:20-24; Mt 2:13), a Zacarias (Lc 1:11-20) e aos pastores (Lc 2:9-12). Segundo, o anjo Gabriel fez o anúncio para Zacarias e Maria (Lc 1:19-26). Lucas destacou também a participação de Gabriel na escolha do nome de Jesus (2:21; cf. 1:26-38).


    Os anjos e a tentação de Jesus
    Durante a tentação, o Salmo 91:11-12 foi citado pelo diabo, para tentar Jesus e fazê-lo colocar a fidelidade de Deus à prova (Mt 4:5-7; Lc 4:9-12). Cristo recusou-se a aceitar a sugestão demoníaca e é interessante que Marcos destacou o ministério dos anjos em seu relato da tentação (Mc 1:13). Da mesma maneira, no final de seu registro sobre este assunto, Mateus declarou: “Então o diabo o deixou, e chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4:11). A promessa divina do Salmo 91 foi assim cumprida, mas no tempo e na maneira de Deus (cf. Lc 22:43).


    Os anjos e o tema do testemunho
    Os anjos são citados várias vezes em conexão com a vida cristã. O testemunho de Cristo era importante, pois era visto contra o pano de fundo da eternidade: “Qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lc 9:26). O testemunho cristão tem um significado solene, com relação à nossa situação final na presença de Deus e dos anjos: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8-9; cf. Mt 10:32-33; Ap 3:5). Em adição, Lucas destacou também a alegria trazida pelo arrependimento sincero: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15:10).


    Os anjos e o dia do Senhor
    Mateus destacou o papel dos anjos no dia do Senhor. Na Parábola do Joio, por exemplo, Jesus disse aos discípulos: “A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. . . Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado e todos os que cometem iniqüidade” (Mt 13:39). Semelhantemente, na Parábola da Rede, os anjos participam no julgamento final: “Virão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:49-50). Em Mateus 16:27, os anjos são vistos como agentes de Deus, os quais terão um papel significativo no processo judicial: “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras”. No final dos tempos, Deus “enviará os seus anjos, com grande clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24:31).


    Os anjos em cenas de morte e ressurreição
    Os anjos são mencionados na intrigante passagem sobre o homem rico e Lázaro, onde “morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”; por outro lado, “morreu também o rico e foi sepultado” (Lc 16:22). O destino eterno dos dois foi muito diferente e mostrou um forte contraste com o contexto de suas vidas na Terra!

    Anjos apareceram no túmulo vazio, logo depois da ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28:2-5; Lc 24:23; Jo 20:12). Mateus escreveu que um “anjo do Senhor” rolou a pedra que fechava o túmulo, e citou sua impressionante aparência e a reação aterrorizada dos guardas (Mt 28:2-3). Ele também registrou as instruções do anjo para as mulheres (Mt 28:5-7; cf. Mc 16:5-7; Lc 24:4-7). De acordo com o evangelho de João, Maria Madalena encontrou “dois anjos vestidos de branco” e depois o próprio Cristo ressurrecto (Jo 20:11-18; cf. At 1:10-11).


    Os anjos em outras referências nos evangelhos
    Mateus chamou a atenção para o papel dos anjos guardiões, que protegem o povo de Deus (Mt 18:10; cf. Sl 34:7; Sl 91:11; At 12:11). Incluiu também o ensino de Jesus sobre o casamento no estado futuro: “Na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; serão como os anjos de Deus no céu” (Mt 22:30; cf. Lc 20:36). Finalmente, há o sombrio repúdio dos que estarão ao lado esquerdo do Rei, na passagem sobre os bodes e as ovelhas: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41). A partir desta passagem, fica claro que alguns dos anjos pecaram e uniram-se ao maligno e consequentemente também receberão o castigo eterno (cf. Is 14:12-17; Ez 28:12-19; 2Pe 2:4; Jd 6).

    Em seu evangelho, João registrou o comentário de Jesus para Natanael: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1:51). Essa passagem lembra o sonho que Jacó teve em Betel (Gn 28:10-17), onde os anjos faziam algo similar. Aqui, a ideia é que Cristo, como o Filho de Deus, será o elo de ligação entre o céu e a terra.


    Os anjos no livro de Atos
    Lucas fez muitas referências aos anjos em Atos. “O anjo do Senhor” abriu as portas das prisões para os apóstolos em várias ocasiões (At 5:19; At 12:7-11). Mais tarde, “o anjo do Senhor” encorajou Paulo no meio de uma tempestade no mar, com uma mensagem de conforto e a certeza do livramento (At 27:23-24). Por outro lado, “o anjo do Senhor” trouxe juízo contra um inimigo do povo de Deus (o rei Herodes) como no AT: “No mesmo instante o anjo do Senhor feriu-o, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou” (At 12:23). Deus guiava seu povo e usava seus anjos, embora os saduceus racionalistas negassem a existência deles (At 23:8).


    Os anjos nas cartas de Paulo
    Paulo tinha menos a dizer sobre anjos do que se poderia esperar, embora reconhecesse que a luta do cristão era contra “principados e potestades” (Ef 6:12; cf. 2:2; Jo12:31; 14:30). Estava convencido de que nem os anjos e nem qualquer outro poder criado separariam os verdadeiros cristãos do amor de Deus em Cristo (Rm 8:38-39).

    Paulo mencionou os anjos caídos, e lembrou aos crentes pecaminosos de Corinto que “os santos” julgariam os anjos (1Co 6:3). Também admitiu que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2Co 11:14). Esse comentário afirma ser necessário estarmos em constante vigilância, para resistirmos a tais ataques enganadores. Embora os anjos tenham desempenhado um papel importante no tocante à colocação da lei divina em atividade (Gl 3:19), certamente não deveriam ser adorados Cl 2:18). Na verdade, ao escrever aos gálatas, Paulo diz que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1:8). Ele reconhecia com gratidão a bondade inicial dos gálatas, pois “me recebestes como a um anjo de Deus” (Gl 4:14). Ao escrever aos tessalonicenses, Paulo declarou solenemente que os oponentes do cristianismo, os quais perseguiam os crentes, seriam punidos, “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo...” (2Ts 1:7-8). Deus ainda estava no controle de sua criação.

    Duas passagens em I Timóteo devem ser observadas. Na primeira, os anjos são mencionados num antigo hino muito bonito (1Tm 3:16). Na segunda, uma séria advertência é feita ao jovem líder cristão, não só na presença de Deus e de Cristo, mas também diante “dos anjos eleitos” (1Tm 5:21), em contraste com Satanás e os outros anjos caídos.


    Os anjos no livro de Hebreus
    Os anjos são citados muitas vezes na carta aos Hebreus (Hb 2:16; Hb 12:22; Hb 13:2), mas são considerados inferiores a Cristo (Hb 1:5-14). São cuidadosamente definidos no primeiro capítulo como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14). São introduzidos numa passagem que adverte os discípulos a atentar para a grande salvação oferecida em Cristo (Hb 2:1-2). Anjos inumeráveis fazem parte da Jerusalém celestial e isso é mencionado como um incentivo a mais, para que os destinatários não recaíssem no Judaísmo (Hb 12:22-24; cf. Mt 26:53).


    Os anjos em I Pedro, II Pedro e Judas
    O plano divino da salvação é tão maravilhoso que desperta a curiosidade dos anjos (1Pe 1:12). A ascensão de Cristo ao Céu, entre outras coisas, significou que anjos, autoridades e potestades foram colocados em submissão a Ele (1Pe 3:22). Referências sombrias à condenação dos anjos caídos em II Pedro e Judas são feitas nas passagens que apontam solenemente os erros dos falsos mestres e sua absoluta destruição (2Pe 2:4; Jd 6). Em II Pedro 2:11, um forte contraste é feito entre os anjos bons e os maus.


    Os anjos no livro de Apocalipse
    Em Apocalipse, as cartas são endereçadas “ao anjo” das sete igrejas (Ap 2:12-18;3:1-14). Em cada um dos casos, a referência é feita aos pastores das igrejas, os quais eram os mensageiros de Deus para o seu povo, numa época de crise iminente. Por outro lado, existem também muitas citações aos anjos como seres sobrenaturais, por todo o livro (Ap 5:2-11;7:1-11; 8:3-8; 14:6-10; 19:17; 20:1).

    A limitação do espaço nos restringe a quatro observações: primeira, os anjos aqui, como em outros lugares na Bíblia, são descritos como executores do juízo de Deus sobre a Terra (Ap 9:15; Ap 16:3-12); segunda, o papel do anjo interlocutor, observado em Zacarias, também é encontrado em Apocalipse (Ap 1:1-2; Ap 10:7-9; Ap 22:6); terceira, é observada uma divisão entre os anjos bons e os maus. “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam” (Ap 12:7). Nesta batalha, o lado divino saiu vitorioso: o diabo “foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12:9); quarta, os anjos verdadeiros adoram a Deus e reúnem-se no louvor a Cristo ao redor do trono divino (Ap 5:11-12).

    Sumário

    A Bíblia tem muito a dizer sobre os anjos. Eles foram criados e não devem ser adorados ou louvados. Pelo contrário, são servos sobrenaturais de Deus, que participam dos seus propósitos, tanto de juízo como de salvação. São agentes e mensageiros do Senhor, trabalhando em favor dos seus filhos e protegendo-os. Os anjos participam da adoração a Deus e cumprem a sua vontade na Terra. Alguns, entretanto, se rebelaram contra o Senhor e aliaram-se a Satanás. Estes serão julgados junto com o diabo. A.A.T.

    Autor: Paul Gardner

    Antes

    Dicionário Comum
    antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.
    Fonte: Priberam

    Aqui

    Dicionário Comum
    advérbio Neste lugar: aqui não há preconceitos raciais.
    A este lugar: jamais voltarei aqui.
    Nesta ocasião, neste momento, agora: nunca simpatizei com ele, e aqui o digo sem rebuços.
    locução adverbial Aqui e ali, ora num lugar, ora noutro; esparsamente.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    cá. – Escreve Roq., que estes dois advérbios“ valem o mesmo que ‘este lugar’, ou ‘neste lugar’ onde se acha a pessoa que fala. A diferença entre os dois consiste em que aqui designa o lugar de um modo absoluto, e sem referência alguma a outro lugar;
    v. g.: Aqui vivo, aqui estou, etc. Cá tem maior extensão, pois além de designar o lugar onde se está, acrescenta por si só a exclusão de outro lugar determinado (lá) que direta ou indiretamente se contrapõe àquele em que nos achamos. Vivo aqui; janto aqui – supõe, só e absolutamente, o lugar onde vivo e onde janto, sem excluir determinadamente outro lugar, e sem sugerir a menor ideia de dúvida, preferência, ou relação alguma respetivamente a outro. Mas – janto hoje cá; esta noite durmo cá – exclui determinadamente o lugar onde costumo jantar ou dormir. No estilo familiar entende-se – aqui por ‘nesta casa’; pois quando alguém diz – F. jantou aqui ontem; ou – passou ontem aqui a noite – é como se dissesse – jantou, passou a noite ‘nesta casa’. Quando cá se contrapõe a lá indica a terra ou o lugar em que estamos comparando com outro de que já falamos, e a que nos referimos como se vê no ditado vulgar – Cá e lá más fadas há”.
    Fonte: Dicio

    Batizar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Religião Conferir o sacramento do batismo a alguém: ninguém sabe quem a batizou; na ausência dos pais, os avós batizaram-na.
    Religião Servir de padrinho ou de madrinha a alguém (criança ou adulto).
    Abençoar um objeto e, geralmente, dar-lhe uma designação.
    [Por analogia] Lançar água ou molhar alguma coisa com; ensopar: batizaram os clientes com cerveja.
    Colocar água de modo a adulterar um líquido: batizar o leite.
    Começar um leilão dando o primeiro lance.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Atribuir nome a alguém no ato do batismo: batizaram-na (de) Maria; ainda não escolhemos como batizá-lo.
    Figurado Atribuir nome; nomear ou designar: batizar um barco; a empresa batizou-a (de) Melhor Vendedora.
    Etimologia (origem da palavra batizar). Do latim baptizare.
    Fonte: Priberam

    Betsaida

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Casa da pesca. Parece ter havido dois lugares com este nome: um deles foi a terra natal de André, Pedro e Filipe – o outro estava perto do sítio onde se deu a alimentação das 5000 pessoas. 1. A primeira destas povoações, Betsaida da Galiléia, ficava ao noroeste do lago de Genesaré, à beira da água, não muito distante de Cafarnaum (Mt 11:21Mc 6:45Lc 10:13Jo 1:44). A existência desta Betsaida é, contudo, negada por muitos homens doutos. 2. A outra Betsaida, onde se realizou o milagre da multiplicação dos pães (Lc 9:10-17), ficava no lado oriental do lago, perto da foz do Jordão. Perto estava, também, o deserto de Betsaida (Mt 14:15-21Lc 9:10). A povoação, tendo sido apenas uma aldeiaem outros tempos, foi reedificada, embelezada, e elevada à categoria de cidade por Filipe, o tetrarca, que lhe deu o nome de ‘Julias’ em honra de Júlia, filha do imperador romano César Augusto. Diz-se que Filipe ali morreu e foi sepultado. o lugar das ruínas de El-Tell, numa encosta ao oriente do Jordão, tem sido identificado com Betsaida Julias. Se houve apenas uma Betsaida, como muitos supõem, era esse o lugar que umas vezes se acha incluído na Galiléia, e outras vezes como pertencente aos gaulanitas. (*veja o mapa de israel no tempo de Jesus)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Betsaida [Casa da Pesca] - Cidade, também chamada de Betsaida Júlia, que ficava à margem nordeste do lago da Galiléia. Ali nasceram Pedro, André e Filipe (Jo 1:44). Essa cidade foi condenada por Jesus (Mt 11:21). Ali ele alimentou mais de 5000 pessoas (Lc 9:10-17) e curou um cego ((Mc 8:22-26).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Betsaida Literalmente, casa dos pescadores. Local nas imediações do lago de Tiberíades, possivelmente a leste da foz do Jordão, e de onde eram naturais Pedro, André e Filipe.

    E. Hoade, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Betânia

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A casa das tâmaras. É muito interessante o caso de esta povoação, tão relacionada com a vida do nosso Salvador, ter atualmente o nome de el-Azeriete, a ‘vila de Lázaro’. Está situada na encosta, a sudeste do monte das oliveiras, 670 metros acima do nível do mar, distante 1600 metros do cume, e 3 km de Jerusalém, perto da estrada de Jericó (Jo 11:18Mc 10:46). Foi a povoação onde Jesus recebeu hospitalidade da família de Lázaro, e onde se deu a ressurreição deste seu amigo (Jo 11:1-46 e 12,1) – foi a residência de Simão, o leproso (Mt 26:6) – e dali partiu Jesus para Jerusalém, no dia em que foi recebido nesta cidade de uma maneira triunfal (Mc 11:1). igualmente em Betânia Jesus descansou de noite, na semana anterior à Sua crucificação, e ai se realizou a Sua ascensão (Mt 21:17 e Lc 24:50).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Betânia Povoado situado a três km de Jerusalém. Maria, Marta e Lázaro moravam lá (Jo 11:18). Ali se deu a ascensão de Jesus (Lc 24:50).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Betânia Literalmente, casa dos pobres. 1. Aldeia situada a pouco mais de 2:5 km de Jerusalém, a leste do Monte das Oliveiras. Segundo Jo 11:1-11, nela habitava Lázaro com suas irmãs Marta e Maria. 2. Lugar não-identificado à margem leste do Jordão, onde João Batista batizava (Jo 1:28; 10,40).

    E. Hoade, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Betänia

    Dicionário Bíblico
    casa do pobre
    Fonte: Dicionário Adventista

    Boa

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Informal] Jiboia. Designa as serpentes que pertencem ao gênero BOA, da família dos Boídeos. Cobra-papagaio; Cobra-de-veado.
    [Pejorativo] Boazuda. Diz-se da mulher que possuí um corpo que atrai, atraente.
    Inapropriado. Usado na Forma Red. das locuções substantivas em que concorda subentendidamente com o substantivo feminino.
    Estado de satisfação de alguém que usufrui de algum conforto ou benefício.
    Ironia. Utilizado para se referir à uma situação que dá trabalho, difícil: livrei-me de boa.
    Algo inusitado, surpreendente: ele tem uma boa para me contar.
    Observações ou críticas com propósito de ofender, comumente utilizado no plural: contei-lhe umas boas.
    Conviver de maneira pacífica: estamos de boa.
    Usualmente utilizada como cachaça ou aguardente.
    Etimologia (origem da palavra boa). Feminino de bom.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Informal] Jiboia. Designa as serpentes que pertencem ao gênero BOA, da família dos Boídeos. Cobra-papagaio; Cobra-de-veado.
    [Pejorativo] Boazuda. Diz-se da mulher que possuí um corpo que atrai, atraente.
    Inapropriado. Usado na Forma Red. das locuções substantivas em que concorda subentendidamente com o substantivo feminino.
    Estado de satisfação de alguém que usufrui de algum conforto ou benefício.
    Ironia. Utilizado para se referir à uma situação que dá trabalho, difícil: livrei-me de boa.
    Algo inusitado, surpreendente: ele tem uma boa para me contar.
    Observações ou críticas com propósito de ofender, comumente utilizado no plural: contei-lhe umas boas.
    Conviver de maneira pacífica: estamos de boa.
    Usualmente utilizada como cachaça ou aguardente.
    Etimologia (origem da palavra boa). Feminino de bom.
    Fonte: Priberam

    Boã

    Dicionário Bíblico
    dedo polegar
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Filho de Rúben, é mencionado somente em conexão com a “pedra de Boã” (Js 15:6; Js 18:17), um importante marco da fronteira entre Judá e Benjamim. Ele não é citado nas genealogias de Rúben.

    Autor: Paul Gardner

    Caminho

    Dicionário Bíblico
    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.
    Fonte: Priberam

    Carne

    Dicionário Comum
    substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
    Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
    Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
    Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
    O corpo humano: mortificar a carne.
    A polpa das frutas.
    Cor de carne, branco rosado.
    Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
    São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
    Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
    Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
    Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
    O corpo humano: mortificar a carne.
    A polpa das frutas.
    Cor de carne, branco rosado.
    Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
    São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn 2:21 – 9.4 – Lv 6:10Nm 11:13), e também significa todas as criaturas vivas (Gn 6:13-17) – além disso tem a significação especial de Humanidade, sugerindo algumas vezes quanto é grande a fraqueza do homem, posta em confronto com o poder de Deus (Sl 65:2 – 78.39). No N. T. a palavra sarx é empregada da mesma maneira (Mc 13:20 – 26.41 – Hb 2:14 – 1 Pe 1.24 – Ap 17:16) S. Paulo põe habitualmente em contraste a carne e o espírito – e faz a comparação entre aquela vida de inclinação à natureza carnal e a vida do crente guiado pelo Espírito (Rm 7:5-25, 8.9 – Gl 5:17 – etc.). A frase ‘Carne e sangue’ (Mt 16:17Gl 1:16) é para fazer distinção entre Deus e o homem (*veja Alimento).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    A carne é veículo transitório e abençoado instrumento para o espírito aprender na Academia terrestre através do processo incessante da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo -nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] A carne, em muitos casos, é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo perispiritual, liberando-o de certos males nela adquiridos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    A carne é a sagrada retorta em que nos demoramos nos processos de alquimia santificadora, transubstanciando paixões e sentimentos ao calor das circunstâncias que o tempo gera e desfaz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho

    A carne terrestre, onde abusamos, é também o campo bendito onde conseguimos realizar frutuosos labores de cura radical, quando permanecemos atentos ao dever justo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 5

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Carne
    1) O tecido muscular do corpo dos seres humanos e dos animais (Gn 2:21)

    2) O corpo humano inteiro (Ex 4:7).

    3) O ser humano fraco e mortal (Sl 78:39).

    4) A natureza humana deixada à vontade e dominada pelos seus desejos e impulsos (Gl 5:19); 6.8;
    v. CARNAL).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Carne O termo carne não tem uma significação unívoca nos evangelhos. A expressão “toda carne” refere-se ao conjunto de todos os seres humanos (Mt 24:22); “carne e sangue” designa o ser humano em suas limitações (Mt 16:17; 26,41) e “carne” também se refere — em contraposição a espírito — ao homem em seu estado de pecado (Jo 3:6). Finalmente “comer a carne e beber o sangue” de Jesus, longe de ser uma referência eucarística, significa identificar-se totalmente com Jesus, custe o que custar, pelo Espírito que dá a vida. A exigência dessa condição explica por que muitos que seguiam Jesus até esse momento abandonaram-no a partir de sua afirmação (Jo 6:53-58:63).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Cefas

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cefas [Pedra]

    Nome ARAMAICO que Jesus deu a PEDRO (Jo 1:42).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Cefas Literalmente, pedra. Cognome dado a Pedro (Jo 1:42-43) e mantido no cristianismo posteriormente

    (1Co 1:12; 3,22; 9,5; 15,5; Gl 1:18; 2,9.11.14).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Vocábulo do aramaico (língua semítica falada pelos arameus. É a língua em que Jesus e seus discípulos pregaram, e nela se acha escrita uma parte da Bíblia). Cefas significa rocha ou pedra: O mesmo que Pedro, nome dado por Jesus a Simão, que se tornou o apóstolo Simão Pedro. O termo designa firmeza. Quando Pedro se mostrava fraco ou vacilante, Jesus dirigia-se a ele pelo nome original, Simão, antes do nome que significa Rocha.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•

    Fonte: febnet.org.br

    Quem é quem na Bíblia?

    (Aram. “rocha”). Nome dado por Jesus a Simão, filho de João (Jo 1:42). Ele é geralmente citado como Pedro (Petros é a tradução grega para Cefas). O apóstolo Paulo ocasionalmente refere-se a ele como Cefas, em vez de Pedro (1Co 1:12-1Co 3:22; 1Co 9:5). Veja Pedro.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    Pedro
    Fonte: Dicionário Adventista

    Chamado

    Dicionário Comum
    chamado adj. 1. Que se chamou. 2. Denominado, apelidado. S. .M Chamada.
    Fonte: Priberam

    Cheio

    Dicionário Comum
    adjetivo Que contém tudo de que é capaz; preenchido, repleto.
    Que está completamente ocupado; atarefado: dia cheio.
    Que não está vazio, oco; maciço, compacto.
    Em quantidade excessiva; repleto: casa cheia de poeira.
    Que alcançou seu limite máximo; ocupado: o salão já está cheio.
    De formas arredondadas, com aspecto redondo: rosto cheio.
    [Astronomia] Cuja face completa está voltada para a Terra, possuindo um aspecto circular, falando especialmente da lua: Lua Cheia.
    No nível mais elevado, no ponto mais alto, falando da maré: maré cheia.
    Figurado Condição de quem foi invadido por sensações, repleto de sentimentos: vida cheia de amor.
    Que expressa determinada condição física ou moral: cheio de raiva.
    [Popular] Que demonstra uma irritação exagerada; enfadado, irritado: já estou cheio disso!
    Cujo som ou voz apresenta intensidade e nitidez corretas, sem interferências.
    substantivo masculino Parte ocupada de um todo sem espaços vazios: o cheio do tecido não precisa ser preenchido com mais cores.
    expressão Estar cheio. Estar saturado, no limite da paciência.
    Etimologia (origem da palavra cheio). Do latim plenu.
    Fonte: Priberam

    Cidade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Coisa

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.
    Fonte: Priberam

    Coisas

    Dicionário Comum
    coisa | s. f. | s. f. pl.

    coi·sa
    (latim causa, -ae, causa, razão)
    nome feminino

    1. Objecto ou ser inanimado.

    2. O que existe ou pode existir.

    3. Negócio, facto.

    4. Acontecimento.

    5. Mistério.

    6. Causa.

    7. Espécie.

    8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

    9. [Informal] Órgão sexual feminino.

    10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

    11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

    12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


    coisas
    nome feminino plural

    13. Bens.


    aqui há coisa
    [Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

    coisa alguma
    O mesmo que nada.

    coisa de
    [Informal] Aproximadamente, cerca de.

    coisa nenhuma
    Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

    coisas da breca
    [Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

    coisas do arco-da-velha
    [Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

    coisas e loisas
    [Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

    [Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

    como quem não quer a coisa
    [Informal] Dissimuladamente.

    fazer as coisas pela metade
    [Informal] Não terminar aquilo que se começou.

    mais coisa, menos coisa
    [Informal] Aproximadamente.

    não dizer coisa com coisa
    [Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

    não estar com coisas
    [Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

    não estar/ser (lá) grande coisa
    [Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

    ou coisa que o valha
    [Informal] Ou algo parecido.

    pôr-se com coisas
    [Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

    que coisa
    [Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

    ver a
    (s): coisa
    (s): malparada(s)
    [Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


    Sinónimo Geral: COUSA

    Fonte: Priberam

    Como

    Dicionário de Sinônimos
    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
    Fonte: Priberam

    Companhia

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Presença de alguém ou daquilo que acompanha: quero a sua companhia.
    Algo ou alguém que está acompanhando uma outra pessoa: ainda não consegui uma companhia para a festa.
    Convivência; vida em comum: prefiro a companhia dos cães.
    Grupo de pessoas que têm um mesmo objetivo: companhia de teatro.
    Organização feita por sócios ou acionistas; empresa, firma: companhia de transporte.
    História No período do Brasil colonial, referia-se às unidades locais de bandeirantes.
    Ação ou efeito de acompanhar; acompanhamento.
    Etimologia (origem da palavra companhia). Campanha + ia.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    A palavra deriva do latim vulgar *companìa, formada de cum "com" + panis "pão" (Houaiss) e refere-se inicialmente a pessoas que repartem o pão e por extensão ao andarem juntas. A etimologia desta palavra nos ensina que para superar a solidão é preciso mais do que estar no meio de muita gente.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário de Sinônimos
    sociedade; sindicato, associação. – Deste grupo, são os dois primeiros vocábulos os que têm significação mais vaga e que podem ser tomados em acepções mais várias. – Dizemos, por exemplo: “A nossa companhia (a turma em que viajávamos) chegou primeiro a Jerusalém”; “Venho fazer companhia ao meu amigo” (estar com ele e confortá-lo); “As más companhias quase sempre nos comprometem” (a convivência com pessoas de má fama); “Agradeço-lhe a boa companhia” (o ajuntamento e camaradagem), etc. Em nenhum desses casos caberia decerto a palavra sociedade. Por outro lado dizemos: “A sociedade antiga tinha suas coisas veneráveis” (a existência, o modo de viver dos homens antigos); “A sociedade selvagem fundava-se no instinto da força” (o modo de viver, a ordem entre os selvagens); “Sociedades de beneficência; de socorro mútuo; de Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 291 seguros”, etc. (reuniões de indivíduos que se associam para se protegerem ou ampararem). Em nenhum destes casos caberia sem dúvida a palavra companhia. Outros muitos casos há ainda em que companhia e sociedade marcam ideias bem distintas; por exemplo: “sociedade de agricultura” e “companhia de agricultura” designariam agrupamentos de homens com intuitos mui diferentes: “sociedade de agricultura” determinaria um certo número de homens que se dedicam a promover o desenvolvimento do trabalho agrícola; e “companhia de agricultura” só se aplicaria a um grupo de indivíduos que explorassem o trabalho agrícola. Mas há casos em que se confundiriam os dois vocábulos; por exemplo: sociedade manufatureira, e companhia manufatureira; companhia pastoril, e sociedade pastoril; ou mesmo: sociedade agrícola, e companhia agrícola. Ainda aqui, porém, não é difícil apanhar a distinção que existe entre os dois vocábulos: uma sociedade agrícola de que só fizessem parte duas pessoas não se chamaria nunca – uma companhia; enquanto que uma vastíssima companhia organizada, por exemplo, para explorar todo o comércio da Ásia oriental, bem que se poderia chamar – “sociedade asiática de comércio”, ou – “sociedade de comércio da Ásia”. De tudo isto resulta: I – que sociedade é vocábulo de significação mais ampla; II – que companhia só é aplicável a grupos de indivíduos, mais ou menos numerosos; III – que companhia sugere sempre ideia de exploração mercantil (ou fora deste caso – a ideia de ajuntamento, de emparelhamento, para algum fim, lícito ou mesmo ilícito). Parece mesmo que a distinção mais clara, por assim dizer a única fundamental entre os dois vocábulos, é esta última, da sugestão de intuito mercantil que se atribui a companhia na maior parte dos casos, e que não é essencial à sociedade. Dizemos: sociedades secretas (e não – companhias secretas); companhia lírica; companhia dramática (e não – sociedade lírica, etc.). E sociedade lírica ou dramática seria já coisa muito diferente de companhia dramática ou lírica. – Associação confunde-se ordinariamente com sociedade. Dizemos indistintamente: sociedades literárias, e associações literárias. Mas associação dá ideia de união mais íntima entre os que se associam, de maior esforço e cooperação dos que se unem e ligam para um fim comum. Diz Lafaye que Voltaire faz entre sociedade (a sociedade humana) e associação uma diferença análoga à que se nota entre corpo e corporação. Cita ele primeiro este exemplo de Roubaud: “Os povos são unidos, e a nação é uma: a nação é o corpo, e os povos são espécies de corporações nacionais”. E conclui assim o seu §: “Voltaire, falando do estabelecimento dos templários e dos hospitalários, distingue do mesmo modo sociedade e associação: “Quando a sociedade geral é bem governada, diz ele, quase que se não fazem associações particulares”. (Laf.) – Sindicato é vocábulo introduzido modernamente na língua e designa, segundo Cândido de Figueiredo, “companhia ou associação de capitalistas, interessados na mesma empresa, e pondo em comum os seus títulos, para que na venda destes não haja alteração de preços”. Daí a ideia, que sugere esta palavra, de manobra de especuladores poderosos contra os mercados onde se consomem os produtos com que especulam. Por isso, ainda segundo o referido autor – sindicato tem ordinariamente o valor de “especulação financeira pouco lícita”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Companhia
    1) Aquele que vai ou está junto (34:8).


    2) Grupo de soldados sob as ordens de um comandante (Jz 7:16, RA).


    3) Convivência (Rm 15:24).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Conhecer

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Fazer com que alguma coisa seja inserida no conhecimento (memória) de alguém; passar a saber: conhecer as culturas indígenas; conhecer novas sociedades.
    Passar a ter consciência de: ela conhece bem as suas próprias limitações.
    Ir ver (algo ou alguém); visitar: já conhecemos o antigo apartamento.
    Ter sensação de pertencimento; fazer parte da família: o gato conhece o cheiro da dona.
    Assimilar através dos sentidos ou da mente; perceber: não é possível conhecer o céu.
    Ser alvo de; saber por sentir; experimentar: nunca conheceu o fracasso.
    Ter sido avisado sobre a existência de algo ou de alguém: você conhece o professor?
    Possuir provas sobre; aceitar: um diretor que conhece os procedimentos.
    Acatar o poder ou autoridade de; obedecer: aquele menino não conhece castigos.
    verbo transitivo indireto [Jurídico] Passar a ter o conhecimento sobre uma questão judicial, aceitando-a por ser capaz de julgá-la. (no caso de uma autoridade judicial).
    verbo transitivo direto e pronominal Apresentar (uma pessoa ou coisa) a alguém: conhecemos a nova casa; conheceram-se num velório.
    Conservar um relacionamento pessoal (familiar ou íntimo) com: nunca o conheci suficientemente; conhecemo-nos na escola.
    Possuir uma relação de familiaridade com; saber: conhece o sistema de escrita Braille.
    Etimologia (origem da palavra conhecer). Português antigo conhocer/ pelo latim cognoscere.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Conhecer é patrocinar a libertação de nós mesmos, colocando-nos a caminho de novos horizontes na vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 4

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Conhecer
    1) Saber; reconhecer; ter experiência de (Sl 9:10); (Mt 7:23)

    2) COABITAR (Gn 1:4); (Mt 1:25). 3 Dirigir e abençoar (Sl 1:6);
    v. N
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Conhecer A palavra “conhecer” (grego gignosko) possui na Bíblia um significado muito mais amplo do que o habitual na cultura ocidental. Supõe a idéia de saber (Jo 4:1), mas também a de apreciar (Mt 7:16.20; 12,33; Jo 5:42; 10,27) ou manter relações sexuais (Mt 1:25; Lc 1:34). Por isso, conhecer a Deus é muito mais do que afirmar sua existência. Implica “reconhecer” o papel que ele deve ter na vida de todo ser humano que deve, conseqüentemente, obedecer-lhe (Jo 7:49). Quem não reconhece e obedece, mesmo que aceite a existência de Deus e seu papel de Senhor de sua vida, na realidade o desconhece e é também desconhecido por Deus (Mt 7:23; 25,12; Lc 13:25-27).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Cordeiro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Filhote de ovelha; anho.
    Figurado Pessoa dócil.
    Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.
    Cordeiro pascal, cordeiro imolado anualmente pelos israelitas para comemorar a saída do Egito.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    São diversas as palavras que no A.T. se traduzem por ‘cordeiro’. A mais livremente usada, especialmente em Levítico e Números, refere-se ao cordeiro macho. o cordeiro pascal tanto podia ser um cordeiro, como um cabrito (Êx 12:5), visto como a respectiva palavra hebraica se aplica aos dois animais. o cordeiro aparecia notavelmente entre os sacrifícios ordenados pela Lei. Era oferecido todos os dias (Êx 29:38Nm 28:3) – e designadamente no sábado (Nm 28:9 – cp com Ez 46:4-13 -) – na Páscoa (Êx 12:5), no Pentescoste (Lv 23:18), na Festa dos Tabernáculos (Nm 29:13), eem outras ocasiões. No N.T. há três palavras gregas traduzidas como ‘cordeiro’. o cordeiro aparece como símbolo de inocência e da impotência no Antigo e Novo Testamento (is 11:6-53.7 – cp com Lc 10:3, e At 8:32). (*veja Sacrifício, e Cordeiro de Deus.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cordeiro
    1) Filhote ainda novo da ovelha; carneirinho. Sua carne servia de alimento e era usada nos SACRIFÍCIOS (Ex 29:39).

    2) Jesus, o Cordeiro de Deus (Jo 1:29).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Correias

    Dicionário Comum
    fem. pl. de correia

    cor·rei·a
    nome feminino

    1. Tira de couro para cingir ou atar.

    2. Botânica Género de diosmáceas.

    Fonte: Priberam

    Cristo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
    Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
    Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
    Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
    Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
    Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
    Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Ungido , (hebraico) – Messias.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    (Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da FEB
    [...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
    Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

    Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] arquétipo do Amor Divino [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    [...] modelo, paradigma de salvação.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] médium de Deus [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

    Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

    Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

    O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

    [...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

    Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

    [...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

    [...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

    [...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

    Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

    As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

    Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

    O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

    J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Céu

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
    Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
    Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
    Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
    Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
    Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
    Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
    Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
    expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
    Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
    Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
    Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

    [...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

    [...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

    [...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

    O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

    O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

    [...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

    [...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

    Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Céu
    1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


    2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

    2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

    3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

    4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

    m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dada

    Dicionário Bíblico
    hebraico: inclinado
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    adjetivo Que se ofereceu; que foi ofertado; gratuito.
    Que se comunica com facilidade; muito sociável; comunicativo: pessoa dada.
    Que tem propensão para; inclinado: dado aos vícios.
    Que realiza por hábito, afeição: dado ao cinema.
    Que se combinou por antecipação; combinado: dada situação.
    pronome indefinido Que é determinado: em um dado momento, todos foram embora.
    Etimologia (origem da palavra dada). Feminino de dado.
    adjetivo Que diz respeito ao movimento dadá (movimento artístico niilista); dadaísta.
    substantivo masculino e feminino Pessoa que faz parte desse movimento.
    Etimologia (origem da palavra dada). Forma derivada de dadaísta.
    substantivo feminino Enfermidade atribuída, pela crendice popular, ao mau-olhado; quebranto.
    [Medicina] Tumor que ataca as mamas de mulheres que amamentam.
    Veterinária. Abesesso no úbere das vacas.
    Antigo Ato ou efeito de dar; dádiva.
    Etimologia (origem da palavra dada). Do latim data; de datus, a, um.
    Fonte: Priberam

    Daqui

    Dicionário Comum
    contração Combinação da preposição de com o advérbio aqui; a partir deste ponto; indica algo que se iniciará a partir o local em que está a pessoa que fala: esperamos que daqui a 10 anos a árvore esteja com 10 metros de altura.
    No lugar em que está a pessoa que fala; neste momento, ponto, situação, circunstância, local; desde lugar: daqui não se vê o mar.
    Etimologia (origem da palavra daqui). Preposição de + adv. aqui.
    Fonte: Priberam

    Debaixo

    Dicionário Comum
    advérbio Que se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo.
    Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo.
    Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa.
    Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo.
    Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.
    Fonte: Priberam

    Depois

    Dicionário Comum
    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.
    Fonte: Dicio

    Desatar

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Desatar Soltar; desamarrar (Is 5:27; Jo 1:27).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    desatar
    v. 1. tr. dir. Desfazer, tirar o nó ou laço de. 2. tr. dir. Libertar, livrar. 3. pron. Desligar-se, soltar-se. 4. tr. ind. Começar de repente; prorromper.
    Fonte: Priberam

    Descer

    Dicionário Comum
    verbo intransitivo Mover-se de cima para baixo: o sol desceu.
    Baixar de nível; diminuir: as águas do rio desceram.
    Baixar de valor; cair: as apólices desceram.
    Aproximar-se do pôr do sol: o sol está descendo.
    Fazer descer; colocar no chão; apear: o vestido desceu!
    Figurado Reduzir a capacidade de: sua perspicácia nunca desce!
    verbo transitivo direto Ir ou vir de cima para baixo ao longo de: descer a escada.
    Fazer baixar; pôr embaixo; arriar: descer a bandeira.
    Dirigir-se para baixo: descer os olhos.
    Figurado Passar a ocupar um posto, uma posição inferior; decair: descer numa companhia, empresa, organização.
    verbo transitivo indireto Saltar: descer do ônibus.
    verbo bitransitivo [Informal] Golpear alguém: desceu a mão na cara dele!
    Ser o efeito, o resultado de; proceder: a pouca-vergonha desceu da monarquia aos plebeus.
    Etimologia (origem da palavra descer). Do latim descendere, descer.
    Fonte: Priberam

    Deserto

    Dicionário de Sinônimos
    ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo
    Fonte: Dicio

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc 15:4). Foi nas proximidades do deserto da Judéia que João Batista pregou. Jesus identificou-o como morada dos demônios (Mt 12:43) e nele experimentou as tentações (Mt 4:1ss.). Às vezes, Jesus refugiava-se no deserto em busca de solidão (Mc 1:35.45; Lc 4:42; 5,16; 6,32,35) e nele alimentou as multidões (Mt 14:13-21; Mc 6:32-44; Lc 9:10-17).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (24:5); (Mt 3:1). Equivale mais ou menos a “sertão”.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Sinônimos
    solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Bíblico
    A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47:8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3:1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33:16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em 24:5, is 21:1, Jr 25:24.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.
    [Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
    Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
    Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
    adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
    Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
    De caráter solitário; abandonado.
    expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
    Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.
    Fonte: Priberam

    Deus

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico

    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?
    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dia

    Dicionário da FEB
    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Diante

    Dicionário Comum
    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.
    Fonte: Priberam

    Digno

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Digno
    1) Merecedor (Sl 18:3); (Mt 3:11)

    2) Apropriado (Ef 4:1).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    adjetivo Honesto; que expressa decência: trabalho digno.
    Merecedor; que merece admiração: filme digno de ser assistido.
    Apropriado; que é conveniente: função digna do chefe.
    Decente; que tem bom caráter; de boa conduta; que demonstra dignidade: presidente digno.
    Etimologia (origem da palavra digno). Do latim dignus.a.um.
    Fonte: Priberam

    Discípulos

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).

    Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13 Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).

    Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).

    Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).

    E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dissê

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

    Fonte: Priberam

    Dizer

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e bitransitivo Falar, discursar usando palavras; expressar ideias, pensamentos: disse o discurso; disse o discurso ao professor.
    Comunicar, fazer uma afirmação, oral ou escrita: os vereadores disseram que a cidade iria mudar; disse aos filhos que deixaria a mulher.
    Fazer uma narração, relato ou descrição sobre algo ou alguém; narrar: diz a lenda que Saci-Pererê não tinha uma perna.
    verbo bitransitivo Falar alguma coisa diretamente; expressar: disse ofensas escabrosas ao pai; precisava lhe dizer algumas verdades.
    Fazer uma afirmação de modo imperativo; oferecer recomendação, conselho; aconselhar: disse-lhe para fazer o trabalho corretamente.
    Dar uma advertência; fazer uma crítica; advertir: é preciso disser-lhe boas verdades! Disse-lhe que não era bem-vindo.
    Falar de modo reprovativo, censurando; condenar: dizia julgamentos.
    Fazer uma explicação; explicar: disse as circunstâncias do acontecimento.
    verbo transitivo direto Exprimir ou exprimir-se através de gestos, expressões faciais; comunicar-se sem o uso da voz: seu sorriso dizia muito sobre sua felicidade.
    Recitar ou declamar algo de teor poético: dizer uma poesia.
    Religião Fazer uma celebração; ministrar a missa; celebrar: dizer a missa.
    Religião Começar um cântico, uma oração de teor religioso.
    verbo transitivo indireto Adequar, ajustar; combinar: suas palavras não dizem com suas ações.
    Ter importância para; importar: seus comentários não dizem nada para mim.
    verbo pronominal Caracterizar-se; definir-se: diz-se um exímio poeta.
    substantivo masculino Exprimir por escrito: os dizeres numa carta antiga.
    Modo de pensar exposto por algo ou por alguém: os dizeres cristãos.
    Gramática Verbo com particípio irregular: dito.
    Etimologia (origem da palavra dizer). Do latim dicere.
    Fonte: Priberam

    Dois

    Dicionário Comum
    numeral Um mais um (2); o número imediatamente após o 1; segundo.
    Equivalente a essa quantidade: dois carros na garagem.
    Segundo dia do mês: dia um, dia dois.
    Segundo elemento numa contagem, série, lista.
    substantivo masculino Algarismo que representa esse número (2).
    Nota dois: tirei dois no exame.
    Carta do baralho, marcada com dois pontos: o dois de ouros.
    Etimologia (origem da palavra dois). Do latim duos; pelo espanhol dos.
    Fonte: Priberam

    Dolo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Fraude; modo de agir fraudulento de uma pessoa em relação a outra.
    [Jurídico] Ato criminoso da pessoa que age de má-fé, buscando induzir alguém à prática de uma ação, sendo a pessoa lesada responsável pelos prejuízos causados por ela.
    [Jurídico] Violação deliberada da lei, por ação ou omissão, tendo consciência plena do crime que está cometendo.
    Etimologia (origem da palavra dolo). Do latim dolus.i; pelo grego dólos.ou.
    substantivo masculino Tipo de pinhal, guardado em bainha de madeira, antigamente usado na península ibérica.
    Etimologia (origem da palavra dolo). De origem questionável.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Ato consciente de induzir alguém ao erro; engano propositado
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Dolo Má-fé; engano (Jo 1:47; pronuncia-se dólo).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Déu

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.
    Fonte: Priberam

    Dêmos

    Dicionário Comum
    1ª pess. pl. pret. perf. ind. de dar
    masc. pl. de demo
    fem. pl. de demo
    Será que queria dizer dêmos?

    dar -
    (latim do, dare)
    verbo transitivo

    1. Ceder gratuitamente (ex.: dar um cigarro).

    2. Entregar como presente (ex.: não dou mais brinquedos a ninguém). = OFERECER, PRESENTEARRECEBER

    3. Fazer doação de. = DOAR

    4. Fazer esmola de. = ESMOLAR

    5. Passar para a posse ou para as mãos de (ex.: já demos a procuração ao advogado). = CONCEDER, CONFERIR, ENTREGAR, OUTORGARTIRAR

    6. Tornar disponível (ex.: deram mais uma oportunidade ao candidato; dar uma ajuda; dar atenção). = CONCEDER, PROPICIAR, PROPORCIONARRECUSAR

    7. Distribuir (ex.: dar cartas).

    8. Tornar patente ou visível (ex.: quando estiver pronto, dê um sinal; ele já dá mostras de cansaço).

    9. Gerar ou produzir (ex.: a árvore já deu muitas laranjas).

    10. Ser suficiente para algo ou alguém (ex.: uma garrafa dá cerca de 5 copos; a comida não dá para tantos convidados). = BASTAR, CHEGAR

    11. Ter algo como resultado (ex.: isto dá uma bela história; a nota do exame não dá para passar).

    12. Ter determinado resultado aritmético; ser igual a (ex.: dois mais dois dá quatro).

    13. Entregar uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: dei demasiado dinheiro pelo casaco). = PAGARRECEBER

    14. Sacrificar (ex.: dar a vida).

    15. Destinar, consagrar, dedicar (ex.: todas as manhãs dá uma hora ao ioga).

    16. Receber uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: disse à vendedora que lhe desse dois quilos de arroz). = VENDER

    17. Fazer tomar (ex.: já deu o medicamento ao doente?). = ADMINISTRAR, MINISTRAR

    18. Administrar um sacramento (ex.: dar a extrema-unção).

    19. Fazer uma acção sobre alguma coisa para alterar a aparência (ex.: falta dar uma demão na parede; dê uma limpeza a este quarto, por favor). = APLICAR

    20. Fazer sair de si ou de algo que pertence a si (ex.: dar gritos; dar vivas; dar um tiro). = SOLTAR

    21. Provocar o efeito de uma acção física (ex.: dar um abraço; dar uma cabeçada; dar um beijo; dar um pontapé). = APLICAR

    22. Ser a causa de (ex.: este cheirinho dá fome; dar vontade). = ORIGINAR, PROVOCAR

    23. Despertar ideias ou sentimentos (ex.: temos de lhes dar esperança). = IMPRIMIR

    24. Ministrar conhecimentos (ex.: a professora dá português e latim). = ENSINAR

    25. Receber ou abordar conhecimentos (ex.: já demos esta matéria nas aulas).

    26. Aparecer subitamente no seguimento de algo (ex.: deu-lhe um enfarte; os remorsos que lhe deram fizeram-no confessar). = SOBREVIR

    27. Tomar conhecimento na altura em que acontece (ex.: a vítima nem deu pelo furto). = APERCEBER-SE, NOTAR

    28. Achar, descobrir, encontrar (ex.: deu com a fotografia escondida no livro).

    29. Avisar, comunicar, participar (ex.: o chefe vai dar as instruções; dar ordens).

    30. Incidir, bater (ex.: a luz dava nos olhos).

    31. Ir ter a ou terminar em (ex.: os rios vão dar ao mar). = DESEMBOCAR

    32. Ter determinadas qualidades que permitam desempenhar uma actividade (ex.: eu não dava para professor).

    33. Promover ou organizar (ex.: dar uma festa; dar cursos de formação).

    34. Transmitir ou manifestar (ex.: dar parabéns; dar condolências; dar um recado).

    35. Trazer algo de novo a alguém ou a algo (ex.: ele deu algumas ideias muito interessantes).

    36. Ser divulgado ou noticiado, transmitido (ex.: isso deu nas notícias; o falecimento deu na rádio, mas não na televisão). = PASSAR

    37. Atribuir uma designação a algo ou alguém (ex.: ainda não deu nome ao cão).

    38. Fazer cálculo ou estimativa de (ex.: eu dava 40 anos à mulher; deram-lhe poucos meses de vida). = CALCULAR, ESTIMAR

    39. Estar virado em determinada direcção (ex.: a varanda dá para o mar; o quarto dá sobre a rua).

    40. [Brasil, Calão] Ter relações sexuais com (ex.: ela dá para quem ela quiser).

    41. Conseguir ou ser possível (ex.: sei que prometemos, mas não deu para ir). [Verbo impessoal]

    42. Começar a fazer algo (ex.: agora é que me deu para arrumar o quarto).

    43. Permitir a alguém uma acção (ex.: deu a ler a tese ao orientador; não quis dar a conhecer mais pormenores).

    44. É usado como verbo de suporte, quando seguido de certos nomes, sendo equivalente ao verbo correlativo de tais nomes (ex.: dar entrada é equivalente a entrar).

    verbo transitivo e intransitivo

    45. Estar em harmonia para formar um todo esteticamente agradável (ex.: essa cortina não dá com a decoração da sala; a camisa e as calças não dão). = COMBINAR, CONDIZER

    verbo transitivo e pronominal

    46. Ter determinado julgamento sobre algo ou alguém ou sobre si (ex.: deu o trabalho por terminado; antes do julgamento, já a davam como culpada; nunca se dá por vencido). = CONSIDERAR, JULGAR

    verbo intransitivo

    47. Estar em funcionamento (ex.: o televisor não dá). = FUNCIONAR

    48. Acontecer (ex.: há pouco deu uma chuvada). [Verbo unipessoal]

    verbo pronominal

    49. Ter relações sociais ou afectivas (ex.: ele não se dá com ninguém; os vizinhos dão-se bem). = CONVIVER

    50. Viver em harmonia (ex.: não se dá com a irmã; eram amigos, mas agora não se dão).

    51. Fazer algo com dedicação ou muita atenção ou concentração (ex.: acho que nos demos completamente a este projecto; nunca se deu aos estudos). = APLICAR-SE, DEDICAR-SE, EMPENHAR-SE

    52. Ter determinado resultado (ex.: ele vai dar-se mal agindo assim).

    53. Adaptar-se ou ambientar-se (ex.: esta planta não se dá dentro de casa).

    54. Sentir-se (ex.: acho que nos daríamos bem aqui).

    55. Render-se, apresentar-se, entregar-se.

    56. Ter lugar (ex.: os fogos deram-se durante a noite). [Verbo unipessoal] = ACONTECER, OCORRER, SOBREVIR, SUCEDER

    57. Efectuar-se, realizar-se (ex.: o encontro deu-se ao final da tarde). [Verbo unipessoal]

    58. Apresentar-se como ou fazer-se passar por (ex.: dava-se por médico, mas nunca tirou o curso). = INCULCAR-SE

    59. Agir de determinada forma ou ter determinado comportamento ou iniciativa (ex.: o jornalista não se deu ao trabalho de confirmar a informação; dar-se à maçada; dar-se ao desfrute).

    verbo copulativo

    60. Tornar-se (ex.: ela deu uma boa profissional).


    dar certo
    [Informal] Ter bom resultado ou o resultado esperado (ex.: claro que a empresa vai dar certo!). = RESULTARDAR ERRADO

    dar de si
    Abalar, ceder, desmoronar.

    dar em
    Tornar-se, ficar (ex.: se continuar assim, eles vão dar em malucos).

    dar errado
    [Informal] Ser malsucedido; não obter sucesso ou o resultado desejado (ex.: essa história tem tudo para dar errado).DAR CERTO

    dar para trás
    [Informal] Recuar em determinada posição (ex.: ele disse que concordava, mas no último momento, deu para trás).

    dar tudo por tudo
    [Informal] Fazer todos os esforços possíveis para alcançar um objectivo.

    quem dera
    [Informal] Usa-se para exprimir desejo. = OXALÁ, TOMARA

    tanto dá
    [Informal] Expressão para indicar indiferença. = TANTO FAZ


    Ver também dúvida linguística: "provêem" segundo o Acordo Ortográfico de 1990.

    de·mo |ê| |ê| 1
    (latim daemon, -onis)
    nome masculino

    1. Demónio.

    2. Pessoa irrequieta, impertinente, de mau génio.

    3. Pessoa astuta, finória.


    de·mo |ê| |ê| 3
    (grego dêmos, -ou, divisão territorial, povo)
    nome masculino

    1. Povo, população.

    2. Conjunto de organismos,vivos, no primeiro momento da sua expansão social.

    3. Divisão administrativa da Grécia antiga.

    4. Burgo que, com outros, constituía certas tribos da África.


    de·mo |é| ou |ê| |é| ou |ê| 2
    (inglês demo, redução de demonstration, demonstração)
    nome feminino

    Suporte de áudio, de vídeo ou de software, destinado a demonstração ou a promoção.

    Fonte: Priberam

    E

    Dicionário Comum
    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
    Fonte: Priberam

    Eis

    Dicionário Comum
    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.
    Fonte: Priberam

    Elias

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    o SENHoR é Deus. 1. Elias era tesbita, natural de Gileade, país ao oriente do Jordão, e foi ‘o maior e o mais romântico caráter que houve em israel’. É dramático o seu aparecimento público. No reinado de Acabe, rei de israel, que recebia a forte influência de Jezabel, sua mulher, a nação caiu na idolatria, esquecendo o pacto do SENHoR. Veio, então, de repente a Acabe, por meio de Elias, esta terrível mensagem : ‘Tão certo como vive o Senhor, Deus de israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá, nestes anos segundo a minha palavra’ (1 Rs 17.1). Elias era dotado de um temperamento impetuoso e ardente – tendo nascido nas serras de Gileade, amava as terras montanhosas. Pela narrativa dos fatos podemos depreender, na realidade, certos aspectos e traços pessoais. os seus cabelos eram compridos e abundantes (2 Rs 1.8). Era também forte, pois, não sendo assim, não teria podido correr até grande distância diante do carro de Acabe, nem teria suportado um jejum de quarenta dias. o seu vestuário constava de peles, presas com um cinto de couro, e de uma capa de pele de carneiro, que se tornou proverbial (1 Rs 19.13). A seca que houve no país pela maldade do rei e do povo durou três anos e seis meses (Lc 4:25Tg 5:17). A fome que se manifestou foi rigorosa, e a Fenícia foi, também um dos territórios atingidos pelo terrível flagelo. Tendo Elias entregado a sua mensagem, escondeu-se de Acabe num profundo vale ao oriente do Jordão, onde corria o ribeiro de Querite. ‘os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao entardecer – e bebia da torrente’ (1 Rs 17.6). Passado algum tempo, secou o riacho de Querite e Elias foi mandado procurar outro lugar, e ele se levantou e foi para Sarepta, povoação próxima de Sidom, o próprio país de Jezabel (1 Rs 17.8,9). Ali se encontrou com uma mulher viúva, que andava apanhando lenha para cozinhar a última refeição, que ela e seu filho tinham para comer, pensando que dentro de pouco tempo morreriam de fome. E quando Elias pediu para si um pouco desta pequena porção de alimento, ela fez como o profeta lhe recomendou. A sua fé foi recompensada, porque, ainda que a fome teve a duração de três anos, nunca lhe faltou a farinha, e nunca se acabou o azeite (1 Rs 17.10 a 16 – Lc 4:26). Durante a sua residência em Sarepta, Elias teve a oportunidade de mostrar o poder do Senhor, visto que o filho da viúva tinha adoecido e morrido. A consternada mãe acusou o profeta de ter trazido à sua casa tal infelicidade – mas, havendo-lhe ele entregado vivo o filho, foi obrigada a confessar: ‘Nisto conheço agora que tu és homem de Deus’ (1 Rs 17.17 a 24). No terceiro ano da calamidade, as terras estavam tão secas, e a fome era tão dura que o próprio Acabe, e obadias, chefe da sua casa, tiveram de procurar por toda parte forragem para não morrerem os seus cavalos e mulas. Fizeram-se então, em Samaria, os preparativos para uma expedição. E nesta ocasião mandou o Senhor a Elias que fosse ter com Acabe, fazendo, ao mesmo tempo, a promessa de que mandaria chuva, e desta maneira acabou a seca em israel. No caminho, Elias encontrou obadias, e tranqüilizou-o quanto aos seus receios a respeito do rei, dizendo-lhe, ao mesmo tempo, que procurasse Acabe (1 Rs 18.7 a 16). o encontro do rei com o profeta, o desafio do servo do Senhor, no monte Carmelo, dirigido aos profetas de Baal, o resultado daquela cena, a vinda da chuva, tudo isto é descrito com uma tal viveza que é difícil ser excedida (1 Rs 18.17 a 46). Pela desumana mortandade dos profetas de Baal (*veja Dt 13:5-18. 20), excitou Elias a cólera de Jezabel, declarando esta terrível mulher que o mesmo que havia sido feito aos sacerdotes de Baal o seria e ele. Elias podia afrontar um rei colérico, mas a ameaça de uma mulher enraivecida o levou a procurar de novo o deserto, onde, em desespero, desejou que a morte o levasse. Mas Deus, na Sua infinita bondade, o guardou, alimentou, e guiou pelo deserto, numa jornada de quarenta dias, até que chegou a Horebe, ‘o monte de Deus’. Ali, pelas manifestações das terríveis forças da Natureza, como o tufão, o terremoto, e o fogo, ouvindo-se depois ‘um cicio tranqüilo e suave’, sentiu Elias na sua alma que estava na presença de Deus. A investigadora pergunta ‘que fazes aqui, Elias?’ teve como resposta um protesto de lealdade ao Senhor e, ao mesmo tempo, o reconhecimento da sua derrota, da sua solidão, e o receio de lhe tirarem a vida. o profeta recebe, então, a ordem de voltar à sua abandonada tarefa, no conhecimento íntimo de que a causa de Deus permanecia segura. Repreendido, e, contudo, cheio de coragem, volta Elias à sua missão – ao encontrar no caminho Eliseu, que lhe havia de suceder, lançou sobre ele a sua capa, e o levou a deixar a lavoura (1 Rs 19). Dois anos mais tarde, foi Elias mandado à presença de Acabe para avisá-lo, e ao mesmo tempo reprovar o seu procedimento no caso da vinha de Nabote. Da perturbada alma de Acabe, quando viu aproximar-se Elias, saiu este grito: ‘Já me achaste, inimigo meu?’ (1 Rs 21.20). o seu arrependimento adia o julgamento dos seus pecados, mas não o anula (*veja Acabe e Nabote ). Depois destes acontecimentos aparece Elias como mensageiro de Deus, para repreender Acazias, que, tendo subido ao trono após a morte do seu pai Acabe, havia procurado o auxílio dos deuses estranhos. o plano de Acazias para lançar mão da pessoa do profeta é frustrado por haver descido, nessa ocasião, fogo do céu (2 Rs 1 – *veja também Lc 9:54-56). Na ocasião em que fazia uma visita às escolas dos profetas em Betel e Jericó, Elias soube que estava para ter fim a sua carreira neste mundo (2 Rs 2). Quando Elias e Eliseu partiam de Jericó, e se dirigiam para um lugar além do Jordão, foram acompanhados por cinqüenta estudantes, que assim puderam observar a miraculosa separação das águas do rio por meio do manto de Elias. Tendo Eliseu pedido uma dobrada porção do espírito de Elias, isto é, que pudesse ser herdeiro do seu ministério e da sua influência (uma alusão ao duplo quinhão, que o primogênito recebia pela morte do pai), foi-lhe respondido que, embora a petição fosse extraordinária, seria atendida,
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Elias Literalmente, Deus é YHVH. Profeta que desenvolveu sua atividade durante o reinado de Acab e Jezabel (séc. IX a.C.). O profetismo posterior (Ml 3:23) situou sua chegada antes do Dia do Senhor. Os evangelhos — partindo do próprio Jesus — identificam essa vinda de Elias com o ministério de João Batista (Mt 11:14. 17,10-12). Sem dúvida, alguns dos contemporâneos de Jesus relacionaram a figura deste com a do profeta (Mt 16:14). Era crença popular que Elias ajudava os que passavam por aflições, o que explica o equívoco de alguns dos presentes na crucifixão de Jesus (Mt 27:47; Mc 15:35).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Veja Elias, o profeta.


    2. Um dos filhos de Jeroão e líder de clã. Era benjamita e vivia em Jerusalém (1Cr 8:27).


    3. Descendente de Harim, um dos que, ao invés de desposar mulheres da própria tribo, casaram-se com estrangeiras (Ed 10:21). Juntou-se aos que se divorciaram de tais mulheres, depois que ouviram o ensino da lei, ministrado por Esdras.


    4. Descendente de Elão. Também é mencionado como um dos que se casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10:26).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Elias [Javé É Deus] - Profeta TESBITA que enfrentou em várias ocasiões o rei Acabe e Jezabel, sua mulher (1Ki 17—21). Foi levado ao céu num redemoinho (2Rs 2:1-15). Apareceu com Moisés na TRANSFIGURAÇÃO (Mt 17:3-4).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Então

    Dicionário Comum
    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.
    Fonte: Priberam

    Enviado

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Portador, mensageiro, emissário; delegado: enviado plenipotenciário.
    Fonte: Priberam

    Era

    Dicionário Bíblico
    outro
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.
    Fonte: Priberam

    Eram

    Dicionário Comum
    3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

    ser |ê| |ê| -
    (latim sedeo, -ere, estar sentado)
    verbo copulativo

    1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

    2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

    3. Consistir em.

    4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

    5. Estar, ficar, tornar-se.

    6. Exprime a realidade.

    7. Acontecer, ocorrer, suceder.

    8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

    verbo transitivo

    9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

    10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

    11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

    verbo intransitivo

    12. Exprime a existência.

    13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

    14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

    verbo auxiliar

    15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

    nome masculino

    16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

    17. O ente humano.

    18. Existência, vida.

    19. O organismo, a pessoa física e moral.

    20. Forma, figura.


    a não ser que
    Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

    não poder deixar de ser
    Ser necessário; ter forçosamente de ser.

    não poder ser
    Não ser possível.

    não ser para graças
    Não gostar de brincadeiras; ser valente.

    o Ser dos Seres
    Deus.

    qual é
    [Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

    ser alguém
    Ser pessoa importante e de valia.

    ser com
    Proteger.

    ser dado a
    Ter inclinação para.

    ser da gema
    Ser genuíno.

    ser de crer
    Ser crível; merecer fé.

    ser humano
    O homem. = HUMANO

    ser pensante
    O homem.

    Fonte: Priberam

    Erã

    Quem é quem na Bíblia?

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.

    Autor: Paul Gardner

    Es

    Dicionário Comum
    Es | símb.
    ES | sigla
    es- | pref.
    Será que queria dizer és?

    Es 1
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do einstêinio.


    Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

    ES 2
    sigla

    Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


    es-
    prefixo

    Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).

    Fonte: Priberam

    Espírito

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Espírito Ver Alma.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Espírito
    1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


    2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


    3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


    4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
    v. ANJO).


    5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


    6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quem é quem na Bíblia?

    Veja Espírito Santo.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

    O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.

    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
    Substância incorpórea e inteligente.
    Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
    Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
    Pessoa dotada de inteligência superior.
    Essência, ideia predominante.
    Sentido, significação.
    Inteligência.
    Humor, graça, engenho: homem de espírito.
    Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

    O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

    [...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

    [...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O princípio inteligente do Universo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

    [...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

    [...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

    [...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

    Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

    Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

    Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

    Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    [...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

    [...] é o modelador, o artífice do corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

    O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
    Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

    [...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

    [...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

    O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

    Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
    Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

    Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

    O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

    [...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

    O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

    [...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

    [...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

    [...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

    [...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

    O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    [...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] a essência da vida é o espírito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

    O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

    [...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

    Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

    [...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

    Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12

    Fonte: febnet.org.br

    Eu

    Dicionário Comum
    pronome Designa a pessoa que fala, escreve, age e/ou se refere a si mesma, normalmente, funcionando como o sujeito numa oração: eu estudo intensamente.
    Gramática Primeira Pessoa do Singular.
    substantivo masculino A maneira de ser de alguém; a qualidade particular e distintiva de uma pessoa: deixei de ter meu eu de cantora.
    Por Extensão O modo que assume a personalidade (de alguém) num certo momento: meu eu de criança já não existe mais.
    Tendência demonstrada por uma pessoa que não se importa com ninguém, além de si mesma; egoísmo.
    [Psicanálise] Segundo Freud, do mesmo significado de ego.
    [Literatura] Eu lírico. Voz que, na poesia, designa o "eu" do poeta, ou seja, seu ponto de vista acerca do que ocorre enquanto escreve.
    Etimologia (origem da palavra eu). Do latim ego.
    Fonte: Priberam

    Fariseus

    Dicionário Bíblico
    Separados. Formavam os fariseus a mais importante das escolas judaicas, de caráter religioso, que funcionaram, depois que, 150 anos antes do nascimento de Cristo, mais ou menos, o espírito de profecia já tinha deixado de existir. Receberam aquele nome porque eles, na sua vida, separavam-se de todos os outros judeus, aspirando a mais do que uma simples santidade e exato cumprimento de deveres religiosos: mas a sua separação consistia principalmente em certas distinções a respeito do alimento e de atos rituais. A maior parte das vezes isso era apenas exterioridade religiosa, sem profundeza de religião (Mt 23:25-28), embora, em geral, não fossem faltos de sinceridade. Não tardou muito tempo para que esta seita obtivesse reputação e poder entre o povo – e passava já como provérbio o dizer-se que se apenas duas pessoas entrassem no céu, uma delas havia de ser fariseu. Foi a seita farisaica a única que sobreviveu depois da destruição do estado judaico, imprimindo as suas doutrinas em todo o Judaísmo posterior. A literatura talmúdica é unicamente obra sua. As suas principais doutrinas eram as seguintes: a lei oral que eles supunham ter Deus entregado a Moisés por meio de um anjo no monte Sinai, e que tinha sido preservada e desenvolvida pelo ensino tradicional, tinha autoridade igual à da lei escrita. Na observância destas leis podia um homem não somente obter a sua justificação com Deus, mas realizar, também, meritórias obras. o jejum, as esmolas, as abluções e as confissões eram suficiente expiação pelo pecado. os pensamentos e desejos não eram pecaminosos, a não ser que fossem postos em ação. Reconheciam que a alma é imortal e que a esperavam futuros castigos ou futuras recompensas – acreditavam na predestinação, na existência de anjos bons e maus, e na ressurreição do corpo. (*veja Ressurreição.) o estado de felicidade futura, em que criam alguns dos fariseus, era muito grosseiro. imaginavam eles que no outro mundo se come, bebe, e goza dos prazeres do amor, vivendo cada homem com a sua primeira mulher. E derivou desta maneira de pensar a astuta questão dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição – eles perguntaram a Jesus de quem seria no céu a mulher que tivesse tido sete maridos na terra. No seu vestuário, os fariseus manifestavam muitas particularidades. As suas filactérias (peças de pergaminho com textos escritos e que se punham na testa ou no braço) eram mais largas do que as da outra gente (Dt 6:8) – estendiam a orla dos seus vestidos (Mt 23:5) – alargavam as franjas (Nm 15:38-39) – e adotavam uma especial vestimenta e cobertura da cabeça, quando estavam cumprindo um voto.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Uma das três seitas judaicas descritas por Josefo, historiador judeu do século I (as outras duas são os saduceus e os essênios). Provavelmente não mais do que 5 a 10% de todos os judeus pertenciam a esse grupo, o qual era uma mistura de partido político e facção religiosa. É provável que o nome signifique “separatistas” e fosse aplicado a um movimento que cresceu no tempo dos Macabeus, composto de líderes religiosos e estudantes da Lei que tentavam criar uma “cerca” em torno da Torá — um bem elaborado sistema de legislação oral e de interpretações que capacitaria os judeus fiéis a obedecer e aplicar os mandamentos de Deus em todas as áreas da vida. Originalmente reformadores piedosos, eram bem respeitados pelos judeus comuns, menos piedosos, apesar de às vezes os fariseus os criticarem por não serem suficientemente escrupulosos em guardar a Lei. Diferentemente dos saduceus, eles observavam Roma como um governo ilegítimo e opressor que impedia Israel de receber as bênçãos divinamente ordenadas de paz e liberdade na Terra. De maneira alguma eram todos hipócritas, como os cristãos geralmente supõem erroneamente. A tradição talmúdica descrevia sete categorias de fariseus, relacionadas de acordo com a motivação para o comportamento, e somente um grupo dos sete tinha fama de agir sem escrúpulo.

    No evangelho de Marcos, alguns fariseus perguntaram a Jesus por que Ele comia com cobradores de impostos e pecadores (Mc 2:16). Alegaram que jejuavam e os discípulos de Cristo não faziam isso (2:18), acusaram Jesus de não respeitar o sábado (2:24), começaram a tramar a morte dele (3:6), questionaram por que Ele não seguia as tradições do ritual da purificação (7:1,3,5) e exigiram um sinal sobrenatural que autenticasse seu ministério (8:11). Os ensinos deles foram comparados a uma força maligna e insidiosa (8:15); prepararam uma armadilha para Jesus, quando pediram sua opinião sobre o divórcio (10:
    2) e os impostos (12:13).

    Mateus repete todas essas referências, mas reforça a animosidade, pois acrescenta vários outros eventos e mantém sua posição de antagonismo para com os líderes judaicos. Os fariseus que estavam presentes questionaram o ministério e o batismo de João Batista (Mt 3:7). Jesus declarou que a justiça de seus discípulos precisava exceder a dos fariseus (5:20). Eles o acusaram de que só expulsava os espíritos imundos pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios (9:34; 12:
    24) e identificaram-se com os lavradores ímpios da parábola (21:45). Um deles, doutor da lei, questionou Jesus sobre qual era o maior mandamento (22:34,35). Cristo os acusou de toda sorte de hipocrisia, em seu mais longo discurso de acusação nos evangelhos (Mt 23), e eles solicitaram a Pilatos que lhes desse autorização para colocar guardas no túmulo de Jesus (27:52).

    Lucas difere de Mateus e Marcos em várias passagens. Algumas de suas referências aos fariseus são também negativas. Contrapuseram-se à afirmação de Jesus de ter poder para perdoar pecados (Lc 5:21); “rejeitaram o conselho de Deus” (7:30), murmuraram por causa da associação de Cristo com os impenitentes (15:2), rejeitaram o ensino de Jesus sobre a mordomia porque “eram avarentos” (16:
    14) e disseram a Cristo que repreendesse seus seguidores, quando o aclamaram rei (19:39). A parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano chocou a audiência, porque o popular líder judeu não foi justificado e sim o notório empregado do governo imperialista romano (18:10-14). Por outro lado, Lucas foi o único evangelista que incluiu numerosos textos que retratam os fariseus de forma mais positiva, muitas vezes no contexto da comunhão com Jesus. Simão convidou Cristo para jantar em sua casa, mas foi Jesus quem usou a ocasião para criticar sua hospitalidade (7:36-50). Lucas 11:37-53 e 14:1-24 descrevem duas festas semelhantes nas quais os fariseus agiram em favor de Cristo, o qual os criticou por algum aspecto comportamental. Em Lucas 13:31 advertiram Jesus contra a fúria do rei Herodes e pareceram genuinamente preocupados com seu bem-estar. Em Lucas 17:20-21, os fariseus perguntaram sobre o advento do reino de Deus e criaram uma oportunidade para que Jesus declarasse que o reino já estava entre eles, em sua própria pessoa e ministério.

    João assemelha-se mais a Mateus, pois retrata os fariseus como extremamente hostis a Jesus. Ele enviaram os guardas do Templo numa tentativa fracassada de prendê-lo (Jo 7:32-46). Alegaram que o testemunho de Cristo não tinha validade, pois falava a seu próprio favor (8:13). Investigaram a cura de um cego, rejeitando as declarações dele sobre Jesus e revelando no processo a sua própria cegueira espiritual (9:13-41). Formaram um concílio no qual decidiram prender Cristo e tentar matá-lo em segredo (11:45-57); lamentaram o fato de “todo o mundo” ir após Jesus, quando o Filho de Deus entrou triunfalmente em Jerusalém (12:
    19) e fizeram parte do grupo que foi ao Jardim Getsêmani para prendê-lo (18:3). O medo em relação aos fariseus impediu alguns judeus que creram em Jesus de confessar isso publicamente (12:42). Por outro lado, pelo menos um dos mais proeminentes deles apareceu sob uma perspectiva mais positiva — Nicodemos (3:1), que, apesar de inicialmente não entender a afirmação de Cristo sobre o novo nascimento (vv. 3,4), tempos depois levantou-se em defesa de Jesus (7:50,51) e ajudou José de Arimatéia a sepultar Cristo (19:39). Há também outros textos mais brandos que envolvem os fariseus, como a discussão sobre a identidade do Batista (1:
    24) e o registro de que Jesus batizava mais pessoas do que João (4:1).

    Como no evangelho de Lucas, o livro de Atos alterna referências positivas e negativas. Um importante membro da suprema corte judaica, Gamaliel, saiu em defesa dos apóstolos. Alguns fariseus tornaram-se cristãos, mas erroneamente pensavam que os novos convertidos entre os gentios eram obrigados a obedecer à Lei mosaica (At 15:5). Em sua audiência diante do Sinédrio, Paulo causou uma divisão entre seus membros; alinhou-se com os fariseus contra os saduceus, ao alegar que era julgado porque cria na ressurreição. Novamente em Atos 26:5, quando se defendia diante do rei Agripa, o apóstolo referiu-se ao seu passado como membro da seita dos fariseus. Filipenses 3:5 registra esse mesmo testemunho, mas nos dois contextos Paulo também deixou claro que, como cristão, muitas de suas convicções fundamentais mudaram. C.B.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da FEB
    Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). – A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tornadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade, detestando-se umas às outras, como sói acontecer. [...] Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Fariseus eram os seguidores de uma das mais influentes seitas do Judaísmo. Demonstravam grande zelo pelas suas tradições teológicas, cumpriam meticulosamente as práticas exteriores do culto e das cerimônias estatuídas pelo rabinismo, dando, assim, a impressão de serem muito devotos e fiéis observadores dos princípios religiosos que defendiam. Na realidade, porém, sob esse simulacro de virtudes, ocultavam costumes dissolutos, mesquinhez, secura de coração e sobretudo muito orgulho.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola do fariseu e do publicano

    [...] indivíduos que, conquanto pertençam a esta ou àquela igreja, não pautam seus atos pela doutrina que dizem esposar, só guardam a aparência de virtuosos e, nessas condições, não podem exercer nenhuma influência benéfica naqueles que os rodeiam.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Vós sois o sal da terra

    Uma das principais seitas dos judeus; membros de uma seita judaica que ostentava, hipocritamente, grande santidade. Fig.: Fariseu: hipócrita, fingido, falso.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•

    Pelas palavras fariseus e saduceus – neles empregadas, os apóstolos designavam, de um modo geral, os incrédulos. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Fariseu ainda é todo homem presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso privilegiado das forças divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 54

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Fariseus Uma das principais seitas no judaísmo do Segundo Templo. Os dados de que dispomos acerca dos fariseus chegaram-nos, principalmente, a partir dos documentos de Qumrán, de Josefo, do Novo Testamento e dos escritos rabínicos. Os escritos de Qumrán evidenciam clara animosidade contra os fariseus, a quem qualificam de “falsos mestres”, “que caminham cegamente para a ruína” e “cujas obras não são mais do que engano” (Livro dos Hinos 4:6-8), o que recorda bastante a acusação de Jesus de serem “cegos e guias de cegos” (Mt 23:24). Quanto à acusação de Jesus de não entrarem nem deixarem entrar no conhecimento de Deus (Lc 11:52), é menos dura do que a de Pesher de Na 2:7-10, que deles diz: “cerram a fonte do verdadeiro conhecimento aos que têm sede e lhes dão vinagre para aplacar sua sede”.

    Ponto de vista diferente é o de Flávio Josefo. Este se encontrava ligado aos fariseus e tinha mesmo um especial interesse em que os ocupantes romanos os aceitassem como coluna vertebral do povo judeu após a destruição do Templo em 70 d.C. Não nos estranha, portanto, que o retrato que nos apresenta seja muito favorável (Guerra 2:8,14; Ant. 13 5:9; Ant. 18,1,3). Contudo, as referências aos fariseus contidas nas obras de Josefo são contraditórias entre si em alguns aspectos. Assim, a descrição das Antigüidades (escrituras c. 94 d.C.) contém um matiz político e apologético que não aparece na Guerra (c. 75 d.C.). Em Ant. 18,1,2-3, Josefo apresenta-os dotados de grande poder (algo bem tentador, evidentemente, para o invasor romano), embora seja mais do que duvidoso que sua popularidade entre o povo fosse tão grande. O relato da influência dos fariseus sobre a rainha Alexandra (Ant. 13 5:5) ou sobre o rei Herodes (Ant. 17,2,4) parece ter sido concebido apenas para mostrar o benefício de ter os fariseus como aliados políticos para um governante que desejasse controlar a Judéia. Nesta mesma obra, Josefo retrocede a influência dos fariseus ao reinado de João Hircano (134-104 a.C.). Na autobiografia de Josefo, intitulada Vida, escrita em torno de 100 d.C., encontra-se a mesma apresentação dos fariseus, mas com algumas referências muito importantes sobre eles. Assim, sabemos que acreditavam na liberdade humana; na imortalidade da alma; em um castigo e uma recompensa eternos; na ressurreição; na obrigação de obedecer à sua tradição interpretativa. Sustentavam, além disso, a crença comum no Deus único e em sua Lei; a aceitação do sistema de sacrifícios sagrados do Templo (que já não era comum a todas as seitas) e a crença na vinda do messias (que tampouco era sustentada por todos). Estavam dispostos, além do mais, a obter influência política na vida de Israel.

    O Novo Testamento oferece uma descrição dos fariseus diferente da apresentada por Josefo e nada favorável a eles. Especialmente o evangelho de Mateus apresenta uma forte animosidade contra eles. Se realmente seu autor foi o antigo publicano chamado Levi ou Mateus, ou se foram utilizadas tradições recolhidas por ele mesmo, explica-se essa oposição, recordando o desprezo que ele sofreu durante anos da parte daqueles “que se consideravam justos”. Jesus reconheceu (Mt 23:2-3) que os fariseus ensinavam a Lei de Moisés e que era certo muito do que diziam. Mas também repudiou profundamente muito de sua interpretação específica da Lei de Moisés ou Halaká: a referente ao cumprimento do sábado (Mt 12:2; Mc 2:27), as abluções das mãos antes das refeições (Lc 11:37ss.), suas normas alimentares (Mc 7:1ss.) e, em geral, todas aquelas tradições interpretativas que se centralizavam no ritualismo, em detrimento do que Jesus considerava o essencial da lei divina (Mt 23:23-24). Para Jesus, era intolerável que tivessem “substituído os mandamentos de Deus por ensinamentos dos homens (Mt 15:9; Mc 7:7).

    Jesus via, portanto, a especial religiosidade farisaica não como uma ajuda para chegar a Deus, mas como uma barreira para conhecê-lo (Lc 18:9-14) e até como motivo de “uma condenação mais severa” (Mc 12:40). O retrato que os evangelhos oferecem dos fariseus é confirmado, em bom número de casos, por testemunhos das fontes rabínicas e é semelhante, em aspecto doutrinal, ao que encontramos em Josefo. Embora emitidos por perspectivas bastante diversas, os dados coincidem. E, em que pese tudo o que já foi mencionado, foi com os fariseus que Jesus e seus discípulos mais semelhanças apresentaram. Como eles, acreditavam na imortalidade da alma (Mt 10:28; Lc 16:21b-24), num inferno para castigo dos maus (Mt 18:8; 25,30; Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24 etc.) e na ressurreição (Lc 20:27-40); e esta última circunstância, em certa ocasião, salvou um seguidor de Jesus dos ataques dos saduceus (At 23:1-11).

    As tradições rabínicas a respeito dos fariseus se revestem de especial importância porque foram estes os predecessores dos rabinos. Acham-se recolhidas na Misná (concluída por volta de 200 d.C., embora seus materiais sejam muito anteriores), na Tosefta (escrita cerca de 250 d.C.) e nos do Talmudim, o palestino (escrito entre 400-450 d.C.) e o babilônico (escrito entre 500-600 d. C.). Dada a considerável distância de tempo entre estes materiais e o período de tempo abordado, devem ser examinados criticamente. J. Neusner ressaltou a existência de 371 tradições distintas, contidas em 655 passagens, relacionadas com os fariseus anteriores a 70 d.C. Das 371, umas 280 estão relacionadas com um fariseu chamado Hillel (séc. I a.C.). A escola a ele vinculada, e oposta à de Shamai, converter-se-ia na corrente dominante do farisaísmo (e do judaísmo) nos finais do séc. I d.C.

    As fontes rabínicas coincidem substancialmente com o Novo Testamento e com Josefo (não tanto com Qumrán), embora nos proporcionem mais dados quanto aos personagens-chave do movimento.

    Também nos transmitiram críticas dirigidas aos fariseus semelhantes às pronunciadas por Jesus. O Talmude (Sota 22b; TJ Berajot
    - 14b) fala de sete classes de fariseus das quais somente duas eram boas, enquanto as outras cinco eram constituídas por hipócritas. Entre estes, estavam os fariseus que “colocavam os mandamentos nas costas” (TJ Bejarot 14b), o que recorda a acusação de Jesus de que amarravam cargas nas costas das pessoas, mas nem com um dedo eles queriam tocá-las (Mt 23:4). Das 655 passagens ou perícopes estudadas por Neusner, a maior parte refere-se a dízimos, ofertas e questões parecidas e, depois, a preceitos de pureza ritual. Os fariseus concluíram que a mesa das refeições era um altar e que as normas de pureza sacerdotal, somente obrigatórias aos sacerdotes, deviam estender-se a todo o povo. Para eles, essa medida era uma forma de estender a espiritualidade mais refinada a toda a população de Israel, fazendo-a viver em santidade diante de Deus; para Jesus, era acentuar a exterioridade, esquecendo o mais importante: a humildade, o reconhecimento dos pecados e a própria incapacidade de salvação, o arrependimento, a aceitação de Jesus como caminho de salvação e a adoção de uma forma de vida em consonância com seus próprios ensinamentos. Não é estranho que, partindo de posturas tão antagônicas, apesar das importantes coincidências, elas se tornaram mais opostas e exacerbadas com o passar do tempo.

    L. Finkelstein, The Pharisees, 2 vols., Filadélfia 1946; Schürer, o. c.; J. Neusner, The Rabbinic Traditions About the Pharisees Before 70, 3 vols., Leiden 1971; Idem, Judaism in the Beginning of Christianity, Londres 1984; Idem, From Politics to Piety: The Emergence of Rabbinic Judaism, Nova York 1979, p. 81; J. Bowker, Jesus and the Pharisees, Cambridge 1973; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Los Documentos del Mar Muerto...; Idem, El judeo-cristianismo...; H. Maccoby, Judaism in the first century, Londres 1989; E. E. Urbach, o. c.; A. Saldarini, o. c.; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991; D. de la Maisonneuve, Parábolas rabínicas, Estella 1985.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Feitas

    Dicionário Comum
    fem. pl. part. pass. de fazer
    fem. pl. de feito

    fa·zer |ê| |ê| -
    (latim facio, -ere)
    verbo transitivo

    1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

    2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

    3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

    4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

    5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

    6. Compor (ex.: fazer versos).

    7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

    8. Praticar (ex.: ele faz judo).

    9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

    10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

    11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

    12. Ultimar, concluir.

    13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

    14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

    15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

    16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

    17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

    18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

    19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

    20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

    21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

    22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

    23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

    24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

    25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

    26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

    27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

    verbo pronominal

    28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

    29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

    30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

    31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

    32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

    33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

    34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

    35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

    36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

    37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

    38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

    39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

    nome masculino

    40. Obra, trabalho, acção.


    fazer das suas
    Realizar disparates ou traquinices.

    fazer por onde
    Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

    Dar motivos para algo.

    fazer que
    Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

    não fazer mal
    Não ter importância; não ser grave.

    tanto faz
    Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.


    fei·to
    (latim factum, -i, aquilo que se fez, façanha, proeza, acto)
    nome masculino

    1. Obra.

    2. Acto; acção.

    3. Empresa, lance, façanha.

    4. Propósito, fim.

    5. Acabamento, feitio.

    6. Ocupação, cuidado.

    7. Jogador que declara o trunfo (no voltarete).


    feitos
    nome masculino plural

    8. [Direito] Autos.

    adjectivo
    adjetivo

    9. Formado, trabalhado, lavrado.

    10. Crescido, adulto.

    11. Maduro; chegado à sazão.

    12. Resolvido, concluído, ultimado.

    13. Acostumado, habituado.

    14. Exercitado.

    15. Afiado.

    16. Disposto.

    conjunção

    17. [Brasil] Usa-se para ligar frases por subordinação e indica comparação (ex.: o ódio alastrou feito uma epidemia; soldados choravam feito crianças). = COMO, QUAL


    andar feito com
    O mesmo que estar feito com.

    bem feito
    Expressão com que alguém demonstra estar satisfeito com um facto (ex.: Perderam o avião? Bem feito!).

    de feito
    Com efeito; na verdade. = DE FACTO, EFECTIVAMENTE

    estar feito com
    Estar de conluio ou em combinação com alguém; ser cúmplice de (ex.: o empresário estava feito com os raptores).

    mal feito
    Expressão que denota desaprovação relativamente a um facto.

    Fonte: Priberam

    Feito

    Dicionário Comum
    adjetivo Realizado, consumado; constituído.
    Adulto: homem feito.
    conjunção Como, tal como: chorava feito criança.
    locução adverbial De feito, O mesmo que de fato.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Feito Ato; obra (Sl 9:11; Cl 3:9).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Feitos

    Dicionário Comum
    feito | s. m. | s. m. pl. | adj. | conj.
    masc. pl. part. pass. de fazer

    fei·to
    (latim factum, -i, aquilo que se fez, façanha, proeza, acto)
    nome masculino

    1. Obra.

    2. Acto; acção.

    3. Empresa, lance, façanha.

    4. Propósito, fim.

    5. Acabamento, feitio.

    6. Ocupação, cuidado.

    7. Jogador que declara o trunfo (no voltarete).


    feitos
    nome masculino plural

    8. [Direito] Autos.

    adjectivo
    adjetivo

    9. Formado, trabalhado, lavrado.

    10. Crescido, adulto.

    11. Maduro; chegado à sazão.

    12. Resolvido, concluído, ultimado.

    13. Acostumado, habituado.

    14. Exercitado.

    15. Afiado.

    16. Disposto.

    conjunção

    17. [Brasil] Usa-se para ligar frases por subordinação e indica comparação (ex.: o ódio alastrou feito uma epidemia; soldados choravam feito crianças). = COMO, QUAL


    andar feito com
    O mesmo que estar feito com.

    bem feito
    Expressão com que alguém demonstra estar satisfeito com um facto (ex.: Perderam o avião? Bem feito!).

    de feito
    Com efeito; na verdade. = DE FACTO, EFECTIVAMENTE

    estar feito com
    Estar de conluio ou em combinação com alguém; ser cúmplice de (ex.: o empresário estava feito com os raptores).

    mal feito
    Expressão que denota desaprovação relativamente a um facto.


    fa·zer |ê| |ê| -
    (latim facio, -ere)
    verbo transitivo

    1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

    2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

    3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

    4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

    5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

    6. Compor (ex.: fazer versos).

    7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

    8. Praticar (ex.: ele faz judo).

    9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

    10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

    11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

    12. Ultimar, concluir.

    13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

    14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

    15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

    16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

    17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

    18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

    19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

    20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

    21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

    22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

    23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

    24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

    25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

    26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

    27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

    verbo pronominal

    28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

    29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

    30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

    31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

    32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

    33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

    34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

    35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

    36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

    37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

    38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

    39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

    nome masculino

    40. Obra, trabalho, acção.


    fazer das suas
    Realizar disparates ou traquinices.

    fazer por onde
    Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

    Dar motivos para algo.

    fazer que
    Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

    não fazer mal
    Não ter importância; não ser grave.

    tanto faz
    Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.

    Fonte: Priberam

    Figueira

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Figueira Árvore muito comum na Palestina. Jesus citou-a como símbolo de Israel, especialmente para referir-se à incredulidade do povo (Mt 21:18ss.; Lc 13:6-9). Também usou esse símbolo para falar dos frutos que caracterizam os falsos profetas (Mt 7:16) ou os sinais que antecederão ao juízo de Deus (Mt 24:32). A referência em Jo 1:48-50 é obscura e talvez se relacione com um episódio concreto da vida de Natanael.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Planta dos países quentes, da família das moráceas, e cujo fruto é o figo.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Figueira Árvore que produz figos (Dt 8:8).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Filho

    Dicionário da FEB
    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Filhós

    Dicionário Comum
    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).
    Fonte: Priberam

    Filipe

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ictiologia Peixe teleósteo escombriforme (Vomer setipinnis).
    [Regionalismo: Bahia] Saco de couro para guardar comida.
    Conjunto de duas sementes, de frutas inconhas, como duas bananas grudadas uma na outra.
    Ornitologia Nome vulgar de um pássaro (Myiophobus fasciatus, da família dos Tiranídeos, que ocorre no Brasil. No Espírito Santo é chamado caga-sebo.
    Etimologia (origem da palavra filipe). De Filipe, nome próprio.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Amador de Cavalos. l. Aquele apóstolo, natural de Betsaida, cidade de André e de Pedro, ou ali residente, e que Jesus chamou bem cedo para o seu ministério (Jo 1:43-44). Filipe, pela sua vez, trouxe a Jesus o seu amigo Natanael, que certamente havia de ter falado muito sobre as promessas do A.T. a respeito do Messias (Jo 1:45). Foi um dos doze apóstolos (Mt 10:3Mc 3:18Lc 6:14At 1:13) – Jesus o interrogou naquela ocasião em que houve o milagre da alimentação de cinco mil pessoas (Jo 6:5-7). Ele e André, no último tempo da vida de Jesus, trouxeram-lhe ‘alguns gregos’, que desejavam ver o Divino Mestre (Jo 12:20-22) – e na última ceia dirigiu a Jesus esta súplica ‘mostra-nos o Pai, e isso nos basta’ (Jo 14:8). Encontra-se ainda Filipe entre os apóstolos, reunidos no cenáculo depois da ascensão, mas não torna a ser mencionado no N.T. 2. o segundo dos sete diáconos (At 6:5). Talvez pertencesse a Cesaréia, na Palestina, onde mais tarde vivia ele com as suas filhas (At 21. 8,9). Depois do apedrejamento de Estêvão, pregou Filipe em Sebasta ou Samaria, onde operou muitos milagres, sendo muitos os convertidos. E foram batizados – mas quando os apóstolos em Jerusalém souberam que Samaria havia recebido a palavra de Deus, mandaram para lá Pedro e João, que, dirigindo-se àquela cidade e falando àqueles crentes, oraram para que o Espírito Santo viesse sobre eles. No tempo em que Filipe estava ali, um anjo lhe ordenou que tomasse o caminho que vai de Jerusalém à antiga Gaza. obedeceu, e deu-se o fato de ele encontrar um eunuco etíope, que era mordomo da rainha Candace. Filipe continuou o seu trabalho de evangelização em Azoto (Asdode), e caminhou depois ao longo da costa de Cesaréia (At 8). Nada mais se sabe dele pelo espaço de vinte anos, até ao tempo em que Paulo e seus companheiros se hospedaram em sua casa, vivendo então o diácono com as suas quatro filhas, que possuíam o dom da profecia. Ele era conhecido como um dos sete, sendo também cognominado ‘o Evangelista’ (At 21:8). 3. Filho de Herodes, o Grande (Mt 14:3). (*veja Herodes.) 4. outro filho de Herodes, o Grande – tetrarca da ituréia (Lc 3:1).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Quatro diferentes pessoas são conhecidas por esse nome no Novo Testamento. É importante fazer uma distinção entre Filipe, um dos doze apóstolos, e o diácono, às vezes chamado de “o evangelista”, o qual foi muito dedicado à obra de Deus na 1greja primitiva (At 6:5).

    1Filipe, o apóstolo Mencionado nos evangelhos e em Atos. Em Mateus 10:3, Marcos 3:18 e Lucas 6:14 aparece na lista dos doze apóstolos. Sabe-se muito pouco sobre ele além do que está escrito no evangelho de João. Era da mesma cidade de Pedro e André, ou seja, Betsaida, na Galiléia (Jo 1:44). Era uma localidade principalmente dedicada à pesca, situada a nordeste do ponto onde o rio Jordão desaguava no mar da Galiléia. Existe certa discussão sobre sua localização exata. Filipe, o tetrarca, aproximadamente 30 anos antes reconstruíra essa cidade e a chamou de “Júlias”, em homenagem à filha do imperador romano. A associação que a localidade tinha com o tetrarca talvez explique o nome do apóstolo: os pais com certeza colocaram o nome de Filipe em homenagem ao governante.

    De acordo com o evangelho de João, provavelmente Filipe foi o quarto apóstolo a ser escolhido por Jesus (Jo 1:43). Nas listas dos evangelhos sinóticos ele sempre aparece em quinto lugar, talvez porque os dois irmãos Tiago e João eram sempre mencionados juntos. É no evangelho de João que ele recebe maior atenção. Fica claro em sua resposta imediata à ordem de Cristo “segue-me” que ele rapidamente creu ser Jesus o cumprimento do que Moisés escrevera no Antigo Testamento. Seu entusiasmo fica evidente pela maneira como apresentou Natanael ao Filho de Deus (1:46).

    Três pontos são dignos de menção aqui. Primeiro, Filipe, assim como Pedro e André, é um bom exemplo daquelas pessoas que “receberam” a Jesus rápida e entusiasticamente, numa época em que a maioria dos “seus não o receberam” (Jo 1:11). Segundo, embora existam indicações de que ele era tímido e fraco na fé (veja adiante), imediatamente testemunhou de Jesus, quando falou sobre Ele a Natanael. Esse tema do testemunho sobre Cristo, um mandamento dirigido a todos os cristãos, é desenvolvido extensivamente no evangelho de João (veja especialmente Jo 5:31-46). João Batista já havia dado testemunho sobre Jesus (1:7s), bem como André e seu irmão Pedro (1:41). Posteriormente, o testemunho do Antigo Testamento sobre Jesus é mencionado (5:39), assim como o da samaritana (4:39-42), o do Espírito Santo (15:
    26) e, é claro, o dos apóstolos (15:27). Terceiro, o conteúdo desse testemunho torna-se evidente quando Filipe testemunhou não somente sobre um homem surpreendente, mas sobre o que estava escrito na Lei de Moisés a respeito de Jesus. Talvez Filipe pensasse em Cristo como “o profeta” (Dt 18:19, um versículo ao qual João 1:21 faz alusão). Ele cria que as Escrituras se cumpriam, um ponto que João estava determinado a estabelecer em todo seu evangelho.

    Filipe é mencionado novamente em João 6. Jesus voltou-se para ele para testálo, ao perguntar-lhe onde comprariam pão para alimentar 5:000 pessoas (6:5,6). Não sabemos se Cristo desejava testar particularmente a fé de Filipe ou se ele era a pessoa mais indicada para responder a tal pergunta, por conhecer aquela região do grande “mar da Galiléia” (6:1; talvez estivessem próximos de Betsaida). Jesus, entretanto, lançou o desafio, embora já tivesse seus próprios planos de operar um milagre. Filipe não teve fé e tampouco o entendimento para imaginar qualquer solução que não custasse uma fortuna em dinheiro para alimentar aquela multidão. Essa falta de compreensão foi vista também nos demais discípulos, em várias ocasiões; ficou patente em Filipe (Jo 14:8), quando pediu a Jesus que lhe “mostrasse o Pai”. Isso, segundo ele, “seria suficiente”. A resposta de Cristo teve um tom profundamente triste. Filipe e os outros estiveram com Jesus por muito tempo. Viram-no em ação e ouviram seus ensinos. Mesmo assim, não perceberam que, ao contemplar Jesus, viam o próprio Pai. Enfaticamente Cristo lhe perguntou como fazia tal pergunta depois de tanto tempo em sua presença. A resposta era que Filipe e seus companheiros ainda não tinham seus olhos espirituais abertos adequadamente para entender essas coisas. Essa seria a tarefa do Espírito Santo logo mais — abrir totalmente seu entendimento (14:25,26). Ao relatar incidentes como esse aos seus leitores, João demonstrava a profundidade dos ensinos de Jesus e destacava sua importância. A unidade do Pai e do Filho estava firmemente estabelecida na resposta dada por Cristo à pergunta de Filipe.

    Em João 12:21-22 alguns gregos aproximaram-se de Filipe e solicitaram uma audiência com Jesus. Talvez o tenham procurado porque tinha nome grego. Esses homens certamente são significativos nesse ponto do evangelho, pois indicaram que havia outras pessoas interessadas em Jesus e apontaram para adiante, ao tempo em que outras ovelhas seriam acrescentadas ao rebanho do Senhor, as que não pertenciam ao povo de Israel (10:15,16). Antes que isso acontecesse, Jesus já teria morrido. Portanto, foi apropriado que em João 12:23 a resposta de Cristo apontasse para adiante, para sua própria morte e ressurreição. Não está claro se Filipe promoveu ou não o encontro dos gregos com Jesus. A última menção ao seu nome é em Atos 1:13, entre os discípulos reunidos no Cenáculo.

    2Filipe, o evangelista Às vezes também chamado de diácono, é mencionado pela primeira vez em Atos 6:5. Os apóstolos perceberam que o trabalho de administração da Igreja em Jerusalém era muito pesado; portanto, precisavam de ajuda. Muitas pessoas convertiam-se ao Evangelho. Os cristãos de origem grega reclamaram que suas viúvas eram desprezadas na distribuição diária de alimentos. Os apóstolos observaram que perdiam muito tempo na solução desse tipo de problema (At 6:2) e negligenciavam o ministério da Palavra de Deus. Portanto, sete homens foram indicados e escolhidos entre os que eram “cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. Os apóstolos oraram e impuseram as mãos sobre eles e os nomearam para o serviço social da Igreja. Este incidente é uma interessante indicação de quão cedo na vida da Igreja houve um reconhecimento de que Deus dá diferentes “ministérios” e “dons” a diversas pessoas. Este fato reflete também o reconhecimento pela Igreja de que os que são chamados para o ministério da palavra de Deus” (v. 2) jamais devem ter outras preocupações. O
    v. 7 indica o sucesso dessa divisão de tarefas: “De sorte que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o número dos discípulos...”.

    Quando começaram as primeiras perseguições contra os cristãos em Jerusalém (na época em que Estêvão foi martirizado), Filipe dirigiu-se para Samaria, onde rapidamente tornou-se um importante missionário. Perto do final do livro de Atos, Paulo e Lucas o visitaram em Cesaréia, onde vivia e era conhecido como “evangelista” (At 21:8).

    Atos 8 concede-nos uma ideia do tipo de trabalho no qual Filipe esteve envolvido em Samaria. Proclamou o Evangelho, operou milagres e desenvolveu um ministério que mais parecia o de um apóstolo do que de um cooperador ou administrador. Seu trabalho naquela localidade foi especialmente importante para a mensagem do livro de Atos. Lucas mostra como a Grande Comissão foi cumprida, sob a direção do Espírito Santo. Atos 1:8 registra o mandamento de Jesus para os discípulos, a fim de que fossem testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra. Por meio de Filipe, esse testemunho chegou a Samaria. Muitas pessoas se converteram por meio de sua mensagem e foram batizadas (8:12). Posteriormente, os apóstolos Pedro e João foram até lá e confirmaram que o Evangelho era aceito de bom grado pelos gentios e samaritanos.

    Enquanto esteve em Samaria, Filipe enfrentou um problema com um mágico chamado Simão, o qual, quando viu os milagres operados por ele, creu e batizouse. Não se sabe ao certo se sua conversão foi genuína, pois mais tarde ele é duramente repreendido por Pedro (8:20-24).

    Filipe também teve oportunidade de pregar para um eunuco etíope. Provavelmente foi por meio deste homem que mais tarde o Evangelho se espalhou por toda a Etiópia, pois aquele cidadão era um importante oficial do governo e estava a caminho de sua casa (8:27,28). O fato de que Filipe era realmente um homem “cheio do Espírito Santo” é visto na maneira como o Espírito o levou a falar com o eunuco, que viajava em sua carruagem. Ele lhe expôs as Escrituras do Antigo Testamento à luz do advento de Cristo; o eunuco creu e foi batizado. A referência a Filipe como “o evangelista” em Atos 21:8 indica claramente que bem mais tarde em sua vida ainda era amplamente reconhecido por seu zelo missionário.

    3Filipe, o filho de Herodes, o Grande Em Marcos 6:17 (veja Mt 14:3; Lc 3:19) a morte de João Batista é lembrada quando as pessoas sugeriram que talvez Jesus fosse João, o qual revivera. Ao mencionar esse incidente, Marcos referiu-se ao casamento de Herodes com Herodias, a qual fora esposa de seu irmão Filipe. As referências a esse governante, cuja esposa posteriormente foi tomada por Herodes, proporciona o pano de fundo histórico para a repreensão de João Batista a Herodes: o Batista o repreendeu por causa de seu casamento ilegal; como resultado, foi decapitado (Mt 14:3-12).

    A pressuposição geral é que este só pode ser Herodes Filipe, o tetrarca (veja abaixo), filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra. Josefo, entretanto, identificou o primeiro marido de Herodias como Herodes, filho de Herodes, o Grande, e Mariane. Herodes, é claro, era o nome de família. Josefo contudo não menciona o segundo nome de seu filho. Certamente é possível que o primeiro marido de Herodias fosse Herodes Filipe, o que justificaria sua designação por Marcos como “Filipe”. Isso significa que dois filhos de Herodes, o Grande, foram chamados de Filipe, pois tal coisa seria possível, desde que houvesse duas mães envolvidas.

    4Filipe, tetrarca da Ituréia e Traconites Esse governante, conhecido como Filipe Herodes, era filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra, de Jerusalém. Lucas 3:1 descreve seu governo sobre a Ituréia e Traconites. É impossível determinar onde eram os limites de seu território, mas Josefo declara que incluía Auranites, Gaulanites e Batanéia. Portanto, esta área estendia-se do oeste da parte norte do rio Jordão, incluindo uma região considerável a leste do rio e norte de Decápolis. O lago Hulé e a cidade conhecida como Cesaréia de Filipe também estavam dentro desse território. Filipe governou nessa região do ano 4 d.C. até sua morte em 33 d.C. Durante esse período foi responsável pela reconstrução de Cesaréia de Filipe (anteriormente conhecida como Peneiom) e a cidade pesqueira de Betsaida, no extremo norte do mar da Galiléia. Era considerado pela população como o melhor e mais justo de todos os Herodes. P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Filipe [Amigo de Cavalos]


    1) Um dos apóstolos, natural de Betsaida, que levou Natanael a Jesus (Jo 1:44-45) e fez o mesmo com um grupo de gregos (Jo 12:20-23).


    2) Judeu HELENISTA, apelidado de “o evangelista”, um dos escolhidos para ajudar na distribuição de dinheiro às viúvas de Jerusalém (At 6:5). Pregou em Samaria (At 8:4-8) e levou o eunuco etíope a Cristo (At 8:26-40).


    3) TETRARCA (v. HERODES 4).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Filipe 1. Nome de um dos Doze. Ver Apóstolos.

    2. Herodes Filipe (ou Filipo) I. Seu nome real era Boeto. Filho de Herodes, o Grande, e de Mariamne 2. Marido de Herodíades. Afastado da sucessão em 5 a.C., marchou para Roma sem sua esposa, para lá residir como um civil (Mt 14:3; Mc 6:17).

    3. Herodes Filipe (ou Filipo) II. Filho de Herodes, o Grande, e de Cleópatra. Tetrarca da Ituréia e Traconítide, assim como das regiões próximas do lago de Genesaré (Lc 3:1) de 4 a.C. a 34 d.C. Em idade avançada, casou-se com Salomé, a filha de Herodíades.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1:28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1:45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo.
    Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço”, disse ele (Jo 6:7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12:20-22).
    Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo 14:8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai.
    Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia. Nada de concreto portanto.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Galiléia

    Dicionário Bíblico
    Uma das províncias da Palestina. Compreendia aquele território que foi repartido pelas tribos de issacar, Zebulom, Naftali e Aser, e também uma parte de Dã, e da Peréia além do rio. os seus limites eram: ao norte o Antilíbano – ao ocidente a Fenícia – ao sul ficava a Samaria – e tinha do lado do oriente o mar da Galiléia e o rio Jordão. A Galiléia superior era designada pelo nome de Galiléia dos Gentios, constando a sua população de egípcios, árabes, fenícios, e também de judeus. A Galiléia era bastante povoada, e os seus habitantes laboriosos, sendo, por isso, uma província rica, que pagava de tributo 200 talentos aos governadores romanos. A Cristo chamavam o galileu (Mt 26:29), porque Ele tinha sido educado nessa parte da Palestina, e ali viveu, ensinou as Suas doutrinas, e fez a chamada dos Seus primeiros discípulos (Mt 4:13-23Mc 1:39Lc 4:44 – 8.1 – 23.5 – Jo 7:1). A Galiléia tornou-se um nome de desprezo tanto para os gentios como para os judeus, porque os seus habitantes eram uma raça mista, que usava de um dialeto corrompido, originado no fato de se misturarem os judeus, que depois do cativeiro ali se tinham estabelecido, com os estrangeiros gentios (Jo 1:46 – 7.52 – At 2:7). A maneira como Pedro falava, imediatamente indicava a terra do seu nascimento (Mt 26:69-73Mc 14:70). Durante toda a vida de Cristo foi Herodes Antipas o governador ou tetrarca da Galiléia. Ainda existem em muitas das antigas cidades e vilas as ruínas de magníficas sinagogas, que são uma prova de prosperidade dos israelitas e do seu número naqueles antigos tempos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Galiléia Uma das PROVÍNCIAS da terra de Israel. Sua parte norte era chamada de “Galiléia dos gentios” porque ali moravam muitos estrangeiros (Is 9:1). Jesus era chamado de “o Galileu” (Mt 26:69) por ter sido criado na Galiléia e por ter ali ensinado as suas doutrinas e escolhido os primeiros apóstolos (Mt 4:18-22). Os galileus tinham fama de culturalmente atrasados. No tempo de Cristo era HERODES Antipas quem governava a Galil
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Galiléia Região ao norte da Palestina, habitada por um considerável número de povos pagãos após a deportação de Israel para a Assíria, principalmente durante o período dos macabeus. Por isso, era denominada a “Galiléia dos gentios” (Mt 4:15), embora no séc. I a.C., o povo judeu já se encontrasse mais fortalecido. Conquistada por Pompeu, passou, em parte, aos domínios de Hircano II. Herodes, o Grande, reinou sobre ela e, após seu falecimento, fez parte da tetrarquia de Herodes Antipas. Finalmente, seria anexada à província romana da Judéia.

    E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Glória

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex 16:10; 33,20; Lc 9:31-34). Para João, ela se encarnou em Jesus (Jo 1:14), o que confirma a afirmação de que este é Deus (Jo 1:1;20,28).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co 2:8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a brilho ou esplendor (Lc 2:9).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Glória
    1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm 4:21-22), a pessoas (Lc 2:32) ou a Deus (Sl 29:1); (Lc 2:14)

    2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl 19:1); (Is 6:3); (Mt 16:27); (Jo 1:14); (Rm 3:23). 3 O estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (1Co 15:42-54); (Fhp 3)
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário da FEB
    É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior

    Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Honra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais.
    Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus.
    Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus.
    Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória.
    Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time.
    [Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração.
    Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV,
    95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV,
    96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.
    Fonte: Dicio

    Graça

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Oferta ou favor que se oferece ou se recebe de alguém; dádiva.
    Por Extensão De graça. Aquilo que se faz ou se recebe de modo gratuito, sem custos; cujo preço não é alto; que não possui motivo nem razão: fui ao cinema de graça; comprei um computador de graça; bateram-me de graça!
    Religião De acordo com o Cristianismo, ajuda que Deus oferece aos homens para que eles alcancem a salvação; bênção divina: a graça do perdão.
    Religião Condição da pessoa desprovida de pecados; pureza.
    Religião A compaixão divina que presenteia os indivíduos com favores: refez sua vida com a graça de Deus.
    Por Extensão Que é engraçado; em que há divertimento: o palhaço faz graça.
    Por Extensão Equilíbrio e delicadeza de formas, ações: ela atua com graça.
    Por Extensão Qualidade atrativa: este rapaz é uma graça.
    Gramática Tipo de tratamento formal: Vossa Graça.
    Etimologia (origem da palavra graça). Do latim gratia.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Anos atrás, quando alguém perguntava "Qual é a sua graça?", o outro respondia dizendo o nome. O costume, porém, caiu em desuso. Experimente perguntar hoje a alguém, sobretudo jovem, qual é a graça dele. Talvez o rapaz ou a moça exiba alguma habilidade pessoal como dar uma de equilibrista, fazer-se de vesgo ou imitar Ademilde Fonseca cantando, em altíssima velocidade, a letra de Brasileirinho, a música adotada na coreografia de nossa campeã de ginástica Dayane dos Santos. Em tempos idos e vividos, a palavra graça significava nome na imposição do sacramento do batismo, que, segundo os católicos, cristianiza a pessoa concedendo-lhe a graça divina. Com ela, viria o próprio nome. Uma graça.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Graça
    1) O amor de Deus que salva as pessoas e as conserva unidas com ele (Sl 90:17); (Ef 2:5); (Tt 2:11); (2Pe 3:18)

    2) A soma das bênçãos que uma pessoa, sem merecer, recebe de Deus (Sl 84:11); (Rm 6:1); (Ef 2:7). 3 A influência sustentadora de Deus que permite que a pessoa salva continue fiel e firme na fé (Rm 5:17); (2Co 12:9); (He 12:28).

    4) Louvor; gratidão (Sl 147:7); (Mt 11:25).

    5) Boa vontade; aprovação MERCÊ (Gn 6:8); (Lc 1:30); 2.52).

    6) Beleza (Pv 31:30).

    7) Bondade (Zc 12:10).

    8) “De graça” é “sem
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário da FEB
    [...] Chamamos graça aos meios dados ao homem para progredir, a luz que, sob qualquer forma e seja qual for o nome com que a designem, lhe é enviada e que ele tem a liberdade de aceitar ou de rejeitar, no uso da sua vontade pessoal.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] é a suprema expressão do amor de Deus.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Bíblico
    No A.T. significa favor, especialmente na frase ‘achar graça’ (Gn 6:8, etc.). No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede – algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6:14) – e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gl 1:15Ef 2:8Rm 3:24 – 1 Co 15.10 – 2 Co 12.9).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Ha

    Dicionário Bíblico
    hebraico: calor, queimado
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).
    Fonte: Priberam

    Homem

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

    O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

    H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

    O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

    [...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

    O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

    Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

    [...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

    Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

    Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

    [...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

    Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

    [...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
    Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

    O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

    Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    [...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

    [...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

    [...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

    Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

    O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

    [...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

    [...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

    [...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

    Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

    [...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
    Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

    [...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

    [...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

    Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

    [...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

    [...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    [...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

    No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

    Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    [...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

    Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

    O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

    Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

    [...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Homem
    1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
    v. IMAGEM DE DEUS).

    2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

    4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

    5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

    6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
    (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
    (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
    (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
    (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
    (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
    (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Homens

    Dicionário Comum
    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.
    Fonte: Priberam

    Hora

    Dicionário Etimológico
    A palavra hora vem do latim hora, que, nesta língua, tinha o sentido amplo de tempo, época, estação. Anterior ao latim e ao grego, havia a raiz iora, com este mesmo sentido, da qual vem a palavra inglesa year, isto é, ano.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    os antigos contavam o tempo desdeo nascer ao pôr do sol. o dia estava dividido em doze horas, que eram mais ou menos longas segundo a estação: e desta maneira a hora do verão era maior que a hora do inverno. Era, também, conhecida uma divisão do dia em três partes: manhã, meio-dia, e tarde (Sl 55:17). Entre os hebreus dividia-se a noite em primeira, segunda, e terceira vigília (Jz 7:19) – mas entre os romanos eram quatro as vigílias, e a estas se refere o N.T. (Mc 13:35). No N.T. temos também a divisão do dia em doze horas ou período’ (Mt 20:1-10Jo 11:9At 23:23), que começavam ao nascer do sol. (*veja Tempo.) Em muitas passagens emprega-se o termo hora para exprimir uma curta duração de tempo, ou mesmo uma determinação de tempo (Dn 3:6-15 – 4.33 – Mt 8:13 – 10.19). A freqüente frase ‘na mesma hora’ significa ‘imediatamente’ (Dn 5:5At 16:18).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Cada uma das 24 partes em que se divide o dia (1/24), com duração de 60 minutos (h), usada para marcar o tempo.
    Oportunidade, ensejo: esperar a hora propícia.
    Momento favorável: o dinheiro chegou bem na hora.
    Momento de importância ou de destaque: o Modernismo teve sua hora.
    Qualquer espaço de tempo marcado; horário: você chega a que horas?
    Carga horária a ser cumprida por um funcionário: você fez quantas horas?
    Antigo Na Antiguidade, a duodécima parte do dia, excluindo-se a noite.
    expressão Hora de aperto. Momento difícil.
    Hora extra. Hora de trabalho prestada além do expediente ou do tempo contratado.
    Horas contadas. Pouco tempo de vida que se supõe restar a alguém.
    Hora extrema. Hora da morte de alguém.
    Hora h. Momento oportuno.
    Hora legal. Hora oficial adotada pela vida civil.
    Hora local ou do lugar. Hora referida ao meridiano do lugar.
    Hora solar. Hora calculada pelo movimento do Sol.
    Hora santa. Devoção da vigília de preces diante do Santíssimo Sacramento.
    Horas canônicas. Horas regulares em que padres e freiras devem rezar o Ofício Divino.
    Horas mortas. Diz-se das altas horas da noite ou da madrugada.
    Hora civil, hora solar média ou verdadeira. Aquela contada de zero a 24 (meia-noite).
    Militar Hora H. Hora marcada para determinada operação.
    Estar pela hora da morte. Estar muito caro.
    Hora da onça beber água. Momento crítico ou hora perigosa.
    Etimologia (origem da palavra hora). Do grego horas.as.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Cada uma das 24 partes em que se divide o dia (1/24), com duração de 60 minutos (h), usada para marcar o tempo.
    Oportunidade, ensejo: esperar a hora propícia.
    Momento favorável: o dinheiro chegou bem na hora.
    Momento de importância ou de destaque: o Modernismo teve sua hora.
    Qualquer espaço de tempo marcado; horário: você chega a que horas?
    Carga horária a ser cumprida por um funcionário: você fez quantas horas?
    Antigo Na Antiguidade, a duodécima parte do dia, excluindo-se a noite.
    expressão Hora de aperto. Momento difícil.
    Hora extra. Hora de trabalho prestada além do expediente ou do tempo contratado.
    Horas contadas. Pouco tempo de vida que se supõe restar a alguém.
    Hora extrema. Hora da morte de alguém.
    Hora h. Momento oportuno.
    Hora legal. Hora oficial adotada pela vida civil.
    Hora local ou do lugar. Hora referida ao meridiano do lugar.
    Hora solar. Hora calculada pelo movimento do Sol.
    Hora santa. Devoção da vigília de preces diante do Santíssimo Sacramento.
    Horas canônicas. Horas regulares em que padres e freiras devem rezar o Ofício Divino.
    Horas mortas. Diz-se das altas horas da noite ou da madrugada.
    Hora civil, hora solar média ou verdadeira. Aquela contada de zero a 24 (meia-noite).
    Militar Hora H. Hora marcada para determinada operação.
    Estar pela hora da morte. Estar muito caro.
    Hora da onça beber água. Momento crítico ou hora perigosa.
    Etimologia (origem da palavra hora). Do grego horas.as.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Hora 1. Curto espaço de tempo que não deve ser identificado com nossa atual divisão do tempo (Jo 5:35).

    2. Momento concreto em que se dá um acontecimento (Mt 8:13; 9,22; Jo 4:21-23). Em sentido paradigmático, refere-se ao sacrifício de Jesus (Mt 26:45; Mc 14:35.41; Jo 2:4; 7,30; 8,20; 12,23.27; 13,1;17,1) ou à consumação da história por suas mãos (Mt 24:36.44.50; 25,13; Jo 5:25.28).

    3. Divisão do dia. Do nascer do sol ao seu ocaso, contavam-se dez horas que, logicamente, variavam na duração, de acordo com o período do ano, podendo ser aumentada ou diminuída em onze minutos. A primeira hora correspondia às 6h (Mt 20:1; Lc 24:1; Jo 8:2); a terceira, às 9h (Mt 20:3; Mc 15:25); a sexta, às 12h (Mt 20:5; 27,45; Mc 15:33; Lc 23:44; Jo 4:6; 19,14); a nona, às 15h (Mt 27:46). Nos evangelhos, também se faz referência à sétima hora (
    - 13h) (Jo 4:52); à décima (
    - 18h) (Jo 1:39) e à undécima (
    - 17h) (Mt 20:9).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Ir

    Dicionário Comum
    verbo intransitivo e pronominal Locomover; mover-se de um local para outro: ir ao show; o carro vai à cidade; foi-se embora.
    Sair; deixar algum local: o aluno já foi? Não vá!
    Deslocar-se para: preciso ir! Nós não vamos nos atrasar.
    Figurado Perder a vida: os que foram deixarão saudades; a filha foi-se antes da mãe.
    verbo transitivo indireto e pronominal Percorrer certa direção ou caminho, buscando alguma coisa: foi para Belo Horizonte e ficou por lá; ele se foi para Belo Horizonte.
    verbo pronominal Deixar de existir ou de se manifestar: foi-se a alegria; foi-se a viagem.
    Ser alvo de prejuízo ou dano: foi-se o telhado; foi-se a honra do presidente.
    Alcançar ou não certo propósito: sua empresa vai mal.
    verbo predicativo Estar; expressar certo estado: como vai?
    Acontecer de certa forma: tudo vai mal.
    Decorrer; desenrolar-se de certo modo: como foi a festa?
    Obter certo resultado: foi mal na prova.
    Comportar-se; agir de certa forma: desse jeito, vai morrer.
    verbo transitivo indireto Aparecer pessoalmente: fui à festa de casamento.
    Ter determinado propósito: a doação irá para a igreja.
    Decorrer num certo tempo: vai para 30 anos de casamento.
    Possuir desigualdade ou distância no tempo, espaço ou quantidade: da casa à fazenda vão horas de viagem.
    Atribuir algo a alguém: o prêmio vai para a escola infantil.
    Ser influenciado por: foi na conversa do chefe.
    Possui uma relação sexual com: ele foi com a cidade inteira.
    verbo intransitivo Prolongar-se: o rio vai até a cidade; a festa foi pela madrugada.
    Acontecer: a tragédia vai pela cidade.
    Comportar-se sem reflexão: a vizinha foi e criou um boato.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Atingir: a dívida foi aos milhões; sua tristeza vai crescendo.
    verbo transitivo indireto predicativo Combinar; estar em concordância com: essa roupa vai com tudo!
    Etimologia (origem da palavra ir). Do latim ire.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Vigilante
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Mencionado em I Crônicas 7:12, provavelmente trata-se do mesmo nome citado no
    v. 7. Veja Iri.

    Autor: Paul Gardner

    Irmão

    Dicionário da FEB
    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Isaias

    Dicionário Bíblico
    Salvação do Senhor. É isaías justamente chamado ‘o mais ilustre dos profetas’. Mas ele foi tão grande estadista como era profeta, tomando parte ativa nos negócios públicos durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. A respeito de seu pai Amoz nada se sabe (1.1 – 2.1). É, também, incerta a tradição de que isaías foi condenado à morte por Manassés. Era casado, e sua mulher foi por ele apelidada de ‘a profetisa’ (is 8:3). Tiveram dois filhos, dos quais nada se sabe, a não ser os seus nomes simbólicos (is 7:3 – 8.3,4). Deve ter exercido a sua missão de profeta durante um longo período de tempo. Calculando pelo menor tempo, passaram-se quarenta anos desde o último ano de Uzias (c. 740 a.C. – is 6:1) até ao ano em que Jerusalém foi libertada dos ataques de Senaqueribe (701 a.C.), sendo então que o profeta desaparece da história. Foram contemporâneos de isaías os profetas oséias e Miquéias. Além do livro de isaías, sabemos por 2 Cr 26.22 que o Profeta escreveu uma narração dos ‘atos de Uzias’. Perdeu-se esta obra, bem como outros escritos do profeta. A vida de isaías está intimamente relacionada com as histórias de Samaria e Judá, mas principalmente com este reino, e deve ser estudada nesta relação.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Isaías

    Dicionário Comum
    Nome Hebraico - Significado: Deus é a minha salvação.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    Provavelmente, o profeta Isaías nasceu e foi educado em Jerusalém. Exceto pelo nome de seu pai, Amoz, sua genealogia é desconhecida. Alguns supõem que fosse parente do rei Uzias (791 a 740 a.C.) porque tinha acesso à corte e preocupava-se muito com a questão da liderança. Não é possível provar que pertencia à linhagem real, embora sua forma de escrever revele uma pessoa extremamente talentosa, com excelente formação acadêmica.

    O profeta é incomparável em sua expressão literária, conforme o livro de Isaías demonstra, com sua forma de expressão, seus artifícios retóricos e imagens literárias. Seu estilo demonstra um vocabulário rico e imaginativo, com palavras e expressões exclusivas. O livro também revela brilhantismo em seu uso das expressões retóricas: a guerra (Is 63:1-6), os problemas sociais (3:1-17) e a vida rural (5:1-7). Ele também personifica a criação: o sol e a lua (24:23), o deserto (35:1), as montanhas e as árvores (44:23; 55:12). Emprega zombarias (14:4-23), expressões apocalípticas (Is 24:27), sarcasmo (44:9-20), personificações, metáforas, jogos de palavras, aliterações e assonâncias.

    Isaías era um pregador extremamente talentoso, que empregava plenamente toda a riqueza da língua hebraica. Sua imaginação poética e sua mensagem provocam uma reação. Sua profecia não foi escrita para que se concordasse com ela, mas para gerar uma resposta. O piedoso respondia com temor e adoração, enquanto o ímpio endurecia o coração contra o Senhor.

    A posição fundamentalista é a favor da unidade de Isaías (Is 1:66), com base na similaridade e na repetição dos temas e no vocabulário empregado por todo o livro. Os críticos tiveram de reconhecer que os antigos argumentos da coleção de passagens isoladas e a divisão do livro em diferentes seções não são mais defensáveis. Isso não significa que tenham aceito a unidade do livro; pelo contrário, apenas reconheceram a similaridade dos temas. A mensagem unificada de julgamento e salvação é um dos temas prevalecentes.

    Isaías era casado com uma “profetisa” (Is 8:3). Não se sabe se este era realmente seu ministério ou se era chamada assim por ser esposa do profeta. Por meio desta união, tiveram dois filhos, cujos nomes simbólicos refletiam toda a mensagem do livro. O primeiro recebeu o nome de Sear-Jasube, que significa “(somente) um remanescente voltará” (Is 7:3; veja adiante). O segundo chamou-se Maer-Salal-Has-Baz, que significa “rápido-despojo-presa-segura” (Is 8:1; veja adiante).

    Isaías ministrou ao povo de Deus durante uma época de grande instabilidade política (740 a 686 a.C.). Seu ministério está dividido em cinco períodos:
    (1). o da crítica social (caps. 1 a 5), 740 a 734 a.C.;
    (2). o da guerra siro-efraimita (caps. 7 a 9), 734 a 732 a.C.;
    (3). o da rebelião anti-Assíria (caps. 10 a 23), 713 a 711 a.C.;
    (4). o da rebelião anti-Assíria e do cerco de Jerusalém (caps. 28 a 32; 36 a 39), 705 a 701 a.C.; (5.) e o dos últimos dias de Ezequias e possivelmente início do reinado de Manassés (caps. 56 a 66), 701 a 686 a.C. Esses períodos correspondem aos reis mencionados na introdução: “Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (Is 1:1). Veja Profetas e Profecia.

    Uzias (Is 6)

    O início do ministério de Isaías é datado pela referência à morte do rei Uzias (Is 6:1), por volta de 740 a.C. Sob esse reinado, Judá alcançara notável progresso econômico (2Cr 26:6-15) e fizera uma tentativa de se restabelecer como potência política. O ano da morte de Uzias é mencionado em conexão com a extraordinária visão que Isaías experimentou (6:1), a qual também marcou o início de um ministério profético que se estendeu por um período de 40 anos. De acordo com alguns teólogos, a visão não constituiu o chamado original, mas significou uma renovação do chamado profético.

    A visão de Deus transformou Isaías em um servo do Senhor com uma mensagem única. Trata-se de um texto com um contraste radical. Por um lado, apresenta o Senhor em sua exaltação como Rei e em sua perfeição como Santo e glorioso. Pelo outro, apresenta o povo no estado de impureza e debaixo da condenação de Deus. A mensagem de Isaías engloba três ênfases, que emanam da experiência dessa visão:
    (1). somente Deus é exaltado e santo;
    (2). como o Rei glorioso de toda a criação, Ele julga a humanidade pecadora; e
    (3). manterá um remanescente, que planeja consagrar para si e com o qual compartilhará sua glória. Essas ênfases são características do texto como um todo e são discutidas nos primeiros capítulos do livro (veja a seguir).

    Jotão: O período da crítica social (Is 1:5)

    Jotão reinou sobre Judá de 750 a 731 a.C., primeiro como co-regente com o pai Uzias e depois com seu próprio filho, Acaz. Ele herdou um reino materialmente forte, mas corrupto em seus valores e totalmente apóstata. Isaías protestou contra o poder, a ganância e a injustiça em Israel e Judá, antes de falar sobre o que aconteceria no panorama político do Antigo Oriente Médio. A Assíria, sob o reinado de TiglatePileser III (745 a 727 a.C., chamado de “Pul” em II Reis 15:19), subjugara as cidades ao longo da rota de Nínive até Damasco, inclusive a própria capital da Síria (732 a.C.). Quando Jotão morreu, nuvens negras, como prenúncio de uma grande tempestade, formavam-se no horizonte de Judá e logo o reino foi lançado no meio de uma torrente de eventos internacionais que o reduziriam a um estado vassalo do Império Assírio. Durante este período, o profeta criticou a religiosidade do povo (Is 1:10-16), a insensibilidade e injustiça dos líderes (1:21ss), o orgulho (2:6ss) e a vida de licenciosidade moral que haviam abraçado (Is 3:5).

    A mensagem de Isaías 1:5 antecipou e preparou a visão de Deus que o profeta teve (Is 6). Ele apresenta a exaltação e a glória do Senhor em contraste com o orgulho humano, o estilo de vida vigente (na religião, na política, na legislação e na economia) que virtualmente excluía Deus. Por um lado, esse modo de existência às vezes é extremamente religioso, como era o caso do povo de Judá. Iam ao Templo, faziam seus sacrifícios, comemoravam os dias santos e oravam (Is 1:10-15), mas não encontravam o favor do Senhor. Por outro lado, estruturavam a vida a partir de uma complexa trama, por meio da qual buscavam a segurança para se proteger de qualquer adversidade possível. O profeta, porém, declarou que essa segurança seria derrubada no dia do julgamento, a fim de que somente Deus fosse exaltado: “Os olhos do homem arrogante serão abatidos, e o orgulho dos homens será humilhado; só o Senhor será exaltado naquele dia” (2:11).

    Santidade e esperança. O ensino sobre a santidade de Deus serve como base para estabelecer toda a diferença entre o Senhor e os seres humanos. Deus é diferente de nós em sua natureza e em suas conexões. Ele é santo, ou seja, separado de toda a existência criada. Como soberano sobre a criação, exige que todo aquele com quem, em sua graça, Ele estabelece uma comunhão se aproxime dele, mediante a negação de qualquer dependência das estruturas criadas que moldam a existência humana e a busca de significado para a vida. O ensino sobre a santidade de Deus tem duas implicações. Primeiro, ela é a base para a esperança. Porque Deus é santo, Ele estabelece seu governo pela manutenção da justiça (imparcialidade) e pela criação da ordem. Em oposição aos julgamentos arbitrários dos líderes humanos e à anarquia social, o profeta projetou o reino de Deus como caracterizado pela justiça e pela integridade. Justiça é a qualidade da imparcialidade por meio da qual o Senhor trata com seus súditos. Ele governa de modo a fazer da maneira certa o que os líderes humanos fazem de forma desonesta, para pronunciar julgamentos baseados em sua vontade, e não em sentimentos ou resultados pragmáticos, e para manter as normas que incentivam a vida, ao invés de reprimi-la. Os juízos de Deus trazem resultados positivos, porque Ele faz o que é justo e vindica aquele que pratica a justiça. O resultado do seu domínio é a ordem, enquanto o governo do homem freqüentemente gera a desordem. O profeta, portanto, encorajava o necessitado que clamava por ajuda com o conforto da esperança de que haveria restauração da ordem neste mundo: “Dizei aos justos que bem lhes irá, pois comerão do fruto das suas obras” (Is 3:10).

    Santidade e condenação. Segundo, a santidade de Deus é a base para a condenação: “Mas o Senhor dos Exércitos será exaltado por sua justiça, e Deus, o Santo, será santificado por sua retidão” (Is 5:16). O profeta viu que só o Senhor é o Rei verdadeiro e fiel, cuja soberania se estenderá a toda a humanidade. Nenhum poder na Terra pode comparar-se ao seu domínio. Esse contraste absoluto entre Deus e o homem, que prevalece por toda a mensagem, originou-se na visão do Senhor. O profeta tivera uma visão de Deus como o grande Rei, no ano em que Uzias, um rei humano, morrera: “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo” (Is 6:1). Desde que a glória do Senhor enchia toda a Terra (6:3), excluía qualquer glória vã dos reis humanos, os quais estavam condenados em sua presença (3:8), porque não tinham tratado de forma apropriada seus semelhantes. Não haviam mantido a ordem. Pelo contrário, os efeitos do seu egoísmo e ganância tinham gerado a anarquia: “Esperou que exercessem justiça, mas viu opressão; retidão, mas ouviu clamor” (5:7). Exaltado em santidade e imparcial em seus julgamentos, o Senhor tem contas a acertar com os líderes, por causa das ações deles: “O Senhor se levanta para pleitear; sai a julgar os povos. O Senhor vem em juízo contra os anciãos do seu povo, e contra os seus príncipes: Sois vós os que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está em vossas casas” (3:13,14). O remanescente. Terceiro, o Senhor reservará um remanescente para si. Esse tema reforça a ênfase bíblica na fidelidade de Deus. O Senhor se manterá fiel às suas alianças e às promessas que fez aos patriarcas. Esse remanescente será lavado, purificado e restaurado à comunhão com o Deus santo (Is 4:3-4). Verão sua glória (4:2; cf. 40:
    6) e experimentarão a bênção de sua proteção (4:5,6).

    O profeta projetou o governo glorioso de Deus na imagem dupla de uma alta montanha (Is 2:2-4) e de um povo santo e glorioso sob sua proteção especial (4:2-6). Na segunda, encorajou o remanescente dos judeus com um futuro além do exílio. Na primeira, Isaías projetou a inclusão dos gentios, os quais se submeteriam à Lei de Deus e o adorariam. Esses também experimentariam sua proteção. A mensagem de Isaías era uma preparação para o Evangelho do Senhor Jesus, na maneira como profetizou sobre a plena inclusão dos gentios na aliança e nas promessas de Deus.

    Acaz (Jeoacaz): A guerra siro-efraimita (Is 7:9)

    Acaz reinou sobre Judá no período de 735 a 715 a.C. e era extremamente corrupto (2Rs 16:3). O cronista relaciona as práticas idolátricas instituídas por ele e explica que essa foi a causa dos seus problemas internacionais (2Cr 28:2-4). Acaz era um homem insolente, que confiava em soluções políticas e não nas promessas de Deus. Quando enfrentou a aliança do rei Rezim, da Síria, com Peca, rei de Israel, e o avanço expansionista da Assíria, quis agir por conta própria, independentemente de Yahweh. Respondeu, entretanto, com grande temor quando a Síria e Israel vieram contra ele, com o propósito de destroná-lo e levantar outro rei que fosse simpático aos esquemas políticos deles (2Rs 16:5; Is 7:6). Neste contexto, Isaías o desafiou a não temer o poder dos inimigos (Is 7:4), mas, ao invés disso, olhar para a presença de Deus em Jerusalém, como o poderio de Judá (Is 7:7; Is 8:10). Acaz, entretanto, ignorou a mensagem do profeta, e pediu ajuda a Tiglate-Pileser, rei da Assíria (2Rs 16:7). Este, reagindo rapidamente diante da ameaça da aliança siro-efraimita na frente ocidental, marchou através da Fenícia até a Filistia (734 a.C.), destruiu Damasco (732 a.C.) e subjugou Israel. Também reduziu Judá a um estado vassalo (2Rs 15:29-2Rs 16:7-9; 2Cr 28:19; Is 8:7-8).

    Quando o rei Oséias, de Israel, recusou pagar tributo à Assíria, Salmaneser (727 a 722 a.C.) fez uma campanha contra Samaria, derrotou a cidade e exilou toda a população (722 a.C.). Acaz não se voltou para o Senhor, porque seus olhos estavam fixos em seu próprio reino e nas mudanças que ocorriam na configuração política sob os reinados de Salmaneser V e de Sargão II.

    Durante esse período, o profeta desafiou Acaz a ser um homem de fé (Is 7:9) e olhar para o “Emanuel” (Deus conosco) como o sinal da proteção divina sobre seu povo. Também profetizou que Ele se tornaria rei (uma clara rejeição à liderança de Acaz!). O governo do Emanuel traria paz e seria caracterizado pela justiça e imparcialidade (Is 9:6-7). De fato, seu governo correspondia ao domínio de Deus, de maneira que, como resultado, traria o reino do Senhor à Terra.

    A mensagem do livro é reafirmada no contexto dos eventos históricos que cercavam o futuro de Judá. Também é reiterado nos nomes de Isaías e nos de seus filhos. Esta era a intenção profética que surge em Isaías 8:18: “Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor. Somos sinais e maravilhas em Israel da parte do Senhor dos Exércitos, que habita no monte de Sião”. Esses nomes confirmavam o aspecto duplo de salvação e juízo.

    O nome Isaías (“Yahweh é salvação”) carrega o tema da exaltação do Senhor. Toda a profecia coloca diante do leitor a ênfase distinta de que devemos confiar somente em Deus. Só os seus caminhos devem moldar a vida de seu povo, porque o Senhor exige fé exclusiva nele, como o único Deus e Salvador. Para Isaías, a fé é a confiança absoluta no Senhor como o único Redentor e a total lealdade em fazer a sua vontade. Esse duplo aspecto expressa-se nestas palavras: “Ata o testemunho, e sela a lei entre os meus discípulos. Esperarei no Senhor, que esconde o seu rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei” (Is 8:16-17).

    O nome do segundo filho de Isaías, Maer-Salal-Has-Baz (rápido-despojo-presasegura: Is 8:1-3), amplia a mensagem da soberania de Deus no juízo. Quando seu povo recusava a fazer sua vontade, rejeitava o Santo: “Deixaram ao Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás” (Is 1:4). As nações também farão uma tentativa de estabelecer uma “nova ordem”, mas no final o vontade de Deus prevalecerá (Is 8:10).

    O nome do primeiro filho do profeta, Sear-Jasube (“um remanescente voltará”: Is 7:3) traz uma dimensão tanto negativa como positiva. Negativamente, haverá apenas um remanescente, depois que Deus lançar seu juízo (Is 6:13). Positivamente, nem todos serão destruídos. Pelo menos alguns serão poupados, com os quais o Senhor renovará seu compromisso (Is 1:9; Is 4:2-4). Esse remanescente seria caracterizado pela confiança no Senhor: “Naquele dia os restantes de Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu, mas se estribarão lealmente sobre o Senhor, o Santo de Israel” (Is 10:20).

    Ezequias: a rebelião anti-Assíria e o cerco de Jerusalém: 705 a 701 a.C

    Ezequias (729 a 686 a.C.) foi um rei piedoso, que buscou o conselho do profeta Isaías nos períodos de dificuldade, tanto pessoal como nacional. Reinou independentemente de qualquer jugo, de 715 até sua morte em 686 a.C. Liderou Judá numa série de reformas (2Rs 18:4-22), que chegaram ao clímax com a celebração da festa da Páscoa (2Cr 30); enfrentou a difícil tarefa de ajustar-se à presença assíria; encarou a política expansionista de Sargão II (722 a 705 a.C.), o qual se envolvera em campanhas militares e subjugara as nações ao leste (Elão, Babilônia), oeste (região da Síria e Efraim) e também mais ao sul, até Wadi-el-Arish, na fronteira sudoeste de Judá (715 a.C.).

    Na providência de Deus, Ezequias foi capaz de fazer exatamente isso! Tratou de desenvolver os interesses do Senhor, ao convidar o remanescente do reino do Norte para a festa da Páscoa e liderar a nação numa verdadeira reforma. A reação de Sargão veio em 711 a.C., quando voltou da campanha na qual subjugou a Filístia e exigiu que Ezequias lhe pagasse tributo. Naquele ano, o Senhor comissionou o profeta a andar com os pés descalços e a tirar o pano de saco que usava (Is 20:2). Essa aparência incomum do profeta deveria atrair a curiosidade do povo e serviria como ilustração prática que ensinaria sobre a certeza da derrota do Egito. Assim como o profeta andou despido e descalço, da mesma maneira os egípcios seriam despojados no exílio e serviriam à Assíria. Além disso, os israelitas descobririam que eram verdadeiros tolos, porque Judá resistira ao Santo de Israel e confiara no Egito para receber apoio político. Deus falou sobre eles: “Ai dos que descem ao Egito a buscar socorro, que se estribam em cavalos, e têm confiança em carros, porque são muitos, e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor” (Is 31:1).

    Com a morte de Sargão (705 a.C.), seu sucessor Senaqueribe (705 a 681 a.C.) enfrentou uma coalizão composta por Egito, Filístia e Judá (2Rs 18:7). Suas tropas seguiram através de Judá (701 a.C.) e conquistaram mais de 46 cidades (algumas das quais provavelmente estejam relacionadas em Is 10:28-32 e Mq 1:10-16). Senaqueribe registrou sua vitória em seus anais: “Quanto a Ezequias, o judeu, que não se inclinou em submissão sob o meu jugo, quarenta e seis de suas cidades fortes e muradas, e inumeráveis vilas menores em sua vizinhança, sitiei e conquistei, fazendo rampas de terra e então pressionando por meio do ataque de soldados a pé, fazendo brechas no muro, cavando túneis e enfraquecendo suas defesas. Obriguei 200:150 pessoas a saírem das cidades: jovens e velhos, homens e mulheres, inumeráveis cavalos, mulas, jumentos, camelos, gado grande e miúdo, considerando tudo como espólio de guerra”.

    Finalmente, Senaqueribe sitiou Jerusalém. Ezequias ficou preso na cidade, cercado pelas tropas assírias. Estava bem preparado para o cerco, mas o inimigo tinha tempo e paciência para esperar a rendição de Jerusalém (701 a.C.). Senaqueribe descreveu a situação da seguinte maneira: “Ele próprio eu tranquei dentro de Jerusalém, sua cidade real, como um pássaro numa gaiola. Coloquei postos de observação ao redor de toda a cidade e lancei o desastre sobre todos aqueles que tentaram sair pelo portão”.

    O Senhor foi fiel à sua promessa de livrar seu povo e enviou seu anjo. Senaqueribe bateu em retirada com uma vitória vazia, enquanto os judeus celebravam o livramento miraculoso de um tirano cruel que praticamente destruíra Judá (2Rs 19:35-36). Essa situação desesperadora está retratada em Isaías 1:5-9.

    Na mesma época, Ezequias adoeceu, mas foi curado por meio de um milagre e recebeu mais 15 anos de vida (2Rs 20:1-19; 2Cr 32:24-26; Is 38:1-22). Durante esse tempo, o Senhor fez com que ele prosperasse e realizasse muitas obras para fortalecer Jerusalém e Judá contra um futuro ataque assírio (2Cr 32:27-29). Esses anos de vida, entretanto, tornaram-se uma bênção parcial. Numa atitude arrogante, Ezequias mostrou todos seus tesouros e fortificações aos enviados do rei da Babilônia, MerodaqueBaladã (bab. Marduque-apla-iddina). Por isso, a condenação de Deus assombraria Judá por mais um século: “Certamente virão dias em que tudo o que houver em tua casa, e tudo o que entesouraram os teus pais até ao dia de hoje, será levado para Babilônia. Não ficará coisa alguma, diz o Senhor” (Is 39:6). Essas palavras estabeleceram o pano de fundo para a interpretação dos oráculos de Isaías sobre o livramento da Babilônia (Is 40:48).

    A mensagem final

    A mensagem, que pode ser datada no período final do ministério do profeta, é notavelmente coerente com os capítulos iniciais:


    1. O profeta projetou uma modalidade diferente de liderança. Ezequias era o representante desse tipo de líder, pois era fiel ao Senhor e fez tudo para levar o povo de volta a Deus. Ainda assim, ele também falhou. O ideal “messiânico” é bem retratado em Isaías 11. O Messias é um descendente de Davi que, ungido pelo Espírito de Deus, é uma pessoa de integridade, julga com imparcialidade, estabelece a ordem e traz paz à Terra. Seu reino inclui judeus e gentios justos, mas não tem lugar para pecadores: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11:9).


    2. O julgamento de Deus repousa sobre todas as nações, porque o Senhor é Todo-poderoso sobre toda a Criação (Is 13:1-27:13).


    3. O Senhor abrirá um novo tempo de salvação (Is 25:1-27:13). Ambos os temas (juízo e salvação) encontram um desenvolvimento adicional em Isaías 28:1-35:10 e foram ilustrados na vida de Ezequias (Is 36:39). O significado da nova ordem de salvação recebeu uma elaboração profética em Isaías 40:55. Esta seção começa com a nota de conforto (Is 40:1) e termina com um convite para experimentar livremente a salvação de Deus, comparada com o pão e o vinho (Is 55:1-3). Dentro desses capítulos o profeta elaborou o tema do servo, que inclui o bem conhecido Servo Sofredor (Is 52:13-53:12), o que sofre em favor de outros, embora Ele próprio seja inocente. A combinação desse tema com a profecia messiânica de Isaías 11 nos dão a base do ensino apostólico de que o Messias, descendente de Davi, primeiramente sofreria para depois assentar-se na glória.

    Na última parte do livro, Isaías desafia o piedoso a perseverar na piedade, enquanto aguarda a salvação de Deus (Is 56:66). O profeta enfatizou cuidadosamente a salvação do Senhor, a fim de equilibrar a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Por um lado, dosou as promessas de Deus com um modo de vida comprometido com a responsabilidade social (Is 56:9-58:14). Também equilibrou a realidade da demora com a perspectiva do poder de Deus e do futuro glorioso preparado para o remanescente (Is 59:1-62:12). Isaías afirmou o juízo universal do Senhor (Is 63:66), enquanto abria a porta para os judeus e gentios participarem da nova obra de Deus: a criação de um novo céu e uma nova terra (Is 65:13-25). A mensagem profética antecipa o futuro, a fim de revelar o plano de Deus no ministério do Senhor Jesus e na mensagem dos apóstolos. W.A.VG.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Isaías [Salvação de Javé] - NOBRE 1, e profeta de Judá nos reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (1.1). Sua chamada se deu em 740 a.C. (cap. 6), e o seu ministério se estendeu por 47 anos (V. ISAÍAS, LIVRO DE).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Israel

    Dicionário Bíblico
    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
    Fonte: Priberam

    Israelita

    Dicionário Comum
    adjetivo Que diz respeito a Israel; judaico, hebraico.
    substantivo masculino e feminino Descendente de Jacó, ou Israel, também chamado judeu ou hebreu.
    Fonte: Priberam

    Jerusalém

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a
    4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.

    No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.

    Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.

    O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).

    J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Jesus

    Dicionário Comum
    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Jonas

    Dicionário Bíblico
    Uma pomba. Filho de Amitai (Verdadeiro), natural de Gate-Hefer, pequena aldeia de Zebulom, na Galiléia, hoje chamada el-Meshad. Jonas é mencionado em 2 Rs 14.25 – ele havia anunciado o aumento do reino de israel, o qual recuperaria os seus antigos limites, tendo este fato a sua realização no valor e predomínio de Jeroboão
    ii. Viveu, provavelmente, durante o reinado desse rei, ou talvez, antes, pelo tempo de Jeoacaz. Este Jonas é geralmente identificado com o principal personagem do livro de Jonas.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Veja Jonas, o profeta.


    2. Jonas, filho de Amitai, o profeta de Gate-Hefer, é mencionado apenas uma vez na Bíblia em II Reis 14:25. Creditado como o que predisse, no reinado de Jeroboão II, a devolução das fronteiras de Israel pelos sírios. Gate-Hefer ficava no território de Zebulom e supõe-se que a profecia foi proferida no início do século VIII a.C.


    3. Jonas, o pai de Simão Pedro (Mt 16:17, onde em nossas versões é chamado de Barjonas); também chamado de João. Jonas é a forma hebraica para o nome. Era pai de Simão Pedro e de André. Veja João, item 3.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jonas [Pomba] -

    1) Profeta de Israel, filho de Amitai, natural de Gate-Hefer, que predisse a vitória de Jeroboão II sobre a Síria (2Rs 14:23-25). É o autor do livro que leva seu nome (Jn 1:1);
    v. JONAS, LIVRO DE).

    2) Pai de Simão Pedro (Jo 1:42), RC).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jonas 1. Pai de Pedro (Mt 16:17).

    2. Profeta, filho de Amati e natural de Gat-Jefer, ao norte de Nazaré. Segundo 2Rs 14:25, profetizou antes de o reino de Israel estender-se até o norte da Síria, sob o reinado de Jeroboão II. O livro que leva seu nome faz parte da coleção dos profetas menores. Jesus refere-se a ele, comparando sua permanência no ventre do peixe com o tempo que mediaria entre sua morte e sua ressurreição (Mt 12:39-41; 16,4; Lc 11:29ss.).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Jordão

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jordão O rio mais importante da Palestina, embora não-navegável. Nasce na confluência dos rios das montanhas do Antilíbano, a 43 m acima do nível do mar, e flui para o sul, pelo lago Merom (2 m acima do nível do mar). Depois de percorrer 16 km, chega ao lago de Genesaré (212 m abaixo do nível do mar) e prossegue por 350 km (392 m abaixo do nível do mar) até a desembocadura no Mar Morto. Nas proximidades desse rio, João Batista pregou e batizou.

    E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jordão Rio principal da Palestina, que nasce no monte Hermom, atravessa os lagos Hulé e da Galiléia e desemboca no mar Morto. O Jordão faz muitas curvas, estendendo-se por mais de 200 km numa distância de 112 km, entre o lago da Galiléia e o mar Morto. O rio tem a profundidade de um a três m e a largura média de 30 m. Na maior parte de seu curso, o rio encontra-se abaixo do nível do mar, chegando a 390 m abaixo deste nível ao desembocar no mar Morto. O povo de Israel atravessou o rio a seco (Js 3); João Batista batizava nele, e ali Jesus foi batizado (Mat 3:6-13).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    o Jordão é essencialmente o rioda Palestina e o limite natural do país ao oriente. Caracteriza-se pela sua profundidade abaixo da superfície geral da região que atravessa, pela sua rápida descida e força da corrente em muitos sítios, e pela sua grande sinuosidade. Nasce nas montanhas da Síria, e corre pelo lago Merom, e pelo mar da Galiléia, desaguando, por fim, no mar Morto, depois de um percurso de quase 320 km. Nas suas margens não existe cidade alguma notável, havendo duas pontes e um considerável número de vaus, o mais importante dos quais é o Bete-Seã. Não é rio para movimento comercial ou para pesca. No seu curso encontram-se vinte e sete cachoeiras, e muitas vezes transbordam as suas águas. o Jordão é, pela primeira vez, nomeado em Gn 13:10. Ainda que não há referência ao fato, deve Abraão ter atravessado o rio, como Jacó, no vau de Sucote (Gn 32:10). A notável travessia dos filhos de israel, sob o comando de Josué, efetuou-se perto de Jericó (Js 3:15-16, 4.12,13). A miraculosa separação das águas pela influência de Elias e de Eliseu (2 Rs 2.8 a
    14) deve também ter sido por esses sítios. Dois outros milagres se acham em relação com o rio e são eles: a cura de Naamã (2 Rs 5.14), e o ter vindo à superfície das águas o machado (2 Rs 6.5,6). João Batista, durante o seu ministério, batizou ali Jesus Cristo (Mc 1:9 e refs.) e as multidões (Mt 3:6). A ‘campina do Jordão’ (Gn 13:10) é aquela região baixa, de um e de outro lado do Jordão, que fica para a parte do sul.
    Fonte: Dicionário Adventista

    José

    Dicionário Comum
    Nome Hebraico - Significado: Aquele que acrescenta.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    Nome Hebraico - Significado: Aquele que acrescenta.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    José Filho de Jacó ou Eli, esposo de Maria e pai legal de Jesus (Mt 1; Lc 3:23; 4,22; Jo 1:45; 6,42). Pertencia à família de Davi, mas com certeza de um ramo secundário. Sua ocupação foi a de “tekton” (carpinteiro, ou melhor, artesão) (Mt 13:55). Casado com Maria, descobriu que ela estava grávida e, inicialmente, pensou em repudiá-la em segredo, possivelmente para evitar que ela fosse morta como adúltera. Finalmente contraiu matrimônio com ela e, após o nascimento de Jesus, foi para o Egito para salvá-lo de Herodes. Depois que este morreu, regressou à Palestina, estabelecendo-se na Galiléia. Ainda vivia quando Jesus completou doze anos e se perdeu no Templo, porém sua morte deve ter antecedido o ministério público de Jesus, porque os evangelhos não mais o mencionaram.

    Jerônimo atribuiu-lhe a paternidade dos chamados irmãos de Jesus, aos quais se faz referência em Mt 13:54-55 e Mc 6:3, todavia considerando-os fruto de um matrimônio anterior ao contraído com Maria.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Ele (o Senhor) acrescenta. 1. Filho do patriarca Jacó e de Raquel – nasceu em Padã-Arã, depois de – por muito tempo, ter Raquel esperado em vão por um filho (Gn 30:1-22 a 24). os filhos da mulher favorita de Jacó foram José e Benjamim, sendo cada um deles particular objeto da profunda afeição de seus pais. Em virtude desta parcialidade surgiram acontecimentos de grande importância. Na primeira referência que a José se faz depois do seu nascimento, é ele um rapaz de dezessete anos, dileto filho de Jacó, tendo já este patriarca atravessado o rio Jordão, e havendo fixado em Canaã a sua residência. Raquel já tinha morrido, e por esta razão era de Jacó que pendia o cuidado dos dois filhos favoritos, e também por ser ainda jovem, servia José de portador de recados para seus irmãos mais velhos, que estavam longe, guardando os rebanhos – e, andando ele vestido com roupa superior à deles, era isso motivo de grande ofensa para os filhos de Jacó. Talvez o seu pai tivesse feito a ‘túnica de muitas cores’ com as suas próprias mãos, em conformidade com o costume ainda em voga entre os beduínos. E explica-se assim o ódio e o ciúme daqueles moços. Tanto a sua mãe como ele próprio tinham sido colocados desde o princípio em lugar de honra. Era Raquel a verdadeira esposa – e por isso só ela é nomeada como ‘mulher de Jacó’ na genealogia, que vem no cap. 46 de Gênesis. Além disso, a retidão de José era tal que eles reconheciam a sua própria inferioridade, comparando as suas vidas com a de José, mais pura e mais tranqüila. E então acontecia que ele levava a seu pai notícias dos maus feitos de seus irmãos (Gn 37:2). Mas parece que foi a ‘túnica talar de mangas compridas’ que fez que o ódio de seus irmãos se manifestasse em atos (Gn 37:3). Mais insuportável se tornou José para com os seus irmãos quando ele lhes referiu os sonhos que tinha tido (Gn 37:5-11). Não tardou muito que se proporcionasse a oportunidade de vingança. os irmãos de José tinham ido apascentar os seus rebanhos em Siquém, a 80 km de distância – e querendo Jacó saber como estavam seus filhos, mandou José ali para trazer notícias dos pastores. Mas como estes já se tinham retirado para Dotã, para ali também se dirigiu José, andando mais 24 km. Tinha bebido pela última vez do poço de Jacó. Dotã era uma importante estação, que ficava na grande estrada para caravanas, que ia de Damasco ao Egito. Havia, por aqueles sítios, ricas pastagens, estando a terra bem suprida de cisternas ou poços. Eram estas cisternas construídas na forma de uma garrafa, estreitas por cima e largas no fundo, estando muitas vezes secas, mesmo no inverno. E também eram empregadas para servirem de prisão. Naquela região foi encontrar José os seus irmãos, que resolveram tirar-lhe a vida (Gn 37:19-20). Mas Rúben, ajudado por Judá, fez todo o possível para o salvar, e isso conseguiu, não podendo, contudo, evitar que ele fosse vendido como escravo (Gn 37:36). os compradores eram negociantes ismaelitas ou midianitas, os quais, tendo dado por José vinte peças de prata, tomaram a direção do Egito (Gn 37:25-28,36). Entretanto os irmãos de José levaram a seu pai a túnica de mangas compridas, com manchas de sangue de uma cabra, para fazer ver que alguma fera o havia devorado. José foi levado ao Egito e vendido como escravo a Potifar, oficial de Faraó (Gn 39:1). Bem depressa ganhou a confiança de seu senhor, que lhe entregou a mordomia da sua casa (Gn 39:4). Depois disto foi José tentado pela mulher de Potifar, permanecendo, contudo, fiel a Deus e a seu senhor (Gn 39:8-9) – sendo falsamente acusado pela dona da casa, foi lançado numa prisão (Gn 39:20). o carcereiro-mor tratava José com certa consideração (Gn 39:21) – e no seu encarceramento foi o moço israelita feliz na interpretação dos sonhos de dois companheiros de prisão, o copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó (Gn 40). o copeiro-mor, quando o rei precisou de um intérprete para os seus sonhos, contou ao monarca que tinha conhecido na prisão um jovem de notável sabedoria (Gn 41:1-13). Em conseqüência disto foi José chamado, afirmando ele que só como instrumento do Altíssimo Deus podia dar a devida interpretação (Gn 41:16). Explicado o sonho de Faraó, ele aconselhou o rei a respeito das providências que deviam ser tomadas, por causa da fome que ameaçava afligir o Egito. Faraó recebeu bem os seus conselhos, e colocou-o na posição própria do seu tino e sabedoria, dando-lhe, além disso, em casamento a filha do sacerdote de om (Gn 41:37-45). Nesta ocasião foi-lhe dado por Faraó um nome novo, o de Zafenate-Panéia. Durante os sete anos de abundância, preparou-se José para a fome, pondo em reserva uma quinta parte do trigo colhido (Gn 41:34-47 a 49). os governadores egípcios, em épocas anteriores à do governo de José, vangloriavam-se de terem providenciado de tal maneira que nos seus tempos não tinha havido escassez de gêneros. Mas uma fome de sete anos era acontecimento raríssimo, e tão raro que num túmulo de El-kad se acha mencionado um caso daquele gênero em certa inscrição, na qual o falecido governador da província declara ter feito a colheita dos frutos, e distribuído o trigo durante os anos de fome. Se trata da mesma fome, deve este governador, cujo nome era Baba, ter operado sob a suprema direção de José – porquanto está expressamente fixado no Sallier Papyrus que o povo da terra traria os seus produtos a Agrepi (o Faraó do tempo de José) em Avaris (Hanar). Mas com tantos cuidados não se esqueceu o governador israelita do seu Deus e dos seus parentes. os seus dois filhos, Manassés e Efraim, nasceram antes da fome. Tendo-lhes dado nomes hebraicos, mostrou que o seu coração estava ainda com o seu próprio povo, e que, de um modo especial, era fiel ao Deus de seus pais (Gn 41. 50 a 52). Com efeito, os acontecimentos foram tão maravilhosamente dispostos, que ele veio novamente a relacionar-se com a sua família. A fome foi terrível na terra de Canaã, e Jacó olhou para o Egito, como sendo o país donde lhe havia de vir o socorro (Gn 42:1-6). A descrição da visita dos filhos do patriarca ao Egito, e o fato de serem eles reconhecidos por José, tudo isso se lê em Gn 42:45. Não
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Veja José, o filho de Jacó.


    2. Veja José de Nazaré.


    3. José, o pai de Jigeal, da tribo de Issacar. Jigeal foi um dos doze homens enviados por Moisés do deserto de Parã para espiar a terra de Canaã (Nm 13:7).


    4. Mencionado em I Crônicas 25:2, era um dos filhos de Asafe. Imediatamente abaixo da liderança de seu pai e sob as ordens diretas do rei Davi (v. 1), estava entre os levitas que profetizavam e lideravam o ministério da música nos cultos no Templo. Foi o líder do primeiro grupo de músicos levitas e componentes do coral que ministrou no Templo (v. 9).


    5. Um dos descendentes de Bani. Após o exílio na Babilônia, Secanias confessou a Esdras que muitos homens da tribo de Judá, até mesmo descendentes dos sacerdotes, tinham-se casado com mulheres de outras nações. Esdras levou o povo ao arrependimento e fez com os judeus um pacto de obedecer e servir ao Senhor (Ed 10:2). José é mencionado em Esdras 10:42 como um dos que se divorciaram das esposas estrangeiras.


    6. Líder da casa de Sebanias, uma família sacerdotal do tempo de Neemias (Ne 12:14).


    7. Ancestral de Jesus, listado na genealogia que vai de Jesus até Adão. Era filho de Matatias e pai de Janai (Lc 3:24).


    8. Outro ancestral de Jesus, listado na mesma genealogia. Era filho de Jonã e pai de Judá (Lc 3:30).


    9. Um dos irmãos de Jesus, é mencionado pelo nome em Marcos 6:3 e na passagem paralela em Mateus 13:55. Na narrativa, Cristo havia chegado a Nazaré e começado a ensinar na sinagoga. Ambos os evangelhos registram a surpresa da multidão diante da sabedoria demonstrada por Jesus. As pessoas estavam particularmente atônitas porque todos conheciam sua família, que até aquele momento ainda estava entre eles. Então perguntaram: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, pois, lhe veio tudo isto? E escandalizavam-se nele” (Mt 13:55-57). Lamentavelmente, devido à falta de fé deles, Jesus não fez muitos milagres na cidade e declarou que o profeta não tem honra no meio de seu povo. Para mais detalhes sobre os irmãos de Cristo, veja Simão. P.D.G.


    10. José de Arimatéia era um membro do Sinédrio que se tornou discípulo de Jesus. Depois que Cristo foi crucificado, ajudou a tirar seu corpo da cruz e permitiu que fosse sepultado num túmulo de sua propriedade. Todos os evangelhos mencionam o seu nome apenas uma vez, nas passagens referentes ao sepultamento de Jesus.

    Ele era da cidade de Arimatéia, na Judéia (Lc 23:51). Além de ser rico (Mt 27:57), era também um membro influente do concílio de líderes judaicos (Mc 15:43); entretanto, desejava o Reino de Deus (v. 43) e opôs-se ao veredito do Sinédrio contra Jesus (Lc 23:51).

    Este “homem bom e justo” (Lc 23:50) superou seu medo (Jo 19:38), declarou-se publicamente discípulo de Jesus Cristo e pediu seu corpo a Pôncio Pilatos; generosamente, preparou-o para o sepultamento (vv. 39,40) e então o colocou num túmulo recentemente aberto num jardim (vv. 41,42), de sua propriedade. Essas circunstâncias cumpriram a profecia de que o Messias estaria “com o rico na sua morte” (Is 53:9). A.B.L.


    11. “José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo”. Candidato à vaga de Judas 1scariotes entre os apóstolos; perdeu para Matias (At 1:23). Veja também Justo.


    12. Veja Barnabé. José era um levita de Chipre, geralmente chamado de Barnabé, nome que lhe foi dado pelos apóstolos. Chamado de José somente em Atos 4:36.


    13. Mencionado somente em conexão com sua mãe Maria, a qual estava presente na crucificação e no sepultamento de Jesus. Era irmão de Tiago, o menor (Mt 27:56; Mc 15:40-47).


    14. Mencionado na genealogia que vai de Jesus até Adão, como pai de Semei e filho de Jodá (Lc 3:26).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    José [Deus Aumenta ? Ele Acrescenta ?] -

    1) Filho de Jacó e Raquel (Gn 30:22-24). Foi vendido ao Egito pelos irmãos (Gen 37), onde, após uma série de dificuldades, tornou-se ministro de Faraó (Gen 39—41). Salvou os próprios irmãos e seu pai da fome, trazendo-os para Gósen, no Egito (Gen 42—47). Morreu com 110 anos, e seus ossos foram levados a Siquém (Js 24:32)

    2) Marido de Maria, mãe de Jesus, e descendente de Davi (Mt 1:16—2:23). Era carpinteiro (Mt 13:55). 3 Homem rico de Arimatéia, membro do SINÉDRIO e discípulo de Jesus. Ele cedeu seu túmulo par
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    João

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Veja João, o apóstolo.


    2. Veja João Batista.


    3. Pai de Simão Pedro e de André (chamado de Jonas em algumas traduções: Mt 16:17). Era um pescador que vivia na região da Galiléia. É interessante notar que as três ocasiões registradas nos evangelhos em que Jesus chamou Pedro pelo nome completo, “Simão filho de João (ou Jonas)”, foram momentos que marcaram pontos cruciais na vida desse apóstolo. Na primeira ocasião, André apresentou seu irmão Simão ao “Messias”, Jesus. Cristo olhou para Simão e anunciou profeticamente: “Tu és Simão, filho de João. Tu serás chamado Cefas [que quer dizer Pedro]” (Jo 1:42). Daquele momento em diante, Simão Pedro passou a seguir a Cristo. Na segunda ocasião em que o nome inteiro dele foi usado, ele havia acabado de responder uma pergunta de Jesus, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). O significado desta identificação de Jesus como o Cristo era tão grande que Jesus disse: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (Mt 16:17). A última ocasião foi depois da ressurreição, quando Cristo testou o amor de Pedro por Ele e o comissionou com as palavras: “Simão, filho de João... Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21:15-17).


    4. João, um parente do sumo sacerdote Anás; é mencionado apenas em Atos 6. Era um dos anciãos e líderes diante dos quais os apóstolos Pedro e João foram levados para serem interrogados. A pregação deles começava a aborrecer profundamente os líderes e por isso tentaram silenciá-los. Os apóstolos disseram que eram obrigados a obedecer a Deus e não aos homens (v. 19). Finalmente, sentindo o peso da opinião pública, os anciãos decidiram libertar os dois. P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1:19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1:20).
    Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15:40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19:25), João pode ter sido primo de Jesus.
    Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5:11) Simão Pedro foi com eles.
    João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3:17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2:9).
    Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9:38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9:39-40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10:35-41).
    Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18:15 diz que João era ” conhecido do sumo sacerdote”. Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19:26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20:1-4,8).
    Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria.
    Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na 1lha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Bíblico
    Graça ou favor de Deus. – Aparece, também,em outros lugares com a forma de Joanã. Um parente do sumo sacerdote Anás. Juntamente com Anás e Caifás ele fez inquirições a respeito do ensino dos apóstolos Pedro e João e da cura do coxo (At 4:6). E nada mais se sabe dele. – João Marcos, o evangelista – filho de Maria, e primo (não sobrinho) de Barnabé. Apenas cinco vezes é este evangelista mencionado com o nome de João (At 12:12-25 e 13 5:13-15.37). Nas outras passagens é o nome Marcos que prevalece. (*veja Marcos.) – João Batista, o Precursor. A vinda de João foi profetizada por isaías (40.3), e por Malaquias (4.5 – *veja Mt 11:14), sendo o seu nascimento anunciado aos seus idosos pais por ‘um anjo do Senhor’ (Lc 1:5-23). Seu pai Zacarias era sacerdote, e sua mãe isabel ‘era das filhas de Arão’. A vinda desta criança foi também predita à Virgem Maria, na Anunciação (Lc 1:36). o nascimento de João (Lc 1:57) trouxe novamente, após a circuncisão, a fala a Zacarias, que a tinha perdido, quando o anjo lhe fez saber que havia de ter um filho (Lc 1:20-64). Quanto à infância de João Batista apenas se sabe que ele ‘Crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a israel’ (Lc 1:80). E assim, embora tivesse sido consagrado antes do seu nascimento à missão de pregar e ensinar (Lc 1:13-15), ele só deu início à sua obra quando chegou à idade viril, depois de ter passado vários anos isolado, vivendo uma vida de abnegação. A maneira como João Batista apareceu pregando chamou a atenção de toda a gente. o seu vestido era feito de pelos de camelo, e andava cingido de um cinto de couro, sendo a alimentação do notável pregador o que encontrava no deserto gafanhotos e mel silvestre (Lv 11:22Sl 81:16Mt 3:4). o ministério de João começou ‘no deserto da Judéia’ (Mt 3:1Mc 1:4Lc 3:3Jo 1:6-28). Ele pregava o arrependimento e a vinda do reino dos céus, e todo o país parecia ser movido pela sua palavra, pois vinham ter com ele as multidões para receberem o batismo (Mt 3:5 e Mc 1. S). Em termos enérgicos censurou a falsa vida religiosa dos fariseus e saduceus que se aproximavam dele (Mt 3:7), avisando, também, outras classes da sociedade (Lc 3:7-14) – e chamava a atenção dos ouvintes para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Lc 3:15-17Jo 1:29-31), a quem batizou (Mt 3:13-17). o povo quis saber se João era o Cristo prometido (Lc 3:15) – mas ele categoricamente asseverou que não era (Jo 1:20). A importância do ministério de João acha-se claramente indicada nas referências de Jesus Cristo e dos apóstolos ao caráter e obra notável do pregador. Depois de responder aos mensageiros de João (Mt 11:2-6Lc 7:19-23), falou Jesus às multidões sobre o caráter e missão do Batista, declarando: ‘Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista’ (Mt 11:7-11Lc 7:24-28). Mais tarde foi por Jesus, de um modo preciso, identificado com o prometido Elias (Mt 17:10-13Mc 9:11-13) – e também o batismo de João foi assunto de que Jesus Se serviu para discutir com ‘os principais sacerdotes e os anciãos do povo’, colocando-os em dificuldades (Mt 21:23-27) – e, pelo fato de estes judeus rejeitarem o apelo de João, fez-lhes sentir o Salvador a sua responsabilidade (Mt 21:32). o batismo de João foi lembrado por Jesus depois da Sua ressurreição (At 1:5) – a ele se referiu também Pedro (At 1:22 – 10.37 – 11.16), e o apóstolo Paulo (At 13:24-25). Apolo conhecia somente o ‘batismo de João’ (At 18:25), e maior conhecimento não havia em certos discípulos de Éfeso (At 19:1-4). Com respeito ao ‘batismo de João’, *veja Batismo. o ministério corajoso de João parece ter alarmado Herodes, o tetrarca da Galiléia, que, segundo conta Josefo (Ant. Xiii, 5.2), o considerava como demagogo e pessoa perigosa. Como João o tivesse censurado por ter casado com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, que ainda estava vivo, lançou Herodes o seu censurador numa prisão. (*veja Herodias.) o medo da indignação popular (Mt 14:5) parece tê-lo impedido de matar João Batista – mas a filha de Herodias, baseando-se numa inconsiderada promessa de Herodes, obteve a morte de João (Mt 14:3-12). – o Apóstolo. João, irmão de Tiago, era filho de Zebedeu (Mt 4:21), e de Salomé, sendo esta, provavelmente, irmã da mãe de Jesus (cp. Mt 27:56 com Mc 15:40Jo 19:25). Sendo assim, era João primo de Jesus, e por isso foi muito natural que o Salvador entregasse a Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19:25-27). João era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, trabalhando no lago de Genesaré (Mt 4:18-21). A família parece ter vivido em boas circunstâncias, visto como seu pai Zebedeu tinha jornaleiros (Mc 1:20) – a sua mãe era uma das piedosas mulheres, que desde a Galiléia acompanharam Jesus e o serviam com os seus bens (Mt 27:56) – o próprio evangelista era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18:15), e tinha casa sua (Jo 19:27). Acha-se identificado com aquele discípulo de João Batista, que não é nomeado, e que com André seguiu a Jesus (Jo 1:35-40). A chamada de João e de seu irmão Tiago está, em termos precisos, narrada em Mt 4:21-22 e em Mc 1:19-20. Foi ele um dos doze apóstolos (Mt 10:2, e ref.). A ele e seu irmão deu Jesus o nome de Boanerges (Mc 3:17). Na sua juventude parece ter sido homem apaixonado, de temperamento impulsivo, dando ocasião a que Jesus o censurasse uma vez por ter proibido certo indivíduo de operar milagres (Mc 9:38-39), outra vez por ter desejado que viesse do céu castigo sobre os inóspitos samaritanos (Lc 9:51-56), e também pela sua pessoal ambição (Mc 10:35-40). Todavia, era ele chamado o discípulo, ‘a quem Jesus amava’ (Jo 21:20), e a quem, juntamente com Tiago e Pedro, deu Jesus Cristo o privilégio de presenciarem tantos e maravilhosos acontecimentos do Seu ministério. João pôde observar a cura da sogra de Pedro (Mc 1:29), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37 e Lc 8:51), a pesca miraculosa (Lc 5:10), a transfiguração (Mt 17:1 e refs.), e a agonia no horto de Getsêmani (Mt 26:37, e refs.). É certo que João, como os outros discípulos, abandonou o Divino Mestre, quand
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    Nome Hebraico - Significado: Graça divina.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    João
    1) O Batista: V. JOÃO BATISTA.
    2) Pai do apóstolo Pedro (Jo 1:42); 21:15-17, RA; RC, Jonas).

    3) O evangelista e apóstolo: V. JOÃO, APÓSTOLO.
    4) João Marcos: V. MARCOS, JOÃO.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    João A) Evangelho de João

    1. Autoria e datação. O primeiro que relacionou o Quarto Evangelho a João, o filho de Zebedeu, parece ter sido Irineu (Adv. Haer, 3,1,1), citado por Eusébio (HE 5:8,4), o qual menciona Policarpo como fonte de sua opinião. Sem dúvida, o testamento reveste-se de certa importância, mas não deixa de apresentar inconvenientes. Assim, é estranho que outra literatura relacionada com Éfeso (a Epístola de Inácio aos Efésios, por exemplo) omita a suposta relação entre o apóstolo João e esta cidade. Também é possível que Irineu tenha-se confundido quanto à notícia que recebeu de Policarpo, já que destaca que Papias foi ouvinte de João e companheiro de Policarpo (Adv. Haer, 5,33,4). No entanto, conforme o testemunho de Eusébio (HE 3:93,33), Papias foi, na realidade, ouvinte de João, o presbítero — que ainda vivia nos tempos de Papias (HE 3.39,4) — e não do apóstolo. Fica, pois, a possibilidade de que esse João foi o mesmo ao qual Policarpo se referiu.

    Outras referências a uma autoria de João, o apóstolo, em fontes cristãs são muito tardias ou lendárias para serem questionadas, seja o caso de Clemente de Alexandria, transmitido por Eusébio (HE 6:14,17) ou o do Cânon de Muratori (c. 180-200). É certo que a tradição existia em meados do séc. II, mas não parece de todo concludente. Quanto à evidência interna, o evangelho reúne referências que podemos dividir nas relativas à redação e nas relacionadas com o discípulo amado (13 23:19-26-27; 20,1-10 e 21:7 e 20-4; possivelmente 18:15-16; 19,34-37 e talvez 1:35-36).

    As notícias recolhidas em 21:20 e 21:24 poderiam identificar o redator inicial com o discípulo amado ou talvez com a fonte principal das tradições recolhidas nele, porém, uma vez mais, fica obscuro se esta é uma referência a João, o apóstolo.

    Em nenhum momento o evangelho distingue o discípulo amado por nome nem tampouco o apóstolo João. E se na Última Ceia só estiveram presentes os Doze, obviamente o discípulo amado teria de ser um deles; tal dado, contudo, ainda não é seguro. Apesar de tudo, não se pode negar, de maneira dogmática, a possibilidade de o discípulo amado ser João, o apóstolo, e até mesmo existem alguns argumentos que favorecem essa possibilidade. Pode-se resumi-los da seguinte maneira:

    1. A descrição do ministério galileu tem uma enorme importância em João, a ponto de a própria palavra “Galiléia” aparecer mais vezes neste evangelho do que nos outros (ver especialmente: 7,1-9).

    2. Cafarnaum recebe uma ênfase muito especial (2,12; 4,12; 6,15), em contraste com o que os outros evangelhos designam o lugar de origem de Jesus (Mt 13:54; Lc 4:16). A própria sinagoga de Cafarnaum é mencionada mais vezes neste do que nos outros evangelhos.

    3. O evangelho de João refere-se também ao ministério de Jesus na Samaria (c.4), o que é natural, levando-se em conta a relação de João, o de Zebedeu, com a evangelização judeu-cristã da Samaria (At 8:14-17).

    4. João fazia parte do grupo de três (Pedro, Tiago e João) mais íntimo de Jesus. É, pois, um tanto estranho que um discípulo tão próximo a Jesus, como o discípulo amado — e não se tratando de João —, não apareça sequer mencionado em outras fontes.

    5. As descrições da Jerusalém anterior ao ano 70 d.C. encaixam-se com o que sabemos da permanência de João nessa cidade, depois de Pentecostes. De fato, os dados fornecidos por At 1:13; 8,25 e por Paulo (Gl 2:1-10) indicam que João estava na cidade antes do ano 50 d.C.

    6. João é um dos dirigentes judeu-cristãos que teve contato com a diáspora, assim como Pedro e Tiago (Jc 1:1; 1Pe 1:1; Jo 7:35 1Co 9:5), o que se enquadraria com algumas das notícias contidas em fontes cristãs posteriores e em relação ao autor do Quarto Evangelho.

    7. O evangelho de João procede de uma testemunha que se apresenta como ocular.

    8. O vocabulário e o estilo do Quarto Evangelho destacam uma pessoa cuja primeira língua era o aramaico e que escrevia em grego correto, porém cheio de aramaísmo.

    9. O pano de fundo social de João, o de Zebedeu, encaixa-se perfeitamente com o que se esperaria de um “conhecido do Sumo Sacerdote” (Jo 18:15). De fato, a mãe de João era uma das mulheres que serviam Jesus “com seus bens” (Lc 8:3), como a mulher de Cuza, administrador das finanças de Herodes. Igualmente sabemos que contava com assalariados a seu cargo (Mc 1:20). Talvez alguns membros da aristocracia sacerdotal o vissem com menosprezo por ser um leigo (At 4:13), mas o personagem estava longe de ser medíocre, a julgar pela maneira tão rápida pela qual se tornou um dos primeiros dirigentes da comunidade hierosolimita, logo depois de Pedro (Gl 2:9; At 1:13; 3,1; 8,14 etc.).

    Não sendo, pois, João, o de Zebedeu, o autor do evangelho (e pensamos que a evidência a favor dessa possibilidade não é pequena), teríamos de ligá-lo com algum discípulo mais próximo a Jesus (como os mencionados em At 1:21ss., por exemplo) e que contava com uma considerável importância dentro das comunidades judeu-cristãs da Palestina.

    Em relação à datação do quarto evangelho, não se duvida porque o consenso tem sido quase unânime nas últimas décadas. Geralmente, os críticos conservadores datavam a obra em torno do final do séc. I ou início do séc. II, enquanto os radicais — como Baur — situavam-na por volta de 170 d.C. Um dos argumentos utilizados como justificativa dessa postura era ler em Jo 5:43 uma referência à rebelião de Bar Kojba. O fator determinante para refutar essa datação tão tardia foi o descobrimento, no Egito, do p 52, pertencente à última década do século I ou à primeira do século II, onde está escrito um fragmento de João. Isso situa a data da relação, no máximo, em torno de 90-100 d.C. Contudo, existem, em juízo de vários estudiosos, razões consideráveis para datar o evangelho em um período anterior. No ponto de partida dessa revisão da data, devem estar os estudos de C. H. Dodd sobre este evangelho. Este autor seguiu a corrente que data a obra entre 90 e 100, atribuindo-a a um autor estabelecido em Éfeso; reconheceu, sem dúvida, que o contexto do evangelho se refere a condições “presentes na Judéia antes do ano 70 d.C., e não mais tarde nem em outro lugar”. De fato, a obra é descrita como “dificilmente inteligível” fora de um contexto puramente judeu anterior à destruição do Templo e até mesmo à rebelião de 66 d.C.

    Apesar dessas conclusões, C. H. Dodd sustentou a opinião em voga, alegando que Jo 4:53 era uma referência à missão pagã e que o testemunho de João recordava a situação em Éfeso em At 18:24-19:7. Ambas as teses são de difícil defesa para sustentar uma data tardia, já que a missão entre os pagãos foi anterior a 66 d.C., e At 18:19 narram acontecimentos também anteriores a 66 d.C.

    O certo é que atualmente se reconhece a existência de razões muito sólidas para defender uma datação da redação do evangelho anterior a 70 d.C. São elas:

    1. A cristologia muito primitiva (ver Mensagem).

    2. O pano de fundo que, como já advertiu Dodd, só se encaixa no mundo judeu-palestino anterior a 70 d.C.

    3. A existência de medidas de pressão contra os cristãos antes do ano 70 d.C.: as referências contidas em Lc 4:29; At 7:58 e 13:50 mostram que não é necessário mencionar Jo 9:34ss.; 16,2 para episódios posteriores à destruição do Templo.

    4. A ausência de referências aos pagãos.

    5. A importância dos saduceus no evangelho.

    6. A ausência de referências à destruição do templo.

    7. A anterioridade ao ano 70 d.C. dos detalhes topográficos rigorosamente exatos.

    2. Estrutura e Mensagem. O propósito do evangelho de João é claramente determinado em 20:31: levar a todos os povos a fé em Jesus como messias e Filho de Deus, a fim de que, por essa fé, obtenham a vida. O evangelho está dividido em duas partes principais, precedidas por um prólogo (1,1-18) e seguidas por um epílogo (c. 21).

    A primeira parte (1,19-12,50) ou o “Livro dos Sinais”, segundo C. H. Dodd, apresenta uma seleção dos milagres — sinais ou signos — de Jesus.

    A segunda parte (13 1:20-31), também denominada “Livro da Paixão” (Dodd) ou da Glória (Brown), inicia-se com a Última Ceia e narra a paixão, morte e ressurreição de Jesus.

    Três são os aspectos especialmente centrais na mensagem de João.

    Em primeiro lugar, a revelação de Deus através de seu Filho Jesus (1,18). Evidentemente, a cristologia desse evangelho é muito primitiva e assim Jesus aparece como “profeta e rei” (6,14ss.); “profeta e messias” (7,40-42); “profeta” (4,19; 9,17); “messias” (4,25); “Filho do homem” (5,27) e “Mestre da parte de Deus” (3,2). Sem súvida, do mesmo modo que Q, onde Jesus se refere a si mesmo como a Sabedoria, neste evangelho enfatiza-se que o Filho é, pela filiação, igual a Deus (Jo 5:18) e Deus (1,1; 20,28). De fato, o Logos joanino de Jo 1:1 não é senão a tradução grega do termo aramaico Memrá, uma circunlocução para referir-se a YHVH no Targum.

    É o próprio Deus que se aproxima, revela e salva em Jesus, já que este é o “Eu sou” que apareceu a Moisés (Ex 3:14; Jo 8:24; 8,48-58). Isso se evidencia, por exemplo, nas prerrogativas do Filho em julgar (5,22,27,30; 8,16.26; 9,39; 12,47-48), ressuscitar os mortos (5,21,25-26.28-29; 6,27; 35,39-40,50-51.54-58; 10,28; 11,25-26) e trabalhar no sábado (5,9-18; 7,21-23).

    O segundo aspecto essencial da mensagem joanina é que em Jesus não somente vemos Deus revelado, mas também encontramos a salvação. Todo aquele que crê em Jesus alcança a vida eterna (3,16), tem a salvação e passa da morte à vida (5,24). E a fé é uma condição tão essencial que os sinais pretendem, fundamentalmente, levar as pessoas a uma fé que as salve. De fato, crer em Jesus é a única “obra” que se espera que o ser humano realize para obter a salvação (Jo 6:29). Aceitar ou não Jesus como Filho de Deus, como “Eu sou”, como messias, tem efeitos contudentes e imediatos. A resposta positiva — uma experiência que Jesus denomina “novo nascimento” (3,1ss.) — conduz à vida eterna (3,15) e a ser convertido em filho de Deus (1,12); a negativa leva à condenação (3,19) e ao castigo divino (3,36).

    Partindo-se dessas posturas existenciais, dessa separação entre incrédulos e fiéis, pode-se entender o terceiro aspecto essencial da mensagem joanina: a criação de uma nova comunidade espiritual em torno de Jesus e sob a direção do Espírito Santo, o Consolador. Só se pode chegar a Deus por um caminho, o único: Jesus (14,6). Só se pode dar frutos unido à videira verdadeira: Jesus (Jo 15:1ss.). Todos os que assim se unem a Jesus serão perseguidos por um mundo hostil (15,18ss.), todavia serão também objeto da ação do Espírito Santo (16,5ss.), viverão em uma alegria que humanamente não se pode entender (16,17ss.) e vencerão o mundo como Jesus (16,25ss.). Neles também se manifestará um amor semelhante ao de Jesus (Jo 13:34-35), o Filho que voltará, no final dos tempos, para recolher os seus e levá-los à casa de seu Pai (Jo 14:1ss.). É lógico que essa cosmovisão se expresse nesse conjunto de oposições que não são exclusivas de João, mas que são tão explícitas nesse evangelho: lu-Ztrevas, mundo-discípulos, Cristo-Satanás etc. O ser humano vê-se dividido diante de sua realidade — a de que vive nas trevas — e a possibilidade de obter a vida eterna pela fé em Jesus (5,24). O que aceita a segunda opção não se baseia em especulações nem em uma fé cega, porém em fatos que aconteceram na história e dos quais existiram testemunhas oculares (19,35ss.; 21,24). Ao crer em Jesus, descobre-se nele — que na Ressurreição demonstrou a veracidade de suas pretensões — seu Senhor e seu Deus (Jo 20:28) e obtém-se, já nesta vida, a vida eterna (20,31), integrando-se numa comunidade assistida pelo Espírito Santo e que espera a segunda vinda de seu Salvador (Jo 14:1ss.; 21,22ss.).

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel, according to St. John, Filadélfia, 1978; R. Schnackenburg, The Gospel According to St. John, 3 vols., Nova York 1980-1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo em el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

    B - João, o Apóstolo

    Pescador, filho de Zebedeu, foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus e, por este, constituído apóstolo. Junto com seu irmão Tiago e com Pedro, formava o grupo mais íntimo de discípulos e é sempre mencionado no ínicio das listas apostólicas, junto a Tiago, Pedro e André. Com o seu irmão Tiago, recebeu o apelido de Boanerges, o filho do trovão (Mc 3). Desempenhou um papel de enorme transcendência na 1greja judeu-cristã de Jerusalém (At 1:8; Gl 2:9). É possível que, no final de sua vida, tenha desenvolvido um ministério missionário na Ásia Menor.

    Tradicionalmente é identificado como João, o Evangelista, autor do quarto evangelho, e como o autor do Apocalipse.

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A.T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    C - João, o Apóstolo

    Tradicionalmente (desde o séc. II), tem-se identificado o autor do Quarto Evangelho com o filho de Zebedeu: João. Embora um bom número de autores modernos recusem essa hipótese, razões têm sido reconsideradas — R. A. T. Robinson, por exemplo — para possibilitar esse ponto de vista. O autor do quarto evangelho conhece mais intimamente o ministério da Galiléia e até nos dá informações sobre ele que não conhecemos através de outros evangelhos. A situação abastada dos filhos de Zebedeu — cujo pai contava com vários assalariados — permite crer que era “conhecido” do Sumo Sacerdote. Além disso, descreve com impressionante rigor a Jerusalém anterior a 70 d.C., o que é lógico em uma pessoa que foi, segundo Paulo, uma das colunas da comunidade judeu-cristã daquela cidade (Gl 2:9). A tudo isso, acrescenta-se o testemunho unânime dos autores cristãos posteriores que atribuem essa autoria a João. Em todo caso, e seja qual for a identidade do quarto evangelista, o certo é que recolhe uma tradição sobre a vida de Jesus muito antiga, fidedigna e independente da sinótica. É bem possível que sua redação seja anterior a 70 d.C., embora alguns autores prefiram situá-la por volta de 90 d.C. O autor do quarto evangelho é o mesmo que o das três epístolas de João, que constam no Novo Testamento, constituindo a primeira um guia interpretativo do evangelho para evitar que este seja lido em clave gnóstica.

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols. Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel according to St. John, Filadélfia 1978; R. Schnackenburg, El evangelio según san Juan, 3 vols., Barcelona 1980:1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo en el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

    D - João, o Teólogo

    Conforme alguns estudiosos, é o autor do Apocalipse e cujo túmulo estava em Éfeso. Por ser um personagem distinto de João, o evangelista (seja ou não este o filho de Zebedeu), é possível que tenha emigrado para a Ásia Menor, ao eclodir a revolta de 66-73 d.C. contra Roma. Sua obra é, portanto, anterior a 70 d.C. e constitui uma valiosa fonte para estudo da teologia judeu-cristã da época.

    K. Stendhal, The Scrolls...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...; C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R.E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; f. f. Ramos, Evangelio según San Juan, Estella 1989.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Judeus

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Judeus 1. Súdito do reino de Judá formado pelas tribos de Judá e Levi.

    2. O nascido de pais judeus (especificamente de mãe judia), o que aceita o judaísmo através da conversão (guiur), conforme a Torá escrita e oral. Não é considerado judeu o nascido de matrimônio misto, em que só o pai é judeu.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 – 25.25 – Jr 34:9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente, conhecidos pelo nome de judeus. os outros membros da raça israelita, espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 – Dn 3:8-12). (*veja Dispersão, Hebreu, israelitas.) Entre as nações, onde fixaram a sua residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo. Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia, depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de Pentecoste (At 2:1-11). Com qualquer outro povo o resultado da sua dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais, se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é ainda o antigo culto de israel. Através de todas as dificuldades, embora súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”, que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus na doutrina, embora eles não se chamem assim – e acham-se tão ligados à lei tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200, principalmente em Nablus.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    masc. pl. de judeu

    ju·deu
    (latim judaeus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou quem professa a religião judaica. = HEBREU

    2. O mesmo que israelita.

    adjectivo
    adjetivo

    3. Relativo à Judeia, região da Palestina.

    4. Relativo à tribo ou ao reino de Judá ou a Judá, nome de duas personagens bíblicas.

    5. Relativo à religião judaica. = HEBRAICO, HEBREU

    6. [Informal, Depreciativo] Muito travesso.

    7. [Informal, Depreciativo] Que gosta de fazer judiarias. = PERVERSO

    nome masculino

    8. [Informal, Depreciativo] Agiota, usurário.

    9. [Popular] Enxergão.

    10. Ictiologia Peixe pelágico (Auxis rochei) da família dos escombrídeos, de corpo alongado, coloração azulada com bandas escuras no dorso e ventre prateado. = SERRA

    11. [Brasil] Feixe de capim com pedras, para a formação de tapumes, em trabalhos de mineração.


    judeu errante
    Personagem lendária condenada a vagar pelo mundo até ao fim dos tempos.

    Indivíduo que viaja com muita frequência, que não se fixa num lugar.


    Ver também dúvida linguística: sentido depreciativo de cigano e outras palavras.
    Fonte: Priberam

    Lado

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Parte direita ou esquerda de um corpo, de um objeto, de um lugar: tem uma mancha no lado esquerdo.
    Sítio, lugar, banda: vai para aquele lado?
    Partido, facção, fileira: houve.
    Fonte: Priberam

    Lei

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Lei Ver Torá.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Lei
    1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)

    2) PENTATEUCO (Lc 24:44). 3 O AT (Jo 10:34); 12.34).

    4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário da FEB
    [...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

    A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...].
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

    A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Bíblico
    A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42Js 10:40Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13Ez 20:11Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto
    (1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.
    (2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins.
    (3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária.
    (4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
    [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
    [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
    [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
    Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
    Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
    expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
    Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
    Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
    Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
    Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
    Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
    Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
    Fonte: Priberam

    Levitas

    Dicionário Bíblico
    Todos os sacerdotes do povo escolhido eram levitas, isto é, descendentes de Levi por Coate (segundo filho de Levi), e Arão. Mas Levi teve outros filhos, cujos descendentes ajudavam os sacerdotes, formavam a guarda do tabernáculo, e o transportavam de lugar para lugar (Nm 4:2-22,29). No tempo de Davi, toda a família achava-se dividida em três classes, cada uma das quais estava subdividida em vinte e quatro ordens. A primeira classe estava ao serviço dos sacerdotes – a segunda formava o coro dos cantores do templo – e a terceira constituía o corpo dos porteiros e guardas do templo (1 Cr 24,25,26). Para sustentar todos estes homens, tinham-lhes sido concedidas quarenta e oito cidades, com uma faixa de terra em volta de cada uma delas – e tinham, também, o dízimo de todos os produtos e gado do pais (Lv 27:30Nm 35:1-8) – desse dízimo cabia aos sacerdotes a décima parte. Além disso, todos os levitas participavam do dízimo dos produtos, que geralmente o povo tinha de empregar naquelas festas, para as quais eram eles convidados (Dt 14:22-27). (*veja Sacerdote, Sumo sacerdote.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Levitas Descendentes de Levi, terceiro filho do patriarca Jacó, mas não de Aarão. Originalmente serviram no tabernáculo (Nu 3:5ss.). Durante a época de Jesus, realizavam tarefas de canto e música no templo e eram mantidos pelo dízimo ou maaser da comunidade. Jesus colocou um levita entre os protagonistas da parábola do bom samaritano (Lc 10:25ss.), culpando-o pela falta de amor ao próximo, talvez por antepor o temor e/ou o cuidado pelas normas rituais (medo de contaminar-se com um cadáver) ao chamado da misericórdia.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Luz

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Claridade que emana de si mesmo (Sol) ou é refletida (Lua).
    [Astronomia] Claridade que o Sol espalha sobre a Terra.
    Objeto que serve para iluminar; lâmpada, lanterna: traga a luz.
    O que ilumina os objetos e os torna visíveis: luz do poste.
    [Artes] Efeitos da luz reproduzidos em um quadro: hábil distribuição de luz e sombras.
    Figurado Tudo que esclarece o espírito: a luz da razão, da fé.
    Figurado Conhecimento das coisas; inteligência, saber: suas luzes são limitadas.
    Figurado Pessoa de mérito, de elevado saber: é a luz de seu século.
    Orifício de entrada e saída do vapor no cilindro de uma máquina.
    Abertura na culatra de uma arma, pela qual se faz chegar o fogo à carga.
    Furo que atravessa um instrumento.
    [Ótica] Nos instrumentos de óptica de pínulas, pequeno orifício pelo qual se vê o objeto observado.
    [Anatomia] Cavidade de um corpo ou órgão oco: a luz do intestino.
    expressão Luz cinzenta. Luz solar refletida pela Terra, a qual permite distinguir o disco completo da Lua quando esta se mostra apenas sob a forma de crescente.
    Luz negra ou luz de Wood. Raios ultravioleta, invisíveis, que provocam a fluorescência de certos corpos.
    Vir à luz. Ser publicado, revelado.
    Século das Luzes. O século XVIII.
    Dar à luz. Dar vida a um ser.
    Etimologia (origem da palavra luz). Do latim lucem.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    hebraico: amendoeira
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] luz é, em suma, a forma mais sutil da matéria. [...].
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] é um modo de movimento, como o calor, e há tanta “luz” no espaço à meia-noite como ao meio-dia, isto é, as mesmas vibrações etéreas atravessando a imensidade dos céus. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1

    [...] constitui o modo de transmissão da história universal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 4a narrativa

    [...] é o símbolo multimilenar do desenvolvimento espiritual. [...]
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    L M
    Referencia:

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Luz
    1) Claridade; luminosidade (Gn 1:3).


    2) Figuradamente refere-se a Deus (Sl 104:2; Jc 1:17); a Jesus (Jo 1:4-6); à Palavra de Deus (Sl 119:105); e aos discípulos de Jesus (Mt 5:14).


    3) Cidade cananéia que foi chamada de Betel (Gn 28:19) e, depois, formou a fronteira norte da tribo de Benjamim (Js 18:13).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Luz Símbolo da claridade espiritual, que procede do Evangelho de Jesus (Mt 4:16; Lc 1:79) e não se restringe aos judeus, mas que chega até aos gentios (Lc 2:32). Acompanha algumas manifestações gloriosas de Jesus como a da sua Transfiguração (Mt 17:2-5). Os discípulos devem ser canais dessa luz (Mt 5:14-16; Lc 12:35), evangelizar e atuar na transparência própria da luz (Mt 10:27; Lc 12:3).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Maiores

    Dicionário Comum
    maior | adj. 2 g. | s. m. pl.

    mai·or |ó| |ó|
    (latim maior, -us ou major, -us, comparativo de magnus, -a, -um, grande)
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que excede outro em quantidade, volume, extensão, intensidade ou duração.

    2. Que atingiu a idade de exercer os seus direitos civis (ex.: maior de idade).


    maiores
    nome masculino plural

    3. Antepassados.


    de maior
    [Brasil, Informal] Que atingiu a maioridade.DE MENOR

    maior e vacinado
    [Informal] Adulto, independente, responsável pelos seus actos e pelo seu destino (ex.: a sobrinha, maior e vacinada, sabe bem o que quer da vida).

    na maior
    [Informal] Em estado de descontracção, tranquilidade ou à-vontade. = DESPREOCUPADO

    por maior
    Por alto.

    ser o maior
    [Informal] Ser superior ou melhor que os outros.

    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    maior | adj. 2 g. | s. m. pl.

    mai·or |ó| |ó|
    (latim maior, -us ou major, -us, comparativo de magnus, -a, -um, grande)
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que excede outro em quantidade, volume, extensão, intensidade ou duração.

    2. Que atingiu a idade de exercer os seus direitos civis (ex.: maior de idade).


    maiores
    nome masculino plural

    3. Antepassados.


    de maior
    [Brasil, Informal] Que atingiu a maioridade.DE MENOR

    maior e vacinado
    [Informal] Adulto, independente, responsável pelos seus actos e pelo seu destino (ex.: a sobrinha, maior e vacinada, sabe bem o que quer da vida).

    na maior
    [Informal] Em estado de descontracção, tranquilidade ou à-vontade. = DESPREOCUPADO

    por maior
    Por alto.

    ser o maior
    [Informal] Ser superior ou melhor que os outros.

    Fonte: Priberam

    Meio

    Dicionário Comum
    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.
    Fonte: Priberam

    Mesmo

    Dicionário Comum
    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.
    Fonte: Priberam

    Messias

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Messias O SALVADOR prometido no AT (Jo 1:41). Messias (hebraico) é o mesmo que Cristo (grego) e quer dizer “Ungido”
    v. UNGIR.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Messias Literalmente, ungido. Primitivamente, a pessoa consagrada com óleo para uma tarefa divina. O termo era, pois, aplicado ao monarca e ao Sumo Sacerdote.

    Mais tarde, o termo referir-se-á a um rei da casa de Davi (2Sm 22:51), que estabelecerá a justiça e o juízo, obterá a salvação de Israel e das nações e até mesmo terá características divinas (Is 9:5-6; 11,1-10 etc). O fato de o Antigo Testamento apresentar esse messias ora como Servo sofredor (13 53:12'>Is 52:13-53:12) ora como rei triunfante levou alguns setores judeus — como a seita do Mar Morto — a crer na vinda de dois messias, um dos quais morreria pelos pecados do povo. Obviamente, foi esta última categoria messiânica a proclamada por Jesus (Mc 10:45) e seus discípulos (At 2:22ss.), transferindo seu triunfo para uma futura vinda.

    A idéia de um messias sofredor, que expiaria com sua morte os pecados de todos, aparece em inúmeras fontes do judaísmo (Midraxe de Rt 2:14; Sanhedrín 98b; Yoma 5a; Lukot Habberit 242a etc.), mas sua semelhança com os detalhes da morte de Jesus e as vantagens de que tal fato tiravam os judeu-cristãos explicam que o judaísmo posterior fosse rejeitando as interpretações messiânicas tradicionais de passagens como Is 53 ou Zc 12:10. Assim, ou Is 53 foi reconhecido como texto messiânico, mas se lhe tirou o conteúdo sofredor (Targum de Is 53), ou se acentuou o seu caráter messiânico, mas foi substituído por uma aplicação ao povo de Israel para evitar favorecimentos aos cristãos (Rashi, Maimônides etc.).

    Portanto, as fontes deixam de apresentar que o conceito messiânico do cristianismo se enraíza claramente no judaísmo bíblico e do Segundo Templo. Jesus partiu da identificação do messias com o Servo de YHVH, unindo-se assim a outras correntes exegéticas da época. No entanto, esse Servo — e nisso também acompanhou correntes judaicas — é também o Filho do homem e o Filho de Deus, historicamente identificado com ele próprio: Jesus.

    S. Mowinckel, He...; J. Kausner, The Messianic idea...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Los Documentos...; A. Kac, The Messiahship...; Idem, The Messianic Hope, Grand Rapids 1985; D. Juel, o. c.; O. Cullmann, Christology...; R. Longenecker, o. c.; T. W. Manson, The Servant-Messiah, Cambridge 1953; m. Pérez Fernández, Tradiciones mesiánicas en el Targum palestinense, Estella 1981; J. L. Sicre, De David al Mesías, Estella 1995.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Religião Segundo o judaísmo, o descendente humano do rei Davi, capaz de restaurar Israel e o reino de Davi.
    Religião Para o cristianismo, Jesus Cristo.
    Figurado Aquele que é muito esperado.
    Figurado Quem toma frente de algo (religião, partido político, sociedade etc.).
    Etimologia (origem da palavra messias). Do aramaico mesiha; pelo latim messias.ae.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    . Veja Cristo.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    Ungido. Esta palavra aparece no A. T. e no N. T. – umas vezes com a designação de ‘o príncipe’ (Dn 9:25-26), outras com a sua significação própria: ‘o Ungido’, o ‘Cristo’ (Jo 1:41 – 4.25). A palavra ‘ungido’ é aplicada aos sacerdotes (Lv 4:3-5 – 6,22) – aos reis (1 Sm 2.10 – 12.3, etc.) – e mesmo a um pagão, no caso de Ciro (is 45:1). Geralmente se considera a passagem de Gn 8:15 como uma promessa do Messias. os escritores judaicos, contudo, não interpretam diretamente estas palavras do Gênesis como referentes ao Messias, embora alguns sustentem que a vitória seria ‘nos dias do Messias’. A Abraão tinha sido anunciado o Messias mais ou menos claramente, como a prometida Semente – a Moisés como um Profeta – a todos daquele tempo como um Sacerdote – a Davi se manifesta também como Rei. Até que ponto conhecia Davi a profunda significação das profecias que por Natã e outros lhe eram reveladas ou por ele proferidas, não se pode saber. Tanto a ele, como a outros inspirados videntes, se podem aplicar as palavras de Pedro (1 Pe 1.10 a 12). Mas o próprio apóstolo Pedro também em outro lugar nos ensina que Davi sabia que ‘Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono’ (vede At 2:30). os salmos, na verdade, abundam em referências ao Messias e Seu reino. Eles contêm maravilhosas predições da vida de Cristo, concernentes aos Seus sofrimentos e à Sua glória. A respeito dos Seus sofrimentos *veja o Sl 22 – e com respeito à Sua glória os salmos 2:45-72 e 110. o salmo 182, vers. 11, relaciona Jesus com Davi – o 118, vers. 22, prediz que Ele havia de ser rejeitado pelos judeus – o salmo 68, vers. 18, anuncia a Sua ascensão e o dom do Espírito – e o salmo 117 a chamada dos gentios. o caráter messiânico não se restringe a esses salmos diretamente proféticos. Por todos os salmos se apresenta um ideal, de pessoa justa, embora sofredora, que pela dor e pelas aflições havia de atingir o domínio universal. ora, é Jesus Cristo, na Sua pessoa e na Sua obra, que de um modo completo e único realiza esse ideal. Na verdade, no salmo 8, a honra conferida por Deus à Humanidade é assim descrita: ‘e sob seus pés tudo lhe puseste’ – mas o comentário apostólico é desta forma: ‘Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas – vemos, todavia,… Jesus,… coroado de glória e de honra…’ (Hb 2:8-9). Davi, no salmo 16, faz, numa esperança firme, esta afirmação: ‘Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.’ ‘Sendo, pois, profeta’, comenta o apóstolo Pedro, ele ‘referiu-se à ressurreição de Cristo’ (At 2:30-31). o salmo 40 também nos oferece um belo quadro de santificação, que única e completamente teve a sua realização em Cristo, como se mostra em Hb 10:5-10. os indícios que se encontram nos profetas estão de harmonia com os que se vêem nos salmos. o Messias deve ser Rei, e por isso os profetas o representam revestido com todos os característicos dos mais ilustres príncipes da teocracia judaica – e mais de uma vez lhe dão o título de Davi, que era a muitos respeitos o ideal da verdadeira autoridade (os 3:5Jr 30:9At 13:84). Eles descrevem no mesmo rasgo de imaginação o Seu caráter como profeta ou sacerdote, multiplicando para cada caso as imagens, a fim de apresentarem as mais sublimes idéias sobre a sua missão (Zc 6 – Hb 7). E do mesmo modo falam do Seu reino, reino de graça e de glória, como sendo a mais alta perfeição da economia judaica e lhe chamam Jerusalém ou Sião (is 62:1-6,7 – 60.15 a 20 – Gl 4:26-28Hb 12:22). Vede também is 60:6-7 – 66.23. o derramamento do Espírito é, para Joel, a manifestação das três formas de revelação divina que ocorrem no Antigo Testamento. A idéia de que todas as nações haviam de adorar o verdadeiro Deus patenteia-se na declaração de que elas hão de reunir-se na festa dos Tabernáculos (Zc 14:16). A glória dos dias do Messias é representada pelos tempos felizes de Davi e Salomão (Zc 3:10 – cp.com 1 Rs 4,25) – e o poder da paz pela união de Judá e israel (os 1:11is 11:13). Além disso, os inimigos do reino do Messias não somente recebem os nomes que tinham os inimigos da antiga teocracia, isto é, os de nações dos gentios, mas também o de que algum povo que naquele tempo era poderoso ou especialmente adverso aos israelitas. Em is 25 dá-se-lhes o nome de Moabe – em is 63 e em Am 9:12 o de Edom – e em Ez 88 o de Magogue. Todavia se achará que há duas linhas paralelas da profecia, apontando para o Messias: uma delas apresenta o Rei ideal, a outra o Profeta ideal, o sofredor servo do Senhor.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Mestre

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mestre
    1) Professor; instrutor (Sl 119:99; Mt 10:24).


    2) Título de Jesus, que tinha autoridade ao ensinar (Mc 12:14).


    3) Pessoa perita em alguma ciência ou arte (Ex 35:35).


    4) Pessoa que se destaca em qualquer coisa (Pv 24:8; Ez 21:31, RA).


    5) Capitão (Jn 1:6).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mestre 1. “Epistates” (o que está por cima). No evangelho de Lucas, é equivalente a rabie, por definição, um título apropriado para Jesus (Lc 5:5; 8,24.45; 9,33.49; 17,13).

    2. “Didaskalos” (o que ensina). Por antonomásia, Jesus, o único que merece receber esse tratamento (Mt 8:19; Mc 4:38; Lc 7:40; Jo 1:38), proibido até mesmo a seus discípulos (Mt 23:8).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Moisés

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Mundo

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mundo
    1) A terra (Sl 24:1).


    2) O conjunto das nações conhecidas (1Rs 10:23, RA).


    3) A raça humana (Sl 9:8; Jo 3:16; At 17:31).


    4) O universo (Rm 1:20).


    5) Os ímpios e maus, que se opõem a Deus (Jo 15:18) e têm o Diabo como seu chefe (Jo 12:31).


    6) Os habitantes do Império Romano (Lc 2:1).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mundo 1. O universo, o cosmo (Jo 1:10; 17,5; 21,25).

    2. O lugar onde o ser humano habita (Mt 4:8; 16,26; 26,13; Lc 12:30).

    3. O gênero humano que está perdido e é mau (Jo 12:31; 14,30), mas a quem Deus ama e manifesta seu amor ao enviar seu Filho, para que todo aquele que nele crê não se perca, mas tenha vida eterna (Jo 3:16; 1,29; 6,51). Jesus vence o mundo entendido como humanidade má e decaída, oposta a Deus e a seus desígnios (Jo 3:17; 4,42; 12,47; 16,11.33). Os discípulos estão neste mundo, todavia não participam dele (Jo 8:23; 9,5; 17,11.15ss.). Sinal disso é que se negam a combater (Jo 18:36).

    4. O mundo vindouro é o Olam havah hebraico, o novo tempo, a nova era que se inaugurará após o triunfo definitivo do messias (Mt 12:32; Mc 10:30; Lc 20:35).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    [...] todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de almas. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14

    [...] O mundo é escola, e na sua condição de educandário desempenha papel primacial para a evolução, em cujo bojo encontra-se o objetivo de tornar o Cristo interno o verdadeiro comandante das ações e dos objetivos inarredáveis da reencarnação.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração

    [...] cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinada. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os filhos do criador, a grande família universal... São eles as grandes escolas das almas, as grandes oficinas do Espírito, as grandes universidades e os grandes laboratórios do Infinito... E são também – Deus seja louvado – os berços da Vida.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da trai ção aos seus próprios deveres. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    O mundo é uma associação de poderes espirituais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] os mundos [são] laboratórios da vida no Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Sinônimos
    universo, orbe. – Tratando de mundo e universo é Roq. mais completo que S. Luiz. “Chama-se mundo e universo” – diz ele – “o céu e a terra considerados como um todo. A palavra universo conserva sempre esta significação; porém a palavra mundo tem muitas acepções diferentes. – Universo é uma palavra necessária para indicar positivamente este conjunto de céu e terra, sem relação com as outras acepções de mundo. – Mundo toma-se particularmente pela terra com suas diferentes partes, pelo globo terrestre; e neste sentido se diz: ‘dar volta ao mundo’: o que não significa dar – volta ao universo. – Mundo toma-se também pela totalidade dos homens, por um número considerável deles, etc.; e em todas estas acepções não se compreende mais que uma parte do universo. – Universo, ao contrário, é uma palavra que encerra, debaixo da ideia de um só ser, todas as partes do mundo, e representa o agregado de todas as coisas criadas, com especial relação à natureza física. Diz-se que Jesus Cristo remiu o mundo; mas não – que remiu o universo; o velho e o novo mundo, e não – o velho e o novo universo; neste mundo, isto é, na terra, nesta vida, e não – neste universo, porque não há senão um e mesmo universo”. – Só figuradamente pode aplicar-se a palavra universo fora dessa rigorosa significação, ou sem atenção a ela. – Dizemos, por exemplo: – o universo moral; em psicologia estamos em presença de um universo novo, para significar, no primeiro caso – a totalidade das leis morais; e no segundo – as novas noções a que ascende a consciência humana à medida que vai desvendando no universo coisas que nos têm parecido misteriosas. – Orbe toma-se pelo mundo, e refere-se mais particularmente à superfície do globo, dando ideia da sua amplitude. Em todo o orbe não se encontrou nunca uma alma em cujo fundo não estivesse a ideia de uma justiça eterna, isto é, superior às contingências do mundo. – Mundo, neste exemplo, significa portanto – a comunhão dos homens, a consciência humana – móvel no tempo e no espaço; enquanto que orbe diz toda a superfície do nosso globo.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
    Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
    Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
    Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
    Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
    Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
    Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
    Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
    adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
    Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
    Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
    Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
    Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
    Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
    Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
    Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
    Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
    adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
    Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33:8is 27:6). Eretz, usualmente ‘terra’ (como em Gn 1:1), quatro vezes aparece vertida na palavra ‘mundo’. No N. T. o termo que se vê com mais freqüência é Koamoa. Esta palavra implicava primitivamente a ‘ordem’ e foi posta em uso na filosofia de Pitágoras para significar o mundo ou o Universo, no seu maravilhoso modo de ser em oposição ao caos. No evangelho de S. João quer dizer ‘mundo’ nos seus vários aspectos, isto é: a parte dos entes, ainda separados de Deus, a Humanidade como objeto dos cuidados de Deus, e a Humanidade em oposição a Deus (*veja, por exemplo, Jo 1:9 – 3.16 – 14.17 – 1 Jo 2:2-15 – 5.19). Depois de kosmos, a palavra mais usada é aiõn, que originariamente significava a duração da vida, e também eternidade, uma época, ou mesmo certo período de tempo. Emprega-se no sentido de ‘fim do mundo’ (Mt 13:49), ‘Este mundo’ (idade), e o ‘Século vindouro’ (Mt 12:32Mc 4:19Lc 18:30 – Rm 1L
    2) – e em Hebreus 1:2-11.3, é o ‘mundo’, como feito pelo Filho. oikoumene, significando o mundo habitado, especialmente o império Romano, ocorre em Mt 24:14Lc 2:1At 17:6Ap 12:9, etc. Gê, a terra, aparece somente em Ap 13:3.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Natanael

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “presente de Deus”).


    1. Mencionado somente no evangelho de João, foi um dos discípulos que seguiram Jesus desde o início de seu ministério público. João 21:2 diz que era proveniente de Caná da Galiléia e o menciona entre as testemunhas da ressurreição de Cristo. João 1:45-49 narra como foi levado a Jesus por Filipe. A primeira reação dele, ao saber qual era a cidade natal de Cristo, foi perguntar se alguma coisa boa viria de Nazaré. Quando Jesus o viu, disse: “Aqui está um verdadeiro israelita, em quem não há nada falso” (v. 47). Imediatamente Natanael percebeu que Jesus o conhecia e perguntou-lhe como foi possível isto. Jesus lhe respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, te vi quando estavas debaixo da figueira” (v. 48). A cena que se segue é surpreendente devido à sua falta de explicação ou de detalhes. A resposta de Natanael foi extraordinária: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (v. 49).

    A breve explicação dada para esta demonstração de sua fé em Cristo é encontrada em João 1:50. Jesus disse: “Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que esta verás”. Não temos informações sobre a experiência de Natanael debaixo da figueira ou por que o conhecimento de Jesus sobre isso teve um impacto tão forte sobre ele. Alguns sugerem que Cristo falou sobre uma passagem messiânica das Escrituras ou mesmo sobre a história de Jacó e a escada com os anjos, uma referência que Jesus utilizou no
    v. 51. Mas talvez seja uma combinação — saber que Jesus tinha um conhecimento sobrenatural sobre ele como pessoa e a apresentação de Filipe: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José”. Ou talvez houvesse mais elementos envolvidos em sua conversão do que somos informados. Qualquer que seja o motivo ou os antecedentes desta declaração explícita de fé, feita por Natanael, o escritor do evangelho a utiliza como um exemplo claro do tipo de confissão que desejava que todos os seus leitores conhecessem. Por todo seu evangelho, João enfatiza a necessidade da verdadeira fé em Jesus, a qual envolve compromisso para com Ele, como “o Filho de Deus” (veja Jo 20:31, onde João declara sua razão para escrever o evangelho; também 11:27). Natanael é a primeira pessoa que a Bíblia diz que “creu” e a segunda a chamar Jesus de “Filho de Deus” (a primeira foi João Batista, Jo 1:34); desta maneira, tornou-se o exemplo da resposta que se esperava de um judeu devoto, confrontado com seu Rei Messias.

    Tentativas de identificar Natanael como um dos doze discípulos, conhecido em outros lugares por um nome diferente, são, na melhor das hipóteses, simples especulação. P.D.G.


    2. Filho de Zuar e líder de Issacar, no tempo de Moisés; portanto, o representante da tribo durante o censo (Nm 1:8). Quando foram dadas as instruções sobre como e onde cada grupo tribal acamparia, em relação ao Tabernáculo (a Tenda da Congregação), Issacar foi estabelecido ao leste, perto da tribo de Judá, com Natanael à frente de 54:400 pessoas (Nm 2:5-6). Na festa da dedicação do Tabernáculo, ele levou as ofertas de sua tribo no segundo dia de celebração (7:18-23). Quando os israelitas finalmente partiram do Sinai, novamente Natanael estava à frente de seu povo (10:15).


    3. Quarto filho de Jessé (1Cr 2:14). Quando Samuel foi ungir o novo rei, o velho belemita fez com que todos os seus filhos se apresentassem diante do profeta, a partir do primogênito, em ordem de idade. Davi foi o sétimo.


    4. Sacerdote cuja tarefa foi a de tocar trombeta adiante da Arca da Aliança, quando foi levada para Jerusalém pelo rei Davi (1Cr 15:24 – também chamado de Netaneel).


    5. Levita, pai do escrivão Semaías (1Cr 24:6), o qual registrava o nome e a função dos sacerdotes e levitas, após o rei Davi organizar a adoração na Tenda da Congregação.


    6. Quinto filho de Obede-Edom, descendente de Coré, responsável pelo atendimento nos portões do Tabernáculo, na administração do rei Davi (1Cr 26:4). Possivelmente é o mesmo identificado no item 4.


    7. Um dos oficiais do rei Jeosafá, enviado no terceiro ano de seu reinado para ensinar o povo das cidades de Judá sobre o Senhor e sua Lei (2Cr 17:7).


    8. Durante o avivamento espiritual, o rei Josias doou ovelhas e outros animais para os sacrifícios oferecidos pelo povo. Este Natanael foi um dos líderes dos levitas que, junto com outros companheiros, também doaram voluntariamente muitos animais para os holocaustos (2Cr 35:9).


    9. Descendente de Pasur, foi um dos judeus que se casaram com mulheres estrangeiras na época de Esdras (Ed 10:22).


    10. Líder da família sacerdotal de Jedaías, estava entre os judeus que retornaram do exílio na Babilônia com Zorobabel (Ne 12:21 – também chamado de Netaneel).


    11. Provavelmente o mesmo relacionado no item 9, era um líder na tribo de Judá e sacerdote que tocou instrumentos musicais na festa de dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 12:36 – também chamado de Netanel). P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Natanael Um dos primeiros discípulos de Jesus (Jo 1:45-49), natural de Caná da Galiléia (Jo 21:2). Costuma-se identificá-lo com Bartolomeu, um dos doze apóstolos.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Dom de Deus. Discípulo de Cristo, e um verdadeiro israelita, em quem não havia dolo – como ele se converteu acha-se descrito em Jo 1:45-51. Era natural de Caná da Galiléia, e foi um daqueles poucos discípulos a quem Jesus apareceu no mar de Tiberíades, depois da Sua ressurreição (Jo 21:2). Provavelmente é o mesmo que Bartolomeu (*veja este nome). (*veja também Netanel.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Natanael [Dádiva de Deus] - DISCÍPULO de Jesus. Era de Caná da Galiléia (Jo 1:45-51); 21.2), sendo identificado com BARTOLOMEU.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Nazaré

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Nazaré Cidade localizada no sul da Galiléia. Ali Jesus cresceu e ali vivia a sua família (Lc 1:26-27); (Lc 2:4), (Lc 2:51); (Lc 4:16).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Nazaré Pequena vila da Galiléia, onde Jesus passou sua infância (Lc 1:26ss.) e inaugurou seu ministério messiânico (Lc 4:16ss.). Nela viviam Maria e os irmãos de Jesus (Mt 13:54-55; Mc 6:3ss.). No geral, seus habitantes não creram em Jesus, o que os privou de receber as bênçãos dele (Mc 6:1-6).

    São consideráveis as descobertas arqueológicas relacionadas às origens do cristianismo nesta cidade. Destacam-se, especialmente, a casa de Maria em Nazaré (descoberta em 1953, ao se encomendar à Custódia da Terra Santa a tarefa de demolir a igreja da Anunciação em Nazaré e iniciar a construção de uma nova), a sinagoga judeu-cristã anterior ao templo bizantino que dificilmente pode ser datado antes do séc. II, a casa de José em Nazaré (no lugar da igreja de São José, na mesma localidade, com abundantes descobertas judeu-cristãs) e o denominado decreto de Nazaré.

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; B. Bagatti, The Church...; J. Briand, L’ Église...

    A - Decreto de Nazaré

    Talvez seja esta uma das fontes epigráficas mais controvertidas em relação ao cristianismo primitivo. Trata-se de uma peça inscrita em mármore e que está no Cabinet des Medailles de Paris desde 1879. Fazia parte da coleção Froehner, e o único dado acerca de sua origem é a nota que figura no inventário manuscrito do próprio Froehner, designado como “Dalle de marbre envoyée de Nazareth en 1878” (“Laje de mármore enviada de Nazaré em 1878”). A primeira pessoa que demonstrou interesse pela peça foi m. Rostovtzeff, uns cinqüenta anos depois que ela chegou, provavelmente, a Paris. O mencionado historiador chamou a atenção de f. Cumont sobre a descoberta e este decidiu torná-la pública em 1930. A inscrição está em grego, embora haja a possibilidade de ter sido escrita originalmente em latim, iniciada pela expressão “Diátagma Kaísaros” (decreto de César). Traduzido do grego, seu texto é o que segue: “É meu desejo que os sepulcros e as tumbas que foram erigidos como memorial solene de antepassados ou filhos ou parentes permaneçam perpetuamente sem ser molestados. Fique de manifesto que, em relação com qualquer um que os tenha destruído ou que tenha retirado de alguma forma os corpos que ali estavam enterrados ou os tenha levado, com intenção de enganar, a outro lugar, cometendo assim um crime contra os enterrados ali, ou tenha retirado as lajes ou outras pedras, ordeno que, contra a tal pessoa, seja executada a mesma pena em relação com os solenes memoriais dos homens que a estabelecida por respeito aos deuses. Pois muito mais respeito se há de dar aos que estão enterrados. Que nada os moleste de forma alguma. De outra maneira, é minha vontade que se condene à morte tal pessoa pelo crime de expoliar tumbas”.

    Para alguns autores, essa fonte seria a versão grega do edito latino de Augusto, publicado no ano 8 do procurador Copônio, por ocasião de uma profanação do Templo ocasionada por samaritanos que jogaram ossos em seu recinto. Essa interpretação é inadmissível por diversas razões. Em primeiro lugar, a análise paleográfica da escrita da inscrição revela que a mesma pertence à primeira metade do séc. I d.C. Além disso, Nazaré — com o restante da Galiléia — caiu sob o domínio imperial em 44 a.C. Portanto, o imperador ao qual se refere o decreto deve ser, forçosamente, Cláudio. Infelizmente, nem todos os detalhes relacionados com o decreto são fáceis de ser resolvidos. Assim, deve-se perguntar se a mesma — que foi enviada de Nazaré a Paris — foi encontrada na mesma Nazaré e, se assim foi, se esteve fixada em Nazaré e por que motivo. Não menos difícil de determinar é a “ratio legis” do decreto e a explicação relativa à severidade da pena. Não era novidade o saque de túmulos, mas essa é uma disposição emanada diretamente do imperador e que, além disso, pretende ser sancionada com o exercício da pena capital. Uma explicação plausível é que Cláudio já poderia conhecer o caráter expansivo do cristianismo. Se tivesse investigado um pouco o assunto, saberia que a base do impulso do cristianismo residia, em boa parte, na afirmação de que seu fundador — um condenado judeu — agora estava vivo.

    Já que a explicação mais simples era que o corpo fora roubado pelos discípulos para enganar o povo com o relato da ressurreição de seu mestre (conforme Mt 28:13), o imperador poderia ter determinado a imposição de uma pena severíssima para evitar a repetição de tal crime na Palestina. A ordem — segundo essa linha de suposição — poderia ter tomado a forma de um rescrito dirigido ao procurador da Judéia ou ao legado na Síria e, presumivelmente, ter-se-iam distribuído cópias nos lugares da Palestina associados de maneira especial com o movimento cristão, o que implicaria Nazaré e, possivelmente, Jerusalém e Belém. Num sentido bem semelhante ao aqui exposto, manifestou-se A. Momigliano e, mais tarde, autores como f. f. Bruce. m. P. Charlesworth, Documents illustrating the Reigns of Claudius and Nero, Cambridge 1939, p. 15, n. 17; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    É hoje En-Nasirah. Uma cidade fechada entre montes rochosos e estéreis, formando o espinhaço meridional do Líbano, que termina na planície de Esdrelom. Foi a terra natal de José e Maria, o sítio da anunciação, a residência de Jesus por vinte e oito anos, e o lugar onde começou a ensinar a Sua doutrina (Mt 2:23 – 4.13 – Mc 1:9Lc 1:26-27, 56 – 2.4,16 a 30,39,51 – Jo 1:45). os galileus, e em particular o povo de Nazaré, eram desprezados pelos habitantes da Judéia. (*veja Nazareno.) Mostra-se ali a ‘Fonte da Virgem’ como sendo o lugar onde, segundo a tradição, recebeu a mãe de Jesus a saudação do anjo (Lc 1:28). Certamente, durante a sua vida em Nazaré, devia a Virgem Maria ter ido muitas vezes a esta fonte buscar água, e pode presumir-se que tivesse sido acompanhada do seu Filho, quando pequeno. Há, ali, um notável precipício, quase perpendicular, de 12 a 15 metros de altura, que deve ser aquele mesmo aonde os enfurecidos conterrâneos de Jesus o levaram para dali o precipitarem (Lc 4:29). A vista que se descortina do cume de Neby ismail, um dos montes por detrás da cidade, é muito bela. Deve-se notar que, embora a cidade estivesse isolada, estava perto de uma das grandes estradas, que naquele tempo era muito percorrida pelos negociantes.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Nome

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
    A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
    Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
    Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
    Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
    Apelido; palavra que caracteriza alguém.
    Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
    Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
    Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
    Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
    v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Nunca

    Dicionário Comum
    advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
    De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
    De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
    Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
    Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.
    Fonte: Priberam

    Não

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Pai

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
    Fonte: Priberam

    Passar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Ir de um local para outro; atravessar: passamos a cerca para entrar no prédio.
    Ir através de: passar a água pela peneira.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Ultrapassar ou transpor algo; exceder um limite: o caminhão passou o carro; ela passou pela criança.
    verbo bitransitivo Fazer o transporte de: o barco passa as mercadorias pelo rio.
    Espalhar algo sobre: passou a geleia no pão.
    Obstruir a passagem de; fechar: passou o cadeado na porta.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Fazer com que algo ou alguém chegue a algum lugar: eles passaram pela fronteira; não conseguiu passar sobre a ponte.
    Causar movimento: passou as páginas da Bíblia; passou os livros para a estante.
    Fazer com que chegue ao destino: não consegue passar o jogo; passou a bola ao adversário.
    verbo transitivo indireto e pronominal Deixar de ser uma coisa para se tornar outra: passou da música para a dança; passei-me de história para medicina.
    verbo transitivo indireto Ir a um local sem permanecer por lá: passaram pelo bairro.
    Seguir para o interior de; penetrar: o vento passou pela roupa; a cadeira não passa pela porta.
    verbo pronominal Ter razão de ser; correr: não sei o que se passa com ela.
    verbo intransitivo Deixar de existir; acabar: a tempestade passou.
    Sobreviver a: o doente não passa desta semana.
    Etimologia (origem da palavra passar). Do latim passare; passus.us.
    Fonte: Priberam

    Pecado

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

    Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

    R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico

    i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
    ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
    iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

    [...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

    [...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

    [...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Fonte: febnet.org.br

    Pedro

    Dicionário Comum
    Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).

    Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.

    Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).

    Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.

    Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.

    Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.

    Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.

    C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre

    (ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Pedro [Pedra] - APÓSTOLO (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18); (Lc 5:1-11); 8:40-56; (Mt 8:14-15); 14:28-33; 16:13 23:17-1-13 26:36-46,69-75; (Lc 24:34); (Jo 18:10-18), 25-27; 21:1-23; At 1:13—5.42; 8:14-25; 10.1—11.18; 12:1-19; 15:1-11; (1Co 9:5); (Gl 1:18); 2:6-14. Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 d.C., no tempo de NERO. V. PEDRO, P
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    pedra, rocha
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).

    Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).

    A vocação de Pedro

    Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).

    Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).

    Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.

    O apostolado de Pedro

    Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).

    De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).

    Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).

    Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).

    Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).

    Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).

    Os escritos de Pedro

    De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.

    I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).

    Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.

    Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.

    Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).

    Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).

    Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).


    1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).


    2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).

    A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..

    A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).

    Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).

    Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).

    Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.

    Autor: Paul Gardner

    Plenitude

    Dicionário Bíblico
    Qualidade ou estado de pleno.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Plenitude
    1) Abundância (Sl 16:11, RA; Jo 1:16).


    2) Presença completa (Fp 1:23; 3.19).


    3) Estatura completa (Fp 4:13, RA).


    4) Do
    (s): tempo(s): o tempo certo para Deus agir, libertando as pessoas do peso da LEI 2, e da escravidão do pecado (Gl 4:4).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Condição de pleno, daquilo que está completo, inteiro, sem espaço.
    Estado do que se apresenta total ou integralmente; completude.
    expressão Em plenitude. No grau máximo de: expressava sua fé em plenitude.
    Etimologia (origem da palavra plenitude). A palavra plenitude deriva do latim plenitudinis, inis, com o sentido de robustez, espessura, grossura.
    Fonte: Priberam

    Pode

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego.
    Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo.
    Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos.
    Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder.
    substantivo deverbal Ação de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira.
    Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.
    Fonte: Priberam

    Poder

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Poder
    1) Força física (Dn 8:6), RA).

    2) Domínio (Jz 13:5), RA).

    3) Autoridade para agir (Sl 62:11); (Rm 9:22).

    4) Força espiritual (Mq 3:8), RA; (At 1:8).

    5) Espírito, seja bom ou mau (Ef 1:21); (1Pe 3:22), RA).

    6) Espírito mau (1Co 15:24), RA). V. POTESTADE e PRINCIPADO.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Poder Nos evangelhos, encontra-se a afirmativa de que este mundo é campo de batalha entre dois poderes, não humanos, mas espirituais: o de Deus e o de Satanás e seus demônios. Ante essa realidade espiritual, as demais análises são superficiais e fora de foco. Jesus manifesta o poder de Deus nos milagres (Mt 12:22-30; Lc 19:37). É um poder que reside nele e dele sai (Mc 5:30; Lc 4:14), que vence o mal (Mc 3:26ss.; Lc 10:19) e que ele confia a seus discípulos (Mc 16:17).

    Quanto ao poder político, os evangelhos consideram-no controlado pelo diabo — que o ofereceu a Jesus (Lc 4:5-8) — e afirmam que esse poder é incompatível com a missão de Jesus. Este o repudiou (Jo 6:15) e claramente declarou que seu Reino não era deste mundo (Jo 18:36-37). Os discípulos não devem copiar os padrões de conduta habituais na atividade política e sim tomar como exemplo a conduta de Jesus como Servo de YHVH (Lc 22:24-30).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    O poder, na vida, constitui o progresso. O poder é um atributo da sabedoria; a sabedoria a resultante da experiência; a experiência o impulsor de aperfeiçoamento; o aperfeiçoamento o dinamismo do progresso.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
    verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
    Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
    Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
    Ter possibilidade
    (s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

    Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
    Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
    Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
    Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
    Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
    Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
    substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
    Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
    Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
    Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
    Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
    Ação de possuir (alguma coisa); posse.
    Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
    Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
    Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
    Força, energia, vitalidade e potência.
    Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
    verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
    Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
    Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
    Ter possibilidade
    (s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

    Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
    Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
    Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
    Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
    Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
    Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
    substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
    Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
    Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
    Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
    Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
    Ação de possuir (alguma coisa); posse.
    Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
    Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
    Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
    Força, energia, vitalidade e potência.
    Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.
    Fonte: Priberam

    Pomba

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Fêmea do pombo.
    Vasilha de cobre, usada nos engenhos de açúcar, para onde se passa o caldo limpo da cana.
    [Brasil] Pop. Região púbica da mulher.
    [Brasil: Nordeste] Pop. Pênis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A primeira menção que se faz da pomba na Bíblia é em Gn 8:8-10,12. Noé empregou esta ave com o fim de saber quanto tinha baixado as águas do dilúvio. As pombas são abundantes na Palestina, tanto no seu estado livre, como domesticadas. São classificadas por Moisés entre os animais limpos, e sempre foram aves da mais alta estima nas nações orientais. o Salmo 68:13 refere-se ao brilho de suas asas, quando se levantam a voar. A pomba é mencionada como símbolo de simplicidade, de inocência, gentileza, afeição e fidelidade (os 7:11 – Mt 10.)S) – e podia ser oferecida em sacrifício pela gente pobre, quando não podia apresentar oblação mais custosa. Foi nestas condições que Maria ofereceu ‘um par de rolas ou dois pombinhos’, depois do nascimento de Cristo (Lv 12:8Lc 2:22-24). Lê-se em is 60:8: ‘Quem são estes que vêm voando como nuvens, e como pombas ao seu pombal?’ A pele brilhantemente avermelhada, em volta dos olhos pretos da rola, explica as palavras de Ct 5:12. o esterco de pombos é muito empregado para adubar as terras no oriente.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Pomba Denominação que engloba diversas aves como a pomba-rola, a pomba-torcaz, o pombinho e a rolinha. Era a oferenda reservada aos pobres, especialmente nos ritos de purificação, o que explica sua venda no Templo (Mt 21:12; Jo 2:14-16).

    Para Jesus, ela é a imagem da pureza e da simplicidade (Mt 10:16). Durante o batismo de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba (Mt 3:16; Mc 1:10; Lc 3:22; Jo 1:32). O símbolo da pomba não é muito claro nesse acontecimento. Tem-se demonstrado a possibilidade de referir-se ao amor de Deus (Ct 2:14; 5,2) ou à nova criação, que se inicia com o messias (Gn 1:2; Os 7:11).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Etimológico
    Vem do Latim palumba, "pombo bravo", relacionado a colomba, "pomba".
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Primeiro

    Dicionário Comum
    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.
    Fonte: Dicio

    Princípio

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O começo; o que ocorre ou existe primeiro que os demais: princípio dos tempos.
    Início de uma ação ou processo: no princípio do trabalho era mais feliz.
    O que fundamenta ou pode ser usado para embasar algo; razão: em que princípio se baseia seu texto?
    Informação básica e necessária que fundamenta uma seção de conhecimentos: princípios da matemática.
    [Física] Lei de teor geral que exerce um papel importantíssimo na prática e desenvolvimento de uma teoria, a partir da qual outras se derivam.
    [Lógica] Proposição imprescindível para que um raciocínio seja fundamentado.
    [Filosofia] Razão ou efeito de uma ação; proposição usada numa dedução.
    substantivo masculino plural Regra, norma moral: esse menino não tem princípios.
    Etimologia (origem da palavra princípio). Do latim principium.ii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    princípio s. .M 1. Momento em que uma coisa tem origem; começo. 2. Causa primária; razão, base. 3. Momento em que se faz alguma coisa pela primeira vez. 4. Regra, lei, preceito. 5. Ditame moral, sentença, máxima. 6. Teoria. 7. Quí.M e Far.M Substância química que figura numa mistura. S. .M pl. 1. Os antecedentes. 2. As primeiras épocas da vida. 3. Doutrinas fundamentais ou opiniões predominantes.
    Fonte: Priberam

    Profeta

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Profeta No judaísmo, o profeta é o escolhido por Deus para proclamar sua palavra em forma de exortação e, outras vezes, como advertência de castigo. A mensagem profética não estava necessariamente ligada ao anúncio de acontecimentos futuros.

    Embora Moisés fosse o maior de todos os profetas (Dt 34:10), o período principal da atividade profética estende-se de Samuel (séc. XI a.C.) até Malaquias (séc. V a.C.). As fontes destacam dois tipos de profetas.

    O primeiro (Samuel, Natã, Elias, Eliseu) não deixou obras escritas e, ocasionalmente, viveu em irmandades proféticas conhecidas como “filhos dos profetas”.

    O segundo (Amós 1saías, Jeremias etc.) deixou obras escritas. A atividade profética estendia-se também às mulheres, como foi o caso de Maria (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 2:14) e a não-judeus, como Balaão, Jó etc. Conforme os rabinos, a presença de Deus ou Shejináh abandonou Israel após a morte do último profeta (Yoma 9b), desaparecendo o dom de profecia depois da destruição do Templo (BB 12b).

    Nos evangelhos, Jesus é apresentado como o Profeta; não um profeta melhor, mas o Profeta escatológico anunciado por Moisés em Dt 18:15-16, que surgiria no final dos tempos e que não seria inferior a Moisés, porque significaria o cumprimento das profecias anteriores (Jo 6:14ss.; Mc 13:22 e par.; Mt 13:57 e par.; 21,11; 21,46 e par.; Lc 7:39; 13,33; Jo 4:44). A isso acrescentem-se os textos em que se emprega a expressão Amém (mesmo não as limitando a um cariz profético). A expectativa desse “Profeta” devia ser comum na época de Jesus, como se deduz de Jo 1:21. Essa pessoa tem também um paralelo evidente na doutrina samaritana do “taheb” (o que regressa ou o restaurador), uma espécie de Moisés redivivo (Jo 4:19.25). Também nos deparamos com uma figura semelhante na teologia dos sectários de Qumrán e no Testamento dos Doze patriarcas, embora já apresentando essenciais diferenças.

    L. A. Schökel, o. c.; A. Heschel, o. c.; I. I. Mattuck, El pensamiento de los profetas, 1971; G. von Rad, Teología...; vol. II; J. D. G. Dunn, “Prophetic I-Sayings and the Jesus Tradition: The Importance of Testing Prophetic Utterances within Early Christianity” em NTS, 24, 1978, pp. 175-198; D. Hill, New Testament Prophecy, Atlanta 1979; D. E. Aune, Prophecy in Early Christianity, Grand Rapids 1983; G. f. Hawthorne, The Presence and the Power: The Significance of the Holy Spirit in the Life and Ministry of Jesus, Dallas, 1991; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Resenha Bíblica, n. 1, Los profetas, Estella 1994.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    [...] enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Pode, pois, um homem ser profeta, sem fazer predições. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 21, it• 4

    O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 624

    Em sentido restrito, profeta é aquele que adivinha, prevê ou prediz o futuro. No Evangelho, entretanto, esse termo tem significação mais extensa, aplicando-se a todos os enviados de Deus com a missão de edificarem os homens nas coisas espirituais, mesmo que não façam profecias.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pelos seus frutos os conhecereis

    Em linguagem atual, poderíamos definir os profetas como médiuns, indivíduos dotados de faculdades psíquicas avantajadas, que lhes permitem falar e agir sob inspiração espiritual.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Profetas transviados

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Profeta Pessoa que profetiza, isto é, que anuncia a mensagem de Deus (v. PROFECIA). No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jr 27:4). No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (At 13:1; 1Co 12:28-29; 14.3; Fp 4:11). A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista (Mt 14:5; Lc 1:76) e Jesus (Mt 21:11-46; Lc 7:16; 24.19; Jo 9:17) também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus (Dt 18:20-22; At 13:6-12; 1Jo 4:1).

    ====================

    O PROFETA

    O novo Moisés, o profeta prometido (Dt 18:15-18). Pode ser aquele que deveria anunciar a vinda do MESSIAS (Mt 11:9-10) ou então o próprio Messias (Mt 21:9-11; Lc 24:19-21; Jo 6:14; 7.40).

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    OS PROFETAS

    Maneira de os israelitas se referirem à segunda divisão da Bíblia Hebraica (Mt 5:17). Esses livros são os seguintes: Js, Jz 1:2Sm, 1 e 2Rs 1s, Jr, Ez e os doze profetas menores. Embora o nosso AT contenha os mesmos livros que estão na Bíblia Hebraica, a ordem em que eles estão colocados não é a mesma.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Porta-voz de Deus, que recebe uma mensagem da parte de Deus e proclama a um grupo específico de ouvintes.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quando

    Dicionário Comum
    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
    Fonte: Priberam

    Quase

    Dicionário Comum
    quase adv. 1. Perto, proximamente, no espaço e no tempo. 2. Com pouca diferença. 3. Pouco mais ou menos. 4. Por um pouco que não.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio De distância aproximada; de modo perto ou próximo; aproximadamente: são quase sete horas; viveu até quase os cem anos.
    Em que há uma pequena diferença para menos: o aluno quase conseguiu a nota máxima.
    Uma quantidade qualquer; um pouco: o carro está quase estragado.
    Na iminência de; prestes a: Maria está quase casada.
    Etimologia (origem da palavra quase). Do latim quasi.
    Fonte: Priberam

    Quis

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Quis [Poder]

    Pai de SAUL (1Sm 9:1-2).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    1. Pai de Saul, o primeiro rei deisrael (1 Sm 9 – 2 Sm 21.14). 2. indivíduo de Benjamim (1 Cr 9.36). 3. Benjamita, que foi bisavô de Mordecai (o primo da rainha Ester). Foi levado cativo para Babilônia pela mesma ocasião em que o rei Joaquim o foi (Et 2:5). 4. Merarita, da casa de Mali, da tribo de Levi (1 Cr 23.21, 22 – 24.28, 29). A frase ‘Quis, filho de Ad’ (2 Cr 29.12), indica mais a casa levítica ou qualquer ramo sob o seu chefe, do que um indivíduo.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Um dos filhos de Jeiel e sua esposa Maaca. Foi um dos ancestrais de Quis, pai de Saul; é mencionado em I Crônicas 8:29-30 (cf. 1Cr 9:35).


    2. Pai do rei Saul, da tribo de Benjamim (1Cr 8:33-1Cr 9:39; 1Cr 12:1-1Cr 26:28). Era um homem “forte e valoroso”, filho de Abiel (1Sm 9:1-1Sm 10:11-21; 1Sm 14:51). Após sua morte, Quis foi sepultado em Zela, no território de Benjamim (2Sm 21:14). Numa ocasião, ele perdeu algumas de suas jumentas e enviou seu filho Saul para procurá-las, o qual percorreu toda região (1Sm 9:3). A busca fracassou e Saul foi incentivado pelo seu servo a consultar Samuel, o “homem de Deus”. As jumentas foram recuperadas, mas aquele encontro entre Saul e Samuel foi o primeiro de muitos outros e o profeta o ungiu rei de Israel (1Sm 9:19-20; 1Sm 10:1; At 13:21).


    3. Um levita do clã de Merari; filho de Mali e pai de Jerameel (1Cr 23:21-22; 1Cr 24:29).


    4. Outro levita do clã dos meraritas. Viveu na época do rei Ezequias, de Judá, e talvez descenda do personagem do item anterior. Foi chamado para fazer parte da equipe que trabalhou na purificação do Templo, durante o avivamento ocorrido no reinado de Ezequias (2Cr 29:12).


    5. Benjamita, foi bisavô de Mordecai, que, junto com a rainha Ester, foi responsável pela preservação do povo judeu (Et 2:5). P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Rabi

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Rabi Palavra ARAMAICA que quer dizer MESTRE 1, (Jo 1:38; 3.2).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Rabi Ver Mestre.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Religião Líder espiritual de uma congregação ou comunidade de origem judaica, que professa o judaísmo como religião.
    Pessoa que conhece ou entende profundamente da religião judaica.
    Etimologia (origem da palavra rabi). Do hebraico rabbi, "mestre, doutor".
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “meu senhor”, “meu mestre”, etc.; rab significa “grande”). Vocábulo usado apenas no Novo Testamento, embora a raiz rab ocorra ocasionalmente no Antigo Testamento como uma demonstração de respeito por alguém que ocupa um cargo oficial. Gradativamente, o termo foi usado apenas para os mestres e líderes religiosos entre os judeus.

    Jesus deu estritas instruções aos discípulos para que não fossem chamados de “Rabi”, com o intuito de informar que era um título que gerava orgulho. “Vós, porém, não sereis chamados Rabi, pois um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos” (Mt 23:8). Esta era uma das mais importantes lições que Cristo tinha para ensinar aos discípulos sobre a constituição do Reino de Deus. Os membros deste reino não deviam buscar posição privilegiada.

    Em várias ocasiões Jesus foi chamado de “Rabi”, em sinal de respeito (Mc 9:5; Mc 10:51; Mc 1:49; Mc 3:2; etc.), embora em outras situações houve esse também um senso de ironia no seu uso, como na atitude de Judas 1scariotes (Mt 26:25-49). Quando dois dos discípulos de João referiram-se a Jesus como “Rabi”, o Batista interpretou o termo para sua audiência como “professor” (Jo 1:38). João Batista também foi respeitosamente chamado dessa maneira (Jo 3:26). Lucas não usa de maneira alguma tal vocábulo, pois substitui os termos “mestre” ou “senhor” por outros. P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    Título de honra, que significa ‘Mestre’, e que era empregado pelos judeus, sendo muitas vezes esse o tratamento dado a Jesus (Mt 23:7-8 – 26.25,49 – Mc 9:5 – 11.21 – 14.45 – Jo 1:38-49 – 3.2,26 – 4.31 – 6.25 – 9.2 – 11.8). “Rab”, na sua significação de grande, entra na composição de muitos nomes de altos cargos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Rei

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Repousar

    Dicionário Comum
    repousar
    v. 1. tr. dir. Pôr em estado de repouso; descansar. 2. tr. ind. e Intr. Estar ou ficar em repouso; ter descanso ou folga. 3. tr. dir. Proporcionar alívio a; tranqüilizar. 4. Intr. Dormir. 5. tr. ind. Assentar. 6. tr. ind. Estar colocado ou estabelecido. 7. tr. ind. e Intr. Estar sepultado; jazer.
    Fonte: Priberam

    Resposta

    Dicionário Comum
    resposta s. f. 1. Ato ou efeito de responder. 2. Aquilo que se diz ou escreve para responder a uma pergunta; réplica. 3. O que decide, o que se explica alguma coisa; solução. 4. Refutação (de um argumento). 5. Carta que se escreve para responder a outra. 6. Esgr. Golpe ou bote em troco ao do adversário.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ato ou efeito de responder, de solucionar uma questão.
    Palavras, formas de expressão e gestos com os quais se responde a uma pergunta.
    Solução de questão: o aluno não alcançou a resposta.
    Carta com que se responde a outra carta: ainda não enviei sua resposta pelo correio.
    O que se utiliza para contestar ou refutar; réplica ou refutação.
    [Esporte] Golpe com que se retruca a um adversário.
    Estouro de foguete.
    [Psicologia] Esforço provocado em sentido contrário por uma ação; reação.
    Etimologia (origem da palavra resposta). Do latim reposita ou reposta.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Ato ou efeito de responder, de solucionar uma questão.
    Palavras, formas de expressão e gestos com os quais se responde a uma pergunta.
    Solução de questão: o aluno não alcançou a resposta.
    Carta com que se responde a outra carta: ainda não enviei sua resposta pelo correio.
    O que se utiliza para contestar ou refutar; réplica ou refutação.
    [Esporte] Golpe com que se retruca a um adversário.
    Estouro de foguete.
    [Psicologia] Esforço provocado em sentido contrário por uma ação; reação.
    Etimologia (origem da palavra resposta). Do latim reposita ou reposta.
    Fonte: Priberam

    Reí

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.

    Autor: Paul Gardner

    Sacerdotes

    Dicionário Comum
    masc. pl. de sacerdote

    sa·cer·do·te
    (latim sacerdos, -otis)
    nome masculino

    1. Religião Pessoa que fazia sacrifícios às divindades.

    2. Religião Pessoa que ministra os sacramentos de uma igreja. = PADRE

    3. Figurado O que exerce profissão muito honrosa e elevada.


    sumo sacerdote
    Religião Pessoa que está no topo da hierarquia de uma igreja.

    Feminino: sacerdotisa.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    Veja Levitas.

    Autor: Paul Gardner

    Sangue

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
    Por Extensão Seiva; sumo ou líquido que, num vegetal, circula no interior do seu organismo.
    Figurado Família; quem compartilha a mesma descendência ou hereditariedade.
    Figurado A existência; a ação de permanecer vivo: deram o sangue pela causa!
    Figurado Vigor; energia, força e vitalidade: a empresa contratou sangue novo.
    Figurado Violência; excesso de confrontos físicos; em que há morte: só se via sangue naquele espetáculo.
    Por Extensão Menstruação; eliminação mensal de sangue proveniente do útero.
    [Teologia] A natureza, contrapondo-se à graça.
    Etimologia (origem da palavra sangue). Do latim sanguen.inis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4:10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9:4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17:10-12), e tratada pela igreja cristã (At 15:20-29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12:7-13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9:10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5:9Ef 1:7Cl 1:20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7Ap 1:5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes 1Co 15:50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1:16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17:8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] é, provavelmente, o veículo da vida e, assim sendo, concebe-se que o corpo espiritual carregue consigo elementos vitais. [...]
    Referencia: WYLM, A• O rosário de coral: romance baseado na fenomenologia psíquica• Trad• de Manuel Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - pt• 2

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Sangue
    1) Líquido que circula no coração, artérias e veias, contendo em si a vida (Gn 9:4)

    2) Morte violenta (Mt 27:24-25) , na cruz (Rm 5:9); (Cl 1:20);
    v. NTLH).

    3) Morte espiritual (At 18:6); 20.26;
    v. NTLH).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Sangue Símbolo da vida. Os sacrifícios do Antigo Testamento exigiam, na maior parte, o derramamento de sangue (Lv 17:10-14; Dt 12:15-16); também seu aproveitamento — incluindo animais não dessangrados — era proibido aos israelitas, mas não aos gentios que viviam entre eles (Dt 12:16-24; 14,21). A expressão carne e sangue refere-se ao ser humano em sua condição terrena (Mt 16:17). O sangue de Jesus — derramado pela humanidade (Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20) — é o fundamento sobre o qual se obtém o perdão dos pecados.

    L. Morris, The Cross...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Santo

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Santo
    1) Que possui SANTIDADE (Is 6:3-7; Ex 29:29; Lv 11:45; 1Pe 1:16).


    2) Título de Deus que ressalta a sua SANTIDADE 1, (Hc 1:12; Is 5:24, Santo de Israel).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Santo No Antigo Testamento, considerava-se santo todo aquele que era consagrado ao Senhor (a terra, o sábado, os sacrifícios etc.) e — muito especialmente — Deus é Santo exatamente para contrapor-se a tudo que é pecaminoso (Is 6). O povo de Israel tinha a especial obrigação de ser santo, isto é, consagrado a Deus (Dt 7:6; 14,2; 26,19 etc.). Nos evangelhos, recebem esse atributo os anjos (Mc 8:38), os profetas (Lc 1:70), o Templo (Mt 24:15) e, por antonomásia, Jesus (Mc 1:24; Lc 1:35; Jo 6:69). A chamada para ser santo só pode ser ouvida a partir da perspectiva que Jesus oferece, pois é ele que santifica os homens (Jo 17:17-19).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    [...] bons Espíritos [...] são seus mensageiros e os executores de sua vontade [de Deus].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece

    O mais santo [é] [...] aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Jesus no lar• Pelo Espírito Neio Lúcio• Prefácio de Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

    Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    adjetivo Que se refere à divindade; considerado sagrado.
    Relacionado com religião, com ritos sagrados.
    Que recebeu canonização, passando a ser cultuado pelos fiéis.
    Que vive de acordo com as leis de Deus e da Igreja.
    Por Extensão Que é puro em sua essência; perfeito: santo casamento.
    Por Extensão Que demonstra inocência; simples: esse aí é um santo!
    Por Extensão Cuja conduta serve de exemplo e modelo.
    Por Extensão Que não se consegue violar nem corromper: preceito santo.
    Por Extensão Que faz bem; que tem utilidade; eficaz: santo motorista.
    Religião Diz-se dos dias que antecedem do domingo de Páscoa, em que a igreja não permite o trabalho, sendo consagrados ao culto religioso.
    substantivo masculino A imagem da pessoa que foi alvo dessa canonização.
    Quem recebeu canonização e é cultuado pelos fiéis.
    Aquele que vive de acordo com as regras de Deus e da Igreja.
    Pessoa cuja conduta e/ou comportamento servem como exemplo ou modelo.
    Por Extensão Indivíduo que se mostra inocente; ingênuo.
    Religião Designação atribuída aos orixás, entidades, em cultos afro-brasileiros.
    Etimologia (origem da palavra santo). Do latim sanctus.a.um.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    hebraico: sagrado, separado; Latim: inocente, sagrado
    Fonte: Dicionário Adventista

    Seguido

    Dicionário Comum
    seguido adj. 1. Imediato, contínuo. 2. Ininterrupto. 3. Adotado, usado. 4. Que se segue; adotado, posto em prática: É esse o método seguido.
    Fonte: Priberam

    Seguinte

    Dicionário Comum
    seguinte adj. .M e f. 1. Que segue ou se segue; imediato, subseqüente, próximo. 2. Que se segue, se cita ou se dita depois. S. .M O que se segue, se cita ou se dita depois.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    adjetivo Que segue; que vem logo depois; imediato, subsequente.
    Assinala o que será citado ou mencionado: o pastor fez o seguinte comentário Deus está em todo lugar.
    O que se realiza ou se desenvolve imediatamente após a: a fase seguinte do projeto é ligar o computador à Internet.
    substantivo masculino Aquilo ou aquele que vem depois do outro; próximo.
    Etimologia (origem da palavra seguinte). Seguir + nte.
    Fonte: Priberam

    Seio

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Parte anterior do peito que corresponde às mamas; mama.
    [Anatomia] Cada uma das glândulas mamárias.
    [Anatomia] Designação de diversas cavidades do organismo.
    Estado que é recurvado; curvatura, volta, sinuosidade: seio da montanha.
    Figurado Local da concepção; útero: o filho ainda está no seio materno.
    Figurado Parte interna e central; âmago, cerne: o seio da terra.
    Figurado Meio de onde algo tem sua origem ou através do qual alguma coisa é produzida: veio do seio da aristocracia.
    Etimologia (origem da palavra seio). Do latim sinus.us.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [O seio maternal] é um vaso anímico de elevado poder magnético ou um molde vivo destinado à fundição e refundição das formas, ao sopro criador da Bondade Divina, que, em toda parte, nos oferece recursos ao desenvolvimento para a sabedoria e para o amor. Esse vaso atrai a alma sequiosa de renascimento e que lhe é afim, reproduzindo-lhe o corpo denso, no tempo e no espaço, como a terra engole a semente para doar-lhe nova germinação, consoante os princípios que encerra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Etimológico
    Do latim Sinus, espaço oco.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Senhor

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Serás

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Simão

    Quem é quem na Bíblia?

    Usado como forma grega do nome hebraico Simeão, que significa “ouvindo”. Existem nove personagens com esse nome no Novo Testamento.


    1. Irmão de André, um dos doze discípulos e apóstolos de Jesus. Veja Pedro.


    2. Irmão de Jesus, é mencionado pelo nome apenas em Marcos 6:3 e na passagem paralela em Mateus 13:55. Nessa narrativa, Cristo havia chegado à cidade de Nazaré, onde fora criado, e começou a pregar na sinagoga. Ambos os evangelhos revelam a surpresa da multidão em face da sabedoria que Jesus manifestava. As pessoas ficaram particularmente espantadas, porque todos conheciam sua família, que estivera presente na cidade o tempo todo. Numa bela retórica, perguntaram: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, pois, lhe veio tudo isto? E escandalizavam-se nele” (Mt 13:55-57). Lamentavelmente, devido à falta de fé deles, Jesus não fez muitos milagres na cidade e declarou que o profeta não tem honra no meio de seu próprio povo.

    Em outro texto os irmãos de Jesus manifestam o desejo de que Ele fosse mais explícito em seu ministério público, sem de fato acreditar nele (Jo 7:3-5). Mais tarde, porém, claramente passaram a crer no Senhor e foram mencionados no grupo que “orava constantemente” antes do dia de Pentecostes, em Atos 1:14. Pelo menos alguns tornaram-se missionários na 1greja primitiva e são mencionados em I Coríntios 9:5.

    Durante toda a história da Igreja, a palavra “irmão”, referente aos irmãos de Jesus, tem sido interpretada de várias maneiras. Alguns argumentam que deveriam ser filhos apenas de José, de um casamento anterior, a fim de manter a ideia que mais tarde tornou-se conhecida como a doutrina da virgindade perpétua de Maria. Agostinho e outros notáveis escritores católicos romanos argumentavam que a palavra significava simplesmente “parentes” ou “primos”. Os textos onde a frase aparece, entretanto, dão muito mais a ideia de referir-se a irmãos literais de Jesus, nascidos de Maria, depois que teve seu filho “primogênito”, Jesus (Lc 2:7; cf. Mt 1:25).


    3. Simão, um fariseu, é mencionado apenas em Lucas 7. Jesus aceitou um convite para jantar em sua casa. Quando estavam à mesa, uma mulher que morava na mesma cidade, “uma pecadora”, entrou na casa e “estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas. Então os enxugava com os próprios cabelos, beijava-os e os ungia com ungüento” (v. 38). Claramente ela reconhecia seus pecados e buscava seu perdão e sua bênção. Como fariseu, Simão logo ficou preocupado com o fato de uma “pecadora” tocar em Jesus, deixando-o, desta maneira, cerimonialmente contaminado. Desde que Cristo parecia não se preocupar com isso, Simão concluiu que ele não era um verdadeiro profeta, pois se assim fosse entenderia o que ocorria naquela atitude da pecadora. Jesus respondeu aos pensamentos silenciosos de Simão com uma parábola, na qual contrastou duas pessoas que tinham uma dívida com um agiota. Uma devia uma grande soma e a outra, pouco dinheiro; ambos os débitos foram perdoados. Jesus perguntou a Simão qual das duas pessoas amaria mais o agiota. Desta maneira o fariseu foi apanhado pela parábola, ao ter de aplicá-la aos seus próprios pensamentos. Respondeu que a pessoa que fora perdoada do maior débito. Cristo então aplicou a parábola a Simão e à mulher. Ele cumprira suas obrigações legais de hospitalidade para com Jesus, mas ela mostrara seu amor pelo Senhor desde que entrara na casa dele. “Ela amou mais” porque seus “muitos pecados” foram perdoados. Por outro lado, por implicação, Simão amava menos, pois tinha experimentado pouco do perdão de Deus (v. 47).

    Lucas enfatiza dois pontos importantes neste incidente nos vv. 49 e 50. Primeiro, prossegue com um tema de seu evangelho, a fim de mostrar como os outros convidados foram forçados a perguntar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Queria que seus leitores também fizessem essa mesma pergunta, pois assim conheceriam melhor a Jesus Cristo (veja também Lc 4:22-41; Lc 5:21; Lc 7:16-19; Lc 8:26-9:18-20; etc.). Segundo, Lucas conclui a seção, a fim de revelar que a resposta da mulher a Cristo foi fundamental para o seu perdão: “A tua fé te salvou; vai-te em paz”. Portanto, por implicação, essa deveria ser a resposta dos leitores a Jesus, a qual os levaria ao perdão e à salvação. P.D.G.


    4. Simão, o zelote, é um dos apóstolos menos conhecidos de Jesus. Seu nome é registrado na Bíblia somente nas listas dos apóstolos nos três primeiros evangelhos e na cena do Cenáculo, em Atos 1.

    Provavelmente existem duas razões pelas quais o nome dele é sempre especificado como “o zelote”, ou uma palavra semelhante. A primeira razão seria para que não houvesse confusão com Simão Pedro. Ambos tinham o mesmo nome e, assim, era necessário fazer uma distinção entre eles. Jesus deu ao mais proeminente deles o apelido de Pedro (Mt 10:2; Mt 16:18). Não sabemos quem começou a chamar o outro de “zelote”.

    A segunda razão, sem dúvida, é que esse nome descrevia seu caráter ou sua lealdade, tanto no passado como no presente. Além dos nomes de família, tais designações eram comuns entre os apóstolos. Tiago e João, os filhos de Zebedeu, eram conhecidos como “filhos do trovão” (Mc 3:17), claramente um comentário sobre suas personalidades impetuosas. Mateus era chamado de “o publicano” (Mt 10:3), para lembrar seu passado antes de tornar-se discípulo de Cristo.

    Provavelmente a melhor explicação a respeito de Simão, o zelote, seja devido à sua personalidade — caráter ou atividades passadas. A descrição dele como “o zelote” numa passagem que relata uma situação posterior à ressurreição de Cristo (At 1:13) implica que qualquer que fosse o motivo da designação, ele continuou o mesmo. Se essa ideia estiver correta, seria entendido como “o zeloso”, talvez pelo seu zelo geral ou especificamente em relação a Jesus Cristo.

    Por outro lado, as passagens nos evangelhos sinópticos (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15) ocorrem exatamente no início do ministério de Jesus. Nesse aspecto, é muito mais provável que “zelote” refira-se ao partido político nacionalista que existia no judaísmo, naquela época. Essa hipótese é apoiada pela palavra grega traduzida como “zelote”, em Mateus 10:4 e Marcos 3:18. A palavra é cananaios, que é outro termo para a seita judaica dos zelotes. É claro que é bem possível que o antigo zelo nacionalista de Simão tenha-se transformado numa lealdade intensa a Jesus, caso em que ambos os nomes estariam presentes. Qualquer que seja o motivo, o papel de Simão, o zelote, como apóstolo de Cristo é um exemplo magnífico da graça transformadora de Deus e também como o Senhor usa pessoas drasticamente diferentes para realizar seus propósitos.

    A.B.L.


    5. Simão, o leproso, é mencionado apenas em Mateus 26:6 e Marcos 14:3. É a única pessoa acometida de lepra citada pelo nome, no Novo Testamento. Veja Lepra. Ele nos proporciona um interessante exemplo de como Jesus era totalmente capaz de aceitar aquelas pessoas marginalizadas pela sociedade. Em Marcos 14, Cristo fora à casa de Simão, em Betânia, para uma refeição. Enquanto alimentavam-se, uma mulher entrou e derramou um perfume caríssimo sobre a cabeça dele. Alguns na sala consideraram a ação dela um grande desperdício de dinheiro e “murmuravam contra ela” (Mc 14:5). Jesus lembrou aos presentes que os pobres sempre estariam com eles, mas o Filho de Deus não se encontraria entre eles por muito tempo. Tomou o perfume como um indicador profético de sua morte, quando seu corpo seria preparado com essências aromáticas para o sepultamento (v. 8). João 12:1-8 aparentemente relata o mesmo evento ocorrido em Betânia. A mulher é identificada como Maria, mas nenhuma menção é feita a Simão, o leproso.


    6. Simão Iscariotes é mencionado apenas no evangelho de João. Era pai de Judas 1scariotes, o discípulo que traiu Jesus (Jo 6:71; Jo 13:2-26). Veja Judas 1scariotes.


    7. Simão de Cirene foi forçado pelos guardas romanos a carregar a cruz para Jesus até o Gólgota, local onde Cristo foi crucificado (Mt 27:32; Lc 23:26). Marcos 15:21 acrescenta que ele era “pai de Alexandre e de Rufo” e que “por ali passava, vindo do campo”. Isso pode significar que seus filhos posteriormente aderiram à fé em Cristo e eram conhecidos na 1greja primitiva.

    Cirene ficava no norte da África (moderna Líbia) e parece que ali havia uma grande comunidade judaica (At 6:9). É possível que Simão estivesse em Jerusalém para a festa da Páscoa. Posteriormente, no dia de Pentecostes, visitantes de Cirene ouviram o evangelho em sua própria língua e se converteram (At 2:10). Pessoas desse país também são mencionadas em conexão com a pregação do evangelho aos gentios (At 11:20) e um certo Lúcio de Cirene era mestre na igreja em Antioquia (At 13:1).


    8. Simão, o mágico, vivia em Samaria e suas artes mágicas eram bem conhecidas na comunidade (At 8:9). Ele tinha prazer na aclamação do povo da cidade, o qual achava que ele tinha poderes divinos (vv. 10,11). Filipe, o evangelista, pregou a palavra de Deus em Samaria e muitas pessoas creram e foram batizadas. Ele realizou milagres em nome de Jesus e expeliu os demônios; toda a cidade foi afetada (vv. 4-8). O próprio Simão ficou maravilhado com o que acontecia por intermédio de Filipe e ele mesmo creu e foi batizado (v. 13). Pedro e João foram a Samaria para ver por si mesmos quantas pessoas tinham crido em Cristo e impuseram as mãos sobre os novos convertidos, para que recebessem o Espírito Santo (vv. 14-17). “Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo” (vv. 18,19).

    Acostumado a ser pago por seus serviços de magia, provavelmente Simão nada viu de errado em oferecer dinheiro para adquirir um pouco do poder que os apóstolos possuíam. O pedido, entretanto, revelou seu pecado e sua falta de entendimento. Pedro o olhou fixamente e lhe disse sem preâmbulos: “O teu coração não é reto diante de Deus”. Exortou-o então a se arrepender, a buscar perdão e uma mudança no coração: “Pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniqüidade”. Simão pediu a Pedro que orasse por ele, para que não sofresse o juízo de Deus (vv. 23,24).

    O texto não deixa claro até que ponto a conversão de Simão foi genuína. Certamente ele foi atraído pela operação de sinais e maravilhas, como acontece com tantas pessoas através dos séculos. Pedro precisou de maturidade espiritual para ver que a atração aos sinais e a crença neles não representava uma conversão genuína. A implicação no final da passagem é que, embora a fé de Simão não fosse genuína no princípio, no final ele realmente buscou o perdão do Senhor.


    9. Simão, o curtidor, vivia perto do mar, em Jope (At 9:43;10:6-32). Sua casa provavelmente ficava à beira-mar, para que o curtume das peles de animais não causasse contaminação cerimonial à comunidade judaica. Pedro permaneceu em sua casa “por muitos dias”. O apóstolo chegara a Jope procedente de Lida, chamado por alguns discípulos, pois Tabita, uma discípula conhecida por suas boas obras, havia morrido. Pedro orou e ela ressuscitou dentre os mortos (At 9:40). Quando estava no terraço, na casa de Simão, o curtidor, Pedro teve a visão na qual foi encorajado a comer dos assim chamados animais “impuros”. Por meio desta revelação, o Senhor o preparava para o trabalho entre os gentios e especificamente para encontrar-se com o centurião Cornélio, cujos empregados já estavam a caminho de Jope, para pedir-lhe que os acompanhasse a Cesaréia. P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Simão [Ouvinte] -

    1) PEDRO (Mt 4:18)

    2) Iscariotes, pai de JUDAS 1, (Jo 13:26), RA).

    3) O leproso (Mc 14:3).

    4) CIRENEU (Mt 27:32).

    5) CURTIDOR (At 10:6).

    6) FARISEU (Lc 7:40).

    7) MÁGICO (At 8:9-24).

    8) ZELOTE ou CANANEU 3, (Mt 10:4).

    9) Ir
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Simão 1. O apóstolo Pedro (Mt 16:17; Jo 1:42; 21,15).

    2. O zeloso. Um dos discípulos de Jesus. Não se deve equivocar e identificá-lo, como já se fez, com um zelote (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15).

    3. Um dos irmãos de Jesus (Mt 13:55; Mc 6:3).

    4. Um fariseu (Lc 7:40.43);

    5. Um personagem de Betânia, afligido pela lepra (Mt 26:6; Mc 14:3). Às vezes, é identificado com o 4.

    6. O Cireneu. Personagem — possivelmente gentio — que foi obrigado a ajudar Jesus a levar a cruz (Mt 27:32; Mc 15:21; Lc 23:26);

    7. Simão Iscariotes, pai de Judas 1scariotes (Jo 6:71; 13 2:26).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    ouvindo. l. irmão de Jesus (Mt 13:55Mc 6:3). (*veja irmãos do Senhor.) 2. (Mt 4:18, etc.). (*veja Pedro.) 3. o Zelote, um apóstolo de Jesus Cristo. Nada sabemos dos seus atos como apóstolo (Mt 10:4Mc 3:18Lc 6:15At 1:13). *veja Cananita. 4. Leproso que vivia em Betânia, e em cuja casa foi a cabeça do Salvador ungida com óleo (Mt 26:6Mc 14:3). Como ele estava vivendo na sua própria casa e entre o povo, devia já estar livre da lepra, sendo, provavelmente, um dos curados por Jesus Cristo. Lázaro, Maria e Marta estavam presentes como hóspedes (Jo 12:2). 5. Um cireneu, que foi obrigado a prestar auxílio ao Redentor, levando também a cruz ao lugar da crucificação (Mt 27:32Mc 15:21Lc 23:26), pois Jesus, pela Sua fadiga, não a podia levar para mais longe. Era pai de Alexandre e Rufo (Mc 15:21) – e talvez o cristão de Roma, de quem se fala em Rm 16:13. 6. Um fariseu, em cuja casa foi ungido Jesus pela mulher, que era uma pecadora (Lc 7:36-50). 7. o pai de Judas iscariotes (Jo 6:71 – 12.4 – 13 2:26). (*veja Judas iscariotes.) 8. Um mágico de Samaria, geralmente chamado Simão Mago, o qual procurou comprar por dinheiro o dom do Espírito Santo (At 8:9-24). Ao seu ímpio oferecimento de dinheiro, para receber o dom do Espírito Santo, chamou-se ‘simonia’. A posterior tradição cristã encontra muito que dizer da sua vida depois daquele acontecimento. 9. Simão, o curtidor, um cristão de Jope em cuja casa esteve Pedro hospedado (At 9:43 – 10.6,17,32).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino [Popular] Macaco.
    Fonte: Priberam

    Ter

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Passar a possuir; receber: tiveram o contrato da casa.
    Ser o dono ou usufruir de; possuir: ele tem dois carros; ele não teve herança.
    Possuir a autoridade ou o domínio sobre: tinha um povo.
    Deter a posse de alguma coisa para uso próprio: ela não tem computador.
    Conseguir por meio de pagamento: tive o carro por uma pechincha.
    Portar, carregar consigo: você tem uma caneta?
    Passar pela experiência de; experienciar: tive a alegria de conhecê-la.
    Possuir como elemento; apresentar: certas bicicletas têm amortecedores.
    Expressar certa quantidade ou comprimento: o prédio de três andares tem 12 metros.
    Ser composto por: este CD tem 25 músicas.
    Possuir a ajuda de: não temos muitos funcionários.
    Medir o tempo de vida ou a idade de: minha filha tem 10 anos.
    Descrever os que ainda estão vivos ou mortos: não tinha avô paterno; tinha sete filhos para educar.
    Possuir determinada ocupação; possuir: tinha o cargo de professor.
    Fazer com que se realize; efetuar: ainda teremos dois convidados.
    Ser o motivo ou razão de: o professor têm muitos alunos.
    Usufruir de determinado
    (s): direito
    (s): ou benefício(s): não teve seus direitos respeitados; temos o direito de participar.

    Possuir qualquer tipo de vínculo: o casal têm dois filhos.
    Receber certa informação: tivemos esta semana avisos de contas.
    Proceder; comportar-se com: tenha atenção aos obstáculos.
    Sentir: tinha muita fome!
    Assumir certa opinião: tinha um ponto de vista irônico.
    Receber em sua residência: tive-a em minha casa semana passada.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Permanecer em certo local ou posição; conservar: queria ter deitado.
    Guardar de modo particular; conseguir para si: no futuro, ainda terei um amor; tenho-a nas lembranças.
    Ser o alvo dos ensinamentos de outrem: nunca teve aulas de inglês.
    Passar a ter o conhecimento de; sentir: tinha muito amor.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Demonstrar ou definir-se por: tinha serenidade; tinha um humor horrível.
    verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e bitransitivo Trazer por um instante: tinha os cabelos presos.
    verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e pronominal Fazer considerações acerca de; julgar-se: tenho que você foi o melhor candidato; sua mãe sempre a tivera como inteligente.
    verbo transitivo direto e predicativo Colocar à disposição de: eu tenho dinheiro a oferecer.
    verbo bitransitivo Estar relacionado com: o assunto tem a ver com o tema.
    Obter por meio de transferência; herdar: da mãe teve a sabedoria.
    Carregar junto de si: tinha um sofrimento imenso.
    verbo pronominal Estar ou passar a estar em certo local; passar: teve-se em viagens.
    Demonstrar uma dedicação excessiva a; apegar-se: nunca se teve aos avós.
    Valer-se de; expressar valor ou interesse por: tem-se em excesso à igreja.
    substantivo masculino plural Teres. Aquilo que se possui; bens ou posses.
    Etimologia (origem da palavra ter). Do latim tenere.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 10

    [...] matéria-prima, o substratum definitivo de todos os movimentos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] O éter do espaço é o elo conector. No mundo material, ele é a realidade fundamental, substancial. No mundo espiritual, as realidades da existência são outras e muito mais elevadas; porém, quanto ao modo por que atua o éter, mal podemos presentemente suspeitar.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    O éter do espaço pode agora ser tido como um grande elo a ligar o mundo da matéria ao do espírito; é a substância comum a ambos esses mundos. Ambos se contêm dentro dela, dela fazendo parte e sendo dela formados. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] fluido que gerou tudo o que existe. Sem ele nada existiria, e com ele tudo pode ser produzido. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O éter cósmico

    O éter, ou fluido cósmico universal, que envolve toda a criação.
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    Se, como desencarnados, começamos a examiná-lo na sua essência profunda, para os homens da Terra o éter é quase uma abstração. De qualquer modo, porém, busquemos entendê-lo como fluido sagrado da vida, que se encontra em todo o cosmo; fluido essencial do Universo, que, em todas as direções, é o veículo do pensamento divino.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 20

    Fonte: febnet.org.br

    Testemunho

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Declaração feita pela testemunha, pela pessoa que estava presente ou viu algum acontecimento ou crime; depoimento.
    O que pode ser usado para comprovar a veracidade ou existência de algo; prova.
    Registro que se faz com o intuito de fundamentar algo, geralmente uma uma passagem da própria vida: testemunho religioso; comprovação.
    Geologia Os restos ou aquilo que resta de antigas superfícies destruídas pelo efeito da erosão.
    Ação ou efeito de testemunhar, de manifestar algo por palavras ou gestos.
    Etimologia (origem da palavra testemunho). Do latim testimonium.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Testemunho
    1) Declaração de uma TESTEMUNHA 1, (Ex 20:16); (Mc 14:55)

    2) Declaração; afirmação (Jo 1:19); (At 10:43). 3 Ensinamento divino (Sl 119:22).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Testemunho Ver Apóstolos, Espírito Santo, Evangelho, Mártir.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Tira

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Retalho de pano, de couro, de papel etc., mais comprido que largo.
    Listra; ourela; correia.
    Franja, renda.
    Friso, filete.
    [Comparativo] Pedaço ou tira de microfilme com uma ou mais imagens e identificação codificada.
    substantivo masculino [Brasil] Agente de polícia, beleguim.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    tira s. f. 1. Retalho de couro, pano, papel etc., mais comprido que largo. 2. Lista, listão. 3. Correia, fita. 4. Filete, friso. 5. Historieta ou fragmento de histórias em quadrinhos, apresentada em uma única faixa horizontal. S. .M Gír. Agente policial.
    Fonte: Priberam

    Traduzido

    Dicionário Comum
    traduzido adj. Vertido, interpretado.
    Fonte: Priberam

    Trevas

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Escuridão total; ausência completa de luz: cavaleiro que vive nas trevas.
    Figurado Ignorância; ausência de conhecimento; expressão de estupidez.
    Religião Designação dos três dias que, na Semana Santa, antecedem o sábado de Aleluia, sendo as igrejas privadas de iluminação.
    Etimologia (origem da palavra trevas). Plural de treva.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Trevas Escuridão profunda (At 26:18).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Escuridão absoluta, noite. o ofício divino celebrado nesse dia e nos seguintes, no qual se comemoram as trevas que caíram sobre Jerusalém, quando da morte de Cristo na cruz.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Trevas 1. A falta de luz própria da noite (Jo 6:17; 12,35; 20,1).

    2. O que está oculto (Mt 10:27; Lc 12:3).

    3. O mal (Mt 6:23; 27,45; Lc 22:53).

    4. A situação de escravidão espiritual em que se encontra o ser humano perdido e da qual só poderá sair aderindo a Jesus pela fé (Jo 1:5; 3,16-19; 8,12).

    5. Um dos elementos que integram o castigo do inferno (Mt 8:12; 22,13 25:30).

    Autor: César Vidal Manzanares

    Unigênito

    Dicionário da FEB
    [...] Jesus.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Unigênito Único GERADO (Jo 1:14).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    adjetivo O único que foi gerado.
    substantivo masculino Filho único.
    Cristo (neste sentido, escreve-se com maiúscula).
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Único gerado por seus pais; filho único.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Varão

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Homem, sujeito adulto; pessoa do sexo masculino.
    Por Extensão Aquele que é corajoso, esforçado; quem age sem medo; viril.
    Por Extensão Quem é merecedor de respeito, de admiração; ilustre.
    adjetivo Pertencente ao sexo masculino: filho varão.
    Etimologia (origem da palavra varão). Do latim varro.onis.
    substantivo masculino Vara grande feita em metal ou ferro: varão de cortina.
    Armação de metal usada para proteger algo; grade: varão para portão.
    Etimologia (origem da palavra varão). Vara + ão.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Varão Indivíduo do sexo masculino (Gn 2:23; Jo 1:30).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Veio

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Vem

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de vir
    2ª pess. sing. imp. de vir
    Será que queria dizer vêm?

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.
    Fonte: Priberam

    Veras

    Dicionário Comum
    substantivo feminino plural A realidade; as coisas que são reais, verdadeiras.
    Com todas as veras. De maneira sincera; com a toda a verdade possível: falou com todas as veras.
    locução adverbial Às veras. Verdadeiramente; com muita sinceridade: seu argumento foi colocado às veras.
    Etimologia (origem da palavra veras). Feminino plural de veros.
    Fonte: Priberam

    Verbo

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Verbo Palavra (Jo 1:1-14). Jesus é o Logos (1(Jo 1:1); (Ap 19:13), RC e NTLH), isto é, a Palavra, que é mais do que expressão falada: é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Verbo Ver Hipóstase, Logos, Memrá.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    De Deus, Espírito genérico, emana todo princípio espiritual. Nesse sentido é que o Verbo, denominação dada a Jesus, como todo Espírito, estava com Deus desde toda a eternidade, era Deus. A palavra – Verbo – designa a causa, o ser. Como causa, entenda-se a ação por efeito da qual a Terra foi tirada do caos, segundo a expressão bíblica, o que quer dizer: foi tirada da massa dos fluidos, que Deus preparara e dispusera para serem os materiais constitutivos desse planeta, fluidos que continham em si as essências espirituais destinadas a se tornarem criaturas do mesmo planeta e os elementos formativos deste. Como “ser” entenda-se a personificação da vontade de Deus em Jesus, sempre, como entidade distinta do ente supremo, que é uno, indivisível, criador incriado, sem cujo querer nada se produz; a personificação de Jesus, como órgão direto de Deus, para sustentação de tudo, respeito à Terra, pelo poder da sua palavra; personificação que tomou forma material para as vistas hu manas, enquanto o Mestre desempenhou a sua missão terrena.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] São verbos de Deus todos os fundadores de planetas, os quais todos são Espíritos de pureza perfeita e imaculada, isto é: Espíritos que conservaram a pureza primitiva, que atingiram a perfeição sideral, sem jamais haverem falido. [...] podeis [...] chamar verbos de Deus, por serem seus enviados, aos Espíritos purificados que, tendo chegado à categoria dos puros Espíritos, podendo, conseguintemente, aproximar-se do foco da onipotência, se fazem mensageiros diretos do Senhor onipotente, e, nessa qualidade, desempenham missões nos planetas confiados à direção dos Espíritos que os fundaram e são seus governadores e protetores.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Verbo Divino ou Agente Executivo de Deus, a que alude o Evangelista, é o nosso Cristo planetário, co-criador e supremo governador espiritual do nosso orbe, Espírito angélico que, nos cimos da evolução, vivia em comunhão com o Criador, estava com Deus. E porque agia sob o comando divino, na sua excelsa função de médium do Altíssimo, era “um com o Pai”. Estando ele assim identificado com Deus, fazendo a vontade de Deus, em nome e sob a inspiração de Deus, entendeu o Evangelista que o Verbo Divino era Deus.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 1

    O Verbo, segundo o Discípulo Amado, na sua divina epopéia, não é mais do que a vontade e a palavra do Eterno. V V Jesus sentia a vontade do seu Criador e Pai, e era, pela palavra, o transmissor dessa vontade perante toda a Natureza. No princípio era o Verbo. Sim. No princípio da criação do planeta Terra, Jesus, podemos dizer, médium de Deus, realizava em toda a criação a vontade do seu Criador. [...]
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Visível ou oculto, o Verbo é o traço da luz divina em todas as coisas e em todos os seres, nas mais variadas condições do processo de aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 261

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Gramática Classe de palavras que indica ação, processo, estado ou alteração de um estado, sendo o núcleo do predicado.
    Linguagem, palavra ou discurso: orador de verbo inflamado.
    Religião Segundo João, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, encarnada em Jesus Cristo (no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus).
    [Linguística] O verbo opõe-se ao nome não só por esse caráter dinâmico, mas também por admitir flexão de modo, tempo, pessoa e número.
    Tom expressado pela voz; entonação.
    Demonstração do pensamento por palavras.
    Etimologia (origem da palavra verbo). Do latim verbum.i.
    Fonte: Priberam

    Verdade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário da FEB
    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Fonte: febnet.org.br

    Verdadeira

    Dicionário Comum
    fem. sing. de verdadeiro

    ver·da·dei·ro
    adjectivo
    adjetivo

    1. Conforme à verdade; que fala verdade; verídico; autêntico; genuíno; real; exacto; certo; fiel; sincero; leal.

    nome masculino

    2. A verdade.

    3. O dever.

    4. O mais seguro, o mais conveniente.

    Fonte: Priberam

    Verdadeiro

    Dicionário Comum
    adjetivo Conforme à verdade; autêntico, verídico: episódio verdadeiro.
    Que tem as qualidades essenciais à sua natureza; sem mistura ou alteração; puro, genuíno: ouro verdadeiro.
    Que faz jus a um título, uma posição ou um conceito: o verdadeiro médico.
    Que não é mentira nem fraude; autêntico.
    Figurado Em quem se pode confiar: amigo verdadeiro.
    substantivo masculino A verdade; a realidade: o verdadeiro por oposição ao falso.
    [Pouco Uso] O que é o mais certo, seguro, conveniente.
    Etimologia (origem da palavra verdadeiro). Verdade + eiro.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    verdadeiro adj. 1. Que corresponde à verdade. 2. Que existe realmente; real. 3. Autêntico, genuíno. 4. Verídico, fiel. 5. Legítimo. 6. Que é realmente o que parece; puro. S. .M A verdade; a realidade.
    Fonte: Priberam

    Vez

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Dado momento; certa ocasião, circunstância ou período de tempo: uma vez ele apareceu na loja e fez um escândalo enorme.
    Turno; momento que pertence a alguém ou a essa pessoa está reservado: espere a sua vez!
    Ocasião; tendência para que algo se realize; em que há oportunidade: deste vez irei à festa!
    Acontecimento recorrente; ocorrência de situações semelhantes ou iguais: ele se demitiu uma vez; já fui àquele restaurante muitas vezes.
    Parcela; usado para multiplicar ou comparar: vou pagar isso em três vezes; três vezes dois são seis.
    locução adverbial Às vezes ou por vezes: só vou lá de vez em quando.
    De uma vez por todas. Definitivamente: ele foi embora de uma vez por todas.
    De vez em quando ou de quando em vez. Quase sempre: vou ao trabalho de vez em quando.
    De vez. De modo final: acabei de vez com meu casamento!
    Desta vez. Agora; neste momento: desta vez vai ser diferente.
    locução prepositiva Em vez de, em lugar de.
    Era uma vez. Em outro tempo: era uma vez um rei que.
    Uma vez na vida e outra na morte. Muito raramente: tenho dinheiro uma vez na vida e outra na morte.
    Etimologia (origem da palavra vez). Do latim vice.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    vez (ê), s. f. 1. Unidade ou repetição de um fato: Uma vez. Cinco vezes. 2. Tempo, ocasião, momento oportuno para agir: Falar na sua vez. 3. Ensejo, oportunidade. 4. Dose, pequena porção, quinhão.
    Fonte: Priberam

    Vi

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de ver

    ver |ê| |ê| -
    (latim video, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exercer o sentido da vista sobre.

    2. Olhar para.

    3. Presenciar, assistir a.

    4. Avistar; enxergar.

    5. Encontrar, achar, reconhecer.

    6. Observar, notar, advertir.

    7. Reparar, tomar cuidado em.

    8. Imaginar, fantasiar.

    9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

    10. Prever.

    11. Visitar.

    12. Escolher.

    13. Percorrer.

    14. Provar.

    15. Conhecer.

    verbo pronominal

    16. Olhar-se.

    17. Encontrar-se.

    nome masculino

    18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

    19. O acto de ver.


    a meu ver
    Na minha opinião.

    até mais ver
    Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
    (s): pessoa
    (s): a quem é dirigida.
    = ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

    a ver vamos
    Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

    ver-se e desejar-se
    Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).


    Ver também a dúvida linguística: ter a ver com / ter a haver.
    Fonte: Priberam

    Vida

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
    Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
    O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
    Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
    Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
    Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
    Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
    Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
    Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
    O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
    Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
    Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

    A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

    [...] é um dom da bondade infinita [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

    [...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

    [...] É a Criação... [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

    Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

    [...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

    [...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

    [...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
    1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
    Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

    Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

    [...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

    [...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

    [...] é grande fortuna para quem deve progredir.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

    Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

    A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

    [...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
    Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

    [...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

    [...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

    [...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

    Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

    [...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    [...] é amor e serviço, com Deus. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

    [...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

    A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

    [...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

    [...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

    [...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

    A vida é sempre a iluminada escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    A vida é essência divina [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    A oportunidade sagrada é a vida. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

    [...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

    A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

    A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

    [...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

    A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

    [...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

    V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

    [...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

    [...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

    [...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

    A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

    Fonte: febnet.org.br

    Vim

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de vir

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.
    Fonte: Priberam

    Vinha

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Terreno plantado de videiras; número de videiras desse terreno; vinhedo.
    Figurado Aquilo que dá grande lucro: sua empresa é uma verdadeira vinha.
    Figurado O que se tem como profissão, como trabalho; ofício, ocupação.
    expressão Figurado A vinha do Senhor. A vida religiosa.
    Etimologia (origem da palavra vinha). Do latim vinea.ae, "vinhedo".
    substantivo feminino Culinária Molho feito com vinagre, sal, alho, cebola, pimenta etc., usado como conserva para alimentos; vinha-d'alhos.
    Etimologia (origem da palavra vinha). Forma reduzida de vinha-d'alhos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    [...] é o coração imenso da Humanidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    A vinha do Senhor é o mundo inteiro.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Vinha Plantação de VIDEIRAS (Lc 20:9).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Vinha Símbolo do povo de Deus. Mal cuidada por seus pastores espirituais — que nem sequer reconheceram Jesus como Filho de Deus e o mataram —, Deus a entregará, finalmente, a outros vinhateiros (Mt 20:1-8; 21,28-41; Mc 12:1-9; Lc 13:6).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9:20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40:9-11), e da sua destruição pela saraiva (Sl 78:47). A extensão e a importância da cultura das vinhas mostram-se abundantemente noa monumentos, onde se acha representado pela pintura e escultura todo o processo de tratar as videiras (usualmente sobre varas, sustentadas por colunas), de colher o fruto, e convertê-lo em vinho. Em linguagem profética, o próprio povo de israel era uma vinha, trazida do Egito (Sl 80:8). Rabsaqué, nas suas injuriosas palavras aos judeus, no reinado de Ezequias, oferece levá-los para uma terra como a deles, ‘terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas’ (2 Rs 18.32). A cultura das videiras na terra de Canaã, antes da invasão dos hebreus, é manifesta por certos incidentes como o encontro de Abraão e Melquisedeque, a narrativa dos espias, e as alusões de Moisés à herança prometida (Gn 14:18Nm 13:20-24Dt 6:11). Mesmo naquele primitivo período, o território em que este ramo de agricultura alcançou a sua mais alta perfeição na Palestina meridional pode ser conhecido pela promessa patriarcal a Judá: ‘Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente’ – e também o bem-amado José é comparado ao ‘ramo frutífero junto à fonte – seus galhos se estendem sobre o muro’ (Gn 49:11-22). o vale de Escol (cacho de uvas) proporcionou aos espias belíssimos cachos de uvas, que eles levaram a Moisés, e recebeu o seu nome dessa circunstância (Nm 32:9). o vale de Soreque (vinha), na planície da Filístia, era semelhantemente afamado (Jz 14:5 – 15.5 – 16.4). Do mesmo modo também ‘a planície das vinhas’ (Abel-Queramim), ao oriente do rio Jordão (Jz 11:33). Mais tarde eram mencionadas de um modo especial as vinhas do En-Gedi, na costa ocidental do Mar Morto (Ct 1:14) – e Jeremias lamenta a destruição das vinhas moabitas de Sibma (Jr 48:32). o vinho de Helbom, no Antilíbano, era exportado para Tiro, segundo diz Ezequiel (27,18) – e oséias alude ao aroma do ‘vinho do Líbano’ (14.7). É desnecessário citar passagens que nos mostrem quão valiosa era a videira e o seu produto na Palestina, durante os longos períodos da história do Antigo e do Novo Testamento, e quão excelente e abundante era a vinha na Síria. Bastará mencionar as originais promessas feitas aos israelitas, antes de eles formarem uma nação, a beleza da linguagem figurada nos salmos e profecias, e o fato de numas cinco parábolas do grande Mestre haver referência às videiras e à sua cultura. igualmente significativa é a circunstância de se encontrarem umas doze palavras nas línguas hebraica e grega (principalmente na primeira), para designarem esta planta e os seus usos. os antigos habitantes da Palestina imitaram os egípcios no tratamento das parreiras, sendo a uva o emblema da prosperidade e da paz. o caráter do solo ensinou aos cananeus e os seus sucessores a formação de terraços próprios. Nos pátios das casas grandes e pelas paredes das casas de campo, estendiam as videiras as suas gavinhas – e é provável que também as deixassem subir em volta das figueiras e outras árvores. Ao norte são as videiras cultivadas, e provavelmente o foram também em tempos antigos, ao longo de terrenos planos, apenas com um pequeno apoio (Sl 80:10 – 128.3 – Ez 17:6). As vinhas eram então, como hoje, cercadas de muros toscos ou de uma sebe, ou por ambas as coisas (is 5:5Mc 12:1). Foi entre muros desta espécie que Balaão ia montado na jumenta. Cabanas de construção grosseira são feitas para os guardadores das vinhas, como nos tempos do A.T. – e eram edificadas ‘torres’, donde se podia estar de atalaia para evitar as depredações do homem ou de certos animais, como o javali das selvas e os chacais (Sl 80:13Ct 2:15is 1:8 – 5.2 – Mt 21:33). o tempo da vindima no outono, bem como o da ceifa do trigo que a precedia, eram ocasiões de especial regozijo (is 16:10Jr 25:30). os preparativos gerais acham-se descritos na parábola de isaías
    (5). e na de Jesus Cristo (Mc 12:1, etc.). Era permitido aos pobres fazer a respiga nas vinhas e nas searas (Lv 19:10). os podadores também pertenciam às classes pobres (is 61:5). As vinhas, como os campos de trigo, tinham o seu ano sabático, isto é, de sete em sete anos a terra era simplesmente alqueivada (Êx 23:11Lv 25:3 e seg.). Na linguagem figurada da Escritura, a videira é emblemática do povo escolhido, das bênçãos na dispensação evangélica, e também Daquele em quem a igreja vive e cresce por meio dos seus vários membros, e do sangue derramado na cruz para resgatar a Humanidade (is 5:7 – 55.1 – Mt 26:27-29Jo 15:1). o ato de pisar uvas no lagar é emblemático dos juízos divinos (is 63:2Lm 1:15Ap 14:19-20). (*veja Vinho, Lagar de vinho.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Vir

    Dicionário Comum
    verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominal Dirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Caminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha.
    Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano.
    Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem.
    Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem.
    verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio.
    Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória.
    Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto.
    Demonstrar aprovação; concordar com; convir.
    Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios.
    Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio.
    Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres.
    verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm.
    Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora.
    Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações.
    Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar.
    Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente.
    Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai.
    Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano.
    verbo predicativo Começar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas.
    Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.
    Fonte: Priberam

    Vires

    Dicionário Comum
    2ª pess. sing. infinitivo flexionado de vir
    2ª pess. sing. fut. conj. de ver
    2ª pess. sing. pres. conj. de virar

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.

    ver |ê| |ê| -
    (latim video, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exercer o sentido da vista sobre.

    2. Olhar para.

    3. Presenciar, assistir a.

    4. Avistar; enxergar.

    5. Encontrar, achar, reconhecer.

    6. Observar, notar, advertir.

    7. Reparar, tomar cuidado em.

    8. Imaginar, fantasiar.

    9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

    10. Prever.

    11. Visitar.

    12. Escolher.

    13. Percorrer.

    14. Provar.

    15. Conhecer.

    verbo pronominal

    16. Olhar-se.

    17. Encontrar-se.

    nome masculino

    18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

    19. O acto de ver.


    a meu ver
    Na minha opinião.

    até mais ver
    Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
    (s): pessoa
    (s): a quem é dirigida.
    = ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

    a ver vamos
    Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

    ver-se e desejar-se
    Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).


    Ver também a dúvida linguística: ter a ver com / ter a haver.

    vi·rar -
    (francês virer)
    verbo transitivo

    1. Voltar para a posição contrária ou inversa (ex.: vira a página; virei a garrafa para escorrer o azeite).

    2. Pôr do avesso (ex.: virar a camisola).

    3. Voltar ou mover para um lado ou para uma posição diferente (ex.: vira mais o espelho).

    4. Voltar para cima (ex.: virar as cartas do jogo).

    5. Voltar, volver de um lado para o outro.

    6. Dirigir ou apontar numa direcção (ex.: vira a faca para o outro lado). = VOLTAR

    7. Dar volta a (ex.: Bartolomeu Dias virou o Cabo da Boa Esperança). = DOBRAR, TORNEAR

    8. Despejar o conteúdo (ex.: o cão vira a taça da água). = DERRAMAR, ENTORNAR

    9. [Informal] Beber todo o conteúdo (ex.: viraram uma garrafa num instante). = DESPEJAR, EMBORCAR, ENTORNAR

    10. Revirar, revolver (ex.: o arado vira a terra).

    verbo transitivo e intransitivo

    11. Figurado Fazer mudar ou mudar de opinião, de tenção, de partido, de intento (ex.: aqueles argumentos viraram a assembleia; ele disse uma coisa, mas agora virou e diz outra).

    verbo intransitivo

    12. Mudar de direcção, de rumo (ex.: vamos em frente e depois viramos à direita).

    13. Olhar para; estar voltado para.

    verbo pronominal

    14. Fazer um movimento para uma posição inversa ou diferente da anterior (ex.: vire-se para o outro lado, para vermos melhor). = VOLTAR-SE

    15. Levantar-se ou reagir contra algo ou alguém (ex.: viraram-se contra a autoridade). = REBELAR-SE, VOLTAR-SE

    16. Dirigir-se a alguém para pedir auxílio. = RECORRER

    17. Entregar-se ou dedicar-se a determinada actividade (ex.: ficou desempregado e virou-se para a agricultura).

    18. Tentar resolver dificuldades (ex.: ele agora tem de se virar sozinho).

    verbo copulativo

    19. Tornar-se, transformar-se (ex.: a lagarta virou borboleta).

    Fonte: Priberam

    Visto

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Permissão; documento que permite a entrada e permanência num país estrangeiro, geralmente anexada ao passaporte.
    Endosso; carimbo, selo ou assinatura que autenticam um documento como verdadeiro, após ser verificado por uma autoridade competente.
    adjetivo Observado; que se viu, enxergou, observou: não tinha visto esse filme.
    Considerado; que se tem em consideração.
    Versado; conhecedor de um assunto: filósofo visto em metafísica.
    locução conjuntiva Visto que. Uma vez que: não foi ao jogo, visto que não tinha dinheiro.
    Visto como. Tendo em conta a maneira como: visto como se expressa, tem medo da censura.
    Pelo visto. A partir do que é conhecido, daquilo que se tem conhecimento: pelo visto, ele não vai se casar.
    Etimologia (origem da palavra visto). Do latim vistus; videre.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    visto adj. 1. Percebido pelo sentido da vista. 2. Aceito, recebido (bem ou mal). 3. Considerado, reputado. S. .M Abonação assinada por quem a concede, para tornar um ato autêntico ou válido.
    Fonte: Priberam

    Vontade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Determinação; sentimento que leva uma pessoa a fazer alguma coisa, a buscar seus objetivos ou desejos.
    Capacidade individual de escolher ou desejar aquilo que bem entende; faculdade de fazer ou não fazer determinadas ações.
    Capricho; desejo repentino: menino cheio de vontades!
    Desejo físico ou emocional: vontade de dormir; vontade de se apaixonar.
    Empenho; manifestação de entusiasmo e de determinação: guardou sua vontade para o vestibular.
    Deliberação; decisão que uma pessoa expõe para que seja respeitada.
    Prazer; expressão de contentamento: dançava com vontade.
    Etimologia (origem da palavra vontade). Do latim voluntas.atis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre os seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 131

    A vontade é a participação consciente, esclarecida e responsável da alma que deseja sinceramente melhorar, depois de muito sofrer e de reconhecer suas grandes imperfeições, seus graves erros e imensas deficiências. O trabalho de vencer a si mesmo não é tarefa fácil.
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] é uma força considerável, por meio da qual, eles [os Espíritos] agem sobre os fluidos; é pois, a vontade que determina as combinações dos fluidos [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 3

    [...] faculdade máter, cuja utilização constante e esclarecida tão alto pode elevar o homem. A vontade é a arma por excelência que ele precisa aprender a utilizar e incessantemente exercitar.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    V [...] é a faculdade soberana da alma, a força espiritual por excelência, e pode mesmo dizer-se que é a essência da sua personalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 32

    [...] é a maior de todas as potências; é, em sua ação, comparável ao ímã. A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos vitais; tal é o segredo da lei de evolução. A vontade pode atuar com intensidade sobre o corpo fluídico, ativar-lhe as vibrações e, por esta forma, apropriá-lo a um modo cada vez mais elevado de sensações, prepará-lo para mais alto grau de existência. [...] O princípio superior, o motor da existência, é a vontade.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

    [...] é, certamente, uma energia de ordem intelectual.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

    [...] é uma faculdade essencialmente imaterial, diferente do que se entende geralmente por propriedades da matéria.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 5

    [...] uma das maiores potencialidades que existe no ser humano: a vontade.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 5

    [...] é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 6

    [...] é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina. [...] é, pois, o comando geral de nossa existência. Ela é a manifestação do ser como individualidade, no uso do seu livre-arbítrio. [...]
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 6

    [...] O princípio superior, o motor da existência, é a vontade. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Ligeiros comentários•••

    [...] é a força principal do caráter, é, numa palavra, o próprio homem. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum corda

    [...] Todos temos a vontade por alavanca de luz, e toda criatura, sem exceção, demonstrará a quantidade e o teor da luz que entesoura em si própria, toda vez que chamada a exame, na hora da crise.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Exames

    [...] a vontade e a confiança do homem são poderosos fatores no desenvolvimento e iluminação da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 113

    A vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    A vontade é sagrado atributo do espírito, dádiva de Deus a nós outros para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 57

    Fonte: febnet.org.br

    Voz

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação da letra v ou V: vassoura se escreve com vê.
    Etimologia (origem da palavra ). Com origem na pronúncia da letra v.
    Fonte: Priberam

    água

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Líquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, H20.
    Porção líquida que cobre 2/3 ou aproximadamente 70% da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos.
    Por Extensão Quaisquer secreções de teor líquido que saem do corpo humano, como suor, lágrimas, urina.
    Por Extensão O suco que se retira de certos frutos: água de coco.
    Por Extensão Refeição muito líquida; sopa rala.
    [Construção] Num telhado, a superfície plana e inclinada; telhado composto por um só plano; meia-água.
    [Popular] Designação de chuva: amanhã vai cair água!
    Botânica Líquido que escorre de certas plantas quando há queimadas ou poda.
    Etimologia (origem da palavra água). Do latim aqua.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Água Líquido essencial à vida, o qual, por sua escassez, é muito valorizado na Palestina, onde as secas são comuns. Para ter água, o povo dependia de rios, fontes, poços e cisternas (Is 35:6).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Água Ver Ablução, Batismo, Novo nascimento.
    Autor: César Vidal Manzanares

    és

    Dicionário Comum
    Es | símb.
    ES | sigla
    es- | pref.
    Será que queria dizer és?

    Es 1
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do einstêinio.


    Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

    ES 2
    sigla

    Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


    es-
    prefixo

    Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).

    Fonte: Priberam

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ Λόγος, καὶ ὁ Λόγος ἦν πρὸς τὸν Θεόν, καὶ Θεὸς ἦν ὁ Λόγος.
    João 1: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus.
    João 1: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes do Tempo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G746
    archḗ
    ἀρχή
    o antigo rei de Elasar, aliado de Quedorlaomer
    (Arioch)
    Substantivo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    ἀρχή


    (G746)
    archḗ (ar-khay')

    746 αρχη arche

    de 756; TDNT - 1:479,81; n f

    1. começo, origem
    2. a pessoa ou coisa que começa, a primeira pessoa ou coisa numa série, o líder
    3. aquilo pelo qual algo começa a ser, a origem, a causa ativa
    4. a extremidade de uma coisa
      1. das extremidades de um navio
    5. o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado
      1. de anjos e demônios

    οὗτος ἦν ἔν ἀρχή πρός θεός
    João 1: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ele estava no princípio com Deus.
    João 1: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes do Tempo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G746
    archḗ
    ἀρχή
    o antigo rei de Elasar, aliado de Quedorlaomer
    (Arioch)
    Substantivo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    ἀρχή


    (G746)
    archḗ (ar-khay')

    746 αρχη arche

    de 756; TDNT - 1:479,81; n f

    1. começo, origem
    2. a pessoa ou coisa que começa, a primeira pessoa ou coisa numa série, o líder
    3. aquilo pelo qual algo começa a ser, a origem, a causa ativa
    4. a extremidade de uma coisa
      1. das extremidades de um navio
    5. o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado
      1. de anjos e demônios

    πᾶς γίνομαι διά αὐτός καί χωρίς αὐτός οὐδέ εἷς γίνομαι γίνομαι
    João 1: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
    João 1: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes do Tempo
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3761
    oudé
    οὐδέ
    nem / tampouco
    (Nor)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G5565
    chōrís
    χωρίς
    separado, a parte
    (without)
    Preposição
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐδέ


    (G3761)
    oudé (oo-deh')

    3761 ουδε oude

    de 3756 e 1161; conj

    1. e não, nem, também não, nem mesmo

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    χωρίς


    (G5565)
    chōrís (kho-rece')

    5565 χωρις choris

    de 5561; adv

    1. separado, a parte
      1. sem algo
      2. ao lado

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ζωή ἦν ἔν αὐτός καί ζωή ἦν φῶς ἄνθρωπος
    João 1: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
    João 1: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes do Tempo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2222
    zōḗ
    ζωή
    pingar
    ([that] water)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G5457
    phōs
    φῶς
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ζωή


    (G2222)
    zōḗ (dzo-ay')

    2222 ζωη zoe

    de 2198; TDNT - 2:832,290; n f

    1. vida
      1. o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
      2. toda alma viva
    2. vida
      1. da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
      2. vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.

    Sinônimos ver verbete 5821


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    φῶς


    (G5457)
    phōs (foce)

    5457 φως phos

    de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT - 9:310,1293; n n

    1. luz
      1. luz
        1. emitida por uma lâmpada
        2. um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
      2. qualquer coisa que emite luz
        1. estrela
        2. fogo porque brilha e espalha luz
        3. lâmpada ou tocha
      3. luz, i.e, brilho
        1. de uma lâmpada
    2. metáf.
      1. Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
      2. da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
      3. aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
      4. razão, mente
        1. o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual

    Sinônimos ver verbete 5817


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    φῶς φαίνω ἔν σκοτία καί σκοτία οὐ καταλαμβάνω αὐτός
    João 1: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
    João 1: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes do Tempo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2638
    katalambánō
    καταλαμβάνω
    obter, tornar próprio
    (it seizes)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Active - 3ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4653
    skotía
    σκοτία
    Trevas
    (darkness)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G5316
    phaínō
    φαίνω
    trazer à luz, fazer brilhar, espalhar a luz
    (appeared)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G5457
    phōs
    φῶς
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καταλαμβάνω


    (G2638)
    katalambánō (kat-al-am-ban'-o)

    2638 καταλαμβανω katalambano

    de 2596 e 2983; TDNT - 4:9,495; v

    1. obter, tornar próprio
      1. dominar ao ponto de incorporar como seu, obter, alcançar, tornar próprio, tomar para si mesmo, apropriar-se
      2. apoderar-se de, tomar posse de
        1. de males que assolam surpresivamente, do último dia surpreendendo o perverso com destruição, de um demônio pronto para atormentar alguém
        2. num bom sentido, de Cristo que pelo seu santo poder e influência apropria-se da mente e vontade humana, a fim de ajudá-la e governá-la
      3. detectar, capturar
      4. capturar com a mente
        1. entender, perceber, aprender, compreender


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    σκοτία


    (G4653)
    skotía (skot-ee'-ah)

    4653 σκοτια skotia

    de 4655; TDNT - 7:423,1049; n f

    escuridão

    escuridão causada pela ausência de luz

    metáf. usado da ignorância das coisas divinas, e sua associada perversidade, e a miséria resultante no inferno


    φαίνω


    (G5316)
    phaínō (fah'-ee-no)

    5316 φαινω phaino

    prolongação da raiz de 5457; TDNT - 9:1,1244; v

    1. trazer à luz, fazer brilhar, espalhar a luz
    2. brilhar
      1. brilhar, ser brilhante ou resplendente
      2. tornar-se evidente, ser trazido à luz, tornar-se visível, aparecer
        1. de vegetação em crescimento, vir à luz
        2. aparecer, ser visto
        3. expor à visão
      3. encontrar os olhos, descobrir os olhos, tornar claro ou manifesto
        1. ser visto, aparecer
      4. tornar-se claro na mente; ter a impressão, segundo o próprio julgamento ou opinião

    Sinônimos ver verbete 5837


    φῶς


    (G5457)
    phōs (foce)

    5457 φως phos

    de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT - 9:310,1293; n n

    1. luz
      1. luz
        1. emitida por uma lâmpada
        2. um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
      2. qualquer coisa que emite luz
        1. estrela
        2. fogo porque brilha e espalha luz
        3. lâmpada ou tocha
      3. luz, i.e, brilho
        1. de uma lâmpada
    2. metáf.
      1. Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
      2. da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
      3. aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
      4. razão, mente
        1. o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual

    Sinônimos ver verbete 5817


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    γίνομαι ἄνθρωπος ἀποστέλλω παρά θεός αὐτός ὄνομα Ἰωάννης
    João 1: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João.
    João 1: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G3686
    ónoma
    ὄνομα
    uma cidade no extremo sul de Judá e a cerca de 24 km (15 milhas) no sudoeste de
    (and Chesil)
    Substantivo
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G649
    apostéllō
    ἀποστέλλω
    ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    (having sent forth)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    ὄνομα


    (G3686)
    ónoma (on'-om-ah)

    3686 ονομα onoma

    de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n

    nome: univ. de nomes próprios

    o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém

    pessoas reconhecidas pelo nome

    a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão


    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    ἀποστέλλω


    (G649)
    apostéllō (ap-os-tel'-lo)

    649 αποστελλω apostello

    de 575 e 4724; TDNT - 1:398,67; v

    1. ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    2. mandar embora, despedir
      1. permitir que alguém parta, para que alcance a liberdade
      2. ordenar a partida de alguém, enviar
      3. expulsar

    Sinônimos ver verbete 5813


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    οὗτος ἔρχομαι εἰς μαρτυρία ἵνα μαρτυρέω περί φῶς ἵνα πᾶς πιστεύω διά αὐτός
    João 1: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Este veio como testemunha, para dar testemunho da Luz, para que todos os homens através dele pudessem crer.
    João 1: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3140
    martyréō
    μαρτυρέω
    ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado
    (you bear witness)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3141
    martyría
    μαρτυρία
    filho do rei Josafá, de Judá, e, ele próprio, rei de Judá por oito anos; sua esposa era a
    (Joram)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4100
    pisteúō
    πιστεύω
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    G5457
    phōs
    φῶς
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    μαρτυρέω


    (G3140)
    martyréō (mar-too-reh'-o)

    3140 μαρτυρεω martureo

    de 3144; TDNT - 4:474,564; v

    1. ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
      1. dar (não reter) testemunho
      2. proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
      3. conjurar, implorar

    μαρτυρία


    (G3141)
    martyría (mar-too-ree'-ah)

    3141 μαρτυρια marturia

    de 3144; TDNT - 4:474,564; n f

    1. testemunho
      1. ofício confiado aos profetas de testificar acerca de eventos futuros

        o que alguém testifica, testemunho, i.e., diante de um juiz



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    πιστεύω


    (G4100)
    pisteúō (pist-yoo'-o)

    4100 πιστευω pisteuo

    de 4102; TDNT - 6:174,849; v

    1. pensar que é verdade, estar persuadido de, acreditar, depositar confiança em
      1. de algo que se crê
        1. acreditar, ter confiança
      2. numa relação moral ou religiosa
        1. usado no NT para convicção e verdade para a qual um homem é impelido por uma certa prerrogativa interna e superior e lei da alma
        2. confiar em Jesus ou Deus como capaz de ajudar, seja para obter ou para fazer algo: fé salvadora
      3. mero conhecimento de algum fato ou evento: fé intelectual
    2. confiar algo a alguém, i.e., sua fidelidade
      1. ser incumbido com algo

    φῶς


    (G5457)
    phōs (foce)

    5457 φως phos

    de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT - 9:310,1293; n n

    1. luz
      1. luz
        1. emitida por uma lâmpada
        2. um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
      2. qualquer coisa que emite luz
        1. estrela
        2. fogo porque brilha e espalha luz
        3. lâmpada ou tocha
      3. luz, i.e, brilho
        1. de uma lâmpada
    2. metáf.
      1. Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
      2. da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
      3. aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
      4. razão, mente
        1. o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual

    Sinônimos ver verbete 5817


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    οὐ ἦν ἐκεῖνος φῶς ἀλλά ἵνα μαρτυρέω περί φῶς
    João 1: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ele não era aquela Luz, mas foi enviado para dar testemunho da Luz.
    João 1: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3140
    martyréō
    μαρτυρέω
    ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado
    (you bear witness)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G5457
    phōs
    φῶς
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    μαρτυρέω


    (G3140)
    martyréō (mar-too-reh'-o)

    3140 μαρτυρεω martureo

    de 3144; TDNT - 4:474,564; v

    1. ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
      1. dar (não reter) testemunho
      2. proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
      3. conjurar, implorar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    φῶς


    (G5457)
    phōs (foce)

    5457 φως phos

    de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT - 9:310,1293; n n

    1. luz
      1. luz
        1. emitida por uma lâmpada
        2. um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
      2. qualquer coisa que emite luz
        1. estrela
        2. fogo porque brilha e espalha luz
        3. lâmpada ou tocha
      3. luz, i.e, brilho
        1. de uma lâmpada
    2. metáf.
      1. Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
      2. da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
      3. aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
      4. razão, mente
        1. o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual

    Sinônimos ver verbete 5817


    ἦν ἀληθινός φῶς ὅς ἔρχομαι εἰς κόσμος φωτίζω πᾶς ἄνθρωπος
    João 1: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Aquele era a verdadeira Luz, que ilumina a todo homem que vem ao mundo.
    João 1: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G228
    alēthinós
    ἀληθινός
    que tem não apenas o nome do objeto em consideração e semelhança com ele, mas que
    (true [riches])
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G2889
    kósmos
    κόσμος
    puro, limpo
    (clean)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G5457
    phōs
    φῶς
    prostrar-se, prestar homenagem, adorar
    (worshiped)
    Verbo
    G5461
    phōtízō
    φωτίζω
    governante, prefeito, governador, um governante subordinado
    (and rulers)
    Substantivo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἀληθινός


    (G228)
    alēthinós (al-ay-thee-nos')

    228 αληθινος alethinos

    de 227; TDNT - 1:249,37; adj

    1. que tem não apenas o nome do objeto em consideração e semelhança com ele, mas que participa da essência do mesmo, correspondendo em todos os sentidos ao significado da idéia transmitida pelo nome. Real, genuíno, verdadeiro
      1. oposto ao que é fictício, imitação, imaginário, simulado ou pretendido
      2. contrasta a realidade com sua aparência
      3. oposto ao que é imperfeito, frágil, incerto
    2. verdadeiro, verídico, sincero

    κόσμος


    (G2889)
    kósmos (kos'-mos)

    2889 κοσμος kosmos

    provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m

    1. uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
    2. ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
    3. mundo, universo
    4. o círculo da terra, a terra
    5. os habitantes da terra, homens, a família humana
    6. a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
    7. afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
      1. totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
    8. qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
      1. os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
      2. dos crentes unicamente, Jo 1:29; 3.16; 3.17; 6.33; 12.47; 1Co 4:9; 2Co 5:19

    Sinônimos ver verbete 5921



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    φῶς


    (G5457)
    phōs (foce)

    5457 φως phos

    de uma forma arcaica phao (brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios, cf 5316, 5346); TDNT - 9:310,1293; n n

    1. luz
      1. luz
        1. emitida por uma lâmpada
        2. um luz celestial tal como a de um círculo de anjos quando aparecem na terra
      2. qualquer coisa que emite luz
        1. estrela
        2. fogo porque brilha e espalha luz
        3. lâmpada ou tocha
      3. luz, i.e, brilho
        1. de uma lâmpada
    2. metáf.
      1. Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura, brilhante
      2. da verdade e seu conhecimento, junto com a pureza espiritual associada a ela
      3. aquilo que está exposto à vista de todos, abertamente, publicamente
      4. razão, mente
        1. o poder do entendimento, esp. verdade moral e espiritual

    Sinônimos ver verbete 5817


    φωτίζω


    (G5461)
    phōtízō (fo-tid'-zo)

    5461 φωτιζω photizo

    de 5457; TDNT - 9:310,1293; v

    1. produzir luz, brilhar
    2. iluminar, clarear, ilustrar
    3. fazer brilhar, tornar evidente
      1. fazer algo existir e assim vir à luz e tornar-se claro para todos
    4. esclarecer, espiritualmente, imbuir alguém com o conhecimento salvador
      1. instruir, informar, ensinar
      2. dar entendimento a

    ἦν ἔν κόσμος καί κόσμος γίνομαι διά αὐτός καί κόσμος οὐ αὐτός γινώσκω
    João 1: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
    João 1: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1097
    ginṓskō
    γινώσκω
    gastando adv de negação
    (not)
    Substantivo
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2889
    kósmos
    κόσμος
    puro, limpo
    (clean)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    γινώσκω


    (G1097)
    ginṓskō (ghin-oce'-ko)

    1097 γινωσκω ginosko

    forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

    1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
      1. tornar-se conhecido
    2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
      1. entender
      2. saber
    3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
    4. tornar-se conhecido de, conhecer

    Sinônimos ver verbete 5825


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κόσμος


    (G2889)
    kósmos (kos'-mos)

    2889 κοσμος kosmos

    provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m

    1. uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
    2. ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
    3. mundo, universo
    4. o círculo da terra, a terra
    5. os habitantes da terra, homens, a família humana
    6. a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
    7. afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
      1. totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
    8. qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
      1. os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
      2. dos crentes unicamente, Jo 1:29; 3.16; 3.17; 6.33; 12.47; 1Co 4:9; 2Co 5:19

    Sinônimos ver verbete 5921



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἔρχομαι εἰς ἴδιος καί ἴδιος οὐ αὐτός παραλαμβάνω
    João 1: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ele veio para os seus, e os seus não o receberam.
    João 1: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2398
    ídios
    ἴδιος
    pecar, falhar, perder o rumo, errar, incorrer em culpa, perder o direito, purificar da
    (from sinning)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3880
    paralambánō
    παραλαμβάνω
    tomar a, levar consigo, associá-lo consigo
    (to receive)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἴδιος


    (G2398)
    ídios (id'-ee-os)

    2398 ιδιος idios

    de afinidade incerta; adj

    1. que me pertence, próprio, peculiar a si mesmo

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    παραλαμβάνω


    (G3880)
    paralambánō (par-al-am-ban'-o)

    3880 παραλαμβνω paralambano

    1. de 3844 e 2983; TDNT - 4:11,495; v

      tomar a, levar consigo, associá-lo consigo

      1. um associado, companheiro
      2. metáf.
        1. aceitar ou reconhecer que alguém é tal como ele professa ser
        2. não rejeitar, não recusar obediência
    2. receber algo transmitido
      1. ofício a ser cumprido ou desempenhádo
      2. receber com a mente
        1. por transmissão oral: dos autores de quem a tradição procede
        2. pela narração a outros, pela instrução de mestres (usado para discípulos)

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    δέ ὅσος αὐτός λαμβάνω δίδωμι αὐτός ἐξουσία γίνομαι τέκνον θεός πιστεύω εἰς αὐτός ὄνομα
    João 1: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas a todos quantos o receberam, a eles deu o poder de se tornarem os filhos de Deus, aqueles que creem em seu nome;
    João 1: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1849
    exousía
    ἐξουσία
    bater, bater em ou a
    (and if men should overdrive them)
    Verbo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2983
    lambánō
    λαμβάνω
    descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
    (the Jebusites)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3686
    ónoma
    ὄνομα
    uma cidade no extremo sul de Judá e a cerca de 24 km (15 milhas) no sudoeste de
    (and Chesil)
    Substantivo
    G3745
    hósos
    ὅσος
    (A
    (and made a proclamation)
    Verbo
    G4100
    pisteúō
    πιστεύω
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    G5043
    téknon
    τέκνον
    candeeiro, candelabro
    (the lampstand)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐξουσία


    (G1849)
    exousía (ex-oo-see'-ah)

    1849 εξουσια exousia

    de 1832 (no sentido de abilidade); TDNT - 2:562,238; n f

    1. poder de escolher, liberdade de fazer como se quer
      1. licença ou permissão
    2. poder físico e mental
      1. habilidade ou força com a qual alguém é dotado, que ele possui ou exercita
    3. o poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio)
    4. o poder de reger ou governar (o poder de alguém de quem a vontade e as ordens devem ser obedecidas pelos outros)
      1. universalmente
        1. autoridade sobre a humanidade
      2. especificamente
        1. o poder de decisões judiciais
        2. da autoridade de administrar os afazeres domésticos
      3. metonimicamente
        1. algo sujeito à autoridade ou regra
          1. jurisdição
        2. alguém que possui autoridade
          1. governador, magistrado humano
          2. o principal e mais poderoso entre os seres criados, superior ao homem, potestades espirituais
      4. sinal de autoridade do marido sobre sua esposa
        1. véu com o qual a mulher devia propriamente cobrir-se
      5. sinal de autoridade real, coroa

    Sinônimos ver verbete 5820


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    λαμβάνω


    (G2983)
    lambánō (lam-ban'-o)

    2983 λαμβανω lambano

    forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

    1. pegar
      1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
        1. pegar algo para ser carregado
        2. levar sobre si mesmo
      2. pegar a fim de levar
        1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
      3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
        1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
          1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
        2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
        3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
        4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
        5. capturar, alcançar, lutar para obter
        6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
      4. pegar
        1. admitir, receber
        2. receber o que é oferecido
        3. não recusar ou rejeitar
        4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
        5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
      5. pegar, escolher, selecionar
      6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
    2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

    Sinônimos ver verbete 5877



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄνομα


    (G3686)
    ónoma (on'-om-ah)

    3686 ονομα onoma

    de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n

    nome: univ. de nomes próprios

    o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém

    pessoas reconhecidas pelo nome

    a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão


    ὅσος


    (G3745)
    hósos (hos'-os)

    3745 οσος hosos

    pela reduplicação de 3739; pron

    1. tão grande quanto, tão longe quanto, quanto, quantos, quem quer que

    πιστεύω


    (G4100)
    pisteúō (pist-yoo'-o)

    4100 πιστευω pisteuo

    de 4102; TDNT - 6:174,849; v

    1. pensar que é verdade, estar persuadido de, acreditar, depositar confiança em
      1. de algo que se crê
        1. acreditar, ter confiança
      2. numa relação moral ou religiosa
        1. usado no NT para convicção e verdade para a qual um homem é impelido por uma certa prerrogativa interna e superior e lei da alma
        2. confiar em Jesus ou Deus como capaz de ajudar, seja para obter ou para fazer algo: fé salvadora
      3. mero conhecimento de algum fato ou evento: fé intelectual
    2. confiar algo a alguém, i.e., sua fidelidade
      1. ser incumbido com algo

    τέκνον


    (G5043)
    téknon (tek'-non)

    5043 τεκνον teknon

    da raíz de 5098; TDNT - 5:636,759; n n

    1. descendência, crianças
      1. criança
      2. menino, filho
      3. metáf.
        1. nome transferido para aquele relacionamento íntimo e recíproco formado entre os homens pelos laços do amor, amizade, confiança, da mesma forma que pais e filhos
        2. em atitude amorosa, como usado por patrões, auxiliares, mestres e outros: minha criança
        3. no NT, alunos ou discípulos são chamados filhos de seus mestres, porque estes pela sua instrução educam as mentes de seus alunos e moldam seu caráter
        4. filhos de Deus: no AT do “povo de Israel” que era especialmente amado por Deus. No NT, nos escritos de Paulo, todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus e assim estreitamente relacionados com Deus
        5. filhos do diabo: aqueles que em pensamento e ação são estimulados pelo diabo, e assim refletem seu caráter
      4. metáf.
        1. de qualquer que depende de, é possuído por um desejo ou afeição para algo, é dependente de
        2. alguém que está sujeito a qualquer destino
          1. assim filhos de uma cidade: seus cidadãos e habitantes
        3. os admiradores da sabedoria, aquelas almas que foram educadas e moldadas pela sabedoria
        4. filhos amaldiçoados, expostos a uma maldição e destinados à ira ou penalidade de

          Deus

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὅς οὐ γεννάω ἐκ αἷμα οὐδέ ἐκ θέλημα σάρξ οὐδέ ἐκ θέλημα ἀνήρ ἀλλά ἐκ θεός
    João 1: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
    João 1: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 a.C.
    G1080
    gennáō
    γεννάω
    (Pael) gastar, consumir
    (shall wear out)
    Verbo
    G129
    haîma
    αἷμα
    sangue
    (blood)
    Substantivo - neutro neutro no Singular
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G2307
    thélēma
    θέλημα
    o que se deseja ou se tem determinado que será feito
    (will)
    Substantivo - neutro neutro no Singular
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3761
    oudé
    οὐδέ
    nem / tampouco
    (Nor)
    Conjunção
    G435
    anḗr
    ἀνήρ
    com referência ao sexo
    (husband)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G4561
    sárx
    σάρξ
    carne
    (flesh)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo


    γεννάω


    (G1080)
    gennáō (ghen-nah'-o)

    1080 γενναω gennao

    de uma variação de 1085; TDNT - 1:665,114; v

    1. de homens que geraram filhos
      1. ser nascido
      2. ser procriado
        1. de mulheres que dão à luz a filhos
    2. metáf.
      1. gerar, fazer nascer, excitar
      2. na tradição judaica, de alguém que traz outros ao seu modo de vida, que converte alguém
      3. de Deus ao fazer Cristo seu filho
      4. de Deus ao transformar pessoas em seus filhos através da fé na obra de Cristo

    αἷμα


    (G129)
    haîma (hah'-ee-mah)

    129 αιμα haima

    de derivação incerta; TDNT - 1:172,26; n m

    1. sangue
      1. de homem ou animais
      2. refere-se à sede da vida
      3. daquelas coisas que se assemelham a sangue, suco de uva
    2. derramamento de sangue, ser espalhado pela violência, morte violenta, assassinato

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    θέλημα


    (G2307)
    thélēma (thel'-ay-mah)

    2307 θελημα thelema

    da forma prolongada de 2309; TDNT - 3:52,318; n n

    1. o que se deseja ou se tem determinado que será feito
      1. do propósito de Deus em abênçoar a humanidade através de Cristo
      2. do que Deus deseja que seja feito por nós
        1. mandamentos, preceitos

          vontade, escolha, inclinação, desejo, prazer, satisfação


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐδέ


    (G3761)
    oudé (oo-deh')

    3761 ουδε oude

    de 3756 e 1161; conj

    1. e não, nem, também não, nem mesmo

    ἀνήρ


    (G435)
    anḗr (an'-ayr)

    435 ανερ aner

    uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m

    1. com referência ao sexo
      1. homem
      2. marido
      3. noivo ou futuro marido
    2. com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
    3. qualquer homem
    4. usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres

    σάρξ


    (G4561)
    sárx (sarx)

    4561 σαρξ sarx

    provavelmente da mesma raiz de 4563; TDNT - 7:98,1000; n f

    1. carne (substância terna do corpo vivo, que cobre os ossos e é permeada com sangue) tanto de seres humanos como de animais
    2. corpo
      1. corpo de uma pessoa
      2. usado da origem natural ou física, geração ou afinidade
        1. nascido por geração natural
      3. natureza sensual do homem, “a natureza animal”
        1. sem nenhuma sugestão de depravação
        2. natureza animal com desejo ardente que incita a pecar
        3. natureza física das pessoas, sujeita ao sofrimento

          criatura viva (por possuir um corpo de carne), seja ser humano ou animal

          a carne, denotando simplesmente a natureza humana, a natureza terrena dos seres humanos separada da influência divina, e por esta razão inclinada ao pecado e oposta a Deus


    καί λόγος γίνομαι σάρξ καί σκηνόω ἔν ἡμῖν πλήρης χάρις καί ἀλήθεια καί θεάομαι αὐτός δόξα δόξα ὡς μονογενής παρά πατήρ
    João 1: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E a Palavra se fez carne, e habitou entre nós, (e nós contemplamos sua glória, como a glória do unigênito do Pai), cheio de graça e verdade.
    João 1: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    5 a.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1391
    dóxa
    δόξα
    uma cidade levítica de Benjamim, atual ’El-Jib’, que se localiza a 8 quilômentros (ou 5
    (of Gibeon)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G225
    alḗtheia
    ἀλήθεια
    verdade
    (truth)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G2300
    theáomai
    θεάομαι
    ser afiado, estar alerta, ser aguçado
    (sharpens)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3439
    monogenḗs
    μονογενής
    único do seu tipo, exclusivo
    (only begotten)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4134
    plḗrēs
    πλήρης
    cheio, i.e., preenchido, completo (em oposição a vazio)
    (full)
    Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
    G4561
    sárx
    σάρξ
    carne
    (flesh)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G4637
    skēnóō
    σκηνόω
    fixar o tabernáculo, ter o tabernáculo, permanecer (ou viver) num tabernáculo (ou tenda),
    (dwelt)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G5485
    cháris
    χάρις
    graça
    (favor)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δόξα


    (G1391)
    dóxa (dox'-ah)

    1391 δοξα doxa

    da raíz de 1380; TDNT - 2:233,178; n f

    1. opinião, julgamento, ponto de vista
    2. opinião, estimativa, seja boa ou ruim, a respeito de alguém
      1. no NT sempre opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória
    3. esplendor, brilho
      1. da lua, sol, estrelas
      2. magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça
      3. majestade
        1. algo que pertence a Deus
        2. a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade
        3. algo que pertence a Cristo
          1. a majestade real do Messias
          2. o interior absolutamente perfeito ou a excelência pessoal de Cristo; a majestade
        4. dos anjos
          1. como transparece na sua aparência brilhante exterior
    4. a mais gloriosa condição, estado de exaltação
      1. da mesma condição de Deus Pai no céu, para a qual Cristo foi elevado depois de ter concluído sua obra na terra
      2. a condição de gloriosa bem-aventurança à qual os cristãos verdadeiros entrarão depois do retorno do seu Salvador do céu

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀλήθεια


    (G225)
    alḗtheia (al-ay'-thi-a)

    225 αληθεια aletheia

    de 227; TDNT - 1:232,37; n f

    1. objetivamente
      1. que é verdade em qualquer assunto em consideração
        1. verdadeiramente, em verdade, de acordo com a verdade
        2. de uma verdade, em realidade, de fato, certamente
      2. que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa
        1. na maior extensão
        2. a verdadeira noção de Deus que é revelada à razão humana sem sua intervenção sobrenatural
      3. a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos
    2. subjetivamente
      1. verdade como excelência pessoal
        1. sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano

    θεάομαι


    (G2300)
    theáomai (theh-ah'-om-ahee)

    2300 θεαομαι theaomai

    uma forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 5:315,706; v

    1. olhar, observar, ver atentamente, contemplar (freqüentemente usado de shows públicos)
      1. de pessoas importantes que são consideradas com admiração
    2. ver, ter uma visão de
      1. no sentido de visitar, encontrar com uma pessoa

        aprender pelo olhar, ver com os olhos, perceber

    Sinônimos ver verbete 5848


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    μονογενής


    (G3439)
    monogenḗs (mon-og-en-ace')

    3439 μονογενης monogenes

    de 3441 e 1096; TDNT - 4:737,606; adj

    1. único do seu tipo, exclusivo
      1. usado para os filhos ou filhas únicos (visto em relação a seus pais)
      2. usado de Cristo, denota o único filho nascido de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πλήρης


    (G4134)
    plḗrēs (play'-race)

    4134 πληρης pleres

    de 4130; TDNT - 6:283,867; adj

    1. cheio, i.e., preenchido, completo (em oposição a vazio)
      1. de recipientes ocos ou feitos para serem preenchidos
      2. de uma surperfície, completamente coberta
      3. da alma, totalmente permeada com
    2. inteiro, i.e., completo
      1. que não tem falta de nada, perfeito

    σάρξ


    (G4561)
    sárx (sarx)

    4561 σαρξ sarx

    provavelmente da mesma raiz de 4563; TDNT - 7:98,1000; n f

    1. carne (substância terna do corpo vivo, que cobre os ossos e é permeada com sangue) tanto de seres humanos como de animais
    2. corpo
      1. corpo de uma pessoa
      2. usado da origem natural ou física, geração ou afinidade
        1. nascido por geração natural
      3. natureza sensual do homem, “a natureza animal”
        1. sem nenhuma sugestão de depravação
        2. natureza animal com desejo ardente que incita a pecar
        3. natureza física das pessoas, sujeita ao sofrimento

          criatura viva (por possuir um corpo de carne), seja ser humano ou animal

          a carne, denotando simplesmente a natureza humana, a natureza terrena dos seres humanos separada da influência divina, e por esta razão inclinada ao pecado e oposta a Deus


    σκηνόω


    (G4637)
    skēnóō (skay-no'-o)

    4637 σκηνοω skenoo

    de 4636; TDNT - 7:385,1040; v

    1. fixar o tabernáculo, ter o tabernáculo, permanecer (ou viver) num tabernáculo (ou tenda),
    2. residir

    χάρις


    (G5485)
    cháris (khar'-ece)

    5485 χαρις charis

    de 5463; TDNT - 9:372,1298; n f

    1. graça
      1. aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso
    2. boa vontade, amável bondade, favor
      1. da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs
    3. o que é devido à graça
      1. a condição espiritual de alguém governado pelo poder da graça divina
      2. sinal ou prova da graça, benefício
        1. presente da graça
        2. privilégio, generosidade

          gratidão, (por privilégios, serviços, favores), recompensa, prêmio


    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Ἰωάννης μαρτυρέω περί αὐτός καί κράζω λέγω οὗτος ἦν ὅς ἔπω ἔρχομαι ὀπίσω μοῦ γίνομαι ἔμπροσθεν μοῦ ὅτι ἦν πρῶτος μοῦ
    João 1: 15 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    João deu testemunho dele, e clamou, dizendo: Este é aquele de quem eu falei: O que vem após mim existia antes de mim; porque ele era antes de mim.
    João 1: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    26 d.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1715
    émprosthen
    ἔμπροσθεν
    ante, perante / na frente de
    (before)
    Preposição
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2896
    krázō
    κράζω
    bom, agradável, amável
    ([it was] good)
    Adjetivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3140
    martyréō
    μαρτυρέω
    ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado
    (you bear witness)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3694
    opísō
    ὀπίσω
    Depois de
    (after)
    Preposição
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4413
    prōtos
    πρῶτος
    primeiro no tempo ou lugar
    (first)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἔμπροσθεν


    (G1715)
    émprosthen (em'-pros-then)

    1715 εμπροσθεν emprosthen

    de 1722 e 4314; adv

    1. em frente, antes
      1. antes, i.e. naquela região local que está em frente de uma pessoa ou coisa
      2. antes, na presença de, i.e. oposto a, contra alguém
      3. antes, de acordo com o ponto de vista de
      4. antes, denotando ordem

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κράζω


    (G2896)
    krázō (krad'-zo)

    2896 κραζω krazo

    palavra primária; TDNT - 3:898,465; v

    1. grasnar
      1. do grito de um corvo
      2. daí, gritar, berrar, vociferar
      3. clamar ou pedir por vingança
    2. chorar
      1. chorar alto, falar com uma voz alta

    Sinônimos ver verbete 5823


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μαρτυρέω


    (G3140)
    martyréō (mar-too-reh'-o)

    3140 μαρτυρεω martureo

    de 3144; TDNT - 4:474,564; v

    1. ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
      1. dar (não reter) testemunho
      2. proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
      3. conjurar, implorar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀπίσω


    (G3694)
    opísō (op-is'-o)

    3694 οπισω opiso

    do mesmo que 3693 com enclítico de direção; TDNT - 5:289,702; adv

    1. atrás, depois, após, posteriormente
      1. de lugar: coisas que estão atrás
      2. de tempo: depois

    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    πρῶτος


    (G4413)
    prōtos (pro'-tos)

    4413 πρωτος protos

    superlativo contraído de 4253; TDNT - 6:865,965; adj

    1. primeiro no tempo ou lugar
      1. em alguma sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro na posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί πᾶς ἡμεῖς λαμβάνω ἐκ αὐτός πλήρωμα καί χάρις ἀντί χάρις
    João 1: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E de sua plenitude todos nós recebemos, e graça sobre graça.
    João 1: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    26 d.C.
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2983
    lambánō
    λαμβάνω
    descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
    (the Jebusites)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4138
    plḗrōma
    πλήρωμα
    parentesco, nascimento, filho, parentes
    (of his birth)
    Substantivo
    G473
    antí
    ἀντί
    completamente contra, oposto a, antes
    (in place of)
    Preposição
    G5485
    cháris
    χάρις
    graça
    (favor)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λαμβάνω


    (G2983)
    lambánō (lam-ban'-o)

    2983 λαμβανω lambano

    forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

    1. pegar
      1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
        1. pegar algo para ser carregado
        2. levar sobre si mesmo
      2. pegar a fim de levar
        1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
      3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
        1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
          1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
        2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
        3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
        4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
        5. capturar, alcançar, lutar para obter
        6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
      4. pegar
        1. admitir, receber
        2. receber o que é oferecido
        3. não recusar ou rejeitar
        4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
        5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
      5. pegar, escolher, selecionar
      6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
    2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

    Sinônimos ver verbete 5877



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πλήρωμα


    (G4138)
    plḗrōma (play'-ro-mah)

    4138 πληρωμα pleroma

    de 4137; TDNT - 6:298,867; n n

    1. aquilo que é (tem sido) preenchido
      1. um navio, na medida em que está cheio (i.e. tripulado) com marinheiros, remadores, e soldados
      2. no NT, o corpo dos crentes, que está cheio da presença, poder, ação, riquezas de Deus e de Cristo
    2. aquilo que enche ou com o qual algo é preenchido
      1. aquelas coisas com as quais um navio está cheio, bens e mercadorias, marinheiros, remadores, soldados
      2. consumação ou plenitude do tempo

        plenitude, abundância

        cumprimento, realização


    ἀντί


    (G473)
    antí (an-tee')

    473 αντι anti

    uma partícula primária; TDNT - 1:372,61; prep

    1. completamente contra, oposto a, antes
    2. por, em vez de, em lugar de (alguma coisa)
      1. em lugar de
      2. por
      3. por isso, porque
      4. portanto, por esta razão

    χάρις


    (G5485)
    cháris (khar'-ece)

    5485 χαρις charis

    de 5463; TDNT - 9:372,1298; n f

    1. graça
      1. aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso
    2. boa vontade, amável bondade, favor
      1. da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs
    3. o que é devido à graça
      1. a condição espiritual de alguém governado pelo poder da graça divina
      2. sinal ou prova da graça, benefício
        1. presente da graça
        2. privilégio, generosidade

          gratidão, (por privilégios, serviços, favores), recompensa, prêmio


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὅτι νόμος δίδωμι διά Μωσῆς χάρις καί ἀλήθεια γίνομαι διά Ἰησοῦς Χριστός
    João 1: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Porque a lei foi dada por meio de Moisés, mas graça e verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
    João 1: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    26 d.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G225
    alḗtheia
    ἀλήθεια
    verdade
    (truth)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3475
    Mōseús
    Μωσεύς
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3551
    nómos
    νόμος
    lei
    (law)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5485
    cháris
    χάρις
    graça
    (favor)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G5547
    Christós
    Χριστός
    Cristo
    (Christ)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    ἀλήθεια


    (G225)
    alḗtheia (al-ay'-thi-a)

    225 αληθεια aletheia

    de 227; TDNT - 1:232,37; n f

    1. objetivamente
      1. que é verdade em qualquer assunto em consideração
        1. verdadeiramente, em verdade, de acordo com a verdade
        2. de uma verdade, em realidade, de fato, certamente
      2. que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa
        1. na maior extensão
        2. a verdadeira noção de Deus que é revelada à razão humana sem sua intervenção sobrenatural
      3. a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos
    2. subjetivamente
      1. verdade como excelência pessoal
        1. sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    Μωσεύς


    (G3475)
    Mōseús (moce-yoos')

    3475 Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses

    de origem hebraica 4872 משה; TDNT - 4:848,622; n pr m

    Moisés = “o que foi tirado”

    1. legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.

    νόμος


    (G3551)
    nómos (nom'-os)

    3551 νομος nomos

    da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

    1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
      1. de qualquer lei
        1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
          1. pela observância do que é aprovado por Deus
        2. um preceito ou injunção
        3. a regra de ação prescrita pela razão
      2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
      3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
      4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

    Sinônimos ver verbete 5918



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    χάρις


    (G5485)
    cháris (khar'-ece)

    5485 χαρις charis

    de 5463; TDNT - 9:372,1298; n f

    1. graça
      1. aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso
    2. boa vontade, amável bondade, favor
      1. da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs
    3. o que é devido à graça
      1. a condição espiritual de alguém governado pelo poder da graça divina
      2. sinal ou prova da graça, benefício
        1. presente da graça
        2. privilégio, generosidade

          gratidão, (por privilégios, serviços, favores), recompensa, prêmio


    Χριστός


    (G5547)
    Christós (khris-tos')

    5547 Ξριστος Christos

    de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

    Cristo era o Messias, o Filho de Deus

    ungido


    οὐδείς πώποτε ὁράω θεός θεός μονογενής ὁ ὤν εἰς κόλπος πατήρ ἐκεῖνος ἐξηγέομαι
    João 1: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Nenhum homem viu a Deus em qualquer tempo; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, ele o declarou.
    João 1: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    26 d.C.
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G1834
    exēgéomai
    ἐξηγέομαι
    conduzir, ser líder, ir adiante
    (related)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2859
    kólpos
    κόλπος
    tornar-se genro, fazer de alguém marido de uma filha
    (And make you marriages)
    Verbo
    G3439
    monogenḗs
    μονογενής
    único do seu tipo, exclusivo
    (only begotten)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4455
    pṓpote
    πώποτε
    saque, presa
    (the prey)
    Substantivo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἐξηγέομαι


    (G1834)
    exēgéomai (ex-ayg-eh'-om-ahee)

    1834 εξηγεομαι exegeomai

    de 1537 e 2233; TDNT - 2:908,303; v

    1. conduzir, ser líder, ir adiante
    2. metáf., expressar-se através de narrativa, expor um ensino
      1. recontar, relatar detalhadamente
      2. expor, declarar
        1. as coisas relacionadas com Deus
        2. usada na literatura grega para a interpretação de coisas sagradas e divinas, oráculos, sonhos, etc.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    κόλπος


    (G2859)
    kólpos (kol'-pos)

    2859 κολπος kolpos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 3:824,452; n m

    a frente do corpo entre os braços, colo, regaço

    o peito de uma vestimenta, i.e., a concavidade formada pela parte dianteira superior de uma vestimenta ampla, amarrada por uma cinta ou faixa, usada para guardar e carregar coisas (o vinco ou bolso)

    1. uma baía do mar

    μονογενής


    (G3439)
    monogenḗs (mon-og-en-ace')

    3439 μονογενης monogenes

    de 3441 e 1096; TDNT - 4:737,606; adj

    1. único do seu tipo, exclusivo
      1. usado para os filhos ou filhas únicos (visto em relação a seus pais)
      2. usado de Cristo, denota o único filho nascido de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πώποτε


    (G4455)
    pṓpote (po'-pot-e)

    4455 πωποτε popote

    de 4452 e 4218; adv

    1. sempre, em qualquer momento

    οὗτος ἐστί μαρτυρία Ἰωάννης ὅτε Ἰουδαῖος ἀποστέλλω ἐκ Ἱεροσόλυμα ἱερεύς καί Λευΐτης ἵνα αὐτός ἐρωτάω τίς εἶ σύ
    João 1: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E este é o testemunho de João, quando os judeus enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém para lhe perguntarem: Quem és tu?
    João 1: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G2065
    erōtáō
    ἐρωτάω
    questionar
    (implored)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    G2409
    hiereús
    ἱερεύς
    sacerdote, alguém que oferece sacrifícios e em geral está ocupado com os ritos sagrados
    (priest)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G2414
    Hierosólyma
    Ἱεροσόλυμα
    denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
    (Jerusalem)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2453
    Ioudaîos
    Ἰουδαῖος
    pai de um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (a hachmonite)
    Substantivo
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3019
    Leuḯtēs
    Λευΐτης
    um da tribo de Levi
    (a Levite)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3141
    martyría
    μαρτυρία
    filho do rei Josafá, de Judá, e, ele próprio, rei de Judá por oito anos; sua esposa era a
    (Joram)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3753
    hóte
    ὅτε
    quando
    (when)
    Advérbio
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G649
    apostéllō
    ἀποστέλλω
    ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    (having sent forth)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐρωτάω


    (G2065)
    erōtáō (er-o-tah'-o)

    2065 ερωταω erotao

    aparentemente de 2046 cf 2045; TDNT - 2:685,262; v

    1. questionar
    2. pedir
      1. requerer, pedir, rogar, implorar, suplicar

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    ἱερεύς


    (G2409)
    hiereús (hee-er-yooce')

    2409 ιερευς hiereus

    de 2413; TDNT - 3:257,349; n m

    1. sacerdote, alguém que oferece sacrifícios e em geral está ocupado com os ritos sagrados
      1. refere-se aos sacerdotes dos gentios ou dos judeus

        metáf. dos cristãos, porque, purificados pelo sangue de Cristo e conduzidos à comunhão plena com Deus, dedicam suas vidas somente a Ele e a Cristo


    Ἱεροσόλυμα


    (G2414)
    Hierosólyma (hee-er-os-ol'-oo-mah)

    2414 Ιεροσολυμα Hierosoluma

    de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2419; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

    Jerusalém = “habita em você paz”

    1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
    2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
    3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
      1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

        “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

        “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    Ἰουδαῖος


    (G2453)
    Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)

    2453 ιουδαιος Ioudaios

    de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj

    judeu, que pertence à nação dos judeus

    judeu de nascimento, origem, religião


    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    Λευΐτης


    (G3019)
    Leuḯtēs (lyoo-ee'-tace)

    3019 λευιτης Leuites

    de 3017; TDNT - 4:239,530; n pr m

    1. um da tribo de Levi num sentido restrito, os chamados levitas, não pertencendo à família de Arão, para quem o sacerdócio era reservado com exclusividade, eram assistentes dos sacerdotes. Era seu dever manter os utensílios e o templo limpo, providenciar os pães sagrados, abrir e fechar os portões do templo, cantar os hinos sacros no templo, e fazer muitas outras coisas.

    μαρτυρία


    (G3141)
    martyría (mar-too-ree'-ah)

    3141 μαρτυρια marturia

    de 3144; TDNT - 4:474,564; n f

    1. testemunho
      1. ofício confiado aos profetas de testificar acerca de eventos futuros

        o que alguém testifica, testemunho, i.e., diante de um juiz



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτε


    (G3753)
    hóte (hot'-eh)

    3753 οτε hote

    de 3739 e 5037; partícula

    1. quando, sempre que, enquanto, contanto que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ἀποστέλλω


    (G649)
    apostéllō (ap-os-tel'-lo)

    649 αποστελλω apostello

    de 575 e 4724; TDNT - 1:398,67; v

    1. ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    2. mandar embora, despedir
      1. permitir que alguém parta, para que alcance a liberdade
      2. ordenar a partida de alguém, enviar
      3. expulsar

    Sinônimos ver verbete 5813


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὁμολογέω καί οὐ ἀρνέομαι ὁμολογέω ὅτι ἐγώ οὐ εἰμί Χριστός
    João 1: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele confessou, e não negou; mas confessou: Eu não sou o Cristo.
    João 1: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3670
    homologéō
    ὁμολογέω
    (Nifal) ser posto ou impelido num ou para um canto, esconder-se de vista, ser
    (do be removed into a corner)
    Verbo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G5547
    Christós
    Χριστός
    Cristo
    (Christ)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G720
    arnéomai
    ἀρνέομαι
    negar
    (shall deny)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Médio - 3ª pessoa do singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁμολογέω


    (G3670)
    homologéō (hom-ol-og-eh'-o)

    3670 ομολογεω homologeo

    de um composto da raiz de 3674 e 3056; TDNT - 5:199,687; v

    1. dizer a mesma coisa que outro, i.e., concordar com, consentir
    2. conceder
      1. não rejeitar, prometer
      2. não negar
        1. confessar
        2. declarar
        3. confessar, i.e., admitir ou declarar-se culpado de uma acusação
    3. professar
      1. declarar abertamente, falar livremente
      2. professar a si mesmo o adorador de alguém

        louvar, celebrar


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    Χριστός


    (G5547)
    Christós (khris-tos')

    5547 Ξριστος Christos

    de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

    Cristo era o Messias, o Filho de Deus

    ungido


    ἀρνέομαι


    (G720)
    arnéomai (ar-neh'-om-ahee)

    720 αρνεομαι arneomai

    talvez de 1 (como partícula negativa) e a voz média de 4483; TDNT - 1:469,79; v

    1. negar
    2. negar alguém
      1. negar a si mesmo
        1. desconsiderar os seus próprios interesses ou provar falso para si mesmo
        2. agir de modo inteiramente diferente em relação a si mesmo
    3. negar, abnegar, repudiar
    4. não aceitar, rejeitar, recusar algo oferecido

    καί αὐτός ἐρωτάω τίς εἶ οὖν σύ Ἡλίας λέγω οὐ εἰμί εἶ σύ προφήτης ἀποκρίνομαι οὐ
    João 1: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eles lhe perguntaram: Então quem és? És tu Elias? E ele disse: Eu não sou. És tu o profeta? E ele respondeu: Não.
    João 1: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2065
    erōtáō
    ἐρωτάω
    questionar
    (implored)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    G2243
    Hēlías
    Ἡλίας
    profeta nascido em Tisbe, herói inabalável da teocracia nos reinados dos reis idólatras
    (Elijah)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐρωτάω


    (G2065)
    erōtáō (er-o-tah'-o)

    2065 ερωταω erotao

    aparentemente de 2046 cf 2045; TDNT - 2:685,262; v

    1. questionar
    2. pedir
      1. requerer, pedir, rogar, implorar, suplicar

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    Ἡλίας


    (G2243)
    Hēlías (hay-lee'-as)

    2243 Ηλιας Helias

    de origem hebraica 452 אליהו; TDNT - 2:928,306; n pr m

    Elias = “meu Deus é Jeová”

    1. profeta nascido em Tisbe, herói inabalável da teocracia nos reinados dos reis idólatras Acabe e Acazias. Ele foi arrebatado ao céu sem morrer, por isso os judeus esperavam o seu retorno imediatamente antes da vinda do Messias, para quem prepararia as mentes dos israelitas para recebê-lo.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἔπω αὐτός οὖν τίς εἶ ἵνα δίδωμι ἀπόκρισις ἡμᾶς πέμπω τίς λέγω περί σεαυτοῦ
    João 1: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então eles disseram-lhe: Quem és tu? Para que possamos dar uma resposta àqueles que nos enviaram. O que tu dizes de ti mesmo?
    João 1: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4572
    seautoû
    σεαυτοῦ
    um exilado dos filhos de Bani que mandou embora uma esposa estrangeira na época de
    (Maadai)
    Substantivo
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G612
    apókrisis
    ἀπόκρισις
    faixa, grilhões
    (his bands)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    σεαυτοῦ


    (G4572)
    seautoû (seh-ow-too')

    4572 σεαυτου seautou

    caso genitivo de 4571 e 846; pron

    1. te, ti mesmo

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ἀπόκρισις


    (G612)
    apókrisis (ap-ok'-ree-sis)

    612 αποκρισις apokrisis

    de 611; TDNT - 3:946,469; n f

    1. uma réplica, uma resposta

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    φημί ἐγώ φωνή βοάω ἔν ἔρημος εὐθύνω ὁδός κύριος καθώς ἔπω προφήτης Ἡσαΐας
    João 1: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ele disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do ­Senhor, como disse o profeta Isaías.
    João 1: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2048
    érēmos
    ἔρημος
    (Piel) zombar, enganar
    (has deceived)
    Verbo
    G2116
    euthýnō
    εὐθύνω
    colocar em linha reta, nivelar, deixar no mesmo plano
    (Make straight)
    Verbo - imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - 2ª pessoa do plural
    G2268
    Hēsaḯas
    Ἡσαΐας
    o queneu, marido de Jael, que matou Sísera cravando uma estaca na sua testa
    (Heber)
    Substantivo
    G2531
    kathṓs
    καθώς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3598
    hodós
    ὁδός
    propriamente
    (route)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5346
    phēmí
    φημί
    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar
    (Said)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G5456
    phōnḗ
    φωνή
    Uma voz
    (A voice)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G994
    boáō
    βοάω
    se possível, por favor, ai!, com licença por favor
    (Please)
    Partícula


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔρημος


    (G2048)
    érēmos (er'-ay-mos)

    2048 ερημος eremos

    afinidade incerta; TDNT - 2:657,255; adjetivo

    1. solitário, abandonado, desolado, desabitado
      1. usado para lugares
        1. deserto, ermo
        2. lugares desertos, regiões solitárias
        3. uma região não cultivada, própria para pastagem
      2. usado para pessoas
        1. abandonada pelos outros
        2. privada do cuidado e da proteção de outros, especialmente de amigos, conhecidos, parentes
        3. privado
          1. de um rebanho abandonado pelo pastor
          2. de uma mulher repudiada pelo seu marido, de quem o próprio marido se afasta

    εὐθύνω


    (G2116)
    euthýnō (yoo-thoo'-no)

    2116 ευθυνω euthuno

    de 2117; adv

    1. colocar em linha reta, nivelar, deixar no mesmo plano
    2. conduzir ou guiar em linha reta, manter em linha reta ou dirigir
      1. de piloto ou timoreiro de navio
      2. de cocheiro

    Ἡσαΐας


    (G2268)
    Hēsaḯas (hay-sah-ee'-as)

    2268 Ησαιας Hesaias

    de origem hebraica 3470 ישעיהו; n pr m

    Isaías = “socorro de Javé”

    1. famoso profeta hebreu que profetizou no reinado de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias

    καθώς


    (G2531)
    kathṓs (kath-oce')

    2531 καθως kathos

    de 2596 e 5613; adv

    1. de acordo com
      1. justamente como, exatamente como
      2. na proporção que, na medida que

        desde que, visto que, segundo o fato que

        quando, depois que


    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁδός


    (G3598)
    hodós (hod-os')

    3598 οδος hodos

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f

    1. propriamente
      1. caminho
        1. caminho transitado, estrada
      2. caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
    2. metáf.
      1. curso de conduta
      2. forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    φημί


    (G5346)
    phēmí (fay-mee')

    5346 φημι phemi

    propriamente, o mesmo que a raiz de 5457 e 5316; v

    tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar

    dizer


    φωνή


    (G5456)
    phōnḗ (fo-nay')

    5456 φωνη phone

    provavelmente semelhante a 5316 pela idéia de revelação; TDNT - 9:278,1287; n f

    1. som, tom
      1. de algo inanimado, com instrumentos musicais
    2. voz
      1. do som de palavras expressas
    3. discurso
      1. de uma linguagem, língua

    βοάω


    (G994)
    boáō (bo-ah'-o)

    994 βοαω boao

    aparentemente uma forma prol. de uma palavra primária; TDNT - 1:625,108; v

    1. gritar de alegria, de dor etc.
    2. chorar, falar com uma voz alta e forte
    3. clamar por ajuda, implorar ajuda

    Sinônimos ver verbete 5823


    καί ὁ ἀποστέλλω ἦν ἐκ Φαρισαῖος
    João 1: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E os que foram enviados eram dos fariseus.
    João 1: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5330
    Pharisaîos
    Φαρισαῖος
    Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus
    (Pharisees)
    Substantivo - Masculino no Plurak genitivo
    G649
    apostéllō
    ἀποστέλλω
    ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    (having sent forth)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    Φαρισαῖος


    (G5330)
    Pharisaîos (far-is-ah'-yos)

    5330 φαρισαιος Pharisaios

    de origem hebraica, cf 6567 פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m

    1. Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.

      Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.


    ἀποστέλλω


    (G649)
    apostéllō (ap-os-tel'-lo)

    649 αποστελλω apostello

    de 575 e 4724; TDNT - 1:398,67; v

    1. ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    2. mandar embora, despedir
      1. permitir que alguém parta, para que alcance a liberdade
      2. ordenar a partida de alguém, enviar
      3. expulsar

    Sinônimos ver verbete 5813


    καί ἐρωτάω αὐτός καί ἔπω αὐτός οὖν τίς βαπτίζω εἰ σύ οὐ εἶ Χριστός οὔτε Ἡλίας οὔτε προφήτης
    João 1: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eles perguntaram-lhe, dizendo: Por que então tu batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
    João 1: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2065
    erōtáō
    ἐρωτάω
    questionar
    (implored)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    G2243
    Hēlías
    Ἡλίας
    profeta nascido em Tisbe, herói inabalável da teocracia nos reinados dos reis idólatras
    (Elijah)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3761
    oudé
    οὐδέ
    nem / tampouco
    (Nor)
    Conjunção
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5547
    Christós
    Χριστός
    Cristo
    (Christ)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G907
    baptízō
    βαπτίζω
    mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    (were baptized)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural


    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐρωτάω


    (G2065)
    erōtáō (er-o-tah'-o)

    2065 ερωταω erotao

    aparentemente de 2046 cf 2045; TDNT - 2:685,262; v

    1. questionar
    2. pedir
      1. requerer, pedir, rogar, implorar, suplicar

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    Ἡλίας


    (G2243)
    Hēlías (hay-lee'-as)

    2243 Ηλιας Helias

    de origem hebraica 452 אליהו; TDNT - 2:928,306; n pr m

    Elias = “meu Deus é Jeová”

    1. profeta nascido em Tisbe, herói inabalável da teocracia nos reinados dos reis idólatras Acabe e Acazias. Ele foi arrebatado ao céu sem morrer, por isso os judeus esperavam o seu retorno imediatamente antes da vinda do Messias, para quem prepararia as mentes dos israelitas para recebê-lo.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐδέ


    (G3761)
    oudé (oo-deh')

    3761 ουδε oude

    de 3756 e 1161; conj

    1. e não, nem, também não, nem mesmo

    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    Χριστός


    (G5547)
    Christós (khris-tos')

    5547 Ξριστος Christos

    de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

    Cristo era o Messias, o Filho de Deus

    ungido


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βαπτίζω


    (G907)
    baptízō (bap-tid'-zo)

    907 βαπτιζω baptizo

    de um derivado de 911; TDNT - 1:529,92; v

    1. mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    2. limpar megulhando ou submergindo, lavar, tornar limpo com água, lavar-se, tomar banho
    3. submergir

      Não confundir com 911, bapto. O exemplo mais claro que mostra o sentido de baptizo é um texto do poeta e médico grego Nicander, que viveu aproximadamente em 200 A.C. É uma receita para fazer picles. É de grande ajuda porque nela o autor usa as duas palavras. Nicander diz que para preparar picles, o vegetal deveria ser primeiro ‘mergulhado’ (bapto) em água fervente e então ‘batizado’ (baptizo) na solução de vinagre. Ambos os verbos descrevem a imersão dos vegetais em uma solução. Mas o primeiro descreve uma ação temporária. O segundo, o ato de batizar o vegetal, produz uma mudança permanente.

      Quando usada no Novo Testamento, esta palavra refere-se com maior freqüência à nossa união e identificação com Cristo que ao nosso batismo com água. P.e. Mc 16:16. ‘Quem crer e for batizado será salvo’. Cristo está dizendo que o mero consentimento intelectual não é o bastante. Deve haver uma união com ele, uma mudança real, como a do vegetal em relação ao pickle!

      (Bible Study Magazine, James Montgomery Boice, Maio 1989).


    ἀποκρίνομαι αὐτός Ἰωάννης λέγω ἐγώ βαπτίζω ἔν ὕδωρ δέ μέσος ὑμῶν ἵστημι ὅς ὑμεῖς οὐ εἴδω
    João 1: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    João lhes respondeu, dizendo: Eu batizo com água, mas está um entre vós, a quem vós não conheceis;
    João 1: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1492
    eídō
    εἴδω
    ver
    (knows)
    Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2476
    hístēmi
    ἵστημι
    causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
    (it stood)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3319
    mésos
    μέσος
    (S
    (and was finished)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5204
    hýdōr
    ὕδωρ
    água
    (water)
    Substantivo - Dativo neutro no Singular
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G907
    baptízō
    βαπτίζω
    mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    (were baptized)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἴδω


    (G1492)
    eídō (i'-do)

    1492 ειδω eido ou οιδα oida

    palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

    1. ver
      1. perceber com os olhos
      2. perceber por algum dos sentidos
      3. perceber, notar, discernir, descobrir
      4. ver
        1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
        2. prestar atenção, observar
        3. tratar algo
          1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
        4. inspecionar, examinar
        5. olhar para, ver
      5. experimentar algum estado ou condição
      6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
    2. conhecer
      1. saber a respeito de tudo
      2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
        1. a respeito de qualquer fato
        2. a força e significado de algo que tem sentido definido
        3. saber como, ter a habilidade de
      3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἵστημι


    (G2476)
    hístēmi (his'-tay-mee)

    2476 ιστημι histemi

    uma forma prolongada de uma palavra primária σταω stao stah’-o (do mesmo significado, e usado para este em determinados tempos); TDNT - 7:638,1082; v

    1. causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
      1. ordenar ficar de pé, [levantar-se]
        1. na presença de outros, no meio, diante de juízes, diante dos membros do Sinédrio;
        2. colocar
      2. tornar firme, fixar, estabelecer
        1. fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar
        2. permanecer, ser mantido íntegro (de família, um reino), escapar em segurança
        3. estabelecer algo, fazê-lo permanecer
        4. segurar ou sustentar a autoridade ou a força de algo
      3. colocar ou pôr numa balança
        1. pesar: dinheiro para alguém (porque antigamente, antes da introdução da moeda, era costume pesar os metais)
    2. permanecer
      1. ficar de pé ou próximo
        1. parar, permanecer tranqüilo, permanecer imóvel, permanecer firme
          1. da fundação de uma construção
      2. permanecer
        1. continuar seguro e são, permanecer ileso, permanecer pronto ou preparado
        2. ser de uma mente firme
        3. de qualidade, alguém que não hesita, que não desiste

    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μέσος


    (G3319)
    mésos (mes'-os)

    3319 μεσος mesos

    de 3326; adj

    meio

    centro

    no meio de, entre



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὕδωρ


    (G5204)
    hýdōr (hoo'-dore)

    5204 υδωρ hudor caso genitivo υδατος hudatos etc.

    da raiz de 5205; TDNT - 8:314,1203; n n

    1. água
      1. de água dos rios, das fontes, das piscinas
      2. da água do dilúvio
      3. da água em algum repositório da terra
      4. da água como elemento primário, da qual e por meio da qual o mundo existente antes do dilúvio formou-se e foi compactado
      5. das ondas do mar
      6. fig. usado de muitas pessoas

    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βαπτίζω


    (G907)
    baptízō (bap-tid'-zo)

    907 βαπτιζω baptizo

    de um derivado de 911; TDNT - 1:529,92; v

    1. mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    2. limpar megulhando ou submergindo, lavar, tornar limpo com água, lavar-se, tomar banho
    3. submergir

      Não confundir com 911, bapto. O exemplo mais claro que mostra o sentido de baptizo é um texto do poeta e médico grego Nicander, que viveu aproximadamente em 200 A.C. É uma receita para fazer picles. É de grande ajuda porque nela o autor usa as duas palavras. Nicander diz que para preparar picles, o vegetal deveria ser primeiro ‘mergulhado’ (bapto) em água fervente e então ‘batizado’ (baptizo) na solução de vinagre. Ambos os verbos descrevem a imersão dos vegetais em uma solução. Mas o primeiro descreve uma ação temporária. O segundo, o ato de batizar o vegetal, produz uma mudança permanente.

      Quando usada no Novo Testamento, esta palavra refere-se com maior freqüência à nossa união e identificação com Cristo que ao nosso batismo com água. P.e. Mc 16:16. ‘Quem crer e for batizado será salvo’. Cristo está dizendo que o mero consentimento intelectual não é o bastante. Deve haver uma união com ele, uma mudança real, como a do vegetal em relação ao pickle!

      (Bible Study Magazine, James Montgomery Boice, Maio 1989).


    ὅς ἔρχομαι ὀπίσω μοῦ ὅς ἐγώ οὐ εἰμί ἄξιος ἵνα λύω ἱμάς ὑπόδημα
    João 1: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, cujos calçados eu não sou digno de desatar as correias.
    João 1: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2438
    himás
    ἱμάς
    o rei de Tiro que enviou operários e materiais a Jerusalém para construir tanto o palácio
    (Hiram)
    Substantivo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3089
    lýō
    λύω
    filha do rei Jorão, de Judá, e esposa do sumo sacerdote Joiada
    (Jehosheba)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3694
    opísō
    ὀπίσω
    Depois de
    (after)
    Preposição
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G514
    áxios
    ἄξιος
    que é pesado, que tem peso, que tem o peso de outra coisa de valor semelhante, que vale
    (worthy)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G5266
    hypódēma
    ὑπόδημα
    ()
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἱμάς


    (G2438)
    himás (hee-mas')

    2438 ιμας himas

    talvez do mesmo que 260; n m

    1. correia de couro, uma tira
      1. no NT, refere-se às correias com as quais os cativos ou criminosos eram amarrados ou açoitados
      2. das correias ou cordas pelas quais as sandálias eram atadas ao pé; correia para sandálias

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    λύω


    (G3089)
    lýō (loo'-o)

    3089 λυω luo

    palavra raiz; TDNT - 2:60 e 4:328,543; v

    1. libertar alguém ou algo preso ou atado
      1. bandagens para os pés, sapatos
      2. de um marido ou esposa unidos pelos laços do matrimônio
      3. de um homem solteiro, tenha sido casado ou não
    2. soltar alguém amarrado, i.e., desamarrar, livrar de laços, tornar livre
      1. de alguém amarrado (envolvido em bandagens)
      2. amarrado com cadeias (um prisioneiro), tirar da prisão, deixar ir
    3. desatar, desfazer, dissolver, algo amarrado, atado, ou compactado
      1. uma assembléia, i.e., despedir, dissolver
      2. leis, que tem uma força que obriga, são semelhantes a laços
      3. anular, subverter
      4. por de lado, privar de autoridade, seja pelo preceito ou ato
      5. declarar ilegal
      6. soltar o que está compactado ou construído junto, dissolver, demolir, destruir
      7. dissolver algo coerente em partes, destruir
      8. metáf., derrubar, por de lado


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀπίσω


    (G3694)
    opísō (op-is'-o)

    3694 οπισω opiso

    do mesmo que 3693 com enclítico de direção; TDNT - 5:289,702; adv

    1. atrás, depois, após, posteriormente
      1. de lugar: coisas que estão atrás
      2. de tempo: depois

    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    ἄξιος


    (G514)
    áxios (ax'-ee-os)

    514 αξιος axios

    provavelmente de 71; TDNT - 1:379,63; adj

    1. que é pesado, que tem peso, que tem o peso de outra coisa de valor semelhante, que vale tanto quanto
    2. adequado, próprio, conveniente, comparável a algo
    3. de alguém que mereceu algo de valor
      1. tanto em sentido bom com mal

    ὑπόδημα


    (G5266)
    hypódēma (hoop-od'-ay-mah)

    5266 υποδημα hupodema

    de 5265; TDNT - 5:310,702; n n

    1. o que é atado, sandália, uma sola presa ao pé com tiras

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ταῦτα γίνομαι ἔν Βηθαβαρά πέραν Ἰορδάνης ὅπου Ἰωάννης ἦν βαπτίζω
    João 1: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Essas coisas aconteceram em Betábara, além do Jordão, onde João batizava.
    João 1: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2446
    Iordánēs
    Ἰορδάνης
    único rio da Palestina, tem um curso de pouco mais de 300 Km desde a sua nascente no
    (Jordan)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3699
    hópou
    ὅπου
    onde
    (where)
    Advérbio
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4008
    péran
    πέραν
    sobre
    (over)
    Preposição
    G907
    baptízō
    βαπτίζω
    mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    (were baptized)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
    G963
    Bēthanía
    Βηθανία
    uma vila no Monte das Oliveiras, cerca de 3 Km de Jerusalém, sobre ou próximo ao
    (Bethany)
    Substantivo - feminino acusativo singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    Ἰορδάνης


    (G2446)
    Iordánēs (ee-or-dan'-ace)

    2446 Ιορδανης Iordanes

    de origem hebraica 3383 ירדן; TDNT - 6:608,921; n pr loc

    Jordão = “descendente”

    1. único rio da Palestina, tem um curso de pouco mais de 300 Km desde a sua nascente no Anti-Líbano até a desembocadura no Mar Morto.

    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅπου


    (G3699)
    hópou (hop'-oo)

    3699 οπου hopou

    de 3739 e 4225;

    1. onde, enquanto que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πέραν


    (G4008)
    péran (per'-an)

    4008 περαν peran

    aparentemente caso acusativo de um derivado absoleto de peiro (“furar”); adv

    1. através, do outro lado

    βαπτίζω


    (G907)
    baptízō (bap-tid'-zo)

    907 βαπτιζω baptizo

    de um derivado de 911; TDNT - 1:529,92; v

    1. mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    2. limpar megulhando ou submergindo, lavar, tornar limpo com água, lavar-se, tomar banho
    3. submergir

      Não confundir com 911, bapto. O exemplo mais claro que mostra o sentido de baptizo é um texto do poeta e médico grego Nicander, que viveu aproximadamente em 200 A.C. É uma receita para fazer picles. É de grande ajuda porque nela o autor usa as duas palavras. Nicander diz que para preparar picles, o vegetal deveria ser primeiro ‘mergulhado’ (bapto) em água fervente e então ‘batizado’ (baptizo) na solução de vinagre. Ambos os verbos descrevem a imersão dos vegetais em uma solução. Mas o primeiro descreve uma ação temporária. O segundo, o ato de batizar o vegetal, produz uma mudança permanente.

      Quando usada no Novo Testamento, esta palavra refere-se com maior freqüência à nossa união e identificação com Cristo que ao nosso batismo com água. P.e. Mc 16:16. ‘Quem crer e for batizado será salvo’. Cristo está dizendo que o mero consentimento intelectual não é o bastante. Deve haver uma união com ele, uma mudança real, como a do vegetal em relação ao pickle!

      (Bible Study Magazine, James Montgomery Boice, Maio 1989).


    Βηθανία


    (G963)
    Bēthanía (bay-than-ee'-ah)

    963 βηθανια Bethania

    de origem aramaica בית היני; n pr loc

    Betânia = “casa dos dátiles” ou “casa da miséria”

    1. uma vila no Monte das Oliveiras, cerca de 3 Km de Jerusalém, sobre ou próximo ao caminho a Jericó
    2. um cidade ou vila ao leste do Jordão, onde João estava batizando

    ἐπαύριον βλέπω Ἰωάννης Ἰησοῦς ἔρχομαι πρός αὐτός καί λέγω ἴδε ἀμνός θεός ὁ αἴρω ἀμαρτία κόσμος
    João 1: 29 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    No dia seguinte, João vê Jesus vindo até ele, e diz: Eis o Cordeiro de Deus, que carrega o pecado do mundo.
    João 1: 29 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G142
    aírō
    αἴρω
    ser grande, ser majestoso, largo, nobre (poético)
    (has become majestic)
    Verbo
    G1887
    epaúrion
    ἐπαύριον
    ()
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G266
    hamartía
    ἁμαρτία
    pecados
    (sins)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G286
    amnós
    ἀμνός
    pai de Josafá, cronista de Davi
    (of Ahilud [was])
    Substantivo
    G2889
    kósmos
    κόσμος
    puro, limpo
    (clean)
    Adjetivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G991
    blépō
    βλέπω
    ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    (looking upon)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


    αἴρω


    (G142)
    aírō (ah'-ee-ro)

    142 αιρω airo

    uma raíz primária; TDNT - 1:185,28; v

    1. levantar, elevar, erguer
      1. levantar do chão, pegar: pedras
      2. erguer, elevar, levantar: a mão
      3. içar: um peixe
    2. tomar sobre si e carregar o que foi levantado, levar
    3. levar embora o que foi levantado, levar
      1. mover de seu lugar
      2. cortar ou afastar o que está ligado a algo
      3. remover
      4. levar, entusiasmar-se, ficar exaltado
      5. apropriar-se do que é tomado
      6. afastar de alguém o que é dele ou que está confiado a ele, levar pela força
      7. levar e utilizar para alguma finalidade
      8. tirar de entre os vivos, seja pela morte natural ou pela violência
      9. motivo para parar

    ἐπαύριον


    (G1887)
    epaúrion (ep-ow'-ree-on)

    1887 επαυριον epaurion

    de 1909 e 839; adv

    1. pela manhã, o dia seguinte

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἁμαρτία


    (G266)
    hamartía (ham-ar-tee'-ah)

    266 αμαρτια hamartia

    de 264; TDNT - 1:267,44; n f

    1. equivalente a 264
      1. não ter parte em
      2. errar o alvo
      3. errar, estar errado
      4. errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
      5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
    2. aquilo que é errado, pecado, uma ofença, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
    3. coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias

    Sinônimos ver verbete 5879


    ἀμνός


    (G286)
    amnós (am-nos')

    286 αμνος amnos

    aparentemente uma palavra primária; TDNT - 1:338,54; n m

    1. cordeiro

    κόσμος


    (G2889)
    kósmos (kos'-mos)

    2889 κοσμος kosmos

    provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m

    1. uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
    2. ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
    3. mundo, universo
    4. o círculo da terra, a terra
    5. os habitantes da terra, homens, a família humana
    6. a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
    7. afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
      1. totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
    8. qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
      1. os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
      2. dos crentes unicamente, Jo 1:29; 3.16; 3.17; 6.33; 12.47; 1Co 4:9; 2Co 5:19

    Sinônimos ver verbete 5921


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βλέπω


    (G991)
    blépō (blep'-o)

    991 βλεπω blepo

    um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
      1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
      2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
      3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
      4. perceber pelos sentidos, sentir
      5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
    2. metáf. ver com os olhos da mente
      1. ter (o poder de) entender
      2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
      3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
    3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

    Sinônimos ver verbete 5822


    ἐστί οὗτος περί ὅς ἐγώ ἔπω ὀπίσω μοῦ ἔρχομαι ἀνήρ ὅς γίνομαι ἔμπροσθεν μοῦ ὅτι ἦν πρῶτος μοῦ
    João 1: 30 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Este é aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é superior a mim, porque ele era antes de mim.
    João 1: 30 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1715
    émprosthen
    ἔμπροσθεν
    ante, perante / na frente de
    (before)
    Preposição
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3694
    opísō
    ὀπίσω
    Depois de
    (after)
    Preposição
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G435
    anḗr
    ἀνήρ
    com referência ao sexo
    (husband)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G4413
    prōtos
    πρῶτος
    primeiro no tempo ou lugar
    (first)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G5228
    hypér
    ὑπέρ
    direito
    (right)
    Adjetivo


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἔμπροσθεν


    (G1715)
    émprosthen (em'-pros-then)

    1715 εμπροσθεν emprosthen

    de 1722 e 4314; adv

    1. em frente, antes
      1. antes, i.e. naquela região local que está em frente de uma pessoa ou coisa
      2. antes, na presença de, i.e. oposto a, contra alguém
      3. antes, de acordo com o ponto de vista de
      4. antes, denotando ordem

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ὀπίσω


    (G3694)
    opísō (op-is'-o)

    3694 οπισω opiso

    do mesmo que 3693 com enclítico de direção; TDNT - 5:289,702; adv

    1. atrás, depois, após, posteriormente
      1. de lugar: coisas que estão atrás
      2. de tempo: depois

    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ἀνήρ


    (G435)
    anḗr (an'-ayr)

    435 ανερ aner

    uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m

    1. com referência ao sexo
      1. homem
      2. marido
      3. noivo ou futuro marido
    2. com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
    3. qualquer homem
    4. usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres

    πρῶτος


    (G4413)
    prōtos (pro'-tos)

    4413 πρωτος protos

    superlativo contraído de 4253; TDNT - 6:865,965; adj

    1. primeiro no tempo ou lugar
      1. em alguma sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro na posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro


    ὑπέρ


    (G5228)
    hypér (hoop-er')

    5228 υπερ huper

    preposição primária; TDNT - 8:507,1228; prep

    em benefício de, para a segurança de

    acima, além, mais que

    mais, além, acima


    καγώ οὐ αὐτός εἴδω ἀλλά ἵνα φανερόω Ἰσραήλ ἐγώ ἔρχομαι διά τοῦτο βαπτίζω ἔν ὕδωρ
    João 1: 31 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse revelado a Israel, por isso vim batizando com água.
    João 1: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1492
    eídō
    εἴδω
    ver
    (knows)
    Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2474
    Israḗl
    Ἰσραήλ
    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)
    (Israel)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G5204
    hýdōr
    ὕδωρ
    água
    (water)
    Substantivo - Dativo neutro no Singular
    G5319
    phaneróō
    φανερόω
    tornar manifesto ou visível ou conhecido o que estava escondido ou era desconhecido,
    (it should be made manifest)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G907
    baptízō
    βαπτίζω
    mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    (were baptized)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἴδω


    (G1492)
    eídō (i'-do)

    1492 ειδω eido ou οιδα oida

    palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

    1. ver
      1. perceber com os olhos
      2. perceber por algum dos sentidos
      3. perceber, notar, discernir, descobrir
      4. ver
        1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
        2. prestar atenção, observar
        3. tratar algo
          1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
        4. inspecionar, examinar
        5. olhar para, ver
      5. experimentar algum estado ou condição
      6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
    2. conhecer
      1. saber a respeito de tudo
      2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
        1. a respeito de qualquer fato
        2. a força e significado de algo que tem sentido definido
        3. saber como, ter a habilidade de
      3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    Ἰσραήλ


    (G2474)
    Israḗl (is-rah-ale')

    2474 Ισραηλ Israel

    de origem hebraica 3478 ישראל; TDNT - 3:356,372; adj

    Israel = “ele será um príncipe de Deus”

    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)

    família ou descendentes de israel, a nação de Israel

    cristãos, o Israel de Deus (Gl 6:16), pois nem todos aqueles que são descendentes de sangue de Israel são verdadeiros israelitas, i.e., aqueles a quem Deus declara ser israelitas e escolhidos para salvação


    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ὕδωρ


    (G5204)
    hýdōr (hoo'-dore)

    5204 υδωρ hudor caso genitivo υδατος hudatos etc.

    da raiz de 5205; TDNT - 8:314,1203; n n

    1. água
      1. de água dos rios, das fontes, das piscinas
      2. da água do dilúvio
      3. da água em algum repositório da terra
      4. da água como elemento primário, da qual e por meio da qual o mundo existente antes do dilúvio formou-se e foi compactado
      5. das ondas do mar
      6. fig. usado de muitas pessoas

    φανερόω


    (G5319)
    phaneróō (fan-er-o'-o)

    5319 φανεροω phaneroo

    de 5318; TDNT - 9:3,1244; v

    1. tornar manifesto ou visível ou conhecido o que estava escondido ou era desconhecido, manifestar, seja por palavras, ou ações, ou de qualquer outro modo
      1. tornar atual e visível, perceptível
      2. tornar conhecido pelo ensino
      3. tornar manifesto, ser feito conhecido
      4. de uma pessoa
        1. expor à visão, tornar manifesto, mostrar-se, aparecer
      5. tornar-se conhecido, ser claramente identificado, totalmente entendido
        1. quem e o que alguém é

    Sinônimos ver verbete 5812


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βαπτίζω


    (G907)
    baptízō (bap-tid'-zo)

    907 βαπτιζω baptizo

    de um derivado de 911; TDNT - 1:529,92; v

    1. mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    2. limpar megulhando ou submergindo, lavar, tornar limpo com água, lavar-se, tomar banho
    3. submergir

      Não confundir com 911, bapto. O exemplo mais claro que mostra o sentido de baptizo é um texto do poeta e médico grego Nicander, que viveu aproximadamente em 200 A.C. É uma receita para fazer picles. É de grande ajuda porque nela o autor usa as duas palavras. Nicander diz que para preparar picles, o vegetal deveria ser primeiro ‘mergulhado’ (bapto) em água fervente e então ‘batizado’ (baptizo) na solução de vinagre. Ambos os verbos descrevem a imersão dos vegetais em uma solução. Mas o primeiro descreve uma ação temporária. O segundo, o ato de batizar o vegetal, produz uma mudança permanente.

      Quando usada no Novo Testamento, esta palavra refere-se com maior freqüência à nossa união e identificação com Cristo que ao nosso batismo com água. P.e. Mc 16:16. ‘Quem crer e for batizado será salvo’. Cristo está dizendo que o mero consentimento intelectual não é o bastante. Deve haver uma união com ele, uma mudança real, como a do vegetal em relação ao pickle!

      (Bible Study Magazine, James Montgomery Boice, Maio 1989).


    καί Ἰωάννης μαρτυρέω λέγω ὅτι θεάομαι πνεῦμα καταβαίνω ἐκ οὐρανός ὡσεί περιστερά καί μένω ἐπί αὐτός
    João 1: 32 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    João testemunhou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba, e permaneceu sobre ele.
    João 1: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G2300
    theáomai
    θεάομαι
    ser afiado, estar alerta, ser aguçado
    (sharpens)
    Verbo
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2597
    katabaínō
    καταβαίνω
    descer, vir para baixo, abaixar
    (descending)
    Verbo - particípio atual ativo - neutro acusativo singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3140
    martyréō
    μαρτυρέω
    ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado
    (you bear witness)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G4058
    peristerá
    περιστερά
    medir, estender
    (when they did measure [it])
    Verbo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    θεάομαι


    (G2300)
    theáomai (theh-ah'-om-ahee)

    2300 θεαομαι theaomai

    uma forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 5:315,706; v

    1. olhar, observar, ver atentamente, contemplar (freqüentemente usado de shows públicos)
      1. de pessoas importantes que são consideradas com admiração
    2. ver, ter uma visão de
      1. no sentido de visitar, encontrar com uma pessoa

        aprender pelo olhar, ver com os olhos, perceber

    Sinônimos ver verbete 5848


    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καταβαίνω


    (G2597)
    katabaínō (kat-ab-ah'-ee-no)

    2597 καταβαινω katabaino

    de 2596 e a raiz de 939; TDNT - 1:522,90; v

    1. descer, vir para baixo, abaixar
      1. o lugar do qual alguém desceu
      2. descer
        1. como do templo de Jerusalém, da cidade de Jerusalém
        2. dos seres celestiais descendo à terra
      3. ser lançado para baixo
    2. de coisas
      1. vir (i.e. ser enviado) para baixo
      2. vir (i.e. cair) para baixo
        1. das regiões superiores

          metáf. (ir, i.e.) ser lançado ao estágio mais baixo da miséria e vergonha


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μαρτυρέω


    (G3140)
    martyréō (mar-too-reh'-o)

    3140 μαρτυρεω martureo

    de 3144; TDNT - 4:474,564; v

    1. ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
      1. dar (não reter) testemunho
      2. proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
      3. conjurar, implorar

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    περιστερά


    (G4058)
    peristerá (per-is-ter-ah')

    4058 περιστερα peristera

    de derivação incerta; TDNT - 6:63,830; n f

    1. pomba

    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    João 1: 33 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eu não O conhecia, mas Aquele havendo-me enviado a submergir dentro de água, Esse me disse: 'Aquele sobre Quem vires o Espírito descendo e permanecendo sobre Ele, esse é Aquele que estará submergindo dentro de o Espírito Santo.'
    João 1: 33 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1492
    eídō
    εἴδω
    ver
    (knows)
    Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2597
    katabaínō
    καταβαίνω
    descer, vir para baixo, abaixar
    (descending)
    Verbo - particípio atual ativo - neutro acusativo singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G40
    hágios
    ἅγιος
    Abimeleque
    (Abimelech)
    Substantivo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G5204
    hýdōr
    ὕδωρ
    água
    (water)
    Substantivo - Dativo neutro no Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G907
    baptízō
    βαπτίζω
    mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    (were baptized)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἴδω


    (G1492)
    eídō (i'-do)

    1492 ειδω eido ou οιδα oida

    palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

    1. ver
      1. perceber com os olhos
      2. perceber por algum dos sentidos
      3. perceber, notar, discernir, descobrir
      4. ver
        1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
        2. prestar atenção, observar
        3. tratar algo
          1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
        4. inspecionar, examinar
        5. olhar para, ver
      5. experimentar algum estado ou condição
      6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
    2. conhecer
      1. saber a respeito de tudo
      2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
        1. a respeito de qualquer fato
        2. a força e significado de algo que tem sentido definido
        3. saber como, ter a habilidade de
      3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

    Sinônimos ver verbete 5825


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καταβαίνω


    (G2597)
    katabaínō (kat-ab-ah'-ee-no)

    2597 καταβαινω katabaino

    de 2596 e a raiz de 939; TDNT - 1:522,90; v

    1. descer, vir para baixo, abaixar
      1. o lugar do qual alguém desceu
      2. descer
        1. como do templo de Jerusalém, da cidade de Jerusalém
        2. dos seres celestiais descendo à terra
      3. ser lançado para baixo
    2. de coisas
      1. vir (i.e. ser enviado) para baixo
      2. vir (i.e. cair) para baixo
        1. das regiões superiores

          metáf. (ir, i.e.) ser lançado ao estágio mais baixo da miséria e vergonha


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    ἅγιος


    (G40)
    hágios (hag'-ee-os)

    40 αγιος hagios

    de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

    1. algo muito santo; um santo

    Sinônimos ver verbete 5878


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    ὕδωρ


    (G5204)
    hýdōr (hoo'-dore)

    5204 υδωρ hudor caso genitivo υδατος hudatos etc.

    da raiz de 5205; TDNT - 8:314,1203; n n

    1. água
      1. de água dos rios, das fontes, das piscinas
      2. da água do dilúvio
      3. da água em algum repositório da terra
      4. da água como elemento primário, da qual e por meio da qual o mundo existente antes do dilúvio formou-se e foi compactado
      5. das ondas do mar
      6. fig. usado de muitas pessoas

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βαπτίζω


    (G907)
    baptízō (bap-tid'-zo)

    907 βαπτιζω baptizo

    de um derivado de 911; TDNT - 1:529,92; v

    1. mergulhar repetidamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)
    2. limpar megulhando ou submergindo, lavar, tornar limpo com água, lavar-se, tomar banho
    3. submergir

      Não confundir com 911, bapto. O exemplo mais claro que mostra o sentido de baptizo é um texto do poeta e médico grego Nicander, que viveu aproximadamente em 200 A.C. É uma receita para fazer picles. É de grande ajuda porque nela o autor usa as duas palavras. Nicander diz que para preparar picles, o vegetal deveria ser primeiro ‘mergulhado’ (bapto) em água fervente e então ‘batizado’ (baptizo) na solução de vinagre. Ambos os verbos descrevem a imersão dos vegetais em uma solução. Mas o primeiro descreve uma ação temporária. O segundo, o ato de batizar o vegetal, produz uma mudança permanente.

      Quando usada no Novo Testamento, esta palavra refere-se com maior freqüência à nossa união e identificação com Cristo que ao nosso batismo com água. P.e. Mc 16:16. ‘Quem crer e for batizado será salvo’. Cristo está dizendo que o mero consentimento intelectual não é o bastante. Deve haver uma união com ele, uma mudança real, como a do vegetal em relação ao pickle!

      (Bible Study Magazine, James Montgomery Boice, Maio 1989).


    καγώ ὁράω καί μαρτυρέω ὅτι οὗτος ἐστί υἱός θεός
    João 1: 34 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E eu vi, e testemunho de que este é o Filho de Deus.
    João 1: 34 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3140
    martyréō
    μαρτυρέω
    ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado
    (you bear witness)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μαρτυρέω


    (G3140)
    martyréō (mar-too-reh'-o)

    3140 μαρτυρεω martureo

    de 3144; TDNT - 4:474,564; v

    1. ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
      1. dar (não reter) testemunho
      2. proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
      3. conjurar, implorar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ἐπαύριον ἵστημι Ἰωάννης πάλιν δύο ἐκ αὐτός μαθητής
    João 1: 35 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    No dia seguinte, João estava novamente ali, com dois de seus discípulos;
    João 1: 35 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1417
    dýo
    δύο
    alguma coisa cortada, sulco, corte
    (the furrows)
    Substantivo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G1887
    epaúrion
    ἐπαύριον
    ()
    G2476
    hístēmi
    ἵστημι
    causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
    (it stood)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3101
    mathētḗs
    μαθητής
    filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    ([pertained] to Joash)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3825
    pálin
    πάλιν
    Seu coração
    (his heart)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δύο


    (G1417)
    dýo (doo'-o)

    1417 δυο duo

    numeral primário; n indecl

    1. dois, par

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐπαύριον


    (G1887)
    epaúrion (ep-ow'-ree-on)

    1887 επαυριον epaurion

    de 1909 e 839; adv

    1. pela manhã, o dia seguinte

    ἵστημι


    (G2476)
    hístēmi (his'-tay-mee)

    2476 ιστημι histemi

    uma forma prolongada de uma palavra primária σταω stao stah’-o (do mesmo significado, e usado para este em determinados tempos); TDNT - 7:638,1082; v

    1. causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
      1. ordenar ficar de pé, [levantar-se]
        1. na presença de outros, no meio, diante de juízes, diante dos membros do Sinédrio;
        2. colocar
      2. tornar firme, fixar, estabelecer
        1. fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar
        2. permanecer, ser mantido íntegro (de família, um reino), escapar em segurança
        3. estabelecer algo, fazê-lo permanecer
        4. segurar ou sustentar a autoridade ou a força de algo
      3. colocar ou pôr numa balança
        1. pesar: dinheiro para alguém (porque antigamente, antes da introdução da moeda, era costume pesar os metais)
    2. permanecer
      1. ficar de pé ou próximo
        1. parar, permanecer tranqüilo, permanecer imóvel, permanecer firme
          1. da fundação de uma construção
      2. permanecer
        1. continuar seguro e são, permanecer ileso, permanecer pronto ou preparado
        2. ser de uma mente firme
        3. de qualidade, alguém que não hesita, que não desiste

    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μαθητής


    (G3101)
    mathētḗs (math-ay-tes')

    3101 μαθητης mathetes

    de 3129; TDNT - 4:415,552; n m

    1. aprendiz, pupilo, aluno, discípulo


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πάλιν


    (G3825)
    pálin (pal'-in)

    3825 παλιν palin

    provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv

    1. de novo, outra vez
      1. renovação ou repetição da ação
      2. outra vez, de novo

        outra vez, i.e., mais uma vez, em adição

        por vez, por outro lado


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί ἐμβλέπω Ἰησοῦς περιπατέω λέγω ἴδε ἀμνός θεός
    João 1: 36 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    e olhando para Jesus enquanto ele caminhava, disse: Eis o Cordeiro de Deus!
    João 1: 36 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1689
    emblépō
    ἐμβλέπω
    voltar os olhos de alguém sobre
    (Look)
    Verbo - imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - 2ª pessoa do plural
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G286
    amnós
    ἀμνός
    pai de Josafá, cronista de Davi
    (of Ahilud [was])
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G4043
    peripatéō
    περιπατέω
    caminhar
    (walking)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


    ἐμβλέπω


    (G1689)
    emblépō (em-blep'-o)

    1689 εμβλεπω emblepo

    de 1722 e991; v

    voltar os olhos de alguém sobre

    olhar para

    metáf. olhar com a mente, considerar


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀμνός


    (G286)
    amnós (am-nos')

    286 αμνος amnos

    aparentemente uma palavra primária; TDNT - 1:338,54; n m

    1. cordeiro

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    περιπατέω


    (G4043)
    peripatéō (per-ee-pat-eh'-o)

    4043 περιπατεω peripateo

    de 4012 e 3961; TDNT - 5:940,804; v

    1. caminhar
      1. fazer o próprio caminho, progredir; fazer bom uso das oportunidades
      2. viver
        1. regular a própria vida
        2. conduzir a si mesmo, comportar-se
        3. conduzir-se pela vida

    δύο μαθητής ἀκούω αὐτός λαλέω ἀκολουθέω Ἰησοῦς
    João 1: 37 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E os dois discípulos o ouviram falar, e eles seguiram a Jesus.
    João 1: 37 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1417
    dýo
    δύο
    alguma coisa cortada, sulco, corte
    (the furrows)
    Substantivo
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2980
    laléō
    λαλέω
    (P
    (and cried)
    Verbo
    G3101
    mathētḗs
    μαθητής
    filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    ([pertained] to Joash)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δύο


    (G1417)
    dýo (doo'-o)

    1417 δυο duo

    numeral primário; n indecl

    1. dois, par

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λαλέω


    (G2980)
    laléō (lal-eh'-o)

    2980 λαλεω laleo

    forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

    1. emitir uma voz ou um som
    2. falar
      1. usar a língua ou a faculdade da fala
      2. emitir sons articulados
    3. conversar,
    4. anunciar, contar
    5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
      1. falar

    μαθητής


    (G3101)
    mathētḗs (math-ay-tes')

    3101 μαθητης mathetes

    de 3129; TDNT - 4:415,552; n m

    1. aprendiz, pupilo, aluno, discípulo


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    (meu)
    João 1: 38 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, diz-lhes: Que buscais? Eles lhe disseram: Rabbi – que se diz ao ser traduzido “Mestre” – onde moras?
    João 1: 38 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1320
    didáskalos
    διδάσκαλος
    carne
    (the flesh)
    Substantivo
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G2212
    zētéō
    ζητέω
    purificar, destilar, coar, refinar
    (refined)
    Verbo
    G2300
    theáomai
    θεάομαι
    ser afiado, estar alerta, ser aguçado
    (sharpens)
    Verbo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3177
    methermēneúō
    μεθερμηνεύω
    traduzido
    (translated)
    Verbo - Presente do indicativo médio ou passivo - nominativo neutro no Singular
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G4226
    poû
    ποῦ
    onde
    (Where)
    Advérbio
    G4461
    rhabbí
    ῥαββί
    meu grande mestre, meu ilustre senhor
    (Rabbi)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4762
    stréphō
    στρέφω
    virar, girar
    (turn)
    Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Ativo - 2ª pessoa do singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διδάσκαλος


    (G1320)
    didáskalos (did-as'-kal-os)

    1320 διδασκαλος didaskalos

    de 1321; TDNT - 2:148,161; n m

    1. professor
    2. no NT, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem
      1. alguém que é qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira
      2. os mestres da religião judaica
      3. daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, i.e., João Batista, Jesus
      4. pela sua autoridade, usado por Jesus para referir-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação
      5. dos apóstolos e de Paulo
      6. daqueles que, nas assembléias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito
      7. de falsos mestres entre os cristãos

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    ζητέω


    (G2212)
    zētéō (dzay-teh'-o)

    2212 ζητεω zeteo

    de afinidade incerta; TDNT - 2:892,300; v

    1. procurar a fim de encontrar
      1. procurar algo
      2. procurar [para descobrir] pelo pensamento, meditação, raciocínio; investigar
      3. procurar, procurar por, visar, empenhar-se em
    2. procurar, i.e., requerer, exigir
      1. pedir enfaticamente, exigir algo de alguém

    θεάομαι


    (G2300)
    theáomai (theh-ah'-om-ahee)

    2300 θεαομαι theaomai

    uma forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 5:315,706; v

    1. olhar, observar, ver atentamente, contemplar (freqüentemente usado de shows públicos)
      1. de pessoas importantes que são consideradas com admiração
    2. ver, ter uma visão de
      1. no sentido de visitar, encontrar com uma pessoa

        aprender pelo olhar, ver com os olhos, perceber

    Sinônimos ver verbete 5848


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μεθερμηνεύω


    (G3177)
    methermēneúō (meth-er-mane-yoo'-o)

    3177 μεθερμηνευω methermeneuo

    de 3326 e 2059; v

    1. traduzir para a língua de alguém com quem desejo comunicar-me, interpretar

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ποῦ


    (G4226)
    poû (poo)

    4226 που pou

    caso genitivo de um pronome interrogativo pos (o que) de outra forma arcaica (talvez do mesmo que 4225 usado com o ato de levantar indagação); adv

    algum lugar

    aproximadamente, quase

    com numerais: mais ou menos, cerca de


    ῥαββί


    (G4461)
    rhabbí (hrab-bee')

    4461 ραββι rhabbi

    de origem hebraica 7227 רבי com sufixo pronominal; TDNT - 6:961,982; n m

    meu grande mestre, meu ilustre senhor

    Rabi, título usado pelos judeus para dirigir-se a seus mestres (e também honrá-los, mesmo quando não se dirigem a eles)


    στρέφω


    (G4762)
    stréphō (stref'-o)

    4762 στρεφω strepho

    reforçado da raiz de 5157; TDNT - 7:714,1093; v

    1. virar, girar
    2. virar-se (i.e., voltar as costas para alguém

      2a) de alguém que não mais se importa com o outro)

      1. metáf. mudar a conduta de, i.e., mudar a mente de alguém

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    λέγω αὐτός ἔρχομαι καί εἴδω ἔρχομαι καί εἴδω ποῦ μένω καί μένω παρά αὐτός ἐκεῖνος ἡμέρα δέ ἦν ὡς ὥρα δέκατος
    João 1: 39 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ele disse-lhes: Vinde, e vereis. Eles foram e viram onde morava, e permaneceram com ele aquele dia, porque era cerca da hora décima.
    João 1: 39 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1182
    dékatos
    δέκατος
    [o] décimo
    ([the] tenth)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2250
    hēméra
    ἡμέρα
    [os] dias
    ([the] days)
    Substantivo - Dativo Feminino no Plural
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G4225
    poú
    πού
    coisa juntada, junção, costura, lugar da junção
    (in the coupling)
    Substantivo
    G5610
    hṓra
    ὥρα
    hora
    (hour)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέκατος


    (G1182)
    dékatos (dek'-at-os)

    1182 δεκατος dekatos

    ordinal de 1176; adj

    1. décimo

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἡμέρα


    (G2250)
    hēméra (hay-mer'-ah)

    2250 ημερα hemera

    de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f

    1. o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
      1. durante o dia
      2. metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
    2. do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
      1. o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.

        do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.

        usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    πού


    (G4225)
    poú (poo)

    4225 που pou

    caso genitivo de um pronome indefinido pos (algum) de outra forma arcaica (cf 4214); adv

    1. onde? em que lugar?

    ὥρα


    (G5610)
    hṓra (ho'-rah)

    5610 ωρα hora

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 9:675,1355; n f

    1. certo tempo definido ou estação fixada pela lei natural e que retorna cada ano
      1. das estações do ano, primavera, verão, outono, inverno

        as horas do dia (limitadas pelo erguer e pôr do sol), um dia

        a décima segunda parte das horas do dia, uma hora, (as doze horas do dia são contadas do nascer até o pôr do sol)

        qualquer tempo definido, momento


    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἦν Ἀνδρέας ἀδελφός Σίμων Πέτρος εἷς ἐκ δύο ὁ ἀκούω παρά Ἰωάννης καί ἀκολουθέω αὐτός
    João 1: 40 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Um dos dois, que ouviram João falar e o seguiram, era André, irmão de Simão Pedro.
    João 1: 40 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1417
    dýo
    δύο
    alguma coisa cortada, sulco, corte
    (the furrows)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G406
    Andréas
    Ἀνδρέας
    lavrador, agricultor, fazendeiro
    (farmers)
    Substantivo
    G4074
    Pétros
    Πέτρος
    um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
    (and Madai)
    Substantivo
    G4613
    Símōn
    Σίμων
    Pedro era um dos apóstolos
    (Simon)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δύο


    (G1417)
    dýo (doo'-o)

    1417 δυο duo

    numeral primário; n indecl

    1. dois, par

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    Ἀνδρέας


    (G406)
    Andréas (an-dreh'-as)

    406 Ανδρεας Andreas

    de 435; n pr m

    André = “varonil”

    1. um nativo de Betsaida, na Galiléia, irmão de Simão Pedro, um discípulo de João o Batista, e mais tarde apóstolo de Cristo. Dele se diz ter sido crucificado na Acaia.

    Πέτρος


    (G4074)
    Pétros (pet'-ros)

    4074 πετρος Petros

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

    1. um dos doze discípulos de Jesus

    Σίμων


    (G4613)
    Símōn (see'-mone)

    4613 σιμων Simon

    de origem hebraica 8095 שמעון; n pr m

    Pedro = “rocha ou pedra”

    Pedro era um dos apóstolos

    Simão, chamado Zelote ou Kanaites

    Simão, pai de Judas, o traidor de Jesus

    Simão Mago, o mágico samaritano

    Simão, o curtidor, At 10

    Simão, o fariseu, Lc 7:40-44

    Simão de Cirene, que carregou a cruz de Cristo

    Simão, o primo de Jesus, o filho de Cleopas

    Simão, o leproso, assim chamado para distingui-lo dos outros do mesmo nome


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    οὗτος εὑρίσκω πρῶτος ἴδιος ἀδελφός Σίμων αὐτός λέγω εὑρίσκω Μεσσίας ὅς ἐστί μεθερμηνεύω Χριστός
    João 1: 41 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ele encontra primeiro a seu próprio irmão Simão, e disse-lhe: Nós encontramos o Messias, que é (sendo interpretado) o Cristo.
    João 1: 41 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2147
    heurískō
    εὑρίσκω
    o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
    (and Zichri)
    Substantivo
    G2398
    ídios
    ἴδιος
    pecar, falhar, perder o rumo, errar, incorrer em culpa, perder o direito, purificar da
    (from sinning)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3177
    methermēneúō
    μεθερμηνεύω
    traduzido
    (translated)
    Verbo - Presente do indicativo médio ou passivo - nominativo neutro no Singular
    G3323
    Messías
    Μεσσίας
    forma grega de “Messiah”
    (Messiah)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4412
    prōton
    πρῶτον
    primeiro
    (first)
    Advérbio - superlativo
    G4613
    Símōn
    Σίμων
    Pedro era um dos apóstolos
    (Simon)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G5547
    Christós
    Χριστός
    Cristo
    (Christ)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εὑρίσκω


    (G2147)
    heurískō (hyoo-ris'-ko)

    2147 ευρισκω heurisko

    forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

    1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
      1. depois de procurar, achar o que se buscava
      2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
      3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
    2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
      1. ver, aprender, descobrir, entender
      2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
      3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
      4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

        descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


    ἴδιος


    (G2398)
    ídios (id'-ee-os)

    2398 ιδιος idios

    de afinidade incerta; adj

    1. que me pertence, próprio, peculiar a si mesmo

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μεθερμηνεύω


    (G3177)
    methermēneúō (meth-er-mane-yoo'-o)

    3177 μεθερμηνευω methermeneuo

    de 3326 e 2059; v

    1. traduzir para a língua de alguém com quem desejo comunicar-me, interpretar

    Μεσσίας


    (G3323)
    Messías (mes-see'-as)

    3323 Μεσσιας Messias

    de origem hebraica 4899 משח, ver 5547 Cristo; TDNT - 9:493, 1322; n m

    Messias = “ungido”

    forma grega de “Messiah”

    um nome de Cristo



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πρῶτον


    (G4412)
    prōton (pro'-ton)

    4412 πρωτον proton

    neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv

    1. primeiro em tempo ou lugar
      1. em qualquer sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro em posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro


    Σίμων


    (G4613)
    Símōn (see'-mone)

    4613 σιμων Simon

    de origem hebraica 8095 שמעון; n pr m

    Pedro = “rocha ou pedra”

    Pedro era um dos apóstolos

    Simão, chamado Zelote ou Kanaites

    Simão, pai de Judas, o traidor de Jesus

    Simão Mago, o mágico samaritano

    Simão, o curtidor, At 10

    Simão, o fariseu, Lc 7:40-44

    Simão de Cirene, que carregou a cruz de Cristo

    Simão, o primo de Jesus, o filho de Cleopas

    Simão, o leproso, assim chamado para distingui-lo dos outros do mesmo nome


    Χριστός


    (G5547)
    Christós (khris-tos')

    5547 Ξριστος Christos

    de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

    Cristo era o Messias, o Filho de Deus

    ungido


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί αὐτός ἄγω πρός Ἰησοῦς δέ ἐμβλέπω Ἰησοῦς αὐτός ἔπω σύ εἶ Σίμων υἱός Ἰωνᾶς σύ καλέω Κηφᾶς ὅς ἑρμηνεύω Πέτρος
    João 1: 42 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele o trouxe a Jesus. E olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas, que traduzido significa: Uma pedra.
    João 1: 42 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1689
    emblépō
    ἐμβλέπω
    voltar os olhos de alguém sobre
    (Look)
    Verbo - imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - 2ª pessoa do plural
    G2059
    hermēneúō
    ἑρμηνεύω
    explicar em palavras, expor
    (means)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2564
    kaléō
    καλέω
    chamar
    (you will call)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2786
    Kēphâs
    Κηφᾶς
    Peter
    (Peter)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G4074
    Pétros
    Πέτρος
    um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
    (and Madai)
    Substantivo
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4613
    Símōn
    Σίμων
    Pedro era um dos apóstolos
    (Simon)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G71
    ágō
    ἄγω
    guiar, conduzir
    (you will be brought)
    Verbo - futuro do indicativo passivo - 2ª pessoa do plural
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐμβλέπω


    (G1689)
    emblépō (em-blep'-o)

    1689 εμβλεπω emblepo

    de 1722 e991; v

    voltar os olhos de alguém sobre

    olhar para

    metáf. olhar com a mente, considerar


    ἑρμηνεύω


    (G2059)
    hermēneúō (her-mayn-yoo'-o)

    2059 ερμηνευω hermeneuo

    de um suposto derivado de 2060 (como o deus da linguagem); TDNT - 2:661,256; v

    1. explicar em palavras, expor
    2. interpretar
      1. traduzir o que foi falado ou escrito numa língua estrangeira para o vernáculo

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    καλέω


    (G2564)
    kaléō (kal-eh'-o)

    2564 καλεω kaleo

    semelhante a raiz de 2753; TDNT - 3:487,394; v

    1. chamar
      1. chamar em alta voz, proferir em alta voz
      2. convidar
    2. chamar, i.e., chamar pelo nome
      1. dar nome a
        1. receber o nome de
        2. dar um nome a alguém, chamar seu nome
      2. ser chamado, i.e., ostentar um nome ou título (entre homens)
      3. saudar alguém pelo nome

    Sinônimos ver verbete 5823


    Κηφᾶς


    (G2786)
    Kēphâs (kay-fas')

    2786 κηφας Kephas

    de origem aramaica, cf 3710 כיפא; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Cefas = “pedra”

    1. outro nome para o apóstolo Pedro

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    Πέτρος


    (G4074)
    Pétros (pet'-ros)

    4074 πετρος Petros

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

    1. um dos doze discípulos de Jesus

    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    Σίμων


    (G4613)
    Símōn (see'-mone)

    4613 σιμων Simon

    de origem hebraica 8095 שמעון; n pr m

    Pedro = “rocha ou pedra”

    Pedro era um dos apóstolos

    Simão, chamado Zelote ou Kanaites

    Simão, pai de Judas, o traidor de Jesus

    Simão Mago, o mágico samaritano

    Simão, o curtidor, At 10

    Simão, o fariseu, Lc 7:40-44

    Simão de Cirene, que carregou a cruz de Cristo

    Simão, o primo de Jesus, o filho de Cleopas

    Simão, o leproso, assim chamado para distingui-lo dos outros do mesmo nome


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ἄγω


    (G71)
    ágō (ag'-o)

    71 αγω ago

    uma palavra primária; v

    1. guiar, conduzir
      1. conduzir segurando com as mãos, levando deste modo ao destino final: de um animal
      2. seguir acompanhando até um lugar
      3. comandar com a personalidade de alguém, nomear alguém como um ajudante
      4. conduzir, trazer
      5. levar para a corte de justiça, magistrado, etc.
    2. guiar, conduzir
      1. conduzir, guiar, dirigir
      2. guiar através, conduzir para algo
      3. mover, impelir: pela força e influência da mente
    3. passar um dia, guardar ou celebrar uma festa, etc.
    4. ir, partir

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἐπαύριον θέλω Ἰησοῦς ἐξέρχομαι εἰς Γαλιλαία καί εὑρίσκω Φίλιππος καί αὐτός λέγω ἀκολουθέω μοί
    João 1: 43 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    No dia seguinte, Jesus queria partir para a Galileia, e encontra a Filipe, e lhe diz: Segue-me.
    João 1: 43 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1056
    Galilaía
    Γαλιλαία
    da Galiléia
    (of Galilee)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1831
    exérchomai
    ἐξέρχομαι
    ir ou sair de
    (will go forth)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G1887
    epaúrion
    ἐπαύριον
    ()
    G190
    akolouthéō
    ἀκολουθέω
    Ai
    (Woe)
    Interjeição
    G2147
    heurískō
    εὑρίσκω
    o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
    (and Zichri)
    Substantivo
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5376
    Phílippos
    Φίλιππος
    levantar, levar, tomar, carregar
    (has made insurrection)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    Γαλιλαία


    (G1056)
    Galilaía (gal-il-ah'-yah)

    1056 γαλιλαια Galilaia

    de origem hebraica 1551 הגליל; n pr loc

    Galiléia = “circuito”

    1. nome de uma região do norte da Palestina, cercada ao norte pela Síria, ao oeste por Sidom, Tiro, Ptolemaida e seus territórios e o promontório do Carmelo, ao sul, pela

      Samaria e ao leste, pelo Jordão. Era dividida em alta Galiléia e baixa Galiléia


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐξέρχομαι


    (G1831)
    exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

    1831 εξερχομαι exerchomai

    de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

    1. ir ou sair de
      1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
        1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
        2. daqueles que são expelidos ou expulsos
    2. metáf.
      1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
      2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
      3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
      4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
      5. de coisas
        1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
        2. tornar-se conhecido, divulgado
        3. ser propagado, ser proclamado
        4. sair
          1. emitido seja do coração ou da boca
          2. fluir do corpo
          3. emanar, emitir
            1. usado de um brilho repentino de luz
            2. usado de algo que desaparece
            3. usado de uma esperança que desaparaceu

    ἐπαύριον


    (G1887)
    epaúrion (ep-ow'-ree-on)

    1887 επαυριον epaurion

    de 1909 e 839; adv

    1. pela manhã, o dia seguinte

    ἀκολουθέω


    (G190)
    akolouthéō (ak-ol-oo-theh'-o)

    190 ακολουθεω akoloutheo

    de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);

    TDNT - 1:210,33; v

    1. seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
    2. juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
      1. apoiar o seu partido

    εὑρίσκω


    (G2147)
    heurískō (hyoo-ris'-ko)

    2147 ευρισκω heurisko

    forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

    1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
      1. depois de procurar, achar o que se buscava
      2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
      3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
    2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
      1. ver, aprender, descobrir, entender
      2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
      3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
      4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

        descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    Φίλιππος


    (G5376)
    Phílippos (fil'-ip-pos)

    5376 φιλιππος Philippos

    de 5384 e 2462; n pr m

    Filipe = “amante de cavalos”

    um apóstolo de Cristo

    um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

    tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

    ver 2542, Cesaréia de Felipe


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    δέ Φίλιππος ἦν ἀπό Βηθσαϊδά πόλις ἐκ Ἀνδρέας καί Πέτρος
    João 1: 44 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro.
    João 1: 44 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G406
    Andréas
    Ἀνδρέας
    lavrador, agricultor, fazendeiro
    (farmers)
    Substantivo
    G4074
    Pétros
    Πέτρος
    um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
    (and Madai)
    Substantivo
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G5376
    Phílippos
    Φίλιππος
    levantar, levar, tomar, carregar
    (has made insurrection)
    Verbo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G966
    Bēthsaïdá
    Βηθσαϊδά
    uma pequena vila pesqueira na margem oeste do Lago de Genesaré, casa de André,
    (Bethsaida)
    Substantivo - vocativo feminino no singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    Ἀνδρέας


    (G406)
    Andréas (an-dreh'-as)

    406 Ανδρεας Andreas

    de 435; n pr m

    André = “varonil”

    1. um nativo de Betsaida, na Galiléia, irmão de Simão Pedro, um discípulo de João o Batista, e mais tarde apóstolo de Cristo. Dele se diz ter sido crucificado na Acaia.

    Πέτρος


    (G4074)
    Pétros (pet'-ros)

    4074 πετρος Petros

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

    1. um dos doze discípulos de Jesus

    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    Φίλιππος


    (G5376)
    Phílippos (fil'-ip-pos)

    5376 φιλιππος Philippos

    de 5384 e 2462; n pr m

    Filipe = “amante de cavalos”

    um apóstolo de Cristo

    um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

    tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

    ver 2542, Cesaréia de Felipe


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    Βηθσαϊδά


    (G966)
    Bēthsaïdá (bayth-sahee-dah')

    966 βηθσαιδα Bethsaida

    de origem aramaica, cf 1004 e 6719 בית צידה; n pr loc

    Betsaida = “casa de peixe”

    1. uma pequena vila pesqueira na margem oeste do Lago de Genesaré, casa de André, Pedro, Felipe e João
    2. uma vila na baixa Gaulanitis, na margem oeste do Lago de Genesaré, não distante de onde o Jordão nele desemboca

    Φίλιππος εὑρίσκω Ναθαναήλ καί λέγω αὐτός εὑρίσκω ὅς Μωσῆς ἔν νόμος καί γράφω προφήτης Ἰησοῦς ἀπό Ναζαρέτ υἱός Ἰωσήφ
    João 1: 45 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Filipe encontra a Natanael, e lhe diz: Nós encontramos aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
    João 1: 45 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1125
    gráphō
    γράφω
    Foi escrito
    (it has been written)
    Verbo - Pretérito Perfeito ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2147
    heurískō
    εὑρίσκω
    o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
    (and Zichri)
    Substantivo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2501
    Iōsḗph
    Ἰωσήφ
    José
    (Joseph)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3475
    Mōseús
    Μωσεύς
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3478
    Nazaréth
    Ναζαρέθ
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    G3482
    Nathanaḗl
    Ναθαναήλ
    íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que
    (Nathanael)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3551
    nómos
    νόμος
    lei
    (law)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5376
    Phílippos
    Φίλιππος
    levantar, levar, tomar, carregar
    (has made insurrection)
    Verbo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γράφω


    (G1125)
    gráphō (graf'-o)

    1125 γραφω grapho

    palavra primária; TDNT - 1:742,128; v

    1. escrever, com referência à forma das letras
      1. delinear (ou formar) letras numa tabuleta, pergaminho, papel, ou outro material
    2. escrever, com referência ao conteúdo do escrito
      1. expressar em caracteres escritos
      2. comprometer-se a escrever (coisas que não podem ser esquecidas), anotar, registrar
      3. usado em referência àquelas coisas que estão escritas nos livros sagrados (do AT)
      4. escrever para alguém, i.e. dar informação ou instruções por escrito (em uma carta)
    3. preencher com a escrita
    4. esboçar através da escrita, compor

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    εὑρίσκω


    (G2147)
    heurískō (hyoo-ris'-ko)

    2147 ευρισκω heurisko

    forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

    1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
      1. depois de procurar, achar o que se buscava
      2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
      3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
    2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
      1. ver, aprender, descobrir, entender
      2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
      3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
      4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

        descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    Ἰωσήφ


    (G2501)
    Iōsḗph (ee-o-safe')

    2501 Ιωσηφ Ioseph

    de origem hebraica 3130 יוסף; n pr m

    José = “deixe-o acrescentar”

    o patriarca, o décimo primeiro filho de Jacó

    o filho de Jonã, um dos antepassados de Cristo, Lc 3:30

    o filho de Judá [ou Judas; preferível Jodá] outro antepassado de Jesus, Lc 3:26

    o filho de Matatias, outro antepassado de Cristo, Lc 3:24

    o marido de Maria, a mãe de Jesus

    um meio-irmão de Jesus Mt 13:55

    José de Arimatéia, membro do Sinédrio, que favoreceu Jesus. Mt 27:57,Mt 27:59; Mc 15:43,Mc 15:45

    José, cognominado Barnabé At 4:36

    José, chamado Barsabás e cognominado Justo, At 1:23


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    Μωσεύς


    (G3475)
    Mōseús (moce-yoos')

    3475 Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses

    de origem hebraica 4872 משה; TDNT - 4:848,622; n pr m

    Moisés = “o que foi tirado”

    1. legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.

    Ναζαρέθ


    (G3478)
    Nazaréth (nad-zar-eth')

    3478 Ναζαρεθ Nazareth ou Ναζαρετ Nazaret ou Ναζαρα

    de derivação incerta; n pr loc

    Nazaré = “o que é guardado”

    1. residência habitual e cidade natal de Cristo

    Ναθαναήλ


    (G3482)
    Nathanaḗl (nath-an-ah-ale')

    3482 Ναθαναηλ Nathanael

    de origem hebraica 5417 נתנאל; n pr m

    Natanael = “dado por Deus”

    1. íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que Bartolomeu

    νόμος


    (G3551)
    nómos (nom'-os)

    3551 νομος nomos

    da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

    1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
      1. de qualquer lei
        1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
          1. pela observância do que é aprovado por Deus
        2. um preceito ou injunção
        3. a regra de ação prescrita pela razão
      2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
      3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
      4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

    Sinônimos ver verbete 5918



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    Φίλιππος


    (G5376)
    Phílippos (fil'-ip-pos)

    5376 φιλιππος Philippos

    de 5384 e 2462; n pr m

    Filipe = “amante de cavalos”

    um apóstolo de Cristo

    um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

    tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

    ver 2542, Cesaréia de Felipe


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἔπω αὐτός Ναθαναήλ ἐκ Ναζαρέτ δύναμαι εἶναι τίς ἀγαθός λέγω αὐτός Φίλιππος ἔρχομαι καί εἴδω
    João 1: 46 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Natanael lhe disse: Pode haver coisa boa vinda de Nazaré? Filipe respondeu: Vem e vê.
    João 1: 46 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G18
    agathós
    ἀγαθός
    de boa constituição ou natureza.
    (good)
    Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3478
    Nazaréth
    Ναζαρέθ
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    G3482
    Nathanaḗl
    Ναθαναήλ
    íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que
    (Nathanael)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5376
    Phílippos
    Φίλιππος
    levantar, levar, tomar, carregar
    (has made insurrection)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἀγαθός


    (G18)
    agathós (ag-ath-os')

    18 αγαθος agathos

    uma palavra primitiva; TDNT 1:10,3; adj

    1. de boa constituição ou natureza.
    2. útil, saudável
    3. bom, agradável, amável, alegre, feliz
    4. excelente, distinto
    5. honesto, honrado

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    Ναζαρέθ


    (G3478)
    Nazaréth (nad-zar-eth')

    3478 Ναζαρεθ Nazareth ou Ναζαρετ Nazaret ou Ναζαρα

    de derivação incerta; n pr loc

    Nazaré = “o que é guardado”

    1. residência habitual e cidade natal de Cristo

    Ναθαναήλ


    (G3482)
    Nathanaḗl (nath-an-ah-ale')

    3482 Ναθαναηλ Nathanael

    de origem hebraica 5417 נתנאל; n pr m

    Natanael = “dado por Deus”

    1. íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que Bartolomeu


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    Φίλιππος


    (G5376)
    Phílippos (fil'-ip-pos)

    5376 φιλιππος Philippos

    de 5384 e 2462; n pr m

    Filipe = “amante de cavalos”

    um apóstolo de Cristo

    um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

    tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

    ver 2542, Cesaréia de Felipe


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Ἰησοῦς εἴδω Ναθαναήλ ἔρχομαι πρός αὑτοῦ καί λέγω περί αὐτός ἴδε ἀληθῶς Ἰσραηλίτης ἔν ὅς οὐ ἐστί δόλος
    João 1: 47 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Jesus vendo Natanael aproximar-se dele, disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há engano!
    João 1: 47 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1388
    dólos
    δόλος
    ()
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G230
    alēthōs
    ἀληθῶς
    Certamente
    (Surely)
    Advérbio
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2475
    Israēlítēs
    Ἰσραηλίτης
    ()
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3482
    Nathanaḗl
    Ναθαναήλ
    íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que
    (Nathanael)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δόλος


    (G1388)
    dólos (dol'-os)

    1388 δολος dolos

    de um verbo primário arcaico, dello (provavelmente significando “atrair com engano”; cf 1185); n m

    1. astúcia, engano, fraude, malícia

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἀληθῶς


    (G230)
    alēthōs (al-ay-thoce')

    230 αληθως alethos

    de 227; adv

    1. verdadeiramente, de uma verdade, em realidade, certamente

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    Ἰσραηλίτης


    (G2475)
    Israēlítēs (is-rah-ale-ee'-tace)

    2475 Ισραηλιτης Israelites

    de 2474; TDNT - 3:356,372; n m

    1. Israelita, alguém da nação de Israel, um nome honroso

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    Ναθαναήλ


    (G3482)
    Nathanaḗl (nath-an-ah-ale')

    3482 Ναθαναηλ Nathanael

    de origem hebraica 5417 נתנאל; n pr m

    Natanael = “dado por Deus”

    1. íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que Bartolomeu


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    λέγω αὐτός Ναθαναήλ πόθεν μέ γινώσκω ἀποκρίνομαι καί ἔπω αὐτός Ἰησοῦς πρό Φίλιππος σέ φωνέω εἴδω σέ ὤν ὑπό συκῆ
    João 1: 48 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Natanael lhe disse: De onde tu me conheces? Jesus respondeu, dizendo: Antes que Filipe te chamasse, quando tu estavas debaixo da figueira, eu te vi.
    João 1: 48 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1097
    ginṓskō
    γινώσκω
    gastando adv de negação
    (not)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3482
    Nathanaḗl
    Ναθαναήλ
    íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que
    (Nathanael)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G4159
    póthen
    πόθεν
    maravilha, sinal, milagre, prodígio
    (those wonders)
    Substantivo
    G4253
    pró
    πρό
    trança, cacho
    (locks)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4808
    sykē
    συκῆ
    uma figueira
    (a fig tree)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G5376
    Phílippos
    Φίλιππος
    levantar, levar, tomar, carregar
    (has made insurrection)
    Verbo
    G5455
    phōnéō
    φωνέω
    o 5o
    (and Sabtechah)
    Substantivo
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γινώσκω


    (G1097)
    ginṓskō (ghin-oce'-ko)

    1097 γινωσκω ginosko

    forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

    1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
      1. tornar-se conhecido
    2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
      1. entender
      2. saber
    3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
    4. tornar-se conhecido de, conhecer

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    Ναθαναήλ


    (G3482)
    Nathanaḗl (nath-an-ah-ale')

    3482 Ναθαναηλ Nathanael

    de origem hebraica 5417 נתנאל; n pr m

    Natanael = “dado por Deus”

    1. íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que Bartolomeu


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    πόθεν


    (G4159)
    póthen (poth'-en)

    4159 ποθεν pothen

    da raiz de 4213 com advérbio enclítico de origem; adv

    1. de lugar: de onde, de que condição
    2. de origem ou fonte: de que autor ou doador
    3. de causa: como é isto?, como pode ser?

    πρό


    (G4253)
    pró (pro)

    4253 προ pro

    preposição primária; TDNT - 6:683,935; prep

    1. antes

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    συκῆ


    (G4808)
    sykē (soo-kay')

    4808 συκη suke

    de 4810; TDNT - 7:751,1100; n f

    1. figueira

    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    Φίλιππος


    (G5376)
    Phílippos (fil'-ip-pos)

    5376 φιλιππος Philippos

    de 5384 e 2462; n pr m

    Filipe = “amante de cavalos”

    um apóstolo de Cristo

    um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

    tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

    ver 2542, Cesaréia de Felipe


    φωνέω


    (G5455)
    phōnéō (fo-neh'-o)

    5455 φωνεω phoneo

    de 5456; TDNT - 9:301,1287; v

    1. soar, emitir um som, falar
      1. de um galo: cacarejar
      2. de pessoas: chorar, gritar, clamar, falar com voz alta
    2. chamar, chamar a si mesmo, seja pela sua própria voz ou por meio de outro
    3. mandar buscar, intimar
      1. ordenar (i.e., emitir ordem para deixar um lugar e dirigir-se a outro)
      2. convidar
      3. dirigir-se a alguém, interpelar, chamar por nome

    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἀποκρίνομαι καί λέγω αὐτός Ναθαναήλ ῥαββί σύ εἶ υἱός θεός σύ εἶ βασιλεύς Ἰσραήλ
    João 1: 49 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Natanael respondeu, dizendo: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.
    João 1: 49 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2474
    Israḗl
    Ἰσραήλ
    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)
    (Israel)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3482
    Nathanaḗl
    Ναθαναήλ
    íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que
    (Nathanael)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4461
    rhabbí
    ῥαββί
    meu grande mestre, meu ilustre senhor
    (Rabbi)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G935
    basileús
    βασιλεύς
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    Ἰσραήλ


    (G2474)
    Israḗl (is-rah-ale')

    2474 Ισραηλ Israel

    de origem hebraica 3478 ישראל; TDNT - 3:356,372; adj

    Israel = “ele será um príncipe de Deus”

    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)

    família ou descendentes de israel, a nação de Israel

    cristãos, o Israel de Deus (Gl 6:16), pois nem todos aqueles que são descendentes de sangue de Israel são verdadeiros israelitas, i.e., aqueles a quem Deus declara ser israelitas e escolhidos para salvação


    Ναθαναήλ


    (G3482)
    Nathanaḗl (nath-an-ah-ale')

    3482 Ναθαναηλ Nathanael

    de origem hebraica 5417 נתנאל; n pr m

    Natanael = “dado por Deus”

    1. íntimo discípulo de Jesus Cristo. Pensa-se comumente ser ele a mesma pessoa que Bartolomeu


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ῥαββί


    (G4461)
    rhabbí (hrab-bee')

    4461 ραββι rhabbi

    de origem hebraica 7227 רבי com sufixo pronominal; TDNT - 6:961,982; n m

    meu grande mestre, meu ilustre senhor

    Rabi, título usado pelos judeus para dirigir-se a seus mestres (e também honrá-los, mesmo quando não se dirigem a eles)


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βασιλεύς


    (G935)
    basileús (bas-il-yooce')

    935 βασιλευς basileus

    provavelmente de 939 (através da noção de fundamento do poder); TDNT - 1:576,97; n m

    1. líder do povo, príncipe, comandante, senhor da terra, rei

    Ἰησοῦς αὐτός ἀποκρίνομαι καί ἔπω ὅτι σοί ἔπω σέ εἴδω ὑποκάτω συκῆ πιστεύω μείζων τούτων ὀπτάνομαι
    João 1: 50 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Jesus respondeu, dizendo: Porque eu te disse: Vi-te debaixo da figueira, tu crês? Coisas maiores do que estas verás.
    João 1: 50 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4100
    pisteúō
    πιστεύω
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4808
    sykē
    συκῆ
    uma figueira
    (a fig tree)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G5270
    hypokátō
    ὑποκάτω
    debaixo
    (under)
    Preposição
    G611
    apokrínomai
    ἀποκρίνομαι
    respondendo
    (answering)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πιστεύω


    (G4100)
    pisteúō (pist-yoo'-o)

    4100 πιστευω pisteuo

    de 4102; TDNT - 6:174,849; v

    1. pensar que é verdade, estar persuadido de, acreditar, depositar confiança em
      1. de algo que se crê
        1. acreditar, ter confiança
      2. numa relação moral ou religiosa
        1. usado no NT para convicção e verdade para a qual um homem é impelido por uma certa prerrogativa interna e superior e lei da alma
        2. confiar em Jesus ou Deus como capaz de ajudar, seja para obter ou para fazer algo: fé salvadora
      3. mero conhecimento de algum fato ou evento: fé intelectual
    2. confiar algo a alguém, i.e., sua fidelidade
      1. ser incumbido com algo

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    συκῆ


    (G4808)
    sykē (soo-kay')

    4808 συκη suke

    de 4810; TDNT - 7:751,1100; n f

    1. figueira

    ὑποκάτω


    (G5270)
    hypokátō (hoop-ok-at'-o)

    5270 υποκατω hupokato

    de 5259 e 2736; v

    1. sob, debaixo de

    ἀποκρίνομαι


    (G611)
    apokrínomai (ap-ok-ree'-nom-ahee)

    611 αποκρινομαι apokrinomai

    de 575 e krino; TDNT - 3:944,*; v

    1. responder a uma questão proposta
    2. começar a falar numa situação onde algo já aconteceu (dito ou feito) e a cujo acontecimento a fala se refere

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    καί λέγω αὐτός ἀμήν ἀμήν ὑμῖν λέγω ἄρτι ἀπό ὀπτάνομαι οὐρανός ἀνοίγω καί ἄγγελος θεός ἀναβαίνω καί καταβαίνω ἐπί υἱός ἄνθρωπος
    João 1: 51 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele lhe disse: Na verdade, na verdade eu vos digo: De agora em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo em direção ao Filho do homem.
    João 1: 51 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 27 a Outubro de 28. 15° ano de Tibério
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2597
    katabaínō
    καταβαίνω
    descer, vir para baixo, abaixar
    (descending)
    Verbo - particípio atual ativo - neutro acusativo singular
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G305
    anabaínō
    ἀναβαίνω
    ascender
    (went up)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G455
    anoígō
    ἀνοίγω
    ()
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καταβαίνω


    (G2597)
    katabaínō (kat-ab-ah'-ee-no)

    2597 καταβαινω katabaino

    de 2596 e a raiz de 939; TDNT - 1:522,90; v

    1. descer, vir para baixo, abaixar
      1. o lugar do qual alguém desceu
      2. descer
        1. como do templo de Jerusalém, da cidade de Jerusalém
        2. dos seres celestiais descendo à terra
      3. ser lançado para baixo
    2. de coisas
      1. vir (i.e. ser enviado) para baixo
      2. vir (i.e. cair) para baixo
        1. das regiões superiores

          metáf. (ir, i.e.) ser lançado ao estágio mais baixo da miséria e vergonha


    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἀναβαίνω


    (G305)
    anabaínō (an-ab-ah'-ee-no)

    305 αναβαινω anabaino

    de 303 e a raiz de 939; TDNT - 1:519,90; v

    1. ascender
      1. subir
      2. elevar, escalar, ser sustentado, surgir

    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    ἀνοίγω


    (G455)
    anoígō (an-oy'-go)

    455 ανοιγω anoigo

    de 303 e oigo (abrir); v

    1. abrir

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo